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LUSOMUNDO MEDIA, SGPS, S.A. 2002 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS Lusomundo Media, SGPS, S.A. Sociedade Anónima - Pessoa Colectiva N.º 502 154 098 Capital Social: 37.750.000 EUROS Mat. N.º 1488 –2 ª Secção CRCL – Avenida da Liberdade n.º 266, 1250-149 Lisboa

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LUSOMUNDO MEDIA, SGPS, S.A.

2002 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS

Lusomundo Media, SGPS, S.A. Sociedade Anónima - Pessoa Colectiva N.º 502 154 098

Capital Social: 37.750.000 EUROS Mat. N.º 1488 –2 ª Secção CRCL – Avenida da Liberdade n.º 266, 1250-149

Lisboa

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ÍNDICE

1. Mensagem do Presidente da Comissão Executiva 2. Dados Chave

3. Órgãos Sociais

4. Organigrama

5. Relatório de Gestão

6. Demonstrações Financeiras 7. Anexo às Demonstrações Financeiras 8. Elementos Complementares 9. Certificação Legal das Contas e Relatório dos Auditores 10. Relatório e Parecer do Fiscal Único

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1. MENSAGEM DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA O sector da Comunicação Social, enfrentou em 2002 um clima fortemente depressivo num contexto internacional e interno de crise económica: abrandamento dos ritmos de investimento e recuo generalizado dos indicadores de consumo.

A influência dominante das receitas da publicidade nos proveitos dos media conduziu à deterioração das margens e dos resultados apesar dos aumentos conjugados da circulação e da revisão dos preços da capa de jornais e revistas.

Com a entrada em funções de uma nova equipa da gestão a partir do segundo trimestre, iniciou-se um projecto de reestruturação do grupo que começou pela simplificação dos corpos sociais e das estruturas organizativas.

Neste contexto, foram criadas direcções centrais para a área da produção, dos recursos humanos, financeiros e planeamento e controle de gestão, o que permitiu a racionalização e uniformização de procedimentos e simultaneamente a libertação de um número substancial de recursos. De forma a minimizar os impactos da retracção do investimento publicitário, foram implementadas medidas que visam dinamizar as receitas do Grupo, através da criação de novos canais de venda e da optimização dos actuais. Paralelamente, foram introduzidas alterações ao nível dos principais produtos, apostando na fidelização dos actuais leitores/ouvintes e no reforço da liderança dos meios da Lusomundo Media

Os objectivos da reestruturação definidos para 2002 enquadrados no plano trienal foram atingidos, tendo sido constituídas provisões correspondentes às acções programadas para 2003. O conjunto de medidas implementadas pela nova equipa de gestão deverá reflectir-se numa melhoria operacional e financeira já em 2003.

Em termos financeiros, 2002 foi um ano marcado pela redução da rendibilidade operacional do Grupo, fruto da redução das receitas de publicidade. O quadro seguinte apresenta os valores globais com uma redução da receita de exploração de 2,4% apesar do aumento de 10,7% das receitas de circulação, que em certa medida compensou a queda de 15% das receitas de publicidade, o que compara com 18% da queda de mercado global dos media.

Cumpre sublinhar e agradecer o apoio e confiança dos accionistas e dos colaboradores das empresas a todos os níveis num processo de reestruturação profunda, como o que foi empreendido apesar do ambiente económico recessivo que ao longo do ano não parou de se acentuar.

Lisboa, 18 de Fevereiro de 2003 _______________________________________ Henrique Manuel Fusco Granadeiro

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2. DADOS CHAVE

Var.%LUSOMUNDO MEDIA 2000 2001 2002 2002/2001

(milhares de Euros)

Receitas de Exploração (1) 143.086 139.011 135.684 -2,4%

Resultados Operacionais (2) 12.797 5.540 452 -91,8%

Resultado Líquido 7.171 (4.617) (17.787) -285,3%

EBITDA (3) 17.061 9.941 4.571 -54,0%

Margem EBITDA (4) 11,9% 7,2% 3,4% -3,8 p.p.

(1) Receitas de Exploração = Vendas + Prestação de Serviços

(2) Não inclui Amortização de Goodwill, que em 2000 e 2001 era custo operacional

(3) EBITDA = Resultados Operacionais + Amortizações

(4) Margem EBITDA = EBITDA / Receitas de Exploração (%)

Var.%DADOS DE NEGÓCIO 2000 2001 2002 2002/2001

Audiências Jornais (1)

Jornal de Notícias 11,7% 10,1% 10,8% 0,7 p.p.

Diário de Notícias 5,2% 4,2% 4,1% -0,1 p.p.

24 Horas 1,8% 1,7% 2,2% 0,5 p.p.

Audiência Média (AAV) TSF (2)

(Quadros Médios e Superiores - Grande Lisboa e Porto) 16,4% 19,8% 15,8% -4,0 p.p.

Circulação Média Total - Jornais (3)

Jornal de Notícias 104.910 106.978 108.528 1,4%

Diário de Notícias 68.322 61.119 53.720 -12,1%

24 Horas 25.019 32.061 39.457 23,1%

Circulação Média Total - Revistas (3)

Volta ao Mundo 30.258 30.298 34.601 14,2%

Evasões 23.339 24.482 20.526 -16,2%

Grande Reportagem 21.006 19.892 18.373 -7,6%

National Geographic Magazine n.a. 79.673 83.313 4,6%

(1) Audiências Jornais = % de indivíduos que contactaram com a última edição de um determinado meio

(2) Audiência Média (Audiência Acumulada de Véspera) = % de indivíduos que escutaram a estação, no período de um

dia, independentemente do tempo despendido. Este indicador é calculado sobre a véspera

(3) Circulação Média Total = Nº médio de cópias distribuidas por edição, num determinado período

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3. ÓRGÃOS SOCIAIS

Membros da Mesa da Assembleia Geral

PresidenteEng.º António Fernando Couto dos Santos

SecretáriosMarta Maria Dias Quintas Neves

Nuno Maria Macedo Mimoso

Membros do Conselho de Administração

PresidenteManuel Corrêa de Barros de Lancastre

VogaisHenrique Manuel Fusco Granadeiro

Carlos Miguel Ribeiro e Silva

Miguel Maria Pitté Reis da Silveira Moreno

Manuel Coelho Gonçalves Soares

Luís Filipe de Medeiros Cravo Ribeiro

Luís Miguel da Fonseca Pacheco de Melo

Ivan Gregory Fallon

Paulo Henrique Lowndes Marques

Comissão Executiva

PresidenteHenrique Manuel Fusco Granadeiro

VogaisCarlos Miguel Ribeiro e Silva

Miguel Maria Pitté Reis da Silveira Moreno

Manuel Coelho Gonçalves Soares

Luís Miguel da Fonseca Pacheco de Melo

Fiscal Único

EfectivoFreire Loureiro & Associados - SROC, representada por Carlos Manuel Pereira Freire

SuplenteAntónio Dias & Associados - SROC, representada por António Marques Dias

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4. ORGANIGRAMA

LUSOMUNDO74,97% MEDIA, SGPS

PRESSMUNDO RÁDIO JORNAL DO99,7% 98,7% 82,7% NOTÍCIAS 51,0% FUNDÃO 100%

AÇORMEDIA OFICINA DO99,9% 90,0% 51% LIVRO

PUBLICAÇÕES DN FUNCHAL100% PRODIÁRIO 40,0%

Jornal de Notícias National Geographic Magazine TSF Jornal do Fundão Edição e comercialização de livrosDiário de Notícias Volta ao Mundo Açoriano Oriental próprios e de terceiros24 Horas Evasões DN MadeiraTal & Qual (Semanário) Viver com Saúde

Grande ReportagemPlayStation 2

JORNAL DENOTÍCIAS

IMPRENSA DIÁRIA REVISTAS

DIÁRIO DENOTÍCIAS

NOTÍCIAS

LUSOMUNDO,SGPS

ACTIVIDADE LIVREIRARÁDIO IMPRENSA REGIONAL

EDITORIAL

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5. RELATÓRIO DE GESTÃO A Lusomundo Media, SGPS, S.A. foi constituída em 1998 pelo Grupo Lusomundo, com o objectivo de agregar as competências deste Grupo na área da media, nomeadamente no que respeita ao negócio de imprensa, com a edição de jornais diários e regionais, a edição de revistas e a emissão de rádio. A Lusomundo Media possui um vasto portfólio de activos na área de media, incluindo o primeiro e o quarto jornais diários mais lidos em Portugal, a rádio de notícias mais ouvida em Portugal e um amplo leque de revistas conceituadas no mercado.

Enquadramento Macro-económico

Enquadramento Internacional

ENQUADRAMENTO INTERNACIONAL 2001 2002e 2003p

(em %)

PIB em volume (taxas de variação homóloga)EUA 0,3 2,2 2,6

UE 1,6 1,1 2,3

Japão -0,3 -0,5 1,1

Economias Avançadas 0,8 1,7 2,5

Países em Desenvolvimento 3,9 4,2 5,2

Taxas de Inflação (taxas de variação homóloga)EUA 2,8 1,5 2,3

UE 2,6 2,1 1,8

Japão -0,7 -1,0 -0,6

Economias Avançadas 2,2 1,4 1,7

Países em Desenvolvimento 5,7 5,6 6,0

Variação do Volume do ComércioImportações

Economias Avançadas -1,3 1,7 6,2

Países em Desenvolvimento 1,6 3,8 7,1

ExportaçõesEconomias Avançadas -1,1 1,2 5,4

Países em Desenvolvimento 2,6 3,2 6,5

Taxa de DesempregoEconomias Avançadas 5,9 6,4 6,5

Fonte: FMI, World Economic Outlook, Setembro de 2002 e - estimado p - previsto Em 2002 a conjuntura económica internacional caracterizou-se pelo fraco dinamismo e pelo clima de incerteza, agudizado pelo risco do conflito no Iraque e pela subida do preço médio do petróleo Brent em 2%, situando-se em 25 dólares/barril.

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A economia dos EUA apresentou uma melhoria da actividade industrial, tendo-se assistido no entanto ao enfraquecimento do consumo privado, devido à diminuição do indicador de confiança dos consumidores, à deterioração do mercado de trabalho, com a subida da taxa média anual de desemprego para 5,8% (4,8% em 2001) e à quebra dos índices bolsistas (no final de 2002 o índice Nasdaq caiu 37,6% em termos homólogos).

Ao longo de 2002, a actividade industrial do Japão apresentou uma ligeira recuperação, suportada pela procura externa, enquanto que o consumo privado abrandou. A recuperação do investimento foi ainda condicionada pela persistência de problemas estruturais e pelas necessidades contínuas do sector empresarial de reduzir os níveis de endividamento.

Área do Euro Na área do euro, as principais economias apresentaram dificuldades acrescidas associadas a situações orçamentais de risco e atrasos na implementação de reformas estruturais.

O indicador de confiança dos consumidores agravou-se, ao longo do segundo semestre de 2002, associado às expectativas quanto à evolução do desemprego. Contudo, no 4º trimestre, os indicadores de confiança da indústria e do comércio a retalho melhoraram. Em termos de média anual, a inflação em 2002 desceu para 2,2% (2,5% em 2001) associada principalmente à descida dos preços dos produtos alimentares não transformados.

O Euro é a moeda legal de Portugal desde Janeiro de 2002, data em que entrou em circulação como moeda comum. Economia Nacional

PORTUGAL - PRINCIPAIS INDICADORES 2001 2002e 2003p

(em %)

PIB em volume (taxas de variação homóloga) 1,7 0,4 1,5

Dívida Pública (% do PIB) 55,5 58,9 n.d.

Taxas de Inflação (taxas de variação homóloga) 4,4 4,0 2,0 a 3,0

Variação do Volume do ComércioImportações 0,9 0,3 a 1,4 1,0 a 4,5

Exportações 2,9 2,7 a 3,8 5,0 a 7,0

Taxa de Desemprego 4,1 5,1 (a) n.d.

Fonte: FMI, World Economic Outlook, Setembro de 2002, INE e Ministério das Finanças e - estimado

(a) - 3º trimestre de 2002 p - previsto

Em 2002, a economia portuguesa registou um crescimento inferior ao verificado em 2001, em resultado de um contributo nulo, ou mesmo negativo, da procura interna, em parte compensado pelo contributo positivo das exportações líquidas. A actividade económica registou, no conjunto do ano de 2002, um abrandamento generalizado em todos os sectores de actividade. Os indicadores de confiança dos consumidores e dos empresários da indústria, construção e comércio a retalho desceram acentuadamente, com destaque para a construção. O indicador de confiança dos

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consumidores deteriorou-se em resultado das desfavoráveis expectativas sobre a evolução da situação económica do país e do desemprego.

O consumo privado desacelerou, apresentando uma evolução desfavorável face ao ano anterior. Este comportamento reflecte a continuação do processo de ajustamento da despesa dos agregados familiares, após o forte aumento dos níveis de endividamento.

O investimento registou uma quebra em todas as componentes (construção, material de transporte e máquinas). Este comportamento reflecte as decisões de redução do investimento tanto das famílias e das empresas como das Administrações Públicas.

No que respeita ao comércio internacional, face a 2001, refira-se um crescimento das exportações e uma quebra das importações, nestas últimas em resultado de uma forte quebra verificada nas importações extracomunitárias.

Em 2002, a taxa de inflação, medida pela variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor, situou-se em 4% (0,4 p.p. abaixo da verificada em 2001). Para esta desaceleração da inflação contribuiu principalmente um menor crescimento dos preços dos bens alimentares não transformados, a diminuição nos preços das importações e a desaceleração dos salários. Em sentido contrário contribuíram a conversão de preços de escudos para euros e o aumento, em Junho, da taxa normal de IVA, de 17% para 19%. O diferencial da inflação anual face à média europeia deverá ser 1,5 p.p., segundo estimativa do Eurostat (2 p.p. em 2001).

A evolução do mercado de trabalho em 2002 caracterizou-se pelo aumento do desemprego, decréscimo das ofertas de emprego, abrandamento do emprego e menor crescimento salarial, face ao verificado em 2001. Na sequência do abrandamento da actividade económica, o desemprego registado aumentou significativamente, atingindo-se uma taxa de desemprego perto dos 5%, e os salários registaram um crescimento nominal inferior ao do ano transacto.

No período de Janeiro a Outubro de 2002, e no que respeita a balança de pagamentos, verificou-se uma diminuição das necessidades de financiamento da economia portuguesa face ao exterior. Esta evolução resultou de um comportamento favorável quer da balança corrente quer da balança de capital, esta última traduzindo o aumento das transferências públicas de capital provenientes da União Europeia.

No que se refere às finanças públicas, e em resultado da situação de défice excessivo verificada em 2001, o Governo tomou um conjunto de medidas em 2002 destinadas a reduzir o crescimento da despesa pública e a aumentar a receita fiscal.

Pelo terceiro ano consecutivo, os principais indicadores do mercado financeiro registaram um desempenho negativo, resultado da conjugação de um conjunto de factores, designadamente perspectivas de um conflito militar no Iraque e a crise política e sócio-económica nalguns países da América Latina. Em 2002, a taxa Euribor a 6 meses diminuiu 45 pontos base, em parte devido à antecipação da redução das taxas de referência por parte do BCE, que se veio a confirmar no início de Dezembro. O índice PSI-20, apesar do bom desempenho no primeiro trimestre do ano, registou a maior perda dos últimos três anos associada à pouca fiabilidade das contas de algumas grandes empresas e à conjuntura socio-económica adversa, diminuindo 25,6% face a 2001, situando-se em 5.824,7

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pontos. Neste contexto, a capitalização bolsista diminuiu 9,1% e o volume de transacções, da maioria dos títulos, registou fortes quebras. Em termos cambiais, o ano terminou com o Euro a registar valorizações de 19% face ao dólar, 7% face à libra e 8% face ao iene.

