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Segundo o comunicado oficial soviético, a fotogra* fia foi transmitiria da zona ria Lua para a Terra no dia 7 de outubro, às 3 horas e 30 minutos Muna de Greenwich). OS INSTRUMENTOS DO LUNIK III Para poder fotografar a Lua. o Lunik III estava equipado com um sistema cie orientação e um apa- relho rie fotolelevisão, dotado rie uma câmara automa- tica para a revelação da película. Quando ae encontrava aproximadamente a 70 mil quU$metrc$'"da Lua, a Estação Interplanetária | tio» tez »*fotografia de seus acicfimt».* do. f o oculta durante 40 minutos. A Estação, se encon' .va então entre a Lua e o Sol, estando a Lua proff...mente i.lu- minada.«»nc,ul a'' paíina) «/."i !Sí!W CARNE: SEM INTEiVENÇà NÃO APÂREC Reportagem na 3.* pág NA EXPERIÊNCIA COM ASTRONAUTAS: A Pele Se Besprende Bo Corpo e o Sangue Ferve! ; ¦Tp *m^r^rmmBfl m I 11 Mm ll I ! 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Koi formado, então, o grupo que a foto re- produz, onde se Luiz, Carlos Prestes entre Mao Tsé-tunjj e Liu Chao-lsi. LOTT E JÂNIO Os dentistas soviéticos cs- tão realÍ7Miii(lo trabalhos .sistemáticos para o envio de seres humanos aos es- paços interplanetários. II o- ,ic ninguém mais duvida de que os soviéticos serão os primeiros a conhecer ou- tros mundos. Pilotos sovié- ticos sáo intensamente treinados. O número de candidatos a viagens inter- planetárias é muitas vezes maior do que necessitam os cientistas. A sclcçãn é a mais rigorosa. Os pilotos dos futuros vôos cósmicos ficam cm câmaras hermè- tieamente fechadas, com todas ns condições internas como se estivessem em vôo, Aparelhos especiais de- ministram toda* as reações do organismo humano no nmbient* artificial. Nesta foto (agencia TASS) ve- mos o cientista soviético X. A. Smirnov dando as últi- mas instruções antes de um "vôo" ao piloto Alexis Bielokónicv. Leia reporta gem na ia. página. O fracasso da uitima_manobrt tentada pelos círculos mais reacio- nários do PSD e do situacionismo contra a candidatura do marechal Lott serve poro provar, de manei- ra definitivo, o total inviabilidade da chamada «união nacional*. An- les, muitas vezes fora ensaiada es. sa fórmula, e todos os ensaios re- sultaram em completo malogro. Mas os inimigos do nacionalismo têm a cabeça dura e periòdicamen- te voltavam à carga. Sua última ten- tiva, poucos dias frustrada, con- sistia em substituir o candidatura de Lott pela do sr. Juraci Maga- Ihães, mesmo mantendo-se no pá- reo a de Jânio. Está agora mais do que provado. a -união nacional* não pode vin- gar porque não existe na cartola mágica dos velhos sobas pessedis- tas nenhum artificio que consiga en- cobrir a polarização de forças en- tre o nacionalismo e o entreguismo, entre os que defendem o progresso independente do Brasil e os que têm os seus interesses ligados aoi grandes monopólios norte-america- nos. As candidaturas Lott e Jânio expressam com nitidez essa polari- zação. Isto é o que explico que em torno da primeira candidatura se aglutinem as vastas forças nacio- nalistas e democráticas enquanto -rrcrCrJõãTõs se caracteriza, cada vez mais claramente, como o can- didato dos entreguistas, de Carlos Lacerda e João Neves da Fontoura. Pretender uma solução intermedia- ria no quadro da sucessão é, no üielhor dos casos, uma utopia: nâo manobras políticas capazes de suprimir ou ocultar a irredutível contradição entre o nacionalismo e o entreguismo. A sucessão eleitoral vai se ferir entre essas duas tendências funda- mentais. E se Jânio é o melhor can- didato para os entreguistas e rea cionários, não dúvida de que é em torno do marechal Teixeira lott que mais fácil e seguramente se congregam pata a luta eleitoral as grandes forcas do nacionalismo e da democracia. Os fotos mais recentes ocorridos no panorama político mostram, com uma clareza ainda maior do que antes, que o dever dos nacionalis- tas e democratas, entre Os quais os comunistas e todas as forças de es- querda, consiste em contribuir deci- didamenle paia o fortalecimento da candidatura Lott, para a denúncia e o desmascaramenlo do caráter en- treguista do candidatura Jânio para assegurar, nas urnas de 1960, a vitória do nacionalismo e da d*- mocracia., . ,

Lua Sem Mfctérios MUNDO APLAÜ - marxists.org · de seres humanos aos es-paços interplanetários. II o-,ic ninguém mais duvida de que os soviéticos serão os primeiros a conhecer

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Lua Sem Mfctérios

MUNDO APLAÜFAÇANHA DA UR

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Ano I - Rio, Semana de 30 de outubro a 5 de novembro de 1959 - N.° 36

a m sEs n i i B B < " 1 B¦HcRififiB tflflm fl ^1 ^1 fl ^B ^B

REDAÇÃO: AVENIDA RIO BRANCO, N.° 257 - SALAS 171/1712

A 26 de outubro a agencia telegráfica de notíciasda URSS (TASSj transmitiu ao mundo um dos feitosCientíficos mais espetaculares já realizados pelo ho.mem: a fotografia cia face invisível cia Lua.

Essa fotografia foi obtida pela Estação Interplane-tária Automática soviética (Lunlk III), lançada em di-rec-ão á Lua no dia 'I de outubro.

Segundo o comunicado oficial soviético, a fotogra*fia foi transmitiria da zona ria Lua para a Terra nodia 7 de outubro, às 3 horas e 30 minutos Muna deGreenwich).

OS INSTRUMENTOS DO LUNIK III

Para poder fotografar a Lua. o Lunik III estavaequipado com um sistema cie orientação e um apa-relho rie fotolelevisão, dotado rie uma câmara automa-tica para a revelação da película.

Quando ae encontrava aproximadamente a 70 milquU$metrc$'"da Lua, a Estação Interplanetária |tio» tez »*fotografia de seus acicfimt».* do. f o ocultadurante 40 minutos. A Estação, se encon' .va entãoentre a Lua e o Sol, estando a Lua proff...mente i.lu-minada. «»nc,ul n» a'' paíina)

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!Sí!W

CARNE: SEMINTEiVENÇÃNÃO APÂREC

Reportagem na 3.* pág

NA EXPERIÊNCIA COM ASTRONAUTAS:

A Pele Se Besprende BoCorpo e o Sangue Ferve!

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Por ocasião das come-moi ações do 10" aniver-sário da República Popu-lar da China, os princi-pais dirigentes do Par-lido Comunista Chinêsreceberam, em audiênciaespecial, os líderes cirmunistas suL-america-nos. Koi formado, então,o grupo que a foto re-produz, onde se vê Luiz,Carlos Prestes entreMao Tsé-tunjj e Liu

Chao-lsi.

LOTT E JÂNIO

Os dentistas soviéticos cs-tão realÍ7Miii(lo trabalhos.sistemáticos para o enviode seres humanos aos es-paços interplanetários. II o-,ic ninguém mais duvida deque os soviéticos serão osprimeiros a conhecer ou-tros mundos. Pilotos sovié-ticos sáo intensamentetreinados. O número decandidatos a viagens inter-planetárias é muitas vezesmaior do que necessitam oscientistas. A sclcçãn é amais rigorosa. Os pilotosdos futuros vôos cósmicosficam cm câmaras hermè-tieamente fechadas, comtodas ns condições internascomo se estivessem em vôo,Aparelhos especiais de-ministram toda* as reaçõesdo organismo humano nonmbient* artificial. Nestafoto (agencia TASS) ve-mos o cientista soviético X.A. Smirnov dando as últi-mas instruções antes deum "vôo" ao piloto AlexisBielokónicv. Leia reportagem na ia. página.

O fracasso da uitima_manobrttentada pelos círculos mais reacio-

nários do PSD e do situacionismo

contra a candidatura do marechal

Lott serve poro provar, de manei-

ra definitivo, o total inviabilidade

da chamada «união nacional*. An-

les, muitas vezes fora ensaiada es.

sa fórmula, e todos os ensaios re-

sultaram em completo malogro.

Mas os inimigos do nacionalismo

têm a cabeça dura e periòdicamen-te voltavam à carga. Sua última ten-

tiva, há poucos dias frustrada, con-

sistia em substituir o candidatura

de Lott pela do sr. Juraci Maga-

Ihães, mesmo mantendo-se no pá-reo a de Jânio.

Está agora mais do que provado.a -união nacional* não pode vin-

gar porque não existe na cartola

mágica dos velhos sobas pessedis-tas nenhum artificio que consiga en-

cobrir a polarização de forças en-

tre o nacionalismo e o entreguismo,

entre os que defendem o progressoindependente do Brasil e os quetêm os seus interesses ligados aoi

grandes monopólios norte-america-

nos. As candidaturas Lott e Jânio

expressam com nitidez essa polari-zação. Isto é o que explico que em

torno da primeira candidatura se

aglutinem as vastas forças nacio-

nalistas e democráticas enquanto

-rrcrCrJõãTõs se caracteriza, cadavez mais claramente, como o can-didato dos entreguistas, de CarlosLacerda e João Neves da Fontoura.Pretender uma solução intermedia-ria no quadro da sucessão é, noüielhor dos casos, uma utopia: nâohá manobras políticas capazes desuprimir ou ocultar a irredutívelcontradição entre o nacionalismo e

o entreguismo.A sucessão eleitoral vai se ferir

entre essas duas tendências funda-mentais. E se Jânio é o melhor can-didato para os entreguistas e rea

cionários, não há dúvida de que é

em torno do marechal Teixeira lott

que mais fácil e seguramente se

congregam pata a luta eleitoral as

grandes forcas do nacionalismo e

da democracia.

Os fotos mais recentes ocorridosno panorama político mostram, comuma clareza ainda maior do queantes, que o dever dos nacionalis-tas e democratas, entre Os quais os

comunistas e todas as forças de es-

querda, consiste em contribuir deci-didamenle paia o fortalecimento dacandidatura Lott, para a denúncia

e o desmascaramenlo do caráter en-

treguista do candidatura Jânio •

para assegurar, nas urnas de 1960,

a vitória do nacionalismo e da d*-mocracia. , . ,

PÁGINA 2 NOVOS RUMOS .JO-lOi 5-11 -195?=

AVIÕES AMERICANOSBOMBARDEIAM CUBAFerve novamente a situa-

fão cm Cuba. Na semanapassada, anunciou-se ter ha-vido mais uma tentativafrustrada de assassinar FidelCastro; aviões a serviço dos:ontra-revolucionários lança-ram bombas sobre Havana,matando duas pessoas e fe-rindo mais de 50; dias antes,outros aviões tinham bom-barricado usinas de açúcar.No fim da semana, o chefedo governo revolucionáriocubano fazia uma graveacusação contra o governodos Estados Unidos; do ter-rltórin norte-americano par-tem os aparelhos que vêmultimamente atacando Cuba.

Trata-se da mais graveacusação já feita em qual-quer época por um governolatino-americano aos EstadosUnidos.

SOLIDARIEDADE ACASTRO

O povo cubano reagiu hne-diatamente ante as novasprovocações dos inimigos darevolução cubana. Declarou-seuma greve geral simbólica desolidariedade a Fidel Castro.Milhares • milhares de ope-rários e outros trabalhadoressaíram às ruas de Havanaaclamando o nome do chefeda revolução e dando morrasaos Imperialistas Ianques.Em frente à sede da Embai-iada dos Estados Unidosconcentrou-se uma multidãoempunhando earUaes em que

se denunciava q u e os aviõesagressores de Cuba tinhamsuas bases nos Estados Uni-dos Um desse» cartazes dizia:"Aviões norte-americanosmatam nosso povo'.

UM TRAIDOR:HUBERT MATOS

Êstes acontecimentos ecln-diram simultaneamente coma traição do comandante ml-litar da província de Cama-guey, Hubert Matos, que foicompanheiro de Fidel Castronos combates da revoluçãocontra a tirania de FulgcnclnBatista. Sendo Camague? aprovíncia cubana onde estilomais arraigados os restos feu-dais e é mais sólido o domi-nio dos latifundiários, HubertMatos, encarregado pelo go-vèrno de realizar as medidasde reforma agrária, vinha seobstinando em sabotar essasmedidas. Precisamente em Ca-maguey, onde era maior aopressão dos grandes proprie-tárins territoriais, maior étambém o espírito revoluclo-nário de sua população. Ma-tos se colocara abertamentecontra os habitantes da prn-vincia. Êstes não vacilaramem enfrentar o comandanteInsubmisso e traidor das ai-plraçôet populares.

Fidel mandou prender Hu-bert Mates. A prisão foi efe*tuada por um dos mais po-pular** chefes revolucloná-ioi,e major denfuegot. Ao serpreso Matos, uma multidão

•*••***•••••***•*•**•*LUA SEM MISTÉRIOS

MUNDO APLAUDE FAÇANHA DA URSS(Coneluto 4a 1.» páflna)

O sistema de transmissão das fotografia» para asestações soviéticas receptoras na Terra ê semelhanteao sistema de funcionamento de um receptor de tele-visão. O da Estação Automática Interplanetária fun-ciona por melo tle um rato móvel de luz eletrônica,que retrocede ou avança na tela em centenas de li.nhas, que vi\o do claro ao escuro, na medida em quese movem. Estas Unhas, vistas em conjunto pelo olhohumano, formam a fotografia.

Os monitores russos em terra recolheram (Vises «d-nais com exatidão, numa distância de 370.000 quilo-metros.

A câmara interna da Estação Interplanetária con-tinha um mecanismo automático parn trocar as lentes,da de 200 milímetros para a de 500 milímetros. Avariação elos tempos de exposição, modificando a aber-tura ela lente, era regulada também por meios auto-mátlcos durante o.s -10 minutos em que a câmara es-tôve funcionando.

NOVA NOMENCLATURA

Como sempre aconteceu na história das descoher-cas, os seus autores — no caso os sábios soviéticos —dão lhes o.s nomes que lhes interessam. As agênciastelegráficas americanas informnriim ¦" comn Tmprr mente—quando—la—reunir-»

em Cuba uma convenção de

já se aglomerava em frentean edifício do comando mili-tar de Camaguey. Castro jásc encontrava no Q. G. Opovo pedia a Fidel que falas-se. O chefe supremo da re-volução dirigiu-se aos campo-neses reunidos e lhes pediupara retornarem a suas oru-paçôes, que suas reivindica*çóes seriam atendidas.

'ALA CASTRO

Mais tarde, na rádio e te-levisão Fidel Castro "deu aficha" de Matos. "Matos,disse Fidel demonstrandoviva indignação — é mais doque um traidor, é um ingrato,pois não pagou com lealdadea espontânea simpatia quelhe tributou o povo. de Ca-maguey. Admiro sua audácia— prosseguiu — em atrever-sc a dirigir manobras contra-revolucionárias na mais re-volucionárla província cuba-na. Contudo, temos provas deque Matos se aprestava paraum golpe, empenhando-se emcontrolar a policia, os Jornais,as estações de rádio e a pro-prla chefia do "Movimento 26de Julho" na província. Ma-tos se encontrava entre osúltimos que chegaram a Sier-ra Maestra (centro do movi-mento revolucionário) e apósa vitória de nosso movimen-to havia muitos homens maishabilitados do que êle paradesempenhar as funções decomandante da província deCamaguey. O que indicamospara o posto, contudo, náosabia ler nem escrever. Erapreciso encontrar alguém quetivesse cultura e educaçãopara exercer tão altas fun-ções, e então optamos porMatos. Todavia, êle náo tar-dou a demonstrar sua grandevaidade, convocando Tornai!»-tas para fotografá-lo, en-quanto Incluía agentes seu»em todas a» esferas do (o-vêrno provincial".

O Prlmelro-Mlnlstro euba-no acrescentou que na cartaque lhe escrevera HubertMatos apresentando sua de-missão, arusava vários mem-brns do governo comn sim-patlzartes do comunismo, talcomo fizeram o antigo presl-dente Urrutia e o ex-coman-dante dr força aérea, DlmLanz. "Ora. afirmou Castro,quem quer que me fale decomunismo em Cuba deve de-mltir-se antes que eu o oe-mlta".

Castro acrescentou que Ma-tos manteve contados com otraidor Diaz Lanz Ihnje rc-fugiadn nos Estados Unidos),pouco antes da fuga do antigocomandante da aviação paraos Estados Unirlos. E preten-dia erganizar uma manifes-tação contra o governo justa-

de maneira falsa — que os soviéticos tinham dadornomes russos» aos acidentes lunares da face reveladaagora.

A um dos principais acidentes — que na face elaLua já conhecida se convencionou chamar de «mares»

foi elnelo o nome ele Mar de Moscou ma foto: n. 1).Uma grande cratera tomou o nome do sábio russo quelançou as bases da moderna astronáutica: Tziolkóvski(n. 4). A uma nova cadeia de montanhas foi dado onome de Cordilheira Soviética (n. 7). Outra craterarecebeu a denominação da Lomonóssov (n. 5), emi-nente sábio russo elo século XVIII, Os cientistas so.viéticos prestaram uma justa homenagem a um elosmaiores físicos ele nossa época, o francês Joliot-Curle.Outra cratera lunar recebeu o seu nome (n. 6). Umnovo mar foi denominado Mar dos Sonhos ín, 8>, e aalgo .semelhante a uma baia — Baia elos Astronautas(n. 21. O nfimero 3 é a continuação do Mar do Sul,que começa na outra face da laia.

Quer dizer: a nomenclatura da face oculta da Luaé formaria por nomes comuns (Mar do Sul. Mar dosSonhos, Baia elos AstronautasI e se honrou a memóriade três grandes cientistas: sendo doi*: russos e umocielental. Toelos os astronautas são dignificados com

-"-•-np r]<* urna bala.

REPERCUSSÃO NO MUNDO

Urn despacho ele Londres, da United Press, con-fessa que na elescrição feita pelos russos .rôbre como oseu Lunik III tirou as primeiras fotografias da facedesconhecida da Lua. assombrou os oridentais pelaBtia complexidade.*

O astrônomo Inglês Patrick Moor se disse .a*som-brado com a nitidez elas fotos», acrescentando 'er uimêxito surpreendente». Prevê Moor ciue em breve a Luaserá uma «reserva cientifica ela União Soviética .

Cientistas norte-americanos qualificaram o feitodos sábios soviéticos como «uma brilhante façanhatecnológica de extraordinário ?ignlficnelo militar po-tencial», ainda segundo a UPJ.

O elr. Donabl Menzel, da Universielnele ele Cambrldge. afirmou: «Para obter essas foto:. seria neces-sário preparar e utilizar técnicas cientificas elo maiselevado grau'-. E acrescentou: -Os russos tém perfeitamente o direito de batizar como entenelerem osIKkJentes que acabam de observar na Lua>.

turistas nnríc ameriranos.'Quem assim a gr — disse

Ca"tro — c duplamente trai-dor. pnis tenta dar aos es-trangei"os a idéia de que há

desunião em Cuba. Contudo— concluiu n Primeiro Mini»-tro — não importa o que te-nham feito ou pretendamfaier Matos e seus amigos.Temos os operários s campo-neses ao noato lado. A revo-lução náo depende nem detanques nem de canhões paravencer, poi* conta com oapoio ao povo".

Castro terminou nomeando• major Clenfuegos para co-mandante da província deCamafuey. Clenfuefos jiocupava o cargo de coman-dante do exército revoluclo-nário.

O FUNDO DA QUESTÃO

tiUs os fatos que irrom-pem pelai manchetes dosjornais, que sáo transmitidoscom sabor «emaclonalliU pe-Ias aftncia* telegráficas nor-te-smericanas, a serviço Jus-tamente daqueles Interessescontrários aoa do povocubano.

Tanta a grande imprensacomo aa agências ocultam oessencial, o que dá origem aêstes fatos. E o essencial é aluta renhida que se trava en-tre diferentes setores do povocubano pela realliação e con-tra a reallução do programarevolucionário. Há, por exem-pio, a reforma agrária recen-temente decretada pelo govêr-no de Fidel Castro. Estareforma atinge Interesse» eprivilégio* de grandes latin-fundiários cubanos e de in-duitriais a comerciante» doaçúcar dos Estados Unido».

t sintomático que o co-mandante que acaba de trairCastro e a revolução esti-vetse sabotando abertamentea reforma agrária na provin-cia ondf- é maior o predoml-nio dos latifundiários. Não

podemoa esquecer tampoucoque o Departamento de E.ita-do de Washington p.otestouoficialmente contra a refor-ma agrária cubana.

Forque a reforma agráriaImplica em tram formaçõesde caráter econômico, crian-do condições para a expro-prlaefto (na fase final dareforma) das grandes pro*priedades canavieira», queem geral esiio na» mãos docapital privado norte-amen-cano.

Porque a reforma agráriacontribui decisivamente paratornar Cuba independente doponto de viita econômico,criando condições par» a fun-daçáo da grande lndú»t:la nopais,

Porque a reforma agráriadeterminará profundas mu-danças de caráter social, aca-bando com o predomínio ae-cular do» latifundiários e au-mentando a Influência napai» de força» populares.

E finalmente porque a re-forma agrária algnlflcará mu-danças políticas, consolidai*,-do em Cuba as bases da de-mocracia, enquanto o que in-tereis» aoa Imperialistas sãoditaduras corruptas c o m n ade Hatiita ou a de Pérez Ji-menei, que durante uma dê-cada dessangrou o povo ve-nexuelano em proveito dnsmonopólios petrolíferos ame-rieano».

Enfim, aa modificações deestrutura determinada» pelareforma agrária farão deCuba um pai» realmente In-dependente e soberano pararesolver seus assunto* inter-nos e externo*. E é lato o quetratam de Impedir obstinada-mente o* inimigos Internose externos da revoluçãocubana.

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FRACASSAO BOICOTE

Não é de estranhar que osImperialistas norte-america-nos e .eus lacaios dentro deCuba lancem mão de medidasmnis abe tamente lntervenclo-nltaí para derrocar o govêr-no icvolucíonário de FidelCastro.

E' uma segunda fase dacampanha contra Cuba. des-ele que fraca s'3U o balcote or-ganizado pelos Estados Uni-dos em relação ao principalproduto da eronomia cubana.o açúcar. Os EUA ameaçaramdeixar de comprar o açúcarcubano. Imediatamente, o go-vêrno de Fidel Castro adotoumedidas enérgicas para en-frentar o boicote. O coman-dante "Che" Ouevara viajoua vários países do Oriente, en-trando em negociações paraampliação do comércio cuba-no.

Resultado: a União Sovié-

Solidariedadea Cufca

a Revolução cubana maisuma vez sairá vitoriosa antea conspiração infame de seusInimigos internos e externos.

Castro continua a agir co-mo um autêntico revoluciona-rio e. por isso continua n con-tar com o irrestrito apoio dasmassa.* populares.

Demonst: ação palpável doprestigio crescente do cheferevolucionário e do apoio dopovo às suas medidas foi a de-monstraçâo operária e popu-lar de segunda-feira última,que congregou aproximada*men;< um milhão ele pes. oasnas ruas ele Havana.

A essas manifestações en-tusiástlcas do- trabalhadorese do povo cubano, os traba-lhadores e o povo brasileirojuntam sua ir. estrita .solida-íledade, pela derrota elos trai-dores ela revolução elos inter-vencionista Imperialistas, pe-lo triunfo final em revolução.

As simpatias de toaos ospovos que amam a liberdadeestão ao lado do bravo povocuoono.

- _^, . .,„„ ., — ii »im>l»' ' '¦' —*-•'*- -—--.o- --«.

QUE FEZ A REVOLUÇÃO?Até meados deste ano -- isto é, em meio

ano apenas — a revolução popular diri-giela por Fidel Castro e apoiada por todasas forças elemocráticas do pais — haviatomado as seguintes medidas de inte •re"'ssi! nacional e popular:

—- Derrocada da tirania ele Batista esou regime antinacional e antipopular,sorvil ao imperialismo ianque.

— DestruiçSo eio aparelho político emilitar do Poder elos lacaior elo imperia-llsmo, latifundiários, grandes magnatasdn açúcar, comerciantes importadores edemais grandes exploradores e expulsãoda missão militar norte-americana deCuba.

— Constituição de um governo na-cional p revolucionário formado sem in •gerencia estrangeira.

— Formação de novas forças arma-elas em bases revolucionárias e popula-res.

— Eliminação pela justiça popularelos mais descarados agentes da camari-lha pró-imperialista de Batista (isto nãosignifica que tenham sielo eliminados to-elosi.

fi — Abolição dos órgãos de repressãoantidemocráticos, como o B4rô de Bepueg*

são das Atividades Comunistas, Serviçode Inteligência Militar e do Birô de In-vestigações, sendo criados órgãos de vi-gilàncla revolucionários.

— Liberdade para os partidos politi-cos democráticos e para a imprensa de-mocrática, inclusive a comunista.

— Confisco de toelos os bens depró-homens da tirania de Batista e seusagentes e serviçais, que enriqueceram àba-ie de malversações e outras negocia-tas.

— Privação dos direitos políticos, por30 anos, aos que serviram à tirania, co-mo senadores, deputados, vereadores pre-feitos, etc.

10 — Depuração e reorganização doaparelho judicial (ainda não concluída).

,11 — Eliminação das restrições faseis-tas aos sindicatos e extinção da cotaobrigatória dos sindicalizados.

12 — Drástica redução dos aluguéis epr»ços da terra.

13 —Menüetíís contra as discriminaçõesraciais no emprego.

14 — Aprovação da importantíssimalei de Reforma Agrária, tendo por basea eliminaçflo do latifúndio, a fim de pro-porcionar terra a todos os aue desejem

tica comprou 170.000 tonela-das de açúcar cubano (naotendo com ela relações diplo-mátlcasi. A China se prontl-ficou a adquirir todo o açúcarque Mie oferecer Cuba. Estaoferta foi encaminhada atra-vés da delegação de Jomalis-tas chineses que recentemen-te passou pelo Brasil e esteveem Havana. ("Hoy", 24.7.591.

Como conseqüência, imedia-tamente o açúcar, que estavaem bnlxo no mercado Inter-nacional, subiu 30 pontos.

Fracassara assim redonda-mente a mais grave ameaçafeita até então pelos EstadosUniãos contra Cuba de FidelCastro.

Aldlt entre osConselheirosde Sukarno

Recentemente, o presidenteda República da Indonésia,Bukarmo. criou novos órgãosestatais, entre os quais oConselho Supremo AssessorProvisório e o Comissão de'lanificaçáo Nacional. Parantegrar esses novas órgãos'oram escolhidas personali-

dades filiadas a diferentespartidos políticos, num totalde 122 pessoas. Entre elasfiguram vários dirigentes co-munistas.

O Conselho Assessor tem odireito de fazer propostas aogoverno. Sua formação está,prevista pela I Constituiçãoindonésia e seu íoder é limi-tado O próprio Sukarmo opreside para discutir questõesbásicas da República.

O secretário-geral do Par-tido Comunista da Indonésia.D. A Aidit, assim como ou-tro destacado líder comunis-ta. Nioto. se encontram entreas membros do Conselho As-sessor dn chefe do governoindonésio.

Do Conselho n&o fazemparte representantes do gru-po anticomunista e pró-im-perialista Masjuml, que setem dlstlnguldo por sua ati-vidade terrorista contra o go-vèrno revolucionário da In-donésia.

NOVOS RUMOS

Diretor — Mário AlvaaGerente — Guttembary

CavalcantiRedator-chefe — Orlantf*

Bomfira Jr.Secretário — Fragmon

BorgesREDATORES

Almir Matos, Rui Facfl,Paulo Motta Lima, Mariada Graça, Luis Ghllardlni,

MATRIZRedação: Av. Rio Bran-

co, 257, 17.» andar, S/1711— Teli 42-7344

Gerência: Av. Rio Bran-co, 257, 9.» andar, S/901Endereço telegráflco —•

«NOVOSIIUMOS»ASSINATURAS

Anual .... Cr| 250,06Semestral . " 130,00Trimestral . " 70.00

Aérea ou sob registro, daa-pesas à parta

M. omüm .. Cif Mf

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.30- 10 a 5- 11 -1959 NOVOS RUMOS PAGINA 3

"UNIÃO NACIONAL": FRACASSOU °NOVA MANOBRA CONTRA LOTT

CAVALINHODE TRO!

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— «Considero superada atese da união nacional,desde que o sr. Jânio Qua-dros não só não a aceitou,mas a repeliu com enormeirritação» — e-ta declara-ção feita pelo marechalTeixeira Lott, na última se*gunda-feira, agiadecendouma manifestação de soli-dariedade de pu tados daFrente Parlamentar Nacio-nalista, assinala o fracas.so da manobraa com queos grupos mais reacioná-rios do situacionismo ten.taram, na semana passa-da, afastar a candidaturado atual ministro da Guer-ra e substitui-la pela dosr. Juraci Magalhães.

A manobra, realizada porelementos da cúpula pesse-dista como os srs. Amaral

Peixoto e Etelvino Lins,teve como ponto de parti-da a declaração do maré-chal Lott dispondo-se a re-tirar a sua candidatura,desde que os demais can.didatos — particularmenteo sr. Júnio Quadros — fi-zessem o mesmo A rea.ção instantânea e brutal.

oferecida pelo ex-gov. de S.Paulo, no entanto, mostrava a total inviabilidade daproposta de < união nacio-nal» E, uma vez que estaera a posição de Jânioi, nãose podia admitir que o.svelhos sobas do PSD insis-tissem na tose sugeridapelo marechal Lott ou — oque é pior ainda — lhedessem um outro conteú-do, capaz de atender osseus objetivos antinacio-nalistas e antidemocráticos.

