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Línguas e Educação: construir e partilhar a formação (PTDC/CED/68813/2006; FCOMP-01-0124-FEDER-007106) 2007-2010 perfis profissionais de professores e de investigadores Línguas e Educação: Um estudo no distrito de Aveiro

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Línguas e Educação: construir e partilhar a formação (PTDC/CED/68813/2006; FCOMP-01-0124-FEDER-007106)

2007-2010

perfis profissionais de professores e de investigadores

Línguas e Educação:

Um estudo no distrito de Aveiro

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Línguas e Educação: construir e partilhar a formação(PTDC/CED/68813/2006; FCOMP-01-0124-FEDER-007106)

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Um estudo no distrito de Aveiro

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Título Línguas e Educação: perfis profissionais de professores e de investigadores. Um estudo no distrito de Aveiro

Organização CarlotaFernandesTomaz AnaIsabelAndrade ÂngelaEspinha AnaSofiaPinho AnaRaquelSimões

Participação na construção e análise dos questionários CarlaMelo,CristinaManuelaSá,FilomenaMartins, GillianMoreira,LurdesGonçalves,ManuelBernardoCanha, MariaHelenaAraújoeSá,SílviaGomes

Design, serviços pré-press e impressão OfficinaDigital-ImpressãoeArtesGráficas,Lda Lote15•ZonaIndustrialdeTaboeira 3801-101Aveiro

Edição UniversidadedeAveiro CIDTFF(CentrodeInvestigaçãoDidácticaeTecnologianaFormaçãodeFormadores) DepartamentodeEducação CampusUniversitáriodeSantiago 3810-193Aveiro–Portugal

Data Julhode2010

Tiragem 200Exemplares

ISBN 978-989-96794-4-3

Depósito legal 316582/10

FinanciadopelaFundaçãoparaaCiênciaeTecnologia(FCT)

EstapublicaçãonãoreflectenecessariamenteaposiçãodaFCTenãoimplicaemnadaasuaresponsabilidade

Reservados todos os direitos. Esta publicação não pode ser reproduzida ou transmitida, no todo ouem parte, por qualquer processo, electrónico, mecânico, fotocópia, gravação ou outros, sem préviaautorizaçãodoEditor.

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ÍNDICE

Introdução .............................................................................................. 5

1. Representações no desenvolvimento profissional – uma passagem obrigatória...................................................................... 7

2. Metodologia de investigação........................................................... 9

2.1 Inquéritoporquestionário............................................................... 10

2.1.1 Questionáriodirigidoaosprofessoresdo1ºCEB edelínguasdosensinosbásicoesecundário..................... 10

2.1.2 Questionáriodirigidoaosinvestigadores/formadores.......... 12

2.2Inquéritoporentrevista................................................................... 13

3. Análise dos dados e interpretação dos resultados....................... 15

3.1 Perfilerepresentaçõesdosprofessoresdo1ºCEBede línguasdosEnsinosBásicoeSecundário..................................... 15

3.1.1 Caracterizaçãopessoaleprofissionaldosprofessores do1ºCEBedelínguasdosEnsinosBásico eSecundário........................................................................ 15

3.1.2 Representaçõessobreformação,investigaçãoe desenvolvimento profissional ............................................... 22

3.1.3 Representaçõessobreeducação em línguas...................... 33

3.1.4 Colaboraçãonumasegundafasedainvestigação............... 39

3.1.5Conclusõespreliminaressobreasrepresentaçõesdos professoresdo1ºCEBedelínguasdosEnsinosBásico eSecundário........................................................................ 41

3.2 PerfilerepresentaçõesdosInvestigadores/Formadores............. 42

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3.2.1 Caracterizaçãopessoaleprofissional dosinvestigadores................................................................ 42

3.2.2 Expectativasemotivaçõesparaparticiparnoprojecto........ 43

4. Algumas reflexões para continuar................................................... 45

Bibliografia............................................................................................. 47

Anexos.................................................................................................... 51

Anexo1Questionário dirigido aos professores do 1º CEB e aos professores de Línguas dos Ensinos Básico e Secundário... 53

Anexo2Questionário e guião da entrevista dirigidoaos investigadores / formadores......................................................... 63

Equipa de Investigadores..................................................................... 68

Consultores............................................................................................ 68

Fizeram parte da equipa numa fase inicial......................................... 68

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5Línguas e Educação: perfis profissionais de professores e de investigadores

Introdução

O projecto Línguas e Educação: construir e partilhar a formaçãodesenvolveu-senaUniversidadedeAveiroentre2007e2010comagrandefinalidade de construir conhecimento sobremodos de trabalho colaborativona área da educação em línguas, no sentido de poderem ser fortalecidasparceriasentrediferentesactores(professores,formadoreseinvestigadores)queseocupamdasquestõesdalinguagemverbalnasmúltiplasformasquepodemganharemcontextoescolar.

Deumaformamaispormenorizada,oprojectoperseguiuasfinalidadesaseguirenunciadas:

• Caracterizarprofissionaisdaeducaçãoemlínguas(professoresdo1ºCEB,ede línguasdosensinosbásicoesecundárioe investigadores/formadores), no contexto de intervenção da instituição formadoraproponentedoprojecto,relativamenteamotivaçõeserepresentaçõessobre formação, investigação, desenvolvimento profissional,colaboraçãoeeducaçãoemlínguas.

• Construir conhecimento sobre comunidades de desenvolvimentoprofissional (CDP) em Educação em Línguas, estudando dinâmicasde construção de uma CDP (organização, gestão, papéis…),compreendendo trajectórias de desenvolvimento profissional e ocontributo das dinâmicas de trabalho colaborativo para essemesmodesenvolvimentoprofissional.

• AnteciparcenáriosdedesenvolvimentodeCDP.

• Contribuir para a investigação e política de formação na área daeducaçãoemlínguas.

A primeira tarefa da equipa do projecto consistiu na caracterização dosactores que semovimentam na área da educação em línguas, na procurada identificação e compreensão dos seus percursos profissionais e dasrepresentaçõesqueevidenciamsobreformação,investigação,desenvolvimento profissional,colaboraçãoeeducação em línguas.

Édestaprimeiratarefaquesedácontanestapublicaçãoquesecompreende

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comoumrelatóriode inquéritoporquestionárioaprofessores, formadoreseinvestigadoresque,na regiãodeAveiro, têma responsabilidade intervirnasquestões da educação em línguas, e como um conjunto de dados1, algunsdosquaisnãoforampossíveisdeseremanalisadosnoperíododetempodeduraçãodoprojectoeque,por issomesmo,sedisponibilizamparaanálisesmais aprofundadas e/ou mais focalizadas sobre cada uma das temáticas,objectodeinquéritoatravésdosinstrumentosderecolhadedadosquetambémapresentamos(Anexos1e2).

Otextoqueagoraseapresentanãosetratadeumestudosobreaformaçãodeprofessoresdelínguas,desdeo1ºCiclodoEnsinoBásico(CEB)aoEnsinoSecundário(ES),maisconcretamente,nodistritodeAveironasescolasafectasàDirecçãoRegionaldeEducaçãodoCentro(DREC).Trata-se,antes,nestetexto, de apresentar uma investigação embrionária a necessitar de olharesmaisavisados,porumaprofundamentoteóricodastemáticasqueesteestudoconvocaepeloconfrontocomoutrosdadosdonossoSistemaEducativoedanossapopulaçãodocente,incluindoosformadoreseosinvestigadoresquesemovemnestaárea.

1 OsdadostratadoseanalizadosnestapublicaçãopoderãoserdisponibilizadosaquempediremCD-ROMparaanálisesmaisaprofundadasecomoutrosobjectivos.(E-mail:[email protected]|[email protected])

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7Línguas e Educação: perfis profissionais de professores e de investigadores

1. Representações no desenvolvimento profissional – uma passagem obrigatória

Os espaços de formação e investigação emDidáctica de Línguas, quesepretendemalicerçadosempráticaseculturasdecolaboraçãocapazesdepotenciarodesenvolvimentoprofissionaldetodososimplicadoseaconstruçãodeumaeducaçãoemlínguascomsentidoparatodos,nãopodemdeixardesepreocuparcomopensamentodeprofessores,formadoreseinvestigadores,ouseja,comosseusquadrosdereferência,denaturezarepresentacional,eomodocomoestesinteragemcom,dãoformaepotenciamnovasaprendizagenserelaçõesdetrabalho.

Com efeito, este universo interpretativo ganha centralidade no contextodo desenvolvimento profissional desses actores, na medida em que, comoreferem Sanches & Jacinto, as representações são entendidas no seio de“redesdesignificações,deintencionalidades,deconcepções,crenças,valorese perspectivas que movem a pessoa ao longo do seu percurso pessoal eprofissional”, tornando-se “fontes de legitimação dos critérios e acção” e“podendoconstituir-secomo“modelospraxeológicos” (2004:133).Enquantoconstructossociais,profundamenteenraizadosnassituaçõesenoscontextosemquese formam,as representaçõessãoentendidas “comoconfiguraçõessimbólicas, construídas e partilhadas, ancoradas em diferentes processosconstitutivos dos percursos dos sujeitos e dos grupos (históricos, sociais,cognitivos,identitários…),queinfluenciamomodocomoestespercepcionamarealidadeeinteragemcomela[eseperspectivamnessamesmarealidade](cf. Castellotti & Moore, 2002; Moore, 2001)” (Araújo e Sá et al., 2009:3).A reconstrução de representações é, por isso, central em processos dedesenvolvimento profissional, sobretudo se atentarmos na sua naturezaafectiva e volitiva, condição para o envolvimento e a implicação tanto deprofessorescomode formadores/investigadoresemnovosdesafios,comoocolocadopeloprojectoLínguas & Educação.

Como estudos na área da Didáctica de Línguas evidenciam (Andradeet al., 2006;Araújo eSá, 2002;Pinho, 2008), e no contexto da construçãode comunidades de desenvolvimento profissional, enquanto estruturas de

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relacionamentos (Day, 1999) e de práticas discursivas, logo espaços decirculaçãoede(re)construçãoderepresentações,conhecerasrepresentaçõesdestesactoressobreaeducaçãoemlínguas, formaçãoe investigação,bemcomo sobre o trabalho colaborativo no desenvolvimento profissional comotarefainicialmostrou-serelevanteparaaconceptualizaçãodetrajectóriasdeinvestigaçãoerumosdidácticosnocontextodeactuaçãoemquenossituamos.

É,nestamedida,queparaaconcretizaçãodoprojectoLínguas & Educa-ção: construir e partilhar a formação,bemcomoparaaconcepçãodeoutrasacçõesdeformaçãonestaárea,oacessoaopensamentodosactores(profes-sores,formadoreseinvestigadores)setornaumabasedetrabalho.Indicia-senesteespaçoaimportânciadeconhecermosasideologiaseducativo-formati-vas(Correia,2000)doseducadoresemlínguas,istonosentidodepodermosconstruiralternativasquereforcemasuaprofissionalidadepelapossibilidadedeprotagonizaremoutrosprojectoseducativos,formativos,investigativos.As-sim,énestelevantarderepresentaçõesquesetentacompreenderosprofis-sionais(Estrela,2001)daeducaçãoemlínguas–serprofessordelínguas(emdiferentescontextos)quepassamtambémpelaauscultaçãodeformadoreseinvestigadores.Paraavançarmos,importanãoesquecermosqueafinalidadeúltimadestetrabalhoéidentificarecompreenderconstrangimentosàconstru-çãodecomunidadesdedesenvolvimentoprofissionalmaissustentáveisecommaisresultadosnaspráticasdoterreno.

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9Línguas e Educação: perfis profissionais de professores e de investigadores

2. Metodologia de investigação

Reconhecendo-se,nocontextodoProjecto Línguas e Educação: construir e partilhar a formação,aimportânciadaconstruçãodeComunidadesdeDe-senvolvimentoProfissional (CDP)assentesemtornodeumprojectocomumenumaculturadeaprendizagemede investigaçãocolaborativas, tornou-sefundamental, como primeira tarefa do projecto, caracterizar profissionais deeducação em línguas, no contexto de intervenção da instituição formadoraproponentedoprojecto, relativamenteamotivaçõese representaçõessobreformação, investigação, desenvolvimento profissional, colaboração e educa-çãoemlínguas.SendoaUniversidadedeAveiroainstituiçãoformadora2,porexcelência,dodistritodeAveiro,osprofissionaisdeeducaçãoemlínguasalvodestatarefasãoosprofessoresdo1ºCEBedelínguasdosensinosbásicoesecundárioaexerceremasuaactividadeprofissionalnasescolasadstritasàDirecçãoRegionalEducativadoCentro(DREC)einvestigadores/formadoresquefazemparteintegrantedaequipaproponentedesteprojectodeinvestiga-ção/formação.

