MA (2006) Projeto Recuperacao de Mata Ciliar de Cerrado

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    GOVERNO DO ESTADO

    SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECURIA EDESENVOLVIMENTO RURAL

    ENDEREO Av. Euclides Figueiredo, s/n Ed. Nagib Haickel sala 214 Calhau CEP 65076-820Tel (98) 3218-9708 E-mail- [email protected]

    2006SUMRIO

    1 . Apresentao

    2 . Justificativa

    3 . Objetivos

    4 . Descrio das Metas

    5 . Estratgias de Implantao

    6 . Benefcios Esperados

    7 . Beneficirios

    8 . Participao da Sociedade

    9 . Transferncia de resultados

    10 .Custos

    11 . Cronogramas de Atividades

    12. Equipe de Coordenao/Articulao

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    APRESENTAO

    O Itapecuru, que o principal rio maranhense encontra-se bastante assoreado e com as

    coberturas vegetais ribeirinhas sensivelmente danificadas na quase totalidade do seu percurso.

    Este estado de degradao da cobertura ciliar do Rio Itapecuru est provocando um alargamento

    da sua calha e uma conseqente reduo do seu volume de gua, sobretudo nos perodos fora daquadra chuvosa. Como se trata do rio que abastece uma boa parte da populao de So Luis,

    urge a necessidade de serem tomadas providncias no sentido de recuperar o volume de gua do

    rio durante todo o seu percurso. Este processo passa por algumas aes e intervenes dos

    poderes pblicos. Uma delas, sem duvida, a recomposio da mata ciliar que protege as

    margens do rio contra o assoreamento decorrente da eroso de solos que acontece justamente

    porque a retirada da vegetao da margem do rio possibilita a eroso do solo e o arraste de

    terras para dentro do leito do rio.

    O presente projeto, busca fazer uma interveno para recuperao de reas degradadas

    da faixa marginal ribeirinha, no trecho do mdio Itapecuru, em uma microbacia do municpio de

    Cod-Ma, numa faixa compreendida entre este municpio e o municpio de Timbiras, bem

    como levantar, atravs de pesquisa, as verdadeiras causas desse processo de devastao, tendo

    em vista que estas informaes no esto disponveis, apenas especulando-se em razo de

    conhecimentos prvios de situaes semelhantes em outros locais no mundo onde ocorreram, ou

    ocorrem processos degradantes dos recursos naturais.

    Estes processos de devastao, decorrem em parte, da forma como vem sendo praticadaa agricultura naquele e nos demais municpios maranhenses, onde no h qualquer preocupao

    com a preservao dos recursos naturais, e as reas nas margens dos crregos de gua so

    desmatadas e cultivadas com lavouras ou mesmo com pastagens. O processo de limpeza dessas

    reas, normalmente envolve a utilizao de fogo, o que se torna um fator adicional de

    degradao, pois alm de destruir a matria orgnica, fator de fundamental importncia para a

    manuteno da capacidade produtiva do solo, tambm elimina parte da reserva de sementes nele

    contidas, que garantiriam a permanncia nesses ambientes dessas espcies atravs de um

    processo de regenerao natural das formaes vegetais. A eliminao da vegetao ribeirinha

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    reflete negativamente sobre os mananciais de gua, uma vez que estas formaes vegetais

    desempenham uma funo hidrolgica direta atravs de uma srie de processos importantes

    para a estabilidade da microbacia. Esta rea, com seus vrios ambientes, desempenha processos

    responsveis pela gerao do escoamento direto, pela quantidade e qualidade de gua, ciclagem

    de nutrientes e pela interao entre os ecossistemas aquticos. Entretanto, o efeito negativo mais

    evidente e facilmente observvel da retirada da cobertura vegetal ribeirinha o fato de facilitar

    os processos erosivos do solo e consequentemente o deslocamento de terra para o leito dos

    cursos dagua, reduzindo a cota de fundo, caracterizando o assoreamento. Estas, provavelmente

    teriam sido as causas da devastao que presentemente observa-se ao longo do curso do Rio

    Itapecuru.

    2 . JUSTIFICATIVA

    O estado do Maranho o segundo maior estado da regio nordeste, com 331.983.293

    km, e possui uma populao de 6.000.000 habitantes, distribuda em 217 municpios (IBGE:

    Censo 2004).O territrio situa-se numa regio entre a floresta equatorial mida e o nordeste semi-

    rido, caracterizando-se, do ponto de vista ecolgico, para alguns pesquisadores, como uma

    zona de grande ectono por sua posio de transio entre dois grandes biomas brasileiros.

    Esta particularidade pode ser responsvel pela ocorrncia expressiva, no Estado, de

    quatro dos cinco biomas nacionais. H presena da Floresta Equatorial mida, Cerrados,

    Campos (Inundveis da Baixada Maranhense) e os ecossistemas com caractersticas do nordeste

    semi-rido. A multiplicidade de ocorrncia de ecossistemas requer interferncias e aes

    diferenciadas. Isto significa dizer que um planejamento de uso com perspectiva sustentvel,

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    nessas reas, exige conhecimento da natureza do solo, da dinmica das guas e de

    caractersticas da fauna e flora. O conhecimento dessa realidade integrada permite a

    compreenso do complexo suporte ecolgico desses diferentes ambientes, ou seja, no ser

    apenas um modelo que atender s diferentes realidades ecolgicas no Estado do Maranho.

    A condio de conservao/degradao dos ecossistemas maranhenses est sob forte

    presso da densidade populacional e de uma agricultura predatria, tanto nas pequenas como

    nas mdias e grandes reas. Isso um reflexo da forma como se deu a expanso da fronteira

    agrcola maranhense, caracterizada pela ausncia do planejamento ambiental prvio, que

    disciplinasse o uso e ocupao do solo, definindo as reas para a atividade agrcola e as reas

    que deveriam ser preservadas em funo de suas fragilidades ambientais ou da restrio legal.

    Em estudos realizados por Lemos (2001), foi estimado um ndice de degradao (ID) mdio por

    Estado, para aferir o estgio de devastao por municpio. Foram considerados como

    indicadores, a cobertura vegetal com matas e florestas nativas e plantadas, reas com lavouras

    perenes e temporrias, reas com pastagens natural e plantada, produtividade animal e acapacidade das lavouras e pastagens de suportarem um maior contingente de trabalhadores. O

    Maranho apresentou um ID mdio de 75,79 % , prximo ao parmetro considerado crtico, que

    80%, onde estariam as categorias de propenso ao risco de desertificao.

    Ao longo da histria, desde os primrdios da colonizao, a agricultura vem sendo

    praticada nas plancies aluvionais, principalmente com as culturas de arroz, milho, feijo e

    cana-de-acar.

