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Universidade Estadual de Londrina PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO DIRETORIA DE APOIO À AÇÃO PEDAGÓGICA DIVISÃO DE ESTÁGIOS, PROJETOS E MONITORIA RELATÓRIO DE PROJETO DE PESQUISA EM ENSINO PERÍODO: 03/07/2006 a 03/07/2007 TÍTULO: Handebol – Metodologia do Ensino e Treinamento do Handebol (Exercícios Técnicos e Técnico/Tático) CADASTRO: 200610 COORDENADOR: Eloi Zamberlan DEPTO./CENTRO: de Esportes – Centro de Educação Física e Esportes I - ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 1 - Revisão bibliográfica dos textos de autores nacionais e estrangeiros que tenham abrangência sobre a obra; Foi feita a revisão bibliográfica, apesar das dificuldades para encontrar livros disponíveis já que a maioria são livros estrangeiros (autores nacionais não estão atualizados com treinamento), e pela demora em adquirir os mesmos, foi possível completar dentro do cronograma previsto, REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS QUE FORAM CONSULTADAS PARA ELABORAÇÃO DO SUMÁRIO Falkowski, M.M., Enriquez, Ernesto, Táctica y Sistemas de Juego, Libreria Desportiva Esteban Sans Martinez, Madrid, 1979. Falkowski, M.M., Fernandez, E.E., Estudio Monográfico de los Jugadores de Campo, Libreria Desportiva Esteban Sans Martinez, Madrid 1982. Falkowski, M.M., Fernandez, E.E., Estudio Monográfico del Portero, Libreria Esteban Sans Martinez, Madrid 1979. Greco, P.J., Maluf, E., Handebol de la Escuela al club, Ediciones Lidiun, Buenos Aires 1984. Gubia, M.S.M., Iniciaccion al Balonmano, Editorial Alhanbra, Madrid 1976. Falkowski, M.M., Fernandez, E.E. Metodologia Lineal, el argumento de una. possibilidad, Editorial Esteban Sans Martinez, Madrid 1987. Falkowski, M.M., Fernandez, E.E. Aprendiendo a Jugar, Libreria Desportiva. Sans Martinez, Madrid 1980.

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UniversidadeEstadual de Londrina

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO DIRETORIA DE APOIO À AÇÃO PEDAGÓGICA

DIVISÃO DE ESTÁGIOS, PROJETOS E MONITORIA

RELATÓRIO DE PROJETO DE PESQUISA EM ENSINO

PERÍODO: 03/07/2006 a 03/07/2007

TÍTULO: Handebol – Metodologia do Ensino e Treinamento do Handebol (Exercícios Técnicos e Técnico/Tático)

CADASTRO: 200610COORDENADOR: Eloi Zamberlan

DEPTO./CENTRO: de Esportes – Centro de Educação Física e Esportes

I - ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

1 - Revisão bibliográfica dos textos de autores nacionais e estrangeiros que tenham abrangência sobre a obra;

Foi feita a revisão bibliográfica, apesar das dificuldades para encontrar livros disponíveis já que a maioria são livros estrangeiros (autores nacionais não estão atualizados com treinamento), e pela demora em adquirir os mesmos, foi possível completar dentro do cronograma previsto,

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS QUE FORAM CONSULTADAS PARA ELABORAÇÃO DO SUMÁRIO

Falkowski, M.M., Enriquez, Ernesto, Táctica y Sistemas de Juego, Libreria Desportiva Esteban Sans Martinez, Madrid, 1979.

Falkowski, M.M., Fernandez, E.E., Estudio Monográfico de los Jugadores de Campo, Libreria Desportiva Esteban Sans Martinez, Madrid 1982.

Falkowski, M.M., Fernandez, E.E., Estudio Monográfico del Portero, Libreria Esteban Sans Martinez, Madrid 1979.

Greco, P.J., Maluf, E., Handebol de la Escuela al club, Ediciones Lidiun, Buenos Aires 1984.

Gubia, M.S.M., Iniciaccion al Balonmano, Editorial Alhanbra, Madrid 1976.

Falkowski, M.M., Fernandez, E.E. Metodologia Lineal, el argumento de una. possibilidad, Editorial Esteban Sans Martinez, Madrid 1987.

Falkowski, M.M., Fernandez, E.E. Aprendiendo a Jugar, Libreria Desportiva. Sans Martinez, Madrid 1980.

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ZAMBERLAN, E. Handebol: Escolar e de Iniciação. 1ª Edição – 1999. Editora Treinamento Desportivo - Londrina.

ZAMBERLAN, E. Caderno Técnico de Handebol – Graduação. 1ª Edição – 1997. Editora Gráfica Imagem – Cambé.

GRECO, J.P. Caderno Técnico de Rendimento do Atleta de Handebol. Editora Health, 2000.

RIBEIRO, M., VOLOSSOVITCH, A Andebol O Ensino do Andebol dos 7 aos 10 anos. FMH Edições - Portugal

GRECO, J.P. Caderno do Goleiro de Handebol, 2002

Apostila: Sebenta de Estudos Práticos II – Andebol, 2004. Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física. Universidade do Porto. Portugal

Kasler, Horst, Handebol, do Aprendizado ao Jogo Disputado, Veriag Karl. Hofmann, DStutigart 1986.

Outros

Stein, Hans-Gert. Handbol, Técnica, tática, entrenamiento, Editorial Stadiun, Buenos Aires.Ferreira, Pedro. Handebol de Salão, Editora Brasipal Ltda, São Paulo.Falkowski, M.M., Fernandez, E.E., Tática Ofensiva Individual, Libreria. Desportiva Esteban Sans Martinez, Madrid 1979.Facca, F.B., Borsari, J.R., Neves, F.P., Manual de Educação Física, Editora. Pedagógica Universitária, São Paulo 1975.Miri, A.O., Introduccion al Handbol, Ministerio de Cultura y Educación, Buenos Aires 1971.Cuadra, L.G., El Balonmano, Editorial Hispano Europeia, Barcelona 1971.Altabas, M., Didáctica del Desporte Infantil, Ministerio de Cultura y Educacion Física do Andebol, Porto. Nagy-Kunsagi, Paulo, Handebol, Palestra Edições Desportivas, São Paulo. 1973.Hrvoje, Debic, Técnica e Condição Física do Andebol, Porto.Martine, Karl, O Andebol, Técnica, Tática, Metodologia, Publicações Europa- América, Portugal.Barcenas, Domingo, Balonmano, Curso de Especialização, Instituto Nacional De Educação Física, Madrid 1973.Gladman, George, Balonmano, Editorial Sintes, S.A., Barcelona 1970.Bakiui, M.L., Balonmano, Curso Internacional de Freiburgo, Imprenta Provincial, Granada 1982.Simões, A.C., Handebol, Táticas Defensivas e Ofensivas, Cia. Brasil Editora, São Paulo.Mechia, J.M. Handebol, da Iniciação ao Treinamento, Litel, Curitiba 1981.Barcenas, Domingo. Táctica Individual Ofensiva del Jugador de Campo, Federacion Espanhola de Balonmano, Barcelona 1981.Barcenas, Domingo. Táctica Coletiva Ofensiva, Federacion Espanhola de Balonmano, Barcelona 1981.Camargo Netto, F. Handebol, Prodil, Porto Alegre 1982.Berazategui, Carlos A Procesos Pedagógicos para la Enseñanza y

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Entrenamiento. (Apostila)DANILOV, Aleksandr, Los Matices del tiro. Revista Sportivnye Igry, 16, Nº 3, 1970, pp. 20-21.WEINECK, Jurgen, Manual de Treinamento Esportivo, Editora Manole Ltda., São Paulo, 1996.HARRE, D; Trainingslehe, Berlin 1976Freitag, W., M. Steinbach, R. Tholl:Zum Problen der Reaktionszeit. Praxis der Leibesubungen 8 (1969) Szmodis, I.: Exercise effects on the tisue of reactions to auditory simuli. J. of Appl. Physiol. 37 (1977)BLOOM, Benjamin S. et alli, Taxionomia de Objetivos Educacionais: Domínio.

Afetivo. Porto Alegre, Editora Globo, 1979.ENDERLE, Carmem. Psicologia do Desenvolvimento: O Processo Evolutivo da

Criança. Porto alegre, Artes Médicas, 1985.JACQUIM, Guy. As Grandes Linhas da Psicologia da Criança. 4. Ed., São Paulo, Livraria Editora Flamboyant, 1963.JOLIBOIS, Robert Pierre. A Iniciação Desportiva da Infância à Adolescência. São Paulo, Editorial Estampa, 1977.MAGILL, Richard A. Aprendizagem Motora: Conceitos e Aplicações. São Paulo, Edgard Blucher, 1984.SINGER, Robert N. DICK, Walter. Ensinamento da Educação Física: Abordagem Sistêmica. Porto Alegre, Editora Globo, 1980.TANI, Go et alli. Educação Física Escolar: Fundamentos de uma Abordagem Desenvolvimentista. São Paulo, Universidade de São Paulo, 1988.

2 - Revisão das normas da ABNT para documentação e editoração de textos e livros;

3 - Elaboração do sumário onde serão definidos os fundamentos técnicos.

Após feita a revisão e observadas as necessidades prioritárias em nível de Handebol iniciação e, principalmente na preparação de equipes foi definido o sumário tendo como base as principais técnicas e táticas individuais, tática coletiva e sistemas de jogo, que deverão estar inseridos no planejamento de treinamento de equipe e onde serão elaborados os exercícios para iniciantes nas técnicas básicas e em algumas para o aperfeiçoamento e treinamento.

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃONOMENCLATURA

UNIDADE I

1. INTRODUÇÃO AO HANDEBOL1.1. Divisão do Handebol.1.2. Principais conceitos1.3. Conhecimentos e qualidade Essenciais para o Técnico/professor1.4. Metodologia de trabalho

UNIDADE II

2. ATIVIDADES BÁSICAS DE INICIAÇÃO

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2.1. Deslocamentos2.2. Saltos2.3. Domínio de bola e corpo

UNIDADE III3. TÉCNICA

3.1. OFENSIVA3.1.1. Recepção - Exercícios de iniciação3.1.2. Passe – Exercícios de Iniciação

De OmbroPor baixo para frentePronação para lateralCom saltoPor trás da cabeçaPor trás do corpo

De quadril3.1.3. Passes especiais (teoria)

Por baixo para lateral Por baixo para trás Pronação para frente Pronação para trás Por entre as pernas Retificado

3.1.4. Passe Exercícios de Treinamento3.1.5. Arremesso – Exercícios de iniciação

Com queda à frente Giro e queda à frente

De OmbroSalto lateralQuadrilSuspensãoSalto frontalRetificado com salto sem queda

3.1.6. Arremessos especiais Vaselina

Salto e queda à frente Suspensão retificado Suspensão de quadril Recepção aérea Retificado sem queda Retificado com queda Retificado com salto e queda Queda e rolamento

3.1.7. Arremesso – Exercícios de treinamento3.1.8. Arremesso Específico – Exercícios de treinamento3.1.9. Drible – Exercícios de iniciação3.1.10. Drible – Exercícios de treinamento

3.2. DEFENSIVA3.2.1. Posição Básica - Exercícios de iniciação3.2.2. Deslocamento – Exercícios de iniciação3.2.3. Deslocamento – Exercícios de treinamento

3.3. TÉCNICA DO GOLEIRO

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3.3.1. Exercícios de iniciação

UNIDADE IV

4. TÁTICA INDIVIDUAL4.1. OFENSIVA

4.1.1. Trajetória4.1.2. Mudança de direção4.1.3. Desmarcação4.1.4. Finta – Exercícios de iniciação4.1.5. Finta – Exercícios de treinamento;4.1.6. Cinco passos

4.2. DEFENSIVA4.2.1. Bloqueio – Exercícios de iniciação

4.2.2. Bloqueio – Exercícios de treinamento.4.2.3. Marcação – Exercícios de iniciação

4.3.4. Marcação – Exercícios de treinamento.

UNIDADE V

5. TÁTICA COLETIVA5.1. OFENSIVA

5.1.1. Cruzamento5.1.2. Bloqueio5.1.3. Contra ataque – Exercícios de iniciação5.1.4. Contra ataque – Exercícios de treinamento.

5.2. DEFENSIVA5.2.1. Cobertura5.2.2. Ajuda recíproca5.2.3. Troca de adversário

UNIDADE VI

6. TREINAMENTO COMBINADO6.1. Passe/Deslocamento6.2. Arremesso/Bloqueio6.3. Finta/Marcação6.4. Contra Ataque/Retorno da defesa

UNIDADE VII

7. COMBINAÇÕES TÁTICAS7.1. Combinação contra defesa 6 X 07.2. Combinação contra defesa 5 X 17.3. Combinação contra defesa 4 X 27.4. Combinação contra defesa 3 X 37.5. Combinação contra defesa 3 X 2 X 17.6. Combinação em Superioridade Numérica

4 - Elaboração do texto teórico

1. INTRODUÇÃO AO HANDEBOL

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1.1. DIVISÃO DO HANDEBOL

O quadro abaixo apresenta as fases ou divisão elementar do handebol (técnica e taticamente), desde a formação do futuro jogador até sua preparação integral em todos os níveis para competição. São os passos a serem seguidos para o desenvolvimento do jogador.

DIVISÃO DOHANDEBOL

TÉCNICA TÁTICAINDIVIDUAL INDIVIDUAL

TÁTICA SISTEMACOLETIVA DE JOGO

PREPARAÇÃO PREPARAÇÃOFÍSICA PSICOLÓGICA

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1.1.1. TÉCNICA INDIVIDUAL

TÉCNICA A EXIGÊNCIA BÁSICAINDIVIDUAL É A BIOMECANICA

EXIGÊNCIAS OUASPÉCTOS BÁSICOS

BIOMECÂNICASistema de alavanca

ATAQUE DEFESA

Recepção PosiçãoBásica

Passe Deslocamento

Arremesso

Drible

Para que o jogador consiga render com eficiência no jogo, cada técnica deverá ser trabalhada e ensinada observando-se a alavanca ideal que deve ser utilizada para uma melhor execução e aproveitamento de cada técnica em questão.Portanto há necessidade de uma análise de cada movimento (técnica) e, a partir daí o técnico deverá observar e corrigir os possíveis erros que estão fora dos padrões de cada técnica.

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1.1.2. TÁTICA INDIVIDUAL

O quadro abaixo apresenta as ações táticas utilizadas pelo jogador durante o jogo.

A tática individual são as ações realizadas na luta de um contra um. A ação tática para ser eficiente depende do nível de coordenação motora e de movimento do executante, principalmente nas paradas, nas mudanças de direção, etc. A perfeita coordenação dos segmentos do corpo reflete diretamente na perfeita execução das ações táticas individuais.

TÁTICA EXIGÊNCIA BÁSICAINDIVIDUAL COORDENAÇÃO

MOTORA

ATAQUE DEFESA

Trajetória Bloqueio

Mudança de MarcaçãoDireção

Desmarcação

Finta

CincoPassos

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1.1.3. TÁTICA COLETIVA

O quadro abaixo apresenta a divisão das ações táticas coletivas utilizadas pela equipe, com o fim de superar o adversário.