Tratando-se de um primeiro passo no processo investigativo, com estatarefapretende-seanalisaredescreverasculturasprofissionaisdominantesdos potenciais interessados em integrar Comunidades de DesenvolvimentoProfissional ou redes de trabalho colaborativo, no âmbito da educação emlínguas,comointuitodepodermosconceberepôremacção,deformamaisfundamentada e sustentada, dispositivos de formação e de investigação detipocolaborativo,capazesdepotenciaremodesenvolvimentoprofissionaldosactores da educação em línguas e, consequentemente, de melhorarem aspráticasdoscontextoseducativos.

Assim,eparaacaracterizaçãodasrepresentaçõesdosprofessoresdo1ºCEBedelínguasdosensinosbásicoesecundário,privilegiou-secomotécnicaeinstrumentoderecolhadedadosoinquéritoporquestionário.Relativamenteàcaracterizaçãodos investigadores/formadores, foramutilizadosdois instru-

2 DenotarqueaUniversidadedeAveirofoiemPortugalumadasinstituiçõesdeensinosuperiorpioneirasnainclusãodeprogramasecursosdeformaçãodeprofessores.

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mentosderecolhadedados:(i)oinquéritoporquestionário,parafazeracarac-terizaçãodasuaexperiênciaprofissionaleinvestigativae(ii)oinquéritoporen-trevistasemi-estruturada,paraseaferiremdadosrelativamenteàsexpectativasemotivaçõesdosinvestigadores/formadoresparaparticiparemnoprojecto,bemcomoparaidentificarassuasrepresentaçõessobreformação,investigação,de-senvolvimentoprofissional,colaboraçãoeeducaçãoemlínguas.

2.1 Inquérito por questionário

O questionário pode constituir-se como um importante instrumento derecolhadedadosnaáreadaeducação(Tuckman,1978;2000)pelasinúmerasvantagensqueapresenta.Comefeito,trata-sedeuminstrumentosusceptívelde ser administrado a uma amostra lata da população em estudo, nãonecessitandodapresençadoinvestigadornoterreno,oferecendogarantiasdeanonimato,podendo,ainda,oinquiridoescolheromomentomaisconvenientepararesponderaomesmo(Pardal&Correia,1995).Estasvantagens,aliadasànaturezadoobjectivodeinvestigaçãoinerenteàprimeiratarefadoprojecto,levouaqueseoptassepelautilizaçãodoinquéritoporquestionáriocomoumdosinstrumentosderecolhadedadosprivilegiadosnestaprimeiratarefa.

2.1.1 Questionário dirigido aos professores do 1º CEB e de línguas dos ensinos básico e secundário

Aconstruçãodoquestionáriodirigidoaosprofessoresdo1ºCiclodoEnsinoBásicoedelínguasdosEnsinosBásicoeSecundáriodasescolasdodistritodeAveiroadstritasàDREC,econformesereferiuanteriormente,tevecomoprincipalobjectivorecolherdadosquenospermitissemcaracterizardopontodevistaprofissionalapopulaçãoabrangidapeloestudoecompreenderassuasrepresentações sobre formação, investigação, desenvolvimento profissional,colaboraçãoeeducaçãoemlínguas.

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11Línguas e Educação: perfis profissionais de professores e de investigadores

Trata-sedeumquestionáriocomquestõesderespostafechadaequestõesderespostaabertaparaincentivaraexplicitaçãodaopiniãodecadaumsobreasquestõescolocadas(verAnexo1).Emalgumasquestões,osinquiridostêmdeescolheras respostasapartir deumconjuntodealternativas fornecidas(respostasdeescolhamúltipla).

Asquestõescolocadasforamagrupadasemquatroblocos,tendoemcontaosobjectivosdoquestionário:

Bloco I – Dados pessoais e profissionais.Comesteblocodequestõespretende-se que os inquiridos disponibilizem informações que permitam asua caracterização ao nível pessoal (sexo, idade e habilitações literárias) eprofissional(tempoeexperiênciaprofissional).

Bloco II – Formação, investigação e desenvolvimento profissional.Esteblocodequestões incidesobrea formaçãoea investigaçãoesobreopapelqueestasduasdimensõespodemternodesenvolvimentoprofissionaldosprofessores.

Bloco III– Educação em línguas (materna e / ou estrangeira). Estebloco centra a sua atenção nas representações dos participantes sobre asfinalidadeseosdesafiosquesecolocamàeducaçãoemlínguas,bemcomosobre potenciais medidas para que as práticas de educação em línguaspossammelhorar.

Bloco IV – Colaboração numa segunda fase da investigação. Estebloco integra apenas uma questão com o objectivo de se averiguar se osinquiridos estariamdisponíveis, ou não, para participar na segunda fase doprojectoLínguas & Educação: construir e partilhar a formação,istoé,pretendesaber se os inquiridos estariam disponíveis para integrar umaComunidadede Desenvolvimento Profissional, baseada em parcerias entre professores,formadoreseinvestigadores.

Deformaadiminuir-seapossívelambiguidadedasquestõeseassegurarqueasmesmasseriambemcompreendidas,oquestionário foisujeitoaumprocesso de validação através de um pré-teste (Hill & Hill, 2000). Para oefeitosolicitou-seaumconjuntodeprofessoresdo1ºCEBedelínguasdosensinosbásicoesecundárionãopertencentesaescolasadstritasàDRECque

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respondessemaoquestionário.Apósasuaanálise introduziram-sealgumasmodificações,passando-seàetapaseguinte,ouseja,aoseuenvioparaasescolas não agrupadas e para os agrupamentos de escolas do distrito deAveiro(pertencentesàDREC),oquedecorreuduranteomêsdeMaiode2008.

OsdadosrecolhidosapartirdoquestionárioforamanalisadosatravésdoprogramadesoftwareStatisticalPackageforSocialSciences(SPSS),versão15.0,paracálculodasanálisesestatísticasdescritivasecorrelacionais.

Asquestõesderespostafechadasforamsujeitasaumaanálisequantitativaeasquestõesderespostaabertaformasujeitasaumaanálisedeconteúdo.

ConformesepodeobservarnaTabela1,dototaldequestionáriosenviados(n=1503)obtivemosumataxadereenvionaordemdos28%,correspondendoaumaamostraconstituídapor422respondentes.

Agrupamentos de escolas (professores do 1º CEB

e de línguas do Ensino Básico) 1.131 288

Escolas não agrupadas (professores de línguas

dos Ensinos Básico e Secundário) 372 134

TOTAL 1.503 422

Nível de EnsinoNº. de

questionários recebidos

Nº. de questionários

enviados

Tabela 1: Questionários enviados e recebidos

2.1.2 Questionário dirigido aos investigadores/formadores

Com o objectivo de caracterizar pessoal e profissionalmente osinvestigadores/formadores participantes no projecto, também foi elaboradoum inquérito por questionário, de forma a recolhermos dados relativamentea aspectos como: sexo; idade; habilitações literárias; frequência (ou não)de cursos de Pós-Graduação; situação profissional; local onde exerciamfunçõesnomomento;elementos relevantesdopassadoprofissional;Centro

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13Línguas e Educação: perfis profissionais de professores e de investigadores

deInvestigaçãoaoqualpertenciam;Laboratóriodequefaziamparteeáreas/disciplinasque leccionavame/ouapoiavamnoano lectivoemqueosdadosformarecolhidos.

Do total de 30 investigadores/formadores envolvidos no projecto, 23responderamaoinquéritoporquestionário,tendosidoosdadossujeitosaumaanálisedescritivaestatística, comajudadoprogramaMicrosoftOfficeExcel2007.

2.2 Inquérito por entrevista

Uma das formas de complementar a recolha de dados no trabalho decampoeaprofundarosjáobtidosatravésdeoutrosinstrumentosderecolha,éarealizaçãodeentrevistas.AentrevistaédefinidaporHaguette(1997:86)como um “processo de interacção social entre duas pessoas na qual umadelas,oentrevistador,temporobjectivoaobtençãodeinformaçõesporpartedooutro,oentrevistado”.Sendoumadastécnicasmaisutilizadasnoprocessodetrabalhodecamponaáreaeducacional,aentrevistapermiterecolherdadosdediferenteordem,nomeadamenteosquepoderãodesignar-secomomaissubjectivos,relacionadoscomosvalores,asatitudeseasopiniõesdossujeitosentrevistados.Estetipoderecolhadedadosdáaindaapossibilidadedeobterinformaçõesmaisprecisasquepodemaindaserconfrontadasecomprovadasdeimediato.

Dos diferentes tipos de entrevista existentes, optou-se por realizarentrevistas semi-estruturadas (Quivy & Campenhoudt, 1992), que secaracterizampelaexistênciadeumguiãopreviamentepreparadoqueservedeeixoorientadoraodesenvolvimentodaentrevista,ondenãoseexigeumaordem rígida na formulação das questões, mas em que todas devem sercobertasaquandodarealizaçãodaentrevista.Odesenvolvimentodestetipode entrevista vai-se, pois, adaptando ao entrevistado, mas mantém-se umelevadograudeliberdadenaexploraçãodasquestões.

Assim,paraalémpreencheremo inquéritoporquestionário, foi também

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pedidoaosinvestigadores/formadoresquerespondessemauminquéritoporentrevista,quetinhacomoprincipaisobjectivos:(i)identificarasrazõesqueoslevaramaparticiparnoprojecto(ii)identificarasexpectativasrelativamenteaodesenrolardomesmoeaodesenvolvimentodecomunidadeseducativas,(iii)identificarrepresentaçõesacercadoqueéensinarlínguas,aprenderlínguasefazerinvestigaçãoemeducaçãoemlínguase(iv)compreenderarelaçãoentreessasrepresentaçõeseaimplicaçãodosinvestigadoresnoprojectosobreaformaçãoeainvestigaçãonasuarelaçãocomodesenvolvimentoprofissional(verAnexo2).

Do total de 30 investigadores/formadores envolvidos no projecto, 19acederamaresponderaoinquéritoporentrevista,sendodepoisestatranscritanaíntegraeosdadossujeitosaumaanálisedeconteúdo.Nestapublicaçãoapenascentraremosanossaanálisenosresultadosrelativosaosdoisprimeirosobjectivos.

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15Línguas e Educação: perfis profissionais de professores e de investigadores

3. Análise dos dados e interpretação dos resultados

3.1 Perfil e representações dos professores do 1º CEB e de línguas dos Ensinos Básico e Secundário do distrito de Aveiro

Nopressupostodequeossujeitosconstroemassuasidentidadespessoaiseprofissionaisnassuashistóriasdevida(Nóvoa,1992),nassuasbiografias,foinossaintençãotraçarumretratodosprofissionaisdaeducaçãoemlínguasnaregiãoemqueaUniversidadedeAveirojogaasuaesferadeinfluência.Re-colhendosimples indicadoresdevidasprofissionais,procurámosteracessoapercursosemdesenvolvimentonosentidodemelhorpodermosintervir,contri-buindoparatornaressespercursosmaisricosemaiscapazesderesponderaosdesafiosdeumaeducaçãoemlínguascadavezmaiscomplexaediversificada.

3.1.1 Caracterização pessoal e profissional dos professores do 1º CEB e de línguas dos Ensinos Básico e Secundário

Conforme se pode verificar no Gráfico 1, os respondentes sãomaioritariamentedosexofeminino.

Percentagem

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Sexo

Gráfico 1: Distribuição dos professores respondentes por sexo.

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Estesresultadosvêmdecertaformacorroborarumacertatendênciaparaafeminizaçãodaprofissãodocente,tendênciaestaque,segundoAraújo(1990)secomeçouadesenharapartirdosfinaisdoséculoXIX, tornando-semaisevidentenasdécadasseguintes,emparticularaoníveldoEnsinoBásico–1ºciclo,mantendo-seatéàactualidade,tantoemPortugalcomonoutrospaíses(cf.Unesco,1998).