    . O uso continuado da agricultura e a retirada da vegetao ribeirinha, como fonte deenergia (carvo e lenha), associados s retiradas de areia para construo civil e de argila pelas

    olarias, provocam alteraes no regime hidrolgico, reduz a diversidade biolgica e gentica,

    e favorece a eroso dos solos e o carreamento de materiais para o leito do rio, provocando o

    assoreamento. Estas atividades tm acelerado o processo de degradao dos ecossistemas

    ciliares, expondo as bacias hidrogrficas do Estado, em maior ou menor intensidade, aos riscos

    e conseqncias dos processos de degradao e comprometimento das formaes vegetacionais

    ribeirinhas. Entretanto, as reas marginais dos rios so reconhecidas como reas de preservao

    permanente APPs sendo disciplinadas pela legislao federal do Cdigo Florestal, lei n

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    4.771/65 artigos 2 e 3, e tm a funo ambiental de manter a estabilidade geolgica e

    hidrolgica, o solo, a biodiversidade, o fluxo gnico da fauna e flora e o bem-estar das

    populaes humanas. Existe portanto uma obrigatoriedade de recuperao e preservao dessas

    reas. Nessas reas o uso no permitido, e at mesmo, o uso sustentvel tem sido motivo de

    muitos questionamentos. O manejo das bacias hidrogrficas nunca representou uma

    preocupao com a conservao dos recursos naturais renovveis apesar da existncia da

    legislao. A ao do homem ainda continua provocando uma srie de perturbaes no

    funcionamento desses ecossistemas, pois persiste a idia de que os recursos abundantes eram

    inesgotveis e por isso o ambiente poderia ser explorado livremente, de qualquer forma sem

    restries. Esta prtica difundida nas geraes passadas resultou em conseqente perda

    gradativa da qualidade ambiental em todas as bacias hidrogrficas.

    A recuperao de matas ciliares tomando a da bacia hidrogrfica como unidade de

    planejamento de trabalho e manejo sustentvel contribuir com benefcios globais para a

    conservao da biodiversidade, o aumento do estoque de carbono em florestas e solo, liberaode oxignio, reduo de pobreza (melhoria de produtividade de todos os fatores de produo

    como terra, trabalho e capital), o combate degradao das terras; alm de contribuir com

    benefcios locais de proteo do solo e da gua bem como provocando a restaurao de

    servios e funes dos ecossistemas e gerao de oportunidade de trabalho e renda.

    Este projeto priorizou a bacia do rio Itapecuru, considerando a importncia

    socioeconmica do principal rio da bacia para o estado do Maranho. A bacia do Itapecuru

    formada por 36 municpios, todos abaixo, no ranking dos vinte municpios de maior IDH euma populao estimada de 944.716 habitantes (IBGE 2000). a maior bacia em extenso, com

    1.090 km, onde o rio principal abastece aproximadamente 60% da populao maranhense.

    Ocupa a segunda maior rea territorial, com 54.300 km, com predomnio do bioma Cerrado, o

    qual possui apenas 29% da vegetao nativa remanescente, 500 mil hectares de reas sem

    vegetao, 900 km de cursos dgua desprotegidos e 40% do territrio suscetvel eroso

    (LABGEO 2000).

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    A bacia hidrogrfica do rio Itapecuru encontra-se, segundo estudos do Ministrio do

    Meio Ambiente (MMA), em estado preocupante quando avaliada a sua relao entre demanda

    e disponibilidade hdrica.

    O projeto piloto que se prope est sendo implantado no municpio de Cod, onde h

    iniciativas da sociedade para desenvolver trabalho de recuperao e preservao da microbacia.

    A participao das comunidades fator fundamental para garantir que o objetivo do projeto seja

    alcanado, uma vez que a comunidade consciente da necessidade do trabalho realizado, dever

    assumir a conduo da proposta ora iniciada pelo Estado.

    A proposta do projeto adotar metodologias e estratgias para viabilizar o programa de

    recuperao das formaes vegetacionais dos ecossistemas ribeirinhos, observando os

    princpios de sustentabilidade que esto fundamentados em aspectos no s ambientais, mas

    socioeconmicos . O desdobramento da proposta pretende recuperar a vegetao que margeia o

    curso dgua, repovoar os ecossistemas aquticos com espcies de peixes de ocorrncia no

    prprio rio, implantar sistemas de produo de baixo impacto ambiental, desenvolver aes deeducao ambiental, continuada, junto as famlias ribeirinhas, garantindo a participao efetiva

    da comunidade local nas aes propostas.

    O trabalho de Educao Ambiental est associado e integrando o projeto nos seus

    segmentos bsicos de recuperao das formaes vegetais ribeirinhas, ecossistemas aquticos e

    a implantao dos sistemas produtivos . O processo educativo deve ajudar a desenvolver a

    capacidade analtica, e viso crtica das inter-relaes ecolgicas, sociais e econmicas que a

    situao problema implica.No sentido, de estimular o sentimento preservacionista, mas para garantia da

    manuteno e renda das famlias ribeirinhas, que na sua maioria utiliza as reas de preservao

    permanente com os cultivos de vazante, ser necessrio a implantao de sistemas de

    produo de baixo impacto ao ambiente, em reas fora da faixa marginal. Os sistemas

    produtivos sero desenvolvidos com as comunidades a partir de suas experincias e afinidades

    de cultivo, considerando tcnicas ecologicamente corretas, pois no modificam ou transformam

    radicalmente os ecossistemas e ainda identificam os elementos tradicionais e novos de manejo,

    para que uma vez incorporados favorecem a unidade de produo. A nfase nos recursos

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    disponveis, na propriedade, reduz os custos de produo tornando o agricultor menos

    dependente de insumos produtivos vindos de fora, significativamente mais caros, adquiridos

    fora da unidade de produo ou das suas circunvizinhanas. A proposta de agricultura para

    essas reas, portanto faz opo pela abordagem agroecolgica, que melhor equaciona uso e

    conservao dos recursos naturais primando pela justia social na equidade no direito de acesso

    aos recursos naturais pelo homem. (Gliessman,2001).

    O projeto pretende-se em uma ao transdisciplinar, e na sua totalidade ser

    desenvolvido com as parcerias das Secretarias de Estado de Assuntos estratgicos (SEAE), de

    Meio Ambiente (SEMA), Secretaria de Cincia e Tecnologia (SECTEC) Companhia de guas

    e esgotos do Maranho (CAEMA), Laboratrio Geoambiental da Universidade Estadual do

    Maranho (LABGEO/UEMA), ALUMAR, e as organizaes no governamentais ASA,

    COODESU, AMAVIDA e ECOMARANHO.

    A dimenso cientfica, da proposta, ser realizada paralelamente s aes propostas de

    recuperao dos ambientes ribeirinhos e instalao de sistemas produtivos. Consistirinicialmente da elaborao dos diagnsticos socioeconmicos e ambientais, resgate de cenrios

    de paisagens identificando espcies da fauna e flora de uma poca anterior ao atual estgio de

    degradao h aproximadamente 50 anos. Alm disso, consta como parte da caracterizao da

    microbacia a identificao de todos os crregos, olhos dgua e riachos, presentes na rea de

    interveno do projeto e o um levantamento fitossociolgico e composio florstica. A

    experincia desenvolvida no projeto piloto de Cod, poder ser adaptada ao contexto de

    realidade das outras microbacias do Rio Itapecuru, a montante a jusante do local onde o projetopiloto est se desenvolvendo entre os municpios de Cod e Timbiras.