Evolução dos sectores onde o Grupo se insere O ano de 2002 ficou marcado pelo clima de incerteza e instabilidade. As sequelas da crise vivida em 2001, a par dos escândalos contabilístico – financeiros de alguns gigantes económicos e, no caso português, das incertezas eleitorais e das medidas de contenção anunciadas pelo governo, adiaram a retoma económica e a recuperação sustentada dos índices de confiança dos agentes económicos. Os efeitos da recessão afectaram transversalmente os meios de comunicação social. Perante uma conjuntura económica desfavorável, foi visível a retracção ao nível dos investimentos publicitários, bem como um desvio de verbas geralmente destinadas à comunicação para outras áreas. A redução de investimento publicitário da generalidade das empresas, nomeadamente, das empresas de telecomunicações, das dotcom e do sector imobiliário, penalizou, desta forma, o desempenho dos Grupos de Media. O comportamento do mercado publicitário obrigou muitos grupos editoriais a redimensionar as suas estruturas às novas condições financeiras e conduziu ao aumento do preço de capa da maioria dos jornais, durante este ano. Também, para fazer face à quebra no investimento das empresas, muitos foram os meios de comunicação que começaram a praticar fortes descontos nos anúncios e a apostar em preços agressivos. Apesar da renegociação em baixa do preço de papel, o cenário foi especialmente adverso para o sector de Media, cujos níveis de rentabilidade sofreram, uma vez mais, os efeitos da quebra de investimento publicitário, obrigando os diversos “players” a acções de reestruturação organizacional e racionalização de portfólios e, em casos extremos, ao encerramento de títulos. A imprensa económica foi o segmento que registou maior perda de audiências e de redução de publicidade, o que se justifica com a própria situação de abrandamento da economia nacional e mundial. Principalmente nesta área, e já na segunda metade do ano, se verificou o interesse de alguns dos principais grupos de órgãos de comunicação internacionais no mercado nacional, tendo ocorrido mesmo alguns investimentos. Também a nível nacional foi patente a tendência de concentração, tendo-se verificado algumas aquisições de centralização de empresas de media. Durante o ano de 2002, muitos foram os títulos que adoptaram um novo grafismo e efectuaram alterações editoriais de modo a dinamizar e a modernizar as publicações, tornando-as de agradável manuseamento e de consulta fácil. Saliente-se também em 2002 a concentração no mercado de distribuição de imprensa, com a absorção da Deltapress pela Vasp.

No sector das revistas, verificou-se a existência de uma “concorrência acrescida” aos nossos títulos, já que nos últimos anos surgiram várias publicações sobre o Ambiente e Viagens e que os próprios jornais diários começaram a ter edições que são acompanhadas por revistas, o que fez

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com que a oferta de leitura – neste último caso tendencialmente gratuita – tenha crescido exponencialmente. A crise no sector da publicidade afectou a generalidade do mercado que, em retracção, assistiu ao encerramento e à reformulação de alguns títulos. O segmento das revistas de informática cativou um público heterogéneo, no entanto, não deixou de ressentir a quebra das receitas publicitárias e o desinvestimento nas novas tecnologias. Verificou-se ainda em 2001 o lançamento, quase simultâneo, de algumas revistas destinadas ao público masculino, não sendo no entanto ainda visível em 2002 a consolidação deste segmento de revistas no mercado português. Durante 2002, foram lançadas dois títulos na área de entretenimento (jogos para consolas) – PSM 2 e PlayStation 2 – até aqui pouco explorada. Nas rádios há a salientar uma aposta na música portuguesa por parte da generalidade das frequências de rádio, tendo em conta o debate gerado ultimamente pela não aplicação da quota de 40% de música portuguesa prevista na Lei da Rádio. Também a retracção do mercado publicitário marcou este sector no ano 2002, obrigando muitas estações de rádio a diversificar a sua programação e a procurar novos nichos de mercado, de modo a garantir níveis de audiências em determinados segmentos e a proporcionar uma oferta comercial com outros atractivos para os anunciantes. O investimento neste meio, em 2002, sentiu sérias dificuldades, por um lado devido à crise económica e por outro pelas tabelas de preços praticadas pelas televisões (as mais baixas da Europa), ou seja, uma forte concorrência das televisões generalistas, com ofertas de pacotes de media muito atractivos dirigidos a anunciantes tradicionais de rádio. Continua a ser marcante o declínio das rádios locais e regionais, verificando-se um reajustamento do próprio mercado, em que a maioria das rádios nacionais opta por uma lógica de segmentação de audiências, com alvos bem definidos. Analisando o mercado livreiro conclui-se que, o ano 2002, fica marcado por algumas dificuldades resultantes de factores que têm caracterizado este mercado em Portugal nos últimos anos, sendo de referir o índice de iliteracia existente, a produção e publicação descontrolada de novos títulos sem qualquer critério, a lei do preço fixo do livro, a existência de uma clivagem associativa entre editores, a falta de especialização e a pouca agressividade comercial das livrarias. Devido à produção desenfreada de novidades, muitas das editoras em 2002, viram os seus rácios de endividamento aumentar e atingiram elevados níveis de stocks. No entanto, verificou-se adicionalmente, a tendência para uma certa especialização dos livros produzidos e dos temas seleccionados pelas editoras, o que permite atingir uma boa qualidade das publicações, quer a nível de conteúdos quer a nível gráfico, e definir uma boa segmentação do mercado. A maior afluência de leitores a grandes superfícies para aquisição de livros, também diminuiu a performance das livrarias tradicionais.

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Com as dificuldades vividas é já visível a tendência para a concentração de editores e a criação de grupos editoriais para fazer face à concorrência estrangeira. Principais Orientações Estratégicas

Num cenário de retracção persistente do investimento publicitário, a manutenção da sanidade financeira do Grupo Lusomundo Media obrigou à prossecução de estratégias defensivas onde a reorganização, a contenção racional de custos e a revitalização dos meios do Grupo surgem como linhas orientadoras. Neste sentido, 2002 ficou marcado por:

Análise dos vários negócios do Grupo com vista à racionalização do portfólio de meios e à definição da estratégia de crescimento;

Consolidação da liderança e aumento do nível de audiências dos meios Lusomundo;

Implementação, ainda em curso, de um novo modelo de organização interna, de modo a

optimizar os processos de decisão e a assegurar uma gestão mais eficiente dos recursos existentes;

Desenvolvimento de sinergias no plano editorial e na vertente comercial;

Aquisição de novos sistemas de edição electrónica do Diário de Notícias e do Jornal de

Notícias, o que permitirá melhorar a qualidade do produto, bem como incrementar os níveis de produtividade, o “insourcing” de alguns serviços e a racionalização de efectivos;

Política global de contenção de custos;

Transferência e centralização das diversas redacções e áreas administrativas, existentes em

Lisboa, dos vários títulos do Grupo, no Edifício do Diário de Notícias, de modo a criar uma plataforma de serviços comuns a todos os órgãos de comunicação do grupo.

Evolução dos Negócios A Lusomundo Media manteve em 2002 a sua posição de líder da imprensa diária em Portugal. As principais publicações, Jornal de Notícias, Diário de Notícias, 24 Horas e Notícias Magazine aumentaram, ou mantiveram, os seus níveis de audiência relativamente ao final de 2001. O Jornal de Notícias, o jornal diário líder em Portugal, atingiu mais de 10,8% de audiência, tendo-se posicionado também na liderança da circulação das edições de Domingo, face aos jornais semanais. O Diário de Notícias, apesar do decréscimo dos níveis de circulação, afirmou-se como o quarto jornal diário em Portugal, com 4,1% de audiência. O jornal 24 Horas teve também uma excelente performance, tendo a circulação média atingindo quase 39.500 exemplares, superando os 2,2% de audiência média.

Na área das revistas, há a realçar que a National Geographic Magazine obteve, em 2002, uma circulação média de 83.300 exemplares. Este nível de circulação representa um crescimento de 4,6% em relação a 2001, excluindo a primeira edição.

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Neste ano, a TSF – Telefonia Sem Fios registou, no seu segmento alvo GO1 – Quadros Médios e Superiores, o índice de audiência mais elevado dos dois últimos anos, 21,6% na 2ª vaga, estreitando a diferença face ao líder de audiências do segmento onde se posiciona. Jornais

Apresentamos de seguida, mapas resumo de evolução de circulação e audiências médias.

Var.%JORNAIS - Circulação Média Por Edição 2000 2001 2002 2002/2001

Jornal de Notícias 104.910 106.978 108.528 1,4%

Diário de Notícias 68.322 61.119 53.720 -12,1%

24 Horas 25.019 32.061 39.457 23,1%

Público 55.345 55.273 n.d. n.a.

Correio da Manhã 93.318 102.280 n.d. n.a.

Capital 15.629 11.501 n.d. n.a.

Tal & Qual 37.063 38.452 38.062 -1,0%

Jornal do Fundão 17.655 18.709 20.114 7,5%

Açoriano Oriental 4.475 4.501 4.166 -7,4%

Fonte: APCT e Lusomundo a partir de Setembro de 2002

JORNAIS - Audiências

Fonte: Bareme

11,0%

13,3%

11,8%

13,0%

11,4%

12,6%

11,2%10,6%

10,1%10,6%

10,2%10,8%

4,2% 4,4% 4,2%

5,2%4,3% 4,1%

1,8% 1,6% 1,7% 1,9% 2,0% 2,2%

5,0% 4,7% 4,5%4,1% 3,9%

4,9%

8,7%7,9% 8,0%

9,4%

8,3%

9,5%

1,4% 1,2% 1,3% 1,3% 1,0% 1,2%

0,0%

2,0%

4,0%

6,0%

8,0%

10,0%

12,0%

14,0%

Jan 01 - Mar 01 Abr 01 - Jun 01 Set 01 - Dez 01 Jan 02 - Mar 02 Abr 02 - Jun 02 Set 02 - Dez 02

Notícias Magazine Jornal de Notícias Diário de Notícias 24H

Público Correio da Manhã Tal & Qual

Após a recuperação generalizada das audiências de imprensa verificada no 1º trimestre de 2002, entre Abril e Junho os principais jornais diários generalistas apresentaram um decréscimo do número de leitores, que voltou à retoma no último trimestre do ano.

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Na análise da 3ª vaga de audiências de 2002 salientamos os seguintes aspectos:

A Notícias Magazine (revista inserida nas edições do Domingo do DN e do JN) notabilizou-se como a publicação com maior audiência em Portugal, atingindo um universo perto dos 949 mil leitores no último trimestre do ano. Com uma audiência média de 12,6%, continuou a ser a publicação portuguesa mais lida;

O Jornal de Notícias manteve a sua posição de líder sendo, no final do ano, a distância face

ao seu concorrente mais directo de 1,3 pp.. Foi a única publicação portuguesa, à excepção da Notícias Magazine, cujo índice de audiência ultrapassou a barreira dos dois dígitos.

O Jornal de Notícias é o líder das audiências em todas as faixas etárias da população

portuguesa maior de 14 anos. A sua liderança é absoluta, sendo, no entanto, de salientar que no segmento dos 18 aos 24 anos, atinge quase o dobro dos leitores do seu concorrente mais próximo e que também lidera com destaque (com mais 33,7 mil leitores) o segmento dos 25 aos 34 anos.

Com uma audiência média de 4,1%, o Diário de Notícias assegurou ao longo do ano a

liderança dos jornais diários de referência, situação apenas invertida no último trimestre, em que os níveis de audiência média se situaram ligeiramente abaixo do seu mais directo concorrente. Para esta situação terá certamente contribuído o enorme esforço promocional e de marketing desenvolvido pelo concorrente.

Após um ano de crescimento contínuo de audiências o 24 Horas superou os 165 mil leitores

e registou um audiências média de 2,2%, comparativamente à audiência de 1,7% (128 mil leitores) atingida em igual período do ano anterior, o que resulta num acréscimo aproximado 37 mil leitores.

Jornal de Notícias

O segmento de imprensa diária generalista continua liderado pelo Jornal de Notícias. Este diário, de raiz popular, caracteriza-se pela cobertura exaustiva de problemas regionais, dando-lhes um enfoque nacional, sendo vasto e diversificado o público que abrange.

Em 2002, a circulação média diária do Jornal de Notícias ascendeu a 108,5 mil exemplares, 1,4% acima do verificado no ano anterior, o que é justificado pelo sucesso alcançado com as acções promocionais desenvolvidas ao longo do ano e que, nos últimos cinco meses de 2002, catapultaram o jornal para níveis médios de circulação superiores a 112 mil exemplares. As promoções e ofertas editoriais foram sem dúvida uma forma de promover as vendas do jornal e de reforçar a sua notoriedade. As iniciativas comerciais levadas a cabo em 2002, caracterizaram-se por serem promoções inovadoras – caso das Velas Siza Vieira – que permitiram surpreender o leitor.

Nas suas edições de Domingo afirmou-se como líder, atingindo níveis de circulação superiores aos conseguidos por jornais de carácter semanal. Sendo o desporto uma das áreas de maior interesse no “Jornal de Notícias”, este foi o diário que mais forte apostou na cobertura do Mundial de Futebol 2002 com um suplemento de 16 páginas. A este destacável antecedeu uma revista comum ao “Diário de Notícias”, “24 Horas” e “JN” com toda a informação sobre equipas, estádios e horários de jogos. Ainda nesta vertente, em meados de

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Abril, teve início o concurso “Vá ao Mundial” e em Maio “JN Cartas do Mundial”. Já no último trimestre do ano procedeu ao reforço do suplemento de desporto com edições diárias.

Diário de Notícias

A circulação média do Diário de Notícias registou um decréscimo de 12,1% em relação ao ano anterior, tendo a partir de Abril, verificado um decréscimo acentuado no número de exemplares em circulação, situando-se nos últimos seis meses, em média, abaixo dos 50,7 mil. A quase ausência de campanhas promocionais, nomeadamente na época de Verão, terá sido a principal razão da quebra dos níveis de circulação. Mesmo assim, o Diário de Notícias reforçou a posição de referência ocupada na sociedade portuguesa devido à forte campanha institucional que marcou a primeira metade do ano, e que está patente no reforço da liderança das audiências nas duas primeiras vagas do ano.

Correspondendo ao 1º aniversário dos acontecimentos 11 de Setembro, a edição conjunta da revista “11 de Setembro” permitiu impulsionar a circulação do DN, desse dia, para os 74,4 mil exemplares.

Também o sucesso das campanhas promocionais, levadas a cabo a partir de meados do mês de Novembro, permitiu alavancar as circulações totais para níveis superiores aos 66 mil exemplares, nos dias de circulação de produtos opcionais. Já no final de 2002, o Diário de Notícias lançou 6 quiosques para a recepção de classificados, em Lisboa. A sua implementação deu-se em centros comerciais e visa responder de forma mais eficaz à adesão dos leitores à secção de anúncios Classificados do DN.

