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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA LUANA SILVA DE ARRUDA FATORES ASSOCIADOS À ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO EM IDOSOS EM SEGUIMENTO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA Barra do Garças - MT 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA

LUANA SILVA DE ARRUDA

FATORES ASSOCIADOS À ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO EM IDOSOS EM SEGUIMENTO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

Barra do Garças - MT

2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA

LUANA SILVA DE ARRUDA

FATORES ASSOCIADOS À ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO EM IDOSOS EM SEGUIMENTO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

Dissertação de Monografia apresentado a Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT como requisito obrigatório para Conclusão do curso de Farmácia.

Orientador: Prof. Dr. Marcílio Sampaio dos Santos.

Assinatura do Orientador: _______________________________________

Barra do Garças - MT

2019

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III

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais que estiveram sempre me apoiando e me

dando todo suporte com muito amor e carinho para conseguir chegar ao final da

minha graduação e também à minha avó que mesmo distante sempre se faz

presente em minha vida aconselhando e incentivando.

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IV

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por me dar discernimento e sabedoria para

conseguir enfrentar todas as dificuldades e finalizar a minha graduação e conseguir

terminar essa monografia.

Agradecer aos meus pais Everaldo Arruda e Rosely Inacio, que sempre me

motivaram e incentivaram a estudar e não desistir dos meus sonhos, me dando todo

o apoio que precisei pra chegar até aqui.

À minha avó Maria Inacio que sempre se faz presente em minha vida mesmo

de longe me dando os melhores conselhos e não permitindo desistir de nada, e

sempre me chamando de “A farmacêutica mais linda da vovó”!

As minhas amigas Laryssa Rodrigues, Rafaela Cristina, Natália Caroline,

Juliane Melo, Denise Dorneles, Leidiane Rezende, Thaísa Cirmardi que sempre

estiveram ao meu lado ajudando, chorando, dando força, curtindo e transformando

os momentos mais tristes em felizes.

Ao meu orientador Dr. Marcilio Sampaio que teve toda paciência e sabedoria

para me orientar e ajudar a escrever meu trabalho de conclusão de curso.

À banca examinadora Rejane Martins Vieira e Olegário Rosa de Toledo que

aceitaram participar da minha defesa e tirar um tempo para avaliar e sugestionar

sobre o meu trabalho.

Aos idosos que aceitaram participar da pesquisa contribuindo com todo o

resultado do meu trabalho.

E por fim a todos que diretamente e indiretamente contribuíram para a minha

formação.

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V

RESUMO

Objetivou-se identificar as principais dificuldades dos idosos em adotar um regime terapêutico. Estudo epidemiológico prospectivo transversal com 235 idosos com alguma DCNT nos meses de abril a setembro de 2017. Para a coleta de dados utilizou-se instrumentos com questões. A análise estatística foi realizada com o auxílio do pacote estatístico SPSS versão 23. A maioria dos idosos eram mulheres, aposentadas, sedentárias. Tomam regularmente os seus medicamentos, entendem e confiam nas orientações feitas pelos profissionais da saúde. Os principais motivos à não adesão ao tratamento medicamento foi o esquecimento, desânimo, alto custo, e déficits cognitivos. Os idosos relataram terem medo dos efeitos colaterais e quando da ocorrência paravam de tomar o medicamento. Fica o alerta às equipes de atenção primária em buscar estratégias e capacitações para atender melhor esses pacientes que necessitam de uma atenção especial.

Palavras-chave: Idoso, Adesão ao Tratamento, Atenção Primária.

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VI

ABSTRACT

The objective was to identify the main difficulties of the elderly in adopting a therapeutic regimen. A prospective cross-sectional epidemiological study with 235 elderly people with some NCDs from April to September 2017. Data collection was used with questions. Statistical analysis was performed using the statistical package SPSS version 23. The majority of the elderly were women, retired, sedentary. They take their medications regularly, understand and trust the advice given by health professionals. The main reasons for non-adherence to medication treatment were forgetfulness, discouragement, high cost, cognitive deficits. The elderly reported being afraid of the side effects, at this moment they stopped taking the drug. The alert is primary care teams should seek strategies and skills to better serve those patients who need special attention.

Key words: Elderly, Adherence to Treatment, Primary Care.

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VII

LISTA DE ABREVIAÇÕES

PNI – Política Nacional do Idoso

OMS – Organização Mundial da Saúde

APS – Atenção Primária à Saúde

HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica

DCNT – Doenças Crônicas Não Transmissíveis

SPSS – Statistical Package for the Social Sciences

PA – Pressão Arterial

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VIII

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Caracterização do perfil sociodemográfico (N = 235). ................................ 18

Tabela 2 Caracterização do perfil econômico dos idosos (N = 235). ........................ 19

Tabela 3 Caracterização da adesão ao tratamento dos idosos (N = 235). ................ 21

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IX

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 10

2. REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................................... 12

3. OBJETIVO ................................................................................................................................... 15

3.1. OBJETIVO GERAL ................................................................................................................ 15

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................................ 15

4. METODOLOGIA ......................................................................................................................... 16

4.1. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO ...................................................................... 17

4.2. ANÁLISES ESTATÍSTICAS .................................................................................................. 17

5. RESULTADOS ............................................................................................................................ 18

6. DISCUSSÃO ............................................................................................................................... 23

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................... 26

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 27

9. ANEXOS ...................................................................................................................................... 32

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10

1. INTRODUÇÃO

A Política Nacional do Idoso (BRASIL, 1994) Lei nº 8.842, de janeiro de 1994,

considera idoso aquele que tem idade igual ou maior de 60 anos de idade. “O

envelhecimento pode ser entendido como a diminuição progressiva da reserva

funcional dos indivíduos” (BRASIL, 2007).