As ações táticas coletivas são movimentos onde se exige a participação de mais que um jogador, assim, numa ação o elemento deve ter grande capacidade de visão periférica e percepção para que as decisões a serem tomadas sejam sempre aquelas que possibilitam a finalização positiva. O jogador de posse de bola, durante uma ação, deve perceber e visualizar sempre o companheiro melhor posicionado e livre de marcação, para que o ataque ocorra com sucesso.

TÁTICA EXIGÊNCIA BÁSICACOLETIVA PERCEPÇÃO

VISÃO PERIFÉRICA

ATAQUE DEFESA

Ponto de AjudaApoio Recíproca

Bloqueio CoberturaOfensivo

Cruzamento Troca deAdversário

ContraAtaque

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1.1.4. SISTEMA DE JOGO

O quadro abaixo identifica os vários sistemas de jogo, utilizados pela equipe como forma de organização da mesma para com isto facilitar o trabalho tático.

O jogador deve conhecer todas as ações técnicas e táticas do jogo, além da função que exercerá no sistema de jogo que está sendo utilizado no momento. Para que a equipe consiga finalizar com sucesso, há necessidade que o jogador cumpra as ações exigidas em cada sistema obedecendo (disciplina tática) os padrões de cada ação.O jogador poderá em determinados momentos individualizar uma ação, saindo dos padrões estabelecidos, mas não deverá exagerar na individualidade.

SISTEMA ASPÉCTO BÁSICODE JOGO DISCIPLINA TÁTICA

ATAQUE DEFESA

5 X 1 Individual

4 X 2 Por Zona

Contra CombinadaAtaque

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1.1.4. PREPARAÇÃO FÍSICA

O quadro abaixo mostra as principais exigências do handebol no que diz respeito a preparação física do jogador

PREPARAÇÃOFÍSICA

Resistência Forçade força explosiva

Velocidade Velocidade deDe reação deslocamento

Resistência Flexibilidadeanaeróbica

OBSERVAÇÕES

A - Para que o jogador consiga render com eficiência no jogo, cada técnica deve ser trabalhada e ensinada tendo como base a biomecânica do gesto ou seja, ensinar observando-se a alavanca ideal que deve ser utilizada para uma melhor execução e aproveitamento de cada técnica a ser ensinada.

B - As ações táticas coletivas são movimentos onde se exige a participação de mais que um jogador, assim, numa ação o elemento deve ter grande capacidade de visão e percepção para que as decisões a serem tomadas sejam sempre aquelas que possibilitam a finalização positiva. O jogador de posse de bola, durante uma ação, deve perceber e visualizar sempre o companheiro melhor posicionado e livre de marcação, para que o ataque ocorra com sucesso.

C - O jogador deve conhecer todas as ações técnicas e táticas do jogo, além da função que exercerá no sistema de jogo que está sendo utilizado no momento. Para que a equipe consiga finalizar com sucesso, há necessidade que o jogador cumpra as ações exigidas em cada sistema obedecendo (disciplina tática) os padrões de cada ação.O jogador poderá em determinados momentos individualizar uma ação, saindo dos padrões estabelecidos, mas não deverá exagerar na individualidade.

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1.2. PRINCIPAIS CONCEITOS

TÉCNICA - São os gestos específicos do handebol, utilizados para o desenvolvimento do jogo. São gestos ou movimentos que o jogador utiliza para a prática do jogo de handebol. As técnicas do handebol são os considerados movimentos básicos: correr, saltar, lançar, etc.Técnica é a maneira ou habilidade de executar algo .

TÁTICA INDIVIDUAL - É o conjunto de ações individuais utilizadas por um jogador para vencer a oposição de um adversário. Ação utilizada na luta de um contra um ou mais adversários.

TÁTICA COLETIVA - São ações de coordenação entre dois ou mais jogadores, executadas para se conseguir um resultado positivo contra o adversário.

SISTEMA DE JOGO - É a distribuição dos jogadores na quadra de jogo, de acordo com suas características individuais e, em posições específicas de maior rendimento de cada jogador, seja no ataque ou na defesa.

PREPARAÇÃO FÍSICA – é a área do treinamento que se orienta para os aspectos físicos. O objetivo fundamental é dotar o jogador de capacidade para realizar as ações que o esporte exige.

1.3. CONHECIMENTOS E QUALDADES ESSENCIAIS AO PROFESSOR E/OU TÉCNICO

O abaixo apresenta os conhecimentos, qualidades importantes e essenciais para que o professor/técnico, adquirir para ensinar e treinar as técnicas e as ações táticas específicas do Handebol de forma correta, bem como os sistemas de jogo a serem aplicados.

Conhecimentos e qualidades essenciais que o professor/técnico deve adquirir para ensinar o handebol.

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CONCEITO – É o significado de cada técnica ou ação tática, seja ela individual ou coletiva.

OBJETIVOS - O que se quer conseguir atingir com a técnica ou ação tática, para ser aplicada na situação de jogo adequada, tanto geral: quando é comum a todos. Exemplo: todos os arremessos têm como objetivo conseguir a marcação de um gol. Objetivo específico, quando é exclusivo de cada técnica ou ação tática. Exemplo: o arremesso em suspensão tem como objetivo, que é só dele, superar o adversário por cima.

SITUAÇÃO DE JOGO* QUANDO – É o momento oportuno do jogo que deverá ser executado cada técnica ou ação tática. O momento oportuno é determinado pela ação defensiva ou ofensiva;* ONDE - Qual a posição específica na quadra deve ser utilizada (nos seis ou nove metros);* QUEM - qual jogador específico executa a técnica ou ação tática (armador, ponta, pivô).

METODOLOGIA DE TRABALHO - Qual método deverá ser utilizado e, que tipo de exercício deverá ser elaborado, tanto na iniciação (quando o jogador não tem nenhum domínio sobre a técnica), como no treinamento (após o jogador já dominar o gesto).

TEORIA DA TÉCNICA - Ter conhecimento e dominar a teoria sobre cada técnica ou ação tática, além de conhecimento sobre biomecânica (análise do movimento) para transmitir ao jogador a melhor maneira de executar um gesto tendo o aproveitamento ideal na execução. Os segmentos do corpo estudados deverão ser: braço/antebraço, mão, tronco e pernas.

CO NCEITO O BJETIVO SGeral

Específico

SITUAÇÃO DE JO GOMom ento oportunoJogador espeçificoPosição específica

DO MINAR ATEORIA

MOSTRAR NAPRÁTICA

MEO DOLO G IADE TRABALHO

CO NHECIMENTOSABER

O BS ERVAÇÃO

PERCEPÇÃO

CRIATIVIDADE

CO RRIGIR O SERRO S

QUALIDADESCAPA CIDADE DE

CONHECIMENTOSE QUALIDADES

ESSENCIAIS

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SABER DEMONSTRAR NA PRÁTICA - Ter condições de demonstrar na prática, as técnicas e ações táticas do Handebol, de forma fragmentada (por parte) ou de forma integral (gesto completo) para a visualização do jogador.

PERCEPÇÃO (OBSERVAÇÃO) - Conhecimento e capacidade para observar e detectar os principais erros cometidos pelo aprendiz e pelo jogador formado durante a execução de cada técnica, ação tática e sistema de jogo, para corrigi-los, seja através de orientação ou de exercícios específicos que cada situação exige. É a capacidade que o professor tem em formar uma idéia, através da observação e entender a atitude do aprendiz durante a execução de uma técnica.

CRIATIVIDADE – Qualidade de ser criativo para modificar uma situação.

CAPACIDADE PARA CORRIGIR OS ERROS – Capacidade do técnico ou do professor em criar situações momentâneas durante o treinamento para modificar um exercício ou a conduta do jogador. A correção dos erros poderá ser feita através da demonstração prática ou, através de exercícios para tal fim. Obs. A responsabilidade do professor está em educar o movimento de forma correta, utilizando para isso o sistema de alavanca ideal para produzir o movimento, além da boa qualidade dos exercícios e sua capacidade de percepção e correção da técnica ou ação tática.

Em princípio, cabe ao profissional de Educação Física, especificamente o educador que tem a missão de ensinar os primeiros passos do handebol. Há necessidade de, em primeiro plano, dotar a criança de todas as formas de movimento possível, preparando-a para a iniciação das técnicas específicas do handebol. Devemos fazer com que ela tenha capacidade de se deslocar de todas as maneiras possíveis, em todas as direções, com troca de ritmo, etc. Desenvolver também todas as combinações de saltos, e por fim ter domínio sobre a bola.

As técnicas individuais deverão seguir rigorosamente as normas da biomecânica, ou seja, o professor deverá conhecer o tipo de alavanca adequada e ideal para cada técnica e procurar transmitir e fazer com que a criança aprenda a técnica corretamente. Seguindo os critérios citados, um grande passo será dado para a formação integral do futuro handebolista.

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1.4. METODOLOGIA DE TRABALHO

O quadro abaixo apresenta uma divisão sobre a metodologia que poderá ser utilizada pelo professor e/ou técnico durante o treinamento, tanto para jogadores iniciantes como para jogadores já formados.

METODOLOGIADE TRABALHO

JOGADORES INICIANTES

JOGADORES FORMADOS

TREINAMENTOTÉCNICOTATICO

EXERCÍCIOS DE

COMBINAÇÃO

JOGOS EDUCATIVOS

FORMAÇÃOLIVRE

POSIÇÃOESPECÍFICA

EXERCÍCIOS EDUCATIVOS

POSIÇÃOESPECÍFICA

OPOSIÇÃOPASSIVA

EXERCÍCIOS DEAPERFEIÇOAMENTO

OPOSIÇÃO PASSIVA

OPOSIÇÃO ATIVA

EXERCÍCIOS DEESPECIALIZAÇÃO

OPOSIÇÃOATIVA

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JOGADORES INICIANTES

São jogadores que não tem conhecimento e não dominam as técnicas específicas do handebol, daí a necessidade, num primeiro momento, de aplicar um grupo de exercícios que possibilite, em primeiro lugar, aprender a técnica com e sem dificuldades e, num segundo momento, após o aprendizado, estabelecer exercícios para automatizar cada técnica aprendida.

A - JOGOS EDUCATIVOS

Os jogos educativos é a maneira de fazer com que o iniciante aprenda as técnicas específicas do handebol através de jogos recreativos, envolvendo a competição, procurando sempre a diversão nos jogos desenvolvidos.

Os jogos escolhidos deverão estar sempre próximos às técnicas específicas do handebol para que com isso o jogador vai compreendendo e se encaminhando para a realidade do jogo e, através de sua prática vai conhecendo e aprendendo, de forma indireta, as técnicas específicas do handebol.

É uma forma de trabalho que motiva a prática constante da criança, pela competição e, a ter gosto pelo handebol.

Para desenvolver as habilidades técnicas do jogo, não é muito sensato o aprendizado baseado nos exercícios de apanhar e jogar a bola, o trabalho torna-se muito monótono, a vivacidade no jogo deve ser despertada para que se melhore o comportamento no jogo de handebol. Conhecimentos mais recentes mostram que um desporto se aprende jogando; que a vivência de jogo oferece a base pela qual podem ser desenvolvidas as habilidades técnicas e as formas de conduta tática de jogo. Portanto, na transição da aprendizagem para o desempenho ou a aplicação em situações de competição, interessa encontrar formas de jogos e de exercícios que promovam experiências de jogo e que também se prestem, mediante uma escolha hábil de formas de organização, a não só ocupar os grupos de instrução maiores, mas também instruí-las de maneira planificada (HORST KASLER)

B - EXERCÍCIOS EDUCATIVOS

São exercícios ordenados pedagogicamente, partindo-se sempre do mais simples para os de maiores dificuldades. São exercícios com movimentos contínuos que obrigam a prática de uma determinada técnica através de repetições sucessivas, com o objetivo de automatizar o gesto. Esta fase deverá ser trabalhada após os jogos educativos para se pôr em prática o que foi aprendido, direcionando-se porém, ao handebol e excluindo-se exercícios com oposição para não dificultar o aprendizado. A vantagem dos exercícios educativos está na possibilidade que o técnico tem de parar e corrigir a técnica tanto individualmente como em grupo. Os exercícios poderão ser individuais, em duplas ou em grupo, observando-se sempre o grau de dificuldade, ou seja, deve iniciar-se a partir da posição parada e posteriormente em deslocamento.

Em princípio os exercícios deverão obedecer a ordem de dificuldade, ou seja, os exercícios e movimentos mais complexos serão trabalhados numa progressão metódica e detalhada

Durante a aplicação dos exercícios fundamentais recomenda-se que sejam conservados durante certo tempo, procurando-se variantes dos mesmos, antes de substituí-los progressivamente.

A escolha dos exercícios deverá ser adaptada à idade de quem os pratica.Sugestões para montar uma seqüência de exercícios educativos:

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1 – Organização:1.1. Formação

Individual Livre2 X 2 ColunaGrupo Fileira

TriânguloQuadrado

1.2. MaterialBolasDe apoio

2 – Movimento de Execução

2.1. – Parado – primeiro a criança deve aprender o gesto a partir da posição parada, tanto para receber a bola como para executar o gesto (passe ou arremesso).2.2. – Parado com deslocamento – após aprender o gesto a partir da posição parada, a criança deverá aprender com deslocamento (3 passos), porém deverá receber a bola na posição parada antes de executar o deslocamento.2.3. – Em deslocamento – Nesta fase a criança deverá executar o gesto na corrida, incluindo o recebimento da bola (não deverá interromper a corrida para receber a bola).Obs. - Andando – corrida lenta – veloz2.4. – Três passos

Saída parada e executa o gestoRecebe durante a corrida e executa o gestoCom apoioCom salto

Princípios:

– Ocupar o maior número possível de alunos em cada atividade;– Utilizar todo material disponível;– O exercício deverá ser dinâmico;– Tomar como base para a montagem dos exercícios, a exigência do jogo;

C - EXERCÍCIOS DE APERFEIÇOAMENTOÉ uma extensão dos exercícios educativos, sendo aplicados após os

jogadores aprenderem a técnica. Após o aprendizado, há necessidade de um aperfeiçoamento do gesto para que o jogador, ao enfrentar o jogo, tenha reduzidas as dificuldades na aplicação da técnica.

São exercícios ordenados pedagogicamente e executados dentro da posição específica em que cada jogador atua, os quais possibilitam a automatização e correção da técnica através de repetições sucessivas, aproximando-se da situação real de jogo, porém sem oposição para não dificultar sua execução.

D - EXERCÍCIOS DE ESPECIALIZAÇÃO

São exercícios ordenados pedagogicamente e executados na posição específica, iniciando-se com movimentos fragmentados até o movimento completo e possibilitando o desenvolvimento do jogo através da correção da técnica, porém com oposição (passiva e ativa) do adversário.