Depois de em 2001 ter recebido o prémio de melhor grafismo na categoria de jornal nacional, no European Newspaper Award, o Diário de Notícias foi de novo em 2002 distinguido, ao ver premiados três dos seus trabalhos de infografia. O DNA – suplemento do diário – recebeu o prémio especial de reconhecimento, enquanto o Diário de Notícias da Madeira foi premiado com o trofeu de melhor capa na categoria dos jornais regionais.

24 Horas

Num ano caracterizado pelo crescimento negativo do mercado, o 24 Horas é o jornal diário generalista que registou o maior crescimento. Esta excelente performance do 24 Horas deveu-se ao melhoramento dos conteúdos, com o objectivo de aproximar o jornal cada vez mais às necessidades e expectativas do respectivo público alvo.

Com um crescimento notável de 23,1% na circulação média, face ao ano anterior, o 24 Horas vê a sua posição reforçada no mercado, apresentando um contínuo crescimento nos níveis de audiência desde meados de 2001. Tal & Qual

Este semanário, caracterizado por oferecer aos leitores os temas tratados de uma forma particularmente apelativa e “diferente” dos outros meios apresentou-se, em 2002, em termos de

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circulação no patamar dos 38 mil exemplares, nível próximo do ano anterior, tendo-se situado nos 1,2% de audiências.

Apresentou ao longo de 2002 uma colaboração estreita com o diário 24 Horas, jornal igualmente detido pela Prodiário, o que permitiu ciar algumas sinergias.

Imprensa Regional

Na imprensa regional do Grupo, merece especial destaque o crescimento do número de assinantes do Jornal do Fundão, que originou um aumento de 7,5% da circulação e que foi acompanhado de um crescimento da facturação de publicidade.

Caracterizado por uma linha editorial rigorosa em que a informação é totalmente isenta e independente, o Jornal do Fundão apresenta uma estrutura sólida e uma forte posição no mercado da imprensa regional.

Na sequência do projecto de conteúdos pagos nos media portugueses, iniciado em 2001, o Jornal do Fundão lançou o serviço “Live Events”, uma funcionalidade que permite aceder a diversas informações em tempo real, salientando-se os jogos de futebol dos clubes da região. Este e outros serviços inovadores da edição electrónica do Jornal do Fundão, terão sido o impulso para que as “page views” do JF Online duplicassem em apenas um ano, chegando no final de 2002 muito próximo do meio milhão de “page views”.

O Açoriano Oriental estreou-se, já no 3º trimestre, em versão electrónica estando já disponível diariamente na Internet, com uma secção de arquivo com edições anteriores. Rádio

RÁDIO - Audiências (A.A.V.)Quadros Médios e Superiores - Grande Lisboa e Porto

Fonte: Bareme

19,3% 19,2%

12,3%

19,8%17,8%

21,6%

18,2%

15,8%

4,9%

7,1%5,4% 5,4% 5,6% 5,1% 5,5%

3,6%

17,7%

22,7%

17,9%

20,1%

23,3%22,3% 22,6%

27,2%

15,2%

10,7%

14,0%

9,1% 8,8%

5,4%

10,4%12,2%

8,7%

5,7%

7,9%5,8% 6,5%

9,8%8,1%

5,8%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

Jan 01 - Mar 01 Abr 01 - Jun 01 Jun 01 - Set 01 Set 01 - Dez 01 Jan 02 - Mar 02 Abr 02 - Jun 02 Jun 02 - Set 02 Set 02 - Dez 02

TSF RRC1 RFM Comercial Nostalgia

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No início de 2002, a TSF renovou a sua grelha de programação, reformulando o espaço informativo a horas certas em prol de uma maior flexibilidade dos períodos noticiosos e do reforço da informação sobre o trânsito. Pretende-se estrategicamente manter a matriz de “rádio de notícias” com noticiários à hora certa e às meias horas, com períodos mais prolongados (denominadas “horas de informação integrada”), acompanhados de entrevistas, debates e magazines e onde a publicidade se encontra distribuída de forma harmoniosa, integrando o conceito de comunicação. Economia, desporto, música e cinema são alguns dos muitos temas abordados diariamente, numa rádio que vive da actualidade.

No 2º trimestre de 2002, a TSF alcançou o melhor resultado de audiência dos dois últimos anos, no segmento alvo de referência (Quadros médios e superiores, da Grande LX e Grande Porto), ficando apenas a 0,7 p.p. do líder do segmento. Este resultado é tanto mais significativo se tivermos em conta que a TSF assume a natureza de uma rádio especializada em informação, com principal enfoque na actualidade política, económica e desportiva dirigida a targets com perfil sócio-económico elevado, e o líder apresenta um formato generalista de entretenimento.

Já no 4º trimestre, e apesar do decréscimo apresentado em termos de audiência no segmento alvo, a TSF ascende pela 1ª vez ao 4º lugar do ranking, no que respeita a audiência acumulada de véspera para o Universo (7.528.000 indivíduos), com uma audiência de 3,6%.

De salientar ainda o facto da TSF ter consolidado, uma vez mais, o perfil sócio-económico elevado dos seus ouvintes, tendo em conta que:

82% dos ouvintes da TSF pertencem às Classes Sociais Alta, Média-Alta e Média;

34,9% (mais de um terço) são Quadros Médios e Superiores;

75,4% têm entre 25 e 54 anos de idade;

74,9% residem em zonas de elevada concentração populacional e de elevado poder de compra (Grande Lisboa, Grande Porto e Litoral).

Revistas

Var.%

REVISTAS - Circulação Média Por Edição 2000 2001 2002 2002/2001

Grande Reportagem 21.006 19.892 18.373 -7,6%

Evasões 23.339 24.482 20.526 -16,2%

Volta ao Mundo 30.258 30.298 34.601 14,2%

Rotas & Destinos 13.133 19.099 n.d. n.a.

Viver com Saúde 28.130 28.036 24.555 -12,4%

SOS Saúde e Estilo de Vida 28.737 34.576 n.d. n.a.

National Geographic Magazine n.a. 79.673 83.313 4,6%

Selecções do reader's Digest 178.324 177.402 n.d. n.a.

Fonte: APCT e Lusomundo a partir de Setembro de 2002

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A National Geographic Magazine (NGM) será provavelmente o maior sucesso editorial a que Portugal assistiu nos últimos anos. Em 2002, a circulação média da revista superou os 83 mil exemplares, o que representa um crescimento de 11,5% em relação aos valores registados no ano de 2001, excluindo a primeira edição de carácter promocional. A audiência média situou-se em 4,1%, 0,4 pp acima da audiência média do ano anterior. Tal sucesso resulta da fortíssima marca que detém e da elevada qualidade editorial.

Em Abril, mês referente ao 1º aniversário, foi lançada a Semana National Geographic, que contou com a exposição “Os fotógrafos”.

Em complemento à edição mensal da revista, no mês de Junho verificou-se o lançamento da “National Geographic Adventure”, uma publicação dedicada às explorações e à aventura. Em Julho verificou-se o lançamento do 1º mook “As 100 Melhores Imagens da NG”, uma edição para coleccionadores com algumas das melhores fotografias publicadas na revista e em Dezembro o 2º mook com “As 100 Melhores Imagens da Vida Selvagem”.

Há ainda a realçar a manutenção do excelente desempenho da Volta ao Mundo ao longo de 2002, cuja circulação média superou os 34,5 mil exemplares, verificando-se um crescente envolvimento da revista em diversos certames de viagens e a realização do seu próprio concurso anual de fotografia.

A renovação gráfica e editorial da Grande Reportagem impulsionou, a partir de Junho, os seus níveis de circulação esperando-se a consolidação desta evolução ao longo do próximo ano.

No mês de Junho, verificou-se o lançamento da edição n.º 50 da Evasões que permitiu atingir níveis de circulação superiores a 30 mil exemplares nesse mês.

Em Setembro verificou-se o lançamento da revista oficial da Playstation 2, com uma tiragem de 30 mil exemplares e constituída por 100 páginas, cujos temas vão de encontro às necessidades do leitor amante deste género de entretenimento ligado aos videojogos. A acompanhar cada edição está a oferta de um DVD com demonstrações jogáveis dos mais recentes lançamentos da Sony. A revista é composta adicionalmente por secções dedicadas ao cinema e música.

Durante este ano procedeu-se ao encerramento de duas publicações do grupo, o Mundo do CD-Rom e a Cinemania, sendo no primeiro caso por não renovação contratual da licença de exploração do título e no segundo pela edição apresentar níveis de rentabilidade não adequados à sua viabilização.

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REVISTAS - Audiências

Fonte: Bareme

2,7%

2,3%

2,0%

1,7%

1,9%

1,7%

1,0%1,1%

1,0%

1,2% 1,2%

0,9%

2,1% 2,1%

1,7%1,8%

1,9%

1,6%1,5%

1,3%

1,5%1,4%

1,6% 1,6%

1,2%

1,6%

1,3%

1,5%

1,3% 1,3%

1,0%

1,3%

0,9%

0,5%

1,0%

0,7%

0,4%

0,9%

1,4%

1,9%

2,4%

2,9%

Jan 01 - Mar 01 Abr 01 - Jun 01 Set 01 - Dez 01 Jan 02 - Mar 02 Abr 02 - Jun 02 Set 02 - Dez 02

Grande Reportagem Evasões Volta ao Mundo

Rotas e Destinos Viver com Saúde SOS Saúde e Estilo Vida

3,7%3,9%

4,1%

5,6%5,4%

5,1% 5,0%

4,3%

4,6%

3,7%

3,0%

3,5%

4,0%

4,5%

5,0%

5,5%

6,0%

Jan 01 - Mar 01 Abr 01 - Jun 01 Set 01 - Dez 01 Jan 02 - Mar 02 Abr 02 - Jun 02 Set 02 - Dez 02

National Geographic Magazine Selecções do Readers Digest

Apesar do curto período desde o seu lançamento a NGM entrou directamente para a segunda posição do Baréme Imprensa, atingindo neste ano 4,1% de audiência média, no segmento de revistas de interesse geral.

A Volta ao Mundo apresentou durante este ano uma evolução favorável, atingindo 1,9% de audiência, nível já próximo dos melhores níveis atingidos em 2001. Graças à fidelidade dos leitores ocupa actualmente uma posição forte a caminho do número 100, que se irá verificar em Fevereiro do próximo ano.

A Pressmundo assume liderança em todos os segmentos em que tem publicações – National Geographic, Volta ao Mundo e Grande Reportagem. Actividade Livreira Durante 2002, a Editorial Notícias e a Oficina do Livro editaram 127 novos títulos e reeditaram 174, tendo editado no ano anterior 126 novidades e efectuado 154 reedições.

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Na Editorial Notícias destacam-se como sucessos editoriais o já tradicional “Prontuário Ortográfico” (cerca de 11 mil exemplares), o último romance de João de Deus Pinheiro, o livro de crónicas de Aníbal Cavaco Silva e o de memórias do Vasco Gonçalves. De entre os autores estrangeiros destaque-se o novo livro “De Todo o Visível e Invisível” da conceituada Lúcia Etxerrabia e o livro de “Pensamentos de Paulo Coelho”, este último integrado na nova colecção de livros de bolso “Guias Práticos”, lançada neste exercício. Na Oficina do Livro, de entre os cinco títulos mais vendidos, quatro pertencem à autora Margarida Rebelo Pinto, que atingiu um total próximo de 140 mil livros vendidos, sendo ainda de salientar o sucesso alcançado com o lançamento de “Anos Perdidos” de Miguel Sousa Tavares. O ano de 2002 foi ainda marcado pelo encerramento provisório da livraria do Porto, em Fevereiro, devido a acidentes que danificaram fortemente as instalações, tendo aberto ao público no mês de Dezembro apenas com a comercialização de edições da Editorial Notícias ou, por si, comercializadas. A Oficina do Livro, editora criada em 2000, tem registado, no decurso dos três anos de actividade, um crescimento exponencial, baseando a sua estratégia na publicação de obras, essencialmente crónicas, de autores portugueses com elevado grau de mediatismo.

Nesta área, e como resposta ao decréscimo verificado no consumo generalizado de livros, tem-se procurado racionalizar as edições e tiragens, não podendo, no entanto, deixar de manter uma forte presença no mercado e simultaneamente procurar fomentar o acréscimo das vendas através de agressivos planos de promoção, quer nos diversos meios da Lusomundo Media quer junto dos próprios pontos de venda. Também como base de uma política editorial e comercial mais agressiva tem-se verificado a preferência pela edição de livros com preços de custo e de venda mais baixos e pela prática de um preço de venda ao público mais baixo devido ao maior índice de descontos.

Recursos Humanos No final do ano 2002, o número de trabalhadores ao serviço do Grupo Lusomundo Media era de 1.275 pessoas. A repartição deste número de trabalhadores pelas principais empresas do grupo é como segue:

Var.%EMPRESA - Nº de Trabalhadores no Final do Período 2001 2002 2002/2001

Jornal de Notícias 432 401 -7,2%

Diário de Notícias 396 346 -12,6%

Prodiário 121 116 -4,1%

Pressmundo 89 75 -15,7%

Rádio 170 162 -4,7%

Consolidado Lusomundo Media 1.391 1.275 -8,3%

Como se pode verificar, em 2002 o número de efectivos ao serviço do Grupo Lusomundo Media foi reduzido em 116 pessoas. Esta redução resultou da aplicação de um plano de reestruturação/racionalização dos recursos humanos, iniciado em Julho de 2002, e à criação das

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condições necessárias para a introdução de uma plataforma de serviços partilhados para as funções de suporte, que permita a obtenção de sinergias, nomeadamente nas áreas de carácter administrativo, e que funcione numa óptica de prestação de serviços às restantes empresas do universo Lusomundo Media. Adicionalmente, iniciou-se a implementação de um projecto de transversalização de determinadas funções, o qual permitiu já uma redução dos efectivos nas áreas comerciais e de produção. Análise das Contas Devido ao contexto macro-económico particularmente adverso aos negócios de media, dada a retracção do investimento publicitário, os negócios da Lusomundo Media tiveram uma performance menos positiva em 2002. As receitas da Lusomundo Media atingiram os EUR 137,4 milhões e registaram, face a 2001, um decréscimo de 2,5%, tendo o EBITDA atingido os EUR 4,5 milhões, o que representa, em relação ao mesmo período, um decréscimo de 54%. Em 2002, a Lusomundo Media teve um resultado Consolidado Líquido negativo no montante de EUR 17,7 milhões, o que compara com EUR 4,6 milhões negativos de 2001. De referir, no entanto, que o Resultado Líquido deste ano foi afectado pelo reconhecimento de provisões para processos judiciais em curso, produtos promocionais e indemnizações (no âmbito da reestruturação em curso) de cerca de EUR 11,4 milhões, situações que marcaram negativamente os resultados extraordinários do exercício. A leitura deste capítulo dever ser realizada em conjunção com as demonstrações financeiras consolidadas e notas anexas adiante apresentadas. No quadro que se segue evidenciam-se as principais rubricas de Proveitos, Custos e Resultados.

