321

Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    1/320

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    2/320

    RNdina Aparecida Moreno

    V-RBerenice Quinzani Jordo

    COMISSO CIENFICA DO LIVRO

    Prof Dra. Ana Mrcia Fernandes ucci de Carvalho (Matemtica/UEL)Prof Dra. Marilene Cesrio (Ed. Fsica/UEL)

    Prof Dra. Diene Eire M. Borttoti Oliveira (Educao/UEL)Prof Ms. Audrey Pietrobelli de Souza (Diretora do CAP/UEPG)

    Prof. Dr. Sergio de Mello Arruda(coordenador institucional dos projetos PIBIDs na UEL)

    Prof Doutoranda Marta Regina Gimenez Favaro (Educao/UEL)Prof Dra. Cecilia Margarita Guerrero Ocampo (Biologia/UEL)

    Prof Dra. Candida Alayde De Carvalho Bittencourt (Artes/UEL)Prof Dra. Simone Alves de Assis Martorano (Qumica/UEL)

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    3/320

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    4/320

    E EMaria de Lourdes Monteiro

    CMarcos da Mata

    Bibliotecria Ficha catalogrfica elaborada pelaRoseli Inacio Alves CRB 9 / 1590

    Dados Internacionais de Catalogao-na-Publicao (CIP)

    E96 Experincias e reflexes na formao de professores / Adriana Reginade Jesus dos Santos (organizadores)...[et al.]. Londrina: UEL, 2012.320 p. : il.

    Vrios autores. Inclui bibliografia. ISBN 978-85-7846-155-3

    1. Formao de professores Ensino Mdio. 2. Educao superior Educao bsica. 3. Educao continuada. 4. Aprendizagem. 5.Educao Prtica de ensino. I. Santos, Adriana Regina de Jesus dos.

    CDU 37.013

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    5/320

    SUMARIO

    PREFCIO ...................................................................................................................................

    Hlio Paulo Pereira Filho

    REFLEXES E EXPERINCIAS SOBRE FORMAO INICIAL E CONINUADA DEPROFESSORES: AS AES DO FOPE, DO PRODOCNCIA E DO COLGIO DEAPLICAO DA UNIVERSIDADE ESADUAL DE LONDRINA ....................................

    ngela Maria de Sousa Lima; Andria Maria Cavaminami Lugle; Anglica Lyra de Araujo; Adriana

    Regina de Jesus dos Santos; Carlos Alberto Albertuni; Marilene Cesrio

    PRODOCNCIA - PROJEO OFICINAS EMICAS: POSSVEIS VISES SOBRE AALFABEIZAO CIENFICA ............................................................................................

    Simone Alves de Assis Martorano; Fabiele Cristiane Dias Broietti; Rosana Franzen Leite; Isabella

    Oliveira Rocha

    O ENCONRO DO PROJEO PIBID MAEMICA E O COLGIO DEAPLICAO DA UEL ................................................................................................................

    Ana Mrcia Fernandes ucci de Carvalho; Wander de Oliveira; Srgio de Mello Arruda

    O PROJEO PIBID 2011 DE HISRIA: O ESAGIRIO DE HISRIA E AREALIDADE ESCOLAR ...........................................................................................................

    Mauricio Hiroshi Filippin Oba; Ana Paula de Oliveira Dohler ; Andr Luis Ramos Soares

    DESAFIOS E OPORUNIDADES NO ENSINO DE QUMICA: O CASO PIBID/QUMICA DA UNIVERSIDADE ESADUAL DE LONDRINA UEL .............................

    Any Caroline Ferreira; Fabiele C. D. Broietti; Marco Antonio Ferreira

    PRODOCNCIA/UEL/MAEMICA POSSIBILIDADES PARA A EDUCAODE JOVENS E ADULOS.........................................................................................................Regina Clia Guapo Pasquini

    UMA PROPOSA DE ORIENAO DE ESGIO EM ARES VISUAIS ....................

    Mario Orlando Favorito

    EDUCAR PARA O PARIMNIO CULURAL: REFLEXES E PROPOSASMEODOLGICAS .................................................................................................................

    Leandro Henrique Magalhes

    ANROPOLOGIA PARA ENSINO MDIO? POSSIBILIDADES DIDICAS PARA OPROFESSOR DE SOCIOLOGIA NA ESCOLA .....................................................................

    Diego Greinert de Oliveira; Katie Fabiane Ribeiro

    O REPENSAR SOBRE A AIVIDADE PRICA NO ENSINO DE CINCIAS APARIR DO ESGIO SUPERVISIONADO .........................................................................

    Isabela Lopes; Mayara Baptistucci Ogaki; Patrcia de Oliveira Rosa-Silva

    09

    19

    41

    49

    59

    67

    77

    85

    99

    111

    123

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    6/320

    A RELAO ENRE O ESGIO E A PREPARAO DOS ALUNOS PARAAUAREM EM CONEXOS DE INCLUSO ....................................................................

    Denise I. B. Grassano Ortenzi

    O USO DO FILME AMOR SEM FRONEIRAS COMO ESRAGIA DIDICOPEDAGGICA PARA O ESUDO DOS LIMIES E INERESSES DAS AES DACOMUNIDADE INERNACIONAL NO ERRIRIO AFRICANO ...........................

    rica Patrcia Barbosa;Natlia Conceio Silva Barros

    PROPOSA DE ENSINO DE FILOSOFIA PARA CRIANAS DO 1 ANO DO ENSINOFUNDAMENAL .......................................................................................................................

    Maria A. Lima Piai Rosa

    ALFABEIZAO NUMA PERSPECIVA LERADA: O RABALHO PEDAGGICO

    NO CONEXO DAS SRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENAL......................Elizabet ramontin Silveira Camargo

    A ESCOLA DA INFNCIA E O RABALHO PEDAGGICO DOCENE .....................

    Marta Regina Furlan de Oliveira; Cassiana Magalhes Raizer

    O APRENDER E ENSINAR NA SOCIEDADE MIDIICA ..............................................

    Anglica Lima Piai; Adriana Regina de Jesus Santos; Maria A. L. Piai Rosa

    MDIAS E MEDIAES NO COLGIO DE APLICAO: VAMOS FAZER RDIO? .Roberto Antonio Pereira de Camargo

    A PRODUO CIENFICA NO CAMPO DAS ARES PLSICAS E AS

    ECNOLOGIAS DA INFORMAO E COMUNICAO ................................................Patrcia Mariani Schmidt; Diene Eire de Mello Bortotti de Oliveira

    O SER E FAZER DOCENE NO IMAGINRIO DOS ALUNOS DOS CURSOS DEHISRIA E LERAS DA UNIVERSIDADE ESADUAL DE LONDRINA ...................

    Hlio Jos Luciano; Adriana Regina de Jesus Santos

    REPRESENAES DOCENES E DISCENES SOBRE O PROFESSOR DE

    EDUCAO FSICA E SEU RABALHO PEDAGGICO .................................................Audrey Pietrobelli de Souza; Rosimeire Brbara Nabosny;Tayn Pietrobelli de Souza

    QUADRO DE PROFESSORES DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA NO ENSINOMDIO NO PARAN: ABORDAGENS SOBRE FORMAO DOCENE A PARIRDO CENSO ESCOLAR ..............................................................................................................

    Daniel Vitor Vicente

    O ORNAR-SE PROFESSOR: UM ESUDO SOBRE A MUDANA DE SENIDOPESSOAL NO PROCESSO DE FORMAO INICIAL .......................................................

    Flvio Rodrigo Furlanetto

    133

    143

    157

    167

    179

    193

    207

    221

    233

    249

    259

    281

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    7/320

    EDUCAO PBLICA BRASILEIRA: A PROPOSA PRAGMICA DO MANIFESODOS PIONEIROS .......................................................................................................................

    Washington Luiz de Oliveira Junior

    ANIMAIS E PLANAS NA MEMRIA HISRICA DO PARAN...............................Ana Odete Santos Vieira; Oscar Akio Shibatta;Regina Clia Alegro

    295

    313

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    8/320

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    9/320

    9

    PREFCIO

    A lio sabemos de cor, s nos resta aprenderEnsinar no transferir conhecimento, mas criaras possibilidades para a sua produo ou a sua construo

    (Paulo Freire)

    A atual conjuntura econmica e social, o enorme avano no campo dastecnologias e a necessidade de interagir de forma cada vez mais responsvelcom a natureza, demonstram a necessidade de avanos cada vez maiores

    no campo da educao, em todos os nveis. A opo pela educao pblicacomo compromisso de Estado, a modernizao dos sistemas educacionais, aatualizao dos currculos, o resgate da profisso de professor atravs de seureconhecimento e valorizao, bem como sua necessria capacitao, sodemandas urgentes da sociedade. Somente atravs da Educao possveldesenvolver de forma real, fortalecendo a democracia e a vida em sociedade,numa cultura de paz e bem comum.

    Os avanos recentes na Educao Bsica, como a universalizao doEnsino Fundamental e o aumento de 8 para 9 anos, a implementao do

    FUNDEB, o programa MAIS EDUCAO, indutor da poltica de educaointegral, os programas destinados ao Ensino Mdio, como o ENSINO MDIOINOVADOR, a ampliao das licenciaturas nas universidades pblicas,o desenvolvimento de programas como o PRODOCNCIA e o PIBIDfortalecendo as licenciaturas, recoloca no centro das discusses a formao deprofessores e a melhoria da qualidade da educao brasileira. Essa realidadetraz tona a discusso da funo acadmica e universitria dos Colgios deAplicao, sua insero nas universidades, seu fortalecimento e integrao com

    as demandas da educao bsica, bem como sua intensa atuao na formaoinicial e continuada de professores, para alm do campo de estgio.Os professores do Colgio de Aplicao da Universidade Federal de

    Viosa, no texto escrito no primeiro semestre de 2011, intitulado Documentoem defesa dos Colgios de Aplicao,enfatizam a importncia desses colgios:Os colgios de Aplicao so hoje espaos de atuao e reflexo crtica daeducao. No so modelos, mas espaos privilegiados de formao, de trnsitouniversitrio e de interao com outras experincias das redes pblica e privada.As experincias bem sucedidas so resultados da pesquisa, e indutoras de novas

    Prefcio

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    10/320

    I Congresso Nacional dos Colgios de Aplicao10

    investigaes. Os alunos das licenciaturas que ali atuam como estagirios noatuam numa escola modelo ou padro, mas num espao educacional de prticade ensino, de pesquisa e extenso.

    Portanto, os vrios trabalhos aqui apresentados, foram desenvolvidospor pesquisadores e/ou educadores, cada um abordando diferentes reas esituaes da educao bsica e a relao da universidade e dos colgios deaplicao com as escolas, em sua maioria, pblicas, de diversas regies donosso pas. Esses trabalhos podero contribuir, seja como referencial terico,seja demonstrando experincias bem sucedidas, e, sem exceo, apontandocaminhos para a melhoria da educao brasileira.