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    3. ASPECTOS HISTRICOS, ECONMICOS E CARACTERSTICAS

    FISIOGRFICAS DO MUNICPIO DE COD.

    Breve Histrico do municpio

    Confirmando uma realidade do incio do processo de povoamento do territrio

    maranhense, o municpio de Cod tambm surgiu e se desenvolveu margem de um grande rio,

    o Itapecuru. O marco inicial teria sido a construo de um depsito de mercadorias margem

    do rio. Com o desenvolvimento do trfego e comrcio fluvial foram edificadas outras casas

    comerciais e residncias formando a nucleao urbana.

    No sculo XVIII, ocorreu uma significativa expanso da agricultura, iniciando o avano

    sobre a floresta dando incio sua explorao. Antigos agricultores migraram para as margens

    do Itapecuru, e muitos escravos foram conduzidos a fim de trabalharem na agricultura. Cod

    foi uma dos municpios que recebeu parte desse contingente que busca as reas de vrzea paracultivo do arroz e demais culturas anuais. No sculo XVIX?????, chegaram os colonos

    portugueses que se dedicaram a agricultura, e os imigrantes rabes (srios) que se ocuparam do

    comrcio (IBGE, 1959).

    O topnimo Cod, no tem uma definio histrica que confirme sua origem. Segundo

    informaes da Enciclopdia dos Municpios Brasileiros (IBGE), a origem, pode est associada

    s reas alagadias dos afluentes do rio, no municpio. Outra verso atribui a origem do nome,

    existncia abundante, no incio do povoamento, de codornas ou codornizes. Registroshistricos, do incio do sculo XVX????, fazem referncia a Cod com a denominao Urubu,

    povoado pertencente vila de Caxias. At 1820 a provncia do Maranho estava dividida em 12

    (doze) vilas, uma das quais constava a vila de Caxias.

    Segundo Cantanhede (ANO????), por fora das instrues para execuo do Cdigo de

    Processo Criminal do Imprio de 1832, que atribua poderes aos Conselhos Gerais das

    Provncias (poder legislativo) para realizar a nova diviso administrativa e judiciria de seus

    territrios criando vilas e comarcas, foram criadas novas vilas. Em 19 de Abril de 1933, por

    deliberao do Conselho Provincial do Maranho, e no uma Resoluo Rgia, conforme

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    publicao do IBGE citando Cesar Marques (ANO????), o povoado e demais localidades foram

    elevados a categoria de vila. A Lei Provincial n 7, de 29 de abril de 1835 confirma a

    deliberao do Conselho. As novas vilas criadas, no perodo, foram Freguesia de So Bento

    dos Perizes (desmembrado de Alcntara}, Freguesia de N.S. do Rosrio do Itapecuru

    (desmembrado da vila do Itapecuru-mirim ), povoado do Urubu (hoje Cod) desmembrado de

    Caxias, Julgado do Mearim (hoje Vitria do Mearim), povoao da Manga do Iguar (hoje

    VargemGrande) desmembrada de Icatu ; povoao de So Jos (hoje Mates) desmembrado

    de Caxias e povoao de NS de Nazar do Riacho, desmembrada de Pastos Bons. Em 16 de

    abril de 1896, pela Lei estadual n 13, Cod elevada categoria de cidade.

    Localizao

    O municpio situa-se na mesorregio do Leste Maranhense na Microrregio de Cod, e

    sua sede possui as seguintes coordenadas geogrficas: 4 26 51 latitude Sul; 43 52 57

    longitude Oeste de Greenwich. A sede municipal est a 48 metros de altitude. Ocupa uma reade 4.365 km, com uma populao, segundo o censo 2000, de 111.146 habitantes e uma

    populao estimada para 2005 de 114.496 habitantes. Apresenta uma densidade populacional

    estimada de 26 hab/km. O produto interno bruto PIB municipal de 123.805,86 e o PIB anual

    per capta de 1.157,40 (IBGE, 2003).

    Limita-se com os municpios de Timbiras, Coroat, Peritor, Capinzal do Norte,

    Governador Archer, Gonalves Dias, So Joo do Soter, Aldeias Altas e Chapadinha.

    Hidrografia

    Cod banhado pelo rio Itapecuru, pertencendo bacia hidrogrfica que leva o nome do

    mesmo rio. O rio Itapecuru, historicamente um dos mais importantes do Estado, constitua-se

    como principal via de transporte de pessoas e escoamento da produo. Atualmente fonte de

    abastecimento de gua de mais da metade da populao maranhense, alm de atender s

    atividades de agricultura irrigada. Um de seus principais afluentes, o rio Codozinho, encontra-se

    em territrio do referido municpio.

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    Relevo

    A unidade geomorfolgica, a qual pertence o municpio, a Superfcie Maranhense

    com Testemunhos, que predomina na regio central do Estado. (Labgeo, 2002). Para uma

    melhor compreenso da feio do atual relevo maranhense, devem ser examinados os

    remanescentes de chapades e chapadas do sul do Estado, prolongamentos da superfcie elevada

    do Brasil central. O relevo perde altitude lentamente, da direo sul norte, at formar a plancie

    da baixada no norte.

    Geologia

    A estrutura geolgica sedimentar do Estado, tem sua gnese relacionada s

    transgresses e regresses marinhas. Os movimentos marinhos favoreceram o sedimento e o

    acumulo de arenitos, folhelhos e calcrios, e com os movimentos epirognicos, foram

    depositados os sedimentos baslticos de origem continental. As principais formaes geolgicasverificadas no municpio de Cod foram a formao Itapecuru, Cod e Mosquito (Labgeo,

    2002).

    A Formao Itapecuru, constituda de arenitos finos, intercalados por folhelhos

    (argila). O mineral predominante o quartzo (SiO), seguido por minerais de argila do tipo

    caolinita (1:1). Os solos derivados apresentam um elevado teor de areia fina, e,

    conseqentemente, alto grau de suscetibilidade ao encrostamento e compactao. Espera-se,

    desta formao, originar latossolos, argissolos e plintossolos.A Formao Cod, constitui-se de arenitos e siltitos intercalados por folhelhos

    betuminosos, sendo freqente a presena de calcrio e gipsita. Origina solos, com mdia e alta

    fertilidade, ricos em argila do tipo montmorilonitas ( 2:1), clcio, magnsio e fsforo.

    Geralmente sua ocorrncia restrita e descontnua. Verifica-se na calha e margem dos

    vales dos grandes rios, concentrando-se no alto Graja, alto Itapecuru e mdio Munim.