Assim, com o envelhecimento, muitos idosos trazem consigo doenças crônicas

não transmissíveis que na maioria das vezes impedem suas atividades do dia-a-dia

e comprometem sua qualidade de vida necessitando de acompanhamento e

tratamento contínuo (BRASIL, 2006).

No entanto, no que tange aos idosos, a falta de adesão ao tratamento é um dos

principais obstáculos. A adesão é compreendida como a utilização dos

medicamentos prescritos ou outros procedimentos em pelo menos 80% de seu total,

observando horários, doses, tempo de tratamento (LEITE & VASCONCELLOS,

2003).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define adesão como: “o quanto o

comportamento de uma pessoa corresponde às recomendações acordadas com um

profissional de saúde” (WHO, 2003), estabelece-se um pacto uma colaboração

recíproca entre quem trata e quem é tratado (FLORES & MENGUE, 2005;

MACLAUGHLIN et al., 2005).

O sucesso da adesão ao tratamento tem relação direta com os direcionamentos

dado pelo profissional da saúde, pois influencia a conduta do paciente em relação ao

tratamento farmacológico (ARAÚJO & GARCIA, 2006).

Dentro deste contexto, é possível afirmar que existem barreiras que

comprometem a adesão ao tratamento medicamentoso em idosos. Fatores como a

medicação e seus efeitos colaterais, o problema econômico, os fatores físico-

orgânicos e as barreiras intencionais relacionadas ao fator cultural (MARQUES et

al., 2010). Por estes motivos é importante a verificação das razões da baixa adesão

pelos profissionais da saúde na atenção primária a estes pacientes (BARRETO et

al., 2015).

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11

Este fato, aumenta a importância da Atenção Primária à Saúde,

internacionalmente considera-se APS como uma técnica de organização da atenção

à saúde direcionada para responder de forma regionalizada, constante e

sistematizada à maior parte das obrigações de saúde de uma população,

englobando práticas preventivas e curativas, bem como a atenção a indivíduos e

comunidades (MATTA & MOROSINI, 2009).

Há dificuldades no seguimento terapêutico medicamentoso da parte dos

idosos. Procura-se compreender o porquê dessas dificuldades. Nisso reside o

problema da presente pesquisa. A adesão ao tratamento medicamentoso da parte

do idoso está associada a fatores culturais, baixa formação escolar, dificuldades no

acesso à informação.

Os idosos em seguimento de saúde na atenção primária têm dificuldades em

seguir o tratamento terapêutico medicamentoso. Esse fato traz consequências

preocupantes para o tratamento e controle. Essa falta de “controle” implica em

agravos para a condição clínica, justifica-se a presente investigação em buscar

compreender as razões que levam o idoso a não aderir ao tratamento.

Para a prática profissional os resultados da presente investigação

disponibilizarão dados e informações para os profissionais nas Unidades Básicas de

Saúde. Para os idosos (e cuidadores), população alvo da pesquisa foram realizadas

orientações, esclarecimentos e aferição de glicemia e pressão arterial. Para a

academia, Campus Universitário do Araguaia, Instituto de Ciências Biológicas e da

Saúde será uma importante fonte de consulta e pesquisa que ficará disponível na

Biblioteca do Campus.

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12

2. REVISÃO DE LITERATURA

A efetividade do tratamento farmacológico sofre influência da adesão ao

tratamento, definida como o grau de concordância entre a orientação recebida e a

conduta do paciente (ARAÚJO & GARCIA, 2006; WHO, 2003).

A dificuldade de adesão ao tratamento medicamentoso é recorrente nos

pacientes portadores de doenças crônicas não transmissíveis, como a HAS,

diabetes e outras mais (GUSMÃO et al., 2009; KROUSEL-WOOD et al., 2009;

BUSNELLO et al., 2001).

As barreiras ou dificuldades relacionadas à medicação interferem na adesão do

tratamento medicamentoso em idosos. Podem ser influenciadas por inúmeros

fatores como, por exemplo, a compreensão do paciente em relação à enfermidade

(PONTIERI & BACHION, 2010), dose e número de medicamentos utilizados

(SANTAHELENA et al., 2010), presença de efeitos adversos (FELIX & CEOLIM,

2012), o vínculo existente entre paciente e equipe de saúde (GIROTTO et al., 2013),

acesso aos serviços de saúde (LEITE & VASCONCELLOS, 2003).

O comportamento de enfrentamento da enfermidade é refletido na adesão ao

tratamento medicamentoso. Os tipos de enfermidade corroboram com esse

cumprimento de adesão ou não pelo paciente a respeito de como ele vê o seu

estado e a ausência de sintomas. Além disso, é importante alegar que a percepção

dos efeitos adversos ocasionado pela terapia é uma barreira para a adesão. (LEITE

& VASCONCELLOS, 2003).

Os efeitos adversos causam reações nocivas ao organismo de forma não

intencional causando confusões mentais, quedas, sintomas parkinsonianos entre

outros (OLIVEIRA & CORRADI, 2018), motivos estes que causam medo nos idosos

fazendo-os abandonar o tratamento.

Assim, o abandono do tratamento pelo idoso ocorre devido à falta de

conhecimento sobre sua doença, a ausência de percepção sobre a seriedade do

problema fazendo-os ficarem resistentes em seguir as orientações médicas (LIMA,

2014).