    Esse livro,Experincias e Reflexes na Formao de Professores, ao longo deseus vrios trabalhos, destaca a parceria bem sucedida de seus organizadores,

    professores da Universidade Estadual de Londrina, com o Colgio de Aplicaoda referida universidade. Os diversos trabalhos aqui apresentados contribuemcada um a seu modo, para melhorias da educao brasileira e esse livro ,portanto, mais uma confirmao dos propsitos dos Colgios de Aplicao.No basta transferir conhecimento, como disse Paulo Freire, o que cada autorapresentou, nesse livro, foi uma possibilidade, uma reflexo e um olhar sobre oconhecimento e a educao visando melhorias futuras.

    omei a liberdade de dividir essa obra em blocos que apresentam alguma

    afinidade mais objetiva. Comeando com Reflexes e experincias sobre formaoinicial e continuada de professores: as aes do FOPE, do PRODOCNCIAe do Colgio de Aplicao da Universidade Estadual de Londrina de ngelaMaria de Sousa Lima, Andria Maria Cavaminami Lugle, Anglica Lyrade Araujo, Adriana Regina de Jesus, Carlos Alberto Albertuni e MarileneCesrio. Esse primeiro artigo destaca as propostas e atuao do FOPE edo PRODOCNCIA na formao inicial e continuada de professores daUniversidade Estadual de Londrina e da Educao Bsica; a busca constantee coletiva de autonomia do Colgio de Aplicao da UEL e os principais

    resultados do I Congresso Nacional dos Colgios de Aplicao e I Mostra dePrticas de Ensino de Estgios, do PRODOCNCIA e do PIBID no Estadodo Paran. O trabalho coletivo e articulado entre FOPE, PRODOCNCIAe o Colgio de Aplicao da UEL, permitiu reflexes sobre a concretizao deuma articulao maior entre Ensino Superior e Educao Bsica e tambmsobre uma maior integrao entre o ensino, a pesquisa e a extenso, contribuindoassim, com a formao de professor e com a prxis pedaggica.

    Esses primeiros artigos relatam experincias bem sucedidas dos

    programas PRODOCNCIA e PIBID, importantes programas de integrao

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    11/320

    11

    entre os cursos de licenciaturas e as escolas, ou seja, um reforo no dilogo, tonecessrio, entre universidade e educao bsica e to importante na formaoe valorizao de professores.

    Na sequncia, ainda dentro da mesma temtica, Simone Alves deAssis Martorano, Fabiele Cristiane Dias Broietti, Rosana Franzen Leite eIsabella Oliveira Rocha abordaram o tema Alfabetizao Cientfica como artigo PRODOCNCIA projeto oficinas temticas: possveis vises sobre aalfabetizao cientfica. Esse tema um dos mais importantes e por que no dizerindispensvel, nessa primeira metade do sc. XXI, nesse atual momento quevivemos. No mais possvel viver em nosso mundo, viver em sociedade, semdominarmos minimamente a tecnologia que nos cerca. Nunca o ser humanofoi to longe e a cada dia nos relacionamos mais com a tecnologia, em todas as

    reas de atuao. O conhecimento cientfico mais uma ferramenta para quepossamos corrigir rotas e preservar o pouco que sobrou da natureza, garantidoassim a sade dos ecossistemas e a qualidade de vida para os povos atuais epara as futuras geraes. E a melhor forma de dialogar com a cincia atravsda prtica, como descreve o artigo citado acima, dando mais ferramentas esubsdios aos educadores, preparando assim de forma slida, significativa, oseducandos para o mundo que vivemos.

    Dialogando com o tema do artigo anterior, encontramos nessa obra

    outros dois artigos. So eles: Desafios e oportunidades no ensino de qumica:o caso PIBID/qumica da Universidade Estadual de Londrina UEL de AnyCaroline Ferreira, Fabiele Cristiane Dias Broietti e Marco Antnio Ferreirae O repensar sobre a atividade prtica no ensino de cincias a partir do estgiosupervisionado de Isabela Lopes, Mayara Baptistucci Ogaki e Patrcia deOliveira Rosa-Silva. Ambos preocupados com a eficincia do ensino decincias e em melhorar a relao ensino-aprendizagem e propiciar um ensinode cincias mais dinmico e prazeroso. No artigo de Fabiele C. D. Broietti ecolaboradores h uma citao que reproduzo aqui: Segundo Chassot (2004

    apud NIEZER et al., 2010, p.4) A alfabetizao cientfica discutida comosendo o conjunto de conhecimentos que facilitariam aos homens e mulheresfazer uma leitura do mundo onde vivem, considerando-se que os entoalfabetizados cientificamente compreendessem a necessidade de transformaro mundo em algo melhor. Em seu artigo os autores propuseram a fazer o quepreconiza a citao acima, atravs da leitura e discusso de textos sobre temasimportantes para o ensino de cincias (Qumica), a realizao de seminriose tambm a elaborao de vdeos e atividades ldicas. Dessa forma est

    garantida a contextualizao dos contedos e torna o conhecimento mais real,

    Prefcio

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    12/320

    I Congresso Nacional dos Colgios de Aplicao12

    mais presente na vida dos educadores e dos educandos. No artigo de MayaraB. Ogaki e colaboradores o ensino prtico de cincias foi muito bem abordado.ambm de forma contextualizada e dinmica e com uma dose de ousadia,

    pois no fcil trabalhar conceitos e prticas de bioqumica para alunos tojovens. Mas os resultados foram satisfatrios, demonstrando mais uma vezcomo importante a contextualizao do contedo e a atividade prtica.

    Ainda destacando experincias do PRODOCNCIA e do PIBID,chamo a ateno para o artigo de Ana Mrcia Fernandes ucci de Carvalho,Wander de Oliveira e Srgio Arruda, cujo ttulo O encontro do projeto PIBID Matemtica e o Colgio de Aplicao da UEL. Esse trabalho enfatiza a necessriaaproximao dos futuros professores com a realidade da escola brasileira.Sugere tambm uma reflexo sobre a formao continuada como meio de

    combater a obsolescncia em que muitos professores da educao bsica seencontram aps vrios anos lecionando. Por fim, destaco o pargrafo final doreferido artigo, uma bela sntese de sua proposta e sua ao: odavia, o maisimportante, parece-nos, a ousadia de permitir uma mudana, a invenode uma possibilidade, a busca por algo que no se perpetue na mesmice doensinar sempre o mesmo da mesma maneira.

    anto o artigo anterior como o artigo PRODOCNCIA /UEL/Matemtica: possibilidades para a educao de jovens e adultosde Regina Clia

    Guapo Pasquini trabalham com o ensino da Matemtica. So cada vezmais necessrios projetos e trabalhos com ensino dessa importante rea doconhecimento humano. Sabemos as dificuldades que professores e alunos temcom as cincias exatas e, particularmente, com a matemtica. importantechamar a ateno, nesse trabalho, de sua contribuio para a formao de jovense adultos, uma realidade to urgente em nosso pas e tambm a integraoentre ensino, pesquisa e extenso, a essncia dos Colgios de Aplicao, aoenvolver professores em formao inicial e continuada.

    Fechando esse primeiro bloco, gostaria de chamar ateno para o artigo

    O projeto PIBID 2011 de Histria: o estgio de Histria e a realidade escolar deMaurcio Hiroshi Filippin Oba, Ana Paula de Oliveira Dohler e Andr LuisRamos Soares. Esse artigo salienta a importante relao dos licenciandos emhistria com a realidade escolar, porm mais no incio do curso e no no finalque, quase sempre, a prtica adotada. Foi feito um importante diagnsticodas escolas pblicas do municpio gacho de Santa Maria, onde os licenciandosem histria puderam interagir com a realidade da educao bsica, conhecerseus problemas, deficincias e apontar algumas sadas para os problemas

    diagnosticados.

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    13/320

    13

    Na sequncia, um bloco de trs trabalhos: Mario Orlando Favorito,Leandro Henrique Magalhes e a dupla Diego Greinert de Oliveira e KatieFabiane Ribeiro. A saber, pela ordem: Uma proposta de orientao de estgio

    em Artes Visuais; Educar para o Patrimnio Cultural: reflexes e propostasmetodolgicas e Antropologia para o Ensino Mdio? possibilidades didticas parao professor de Sociologia na escola.A proposta do trabalho de Favorito enfatizaa experincia esttica no ensino escolar de arte como um desafio frente aocontexto disciplinar e de controle que caracteriza o modelo dominante deescolarizao. Na interao com o currculo de Artes Visuais considera odesenho como sua estrutura de base. Destaca-se nesse trabalho a importnciado CAp da UFRJ na formao de professores. Como disse um licenciandoque realizou seu estgio no referido CAp: ... os alunos so incentivados a

    pensar criticamente e esteticamente, tanto sobre o que produzem como o quelhes mostrado... e, continua... Essa forma de ensino abriu meus olhos, poisvi que um aluno pode resolver suas dificuldades artsticas no s com o fazer,mas com entender, o pensar, o analisar. J o trabalho de Magalhes enfatizaa importncia de estudar o patrimnio cultural no mbito escolar. Abordouaspectos da legislao educacional recente e apresentou um breve histrico decomo a Educao para o Patrimnio vem sendo pensada no Brasil. A discussode cultura fundamental para a soberania de um povo e a educao para o

    patrimnio tem muito a contribuir para isso. Finalizando esse bloco, temos otrabalho de Oliveira e Ribeiro que destaca a importncia da Antropologia naformao intelectual e crtica dos estudantes do ensino mdio. Sugere vriasformas de trabalhar a Antropologia no contedo da Sociologia. Esses trstrabalhos apresentam em comum a preocupao com a formao criativa ecrtica dos futuros professores e a ruptura do senso comum nos campos deatuao das respectivas reas abordadas.

    Em seguida enfatizo trs artigos que aparentemente so independentes,todavia, como parte de seus objetivos, abordam o desenvolvimento de

    metodologias e ferramentas para o trabalho e a formao docente, sobretemas de grande relevncia para a educao bsica brasileira, em especial pelacarncia de artigos nessas respectivas reas: Educao inclusiva, abordagemda temtica africana e ensino de filosofia para crianas. A autora Denise I. B.Grassano Ortenzi, em seu artigoA relao entre o estgio e a preparao dos alunos

    para atuarem em contextos de incluso,descreve uma experincia bem sucedidae interessante. Desenvolveu-se um sub-projeto de Letras, nas habilitaesde Lngua Inglesa e Lngua Espanhola como parte do PRODOCNCIA

    da UEL, onde analisou-se trs experincias de estgios que aproximaram

    Prefcio

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    14/320

    I Congresso Nacional dos Colgios de Aplicao14

    professores em formao, das questes de incluso. muito importante aeducao inclusiva contribuindo para que crianas e jovens cresam em umambiente livre de preconceitos, contribuindo para uma sociedade mais justa.

    Esse trabalho mais um passo nessa rea de atuao, ainda to carente de boasprticas nas escolas brasileiras.O artigo de rica Patrcia Barbosa e Natlia Conceio Silva Barros,

    do CAp-UFPE, aborda um tema de grande relevncia histrica e bastanteatual, em se tratando da legislao da educao bsica brasileira. O ttulo :O uso do filme Amor sem fronteiras como estratgia didtico-pedaggica para oestudo dos limites e interesses das aes da comunidade internacional no territrioafricano. fundamental a insero do estudo da temtica africana no currculoda educao bsica, o que ainda um desafio para os professores. Esse

    trabalho visou contribuir com a formao docente no campo da didtica e dasmetodologias de ensino, utilizando o cinema como ferramenta. Vale destacartambm o seu carter interdisciplinar.

