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MÁ POSTURA: UMA QUESTÃO DE CULTURA CORPORAL E SAÚDE NAS
ESCOLAS
Marilene de Fátima Kupffer 1
Bruno Sérgio Portela 2
Resumo
O presente estudo bibliográfico discorreu sobre um tema bastante significativo que envolve as nossas crianças e jovens e que, por falta de informação preventiva aumentam a cada ano, os Desequilíbrios Posturais. O material foi desenvolvido para que os educandos e educadores adquiram conhecimentos básicos sobre a formação anatômica da Coluna Vertebral e dos princípios mecânicos que afetam a boa postura, uma vez que observa-se nas salas de aula que muitos alunos sentam-se nos bancos escolares de maneira errada. A partir da escola, através da educação, temos a possibilidade de ajudar os alunos a desenvolver hábitos e culturas saudáveis e com isso, possivelmente prevenir várias doenças. Compreender a postura corporal e refletir sobre ela, mudar hábitos na escola e em casa adquiridos ao longo da vida, facilita na intervenção e correção de deformidades e contribui muito no processo de prevenção, pois a estrutura corporal ainda está em fase de crescimento e formação. Nesse sentido, procurou-se possibilitar aos alunos o acesso aos conhecimentos, historicamente produzidos, relacionando-os às práticas corporais.
Palavras-Chave: Coluna Vertebral; Postura; Cultura Corporal; Saúde.
1 KUPFER, Marilene de Fátima (orientanda). Professora PDE. SEED - PR. Graduada em Educação
Física e Pós-graduada em Educação Física Escolar e Administração Escolar. Atua no Colégio Estadual José de Anchieta e Chico Mendes - Ensino Fundamental e Médio. QUEDAS DO IGUAÇU-PARANÁ 2 PORTELA, Bruno Sérgio (orientador). Msc - Graduação em Educação Física - Especialização em
Ergonomia. Mestre em Engenharia Mecânica. Doutorando em Educação Física. LABIER - Laboratório de Biomecânica e Ergonomia – Universidade do Centro Oeste - UNICENTRO GUARAPUAVA-PARANÁ
ABSTRACT
The present study Bibliographic talked about a very significant issue that involves our children and youth. And that lack of preventive information increase every year, Postural imbalances. The material was developed so that educators and students to acquire basic knowledge about the anatomical formation of the Spine and mechanical principles that affect good posture, as is observed in the classroom that many students sit in schools so wrong. From the school, through education, we are able to help students develop healthy habits and cultures and thereby possibly prevent several diseases. Understanding the body posture and reflect on it, change habits at school and at home acquired throughout life, facilitates intervention and correction of deformities and contributes a lot in the process of prevention, because the body structure is still in growth phase and training. It strives to provide students access to knowledge, historically produced, linking them to bodily practices.
Keywords: Spine; Posture; Body Culture; Health.
1 Introdução
Esta pesquisa foi baseada no estudo de livros, artigos especializados,
dissertações, teses e periódicos, que permitiram acessar e manipular informações
relevantes sobre o tema e fornecer subsídios teóricos para a elaboração das ideias.
Através de intervenções nas salas de aula, buscamos saber se os alunos
estão atentos para os vícios da má postura e os problemas que os mesmos podem
trazer para a saúde da coluna vertebral.
Para que os estudantes se voltassem para o problema, os mesmos foram
orientados sobre a posição correta que devem adotar ao sentarem-se nas carteiras
escolares, a fim de evitar problemas futuros advindos de uma má postura. Os alunos
foram conscientizados de que os principais inimigos da Coluna Vertebral são os
vícios de postura. “Trata-se de conhecer o funcionamento do próprio corpo e
conhecer seus limites” (DCEs, 2008, p.56).
Os ambientes escolares do ensino Fundamental e Ensino Médio apresentam
algumas limitações no que se refere às questões posturais. Uma delas é a
inadequação do mobiliário que não se adéqua à constante mudança e variedade de
estatura e conformação corporal dos alunos.
Outro problema típico é a postura inadequada de crianças e adolescentes,
que não sabem como acomodar um corpo em constante alteração. Nas salas de
aulas, pode-se perceber, através da observação que muitos alunos sentam-se mal
posicionados nas carteiras escolares, com seus corpos soltos, escorregando as
pernas para frente fim de apoiar a cabeça no encosto da carteira.
Por fim e não menos grave, é a frequente ocorrência de longos períodos em
uma mesma postura, sobrecarregando partes do corpo, fato esse que ocorre
normalmente quando há duas aulas seguidas da mesma disciplina.
Deve-se destacar que é durante o Ensino Fundamental, principalmente, que
começam a aparecer os primeiros problemas de postura, que pode ocorrer
principalmente pelo peso exagerado das mochilas e a forma incorreta de sentar-se
durante a aula. A infância e a adolescência são as fases em que cocorrem
alterações significativas, repentinas e desordenadas no desenvolvimento e
crescimento das crianças e jovens, possibilitando o aparecimento de problemas
posturais.