Aoobservar-sedoGráfico2,constata-sequeaamostraéconstituída,essen-cialmente,porsujeitosdeduasfaixasetárias(38-43e44-49)numtotalde49%.

Gráfico 2: Distribuição dos professores respondentes por idade.

Percentagem

Idade

Temosaindaumapercentagemconsideráveldesujeitosnafaixaetáriados50a55anos(19%).Tendocomoreferênciaosciclosdacarreiradocentedescri-tosporHuberman(1992),podemosequacionarqueosrespondentessesituarãoentreoquesedesignapor(i)“meiodacarreira”(entreos35-50anos),umperío-dosintomaticamentecaracterizadoporquestionamentosfrutodeumasensaçãoderotina,dedesencantoperanteumapossívelmonotoniadavidaquotidianaemsaladeaulae(ii)umafasedealgumaserenidadeedistanciamentoafectivo(en-treos45-55anos),caracterizadaporummenorníveldeinvestimentonotrabalhodocenteemaiorserenidadeperanteassituaçõesemsaladeaula.

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17Línguas e Educação: perfis profissionais de professores e de investigadores

Contudo, conscientes das limitações de uma perspectiva cronológica eestruturadadavidaprofissionaledaimportânciadesecompreenderodesen-volvimentoprofissionalnasuaarbitrariedade,numalógicaidentitário-narrativa(Nóvoa,1992),porquenosreferimosaumprocessodinâmicoemfunçãodabiografiadossujeitosedasuarelaçãocomoscontextos(Uwamariya&Muka-murera, 2005), esta interpretação carece demaior comprovação juntos dossujeitosedosterrenosdeactuaçãoprofissional.

Noquedizrespeitoàindicaçãodashabilitaçõesliterárias,dos422inquiridosapenas400responderamaestaquestão.Édesalientarquegrandepartedosrespondentesseleccionoumaisdoqueumadashipótesescontempladasparaestaquestãonoquestionário.NaTabela2apresentam-se,apenas,onúmeroderespostasparacadaumadashipóteses.

Complemento de formação de professores do 1º Ciclo 7 2%

Magistério Primário 23 6%

Bacharelato 33 8%

Licenciatura 320 80%

Curso de Formação Especializada 29 7%

Mestrado 33 8%

Doutoramento 1 0,3%

Não responderam 22 5,5%

Habilitação Frequência %

Tabela 2: Distribuição dos professores respondentes por habilitações literárias.

ConformesepodevernaTabela2,agrandemaioriadosprofessorespos-suiumalicenciatura.Emboraapercentagemdeprofessoresjácomcursosdeespecializaçãoedemestrado concluídosnão sejamuitoexpressiva, indiciaummovimentodeprocurade formaçãopós-graduada inscrito numparadig-madeaprendizagemaolongodavida.Estemovimentoécorroboradopelasrespostasàquestão3.1ondeseperguntaaosinquiridosseseencontravam,nomomento,afrequentaralgumcursodepós-graduação.Comefeito,17dosinquiridosafirmaramestarafrequentarumcursodeformaçãopós-graduada(7umcursodeDoutoramento,6umcursodeMestradoe4umCursodeFor-

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maçãoEspecializada).Assim,ototaldeprofessoresqueprocurououprocu-ra formaçãopós-graduada situa-seem20%daamostra.Questionamo-nosseestatendêncianãoseráumindíciodavalorizaçãoquetemsidoatribuídaà formaçãopós-graduadaparaefeitosdeprogressãonacarreira,sendo,noentanto,importanteviraconfrontarestesresultadoscomoutrosestudosqueincidamsobreestaquestão.

Relativamente à situação profissional e à natureza do vínculo com aentidadepatronal,aTabela3permiteverificar,porumlado,queosprofessorescommaistempodeserviçopertencem,nasuamaioria,aoQuadrodeNomeaçãoDefinitiva (64,7%)ouaoQuadrodeZonaPedagógica (22,7%); e, por outrolado, como seria de esperar, os professores commenos tempo de serviçopossuemumasituaçãoprofissionalmaisprecária.Naalturadaaplicaçãodoquestionário,dototalderespondentes,30%eramprofessorestitulares3.

Professor (a) do Quadro de

Nomeação Definitiva 0 0 2 51 167 44 264 64%

Professor(a) do Quadro de

Zona Pedagógica 0 0 4 64 25 0 93 23%

Professor(a) Contratado(a) 5 10 15 18 0 0 48 12%

Professor(a) do Programa de

Generalização do Inglês no 1º CEB 2 1 0 0 0 0 3 0,7%

Professor(a) que trabalha

a recibos verdes 1 0 0 0 0 0 1 0,3%

Total 8 11 21 133 192 44 409

%Total31-4019-307-184-61-3≤1

Tempo de Serviço (anos)Situação

Profissional

Tabela 3: Distribuição em função da análise correlacional entre situaçãoprofissional e tempo de serviço.

3 AcategoriadeprofessoratitularfoicriadacomaentradaemvigordoDecreto-Lein.º15/2007, de 19 de Janeiro, que introduziu alterações na carreira docente da educaçãopré-escolaredosensinosbásicoesecundário,passandoestaaserestruturadadeformahierarquizadaemduascategoriasdistintas–adeprofessoreadeprofessor titular.

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19Línguas e Educação: perfis profissionais de professores e de investigadores

Dadoquealeccionaçãodelínguas(incluindoalínguaportuguesadesdeo 1.º ano de escolaridade) pode ser feita por professores com diferentesformações, interessou-nos saber quais os professores que, leccionandono 1º CEB, se consideravam especialistas em línguas. Definiram-se comoprofessoresgeneralistasdo1ºCEB,36%(152),ecomoprofessoresdelínguas,47,4%(200),sendoque16,6%(70)nãorespondeu.

Os professores que se definiram como professores de línguas, quandoquestionados relativamente ao nível de ensino em que se encontravam aleccionarnoanolectivo2007/2008(alturaemqueosdadosforamrecolhidos)e, tal como mostra a Tabela 4, responderam os que se encontravam aleccionarno3ºCEBe/ounoSecundário(67%).Apenas5%dosprofessoresrespondentesleccionavano1ºCEBe17%no2ºCEB.Derealçarquealgunsprofessoresactuavamemmaisdoqueumciclodeensino.

1º Ciclo 13 5%

2º Ciclo 46 17%

3º Ciclo 66 24%

Secundário 38 14%

3º Ciclo e Secundário 78 29%

2º e 3º Ciclos 5 2%

Nível de ensino Frequência %

Tabela 4: Distribuição dos professores de línguas pelo nível em que leccionam

Noquedizrespeitoàslínguasqueseencontravamaleccionar,aquandodo preenchimento do questionário, foi apresentado aos professores umconjuntodehipótesespossíveis.Umavezquegrandepartedosrespondentesseleccionou mais do que uma das hipóteses, na Tabela 5, apresentamos,apenas,onúmeroderespostasparacadaumadashipóteses.

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Talcomosepodeobservar,nomomentoemqueprocedemosàrecolhadosdados,osprofessores inquiridosestavam,maioritariamente,a leccionarPortuguês (40%) e Inglês (39%), havendo também uma percentagemconsideráveldeprofessoresa leccionarFrancês(21%),sendoquetodasasoutraslínguasforamreferidasempercentagembastanteinferior.

RelativamenteàsÁreasCurricularesNãoDisciplinares,constatamosque,noanolectivode2007/2008,dototaldosprofessoresquesedefiniramcomoprofessoresdelínguas,39%foiresponsávelpelaÁreadeEstudoAcompanhado,23%pelaÁreadeFormaçãoCívicae17%pelaÁreadeProjecto.

Quanto aos cargos desempenhados e que, na opinião dos inquiridos,mais contribuíram para o seu desenvolvimento profissional, verifica-se, apartir da análise daTabela 6, que são os cargos deDirector deTurma, deCoordenadordeDepartamentoederesponsávelpeladinamizaçãodeclubes/projectos, aqueles que são apontados como tendo sido osmais relevantesparaodesenvolvimentoprofissional.

Português 107 40%

Inglês 105 39%

Francês 58 21%

Espanhol 5 2%

Alemão 2 0,7%

Português Língua não materna 2 0,7%

Latim 0 0%

Grego 0 0%

Línguas Frequência %

Tabela 5: Distribuição dos professores respondentes emfunção da língua que leccionam

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21Línguas e Educação: perfis profissionais de professores e de investigadores

Osrespondentesconsideraramqueostrêscargosreferidosanteriormentecontribuíramparaoseudesenvolvimentoprofissionalnamedidaemquelhespermitiram ter, sobretudo, umconhecimentomais aprofundadoda realidadeescolar.Consideramaindaqueoexercíciodestescargoslhespossibilitou(i)interagirmaisregularmentecomacomunidadeemgeral(pais,encarregadosdeeducação,alunos,docentes),contribuindoparaumamelhorcompreensãodo processo de aprendizagem dos alunos, (ii) construir uma visão maisabrangentedafunçãodocente,pelacapacidadedereflexãosobreaprofissão,(iii)desenvolveracapacidadedetomardecisões,(iv)trabalharemequipa,(v)aprofundarconhecimentosaonívelpedagógicoelegislativo,e,finalmente,(vi)desenvolveracapacidadedeconcebereimplementarprojectos.

Pelasrazõesapontadas,podemosdepreenderqueestescargosparecemconduzir, na perspectiva dos inquiridos, a uma melhor compreensão darealidadeescolareaodesenvolvimentodecapacidadesinerentesàprofissãodocente.

DirectordeTurma 199 47,2%

CoordenadordeDepartamento 115 27,3%

Responsávelpeladinamizaçãodeclubes/projectos 110 26%

Coordenador Escola 77 18,2%

Orientador/Supervisor da Prática Pedagógica 70 16,6%

Membro do Conselho Executivo 57 13,5%

Coordenador de Directoras de Turma 25 5,9%

Outros4 21 5%

Presidente do Conselho Pedagógico 8 2%

Cargos Frequência %

Tabela 6: Cargos desempenhados considerados relevantespara o Desenvolvimento Profissional

4 OutrosCargos indicados:Membro daAssembleia deEscola;Membro doConselhoPedagógico; Coordenador de Biblioteca Escolar e de Centro de Recursos; Formador;CoordenadordeNúcleo.

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3.1.2 Representações sobre formação, investigação e desenvolvimento profissional

Sendoo projectoLínguas & Educação: construir e partilhar a formaçãoumprojectoqueprocuraaliarasdimensõesinvestigativaeformativanaáreada educação em línguas e que assume como principal finalidade estudardinâmicasdeconstruçãodeconhecimentoprofissionaldeformacolaborativaepartilhada,noseiodecomunidadesdeactoresqueseocupamdaeducaçãolinguística(professoresdo1ºCiclodoEnsinoBásicoedelínguasdosEnsinosBásicoeSecundário,formadoreseinvestigadores),considerou-seimportanteconhecer as representações dos participantes, nesta fase do estudo, sobreformação,investigaçãoedesenvolvimento profissional.

Assim,ecomoobjectivodeconhecerqualaformação(complementare/oupós-graduada) frequentadapelos inquiridos, procurando-se compreenderdequemodoessamesma formaçãocontribuiuparaoseudesenvolvimentoprofissional,solicitou-seaossujeitosrespondentesqueindicassem,naquestão13,asacçõesdeformaçãofrequentadasatéummáximode3,referindoparacadaumaotema,otipoe/oumodalidadedaacção,ejustificandoaimportânciaquelheatribuíram.

No que se refere aos professores de línguas dos ensinos básico esecundário,econformesepodeobservarnaTabela7,aáreamaisreferenciadaéadasTecnologiasdaInformaçãoeComunicação.Constata-se,também,queafrequênciadeacçõesdeformaçãonaáreadaeducaçãoemlínguasassumepoucaexpressividade.

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23Línguas e Educação: perfis profissionais de professores e de investigadores

Relativamente aos professores Generalistas do 1º CEB, e tal como sepodeverificarnaTabela8,consta-sequeaformaçãofrequentadanaáreadaeducaçãoemlínguasassumeumcarácterresidual,surgindocomvaloresmaisexpressivosformaçõesdecaráctermaistransversal.

