Livro Guia de Nós para Pesca

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    Guiade'NosPARA A PESCA

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    . OROZIMBO .lose DE MORAES

    ~CENTAURO[DJ TORA

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    Capa: Paulo GaiaRevisdo: Rogeria Carvalho Sales Ribeiro

    Produciio editorial: Adalmir Caparr6s Faga-,

    2" Edicao revista e ampliada - 2009Impressa em papel reciclado Renova Print 75 g.,

    Dados Iiitemacionais de Catalogacao na Publicacao (CIP)(Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    ,Moraes, Orozimbo Jose deGuia de n6s para a pesca / Orozimbo Jose de Moraes

    Sao Paulo: Centauro, 2001. '200p. : i l.

    ISBN 978-85-88208-23-01.N6s de pesca. 1. Titulo.

    01"=5797. CDD: 799.1

    Indices para catalogo sistematico:LN6s de pesca : Esporte 799.1\

    Impressao e AcabamentoEditora Parma

    2009 CENTAURO EDIT ORATravessa Roberto Santa Rosa, 30 - 02804-0 I 0 - Sao Paulo - SP

    Tel. I I - 3976-2399 - Tel .lFax 11- 3975-2203E-mail: cditoracentauroesterra.com.brwww.centauroeditora.com.br

    SUMARIQ

    PREFAcIO A SEGUNDA EDI

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    CAPITULO 4Nos PARA EMBARCACOES

    AMARRACOES PERPENDICULARESAMARRACOES PARALELAS "ALCASNos PARA UNIAO DE CABOSEMENDAS OU COSTURA DE CABOS

    1 4 31 4 51 5 11 5 3156159

    CAPITULO 5LINHAS DE PESCA: COMO ESCOLHER E USARrnos DE LINHAS

    PROPRIEDADES FisICAS DAS LINHAS SINTETlCASLrNHAS METAuCASLINHA PARA A PESCA A MOSCA

    161161170188190

    ANEXOSSISTEMA METRICO E SISTEMA INGLESDE PESOS E MEDIDASGUIA PARA A PESCA OCEANICA

    195199

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    PREFAc IO A SEGUNDA ED I< ::AO REVIS TAA primeira edicao deste livro ocorreu em 1993 e, a partir

    daf, sucessivas tiragens foram realizadas, comprovando 0 cres-cente interesse pelos nos de pesca apresentados. Por que revisarurn guia de nos para a pesca, se os nos nao mudam? Pela evolu-y a O dos diversos materiais usados na pesca esportiva, especial-mente as linhas, e pelo aprimoramento de tecnicas de pesca.

    Nesta segunda edicao revista de 2009, no Capitulo 1, acres-centou-se os nos japoneses para uniao de linhas de rnultifila-mentos . de polietileno aos monofilamentos de nailon ou de:fluorcarbono. No Capitulo 3, incluiu-se a construcao de liderpara a pesca vertical conhecidos como assist hook ou supporthook. 0 capitulo 5 - Linhas de pesca: como escolhe; e usar -foi totalmente reescrito.

    A preocupacao ambiental deve ser mencionada e enfatizadanesta segunda edicao. 0 pescador esportivo e urn ambientalistapor natureza e nao deveria compartilhar com individuos eempresas que causam danos ambientais e que exploram a pescaindiscriminadamente. Ao contrario, 0 pescador esportivo deveser um educador ambiental que sensibilize a coletividade sobreas questoes de conservacao do meio ambiente. ,

    No Brasil, a educacao ambiental e tratada na Lei n 9.795,de 27 de abril de 1999. Consiste no processo em que 0 "indivi-duo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,habilidades, atitudes e competencias voltadas para a conserva-9ao do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial itsadia qualidade de vida e sua sustentabilidade" .. Pela Lei, aeducacao ambiental deve ser desenvolvida nos curriculos detodas escolas, desde 0 primario ate 0 mais elevado nivel deeducacao e, espontaneamente, por outras instituicoes. 0 desco-nhecimento das leis ambientais e a dificuldade de aplica-las

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    provo cam danos ambientais irreparaveis, especialmente aosrecursos pesqueiros.A regulamentacao da pesca comercial provoca 0 aumentode custos. Se 0 governo limita a epoca anual de capturas, ospescadores colocam mais barcos, Se 0 governo limita 0 tama-nho das malhas das redes, os 'pescadores compram equipamen-tos mais sofisticados, como 0 sonar. Os: economistas chamamesse processo de sobrecapitalizaciio. Os custos aumentam parao pescador, porem, a pressao sobre os estoques de pescado .naoe reduzida. 0 avanco tecnologico na producao dos modernoscanicos, molinetes e carretilhas, Iinhas de pesca, iscas artificiais,tern contribuido para urn consideravel aumento das capturas.Constata-se que os estoques das divers as especies de peixesestao se reduzindo, tanto no mar como nos rios. Esse fato ecomprovado pelas crescentes distancias percorridas pelospescadores ate os locais de pesca.

    Os pescadores (geralmente os profissionais) recebern 0 be-neficio da pesca agressiva (pesca em excesso) mas nao pagam Qcusto social (a reducao do estoque de peixes para toda a popula-cao), Como a pesca e urn recurso de livre acesso, esse custosocial nao e levado em conta. A escolha de urn pescador afeta .outro pescadordesta e de outra geracao. A pesca indiscriminadarealizada em elevada escala industrial esgota 0 estoque depescado para futuras geracoes, Esse fatoe conhecido como atragedia dos comuns em que as futuras geracoes pagam peloscrimes das anteriores.A manutencao ou' 0 aumento de urn estoque pesqueiro e urnassunto economico: a sua realizacao torna possivel a criacaode milhoes de empregos na industria produtora de equip amen-tos de pesca, no setor de services (turismo, hoteis, alugueis debarcos etc.) e permite ao governo ganhar com a arrecadacao deimpostos ..

    Uma forma consagrada de assegurar a sustentabilidade eevitar a reducao dos estoques de pescados e atraves da tecnicado pesque e solte, 0 que possibil ita ao peixe solto a oportunida-de de se reproduzir, aumentando a populacao local e tambem 0tamanho medic. Para urn pais como 0 Brasil - com a maiordiversidade de peixes de agua doce do mundo e com uma costa

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    GUT A DEN.O SPA R A APE s c xmaritima extensa - essa tecnica e muito importante e 0pescadoresportivo deve exerce-la. .

    Os destrocos de redes, pedacos de linhas de pesca e dechumbadas, pilhas e outros poluentes deixados no meio ambien-te provocam danos irreparaveis a fauna e a flora. Cabe aopescador esportivoretira-los e descarta-Ios em local segura. Urnpapelde bala pode destruir urn grande exemplar de pescado ououtro animal aquatico. /

    Tenho uma grande divida com os meus companheiros depesca com quem muito tenho aprendid6. Recebi estimavel ajudadoErivaldo Alves na preparacao dos nos, na indicacao de linhase de terminais que estao sendo usados atualmente. 0 Aguinaldodal Pogetto leu 0 manuscrito sobre as linhas de pesca e apre-sentou muitas sugest5es valiosas, pelo qual sou rnuito grato.Finalrnente, desejo expressar minha gratidao a toda equipe daCentauro Editora por seu apoio.

    Orozimbo Jose de Moraes

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    APRESENTAC;AOA pesca e , sem duvida nenhuma, 0 esporte mais popular e a

    melhor forma de compartilhar com a familia e amigos as expe-riencias adquiridas no convivio corll a natureza. 0 desafioapresentado ao pescador para testar suas habilidades, 0 compor-tamento imprevisivel dos peixes, 0 sentimento recompensadorde uma boa pescaria e de um passeio ou uma viagem de suces-so, a oportunidade de trazer 0 peixe fresco para 0 almoco oujantar especial em casa, sao alguns fatores que contribuem paraa grande popularidade desse esporte. Existe, ainda, a troca detecnicas e metodos de sucesso, locais de pesca, alem das fanta-sias e conversas que sempre se prolongam por muito tempom , p 6 s a pescaria,

    A maioria dos pescadores amadores, especialmente os ini-ciantes, se empenham em conhecer e manusear suas varas,carretilhas e molinetes com precisao. Geralmente gastam muitodinheiro e tempo...cuidando desse equipamento. 0 mesmo cui-dado, porem, nao e dispensado aos terminais (anzol, girador,presilha etc/) e, sobretudo, it sua montagem na linha de pesca.Para cada peixe perdido devido a problemas com as varas ou .oarretilhas, mais de dez sao perdidos devido it deficiencia dasmontagens dos rabichos ou cbicotes. Nao e facil encontrarinformacoes sobre esse assunto. A maioria dos pescadoresu 'aba aprendendo pelo sistema de tentativa e erro ou pelo queouvem dizer. As revistas e publicacoes sobre pesca, eventual-monte public am algumas informacoes esparsas em pequenospuragrafos. Assim, 0 objetivo principal deste livro e 0 de servirdo guia para 0pescador amador unir de forma correta e precis a,IK linhas de pesca aos terminais.o primeiro capitulo trata de como alar nos para a pesca eIhi desenvolvido de forma gradual, desde os nos usados pelos

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    micrantes ate aqueles usados na pesca especializada pelosexperts ou pelos aficionados do faca-voce-mesmo, amadores ouprofissionais. Para atender imediatamente aos iniciantes, 0sistema de n6 unico foi colocado no inicio deste capitulo. Essesistema de n6s serve para qualquer modalidade de pesca e podeser atado por qualquer pessoa que nunca tenha visto urn n6 depesca em toda a sua vida.

    No segundo capitulo sao apresentadas algumas formas detrabalhar com fios de aco. Em primeiro lugar, com cordoalhasou multifios de aco na confeccao de encastoados com luvas demetal frisadas. Em segundo, 0 manuseio de arames de aco(mole ou duro) tambem para a confeccao de encastoados, mascom maior destaque para a producao de termiriais como girado-res, presilhas, argolas, alcas, iscas artificiais (spinners e spin-ner-baits) etc.

    Os n6s para terminais sao os mais usados na pesca. Incluemos n6s atados em anzois, giradores, presilhas, iscas artificiais,boi~s e outros terminais. As diversas fonnas de empates deanz6is tambem sao aqui mostradas. Os n6s que formam as alcassao objeto de analise especial, devido a grande utilizacao. Auniao dos diversos tipos de linhas de pesca e apresentada nestecapitulo, para a construcao dos diversos tipos de lideres, cadadia mais utilizados pelos pescadores. Oestaca-se a uniao demultifilamentos a monofilamentos. Por ultimo, sao mostradosos n6s de reten~ao que permitem fixar os diversos tipos degiradores e boias aos lideres e as linhas de pesca.o primeiro capitulo mostra como afar os n6s para a pesca;o segundo capitulo explora as formas de confeccao de algunsterminais, como encastoados, giradores e presilhas. Resta aindasaber onde atar os n6s na linha de pesca. Apresentar a isca naprofundidade preferida pela especie de peixe no local e momen-to corretos se constitui na essencia da pesca de linha. Partindodessa premissa, 0 terceiro capitulo mostra onde atar os n6s, istoe, as fonnas convenientes de confeccao de lideres e rabichosque permitem a apresentacao correta da isca ao peixe-que sealimenta no fundo, meia-agua e superficie. Nas ilustracoes saoindicados os n6s ou 0 grupo de n6s para as montagens genericasque poderao ser desenvolvidas pelo pescador, mostrando os

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    GUIA DE NOS PARA A PESCA

    principios para criar inumeras outras montagens para as situa-coes e condicoes da pesca deagua doce e salgada.