Estudos dão conta de que o peso da mochila não deve ultrapassar a 10% do
peso corporal da criança e ela deve ser sempre carregada nas costas, apoiada nas
duas alças, isso pode resolver uma parte do problema. Também, carregar uma
pasta ou mochilas muito pesadas, de forma unilateral, na ida e volta da escola pode
levar a criança a apresentar uma atitude escoliótica.
Um trabalho realizado por Rebelatto, Caldas, Vitta (1991) apud Bracciallli
(1997) corrobora com tal informação. Os mesmos autores afirmam que os indivíduos
que utilizam mochilas de maneira errada e com peso além da medida, apresentam
um conjunto de alterações posturais os quais criam condições de prejuízos
significativos às estruturas musculoesqueléticas que compõem a coluna.
Todos esses fatores geram o desenvolvimento de hábitos posturais
prejudiciais que levam a desorganização do equilíbrio e coordenação da criança,
produzindo tensão muscular em excesso, ombros para frente ou enrijecidos, costas
arqueadas e dificuldade de atenção (ALEXANDER 2008 apud BRACCIALLI 1997).
Contudo, enquanto o crescimento não estiver concluído, é possível agir sobre as
estruturas esqueléticas corrigindo e realinhando-as mais efetivamente.
2 DESENVOLVIMENTO
Durante a puberdade a Coluna Vertebral cresce mais rapidamente que os
membros. Músculos e tendões nem sempre acompanham o crescimento ósseo. O
adolescente leva tempo para acomodar-se com seu novo corpo e, nessa fase de
muita introspecção, sensibilidade e até vergonha do corpo, é comum uma postura
encolhida, um andar meio desengonçado com certa descoordenação dos
movimentos. Por isso, as crianças são mais suscetíveis às alterações posturais, pois
se encontram em período de crescimento e de acomodação das estruturas
anatômicas dos seus corpos.
Para entender, interferir ou prevenir problemas posturais, é necessário ter
claro o conceito de postura. Segundo Ascher (1976), apud Braccialli (1997) postura
é a posição do corpo no espaço, com referência especial às suas partes, que exija o
menor esforço, evitando uma fadiga desnecessária. Nesse sentido, Adams et al
(1985) apud Braccialli (1997), ressaltam que a Academia Americana de Ortopedia
considera postura como o estado de equilíbrio entre músculos e ossos com
capacidade de proteger as demais estruturas do corpo humano dos traumatismos,
seja na posição em pé, sentado ou deitado.
Lewin (1952) citado por Le Boulch (1987) apud Braccialli (1997) lembra que a
atitude, a postura ou os próprios movimentos expressam o que experimenta aqui e
agora um indivíduo na situação total atual como ele vive, ou seja, o indivíduo reflete
através de seu corpo, suas emoções e experiências vividas a cada momento.
Bertherat & Bernstein (1986) apud Braccialli (1997) afirmam que nosso corpo
somos nós. Somos o que parecemos ser. Por conseguinte, tomar consciência do
próprio corpo é ter acesso ao ser inteiro, pois corpo e espírito, psíquico e físico e até
força e fraqueza, representam não a dualidade do ser, mas sua unidade. Torna-se,
portanto difícil não expressar corporalmente nossas emoções. O corpo é e será
sempre o espelho revelador das emoções e experiências vividas por cada um em
cada momento de sua existência.
O estado de confiança e satisfação ajuda na manutenção da boa postura. Do
contrário, a humildade, insegurança e depressão levam a uma postura de fadiga.
Esta postura de fadiga, se continuada, vai modificando lentamente os tecidos e
desta forma, estruturando uma postura defeituosa. Na verdade, os problemas
emocionais, principalmente na adolescência, estão na origem de muitos casos de
curvaturas anormais da coluna vertebral. Uma criança tímida e infeliz pode baixar ou
pender a cabeça constantemente, adquirindo o vício da má postura. Rector & Trinta
(1990) apud Braccialli (1997) dizem que mesmo sem a intenção deliberada de
comunicar-se, o corpo é uma mensagem que anuncia ou denuncia o que somos e o
que pensamos.
Desde que o homem tornou-se bípede, os desafios para manter um bom
alinhamento corporal aumentaram. Para adotar a postura ereta, o homem teve que
fazer novas adaptações músculotendíneas e articulares, de forma que a distribuição
das cargas ocorresse de maneira que não sobrecarregasse demais uma ou outra
parte do seu corpo (BÜLLAU 2007). Imaginar que a postura ereta somente trouxe
vantagens ao homem não é verdade. Muitas modificações tiveram que ocorrer
através de um período de tempo muito longo denominado por vários autores como
evolução da postura humana.