    Entretanto, no trecho mdio do Itapecuru, em Cod h ocorrncia desta formao na poro

    oeste do municpio.

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    Solos

    Os principais grupos de solos, no municpio, so os argissolos (vermelho amarelo e

    vermelho amarelo concrecionrio e vermelho amarelo eutrfico), plintossolos e areias

    quartzosas.

    Os argissolos

    Predominam na parte oeste, formando um mosaico entre os grupos vermelho amarelo,

    vermelho amarelo concrecionrio e vermelho amarelo, carter, eutrfico. Geralmente, so solos

    profundos, ocorrem em topografias de relevos planos ou suavemente ondulados, a textura varia

    de mdia a argilosa, podendo ter boa porosidade e bem drenados. A saturao de bases varia de

    baixa (V50%). A fertilidade, dependendo do tipo de argissolo, varia de alta a

    baixa. Quanto ao uso atual, nestes solos, predominam as culturas de mandioca, milho, feijo,

    arroz e pastagens, alm de suporte ao babau.

    Os plintossolosConstituem-se em solos mal drenados, com severa restrio a percolao de gua.. Tem

    como critrio diagnstico o horizonte B textural plntico, devido a presena de plintitas, ou

    pequenos aglomerados de ferro que se formam em condies de reduo, devido a oscilao da

    superfcie piezomtrica. Ocorrem em relevo plano ou suavemente ondulado, a textura pode ser

    arenosa ou mdia. O uso atual destinado as culturas de arroz, milho feijo, mandioca e

    extrativismo do babau. encontrado no municpio na poro leste, intercalado com as Areias

    Quartzosas.Areias Quartzosas

    So solos com percentual de argila abaixo de 15%, predominando a frao

    granulomtrica textural das areias ou silicatos de quartzo. Tem carter distrfico, baixa

    saturao de bases (V

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    Vegetao

    As unidades de paisagem, predominante, do municpio so os Campos Cerrados com

    Pastagem e o Mosaico de Pastagens, Matas Abertas e Vegetao Degradada com Babau.

    Os Campos Cerrados com Pastagem Natural se constituem numa formao com

    predomnio de vegetao herbcea e presena de alguns arbustos ou rvores esparsas de uma

    mesma espcie. Revestem, geralmente reas planas e solos arenosos. Ocorrem a leste do

    municpio.

    O Mosaico de Pastagens, Matas Abertas e Vegetao Degradada com Babau nesta

    categoria incluem-se reas de usos diversos, associadas com pastagens, matas em explorao

    com vegetao degradada e a presena de babau. Esta unidade a predominante no territrio

    municipal.

    ClimaCod pertence classificao climtica Sub-mido do tipo C2 e Sub-mido Seco do

    tipo C1. As temperaturas mdias anuais variam de 26C e 27C. Nos meses de agosto a

    novembro verificam-se as temperaturas mais elevadas do ano.

    A Precipitao de chuvas, na poro norte do municpio, est includa na faixa de

    variao anual de 1 600 mm a 2 000 mm. A maioria do territrio municipal se encontra na faixa

    de pluviosidade anual de 1 200 mm a 1 600 mm. Esta quadra chuvosa se estende dos meses de

    dezembro a junho??????? CONFIRME ESTA INFORMAAO.......A Umidade Relativa do Ar,est classificada dentro variao anual de (70% a 73%) e da variao anual de (73% a 76%)

    em grande parte do municpio.

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    Explorao Econmica e Uso da terra

    a) Atividade Agrcola e Extrativismo Vegetal

    De acordo com dados da Produo Agrcola Municipal (IBGE), verificou-se uma

    reduo no rendimento mdio das lavouras temporria e permanente, e nas quantidades

    produzidas na extrao vegetal, no perodo de 2000 a 2004.

    Quadro 1: rea e produtividade dos principais produtos da lavoura temporria, em Cod.

    Ano Arroz

    (ha) (t/ha)

    Feijo

    (ha) (t /ha)

    Mandioca

    (ha) (t/ha)

    Milho

    (ha) (t/ha)

    2000

    2004

    6 580 1,20

    10 080 1,04

    620 3,43

    640 3,30

    380 6,0

    4 680 7,0

    4 606 0,60

    7 808 0,48

    Fonte: Produo Agrcola Municipal (IBGE)

    No quadro acima, verifica-se que as culturas de arroz, mandioca e milho tiveramaumento na rea plantada entre os anos de 2000 e 2004. O feijo, durante o mesmo perodo, foi

    a cultura que teve a menor variao de quantidade produzida, rea cultivada e rendimento

    mdio.

    A expanso da rea cultivada de arroz, em 2004 em relao ao ano 2000, foi 53,19 %

    (SO???? REFAA A CONTA?????); apesar do rendimento mdio ter apresentado queda

    significativa de 1,20 toneladas por hectare para 1,04 toneladas por hectare entre os anos de 200

    e 2004. O milho, em 2004, teve um incremento em rea de 69,52 %. O rendimento mdio da

    cultura, em 2004, caiu 20,0 % em relao ao ano 2000. A mandioca registrou o expressivo

    aumento de 1 131,5 %, no perodo 2000/2004, em rea cultivada. O rendimento da cultura teve

    um aumento de 16,67 % , para o mesmo perodo.

    Foram tambm registrados no municpio, na categoria culturas temporrias, a melancia,

    cana-de-acar, abacaxi e o algodo herbceo, este ltimo, com registro de dados de produo

    at o ano 2003.

    As culturas permanentes foram: o caju, e a respectiva produo de castanha, banana,

    manga, laranja, limo, tangerina e coco dagua. Verificou-se que no perodo de 2000 a 2004, as

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    culturas ctricas e a cultura da manga apresentaram acentuadas quedas em seus rendimentos

    mdios.

    Os produtos da extrao vegetal, carvo vegetal, lenha, madeira em toras, amndoa de

    babau e a fibra e cera de carnaba, tambm tiveram queda gradativa, nos ltimos cinco anos,

    em suas quantidades produzidas (PAM/ IBGE).

    b) Pecuria

    Quadro 2: Efetivo do rebanho (cabea)

    Ano Bovinos Sunos Equinos Assininos Muares Ovinos Caprinos Total

    2000

    2004

    41 375

    55 580

    32 226

    27 494

    2 298

    2 075

    2 081

    1 890

    450

    404

    3 779

    3 377

    8 433

    8 866

    90 642

    99 686

    Fonte: Produo Pecuria Municipal/IBGE

    Observando o quadro 2, verifica-se um decrscimo do efetivo do rebanho, no municpio.Apenas o rebanho bovino apresenta um aumento no nmero de animais do plantel.

    4. OBJETIVOS

    3.1 Geral

    Garantir aes que viabilizem a recuperao de matas ciliares rio Itapecuru, garantindo a

    conservao da biodiversidade, reduzindo a perda de solo e o assoreamento, e criando

    alternativas de renda observando os princpios de sustentabilidade.

