Livro Da Ação de Cobrança

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  • 1Da Ao de Cobrana

    DAAO DE COBRANA

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  • 3Da Ao de Cobrana

    Busa Mackenzie Micellazzo

    DAAO

    DECOBRANA

    Teoria, Legislao, Jurisprudncia e Prtica

    4 EdioAno 2000

    LawbooKEditora

  • 4Da Ao de Cobrana

    Copyright by Ozias J. Santos

    Copyright by Lawbook Livros Ltda

    Reviso:

    Lawbook Livros Ltda

    1 Edio 02/19982 Edio 08/1998

    3 Edio 05/19994 Edio 02/2000

    Proibida a reproduo total ou parcial desta obra sem permissoexpressa do editor. ( Lei n 9.610, de 19.02.98)

    Todos os direitos reservados

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    Fone/Fax (011) [email protected]

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    Esta obra dedicada Prof. Dra. Regina Helena Roque.

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    NDICE SUMRIO

    Teoria ..................................................................... 9Ao de cobrana................................................... 11Das provas ............................................................ 14Do procedimento ................................................... 16Processo de Conhecimento .................................... 18Ttulos Executivos .................................................. 20Pedido de falncia .................................................. 25Pedido de Arresto de Bens..................................... 28Inqurito Policial .................................................... 30Legislao ............................................................. 33Cdigo de Processo Civil ....................................... 35Lei dos Juizados Especiais Cveis e Criminais ......... 62Jurisprudncia ........................................................ 85Prtica ................................................................. 401ndice Alfabtico remissivo ....................................439Bibliografia ............................................................453

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    TEORIA

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    AO DE COBRANA

    a que o credor promove judicialmente contra odevedor, objetivando reaver seu crdito, chamando ajuzo, para que pague a obrigao que pode ser decorren-te de contrato, documento assinado, ou qualquer outrocompromisso assumido.

    A cobrana judicial pode ser feita por meios:

    a) Diretos, sendo o processo de execuo e a co-brana ordinria;

    b) Indiretos, como o pedido de falncia, a aberturade inqurito policial e o arresto.

    Pedro Nunes in Dicionrio de Tecnologia Jurdica,Editora Freitas Bastos, 1994, p. 16, definindo a ao decobrana diz que a que o credor exercita em juzocontra o devedor, para compeli-lo ao pagamento da dvidaque no conste de ttulo.

    Humberto Piragibe Magalhes e Cristovo PiragibeTostes Malta, in Dicionrio Jurdico, Editora Destaque,

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    conceitua a ao de cobrana como a do credor contradevedor, para haver seu crdito. Segue o procedimentocomum (art. 271 do Cdigo de Processo Civil), quando alei no prescreve rito especial. Entretanto, para numero-sas hipteses, prev a lei que a cobrana seja feita pelaforma executiva (Cdigo de Processo Civil, art. 585),aluguis vencidos, cobrana de dvidas decorrentes decondomnio imobilirio etc.

    Temos tambm que ao de carter executivo ouordinrio, conforme o ttulo, que o credor prope parahaver seu crdito (CPC art. 859, I, 1154 ), in DicionrioJurdico, da Academia de Letras Jurdicas, Editora Fo-rense Universitria, edio de 1997).

    De Plcido e Silva, in Vocabulrio Jurdico, EditoraForense, 1998 ensina que ao de cobrana a que re-sulta do chamamento do devedor a juzo para pagamentode obrigao representada em documento assinado pelodevedor ou resultante de qualquer compromisso dele as-sinado, ou decorrente de contrato. Se para o documentofirmado h princpio legal que determine o rtimo daao, tal como o referente a documentos ou ttulos dedvida lquida e certa, a ao ter a denominao que a leilhe assinala. Neste caso, por exemplo, a ao de cobranatoma o nome de executiva. E continua Desse modo, aao de cobrana mostra o direito de exigir o cumpri-mento de uma dvida, resultante de qualquer espcie deobrigao, mediante a qual se mostra obrigado a essepagamento. E finaliza dizendo que as aes de cobrana

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    que no tenham rito especial marcado em lei, como asexecutivas e as de tomadas de contas, tero rito ordin-rio

    Esta ao proposta objetivando-se sentenacondenatria. Busca-se o reconhecimento de seu crditoem processo de cognio e aps obtida a sentena o cre-dor poder propor ao de execuo forada para que odevedor cumpra sua obrigao.

  • 14Da Ao de Cobrana

    DAS PROVAS

    Os meios probatrios na ao de cobrana bemdilatado, pois na fase de instruo o credor deve provar aexistncia e validade de seu crdito, para isso, deve valer-se das provas testemunhais, periciais e documentais, po-dendo ser fotos, fitas gravadas, etc., dando assim o autorelementos suficientes para que o juiz condene o ru nocumprimento da obrigao.

    Alegando-se o crdito, o credor dever ter provaspara v-lo constitudo.

    As provas documentais, estas no devero ser escri-tas, pois se assim o for, ela serve de base para a aomonitria.

    Nesta modalidade de ao, o credor no possui umttulo que represente a dvida, mas tem um conjunto deprovas que far o ru reconhecer a dvida, ou seja, assu-mir a posio de devedor. Assim, a dvida e a origemdevem ser provados.

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    As execues previstas nos arts. 583 e seguintes doCdigo Civil, so aes de cobrana. As aes ordinriaspodem ser de cobrana.

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    DO PROCEDIMENTO

    A ao de cobrana pode ser intentada no processode conhecimento ou no processo de execuo, para tal oCdigo de Processo Civil elenca os seguintes procedi-mentos:

    a) Procedimento executrio, arts. 583 e seguintesdo citado diploma legal;

    b) Procedimento ordinrio, arts. 282 e seguintes doCPC;

    c) Procedimento sumrio, arts. 275 e seguintes doCPC; e

    d) Procedimento sumrio da ao monitria.

    Com o advento da Lei n 9.099, de 26 de setembrode 1995, dos Juizados Especiais Cveis e Criminais,quando devidamente preenchidos os requisitos exigidospor ela, o autor poder optar pelos procedimentos por elaelencados.

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    Fica a critrio do credor a adoo do procedimentona ao de cobrana, observando-se o valor do ttulo querepresenta o dbito ou do crdito, caso no haja docu-mento que comprove a obrigao.

    J na ao executria, esta documentao dever sermais formalizada, como por exemplo a nota promissria,devidamente preenchida, atendendo as exigncias da lei,ou seja, satisfazendo os requisitos de certeza, liquidez eexigibilidade.

    Esta mesma nota promissria, quando no atenderaos requisitos de certeza, liquidez e exigibilidade, estiverindevidamente preenchida ou prescrita, etc., o autor po-der optar pela cobrana atravs de Ao Monitria.

    Deve-se tambm considerar o valor da ao, pois seinferior a quarenta salrios mnimos, pode-se adotar oprocedimento previsto na Lei n 9.099, de 26 de setem-bro de 1995, ou o rito sumrio (art. 275 e sgtes do Cdi-go de Processo Civil.

    Caso o valor seja superior a quarenta salrios mni-mos, ou autor poder abrir mo do excedente, benefici-ando-se com a celeridade do procedimentosumarssimo. Caso contrrio, poder o autor utilizar orito ordinrio ou do procedimento de cognio sumriada ao monitria, porm, havendo embargos, o procedi-mento ordinrio.

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    PROCESSO DE CONHECIMENTO

    O art. 586 do Cdigo de Processo Civil preceituaque:

    A execuo para cobrana de crdito fundar-se-sempre em ttulo lquido, certo e exigvel.

    1. Quando o ttulo executivo for sentena, quecontenha condenao genrica, proceder-se- primeiro sua liquidao.

    2. Quando na sentena h uma parte lquida e outrailquida, ao credor lcito promover simultaneamente aexecuo daquela e a liquidao desta.

    Durante o cotidiano do advogado, surgem documen-tos para serem cobrados, porm muitos desses ttulosexecutivos, muitas vezes se encontram prescritos, comoo cheque, a nota promissria e letra de cmbio, ou comsua formalizao contendo falhas, levando-os a seremconsiderados invlidos por no preencherem os requisi-

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    tos essenciais de certeza, liquidez e exigibilidade do ttu-lo, os quais devero passar pelo processo de conheci-mento.

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    TTULOS EXECUTIVOS

    Os ttulos executivos podem ser judiciais eextrajudiciais, conforme o Cdigo de Processo Civil emseu:

    Art. 584. So ttulos executivos judiciais;

    I - a sentena condenatria proferida no processo civil;

    II - a sentena penal condenatria transitada em jul-gado;

    III - a sentena arbitral e a sentena homologatriade transao ou de conciliao;

    IV - a sentena estrangeira, homologada pelo Supre-mo Tribunal Federal;

    V - o formal e a certido de partilha.

    Pargrafo nico. Os ttulos a que se refere o nmeroV deste artigo tem fora executiva exclusivamente em

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    relao ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessoresa ttulo universal ou singular.

    Assim, a sentena condenatria proferida em pro-cesso civil, a sentena penal condenatria transitada emjulgado, a sentena arbitral e a sentena homologatriade transao ou de conciliao; a sentena estrangeira,homologada pelo Supremo Tribunal Federal e o formalde partilha elencam os ttulos executivos judiciais.

    Quanto aos ttulos executivos extrajudiciais, o C-digo de Processo Civil em seu:

    Art. 585. So ttulos executivos extrajudiciais:

    I - a letra de cmbio, a nota promissria, a duplicata,a debnture e o cheque;

    II - a escritura pblica ou outro documento pblicoassinado pelo devedor; o documento particular assinadopelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento detransao referendado pelo Ministrio Pblico, pelaDefensoria Pblica ou pelos advogados dos transatores;

    III - os contratos de hipoteca, de penhor, deanticrese e de cauo, bem como de seguro de vida e deacidentes pessoais de que resulte morte ou incapacidade;

    IV - o crdito decorrente de foro, laudmio, aluguelou renda de imvel, bem como encargo de condomniodesde que comprovado por contrato escrito;

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    V - o crdito de serventurio de justia, de perito, deintrprete, ou de tradutor, quando as custas,emolumentos ou honorrios forem aprovados por deci-so judicial;

    VI - a certido de dvida ativa da Fazenda Pblica daUnio, Estado, Distrito Federal, Territrio e Municpio,correspondente aos crditos inscritos na forma da lei;

    VII - todos os demais ttulos, a que, por disposioexpressa, a lei atribuir fora executiva.

    1 A propositura de qualquer ao relativa ao dbi-to constante do ttulo executivo no inibe o credor depromover-lhe a execuo.

    2 No dependem de homologao pelo SupremoTribunal Federal, para serem executados, os ttulos exe-cutivos extrajudiciais, oriundos de pas estrangeiro. Ottulo, para Ter eficcia executiva, h de satisfazer osrequisitos de formao exigidos pela lei do lugar de suacelebrao e indicar o Brasil como lugar de cumprimen-to da obrigao.

    Portanto, a letra de cmbio, a nota promissria, aduplicata, a debnture, o cheque, a escritura pblica assi-nada pelo devedor, documento pblico ou particular assi-nado pelo devedor, o documento de transao referenda-do pelo Ministrio Pblico, Defensoria Pblica ou pelosadvogados transatores, os contratos de hipoteca, penhor,anticrese, cauo, seguro de vida e acidentes pessoais

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    que resulte morte ou incapacidade, o crdito decorrentede foro, laudmio, aluguel ou renda de imvel, encargode condomnio comprovado por contrato escrito, crditode serventurio de justia, perito, intrprete, ou de tradu-tor quanto as custas, hemolumentos ou honorrios foremaprovados por deciso judicial, a certido de dvida ativa,e os demais ttulos que por disposio, a lei atribuir foraexecutiva, so ttulos executivos extrajudiciais.