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JOGADORES FORMADOS

Para os jogadores já formados serão aplicados exercícios de treinamento baseados em ações específicas ou combinações táticas do handebol sem oposição e posteriormente com oposição passiva e ativa constante. Os exercícios são elaborados tendo como base os procedimentos táticos envolvendo um ou mais jogadores, na situação real de jogo. Devemos elaborar exercícios para aperfeiçoar ou treinar determinada técnica na situação real de jogo. Nesta fase devemos estabelecer que o jogador desenvolva as técnicas do handebol, onde é preciso, além da mecânica do movimento, a devida união e coordenação com os companheiros, adequado processo rítmico nos deslocamentos, o domínio de espaço, etc.

Os exercícios de treinamento para atletas formados serão divididos em duas partes durante o treinamento e, aplicados de acordo com o período de treinamento:

1. EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO TÉCNICO E TÁTICO

Trabalho que será realizado para aperfeiçoar e treinar as técnicas, ações táticas individuais e coletivas.

Na aplicação desse trabalho deverá ser observado a fase ou período de treinamento da equipe com a finalidade de melhorar a postura técnica e tática do jogador.

A - FORMAÇÃO LIVRESão exercícios executados, cujo objetivo principal é a correção e o

aperfeiçoamento da técnica. Os exercícios deverão serem aplicados de forma que possibilite ao professor ou técnico corrigir o gesto técnico individual, utilizando para isso seu conhecimento da biomecânica adequada para que o jogador consiga o melhor aproveitamento em cada técnica ou ação tática. Poderão ser realizados individualmente, em duplas ou em grupos, em uma formação livre no espaço da quadra de jogo.

B - POSIÇÃO ESPECÍFICASão exercícios executados na posição específica de jogo em que o atleta

estiver envolvido, sendo que o objetivo é a correção e o aperfeiçoamento da técnica na sua área de atuação, além da adaptação à posição de jogo. Cada jogador deve procurar a posição ideal de melhor rendimento no jogo em função de suas características e habilidades individuais.

C - OPOSIÇÃO PASSIVASão exercícios executados na posição específica (área de atuação do

jogador) tendo como objetivo a correção e aperfeiçoamento da técnica, com adversário iniciando oposição passiva. Oposição passiva significa a presença do adversário para se opor ao jogador apenas para servir como ponto de referência, procurando não interferir na ação.

Esse grupo de exercícios serão aplicados no final do período básico e inicio do pré-competitivo.

D - OPOSIÇÃO ATIVASão exercícios executados na posição específica (área de atuação do

jogador) com adversário fazendo oposição ativa, simulando a situação real de jogo. A oposição ativa deve possibilitar a interferência direta do adversário, desenvolvendo a vivacidade do jogador.

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Esse grupo de exercícios será desenvolvido no final do período pré-competitivo e em todo período competitivo.

2. EXERCÍCIOS DE COMBINAÇÃOSão exercícios executados para desenvolver as ações táticas coletivas dentro

da proposta de jogo pré estabelecida pelo técnico da equipe.

A - POSIÇÃO ESPECÍFICASão exercícios executados dentro da proposta de jogo pré estabelecida,

planejada e organizada, procurando desenvolver o maior número de opções táticas possíveis de serem aplicadas pelos jogadores e equipe, partindo de movimentos fragmentados até o envolvimento dos demais jogadores, sem oposição, com a finalidade de fixar os movimentos.

B - OPOSIÇÃO PASSIVAÉ uma extensão dos exercícios de combinação livre, porém com adversário

fazendo oposição passiva iniciando-se assim, um processo de dificuldade na aplicação da técnica ou ação tática em questão. Os exercícios deverão obedecer a posição de melhor atuação de cada jogador.

C - OPOSIÇÃO ATIVAÉ uma extensão dos exercícios de combinação com oposição passiva, com o

adversário fazendo oposição ativa simulando assim, a situação real de jogo.

É amplamente reconhecido que a organização adequada das fases iniciais do processo de ensino-aprendizagem do jogo influencia, em grande medida, a sua posterior evolução e contribui para o sucesso desportivo do jovem praticante. Daí a importância indiscutível da qualidade de intervenção dos professores de Educação Física no ensino básico e dos treinadores de formação mais baixos (RIBEIRO E VOLSSOVITCH, 2004).

Objetivo deste livro é a tentativa de ajudar os professores e treinadores a encontrarem as soluções adequadas para as muitas dificuldades que enfrentam na organização das aulas e sessões de treino.

As propostas a serem apresentadas neste documento não se limitam às listagens de exercícios e jogos, nem fornecem as famosas receitas para organização do processo de ensino e treino. Procuraremos, sim, contribuir para a intervenção pedagógica dos agentes de ensino com uma metodologia que visa proporcionar um agradável primeiro contato com o jogo e tornar a prática do Handebol apelativa e motivante para os jovens.

Jogo dos PrincipiantesÉ de conhecimento geral, que os comportamentos observados no jogo dos principiantes diferem muito dos que observamos no jogo evoluído dos Adultos. Este fato, em primeiro lugar, deve-se às particularidades dos jovens, relacionadas com a sua imaturidade, que se reflete na forma de agir no jogo. Cabe ao professor (treinador) saber identificar as ações que demonstram a imaturidade e a falta de experiência do praticante para, posteriormente, desenvolver as estratégias de correção e construção de um comportamento adequado em campo.

A caracterização do jogo infantil, aqui apresentada, é a resultante da observação da prática do jogo formal (7:7) por jovens praticantes de 7-10 anos que se iniciam na modalidade.

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Vejamos, então, quais são os aspectos mais marcantes que caracterizam o jogo infantil:- Predominância de ações individuais, com uma alta taxa de utilização do

drible;- Constantes aglomerações à volta da bola, com a ocorrência de muitas

situações de choque, muitas faltas e “arrancamentos” de bola;- Constantes alternância da posse de bola, decorrendo o jogo freqüentemente

no meio-campo;- Baixa ocorrência de situações favoráveis ao arremesso;- Reduzida eficácia do arremesso, com a obtenção de poucos gols;- Elevada percentagem de maus passes, recepções e de interceptações;- Ocorrência de muitas situações de “alinhamento”, em relação ao portador da

bola, com os jogadores parados e sem se desmarcarem;- Ocorrência freqüentes de situações em que os jogadores estão parados,

solicitando verbal e gestualmente a posse de bola;- Ocorrência de freqüentes situações em que os jogadores não têm a noção se

estão a defender ou atacar;- Participação muito reduzida e irregular no jogo por parte de alguns jogadores;- Ocorrência de muitas situações em que há dificuldade em cumprir o

regulamento, essencialmente ao número de apoios (passos), tempo de posse de bola e da condução da bola em drible. RIBEIRO E VOLSSOVITCH, 2004

Os meios de ensino correspondem aos instrumentos práticos (jogo, exercícios e jogos pré-desportivos), que veiculam todos os princípios de natureza pedagógica, didática e metodológica, fundamentais para o sucesso de ensino-aprendizagem do jogo. (RIBEIRO E VOLSSOVITCH, 2004).Segundo RIBEIRO E VOLSSOVITCH, 2004 os meios de ensino tem a seguinte divisão: Jogos Pré-desportivos (oposição, interceptação e perseguição), Exercícios (gerais, específicos e competitivos) e Jogo (reduzido e formal).

MEIOS DE ENSINO

JOGOSPRÉ-DESPORTIVOS

1. OPOSIÇÃO2. INTERCEPTAÇÃO3. PERSEGUIÇÃO

EXERCÍCIOS1. GERAIS2. ESPECÍFICOS3. COMPETITIVOS

JOGO1. REDUZIDO2. FORMAL

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JOGOS PRÉ-DESPORTIVOS

Consideramos jogos pré-desportivos, todo atividade codificada e lúdica que aponta dois grupos de jogadores em confronto direto ou indireto, perseguindo o mesmo objetivo ou objetivos diferentes. Aplicam-se, fundamentalmente, nas fases iniciais do processo ensino-aprendizagem do jogo com um caráter eminentemente tático-lúdico.

EXERCÍCIOS:A eficácia do processo de ensino-aprendizagem do jogo é, em larga medida, determinada pela escolha criteriosa dos exercícios a aplicar na unidade de treino. Como afirma OZOLIN, 1970 (citado por RIBEIRO E VOLSSOVITCH, 2004) “O mais importante no treino é a seleção de exercícios, a execução dos quais conduz, sem falta, ao objetivo desejado”.

Esta escolha apresenta algumas dificuldades, uma vez que é condicionada por uma série de fatores:- Escalão etário do participante;- Índice maturacional do praticante;- Planificação desportiva;- Estrutura da unidade do treino.

RIBEIRO E VOLSSOVITCH, 2004 afirmam que na programação da unidade de treino, o treinador tem de ter presente que o desenvolvimento dos exercícios requer algumas preocupações: Incluir os elementos do jogo a fazer referência à sua realidade;Proporcionar uma adequada repetição;Exigir uma rigorosa repetição;Assegurar uma velocidade ótima de execução;Garantir uma adequada informação de retorno (feedback).

A escolha dos exercícios deve fundamentar-se nas exigências do próprio jogo. A especial importância deste aspecto no processo de ensino-aprendizagem do jogo baseia-se no pressuposto que “só se é bom naquilo que especificamente se treina” (castelo, 2003 – citado por RIBEIRO E VOLSSOVITCH, 2004).

Segundo RIBEIRO E VOLSSOVITCH, (2004) o exercício deve garantir:- Ritmo;- Intensidade;- Participação de todos os jogadores;- Facilidade em criar variantes.

Classificação dos exercícios segundo RIBEIRO E VOLSSOVITCH, (2004):

1. Exercícios Gerais: todos aqueles que são realizados sem arremesso (a noção de que a baliza está ausente). São realizados:

- Exercícios realizados individualmente, em duplas, trios, quartetos ou em grupos com bola;

- Exercícios realizados em grupos com bola, com uma estrutura semelhante às diferentes fases do jogo. Exercícios realizados na posição específica.

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2. Exercícios Específicos: todos aqueles que são realizados com arremesso, em que os elementos do jogo se estruturam sob a forma de encadeamentos, reportando-se às diferentes fases do jogo. São realizados:

- Exercícios realizados sem oposição, na posição específica;- Exercícios realizados com oposição, na posição específica.

3. Exercícios competitivos: todos aqueles que são realizados com arremesso e oposição ativa (com superioridade numérica ofensiva, igualdade numérica e superioridade numérica defensiva).

JOGO

Na opinião de RIBEIRO E VOLSSOVITCH, (2004) o jogo é o meio de treino mais importante que o treinador tem ao seu dispor. Para além de seu grande poder motivador, o jogo corresponde, de todos os pontos de vista – técnico, tático, estratégico, didático, pedagógico, etc. – à situação mais rica que o treinador pode criar numa unidade de treino.

O treinador tem a seu dispor duas formas de jogo, que pode utilizar nas unidades de treino (aulas): jogo reduzido (campo reduzido 3:3, 4:4 e 5:5 e campo normal 3:3, 4:4, 5:5, e 6:6) e jogo formal (campo normal 7:7) com e sem condicionantes.

Condicionamentos:Correspondem a um conjunto de medidas restritivas, de caráter didático-pedagógico, que se aplicam, na órbitra do treino, não só no período consagrado ao jogo, mas também no momento da realização de exercícios.

Nas fases iniciais do processo de ensino-aprendizagem, a aplicação dos condicionamentos pretende, de uma forma geral, promover um jogo mais “inteligente”, em que:

• As ações coletivas se sobreponham às individuais;• As ações tático-estratégicas se sobreponham às ações estritamente

técnicas;• Haja uma participação efetiva de todos os jogadores;• As situações de conflitualidade diminuam;• Haja um adequado refinamento motor.

Nesse sentido, propomos a aplicação de um conjunto de condicionamentos:

• Impedir o drible;• Limitação do número de dribles;• Utilização exclusiva de passe picado, com um ressalto;• Impossibilidade de passar ao mesmo;• Perda da posse de bola se for tocado na sua posse.

IMPEDIR O DRIBLE

A inibição do ato de driblar vai possibilitar que o jogo se desenvolva de forma mais rica (mais inteligente) do ponto de vista tático. Este condicionamento obriga a que os problemas, colocados pela dinâmica do jogo, seja resolvidos pela utilização de desmarcações, passes e recepções.

Eloi. Evitar o drible impede a individualidade e faz com que mais jogadores participem do jogo.

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UTILIZAÇÃO DO PASSE PICADO

Na iniciação a utilização da trajetória parabólica por cima da defesa, empobrece e deixa o jogo lento.

A obrigatoriedade de utilizar o passe picado tem três efeitos muito concretos no jogo (Pinaud, 1994 – Citado por RIBEIRO E VOLSSOVITCH, 2004):

• Exige aos atacantes muitas desmarcações (jogo sem bola), a fim de conseguirem criar linhas de passe (sair das costas do defensor);

• Permite que os defensores conciencializem melhor as suas tarefas, pois tem mais possibilidades de êxito (maior número de interceptações);

• A progressão da bola faz-se através de passes curtos.

TOCADO EM POSSE DE BOLA

A introdução deste condicionamento, que determina a perda da posse de bola para seu portador tocado por um defensor, exige por parte dos atacantes a capacidade de perceber, decidir e agir de forma muito rápida, acelerando, assim, o raciocínio rápido.Relativamente aos defensores, este condicionamento “obriga-os” a pressionar constantemente o portador da bola – fator que contribui para a melhoria da qualidade da defesa e, simultaneamente, leva os defensores a conscientizar mais profundamente suas tarefas.

NÃO PASSAR AO MESMO – Não passar ao jogador de quem recebeu a bola

A impossibilidade de passar a bola ao mesmo é um condicionamento que pretende alcançar os seguintes objetivos:

• Circular a bola de uma forma mais coletiva (participação de mais jogadores);

• Aumentar o campo visual dos jogadores;• Conferir um alto grau de diversidade às decisões táticas dos jogadores.

Podemos concluir que:

O JOGO é, sem dúvida alguma, o principal meio de ensino, ao nível dos escalões de formação;OS JOGOS PRÉ-DESPORTIVOS vão perdendo significado, à medida que o jovem cresce;OS EXERCÍCIOS, com pouco significado inicial, assumem progressivamente, uma relevância cada vez maior.

Ensino Contextualizado

No processo ensino-aprendizagem do jogo, essencialmente ao nível das suas fases iniciais, uma das questões fundamentais é garantir que o ensino decorra num meio que dê significado às aprendizagens (aprendo “coisas”, porque preciso delas no jogo).“A situação real de jogo passou a constituir para os treinadores o primeiro tema de ensino... Mais importante que começar a ensinar o “como” dos gestos básicos do jogo, importa conseguir que os jovens comecem por identificar “quando” lançar,

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passar e bater a bola, para, em seguida, poderem aprender e automatizarem as respectivas execuções de modo conforme com as exigências da situação real do jogo...” (Araújo, 1995 – citado por RIBEIRO E VOLSSOVITCH, 2004).