JURACI EM LUGARDE LOTT

Foi, entretanto, o quetentaram os mais reniten.tes reacionários do PSD edo situacionismo. Apesarda violenta recusa de Jâ-nio, e de se tornar perfei.tamente claro então nãohaver mais lugar para se-melhantes alterações noquadro sucessório, os éter-nos pregoeiros da «uniãonacional», que vinham dehá muito estimulando o sr.Juraci Magalhães, conti-nuaram em suas articula-ções, mas já agora numoutro rumo: substituir, co-m0 candidato apoiado pe-Ias forças situacionistas, omarechal Lott pelo gover-nador Juraci MagalhãesParticularmente ativ0 nes.sas articulações mostrou-se o sr. Amaral Peixoto, in.clusive providenciando en-tendimentos concretos como presidente da UDN, sr.Magalhães Pinto, depois dehaver comparecido pesosal-mente ao desembarque dogoveriador da Bahia.

Utilizando-se de sofismasos mais grosseiros, Os par-ticiários da candidatura Ju-raci chegaram ao cúmulode pretender justificar asua manobra anti-Lottatravés de evidentes tergi-versações da proposta apre.sentada pelo próprio mi-nistro da Guerra. E' 0 querevelam, por exemplo asdeclarações feitas pelo sr.Vieira de Melo ao «DiárioCarioca». Apesar de todaa clareza com que i<,v for.mulado o problem. pelomarechal Teixeira Lott,

Fora De ltuinq

RAIMUNDO NONATO

L

Segunda-feira última fazia um lempo maravilho-so. No Alio do Sumaré corria uma brisa suave, queanulava o calor excessivo cá (le baixo, Foi nesse am-biente agradável que I). Jaime Câmara atendeu a umrepórter, paia breves declarações.

OOt!D. Jaime, guardando a dignidade do cargo, man*

tinha-se no interior do seu carro do fabricação ame-ricana, meio-luxo. O repórter, ligeiramente curvado,estava do lado de fora. Um vidro inquebrável separa-va entrevistado e entrevistador, o príncipe eclesiásti-co e o jornalista leigo.

oooTendo fundado uma nova religião, cum o niani-

festo que lançou recentemente, o sr. Alziro Zarur éagora um heroge . disse D. Jaime ao repórter. Acres-contou que Zarur não pode ser excomungado por-quanto excomunhão pressupõe a comunhão com oscatólicos, -o quc não acontece com o presidente riaLBV..-. E o batismo, e a primeira comunhão de Zarur,não valeram. D, Jaime?

OI IOO chapéu carrlinalicio dá enorme autoridade «''

D. Jaime Câmara. Segundo a Igreja, da qual D. Jaimeé Príncipe em nossa República ocidental c .-rislã, fun-dar nova religião é crime terrível. Por sinal. JesusCristo sofreu muito pelo mesmo crime de fundar umareligião. As religiões antigas, que têm o prestigio dosbons vinhos, não cedem mansamente lugar às no-vas. Muito depois de Cristo vimos a guerra sem qual'-tel que se declarou a Lutero, Munzer e Hiitten. Essahistória se vem repetindo através dos séculos. Comvariações, é claro, pois na guerra que I). Jaime de-clara a Zarur não devemos esperar a repelicão daslutas camponesas da Reforma alemã. O que dariaimportância histórica â declaração feita por D. Jai-me. segunda-feira úliimo. no Sumaré, num ambientedespido de qualquer solenidade, an soprar da brisavinda dos lados da Barra e de Santa Tereza,

oooPerdido nas selvas e tendo descoberto sem que-

rer a descida para o Inferno, o que nos revela Dante.na companhia de Virgílio, sináo vestígios dessa lutada Igreja em defesa da mais rígida ortodoxia? Vi-sando o passaporte do presidente da Liga da BoaVontade para b medonho local das penns eternas.D. Jaime, tranqüilamente, expede Alziro Zarur paraa companhia incômoda dos iraeunclos, dos que pra ti-caratn violência contra o próximo ou contra as divin-dades. dos corruptos tle Florença (cuja defesa é ma-gistralmento tentada por Mnlaparlc em «rMaladeltiToscani ), dos sedutores de mulheres por conta riosoutros ou por conta própria e. o que é pior. dos pró-prios Tapas simoniacos, cuja avareza é invetivada na. Divina Comédia .

000

>,*n entanto, assegura-se que Zarur é pessoa decomedimento, Se acaso fere a rigidez de certas regraspor que os donas da verdade não tentam recupera'lo?. E' um pecado despachar-se Zarur. sem mais nemmenos, para o Inferno.

acha o sr. Vieira de Meloque se pode falar em.união nacional» mauaocom «a presença d* maisum candidato no pleito,amparado um deles pelascorrentes mais ponderáveisdo pais» Ai se revela ni-tidamente a tática dos gru-pos que pretendiam, utili-zando-se da sugestão domarechal Lott, mas c'.c. I-do lhe uma interpretaçãointeiramente falsa e estra-nha ao pensamento do «euautor, substituir o nome doatual ministro da Guerrapelo do sr, Juraci Magalhães, mantendo.se a c.-»n-didatura.do sr. Jânio Cpia.dros.

REPELIDA A MANOBRA

Mas a manobra loi sur-preondida a tempo e logorepelida pelas forças na-cionalistas que se agluti-nam em torno da cândida-tura Lott. O próprio can-didato teve a iniciativa deprocurar o sr. Amaral - i-xoto e lembrar ao <;:: ti-dente do PSD qu-\vez que o sr. Jân -•dros repelira a suu '¦•'¦ jtão, em termos os maisdescortezes o até insultuo.sos, não havia porque in.sistir-se em «união nacio-nal... Partidários da can-didautra Lott, inclusivenos setores militares, pro-curaram também o sr. jus-

celino Kubitschek, apresentando-lhe os mesmos argu-mentos

Na Câmara, o deputadoJosé Jofili pronunciou, naúltima .segunda-feira, enér.gico discurso, desmascarem,do as tentativas d» afastaro marechal Lott do páreosucessório. Mostrou o vice.presidente da Frente Par-Icmentar Nacionalista quenã0 há qualquer pos.ibili-dade de fundir numa su-posta «união nacional)duas tedências, dois cam-pos antagônicos entre si:o nacionalismo • o entre-guismo, representados nascandidaturas Lott e Jânio.As tentativas de, nesta ai-tura, alterar o panoramada sucessão com o afasta-mento do marechal Lott— esclareceu o sr. Jofili —parte dos que temem aluta entre o nacionalismoe o entreguismo porque es.tão vendo como avançamas idéias e o movimentonacionalista em nossopais

Nesse mesmo dia, umadelegação de deputados,todos membros da FPN, es.teve com o marechal Lott,reafirmando-lhe solidarie-dade e apoio. Foi nessaocasião que o candidatodas forças nacionalistasféz as declarações quetranscrevemos no iníciodesta nota, considerandodefinitivamente superada

i tese da «união nacio.nal» e reafirmando a suadecisão de marchar paraas urnas, consciente deque assim estará servindoà nação e ao povo

MOVIMENTO POPULAR

O repúdio á solerte ma-nobra tentada na cúpulado situacionismo contra acandidautra Lott encontroua repulsa não só dos cir-culos políticos, mas tam-bém entre as organizaçõespopulares. Os diversos co-mitês pró Lott já instala-dos no Rio e nos Estadosvêm se mobllixando paraum pronunciamento demassa, no qual será fei.to um vigoroso protestocontra as insistentes ma-nobras de que se utilizamos inimigos do nacionalis-mo no PSD e no Governopara tentar impedir que seconsolide de uma vez acandidautra do MarechalTeixeira Lott Esse pronun-ciamento deverá ser umamanifestação de apoio aocandidato das forças nacio-nalistas e conterá um apê-lo no sentido de que sejalogo dado inicio, de formadecidida, à campanha elei-toral. Esta manifestaçãoestá sendo -reparada parao dia 30, sexta-feira, às 20horas, na sede do ComitêNacional Pró CandidaturaLott

Nh última reunião do diretório do PTB, o sr. Fer-rari apareceu acompanhado de ativa c-laquo. Eramrapazes de mãos limpas o cabeça vazia,monstrnções rumorosas, entretanto,ambiente.

cujas de-não encontraram

Ferrari foi fragoiosamente derrotado. Sofreu umagoleada comparável àquela que o Flamengo infrin-giu no mesmo fim dn semana a um de seus maisaguerridos competidores.

Tendo perdido no granindo. Ferrari apelou paraoutra instância: as colunas de jornais tradicional-mente adversários de seu partido, ou melhor, cio par-tido em cujo seio permanece, como cavalinho clcTróia.

In PTB. nutraInguéin excetoinsinuações da

Ninguém esperava, no diretóriocoisa que nâo fôsse aquela derrota. *

o sr, Ferrari, que em politica segue asmosca azul.

Diante do resultado, que faz éle? Convoca a im*prensa sadia/, cujas colunas tahelarias estão sempreà sua disposição. Declara-se campeão cia luta a cam-po aberto». Acusa os homens de seu próprio partido,em colóquio de adversários, como partidários das

manobras de biombos». Descreve a reunião, na qualtomou parte, como mistura de «-conhecidos agitadorese alguns nomes ilustres, até professores eminentes.Todos participando de uma farsa. Km meio a essafarsa, apenas Ferrari, no entender de Ferrari, nâo ciafarsante.

Ferrari é assim desde rapaz. Um hipócrita preçoce. Fazia o serviço militar no Regimento Mallet, no RioGrande do Sul. Apresentava-se como modelo de ca-maradagem, colegulsmo e sinceridade. Uma vez oRegimento acampou. 0 rancho andava curto. A ins-

trução era dura. A noite queixavam-se todos de fome.Ferrari esperava que os colegas dormissem. Com aferramenta de sapa desenterrava uma laia de biscoi-los, escondida perto da barraca e comia escondido.Mastigava cautelosamente, para não despertar nscompanheiros, que ressonavam eom a mochila cucos-lada aos estômagos desguarnecidos.

Ao lado de Jânio Quadrou « Lacerda forma umaboa trinca.

SEM INTERVENÇÃO CONTRA A CARESCARNE NÃO APARECE GREVE GERAL

EM SÃO PAULO

TIA

Governo sacrifica o povo para protegeros frigoríficos

Mais um» semana sc pus--.ou .-em qualquer progre.s-uno sentido dc resolver o pro-blema que há ciois mesesatormenta a população dequase todos os grandes cen-tros do pais: a carne conti-nuo-povua e, em geral, curti.No Rio c em São Paulo opreço não foi aumentado,mas a carne quase não existenos açougues, sendo vendidaim câmbio negro a domicilioi' ns escondidas. Enquantoi. io, a carne "argentina"continua nos pampas.

O general Ururai declarouque os frigoríficos compra-rum gado parn abate no má-ximo si -140 cruzeiros a ano-Oil e constituíram estoques

A COFAP possui farta Ou-cumentaçfio pnra provar èsiefalo e para demonstrar q ides.se modo os frigoríficosvêm obtendo nos ultimo-ano.-, lucros muito acima donormal. Há provas suficientestambém cie que não existefalta de nado nas inventadase campos de criação. Há duassemanas, o.s frigoríficos cs-trangeiros, a m e d ro ntadosdiante da. ameaça de inter-venção armada, que o Gover-no acabou não concretizando,ofereceram ao presidente daCOFAP abater 100 mil boisimediatamente em troca danáo intervenção. Cessada aameaça, continuaram escou-dencio os bois. O que falta,então, para que o Governoenfim se decida a acabar comn prepotência do.s frigoi íflcose concretizar dc fato a inter-venção?

O GOVERNO t-UO QUER

Falando a um jornal deBelo Horizonte, o sr. Benja-min de Figueiredo, chefe doDepartamento de EstudosEconômicos da Secretaria deFinanças de Minas Gerais.depois de inovar que o boiestava íCiiclo vendido a poucomais de 350 cruzeiros a ano-ba, disse que de nada ac/ian-tava apresentar estas provas,pois o Governo sempre esti-vera ao lado dos frigoríficos econtinuaria protegendo-os, Delaia. parece ser essa a situa-

çáo uma vez que Iodas a-exigências cios frigoríficos fo-ram enviadas à COFAP poiintermédio do Catete, e aúnica coisa que o generalUrurai conseguiu como res-posta aos arrazoados e pedi-cios de intervenção foi - a ne-nativa do procurador d« Re-pública á intervenção militardos frigoríficos e invernadas.

Mesmo a importação decarne da Argentina, que tam-bem constitui um bom nego-cio para os frigoríficos ame-rlcanos e inglesas — donosdo mercado bovino daquelepaís •— continua no mesmopé que quando foi anunciada.E, enquanto isto, com várias(,'-culpas, a carne brasileiravai sendo exportada. EmSantos, por exemplo, o fatocansa uma reação tão gran-de que o Sindicato dos Esti-vadores já está pensando emboicotar os carregamentos dt*carne exportada.

LEVANTAMENTO DASESCRITAS

O plenário da COFAP re-solveu ix íar unia, sub-comis-são para estudar a verdade!-ra situação (>os frigoríficos e

SOBRE O MA-TERIALISMODIALÉTICOPur iniciativa da As-

soei ação 'los Diploma-dos do ISEB, continuacurso sobre a filosofiacontemporânea naqueleInstituto.

Depois das conferên-cias do padre Wilson Lo.pes sóbre n nco-lomis-mo, inicia-se a 30 docorrente ,-i série de con-ferências rie .lacob Go-render sobro n matéria-lismo dialético. Sã0 aolodo quatro palestrasque terão lugar no au-flitórif) do ISEB (Ruadns Palmeiras

"i. lio-lafciüo) às 2(..3f) horas.

invernadas e indicar os ní-vcis justos de preços parn osfrigoríficos e os açougueiros.Apesar da resistência dos re-presentantes do comércio,Nilo Sevalho, e aos Jornalis-tas, Oscar de Andrade, asub-comiss_o deverá dar aopresidente du COFAP osinstrumentos de que necessitapara dobrar os frigoríficos es-t rangeiros.

Quanto à suposta 'violén-

cia" que seria cometida con-tra os frigoríficos com a efe-tívação da intervenção, nâopode haver maior tapeação.Basta dizer que os frigorífl-oob ectão obrigados, pelo de-creto-leí 9883, que lhes permi-t.iu recriar e engordar gadopara abate, a manter esto-quês para o período de en-tressafra, sob pena cie multa.Ou. nas palavras do generalUrurai: ''Usar a força legalliara compelir os omissos aentrar com sua cota do obn-gaçôes regularea é praticarviolência? E o cumprimentoda lei? Náo conta só porquetratamos de empresas de

grande porte? Porque inter-vimos nos açougues e nãohaveremos de fazê-lo nos fri-

gorificos?" Está feita a per-gunta; que o Governo a res-

poncla.

MANIFESTO DE LÍDERES OPERÁRIO^ESTUDANTIS E POPULARES

SAO PAULO (Da Sucur-sftl, __ a Comissão Paulistade Combate à Carestia aca-ba de lanç»t um m«»W««tp »•qual ressalte, que será, defla-grada urna greve geral nes-ta Capital, em data a ser mar-cada, se nfio íorem cumpridasas seguintes reivindicações.

1) demissão Imediata doatual pres. da COAP, que vemdefendendo os interesses dostubarões: 2) não permitir dcforma alguma aumento daspassagens de ônibus e bon-des da CMTC e das empresa»particulares, ou das tarifasdos transportes ferroviários:3i concretizar n intervençãonos frigoríficos para abaste-cer de carne a populaçãoao preço de tabela; 4) isençãode imposto de venda* e con-slgnações dos gêneros de pri-meira necessidade.

O manifesto que traduzo descontentamento do povopaulista face a carestia davida e a falta de gêneros ali-mentidos, afirma, sem meiaspalavra*, que cessará Hôdaatividade nesta Capital se asmedidas reclamadas náo fo-rem postas em execução peloGoverno.

O documento é assinado pe-los presidentes e dire-tnres

da Federação dos Vidrelros.Federação dos Têxteis, Federa-ção dos Metalúrgicos, e Fe-deração das Sociedades dos

Amigos dos Bairros" pe-lofipresidentes e outros diretoresdos Sindicatos doa Gráficos,Papel e Papelão, MateriaisPláütlcos, Hoteleiros, Milsi-cas, Têxteis, Mestres e ContraMestres, Metalúrgicos, Cons-trução Civil, Sapateiros Car-ris Urbanos, Empregados emHospitais, Pedreiros, Brinque-das, e Aeroviários; UniáoPaulista dos Estudantes Se-cundarlos, União Estadual dosEstudantes UnlversitiTrios..

União Paulista dos Funcio-nárins Pública-, e Socieda-de de Amigos de Vila Gui-lhernie, além de representan-tes de outras entidades

ASSEMBLÉIA DA BAHIAPEDE 0 REATAMENTO

A LUA EM«NOVOSRUMOS>

Em nosso próximonúmero publicaremosfarto documentário(artigos de divulga-ção científica e foto-grafias) do marayi-lhoso feito dos sábiossoviéticos que nos de-ram a conhecer a fa-ee oculta da Lua. Di-vulgaremos i nt p o r-tantes detalhes de co-mo o Lunik lli foca-lizou e transmitiu pa-ra a Terra as primei-ras fotos do nosso sa-télite natural.

Comício Nacionalista Na PenhaUni grande comício na

Praça das Nações Unidas estáseneto preparado para o dia

8 de novembro próximo, pro-movido pelos comitês popula-res pró-Lott da zona da Lco-poldlna. Dois comitês de dis-t rito já foram formadosue.x-a zona, ligados a várioscomi'és locais, tais como: duPa:que Proletário de Braz dePina nua Alquidar -0í>>, cieRamos 'rua Aquiii 1G2) deParada de Lucas una Joa-

quim Rodrigues 192-F), doParque Proletário da Penha:dois na Penha Circular nuaFuás Ruptnho 108 e ruaBraga 23); da Vila Cruzeiro:da vila da Penha (rua Pa-die Manuel Viegas 6(31; darua Cascais 131.

Segundo iníorni içôcs pres-tadas no Comitê Nacionalpró-Lott outros comícios se-rão realizados nos próximosdias na Zona Sul no Mélerem Vaz Lobo Padre Miguelc d xi.

A Assembléia Legislativado Estado da Bahia aprovou,a seguinte moção, apresen-tada pelo sr. Raimundo Reis.vice-licler do PSD:

"A Assembléia LegL-latra

MOVIMENTOPRÓ-LOTT EM

TERESINATERESINA (do correspon-

dentei — Em solenidade rea-lizada no auditório da RádioDifusora desta capital, insta-lou-se oficialmente o ComitêEstadual Nacional pró-Lott eJango. Cerca de mil pessoasassistiram ao ato, presidie»pelo sr. Adolfo Alencar. Fala-ram o dr. José Olímpio deMelo. o comerciado Deusde-dit Souza e o estudante JoãoSoares Ribeiro. A solenidadefoi encerrada pelo coronel-aviador Anderson O. Masca-renhas, repre.sentancjon nin-rcchal Teixeira Lott.

do Estado da Bahia, tradu-zlndo uma justa e manifestan.-plração do povo baiano,pronuncia-se favorável ao rá-pido reatamento das relaçõesdiplomáticas e comerciaiscom a URSS, caminho se-guro para uma melhor poli-lica cio nos.-o mercado exte-rlor,

Dè-se conhecimento destaao Presidente cia República,no Ministro do Exterior e aoPresidente da Câmara Fede-ral".

Além do deputado Raimun-do Reis, falaram, apoiandoa moção, os srs. Juraci Ma-galháe.s Jr. (UDN), ÊnloMendes (PR), HermenitoDourado (Grupo Inter-Par-tlciárioi e Henrique LimaSantos (PSD).

Numn das últimas sessõesda Câmara Federal o depu-tado Fernando SantanaíPTB-Bahla). leu a moçãodn Assembléia baiana pedin-rio » tiiR Trnns-oriçín nosAnal.-.

COMITÊ DOSSERVIDORES DODCT PRÓ-LOTT

Os .servidores do Departa-manto de Correios e Tele-(¦ratos fundaram um comitêpró-candidatura Lott reu-nindo funcionários desse se-lor. Foi eleita uma diretoriaprovisória, presidida pelo sr.Eduardo Sa. que ficou in-eumbida de apresentar, deu-tro de um més, os projetoscie programa e estatutos docomitê numa assembléia emque será eleita a sua dire-toria definitiva.

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=—PAGINA 4 NOVOS RUMOS ,30- 10a 5- 11 - 1959

A Pele Se Desprende Do Corpoe o Sangue Ferve

NOTA.S SOBRE LIVROS

Enviar um homem coloair. -. — eis o p::blc i.mediato. Ato un-i poucojanos atrás, tal id<ílu serí.iapenas fantasia, ísçan.iapara um Flash Cordon ouum Bucl: Rogcr.-. Enírsto ri-to, o espantoso íjucesso datécnica do lcnçcmento defoguetes c satélites, o Êxi-to maravilhoso dns três«Luníks.i transportem parao limiar de uma realidadeimediata es. a velha aspi.ração humano. Lançar umhomem ao Cosmos ou àLua... — eis a questão.Mas... Chegará vivo aoseu alvo o nosso herói? E,em qualquer caso, poderáregressar á generosa mãe.terra?

Trabalhando dia e noite,no recôndito dos réus la-boretórios, cientistas daURSS e dos Estados Uni-dos enfrentam, cada gru-po par sou lado, os com-plcxDs problemas que tor-narão possível e ta novafaçanha do homsm.

Agora, pedimos aos lei-toros tíe NOVOS RUMOS

As vésperas do envio do primeiro homem ao Cos-mo, cs cientistas soviéticos resolvem complicadosproblemas, o que permitirá ao ser humano lan-

çar-se à conquista de outros mundosque nos acomnanhem nu-ma breve incursão por umlaboratório soviético, ondehomens e animais são sub-metidos a provas rigoro-ras, mas absolutamentenecessárias.

SEPARA-SE A PELE DOCORPO

Olho através úe uma vi.gic da cablne de aço co.locada dentro de uma cá-maia barométrica. Acho-me num mundo meio fau-tástico, rodeado de bizcir-ros aparelhos. Pela vigia,vejo um cãozinho brancoe mal fixo nele o olhar,quase não posso conteruma exclamação de es-panto. Como se fosse umpato de borracha, o peque.no animal começou a in-

char, dilatando-?e rápida-mente. O dr. Modeste Va.kar toma.me pelo braço eme conduz a uma tela doaparelho de raios X. Vejoa pele do animal despren-der-se do corpo algunscentímetros,

— O ar foi extraído dacabine de ato por podero-sas bombas e assim a pres-são tornou-se semelhanteà existente a grandes al-titudes. E tão baixa é apressão que a água conti-da nos tecidos do animalvaporlzase e esse vaporlevanta-lhe a pele — ex-plica-me o cientista.

O fascínio que a expe-riência exerce sôbre mimnão consegue afastar umasensação de constrangi-mento em face do que su-cedera oo cãozinho. For

^-^¦^irK%<--¦¦•A*iy£-*i.v'->.:r*Í)4'tà :>•:¦>•¦ .>'.•¦¦ ;>¦*¦>¦¦'^MliHiMÉi^ü^*•?% -iMi# 9& &$r-íí$& f*íí

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W&^r'Q(ÈÊm)ímm mwÊk'í'í1í* ^'^vrHJr ií*'1", ^SM ^fcsíâÉÍ5?$-<If^sBlil Mm&^mm^ **> Mm^^MíSMmmmmm^^^^^^ m\ IE" i m^^^^mm^^^Ês^^^^i

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i X x AwKsÊmMMmMmÈÊÈÊm

( jSBBmmÊmmmmmm^^Êmm'**f**)-*t

Loro depois que a enfermeira Z. A. A rapova acabar de colocar os instrunien-tos registradores nn jovem piloto Ale xis Gratchev, êle vestirá a roupa es-pecial e porá o capacete hermético, a fim de empreender a «viagem» ás ca-

mudas rarefeitas da atmosfera, na câmara de altitude.

Ó MUNDO 'QÜE.EU VI

COMIDAS ENEIDA

Çúrcc i" rlemnFindmnentG nn Mn-. "ü.O pc(|U''ii'i almoço, ti::'/., infaüv-ln-i-.] -,(|ii.-ilio iiViis, uni nino de inrriite «juo '<¦soviiHicus ronsidor.-im mn;,nífi"o p.-n n :isnúde c tonini romn romnlio; d-i-- .-,iitu r:ir,; horrível, Wle, pf;n, «.-'"--..frios cs mais diversos, c:c.'- I -nviidn d - comida quo um estôinaiiodi"ri,'i'i'taniln, nfio arnlhe rom i'.«|i"rialairrado, principalmente sp es ; habitua-do ao jrõsto brapilr.iro: r-aff'- forto. i'-.rom manti.-ign, leitt», prnsunto riuandnhá dinheiro para comprá-lo, Tentei i- i-veiirei' a pamaroiva do. meu i|iiii '.", i:ooitavo e ular do Hotel Mo, ¦ nu, i ue itro ovoh pi-nin demasiado paia ir.im.Foi em '."-. fili-., \"l'ar,-:m iliària-in-i-,-te, frio ', - '.n-nto.», pi ' i i-lnilri». ir.;- - "'ia-tro Kiur.p: • inlaliveli ¦••m<- qua' >-n.Q-iundn um dia i i>.»o|vi dizi i à e •vi;,loira, 'i-riileiile ramal ada, qie pi.-i io-niiilll ileinni,», que lioi.» -e ¦•- • - ':r .".¦¦:sondo - - ra;-'- ¦' •. ' a- ">-»¦'!'

-- Coma l" Io, • -tá nuiitn tvaei irlui.MilRi inlia eu. c |ii' : ¦¦¦ ão qin i áu li ¦

nho.N'o almóeo há »-i:'pre ¦ hor» 11'oi-ln .-'e

vai'i'i-: i, f irtn e lá -::: eoi"'il:i i m,-'»rnniif''. K' r!1' mala . .Aliin-.-a-.-e a-qi.li",''e ho:as, janta "¦ i|e|)iiÍH 'i.i li-ati'1,à.» 2!i hora.», o rafe- da i iiinhã i' servidona hora que sp quizer. fiiine-.-e il.-masiado, mas lambem, quem i-ão cr--mer muito, morre do friii. Tema-se iháa qualquer hora e ele virá sempre armo-panliado (1p doces e biscoitos.

A multidão que eu vi, nm Moscou, íbem demonstrativa dessa aliniPiitaçâoahiiiHlunle: homens e mulheres ?ão for-tes. c.orados, pe3ados mesmo. Muito rarouma mocinha ser e.'pruin e mae;r,i, npp-

sur ilu.» soviéticos teieni ie i acenuiinlii,. pelo.» r-sportl ».A comida '¦ bua e i;e-',.-:i. Apemi.»

u. a galinha branca, muito bninca equase gelada, que ?e come quase quediariamente (come-se muito galinhana l.'1'SS) ,-. não apenas l'jia ao olhaimas não muito gostosa ao nalaiiar.

I'i uma coisa espanta: como tomamsorvete em toda a URSS, l'm exajréro;}¦-,:¦>. frio e velhos, jovens, crianças, to-ii "in sorvete, <'nmo a cidade tem que» r mantida na sua limpeza, — -¦ Mus-mu ,'¦ uma das cidades e.ais liu'-l'a.s do

: uiiilu — em cada esquina, em ledos .,-lugares, muito perto umas das outra.-, há:- caixa? onde são colocados os papéism,i- envolvem 'ns sol vetes, assim eon: i! nio que piiih-i sujai o chão: bacana.»,pauto.» de fósforos, etc. As carrocinha.-i-i>!i! soi veles são tão comuns oue nãoiam, elas desfilam às dezenas pela»ruas, principalmente quando vão para- ¦¦ ¦ postos ou, quando i; tarde, tprniinado o estoque, voltam aos seus pouios«i partida,

1'oi-fruntii á intérprete se o smTetei tniiiadu hó na primavera uu no veião.I.i.i responde que não — naturalmente,não — e conta que muitas \cv.c* noinverno, com a neve caindo, tetos bra-:-cns e chão brunquíssimo, homens, mu-lheres e crianças tomam sorvete. Sem-pre sorvete na? sobremesas: lindos, co-loiido.4, em suspiros, cremes, doces emcalda: em tudo sorvete.

F.ra primavera e eu tremia de frio.Deantc de tanto sorvete, só uma per-gunta me ocoi rin:

— Tomo pode ?

isso, maior ainda e o meuespanto quando a câmaraso abre e o pequeno anl-mal salta como se nadase houve; o passado e co-me gulosamente a salsi-cha que a mão amiga dosábio lhe estende.

Pergunto ao dr. Vakar seo animal não ie ressenti-ria com a experiência. Rei-ponde-me:

Desde que tenha cur-ta duração, esse fenômenonão provoca qualquer con-seqüência.

TAMBÉM NA DIANTEIRAPensa-se com razão que

a autonomia de vôo de umavião e a sua velocidadeguardam intima relaçãocom a altura que êle possaatingir. Em elevada alti-tude, na estratosfera, osaviões podem voar a gran-des velocidades e seu iti-nerárlo já não mais depen-de das condições meteoro-lógicas.

Também no que se re-fere aos vôos em elevadasaltitudes, os soviéticos de-têm Os recordes mundiais.Já em 1935, há 24 anos,portanto, voando numavião de fabricação em sé.rie, o piloto Vladimir Kok-kinalci alcançou 14.575 me.tros de altura. E recente-mente o piloto de provasVladimir Iliuchin, filho dofamoso construtor aeronáu-tico, atingiu a fabulosa al-tura de 28.852 metros, emavião. Para atingir tãoexcelentes resultados, osaviadores valem-se do tra-balho dos homens que ex-perimentam nos laborató-rios.

FERVE O SANGUE

O dr, Modeste Vakar mefaz atravessar portas ma-ciças,

Vamos ao laboratório—' diz-me. Estamos "feaíi-

zando. experiências >. com "

uma roupa para elevadasaltitudes.

Enquanto andamos, fala.me das dificuldades comque o homem se deparanus camadas rarefeitas daatmosfera. Muitos proble-mas ainda estão por resol-ver.

Vejamos, por exemplo,a diminuição da pressãoatmosférica. Sabe-se que oponto dc ebulição da águabaixa à medida que essapressão diminui. O corpohumano é composto de li"quidos numa proporção de80 por cento. A partir deuma altitude de 19 mil me-tros, a pressão atmosféri-ca é tão reduzida que aágua começa a ferver àtemperatura normal docorpo humano, isto é, auns 36-37 graus.