    Deve-se atentar para com os contratos, pois estesdevem, para atender os requisitos de certeza, liquidez eexigibilidade, que devem conter a assinatura das partes ede duas testemunhas, pois, no contendo esse requisito, aassinatura de duas testemunhas, dever passar pelo pro-cesso de conhecimento para adquirir os requisitos ne-cessrios para sua execuo.

    No Cdigo de Processo Civil, encontramos as re-gras para se promover a execuo forada, relativamentes partes figurantes no processo, que so:

    Art. 566. Podem promover execuo forada:

    I - o credor a quem a lei confere ttulo executivo;

    II - o Ministrio Pblico nos casos prescritos em lei.

    Art. 567. Podem tambm promover a execuo, ounela prosseguir.

    I - o esplio, os herdeiros ou os sucessores do cre-

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    dor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido odireito resultante do ttulo executivo;

    II - o cessionrio, quando o direito resultante dottulo executivo lhe foi transferido por ato entre vivos;

    III - o sub-rogado nos casos de sub-rogao legal ouconvencional.

    Art. 568. So sujeitos passivos na execuo:

    I - o devedor, reconhecido como tal no ttulo execu-tivo;

    II - o esplio, os herdeiros ou os sucessores do de-vedor;

    III - o novo devedor, que assumiu, com o consenti-mento do credor, a obrigao resultante do ttulo execu-tivo;

    IV - o oficial judicial;

    V - o responsvel tributrio , assim definido na le-gislao prpria.

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    PEDIDO DE FALNCIA

    Para que se proceda a cobrana pelo meio indireto,do pedido de falncia, h de se considerar a necessidadeda existncia de:

    - Uma obrigao lquida e certa.

    - Que haja a figura de devedor comerciante (de di-reito).

    - Que esteja vencida.

    - Que esteja protestada e no paga.

    - Prova de que o devedor comerciante, por certi-do da Junta Comercial.

    Para tal, estriba-se no Decreto-Lei n 7.661, de 21de junho de 1945, Lei de Falncias, que diz:

    Art. 1. Considera-se falido o comerciante que,

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    sem relevante razo de direito, no paga no vencimentoobrigao lquida constante de ttulo que legitime a aoexecutiva.

    1. Torna-se lquida, legitimando a falncia, a obri-gao provada por conta extrada dos livros comerciais everificada, judicialmente, nas seguintes condies:

    I - a verificao ser requerida pelo credor ao juizcompetente para decretar a falncia do devedor (art. 7) efar-se- nos livros de um ou de outro, por dois peritosnomeados pelo juiz expedindo-se precatria quando oslivros forem de credor domiciliado em comarca diversa;

    II - se o credor requer a verificao da conta nosprprios livros, estes devero achar-se revestidos das for-malidades legais intrnsecas e extrnsecas e a conta com-provada nos termos do art. 23, n 2, do Cdigo Comer-cial;se nos livros do devedor, ser este citado para, em dia ehora marcados, exibi-los em juzo, na forma do dispostono art. 19, primeira alnea, do Cdigo Comercial;

    III - a recusa de exibio ou a irregularidade doslivros provam contra o devedor, salvo a sua destruio ouperda em virtude de fora maior;

    IV - os peritos apresentaro o laudo dentro de trsdias e, julgado por sentena o exame, os respectivos au-tos sero entregues ao requerente, independentementede traslado, no cabendo dessa sentena recurso algum;

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    V - as contas assim verificadas consideram-sevencidas desde a data da sentena que julgou o exame.

    2. Ainda que lquidos, no legitimam o pedido defalncia os crditos que no se possam da mesma recla-mar.

    3. Para os efeitos desta Lei, considera-se obriga-o lquida, legitimando o pedido de falncia, a constantedos ttulos executivos extrajudiciais mencionados no art.15 da Lei n 5.474, de 18 de julho de 1968. (Pargrafoacrescentado pela Lei n 6.458, de 01.11.77)

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    PEDIDO DE ARRESTO DE BENS

    Para que se proceda a cobrana indireta, utilizando-se o pedido de arresto de bens, cumpre observar que:

    - Deve existir uma dvida lquida e certa;

    - A parte devedora demonstre inteno de alienarseus bens de raiz;

    - O devedor demonstre inteno de ausentar-se dodomiclio;

    - A contrao de dvidas extraordinrias por parte dodevedor;

    Tal procedimento est previsto no Cdigo de Pro-cesso Civil, no:

    Art. 813. O arresto tem lugar:

    I - quando o devedor sem domiclio certo intenta

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    ausentar-se ou alienar os bens que possui, ou deixa depagar a obrigao no prazo estipulado;

    II - quando o devedor, que tem domiclio:

    a) se ausenta ou tenta ausentar-se furtivamente;

    b) caindo em insolvncia, aliena ou tenta alienarbens que possui; contrai ou tenta contrair dvidas extraor-dinrias; pe ou tenta por os seus bens em nome de ter-ceiros; ou comete outro qualquer artifcio fraudulento, afim de frustrar a execuo ou lesar credores.

    III - Quando o devedor, que possui bens de raiz, in-tenta alien-los, hipotec-los ou d-los em anticrese,sem ficar com algum ou alguns, livres e desembargados,equivalentes s dvidas.

    IV - nos demais casos previstos em lei.

    H que se fazer prova da dvida lquida e certa. Provatestemunhal se demonstrando o indcios de perigo deinadimplemento.

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    INQURITO POLICIAL

    Outra modalidade de cobrana indireta o pedido deabertura de abertura de inqurito policial, devendo-seatentar para os dispositivos do Cdigo Penal, Art. 171,VI, que diz; Obter, para si ou para outrem, vantagem ilci-ta, em prejuzo alheio, induzindo ou mantendo algumem erro, mediante artifcio, ardil, ou qualquer outromeio fraudulento: ... VI - emite cheque, sem suficienteproviso de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra opagamento, e Gilberto Caldas in A tcnica do Direito,Cobrana Judicial, Editora Brasiliense, 1984, adverteque se o delegado de polcia poder indeferir o requeri-mento, cabe recurso administrativo ao Delegado Geralou Regional, que o Cdigo de Processo Penal denominaChefe de Polcia. Se esta autoridade superior tambmindeferir o requerimento, ou no tomar qualquer provi-dncia, resta ao interessado encaminhar o problema dire-tamente ao Ministrio Pblico, que, se encontrar ele-mentos que o convenam, propor, diretamente a aocriminal, ou, ainda, se julgar necessrio, requisitar aber-tura de inqurito ao Delegado de Polcia. Observe-se que

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    agora a autoridade policial no poder indeferir, pois aquise trata de requisio, e ele dever obedecer por fora deofcio.

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    LEGISLAO

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  • 35Da Ao de Cobrana

    LEI N 5.869, DE 11 DE JANEIRO DE 1973Institui o Cdigo de Processo Civil

    CAPTULO IDA COMPETNCIA

    Art. 86. As causas cveis sero processadas e decididas,ou simplesmente decididas, pelos rgos jurisdicionais, nos limi-tes de sua competncia, ressalvadas s partes a faculdade deinstiturem juzo arbitral.

    Art. 87. Determina-se a competncia no momento em quea ao proposta. So irrelevantes as modificaes do estadode fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quandosuprimirem o rgo judicirio ou alterarem a competncia emrazo da matria ou da hierarquia.

    Art. 91. Regem a competncia em razo do valor e damatria as normas de organizao judiciria, ressalvados oscasos expressos neste Cdigo.

    Art. 94. A ao fundada em direito pessoal e a ao funda-da em direito real sobre bens mveis sero propostas, em regra,no foro do domiclio do ru.

    1. Tendo mais de um domiclio, o ru ser demandadono foro de qualquer deles.

    2. Sendo incerto ou desconhecido o domiclio do ru,ele ser demandado onde for encontrado ou no foro do domic-lio do autor.

    3. Quando o ru no tiver domiclio nem residncia noBrasil, a ao ser proposta no foro do domiclio do autor. Seeste tambm residir fora do Brasil, a ao ser proposta emqualquer foro.

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    4. Havendo dois ou mais rus, com diferentes domiclios,sero demandados no foro de qualquer deles, escolha do autor.

    Art. 100. competente o foro:I - da residncia da mulher, para a ao de separao dos

    cnjuges e a converso desta em divrcio, e para a anulao decasamento. (Redao dada ao inciso I pela Lei n 6.515/77).

    II - do domiclio ou da residncia do alimentando, para aao em que se pedem alimentos;

    III - do domiclio do devedor, para a ao de anulao dettulos extraviados ou destrudos;

    IV - do lugar:a) onde est a sede, para a ao em que for r a pessoa

    jurdica;b) onde se acha a agncia ou sucursal, quanto s obriga-

    es que ela contraiu;c) onde exerce a sua atividade principal, para a ao em

    que for r a sociedade, que carece de personalidade jurdica;d) onde a obrigao deve ser satisfeita, para a ao em que

    se lhe exigir o cumprimento;V - do lugar do ato ou fato:a) para a ao de reparao do dano;b) para a ao em que for ru o administrador ou gestor de

    negcios alheios.Pargrafo nico. Nas aes de reparao do dano sofrido

    em razo de delito ou acidente de veculo, ser competente oforo do domiclio do autor ou do local do fato.

    CAPTULO III DO PROCEDIMENTO SUMRIO

    Art. 275. Observar-se- o procedimento sumrio: (Reda-o dada ao caput pela Lei n 9.245, de 26.12.95, com vign-cia a partir de 26.02.96)

    I - nas causas, cujo valor no exceder 20 (vinte) vezes omaior salrio mnimo vigente no Pas;

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    II - nas causas, qualquer que seja o valor:a) de arrendamento rural e de parceria agrcola;b) de cobrana ao condmino de quaisquer quantias devi-

    das ao condomnio;c) de ressarcimento por danos em prdio urbano ou rstico;d) de ressarcimento por danos causados em acidente de

    veculo de via terrestre;e) de cobrana de seguro, relativamente aos danos causa-

    dos em acidente de veculo, ressalvados os casos de processode execuo;

    f) de cobrana de honorrios dos profissionais liberais,ressalvado o disposto em legislao especial;

    g) nos demais casos previstos em lei. (Redao dada aoinciso pela Lei n 9.245, de 26.12.95, com vigncia a partir de26.02.96)

    Art. 276. Na petio inicial, o autor apresentar o rol detestemunhas e, se requerer percia, formular quesitos, podendoindicar assistente tcnico. (Redao dada pela Lei n 9.245, de26.12.95, com vigncia a partir de 26.02.96)

    Art. 277. O juiz designar a audincia de conciliao a serrealizada no prazo de trinta dias, citando-se o ru com a antece-dncia mnima de dez dias e sob a advertncia prevista no 2deste artigo, determinando o comparecimento das partes. Sen-do r a Fazenda Pblica, os prazos contar-se-o em dobro.(Redao dada pela Lei n 9.245, de 26.12.95, ret. em04.01.96, com vigncia a partir de 26.02.96)

    1. A conciliao ser reduzida a termo e homologadapor sentena, podendo o juiz ser auxiliado por conciliador. (Pa-rgrafo acrescentado pela Lei n 9.245, de 26.12.95, com vi-gncia a partir de 26.02.96)

    2. Deixando injustificadamente o ru de comparecer audincia, reputar-se-o verdadeiros os fatos alegados na peti-o inicial (art. 319), salvo se o contrrio resultar da prova dos

