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Comunicado Técnico 05 Luís Eduardo Magalhães-BA, Outubro de 2013 Organizadores: Mônica C. Martins Eng. Agr. Dr ª Gerente de pesquisa [email protected] Elisângela Kischel Eng. Agr. Coordenadora de campo [email protected] Fernando P. Fumagalli Eng. Agr. Coordenador de campo [email protected] Pedro Brugnera Eng. Agr. Diretor [email protected] O campo de validação da Círculo Verde Pesquisa, localizado na Fazenda Mimoso em Luís Eduardo Magalhães/BA, tem como objetivo validar novas tecnologias aplicadas em nossa região, dando suporte ao desenvolvimento de uma agricultura sustentável. Os resultados obtidos nos ensaios experimentais com soja, algodão, milho e feijão, entre outros, são reproduzidos nas condições reais de solo e clima da região Oeste da Bahia. Assim, estamos disponibilizando esses resultados no nosso 5º Comunicado Técnico, esperando que estas informações sejam úteis a todos os envolvidos no agronegócio. Desejamos a todos uma boa leitura e uma ótima safra! REALIZAÇÃO PATROCINADORES PATROCINADORES MASTER

Luís Eduardo Magalhães-BA, Outubro de 2013Informações dos locais de estudo de pupas de Helicoverpa armigera em áreas de algodão no Cerrado do Oeste da Bahia, julho/2013. 1WideStrike

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o05 Luís Eduardo Magalhães-BA, Outubro de 2013

Organizadores:

Mônica C. MartinsEng. Agr. Dr ª Gerente de [email protected]

Elisângela KischelEng. Agr. Coordenadora de [email protected]

Fernando P. FumagalliEng. Agr. Coordenador de [email protected]

Pedro BrugneraEng. Agr. [email protected]

O campo de validação da Círculo Verde Pesquisa, localizado na Fazenda Mimoso em Luís Eduardo Magalhães/BA, tem como objetivo validar novas tecnologias aplicadas em nossa região, dando suporte ao desenvolvimento de uma agricultura sustentável.Os resultados obtidos nos ensaios experimentais com soja, algodão, milho e feijão, entre outros, são reproduzidos nas condições reais de solo e clima da região Oeste da Bahia.Assim, estamos disponibilizando esses resultados no nosso 5º Comunicado Técnico, esperando que estas informações sejam úteis a todos os envolvidos no agronegócio. Desejamos a todos uma boa leitura e uma ótima safra!

REALIZAÇÃO

PATROCINADORES

PATROCINADORES MASTER

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5º Comunicado Técnico2

Estudo da fase pupal de Helicoverpa armigera (Lepidoptera; Noctuidae) em cultivares de algodão no Oeste da BahiaMônica C. Martins1; Marco A. Tamai2; Genivaldo B. dos

Santos1; Pedro Brugnera1; Severo Amoreli3; Luciano Biancini4

1Círculo Verde Assessoria Agronômica & Pesquisa; 2Universidade do Estado da Bahia, Campus IX; 3Fazenda São Francisco, Riachão das Neves-BA; 4Fazenda Marechal Rondon, Luís E. Magalhães-BA.

INTRODUÇÃOHelicoverpa armigera (Lepidoptera; Noctuidae) é uma

praga polifaga recém introduzida no Brasil e que ocasionou prejuízos expressivos às culturas da soja e algodão no cerra-do do Oeste da Bahia nas safras 2011/12 e 2012/13. As me-didas de controle estão sendo discutidas no âmbito do “Gru-po Técnico para o Manejo da Helicoverpa spp. no Oeste da Bahia”, através da ação voluntária de diversos profissionais do setor agrícola regional, e sob apoio das principais entida-des do agronegócio do Estado.

Conhecer aspectos da biologia de H. armigera em âmbito regional, assim como o de estabelecer parâmetros que per-mitam mensurar a contribuição das tecnologias para com-bate ao inseto é imprescindível para a fundamentação das medidas a serem recomendadas para uso nas lavouras do Oeste da Bahia. Neste contexto, o objetivo do trabalho foi de compreender aspectos relativos à fase pupal de H. armigera em áreas de algodão em sistema convencional de preparo do solo, como também de estimar a quantidade de H. armigera completando ciclo em cultivares (Bt e não Bt) submetidos a manejo químico intensivo para controle da praga durante a safra 2012/13.

MATERIAL E MÉTODOSA pesquisa foi conduzida em três localidades: Faz. São

Francisco (Riachão das Neves-BA), Faz. Marechal Rondon e Campo de Validação da Círculo Verde Assessoria Agronô-mica & Pesquisa (Luís Eduardo Magalhães-BA) no período de 05 a 19/julho/2013. As áreas de algodão foram implanta-das em sistema de preparo convencional do solo, com manejo químico de plantas daninhas, pragas e doenças baseadas em critérios próprios adotados em cada localidade.

As avaliações foram conduzidas em 10 pontos/cultivar nas Fazendas Marechal Rondon (2 talhões = 200ha/cultivar) e São Francisco (1 talhão = 50ha/cultivar) e 16/pontos/cultivar (100m²/cultivar) no Campo de Validação) (Tabela 1). Em cada ponto, a camada superficial do solo (1,0cm de profundidade) foi removida com enxada para visualização das galerias de pupação de H. armigera, e estas escavadas determinando-se: a) número de galerias/m²; b) número de pupas vivas, mortas e exuvias/m²; c) número de lagartas vivas e mortas/m²; d) pro-fundidade das pupas e lagartas (cm). Cada ponto amostral cor-respondeu à área compreendida entre duas linhas de cultivo (0,76 cm) por 1,32 m de extensão, totalizando 1,0 m²/ponto.

RESULTADOS E DISCUSSÃONas três localidades, houve diferença expressiva entre

cultivares para a quantidade de galerias de pupação produzi-

das por H. armigera no solo, principalmente na comparação entre cultivares com presença ou ausência de genes de Ba-cillus thuringiensis, também conhecidas com cultivares Bt. Na Faz. Marechal Rondon o número médio foi de 3,07 gale-rias/m² para FM 910 (não Bt), e de 0,47 galerias/m² para FM 975 WS (WideStrike® = Cry1Ac + Cry1F), correspondendo a seis vezes mais pupas no talhão FM 910 (não Bt) mesmo este com o dobro de aplicações inseticidas para controle de H. armigera no ciclo. Situação semelhante foi observada na Faz. São Francisco, cujos dois cultivares Bt, o DP 555 (Bollgard® I = Cry 1Ac) e o FM 975 WS, ambos com 0,40 galerias/m², apresentaram quantidade quatro vezes menor comparados ao Delta Opal (não Bt = 1,70 galerias/m2). No Campo de Validação os três cultivares Bt (DP 555 e NuO-pal = Bollgard® I; FM 975 WS = WideStrike®), como nas demais localidades, apresentaram menores quantidades de galerias (0,00 a 0,38 galerias/m²) comparados aos materiais desprovidos da tecnologia Bt (Delta Opal, FM 993, 944 GL, FM 951 LL e FM 982 GL) (Tabela 2).

A profundidade média de pupação de H. armigera foi de 3,1cm considerando as 78 pupas das Fazendas Marechal Ron-don e São Francisco, cujo sistema de cultivo foi de sequeiro; a profundidade mínima de pupação foi de 1,0cm e máxima de 6,0cm, cuja distribuição no perfil do solo foi de 25,6% das pupações (0,0 a 2,0cm de profundidade), 53,8% (2,1 a 4,0cm) e 20,5% (4,1 a 6,0cm). Já para a área do Campo de Valida-ção, com “irrigação de salvamento”, a profundidade média foi 5,2cm considerando as 59 pupas encontradas, mínimo de 2,5cm e máximo de 9,0cm, com distribuição de 47,5% das pupações (2,1 a 4,0cm profundidade), 22,0% (4,1 a 6,0cm), 23,7% (6,1 a 8,0cm) e 6,8% (8,1 a 9,0cm). Comparativamente, o Campo de Validação apresentou pupação localizadas 2,0cm mais profunda em média que nas demais localidades, além da ausência de sinais de pupação no extrato até 2,0cm e presença em profundidades superiores a 6,0cm. Quando se considera a média por cultivar separadamente, a pupação variou em pro-fundidade de 2,67cm (Faz. Marechal Rondon = FM 910) a 7,5cm (Campo de Validação = NuOpal) (Tabela 2).

O interior das galerias continha a presença de pupas vivas, mortas ou exuvias deixadas pelo surgimento dos adultos no interior das câmaras pupais, contudo nenhum adulto vivo ou morto foi encontrado. Considerando as cin-co áreas das Fazendas Marechal Rondon e São Francisco, cujas avaliações ocorreram nos dias 16 e 19/julho, e onde houve infestação elevada pela praga, em média 84,0% das galerias continha exuvias em seu interior, 15,0% pupas vi-vas e apenas 1,0% pupas mortas; e em nenhumas dos cul-tivares atingiu-se o valor de 1,0 pupa viva/m² (Tabela 2). A presença de pupas mortas foi muito reduzida em todos os cultivares ( 0,13 pupas mortas/m²) nestas áreas, ten-do como possível fator de mortalidade a dificuldade das lagarta em escavar e pupar em o solo com baixa umidade nos meses de junho e julho/2013. A presença de lagartas

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35º Comunicado Técnico

Tabela 1. Informações dos locais de estudo de pupas de Helicoverpa armigera em áreas de algodão noCerrado do Oeste da Bahia, julho/2013.

1WideStrike (Cry1Ac + Cry1F); 2Bollgard I (Cry 1Ac).

Tabela 2. Informações dos locais de estudo de pupas de Helicoverpa armigera em áreas de algodão no Cerrado do Oeste da Bahia, julho/2013.

1WideStrike (Cry1Ac + Cry1F); 2Bollgard I (Cry 1Ac).

Figuras 1 e 2. Remoção da camada superficial do solo com uso deenxada (esquerda), e visualização da parte superior das galerias de pupação de H. amigera (direita). Fonte: Singer et al. (2013)

Figuras 3 e 4. Pupa viva (esquerda) e exuvia pupal de H. amigera(direita). Fonte: Singer et al. (2013)

vivas sob o solo ou escavando as galerias ( 0,07 lagartas/m²) revela que a infestação pela praga estende-se até pró-ximo a colheita da cultura, exigindo, conseqüentemente, o monitoramento contínuo de suas populações para pre-venção de danos às estruturas frutíferas da planta.

No Campo de Validação em 05/julho, aproximada-mente 76% das galerias continham exuvias, 21% pupas vivas e 3% pupas mortas, proporções muito semelhantes a das Fazendas São Francisco e Marechal Rondon (Tabela 2). Também no Campo de Validação a quantidade de la-

gartas vivas no solo era muito reduzida ( 0,13 lagartas/m²) (Tabela 2).

Informações: Os resultados descritos neste trabalho fazem parte do programa de estudos de H. armigera no Oeste da Bahia, uma parceria entre Universidade do Esta-do da Bahia (Uneb, Campus IX); Círculo Verde Assesso-ria Agronômica & Pesquisa; Inovação Agrícola Pesquisa, Desenvolvimento Agrícola e Consultoria; Kasuya Con-sultoria Agronômica & Pesquisa e JCO Assessoria Agro-nômica e Pesquisa.

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Avaliação de cultivares de soja de ciclo de maturação precoce e médio na região Oeste da Bahia

Mônica C. Martins, Elisangela Kischel, Fernando P.Fumagalli, Pedro Brugnera

Círculo Verde Assessoria Agronômica & Pesquisa

INTRODUÇÃOA produtividade de uma cultura é definida pela interação

entre a planta, o ambiente de produção e o manejo. Altos rendimentos só são obtidos quando as condições ambientais são favoráveis em todos os estádios de crescimento da soja. Porém, para se obter altos rendimentos é necessário conhe-cer práticas culturais compatíveis com produção econômica, aplicadas para maximizar a taxa de acúmulo de matéria seca no grão. As principais práticas de manejo que devem ser consideradas são: semeadura na época recomendada para a região de produção; escolha dos cultivares mais adaptados a essa região; uso de espaçamentos e densidades adequados a esses cultivares; monitoramento e controle das plantas dani-nhas, pragas e doenças e redução ao mínimo das possíveis perdas de colheita (RITCHIE et al., 1994).