2.1 O importante papel da escola e dos professores
Conforme as Leis de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, 9394/96), toda
criança deverá completar o Ensino Fundamental. Dessa forma, os alunos terão de
utilizar a postura sentada por, no mínimo, oito anos, cerca de quatro horas por dia,
durante duzentos dias letivos por ano, e de maneira muitas vezes inadequada, o que
representa um risco para sua saúde, pois, segundo a literatura, é altamente
desaconselhável permanecer sentado por mais de 45 a 50 minutos.
Sabemos que não se combate o que não se conhece. Não se alteram hábitos,
antes de um reconhecimento pessoal dos erros e consequências nefastas que deles
poderão ocorrer. Por isso, a necessidade de proporcionar aos alunos, algumas
noções básicas sobre a Coluna Vertebral, pois está em jogo o futuro de uma
geração sadia, que se não receber ensinamento adequado sobre tão importante
assunto, poderá vir fatalmente a ser vitima de seu desconhecimento.
É neste contexto, que entra a escola, local onde podemos contar com a
colaboração dos professores das diversas disciplinas para atuarem como
orientadores na profilaxia dos desequilíbrios posturais. Através do convívio nas salas
de aula, com as crianças e adolescentes, orientá-los da importância de um bom
posicionamento da postura, a importância da conscientização corporal, quais as
consequências da má postura e maneiras adequadas de se realizar as atividades
quando estão sentados nos bancos escolares.
Nesse sentido, Costa (1983) apud Braccialli (1997), afirma que, no final do
Século XIX a escola já era considerada importante na criação de bons hábitos.
Destaca também, o papel educativo desenvolvido no aspecto de higienização e
saúde corporal no passado, coordenados pelas escolas. Segundo o mesmo autor,
neste século é defendida a ideia de que se a criança fosse bem orientada na
infância, quando adulta saberia cuidar com carinho de seu corpo.
Também, entendemos que educar não pode ser entendido somente como o
ato de transmitir conhecimento apenas intelectual, deve também incluir informações
sobre a necessidade de desenvolver atitudes positivas sobre si e mudanças de
hábitos e estilos de vida. Isto não implica em modificar os conteúdos específicos de
cada aula, mas sim, durante as atividades na sala de aula, estar atento, através da
observação aos alunos que porventura apresentam desvios posturais.
Comprovadamente tais ações seriam eficazes e seguras na detecção e intervenção
precoces de futuras afecções posturais, considerando o enorme potencial adaptativo
das estruturas relacionadas à postura durante o período de crescimento. Este
período é o mais eficaz para qualquer intervenção, sendo possível às crianças
corrigir e realinhar alterações posturais.
Vayer (1989) apud Braccialli (1997) afirma, ainda, que o meio, o mundo das
pessoas no qual vive a criança, tem papel importante em seu desenvolvimento.
Portanto, para que possa comunicar-se e adaptar-se a diferentes situações, a
criança deverá ter plena consciência, controle e organização de seu próprio corpo. O
adulto deve exercer o papel de facilitador nessa relação, preparando e organizando
o meio, de maneira que a criança possa explorar os objetos e o espaço a sua volta,
experimentando novas sensações e, por intermédio dessas experiências, ter melhor
conhecimento do próprio corpo.
2.2 A Boa Postura
A boa postura corporal decorre da manutenção de três curvaturas normais da
espinha. As curvas do pescoço (cervical), torácica (meio das costas), e lombar (parte
inferior das costas) devem ser alinhadas e equilibradas.
Uma boa postura depende diretamente do conhecimento e do relacionamento
dos indivíduos em relação ao próprio corpo, ou seja, da imagem que cada um tem
de si, em cada momento. Ao iniciarem-se movimentos e manterem-se posturas,
exige-se um conhecimento prévio de nossa imagem corporal. Uma falha ou um erro
neste conhecimento pode gerar ações imperfeitas. Sendo assim, só é possível
manter uma boa postura se tivermos um bom conhecimento e domínio do corpo,
associados a modelos posturais adequados.
Dessa forma, Alexander (1993) apud Braccialli (1997) afirma que a maioria
dos hábitos incorretos, resulta da imitação de modelos imperfeitos, não resolve,
portanto, ensinar teoricamente o modelo postural mais adequado e não oferecer,
simultaneamente, bons exemplos.
Schilder (1994) apud Braccialli (1997) mostra que incorporamos parte de
diversas imagens corporais e doamos parte de nossa própria imagem a outras
pessoas. Esta interação permite que copiemos o modelo postural do outro,
principalmente na infância, fase em que o homem é extremamente sensível e
influenciável pelo modelo do outro.
Gaiarsa (1982) apud Braccialli (1997) em concordância com esse
pensamento relata que o modo mais rápido de um indivíduo conseguir aprender uma
atividade, é imitando alguém que esteja exercendo. Desse modo, nota-se que é inútil
tentar ensinar as crianças os princípios de desenvolvimento adequado do corpo, se
não tiverem o bom exemplo e não forem estimulados pela família e pelos
professores.