E nesse caso queaconteceria?

O mesmo que àquelecãozinho se...

UM MARCIANO DIANTEDE MIM

Alcxis Gratchev é o nome do jovem soviético queestá diante de mim. Êlevai subir às mais altas ca-madas da atmosfera. Náoé o mesmo que dar unipar-.seio pelas ruas de Mos.cou. Por isso, sã0 necessa-rias certas medidas e umsério treinamento.

Colocam-lhe o vestuárioprotetor rigorosamente«justado e, sôbre o' cabe-ça, um capacete herméti-co. Um marciano criadopela fantasia feria maisou menos assim. O futuroastronauta move-se nor-malmente. Penetra na câ-mara onde se fêz o vácuoe a porta de aço maciçoícclia-se atrás dele. Estáísclado do mundo, com oqual ,ó se comunica ctra-vés de um telefone. Moto-re.T começam a roncar,num ruido ensurdecedor.Gratchev, .. nfn.stii-si: daTerra o penetra nas peri.i-ris:,» iORÍÕOs dfls Rl'!l tulCSaliitiuli » ..

HARACHO!O dr. Modeste Vakar

acompanha atentamente aagulha do altímetro e, devez em quando, perguntaa Gratchev como se sente.A resposta vem clara eimediata:

— Harachó! (Muitobem!)

A roupa protetora r*sls-te à prova. Ajusta-se cadavez mais ao corpo do pi-

loto e exerce sóbre êleuma pressão quo compen-sa a diminuição da. pres-são atmosférica,

Choga-se, em »eguida, auma altura pré-estabeleci-da. A uma instrução domédico, Grctchev levanta-se de sua cadeira e come.ça a circular nela cablne.Continua a sen-ir.se be-n,o que é, aliás, confirmadopelos Instrumentos que ie-gistram as pulsaçõe, doseu coração, sua respira-ção, sua pressão arterí.cl eoutras funções fisiológicas.

O cientista dá outra or-dem e o ar começa a pe-netiar na câmara baromé-trica... O nviflo vai ater-ris Kar... E aterrissa...Gratchev deixa a câmarabarométrica, a peq u e n aestratosfera fabricada pelohomem.

— Quando preparamos osmeios que permitirão aohomem viver em cltltudeelevada — afirma o dr.Vakar — devemos ter sem-pre em mente a possibili-dade de descompressãobrusca, que se compara auma verdadeira explo-.ãe.

E SE A CABINNE SEROMPE ?

Aqui, todas as hipótesesdevem ser feitas. Por exim-pio, se a cablne se rom-per subitamente, que su.cederá? A pressão voltaao nível do meio exterior,o que pode acontecer ins-tantaneamente, com ex-trema violência. O ar queestá nos pulmões, no es-tõmago e em outros ór-gãos do piloto tende a saire Dode provocar tiaumatis-mos e a morte. Os cientis-tas soviéticos sabem disso.

O dr. Vakar me conduz,então, a outra cabine deaço: é uma câmara dedescompressão. Um outroaviador já lá se encontracom sua roupa protetora eo capacete hermético. Cha-ma-se Alexis Biclokonev.

O dr. Vakar depositadiante dele um cop0 comágua e em seguida fechaa vigia de vidro blindadoda cabine.

Fixo atentamente a ü-Sionon.la.de Blelokonev. Auma ordem do cientista, ahermetlcidade da caiine édesfeita. Como que impe.lida por uma força invisí.vel, a água salta do copocom violência I Alexis, po-rém, sorri. Sua vestimentaprotegeu-o centra o-, e?"v-tos da descompressão e êleé aüenas um espectador,como eu

QUANDO 0 SANGUEPESA TANTO

QUANTO O FERRO

No mesmo laboratório,esaidam-se os efeitos daaceleração. Esta provocauma espécie de aumentodo pès0 do corpo humanoe de teus órgãos internos.O sangue pode tornar-setão pesado como o ferroe, nesse caso, o coraçãonão terá forças para en-viá-lo ás clrcunvoluçõesc e r e brais. Apresentam-se

ASIROJItDO PIRfJBA

Tenileio (iélieiltllt, a partir l-liluettldo (lo seu l'n-moso '•('oinuceiiu leiiilo-, exposto i.o Salíiu de JS14, mn1'aiis, firmou-se como jriaiult: pintor roalistn, um <1oínuiioie:-! do norluilo romântico. A eontomplacio o oestudo dns j,rij;iiiites italianos dos sá-nlim XVI ti X.V1I,Imprimiram mais vivo impulso — upi. imyulHo jjí.fonH-ciente ts assentado — à forço hm intiva que htwiu nela.Isto é o quo ilucin us seus biógrafos.

Alagou não fiiz bioioafia, mau intevpicta e rec'via,com nfrudn veriidilaile. us phnittihlonios

'<fo Geiii-milt gô-bre a pintura. No dlalojro com Thierry — em verdademais mor óioffo qua diálogo *- o pintor fala tia* suaspreferências pelos possantes meatres italianos, entre «aquais (.'aravaaxio, com o qual ponimi nfio poucas aflni-lindes de temperamento. Vale a pena resumir algunsdoflconceitos o opiniões que o romancista Arajron põe naboca do Cíérlcatilt, naquela noite d» maus auflri.r.os einquo começava a -paixão» do Rni.

Üh críticos e os fariseus acusavam (.'aravaggio denão .saber desenhai- nem escolher as coisa* belftB p»r»pintai'. Sem dúvida, a verdade crua lhe bastava, náoei a necessário embelezá-la nem disfarçar s% «fealdade»com fáceis truques. Há no Louvrc um» tela admir4vel.deCaravajrgio — ^A Morte da Virgem»... Para rnpresen-tar a morta, éle tomou como modelo, nio unia princesacom cura de nnjo, mas uma mulher do povo, com asfeições BUlcndas pelo sofrimento, a agonia na beca, aface molhada (le suor, as narinas côr de cera, o corpodeformado pela doença, o ventre inchado. Eis o que nftolhe podiam perdoar. Oh padres recusaram colocar «i fi-gura hidrópica sóbre um tabcniáculo de pedraa precio».sas e colunas de jospo, Queriam uma Virgem mortaque revelasse a idéia da Transfiguração, um toque mi-giro que sugerisse a Assunção.

(léiicnult exalta-se e exclama :— ».Kis o que esperam du nóí, os pintores, e nos

acusam quando não damos o que esperam. Pevcmos sertransfiguradoros -- da Virgem ou de Napolcâo. Mas oteinpo virá um que nos beijação as mãos por termosvisto, na multidão da feira, umn verdade humana, umaverdade surgindo na esquina! Nâo mais se repelirá en-tão das igrejas, ou do que houver no lugar da.r igrejas,a violfncia dos sentimentos, a riqueza das formas, aspaixões nuas. a expressão que zomba da.n ronvenlên-cias para apenas cuidar ria humanidade! Então, dian-te do homem que sofre e sangra, não se exigirá maisde nós que pintemos o Paraíso nos olhoF dos moribun-dos, nem o de Deus, nem o idilio do Trianon, nem einundo do ('(uligo Napoleonico!*,

ThieriT ouvia e cakiya. Géríeaull continuou * fa-lar —- a falar de Cnravaggio e da sua vida. Pilho damiséria, empregou-se num aleller da moda, pintandoflores e ornamentos em quadros alheios. Ma* quandopintava por conta própria, chamahdo-ae de pintor <cni\-Uiralistn. — palavra nova plena de desafios — e afãs-tamlo-se do ambiente momo que impregnava as suasprimeiras obras, apurava a ciência das sombras, o gostodos contrastes, e via no contraste o princípio mesmo daarte, a carne da pintura. Caravaggio ensinava que abeleza é secreta e não ostentação. Pintava aeeassiwis,bôbedos, rufiões, e não trocava a ictip»' de- povo/porvestes de serafins ou de minhas. Sua vldí, «ome » auapintura, foi uma vertigem. Vertigem <jwe o. levou acorrer de cidade om cidade, Veneita. Bom», Nápolee,Malta, Messina, Siracusa, Pajermo, como' um wprobo,como um maldito,

Os biógrafos contam e que foram ot últimos anos<]e Caravaggio, o drama do gÉnii» rebelado • do ho-mem desmedido,, força elementar da. natuwia, jesaantee sombrio como*' i^.na P»prja p(rHur«V-íAraginV,tía>'a

.fal^-de IaWmSm #wc-sé ^^^ÊÊMt-^^^'gntrrlrt^íaB^ül^flas rflfeV vigotó^jT' e^sP^òhfiaas ,doromance, tomando como tem» o pintor «e homem. Massemelhante transposição romanesca ao foi po«arvéll-por-riue existe realmente entre a obra de Caravaggio tt ade Géricault numerosos pontos de contato — uma •outra evidentemente estudadas pelo romancista comamorosa penetração critica. E não será difícil descobrirtambém alguma afinidade secreta do escritor com osdois pintores — cada qual se exprimindo, naturalmente,segundo ns condições do seu tempo.

perturbações visuais nohomem e *ste perde o*sentidos.

Para que o organismohumano resista a tal so.brecarga, foram fabricadasroupas especiais, com am-polas de borracha dispõe-tas em torno do ventre ecias nernas,

il se os velocidade*aumentarem, q u • suoe-dera?

Êste piroblema aindanão Íoi resolvido, afirma odr. Vakar, mas o primeiro

teórico dos foguete* sovié-ticos, Tsiolkovski, pensouem proteger oe astronautas colocando-os dentro deum liquido. Baseou-se Tsi-olkovski no seguinte fcrtoi»e «e p6e wm ov0 cru nu-ma caixa cheia dágua,mesmo que »e dMÜramgolpes na água o ovo não•e quebra,, O mesmo foiconfirmado em •Kpwrién-cias eom serei vivo*, quepuderam suportar sobre-cargas fantãttleas, mil ve-zes superiores* à normal.»

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\ ¦ ^MBmBBm\mmm\\\nswMm\\^mmBWr^ j •-¦,.imm\ST, mmmmKiw^k^—vf^i^' M& mm\. 'B£,j| B^B BmftrfcmJffw' '"'fLj*B mÊtmf^^^^m. ^B

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xí?g&ííSISsc«Pí!^

Mnquanto «Tzianl-a» já está vetado com» HMÍ^xnettbá«k mommml, «Mishk»»aguarda h ve-z. DwKtaniení* vest-idos, ambos m**mtoèmAo a fm^otiat

*ma#mv**

'f/m^H^tt)-r-í-li.m.„,r?„i.,]„i.,. „.,.. ;, T, "•-^¦^^¦^¦¦W^»

30- 10.1 5- 11 - 1959- NOVOS RUMOS _ PAGINA 5

S. PauloMobilização Geral PorAumento De Salários

«AO PAULO iDa Sucursal i- - Dezenas de categorias pro-íinsionaLs estão em plena cam-panlia salarial, uma ver. quea maioria dos acordos ier-mina em outubro e novembro.A orientação geral da cam-panlia se desenvolve em tór-no do aumento de salários àbase do índice de encareci-mento do custo de vida. NesseMentido, já foram renovadosos contratos coletivos de tra-balho entre empregados e em-pregadores do setor do pa-pei e papelão, sapateiros iex-tensivo ao interior i ceramis-tas. algumas empresas da ali-meiitacão. - outros.

Esta semana e decisiva paiainúmeras categorias, cujo mo-vimento nn prol dc melhoressalários intensifica-se, R' ocaso iíck téxtevi. bancárioscomerciados, químicos, vi-dreivos, metalúrgico.-., °nui-cos, frios, funcionalismo pu-büco. professores, operadores

cinematográficos, como. brln-qucdo.s. ele.

TÊXTEIS: MES<REDONDA EASSEMBLÉIA

Encabeçado peta diretoriada Federação dos Trabalhado-res Têxteis do Estado de SanPaulo. Sindicalo dos Têxteisda Capital, 27 sindicatos téx-leis do interior e 3 associaçõesprofissionais, desenvolve-se acampanha do* lecelões Emassembléia realizada doiiiingoultimo rejeitaram a contra-

Corporações que intensificam a luta: têxteis, qui-micos, metalúrgicos, vidreiros, gráficos, bancários,indústrias de brinquedos, trabalhadores em mata-

douros e frigoríficos, professores, servido-res públicos

propusra patronal de um rea-juste de 30'. ie compensa-çáo de V2r.-\. com teto rieCrS 2.100.00 Deliberaram iam-bém batalhar eficazmente pe-Ia conquista do Abono rieNatal e outras reivindicaçõesespecificas Quarta-feira liou-\> nova mesa-redonda entrepatrões e operários.

QUÍMICOSEncontra-se em assembléia

permanente, com sessões es-peciais toda- as sextas-feirasem sua sede social, o .-cloi detrabalhadores químicos, Ca-berá às diretorias dos Sindi-calos e Federação decidir .-6-bre as medidas para a con-quisla do reajuste salarial.

Em assembléia realizada nodomingo último foi rejeitariaa contraproposta patronal.inclusive a subordinação doaumento de salários an au-menfo do preço dp produtosquímicos t farmacêuticos.

Furam realizados nessa se-mana vários entendimentos.» saber: dia 24. reunião r-n-tre empregados e empregado-res do setor cie lilllas e ver-iii/es: -quartii-fcirn, mesa re-

VITORIOSA À GREVENO PORTO DE SANTOS

BMBJmB BfilgfflfV^fc ^ ^^^^^^MÊUmmm^^ÊÊmm^^i

m\\m^Êm^vÊ PB ^B K. ^BÍk^w^Hi '^JHb J™ ' Ik^Hí

WflB ^S^E I^R^B ^IL. - ' ^B ^^^flfl ^B MmMmW'

f^RK^HP' '^EFíBB^^BÊfc^^B ^B*B^'-'B£ mm¦'¦ ^1 ^B^l ^B

UUmV'>-''-U^^^LmmmmmV WÍ*V^* '•'•??¦ -^4^158» ^B BBv&tv' Í^B ^HSMSMM^^^fl mm -^iflwBlHI''*•''' : Jsyffip&jíí ^m Wvw?$ímim BKmPq

donda no setor de forinicidii,inseticida p resina: quinta-feira, no setnr de fórforos cda ilnliirarla,

METALÚRGICOS:AUMENTO OU

GREVE

Prosse;:nem o.s enteiiclliuen-tus entre empresados e eni-predadores dn setor inetaliir-fino. Reivindicam o.s traba-lhadores aumento salariiilcorrespondente á elevação docusto de viria, isto é. tle 4J.il'Uma mesa redonda realizou-se no riia 25. cujas delibera-çõef serão levadas ao conhe-cimento da categoria em a -senibleia a realizar-se dia 3Caso náo haja acordo, 150mil metalúrgicos entrarão emgreve a 0 hora do dia l

METALÚRGICOS DEMOGI DAS CRUZES

EM GREVE

Aproximadamente 3.000 ope-rários riu Indústria Jurei,sob a liderança rio Sindicalodos Metalúrgicos dc Mossi dasCruzes, encontram-se em [ire-ve por inellioi cs rimiitncriicões. desde sábado ultimo Oatimenli) de salários riilvindi-cado c tio 4:V . som ictn r ospatrões insistem iw propôs-tu rip iiumento dc 15' comleio de CrS 1 500.(10.

VIDREIROS: MESAREDONDA

No dia 28. realizou-se umamesa-redonda entre empre-

«;idos e empregadores da in-dii.-tria de vidro.-., cristais cespelhos, pur solicitação dosúltimos, Na ocasião foi ratificado o pedido rie alimento rie rc- nn indústria de brinque

GRÁFICOSNo dia 30 realiza-se uma

assembléia dos gráficos, na.qual serão examinados os re-siiltados das conversações en-

ire os dirigentes sindicaise os empregadores, na mesaredonda realizada no ria 2Hultimo

BRINQUEDOS: 40"oKm assembléia realizaria

sábado, dln 24. os trabalhado-

salários e do abono de Na-tal,

MORREU OOPERÁRIOCARDONA

A 20 de. etembro último, fa-leceu em São Paulo ao- 70ano.s de linde, o velho mili-tante proletário Rafael M.m-pas Comuna Toda a exlstéu-cia de Cordona esteve lig.i-da á lula pela emancipaçãodos oprimidos, Nascido naK.'.|innha. criança ainda emi-g.ou para a Argentina, Emnio». loi perseguido c obrigado a emigrar para o Brasil,por sua participação nus gre-ve. (ios estivadores c lenoviá-nus. Aqui. trabalhou Inicial-mente ua lavoura e exerceuatividade politica entre oscainp meses. Em Sâo Pauloposteriormente, tomou pintenos movimentos sindicais egrevistas de 1917. Gravementeenfermo, lia vá: ios ann-, nuii-ca .e desinteressou pelo de-.-enrolar das lutas dos iraba-lhadores e as vitoria- d.i .-o-clalisnío. No bairro onde re-sidia Parque Vitória eramuito estimaro. No seu ente -ramento, vários comitni l:isusaram ria palavra C irdonadeixa viúva a sra. Maria Fei -iianric- Matiza-., alem oo n-ilius e netos.

GREVE DOS AERONAUTASPARA 16 DE NOVEMBRO

Apó.s a realização rie uma gre\e que durou oito dias, paralizaiulo completamente a piiucipal atividade do Porto deSantos, os ensacadores e rai legadoics de cale voltaram autrabalho vitoriosos, tendo conquistado um aumento ri" :'.ii',.pagamento da aneaçâo ao mesmo preço do Rio de Janeiro,redução da metragem de 50 paia 40 meti o.- nas distânciaspercorridas con: a carga na cabeça, r aumento ri."' ,'lü'fsobre os preços atuais: preferência absoluta aos associa-tios do Sindicato ua execução do.e serviços, e nenhuma |ni-mçáo paia o.s gievislas, Falo importante a assinalai <¦quc há 'M anos, não se registrava nenhuma greve nessacorporação. Xa foto. os trabalhadores, quando comemora-

vam a vitória na sede do sen .Sindicato

O.- aeronautas decidiramdellagrar tuna greve a /.erahora oo ma l(i oe novembro,-e ale o riu 15 não uver sidoaprovai a ,i rcgiilamcniaçáo(ia profissão, A medida foiadotada ua grande assem-bléia realizada na noite ootua 27. nesia Capital, onde ostrabalhadores tio ar t mai .mic. nhecimento ria (íecisão doTST conccdendo-lhe umaumento salarial dc 50 •.com base nos salário* cmvigor em 1957. Os aeronautasaprovaram ainda as seguiu-les medida-: 11 ficar em ,i ¦¦sembléia permanente 2i ai a-lar a rirei ào (io TST: 3i voarsem boné até a ap.nviiçáu

UM ENCONTRO PARA A ACÂOROBÍR'0 M0RINH

A II Conferência Sindical Nacional rotai os empregadores reacionários.xwá realizada nos dias 20, 21 c '22 do feitos deputados o scnadoio-i, as podenovembro próximo, no Distrito Federal, rosas organizações paitiuiais (pie mnbiSerá <a confirmação da unidade nãn lizam com sons recursos o- advogados,só do pensamento, como da ação dos juristas o sei:.- representantes no gonabalh adores brasilicios, e expressará, vôrno parn anulai' os dhoiios dos Iraua legitimidade das suas decisões, balhadores.sentido patriótico c a elevação de pro- Nessa II Conferéuem Sindical Na-pósilos que inspiram as classes traba- cional. os trabalhadores, através tiolhadoras de nossa terra;, proclama com suas organizações sindicais, irão l'nr-justeza e oportunidade, o manifesto- niular claramente sua posição dianteconvocação, lançado a 23 de outubro dos aeouloeimenlos políticos quo se dipelas confederações e federações nacio-nais de trabalhadores.

Sentia-se a necessidade rió-se en-coniio. Xáo para examinarmos rie novoos projetos rie lei que devem regula-mentar o direito de greve e ri,ir um no-vo conteúdo à lão desiiioraliz.achi Pre-vidéneill Sori.il. Sobre és-es projetos |.ihá opiniões e decisões claras. Di/ a convocação: A 'ri501 .0 pensamento doitra balhadores sobre estes e muros pro-blemas já loi repetidamente traduzidonas leso loções vaiadas eni vários conclaves •.

A II Conferência Sindical Xacionaldeverá dar uniformidade e eoniinuidade na ação sindical", sem a qual nãose poderá obrigar os legisladores (depu-lados e senadores) a terminar com ês-

settvnl\ mn.'todos esláo convocados; irahallia-dores e as enlidades sindicais. A Couferõneia precisa sei \ i\ ida nas fábi i-cas, A voz e o pcsanuienio dos que Iabulam dia .1 rii.i nas tabi ioas, dn-- (|iie

\ iv em a-- a 11 • ¦ it -1 i.i ¦ tio v ida 1 .na. dosIran-portcs deficiente, d" riesemprógii.de unia pres iricucia nn'i,i I iuel icienle.das .inil',o' is con-taulos dc reinesálius— ó C|IIf* iii". o sei nu-, ii,. na ('iiiifei oncia. A pi iuripal Ia d.i d.i - 111 gani a-eòi-- sindicai'- c disi ul 11 mm ns li alia •lhadores nas iáliricas . nos sindicatos.Só aisiin podetão exptcsiai a palavrado: trabalhadores <¦ tio -nh associarlos.Só assim prepararemos .1 fóivn unidapaia a conquista de nossos direitos,

A linaliíiade da II Conferência nãoses projetos de lei. Mas não é só isso. é mais debatei o que i.'i está decidido.Torna-se necessário fazet com que I" coordenai a ação nacional tios iraação unida dos trabalhadores e de todo balhadores para a luta. poi; estes mé-o movimento sindical náo permita que ses nos ensinaram muito. Ou lutamosse aprove um novo mostrengo, como unidos o sem dc-canço, ou seremos ensubstitutivo Jefferson de Aguiar, ou sanados <• derrotados. Demos o prazocoisa semelhante, sob e disfarce de re até :i de oulubro pata atenderem ns

gillamciitaeflo do diteito de greve. Só nossos justos reclamos. Não uns ateuSíeãn unida rios trabalhadores e de lo- deram. Cabe-nos .mora tomar oulrasdò o movimento sindical poderá der- medidas. £' o que faremos.

u.i regulamentação; 4' peduquc o seiutro aciona 11 leo seja.'uu vc/tv Mtpcrioi ao .saláriominima cm vifior.

DECISÃO

SOBRE A

GREVE

NO MARí)s representantes

dos 12n nn! trabalha-floro.s marítimos nVIndo n pais estarãoreunidos hoje, sexta-leii','1. às ls horas, tmauditório ilu Diáriodc Notícias . nesta1'apilal, para loma-rem coiilu'ciiiienUi i!:ires po- ta du 1 ío\ d imao 1 eiiiãrio ile rei\ in -ilicações apresentadopela rederaeão, Nacional dos .Marítimos.I'a respo ia dn (Jovêr-110 dependerá a ma-nutençào ou a retira-da da |ialavra de or-deni ile RTeve ffcral110 próximo dia 11.

<).< tralialliatlocesdu mar, conforme ii-vemos oportiinidaflede noticiai', delibera-ram, através du .-euConselho -ir Kepreseiilaitlcs, qite defla-arariam unia u:\o\r,2rl'.'ll Im dl.. I I ilo im-\'i'iubro, -¦¦ as suas11'.\ indicai uc- 11 a olosseiu atendidas atoc-s:i data. A decisãojá fui rcici .'lidada pe-los '•' sindicatos na-cintiais dc marítimose pelos 1 sediados nes-Ia Capital. Ds demaissindicatos com baseterritorial cm outrosKslados estão apro-vaiul" também a doei-são du ( ouse.lio e eu-viaiido copia das atasdas assembléias paraa Federação Nacionaldos Maiitinius.

dos deliberam solicitar riosemprecadores o aumento rie40'. sobre os aluais níveis ,»a-lanais. A D R,T, deverá mar-car uma mesa-redonda en-tre as partes para iniciar osentendimentos,

FRIOS

MANIFESTO À NAÇÃONu momento em que Irnmilnm no Senado Fe-

Vial piujeius tio leis que prelendeni disciplinar o¦venicio du direito de »reve e aprimorar as leis re--tiladorns da Prevldônchí Social, cumpre aos traba-hadores brasileiros, por intermédio das Snas enli-lados sindicais, tendo presente -eus anteriores pro-uiiriamenios em conclaves reali/ados por suas or-

.aiti/.açôes, imprimirem, ainda através delas, umaiu:áo uniforme visando á salva guarda daqueles di-teitos, mormente em face da negação rie uni. pur viade inadequada regulameniaçno do exercício, o da ex-cessiva demora na outorga do oulro.

Ainda no momento em que o salário perde subs-táneia em virtude da crescente alta do cisto de tó-das as utilidades, mais se justifica a vi'..'ilám-i.i dostrabalhadores no sentido ria adoção de medidas quetentam a evitar o próprio caos social,

jj Como aos órgãos sindicais cumnie colaborar fi-oiii o. poderes públicos no desenvolvimento fia so-

i; lidariedade social . e. ainda, como órgãos técnicos eI consultivos, emprestarem cooperação na solução d"s

problemas que s(> relacionam com as categorias querepresentam, é natural, portanto, que desenvolvamsua ação objetivando ver respeitados princípios as-sentes ua Constituição Federal (art. II'": a ordemeconômica deve ser organizada conforme ns princl-pios ria jusliça social, conciliando a liberdade cie ini-

! cialiva com a valorização dn traballio humano ; art.1.T7. que traia fia Previdêilcia Social o art, l.">8, que

! inscreve o Direito de Grevei,A rigor, o pensamento do trabalhador sobre és.

tes e outros problemas já toi repoliriamento traduzi-i do- nas resoluções votadas uos citados conclaves.I Mas a aeâo desenvolvida até agora náo levou a te-

sultado feliz, e náo levou porque, embota houvesseuniformidade e continuidade na ação sindical, elanão logrou receptividade junto aos responsáveis pc-los atos legislativos,

Nesta altura nem caberia votar quaisquer nu-tias resoluções, Seria suficiente a ratificação dasanteriores o apenas um anêlo mais co limando a con-

| versão em leis rias aspirações, contidas nas reco-inundações que já votaram. Somente fatos novos, desentido social, poderiam enseiar. em cada caso. oreexame daqueles procedimentos. K porque assimsempre se fé/, e porque acontecimentos presentes po-

Os trabalhadores em mata-douros e frrorilieo- deverãoreunlr-sc em assembléia dia31 paru apreciar o resultadoria mesa-redonda efetuada nodia ::k entre seus represou-tante- e o- da indústria dofrio, no que concerne ao au-mentn ric salários. Os empre-earioiTs eslão se nesando acomedir rmalquer aumento li ||f>m ()|.c|,||. n r.%-P1,.i,.j0 f]0 mj„jmo de direitos e a efe-sem quc baia aumento do : |jv.„..-;0 ,,., p.„.an||}, .|;1 estabilidade das instituiçõespreço da carne, (ll, |„(.vjc|pneja, p mistei seja marcaria a ação dos Ira-

baíhadore . neste momento, alravés de pronuncia-mentos definilivos que reafirmem a sua convicção

o Centro rio Professorado j de que não -e chegará h verdadeira paz social en-Paulista, que ('oneroso cér-ca dp 25 mil professores, ea APKSXOIvSP estfto de •-'.)-volvendo campanha em iodoo F lado em torno rio au-monto dc vencimentos, Re-ceiilemente a m,;dli de sala-rio.s <• rie B a 10 mil cruzei-ros mensais nara ns mofe..-sores mima rios e ti" C\\

12 500.00 caia d- pi .* vó-res secundários

50 MIL PROFESSORES

T^MP^M OSSERVIDORES

Doze.ss-ete entidades rie '!'--se raie compõem a assembléiapermanente rios servidorespúblicos estaduais pstân emIma por aumento de salário?que varia rie 17 a f'0 pnr cen-to. m^iia tabela que prevêmaiores tJercentnoe'is an« ser-virioros menos favorecidos

o funcionalismo municipali-m niemovial enlreeií' ao pi e-tr in da Capital, a«sin!>cln nor21 entidades, ploi**-í:»uí rçvii-loi'i?iieáo tir p..ílm-. e refe-

ròncias salariais

BANCÁRIOSKm umo da- iiuiíici'- .i- ;em-

iléia.s realizada pela caten.o-•ia, os bancários de São Pau-Io rejeitaram a çontra-pro-losta patronal, pelo lati de ame.-nia pretender compensar:i niunetilo ia "onceriirio doçalárin minimo 110 aeòrdo aser lirmado. e poroue os bar.-queiro.s não concordarem comcom a inclusão no a<'ò''rio de

•ii Pem prevendo' a diseu -¦•ào da instituição dn .alarioprofissional da ealeenria

Dessa forma, os bancai ospei mallecem na lula poi 45'com 1. minimo tir CrS :'. 11(111.11"

I quanto os direitos operários continuarem posterga-' tios. Itealmenle, enquanto houver omissão legislati-. va no que respeita à função do trabalho rumo lequi-

sito para a dignidade ria existência, essa paz social'| não será alcançada. Realnienle, enquanto uma regu-

lamentação imperfeita negar o próprio direito quepretende regulamenta, não liaveiá clima para uma

| paz social proficua e duradoura.A Constiiuicáo Federal cnmnletou Irex.e anos, e

quase nada se léz nesse periodo paia dar corpo aií preceitos vitais nela contidos e. assim, garantir ao

trabalhador existência condizente com a sua própria| condição hhumana. A simules remissão dos incisos

do nrt. r>7 e o seu confronto com a atualidade brasi-leira fala mais alto oue o mais contundenle comeu-li,lio. E leva. necessãriamenle. a uma situação doalarma, tanto mais coiniiieensivel e justificado quan-do o só falo de preienrierse regulamentar o exerci-cio de um dos direitos constitucionais é motivo pataa mais franca reação, encontra a mais violenta hosii-lidade. ao ponto de, para obslaciilar-lhe o anrlamen-to. voltar-se. num inadmissível retrocesso, que se eu-tende como formal roqusa ft franquia rir direito, a le-vantnr preliminares ultrapassadas, só admissíveis nonu-o das discussões (pie levaram á aprovação riaCarla Ma"tia.