Ensaios de competição de cultivares podem fornecer in-formações que visam identificar cultivares disponíveis no mercado mais adaptados à uma determinada região, quan-to ao seu desempenho, fornecendo subsídios para a escolha adequada de cultivares, que são de fundamental importância na otimização do sistema produtivo desta cultura. Assim, o objetivo deste trabalho foi verificar o comportamento de 13 cultivares de soja resistentes ao glifosato, com diferentes ci-clos de maturação semeados no final do mês de outubro na região Oeste da Bahia.

MATERIAL E MÉTODOSForam conduzidos dois ensaios independentes na safra

2012/2013 em condições de campo na Fazenda Santa Cruz, localizada no município de Barreiras/BA. Em cada um dos ensaios adotou-se o delineamento experimental de blocos ao acaso, sendo os tratamentos compostos pelos genótipos de soja transgênica (RR), sete de ciclo de maturação precoce (ensaio 1) e seis de ciclo médio (ensaio 2), com três repeti-ções (Tabela 1).

As parcelas experimentais foram constituídas por doze linhas de 278 metros de comprimento, espaçadas em 0,50 m, considerando-se como área útil para a coleta dos dados as 10 linhas centrais, e como bordaduras, as duas linhas externas e 1,0 m das extremidades de cada linha.

A semeadura foi realizada com semeadora-adubadora em duas datas distintas, sendo no dia 21/10/2012 semeado os ge-nótipos de ciclo precoce (ensaio 1) e no dia 23/10/2012, os ge-nótipos de ciclo médio (ensaio 2). O tratamento de sementes com fungicida, inseticida e inoculante foi o mesmo adotado pela fazenda em áreas comerciais, assim como, a adubação e os demais tratos culturais para o controle das plantas dani-nhas, pragas e doenças.

Os parâmetros avaliados foram: a) acamamento: avaliação realizada antes da colheita utilizando-se a escala de notas de 1

à 5 elaborada por Sediyama et al. (1996) onde, a nota 1 = qua-se todas as plantas estão eretas (sem acamamento), nota 2 = plantas ligeiramente inclinadas ou algumas plantas acamadas, nota 3 = plantas moderadamente inclinadas ou 25 à 50% de plantas acamadas, nota 4 = plantas consideravelmente incli-nadas ou 50 à 80% de plantas acamadas e nota 5 = 100% de plantas acamadas; b) massa de 1000 sementes: determinada pela pesagem de oito amostras de 100 sementes por parcela, segundo as prescrições estabelecidas pelas Regras de Análise de Sementes (RAS) (BRASIL, 2009) e correção da umidade para 13%; c) produtividade de grãos: pesagem das sementes provenientes das amostras retiradas em cada parcela e trans-formação dos dados de kg parcela-1 para kg ha-1 e correção da umidade para 13%. Para essa determinação, em cada parcela foram retiradas aleatoriamente duas amostras de quatro linhas de 6,0 m de comprimento. As plantas foram colhidas manual-mente e trilhadas em trilhadeiras estacionárias.

Os dados obtidos para as variáveis estudadas foram sub-metidos à análise de variância (ANOVA) e ao teste de Scott-Knott a 5%, para comparação de médias, utilizando o pro-grama SASM-Agri (CANTERI et al., 2001).

RESULTADOS E DISCUSSÃOOs cultivares, tanto os de ciclo precoce como os de ci-

clo médio receberam nota variando de 1 a 2 na escala de Sediyama et al. (1996), ou seja, as plantas destes genótipos no momento da colheita estavam eretas ou algumas destas, estavam ligeiramente inclinadas, mostrando a adaptação dos genótipos nas condições do ensaio, ou seja, local, população de plantas utilizada (indicada para cada genótipo pela em-presa detentora deste), época em que foi realizada a semea-dura (outubro) entre outros como, adubação.

A massa de 1000 sementes variou em função do genóti-po avaliado e do seu ciclo de maturação, como apresentado na Figura 1. Os cultivares precoces apresentaram diferenças significativas na massa de sementes, sendo as mais pesadas obtidas nos cultivares P98Y11 e SYN 1279 e as mais leves no TMG 1179, enquanto que, os demais cultivares apresen-taram valores intermediários a estes. Os cultivares de ciclo médio apresentaram massa de 1000 sementes semelhantes entre si, com exceção dos cultivares SYN 1283 e FTS Gra-ciosa, que apresentaram as menores massas (Figura 1).

A massa de 1000 grãos é uma característica genetica-mente determinada, porém, é influenciada pelo ambiente (NAVARRO JÚNIOR; COSTA, 2002). Entre os fatores do ambiente, está incluída a disponibilidade de água, que afeta a massa dos grãos de soja, aumentando ou diminuindo em função da sua disponibilidade, principalmente durante o en-chimento de grãos, onde o estresse hídrico provoca sua redu-ção (THOMAS; COSTA, 1994). Outro fator importante no peso de grãos é o tempo necessário para o seu enchimento. Devido a encurtamentos desse período há uma redução no peso dos grãos e aceleração da senescência das folhas. Tal encurtamento de tempo pode ocorrer em regiões de baixa

5º Comunicado Técnico

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Tabela 1. Cultivares de soja (Tratamentos) e respectivos ciclos de maturação em dias. Fazenda SantaCruz, safra 2012/13

Figura 1. Valores médios da massa de 1000 sementes nos cultivaresde ciclo precoce (ensaio 1) e médio (ensaio 2). Fazenda San-ta Cruz, safra 2012/2013. (Cores iguais em cada gráfico não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de signifi-cância. CV% precoce= 3,21. CV% médio= 3,63)

Figura 2. Valores médios da produtividade de grãos nos diferentescultivares de soja (ciclo precoce – ensaio 1 e médio – ensaio 2). Fazenda Santa Cruz, safra 2012/13. (Cores iguais em cada gráfico não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de significância. CV% precoce= 7,55. CV% médio= 8,26).

latitude devido às respostas da soja ao fotoperíodo. Assim, haverá um menor desenvolvimento vegetativo e distribuição de assimilados, resultando em grãos menores e mais leves (THOMAS; COSTA, 1994; MAEHLER et al., 2003).

Assim como em toda a região Oeste da Bahia, na fazenda onde foi instalado o ensaio, foram registrados veranicos no início do estabelecimento da cultura (estádio vegetativo) e no momento do enchimento de grãos (estádio reprodutivo), o que resultou em produtividades abaixo da estimada. Se-gundo a Aiba (2013) a produtividade média esperada na re-gião era de 52,0 sacos ha-1, no entanto, foram obtidos apenas 37,6 sacos ha-1, em função de diversos fatores, entre estes, os veranicos e a ocorrência de pragas, entre estas a Helicoverpa spp e a mosca branca (Bemisia tabaci).

Houve diferenças estatísticas para a produtividade de

grãos nos diferentes cultivares estudados nos dois ciclos de maturação, como apresentado na Figura 2. Os genótipos mais produtivos foram TMG 1179, TMG 1188, SYN 1279 (todos de ciclo de maturação precoce), SYN 1283 e FTS Graciosa (ambos de ciclo de maturação médio). Apesar das condições climáticas não favoráveis em alguns momentos fenológicos da cultura, todos os cultivares testados apresentaram produ-tividade de grãos acima da média da região.

CONCLUSÃONas condições em que foram conduzidos os ensaios, to-

dos os genótipos produziram acima da média da região, com destaque para TMG 1179, TMG 1188, SYN 1279, com ciclo de maturação precoce e SYN 1285 e FTS Graciosa, ambos com ciclo médio.

5º Comunicado Técnico

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INTRODUÇÃOA soja é uma cultura de grande importância para a econo-

mia brasileira, visto que o Brasil é o segundo maior produtor mundial do grão. Na safra 2011/12, este cultivo ocupou uma área de aproximadamente 25 milhões de hectares, totalizan-do uma produção de 66,4 milhões de toneladas de grãos. As doenças causadas por fungos, bactérias, nematóides e vírus, limitam a produtividade máxima da cultura e causam perdas anuais de 15 a 20% até quase 100% da produção. A principal doença que atinge a cultura da soja é a Ferrugem Asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Foi identificada pela primeira vez no Brasil na safra de 2000/2001. Os sinto-mas da doença podem surgir em qualquer momento do ciclo de desenvolvimento da cultura, porém tem se apresentado de modo mais frequente nas plantas próximas ou em plena floração. O custo de controle da Ferrugem Asiática no Bra-sil, desde as primeiras epidemias até a safra de 2007/08, foi calculado em aproximadamente US$ 10,1 bilhões, incluindo as perdas em produção, arrecadação e o custo com o controle dessa doença. Assim, o presente trabalho teve como obje-tivo avaliar a eficiência de fungicidas de diferentes grupos químicos no controle de Phakopsora pachyrhizi na cultura da soja.

MATERIAL E MÉTODOSO trabalho foi realizado na mini farm da BASF em Pri-

mavera do Leste (MT) com as seguintes coordenadas: 15° 51’ 50” S e 54° 39’ 60” W e altitude de 580 metros em rela-ção ao nível médio do mar. A cultivar utilizada neste ensaio foi TMG 132 RR, conforme aspectos agronômicos indica-dos pelo obtentor da cultura esta material não é resistente a doença em questão. O ensaio foi semeado na safra 2012/13 no mês de outubro, após serem tratadas quimicamente uti-lizando o volume de calda de 600 ml de água para 100 kg de sementes. O tratamento foi realizado com o auxilio de uma maquina própria para realizar tratamentos de semen-tes. Com uma plantadeira Semeato SHP Plantio Direto com quatro linhas e espaçamento 0,45 metros a área foi plantada com adubo de base (04-14-14) 150 kg/ha e forma semea-das 15 sementes por metro linear. Os tratos culturais reali-zados na cultura foram àqueles recomendados para cultivo comercial (inseticidas e micronutrientes). Os tratamentos estão descritos na Tabela 1. As aplicações foram realizadas através de um equipamento costal pressurizado com CO², ligados a uma barra com 6 pontas com 3 metros espaçados 50 cm, compostos por um conjuntos de bicos do tipo leque TEEJET®, equipamento regulado com pressão de 15 bar,

Eficiência do Fungicida Xemium® no controle da FerrugemAsiática cauxada por Phakopsora pachyrhizi em soja

Castro, Roberto1; Ikeda, Mario2

1Pesquisador, Desenvolvimento de Produtos, BASF2Gerente, Desenvolvimento de Produtos, BASF

volume de calda de 150 L/ha. Foram realizadas 5 aplicações conforme a descrição a seguir:

O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com 7 tratamentos e 4 repetições. As parcelas elementares foram definidas para 8 linhas de 5 metros, sendo as duas centrais utilizadas para as avaliações, e duas laterais utilizadas como Testemunha auxiliar. O alvo do experimento, o fungo Phakop-sora pachyrhizi, estabeleceu-se de maneira natural na cultura. Os parâmetros avaliados foram realizadas com o auxilio da escala diagramática de GODOY et al. 2003, avaliando sempre as parcelas antes de cada aplicação e após a terceira aplicação foram avaliados aos 10, 20 e 30 dias após a ultima aplica-ção, desfolha e produtividade em kg por hectare. As avalia-ções consideraram todas as folhas das plantas da área útil da parcela sendo visualmente mensuradas as notas de severidade da doença baseadas na porcentagem foliar atacada pelo pa-tógeno. Após o término do ciclo da cultura, a colheita deu-se na área útil da parcela experimental, onde as plantas foram cortadas manualmente e trilhadas mecanicamente em um ba-tedor de cereais estacionário. O volume de grãos foi pesado e ajustado à umidade de 13% para obter o rendimento final de grãos. Os dados foram analisados e transformados com o pro-grama ARM (BASF). Para o teste de comparação de médias foi utilizado o Teste de Student-Newman-Keuls (NEWMAN, 1939) a 5% de significância.