    No capitulo quarto sao mostrados os n6s e voltas selecio-nados para a pesca embarcada mas tambem de grande utilidadepara 0 iatista, alpinista, escoteiro, campista e demais amadoresde atividades esportivas que tenham de usar cabos para asarnarracoes.o born artesao sabe trabalhar 0 material e conhece, tam-bern, as suas propriedades. N6s e linhas estao intimamenterelacionados: 0 conhecimento de urn exige informacoes sobre 0~ ,outro. Para orientar 0 leitor sobre a escolha e usa correto delinha de pesca, foi introduzido este quinto e ultimo 'capitulo,rvitando tomar 0 texto muito pesado com leitura tecnica. Issona o significa, de maneira alguma, que a importancia do seu.onhecimento esteja relegada a urn segundo plano,

    Os agradecimentos sao tantos que nao cabem aqui. Porem,!lrlopodem ficar sem citacao os nomes daqueles que leram eximentaram 0 original. Sou grato ao Edson Rogovschi e aosmcus companheiros do Clube de Pesca Gaivota, Yoshio Onosa-ki e Hildebrando Farias. Agradeco tambem ao Virgilio da SilvaF u g a . , pelo apoio editorial e pela sua ajuda bern humorada naH 'Icyao dos n6s. Nao hesitei em me valer dos pescadores decornpeticao dos clubes filiados a Federacao Paulista de Pesca eLuncamento. A agradavel convivencia com esse pessoal nos.nmpeonatos e pescarias de lazer me proporcionaram a obten-,'[ 0 de muitas informacoes, pelas quais sou grato. Pescar e

    ' 1 ' 1 'rever sobre pesca e muito divertido. 0 Paulo Gaia, artistaf nifico e pescador, se divertiu com as ilustracoes e merece api ina parcela de credito pela existericia desse livro. Agradeco al'1' porter compartilhado comigo des sa divertida empreitada.

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    INTRODU

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    os fabricantes de equipamentos nao tern nada a ver com osnossos nos, precisamos conhece-los bern, 0 que possibilita, asvezes, superar ou compensar qualquer deficiencia do equipamen-to. 0 segredo nao e conhecer muitos. Os grandes pescadores selimitam a usar menos de uma dezena de nos testados na pratica.o mais importante e saber como ata-Ios bern e nunca deixar queoutras pessoas OS atem para eles. Nem os fabricantes de equipa-mentos e nem os companheiros de pesca podem ser responsabili-zados pelos peixes perdidos. Resumindo, 0 sucesso completo dapesca, em relacao ao equipamento, vai depender da forma comoo pescador .unir os terminais a linha ou a linha de pesca a outraslinhas, atraves dos nos. A pratica dos nos, por outro lado, servecomo terapia de combateao stress da vida moderna e a suaaprendizagem ajuda a desenvolver a inteligencia.

    PaR QUE SELECIONAR a s N6s?Determinados nos sao proprios para 0material com 0 qual

    a linh_ae fabricada e outros para os tipos ou tecnicas de pesca.Uma infinidade de nos usados com linhas de multifilamentos dealgodao, seda e outras fibras naturais e sinteticas, nao saoproprios para as linhas de pesca modernas. Muitos nos foraminventados e testados para 0 monofilamento de nailon e outraslinhas sinteticas. Nesses nos a linha e enrol ada em torno delamesma, nailon contra nailon, em vezde ser imediatamente trava-da (mordida) contra ela propria oucontra urn objeto. Essa dife-renca e melhor compreendida quando se compara os nos para apesca- earn os nos para embarcacoes do quarto capitulo. Muitosnos, por outro lado, podem ser atados indiferentemente commonofilamento ou com linhas multifios de nailon, perlon, dacron,micron ou outros polimeros. A diferenca e que esses nos desli-zam mais fa'cilmente nos monofilamentos que nas linhas demultifilamentos, devido ao atrito provocado pelas fibras.Os nos de pesca apresentados neste livro foram testados ex-tensivamente na pesca e em laboratories. Eles nao sao os unicosusados comumente. Todavia, representam uma selecao comple-

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    GUIA DE NOS PARA A PESCA

    In que cohre qualquer especialidade da pesca esportiva com asl i nhas mais modernas.

    Outro motivo para selecionar nos provem da necessidadede combina-los adequadamente em funcao das diferentes moda-Iidades de pesca, isto e , onde atar os nos, que sera visto nocapttulo terceiro.

    PRINcIP IOS PARA ATAR UM BaM N6 DE PESCA"1. Selecione criteriosamente 0no a ser usado.

    2. Ate 0 no cuidadosamente. As linhas devem se cruzar do -luclo certo; as voltas espirais feitas no sentido exato; as linhaspuralelas ou duplas nao devem ficar torcidas quando 0 nolstiver sendo atado, Se houver duvida quanta a sua resistencia,I' ate-o.Lernbre-se que ele e como 0 elo mais fraco da corrente.nons nos geralmente tem boa aparencia. Reate tambem aquelesqu . nao seaparentarem hem. Encostar 0 no consiste em deixa-I,) na posicao correta, pronto para 0aperto. '

    3. Antes de apertar 0no, lubrifique-o bem, com saliva, paraiii .ilitar e permitir urn aperto suave.

    4. Aperte 0no com uma unica pressao, lenta, firme e conti-1 1 1 1 f t . Faca isso sem dar trancos. Teste 0 no puxando-o duas ou1 1 " s vezesate ter certeza de que nao vai desatar. .

    5. A maneira mais propria para aprender a atar nos de pesca" sentado confortavelmente em casa. Tenha sempre muita linhaPill'(1 poder pratica-los a vontade. Evite tambem poupar a linha10 atar os nos, Use sempre 0 hastante para completar 0 no semdlllculdade. Olhe as ilustracoes e acompanhe passo a passo asIIlstruy5es escritas. A pratica dos nos nas horas vagas vai permitirnlcnncar a velocidade e a uniformidade exigidas durante a pesca.

    6, Corte a ponta da linha com uma ferramenta correta: te-Ntlllra, cortador de unhas ou alicate de corte. Cuidado para naoluni f icar a linha ou 0 no. Se 0 no se romper repetidamente ao /

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    ser apertado, pode ser devido a ranhuras ou rebarbas existentesnos terminais.

    7. Evite facas cegas, dentes, unhas e, principalmente a bra-sa do cigarro para cortar a ponta da linha. 0. calor enfraquece alinha de pesca. Cuidado, tambem, para nao danificar 0 no com 0alicate. Ele so deve ser usado na ponta da linha enos terminaise nunca no no e na parte principal da linha.

    8. Examine os nos periodicamente, varias vezes durante apesca. Constatando sinais de soltura, deformacao, abrasao,puimento etc., reate 0 no. Partes danificadas da linha ou do lidertambem devem ser suprimidas ou substituidas.

    9. Evite cortar as maos com a linha ao apertar 0no. Use urnlenco, urn pedaco de pano ou de borracha de camara-de-ar emtorno das maos,

    10. Com monofilamento de nailon grosso e mais dificilmanter juntas as espirais formadas pelas voltas da linha duranteo aperto do no. Qualquer objeto para aproxima-las deve serusado com cuidado para nao danificar 0no.

    NOMENCLATURAEmbora nao exista ainda uma nomenclatura brasileira e

    nem mesmo internacional sobre nos de pesca, ja se nota noslivros e artigos escritos em diversos paises, uma tendencia deuniformizacao em torno dos nomes de nos norte-americanos. Osgrandes fabricantes americanos de linha de pesca, como DuPonte Berkley, divulgam os nos que selecionam com testes deresistencia a ruptura no no realizados em seus laboratories. Osnomes desses nos sao de pessoas (geralmente um pescador derenome que 0 inventou ou testou na pratica), locais, profissoes,utilidade do no etc. como este livro trata desses mesmos nos,prevaleceu a escolha da nomenclatura norte-americana em VOl',dos nomes irregulares existentes aqui no Brasil. Dessa forma,aqueles que tiverem de tratar com publicacoes internacionais

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    QUIA DE NOS PARA A PESCA

    sobre pesca, serao beneficiados pela facilidade de identificacaolos nos pelos seus nomes traduzidos de forma li teral. Onde issonao foi possivel, os nos aparecem com 0nome ingles, como e 0iaso do no Albright. Embora esse no seja muito parecido com 01 1 6 . de e.scota, foi conservado 0 nome original para manter auniformidade e porque, tal como aqui no Brasil, nos outrosparses os nomes dos nos para embarcacoes sao diferentes dosnomes dos nos para a pesca. Outra finalidade da nomenclatura emostrar ao leitor os nos usados na confeccao de lideres e rabi-ihos do capitulo 3. ' ,P AR TE S DO N O D E P ES CA

    As ilustracoes de todos os nos apresentados estao acompa-IIhadasde u n : ~ descricao, por etapas, das j,nstruc;oes para ata-los, Para facilitar 0 entendimento da descricao, e importante-onhecer os termos comuns aos nos e 0 seu conceito.

    Ponta da linhaLinha principal

    Punta da linha .: Parte da linha na qual atamos 0 no. Parte daltnha que sobra depois que atamos 0 no e que e cortada. Nasduslrac;oesa ponta da linha aparece cortadaperpendicularmente.Llnha principal - Parte maior da linha Iider ou a linha mestre1 1 1 1 madre que vai para 0 carretel. Nas i lustracoes, nao aparecem'ortadas.('II'culo .,' E uma curva ou arco feito com a linha sem ser fecha-1 0 por urn no. '

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    Llnha dupln r '~ similar no circulo. So que as duas partes dal lnhu SI I) IISlIti(lN jllil lus !I~) i nvcs de separadas.'ulhl 'OIl" ispondo ::1 um giro completo da linha sobre outra

    1 1 1 1 1 1 1 ou iubrc lim objeto. Geralmente se trata do processo de1 1 1 0 1 1 1 1 I I ! l ol lt .a dalinha sobrea Iinha principal.

    -Laco - No corredio que faz com que 0 circulo se feche emtomo de urn objeto. 0 no ilustrado acima vai formar um laco.Meia-volta - no usado como parte de outros nos. Ao ser aperta-do, forma um no cego ou no gordio, isto e, um no impossivel dedesatar. E um dos nos que mais enfraquecem as linhas de pesca.oAlca - E l ima curva feita com a linha depesca e fechada por um no.Ic=))

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    CAPiTULO 1

    N6s PARA A PES CA. ., ,1 - SISTEM A DO No UNICO (UNI KNOT)

    o no unico basico e tambem conhecido pelo nome de lacodoenforcado. Emf vez de incluir cada um dos nos unicos nosgrupos de nos de cada capitulo, preferiu-se junta-los e apresen-ta-les ao Ieitor como urn sistema de nos que serve para qualquertipo de pesca, ou seja, nos para terminais, alcas, nos de uniao delinhas e nos de retencao.

    Na maior parte das possiveis variacoes do no unico conse-guimos ao menos 90 por cerito de resistencia a ruptura da linhano no. Com Iinhas inferiores, de baixa resistencia a nos, 0 nounico reduz a resistencia a ruptura no no para 80 por cento. Emlinhas de qualidade superior, com otima resistencia, 0 no uniconao altera a resistencia a ruptura no no, ou seja, mantem 100 porcento da resistencia da linha.

    1. 1 - No UNIC O P A RA T ERM IN AlSo circulo unico e a base de todo 0 sistema. Apos a compre-

    ensao dessa prime ira configuracao basica, as outras variacoestornar-se-ao muito mais faceis,

    1. Passe a ponta de linha pelo olho do anzoI, girador ou iscaartificial ate, pelo menos, 15 centimetros. Dobre a linha ate

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    formar duas paralelas. Em seguida, traga a ponta da linha paratras, no sentido do anzol. Este e 0 circulo unico.

    2. Segurando a linha dupla no ponto onde ela passa pelo olhodo anzol, faca cinco ou seis voltas com a ponta da linha sobre alinha dupla. A ponta da linha ira passar dentro do circulo criado.