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Por outro lado a relação do médico com o paciente é um fator importante no

seguimento terapêutico, pois a qualidade da comunicação propicia uma adesão

terapêutica eficaz. A clareza das informações sobre os regimes complexos e

conhecimento sobre a doença garantem uma colaboração ativa por partes dos

idosos, cumprindo a terapia com sucesso evitando tomadas de decisões por conta

própria (KUROIWA, et al., 2018).

As dificuldades à terapêutica estão relacionadas também com o acesso aos

medicamentos. Estudos apontam que a maioria dos idosos são aposentados o que

implica na redução de seus recursos financeiros, dependendo de aquisição dos

medicamentos pelas farmácias populares. Quando não encontram os medicamentos

ficam sem os mesmos não tendo a adesão do tratamento devido não terem recursos

para comprarem tais medicamentos em farmácias privadas (MARQUES et al., 2010).

O acesso aos serviços de saúde, o tempo de espera e o tempo de atendimento

das consultas influenciam na adesão medicamentosa, (SILVA, 2014) evidencia-se

baixa frequência de pacientes na realização das consultas e exames e a não

participação em atividades de educação em saúde (SOUSA, 2014).

As justificativas dos idosos por essas faltas são as distâncias de suas casas até

as Unidades Básicas e os afazeres domésticos (BARBOSA, 2013). Os idosos

relatam ainda a dificuldade de se deslocar a essas unidades por causa de dores que

sentem, principalmente nas pernas (MARQUES et al., 2010).

Sob outra perspectiva, existem os fatores não intencionais à adesão terapêutica

relacionados com um processo passivo, onde idosos não tem muito controle e

acabam esquecendo-se de tomar seus medicamentos nos horários adequados,

fatores estes interligados com suas funções cognitivas (OLIBONI & CASTRO, 2018).

Essas funções cognitivas são modificações físicas e orgânicas, destacando as

dificuldades motoras, deficiências visuais (MARQUES et al., 2010) e distúrbios de

memória (SOUZA & YAMAGUCHI, 2015).

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Da mesma forma a depressão pode ser um fator cognitivo que atinge a

aderência farmacoterapêutica, os profissionais da saúde devem ficar atentos sobre

os sintomas e investigar possíveis causas de depressão para que possam ser

tratadas e desta forma não afetar a adesão medicamentosa (GAUTÉRIO-ABREU et

al., 2015).

As limitações funcionais modificam os aspectos físicos e cognitivos do idoso

(ARRUDA et al., 2015). Existem dificuldades enfrentadas no cotidiano. Cabe aos

familiares e/ou cuidadores a vigilância e o controle, desse modo, o idoso poderá se

sentir integrado as práticas familiares e, assim, colabora em manter o tratamento

correto.

O autocuidado está relacionado com a agregação de conhecimentos,

experiências e habilidades por meio da educação e auto treinamento ao longo da

vida. “A adesão ao tratamento é um dos componentes de autocuidado relacionado à

saúde” (ARRUDA et al., 2015). O acúmulo de saberes e práticas promove uma

seleção de atividades que são necessárias ao autocuidado (SILVA et al., 2016).

Existem dificuldades enfrentadas no cotidiano - (físicas, psicológicas, cognitivas,

dentre outras) - cabe aos familiares e/ou cuidadores a vigilância e o controle dessas

dificuldades, desse modo, o idoso sentir-se-á integrado às práticas familiares e, irá

colaborar com o tratamento correto. As limitações funcionais modificam os aspectos

físicos e cognitivos (ARRUDA, et al., 2015; CARVALHO & SENA, 2016).

Os fatores intencionais quanto à terapia medicamentosa é próprio ou relativo às

crenças. Têm o poder de influenciar taxa de adesão farmacoterapêutica, tendo

associação positiva quando comparado aos idosos descrentes com a terapia

(BORBA et al., 2018), alguns idosos desacreditam no tratamento e na medicação

devido aos costumes e crendices culturais construídos durante a vida. Acreditam

mais nos chás naturais que podem mascarar ou retardar os efeitos dos

medicamentos, tal fato pode ter relação com a não adesão terapêutica (MARQUES

et al., 2010).

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3. OBJETIVO

3.1. OBJETIVO GERAL

• Identificar as principais dificuldades dos idosos em adotar um

regime terapêutico.

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Caracterizar o perfil sociodemográfico e econômicos dos idosos;

• Identificar as barreiras relacionadas à medicação;

• Analisar as dificuldades de adesão aos tratamentos inerentes às

limitações do paciente;

• Estudar as barreiras intencionais relacionadas ao paciente.

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16

4. METODOLOGIA

Foi um estudo prospectivo, transversal de base populacional, exploratória, de

caráter quantitativo. O universo da pesquisa foi composto por pessoas idosas, com

alguma doença crônica não transmissível (DCNT), residentes na cidade de Barra do

Garças, estado de Mato Grosso, com idade igual ou superior a 60 anos de ambos os

sexos nos meses de abril a setembro de 2017. Segundo o censo do Tribunal

Regional Eleitoral 14 a cidade de Barra do Garças tem 5.452 pessoas idosas

(universo da pesquisa).

A amostra (N=235) foi constituída pelas pessoas idosas acompanhadas nas

quinze (15) Unidades de Saúde da Família na cidade de Barra do Garças tendo

diagnóstico médico para DCNT e suas comorbidades. A identificação dessas

pessoas deu-se através do prontuário das famílias cadastradas nas unidades de

saúde. Uma vez identificadas e de posse de seus endereços, foram visitados pelo

pesquisador e auxiliares, acompanhado pelo agente comunitário de saúde da área

descrita à unidade de saúde. A seleção para visita domiciliar deu-se de forma

aleatória (randomização) a fim de assegurar a representatividade da amostra (N),

desta forma foi garantida que cada elemento da população tivesse exatamente a

mesma probabilidade (p) de ser selecionado 15.