Var.%RESULTADOS CONSOLIDADOS 2000 2001 2002 2002/2001

(milhares de Euros)

Proveitos Operacionais 145.297 141.007 137.430 -2,5%Receitas de Exploração 143.086 139.011 135.684 -2,4%

Outros Proveitos Operacionais 2.211 1.996 1.746 -12,5%

Custos Operacionais 132.500 135.467 136.978 1,1%

Resultados Operacionais Consolidados 12.797 5.540 452 -91,8%

Resultados Financeiros (5.442) (5.876) (4.422) 24,7%Proveitos e Ganhos Financeiros 1.265 384 677 76,2%

Custos e Perdas Financeiras 4.701 4.199 3.003 -28,5%Amortização do Goodwill (1) 2.006 2.061 2.096 1,7%

Resultados Extraordinários 2.802 (2.610) (19.550) -649,0%Proveitos e Ganhos Extraordinários 6.005 3.787 2.593 -31,5%

Custos e Perdas Extraordinárias 3.204 6.397 22.142 246,1%

Resultado Consolidado Líquido 7.171 (4.617) (17.787) -285,3%

EBITDA 17.061 9.941 4.571 -54,0%Margem EBITDA 11,9% 7,2% 3,4% -3,8 p.p.

(1) - Em 2000 e 2001 a Amortização do Goodwill era considerada custo operacional

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Em 2002, as Receitas de Exploração consolidadas da Lusomundo Media ascenderam a EUR 135,6 milhões, tendo decrescido 2,4% face aos valores comparáveis registados no ano 2001. Esta performance foi resultado de um contexto macro-económico particularmente desfavorável aos negócios de media (retracção do investimento publicitário). O EBITDA situou-se nos EUR 4,5 milhões, tendo decrescido 54% em relação aos valores de 2001, devido ao incremento de 6% verificado nos Fornecimentos e Serviços Externos e ao decréscimo, já referido, das receitas de exploração. Os Resultados Operacionais consolidados foram positivos no montante de EUR 0,4 milhões, reflectindo amortizações de cerca de EUR 4,1 milhões. Analisa-se de seguida, com mais pormenor, a situação económica da Lusomundo Media. Situação Económica

PROVEITOS OPERACIONAIS

(milhares de Euros)

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

2000 94.352 32.856 10.656 5.718 1.715

2001 87.783 33.709 10.039 9.164 312

2002 74.888 37.308 14.336 8.782 2.116

Var.% 2002/2001 -14,7% 10,7% 42,8% -4,2% 578,2%

PublicidadeJornais

VendidosProdutos e Diversos

Actividade Livreira

Outros

A conjuntura económica adversa observada em 2002 continuou a afectar negativamente o mercado de publicidade, originando uma diminuição das receitas de publicidade dos meios da Lusomundo Media de EUR 12,8 milhões (-14,7%) face ao ano de 2001.

A quebra das receitas de publicidade foi atenuada pelo incremento das receitas de jornais/revistas vendidos (resultante do aumento do preço de capa da maioria dos jornais do Grupo e do aumento da circulação do 24 Horas) e do número de produtos vendidos, no âmbito de acções promocionais levadas a cabo pelo Jornal de Notícias. Adicionalmente, em 2002, as receitas de venda de revistas reflectem 12 meses de vendas da National Geographic Magazine, enquanto que em 2001 esta revista apenas contribuiu com nove meses de vendas, uma vez que o seu lançamento ocorreu em Abril de 2001.

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ESTRUTURA DAS RECEITAS DE EXPLORAÇÃO CONSOLIDADAS - 2002

Rádio7%

Pressmundo7%

Jornal de Notícias46%

Prodiário6%

Diário Notícias25%

Actividade Livreira6%

Imprensa Regional eHolding3%

Outros9%

Analisa-se de seguida a evolução das receitas de exploração por título/actividade, não considerando as anulações intercompanhias: As receitas de exploração do Jornal de Notícias tiveram, em 2002, um crescimento de 2% face a 2001, representando 46% (após anulações) das receitas de exploração consolidadas. Tal crescimento foi possível devido ao aumento dos níveis de circulação em resultado da forte aposta em campanhas promocionais, que atenuou o impacto desfavorável da quebra das receitas de publicidade. No Diário de Notícias a quebra de 9% das receitas de exploração resultou essencialmente do decréscimo das receitas de publicidade, uma vez que o aumento do preço de capa do jornal atenuou o efeito de descida dos níveis de circulação.

O acréscimo de 23% das receitas operacionais da Prodiário resulta, fundamentalmente, do crescimento das receitas de jornais vendidos e da publicidade do 24 Horas, que apresentou um crescimento superior a 13%, o que evidencia a sua crescente notoriedade e consequente incremento da capacidade de angariação de publicidade.

Em contraciclo, e fruto de uma menor exposição a riscos conjunturais e ao potencial de crescimento da imprensa regional, as receitas de publicidade do Jornal do Fundão cresceram 19%, tendo também o Açoreano Oriental apresentado um decréscimo menos acentuado que os principais títulos do Grupo.

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Na Pressmundo, o volume de vendas de revistas ascenderam a EUR 5 milhões, 13% acima do registado no ano anterior.

Na actividade livreira, verificou-se um aumento do volume de vendas de edições de terceiros, sendo que o decréscimo verificado nas edições próprias conduziram a um decréscimo de cerca de 8% nas receitas de exploração da Editorial Notícias.

ESTRUTURA DO EBITDA CONSOLIDADO - 2002

(4.500)

(2.500)

(500)

1.500

3.500

5.500

7.500

9.500

2000 7.265 9.882 (3.567) (1.637) 4.516 390 214

2001 3.798 8.129 (3.114) (1.419) 1.940 562 44

2002 73 8.409 (3.088) (1.030) 469 251 (513)

Diário NotíciasJornal de Notícias

Prodiário Pressmundo RádioActividade

LivreiraHolding e Outros

Como se pode verificar, no EBITDA Consolidado o maior contributo positivo é do Jornal de Notícias, que neste ano alcançou um acréscimo de 3,4%, face ao ano anterior.

Embora ainda negativo, é visível a recuperação do contributo do EBITDA da Prodiário e da Pressmundo. No primeiro caso o melhoramento da margem deve-se essencialmente ao acréscimo das receitas de exploração em 23% e à redução dos custos com papel. Na Pressmundo a margem EBITDA beneficiou de uma redução generalizada dos custos de produção, por um lado devido à redução do seu portfolio e por outro devido à diminuição do preço do papel (diminuição da gramagem) e do número de páginas impressas.

É ainda de salientar o facto de o Diário de Notícias apresentar neste exercício um contributo quase nulo para o EBITDA Consolidado, devido nomeadamente à quebra das receitas publicitárias e ao aumento dos custos relacionados com acções publicitárias, nomeadamente publicidade institucional.

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Analisa-se de seguida os Resultados Operacionais Consolidados de forma mais detalhada:

Var.%RESULTADOS CONSOLIDADOS 2000 2001 2002 2002/2001

(milhares de Euros)

Proveitos Operacionais 145.297 141.007 137.430 -2,5%Receitas de Exploração 143.086 139.011 135.684 -2,4%

Outros Proveitos Operacionais 2.211 1.996 1.746 -12,5%

Custos Operacionais 132.500 135.467 136.978 1,1%Custo das Mercadorias Vendidas 33.470 33.348 30.975 -7,1%

Fornecimentos e Serviços Externos 53.868 54.431 57.706 6,0%

Custos com Pessoal 39.111 40.438 41.291 2,1%

Amortizações 4.264 4.401 4.119 -6,4%

Provisões 1.048 2.075 1.649 -20,5%

Outros Custos Operacionais 739 774 1.238 59,8%

Resultados Operacionais Consolidados 12.797 5.540 452 -91,8%

Resultados Financeiros (1) (5.442) (5.876) (4.422) -24,7%

Resultados Extraordinários 2.802 (2.610) (19.550) -649,0%

Resultados Antes de Impostos 10.156 (2.947) (23.521) -698,2%

Imposto Sobre o Rendimento 2.984 1.529 (5.518) -460,9%

Resultado líquido Antes de Interesses Minoritários 7.172 (4.475) (18.002) -302,2%

Resultado Consolidado Líquido 7.171 (4.617) (17.787) -285,3%

EBITDA 17.061 9.941 4.571 -54,0%Margem EBITDA 11,9% 7,2% 3,4% -3,8 p.p.

(1) - Inclui Amortização de Goodwill Assim conclui-se que, o negócio de media apresentou uma degradação dos seus níveis de rendibilidade operacional, consequência da quebra de receitas publicitárias, cuja variação afecta quase directamente o bottom line, do aumento dos custos relacionados com acções promocionais e campanhas publicitárias.

Verificou-se o melhoramento do rácio CEVMC/Vendas Jornais em 18,3 p.p. em resultado da conjunção dos factores aumento preço capa/redução do custo do papel, o que permitiu aumentar a margem bruta da venda dos jornais para cerca de 49,9% das suas receitas, face a 31,7% em igual período do ano anterior.

No entanto, o aumento de preço de capa da maioria dos jornais e o decréscimo do custo do papel não conseguiram contrabalançar a quebra de EUR 12,8 milhões das receitas de publicidade e o agravamento do peso dos FSE’s (devido ao desenvolvimento de diversas acções promocionais e de marketing), o que conduziu a uma redução do EBITDA de EUR 9,9 milhões em 2001 para EUR 4,5 milhões em 2002.

Com vista a atenuar os efeitos da conjuntura adversa deste ano e a performance operacional dos negócios ainda deficitários, acentuar-se-ão no próximo exercício as medidas de reestruturação e de contenção de custos, já iniciadas em 2002, das quais se destaca o controlo de custos fixos, tendo sido traçada uma política de redução global dos custos operacionais das várias empresas do Grupo na área de media.

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Apesar das medidas traçadas, constata-se que quer o EBITDA quer o EBIT caiem 3,7 p.p., representando, em 2002, 3,4% e 0,3% das receitas de exploração, respectivamente. Embora tenha obtido um resultado operacional positivo em 2002, a Lusomundo Media apresentou um Resultado Líquido negativo de EUR 17,7 milhões, para o qual contribuíram Resultados Extraordinários negativos de EUR 19,5 milhões. O resultado líquido deste período foi fortemente penalizado pelo reforço de provisões para produtos promocionais e ainda pelas indemnizações prestadas no âmbito da reestruturação.

Situação Financeira e Patrimonial Balanço e Estrutura Patrimonial

O quadro seguinte sintetiza o Balanço Consolidado da Lusomundo Media.

BALANÇO CONSOLIDADO Dez-01 Mar-02 Jun-02 Set-02 Dez-02

(milhares de Euros)

Activo Fixo Líquido, do qual 68.829 67.524 66.800 66.526 66.606Goodwill 23.491 22.983 23.173 22.656 22.126

Outro Imobilizado Incorpóreo 3.362 3.171 2.983 2.787 2.693

Imobilizado Corpóreo 36.770 36.310 36.207 36.547 36.282

Investimentos Financeiros 5.206 5.060 4.437 4.536 5.505

Fundo de Maneio, do qual (4.262) (3.035) (2.026) (2.083) (16.330)Existências 9.376 8.758 8.691 7.795 6.625

Clientes 31.963 33.584 33.664 36.161 31.257

Fornecedores (20.225) (19.836) (18.464) (17.460) (21.873)

Adiantamentos a Fornecedores 11 22 39 30 32

Estado e Outros Entes Públicos (1.788) (169) (2.718) (1.715) (1.814)

Acréscimos e Diferimentos (7.021) (7.129) (6.256) (8.616) (2.742)

Outros (16.578) (18.265) (16.982) (18.278) (27.815)

Capital Investido 64.567 64.489 64.774 64.443 50.276

Financiamento, do qual 64.567 64.489 64.774 64.443 50.276Capital Próprio 37.070 35.784 33.014 30.181 20.337

Dívida Líquida Total 27.497 28.705 31.760 34.262 29.939

RÁCIOS FINANCEIROS 0

Dívida Líquida Total / Capital Próprio 0,7 0,8 1,0 1,1 1,5

Dívida Líquida Total / Capital Investido 0,4 0,4 0,5 0,5 0,6

Dívida Líquida Total / EBITDA anualizado 2,8 4,2 7,1 8,6 6,5

Cobertura de Encargos Financeiros

EBITDA / Custo Líquido de Financiamento 3,2 2,6 1,8 1,6 1,0

EBIT / Custo Líquido de Financiamento 1,8 1,2 0,3 0,0 0,1

O Activo Consolidado Líquido atingiu um montante de EUR 133,4 milhões no final de 2002. Como se pode verificar no quadro supra, é notório o agravamento do fundo maneio, nomeadamente no último trimestre do ano, em resultado das provisões para riscos e encargos que, em Dezembro, assumiram os EUR 24,6 milhões, face a EUR 14,5 milhões em 2001.

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O capital próprio, no total de EUR 20,3 milhões, diminuiu em EUR 16,7 milhões em relação ao ano anterior, essencialmente em consequência do resultado consolidado líquido de 2002 (EUR 17,7 milhões negativos).

De mencionar ainda o agravamento do nível de cobertura de encargos financeiros, face a 2001, o que resultou, essencialmente, da diminuição da rentabilidade operacional.

No quadro seguinte apresenta-se a estrutura da dívida consolidada da Lusomundo Media.

ESTRUTURA DA DÍVIDA CONSOLIDADA Dez-01 Mar-02 Jun-02 Set-02 Dez-02

(milhares de Euros)

Dívida de Curto Prazo 30.818 30.155 30.917 31.370 3.879Empréstimos de Accionistas 19.485 21.322 19.828 19.975 128

Empréstimos e Descobertos Bancários 5.877 4.532 4.287 3.600 3.479

Papel Comercial 5.000 4.000 6.500 7.500 0

Leasing 456 301 302 295 272

Dívida de Médio e Longo Prazo 5.316 5.320 5.227 5.283 30.522Empréstimos de Accionistas 0 0 0 0 18.248

Papel Comercial 4.988 4.988 4.988 5.000 12.000

Leasing 328 332 239 283 274

Dívida Consolidada Remunerada 36.134 35.475 36.144 36.653 34.401

Disponibilidades (8.637) (6.770) (4.384) (2.391) (4.462)

Dívida Consolidada Líquida 27.497 28.705 31.760 34.262 29.939

No final de 2002, a dívida da Lusomundo Media ascendia a EUR 29,9 milhões, sendo que 88,7% da dívida consolidada remunerada é de médio e longo prazo e grande parte constituída por Empréstimos de Accionistas (53%). O elevado peso desta rubrica resulta do facto da Lusomundo Media se financiar fundamentalmente recorrendo a empréstimos junto do seu accionista maioritário, a PT-Multimédia. Os empréstimos concedidos pela PT-Multimédia revestem a forma de suprimentos remunerados.

Em 2002, a Lusomundo Media aumentou a sua dívida líquida em EUR 2,4 milhões nomeadamente por via do recurso a financiamento bancário (papel comercial).

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Investimento Corpóreo e Incorpóreo

Incorpóreo IncorpóreoEMPRESA - Investimento Corpóreo e Incorpóreo Corpóreo (Excluindo Goodwill) Total Corpóreo (Excluindo Goodwill) Total

(milhares de Euros)

Jornal de Notícias 867 0 867 867 0 867

Diário de Notícias 615 0 615 1.246 0 1.246

Prodiário 53 22 75 70 0 70

Pressmundo 115 738 853 16 26 42

Rádio 945 19 963 637 0 637

Outros 284 180 464 434 43 477

Consolidado Lusomundo Media 2.879 959 3.838 3.269 69 3.339

2001 2002

O investimento consolidado da Lusomundo Media em imobilizado corpóreo e incorpóreo (excluindo goodwill) atingiu EUR 3,3 milhões. O investimento realizado foi sobretudo orientado para a manutenção dos emissores da TSF (EUR 531 milhares) e para a renovação do sistema editorial do Jornal de Notícias e do Diário de Notícias (EUR 1.184 milhares).

