Upload
tiago-dos-reis
View
219
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 1/359
MA 11 - Unidade 1
Conjuntos
Semana de 04/04 a 10/04
Recomendacoes gerais
Em muitos casos, livros didaticos de matematica introduzem determinados assuntos (tipicamente,
funcoes) com uma linguagem fortemente baseada em conjuntos, que e subitamente abandonada em
seguida. Tais inconsistencias de linguagem podem atrapalhar consideravelmente a aprendizagem.
Assim, e fundamental para o professor saber adequar a linguagem e a notacao de conjuntos para o
nıvel em que esta ensinando, evitando imprecisoes, por um lado, e exageros de formalismo, por outro.
O objetivo desta unidade e introduzir a linguagem basica de conjuntos, sem se aprofundar dema-
siadamente na teoria de conjuntos. Para quem quiser se aprofundar mais nessa teoria, recomendamos
a leitura de [2]. Para o professor, e fundamental o conhecimento da linguagem de conjuntos, uma
vez que esta forma a base comum a todos os campos da matematica atual. Este conhecimento e
importante, mesmo para que se saiba adequar o grau de formalismo da linguagem de conjuntos a cada
serie da educacao basica. Por exemplo, mesmo para usar com seguranca em sala de aula o “abuso de
notacao”r∩s = P , quando se fala do ponto de intersecao entre duas retas (ver p. 4), e preciso ter claro
por que a versao rigorosamente correta seria r ∩ s = {P }. Para isto, deve-se lidar confortavelmente
com as relacoes entre conjuntos e entre elementos e conjuntos (leia as Recomendacoes 4 e 5, p. 6-8).Ao estudar esta unidade, procure prestar particular atencao em como a linguagem de conjuntos
pode facilitar a expressao do raciocınio dedutivo matematico. Por exemplo, mostrar que um conjunto
esta contido em outro equivale a mostrar que a propriedade que define o primeiro implica na propriedade
que define o segundo (P ⇒ Q); e aplicar a propriedade anti-simetrica para demonstrar a igualdade
entre conjuntos equivale a demonstrar a equivalencia entre as condicoes que os definem (P ⇔ Q).
Neste sentido, leia com atencao os comentarios que comecam no final da p. 6 e vao ate a p. 8.
Ao ler os exemplos das pp. 7-8 da Unidade 1, procure refletir sobre os passos comumente feitos
na manipulacao de expressoes algebricas, particularmente na resolucao de equacoes. Alguns destes
correspondem a equivalencias logicas, e outros, apenas a implicacoes cuja recıproca nao e verdadeira.
Esta discussao continuara nas pp. 10-11. A clareza dessas questoes e fundamental para o ensino da
simbologia algebrica no fim do Ensino Fundamental e no Ensino Medio.
Ao ler a Recomendacao 7 (pp. 8-9), reflita detidamente sobre o que significa formular uma definicao
matematica. A observacao feita sobre a nao necessidade de escrever o termo “se e somente se”no enun-
ciado de uma definicao se deve ao fato de toda definicao matematica ser uma equivalencia logica. Isto e,
quando enunciamos uma definicao matematica, estamos atribuindo um nome aos objetos matematicos
que gozam de certas propriedades – o que significa que serao chamados pelo nome escolhido todos os
objetos com essas propriedades, e nenhum alem destes.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 2/359
E de fundamental importancia a compreensao da observacao feita na p. 12. Os termos “necessario”e
“suficiente”em matematica tem significados especıficos, que podem diferir da forma como os enten-
demos em linguagem cotidiana. Isto pode se constituir em um obstaculo para a aprendizagem. Em
uma implicacao logica P ⇒ Q , dizemos que a condicao P e suficiente para a condicao Q, ou, de
forma equivalente, que a condicao Q e necessaria para a condicao P . A contra-positiva ∼ Q ⇒∼ P
pode ajudar a entender o significado do termo “necessario”: se Q nao ocorre, entao certamente P
nao ocorrera (embora Q possa ocorrer sem que P ocorra). Para entender melhor, procure pensar emsituacoes familiares. Por exemplo, quando dizemos que n ∈ N ⇒ n ∈ Z, estamos afirmando que n ser
natural e suficiente para que n seja inteiro, ou equivalentemente, que n ser inteiro e necess´ ario para
que n seja natural (embora n possa ser inteiro sem ser natural).
Voltando a pensar sobre a relacao entre a linguagem de conjuntos e a expressao do raciocınio
dedutivo matematico, leia com atencao a secao 3. O Complementar de um Conjunto (pp. 13
a 16). A nocao de complementar esta ligada a ideia logica de negacao , e ao Princıpio do Terceiro
Excluıdo (ver p. 13), que esta na base de toda a logica matematica. Essas ideias sao fundamentais nas
demonstracoes por contra-positiva e por absurdo. Para entender melhor essas ideias, procure pensar
em exemplos familiares (veja a Recomendacao 8, p. 14).
Ao ler a Secao 4. Reuniao e Intersecao (pp. 17 a 22), certifique-se de entender os significados
matematicos dos conectivos “e” e “ou”. Como ocorre com os termos “necessario”e “suficiente”, o
uso em linguagem corrente difere de seu significado matematico. Neste sentido, a anedota narrada na
p. 16 pode ser esclarecedora.
Em matematica, ha muitas situacoes em que o uso de certos termos em linguagem corrente pode
dificultar a compreensao de seu significado matematico. De fato, os nomes escolhidos para os conceitos
matematicos sao, em geral, inspirados em linguagem corrente, mas e preciso “esquecer”seu significado
em linguagem corrente para entender corretamente seu significado matematico. Isso ocorre mesmocom nocoes extremamente elementares, como o proprio termo “igual”, como se discute na Secao 5.
Comentario sobre a Nocao de Igualdade (pp. 21 a 22).
Na ultima secao da unidade, 6. Recomendacoes Finais (pp. 2 a 24), voce vera que nem sempre,
ao longo da historia da matematica, a linguagem de conjuntos foi usada, como e hoje. De fato, esta
e uma mudanca recente, que foi determinante para muitos progressos posteriores. Para saber mais
sobre o desenvolvimento historico da Teoria dos Conjuntos, veja [1]. Aproveite tambem essa secao
para refletir mais sobre a adequacao da linguagem de conjuntos a cada nıvel de ensino de matematica.
Exercıcios recomendados
Recomendamos que voce resolva, prioritariamente, os Exercıcios 1, 2, 3, 6 ate 11, 15 ate 18. Os
Exercıcios 1, 2, 3, 15 ate 18 visam rever a linguagem basica de conjuntos. Os Exercıcios 6 ate 11 tem
fortes relacoes com topicos importantes da matematica do Ensino Medio.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 3/359
Para saber mais
Abaixo indicamos algumas referencias de estudos futuros para aqueles que se interessarem em se
aprofundar nos temas tratados nesta aula. Esses aprofundamentos nao sao prioritarios e nao serao
cobrados nas avaliacoes unificadas.
[1] Eves, H. Introducao a Hist oria da Matematica
[2] Halmos, P. Teoria Ingenua dos Conjuntos
[3] Lima, E.L. Curso de Analise , vol. 1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 4/359
A
a
a
A
a
A
a ∈ A
a /∈ A
a
A
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 5/359
x
P
y
C
x ∈ A
y ∈ B
A
P
B
C
P
x
C y
y2 − 3y + 2 = 0.
A = {. . . , −4, −2, 0, 2, 4, 6, . . .} e B = {1, 2}.
x P y
C
x ∈ A
y ∈ B
x ∈ A
y ∈ B
x
P
y
C
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 6/359
(A ∪ B) (A ∩ B)
(A
⊂ B)
A ∩ (B ∪ C ) = (A ∩ B) ∪ (A ∩ C ) e A ⊂ A ∪ B,
x
P
A
{. . .}
A
A
A
2n; n ∈ Z
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 7/359
∅
∅ = {x; x = x}
∅
x
x
x
x /∈ ∅
X
X
x
x ∈ X
x
x
x
x
x
∅ = {∅} ∅ ∅ ∈
{∅
}
∅
x
x
r
s
P
P
r∩s
P
r∩s
P
A
B
A
B
A
B
A
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 8/359
B
A
B
A
⊂ B
T
P
T ⊂ P
A ⊂ B
A
B
A ⊂ B
A
B
a
a ∈ A
a /∈ B
A
B
A ⊂ B 2 ∈ A
2 /∈ B
B ⊂ A 3 ∈ B
3 /∈ A
A
A ⊂ A
A
A
∅ ⊂ A
A ∅
⊂ A
x
x ∈ ∅
x /∈ A
x ∈ ∅
∅ ⊂ A
A
B
A ⊂ B
A = ∅
A = B
A B C
A ⊂ A
A ⊂ B
B ⊂ A
A = B
A ⊂ B
B ⊂ C
A ⊂ C
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 9/359
A B
A ⊂ B
B ⊂ A
A
B
B
A
A
B
H
A
M
H ⊂ A A ⊂ M
H ⊂ M
a A a ∈ A
a
⊂ A
a ⊂ A
{a} ∈ A
r
Π
r ⊂ Π
r
Π
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 10/359
r ∈ Π
r Π
Π
P
Q
U
A
U
P
B
U
Q
P
Q
P ⇒ Q
A ⊂ B
U
P
Q
P ⇒ Q
A
B
A
⊂ B
x2 + x − 1 = 0 ⇒ x3 − 2x + 1 = 0.
x2 + x − 1 = 0
x
3
− 2x + 1 = 0.
P ⇒ Q
P
Q
P
Q
P
Q
Q
P
P
Q
x
x
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 11/359
Q ⇒ P P ⇒ Q
x = 1
x3 − 2x + 1 = 0
x2 + x − 1 = 0.
P ⇒ Q
Q ⇒ P
Q ⇔ P
P
Q
P
Q
P
Q
P
Q
P
x y z
Q
z 2 = x2 + y2.
P ⇔ Q
x2
+ x − 1 = 0 ⇒ x3
− 2x + 1 = 0
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 12/359
⇒
⇒
∴ ⇒
n > 1
1 n
P
Q
a > b c
a2
= b2
+ c2
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 13/359
P
Q
P ⇒ Q
P
P ⇒ Q
x2 − x − 2 = 0
x
x2 − x − 2 = 0
P
. . . . . . x2 − x − 2 = 0
Q
. . . . . . (x − 2)(x + 1) = 0
R
. . . . . . x = 2
x = −1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 14/359
S
. . . . . . x ∈ {2, −1}
P,Q,R
S
x
P ⇒ Q ⇒ R ⇒ S,
x
P
Q
P
⇒ S
x2 − x − 2 = 0
x ∈ {2, −1}.
x2 − x − 2 = 0
2
−1
{2,
−1
}
S ⇒ R ⇒ ⇒ P
S ⇒ P
P ⇔ S
2 −1
x2 − x − 2 = 0.
x2 + 1 = 0
P,Q,R
S
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 15/359
x
P
x2 + 1 = 0
P x2 + 1 = 0 x2 − 1
Q
x4 − 1 = 0
R
x4 = 1
S
x ∈ {−1, 1}
P ⇒ Q ⇒ R ⇒ S
P ⇒ S
x2
+ 1 = 0 {−1, 1}
x2 + 1 = 0
P ⇒ Q
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 16/359
Q
Q
P
P
U
U
U
U
U
U
U
U
A
U
A
Ac
U
A
A
x U x
∈ A
x /∈ A
x ∈ U
x ∈ A
x /∈ A
x ∈ A
x /∈ A
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 17/359
A ⊂ U
(Ac)c = A
A ⊂ B Bc ⊂ Ac
⇒
A ⊂ B ⇒ Bc ⊂ Ac.
A ⊂ B ⇔ Bc ⊂ Ac.
P
Q
A
B
A
U
P
B
U
Q
Ac
Bc
P
P
Q
Q
x
P
x
P
Q
P
⇒ Q Q
⇒ P
P ⇒ Q P Q
Q ⇒ P
Q
P
U
R
x
P
P
R
R ⇒ P
P
⇒ R
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 18/359
x
x
x
x
Q ⇒ P
P ⇒ Q
P ⇒ Q
Q ⇒ P
Π r s P
x
s
r
Q
x
Π s
P
P
Π s
r
Q
Q
Π
s
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 19/359
P ⇒ Q
s
x
r
s x
Q ⇒ P
Q ⇒ P P ⇒ Q P ⇒ Q
s x
A
s
r
x
r
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 20/359
U
U c = ∅ ∅
c = U
P ⇒ Q
P ⇒ Q
P
Q
P
Q
P
Q
P ⇒ Q
P
⇒ Q
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 21/359
A
A∪B
A
A ∩ B
A
B
x ∈ A
x ∈ B
x ∈ A ∪ B
x ∈ A ∩ B
x ∈ A ∪ B
x ∈ A
x ∈ B
x ∈ A ∩ B
x ∈ A x ∈ B
A∪B
A∩B
A
P
B
Q
A ∪ B
P
Q
A ∩ B
P Q
x
P
x2 − 3x + 2 = 0.
x
Q
x2
− 5x + 6 = 0.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 22/359
P
A = {1, 2}
Q
B =
{2, 3
}
x2 − 3x + 2 = 0
x2 − 5x + 6 = 0
x ∈ {1, 2, 3}
x2 − 3x + 2 = 0
x2 − 5x + 6 = 0
x ∈ {2}
x = 2
A ∪ B = {1, 2, 3} A ∩ B = {2}
P
Q
P
Q
A = {x ∈ Z; x > 10}
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 23/359
B =
{x
∈ Z; x < 20
}
A ∪ B = Z
A
B
x
x ∈ A ∪ B
A ∪ B = B ∪ A A ∩ B = B ∩ A
(A ∪ B) ∪ C = A ∪ (B ∪ C )
(A ∩ B) ∩ C = A ∩ (B ∩ C ).
A ∩ (B ∪ C ) = (A ∩ B) ∪ (A ∩ C )
A ∪ (B ∩ C ) = (A ∪ B) ∩ (A ∪ C ).
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 24/359
∪
∩
⊂
A ∪ B = B ⇔ A ⊂ B ⇔ A ∩ B = A.
A ⊂ B ⇒ A ∪ C ⊂ B ∪ C
A ∩ C ⊂ B ∩ C
C
A
B
U
(A ∪ B)c = Ac ∩ Bc (A ∩ B)c = Ac ∪ Bc
P
Q
P
Q
P
Q
P
Q
a = b
a
b
a
b
A B a = b
α
β
ABC
ABC
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 25/359
a
b
a = b
a = a
a = b
b = a
a = b
b = c
a = c
a = b c = b
a = c
a
c
b
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 26/359
{∅} = {{∅}} ∅ = {∅}
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 27/359
r
α
P
P
r
α
r
s
→ →
→
→
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 28/359
P 1 P 2 Q1 Q2
U
P 1
P 2
U
P 1 P 2
Q1 Q2
P 1 ⇒ Q1
P 2 ⇒ Q2 Q1 ⇒ P 1
Q2 ⇒ P 2
X 1, X 2, Y 1, Y 2
U
X 1∪ X 2 = U
Y 1 ∩ Y 2 = ∅
X 1 ⊂ Y 1 X 2 ⊂ Y 2
X 1 = Y 1
X 2 = Y 2
n
n
n = 8
P 1 ⇒ Q1
P 2 ⇒ Q2
Q1 ⇒ P 1
Q2 ⇒ P 2
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 29/359
√ x + 2 = 2
√ x + 3 = x
m > 0
√ x + m = x
x = 1 ⇔ x2 − 2x + 1 = 0
⇔ x2 − 2 · 1 + 1 = 0
⇔ x2 − 1 = 0
⇔ x = ±1.
x = 1 ⇔ x = ±1.
x3 − 6x2 + 11x − 6 = 0
11x 11 × 2 = 22
x3 − 6x2 + 16 x = 1
x = 3
x
P (x)
x
P (x)
P (x)
x
A
x
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 30/359
U
P (x)
•
x
x2 =
−1
•
n
n2 > n
• x x > 1 x2 < 1
• x
n
n > x
• n x
n > x
F
M
C
P
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 31/359
x2 + x − 1 = 0 ⇒ x3 − 2x + 1 = 0
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 32/359
x
y
k
x + 4y = 13k ⇔ 4x + 3y =
13(4k
−y) 4x + 3y
x + 4y
x y
X ,Y ,Z
X ∩ Y = 1 ∪ 2
(X c
∪ Y )c
(X c
∪ Y ) ∪ Z c
(X c ∩ Y ) ∪ (X ∩ Z c) (X ∪ Y )c ∩ Z
(X ∪ Y ) ∩ Z = (X ∩ Z ) ∪ (Y ∩ Z )
X
∪(Y
∩Z )c = X
∪Y c
∪Z c
A
B
C
A ∪ (B ∩ C ) = (A ∪ B) ∩ C
A − B = {x|x ∈ A
x /
∈ B
}
A − (B − C ) = (A − B) − C
A
P (A)
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 33/359
A
f : A → P (A)
f X = {x ∈A : x /∈ f (x)}
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 34/359
MA 11 - Unidade 2
Numeros Cardinais
Semana de 04/04 a 10/04
Recomendacoes gerais
Nesta aula, sera tratado o conceito de numero cardinal (isto e, numero de elementos de um con-
junto), considerando os casos de conjuntos finitos e de conjuntos infinitos. Para que este conceito seja
bem entendido, e preciso que esteja clara a ideia de funcao, especialmente de funcao bijetiva.
Sendo assim, para prosseguir nesta aula, tenha certeza de ter compreendido bem as ideias iniciais
sobre funcoes, discutidas na Secao 1. Funcoes (pp. 1 a 6 da Unidade 2). Varias dessas ideias temrelacoes importantes com o ensino de funcoes no Ensino Medio.
Em primeiro lugar, observamos que uma funcao e definida por tres elementos fundamentais:
domınio, contradomınio e lei de correspondencia (ver pp. 1-3). Assim, duas funcoes sao iguais se
e somente se possuem mesmo domınio, mesmo contradomınio e mesma lei de correspondencia. Por
exemplo, as funcoes f : R → R, f (x) = x2 e g : R → [ 0,+∞[, g(x) = x2 sao diferentes, tanto
que a segunda e sobrejetiva e a primeira nao! Alem disso, mesmo nos casos em que o domınio e o
contradomınio sao conjuntos numericos (o que pode nao ocorrer), a lei de correspondencia pode nao
admitir uma expressao algebrica (leia com atencao os Exemplos 1 e 2, pp. 3-4 e a Recomendacao 3,
p. 5). Entretanto, em aulas e livros didaticos do Ensino Medio, costuma haver grande enfase nas ex-pressoes algebricas para funcoes. Nao e recomendavel adotar-se abordagens excessivamente abstratas
no Ensino Medio, porem a reducao do conceito de funcao a ideia de formula algebrica pode limitar
gravemente a aprendizagem dos estudantes. Uma consequencia comum e a confusao entre as ideias
de funcao e equacao – ambas tendem a ser concebidas simplesmente como “formulas”. Neste sentido,
leia com atencao as Recomendacoes 1 e 2 (pp. 2-3). Para evitar tal confusao, a relacao entre funcao
e equacao (veja p. 5) pode ser explorada: deve-se enfatizar para os alunos o fato de que resolver uma
equacao nada mais e do que encontrar os valores do domınio de uma funcao cujas imagens sao iguais
a um valor fixo dado. A abordagem grafica pode ajudar muito nesse ponto.
Muitos livros apresentam exercıcios do tipo “determine o domınio”e “determine a imagem”de uma
funcao dada. No entanto, os exercıcios do segundo tipo sao matematicamente corretos (ver p. 5),
mas os primeiros nao (veja Recomendacao 2, p. 3). Como ja foi observado, o domınio e parte da
definicao de uma funcao. Assim, se a funcao e conhecida, nao faz sentido pedir que seu domınio
seja determinado. A formulacao mais correta seria: “determine o maior subconjunto X ⊂ R tal que
seja possıvel definir uma funcao com uma lei de correspondencia dada”(Recomendacao 2, p. 3). Em
sala de aula, pode-se tambem explorar a ideia de encontrar diferentes subconjuntos de R tais que seja
possıvel definir diferentes funcoes com uma mesma lei de correspondencia. Isto pode ajudar os alunos
a entender que o domınio de uma funcao nao pode ser determinado a posteriori, mas ser escolhido
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 35/359
quando a funcao e definida (desde que seja compatıvel com o contradomınio e a lei de
correspondencia, e claro).
Em seguida, certifique-se de entender bem as definicoes de funcao injetiva, sobrejetiva (p. 4) e
bijetiva (p. 6). Esta ultima e a base para a ideia de numero cardinal (Secao 2. A Nocao de Numero
Cardinal, pp. 6-11). Leia com atencao a subsecao A palavra “numero”no dicionario (p. 8).
Observe que numero cardinal e uma nocao abstrata que corresponde a uma propriedade comum a
todos os conjuntos que podem ser postos em correspondencia um a um com um conjunto dado. Nestalinha, em 1883 o matematico alemao Georg Cantor conceituou o numero cardinal da seguinte forma:
“Se abstraımos a natureza dos elementos e a ordem em que eles sao dados, obtemos o numero cardinal
do conjunto.”(para saber mais, veja [2]).
A ideia de verificar se dois conjuntos possuem o mesmo numero de elementos por meio do estabele-
cimento de uma correspondencia um a um (isto e, uma funcao bijetiva) entre eles e bastante intuitiva
e primitiva. De fato, esta ideia e historicamente anterior ao proprio conceito de numero (para saber
mais, veja [2]). Alem disso, se X e Y sao conjuntos finitos e existe uma injecao f : X → Y , entao
o numero cardinal de X e menor do que ou igual ao de Y . Analogamente, se existe uma sobrejecao
f : X → Y , entao o numero cardinal de X e maior do que ou igual ao de Y . Estas propriedades estao
relacionadas com o chamado princıpio das casas dos pombos (ver Exemplos 13 e 14, pp. 11-12). A
Secao 3. Conjuntos Finitos, (pp. 10-12) fala sobre as propriedades basicas de numeros cardinais de
conjuntos finitos. Para saber mais sobre essas propriedades, veja [4]. Para saber mais sobre por que a
suposicao da existencia de um conjunto que contenha todos os conjuntos conduz a um paradoxo, veja
[3]. A ideia de correspondencia um a um e bastante intuitiva e conduz a resultados esperados para
conjuntos finitos, mas pode levar a surpresas no caso de conjuntos infinitos.
Passe entao a Secao 4. Sobre Conjuntos Infinitos (pp. 13-15). Para comecar, uma importante
propriedade que caracteriza os conjuntos infinitos (isto e, e equivalente a sua definicao) e a seguinte:um conjunto e infinito se e somente admite uma bijec˜ ao com um subconjunto pr´ oprio (isto e, diferente
de vazio e do proprio conjunto). Isto significa dizer que todo conjunto infinito possui o mesmo numero
cardinal que uma parte propria sua – ou, a grosso modo, e do mesmo “tamanho”que um “pedaco”seu.
Esta surpreendente propriedade e ilustrada pelos Exemplos 7, 8 e 9 (pp. 6-8). Os dois primeiros
foram apontados por Galileu Galilei, como “paradoxos do infinito”, em sua celebre obra Discorsi e
Dimostrazioni Matematiche Intorno a Due Nuove Scienze (para saber mais, veja [2]). Reflita sobre
esses exemplos e procure pensar em outros – as diversas areas da matematica sao ricas em exemplos
de conjuntos infinitos.
A natureza pouco intuitiva de conjuntos infinitos torna o ensino deste topico particularmente de-
licado. Muitos alunos tendem a conceber equivocadamente a nocao de infinito como “um numero
muito grande”(veja a Recomendacao 4, p. 15). O numero 10100 (chamado googol), por exemplo,
pode ser considerado “muito grande”, mas um conjunto com 10100 elementos nao pode ser posto em
correspondencia biunıvoca com um conjunto com 10100 − 1 elementos. Por outro lado, o conjunto
N dos numeros naturais pode ser posto em correspondencia biunıvoca com N \ {1}, como ilustra a
metafora do Grande Hotel Cantor (veja a subsecao Fantasia Matematica, pp. 14-15), proposta pelo
matematico David Hilbert (para saber mais, veja [2]). Por muito tempo, a ideia de infinito nao foi aceita
como um conceito legitimamente matematico. Georg Cantor teve um papel decisivo na formalizacao
matematica de diversas propriedades dos conjuntos infinitos. Dentre estas, destaca-se a prova de que
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 36/359
nenhum conjunto pode ser posto em correspondencia biunıvoca com o conjunto de suas partes P (X )
(para saber mais, veja [1]). Uma consequencia direta deste importante Teorema e o surpreendente fato
de que nem todos os conjuntos infinitos podem ser postos em correspondencia biunıvoca – portanto,
n˜ ao existe apenas uma classe de conjuntos infinitos, e sim infinitas classes de conjuntos (para saber
mais, veja [4]). O trabalho de Cantor marcou a Matematica de tal forma que foi descrito por Hilbert
por meio do comentario: “Ninguem nos expulsara do paraıso que Cantor criou para n´ os ”.
