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em equipe Vida serviço Evangelho a do “Irmãos que exercitam o Discernimento”. Boletim Informativo do Prado Brasil Sub-tema: Edição Nº 87 Outubro 2013

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em equipe VidaserviçoEvangelho

a

do

“Irmãos que exercitam o Discernimento”.

Boletim Informativo do Prado Brasil

Sub-tema:

Edição Nº 87 Outubro 2013

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I EDITORIAL: Pe. Aldir Roque Lóss 03

II ESTUDO DO EVANGELHO: Pe. Antônio Maria Guerin 06

III FORMAÇÃO PERMANENTE: Pe. Sérgio Braga Neto 09

IV TESTEMUNHO: Pe. Carlos Dallospedale 11

V PRADO NO MUNDO: Assembleia Internacional (Pe. Aristeu) 14

VI NOTÍCIAS: SESSÃO NACIONAL: Pe. Raimundo Vanthuy Neto 21

VII ECONOMIA: Pe. Juarez Delorto Secco 24

VIII AGENDA: 26

ÍNDICE

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I - EDITORIAL

“Irmãos que exercitam o discernimento”Caro irmão Padre Diocesano, presente neste nosso imenso Brasil! Neste mês de outubro exercitamos nosso discernimento vocacional, seguindo Jesus Cristo mais de perto.“Revendo o caminho feito” sobre as Semanas de Espiritualidade, olhamos o histórico ano de 1985, em Camocim de São Félix-PE. Na verdade, foram 15 dias, pois após a Semana houve um encontro de aprofundamento entre alguns pradosianos. Foi um grande momento do Prado no Brasil no século passado, onde foram conhecidas figuras proféticas encantadoras, exercitando o discernimento; a nova geração, de modo simpático, chamaria os 'primígenos':COLOMBIANO:- Pe. Carlos Alberto Calderon, da Arquidiocese de Medellin, (no seu espanhol, ia repetindo com empatia: “Puedo hacer una preguntica?”); levou o grupo de padres daquela época a vivenciar melhor esse dom de Deus para a Igreja. Ele, por força, teve de abrasileirar a expressão: “O padre é um homem consumido”. Viajamos no mesmo ônibus de Recife a Camocim sem nos conhecermos. (No encontro me segredou dizendo pensar que nós seminaristas fôssemos hippies). Faleceu na África em 1996.

Pe. Carlos Alberto Calderon (no centro), Pe. Luís Mosconi (a esquerda); Pe. Cid-Possidônio, (à direita) Pe. Herminio Canova (de costas), Seminaristas: Aldir e Giovandro, participantes da 1ª Semana de Espiritualidade em 1985.

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FRANCESES:- Pe. Renee-Guerre, homem dedicado, despojado e profético mesmo com o peso da idade, copiava o Evangelho; (ofereceu-nos sua casa na “Igreja da Boa Morte”, em Olinda). Escreveu sobre “Espiritualidade do Padre Diocesano”. Faleceu na França lembrando o Brasil, em 1989.- Pe. Philippe-Mallet, morando em “Brasília Teimosa”, assumindo a pastoral da “classe média”, (com seu cachimbo e sotaque bem pessoal).Foi o primeiro que assumiu coordenar este grupo de padres no Brasil.- Pe. Antônio Maria Guerin, com sua profundidade e entusiasmo. Fez os compromissos definitivos ainda como seminarista; falou-nos da Vida de Equipe e Estudo do Evangelho, vivendo no meio popular, animou e coordenou de modo admirável esta equipe de padres, (chegou até animar o conselho Latino Americano).- Pe. Gildo Gelly redigiu os primeiros Boletins manuscritos, e enviava fotocópias para alguém tentar ler. Ele escreveu pelo menos uns 12 fascículos, pois o 1º Boletim, foi organizado pelo coordenador, o então Pe. Esmeraldo, em dezembro de 94, já com o formato que temos hoje. (Eu desejaria recuperar aqueles manuscritos).- Pe. Bruno Bibolet, da Ilha de Itamaracá com a pastoral carcerária. (Mais tarde escreveu o livro Espiritualidade do Padre Diocesano).ITALIANOS:- Pe. Luís Mosconi (motivando as Santas Missões Populares);- Pe. Aldo Gianzon, Pe. Lívio Picolin (homens despojados na “região da cana” vivenciaram uma grande espiritualidade);- Pe. Luiz Canal, com seu jeito meigo e simpático participava com seriedade. (Ajudou o Pe. Esmeraldo que foi eleito Coordenador Nacional. Mas quando saiu a nomeação de Dom Esmeraldo, assumiu a coordenação);- Pe. Hermínio Canova: Profecia junto ao Sindicato, (devido tantas atividades 'sumiu do mapa' dos encontros nacionais, mas sempre participou da Equipe de Base, só reaparecendo em 2013);- Pe. Egídio Bisol: pároco em São José do Egito, (eu nem sabia que existia um santo com este nome). Ele escutava a nós os seminaristas e dava uma palavra com estímulo.BELGAS eram dois: Pe. Luís Vandale e Pe. Léo:- Pe. Léo Denis, engenheiro com capacidade sem igual. (Com as lentes dos seus óculos, envelhecidas pelo tempo, fazia o Pe. Vasco imitá-lo nos anos seguintes, cantando: “Seduziste-me Senhor”).

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ALEMÃES:- Pe. Gunter Ferdinand Bee e Pe. Alfonso Blumenfeld, contando como chegaram ao Brasil, vindos da Alemanha para 'conhecerem a América', foram para Juruti!BRASILEIROS:- Pe. Esmeraldo, jovem presbítero de Amargosa que tinha acabado de passar por uma cirurgia; (com a experiência missionária, deu um grande impulso ao Prado);- Pe. Vasco, de Conquista (que imitava seu reitor de Brasília, com seu sorriso peculiar);- Pe. Cid (Possidônio) vindo de Belém e trazia a experiência do Norte;- Pe. Reginaldo, que cantava e encantava (com salmos e cânticos bíblicos);- E tantos outros, todos num dormitório comum, com janelas de vidro onde a luz, durante a noite, era resplandecente.Entre os seminaristas profetas: Lucas e Murilo de Natal e Waldir da Paraíba. O assunto predominante era a formação no Rio de Janeiro. Outro assunto que 'pipocava' era o SERENE II. Eu, não entendendo, perguntei se teria um SERENE I.PRADO para mim era uma relva, lembrando o cântico: “Verdes prados e belas montanhas”, que acabávamos de aprender com o reitor de Vitória, o então Pe. Geraldo Lyrio Rocha. Foi assim que interpretei quando o saudoso professor de exegese, Pe. Marcelo Cortey presenteando-me com subsídio, convidou-me para participar do encontro de Camocim. (Na verdade, o convidado teria sido outro colega, mas como foi pedido a ele para sair do seminário, colocaram meu nome).Depois vieram outras Semanas famosas.1986: Apipucos em Recife,(ondeoutros padres foram se associando ao único grupo existente no Brasil: Mons. Duque, Pe. Antenor, e os que eram jovens seminaristas: Pe. Orlando, Pe. Edivalter, Pe. Sérgio Braga, Pe. Neivaldo e tantos outros. Neste ano celebrou-se a beatificação de Antônio Chevrier. Em 1987: a Semana foi no Marista, Recife; tudo foi início.Vinte e oito anos se passaram. Agora somos um Prado multiplicado em Regionais imensos e belos, cada um com sua peculiaridade, e temos nossas Equipes de Base neste país continental. O Papa Francisco já nos alertava: “Vocês brasileiros tem uma riqueza tão grande no povo, o Brasil tem regiões tão bonitas... Vocês não podem unificar tudo numa única linha... É preciso que haja uma coordenação da Igreja, mas também é preciso que cresça a diversidade das Regiões”. Por isso nas nossas Igrejas Particulares ou nas nossas Províncias Eclesiásticas, somos mais que exortados; somos convocados como Padres Diocesanos, irmãos a exercitar o discernimento do melhor modo possível para a vida em Equipe.