TIC 117 58,5%

Didáctica e Desenvolvimento Curricular 62 31%

Matemática 46 23%

Actualização Linguística 45 22,5%

DidácticadaLíngua 41 20,5%

Ciências da Educação 40 20%

SensibilizaçãoàDiversidadeLinguísticaeCultural 25 12,5%

Leitura 24 12%

Organização e Gestão Escolar 24 12%

Escrita 9 4,5%

Supervisão 8 4%

Investigação 2 1%

Educação Especial 1 0,5%

Animação Sócio-Cultural 1 0,5%

Temas Frequência %

Tabela 7: Acções de Formação frequentada pelos professores de Línguas

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Noqueserefereaotipodeformaçãofrequentada,edeacordocomaTabela9,constata-sequeaformaçãocontínuafoiamaisindicadapelosparticipantes,apresentandoa formaçãopós-graduadaea formaçãoespecializadavaloresresiduais.Setivermosemconsideração,etalcomoseobservounaTabela2,quedo total departicipantes63 realizaram formaçãopós-graduada (Cursosdeformaçãoespecializada,Mestrado,Doutoramento),verifica-sequeapenas26 desses participantes parecem valorizar a formação pós-graduada comocontributoparaoseudesenvolvimentoprofissional.

Quantoàmodalidade,aoficinadeformaçãopareceseramaisfrequentadapelos participantes, parecendo, assim, evidenciarem alguma disponibilidadeparaparticiparememoficinasde formaçãocomoasqueoprojectoLínguas e Educação: Construir e Partilhar a Formação pretendia propor ao nível dadimensãoformativadoprojectoàquelesqueviessemaintegraraComunidadedeDesenvolvimentoProfissional.

Matemática 36 23,7%

TIC’s 24 15,8%

Actualização Linguística (24) 24 15,8%

Didáctica e Desenvolvimento Curricular 23 15,1%

Didáctica 21 13,8%

Ciências da Educação 10 6,6%

DidácticadaLíngua 5 3,2%

Organização e Gestão Escolar 4 2,6%

Supervisão 3 1,9%

SensibilizaçãoàDiversidadeLinguísticaeCultural 2 1,3%

Animação Sócio-cultural 2 1,3%

Investigação 0 0%

Temas Frequência %

Tabela 8: Acções de Formação frequentada pelos professores generalistas

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25Línguas e Educação: perfis profissionais de professores e de investigadores

Em relação aos problemas que se colocam à formação de professoresemPortugal,foisolicitadoaosinquiridosqueassinalassematéummáximodetrêsopçõesdeumlistaidentificadacombasenaliteraturadaespecialidade.DeacordocomaTabela10verifica-seque,paraosparticipantes,osprincipaisproblemas que se colocam à formação de professores se prendem, porordem de prioridade, com a falta de tempo para investir na formação, coma desadequação das modalidades de formação às necessidades sentidasdos professores e com a instabilidade na carreira que tem caracterizado aprofissão.Embora commenorexpressividadedoqueasopçõesanteriores,o facto da formação que tem sido disponibilizada aos professores não sercentradanaescolatambémaparececomoumproblemaquesecolocaàquelesqueresponderamaesteinquérito.

Oficina de formação 155 36,7%

Acção de formação 8 2%

Seminário 7 1,7%

Círculo de estudos 5 1,1%

Projectos 1 0,2%

Formação pós-graduada 18 4,3%

Formação especializada 8 1,9%

Tipo e modalidade de formação Frequência %

Formação Contínua

Tabela 9: Tipo e modalidade da formação frequentada

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Quando questionados sobre o grau de satisfação relativamente ao seupercursoprofissional,constata-seque70%dosprofessoresparecemsentir-seglobalmentesatisfeitos(satisfeitos/muitosatisfeitos/extremamentesatisfeitos)comoseupercurso.Emboraonúmerodeprofessoresinsatisfeitossejapoucoexpressivo(cf.Tabela11),énoentantodesalientarque21,6%dosprofessoresinquiridossesentem“poucosatisfeitos”comoseupercursoprofissional.

Falta de tempo para investir na formação. 264 62,6%

Desadequação das modalidades de formação às necessidades dos professores 205 48,6%

Instabilidade na carreira profissional. 200 47,4%

Formação não centrada na escola. 118 28%

Falta de colaboração entre as instituições de formação e as escolas 71 18,8%

Formação inicial deficitária 60 14,2%

Falta de oferta de cursos de pós-graduação 27 6,4%

Falta de implicação do sujeito no processo de formação 24 5,7%

Outro 8 ?

Desajuste entre a investigação, a formação e a realidade escolar. ? ?

Problemas que se colocam à formação de professores Frequência %

Tabela 10: Problemas que se colocam à Formação de professores em Portugal

Extremamente satisfeitos 7 1,7%

Muito satisfeitos 87 20,6%

Satisfeitos 195 46,2%

Pouco satisfeitos 91 21,6%

Insatisfeitos 27 6,4%

Grau de satisfação Frequência %

Tabela 11: Grau de satisfação quanto ao percurso profissional

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27Línguas e Educação: perfis profissionais de professores e de investigadores

Quando solicitados, em questão aberta que foi sujeita a análise deconteúdo,ajustificaraopçãoassinaladanaquestãoanterior,observa-seumnúmero elevado de não respostas (144 - 34,1%) e dos 70%dos inquiridosque se afirmaram satisfeitos com o seu percurso profissional, apenas 27%justificaramasuasatisfação.

Constatamosqueogosto pela profissãoeaprogressão na carreirasãoasprincipaisrazõesapontadasparaestaremsatisfeitos(4,3%)ounãosatisfeitos(26,6%)comoseupercursoprofissional.

Comoobjectivodeconhecerasrepresentaçõesdestesprofessoresrela-tivamenteàutilidadequeatribuemàinvestigaçãoeducacionalparaapráticadocente,solicitou-sequeosmesmosindicassemse,nasuaopinião,ainves-tigaçãoeducacionalemPortugaltemsidoútilparaapráticadocente(questão16).Dos396inquiridosqueresponderamaestaquestão,27,9%(n=118)con-sideramquetemsidoútil,23,5%(n=99)nãolhereconhecemutilidadee32,5%(n=179)afirmamdesconhecerautilidadedessainvestigação.

Quandosolicitados,emquestãoaberta(questão16.1),ajustificaremaop-çãoassinaladanaquestãoanterior,dos27%dos inquiridosqueconsideramquea investigaçãoeducacional temsidoútilparaapráticadocente,apenas18,8%justificamasuaopção.Emboraargumentem,nasuaglobalidade,queamesmatemsidoútilparaoensino,2,6%dosinquiridosrefereafaltadeinfor-maçãorelativamenteàinvestigaçãodesenvolvida.Seaceitarmosqueapráti-cadainvestigaçãoinfluenciaodesenvolvimentoprofissionaldosprofessores,considera-senecessáriorepensarosseusmodosdedifusãoedeparticipação,demodoatornarmaisacessíveloconhecimentoconstruídoeaconstruirpe-losdiferentesactoreseducativosdocentes.Relativamenteaos23,5%quenãoreconhecemutilidade à investigação educacional, somente 15,4% justificamasuaposição,afirmandoquea investigaçãoestádesajustadada realidadeescolar (9,2%) ou não apresenta soluções práticas (6,2%). Dos 32,5% quedizemnãosabersea investigaçãoeducacional temsidoútilounãoparaaspráticasdocentes,25,1%nãojustificaasuaopção.Aquelesquejustificamasuaposiçãoapresentamcomoargumentososseguintes:afaltadedivulgaçãodainformação(8,1%),anãocontribuiçãoparaodesenvolvimentoeducacional(6,4%),afaltadediálogoentreaspartesenvolvidasnoprocessoinvestigativo(1,7%)e,porfim,amanipulaçãodainvestigaçãoeducacional(1,2%).

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Apesardenaquestão16,23,5%dosinquiridosterafirmadonãoreconhecerautilidadedainvestigaçãoeducacionalparaapráticadocentee32,5%(n=179)terafirmadonãosaber,quandoquestionados,naquestão17,seprocuram,ounão,manter-seinformadossobreainvestigaçãorealizadaemPortugalnaáreadaeducaçãoemlínguas(maternae/ouestrangeirae/ouclássicas),verifica-sequeumamaioriasignificativa(81,5%)dizmanter-seinformadasobreamesmaconformesepodeobservarnaTabela12.

Sim 344 81,5%

Não 60 14,2%

Não responde 18 4,3%

Informação sobrea investigação

Frequência %

Tabela 12: Procura manter-se informado sobre a investigação em educação em línguas

Aos81%dosparticipantesqueresponderamsimaestaquestão,foi-lhessolicitado que indicassem, de um leque de possibilidades definidasa priori,comotêmprocuradomanter-seinformadossobreainvestigaçãorealizadaemPortugalnaáreadaeducaçãoemlínguas,talcomosepodeverificarapartirdaTabela13.

Lendo livros ou artigos da especialidade 264 62,6%

Participando em projectos de investigação 28 6,6%

Participando em acções de formação 267 63,3%

Participando em encontros, colóquios, congressos 210 49,8%

Dialogando com outros investigadores 40 9,5%

Dialogando com outros professores 317 75,1%

Outro(s). Qual(ais)? INTERNET 11 2,6%

Modos de se manter informado Frequência %

Tabela 13: De que forma tem procurado aprofundar conhecimentosna área da educação em línguas

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29Línguas e Educação: perfis profissionais de professores e de investigadores

Percentagem

Jáintegrou/integraequipasdeinvestigação?

��� ���

��

��

��

��

��

��

��

��

��

���

��

���

Emrelaçãoaos14,2%queafirmaramnãosemanterinformadossobreainvestigaçãorealizadaemPortugalnaáreadaeducaçãoemlínguas,justificamasuaposturaapresentandoargumentoscomoafaltadedisponibilidade(5%),afaltadeinformação(2,1%),odesinteresse(1,7%)eadifícilconciliaçãoentreotrabalhoeafamília(0,5%),sendoaindadereferirque6%nãoapresentouqualquertipodejustificação.

Talcomojáseteveoportunidadedereferir,sendoLínguas e Educação: construir e partilhar a formaçãoumprojectodeinvestigaçãoedeformaçãoqueassentanaconstituiçãodeumaComunidadedeDesenvolvimentoProfissional(CDP)quereúna,emtornodeumamesmavontadeedisponibilidadedede-senvolvimentoprofissional,professores,formadoreseinvestigadores,pareceurelevanteconstruiralgumconhecimentodebasesobreasrepresentaçõesdosprofessoresrelativamenteaosparceiroseàsituaçãodetrabalhoapropor,no-meadamentenoquetocaàinvestigação(seupapelepertinência)eaotrabalhocolaborativocomoviadepromoçãododesenvolvimentoprofissionalmútuo.

Assim, com a questão 18 do questionário procurou saber-se se osprofessoresrespondentesjáhaviamintegradoequipasdeinvestigação.Umamaioriamuitosignificativadosinquiridos(92%)afirmanãoterintegrado,atéaomomento,qualquerequipadestanatureza(Gráfico3).

Gráfico 3: Distribuição das respostas obtidas à questão“Já integrou / integra equipas de investigação?”

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Emboraonúmeroderespondentesqueafirmajáterintegradoequipasdeinvestigaçãosejapoucoexpressivo(8%),édesalientarquetalintegraçãofoipercepcionadadeformamuitopositivapelosmesmos.

Em relação às representações dos professores inquiridos relativamenteaos participantes na investigação educacional, construiu-se, para o efeito,umaquestãocomcincoafirmações,relacionadascommodelospossíveisdeparticipaçãonaconstruçãodoconhecimento,solicitandoacadainquiridoqueassinalasseaopçãocomquemaisconcordava.

OGráfico4mostradeummodomuitoexpressivoqueaquasetotalidadedos respondentes (97%) considera que a investigação deve ser umaactividadecolaborativaentreinvestigadores/professoresdoEnsinoSuperioreprofessoresdosEnsinosBásicoeSecundário.Osinquiridosparecem,assim,evidenciar alguma disponibilidade para um “profissionalismo interactivo”,conformereferemFormosinhoeMachado(2008:6),ouoreconhecimentodequeinvestigadoreseprofessoresdevemagiremconjuntoeemfunçãodeumamesmafinalidade:aqualidadedaeducação.Estesresultadosmostramaindaquereconhecemosinvestigadorescomoparceirosdepercurso,comfunçõesrelevantesadesempenharnassituaçõeseducativas.