I-Ma siluação siimametile grave rorea as euliila-tio-- signalárias. que coucre»am o- liaballiadores dei,,iln u liiasil. a marcarem mn novo encontro dessestrabalhurinro-;. através fie suas of.ani/aeões sindicai-,,,., II CONFFülWNCIA SINDICAI. NACIONAL, paia (pie Ineste conclave selam votadas a- medidas de alcance |,e profundidade que garantam, ile falo o uue a l.eim',i,,. Hi-, ponrodo. Ksi.-i II CONFKÜKNCIA SINDICAL '

NACIONAL, a realizar-se no período ile 2(1 a L'L' de no-vembro vindouro, será. assim, a confirmação da uni-

| dade não só do pensamento, com da ação dos traba-lhadores brasileiros, e expressará, na lesilimidadodas -nas decisões, o sentido patriótico e a elevação ile

propósitos que inspiram as classes trabalhadoras denossa terra.

Rio de Janeiro, Jti tir oulubro de l!'.'i:l

ivl-, ,'NTI — Detn leeiano de Hollanda CavalcantiPela CNTC — Ângelo ParniigianiPela CNTI"!' — Mano Lopes de OliveiraPela CONTEC — lluherto Menezes PinheiroPela F.N.M. — Sebastião Santos.

PRESIDENTE DA CNTI A NR:

Pôr Em Movimento Todas asForcas Dos Trabalhadores

A 11 Conferência Smdi-cal Nacional visa, sobretudo

a coordenação das tona-proletárias c o plane.iami uloria ação do movimento ,-airii-cal pina a conqui ia cie suasreivindicações e direito- de-

1 tarou ii reportapem de NH oSr De idei 1.mu rie lloll: nriaCavi li anii. pie.-ldeii v ti 1CNTI. uma da> .-ieuai.iria-,1,1 m,nin.. to de coir.oc.K ."ria 1! Con lei em i.i

i;,. pendendo .1 ima P1 :ijiinla -obie .1 ni lent.ic.io 00; raballi-u u es

n til uniu o 11c. o eni '¦'"• is'a;..'Klii primeiro lll';;!!', de-

\ i'tií(i> c\n uiiiKi: !òíin> .' ¦iinqm. : 1- insci 1111 na Cun -

liluicáo lú dei .d para vei il-rar as cama pelas qual- upodei iceislativ não n inrompiemeiitariu c.-si • direii ¦permitindo a sua plenaexecução. As.-im, ,1 ela sctrabalhadora (em de traçairumo- capazes de fazer comque ésse- direitos não fiquemno pape! como vem ocorrer.-rio alualmcr.ti' Em secundolunar e 11 que e mais impoi -tante, trata-se de por emmovimento toda- a- forcasdos trabalhadores

Sobre a possível posição daII Conferência acerca ria re-

iriilamcniacáo dn direito rieprove, (|'ie ora tramita nn .Se-nado adiantou o presiden e(i.i CM I

Km linha.'- perais. » IICi nlercncia Sindical cirvi" acontinuar, pen-o ou, as dn',-br r'i .11 ¦ anlei av e.« Eni ¦ e-M: 'i: ;'- li'' r-ll-cí|(., ||-,l\ |r! I

cm ''nln o Pra il em vá:".' -1 uni lave c reuniões sinrli-

. ni- li'eiiv"'ram ceriamentenovo- ,11 menti'!' O que rie-i'i:iliin 1' mii a- le - li serem

1'uiada- i-li'iain Iuleirameiiie.ir ;ii'íi| cli, rom 'i c pi: i111 d:iTm i" ileáo feriei al f ti»evnlucáii social ,- democrau-

;l do lio: o pni •

Subi |. 0 andaiiieiilo riu |ll o-ii-l , d., I ' 1 Oi -' ir.H a da Pi e-

•. ideni ia ívjcial. o pi o iden-te (:,, entidade máxima rio-irabalhadorc- na inclii: tna.ii.-.-e'

— A transformação do pro-teto em lei depende exclusi-vãmente da atitude dos lei'.,--lariores. uniu véz. que o refe-rido projeto iá contem suaes-lòe.- suficiente? para uma rã-pida tramitação. rodos no.-esperamos que neste ano seiaaprovaria e ím-ta em execuçãoa 1 ei Orcánica rin Previden-1 ia Social

Haverá alcum pronuncia-mento ria 11 Confwéncia sò-

bre a situação nacional ~ 1»posição dos trabalhadores?

- perguntamos.Snn, haverá um alto

proiiuticiamenlo dos traba-lhadore: cm face ria situaçãonacional. Alias, isto c. piore\o'i-.".at.tr (.0 leinário (!¦'<¦Conferência. Não so iustiíi-1 ária ne-ia alima quando o.siraballiariores remir - so-ãoem caráter uai ional que si»(ie.¦¦<• tie examinai' lória ai ci um! -ii .1 politica e socialriu pais A pos i ão sei a n so-ma dn pen-amenio rie iodoso- Iraballiariores e.-palhndo.i|)eli)> 1 uu óe- (lo Bl asll

Coi'4-liimdii. ric tarou o sr.neoclectano in- Hollanda Cn-valcimli qur a CNTI. comouma das prtni ipais .-.iiinaia-nas 0.1 cfuivoi aeão da 1 fConferência, envidará todos

r . feforcos e molvlizará osÍ1II7 sindicatos e 46 federa-cões a ela filiados, bem comotodas as suas delegacias re-trionnis. para que o.s seus in-toarantes tragam apoio ma-cico á Conferência, possibili-'ando o -eu pleno exilo Apó«a realização rio a 10. a CNTIlevará a todas as suas bases,fl; fábricas p aos sindicatos,a- -ua- resoluções, a fim dnque orientem a acfto imlda • /

lláli!* An ,.1„ .... _ i_.., I..1U _ J ... *^

fdiária da class* trabalha'1'*

PÀCÍNA 6 NOVOS BUWOS =30-10i5-11 -1959

Ou Volta o Monopólio EstatalOu Fecha o Banco Da Amazônia

Da posição do governo em relação ã política da importação da borracha

depende a existência do estabelecim ento oficial de crédito — Já é dificíli-

ma a situação do Banco — A origem das dificuldades — Trustes tiveram

cúmplices na Comissão Executiva de Defesa da Borracha e no Banco do

Brasil — Banco da Amazônia também tem culpa.

Ou s'1 restabelece ,, mufiopólio pslaial das impo!taçòcs, ou D Bancu de Cn*dito da Amazônia fecharánuas poiias. Não vejo ou-tra solução, pode ser quealguém a conheça — Kstas palavras foram proiiuniriadas pelo representam**do Presidenii ria Repúbli.ca, major Perpétuo, em recente reunião, realizada naFederação rias Indústiiasdesia Capital, com os in-dustrials ria borracha, para estudar a difícil situa-çéo em que se acha ,i pequena inriúsli i.i. K o quesignifica o fechiiineiilo dnBanco ria Ama/óiiia porieser resuinido em poucas palavras; a cessação d,, linanciamcnio aos produto-res d'1 borracha rio exiremo norte e, além disso.deixai totalmente á mercêrios sei,, trustes estrangei-ro* rie pneumáiieos as qua.

se 300 pequenas fábricasnacionais clt: artefato-* ileborracha.

O BANCO

Do ponto dc vi.sla poluiCO, o Bailei) de Crédito daAmazônia é controlado pclo PSD maraiihen.se e, eu;particular, pelo si. Viicui*nn Freire, (>- presidentescio Banco são inriicailussempre pelo mencionailugrupo pessedisla secun*dado pelo siiuaciunisníoparaense iMaiiiômieameii*le, puil' se dizer que o banco é paracn.-c e é, aliás,em Reléiu rio Pará que toma sua serie, K' eoiiipieoii-sivcl «pie um cri o preçurieva sei* pago em decorreucia desse enfeuclainenio pu.lílico <ic uniu iusiiiuiçãoque não deveria suborcli.nnr-se senão àqueles liu-para os quais Ioi cria tia:fomentar a produção nacional cie borracha nalii-ra] e executar o inuiiupú-lio estatal cias operações li*nais rie compra e \ eiiiln daborracha.

Knlrelaiilo, o tributo poliiieo pa*." pelu Banco nãochega a constituir senãoum nspeclii seeiiniláiiii emsuas ail\ idades e não é. dcmodo iilguni, ,, responsa-vcl pela situação eMreina-menlc difícil ij li t- I, eslabelocimenio ma atravessa

GOLPE PRINCIPAL VEM

DOS TRUSTES

0 niimenio veiiiginosn.,, cuiisuiiiii nacional deborracha e a estagnaçãoda produção do pais nu-pusornm a necessidade dcImportações. Iiiicialuienieapenas pala complementaia prucluçàn interna, com "jrescimeiiii) d" consumo "-

papeis se iuve|l''l'iilil em

poucos anos: a piuriuçãonacional é l|ue passou .i•'omnlemeul ,i i .:- inipoit a ções Paia '¦ I.. ano poiexemplo, i* li ii ti, ¦:' rr ,r borracha uai'iniial cnirará cnin

cerca .le -•! mil toneladasa plllle Ue lioll.icll.i illl-

poilacla nseencleiá a céu ,ide lU lllll

Ale utiiubiii cie lltôti no-leinios dil lei I. I8«l, queconsagra o monopólio riasimportações, sòineiiie "Banco podia comprai o pi"duto no esiiang"iio, r\ difcrpiiça enire o pieço iii-cumpra da borracha u_ eslerioi e o preçu de vendain, niei, ildo illli'l iu, plupolcioiuvu ao Banco um lueruanual de 20H a

*J0U milhõesde ciuzeirus, segundo jIiiUi.,ii rcceiiteineiite. em cai'.i ao presidenie ria Kepública. o si. José Matos. e.\.piesiuenle d,, Banco, Kit-irelantu, a parlii de utilubll) rie 1HÕ_ essa lulile .Irreceita deixou ¦!.. exislii:de acorri, com us liusle*rio plielllllálicu e A base deuma interpretação capciusaria lei de tarifas, o enire*guista Lucas l.op'*-. abo-liu o inoiiopõlii, esijtal riasimportações. Através deum decreiu rio Kxeculivo,ma revogado li ii i ilispusi*tivo essencial il.i lei lis!.Ilegalidade flagrante. Masfoi feito, K com islu foiasseslad,, . primeiro i* mais<lnin golpe sóbre o Bancod.i Ama/óni.i. que se uuabruptamente privado de_iK) mi .'íi«i milhões rie' ci o'.eirus J11li J i*- Ai' l+ieslnul''inpo o*, uu-1!'- abriammais unia ]>•¦'¦ ia rie ai evoàs iii|iie/.as dn pais

PAGAMENTOS DEATRASADOS

Cl ileseiiibòlsii rie \ lillusa.iquauliaV paia pagamentode atrasados é ou ira riascausas que explicam a -iluaçái) aluai do Banco,Ainda de acordo com acaria rio sr. Maios ,i,, lJi*•siclenie ri.i Kepública, aléitillio último o Banco pa*gaia ao GoVérilü rie SãoPaulo i impostos ai rasadosrie vendas e consignaçõesie au Imposto de Pendaii.imbéin atrasados', eéiij (ie ITÕ milhões de CHI*/cil".-. tiniu islu em pull-i o**, uu—- e en, Ue, oi réur i.i rie acordos pji.t paga-nieiilii parcelado entre ailireçáo do Ballcu e aqueles

puilére.s e--ijdu.il e federal.Pui oid'*m du então nu*

iiislru da Fa/enila, sr. JoséMal ia Alkiuin, u Banco deCrédilu dd Amazônia levelambem oe desembolsar,tirando dos seus própriosii-iuiso.-. a quantia de .'UMmilhões e Tnn mil cru/ei.

ios. ileslinaila .or paga.incuto dn aumento do pie-çu da boi;acha uai iunul,a niei iorllietile (leci ei acluNão pei ii.ii iu o ( !o\ ei uofederal que o Baneo au-llienl asse cul re.-poiirieiile*mente ,JS pieços dos seusluiiieciiueiiin- ,í indústria

Desse inoclo mim pra/upoi io stipei ioi .i um ano.,, Banco le\e qiie tlespeiirie, .1 elevaria -uma riemais ile n,"io bilhão rie

cru/ei ros, ao inesnío lem*

po em que recebia u tie.iiieiulci impacto resuIlHiiteda abolição rio monopóliorias Iniporlaçóes,

BANCO DO BRASIL: DOISPESOS E DUAS MEDIDAS

K' necessário acentuaiqu. a toniissâ,, bJx.cutiyaria Liefesa ria Borracha, eu.lidade oficial que llaça apolitica ria borracha nuBrasil, acumpliiiuii.se poivárias maneiras com u gol-pe rios trustes contra o Ban

' o da Amazônia . Alias, osflini imiui ios mais respuii-suv**ls da Comissão nãouciiltum sua posição ami-lliullupóliu, u que é sinóiii-Oi" rie suj pg.slçãu pui tlll.vle*.

Também u Baiu:_ riu Bi a•¦il através ijt. sila cariei,i.i de câmbio, ii i< ni siiees•sivas dificuldades au Ban.«*" na realização dL, monupoliu rias iniporlaçóes. VeÍamos: em I958, antes riarevogação rio monopólio, aCoinissáu KxeculK a cie De-le--a da Borracha esliniuiiem '24 mi| toneladas aquantidade rio pludulu a-.er importaria, currespundelírio a -SI milhões ile rió-lares r-.nlrelanlu, a ,'íl dejaneiro riu ano passado aCarteira rie i umbiu Uu Bali.¦ o ,io Brasil informava auBancu rij Amazônia que >úilispUIlha Ue IU milhões dedólares paia a importação.ie borracha, duianie lodno a nu, I' ainda assim, -o

poderia luriiecei aquelaqilani i.i eiu pan elas men-sais rie I luilliáu rie riúlj-ie-- ,i l rias quais em mai -

ço. V, m,Hs: exigia MUe "Bani" ria Amazônia "lui-\e--e n,i e.leiini | ina lioiullielllus em dólares pelupi.i.-o iniuiin,, d'' I8_ dias.

Taiu.iv e Ini.. condiçõessó podiain acariciai a diti-iiiiii.oie da- iiupuiiaçóe.s e.poiianio, riu abastecimentoda indúslria, que Seria oçalrirj rie eiillliia para aciisiusa cainpuiiha do.s trus-tes pela -lia imprensa (unIla ü lliullupóliu e.-talal —Faltavam pneiimáiious'.' t>eulptidu clu u lliullupóliurj,. Banco d.; Amazônia eu., liiuini.o ia du guvêi nui|ll. llificilltav.l o* fullleciiiieiitnü — TaI a teil.i pie-fel íií j pel.i propaganda d"-H listes.

0 REVERSO DA MEDALHA

Abolido o lliullupóliu,acabaram se as diliculda*des opostas pela Carteirade Câmbio o,, Bancu doBrasil. I*: começaiaiii asfacilidades, mas para usli listes. f:-te am, de 19ÕÍJ.cum eleito, o Banco doBu-il não sôineiile dubiutirie Ul paia -d milhões riedólares a ,.>t _± _. impor,tação de imi i acha pelosti usies, con:,, rei enieineiiie,com lôilii ,-r liberaliclarie,concedeu no\ ,i cri,, cumpleincitai rie lt milhões dedólares. Ds u usle- i. m ,-,>;i« porias abi-llas i*. ueliiliim soll-lni, lienllUI)l;-l

alegação secundária dosentreguista. rio BB puclreelipuar ésie falo básico.

AS RAZÕES DOGOVERNADOR

1'uiiibéii) u jjoVelimdült.iilberio Me-iiuilio esláengajado na < aiiipanhaconlra o luunupóliu estalal. Na,, coiisideranioscertü.s declarações rieina

gugicas de s ("«.cia., colliciaquela de que se os inte-rêsses do Allia/ulia. enllalem em coufliio com os riupais, éle ficará com o* duAmazonas, .Ia mostramos,em reportagem anterior, oquuiilo é equivocado supoique a abolição riu llionopó.lio estatal >e liariti/iiá emmelhores preços paia a boi.racha amazônica, Prlu couIrá riu, os pi uri u liu es. peqtieilus e dispersos, cairáuirremediavelmente nas gai-ias rios lu -le-. que nauj. caraclei i/ain pui seiili-iiieiilus geueiu-u.-. mas purcaçar Itlciuf s aua \e/ maisalius. ás ouslas jk*Í„ lá dequem fól .

Ila lambeu; qtiein rela*ciuiie j* caiupaiilia riu go\éruu amazonense coiiiriio Baniu da Amazônia cuma criação du Bancu du Ks-tado do Amazonas — quepassaria a operar sozinhonaquela regiáu —• que onr, Mestrinhu iá criou e espera constituir o tliiiheiruresultante rio pagamento,pela União, das indeniza-çúes a serem paga** pelaformação úot. ierrlióriú«. d»*Kiu Branco e Kuui.li\ii*j.

A CONTRIBUIÇÃONEGATIVA DO

BANCOAiiid_ qlle Se -.iliiein liu.lll

pl.niu secundário, cuniu ie*-.sallaniuü ani'.**. dévein -eiliieiicionarius Os eno.*. nrcaráter aclininisliai i\u riopróprio Bancu. em suamaioria rieeurroiiles da piesença de interesses poliiico-particlários naquele r>l.iijeleciiiieiiio Assim, édemasiado pesado u apa*reliiu blllOCrálico daqueleesiabeleeiineniu. havençlupor exemplo, um númeroexcessivo de íllliciullál ios.Cuiifrontandu.se us relato-rios aplesentadus pela diletuii. du Bancu em 19ÕT enu ano em ciiisu. verifica.-,e. por exemplo, que a .'ilde i.le/i-111bt.. de lSJJiü u **¦>.labeleciineiilu pussllia -10agências, enqiiantu que emi^iõs esse número **ia de-1*1 Para essas qiiair_ nu\.is agências, u tunciunalis-inú cresceu rie ÍWi. em'^'id.

paia I .1"KI em l»ri_.Ul a. as cpialro uu\ a.- agén-r*,,r< são pequenas, cariaqual com -I ou õ funciuiiá-lios. de -urie que us maisde -'utl nu\u# funeioiiáriusri'"\ em Ser debilarios á cun •'fi du filholisllli) polilico,que funcionou com puucaniucleraçãu

OPERAÇÕES DE CRÉDITONo din timeilto inenciu-

liadu que _ w, Jusé Matos eiiMor, au Presidenieda Kepública, puile verifi-car se também que a po-liliea rio Bancu. enne lflôTe IHÕ8. riesviuu.se algu riasfiiialidaries riu estabeleci*

(Cuillilli u« II,* |)*iiii_l

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H^^S ¦"-. ¦'¦¦m WmmT ^_______i__l_Pil^|y - ___Kif__________i ¦ ¦ __P_L____r Jê-M WmLr*' JP__________l____i ¦¦IV El ¦ 'jmJmmWmmmmmmWW ¦É^'Vi______M___PV^hvh __H_________i __H ^^Lt *___________________________________________H _^_ *_________!^'__£»!-n^H^ji ^___BÉ___f

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Hfíy?* '¦'•'^B ¦ ' __¦______¦¦»' :>4Úm m Hl I__i WBf^:'^&~~:T,ytm. fj__l ^1 ¦BIÍÉ____í ____&¦__! _¦ ______________[

lllll-Aspeiiu de uiíiá das sessões plenária s tio Congresso dos Municípios Flui...ueiises. Hiiarecenilo nn primeiro plan o niembros ila* iie«ie*Kai.õe-. de Nova

Iguaçu _ Maria Madalena.

MUNICIPÀLISMO E NACIONALISMOCOMO EXPRESSÃODA MESMA ASPIRAÇÃO POPULAR

— O U* Cuugressu Fluinineiise dosMunieipius cuu.-tiiiiiii unia demuiislraçãode que nacionalismu e iiiunicipalismii seligam esl rei lamente cumu expies s ú e sde uma única aspiração de im**u povu:cuiuluz.ir a Naçãu. ai rase.*- ria solução rieseus problemas Vunri.imeiilais. pelu canil-nho rio progresso, ria plena inclependiMi-cia econômica e política, do bem-esl.ir.

O \eieadur Nicoliiu Abianles, ria CA-mara rie Nilerói. depois de nos prestaressas declarações forneceu nos inlornia-ções sóbre aquela realização cios liiuilici*palisias riu ['.slüçlu do Itio e as princi paislesulilçú. s luinaila*..

INDICACÔ-ZS

Fui ain aprovadas. pui unanimidade,as seguinles indicações au presidenie daKepública: pela lápida tramitação e apio-\açáo du piujeiu ria Klelrubiás; reatameii-iu de relações comerciais e diplomáticascum a Uniáu SuViélica e demais paisessycialislas; apiuv.çãu urgente du prujeludu deyuiadu Sérgiü Magalhães sobre alimiti-içàu rias remessa de lucros das empiésas estraiiüciras: denúncia do Acôrdude Kuburé, defesa e ampliação du munopúliu estatal du pelióleu: medidas de re(oima agrária, através de projeto que a-segure as condições indispensáveis ao meIhur aproveitamento e distribuição ria ter-ia. hiiiiieniu dn produtividade agrícola,ampliação riu> direilus du.- Irab. Ihadiilesriu campu.

Fuiam lambem aprovadas indicaçõesdirigidas au governador Roberto da Sil-\eiia. principalmente nu sentido rie quesejam aplicadas medidas de inleivençáuuo comércio intermediário, instalando-seuma rede cie poslos de iibasleeimeiiiu

de gêneros nus principais munieipius: seja asseguraria a defesa rios lavradores conlia a ação rios grileirus, garantida ao-mesmos a posse ria terra além rie lhe -eifornecida pelu Ksindo assistência técnicae rie créditos, Foi igualmente rie.-iacac.lacs necessidade de ser defendida •' ampliaria a Cia. Siderúrgica rie Volta Redonda,

PROBLEMAS MUNICIPAISE REGIONAIS

Sõbie u- problemas de interesse maisImediato clus munieipius e regiões, foramaprovadas as seguintes resoluções: inelii-sau. nu atual prujelo rie l.ei Orgânica riaPrevidência Social, rie dispositivo que ga-ranla a aplicação de um lérço. no mini-mo. nus municípios unde furem arreca-dadas, rias respectivas rendas dos Insti-unos; recomendação às Prefeituras Muni-cipais paia que adoiem cumu modelo, naelaburaçáu cios seus pianos de obras, em-preenclinienius p serviços, a Operação Ni-lópolis; regulanieniHçfio cios dispositivosda Constituição Federal relativos à defe->a e ampliação cia aulunomia munioi-pai. em particular quanto aos seguintesaspectos: a) percepção aumotática e nasépocas próprias, através das coletorias fe-clerais e esladuais, das cotas devidas pelaUni. o e Kstados aos municípios, bt me-llioi discriminação de rendas em benofí-cio dos municípios; e c pucléres ao muni-iiliu paia elaborar sua lei orgânica,

us iminic ipalisias fluminenses tam-bém aprovaram uma moção de aplausospela inieivençáu ria COFAP no mercadoriu carne e pela decisão rio governo fe-deral de intervir nas Frotas que fazem o•jeiuçu de iranspoite ua Huanabara.

220 DELEGADOS

O Congresso, que .-e realizou em NovaFriburgu, de 7 a II do corrente, contoucum a participação de __<) delegados, eu-

lie os quais 28 prefeitos e secretário* do

Kslacio, ti governador Roberto Silveira foi

representado pelo sr. Mário Guimarães.ii próximo i uugiesso leia lugar em Cam-

pos.

Todas as teses aprovadas sf-rRo ki-cm poi adis e mli aballios que a delegação

fluminense apiesentiirá ao V Congresso

Brasileiro do.- Municípios. i«up se realizará

no Recife, em dezembro próximo.

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NOTA ECONÔMICAMostramos aqui, nas duas notas anteriores,

algumas ria * vantagens que adviriam ria een-Iralizai/ão. pela Petrobrás, rias importações depetróleo e clerivaclos. Alualmeiiie, nunia pru-porção de Ires quarlos do -eu valui lutai, e.-sasim [iu ri a ções são feitas pela- lefinarias paru-ciliares e pe| ,- «jiandes companhias moitupulis.* .la- que dominam o menariu inlerno de riisinbtlição dé -e- piuriiilu-,

Para o público a mai- ilupressiunaiile de--sa v,, r.i .i.''¦!*,-¦ é selll dúvida a economia rie d\l-,*i- (| ceie-ullal ia de e\ilai se o -llpeitalllranienlo cum uue ,r- (.'inpié-as particulares uneram a- impni facões As cilias oliciais da PeIrubras, publicadas em relaiúriu que esla en.

presa enviou ao 1'unselliu Nacional do poi;..ieo, sntrie o assunto, asseguram que, apenas nuInénin üf) UO. a diferença entre o wiloi leal d"petróleo impurlatlo pelas relillaiias e ilislii*huiclcires particulares, e o \aloi ria- latinasnprc?seiilíi(ias poi êle- ao C.NP, subirá a US.X.Hmilhões rie dólares. Isso significa qu iea denm quarto (Io lotai ria receita rio Pa'is nas chama ri as moedas fortes ulcMai c lilu en*tregue ás refinarias e Irusles do petróleo .*¦câmbio favorecido, paia remessas ile.-,,!- dclucros para o exterloi

Outros benefícios cpie traria, para u Pais »centralização das importações pela Peiiubrás

. são igualmente evidentes, Assim é a possibili-dade que dela resultaria rie impoiiar pen.,leu soviético, uma vez (pie a Ksso e a Shell,nbviiimonlc, não têm quali|iier inlerésse em Ia

I yê-lo. Também seria evidente o benefício que+ a centralização traria á Frota Nacional rie Pe

£ troleiros, que poderia empregai totalmente a

«_a ca-pacidade de transporte, permitindo um

Um_\a

oiim4Ii» l.nír<i»iiisíai*o1í-i*ra Do l*<klróli'o

,iii\ ii lm I j

[),, in,|a- a- Salilageus da ceuli ai v.açju,.ni i,-i.i nin, a que mais pesa eooiiúinieaineide ,-

o tatu iii' sei ela unia medida vital para u pm.,,,11,1,1 de produção im- campo- ria Peiiobiasna Bahia. Para produzir mais rie _ti mil baris diários na Bahia, a Pelrubrás precisa ganhar um mercado no. exterior, puis aquela cifra

lepreseularâ. ainda riinaiite alguns anos u leiumáximo ria eapaciilarie de eoiisníiiio inlerno do

petróleo brasileiro, até que o parque indusiiiaie a- próprias refinarias nacionais estejam aparelliuclas paia cuiisuni.ii " tipo ri'' óleo allarneiie cie,nin nos paise- frios, mas de utilização d,lieil em iiussu clima, que é o óleo paranificú riaBahia, único até hoje produziria no Brasil.

Assim, para produzir, a Petrobrás deve pu-dei exportai. Para e.xpurtar, ela eleve ter nm

podei rie barganha junto ao cartel iniernaeiunal rio petróleo, isto é. (leve controlai unia pa

le rias importações cie petróleo . derivados paiao pais proporcional à quantidade cie petróleoque ela queira exportar. Para exportar ,'lt) milbarris diários, eni :">8, ela precisou importai Tumil bil. Paia atingir o nivel rie produção rie

í<-

insistia em pedir a autorização para centralizar Jas impurtações. Iv-iá claro que, fôssemos ba- <-sear-uus na necessidade rie não descontentar as Jempresas internacionais, não teríamos, sequer, **.ci iao. a Pelrubrás. .. J

A aluai atividade du CNP, sub a presidência *du (Jri^adeiru Fleiuss, lambem é prova cie que j.u .eiilreguisiiiu >e eliiai/uu piufiiiiclainente lies- Jte órgão da kepública".' D (NP nãu economiza 14-manubra*5 para retardar a discussão e aprova* *çau de luriu- us planos e prujeios de inlerésseria Petrobrás, mas é de uma exi 1 ema eficiênciatr lapide/, quuiulu se liala de buiubarcleai* comruidusus oiicio- u- Ministros riu (lovérno, pro-testanclu conlra a Instrução 1X1 da SUMOC,porque esta atrai u descontentamento das ern-presas internacionais . au exigir que Iodas asi ui puri a ções rie pelióleu sejam transportadas emnavio.- ria Petrobrás, uu fretados por ela.

I'm Conselheiro riu CNP, sr, Jesus SoaresPereira, certa vez, deu uma razão aparente-monte mais sólida, para n negativa. Depondona Câmara dos Deputados, é.-ir- economistaapressou-se em chamar cie monopólio rias im

lUU mil bd nn .r)M. como é sell plugraina a Peirubiás precisará importar _.u mil b cl, u que jásupera tôdas as iniporlaçóes de petróleo e de-livadoS du Pais

(•" claro, purlanlo, que a eeiilraliznçáij dasimportações pela Pelrubrás nao apenas Iraráenormes vantagens para a economia nacional,mas é mediria urgentemente necessitaria pelaempresa nacional riu pelióleu. K' o caso de se

perguntar, então: pur que mzáu o CNP nãu riaa necessária autorização à Pelrubrás.' K' difícilnau dizer que a razão está em que o Conselhose preocupa muito mais em defender us inie-rêsses ria Ksso e ria Shell que o.- ria empresaestatal brasileira.

Uma prova clissu eslá na justificativa daria

p.lo cel. Alexinio Bittencourt, quando Pic.-idente do C.NP. para a negaliva do Conselho emdar a autorização pedida pela Petrobrás; acentralização das importações, disse o cel. Ale-xitiio, <atrairá conlra a empresa o descontenta*mento das companhias internacionais». Issoé que consta, letra por letra, rio relatório envia-

rio por êsle Presidente do CN1** ao Presidenteria República, em dezembro passado, ¦ denuii-ciando a desonestidade» rio Presidente ria Pe-

trobrás, exatamente quando te porque) êsle

brás, para afirmar que u C.NP não tem atribui-ção legal para dar monupóliu a ninguém. Maséle não respondeu á faria documentação ciladanus memoriais que sóbre u assunto a Petrobrásenviou au CNP, provando ter o Conselho a atri-buição necessária. K muito menos pediu aoCongresso uma lei que investisse o CNP dos po-deres necessários à aprovação desta medida ofi-cialniente aprovaria e recomendada pelo Bancodo Brasil e pelo B.NIlK.