Foi realizado pelo menos uma visita domiciliar para que as pessoas idosas

pudessem responder a quatro questionários: (1) – Identificação do Idoso na Unidade

de Saúde da Família; (2) – Perfil social e demográfico; (3) - Caracterização do perfil

econômico; (4) – Instrumento de Adesão ao Tratamento.

Esses questionários foram testados em estudos prévios e apresentaram

propriedades psicométricas satisfatórias na investigação da adesão ao tratamento.

Os instrumentos utilizados para a coleta de dados não tiveram necessidade de

serem aplicados enquanto teste piloto porque já são validados pela comunidade

científica (SVARSTAD et al., 1999; WHO, 2003).

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17

Todas as pessoas idosas e familiares foram informadas sobre os objetivos da

pesquisa e confidencialidade dos dados, convidados a assinar o consentimento de

participação avaliado pela Comissão de Ética em Pesquisa. Aprovada pelo Comitê

de Ética da Universidade Federal de Mato Grosso, nº CAAE: 51585115.1.000.5587,

tendo o parecer de nº 1387492.

Consideraram-se os requisitos quanto à confidencialidade e sigilo das

informações, de acordo com as determinações da Resolução n.466/12 do Comitê de

Ética em Pesquisa-CEP.

Esta pesquisa é parte integrante de um projeto maior de investigação

denominado “Fatores de Risco Associado às Doenças Cardiovasculares e

Repercussão na Qualidade de Vida das pessoas Idosas” em andamento na

Faculdade de Medicina de Goiânia.

4.1. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO

Foram incluídos na presente investigação todos os pacientes em

acompanhamento nas unidades de saúde da família no período de fevereiro a junho

de 2017, tendo diagnóstico confirmado para doenças crônicas não transmissíveis

e/ou em uso continuado de fármacos.

Não foram elegíveis para o presente estudo todos aqueles (as) que não

manifestarem interesse em participar, aqueles (as) com dificuldades de

comunicação, e aqueles (as) que não preencheram o formulário de aplicação.

4.2. ANÁLISES ESTATÍSTICAS

Os dados foram analisados com o auxílio do pacote estatístico SPSS versão

23, adotando um nível de significância de 5% (p < 0,05). A caracterização do perfil

demográfico, econômico, social, e aspectos relacionados à saúde, adesão ao

tratamento, escala de avaliação da PA foram realizados por meio de frequência

absoluta (n) e relativa (%). Para as variáveis de natureza qualitativas usou-se a

estatística descritiva. Para as variáveis quantitativas calculou-se a mediana, média,

desvio padrão, mínimo e máximo. A normalidade dos dados foi verificada utilizando

o teste de Shapiro-Wilk.

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18

5. RESULTADOS

Tabela 1 Caracterização do perfil sociodemográfico (N = 235).

n %

Faixa etária

60 a 69 121 51,5

70 a 98 114 48,5

Sexo

Feminino 150 63,8

Masculino 85 36,2

Escolaridade

Alfabetizado 160 68,1

Ensino fundamental 40 17,0

Ensino médio 31 13,2

Ensino superior 4 1,7

Estado civil

Casado/Juntado 123 52,3

Divorciado 27 11,5

Solteiro 19 8,1

Viúvo 66 28,1

Composição Família

Agregados 7 3,0

Cônjuge 70 29,8

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Cônjuge/agregados 146 62,1

Mora só 12 5,1

Pratica atividade física

Não 135 57,4

Sim 100 42,6

Possui religião

Não 17 7,2

Sim 218 92,8

Participa de algum grupo

Não 88 37,4

Sim 147 62,6

Atividade de lazer

Não 38 16,2

Sim 197 83,8

O sexo feminino é predominante e tem baixa escolaridade, a faixa etária está

entre 60 a 69 anos, casadas/juntadas, religiosas, prevalece o sedentarismo,

participação de grupos da comunidade e de lazer.

Tabela 2 Caracterização do perfil econômico dos idosos (N = 235).

n %

Profissão

Agropecuária 5 2,1

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Não trabalha 182 77,4

Outros 4 1,7

Profissional do comércio 19 8,1

Serviços gerais 25 10,6

É aposentado

Não 43 18,3

Sim 192 81,7

Origem da renda

Aposentadoria 186 79,1

Aposentadoria do cônjuge 4 1,7

Pensão/ajuda de familiares 11 4,7

Trabalho 26 11,1

Não tem renda 8 3,4

Renda familiar

1 salário mínimo 125 53,2

De 1 a 2 salários 95 40,4

De 2 a 5 salários mínimos 15 6,4

A quem recorre ajuda

Agregados 165 70,2

Cônjuge 25 10,6

Cônjuge e agregados 32 13,6

Outros 13 5,5

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21

Com um rendimento médio de R$ 657,00 são a principal força econômica no

lar, praticamente toda a renda familiar provém da aposentadoria, contam ainda com

o amparo de filhos ou enteados.

Tabela 3 Caracterização da adesão ao tratamento dos idosos (N = 235).