Perspectivas Futuras A Lusomundo Media pretende manter a clara posição de liderança que detém na sua área de negócio, impulsionar um crescimento sustentado em termos de receitas, melhorar a margem operacional de todo o seu portfolio de negócios. Neste sentido, será intensificado o processo de reestruturação e reorganização que assenta, por um lado, na racionalização e agilização funcional da sua estrutura, visando nomeadamente um controlo estrito dos custos operacionais e, por outro, na optimização do portfolio de negócios, de modo a maximizar a eficiência organizativa e operacional, estando cientes do potencial de poupança que a integração de estruturas de apoio poderá trazer a este projecto. Adicionalmente, a Lusomundo Media continuará a apostar na liderança e na fidelização dos clientes. A nível editorial dos seus títulos, a Lusomundo Media pretende melhorar não só a qualidade dos conteúdos como também a qualidade gráfica, tendo a certeza que a apresentação gráfica de um projecto editorial constitui uma componente tão importante quanto a sua definição ao nível de conteúdos, num contexto de mercado altamente concorrencial e em que o eixo se centra na captação da atenção do público. A nível comercial o objectivo é tornar cada edição num meio relevante para o mercado publicitário, tendo em conta o prestígio de marcas de imprensa centenárias e a utilidade já sustentada dos restantes títulos. A concretização da aposta na liderança e na fidelização dos clientes, passa já pela remodelação do Diário de Notícias, que no dia 2 de Janeiro de 2003 saiu para as bancas renovado, quer a nível gráfico quer no que respeita a conteúdos. Uma ampla oferta editorial vai incrementar os já habituais suplementos de Sábado em mais quatro, DN Motores, DN Emprego e DN Destinos e DN Negócios, tornando o Diário de Notícias numa opção viável para a leitura de Sábado. No primeiro trimestre de 2003, perspectiva-se a manutenção do cenário de incerteza quanto à evolução económica mundial, pelo que a recuperação, eventualmente lenta, do mercado de publicidade só deverá chegar em data incerta de 2003.

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Notas Finais e Informações Complementares Finalmente, desejamos expressar o nosso agradecimento: Ao Fiscal Único pela colaboração prestada ao longo do exercício e pela forma atenta como participou no acompanhamento da gestão; A todos os trabalhadores das diferentes empresas do Grupo pela forma empenhada como desempenharam as suas funções;

Aos nossos clientes e fornecedores pela confiança que se dignaram conceder-nos;

A todas as instituições financeiras pelo apoio prestado ao desenvolvimento dos negócios. Lisboa, 18 de Fevereiro de 2003 O Conselho de Administração Manuel Corrêa de Barros de Lancastre Presidente Henrique Manuel Fusco Granadeiro Carlos Miguel Ribeiro e Silva

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________________________________________________________________________________________ Relatório e Contas Consolidadas de 2002 30

Miguel Maria Pitté Reis da Silveira Moreno Manuel Coelho Gonçalves Soares Luís Filipe de Medeiros Cravo Ribeiro Luís Miguel da Fonseca Pacheco de Melo Ivan Gregory Fallon Paulo Henrique Lowndes Marques

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O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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BALANÇOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001

(Montantes expressos em Euros)

2002 2001Activo Amortizações Activo Activo

Notas bruto e provisões líquido líquido

IMOBILIZADO:Imobilizações incorpóreas: CAPITAL PRÓPRIO:

Despesas de instalação 27 828.040 (726.223) 101.817 167.882 CapitalDespesas de investigação e desenvolvimento 27 173.449 (145.006) 28.443 47.037 Prestações suplementaresPropriedade industrial e outros direitos 27 4.769.974 (2.444.176) 2.325.798 2.881.827 Prémios de emissão de acçõesTrespasses 27 470.646 (233.526) 237.120 256.908 Reservas de reavaliaçãoImobilizações em curso 27 - - - 8.396 Outras reservasDiferenças de consolidação 10 e 27 41.677.818 (19.551.363) 22.126.455 23.491.256 Diferenças de consolidação

47.919.927 (23.100.294) 24.819.633 26.853.306 Ajustamentos de partes de capitalImobilizações corpóreas: Resultados transitados

Terrenos e recursos naturais 27 18.699.791 (11.825) 18.687.966 18.687.966 Resultado líquido consolidado do exercícioEdifícios e outras construções 27 57.541.762 (51.598.385) 5.943.377 7.157.768 Total do capital próprioEquipamento básico 27 15.163.445 (12.360.796) 2.802.649 2.432.895 Equipamento de transporte 27 2.201.048 (1.595.594) 605.454 795.359 INTERESSES MINORITÁRIOSFerramentas e utensílios 27 171.919 (151.074) 20.845 19.716 Equipamento administrativo 27 5.999.208 (4.909.364) 1.089.844 1.183.120 PASSIVO:Taras e vasilhame 27 42 (42) - - Provisões para riscos e encargos:Outras imobilizações corpóreas 27 7.131.205 (1.068.154) 6.063.051 5.778.328 Provisões para benefícios de reformaImobilizações em curso 27 943.928 - 943.928 589.953 Outras provisões para riscos e encargosAdiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 27 124.699 - 124.699 124.699

107.977.047 (71.695.234) 36.281.813 36.769.804 Investimentos financeiros: Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo:

Partes de capital em empresas do grupo 27 105.700 - 105.700 85.508 Dívidas a instituições de créditoPartes de capital em empresas associadas 27 3.247.684 - 3.247.684 3.106.566 Accionistas e associadasPartes de capital em empresas participadas 27 50.248 - 50.248 50.747 Fornecedores de imobilizado, conta correnteEmpréstimos de financiamento a empresas do grupo 27 e 57 170.420 - 170.420 - Estado e outros entes públicosEmpréstimos de financiamento a empresas participadas 27 9.976 - 9.976 9.976 Títulos e outras aplicações financeiras 27 4.420.896 (3.417.834) 1.003.062 1.004.833 Dívidas a terceiros - Curto prazo:Investimentos financeiros em curso 27 - - - 29.324 Dívidas a instituições de créditoAdiantamentos por conta de investimentos Fornecedores, conta corrente financeiros 27 918.221 - 918.221 918.824 Fornecedores, títulos a pagar

8.923.145 (3.417.834) 5.505.311 5.205.778 Fornecedores, facturas em recepção e conferênciaCIRCULANTE: Adiantamentos de clientes

Existências: Adiantamentos por conta de vendasMatérias-primas, subsidiárias e de consumo 2.126.900 (111.369) 2.015.531 2.452.627 Accionistas e associadasProdutos e trabalhos em curso 143.073 - 143.073 125.223 Fornecedores de imobilizado, conta correnteProdutos acabados e intermédios 1.902.195 - 1.902.195 1.441.315 Estado e outros entes públicosMercadorias 5.997.037 (3.433.066) 2.563.971 5.356.676 Outros credores

46 10.169.205 (3.544.435) 6.624.770 9.375.841 Dívidas de terceiros - Curto prazo: ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:

Clientes, conta corrente 57 31.691.095 (149.402) 31.541.693 32.406.150 Acréscimos de custosClientes, títulos a receber 195.026 - 195.026 5.674 Proveitos diferidosClientes de cobrança duvidosa 6.927.098 (6.922.788) 4.310 11.207 Passivos por impostos diferidosAccionistas e associadas 57 248.968 - 248.968 900.780 Adiantamentos a fornecedores 31.506 - 31.506 11.218 Estado e outros entes públicos 51 3.670.115 - 3.670.115 4.847.584 Outros devedores 4.521.697 (48.581) 4.473.116 5.009.143

46 47.285.505 (7.120.771) 40.164.734 43.191.756 Depósitos bancários e caixa:

Depósitos bancários 60 3.873.381 - 3.873.381 8.562.273 Caixa 60 588.977 - 588.977 74.150

4.462.358 4.462.358 8.636.423 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:

Acréscimos de proveitos 52 581.376 - 581.376 475.358 Custos diferidos 52 3.974.820 - 3.974.820 6.073.944 Activos por impostos diferidos 52 e 55 11.064.415 - 11.064.415 4.531.625

15.620.611 15.620.611 11.080.927 Total de amortizações (98.213.362) Total de provisões (10.665.206) Total do passivo Total do activo 242.357.798 (108.878.568) 133.479.230 141.113.835 Total do capital próprio, interesses minoritários e passivo

O anexo faz parte integrante do balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2002.

ACTIVO CAPITAL PRÓPRIO, INTERESSES MINORITÁRIOS E PASSIVO

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DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001

(Montantes expressos em Euros)

Notas 2002 2001 Notas 2002

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 30.975.360 33.348.035 Vendas de mercadorias 36 e 57 59.884.427 Prestações de serviços 36 e 57 75.799.315

Fornecimentos e serviços externos 57 57.705.554 54.431.588 135.683.742

Custos com o pessoal: Variação da produção 517.574 Remunerações 32.406.298 31.594.232 Trabalhos para a própria empresa 424 Encargos sociais: Proveitos suplementares 57 826.348

Pensões 1.384.441 1.560.371 Subsídios à exploração 203.667 Outros 7500291 7283306 Outros proveitos e ganhos operacionais 198.169

57 41.291.030 40.437.909 (B) 137.429.924

Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 27 4.119.447 4.401.358 Ganhos em empresas do grupo e associadas 44 303.912 Provisões 46 1.649.220 2.074.597 Juros e proveitos similares: 57

5.768.667 6.475.955 Outros 372.754 44 676.666

Impostos 374.127 167.156 (D) 138.106.590 Outros custos e perdas operacionais 863.554 607.190

1.237.681 774.346 (A) 136.978.292 135.467.833

Proveitos e ganhos extraordinários 45 2.592.503 Perdas em empresas do grupo e associadas 44 145.269 764.396 Amortizações de investimentos financeiros 44 2.097.494 2.062.616 Juros e custos similares:

Outros 57 2.856.312 3.433.242 44 5.099.075 6.260.254

(C) 142.077.367 141.728.087 Custos e perdas extraordinários 45 22.142.440 6.397.361

(E) 164.219.807 148.125.448 Imposto sobre o rendimento do exercício 55 (5.518.482) 1.528.888

158.701.325 149.654.336 Interesses minoritários 58 (214.735) 141.132

(G) 158.486.590 149.795.468 Resultado líquido consolidado do exercício (17.787.497) (4.616.761)

140.699.093 145.178.707 (F) 140.699.093

Resultados operacionais: (B) - (A) 451.632 Resultados financeiros: (D-B) - (C-A) (4.422.409)Resultados correntes: (D) - (C) (3.970.777)Resultados antes de impostos e interesses minoritários: (F) - (E) (23.520.714)Resultado líquido consolidado: (F) - (G) (17.787.497)

O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada dos resultados por naturezas para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002.

CUSTOS E PERDAS PROVEITOS E GANHOS

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DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES PARA OS EXERCÍCIOS

FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001

(Montantes expressos em Euros)

Nota 61 2002 2001

Vendas e prestações de serviços 135.683.742 139.011.196 Custo das vendas e prestações de serviços (a) (121.371.494) (106.934.578)

Resultado bruto 14.312.248 32.076.618

Outros proveitos operacionais (b) 3.454.685 3.464.477 Custos de distribuição (21.871.947) (19.270.319)Custos administrativos (c) (7.147.418) (6.297.246)Outros custos e perdas operacionais (d) (7.845.873) (6.912.621)

Resultado operacional (19.098.305) 3.060.909

Custo líquido de financiamento (e) (2.483.558) (3.165.208)Perdas em filiais e associadas, líquidas (1.938.851) (2.816.384)Perdas em outros investimentos, líquidas - 37.032 Resultados não usuais ou não frequentes - (200.362)

Resultado corrente (23.520.714) (3.084.013)

Impostos sobre os resultados correntes 5.518.482 (1.391.616)

Interesses minoritários 214.735 (141.132)

Resultado líquido consolidado do exercício (17.787.497) (4.616.761)

O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada de resultados por funções para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002.

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DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCíCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001

(Montantes expressos em Euros)

Nota 60 2002 2001

ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de clientes 160.790.228 138.086.022 Pagamentos a fornecedores (100.217.174) (76.363.761)Pagamentos ao pessoal (32.793.450) (38.062.310)

Fluxos gerados pelas operações 27.779.604 23.659.951

Recebimento/(pagamento) do imposto sobre o rendimento (2.071.137) (6.594.216)Outros recebimentos/(pagamentos) relativos à actividade operacional (22.795.630) (5.863.227)

Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias 2.912.837 11.202.508

Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias - 1.115.498 Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias - (2.535.039)

Fluxos das actividades operacionais (1) 2.912.837 9.782.967

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de:Imobilizações corpóreas e incorpóreas 54.573 2.220.980 Juros e proveitos similares 62.205 244.038 Subsídios 171.155 438.542

287.933 2.903.560

Pagamentos respeitantes a:Investimentos financeiros (20.192) - Imobilizações corpóreas e incorpóreas (3.424.185) (5.380.620)

(3.444.377) (5.380.620) Fluxos das actividades de investimento (2) (3.156.444) (2.477.060)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos provenientes de:Suprimentos - 17.169.893 Empréstimos obtidos 364.702 80.817.280

364.702 97.987.173 Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos concedidos 2 (2.069.000) (103.660.297)Juros e custos similares (1.475.798) (2.432.864)

(3.544.798) (106.093.161) Fluxos das actividades de financiamento (3) (3.180.096) (8.105.988)

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (3.423.703) (800.081)

Caixa e seus equivalentes no início do período 1 7.137.461 7.937.542 Caixa e seus equivalentes no fim do período 1 3.713.758 7.137.461

O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada dos fluxos de caixa para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002.

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Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2002

(Montantes expressos em Euros) Nota Introdutória A Lusomundo – Media, SGPS, S.A. (“Lusomundo Media” ou “Empresa”) participa em várias empresas identificadas nas Notas 1 e 2, as quais actuam essencialmente na área de comunicação social, nomeadamente em imprensa escrita, edição e distribuição de jornais de grande circulação através do Diário de Notícias, S.A. (“DN”) e Empresa de Jornal de Notícias, S.A. (“JN”) e rádio através da Rádio Notícias, S.A. (“Rádio Notícias”). As notas que se seguem respeitam a numeração definida no Plano Oficial de Contabilidade (POC) para a apresentação de demonstrações financeiras consolidadas. As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis à Lusomundo Media, ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras consolidadas anexas. 1. Empresas Incluídas na Consolidação As empresas incluídas na consolidação, suas sedes sociais, actividade principal e proporção do capital detido pela Lusomundo Media em 31 de Dezembro de 2002, são as seguintes:

Estas empresas foram incluídas na consolidação pelo método de integração global, com base no estabelecido na alínea a) do nº 1 do Artigo 1º do Decreto-Lei nº 238/91, de 2 de Julho (maioria de direitos de voto).

P ercentagem efectivaDenominação S ede Actividade de participação

E ditoria l Notícias , L da . L is boa E dição de livros 100,00%P ublicações P rodiário, S .A. L is boa E dição, adminis tração e dis tribuição de publicações 100,00%Diário de Notícias , S .A. L is boa E dição de publicações jorna lís ticas 100,00%S omeios - E dições e P ublicidade , L da . P orto E xercício de actividades promocionais e de publicidade e dis tribuição de publicações 99,71%E mpres a do J ornal de Notícias , S .A. P orto E dição de publicações jorna lís ticas 99,64%P res s mundo - E ditora de P ublicações , S .A . L is boa E dição de publicações , incluindo edições e lectrónicas 98,72%Açormedia - C omunicação Multimedia e E dição de P ublicações , S .A.