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    autos, proferindo o juiz, desde logo, a sentena. (Pargrafoacrescentado pela Lei n 9.245, de 26.12.95, com vigncia apartir de 26.02.96)

    3. As partes comparecero pessoalmente audincia,podendo fazer-se representar por preposto com poderes paratransigir. (Pargrafo acrescentado pela Lei n 9.245, de26.12.95, com vigncia a partir de 26.02.96)

    4. O juiz, na audincia, decidir de plano a impugnaoao valor da causa ou a controvrsia sobre a natureza da deman-da, determinando, se for o caso, a converso do procedimentosumrio em ordinrio. (Pargrafo acrescentado pela Lei n9.245, de 26.12.95, com vigncia a partir de 26.02.96)

    5. A converso tambm ocorrer quando houver neces-sidade de prova tcnica de maior complexidade. (Pargrafoacrescentado pela Lei n 9.245, de 26.12.95, com vigncia apartir de 26.02.96)

    Art. 278. No obtida a conciliao, oferecer o ru, naprpria audincia, resposta escrita ou oral, acompanhada dedocumentos e rol de testemunhas e, se requerer percia, formula-r seus quesitos desde logo, podendo indicar assistente tcnico.(Redao dada pela Lei n 9.245, de 26.12.95, com vigncia apartir de 26.02.96)

    1. lcito ao ru, na contestao, formular pedido emseu favor, desde que fundado nos mesmos fatos referidos nainicial. (Redao dada pela Lei n 9.245, de 26.12.95, comvigncia a partir de 26.02.96)

    2. Havendo necessidade de produo de prova oral eno ocorrendo qualquer das hipteses previstas nos arts. 329 e330, I e II, ser designada audincia de instruo e julgamentopara data prxima, no excedente de trinta dias, salvo se houverdeterminao de percia. (Redao dada pela Lei n 9.245, de26.12.95, com vigncia a partir de 26.02.96)

    Art. 279. Os atos probatrios realizados em audincia po-

  • 39Da Ao de Cobrana

    dero ser documentados mediante taquigrafia, estenotipia ououtro mtodo hbil de documentao, fazendo-se a respectivatranscrio se a determinar o juiz. (Redao dada pela Lei n9.245, de 26.12.95, com vigncia a partir de 26.02.96)

    Pargrafo nico. Nas comarcas ou varas em que no forpossvel a taquigrafia, a estenotipia ou outro mtodo de docu-mentao, os depoimentos sero reduzidos a termo, do qualconstar apenas o essencial. (Pargrafo acrescentado pela Lein 9.245, de 26.12.95, com vigncia a partir de 26.02.96)

    Art. 280. No procedimento sumrio:I - no ser admissvel ao declaratria incidental, nem a

    interveno de terceiro, salvo assistncia e recurso de terceiroprejudicado;

    II - o perito ter o prazo de quinze dias para apresentaodo laudo;

    III - das decises sobre matria probatria, ou proferidasem audincia, o agravo ser sempre retido. (Redao dada pelaLei n 9.245, de 26.12.95, com vigncia a partir de 26.02.96)

    Art. 281. Findos a instruo e os debates orais, o juizproferir sentena na prpria audincia ou no prazo de dez dias.(Redao dada pela Lei n 9.245, de 26.12.95, com vigncia apartir de 26.02.96)

    SEO VDA PROVA DOCUMENTAL

    Subseo IDa fora probante dos documentos

    Art. 364. O documento pblico faz prova no s da suaformao, mas tambm dos fatos que o escrivo, o tabelio, ouo funcionrio declarar que ocorreram em sua presena.

    Art. 365. Fazem a mesma prova que os originais:I - as certides textuais de qualquer pea dos autos, do

    protocolo das audincias, ou de outro livro a cargo do escrivo,sendo extradas por ele ou sob sua vigilncia e por ele subscritas;

  • 40Da Ao de Cobrana

    II - os traslados e as certides extradas por oficial pblico,de instrumentos ou documentos lanados em suas notas;

    III - as reprodues dos documentos pblicos, desde queautenticadas por oficial pblico ou conferidas em cartrio, comos respectivos originais.

    Art. 366. Quando a lei exigir, como da substncia do ato, oinstrumento pblico, nenhuma outra prova, por mais especialque seja, pode suprir-lhe a falta.

    Art. 367. O documento, feito por oficial pblico incompe-tente, ou sem a observncia das formalidades legais, sendosubscrito pelas partes, tem a mesma eficcia probatria do do-cumento particular.

    Art. 368. As declaraes constantes do documento parti-cular, escrito e assinado, ou somente assinado, presumem-severdadeiras em relao ao signatrio.

    Pargrafo nico. Quando, todavia, contiver declarao decincia, relativa a determinado fato, o documento particular pro-va a declarao, mas no o fato declarado, competindo ao inte-ressado em sua veracidade o nus de provar o fato.

    Art. 369. Reputa-se autntico o documento, quando o ta-belio reconhecer a firma do signatrio, declarando que foiaposta em sua presena.

    Art. 370. A data do documento particular, quando a seurespeito surgir dvida ou impugnao entre os litigantes, provar-se- por todos os meios de direito. Mas, em relao a terceiros,considerar-se- datado o documento particular:

    I - no dia em que foi registrado;II - desde a morte de algum dos signatrios;III - a partir da impossibilidade fsica, que sobreveio a

    qualquer dos signatrios;IV - da sua apresentao em repartio pblica ou em

    juzo;V - do ato ou fato que estabelea, de modo certo, a ante-

    rioridade da formao do documento.

  • 41Da Ao de Cobrana

    Art. 371. Reputa-se autor do documento particular:I - aquele que o fez e o assinou;II - aquele, por conta de quem foi feito, estando assinado;III - aquele que, mandando comp-lo, no o firmou, por-

    que, conforme a experincia comum, no se costuma assinar,como livros comerciais e assentos domsticos.

    Art. 372. Compete parte, contra quem foi produzidodocumento particular, alegar, no prazo estabelecido no art. 390,se lhe admite ou no a autenticidade da assinatura e a veracidadedo contexto; presumindo-se, com o silncio, que o tem porverdadeiro.

    Pargrafo nico. Cessa, todavia, a eficcia da admissoexpressa ou tcita, se o documento houver sido obtido por erro,dolo ou coao.

    Art. 373. Ressalvado o disposto no pargrafo nico doartigo anterior, o documento particular, de cuja autenticidade seno duvida, prova que o seu autor fez a declarao, que lhe atribuda.

    Pargrafo nico. O documento particular, admitido expres-sa ou tacitamente, indivisvel, sendo defeso parte, que pre-tende utilizar-se dele, aceitar os fatos que lhe so favorveis erecusar os que so contrrios ao seu interesse, salvo se provarque estes se no verificaram.

    Art. 374. O telegrama, o radiograma ou qualquer outromeio de transmisso tem a mesma fora probatria do docu-mento particular, se o original constante da estao expedidorafoi assinado pelo remetente.

    Pargrafo nico. A firma do remetente poder ser reconhe-cida pelo tabelio, declarando-se essa circunstncia no originaldepositado na estao expedidora.

    Art. 375. O telegrama ou radiograma presume-se confor-me com o original, provando a data de sua expedio e dorecebimento pelo destinatrio. (Redao dada pela Lei n5.925/73).

  • 42Da Ao de Cobrana

    Art. 376. As cartas, bem como os registros domsticos,provam contra quem os escreveu quando:

    I - enunciam o recebimento de um crdito;II - contm anotao, que visa a suprir a falta de ttulo em

    favor de quem apontado como credor;III - expressam conhecimento de fatos para os quais no se

    exija determinada prova.Art. 377. A nota escrita pelo credor em qualquer parte de

    documento representativo de obrigao, ainda que no assina-da, faz prova em benefcio do devedor.

    Pargrafo nico. Aplica-se esta regra tanto para o docu-mento, que o credor conservar em seu poder, como para aqueleque se achar em poder do devedor.

    Art. 378. Os livros comerciais provam contra o seu autor. lcito ao comerciante, todavia, demonstrar, por todos os meiospermitidos em direito, que os lanamentos no correspondem verdade dos fatos.

    Art. 379. Os livros comerciais, que preencham os requisi-tos exigidos por lei, provam tambm a favor do seu autor nolitgio entre comerciantes.

    Art. 380. A escriturao contbil indivisvel: se dos fatosque resultam dos lanamentos, uns so favorveis ao interessede seu autor e outros lhe so contrrios, ambos sero considera-dos em conjunto como unidade.

    Art. 381. O juiz pode ordenar, a requerimento da parte, aexibio integral dos livros comerciais e dos documentos doarquivo:

    I - na liquidao de sociedade;II - na sucesso por morte de scio;III - quando e como determinar a lei.Art. 382. O juiz pode, de ofcio, ordenar parte a exibio

    parcial dos livros e documentos, extraindo-se deles a suma queinteressar ao litgio, bem como reprodues autenticadas.

  • 43Da Ao de Cobrana

    Art. 383. Qualquer reproduo mecnica, como a fotogr-fica, cinematogrfica, fonogrfica ou de outra espcie, faz provados fatos ou das coisas representadas, se aquele contra quem foiproduzida lhe admitir a conformidade.

    Pargrafo nico. Impugnada a autenticidade da reprodu-o mecnica, o juiz ordenar a realizao de exame pericial.

    Art. 384. As reprodues fotogrficas ou obtidas por ou-tros processos de repetio, dos documentos particulares, va-lem como certides, sempre que o escrivo portar por f a suaconformidade com o original.

    Art. 385. A cpia de documento particular tem o mesmovalor probante que o original, cabendo ao escrivo, intimadas aspartes, proceder conferncia e certificar a conformidade entrea cpia e o original.

    1. Quando se tratar de fotografia, esta ter de ser acom-panhada do respectivo negativo.

    2. Se a prova for uma fotografia publicada em jornal,exigir-se-o o original e o negativo.

    Art. 386. O juiz apreciar livremente a f que deva merecero documento, quando em ponto substancial e sem ressalva con-tiver entrelinha, emenda, borro ou cancelamento.

    Art. 387. Cessa a f do documento, pblico ou particular,sendo-lhe declarada judicialmente a falsidade.

    Pargrafo nico. A falsidade consiste:I - em formar documento no verdadeiro;II - em alterar documento verdadeiro.Art. 388. Cessa a f do documento particular quando:I - lhe for contestada a assinatura e enquanto no se lhe

    comprovar a veracidade;II - assinado em branco, for abusivamente preenchido.Pargrafo nico. Dar-se- abuso quando aquele, que rece-

    beu documento assinado, com texto no escrito no todo ou emparte, o formar ou o completar, por si ou por meio de outrem,violando o pacto feito com o signatrio.

  • 44Da Ao de Cobrana

    Art. 389. Incumbe o nus da prova quando:I - se tratar de falsidade de documento, parte que a

    argir;II - se tratar de contestao de assinatura, parte que

    produziu o documento.LIVRO IIDO PROCESSO DE EXECUOTTULO IDA EXECUO EM GERALCAPTULO IDAS PARTESArt. 566. Podem promover a execuo forada:I - o credor a quem a lei confere ttulo executivo;II - o Ministrio Pblico, nos casos prescritos em lei.Art. 567. Podem tambm promover a execuo, ou nela

    prosseguir:I - o esplio, os herdeiros ou os sucessores do credor,

    sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito resul-tante do ttulo executivo;

    II - o cessionrio, quando o direito resultante do ttuloexecutivo lhe foi transferido por ato entre vivos;

    III - o sub-rogado, nos casos de sub-rogao legal ouconvencional.