    -3. Segure a linha dupla junto ao olho. Puxe a ponta da linha

    so ateencostar e formar urn barril de espirais em torno da linhaprincipal. Umedeca comp.letamente 0 no, para torna-lo compac-to e forte. Nao puxe muito a ponta da linha nessa etapa. 0aperto do no devera acontecer na proxima etapa.-

    4. Para apertar 0 no, segure a linha dupla no olho e com aoutra mao puxe firme aIinha principal, fazendo 0 no deslizarsobre a linha lubrificada ate 0 olho. Por fim, corte a ponta dalinha bern proximo do no. Nao ha motivo para temer que a linhacorra dentro dele.

    .~====

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    GUIA DE NOS PARA A PESCA

    1. 2 - A lca do N o UnicoAlgumas iscas artificiais, pequenas colheres ou anzol com

    iscas naturais, funcionam melhor quando atadas a uma alva queIhes permita maior movimento e liberdade de acao, Nas condi-coes norrnais decorrentes do lancamento, recolhimento ou decorricar a isca, a alva permanecera intacta. Quando 0 peixe forfisgado, 0 no deslizara para 0 olho como um Iaco, amortecendoo impacto. Para reabrir 0 laco, basta puxar 0 no fazendo-odeslizar sobre a linha principal, tomando 0 cuidado para naomarcar a linha com as unhas. '

    4. As etapas 1, 2 e 3 sao as rnesmas do no anterior. Puxe alinha principal, deslizando 0 no para 0 olho ate que 0 laco (oualca) atinja 0 tamanho desejado. Agora, para apertar 0 no,segure-o firme e puxe a ponta da linha com urn alicate. Com asmaos essa tarefa sera mais dificil e exigira muita forca,

    ~=

    1. 3 - N6 UNICO P A R A E M PA TEo no unico para empate e tao resistente (85 a 95 por cento)

    quanto 0 empate padrao (veja em nos para terminais) uti lizadopara os anzois de pata ou olho e muito mais facil de atar. Apre-senta a vantagem de permitir tambem que 0 anzol seja atadodiretamente a ponta da linha que vai para 0carretel.

    1.Passe a ponta da linha cerca de 15centimetros pelo olho doanzol. Mantendo a linha junto a haste, forme um circulo unico.

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    2. Ate urn no unico com ao menos quatro voltas em tornoda haste do anzol. Encoste 0no puxando a ponta da linha.

    3. Aperte 0 no puxando a linha principal num sentido e 0anzol em outro. Os anzois tipo barra pesada para pesca em aguasalgada devem ser presos e puxados com alicate. Corte a pontada linha 0mais proximo possivel do no.

    1. 4 - No UNICO PARA UNIR L INH ASD E D IA M E TR O S EM E L HA N TE

    Para unir linhas com quase 0mesmo diametro, 0no unico eurn dos mais indicados e faceis de atar e substitui 0 no de tubo.Esse no apresenta urn teste de resistencia ao no de 85 a 95 porcento. Se as linhas a serem unidas forem dobradas, a resistenciado no aumenta para 95 a 1 00 por cento. '

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    faca em seguida urn no unico de uma volta ou duas, se houvernecessidade de compensar a diferenca de diametros'das linhas.

    2. Puxe as duas linhas para encostar urn no no outro. Lubri-fique e aperte cada urn separadamente. 0 aperto final e feitopuxando a linha principal e 0 arranque em sentidos opostos.Corte as pontas rente aos nos. .

    = = = = = = = = = = ~ ~ = = = =1. 6_- N6 UN ICO PA RA L iD ER A TEQ UATRO VEZE S M AlaR Q UE A L INHA

    .Para unir uma linha lider cuje-diametro ou teste e ate quatrovezes maior que o-da linha principal. Esta variacao do no unicopossibilita conseguir ate mais de 95 por cento de resistencia dalinha no no. Este no substitui 0 de sangue reforcado por sermais forte e facil de atar.

    1. Sobreponha 15 centimetros da linha principal dobradasobre a linha lider. Faca urn circulo unico com a linha dobrada.

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    GUIA DE NOS PARA A PESCA

    2. Ate urn 0 unico basico de seis voltas sobre as tres linhas(dupla e linha lider) , puxando atraves da alca formada com alinha principal.

    ~?2222~

    --""7~ ~

    3. Em seguida, ate urn no unico c w tres voltas sobre a linhadupla, com a linha lider.

    4. Puxe as duas linhas principais e a linha lider para desli-zar os nos juntos e continue a puxar firme ate que 0 no estejaapertado. Nao se esqueca de lubrificar. Por fim, corte as duaspontas e 0 laco bern proximo do no.

    =

    1. 7 ., N6 UNICO PA RA UD ER A TEC INCO VEZE S M AlaR Q UE A L INH A

    Essa outra versao do no unico possibilita obter uma .resis-tencia no no da linha principal de 95 a 100 por cento. Por isso etambem usada quando se exige uma linha lider de teste cinco oumais vezes maior que 0 da linha principal, na pesca de peixes dedentes afiados, nas rochas das costeiras, enroscos e corais, ouseja, comlider de sobrecarga e abrasao,

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    1. Dobre as pontas da linha principal e do lider com urncomprimento de 15 a 20 centimetros. Passe 0 circulo da linhapelo circulo do !ider 0 suficiente para poder atar urn no unicosobre a ponta do !ider.

    1. 8 - N6 UN ICO PA R A UDER D E CH OQ UERecomendado para a pesca pesada oceanica ou quando se

    Ii cessita atar a linha principal urn lfder de corrico muito maisgrosse. E uma altemativa para 0 no das vinte voltas (veja 0capitulo de alcas) que e mais dificil de atar; para 0no da aranhanfio e recomendado linhas de diametro acima de 0,60 milime-tros; para 0 no de cirurgiao para alcas que fica muito volumosoquando atado em linha grossa. A resistencia ao no atinge 90 a100 por cento. ". Com a ponta dupla da linha principal, ate urn no unico dequatro voltas em tomo da ponta dupla da linha lider. 1. Corte a linha mais fina dobrada no comprimento deseja-do. Ate as duas pontas com uma meia-volta provisoria que seracortada posteriormente.

    2. Dobre a ponta da linha principal (aquela que vai para 0carretel) com urn comprimento de aproximadamente 20 centi-metros e sobreponha essa pontadupla num comprimento de 15centimetros sobre a linha mais fina com 0 no numa ponta. Ateurn no unico de quatro voltas em tomo da linha principal dupla.

    3. Encoste 0 no, puxando as duas partes da linha principalcom uma mao e 0 laco da linha principal com 0 dedo indicadorda outra mao.

    4. Aperte 0no puxando apenas a parte principal da linha dearranque (nao puxe as duas partes) com uma das rnaos e as duaspartes da linha principal, com a outra mao. Puxe lentamente ateo no deslizar para 0 fim do laco da linha de arranque, antes doaperto final. Corte as pontas proximo ao no.

    3. Com a alca ou ponta dupla da linhaprincipal, forme ou-tro circulo unico e ate urn outro no unico de quatro voltas emtomo da linha dupla mais fina.

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    4. Segurandoas duas pontas da linha principal e .as duaspontas da linha mais fina com 0 no cego, puxe ate que os doisnos se encostem.

    5. Para apertar, segure as duas linhas principais e as duaslinhas mais finas na parte oposta ao no cego e puxe firme emsentido oposto (veja as setas). Corte ambos os lacos das pontase a sobra da linha principal junto ao no.-1 . 9 '- N6 U NIC O P AR A R ET EN

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    , 2. Puxe a linha principal para apertar 0 no no carretel e, porfim, corte a ponta da linha bern junto ao no.

    Para proteger a ponta da linha de pesca, evitando que ela sedesenrole do carretel e provoque embaracos indesejaveis, asindustrias de linhas e molinetes tern produzido carreteis comfuros para a passagem da ponta da linha, como os existentes noscarreteis dos molinetes da marca Mitchel. Os carreteis dosmolinetes Daiwa, por exemplo, vinham acompanhados degrampos de plastico. Os molinetes mais modernos vern acom-panhados de carreteis com retentor de ponta de linha. Os carre-teis de algumas marcas de linha sao produzidos com retentor delinha ja incorporado ao carretel. 0 elastica e tambem muitousado. Urn no unico de uma volta resolve 0 problema de formamais simples, evitando a perda, 0 esquecimento e as constantesquebras dos grampos e elasticos.

    2 - N6s P A RA T E RM I NA lS2. 1 - N6 D E S A NG U E(IM P RO V ED C L IN C H K NO T )

    Este e 0 no de pesca mais conhecido e usado para ligar a li-nha aos terminais. Embora possa ser atado com linha multifios,este no desliza muito bern como 0 monofilamento de nailon epossui resistencia a ruptura acima de 95 por cento nas linhas deate 0,45 milimetros de diametro. Com monofilamentos maisgrossos, a resistencia ao no se reduz. Com monofilamentosfinos, este no fica mais forte quando for atado com linha dupla

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    no olho, na sua variacao conhecida por no Trilene. 0 mesmoocorre quando 0no for atado com a linha toda dobrada.

    A pesquisa de nos realizada por diversas fontes demonstraque cinco voltas com a ponta da linha em torno da linha princi-pal e 0 correto. Menos de cinco voltas, enfraquece 0no; mais decinco voltas, a cada volta extra, torna mais dificil aperta-loadequadamente, possibilitando que se desate sob tensao.

    1. Passe cerca de 15 centimetros da pouta da linha peloolho do anzol, argola do girador ou

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    2. 2 - N6 D E S AN GU E D E 3 1 / 2 VOLTAS(3 1 / 2 TU RN C LIN CH KN OT )

    A resistencia a ruptura QO n6, do no de sangue, reduz-sequando for atado com linhas acima de 0,70 milimetros. 0n6 desangue de 3,5 voltas compensa essa falha e e atado da mesmaforma que 0 n6 anterior. A sua resistencia esta em torno de 85por cento da resistencia da linha.

    1. Passe a ponta da linha pelo olho do anzol, deixando cer-ca de 15 centimetros para dar tres voltas e meia em torno dalinha principal e passa-la pela primeira volta formada logo ap6so olho do anzol.

    2. Com monofilamento de nailon grosso e necessario segu-rar 0 anzol com um alicate e a ponta da linha com urn pedaco depano ou borracha, para apertar 0 n6, apos lubrifica-lo bern. Porfim, corte a ponta da linha cerca de 3 milimetros distante do no.

    As vezes e necessario um n6 temporario que se desate facil-mente ap6s atado ao terminal. Isto pode ser conseguido com 0 n6de sangue: ao passar a ponta da linha pela volta formada ap6s 0olho do anzol (etapa n." 1), forme um circulo retomando a pontada linha pelo mesmo local. Ap6s 0 aperto, 0 n6 ficara como 0 dafigura abaixo. Para desata-lo, basta puxar a ponta da linha.

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    2. 3 - JANS ICK SP EC I A L. E um dos melhores n6s para atar monofilamento de nailon

    ao anzol, girador ou isca artificial. A sua resistencia ao n6 variade 98 a 100 por cento.. 1. Passe duas vezes cerca de 15 centimetres do monofila-

    mento pelo olho do anzol, formando urn circulo.2. Repita a operacao ate obter tres-circulos, todos passandopelo olho do anzol.

    2

    3. Com a ponta da linha, faca tres voltas em torno dos trescirculos de linhas paralelas. Lembre-se: tres circulos e tres~oltas. 0 aperto do n6 e feito em duas etapas: puxe a ponta dahn~a, a li~ha principal e 0 anzol em sentido oposto; em seguida,a linha principal e 0 anzol, para 0 aperto final, lubrifique bern.Corte a ponta da linha rente ao n6.

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    2.4- No P A L OMAR,(PA LOM AR KNOT )

    o resultado das centenas, de testes realizados nos laborat6-rios da DuPont servem para convencer que, de todos os n6s paraterminais, 0 n6 palomar e muito confiavel, s6lido e resistente(95 a 100 por cento da resistencia ao n6) devido a volta duplado monofilamento de nailon pela argola ou olho do anzol,formando uma especie de almofada protetora. Alem disso, emuito facil de atar.