De fato, a aprendizagem perde todo o sentido se decorrer fora de seu contexto de aplicação (situação semelhante ao jogo), sem haver uma adequada compreensão do jogo, pois o jovem ignora para que serve o que aprendeu.Se o ensino for descontextualizado, o jovem apenas conhece a “parte” e desconhece o “todo”, o que complica o processo de “transferência” de aprendizagens e praticamente inviabiliza a aplicação destas em jogo.

Ensino Integrado

Hoje em dia, não faz sentido falar de treino técnico, treino tático ou treino físico. A identificação das “partes” ou fatores de treino justifica-se apenas como forma de análise e melhor entendimento das solicitações da atividade competitiva.

Qualquer capacidade que se considere isoladamente, manifesta-se sempre pelos comportamentos do praticante no decurso de sua atividade, sendo esses comportamentos expressos de forma global e não através de uma única capacidade ou grupo de capacidades (Ramos, 1988 – citado por RIBEIRO E VOLSSOVITCH, 2004).

Assim torna-se evidente que ao intervirmos sobre uma determinada capacidade (fator de treino) estamos inevitavelmente a interferir em outras.De fato, os componentes de jogo (técnica, tática, estratégia, condicional, coordenativa, psicológica) não têm existência isolada e só ganham significado quando compreendidas em conjunto. Por isso a indivisibilidade dos componentes do jogo e dos fatores de treino torna-se um imperativo, devendo estes “sempre que possível, serem encarados globalmente e em unicidade dos objetivos” (Ramos, 1998 – citado por RIBEIRO E VOLSSOVITCH, 2004).Deste modo, todo treino é técnico, tático, condicional, coordenativo, psicológico, estratégico; devendo o treinador, de acordo com a programação pré-estabelecida, dar ênfase a um ou vários desses componentes.

Ensino Adaptado ao Jogador

Uma das primeiras preocupações do treinador na construção das situações de aprendizagem passa pela consideração das características dos praticantes: o seu escalão etário e o nível de preparação. É uma condição essencial para uma aprendizagem eficaz a escolha das tarefas adequadas à capacidade da resposta do praticante.É importante os treinadores perceberem, que tudo aquilo que se aprende no treino, tem que ser aplicado em situação de competição. Se assim não acontecer, os jogadores, fundamentalmente os jovens, não entendam o porquê a realização de determinados exercícios.

Ensino com Intencionalidade

O processo ensino-aprendizagem do jogo deve conduzir à formação de jogadores inteligentes, que consigam interpreta-lo de uma forma profunda e substantiva. Trata-se de dotar os jogadores de uma pluralidade de respostas motoras, que lhes permitam solucionar a multiplicidade de problemas criados pela dinâmica do jogo.

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Grande parte dos treinadores recorre, amiúde, à mecanização de uma série de comportamentos estereotipados, a que vulgarmente chamamos “jogadas”, que limitam grandemente a evolução do jogador.A questão fundamental que se coloca é a seguinte: Como é que o jovem pode ir para o jogo – um meio caracterizado por uma grande instabilidade - com as respostas decoradas, que não apelam às suas capacidades decisórias e grande parte das vezes não se ajustam aos problemas surgidos?Não pode! O jovem terá de jogar segundo princípios gerais, que lhe possibilitem, no momento certo, escolher a resposta mais adequada ao problema criado pela dinâmica do jogo.

O processo de ensino-aprendizagem do jogo deve levar o jovem a resolver, por si próprio, os problemas decorrentes do seu envolvimento no jogo, fazendo um sistemático apelo às suas capacidades decisórias.

Intervenção PedagógicaComunicar de forma positiva e eficiente é um requisito fundamental para promover um ambiente agradável no treino (aula) e contribuir para uma aprendizagem bem sucedida.

Para a apresentação de a tarefa ser eficaz, deve conter informações úteis e significativas para os praticantes (adaptado de Mesquita, 1997 – Citado por RIBEIRO E VOLSSOVITCH, 2004):

• Estabelecer uma ligação entre o exercício e as solicitações do jogo, fazendo o praticante entender a aplicabilidade das habilidades aprendidas;

• Fazer referência aos elementos estruturais do exercício, aludindo às componentes criticas como fatores de êxito.

Neste processo de instrução do jogador convém não esquecer “que... as imagens são melhores do que as palavras, que mostrar é melhor do que dizer, e que muita informação é pior do que nenhuma...” (Gallwey, 1974, citado por MacGown, 1991, citado por RIBEIRO E VOLSSOVITCH, 2004).Assim, uma linguagem simples e objetiva, alternada, sempre que possível, com a demonstração do movimento, representam os requisitos fundamentais de uma instrução eficaz.

Participação dos Jogadores

Os jovens treinam para jogar! Se assim não acontecer, a motivação do jovem para treinar vai baixar, o que o pode levar ao abandono do Handebol.Os treinadores que pensam obsessiva e exclusivamente na vitória, tendem a utilizar apenas os melhores jogadores, o que impede a participação no jogo dos restantes – uma situação perfeitamente insustentável do ponto de vista pedagógico.

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UNIDADE II

2. ATIVIDADES DE INICIAÇÃO

São atividades que deverão ser desenvolvidas na primeira fase escolar, período em que as crianças não dominam nenhum ou quase nenhum tipo de movimento motor.

Nesta fase devemos preparar a criança para aprender futuramente as técnicas do handebol com mais facilidade. Deverão ser desenvolvidos todos os tipos básicos de movimentos possíveis, assim no futuro quando for solicitado numa situação de dificuldade terá todo domínio de movimento para colocar em prática e modificar qualquer situação desfavorável.

O handebol é um desporto rico em movimentos, reunindo os três básicos: correr, saltar e lançar, cuja principal característica é a velocidade e a combinação de gestos motores.

Para que um aprendiz consiga executar as técnicas, deverá realizar movimentos com facilidade e naturalidade.

DIVISÃO DAS ATIVIDADES

* Deslocamentos* Saltos* Domínio de corpo e bola

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2.1. DESLOCAMENTO

É a ação de mudar de um lugar a outro em todas direções (lateral, para frente, para trás, etc.).

OBJETIVO

O trabalho ou atividade que será desenvolvido deverá fazer com que a criança consiga:

* Dominar os vários tipos de deslocamentos com facilidade e naturalidade;* Dominar os deslocamentos em todas as direções possíveis e previsíveis;* Dominar o deslocamento combinando com a troca de ritmo (aumentar e diminuir a velocidade);* Ter facilitado o aprendizado das técnicas onde o deslocamento deverá estar presente;* Dominar a troca de direção;* Melhorar a coordenação geral

FORMAS DE TRABALHO* Exercícios livres* Exercícios criados pela própria criança;* Exercícios orientados (dirigidos);* Jogos recreativos.

OBSERVAÇÕESEste tipo de atividade deverá ser desenvolvido antes de se iniciar o

aprendizado das técnicas específicas do handebol, fase em que a criança tem dificuldades nos movimentos que envolvem os deslocamentos. O trabalho deverá ser desenvolvido através de deslocamentos individuais, em todas as direções (para frente, para trás, para a lateral direita e esquerda, e em diagonal)e com mudança de ritmo (aumentar e diminuir a velocidade do deslocamento).

Os deslocamentos constituem o elemento técnico sobre o qual se desenvolve os demais gestos motores. É o primeiro e fundamental elemento que deve ser desenvolvido. Através dos deslocamentos o jogador ocupa ou cria os espaços no jogo, fundamental na aplicação tática, tanto na defesa como no ataque.

Uma boa qualidade nos deslocamentos pode resolver as deficiências dos outros elementos técnicos.

Os deslocamentos, elemento muito utilizado no handebol, exigem constantes trocas de direção e de ritmo, e está presente tanto na defesa como no ataque.

Por isso consideramos fundamental o desenvolvimento dos deslocamentos de todas as formas e maneiras possíveis na criança, para que, quando na aprendizagem das técnicas, tenha seu trabalho facilitado.

É fundamental, nas atividades desenvolvidas, através de deslocamentos, observar-se a lateralidade, fazendo com que a criança se desloque para todos os lados, além de iniciar o deslocamento tanto com a perna direita como com a esquerda.

ATIVIDADESAs atividades, para as crianças em idade escolar que corresponde ao 1º e 2 º

ano do 1º grau, deverão serem voltadas para a imitação de animais (sapo, canguru, caranguejo, etc.), por serem de fácil compreensão e identificação com a idade, sendo a motivação, o fator primordial.

Page 28: Livros Para Ler

Após este trabalho deverão ser incluídos atividades, de forma progressiva, de deslocar-se através de exercícios recreativos, criativos e orientados em todas as direções (zig zag, para frente, para trás, para lateral direita e esquerda, em diagonal, etc.), procurando também a variação de ritmo (aumentar e diminuir a velocidade do deslocamento) e as trocas de direção.

Devemos fazer com que a criança inicie os exercícios partindo de várias formas e posições (em pé, deitado, sentado, agachado, de joelho, etc.), procurando também sempre iniciar com perna diferente (direita, esquerda e duas pernas).

Exercícios de iniciação a serem propostos

Obs. Em execução

2.2. SALTOS

CONCEITO

É a ação de colocar o corpo no ar através da impulsão de uma ou duas pernas e em várias direções.

OBJETIVO

* Preparar a criança para executar o salto adequadamente em cada técnica que o exija;* Dominar o salto com impulsão na perna direita, esquerda e nas duas;* Dominar o salto em todas as direções (para cima, para frente, para a lateral);* Dominar a combinação deslocamento e salto com impulsão nas duas pernas, na esquerda e na direita;* Coordenação geral de movimentos.

FORMAS DE TRABALHO

* Exercícios livres;* Exercícios criados pelo executor;* Exercícios orientados;* Jogos recreativos.

OBSERVAÇÕESA criança deve, em idade entre 6-10 anos (correspondente da 1ª à 4ª série do

primeiro grau), desenvolver todos os tipos de saltos possíveis, em várias direções, com impulsão de todas as maneiras, para facilitar o aprendizado e desenvolvimento das técnicas específicas do handebol que exigem o salto.

O salto é um dos elementos mais utilizados no handebol, tendo incidência direta no rendimento do futuro praticante. É um elemento prioritário nas ações mais relevantes do jogo, tanto no ataque (arremesso com salto lateral, em suspensão, com salto frontal) como na defesa (bloqueio).

A criança que conseguir dominar os saltos de todas as formas, direção e impulsão, com certeza não terá dificuldades no aprendizado das ações que estão ligadas ao salto.

ATIVIDADES

A criança deverá ter uma grande quantidade de variações possíveis relacionadas ao salto.

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Devemos enriquecer ao máximo as opções de salto da criança. É fundamental desenvolver, durante as atividades, a lateralidade.

* Trabalhar o salto em todas as direções (para frente, para trás, para lateral direita e esquerda, em diagonal, em zig zag);* Iniciar com impulsão na direita, na esquerda e nas duas:* Variação da queda após o salto (na direita, esquerda, duas);* Salto na horizontal;* Salto na vertical;* Salto com pernas alternadas;* Salto sobre obstáculos;* Salto com mudança de direção;* Combinação de salto horizontal e vertical;* Combinar impulsão esquerda - direita - duas;* Combinar com mudança de direção;* Combinar outras atividades.* Utilizar corda, banco, bastão, plinto, etc.

Page 30: Livros Para Ler

Exercícios de iniciação a serem propostos

Obs. Em execução

2.3. DOMÍNIO DE CORPO E BOLA

CONCEITO É o domínio coordenado dos movimentos desde o momento em que se tem o

contato com a bola até sua soltura.As atividades trabalhadas, tem a finalidade de desenvolver a destreza:

capacidade de fazer movimentos com facilidade, com e sem bola.É uma atividade básica que deverá ser desenvolvida antes da iniciação das

técnicas específicas do handebol.

OBJETIVOS A. Destreza no domínio de bola;B. Destreza no domínio de corpo;C. Equilíbrio nos movimentos;D. Domínio nas trocas de ritmo nos movimentos com e sem bola;F. Facilidade para trocar o tipo de gesto com bola;G. Coordenação geral;H. Facilitar o aprendizado das técnicas do handebol, pelo domínio de bola e corpo, havendo incidência direta sobre o deslocamento com bola, nos passes, nos arremessos, nas fintas, no drible, etc.;I. Dar condições para que a criança seja capaz de executar várias formas de lançamento;J. Oportunizar a criança para que execute lançamentos em todas as direções;K. Fazer com que a criança consiga lançar a bola a partir de 1, 2 ou 3 passos, com ou sem bola e com impulsão na perna direita, esquerda e nas duas;L. Executar lançamento com a mão direita, esquerda e com as duas;

FORMAS DE TRABALHO

Exercícios OrientadosSão exercícios organizados de forma crescente, de acordo com seu grau de

dificuldade. Os movimentos mais complexos são apresentados sob forma de progressão metódica detalhada.

Jogos RecreativosSão jogos organizados de forma a motivar a criança a ter gosto pela

atividade. O grau de interesse da criança está diretamente ligado à motivação dos jogos apresentados.

Exercícios de iniciação a serem propostos

Obs. Em execução

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3. RECEPÇÃO

É o gesto específico de receber, amortecer e reter a bola de forma adequada, nas diferentes posições e situações em que o jogador estiver for solicitado.

Considerações importantes que o professor/técnico deverá observar durante a aplicação dos exercícios de iniciação e no treinamento dos jogadores:

Todos os jogadores da equipe devem dominar com precisão a recepção, em todas as situações em que for solicitado.

A recepção é, ao lado do passe a técnica mais importante no ataque, principalmente quando a equipe, através de uma movimentação técnico-tática, prepara o momento oportuno para a finalização.

Quando o jogador ou a equipe não domina com segurança a recepção, a preparação torna-se lenta, dando chance para que a defesa sempre esteja posicionada corretamente. A má recepção, quando o jogador não domina a bola, pode ocasionar a perda da posse da mesma, dando condições, dependendo da situação, para que o adversário efetue um contra ataque.

Pelos aspectos acima citados, podemos afirmar com segurança que o sucesso da equipe está diretamente ligada à boa qualidade e ao bom domínio da recepção, já que o handebol é um esporte de velocidade. O jogador para receber a bola, não deve esperá-la e sim colocar-se em condições favoráveis, indo de encontro da mesma para possibilitar o passe de seu companheiro, com o intuito de evitar a interceptação pelo adversário. O domínio adequado da recepção é importante para dar continuidade nas ações técnicas e táticas. O handebol é um esporte onde a velocidade predomina, daí a necessidade da importância do jogador em não cometer falha na recepção, para que a movimentação ofensiva não sofra processo de interrupção. O jogador que recebe deve colocar-se entre o adversário e a bola (procurar desmarcar-se) com a finalidade de protege-la. É muito importante durante o jogo, o jogador jogar sem a bola, usando meios técnicos e ações táticas adequadas para dar ao companheiro a opção de passar. Exercícios a serem propostos

Obs. Em execução

4. PASSES

É a maneira de enviar e dirigir a bola ao companheiro, de forma correta, com a finalidade de facilitar a continuidade do jogo. O passe, junto com a recepção, é a técnica considerada como elemento fundamental na preparação da finalização (ação de colocar um atacante em condições favoráveis para o arremesso a gol). É o elemento básico na preparação da finalização ou na condução da bola entre os companheiros.