Pe. Aldir: [email protected]

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II - ESTUDO DO EVANGELHO - (Pe. Antônio Maria Guerin)

A VIDA DE EQUIPE E OS CONSELHOS EVANGÉLICOS

Os Pradosianos do Regional Nordeste II

partilharam sobre a sua vivência dos Conselhos

Evangélicos e sobre a maneira em que a vida de

equipe ajuda a viver a pobreza, a obediência e a

castidade.

A POBREZA

“Jesus Cristo, embora fosse rico, se tornou pobre por causa de vocês, para com a sua

riqueza enriquecer a vocês” (2 Cor 8, 9).

“Ah, como eu queria uma Igreja pobre e para os pobres!”A postura e as

palavras do Papa Francisco convidam todos os Pradosianos a uma maior

coerência de vida em fidelidade ao carisma de Antônio Chevrier que fundou uma

família de padres pobres a serviço dos pobres. Nossa equipe pradosiana nos

incentiva para que entremos nesta construção de uma Igreja onde todos os

excluídos se sintam acolhidos e amados.

Nossa equipe nos ajuda a acolher a pobreza evangélica, crendo que Jesus é a

nossa riqueza. Ela nos faz viver em comunhão com Jesus pobre e com os pobres e

excluídos que nos cercam. O Quadro de Saint Fons, tantas vezes meditado nos

encontros, nos incentiva a uma constante avaliação: Nossa casa nos faz próximo dos

pobres? Eles se sentem bem quando vem nos visitar? A maneira de nos vestir, inclusive

com as vestes litúrgicas, atende ao apelo de Antônio Chevrier quando nos convida a nos

contentar com o necessário e a viver na simplicidade?

A pobreza espiritual, como a pobreza material, nos dá uma maior liberdade

para sermos disponíveis para acolher todos os tipos de excluídos: Idosos, enfermos,

deficientes mentais, vítimas de preconceito, comunidades mais pobres.

As partilhas nas reuniões, como as revisões de vida nos questionam sempre:

Nosso dinheiro é mesmo “o dinheiro dos pobres”? “O verdadeiro pobre de Jesus Cristo

vai sempre cortando, diminuindo. Aquele que tem o Espírito do mundo vai sempre

acrescentando, aumentando” (VD 295). “Contentar-se com o necessário” (VD 294).

Reconhecemos que a sociedade de consumo faz a nossa cabeça e muitas vezes, orienta

as nossas escolhas. Precisamos dos irmãos que como o Papa Francisco nos incentiva a ir

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contracorrente para seguir Jesus e o Evangelho.

São Paulo trabalhava: “Irmãos, vocês ainda se lembram dos nossos trabalhos e

fatigas. Pregamos o Evangelho a vocês trabalhando de noite e de dia, a fim de não

sermos de peso para ninguém” (1ª Tes 2, 9). A nossa equipe nos questiona sempre sobre

a qualidade do nosso trabalho pastoral, mas também sobre os trabalhos que somos

chamados a realizar para ganhar o nosso pão sem depender das ofertas dos Sacramentos.

A CASTIDADE

“Abrir nossos braços a todos, sem fechá-los sobre ninguém” (Regra de Taizé).

Viver a pobreza evangélica nos ajuda a ter um maior equilíbrio na nossa

afetividade. Pobreza e castidade nos ajudam a sermos mais humanos, mais

compreensivos e mais humildes.

A vida fraterna, a amizade, os momentos de lazer, as partilhas realizadas

durante nossos encontros, os Estudos do Evangelho, as Revisões de Vida, nos ajudam a

ter uma sexualidade mais tranquila, uma castidade mais feliz, vendo a mulher como

complemento do homem, irmã, companheira, colaboradora, amiga e não como um

perigo. Como é bom poder conversar, desabafar sabendo que pode confiar nos irmãos,

sem ser julgado ou condenado!

A equipe nos ajuda a ter um maior equilíbrio de vida. Ela nos faz descobrir e

viver as duas dimensões do amor que são essenciais para uma vida humana equilibrada:

Um amor exclusivo. Para nós que fomos chamados a uma doação total, Jesus

Cristo é o centro de nossa vida, é a nossa vida. Temos por ele um amor

apaixonado. É o que o Padre Chevrier expressa no Verdadeiro Discípulo:

“Quem encontrou Jesus Cristo, encontrou o maior tesouro. Não coloca nada

acima de Jesus Cristo. Deixa tudo para possuir Jesus Cristo. Não queira agradar

senão a Jesus Cristo” (VD 114-115).

Um amor universal. O amor exclusivo leva a ampliar o coração da gente. Isto faz

que haja em nós um lugar para todos: crianças, jovens e adultos, pessoas idosas

e enfermas, homossexuais, lésbicas e pessoas com a sexualidade ferida,

excluídos de todo tipo.

A vida de equipe nos faz experimentar o que é a família espiritual. “Devemos

encontrar nesta família tudo o que se encontra numa verdadeira família: o amor, a união,

o apoio, a caridade, todos os cuidados espirituais e temporais que são necessários a cada

um dos membros, sem ter necessidade de ir procurar fora o que é necessário para as

necessidades da alma e do corpo” (VD 152). Na vida de equipe recebemos o cêntuplo

?

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que Jesus prometeu, vendo a vivência da castidade em vista do Reino, caminho de

fecundidade, de liberdade para um amor universal que leva a dar a vida.

São Paulo reconhece: “Gerei vocês em Jesus Cristo através do Evangelho” (1ª Cor 4,15).

Reconhecemos que mesmo partilhando pouco sobre a nossa castidade, a nossa

vida afetiva, que às vezes são um tabu, a vida fraterna é uma grande ajuda.

A OBEDIÊNCIA

“Não vim para fazer a minha vontade. Mas a vontade daquele que me enviou”.

No Evangelho de João, Jesus nos mostra o que é obedecer à vontade do Pai,

custe o que custar. A nossa tendência é agir segundo os nossos desejos, impulsos,

segundo a nossa vontade. A vida de equipe nos faz discernir a vontade de Deus a nível

pessoal, pastoral, como a nível eclesial para poder tomar as decisões certas, segundo o

Espírito. Assim somos mais capazes de escutar o nosso povo que se expressa nos

conselhos pastorais e administrativos e na vida das comunidades. A equipe nos faz

obedecer ao nosso povo, nos livrando mais do autoritarismo e clericalismo que

bloqueiam, ferem e desrespeitam.

A equipe nos coloca numa atitude de respeito, diálogo e obediência em relação

ao nosso Bispo e em relação às decisões da nossa diocese, mesmo discordando. Como a

equipe pradosiana é importante nos momentos de crise pessoal ou diocesana! “Pedimos

que Deus lhes conceda pleno conhecimento de sua vontade, com toda a sabedoria e

discernimento que vêm do Espírito”(Col 1,9).

Antônio Chevrier nos mostra o caminho da verdadeira obediência nos capítulos

do Verdadeiro discípulo “Renunciar ao seu espírito” (VD 211-234); “Renunciar a sua

vontade” (VD 256-261).

Juntos, aprendemos, também, a ter o cuidado de reconhecer a mediação humana

como necessária e relativa. A autoridade do nosso Bispo e dos nossos responsáveis é

necessária e em mesmo tempo relativa! Pois quem absolutiza o relativo, relativiza o

absoluto!