Segundo Verderi (2002) não existe uma postura correta para todas as
pessoas. Somos seres biologicamente diferentes, sendo assim, a postura mais
adequada varia de uma pessoa para outra. Poderíamos então dizer, que a melhor
postura que deve ser adotada é aquela que preenche todas as necessidades
mecânicas do seu corpo e também que possibilite o indivíduo manter uma posição
ereta com o mínimo de esforço muscular. Uma postura que lhe dê equilíbrio na
realização do movimento e que lute contra a ação da gravidade, com um máximo de
eficiência, requerendo um mínimo de esforço e tensão.
Definir uma postura ideal é praticamente impossível. Porém, para Momesso
(1977) postura é a atitude que o corpo adota, mediante um apoio durante a
“Inatividade Muscular”, por meio da ação coordenada de vários ligamentos e
músculos, que atuam para manter a estabilidade ou para assumir a base essencial,
que se adapta constantemente ao movimento a realizar.
No entanto, a configuração estática da coluna pode ser considerada uma boa
postura, quando não exige esforço, não é cansativa e é indolor para o indivíduo que
pode ficar em pé ou sentado, durante certo período de tempo apresentando uma
aparência estética saudável.
Nesse sentido, Kendall et al (1999) acredita que a boa postura é um bom
hábito que contribui para o bem estar do indivíduo. O autor afirma ainda que de
outro modo, a má postura é um mau hábito e infelizmente é de incidência mais alta.
Quando professores e família recomendarem às crianças que mantenham “uma
postura correta”, certamente irão conseguir que eles conservem a coluna mais ou
menos reta, os ombros levantados para cima, o peito distendido, cabeça firme,
olhando para frente. A postura adequada na infância ou a correção precoce de
desvios posturais nessa fase possibilitam padrões posturais corretos na vida adulta,
pois esse período é da maior importância para o desenvolvimento
musculoesquelético do indivíduo, com maior probabilidade de prevenção e
tratamento.
Segundo Hullemann (1978, p.160) “a postura é o resultado de um equilíbrio
harmonioso entre as solicitações impostas aos músculos, aos ligamentos, aos
discos intervertebrais; ao mesmo tempo imprime a estabilidade psíquica.” Qualquer
má postura coloca principalmente as costas e o pescoço em risco. Alguns tipos de
má postura também deslocam a escápula, interferindo com o livre movimento da
articulação do ombro.
2.3 A Má Postura
A má postura dificulta os movimentos, já que os músculos sofrem tensão, e a
circulação ocorre lentamente devido à compressão dos vasos sanguíneos pelas
fibras musculares, comprimindo também as vértebras umas sobre as outras,
acentuando-se as curvaturas dorsais e lombares.
Diante dessas considerações, podemos observar que a má postura ocorre
quando um indivíduo se posiciona fora dos padrões da linha de gravidade e
permanece por um longo período em postura inadequada. Dessa forma, seu corpo
estará submetido a uma sobrecarga mecânica onde esta, ocasionará num futuro
próximo, síndromes dolorosas devido a alterações dos padrões
musculoesqueléticos, podendo também, desencadear os desvios posturais
(VERDERI, 2002).
Cada indivíduo apresenta características individuais de postura que podem
ser influenciadas por vários fatores, entre elas podemos destacar as anomalias
congênitas (quando o indivíduo já nasce com elas) ou adquiridas, como por
exemplo, maus hábitos posturais que são as posturas inadequadas, que por
períodos prolongados nessas condições, podem levar a uma síndrome dolorosa, o
que frequentemente pode ser a causa dos múltiplos desvios posturais. Os
desequilíbrios posturais variam de acordo com o modo de vida de cada indivíduo e
também dependem da conscientização corporal que cada um trás consigo
(VERDERI, 2002).
O aumento exagerado das curvas da Coluna Vertebral advém de posturas
viciosas, sendo desagradável do ponto de vista estético podendo inclusive, causar
problemas psicológicos. Basicamente a má postura produz os seguintes problemas
posturais: que são a lordose a cifose a escoliose e dorso plano.
Lordose: É uma curvatura exagerada na região cervical ou lombar, acompanhada da
inclinação da pelve para frente. Normalmente são mais encontradas nas mulheres.
Cifose Dorsal: É uma acentuada curvatura torácica. Deixando a pessoa com aspecto
de corcunda. É um aumento da angulação convexa posterior da coluna,
apresentando ombros caídos, constituindo um desvio para frente da cintura
escapular.
Escoliose: É uma ou mais curvaturas laterais anormais da coluna em S. Atinge
geralmente as vértebras torácicas. Representa uma combinação de desvio lateral e
rotação longitudinal.
Dorso Plano: Caracteriza-se por uma diminuição anormal da curvatura lombar. Esta
deformação está frequentemente associada aos ombros caídos, tórax plano e
abdômen proeminente, caracterizando o quadro clínico de fadiga.
As crianças e adolescentes têm uma grande tendência a desenvolver essas
retrações e fixações por causa do tempo em que permanecem exercendo apenas
um tipo de postura, principalmente na posição sentada.