Considerações importantes que o professor/técnico deverá observar durante a aplicação dos exercícios de iniciação e no treinamento dos jogadores:

Page 32: Livros Para Ler

O passe representa a forma mais elementar e fundamental de colaboração entre os jogadores. O nível técnico de uma equipe depende da qualidade, quantidade e variação de tipos de passes que mesma executa em cada situação específica de jogo. Os passes, a principio, devem ser ensinados a partir da posição parada e com o desenvolvimento, ensina-se com os três passos (passe em deslocamento). Para efetuar um passe, o jogador deve procurar e enviar a bola ao companheiro melhor colocado e, consequentemente preparado para a recepção. O jogador que vai receber a bola deve se apresentar em situação favorável (procurar desmarcar-se). A força a ser aplicada no passe deve se adequar sempre em função da distância do companheiro, tipo de passe e situação de jogo. Quando houver um adversário próximo, se deve imprimir uma maior velocidade no passe, evitando-se assim, a interceptação pelo mesmo. O jogador responsável pelo passe deve, sempre que possível, utilizar os três passos para evitar precipitação no momento da soltura da bola (tempo para observar o adversário). O jogador que passa deve imaginar a futura posição do jogador que vai receber a bola, em função do mesmo estar em deslocamento, para não obrigá-lo a modificar seu deslocamento e trajetória de corrida. Evitar os passes de execução arriscada em situação desfavorável. O jogador deve retardar o passe, dando um tempo no braço, para se ter visão de jogo, observando o companheiro e adversário. Quando o defensor agarrar ou segurar o braço do atacante, este deve manter a posse de bola para não cometer erro de passe, caso o árbitro não assinale a falta. Utilizar a trajetória picada, principalmente para os pontas e pivôs quando o adversário está posicionado na linha da bola. O passe deve ser feito com precisão e segurança.

4.1.. PASSE DE OMBRO

É o passe mais comum e mais utilizado durante o jogo por ser de fácil execução e aprendizado, além de ser básico e o mais seguro.

4.2. PASSE POR BAIXO PARA FRENTE

Este passe é utilizado quando o adversário está próximo ou quando se recebe uma bola baixa e não se quer perder tempo.

4.3. PASSE PRONAÇÃO PARA A LATERAL

O passe pronação, pela sua mecânica de movimento, dá mais velocidade durante a preparação da finalização, pela economia de movimentos. É um passe para ser utilizado em distâncias curtas. A economia de movimentos se dá em função da não necessidade de se preparar o passe, já que ao receber a bola o jogador faz apenas a pronação do antebraço e envia a bola ao companheiro.

4.4. PASSE POR TRÁS DO CORPO

Utilizado para evitar o confronto com o adversário. Poderá ser executado após uma finta de arremesso (Arremesso de quadril). O

atacante, de posse de bola, simula o arremesso de quadril, procurando com esta ação desviar a atenção do adversário, que tentará o bloqueio ou marcação. A partir

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da posição básica correspondente ao passe, e caso o pivô consiga ficar livre de marcação, este poderá receber a bola através do possa por trás do corpo.

4.5. PASSE POR TRÁS DA CABEÇA

Utilizado para evitar o confronto com o adversário. Poderá ser executado após uma finta de arremesso (Ombro). O atacante, de

posse de bola, simula o arremesso de ombro ou suspensão, procurando com esta ação desviar a atenção do adversário, que tentará o bloqueio ou marcação. A partir da posição básica correspondente ao passe, e caso o pivô consiga ficar livre de marcação, este poderá receber a bola através do possa por trás da cabeça.

O passe poderá ser executado com apoio (durante o arremesso de ombro) ou em suspensão (durante o arremesso em suspensão).Observação:

O passe por trás da cabeça poderá ser executado após uma tentativa de arremesso quando o lançador recebe a oposição de um adversário através do bloqueio, inviabilizando assim, o lançamento. Para que ocorra o passe o jogador que receberá o passe deverá estar livre de marcação (pivô na posição específica ou outro jogador).

4.6. PASSE DE QUADRILPasse utilizado para sair da marcação próxima do adversário e servir seu

companheiro.

4.7. PASSE POR BAIXO PARA A LATERAL – DO LADO DO BRAÇOPasse utilizado no cruzamento.

4.8. PASSE POR BAIXO PARA A LATERAL – CONTRÁRIA AO BRAÇOPasse utilizado no cruzamento do lado contrário e também para servir o pivô

à altura do quadril do adversário.

4.9. PASSE POR BAIXO PARA TRÁSPasse utilizado no cruzamento ou na combinação de uma ação tática.

4.10. PASSE PRONAÇÃO PARA FRENTE.

4.11. PASSE PRONAÇÃO PARA TRÁS

4.12 PASSE POR ENTRE AS PERNASPasse utilizado após uma finta de um arremesso por baixo e normalmente

para o pivô.

4.13. PASSE RETIFICADOUtilizado para sair do adversário.

4.14. PASSE COM SALTO

Exercícios de iniciação a serem propostos

Exercícios de treinamento a serem propostos

Obs. Em execução

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5. ARREMESSO

É a ação de enviar a bola em direção ao gol adversário, aplicando-se um forte impulso na mesma (força explosiva), para dificultar a ação do goleiro e, procurando introduzi-la no interior do mesmo, tendo como objetivo principal a marcação de um gol.

Considerações importantes que o professor/técnico deverá observar durante a aplicação dos exercícios de iniciação e no treinamento dos jogadores:

O arremesso é a última técnica utilizada enquanto uma equipe estiver no ataque de posse de bola. O arremesso é precedido de vários movimentos táticos específicos de ataque (principalmente a tentativa de ocupação de um espaço livre, atraindo a atenção de seu ímpar) do qual se consegue o objetivo do handebol que é a marcação de um gol.

Os arremessos são gestos complexos, com grande exigência de coordenação motora e devem ser executados a partir do momento que um jogador sinta condições favoráveis e arremesse no momento oportuno.

Para que o arremesso tenha um resultado positivo, há necessidade de cumprir os passos da biomecânica do movimento, e o mínimo a cumprir deve ser o movimento articular amplo para que os músculos tenham a capacidade de aplicar as forças gerais na contração muscular. No primeiro momento deve-se vencer a inércia do corpo e da bola e, num segundo momento (fase final) produzir uma aceleração positiva ao longo do movimento articular até o momento da soltura da bola.

A técnica do arremesso é mais importante que a do passe. Um passe mau executado não quer dizer que a bola esteja perdida, mas um mau arremesso é quase sempre bola perdida. Não se pode dizer quais são os melhores movimentos ou qual a melhor maneira de arremesso. Isso depende de alguns fatores como: distância da baliza, ângulo de gol, possibilidade de bloqueio, etc. Para todas as posições, em relação à baliza e ao adversário, o jogador tem que saber a maneira ideal de arremesso e utilizá-la, por isso, é necessário que o jogador domine vários tipos de arremesso. Também é certo que cada jogador tem um arremesso específico através do qual obtêm os melhores resultados e que logicamente deve aperfeiçoá-lo ao máximo, porém, não deve conformar-se com essa única possibilidade, pois se queremos enriquecimento de recursos do jogador para obtenção completa de suas possibilidades e para o pleno desenvolvimento do handebol, devemos exigir do jogador, um número mínimo de arremessos com apoio e outro em suspensão. O jogador deve executar o arremesso quando existe espaço livre de trajetória (deslocamento entre dois adversários, e utilizando os três passos ou a finta) e como conseqüência, possibilidade de êxito. O jogador deve variar ao máximo a trajetória da bola ao arremessar , para conseguir sempre surpreender o goleiro. O alto grau de concentração e decisão serão condições necessárias para uma correta execução do arremesso. A correta realização do movimento articular do pulso, que na maioria dos arremessos se deve produzir, será fundamental para se obter o objetivo. No arremesso com apoio a abertura de perna deve ser pequena para dar mobilidade numa possível finta. O jogador que arremessa deve ter sobre controle todo campo visual periférico. O jogador deve dar um tempo no braço (após o salto), observando a ação do goleiro, antes da soltura da bola.

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CONDIÇÕES IMPORTANTES PARA QUE O JOGADOR TENHA UM RESULTADO POSITIVO NA EXECUÇÃO DE UM ARREMESSO

Procurar a melhor posição e momento oportuno para a finalização, ou seja, quando o jogador está livre de marcação. O arremesso deve ser feito com rapidez para surpreender o adversário, não dando tempo para que os defensores se organizem na defesa. O êxito do arremesso está diretamente ligado à direção da bola. Procurar arremessos nos pontos de maior dificuldade para o goleiro. O jogador deverá ter ótima força explosiva para que a bola chegue ao local pretendido o mais rapidamente possível e com força necessária, dificultando a ação de defesa do goleiro. O jogador deve dominar vários tipos de arremesso, para aplicá-lo em cada situação específica de jogo. A variação de tipos de arremesso e posições diferentes facilita a obtenção de um gol. Deverá ter habilidade na execução correta DA TÉCNICA do arremesso, procurando a utilização correta de cada segmento envolvido.

5.1. ARREMESSO DE OMBRO

É o primeiro tipo de arremesso a ser ensinado no handebol, por ser de fácil aprendizagem, e de menos exigência em coordenação motora, e por estar muito próximo à técnica de execução do passe de ombro, e que possibilita a execução estando o jogador parado.

É executado quando o caminho para o gol está livre, ou seja, não há adversário à frente, por ser um arremesso com apoio.

O arremesso de ombro a princípio (durante a iniciação) deve ser ensinado estando o jogador parado e posteriormente, com a evolução da aprendizagem, utilizando-se os três passos.

Observações do técnico durante os exercícios de iniciação ou treinamento

* O ombro correspondente ao braço de lançamento deve ser levado para trás suficientemente de tal forma que o arremesso se dá utilizando todas as articulações para um melhor aproveitamento da força explosiva;* Para que a bola não tome efeito, a mão deve ser colocada atrás da mesma com relação ao gol;* O passo de apoio (último passo), não deve ser demasiado amplo;* O deslocamento deverá ser em direção ao espaço livre.

5.2. ARREMESSO EM SUSPENSÃO

Arremesso utilizado para vencer e superar o adversário por cima.O arremesso em suspensão deverá ser executado com o jogador no ar

(suspensão) sendo precedido de três passos antes do impulso final. O salto deverá ser na vertical.

A princípio o arremesso será executado com três passos, que é o limite máximo que a regra permite mas, dependendo da situação de momento, poderá utilizar um ou dois passos antes do impulso final.

Observações do técnico durante os exercícios de iniciação ou treinamento

* No arremesso, buscar sempre o lançamento entre dois adversários, obrigando os defensores a se movimentarem.

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* Deve-se aproveitar adequadamente os 3 passos, antes do impulso final.* A soltura da bola deve ser realizada com a máxima potência (força explosiva).* Deve-se controlar e manter o corpo suficientemente no ar, antes do lançamento da bola, procurando o equilíbrio.* O ombro do braço de lançamento deve ser levado suficientemente para trás para aumentar a potência (força explosiva).* O salto deve ser na vertical e não para frente.

5.3. ARREMESSO COM SALTO FRONTAL

É utilizado quando o atacante encontra espaço livre para a penetração. O arremesso com salto frontal, geralmente é executado entre dois adversários, procurando-se o espaço livre, e também nos contra ataques.

O arremesso deverá ser executado com salto para frente, na direção do gol, sendo precedido dos três passos antes do impulso final, tendo com objetivo diminuir a distância entre arremessador e o gol além de passar pelo adversário.

Observações do técnico durante os exercícios de iniciação ou treinamento

* Após a recepção, a corrida deverá ser feita com velocidade;* O ombro do braço de lançamento deve ser levado suficientemente para trás, para aumentar a força explosiva.* Deve-se saltar para frente em profundidade para ganhar espaço, passando pela defesa e aproximando-se da baliza.* Não deve haver precipitação na soltura da bola, esperando-se o momento ideal, durante o salto.

5.4. ARREMESSO COM QUEDA À FRENTE

O arremesso com queda à frente é utilizado pelo pivô nos seis metros quando se recebe a bola de frente para a baliza (após rebote do goleiro, trave ou passe vindo de um jogador que está próximo à linha de fundo) e no tiro de sete metros, que, neste caso poderá ser executado por qualquer jogador da equipe.

Observações do técnico durante os exercícios de iniciação ou treinamento

* A preparação do braço deve ser total e corretamente.* O braço de lançamento deve ser estendido suficientemente para trás.* O arremesso não deve ser precipitado, deve-se esperar o ponto ideal de queda.* O movimento articular do pulso deve ser realizado com adequada soltura e amplitude de movimento.

Obs. A grande dificuldade no aprendizado nesse arremesso é sem dúvida a queda, ou seja, o receio (medo) de cair no solo. Para conseguir que o iniciante aprenda o arremesso sem medo, algumas providências deverão serem tomadas:* todos os exercícios deverão, na fase de aprendizagem, serem executados sobre um colchão ou terreno macio, para ofereer segurança durante a queda;* iniciar os exercícios com a criança estando o mais próximo possível do sol (como: de cócoras, de joelho, etc.);* proteger o joelho e cotovelo e evitar que se apoiem no solo.

5.5. ARREMESSO COM GIRO E QUEDA À FRENTE

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Arremesso utilizado especificamente pelo pivô na linha de seis metros, quando ele recebe a bola de costas, ou perpendicular em relação ao gol. Os objetivos principais do arremesso são: fugir da marcação adversária e diminuir a distância entre arremessador e a baliza.

Observações do técnico durante os exercícios de iniciação ou treinamento

* No giro, o apoio deverá ser na perna do mesmo lado e direção para o qual o jogador executará o giro, ou seja, se o giro for para a esquerda, o apoio será na perna esquerda e, se for para a direita, deverá ser também na perna direita. * O giro deverá ser na parte anterior da planta do pé, ou seja, no calcanhar. * Evitar o giro sobre o calcanhar, poderá ocorrer invasão.

5.6. ARREMESSO COM SALTO LATERAL

Arremesso utilizado com o objetivo de buscar e aumentar o ângulo de gol.O arremesso com salto lateral é específico dos jogadores que atuam nas

pontas, onde o ângulo de lançamento é quase zero.Geralmente o arremesso é executado quando o ponta está com o caminho

livre para o gol, situação criada pelo armador lateral. Poderá também ser feito após uma finta, mas se for para fora as possibilidades de gol diminuem em função do ângulo ser menor.

5.7. ARREMESSO RETIFICADO COM SALTO E SEM QUEDA

Arremesso utilizado pelos pontas, nos seis metros, procurando-se buscar e aumentar ângulo de gol.

Utilizado por jogador destro na ponta direita para suprir a falta ou a deficiência de um sinistro na posição específica.