Reconhecemos que os dons de Deus que são a pobreza, a castidade e a

obediência são ligados. Eles se completam. É difícil viver um sem viver os outros. É

somente olhando para Jesus, nos deixando guiar pelo Espírito e enriquecidos pela vida

fraterna que poderemos aprender como acolher e viver estes dons.

Pe. Antônio Maria Guerin: [email protected].

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III –FORMAÇÃO PERMANENTE - Pe. Sérgio Braga Neto (Amargosa)Equipe de base, Irmãos que exercitam a revisão de vida.

Como já vimos anteriormente, o fundamento da vida da Equipe de base supera e ultrapassa as motivações humanas, temos que contar com elas, mas não são estas razões suficientes para sustentar a missão que recebemos.

O fundamento da v i d a e m E q u i p e é o Evangelho que nos foi dado a conhecer na Pessoa de Jesus Cristo e a missão de fazê-lo conhecido a todos os h o m e n s , d e m o d o preferencial aos pobres.

O objetivo central da equipe é tornar seus membros verdadeiros discípulos, lugar da escuta da Vontade de Deus que se dá a conhecer na Palavra, na vida da Igreja e no exercício mesmo de nosso ministério apostólico. Deste modo o nº 38 de nossas Constituições assim nos recomenda: “Procuraremos também olhar a vida dos homens à luz da palavra de Deus para nela reconhecer a presença e apelos de Jesus Cristo afim de, colaborar na sua ação e de poder anunciar aos homens a Boa Nova da salvação”. A PersbyterorumOrdinis no nº13 afirma que “os sacerdotes atingem a santidade pelo próprio exercício do seu ministério, realizado sincera e infatigavelmente no Espírito de Cristo”. Ora, é justamente na vida concreta, que o presbítero encontra a matéria prima da Revisão de Vida. Os fatos de sua vida pastoral, envolvendo o povo de Deus, pessoas concretas que na trama da história cotidiana vivem a acolhida e resistências a vontade Divina.No dinamismo missionário da vida, Deus está presente, pelo seu Espírito e nos fala ao coração por um olhar contemplativo, como reza ainda o nº38 de nossas constituições: “Estamos convencidos de que um olhar contemplativo sobre a vida, constantemente avivado e purificado na oração, é uma fonte de conhecimento de Jesus Cristo e do dinamismo missionário”. A revisão de vida nos permite a um olhar Teologal, isto é, enxergar o mundo a nossa volta com o olhar de Deus, que deseja salvar o mundo por amor; Deus amou tanto o mundo que enviou seu próprio Filho(Jo 3,16).Este olhar pastoral nos faz discernir a vontade de Deus e sua presença no mundo e nas realidades particulares de nossa vida. Neste sentido a revisão de vida não pode ser um olhar moralista ou uma visão ideologizada da realidade, mas aquela atitude humilde do

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discípulo que quer conhecer, por em pratica o querer benevolente de Deus.A Equipe de base, não é uma instância de julgamento dela mesma, nem de outras realidades, mas um lugar Teologal onde realiza a escuta atenta do Mestre para melhor cooperar eficazmente como apóstolo, em vista do bem da comunidade cristã e a construção do Reino de Deus no mundo.Se é verdade que a missão da Igreja é desenvolver ao longo da história a mesma missão de Cristo, que foi enviado para

anunciar a Boa Nova aos pobres; como nos diz o Concílio Vaticano II (AG nº5), é missão nossa discernir a luz da Palavra de Deus, aqueles caminhos que nos aponta o próprio Espírito de Deus, rumo ao Reino definitivo.A prática da Revisão de Vida nos introduz no jeito mesmo de Jesus Cristo formar seus discípulos; atentos aos acontecimentos corriqueiros e a vontade do Pai, Jesus formava e conduzia os discípulos na vida missionária e quando voltavam da missão, os ajudavam a perceber o Reino de Deus ai presente.Em geral, não é um hábito espiritual da maioria das pessoas, o cultivo o discernimento da Vontade de Deus nos fatos da vida, iluminados pela Escritura, isto custa de certo modo, um tempo, onde se perceba sua importância e necessidade. Com a prática regular em nossa Equipe de base, vamos pouco a pouco percebendo a força educadora dela, quando nos dispomos a sermos discípulos missionários numa realidade tão desafiadora para a evangelização como nossos dias.A revisão de vida nos coloca diante de uma atitude de fé. Cremos que Deus toma a iniciativa de comunicar sua graça salvadora no hoje de seus filhos e filhas, por isso aqueles que procuram discernir sua iniciativa, se coloca numa atitude humilde e sincera de servidor da palavra, e numa atitude de confiança, se deixa guiar pelos apelos do Espírito de Deus que da realidade advém.Há ainda na prática da Revisão de Vida uma dimensão eclesial profunda, que leva a equipe de base a se perceber como Igreja. É que este exercício não se realiza sozinho, ele supõe os irmãos de caminhada na fé, sem os quais é impossível a realização, com sua metodologia de partilha de vida, acolhida da vida do outro, escuta da palavra do Evangelho, discernimento e acolhida da vontade de Deus na vida pessoal, vida missionária (exercício de nosso ministério) e a vida da Igreja.Podemos afirmar que para o Discípulo- Apóstolo, há dois livros que precisam permanentemente serem lidos: a Sagrada Escritura e a vida dos homens e mulheres, por que em ambos estão expressão da vontade de Deus a nosso respeito. Continuamos atentos e sedentos Daquele que tem palavras de vida eterna.Iaçu, Fevereiro de 2013.

Pe. Sérgio Braga Neto: [email protected]

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IV - TESTEMUNHO: Pe. Carlos Dallospedale.

Como a Revisão de Vida atua no grupo

Boa Vista, 02 de setembro de 2013

“Irmãos que exercitam o discernimento”Na hora em que pensava tirar uma folga dos

meus trabalhos cotidianos, para me preparar a outros compromissos, que provavelmente me serão cobrados nas minhas férias de setembro-outubro próximo, em minha Diocese de origem, chegou, inesperada, a solicitação do Pe. Aldir para um testemunho sobre “Revisão de Vida”, a ser publicado no Boletim do Prado. A primeira reação

foi de “O não!” também pelo fato que a Revisão de Vida não é tão frequente no nosso grupo de Roraima! Limitamo-nos mais ao Estudo do Evangelho. Logo em seguida, porém, senti a responsabilidade de dar a nossa colaboração, por pobre que seja para o enriquecimento da família do Prado. Então procurei, no meu caderno, uma das revisões de vida aí registrada, cujo tema foi “A Eucaristia e a Comunidade”. Participaram desta Revisão de Vida, 8 padres e 3 leigas. Sendo o grupo um pouco grande, dividimos em 3 pequenos grupos, com uma leiga em cada grupo.

Refletimos, primeiro, o sentido da R.de V., porque alguns estavam fazendo esta experiência pela primeira vez.“Um olhar contemplativo sobre a vida, constantemente avivado e purificado na oração, é uma fonte de conhecimento de Jesus Cristo e de dinamismo missionário” (Const.Nº 38).Uma grande motivação, esta, para quem deseja de verdade se tornar “discípulo e discípula de Cristo”!ESCOLHA DO FATO:

Cada grupo escolheu um fato. Os três fatos escolhidos podem ser sintetizados numa frase: “vida que contradiz a Eucaristia”. Nós celebramos a Eucaristia, mas somos verdadeiramente Eucaristia? Bom pão para os outros?Primeiro fato:T., uma jovem,se aproxima de um grupo de oração de sua comunidade: Se entrosa, se identifica com o grupo, se doa totalmente, até assumir o papel de líder dentro do grupo. Convence também a mamãe a participar, porque aí parece ter encontrado uma luz para sua vida. No grupo se celebra normalmente a Eucaristia, tida como prática essencial à vida cristã. A Eucaristia, que é de toda a comunidade, segue também um “louvor”, que é característico do grupo.Tudo funciona maravilhosamente bem. De repente,porém, aparecem as decepções, pois na vida do dia-a-dia, a comunhão que é celebrada na Eucaristia, não é de fato bem vivida:

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aparecem divisões, conflitos, invejas..., e a líder T. sofre humilhações, rebaixamentos, mágoas. Até com amigos mais estreitos acontecem rachas. A mamãe permanece no grupo, mas a filha se afasta. Não se reconhece mais naquele “mundo de hipocrisia” onde há muito louvor, mas também uma certa superficialidade nas relações mútuas. “A Eucaristia, visa a profundidade e não a superficialidade”, desabafa N.