    Art. 568. So sujeitos passivos na execuo (Redaodada pela Lei n 5.925/73):

    I - o devedor, reconhecido como tal no ttulo executivo;II - o esplio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;III - o novo devedor, que assumiu, com o consentimento

    do credor, a obrigao resultante do ttulo executivo;IV - o fiador judicial;V - o responsvel tributrio, assim definido na legislao

    prpria.Art. 569. O credor tem a faculdade de desistir de toda a

    execuo ou de apenas algumas medidas executivas.

  • 45Da Ao de Cobrana

    Pargrafo nico. Na desistncia da execuo, observar-se- o seguinte:

    a) sero extintos os embargos que versarem apenas sobrequestes processuais, pagando o credor as custas e os honor-rios advocatcios;

    b) nos demais casos, a extino depender da concordn-cia do embargante. (Redao dada ao pargrafo nico pela Lein 8.953, de 13.12.94)

    Art. 570. O devedor pode requerer ao juiz que mande citaro credor a receber em juzo o que lhe cabe conforme o ttuloexecutivo judicial, neste caso, o devedor assume, no processo,posio idntica do exeqente.

    Art. 571. Nas obrigaes alternativas, quando a escolhacouber ao devedor, este ser citado para exercer a opo erealizar a prestao dentro em 10 (dez) dias, se outro prazo nolhe foi determinado em lei, no contrato, ou na sentena.

    1. Devolver-se- ao credor a opo, se o devedor no aexercitou no prazo marcado.

    2. Se a escolha couber ao credor, este a indicar napetio inicial da execuo.

    Art. 572. Quando o juiz decidir relao jurdica sujeita condio ou termo, o credor no poder executar a sentenasem provar que se realizou a condio ou que ocorreu o termo.

    Art. 573. lcito ao credor, sendo o mesmo o devedor,cumular vrias execues, ainda que fundadas em ttulos diferen-tes, desde que para todas elas seja competente o juiz e idntica aforma do processo.

    Art. 574. O credor ressarcir ao devedor os danos queeste sofreu, quando a sentena, passada em julgado, declararinexistente, no todo ou em parte, a obrigao, que deu lugar execuo.

  • 46Da Ao de Cobrana

    CAPTULO IIDA COMPETNCIA

    Art. 575. A execuo, fundada em ttulo judicial, proces-sar-se- perante:

    I - os tribunais superiores, nas causas de sua competnciaoriginria;

    II - o juzo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdio;III - o juzo que homologou a sentena arbitral;IV - o juzo cvel competente, quando o ttulo executivo for

    a sentena penal condenatria.Art. 576. A execuo, fundada em ttulo extrajudicial, ser

    processada perante o juzo competente, na conformidade dodisposto no Livro I, Ttulo IV, Captulos II e III.

    Art. 577. No dispondo a lei de modo diverso, o juiz deter-minar os atos executivos e os oficiais de justia os cumpriro.

    Art. 578. A execuo fiscal (art. 585, VI) ser proposta noforo do domiclio do ru; se no o tiver, no de sua residncia oudo lugar onde for encontrado.

    Pargrafo nico. Na execuo fiscal, a Fazenda Pblicapoder escolher o foro de qualquer um dos devedores, quandohouver mais de um, ou o foro de qualquer dos domiclios do ru;a ao poder ainda ser proposta no foro do lugar em que sepraticou o ato ou ocorreu o fato que deu origem dvida, embo-ra nele no mais resida o ru, ou, ainda, no foro da situao dosbens, quando a dvida deles se originar.

    Art. 579. Sempre que, para efetivar a execuo, for neces-srio o emprego da fora policial, o juiz a requisitar.

    CAPTULO IIIDOS REQUISITOS NECESSRIOS PARA REALIZAR

    QUALQUER EXECUOSEO I- DO INADIMPLEMENTO DO DEVEDOR

    Art. 580. Verificado o inadimplemento do devedor, cabeao credor promover a execuo.

  • 47Da Ao de Cobrana

    Pargrafo nico. Considera-se inadimplente o devedor queno satisfaz espontaneamente o direito reconhecido pela sentena,ou a obrigao, a que a lei atribuir a eficcia de ttulo executivo.

    Art. 581. O credor no poder iniciar a execuo, ou nelaprosseguir, se o devedor cumprir a obrigao; mas poder recu-sar o recebimento da prestao, estabelecida no ttulo executivo,se ela no corresponder ao direito ou obrigao; caso em querequerer ao juiz a execuo, ressalvado ao devedor o direito deembarg-la.

    Art. 582. Em todos os casos em que defeso a umcontraente, antes de cumprida a sua obrigao, exigir oimplemento da do outro, no se proceder execuo, se odevedor se prope satisfazer a prestao, com meios considera-dos idneos pelo juiz, mediante a execuo da contraprestaopelo credor, e este, sem justo motivo, recusar a oferta.

    Pargrafo nico. O devedor poder, entretanto, exonerar-se da obrigao, depositando em juzo a prestao ou a coisa;caso em que o juiz suspender a execuo, no permitindo que ocredor a receba, sem cumprir a contraprestao, que lhe tocar.

    SEO II - DO TTULO EXECUTIVOArt. 583. Toda execuo tem por base ttulo executivo

    judicial ou extrajudicial.Art. 584. So ttulos executivos judiciais:I - a sentena condenatria proferida no processo civil;II - a sentena penal condenatria transitada em julgado;III - a sentena arbitral e a sentena homologatria de

    transao ou de conciliao; (Redao dada ao inciso pela Lein 9.307, de 23.09.96)

    IV - a sentena estrangeira, homologada pelo SupremoTribunal Federal;

    V - o formal e a certido de partilha.Pargrafo nico. Os ttulos a que se refere o n V deste

    artigo tm fora executiva exclusivamente em relao ao

  • 48Da Ao de Cobrana

    inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a ttulo universal ousingular.

    Art. 585. So ttulos executivos extrajudiciais:I - a letra de cmbio, a nota promissria, a duplicata, a

    debnture e o cheque; (Redao ao inciso dada pela Lei n8.953 de 13.12.94)

    II - a escritura pblica ou outro documento pblico, assina-do pelo devedor; o documento particular assinado pelo devedore por duas testemunhas; o instrumento de transao referendadopelo Ministrio Pblico, pela Defensoria Pblica ou pelos advo-gados dos transatores; (Redao ao inciso dada pela Lei n8.953 de 13.12.94)

    III - os contratos de hipoteca, de penhor, de anticrese e decauo, bem como de seguro de vida e de acidentes pessoais deque resulte morte ou incapacidade (Redao dada pela Lei n5.925/73);

    IV - o crdito decorrente de foro, laudmio, aluguel ourenda de imvel, bem como encargo de condomnio desde quecomprovado por contrato escrito;

    V - o crdito de serventurio de justia, de perito, deintrprete, ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ouhonorrios forem aprovados por deciso judicial;

    VI - a certido de dvida ativa da Fazenda Pblica daUnio, Estado, Distrito Federal, Territrio e Municpio, corres-pondente aos crditos inscritos na forma da lei;

    VII - todos os demais ttulos, a que, por disposio ex-pressa, a lei atribuir fora executiva.

    1. A propositura de qualquer ao relativa ao dbitoconstante do ttulo executivo no inibe o credor de promover-lhea execuo. (Redao dada ao pargrafo pela Lei n 8.953 de13.12.94)

    2. No dependem de homologao pelo Supremo Tri-bunal Federal, para serem executados, os ttulos executivos

  • 49Da Ao de Cobrana

    extrajudiciais, oriundos de pas estrangeiro. O ttulo, para tereficcia executiva, h de satisfazer aos requisitos de formaoexigidos pela lei do lugar de sua celebrao e indicar o Brasilcomo o lugar de cumprimento da obrigao.

    Art. 586. A execuo para cobrana de crdito fundar-se- sempre em ttulo lquido, certo e exigvel.

    1. Quando o ttulo executivo for sentena, que contenhacondenao genrica, proceder-se- primeiro sua liquidao.

    2. Quando na sentena h uma parte lquida e outrailquida, ao credor lcito promover simultaneamente a execuodaquela e a liquidao desta.

    Art. 587. A execuo definitiva, quando fundada emsentena transitada em julgado ou em ttulo extrajudicial; provi-sria, quando a sentena for impugnada mediante recurso, rece-bido s no efeito devolutivo.

    Art. 588. A execuo provisria da sentena far-se- domesmo modo que a definitiva, observados os seguintes princpios:

    I - corre por conta e responsabilidade do credor, que pres-tar cauo, obrigando-se a reparar os danos causados ao de-vedor;

    II - no abrange os atos que importem alienao do dom-nio, nem permite, sem cauo idnea, o levantamento de dep-sito em dinheiro;

    III - fica sem efeito, sobrevindo sentena que modifique ouanule a que foi objeto da execuo, restituindo-se as coisas noestado anterior.

    Pargrafo nico. No caso do n III, deste artigo, se a senten-a provisoriamente executada for modificada ou anulada apenasem parte, somente nessa parte ficar sem efeito a execuo.

    Art. 589. A execuo definitiva far-se- nos autos princi-pais; a execuo provisria, nos autos suplementares, onde oshouver, ou por carta de sentena, extrada do processo peloescrivo e assinada pelo juiz.

  • 50Da Ao de Cobrana

    Art. 590. So requisitos da carta de sentena:I - autuao;II - petio inicial e procurao das partes;III - contestao;IV - sentena exeqenda;V - despacho do recebimento do recurso.Pargrafo nico. Se houve habilitao, a carta conter a

    sentena que a julgou.TTULO II

    DAS DIVERSAS ESPCIES DE EXECUOCAPTULO I - DAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 612. Ressalvado o caso de insolvncia do devedor,em que tem lugar o concurso universal (art. 751, III), realiza-se aexecuo no interesse do credor, que adquire, pela penhora, odireito de preferncia sobre os bens penhorados.

    Art. 613. Recaindo mais de uma penhora sobre os mesmosbens, cada credor conservar o seu ttulo de preferncia.

    Art. 614. Cumpre ao credor, ao requerer a execuo, pe-dir a citao do devedor e instruir a petio inicial:

    I - com o ttulo executivo, salvo se ela se fundar em senten-a (art. 584);

    II - com o demonstrativo do dbito atualizado at a data dapropositura da ao, quando se tratar de execuo por quantiacerta. (Inciso acrescentado pela Lei n 8.953 de 13.12.94, querenumerou o 2 para 3)

    III - com a prova de que se verificou a condio, ou ocor-reu o termo (art. 572).

    Art. 615. Cumpre ainda ao credor:I - indicar a espcie de execuo que prefere, quando por

    mais de um modo pode ser efetuada;II - requerer a intimao do credor pignorticio, hipotec-

    rio, ou anticrtico, ou usufruturio, quando a penhora recair so-bre bens gravados por penhor, hipoteca, anticrese ou usufruto;

  • 51Da Ao de Cobrana

    III - pleitear medidas acautelatrias urgentes;IV - provar que adimpliu a contraprestao, que lhe

    corresponde, ou que lhe assegura o cumprimento, se o executa-do no for obrigado a satisfazer a sua prestao seno mediantea contraprestao do credor.

    Art. 616. Verificando o juiz que a petio inicial est in-completa, ou no se acha acompanhada dos documentos indis-pensveis propositura da execuo, determinar que o credora corrija, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de ser indeferida.