Exercıcios recomendados
As ideias discutidas acima devem ser suficientes para resolver, sem obstaculos, os exercıcios pro-
postos (pp. 15-18). Recomendamos que voce resolva os Exercıcios de 1 a 8.
Os Exercıcios 1 a 5 tratam de propriedades de funcoes injetivas, sobrejetivas e bijetivas. Como base
nos Exercıcios 2 e 3, voce podera concluir que, para que exista a inversa de uma funcao, e necessario
e suficiente que esta seja injetiva e sobrejetiva. Observe tambem que, dada f : X → Y , a existencia
de uma funcao h1 : Y → X tal que h1 ◦ f = I dX (que e equivalente a injetividade) e a existencia de
uma funcao h2 : Y → X tal que f ◦h2 = I dY (que e equivalente a sobrejetividade) nao sao condicoes
equivalentes entre si. Procure pensar em exemplos de funcoes injetivas e sobrejetivas e verifique que
essas propriedades sao satisfeitas.
Os Exercıcios 6 e 8 sao problemas importantes de contagem que podem ser resolvidos por argumento
de inducao. O Exercıcio 7 apresenta uma falha sutil em um argumento de inducao.
Para saber mais
Abaixo, indicamos algumas referencias de estudo futuro para aqueles que se interessarem em se
aprofundar nos temas tratados nesta aula. Esses aprofundamentos nao sao prioritarios e nao serao
cobrados nas avaliacoes unificadas.
[1] Aigner, M. & Ziegler, G.M. Proofs from the Book
[2] Eves, H. Introducao a Hist oria da Matematica
[3] Halmos, P. Teoria Ingenua dos Conjuntos
[4] Lima, E.L. Curso de Analise , vol. 1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 37/359
X
Y
f : X → Y
X
Y
x ∈ X
y = f (x) ∈ Y
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 38/359
X
Y
f
x ∈ X
f (x) ∈ Y
x
f f x ∈ X
x → f (x)
f
x
f (x)
f : X → X
f (x) = x
x ∈ X
f : X → Y
c ∈ Y
f (x) = c
x ∈ X
f (x)
x ∈ X
f
f
x ∈ X
f (x)
f
sen : R → R log : R
+
→ R
sen x log x
x
x2 − 5x + 6
p :R
→R
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 39/359
p(x) = x2 − 5x + 6
x ∈ R
ex
exp(x) = ex
exp : R → R
x → f (x)
f
X
Y
f (x) = 1/x
X ⊂ R
f (x) = 1/x
f : X → R
f : X → Y
g :
X → Y
X = X
Y = Y
f (x) = g(x)
x ∈ X
X
Π R
t ∈ X
f (t) =
t
f : X → R
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 40/359
S
Π ∆
AB ∈ S g(AB) g : S → ∆
n
n + 1 s : N → N s(n) = n + 1
f : X → Y
X
f
Y
f
x = x
X ⇒ f (x) = f (x)
f (x) = f (x) ⇒ x = x.
f : X → Y
y ∈ Y
x ∈ X
f (x) = y
A ⊂ X
f : X → Y
f (A) ⊂ Y
f (x)
x ∈ A
f : X → Y
f (X ) =
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 41/359
Y
f (X ) X
f
f
f
g
∆
s
2
f : X → Y
b ∈ Y
f (X )
f (x) = b
x ∈ X
f f (x) = y
x ∈ X
y ∈ Y
f : X → Y
X
Y
x →
f (x) f (x)
x
f (x)
x
f
X
f (x)
x ∈ X
x ∈ X
f (x)
Y
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 42/359
f : N → N
n ∈ N
p = f (n)
p2 + 3 = n
p = f (n)
n
p2 + 3
N
X
Y
x ∈ X
f (x) = t
t
x
f : X → Y
x > 0
x
f : X → Y
X
Y
X = {1, 2, 3, 4, 5}
Y = {2, 4, 6, 8, 10}
f : X →
Y
f (n) = 2n
f (1) = 2 f (2) = 4
f (3) = 6 f (4) = 8
f (5) = 10
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 43/359
P
P = {2, 4, 6, . . . , 2n , . . .}.
f : N → P
f (n) =
2n
n ∈ N
P
N
Y
X
Y
P
Y
f : X → Y
x ∈ X
f (x)
P x
Y
X = C − {P }
P
Y
P
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 44/359
f : X → Y
x ∈ X, f (x) =
P x
Y
X
Y
f : X → Y
X, Y
X = {1}
Y = {1, 2}
f : X → Y
X
Y
X
Y
f : X → Y
X Y
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 45/359
X
X
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 46/359
n ∈ N I n
n
I 1 = {1}, I 2 = {1, 2}, I 3 = {1, 2, 3}
k
I
n
1 k n
X
X
X
n
f : I n → X
n
X
X
f : I n → X
X
f (1) = x1, f (2) = x2,...,f (n) = x
n
X = {x1, x2, . . . , xn}
n
I n
n
n
∅
∅
X
X
n ∈ N
f : I
n → X
X = I 5 f : X → Y
Y
Y
N
f : I
n → N n
k = f (1) + f (2) + · · · + f (n) x ∈ I n
f (x) < k
x ∈ I n
f (x) = k
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 47/359
X
n(X )
f : I
m → X
g : I n → X
m = n
Y
X
n(Y )
n(X ) n(Y ) = n(X )
Y = X
X Y X ∪ Y n(X ∪ Y ) =n(X ) + n(Y ) − n(X ∩ Y )
X
Y
n(X ) > n(Y )
f : X → Y
g : Y → X
m > n
m
n
m
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 48/359
X =
{3, 33,..., 33...3} m
X
m
Y = {1, 2,...,m − 1}
f : X → Y
x ∈ X
f (x) x
m
X
Y
x1 < x2
X
f (x1) = f (x2) x1
x2 m
x2 − x1
m
x1
p
x2 p + q
x2 − x1
q
p
n
(n 2)
n
0, 1, . . . , n − 1
n
n − 1
n
n − 1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 49/359
N
R
X
P (X ) X
f : X → X
X f
X
f : N → N
n ∈ N
f (n)
n
f
b ∈ N
n
f (n) = b
f : N
→ N
g : N
→ N
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 50/359
h : N → N ϕ : N → N
f (n) = n + 1,g(n) = n + 30,
h(n) = 2n e
ϕ(n) = 3n
n
n + 1
n
n + 30
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 51/359
n 2n
n
3n
3n + 2
3n + 1
136 × 2256
n
n < n + 1
f : X → Y
f
B ⊂ Y
f −1(B) = {x ∈ X ; f (x) ∈ B}
f −1
(f (A)) ⊃ A
A ⊂ X
f (f −1
(B)) ⊂ B
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 52/359
B ⊂ Y
f
f −1(f (A)) = A
A ⊂ X
f
f (f −1(B)) = B B ⊂ Y
f : X → Y
g : Y → X
g(f (x)) = x
x ∈ X
f : X → Y
h : Y → X
f (h(y)) = y
y ∈ Y
f : X → Y
g, h : Y → X
g(f (x)) = x
x ∈ X
f (h(y)) = y
y ∈ Y
g = h
f : N → N
n ∈ N
f (x) = n
x ∈ N
2a · b
a, b ∈ N b
X
n
n!
f : X → X
X
n (n 1)
X
n =
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 53/359
1 X
X
n
n + 1
{a1, a2, . . . , an, an+1}
{a1, a2, . . . , an}
n
a1, a2, . . . , a
n {a2, . . . , an
, an+1}
an
an+1
a1, a2, . . . , an
an
an+1
{a1, a2, . . . , an, an+1}
n
2n
n (n 2)
2n−3
n
T 1, T 2, . . . , T n, . . .
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 54/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 55/359
MA 11 - Unidade 3
A Reta Real
Semana de 11/04 a 17/04
Recomendacoes gerais
Nesta unidade, comecaremos a estudar o conjunto dos numeros reais. Este e, sem duvida, um
dos pontos cuja abordagem no Ensino Medio envolve maiores dificuldades, que estao relacionadas
com as caracterısticas especıficas do conjunto dos reais. Em geral, na educacao basica, a motivacao
para a introducao de cada um dos conjuntos numericos se baseia nas limitacoes algebricas do conjunto
anterior. Isto e, a motivacao para a construcao de Z se baseia na impossibilidade de inverter a operacao
de adicao em N e, de forma analoga, a motivacao para a construcao de Q se baseia na impossibilidade de
inverter a operacao de multiplicacao em Z. A introducao dos numeros inteiros e dos numeros racionais
sao e ainda ilustrada por aplicacoes “concretas”: tipicamente, problemas envolvendo saldos bancarios,
ou variacoes de temperatura, para os inteiros; e divisoes de grandezas (apresentadas em problemas
numericos ou geometricos) que fornecem resultados nao inteiros. Ate mesmo a introducao de C tem
como base a impossibilidade de determinar raızes reais para qualquer polinomio com coeficientes reais.
No entanto, quando se trata da construcao de R, o problema se torna particularmente complicado.
Em primeiro lugar, a construcao da expansao de Q para R nao e um salto puramente algebrico, pois en-
volve alguma nocao de convergencia. Alem disso, dificilmente se encontrarao aplicacoes “concretas”ou“do dia-a-dia”que justifiquem a necessidade dessa expansao. As medicoes empıricas de segmentos, por
exemplo, sao totalmente resolvidas por numeros racionais, enquanto que os numeros reais atendem
ao problema te´ orico da proporcao de grandezas de mesma especie , isto e, a construcao de uma teoria
consistente de medida. Por exemplo, ao medir a diagonal d do quadrado unitario com uma regua
graduada, encontraremos alguma aproximacao decimal finita para√
2. Ao aplicarmos o Teorema de
Pitagoras para determinar a medida d (ou, de forma mais geral, a razao entre a diagonal e o lado de
um quadrado qualquer), concluiremos que ela e tal que d2 = 2, mas e necessario ainda mostrar que
nao existe um numero racional que satisfaca essa condicao. A maneira mais acessıvel de mostrar esse
fato no Ensino Medio envolve um argumento de absurdo com base na decomposicao em fatores primosdo numerador e do denominador da fracao (ver p. 4 da Unidade 3). Alem disso, mesmo se conside-
rarmos todas as raızes de equacoes polinomiais com coeficientes inteiros (como d2 = 2), chamados
numeros algebricos, nao obteremos todos os numeros reais – aqueles que nao satisfazem esta condicao
sao chamados transcendentes . O exemplo mais conhecido de numero transcendente e sem duvida o
numero π. Na educacao basica, definimos π como a razao entre o perımetro e o diametro de uma
circunferencia. Entretanto, as tecnicas necessarias para as demonstracoes de que π nao e racional e
nao e algebrico extrapolam em muito a matematica do Ensino Medio (para saber mais, veja [2]).
Para desviar das dificuldades discutidas acima, os livros didaticos do ensino fundamental e do medio
em geral adotam abordagens em ciclo vicioso (baseadas na representacao decimal ou em problemas
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 56/359
geometricos): os irracionais sao apresentados “como aqueles numeros que nao sao racionais”e os reais,
como “os numeros que sao racionais ou irracionais”. Ou seja, a introducao dos numeros reais parte da
pressuposicao da existencia dos proprios numeros reais. Esse modelo de abordagem apresenta problemas
nao so do ponto de vista matematico, pois e logicamente inconsistente, como tambem do ponto de
vista pedagogico, pois a necessidade de “criar novos numeros”alem dos racionais fica oculta. De fato,
nao e razoavel esperar que, ao final do Ensino Medio, o aluno entenda toda a complexidade teorica
da construcao do conjunto dos numeros reais. Entretanto, isto nao justifica desviar completamentede tais dificuldades. Para os estudantes do Ensino Medio, mais do que as complexidades teoricas de
sua construcao, talvez seja importante compreender os problemas matematicos que dao origem aos
numeros reais.
Sendo assim, para planejar adequadamente a abordagem dos numeros reais no Ensino Medio, e
fundamental que o professor conheca tais problemas, que remontam a ideia de grandezas incomen-
suraveis, na Escola Pitagorica. Portanto, leia com atencao a Secao 1. Segmentos Comensuraveis
e Incomensuraveis (pp. 2 a 5). Os filosofos pitagoricos acreditavam que os numeros naturais expli-
cariam todos os fenomenos da natureza – crenca expressa pelo lema: Tudo e N umero . Assim, qualquer
grupo finito de grandezas geometricas poderia ser expresso como multiplos inteiros de uma unidade
comum convenientemente escolhida. Equivalentemente, qualquer razao entre grandezas geometricas
poderia ser expressa como razoes entre numeros naturais. As grandezas com esta propriedade sao
chamadas comensuraveis (literalmente, que podem ser medidas juntas). A descoberta da existencia de
grandezas incomensuraveis (como o lado e a diagonal do quadrado, ou o perımetro e o diametro do
cırculo) provocou uma grande revolucao na matematica grega. Para saber mais sobre a problema das
grandezas incomensuraveis na matematica grega, veja [1].
Na matematica contemporanea, existem formas equivalentes de construir o conjunto dos numeros
reais (axioma do supremo, sequencias de Cauchy, cortes de Dedekind), de forma a caracteriza-lo comocorpo ordenado completo (ver p. 9). Ao ler a Secao 2. A Reta Real, certifique-se de entender
bem o que isto significa (para saber mais, veja [3]). O termo corpo refere-se a estrutura algebrica
dos numeros reais: as operacoes de adicao e multiplicacao e suas propriedades. O corpo ordenado
refere-se a existencia de relacao de ordem nos reais compatıvel com as operacoes, isto e, que satisfaz a
propriedade de monotonicidade: x ≤ y ⇒ x + z ≤ y + z ∀ x, y, z ∈ R e x ≤ y , z > 0 ⇒ x · z ≤ y · z
∀ x, y, z ∈ R. Finalmente, temos a importante propriedade de completeza dos reais, que diz respeito
ao fato da reta real nao ter “buracos”(falando grosso modo). Observe que o conjunto Q tambem
satisfaz todas as propriedades das operacoes e da ordem; portanto, Q tambem e um corpo ordenado.
E a propriedade de completeza que diferencia o conjunto R do conjunto Q. Do ponto de vista intuitivo,a diferenca entre as propriedades de completeza e densidade pode parecer sutil, pois podemos ter a
impressao de que a densidade e suficiente para preencher completamente a reta. No entanto, do ponto
de vista matematico, esta diferenca e crucial. A completeza dos reais e essencial para a construcao de
toda a teoria de analise real, inclusive a construcao das principais classes de funcoes reais, que veremos
mais adiante neste curso.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 57/359
Para saber mais
Abaixo, indicamos algumas referencias de estudos futuros para aqueles que se interessarem em se
aprofundar nos temas tratados nesta aula. Esses aprofundamentos nao sao prioritarios e nao serao
cobrados nas avaliacoes unificadas.
[1] Eves, H. Introducao a Hist oria da Matematica
[2] Figueiredo, D.G. N´ umeros Irracionais e Transcendentes
[3] Lima, E.L. Curso de Analise , vol. 1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 58/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 59/359
AB
u
u
n − 1
AB n AB
n
u
u
n
AB
AB
AB
n
AB
AB
w
n
u
m
AB
w
u
AB
w
AB
u
w 1/n
AB
m 1/n
m/n
{2, 3, 4, 5, . . .
}
m/n
AB
u
m/n
2/3
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 60/359
7/10 1/3 + 1/5 +
1/6
AB CD
EF
n
AB
m
CD
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 61/359
u
n
AB m
AC
ABCD
AB AC m/n
AB
(m/n)2 = 12 + 12
m2/n2 = 2 m2 = 2n2
m2
2n2
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 62/359
√ 2
O
A
O
OA
OA
O
A
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 63/359
O
O
X
OA
OA
n
OX
X
n
−n
X
X
Z
X
OX
Z = N ∪ {0} ∪ (−N)
−N
X
OX
OA
w
n
OA
m
OX
X
m/n
−m/n
X
OA
OX
n = 1
X
Z
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 64/359
Q
X
OX
OA N ⊂ Z ⊂ Q
m/n
m ∈ Z n ∈ N
X
OX
OA
x
x
X
x
X
X
x
OX
X
x
R
OA R
X
OX
N ⊂ Z ⊂ Q ⊂ R
N, Q
R
Z
R
R
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 65/359
x + y
x < y
x, y ∈ R
X
Y
x
y
x
y
x < y
X
Y
X Y O A x+y
Y
XY
OY
xy
x
y
x > 0
y > 0 xy
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 66/359
R
R
R
N
R
R
x < y
R
n
√ a
ax
a > 0 x
∈ R
R
Q
R
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 67/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 68/359
MA 11 - Unidade 4
Representacao Decimal dos Reais
Semana de 11/04 a 17/04
Recomendacoes gerais
Na escola, lidamos frequentemente com numeros racionais representados na forma decimal. De
fato, este tipo de representacao se aplica ao conjunto dos reais como um todo. Sao sempre ensinados
alguns fatos importantes sobre este conteudo, tais como: toda fracao pode ser representada como um
decimal finito ou uma dızima periodica; e, reciprocamente, toda dızima periodica pode ser representada
na forma de fracao. Uma consequencia imediata deste fato e que um numero e racional se, e somente
se, sua representacao decimal e finita ou periodica. O objetivo da Unidade 4 e refletir um pouco sobre
algumas questoes relacionadas, que em geral tem merecido pouca enfase.
Em primeiro lugar, como observado na p. 2 da Unidade 4, escrever um numero real positivo em
representacao decimal significa expressa-lo como uma soma cujas parcelas sao produtos de algarismos
entre 0 e 9 por potencias de 10, de expoentes inteiros, positivos e negativos. Esta e a generalizacao
da representacao decimal para numeros naturais, em que aparecem apenas expoentes positivos. En-
tretanto, quando se tratam de numeros reais, as somas podem ter uma quantidade infinita de parcelas
com expoentes negativos. Assim, um numero real positivo a se escreve na forma
a = a0 + a110−1
+ a210−2
+ · · · , (1)
sendo a0 um numero natural e os ai, i > 0, algarismos entre 0 e 9.
Neste caso, nao se tratam mais de simples somas no sentido algebrico, que teriam necessariamente
que ser finitas, mas sim, de somas infinitas, o que e representado pelo sımbolo de reticencias (ver p.
3). Isto e, tratam-se de series .
Mas, o que e uma serie? Bem, uma serie e apenas uma soma formal com infinitas parcelas
S = x0 + x1 + x2 + · · ·
+ xn + · · ·
.
Dizemos que a serie S converge quando a sequencia de suas somas parciais
S 0 = x0, S 1 = x0 + x1, S 2 = x0 + x1 + x2, . . . , S n = x0 + x1 + · · · + xn, · · ·
for convergente (para saber mais, veja [1]. O fato, que se assume tacitamente, de que as series como
em (1) sao sempre convergentes – o que equivale a dizer que o conjunto dos numeros reais e completo.
Portanto, ao fazermos operacoes com dızimas periodicas para obter fracoes geratrizes, estamos na
verdade efetuando operacoes com limites – que so sao legıtimas porque sabemos de antemao que as
series envolvidas sao convergentes.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 69/359
E fundamental compreender bem a igualdade 1 = 0, 9999 . . . (p. 4), que e fonte de muitas duvidas.
Muitos estudantes concebem esta igualdade como nao exata, ou como uma aproximacao. Talvez estas
concepcoes estejam relacionadas com certa confusao entre os termos de uma sequencia e seu limite.
Nao e incomum ouvirmos comentarios do tipo “o limite da sequencia tende a x”. O limite de uma
sequencia e um numero fixo, portanto, nao pode tender a lugar algum! O correto e dizer que “o limite
da sequencia e igual a x”, ou entao que “a sequencia tende a x”. Neste caso, os termos da sequencia
se aproximam indefinidamente de seu limite. No caso da igualdade 1 = 0, 9999 . . ., observamos que osımbolo 0, 9999 . . . representa o limite da sequencia cujos termos sao x1 = 0, 9, x2 = 0, 99, x3 = 0, 999,
e assim por diante. Mostramos facilmente que esta sequencia tende a 1 (ver p. 4). Assim, podemos
dizer que os termos x1 = 0, 9, x2 = 0, 99, x3 = 0, 999, . . . se aproximam de 1, mas o limite 0, 9999 . . .
e igual a 1!
Nas pp. 5 a 9, sao discutidos os procedimentos de conversao entre fracoes e representacoes decimais.
Para converter dızimas periodicas em fracoes, usamos o procedimento que envolve multiplicacoes por
potencias de 10 e adicoes (pp. 5-7). Como ja comentamos, esse procedimento envolve operacoes com
limites. Reciprocamente, para converter fracoes em representacoes decimais, empregamos divisoes
sucessivas. Como ha uma quantidade finita de restos possıveis e, a partir da primeira vez que um
resto se repetir todos os algarismos do quociente se repetirao, obtemos necessariamente uma dızima
periodica. Em particular, se aparecer um resto 0, temos um decimal finito. Ao ler essas paginas,
observe que tais procedimentos, se devidamente organizados, constituem-se em provas matematicas
para o fato de que um numero real e racional se, e somente se, sua representacao decimal e finita ou
periodica.
Nas pp. 8-9, leia com atencao os comentarios sobre a correspondencia biunıvoca entre os numeros
reais e as expressoes decimais, descartando-se aquelas que terminam com uma sequencia infinita de
algarismos 9
.Leia com atencao a subsecao Uma descoberta de George Cantor (pp. 10-11). A prova de que R
nao e enumeravel, argumento conhecido como Diagonal de Cantor , tambem se baseia na representacao
decimal (ou binaria) para os numeros reais (para saber mais, veja [1]). Como Q e enumeravel, uma
consequencia direta deste fato e que o conjunto dos numeros irracionais tambem e nao enumeravel.
Assim, em um certo sentido, existem muito mais numeros irracionais do que racionais. Este fato e
surpreendente e pode parecer anti-intuitivo, pois na escola, em geral, os alunos tem muito mais contato
com exemplos diversos de racionais do que de irracionais. No entanto, se pensarmos mais uma vez
na representacao decimal, como os racionais sao dızimas periodicas e os irracionais, nao, poderemos
verificar, de um ponto de vista intuitivo, o seguinte: se pudessemos formar uma expressao decimalinfinita, sorteando ao acaso dıgito por dıgito de 0 a 9, a probabilidade de obtermos um irracional e
muito maior que a de obtermos um racional. Isto seria como jogarmos um dado (honesto) infinitamente
e esperar que os dıgitos obtidos aleatoriamente se repetissem em um mesmo padrao para sempre! De
fato, a probabilidade de obtermos um numero racional com este processo e igual a zero.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 70/359
Exercıcios recomendados
Os exercıcios 1 a 5 propostos na Unidade 4 envolvem topicos sobre numeros reais habitualmente
tratados na escola, mas com os quais os estudantes costumam ter algumas dificuldades. Por exemplo, o
exercıcio 1 envolve um processo simples de aproximacao que pode ser feito em sala de aula, com ajuda
de uma calculadora de bolso. Este processo de aproximacao pode ser prolongado indefinidamente e pode
ser usado para construirmos as expressoes decimais dos numeros irracionais que admitem representacao
por meio de radicais. Estas expressoes decimais, mesmo nos casos simples como√
2 e√
3, sao, em
geral, dadas nos livros didaticos sem qualquer justificativa. O exercıcio 5 explora um erro muito comum:
a confusao entre um expressao decimal ter um padrao de regularidade qualquer e ter um padrao de
repeticao, o que e uma situacao muito mais particular.
Para saber mais
Abaixo, indicamos uma referencia para estudos futuros, para aqueles que se interessarem em se
aprofundar nos temas tratados nesta aula. Esses aprofundamentos nao sao prioritarios e nao seraocobrados nas avaliacoes unificadas.
[1] Lima, E.L. Curso de Analise , vol. 1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 71/359
α = a0, a1a1 . . . an . . . ,
a0
0 a1, a2, . . . , an, . . .
0 an 9 n ∈ N
an
n
α
a0
α
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 72/359
α = 13, 42800 . . . , β = 25, 1212 . . . e π = 3, 14159265 . . .
α
β
π
56
π
α
(∗) α = a0 + a1
10 +
a2
102 + · · · +
an
10n+ · · ·
α
α
α
α
αn = a0 + a1
10 + · · · +
an
10n. (n = 0, 1, 2, . . .).