    3.2 Especficos

    Elaborar um diagnstico com embasamento cientfico dos indicadores

    econmicos, sociais e ambientais nos povoados, conglomerados humanos e nas

    famlias que sobrevivem sob a influncia do Rio Itapecuru em Cod, Maranho.

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    Resgatar a paisagem arbustiva e arbrea que compunha e que ainda compe as

    formaes vegetacionais dos ambientes ribeirinhos do Rio Itapecuru,

    Aprimorar o sentimento preservacionista nas comunidades junto s famlias,

    envolvendo principalmente s crianas e jovens, no sentido de os habilitar tambm

    para os trabalhos de preparo, cuidado, plantio e acompanhamento do

    desenvolvimento das mudas das espcies arbustivas e arbreas a serem

    implantadas;

    Recuperar as reas degradadas, com base na cobertura vegetal remanescente e

    adaptada, aos ecossistemas prevalecentes, na faixa marginal do rio Itapecuru;

    Repovoar as guas do curso dgua principal e seus tributrios com espcies de

    peixes de ocorrncia no ecossistema aqutico;

    Identificar alternativas de ocupao e gerao de renda, com nfase nas formas de

    explorao da cobertura vegetal a ser implementada, visando o uso sustentvel dos

    recursos a partir de sistemas de produo alternativos ao degradante sistema de

    corte e queima, atualmente utilizado, gerando renda para as famlias

    ribeirinhas.

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    4 . DESCRIO DAS METAS

    1 Elaborar um diagnstico cientfico dos indicadores ambientais, sociais, econmicos,

    bem como o resgate da composio da paisagem prevalecente, antes do processo de

    devastao presentemente observado, tanto nas margens do rio Itapecuru como no

    municpio como um todo.2 Promover um evento no municpio de Cod com a participao dos poderes pblicos

    local e demais segmentos da sociedade, sobretudo aquelas comunidades envolvidas

    diretamente, permitindo ampla discusso sobre a necessidade e a importncia de

    recuperao da cobertura vegetal ribeirinha ao longo do Rio Itapecuru.

    3 Garantir aes de formao continuada atravs de atividades mensais que promovam a

    compreenso dos contextos ambientais, por um perodo de sete meses, para 150 famlias

    ribeirinhas, atendendo 100 % dos jovens e crianas das duas comunidades. As atividades

    consistem em cursos de formao de protetores do rio Itapecuru em 4 mdulos,

    capacitao de viveiristas, no preparo e cuidado com as mudas das espcies a serem

    cultivadas, e a realizao de uma feira ambiental com apresentao de resultados.

    4 Coletar material propagativo e preparar 8 000 mudas nos viveiros, para plantios

    posteriores.

    5 Plantar 12 (doze) ha de faixa marginal do rio itapecuru, com mudas de espcies

    florestais e frutferas nativas e adaptadas, com a participao efetiva das famlias

    ribeirinhas.

    6 Implantar 1 (um) laboratrio de alevinagem para fazer o repovoamento das guas com

    espcies aquticas de ocorrncia no rio.

    7 Implantar 6 ha (seis) de sistemas produtivos, para gerao de renda, em substituio aos

    sistemas degradantes, com o acompanhamento de agrnomos e tcnicos agrcolas .

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    5 . ESTRATGIAS DE IMPLANTAO

    O projeto ser implantado no perodo de 7 (sete) meses, com inicio em junho de 2006,

    com recursos do tesouro do Estado, e ser executado na forma de sub-projetos, recuperao de

    formaes vegetais ribeirinhas, repovoamento de ecossistemas aquticos e implantao de

    sistemas produtivos, alm do segmento de educao ambiental que permeia os demais

    segmentos. A coordenao e conduo tcnica dos trabalhos ficar sob a responsabilidade da

    SEAGRO, com o envolvimento direto em todas as etapas do Secretrio de Agricultura, e a

    assistncia tcnica local, permanente nas comunidades, ser realizada pela cooperativa Terra e

    Vida.

    Para elaborar o diagnstico cientfico dos indicadores ambientais, sociais e

    econmicos, ser elaborada uma amostra aletria das famlias da zona rural

    e, principalmente, das reas ribeirinhas do rio Itapecuru em Cod. Estima-se

    que sero sorteados entre 350 a 400 domiclios nessas reas. O instrumento

    de coleta das informaes ser um questionrio pr-codificado, Nesta etapa

    sero levantados indicadores de qualidade e tamanho das moradias; rendas

    monetrias e no monetrias; principais fontes destas rendas; indicadores de

    saneamento, acesso a gua tratada; taxa de mortalidade infantil; taxa de

    mortalidade de crianas menores de cinco anos; taxa de raquitismo em

    crianas nesta faixa etria; esperana de vida ao nascer; nveis deescolaridade de membros adultos da famlia; disponibilidade de escola para

    as crianas em idade escolar; tamanho das terras utilizadas nas lavouras e

    forma de posse; procedimentos tecnolgicos utilizados; destino da produo

    eventualmente obtida; fontes de energia; composio atual da fauna e da

    flora; procedimentos utilizados de preparo das reas. (Interessante, mas no

    realizado).

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    Para resgatar a cobertura vegetal previamente existente, ser feita pesquisa

    utilizando o mtodo de entrevista semi-estruturada. Neste caso sero

    selecionadas pessoas idosas, mas lcidas, que sempre viveram nos povoados e

    que acompanharam e testemunharam todo o processo de devastao tanto das

    coberturas ciliares, como das reas rurais do municpio. Essas pessoas tambm

    informaro quais eram as espcies vegetais e da fauna que compunham

    previamente a paisagem do municpio de Cod. Detectando-se o processo, pode-

    se encontrar alternativas para as populaes de modo que a recuperao das

    vegetaes ribeirinhas ter uma menor dificuldade em ocorrer, e poder contar

    com uma maior conscincia da populao, o que fundamental neste processo

    A discusso para sensibilizao, da sociedade local, ser feita atravs de

    palestras, depoimentos e seminrios abordando o processo de devastao e suas

    implicaes na qualidade de vida da sociedade. Sero utilizados recursos

    audiovisuais e cartilhas. Nos povoados, em particular, onde o projeto ser

    implantado haver no s o acompanhamento tcnico, mas aes de educao

    ambiental durante toda a fase de implantao do projeto. As famlias ribeirinhas

    tero oportunidade de discutir sobre a importncia da agricultura e do uso dos

    recursos naturais no quotidiano das comunidades. A metodologia pedaggica

    responsabilidade das SEAE/SEEDUC e SEMA ?(era a idia inicial, mas no

    aconteceu.)