Segundo fato:O Pe. P. é pároco no interior do Estado. Muitas famílias vêm de fora, são desenraizadas, não tem experiência de comunidade. Nas capelas não costuma guardar o Santíssimo, não há ministro da Eucaristia e as pessoas não dão Valor à Eucaristia. Acham demais uma Missa mensal. Por qualquer motivo desmarcam a celebração Eucarística. Assim aconteceu em uma das visitas à comunidade de C.: o Pe. ficou chateado, por ter feito viagem perdida e até ficou esbravejando contra o povo de “cabeça dura”.

Terceiro fato:A tesoureira de uma comunidade da capital tem o costume de fazer desaparecer dinheiro da comunidade. O fato fica conhecido pelo pároco e por demais membros da coordenação. Não dizem nada para a pessoa, mas simplesmente a substituem, para que não seja tentada novamente a repetir aquele gesto desagradável e prejudicial para a comunidade toda. O que estará por trás da vida destas pessoas? Que problema pode ela estar vivendo?

ILUMINAÇÃO:Cada grupo trouxe para o plenário vários textos bíblicos que muito ajudaram a tudo enxergar com os “olhos” de Deus. Para não me encompridar exageradamente, me limitarei a citar 3 textos:

- Mt19,16-22: “...O moço, ouvindo essa palavra, saiu pesaroso, pois era possuidor de muitos bens”.O jovem rico é um bom candidato da superficialidade: nem quer ver a realidade da própria vida. Para avançar na intimidade com Deus, é necessário o conhecimento autêntico de si e de Deus. A isto nos ajuda a prática eucarística, mergulho no amor divino. Eucaristia, não é barulho, mas silêncio. Se tornar discípulos: isto sim dá motivo de fazer festa, celebrando a Eucaristia! O amor de Deus vem de dentro para fora e não viceversa!

- Mc 4,4: “Uma parte da semente caiu a beira do caminho”.A afetividade, a sentimentalidade, não deixa por raízes, não deixa conhecer as pessoas. A gente pode se sentir bem num grupo por algum tempo, mas depois podem aparecer desentendimentos e rachas inexplicáveis.A afetividade precisa ter raízes na racionalidade, no conhecimento, na espiritualidade.

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- Mt 5,45: “Não penseis que vos acusarei diante do Pai; Moisés é o vosso acusador”.Não adianta acusar ninguém, pois é a consciência de cada um que vai acusar. Melhor encontrar a sabedoria de Deus e resolver a situação dentro da caridade.

Outros textos citados:- Lc 17,10: “Quando tiverdes cumprido todas as ordens, dizei: somos servos inúteis”.

- Fil2,2-11: “Levai à plenitude minha alegria, pondo-vos de acordo no mesmo sentimento, no mesmo amor, numa só alma, num só pensamento, nada fazendo por competição e vanglória, mas com humildade, julgando cada um, outros superiores a si mesmo.Tende em vós o mesmo sentimento de Cristo Jesus:..., esvaziou-se a si mesmo e assumiu a condição de servo..., humilhou-se e foi obediente até a morte e morte de cruz”.

- Jo 13,15: “Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, também vós o façais”.

- Jo 6,34: “Eu sou o Pão da Vida”. Jesus é o modelo para nós: se tornar bom pão, comida boa para os outros.

- Lc 22,19: “Fazei isto em minha memória”.- Const.Nº 2: “Foi o mistério da Encarnação que me converteu”.- Const. Nº 9: “Ir com Cristo ao Presépio, para aí nos fazermos pobres”.

- Mt18,15: “Se teu irmão pecar, vai corrigi-lo a sós”. Encontra primeiro a pessoa, para salvaguardar sua dignidade.

- Col3,13: “Revesti-vos de sentimentos de compaixão...perdoando-vos mutuamente”.

O AGIR:Somos chamados a discernir a vontade de Deus também na vida pastoral. Ocorre:- Saber silenciar e escutar;- Conhecer bem os que ficam conosco;- Agir com prudência;- Ter Envolvimento;- Rezar juntos: pedir a Fé que cura.Conclusão:“NA VERDADE JAVÉ ESTÁ NESTE LUGAR E EU NÃO O SABIA” (Gn28,16).Em qualquer Comunidade ou situação em que nós estejamos, aquele pode ser o lugar da nossa íntima experiência de Deus, lugar da nossa Eucaristia.

Grupo Roraima\Óbidos. Pe. Carlos Dallospedale: [email protected].

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V–PRADO NO MUNDO –Pe. José Aristeu (Diamantina)

ASSEMBLEIA GERAL DO PRADO 2013-Convicções Limones t , 19 Julho 2013.

«ANUNCIAR AOS POBRES A RIQUEZA DE JESUS CRISTO»

1. Membros da Associação dos padres do Prado, nós tivemos nossa Assembleia Geral em Limonest de 02 a 19 de Julho de 2013. Nós éramos cinquenta e sete, vindos de quatro Continentes e de vinte países do mundo, enviados pelos mil duzentos e cinquenta pradosianos presentes em cinquenta países , aproximadamente.«Eu Paulo que sou o último de todos os cristãos, recebi a graça de anunciar aos pagãos a insondável riqueza de Cristo, e de pôr em plena luz como é que Deus realiza o mistério tido escondido desde sempre nele, o criador do universo» (Ef 3, 8-9).

«Vós conheceis, de fato, a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que sendo rico por vós, se fez pobre a fim de vos enriquecer com sua pobreza»(2 Cor 8,9).«Foi meditando na noite de Natal sobre a pobreza de nosso Senhor Jesus Cristo e no seu rebaixamento entre os homens, que eu decidi deixar tudo e viver o mais pobremente possível. Foi o mistério da encarnação que me converteu» (Antônio Chevrier, processo, artigo 20).

2.Durante os três primeiros dias de nossa Assembleia, nós tomamos tempo para nos escutar mutuamente, relatando o que tínhamos testemunhado. Poderíamos parafrasear o começo da primeira carta de São João para darmo-nos conta do espírito de nossos trabalhos a partir do tema da assembleia? O que nós escutamos, o que nós vimos com nossos olhos, o que nós contemplamos e tocamos da Palavra de Deus encarnada na vida dos homens no mundo de hoje, sobretudo dos pobres..., isso nós queremos anunciar a vocês também a fim de que também estejam em comunhão conosco. E nossa comunhão é comunhão com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo. E nós escrevemos isto para vocês para sua alegria seja completa e que vocês sejam cheios do dom inestimável, e da alegria na fé.

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I - Com os pobres, nós acolhemos a riqueza de Jesus Cristo

3. A riqueza de Jesus Cristo nos é revelada pela fé, dada por graça, como um belo presente de Deus a fim de que nós o anunciemos a todos os homens (Rom 1, 1-9; Ef 3, 8-9). Como São Paulo nós podemos dizer que nós recebemos a graça de

conhecer a insondável riqueza de Jesus Cristo e o chamado para sermos discípulos e apóstolos para anunciá-la. Esta graça e este chamado são nossa vida e nossa alegria. Guiados pelo carisma de Padre Chevrier que desejava formar apóstolos pobres e padres pobres para os pobres, na comunhão com toda a Igreja, nós nos comprometemos, com toda liberdade e confiança, com Jesus Cristo, pois nós acreditamos que Ele é a vida, a Verdade e o Caminho que leva à Salvação.