α
αn
1
10n
= 10−n.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 73/359
a0
α a1
a0 + a1
10 α
a2
a0 + a1
10 +
a2
102 α,
α0 α1 α2 · · · αn · · ·
α
0 α−αn 10−n
n = 0, 1, 2, 3, 4, . . .
α
αn
n
α = a0, a1a2, . . . , an000 . . .
α = a0 + a1
10 + · · · +
an
10n
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 74/359
13, 42800 . . . = 13 + 4
10
+ 2
100
+ 8
1000
= 13428
1000
.
α = a0, a1a2 . . . an . . .
α = 0, 999 . . . = 910
+ 9100
+ 91000
+ · · ·
α = 1
α
α1 = 0, 9 α2 = 0, 99
α3 = 0, 999 1−α1 = 0, 1 1−α2 = 0, 01
1 − α3 = 0, 001 1 − αn = 10−n
n
1 − αn
αn = 0, 99 . . . 99 1
1
1 = 0, 999 . . .
0, 999 . . .
0, 9, 0, 99, 0, 999
1
0, 999 . . . = 9
10 +
9
100 +
9
10n+ · · · = 1
0, 111 . . . = 1
10 +
1
100 + · · · +
1
10n
+ · · · = 1
9.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 75/359
a
0, a a a . . . = a10
+ a100
+ · · · + a10n
+ · · · = a9
.
0, 777 . . . = 7
9.
9
10 +
9
100 =
99
100 ,
9
1000 +
9
10000 =
99
10000 , etc.,
1 = 9
10 +
9
102
+ 9
103 +
9
104
+ · · ·
= 99
100 +
99
1002 + · · ·
= 99 1
100
+ 1
1002
+ · · ·
,
1
100 +
1
1002 +
1
1003 + · · · =
1
99.
0, 3737 . . . = 37
100
+ 37
1002
+ 37
1003
+ · · ·
= 37 1
100 +
1
1002 + · · ·
= 37
99.
α = 0, a1a2 . . .
a1a2 . . . a p
p
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 76/359
0, 777 . . . 0, 373737 . . .
0, 521521521 . . . = 521
999.
α = 0, 35172172 . . .
100α = 35, 172172 . . . = 35172
999 =
35 × 999 + 172
999 =
= 35(1000 − 1) + 172
999 =
35000 + 172 − 35
999 =
35172 − 35
999
α = 35172 − 35
99900 .
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 77/359
p/q
p
q
p
14
27 = 0, 518518 . . .
140 |27
050 0, 518
230
140
0, 1, 2, . . .
. . . , q − 1 q
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 78/359
p/q
α
a0, a1a2 . . . an . . .
a0+a1·10−1
+a2·10−2
+· · ·+an·10−n
+· · · = α
α > 0
a
a0 0
α
a1 a0 +
a1
10 α
a2 a0 +
a1
10 +
a2
100 α;
π = 3, 14159265...
3 < π < 4, 3, 1 < π < 3, 2, 3, 14 < π < 3, 15
→
0 an 8
a0, a1 . . . an999 . . . e a0, a1 . . . (an + 1)000 . . .
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 79/359
3, 275999 . . . = 3, 276000 . . .
0, 999 . . . = 1, 000 . . .
α = a0, a1a2 . . .
β = b0, b1b2 . . .
α + β
α − β
α · β α/β
β = 0)
n ∈ N
αn = a0, a1 . . . an
β n = b0, b1 . . . bn
αn + β n αn − β n
αn · β n αn/β n
n
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 80/359
N
R
f : N → R
N
R
N R n ∈ N
n R
N
R
f : N→ R
y
f (N
f (n) = y
n ∈ N
y
n
n
f (n)
n =
1, 2, 3,...
y = f (n) n ∈ N
y /∈ f (N)
N
R
Q
Qc
R = Q ∪ Qc
Q R Qc
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 81/359
[0, 1n
]
m/n
m
n
0, 123456789101112131415 . . .
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 82/359
MA 11 - Unidade 5
Atividade Especial
Semana de 18/04 a 24/04
Recomendacoes gerais
Esta Unidade e dedicada a reflexao por meio de uma lista de exercıcios – de certa forma, desafiadores
– sobre os conceitos estudados ate o presente momento. O primeiro exercıcio tem por objetivo mostrar
que nao se podem manipular somas infinitas, chamadas series , como se fossem meras somas finitas,
pois, ao fazer isto, somos facilmente conduzidos a paradoxos. Esses paradoxos – em particular o
paradoxo do binˆ omio , que sera apresentado no roteiro da Unidade 16 de MA12 – foram explicados por
Gauss, o primeiro matematico a perceber que era necessario introduzir a nocao de convergencia deseries para manipular tais somas.
O segundo exercıcio esta relacionado com a nocao de limite de sequencias, objetos que tambem
nao podem ser tratados com a algebra ordinaria sem que sua convergencia seja verificada a priori.
No caso das expansoes decimais dos numeros reais, e em particular dos numeros racionais, sabemos a
priori que as series sao convergentes (isto e, vale o axioma da completeza dos numeros reais, que foi
assumido tacitamente na Unidade 3) e, por isso, as operacoes que fazemos para achar geratrizes de
dızimas periodicas sao legıtimas.
O Exercıcio 3 propoe uma outra prova da incomensurabilidade do lado e da diagonal do quadrado,
de sabor mais geometrico do que a prova aritmetica do texto e, certamente, mais dentro do espırito
da geometria a epoca de Euclides.
O Exercıcio 4 nos ensina que nem todo corpo pode ser ordenado e que apenas munir um corpo de
uma relacao de ordem nao o faz automaticamente ser um corpo ordenado. De fato, ao contrario do
corpo dos numeros reais, o corpo dos numeros complexos nao pode ser ordenado por uma relacao de
ordem compatıvel com a sua estrutura de corpo.
O Exercıcio 5 pede para demonstrar a validez da regra (geralmente decorada) que permite achar a
geratriz de uma dızima periodica composta. Esta e uma boa aplicacao do uso da formula do limite de
uma soma de uma PG que se sabe ser a priori convergente.O Exercıcio 6 trata do calculo numerico aproximado de numeros irracionais que se expressam como
raızes de numeros inteiros positivos. Calculo numerico (isto e, a determinacao de valores numericos
de expressoes ou de solucoes de equacoes por meio de aproximacoes cujos erros sao de alguma forma
controlados) e um assunto por si so muito importante, pois, na vida real, tudo e aproximado.
O Exercıcio 8, ao propor o estudo de sistemas de numeracao diferentes do usual, tem por objetivo
mostrar que certas caracterısticas da representacao dos numeros sao independentes da base escolhida
(isto e, sao intrınsecas, pois sao propriedades do proprio numero e nao apenas da representacao),
enquanto outras dependem da escolha da base (isto e, sao extrınsecas, pois sao apenas caracterısticas
da representacao).
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 83/359
Finalmente, o Exercıcio 9, um resultado de Cantor, vai nos mostrar que os numeros irracionais trans-
cendentes (por exemplo, π e e) sao (muito) mais numerosos do que os numeros irracionais algebricos –
algo certamente inesperado. Lembre-se que encontram-se incluıdos no conjunto dos numeros algebricos
todos aqueles que admitem expressao por meio de radicais. Voce poderia citar mais algum numero
irracional transcendente?.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 84/359
+∞
n=1
(
−1)n
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 85/359
sn =
nk=1
(−1)k
a1 = 2
an+1 = 12 (a2
n + 1), ∀n ≥ 1
(an)
(an)
x = lim an+1 = lim an
an+1 = 1
2 (a2
n + 1) ⇒ lim an+1 = 1
2
(lim an)2 + 1
⇒x =
1
2 (x2 + 1) ⇒ x2 − 2x + 1 = 0 ⇒ x = 1
lim an = 1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 86/359
lim an = 1
ABCD a
d
a
d
u
E
AC
AE
a ECFG EC
u
ECFG
u
z 1 = a1 +
i b1 z 2 = a2 + i b2
z 1 ≤ z 2
a1 < a2 a1 = a2
b1 < b2
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 87/359
R
C
C
3√
3
10 √ 2
√ 3
√ 5
3√
2
3√
3
3√
5
10
β ∈ N β ≥ 2 α ∈ R
β
α = a0 ++∞n=1
an β −n
a0 ∈ N ∪ {0}
an
0
β − 1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 88/359
β
β
a0 = 0 an = β − 1 ∀n ∈ N
p
q
q
2 5
A
A
n ∈ N
P n
n
P n
Zn+1
Z[x]
p ∈ Z[x] R p
p
A =
p∈Z[x]
R p
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 89/359
A
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 90/359
MA 11 - Unidade 6
Desigualdades, Intervalos e Valor Absoluto
Semana de 25/04 a 01/05
Recomendacoes gerais
Nesta secao, trataremos das principais nocoes que dependem da relacao de ordem do corpo dos
numeros reais: desigualdades , intervalos e valor absoluto . Estas nocoes estao relacionadas com alguns
topicos sobre os quais os alunos do ensino fundamental e do ensino medio, em geral, tem grandes
dificuldades: resolucao de inequacoes, funcoes e equacoes modulares. Para que possamos ajuda-los
a sanar tais dificuldades, a reflexao sobre alguns aspectos teoricos relacionados com essas ideias e
essencial.
Na secao 1. Desigualdades, preste bastante atencao nas propriedades (P1) e (P2), que definem
o conjunto R+, dos numeros reais positivos (p. 2). O estabelecimento de um conjunto com essas
propriedades e uma das formas de dizer que R e um corpo ordenado , isto e, um corpo munido com
uma relacao de ordem compatıvel com as operacoes algebricas, como foi observado na Unidade 3 (veja
tambem o exercıcio 4 da Unidade 5). Certifique-se de compreender as demonstracoes das propriedades
basicas da relacao de ordem que se seguem (pp. 2-4) – como observado na p. 4. Sao elas que garantem
a validez das ferramentas empregadas para resolver inequacoes em R.
Outra observacao importante diz respeito ao sinal “menos” (−). E comum que os estudantes,especialmente no ensino fundamental, tendam a considerar que qualquer sımbolo precedido do sinal de
menos representa necessariamente um numero negativo. Assim, e importante frisar que este sinal pode
ter o significado de um operador que, a cada numero real x, associa seu simetrico, isto e, seu inverso
em relacao a operacao de adicao: o unico numero real −x tal que x + (−x) = 0.
Na comeco da secao 1. Intervalos, observe que uma caracterizacao comum aos nove tipos
diferentes de intervalos dados (p. 6) e a seguinte: x, y ∈ I , x < z < y ⇒ z ∈ I . Isto e, um
intervalo pode ser caracterizado como um subconjunto I ⊂ R tal que todo numero localizado entre
dois elementos de I e tambem um elemento de I . Assim, um intervalo e um subconjunto de R que
nao tem “buracos”, ou, em termos matematicos, um subconjunto conexo de R.
E de fundamental importancia a observacao quanto ao fato do sımbolo ∞ (empregado na notacao
de intervalos infinitos) nao representar um numero real (p. 6). Ao contrario, este sımbolo representa
o fato de nao existir nenhum numero real que seja cota superior ou inferior (conforme o caso) para o
intervalo em questao, isto e, o fato deste nao ser limitado superiormente ou inferiormente (conforme o
caso). Esta discussao pode ser empregada para ajudar os alunos a superarem a ideia conceitualmente
incorreta de infinito como “um numero muito grande” (ja comentada no Roteiro 2).
Como observado nas pp. 6-7, a ideia de intervalo tambem nos permite discutir a importante pro-
priedade de densidade dos numeros racionais e irracionais. E comum encontrarmos em livros didaticos
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 91/359
comentarios do tipo: entre dois n´ umeros reais quaisquer, existe um n´ umero racional e um n´ umero irra-
cional . E consequencia imediata desta propriedade o fato de que, entre dois numeros reais quaisquer,
existem infinitos numeros racionais e infinitos numeros irracionais. No entanto, esta conclusao nem
sempre e imediata para os alunos. Assim, vale a pena frisar de forma mais contundente a distribuicao
de numeros racionais e irracionais na reta real.
Leia com bastante atencao a Recomendacao na p. 7. Como ja observamos no Roteiro 3, em livros
didaticos do ensino fundamental e medio, os numeros reais sao quase sempre apresentados por meio deconstrucoes em que se pressupoe a existencia do proprio objeto que esta sendo construıdo. Estas cons-
trucoes sao nao so matematicamente inconsistentes, como tambem pedagogicamente inapropriadas.
O conceito de modulo, abordado na secao 3. Valor Absoluto, envolve comumente dificuldades
de compreensao por parte dos alunos, especialmente quando o problema exige separar em casos uma
expressao algebrica envolvendo modulos (veja os comentarios sobre exercıcios recomendados , a seguir).
Assim, e importante ter clara a equivalencia entre as duas definicoes de valor absoluto dadas na p. 8,
bem como sua interpretacao como distˆ ancia ate a origem, que se generaliza na interpretacao de |x−y|
como distancia entre coordenadas.
Finalmente, leia com atencao a secao 4. Sequencias e Progressoes, e certifique-se de entender
a definicao de sequencia como funcao com domınio em N.
Exercıcios recomendados
O exercıcio 2 aponta um erro comum na resolucao de inequacoes por alunos no ensino medio. Muitos
erros em equacoes e inequacoes, especialmente naquelas que envolvem modulos, estao associados ao
emprego indevido das definicoes e propriedades discutidas nesta Unidade. Tambem e bastante comum
desenvolver uma expressao modular do tipo |x−3| fazendo |x−3| = x−3 se x ≥ 0 ou |x−3| = −x−3
se x < 0. Ao resolver os exercıcios propostos, procure refletir sobre que estrategias voce adotaria para
ajudar seus alunos a entender e superar esses e outros erros comuns. No caso das equa coes e inequacoes
envolvendo modulo, a interpretacao geometrica pode contribuir muito, como propoe o exercıcio 4.
Procure pensar com cuidado nas interpretacoes geometricas tambem ao resolver os exercıcios 3 e 5. O
exercıcio 6 discute um aspecto importante das aproximacoes decimais, pouco explorado na escola.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 92/359
Para saber mais
Abaixo, indicamos uma referencia de estudos futuros para aqueles que se interessarem em se apro-
fundar nos temas tratados nesta aula. Esses aprofundamentos nao sao prioritarios e nao serao cobrados
nas avaliacoes unificadas.
[1] Lima, E.L. Curso de Analise , vol. 1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 93/359
x < y
x
x > 0
R
+
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 94/359
R+ =
{x
∈R; x > 0
}.
x
x
x = 0 −x
−x
x
−x
−x + x = 0
−x
x
x < 0
x < y
y − x
x < y
y > x
x, y ∈ R
x < y
x = y
y < x
x < y y < z x < z
x < y
z
∈ R
x + z < y + z
x < y
z
xz < yz
y − x
x < y
x = y
y < x
x < y
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 95/359
y < z
y − x
z − y
z − x
(y
−x) + (z
−y)
x < z
x < y
x < y
y −x
y −x = (y + z )− (x + z )
x + z < y + z
x < y
x < y
x + x < y + y
x < y
x < y
x
y
x + x < y + x
y + x < y + y
x + x < y + y
x < y
z
y − x > 0
z > 0
(y − x)z > 0
yz − xz > 0
xz < yz
x,y,x, y x < y x < y
xx < yy
x < y
x
x < y
y
xx < yx
yx < yy
xx < yy
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 96/359
x
x
y
y
x y x < y y > 0
x = 0
x2 > 0
x > 0
x2 > 0 −x > 0
(−x)(−x) > 0
(−x)(−x) = x2
x2 > 0
0 < x < y 0 < 1/y < 1/x
1
x = x · ( 1
x)2
x < y
1/xy
x/xy < y/xy 1/y < 1/x
x < y
z
xz > yz
y −x
−z
(y − x)(−z ) > 0 xz − yz > 0
xz > yz
x < c
x > c
x y
y < x
x y
x < y
x = y
3 3 5 7
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 97/359
x < y
x
y
x < y
y
x
x = a0, a1 . . . an . . . e y = b0, b1 . . . bn . . .
x < y
x < y
a0 < b0
a0 = b0
a1 < b1
a0 = b0 a1 = b1
a2 < b2
x < y
a0 < b0
k > 0
a0 = b0 a1 = b1
ak−1 = bk−1
ak < bk
x 0 < y
x < y
x
y
x < y
−y
−x
x < y
d = y − x
x < y
d
y = x + d
x < y
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 98/359
a
b
a b
R
[a, b] = {x ∈ R; a x b}, (−∞, b] = {x ∈ R; x b},
(a, b) = {x ∈ R; a < x < b}, (−∞, b) = {x ∈ R; x < b},
[a, b) =
{x
∈R; a x < b
}, [a, +
∞) =
{x
∈R; a x
},
(a, b] = {x ∈ R; a < x b}, (a, +∞) = {x ∈ R; a < x},
(−∞, +∞) = R
a, b
[a, b] (a, b) [a, b)
(a, b]
(−∞, b]
b
a = b
[a, b]
]a, b[ (a, b) [a, b[
+
∞
−∞
N, Z
Q
R
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 99/359
R
a < b
a
b
R
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 100/359
x
|x|
|x| =
x, x 0
−x, x < 0.
|x| = max{x, −x},
x
x
−x
x = 0 x = −x = |x| = 0
|x − 3| = x − 3 x 3 |x − 3| = 3 − x
x < 3
| |
|x| =
√ x2
√
a 0
√ a
a
x y
X
Y
R
|x − y|
X
Y
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 101/359
|x − y|
x y
|x − 2| = 3
x
x = 5
x
x = −1
|x − a| <
> 0
x
a
x
a − a + {x ∈ R; |x − a| < }
(a − , a + )
|x|
x
−x
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 102/359
N
N R
(x1, x2, . . . , xn, . . .)
(xn)n∈N (xn)
1 → x1, 2 → x2, . . . , n → xn, . . .
n
xn
n
x1, x2, . . . , xn, . . .
xn+1 = xn + r
r
(xn)
r
xn+1 − xn = r
n ∈ N
(xn)
x2 = x1 + r, x3 = x2 + r = x1 + 2r, x4 = x1 + 3r , . . .
xn+1 = x1 + nr
n ∈ N
(xn)
m < n ⇒ xm < xn.
m < n ⇒ xn < xm
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 103/359
x1, x1, x1, . . .
I n =
{1, 2, . . . , n
}
(x1, x2, . . . , xn)
n
(x1, x2)
n
(x1, . . . , xn) x2 − x1 = x3 − x2 = · · · = xn − xn−1 = r
x1, x2, . . . , xn, . . .
xn+1 = xn · r
r
x2 = x1 · r, x3 = x2 · r = x1 · r2, . . . ,
xn+1 = xn · r
(1 − r)(1 + r + · · · + rn−1) = 1 − rn
1, r , r2, . . . , rn
1 + r
+ r2
+ · · · + rn
=
1
−rn−1
1 − r r
= 1
x1, x2, . . . , xn r = 1
x1 + x2 + . . . + xn = x1(1 + r + · · · + rn−1) = x1
1 − rn−1
1 − r =
x1 − xnr
1 − r
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 104/359
A = [−1, 3), B = [1, 4], C = [2, 3), D =(1, 2]
E = (0, 2] ((A − B) − (C ∩ D)) − E
5x + 3
2x + 1 > 2 ⇒ 5x + 3 > 4x + 2 ⇒ x > −1
2x2 + x
x2 + 1 < 2 ⇒ 2x2 + x < 2x2 + 2 ⇒ x < 2
a, b, c, d > 0
a
b <
c
d
a
b <
a + c
b + d <
c
d.
a
b
c
d
|x − 1| = 4
|x + 1| < 2
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 105/359
|x − 1| < |x − 5|
|x
−2
|+
|x + 4
| = 8
|x − 2| + |x + 4| = 1
a
b
a + b
2
2<
a2 + b2
2 .
x
y
1, 4587 < x < 1, 4588 0, 1134 < y < 0, 1135
x y
xy
x/y
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 106/359
MA 11 - Unidade 7
Graficos e Funcao Afim
Semana de 25/04 a 01/05
Recomendacoes gerais
A partir desta unidade, passaremos a tratar das principais classes de fun coes reais abordadas na
escola: polinomiais, exponenciais, logarıtmicas, trigonometricas. Nesta unidade, trataremos das ideias
basicas necessarias para o estudo de graficos de funcoes reais (produto cartesiano, pares ordenados,
etc.) e introduziremos o estudo de funcoes polinomiais do primeiro grau.
Ao ler a secao 0. Produto Cartesiano, observe a diferenca conceitual entre par ordenado e con- junto com dois elementos (p. 2) – daı a razao do termo ordenado . Observe tambem os diferentes
exemplos de produtos cartesianos (pp. 2-4), diferentes do R2, que e o mais explorado na escola basica
e que sera estudado em maiores detalhes na secao seguinte. Como comentado na p. 5, qualquer
subconjunto do produto cartesiano X × Y pode ser visto como o grafico de uma relacao binaria R
entre os conjuntos X e Y . As condicoes (G1 e G2) para que um subconjunto de X × Y seja grafico
de funcao sao dadas na p. 4. Essas condicoes serao interpretadas para o caso particular do R2 na p.
11.
A secao 1. O Plano Numerico R2 trata especificamente deste produto cartesiano, que e o mais
importante para a educacao basica. A correspondencia biunıvoca f : Π → R2
(p. 7) estabelece oprincıpio fundamental da localizacao de pontos no plano por meio de pares ordenados de numeros reais,
chamados de coordenadas cartesianas (abscissa e ordenada): cada ponto P ∈ Π e representado por um
unico par ordenado (x, y) ∈ R2 e, reciprocamente, cada par ordenado (x, y) ∈ R
2 representa um unico
ponto P ∈ Π. Este princıpio fundamental e base da localizacao sem ambiguidades de pontos no plano
cartesiano e, portanto, a sua compreensao adequada e condicao indispensavel para a continuidade dos
estudos de diversos topicos de matematica: equacoes, funcoes, geometria analıtica, algebra vetorial
e, futuramente, calculo diferencial e integral. Para ajuda-los a entender bem esta ideia, voce podera
empregar uma comparacao com outros exemplos de sistemas de localizacao sem ambiguidades, tais
como o sistema de latitudes e longitudes no mapa do planeta ou os assentos em um cinema ou teatro,em geral identificados por numeros e letras. Este princıpio fundamental, por meio do qual identificamos
pontos do plano com suas coordenadas, permite ainda que identifiquemos conjuntos de pontos do plano
por meio de condic˜ oes algebricas entre duas coordenadas (de forma geral, igualdades, desigualdades,
ou sistemas de igualdades e desigualdades). Embora este fato possa parecer bastante basico, pode
ser fonte de dificuldades para os alunos. Nao e incomum que eles memorizem certos procedimentos
especıficos para esboco de tipos de graficos de funcoes e outras curvas (tais como retas, parabolas ou
cırculos), sem entender no entanto que a curva esbocada corresponde ao conjunto dos pontos do plano
cujas coordenadas satisfazem a condicao algebrica dada. Assim, este ponto merece enfase especial na
abordagem. Ainda na secao 1, certifique-se de entender bem a deducao da equacao do cırculo (pp.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 107/359
9-10). Esta decorre da formula para distancia entre dois pontos no plano, que, por sua vez, e uma
aplicacao direta do Teorema de Pitagoras.
Na secao 2. A Funcao Afim, comecamos a estudar esta classe de funcoes reais, que sao as
mais simples e estao entre as mais importantes em matematica. Em Calculo Diferencial, as funcoes
lineares sao empregadas para aproximar funcoes quaisquer e, por meio dessas aproximacoes, descobrir
propriedades qualitativas das funcoes que seriam difıceis de ser obtidas diretamente. Esta e uma tecnica
mais geral, presente em muitas areas mais avancadas da matematica: aproximacoes de objetos naolineares por objetos lineares fornecem informacoes qualitativas importantes dos objetos nao lineares.
Tenha certeza de entender bem a prova de que o grafico de toda funcao f : R → R na forma
f (x) = a x + b, com a, b ∈ R, e uma reta (pp. 14-15). Embora esta demonstracao nao seja difıcil, ela
e muitas vezes ignorada nos livros didaticos, e este fato e apresentado como dado. Note que este fato
nao e parte da definicao de funcao afim, e sim, um teorema, que, como tal, deve ser demonstrado.
Preste bastante atencao tambem no significado do coeficiente angular a e sua interpretacao geometrica.
Exercıcios recomendados
Os exercıcios propostos nesta Unidade apresentam diversas aplicacoes de funcoes afins, em situacoes
cotidianas, em outras areas e na propria matematica. Alem desses, sugerimos que voce resolva os
exercıcios a seguir.