    . O trabalho de Educao Ambiental com as famlias das comunidades ribeirinhas,

    envolve principalmente jovens e crianas e vai est presente em todos os

    segmentos propostos pelo projeto. O planejamento de todas as atividades ser

    comunitrio e participativo. Inclui desde o treinamento de jovens e

    acompanhamento das famlias ribeirinhas, para a coleta de material propagativo,

    produo e plantio de mudas indo alm dos princpios e bases conservacionistas,

    pois busca promover uma mudana de mentalidade em relao qualidade de

    vida, que est diretamente ligada ao tipo de convivncia que se estabelece

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    quotidianamente com a natureza e que implica em atitudes, valores e aes.

    Trata-se de uma opo de vida por uma relao saudvel e equilibrada, com o

    contexto, com os outros e com o ambiente mais prximo, a comear pelo

    ambiente de trabalho e domstico. Neste sentido, pretende-se a compreenso das

    famlias ribeirinhas na sua interao com os recursos naturais e principalmente as

    relaes estabelecidas com o rio e os benefcios obtidos com sua conservao. A

    incorporao da dimenso ambiental no cotidiano dessas populaes, dos

    agricultores e estudantes da sede do municpio que sistematicamente

    acompanham eventos semanais, incentiva a sensibilizao ambiental, o

    pensamento sobre o papel do homem como cidado na sociedade em mudana e

    a necessidade de sua participao nas causas ligadas melhoria da qualidade de

    vida. Sero produzidas cartilhas ambientais, murais, maquetes e visitas aos

    viveiros e reas de trabalho a fim de despertar uma nova conscincia ambiental

    e promover a formao de uma cultura de sustentabilidade. As prticaseducativas estaro voltadas para o resgate da memria da comunidade junto ao

    rio, descobrindo, as espcies que existiam no passado a importncia da mata

    ciliar, e a relao dos peixes com as plantas. Ser instalado um viveiro de carter

    tcnico-educacional nas comunidades para resgatar espcies vegetais, da mata

    ciliar, quase desaparecidas e posterior plantio em rea controlada servindo como

    banco de serva de espcies.

    A coleta de propgulos da vegetao nativa ser realizada pelas famlias

    atendidas pelo programa de reposio da formao vegetacional ribeirinha.

    Ocorrer ao longo do ano, de acordo com o ciclo das diversas espcies, na

    vegetao remanescente. Na ausncia do banco de germoplasma, in situ, o

    material de propagao ser adquirido em outros municpios vizinhos da

    microbacia, obedecendo aos critrios fitossanitrios exigidos no processo de

    manipulao de material propagativo. Aps a coleta, as sementes ou estacas

    sero levadas ao viveiro para produo de mudas.

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    No planejamento de recuperao da faixa marginal sero identificados dois

    ambientes: as reas de vazantes cultivadas anualmente, e as reas de descanso

    com caracterstica de terra firme onde os cultivos mais recentes ocorreram h

    aproximadamente trs anos. Nas reas de vazantes, mais antropizadas onde o

    processo de recuperao natural pode est mais comprometido, sero implantados

    bosques, obedecendo ao espaamento de 3m entre filas e de 3m entre covas. A

    rea total por comunidade de 500m por 60m de largura, plantando 21 fileiras de

    mudas com um espaamento de 3m. O total de mudas por comunidade de 3 528.

    Ser plantado nos primeiros 39m de largura em 14 fileiras com um espaamento

    de 3m a vegetao nativa da mata ciliar, e na parte mais elevada do terreno, com

    21m de largura, em 7 fileiras, rvores nativas e adaptadas entre frutferas e outras

    de valor comercial. Para estas reas ser necessrio um total de aproximadamente

    7.800 mudas, sendo 3.900 em cada comunidade. Sero aproximadamente 2.600

    mudas de espcies nativas da mata ciliar e 1.300 frutferas, nativas e adaptadas,

    por comunidade. Sero adquiridas mudas de aproximadamente um ano de viveiro

    a serem fornecidas pela Cooperativa Terra e Vida e seus parceiros. Inicialmente

    sero plantadas 3.000 mudas, em covas previamente preparadas com adubo

    orgnico, localizadas na parte baixa da faixa marginal, durante o ms de junho,

    aproveitando a umidade ainda existente no solo. Como todo plantio deve ser feito

    entre os meses de Junho e Agosto deste ano, necessitar de um sistema deirrigao simples para atender principalmente as espcies frutferas da mata ciliar,

    na parte mais alta. A quantidade de gua para irrigao deve aumentar nos meses

    mais secos, outubro, novembro e dezembro, e se estender para atender a

    necessidade de gua das mudas na parte mais baixa da margem.

    Durante a fase de implantao dos bosques, tais reas podero receber culturas de

    ciclo curto, como prtica conservacionista de carter vegetativo para proteo da

    integridade do solo contra os efeitos danosos da eroso. Na prtica de conservao

    sero utilizadas espcies herbceas comumente cultivadas pelas famlias, atravs

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    do plantio mnimo restringindo o revolvimento do solo cova de plantio mantendo

    os restos vegetais sobre o solo. Na tentativa de reproduzir, de forma mais fiel a

    natureza, o plantio da mata obedecer a diversidade, e a afinidade de espcies na

    distribuio espacial da populao vegetal implantada de acordo com os diferentes

    ecossistemas ribeirinhos. Assim, nas reas mais altas, ao longo do curso dagua

    principal, sero utilizadas principalmente espcies como a fava dagua, ings,

    ingarana, ju, pau-dagua, criol dentre outra, encontradas na vegetao

    remanescente. Nas margens de cursos dagua menores, em reas mais baixas

    favorecidas pelo acmulo de matria orgnica sero plantadas espcies como o

    buriti e a juara, no s pela afinidade com o ambiente, mas devido ao forte apelo

    econmico e social dessas espcies. Tero prioridades tambm espcies como a

    bacaba, que ocorriam na regio, mas que atualmente tornam-se escassas em

    conseqncia do avano de prticas da agricultura predatrias sobre as reas de

    reserva. Aps o pleno desenvolvimento e estabelecimento da mata, poder serutilizado o seu potencial apcola e extrativista de essncias e resinas florestais.com

    nfase ao extrativismo de espcies como a juara e o buriti podendo gerar um

    adicional significativo renda das populaes ribeirinhas. As palmeiras de juara

    podero ter mltiplas utilidades. Como a palmeira desenvolve-se em touceiras,

    ser realizado o manejo de deixar apenas trs palmeiras por touceira (v, filha

    e neta), sendo as demais palmeiras desbastadas de onde sero retirados o palmito

    que podero se constituir em importante fonte de rendas. Os estipes das palmeirassenescentes tambm podem ser utilizados na construo de casas, abrigos para

    animais, cercas, dentre outras utilidades.

    As reas cujos ltimos cultivos ocorreram em mdia h trs anos tero interveno

    diferenciada e somam, nas duas comunidades 6 (seis) ha. Como nestas reas j

    existe um processo natural de sucesso vegetal dos ambientes, com ocorrncia de

    espcies como embabas, pindovas e gramneas, ser estimulado a recuperao

    espontnea. A interveno consiste apenas no enriquecimento dos ambientes,

    principalmente com espcies leguminosas. Estas reas, como aquelas de

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    antropizao mais recentes, tambm sero protegidas com cercas de arame e

    recebero um suporte simples de irrigao no perodo seco.