4.Discípulos daquele que por nós se fez pobre, rico que era, a fim de nos enriquecer com sua pobreza, nós desejamos nos fazer próximos dos pobres. Quando nós falamos dos pobres, o fazemos na fé em Jesus Cristo, o Único Mestre que nós buscamos melhor conhecer, melhor seguir, melhor amar. Pois dos pobres não se pode dar definições, mas encontrá-los. Eles são pessoas, rostos, corações... que nós conhecemos, estão do nosso lado, com eles convivemos e cujas pobrezas são inumeráveis (econômicas, sociais, psicológicas, espirituais...). E quando nós reconhecemos e aceitamos nossas próprias pobrezas, é-nos mais fácil estar próximos deles. Compartilhando a vida dos pobres, conhecendo-os, respeitando-os e amando-os, nós podemos contemplar neles a obra de Deus que nos ultrapassa.

5. «Nós não nos sentimos intimidados pelas condições dos tempos que nós vivemos. Nosso mundo é cheio de contradições e desafios, mas ele continua sendo criação de Deus, ferido certamente pelo mal, mas sempre amado por Deus, no qual pode germinar de novo a semente da Palavra para dar fruto novo... com a contemplação do mistério de Deus, o outro símbolo de autenticidade da nova evangelização é o rosto do pobre. Pôr-se ao lado daquele que é ferido da vida, não é somente um exercício de sociabilidade, mas é antes de tudo um fato espiritual. Pois, no rosto do pobre resplandece o rosto mesmo de Cristo (Mt 25,40)» (Sínodo sobre a Nova Evangelização 2012, números 6 e 12).6.Os pobres frequentemente são aquelas e aqueles que nos incomodam, que nos importunam... Assim, eles nos lembram de que Jesus Cristo ele mesmo, tomou esta atitude de pobre que incomoda, que perturba a ordem social e as consciências tranquilas

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dos fariseus, escribas e chefes do povo, os ricos: “Simão, tu vês aquela mulher?» (Lc 7,44). Ele morreu na cruz porque foi acusado de blasfêmia, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos. Para Jesus não há pobres bons ou maus pobres. A todos ele promete o Reino, «Felizes vós os pobres: o Reino de Deus vos pertence!» (Lc 6,20).

7.Entre os pobres, alguns são frequentemente, antes de nós mesmo, discípulos e apóstolos. Chamados, erguidos, perdoados, libertados, curados pelo Cristo, são os pobres que se põem no seguimento dele. (cf. Bartimeu, Marcos 10).Com eles nós aprendemos a acolher a riqueza de Jesus Cristo e eles mesmos nos ajudam a reconhecê-la, a acolher em todos os pobres, que acreditam ou não, cristãos ou não cristãos. São eles que mais frequentemente nos permitam de melhor descobrir e conhecer a riqueza de Cristo.

8. No Evangelho, Jesus nos faz descobrir e compreender que os pobres são os preferidos de Deus, os primeiros em seu Reino. Não que Deus seja parcial, mais seu amor pelos homens começa pelos últimos, pelos mais fracos, mais frágeis, os que são geralmente mais ignorados, os mais rejeitados, os mais desprezados nas famílias, nas sociedades, e mesmo dentro das igrejas.«A opção preferencial pelos pobres» é uma graça no coração da evangelização no mundo deste tempo.

9. «As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens deste tempo, os pobres, sobretudo e todos os que sofrem, são também as alegrias e esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo, e não há nada que seja verdadeiramente humano que não encontre eco em seus corações. Sua comunidade, com efeito, é edificada com homens reunidos no Cristo, conduzidos pelo Espírito Santo em sua caminhada para o Reino do Pai, e portadores de uma mensagem de salvação que é preciso propor a todos. A comunidade dos cristãos se reconhece, portanto, real e íntimamente solidária com o gênero humano e com sua história...»(Gaudium et Spes,1).

II- Com os pobres, nós compartilhamos a riqueza de Jesus Cristo

10. A riqueza de Jesus Cristo é a verdadeira resposta de Deus às expectativas, aos desejos e à esperança dos homens, resposta superabundante que convida a buscar mais longe, a cavar o mais profundo (cf. Efésios 3,20). O Padre Chevrier falava «de pobres, ignorantes e pecadores». Pode-se dizer hoje que ser pobre é «nada ter, nada saber, nada ser» e, portanto, estar na expectativa de bens, de conhecimento de dignidade?

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11. No coração de todo ser humano não existiria também um desejo profundo mais além de toda condição, de toda cultura, «o desejo de Deus», o desejo do conhecimento e da comunhão com sua vida?Nos encontros de Jesus, todas aquelas e aqueles que vêm a ele, com o peso de suas vidas, se descobrem próximos, amigos, filhas e filhos amados de Deus.

12.Na escuta da vida dos membros do Prado pelo mundo, frequentemente nós escutamos os co-irmãos darem testemunho desta «fundamental esperança»,que descobrem, percebem, contemplam...na vida das pessoas na plena realidade de suas pobrezas, de suas dependências, e mesmo de suas desesperanças no nível social, econômico e político.

13.A riqueza de Jesus Cristo é ser Filho de Deus, e tudo o que nos revelou de Deus seu Pai e do Espírito Santo. Por Ele, a riqueza de amor e de comunhão da vida trinitária se abre a todo ser humano, sem excessão.«.... O mistério do homem não se esclarece verdadeiramente senão no mistério do Verbo encarnado...Novo Adão, o Cristo, na revelação mesma do mistério do Pai e do seu amor, manifesta plenamente o homem a ele mesmo e lhe revela a sublimidade de sua vocação...» ( Gaudium et Spes,22,1).

14. A Riqueza de Jesus Cristo é sua Encarnação, sua vinda, na carne, nas condições ordinárias da vida dos homens... «E o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Ó mistério inefável! Deus está conosco, Deus veio falar conosco, ele veio habitar entre nós para falar conosco e nos instruir. O que Ele havia feito antigamente, passando por assim dizer rapidamente, ele o fez nestes últimos tempos de uma maneira mais perceptível e durável. Ele tomou, Ele mesmo a forma humana a fim de habitar conosco, e ter o tempo de falar conosco, e de nos dizer tudo aquilo que o Pai queria nos ensinar por Ele. Nós não somos seres abandonados por Deus. Nós temos um Deus que é para nós um verdadeiro Pai, que ama seus filhos, e quer os instruir e salvar» (Antônio Chevrier, Verdadeiro Discípulo, 62-63).

15. A riqueza de Jesus Cristo são os atos e as palavras de Jesus. A vida inteira de Jesus expressa a vontade de salvação de Deus e realiza já esta salvação. Desde o começo de seu ministério público, Jesus manifesta-se como Aquele por quem «hoje» se cumpre o

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que os profetas anunciaram (Lc 4,16). Para Ele, a acolhida, a escuta, a compaixão, a liberdade frente a todas as instituições, são os sinais concretos da chegada do Reino de Deus. Ele atende aos pedidos..., mas sempre comprometendo as pessoas num caminho de conversão.