2.4 O transporte do Material Escolar
Os pesquisadores Noome et, al (1993) apud Braccialli (1997) argumentam
que os alunos deveriam ser encorajados a usarem mochilas com fixação nas costas
com as duas alças presas aos dois ombros e bem ajustadas, que são menos
prejudiciais do que as transportadas em uma das mãos ou no ombro. A carga do
material escolar não deve ultrapassar 10% do peso total da criança.
Nesse sentido, percebe-se que poucos são os pais que se dão conta da
sobrecarga imposta a seus filhos com as pesadas mochilas abarrotadas de livros e
cadernos, que geralmente são enormes causadores de escoliose, lordose ou cifose
As carteiras escolares
As atividades propostas em sala de aula exigem uma elevada demanda de
concentração, os mecanismos de manutenção visual, auditiva, motora e cognitiva,
são constantemente estimulados, levando alguns alunos a um estado de fadiga, de
desmotivação em relação aos conteúdos trabalhados.
Quando os alunos são mantidos por longos períodos de aulas na posição
sentados, verifica-se que muitos se tornam desatentos, derrubam constantemente
objetos da mesa, movimentam-se o tempo todo. Infelizmente, o que se vê nas salas
de aulas atualmente é uma sobrecarga nas estruturas devido à manutenção da
postura sentada por longo tempo e com a gravidade da utilização de um mobiliário
inadequado à faixa etária das crianças.
Nos bancos escolares, normalmente as crianças sentam-se sobre as costas e
não sobre os ísquios (que são os ossos localizados embaixo da bacia), responsáveis
pelo empilhamento de toda a coluna vertebral.
Hira (1980) apud Bracciallli (1997) sugere que as carteiras escolares tenham
como função desempenhar o papel de facilitadoras de aprendizagem, permitindo e
encorajando uma boa postura sentada. Para ao autor, a carteira deve ser projetada
de acordo com a estrutura física e biomecânica dos indivíduos que utilizariam, pois
uma postura corporal desconfortável poderia ser responsável pela diminuição do
interesse do estudante pelas atividades propostas em sala de aula.
Postura sentada imprópria pode ser caracterizada pela parte superior das
costas curvadas ou corcunda, cabeça direcionada para frente e região lombar
curvada. Essa postura sentada ruim geralmente começa cedo na adolescência.
(FONTES, 1999). A postura sentada arqueada pode fazer com que os órgãos na
região abdominal fiquem comprimidos, ocasionando mais trabalho para o coração e
pulmões, diminuindo a capacidade pulmonar.
Corrigir a postura sentada depende de atenção e boa vontade. A melhor
forma de corrigir como senta e fica em pé é prestar atenção em si. Má postura
sentada ou em pé é um hábito ruim que é aprendido e pode ser mudado com um
pouco de esforço.
2.5 A Coluna Vertebral e seu conjunto
A formação anatômica da Coluna Vertebral é tão perfeita que permite ao
homem poder ficar na posição bípede, acompanhando todos os movimentos
executados pelo mesmo.
Nossa coluna é extremamente versátil, dobra-se para frente, para trás, para
os lados, mas também tem seus limites. Permanecer muito tempo sentado na
mesma posição, pegar e transportar peso de forma errada, a reduzida atividade
física, associada à má postura, leva a posições anormais das estruturas anatômicas
que compõem o tronco. Desta situação anômala, podem surgir esquemas corporais
alternativos, produzindo fenômenos posturais indesejáveis, interferindo diretamente
na saúde dos seres humanos. Qualquer doença que comprometa a coluna vertebral
pode colocar em risco todas as estruturas e funções descritas.
A coluna vertebral suporta o peso do corpo, contém e protege a medula
espinhal que conduz todos os estímulos nervosos do cérebro para os membros
superiores, tronco e membros inferiores, permitindo e controlando todas as funções
musculoesqueléticas, viscerais do abdômen e estrutural do tórax (pulmão e
coração). (MACHADO, 2008).
Podemos perceber que a Coluna Vertebral é o centro de suporte do
organismo humano sendo, pois o eixo e o centro de gravidade do corpo. Tem três
funções: a de sustentação do organismo, que é desempenhada através dos ossos
da coluna, que são as vértebras e os discos intervertebrais; a de movimentação do
corpo, essa função é realizada pelas articulações existentes entre a parte posterior
das vértebras e principalmente pela musculatura; a de proteção à medula nervosa
que é um prolongamento do cérebro e se constitui numa parte nobre do sistema
nervoso central. Assim como os ossos do crâneo protegem o cérebro, a coluna
vertebral protege, como se fosse um estojo, a medula nervosa.
A Coluna Vertebral é composta de trinta e três vértebras que são divididas em
Cervical, Dorsal, lombar e Sacral. É o principal eixo de sustentação do corpo
Humano, além disso, é responsável pela proteção da Medula Espinhal. Esta
estrutura (medula) é de vital importância no organismo humano, pois todo o
comando do Sistema Nervoso depende da integridade medular, que está contido
dentro do canal vertebral.