    Art. 617. A propositura da execuo, deferida pelo juiz,interrompe a prescrio, mas a citao do devedor deve ser feitacom observncia do disposto no art. 219.

    Art. 618. nula a execuo:I - se o ttulo executivo no for lquido, certo e exigvel (art. 586);II - se o devedor no for regularmente citado;III - se instaurada antes de se verificar a condio ou de

    ocorrido o termo, nos casos do art. 572.Art. 619. A alienao de bem aforado ou gravado por

    penhor, hipoteca, anticrese ou usufruto ser ineficaz em relaoao senhorio direto, ou ao credor pignortico, hipotecrio,anticrtico, ou usufruturio, que no houver sido intimado.

    Ver Prtica Processual: Embargos do credor hipotecriono intimado

    Art. 620. Quando por vrios meios o credor puder promo-ver a execuo, o juiz mandar que se faa pelo modo menosgravoso para o devedor.CAPTULO IV - DA EXECUO POR QUANTIA CERTA

    CONTRA DEVEDOR SOLVENTESEO I

    DA PENHORA, DA AVALIAO E DA ARREMATAOSubseo I - Das disposies gerais

    Art. 646. A execuo por quantia certa tem por objetoexpropriar bens do devedor, a fim de satisfazer o direito docredor (art. 591).

  • 52Da Ao de Cobrana

    Art. 647. A expropriao consiste:I - na alienao de bens do devedor;II - na adjudicao em favor do credor;III - no usufruto de imvel ou de empresa.Art. 648. No esto sujeitos execuo os bens que a lei

    considera impenhorveis ou inalienveis.Art. 649. So absolutamente impenhorveis:I - os bens inalienveis e os declarados, por ato voluntrio,

    no sujeitos execuo;II - as provises de alimento e de combustvel, necessrias

    manuteno do devedor e de sua famlia durante 1 (um) ms;III - o anel nupcial e os retratos da famlia;IV - os vencimentos dos magistrados, dos professores e

    dos funcionrios pblicos, o soldo e os salrios, salvo para pa-gamento de prestao alimentcia;

    V - os equipamentos dos militares;VI - os livros, as mquinas, os utenslios e os instrumentos,

    necessrios ou teis ao exerccio de qualquer profisso;VII - as penses, as tenas ou os montepios, percebidos

    dos cofres pblicos, ou de institutos de previdncia, bem comoos provenientes de liberalidade de terceiro, quando destinadosao sustento do devedor ou da sua famlia;

    VIII - os materiais necessrios para obras em andamento,salvo se estas forem penhoradas;

    IX - o seguro de vida;X - o imvel rural, at um mdulo, desde que este seja o

    nico de que disponha o devedor, ressalvada a hipoteca parafins de financiamento agropecurio (Acrescentado pela Lei n7.513/86).

    Art. 650. Podem ser penhorados, falta de outros bens:I - os frutos e os rendimentos dos bens inalienveis, salvo

    se destinados a alimentos de incapazes, bem como de mulherviva, solteira, desquitada, ou de pessoas idosas;

  • 53Da Ao de Cobrana

    II - as imagens e os objetos do culto religioso, sendo degrande valor.

    Art. 651. Antes de arrematados ou adjudicados os bens,pode o devedor, a todo tempo, remir a execuo, pagando ouconsignando a importncia da dvida, mais juros, custas e hono-rrios advocatcios.

    Subseo IIDa citao do devedor e da nomeao de bensArt. 652. O devedor ser citado para, no prazo de 24

    (vinte e quatro) horas, pagar ou nomear bens penhora. 1. O oficial de justia certificar, no mandado, a hora da

    citao. 2. Se no localizar o devedor, o oficial certificar

    cumpridamente as diligncias realizadas para encontr-lo.Art. 653. O oficial de justia, no encontrando o devedor,

    arrestar-lhe- tantos bens quantos bastem para garantir a execuo.Pargrafo nico. Nos 10 (dez) dias seguintes efetivao

    do arresto, o oficial de justia procurar o devedor trs vezes emdias distintos; no o encontrando, certificar o ocorrido.

    Art. 654. Compete ao credor, dentro de 10 (dez) dias,contados da data em que foi intimado do arresto a que se refereo pargrafo nico do artigo anterior, requerer a citao por editaldo devedor. Findo o prazo do edital, ter o devedor o prazo aque se refere o art. 652, convertendo-se o arresto em penhoraem caso de no-pagamento.

    Art. 655. Incumbe ao devedor, ao fazer a nomeao debens, observar a seguinte ordem:

    I - dinheiro;II - pedras e metais preciosos;III - ttulos da dvida pblica da Unio ou dos Estados;IV - ttulos de crdito, que tenham cotao em bolsa;V - mveis;VI - veculos;

  • 54Da Ao de Cobrana

    VII - semoventes;VIII - imveis;IX - navios e aeronaves;X - direitos e aes. 1. Incumbe tambm ao devedor:I - quanto aos bens imveis, indicar-lhes as transcries

    aquisitivas, situ-los e mencionar as divisas e confrontaes;II - quanto aos mveis, particularizar-lhes o estado e o

    lugar em que se encontram;III - quanto aos semoventes, especific-los, indicando o

    nmero de cabeas e o imvel em que se acham;IV - quanto aos crditos, identificar o devedor e qualific-

    lo, descrevendo a origem da dvida, o ttulo que a representa e adata do vencimento.

    V - atribuir valor aos bens nomeados penhora. (Incisoacrescentado pela Lei n 8.953, de 13.12.94)

    2. Na execuo do crdito pignoratcio, anticrtico ouhipotecrio, a penhora, independentemente de nomeao, recai-r sobre a coisa dada em garantia.

    Art. 656. Ter-se- por ineficaz a nomeao, salvo convin-do o credor:

    II - se no versar sobre os bens designados em lei, contratoou ato judicial para o pagamento;

    III - se, havendo bens no foro da execuo, outros hajamsido nomeados;

    IV - se o devedor, tendo bens livres e desembargados,nomear outros que o no sejam;

    V - se os bens nomeados forem insuficientes para garantir aexecuo;

    VI - se o devedor no indicar o valor dos bens ou omitirqualquer das indicaes a que se referem os ns. I a IV do 1do artigo anterior.

    Pargrafo nico. Aceita a nomeao, cumpre ao devedor,

  • 55Da Ao de Cobrana

    dentro de prazo razovel assinado pelo juiz, exibir a prova depropriedade dos bens e, quando for o caso, a certido negativade nus.

    Art. 657. Cumprida a exigncia do artigo antecedente, anomeao ser reduzida a termo, havendo-se por penhoradosos bens; em caso contrrio, devolver-se- ao credor o direito nomeao.

    Pargrafo nico. O juiz decidir de plano as dvidas susci-tadas pela nomeao.

    Art. 658. Se o devedor no tiver bens no foro da causa,far-se- a execuo por carta, penhorando-se, avaliando-se ealienando-se os bens no foro da situao (art. 747).

    TTULO IIIDOS EMBARGOS DO DEVEDOR

    CAPTULO I - DAS DISPOSIES GERAISArt. 736. O devedor poder opor-se execuo por meio

    de embargos, que sero autuados em apenso aos autos do pro-cesso principal.

    Art. 737. No so admissveis embargos do devedor antesde seguro o juzo:

    I - pela penhora, na execuo por quantia certa;II - pelo depsito, na execuo para entrega de coisa.Art. 738. O devedor oferecer os embargos no prazo de

    dez dias, contados: (Redao dada ao caput e inciso I pela Lein 8.953 de 13.12.94)

    I - da juntada aos autos da prova da intimao da penhora;II - do termo de depsito (art. 622);III - da juntada aos autos do mandado de imisso na pos-

    se, ou de busca e apreenso, na execuo para a entrega decoisa (art. 625);

    IV - da juntada aos autos do mandado de citao, naexecuo das obrigaes de fazer ou de no fazer.

    Art. 739. O juiz rejeitar liminarmente os embargos:

  • 56Da Ao de Cobrana

    I - quando apresentados fora do prazo legal;II - quando no se fundarem em algum dos fatos menciona-

    dos no art. 741;III - nos casos previstos no art. 295. 1. Os embargos sero sempre recebidos com efeito

    suspensivo. (Redao dada pela Lei n 8.953 de 13.12.94) 2. Quando os embargos forem parciais, a execuo

    prosseguir quanto parte no embargada. (Redao dada pelaLei n 8.953 de 13.12.94)

    3. O oferecimento dos embargos por um dos devedoresno suspender a execuo contra os que no embargaram,quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamenteao embargante. (Redao dada pela Lei n 8.953 de 13.12.94)

    Art. 740. Recebidos os embargos, o juiz mandar intimar ocredor para impugn-los no prazo de 10 (dez) dias, designandoem seguida a audincia de instruo e julgamento.

    Pargrafo nico. No se realizar a audincia, se os em-bargos versarem sobre matria de direito ou, sendo de direito ede fato, a prova for exclusivamente documental; caso em que ojuiz proferir sentena no prazo de 10 (dez) dias.CAPTULO II - DOS EMBARGOS EXECUO FUN-

    DADA EM SENTENAArt. 741. Na execuo fundada em ttulo judicial, os em-

    bargos s podero versar sobre: (Redao dada ao caput pelaLei n 8.953 de 13.12.94)

    I - falta ou nulidade de citao no processo de conheci-mento, se a ao lhe correu revelia;

    II - inexigibilidade do ttulo;III - ilegitimidade das partes;IV - cumulao indevida de execues;V - excesso da execuo, ou nulidade desta at a penhora;VI - qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da

    obrigao, como pagamento, novao, compensao com

  • 57Da Ao de Cobrana

    execuo aparelhada, transao ou prescrio, desde quesuperveniente sentena;

    VII - incompetncia do juzo da execuo, bem comosuspeio ou impedimento do juiz.

    Art. 742. Ser oferecida, juntamente com os embargos, aexceo de incompetncia do juzo, bem como a de suspeioou de impedimento do juiz.

    Art. 743. H excesso de execuo:I - quando o credor pleiteia quantia superior do ttulo;II - quando recai sobre coisa diversa daquela declarada no

    ttulo;III - quando se processa de modo diferente do que foi

    determinado na sentena;IV - quando o credor, sem cumprir a prestao que lhe

    corresponde, exige o adimplemento da do devedor (art. 582);V - se o credor no provar que a condio se realizou.Art. 744. Na execuo de sentena, proferida em ao

    fundada em direito real, ou em direito pessoal sobre a coisa, lcito ao devedor deduzir tambm embargos de reteno porbenfeitorias.

    1. Nos embargos especificar o devedor, sob pena deno serem recebidos:

    I - as benfeitorias necessrias, teis ou voluntrias;II - o estado anterior e atual da coisa;III - o custo das benfeitorias e o seu valor atual;IV - a valorizao da coisa, decorrente das benfeitorias. 2. Na impugnao aos embargos poder o credor ofe-

    recer artigos de liquidao de frutos ou de danos, a fim de secompensarem com as benfeitorias.

    3. O credor poder, a qualquer tempo, ser imitido naposse da coisa, prestando cauo ou depositando:

    I - o preo das benfeitorias;II - a diferena entre o preo das benfeitorias e o valor dos

    frutos ou dos danos, que j tiverem sido liquidados.

  • 58Da Ao de Cobrana

    CAPTULO IIIDOS EMBARGOS EXECUO FUNDADA EM

    TTULO EXTRAJUDICIALArt. 745. Quando a execuo se fundar em ttulo

    extrajudicial, o devedor poder alegar, em embargos, alm dasmatrias previstas no art. 741, qualquer outra que lhe seria lcitodeduzir como defesa no processo de conhecimento.CAPTULO IV - DOS EMBARGOS ARREMATAO E

    ADJUDICAOArt. 746. lcito ao devedor oferecer embargos

    arrematao ou adjudicao, fundados em nulidade da execu-o, pagamento, novao, transao ou prescrio, desde quesupervenientes penhora.