Resposta n (%)

Não Sim

Entendimento do paciente 40 (17,0) 195 (83,0)

Conhece os medicamentos 96 (40,9) 139 (59,1)

Confia no médico 26 (11,1) 209 (88,9)

Acata a recomendação 29 (12,3) 206 (87,7)

Há contraindicações dos medicamentos 169 (71,9) 66 (28,1)

Segurança ao tomar o medicamento 164 (69,8) 71 (30,2)

Regularidade ao tomar os medicamentos 63 (26,8) 172 (73,2)

Acha o medicamento caro 116 (49,4) 119 (50,6)

Esquecimento 101 (43,0) 134 (57,0)

Estado de ânimo 156 (66,4) 79 (33,6)

Seguimento terapêutico 172 (73,2) 63 (26,8)

Dificuldades 147 (62,6) 88 (37,4)

Necessidade de ajuda 171 (72,8) 64 (27,2)

Medo de efeitos colaterais 149 (63,4) 86 (36,6)

Compartilha efeitos adversos com o médico 46 (19,6) 189 (80,4)

Parar de tomar o remédio 135 (57,4) 100 (42,6)

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22

O entendimento quanto à medicação dada pelos profissionais da saúde é

entendido por 83% dos idosos, muitos sabe de cabeça o nome dos medicamentos

que tomam (59,1%). Tomam regularmente a medicação, relatam pouca dificuldade e

não recorrem a terceiros para a tomada dos remédios. Constata-se confiança no

médico que os atende, no entanto sentem medo ou insegurança quanto à

medicação. Os principais motivos para a não adesão ao tratamento medicamentoso

eram o esquecimento, o desânimo e também o alto custo.

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6. DISCUSSÃO

O sexo feminino é predominante nos resultados corroborando com outros

estudos. As mulheres comumente dispõem de mais tempo e historicamente se

cuidam mais em relação aos homens (CARVALHO & SENA, 2016; SILVA et al.,

2016; BARRETO et al., 2015; MARQUES et al., 2010).

A idade que variou entre 60 a 69 anos é compatível com achados em outras

investigações (BORBA et al., 2018; ARRUDA et al., 2015; BARRETO et al., 2015;

GAUTÉRIO-ABREU et al., 2015). De fato, em todo mundo, há uma tendência quanto

ao aumento da expectativa de vida e, em consequência, observa-se maior

dependência dos idosos quanto aos cuidados básicos.

O estado civil de “casados” é compatível com a história de vida das pessoas

nessa faixa de idade entre 60 a 69 anos. Essa variável é importante dado à ajuda

mútua e ao cuidado recíproco entre idosos casados, isso assegura proteção e

vigilância (SOUSA et al., 2018; SERBIM et al., 2013).

O pouco estudo também é relativo a uma época em que o mais importante

era ajudar a família, produzir, ganhar dinheiro para manter-se em prejuízo da

formação escolar. Assim também foi na pesquisa de Araújo et al. (2018). A

repercussão disso quanto à adesão ao tratamento é que dificulta no entendimento

da patologia de base, os cuidados necessários, a tomada de medicamentos, dentre

outras providências que impactam na qualidade de vida (SILVA et al., 2018).

Quando questionados quanto à prática de atividades físicas 57,4% não a

praticam. Achados semelhantes foram expostos na investigação de BORBA et al.

(2018); ARRUDA et al. (2015); SOUZA & YAMAGUCHI, (2015). A inatividade física

voluntária ou sedentarismo é um fator de risco alterável-secundário passível de ser

modificado. Na mesma linha de fatores de risco modificáveis pode-se citar: o

estresse, o sobrepeso e mesmo o diabetes no que tange ao índice glicêmico dos

alimentos ingeridos. Já os inalteráveis são: sexo, raça, hereditariedade (KANNEL,

1991).

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24

Os idosos aposentados apesar da baixa renda variam entre um a três salários

que contribui no sustento da casa e deve também ser suficiente para a compra dos

necessários medicamentos para o tratamento da patologia de base (ARAÚJO et al.,

2018; BORBA et al., 2018; SILVA et al., 2016; SILVA, 2014; SERBIM et al., 2013;

MARQUES et al., 2010).

A maioria dos idosos referiram confiar e entender as orientações dos

profissionais da saúde quanto aos tratamentos prescritos. Deduz-se que são

aderentes ao tratamento. Pacientes com mais informações sobre suas doenças e

tratamento têm maior probabilidade de adesão. A relação do paciente com o médico

ou outro profissional da saúde consolida e enriquece a busca de informações e o

seu tratamento (KUROIWA et al., 2018; GAUTÉRIO-ABREU et al., 2016).

Constatou-se que as pessoas idosas quando questionadas quanto ao preço

dos remédios (normalmente comprados quando não têm acesso na unidade de

saúde ou na farmácia do município) os julgam caros, pois no perfil socioeconômico

os idosos tem uma renda baixa provinda de sua aposentadoria, fator este que pode

interferir diretamente na adesão ao tratamento medicamentoso.

O esquecimento configura-se como uma barreira de adesão não intencional.

Esse fato é agravado quando observa o lado emocional, o estado de ânimo, 79

idosos ou 33,6% da amostra afirmam que às vezes se sentem desanimados e

deprimidos.

Esses fatores estão ligados aos déficits cognitivos, alguns estudos relatam

que muitos idosos têm esses déficits e que refletem diretamente na adesão ao

tratamento farmacológico. Evidencia-se assim a necessidade de acompanhamento

por parte dos serviços de saúde, familiares e cuidadores (GAUTÉRIO-ABREU et al.,

2015; SERBIM et al., 2013).

Existem também as ditas intencionais. Nestas os idosos têm noção de que os

medicamentos são importantes no seu tratamento, mas sentem medo de efeitos

colaterais (36,6%) e por isso param de tomar o(s) remédio(s) (42,6%), por vezes o

remédio é demasiado caro para as condições de quem é idoso e aposentado e

ainda tem que ajudar na lida da casa com filhos e netos (50,6%).