Fonte: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http. Acesso em 10/05/2011.
2.5.1 Os Músculos da Coluna
Para a manutenção da boa postura, a coluna conta com a força ativa da
poderosa musculatura que a envolve. Os músculos da coluna vertebral
desempenham importante função na manutenção de sua estabilidade, equilíbrio,
movimentação dos membros e participam dos mecanismos de absorção dos
impactos protegendo a coluna de grandes sobrecargas. Uma vez que todos estes
músculos atuam conjuntamente, a fraqueza de um grupo muscular pode forçar e
prejudicar o balanço e o equilíbrio da coluna.
2.5.2 Os discos Intervertebrais
Os discos são amortecedores que separam as vértebras. Sua função é
absorver os impactos e permitir os movimentos. São formados de material fibroso e
gelatinoso que executam a função de amortecedores e dão mobilidade para
locomover, correr ou saltar.
.
http://reabfisioanimal.blogspot.com/2010/09/hernia-de-disco-doenca-dedisco.html(Lisandra Fernandes
de Leite). Acesso em 10/05/2011.
2.5.3 Curvaturas Normais da Coluna Vertebral
A Coluna Vertebral não é retilínea. Apresenta quatro curvaturas: a curvatura
cervical, a torácica, a lombar e a sacra. As curvaturas cervical e lombar são
convexas. As curvaturas torácicas e sacrais são côncavas. Essas curvaturas ajudam
a centralizar a cabeça sobre o corpo, proporcionando um equilíbrio para andar na
posição ereta.
Por natureza, nossa coluna apresenta uma série de curvaturas. Podendo ser
mais côncava ou mais convexa, conforme for nossa postura. Por isso, quanto mais
errada a postura, mais deformidades ocorrerão na coluna.
Para que tenhamos uma boa postura será preciso uma boa harmonia e um
bom equilíbrio entre os sistemas nervoso, muscular e esquelético. A maneira de se
posicionar e a conscientização corporal são muito importantes, pois quando
negligenciadas desencadeará todo o processo dos desequilíbrios e das síndromes
dolorosas.
De acordo com informações de Isaac Ribeiro, em 04 de Julho de 2010, na
França, um estudo revelou que três em cada quatro crianças em idade escolar
apresentam algum desvio de postura. Apesar de no Brasil não haver estatísticas a
respeito, especialistas já percebem ser crescente o número de meninos e meninas
com queixas de dores nas costas. Entre as principais causas estão o peso excessivo
da mochila, além do tempo que passam sentadas, seja na sala de aula, diante da TV
ou do computador.
2.5.4 Cultura Corporal e Saúde nas Escolas
É paliativo pensarmos em encontrar a solução dos problemas posturais da
população adulta, sem nos remeter às condições desfavoráveis, as quais estão
submetidas às crianças e os hábitos incorretos reforçados, cotidianamente, durante
seu desenvolvimento e crescimento. Por isso a importância de estimular o
desenvolvimento de hábitos posturais adequados nesta fase da vida. E, sem dúvida,
a escola é um espaço privilegiado para vivenciar e tornar possível esta prática. Mais
ainda, os professores têm papel fundamental para o sucesso dessa prática.
(BÜLLAU, 2007).
Hullemann (1978, p.159) também afirma que “os vícios de postura podem ser
prevenidos eficazmente na infância, pois assim que a criança se acostumou a uma
determinada postura, dificilmente adotará outra.” A maneira de se posicionar e a
conscientização corporal são muito importantes, pois desencadeará todo o processo
dos desequilíbrios e das síndromes dolorosas se não forem corrigidas a tempo.
O homem é o único ser que tem por instinto a posição vertical, mas tem por
vício muitas vezes, o hábito de abandonar a posição correta. Todos os indivíduos
deveriam ser fiscais de si mesmos, atendendo para os problemas de postura,
procurando corrigirem-se. Por manterem vícios posturais incorretos por longos
períodos e repetidas vezes, os seres humanos pagam caro por isso. Portanto, a
postura depende muito do hábito e treino. Através deles, é possível adquirirem-se
posturas corretas de modo que isso se torne um ato automático.
A cultura Corporal, as dimensões biológicas e fisiológicas, assim como as
demais que compõem o comportamento humano, são tratadas visando à
apropriação de conceitos científicos relativos a elas. (Vygotsky, 1984).
Para Rolyniak Filho (1995 p.24) a internalização de conceitos científicos:
Possibilita ao sujeito a tomada de consciência e o uso deliberado dos conceitos que já domina, assim como de seus próprios processos mentais. Isso significa uma transformação qualitativa na consciência individual de sorte que o sujeito pode seguir-se desenvolvendo no sentido de uma crescente autonomia, com a apropriação e utilização do saber historicamente construído.