    1. Dobre cerca de 20 centimetros de Iinha e passe pelo olhodo anzol, ou pela argola de qualquer outro terminal.

    2. Faca uma meia-volta com a linha dupla. 0 principio daresistencia do n6 palomar esta em evitar gue as linhas do circuloenrolem uma na outra quando 0anzol estiver suspenso. .

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    3. Passe totalmente 0 anzol pela extremidade do circulo ateque ele encontre a linha dupla urn pouco alem da meia-volta.

    4. Lubrifique bern e aperte 0 n6 puxando a ponta da linha ea linha principal num sentido e 0 anzol em outro, cuidando paraque a extremidade da alca formada deslize pela linhadupla atealem do olho do anzol. Corte a ponta da linha dois milimetrosdistante do n6.

    2. 5 - No D A FE IR A M UND IA L(W OR LD 'S FA IR KNOT }

    Em 1982 a DuPont promoveu a prime ira Grande PesquisaNacional de No s na Feira Mundial de Knoxville, Estados Uni-dos. Este novo n6 foi selecionado por uma equipe de escritoresde cava e pesca como 0 melhor, mais facil de atar e de maioruso dentre os quatrocentos e noventa e oito concorrentes. Foiinventado por Gary L. Martin, funcionario dos correios, numanoite em que experimentava seu equipamento de pesca na mesade jantar. Gary deu-lhe esse nome porque foi publicamente

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    demonstrado pela primeira vez naquela feira. A sua resistencia itruptura e de aproximadarnente 80 por cento.

    1. Dobre cerca de 15 centimetres de linha e passe 0 circulopela argola.

    2. Traga 0 circulo para tras ate encontrar a linha dupla.

    3. Passe a ponta da linha pelo novo circulo fonnado com alinha dupla.

    4. Finalmente, passe a ponta da linha pelo novo circulo cri-ado na etapa anterior.

    5. Aperte 0 no puxando a ponta da linha num sentido e a li-nha principal em outro, apos lubrificar. Corte a ponta da linhacerca de urn milimetro do no.

    ~====

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    2. 6 - N6 T R I L E N E(T~ILENEKNOT)

    Pesquisado e recomendado pelos fabricantes das linhas denailon Trilene para unir a linha aos giradores, presilhas, anzois eiscas artificiais. Mantem de 90 a 95 por cento de resistencia aruptura da linha original. A volta dupla do monofilamento pelaargola forma a mesma almofada protetora do no palomar e lheda maior seguranca,

    1. Passe a linha pela argola duas vezes no mesmo sentidopara formar urn pequeno circulo entre a ponta da linha e a linhaprincipal.

    2. Com a ponta da linha, faca quatro voltas de diametromaior que '0,50 milimetros e cinco voltas com linhas mais finas,em torno da linha principal. Volte a ponta da linha para passa-lapelo pequeno circulo.

    13. Aperte bern 0 no puxando a ponta da linha e a linha prin-cipal. Corte a ponta da linha cerca de 2 milimetros do no.~=! ======~

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    2. 7 - N6 P A RA IS CA S AR TIF IC IA IS(END-L OO P K NO T)

    o n6 para iscas artificiaispermite que elas rnantenham suaplena acao, movimentando-se na alca por ele formada. Paracompensar a sua baixa resistencia a ruptura no n6 (50 a 70 porcento), convem ata-lo sempre a urn lider pelo menos duas vezesmais resistente que a linha principal, seja de monofilamento denailon, seja linha de avo revestida, com a qual esse n6 ficamuito bern. Alem disso, e recomendavel substitui-lo pelo n6 doenforcado ou pelo n6 unico para alcas quando a isca artificialfor atada diretamente ha linha principal.

    1. Antes de inserir a ponta da linha pelo olho da isca artifi-cial, faca urn laco atraves de uma meia-volta alguns centimetrosacima da ponta da linha.

    2. Passe a ponta da linha pelo olho da isca artificial e pelolaco. 0 tamanho da alca e determinado neste estagio, encostan-do 0 laco na ponta da linha e aproxirnando-o do aIM da iscaartificial. -

    3. Finalmente, faca outra meia-volta com a ponta da linhaem torno da linba principal e acima do laco. Aperte forte pu-xando a isca artificial num sentido, e, no sentido oposto, a linhaprincipal e a ponta da linha que deve ser cortada cerca de doismilimetros distante do n6. Ao contrario do n6 do enforcado e do

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    no unico para alcas, 0 n6 para iscas artificiais nao desliza oudecorre, como se diz na linguagem marinha.

    ,2. 8 - N6 DO ENFORC ADO(Two OR TH REE-W RA P H ANG MA N'S KNO T)o n6 do enforcado desliza sobre a linha principal, permi-

    tindo que a alva ligada a isca artificial se abra au se feche. Talqual a alva do n6 unico, ela tambem deve ser aberta antes dolancamento, para que a isca artificial movimente-se livrementecom toda a sua acao e, ao fechar-se sob a impacto da ferrada,desempenhe a funcao de amortecedor.

    Esse n6 pode ser usado com monofilamento de nailon gros-so ou [rna e com linhas de multifios. Quando se usa lider leve, epreferido 0 n6 para iscas artificiais descrito anteriormenteporque e mais resistente.

    1. Passe cerca de 20 centimetros de linha pela argola da is-ca artificial e apoie uma parte da ponta da linha sobre 0 dedoindicador.

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    2. Faca duas ou tres voltas completas com a ponta da linhaem tomo do dedo.

    3. Volte com a ponta da linha e passe-a pelas voltas ja libe-radas da ponta do dedo. Encoste 0no, puxando a ponta da linhanum sentido e a alca noutro.

    4. Para apertar 0 no e necessario segurar bern a isca artifi-cial e puxar a linha principal, fechando 0 laco na argola. Paraabrir 0 laco e deixar a isca artificial na posicao desejada, bastapuxar com urn alicate a ponta da linha remanescente ap6s 0corte.

    O J mrJ:J=F======~-=?~=~~==

    2. 9 - N6 PA RA G lRA DOR D E PESC A O CEA NIC AE aplicado na uniao do girador a alca de pesca oceanica

    (como a alca formada pelo no das vinte voltas). Se uma daspemadas da alca se romper, 0 girador nao se soltara da outra.Tambem pode ser usado para unir a linha de pesca ao anzol. Aresistencia a ruptura no no e de 95 a 100 por cento.

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    1. Passe a ponta da alca pela argola do girador. De umarneia-volta na ponta da alca antes da operacao seguinte.

    C ( = ~====2. Passe a ponta da alca sobre 0 girador e, com a mao direita,

    segure-a junto as outras pernadas que vao para a vara de pesca.

    3. Segurando 0 girador com a mao esquerda, faca com queele gire pelo menos seis voltas pelo centro das duas alcas.

    4. Mantendo seguras as duas pemadas principais com amao direita, para apertar esse no sao necessaries dois movimen-tos a serem feitos altemados: primeiro, puxe as duas pemadasnum sentido e 0 girador noutro; depois puxe as voltas visandoencosta-las na argola do girador (lubrifique bern). 0 auxilio doalicate e conveniente para 0 aperto final.

    2. 10 - EMPATE PADRAO DE ANZOL DE PATAo anzol que e empatado nao fica balancando obliquamente

    a linha e nao se move de forma desajeitada quando 0 anzol vaiser iscado. Por outro lado, transmite para a linha principalqualquer toque do peixe no anzol. Das dezenas de metodos de_empatar anzois, os mencionados a seguir sao os mais utilizados,

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    sobretudo pelos pescadores de praias que utilizam as sedalhas(Ver pagina 124). J

    1. Sobreponha cerca de 25 centimetros da linha sobre a has-te do anzol e forme urn circulo,

    2. Segurando as duas partes da linha junto a pata do anzolcom uma mao, com a outra pegue a parte do circulo mais pro-xima da curva do anzol e enrole bern justo as duas linhas e ahaste do anzol, no sentido da curva para a pata. Faca quantasvoltas desejar.

    3. Segurando as espirais no lugar com uma mao, puxe coma outra a ponta da linha-apenas ate 0 n6 ~ncostar.

    4. Ajuste 0 barril formado pe1as espirais junto a pata do an-zol, lubrifique e aperte 0 n6 puxando as duas partes da linha ernsentidos opostos. Corte a ponta da linha bern rente ao n6.

    (ver a observar;ao/ sobre estrutura desse no na pagina 70para verificar outra forma de ata-lo.)

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    2. 11 - E MP ATE P AD RA O D E A NZO L D E O LHOo empate padrao tambem fica muito born nos anz6is de olho.1. Forme urn circulo com cerca de 25 centimetros da linha

    sobre a haste do anzol, passando a sua ponta duas vezes pelo olho.

    - ,.2. Proceda a seguir como foi descrito nas etapas 2, 3 e 4 doempate padrao para anzol de pata.

    3. 0 barril formado pelas espirais em tomo da haste do an-z01serve para reter a isca, como as farpas existentes na haste dealguns tipos de anzol. Entretanto, pode-se aproveitar a vantagemde 0 empate padrao nao deslizar, para construir uma alca entre 0n o e 0 olho-do anzol que pennite reter iscas moles, como files,mariscos, minhocas e fios coloridos, entre outras. Nesse caso, alinha s6 deve passar uma vez pelo olho do anzol na etapa 1.

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    2. 12 - E MP AT E T R AV AD O P AR A AN ZO L D E P AT A 2. 13 - E MP AT E T RA VA DO P AR A A NZO L D E O LHO1. Forme urn circulo junto a curva do anzol, com a linha

    sobreposta sobre a haste.1. Forme urn circulo com a Iinha sobre a haste do anzol,

    passando a sua ponta duas vezes pelo olho.

    /

    2. Segurando 0 circulo junto a curva do anzol, enrole a pon-ta da linha pelo menos seis vezes sobre a haste do anzol e sobrea linha, no sentido da curva para a pata. Volte em seguida coma ponta da linha e passe-a por dentro do circulo. Encoste 0 n6puxando primeiro a linha principal e depois a ponta da linha.

    2. Faca em seguida como foi descrito nas etapas 2 e 3 doempate para anzol de pata.

    3 - ALCAS3. 1 - V OLT A R EA L(KING SUNG)

    3. Ajuste 0barril encostado na pata, lubrifique e aperte 0 n6puxando a linha principal num sentido e a ponta da linha emoutro. Corte a ponta da linha cerca de dois milimetros distantedo n6.

    o n6 vai fonnar uma alca no final da linha ou do lider paraconexoes rapidas, por exemplo, com uma isca artificial quepodera movimentar-se livremente.

    1. Passe a ponta da linha principal pela argola da isca artifi-cial e forme urn circulo com a linha dupla com cerca de 25centimetres de comprimento.

    =

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    das devem formar (cada uma) urn angulo de 45 graus com aslinhas torcidas. Durante 0 processo de atar 0 no, e necessariomanter a pressao nas tres partes, isto e , na ponta da linha, nalinha principal e na alva.

    3. Mantendo as voltas bern ajustadas, mova a linha prin jpal segura com a mao esquerda para a posicao vertical e a pont"da linha para a posicao horizontal formando urn angulo de 9()graus com as linhas torcidas. Mantendo a tensao sobre a alcncom as coxas, gradualmente afrouxe a tensao da ponta da linhupara que ela se enrole em torno da linha torcida, comecandosempre pela prime ira volta.

    4. Afastando lentamente as coxas, para manter a tensao uniforme sobre 0 no, continue relaxando a tensao da ponta da l i n h npermitindo que ela se enrole completamente em torno da I i n h ntorcida. As voltas devem ficar juntas e paralelas.

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    MIIIlt. .ndo a tensao das alcas com as coxas, lentamenteII III '(1csquerda~ segure firme 0 no entre 0 indicador e 0cu idundo para que a ultima volta nao escape. Faca uma

    1 1 1 1 1 com a ponta da linha em torno da pernada da alvaIlvI'1 mais proxima e aperte firmemente. Agora, 0 no ja1110, mas a alva deve continuar entre as coxas.