RESULTADOS E DISCUSSÃOApesar do volume de precipitações no inicio do ciclo da

cultura ter se apresentado abaixo da média histórica regional, o patógeno Phakopsora pachyrhizi obteve sucesso no seu es-tabelecimento. Assim, promoveu a ocorrência da doença de maneira homogênea na área experimental e em nível suficien-te para discriminar os tratamentos quanto à sua eficácia de controle. Desta forma, foi possível justificar o nível de dano observado no tratamento Testemunha e nos demais tratamen-tos com sintomas da doença. A partir da terceira avaliação ob-servava-se diferença visual entre as parcelas da Testemunha e os demais tratamentos. Os resultados obtidos estão expressos na Tabela 2.

Os resultados mostraram que os fungicidas testados, já registrados para a cultura da soja, pertencentes aos grupos es-trobilurinas e triazóis, em misturas, são eficientes no controle de P. pachyrhizi. A presença de mais de um grupo com efici-ência comprovada é importante no que diz respeito ao manejo de resistência de fungos a fungicidas. Fungicidas com modo

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TABELA 1. Descrição dos tratamentos utilizados nos diferentes sistemas de controle da Ferrugem Asiática da soja. Mini farm BASF. Primavera do Leste/MT. Safra 2012/13.

TABELA 2. Análise de variância dos tratamentos do ensaio de eficiência defungicidas para o controle de Ferrugem Asiática Phakopsora pachyrhizi na cultura da soja. Mini farm BASF. Primavera do Leste (MT). Safra 2012/13.

*Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si (P=.05, Student-Newman-Keuls) ** Sigla para representar dias após o tratamento.

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de ação específico possuem um maior risco de seleção de populações resistentes do patógeno, devendo-se, dessa forma, alternar produtos com diferentes modos de ação ou utilizar misturas prontas dos dois grupos.

Considerando a evolução da doença todos os fungici-das obtiveram resultados satisfatórios em relação a contro-le de Ferrugem Asiática.

Os valores observados para a variável desfolha no tratamento 4: tratamento de sementes (A) com Standak Top (F-500® + fipronil + tiofanato metilico) 50 g i.a./ha, aplicação B: BAS 703 02F (Xemium® + F-500®)) 150 g i.a./ha + Assist 383 g i.a./ha, aplicação C: BAS 702 00F (Xemium® + F-500®) + epoxiconazole) 145 g i.a./ha + As-sist 383 g i.a./ha, aplicação D e E: Opera Ultra (F-500® + metconazole) 105 g i.a./ha + Assist 383 g i.a./ha e o tratamento 6: tratamento de sementes (A) com Standak Top (F-500® + fipronil + tiofanato metilico) 50 g i.a./ha, aplicação B: Opera (F-500®) + epoxiconazole) 91,5 g i.a./ha + Assist 383 g i.a./ha, aplicação C e D: BAS 703 03F (Xemium® + F-500®) 150 g i.a./ha + Assist 383 g i.a./ha e aplicação E: Opera Ultra (F-500® + metconazole) 105 g i.a./ha + Assist 383 g i.a./ha diferiram estatisticamente dos valores observados nas demais parcelas e do tratamento Testemunha. Isto demonstra a influência da proteção dos novos ingredientes ativos (Xemium®) sobre a manutenção dos tecidos sadios da cultura.

O rendimento de grãos variou de acordo com os trata-mentos fungicidas, sendo que alguns dos tratamentos dife-riram estatisticamente da Testemunha. Observou-se maior produtividade, em valores absolutos, no tratamento 4: trata-mento de sementes (A) com Standak Top (F-500® + fipronil + tiofanato metilico) 50 g i.a./ha, aplicação B: BAS 703 02F (Xemium® + F-500®) 150 g i.a./ha + Assist 383 g i.a./ha, aplicação C: BAS 702 00F (Xemium® + F-500® + epoxico-nazole) 145 g i.a./ha + Assist 383 g i.a./ha e aplicação DE: Opera Ultra (F-500® + metconazole) 105 g i.a./ha + Assist 383 g i.a./ha (E) e no tratamento 6: tratamento de sementes (A) com Standak Top (F-500® + fipronil + tiofanato metili-co) 50 g i.a./ha, aplicação B: Opera (F-500® + epoxiconazo-le) 91,5 g i.a./ha + Assist 383 g i.a./ha, aplicação CD: BAS 703 02F (Xemium® + F-500®) 150 g i.a./ha + Assist 383 g i.a./ha e aplicação E: Opera Ultra (F-500® + metconazole) 105 g i.a./ha + Assist 383 g i.a./ha. Durante o período de condução do ensaio não foram observadas reações de fito-toxicidade da cultura aos tratamentos, evidenciando a sele-tividade destes defensivos às plantas de soja.

CONCLUSÃO Todos os sistemas de controle testados neste experi-

mento foram eficientes no controle da Ferrugem Asiática da soja;

Os tratamentos 4 e 6, com 2 aplicações sequenciais do novo fungicida Xemium®, apresentaram os maiores per-centuais de controle, protegendo o potencial produtivo da cultura e proporcionando um efeito direto no rendimento de grãos;

Os diferentes sistemas de controle testados não causa-ram sintomas de fitotoxicidade na cultura.

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Eficiência do inseticida Pirate (Clorfenapyr) no controle de Helicoverpa armigera na cultura da soja (Glycine max, L. Merrill)

Ecco, Marlon1; Ikeda, Mario2

1Pesquisador, Desenvolvimento de Produtos, BASF2Gerente, Desenvolvimento de Produtos, BASF

INTRODUÇÃOA soja, (Glycine max, L. Merrill), espécie originaria da Ásia,

foi introduzida no Brasil no ano de 1882, onde iniciaram-se as pesquisas para desenvolvimento e adaptação dos cultivares. Atu-almente a área ocupada pela cultura (safra 2012/13) foi estimada em 27,65 milhões de hectares, com aumento de 10,4% em relação a área plantada da safra 2011/12. A produção poderia ser ainda maior se não houvesse a presença de alguns fatores que limitam a produtividade no cultivo da soja. Na última safra, a ocorrência de uma espécie de lepidóptero identificada como Helicoverpa armigera, ocasionou danos severos nas lavouras, principalmente em regiões de Cerrado. Suas características biológicas como po-lifagia, alta fecundidade, mobilidade e migração das mariposas, favorecem a sobrevivência e disseminação das lagartas que lhes permitem resistir às adversidades dos ambientes e as alterações climáticas. Na última safra estimou-se perdas de R$ 2 bilhões, entre danos diretos e aumento no uso de produtos no controle da H. armigera, atingindo principalmente cotonicultores e so-jicultores. Na busca de alternativas eficientes para manejos de pragas na cultura da soja, foi realizado um experimento ao nível de campo na safra 2012/13, com o objetivo de avaliar a eficiên-cia do inseticida Pirate no controle de H. armigera na cultura da soja (Glycine max, L. Merrill).

MATERIAL E MÉTODOSO experimento foi conduzido nos meses de janeiro e março

de 2013 no local denominado Mini Farm BASF em Rio Verde (GO), localizada na área experimental da Xecape Rural. Para condução de experimento utilizou-se a cultivar M-Soy 7908 RR, semeada com semeadora de linhas, com espaçamento de 0,5 m entre linhas, e com densidade de 15 sementes por metro linear. O delineamento experimental utilizado foi blocos casualizados com 6 tratamentos e 4 repetições e cada unidade experimental foi composta por 3 m de largura por 10 m de comprimento, tota-lizando 30 m² . Os tratamentos e doses utilizadas no experimento estão descritos na Tabela 1. Estabeleceu-se como critério para o inicio das aplicações a presença da praga de maneira uniforme no ensaio, para isso foram realizadas avaliações de monitoramento. A partir da uniformização da incidência da praga iniciaram-se as aplicações, foram realizadas três aplicações com intervalo de 05 dias entre as mesmas. Os tratamentos foram aplicados nos dias 18/01/2013, 23/01/2013 e 28/01/2013 respectivamente. As aplicações foram realizadas com a utilização de um pulveriza-dor costal pressurizado CO², com barra linear composta com 06 bicos, com ponta de pulverização do tipo jato leque modelo XR 110 02, espaçados 50 cm entre si, e com pressão constante de 3 bar. O volume de calda aplicado foi de 200L/ha. No momento das aplicações, foram observadas as condições favoráveis para aplicação de defensivos.

Para amostragens de lagartas nas unidades experimentais, utilizou-se o método do pano-vertical, conforme Guedes et al.

(2006), constituído de um pano branco de 1,0 metro de compri-mento por 1,30 metros de largura, colocando o pano enrolado no espaço entre as fileiras da soja, tomando cuidado de não pertur-bar os insetos. Posteriormente, abriu-se o pano sobre uma fileira e agitaram-se vigorosamente as plantas da fileira adjacente sobre o pano, ainda realizou-se uma vistoria nas plantas para coleta das lagartas, que eventualmente não caíram no pano de batida. Então, foi realizada a contagem total das lagartas.

As avaliações foram efetuadas previamente, no momento de cada aplicação, 03 dias após cada aplicação e aos 07 e 14 dias após a última aplicação dos defensivos e no final do ciclo realizou-se a avaliação de rendimento da cultura.

No experimento foram avaliados parâmetros de eficiência do inseticida no controle de Helicoverpa armigera, fitotoxicida-de dos produtos nas plantas, porcentagem de vagens atacadas, bem como a determinação do rendimento de grãos, através da colheita de 8 m2 de área útil das parcelas. A ocorrência da praga ocorreu de forma natural e uniforme no experimento.

Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo teste F e comparação de média pelo teste de Tukey (P ≤ 0,05). A eficiência relativa dos inseticidas foi calculada através da fórmula proposta por Abbott (1925).

RESULTADOS E DISCUSSÃOA incidência da praga ocorreu, de maneira uniforme e com

pressão que permitiu diferenciar estatisticamente os tratamentos, quando comparados entre si e em relação a Testemunha. Na Ta-bela 2 pode-se observar o número médio de lagartas das qua-tro repetições por tratamento, a porcentagem de eficiência dos tratamentos e os resultados da análise estatística. Na avaliação, realizada no momento da primeira aplicação (A00) não houve diferença significativa no número médio de lagartas por metro linear, indicando a infestação ocorreu de maneira uniforme nas unidades experimentais. No momento da segunda aplicação (B00), cinco dias após a primeira, observou-se um aumento no número médio de Helicoverpa armigera na parcela Testemunha e uma redução nas parcelas tratadas com inseticidas, mostrando diferença significativa na comparação dos tratamentos. Nesta avaliação os tratamentos 5 e 6 (Pirate nas doses de 240 e 288 g i.a./ha) foram os melhores tratamentos, não diferindo entre si no número médio de lagartas com valores 1,25 e 0,5 lagartas por pano de batida e na porcentagem de eficiência, com 91,18 e 96,71 % de controle respectivamente; O tratamento 7 (Lannate 215 g i.a./ha) foi significativamente superior a Testemunha e ao Tratamento 2 (Pirate 144 g i.a./ha). No momento da terceira apli-cação (C00), a população de lagartas nas parcelas da Testemunha diminuiu de 15,5 na aplicação A00 para 12 lagartas por pano de batida no momento da terceira aplicação (C00). Os tratamentos 2 (Pirate 144 g i.a./ha) e o tratamento 6 (Lannate 215 g i.a./ha) com 7 e 5,5 lagartas por pano de batida e eficiência de 64.4 e 72.7% respectivamente, diferenciaram-se em relação a Testemu-nha, mas não apresentaram diferenças entre si. Os tratamentos 3, 4 e 5 (Pirate 192, 240 e 288 g i.a./ha) com valores de 1.5, 1.0 e 1.0 lagartas por pano de batida e eficiência de 90.5, 100 e 100 % respectivamente, diferiram significativamente da Testemunha e dos tratamentos 2 e 6 (Pirate 144 g i.a./ha e Lannate 215 g i.a./ha), mas não apresentaram diferença significativa entre si. Na

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Tabela 1. Tratamentos aplicados na cultura da Soja (Cultivar, M-Soy 7908 RR) para o controle do Helicoverpa armigera, Rio Verde (GO), 2013.

Tabela 2. Número médio de lagartas de Helicoverpa armigera por pano de batida vertical e eficiência relativa dos inseticidas aplicados em cultura de soja. Rio Verde (GO). 2013.