    O artigo Proposta de ensino de Filosofia para crianas do 1o ano do EnsinoFundamentalde Maria A. Lima Piai Rosa destaca o ensino de filosofia desdea infncia como meio de promover na criana, o desenvolvimento do sensocrtico. rabalhou com a compreenso da relao infncia e filosofia e culminoucom uma proposta metodolgica para o ensino de filosofia nas sries iniciais

    do ensino fundamental. Uma proposta bastante exequvel por sinal!Os dois prximos captulos, de Elizabet ramontin Silveira Camargo autora de Alfabetizao numa perspectiva letrada: o trabalho pedaggicono contexto das sries iniciais do Ensino Fundamental e de Marta ReginaFurlan de Oliveira e Cassiana Magalhes Raizer coautoras de A Escolada Infncia e o trabalho pedaggico docente nos remetem a um importantemomento da educao bsica, a educao infantil e o ingresso da criananas sries iniciais, agora com 6 anos de idade. Ambos apresentam uma boafundamentao terica e destacam a importncia da mediao no processo

    ensino-aprendizagem, seja da coordenao pedaggica, seja do professor. Amudana da durao do ensino fundamental para nove anos trouxe grandesdesafios para os envolvidos com a educao e a vida escolar. Faz-se necessriouma melhor compreenso desse momento escolar e o trabalho de Elizabet . S.Camargo contribui para enfrentar esse desafio, enquanto o trabalho de ReginaF. de Oliveira e Cassiana M. Raizer partindo do pressuposto de que todaestrutura educacional esteja organizada com a finalidade primeira de promoveraprendizagem e o desenvolvimento do ser humano almeja provocar uma nova

    linguagem, destacando o papel do professor em favor do pensamento infantil.

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    15/320

    15

    Abro agora mais um bloco de trs artigos: As coautoras Anglica LimaPiai, Adriana Regina de Jesus Santos e Maria A. L. Piai Rosa, em seguidaRoberto Antnio Pereira de Camargo e, por fim, Patrcia Mariani Schmidt e

    Diene Eire de Mello Bortotti de Oliveira e seus respectivos trabalhos,O aprendere ensinar na sociedade miditica; Mdias e mediaes no Colgio de Aplicao: vamosfazer rdio? eA produo cientfica no campo das Artes Plsticas e as tecnologias deinformao e comunicao. O primeiro artigo desse bloco, enfatiza a sociedademediada pelas tecnologias e o momento da histria da civilizao que vivemos.Reconhece que a mdia exerce um papel educativo, que dissemina hbitos,juzos ticos e estticos nas relaes sociais e que a estrutura educacionalprecisa ter uma postura de bastante compreenso perante a ela. O segundotrabalho destaca a importncia do rdio e sua capacidade na mediao e na

    motivao dos estudantes frente ao conhecimento e o terceiro trabalho destacaa interao das tecnologias de informao e comunicao, a arte e o ensino dearte. A discusso que esse trs trabalhos fazem da Sociedade Miditica e dasnovas tecnologias da informao na vida escolar e nos processos educacionais muito importante, alm de apontar caminhos. Portanto cumprem muitobem seus respectivos objetivos e contribuem, de forma muito clara, com umaeducao mais instigante, desafiadora e formadora de cidados mais crticos eem sintonia com a realidade que vivemos.

    Dando continuidade, dois trabalhos destacam a funo do professor,o ser e fazer docente, so eles: O ser e fazer docente no imaginrio dos alunosdos cursos de Histria e Letras da Universidade Estadual de Londrinade HlioJos Luciano e Adriana Regina de Jesus Santos e, na sequncia, Representaesdocentes e discentes sobre o professor de Educao Fsica e seu trabalho pedaggico deAudrey Pietrobelli de Souza, Rosimeire Brbara Nabosny e Tayn Pietrobellide Souza. O primeiro aborda a identidade do docente no contexto da sociedadecontempornea e aponta para a necessidade de repensar a formao deprofessores e consequentemente a elaborao dos currculos das licenciaturas.

    J o segundo trabalho aborda as representaes sociais que so forjadas nocotidiano escolar relativas as aulas e ao professor de Educao Fsica e que, apartir dessa abordagem, procura entender melhor o papel da educao fsicana escola e a viso de alunos e professores em relao a essa importante reado conhecimento.

    Caminhando para o encerramento desse prefcio, apresento os trsltimos trabalhos. O primeiro, Quadro de professores da disciplina Sociologia no

    Ensino Mdio no Paran: Abordagens sobre formao docente a partir do Senso

    Escolar, escrito por Daniel Vitor Vicente, problematiza a cerca do processo de

    Prefcio

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    16/320

    I Congresso Nacional dos Colgios de Aplicao16

    reimplantao da Sociologia na Educao Bsica, com o enfoque no quadro deformao dos professores no estado do Paran. Constata uma diversidade naformao dos professores que lecionam a disciplina de Sociologia, concentrando

    nas Cincias Humana e chama a ateno, de forma positiva, para a formaodos futuros professores. Em seguida temos o trabalho de Flvio RodrigoFurlanetto, O ornar-se Professor: Um estudo sobre a mudana de sentido pessoalno processo de formao inicial, que tambm aborda a formao de professorese a mudana de sentido pessoal do sujeito diante da necessidade de organizara atividade de ensino. Faz uma breve reviso das concepes atuais sobre aformao inicial de professores e aponta caminhos a trilhar nessa importantetarefa.

    O ltimo trabalho dessa obra, de Washington Luiz de Oliveira Junior,

    Educao Pblica Brasileira: A proposta pragmtica do Manifesto dos Pioneiros,apresenta uma bela abordagem histrica dos acontecimentos anteriores aoperodo da contemporaneidade, valorizando a importncia da educao pblicapara a democracia. Analisa a contribuio de vrios pensadores e contextualizao Manifesto dos Pioneiros da Educao Nova culminando com a constataoda necessidade de se criar, e de fato executar, um Plano Nacional da Educao.

    Essa obra chega ao seu final em grande estilo. fundamental acreditar naeducao pblica e em sua enorme contribuio para a democracia. Como disseWashington Luiz de Oliveira Junior em seu artigo: A finalidade primordial

    da educao pblica democrtica deve residir na sustentao intelectual aoscidados de uma nao.

    Sabemos da contribuio da educao pblica para o desenvolvimentodo pas. Reconhecemos, porm que muito precisa ser feito, para que a educaopblica possa contribuir, de forma efetiva e animadora, para a formao decidados conscientes, antenados com o seu tempo e sua realidade, capazes detransformarem o mundo para melhor.

    Essa obra mais uma contribuio da educao pblica para a sociedade.

    a essncia da universidade em parceria com a educao bsica. Ensino,pesquisa e extenso contribuindo para o agir e o pensar, na transformaodos agentes educacionais e apontando caminhos, para uma srie de temas eassuntos, ligados ao dia a dia da escola brasileira.

    Constata-se com essa obra, alm do empenho e dedicao de seusorganizadores, a grande importncia dos Colgios de Aplicao na formaode professores. fundamental a relao entre a educao bsica e a educaosuperior que acontece nesses colgios, e no Colgio de Aplicao da UEL no diferente. O ensino, a pesquisa e a extenso feitos em harmonia e integrao

    entre universidade e escolas.

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    17/320

    17

    Quando entrar setembro e a boa nova andar nos camposQuero ver brotar o perdo onde a gente plantou juntos outra vez

    J sonhamos juntos semeando as canes no vento

    Quero ver crescer nossa voz no que falta sonhar...Sol de primavera abre as janelas do meu peitoA lio sabemos de cor, s nos resta aprender

    Como diz o verso da msica Sol de Primavera, composio de BetoGuedes e Ronaldo Bastos, importantes msicos do movimento mineiro Clubeda Esquina,A lio sabemos de cor, s nos resta aprender, sabemos o que tem queser feito e acreditamos no poder da Educao como forma de transformar o

    mundo para melhor. Juntos sonhamos com isso. Que o sol da primavera quese avizinha, presencie o constante crescer de nossas vozes em prol de umaeducao realmente de qualidade, para um mundo socialmente mais justo.

    Essa obra mais uma grande contribuio nessa jornada...

    Hlio Paulo Pereira FilhoProfessor de Biologia

    Diretor do Colgio de Aplicao COLUNI daUniversidade Federal de Viosa UFVAgosto de 2012.

    Prefcio

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    18/320

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    19/320

    Reflexes e experincias sobre formao inicial e continuada de professores: 19

    REFLEXES E EXPERINCIAS SOBRE FORMAOINICIAL E CONTINUADA DE PROFESSORES:

    AS AES DO FOPE, DO PRODOCNCIA E DOCOLGIO DE APLICAO DA UNIVERSIDADE

    ESTADUAL DE LONDRINA

    ngela Maria de Sousa Lima1

    Andria Maria Cavaminami Lugle2

    Carlos Alberto Albertuni3

    Anglica Lyra de Araujo4

    Adriana Regina de Jesus Santos5

    Marilene Cesrio6

    INTRODUO

    Nos ltimos anos, surgiram muitas pesquisas sobre formao deprofessores, revelando a importncia e a necessidade de se repensar os processos

    de formao inicial e continuada. Essa necessidade tambm foi apontadapelo grupo de professores desta universidade que atuam no FOPE (FrumPermanente das Licenciaturas) e no projeto PRODOCNCIA (Programa deConsolidao das Licenciaturas).

    A qualidade da formao inicial nas licenciaturas est diretamenterelacionada necessidade de aproximarmos mais o ensino superior da educaobsica. Essa real aproximao distingue-se de outras aes que historicamentevem se desenvolvendo em algumas escolas, viabilizadas por meio de algumasconcepes de estgios, em que os alunos vo at a escola apenas para1 Professora de Metodologia de Ensino de Sociologia e Estgio Supervisionado, do Departamento deCincias Sociais da UEL. Doutora em Cincias Sociais (UNICAMP). Contato: [email protected] Professora de Formao de Professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, do Departamento deEducao da UEL. Doutoranda em Educao (UNESP). Contato [email protected] Professor de Filosofia, do Departamento de Filosofia da UEL. Doutor em Filosofia. Contato: [email protected] Professora de Sociologia. Doutoranda em Cincias Sociais (UNESP/FCLAR). Contato: [email protected] Professora de Didtica do Departamento de Educao da UEL. Diretora do Colgio de Aplicao.Doutora em Educao (PUC/SP). Contato: [email protected] Professora do Curso de Educao Fsica/Licenciatura do Departamento de Estudos do Movimento

    Humano. Doutora em Educao UFSCar/SP). Contato: [email protected]

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    20/320

    I Congresso Nacional dos Colgios de Aplicao20

    observar, anotar, analisar, avaliar e pressupor hipteses conclusivas, sem aomenos interagir e se dispor a aprender com os protagonistas que compem ainstituio: os professores, os gestores, os alunos e a comunidade.

    A inteno do grupo dos professores do FOPE e do PRODOCNCIA promover a interao do aluno em formao inicial com as reais necessidadesdas escolas e dos professores regentes, conscientizando-os, inclusive darelevncia dos processos de formao continuada dos professores da educaobsica. Nesse contexto, contamos como primeiro parceiro para a concretizaodessas propostas o Colgio de Aplicao, parceria esta que perpassa pela lutahistrica pela busca coletiva de sua autonomia administrativa e pedaggica,assim como de sua valorizao e adeso definitiva universidade.

    Dentro desses propsitos, nesse artigo, destacamos os primeiros

    resultados de algumas aes do FOPE, do PRODOCNCIA, concretizadasde 2010 a 2012, em parceria com o Colgio de Aplicao, e que possuemcomo foco central uma proposta diferenciada de formao inicial e continuadados professores, pautada em dilogos, estudos terico-metodolgicos dasnecessidades vivenciadas pelos mesmos no cotidiano escolar.