    1 1 11 1 ' I ponta da linha, faca urn circulo em torno das duas1 1 1 1 I:ly . Em seguida de tres voltas em tomo das linhasuu lo a ponta da linha por dentro do circulo (no unico).

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    7. Puxe a ponta da linha cuidadosamente para que as tresvoltas formem uma espiral. Quando as voltas estiverem bernarranjadas junto ao no, aperte bern puxando a ponta da linha contrao no principal, mantendo a tensao com as coxas. A ponta da linhadeve ser cortada, pelo menos, 3 milimetros distante do no.

    2. Segure 0 pequeno circulo entre 0 polegar e 0 indicador.o circulo deve ficar alem do polegar, que tambem deve sedistanciar doindicador curvado.

    Para a construcao de urn lider de linha dupla de comprimen-to acima de 2 metros, dois metodos sao usados: (1) duas pessoassao empregadas: uma para segurar a linha dupla, torce-la e fazero movimento que uma pessoa faz com as coxas; a outra segura aponta da linha que vai enrolar sobre a linha torcidae formar 0no; (2) se nao houver urn ajudante disponivel, e necessario im-provisar urn no que prenda a linha dupla temporariamente comaproximadamente 1,5 metros de comprimento para que uma sopessoa possa ata-lo. Por isso e necessario praticar em casa, paranao perder tempo nas condicoes adversas das pescarias.

    ". Faca cinco voltas com a linha dupla em torno do polegare do pequeno circulo, evitando que as linhas se cruzem e enfra-quecam 0 no. Em seguida, passe a ponta da linha dupla pelopequeno circulo.

    3. 3 - No D A A RA NH A(SP ID ER H IT CH )

    o no da aranha nao permite a construcao de pequenas alcas,contudo e proprio para liderde linha dupla e mantem a resisten-cia plena da linha sem no, quando 0 diametro for inferior a 0,50milimetros. Entretanto, nao resiste a fortes impactos como 0 nodas vinte voltas, porque e menos elastico.

    4. Puxe a linha dupla firmemente para desenrolar, uma auma, as voltas da linha sobre 0 indicador. Para apertar, puxe asduas linhas duplas. A ponta remanescente pode ser cortada bernrente ao no.

    1. Forme 0 lider de linha dupla, dobrando a linba no com-primento necessario, Proximo ao fim dessa alca, forme urnpequeno circulo com a linha dobrada. '. ,3. 4 - No D E C IR UR GIA O P AR A A Lc;A S

    (SYR GEO N'S E ND Loop)A resistencia a ruptura da linha no no de cirurgiao e eleva-

    da (90 a 95 por cento). Alem de seguro, e muito facil e rapidode atar. E versatil porque permite fazer alcas com linhas dediversos diametros e de qualquer comprimento, isto e , alcas

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    curtas para conexoes rapidas com terminais, ou longas, para aconstrucao de lider de linha dupla(Ver na pagina 48 a introdu-cao ao n6 das vinte voltas).

    1. Dobre a ponta da linha para formar a alva do tamanhodesejado. Segure a ponta da linha junto a sua parte principal efaca, com a ponta da alva, duas meias-voltas.

    2. Aperte 0 n6 segurando as duas partes do lider com umamao e puxando a alva com a outra. Para concluir 0 aperto, puxeas duas partes centrais do lider em sentido oposto.

    3. 6 - N6 D E S AN G UE P AR A P ER N AD A'\(B LO OD D RO PP ER O R B LO OD KN OT D RO PP ER )2. Aperte 0 n6 puxando as duas partes da linha dupla sepa-

    radas pelo n6 e corte a ponta da linha dois milimetros distantedo n6, com linhas grossas, e, bern rente ao n6, com linhas finas.

    E 0mais preferido dos n6s para pemadas fixas porque for-ma urn perfeito barril com as espirais da linha de cujo centro saia pemada que fica perpendicular a linha. A resistencia a rupturano no e de 80 a 90 por cento, portanto men or que a do n6 decirurgiao. E urn n6 born para pequenas especies.

    1. Forme uma alva com a linha lider.

    o n6 de cirurgiao e tambem muito usado para a construcaode pemadas fixas, isto e , alcas construidas no meio da linha oudo Iider, para a conexao de anzol, isca artificial, sedalha, lidersecundario, chumbada etc. Ver capitulo de lider. A sua resisten-cia tambem e de 90 a 95 por cento e e facil e rapido de atar.

    3. 5 - N6 D E C IR U RG IA O P AR A P E R NA DA(S U RGE ON 'S D RO PP E R Loop)

    2.Puxe uma das pemas do circulo por tras da linha princi-pal e segure as linhas onde elas se cruzam.

    1. Dobre 0 lider, forme urn circulo e ate urn n6 de cirurgiaoatraves de duas meias-voltas.

    3. Segurando as Iinhas nos dois pontos de cruzamento, useos dedos de uma das maos para dar, pelo menos, quatro voltas

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    em tomo da pr6pria linha, Urn dos lados ficara com uma volta amais. Introduza a seguir a extremidade da alca no centro docirculo formado entre as espirais.

    4. Lubrifique muito bern todo 0 n6, caso contrario sera difi-cil ajusta-Io, Segure a extremidade da alca ente os dentes (esta euma forma pratica) ou fixe-a num objeto qualquer. Puxe as duaspontas da linha fazendo as espirais juntar igualmente as duaspartes da alva.

    4 - UNL~O D E L INH A S D E PE SCAAs linhas de pesca podem ser unidas atraves (1) de n6, (2)

    ,de emend a e (3) de entrelacamento ou conexao. Para a identifi-cacao imediata do n6 ou emenda mais apropriados, foi elabora-da a tabela de dupla entrada abaixo. A maior parte dos n6s deuniao indicados destina-se a unir monofilamentos de nailon atodas as linhas de materiais sinteticos ou metalicos. Por exem-plo, para unir monofilamento x aco solido mole, 0 n6 indicado eo Albright. A emenda e pr6pria para unir linhas trancadas decentro oco (na tabela, multifilamentos x multifilamentos).o entrelacamento de lacos de linhas - ou a uniao de linhasatraves de conexao como giradores, presilhas, aneis etc. - naoestao indicados na tabela. Esses entrelacamentos possibilitam auniao de qualquer tipo de linha. Alem de serem substitutos dosn6s de uniao e das emendas indicadas na tabela.

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    QUIA DE NOS PARA A PESCA

    N6 de uniao indicado para:

    FlyMono f i J a -

    mentaMultifila-

    menta

    Tuba agulba rap ido

    Solido. duro Solidomole Lead-coreMultifiosTuba,Sangue

    modiflcado,Tubo

    modificado,Albright, SF,F G ,M i d

    Sangue,Unico,Cirurgiao,Albright

    Albright,Tuba

    modificadoTubo

    ruodificadoUnico,Tuba

    modificadoMono1 i l amento A lb rig ht A lb ri gh t

    Emenda,Sangue,Unico

    Uniao delinha

    trancada . . .o ac eDe arame De arame

    De arame

    Multifilamento

    A~o solido duro1\

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    4. 1- N6 D E S AN GU E(BLOOD KNOT)

    o no de sangue passa livremente pelos passadores e pelaponteira da vara de pesca, d~vido a localizacao das pontas daslinhas unidas no seu centro, reduzindo 0 atrito e 0 impacto. Econhecido tambem como no tonel ou barril, a sua resistencia aruptura varia de 80 a 95 por cento e e otimo para a uniao demonofilamentos de nailon, especialmente os finos com diametroentre 0,15 a 0,30 milimetros. A versao basica descrita a seguir epropria para a uniao de monofilamentos de diametros iguais.

    4. 2 - N6 D E S AN GU E BAsICO1. Segure as pontas das linhas no ponto onde elas se cru-

    zam, deixando 20 centimetros de cada lado para atar 0no.

    2. Faca cinco a sete voltas com uma das pontas das linhasem tomo da outra linha; em seguida, volte com a ponta da linhae passe-a pelo ponto onde elas originariamente se cruzaram.==;~~f====

    /

    3. Faca a mesma operacao anterior com a outra ponta da li-nha. Com monofilamentos de nailon de mesmo diametro ouresistencia a ruptura (ou bern proximos), deve-se dar 0mesmonumero de voltas. Notar na figura que as pontas das linhasdevem passar pela mesma abertura em sentidos opostos.

    58

    GUIA DE NOS PARA A PESCA

    .,4. A melhor forma de apertar 0 n6 de sangue com linhasa~l1:nade 0,30 milimetros de diametro e atraves de uma puxadarapida e. finne nas duas partes principais das linhas, apos umaboa lubrificacao. 0 choque provocado ajustara perfeitamente asvoltas. Com linhas mais finas, basta puxar forte e lentamentepara evitar a ruptura ao apertar 0 no. As pontas das linhaspodem ser cortadas bern rentes ao no.

    4. 2. 1 - N6 D E S ANG UE RAP ID OA varian~e seguinte serve apenas para simplificar 0 proces-S ? de atar, evitando que as pontas das linhas escapem. Consiste

    simplesmente em unir as duas linhas provisoriamente atraves delima n:eia-vol,ta. para depois atar 0 no de sangue para pernada(descnto na pagma 55).

    Para a uniao de monofilamentos de nailon de diarnetros di-ferentes atraves do no de sangue, e necessario redobrar 0 cuida-do com 0 aperto do no. Quanto maior 0 diametro do lider unidoa _linha. de pesca, maior a possibilidade do no desatar quandonao estrver bern apertado., .

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    4. 2. 2 - N o D E S AN G UE C O M PE N SA N DOA S V O LT AS D A L IN HA

    Quando os diametros dos-rnonofilarnentos de nailon a seremunidos nao forem muito diferentes, 0 no de sangue deve ser atadocom mais voltas na linha mais fina. 0 metoda de tentativa e erropode ser usado para conseguir a maior resistencia. Tres voltas nalinha grossa e cinco voltas na linha mais fina e uma aproxima-yao pratica razoavel, por exemplo, 'para unir uma linha de 0,40milimetros de diametro a urn arranque de 0,60 milimetros,

    4. 3 - N o D E S AN G UE R EF OR

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    4. 5 - N o ALBRIGHT(ALBRIGHT KNOT)

    Este e urn versatil no de uniao. Com ele pode ser unidomonofilamento de nailon fino a monofilamento de nailon muitomais grosso (0,20 a 0,80 milimetros, por exemplo); mono fila-mento de nailon a : linhas multifilamentos; monofilamento denailona linhas de aco solido mole ou duro ou multifios. Todoscom resistencia de 100 por cento ao no.

    A maioria dos pescadores reluta em unir monofilamento denailon ao fio de aco solido para evitar que ele seja cortado peloaco no no. Entretanto, isso pode ser feito com 0 no Albright,mantendo a resistencia da linha de nailon ao no em 100 porcento. Por exemplo, urn monofilamento de nailon de 0,40milimetros de diametro pode ser unido diretamente a alca de urnencastoado de aco de 0,50 milimetros de diametro (mono oumultifios), dispensando 0girador.Para simplificar, as ilustracoes sao genericas, isto e , para ascombinacoes de uniao de linhas de monofilamento e multifila-mentos sinteticas e metalicas.

    1.Faca uma alca de cerca de 5 centimetres de comprimentocom a linha mais forte e passe por ela pelo menos 25 centfme-/ tros da linha mais fraca . .Note na figura que a linha entra na alcano sentido de baixo para cima.

    2. Volte com a linha e faca pelo menos doze voltas em tor-no dela mesma e das duas linhas da alca, mantendo uma levepressao sabre as espirais com 0 polegar e 0 indicador da maoesquerda.

    62

    GUIA DE NOS PARA A PESCA-3. Passe novamente a ponta da linha pela alca, agora -no

    s ntido contrario, isto e , de cima para baixo, ate que 0no estejamcostado. Deslize a seguir as espirais ate bern proximo do fimd ( t a l c a .