1. Esboce os seguintes subconjuntos de R2.
(a) D = {(x, y) ∈ R2 | x y = 0}
(b) D = {(x, y) ∈ R2 | x y > 0}
(c) D =
(x, y) ∈ R2 | x ≥ −3 ou y < 3
2
(d) D = {(x, y) ∈ R2 | |x| < 1 e |y| < 3}
(e) D = {(x, y) ∈ R2 | |x| < 1 ou x2 + y2 < 4}
(f) D = {(x, y) ∈ R2
| x > 2 e x2
+ y2
≤ 1}
(g) D = {(x, y) ∈ R2 | 2x − y = 1 e |x| ≤ 1}
(h) D = {(x, y) ∈ R2 | x2 + y2 ≤ 1 e (x − 1)2 + y2 ≤ 1}
(i) D = {(x, y) ∈ R2 | x < y e x2 + y2 ≥ 1}
2. Note que as definicoes de funcao crescente, decrescente, nao-decrescente e nao-crescente enun-
ciadas na p. 14 sao gerais, isto e, se aplicam a quaisquer funcoes f : X ⊂ R → R (e nao
somente as funcoes afins). No caso de uma funcao nao ser monotona no domınio como um
todo, podemos ainda enunciar definicoes analogas para restricoes a subconjuntos do domınio.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 108/359
Por exemplo:
Seja A ⊂ X . Dizemos que f e crescente em A se x1, x2 ∈ A , x1 < x2 ⇒ f (x1) < f (x2)
De acordo com a definicao enunciada acima, determine se as afirmacoes abaixo sao verdadeiras
ou falsas. Justifique suas respostas.
(a) Se f e crescente em X , entao f e crescente em A ∀A ⊂ X .
(b) Se f e crescente em A ⊂ X e em B ⊂ X , entao f e crescente em A ∩ B.
(c) Se f e crescente em A ⊂ X e em B ⊂ X , entao f e crescente em A ∪ B.
Para saber mais
Abaixo, indicamos uma referencia de estudos futuros para aqueles que se interessarem em se apro-
fundar nos temas tratados nesta aula. Esses aprofundamentos nao sao prioritarios e nao serao cobrados
nas avaliacoes unificadas.
[1] Lima, E.L. Curso de Analise , vol. 1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 109/359
f : X → R
X ⊂ R
f (x) x ∈ X
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 110/359
p = (x, y)
x
p
y
p
p = (x, y)
q = (u, v)
x = u
y = v
(x, x)
p = (x, y)
{x, y}
{x, y} = {y, x} (x, y) = (y, x)
x = y
X × Y
X
Y
X × Y (x, y)
x
X
y
Y
X × Y = {(x, y); x ∈ X, y ∈ Y }.
X = {x1, . . . , xm}
Y = {y1, . . . , y p}
m
p
X × Y
mp
n(X × Y ) =
n(X ) · n(Y )
X × Y
(x1, y1)(x1, y2) . . . (x1, y p)
(x2, y1)(x2, y2) . . . (x2, y p)
(xm, y1)(xm, y2) . . . (xm, y p)
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 111/359
p
m
AB CD
AB × CD
AB
CD
(x, y) ∈ AB × CD
P
AB
CD
x
y
γ
×AB
γ
AB
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 112/359
AB
γ
(x, y) γ × AB
P
γ
x
AB
y
f : X → Y
G(f )
X ×Y
(x, y)
x
X
y = f (x)
G(f ) = {(x, y) ∈ X × Y ; y = f (x)} = {(x, f (x)); x ∈ X }.
G ⊂ X × Y
f : X → Y
G
x ∈ X
(x, y) ∈ G
x
p = (x, y)
p = (x, y) G
x
y = y
p = p
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 113/359
x
∈ X
y
∈ Y
(x, y) ∈ G
X × Y
R
X
Y
x ∈ X y ∈ Y x y R
xRy
x < y
x ∈ R
y ∈ R
y − x > 0 R R
D P
r
Π D
P
r||Π
r Π
f : X → Y
x ∈ X
y ∈ Y
y = f (x)
xf y
y = f (x)
R X Y
G(R)
X × Y (x, y)
xRy
G(R) = {(x, y) ∈ X × Y ; xRy}
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 114/359
f : X → Y
X
× Y
f : X → Y
X ×Y
X × Y
X
Y
R2
R2 = R× R
(x, y) R
2
P
Π
x
y
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 115/359
OX
OY
O
P ∈ Π
P
x
P
OX
P
y
P
OY (x, y)
P
OX Y
OX
OY
x 0
y 0 x 0
y 0
x 0 y 0 x 0 y 0
f : Π → R
2
P Π
f (P ) = (x, y)
OX Y
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 116/359
R2
Π
Π R2
R2
P = (x, y)
P = (x, y)
Q = (u, v)
P
Q
S = (u, y)
P
S
P S
OX
QS
OY
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 117/359
P Q
P QS
|x
−u
|
|y
−v
|
d(P, Q)2 = (x − u)2 + (y − v)2,
d(P, Q) =
(x − u)2 + (y − v)2.
P = (x, y)
O = (0, 0)
x2 + y2.
C
A = (a, b)
r > 0
P = (x, y)
C
d(A, P ) = r
C = {(x, y); (x − a)2 + (y − b)2 = r2}.
(x − a)2 + (y − b)2 = r2
A = (a, b) r
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 118/359
D
A
r
P = (x, y) A
r
D = {(x, y); (x − a)2 + (y − b)2 r2}.
f : X → R
R2
(x, f (x)) x
X
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 119/359
G
f : [−1, 1] → R
f (x) = √ 1 − x2
,
C + = (0, 0)
y 0
(x, y) ∈ G ⇔ −1 x 1 e y =√
1 − x2
⇔ −1 x 1, y 0 e y2 = 1
−x2
⇔ y 0 e x2 + y2 = 1
⇔ (x, y) ∈ C +.
X ⊂ R
G ⊂ R2
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 120/359
f : X → R
X
G
c = 0
G
(x, y)
R
2
xy = c
G = {(x, y) ∈ R2; xy = c}.
G
G
c > 0
c < 0 x = 0
x
G
(x, c/x) G
f : R − {0} → R
f (x) = c/x
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 121/359
f : R → R
a, b ∈ R f (x) = ax + b
x ∈ R
f : R → R
f (x) = x
x ∈ R
f : R → R
f (x) = x + b
f (x) = ax
f (x) = b
f : R → R
a
b
b
x = 0
b = f (0) f
a
f (x1)
f (x2)
f
x1
x2
f (x1) = ax1 + b
f (x2) = ax2 + b,
f (x2) − f (x1) = a(x2 − x1),
a = f (x2) − f (x1)
x2 − x1
.
x
x + h ∈ R
h = 0
a = [f (x + h) − f (x)]/h
f
x
x + h
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 122/359
f : X → R
X ⊂ R
x1 < x2
⇒ f (x1) < f (x2);
x1 < x2 ⇒ f (x1) > f (x2);
x1 < x2 ⇒ f (x1) f (x2);
x1 < x2 ⇒ f (x1) f (x2).
f
f
f
f
f
a
a
a = 0
f : x → ax + b
x
b
a
G
f : x → ax + b
P 1 = (x1, ax1 + b),
P 2 = (x2, ax2 + b)
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 123/359
P 3 = (x3, ax3 + b)
d(P 1, P 2)
d(P 2, P 3) d(P 1, P 3)
x1
x2 x3
x1 < x2 < x3
d(P 1, P 2) =
(x2
−x1)2 + a2(x2
−x1)2
= (x2 − x1)√
1 + a2,
d(P 2, P 3) = (x3 − x2)√
1 + a2
d(P 1, P 3) = (x3 − x1)√
1 + a2
d(P 1, P 3) = d(P 1, P 2) + d(P 2, P 3).
b
f : x → ax + b
OY
a
a
OX a
a > 0
f
a < 0
f : X → Y
f (x)
x ∈ X
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 124/359
f : R → R
f (x1) f (x2) f : R → R
x1 = x2
f
f : R → R
f (x1) = y1
f (x2) = y2 x1 = x2
a b
f (x) = ax + b
x ∈ R
ax1 + b = y1
ax2 + b = y2,
a
b
a = y2 − y1
x2 − x1
, b = x2y1 − x1y2
x2 − x1
.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 125/359
x1 = x2
x2
−x1
(x1, y1), (x2, y2) ∈ R x1 = x2
f : R → R
f (x1) = y1
f (x2) = y2
OY
r
P 1 =
(x1, y1) P 2 = (x2, y2)
r
r
x1 = x2
f : R → R
f (x1) = y1 f (x2) = y2
f
P 1
P 2 r
f (x) = ax + b
y = ax + b
r
r
f
f (x) = ax + b
a = y2 − y1x2 − x1
,
(x1, y1)
(x2, y2)
r
f
r
OX
r
(x1, y1) (x2, y2)
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 126/359
y = y1 + y2 − y1
x2 − x1
(x
−x1)
y = y2 + y2 − y1x2 − x1
(x − x2).
(x1, y1)
x
y
y1
x
−x1
x
y2 − y1x2 − x1
.
(x2, y2)
(x0, y0) a
y = y0 + a(x−
x0).
f
f (x) = ax + b
a
f
f
x
f (x)
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 127/359
a
= 0
f (x) = ax + b
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 128/359
N
◦N ◦C
N
n
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 129/359
D
N
C
H
X
Y
X
Y
a1, a2, . . . , an
f (1), f (2), . . .
. . . , f (n)
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 130/359
ai
f
OX
x = i − 1
2 x = i + 1
2
S = a1+a2+· · ·+an
f
OX
x = 1
2
x = n + 1
2
S = a1+an
2 n
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 131/359
MA 11 - Unidade 8
Funcao Linear
Semana de 02/05 a 08/05
Recomendacoes gerais
Em continuidade a Unidade anterior, agora passaremos a aprofundar nosso estudo sobre func˜ oes
lineares e func˜ oes afins . Na secao 1. A Funcao Linear (pp. 1-8), funcoes lineares sao apresentadas
como modelos matematicos para proporcionalidade (p. 1). Por incrıvel que possa parecer, esta ligacao
basica entre dois conceitos matematicos tao importantes e, na maior parte das vezes, negligenciada nos
livros didaticos. O estudo de proporcionalidade e as funcoes lineares sao, em geral, tratados em capıtulos
separados, ate mesmo em anos distintos, sem que nenhuma relacao seja explicitamente apontada.
Como ocorre em muitas outras situacoes, a abordagem da nocao de proporcionalidade representa
uma importante oportunidade para estabelecer relacoes entre diferentes campos da matematica, como
aritmetica, geometria e funcoes. A compreensao inadequada da nocao de proporcionalidade pode levar
a sua generalizacao indevida pelos alunos, considerando uma proporcionalidade qualquer situacao em
que o crescimento da primeira implica no crescimento da segunda. Por exemplo, nao e incomum a
afirmacao de que “a area de um quadrado e proporcional ao seu lado”. E verdade que, quanto maior
for o lado de um quadrado, maior sera a sua area; porem, isto nao significa que estas grandezas sejam
proporcionais. De fato, se x ∈ R
+
representa o lado de um quadrado, a area nao pode ser expressapor uma funcao f : R+ → R+ na forma f (x) = a x, com a ∈ R.
Procure refletir sobre esta questao ao estudar a primeira secao da Unidade. Na p. 2, observe como a
definicao de proporcao enunciada estabelece uma relacao de dependencia funcional entre as grandezas.
Certifique-se de entender bem as provas de que toda funcao com a propriedade de proporcionalidade
direta e da forma f (x) = a x, e de que toda funcao com a propriedade de proporcionalidade inversa e da
forma f (x) = a
x (em que a = f (1), em ambos os casos). Na demonstracao do Teorema Fundamental
da Proporcionalidade (pp. 4-5), atente para a importancia da hipotese de monotonicidade para a
generalizacao do argumento no caso em que x e um numero irracional.
Na secao 2. Caracterizacao da Funcao Afim (pp. 8-13), tambem sao discutidos alguns aspectosimportantes e pouco explorados na escola. Em geral, funcoes afins sao abordadas simplesmente com
base na sua expressao algebrica y = ax + b, mas pouca enfase e dada a caracterizacao fundamental de
funcoes afins como aquelas em que acrescimos iguais na variavel independente implicam em acrescimos
iguais na variavel dependente (pp. 8-11). Esta caracterizacao permite que os alunos compreendam
mais claramente o comportamento qualitativo desta classe de funcoes. Alem disso, e muito importante
a relacao entre funcoes afins e progressoes aritmeticas, discutida nas pp. 11-13. Este e mais um
exemplo de conceitos que apresentam relacoes fundamentais entre si, mas que sao apresentados de
forma estanque nos livros didaticos.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 132/359
Na secao 3. Funcoes Poligonais, e apresentada uma classe de exemplos de funcoes que, embora
acessıveis, sao pouco exploradas no Ensino Medio.
Exercıcios recomendados
Dentre os exercıcios propostos para esta Unidade, recomendamos que voce resolva prioritariamente
os seguintes. No ensino de funcoes, os problemas sao, em geral, resolvidos por meio de processos
puramente algebricos, e representacoes graficas tem pouca enfase. Por isso, recomendamos que voce
resolva o exercıcio 9 com base no grafico dado, sem obter a formula algebrica da funcao f . Repre-
sentacoes graficas tambem podem ajudar a resolver os exercıcios 10, 12, 13 e 14. Ao resolver o exercıcio
11, procure refletir sobre erros comuns cometidos pelos alunos ao resolver este tipo de inequa cao. O
exercıcio 22 explora a relacao fundamental entre funcoes afins e progressoes aritmeticas. O exercıcio
25 pode ajudar a compreender melhor esta relacao. Alem dos indicados acima, os exercıcios 1 a 8 e 15
a 19 apresentam aplicacoes a situacoes concretas. Destes, recomendamos que resolva prioritariamente
os exercıcios 7, 8, 15, 16, 17 e 18.
Para saber mais
Abaixo, indicamos algumas referencias de estudos futuros para aqueles que se interessarem em se
aprofundar nos temas tratados nesta aula. Esses aprofundamentos nao sao prioritarios e nao serao
cobrados nas avaliacoes unificadas.
[1] Lima, E.L. Curso de Analise , vol. 1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 133/359
f (x) = ax
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 134/359
f : R → R
c
x
f (cx) = c·f (x)
f (cx) = f (x)/c
c = 0
x
y
f : R → R
y = f (x)
f (cx) = c · f (x) c x
a = f (1)
f (c) = f (c · 1) = c · f (1) = ca
f (c) = ac
c ∈ R
f (x) = ax
x ∈ R
f
y
x a
y = ax
x
f : R∗ → R∗ R∗ = R − {0})
f (cx) = f (x)/c
c, x ∈ R∗
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 135/359
x ∈ R∗
f (x) = a/x
a
f (1)
y = ax
a
x
y = ax
a
ABC
X
AB
Y
AC
XY
BC
y
AY
x
AX
a = y/x
a = sen B/ sen C
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 136/359
y = f (x)
y = f (x) y/x = y/x
x → y x → y
y/x = y/x
x → y
f (cx) = cf (x)
c
x
c
c
c
f (nx) = nf (x)
x ∈ R
n
f
f : R → R
f (nx) = nf (x)
n ∈ Z
x ∈ R
a = f (1)
f (x) = ax
x ∈ R
f (x + y) = f (x) + f (y)
x, y ∈R
(1) ⇒ (2) (2) ⇒ (3)
(3) ⇒ (1) (1) ⇒ (2)
r = m/n
f (rx) = rf (x)
x ∈ R
n · f (rx) = f (nrx) = f (mx) = m · f (x),
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 137/359
f (rx) = m
n
f (x) = r · f (x).
a = f (1)
f (0) = f (0 · 0) = 0 · f (0) = 0
f
a = f (1) > f (0) = 0
a
f (r) = f (r · 1) = r · f (1) = r · a = ar
r ∈ Q
f (x) = ax
x ∈ R
x
f (x) = ax
f (x) < ax f (x) > ax
f (x)
a < x.
r
f (x)
a
< r < x.
f (x) < ar < ax
f (x) < f (r) < ax
f
r < x
f (r) < f (x)
(1) ⇒ (2)
(2) ⇒ (3) (3) ⇒ (1)
f : R+ → R+
R+ = {x ∈ R; x > 0}
(1+) f (nx) = n · f (x) n ∈ N
x ∈ R+.
(2+) a = f (1)
f (x) = ax
x ∈ R+
(3+
) f (x + y) = f (x) + f (y)
x, y ∈ R
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 138/359
(1+) (2+) (3+)
F : R → R
F (0) = 0 F (x) = f (x)
F (−x) = −f (x) x > 0
(1+) (2+) (3+) f
F
f
a = f (1) > 0 f
a < 0
f : R → R
f
f
f (nx) = nf (x)
x ∈ R n ∈ Z
f : R+
→ R
+
n ∈ N
x
f (x)
f
x
f (nx) = nf (x)
n ∈ N
x
x = nx
n
x
f (x)
x
a
x
f (x) = ax
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 139/359
a
x
x
f (x)
a
x
f
x
a
nx
n
a
x
f (nx) = nf (x)
f (x) = A · x
A = f (1)
a
A = a
A = a · U
U = 1
A = a
a
x
ax
f
f
f (r) = ar
r
f (x) = ax
x
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 140/359
f
x
rn f
f (x) = lim f (rn) = lim arn = ax
f
f (x) = ax + b
x
f (x)
b
a
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 141/359
. . . 36, 37, 38, . . .
h
h
x
f (x)
f (x) = ax + b
a
b
y1 = f (x1)
y2 = f (x2)
x1 x2
x1 = x2
y1 = f (x1)
y2 = f (x2)
x1 = 20, x2 = 28
f (x1) = 32, f (x2) = 42
a = (y1 − y2)/(x1 − x2) b = y1 − ax1
f (x) = 5x + 28
4 ,
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 142/359
f : R → R
f (x + h) − f (x) = ϕ(h)
h
x
f
f
ϕ : R → R
ϕ(0) = 0 h k ∈ R
ϕ(h + k) = f (x + h + k) − f (x)
= f ((x + k) + h) − f (x + k) + f (x + k) − f (x)
= ϕ(h) + ϕ(k).
a =ϕ(1)
ϕ(h) = a · h
h ∈ R
f (x + h) − f (x) = ah
f (0) b
f (h) = ah + b
f (x) = ax + b
x ∈ R
f (x) = ax +b
f (x + h) − f (x) = ah
x
f (x + h) − f (x) x
x
f (x)
f (x)
x
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 143/359
t
f (t)
f
f (t + h) − f (t)
h
f (t)
h
t
f
f (t) = at + b
a = f (t + 1) − f (t)
b = f (0)
f (t)
t
f
f : R → R
f (x+y) = f (x)+f (y)
x, y ∈ R
f
f (x) = ax
x1, x2, . . . , xi, . . .
h = xi+1 − xi
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 144/359
i
h = x2 − x1 = x3 − x2 = · · · = xi+1 − xi = · · · .
f : R → R
f (x) = ax + b
x1, x2, . . . , xi, . . .
yi =
f (xi), i = 1, 2, . . .
yi+1 − yi = (axi+1 + b) − (axi + b) = a(xi+1 − xi) = ah.
R
(1, y1), (2, y2), . . . , (i, yi), . . .
1, 2, . . . , i , . . .
y1, y2, . . . , yi, . . .
f : R → R
x1, x2, . . . , xi, . . .
y1 = f (x1), y2 = f (x2), . . . , yi = f (xi), . . .
f
g : R → R
g(x) = f (x) − f (0)
g(0) = 0
g
x ∈ R
−x, 0, x
g(−x), 0, g(x)
g(−x) = −g(x)
x ∈ R
n ∈ N
0, x, 2x , . . . , n x
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 145/359
g : 0, g(x), g(2x), . . . , g(nx)
g(x) g(nx) =
n · g(x) n
−n ∈ N
g(nx) = −g(−nx) = −(−n · g(x)) = n · g(x) g(nx) =
ng(x) n ∈ Z
x ∈ R
g
g(x) = ax
f (0) = b
f (x) = g(x) + f (0) = ax + b
x ∈ R
f : R → R
t0 < t1 < · · · < tn x t0
x tn
[ti−1, ti] f
f i
f i(ti) = f i−1(ti−1)
f : R → R
f : R → R
f (x) = |x|
f (x) = |x − c| c ∈ R
f (x) = |αx + β |
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 146/359
g(x) = |x − α| + |x − β |.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 147/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 148/359
A
B
B
A
A
B
A B
A
B
A
B
A
B
B
B
A
B
A
f
g
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 149/359
g(x) = f (x) − 1
g(x) = f (x − 1)
g(x) = f (−x)
g(x) = 2f (x)
g(x) = f (2x)
g(x) = |f (x)|
g(x) = f (|x|)
g(x) = max{f (x), 0}
x
2x + 3 − (x − 1) < x + 1
2x + 3 − (x − 1) < x + 5
min{x + 1; 5 − x} > 2x − 3
min{x + 1; 5 − x} < 2x
min{2x − 1; 6 − x} = x
2|x + 1| − |1 − x| x + 2
(2x + 3)(1 − x) = (2x + 3)(x − 2)
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 150/359
|x + 1 − |x − 1|| 2x − 1
1
2x + 1 <
1
1 − x.
f : R → R
f (x) =
max{x − 1, 10 − 2x}
f (x) = min{4 − x; x + 1}
f (x) = |x + 1| − |x − 1|
(x, y)
|x| + |y| = 1
|x − y| = 1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 151/359
y
x
y = ax − p
a
p
x
a
p
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 152/359
y = b(x − q ) q
b
q
x
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 153/359
n
n
|x − 2| = ax + b
a
b
f : [a, b] → R
f
[a, c] [d, b]
D
f (x) = α
2[(d − c) + |x − c| + |x − d|],
x ∈ [a, b]
α = D
d − c
[a, b]
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 154/359
[a, b]
f (x) = A + α1|x − a1| + α2|x − a2| + · · · + αn|x − an|,
x ∈ [a, b] a1, a2, . . . , an
a1, a2, . . . , an, . . .
b1, b2, . . . , bn, . . .
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 155/359
f : R → R
f (a1) = b1, f (a2) = b2, . . . , f (an) = bn, . . .
A
B
B
A
B
B
A
f : R → R
f (x) = 2x x
f (x) = 3x x
f (nx) = nf (x)
n ∈ Z
x ∈ R
f
f : R → R
f (x) = 3x+ (2πx)
x ∈ R
x, x + 1, x + 2, . . . f
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 156/359
Roteiro em construção
Este roteiro será substituído pelo roteiro real antes da entrada da semana no ar.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 157/359
f : R → R
a
b
c
a = 0
f (x) = ax2 + bx + c
x ∈ R
a
b
c
f
ax2 + bx + c = ax2 + bx + c
x ∈ R
a = a
b = b
c = c
ax2 + bx + c = ax2 + bx + c
x ∈ R
x = 0
c = c
c c
ax2 + bx = ax2 + bx
x ∈ R
x = 0
x
ax + b =
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 158/359
ax + b
x = 0 x = 1
x = −1
a + b = a + b
−a + b =
−a + b
a = b
a = b
aX 2 + bX + c
a,b,c ∈ R
a = 0
X 2
XX
aX 2 + bX + c
aX 2 + bX + c
a = a
b = b
c = c
(a,b,c)
x → ax2 + bx + c
→
X 3 − 3X + 2
X 2
−2X + 1
X 4 + X 3 − X 2 + X − 2
X 3
−X 2 + X
−1
f : R − {1} → R
x = 1
x3 − 3x + 2
x2 − 2x + 1 =
x4 + x3 − x2 + x − 2
x3 − x2 + x − 1 = x + 2.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 159/359
f (x) = ax2 + bx + c
f (x)
x
a = a
b = b
c = c
ax2 + bx + c = ax2 + bx + c
x ∈ R
x
f (x) = ax2 + bx + c g(x) = ax2 + bx + c
f (x1) = g(x1)
f (x2) = g(x2) f (x3) =
g(x3) x1
x2 x3
α =
a − a
β = b − b
γ = c − c
α = β = γ = 0
f (x1)−g(x1) = 0 f (x2)−g(x2) = 0 f (x3)−g(x3) = 0
(S )
αx21 + βx1 + γ = 0
αx22 + βx2 + γ = 0
αx23 + βx3 + γ = 0
α(x2
2 − x2
1) + β (x2 − x1) = 0
α(x2
3 − x2
1) + β (x3 − x1) = 0
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 160/359
x2−x1 = 0
x3−x1 = 0
x2
−x1
x3
−x1
α(x1 + x2) + β = 0
α(x1 + x3) + β = 0
α(x3 − x2) = 0
x3 − x2 = 0
α = 0
β = 0
γ = 0
x1, x2, x3
x
α ,β ,γ
α = β = γ = 0
y1, y2, y3 a
b
c
ax2
1 + bx1 + c = y1
ax2
2 + bx2 + c = y2
ax2
3 + bx3 + c = y3.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 161/359
a
b
c
x
y
z
x1 x2 x3 x21 x2
2 x23
a
a = 1
x3 − x2
y3 − y1x3 − x1
− y2 − y1x2 − x1
.
x1
x2 x3
y1 y2
y3
a b c
f (x) = ax2 + bx + c
f (x1) = y1
f (x2) = y2 f (x3) = y3
f (x) = ax2 + bx + c
a = 0
a
a
y3 − y1
x3 − x1
= y2 − y1
x2 − x1
.