16.A riqueza de Jesus Cristo é a sua morte e sua ressurreição, quer dizer, sua Encarnação até o fim, o Mistério Pascal. A morte e a ressurreição de Jesus esclarece definitivamente o destino do homem... «Pois é Ele nossa Paz, Ele que dos dois povos fez um só, destruindo a barreira que os separava, e suprimindo em sua carne o ódio, esta Lei de preceitos com suas obrigações, para recriar, em sua pessoa, os dois em um só Homem Novo, fazer a paz e os reconciliar com Deus, ambos em um só corpo pela sua cruz: em sua pessoa ele matou o ódio. Então Ele veio proclamar a paz, paz para vocês que estavam longe e paz para aqueles que estavam perto: por Ele nós temos com efeito ambos, em um só Espírito, livre acesso junto do Pai ( Ef 2,14-18).

«Sofrendo por nós, ele não somente deu o exemplo para caminharmos em seus passos, mas Ele nos abriu um caminho novo: se nós o seguimos, a vida e a morte se tornam santos e adquirem um novo sentido...Tal é a qualidade a grandeza do mistério do homem, este mistério que a Revelação cristã faz brilhar aos olhos das pessoas de fé. É, pois, pelo Cristo e no Cristo, que se esclarece o enigma da dor e da morte, que fora do seu Evangelho, nós destroi. O Cristo ressuscitou, por sua morte, ele venceu a morte e nos deu vida abundante para que feitos filhos no Filho, nós pudéssemos clamar: Abba, Pai!» (Gaudium et Spes, 22, 3 e 6).

17.A riqueza de Jesus Cristo é o dom de seu Espírito (e se suas obras), que nos fazem viver hoje as bem-aventuranças e pelo qual (Espírito) nós recebemos já a vida nova.«Recriado conforme a imagem do Filho, primogênito de uma multidão de irmãos, o cristão recebe «as primícias do Espírito», que o tornam capaz de cumprir a lei nova do amor. Por este Espírito «penhor da herança» é todo o homem que é renovado na esperança da «Redenção do corpo»: «Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vós, Aquele que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos dará igualmente a vida a vossos corpos mortais, por seu Espírito que habita em vós». E isto não vale somente para os que crêem em Cristo, mas para todos os homens de boa vontade, em cujos corações invisivelmente age a graça. Com efeito, já que o Cristo morreu por todos, e que a vocação última do homem é realmente única, isto é divina, nós devemos

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reconhecer que o Espírito oferece a todos, de uma maneira que Deus sabe, a possibilidade de ser associados ao Mistério Pascal» (Gaudium et Spes 22,5). «É o Espírito Santo que produz em nós Jesus Cristo. O Pai que nos cria, o Filho que nos mostra a verdade, o caminho, ele é nossa luz, mas o Espírito Santo nos dá o amor, no-Lo faz amar, e quem ama compreende, quem ama sente, quem ama pode agir. O Espírito Santo termina, pois, aquilo que Jesus Cristo começou» (Antônio Chevrier, carta 93, Escritos Espirituais, 100).

18. Com os pobres nós compartilhamos esta riqueza de Jesus Cristo. Nós partilhamos a graça da vocação divina que nos é revelada, a dignidade de filhos de Deus que nos constitui irmãos e irmãs de todos os homens. Nós partilhamos a alegria de ser alguém aos olhos de Deus, alguém com suas pobrezas. Nós sabemos que não somos mais abandonados de Deus. Nós partilhamos a alegria de ser perdoados, de renascer. Nós partilhamos a esperança diante do fracasso, da provação e da morte. Com os pobres, nós partilhamos a fé, a esperança e amor que inspiram as lutas pela libertação, pela justiça e pela paz. Nós partilhamos o compromisso de todos os homens de boa vontade, que os acompanham, os apoiam e os encorajam. Para nós, é um combate em que Deus mesmo nos arma de força, fortalecendo em nós o homem interior (Ef 3,16).

III- Com os pobres nós testemunhamos a riqueza de Jesus Cristo

19. Em nossa Assembleia, nós relatamos como nos nossos diferentes ministérios pelo mundo, nós acompanhamos e somos acompanhados pelos pobres que se sentem eles também responsáveis e encarregados de testemunhar a riqueza de Jesus Cristo. Em fraternidade e em comunidade com eles, nós fazemos a experiência do encontro pessoal com Cristo ressuscitado. Estamos convictos que esta experiência pessoal nos mantem sempre no caminho da conversão e que ela se fundamenta no testemunho. É graças ao Estudo do Evangelho, à Oração, à Revisão de Vida, que permanece viva e atual esta experiência.

20. É antes de tudo em nossas assembleias dominicais, nas nossas equipes de movimentos, em nossos grupos de partilha da vida dos homens e da Palavra de Deus, nas nossas Comunidades Eclesiais de Base, nos nossos serviços de solidariedade, nas nossas famílias..., que estes e estas que o descobriram, devem anunciar a riqueza de Jesus Cristo. Nós temos a convicção e fazemos a experiência que os pobres são capazes de acolher a Palavra de Deus, e de responder a ela, e que eles enriquecem a Igreja, grande divercidades de vocações e de maneiras de se fazer discípulos de Jesus Cristo. Nós somos felizes de pertencer ao Instituto dos Padres do Prado que nos ajuda a permanecer ligados a Jesus Cristo, e a guardar vivo em nós o desejo e a busca da pobreza segundo o Evangelho; a estudar o Evangelho e falar dele para que os mais humildes o compreendam; a alimentar em nós e expandir ao nosso redor a alegria da fé.

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21. É a Igreja real, com suas pobrezas e incoerências, seu dinamismo e sua fidelidade, que é em Cristo, de alguma maneira, o sacramento da união íntima com Deus e da união de todo o gênero humano, isto é, sinal e meio do encontro com o Cristo Ressuscitado (cf. Lumem Gentium,25). «A natureza profunda da Igreja se expressa na tríplice tarefa: anúncio da Palavra de Deus (Kerygma-Martyria), celebração dos Sacramentos (Leitourgia), serviço da caridade (Diakonia). São três tarefas intercomplementares, que não podem ser separadas uma da outra. A caridade não é para a Igreja uma espécie de atividade, de assistência social que se poderia também deixar aos outros; mas ela pertence à sua natureza, é uma expressão de sua essência mesma, à qual ela não pode renunciar» (Bento XVI, Deus é Amor, 25).

22.As três dimensões inseparáveis da missão da Igreja nos colocam sob a condução do Espírito, sobre o caminho da unidade e da comunhão. Nas comunidades cristãs, enquanto o Evangelho é proclamado, o Cristo se revela como Verdade, Caminho e Vida; enquanto os sacramentos são celebrados, o Espírito torna presente o Mistério Pascal, nos faz membros do Corpo de Cristo, e nos envia, nos faz ir ao encontro dos pobres; enquanto a caridade é vivida, o Cristo ele próprio se faz, na história, compaixão de Deus para todo homem e todos os homens.

23. Pelos caminhos da comunhão, nós compreendemos que Deus nos pede construir comunidades que sejam sinais da novidade do Evangelho, e onde se possa ver que a fé contradiz os critérios de discriminação e de exclusão e cria relações alegres, fraternas e animadas de esperança, relações novas das quais os pobres são chamados a serem também atores. Nós somos conscientes que as dificuldades são numerosas, que a cultura atual conduz mais ao individualismo e à idolatria, e nós confessamos o pecado pessoal e estrutural que entrava a realização do projeto de Deus: sede de proveito injusto, exploração das pessoas, desprezo da natureza, pilhagem das riquezas da criação...Mas, nós confessamos também que a presença e a ação de Deus não cessam de trabalhar para a libertação integral dos homens e de todo homem. «Pois a criação inteira espera com impaciência a revelação da glória dos Filhos de Deus...»: as pessoas e grupos numerosos que se comprometem e se engajam junto aos mais necessitados. As pessoas e os grupos que denunciam situações injustas que produzem a miséria..., e lutam para eliminá-las, e às vezes até o dom total da vida!