    4. Puxe a linha mais fraca num senti do e a linha dupla daulca noutro. Use urn alicate, se for necessaric.para evitar que asi sp l ra is e sc a pem da alca, ' i I o==~~~~~======~WW~U~WF~~~~~~=5. 0 aperto final e feito em estagios:5.LSegure as linhas da alca e puxe a linha principal. Con-

    t lnue 0 aperto, puxando novamente a ponta da linha, e pelascgunda vez, a linha principal.

    ~c:::~~~~~~~~~m~@mmmMID==~~~~~~==

    5.2. Finalmente, puxe as duas partes pfincipais das duas li-nhas em sentidos opostos, paratestar. Se 0 no nao estiver bernutado, ele escapara agora. Corte a(s) ponta(s) da(s) linha(s)"m t e ao no.

    :::::;=:====='::1llJlIJ'!lJ.lJPft======Alguns nos (como os de uniao que serao ilustrados a se-1 J . 1 I . i r ) sao identicos, muito einbora nao parecam, porque saoutados de forma diferente. Para compreender bern a forma

    dcsses nos, use urn monofilamento de nailon com cerca de 0 60milfrnetros de diametro e facacom ele urn circulo sobrepostosobre urn lapis, por exemplo.

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    a R a Z 1MB a J a SED EM-a RAE SSegure a parte da alca pr6xima a ponta da linha e, de tres

    voltas em torno do lapis e das duas linhas da alca, no sentido dadireita 'para a esquerda.

    Puxe levemente a ponta da linha apenas para encostar 0 n6,deixando as espirais bern afastadas para melhor observacao. 0n6 de retencao, 0 empate padrao, 0 n6 de tuba e 0 n6 de agulhaficam exatamente dessa forma depois de atados. Identicos. Aprop6sito, mais algumas voltas sao necessarias para obter urn n6pr6prio para fixar urn monofilamento na ponta de uma vara.

    4. 6 - N o D E T UBO M OD IF IC AD O(M OD IF IE D T UBE OR NA IL KNO T )

    o n6 de tuba modificado geralmente e usado nas seguintesJunioes:

    a) Monofilamento de nailon ou linha de multifilamentosaos lideres de aco multifios (arame torcido, cordoalhas simplesou revestidas de plastico);

    b) Monofilamento de nailon a !inha lead-core de grande di-ametro, para 0 corrico de fundo na pesca oceanica;

    c) Monofilamento de nailon ou a linha de monofilamentosa linha lead-core na pesca de fundo com fly (mosca artificial),devido a grande densidade dessa linha de fios de nailon tranca-dos revestindo 0 fio de chumbo.

    o monofilamento de nailon ou a linha de multifilamentosdevem passar por dentro do tuba que pode ser de revestimento

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    GUIA DE NOS PARA A PESCA

    d fio eletrico, carga vazia de caneta esferografica, pedaco detubo cirurgico, cabo de cotonete de algodao etc.

    1. Segure a linha de avo (arame de aco torcido, cordoalhas)ou a linha lead-core com a ponta voltada para 0 lado direito.C'oloque 0 tuba sobre ela e sobreponha 0 monofilamento deII A ilon (ou multifilamentos) sobre 0 tubo, fazendo com ele urnmeio-circulo como 0 da ilustracao.

    \

    2. Faca tres voltas com 0 monofilamento em torno deleI II ' 1 '1 1 1 0 , do tubo e do lider de aco. As espirais devem ficar bern[unlas, ao contrario da ilustracao,

    q

    . Levante a ponta da linha de aco e faca uma volta com 0nnutofilamento em torno dele mesmo e do tubo.

    ". Coloque novamente a ponta da linha de aco sobre 0 tubaIU~'a mais tres voltas com 0 monofilamento em torno dele

    II 1 1 1 0 , do tubo e da linha de aco, mantendo sempre as espiraisIt 1 1 1 [u n ta s . ' , I

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    OROZTMBO JOSE DE MORAES G U I A DEN 6 SPA oR A APE s c x5 Passe a ponta do monofilamento por dentro do tube e em

    seguida, retire-o, puxando 0 monofilamento junto com ele parao lado esquerdo.

    2. Para apertar 0 no e necessario puxar lentamente as duas1 1 " 1 l U I - ) do monofilamento de nailon em sentidos opostos, 'aposIlIlIri [icar bern. As espirais do no se assentariio mais facilmenteI II ponta da linha fly tambern for puxada quando 0 no estiver"lido apertado. 0 no de tuba pode ser revestido com uma leveI II II I a d a de cola de borracha e deve ser testado, antes de aspOll Insdo lider e da linha fly serem cortadas.

    6. Aperte 0 no puxando as duas partes do monofilamentoem sentido oposto. Teste bern 0 no, puxando as duas partesprincipais do monofilamento de nailon e do lider de aco. Corteas duas pontas das linhas rente ao no.

    "k'.pUIUMOUIIJ4'mJif4tt'JWIiM1l/~================::J' 7. 1 - N6 D E T U BO COM 0 MONOF lLA ME NT OA IN DO DO C EN TRO D A LIN HA F LY

    4.7- N6DE TUBO(TU BE K NO T) Inserindo uma agulha na ponta da linha fly e possivel fazer" monofilamento de nailon 'sair' do seu centro melhorando 0r ,

    1 1 ( , de tubo. E necessario afinar a ponta do monofilamento demiilon com uma lamina bern afiada para permitir que ele passep~1 0 olho da agulha de costura,

    Serve para unir 0 l ider de monofilamento de nailon a linhafly. Pode ser utilizada uma agulha para ajudar a atar esse no, e aponta da linha e enfiada p.o espaco entre a agulha e as espiraisformadas pelas voltas da linha. Entretanto, essa operacao ficamuito mais facil se realizada com 0 auxilio do tube (como no node tube modificado).

    1. Insira a agulha no centro da linha fly como mostrado nailustracao. Use urn alicate para puxar cuidadosamente a suaponta, enquanto 0 indicador e 0 polegar seguram a linha fly napnrte penetrada.

    1. Com a ponta da linha fly voltada para 0 lade direito, facaseis ou sete voltas com a ponta do lider de monofilamento denailon em torno dele mesmo, do tubo e da ponta da linha fly.Em seguida, passe a ponta da lirtha de monofilamento de nailonde volta por dentro do tubo. '

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    2. Depois de.a agulha passar pela Iinha fly, puxe uma quan-tidade suficiente de monofilamento de nailon que permita atarurn no de tubo.

    4. 7. 2 - No D E TUBO PAR A UN IR M ON OF lLA MEN TOD E N AIL ON A L IN HA D E M U L TIF IL AM E NT O S

    Nesta uniao, alem do no de tubo efetuado com 0monofila-mento no multifilamentos, e necessario outro no de tubo, isto e ,da linha de multifilame~tos sobre 0monofilamento, juntando-sea seguir as duas espirais (como no no unico ou no no de sanguepara unioes).

    ~----~~========4. 8 - No DE AGU LHA RAP IDO(S P EE D N AIL KN O T)

    o no de tuba e proprio para ser atado antes da pesca, nascondicoes ideais de local e tempo. Durante a pesca, onde tudodeve ser feito rapidamente e em locais adversos, 0 no de agulharapido e 0 preferido. Em vez de usar urn tuba como auxiliar,utiliza-se qualquer objeto de pequeno diametro - uma agulha,alfinete, palito de dentes ou de; fosforos - para possibilitarenrolar uma linha sobre outras. Veja a observacao sobre nosidenticos atados de forma diferente no inicio deste capitulo. 0no de agulha rapido e 0no de tuba sao iguais.

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    GU,IA DE NOS PARA A P_ESCA

    1. Coloque uma agulha de costura em cima da ponta da li-nha fly. Faca urn circulo com 0 lider de monofilamento deuailon tal que sua ponta fique do lade oposfo da Iinha fly.,I ' life as linhas e a agulha conforme a ilustracao.

    2. Com a parte. da alva de monofilamento de nailon maispH xima da ponta da linha fly, faca seis ou sete voltas da direitaPHI'II a esquerda. Em cada volta (ou no final) e necessario desen-rulnr a parte principal do lider da perna da alva. 0 leitor vail'ri ficar que essa operacao nao e dificil de ser realizada, porern, .omplicada para ser ilustrada ..

    3. Encoste 0, no puxando a parte principal do lider, segu-rundo as espirais com 0polegar eo indicador. Em seguida, puxe" ponta da linha lider. Tire fora a agulha para apertar 0 nopuxnndo as duas partes do lider. Use urn alicate para melhorar 0u p to. Teste bern 0 no antes de cortar as pontas das linhas.

    p i lque sobre ele uma leve camada de cola de borracha.

    ~--

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    4. 9 - N6s JAPONESES (S F, FG E M IDN IGHT)A uniao das Isuperlinhas multifilamentos de polietileno

    (PE) aos monofilamentos de nailon ou de fluorcarbono tematraido a atencao de pescadores de todo 0 mundo, depois dogrande aumento da popularidade dos multifilamentosde PE.o no unico para lider ate quatro ou cinco vezes maior que alinha (pagina 26 e 27) e recomendado pela Dyneema. Entre-tanto, por ser um no grosseiro, descola os 0 rings de ceramicados passadores das varas, devido ao impacto que ocorre duran-te os lancamentos. Os japoneses tern utilizado os nos SF, FG emidnight ou MID com sucesso. Esses nos sao muito resistentes,nao sao volumosos e, por isso, reduzem os problemas nasponteiras e passadores das varas.

    c, 0 no SF, segundo os japoneses, consiste de trancas fecha-das com um no unico de 3 voltas; 0 n6 FG, de trancas fechadascom diversos nos unicos de uma so volta. Depois de compreen-der perfeitamente a forma de trancar 0 multifilamentos de PEem tomo do monofilamento, 0 processo de atar os nos FG e FSe suas variacoes se torna simples. As trancas cruzadas do multi-filamentos sobre 0 l ider de monofilamento fixa 0 multifilamen-tos no lider, quanta a tensao e aplicada sobre 0multifilamentos.

    . COMO TRANc. ;:AR0 MULT IF IL A.MENTOSEM TORNO DO ,MONOFIL A.MENTO ?,

    A tranca e realizada cruzando 0 multifilamentos sobre edepois sob 0 monofilamento sucessivamente, ate obter nominimo 15trancas.

    1. Sobreponha 0 monofilamento sobre 0 multifilamentos,para iniciar a primeira tranca.

    70

    ou I A DEN 6 SPA R A APE s cx2. Sobre 0 monofilamento, passe uma parte do multifila-

    III - n r o s para urn lado e a outra, para 0 outro lado.

    ~~---

    3. Repita a operacao, agora sob 0monofilamento.

    t>

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    Primeiro, sobrepor a alca de multifilamentos sobre aproxi-madamente 3 ern da ponta da linha de monofilamento.

    A tranca e realizada com movimentos de 180 graus da maodire ita, primeiro sob e, depois sabre a ponta de monofilamento,e assim sucessivamente, ate obter 0numero de trancas desejado.

    E necessario praticar 0 processo para, nas condicoes adver-sas das,pescarias, obter 5 trancas como as da figura abaixo.

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    QUIA DE N6s PARA A PESCA

    4. 9. 1- N6 FG BAsICbI. Trancar a linha multifilamentos de PE sobre 0 monofi-

    1 1 1 1 1 1 mto com pelo menos 15trancas,

    2, Ajustar' (encostar) as partes trancadas em torno do mono-Iilumento, puxando a ponta da linha e a linha principal de PE,n r c format urn "tubo" homogeneo, segurando as trancas entre 0ptllcgar e 0 indicador.

    3. Com a ponta da linha de PE, atar urn no unico deuma soulta sobre a ponta da linha de monofilamento e a linha princi-pH I de PE, para segurar as trancas. Apertar bern 0 no puxando aliuha principal de multifilamentos e 0 !ider em sentidos opos-los, ate certificar que as trancas nao deslizem.