Responsabilidadedos Académicos

��

��

��

��

��

��

���

�� ��

���

�� ��

Professores dos Ensino Básicoe Secundário

participam quandosolicitados

Investigaçãocolaborativa

Académicosparticipam

quandosolicitado

Responsabilidadedos professores

do EnsinoBásico e

Secundário

Percentagem

Gráfico 4: Distribuição das respostas obtidas à questão “Relativamente aos participantes na investigação educacional, assinale a opção com que mais concorda.”

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31Línguas e Educação: perfis profissionais de professores e de investigadores

Quando solicitados, em questão aberta que foi sujeita a análise deconteúdo,ajustificaraopçãoassinaladanaquestãoanterior(Gráfico5),26%dos respondentes argumentam que a investigação educacional, enquantoactividadecolaborativa,contribuiparaodesenvolvimentoprofissionaldetodosos intervenientes, pelo que será de todo o interesse que investigadores eprofessoresdosdiferentesníveisdeensino,dobásicoaosuperior,colaboremnestainvestigação.Édereferir,também,quepara19%dosrespondentes,aaproximaçãoentreateoriaeapráticaseconstituinumadasgrandesvantagensda investigação colaborativa. Salienta-se, ainda, que 17% dos inquiridosjustificamasuaopçãoreferindoaimportânciaqueainvestigaçãocolaborativapoderá ternarealidadeescolar,paracompreensãodessamesmarealidade,bemcomoparaasuatransformaçãoemfunçãodepráticasmaisadequadasemaisricas.Paraestefim,parecelógicoqueocaminhomaisseguropasseporuma investigaçãoverdadeiramente colaborativa.Asduasúltimasopçõesderespostaencontram-se,dealgumaforma,ligadasàsanteriores:acolaboraçãopoderáconcedermaisalgumaabrangênciaàinvestigação(8%)eàvalidaçãodosseusresultados(7%).

Gráfico 5: Distribuição das respostas obtidas à questão “Justifique a respostadada em 19 [relativamente aos participantes na investigação educacional].”

Percentagem

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No sentido da compreensão das representações sobre as finalidadesatribuídasàinvestigaçãoemeducaçãoemlínguaspelosinquiridos,apresentou-senaquestão20umconjuntodefinalidades,solicitando-lhesqueindicassemograude importânciaqueatribuíamacadauma,usandoparaoefeitoumaescalade1a5,sendo1Nada importante,2Pouco importante,3Importante,4Muito importante;5Extremamente importante,talcomosepodeobservarnaTabela14.

Tabela 14: Distribuição das respostas obtidas na questão 20“Finalidades da Investigação em educação em línguas”

De acordo com a análise dos resultados expressos na Tabela 14,constata-seque,apesardeosprofessorespareceremcompreenderopapeldainvestigaçãonaconstruçãodeconhecimentosobreeducaçãoemlínguas(finalidade apontada em terceiro lugar, com76,8%), parecem valorizar umainvestigaçãoaplicada,instrumentalizada,capazdedar“receitas”eresultadosimediatose(aparentemente)eficazesparasolucionarproblemasdarealidadeeducativa. Neste sentido, o discurso dos inquiridos parece apontar comoprincipalobjectivodainvestigaçãoeducacionalaaplicaçãoimediataemsaladeaula,aquepareceestarsubjacenteumavisãopragmáticaetecnicistada

Melhorar os resultados de aprendizagem dos alunos 0,7% 8,8% 87,4% 2,8%

Reflectir sobre as práticas e diagnosticar problemas 2,2% 8,3% 85,6% 3,8%

Construir conhecimento sobre o ensino/aprendizagem 2,8% 20,5% 76,8% 4%

Produzir sugestões pedagógico-didácticas 3,1% 19,4% 74,5% 2,8%

Experimentar e avaliar práticas inovadoras de

educação em línguas 3,7% 20,1% 70,3% 5,5%

Testar e validar teorias 13,1% 38,4% 42,9% 5,5%

Estudar e avaliar políticas educativas 21,9% 30,8% 41,7% 5,5%

Finalidades da Investigaçãoem Educação em Línguas

4+531+2 NR

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33Línguas e Educação: perfis profissionais de professores e de investigadores

investigaçãocapazdecontribuirparaamelhoria da aprendizagem dos alunos(87,4%).Apreocupaçãocomosresultadosdeaprendizagemecomaprodução de sugestões pedagógico-didácticas (74,5%) parecem concorrer para estaperspectivasobrea investigação.Nestepanorama,osprofessoresparecemnão ver na investigação um espaço de enriquecimento / desenvolvimentoprofissional de transformação de si mesmos numa capacitação para atransformação dos contextos. No entanto, a finalidade de reflectir sobre as práticas e diagnosticar problemasatingevaloresde85,6%.

Parecefaltaraideiadeinvestigaçãocomoalgoarealizarparadar“sentidoàexistênciaecriarohábitodedecidirbem,na lógica […]de«umaciênciaprudenteparaumavidadecente»” (Boavida&Amado,2008:319). Importa,noentanto,problematizarestesresultadosfaceàspossibilidadesderespostaindicadaspeloquestionário,umavezquenelasnãofiguravaaperspectivadainvestigaçãocomoumaestratégiadeformaçãodesiprópriocomoprofessor,deapoionatomadadedecisõespedagógicasedeesclarecimentodaspráticasnumaatitudecríticaeindagadora,socialmenteimplicada.

3.1.3 Representações sobre Educação em Línguas

SendoaeducaçãoemlínguasumdoseixoscentraisnoâmbitodoprojectoLínguas e Educação: construir e partilhar a formação,considerou-serelevanteconhecer as representações dos professores em relação às principaisfinalidadesdoensino/aprendizagemde línguas.Emquestãoaberta, foi-lhessolicitado que enunciassem as principais finalidades e justificassem a suarespostas.

Na Tabela 15, encontram-se as principais finalidades do ensino/aprendizagem de línguas enunciadas pelos inquiridos, após análise deconteúdo.

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Observa-sequeosrespondentesvalorizamacompetênciadecomunicação(20,4%) como grande preocupação do processo de educação em línguas.Subjacenteaestesresultadospareceemergirumavalorizaçãodadimensãopragmáticadaaprendizagemlinguístico-comunicativa,emdetrimentodeumadimensãomaisformativaepolítica(cf.Gonçalves2010).Nestamesmalinha,éderealçarapoucavalorizaçãodacompetênciadeaprendizagem(2,8%)eda competência existencial (4,3%), enquanto competências transversais, oquepodesignificarumaexcessivapreocupaçãocomacomunicaçãoecomalínguacomoconteúdosaapresentaraosalunosdando,assim,destaqueàespecificidadedoensinodalínguacomoobjectoadominarcomcorrecção,semumacentraçãosobreoensinaraaprender,istoé,semumapreocupaçãoclaradecentraroensinosobreoprocessoousobreoalunoeosseusrepertórioslinguístico-comunicativos com vista ao desenvolvimento da autonomiacomo capacidade. Verifica-se ainda a valorização da diversidade e dainterculturalidade(12,8%),parecendo,noentanto,nãohaverumaconsciênciadaimportânciadosrepertóriosindividuaisedasuamobilização.Constata-se,

Formar para saber aprender (competência de aprendizagem) 12 2,8%

Formar para conhecer o mundo (competência cognitiva/referencial) 18 4,3%

Formar para saber ser e estar (competência existencial) 18 4,3%

Formar para conhecer uma cultura (competência sociocultural) 19 4,5%

Formar para saber agir, intervir (competência de realização) 27 6,4%

Formar para conhecer a língua (competência linguística) 35 8,3%

Formar para valorizar a diversidade (cultural) (competência intercultural e plurilingue) 54 12,8%

Formar para saber comunicar (competência comunicativa) 86 20,4%

Resposta desajustada 16 3,8%

Não respondeu 137 32,5%

Total 422 100%

Finalidades de ensino-aprendizagemde línguas

Frequência %

Tabela 15: Distribuição das respostas obtidas na questão 21“Finalidades do ensino/aprendizagem das línguas”

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35Línguas e Educação: perfis profissionais de professores e de investigadores

assim,ovalorqueéatribuídoaoprodutoemdetrimentodoprocesso(vejam-se,porexemplo,ascompetênciasdefinidasnoQuadroEuropeuComumdeReferênciaparaasLínguas,ConselhodaEuropa,2001).

Analise-se agora as representações dos professores inquiridosrelativamenteaosdesafiosquehojesecolocamaosprofessoresdelínguas.Tendoemvistaesteobjectivo,construiu-seumaquestãocomdozeafirmações,relacionadascomessesdesafioscombasena literatura, solicitandoqueseindicasse o grau de importância que atribuído a cada um, usando para oefeitoumaescalade1a5,sendo1Nadaimportante,2Poucoimportante,3Importante,4Muitoimportante,5Extremamenteimportante,talcomosepodeobservarnaTabela16.

Gerir o stress da profissão docente 6,4% 20,4% 60,2% 13%

Manter um bom relacionamento com os colegas 3,5% 19% 64,5% 13%

Gerir a interacção com os pais e encarregados de educação 4,2% 22% 61,4% 12,3%

Manter-me actualizado(a) do ponto de vista linguístico-comunicativo e cultural 1% 7,3% 81,5% 10,2%

Manter-me actualizado(a) do ponto de vista pedagógico-didáctico 0,7% 7,1% 82,9% 9,2%

Motivar os alunos para as línguas e culturas 0,5% 5,2% 84,8% 9,5%

Dar resposta a novas finalidades da educação em línguas 2,8% 18% 67,3% 11,8%

Gerir a heterogeneidade dos alunos (linguística, cultural, cognitiva, etc) 1% 16,1% 73% 10%

Fomentar a reflexão dos alunos sobre as línguas 5% 27,5% 55,9% 11,4%

Fomentar hábitos de estudo e estratégias de aprendizagem dos alunos 1,4% 9% 79,4% 10,2%

Avaliar competências diversificadas (linguístico-comunicativas,

de aprendizagem, etc) 2,6% 19,7% 66,3% 11,4%

Educar para a cidadania 1,2% 12,1% 75,6% 11,1%

Outras — — — —

Desafios que se colocam aos professores de Línguas

4+531+2 NR

Tabela 16: Distribuição das respostas obtidas na questão 22 “Grau de importância atribuído aos desafios que se colocam aos professores de línguas”

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Nopanoramageral,efaceaosdesafiosapresentadosnoquestionário,veri-fica-sequeaquelesaosquaiséatribuídomaiorgraudeimportânciasesituamadoisníveis:odaacçãoeducativa(noqualencontramosmotivar os alunos para as línguas e culturas,fomentar hábitos de estudo e estratégias de aprendizagem dos alunos,educar para a cidadaniaegerir a heterogeneidade dos alunos)eododesenvolvimentoprofissional(ouseja,manter-se actualizado do ponto de vis-ta linguístico-comunicativo e culturaledo ponto de vista pedagógico-didáctico).

Especificandoemtermosdecrescentes,motivar os alunos para a apren-dizagem de línguas (84,8%) apresenta-se como omaior desafio apontado,seguindo-seosdesafiosdaactualizaçãoaoníveldoconhecimentoprofissio-nal,nassuasdimensõeslinguístico-comunicativaecultural(conhecimentodoconteúdo) (81,5%) e pedagógico-didáctica (82,9%).Aos desafios do desen-volvimentoprofissionalseguem-sedesafiosrelacionadoscomaeducaçãolin-guística:fomentar hábitos de estudo e estratégias de aprendizagem dos alunos(79,4%),educar para a cidadania(75,6)egerir a heterogeneidade dos alunos(73%).Dedestacarque,nesteâmbito,odesafiocommenorgraudeimportân-ciaéodefomentar a reflexão dos alunos sobre as línguas(55,9%).