24. Queremos permanecer com Maria, meditando as maravilhas que Deus Pai nos fez conhecer em seu Filho que o Espírito renova constantemente neste mundo, primícias de toda plenitude da vida eterna, à qual todos os homens são chamados.

Pe. José Aristeu Vieira: [email protected]

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VI - NOTÍCIAS: Pe. Raimundo Vanthuy Neto

SESSÃO NACIONAL , 09-13 DE SETEMBRO DE 2013“ANUNCIAR A INSONDÁVEL RIQUEZA DE JESUS CRISTO AOS

POBRES”.MAR GRANDE/SALVADOR - BA.

Bendito seja o Mestre Senhor Jesus CristoQue nasceu pobre humilde em Belém, para o nosso Bem.Que por nós se entregou numa cruz nossa vida e luzPão do céu sobre nosso altar, refeição pascal.Ele era, ele é, e ainda vem para sempre amém!

No dia 09 de setembro de 2013, às 20 horas o coordenador Pe. Roberto fez a abertura da Sessão Nacional e apresentou o cronograma do encontro. Pe. Antônio Maria falou da oportunidade de partilha das diversas situações que Prado de nosso país tem passado (morte do Pe. Reinan, a experiência de Porto Velho e outras).

Estavam presentes: Conselho Geral: Pe. Xosé Xulio (Lyon - França) e Pe. José Aristeu Vieira que voltou ao Brasil; Pe. Sérgio Giacomelli (Florianópolis - SC); Pe. José do Patrocínio Santos (Garanhuns - PE), Pe. Antônio Gonçalves Anchieta, (Vitória da Conquista - BA); Pe. Antônio Maria Guerin e Pe. Alexandre Magno Jardim (João Pessoa - PB); Pe. Francisco Possiano Silva (Campina Grande - PB); Pe. Atílio Santuliana, Pe. Carlos Dallospedale, Pe. Luiz Fontana ePe. Raimundo Vanthuy Neto (Boa Vista - RR); Pe. Alfonso Blumenfeld, Pe. Gunter Fernando Bee, (Óbidos - PA);Pe. Paulo Sergio Mourão, Pe. Genivaldo Marcolan Laquini,Pe. Juarez Delorto Secco e Pe. Olímpio Andrade Sobrinho (Cachoeiro de Itapemirim - ES); Pe. Ailton Menegussi, Pe. Aldir Roque Lóss, Pe. Orlando Uliana e Pe. Edson Alexandre dos Santos (São Mateus - ES); Pe. Jesus Bento Fioresi, (Colatina - ES); Pe. Antenor Lourenço Santos, Pe. Sérgio Braga Santos Neto, Pe. Neivaldo Carvalho Santos (Amargosa - BA); Pe. Aderbal Galvão de Sousa (Salvador - BA); Pe. Filip Jacques Cromheeckee e Pe. Gabriel dos Santos Filho (Porto Velho); Pe. José Vasconcelos dos Santos, Pe. Nilo Vicente Ferraz Lopes (Conquista - BA); Pe. Inácio Sérgio Siqueira de Lima, Pe. Paulo Catarino Silva Santos, Pe. Raimundo Soares Santos, Pe. Roberto Oliveira Silva e Pe. Sidney Marques da Silva (Jequié - BA); Pe. José Ramalho Jesus Santos, Pe. Léo Denis, Pe. Ednaldo Gonçalves Silva (Paulo Afonso - BA); Pe. Jocleilson Sebastião da Silva, Pe. Paulo Sérgio Conegundes Câmara, Pe. Paulo Raimundo dos Santos (Conquista) e Pe. Ubirajara Oliveira Ramos (Barreiras - BA). Pe. Everaldo (Amargosa), Pe. Nilo (Vitoria da Conquista).

10 de SETEMBRO 2013Inicia-se o dia com o Estudo do Evangelho (Rm 1,1-9). Pe. Olímpio e Pe. Filip partilham

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o estudo pessoal. Pe. Filip se entende como desconhecedor do povo a qual foi chamado, mas se apresenta como apóstolo e indica os diversos rostos como da Past. Carcerária.- Pe. Xosé Xúlio, conselheiro geral, apresenta o tema: “Anunciar a insondável riqueza de Jesus Cristo aos pobres”, dizendo: “Trago uma boa acolhida do superior geral do Prado”. Ele está visitando todo o Prado do Brasil.

Depois da Eucaristia, à noite partilhou-se as comunicações da coordenação nacional: 1. Pe. Roberto comunica a dificuldade de ficar na coordenação, dado que será responsável da formação do seminário em Belo Horizonte. 2. Sendo esta sessão de formação e não de eleição, a questão foi levada ao Conselho Geral, que achou por bem indicar alguém, pois é um mandato de dois anos. Para isso foi levado em conta o processo que o Prado do Brasil vai fazendo em função de um Prado erigido, logo seria bom um membro desta comissão do diretório que já estava constituída. O nome indicado foi o Pe. Aldir Lóss.

11 de SETEMBRO 2013O estudo do Evangelho é nosso primeiro trabalho. (Ef 3, 1-13). Partilham com o grupo: Pe. Edson: Diante de Paulo, reverenciar a graça de anunciar a insondável riqueza de Cristo, no ministério de Paulo, nós contemplamos nosso ministério de anunciar Cristo aos pobres.Pe. Léo: Os judeus eram os dispensários da salvação, quem quisesse entrar, tinha que se tornar judeu. Paulo diz: os pagãos são herdeiros das promessas de Jesus Cristo, essa é a grande riqueza.

À noite Pe. Xosé Xúlio retoma o tema da escolha de um novo conselheiro. E bom que seja de compromisso definitivo. A eleição de mais um conselheiro amplia a reflexão do conselho nacional. Foi eleito Pe. Antônio Maria.Reflete-se sobre o Ano Pradosiano, cujo acompanhamento será feito pelo Pe. Aristeu, em Minas Gerais, de fevereiro a dezembro 2014. O mês pradosiano será com a companhia de Pe. Sérgio Braga.

12 de SETEMBRO 2013Estudo do evangelho. (Col. 1, 23-29, 2.7) Partilham conosco: Pe. Luiz: Paulo proclama Cristo princípio de tudo, eu também preciso me deixar ser escolhido por Cristo todos os dias. Paulo apenas quer enraizar os cristãos de Colosso: A graça de anunciar sua presença viva e ajudar a crescer na maturidade de Cristo. Pe. Afonso: Paulo se dirige aos pobres, os destinatários de sua riqueza, para que sejam anunciadores a outros... Os de fora se tornam os de dentro. Cristo transmite sua própria dinâmica aos pobres. Isso acontece se penetrarmos no amor de Deus. Paulo diz: “estou feliz de ver a fé de Jesus Cristo em vocês, esperança da glória”.

Pe. José Xulio retoma o tema, aprofundando: FORMAR COMUNIDADES DE DISCIPULOS. Depois da partilha dos grupos, apresenta um novo texto: Servir a Jesus

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Cristo e aos pobres. Na Eucaristia celebrada às 17 horas, os padres: Sérgio Giacomelli e Paulo Sérgio Mourão fizeram seus compromissos temporários.À noite: Pe. Roberto agradece o conselho e equipe do diretório, diz da alegria do crescimento do Prado no Brasil, com as equipes de 1ª formação: duas na Bahia, uma de Vitória da Conquista, uma do Espírito Santo, uma no Pará (Santarém).- Dois sinais: Fidelidade à vida de equipe, lembrando que é algo constitutivo da vida pradosiana. Colaboração financeira. Pe. Alberto passará ao Pe. Orlando (do Espírito Santo). Quem mais ajuda é Pe. Bruno Bibollet com sua aposentadoria. A cotização é uma diária do seu salário por ano. - Pe. Sérgio: a vida financeira é uma das exigências do Prado erigido que é sua automanutenção. Pe. Juarez lembra o papel da equipe de base nesta partilha.- A primeira formação é um itinerário vocacional, aqui entra a maturidade do carisma. - As visitas: no Espírito Santo, no encontro estadual da Bahia, na Paraíba, Florianópolis, Recife, Paulo Afonso e Barreiras.