Tabela 3. Porcentagem média de vagens atacadas pela lagartaHelicoverpa armigera, porcentagem de eficiência em re-lação a Testemunha e produtividade de soja (kg/ha). Rio Verde, GO. 2013.

avaliação realizada 03 dias após a aplicação C (C0³), houve no-vamente um aumento no número médio de H. armigera de 12 para 15.5 lagartas por pano de batida na Testemunha. Os tra-tamentos 2 (Pirate 144 g i.a./ha) e o tratamento 6 (Lannate 215 g i.a./ha) com 5 e 3,75 lagartas por pano de batida e eficiência de 66.8 e 72.4% respectivamente, diferenciaram-se em relação a Testemunha, mas não apresentaram diferença entre si. Embora os tratamentos 4 e 5 tenham zerado a população de lagartas, não diferiram estatisticamente do tratamento 3. Aos 07 dias após a aplicação C (C07) a presença de lagartas na Testemunha perma-neceu estável, mas houve uma diminuição na porcentagem de controle no tratamento 2 (Pirate, 144 g i.a./ha) e no tratamen-to 6 (Lannate, 215 g i.a./ha), para valores de 50,34 e 61,06 % respectivamente. Os tratamentos (Pirate, 192 , 240 e 288 g i.a./ha) mantiveram os níveis de controle de 88,6; 96,79 e 96,75 % respectivamente. Aos 14 dias após a aplicação C (C14), houve diferença significativa dos tratamentos, em comparação com a Testemunha. Com relação a comparação direta dos tratamentos, pode-se observar uma diminuição significativa na porcentagem de controle e um aumento no número médio de lagartas no trata-mento 2 (Pirate, 144 g i.a./ha) e no tratamento 6 (Lannate, 215 g i.a./ha) evidenciando uma perda de efeito residual dos produtos testados no controle de lagarta. Os tratamentos 4 e 5 (Pirate 240 e 288 g i.a./ha), mantiveram os níveis de controle nos valores de 80,21 e 78,52 % com diferença estatística em relação aos demais tratamentos do experimento.

No momento da aplicação C (C00) e 14 dias após (C14) foram realizadas novas avaliações, demonstradas na Tabela 3, onde é possível observar a porcentagem média de vagens ata-cadas pela H. armigera nos tratamentos utilizados e a porcen-tagem de eficiência em relação a Testemunha. Os tratamentos apresentaram diferença significativa em relação a Testemunha na avaliação C00 e C14. O tratamento 2, (Pirate, 144 g i.a./ha) e o tratamento 6 (Lannate BR, 215 g i.a./ha), não apresentaram diferenças estatísticas entre si, mas foram estatisticamente supe-riores a Testemunha. Porém quando comparados aos tratamentos 3, 4 e 5 (Pirate 192, 240 e 288 g i.a./ha) foram estatisticamente inferiores nas duas épocas de avaliação C00 e C14. Os tratamen-tos 3, 4 e 5 apresentaram valores médios de porcentagem de va-gens atacadas de 1,5; 1,0 e 1,0% em C00 e 5,25; 1,5 e 1,5% em C14, e valores de eficiência de 86,41; 91,41 e 91.41% aos C00 e 76,3; 93,4 e 93,08% aos C14 respectivamente, não diferindo estatisticamente entre si nas duas épocas avaliadas.

Na avaliação do rendimento de grãos os tratamentos 4 e 5 (Pirate 240 e 288 g i.a./ha), com produção média de 2.398,61 e 2364,72 kg/ha foram estatisticamente semelhantes, e superiores aos demais tratamentos. O tratamento 3 (Pirate, 192 g i.a./ha), produziu 2.229,38 kg/ha, sendo estatísticamente superior a Tes-temunha e aos tratamentos 2 e 6 (Pirate 144 g i.a./ha e Lannate BR 215 g i.a./ha) com produções de 1.964,74 e 2.089,99 kg/ha respectivamente.

CONCLUSÕESO inseticida Pirate foi eficiente para o controle de Helico-

verpa armigera na cultura da soja nas doses de 192, 240 e 288 g i.a./ha, apresentando menor número médio de lagartas por pano de batida e maior porcentagem de eficiência não diferenciando estatisticamente entre si. Todos os inseticidas e doses testadas foram seletivos para cultura.

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Benefícios da tecnologia WS na cultura do algodãoAndré Singer1, Ivan Cardoso2, Tiago Toriyama3, Valmor

dos Santos4

INTRODUÇÃOO manejo de pragas é um fator limitante para o cultivo

do algodão, seja em pequena ou larga escala, pois muitas vezes chega a representar 30% do custo total de produção, em consequência das inúmeras pulverizações exigidas para o controle de insetos e ácaros (Richetti et al., 2004). Desta forma, o controle de pragas do algodoeiro acaba sendo um fator condicionante da rentabilidade desta cultura. Entre os principais avanços para o controle de pragas do algodoeiro no Brasil, podemos citar a disponibilidade das variedades de algodão geneticamente modificadas com genes da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt). A expressão desta proteína do Bt em plantas de algodão confere à planta resistência a lagartas que atacam as maçãs como a Heliothis virescens (Fabr.), bem como à lagarta desfolhadora Alabama argillacea (Hübner), sendo todas consideradas pragas chave da cultura (Almeida et al., 2008). O objetivo do presente trabalho foi avaliar os benefícios da tecnologia WS (WideStrike®) no controle do complexo de lagartas na cultura do algodoeiro.

MATERIAL E MÉTODOSO trabalho foi realizado na Fazenda São Miguel de pro-

priedade do Sr. Alan Juliani localizada na sub região de Roda Velha no município de São Desidério, tendo como coordena-das geográficas 12° 50’ 14.5”S e 45° 57’ 50.6”W e altitude média de 833 metros.

As variedades de algodão utilizada foram FM 993 e FM 975 WS semeada manualmente no dia 15/12/2012, distribuin-do 10 sementes por metro linear com espaçamento lateral de 0,76m.

As parcelas foram constituídas de 3 metros de largura por 5 metros de comprimento cada, sendo que foi considerado como área útil para avaliação as duas linhas centrais com 3 metros de comprimento. A adubação foi realizada a lanço antes do plantio do algodão, utilizando 250Kg/ha de KCl, 400Kg/ha de super simples e duas adubações de cobertura de 200Kg/ha de ureia.

O delineamento experimental adotado foi em blocos casu-alizados (DBC) com quatro repetições e cinco tratamentos de acordo com a tabela abaixo:As aplicações foram realizadas com pulverizador costal de pressão constante (CO²), barra equipada com 6 bicos tipo cônicos 110º, espaçados de 50 cm, operando numa pressão constante de 30 lb. pol.-2 e vazão de 200 L/ha-1 de calda. Todas as adubações e pulverizações de fungicidas foram as mesmas para todos os tratamentos.

As avaliações foram realizadas: aos 3, 7 e 10 dias após a aplicação dos tratamentos. Em cada avaliação foram vis-toriadas dez plantas/parcela, contando as lagartas pequenas (menores que 1,5 cm) e médias e grandes (maiores que 1,5

1Pesquisador Inovação Agrícola, 2Consultor Inovação Agrícola, 3Pesquisador Inovação Agrícola, 4Consultor

Inovação Agrícola

cm) identificando-as de acordo com as espécies.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Pseudoplusia includensNa Tabela 02 podemos observar os níveis de Pseudoplu-

sia includens nos tratamentos com a variedade FM 975 WS permaneceram baixos quando comparados a Testemunha FM 993 e ao tratamento T2 que recebeu três aplicações de Belt a 125 ml/ha. Tanto o tratamento T3 com a variedade FM 975 WS que foi pulverizado sempre que o tratamento T2 com a variedade FM 993 recebeu inseticida como os tra-tamentos T5 que recebeu apenas uma pulverização de Belt e o tratamento T4 (Testemunha absoluta) apresentaram ótimo controle das lagartas Pseudoplusia includens, demostrando que a tecnologia WideStrike possui boa ação de controle so-bre esta praga.

Alabama argillaceaA Tabela 03 mostra os níveis de infestação de Abalama

argillacea durante o período de avaliação do ensaio. Pode-mos observar que os níveis dos tratamento com a variedade FM 993 T1 (Testemunha FM 993) e o tratamento T2 (FM 993 com 3 aplicações de Belt) permaneceram superiores aos tratamentos com a variedade FM 975 WS, onde mesmo no tratamento T4 (FM 975WS – Testemunha absoluta) que não recebeu nenhuma pulverização com inseticida o nível de in-festação foi zero.

Lagarta-das maçãsNas avaliações observamos que cerca de 30% das lagar-

ta-das-maçãs eram compostas por Heliothis virescens e 70% Helicoverpa spp.

Podemos observar a diferença na densidadade populacio-nal de lagarta-das-maçãs nos tratamentos T2 (FM 993 com três pulverizações de Belt) e o tratamento T3 (FM 975 WS com três pulverizações de Belt), onde o T3 obteve em média 71,42% e 96,87% a menos de lagartas menores do que 1,5 cm e maiores 1,5 cm respectivamente quando comparado com o T2.

CONSIDERAÇÕES FINAISDiante das condições, doses e variedades testadas ob-

servamos que a variedade FM 975 WS apresentou ótimo controle para Pseudoplusia includens e Alabama argillacea mesmo no tratamento T4 (Testemunha absoluta) que não re-cebeu nenhuma pulverização de Belt.

Para as lagartas-das-maçãs observamos que os tratamen-tos com a variedade FM 975 WS apresentaram apenas uma supressão em relação aos tratamentos com a variedade FM 993. Quando comparamos a eficiência de controle do Belt versus as variedades podemos observar a diferença no nível populacional de lagarta-das-maças no tratamento T2 (FM 993) e no tratamento T3 (FM 975 WS), onde o T3 apresen-tou niveis mais baixos desta praga. No entanto a tecnologia WideStrike pode ser mais uma ferramenta auxiliar no con-trole de lagarta-das-maçãs.

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Tabela 01. Tratamentos Ensaio Benefícios da Tecnologia WS. SãoDesidério 12-13.

Data das pulverizações: 1ª Aplicação – 07/02/2013 – T2 e T3.2ª Aplicação – 18/02/2013 – T2 e T33ª Aplicação – 05/03/2013 – T2, T3 e T5

Tabela 02. Número médio de Pseudoplusia includens por planta. São Desidério - BA 2012-2013.

Gráfico 01. Número médio de Pseudoplusia includens menores que 1,5cm.

Gráfico 02. Número médio de Pseudoplusia includens maiores que 1,5 cm.

Tabela 04. Número médio de Heliothis virescens + Heliothis spp. por planta.São Desidério - BA 2012/13.

Gráfico 05. Número médio de lagarta-das-maçãs menor que 1,5 cm.

Gráfico 06. Número médio de lagarta-das-maçãs maior que 1,5 cm.

Tabela 03. Número médio de Alabama argillacea por planta. SãoDesidério BA 2012-2013.

Gráfico 03. Número médio de Alabama argillacea menor que 1,5 cm.

Gráfico 04. Número médio de Alabama argillacea maior que 1,5 cm.

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Ação de DPX-E2Y45 625 FS (Clorantraniliprole) em tratamento de sementes no controle de Elasmopalpus lignosellus na

cultura da sojaGilvane Luis Jakoby1, Jurema Fonseca Rattes2, Alvemar

Ferreira3, Ronaldo Damião Aparecido de Freitas4,Weider Ribeiro Mello Filho4

A germinação uniforme e o estabelecimento vigoro-so de plântulas são uns dos processos mais importantes de manejo na cultura da soja para obter altos rendimen-tos de grãos. No entanto, as pragas iniciais constituem-se em fator limitante nos processos produtivos. Entre as principais pragas iniciais da cultura da soja (de super-fície) destaca-se a lagarta elasmo Elasmopalpus ligno-sellus Zeller (Lepidoptera: Pyralidae) (HOFFMANN-CAMPO et al., 2000).