Os resultados relativos à educação linguística parecem ir, emparte, aoencontro das representações evidenciadas relativamente às finalidades doensino-aprendizagemdelínguasconsideradasprioritáriasnaquestãoanterior(questão21):formar para saber comunicar (competência comunicativa)efor-mar para valorizar a diversidade (cultural) (competência intercultural e plurilin-gue).Istoé,poder-se-áestabelecerumparalelocomasquestõesdamotiva-ção para as línguas/culturasecomodesenvolvimentodeumaeducação para a cidadania.Contudo,parecehaverumcontra-sensonaesferadasrepresenta-çõessobreasquestõesdaautonomiaedaconsciêncialinguística,entreoqueos inquiridosconsideraramcomomenosprioritáriocomofinalidade– formar para saber aprender (competência de aprendizagem)(2,8%)ecomosegundomaiordesafionaacçãoeducativa–fomentar hábitos de estudo e estratégias de aprendizagem dos alunos(79,4%).Derealçar,alémdisso,queaquestãodareflexividade/consciencializaçãolinguística,surgindoemúltimolugarcomode-safiocomapenas55,9%,indiciaumadesvalorizaçãodeumadimensãometa,essencialparaodesenvolvimentodeumconhecimentolinguísticomaisgeral(consciencializaçãodosfenómenoslinguísticos)eparaodesenvolvimentodas

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37Línguas e Educação: perfis profissionais de professores e de investigadores

duascompetênciasmaisvalorizadas,pelosinquiridos,comofinalidades(com-petênciacomunicativaecompetênciaplurilingueeintercultural)doprocessodeensino/aprendizagemdelínguas.Nestamedida,odesafioqueosprofessores,aoníveldoseudiscurso,parecempercebercomoomenor,pareceserododesenvolvimentodecapacidadesdereflexãonosalunos.

Em suma, os professores parecem conferir maior destaque aodesenvolvimentodepráticasquepermitamaosalunosproduzireusaralínguacomfinscomunicativos,parecendoacreditarqueestaspoderãoconduzir aodesenvolvimento de umamaior motivação para a aprendizagem linguística.Por outras palavras, os resultados parecem apontar para a ideia de que amotivaçãosedesenvolveatravésdemaiorcapacitaçãoparaacomunicação,paraaactuaçãoemsituação.Aopassoqueasquestõesdacapacitaçãoparaaaprendizagemereflexividadelinguística,tambémelasfundamentaisparaodesenvolvimentodaautoconfiançaeauto-motivação(eparaummaioroumenorenvolvimentoeesforçonastarefaslinguísticas),decidadãosmaisparticipativosesocialmenteresponsáveisecríticos,parecemnãosepercebercomoaspectosmuitoimportantespararesponderaosdesafioseducativosactuais.

Estes resultados parecem ir ao encontro de estudos como o de Pinho(2008),noqualseverificouqueosprofessoresdelínguasparecemprivilegiarotrabalhodesaladeaulaemtornodorepertóriolinguístico-comunicativodosalunos,muitoemborareconheçamaimportânciadeiralémdele.Aactivaçãoeodesenvolvimentodeconhecimentosdenaturezamaisprocessual,ligadosaodesenvolvimentoda competência deaprendizagem,bemcomoodesenvolvi-mentodacompetênciaexistencialsãodimensõesdaeducaçãoemlínguasqueserevestemdemaiordificuldadedeconcretizaçãonainteracçãodidáctica,aindaqueprojectadosnumafasedepéri-execução(Andrade&AraújoeSá,2002).

Podemos ainda dizer que, na generalidade, os maiores desafiosrelacionados com a acção educativa (que integra aspectos que vão alémdaeducaçãolinguística)situam-senocontextodasaladeaulaenarelaçãopedagógica com os alunos, ao passo que a relação com a comunidadeescolaralargada–ospares(manter um bom relacionamento com os colegas,64,5%)eospais/encarregadosdeeducação(gerir a interacção com os pais e encarregados de educação,61,4%)–parecenãosecolocarcomoumdosdesafiosmaisprementes.

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Noquedizrespeitoaosdoisdesafiosnodomíniododesenvolvimentopro-fissional,oaltograudeimportânciaquelheséatribuídopoderáserumindíciodapreocupaçãocomasquestõesdaprofissionalidade,namedidaemqueaconstruçãodesaberesedascompetênciaslinguístico-profissionaisnecessáriosparaoexercíciodaprofissão(saber-ensinarlinguístico)pareceserumdomínioqueosprofessoresestarãoaencontrarmaiordificuldadeemgerir.EstedesafiopareceestaremconformidadecomumdosproblemascolocadosàformaçãodeprofessoresapontadosnaQuestão14,relacionadocomafalta de tempo para investir na formação(1.ºproblemaapontadopor62,6%dosrespondentes).

Noque se refere às representaçõesdos inquiridos quanto aos possíveismodosdemelhoraraspráticasdeeducaçãoemlínguas,aanáliseteveporbaseaapresentaçãodeumconjuntodepotenciaismedidasaadoptar,conformesepodeobservarnaTabela17,tendo-sesolicitadoqueosprofessoresindicassemograudeimportânciaqueatribuíamacadauma,usandoparaoefeitoaescalajáapresentadaemquestõesanteriores(1–Nada importante;2–Pouco impor-tante;3–Importante;4–Muito importantee5–Extremamente importante).

Reformular o currículo escolar (incluindo os programas e a carga horária) 4,3% 20,1% 65,1% 10,4%

Dinamizar uma cultura de avaliação das práticas educativas 7,8% 30% 75,1% 10,7%

Melhorar o sistema de formação contínua de professores 2,1% 17,3% 71,5% 9%

Investir no Projecto Curricular de Escola e de Turma 8,3% 35,8% 45% 10,9%

Investir num trabalho mais individualizado com os alunos 1,9% 17,8% 69,9% 10,4%

Incentivar a participação da comunidade educativa

alargada (autarquias, empresas, etc.) 11,8% 38,6% 38,1% 11,4%

Encontrar formas de trabalho colaborativo na escola (actividades

de supervisão; grupos de trabalho; etc. 6,9% 23,5% 59% 10,7%

Promover a participação dos professores em redes de

investigação/intervenção educacional. 7,3% 26,8% 54,3% 11,6%

Medidas para melhorar as práticas de Educação em Línguas 4+531+2 NR

Tabela 17: Distribuição das respostas obtidas na questão 23“Medidas para melhorar as práticas de educação em línguas”

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39Línguas e Educação: perfis profissionais de professores e de investigadores

Naanálisedestaquestão,destacam-seascincomedidasmaisimportantesna óptica dos inquiridos.De notar que a prioridade em termos demelhoriada educação em línguas se situa nas questões da avaliação das práticas educativas (75,1%),sendodesequestionarse,peranteoactualcenáriodaavaliaçãododesempenhodosprofessores,subjacenteaestaperspectivaestaráuma orientação no sentido de prestação de contas, de umprofissionalismocontrolado,deumalógicadeperformatividadeedecausalidadelinear,ouseumaperspectivadeavaliaçãoreflexivainter-paresedeauto-questionamentocrítico e problematizador das práticas, uma avaliação que concorra para acompreensãodosfenómenoseducativos.

Seguidamente,dashipótesesde respostaapresentadas,osprofessoresparecemconsiderarprimordialatomadademedidas de melhoria do sistema de formação contínua (71,5%),oquesemostracoerentecomosresultadosobtidosnaQuestão14(Quais os problemas que se colocam à formação de professores em Portugal?), em que a desadequação das modalidades de formação às necessidades dos professores foi apontada como o segundoproblema(48,6%).

Em terceiro lugar, surgemmedidas do foro pedagógico-curricular, comoo investimentonum trabalho mais individualizado com os alunos(69,9%)eareforma do currículo escolar (incluindo programas e carga horária) (65,1%),seguindo-se medidas que promovam o trabalho colaborativo na escola(actividades de supervisão; grupos de trabalho; etc.)(59%).

3.1.4 Colaboração numa segunda fase da investigação

Finalmente,ecomoobjectivodeseidentificar,dototalderespondentes,qualapercentagemquesemostravadisponívelparaparticiparemprojectoscolaborativos na área da educação em línguas, verificou-se, nas respostasà questão directa colocada, que mais de metade (59%) não se mostroudisponívelparaseenvolvereparticiparemprojectosdeinvestigação/formação/intervenção colaborativos (não obstante, como se viu, reconhecerem o seuvalor e importância, o que configura respostas aparentemente dissonantesa merecerem uma atenção mais detalhada, em particular, procurando-

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se compreender em que acções pensam os professores não apenas sernecessário investir, tendo em vista a qualidade da educação, mas em queestãoefectivamentedispostosemcomprometer-se).

Embora24%dosrespondentesnãojustifiqueasuaindisponibilidade,35%apresentacomojustificação,conformesepodeverificarnoGráfico6,ondesesistematizaaanálisedeconteúdoefectuadaàssuaspalavras:faltadetempo,desinteresse,faltadedisponibilidadementalemotivosfamiliares.

Gráfico 6: Distribuição das respostas obtidas na questão “Estaria disponível para participar em projectos colaborativos concebendo, experimentando e avaliando materiais/projectos

na área da educação em línguas? Se respondeu NÃO, justifique.”

Percentagem

Nãoobstanteesteresultado,nãosepodedeixardeconsiderarque41%dosrespondentesmanifestaasuadisponibilidadeparaparticipareseenvolverem projectos colaborativos concebendo, experimentando e avaliando, comoutrosparceiros,situadosnoutrosterritóriosdetrabalho,materiaiseprojectosnaáreadaeducaçãoemlínguas.

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41Línguas e Educação: perfis profissionais de professores e de investigadores

3.1.5 Conclusões preliminares sobre as representações dos professores do 1º CEB e de línguas dos Ensinos Básico e Secundário do distrito de Aveiro

De acordo com esta primeira análise dos dados recolhidos através deinquérito por questionário, primeira tarefa do projecto em que se insere opresenteestudo,pareceserpossívelconstatarqueestesprofessorestêm,nageneralidade, uma sólida formação profissional e uma situação de trabalhoestável,bemcomobastanteexperiênciadeensinogeneralistado1ºCEBenaleccionaçãodasdisciplinasdePortuguês, InglêseFrancês,as línguasmaisrepresentadasnosníveisdeensinoemque,preferencialmente,actuam.Algunsdelestêmaindaprocuradorealizarformaçãoavançada,numclaroinvestimentonaprofissão,eoscargosdesempenhados,naopiniãodestesprofessores,sãobastanteimportantesparaoseudesenvolvimentoprofissional.

Verifica-se, ainda, o reconhecimento, por parte dos respondentes,da importância da participação em actividades de investigação, no seiode comunidades colaborativas, envolvendo professores, formadores einvestigadores de diferentes níveis de ensino e actuando em espaços deintervençãodiferenciados.Emparticular,ovalorqueosrespondentesatribuemàinvestigaçãocolaborativaprende-secomofactodamesmapodercontribuirpara: o desenvolvimento profissional de todos os intervenientes; umamaiorarticulaçãoentreateoriaeaprática;umamaiorcompreensãodofenómenoeducativo;eparaavalidaçãodosresultadosdainvestigação.

Destemodo,pareceserpossívelconcluirdaexistênciadeumterrenofértilparalançarprojectosdetipocolaborativoedesenvolvê-losemboascondições.Indicia-se,assim,queesteterrenoéfértilparaacçõesdeparceriaedetrabalhocolaborativoemtornodaspráticaseducativas.Estafertilidadeéfeita,sobre-tudo,aoqueparecepelasrespostasdosprofessores,doreconhecimentodocontributoqueooutro,parceiroanunciado,podeviradarparaacompreensãode situações complexas, como são as educativas, e para a capacidade deintervençãosobreessasmesmassituações.Pensa-seaindaestarsubjacenteaestadisponibilidadeacrençanainvestigaçãoemeducaçãocomoumaacti-vidadesocialecomvalorpraxeológico,quesefazsobreaspráticaseaelasretorna,logo,queexigeumacondiçãocolaborativaaosseusactores.

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Na linha de Sousa Santos (1987), dir-se-ia que, para estes sujeitos, oconhecimentoemeducaçãoemlínguaséútilporqueensinaaviveretraduz-senumsaberpráticoe,comotal,nãosedesenvolvenadisjunçãonemnodualismo(entreteoria/prática;investigadoreseprofessores;observadoreseobservados;universidadeeescola),antesnoencontroenapartilhadedesafiosenovosprojectosdetrabalho,eminteracçõescomosoutrosquesejamvividascomooportunidadesestimulantesdeaprendizagem,crescimentoetransformação.