P onta Delgada E dição de publicações , comunicação audiovis ua l, actividades editoria is multimédia e edição de livros 90,00%

R ádio Notícias - P roduções e P ublicidade , S .A. L is boa P rodução de programas de radiodifus ão e exploração e produção de produtos publicitários 82,66%R adiopres s - C omunicação e R adiodifus ão, L da. P orto P rodução de programas de radiodifus ão, edição e comercia lização de produtos audiovis uais 82,66%R J N - R ádio J ornal do Norte , L da . P orto P rodução de programas de radiodifus ão e exploração e produção de produtos publicitários 82,66%TS F - R adio J orna l de L is boa, L da. L is boa P rodução de programas de radiodifus ão e exploração e produção de produtos publicitários 82,66%J ornal do F undão E ditora, L da. F undão E dição de publicações jorna lís ticas 51,34%Oficina do L ivro - S ociedade E ditorial, L da . L is boa E dição e dis tribuição de livros e outras publicações 51,00%

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2. Empresas Excluídas da Consolidação Os investimentos financeiros em empresas excluídas da consolidação, as quais se encontram registadas na rubrica “Partes de capital em empresas do grupo” e “Partes de capital em outras empresas” ao custo de aquisição, suas respectivas sedes sociais e a proporção do capital detido pela Lusomundo Media em 31 de Dezembro de 2002, são os seguintes:

Estas empresas foram excluídas da consolidação dado serem imateriais, individualmente e no seu conjunto, para a apresentação de uma imagem fiel e verdadeira da posição financeira e resultados das operações da Lusomundo Media, ou por a percentagem de participação ser inferior a 20% (nº1 do Artº 4º do Decreto-Lei nº 238/91, de 2 de Julho), ou ainda por ser intenção do Conselho de Administração as liquidar ou alienar no decurso de 2003. 3. Empresas Associadas As empresas associadas, suas respectivas sedes sociais e a proporção do capital detido pela Lusomundo Media em 31 de Dezembro de 2002, são as seguintes:

Estas empresas associadas foram incluídas na consolidação pelo método da equivalência patrimonial, com base no estipulado no nº 13.6 das normas de consolidação de contas estabelecidas pelo Decreto-Lei nº 238/91, de 2 de Julho. 7. Número Médio de Pessoal Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, o número médio de empregados ao serviço das empresas incluídas na consolidação foi de 1.393 pessoas.

P ercentagem efectivaNome S ede Actividade de participação

R adio C omercia l dos Açores , L da . P onta Delgada R adiodifus ão e comunicação 100,00%Grande R eportagem - S ociedade E ditora , L da . L is boa E dição, produção, dis tribuição, venda, importação e

exportação de publicações100,00%

S port Notíc ias - Organizações Des portivas , L da . P orto Organização de provas des portivas 99,66%R ádio C anal Aberto, L da . P onta Delgada P rodução de programas de radiodifus ão e exploração e

produção de produtos public itários72,40%

NP - Notícias de P ortugal, C R L L is boa P res tação de s erviços de informação notic ios a 0,93%P ublicultura - S ociedade de Informação e C ultura , S .A. L is boa R ealização de projectos na á rea de comunicação s ocia l e

cultura5,00%

P ercentagem efectivaNome S ede Actividade de participação

24 Horas , INC Newark E dição de publicações 51,00%E mpres a do Diário de Notícias do F uncha l, L da . F unchal P rodução e comercia lização de publicações 40,00%Naveprinter - Indús tria Gráfica do Norte , S .A. P orto P res tação de s erviços de produção gráfica e edição de publicações 38,46%

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10. Diferenças de Consolidação (Trespasses) O saldo desta rubrica incluída em imobilizações incorpóreas em 31 de Dezembro de 2002, compreende as diferenças de consolidação (goodwill) decorrentes da aquisição de empresas participadas e compreende as diferenças entre o custo de aquisição e o valor proporcional dos capitais próprios das empresas participadas à data da sua aquisição. O detalhe do seu valor é conforme segue:

O período de amortização das diferenças de consolidação foi definido com base no período estimado de recuperação daqueles investimentos. A Empresa, suportada nos planos de negócio das empresas acima indicadas e pelos resultados previsionais aí considerados, entende que em 31 de Dezembro de 2002 os valores contabilísticos dos investimentos financeiros nessas empresas (incluindo o valor do goodwill, líquido de amortizações acumuladas) é inferior ao respectivo valor estimado de realização. 15. Consistência na Aplicação de Critérios Valorimétricos Os principais critérios valorimétricos utilizados na elaboração das demonstrações financeiras são consistentes entre as empresas incluídas na consolidação e são os descritos na Nota 23. 18. Critérios de Contabilização das Participações em Associadas Os investimentos financeiros em empresas associadas encontram-se registados pelo método de equivalência patrimonial. Segundo este método, os investimentos financeiros são inicialmente contabilizados pelo seu custo de aquisição, que é posteriormente ajustado pela diferença entre esse custo e o valor proporcional à participação da Empresa nos capitais próprios das empresas participadas, à data de aquisição. Por sua vez, essa diferença (“goodwill”) é registada no imobilizado incorpóreo na rubrica de “Diferenças de consolidação” e amortizada no período estimado de recuperação do investimento. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são ajustadas pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas participadas, por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício, ou por outras variações no capital próprio dessas empresas, por contrapartida da rubrica “Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas”. Adicionalmente, os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor dos investimentos financeiros. Os investimentos financeiros noutras empresas (participações inferiores a 20%) encontram-se registados ao custo de aquisição, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado.

Período de

Valor Amortizações Valor amortização

bruto acumuladas líquido (anos)

Empresa do Jornal de Notícias, S.A. 26.820.995 (13.742.804) 13.078.191 20Diário de Notícias, S.A. 5.687.404 (2.445.923) 3.241.481 20Radiopress - Comunicação e Radiodifusão, Lda. 4.020.740 (1.889.538) 2.131.202 20Pressmundo - Editora de Publicações, S.A. 1.566.719 (261.719) 1.305.000 20Publicações Prodiário, S.A. 1.423.414 (225.547) 1.197.867 20Empresa do Diário de Notícias do Funchal, Lda. 851.797 (383.309) 468.488 20Rádio Notícias - Produções e Publicidade, S.A. 548.756 (205.783) 342.973 20Naveprinter - Indústria Gráfica do Norte, S.A. 453.642 (256.429) 197.213 20Açormedia - Comunicação Multimedia e Edição de Publicações, S.A. 124.451 (22.160) 102.291 20Oficina do Livro - Sociedade Editorial, Lda. 91.680 (36.672) 55.008 5Someios - Edições e Publicidade, Lda. 74.768 (74.768) - 20TSF - Radio Jornal de Lisboa, Lda. 13.797 (6.807) 6.990 20Editorial Notícias, Lda. (345) 96 (249) 20

41.677.818 (19.551.363) 22.126.455

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22. Garantias Prestadas Em 31 de Dezembro de 2002, as garantias bancárias solicitadas pelas empresas incluídas na consolidação, a favor de terceiros, eram as seguintes:

23. Bases de Apresentação e Principais Critérios Valorimétricos Utilizados Bases de apresentação As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nas demonstrações financeiras das empresas referidas nas Notas 1 e 3. Por sua vez, as demonstrações financeiras destas empresas foram preparadas a partir dos seus livros e registos contabilísticos, mantidos de acordo com princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal. Princípios de consolidação A consolidação das empresas participadas referidas na Nota 1 efectuou-se pelo método de integração global. As transacções, saldos e fluxos de caixa significativos entre essas empresas foram eliminados no processo de consolidação. O valor correspondente à participação de terceiros nessas empresas é apresentado no balanço na rubrica “Interesses minoritários” (Nota 58). As diferenças de consolidação, decorrentes da diferença entre o custo de aquisição das partes de capital e o valor da proporção do capital próprio que elas representam, reportadas à data da aquisição, foram registadas no balanço consolidado na rubrica de “Diferenças de consolidação” (Nota 10). Os investimentos financeiros representativos de partes de capital em empresas associadas (Nota 3), encontram-se valorizados no balanço consolidado pelo método da equivalência patrimonial. Principais critérios valorimétricos Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, foram os seguintes: a) Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas compreendem essencialmente as diferenças de consolidação, que estão registadas ao custo de aquisição e são amortizadas conforme descrito na Nota 10. Esta rubrica inclui igualmente as despesas de instalação, despesas de investigação e desenvolvimento e despesas referentes a direitos e licenciamentos, que se encontram registadas ao custo e são amortizadas por duodécimos a partir do mês de entrada em funcionamento ou de início da utilização dos bens, pelo método das quotas constantes, durante um período que varia entre três e cinco anos.

Garantias bancárias a favor de Ins tituições de C rédito 5.985.575

Garantias bancárias a favor da Adminis tração F is ca l 1.465.419

Garantias bancárias a favor de F ornecedores 498.727

Garantias bancárias a favor de Tribunais 148.216

Garantias bancárias a favor do Governo C ivil 145.657

Garantias bancárias a favor de C âmaras Municipa is 18

8.243.612

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b) Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição ou reavaliado de acordo com as normas legais, com base em coeficientes oficiais de correcção monetária, tendo a última reavaliação sido efectuada ao abrigo do Decreto Lei nº 31/98, por referência a 31 de Dezembro de 1997. As amortizações são calculadas por duodécimos a partir do mês de entrada em funcionamento ou de início da utilização dos bens, pelo método das quotas constantes, de acordo com a sua vida útil estimada, como segue:

c) Existências As existências são compostas essencialmente por papel e outros materiais utilizados na produção de jornais e revistas e livros e material de publicidade. As existências encontram-se registadas ao menor do custo de aquisição ou do valor de mercado, correspondendo a provisão para depreciação de existências à diferença entre o seu valor de custo e o respectivo valor estimado de realização ou de mercado. d) Provisão para dívidas de cobrança duvidosa A provisão para dívidas de cobrança duvidosa foi calculada com base na avaliação das perdas estimadas pela não cobrança das contas a receber. e) Locação financeira Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo, são registados como custos na demonstração de resultados do período a que respeitam. f) Classificação do balanço Os activos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data do balanço são classificados, respectivamente, no realizável e no passivo a médio e longo prazo. g) Especialização de exercícios As receitas e despesas são reconhecidas de acordo com o princípio da especialização de exercícios, pelo qual estas são reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos.

Anos

E difícios e outras cons truções 5 a 50

E quipamento bás ico 3 a 10

E quipamento de trans porte 3 a 8

F erramentas e utens ílios 4 a 10

E quipamento adminis trativo 3 a 10

Outras imobilizações corpóreas 4 a 10

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h) Pensões de reforma As empresas participadas DN e JN estão obrigadas a complementar as pensões de reforma e sobrevivência pela Segurança Social aos empregados admitidos até 1979, no caso do DN, e até 16 de Novembro de 1994, no caso do JN, quando estes atingem a idade de reforma (Nota 56). As responsabilidades decorrentes destes benefícios, estimadas com base em estudos actuariais reportados a 31 de Dezembro de 2002, foram registadas de acordo com o previsto na Directriz Contabilística nº 19. Assim, as responsabilidades por serviços passados de empregados reformados e no activo estão devidamente provisionadas, sendo que as provisões relativas aos empregados no activo foram registadas por contrapartida da rubrica “Custos diferidos” (Notas 46 e 52) e estão a ser reconhecidas em resultados num prazo de quinze anos, no caso do DN, e de vinte e dois anos, no caso do JN, períodos que correspondem aos anos esperados de permanência no activo dos actuais empregados até à idade da reforma. Em relação às restantes empresas participadas, não existem quaisquer responsabilidades assumidas com pensões ou complementos de pensões de reforma. As responsabilidades a este título relativas a empregados cedidos por outras empresas do Grupo Portugal Telecom foram assumidas pelas empresas cedentes, que debitam à Empresa o custo correspondente. i) Comissões sobre vendas de publicidade Os valores a pagar referentes a comissões sobre vendas de publicidade são registados no período em que ocorrem, independentemente da data da sua liquidação. j) Impostos diferidos O imposto sobre o rendimento do exercício, registado nas demonstrações financeiras consolidadas, foi apurado de acordo com o preconizado pela Directriz Contabilística nº 28. Na mensuração do custo do imposto sobre o rendimento do exercício, para além do imposto corrente determinado com base no resultado antes de impostos ajustado de acordo com a legislação fiscal, são também considerados os efeitos resultantes das diferenças temporárias entre o resultado antes de impostos e o lucro tributável originadas no exercício ou de exercícios anteriores, bem como o efeito dos prejuízos reportáveis existentes à data do balanço. Tal como estabelecido na referida directriz, são reconhecidos activos por impostos diferidos apenas quando exista razoável segurança de que tais impostos diferidos activos poderão vir a ser utilizados na redução do resultado tributável futuro, ou quando existam impostos diferidos passivos cuja reversão seja expectável no mesmo exercício em que os impostos diferidos activos sejam originados.

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27. Movimentos do Activo Imobilizado Durante o exercício de 2002, os movimentos ocorridos no valor das imobilizações incorpóreas, corpóreas e investimentos financeiros, bem como nas respectivas amortizações acumuladas e provisões, foram os seguintes:

A coluna “Alteração do perímetro de consolidação” inclui os saldos das rubricas de imobilizações corpóreas e amortizações acumuladas da Grande Reportagem – Sociedade Editora, Lda. (“Grande Reportagem”) e da Sport Notícias – Organizações Desportivas, Lda. (“Sport Notícias”) em 31 de Dezembro de 2001, uma vez que estas empresas deixaram de ser incluídas na consolidação, dado ser intenção do Conselho de Administração proceder à sua liquidação no decurso de 2003. Até 31 de Dezembro de 2001 as diferenças de consolidação líquidas originadas nas participações que a Lusomundo Media detém nas empresas associadas Empresa do Diário de Notícias do Funchal, Lda. e Naveprinter – Indústria Gráfica do Norte, S.A., eram registadas na rubrica “Partes de capital em empresas associadas”. No exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, aquelas diferenças e respectivas amortizações acumuladas foram transferidas para as rubricas “Diferenças de consolidação – activo bruto” e “Diferenças de consolidação – amortizações acumuladas”.