A lagarta elasmo broqueia a região do colo da planta, interrompendo o transporte de seiva entre a parte aérea e a raiz, podendo provocar a morte da planta que ocorre após dois ou três dias, reduzindo o número de plantas por unidade de área. Durante os períodos mais quentes do dia os sintomas são facilmente visíveis em função da murcha das plantas. Quando o ataque ocorre em plantas mais desenvolvidas (V5-V6) pode desenvolver no local um tecido que provoca o engrossamento do caule no ponto atacado, influenciando no transporte de seiva, o que provoca atraso no desenvolvimento e murcha nos períodos mais quentes do dia. Durante a fase larval a lagarta elasmo pode atacar em torno de três plantas de soja (DEGRANDE & VIVAN, 2009; TOMQUELSKI & LEAL, 2010). Com este trabalho objetivou-se avaliar o efeito do inseticida Clorantraniliprole (DPX-E2Y45 625 FS) em tratamento de sementes no controle da la-garta elasmo (E. lignosellus) na cultura da soja.

O ensaio foi conduzido na safra 2012/2013, na área experimental da Universidade de Rio Verde (Fazenda Fontes do Saber), situada no município de Rio Verde – GO, com as seguintes coordenadas geográficas: S 17º 46’497” e W 050º 58’060”, com 806 metros de altitude. As sementes utilizadas no ensaio, descritos na tabela 1, foram tratadas pela empresa Incotec, em Holambra/SP. Todos os tratamentos contem 200 mL/100 Kg de sementes de Derosal Plus, exceto tratamento Standak Top, e polímero disco L232, na dose de 2,5 mL/kg de sementes.

O delineamento utilizado foi de blocos ao acaso, com quatro repetições. O ensaio foi instalado sobre uma área com cultivo de soja que apresentava uma alta infestação da lagarta Elasmo (E. lignosellus), tanto na fase larval quanto na fase adulta, com média de seis

plantas por metro com sintomas de ataque da lagarta. Após retirar as plantas de soja foi realizada a semea-dura do experimento, no dia 11 de novembro de 2012. Utilizou-se a variedade de soja 98Y11, com população de 300.000 sementes por hectare.

Os parâmetros avaliados foram número de plantas com sintomas de ataque da lagarta e estande. Os resul-tados obtidos foram transformados para √x+0,5, quan-do necessário, e posteriormente submetidos à análise de variância (ANOVA). As médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. A eficiência de controle foi calculada pela fórmula de ABBOT (1925).

Na soma das avaliações (total acumulado) em rela-ção ao número de plantas com dano da lagarta Elasmo, houve diferenças significativas entre os tratamentos. Os tratamentos realizados com DPX – E2Y45 625 FS (Clorantraniliprole) foram os que apresentaram maior proteção ás plântulas, com os menores números acu-mulados de plantas com dano. No entanto, o tratamento DPX – E2Y45 625 FS BLUE (100 mL. 100 Kg semen-tes) obteve uma maior eficácia de controle (87%), em relação ao tratamento DPX – E2Y45 625 FS (71%). Os inseticidas Standak Top (200 mL. 100 Kg sementes), Cruiser (200 mL. 100 Kg sementes) e CropStar (700 mL. 100 Kg sementes) proporcionaram uma baixa efi-cácia de controle, inferior a 50% (Tabela 2).

Os maiores números médios de plantas por metro foram obtidos nos tratamentos realizados com DPX – E2Y45 625 FS e DPX – E2Y45 625 FS BLUE (Clo-rantraniliprole). A partir dos dados apresentados, pode concluir que os tratamentos DPX – E2Y45 625 FS (100 mL. 100 Kg sementes) e DPX – E2Y45 625 FS BLUE (100 mL. 100 Kg sementes) proporcionaram maior proteção as plantas contra o ataque da lagarta Elasmo (E. lignosellus), proporcionando maior manutenção de estande.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASDEGRANDE, P., E.; VIVAN, L., M. Pragas da soja. Tecnologia e Produção: Soja e Milho 2008/2009.HOFFMANN-CAMPO, C. B.; CATELLAN, A. J.; NE-POMUCENO, A. L. et al. Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado. Londrina: Embrapa Soja, 70 p., 2000. (Circular Técnica/Embrapa Soja, n.30).TOMQUESLDKI, G. V., LEAL, A. F. Golpe baixo. Re-vista Cultivar Grandes Culturas. Nº. 131, abril/2010.

TABELA 1. Produtos e doses utilizadas em tratamento de sementes visando o controle da lagarta Elasmo (E.lignosellus) na cultura da soja. Rio Verde – GO, safra 2012/13.

TABELA 2. Número médio de plantas com danos da lagarta Elasmo por metro e eficácia de controle dosinseticidas em tratamento de sementes sobre Elasmopalpus Lignosellus na cultura da soja. Rio Verde – GO, safra 2012/13.

1 Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de significância. 2Analise realizada nos dados transformados para √x+0,5

TABELA 3. Número médio de plantas de soja por metro aos sete, 14 e 28 dias após a emergência. RioVerde – GO, safra 2012/13.

1 Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de significância.

1Rattes Consultoria e pesquisa agronômica, 2Professora da UNIRV, 3Dupont, 4Graduando da UNIRV

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Ação de DPX-E2Y45 625 FS (Clorantraniliprole) em tratamento de sementes no controle de Elasmopalpus lignosellus na

cultura da sojaGilvane Luis Jakoby1, Jurema Fonseca Rattes2, Alvemar

Ferreira3, Ronaldo Damião Aparecido de Freitas4,Weider Ribeiro Mello Filho4

A germinação uniforme e o estabelecimento vigoro-so de plântulas são uns dos processos mais importantes de manejo na cultura da soja para obter altos rendimen-tos de grãos. No entanto, as pragas iniciais constituem-se em fator limitante nos processos produtivos. Entre as principais pragas iniciais da cultura da soja (de super-fície) destaca-se a lagarta elasmo Elasmopalpus ligno-sellus Zeller (Lepidoptera: Pyralidae) (HOFFMANN-CAMPO et al., 2000).

A lagarta elasmo broqueia a região do colo da planta, interrompendo o transporte de seiva entre a parte aérea e a raiz, podendo provocar a morte da planta que ocorre após dois ou três dias, reduzindo o número de plantas por unidade de área. Durante os períodos mais quentes do dia os sintomas são facilmente visíveis em função da murcha das plantas. Quando o ataque ocorre em plantas mais desenvolvidas (V5-V6) pode desenvolver no local um tecido que provoca o engrossamento do caule no ponto atacado, influenciando no transporte de seiva, o que provoca atraso no desenvolvimento e murcha nos períodos mais quentes do dia. Durante a fase larval a lagarta elasmo pode atacar em torno de três plantas de soja (DEGRANDE & VIVAN, 2009; TOMQUELSKI & LEAL, 2010). Com este trabalho objetivou-se avaliar o efeito do inseticida Clorantraniliprole (DPX-E2Y45 625 FS) em tratamento de sementes no controle da la-garta elasmo (E. lignosellus) na cultura da soja.

O ensaio foi conduzido na safra 2012/2013, na área experimental da Universidade de Rio Verde (Fazenda Fontes do Saber), situada no município de Rio Verde – GO, com as seguintes coordenadas geográficas: S 17º 46’497” e W 050º 58’060”, com 806 metros de altitude. As sementes utilizadas no ensaio, descritos na tabela 1, foram tratadas pela empresa Incotec, em Holambra/SP. Todos os tratamentos contem 200 mL/100 Kg de sementes de Derosal Plus, exceto tratamento Standak Top, e polímero disco L232, na dose de 2,5 mL/kg de sementes.

O delineamento utilizado foi de blocos ao acaso, com quatro repetições. O ensaio foi instalado sobre uma área com cultivo de soja que apresentava uma alta infestação da lagarta Elasmo (E. lignosellus), tanto na fase larval quanto na fase adulta, com média de seis

plantas por metro com sintomas de ataque da lagarta. Após retirar as plantas de soja foi realizada a semea-dura do experimento, no dia 11 de novembro de 2012. Utilizou-se a variedade de soja 98Y11, com população de 300.000 sementes por hectare.

Os parâmetros avaliados foram número de plantas com sintomas de ataque da lagarta e estande. Os resul-tados obtidos foram transformados para √x+0,5, quan-do necessário, e posteriormente submetidos à análise de variância (ANOVA). As médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. A eficiência de controle foi calculada pela fórmula de ABBOT (1925).

Na soma das avaliações (total acumulado) em rela-ção ao número de plantas com dano da lagarta Elasmo, houve diferenças significativas entre os tratamentos. Os tratamentos realizados com DPX – E2Y45 625 FS (Clorantraniliprole) foram os que apresentaram maior proteção ás plântulas, com os menores números acu-mulados de plantas com dano. No entanto, o tratamento DPX – E2Y45 625 FS BLUE (100 mL. 100 Kg semen-tes) obteve uma maior eficácia de controle (87%), em relação ao tratamento DPX – E2Y45 625 FS (71%). Os inseticidas Standak Top (200 mL. 100 Kg sementes), Cruiser (200 mL. 100 Kg sementes) e CropStar (700 mL. 100 Kg sementes) proporcionaram uma baixa efi-cácia de controle, inferior a 50% (Tabela 2).

Os maiores números médios de plantas por metro foram obtidos nos tratamentos realizados com DPX – E2Y45 625 FS e DPX – E2Y45 625 FS BLUE (Clo-rantraniliprole). A partir dos dados apresentados, pode concluir que os tratamentos DPX – E2Y45 625 FS (100 mL. 100 Kg sementes) e DPX – E2Y45 625 FS BLUE (100 mL. 100 Kg sementes) proporcionaram maior proteção as plantas contra o ataque da lagarta Elasmo (E. lignosellus), proporcionando maior manutenção de estande.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASDEGRANDE, P., E.; VIVAN, L., M. Pragas da soja. Tecnologia e Produção: Soja e Milho 2008/2009.HOFFMANN-CAMPO, C. B.; CATELLAN, A. J.; NE-POMUCENO, A. L. et al. Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado. Londrina: Embrapa Soja, 70 p., 2000. (Circular Técnica/Embrapa Soja, n.30).TOMQUESLDKI, G. V., LEAL, A. F. Golpe baixo. Re-vista Cultivar Grandes Culturas. Nº. 131, abril/2010.

TABELA 1. Produtos e doses utilizadas em tratamento de sementes visando o controle da lagarta Elasmo (E.lignosellus) na cultura da soja. Rio Verde – GO, safra 2012/13.

TABELA 2. Número médio de plantas com danos da lagarta Elasmo por metro e eficácia de controle dosinseticidas em tratamento de sementes sobre Elasmopalpus Lignosellus na cultura da soja. Rio Verde – GO, safra 2012/13.

1 Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de significância. 2Analise realizada nos dados transformados para √x+0,5

TABELA 3. Número médio de plantas de soja por metro aos sete, 14 e 28 dias após a emergência. RioVerde – GO, safra 2012/13.

1 Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de significância.

1Rattes Consultoria e pesquisa agronômica, 2Professora da UNIRV, 3Dupont, 4Graduando da UNIRV

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Comportamento de Clorantraniliprole em tratamento de sementes no controle de Phyllophaga cuyabana na cultura da soja

Gilvane Luis Jakoby1, Jurema Fonseca Rattes2, Alvemar Ferreira, Reinaldo Cosme Aparecido de Freitas4, Victor

Gabriel Assis Machado4

1Rattes Consultoria e pesquisa agronômica, 2Professora da UNIRV, 3Dupont, 4Graduando da UNIRV

Os danos de corós (P. cuyabana) na cultura da soja são causados pelas larvas, principalmente a partir do 2º instar, pelo consumo de raízes. Esse dano provoca o enfraquecimento do sistema radicular, podendo levar a morte das plântulas, quando o ataque ocorre no ini-cio do desenvolvimento da cultura. As plantas atacadas que conseguem sobreviver apresentam um menor por-te e amarelecimento precoce das folhas (Tonet et al., 2000). De acordo com Papa et al. (2010), no inicio do desenvolvimento das plantas uma larva de 1,5 a 2 cm para cada quatro plantas de soja é capaz de destruir cer-ca de 35% do sistema radicular e à medida que o tama-nho das larvas aumenta, maiores são os danos, podendo uma larva com 3 cm destruir aproximadamente 60% do sistema radicular. Os prejuízos decorrem da redução da população de plantas e em virtude da diminuição da capacidade reprodutiva das plantas sobreviventes (Sal-vadori et al., 2006).