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25

Sobre as barreiras relacionadas à medicação, os idosos tomam regularmente os

medicamentos prescritos (73,2%), caso apareçam efeitos colaterais 80,4% relataram

aos profissionais de saúde, mas é notório que se o medicamento desencadear tais

efeitos, 42,6% disseram que parariam com o seguimento terapêutico em

concordância com outro estudo que aponta a diminuição de adesão quando se tem

efeitos colaterais. A percepção dos idosos sobre esses efeitos colaterais é um

obstáculo para a adesão, apesar de que nessa pesquisa a maioria relatou que

continuam tomando tais medicações em uso (57,4%). Essa alta adesão

medicamentosa pode ser explicada pelo desejo de se sentir bem, ter uma qualidade

de vida e expectativas de cura de suas doenças ou diminuir os sintomas que

provocam (GAUTÉRIO-ABREU et al., 2016; GAUTÉRIO-ABREU et al., 2015;

MARQUES et al., 2010).

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26

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A hipótese do trabalho residia na possibilidade de as dificuldades na

adesão ao tratamento estivessem relacionadas a fatores culturais, baixa formação

escolar, dificuldades no acesso à informação. Identificamos barreiras amplamente

de natureza não intencionais e intencionais. Buscou-se associar as referidas

dificuldades com o perfil social, demográfico e econômico. O seguimento terapêutico

é consenso para 73,2%, no entanto é relevante salientar que 42,6% param de tomar

a medicação dado as situações relacionadas ao não entendimento das

complexidades terapêuticas, situações financeiras e culturais. A hipótese mostrou-se

verdadeira. Esse fato traz consequências preocupantes para o tratamento e

controle. Essa falta de “controle” implicou em agravos para a condição clínica.

Constatou-se o alcance dos objetivos da investigação posto que se aclarou as

principais dificuldades dos idosos em adotar um regime terapêutico ao identificar-se

as barreiras relacionadas à medicação. Chama-se a atenção dos profissionais da

saúde em buscar estratégias e capacitações para atender melhor esses pacientes

que necessitam de uma atenção especial. Espera-se, através deste estudo contribuir

com informações relevantes que possam instigar a pesquisa para solucionar ou

diminuir os fatores relacionados à adesão ao tratamento.

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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23, n. 3, p. 953-96, 2018.

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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de

Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa / Ministério da Saúde,

Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – Brasília:

Ministério da Saúde, 2006.

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action, Geneva: World Health Organization; 2003.

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9. ANEXOS

Anexo 1

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - CAMPUS DO ARAGUAIA

COMPROVANTE DE ENVIO DO PROJETO

Título da Pesquisa:

Fatores de Risco Associados às Doenças Cardiovasculares e Repercussão

na Qualidade de Vida em Idosos

Pesquisador: Marcílio Sampaio dos Santos

Instituição Proponente: Universidade Federal de Mato Grosso

Versão: 1 CAAE: 51585115.1.0000.5587

DADOS DO COMPROVANTE:

Número do Comprovante: 123936/2015

Patrocionador Principal: Financiamento Próprio

Endereço: Rod. MT100 Km 3,5-ICBS Bairro: Campus do Araguaia. CEP:

78.698-000

Telefone: (66)3402-1121. E-mail:

[email protected]

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Anexo 2

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA/CEP

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLAREDIDO

Prezado Senhor (a),

O Senhor(a) está sendo convidado a participar como voluntário(a) em uma pesquisa.

Meu nome é Marcílio Sampaio dos Santos. Sou o pesquisador responsável, e minha

área de atuação é Enfermagem. O estudo tem como título: “Fatores de Risco

Associados às Doenças Cardiovasculares e Repercussão na Qualidade de Vida em

Idosos”, tem por objetivo “avaliar as condições de saúde dos idosos na atenção

primária do ponto de vista cardiovascular e metabólico”. Será conduzido pelo

Departamento de Medicina Comunitária e Cardiologia da Universidade Federal de

Goiás –UFG.

Como já foi dito, sua participação é voluntária. Você não tem qualquer obrigação de

participar desta pesquisa. Sua participação no estudo não trará despesas para o

Senhor (a), assim como não receberá pagamento. O (a) Sr. (a) pode perfeitamente

se recusar a participar desse estudo, ou mesmo depois de ter concordado em

participar, desistir de continuar, sem que isso atrapalhe os seus direitos de ter

atendimento nas unidades de saúde.

As perguntas poderão trazer algum constrangimento para o Senhor (a) durante a

entrevista. O estudo não trará riscos à sua integridade física. A pesquisa poderá

trazer melhorias para a qualidade de vida do idoso, pois ajudará a aumentar os

conhecimentos na área de saúde do idoso e a melhorar o cuidado prestado através

do conhecimento dos fatores relacionados à continuidade do tratamento para a

criação de grupos educativos. Além disso, durante a entrevista o Senhor (a) poderá

fazer perguntas e esclarecer suas dúvidas sobre o tratamento. Solicitamos a sua

colaboração nesta investigação para que, no futuro possamos melhorar a

assistência das pessoas com mais de 60 anos. Se for do seu interesse poderá tomar

conhecimento dos resultados ao final da pesquisa. Em qualquer situação, será

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mantido sigilo absoluto quanto à sua identidade. O tempo estimado para duração da

pesquisa é de 30 minutos.

As informações deste estudo serão armazenadas em um banco de dados onde será

mantido total sigilo, o seu nome não aparecerá em nenhuma publicação e as

informações serão utilizadas apenas pelos pesquisadores, podendo ser utilizadas

em publicações para fins científicos.