Alteração doS a ldo perímetro de S aldo

R ubricas inicia l cons olidação R eforço R egularizações fina l

Imobilizações incorpóreas :Des pes as de ins talação 645.377 - 81.357 (511) 726.223 Des pes as de inves tigação e des envolvimento 334.919 - 21.972 (211.885) 145.006 P ropriedade indus tria l e outros dire itos 1.938.856 - 505.391 (71) 2.444.176 Tres pas s es 174.075 - 59.451 - 233.526 Diferenças de cons olidação 16.881.124 - 2.095.723 574.516 19.551.363

19.974.351 - 2.763.894 362.049 23.100.294

Imobilizações corpóreas : Terrenos e recurs os natura is 11.825 - - - 11.825 E difícios e outras cons truções 50.312.989 - 1.322.357 (36.961) 51.598.385 E quipamento bás ico 14.036.706 - 1.097.746 (2.773.656) 12.360.796 E quipamento de trans porte 1.865.107 (47.829) 383.640 (605.324) 1.595.594 F erramentas e utens ílios 137.553 - 13.621 (100) 151.074 E quipamento adminis trativo 4.610.657 - 468.331 (169.624) 4.909.364 Taras e vas ilhame 42 - - - 42 Outras imobiliz ações corpóreas 810.225 - 262.140 (4.211) 1.068.154

71.785.104 (47.829) 3.547.835 (3.589.876) 71.695.234

Inves timentos financ eiros :T ítulos e outras aplicações financeiras 3.416.063 - 1.771 - 3.417.834

AMOR TIZAÇ ÕE S AC UMUL ADAS

AC TIVO B R UTOAlteração do

S aldo perímetro de Trans ferências S a ldoR ubricas inic ia l cons olidação Aumentos Alienações e abates fina l

Imobilizações incorpóreas

Des pes as de ins ta lação 813.259 - 19.888 (5.107) - 828.040 Des pes as de inves tigação e des envolvimento 381.956 - 3.378 - (211.885) 173.449 P ropriedade indus tria l e outros dire itos 4.820.683 - 300 - (51.009) 4.769.974 Tres pas s es comercia is 430.983 - 39.663 - - 470.646 Imobilizações em curs o 8.396 - 67.587 - (75.983) - Diferenças de cons olidação 40.372.379 - - - 1.305.439 41.677.818

46.827.656 - 130.816 (5.107) 966.562 47.919.927

Imobilizações corpóreas

Terrenos e recurs os naturais 18.699.791 - - - - 18.699.791 E difícios e outras cons truções 57.470.758 - 120.122 (25.475) (23.643) 57.541.762 E quipamento bás ico 16.469.600 - 936.171 (12.423) (2.229.903) 15.163.445 E quipamento de trans porte 2.660.466 (47.829) 380.176 (629.682) (162.083) 2.201.048 F erramentas e utens ílios 157.269 - 14.657 - (7) 171.919 E quipamento adminis trativo 5.793.778 - 374.854 (7.577) (161.847) 5.999.208 Taras e vas ilhame 42 - - - - 42 Outras imobilizações corpóreas 6.588.553 - 558.569 (15.239) (678) 7.131.205 Imobilizações em curs o 589.953 - 884.489 - (530.514) 943.928 Adiantamentos por conta de imobiliz ações corpóreas 124.699 - - - - 124.699

108.554.909 (47.829) 3.269.038 (690.396) (3.108.675) 107.977.047

Inves timentos financeiros

P artes de capital em empres as do grupo 85.508 - 20.192 - - 105.700 P artes de capital em empres as as s ociadas 3.106.566 - 872.040 - (730.922) 3.247.684 P artes de capital em outras empres as partic ipadas 50.747 - - - (499) 50.248 E mprés timos de financiamento a empres as do grupo - - 177.420 - (7.000) 170.420 E mprés timos de financiamento a empres as as s ociadas 9.976 - - - - 9.976 T ítulos e outras aplicações finance iras 4.420.896 - - - - 4.420.896 Adiantamentos por conta de inves timentos finance iros 918.824 - 9.736 - (10.339) 918.221 Imobilizações em curs o 29.324 - - - (29.324) -

8.621.841 - 1.079.388 - (778.084) 8.923.145

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Os aumentos verificados nas rubricas “Partes de capital em empresas do grupo” e “Partes de capital em empresas associadas” refere-se às seguintes situações:

Em 31 de Dezembro de 2002, as partes de capital em empresas do grupo, associadas e outras empresas participadas têm o seguinte detalhe:

Em 31 de Dezembro de 2002, a rubrica “Títulos e outras aplicações financeiras” refere-se a investimentos em imóveis. O Conselho de Administração suportado em avaliações independentes, entende que o saldo desta rubrica é inferior ao seu estimado valor de mercado. Os aumentos de amortizações ocorridos durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, encontram-se registados na demonstração de resultados como segue:

Amortização de investimentos financeiras (Nota 44) 2.097.494

Amortizações de imobilizações corpóreas e incorpóreas 4.119.447 Custos e perdas extraordinários (Nota 45) 96.559

4.216.006 6.313.500

2002 2001

24 Horas, INC 135.183 96.864Empresa do Diário de Notícias do Funchal, Lda. 279.778 586.344Naveprinter - Indústria Gráfica do Norte, S.A. 2.832.722 2.423.359Radio Comercial dos Açores, Lda 100.000 79.808NP - Notícias de Portugal, CRL 12.470 12.470Publicultura - Sociedade de Informação e Cultura, SA 24.940 24.940Pirites Alentejanas, SA 4.210 4.210Tribuna de Macau - Empresa Jornalistica e Editorial, SARL 8.556 8.556Rádio Canal Aberto 5.700 5.700Outras empresas 73 572

3.403.632 3.242.823

Aplicação do método da equiva lência patrimonia l:

Movimentos efectuados directamente em

capita is próprios por parte de empres as as s ociadas 568.128 Ganhos em empres as as s ociadas (Nota 44) 303.912

872.040

Aquis ição de 20% do capita l da R adio C omercia l dos Açores , L da . 20.192

892.232

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36. Vendas e Prestações de Serviços Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, as vendas e prestações de serviços repartem-se da seguinte forma:

39. Remunerações dos Membros dos Órgãos Socias As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais no exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 ascenderam a Euro 1.866.444 44. Demonstração dos Resultados Financeiros Os resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, têm a seguinte composição:

2002 2001

Vendas :J ornais e revis tas 51.286.075 41.452.778L ivros 7.905.943 8.192.148Outras vendas 692.409 608.090

59.884.427 50.253.016P res tações de s erviços :

P ublicidade na imprens a 66.017.990 77.043.949P ublicidade na rádio 8.870.398 10.739.386Outros s erviços 910.927 974.845

75.799.315 88.758.180

135.683.742 139.011.196

2002 2001C us tos e perdas :

Amortizações de inves timentos financeiros (Nota 27) 2.097.494 2.062.616 J uros s uportados (Nota 57) 1.627.648 2.004.269 Des contos de pronto pagamento concedidos 839.236 994.408 P erdas em empres as as s ociadas (Nota 46) 145.269 764.397 Outros cus tos e perdas financeiros 389.428 434.564

5.099.075 6.260.254 R es ultados financeiros (4.422.409) (5.876.192)

676.666 384.062

P roveitos e ganhos :J uros obtidos (Nota 57) 79.923 187.070 Des contos de pronto pagamento obtidos 156.869 125.527 Ganhos em empres as as s ociadas (Nota 27) 303.912 8.854 Outros proveitos e ganhos financeiros 135.962 62.611

676.666 384.062

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Em 31 de Dezembro de 2002, a rubrica “Amortizações de investimentos financeiros” tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2002, a rubrica “Ganhos em empresas associadas” tem a seguinte composição:

Aumento em investimentos financeirosEmpresa do Diário de Notícias do Funchal, Lda. 194.101 Naveprinter - Indústria Gráfica do Norte, S.A. 60.117 24 Horas, INC 49.694

303.912

Empresa do Jornal de Notícias, S.A. 1.341.050Diário de Notícias, S.A. 284.370Rádio Notícias - Produções e Publicidade, S.A. 27.438Pressmundo - Editora de Publicações, S.A. 78.336Publicações Prodiário, S.A. 71.171Açormedia - Comunicação Multimedia e Edição de Publicações, S.A. 6.223Oficina do Livro - Sociedade Editorial, Lda. 18.336Someios - Edições e Publicidade, Lda. 1.869Naveprinter - Indústria Gráfica do Norte, S.A. 22.682Empresa do Diário de Notícias do Funchal, Lda. 42.538Radiopress - Comunicação e Radiodifusão, Lda. 201.037TSF - Radio Jornal de Lisboa, Lda. 690Editorial Notícias, Lda. (17)

2.095.723

Títulos e outras aplicações financeiras 1.7712.097.494

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45. Demonstração dos Resultados Extraordinários Os resultados extraordinários dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, têm a seguinte composição:

(a) Em 31 de Dezembro de 2002, este montante inclui Euro 1.124.195 referente ao reconhecimento de uma dívida ao Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social.

46. Movimentos Ocorridos nas Provisões Os movimentos ocorridos nas rubricas de provisões no exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, foram como segue:

A coluna “Alteração do perímetro de consolidação” inclui os saldos das rubricas de provisões registadas nas demonstrações financeiras da Grande Reportagem e Sport Notícias em 31 de Dezembro de 2001, uma vez que estas empresas deixaram de ser incluídas na consolidação. Adicionalmente, esta coluna inclui igualmente as responsabilidades da Lusomundo Media nos capitais próprios negativos daquelas empresas participadas.

2002 2001C us tos e perdas :Aumento de provis ões (Nota 46) 14.505.759 1.555.981 C ompens ações pagas por ces s ação de contratos de traba lho 3.707.581 - B enefícios de reforma (Nota 56) 1.235.872 - C orrecções re lativas a exercícios anteriores 314.455 986.922 P erdas em exis tências 200.490 566.127 Aumento de amortizações (Nota 27) 96.559 Dívidas incobráveis 87.775 212.012

Donativos 46.361 522.504 P erdas em imoilizações 33.326 330.150 Outros cus tos e perdas extraordinários (a) 1.914.262 2.223.665

22.142.440 6.397.361 R es ultados extraordinários (19.549.937) (2.610.253)

2.592.503 3.787.108

P roveitos e ganhos :B enefícios de reforma (Notas 46 e 56) 1.333.000 - R edução de provis ões (Nota 46) 259.834 861.388 C orrecções re lativas a exercícios anteriores 343.596 299.921 Ganhos em exis tências 29.835 143.167 Ganhos em imoilizações 63.541 131.599 Outros proveitos e ganhos extraordinários 562.697 2.351.033

2.592.503 3.787.108

AlteraçãoS a ldo do perimetro R eduções Utilizações e S aldoinicia l de cons olidação Aumentos (Nota 45) regularizações final

P rovis ões para depreciação de exis tências 611.929 - 2.966.187 (33.681) - 3.544.435 P rovis ões para dívidas de cobrança duvidos a 6.565.202 (359.120) 1.382.320 (203.991) (263.640) 7.120.771

7.177.131 (359.120) 4.348.507 (237.672) (263.640) 10.665.206

P rovis ões para ris cos e encargos :B enefícios de reforma (Nota 56) 11.260.007 - 983.000 (1.333.000) (693.537) 10.216.470 P erdas em empres as participadas - 490.715 145.269 - - 635.984 Outros ris cos e encargos 3.283.462 - 11.806.472 (22.162) (1.264.347) 13.803.425

14.543.469 490.715 12.934.741 (1.355.162) (1.957.884) 24.655.879

21.720.600 131.595 17.283.248 (1.592.834) (2.221.524) 35.321.085

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As provisões para “Outros riscos e encargos” destinam-se a fazer face a responsabilidades decorrentes da actividade da Lusomundo Media e das suas participadas. No exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, o reforço das provisões foi registado por contrapartida das seguintes rubricas:

(a) Este montante reflecte a incorporação do prejuízo do exercício de 2002 da Grande Reportagem e da Sport Notícias. 47. Locação Financeira Conforme indicado na Nota 23 e), a Lusomundo Media regista pelo método financeiro os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira. Em 31 de Dezembro de 2002, a rubrica “Fornecedores de imobilizado, conta corrente” inclui um montante de Euros 547.277 a pagar a locadoras, dos quais Euros 274.554 estão classificados a médio e longo prazo, por se vencerem a mais de um ano. 50. Empréstimos Obtidos Em 31 de Dezembro de 2002, os empréstimos obtidos venciam juros a taxas anuais compreendidas entre 3,5% e 4,3%, sendo compostos como segue:

Em 31 de Dezembro de 2002, os empréstimos classificados de médio e longo prazo (papel comercial) têm o seu reembolso previsto para o ano de 2005. Os empréstimos bancários acima referidos não possuiam condicionalismos financeiros (“covenants”).

Provisões do exercício:Provisões para dívidas de cobrança duvidosa 1.382.320 Provisões para outros riscos e encargos 266.900

1.649.220

Custos e perdas extraordinários (N ota 45):Provisões para outros riscos e encargos 11.539.572 Provisões para depreciação de existências 2.966.187

14.505.759

Custos com pessoal 983.000

Custos e perdas financeiros (N ota 44) (a) 145.269

17.283.248

Médio e longo prazo:P apel comercia l 12.000.000

C urto prazo:E mprés timos bancários 2.730.570 Des cobertos bancários (Nota 60) 748.600

3.479.170

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51. Estado e Outros Entes Públicos Em 31 de Dezembro de 2002, os saldos com o Estado e outros entes públicos eram como segue:

S aldos devedores :Impos to s obre o R endimento das P es s oas C olectivas :

P agamentos por conta 138.737 R etenções na fonte 40.404 Impos to a recuperar 3.096.028

Impos to s obre o Valor Acres centadoImpos to a recuperar 385.485

Outros impos tos 9.461

3.670.115

S a ldos credores :Impos to s obre o R endimento das P es s oas C olectivas 255.638 Impos to s obre o Valor Acres centado 2.281.792 Impos to s obre o R endimento das P es s oas

S ingulares - R etenções na fonte efectuadas 901.879 C ontribuições para a S egurança S ocia l 1.902.183 Outras tributações 290.448

5.631.940

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52. Acréscimos e Diferimentos Em 31 de Dezembro de 2002, os saldos destas rubricas eram como segue:

(a) Este montante refere-se ao diferimento de ganhos actuariais líquidos relativamente às responsabilidades da Empresa pelo pagamento

de pensões de reforma e de sobrevivência a empregados já reformados ou ainda no activo, os quais são amortizados num período que

varia entre 9,9 anos e 14 anos. O movimento ocorrido nesta rubrica no exercício de 2002 foi como segue:

Acrés cimos de proveitos :Des contos a obter 286.058 Valores a facturar 177.900 J uros a receber 17.718

Outros acrés cimos de proveitos 99.700

581.376

C us tos diferidos :B enefícios de reforma (Notas 23.h) e 56) 2.640.980 P ublicidade e propaganda 475.808 Trabalhos es pecia lizados 383.346 E ncargos financeiros 151.850 Outros cus tos diferidos 322.836

3.974.820

Activos por impos tos diferidos (Nota 55) 11.064.415

Acrés cimos de cus tos :E ncargos com férias , s ubs ídio de férias e outros encargos com o pes s oal 5.634.619 F ornecimentos e s erviços externos 1.864.350 C omis s ões a liquidar 765.454 R appel a conceder 628.542 R oyalties 244.545 Outros acrés cimos de cus tos 772.453

9.909.963

P roveitos diferidos :F acturação antecipada 1.495.532 B enefícios de reforma (a) 1.456.468 Outros proveitos diferidos 91.352

3.043.352

P as s ivos por impos tos diferidos (Nota 55) 5.409.718

S aldo em 31 de Dezembro de 2001 1.402.000 Ganhos actuaria is diferidos , líquidos , reconhecidos no exercício (Nota 56) 158.000 Amortização do exercício (103.532)

S aldo em 31 de Dezembro de 2002 1.456.468

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53. Composição do Capital Em 31 de Dezembro de 2002, o capital, totalmente subscrito e realizado, ascende a Euros 37.750.000, representado por 7.550.000 acções, escriturais e nominativas, com o valor nominal de Euros 5 cada. 54. Movimentos nas Rubricas de Capital Próprio Os movimentos ocorridos nas rubricas de capital próprio durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, foram como segue:

As prestações suplementares, efectuadas pelo accionista maioritário, não vencem juros e nos termos da legislação aplicável, o seu reembolso só pode ser efectuado quando, após o seu pagamento, os capitais próprios sejam superiores à soma do capital e da reserva legal. Os prémios de emissão de acções resultam de ágios obtidos em aumentos de capital. Conforme dispõe a legislação em vigor, os valores englobados nesta rubrica estão sujeitos ao regime da reserva legal, pelo que só podem ser utilizados para aumentar o capital ou absorver resultados transitados negativos, não podendo ser distribuídos aos accionistas, excepto no caso de liquidação da Empresa. As transferências de valores no exercício de 2002, entre as rubricas de “Resultados transitados”, “Diferenças de consolidação” e “Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas” são explicadas por uniformização de classificação com as demonstrações financeiras individuais. 55. Impostos A Lusomundo Media e empresas participadas são tributadas em sede de IRC - Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas à taxa de 30%, acrescida de Derrama à taxa máxima de 10%, resultando numa taxa de imposto agregada máxima de 33%. Desde o exercício findo em 31 de Dezembro de 2001,que a Lusomundo Media e as empresas em que esta participa, directa ou indirectamente, em pelo menos 90% e cumprem os requisitos previstos no artigo 63º do Código do IRC, são tributadas pelo regime especial de tributação dos grupos de sociedades. Nos termos da legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos ou de oito anos, no caso da Segurança Social. Deste modo, as declarações fiscais da Lusomundo Media e empresas participadas dos anos de 1999 a 2002, inclusive, poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração considera que dessas revisões não surgirão correcções que tenham um impacto significativo nas demonstrações financeiras anexas. Também de acordo com a legislação fiscal em vigor, os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período de seis anos após a sua ocorrência e susceptíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante esse período. Em 31 de Dezembro de 2002, os prejuízos fiscais reportáveis da Lusomundo Media e empresas participadas ascendem a, aproximadamente, Euros 15.856.000.