    O total de rea com formaes ribeirinhas recuperadas, entre reas de vazantes e

    reas de descanso, ser de 12 (doze) hectares.

    O plantio das mudas e o seu manejo,na faixa marginal, sero realizados pelas

    famlias ribeirinhas.

    O Repovoamento do ambiente aqutico, com peixes nativos, ter o

    acompanhamento tcnico, sob a orientao do setor de pesca, da Seagro junto as

    famlias ribeirinhas. A recuperao do ambiente aqutico refletido na riqueza e

    aumento de espcies est intimamente relacionado com a recuperao da vegetao

    marginal.

    A implantao de sistemas produtivos de baixo impacto, em substituio ao

    sistema de corte e queima, consiste em promover a diversificao e a

    concentrao de espcies vegetais de valor econmico nas comunidades

    atendidas, pelo processo de enriquecimento de reas da reserva legal, dos

    quintais, e de modo a ampliar e gerar renda na unidade de produo familiar

    favorecendo a preservao das formaes vegetais da faixa marginal dos cursos

    dagua um vez que, ao longo do tempo, se tornaram alvo constante da ao

    antrpica atravs dos cultivos de vazantes. Este sistema de cultivo, sem uso do

    fogo, no seu planejamento de implantao prev a utilizao de espcies em

    diferentes nveis visando a melhor eficincia energtica do sistema como um

    todo. Inicialmente espcies arbreas convivero com arbustivas e herbceas de

    ciclo anual at que as arbreas e arbustivas, de crescimento mais lento e ciclo de

    vida bem mais longo, ocupem o espao. Sero priorizadas as espcies frutferas

    como a banana, manga, caju, caj, carambola, cupuau, abacaxi, juara, bacaba,

    etc e espcies florestais de pau-darco, mogno, candeia, copaba, cedro e

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    andiroba, jatob, a grande maioria de ocorrncia na regio. As herbceas sero

    utilizadas as culturas alimentares tradicionalmente plantadas de mandioca, feijo

    e a melancia com destino ao mercado. .

    Periodicamente, pelo menos uma vez por ms, sero realizadas reunies de

    avaliao da equipe de coordenao e articulao com a equipe tcnica para

    anlises das aes e ajustes de cronogramas.

    6 . BENEFCIOS ESPERADOS

    Os benefcios sero traduzidos na recuperao da cobertura vegetal ribeirinha do rio

    Itapecuru, no seu percurso ao longo do municpio de Cod. Espera-se, contudo, que os

    resultados efetivamente conseguidos possam servir como referncia os municpios vizinhos, de

    modo que o projeto tenha um efeito transbordamento que se espraie muito mais alm do que o

    municpio para o qual se prope. Alm disso, como benefcios do projeto, pretende-se encontrar

    alternativas de gerao de renda que possam criar um efetivo ambiente de sustentao das

    famlias da zona rural deste municpio, sobretudo aquelas diretamente afetadas pelos impactos

    de mudanas no percurso do rio Itapecuru, ou seja, as famlias ribeirinhas.

    Como resultado definitivo, espera-se que haja, num prazo de tempo mnimo, a

    recuperao da cobertura vegetal da faixa marginal, neste municpio, o que favorecer uma

    maior estabilidade do curso e na lmina de gua do Rio Itapecuru, significando umaestabilidade da quantidade e uma melhoria da qualidade da gua e por conseqncia o tornar

    mais rico em pescado, que poder se constituir em importante fonte alimentar para a populao

    do municpio, alm de continuar sendo a grande fonte de gua para aquela populao.

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    7 .BENEFICIRIOS

    Os beneficirios diretos do projeto sero as famlias localizadas nas reas ribeirinhas

    do Rio Itapecuru na micro bacia de Cod. Contudo o benefcio transbordar para todas as

    famlias da zona rural deste municpio, na medida em que a paisagem sendo recuperada, sendo

    encontradas alternativas sustentveis de gerao de ocupao e renda nas reas rurais, todas as

    famlias a sero beneficiadas. Ainda como externalidades positivas do projeto, almeja-se que os

    municpios vizinhos e que tambm so cortados pelo rio Itapecuru possam ser contagiados, e

    atravs do efeito demonstrao, tambm possam adotar as prticas de preservao e de

    recuperao propostas neste projeto de pesquisa. Ainda como externalidades positivas do

    projeto, a criao de condies sustentveis de permanncia nestas reas, diminuir o xodo

    rural, e, consequentemente, a presso sobre os parcos recursos j existentes nas reas urbanas,

    sobretudo da capital do estado.

    8 . PARTICIPAO DA SOCIEDADE .

    O trabalho de pesquisa-ao proposto, envolve diretamente as comunidades afetadas

    pelo processo de assoreamento do rio Itapecuru. A proposta que se faz presentemente, s far

    qualquer sentido se a sociedade participar ativa e efetivamente em todo o processo, desde a

    realizao do diagnstico, que ter como entrevistadores membros das comunidades, depreferncia jovens cursando o segundo grau, at os trabalhos de preparo dos viveiros, das

    mudas e plantio e acompanhamento do desenvolvimento das mudas nas reas ribeirinhas, numa

    faixa de 60 metros a partir da margem do rio.

    9 . TRANSFERNCIA DE RESULTADOS.

    Os resultados so transferidos automaticamente pelo prprio envolvimento dos membros

    da sociedade em todas as etapas do projeto. Alm disso, como efeito transbordamento do

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    projeto (ou externalidades positivas) almeja-se que os resultados possam ser difundidos nas

    reas e municpios vizinhos, de modo que as comunidades ai residentes tambm possam ser

    contagiadas pelas evidncias mostradas na rea de pesquisa-ao que se prope neste trabalho.

    10 . CUSTOS

    Resumo do Oramento do ProjetoSUB-PROJETOS VALOR (R$)

    1 - Educao Ambiental e Recuperao de 12 ha da Mata Ciliar

    2 - Implantao de 6 ha de Sistema Agroflorestal

    3 Implantao de laboratrio de Alevinagem

    4 - Infra-estrutura de Energia Eltrica e Rede de Distribuio degua

    TOTAL

    11 . CRONOGRAMA DE ATIVIDADES(Anexo)

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    12 . EQUIPE PERMANENTE DE COORDENAO E ARTICULAO

    ORAMENTOS

    Implantao de Sistema Agroflorestal

    Objetivo: promover a diversificao e a concentrao de espcies vegetais de valor econmico

    nas comunidades de Boa Esperana e Livramento, pelo processo de enriquecimento de reas da

    reserva legal e dos quintais de modo a ampliar e gerar renda na unidade de produo familiar de

    modo que as formaes vegetais da faixa marginal dos cursos dagua fiquem preservadas do

    constante ao antrpica de uso do solo . Vale ressaltar que a rea de preservao permanente APP, sendo rea protegida tem, portanto seu uso restrito e limitado, disciplinado pela legislao

    federal (Cdigo Florestal), lei n 4.771/65 artigos 2 e 3. Deste modo o seu uso ficar restrito

    ao pasto apcola e uso extrativo de espcies florestais diversas e deespcies como a juara e o

    buriti nos ambientes de brejos.