    Pargrafo nico. Aos embargos opostos na forma desteartigo, aplica-se o disposto nos Captulos I e II deste Ttulo.

    CAPTULO VDOS EMBARGOS NA EXECUO POR CARTAArt. 747. Na execuo por carta, os embargos sero ofe-

    recidos no juzo deprecante ou no juzo deprecado, mas a com-petncia para julg-los do juzo deprecante, salvo se versaremunicamente vcios ou defeitos da penhora, avaliao ou aliena-o dos bens. (Redao dada pela Lei n 8.953 de 13.12.94)

    TTULO IVDA EXECUO POR QUANTIA CERTA CONTRA

    DEVEDOR INSOLVENTECAPTULO I - DA INSOLVNCIA

    Art. 748. D-se a insolvncia toda vez que as dvidas exce-derem importncia dos bens do devedor.

    Art. 749. Se o devedor for casado e o outro cnjuge,assumindo a responsabilidade por dvidas, no possuir bensprprios que bastem ao pagamento de todos os credores, pode-r ser declarada, nos autos do mesmo processo, a insolvncia deambos.

  • 59Da Ao de Cobrana

    Art. 750. Presume-se a insolvncia quando:I - o devedor no possuir outros bens livres e desembara-

    ados para nomear penhora;II - forem arrestados bens do devedor, com fundamento no

    art. 813, I, II e III.Art. 751. A declarao de insolvncia do devedor produz:I - o vencimento antecipado das suas dvidas;II - a arrecadao de todos os seus bens suscetveis de

    penhora, quer os atuais, quer os adquiridos no curso do processo;III - a execuo por concurso universal dos seus credores.Art. 752. Declarada a insolvncia, o devedor perde o di-

    reito de administrar os seus bens e de dispor deles, at a liquida-o total da massa.

    Art. 753. A declarao de insolvncia pode ser requerida:I - por qualquer credor quirografrio;II - pelo devedor;III - pelo inventariante do esplio do devedor.

    CAPTULO IIDA INSOLVNCIA REQUERIDA PELO CREDORArt. 754. O credor requerer a declarao de insolvncia

    do devedor, instruindo o pedido com ttulo executivo judicial ouextrajudicial (art. 586).

    Art. 755. O devedor ser citado para, no prazo de 10(dez) dias, opor embargos; se os no oferecer, o juiz proferir,em 10 (dez) dias, a sentena.

    Art. 756. Nos embargos pode o devedor alegar:I - que no paga por ocorrer alguma das causas enumera-

    das nos arts. 741, 742 e 745, conforme o pedido de insolvnciase funde em ttulo judicial ou extrajudicial;

    II - que o seu ativo superior ao passivo.Art. 757. O devedor ilidir o pedido de insolvncia se, no

    prazo para opor embargos, depositar a importncia do crdito,para lhe discutir a legitimidade ou o valor.

  • 60Da Ao de Cobrana

    Art. 758. No havendo provas a produzir, o juiz dar asentena em 10 (dez) dias; havendo-as, designar audincia deinstruo e julgamento.

    CAPTULO IIIDA INSOLVNCIA REQUERIDA PELO DEVEDOR OU

    PELO SEU ESPLIOArt. 759. lcito ao devedor ou ao seu esplio, a todo

    tempo, requerer a declarao de insolvncia.Art. 760. A petio, dirigida ao juiz da comarca em que o

    devedor tem o seu domiclio, conter:I - a relao nominal de todos os credores, com a indica-

    o do domiclio de cada um, bem como da importncia e danatureza dos respectivos crditos;

    II - a individuao de todos os bens, com a estimativa dovalor de cada um;

    III - o relatrio do estado patrimonial, com a exposiodas causas que determinaram a insolvncia.

    CAPTULO XVDA AO MONITRIA

    Art. 1.102a. A ao monitria compete a quem pretender,com base em prova escrita sem eficcia de ttulo executivo,pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungvel ou dedeterminado bem mvel.

    Art. 1.102b. Estando a petio inicial devidamente instru-da, o juiz deferir de plano a expedio do mandado de paga-mento ou de entrega da coisa no prazo de quinze dias.

    Art. 1.102c. No prazo previsto no artigo anterior, poder oru oferecer embargos, que suspendero a eficcia do mandadoinicial. Se os embargos no forem opostos, constituir-se-, depleno direito, o ttulo executivo judicial, convertendo-se o man-dado inicial em mandado executivo e prosseguindo-se na formaprevista no Livro II, Ttulo II, Captulos II e IV

    1. Cumprindo o ru o mandado, ficar isento de custase honorrios advocatcios.

  • 61Da Ao de Cobrana

    2. Os embargos independem de prvia segurana dojuzo e sero processados nos prprios autos pelo procedimentoordinrio.

    3. Rejeitados os embargos, constituir-se-, de plenodireito, o ttulo executivo judicial, intimando-se o devedor eprosseguindo-se na forma prevista no Livro II, Ttulo II, Captu-los II e IV.

  • 62Da Ao de Cobrana

    Juizados Especiais Cveis e CriminaisLEI N 9.099, DE 26 DE SETEMBRO DE 1995

    (DOU 27.09.95)Dispe sobre os Juizados Especiais Cveis e Criminais e d

    outras providnciasO Presidente da RepblicaFao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanci-

    ono a seguinte Lei:CAPTULO I

    DISPOSIES GERAISArt. 1. Os Juizados Especiais Cveis e Criminais, rgos

    da Justia Ordinria, sero criados pela Unio, no Distrito Fede-ral e nos Territrios, e pelos Estados, para conciliao, proces-so, julgamento e execuo, nas causas de sua competncia.

    Art. 2. O processo orientar-se- pelos critrios daoralidade, simplicidade, informalidade, economia processual eceleridade, buscando, sempre que possvel, a conciliao ou atransao.

    CAPTULO II DOS JUIZADOS ESPECIAIS CVEIS

    SEO I DA COMPETNCIA

    Art. 3. O Juizado Especial Cvel tem competncia paraconciliao, processo e julgamento das causas cveis de menorcomplexidade, assim consideradas:

    I - as causas cujo valor no exceda a quarenta vezes osalrio mnimo;

    II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Cdigo deProcesso Civil;

  • 63Da Ao de Cobrana

    III - a ao de despejo para uso prprio;IV - as aes possessrias sobre bens imveis de valor

    no excedente ao fixado no inciso I deste artigo. 1. Compete ao Juizado Especial promover a execuo:I - dos seus julgados;II - dos ttulos executivos extrajudiciais, no valor de at

    quarenta vezes o salrio mnimo, observado o disposto no 1do art. 8 desta Lei.

    2. Ficam excludas da competncia do Juizado Especialas causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e de interesseda Fazenda Pblica, e tambm as relativas a acidentes de traba-lho, a resduos e ao estado e capacidade das pessoas, ainda quede cunho patrimonial.

    3. A opo pelo procedimento previsto nesta Lei impor-tar em renncia ao crdito excedente ao limite estabelecidoneste artigo, excetuada a hiptese de conciliao.

    Art. 4. competente, para as causas previstas nesta Lei, oJuizado do foro:

    I - do domiclio do ru ou, a critrio do autor, do local ondeaquele exera atividades profissionais ou econmicas ou mante-nha estabelecimento, filial, agncia, sucursal ou escritrio;

    II - do lugar onde a obrigao deve ser satisfeita;III - do domiclio do autor ou do local do ato ou fato, nas

    aes para reparao de dano de qualquer natureza.Pargrafo nico. Em qualquer hiptese, poder a ao ser

    proposta no foro previsto no inciso I deste artigo.SEO II

    DO JUIZ, DOS CONCILIADORES E DOS JUZES LEIGOSArt. 5. O Juiz dirigir o processo com liberdade para deter-

    minar as provas a serem produzidas, para apreci-las e para darespecial valor s regras de experincia comum ou tcnica.

    Art. 6. O Juiz adotar em cada caso a deciso que reputarmais justa e equnime, atendendo aos fins sociais da lei e sexigncias do bem comum.

    Art. 7. Os conciliadores e Juzes leigos so auxiliares da

  • 64Da Ao de Cobrana

    Justia, recrutados, os primeiros, preferentemente, entre os ba-charis em Direito, e os segundos, entre advogados com mais decinco anos de experincia.

    Pargrafo nico. Os Juzes leigos ficaro impedidos deexercer a advocacia perante os Juizados Especiais, enquanto nodesempenho de suas funes.

    SEO III DAS PARTES

    Art. 8. No podero ser partes, no processo institudo poresta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurdicas de direitopblico, as empresas pblicas da Unio, a massa falida e oinsolvente civil.

    1. Somente as pessoas fsicas capazes sero admitidas apropor ao perante o Juizado Especial, excludos oscessionrios de direito de pessoas jurdicas.

    2. O maior de dezoito anos poder ser autor, indepen-dentemente de assistncia, inclusive para fins de conciliao.

    Art. 9. Nas causas de valor at vinte salrios mnimos, aspartes comparecero pessoalmente, podendo ser assistidas poradvogado; nas de valor superior, a assistncia obrigatria.

    1. Sendo facultativa a assistncia, se uma das partescomparecer assistida por advogado, ou se o ru for pessoajurdica ou firma individual, ter a outra parte, se quiser, assistn-cia judiciria prestada por rgo institudo junto ao Juizado Es-pecial, na forma da lei local.

    2. O Juiz alertar as partes da convenincia do patroc-nio por advogado, quando a causa o recomendar.

    3. O mandato ao advogado poder ser verbal, salvoquanto aos poderes especiais.

    4. O ru, sendo pessoa jurdica ou titular de firma indivi-dual, poder ser representado por preposto credenciado.

    Art. 10. No se admitir, no processo, qualquer forma deinterveno de terceiro nem de assitncia. Admitir-se- olitisconsrcio.

    Art. 11. O Ministrio Pblico intervir nos casos previstosem lei.

  • 65Da Ao de Cobrana

    SEO IV DOS ATOS PROCESSUAIS

    Art. 12. Os atos processuais sero pblicos e poderorealizar-se em horrio noturno, conforme dispuserem as normasde organizao judiciria.

    Art. 13. Os atos processuais sero vlidos sempre quepreencherem as finalidades para as quais forem realizados, aten-didos os critrios indicados no art. 2 desta Lei.

    1. No se pronunciar qualquer nulidade sem que tenhahavido prejuzo.

    2. A prtica de atos processuais em outras comarcaspoder ser solicitada por qualquer meio idneo de comunicao.

    3. Apenas os atos considerados essenciais seroregistrados resumidamente, em notas manuscritas,datilografadas, taquigrafadas ou estenotipadas. Os demais atospodero ser gravados em fita magntica ou equivalente, que serinutilizada aps o trnsito em julgado da deciso.

    4. As normas locais disporo sobre a conservao daspeas do processo e demais documentos que o instruem.

    SEO V DO PEDIDO

    Art. 14. O processo instaurar-se- com a apresentao dopedido, escrito ou oral, Secretaria do Juizado.