Segundo Geertz (1989) apud Braccialli (1997) a Cultura é um padrão de
significados, transmitidos historicamente, incorporado em símbolos, um sistema de
concepções herdadas, expressas em formas simbólicas por meio das quais os
homens comunicam, perpetuam e desenvolvem seus conhecimentos e suas
atividades em relação à vida. Acultura compreendida amplamente, é a essência da
existência humana, ela nos afasta radicalmente dos outros animais. A cultura
possibilitou o salto da psicologia animal para a psicologia humana.
Podemos entender que os desequilíbrios posturais variam de acordo com o
modo de vida de cada indivíduo e também dependem da conscientização corporal
que cada um trás consigo. Mesmo quando as pessoas realizam trabalhos “leves”,
podem adquirir vícios errados de postura simplesmente pela maneira de se
posicionar, pela permanência da postura adotada e pelos movimentos repetitivos
que esta pessoa passe a realizar.
3 METODOLOGIA
A metodologia utilizada para desenvolver o presente trabalho, numa primeira
fase foi a Revisão de Literatura sobre os elementos teóricos envolvidos. Para
otimizar o processo de ensino, sobre postura correta e as possíveis causas e
consequências de uma má postura, foi utilizada a metodologia participativa,
adaptando como pressuposto básico a participação e o desenvolvimento dos alunos
na reflexão critica sobre o tema abordado.
Numa segunda fase, foi elaborada a Produção Didática Pedagógica referente
ao objeto de estudo, como subsídio ao trabalho junto aos alunos e professores.
Optou-se por desenvolver como Produção Didática Pedagógica, um Caderno
Temático, contendo imagens ilustrativas e textos explicativos, que foi apresentado
aos alunos do Ensino Fundamental e aos professores, como recurso didático ao
processo de ensino e aprendizagem sobre a Coluna vertebral.
O Trabalho iniciou com um levantamento entre alunos do Colégio Estadual
José de Anchieta, para diagnosticar seus conhecimentos sobre postura e formas de
prevenção de posturas incorretas. Após a pesquisa, foram implementadas
intervenções na comunidade escolar (aulas expositivas) a fim de se reduzir os
problemas encontrados, relacionados à má postura. Após a intervenção, a
comunidade de alunos foi novamente entrevistada, para observar se ocorreram
mudanças de atitudes que pudessem ser benéficas na prevenção de problemas
posturais. Os dados revelaram que a maioria dos alunos precisa de orientações
pedagógicas quanto aos hábitos posturais corretos e incorretos.
3.1 Resultados e discussão
Observou-se ao termino da implementação, se realmente as turmas que
foram trabalhadas, entenderam a importância de se conservar a postura correta em
todos os momentos e se foi percebido melhor receptividade dos alunos em
melhorarem as atitudes porventura incorretas quando observadas pelos professores.
Diante do exposto, os resultados evidenciados ao termino deste trabalho
demonstraram o que já era esperado: Maior interesse dos alunos em manter a
postura correta. A medida que o assunto foi sendo abordado os alunos iam se
ajeitando nas carteiras. Isso comprova, que o tema deve ser abordado nas escolas e
que é importante o papel dos professores no sentido de estarem atentos aos alunos
que sentam-se de maneira incorreta, uma vez que a infância e adolescência são
momentos importantes na formação de hábitos saudáveis.
Também, confirmou-se o óbvio, que os alunos pouco sabem sobre Coluna
Vertebral e Postura. Entretanto, após adquirirem conhecimentos sobre o assunto, as
mudanças relacionadas à boa postura aconteceram naturalmente, espontaneamente
e conscientemente. É necessário então que os alunos se conscientizem da
necessidade de rever suas posturas principalmente em sala de aula, local onde
passam boa parte do seu dia, e que tenham atitudes saudáveis para prevenir
deformidades ou lesões em suas colunas na fase adulta.
Conforme considerações acima, podemos afirmar que é importante que a
consciência postural se inicie na infância, quando a criança está em fase de
desenvolvimento físico e seu corpo está sujeito a transformações, porque depois, na
fase adulta, sem a presença desse conhecimento, as pessoas já terão muitos vícios
posturais.
4 Considerações Finais
Baseados na revisão de literatura podemos concluir que a boa postura
depende muito do hábito e treino. Através deles, é possível adquirirem-se posturas
corretas de modo que isso se torne um ato automático. Devemos, então, estar
atentos para a boa postura que deve ser observada nas diferentes atitudes,
principalmente nas posições de estudo, no caso de escolares, quando o aluno
começa a adquirir vícios posturais, com a continuidade, se não forem corrigidos,
poderão conduzir a uma série de consequências para a saúde.
De acordo com estudos do Professor Dr. Guanis (2004) nos últimos anos, os
problemas posturais vêm aumentando nas populações de adultos e crianças e isso
tem chamado a atenção dos estudiosos da saúde para a necessidade de uma
intervenção mais precoce junto às crianças e a população de um modo geral.