Saldo Aplicação do SaldoRubrica inicial Aumentos Reduções resultado Transferências final

Capital 37.750.000 - - - - 37.750.000 Prestações suplementares 4.100.000 - - - - 4.100.000 Prémios de emissão de acções 9.339.481 - - - - 9.339.481 Reservas de reavaliação 843 - - - - 843 Outras reservas 33.719 - - - - 33.719 Diferenças de consolidação (13.573.126) - - - 13.573.126 -Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas - - - - (3.666.419) (3.666.419)Resultados transitados 2.399.846 2.479.398 - (4.616.761) (9.906.707) (9.644.224)Resultado líquido do exercício (4.616.761) - (17.787.497) 4.616.761 - (17.787.497)

35.434.002 2.479.398 (17.787.497) - - 20.125.903

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A Lusomundo Media regista os impostos diferidos relacionados com as diferenças temporais entre o reconhecimento de receitas e despesas para fins contabilísticos e para fins de tributação. Em 31 de Dezembro de 2002, o detalhe dos impostos diferidos activos e passivos era conforme segue:

O montante de Euros 1.160.027, corresponde à transferência para esta rubrica do imposto diferido activo originado numa empresa participada, e que em 31 de Dezembro de 2001, havia sido registado na rubrica “Acionistas e asssociadas – Activo”. Em 31 de Dezembro de 2002, a reconciliação da taxa de imposto é conforme segue:

SaldoSaldo Constituição/ Outros finalinicial (Reversão) movimentos (Nota 52)

Reavaliações 5.951.255 ( 409.658 ) ( 131.879 ) 5.409.718

Passivos por impostos diferidos

SaldoSaldo Constituição/ Outros finalinicial (Reversão) movimentos (Nota 52)

Provisões para dívidas de cobrança duvidosa 285.176 58.134 ( 80.140 ) 263.170

Provisões para depreciação de existências 66.935 978.841 - 1.045.776

Provisões para outros riscos e encargos 146.072 3.072.056 88.441 3.306.569

Provisões para benefícios de reforma 2.767.857 212.690 - 2.980.547

Prejuízos fiscais reportáveis 1.265.585 1.042.741 1.160.027 3.468.353

4.531.625 5.364.462 1.168.328 11.064.415

Activos por impostos diferidos

Resultado antes de impostos (23.520.714)

Taxa de imposto 33,0%

(7.761.836)

Diferenças permanentes (i) 2.105.101

Ajustamentos à colecta (ii) 138.253

Imposto sobre o rendimento do exercício (5.518.482)

Imposto corrente (Nota 51) 255.638

Imposto diferido do exercício (5.774.120)

(5.518.482)

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(i) Em 31 de Dezembro este montante tinha a seguinte composição:

(ii) Este montante refere-se à parcela de IRC tributada autonomamente.

56. Benefícios de Reforma Conforme referido na Nota 23 h), o JN e o DN são responsáveis pelo pagamento de pensões de reforma e de sobrevivência a empregados já reformados ou ainda no activo. Essas responsabilidades foram estimadas com base em estudos actuariais elaborados por actuários independentes por referência a 31 de Dezembro de 2002. Estes estudos foram efectuados de acordo com o que preconiza a Directriz Contabilística nº 19, tendo sido utilizados os seguintes principais pressupostos e bases técnicas actuariais:

O valor estimado das responsabilidades acumuladas com benefícios de reforma em 31 de Dezembro de 2002 discrimina-se como segue (Nota 46):

Provisões não consideradas para impostos diferidos 3.848.637

Amortização do goodwill 2.095.723

Outras situações, líquidas 434.734

6.379.094

33,0%

2.105.101

P ens ionis tas

S erviços pas s ados 4.559.915

C us tos dos juros (Nota 46) 257.000

P erdas actuaria is diferidas (Nota 46) (a) 141.000

Ganhos actuaria is (Nota 45) ( 25.000 )

B enefícios pagos pela E mpres a (Nota 46) ( 535.538 )

Activos

S erviços pas s ados 6.700.093

C us tos dos juros (Nota 46) 403.000

C us tos dos s erviços correntes (Nota 46) 323.000

P erdas actuaria is diferidas (Nota 46) (a) 23.000

Ganhos actuaria is diferidos (Nota 46) (a) ( 322.000 )

Ganhos actuaria is com s a ídas de activos (Nota 45) ( 1.308.000 )

10.216.470

Método actuarial: "Projected Unit Credit"

Tábua de mortalidade:Activos e pré-reformados:

Homens A67/70, deduzido de dois anosMulheres FA75/80, deduzido de dois anos

Pensionistas: PA(90), deduzido de dois anos

Tábua de invalidez Swiss Reinsurance CompanyRotação de empregados NulaTaxa de crescimento das pensões 0% a 2%Taxa anual de actualização 6%Taxa anual de crescimento salarial 3%

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(a) Conforme referido na Nota 23 h)., a Empresa difere os ganhos ou perdas actuariais resultantes de actualizações dos estudos

actuariais que estimam as responsabilidades decorrentes destes benefícios pelo mesmo período de reconhecimento em resultados das

provisões relativas a empregados no activo. Deste modo, os ganhos e perdas actuariais calculados no exercício de 2002, foram

registados numa rubrica de “Proveitos diferidos” (Nota 52).

As responsabilidades acumuladas com benefícios de reforma estão totalmente cobertas através de provisões (Nota 46). As responsabilidades por serviços passados dos empregados no activo estão a ser diferidas e amortizadas em resultados durante um período de quinze anos, no caso do DN, e de vinte e dois anos, no caso do JN. O movimento durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 na rubrica de custos diferidos relativos a benefícios de reforma é conforme segue:

(a) Em 31 de Dezembro de 2002, este montante foi registado por contrapartida das seguintes rubricas:

(b) O montante de Euro 1.235.872, corresponde a empregados com quem durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, a Empresa rescindiu os contratos de trabalho por mútuo acordo.

57. Accionistas e Empresas do Grupo e Associadas Os saldos, em 31 de Dezembro de 2002 e as transacções com accionistas, empresas do grupo e associadas no exercício findo naquela data, são os seguintes: Saldos:

Transacções:

Saldo em 1 de Janeiro de 2002 4.274.555

Amortização das responsabilidades (a) ( 1.633.575 )

Saldo em 31 de Dezembro de 2002 (Nota 52) 2.640.980

Custos e perdas extraordinários (Nota 45) 1.235.872Custos com pessoal 397.703

1.633.575

Fornecedores deClientes, Acionistas e Acionistas e Fornecedores, imobilizado,

conta associadas Outros associadas conta conta Outroscorrente (activo) devedores (passivo) corrente corrente credores

Lusomundo Audiovisuais, SA 66.808 - 41.449 - 6.249 - 2.431 Lusomundo Cinemas, SA 23 - 9.914 - 3.301 881 8.486 CLIPANUNC 4.635 - - - 69.252 - - Lusomundo SGPS, SA 26.638 - 2.951 18.247.894 1.620.616 3.295 945.112 Empresa Gráfica Funchalense, SA 229.695 - - - 911.895 - - Lusomundo Editores, Lda. 107.608 - 1.112 - 735.899 - - Lusomundo Imobiliária 2, SA 419 - 305 - - - - Noticias Direct - Distribuição ao Domicílio, Lda. 2.426 - 412 - 287.699 - - Lusomundo.net - Comércio Electrónico e Informática, Lda. 20 - 58.651 - 351.002 - - Lusomundo Serviços SGPS, SA - - 17.587 - - - - LUSOCINE - - - - - - 29.750 Warner Lusomundo, Lda. 7.364 - 4.099 - - - - Grande Reportagem - 248.220 - 7.486 - - - Sport Notícias - 748 - 120.086 - - -

438.272 248.968 132.381 18.375.466 3.985.913 4.176 956.029

Custo das Fornecimentos Custos e Custos e Prestações Proveitos emercadorias e serviços perdas perdas de Proveitos ganhos

vendidas externos financeiros extraordinários Vendas serviços suplementares financeiros

Lusomundo Audiovisuais, SA 944.838 2.675 - - - 187.136 75.732 - Lusomundo Cinemas, SA - 8.796 - - 22 1.088 27.519 - CLIPANUNC - 209.001 - - - 10.022 - - Lusomundo SGPS, SA - 249.285 945.099 2.706 196 19.315 12.150 33.243 Empresa Gráfica Funchalense, SA - 4.265.796 - - - 1.675 - - Lusomundo Editores, Lda. - 762.932 - - - 170.007 1.674 - Lusomundo Imobiliária 2, SA - - - - - 352 - - Noticias Direct - Distribuição ao Domicílio, Lda. - 662.829 - - - 2.044 - - Lusomundo.net - Comércio Electrónico e Informática, Lda. - 352.771 - - - 970 106.130 - Lusomundo Serviços SGPS, SA - - - - - - - - Lusomundo Sociedade de Investimentos Imobiliários, SGPS, S.A. - 769 - - - - - - LUSOCINE - 25.000 - - - - - - Warner Lusomundo, Lda. - - - - - 24.819 - -

944.838 6.539.854 945.099 2.706 218 417.428 223.205 33.243

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________________________________________________________________________________________ Relatório e Contas Consolidadas de 2002 53

Os empréstimos obtidos da Lusomundo SGPS, revestem a forma de suprimentos e vencem juros a taxas normais de mercado. Em 31 de Dezembro de 2002, aqueles empréstimos não têm prazo de reembolso definido, sendo entendimento do Conselho de Administração que este não ocorra no curto prazo. 58. Interesses Minoritários O saldo dos interesses minoritários constantes do balanço em 31 de Dezembro de 2002 e os resultados atribuíveis a interesses minoritários no exercício findo naquela data, são como segue:

60. Notas Explicativas à Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa A demonstração consolidada dos fluxos de caixa foi elaborada observando as disposições da Directriz Contabilística nº 14, havendo os seguintes aspectos a salientar: 1. Discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes A discriminação de caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, é a seguinte:

2. Outras informações consideradas relevantes No exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, foi originada uma conta a receber no curto prazo da Lusomundo SGPS no montante de Euro 2.069.000.

2002 2001Disponibilidades constantes do balanço:Caixa 588.977 74.150 Depósitos bancários 3.873.381 8.562.273

4.462.358 8.636.423

Descobertos bancários (Nota 50) (748.600) (1.498.962)

Saldo de caixa e seus equivalentes 3.713.758 7.137.461

Resultados Saldo de atribuíveis no

balanço exercício

Oficina do Livro - Sociedade Editorial, Lda. 217.396 105.498 Radiopress - Comunicação e Radiodifusão, Lda. 136.465 136.465 Empresa do Jornal de Notícias, S.A. 71.304 9.239 Açormedia - Comunicação Multimedia e Edição de Publicações, S.A. 42.492 (23.557)Pressmundo - Editora de Publicações, S.A. 1.878 - Someios - Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. 1.490 1.490 TSF - Radio Jornal de Lisboa, Lda. 73 73 RJN - Rádio Jornal do Norte, Lda. (201) (201)Diário de Notícias, S.A. (9.904) (9.904)Rádio Notícias - Produções e Publicidade, S.A. (250.217) (433.838)

210.776 (214.735)

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61. Notas Explicativas à Demonstração Consolidada de Resultados por Funções A Demonstração dos Resultados por Funções (“DRF”) foi elaborada tendo em consideração o disposto na Directriz Contabilística nº 20, havendo os seguintes aspectos a salientar: (a) A rubrica “Custo das vendas e prestações de serviços” da DRF inclui diversas rubricas da Demonstração de Resultados

por Naturezas (“DRN”), nomeadamente: “Fornecimentos e serviços externos” (no que se refere a Subcontratos, Trabalhos Especializados, Conservação e reparação e Contencioso e Notariado), “Trabalhos para a própria empresa” e “Amortizações do exercício”, estas duas últimas rubricas no que se refere a equipamento básico.

(b) Na rubrica “Outros proveitos operacionais” da DRF encontram-se considerados os valores registados na rubrica

“Proveitos suplementares” e “Subsídios à exploração” da DRN e ainda valores registados em “Correcções de exercícios anteriores” e em “Outros proveitos e ganhos extraordinários” na DRN.

(c) A rubrica “Custos Administrativos” da DRF é composta, essencialmente, pelos custos da DRN referentes a custos com

pessoal , trabalhos especializados (cedência de pessoal), amortizações referentes a equipamento administrativo, rendas e alugueres, conservação e reparação e deslocações e estadas.

(d) O valor da rubrica “Outros custos e perdas operacionais” da DRF inclui a conta com a mesma designação da DRN, bem

como outros custos classificados nas rubricas da DRN “Fornecimentos e serviços externos”, de onde se destacam, Publicidade e Propaganda (de carácter institucional), Material de Escritório, Trabalhos Especializados, “Impostos” (IVA suportado) e ainda valores registados em “Correcções relativas a exercícios anteriores” e em “Outros custos e perdas extraordinários”.

(e) A rubrica “Custo líquido de financiamento” da DRF distingue-se dos resultados financeiros apresentados na DRN, uma

vez que não inclui os ganhos e perdas em empresas do grupo e associadas. (f) Determinadas naturezas de custos, nomeadamente, electricidade, água, rendas e alugueres, seguros, conservação e

reparação, limpeza, higiene e conforto, vigilância e segurança, combustíveis, aluguer de viaturas, pessoal, foram agrupadas e repartidas por várias áreas de actividade, de acordo com critérios definidos pela Empresa.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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