R.A.

porlações a centralização pediria pela Pelro- *

$ Mft eapacwaae ae ir«n*pu,,., „«, 1._._»**_.mw^.mm«www»wmw.íWfWHWWW^>U, mmmmm ^..~^*.....******^**~**»>»<**w>

.J0-Wi5-ll-lW. NOVOS RUMOS PAGINA 7,

BRADAMOS DONOSDE COLÉGIO:

«As escolas privadas apeUm fada vez mais

pwa o erário, em buaea de recursos, reduzindo, as-

sim, fundos notoriamente escassos para o custeio

da r#áe escolar a cargo dos Podères Públicos. 0

custeio da educarão particular deve caber total-

nient» k sua clientela. 0 auxilio do Kstado à escola

privada só se justifica sob a forma de bolsas a es-

Uidan-tet» pobres», (da Mensagem Prewdendal de

iTusceUno Kubitschek, de 1958, ao Congresso Na-

cional, sobre o desenvolvirnento social e cultural).

"ÀS VERBAS!ÀS VERBAS r

RADIOI TV

LUÍS FXRKAMDO

Trava-»», atualmente, mnisuma baiaH»» na Câmara Fc-deral pela aprovação da Leidc Diretrkws e Bases du Edu-cnçáo Nacional.

Apr-utentegio pela primeiravez em 1M8, em mensagempresidencial, o Projeto de Leide Dh-elriWG .• Bases so fuiretomado «ml 1958, quandosofrer várias emendas1, poi*indicação de Seminário*? dereforma do Ensino Organi-•/ados pela UNE e por técnicosde educação. Indo a plena-rio em maio de 1959, o pio-jeto recebeu 2 substitutivos:

¦ Carlos Lacerda e CelsoBrant» t 5« emenda*. A* di-ficuldades surgida-s em suadiscussão geraram a criaçãode uma subcomissão da Cá-mara para estuda-lo. Aos "it*

de setembro, a subcomissaáo

apresentou o seu parecer.Eim 103 artigos, o BUbstltU-

tivo da subcomissão apresen-ta vários aspectos positivos,tais como a descentralizaçãodo ensino, ate hoje totalmen-t« enfeixado nas mãos do Mi-nlslério da Educação, a ln-trodução de certa ovdem noprocesso escolar brasileiro,que, ainda agora, sofre de-«envolvimento anárquico e «b-solutamente desligado da vidaprática, e outros.

Todavia, em que pese asua posltividade em algunspontos, o projeto ora em dis-cussão na Câmara apresentatoda uma gama de sérios de-feitos que, caso não sejamoorrlgidos, poderão tornar in-rniportàvelmente Pior a Jáprecaiissium situação de nos-so ensino.

particulares queremas verbas públicas

Se há dificuldades na apro-vação do novo projeto é por-que os encarregados de rcdl-gl-lo, os membros da subco-missão, sofrendo pressões dcIodas as espécies — os cor-redores e salões da Câmaralornaram-.se. pontos de reu-niões de diretores de escolasprivadas e padres ligados aoensino confessional — terml-narain por promover umacerta acomodação, apresen-tando inúmeros itens colncl-dentes com os pontos de vistaantinaclonals, racionados einconstitucionais do subètl-tutivo Lacerda.

O ponto nevrálgico da dis-cussão é o que concerne àaplicação das verbas orça-mentárias para a educação.

Assim como um açougueiropoderia reivindicar do governoquantias pnra melhorar oucriar estabelecimento comer-ciai, também os donos de co-léglo, leigos e religiosos, cíipi-damente desejam os dlnheirosda nação, para fazer prospe-rar ainda mais o rendoso ne-gócio que é a vendn de cui-tura a preços elevadíssimos

O parágrafoestabelece;

1." do Ari. 81

$*%$- mjà--M^ÊÊm'^m M mu B ] I

mw^ mm, % w''-Jtmmmmv' ¦ 4mZamrmm% mmm\mmw mmWw 3 f^^*5t WtmW mmmm mmm'-

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IhI v:'',:>.\ jÊsWêêê^F'JfifíiÊSt mm':',:^^^tf^-:'i-^mmm ¦¦¦: ¦

JEANNE MOREAU EM "OS AMANTES"

"São consideradas despesascom o ensino:

ai as dc manutenção e ex-puiisão do ensino oficial dciodos om graus e a niuda aestabelecimentos particularesde educação".

Qual será es*a ainda, è oque elucida o Art. 8'i:

"A Unão dispensará a suacooperação financeiro ao en-sino publico, estadual e muni-cipal, e ao ensino particular;

ai sub a forma de subven-ção para construção e equi-pamento dp estabelecimentosde ensino mantidos pelos Pis-tados, Municípios e pela inl-ciativa particular, desde queesta não tenha fins lucrati-vos e aplique todas as suasrendas no pais' eni benefícioda educação".

A formulação nfio deixo deser pitoresca, i Os donos dcarmazém devem estar meioassustados, temerosos de queo Congresso decrete que pas-saião a vender gêneros ali-mentidos com a única, ex-clusiva e edificanle finalida-de de alimentar uni povo).Onde já se viu estabeleci-mento comercial que não le-nha fins lucrativos? Um rá-

pido exame nas conta* doucolégios particular***, onde

os alunos pagam exorbitân-cia.s e os professores e fun-cionários recebem salários defome clarificará a ridícula-ridade dessa alínea «J do Art.83.

Essa é uma das. sobrevl-véncias, no atual projeto, dasidéias lacerdistas sobre a leide educação nacional, aqtie-Ia a que mais se aferramos negociantes do ensino.

DUBIEDADES, OMISSÕES!ATENTADOS ACONSTITUIÇÃO

Propositadamente confu-sos. alguns artigos do subs-litutivo da subcomissão esta-belecem princípios que, nàofossem perigos a combata",seriam farto material paraos humoristas. E' o caso doArt. 3;

"O direito à educação é as-segurado a todos:

Ti pela obrigaç&o do PoderPúblico e pela liberdade daIniciativa particular de ins-tituir, na forma das leis emvigor, eecolas de todos o"graus:

IL pela obrighçáo do Esta-do de fornecer recursos técni-cos e financeiros Indlspensá-veis para que a íamilia ou.na impossibilidade desta, osdemais membros da sociedadese desobriguem dos encar-gos da educação, quando pro-vada a insuficiência de meios,de modo a assegurar iguaisoportunidades a todos".

Não. não há engano. E as-sim mesmo que está escrito,isto é, as verbas devem ser-vir não para ampliar a redeescolar oficial, mas sim para

ser entregues aos pais de fa-mlllas a ílm de que eles pa-guem mensalidades nos cole-gios particulares. Se os mi-lhões de pais necessitados "fáo

receber o dinheiro pelo cor-reio, ou se terão de enfren-tar íilas no Ministério deEducação, é coisa que a Leiesqueceu de especificar. Se ojovem não tiver pais, náofaz mal. "Os demais membrosda sociedade" ficarão en-carregados de sustentar-lhe oestudo.. Fica-se apenas semsaber se os demais membro*da sociedade somos nós to-dos ou se são os donos decolégio que irão receber ver-bu.s especiais para. generosa-mente, garantir a alfabetf-zação do pais.

UMA ONDA E UM EFEITOPAULO SABOYA

l>op

Dfsde que o espirito artistieo_ 'refiro-

me ao a.ulénlico) reflete uma siluaçnopsieo.social, ou seja. a relação entre o 'Eu* intimot o • Kl.'» social, podemos analisar úm pe-lindo histórico alravé.- de suas realizaçõesa ri isl icas, K nada mnis do que isto reali-ziintos ao estudar, digamos, a ilréeia ai rn-\es da cultura helènica

Se bem que a falia de perspectiva nãonos permita níiimai titula uni pouca cuisal a i'1'speilo de nossa época, podemos,iio i-nlanlii. notar ii profunda ligarão que ncinema (arte, devido a fatores industriais,uipular por essência), tem com o contexto

.(icial Na Fiança em crise surge a chama-da «Nouvelle Vague encabeçaria por Va-diii e lendo em suas hostes nomes de jovensjã consagrados em festivais como: Oanuts,Aslruc, ivlolinnro, Malle e Charbrol,

O que pretende, ou o que é a • NiniveJIeVague»? Nada mais do que o espirito .i"vem e, portanto, mas não necessariamente,progressista, diante da conduta de ancião»,ou quase, como Ue Claulle A Nouvelle Va-gue» é a própria opinião do francês jovem,diante de conflitos coloniais como os da Ar-gélia, do Viel Nam e suas eonseqüências >"-ciais. Mns sobretudo, o novo cinema francêsimplica em tomada dc consciência do proble-ma intimo do homem do século XX. Malle.Charbrol e mesmo alguns direiorr-s majsantigos, mas dc formação inteleclual dn dê-cada dè '¦'¦¦< a «)">. conio ('anui»- .extraem duniodus vivendio moderno um novo código

de ética, fixando em suas película" a vida d"jovens, seus nlos e pensamentos*. Mas isto, (>claro, não implica em aceitação, () autor uno

é necessariamente admirador de suas perso.nagens. Mos se a aeeitaçfio nfio é obrigatória,tamhém proibida nao o é. estando ai o pontoprincipal na compreensão das obras dos nnvos cineastas franceses. Malle. Camus. Vit-din. nutrem por suas personagens mais doque a natural simpatia do criador pela cria-tura

Elos as defendem, lulalll por e!;is e porsuas idéias, procurando preservar a_ purezaíi. seus «entiiiicnlos. Mns nâo 1'icá ai a cwitrlbuiçno desse cineasta- fc.*le grupo de,aproximadamente, 20 cineastas, luto pelapreservação artística do cinema francês, ino.vando mns nem sempre espantando comoMalle'e Vadin Mesle, por ser mais eonhe-cido que seus camarada», iã notamos umaprofunda tendência para íimdificiirnica cinematográfica e a própriado cinema, dando a êsle, a par deva estrutura, novo caráter Assim.on.jamais «os personagens sãoo não mais antes dn amei' I'

«são três personagens sós no inundo que se(«nconlram, se amam e se detestam», ondeutdo e todos são igualmente Importante, poisnão há papéis clnssicnmeiile chamados deprincipais, já que náo existe a preocupaçãoil, itar, de dar uma estrutura dramáticaconvencional nu filme.

iiiriíe l.oiiis Malle, omais nplu ti desban

i haja choques, MalleIMirn o < iiiliiliils", ie-luc do r.iõT lislf. ga-

nificntivn se ntontnr-

\.'»te panoramanuu» jovem e itilvc/iíic Vadin, embora n£estréia com Aseeusorcehendo o prêmio l'elllhardno é lanln mnis- simos para o material que Malle possuía: umaInglória policial inlimistn, transformada comhabilidade em narrativa linear e pessoal.

Les AiiuintH (Amantes) deriva de umapeça libertina do séc. XVlll. d,, :iuloiiíi ueI\nn Delon, lendo sido eeiiniT/ndn de ma.iieirii impecável por Louise de Vilmorin. Maso (im onto apresenta de libertino, fuitransformado em libelo contra o cnnfnrmis-mu sentimental dn sociedade burguesa, ondea firme decisão de umn emoção cede dianteilu conveniência Ptirlindo dai. Malle dis-seca a sociedade através das figuras do ma-rido <Atuiu Cuny), do amante (José Luis

de Villnlonga), e dn Irêfega amiga (JudilhMagrel, V. parn tanto ,, diretor u»a o amnrtísico inão o sexo flagelndu de Itiih.V _I)»II,no entanto), despiezandn o amor platônico.

a meca-filosofia

umn ti"em Snit.

filmado» anos¦: mais ainda:

nesta película também o anlidlscurso aim-rece o qne une Vadin ao melhor De Pica.

Jà jüa eixt Sart-otwaiiMO» o Qtie liá de real

K o que ocorri, enlao n por demais sigllllicativo: "in iodos o» países o ninie lem quelutar por sua exibição usando a< armasila inteligência contra a estupidez, o» nnchosMinistros le Justiça, Procuradores (lerais edemais pseudo-defensonis da moral pública tentam proibir n exibição, mal sabendodistinguir no entunto quo: .a imoralidadenasce, não do que se mostin. mas de isc mostra; estabelecido um paralelo entrea exposição em lei ras finas o a sugestãogrosseira ¦ Devido n esta in compreensão, re-vollam.su Mas lanln melhor, pois deles ca perda de sensibilidade. ,. não nossa, quesomos atentos ao homem e não nos comeitos formulados por certos grupos para o»homens, Deles é a perda por não saberemcompreender os diálogos poélieo-onirieos dnpelícula, onde cada palavra «*¦ prenhe dc.significado e de pureza. Deles 6 n ineompre-ensão e Mnlle só pode se orguhnr de seu fil.me, onde dá ã mulher uma tal liberdade desentimentos, e uma tal vontade dc sc liher-lar da vidn fúlil, que chega ti espantar nssenhores censores, lenientes que algo lhesposse acontecer em seus 'sagrados lares .Fazem bom em temer. São coerente, n,, lon-lar corlnr a cena tão famosa da película,pois sabem que esta ao invés de provocarsensações eróticas, causa u-m impacto namen*e <K> taw^Uilo burguêu.

Outro ponto que os merca-dores do ensino ** enforcamacirradamente por manter é.o que dix respeito à adminls-tração das atividades esco-lares.

O projeto de lei estabelecea criação de um Conselho Fe-deral — composto de 30 mem-bro» nomeados pelo Presiden-te da República, cabendo acada Estado Indicar um re-presentante. sendo r* demaisde Urre escolha do Presidente

— e de conselhos estaduais,constituídos de membros delivre nomeação do Poder Pú-blico e de representantes es-colhidos pelos educadores queintegram o ensino públicoprivado doe diferentes graus.

O p*ri«i-»fo10 determina:

1- <do Art,

"Na escolha dos represen-t«ntes será observado o orlté-rio de proporcionalidade en-tre estabelecimentos públicose privados, assegurada a re-presentação de professores ede diretores de estabelecimen-to dos diferentes graus deensino".

Psra começar, tal dispositi-to * anticonstltucional, pôs-lo que fere a autonomia dosEstados, impondo eomo elesdevem a^ir.

E' dúbio, pois deixa obs-curo o modo pelo qual serãoescolhidos os representantesdos Estados, onde, em mui-tos dêle.s, não há sindicatoou qualquer outra organiza-çáo de professores.

Finalmente, o aspecto maisgrave. Desde quando os co-mercianles têm direito departicipar — com voz, voto eação — na distribuição dosdlnheiros públicos? Donos dabola, administrando, plani-

ficando e dirigindo o ensino,recebendo e distribuindo ter-bas. negociante* • tlérigoainiciariam a feata e, e"i pou-co tempo, numa total inver-são de valores, estaria supri-mida a escola pública e asse-Kinado o monopólio do ensinoaos colégios priTados — lei-gos e confessionais.

"toses sáo apenas alguns as-pecto» da situação atual daLei de Diretriies e Bases daEducação Nacional. Outroshá. táo nocivos quanto os ci-tados. e que estáo a reclamarurgentes reparos, sob penade ficarmos com um afete-ma de ensino, de ruim t>ueestá, minto pior ainda.

Uma Boa Idéia, Mal AproveitadaH« rêrra de oito ou nove anos. tivemo« em m*on

um curioso plano de programa de rádio Chi.mi.va.8H'Se Nar-nele Tempo Houvesse Rádio* e a idéi*i con-

sistia em -.radioreportar- acontecimentos hiMóncn-»,¦como se naquele tempo houve«se rádio'. 0 autor òiidéia chamava-se Silvio Peixoto. «0 Repórter *> * Hi«-tória», programa que Flavio Cavalcanti apwsenta assegundas-feiras, na TV-Tupi, dentro de «Noite ri" »"•«•

lm, baseia-se na mesma idéia, suhr,tituinrlo«fe o KÀ-dio pela Televisão. E' provável que tenha havido rn»-ra coincidência. E náo deixa de ser «O Repórter •> aHistória' uma boa idéia, infelizmente mal compre-tvdida e pior executada. Grilar a plenos pulmões qne oBrasil acaba rie ser descoberto, n&o tem praça nenhti-ma, Muito mais interessante seria telereporrar ftsseacontecimento, com as falhas, deformações e irrrve-rendas comuns á televisão em tais caco*.. Seria uniasátira, não á História, mas á própria TV. Nâo * evia. entretanto, a orientação dada ao programa. V. êle

apresentado em tom bombástico, tonitroatlle s»ti**a-cionalístico. que o toma por ve7.es ridículo. A atua-

ção de Flávin Cavalcanti, grilando como apregoadorde box. contribui para isso.

Em sua última apresentacáo. apo-* a reafirmaçãoaudaciosa de que a famosa Escola n* Sagres jamaisexistiu .assistimos a uma lula grenvromana entre ns

reis da França e ria Inglaterra, narrada por OrluvaMnCoz/.i. O riiabo era que a narrativa do locutor jamaiscoincidiu com os movimentos renlUados pelos lutado,

res .. A luta lá havia terminado e o Cori ainda ,-iplí-

cava golpes em cima de golpes... O produtor do pro-

grama é o sr. Amaral Neto. que deve ter tido a inten-

ção de acertar. Sente-se mesmo na liberalidade dos

gastos, (cenários pomposos, guarda-roupa á época'vontade de realizar um bom espetáculo. Leve-se isto

em conta e peiriòe-se o resto.

PENA BOTO — MELHOR COMEDIANTTt DE 19S3

Com a aproximação dos concursos de «melhores»

rio Rádio e da Televisão, um grupo de cronistas pre-tende lançar a candidatura rio Almirante Pena Boto

a - Melhor Comediante . em fa<*o rie sua última entr#-

vista concedida á TV-Rio. Afirma-se que nom o Ro-

nald Golias poderá vencê-lo, O homem é mesmo a

maior revelação cômica do ano.

BOATOSO maior deles ê o que se refere * gubatltutçJo do

sr Moacir Aréas pelo sr. Paulo Nunes Vieira, na Di-

reçfto neral ria Rádio Nacional. O ir. Aréas iria

ocupar um cargo na Embaixada rio Brasil na Espa-

nha. Olé.»t ••••••• •••••••••••••••••"••'i

PERO VAZ I

Í^Smk mimmiÀm\ m\' ¦! Btj O^BBj M ¦

WÈ\ H mW*m M

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£ar VJMB1 •» HPUlHi.. tPü-tr» «<*¦ ¦mmy' m .< - \

O «velório» durou três dias. E foram três dias de.discursos. Na loto, o presidente da Uniào Estadualdos Estudantes de Goiás, acadêmico Sebastião Bal-d nino de Souza, fala, perante considerável massapopular (foi aliás sempre grande o número de pre-sentes) sobre a necessidade de federalizacào ím

facilidades.

Estudantes Enterraram(Simbolicamente)

Areebispo De Goiás«f»Universitários «¦oianos, des-

dc u inicio do uno em huapela criação da UniversidadeFederal de Goiás, entraramem contato com o Arcebispodaquele Estado. D. FernandoGomes dos Sniilos, por «eulado enpenhado em anexarlódas as faculdades do Es-tado à Cúria de Goiás, quejá conta cinco escolas supe-riores. O acordo entre osdois grupos, adeptos respec-tivamente da Escola Públicae da Escola Particular. íoiImpossível e ambas as partes.-c comprometeram a traba-lhar separadamente pela cria-çáo de sua Universidade — aCalólica e a Federal.

Nesse sentido, o deputadocio PSD goiano Castro Costaapresentou na Cantara Fede-ral projeto pleiteando a fe-deralizaçfto d a s cinco facul-dades independente.»' de seuE tado, além de uma queserá criada em 1960. o queasseguraria ensino superiorgratuito aos 900 jovens quea,< freqüentam.

O arcebispo, esquecendo apalavra empenhada, enviouao Rio. paralelamente aopedido de criação da Unlver-.»l(la(iT Católica, dois mensa-geiros — Padres Trindade eNaca -- a fim de procuraremsabotar nas comissões da Cá-mara e na alta administra-ção o projeto da Universida-do Federal. Afirmaram ca-tegoricamente ao presidenteJuscelino que "ninguém emGolas deseja a UniversidadeFederal. com exceçfto demeia dúzia de comunistase dc tini deputado novo quedeseja aparecer".

TRÊS DIAS DE VELÓRIO COM COMÍCIOS — LUTAPELA FEDERALIZACÀO DAS FACULDADES

INDEPENDENTES

Revoltaram-»e os universi-tários goianos e. depois d»movimentada «ssembléte-ge-ral, resolveu o Centro Acad*-mico XI de Maio, da Facul-dade de Direito de Goiás,entrar em greve t protestarcontra a pressão a que fo-:am submetidas as autorida-des a fim de evitar a criaçáodaquela instituição de ensinopúblico.

Aderiram à gríve todas aslfaculdades indepondentes doEstado e também a Faculda-de de Ciências Econômica.',transferida já há algum tem-po para a Arquidioceíe, que**conseguiu, assim, aumentarseu patrimônio de 50 milhõesde cruzeiros, a despeito deler sicio o ato considerado ile-gal e antljurichco.

Em nota oficial do CentroAcadêmico XI de Maio. oiestudantes bat«m-se pelacriação da Universidade Tt-deral de Goiás. Acusam »Cúria de »e aproveitar da re-llgiosidade do povo para ten-tar obstruir a criação daUFG, desfraldando hipócrita-mente t. bandeira do antico-munismo a íim de encobrirseus propósitos de monopóliodo ensino em Goiás. E ape-Iam ao povo e aos pais de fa-mília, pedindo-lhes apoio pa-ra a sua campanha.

MANIFESTAÇÕES DESOLIDARIEDADE

Receberam moções de soli-» Cotimrmm** de

Pxpfessóres d« Faculdade deDireilo, da Câmara Miinun-pai, da Ordem dos Advoga-dos, da Associação Goiana dpImprensa, de Sindicatos e rieinúmeras personalidades.

Do oficio enviado pelo Sin-dicato rios Bancários, trans-crevemos o seguinte trecho:'¦Numa época em que tono-n.» trabalhadores do Bra.».ilutam desesperadamente pormelhores salários, a fim rieenfrentar a espiral inílacio-nana que nos leva á beirada fome, c por iguais oportu-iodadas sociais, para que naocontinuem na posição riepárias da sociedade, a Uni-verMdarie Federal (te Goiás ea Única que pode oferecerensino gratuito á nossa mn-cidade, melhor equipamentopedagóKiro, melhor remune-ração aos professores e cum-primento dn mandamentoconstitucional de liberdadede cátedra.

Merece o nosso respeito •aplausos toda e. qualquer tntciativa objetivando a difusãodo ensino no Pais; o que nãoachamos justo é. que tal tui-ciativa já nasça combatendooutra de benefícios multomais amplos".

O ENTERRO DOARCEBISPO

O fato i que a Curm láconseguiu a aprovação n,«Universidade Catoitca rieGoiás e tudn está fanenriopara solapar a aprovação ikj

projeto à.% Umversidaile Te-deral. que acarretaria para,ela cc-neorréncit*

'áesvanW.io-

sa. em virtude da grat.utdaritdo ensino federal.

Os estud-inte* aftrmiimnada terem wmt.ra, m Unlver-slri-ade Oatóllcu. De«eiam,apenas, qne amièles qne nãotenham ree.ursoii ou lieselo defreqüentar •« Faculdade» Ct-tõhcas possam receber en-sino gratiuto • nãn eonf«*»eio-nal.

As manlff*taçõe* *mt-udaivtis culminaram com o enter-ro simbólico do >roebis|i«.realizado bx feira, d» sema-na passada, após "velarem''pelo seu corpo por 3 di** • 3noites. Durante o ve.Tirio, le-«aram a. eleito comício* deqne participou grande: núm*.rn rir estudruntes e populín-v-

APELO AS AUTORIDADESE ESTUDANTES

Encontram->e no Ri" eiprofessor Colem»! Natal aSilva, diretor em exercido de-Faculdade de Direito dcGoiás. e. o acadêmico Bjror.Seabra Guimurãe» p^ra, d»-tender junto is «.urondarieea causa da Universic^de Fe-deral. e os estudante» LulíZachariais Pe.drosa, preaideiiredo Centro Acadêmico XI deMnio, de Faculdade de Di-reito. e Joaquim GTarla.no d».Banns Abreu, dlret/ir (is.UEE, que vieram levantar a,possibilidade rie isam, afee*neral, deflaprada no oeeo denáo serem atendida^ -ta entmreivindicações. E pw* l»ntojn contam com n apoto dapresidente em mcereicin *m

VHK, nc.dcmico Paulo Totii.

PÁGINA 8 NOVOS RUMOSContinuo a maracer atenção e eomentárioi o 4oe\

sào do Comitê Central do Partido Comunista e do go-vêrno da União Soviética sôbre uni aumento vertical daprodução de bens de consumo duráveis.

Para se avaliar o quanto representam os novosftumentos, citemos as seguintes cifras comparativas:

No ano passado (1958), as verbas destinadas oprodução de artigos de consumo duráveis, para fins cul-Jurais e para uso doméstico, totalizam, no orçamento na-cional da URSS, 45 bilhões e 500 milhões de rublos.Para 1960, as verbas para os mesmos fins atingirão a57 bilhões e 900 milhões, subindo a 64 bilhões e 600milhões de rublos em 1952.

Quer dizer, dentro dc dois anos, haverá um aumen-\o de cerca de 20 bilhões de rublos para a produçãode bens de consumo duráveis na URSS.

Oue bens são êstes?

Trata-se, em particular, de geladeiras, maquinos delavar, aspiradores de pó, máquinas de costura, lelevisores, motocicletas, além de louça, porcelana, etc.

Alguns aumentos são impressionantes em relação à

produção atual. Vejamos alguns exemplos:

Geladeiras: 1958 -- 359.600 unidades,- 1961 —

796.000; Máquinas de lavar: 1958 — 463.000 unida-des; 1961 — I 215.000; Aspiradores de pó: 1958 —246.000 unidades; 1961 — 510.000; Máquinas de cos-tura: 1958: — 2.635.600 unidades; 1961 — 3.470.000,-Televisores: 1958 — 979.300; 1961 — 1.928.000; Bi-ticletas: 1958 -- 1.024.300 unidades; 1961 •• 1.565.000;Ferros de engomar (elétricos): 1958 — 2.086.000 uni-dades; 1961 — 6.586 000; Porcelanas (louça). 1958— 729 milhões de rublos; 1961 — 974 milhões de rublos.

NOVAS FÁBRICAS

A fim de serem cumpridas as determinações do Par-fido e do governo da URSS no tocante ao aumento debens de consumo duráveis, o governo soviético fará cons-fruir imediatamente uma serie de novas empresas * am-

pliorô as já existentes.

Oulra medida fornada agora se relaciona com amelhoria da qualidade dos instrumentos e artigos pro-duzidos. Alguns modelos de geladeira, por exemplo, fo-ram considerados antiquados, devendo ser substituídos

por novos modelos.

Neste sentido, o governo soviético e o Comitê Cen-Jral do Partido fazem criticas a determinadas empresas• transmitem orientação aos Conselhos de Ministros dosRepúblicas Federadas.

MELHORA O COMERCIO

tste grande aumento da produção de bens de con-Sumo redundará numa melhoria do sortimento de merca-

Mais Conforto e Bpi-Estar¦:,k^'4f?^, >m»^ %y::ã&¦No#©.°Aroversârio

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De Outubro

NOVATELEVISÃOSOVIÉTICA —

Os soviéticos lançaram recentemente um novo apa-relho de televisão, o «Cristal — 104», que é ao mesmotempo televisão, gravador, rádio e loca-disco. E o me-lhor: seu preço é acessível às grandes massas dos con-Mimidoret loviéticos. O aparelho comum custa aproxi-mademente o correspondente a dois mete* de saláriomédio de um operário,

=^-30 - 10 a 5 - 11 -1959--—

dorloi na URSS. Assim, os soviéticos poderfio mais facfl-

mente adquirir objetos que até há pouco escasseavam, em

parle devido á insuficiente peocl-Cio e em parle devido

ao crescente aumento ela capacidade aquisitiva da po-

pulação.

Em balanço que acaba de ser divulgo, o governo

soviético anuncia nue durante os três trimestres deste ano

janeiro a setembro — a produção industrial da URSS

aumentou não no ritmo previsto ele 8,6% para o plano

de sete anos, mas em 12%. Se ês!e ritmo fôr mantido,

no fim do plano setenal o URS* terá duplicado rom van-

tagem sua produção em relação a 1953. enquanto o eu-

menio previsto para o selênio é de 80%.

Quanto á produção de bens de consumo, ainda se-

gundo o comunicado oficial do governo da URSS, nos

três primeiros trimestres deste ano foi o p'emo ultrapas-

sado em 25% na produção de bicicletas, 30% para te-

levisores, 26% para móveis.

AVANÇO DA CULTURA

Em conferência publica realizada na semana passa-da, o Ministro da Cultura da URSS, Mikbailov, declarou

que a publicação de livros na URSS representa um quin-to da tiragem mundial. A União Soviética conla atual-

mente 400.000 bibliotecas.

Diante destas cihas — que traduzem uma rápida me .

Ihoria das condições de vida do povo soviético — come-

moia-se na URSS o 42 aniversáiio da Revolução Sócia-lista de Outubro, ponto de partida para as atuais con-

quistos dos povos da URSS. Estes povos podem orgulhar-se de feitos grandiosos em todos os terrenos: duranteanos, com sacrificios e trabalho abnegado, eliminaramas ruinas da primeira guerra mundial e lançaram as ba-ses do socialismo. A URSS venceu os agressores fascistasalemães na segunda guerra mundial e, náo obstante astremendas perdas sofridas, restaurou a sua economianum prazo curtíssimo e ogoia, em alguns setores, já ul-Irapassa o mais adiantado pais do mundo capita lista, osEstados Unidos.

Aí estão, para honra e gloria do povo soviético, os

satélites artificiais da Terra, os foguetes lunares, os es-

tudos jamais efetuados antes e capazes de permitirem ao

bom em ultrapassar os limites da Terra e conquistar os es-

paços cósmicos, conhecer outros mundos.