3.2 Perfil e representações dos investigadores proponentes do projecto

3.2.1 Caracterização pessoal e profissional dos investigadores

Deacordocomaanálisedosdadosrecolhidosatravésdoquestionáriodecaracterização dirigido aos investigadores / formadores, constata-se que ossujeitossãodosexofeminino,àexcepçãodeum.Noqueserefereàidade,verifica-sequeaamostraéconstituída,essencialmente,porsujeitosdeduasfaixasetárias(26-30anose46-55anos),numtotal60,8%.

Noquedizrespeitoàformação inicialdosparticipantes,observa-sequedosvinteedoisquerespondemaestaquestão,amaioria(n=12)detémumalicenciaturanaáreada línguaportuguesaedeuma línguaestrangeira.Dosrestantesdez,cincopossuemumalicenciaturanaáreadelínguasestrangeiras,trêsemestudosclássicos,umemportuguêslínguamaternaeumemEnsinoBásico–1ºciclo.Relativamenteaoanodeconclusãodaformaçãoinicial,dezdos inquiridos terminarama sua licenciaturaentre2000e2008, noveentre1978-1988etrêsentre1989-1999.

Dos23inquiridos,11possuemdoutoramento(10naáreadaDidácticae1naáreadaCultura)eosrestantes12sãoalunosdepós-graduação:1dePós-Doutoramento,10deDoutoramentoe1deMestrado.Emtermosvinculativos,aequipacontacom13docentes–12delesadstritosaoCentrodeInvestigaçãoemDidácticaeTecnologianaFormaçãodeFormadores(CIDTFF)e1aoCentro

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deInvestigaçãodeLínguaseCulturas(CILC)–e12bolseiros.Relativamenteaopassadoprofissional,note-seque19dosinvestigadoresjátinhamexercidofunçõescomoprofessoresnoEnsinoBásicoeSecundário.

Quanto à experiência investigativa, constata-se que os inquiridosparticiparamnumtotalde47projectosdeinvestigação,sendoquedestetotal,dezaindaseencontramemcurso,tendo,osmembrosdaequipa,coordenado18 deles. De acordo com estes dados, podemos afirmar que se trata deuma equipamotivada, jovem, com experiência na área da investigação emeducaçãoemlínguas,commaioroumenorexperiêncianoterrenoescolarecomexperiênciaemtrabalharemequipa,queremprojectosanívellocal,queranívelnacionaleinternacional.

3.2.2 Expectativas e motivações para participarem no projecto

Noquerespeitaàsexpectativasemotivaçõesiniciaisqueconduziramosinvestigadores/formadores a participarem neste projecto, através da análisedosdadosda transcriçãodas19entrevistasefectuadasaos investigadores/formadores, verifica-se que, relativamente às motivações são referidosaspectoscomo:(i)acreditarnasvalênciasdotrabalhoconjuntoentrepessoascomexperiênciasdiferentese(ii)avalorizaçãodeparceirosadesenvolveremasuaactividadenoterrenoescolar,numaclaraaproximaçãoentreainvestigaçãoe a prática. O trabalho com professores sobre temáticas de educação emlínguas,aapostanaáreadaeducaçãoemlínguascomoáreadeinvestigaçãoeaconfiançanaformaçãodeprofessoresfundadanumtrabalhocolaborativoedecorrentedasnecessidadesdosmesmos,parecemseraspectosapontadoscomoasgrandesmais-valiasqueoprojectopodetrazer.

QuandoquestionadosacercadoqueesperamdoprojectoemtermosdodesenvolvimentodeumaComunidadedeDesenvolvimentoProfissionaledossujeitos,osrespondentescomeçampormencionaraspectosrelacionadoscomalgumapreocupaçãosobreaspossíveisdificuldadesnaoperacionalizaçãodamesma,nomeadamente(i)dificuldadeslogísticaseorganizativas;(ii)ocontextoactualnasescolascaracterizado tambémporumaquase inexistenteculturacolaborativa;(iii)equestõesatitudinaisqueseprendemcomumacertareserva

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dosprofessoresdosensinosbásicoesecundário relativamenteaocontextodo ensino superior, conduzindoa umafastamento entre estes profissionais.Contudo,seporumlado,apontamoafastamentoreferidoanteriormente,poroutro,ossujeitostambémantevêemaproximaçõesanívelinterinstitucionaleinterpessoal,bemcomoummaiorreconhecimentoepercepçãomútuaentretodososenvolvidos.

Os entrevistados acreditam, ainda, que poderão ocorrermudanças nosintervenientes no projecto, conduzindo a novos olhares sobre a educaçãoem línguas e a umamaior capacidade de envolvimento do outro nas suaspróprias práticas profissionais, assim comoao nível de uma reconfiguraçãodasrepresentaçõessobreospapéisprofissionaisdosactoresimplicados.Osinquiridosreferem,ainda,odesenvolvimentoqueoprojectopodepotenciarnaáreadaeducaçãoemlínguasedosprojectosatéagoradesenvolvidos(comoporexemploo ICA/DL5)eaoníveldodesenvolvimentodecompetênciasdeinvestigaçãoemcolaboração.Porfim,ossujeitostambémsalientamalgumasimplicações no que se refere à constituição de redes/equipas de trabalho.Assim, parece poder perspectivar-se que os professores e investigadores/formadores construam equipas para melhorar a aprendizagem e que oprojectoseconstituacomoumprimeiropassoparaaconsolidaçãoderedesdecolaboraçãosustentadas.

Emsíntese,enumaprimeirafase,aequipamanifesta,assim,desejodeestabelecerparceriasetrabalharcomdiferentesactoreseducativos,estandoconscientedemuitasdasdificuldadesquepoderãosurgirnoestabelecimentodeumacomunidadeenvolvendoparceiroseducativosdediferentescontextos.Noentanto,enquantoconhecedoradasmais-valiasdo trabalhocolaborativoem comunidade de desenvolvimento profissional, mostra-se motivada paraestedesafio.

5 ICA/DL(Investiga,ColaboraeActuaemDidácticadeLínguas):estudodesenvolvidonoâmbitodoprojectodeDoutoramentodeManuelBernardoCanha,sobaorientaçãodaProfessoraDoutoraIsabelAlarcão.

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4. Algumas reflexões para continuar...

Osdadosaquiapresentadosdemodosumáriopermitemtraçarumretratomuitoincompletodosactoresdaeducaçãoemlínguas,numaregiãoespecíficae restrita de Portugal, no entanto, as características que os professore,formadores e investigadores apresentam permitem-nos compreender traçosdostrajectosprofissionaisemdesenvolvimento.

Assim, podemos dizer, de uma foma global, que parece destacar-seno discurso dos sujeitos umapreocupação pelo seguimento das acções deformaçãoededesenvolvimentoprofissionalemquesetêmenvolvidoequeesseseguimentoseprocesseemsituaçõesde trabalhomaiscolaborativoemaissustentadopelapráticade investigação(veja-seEstrela,2001).Éparao conhecimento destas possibilidades de trabalho que o projecto Línguas & Educação: construir e partilhar a formação se orienta, numa vontade decompreenderdinâmicasdetrabalhocolaborativoentreasescolasdosensinosBásicoeSecundárioeasinstituiçõesdeEnsinoSuperior,tambémdeformaçãoedeinvestigação.Sabendoqueotempodeduraçãodoprojectonãopermitiuumconhecimentoaprofundadodo campo, trata-sededeixar basespara secontinuarem percursos de conhecimento dos profissionais da educação, noque diz respeito às suas vontades e disponibilidades para experiências departilhaedeconstruçãodeconhecimentoenriquecidaspeloolhardooutro.

A análise dos dados que recolhemos parece indicar-nos que importaencontrarcorredoresdecomunicaçãonotempoenoespaçodetrabalhodeprofessores,formadoreseinvestigadores,corredoresquepermitamconsolidarredesmais formalizadas que tragamas práticas de escolas concretas paraos espaços tradicionalmente vocacionados à investigação e à formação,bem comoa investigação e a formação para os terrenos de prática.Essestemposeessesespaçosnecessitamdesercolocadosnasagendasdetodososquepretendemabriressesmesmosespaçose tempos, jáquesemelesnão haverá diálogo de (des/re)construção das culturas educativas (tambéminvestigativas e formativas) que levamos a cabo. Nesta linha, pelo diálogoaprofundaremosconhecimentodosprofissionaisdaeducaçãoemlínguas,em

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acçõesdeintervençãoconjuntasqueserãonecessariamentedeautoehetero-formaçãopelacompreensãopartilhadadaspossibilidadesdetransformaçãodoscontextos.

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ANEXOS

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•Licenciaturaem

•CursodeFormaçãoEspecializadaem

•Mestradoem

•Doutoramentoem

•Outras.Quais?

Questionário QC/Prof

Este questionário insere-se no projecto acima identificado cuja grandefinalidadeécontribuirparaa inovaçãonaáreadaeducaçãoemlínguasemtodososníveisdeescolaridade,atravésdacriaçãodeequipasde trabalhocolaborativo,envolvendoaUniversidadedeAveiroeescolasdaregião.Paratal visa-se, numa primeira fase, recolher elementos para a caracterizaçãopessoaleprofissionaldosdocentesgeneralistasdo1ºCiclodoEnsinoBásicoedosdocentesdelínguas(Alemão;Espanhol;Francês;Grego;Inglês;Latim;Português) do distrito deAveiro, através das suas representações sobre aeducaçãoemlínguas,formação,investigaçãoedesenvolvimentoprofissional.

Trata-se de um questionário anónimo, não havendo respostas certas ouerradas: todas as opiniões são igualmente válidas. Agradecíamos querespondessecomomaiorrigorpossíveleapenasnoespaçoquelheédado.

Desdejáagradecemosasuacolaboração.

PARTE I – DADOS PESSOAIS E PROFISSIONAIS

1.Sexo:•Feminino •Masculino

2. Idade: anos(até30/09/2008)

3.Habilitaçõesliterárias:Anode

conclusão

Anexo 1

Questionário dirigido aos professores do 1º CEB e aos professores de línguas dos Ensinos Básico e Secundário

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3.1.Seseencontraarealizaralgumcursoparaobtençãodeumdestesgraus,indique-o.

4.Situaçãoprofissional:

4.1.

4.2.Éprofessor(a)titular?•Sim •Não

5. Tempodeserviço(contabilizaratéaofinaldoanolectivode2007/2008):

•Menosde1ano •De7a18anos •De1a3anos •De19a30anos •De4a6anos •De31a40anos

6.Escola:

7. Agrupamento:

8. Éprofessor(a)generalistado1ºCiclodoEnsinoBásico?

•Sim •Não

NOTA:SerespondeuSIM,passeparaaQuestão12.

9. Assinalequal(ais)o(s)nível(eis)deensinoemqueleccionanopresenteanolectivo.

•1ºCiclo •3ºCiclo

•2ºCiclo •Secundário

•Professor(a)doQuadrodeNomeaçãoDefinitiva

•Professor(a)doQuadrodeZonaPedagógica

•Professor(a)Contratado(a)

•Outras.Quais?

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10.Assinalequal(ais)a(s)língua(s)queleccionanopresenteanolectivo.

•Português •Alemão •Grego •Francês •Inglês •Outras Quais? •Espanhol •Latim

11.Assinalea(s)Área(s)Curricular(es)NãoDisciplinar(es)porqueéresponsável?

•EstudoAcompanhado •ÁreadeProjecto •FormaçãoCívica

12.Indique,atéaomáximode3,o(s)cargo(s)quedesempenhou/desempenhaequeconsideramaisimportante(s)paraoseudesenvolvimentoprofissional.

•MembrodoConselhoExecutivo............................................................ •CoordenadordeEscola......................................................................... •PresidentedoConselhoPedagógico.................................................... •CoordenadordeDepartamento............................................................. •CoordenadordosDirectoresdeTurma................................................. •DirectordeTurma.................................................................................. •Sub-Coordenador/Representantedegrupo......................................... •Responsávelpeladinamizaçãodeprojectose/ouclubes..................... •Orientador/supervisordapráticapedagógica........................................ •Outro(s).Qual(ais)?

12.1.Justifiqueaescolhafeitaem12.

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PARTE II – FORMAÇÃO, INVESTIGAÇÃO EDESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL

13.Indique,noquadroabaixoapresentado,atéaomáximode3,asacçõesdeformação(incluindocursosdeespecializaçãoepós-graduações)quefrequentoue que considera terem sido mais importantes para o seu desenvolvimentoprofissional.Justifiqueapontandoa(s)razão(ões)dasuaimportância.