    Custo de implantao de 1 ha de Sistema Agroflorestal

    Discriminao Unidade Quantid. ValorUnitrio

    ValorTotal

    1 Serv. Terc. Pes. Fsica- Cerca de arame farpado8fios- Roo e abertura declareira

    H/D 15 15,002.392,00

    225,00

    - Abertura de covas eAdubao

    H/D 10 15,00 150,00

    - Plantio H/D 05 15,00 75,00- Coroamento e adubao H/D 10 15,00 150,00

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    (3)- Roo de manuteno (3) H/D 30 15,00 450,00Subtotal - 1 3442,002 Serv. Terc. P. Jurdica

    - Transporte de mudas Verba 01 1.000,00 250,00Subtotal - 2 250,003 Material de Consumo

    - Mudas frutferas florestais Unid. 400 5,00 2.000,00Cavadeira articulada Unid. 01 25,00 25,00Enxada Unid. 01 10,00 10,00Calcreo Kg 500 0,20 100,00Uria Kg 200 1,70 340,00Fosfato natural Kg 500 0,40 200,00Cloreto de potssio Kg 200 2,00 400,00Subtotal - 3 3.075,00Total 1+2+3 6.767,00

    Obs: Espcies que comporo o sistema Agroflorestal:Frutferas - Banana, genipapo, tamarindo, cupuau,manga, caj, ing de metro, azeitona, abacate, goiaba,carambola, citrus, juara, buriti e bacaba.Florestais Copaba, candeia, paparaba, andiroba,cedro, mogno, pau-darco.Condimentar Urucum

    Herbceas/Arbustivas melancia, abbora, feijo,mandioca, milho.

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    Implantao de Sistema Agroflorestal

    Objetivo: promover a diversificao e a concentrao de espciesvegetais de valor econmico em assentamento (rea de reserva legal),assim como ampliar a possibilidade de gerao de renda na unidade deproduo familiar.

    Custo de implantao de 1 h de Sistema Agroflorestal

    Discriminao Unidade Quantid.Valor

    UnitrioValorTotal

    1 Serv. Terc. Pes. Fsica- Roo e abertura declareira

    H/D 15 15,00 225,00

    - Abertura de covas eAdubao

    H/D 10 15,00 150,00

    - Plantio H/D 05 15,00 75,00

    - Coroamento eadubao (3)

    H/D 10 15,00 150,00

    - Roo de manuteno(3) H/D 30 15,00 450,00

    Subtotal - 1 1.050,002 Serv. Terc. P. Jurdica- Transporte de mudas Verba 01 1.000,00 1.000,00

    Subtotal - 2 1.000,003 Material de Consumo

    - Mudas frutferasflorestais

    Unid. 400 5,00 2.000,00

    Cavadeira articulada Unid. 01 25,00 25,00

    Enxada Unid. 01 10,00 10,00

    Calcreo Kg 500 0,20 100,00Uria Kg 200 1,70 340,00Fosfato natural Kg 500 0,40 200,00

    Cloreto de potssio Kg 200 2,00 400,00Subtotal - 3 3.075,00Total 1+2+3 5.125,00

    Obs: Espcies que comporo o sistema Agroflorestal:Frutferas - Banana, genipapo, tamarindo, cupuau, manga, caj,ing de metro, azeitona, abacate, goiaba, carambola, citrus, juarae bacaba.

    Florestais Copaba, paparaba, andiroba, cedro, mogno, pau-darco.Condimentar- Urucu

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    Custo de implantao de 1 h de Sistema Agroflorestal

    Discriminao Unidade Quantid.Valor

    UnitrioValorTotal

    1 Serv. Terc. Pes. Fsica

    - Roo e abertura declareira

    H/D 15 15,00 225,00

    - Abertura de covas eAdubao

    H/D 10 15,00 150,00

    - Plantio H/D 05 15,00 75,00- Coroamento eadubao (3)

    H/D 10 15,00 150,00

    - Roo de manuteno(3)

    H/D 30 15,00 450,00

    Subtotal - 1 1.050,002 Serv. Terc. P. Jurdica

    - Transporte de mudas Verba 01 1.000,00 1.000,00

    Subtotal - 2 1.000,003 Material de Consumo

    - Mudas frutferasflorestais

    Unid. 400 5,00 2.000,00

    Cavadeira articulada Unid. 01 25,00 25,00

    Enxada Unid. 01 10,00 10,00

    Calcreo Kg 500 0,20 100,00

    Uria Kg 200 1,70 340,00

    Fosfato natural Kg 500 0,40 200,00

    Cloreto de potssio Kg 200 2,00 400,00Subtotal - 3 3.075,00

    Total 1+2+3 5.125,00

    Obs: Espcies que comporo o sistema Agroflorestal:Frutferas - Banana, genipapo, tamarindo, cupuau, manga, caj,

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    Projeto de Recuperao da Vegetao Ciliar do Rio Itapecuru namicrobacia Cod/Timbiras

    O rio e algumas informaes tcnicas:

    Nasce dentro do Parque Estadual de Mirador; o principal e mais extenso curso dgua do estado, percorrendo 1.090km at a foz; Abastece aproximadamente 60% da populao maranhense; Forma a segunda maior bacia em rea territorial, com 54.300 km; Possui apenas 29% da vegetao nativa remanescente, 900 km de cursos dgua

    desprotegidos e 40% do territrio suscetvel eroso (LABGEO 2002).

    Os principais impactos que contribuem para a degradao da Bacia:

    A supresso da vegetao ciliar; A perda de solo e o carreamento para o leito do rio; Contaminao das guas pelo uso indiscriminado de agrotxicos; Lanamento de esgotos e lixo no leito; Pesca predatria.

    Os objetivos especficos:

    Revegetar a margem do curso dagua, com espcies nativas; Repovoar o rio com peixes de ocorrncia; Implantar sistemas alternativos de produo para gerao de renda; Desenvolver aes de educao ambiental continuada junto s famlias ribeirinhas,

    garantindo a participao da comunidade local nas aes propostas.

    Parceiros do Projeto:

    A SEAGRO vem formalizando parcerias com diversas instituies pblicas, empresasprivadas e organizaes da sociedade civil para discusso e execuo das aes previstas noprojeto, que ser iniciado com a implantao de uma unidade piloto, localizada no municpio deCod, tendo seu lanamento oficial no dia 06 de junho de 2006.