    FOPEEPRODOCNCIA: PLANEJANDOAES

    O FOPE, assim como o projeto PRODOCNCIA, ambos formadospor quinze Licenciaturas: Letras: habilitao Ingls/Espanhol; LetrasVernculas e Clssicas; Qumica; Filosofia; Cincias Sociais; Histria; Msica;Geografia; Cincias Biolgicas; Matemtica; Pedagogia; Fsica; EducaoFsica e Artes Visuais.

    O projeto PRODOCNCIA pode ser descrito por meio de suas metas,detalhadas em uma ao conjunta e quatro aes diferenciadas. Com o temageral Enfrentando os desafios das Licenciaturas na formao inicial e continuadade professores: a incluso em debate,no perodo de 2010 a 2013, o grupo de

    professores, das quinze licenciaturas, se props a organizar cursos de formaocontinuada, jornadas de estgio, ciclo de debates, uma revista eletrnica, mostrade estgio e de incluso, livros temticos, cadernos de metodologias, entreoutras aes, a fim de repensar a formao inicial e continuada de professoresno mbito do FOPE - Frum das licenciaturas da UEL.

    Uma das primeiras atividades corresponde realizao de trs cursosde formao continuada para professores da Educao Bsica e da UEL,acerca das temticas Incluso, Necessidades Educacionais Especiais eInterdisciplinaridade.

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    21/320

    Reflexes e experincias sobre formao inicial e continuada de professores: 21

    Como parte da proposta de debate dos vrios processos de incluso/excluso educacionais, o primeiro curso anual, com cinquenta hora-aulas dedurao e com a participao de mais de duzentos professores das escolas

    pblicas da rede municipal e estadual de ensino, debateu juntamente com osdocentes em 2011, as seguintes temticas:

    [...] incluso de alunos com Necessidade Educacionais Especiais: formaode professores; diversidade sexual e sexualidade;educao sexual na escola:desafios e conquistas de educadores/as;deficincia intelectual;ECA (Estatutoda Criana e do Adolescente) na escola; Bullyng e as vrias concepes sobreviolncia na escola; Uso de drogas na sociedade contempornea e educao:o que possvel ensinar? Os professores na sociedade contempornea:contradies e desafios; Incluso de alunos surdos e ecnologias Assistivas.(Relatrio do I Curso PRODOCNCIA, 2011, p. 1).

    No final do curso, dialogamos com os professores participantes e osmesmos elencaram algumas temticas que auxiliariam seu fazer pedaggico.A partir desses apontamentos, planejamos o segundo curso de 2012, emandamento, com carga horria de 85 horas terico/prticas, com as seguintestemticas:

    Incluso: tema contemporneo; Arte e Incluso; Museu e Escola; Aeseducativas, desigualdades e questes indgenas; Desigualdades, educaoe culturas indgenas na UEL; Desigualdades, preconceitos e diversidadesna escola: o trabalho pedaggico e social com as questes indgenas;Desigualdades e diversidades na escola: o trabalho cultural com as questesindgenas; Desigualdades e educao; Desigualdades e precarizao: o casodos professores PSS no Paran e a organizao do EL; Desigualdades eevaso escolar; Desigualdades e condies de trabalho dos professores;Museu da vida: divulgao da cincia e da histria da cincia;Museus de Geologia e Paleontologia e suas prticas educativas; Msica e

    incluso o que todo professor precisa saber; EJA: educao e trabalho;Autismo; Altas Habilidades; Diversidades, educao escolar, currculo e osdiferentes sujeitos; Educao de alunos surdos no contexto da educaoinclusiva: anlises e perspectivas; Planejamento e confeco de recursosdidticos adaptados ao ensino de alunos com deficincia visual em contextosinclusivos; Diferentes abordagens da leitura da obra de arte; Incluso naeducao Matemtica; Josu de Castro e a busca de solues para os problemassociais brasileiros; Josu de Castro: um olhar scio-geogrfico; Josu de Castroe suas propostas de aes polticas: uma anlise de suas atuaes nas dcadasde 1950 e 1960; O nordeste de Josu de Castro: como enfrentar a pobreza e

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    22/320

    I Congresso Nacional dos Colgios de Aplicao22

    a fome; Josu de Castro e o combate ao subdesenvolvimento, s desigualdadese fome; Josu de Castro: um olhar do movimento musical Mangue-beat.

    Diferente do curso de 2011, no curso de formao de 2012 organizamosuma mostra de apresentao dos trabalhos dos professores participantes,onde cada dupla de docentes ser convidado a demonstrar o resultado deuma atividade prtica desenvolvida com os alunos da escola em que atuam apartir da escolha de uma das temticas trabalhadas no curso. Os professoresparticipantes sero ainda convidados a publicarem os resultados dessestrabalhos na Revista Eletrnica PRO-DOCNCIA.

    O terceiro curso de formao continuada, realizado em parceira com oColgio Estadual Professor Francisco Villanueva e com a Secretaria Municipal

    de Educao de Rolndia (Setor de Promoo da Igualdade tnicorracial),denominado II Curso Interdisciplinar de Formao Continuada de Professoresda Educao Bsica, com o tema geral Educao, Cultura e Linguagens: novasmetodologias, novas perspectivas, com realizao no perodo de 31/03/2012 a24/11/2012, aos sbados, no CAC (Centro de Atendimento Comunidade),em Rolndia/Paran, tem debatido os seguintes temas:

    eatro do oprimido na escola FO/Londrina; Oficinas de Matemtica:Matemtica e as potencialidades de jogos; Desigualdades e pobreza nos

    relatrios do desenvolvimento humano das Naes Unidas; Mdia e cinema;Metodologias de ensino; Mapas conceituais; Oficinas de Matemtica:nmeros racionais e a metodologia da resoluo de problemas; Memria,patrimnio cultural, educao (visita a pontos escolhidos em Londrina ouem Rolndia); Educao sexual; Cinema e Sociologia: Linguagens; conversasacerca da variao lingustica; O ensino de Lngua Portuguesa literatura afro-brasileira e resistncia.

    ambm nesse curso, planejado para a ltima etapa, os professores

    participantes apresentaro os trabalhos desenvolvidos nas escolas da educaobsica ao longo do ano acerca dos temas escolhidos.Em 2011, foi realizado tambm o IV Ciclo de Debates sobre

    Desigualdades, intitulado Educao e excluso, em parceria com os professoresdo Departamento de Cincias Sociais, os projetos de extenso: LENPES(Laboratrio de Ensino, Extenso e Pesquisa de Sociologia), Semanas deSociologia nas Escolas da Rede Pblica, GEEMAS (Grupo de Extenso e deEstudos de Materiais Didticos de Sociologia), GEAMA (Grupo de EstudosAvanados Sobre o Meio Ambiente), Dilogos com o Patrimnio Cultural

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    23/320

    Reflexes e experincias sobre formao inicial e continuada de professores: 23

    e a Memria Coletiva, IPAC (Inventrio e Proteo do Acervo Cultural deLondrina - IPAC/LDA) , alm da contribuio efetiva dos profissionais daeducao do Colgio de Aplicao da UEL, dos PIBIDs (Programa Institucional

    de Bolsa de Iniciao Docncia), da PROGRAD, da PROEX, e da SecretariaMunicipal de Educao de Rolndia (Setor de Promoo Etnicorracial),ocorrido no Colgio IEEL (Instituto de Educao Estadual de Londrina).Alm dos professores do projeto e da rede estadual, destacou-se neste evento, apresena de mais de cem estudantes do Curso de Formao de Docentes (nvelmdio) do Colgio Estadual Olavo Bilac de Camb.

    Foram discutidas as seguintes temticas no IV Ciclo de Debates sobredesigualdades:

    [...] desigualdade, excluso e infantilizao do trabalho docente; desigualdadee currculo: conceitos e questes na contemporaneidade; desigualdade,excluso e educao: uso e interpretao de filmes para formao docente ediscente; desigualdade, excluso e educao: meio ambiente, sustentabilidadee educao; desigualdade, excluso e educao: dilogos sobre marcadoressociais de diferena; e desigualdade, excluso e educao: a reproduo dasassimetrias nas relaes escolares. (Relatrio do IV Ciclo de Debates sobreDesigualdades, 2011, p. 01).

    Ressaltamos que em maio de 2012, houve a 5 edio do Ciclo deDebates sobre Desigualdades, dessa vez includo do segundo curso deformao continuada de professores e realizado na UEL. A inteno doPRODOCNCIA, tanto em 2011 quanto na 5 edio de 2012, foi debatera questo das desigualdades em seus aspectos sociolgicos, educacionais,econmicos, antropolgicos, polticos e culturais; promover uma maiorintegrao entre a universidade e as escolas pblicas do Ncleo Regional deEducao de Londrina; discutir as implicaes polticas dos processos deexcluso e de desigualdades e os desafios da educao inclusiva; promover o

    fomento de diferentes metodologias e constituir novos materiais de apoio aoensino de Sociologia no Ensino Mdio. Ao debater as vrias abordagens dasdesigualdades no Brasil, esperamos ter possibilitado mais subsdios tericos emetodolgicos para os professores da educao bsica compreenderem melhoras diversas faces dos processos de incluso/excluso educacionais, tema centralda edio atual do PRODOCNCIA.

    O PRODOCNCIA e o FOPE organizaram em parceria comColgio Estadual Jos Alosio de Arago - Colgio de Aplicao da UEL,duas Jornadas de Humanidades, na prpria instituio escolar, envolvendo

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    24/320

    I Congresso Nacional dos Colgios de Aplicao24

    os alunos do Ensino Fundamental, Mdio e Mdio Profissionalizante. Em2011, foi discutido o tema In/Excluso e Juventudes, nos dias 02 e 03 demaio de 2011. Em 2012, nos dias 04 e 06 de junho, o tema abordado foi

    Mltiplos olhares sobre a Amrica Latina. Ambos agregaram uma variedademuito grande de temticas e de profissionais das diferentes licenciaturas e doscursos de bacharelado da UEL, que ministraram, nos perodos da manh e danoite, mais de duzentas oficinas pedaggicas para alunos do 9. ano (EnsinoFundamental), do Ensino Mdio e Mdio Profissionalizante (cnicos emEnfermagem e Cuidados com a Pessoa Idosa).

    Na Jornada de Humanidades do Colgio de Aplicao da UEL, almejou-se abranger temas que discutissem, direta e indiretamente, a incluso e aexcluso dos mais variados grupos em todos os campos sociais, principalmente

    relacionados s juventudes. Os objetivos foram:

    [...] proporcionar atividades diferenciadas da rotina escolar; favorecer ointercmbio entre a produo acadmica de professores e licenciandos daUEL e outras instituies de ensino superior com o Ensino Mdio; evidenciarque o conhecimento das mais diversas reas necessrio para completar aformao do cidado; mostrar as diferentes abordagens do social, bem comoos temas mais discutidos e polmicos da atualidade; para contribuir com umaviso de mundo mais ampla, crtica e participativa para os jovens. (Relatrio

    da II Jornada de Humanidades, 2011, p. 02).

    A segunda Jornada teve como propsitos;

    [...] aprofundar o conhecimento das razes histricas, sociais, polticas,econmicas e culturais da Amrica Latina, bem como da problemtica atualdo continente, desenvolvendo uma sensibilidade realidade de cada umdos pases do continente [...].Conhecer nossa produo literria, cientficae cultural, [...]na busca de uma percepo mais ampla e mais reflexiva depertencimento do Brasil nesta realidade. (Proposta de evento, Colgio deAplicao, 05/2012, p.1).