O ensaio foi conduzido na safra 2012/13, na Fazenda Santa Maria, situada no município de Jataí – GO, com as seguintes coordenadas geográficas: S 17º 2’119” e W 051º 53’532”, com 984 metros de altitude. As sementes utilizadas no ensaio, descritos na tabela 1, foram tratadas pela empresa Incotec, em Holambra/SP. Todos os trata-mentos contem 200 mL/100 Kg de sementes de Derosal Plus, exceto tratamento Standak Top, e polímero disco L232, na dose de 2,5 mL/kg de sementes.

O delineamento utilizado foi de blocos ao acaso, com oito tratamentos e quatro repetições. O ensaio foi instalado sobre uma área com cultivo de soja que apre-sentava infestação de larvas de corós (P. cuyabana), com média de 16 larvas por trincheira (0,5 x 0,5 x 0,2 m). Após a retirada das plantas de soja foi realizada a semeadura do experimento, no dia 01 de dezembro de 2012. Utilizou-se a variedade de soja 98Y11, com po-pulação de 300.000 sementes por hectare.

Os parâmetros avaliados foram número de plantas mortas pelo ataque de corós e rendimento. Os resulta-dos obtidos foram transformados para √x+0,5, quan-do necessário, e posteriormente submetidos à análise de variância (ANOVA). As médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. A eficiên-cia de controle foi calculada pela fórmula de ABBOT

(1925).Na soma das avaliações (total acumulado) em rela-

ção ao número de plantas mortas pelo ataque de larvas de corós (P. cuyabana), houve diferenças significativas entre os tratamentos. Os tratamentos realizados com DPX – E2Y45 625 FS e DPX – E2Y45 625 FS BLUE (Clorantraniliprole) foram os que apresentaram maior proteção ás plântulas de soja, com os menores números acumulados de plantas mortas.

Os tratamentos realizados com DPX – E2Y45 625 FS nas doses 50 e 100 mL. 100 Kg sementes, bem como DPX – E2Y45 625 FS BLUE nas doses 10, 50 e 100 mL. 100 Kg sementes, proporcionaram uma eficácia de controle satisfatória sobre P. cuyabana, acima de 80%. O inseticida padrão Standak Top (200 mL. 100 Kg sementes) não foi eficaz, com percentual de eficácia de 42% (Tabela 2).

O controle das larvas de corós P. cuyabana bem como a manutenção do estande proporcionou maiores rendimentos a cultura da soja comparada ao tratamen-to testemunha, já que todos os inseticidas e doses tes-tados diferiram de forma significativa da testemunha. O tratamento testemunha obteve um baixo índice de produtividade (866 kg ha-1), principalmente em fun-ção da redução do número de plantas. Os rendimentos de grãos nos tratamentos com inseticidas variaram de 2.423 a 3.147 kg ha-1. Os tratamentos realizados com DPX – E2Y45 625 FS nas doses 10, 50 e 100 mL. 100 Kg sementes obtiveram um aumento no percentual de rendimento de 180, 228 e 248%, respectivamente, em relação a testemunha. Os tratamentos realizados com DPX – E2Y45 625 FS BLUE nas doses 10, 50 e 100 mL. 100 Kg sementes asseguraram um acréscimo no rendimento em relação a testemunha de 190, 245 e 263%. O tratamento padrão Standak Top (200 mL. 100 Kg sementes) obteve um rendimento de 138% a mais ao da testemunha (Tabela 3).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASPAPA, G.; CELOTO, F. J.; TAKAO, W. Vilão ocul-to. Revista Cultivar Grandes Culturas. Nº. 131, abril/2010.SALVADORI, J. R.; PEREIRA, P. R. V.S. Manejo inte-grado de corós em trigo e em culturas associadas. Pas-so Fundo, 13 p., 2006. (Comunicado Técnico 203).TONET, G. L.; GASSEN, D. N.; SALVADORI, J. R. Estresses ocasionados por pragas. In: BONATO, E. R., Ed. Estresses em soja. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2000. 254 p., p. 201-253.

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TABELA 1. Produtos e doses utilizadas em tratamento de sementes visando o controle corós(P. cuyabana) na cultura da soja. Jataí – GO, safra 2012/13.

TABELA 2. Número médio de plantas mortas por metro e eficácia de controle dos inseticidas emtratamento de sementes sobre P. cuyabana na cultura da soja. Jataí – GO, safra 2012/13.

1 não significativo pelo teste de Tukey a 5% de significância. 2 Análise realizada nos dados transformados para √x + 0,5.

TABELA 3. Rendimento de grãos em kg ha-1 e percentual de incremento, proveniente de sementes desoja submetidas a diferentes produtos para o tratamento de sementes para o controle de larvas de corós (P. cuyabana). Jataí – GO, safra 2012/13.

1 Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de significância

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Aplicação de Nitamin na cultura do algodão – Safra 2010/11

1Pesquisador Inovação Agrícola, 2Pesquisador Inovação Agrícola, 3Consultor Inovação Agrícola

André Singer¹, Tiago Torivama², Valmor dos Santos³

OBJETIVOAvaliar o produto Nitamin, composto por 33% de

N de liberação lenta, em três doses diferentes, com-parado a uma testemunha, aplicado na cultura do al-godão com objetivo de fornecimento de nitrogênio via foliar.

MATERIAL E MÉTODOSO trabalho foi conduzido na fazenda São Sebas-

tião de propriedade do Sr. Anildo Kurek, localizada no município de São Desidério – BA.

A variedade de algodão utilizada foi a Delta Opal, semeada no dia 09/12/2010 no espaçamento de 0,76m com 11 sementes/m.

Foram ao todo quatro tratamentos sendo, T1: Tes-temunha; T2: Nitamin 5L/ha; T3: Nitamin 10L/ha; T4: Nitamin 20L/ha. O ensaio contou com três repe-tições dispostas em blocos casualizados DBC, sendo que cada parcela foi composta de quatro linhas de algodão por cinco metros de comprimento.

As aplicações de Nitamin foram realizadas em duas épocas, a primeira aos 50 dias após a emer-gência no dia 01/02/201, e a segunda 70 dias após a emergência, no dia 21/02/2011. Como foram realiza-das duas aplicações as doses de 05; 10 e 20L/ha fo-ram divididas respectivamente em 2,5; 05 e 10L/ha.

As aplicações foram realizadas com equipamento costal de pesquisa pressurizado com CO² na vazão de 150L/ha com bicos leque simples. Utilizando uma barra de 3m com seis bicos.

As aplicações de herbicidas, fungicidas, insetici-das e adubação de cobertura com uréia foram exata-mente as mesmas para todos os tratamentos.

A adubação foi realizada a lanço antes da seme-adura da cultura, utilizando-se 400 Kg/ha de super simples e 200 Kg/ha de KCl. Em cobertura foi reali-zada uma adubação de 200Kg/ha de ureia aos 15DAE e outra de 180 Kg/ha aos 35DAE.

As avaliações foram constituídas de stand, feno-logia aos 130 e 165DAE, análise foliar, produtivida-de, rendimento de pluma e análise de HVI.

RESULTADOSPodemos observar que com relação ao stand da

cultura não foi observada diferença entre os trata-mentos, mostrando a uniformidade do ensaio.

Já com relação ao número de maçãs por planta (Gráfico1) podemos observar que os tratamentos apresentaram diferenças significativas, mostrando que o T4 apresentou maior valor.

Embora a avaliação de altura de plantas aos 130DAE não tenha apresentado diferença significa-tiva entre os tratamentos, podemos notar uma maior altura nos tratamentos que receberam aplicação de Nitamin.

O número de capulhos por planta não apresentou diferenças significativas entre os tratamentos, porém com numero superior na maior dose.

Quando as plantas estavam em pleno florescimen-to foi realizada uma coleta de folhas para análise de macronutrientes (Tabela 01) e micronutrientes (Ta-bela 02).

A colheita foi realizada no dia 04/07/11 de forma manual, colhendo-se 02 linhas centrais por 3m de comprimento, os resultados de produtividade (Grá-fico2) mostram que o produto Nitamin apresentou eficiência no ganho de produtividade.

CONCLUSÕESDe acordo com os resultados podemos observar

que o produto Nitamin na dose maior (20L/ha) apre-sentou eficiência com relação ao número de capu-lhos, número de maçãs e altura de plantas. Com re-lação à produtividade podemos observar que todas as doses apresentaram incremento de produtividade comparado a testemunha, porém os resultados não foram significativos pelo teste de Tukey a 5%. Com relação ao rendimento de pluma, análises foliares e análise de fibra não houve grandes diferenças entre os tratamentos.

Portanto nessa safra, nesse local e com essa varie-dade a aplicação de Nitamin ocasionou aumento em produtividade da cultura.

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Gráfico1. Número de maçãs/planta aos 130DAE.

Números seguidos pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de significância. CV: 9,77%

Tabela1. Teor de macro nutriente nas folhas de algodão em %.

Tabela2. Teor de micro nutriente nas folhas de algodão em ppm.

Gráfico2. Produtividade média (@/ha) de algodão em caroço.

Números seguidos pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de significância. CV: 9,51%

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INTRODUÇÃOA área cultivada com soja na região oeste da Bahia na sa-

fra 2011/12 foi de 1.150.000 ha, com produção de 3.320.970 t, equivalendo a produtividade de grãos de 48,1 sacos ha-1, de acordo com dados da Aiba (2013). Esses mesmos auto-res, para a safra 2012/13, divulgaram no segundo levanta-mento, um aumento nessa área cultivada, que passou a ser de 1.255.334 ha com produtividade estimada de 52,0 sacos ha-1. No entanto, essa produtividade não foi obtida em fun-ção das condições climáticas desfavoráveis ocorridas, como os veranicos registrados logo após a semeadura e/ou no mo-mento do enchimento de grãos, além da ocorrência de pragas, principalmente as lagartas, entre estas a Helicoverpa spp e a mosca branca (Bemisia tabaci) que propiciaram a redução na produtividade, que foi estimada em 37,6 sacos ha-1.

Entre as doenças, a ferrugem da soja causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e o mofo branco causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum tem sido as principais causas da re-dução na produtividade de grãos na região. No entanto, nessa safra 2012/13, as condições climáticas foram desfavoráveis para o desenvolvimento das doenças de um modo geral. No caso da ferrugem, a primeira constatação foi registrada no dia 14 de fevereiro no município de Barreiras, em lavouras de soja que se encontrava no estádio fenológico R8 (Consórcio Antiferrugem, 2013). Mesmo com a constatação do patóge-no causador da ferrugem na região, a doença não progrediu na maioria das lavouras e em muitos casos, a mesma não foi notada pelo produtor, assim, como não causou reduções na produtividade de grãos.

MATERIAL E MÉTODOSO ensaio foi conduzido durante a safra 2012/13 no Cam-

po de Validação da Círculo Verde Assessoria Agronômica & Pesquisa - Fazenda Mimoso, localizada no município de Luís Eduardo Magalhães/BA, cuja coordenadas geográficas são S12°06’39”, W45°50’08” e altitude de 760m.

Adotou-se o delineamento experimental de blocos ao aca-so, com sete tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos constaram de uma aplicação de fungicidas no estádio vegeta-tivo (V8) e duas aplicações no estádio reprodutivo, em R1 e R1+15, como apresentado na Tabela 1. Os produtos e doses utilizadas foram: Authority 0,4 L ha-1; Battle 0,6 L ha-1; Cha-bff 0,56 L ha-1; Chabfa 0,46 L ha-1; Fox 0,4 L ha-1; Malathion 1,0 L ha-1; Sphere Max 0,15 L ha-1. O tratamento T1 corres-pondeu a testemunha que não recebeu fungicidas.

A primeira aplicação em V8 foi realizada no dia 16/01/2013; a segunda aplicação em R1, foi realizada no dia 31/01/13 e a terceira aplicação R1+15, foi realizada no dia 14/02/2013. Para a realização dessas pulverizações (tratamentos) foi uti-lizado um pulverizador costal pressurizado a CO², com bico leque 11002, pressão de 4,0 bar e volume de calda equivalente a 200 L ha-1.