5.8. ARREMESSO DE VASELINA

O arremesso de vaselina é utilizado quando o goleiro se adianta e salta para antecipar a defesa (saída em X), situação muito comum nas penetrações ou nos tiros de sete metros.

5.9. ARREMESSO DE QUADRIL

Arremesso utilizado para sair do bloqueio adversário. É utilizado pelos jogadores de meia distância, quando se tem um adversário à frente.

5.10. ARREMESSO COM SALTO E QUEDA À FRENTE

O arremesso com salto e queda à frente tem as mesmas características do arremesso com giro e queda à frente, sendo utilizado o salto como recurso.

Arremesso utilizado especificamente pelo pivô na linha de seis metros, quando se recebe a bola de frente ou de costas, ou ainda perpendicular (corpo) em relação ao gol. Os objetivos principais do arremesso são: fugir da marcação adversária e diminuir a distância entre arremessador e a baliza.

4.11. ARREMESSO EM SUSPENSÃO RETIFICADO

Page 38: Livros Para Ler

É aplicado quando o defensor é mais alto, ou seu salto permite bloquear com facilidade. É uma variação do arremesso em suspensão durante um bloqueio. O principal objetivo do arremesso é sair da marcação (bloqueio) do adversário.

5.12. ARREMESSO EM SUSPENSÃO DE QUADRIL

É aplicado quando o defensor é mais alto ou seu salto permite bloquear com facilidade. É uma variação do arremesso em suspensão durante um bloqueio. O principal objetivo do arremesso é sair da marcação (bloqueio) do adversário.

5.13. RECEPÇÃO AÉREA

É um arremesso com grau de dificuldade elevada em função de ter que dominar espaço e tempo e coordenação com o companheiro que passa a bola.

Este arremesso quase sempre apanha a defesa desprevenida, pois a atenção sempre está voltada para a bola, assim o jogador que o executa tem o caminho livre para correr e saltar.

5.14. ARREMESSO RETIFICADO SEM QUEDA

Arremesso utilizado pelos armadores, com o objetivo de sair da marcação de seu opositor direto.

5.15. ARREMESSO RETIFICADO COM QUEDA

Arremesso utilizado pelos armadores, com o objetivo de sair da marcação de seu opositor direto.

5.16. ARREMESSO RETIFICADO COM SALTO E QUEDA

Arremesso utilizado pelos pontas, nos seis metros, procurando-se buscar e aumentar ângulo de gol.

Utilizado por jogador destro na ponta direita para suprir a falta ou a deficiência de um sinistro na posição específica.

5.17. ARREMESSO COM QUEDA E ROLAMENTOVariação do arremesso com salto e queda à frente, sendo que o pivô poderá

efetuar um rolamento sobre o ombro do braço de lançamento após o arremesso.

Exercícios de iniciação a serem propostos

Exercícios de treinamento a serem propostos

Obs. Em execução

6. DRIBLE

É a ação de impulsionar a bola em direção ao solo uma ou mais vezes.A sua utilização mais comum é nos contra ataques, cujo espaço é superior aos três passos.

No ataque, a preparação para a finalização se desenvolve com muita velocidade assim, o drible só deve ser utilizado como recurso em situações especiais.

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SITUAÇÕES ESPECIAIS QUE O DRIBLE DEVE SER UTILIZADO

A - No contra ataque, realizado por um jogador, quando o espaço livre é superior aos três passos;B - Para evitar os três segundos de posse de bola;C - Para passar por adversário, após esgotar o ciclo dos três passos;D - Para realizar ações coletivas no ataque;E - Para organizar o ataque, após um contra ataque sem sucesso;F - Para acalmar a equipe num momento de desequilíbrio.

Observações do técnico durante os exercícios de iniciação ou treinamento

* Na zona de ataque, quando a equipe prepara a finalização, o drible deve ser evitado (a não ser por uma ação tática que exige o drible), por que atrasa a finalização, e contraria a principal característica do ataque que é a velocidade.* Enquanto houver condições de passe, devemos evitar o drible;* Durante a execução, evitar olhar apenas para a bola e sim para o campo de jogo para observar a ação de seus companheiros e adversário;* A batida na bola deverá ser em diagonal com relação ao corpo (à frente e para a lateral);* Observar para que o drible seja executado com a mão contrária ao lado em que se encontra o adversário.

Exercícios de iniciação a serem propostos

Exercícios de treinamento a serem propostos

Obs. Em execução

7. TÉCNICA DEFENSIVA

São os gestos individuais específicos que são utilizados para o desenvolvimento do Handebol, na defesa.

7.1. POSIÇÃO BÁSICA DEFENSIVA

É a postura que os jogadores de defesa devem adotar para estarem preparados para intervir na necessidade de uma ação defensiva com rapidez.

É a postura que permite, ao jogador de defesa, estar pronto e preparado para agir com velocidade quando for solicitado, seja para saltar ou deslocar-se.

Observações do técnico durante os exercícios de iniciação ou treinamento

O jogador, na defesa, para intervir contra uma ação ofensiva terá que faze-lo com grande velocidade de reação, estar atento e concentrado, o que exige uma postura ideal para estar pronto para a intervenção.

O jogador que estiver na posição básica adequada, poderá reagir com rapidez a um estimulo e, deslocar-se, saltar para o bloqueio ou efetuar a marcação.

O objetivo principal da posição básica defensiva é buscar uma posição ideal para intervir na ação posterior de maneira eficiente e rápida. O jogador deverá estar em constante movimento, devendo evitar a posição estática; Deverá manter constantemente observação no seu opositor direto e na bola;

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Mesmo que a bola estiver do lado contrário não oferecendo perigo, o jogador deverá estar bem posicionado; O jogador deverá estar sempre pronto e preparado para intervir.

7.2. DESLOCAMENTO DEFENSIVO

É a ação que o jogador realiza para mudar de um lugar a outro na zona de defesa, buscando sempre um melhor posicionamento para intervir no momento oportuno, com rapidez.

Observações do técnico durante os exercícios de iniciação ou treinamento

Observar e a acompanhar a trajetória da bola; Posicionar-se diante do adversário com bola (seu correspondente direto); Dar cobertura ao companheiro que deixou a zona dos deis metros; Fazer a marcação contra seu correspondente direto e evitar a finta; Efetuar o bloqueio.

Os deslocamentos devem ser iniciados a partir da posição básica equilibrada. O tipo e a forma de deslocamento estão diretamente ligados à situação em que o jogo exigir, ou seja, para frente, para trás, para a lateral, na corrida ou deslizamento. Para um melhor aproveitamento no deslocamento, o equilíbrio tem uma função importante para facilitar as mudanças de direção e de ritmo. A velocidade, a profundidade e a largura a serem empregadas serão determinadas pela necessidade do objetivo a ser conseguido. No deslocamento, os defensores devem faze-lo sempre na parte anterior dos pés e não deve parar o movimento (acomodar), evitando assim, ser surpreendido pelo adversário. O momento final do deslocamento para frente deverá corresponder a uma parada brusca próxima ao adversário, com equilíbrio para evitar surpresa (finta).

Exercícios de iniciação a serem propostos

Exercícios de treinamento a serem propostos

Obs. Em execução

8. GOLEIRO

É o jogador responsável pela defesa da baliza. Tem a responsabilidade de evitar que a bola penetre na mesma, após passar pelos defensores.

O goleiro é considerado como o primeiro atacante visto que, na maioria das vezes ele inicia o ataque pelo primeiro passe ou pelo contra ataque. É também considerado como o último defensor da equipe que entra em ação após os defensores não conseguirem evitar o lançamento da bola em direção à baliza.

Exercícios de iniciação a serem propostos

Exercícios de treinamento a serem propostos

Obs. Em execução

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9. TÁTICA INDIVIDUAL

São ações utilizadas para vencer a oposição do adversário, nas ações que envolve um contra um.

É o conjunto de ações individuais específicas do handebol utilizadas por um jogador, quando sofre oposição, envolvendo um contra um ou mais adversários.

TÁTICA EXIGÊNCIA BÁSICAINDIVIDUAL COORDENAÇÃO

MOTORA

ATAQUE DEFESA

Trajetória Bloqueio

Mudança de MarcaçãoDireção

Desmarcação

Finta

CincoPassos

9.1. TÁTICA INDIVIDUAL OFENSIVA

É o conjunto de ações individuais utilizadas por um jogador a partir da oposição de um ou mais adversários, no ataque.

A tática individual são ações para vencer a oposição direta do adversárioO quadro abaixo apresenta as ações táticas individuais ofensivas através das quais possibilita o jogador vencer seu opositor direto no confronto de um contra um, conseguindo benefício próprio e criar a superioridade numérica para arremessar em direção ao gol.

QUADRO - Criar a superioridade numérica

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AÇÕES TÁTICAS OFENSIVA

Trajetória Finta Desmarcação Cinco passos Mudança dedireção

1 X 1

SUPERIORIDADENUMÉRICA

BENEFÍCIOPRÓPRIO

ARREMESSO

A superioridade numérica é conseguida através da utilização de ações táticas (trajetória, finta, desmarcação, cinco passos e mudança de direção) que, pela eficiência o jogador conseguirá seu próprio benefício superando o adversário (1 X 1), e estando em condições de arremessar a gol.

Observações do técnico durante os exercícios de iniciação ou treinamentoA - O atacante deverá sempre, através de ações específicas, procurar a ocupação do espaço livre sempre que estiver em situação de um contra um para contribuir com a equipe na finalização.

B - O atacante quando for ocupar o espaço livre, deve se antecipar em relação ao defensor, agindo com velocidade e procurando uma situação privilegiada, sendo fundamental para se conseguir um resultado positivo.

9.1.1.TRAJETÓRIA

É a ação tática individual que o jogador realiza deslocando-se para uma determinada direção, procurando o ataque ao gol adversário.

A trajetória é a direção do deslocamento do jogador.

DIVISÃO DE TRAJETÓRIA EM FUNÇÃO DA EXECUÇÃO

RETILÍNEA

A trajetória retilínea é utilizada em duas situações de jogo:

A) Para executar a finta: o atacante se desloca em linha reta, e em frente ao adversário inicia a finta através da parada brusca.

B) Quando o espaço livre está a sua frente após seu companheiro Ter conseguido fixar seu correspondente.

CURVILÍNEA

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A) Na finta: após a parada brusca o atacante deverá modificar sua trajetória buscando o espaço livre entre dois defensores.

B) Quando seu opositor está a sua frente, o atacante se deslocará em trajetória curvilínea entre dois defensores.

DIVISÃO DE TRAJETÓRIA EM FUNÇÃO DO RITMOO jogador, durante a trajetória poderá se deslocar com velocidade

submáxima (moderada) e, aumentar ou diminuir a velocidade (troca de ritmo) em função da ação do defensor.

Observações:* Noção de tempo e espaço;* Percepção;* Domínio na mudança de direção;* Equilíbrio na realização das ações.

AÇÕES A SEREM CUMPRIDAS PELOS ATACANTES:

Todo jogador deve procurar, através da trajetória, ganhar espaço entre dois defensores (par e impar).Esta ação do atacante poderá produzir duas situações distintas:

A - SEM DESEQUILÍBRIO DA DEFESA

Quando o atacante busca o espaço livre entre o par (seu oponente direto) e o impar (marcador direto de seu companheiro lateral) e seu opositor direto consegue se antecipar evitando que o mesmo ocupe primeiro o espaço

Contramedida - o atacante deverá diminuir a velocidade (para evitar a falta de ataque) e passar a bola a um outro atacante melhor posicionado.

B - COM DESEQUILÍBRIO DA DEFESA:

* Quando o desequilíbrio é conseguido pelo próprio jogador, ou seja, o atacante conseguiu se antecipar ao seu oponente direto.

Contramedida - a velocidade deverá ser aumentada em direção ao espaço livre e penetrando em direção ao gol para finalizar.

Quando o desequilíbrio é conseguido por outro companheiro (atacante consegue passar pelo defensor correspondente), a trajetória, normalmente será retilínea

Contramedida - o atacante ao receber a bola, deverá aumentar a velocidade para ganhar os 6 metros.

* Quando o desequilíbrio é conseguido pelo pivô, ou seja, este consegue se antecipar e realizar o bloqueio ofensivo.

Contramedida - a trajetória normalmente será curvilínea (podendo também ser retilínea), e a velocidade deverá ser aumentada ao receber a bola, em direção ao gol adversário.

Exercícios de treinamento a serem propostos

Obs. Em execução

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9.1.2. MUDANÇA DE DIREÇÃO

É a ação que o jogador realiza para mudar a trajetória de seu deslocamento.Mudança de direção significa mudar sua corrida primária, em função da

atitude do adversário na defesa.

MEIOS UTILIZADOSDeslocamentos (para frente, para trás e para a lateral)Trajetórias (retilínea e curvilínea)

CONSIDERAÇÕES* Entre a primeira e as outras trajetórias que são utilizadas, deverá haver intervalo ou parada entre as mesmas, porém no menor tempo possível;* A troca de ritmo é importante durante a execução da mudança de direção, determinando em casa caso específico a velocidade crescente ou decrescente a ser aplicada.* A importância do domínio desta ação tática está fundamentada na necessidade de utilização para o desenvolvimento da desmarcação, e ações táticas a nível individual e coletiva.*A mudança de direção poderá ser utilizada quando, na primeira trajetória, o opositor direto consegue se antecipar.

CLASSIFICAÇÃO OU TIPOS

Retilínea/curvilínea

Curvilínea/curvilínea

Exercícios de treinamento a serem propostos

Obs. Em execução

9.1..3. DESMARCAÇÃO

É a ação tática individual que o jogador realiza, sem estar de posse da bola, para se livrar da oposição do adversário e, consequentemente ficar livre em condições para intervir no jogo. A desmarcação é uma finta, onde o atacante a realiza sem estar de posse da bola, ou seja, é a ação de enganar o adversário livrando-se do mesmo.

OBJETIVOS A SEREM ATINGIDOS* Conseguir espaços livres para intervir no jogo (receber a bola);* Conseguir a troca de situação do adversário (chamar a atenção do ímpar);* Diminuir a efetividade defensiva do oponente;* Dar opção de passe para seu companheiro, de posse de bola.

MEIOS UTILIZADOS

DESLOCAMENTOS - Ação de mudar de um lugar a outro na quadra;TRAJETÓRIAS - Ação de deslocar-se em uma direção específica.TROCA DE RITMO - Ação que possibilita aumentar ou diminuir a velocidade durante o deslocamento ou trajetória;MUDANÇA DE DIREÇÃO - ação de mudar a trajetória de seu deslocamento.