    Nos dois eventos foram confeccionados Anais com resumos dasoficinas, disponibilizados posteriormente no site da escola. E para reunir aindamais as contribuies desta atividade, o PRODOCNCIA publicar nofinal de 2012 o livro Caderno de Metodologias de Ensino e de Pesquisa do

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    25/320

    Reflexes e experincias sobre formao inicial e continuada de professores: 25

    PRODOCENCIA7, contendo artigos sobre as metodologias de ensino e asexperincias didticas da Jornada de Humanidades do Colgio de Aplicaoda UEL. Os dois cadernos de Metodologia do projeto contemplam discusses

    bibliogrficas dos contedos trabalhados com os alunos e os relatos dasatividades aplicadas com eles durante o evento. Esta mesma produo reuniros resultados da Jornada de Estgio do FOPE, cujo objetivo foi discutir oestgio nas Licenciaturas da UEL, bem como as propostas para formaoinicial e continuada de professores e a vinculao com os professores das redesmunicipais e estaduais de ensino.

    Dentre as muitas atividades que vm sendo desenvolvidas peloPRODOCNCIA, desde sua aprovao pela CAPES em 2010, destacamosas contribuies de duas Jornadas do FOPE, a primeira, Dilogos sobre o

    Estgio na Formao Inicial e Continuada das Licenciaturas, e a segunda AsPropostas de Estgios Curriculares das Licenciaturas da UEL. Ambas tmpor finalidades:

    [...] refletir o sentido da escola pblica, do trabalho pedaggico e do estgio naformao inicial de professores, propondo formas de interveno/atuao nasescolas, com vista a um trabalho mais interdisciplinar; viabilizar a formaocontinuada de professores, propiciando metodologias, recursos didticose discusses tericas sobre os desafios da formao inicial; e discutir sobre

    os desafios das desigualdades socioeducativas, da incluso e da excluso nocampo de estgio.

    Por meio das discusses realizadas durante as Jornadas do FOPE,sobre o estgio curricular obrigatrio nas licenciaturas, temos sentido osprimeiros impactos concretos das aes do projeto na comunidade acadmicae na sociedade. Como exemplo, podemos mencionar uma maior interaoentre os professores dos Cursos de Licenciatura (independentemente de seuenvolvimento com disciplinas didtico-pedaggicas), entre os acadmicos e

    os professores (principalmente com as Instituies de Ensino, parceiras deEstgios).

    A Jornada do FOPE, em especial, tem possibilitado a valorizao dosconhecimentos relacionados s atividades de estgios, tanto no ambienteacadmico como nas escolas de Educao Bsica. O evento tem proporcionadoo compartilhamento de experincias e de reflexes muito enriquecedoras, por

    7 J est em andamento a organizao da segunda publicao do PRODOCNCIA, que compilaros resultados dos trabalhos desenvolvidos em 2012, reunidos no Caderno de metodologias do

    PRODOCNCIA /UEL: prticas de ensino e de pesquisa na formao de professores.

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    26/320

    I Congresso Nacional dos Colgios de Aplicao26

    meio da disseminao das aes relativas ao ensino e formao de professoresem diferentes contextos.

    O primeiro mdulo da segunda Jornada foi composto por reunies

    com diretores das escolas da Secretaria Municipal de Educao de Londrina(SME) e das escolas estaduais do Ncleo Regional de Educao de Londrina(NRE), alm de uma Aula Inaugural com todas as licenciaturas, com o tema:O estgio nas licenciaturas e a parceria com as escolas da Educao Bsica,tendo como palestrante o professor Csar Nunes (UNICAMP). Do segundoao sexto mdulo, o debate se concentra em mesas redondas, programadas comas seguintes temticas:

    Artes Visuais, Formao docente em Artes Visuais: o que dizem os relatrios

    de Estgio?; Pedagogia, as Propostas de estgios diferenciados; Matemtica,as Oficinas de Estgio do curso; e Cincias Sociais, debatendo a produode conhecimentos de Cincias Sociais com as escolas e a disseminao nosSeminrios de Estgio. No 3 mdulo, reuniremos as licenciaturas de: LetrasEstrangeiras Modernas, com o tema Desenvolvimento da autonomia noprocesso de aprendizagem: uma experincia na Licenciatura em espanhol;Letras Ingls, com o ttulo A relao entre o estgio e a preparao dos alunospara atuarem em contextos de incluso; Letras Vernculas, com o tema Ocurso de Letras Vernculas e Clssicas e os estgios: espao de reflexo eintegrao; e a licenciatura de Geografia, debatendo O estgio no Curso

    de Licenciatura em Geografia: possibilidade de reflexo e ressignificao daprtica educativa. No 5 mdulo, em 10/09/12, na mesma mesa redonda,pretendemos ouvir a apresentao dos trabalhos de prtica de ensino dasseguintes licenciaturas: Educao Fsica, com o tema Estgio no Curso deEducao Fsica; Filosofia, debatendo A Relao Entre Pesquisa, Ensinoe Extenso, Pensada a Partir do Estgio no Curso de Filosofia; Fsica,discutindo Estgio: Um instrumento motivacional docncia; Qumicacom o tema Estgio na licenciatura em Qumica: propostas e desafios.No 6 mdulo, em 26/10/12, teremos as seguintes licenciaturas e temas:Msica O Estgio em grupos multisseriais proposta metodolgica para

    a formao de professor ao longo da licenciatura; Biologia O estgio nocurso de licenciatura em Cincias Biolgicas; Histria Estgio no curso deHistria. (Proposta de Curso, PROEX, 06/03/2012).

    Est previsto para o stimo mdulo, em 08/11/12, o encerramento dasatividades com todas as licenciaturas, por meio de uma Mostra de Resultadose Desafios dos rabalhos, a ser encaminhado tomando por base o debate sobreO Estgio nas Licenciaturas e a parceria com as escolas da Educao Bsica,na presena da PROGRAD, do FOPE, da Comisso de Estgio do FOPE e

    de representantes do NRE e da SME/Londrina.

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    27/320

    Reflexes e experincias sobre formao inicial e continuada de professores: 27

    A Jornada tem aproximado mais a universidade dos reais problemasda Educao Bsica, ao organizar espaos de exposio de ideias, pesquisase de trabalhos pedaggicos dos professores das escolas pblicas envolvidas.

    Afinal, faz parte de nossos principais propsitos, aproximar mais os cursos deLicenciaturas da universidade com a comunidade escolar, no que diz respeito democratizao da produo do conhecimento cientfico.

    ASAESDIFERENCIADASDOPRODOCNCIA

    O projeto PRODOCNCIA possui, alm da meta um, onde estodescritas as aes comuns, quatro outras aes diferenciadas. No texto anterior,descrevemos as aes planejadas na meta um, sendo composta por: jornadas do

    FOPE, cursos de formao continuada de professores, organizao da RevistaEletrnica, ciclos de debates, mostra de estgios e de prticas inclusivas,publicao de livros e de cadernos, jornadas de humanidades no Colgio deAplicao, entre outras atividades correlatas.

    So aes previstas na meta dois, que agregam as licenciaturas deHistria e Cincias Biolgicas, cursos de capacitao para estudantes das duaslicenciaturas, dos professores da rede pblica e do ensino superior, dos alunosdas ps-graduaes em Cincias Biolgicas e Histria Social, dos alunos daeducao bsica e dos membros da comunidade em geral (visitantes museus/exposies itinerantes), assim como dos demais envolvidos para compreensoe explorao dos museus como espao educativo e de reconhecimento dediversidades. Esta ao diferenciada composta por cinco etapas de trabalho:

    1. EAPA: Instalao de grupo de trabalho sobre Museu como espaode identidades e necessidades educacionais de cegos e surdos, envolvendoprofessores, estudantes das Licenciaturas de Cincias Biolgicas e Histriae tcnicos atuando em museus. [...] 2. EAPA: Oferta de cursos e oficinaspara professores da rede bsica de ensino, estudantes das licenciaturas e

    apoiadores de aes educativas dirigidas s pessoas com necessidadeseducacionais especiais, particularmente queles que atuam junto a estudantescegos e surdos, buscando instrumentaliz-los para a explorao dosmuseus envolvidos como espaos educativos tambm para este visitante.[...] 3. EAPA: Montagem de exposies temporrias pelos trs museusenvolvidos que contemplem a incluso de pblico surdo ou cego. [...] 4.EAPA: Oferta de exposio itinerante para as escolas bsicas com partedos materiais expostos dos museus, aps o encerramento da mostra. [...] 5.EAPA: Estabelecer orientaes gerais para a ao educativa dos museus

    envolvidos, contemplando o atendimento de pessoas surdas ou cegas. Anlise

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    28/320

    I Congresso Nacional dos Colgios de Aplicao28

    das experincias e disseminao dos resultados como produo bibliogrficapara peridico e em eventos na UEL e em outras instituies.

    objetivo da meta trs, implementar o projeto Incluso Cientfica:ensino e aprendizagem de Qumica, por meio de encontros temticos paraalunos de licenciatura em Qumica/UEL e professores da rede pblica deensino.

    1. EAPA: apresentao do subprojeto aos alunos matriculados na disciplinaQumica na Escola II; 2. EAPA: discusso com os alunos acerca da temticaalfabetizao cientfica; 3. EAPA: elaborao e desenvolvimento pelos alunos,em grupos, sob a superviso dos professores vinculados ao projeto, de encontrostemticos que contemplem temas relacionados ao cotidiano (alimentos, recursosnaturais, medicamentos, entre outros) e a utilizao de estratgias de ensino(experimentao, ICs, atividades ldicas, entre outras), para se trabalharconceitos cientficos, em especial relacionados a disciplina de Qumica;4.EAPA: apresentao dos encontros temticos as demais turmas do cursode Qumica/Licenciatura e aos professores e alunos da rede pblica deensino, na forma de um evento programado para meados de novembro/2012,sob o ttulo provisrio de I Oficina emtica: Qumica na Escola; 5.EAPA: disseminao dos resultados alcanados nesses encontros, emeventos e peridicos da rea.

    Como consta no texto referencial do projeto, a preocupao dosprofessores de Qumica do PRODOCNCIA centra-se em discutira alfabetizao cientfica com alunos da graduao e a organizao/realizao de encontros temticos organizados pelos alunosmatriculados na disciplina de Qumica na Escola II, sob a supervisodos professores vinculados ao projeto e oferecidos aos demais alunosdo curso e professores da educao bsica, com a finalidade de debatersobre a alfabetizao cientfica no ensino de Qumica. Os encontroscontemplaro atividades relacionadas ao desenvolvimento de estratgiasinovadoras de ensino e estaro vinculados a temas relacionados aocotidiano (alimentos, recursos naturais, medicamentos, entre outros),buscando promover uma melhoria no processo de formao inicial econtinuada dos profissionais da educao, bem como um aumento naqualidade do processo de ensino e aprendizagem dos alunos da educaobsica.

    A meta quatro planeja implementar o projeto A incluso educacional na

    perspectiva da Incluso Matemtica, para refletir sobre as prticas inclusivas

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    29/320

    Reflexes e experincias sobre formao inicial e continuada de professores: 29

    na formao inicial e continuada de professores que ensinam Matemtica naEducao Bsica, para estudantes da UEL e professores do Ncleo Regionalde Londrina.