Os pesquisadores que estão te abordando responderão qualquer dúvida que você

tenha sobre o assunto e que seja relacionada ao estudo.

Caso tenha algum problema ou dúvida favor entrar em contato com o Professor

Dr.Marcílio Sampaio dos Santos do Curso de Enfermagem da UFMT (66) 3405.5317

ou 7204 ou 7203 no período da manhã, Ramal: 0721 na Coordenação do Curso de

Enfermagem.

CONSENTIMENTO

Eu _________________________R.G nº ______________________

Abaixo assinado, li e compreendi este termo de consentimento e todas as minhas

dúvidas foram sanadas. Portanto, aceito participar voluntariamente desta pesquisa

sob a responsabilidade do Professor Dr. Marcílio Sampaio dos Santos. Fui

devidamente informado e esclarecido pelo pesquisador, sobre a pesquisa, os

procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis riscos e benefícios

decorrentes de minha participação. Foi me garantido que posso retirar meu

consentimento a qualquer momento, sem que isto leve á qualquer penalidade ou

interrupção de meu acompanhamento na instituição. Em caso de dúvidas, o(a) Sr.(a)

poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade

Federal de Mato Grosso-UFMT, Campus-II de Barra do Garças pelo telefone/Fax;

(66) 3401-5317.

Após a leitura do documento e esclarecida as dúvidas que julgo necessárias sobre o

estudo, declaro que concordo em participar voluntariamente do mesmo.

Barra do Garças, ____/___/2016.

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Anexo 3

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO Registro de nº

Pesquisador: ____________________________________________________________________ Nome do Idoso___________________________________________________________________ Idade registrada no prontuário ______ / ______ /19___ – ______ anos. (Idade atual) Endereço residencial. Rua. _________________________________________________________________________________________ Bairro: ___________________________________________________________________________________________________________ Complemento do endereço:_________________________________________________________________________________________ Tel. (residencial e/ou Cel.) ( ) ____________________________________________________________________________________

DIAGNÓSTICO (doença base): _______________________________________________________________________________________ Pressão Arterial: _________________________________________ Peso:__________________ Kg. Altura-1,____________centímetro. IMC=__________________________

Fatores de Risco e Doenças Associadas Antecedentes familiares cardiovasculares ( ); Hipertensão arterial ( ); Sedentarismo ( );

Sobrepeso/Obesidade ( ); Diabetes tipo 1 ( );. D. tipo 2 ( ); Tabagismo ( ); Etilismo ( ). Infarto agudo do miocárdio ( ); outras coronariopatias ( ); AVC ( ); Pé diabético ( );. Amputação

do pé diabético ( ); Doença renal ( ). Outras, descrever:___________________________________________________________________________________. Comorbidades (processos mórbidos diretamente associados à doença de base ou não):_________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________ QUEIXAS do paciente:_____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________ MEDICAMENTOS DE USO MAIS COMUM PRESSÃO ALTA/DIABETES: Hidrocloretizida 25 mg.( ); Propanolol 40 mg. ( ) Captopril 25 mg. ( ); Glibenclamida 5 mg. (diabetes) ( ); Metformina 850 mg (diabetes) ( ). OUTRAS MEDICAMENTOS: (nome do remédio, dosagem, vezes ao dia):_______________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________ EXAMES (Laboratoriais) SOLICITADOS (resultados): Glicemia: _______________mg/dl. HGT: __________________mg/dl.em jejun. Colesterol total (CT): ______________________ mg/dl. Triglicerídeos: Lipídios total= Outros exames:___________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________ Anotações do pesquisador:

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Anexo 4

INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO SOCIAL EM IDOSOS

Nome do entrevistador:____________________________________________

Nome-idoso: ____________________________________________________

Endereço:

Rua:__________________________________n°_________Bairro:______________

________Cidade:____________Telefone: ( )_____________________

Sexo: Masc ( ) Fem ( ) Idade: ___________________ __________________

Data de nascimento: ____/_____/______.Resposta correta ( ) incorreta ( )

Escolaridade: Analfabeto ( ) Alfabetizado ( ) Grau de instrução: ___________

Estado Civil: Solteiro (a) ( ) Casado(a)/juntado(a) ( ) Divorciado(a) ( )

Desquitado(a) ( ) Viúvo(a) ( )

Qual a composição de sua família (pode marcar mais de uma opção):

Esposo/ marido/ companheiro (a) ( ); Filhos(as)/ genros /noras ( );

Netos(as) ( ) Irmãos(ãs) / cunhados(as) ( )

Tios (as) ( ) Sobrinhos(as) ( )

Outra (descreva)_________________________________________________

Trabalha: Sim ( ) Não ( )

Se sim. Em que?

_______________________________________________________________

Se não trabalha: é aposentado? Sim ( ) Não ( )

Qual a atividade que exercia antes de parar de trabalhar? _________________

Qual a origem da sua renda: (permite mais de uma alternativa)

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Aposentadoria por idade / Funrural ( ) Aposentadoria por tempo de

serviço ( )

Aposentadoria por doença / invalidez ( ) Pensão ( )

Poupança ( ) Aluguéis ( )

Aplicação financeira ( ) Ajuda de familiares ( )

Não sabe ( )

Outra (descreva):____________________________________________

Renda mensal:

Até 1 salário mínimo ( ) De 1 a 2 salários ( ) De 2 a 3 salários ( )

De 3 a 4 salários ( ). De 4 a 5 salários ( ) + de 5 salários ( )

Você diria que sua saúde é?