A = (x1, y1)
B = (x2, y2) C =
(x3, y3) R2
AC
AB
A B C
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 162/359
x1
x2 x3
y1 y2
y3
A = (x1, y1)
B = (x2, y2) C = (x3, y3)
R
2
f (x) = ax2 + bx + c f (x1) = y1 f (x2) = y2 f (x3) = y3
A = (x1, y1)
B = (x2, y2) C = (x3, y3)
R2
x1 y1 1
x2 y2 1
x3 y3 1
3 × 3
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 163/359
(x2
−x3)(y3
−y1)
−(x3
−x1)(y2
−y1) = 0
(∗) y3 − y1
x3 − x1
= y2 − y1x2 − x1
.
AB
AC
x1 = x2
x1 = x3
x1 = x2 x1 = x3
A B C
A
B
C
A
B
C
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 164/359
s
p
s
p
x2 − sx + p = 0.
x
s − x
p = x(s − x) = sx − x2,
x2 − sx + p = 0.
α
α2−sα + p = 0
β = s − α
β 2 − sβ + p = (s − α)2 − s(s − α) + p =
= s2 − 2sα + α2 − s2 + sα + p =
= α2 − sα + p = 0.
x2−sx+ p = 0
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 165/359
x = s
2 +
s
2
2 − p s − x =
s
2 − s
2
2 − p
x2
−sx + p = 0.
α
β
α β
α
β
s2
= α+β
2
d = β − (s/2) = (s/2) − α
α = (s/2) − d
β = (s/2) + d
d
p = αβ =s
2 − d
s
2 + d
=s
2
2− d2,
d2 =s
2
2− p
d =
s
2
2− p.
α = s2 − d = s
2 −
s2
2 − p
β = s
2 + d =
s
2 +
s
2
2− p.
s
p
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 166/359
(s/2)2 < p
p
ax2 + bx + c = a
x2 + b
ax +
c
a
.
(x+ b
2a)2
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 167/359
ax2
+ bx + c = a
x2
+ 2 · b
2a · x +
b2
4a2 − b2
4a2 +
c
a
ax2 + bx + c = a
x + b
2a
2+
4ac − b2
4a2
.
ax2 +
bx + c = 0 a = 0
ax2 + bx + c = 0 ⇔ (x + b
2a)2 +
4ac − b2
4a2 = 0
⇔ (x + b
2a)2 =
b2 − 4ac
4a2
⇔ x + b
2a = ±√
b2
−4ac
2a
⇔ x = −b ± √
b2 − 4ac
2a .
∆ = b2 − 4ac
0 ∆ < 0
x + (b/2a)
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 168/359
∆ =
b2
−4ac
ax2 + bx + c = 0
α = (−b −√
∆)/2a
β = (−b +
√ ∆)/2a,
α < β
s = −b/a
p = (b2 − ∆)/4a2 = 4ac/4a2 = c/a.
−b/2a
α
β
−b/2a
∆ = 0
−b/2a
a > 0
f (x) = ax2 + bx + c = a
x + b
2a
2+
4ac − b2
4a2
x
0
x +
b
2a
2
x = −b/2a
f (x)
a > 0
f (x) = ax2
+ bx + c
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 169/359
f (
−b/2a) = c
−(b2/4a).
a < 0
f (−b/2a) f (x)
x ∈ R
a > 0, f (x) = ax2+bx+c
a < 0, f (x)
f (x) = ax2+bx+c x = x
f (x) = f (x)
f (x) = f (x)
x +
b
2a
2=
x + b
2a
2.
x = x
x + b
2a = −
x +
b
2a
,
x + x
2 = − b
2a.
f (x) = ax2+bx+c
f (x) = f (x)
x
= x
x
x
−b/2a
s
x, y
x+y = s
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 170/359
xy
x + y = s
y = s
−x
x
x(s − x) = −x2 + sx
x = s/2 y = s − x = s/2
F
d
F
d
F
d
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 171/359
f (x) = x2
F = (0, 1/4)
y = −1/4
(x, x2)
f (x) = x2
F = (0, 1/4)
x2 + (x2 − 1/4)2.
(x, x2) y =
−1/4
x2 + 1/4
x2 + (x2 − 1/4)2 = (x2 + 1/4)2,
x ∈ R
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 172/359
a = 0
f (x) = ax2
F = (0, 1/4a)
y = −1/4a
x ∈ R
x2 +
ax2 − 1
4a
2=
ax2 + 1
4a
2,
P = (x,ax2) f (x) = ax2 F = (0, 1/4a)
P
y = −1/4a
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 173/359
a > 0
a < 0 y = ax2
a = 0
m ∈ R
f (x) = a(x − m)2
F = (m, 1/4a) y = −1/4a
x
∈R
(x − m)2 +
a(x − m)2 − 1
4a
2=
a(x − m)2 + 1
4a
2
f (x) = a(x − m)2
g(x) = ax2
(x, y) →(x + m, y)
x = 0 x = m
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 174/359
a,m,k ∈ R
a = 0
f (x) = a(x
− m)2 + k
F = (m, k + 14a
y = k − 14a
f (x) = a(x −
m)2+k
g(x) = a(x−m)2
(x, y) → (x, y + k) OX
y = k
y = −1/4a
y = k − 1
4a
f (x) = ax2 + bx + c
y = 4ac − b2 − 1
4a
F = − b
2a, 4ac
−b2 + 1
4a.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 175/359
a > 0
a < 0
ax2 + bx + c
ax2 + bx + c = a(x − m)2 + k,
m = −b/2a k = (4ac − b2)/4a.
f (x) = ax2 + bx + c
x =
−b/2a
f (x) a > 0
a < 0 x = −b/2a
(x, f (x))
f (x)
f (x) = ax2 + bx + c
f (x) = f (x) x x
−b/2a
x + x = −b/a
x = −b/2a
f
f (x) = ax2
+ bx + c
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 176/359
α
β
OX
ax2 + bx + c = 0.
[α, β ]
OX
OX
α < x < β
f (x) a
x < α
x > β
f (x)
a
(x, y) → (x + m, y)
f : R → R
g : R → R
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 177/359
g(x) = f (x − m) x ∈ R
(x, f (x)) f
(x + m, f (x))
x = x + m
x = x − m
(x, f (x)) f
(x, f (x−m)) =
(x, g(x)) g
(x, y) → (x, y + k)
f : R → R
h : R → R h(x) =
f (x) + k
x ∈ R
(x, f (x))
f
(x, f (x) + k) = (x, g(x))
g
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 178/359
f (x) = ax
2
+ bx + c.
m = −b/2a
(x, y) → (x − m, y)
OY
g(x) = f (x − m) = f
x − b2a
= a
x − b
2a
2+ b
x − b
2a
+ c
= ax2 + k,
k = 4ac − b2
4a .
(x, y) → (x, y − k)
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 179/359
O = (0, 0)
h(x) = g(x) − k = ax2 + k − k.
h(x) = ax2
f (x) = ax2 + bx + c
h(x) = ax2
ϕ(x) = −ax2 + bx + c
Ψ(x) = −ax2
(x, y) → (x, −y)
Ψ(x) = −ax2
h(x) = ax2
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 180/359
a =
±a
f (x) = ax2 + bx + c
ϕ(x) =
ax2 + bx + c
a = a
a = −a
OX
f (x) = ax2 + bx + c ϕ(x) = ax2 + bx + c
b, b
c, c
c
b
f
ϕ
a
= ±a
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 181/359
f (x) = ax2 + bx+ c
ϕ(x) = ax2 + bx+ c
a = ±a
f (x) = ax2
ϕ(x) = ax2
a > 0 a > 0
a < a
ax2 < ax2
a > a
ax2 > ax2) x ∈ R
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 182/359
a
b
c
f (x) = ax2 + bx + c
f (x) = a(x − m)2 + k
f (x) = x2 − 8x + 23
f (x) = 8x − 2x2
y = ax2
a
f (x) = 2x2
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 183/359
f (x) = x2 − 4x + 3
[1, 4]
[6, 10]
f (x) = ax2 + bx + c
a > 0
f x1 + x2
2
<
f (x1) + f (x2)
2 .
0 < α < 1
f (αx1 + (1−
α)x2) < αf (x1) + (1−
α)f (x2).
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 184/359
a
b
c
y = ax2+bx+c
T (n) n
T (n) = an2 + bn.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 185/359
MA 11 - Unidade 10
Funcao Quadratica
Semana de 09/05 a 15/05
Recomendacoes gerais
Em continuidade a Unidade anterior, sao propostos agora alguns aprofundamentos e aplicacoes do
estudo das propriedades das parabolas e das funcoes quadraticas.
Na secao 1. Uma Propriedade Notavel da Parabola (pp. 1-8), estabelecemos uma importante
propriedade geometrica dessas curvas (p. 7): A tangente a parabola num ponto P faz angulos iguais
com a paralela ao eixo e com a reta que une o foco F a esse ponto . Como observado no inıcioda secao (pp. 1-2), esta propriedade e amplamente aplicada a construcao de diversos equipamentos
tecnologicos. Certifique-se de entender claramente todos os conceitos e teoremas necessarios para a
demonstracao dessa propriedade: as definicoes de angulo entre uma curva e uma reta e de reta tangente
a uma parabola em um ponto P (p. 3); a caracterizacao das retas tangentes ao grafico de uma funcao
quadratica (p. 4); e a caracterizacao de retas perpendiculares por meio de seus coeficientes angulares
(p. 6).
Na secao 2. O Movimento Uniformemente Variado (pp. 8-11), estudamos a aplicacao das
funcoes quadraticas para descrever este tipo particular de movimento, em que a acelera cao e constante.
Como a aceleracao e a taxa de variacao da velocidade, isto significa que, neste tipo de movimento,a velocidade pode nao ser constante, mas cresce ou decresce com uma taxa constante. Observe que
esta e uma caracterıstica muito particular, que permite que este tipo de movimento seja modelado
por funcoes quadraticas e, portanto, completamente descrito por meio de metodos algebricos simples.
Assim, nossos conhecimentos sobre funcoes quadraticas nos permitem obter todas as informacoes sobre
o movimento no caso uniformemente variado. Para estudar a cinematica no caso de movimentos mais
gerais, sao necessarios metodos do Calculo Infinitesimal.
Na secao 2. Caracterizacao das Funcoes Quadraticas (pp. 12-18), estudamos uma propriedade
interessante e pouco conhecida das funcoes quadraticas: toda funcao quadratica f : R→ R transforma
progressoes aritmeticas ordinarias em progressoes aritmeticas de segunda ordem e, reciprocamente, uma
funcao contınua f : R → R que transforma toda progressao aritmetica ordinaria em uma progressao
aritmetica de segunda ordem deve ser, necessariamente, uma funcao quadratica. Portanto, esta e uma
propriedade satisfeita por todas as funcoes quadraticas, e por nenhuma outra funcao real contınua se
nao as quadraticas; por isso, podemos dizer que essa propriedade caracteriza as funcoes quadraticas.
A primeira implicacao desta caracterizacao e de verificacao mais imediata; porem, a prova de sua
recıproca e um pouco delicada. Assim, leia com atencao a demonstracao das pp. 17-18. Em particular,
observe que a hipotese de continuidade e fundamental nesta demonstracao (p. 18).
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 186/359
Exercıcios recomendados
Os exercıcios propostos nesta secao exploram outras aplicacoes e interpretacoes de funcoes quadraticas.
Alem destes, propomos os seguintes exercıcios extras.
1. Nesta secao, reta tangente a uma parabola em um ponto P e definida como uma reta satisfazendo
duas condicoes: (i) tem em comum com a parabola esse unico ponto P ; (ii) e tal que todos os
demais pontos da parabola estao do mesmo lado dessa reta.
(a) Para que a reta tangente a parabola em P fique bem definida, seria suficiente exigirmos
apenas a condicao (i)? Ou a condicao (ii) e de fato necessaria? Justifique sua resposta.(b) Esta definicao poderia ser generalizada diretamente para outros tipos de curvas planas,
como por exemplo graficos de funcoes f : R→ R? Justifique sua resposta.
2. Na secao 2, duas propriedades necessarias para a demonstracao da caracterizacao de funcoes
quadraticas sao admitidas: (i) toda funcao quadratica e contınua; (ii) se duas funcoes contınuas
f, g : R → R coincidem para todos os numeros racionais, entao elas coincidem para todos os
numeros reais. Como voce justificaria a validade destas propriedades?
3. Voce consegue ver alguma relacao entre a aplicacao das funcoes quadraticas a fısica feita na secao2, e a caracterizacao de funcoes quadraticas por meio de progressoes aritmeticas estabelecida na
secao 3? Justifique sua resposta.
Para saber mais
Abaixo, indicamos uma referencia de estudos futuros para aqueles que se interessarem em se apro-
fundar nos temas tratados nesta aula. Esses aprofundamentos nao sao prioritarios e nao serao cobrados
nas avaliacoes unificadas.
[1] Lima, E.L. Curso de Analise , vol. 1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 187/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 188/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 189/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 190/359
f (x) = ax2 + bx + c
P = (x0, y0)
y0 = ax20 + bx0 + c
2ax0 + b
x0
a > 0
x = x0
(x, y)
y = ax2 + bx + c (x, y0 + (2ax0 + b)(x − x0))
x
a > 0
x = x0 ⇒ ax2 + bx + c > ax2
0 + bx0 + c + (2ax0 + b)(x − x0).
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 191/359
x =x0
⇓
ax2 + bx + c − [ax2
0 + bx0 + c + (2ax0 + b)(x − x0)] =
= a(x−x0)2 > 0
2ax0 + b
(x0, y0) y0 = f (x0)
f
a > 0
a < 0
f (x) = ax2 + bx + c,
P = (x, y) 2ax + b
F Q
F
Q
P
d
P
x
−b/2a
2ax+b =
0 P
F Q
P
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 192/359
F Q
Q
F
F = (m, k + 1
4a)
Q = (x, k − 1
4a)
m = −b/2a k =
F Q
k − 1
4a − (k + 1
4a)
x − m =
−1
2a(x − m) =
−1
2a(x + b
2a)
= − 1
2ax + b·
F Q
T T
P
y = ax + b
y = ax + b
a = 0
a = 0
a = −1/a
y = ax y = ax
x = 1 (1, a)
(1, a)
(0, 0), (1, a) (1, a)
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 193/359
a
a
a
a
a
1 = −aa
a = −1/a
a = −1/a
y = bx
y = ax
b = −1/a
b = a
y = ax
y = bx
y = ax
P
F
Q
P
F P = P Q
F P Q
F Q
F P T
T P Q
A P T = F P T
= α
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 194/359
t
f (t)
f
(∗) f (t) = 1
2at2 + bt + c.
a
b
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 195/359
t = 0
c
f
f (t + h) − f (t)
h =
t t + h
f
t
t + h
at + b + ah
2
h at + b
v(t) = at + b
t
t = 0
v(0) = b
b
a = [v(t+h)−v(t)]/h
t
h
a
v
a
t > −b/a
v
a
t < −b/a
a
g
−6 5m/seg
−2m/seg2
f (t) = −t2 + 5t − 6
f
t = −5/(−2) = 2, 5seg
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 196/359
v(t) = 0
v(t) = −2t + 5
t = 2, 5seg
OY
v = (v1, v2)
v1
OX
P = (x, y)
t
x = v1t.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 197/359
=
−g
OY
P
OY
−g
v2
t
y
P = (x, y)
y = −1
2gt2 + v2t
y = 0
t = 0
v1 = 0
t
x = v1t = 0 P = (0, y)
y = −
1
2gt2
+ v2t.
v1 = 0
x = v1t
t = x/v1
t
y
y = ax2 + bx
a = −g/2v21
b = v2/v1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 198/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 199/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 200/359
ϕ : R → R
ϕ
f
g : R →
R
f (r) = g(r)
r
f (x) = g(x) x
y1, y2, y3, y4, . . .
d1 = y2 − y1, d2 = y3 − y2, d3 = y4 − y3, . . .
1, 4, 9, 16, 25, . . .
f (x) = x2
1, 2, 3, 4, 5, . . .
f (1) f (2)
f (3) f (4)
f (5) . . .
f : R → R
x1, x2, x3, x4, . . .
y1 = f (x1), y2 =
f (x2), y3 = f (x3), y4 = f (x4), . . .
f : R → R
f (x) = ax2 + bx + c
x1, x2, . . . , xn, . . .
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 201/359
r
xn = x1 + (n − 1)r
xn = an + b
a = r
b = x1 − r
f (x) = ax + b
x1 = f (1), x2 = f (2), . . . , xn = f (n), . . .
y1, y2, . . . , yn, . . .
a,b,c
yn = an2 + bn + c
n ∈ N
f (x) = ax2 + bx + c
yn = f (n) n ∈ N
f
y2 − y1, y3 − y2, . . . , yn+1 − yn, . . .
d = y2 − y1
r
yn+1 − yn = d + (n − 1)r,
n = 1, 2, 3, · · ·
yn+1 = (yn+1 − yn) + (yn − yn−1) + . . . + (y3 − y2) + y1;
= [d + (n − 1)r] + [d + (n − 2)r] + . . . + [d + r] + d + y1;
= nd + n(n − 1)
2 + y1,
n ∈ N
n = 0
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 202/359
yn = (n − 1)d + (n − 1)(n − 2)2 r + y1;
= r
2n2 + (d −
3r
2 )n + r − d + y1;
= an2 + bn + c,
n ∈ N
a = r/2 b = d − 3r/2
c = r − d + y1
3, 7, 13, 21, 31, 43, . . .
7− 3, 13−7, 21−13, 31−21, 43−
31, . . . 4, 6, 8, 10, 12, . . .
r = 2
d = 4
n
yn = an2 + bn + c
a = r/2 = 1 b = d−3r/2 = 4−3 = 1
c = r−d + y1 = 2−4 +3 = 1
n
3, 7, 13, 21, . . .
yn = n2 + n + 1
xn+1 − xn = 0
x1, x1, x1, . . .
r
y2 − y1, y3 − y2, . . .
a = r/2 = 0 f (x) = ax2 + bx + c yn = f (n)
f (x) = bx + c
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 203/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 204/359
ax2
+ bx
(a
p2
)x2
+ (b
p)x
x = n ∈ N
a = a p2
b = b p
a = a/p2
b = b/p
n
p
g(n
p) = an2 + bn
= a p2
n2 + b p
n
= an
p
2
+ bn
p
·
g(x)
ax2 + bx
g(r) = ar2 + br
r = n/p
g(x) = ax2 + bx
x
−1,−2,−3, . . . g(x) =
ax2+bx
x 0 f (0) = c
f (x) = g(x)+c
f (x) = ax2 + bx + c
x ∈ R
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 205/359
Rn
n
n
Rn
n
Rn
n
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 206/359
x1, x2, . . . , xn
x
d(x) = (x − x1)2 + (x − x2)2 + · · · + (x − xn)2.
d(x)
x = x1 + x2 + · · · + xn
n .
e(x) = |x − x1| + |x − x2| + · · · + |x − xn|
e(x)
x
x1, x2, . . . , xn
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 207/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 208/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 209/359
MA 11 - Unidade 11
Funcao Quadratica
Semana de 09/05 a 15/05
Exercıcios recomendados
Nesta Unidade, faremos apenas exercıcios de revisao sobre os conteudos de funcoes quadraticas
estudados nas duas Unidades anteriores. A maior parte dos exercıcios (1 a 7, 12 a 14, 17 a 22) aborda
problemas de maximos e mınimos e outras situacoes concretas que podem ser resolvidos por meio
de funcoes quadraticas. Os exercıcios de 8 a 11 envolvem a articulacao de representacoes graficas e
algebricas para funcoes quadraticas. Os exercıcios 15 e 16 envolvem a interpretacao grafica da funcao
raız quadrada a partir do grafico de funcoes quadraticas. O exercıcio 23 apresenta uma importante
caracterizacao das funcoes quadraticas. Em particular, recomendamos especial atencao para a relacao
entre esta caracterizacao e aquela apresentada na secao 3 da Unidade anterior. Finalmente, o exercıcio
24 trata de outras importantes propriedades geometricas dos graficos de funcoes quadraticas.
Para saber mais
Abaixo, indicamos algumas referencias de estudos futuros para aqueles que se interessarem em seaprofundar nos temas tratados nesta aula. Esses aprofundamentos nao sao prioritarios e nao serao
cobrados nas avaliacoes unificadas.
[1] Lima, E.L. Curso de Analise , vol. 1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 210/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 211/359
x
x
21n− n2
n
f (x) = |x2| − |x|+ 1;
f (x) = |x2 − x|.
(x, y)
x2 − 5x + 6 = 0;
y = x2 − 5x + 6.
x4 + x2 − 20 > 0
a
b
c
f (x) = ax2 + bx + c
f (0) f (1)
f (2)
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 212/359
a
f : [0, +
∞) →
R
f (x) = √ x
√ x + m = x
m > 0
−1
4 < m 0
m = −1/4
m < −1/4
A
B
A
B
A
A
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 213/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 214/359
MA 11 - Unidade 12
Funcoes Polinomiais
Semana de 23/05 a 29/05
Recomendacoes gerais
Dando prosseguimento as ultimas unidades, daremos continuidade ao estudo de algumas ideias
sobre funcoes afins e quadraticas, enfocando agora funcoes polinomiais em geral.
Um primeiro resultado importante, apresentado na secao 1. Funcoes Polinomiais vs Polinomios
(pp. 1-5), e o fato de que um n´ umero real α e raiz de uma funcao polinomial p : R → R se, e
somente se, x − α e fator de p(x) (p. 2). Este resultado, que relaciona raızes com fatoracao, fornece
uma ferramenta importante – e muito utilizada – para determinar raızes: se conseguimos determinar,
de alguma maneira (seja por algum metodo algebrico ou por inspecao) uma raız de um polinomio p,
podemos fatorar p em polinomios de grau menor, o que pode facilitar a tarefa de encontrar outras
raızes. Decorre tambem deste resultado o fato de que um polinomio de grau n com coeficientes reais
tem, no maximo, n raızes. Do ponto de vista do ensino, essas propriedades tem grande importancia.
De forma geral, na abordagem de polinomios no ensino basico, certas tecnicas particulares tem recebido
muito mais enfase que aspectos mais conceituais e qualitativos, como a aplicacao da fatoracao para a
determinacao de raızes e a analise de sinais, o que possibilita o estudo de graficos em casos simples
(veja exercıcio extra 1, a seguir).Ainda na secao 1, observe o comentario sobre a relacao entre funcoes polinomiais e polinomios (pp.
3-5), ja discutida na Roteiro 09 (p. 1 e exercıcio extra 1). Para entender a necessidade desse comentario,
e importante lembrar que, a princıpio, funcoes polinomiais e polinomios sao objetos matematicos de
naturezas diferentes. Funcoes polinomiais sao, antes de mais nada, func˜ oes , portanto a igualdade entre
funcoes polinomiais (com mesmos domınio e contradomınio) e determinada pela igualdade de seus
valores em cada elemento do domınio . Por outro lado, polinomios sao express˜ oes formais e, portanto,
sua igualdade e determinada pela igualdade de seus coeficientes . E claro que um polinomio nao pode
gerar duas funcoes polinomiais diferentes. No caso de R, vale a recıproca: uma funcao polinomial nao
pode ser gerada por polinomios diferentes (fato que pode nao ser verdadeiro em outros corpos – verexercıcio extra 1 do Roteiro 09). Assim, ha uma correspondencia biunıvoca entre funcoes polinomiais
reais e polinomios reais e nao ha necessidade de fazer essa distincao.