    1. EAPA. Organizar um grupo de estudos e pesquisa sobre a diversidadee a incluso matemtica; 2. EAPA. Realizar intercmbio entre gruposde estudo e pesquisa que investigam proposies e alternativas para odesenvolvimento de prticas inclusivas de Matemtica; 3. EAPA. Produzirmaterial didtico para o ensino de Matemtica direcionado proposta deincluso em forma de cadernos e/ou materiais manipulveis; 4. EAPA.Implementar e avaliar as aes que forem desenvolvidas no grupo de estudoe pesquisa no que tange s propostas alternativas elaboradas; 5. EAPA.Disseminar as atividades desenvolvidas e os resultados obtidos em eventos da

    rea de Educao Matemtica.

    Como descreveram os organizadores dessa meta, esta ao diferenciadatem como alvo os jovens e adultos que esto em busca da escolarizao bsica,pertencentes a EJA, pois entendem este grupo social como pertencentes a umaclasse excluda da sociedade e desse modo pretendem desenvolver um trabalhoque respeite as especificidades destes estudantes, por meio de uma Matemticaque atraia e no que exclua, que desenvolva potencialidades e que no tolhe opotencial de cada um.

    A meta cinco visa implementar o projeto Incluso pela linguagem,afim de discutir de prticas inclusivas na formao de professores de LnguasEstrangeiras para alunos de Letras (habilitao em Lngua Espanhola eLiteratura Hispnica; Habilitao em Lngua Inglesa e Literaturas em LnguaInglesa).

    1. EAPA: Realizar diagnstico de alunos com baixa proficincia lingsticaatravs de testes escritos e de compreenso oral; 2. EAPA: Elaborar planos

    de estudo individualizados e cursos na plataforma Moodle para serem feitospelos alunos com baixa proficincia; 3 EAPA: Criar cursos na plataformaMoodle e elaborar planos de estudo para os alunos com baixa proficincia;4. EAPA: Acompanhar a implementao dos programas de estudoindividualizados e avaliar o desenvolvimento dos alunos; 5. EAPA: Editaros materiais elaborados durante as atividades junto aos alunos com baixaproficincia para disponibilizar para outros usurios no futuro; 6. EAPA:Realizar a disseminao dos resultados em eventos na rea de formao deprofessores de lnguas estrangeiras.

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    30/320

    I Congresso Nacional dos Colgios de Aplicao30

    A meta seis, tambm organizada pelos professores de LnguasEstrangeiras, tem por objetivo a realizao de estgio obrigatrio paraestagirios, no contexto de incluso pelos professores de Letras (habilitao

    em Lngua Espanhola e Literatura Hispnica; Habilitao em Lngua Inglesae Literaturas em Lngua Inglesa).

    1. EAPA: Identificar escolas em situao de incluso e selecionar estagirios;2. EAPA: Elaborar plano de curso e desenvolver material didtico voltadopara as necessidades especiais dos alunos em situao de incluso; 3. EAPA:Realizar o estgio iniciando com uma fase de observao de aulas paraidentificao das necessidades especiais dos alunos, passando para uma fasede participao nas aulas regidas pela professora da turma e posteriormentede regncia; 4. EAPA: Avaliao e edio dos materiais utilizados nassituaes de incluso; 5. EAPA: Realizar a disseminao dos resultados emeventos da rea de formao de professores e de educao.

    Mesmo em andamento, j possvel denotar as contribuies que estestrabalhos tm propiciado no fortalecimento das licenciaturas, no fomentoda interdisciplinaridade, no aprofundamento dos cursos de formao iniciale continuada de professores e na maior integrao entre os professores, oslicenciandos e as graduaes de um modo geral. Mesmo organizados em

    metas e diferentes etapas, os professores colaboradores do projeto, das quinzelicenciaturas participantes, tm desenvolvido um trabalho coletivo e bastanteintegrado. As produes cientficas em andamento tm tentado explanaresta interao e esta reciprocidade no comprometimento com a qualidade daformao docente.

    COLGIODEAPLICAODAUNIVERSIDADEESTADUALDELONDRINA8

    A partir das aes comuns e diferenciadas, propostas por este projeto

    - considerando a interao entre os cursos de Licenciatura, a apresentao/reflexo das polticas inclusivas, os avanos tecnolgicos, sua relao com oprocesso ensino e aprendizagem e reformulaes legais direcionadas educao- espera-se, do ponto de vista dos avanos na rea de ensino para os alunos edocentes envolvidos, a disseminao da cultura inclusiva no mbito dos cursosde licenciaturas da UEL, associada s atividades da Educao Bsica, uma vez

    8Parte dessa seo do artigo j foi publicada no G 8 Formao de Professores, do IX Seminrio daANPED Sul, que ocorreu em Caxias do Sul (RS), em julho de 2012, com o ttulo Formao de professores:proposies e reflexes no contexto do FOPE/PRODOCNCIA e do colgio de aplicao da Universidade

    Estadual de Londrina, pelas professoras Adriana Regina de Jesus Santos e Angela Maria de Sousa Lima.

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    31/320

    Reflexes e experincias sobre formao inicial e continuada de professores: 31

    que esperamos que as atividades propostas propiciem mudanas significativasna formao inicial e continuada de professores.

    Dentre as vrias atividades do FOPE e do PRODOCNCIA foi

    possvel discutir a importncia do Colgio de Aplicao como campo deexperimentao e de possibilidade de articulao entre o Ensino Superior ea Educao Bsica, consolidando assim a relao entre teoria e prtica, nocontexto da formao docente, bem como repensar da funo do Colgio deAplicao como campo da prxis pedaggica.

    Historicamente, os colgios de Aplicao foram criados com o objetivode proporcionar um lugar onde os futuros professores pudessem entrar emcontato com o cotidiano escolar, preparando-os para a sua atuao profissional,conforme uma viso de escola como instituio onde se realiza um processo

    de apropriao.Partindo da premissa de que em cada poca e lugar, tem-se constitudo

    um tipo de sociedade, de educao e de indivduo, objetivamos tambmdebater algumas questes que se fazem necessrias ao processo de tomada deconhecimento acerca do Colgio de Aplicao da Universidade Estadual deLondrina.

    Em se tratando da origem dos Colgios de Aplicao no Brasil e noParan, podemos observar que, em 1931 foi aprovada uma legislao (Decreton 19.851, de 11 de Abril de 1931) para o Ensino Superior no Brasil, segundoa qual as Faculdades de Filosofia, Cincias e Letras deveriam ser, alm de lugarde pesquisa, instrumentos para a formao de professores para a EducaoBsica. Contribuindo com esta reflexo o Decreto n 19.851, de 11 de Abrilde 1931 afirma por meio do seu artigo 1 que:

    O ensino universitrio tem como finalidade: elevar o nvel da cultura geral,estimular a investigao cientifica em quaisquer domnios dos conhecimentoshumanos; habilitar ao exerccio de atividades que requerem preparo tcnicoe cientfico superior; concorrer, enfim, pela educao do indivduo e dacoletividade, pela harmonia de objetivos entre professores e estudantes epelo aproveitamento de todas as atividades universitrias, para a grandeza daNao e para o aperfeioamento da Humanidade. (Decreto n 19.851, de 11de Abril de 1931).

    No Plano Decenal de Educao Para odos, na srie Repensando asEscolas de Aplicao, encontramos mais elementos a respeito desse processohistrico, quando este afirma que:

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    32/320

    I Congresso Nacional dos Colgios de Aplicao32

    A origem das Escolas de Aplicao remete-nos ao Decreto-Lei n 9.053, de12 de maro de 1946, que criou os Ginsios de Aplicao, nas Faculdades deFilosofia do pas, para a prtica docente dos alunos matriculados no Curso deDidtica. Pelo Decreto, os Ginsios de Aplicao teriam como dirigentes umprofessor de Didtica, ficando a orientao pedaggica a cargo dos assistentesde Didtica Especializada, sob a orientao geral do diretor da Faculdadede Filosofia. O corpo docente seria constitudo, especialmente, pelos alunosdo Curso de Didtica que seriam encarregados das diferentes disciplinas doCurso Ginasial. (Plano Decenal de Educao Para odos, 2003, p. 28).

    Em junho de 1960, atravs de um decreto de poucas linhas, o entogovernador do Paran, Moiss Lupion, criava o Ginsio Estadual de Aplicao.al medida colocava em prtica o disposto no decreto federal 9053, de 1946,

    que obrigava as faculdades de Filosofia, Cincias e Letras a possurem escolasonde os futuros professores pudessem realizar seus estgios. neste contextoque se deve compreender a criao dos ginsios de aplicao a partir dodecreto-lei 9.053 de 1946. A lei passou a obrigar as Faculdades de Filosofia,Cincia e Letras a possurem um Ginsio de Aplicao destinado prticadocente de seus alunos. Em geral, esses estabelecimentos deveriam seguir aLei Orgnica do Ensino Secundrio, mas com algumas diferenas como, porexemplo, a limitao de alunos por turma que nos Ginsios de Aplicao

    seriam, no mximo, de 30 alunos.[...] a natureza dos vnculos entre as instituies de ensino superior e suasescolas mdias foi muito varivel, bem como a estrutura proposta. O traocomum dessas escolas foi a sua abertura aos licenciandos, para observao,co-participao e regncia de algumas aulas: essa era a idia central contidana denominao do estabelecimento. Ao praticarem, em suas classes, o saberadquirido na Faculdade, os alunos-mestres estariam aplicando as teoriaspedaggicas realidade escolar. (BRASIL, 1993, p. 11).

    A criao de um Colgio de Aplicao, no entanto, no pode serexplicada pelo simples cumprimento de uma determinao legal, pois estedeveria ser, tambm, um lugar para a pesquisa pedaggica, com o objetivo detrazer contribuies cientficas ao processo de ensino e aprendizagem.

    Conforme consta no PPP (2012), o Colgio de Aplicao da UEL vemse comprometendo com o ensino num tempo histrico de 50 anos, desde seusurgimento em 20 de junho de 1960, pelo Decreto n 30178. Atualmente,constitui-se como um rgo Suplementar da Universidade Estadual de

    Londrina, vinculado ao Centro de Educao, Comunicao e Artes e

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    33/320

    Reflexes e experincias sobre formao inicial e continuada de professores: 33

    pedagogicamente ao Departamento de Educao. A estrutura e funcionamentodo Colgio de Aplicao fruto da parceria entre Universidade e Secretariade Estado da Educao do Paran, por meio de um ermo de Cooperao

    cnica. Atravs deste, ofertada a Educao Bsica nos seguintes nveis deensino: Educao Infantil, Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental;Ensino Mdio e Ensino Profissionalizante (Curso cnico em Enfermagem eCurso cnico em Cuidados com a Pessoa Idosa).

    Diante disso, preciso referir-se prtica de ensino como uma aopedaggica conveniente e competentemente articulada pelas Escolas deAplicao com as universidades, com os cursos de licenciatura e as escolas dacomunidade, de modo a viabilizar a prxis pedaggica, priorizando a qualidadedo ensino e a educao integral. Assim, torna-se exigncia repensar, analisar,

    avaliar e questionar os modelos e paradigmas educacionais vigentes. Estenovo paradigma filosfico, cientfico e educacional que se delineia no cenriomundial tem profundas implicaes na vida social, exigindo uma polticaeducacional com vistas a ressignificar a formao inicial e continuada.