    1. Do pedido constaro, de forma simples e em lingua-gem acessvel:

    I - o nome, a qualificao e o endereo das partes;II - os fatos e os fundamentos, de forma sucinta;III - o objeto e seu valor. 2. lcito formular pedido genrico quando no for

    possvel determinar, desde logo, a extenso da obrigao. 3. O pedido oral ser reduzido ao escrito pela Secreta-

    ria do Juizado, podendo ser utilizado o sistema de fichas ouformulrios impressos.

    Art. 15. Os pedidos mencionados no art. 3 desta Leipodero ser alternativos ou cumulados; nesta ltima hiptese,

  • 66Da Ao de Cobrana

    desde que conexos e a soma no ultrapasse o limite fixadonaquele dispositivo.

    Art. 16. Registrado o pedido, independentemente de dis-tribuio e autuao, a Secretaria do Juizado designar a sessode conciliao, a realizar-se no prazo de quinze dias.

    Art. 17. Comparecendo inicialmente ambas as partes, ins-taurar-se-, desde logo, a sesso de conciliao, dispensados oregistro prvio de pedido e a citao.

    Pargrafo nico. Havendo pedidos contrapostos, poderser dispensada a contestao formal e ambos sero apreciadosna mesma sentena.

    SEO VI DAS CITAES E INTIMAES

    Art. 18. A citao far-se-:I - por correspondncia, com aviso de recebimento em

    mo prpria;II - tratando-se de pessoa jurdica ou firma individual, me-

    diante entrega ao encarregado da recepo, que ser obrigatori-amente identificado;

    III - sendo necessrio, por oficial de justia, independente-mente de mandado ou carta precatria.

    1. A citao conter cpia do pedido inicial, dia e horapara comparecimento do citando e advertncia de que, nocomparecendo este, considerar-se-o verdadeiras as alegaesiniciais, e ser proferido julgamento, de plano.

    2. No se far citao por edital. 3. O comparecimento espontneo suprir a falta ou

    nulidade da citao.Art. 19. As intimaes sero feitas na forma prevista para

    citao, ou por qualquer outro meio idneo de comunicao. 1. Dos atos praticados na audincia, considerar-se-o

    desde logo cientes as partes. 2. As partes comunicaro ao juzo as mudanas de

    endereo ocorridas no curso do processo, reputando-se efica-zes as intimaes enviadas ao local anteriormente indicado, naausncia da comunicao.

  • 67Da Ao de Cobrana

    SEO VII DA REVELIA

    Art. 20. No comparecendo o demandado sesso deconciliao ou audincia de instruo e julgamento, reputar-se-o verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se ocontrrio resultar da convico do Juiz.

    SEO VIII DA CONCILIAO E DO JUZO ARBITRAL

    Art. 21. Aberta a sesso, o Juiz togado ou leigo esclareceras partes presentes sobre as vantagens da conciliao, mostran-do-lhes os riscos e as conseqncias do litgio, especialmentequanto ao disposto no 3 do art. 3 desta Lei.

    Art. 22. A conciliao ser conduzida pelo Juiz togado ouleigo ou por conciliador sob sua orientao.

    Pargrafo nico. Obtida a conciliao, esta ser reduzida aescrito e homologada pelo Juiz togado, mediante sentena comeficcia de ttulo executivo.

    Art. 23. No comparecendo o demandado, o Juiz togadoproferir sentena.

    Art. 24. No obtida a conciliao, as partes podero op-tar, de comum acordo, pelo juzo arbitral, na forma previstanesta Lei.

    1. O juzo arbitral considerar-se- instaurado, indepen-dentemente de termo de compromisso, com a escolha do rbitropelas partes. Se este no estiver presente, o Juiz convoc-lo- edesignar, de imediato, a data para a audincia de instruo.

    2. O rbitro ser escolhido dentre os juzes leigos.Art. 25. O rbitro conduzir o processo com os mesmos

    critrios do Juiz, na forma dos arts. 5 e 6 desta Lei, podendodecidir por eqidade.

    Art. 26. Ao trmino da instruo, ou nos cinco dias subse-qentes, o rbitro apresentar o laudo ao Juiz togado para ho-mologao por sentena irrecorrvel.

  • 68Da Ao de Cobrana

    SEO IX DA INSTRUO E JULGAMENTO

    Art. 27. No institudo o juzo arbitral, proceder-se- ime-diatamente audincia de instruo e julgamento, desde que noresulte prejuzo para a defesa.

    Pargrafo nico. No sendo possvel a sua realizao ime-diata, ser a audincia designada para um dos quinze dias subse-qentes, cientes, desde logo, as partes e testemunhas eventual-mente presentes.

    Art. 28. Na audincia de instruo e julgamento sero ou-vidas as partes, colhida a prova e, em seguida, proferida a sen-tena.

    Art. 29. Sero decididos de plano todos os incidentes quepossam interferir no regular prosseguimento da audincia. Asdemais questes sero decididas na sentena.

    Pargrafo nico. Sobre os documentos apresentados poruma das partes, manifestar-se- imediatamente a parte contr-ria, sem interrupo da audincia.

    SEO X DA RESPOSTA DO RU

    Art. 30. A contestao, que ser oral ou escrita, conter todamatria de defesa, exceto argio de suspeio ou impedimentodo Juiz, que se processar na forma da legislao em vigor.

    Art. 31. No se admitir a reconveno. lcito ao ru, nacontestao, formular pedido em seu favor, nos limites do art. 3desta Lei, desde que fundado nos mesmos fatos que constituemobjeto da controvrsia.

    Pargrafo nico. O autor poder responder ao pedido doru na prpria audincia ou requerer a designao da nova data,que ser desde logo fixada, cientes todos os presentes.

    SEO XI DAS PROVAS

    Art. 32. Todos os meios de prova moralmente legtimos,ainda que no especificados em lei, so hbeis para provar averacidade dos fatos alegados pelas partes.

  • 69Da Ao de Cobrana

    Art. 33. Todas as provas sero produzidas na audincia deinstruo e julgamento, ainda que no requeridas previamente,podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas,impertinentes ou protelatrias.

    Art. 34. As testemunhas, at o mximo de trs para cadaparte, comparecero audincia de instruo e julgamento leva-das pela parte que as tenha arrolado, independentemente deintimao, ou mediante esta, se assim for requerido.

    1. O requerimento para intimao das testemunhas serapresentado Secretaria no mnimo cinco dias antes da audin-cia de instruo e julgamento.

    2. No comparecendo a testemunha intimada, o Juizpoder determinar sua imediata conduo, valendo-se, se ne-cessrio, do concurso da fora pblica.

    Art. 35. Quando a prova do fato exigir, o Juiz poderinquirir tcnicos de sua confiana, permitida s partes a apresen-tao de parecer tcnico.

    Pargrafo nico. No curso da audincia, poder o Juiz, deofcio ou a requerimento das partes, realizar inspeo em pesso-as ou coisas, ou determinar que o faa pessoa de sua confiana,que lhe relatar informalmente o verificado.

    Art. 36. A prova oral no ser reduzida a escrito, devendoa sentena referir, no essencial, os informes trazidos nos depoi-mentos.

    Art. 37. A instruo poder ser dirigida por Juiz leigo, sob asuperviso de Juiz togado.

    SEO XII DA SENTENA

    Art. 38. A sentena mencionar os elementos de convicodo Juiz, com breve resumo dos fatos relevantes ocorridos emaudincia, dispensado o relatrio.

    Pargrafo nico. No se admitir sentena condenatriapor quantia ilquida, ainda que genrico o pedido.

    Art. 39. ineficaz a sentena condenatria na parte queexceder a alada estabelecida nesta Lei.

  • 70Da Ao de Cobrana

    Art. 40. O Juiz leigo que tiver dirigido a instruo proferirsua deciso e imediatamente a submeter ao Juiz togado, quepoder homolog-la, proferir outra em substituio ou, antes dese manifestar, determinar a realizao de atos probatrios indis-pensveis.

    Art. 41. Da sentena, excetuada a homogatria de concili-ao ou laudo arbitral, caber recurso para o prprio Juizado.

    1. O recurso ser julgado por uma turma composta portrs Juzes togados, em exerccio no primeiro grau de jurisdio,reunidos na sede do Juizado.

    2. No recurso, as partes sero obrigatoriamente repre-sentadas por advogado.

    Art. 42. O recurso ser interposto no prazo de dez dias,contados da cincia da sentena, por petio escrita, da qualconstaro as razes e o pedido do recorrente.

    1. O preparo ser feito, independentemente deintimao, nas quarenta e oito horas seguintes interposio,sob pena de desero.

    2. Aps o preparo, a Secretaria intimar o recorridopara oferecer resposta escrita no prazo de dez dias.

    Art. 43. O recurso ter somente efeito devolutivo, poden-do o Juiz dar-lhe efeito suspensivo, para evitar dano irreparvelpara a parte.

    Art. 44. As partes podero requerer a transcrio da gra-vao da fita magntica a que alude o 3 do art. 13 da destaLei, correndo por conta do requerente as despesas respectivas.

    Art. 45. As partes sero intimadas da data da sesso dejulgamento.

    Art. 46. O julgamento em segunda instncia constar ape-nas da ata, com a indicao suficiente do processo, fundamenta-o sucinta e parte dispositiva. Se a sentena for confirmadapelos prprios fundamentos, a smula do julgamento servir deacrdo.

    Art. 47. (VETADO)

  • 71Da Ao de Cobrana

    SEO XIII DOS EMBARGOS DE DECLARAO

    Art. 48. Cabero embargos de declarao quando, nasentena ou acrdo, houver obscuridade, contradio, omis-so ou dvida.

    Pargrafo nico. Os erros materiais podem ser corrigidosde ofcio.

    Art. 49. Os embargos de declarao sero interpostos porescrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da cin-cia da deciso.

    Art. 50. Quando interpostos contra sentena, os embargosde declarao suspendero o prazo para recurso.

    SEO XIV DA EXTINO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO

    DO MRITOArt. 51. Extingue-se o processo, alm dos casos previstos

    em lei:I - quando o autor deixar de comparecer a qualquer das

    audincias do processo;II - quando inadmissvel o procedimento institudo por esta

    Lei ou seu prosseguimento, aps a conciliao;III - quando for reconhecida a incompetncia territorial;IV - quando sobrevier qualquer dos impedimentos previs-

    tos no art. 8 desta Lei;V - quando, falecido o autor, a habilitao depender de

    sentena ou no se der no prazo de trinta dias;VI - quando, falecido o ru, o autor no promover a cita-

    o dos sucessores no prazo de trinta dias da cincia do fato. 1. A extino do processo independer, em qualquer

    hiptese, de prvia intimao pessoal das partes. 2. No caso do inciso I deste artigo, quando comprovar

    que a ausncia decorre de fora maior, a parte poder ser isen-tada, pelo Juiz, do pagamento das custas.