A secao 2. Determinando um Polinomio a parir de seus Valores (pp. 5-7) tambem trata
de um fato ja abordado na Unidade 09 para o caso particular de funcoes quadraticas: dados n + 1
n´ umeros reais x0, . . . , xn, dois a dois distintos, e n + 1 n´ umeros reais y0, . . . , yn, quaisquer, existe um
´ unico polinˆ omio p, de grau ≤ n, tal que p(xk) = yk, ∀ k = 0, . . . , n. A unicidade de tal polinomio
decorre do fato de que um polinomio de grau n so pode ter no maximo n raızes. Para a existencia, sao
apresentados dois argumentos. O primeiro deles se baseia na analise das solucoes de um sistema linear
(p. 6). Nesse sistema, observe que os numeros x0, . . . , xn e y0, . . . , yn sao conhecidos e os coeficientes
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 215/359
a0, . . . , an sao as incognitas.
Na secao 3. Graficos de Polinomios (pp. 7-11), sao apresentados alguns fatos importantes
envolvendo o comportamento assintotico de funcoes polinomiais (pp. 7-9), isto e, seu comportamento
quando x tende a ±∞. Essencialmente, podemos dizer que o comportamento assintotico de uma
funcao polinomial e determinado pelo seu termo de maior grau, pois para |x| suficientemente grande
os demais termos tornam-se desprezıveis (veja exercıcio extra 4, a seguir). Para resolver esse exercıcio,
voce devera usar o fato de que limx→+∞
xn = +∞.
Ainda na secao 3, e apresentado o metodo de Newton (pp. 10-11), que e um metodo numerico
para calculo de raızes, isto e, um metodo de calculo de valores aproximados de raızes. Para o ensino
medio, o metodo de Newton pode nao ser adequado, pois envolve o conceito de derivada. Entretanto,
o calculo aproximado de raızes de polinomios pode ser desenvolvido por meio de metodos mais simples.
Por exemplo, o metodo da bissecao e acessıvel ao ensino medio, com a ajuda de uma calculadora de
bolso simples, como descrevemos a seguir. Se encontramos dois numeros x1 e x2 tais que p(x1) e p(x2)
possuem sinais distintos, digamos p(x1) < 0 e p(x2) > 0, podemos ter certeza de que existe (pelo
menos) uma raiz de p
no intervalo ]x1, x2
[. Tomamos entao um numero qualquer x3
nesse intervalo.Se p(x3) = 0, temos a sorte de ter encontrado nossa raiz. Se p(x3) > 0, existe (pelo menos) uma raiz
no intervalo ]x1, x3[. Se p(x3) < 0, existe (pelo menos) uma raiz no intervalo ]x3, x2[. Podemos assim
continuar o processo indefinidamente. O calculo aproximado de raızes e importante e acessıvel para
aprofundar a ideia de raiz no ensino medio, complementando e ampliando os metodos convencionais,
que muitas vezes sao memorizados sem compreensao adequada.
Exercıcios recomendados
Recomendamos que voce resolva atentamente todos os exercıcios desta secao, que envolvem ideias
fundamentais sobre funcoes polinomiais. Os exercıcios 1 e 2 tratam do algoritmo da divisao de
polinomios, que e uma ferramenta importante para a fatoracao quando encontramos uma raiz. Os
exercıcios 3 e 4 abordam o conceito de multiplicidade. Os exercıcios 8 e 9 envolvem calculo aproxi-
mado de raızes.
Alem destes, propomos os seguintes exercıcios extras.
1. Para cada um dos ıtens a seguir, use a fatoracao do polinomio p dado para responder as seguintes
questoes. (i) Determine todas as raızes reais de p. (ii) Determine os intervalos em que p(x) > 0
e aqueles em que p(x) < 0. (iii) Qual e o numero de pontos de maximo local e de mınimo local
que p possui? Justifique sua resposta. (iv) E possıvel ter certeza do numero exato de pontos
de maximo local e de mınimo local, e da localizacao exata desses pontos, apenas com base na
analise algebrica da fatoracao dos polinomios? Justifique sua resposta.
(a) p(x) = x3 − 4 x
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 216/359
(b) p(x) = x3 + x2 − x − 1
(c) p(x) = x4 − 2 x2
(d) p(x) = x4 − 1
2. Na secao 2, prova-se que, dados n + 1 pontos no plano, com abscissas duas a duas distintas,
existe uma unica funcao polinomial, com grau ≤ n, cujo grafico contem esses pontos (p. 5).
Explique por que so podemos concluir que essa funcao polinomial tem grau ≤ n, e nao grau = n.
3. Na secao 2, e apresentada uma justificativa para a atribuicao do grau do polinomio identicamente
nulo como sendo −∞ (p. 7). Explique por que essa atribuicao e conveniente. Por que nao seria
conveniente atribuir +∞ a esse grau, por exemplo?
4. Observe que todo polinomio p(x) = anxn + · · · + a1x + a0, com an = 0, pode ser escrito na
forma:
p(x) = xn
an +
an−1
x + · · · +
a1
xn−1 +
a0
xn
Assim, p se escreve na forma: p(x) = xn
(an + g(x)), em que lim|x|→+∞ g(x) = 0.
Use esta expressao para provar os seguintes fatos (afirmados nas pp. 7-8):
(a) Se o grau de n e par, entao, ∃ M > 0 tal que p(x) tem o mesmo sinal de an, ∀ x com
|x| ≥ M .
(b) Se o grau de n e ımpar, entao, ∃ M > 0 tal que p(x) tem o mesmo sinal de an, ∀ x > M
e o sinal oposto de an, ∀ x < −M .
(c) limx→+∞
p(x) = limx→+∞
anxn e limx→−∞
p(x) = limx→−∞
anxn. Em particular, os limites no infinito
de qualquer funcao polinomial sao infinitos.
5. Considere os polinomios dados na questao 1 acima. Se voce usar um programa computacional
para esbocar os graficos desses polinomios e ampliar a janela de visualizacao, para valores grandes
das variaveis x e y, que aspecto voce espera que os graficos adquiram? Este aspecto depende
do comportamento dos polinomios, para valores “pequenos” de x?
Para saber mais
Abaixo, indicamos uma referencia para estudo futuro, para aqueles que se interessarem em se
aprofundar nos temas tratados nesta aula. Esses aprofundamentos nao sao prioritarios e nao serao
cobrados nas avaliacoes unificadas.
[1] Lima, E.L. Curso de Analise , vol. 1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 217/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 218/359
p
x
α
p(x) − p(α) = an(xn − αn) + an−1(xn−1 − αn−1) + · · · + a1(x − α).
x−α
x ∈ R
p(x) − p(α) = (x − α)q (x),
q
p
n
q
n − 1
α
p
p(α) = 0
p(x) = (x − α)q (x) x ∈ R
α
p
p(x)
x
−α
α1, . . . , αk
p
x ∈ R
p(x) = (x − α1)(x − α2) . . . (x − αk)q (x),
q
n − k
p
n
n
n
p
p(x) = 0 x ∈ R p
p
n
p
p(x) = anx
n
+ · · · + a1x + a0.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 219/359
an, an−1, . . . , a1, a0
0xn + 0xn−1 + · · · + 0x + 0.
= 0
p
q
p(x) = anxn + · · · + a1x + a0
q (x) = bnxn + · · · + b1x + b0,
n
an = 0
bn = 0
p(x) = q (x)
x ∈ R
p
q
d = p − q
d(x) = p(x) − q (x) = 0
x ∈ R
x ∈ R
d(x) = (an − bn)xn + · · · + (a1 − b1)x + (a0 − b0).
an − bn = 0, . . . , a1 − b1 = 0, a0 − b0 = 0
an = bn, . . . , a1 = b1, a0 = b0.
p
q
p(x) =
q (x)
x ∈ R
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 220/359
p(X ) = anX n + an−1X n−1 + · · · + a1X + a0,
(a0, a1, . . . , an) X
X i
X ·X · · ·X
i
p(X )
X i ·
X j = X i+ j
p(X ) = anX n + · · · + a1X + a0
q (X ) = bnX n + · · · + b1X + b0
a0 = b0, a1 = b1, . . . , an = bn
p(X ) = anX n + · · · + a1X + a0
p : R → R
p(x) = anxn + · · · + a1x + a0 x ∈ R
→
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 221/359
p
p
p
p(x)
x
n n + 1
n + 1
n + 1
n + 1 x0, x1, . . . , xn
y0, y1, . . . , yn
p
n
p(x0) = y0, p(x1) = y1, . . . , p(xn) = yn.
p q n
n + 1
p− q
n + 1
p − q = 0 p = q
p
n
n + 1
n = 2
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 222/359
n + 1
n + 1 a1, . . . , an
anxn0 + · · · + a1x0 + a0 = y0
anxn1 + · · · + a1x1 + a0 = y1
anxnn + · · · + a1xn + a0 = yn.
x0, x1, . . . , xn
n + 1
i<j
(xi − x j)
n
n + 1 x0, x1, . . . , xn
y0, y1, . . . , yn
n = 1
n = 2
n = 1 :
p(x) = y0x − x1
x0 − x1
+ y1x − x0
x1 − x0
.
n = 2 :
p(x) = y0(x − x1)(x − x2)
(x0 − x1)(x0 − x2) + y1
(x − x0)(x − x2)(x1 − x0)(x1 − x2))
+
+ y2(x − x0)(x − x1)
(x2 − x0)(x2 − x1).
p(x) =n
i=1
yi ·
k=i
x − xk
xi
−xk
.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 223/359
p(x)
p(x0) =
y0, p(x1) = y1, . . . , p(xn) = yn n
n
x0 = −1 x1 = 0 x2 = 1 x3 = 2
x4 = 3 4
−7 1 5 11 25
p(x) = x3
−2x2 + 5x + 1,
n+1
n
−∞
0 = −∞
p(x) = anxn + · · · + a1x + a0
a = 0
n
|x|
p(x)
an
x < 0
x > 0 |x|
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 224/359
n
p(x)
an
x
an
an
n
n
|x|
| p(x)|
p
q
x
| p(x)| > |q (x)|
| p(x)|
|q (x)|
|x|
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 225/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 226/359
p(b)
4
x1, x2, . . . , xn, . . .
p(x1), p(x2), . . . , p(xn), . . .
p(x) = 0
x1
x1, x2, . . . , xn, . . .
xn+1 = xn − p(xn)
p(xn),
p
xn
a
x2 − a = 0 x1
x1, x2, . . . , xn, . . .
√ a
xn+1 = 1
2
xn +
a
xn
.
p(x)
p(x) = anxn + · · · + a0
p
(x) = nanx
n−1
+ (n − 1)an−1x
n−2
+ · · · + a1.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 227/359
p(x) = 0 p(x) = x5 − 5x2 + 1
p(x) = 5x4 − 10x
p(1) = −3
p(2) = 13
p
x0 = 2
x1
= x0 −
p(x0)
p(x0) = 2 − 13
60 = 1,
783.
x2 = x1 − p(x1)
p(x1) = 1, 783 − 3, 124
32, 703 = 1, 687.
x3 = x2 − p(x2)
p(x2) = 1, 687 − 0, 434
23, 627 = 1, 667.
p(1, 668)
p(0) > 0 p(1) < 0
p(x) = x5 − 5x2 + 1
P (x)
p(x)
P (x)
p(x)
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 228/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 229/359
x0 = 3
xn−1 = 1
2
xn + 5
xn
√ 5
√ 2
1, 4142 < 2 < 1, 4152.
3√
a
3√
2
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 230/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 231/359
extensao de Q para R envolve necessariamente alguma ideia de continuidade ou convergencia, o que
torna este passo conceitualmente mais delicado.
Exercıcios recomendados
Como reflexoes iniciais, propomos os seguintes exercıcios extras.
1. Como voce explicaria a um aluno no Ensino Fundamental que a0 = 1? E que a−n = 1
an?
2. Como voce explicaria a um aluno no Ensino Fundamental que a1
2 =√
a ? E que am
n = m
√ an =
( m
√ a)
n
?
Para saber mais
Abaixo, indicamos uma referencia para estudos futuros para aqueles que se interessarem em se
aprofundar nos temas tratados nesta aula. Esses aprofundamentos nao sao prioritarios e nao serao
cobrados nas avaliacoes unificadas.
[1] Lima, E.L. Curso de Analise , vol. 1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 232/359
f : R → R
f (x + h) − f (x)
f
x
x + h h x
x f (x) = ax + b
f (x+h)−f (x) = ah
f
f (x + h)− f (x)
x
f
x
f (x)
f (x)
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 233/359
x
c0
c(t)
t
c(t)
t
t < t
c(t + h) − c(t)
h
t
c(t + h) − c(t)
h
t
c(t)
c(t)
c(t)
t
c(t + h) − c(t)
h
t
c(t + h) − c(t)
c(t)
h
c(t + h)− c(t) c(t)
c(t + h)− c(t) = ϕ · c(t) ϕ = ϕ(h)
h
ϕ(h) = [c(t +
h)− c(t)]/c(t) t
[c(t + h)− c(t)]/c(t) = [c(t + h)/c(t)]−1
c(t + h)/c(t)
t
c(t1 + h)/c(t1) = 2
c(t2 + h)/c(t2) = 2
t2 h
h
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 234/359
c(t) [c(t +
h)− c(t)]/c(t) h
t
c(t) = c0 · at
109
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 235/359
m = m(t)
t m
t
[m(t +
h)−m(t)]/m(t) h
h
t
m(t)
m : R → R
[m(t + h)−m(t)]/m(t) h
m(t + h)/m(t)
t
h
m(t) = b.at
0 < a < 1
a
n ∈ N
an
a
n
n
a
n = 1 a1 = a
an
a1 = a
an+1 = a · an
m, n ∈ N
am
· an
= am+n
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 236/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 237/359
c ∈ R
n ∈ N
an > c
a = 1 + d, c > 0
an > 1 + nd
n > (c − 1)/d
1 + nd > c
an > c
a = 1, 000001
a, a2, a3, . . .
a
1014
(1, 000001)n >
n > 21
(an)
limn→∞
an = ∞
an
n
a > 1
0 < a < 1
a, a2, a3, . . .
c > 0
n ∈ N
an < c
0 < a < 1 b = 1/a
b > 1
n ∈ N
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 238/359
bn > 1/c
1
an > 1
c
an < c
limn→∞ an = 0 0 < a < 1
limn→∞ an = 0 an n
an
n ∈ Z
am·an = am+n
a0
a0
·a1
= a0+1
a0
·a = a
a0 = 1
n ∈ N
a−n · an = a−n+n = a0 = 1 a−n =
1
an
a > 0
am · an = am+n
a0 = 1 a−n = 1/an
n ∈ N
f : Z→ R
f (n) = an
n ∈ Z
f (m + n) = f (m)− f (n),
a > 1 0 < a < 1
a > 1
n ∈ N a−n < 1 < an
0 < a < 1 an < 1 < a−n
−n < 0 < n
a0 = 1
am · an = am+n
(am)n = amn
n ∈ Z
ar
r = m/n
m ∈ Z
n ∈ N
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 239/359
ar · as = ar+s
r = m/n
(ar)n = ar · ar · . . . · ar = ar+r+···+r = arn = am.
ar
n
am
n√
am
n
am.
ar
r = m/n
m ∈ Z n ∈ N
am/n = n√ am.
m/n = mp/np
p ∈ N
n√
m = np√
amp
ar
· as
= ar+s
r, s ∈ Q
f : Q → R+
f (r) = ar
a > 1 0 < a < 1
f : Q → R+
f (r) = a
a > 0
ar r
Q
f (Q) R+
a = 10
r = m/n
10m/n =
11 10m = 11n m
n ∈ N
m ∈ N, 10m
m
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 240/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 241/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 242/359
MA 11 - Unidade 14
Funcao Exponencial
Semana de 30/05 a 05/06
Recomendacoes gerais
Nesta Unidade, continuamos o estudo de funcoes exponenciais, iniciado na unidade anterior, onde
foi apresentada a definicao da exponenciacao apenas para expoentes racionais. Na secao 1. A Funcao
Exponencial (pp. 1-6), e discutida a sua extensao para expoentes reais, necessaria para que possamos
definir a funcao exponencial com domınio em R. Fazer essa extensao significa que, para a > 0 fixado,
devemos definir uma funcao f , com domınio em R, que satisfaca as propriedades fundamentais 1, 2 e
3, enunciadas na p. 1, para todo x ∈ R.
Em primeiro lugar, observamos que tal funcao sera estritamente positiva (p. 2). Portanto, pode-
remos definir f : R → R+. Alem disso, para r ∈ Q, a funcao coincidira com a exponenciacao ar, ja
definida (p. 2). Por outro lado, fixado a > 1 (o caso 0 < a < 1 e analogo), gracas a monotonicidade
da exponencial em Q, temos que, dado x irracional, existe um unico numero real y com a seguinte
propriedade:
r < x < s, x, y ∈ Q ⇒ ar < y < as
De fato, se existissem dois numeros reais distintos A < B com esta propriedade, concluirıamos que
ar < A < B ∀ r ∈ Q, r < x, e que A < B < as ∀ s ∈ Q, s > x. Isto e, nao existiria nenhuma potencia
ar, com r ∈ Q no intervalo [A, B], contradizendo o lema da secao anterior. Portanto, definimos o
unico numero real y com a propriedade acima como sendo o valor da fun cao f em x. Assim, fica bem
definida a funcao f que satisfaz as propriedades 1, 2 e 3. A partir daı, podemos estabelecer as outras
propriedades importantes da funcao exponencial f : R → R+ (pp. 3-5): continuidade, injetividade,
sobrejetividade, limites em ±∞.
Com relacao ao grafico da funcao exponencial (pp. 5-6), recomendamos particular atencao a
comparacao entre funcoes exponenciais e polinomiais: o crescimento exponencial, quando a > 1,supera o de qualquer polinˆ omio . No Ensino Medio, graficos de funcoes exponenciais sao muitas vezes
tracados de forma displicente, como se fossem arcos de parabola. Entretanto, e importante observar
que o crescimento exponencial e qualitativamente bastante diferente do crescimento polinomial. Para
entender bem esta diferenca qualitativa, releia a discussao sobre variacao da funcao exponencial na
unidade anterior: o crescimento exponencial se caracteriza pelo fato de que a variacao da variavel
dependente e proporcional ao seu proprio valor.
Na secao 2. Caracterizacao da Funcao Exponencial (p. 6-9), sao demonstradas duas formas
de caracterizar este tipo de funcao. A primeira diz respeito a suas propriedades algebricas, e segunda
envolve a ideia de variacao. Ao ler essas demonstracoes, preste atencao a importancia da hipotese
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 243/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 244/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 245/359
f : R → R
1) f (x + y) = f (x)
·f (y)
f
0
x0 ∈ R
f (x0) = 0 x ∈ R
f (x) = f (x0 + (x − x0)) = f (x0) · f (x − x0) = 0 · f (x − x0) = 0,
f
f : R
→ R
f (x) > 0
x ∈ R
f (x) = f x
2 +
x
2
= f
x
2
· f
x
2
=
f x
2
2> 0.
1)
f
R R+ R+
f
f : R→ R 1) 2)
n ∈ N
f (n) = f (1 + 1 + · · · + 1) = f (1) · f (1) · ... · f (1) = a · a · ... · a = an.
1)
r = m/n
n ∈ N
f (r) = ar = n
√ am
f (r) = ar f : Q→ R+ f (r +s) =
f (r) · f (s) r
s ∈ Q
f (1) = a.
3)
a > 1 0 < a < 1
f (x) = ax
x
a > 1
ax
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 246/359
r < x < s,
r, s ∈ Q ⇒ ar < ax < as.
ax
ax
r < x, r ∈ Q
as
x <
s, s ∈ Q
A < B
A B
r < x < s, r, s ∈ Q ⇒ ar < A < B < as
[A, B] a
x
ax
ar
r
x
as
s
x
ax
x ∈ R
f : R → R+
f (x) = ax
R+
f (r) = ar
a > 1
ax
x > 0 0 < a < 1 ax
x < 0
x0 ∈ R
|ax − ax0|
x
x0
ax
x
x0
ax0
limx→x0 ax
= ax0
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 247/359
x = x0 + h
x
− x0 = h
|ax
− ax0
| = ax0
|ah
− 1
|
h
ax0
ax0|ah − 1|
limx→x0 |ax − ax0 | = 0 limx→x0 ax = ax0
f : R → R+, f (x) = ax, a = 1
b > 0
x ∈ R
ax = b
a
n ∈ N
arn
rn ∈ Q
(b − 1
n, b + 1
n)
|b − arn| < 1/n limx→x0 arn = b
a > 1
arn
ar1 < ar2 < · · · < arn < · · · < b.
s ∈ Q
b < as
ax
r1 < r2, · · · , rn < · · · < s.
rn
s
R rn
x
limx→x0 rn = x
ax = limx→x0 arn = b
a
f : R → R+
f (x) = ax
R
R+
a > 1
0 < a < 1
f (x + y) = f (x) · f (y).
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 248/359
x → ax
a > 1
x > y ⇒ ax > ay
x < y ⇒ ax < ay,
x = y ⇒ ax = ay
limx→+∞
ax = +∞ a > 1,
limx→+∞
ax = 0 0 < a < 1,
limx→−∞
ax = 0 a > 1
limx→−∞
ax = +∞ 0 < a < 1.
f (x) = a
x
a > 1
0 < a < 1
a > 1
x
y = ax
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 249/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 250/359
f : R→ R+
f (nx) = f (x)n
n ∈ Z x ∈ R
f (x) = ax
x ∈ R
a = f (1)
f (x + y) = f (x) · f (y)
x, y ∈ R
(1) ⇒ (2) ⇒ (3) ⇒ (1)
(1) ⇒ (2)
(1) r = m/n
m ∈ Z
n ∈ N
f (rx) = f (x)r nr = m
f (rx)n
= f (nrx) = f (mx) = f (x) m,
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 251/359
f (rx) = f (x)m/n = f (x)r
f (1) = a
f (r) = f (r
·1) = f (1)r = ar
r ∈ Q (1) ⇒ (2)
f
1 =
f (0) < f (1) = a
x ∈ R
f (x) = ax
f (x) < ax
f (x) > ax
r
f (x) < ar < ax
f (x) < f (r) < ax
f
f (x) < f (r)
x < r
ar < ax
r < x.
(1) ⇒ (2)
(2) ⇒ (3) (3) ⇒ (1)
f
(1) ⇒ (2) x
x = limn→∞ rn = rn, rn ∈ Q f
f (x) = limn→∞
f (rn) = limn→∞
arn = ax.
g : R→ R
g(x) = bax
x
∈R
a
b
a > 1 g 0 < a < 1 g
g : R→ R
x, h ∈ R
g(x + h) − g(x)
g(x) = ah − 1
g(x + h)
g(x) = ah
h
x
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 252/359
g : R
→ R+
x, h ∈ R
[g(x + h)− g(x)]/g(x) h
x
b = g(0) a = g(1)/g(0)
g(x) = bax
x ∈ R
ϕ(h) = g(x+h)/g(x)
x
g(x) f (x) = g(x)/b
b = g(0)
f
f (x + h)/f (x)
x
f (0) = 1
x = 0
ϕ(h) = f (x + h)/f (x) ϕ(h) = f (h)
h ∈ R
f
f (x + h) = f (x) · f (h)
f (x + y) = f (x) · f (y)
x, y ∈ R
f (x) = ax
g(x) = bf (x) = bax
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 253/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 254/359
Exercıcios recomendados
Propomos os seguintes exercıcios extra.
1. Na p. 3, definimos a funcao inversa de f : X → Y como uma funcao g : Y → X satisfazendo
duas condicoes: g(f (x)) = x ∀ x ∈ X e f (g(y)) = y ∀ y ∈ Y . Em outras palavras, g ◦ f = I X
e f ◦ g = I Y . E importante observar que essas condicoes sao independente , isto e, uma nao
implica na outra. Por isso, e necessario exigir ambas na definicao de funcao inversa. O objetivo
deste exercıcio e construir exemplos que justifiquem essa necessidade.
(a) De um exemplo de uma funcao f : X → Y sobrejetiva que nao seja injetiva. Verifique que
existe uma funcao g : Y → X tal que f ◦ g = I Y . Esta funcao e a funcao inversa de f ?
Justifique a sua resposta.
(b) De um exemplo de uma funcao f : X → Y injetiva que n˜ ao seja sobrejetiva. Verifique que
existe uma funcao g : Y → X tal que g ◦ f = I X . Esta funcao e a funcao inversa de f ?
Justifique a sua resposta.
2. Na p. 3, mostramos que: f (g(y)) = y ∀x ∈ X implica na sobrejetividade de f ; e g(f (x)) = x
∀x ∈ X implica na injetividade de f . Na verdade, estas sao condicoes equivalentes a sobreje-
tividade e a injetividade, respectivamente. Complete essas provas:
(a) Mostre que existe uma g : Y → X tal que f ◦ g = I Y se, e somente se f e sobrejetiva.