    Para isto preciso que as Escolas de Aplicao busquem, efetivamente,na sua prxis pedaggica, aes interdisciplinares, multidisciplinares,transdisciplinares, por meio de movimentos articulados intramuros, entreescolas e universidade. Esta articulao permitiria s Escolas de Aplicaoo inter-relacionamento mais direto com o conhecimento cientifico que a

    universidade produz. udo isto favoreceria o acompanhamento do avano dosaber, nas diferentes reas, enriquecendo, desta forma, as aes compartilhadasentre o Ensino Superior e a Educao Bsica. na direo deste processo detransformao que as Escolas de Aplicao tm de redimensionar e redirecionarseu papel e suas aes. (BRASIL, 2003).

    importante que as Escolas de Aplicao se orientem por princpioscomuns, com vistas sua maior qualificao enquanto escola pblica participantee compromissada com uma rede pblica escolar mais democrtica. Foi nestecontexto que, em fevereiro de 2012, realizou-se um evento para debater

    temas relacionados ao Ensino Superior e Educao Bsica, com o titulo de ICongresso Nacional dos Colgios de Aplicao. Simultaneamente, ocorreu a IMostra de Prticas de Ensino de Estgios, do PIBID e do PRODOCNCIA.

    O congresso procurou refletir sobre a origem, o conceito, a funosocial e a identidade dos Colgios de Aplicao em mbito nacional e estadual.Buscou-se compreender melhor as polticas educacionais que norteiam agesto dessas instituies, bem como a legitimao de polticas que garantam aarticulao entre Ensino Superior e Educao Bsica. Sobretudo, este eventopretendeu democratizar e socializar as prticas pedaggicas realizadas no

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    34/320

    I Congresso Nacional dos Colgios de Aplicao34

    cotidiano dos colgios de aplicao do pas, oportunizando espao de reflexosobre a qualidade da educao pblica. Os debates promovidos no Congresso,por meio de palestras, oficinas, mesas redondas, mini cursos, exposies de

    psteres e grupos de trabalho, possibilitaram espaos de dilogos entre osprofessores, sejam da educao bsica, do ensino superior, alicerando ossaberes e fazeres docentes.

    Proposto para ser realizado no Centro de Letras e Cincias Humanasda UEL, no perodo de 06 a 08 de fevereiro de 2011, o evento se enquadra namodalidade A Eventos cnico-cientficos e de abrangncia Nacional, comcarter cientfico, de debate e de disseminao de pesquisas, de projetos deensino e de extenso, assim como de mostra de prticas pedaggicas realizadasnos estgios dos cursos de licenciaturas da UEL, no PRODOCNCIA e no

    PIBID. Pretendeu-se que os participantes debatessem temas relacionados aoEnsino Superior e a Educao Bsica, tendo como foco a origem, o conceito,a funo social e a identidade dos Colgios de Aplicao em mbito nacionale estadual, no sentido de compreender melhor as polticas educacionais quenorteiam a gesto dessas instituies, bem como a legitimao de polticas quegarantam a articulao entre ensino superior e educao bsica. Sobretudo,este evento teve a pretenso de democratizar e socializar as prticas pedaggicasrealizadas no cotidiano dos colgios de aplicao do pas, oportunizando espaode reflexo sobre a qualidade da educao pblica.

    O evento fruto de um processo de debates e reflexes dos Colgiosde Aplicao da Universidade Estadual de Londrina, da UniversidadeEstadual de Maring e da Universidade Estadual de Ponta Grossa, com oobjetivo de divulgar as aes do PRODOCNCIA, dos estgios dos cursosde licenciaturas da UEL e do PIBID. Nesse sentido, envolveu as vrias reasdo conhecimento da UEL e de outras universidades brasileiras, bem comoos diferentes professores da rede municipal, estadual e federal de ensino,partilhando conhecimentos e desafios, principalmente entre os integrantes

    dos Colgios de Aplicao do Estado do Paran. Alcano-se, com os debatespromovidos no Congresso, por meio de oficinas, mesas redondas, minicursose grupos de trabalho, a promoo de aes conjuntas com projetos do PIBIDe do PRODOCNCIA, envolvendo os diferentes Colgios de Aplicao e asinstituies de ensino superior.

    Quando planejamos o Congresso nacional, tnhamos como pretensoreunir os Colgios de Aplicao do Estado do Paran e de outros estadosbrasileiros para inovar, dinamizar, atualizar, construir e socializar o conhecimentoproduzido por elas em todas as modalidades da Educao Bsica, inclusive no

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    35/320

    Reflexes e experincias sobre formao inicial e continuada de professores: 35

    intuito de promover uma maior articulao entre estas modalidades de ensino:Educao infantil, Fundamental, Mdio e Profissionalizante, fazendo o debatedestas com o Ensino Superior em torno de propostas comuns pela melhoria da

    qualidade da educao pblica.Na presena dos convidados (CAPES/MEC, SEED, Conselhosestaduais de Educao, APMFs, Grmios estudantis dos CAPs Colgiosde Aplicao, entre outros agentes) possibilitamos um espao diferenciado dediscusses sobre a formulao e luta pelas polticas pblicas de educao querealmente tentam promover maior democratizao do ensino bsico e superiorpblico.

    O Congresso nos permitiu dialogar sistematicamente sobre os processosde formao continuada de professores das redes pblicas municipais, estaduais

    e federais, promovendo oportunidades de mudanas pedaggicas nos diferentesambientes educacionais envolvidos. Do mesmo modo, proporcionamos adisseminao das pesquisas sobre Educao Bsica, Educao Superior,estgios, projetos, entre outras temticas correlacionadas formao iniciale continuada de professores. O referido evento nos propiciou discutir comos professores atuantes e em formao, temticas e questes relacionadas sexperincias de incluso que colaborem para a formao crtica dos professorese para a alterao de prticas e comportamentos no cotidiano escolar.

    Alis, entre todas as intenes desse Congresso Nacional, ousvamos

    dar visibilidade ao processo de articulao e luta pela identidade e autonomiapedaggica e administrativa dos Colgios de Aplicao do Estado do Paran.Hoje, podemos ver materializada parte dessa pretenso do grupo na publicaodo Ato Secretarial n 57/2012/SEI, que props em 15/06/2012, depois demuitas reunies, encontros e solicitaes dos professores das universidades edos CAPs, a formao de um grupo de trabalho composto de diretores e vice-diretores dos Colgios de Aplicao do Paran e o presidente do Fope/UEL,para debater a reestruturao dos trs colgios de Aplicao das seguintesinstituies de ensino superior: UEL, UEM, UEPG. Para ns, organizadores

    do Congresso e do presente livro, o evento potencializou e fortaleceu, emgrande medida, a luta dos docentes pela autonomia dos Colgios de Aplicao.Nesse momento, podemos concluir que conseguimos, com este evento, mesmodiante ainda de tantos limites estruturais, firmar parcerias e proporcionar umespao coletivo bastante enriquecedor para discutir a melhoria da qualidade doensino, a valorizao, a autonomia pedaggica e administrativa dos Colgiosde Aplicao no Paran e no Brasil, o que futuramente colaborar para apotencializao da formao docente, geridas pelas universidades pblicasenvolvidas;

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    36/320

    I Congresso Nacional dos Colgios de Aplicao36

    Alm da construo e da ampliao de uma rede de comunicaodestinada s trocas de informaes e experincias administrativas e pedaggicasentre as instituies participantes do congresso, conseguimos refletir sobre

    a concepo de Colgio de Aplicao no Brasil, ressaltando o papel pblicorelevante que estas instituies representam no cenrio da poltica educacional.Vale ressaltar alguns aspectos da programao das mesas redondas e

    palestras do referido Congresso, para relatarmos a interao alcanada comoutros Colgios de Aplicao do pas;

    PALESRA DE ABERURA: Relaes entre pesquisa, ensino e extenso,no Colgio de Aplicao da Universidade Federal do Rio Grande do Sule da Universidade Estadual de Londrina (Palestrantes: Prof. Ms. Lcia

    Couto erra - UFRGS; Prof. Ms. Andreia Maria Cavaminami Lugle UEL ; Profa Dra. Sandra Regina Ferreira de Oliveira - UEL); MESAREDONDA: Autonomia Administrativa e Pedaggica nos Colgios deAplicao (Palestrantes: Prof. Ms. Hlio Paulo Pereira Filho - UFV; MESAREDONDA: Formao e rabalho Docente nos Colgios de Aplicao(Palestrantes: Prof. Dra. Cristiane Oliveira (UFRJ) e Prof. Dr. Felipe arbola-FEUSP); MESA REDONDA: A funo social e pedaggica dos Colgiosde Aplicao no contexto poltico educacional brasileiro (Palestrantes: Prof.Dra. Augusta M Padilha - UEM; Prof. Ms. Audrey Pietrobelli de Souza- UEPG; Prof. Dr. Alcebades Antnio Baretta -Escola Agrcola/UEPG;

    Prof. Dra. Adriana Regina de Jesus - UEL); Prof. Dra. Srgio Arruda -Pibid/UEL; Joslia Paulino Borges - CAPES ; entre outros representantes doCEE, da SME, da SEED, da SEI, do FOPE, dos PIBIDs, da PROGRADse do PRODOCNCIA.

    relevante ressaltar tambm a diversidade de temticas que conseguimosreunir nos grupos de trabalho, abrilhantados depois com uma diversidadeigualmente importante de apresentaes de pesquisas, experincias didticas ereflexes no mbito da educao bsica e superior;

    Prticas de Ensino da Educao Infantil e Ensino Fundamental; Didtica,Formao de Professores, Avaliao e Atuao; PROGRADs, Laboratriosde Ensino e Estgio nas Licenciaturas; Mostra de Prticas de Ensino doPIBID e do PRODOCNCIA; Polticas Educacionais, Currculo e GestoEducacional; Formao de leitor na escola; Educao e ecnologia; Identidadee Projeto Poltico Pedaggico; NEE (Necessidades Educacionais Especiais),Prticas e Polticas de Incluso; Gnero e Questes tnicorraciais; Condiesde rabalho dos Profissionais da Educao e Movimentos Sociais; Meio

    Ambiente e Educao; Mostra de rabalhos dos Alunos da Educao Bsica.

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    37/320

    Reflexes e experincias sobre formao inicial e continuada de professores: 37

    Ressaltamos que este presente livro o resultado do I Congressodos Colgios de Aplicao. Dentre as aes foi possvel tambm realizar aconstruo coletiva de um Manifesto em prol dos Colgios de Aplicao

    das Universidades Estaduais de Londrina, Maring e Ponta Grossa. Nestemanifesto, foram apresentadas algumas reivindicaes em prol da autonomiaadministrativa e pedaggica dos Colgios de Aplicao. Dentre elas, podemosdestacar:

    a) Vinculao e manuteno dos Colgios de Aplicao pelas Universidades;b) Definio de uma poltica de efetiva insero das Escolas de Aplicaona estrutura universitria, que possibilite grau maior de autonomia didtica,administrativa e oramentria, ao mesmo tempo em que fomente a relao

    entre ensino, pesquisa e extenso, articulando assim, Educao Superior eBsica; c) Criao de mecanismo de interao sistemtica entre as Escolas deAplicao e as unidades universitrias responsveis pela formao de recursoshumanos para a Educao, com vistas maior interao entre Escola deAplicao e demais unidades universitrias e Educao Bsica; d) Promovermaior articulao entre as modalidades de ensino: Educao Infantil,Fundamental, Mdio, Profissionalizante e Superior, atravs do debate depropostas de ensino, pesquisa e extenso, voltadas s reais necessidades dosCAPs e da potencializao da formao docente, geridas pelas universidadespblicas envolvidas; e) Analisar o contexto dos Colgios de Aplicao em

    mbito nacional, bem como, as suas contribuies no processo de ensino eaprendizagem, podendo assim, compreender as Polticas Pblicas e PrticasPedaggicas que norteiam os rumos da Educao Bsica e do Ensino Superior(Manifesto, I Congresso Nacional, 06/02/2012).