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    FECHA MENTO DO NO FG4.0 n6 FG e fechado com mais 10 n6s unicos deuma s6 volta.

    5. Finalmente, cortar as pontas das linhas de PE e monofi-lamento.

    4.9.2- No FSo n6 FS possui as mesmas trancas do n6 FG, porem e fe-

    chado com urn n6 unico de 3 voltas (depois da tranca estarsegura por urn n6 unico de uma s6 volta, mostrado na fase 3).

    o n6 FS ou FG pode ser fechado de forma variada. Alemdo n6 unico de 3 voltas, mais 10 n6s unicos de uma s6 volta;um n6 numero oito. A decisao sobre a quantidade de trancas e a

    74

    GUIA DE NOS PARA A PESCA

    (orrna de fechamento do n6 depende de varios fatores relacio-11IIdos utilizacao do n6, inclusive a confianca pessoal.

    . 9. 3 - No MIDNIGHT (No MID)o n6 midnight tambem apresenta uma pequena dificuldade

    ill it: ial que consiste em enrolar 0 multifilamentos sobre 0 liderIll' monofilamento. Essa parte tambem exige a pratica. ,I . De 15 voltas com a ponta da linha de multifilamentos deOPEuhre a ponta do lider de monofilamento, da direita para a esquer-

    !III, deixando urn espaco entre cada volta, como mostra a figura.

    2. Volte a enrolar a ponta da linha de PE, agora da esquerda1 1 1 1 1 " 1 1 a direita, com 5 voItas bern justas.

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    3. Enrole mais 15 voltas folgadas com a ponta da linha sobre as primeiras 15voltas.

    --~--:4. Finalize com mais 5 voltas bern justas com a ponta da Ii

    nha, sobre 0monofilamento e a parte principal da linha de PE.

    5. Segure as voltas com 4 n6s unicos de uma s6 volta. E f 4 I l Le a fase em que 0 n6 MID deve ser apertado, puxando a l i nhnprincipal de multifilamentos e 0 lider em sentidos opostos.

    6. Para fechar 0 n6 midnight sao necessaries mais 4 n()unicos de uma s6 volta, agora apenas sobre a linha principal < IImultifilamentos. Finalmente corte as pontas das linhas 'I"sobrarem.

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    o u r x DE NOS PARA A PESCA1 ( ) EMENDft .. PARA LINHAS TRAN

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    II I II I ~1I (I I II tv l I ' H A. ; . .. . : . :; I l . . .: : S : . _ _ __ ~ " -I~ It (I or I u ponta do arame no centro da linha B, I , : ~ l l "Ide 8 centimetros da juncao com a linha A e empurre-o CCI' 'II (h5 centimetros para aquela juncao.

    4. Prenda agora uma parte da ponta da linha A no arame cpuxe-a para dentro da linha B.A

    ~B

    5. Puxe devagar as duas partes principais das linhas ate queas emendas se encontrem. Apos "massagear" bern as emendas etesta-las, corte as pontas bern rente e enfie qualquer parte rerna-nescente para dentro das linhas.

    Enfiar 0 arame dentro da Iinha A e puxa-Io com a linha Bcomo descrito em 1 e 2, nao e facil. Ao inves de esticar a linha.e preciso fazer com que ela encolha, para aumentar 0 seu dia~metro e facilitar a passagem.

    4. 1 1 - A LC ;A C OM EME ND A P AR A L IN HA S T RA NC ;A -DAS

    As linhas trancadas tambem podem ser emendadas paraformar uma alca, eliminando os nos e propiciando uma conexaomuito forte com presilhas, giradores e outras linhas.

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    d U l l \ . D E N 'H P A R A A 1 '! i ! - lC ! \

    I I" 1 1 ' 1 1 1 tine, antecipadarnentc, 0 tamunho des U{IV 'I dn III'" 111 11Ill 0 comprimento da emenda (as mais r 'sit

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    Iii (l/IMII{) JO:::;i'; DE MORAES

    I RI'Vl'illI 11S guir 0 sentido das voltas para 0 fim da a 1 9 1 1 .IHlHS uulo novarnente por ai a ponta da linha de aco. Termine nemcnda enrolando, a seguir, a ponta da linha de aco sobre a suuparte principal.

    5 - Nos DE RETEN < ;AOOU PARADA(S TOP K NOTS )

    Este item dos nos de pesca e apresentado de forma muitobreve, mas nem por isso e menos importante. Pelo contrario.Detenninar a altura de apresentacao da isca na pesca e de fun-damental importancia. Cada especie de peixe tern preferenciapor determinada temperatura de agua, correnteza, tipo de fundo,luminosidade etc., que sao condicoes que variam com a profun-didade. 0 no de retencao para 0 girador, boia ou chumbadatorna possivel a apresentacao da isca na profundidade preferidapela especie a ser capturada e isto se constitui no mais impor-tante aspecto da pesca de Iinha, ,

    A retencao ou parada pode ser permanente ou ajustavel norabicho ou na linha de pes ca. No capitulo 3, sao mostradas asformas de retencao dos giradores e boias. 0 no de sangue parapernada e 0 no de cirurgiao sao os mais usados para a retencaopermanente porque sao os que menos enfraquecem 0 lider. 0 node retencao ajustavel, por outro lado, nao enfraquece 0 liderporque e atado nele com outra linha. Alem disso apresenta avantagem, e claro, de permitir a regulagem da profundidade deapresentacao da isca.o diametro interno das argolas dos giradores, das perfura-coes das boias, geralmente sao muito maiores que 0 diarnetrodas linhas que tern de passar pot dentro delas. POl' outro lado, osmelhores nos de retencao, especialmente os ajustaveis, saopequenos, atados com uma linha urn pouco mais fina que 0

    80

    I uueungas colocadas entre 0 n() J. r ' (l 'IU;10 1\ ~ IIUcilllI III I) IIh) permitirao que a argola passe p -Ill (II'!.

    N6 UN ICO PARA RETEN ( ,; AO AJu sTAvEL( , III) unico para retencao ja foi visto. A'ilustracao seguinte,II cn tuda de forma simplificada, serve para lembrar como ele

    1IIIuh

    . 2 - N6 DE TUBO O UN o DE AGULHA PARA RETEN (, ;AOAJu sTAvELEsses nos tambem ja foram vistos com detalhe na parte re-

    lativa a nos de uniao. 0 formato e identico. A ilustracao abaixomostra.rambem de forma simplificada, como esse no e atado.

    Para apertar esses nos, segurar com a mao esquerda a linhado rabicho junto com a linha com a qual se esta atando 0 no;com a mao dire ita, puxar a ponta da linha firmemente, aposlubrificar muito bern.o aperto dos nos de retencao ajustaveis deve permitir 0 ajus-te com as mdos do girador ou da boia na altura correta, mas naose pode deixa-los deslizar sobre 0 mesmo (ou se romper) quan-

    81 .

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    O.R0 Z 1MB 0 J 0 SED E M 0 RAE S

    do se fisgar urn peixe. 0 aperto correto so se consegue, portnuto, com alguma e~periencia ou teste antecipado, antes de adqlllrir boa pratica. E importante lembrar aqui que urn bom 1 1 1 \especialmente urn born no de retencao, tern uma boa aparencin.

    J ) J ) l D J r

    5. 2. 1 - OUTROS TIPOS DE RETENTORComo foi visto, as retencoes que nao reduzem a resistenciaa ruptura do lider ou da linha de pesca e as que permitem 0

    ajuste da altura da isca sao as preferidas. Algumas, como asilustradas a seguir, sao faceis de serem confeccionadas empequenos pedacos de revestimento de fios condutores (espague-te), haste de cotonetes, tubos cirurgicos etc. Urn pequeno peda-co de camara de ar usada de bicicleta cortadaem tiras fomeceao pescador uma grande quanti dade de elastico muito resistentepara inumeros fins, alem de servir como retentor.

    82

    CAP ITULO 2

    o T R A BA lH O COM F IO S D E A r ; oA grande maiona dos terminais de pesca 6 produzido

    uulustrialmente por pequenas e medias empresas. Os anzoisexistcntes no mercado brasileiro, por exemplo, sao produzidospor empresas brasileiras e importados de grandes fabricas'uropeias, norte-americanas e asiaticas, As empresas nacionaisque produzem chumbadas, presilhas, giradores e outros termi-nais tendem a ser pequenas e geralmente funcionam sem assis-Leneiade engenharia, de design, testes e promocao. Quase todosesses terminais sao muito faeeis de serem confeccionados emcasa , a urn custo muito baixo. 0 objetivo desse capitulo 6 0 deorientar 0 leitor na confeccao artesanal de encastoados e dealguns modelos de terminais, como giradores, presilhas, alcas,argolas e iscas artificiais de arame de avo.

    6 - E NCA STOA DO D E A c ; . o MULT I F IO S. 6. 1 - N6 NUMERO Orro(FIGURE-EIGHT KNOT)

    o no mnnero oito se constitui em uma excecao a crenca deque nao se podem atar nos seguros com linhas de aco, Apesarde poder ser atado com qualquer tipo de linha, ele nao e indica-do para linhas moles, como a de multifios de nailon. Porem,para a linha de avo multifios (inclusive a linha solida de avo

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    mole) a sua resistencia a ruptura no n6 chega a ser de I)') I 1 1 1 1 'por cento.

    1. Passe a ponta da linha de avo pelo olho do a0201, f'lllulu,ou isca artificial. Evitando marcar a linha na parte em 'PIli lillcom 0 olho, de uma volta com a ponta da linha sobrc a Ilnll"principal, volte com ela e passe-a pela alva formada.

    2. Para apertar, segure 0 anzol com a mao esquerda (de pro-ferencia com utn alicate) e puxe a linha principal com a mao- ,direita ate que 0 n6 encoste muito bem no olho. Corte a pontada linha cerca de 1,5 milimetro do n6.

    ======~~===6 . 2 - ESCASTOADO D E A c ; . o M UL TIFIO S C OM L UV AS

    Frisar luvas de metal e a forma mais pratica de prender 0encastoado de avo multifios cordoalha ao anzol, girador e iscaartificial atraves de uma alva. Se a luva e 0 friso forern adequa-dos, a reducao da resistencia do encastoado e insignificante, naoimporta se ele for de arame de aco torcido, cabo de avo e cordo;alha, revestidos ou sem revestimento de plastico ou nailon. Eimportante destacar dois aspectos relativos a construcao de alvacom multifios de avo:

    1. Dimensdo da luva e da linha de aco. A combinacao deluva/linha de' avo deve ser tal que; ap6s efetuado 0 friso, a alvafonnada nao se desfaca, de um lado, e que as linhas nao sejamcortadas, de outro. E necessario, portanto, relacionar 0 diametrointerno da luva com 0 diametro da linha de avo que vai passar

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    II II I A I) II N II., I' \ " i'lI tll'lIln> dc la , A N N i l l l , II til d 1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 II " 1 I I

    1 1 1 11 1 1 1 I I I I I ror qu e du as v z "S (I , 1 1 , 1 1 1 1 j , l l d I I l I d l l " ' ' ' ' 'I "I " 01II I I 0 pequeno que p '" nilll II 1 (1 1 1 \ dllr IIII d u 1IIIhil I"

    h ' l l l d e p es ca com rcializwl1 II I w ; de d l i l l l l III), til'III Illlfllnndo sempre a combina algu.n I s( ,IlIhoH de c,obre comercializados por empresas de manu-

    41 til 1(.)ladeJraspodem ser cortados para 'a, confecyao1 1 1 ' 1 du s luvas. .

    1 J : / ' ( ! 'esso defrisar. Existem alicates proprios para frisar.(), ilustrados abaixo sao os modelos"mais robustos e mais

    , III/,I'S que aqueles mais fracos usados para frisar luvas de fio1111( I t l l Of'.