Podemos garantir que esta funcao e a funcao inversa de f ? Justifique a sua resposta.
(b) Mostre que existe uma g : Y → X tal que g ◦ f = I X se, e somente se f e injetiva.
Podemos garantir que esta funcao e a funcao inversa de f ? Justifique a sua resposta.
3. Mostre que a funcao inversa e unicamente determinada por f .
4. Na p. 5, afirmamos que, se f : I → R e uma funcao contınua, definida em um intervalo I ⊂ R,
entao f e injetiva se, e somente se, e monotona crescente ou decrescente.
(a) Suponha agora que desconsideremos a hipotese de continuidade, isto e, tomemos f : I ⊂
R → R uma funcao qualquer, definida em um intervalo I ⊂ R. Ainda podemos afirmar que
f ser monotona crescente ou decrescente implica em f ser injetiva? E que f ser injetiva
implica em f ser monotona crescente ou decrescente? Justifique suas respostas.
(b) Suponha agora que desconsideremos a hipotese de que o domınio de f e um intervalo, isto
e, tomemos f : D ⊂ R → R uma funcao contınua, definida em um subconjunto D ⊂ R
qualquer. Ainda podemos afirmar que f ser monotona crescente ou decrescente implica em
f ser injetiva? E que f ser injetiva implica em f ser monotona crescente ou decrescente?
Justifique suas respostas.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 255/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 256/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 257/359
x1 + nh
f (xn+1) = f (x1) · An
A = ah
x1 = 0
f (x1) = b f (xn+1) = b
·An
c0
t
c(t) = c0 ·at 0, h, 2h, 3h , . . .
c(0) = c0
c(h) = c0A
c(2h) = c0 ·A2
c(3h) = c0 ·A3
, . . .
A = ah
h
c0, c0 · A, c0 ·A2, c0 · A3, . . . .
f : R → R
x1, x2, . . . , xn, . . . y1, y2, . . . , yn, . . . , yn =
f (xn) b = f (0) a = f (1)/f (0) f (x) = bax
x ∈ R
b = f (0)
g : R → R+
g(x) = f (x)/b
g(0) = 1 x ∈ R
x, 0,−x
g(x), 1, g(−x)
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 258/359
g(−x)
g(−x) = 1/g(x) n ∈ N
x
∈R 0, x, 2x, . . . ,nx
1, g(x), g(2x), . . . , g(nx)
g(x) (n + 1)
g(nx) = g(x)n
−n g(−nx) = 1/g(nx) = 1/g(x)n =
g(x)−n g(nx) = g(x)n
n ∈ Z x ∈ R
a = g(1) =
f (1)/f (0) g(x) = ax
f (x) = bax
x ∈ R
g : Y → X
f : X → Y
g(f (x)) = x
f (g(y)) = y
x ∈ X
y ∈ Y
g
f
f
g
g
f
g(y) = x
f (x) = y
g(f (x)) = x x ∈ X f
f (x1) = f (x2) ⇒ g(f (x1)) = g(f (x2)) ⇒ x1 = x2.
f (g(y)) = y
y
∈ Y
f y ∈ Y
x = g(y) ∈ X
f (x) = y
f : X → Y
f
X
Y
f : X → Y
X
Y
f
g : Y → X
g
f
y ∈ Y
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 259/359
x ∈ X
f (x) = y
f
x
g(y) = x
g : Y
→ X
y ∈ Y x ∈ X f (x) = y
g(f (x)) = x f (g(y)) = y
x ∈ X
y ∈ Y
[0,+∞) = {x ∈ R;x 0} f :
R → [0,+∞) g : [0,+∞) → R
f (x) = x2
g(y) =√
y
f (g(y)) = y
y 0 g(f (x))
x
x 0
x ∈ R g(f (x)) = −x
g
f
ϕ :[0,+∞) → R
f
f
f
[0,+∞)
F : [0,+∞) → [0,+∞)
F (x) = x2
F
G : [0,+∞) →
[0,+∞) G(y) =
√ y
G(F (x)) = G(x2
) = √ x2
= x
F (G(y)) = F (√ y) = (
√ y)2 = y
x 0
y 0
n ∈ N
x → xn
[0,+
∞)
y → n√ y
n
x → xn
R G : R→ R
G(y) = n
√ y
g : Y → X
f : X → Y
g = f −1.
f : I → R
I ⊂ R
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 260/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 261/359
f : X → Y
G
f −1
G
f
∆ ⊂ R2
(x, y) ∈ G⇔ y = f (x) ⇔ x = f −1(y) ⇔ (y, x) ∈ G.
f
180◦
∆ f −1
f : X → Y
g : Y → X
g(f (x)) = x
x
∈X
f (g(y)) =
y y ∈ Y g = f −1 x
y ∈ Y
x ∈ X
f (x) = y
f (g(y)) = f (g(f (x))) = f (x) = y.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 262/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 263/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 264/359
(a) a altura media, em centımetros, de uma planta dessa especie aos 3 anos de vida;
(b) a idade, em anos, na qual a planta tem uma altura media de 1, 6m.
6. (UERJ/2008) Admita que, em um determinado lago, a cada 40cm de profundidade, a intensidade
de luz e reduzida em 20%, de acordo com a equacao I = I 0 0, 8k/40, onde I e a intensidade da
luz em uma profundidade h, em centımetros, e I 0 e a intensidade na superfıcie. Um nadador
verificou, ao mergulhar nesse lago, que a intensidade da luz, em um ponto P , e de 32% daquelaobservada na superfıcie. Determine um valor aproximado para a profundidade do ponto P .
7. O acidente do reator nuclear de Chernobyl, URSS, em 1986, lancou na atmosfera grande quan-
tidade do isotopo radioativo estroncio-90, cuja meia-vida e de vinte e oito anos. Supondo ser
este isotopo a unica contaminacao radioativa e sabendo que o local podera ser considerado se-
guro quando a quantidade de estroncio-90 se reduzir, por desintegracao, a 116
da quantidade
inicialmente presente, em que ano o local podera ser habitado novamente?
8. Os graficos a seguir foram desenhados por um programa de computador, em eixos xy com
escalas logarıtmicas decimais. Isto e, se xy e o sistema de coordenadas cartesianas convencional,entao x = log10 x e y = log10 y. A janela grafica e 0, 1 ≤ x ≤ 10 e 0, 1 ≤ y ≤ 10.
(a) O grafico acima, a esquerda, representa a famılia de curvas y = k x, em que k ∈ N varia
de 1 a 10. Explique por que as curvas tem este aspecto.
(b) O grafico acima, a direita, representa a famılia de curvas y = xk, em que k ∈ N varia de 1
a 10. Explique por que as curvas tem este aspecto.
(c) Observe que os intervalos escolhidos para ambos os eixos nessa escala come cam em 0, 1.
Como voce justificaria essa escolha? Faria sentido comecar os eixos em 0?
(d) Nesses eixos, cada unidade linear corresponde a uma multiplicacao por 10. Explique estaafirmacao.
9. Em algumas situacoes, para expressar certas grandezas, e mais conveniente empregar as chamadas
escalas logarıtmicas do que as escalas lineares convencionais. Este e o caso, por exemplo, da
escala Richter de terremotos. Na escala Richter, a intensidade I de um terremoto, expressa em
graus, e definida da seguinte forma:
I = 2
3
log10E
E 0
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 265/359
Em que E representa a energia liberada pelo terremoto, medida em kWh, e E 0 = 10−3kWh.
(a) Qual e a energia liberada por um terremoto de 3 graus na escala Richeter? E por um
terremoto de 9 graus?
(b) Qual e a relacao entre a energia liberada por um terremoto de grau k e a energia liberada
por um terremoto de grau k + 1 na escala Richter?
(c) Por que voce acha que o uso de uma escala logarıtmica e conveniente, no caso da medicao
de intensidade de terremotos?
(d) Pesquise outros exemplos de situacoes em que o uso de escalas logarıtmicas e mais conve-
niente.
Para saber mais
Abaixo, indicamos algumas referencias de leituras futuras para aqueles que se interessarem em se
aprofundar nos temas tratados nesta aula. Esses aprofundamentos nao sao prioritarios e nao serao
cobrados nas avaliacoes unificadas.
[1] Eves, H. Introducao a Hist oria da Matematica
[2] Lima, E.L. Curso de Analise , vol. 1
[3] Lima, E.L. Logaritmos
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 266/359
a = 1
f : R → R
+
f (x) = ax
R R+
a > 1 0 < a < 1
f (x + y) = f (x) · f (n).
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 267/359
f
a
loga : R+ → R,
x
loga x
x
a
aloga x = x
loga(ax) = x.
loga x a
x
y = loga x ⇔ ay = x.
au · av = au+v
loga
(xy) = loga x + log
a y
x
y
u = loga x
v = loga y
au = x
av = y
xy = au · av = au+v,
loga(xy) = u + v = loga x + loga y.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 268/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 269/359
y = loga x
y =
logb x a > 1 0 < b < 1
c
d
loga x = c·
log2 x
logb x = d·
log1/2 x
x > 0
u = loga x
v = log2 x
au = x
2v = x
c = loga 2
ac = 2
x = au = 2v = (ac)v = acv
u = cv
loga x = c · log2 x
x > 0
c
loga 2
loga x = loga b · logb x
a
b
loga b > 0 a, b
loga b < 0
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 270/359
loga : R+ → R
y = loga x
a > 1
limx→+∞
loga x = +∞
limx→0
loga x = −∞.
loga x
x
A > 0 loga x < −A
x
loga x
+∞ x → +∞
M > 0 loga x > M ⇔ x > aM
log10 x
x
y = ax
y = loga x
R2
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 271/359
R+ →
R
f : R+ → R
f (ax) = x
x ∈ R f (y) = loga y
y ∈ R+
x → ax
R R+
a > 0
f : R+ →
R
f (xy) = f (x) + f (y)
x, y ∈ R+
a > 0
f (x) = loga x
x ∈ R
+
f
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 272/359
f (1) = f (1 · 1) = f (1) + f (1)
f (1) = 0 a ∈ R
f (a) = 1
f
f (a) = 1 > 0 =
f (1) a > 1
m ∈ N
f (am) = f (a · a · . . . · a)
= f (a) + f (a) + · · · + f (a)
= 1 + 1 + · · · + 1 = m,
0 = f (1) = f (am · a−m)
= f (am) + f (a−m) = m + f (a−m),
f (a−m) = −m
r = m/n
m ∈ Z
n ∈ N
rn = m
m = f (am) = f (arn) = f ((ar)n) = n · f (ar)
f (ar) = m
n = r
x ∈ R
r, s
r < x < s ⇒ ar < ax < as ⇒ f (ar) < f (ax) < f (as) ⇒ r < f (ax) < s.
r
x
f (ax)
s
x
f (ax) f (ax) = x x ∈ R
f (y) = loga y
y > 0
g : R+ → R
g(xy) = g(x) + g(y),
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 273/359
g(1) = 0 1 < 2
g(2) = b > 0
f : R+ → R f (x) =
g(x)/b f (2) = 1
f (x) = log2 x
x > 0
x > 0
x = 2f (x) = 2g(x)/b = (21/b)g(x) = ag(x),
a = 21/b
loga
ag(x) = x g(x) = loga x
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 274/359
MA 11 - Unidade 17
Logaritmos Naturais
Semana de 06/06 a 12/06
Recomendacoes gerais
Nos cursos superiores, principalmente nas disciplinas de Calculo, lidamos bastante com o numero
e e com as funcoes logaritmo e exponencial com esta base. Entretanto, esses conceitos sao pouco
explorados no Ensino Medio. Mesmo assim, devido ao seu papel central na teoria de exponenciais e
logaritmos, o conhecimento desses conceitos e importante para o professor de Matematica. Por isso,
nesta Unidade e na proxima, vamos rever algumas das principais ideias sobre logaritmos e exponenciais
de base e.
Nesta Unidade, construiremos a funcao logaritmo natural com base na area determinada por uma
hiperbole (pp. 1-6). Em seguida, mostraremos que o numero e, base desse logaritmo, coincide com o
limite de certa sequencia (pp. 7-10).
Em primeiro lugar, consideramos a funcao f : R+ → R definida por f (x) = AREA H x1 , isto e, a
funcao que a cada x > 0 associa a area (orientada) determinada entre a hiperbole x y = 1 e o eixo
horizontal, entre 1 e x. Mostramos que esta funcao satisfaz a propriedade algebrica:
f (xy) = f (x) + f (y)
Portanto, gracas a caracterizacao demonstrada na Unidade anterior, temos certeza de que esta e
uma funcao logarıtmica, que chamaremos de logaritmo natural e denotaremos por ln. Isto e, existe
algum numero real, que chamaremos de e, tal que:
f (x) = loge x = ln x
Esta sera para nos a definicao do numero e. Em particular, decorre daı que f (e) = 1; portanto
e e o numero tal que a area da regiao limitada entre a hiperbole x y = 1 e o eixo horizontal, para
1 ≤ x ≤ e, e igual a 1.
Resta entender melhor que numero e este. Podemos mostrar que e e um numero irracional e, alem
disso, transcendente. Isto significa que e nao e raiz de nenhum polinomio com coeficientes inteiros – em
particular, o numero e nao admite representacao por meio de radicais. No entanto, essas demonstracoes
fogem ao escopo deste curso (para saber mais, veja [2]).
Nesta Unidade, mostramos que o numero e, definido como a base do logaritmo natural, coincide
com o limite:
limn→+∞
1 +
1
n
n
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 275/359
Em particular, esta sequencia nos fornece aproximacoes racionais para o numero e. A demonstracao
deste fato baseia-se na observacoes de propriedades geometricas da area sob a hiperbole. A partir daı,
obtemos ainda outros limites importantes:
limx→0
(1 + x)1
x = e limn→+∞
1 +
α
n
n
= eα ∀α ∈ R
Exercıcios recomendados
Propomos o seguinte exercıcio extra.
1. Use o limite limn→+∞
1 + 1
n
n
= e para obter aproximacoes sucessivas para o numero e.
2. As aproximacoes para o numero e sugeridas no exercıcio anterior podem ser feitas com ajuda de
uma planilha eletronica.
(a) Preencha a coluna A da planilha com a sequencia crescente dos numeros naturais ate 10.
Em seguida, escreva nas primeiras celulas das colunas B e C, respectivamente, =1+1/A1
e =B1∧A1. Arraste essas celulas ao longo das colunas, ate o final das celulas preenchidas
na coluna A. De que numero os valores encontrados na coluna C estao se aproximando?
Justifique sua resposta.
(b) Podemos repetir a experiencia do item anterior, aumentando a velocidade de convergencia.
Para isto, repita a numeracao da coluna A, e escreva nas primeiras celulas das colunas B, C
e D, respectivamente: =10∧A1, =1+1/B1 e =C1∧B1. Arraste essas celulas ao longo
das colunas, ate o final das celulas preenchidas na coluna A. De que numero os valores
encontrados na coluna C estao se aproximando? Agora, estenda a numeracao da coluna A
ate 20 e arraste as demais coluna ate essa posicao. O comportamento dos numeros que
aparecem na coluna D e o esperado? Explique o ocorrido.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 276/359
Para saber mais
Abaixo, indicamos algumas referencias de pesquisas futuras para aqueles que se interessarem em
se aprofundar nos temas tratados nesta aula. Esses aprofundamentos nao sao prioritarios e nao serao
cobrados nas avaliacoes unificadas.
[1] Eves, H. Introducao a Hist oria da Matematica
[2] Figueiredo, D.G. N´ umeros Irracionais e Transcedentes
[3] Lima, E.L. Curso de Analise , vol. 1
[4] Lima, E.L. Logaritmos
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 277/359
k > 0
T = T k : R2 → R2
(x, y) ∈ R2
T (x, y) = (kx,y/k) (x, y) k
k
X
b
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 278/359
a
T
X = T (X )
kb
a/k
X X = T (X )
T
F
F =
T (F ) F
k
1/k
F F
F
F
F
T
F
T −1
F
T (x, y) =
(2x,y/2
T
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 279/359
H = {(x, 1/x); x > 0}
xy = 1 H
h : R+ → R
h(x) = 1/x
a, b ∈ R
+
H ba (x, y)
x
a
b
0 y 1/x
H ba x = a
x = b
H
T = T k : R2 → R
2
H ba H bkak
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 280/359
T
k > 0
H ba H bkak
−
a < b
b < a
a = b
H ba,
0
H ba
H ba
H ba a < b
H ba −
H ba b < a
H aa
a < b < c
H ba
H cb H ca
H ba − H ab
H ba
H cb H ca
a b c, a c b, b a c, b
c a, c a b c b a
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 281/359
f : R+ → R
x > 0
f (x) = H x1
ln x
ln x
−
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 282/359
f (x) > 0 ⇔ x > 1;f (x) < 0 ⇔ 0 < x < 1;
f (1) = 0;
f
x, y ∈ R
+
f (xy) H xy1 H x1 H xyx
H xyx
H y1 f (xy)
H x1
H y1
f (xy) = f (x) + f (y).
e
f (x) = loge x
x ∈ R
+
ln x loge x ln x
x
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 283/359
e
H e1 = 1
e
e = 2, 718281828459
e
e
(1 + 1
n)n
n
(1 + 1
n)n
n ∈ N
n
e
H
e
1 = 1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 284/359
x
1
1+x
H 1+x1
x
x > 0
x
1 + x < ln (1 + x) < x.
x
1
1 + x <
ln (1 + x)
x < 1.
x = 1
n
n
n + 1 < ln
1 +
1
n
n
< 1,
e n
n+1 <
1 + 1
n
n
< e,
n ∈ N
n
nn+1
e
n
n+1
e
limn→∞
1 + 1
nn
= e.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 285/359
e = lim
n→∞(l + 1
n)n
(∗) 1
1 + x <
ln (1 + x)
x < 1,
x > 0 −1 < x < 0
−x > 0 1 + x > 0
ln(1 + x)
−x
H 11+x
1/(1 + x)
−x < − ln(1 + x) < − x
1 + x
.
−x
(∗∗) 1 < ln (1 + x)
x <
1
1 + x.
1
1 + x < ln(1 + x)
1
x < 1 1 < ln(1 + x)1
x < 1
1 + x,
e 1
1+x < (1 + x)1
x < e
e < (1 + x)1
x < e 1
1+x ,
x > 0
−1 < x < 0
(∗ ∗ ∗) limx→0
(1 + x)1
x = e
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 286/359
(1+x)1
x
e
x x
> 0 < 0
(1+x)1
x
e
x
x = α
n
1
x = n
α
x → 0
n → ∞
limn→∞
1 + α
n
n = lim
n→∞
(1 + α
n)α
n
α = lim
x→0
(1 + x)
1x
α = eα
eα = limn→∞
1 +
α
n
n
,
α ∈ R
1
e = lim
n→∞
1 −
1
n
n
.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 287/359
MA 11 - Unidades 18 e 19
Funcao Exponencial na Base e
Semana de 13/06 a 19/06
Recomendacoes gerais
Na Unidade anterior, iniciamos os estudos sobre o numero e e as funcoes logaritmo e exponencial
com esta base, definindo o numero e como a base do logaritmo natural, e provando que:
limn→+∞
1 +
1
n
n
= e , limn→+∞
1 +
x
n
n
= ex ∀x ∈ R
Nesta Unidade, damos continuidade a estes estudos. Comecamos observando um exemplo em que
o numero e (ou as exponenciais de base e) aparece em um problema de juros (pp. 1-3). Considere uma
aplicacao financeira que rende juros α em certo perıodo de tempo (por exemplo, um ano). Suponha
que esta aplicacao seja de tal forma que, cada vez que o investidor faz uma retirada antes do final do
perıodo, ele recebe uma fracao da quantia que receberia ao final do perıodo, proporcional ao tempo de
aplicacao (como se a aplicacao rendesse juros simples dentro do perıodo). Neste caso, quanto mais o
investidor resgata e re-aplica imediatamente a quantia retirada, maior sera o total acumulado ao final
do perıodo (pois juros simples rendem mais que juros compostos para perıodos da aplicacao menores
que 1, como mostra o exercıcio 1). Entretanto, o valor acumulado nao aumenta indefinidamente – arazao entre este valor e o investimento inicial se aproxima e e limitado superiormente por eα. Podemos
dizer que eα corresponde a taxa de juros compostos continuamente acumulados, em uma situacao
limite (se fosse possıvel resgatar e re-aplicar a cada instante).
Na segunda parte da Unidade, mostramos que a derivada de uma funcao exponencial e proporcional
a propria funcao (pp. 4-7). Esta propriedade e responsavel pela grande importancia da funcao expo-
nencial para a modelagem de fenomenos em que a taxa de crescimento de uma grandeza e proporcional
ao seu proprio valor. Ha muitos exemplos de fenomenos com esta propriedade, na fısica e em outras
ciencias.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 288/359
Exercıcios recomendados
Propomos os seguintes exercıcios extras.
1. Considere uma aplicacao que rende juros α > 0 em uma unidade tempo T = 1 (por exemplo,
um mes, um ano, etc.). Isto e, se uma quantia c0 e investida nesta aplicacao pelo perıodo T ,
entao o valor resgatado sera c = c0(1 + α). Suponha que um investidor resgate a quantia c0 em
um tempo t < T .
(a) Qual sera o valor resgatado se a aplicacao rende juros simples para t < T ?
(b) Qual sera o valor resgatado se a aplicacao rende juros compostos para t < T ?
(c) Em qual das duas opcoes acima o investidor resgatara um valor maior?
(d) A conclusao do item anterior tambem e valida para t > T ?
2. Nesta secao, provamos que a derivada de uma funcao exponencial e proporcional ao valor da
propria funcao. Voce acha que a recıproca desta afirmacao e verdadeira? Isto e, e verdade que
se a derivada de uma funcao e proporcional ao proprio valor da funcao, entao esta e uma funcao
exponencial? Que ferramentas matematicas sao necessarias para responder esta pergunta?
Nos proximos exercıcios ofereceremos um esboco da prova da irracionalidade do numero e. A
prova so nao estara completa, pois admitiremos no exercıcio 3 alguns fatos, sem prova, que
podem ser demonstrados em um primeiro curso de Calculo Diferencial e Integral.
3. A funcao exponencial possui uma representacao em series de potencias
ex = 1 + x + x2
2! + · · · +
xn
n! + · · · ,
onde a serie da direita converge para ex, para todo numero real x. Esta e a chamada serie de
Taylor da funcao ex. Em particular,
e = 1 + 1 + 1
2!
+ · · · + 1
n!
+ · · · .
Para explicarmos esta afirmacao, considere a sequencia de polinomios:
S n(x) = 1 + x + x2
2! + · · · +
xn
n!.
O que se prova e que S n(x) aproxima ex, com erro estimado pela formula:
0 < ex − S n(x) = rn+1(x)
(n + 1)! <
exxn+1
(n + 1)!, para todo x > 0.
Existe uma formula que estima o erro quando x < 0, mas que nao vem ao caso escrever.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 289/359
Como 0 < e < 3, deduzimos, para x = 1, que 0 < rn(1) < 3, ja que
0 < rn(1)
n! <
e
(n)! <
3
(n)!.
Calcule, com o auxılio de uma calculadora, um valor aproximado de e com erro menor do que
10−4.
4. Prova da irracionalidade de e.
Suponha por absurdo que e = p
q . Escreva esta fracao na forma m
n, onde m = 3 p e n = 3q (o
contrario de tomar uma fracao reduzida). Aproximando e = e1 por S n−1(1), com o valor de n
acima (=3q), podemos escrever
m
n = e = 1 + 1 +
1
2! + · · · +
1
(n − 1)! +
rn(1)
n! ,
onde 0 < rn(1) < 3. Explicitando o valor de rn(1), obtemos que
rn(1) = n!m
n − n!
1 + 1 +
1
2! + · · · +
1
(n − 1)!
e um numero inteiro, diferenca de dois numeros inteiros. O primeiro numero e multiplo de m e
o segundo e multiplo de n. Portanto, rn(1) e um inteiro multiplo de 3, o que e uma contradicao
com o fato de 0 < rn(1) < 3.
5. Com extamente a mesma ideia, mostre que e2 e irracional. Este argumento pode ser generalizado
para mostrar que er, com r um numero natural, e irracional.
Observacao: E valida a seguinte generalizacao do ultimo fato acima estabelecido:
Para todo polinˆ omio P (x), nao constante, com coeficientes n´ umeros racionais, o n´ umero P (e)
e irracional.
Esta afirmacao e equivalente ao fato de e ser um numero transcendente, o que se constitui num
teorema cuja demonstracao esta bem alem do material exposto neste curso.