Excelente ( ) Boa ( ) Regular ( ) Má ( ) Não sabe informar ( )

Porque classifica a sua saúde dessa

forma?__________________________________________________________

Possui alguma doença? Sim ( ) Não ( ) Se sim. Quais?

_______________________________________________________________

Sente dor em alguma parte do corpo? Sim ( ) Não ( )

Se sim. Onde?

_______________________________________________________________

Características da dor?

_______________________________________________________________

Faz uso de alguma prótese? Ocular ( ) Auditiva ( ) Ortopédica ( ) Outras ( )

Quais?__________________________________________________________

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Toma algum medicamento prescrito pelo médico? Sim ( ) Não ( ) Se sim. Quais e

para quê?

_______________________________________________________________

Faz uso de automedicação? Sim ( ) Não ( ) Se sim. Quais e para quê?

_______________________________________________________________

Quando você precisa de ajuda a quem procura?

Conjugue ( ) Filhos ( ) Netos ( ) Vizinhos ( ) Amigos ( ) Outros ( ) Quem?

_______________________________________________________________

Participa de grupos (religioso, na UBS, no clube etc)? Sim ( ) Não ( ) Se sim Quais?

_______________________________________________________________

Como você ocupa seu tempo? (lazer)

_______________________________________________________________

O Senhor(a) faz alguma atividade física?

( ) Sim ( ) Não

Se, SIM quais:

( ) Caminhadas ( ) Ginástica ( )

( ) Fisioterapia ( ) Hidroginástica

( ) Baile ( ) Outra. Descreva:

_______________________________________________________________

Como utiliza o seu tempo? (Permite até 3 alternativas, numerando por ordem de

importância)

( ) Não faz nada ( ) Realiza atividades domésticas

( ) Realiza trabalhos manuais (croché, tricô, desenho, pintura, bordado,

jardinagem e outros)

( ) Assiste TV ( ) Convesr com amigos

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( ) Jogos ( ) Ouve rádio/ música

( ) Leitura de livros, revistas, jornais ( ) Outras opções. Descrever:

_______________________________________________________________

Como você se sente atualmente em relação a: Própria a própria vida:________

_______________________________________________________________

Família:_________________________________________________________

Comunidade:_____________________________________________________

Serviços de saúde:________________________________________________

Possui alguma religião?

( ) Sim ( ) Não

Se a pergunta anterior for SIM: Qual a sua religião?

( ) Católica ( ) Evangélica

( ) Espírita ( ) Outra (descrever)

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Anexo 5

ESCALA DE AVALIAÇÃO ADESÃO AO TRATAMENTO

Item-1:

Compreendo perfeitamente o que meu médico ou enfermeiro ou as pessoas na

farmácia têm explicado até agora.

Sim ( ) Não ( )

Considerações:_______________________________________________________

___________________________________________________________________

__________________________________________________________________

Item-2:

Eu posso citar os nomes dos meus medicamentos e para que servem com

segurança

Sim ( ) Não ( )

Considerações:_______________________________________________________

__________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Item-3:

Eu confio no meu médico e concordo com o tratamento que ele passou.

Sim ( ) Não ( )

Considerações:_______________________________________________________

__________________________________________________________________

___________________________________________________________________

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Item-4:

Os remédios tão somente poderão ajudar-me se eu os tomar regularmente conforme

me foi recomendado.

Sim ( ) Não ( )

Considerações:_______________________________________________________

__________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Item-5:

Os remédios podem fazer mal. Você deve evitar toma-los quando não houver

necessidade.

Sim ( ) Não ( )

Considerações:_______________________________________________________

__________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Item-6:

Eu me sinto sadio. Por esse motivo eu, algumas vezes, me sinto inseguro se

realmente devo tomar os remédios todos os dias.

Sim ( ) Não ( )

Considerações:_______________________________________________________

__________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Item-7:

Eu tomo os meus remédios todos os dias automaticamente em horários fixos ou em

ocasiões fixas.

Sim ( ) Não ( )

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Considerações:_______________________________________________________

__________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Item-8:

Eu penso que pagar a metade (*) do preço do remédio é um grande peso para mim.

(*) O governo federal subsidia o preço para baratear o custo de aquisição ou

quando o plano de saúde paga a metade do preço dos remédios

(pagamento compartilhado).

Sim ( ) Não ( )

Considerações:_______________________________________________________

__________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Item-9:

Eu com frequência, todos os dias, esqueço as coisas.

Sim ( ) Não ( )

Considerações:_______________________________________________________

__________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Item-10

Geralmente não me sinto bem e, algumas às vezes me sinto desanimado e

deprimido.

Sim ( ) Não ( )

Considerações:_______________________________________________________

__________________________________________________________________

___________________________________________________________________

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Item-11

Eu frequentemente tenho problemas em tomar os meus medicamentos ou é difícil

para mim seguir a orientação que me são passadas.

Sim ( ) Não ( )

Considerações:_______________________________________________________

__________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Item-15-a

No caso de eu ter percebido ou no caso de que eu poderia perceber os efeitos

colaterais relacionados aos remédios que eu estou tomando: eu falei ou falaria com

o meu médico sobre os efeitos colaterais o mais rapidamente possível.

Sim ( ) Não ( )

Considerações:_______________________________________________________

__________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Item-15-b

No caso de eu ter percebido ou no caso de que eu poderia perceber os efeitos

colaterais relacionados aos remédios que eu estou tomando: Eu paro ou pararia de

tomar os remédios ou tomaria uma dose menor.

Sim ( ) Não ( )

Considerações:_______________________________________________________

__________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Fonte:

ABQ: Adherence Barriers Questionnaire – an instrument for identifying potential risk factors

associated with medication-related non-adherence.