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CONSIDERAÇÕES* A desmarcação ocorre quando o jogador oponente (defensor) está próximo ao atacante sem a posse de bola, impedindo que o mesmo a receba;* A desmarcação é importante no trabalho de um contra um para dar condições de passe ao companheiro que estiver de posse da bola;* A desmarcação realizada com sucesso, cria uma situação privilegiada para a equipe;* É imprescindível dominar com eficiência a troca de ritmo e mudança de direção para efetuar a desmarcação;* se o adversário conseguir acompanhar, deve-se mudar a direção da corrida;* A aplicação adequada da velocidade e execução no momento oportuno, será fator primordial para se obter um resultado positivo e eficiente;* todo jogador deve dominar a desmarcação, tanto para o lado forte como para o lado fraco, independente de ser destro ou sinistro;* todo jogador sem bola deve procurar sair da linha imaginária formada pela bola e opositor.* O atacante que estiver sendo marcado deve prever o momento em que participará do ataque para executar a ação da desmarcação, no momento oportuno.

CLASSIFICAÇÃO OU TIPOS

SITUAÇÕES QUE DEVE SER UTILIZADA A DESMARCAÇÃO

A - ATACANTE E OPOSITOR DIRETO (PAR) NA POSIÇÃO ESPECÍFICA.Quando o atacante estiver recebendo marcação próxima, onde os dois

(atacante e defensor) estão posicionados em suas respectivas posições específicas (posição estática), a ação deverá ser:

* O atacante se desloca subitamente com velocidade no momento oportuno para trás ou em direção ao companheiro que está de posse da bola, livrando-se do opositor direto;

* Desviar a atenção do defensor numa direção falsa (contrária à bola) e mudar a trajetória bruscamente para se livrar do opositor e intervir no jogo.

B - ATACANTE E OPOSITOR EM DESLOCAMENTO.Para o atacante livrar-se de seu opositor durante o deslocamento, este deverá

aguardar o momento oportuno para mudar a trajetória da corrida após rápida parada brusca em um ou dois pés, para intervir no jogo.

Exercícios de treinamento a serem propostos

Obs. Em execução

9.1.4. FINTA

É a ação que o jogador realiza, estando de posse da bola, para desviar a atenção do oponente numa direção falsa à aquela que se quer conseguir, causando assim, o desequilíbrio do mesmo.

A finta é utilizada quando se tem um opositor (seu par) pela frente para ser vencido.

A finta deverá, além de vencer o opositor direto, ser também executada como uma ação tática. O atacante procura vencer seu oponente dirigindo seu deslocamento para o espaço livre (entre dois adversários) atraindo a atenção de seu

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ímpar, beneficiando assim, seu companheiro lateral. Com esta ação o atacante poderá provocar o desequilíbrio defensivo facilitando a finalização.

MEIOS UTILIZADOS

DESLOCAMENTOS - Ação de mudar de um lugar a outro na quadra;TRAJETÓRIAS - Ação de deslocar-se em uma direção específica.TROCA DE RITMO - Ação que possibilita aumentar ou diminuir a velocidade durante o deslocamento ou trajetória;MUDANÇA DE DIREÇÃO - ação de mudar a trajetória de seu deslocamento.

OBJETIVOS* desequilibrar o oponente direto (par);* passar pelo adversário, estando de posse da bola;* provocar o desequilíbrio defensivo, desviando a atenção de seu ímpar;* Conseguir situação de superioridade numérica;* Atrair a atenção e fixar seu ímpar.

CONDIÇÕES ESSENCIAIS PARA UM RESULTADO POSITIVO

* VELOCIDADE DE REAÇÃO - a velocidade de reação e a atuação no menor tempo possível é primordial para um resultado positivo durante a ação.* VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO - ganhar espaço (progredir) rapidamente, após a mudança de direção.* EQUILÍBRIO - para a realização da finta é importante o atacante conseguir bom equilíbrio, principalmente no momento da parada brusca para em seguida mudar a trajetória do deslocamento.* DOMÍNIO NA TROCA DE RITMO - aumentar ou diminuir a velocidade em função de cada situação de jogo.* AGILIDADE - Velocidade na mudança de direção.

CONSIDERAÇÕES

* A coordenação dos movimentos, bem como o domínio na troca de ritmo e a trajetória, serão condições essenciais para conseguir o resultado positivo no ataque através da finta;* O deslocamento (trajetória) utilizado pelo atacante, a princípio, será retilíneo (1ª corrida), para depois (2ª corrida) mudar para trajetória curvilínea.* Será necessária uma pequena e rápida pausa ou intervalo (parada brusca) entre a primeira e a segunda trajetória, e em função da reação do oponente, prosseguir a corrida em uma ou outra direção;* Independente de ser destro ou sinistro, o jogador deve dominar a finta tanto para seu lado forte como para o lado fraco, pois para conseguir a eficácia ofensiva, se exige o desenvolvimento do gesto tanto para um lado como para outro do oponente (evitar ser um jogador limitado);* O atacante, em sua trajetória, deve ter intenção de ataque decisivo a gol, pois desta forma conseguirá a fixação do oponente direto;* Através da finta se procura geralmente desequilibrar o adversário, fazendo perder sua posição corporal e técnica, antes de iniciar a ação verdadeira. * Um atacante para surpreender o adversário, deve dominar o maior número possível de fintas, já que quando se faz sempre um mesmo movimento, o defensor adapta-se rapidamente;* Para realizar a finta, o executor deverá estar de posse da bola e, com o adversário próximo;

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* A importância do domínio da finta está fundamentada na necessidade de sua utilização para o desenvolvimento de algumas ações táticas a nível individual e coletiva (desequilíbrio defensivo), para conseguir a superioridade numérica;* Há necessidade de decisão e velocidade na execução da finta;* O momento oportuno e o tipo de finta a ser utilizada é determinada pela situação de jogo criada pelo adversário;* A ação inicial deve ser perigosa;* Repetir a mesma finta não é o ideal, deve haver variação;* A finta deve ser valorizada, não se deve fintar por fintar;* Não repetir os mesmos gestos;* Observar seu ímpar;* Se ao receber a bola o defensor estiver próximo, deve-se cair nas duas pernas e iniciar a finta;* Se ao receber a bola, o defensor que estava nos seis metros avançar, o atacante dá um passo e muda a direção, saindo para a lateral com mais dois passos.

DIVISÃO DA FINTA QUANTO AO OBJETIVO A SER CONSEGUIDO

A - BENEFÍCIO PRÓPRIO

Benefício próprio é quando o atacante que executa a finta é o beneficiado da ação, passando pelo defensor e lançando a bola em direção ao gol (Figura 10).

O atacante utiliza a finta numa situação d um contra um, para passar pelo defensor, se deslocar em direção a um espaço livre antes do arremesso.

A primeira trajetória deverá ser retilínea e, perante a oposição do seu correspondente, deverá efetuar uma parada brusca.

Na segunda trajetória (mudança de direção), o atacante deve aumentar a velocidade (trocar de ritmo) para conseguir a ocupação do espaço livre, antes da reação positiva de seu oponente direto, e evitar seu ímpar.

B - BENEFÍCIO PARA O COMPANHEIRO

O atacante realiza a finta através de uma ação tática procurando vencer seu oponente direto e atraindo a atenção de seu ímpar, assim, seu companheiro lateral será beneficiado pela ação e poderá finalizar. Este benefício poderá se estender para outro companheiro se houver a ajuda de outro defensor.

Após o atacante conseguir vencer seu oponente direto (seu par), e perante a oposição de seu ímpar, que impede sua penetração, o beneficio deverá ser em favor do companheiro lateral, que deverá receber a bola.

O atacante executor da finta, uma vez realizada a parada entre a primeira e segunda trajetória e após observado o desequilíbrio do oponente direto, deverá aumentar a velocidade e ante a oposição do seu ímpar deverá reduzir a velocidade para fixar o adversário e passar a bola ao companheiro, que após receber deverá aumentar a velocidade em trajetória retilínea.

ERROS QUE DEVEM EVITADOS

* não dar importância à primeira fase da finta;* não proteger a bola do adversário;* efetuar a parada brusca ou a saída muito próxima do adversário, permitindo o contato.

Exercícios de treinamento a serem propostos

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Exercícios de iniciação a serem propostos

Obs. Em execução

9.1.5. CINCO PASSOS

Ação que o atacante executa como uma opção, após ter saltado para o arremesso.

Poderá ser utilizado quando o armador salta para arremessar em suspensão e sofre oposição do adversário através do bloqueio.

Poderá ser utilizado como finta de arremesso, onde o atacante simula o arremesso em suspensão (chamando a atenção do bloqueio) e executa o cinco passos.

OBJETIVOS• Evitar o bloqueio do adversário;• Passar pelo adversário;• Fintar (enganar) o adversário.

Exercícios de treinamento a serem propostos

Exercícios de iniciação a serem propostos

Obs. Em execução

9.2. TÁTICA INDIVIDUAL DEFENSIVA

CONCEITO - É o conjunto de ações individuais utilizadas por um jogador com oposição, na luta de um contra um ou mais adversários, na defesa.

O quadro abaixo apresenta as ações que são utilizadas pelo defensor para conseguir fazer oposição contra o atacante, na luta de um contra um, através da utilização do bloqueio e marcação, onde o defensor efetuará a defesa evitando a finalização de seu opositor direto, sem a necessidade da ajuda de um companheiro.

QUADRO – Ações para evitar o gol

AÇÕES TÁTICA INDIVIDUAL

BLOQUEIO MARCAÇÃO

OPOSIÇÃO

1 X 1

EVITAR O ARREMESSO EVITAR A PROGRESSÃO

9.2..1. BLOQUEIO DEFENSIVO

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É a ação tática individual executada pelo jogador para se opor à trajetória da bola, arremessada pelo atacante, em direção ao gol.

A atitude de bloqueio, em alguns casos, acaba inibindo a ação do adversário que evita, pela pressão, o arremesso, pela aproximação do defensor que se desloca em direção ao atacante de posse de bola.

SITUAÇÃO DE JOGOO bloqueio é utilizado quando o adversário prepara ou arremessa a bola em

direção ao gol.

OBJETIVOImpedir que a bola chegue até o gol, interceptando-a.Evitar o arremesso

Observações do técnico durante os exercícios de iniciação ou treinamento

* O defensor deve esperar o momento oportuno para deslocar-se em direção ao atacante quanto este recebe a bola e prepara o lançamento;* O deslocamento deverá ser com velocidade e equilíbrio; * Ao saltar para o bloqueio, o defensor deverá faze-lo com um tempo de atraso em relação ao salto do atacante;* Os braços e mãos deverão serem levados em direção à bola;* O defensor deverá estar próximo ao atacante de posse de bola para diminuir o ângulo e as chances de arremesso;* As mãos deverão estar espalmadas com a finalidade de oferecer uma maior superfície de contato com a bola, durante o bloqueio.

AÇÕES DO BLOQUEIO:

A) EVITAR O LANÇAMENTO – a partir da posiçào básica o defensor deverá executar o deslocamento em direção ao adversário de posse de bola, inibindo assim o lançamento;

B) INTERCEPTAR A TRAJETÓRIA – após o lançamento utilizar a mecânica adequada para interromper a trajetória da bola;

C) AMORTECER – se não for possível interceptar a trajetória, o jogador deverá, pelo menos, diminuir a velocidade da bola;

D) DESVIAR A TRAJETÓRIA E) ATRAPALHAR O LANÇAMENTO – o atacante, pela ação do bloqueio, procurará

fugir do bloqueio desviando seu lançamento.

Exercícios de treinamento a serem propostos

Exercícios de iniciação a serem propostos

Obs. Em execução

9.2.2. MARCAÇÃO

É a ação que o jogador realiza para dominar o adversário com o fim de neutralizar seus movimentos, gestos ou jogadas, evitando assim sua progressão, infiltração, arremesso a gol ou a continuidade de sua ação.

OBJETIVOS

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* Controlar o adversário;* impedir a progressão e penetração do adversário;* Interceptar a bola;* Evitar o arremesso;* pressionar constantemente o adversário.

SITUAÇÃO DE JOGOA marcação é utilizada quando o adversário prepara ou tenta a finalização,

utilizando a finta ou a trajetória.

Exercícios de treinamento a serem propostos

Exercícios de iniciação a serem propostos

Obs. Em execução

10. TÁTICA COLETIVA

São ações de coordenação entre dois ou mais jogadores, que são executadas para se conseguir um resultado positivo contra o adversário.

É o conjunto dos processos de ataque e defesa individuais e de equipe, que são utilizados com base nas regras do jogo, no modo de luta do adversário e nas várias situações de jogo e com a ajuda dos quais deve ser baseada a concepção da configuração do jogo para conseguir resultado ótimo (Harr Mahio).

Para que o atleta adote as várias táticas coletivas, é importante a definição da técnica e tática individual. Sem um bom desenvolvimento das técnicas e táticas individuais, torna-se praticamente muito difícil se aplicar a tática coletiva com eficiência.

PRINCÍPIOS TÁTICOS GERAIS (Martini, K. 1.980)

A - Jogar taticamente disciplinado.B - Auxílio mútuo.C - Preparação e execução de todas as ações no momento exato.D - Criação de superioridade numérica.E - Antecipação das ações dos jogadores da sua equipe e dos adversários.

CAPACIDADES GERAIS DA TÁTICA DE JOGO (Vick, W. 1.978)

A - CAPACIDADE DE PERCEPÇÃO - o jogador deve obter o maior ângulo de visão possível e perceber a maior quantidade de ações possíveis.B - CAPACIDADE DE REAÇÃO - o jogador deve assimilar, na maior velocidade possível, as informações recebidas e elaborar rapidamente uma resposta.C - SENTIDO DE ESPAÇO - se ordenar no ataque e na defesa.D - SENTIDO TÁTICO DA FORMAÇÃO A UTILIZARE - CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO EM SITUAÇÕES INESPERADAS.

10.1. TÁTICA COLETIVA OFENSIVA

São os ações de coordenação entre dois ou mais jogadores, para se conseguir resultados eficientes de conjunto, que se pode tirar proveito no ataque.

Conforme visto anteriormente (Tática individual), o jogador a princípio, busca superar o adversário utilizando a trajetória e a finta para arremessar a gol. Quando

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esta ação não é suficiente, visto que o adversário poderá oferecer resistência e diminuir os espaços, há necessidade da aplicação das ações táticas coletivas envolvendo outros companheiro. O jogador procura vencer seu opositor direto utilizando atática individual (trajetória, finta, etc.) e fixar seu ímpar para beneficiar seu companheiro.

O quadro 16 mostra o desenvolvimento do jogo para se conseguir superioridade numérica pela equipe envolvendo dois ou mais atacantes. O iniciador fixa seu ímpar para beneficiar seu companheiro.

QUADRO 16 – Desenvolvimento do jogo no ataque

AÇÕES TÁTICA COLETIVA OFENSIVA

PONTO DE APOIO

CRUZAMENTO BLOQUEIO CONTRA ATAQUE

2 X 2 3 X 3 4 X 4

SUPERIORIDADENUMÉRICA

BENEFÍCIO AOCOMPANHEIRO

FINALIZAR INICIAR NOVO ATAQUE

CONSIDERAÇÕES* Quando o trabalho de um contra um não é eficiente nas ações ofensivas, deve-se empregar meios táticos coletivos para conseguir a eficácia no jogo, buscando em qualquer caso a possibilidade de arremessar a gol.* O atacante deve avançar em direção à defesa (entre dois adversários), de maneira que o braço de arremesso não passe da linha do corpo, ou seja, deve estar projetado para trás preparado para o passe ou arremesso.