Ante estes leitos — frutos magníficos do socialismoos soviéticos se propõem novas tarefas na melhoria

constante de suas condições de vida e dentro em pouco,mantida a paz mundial, desfrutoião de conforto e bem-

estar desconhecidos, em seu conjunto, poi qualquer ou-

tio povo.

Cuba De Fidel Vista Por Um AmericanoHá duas alternativas básicas para o desen*

Volvimento industrial ele Cuba: mediante ca-pitai n propriedade' estrangeirou, ou medianteempresas cubanas baseadas na mobilização decapital cubano.

Washington tino esconde sua preferênciapelo primeiro método. Todavia, éste trouxea inflação, desenvolvimento industrial desequi*librado e aumento ela inquJKtaçno social no Km-sil. Argentina e outros paises latino-americanos.Mesmo em Porto Rico, ei mais destacado exem-pio ele industrialização por capital norteameri-cano e ajudado pela válvula de segurança daemigração para os Eslados Unidos, a cifrado desemprego é maior atualmente que háquatro anos nirás.

O Primeiro-Ministro Casiro declara que ocapital estrangeiro será benvindo. Contudo, aexperiência demonstra que o capital estrangeironão virá baseado em segurancas mais ou menosgerais, mas sim exigindo concessões substan-ciais e definitivas às custas da população local.

Há, por exemplo, uma demanda dn mais de50.000 telefones nao instalados pm Cuba. Em1954 a companhia telefônica ele propriedadenorte-americana, negou-se a instalar um lele-fono sequer, até lhe aumentarem as tarifas.An fim de três anos ele crescente escassez detelefones, o regime rir Batista capitulou em~l!).r)7. Conceeleu-lhe um aumento tle tarifas quelhe garantia um lucro de T a Sr; sobre todo oseu capital, uma vez elesemilaelos n< impostosIsso representa uma fórmula mai* liberal que nusada pelas comissões elo serviço público nosEstados Unidos. Atualmente, o governo revo-lucionário cubano revogou esse aumento de turifas imposto por Wall Slreet. Pode-se esperarque a International Tolephono and TélegraphCorporation esteja disposta a proporcionai nCuba o serviço telefônico úc que esta necessi-la? E' óbvio que Cuba não terá a mínima sem-rança elisso até quo possua o controle ele seupróprio sistema telefônico,

Tampouco pode esperar-se que a* companhiasnorte-americanas realizem inversões na inclús-tria elo aço ou om outras indústrias básicas.Washington já está advertindo Cuba para quenâo inicie indústrias ele alto vôo. no tom hnbi-tua] daqueles nuc agora desfrutam virtualmen-tr do monopólio da indústria pesaria no liemis-ferio ocidenlal.

CAPITAL CUBANO

Há uma estrutura financeira fiara a iiulus-tiialização integrada por tuna série de institui-ções bancárias elo governo, que geralmente imbalham combinando capital privado e elo Ks-tado. Durante a ditadura de Batista abriramse algumas fábricas suh ésse sistema, mas seu*resultados foram muito limitados, devido à suhmissão desse regime no capital estrangeiro e ásua corrução o dissipnçáo.

O novo governo cubano enfrentn diferencesobstáculos. Muitos cubanos milionários opuseram-se às medidas que indicam que aquelequer, realmente, levar a cabo reformas. Podetornar-se difícil a obtenção ele muito capitalpri-,acio e é possível quc Cuba necessite apelaimais para a inversão rio governo elo quc ori-gjnàriamcnto sc propôs o movimento 2(3 elejulho.

Em virtude da hostilidade das grandes fir-mas norte-americanos aos métodos revoluciona-rios, será difícil a Cuba obter a maquinaria «tnuipameiilo de que necessita *m ooivdições m-

Como Será Dirigidaa Economia Cubana

rui)VICTOR PERLO

zoáveis ele seu tradicional fornecedor os Es-lados Unidos,

Possivelmente, apreseniar-se-á unia im-portanto questão, com ofertas .le equipamen*tos provenientes de paises socialistas, Imedia-tamente após a Segunda (luerra Mundial quan-riu a Rússia devastada necessitava desespera-damente ele alimentos, um elos primeiros pas-so da guerra fria, dado pela diplomacia elosKsiadns Unidos, foi iinpeelii a* vendas de açucar cubano á rm.in Sn\ iélica .

Coiiiuiln. ainda sob o governo dc Halisla.essa barreira loi ultrapassada du mesmo modoeomo ocorreu ein muitas unha* panes tiomundo. Em I9.Vi. a Cuião Soviética ocupava osegundo lugai. logo depois do* Eslados Uni-dos, nas compras de .ninai cubano e ,i partir

tle então, continuou represciiianelo uni impor-lante fator nesse lerieno, Representarão ns pai-ses socialistas um mercado suficiente que per-niila a Cuba oliiei quantidades consitlciáveisde equipamento industrial o Icênico7 Resisti-iá Cuba ;i pressão elo Departamento de Kstaelunorte-americano contra essas ligações'.' Se re-sistir. pode mu que se veja melhoi abastecidaque através ile seus fornecedores rinrir* america-nus. como aconteceu com a Inelia,

BALANÇA DE PAGAMENTOS

A pubiez.it nacional nus países suhilcseiivol-vidos c deviria, freqüentemente » um inter-câmbio internacional desequi librado ,\-- per-dei-se ouio. prcjuilica-se o custo tia vida Kn-tão. se estabelece um balanço provisório meeli-ante a desvalorização dn moeda, á.* cii.-i.is ilunivel de vida do povo, até chegai a ii.*e *eguinie.

No passado, graças ao ineicatli ic-jni.n noile-aiiiericano paia sua produção de aciu ai Cubaescapou a i.us crise*.. Agora, uma a caça.A balança em dólares e ouro de Cuba desceuile 500 milhões de dólares, exislenies quandoKalisla assaltou o poder, a pouco mais de 100milhões, quando foi derrubado. Eis como issoaconteceu.

Km 1950-.")(! a* exportações cubana* subiram a 1 293 milhões tle delates. As operaçõesdc inversão Iexcluídas as utilidades dns miei-sionistas estrangeiros, menos os lúcios trazidospoi cubanosl somaram 90 milhões de dólares. Ocusto tio transporte marítimo subiu a 117 mi-Ihões de dólares, representando bem pane dé-les as utilidades ocultas de companhias pclro-liferas e outras. «.Erros e omissões custaram8ã milhões de» dólares. ÊSsps Ires fatores somam2*1-1 milhóe» rie do-la-w*.*.. w-io t>, 3H"v rio produto

da exportação A pesai de Cuba lei compradomenus elo que vendeu, sua reserva umn sc pie-indicou.

i) pais sc havia acomodado mais ou menos,id* dois primeiros itens, u lerceiio item, eiros e omissões . representava a luga de capitalestrangeiro *oli o regime de iialista <i tlitaeloie seu* cúmplices acumulavam sua riqueza foradn pais Não cuiiii.iinli, na cstabiliiliide úc seuprópria regime, tanto ele* como outros cubanosendinliciialio*, colocaram suas imensas fortunasem propriedades c ações nos Kslados IiiiiIiis.

O govcriii) de Castro adulou medidas paiaimpedi lo. Pm u iiidccrclo. ileieiiiuiiou a quailillaile niáxiina tle ilinluMlo que se pude retiraidn pai* Estabeleceu lllll iiiaquinismo de liceucas ele importação a fim de evitai u esbania-1111*11 iti tle uniu cm artigos de luxo ou em aeuiniilação <le iiicicadorias, no caso disso sei neces-sã rio. Segundo as info inações da imprensa.Cuba t" lá pensando cm exigir que

"i()'í das miportações sejam transportadas em barcos cubanos. a fim de economizai dólares Kêz-se pies-sào sóbie as classes ricas parn oue paguemmais fie lm) milhões ele ilólaies de impostosatrasados, e algumas corporações norle-ameti-cuias estãu pagando impostos atilei ipiiiliimente.

Sem dúvida, ameia há outras dificuldadesquanto à balança ele pagamentos de Cuba, i>preço mundial elo acúeai cam abaixo dc seunível mais baixo em 1".">S. As receitas proveiiienies tle lurislas norte-americanos caírammuito cm virtude ela propaganda hostil úa imprensa dos Eslaelo*. I'i itlos. A* còinnanliias noite-atlicricaiias se dispõem a levai ,\c Cuha lililnque puelerein i* ao ntesino leinpu evitai lla/.crdólares

Washington declara publicamente ,\<\r Cubacairá numa crise econômica no outono e nucserá obrigada a desvalorizar, se não sc inipuseiuni programa de austeridade . a fim úc ob-ler a ajuda noiicninericaiia. Os funcionáriosgoveriiiimenlais ú,n< Estados Unidos desejamque o governo ile Kitlel Castro *e veja no tiuii-co ele suplício pai'a quc nelniila a nccessiela-de da ajuda mu lc-amei ícana. Essa campanhaeeiitralizaila, fevaela a cabo pt-ío New Votk Ti-mes e outros jornais importantes, baseia-sena solicitação de epie Cuba abandone seus pmjelos de reforma e golpeie a esmo o nivel Oevul.i dos trabalhadores, a fim cli obtei aliviotemporal elas instituições financeiras úc« Ksla-dos Unidos, paia escapai a uma crise inspiradapnr essas mesmas instituições, O Dr. Kresquel.Ministro dn Fazenda ile Cuba, negou a ameaçade uma crise econômica, anunciando havei ob-tielo uni modesto aumento das reservas a pari irdo inicio do ano. A tática de Washington podeconiipa-rai s« à torctaliva ele rieswieaeleiw-o pânico

contra o banco vizinho. K' a tática financeirado big stick .

Os grandes interesses cubanos e norte-ame-ricános encontraram algumas formas ele burlaro*- novéis controles governamentais ele Cuba?Terá o novo governo cubano suficiente coragempara resistir à chantagem financeira e imporcontrolos tão estritos coino eis quo a situaçãorequer'.' Conheceremos as respeislas a isso deu-lio de seis meses ou lllll ano. Ale agora, e evi-dente que Cuba resistiu lermiiiantèniente àsameaças.

PERSPECTIVA

A reforma agrária, a industrialização e apolitiea comercial com o estrangeiro sc entrela-caiu. Elevai a produção de alimentos penmii-ia economizar mais de um milhões por ano,quc agora são castos em artigos importados.Novas indúslrias domésticas anularão a uc-cessídade d< certas importações, preparandonma csiiuiuia de exportações mais diversifica-das, enquanlo alimentará n necessidade ele ini-portações de maquinai ia e material industrial;Isso permitirá uma balança comercial melhor,em nivel mais elevado. A enérgica aplicaçãodos controles sôbre a importação e a moeda con-centrará o uso du produto ela exportação paiaimportai as mercadorias que sejam necessárias,iu desenvolvimento agrário e industrial, Oseconomistas cubanos também se inclinam paialautas aduaneiras mais altas oue protejam asrecentes indústrias nacionais

Comu em seu* assuntos internos, o governocubano precisa de muita energia também nasrelações inleriiaciunais Deverá desenvolvei umprograma fiscal em grande escalr em relaçãoaos lucros e propriedades dos latifundiários *das companhias est rangei ias, a tini de finan-ciai os projetos de inversão elo governo. Deverámanter-se firme na regulamentação das ativida-úc>i dns proprietários ele terra domésticos «corporações estrangeiras, para aplicar os pre-coitos da lei amaria. K deverá mos nar-se mui-lo enérgico em proporcionar possibilidades úpemprego mediante projetos ele construções p no-vas indúslrias.

As conversações que mantive com cubanos

de diveisas profissões c opiniões me convence-

ri,n* d,, qne muitos lideres dei povo cubano

eompreendem ns problemas quc lem ele enfren-

lai Sentem-se confiantes em que poderão so-

lu, |oná-los e qi ào capitularão atile as lor-

ci* hostis nem se destruirão entre si em lulas

miei ua.*.

K' óbvio que sua vitória ainda nau eslá

garantida, h" inevitável quc enfrentem um.i

exasperada resistência de poderosos interesses.

Mas, aos cubanos, se lhes oferece uma oportu*

nidade melhor que a dc qu»lquei revolução Ia*

tino-americann anterior, desde n Segunda (Uier-

linuaineiicaiia anterior, desde n Segunda Olier-ia Mundial.

o povo norte-americano deu a Castro umacalorosa acolhida. Es.-a atitude muito pode aju-dai Cuba em oposição às tentativas intervém-cionislas daqueles que vinham sendo beneficia-dos pela submissão de Cuba durante mui-taaAéiHKtas-,

10-10a 5-11-1959. NOVOS RUMOS = FÂCINA 9=

JORNADA DE SEIS HORASE NÍVEL DE VIDA ELEVADO

por M. MAXIMOVRecentemente, o CO do

PCUS e o Conselho de Mini-tros da URãS aprovaramuma Resolução a respeito daconclusão em 1960 a da pas-sagem de todos ps operáriose empregados da URSS i jor-nada de sete e seis horas detrabalho. E, há poucos dias,publicou-se' uma nova resolu-çáo que segue esta mesmalinha, a elevação do nível devicia da população. O CC doPCUS e o Conselho de MIiiIh-tros ratificaram o programadetalhado d-e aumento daprodução, ampliação do sor-t imento • melhoramento daqualidade doa artigos paraas necessidades materiais eculturais e de uso domes-tico, A cad» ano Be produz,uma quantidade maior descesartigo», mas o consumo mui-dia em ritmo acelerado.

Por exemplo, em relação acada receptor dc rádio que secomprava na URSS antes dasegunda guerra, agora st*sad-qutrem 22. Bm relação a cadamáquina de costura, relógio* bicicleta vendidos antes daguerra, agora a rede comer-ciai do pais vende mala de 16máquina, de costura, quase 8relógios • 14 bicicletas. Tio-somente nos últimos seieunos (1932-195.) a populaçãoda URSS adquiriu 3 milhõe.-de receptores de TV, quase 20milhões de aparelhe* de ri-dio, mais ei» 12 milhou demáquinas de oostura, umaenorme quarifldade de movei»,piano», vários aparelhos »l*-iricos-doméstlcos, etc.

NSo 4 necesaário havergrande perspicácia para, cumtais dados, fazei* uma dedu-çáo Inequívoca: quando ml-Ihões de pessoas adquirem adinheiro televisores, geladei-ras, motocicletas, máquina*•te lavar roupa • multa, ou-trás coisas, significa que suacapacidade aquisitiva é sufi-centemente elevada. A grandeprocura de artigos domésticosdesvenda mala um aspecto,digno de nota, do modo derida soviético: a melhoriaconstante das condições dehabitação, qua abarca cama-das cada ves mais amplas dapopulação. So neste ano seaprontam quatro apartamen-'os. nao é difícil ad vinha rque diariamente se realizammil mudanças no pals. E haa lonte adicional muito consl-derivei da procura de móveis,sctadelrns, aspiradores de poe muitos outros objetos de-ti-nados a melhorar a vida nonovo apartamento.

CIFRAS IMPKE8S1Ü-NANTES

Considerando a rápida ele-^ação do nivel «e vida dostrabalhadores da URSS, oXXI Congresso do PCUS pru-tetou no plano setentü umconsiderável aumento da pru-dução de artigos oe amploconsumo •, em particular,dos objetos para as necesalda-des culturais e uso doméstico.Assim, por exemplo, duranteo seténio (1959-11W5) serãopostos à venda 6.700,000 ge-ladeiras, quase seis vezes maisque durante o seténio pre-¦ c-dente (1952-1958):10.800.000 máquinas de lavarroupa, mais de nove vezes;quase 35 milhões de recepto-res de rádio e rádlo-vitrola.,duas vezes mais; cerca di1 21

milhões de maquinas de co.--tura; duas vèzcs e tanto amais, etc.

Paia o quarto trimestre doano em curso, foi estabelecidonma tarefa suplementar nafabricação de artigos para asnecessidades culturais e do-mestiças num volume de 647milhões de rublos. E, no to-tal, no período de dois ano.-,a prochiçào dos artigos cita-dos será ampliada para qua-se 20.OOO milhões de rublos.

Ao mesmo tempo, o CC doPOU8 e o Conselho de Mlnln-tro traçaram uma série demedidas que permitirão en-riquecer o «ortlmento e ele-var a qualidade dê.-»-*, artl-gas. Resolveu-se organizarnum prazo mais redu-ldo aprodução em série de artigo*para ts necessidade- culturaise domésticas de acordo comoe modelos mais modernoscriados pelos desenhistas so-vióticos e as melhore» eaponl-ções estrangeira».

Foi proposta a tarefa de ie-tirar resolutamente da pro«ução os modelos antiquadosdos artigos. Já hoje em dia,nas fábricas de muitas zonaseconômicas, são revistos demaneira critica os esquema.*;e a tecnologia de uma sériode marcas de televisores, ia-dlo-vitrolas, máquinas de Ia-var roupa, diversos aparelhoselétrico - domésticas, móvel.-,etc. Na cona econômica deOrn-k, crlou-ae um modelonovo de máquinas de lavarautomática., que náo só la-vam, mu também «prememas peças. Precisamente a pro-duçfto de semelhante, máqui-nas com dispositivo* centrífutoa de espremer a roupa èprevista na Disposição dn CCdo PCUS • do Ooverno Sovié-tico.

MEDIDAS ORGÂNICAS

O OC do PCUS e o governoda URSS previram uma sé-ile de medrldas de organização

para assegurar às fábricasque produzem artigos para asnecessidades materiais e cm-unais, matéria-prima, insta-lações e créditos, e estabele-ceram medidas estimulantespara as empresas que reali-¦am bem a produção dessesartigos.

Para concluir, devemos re-cordar que quando se apro-vou o plano sctenal, umaparte da imprensa ocidentalafirmava, sem fundamentos,que êste plano dava preferên-cia à Indústria pesada, que oplano exigia sacrifícios dapunilaçâo, com uma reduçãouo consumo popular.

Vejamos agora que sacrlfi-elos sofreu o povo soviéticono primeiro ano do seténio.

Há pouco, o CO .do PCUSe o Conselho de Ministros daURSS adotaram uma resolu-çáo a respeito do considera-'vel aumento e da melhoriada alimentação pública, coma perspectiva de um sensível

barateamento des.se lipo dealimentação nos próximosanos.

Em seguida, aprovou-seuma Resolução sóbre a.s me-didas para melhorar oe servi-ços públicos.

Já falamos do coroamentoda passagem à jornada detrabalho reduzida. Acrescemtaremos quc a adoção da jor-nada. de sete e seis horas éestabelecida na URSS comuma simultânea elevação dosalário.

No dia 1.** de julho foramrebaixados os preços de vare-jo de uma série do artigospara as necessidades mate-riais e culturais, o que pro-pordonou à população umlucro de 6,000 milhões cie ru-blos. Agora foi aprovado umamplo programa adicional dedesenvolvimento da produçãodesses artigos.

fi Isso que alguns críticosestrangeiras querem apresen-»«r oomo sacrifício?

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RECORDAÇÕES SOBREolga m:\\iiio i»m vi

NOTA DA REDAÇÃO — O jornal alemão «Ber-liner Zeitung» acaba de publicar (13.IX. 1959) umairônica de autoria de Brigitte Schmiedicke, que foicompanheira de campo de concentração de OlgaBenArío Prestes na Alemanha de Hitler. K' essacrônica que reproduzimos aqui.

e uhegou SEstamos deitadas a três emunia cela, embora ela tenha-Ido feita para uma só pes-soa. 1937... Duas estão deita-das em colchões de palha, nochão. Batem na parede. A ba-tida de cada noite, longsmen-te esperada. K' Olga BenárioPrestes. Ela está deitada noquarto da enfermaria, ao la-do, junto com Ana Maria.Ambas tiveram suas criançasna prisão.

Estamos na rua Barnim.Mulheres, sem qualquer a.iu-da, entre interrogatórios sjulgamentos, dão luz à seuslilhos. Mulheres já condena-<m.- à morte, como Hilcira Cup-pi, levada ao cnclafalso porlei lutado pela paz de seupovo,

Olga ainda está em prisãopreventiva". Isto e, os unais-tas não encontraram razões,ainoa náo encontraram o jei-to de Instaurar um proces. ucontra eln. Há anos que níomais vivia nn Alemanha. Dei-xará a Europa para, com seumarido, Luis Carlos Prestes,lutar pela libertação do povobrasileiro. Náo muito duroua luta comum, náo muito clu-rou n felicidade comum. Pre.--tes foi prê:-(). e com éle 01-,n.Embora, em virtude do casa-mento, Olga náo fosse mai»alemã, foi levada para a Ale-

manha íhm-u-u.rua Buinin.

Porque ainda estão em ' pri-são preventiva". Olga receb-;jornais de verdade, e nfio ape-nas o "Farol", jornal da pri-.-.ão. E' o "Volkische Beoba-cht«r" (Observador do Povo>.m*»s mesmo por meio dele, sesé aprendeu* a pensar de mo-do marxista, pode-se saberqual é a situação real. E 01-ça sabe. Ana Maria, que estáprãsa junto com Olga, nãoestá mal, em "prisão preven-tiva" e, por isso, náo podemais ler os jornais. Mas OI-ga insiste em seu direito. As-sim, para ler o jornal, ericer-rnm-ns sozinha no quarto cialoupa suja. Que algo possapermanecer na cabeça e sertransmitido, ás guardas —julgando os outro* -por sipróprias •- nfto imaginam. Eassim, tôcía noite, ouvimos as"Emissões de Mascou", comochamamos o relatório de 01-

Uma de nos permanece jun-to á poria, para que uma das

guardas náo possa refentina-mente olhar para dentro, e aoutra flui abaixada junto aparede, bem junto, para nãoperder uma só palavra e. rc-pete em voz alta, paru nadaesquecer. A.v-ini tínhamos aalmejada ligação com as acon-teclmentos de tora, com aguerra cía Espanha: não nlavamos inteiramente isola-das da vida política,

m- a**2\ «af*-f sS-BB1

Oiçi* fcffl!ro••ft•-|,¦

Algo horrível aconteceu ou-tem, Durante a ronda, quan-cio já voltávamos para a caóae as dn frente diminuíam opasso liara encurtar a dlstán-cia (para que pudessem sertransmitidas noticias), Lottcpassou adiante um bilhete emcócíigo. Um pequeno bilhete,com uma resposta u uma per-gunta teórica. Nada mais, na-da do mundo exterior, nada-obre tim processo. Antes quepudesse rapidamente passa-lo adiante, foi encontrado comela pela guarda. Lott* foi ime-"dlatamente levada a Juízo:dois anos de cadela, além dosdote- anos e melo a que fora.condenada logo de inicio, por' atividades de alta traição",fará acrescentar, certamenteo campo de concentração, co-mo "comunista especialmenteperigosa".

E ela ficou no campo deconcentração ate o fiml Co-meçou a cumprir sua penaem 1937! Não disse de quemrecebera o bilhete em código.Fora de uma jovem judia,i ujo destino teria sido a mor-le, Lotte sabia-o, Foj liberta-da cm campo de concentração.¦in 1945, atacada cte tubercu-liwe.

BRICITTE SCHMIEDICKEToda a nossa alegria são

nossas duas crianças, isto e,as criança, de Olga o AnaMaria. Quando elas estão nopátio da enfermaria, não hájanela eni que as mulheresnão venham dar unia olhada,Xíw é fácil conseguir ver ai-guma coisa através da fentla,apenas entreaberta, da partesuperior da janela. As vezesOlga consegue passar com acriança lentamente pela por-ta de nossas celas; pois elasabe que estaremos olhando pe-Ia pequena, abertura engrade-ada. -

IJrnft" ves?* consegui" ver osgrandes olhos azuis da peque-na Anita, apenas um .segundo.

Estamos multo preocupadaspor causa de Anita» O perigode ela ser levada para um or-tanato torna-se cada veãmaior. É preciso acontecer ai-go. é imprescindível que acon-teça, È preciso mandar unianoticia para fora. A avó vivecm Paris. A imprensa estran-gelra deve escrever sóbre Isso.

Daqui a alguns dias serádia de visita dc Ana Mana.Seu marido virá. Um bilheteem código, é" preciso tentardar-lhe um bilhete em eódl-go: com o endereço da avó ea noticia de que Anita estáem grande perigo. Ê precisomandar pura fora um bilheteem código...

Ana Maria provavelmentelevará dois anos e meio — HO

semanas — 915 dias. E se lormais tempo? Se ê.stc bilhetetambém fôr descoberto? Oirmão de Ana Maria e.-.'n nacadeia. Sua máe e ."eu maridocuidam da criança. Ma,-, a cri-anca de Olmt, o que nconte-cera com ela? Orfanato —• umoutro nome — não mais exis-lirá. Anita Prestes?

Ana Marta não conseguedormir. AIriiiii dia consegui

Aliança Operário-Camponesa«A Declaração de março de 1958 definiu a exis-

téncia de duas contradições fundamentais na atualetapa da sociedade brasileira: a primeira, entre aNação e o imperialismo norte-americano e sous agen-tes internos; a segunda, entre as lôrças produtiva!em desenvolvimento e as relações de produção se-miieudais na agricultura. A solução destas duas con-tradições é necessária ao desenvolvimento econômicoe social do pais. Mas, entre ambas as contradições

.fundamentais a Declaração, com inteira correção, nabase dos fatos objetivos, distinguiu, na situaçãoatual a primeira como a principal, isto é, como aque-Ia que exerça influência centralizadora e dominantesóbre os mais imnortantes processos da vida econô-mlca da Nação. E', pois, errôneo colocar ambas ascontradições fundamentais no mesmo plano, o queinevitavelmente falseia nossa perspectiva tática eestratégica. A exneriência demonstra que o desenro-lar da luta acuaria ,nas atuais condições brasileiras,também se subordinam no curso da luta antlimperla-lista pela emancipação nacional. Dai a necessidadede concentrar os esforços, em primeiro lugar, na am-pliação e no fortalecimento da frente única naciona-lista e democrática.

Isto de modo algum significa que a Declaraçãoimplique em ---estimação da aliança opexário-oam-ponesa e das lutas no campo. Esta subestimaçãoexiste e ainda não foi sanada, porém não é de ori-gem recente. A sua correção deve ser feita no pró-piio espirito da Declaração, que aponta a aliançaoperárlo-camponesa como condição básica para aconquista da hegemonia do proletariado, frisandoque a mobilização dos camponeses — na massa maisnumerosa da Nação — é indispensável ao desenvol-vimento conseqüente das lutas do povo brasileiro. Oque acontece é que as deficiências do trabalho nocampo não serão elminadas por um criticismo pura-mente verbal, mas pelo estudo aprofundado do pro-blema agrário em suas particularidades, pela elabo-ração de uma tática especial para o campo e a apli-cação desde Já de medidas concretas bastante prova-das, como a organização dos trabalhadores em sin-dicatos rurais e a atuação nas organizações de massaexistentes, a fim de lutar por aquelas reivindicaçõesimediatas realmente capazes de movimentar as mas-sas camponesas. A reforma agrária ti hoje uma pala-vra-de-oidem que vem sendo levantada pelas forçasmais diversas, inclusive de caráter reacionário, comvariados propósitos e postulações. Para nós, o funda-mental é que a reforma agrária se tome a bandeirados próprios camponeses, o que coloca em primeiroplano a questão das formas imediatas de sua mobili--ação e organização, a fim de que as massas de ml-Ihães de camponeses possam aprender e avançar coma própria experiência política. E' neste sentido quedevem empenhar-se os dirigentes e militantes comu-nistas, acima de tudo aqueles que atuam nas zonasdo interior».

(tUTZ CARLOS PRESTES! do trabalho «A Situa-ção Política e a luta por um Governo Nacionalista eDemocrático»),

rá sair, certamente; ela é ape-na.s uni caso pequeno. Ma.sOlga? Olga, antigo membroria Juventude Comunista e,além di.so, judia, desterradado Bra-il oomo mulher do he-roí do povo brasileiro odiadopor todos os fascistas.

Durante a visita de seu ma-rido, Ana Maria entre""', aobeij_-lo, um müi-soulo pe-daço do papel" enrolado~cjíitü"endereço da avó de Anita.Deu certoI A noticia segueseu caminho. Pouco depoisaparecem q<'.rixas e protestosna imprensa estrangeira. OI-ga era de novo levada comfreqüência para a Gestapo.Um dia retiram Anita da ce-Ia, Sua avó conseguira, depoisde muita luta, entrar na Ale-manha fascista c salvar a pe-quena Anita. Náo contaram aOlga que Anita havia ciclosalva pela mão de seu man-do; náo deram uma palavra.Anita va| para um orfanato

- c o que Olga tinha que su-nor ¦— Anita com os fascistas.

O .sofrimento de Olga aindadurou muitos anos. de campo

em campo. Sempre calma ocontrolaria, sempre gentil econsoladora com seus compa-ribeiros de prisão, ensinandoo que ela própria pudera a-prender na Uniáo Soviética.Um dia pusoram-na em umcaminhão, a última vez.Morreu nas câmaras de gásdo campo de concentração daBemburg, em 1942.

Ainda—no- camix> de Ra-vensbruck ela soubera: "Ant-ta salva — com a avó em Pa-ris". Seu caráter forte, o gran-de amor de seu coração, suavida de luta, conservaram-seem sua criança.

Nunca isso poderá ser es-qiiücldo, nunca. Ouçam. Maistorte ainda deve ser nossoódio, mais forte ainda nossaluta contra essa raostruosi-cinde, que matou uma mãe.que matou milhares e milha-res rie máes.