Tema Tipo/modalidade Justificação daacção (daimportância)

1

2

3

14.QuaisosprincipaisproblemasquesecolocamàformaçãodeprofessoresemPortugal?Assinale-os,atéaomáximode3,nalistaabaixoindicada.

•Formaçãoinicialdeficitária.

•Faltadeofertadecursosdepós-graduação.

•Desadequaçãodasmodalidadesdeformaçãoàsnecessidadesdosprofessores.

•Desajusteentreainvestigação,aformaçãoearealidadeescolar.

•Formaçãonãocentradanaescola.

•Faltadeimplicaçãodosujeitonoprocessodeformação.

•Instabilidadenacarreiraprofissional.

•Faltadecolaboraçãoentreasinstituiçõesdeformaçãoeasescolas.

•Faltadetempoparainvestirnaformação.

•Outro(s).Qual(ais)?

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15.Qual o seu grau de satisfação relativamente ao seu percurso profissional?Utilizeaescala.

1.Insatisfeito(a)........................... 2.Pouco satisfeito(a)................... 3.Satisfeito(a).............................. 4.Muito satisfeito(a)..................... 5.Extremamente satisfeito(a)......…..

15.1Justifiquearespostadadaem15.

16.AchaqueainvestigaçãoeducacionalemPortugaltemsidoútilparaapráticadocente?

Sim Não Nãosei

16.1Justifiquearespostadadaem16.

17.Procuramanter-seinformado(a)sobreainvestigaçãorealizadaemPortugalnaáreadaeducaçãoemlínguas(maternae/ouestrangeirase/ouclássicas)?

Sim Não

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17.1SerespondeuSIM,assinaledequeforma(s)temprocuradoaprofundarconhecimentosnestaárea.

•Lendolivrosouartigosdaespecialidade................................................ •Participandoemprojectosdeinvestigação............................................ •Participandoemacçõesdeformação.................................................... •Participandoemencontros,colóquios,congressos............................... •Dialogandocomoutrosinvestigadores................................................... •Dialogandocomoutrosprofessores....................................................... •Outro(s).Qual(ais)?

17.2SerespondeuNÃO,justifique.

18.Jáintegrou/integraequipasdeinvestigação?

Sim Não

NOTA:serespondeuNÃO,passeparaaQuestão19.

18.1 Em que medida essa participação foi/é importante para o seudesenvolvimentoprofissional?Utilizeaescala.

1.Nada importante.......................... 2.Pouco importante......................... 3.Importante .................................... 4.Muito importante.......................... 5.Extremamente importante............

18.2 Justifique a resposta dada em 18.1, indicando o projecto em queparticipou/a.

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19.Relativamente aos participantes na investigação educacional, assinale a opçãocomquemaisconcorda(assinaleapenasuma opção).

A investigaçãodeveserapenasda responsabilidadede investigadores/professoresdoEnsinoSuperior.

OsprofessoresdosEnsinosBásicoeSecundáriosódevemparticiparnainvesti-gaçãoquandosolicitadosporinvestigadores/professoresdoEnsinoSuperior.

Ainvestigaçãodeveserumaactividadecolaborativaentreinvestigadores/pro-fessoresdoEnsinoSuperioreprofessoresdosEnsinosBásicoeSecundário.

Osinvestigadores/professoresdoEnsinoSuperiorsódevemparticiparnainves-tigaçãoquandosolicitadospelosprofessoresdosEnsinosBásicoeSecundário.

A investigaçãodeveserapenasda responsabilidadedeprofessoresdoEnsinoBásicoeSecundário.

19.1Justifiquearespostadadaem19.

20.Relativamente às seguintes finalidades da investigação em educação emlínguas,indiqueograudeimportânciaquelhesatribuinaescalaapresentada,sendo que 1 corresponde aNada importante, 2 a Pouco importante, 3 aImportante,4aMuito importantee5aExtremamente importante.

•Produzirsugestõespedagógico-didácticas.

•Construirconhecimentosobreoensino/aprendizagem.

•Melhorarosresultadosdeaprendizagemdosalunos.

•Reflectirsobreaspráticasediagnosticarproblemas.

•Testarevalidarteorias.

•Experimentareavaliarpráticasinovadorasdeeducaçãoemlínguas.

•Estudareavaliarpolíticaseducativas.

•Outras.Quais?

1 2 3 4 5

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PARTE III – EDUCAÇÃO EM LÍNGUAS(MATERNA E/OU ESTRANGEIRAS E/OU CLáSSICAS)

21.Qual(ais)é(são)a(s)principal(ais) finalidade(s)doensino/aprendizagemdelínguas?Enuncie-a(s)ejustifiqueasuaresposta.

22.Considerando potenciais desafios que se lhe colocam como professor(a)delínguas, indiqueograudeimportânciaquelhesatribui,usandoaescalaseguinte,sendoque1correspondeaNada importante,2aPouco importante,3aImportante,4aMuito importantee5aExtremamente importante.

•Gerirostressdaprofissãodocente•Manterumbomrelacionamentocomoscolegas•Gerirainteracçãocomospaiseencarregadosdeeducação•Manter-meactualizado(a)dopontodevista linguístico-comunicativoecultural•Manter-meactualizado(a)dopontodevistapedagógico-didáctico•Motivarosalunosparaaslínguaseculturas•Darrespostaanovasfinalidadesdaeducaçãoemlínguas•Geriraheterogeneidadedosalunos(linguística,cultural,cognitiva,etc)

•Fomentarareflexãodosalunossobreaslínguas.•Fomentarhábitosdeestudoeestratégiasdeaprendizagem dosalunos•Avaliarcompetênciasdiversificadas(linguístico-comunicativas, deaprendizagem,etc)•Educarparaacidadania•Outras.Quais?

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23.Considerandoaspotenciaismedidasparamelhoraraspráticasdeeducaçãoemlínguasqueaseguirsereferem,indiqueograudeimportânciaquelhesatribuiusandoaescalaseguinte,sendoque1correspondea Nada importante, 2aPouco importante,3aImportante,4aMuito importantee5aExtremamente importante.

•Reformularocurrículoescolar(incluindoosprogramase acargahorária).•Dinamizarumaculturadeavaliaçãodaspráticaseducativas.•Melhorarosistemadeformaçãocontínuadeprofessores.•InvestirnoProjectoCurriculardeEscolaedeTurma.•Investirnumtrabalhomaisindividualizadocomosalunos.•Incentivaraparticipaçãodacomunidadeeducativa alargada(autarquias,empresas,etc.)•Encontrarformasdetrabalhocolaborativonaescola (actividadesdesupervisão;gruposdetrabalho;etc.•Promoveraparticipaçãodosprofessoresemredesde investigação/intervençãoeducacional.•Outras.Quais?

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PARTE IV – COLABORAÇÃO NA SEGUNDA FASEDA INVESTIGAÇÃO

24.Estaria disponível para participar em projectos colaborativos concebendo,experimentando e avaliando materiais/projectos na área da educação emlínguas?

Sim Não

SerespondeuSIM,indique,seodesejar,algunselementosquenospermitamcontactá-lo(a):

E-mail

Telefone/Telemóvel

Outro

SerespondeuNÃO,justifique.

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63Línguas e Educação: perfis profissionais de professores e de investigadores

Anexo 2

Questionário e guião da entrevista dirigida aos investigadores / formadores

Questionário

Estaentrevistainsere-senoprojectoacimaidentificado,cujagrandefinalidadeé contribuir paraa inovaçãonaáreadaeducaçãoem línguasem todososníveisdeescolaridade,atravésdacriaçãodeequipasdetrabalhocolaborativo,envolvendoaUniversidadedeAveiroeescolasdaregião.Paratalvisa-se,numaprimeirafase,recolherelementosparaacaracterizaçãopessoaleprofissionaldosinvestigadoresparticipantesnoProjectoLínguaseEducação:construirepartilhara formaçãoatravésdaanálisedassuas representaçõesacercadaeducaçãoemlínguas,daformaçãoedodesenvolvimentoprofissional.

Desdejáagradecemostodaasuacolaboração.

PARTE I – CARACTERIZAÇÃO PESSOAL E PROFISSIONAL

1.Sexo:Feminino Masculino

2.Idade:anos

3.Habilitaçõesliterárias:

•Licenciaturaem Datadeconclusão:

•CursodeFormaçãoEspecializadaem Datadeconclusão:

•Mestradoem Datadeconclusão:

•Doutoramentoem Datadeconclusão:

•Outra.Qual Datadeconclusão:

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4.Encontra-se,demomento,afrequentaralgumaPós-Graduação?

Sim Não

4.1Qual?

5.Habilitaçãoprofissionalparaadocência:

Datadeconclusão:

6.Situaçãoprofissionalactual: Assinale com uma cruz a(s) opção(ões) correspondentes à sua situação

actual.

ProfessornoEnsinoSuperior: (categoria)

ProfessornoEnsinoSecundário

Bolseirode

(tipodebolsa)

7. Localondeexercefunções:

Departamento/Universidade:

CentrodeInvestigação:

Outrainstituição:

Tipo de função actual Há quanto tempo?

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8.Experiênciaprofissional Assinale com uma cruz a(s) opção(ões) correspondentes ao seu passado

profissional

ProfessornoEnsinoSuperior:

(categoria)

ProfessornoEnsinoSecundário

Bolseirode

(tipodebolsa)

Outra

9.EstáafectoaalgumLaboratório?

Sim Não

9.1Qual?

10.Quaisasáreas/disciplinasqueleccionae/ouapoianopresenteanolectivo?

Tipo de funçãoactual

Durantequanto tempo?

AssinaleumadasopçõescomumaX

Disciplinas Lecciona Apoia Cursos

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11.Listeosprojectosdeinvestigação(emequipa)emqueparticipou/a

Datas(início-fim)

Coordenadorpor

Instituiçãofinanciadora

Títulodoprojecto

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PARTE II – VIDEOGRAVADA

QUESTÕES:

1. SetivessequeexplicaroProjectoLínguas e Educação: construir e partilhar a formaçãoaalguém,oquediria?(Quaisasgrandesfinalidadesdoprojecto?)

2. Querazõesolevaramaparticiparnesteprojecto?

3. Qualjulgaquevaiseroseucontributoparaodesenvolvimentodoprojecto?

4. Oqueesperadoprojectoemtermosdedesenvolvimentodascomunidadeseducativas (e dos sujeitos que delas fazem parte – professores, cominvestigadores,formadores–)?

5. Oqueé,parasi,ensinarlínguas?

6. Oqueé,parasi,aprender?

7. Oqueé,parasi,fazerinvestigaçãoemeducaçãoemlínguas?

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Equipa de Investigadores

• AnaIsabelANDRADE(coord.)• LuísaÁLVARESPEREIRA• MariaHelenaANçã• MariaHelenaARAúJOESÁ• MarianaCLEMENTE• MónicaBASTOS• ManuelBernardoCANHA• InêsCARDOSO• ÂngelaESPINHA• SílviaGOMES• LurdesGONçALVES• LucianaGRAçA• EsperançaMARTINS• FilomenaMARTINS• SílviaMELO• GillianMOREIRA• AnaLuísaOLIVEIRA• AnaSofiaPINHO• SusanaPINTO• CristinaManuelaSÁ• SusanaSÁ• LeonorSANTOS• AnaRaquelSIMÕES• CarlotaTHOMAZ

Consultores

• FláviaVIEIRA• GuilhermeToledoPRADO

Fizerem parte da equipa numa fase incial

• AlexandraSchmidt• TeresaCardoso• ZildaPAIVA

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Departamento de Educação – Universidade de AveiroCampus Universitário de Santiago | 3810-193 Aveiro | Portugal

Telf.: 234 370 352 | Fax.: 234 370 219 | E-mail: [email protected]

“Sabendo que o desenvolvimento profissional de cada um se articula com a reconstrução de representações sobre as línguas, sobre os modelos de ensino e as práticas de educação linguística e que essa reconstrução é facilitada pela interacção com os outros, julgamos que importa propor redes de formação / investigação colaborativa onde os sujeitos sejam apoiados nos seus processos de inovação e de reconstrução do saber.”

(Andrade et al, 2008: 6)