MEIOS UTILIZADOSA - Técnica

RecepçãoPasseArremessoDrible

B - Tática individualTrajetóriasMudança de direçãoDesmarcaçãoFintaCinco passos

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PRINCÍPIOS COLETIVOS

A - SUPERIORIDADE NUMÉRICA

É a ação que o atacante realiza para conseguir romper o equilíbrio numérico e obter, em qualquer ponto vantagem ofensiva (2 x1, 3 x 2, 4 x 3, 5 x 4, 6 x 5). A superioridade numérica é conseguida quando o atacante vence seu oponente direto e fixa seu ímpar.

B - AJUDA RECÍPROCA

Os atacantes deverão, através da desmarcação, criar situações e condições de ajuda a seu companheiro, ficando livre de marcação.

C - VARIAÇÃO DE AÇÕES

Em cada situação criada pelos defensores, deve corresponder a uma ação tática oportuna para se conseguir resultados positivos. A ação sendo repetitiva, no mesmo ataque, facilita a intervenção da defesa.

D - UTILIZAR DISTÂNCIAS EFICAZES

Realizar todos os gestos e ações com a devida profundidade e largura para conseguir situações privilegiadas e evitar a oposição adversária.

E - DISCIPLINA TÁTICA

Desenvolver todas as ações táticas de forma organizada, coordenada e de acordo com os princípios táticos.

DIVISÃO TÁTICA COLETIVA

Ponto de apoioCruzamento Bloqueio ofensivoContra ataque

10.1.1.PONTO DE APOIO

É ação tática realizada pelo jogador, procurando deslocar-se e ganhar espaço entre dois defensores atraindo a atenção de seu ímpar e fixando-se entre eles (par e ímpar) beneficiando assim, seu companheiro lateral, conseguindo criar, situação de superioridade numérica.

Ponto de apoio é a ação mais comum e mais utilizada para se conseguir superioridade numérica pela equipe.

OBJETIVOVencer seu opositor direto para atrair a atenção de seu ímpar;Provocar o desequilíbrio defensivo.

MEIOS UTILIZADOS

TrajetóriaFinta

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Mudança de direção

CONSIDERAÇÕES* O deslocamento deverá ser entre dois adversários(par e ímpar), em trajetória retilínea ou curvilínea;* Se o jogador que inicia a ação não conseguir fixar-se entre o par e o ímpar, o outro atacante (o que recebe a bola) deverá iniciar uma nova ação;* O jogador que inicia a ação deverá faze-la com velocidade e eficiência para conseguir que seu ímpar fique indeciso;* Na maioria dos casos, o atacante deverá utilizar a finta para conseguir fixar-se entre os dois adversários, por ser mais eficiente que a simples trajetória.

AÇÕES A SEREM CUMPRIDAS PELOS ATACANTES:

Todo jogador, a princípio, deve procurar, através da tática individual (trajetória ou finta), ganhar espaço entre dois defensores (par e impar).

Ponto de apoio é uma extensão da ação tática individual (trajetória ou finta) utilizada por um jogador, que busca superar seu opositor direto e conseguindo atrair a atenção de seu ímpar (que deverá se deslocar para ajudar e dar cobertura ao companheiro).

Para conseguir fixar o ímpar no ponto de apoio, o atacante deverá utilizar a trajetória, a finta ou a mudança de direção.

Esta ação do atacante poderá produzir a seguinte situação:

O atacante consegue vencer e se antecipar ao seu opositor direto e fixar seu ímpar, atraindo sua atenção. Contramedida - o atacante iniciador deverá diminuir a velocidade (para evitar a falta de ataque) e passar a bola a um outro atacante.

SITUAÇÕES PARA SE CONSEGUIR DESEQUILÍBRIO DA DEFESA:

A - Pelos pontas para dentro;B - Pelos armadores (lado fraco e forte);C - Pelo pivô fixando um adversário.

Exercícios de treinamento a serem propostos

Exercícios de iniciação a serem propostos

Obs. Em execução

10.1.2. CRUZAMENTO

É a ação tática realizada entre dois ou mais jogadores para inverter e trocar suas posições no ataque.Exemplo: No cruzamento entre dois jogadores, o armador direito passa para armador central e o central passa a armador direito.

MEIOS UTILIZADOS

Trajetória Finta Mudança de direção

CONSIDERAÇÕES

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* O cruzamento propicia uma posição favorável ao arremessador de meia distância;* Facilita a infiltração;* O jogador que inicia o gesto deve fixar seu opositor direto (seu par), ou seja, que o mesmo o acompanhe em sua trajetória, para beneficiar seu companheiro;* no cruzamento, o jogador que inicia, deve chamar a atenção da defesa tentando (simulando) o arremesso e, posteriormente passar a bola;* O beneficiado tem as seguintes opções na seqüência da ação:

- arremesso à gol;- passar ao pivô- passe a um outro companheiro melhor colocado.- Dar continuidade ao cruzamento, tornando-o duplo.

TIPOS DE CRUZAMENTO

A - CRUZAMENTO SIMPLESÉ a ação realizada por dois atacantes frente a defesa adversária.

B - CRUZAMENTO DUPLOÉ a continuação natural do cruzamento simples com a participação de três

jogadores.

Exercícios de treinamento a serem propostos

Exercícios de iniciação a serem propostos

Obs. Em execução

10.1.3. BLOQUEIO OFENSIVO

É a ação tática realizada pelo atacante para impedir e evitar o deslocamento do defensor em direção ao atacante de posse da bola.

TIPOS DE BLOQUEIO

A - Em função da trajetória* lateral * diagonal pela frente * diagonal por trás

B - Em função da situação* interior * exterior

MEIOS UTILIZADOS PELO BENEFICIADO

Trajetória (bloqueio pelo pivô) Trajetória (bloqueio pelo armador)

Finta (bloqueio pelo pivô) Finta (bloqueio pelo armador)

CONSIDERAÇÕES* A ação do bloqueio deve ser feito com a utilização do tronco;* O jogador que realiza o bloqueio não deve lançar o corpo contra o adversário;* Não se deve cortar a trajetória do defensor com os braços estendidos ou com as pernas;* Tempo de saída. Aguardar o momento oportuno.* O retorno deverá ser em diagonal acompanhando a trajetória da bola.

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OBJETIVOS* Impedir e evitar o deslocamento do defensor;* Beneficiar a penetração do companheiro;* Criar situação de superioridade numérica;* Criar situação privilegiada para o arremesso;* Conseguir criar situação para que o jogador que faz o bloqueio efetue o deslocamento , recebendo a bola para o arremesso.

Exercícios de treinamento a serem propostos

Exercícios de iniciação a serem propostos

Obs. Em execução

10.1.4. CONTRA ATAQUE

CONCEITOÉ a ação que possibilita a passagem com rapidez (velocidade) da defesa para

o ataque, envolvendo um ou mais jogadores.O contra ataque é a maneira mais rápida de se chegar ao gol adversário.

OBJETIVOS* Obter superioridade numérica no campo adversário;* Obter igualdade numérica, porém sempre menos de seis jogadores, para se ter maiores espaços de ação;* Evitar a organização defensiva.

DIVISÃO QUANTO À EXECUÇÃO

NÚMERO DE JOGADORES - O contra ataque pode ser executado por um ou vários jogadores.DIRETO - O contra ataque pode ser executado diretamente, isto é no primeiro passe segue-se imediatamente o contra ataque e a finalização

INDIRETO - Neste caso, o goleiro passa para um jogador e, este por interferência do defensor passa a bola ao melhor colocado para seguir o contra ataque e finalizar.

OBSERVAÇÕES* O contra ataque, preferencialmente, deve ser feito pelos jogadores que atuam nas pontas (teoricamente são os mais velozes);* No contra ataque, o drible deve ser evitado, a não ser no final, após a finta para se progredir mais ou se o contra ataque for executado por apenas um jogador e a distância for superior ao ciclo dos três passos.

FASES DO CONTRA ATAQUE

A - INICIO

* Os jogadores deverão estar preparados e prontos para sair, no momento oportuno (velocidade de reação);

Quando a finalização ocorrer na ponta direita do ataque, o defensor correspondente ao lado esquerdo deverá dar inicio ao contra ataque, sendo seguido pelo outro defensor lateral ou vice versa. Os demais jogadores deverão dar

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cobertura e preencher os espaços deixados pelos laterais para o caso de um possível rebote do goleiro ou trave. Após o rebote se a defesa não conseguir recuperar a bola, os laterais deverão retornar imediatamente.

CONDIÇÕES IMPORTANTES

* Velocidade de reação: o primeiro a sair não deve esperar o resultado do lançamento.* Segurança no momento da saída* Organização: deve ser estabelecido quais os jogadores que deverão sair e, quais os que ficarão para cobrir os espaços.

B - TRANSIÇÃO

É a fase que corresponde ao desenvolvimento do contra ataque, após o primeiro passe.

CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA O DESENVOLVIMENTO

* Domínio do passe em qualquer distância;* Procurar sempre a desmarcação, ficando livre para dar opção de passe ao companheiro;* Driblar (quando necessário) com grande velocidade;* Mudança de direção;* Ocupação de espaços livre;* Evitar o passe com salto;* A principio evitar a finta.

C - FINALIZAÇÃO

Corresponde ao momento em que deve ocorrer o arremesso (finalização)

* Nos últimos 9-13 metros não há mais passes e sim arremesso, exceto se houver a marcação;* O arremesso deverá ser executado com agressividade.

Exercícios de treinamento a serem propostos

Exercícios de iniciação a serem propostos

Obs. Em execução

10.2. TÁTICA COLETIVA DEFENSIVA

São as ações de coordenação entre dois ou mais jogadores, na zona de defesa, para se obter um resultado positivo no conjunto, com o fim de evitar a finalização.

Para não haver desequilíbrio defensivo, o ideal é o jogador conseguir, através de ações individuais, evitar ser superado pelo atacante. Mas, na impossibilidade de tal ação, há necessidade da interferência dos demais companheiros para atuar em conjunto e, através de ações táticas coletivas, evitar o gol.

quadro abaixo mostra de forma esquemática o desenvolvimento para que, com a ajuda do companheiro, se consiga vencer o as ações ofensivas.

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AÇÃOS TATICAS COLETIVADEFENSIVA

COBERTURA AJUDA RECÍPROCA

TROCA DEADVERSÁRIO

2 X 2 3 X 3 4 X 4

SUPERIORIDADENUMÉRICA

DEFESA –EVITAR O GOL

MEIOS UTILIZADOS

A - Técnica - Posição básica- Deslocamentos

B - Tática individual- Bloqueio- Marcação

Tipos de Tática coletiva Utilizadas- Cobertura- Ajuda recíproca- Troca de adversário

10.2.1. COBERTURA

CONCEITOÉ a ação tática realizada pelo defensor para diminuir o espaço livre deixado

por um companheiro em função de sua saída.

EXECUÇÃO

Após a saída de um defensor para executar uma ação técnica ou tática, os dois jogadores laterais (esquerdo e direito) deverão executar um pequeno deslocamento para a lateral em direção ao espaço deixado pelo companheiro.

OBSERVAÇÕES

* A situação de jogo as vezes requer a saída de um defensor em direção aos nove metros para combater o adversário, para evitar o arremesso ou a penetração de um atacante, com isto, surge um espaço deixado pelo defensor que poderá ser ocupado com perigo pelo pivô ou outro jogador, assim, através da proteção dos laterais essas possibilidades poderão serem diminuídas.

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* O deslocamento normalmente deverá ser lateralmente e deslizante.* O defensor que se desloca não deve deixar de observar seu correspondente direto.* Deverá estar atento a uma possível intervenção, permanecendo na posição básica.

MEIOS UTILIZADOS* Posição básica defensiva* Deslocamento defensivo.

10.2.2. AJUDA RECÍPROCA

CONCEITOÉ a ação tática realizada por um defensor para intervir e marcar um atacante

que conseguiu passar pelo seu companheiro lateral, evitando sua progressão.A ajuda ao companheiro é necessária, para evitar a eficiência ofensiva,

sempre que um defensor for superado pelo seu correspondente direto.

MEIOS UTILIZADOS* Posição básica* Deslocamento* Bloqueio* Marcação

OBSERVAÇÕES* A ajuda ao companheiro está diretamente ligada ao sistema de defesa, assim deve-se estabelecer a melhor maneira de ajuda para evitar a eficácia ofensiva.* Intervir no momento oportuno;* Evitar a seqüência de ações por parte do atacante, provocando se necessário uma falta.

10.2.3. TROCA DE ADVERSÁRIO

CONCEITOÉ a ação tática realizada entre dois jogadores de defesa para trocar de

atacantes.

SITUAÇÕES EM QUE DEVE HAVER A TROCA

* Quando ocorre um cruzamento entre dois atacantesContramedida: O defensor deverá acompanhar seu correspondente direto e, no momento do cruzamento (momento do passe), deverá deixar seu correspondente para seu companheiro lateral e acompanhar o outro atacante, invertendo assim, os adversários.

* Combinação entre armador/pivô (bloqueio ofensivo)Contramedida: O defensor que sofre o bloqueio deve acompanhar o jogador que o realizou deixando seu correspondente para seu companheiro lateral.

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II – RESULTADOS OBTIDOS:

Por se tratar de relatório parcial de um projeto de elaboração de material didático, não tem como dimensionar ainda resultados.

III – RELAÇÃO ENTRE OBJETIVOS PROPOSTOS E OBJETIVOS ALCANÇADOS:

Este relatório é parcial e até o momento apenas elaboramos textos teóricos das técnicas que serão utilizadas para construção da metodologia de exercícios de iniciação e treinamento para algumas especiais.

I V – CONTRIBUIÇÕES:

O projeto e o relatório parcial estão disponíveis na página do Centro de Educação Física e Esporte para consulta pelos acadêmicos, professores de Educação Física e profissionais da área.

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V – DISSEMINAÇÕES (anexar comprovantes)

Tanto Projeto, como Relatório parcial estão disponibilizados na página do CEFE Endereço: www.uel.br/cef

VI – DIFICULDADES ENCONTRADAS:

5. DIFICULDADES ENCONTRADAS

A grande dificuldade encontrada para cumprir as primeiras etapas do cronograma foi sem dúvida a dificuldade para encontrar livros disponíveis no mercado já que a maioria que seriam utilizados são livros estrangeiros (livros de autores nacionais não estão atualizados com a evolução do handebol), e pela demora em adquirir os mesmos, não foi possível completar dentro do cronograma previsto, assim esta fase ficou muito prejudicada e possivelmente o projeto terá que ser prorrogado.

Tivemos que recorrer a bibliotecas de outras universidades e livros de companheiros que atuam no handebol o que dificultou muito o andamento do projeto, além de aguardar livros que foram adquiridos de outros países (Espanha principalmente).

Coordenador do ProjetoProf. Eloi Zamberlan