  • 72Da Ao de Cobrana

    SEO XV DA EXECUO

    Art. 52. A execuo da sentena processar-se- no pr-prio Juizado, aplicando-se, no que couber, o disposto no Cdi-go de Processo Civil, com as seguintes alteraes:

    I - as sentenas sero necessariamente lquidas, contendo aconverso em Bnus do Tesouro Nacional - BTN ou ndiceequivalente;

    II - os clculos de converso de ndices, de honorrios, dejuros e de outras parcelas sero efetuados por servidor judicial;

    III - a intimao da sentena ser feita, sempre que poss-vel, na prpria audincia em que for proferida. Nessa intimao,o vencido ser instado a cumprir a sentena to logo ocorra seutrnsito em julgado, e advertido dos efeitos do seudescumprimento (inciso V);

    IV - no cumprida voluntariamente a sentena transitadaem julgado, e tendo havido solicitao do interessado, que po-der ser verbal, proceder-se- desde logo execuo, dispen-sada nova citao;

    V - nos casos de obrigao de entregar, de fazer, ou de nofazer, o Juiz, na sentena ou na fase de execuo, cominar multadiria, arbitrada de acordo com as condies econmicas dodevedor, para a hiptese de inadimplemento. No cumprida aobrigao, o credor poder requerer a elevao da multa ou atransformao da condenao em perdas e danos, que o Juiz deimediato arbitrar, seguindo-se a execuo por quantia certa,includa a multa vencida de obrigao de dar, quando evidencia-da a malcia do devedor na execuo do julgado;

    VI - na obrigao de fazer, o Juiz pode determinar o cum-primento por outrem, fixado o valor que o devedor deve deposi-tar para as despesas, sob pena de multa diria;

    VII - na alienao forada dos bens, o Juiz poder autori-zar o devedor, o credor ou terceira pessoa idnea a tratar daalienao do bem penhorado, a qual se aperfeioar em juzo at

  • 73Da Ao de Cobrana

    a data fixada para a praa ou leilo. Sendo o preo inferior ao daavaliao, as partes sero ouvidas. Se o pagamento no for vista, ser oferecida cauo idnea, nos casos de alienao debem mvel, ou hipotecado o imvel;

    VIII - dispensada a publicao de editais em jornais,quando se tratar de alienao de bens de pequeno valor;

    IX - o devedor poder oferecer embargos, nos autos daexecuo, versando sobre:

    a) falta ou nulidade da citao no processo, se ele correu revelia;

    b) manifesto excesso de execuo;c) erro de clculo;d) causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigao,

    superveniente sentena.Art. 53. A execuo de ttulo executivo extrajudicial, no

    valor de at quarenta salrios mnimos, obedecer ao dispostono Cdigo de Processo Civil, com as modificaes introduzidaspor esta Lei.

    1. Efetuada a penhora, o devedor ser intimado a com-parecer audincia de conciliao, quando poder oferecerembargos (art. 52, IX), por escrito ou verbalmente.

    2. Na audincia, ser buscado o meio mais rpido eeficaz para a soluo do litgio, se possvel com dispensa daalienao judicial, devendo o conciliador propor, entre outrasmedidas cabveis, o pagamento do dbito a prazo ou a presta-o a dao em pagamento ou a imediata adjudicao do bempenhorado.

    3. No apresentados os embargos em audincia, oujulgados improcedentes, qualquer das partes poder requererao Juiz a adoo de uma das alternativas do pargrafo anterior.

    4. No encontrado o devedor ou inexistindo benspenhorveis, o processo ser imediatamente extinto, devolven-do-se os documentos ao autor.

  • 74Da Ao de Cobrana

    SEO XVI DAS DESPESAS

    Art. 54. O acesso ao Juizado Especial independer, emprimeiro grau de jurisdio, do pagamento de custas, taxas oudespesas.

    Pargrafo nico. O preparo do recurso, na forma do 1do art. 42 desta Lei, compreender todas as despesas proces-suais, inclusive aquelas dispensadas em primeiro grau de jurisdi-o, ressalvada a hiptese de assistncia judiciria gratuita.

    Art. 55. A sentena de primeiro grau no condenar o venci-do em custas e honorrios de advogado, ressalvados os casos delitigncia de m-f. Em segundo grau, o recorrente, vencido,pagar as custas e honorrios de advogado, que sero fixadosentre dez por cento e vinte por cento do valor de condenao ou,no havendo condenao, do valor corrigido da causa.

    Pargrafo nico. Na execuo no sero contadas custas,salvo quando:

    I - reconhecida a litigncia de m-f;II - improcedentes os embargos do devedor;III - tratar-se de execuo de sentena que tenha sido

    objeto de recurso improvido do devedor.SEO XVII

    DISPOSIES FINAISArt. 56. Institudo o Juizado Especial, sero implantadas as

    curadorias necessrias e o servio de assistncia judiciria.Art. 57. O acordo extrajudicial, de qualquer natureza ou

    valor, poder ser homologado, no juzo competente, indepen-dentemente de termo, valendo a sentena como ttulo executivojudicial.

    Pargrafo nico. Valer como ttulo extrajudicial o acordocelebrado pelas partes, por instrumento escrito, referendadopelo rgo competente do Ministrio Pblico.

    Art. 58. As normas de organizao judiciria local poderoestender a conciliao prevista nos arts. 22 e 23 a causas noabrangidas por esta Lei.

  • 75Da Ao de Cobrana

    Art. 59. No se admitir ao rescisria nas causas sujeitasao procedimento institudos por esta Lei.

    CAPTULO III DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS

    DISPOSIES GERAISArt. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por Juzes

    togados ou togados e leigos, tem competncia para a concilia-o, o julgamento e a execuo das infraes penais de menorpotencial ofensivo.

    Art. 61. Consideram-se infraes penais de menor poten-cial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenes penaise os crimes a que a lei comine pena mxima no superior a umano, excetuados os casos em que a lei preveja procedimentoespecial.

    Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se- pelos critrios da oralidade, informalidade, economia pro-cessual e celeridade, objetivando, sempre que possvel, a repa-rao dos danos sofridos pela vtima e a aplicao de pena noprivativa de liberdade.

    Art. 63. A competncia do Juizado ser determinada pelolugar em que foi praticada a infrao penal.

    Art. 64. Os atos processuais sero pblicos e poderorealizar-se em horrio noturno e em qualquer dia da semana,conforme dispuserem as normas de organizao judiciria.

    Art. 65. Os atos processuais sero vlidos sempre quepreencherem as finalidades para as quais foram realizados, aten-didos os critrios indicados no art. 62 desta Lei.

    1. No se pronunciar qualquer nulidade sem que tenhahavido prejuzo.

    2. A prtica de atos processuais em outras comarcaspoder ser solicitada por qualquer meio hbil de comunicao.

    3. Sero objeto de registro escrito exclusivamente osatos havidos por essenciais. Os atos realizados em audincia deinstruo e julgamento podero ser gravados em fita magnticaou equivalente.

  • 76Da Ao de Cobrana

    Art. 66. A citao ser pessoal e far-se- no prprioJuizado, sempre que possvel, ou por mandado.

    Pargrafo nico. No encontrado o acusado para ser cita-do, o Juiz encaminhar as peas existentes ao Juzo comum paraadoo do procedimento previsto em lei.

    Art. 67. A intimao far-se- por correspondncia, comaviso de recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa jurdicaou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recep-o, que ser obrigatoriamente identificado, ou, sendo necess-rio, por oficial de justia, independentemente de mandado oucarta precatria, ou ainda por qualquer meio idneo de comuni-cao.

    Pargrafo nico. Dos atos praticados em audincia consi-derar-se-o desde logo cientes as partes, os interessados e de-fensores.

    Art. 68. Do ato de intimao do autor do fato e do manda-do de citao do acusado, constar a necessidade de seu com-parecimento acompanhado de advogado, com a advertncia deque, na sua falta, ser-lhe- designado defensor pblico.

    SEO II DA FASE PRELIMINAR

    Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento daocorrncia lavrar termo circunstanciado e o encaminhar ime-diatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vtima, providen-ciando-se as requisies dos exames periciais necessrios.

    Pargrafo nico. Ao autor do fato que, aps a lavratura dotermo, for imediatamente encaminhado ao Juizado ou assumir ocompromisso de a ele comparecer, no se impor priso emflagrante, nem se exigir fiana.

    Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a vtima, e nosendo possvel a realizao imediata da audincia preliminar,ser designada data prxima, da qual ambos sairo cientes.

    Art. 71. Na falta do comparecimento de qualquer dos en-volvidos, a Secretaria providenciar sua intimao e, se for o

  • 77Da Ao de Cobrana

    caso, a do responsvel civil, na forma dos arts. 67 e 68 destaLei.

    Art. 72. Na audincia preliminar, presente o representantedo Ministrio Pblico, o autor do fato e a vtima e, se possvel, oresponsvel civil, acompanhados por seus advogados, o Juizesclarecer sobre a possibilidade da composio dos danos eda aceitao da proposta de aplicao imediata de pena noprivativa de liberdade.

    Art. 73. A conciliao ser conduzida pelo Juiz ou porconciliador sob sua orientao.

    Pargrafo nico. Os conciliadores so auxiliares da Justiarecrutados, na forma da lei local, preferentemente entre bacha-ris em Direito, excludos os que exeram funes na administra-o da Justia Criminal.

    Art. 74. A composio dos danos civis ser reduzida aescrito e, homologada pelo Juiz mediante sentena irrecorrvel,ter eficcia de ttulo a ser executado no juzo civil competente.

    Pargrafo nico. Tratando-se de ao penal de iniciativaprivada ou de ao penal pblica condicionada representao,o acordo homologado acarreta a renncia ao direito de queixaou representao.

    Art. 75. No obtida a composio dos danos civis, serdada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer odireito de representao verbal, que ser reduzida a termo.

    Pargrafo nico. O no oferecimento da representao naaudincia preliminar no implica decadncia do direito, que po-der ser exercido no prazo previsto em lei.

    Art. 76. Havendo representao ou tratando-se de crimede ao penal pblica incondicionada, no sendo caso de arqui-vamento, o Ministrio Pblico poder propor a aplicao imedi-ata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada naproposta.

    1. Nas hipteses de ser a pena de multa a nica aplic-vel, o Juiz poder reduzi-la at a metade.

  • 78Da Ao de Cobrana

    2. No se admitir a proposta se ficar comprovado:I - ter sido o autor da infrao condenado, pela prtica de

    crime, pena privativa de liberdade, por sentena definitiva;II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo

    de cinco anos, pela aplicao de pena restritiva ou multa, nostermos deste artigo;

    III - no indicarem os antecedentes, a conduta social e apersonalidade do agente, bem como os motivos e as circunstn-cias, ser necessria e suficiente a adoo da medida.

    3. Aceita a proposta pelo autor da infrao e seu defen-sor, ser submetida apreciao do Juiz.

    4. Acolhendo a proposta do Ministrio Pblico aceitapelo autor da infrao, o Juiz aplicar a pena restritiva de direitosou multa, que no importar em reincidncia, sendo registradaapenas para impedir novamente o mesmo benefcio no prazo decinco anos.

    5. Da sentena prevista no pargrafo anterior caber aapelao referida no art. 82 desta Lei.

    6. A imposio da sano de que trata o 4 deste artigono constar de certido de antecedentes criminais, salvo para osfins previstos no mesmo dispositivo, e no ter efeitos civis, ca-bendo aos interessados porpor ao cabvel no juzo cvel.

    SEO III DO PROCEDIMENTO SUMARISSIMO

    Art. 77. No ao penal de iniciativa pblica, quando nohouver aplicao de pena, pela ausncia do autor do fato, oupela no ocorrncia da hiptese prevista no art. 76 desta Lei, oMinistrio Pblico oferecer ao Juiz, de imediato, denncia oral,se no houver necessidade de diligncias imprescindveis.

    1. Para o fornecimento da denncia, que ser elaboradacom base no termo de ocorrncia referido no art. 69 desta Lei,com dispensa do inqurito policial, prescindir-se- do exame docorpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferidapor boletim mdico ou prova equivalente.

  • 79Da Ao de Cobrana

    2. Se a complexidade ou circunstncias do caso nopermitirem a formulao da denncia, o Ministrio Pblico po-der requerer ao Juiz o encaminhamento das peas existentes,na forma do pargrafo nico do art. 66 desta Lei.

    3. Na ao penal de iniciativa do ofendido poder seroferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a complexida-de e as