{

Em 1957, Anita Prestes,c-mii 21 anos de idade, foi pa-ia o Brasil para. ao lado deseu pai, lutar pela liberdadee í «Unidade do povo brasUel»

:xxvi

A vitória do Norte, na Gucr-ra de Secessão, só começou aesboçar-se quando o governode Lincoln foi mesmo obriga-do a ceder a íundo ante apressão das massas, isto é.quando se passou á guerra re-volucionárla, apoiada na aclo-cão de medidas sociais radi-cais: a abolição clu escravntu-ra, a solução da questão agra-ria em fnvor dos "íarmers"fgranjelros), o terror contraos contra-revoluciona rios, a.reorganização do exército, emparticular dos comandos. Pas-saram a lormar-se unidadesmilitares dc trabalhadores,sendo que muitas delas eramorganizadas segundo as nacio-nalidades das operários. Ossoldados elegiam seus coman-dantes. Joseph Weydemeyer, oamigo de Marx a que nos re-ferimos no capítulo anteriordestas notas, deu mais umavez prova de sua capacidaderevolucionária, de seu talentoorganizativo e militar. Lincoln,em reconhecimento a seus me-ritos, nomeou-o comandanteda praça militar de Saint-Louls. Comandante também foi!"_-i-h, outro -Migrante revo-

lucionario alemão, que per-lencera ao Comitê Central da"Liga Comunista".

O papel principal e decisivona ação militar das forcasnortistas coube aos heróicos re-ginientos, dc trabalhadores co-mandados pelo general GraniA partir de meados de 18(13.com a derrota das forças dosul na batalha dc Oettysburg,a guerra entra em nova eta-pa. Sucedem-se os êxitos mi-litares do norte, construídospelo entusiasmo e o heroísmosem par das massas de ope-rários. agricultores e escravosnegros libertados. Em 1865, ogeneral Lee, comandante dosexércitos do sul, rende-se an-nal ante o general Grant,

O proletariado europeu, pur-ticularmente o inglês, deu im-portante contribuição para avitória das forças progressis-tas norte-americanas, opondo-sc com decisão e energia aquc os governos dc Londrese Paris interviessem na gtier-ra a favor dos escravistas. O"Manifesto de Fundação" daI Internacional, redigido porMarx, assim se refere à posi-ção intemavionatau dos tra-

0 PROLETARIADO AMERICANO E EUROPEUNA GUERRA DE SECESSÃO

balhadores ingleses: "Náo loia prudência das classes donu-nantes, c sim a resistência he-roíca á sua criminosa loucurapor parte do operariado daInglaterra, o que salvou a Eu-topa Ocidental de ser lançadaem unia cruzada infame pelaperpetuação e a expansão daescravidão do outro lado doAtlântico".

A atuação combativa cioproletariado inglês e europeufoi orientada e apoiada pelaatividade do Conselho Geralda Internacional, que inclusi-ve se dirigiu a Lincoln, feli-citando-o por sua reeleição em1864. A primeira Conferênciada Internacional, realizada emLondres em 1865, endereçouum apelo ao proletariado nor-te-americano para que tudofizesse por coroar a vitória naguerra com a ampliação da

democracia, em particularatravés da conquista da Igual-dade política para as negrose da concessão dc terras a ês-tes. Nesse documento se diz,notadamente: "Agora, afinal,a classe operária intervém naarena histórica não já naqualidade de servidora sub-missa, mas como força Incle-pendente, que tem consciên-cia de sua própria responsa-billdade e é capaz de ditar apaz ali onde os chamados do-nas e senhores clamam pelaguerra".

Lincoln foi sensível a soli-dariedade ativa da classe ope-rária européia. Em resposta auma mensagem rios operáriasde Manchester, presta home-nagem aos sacrifinas dos tra-balhadores europeus, que ha-viam dado "um exemplo su-blime cie heroísmo cristão, nao

superado em nenhuma e'xn-nnem em nenhum pais"

Rompendo e destroçando nsobstáculos que o escravtsmoopunha à plena expansão ciocapitalismo na sociedade nor-te-americana, a vitória do Nor-te na Guerra Civil teve extra-

ordinária, significação histórica.Lênin, em sua famosa "Cariaaos operários americanos", es-crit.a em 1918, diz a êssc res-peito: "...a abolição da ese.ra-viclão rios negras, a derruba -da do poder cios escravocratasvaleram que todo o pais pas-sa.sse pelos longos anos ciaguerra civil, pelos abismos daruína, das destruições, do ter-ror que acompanham Iodaguerra",

Entretanto, cinco clia.s apowa rendição militar do Sul, Lin-eoln era traiçoeiramente as-sassinado num espetáculo leu-

irai. A grande burguesia, m-quieta com o impulso revolu-rionário adquirido pelas mas-sos operárias e camponesas nocurso da guerra, aproveitou olato para avançar no eslabe-lecimento da ditadura burgue-sa tle classe. A.s tropas irre-gulares foram sendo desmo-bilizadas, começou a entrar emrena a polícia. A abolição daescravatura tomou a forma debrutal discriminação racialcontra os negros, mulatos emdios, que subsiste até aoscuas de hoje, sobretudo no suldos Estadas Unidos.

Marx assim descreveu, noprimeiro livro de "O Capital",o quadro geral e a.s caracte-risiicas do acelerado desenvol-vimento capitalista que entrouem curso em seguida á GuerraCivil Americana:"De um lado, a corrente hu-mana, quo se precipita todasns anas. imensa e continua,para a América, deixa deposi-ias estagna ntes no leste riasEstados Unidos, pois a vagade emigração partida da Eu-ropa lança ali no mercado de

trabalho mais gente do qvie asegunda vaga é capiu de ar-

matar para o Far-West. Poioutro lado, a guerra civil ame-ricana acarretou uma dividanacional enorme, a exacfto fis-cal, o nascimento da mais vilaristocracia financeira, o en-feudamento de grande partedas terras públicas a socwda-des de especuladores que ex-pioram ,ius estradas de ferio,as minas, etc., numa palavra(a centralização mais rápida dacapital. A grande Republicadeixou portanto de ser a ter-ra prometida dos trubaJhado-res emigrantes. A produçãocapitalista aumenta ali a pas-so de gigante, sobretudo noaEstados do Leste, embora arebaixamento dos salários o aservidão dos operários esto-iam longe ainda de ter atin-girio o nível normal europeu^

Foi nessa nova slttitH.Ro CJU»,i m e d i atamente depois duGuerra de Secessão, começa-ram a fnrniar-se sindicatos toutras associações operártaaestáveis, assunto de que no«ocupaiemoi- aa próximo «apfeWlo, J

PAGINA 10 NOVOS RUMOS 30-10a 5-11 -1959,

MANHA DA LIGTHOs Trustes Exploram Atéa Doença Dos Brasileiros atrasa o pagamento para

O Sindicato dos Trabalha-fores na Industria Química• Furmacáur u decidiram-,;em assembléia realirrda nasemana passada, deflagraruma greve de advertência «ic%A horas nu dia 1! cii- nu-Vembro se ate !i'. os laborató-rios fnrniíieéuiij .- nfto n-terem pago o aumento deSOrT- obtidu eni iulho, Ape-fcnr de já terem passado qua-»e três meses depois cln acôr-tio. os laboratórios ainda nãopagaram o aumento com o in-tuito de forçarem a elevaçãodos medicamentos, pedida noinicio de aposto p até hojenão concedida,

Com ti stibstitulçnu cln en-ronel Mlndcllo. cln COFAP,pelo general TJrurnl o. la-boratório.s viram barrada.'*sua-s pretensões altistas Trn-tam. então, cie explorar cmseu proveito ns instas relvin-clicncôfs dos operários, E co-mo se convenceram cie quenão será possível obter n au-nientn do nt-ml presidente daCOFAP, pressionam o irovér-no para substitui-lo poralguém dr sua confiança. E'assim qup rnmndn o presiden-to Kubiteschel! foi a Sân Pau-lo recentemente clementes rioSindicato de Produtos Par-macèu ticos, os Fontoura áfrente, apresentaram comocondição parn apoiar poliii-ca e financeiramente o go-vèmo a substituição d', cenc-ral Ururaf, por um nome aser escolhido r.uaia lista t--i-pliCc que ':'. tinham elabora-do. Também junto ao maré-chal Lott procuraram o- in-dustriais obrer o nfastemen-to do general Ururai cli/en-do que é.te militar estava ore-judicando sua candldatnrnentre ns Industriais

Nas mãos de empresas estrangeiraso monopólio dos produtos farma-cêuticos — Pressão sôbre o govêr-no (apesar dos lucros já serem mui-to altos) para nova elevação de

preços

LUCROS VULTOSOSA indústria farmacêutica é

rcconhécVtamente uma dasnin* rentáveis no Brasil, oslucros declarados das maio-res empresas nunc- sendo in-ferlores a 3fT,, devendo, narealidade, ser muito maiores,K isto se compreende mais fá-cllmente quanc' se exami-nau. as despesas com sala-rios nas empresas desse se-tor dn indústria.

Secundo dados do InstitutoBrasileiro de Geografia e Es-tntistica iIBGE.. os salário.1!pagos aos operários corres-ponrlem apenas a 7.2'.' da-quilo que chamam de valorcia transformação industrial,isto é. o valor do produto aca-bado menos o valor das mate-fias primas empreendas em-nn fabricação. Diz ainda ofBOE que a proporção dossalários no valor da transfor-inação Industrial é três vê-zes menor na indústria far-macêutica do que no restoda indústria, enquanto que opróprio valor da transforma-cão industrial é bem maiorno ramo farmacêutico do quenos outros setores Em outraspalavras, o que isto significaé que os laboratórios p ou-trás empresas ria indústriafarmacêutica estão em condi-cose de obter lucros muitomaiores do qup a média ria

Industria brasileira, e seusoperários sáo dos mais expio-rados em toda a nossa indús-tria,

Outra alegação falsa doslaboratórios para justificai'sua nova tentativa de expio-ração é a alta dos preços dasmatérias primas. Entretanto,grande parte destas matérias-primas sáo importadas dasmatrizes ou rie subsidiárias dascompanhias estrangeiras aquiexistentes, o que constitui lu-cro para n mesma empresa.

INDÚSTRIA DESNA-CIONALIZADA

Um ponto que nâo podeser desprezado quando setinta de julgar a.s pretensõesrios laboratórios e fábricas deprodutos farmacêuticos é suaorigem estrangeira, com tó-cias a.s conseqüências negatl-vas desse fato para nossa eco-nom ia. Um técnico da COFAPrecentemente mostrou-se flbls-medo diante do volume rie lu-rros. dividendos, royalties, is-to é, pagamentos pelo uso riepatentes, etc., enviados pe-Ias empregas farmacêuticasparn o exterior.

No ano passado a indústriade produtos farmacêuticosa ungiu um capital superiora 3 bilhões de cruzeiros. Dês-te total, o capital rias em-presos realmente brasileiras

é inferior a 900 milhões, istoé. as emprftas estrangerasdetêm mais de dois terços docapital empregado nesta in-dústria, O pior é que a maio-ria esmagadora desse capi-tal foi obtido no Brasil, peloreinvestimeiito de lucros, ounipdlante a venda de ações. ASquibb, por exemplo, há ai-euns anos dobrou o seu capi-tal vendendo ações a brasi-leiros. Esse processo é extre-mamentp vantajoso para asempresas estrangeiras, umavez qtie elas continuam aufe-rindo o grosso dos lucros semter que desembolsar capitalpróprio.

Além da.s companhias ame-ricanas, que sozinhas repre-sentam um terço do eanitalda indústria farmacêutica,existem também grandes em-presas alemães, inglesas, sul-sas e, principalmente, fran-cesas. Das americanas ns maisimportantes são a Soulbb. aFontoura-Wyrth, a Johns-one Johnson, a Bristol. Labora-teráplca, a Sidney Ross e aPark Davis.

MONOPÓLIOSDi* 1950 parn cá o número

de empresas dedicadas à pro-riuçáo de medicamentos p ou-tros produtos farmacêuticos

tem diminuído constantemen-te. Naquele ano havia 551empresas, em 1956 já eram525 e este ano apenas 429.Tsto acontece porque as pe-quenas empresas nâo conse-R.iem sobreviver ao combatesem trégua que é movido con-tia pias pelas grandes, quesfto quase tôdtos estrangei-ras Mas não é só o númerode empresas qup diminui Ou-tro elemento que caracteriza

«Conclui na 11.* Páginai

Em Pouco TempoOs Amigos Do MéierJá Fizeram Muito

Cnnclii lui apenas " meses, a Sociedade dos Amigos do^^é.er (SAME) já cnn a min uma série «ie vitórias eoronn-do ns lulas dc seu? membros pelas justas reivindicaçõesfeitas aus Serviços Públicos e ;'. Prefeitura exigindo melhor

-amstèneiH—«»—Iniiriu e nus ."«'Ut* moradoi'cs7~A SAME foieiitusiàstieamente acolhida pela população; após trcs mesesapenas de campanha, s«-u quadro social se elevou a 1.501)pócos, ipie participam ativamente de suas vária.- ntivida-des cívicas «• sociais.

As atividades ila SA.MK abrangem um vastn campo deação qu-- vai da Hóea du Maio n Caeliauibi, do EngenhoNovo a Todos os Santos, atingindo lateralmente até a Abo-lição. Devido a isso, -ão bastante numerosos os problemasa resolver, as reivindicações por «|ue lutar, o cpie exige umaatividade intensa n contínua,

SANEAMENTO DO RIO

Uni cios maiores problemas que a Sociedade encontrout também uma ile suas maiores vitórias foi u saneamentodo rio Salga'!". Kste rio possui em seu curso uma série deestrangulamentos, -uuido o maior deles em pleno coraçãodu Méier, a líua Aristides Cairo. Neste local, assim comonos demais estrangulamentos, a.- chuva., por mais finca.-irt<* sejam, provocam seu transbordamento formando umenorme lamaçal absolutamente intransitável.

Com is.-.-i, paralisa o trálVgo de grande parte do bairro,Causando trnn-toriios á população. Ati mesmo as cria.urasnão podem ir a c-cola. Além disso, durante as enchentes,

rio traz ci-luas venenosas cpii se espalham pelas ruas,ftmeaça.iii" '•- habitado- do hairiv). Outra conseqüência «Iasenchentes .-an ,,,< focos «!«• mosquitos e insetos portadoresCe várias' cloi-nças.

Diante dn ili-scasii .In- Serviços Públicos, a SA.MF,Bprpsentnu a ri-iviniücação «Io saneamento d" rio a.- auto-lidados «-, graças a -na pressão junto à Secretaria du Viaçáo• Obras «Ia Prefeitura, foi itiiciadii, há um 'mes, o sanea-luento pela SCRSAN Ma-, -òmi-tito o saneamento não rc-Bolve o probleni.-i; a soliicàn di-1'initiva c justa s.-.ia a cana-lízação, pelo om a Soe adi- ia está empregando '."los osBeus esforço».

ABRIGOS~

Outro prohle.i a que muit" aflige a população du Méiero das filas «le coii«lu«;áo nn Jardim d" Méier e em Silva

'abelo, principal- pontos finais das linha- de ônibus «

lotações «|im sorvem o liain adjacências. A.- filas exten-Bas o o longo ti-mpo dc e-q.era tornam necessária a exis-tência de nbiigo- paia a proteção contra a chuva e o sol.Neste sentido, já «-xi.-ti na «'amara Municipal o projete, n859, do vereiuloi' Paul.. Ar«-al, que visa a «'onstruçao de uma

§Btação rodoviáriaMas i,s-to scia algo n ais demorado e ideal pan. o futuro.

Ko momento, a Soci.-da.le está movendo grande campanha

para que sejam construídos abrigos que, em hora mais sim-

pies, Solucionariam «le imediato a questão,Atendendo também ás necessidades de Caxambi, a Soc-ie-

dade reivindica atualmente a criação de duas inhas de om-

bus ou lotações mm liguem o bairro a cidade, Candelária«a Castelo. Uma po.lcria ler seu ponto final no Largo da

Feira, onde não ha qualquer condução pau. a cidade: c outra,

na Praça Havai, p.mjue os veículos que se dirigem para o«ntro saem «lc Olho N?eto - passam ahsolutamente ota-Bos Com esto objetivo, a SAME tem movido uma forte«unWha pela imprensa «? apresentado suas reivindicações

Jo 3Dr-Sai-'.anien'o de Concessões da Prefeitura.

Reportagem de REGINA MARIA MELO

VIADUTO DO MÉIER

A linha da Central dividi- o Méier eni duas zonas, norte-A-sul—quequfisõ constituem dois bairros distintos, dada a

situação de isolamento em (pie se encontram, lendo comoúnicos meios do comunicação lis «luas pontes, unia próximaa Engenho de Dentro (além «le Todos os Santos) e outrano Engenho Novo. A dificuldade de comunicação entre asduas zonas prejudica o comércio local e também a assis-tência á população,

A SAME dedicou' sua atenção a êslu problema, conse-guindo «|ue fosse apresentado um projeto da vereadora Belin-dn Maurício da I-onseca para a construção de um viadutoque ligue as «luas '/nuas, indo «le. Arquias Cordeiro a 21J" v'aio ou Clarimtindo de Mello

ASSISTÊNCIA SOCIAL

Outra reivindicação da Sociedade c '¦< mudança «le localdo Posto «le Saúde do Méier da PDF, O prédio onde fun-ciona atualmente carece das mínimas condições técnicas «*higiênicas necessárias, havendo mesmo uma promiscuidadeentro tuberculosos, leprosos e demais doentes.

A SAME tem colaborado ativamente com o Nono Dis-pensário de Tuberculose da PDF na campanha preventiva,esclarecendo a população suburbana quanto à necessidadede exames preventivos periódicos gratuitos. Esta campanhaé de extrema importância, pois que hoje ainda morre, noMéier e adjacências, em média, unia pessoa por dia vili-mada pela tuberculose,

Também lio que diz respeito in, policiamento do bairro,em vista da sua deficiência, uma comissão organizada pelaSAME elaborou, para a cobertura do mesmo, um plano emcolaboração com o Departamento Federal de .SegurançaPública, que será levado ao Chefe cie Polícia,

ATIVIDADES CULTURAIS

iniciativa das mais interessantes p a realização, sema-nalmente, às quartas-feiras, no auditório do Ginásio SãoPaulo, le conferências sobre assuntos gerais. Por exemplo,f.ii muito bem recebida a conferência cujo tema era «Tuber-culose no Méier o Adjacências*, uma das manifestaçõesdn sua campanha contra esta doença, Também atraiu grandenúmero de pessoas a conferência pronunciada pelo coronelLucas cie Almeida Guimarães, sôbre Relações Públicas eHumanas, que incentivou a criação de um curso gratuitorelativo no tema, com inicio marcado en novembro próximo.Alguns especialistas no assunto já se ..f. recerain para fazerns palestras, como o rir, Antônio Campos, dr. Fossati eoutros.

Com o intuito di preservar o ambiente dc cordialidadee reviver uma antiga tradição do bairro, a SAME fêz eomnue voltassem a ser realizadas ns conhecidas retratas cioJardim do Méier, que no último dou mgo de cada mêsatraem grande número de pessoa*.

DIRETORIA

A SAME foi fundada em 29 «le maio de lflõ!) pelos queintegram atualmente a sua diretoria - - Oswaldo Lascasas(presidente): Prof. Joaquim Naegole (vice-presidente); dr.Antônio Cnmpo? (secretário geral) e Walter Heine (tesou-reiro geral i. A Sociedade exerce numerosas atividades, ha-vendo para cada uma um departamento especializado: De-partamento de Educação e Cultura; de Assistência Social;de Relações Públicas; de Viaçáo p Obras; rie Saúde; Ferní-nino; do Patrimônio e de Recreação,

FORCAR A GREVE OUELEVAÇÃO DE TARIFAS

Os trabalhadores exigem que seja cumpridaindicação do general Denys: períciacontábil nas empresas do Grupo

Apesar «l«r lerem conquistado, hámais dc -1 meses, um aumento salarialde 35%, cerca do 10 mil trabalhado*res em Carris Urbanos desta Capital¦ontiniiiim assaltados pela intranqülli*dado, sempre1 sob a ameaça cio recebeio salário sem aumento,

E" que a Light, manhosa como opróprio salanaz, só quer panar os 35'<aos trabalhadores depois que tive...'-segurado uma elevação nos seus lu-•ros, através cio um novo acréscimotios preços das passagens dos liou-:los.

A melhoria salarial «los trabalha-dores tem sido paga, ate hoje, a ti-tnlo de abono, o com dinheiro tomadoemprestado do Banco, da Prefeitura.Essa foi a solução de emergência en-•ontrada pelo Governo .parn evitarlauto o aumento das tarifas como agreve projetada pelos operários, que.nara receber us 'd~>'r. estavam dispostosa pnralizar o trabalho. O Governo estáemprestando dinheiro á Light Icén-a«Io -Ifi milhões tle cruzeiros mensaisiporque ela afirma só poder reajustar.) salário do pessoal se receber maio-ros subvenções, ou se tiver permissãopara aumentar a.s tarifas.

REAÇÃO DO EXÉRCITO

Mas o Marechal Ocülio Denys, comandante do Primeiro Exército, e oCoronel Crisanlo Moreira, Chefe de Po-licia do Distrito Federal, chamados aopinar sôbre a situação criada coni ,i

conduta da Light. manifestaram-secontra o aumento cias tarifas, c pro-pu/eram ao Presidente da República anomeação de um grupo de técnicos pa*ra proceder a uma perícia contábil nasescritas do Grupo Ligllt, Depois de roa-lixada essa pertcMa,, e após ter compro*vado se a empresa é deficitária ou nãn,no conjunto dns seus serviços, é qui*essas autoridades se julgarão em con-dições para opinar sôbre a elevaçãodas tarifas. Enquanto isso. a Prefeitu-ra continuará a fazer o empréstimo áLight,

A indicação feita polo MarechalDenys foi saudada pelos trabalhado-ros em canis urbanos, que não se con-formam om servir do ponta dc lançapara as investidas do polvo ianquecontra a economia popular. Os Ira*

ha lhadores da Liglit não desejam quea sua justa campanha para assegurarn pagamento da melhoria salarial sir-\a de pretexto para um novo assai-Io à bolsa do carioca.

Esse pensamento do pessoal dosbondes é reforçado pelo que vem ocor-rendo «-om outras empresas concessio-

..mirins cio serviço público; quo estãosondo pegadas pelo pé. á medida queas suas escritas vão sendo examina-das, Os Carretciro, por exemplo, cii -¦/.iam que o serviço cie lanchas ora do-fieitário, e que a empresa só poderiapagar o aumento «ins trabalhadoresse o Governo lhe desse maior sul.-veiieán. mi se permitisse o aumentodas tarifas, que cies queriam elevar cieCrS 5,50 para CrS 10.00. A verdade eque o Governo sempre clava o nue osCarretciro pedia, mas, com o quohra-quebra de maio. determinada a inler-venção Federal, o resultado foi 0 quese viu: nãn houve aumento cie tarifas.a melhoria salarial está sendo paga

corretamente, e ainda está havendoum lucro mensal de trcs milhões dr-cruzeiros, A intervenção federal pro-vou que os recursos dos Carretciroeram suficientes para pagar o nu-mcnto de salário, o ainda para ali*montar a vida dc nababos qu eleva-\ .un.

No caso da subsidia lia da BondAnd Share no Rio Grande do Sul foi amesma coisa. Poucos dias antes daencampação, a empresa anunciava pe-los jornais a necessidade de reajustaras tarifas do luz o força Mas o exa-'me nas suas escritas revelou que elajá havia avançado de mais na bolsado povo gaúcho, e que por isso deviapassar ás mãos do Estado, sem tece-lier nenhuma indenização e. pelo cou

1 rário, tendo ainda que restiliür ao Go-vérno a importância dc CrS 191.881,474.00, que havia embolsadoilegalmente.

Mas a Light prefere se unhai cumn diabo a ter que enfrentar um exa-me sério nas suas escritas. Por isso.utilizando-se dos seus agente*. naPrefeitura e em cargos da administra*ção federal, impede a solução propôs-Ia pelo Marechal Denys. ao mesmotempo que atrasa o pagamento elamelhoria salarial, procurando assimlevar os trabalhadores á greve, a fimde, eom o tumulto no serviço de trans-porte, exigir do Governo o pagamen-lo de uma subvenção, ou a elevaçãoiu preço das tarifas.

A POSIÇÃO DO SINDICATO

Os trabalhadores cm carris ur-ha nos, liderados pelo seu Sindicato,enxergaram longe a manobra daLigllt e decidiram, na assembléia rea-lizada no último dia 7, lutar intransi*genlemento em defesa do seu aumen*to de 35 por cento, defendendo, aomesmo tempo, os interesses da popu-lação carioca. Nesse sentido, resolve-ram: 11 Exigir do Governo a execução«Ia proposta do Marechal Odilio Denys.criando a comissão para examinar areal situação das empresas cio GrupoLight; 2t Continuidade dos emprés-timos do Governo ao Grupo Lightenquanto não tiverem sido concluídosos trabalhos da comissão de perícia,,. fim de quo seja assegurado aos Ira*balhadores o pagamento cia melho-ria salarial, bem como o Abono cieNatal; Mi Que doravante seja elimi-nada dos acordos salariais a cláusii*Ia que condiciona a concessão doaumento de salários à elevação d,.'*tarifas.

Em torno desses três pontos se dcsenvolve, atualmente*. a campanhadus l«) mil trabalhadores em carrisurbanos. Nas oficinas de Triagem.mais di* 400 operários se reuniram eresolveram manifestar a sua solida-tiedade ao seu Sindicato, Em outrossetores vêm sendo adotadas posiçõesidênticas. Os fiscais, motorneiros, con-duloies, o pessoal da via permanente,us dei escritório e demais setorescompreendem cada véz mais a neees-sidacle cie cerrar fileira cm torno dnSindicato, prestigiando a ação dc suaDiretoria, que conta com o apoio dosdemais trabalhadores o cia populaçãocarioca,

DEDO DE GIGANTE INFLUIU NO.(Conclusão da 10.' página)

magnata, cpie contratou paraisso um assassino profissio-nal. Cansado de ser expio-racio pelo bancário epio sa-beria de segredo altamentecomprometedor, o misteriosopersonagem decidiu mandareliminá-lo. Dai os estranhostelefonemas, no dia do cri-me,, marcando um encontroas 10 horas da noite, emfrente ao Iate Clube da Ur-ca Nesse local houve o en-contro, seguindo os dois —Afrânlo e o ricaço — para nLagoa, em front ao Clubedos Caiçaras, onde o plstolei-io já o aguardava. Tal racio-cinio dos policiais é robusto-ciclo pela circunstância dcque somente um assassinofrio, habituado ao crime seria capaz de depois deabater o bancário con-duzir o veiculo at«' aLadeira do Sacopã. local êr-mo, percorrendo nesse traje-to uma distância superior a4 quilômetros, correndo o ris-co de haver um acidente com

o citroen, ou ser interpeladopor alguma Rádio Patrulha.o assassino, julgam os poli-ciais, teve o cuidado de afãs-tar o cadáver da Lagoa, por-que o sinistro empreiteiro de-veria residir naquele local.Bandeira, se tivesse cometidoo crime, abandonaria o local,

sem ter essa preocupação,em virtude dc náo ter- sidovisto

Por isso admitem ler umdedo de gigante impedidoqtie a.s investigações iniciadasprosseguissem, com receio deque tudo viesse a ser escla-recido.

DIVULGUE«NOVOS

RUMOS

NOVO NÚMERO DE"ESTUDOS SOCIAIS"Encontra-se à vencia nas bancas de jornais c cm

várias livrarias o número 6 da revista "Estudos So-ciar, , dirigida por Astrojildo Pereira. Trata-se de umdos melhores números dessa publicação, que já seassegurou uma feição própria e que tem divulgadobons trabalhos sõbrc problemas do grande interesse.

O sumário deste último número de 'Estudos So-ciais compreende: A espoliação do povo brasileiropela finança internacional . dc Jacob Gorender; <Aevolução do pensamento de Euclides da Cunha , deRui Fac-ó; -Alguns aspectos da formação históricados engenhos e das fazendas», de Alberto Passos Gui-marães; • Um livro sôbre a história e a economia dePernambuco», de Fragmon Carlos Borges; 'Trechosescolhidos , dc Tobias Barreto; -A vitória ria Chinacontra a fome-, dc Josué dc Castro; Critica dc livros ecritica de revistas.

Encontram-se à venda os quatro primeiros nn*meros reunidos em bebi coleção encadernada. Preçopor coleção — CrS 300,00.

Para pedidos dos Estados, damos o novo endorc*-ço de ¦ Estudos Sociais•- — Rua São ,losé. 50, sala 502— Rio de Janeiro — D.F.

•30- 10a 5-11-1959,NOVOS RUMOS PÁGINA 11 m-mm*

Atinai, Quem Matou Afrânio ?DEDO DE GIGANTENO TRABALHO DA

INFLUIUPOLÍCIA

O "Crime do Citroen Ne-gro" pode ser apontado comoum crime cuidadosamentepremeditado, por isso mes-mo de difícil elucidaçfto. ís-se é o conceito de alguns ex-perimentadcs policiais que,

à margem do processo, efe-tuaram várias investigações naintricada morte de AfrânioArsênio de Lemos. Essa obser-vaçfto, sem dúvida, aguça ain-da mais a curiosidade: Afi-nal, Bandeira é inocente?Quem matou 6 bancário?

Inúmeras são as versões.Grupos econômicos ou politi-cos seriam responsáveis pelo"Mistério da Lagoa", afir-mam os que acreditam numerro Judiciário, principalmen-te o deputado Tenório Cavai-cante, arvorado em defensordo ex-tenente. Até o momen-to, porém, nfto surgiu qual-quer elemento concreto paraabsolver o acusado. Vêem-se,sim, propósitos demagógicos,intuitos e deduções, mas semfatos palpáveis, visando in-criminar ou inocentar o jo-vem Jorge Alberto FrancoBandeira, que se encontra en-clausurado há oito longosanos, como 0 matador deAfrânio de Lemos.

Essa foi a razão que noslevou, em nossa última repor-tagem, a fazer um retrospéc-to do palpitante caso, rela-tando a mecânica do crime,para, agora, baseados em fa-tos sempre mantidos em slgl-lo, revelar o que ocorreu nosbastidores da "Novela doSacopá",

INVESTIGAÇÕESO trabalho do Segundo Dis-

trito Policial, a rigor, iniciou-se somente depois de decor-

Os trustes...(Conclusão da 16.' pág.)

a ação dos grandes laborató-rios estrangeiros é a concen-tração cada vez maior da

produção num número cadavez menor de laboratórios.

