M1T1 - A Busca Pelo Sentido Da Vida

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  • 8/20/2019 M1T1 - A Busca Pelo Sentido Da Vida

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    LECTORIUM ROSICRUCIANUM · ·

    Quem conhece os homens é  per spicaz,mas quem conhece a si mesmo é iluminado.

    Quem vence outr os homens é f orte,

    mas quem vence a si mesmo é onipotente.

    (T ao T e K i ng , cap. )

     Algo que distingue o ser  humano das outr as espécies que habitam nosso planeta ésua capacidade de f azer  per guntas. Par a muitos (talvez também par a o leitor  desta

    carta) a vida transcorre em um diálogo permanente, em que a consciência não cessa decolocar interr ogações e de sugerir r espostas. Contudo, a ver dadeir a r esposta, a que seesper a encontr ar como uma experiência plena, autêntica, par ece escorr egar das mãos,

    como areia fina.

    Sim, é muito pr ovável que o leitor já  se tenha per guntado em muitas ocasiões: Quesentido tem uma vida que está pr edestinada a per ecer  algum dia? Acaso o ser  humano é

    apenas um or ganismobiológicodotado de consciência, cu ja existência se desenvolve ao

    longo de algumas décadas par a acabar  dissolvendo-se em nada? Não sente ele, no mais

    pr of undo do ser, algo que par ece f alar  muito além do que a consciência pode abar car,algo que o chama a transcender o espaço e o tempo?

    Sem dúvida, tudo o que está ao nosso r edor leva impr esso o selo da decadência. Damesma maneir a que os maior es impérios se extinguir am com o passar  do tempo, e agor asomente é possível contemplar suas r uínas e seus legados cultur ais, qualquer experiência

    na vida se apresenta como fugaz e transitória.

    Assim, pode-se compr eender  que o princípio univer sal do eter no r etor no  pelo qualtudo par ece gir ar  em ciclos sem fim, em um contínuo nascer, flor escer  e morr er r ege aordem deste mundo.

    Talvez o leitor já tenha experimentado a insatisfação de nada ter conseguido de autenticamente dur adour o. Incluem-se aí muitos conhecimentos que devem ser  abandonados

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    um dia e tr ocados por  outr os. Muitas vezes, isso implica r econhecer  que os antigos conhecimentos estavam equivocados. Essa insatisfação, essa permanente inquietude, gera

    em cada pessoa, vez ou outr a, o impulso de buscar  algo que r ealmente atenda a seuanseio pelo verdadeiro saber.

    Muitos são os caminhos que se pode per corr er  par a satisf azer  a essa necessidade. ACiência, a Arte, a Religião, por  exemplo, of er ecem múltiplas r espostas e possibilidades,mas a pessoa que está lendo estas linhas pr ovavelmente per cebeemseu interior que f alta

    algo por  descobrir. As r espostas que são pr opor cionadas pela ciência oficial par ecemespeculativas e insuficientes; as pr opostas das r eligiões tr adicionais já não satisf azem;e os caminhos da arte se mostr am estér eis ante o constante acréscimo do sofrimentomundial. Esse é um estado de consciência que muitos ser es humanos compartilham nos

    dias atuais: o de considerar-se um humilde buscador da verdade.

    Que sentido pode ter  uma vida car acterizada por luta contínua? Segur amente o ser humano aspir a por  perf eição, por  um mundo ideal. Mas onde se pode encontr ar  essaperf eição? Ou melhor, como é possível alcançar  um estado de ser  semelhante ao perfeito?

    Par a todo lado onde se olhar  serão encontr adas luta e morte; não há espécie ou manif es-

    tação de vida conhecida que escape de semelhante experiência. Para qualquer ser vivo,a sobrevivência é quase sempre a preocupação mais importante, até o ponto em que oser  humano converteu essa questão em um dos maior es e mais fr utíf er os negócios. Se

    uma pessoa refletir a esse respeito, é certo que encontrará numerosos exemplos.

    Assim, portanto, devemos reconhecer que muitas coisas que acontecem com cada umde nós, no desenvolvimento nor mal da vida, são extr emamente desconcertantes. Omundo of er ece a todos uma infinidade de alter nativas par a satisf azer  os dese jos maisvariados, e, no entanto, um vazio e uma desesperança profundos perturbam o coraçãode inumeráveis ser es humanos. Pessoas cu ja alma se sente como um pássar o que, por engano, voou par a o interior  de uma casa e, na intenção desesper ada de r ecuper ar  aliberdade, choca-se contra o vidro das janelas.

    Porém, não há nada pior  do que cair  no desesper o. O  príncipe Sidharta  que maistar de alcançou o estado de Buda  saiu do palácio em que vivia. Deixou a vida cotidiana

    ilusória que o envolvia e pr otegia da tur bulenta r ealidade do mundo. Saiu par a descobrir 

    que somente ao andar  se encontr a o caminho, que apenas a tr ansf or mação interior pode levar  a um estado de consciência mais pleno e, portanto, a uma experiência eum conhecimento superior es da vida. Ele f oi confr ontado com as doenças, a velhicee a morte. Apenas após essas descobertas impactantes ele decidiu abandonar  a f alsasegur ança que o pr otegia e embar car  na maior  empr eitada que pode ser r ealizada por um ser humano: o   autoconhecimento.

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    À medida que esse conhecimento se amplia, a consciência vai adquirindo a capacidade de compr eender as leis que r egem o univer so. Desse modo, pouco a pouco, sãofinalmente encontradas respostas para as perguntas fundamentais.

    É esse conhecimento da ver dadeir a situação em que cada pessoa se encontr a (o «r eco-nhecimento» da realidade que se esconde por detrás do véu da ilusão, denominado ovéu de Ísis) que é o ponto de partida do caminho pr oposto pela Escola Inter nacionalda Rosacruz Áurea, pois nada pode ser transformado conscientemente se primeiro nãof or  conhecido. O ensinamento da Rosacr uz Áur ea deixa bem clar o que o começo éconhecer a si mesmo, porque aí está a senda que leva a reencontrar as leis que regem omundo, e a compreender a vontade de Deus.

    Desse modo, sabendo que de nada serve uma ver dade que não pode ser  aplicada, ouum conhecimento que não pode ser  experimentado, verifica-se a pr of undidade daspalavras de Buda: A verdade é o útil».

     A v er dade apenas t or nará uma pessoa livr e à med i daqueel a mesma tr ans  f or mar  sua cons-

    c iê nc i a. Gr aças a essa tr ansf or mação, o acessório, aquilo de que se pode pr escindir, vaiperdendo força em cada um de nós, e uma nova experiência atenderá ao chamado que

    pulsa no mais profundo de cada coração que anela pela libertação.

    Atenciosamente,Seus amigos do Tr abalho Público do

    LECTORIUM ROSICRUCIANUMEscola Inter nacional da Rosacr uz Áur ea