    Vale dizer que a construo das reivindicaes que compuseram oreferido Manifesto teve apoio e participao dos diretores das Escolas deAplicao das Universidades Estaduais de Londrina, Maring e PontaGrossa, da Universidade de So Paulo - USP e das Universidades Federais

    do Rio Grande do Sul, de Viosa e do Rio de Janeiro, alm de professoresrepresentantes de outros 10 estados brasileiros. Finalizou-se o manifesto,solicitando apoio e encaminhamentos em relao s reivindicaes expressas,tendo em vista a aproximao entre Universidade Pblica e Educao Bsica,concretizao do trip ensino, pesquisa e extenso, e a luta para assegurar ascondies necessrias para a oferta de educao pblica de qualidade em nossasescolas. ambm foram reivindicaes deste grupo, pontuadas no manifesto:

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    38/320

    I Congresso Nacional dos Colgios de Aplicao38

    f ) Possibilitar espao diferenciado de formao continuada para trabalhadoresda educao, estudantes e pais, oriundos das redes pblicas federais, estaduaise municipais, para discutir a melhoria da qualidade do ensino nos diferentesambientes educacionais envolvidos; g) Proporcionar a disseminao das

    pesquisas sobre educao bsica, educao superior, estgios, projetos, emespecial dos resultados dos trabalhos que vm sendo desenvolvidos pelo PIBIDe pelo Prodocncia por meio das universidades, em parcerias com a EducaoBsica; h) Iniciar discusso sobre a constituio do quadro funcional dosColgios de Aplicao; i) Socializar conhecimentos e firmar parcerias entreos Colgios de Aplicao do Brasil, visando construo e ampliao deuma rede de comunicao destinada s trocas de informaes e experinciasadministrativas e pedaggicas entre estas instituies; j) Discutir a concepode Colgios de Aplicao no Brasil, ressaltando o papel pblico educacionalque estes representam no cenrio da poltica educacional, tendo comoparmetro a autonomia pedaggica e administrativa; k) Melhorar a qualidadedos estgios curriculares das licenciaturas, por meio de implementao deprojetos de ensino, pesquisa e extenso e aes interdisciplinares;

    Foram ainda reivindicaes do grupo no referido Manifesto;

    l) Democratizar o ingresso nas Escolas de Aplicao; m) Fortalecer os vnculosentre famlia-escola-comunidade; n) Divulgar a Poltica de Apoio s Escolasde Aplicao, enquanto campo de prxis pedaggica, por meio de: publicaes,

    grupos de estudos e trabalho referente aos Colgios de Aplicao; o) Definiro sistema de acompanhamento e avaliao de desempenho das Escolas deAplicao; p) Construir a identidade do Colgio de Aplicao e clareza noque se refere a sua funo social, poltica e cultural; q) Estabelecer uma polticade interao entre as Escolas de Aplicao para repensar: prticas pedaggicase/ou administrativas; o intercmbio entre professores o congraamento dealunos; a divulgao de experincias e inovaes pedaggicas; r) Criao doFrum Nacional de Escolas de Aplicao. (Manifesto, I Congresso Nacional,06/02/2012).

    AESCOMUNSEDIFERENCIADAS:PRINCIPAISCONTRIBUIESPARAAEDUCAOBSICAEPARAASLICENCIATURAS

    Estas atividades e reflexes entre o FOPE, o PRODOCENCIAe Colgio de Aplicao da Universidade Estadual de Londrina sonecessrias e urgentes, podendo potencializar o desenvolvimento deum trabalho mais comprometido com o ensino, a pesquisa e a extenso,contribuindo assim, com a formao de professor e com a prxis

    pedaggica.

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    39/320

    Reflexes e experincias sobre formao inicial e continuada de professores: 39

    Acreditamos que [...] as relaes entre pesquisa e profisso podeabranger um vasto leque de atividades e de projetos, contanto que estesestejam realmente embasados na vivncia profissional dos professores

    (ARDIF, 2011, p. 293). Por isso, o trabalho coletivo e articulado entreFOPE, PRODOCNCIA e o Colgio de Aplicao, possibilitou-nospensar que possvel a concretizao de uma articulao maior entreEnsino Superior e Educao Bsica.

    Esta interao permitiu compreender a necessidade da valorizaoda ao docente, fazendo-nos constatar que o trip ensino pesquisa eextenso no deve se restringir apenas ao espao da universidade, masser vivenciado em todos os nveis e modalidade de ensino. Esperamos,com este trabalho coletivo, criar mecanismos de interao sistemtica

    entre FOPE, PRODOCNCIA, Colgio de Aplicao e demaisunidades universitrias e da Educao Bsica, em prol da melhoria daqualidade dos estgios curriculares das licenciaturas e da articulaocada vez mais crescente entre pesquisa/ensino em prol de uma educaorealmente comprometida e de qualidade. Afinal, concordamos que aimportncia de melhorar a prtica profissional graas pesquisa nopode ser reduzida dimenso tcnica; ela engloba tambm objetivosmais amplos de compreenso, de mudana e at de emancipao.(ARDIF, 2011, p. 293).

    odas as aes desenvolvidas pelo FOPE, pelo PRODOCNCIA,muitas delas realizadas em parceria com o Colgio Aplicao,pretenderam contribuir para o fomento das reflexes e pesquisas sobreos cursos de graduao e o processo de formao inicial e continuadados professores e demais profissionais da educao. bem como nosdiz ardif, ou seja, trata-se, finalmente, de repensar os fundamentos daformao do magistrio, vinculando-a prtica da prpria profisso. rata-se tambm de ver os professores como produtores de saberes especficos

    ao seu trabalho e de integr-lo tanto nas atividades de formao quantode pesquisa [...]. (2011, p. 294).

    REFERNCIAS

    BRASIL. Decreto n. 19.851, de 11 de Abril de 1931. Disponvel em: http://www2.camara.gov.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-19851-11-abril-1931-505837-publicacao-1-pe.html).

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    40/320

    I Congresso Nacional dos Colgios de Aplicao40

    BRASIL, Ministrio da Educao. Repensando as Escolas de Aplicao. Plano Decenalde Educao para odos.Srie Institucional, v. 5, 1993-2003.

    BRASIL, Plano Decenal de Educao Para odos: 1993 a 2003. Cadernos Educao

    Bsica. SERIEInstitucional. Volume V. Repensando as Escolas de Aplicao. MEC,2003.

    I CURSO PRODOCENCIA. Enfrentando os desafios das Licenciaturas na formaoinicial e continuada de professores: a incluso em debate.28 de abril a m 07 de dezembrode 2011. PROEX (Pr-reitoria de Extenso) Universidade Estadual de Londrina,Londrina/PR, 2011.

    RELARIO DO IV Ciclo de Debates sobre desigualdades sociais e educao.

    Maio de 2011. Educao e excluso.PROEX (Pr reitoria de Extenso) UniversidadeEstadual de Londrina, Londrina/PR, 2011.

    III Jornada de Humanidades.In/Excluso e Juventudes. dias 02 e 03 de maio de 2011.Colgio Estadual Jos Alosio de Arago - Colgio de Aplicao da UEL. PROEX(Pr reitoria de Extenso) Universidade Estadual de Londrina, Londrina/PR, 2011.

    Proposta de Curso, PROEX, 06/03/2012. As propostas de estgios curriculares daslicenciaturas da UEL. De 08 de maro de 2012 a 08 de novembro de 2012. PROEX(Pr-reitoria de Extenso) Universidade Estadual de Londrina, Londrina/PR, 2012.

    MANIFESO. 06/02/2012.I CONGRESSO NACIONAL DOS COLGIOS DEAPLICAO e I MOSRA DE PRICAS DE ENSINO DE ESGIOS, DOPRODOCENCIA E DO PIBID no ESADO DO PARAN.06, 07 e 08 de fevereirode 2012. Universidade Estadual de Londrina, Londrina/PR.

    ARDIF, Maurice. Saberes docentes e formao profissional. 12. Ed. Petrpolis, RJ:Vozes, 2011.

    Ato Secretarial n 57/2012/SEI. Dia 15/06/2012. Cria comisso para estudar aestruturao dos Colgios de Aplicao do Paran. Paran - SEI/2012.

    PPP. Projeto Poltico Pedaggico do Colgio Estadual Professor Jose Alosio Arago - Colgiode Aplicao da UEL. Londrina. 2012.

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    41/320

    Prodocncia projeto oficinas temticas: 41

    PRODOCNCIA PROJETO OFICINAS TEMTICAS:POSSVEIS VISES SOBRE A

    ALFABETIZAO CIENTFICASimone Alves de Assis Martorano1

    Fabiele Cristiane Dias Broietti2

    Rosana Franzen Leite3

    Isabella Oliveira Rocha4

    INTRODUO

    Neste trabalho ser apresentada uma anlise das oficinas temticas,desenvolvidas em um subprojeto relacionado ao programa Prodocncia(Programa de Consolidao das Licenciaturas), da Universidade Estadual deLondrina (UEL). O principal objetivo desse subprojeto o de possibilitar aosalunos do curso de licenciatura em Qumica, discusses a cerca da educaobsica, bem como desenvolver atividades que articulem aspectos conceituais,tericos e experimentais, direcionados ao ensino mdio (EM).

    No ano de 2011, 54 alunos da disciplina Qumica na Escola II, do 2ano

    do curso de licenciatura em Qumica da UEL, elaboraram oficinas temticasque foram apresentadas em um evento na universidade, dirigido a alunos dalicenciatura, do bacharelado e professores de qumica do EM da rede pblica eparticular de Londrina e regio.

    As oficinas temticas so baseadas em atividades, organizadas de maneiraa provocar reflexo sobre os conceitos qumicos e suas aplicaes em situaesconcretas. O tratamento dado aos contedos, que foram abordados, buscaramcomo subsdios a construo interdisciplinar da qumica e o desenvolvimento

    de atitudes cidads fundamentadas em conhecimento cientfico.Assim, a abordagem temtica pode favorecer alm do aprendizado deconceitos qumicos, a formao para a cidadania, ou seja, a formao de um

    1Doutoranda em Ensino de Cincias, Modalidade Qumica. USP. Docente do Departamento de Qumica-rea de ensino. Email: [email protected] em Educao para a Cincia e a Matemtica. UEM. . Docente do Departamento de Qumica-rea de ensino Email: [email protected] em Educao para a Cincia e a Matemtica. UEM. . Docente do Departamento de Qumica-rea de ensino Email: [email protected] Aluna da Licenciatura em Qumica da UEL Bolsista do projeto PRODOCNCIA. Email: isa_

    [email protected]

  • 7/14/2019 Livro - Experiencias e Reflexoes. Prodocencia 2012

    42/320

    I Congresso Nacional dos Colgios de Aplicao42

    cidado que possui conhecimentos para tomar decises na sociedade em quevive, um cidado alfabetizado cientificamente.

    Nesse trabalho trabalhamos com a ideia de alfabetizao cientfica

    Chassot (2003):

    ....defendo, como depois amplio, que a cincia seja uma linguagem; assim,ser alfabetizado cientificamente saber ler a linguagem em que est escritaa natureza. um analfabeto cientfico aquele incapaz de uma leitura douniverso (CHASSO, 2003, p.91).

    Portanto, ser alfabetizado cientificame