Eficiência do fungicida Authority no controle de doenças da soja (antracnose, ferrugem e mancha alvo) no oeste da Bahia

Altieres Dias¹, Mônica C. Martins², Elisângela Kischel², Fernando Fumagalli²

1Cheminova do Brasil, 2Círculo Verde Pesquisa

Cada parcela experimental foi constituída por seis linhas de sete metros de comprimento, espaçadas em 0,50 m, con-siderando-se como área útil para coleta dos dados as quatro linhas centrais e como bordaduras, as duas linhas externas e 0,50 m das extremidades de cada linha. Essas parcelas foram demarcadas após a emergência DAS plântulas de soja em uma área comercial desta cultura.

A semeadura foi realizada com semeadora-adubadora no dia 08/12/2012, utilizando-se 10 sementes por metro linear do cultivar MSOY 9144RR tratadas com Standak® Top (200mL 100kg de sementes-1) e posteriormente, com o inoculante lí-quido Nitragin® (150ML 50KG de sementes-1). A semeadora-adubadora foi regulada para distribuir ao solo 200kg de MAP ha-1, sendo a adubação complementada com 130kg de KCl ha-1 aos 15 dias após a emergência das plântulas de soja.

Os demais tratos culturais aplicados às parcelas expe-rimentais foram os mesmos aplicados à cultura da soja em áreas de plantios comerciais, com manejo químico das plan-tas daninhas e das pragas, conforme levantamento de campo realizado para esses elementos bióticos.

Os parâmetros avaliados foram: a) fitotoxicidade: ava-liações visuais de possível ação fitotóxica dos fungicidas às plantas de soja. Realizada sete dias após a aplicação dos fun-gicidas; b) severidade da ferrugem, mancha alvo e antracnose: estimativa da porcentagem da área foliar coberta por sintomas da doença realizada em 10 folhas de soja por parcela, cole-tadas aleatoriamente. Para estimar a severidade da ferrugem utilizou-se a escala proposta por Canteri e Godoy (2003) (Fi-gura 1), para estimar a severidade da mancha alvo utilizou-se a escala proposta por Soares, Godoy e Oliveira (2009) (Figura 2) e para antracnose, a escala de notas proposta por Macha-do e Cassetari Neto (s/d), onde: 0 = ausência de doença; 1 = infecção leve (até 5% de tecido infectado); 2 = infecção moderada (5 a 25% de tecido infectado); 3 = infecção severa (25 a 50% de tecido infectado) e 4 = infecção muito severa (mais de 50% de tecido infectado); c) desfolha: estimada em todos os tratamentos a partir do momento em que a testemu-nha apresentou ao redor de 80% de queda de folha decorrente da ferrugem; d) estande final: contagem do número de plantas por metro linear na área útil da parcela no momento da colhei-ta; e) massa de 1000 sementes: determinada pela pesagem de oito sub-amostras de 100 sementes por parcela, segundo as prescrições estabelecidas pelas Regras de Análise de Semen-tes (RAS) (BRASIL, 2009) e correção da umidade para 13%; f) produtividade de grãos: pesagem das sementes provenien-tes de cada parcela e transformação dos dados de kg parcela-1 para KG HA-1 e correção da umidade para 13%.As plantas da área útil de cada parcela foram colhidas manu-almente e trilhadas em trilhadeiras estacionárias, sendo enca-minhadas para a determinação das avaliações finais, como, massa de 1000 sementes e produtividade de grãos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Massa de 1000 sementesA massa de 1000 sementes variou de 148g no tratamento

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Figura 1. Valores médios da massa de 1000 sementes obtidas nos diferentestratamentos. Campo de Validação/Círculo Verde Pesquisa, safra 2012/13.

Figura 2. Valores médios da produtividade de grãos obtidas nos diferentestratamentos. Campo de Validação/Círculo Verde Pesquisa, safra 2012/13. (Colunas com cores iguais não diferem entre si pelo teste de Scott Knott a 5% de significância. CV% = 6,27)

Obs.: adicionar adjuvante Nimbus (0,5% v/v) ao Battle e Authority; adicionar adjuvante Aureo (500 mL ha-1) ao Fox e Sphere Max.

Tabela 1. Descrição dos tratamentos (Trat.), com os respectivos fungicidas, doses eépoca de aplicação, Campo de Validação/Círculo Verde Pesquisa, safra 2012/13.

T1 à 161g nos tratamentos T4 e T7, não sendo verificadas diferenças estatísticas entre os tratamentos (Figura 1).

A massa de 1000 grãos é uma característica geneticamente determinada, porém, é influenciada pelo ambiente (NAVAR-RO JÚNIOR; Costa, 2002). Entre os fatores do ambiente, está incluída a disponibilidade de água, que afeta a massa dos grãos de soja, aumentando ou diminuindo em função da sua disponibilidade, principalmente durante o enchimento de grãos, onde o estresse hídrico provoca sua redução (THO-MAS; Costa, 1994). No ensaio, foram obtidos valores médios da massa de 1000 sementes acima de 145g, que é a massa de sementes apresentada pela Produtiva Sementes (s.d) para esse cultivar, demonstrando não ter ocorrido indisponibilidade hí-

drica durante a fase de enchimento dos grãos.

Produtividade de grãosOs resultados da produtividade de grãos nos diferentes tra-

tamentos são apresentados na Figura 2. Nesta Figura observa-se que a produtividade variou de 62,0 sacos ha-1 nos tratamen-tos T1 (testemunha) e T7 à 70,0 sacos ha-1 no tratamento T4, não havendo diferenças estatística entre os tratamentos.

As produtividades obtidas neste ensaio ficaram acima da média estimada para a cultura da soja na região, que foi de 37,6 sacos ha-1 (Aiba, 2013) sendo esses resultados reflexos da baixa pressão da doença, da semelhança na massa de 1000 sementes nos diferentes tratamentos, entre outros fatores.

Colunas com cores iguais não diferem entre si pelo teste de Scott Knott a 5%de significância.CV%=2,32

T1 TestemunhaT2 Battle/Authority+NimbusT3 Battle/Authority+NimbusT4 Authority+NimbusT5 Authority+Malathion 1000T6 Chabff+ChabfaT7 Fox/Fox/Sphere

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Efeito do programa de adubação foliar da empresa Fortgreen na cultura do Algodão

Milton Akio Ide* Marcelo de P. Ferreira*

*Milton Ide Consultoria Agrícola S/C Ltda.

INTRODUÇÃOA adubação foliar, em linhas gerais, não pode substituir

totalmente o fornecimento de adubos ao solo, para a absor-ção através das raízes. Porém a expansão do uso da adubação foliar a um número cada vez maior de culturas, vem demons-trando que há culturas que podem ser mantidas, em relação a determinados nutrientes, quase que exclusivamente por via foliar (CAMARGO, 1975).

O algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) é uma cultura ex-tremamente exigente em questões nutricionais. Considerando os avanços tecnológicos na agricultura moderna que visam elevar as produtividades, faz-se necessário que os cotonicul-tores busquem alternativas que supram essas necessidades fi-siológicas da cultura.

Dentre os micronutrientes, os que causam maiores proble-mas à cultura algodoeira são o boro, o zinco e o manganês e, em escala menor, o cobre, o ferro e o molibdênio. Embora se-jam requeridos em quantidades relativamente diminutas, em condições de alta deficiência, deprime de maneira expressiva a produtividade da planta (QUAGGIO et al., 1991).

Com a busca de maior eficiência e melhor aproveitamento dos nutrientes pelas plantas, nos últimos anos vem sendo in-troduzido no Brasil, quelatos sintéticos que são formados pela combinação de um agente quelatizante com um metal (nu-triente) através de ligações coordenadas. Um quelato eficiente é aquele no qual a taxa de substituição do micronutriente que-latizado por cátions é baixa, mantendo, consequentemente, o nutriente aplicado nessa forma de quelato por tempo suficien-te para ser absorvido pelas plantas (LOPES, 1991).

Os principais agentes quelatizantes utilizados na fabricação de fontes de micronutrientes são: ácido etilenodiarninotetraa-cético (EDTA), ácido N (hidroxietil) etilenodiaminotetraacé-tico (HEDTA), ácido dietilenotriaminopentaacético (DTPA), ácidoetilenodiamino (o-hidrofenil acético) (EDDHA), ácido nitrilo acético (NTA), ácido glucoheptônico e ácido cítrico. O mais comum é o EDTA.

OBJETIVODessa forma, o presente trabalho teve como principal ob-

jetivo avaliar a eficiência do Programa de adubação foliar da empresa Fortgreen em comparação com os produtos mais uti-lizados do mercado na cultura do algodão.

MATERIAL E MÉTODOSO ensaio foi conduzido no campo de pesquisa da Ide Con-

sultoria e Associados, localizado na Fazenda Mizote Sede, município de São Desidério – BA, no período de Dezembro a Junho de 2011/12. A região encontra-se a 860 m acima do nível do mar, na latitude 12º 57’ 39,6’’S e longitude 46º 00’ 06,2’’W. O clima é classificado como Aw da classificação de Köppen, com temperaturas médias anuais de 24º C, e precipi-

tação média anual de 1.200 mm, distribuídos entre os meses de novembro e abril, com período seco bem definido entre maio e setembro. A Figura 1 ilustra as condições pluviométri-cas no período em que a cultura permaneceu a campo. O solo é do tipo Latossolo Vermelho Amarelo, A moderado, textura média (CUNHA et al., 2001). Suas características químicas são apresentadas na Tabela 1.

O ensaio foi delineado no modelo de Farm test, constituí-do por três tratamentos com três repetições sem randomização dos tratamentos. Cada macro parcela (farm test) foi constituí-do por dez linhas com espaçamento entre linhas de 0,76 m por 40 m de comprimento. Para as avaliações, consideraram-se as oito linhas centrais de cada parcela, totalizando uma área útil de 243,2 m².

O plantio foi realizado dia 12 de dezembro de 2011, uti-lizando a cultivar FMT 709. Os tratamentos, doses, épocas de aplicação e teores de nutrientes podem ser observados nas tabelas 2 e 3. As aplicações foram realizadas por meio de um pulverizador Autopropelido Uniport 2000 (Figura 2), equipado com bico leque TT 110 02, com vazão de 100 l/ha. Priorizou-se durante as aplicações, condições de umidade relativa do ar superiores a 60%, ventos de no máximo 8 km/h e temperaturas máximas de 26 ºC.

Como métodos de avaliação, foram realizadas contagem de plantas aos 10 e 20 dias após a emergência, coleta de fo-lhas para análise de macro e micronutrientes aos 60 e 75 DAE (Figuras 3 e 4), avaliações visuais aos 30 DAE, número de estruturas reprodutivas aos 120 DAE, peso de capulho e pro-dutividade de algodão em capulho. A colheita foi realizada de forma manual em dois pontos de duas linhas de 10 metros de comprimento por parcela, totalizando 15,2 m² de área útil por ponto de colheita, desconsiderando os rastros de aplicação. Após a pesagem, foi realizada a transformação dos valores para produtividade em @ por hectare.

RESULTADOSNas avaliações de estande aos 10 e 20 dias após a emergên-

cia da cultura do algodão, observou-se que não houve diferen-ças estatísticas entre os tratamentos em relação à testemunha em ambos os momentos avaliados (Tabela 4). Portanto, não houve influência na germinação das sementes em função da aplicação de micronutrientes nas sementes de algodão.

Os resultados obtidos a partir das avaliações de número de estruturas reprodutivas aos 120 dias após a emergência, peso de capulho (g) e produtividade da cultura do algodão no expe-rimento de macro e micronutrientes podem ser vistos na tabe-la 5. Observa-se que não houve diferenças significativas entre os tratamentos para o variável número de estruturas reproduti-vas, entretanto, o peso de capulho do tratamento Fortgreen foi superior à testemunha e semelhante ao Padrão. Com relação à produtividade do algodão em capulho, os dados obtidos mos-tram que os tratamentos Fortgreen e Padrão foram superio-res a testemunha, porém, iguais entre si, Incrementando entre 13,7 e 16,1% na produção de algodão em capulho.