A Fisioterapeuta Dra. Deborah Supino (2009) comenta em seu texto que a
ausência de educação postural nas escolas é uma grave falha. Pois, quando as
crianças chegam à escola, nem sempre recebem orientações sobre o assunto. Os
alunos começam a enfrentar longos períodos na posição sentada, em carteiras
muitas vezes inadequadas ao tamanho e idade dos mesmos, o que resulta em
posturas erradas. “Os maus hábitos começam a ser estabelecidos e se tornam
automáticos”, explica Supino (2009).
Também, é comum vermos uma uniformidade nos tamanhos dos bancos e
modelos das carteiras em uma mesma escola. As carteiras deveriam estar de
acordo com o tamanho da faixa etária dos alunos, permitindo que seus pés toquem
por completo o chão, estando com a coluna apoiada no encosto da mesma e os
braços possam ficar apoiados na altura normal, sem estar alto o baixo demais.
Marschall, Harrington, Steete (1995) apud Bracciallli (1997) sugerem que as
carteiras escolares sejam projetadas ergonomicamente, de vez que carteiras
ergonômicas possibilitam uma redução na atividade muscular do tronco, ajudam a
manter a lordose lombar natural e diminuem o ângulo de flexão do pescoço. Os
autores concluem que a manutenção de um bom alinhamento postural, mantido
durante todo o período de aula, poderia diminuir a fadiga muscular, o que
influenciaria positivamente no processo de aprendizagem e evitaria o
desenvolvimento de hábitos posturais pobres, reduzindo, talvez, a incidência de
dores nas costas em gerações futuras.
Pensemos nos efeitos combinados de atos repetitivos como acomodar o
corpo na mobília escolar, equipamentos mal projetados, além do tempo que passam
sentados, de hábitos como sentar de pernas cruzadas ou ficar em pé apoiando o
peso do corpo numa só perna, peso excessivo das mochilas, carregar as mochilas
de um só lado e falta de atividade física. Percebe-se, assim, a necessidade de
interferir e modificar comportamentos inadequados antes que se estabeleçam e se
tornem hábitos, o que será possível através de trabalhos educativos e preventivos
durante a infância e adolescência.
Considerando que a escola, seja o local ideal para iniciar um trabalho de
conscientização sobre a saúde corporal, no entanto, precisam-se da participação e
ação conjunta de educadores, alunos, pais e dos Governos. A saúde de todos os
povos é uma condição fundamental para se conseguir a paz e a segurança, e
depende da mais ampla cooperação entre os indivíduos e os estados. (ARQUIVO
BRASILEIRO DE MEDICINA, 1988).
No ambiente escolar, é bem clara a função dos professores como
transmissores de ideias e valores, pois o contato diário com os alunos favorece e
facilita a assimilação de conhecimentos e de novos hábitos. O professor é capaz de
identificar e controlar aspectos críticos do ambiente escolar, dentre eles os hábitos
posturais inadequados. Neste aspecto, entendemos que o caminho mais curto para
viabilizar estratégias que sejam realmente eficazes na prevenção de futuros
problemas posturais, é sensibilizar alunos e demais profissionais da educação,
sobre a necessidade de mudanças comportamentais em relação a hábitos
enraizados, os quais são reforçados e preservados culturalmente, quando não nos
importamos com soluções.
Através de métodos subjetivos como o uso da visão, observando os alunos
nas carteiras escolares é possível identificar os desequilíbrios posturais mais
evidentes. A observação dos alunos na sala de aula se faz importante para que o
professor possa alertá-los a corrigirem a postura. Dessa maneira os alunos vão
percebendo a possibilidade de poderem se manter em uma postura correta sem
dores ou sacrifícios, mas sim de maneira leve e confortável, se preservando dos
problemas que uma má postura pode provocar com o passar dos anos. A partir
deste procedimento, estaremos com certeza promovendo a prevenção de muitos
males causados pela má postura, fruto da ausência de informação.
Em curto prazo será difícil provocar e instalar uma mudança, pois, aquilo que
mexe com os hábitos, ideias e conceitos, exige um enorme esforço de adaptação
individual e muito mais ainda quando for abordado sob o ponto de vista coletivo. No
entanto, as dificuldades precisam ser superadas para que possamos provocar
modificações estruturais e educacionais no ambiente escolar relacionado à postura.
Tendo um bom conhecimento do corpo e da plasticidade da postura, é possível
pensar em meios capazes de minimizar ou prevenir futuros problemas posturais.
Com a Metodologia proposta, espera-se que as crianças e adolescentes
saiam da escola não só conhecendo a importância de se ter uma boa postura, mas
praticando os bons hábitos posturais como algo natural no seu dia-a-dia.
REFERÊNCIAS
ARQUIVO BRASILEIRO DE MEDICINA. Volume 62, n° 6, Novembro / Dezembro de 1988.
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PARANÁ – Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação – Departamento de Educação Física – Diretrizes Curriculares Estaduais, 2008. Conhecendo e Vivendo Melhor com a sua Coluna. Disponível em http://www.instituto da coluna.com.br/3conhecendoevivendo.htm. Acesso em 18 de setembro de 2010.
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