Em 1956, pouco mais de umquarto das empresas H23 dototal de 5251 forneciam 95"^da produção. Dessas 123. 31forneciam mais da metadedo total. De 1956 até o pro-sente ano. o processo de oon-contração continuou firme. E('¦ o próprio Sindicato da In-(instria de Produtos Farma-cêitticos do Rio de Janeiro<úrirão dos empregadores) oueinforma que 82''; da produ-cão total são fornecidos por54 grandes lnbornMrlos, dototal do 420. Mais ainda, os27 maiores produzem sozinhoquase dois terços do total.,

Isto é. mais de 11 bilhões riototal de 18 bilhões de cru-zeiros de vendas.

Como se vé, a Indústria deprodutos farmacêuticos estáentreprue, na realidade, a umreduzido prrupo de empresasestrangeiras, principalmen-te americanas, que oontrolamo mrn-jso da nroduçfio e aufe-rem lucros avultados. ao mes-mo tempo que mantêm os ní-veis salariais de seus empre-nados o mais baixo possívelQue as pequenas empresasbrasileiras tenham dlfleulda-des e operem em condiçõesmais ou menos desfavoráveis,c perfeitamente provável,mas dizer que os laboratóriosestrangeiros estão em "situa-cão difícil" é pura desones-tiriarie.

Policiais foram afastados porque seguiam umapista que levava a um figurão comprometido

com grandes falcatruas

Reportagem de JOSÉ SANTACRUZ

ridos mala de IS dias do en-contro do cadáver, no inte-rior do auto, na Ladeira doSacopá. A principio, as auto-ridades, Julgando tratar-se deum crime comum, limitaram-se a fazer o competente re-glstro e solicitar o concursoda Policia Técnica, por serdesconhecida a autoria, comomanda a praxe.

O detetive Astrogildo Mo-ta, entáo chefe da Beçfto deInvestigações Criminais, au-xillado pele* policiais Oscare Marques, sem excluir a pos-sibilidade de estar à frente deum crime passional, situando,portanto, o militar como umdos principais suspeitos, emvirtude do triângulo amorosoAfrânio - Marina - Bandeira,enveredou também com suaequipe para um outro campo.O bancário tivera uma vidabastante acidentada e talveztivesse sido morto por vin-gança. Seus antecedentes nãoeram multo recomendáveis.Trabalhara no Cadastro doBanco do Brasil e, por algumtempo, e.stivera à disposiçãoda FIBAN. Certas informa-ções colhidas em fontes re-servadas indicavam ter tido

êle ligações oom pessoas alta-mente comprometidas em fal-sif 1 cações de guias de expor-taçaoe outras faturas. íssestrapaceiros de alto bordo, porsua vêz, tinham a coberturade personalidades de projeçãosocial e política. Enquantooutros auxillares do detetivetrabalhavam visando o mili-tar, na presunção de que Ma-rina teria sido o "pivot" datragédia, Mota, Oscar e Mar-quês empenhavam-se em sa-ber até que ponto eram ver-dadeiras essaa informações,procurando descobrir, princi-palmente, o motivo pelo qualAfrânio fora obrigado a an-teclpar suas férias, transpor-tando-se para uma fazenda

em Bauru, de onde voltoupara horas depois ser assgs-slnado

CHOQUES

Verificando que a morte dobancário alcançara granderepercussão e era apontadacomo um crime sensacional,o delegado Hermes Machadoe o comissário Rui Douradoviram uma oportunidade pa-ra obter publicidade gratuita.

POR QUE MATARCHESSMAN!

GENNYbON AZtVEDO

Na Califórnia, onde as la-ranjas são côr de ouro eHollywood fabrica sonhoscoloridos, há uma localidadechamada San Quentin. Aocontrário de Los Angeles,San Francisco ou Hollywood!sua fama nâo provem da cx-celència das laranjas, dos fil-mes românticos, das boateselegantes, dos artistas famo-sos. San Quentin é um nomesinistro cheirando a morte.Aí está localizada uma enor-me penitenciária para ondefào transferidos os condena-(ios à morte na câmara degás.

A cela 2455 de San Quen-tin é hoje conhecida em todoo mundo. Há 11 nnos ela 4habitada por Caryl Cbess-man , condenado em 3 dejulho de 1948 por supostosdelitos sexuais além de um"doísier" que o Indicava co-mo criminoso irrecuperável.Desde essa data já morreramna câmara de gás 89 pessoas,inclusive uma mulher (Bar-bara Grahami recentementebiografada no filme QueroViver. Nestes 11 anos o "cri-mlnoso Irrecuperável" estu-dou muito, leu milhares delivros, tornou-se escritor evem travando a batalha pelasobievivència. Já por sete

PROBLEMAS DA PAZE DO SOCIALISMO

ASSINATURAS PARA 1960A revista PROBLEMAS DA PAZ E DO SO-

CIALISMO solicita aos seus atuais assinantes ea todos os leitores que desejam fazer assinatu-ras para 1960 que se dirijam, pessoalmente oupor via postal, à sua Redação, no Distrito Fe-deral, ou aos seus agentes nos Estados.

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vezes Chessman eoisepuiu oadiamento da Sentença ehoje milhares de pe.soas re-clamam a comutação de suapena como um imperativohumano.

O que ocorreu nestes 11anos é surpreendente! Ches-sman é um novo homem,completamente diferente da-quele Jovem revoltado de 27mios condenado á pena ca-pitai. Nos seus livros mos-trou-se o escritor bem dota-do, o homem que ama a vidae dela náo quer apartar-se.

A HISTÓRIA COMEÇAAOS 15 ANOS

Quem quiser saber eomofoi engendrado o delinqüenteChessman não perderá tem-po lencta um de seus livros.Como muitos outros crimlno-sos, Caryl foi fabricado pelomelo e isto êle explica naspáginas de sua autoblogra-fia: "Cela da Morte, 2455".Aos 15 anos é um jovem de-soiientado e recalcado (suamãe ficara inválida depois deum acidente de automóvel eseu pai por 2 vezes tentarao suicídio). A família passanecessidades e Caryl furtaalimentos para não recorreraos auxílios de organizaçõesde caridade. Na infância,doenças graves, como a ence-falite e a difteria, quase ovitimaram e comprometeramsua audição tornando-oamargurado e temperamental.O primeiro passo estava da-do, depois vém o reformato-rio, os tiroteios com a poli-cia, o assalto a mão arma-da, o roubo de automóveis e,finalmente, a prisão. Comtal ficha policial foi fácilapontá-lo como o bandidoculpado das tentativas deeftupro e dois outros crimes'fexnals. Diante de tais acusa-Ções o jurl, composto de 11mulheres e 1 homem, conde-nou-o a morrer na câmarade gás.

Caryl Chessman, porém,nega que tenha cometidotais crimes e para prová-lochegou a preparar sua pro-pria defesa cm todas as lns-táncias até a 8upretmCorte. Invoca a morte doescriváo que taqulgrafou asnotas do processo sem che-gar a traduzi-las, trabalhofeito após por outro. AÍlrmaque há «rroe na versão das

Decidiram entáo elucidar oenigma de qualquer forma.Partiram de um principio detécnica policial que moderna-mente está comprovado fa-lhar muita* vezes -A queminteressaria o crime?"

Só encontraram uma «aldapara essa pergunta; Ban-deira.

Todos os esforços íoramconcentrados por euu auto-ridades no sentido de colherelementos, embora circuns-tanciais, contra o Jovem ofi-ciai, procurando comprome-té-Io. Tudo que pudesse lncri-miná-lo era aceito pelo dele-gado e comissário e qualquerfato a êle favorável era des-prezado. Ao mesmo tempo,essas autoridades davam ex-pansão a um exibicionismoridículo, promovendo verda-deiros "shows" na delegaciade Copacabana, onde nfto fal-tavam artistas de rádio e deteatro, principalmente LuzDel Fuego, que todas as nol-tes ali comparecia & cata depublicidade.

Surgiram divergências en-tro os policiais da Técnica eos do Segundo Distrito. Osp r i m eiros empenhavam-se

notas processuais. Nesta ba-talha judiciária muito lhetêm valido os enormes co-nheciment06 juridlcos que atf-quiriu na prisão onde costu-ma ler as obras especializa-das.

O bandido de ontem é o es-critor de hoje. O revoadode 27 anos está agora oom. 38,lutando ardorosamente pelodireito de viver. No seu cubi-culo pouco arejado, na sinls-tra vizinhança da câmara damorte, Chessman Já cumpriuonze anos de prisfto, de lentaexpectativa, de agonia e lou-ca ansiedade.

UMA CAUSA GENEROSA

Foi através do conhecimen-to dos livros escritos por Ca-ryl Chessman que se veri-ficou o quanto tinha mudadoo "criminoso irrecuperável".Uma nova personalidade" sur-ge anulando e alterando fun-damente a questáo. Quem es-tá para morrer não é mais obandltii) e sim o escritor. O as-saltante espia há longos anosa prisão e em seu lugar surgeum homem novo para o quala vida tem nova dimensão .

Em defesa da vida déstehomem reformado, escritorde talento e sensibilidade, équc se movimentam juristas,Intelectuais, jornalistas em tô-das as partes do mundo. NoBrasil o ministro NelsonHungria protesta contra o as-sasfínio legal do escritorChessman. promovendo com oseu notório prestígio umacampanha de esclarecimentoem torno do caso. Na Améri-ca. na Europa e em outrospaíses sul-americanos outroshomens pedem clemência pa-ra este homem a que só co-nhecem à distância. Nestaquestáo estão de acordo ho-mens de tendências tão dife-rentes como sua Santidade oPapa Joáo XXIII e o lídercomunista Palmlro Togliattl.Aliás, Togliattl, respondendoa uma etiquete, exprime demaneira candente sua opiniãosobre o caso: "De um modogeral, sou contra a pena demorte. Ademais, consideroque manter uma condenaçãoà morte cuja execução foiadiada por anos e anos é ab-solutamente incompreensível,desumano e bárbaro".

Multo embora o governadorBrown mostre-se frio diantedos apelos, ainda na tempode salvar Caryl Chessman.Um novo pedido de revlsáoprocessual será feito à CorteSuperma enquanto se multi-pllcam os reclamos gerais decomutaçáo da pena. A rigidezdas autoridades da Califórniapoderá ser vencida pelo bom-senso da Corte Suprema,apoiada pelo apelo generosoque se ergue de todas as par-tes. O nome de San Quentinnão deve apagar a lembrançadas laranjas côr de ouro. Porque matar?

num trabalho de profundlda-de, descobrindo fatos ligadosao bancário, investigando aspessoas com êle relacionadas,enquanto que delegado e co-missario, o b s t i nadamente,náo admitiam a inocência deBandeira. Zssa, luta surdaculminou com a intervençãodo General Ciro Resende, en-tfto Chefe de Policia, queprestigiou as autoridades dis-trltals, determinando que osdetetives se afastassem do"caso", ficando as diligên-cias « demais Investigações acargo exclusivo da policia deCopacabana.

ORDENS

O Chefe de Policia deu or-dens expressas ao dr. Alber-to Tornaghl, diretor da Poli-cia Técnica, e a seus auxilia-res que entregassem ao dele-gado Hermes todo materialcolhido. Entre êsse materialhavia preeiosas Informaçõesque vinham sendo apuradas,um levantamento técnico dolocal, depoimentos de MiltonPedro Gomes, que se encon-trava no Interior de uma ca-mioneta, em companhia daprofessora Ana Mazur, quan-do o cltroen subiu a ladeira,já conduzindo o cadáver dobancário; declarações do ope-rário Otacílio Mendes, bemcomo as impressões digitaisdo filho do ex-prefeito CarlosVital, colhidas no auto deAfrânio, muito embora essasimpressões não fossem com-pletas. E outros importanteselementos. O detetive Motaprocedera a uma investigaçãometiculosa sobre o modo deviver do bancário, no qualse constatava que mantinhaêle ligações suspeitos com da-mas da alta sociedade. Gas-tava muito acima de seus re-cursos e — segunda suspeitadesse policial — era dado aextorquir dinheiro de Impor-tadores clandestinos, assimcomo conquistar moças paraobter dinheiro de parentes,sob. ameaça de escândalos.Todo êsse trabalho, que de-veria ainda tomar forma maisconcreta, dependendo natu-ralmente de uma pesquisamais rigorosa, foi ínterrom-pido por ordens do Chefe dePolicia, que, ou foi iludidopelo delegado acreditandoque a Polícia Técnica vinhatumultuando os trabalhos, ou.o quo é mais grave, obedeceuao desejo de servir a algumpoderoso.

O "dossier", entretanto,não foi juntado aos autos doinquérito, como seria razoa-vei que sucedesse. As autorl-dades do Segundo DistritoPolicial não receberam o ma-terlal do General Ciro, ou,por decisão própria, resolve-ram desprezar os elementos.O motivo é ignorado.

CONCLUSÃO

Mota, Oscar e Marquesfesto ó faleoldoi ficaramconvencidos de quo Afrâniofora assassinado por algum

(Conclui na 11» páfina)

CRIANÇAS DE CÜDAEncontro, entre velhos recortos de jornais, uma

fotografia de menino assassinado na Guatemala, Oitraços gráficos do crime estão quaso apagado?, mas alembrança continua viva e doondo. Razão por queme preocupo tanto, com as últimas noticias chegadasde Cuba Mas eu falava a respeiío de \xrn menina daGuatemala: o avião mandado pelos trustes norte-americanos, para protegor as plantações de banana,matou o menino que ia para a escola. Matou outrosmeninos, contaram dezenas Não vi o retrato de to-dos. Felizmente Seria guardar muitas lembrançaspungentes. E mesmo não poderia ressuscitá-los. Sóamá-los, por toda a vida, assim mesmo mortos, porcausa de umas miseráveis bananas, que os amerlea-nos bem podiam produzir de matéria plástica oucultivar nos Jardins de inverno de seus edifícios que,apesar de tão altos, não alcançam o céu...

As mães de Cuba repetem aquele mesmo gestode proteção que, inutilmente, as mães da Guatemalafizeram sobre a cabeça dos filhos. E sobre o destinodas mães e áas crianças, recordo uma frase de senti-do universal de um escritor brasileiro, Lima Barreto:«a solidariedade humana mais do que nenhuma ou-tra coisa, interessa o destino da humanidade». Epenso quanto a nossa solidariedade, a solidariedadedoe povos deite continente americano, poderá contri-buir para que as crianças cubanas não tenham omesmo destino das crianças que foram assassinadasna Guatemala.

Primeiro, são os boletins, depois as sanções eco-nõmicas, as calúnias, a utilização dos préstimos dostraidores. Depois, virão os aviões voando muito bal-xo, tão baixo que, entre as mãos dos que lançambombas e as cabeças das crianças, não caberá nenhumgesto de proteção das mães.

As crianças cubanas nasceram á beira dos cana*viais, e as mãos aue mal puderam alimentá-las, vesti-Ias, segurá-las, tém marcas profundas deixadas pelaifolhas de cana. E o sangue dessas mãos só tem servi-do para o adubo dos lucros que crescem, como crês.cem eu propriedades, as plantações. Mas houve Sier-ra Maestro. No entanto, as ameaças continuam, diá-rias, insistentes, sintomáticas, por parte de grupos in-teressados na economia da cana-de-açúcar. For lesoas crianças de Cuba precisam tanto de nós.,

ANA MONTENEGRO

Ou volia o monopólio estatal...tConclusão da R." págti

monto. Assim, enquanto ovolume dos créditos con-cedidos pelas agências doRio e de São Paulo crescia,respectivamente, do 62.Gpor cento e 50,3 por cento,de um exercício para o ou-tro, regiões grandes produ-toras de borracha eram be-noflciadas em muito menorescala. O Pará, por exom-pio, teve um aumento decréditos de apenas 27,5 porcento, Rondônia de apenas23,9 por cento, etc. •¦- - -

Se a Isto juntarmos os500 e tantos milhõos decruzeiros em títulos quenão vinham sendo pagosao Banco (atualmente, oBanco está vivendo, em boaparto, da cobrança dessesatrasados), teremos umconjunto de medidas cr-radas e do que se aprovei-taram os adversários domonopólio estatal pata ali-mentar a campanha dostrustes.

E' de supor que pelo me.nos alguns desses erros se.jam corrigidos, como uniacontribuição do Banco pa-ra restabelecer a políticanacionalista da borracha.

QUATRO SUGESTÕESNão interessa ao Brasil

o fechamento do Banco daAmazônia. Entretanto, pa.ia mantê-lo funcionando,são necessárias medidas,algumas das quais urgemles, por parte do Governofederal. Eilas:

li Impõe-se o restnhele-cimento do monopólio es-tatal das importações, fa.

cilitando, porém, o Bancodo Brasil, o pagamentodos ágios correspondentes,aceitando promissórias doBanco, resgatáveis quandodo pagamento pelas indús-trias, ao Banco da Amazà.nia, da borracha importa»da. Sem a facilidade dopagamento dos ágios, danada valeria a volta domonopólio. Por outro Ia»do, isto não constttuMÁqualquer precedente), polié precisamente asetiT QU <lo Banco -do Brasil age emrelação aos trustes impor-tadores do petróleo. Ea»_taria que concedesse aoBanco da Amazônia o mes-mo tratamento.

2) Respeito ao monopó.lio para as operações fl-nais de compra o vendapolo Banco da Amazônia,também em rclaçáo àborracha sintética a serproduzida pela Petrobrás,

3) Nacionalização doBanco, com a compra pc'0Governo brasileiro, das 60mil ações pertencentes aoGoverno norte americano,medida acauteladora atéda soberania nacional.

11 Ampliação da área deação dn Banco de Créditoda Amazônia, de tal sorte(pie êle pudesse atuar emiodo o território nacional,no que respeita á produçãoe n distribuição da borra-cha. estabelecendo o equi.líhrio de preços e a con-tinuidade do abastecimen.to, o que representa umagarantia para a pequenaindústria.

CARTA DO SER TÂ0Zé PRAXÉDI — o poeta vaqueiro

Mulungu dc Zé Hnraço,Já nos fins do mês <|tii tantoManezin dos Anastaço:Nossas nutiças li clamo,

Cá na fazenda vivemoComa viveu meu avô:CunVa inxada de três lihaPuxando cobra pra ribaDas perna qui Deus crio

Fejão puro todo dia,De cinncço a fim de mês.Se trabaia o dia intèroSem se sabe o qui fez.Pra dinoite se cumeO fejão puro outra vez.

O douto Mane HoraçoVei mora no Mulungu.Diz (Me qui Paula-fonsoVai miorá o Açu.Pelas palava do homeVem o pão pra quem tem tomoE rópa pra quem tá nu

Faz mais de corenta anoQui o coroné vem mintindo.O seu fí, naturalmente,Vai as pegadas siguindo,

Diz qui nós vai ingordáIVis vem chèi de vitartnina:Fejão da Merca do NurluE carne das Argentina,

Faz vregnitba. meu cumpadeO Brasi compra fejão.Carne, fejão e cachaça,Puilia manda digraçaPra toda e qtiarqtté nação,

({lll1 me

No diaF le ii."'RigaçãoDe modo geraO rico vai sr

islrailanouvipá tresporte,'nota

docetm Norte ,,

mais rico.d pobe vai te mais sorte

(Ia (-ii.ideToda genteVem mora pelas fazenda.Cria boi, prantá fejão.Nas mais Inmitas vivenda,F os nossos boiadèroMandando pnis istrangèroA carne das incumenda.

Nossa gente cá da roçaTem isperança de mais.Num fisqueças do ettmpadeiLuiz Trinchete Morais. v

K

envio dc tinta mis-_ã<_ comercial brasileiraa .Moscou, anunciado pc-lo Governo na semanapassada, representa semdúvida nin passo deeisi-vo para a completa nornializnçàu das relaçõesentre o Brasil e a UniãoSoviética. Os postos e osnomes das personnlida*des que integrarão amissão oficial ¦*— entreoutros, o .Ministro liar-bosa da Silva, o l-Jriga-deiro Henrique Eleiuss, oCel. Idálio Siirdenberg eo Sr. Ignácio Tosta Filho— atestam o grande sig-nificado dessa vitórianacionalista e popula!'.

A vitória é importan-te, mas eslá longe cn-tretanto 'lc eliminai- oproblema. Mesmo sc nãocolocamos em dúvida adi.sposic.ao dn Governobrasileiro de efetivamen*te estabelecer negocia*ções com o.- soviéticos, econclui-las pela assina-tura de uni acordo cu-mercial adequado aos in-toresses dos dois paises,muitas perguntas aindaficarão para ser respon-didas. As relações entreduis países — o sobretu*du, como e o caso. eniredois países de estruturaeconômica diversa —implicam numa série dcproblemas c o m plexos,qtie não são resolvidospela simples assinaturadc uni acordo comercial.

A série ile notas que01'a iniciamos visa a es*boçar, pelo menos emparte, tais problemas.Procuraremos situar oalcance real do passoagora ensaiado pelo (Io-vêrno, os interesses queinfluem para que essealcance seja alargado,mi contido, e a> possibili-dades concretas de tro-cas entre os dois paises.

PRIMEIROOBJETIVO:

ROMPER UMMONOPÓLIO

As agências lelegráfi-cas ianques distribuíramhá poucos dias, para tó-da a América Latina, de-clarações de certo modosurpreendentes, feita-pelo sr. Nelson Roeke-feller em Nova Iorque.A surpresa vem do fatodc que o >r. Rockefel-ler. quinze dias antes,fora visto por milhões delatino-americanos abra-çado ao Premiei* Krus-chiov, com um largo eamistoso sorriso aos lá-bios, numa fotografia jácélebre que a imprensapublicou; e clr que as•silas declarações con-trastavam de maneiraestranha com a fotogra-fia em questão. Lembra-vam os piores dias daguerra fria, afirmandoque lazer comércio coma URSS era fazer o jo-go dos comunistas , queum trator fabricado na

KSS cia inseparável d;.¦ ideologia vermelha» eque a terra suicida pm*cie estaria para sempre- contaminada pela dou-trina maldita: e outroschavões gastos 'io me*-nio lip".

Tudo .-;. explica, imentanto, quando se sa-Le que a raivosa niani-festaçãu do Governadorde Nova Iorque, e irmãocaçula da família Esso,coincidiu com a publica-cão pela im* rensa s\r dc*clarações do Governobrasileiro, anunciando oenvio i'a missão a l USS.A imprensa norte-ame-ricana simplesmente ig-noroit a fala do sr. l.o'-(.kefeljer, ela tinha en-derêço ci rio: tratava-se,\v tinia úllima tentativad,*. - pressão teleguiadasobre o Governo bra.-'leiro.

Com efeito, íntimo.-,do Catete afirmam quenaquele dia houve mui-to corre-corre no Pala-cio presidencial. 0 sr.J.ne.kefellf'!' .»•/ fio-nra de

«melhor . mais pode»1»-so amigo do Brasil» nos['.slados Unidos, para osi. kubitschek e algunsdos conselheiros presi-denciais, que tudo fazempara nim desagradá-lo.Mas uo caso. já náo erapossivel fazer parar aengrenagem; e a missãofoi nomeada, apesar dosr. Uòeke.eller.

Não é de modo algumestranho o pavor de-ministrado pelo si. Ncl--on liockefeller dianteda possibilidade de qtie aAmérica Latina e, emparticular, o Brasil res-

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awnopoKí.*baíc norte-ame-ricanas se vêem amea-çadas, com a perspecti-v» de relações enire oBrasil e a URSS. Asquatro grandes emprê-sas ianques que domi-nam a comercializaçãodo café, por exemplo —«American G o f f e e.*,«Standard B ra n d s>-,Anderson Cla.vlon, e

e " Leon Israel» — sofre-rão grandes prejuízoscom a entrada cie umnovo grande compradorno mercado cafeeiro.para o qual elas não po-dem servir de interme-

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labeleçani o iiicremen-tem suas relações cona União Soviética. A piá-tica lem mostrado que oprimeiro produto que oslatinos vão buscar naURSS é o petróleo; sejaem bruto, seja os meiosde produzi-lo. Isso resul-ta na quebra do absolu*lu monopólio que a em-presa do sr. liockefeller— a Standard Oil — e•utros dois egrandes«.« do•artei petrolífero inter-nacional detêm sóbre asimportações brasileirasde óleo e derivados. Noano passado, essas ini-portaçóes representaram1280 milhões de dólaresque somados aos lucrosoi a idos no transporte,desde os campos cie pro-rincão, e na distribuiçãodo produto no mercadointerno brasileiro, repre-sentam mais de uni quar-to do total da receita ob*lida com as exportaçõesbrasileiras,

CAFÉ

Gomo as do petróleo.vária- outras empresas

Relações Com d URSSl-»:*.;*.^'.''*^.**-.*-^^^ ,C.*.v*-..-*'-r. ¦ ¦-.. ¦¦*¦-,, y- : •-¦.,_____________£

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RENATO'ARENA

PETRÓLEO NA URSS — Observem estes números: 1947 — 26 milhões detonelada,- 1953 — 53 milhões de toneladas; 1955 — 73 ROO.000 t; 1968 - 1*3milhões de toneladas. Estas cifras indicam o ascenso vertical da produção dspetróleo na União Soviética. Antas, o mundo conhecia Bacu, na costa do MarNegro. Hoje, Bacu está ultrapassado pelo Azerbaidjão, nc costa do Mar Cá pio.As explorações, com sua floresta de torres, entram pelo mar, sabre o qual estãoconstruídas plataformas gigantescas, que comportam ruas inteira- de casas dosoperários da indústria petrolileia. No fim do atual plano econômico (1965) aUnião Soviética estará produzindo nada menos de 240 milhões de toneladas de«ouro negro». E novos campos são descobertos: agora a Torraria começa a com*petir com o próprio Azerbaidjão. O subsolo russo possui as maior», reservas depetróleo do mundo (já medidas). No ritmo atual, dentro em pouco será tam-bém o maior nrodutor do mundo. Quanto à sua técnica de exploração do óleo,basta dizer que um tipo de turbo-sonda soviética é adquirida por industriais nor-te amer canos. Quanto a refinarias, a tfRSS está se prontificando a fornecê-las atodos on oaises que queiram adquiri-las. É a nossa oportunidade: podemos com-prar á URSS (por café, cacau, ele), sem ga*tar dólares, o niais moderno equipa-

monto para a indústria petrolífera.

diárias; isso pudera re-sullar na perda <lo eom-pleto controle que estasempresas tem sobre opreço internacional (Iocale, . que lhes garanteenormes lucros extras.

Praticamente, não Itáum setor importante ciocomércio exterior brasi-leiro que nâo estejacontrolado por uma. ouvárias empresas mono-polis.as ianques. N'o ai-godâoestá a <¦ AndersonClayton»; no manganêsa «Bethlehem Steel»; eassim por diante. Umsimples exame da ba-lança comercial brasilei-ra mostra esse sistemade monopólio, de corpointeiro: em 11)57, 17,*_''de nossas exportações sedestinaram aos EstadosUnidos, e deste pais vie-iam !*>(i,8G de nossasiniporlaçóes; no ano pas-sado. com o agravamen-io da crise cambial, es-Ias porcentagens caíramum pouco (respectiva-mente, 12,9 G e 35,7G ).contrariando a sua ten-déncia para a alta nosiii timos anos (em 19**>7apenas» "**(.' < de nossas

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exf>ortações se destina-vam aos Estados Uni-dos), mas se mantive-ram na mesma ordem dtgrandesas.

No setor financeiro,essas porcentagens demonopólio são aindamais elevadas. 0 relatei-rio anual da SUMOC in-dica que, do total de em-prestámos e financia-mentos no exterior re-gistrados naquela Supe-rintendência, e não liqui-dados, 81G vieram f'osEstados Unidos OU fo-ram concedidos por ór-gãos e empvêsás contro-lados pelo capital finan-ceiro no ri e-americano(BIRD, FMI e Light)Tora dos Estados Uni-dos.

Deve-se considerar quenão é apenas a ânsia uemaiores lucros que levaas empresas ianques alutar pelo monopólio. Ocontrole das fontes deabastecimento de mate-rias primas para a in-dúslria norte-americanaé de grande importânciaestratégica, na luta pe-Io domínio militar domundo. Telas cifras doDepartamento do Co-mércio de Washington,referentes a lí>57. 25Gdas importações dos Es-tados Unidos eram su-pridos por empresas ian-quês controlando as fon-les de produção c otransporte. Em certossetores mais estratégi-cos, essa percentagematinge níveis de quaseabsoluto monopólio, co-mo é o caso do petróleo(i)õG)r do níquel(90..), do al-umínio(90.r), do cobre (85G)do papel (7õG), dochumbo (55G), do fer-ro (55G), etc.

TENDÊNCIAS

Eslão aí. já, algunsaspectos do problema. Adetenção, pelos EstadosUnidos, do título de úni-co grande mercado com-prador e único grandefornecedor de equipa-mentos e matérias-pri-mas industriais, deter-mina uma constantetendência para baixo nospreços de nosso produtosde exportação, a par deuma tendência igual-menie constante paracima nos preços dos pro-cintos que importamos ede um aumento da influ-éncia imperialista sobrea nossa organização na-cional. O contrôle daso|>erações industriais «comerciais de exporta-ção e importação porempresas ianques, asso-ciadas ou não a firmasbrasileiras, acentuaaquelas tendências, por-il ue dá aquelas empresa»uma posição política «econômica interna, emnosso país; a solidezdessa posição, por suavez. (' multiplicada pelomonopólio das operaçõesfinanceiras.

Facilmente se compre-ende, por isso. o porquêde manifestos comoaquele publicado na se-mana passada pela As-sociação Comercial, pro-Iestando contra a deci-são governamental decomerciar com os sovié-ticos (1().7G do totaldas empresas estrangei-ras no Brasil se dedi-cam ao comércio exte-rior). O imperialismonorte-americano nadalem a ganhar, p temmuito a perder com r»surgimento de um novogrande mercado para ocomércio exterior brasi-leiro, que escapa ao seucontrole. Quem, por ou-tro lado, está influindo.que escapa ao seu con-trôle. Quem, por outrolado, está influindo paraque esta oposição impe-rialista seja derrotada. *liara que sejam derru-badas as barreiras quenos separam do imensomercado socialista? Se-rá este o tema de not»*-»próxima nota*