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Figura 2. Aplicação foliar de micronutrientes aos 70 dias após a emergência dacultura do algodão.Fazenda Mizote Sede. São Desiderio, BA, 2012.

Tabela 2. Produtos e doses utilizados no experimento de Programas de macro emicronutrientes foliares na cultura do algodão; Fazenda Mizote Sede; São De-sidério, BA 2012.

Tabela 4. Avaliação de estande aos 10 e 20 dias após a emergência. Fazenda MizoteSede. São Desidério, BA, 2012.

Tabela 5. Número de estruturas reprodutivas aos 120 DAE pesa de capulho e produtividadeda cultura do algodão. Fazenda Mizote Sede. São Desiderio, BA, 2012.

* Médias de mesma letra na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade

CONCLUSÕESA adubação foliar pode ser uma ferramenta importante na

cultura do algodão, desde que empregada com critério. Os produtos aplicados no ensaio não causaram sintomas de fito-toxicidade à cultura do algodão.

Além disso, ambos os tratamentos incrementaram produti-vidades na cultura do algodão, sendo, o tratamento Fortgreen

com incremento de 16,1% na produtividade de algodão em capulho.

Sendo assim, a adubação foliar deve ser planejada e em-pregada de acordo com objetivos específicos e o programa de macro e micronutrientes foliares da Fortgreen pode ser reco-mendado como uma alternativa importante de manejo para nutrição foliar na cultura do algodão.

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Efeito do inseticida Klorpan 480 EC, no controle da lagartaHelicoverpa spp (Lepidoptera: Noctuidae), na cultura do

algodão, Gossypium hirsutum (L.).Geraldo Papa, André Gonsales Amaral

UNESP, Campus Ilha SolteiraINTRODUÇÃO

A produção brasileira de grãos alcançou 184,1 milhões de toneladas na safra 2012/13, obtendo um aumento de 10,8 % em relação à safra anterior, com possibilidade de crescer mais ainda na safra 2013/14 (Conab, 2012). No entanto, a ocorrência de pragas tem ameaçado esta expectativa e preocupado os pro-dutores agrícolas, especialmente das regiões do Cerrado.

Uma das pragas que mais preocupa é a ocorrência de la-gartas da subfamília Heliothinae, as quais têm atacado inten-samente diferentes culturas de importância econômica no Cer-rado como soja, algodão, milho, feijão e tomate, independente dessas plantas cultivadas serem transgênicas, que expressam as proteínas Bt, ou convencionais (CZEPAK et al., 2013). Três espécies de lagartas da subfamília Heliothinae têm sido obser-vadas causando danos nessas culturas: Heliothis virescens (Fa-bricius), Helicoverpa zea (Boddie) e a recentemente relatada no Brasil, Helicoverpa armigera.

A espécie H. zea, conhecida como lagarta-da-espiga-do-mi-lho causa danos em botões florais, flores e maçãs do algodoeiro (CZEPAK et al., 2013), enquanto que a H. armigera é uma es-pécie que até pouco tempo era considerada praga quarentenária no Brasil, mas que foi recentemente detectada nos estados de Goiás, Bahia e Mato Grosso, associada principalmente às cul-turas do algodão e da soja (CZEPAK et al., 2013), sendo esta constatação o primeiro registro de ocorrência no Continente Americano.

OBJETIVOAvaliar a praticabilidade e eficiência agronômica do inse-

ticida KLORPAN 480 EC, aplicado via foliar em diferentes doses, no controle da lagarta Helicoverpa spp, na cultura do algodão, em condições de campo.

MATERIAL E MÉTODOSLocal: Fazenda São Mateus, localizada em Selvíria/MSPeríodo: 29/01/2013 a 01/07/2013 Delineamento Estatístico: Blocos casualizados com 7 trata-

mentos e 4 repetições.Parcela: Cada parcela constou de 7,0m de comprimento e

6,0m de largura (42m²).Dados sobre a cultura: • Cultivar: FM 993• Data da semeadura: 29/01/2013• Espaçamento: 0,90m entrelinhas • Adubação: 250 Kg/ha MAP (plantio) e 150 Kg/ha 20-05-

20 (cobertura)• Controle de plantas daninhas: Verdict a 0,5 L/ha em pós-

emergência (09/03/2013);• Glifosato a 2,5 L/ha em pós-emergência com jato dirigido

(30/03/2013);Características do solo do local do ensaio:• Tipo de solo: Latossolo Vermelho (EMBRAPA, 99)

• pH: 5,9• Porcentagem de matéria orgânica: 1,6%• Topografia do terreno: suave ondulado• Culturas plantadas anteriormente: PastagemTratamentos e dosagens:Aplicação: Foram realizadas 3 aplicações foliares, com

intervalo de 7 dias entre cada pulverização, utilizando-se um pulverizador costal propelido por CO² comprimido, equipado com barra contendo 6 pontas (conejet TXVK-8), espaçadas em 0.5m, com pressão de trabalho de 40 psi, com volume de calda estabelecido em 180 L/ha. De acordo com a contagem prévia, no momento da primeira aplicação, o nível médio de infestação de lagartas era de 7,5%.

Avaliação: Foram realizadas, além da contagem prévia, avaliações de eficiência dos tratamentos aos 3 e 7 dias após cada aplicação, contando-se o número de lagartas vivas encon-tradas em 25 botões florais tomados ao acaso nas linhas centrais de cada parcela.

Análises Estatísticas: Os resultados obtidos foram subme-tidos à análise de variância através do teste F, comparando-se as médias pelo teste de Tukey (5%). Para o processamento das análises os dados originais foram transformados em raiz de (X + 0,5).

RESULTADOS Estão expresso nas Tabelas 1, 2, e 3. As porcentagens de

eficiência foram calculadas pela fórmula de Abbott (1925).

DISCUSSÕESPela análise dos resultados, constatou-se que na avaliação

prévia não ocorreram diferenças significativas entre os trata-mentos, indicando a ocorrência de infestação uniforme de la-gartas na área do experimento. Nas avaliações com contagens de lagartas, realizadas aos 3 e 7 dias após a primeira e segunda aplicação (Tabela 1 e 2) e aos 3 dias após a terceira aplicação (Tabela 3), constatou-se que os tratamentos 6 e 7 (Klorpan 480 EC, nas doses de 1750 e 2000 ml p.c./ha, respectivamente), di-feriram significativamente da testemunha, com destaque para o tratamento 7 (Klorpan 480 EC, na dose de 2000 ml p.c./ha) que proporcionou eficiência de controle das lagartas superiores a 80%, alcançando desempenho semelhante ao tratamento pa-drão Premio, na dose de 150 ml p.c./ha e desempenho superior ao padrão Lorsban 480 BR, na dose de 1500 ml p.c./ha. Na contagem de lagartas, realizada 7 dias após a terceira aplicação (Tabela 3), ocorreu queda na população de lagartas devido ao empupamento das mesmas, não ocorrendo diferenças significa-tivas entre os tratamentos.

No final do ciclo de cultivo do algodão foi realizada a ava-liação de produtividade, constatando-se que não ocorreram di-ferenças significativas entre os tratamentos. Entretanto, numeri-camente em todos os tratamentos com aplicação de inseticidas a produtividade foi superior à obtida no tratamento testemunha.

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Tabela 1- Efeito do inseticida Klorpan 480 EC, no controle da lagarta Helicoverpa spp., nacultura do algodão. Número total (em 100 estruturas reprodutivas) de lagartas vivas e porcentagem de eficiência (%E) por tratamento, aos 0 (prévia), 3 e 7 dias após a primeira aplicação (d.a.1.a). Selvíria/MS, Abril/2013

As médias seguidas da mesma letra não diferiram entre si pelo teste de Tukey (P ≤ 0,05).

Tabela 2 - Efeito do inseticida Klorpan 480 EC, no controle da lagarta Helicoverpa spp.,na cultura do algodão. Número total (em 100 estruturas reprodutivas) de lagartas vivas e porcentagem de eficiência (%E) por tratamento, aos 3 e 7 dias após a segunda aplicação (d.a.2.a). Selvíria/MS, Abril/2013.

As médias seguidas da mesma letra não diferiram entre si pelo teste de Tukey (P ≤ 0,05).

Tabela 3 - Efeito do inseticida Klorpan 480 EC, no controle da lagarta Helicoverpa spp., nacultura do algodão. Número total (em 100 estruturas reprodutivas) de lagartas vi-vas e porcentagem de eficiência (%E) por tratamento, aos 3 e 7 dias após a terceira aplicação (d.a.3.a). Selvíria/MS, Abril/2013.

As médias seguidas da mesma letra não diferiram entre si pelo teste de Tukey (P ≤ 0,05).

CONCLUSÕESConsiderando os resultados obtidos nas condições do ex-

perimento, concluiu-se que o inseticida Klorpan 480 BR, na dose de 2000 ml p.c./ha, foi eficiente no controle da lagarta

Helicoverpa spp, podendo vir a ser recomendado no manejo da referida praga, na cultura do algodão.

Não ocorreram quaisquer sintomas de fitotoxicidade nas plantas tratadas.

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Avaliação da eficiência do inseticida Belt* (Flubendiamide) no controle de Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera:

Noctuidae) ocorrente na cultura do algodão

Sulzbach, F.; Lozano, F.; Wazne, F.; Ramos, Y.

Bayer S.A. – Desenvolvimento Agronômico

INTRODUÇÃOInsetos-praga, como Helicoverpa armigera

(HÜBNER) (Lepidoptera: Noctuidae), uma praga recém-identificada no Brasil, onde presente causa prejuízos em diversas culturas por ser uma praga po-lífaga, causando perdas de 57 a 80% (Gupta, 1999).

O adulto é uma mariposa de hábitos noturnos, de acasalamento, vôo e oviposição.

Na planta de algodão, os ovos são depositados principalmente em folhas jovens, mas a mariposa tem preferência em ovipositar nas frutificações em plantas mais velhas (Mabbett & Nachapong, 1984). A maioria dos ovos são colocados no terço superior (Basson, 1987).

Nos primeiros estágios larvais tem habito de fica-rem agrupados nos ponteiros, enquanto os estádios posteriores se alimentam da frutificação (Mabbett et al., 1980).

No país onde a praga é mais estudada, o nível de dano econômico para a cultura do algodão é de 19,86 lagartas/100 plantas (Alavil & Gholizadeh, 2010) in-dicando o momento de aplicação.

Por ser uma nova praga, existem poucos trabalhos publicados no Brasil, e não existem inseticidas reco-mendados para o controle de Helicoverpa (Agrofit, 2012).

OBJETIVOS Avaliar a eficiência e fitotoxicidade do inseticida

(Flubendiamide) no controle de Helicoverpa armige-ra na cultura do algodão.

MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido no campo experi-

mental da Fundação Bahia em Luis Eduardo Maga-lhães, na safra 2012/13, entre Novembro e Março.

O delineamento foi o de blocos casualizados, com quatro repetições.

A variedade utilizada foi a FM 993, semeada dia 17/12/12 e emergência dia 22/12/12 e aplicação dos

tratamentos em 28/01/2013, quando deu-se o inicio de infestação.

Flubendiamida foi testado nas doses de 100, 125, 150 e 200 ml por ha do produto comercial. Também foi incluído Clorantraniliprole na dose de 125 e 200 ml do produto comercial por ha.

As avaliações foram realizadas contando o nume-ro de lagartas em 10 plantas por parcela aos 1, 3, 7 e 10 DAA.

RESULTADOSAos 1DAA, nenhum tratamento atingiu 80% de

controle. Aos 3DAA, Flubenduamida na dose de 125ml/ha obteve controle acima de 80% e as doses de 150 e 200 ml/ha acima de 90% . Aos 7DAA doses a partir de 125ml de Flubendimide manteve controle superior a 80%.

Aos 10DAA, Flubenadiamida na dose de 125 ml/ha manteve controle superior a 80%. E as doses de 150 e 200ml/ha com controle acima de 90%.

CONCLUSÕESApós 3DAA Flubendiamida nas doses de 125,

150 E 200 ml/ha foi eficaz no controle de Helicover-pa, podendo ser inserido dentro de um programa de manejo integrado de pragas na cultura do algodão.

Os tratamentos testados, não causaram fitotoxici-dade.

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