- Experiência missionária em Porto Velho. Pe. Gabriel: Saudações da parte de Dom Esmeraldo, minha ida para a missão Deus preparou ha muito tempo. Tinha feito uma experiência em Santarém, e com Dom Murilo tudo se formulou e fui enviado como Igreja de Salvador. Fui para ajudar no seminário e tudo no que toca a formação na Arquidiocese. Somos 17 seminaristas (Porto Velho, Humaitá, Guajará-Mirim, Lábrea...), o curso teológico seminarístico. Pe. Felipe: chegamos no final do ano passado para uma experiência missionária com os seminaristas, fazemos tudo em conjunto. Assumi uma paróquia de centro em Porto Velho, muito organizada e grande, essa paróquia dá uma assistência a um grande hospital, acompanho 03 casas de dependentes químicos.

13 de SETEMBRO 2013Após a Santa Missa da manhã foram feitos os encaminhamentos. Para finalizar a Sessão Nacional, partilharam-se as datas das Semanas de Espiritualidade 2014 nos Regionais.(Resumo do Relatório feito por Pe. Vanthuy).

Pe. Raimundo Vanthuy Neto (Boa Vista - RR) [email protected].

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VII - ECONOMIA: Pe. Juarez

C a r o s i r m ã o s pradosianos refletindo sobre nossa ú l t ima Sessão em Mar Grande-BA, refletindo também, sobre nossos propósitos e pretensões futuras de erigir o nosso Prado, possibilitando dar um passo a mais, confiando na graça de Deus e na benevolência dele para conosco, resolvi escrever um pouco sobre a nossa missão na Igreja e no mundo a partir das Constituições da nossa Associação e da nossa r e s p o n s a b i l i d a d e equacional com o Prado.

As constituições nos números 17 e 18 deixam claro que a nossa missão é ser: Sacramento de Cristo que veio “anunciar a Boa Nova aos pobres, proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, o recobrar da vista, mandar em liberdade os oprimidos, proclamar um ano de graça do Senhor”.A Igreja é chamada a entrar neste mesmo caminho: anunciar o Evangelho aos pobres a fim de comunicar os frutos da salvação a todos os homens. A “Associação dos Padres do Prado” participa nesta Missão ajudando os seus membros a percorrer o caminho de discípulo e apóstolo de Jesus Cristo. Ela deve por isso avivar constantemente neles, seja qual for a sua situação, o dinamismo do Espírito que levava Cristo a procurar as cidades e as aldeias, proclamando a Boa Nova do Reino e curando todas as enfermidades. A “Associação dos Padres do Prado deve também, como instituição, procurar e propor iniciativas missionárias em função das necessidades dos pobres a fim de que o povo de Deus viva mais profundamente o amor preferencial de Cristo pelos pobres”.

Como executar essa linda missão que Deus nos confia? No seu tempo padre Antônio Chevrier tendo seu propósito no coração correu atrás e foi em frente para conseguir seus objetivos e Deus o ajudou, tanto é que seus ensinamentos chegaram até nós aqui. E agora somos nós os comprometidos em ser discípulos e apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo.

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Acredito que todos nós podemos e devemos colaborar com essa missão, sabemos das dificuldades que cada um encontra no seu ministério, mas nesse momento o Prado precisa de nós no sentido de nos mantermos financeiramente e ajudarmos a divulgação do Prado no Brasil, para isso acontecer é necessário a sua colaboração, é o que pedimos a todos os pradosianos de compromisso provisório e definitivo para sermos independentes financeiramente e assim poder projetar a Ereção do Prado no Brasil.

Falando mais propriamente da questão financeira, onde o Prado investiria a nossa colaboração? Para atingirmos os objetivos e a missão do Prado no Brasil é necessário investirmos em viagens, nos boletins, no site do Prado e outras despesas deliberadas pelo conselho nacional que nós elegemos.

O nosso compromisso no Prado é total, e queremos que esta graça que conhecemos e procuramos viver, e que nos ajuda no nosso ministério chegue a outros padres e leigos, para isso é necessário a nossa corresponsabilidade, já sabemos a quantidade do nosso compromisso, é só calcular um dia de nossa côngrua e assim fazermos o nosso depósito na conta do Prado no Brasil, ou conforme combinamos na sessão a equipe de base calcule, recolha e repasse esse valor para o Prado nacional.

Vamos juntos assumir este compromisso! Nós somos o Prado, e o Prado é nossa responsabilidade. Queremos muito que ele cresça na sua missão de “procurar e propor iniciativas missionárias em função das necessidades dos pobres a fim de que o povo de Deus viva mais profundamente o amor preferencial de Cristo pelos pobres” (Const. 17). Confiantes em nosso compromisso e na nossa responsabilidade que Deus nos ajude a fazer crescer o Prado no Brasil, assim como ajudou o Padre Chevrier em outros tempos.

Mas como o compromisso do Prado é com o anúncio do Evangelho e com os pobres quem sabe um dia, também, pensando neste compromisso de enviarmos ajuda financeira aos padres que passam necessidade na Missão mais longínquas, não podemos pensar só em nós, precisamos nos abrir para a missão e para a integração com os irmãos mais necessitados. Grandioso abraço a todos os irmãos pradosianos.

Pe. Juarez DelortoSecco: [email protected].

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VIII - AGENDA:

SEMANA DE ESPIRITUALIDADE 2014:

06-10/01/14 L II: Santa Isabel ES: Pe. Antônio Maria. 13-16/01/14 NE II: Campina Grande PB: Pe. Antônio Maria.22-28/01/14 N: Itaquatiara AM: (Pe. Vanthuy e Pe. Carlos)-Pe. Aldir.22-28/01/14 NE V: São Luís MA: Pe. Olímpio.03-07/02/14 NE III: Mar Grande BA: (Paulo Afonso) - Pe. Léo e Equipe. NO: Porto Velho RO: Pe. Filip.

L II: Diamantina MG: Pe. Aristeu.

22-26/09/2014: Formadores: Terreiro de Jesus, Salvador.24/08-01/09/2015: 9ª Assembleia: Mar Grande BA.

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E X P E D I E N T E: Boletim do Prado do Brasil: Nº 87 / Outubro 2013

Coordenação Nacional: Pe. Aldir Roque Lóss, Pe. Alexandre Magno Jardim, Pe. Antônio Maria Guerin, Pe. Jesus Bento Fioresi, Pe. Roberto Oliveira Silva e Pe. Sérgio Braga Neto.

Tesoureiro: Pe. Orlando Uliana.

Colaboradores na Edição: Pe. Antônio Maria Guerin,Pe. Calos Dalospedalle, Pe Juarez Delorto Secco, Pe. José Aristeu Vieira, Pe. Raimundo Vanthuy Neto e Pe. Sérgio Braga Neto.

Revisão: Pe. Alexandre, Pe. Antônio Maria, Pe. Jesus, Pe. Roberto e Pe. Sérgio.

Atualização de endereços e sugestões: [email protected].

Este Boletim está no Site: www.pradodobrasil.org.br/site.

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Pe. Aldir Roque Lóss

Rua Barão dos Aymorés, 56

29 930-340 São Mateus - ES

Associação dos Padres do Prado do Brasil