    .Apos. a ad,equada ~ombinayao luvallinha de aco, e vital queo friso seja f~ltO longl~udinalmente sobre a luva. Apoie bem aluva ,no encarxe do abcate para possibilitar que 0 aperto seja~uficlentemente forte para prender a linha de avo como nailustracao '

    Para a comparayao do diametro da cordoalha com 0 diame-tro da luva, ver a tabela 3 no capitulo 3.

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    ( 1 1 1 1 1 1 M i l l ) ,I()S!" I1II M()RAES

    J. I I I V A I I l A I ) f \ P A R A ALr,_AI, P a ss e a ponta da linha de avo por dentro da luva (w) t ' til l

    as luvas com linha de avo para pesca pesada) e depois pel ) ( , ) 1 1 1 1 1do anzo1. Girador ou outro terminal.

    2. Ap6s fazer a volta com a linha de avo, passe a ponta novamente por dentro da luva. Ajuste 0 tamanho desejado da alva.

    /

    3. Antes de frisar a luva, e necessario estar seguro de que asduas linhas de avo nao estejam cruzadas dentro dela, para naodanifica-las. Se houver dificuldade em evitar que as linhas secruzem e porque 0 diametro interno da luva e muito grande paraas linhas. 0 friso longitudinal pode ser feito com urn au maisapertos, dependendo da largura do alicate.

    '-

    6. 4 - A Lr;A E M C ABO D E A r;o P AR A P ES CA O CE AN IC A1. Ap6s passar a ponta do cabo de avo por duas luvas, pas-

    se-o tambem duas vezes pelo olho do anzol ou girador e fayatres voltas com a ponta do cabo em torno do circulo formado.

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    I, II I " JIlt N () S I \ 11\ \ ,'I

    1\ 1 I1 I, l I l d o a p o n u l d o ( 'u b o 1 1 1 1 1 1 1 1 1 , 1 1 1 , ' 1 1 1 1 1 "1 1 11 1 "1 1 11 ' 1 1 1 1 11 1 1 , 1 1 II 1 0 1 1 1 1 ' : 1 1 1 'p'lXGI.0 olho u ,1 \ quv 1 1 1 1 vltll l l '~ dw dil l 1 11 1 ,

    I 1 11 11n jll 'q n 'l1 a ' e c om pa ct as ,

    I J'IN ' u primeira luva bern pr6xima da alva. Para reforcarI III 11 l'olljUl1to, faca uma au duas voltas com aponta do cabo, 11 \" (Ill torno da sua parte principal, antes de frisar a segunda111\I 1'\ I ' 'a de 2 centimetros da primeirs.I~==========

    7 - MANUS EIO D E A RAME DE A r;.O7. 1 - COMO M ANUS EA R 0 A RAME D E A r,_ o

    \o arame de avo inoxidavel duro ou mole e 0mais usado. Aslejas de pesca e alguns comerciantes de arames - que geralmen-te constam das listas telefonicas de informacoes comerciais _:\vendem pequenos rolos para 0pescador pro fissional e amador.

    Com 0 arame de avo mole devem ser usadas, inevitavel-mente, dois tipos de voltas, isto e , uma combinacao de "voltascasadas", de passo longo, feitas simultaneamente com os doisarames (Haywire twists, nos EUA); e voltas barril, de passocurto, feitas enrolando perpendicularmente um arame no outro.

    Voltas casad as

    As espirais de passo curto, parecidas com Ul11 barril, podemser usadas em argo las de encastoados de arame grosso, porem,

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    para Ii! p&SCa leve. Por exemplo, um arame de a90 inoxidavclduro, de 0,60 milimetros de diametro (resistencia de 56 quilos),para encastoadose spinners usados com monofilamentos dnailon de 0,30 a 0,35 milimetros , Em caso de duvida, 0 melhore u sar as voltas combinadas em encastoados de.aco duro, paranao correr riscos desnecessarios,

    Para cortar, prender e dar formas ao arame de a90 na confec-' lao de encastoados, giradores ou rotores, presilhas ou grampos,aneis, spinners e spinner-baits, alcas para chumbadas, molaspara carretilhas etc., e necessario 0 auxilio do alicate. Um epouco, dois ou mais, com divers os formatos de bicos, e melhor.

    7. 2 - ALC :;A -DEARAME DE Ac :; o1. Passe cerca de 15 centimetros do arame pelo olho do an-

    zol ou girador. 0ponto onde a ponta do arame cruzar com a suaparte principal vai determinar 0 tamanho da alca desejada.

    2. Prendendo os arames no ponto onde e1es se cruzam (depreferencia com 0 alicate), faca pelo menos quatro voltas casa-das com a alca nas duas partes do arame.

    3. Com a ponta do arame perpendicular a sua parte princi-pal, faca agora quatro voltas em torno dela, forman do um barrilde espirais paralelas umas com as ?utras.

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    GUIA DE-NOS PARA A PliH('/I

    3 - CORTAR O U QUE BRAR 0 A RAM E D E AcoJUNTO A s ESPlRAIS?o arame de a90 deve ser quebrada junto as espirais, em vez

    II ' cortado, para evitar que a ponta afiada deixada pelo ,alicatedunifique linhas de pesca, a roupa ou corte as maos,I

    4. Faca uma "manivela" entortando cerca de 2 centimetrosd n ponta do arame, perpendicular a sua parte principal. PrendaI I ! - l espirais com a ponta do alicate e moximente a manivela paraIt frente e para tras, ou faca movimentos circulares. Esses mo-vimentos paralelos e juntos a parte principal do arame vaoquebra-lo sempre na ult ima espiral , eliminando qualquer outra.A pratica tornara essa operacao facflima de executar. Se ele na oquebr~r dessa forma e porque os movimentos estao sendo feitosperpendicular a parte principal do arame.

    I7. 4 - UNIAO DE ARAMES DE Ac:;o1. Enrole entre si as duas pontas do arame com pelo menos

    seis voltas. Essas sao chamadas voltas casadas.====~~~~======

    2. Faca com a ponta do arame A quatro voltas em torno doarame B, paralelas entre si; com a ponta do arame B, faca 0niesmo no arame A. Essas sao as chamadas voltas barril. Paraquebrar as pontas, proceda como foi explicado na alca de aramede a90.

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    7. 5 - A LC :;A P AR A COL HER D E CORRIC O(TR OLLIN G S POO N Loop)

    As vezes s6 os' encastoados de aco s6lid~ ou de cordoalhasconseguem resistir, aos deute~" afiados de especies capturadasatraves do corrico com colher. A alca de arame de aco descritana pagina 88 pode quebrar ou dobrar durante a pesca ao chocar-se contra a colher. 0 risco pode ser eliminado usando-se urnaalca dupla, a qual tambern permitira it colher manter a sua plenaacao de movimentar-se livremente. Essa alca e equivalente aalca em cabo de aco para pesca oceanica descrita na pagina 86.

    1. Passe a ponta do arame duas vezes pelo olho da colher(ou pelo seu anel), formando uma alca (geralmente sao feitascom cerca de 12 milimetros de diametro).

    2. A partir do ponto onde os arames se cruzam, enrole a suaponta bern apertada por todo 0 circulo. .

    3. Para concluir, proceda como em 2, 3 e 4 da alca do ara-me de aco,

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    (I u I A DEN 6 SPA R A A P Ii S r : /I

    I ,I.R ADORES OU ROTORES,\I} tillS modelos de giradores podem ser feitos em casa p O I '

    111,111I ll \ l I1s t lUy a O de espirais de arame de a co duro, t ambem1 I 1 1 1 1 1 ' ( ' l d n s por .molinhas. Eles sao mais leves, resistentes elilt I l a m l11.enOS que os modelos industr iais .

    I'las sao construidas enrolando ou, mais precisamente, espi-1 1 1 III lido 0 arame de aco duro em torno de urn eixo. Essa opera-, n i l \ rcalizada com 0 auxilio de um mandril de relojoeiro, 0'III II consegue prender eixos de pequenos diametros. Porem, a1'II111' l1lU9aoica facili tada com a uti lizacao de urn eixo de diame-un maior, Ha tambem uma preferencia pela utilizacao da agulhadv xistura que, por ser mais rigida que 0 arame de aco inoxida-l'l, nao entorta durante a operacao de espiralar.o diametro do monofilamento de nailon deve ser compati-II I Com 0 diametro interno da espiral do girador que, geralmen-I " fica bem pr6ximo do diametro do eixo usado para espiralar.As im, um eixo de 0,50 milimetros de diametro (agulha n." 9)vai produzir espirais com diametro interno de cerca de 0,50milfmetros (com arame de ac o duro de 0,40 milimetros) quepermite a passagem de monofilamento de nailon de ate 0,50milirnetros de diametro.

    7. 7 - G IR ADOR S IM PL ES1, Escolha 0 eixo (em funcao do monofilamento de nailon e

    do arame de aco duro a ser espiralado) e prenda-o no mandril.

    = t ' f _ l _ _ _ l ) - I l - - - - - V I J2. Entorte cerca de 1 centimetro da ponta do arame, for-

    mando um angulo reto com a sua parte principal, e introduza-ona ranhura do mandril junto ao eixo, Se 0 diametro do arame formuito maior que 0 do eixo, essa operacao ficara dificultada.

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    3. Apoie a ponta do eixo no dedo indicador da mao esquer-da e, com 0 polegar, pressione 0 arame contra a ponta do man-dril . Com a mao direita, gire 0mandril mim sentido preferido. 0polegar e 0 indicador da mao-esquerda servirao como guia dasespirais que se formarem.~__u-Il _-----'-'I)

    4. Retire as espirais do mandril e use urn alicate de cortepara cortar a ponta.

    -:5. Alinhe 0 resto do arame com a espiral e, novamente, en-torte 1 centimetre da outra ponta.

    6. Proceda como em 2, 3 e 4 e, por fim, entorte a parte doarame localizada entre as espirais para obter os tres modelosmais comuns de giradores artesanais.

    : : : : : : = = ! J I I I b

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    G U I A DEN 6 SPA I{ A A I' I' ! -I ( ' A

    I . 8 - ARG OLA OU O LHO DE AR AM E DE AcoPara fazer uma argola num arame de avo duro e preciso i 1 1 i -

    iulmente dar-lhe 0 formato da ilustracao abaixo, para depoisIb ' I!{l-la(com anzol, girador etc.) com as voltas barril. Com urnIII i 'ate de bicos redondos, como os usados pelos artesaos dehijuterias das pracas publicas, e facil conseguiresse formato.

    A producao em quantidades uniformes pode ser facilitadacom 0 auxilio de urn dispositivo simples construido com doispinos cravados em urn pedaco de madeira, numa versao emminiatura das bancadas usadas para dar formas as barras de a90das estruturas de concreto das construcoes. Pregos de 2,5 a 3milimetros de diametro dao urn born formato as argo l as dearame de a90 com diametro entre 0,50 a 0,80 milimetros.

    oo

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    2. Entorte a ponta do arame no sentido horario em torno dopino superior ate ela parar ao encostar no pino inferior.

    3. Gire a parte principal no sentido anti-horario, para podercontinuar entortando a ponta do arame ate atingir 0 formato dafigura.

    4. Para fechar a argola, prenda bern os arames onde eles secruzam e de pelo menos tres voltas barril com a ponta do arameem torno da parte principal. Por fim, quebre a ponta que sobrar.

    ~====================

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    I II I II DEN () S I' A II A I' I ,I i\

    1 1 1 1 111I~'~lo abaixo mostra [IS I l lH 'S d I 1 11 11 11 11 \ 1 1 1 I ii 11111111I.. I11111 liuhas retas, com 0 alicatc de hi 'II Illl'''1 I 1111

    , 9 - PRE SIL HA OU GRAMPO DE ARAME DE A c:;.oI. Coloque cerca de 3,5 milimetros da ponta do arame entre

    liS pinos e entorte a parte principal em torno do pino inferior1. ' 0111 Lim