Para saber mais
Abaixo, indicamos algumas referencias de pesquisas futuras, para aqueles que se interessarem em
se aprofundar nos temas tratados nesta aula. Esses aprofundamentos nao sao prioritarios e nao serao
cobrados nas avaliacoes unificadas.
[1] Eves, H. Introducao a Hist oria da Matematica
[2] Figueiredo, D.G. N´ umeros Irracionais e Transcendentes
[3] Lima, E.L. Curso de Analise , vol. 1
[4] Lima, E.L. Logaritmos
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 290/359
e
e
e
H e1
(1 + 1n)n n
x → ex
e
ex = limn→∞(1 + x
n)n
y = ex
H
y
1
x
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 291/359
f (x) = beαx
e
c0
k
α = k/100
1 + α
c0(1 + α)
c0 · α
c0(1+ α
2)
c0(1+α)
c0(1+ α2
)2
(1 + α2
)2 > 1 + α
(1 + α12
)12
α = k/100
(1+ α2
)2 < (1+ α12
)12
n
c0 · limn→∞
1 +
α
n
n
= c0 · eα.
n ∈ N
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 292/359
e
α > 0
1 + αn
n
<
1 + αn + 1n+1
(1 + αn
)n
eα
t > 0
c0 t
α
t
c0(1 + αt) [0, t]
n
n
t
c0(1 + αtn )n n
c(t) = c0eαt = c0 · limn→∞
1 +
αt
n
n
c0
t
α = k/100
100%
e
f (t) = c · eαt
f (t) = c · at
a = eα
α = ln a
b
f (t) = c · bβt
β = α
ln b.
f (t) = c·
2βt
β = α/ ln 2
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 293/359
f (x) =
b · eαx e
b = f (0)
α
f
f
x, x + h
f (x + h) − f (x)h
.
(x, f (x)) (x + h, f (x + h))
f
f (x) = beαx
f (x + h) − f (x)
h = beαxeαh − 1
h = f (x) ·
eαh − 1
n .
f
x
[f (x + h)−
f (x)]/h
h
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 294/359
e
f
x
f (x)
[f (x + h)− f (x)]/h
h
f (x)
f
x
f (x)
f
x
f (x) > 0
f (x + h) > f (x)
h
f (x) < 0
f (x + h) < f (x)
h
f (x)
f
x
f (x) = beαx
α · f (x)
x
α
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 295/359
c(t) = c0 ·
eαt t0
h [c(t0 + h) −
c(t0)]/h ∼= α · c(t0) c(t0 + h) − c(t0) = c(t0) · αh
f (x) = b · eαx
limh→0
eh − 1
h = 1.
H e
h
1
h
(eh − 1)/eh
eh − 1
eh−
1eh
< h < eh − 1.
h > 0
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 296/359
e
eh − 1
1
eh < h
eh − 1 < 1, h > 0.
h → 0
eh
limh→0[h/(eh − 1)] = 1
limh→0
eh − 1
h = 1.
h → 0
limh→0
ex+h− ex
h = ex lim
h→0
eh − 1
h = ex
limh→0
eα(x+h)− ex
h = eαx lim
h→0
eαh − 1
h = α · eαx · lim
h→0
eαh − 1
αh
k = αh h → 0 ⇔ k → 0
limh→0
eα(x+h)− ex
h = α · eαx · lim
h→0
ek − 1
k = α · eαx.
f (x) = eαx
f (x) = α ·f (x)
f (x) f
α
f (x) = b · eαx
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 297/359
MA11 - Unidade 20
Atividade Especial
Semana de 20/06 a 26/06
Reservamos esta semana para propor uma revisão geral dos conceitos
estudados até agora neste curso. Desta forma, você terá a oportunidadede esclarecer eventuais dúvidas e refazer os exercícios mais importantes.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 298/359
2 Unidade 20
Nas Unidades 1 e 2, enfocamos os conceitos básicos relacionados com
conjuntos e funções. Ao rever essas ideias, certifique-se de enten-
der claramente os significados precisos dos termos usados na linguagem
matemática formal. Reveja as formulações, em termos desta linguagem
formal, das operações e relações entre conjuntos (reunião, interseção,
inclusão) e dos conceitos fundamentais de funções (injetividade, sobreje-
tividade, funções inversas). Ao rever os exercícios dessas unidades, re-
flita sobre a importância de cada um dessas ideias para o Ensino Médio
e as adaptações necessárias da linguagem matemática formal associada.
Reveja também o conceito de conjunto infinito e as diferenças entre aspropriedades de conjuntos finitos e de conjuntos infinitos. Em particular,
atente para o fato de que o conceito de infinito não pode ser interpretado
com “um número muito grande”.
As Unidades 3 a 6 tratam do conceito de número real e suas pro-
priedades fundamentais. Reveja cuidadosamente a distribuição dos nú-
meros racionais e dos números irracionais na reta real. Recapitule tam-
bém a estrutura da representação decimal dos números reais, com especial
atenção para o fato de que um número é racional se, e somente se, ad-mite representação decimal periódica, e nos processos de conversão entre
representações na forma de fração e decimal. De forma geral, reflita so-
bre as diferenças conceituais entre a construção do conjunto dos números
reais (isto é, a extensão de Q para R) e as construções dos conjuntos
numéricos anteriores, bem como sobre as consequentes dificuldades para
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 299/359
Atividade Especial 3
a introdução dos conceitos de número irracional e de número real na
Educação Básica. Discuta com seus colegas as abordagem pedagógicas
adequadas para introduzir esses conceitos no Ensino Fundamental e no
Ensino Médio, com base nas questões discutidas nessas unidades.
As Unidades 7 a 8 tratam de gráficos de funções reais e de funções
afins. Antes de mais nada, é importante chamar atenção para a estru-
tura do sistema cartesiano: os pontos no plano são identificados por
meio de suas coordenadas. Este sistema de identificação não apresenta
ambiguidades, isto é, estabelece uma bijeção entre os pontos no plano e
os pares ordenados de números reais. Consequentemente, conjuntos no
plano podem ser identificados por meio de relações algébricas entre suas
coordenadas, que podem ser igualdades, desigualdades, ou sistemas de
igualdades ou desigualdades. Em particular, este é o princípio básico da
construção de gráficos cartesianos de funções reais de variável real. Re-
flita sobre atividades e estratégias pedagógicas com o objetivo de deixar
essas ideias claras para os alunos no Ensino Fundamental e no Ensino
Médio.
Com relação às funções afins, sugerimos que você reveja a caracteri-zação com base na ideia de variação. As funções afins são aquelas tais
que uma variação dada na variável independente corresponde à mesma
variação na variável dependente, isto é, a variação da variável depen-
dente depende apenas da variação da variável independente, e não de
seus valores. Esta ideia é importante e pouco explorada na Educação
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 300/359
4 Unidade 20
Básica.
Nas Unidades 9 a 11, foram abordadas as funções quadráticas.
Uma propriedade particularmente importante dessas funções é o fato de
que podem ser escritas na chamada forma canônica :
f (x) = a (x− x0)2 + y0, onde x0 = −
b
2 a e y0 =
4 a c− b2
4 a .
Daí decorre grande parte das propriedades das funções quadráticas estu-
dadas no Ensino Médio: determinação das raízes, máximos e mínimos,
eixo de simetria vertical. Reveja também as propriedades geométricas
das funções quadráticas e sua importante aplicação ao movimento uni-
formemente variado.
Na Unidade 12, são generalizadas algumas das propriedades estu-
dadas anteriormente para funções polinomiais de grau superior. Uma
importante propriedade sobre a fatoração de polinômios , que é muito
usada no Ensino Médio para determinar raízes, é o fato de que um número
real α é raiz de uma função polinomial p : R → R se, e somente se, o
binômio x−α é fator de p(x). Reveja também, com atenção, as discussões
sobre a determinação de um polinômio a parir de certo número de valo-res dados, e sobre gráficos, em particular o comportamento assintótico de
funções polinomiais.
Finalmente, nas Unidades 14 a 19, estudamos as funções exponen-
ciais e logarítmicas. Em primeiro lugar, recomendamos que você reveja
com atenção a construção da função exponencial , particularmente as di-
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 301/359
Atividade Especial 5
ficuldades conceituais na extensão de expoentes racionais para reais. Ob-
serve a importância das propriedades de densidade estudadas no começo
deste curso para esta construção. Reveja também a definição da função
logarítmica como inversa da exponencial. Recapitule ainda as caracteri-
zações dadas para essas funções. Essas caracterizações estão fortemente
ligadas com as taxas de variações das funções exponenciais e logarít-
micas, e com suas relações com ordens de grandeza e com progressões
aritméticas e geométricas. Essas propriedades são importantes e pouco
exploradas no Ensino Médio.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 302/359
MA 11 - Unidades 21
Funcoes Trigonometricas
Semana de 27/06 a 03/07
Recomendacoes gerais
Nesta unidade, comecamos a preparar o estudo de funcoes trigonometricas e que sera desenvolvido
nas unidades seguintes. De forma similar ao que ocorre no caso dos logaritmos, trigonometria e certa-
mente um dos topicos cuja abordagem no Ensino Medio e mais artificialmente mistificada. Em primeiro
lugar, observamos que, em geral, a abordagem de trigonometria em livros didaticos e fortemente calcada
por uma quantidade excessiva de formulas (em muitos casos redundantes) e procedimentos memoriza-
dos, apresentados com interpretacao geometrica insuficiente.
Um segundo problema esta relacionado com os dois contextos matematicos fundamentais em que
a trigonometria e desenvolvida: a trigonometria no triangulo retangulo e a trigonometria no chamado
cırculo trigonometrico . No triangulo retangulo, o seno e o cosseno de um angulo agudo sao definidos
como razoes entre comprimentos de lados. Portanto, neste contexto, falamos de seno e cosseno de
angulos , definidos como razoes trigonometricas. No contexto do cırculo trigonometrico, tomamos
como referencia um cırculo unitario C , com centro na origem de um sistema de eixos cartesianos e
consideramos os angulos centrais que possuem um dos lados no eixo horizontal e o outro definido por
um segmento OB, em que B e um ponto sobre a circunferencia. Se B esta no primeiro quadrante,os angulos determinados sao agudos e tudo ocorre como no contexto das razoes trigonometricas no
triangulo retangulo. Como as hipotenusas dos triangulos medem uma unidade, o seno e o cosseno
corresponderao as medidas das suas projecoes sobre os eixos cartesianos. Existe uma correspondencia
entre os angulos centrais e os arcos correspondentes determinados por este angulos. Portanto, podemos
pensar que o seno e o cosseno dependem apenas do comprimento desses arcos – por isso, o radiano
aparece como um unidade natural no contexto das funcoes trigonometrica. Agora, podemos mover
livremente o ponto B sobre a circunferencia, obtendo angulos obtusos, dando mais de uma volta
completa no cırculo e andando no sentido negativo (horario). Desta forma, os conceitos inicialmente
construıdos, tendo o triangulo retangulo como referencia, sao estendidos e, assim, passamos a tratar deseno e cosseno de n´ umeros reais . Isto nos possibilita definir as func˜ oes trigonometricas , com domınio
em R. O problema e que esses dois contextos sao tratados de forma completamente estanque, sem
que as relacoes entre eles sejam explicitadas e devidamente esclarecidas. Isto pode ate mesmo causar
nos alunos a impressao de que, quando falamos de seno e cosseno no triangulo retangulo, ou no
cırculo trigonometrico, ou nas funcoes trigonometricas, estamos nos referindo a conceitos matematicos
inteiramente desconectados, que talvez “por acaso” tenham o mesmo nome.
Na Introducao da Unidade (pp. 1-6), tratamos da construcao das razoes trigonometricas no
triangulo retangulo. Antes de mais nada, e importante observar a importancia do conceito de seme-
lhanca para a boa definicao das razoes trigonometricas no triangulo retangulo (pp. 3-4). De fato, se
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 303/359
dois triangulos retangulos possuem um angulo agudo em comum, entao estes serao necessariamente
triangulos semelhantes. Portanto, as razoes entre seus lados correspondentes serao iguais. Isto nos
garante que o seno e o cosseno fiquem bem definidos , isto e, que seus valores dependam apenas do
angulo , e nao do triangulo retangulo escolhido. De forma geral, ao ler esta secao, procure atentar para
o fato de que todas as relacoes entre razoes trigonometricas sao na verdade expressoes algebricas de
propriedades geometricas envolvendo os triangulos retangulos, seus lados e angulos. Por exemplo, o
fato de que o seno de um angulo e igual ao cosseno de seu complementar e uma consequencia direta daLei Angular de Tales e das proprias definicoes das razoes trigonometricas. Chamar atencao para essas
interpretacoes geometricas, dando significado as relacoes algebricas, deve ser uma atitude permanente
no ensino de trigonometria na Educacao Basica. Ainda nesta secao, sao brevemente discutidos alguns
aspectos das origens historicas da trigonometria (pp. 1-2). Para saber mais, veja [1] ou [2].
Na secao 2. A Funcao de Euler e a Medida de Angulos (pp. 6-13), discutimos a construcao
do cırculo trigonometrico, por meio da funcao de Euler E : R → C , que enrola a reta no cırculo
a partir do ponto (1, 0) = E (0). Observe como o radiano surge naturalmente neste contexto como
uma unidade de medida linear de comprimento de arco (p. 9). Como ja observamos, o seno e o
cosseno sao representados geometricamente pelas projecoes do raio do cırculo nos eixos coordenados.
A partir daı, suas principais propriedades apresentam representacoes geometricas simples no cırculo
trigonometrico, como ilustramos na p. 13. O cırculo trigonometrico sera a base para a construcao das
funcoes trigonometricas, que sera feita na unidade a seguir.
Para saber mais
Abaixo, indicamos algumas referencias de estudos futuros para aqueles que se interessarem em se
aprofundar nos temas tratados nesta aula. Esses aprofundamentos nao sao prioritarios e nao serao
cobrados nas avaliacoes unificadas.
[1] Carmo, M.P.; Morgado, A.C., Wagner, E. & Pitombeira, J.B. Trigonometria e N´ umeros Com-
plexos
[2] Eves, H. Introducao a Hist oria da Matematica
[3] Lima, E.L. Curso de Analise , vol. 1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 304/359
c
α
r
c = 2r sen(α/2)
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 305/359
cos A
A
cos x
x
cos : R → R
a cos nx + b sen nx
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 306/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 307/359
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 308/359
a2 = b2 + c2,
ABC AB = c, AC = b BC = a
(cos B)2 + (sen B)2 = c2
a2 +
b2
a2 =
b2 + c2
a2 =
a2
a2 = 1.
cos2 B
sen2 B (cos B)2 (sen B)2
cos2 B + sen2 B = 1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 309/359
A1B1
AB
AB
A1B1 A1B1 = AB · cos α
α
AB
cos2 α + sen2 α = 1
α
cos α sen α
R
2
C
C =
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 310/359
{(x, y) ∈ R2; x2 + y2 = 1}
(x, y) ∈ C
−1 x 1
−1 y 1
cos : R → R sen : R → R
t
t
E : R → C
t
E (t) = (x, y)
• E (0) = (1, 0)
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 311/359
• t > 0
C
(1, 0) t
(1, 0) (0, 1)
C
E (t)
• t < 0
E (t)
C
|t
| (1, 0)
C
E : R→ C
C
0 ∈ R
(1, 0)
∈ C
t
E (t)
C
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 312/359
C 2π
t
2π E (t)
C
t ∈ R E (t + 2π) = E (t)
k ∈ Z
E (t + 2kπ) = E (t)
t ∈ R
t < t
R E (t) = E (t)
s
t
t
E (s)
C
E (t)
k
E (t) = E (t)
2kπ
t = t + 2kπ
E (s)
s
R
E (t) = E (t)
t = t + 2kπ
k
∈Z
t > t
k
∈N
t < t
k < 0
A = (1, 0) O = (0, 0) t ∈ R
B = E (t) A OB
t
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 313/359
•
B = E (t) t < 0
• A OB
2π
B = E (t) B = E (t + 2kπ)
k ∈ Z
1−2π
B = E (t)
B = E (t − 2π)
A = (1, 0) B
|t|
|t − 2π|
•
A OB
C
r
/r
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 314/359
•
A OB
2a/r2
a
AOB
r
a
AOB
n
n ∈ N
AOB
n
AOB
a
: a = c ·
c
c
r
a = πr2
= 2πr
πr2 = c · 2πr
c = r
2
a
AOB
a = r/2
r =
2a
r2.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 315/359
/r
A OB
2a/r2
a
AOB
r
G : R → C
G(0) = (1, 0)
s > 0 G(s)
(1, 0)
C
2π
360s
s < 0
G(s)
C
G : R→ C
E
G(t) = E ( 2π
360t)
t ∈ R
G(t) = G(t)
t = t + 360k
k ∈ Z
A = (1, 0)
O = (0, 0) B = G(s)
A OB
s graus
A OB
B = G(1)
2π/360
1/360
1◦ 1
2π 360
2π
360◦
1 = (360
2π )◦ ∼= 57, 3
.
180◦ = π 90◦ = π
2
E (t) = (x, y)
E (t +
π) = (−x,−y) E (t + π
2) = (−y, x)
E (−t) = (x,−y) E (π
2 − t) =
(y, x) E (π
−t) = (
−x, y).
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 316/359
E :
R→ C
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 317/359
MA 11 - Unidades 22
Funcoes Trigonometricas
Semana de 27/06 a 03/07
Recomendacoes gerais
Dando continuidade ao estudo da trigonometria no cırculo, iniciado na unidade anterior, discutire-
mos agora as definicoes das funcoes trigonometricas. Logo no inıcio da unidade (p. 1), sen t e cos t,
para t ∈ R qualquer, sao definidas com a abscissa e a ordenada de E (t), o ponto imagem de t pela
funcao de Euler (que “enrola” a reta real ao longo do cırculo). Portanto, seno e cosseno ficam definidas
como funcoes de R em R. Daı decorrem diretamente as principais propriedades destas funcoes, tais
como: a relacao fundamental sen 2x + cos2 x = 1, a periodicidade, o fato de que seno e uma funcao
ımpar e cosseno e uma funcao par, bem como as relacoes enunciadas na p. 3. O aspecto dos graficos
de seno e cosseno, esbocados na p. 3, tambem podem ser entendidos com base na analise do cırculo
trigonometrico. Nunca e demais lembrar que e de fundamental importancia enfatizar as interpretac˜ oes
geometricas dessas relac˜ oes e propriedades no cırculo trigonometrico , bem como construı-las como
generalizacao de propriedades previamente estabelecidas no contexto da trigonometria do triˆ angulo
retangulo .
O exemplo da p. 2 mostra que ser periodica e ser par ou ımpar sao propriedades que nao estao
associadas de forma geral, embora sejam compartilhadas pelas funcoes trigonometricas. Isto e, umafuncao pode ser periodica sem ser par ou ımpar, assim como pode ser par ou ımpar sem ser periodica.
E de se ressaltar ainda que, como observado na p. 5, a funcao arco tangente estabelece uma
correspondencia biunıvoca entre um intervalo aberto e limitado e a o conjunto dos reais. Decorre
daı o fato (que pode ser anti-intuitivo) de que qualquer conjunto intervalo limitado possui a mesma
cardinalidade da reta.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 318/359
Exercıcios recomendados
Propomos os seguintes exercıcios extras:
1. Na figura ao lado, os segmentos AD e OD representam,
respectivamente, tan x e sec x.
(a) Justifique a afirmacao acima.
(b) Qual e a interpretacao dos sinais de tan x e sec x na
figura ao lado?
(c) Faca uma figura analoga para representar cotan x e
cosec x, justificando a sua construcao.
2. A figura abaixo representa o grafico da funcao f 1 : R→ R, f 1(x) = x sen x, tracado no intervalo
[−20 π, 20 π ], juntamente com as retas y = x e y = −x.
(a) Explique por que o grafico de f 1 fica limitado entre
essas retas e indique todos os pontos em que o grafico
toca as retas.
(b) Considere a seguinte afirmacao: Os maximos e mıni-
mos locais da funcao f 1 ocorrem nos mesmos valores
de x que os da funcao seno. Esta afirmacao e ver-
dadeira? Justifique sua resposta.
(c) Como voce esperaria visualizar o grafico da funcao
f 2 : R → R, definida por f 2(x) = x2 sen x? Justi-
fique sua resposta.
3. Considere as g1, g2, g3 : R→ R definidas abaixo:
g1(x) =
sen
1
x
se x = 0
0 se x = 0
g2(x) =
x sen
1
x
se x = 0
0 se x = 0
g3(x) =
x2 sen
1
x
se x = 0
0 se x = 0
(a) Esboce os graficos de g1, g2 e g3.
(b) Mostre que, ∀ α ∈ [0, 1] existe uma sequencia (xn)n∈N tal que lim xn = 0 e lim g1(xn) = α.
Conclua que g1 e descontınua em x = 0.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 319/359
(c) As funcoes g2 e g3 sao contınuas em x = 0? Justifique sua resposta.
(d) Mostre que o limite abaixo existe e determine seu valor:
limh→0
g2(h)
h
Conclua que em g2 e diferenciavel em x = 0.
4. Considere as funcoes u, v : R→ R definidas por u(x) = sen(10x) e v(x) = 10 senx.
(a) Esboce os graficos de u e de v.
(b) As funcoes u e v sao periodicas?
5. A figura abaixo representa o grafico da funcao w : R+ → R dada por w(x) = sen (log x),
tracado em um programa de computador para 0 < x < 10.
(a) Nesta figura, voce pode visualizar uma raiz real de w . Esta e a menor raiz da funcao? Caso
nao seja, encontre uma janela grafica em que seja possıvel visualizar uma raiz de w menorque aquela que voce enxerga na tela acima.
(b) Determine, se possıvel, a menor raiz positiva de w.
(c) Voce conseguiria encontrar uma janela grafica na qual seja possıvel visualizar, simultanea-
mente, duas raızes de w?
6. Considere a funcao f : R → R definida por f (x) = sen(a x) + sen(b x), em que a e b sao
constantes reais.
(a) Mostre que, se a e b sao racionais, entao f e periodica.
Sugestao: mostre que o perıodo de sen(a x) e 2 π
a .
(b) A recıproca da afirmacao do item anterior e verdadeira? Justifique sua resposta.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 320/359
Para saber mais
Abaixo, indicamos algumas referencias para estudos futuros para aqueles que se interessarem em
se aprofundar nos temas tratados nesta aula. Esses aprofundamentos nao sao prioritarios e nao serao
cobrados nas avaliacoes unificadas.
[1] Carmo, M.P.; Morgado, A.C., Wagner, E. & Pitombeira, J.B. Trigonometria e N´ umeros Com-
plexos
[2] Lima, E.L. Curso de Analise , vol. 1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 321/359
cos : R → R sen : R → R
t ∈ R
E (t) = (cos t, sen t).
x = cos t
y = sen t
E (t)
t ∈ R
cos2
t + sen2
t = 1.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 322/359
f : R → R
T = 0
f (t + T ) = f (t) t ∈ R
f (t+kT ) = f (t) t ∈ R k ∈ Z
T > 0 f (t + T ) = f (t)
t ∈ R
f
2π
f : R → R
f (−t) = f (t) t ∈ R
f (−t) = −f (t)
t ∈ R
f
f : R → R
f (k) = 0 k ∈ Z
f (k + α) = α 0 α < 1
k ∈ Z
f
g : R → R
g(t) = tn
n ∈ N
n
n
t ∈ R
E (t) = (cos t, sen t)
E (−t) = E (cos(−t), sen(−t)).
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 323/359
E (t) = (x, y)
E (−t) = (x,−y) cos(−t) = cos t
sen(−t) =
− sen t t ∈ R
t ∈ R
cos(t + π) = − cos t, sen(t + π) = − sen t,
cos(t + π
2
) = − sen t, sen(t + π
2
) = cos t,
cos(π
2 − t) = sen t, sen(
π
2 − t) = cos t,
cos(π − t) = − cos t, sen(t + π) = sen t.
y = cos x
y = sen x
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 324/359
t
sen t = 0, cos t = 0,
sen t = 1, cos t = 1,
sen t = −1, cos t = −1,
sen t = cos t,
sen t = 1
2 , cos t = 1
2
x = sen x/ cos x
x = cos x/ sen x
sec x = 1/ cos x
x = 1/ sen x
x =
sen x/ cos x
π/2 cos x = 0
x =
(2k + 1) π
2 = k + π
2
k ∈ Z
x →
x
(kπ − π
2, kπ + π
2)
k ∈ Z
(−π
2, π2
)
x →
x
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 325/359
π
R
R
π
π (x + π) =
x
x
(−π
2, π2
)
: (−π
2, π2
) → R
: R →
(−π
2, π2
) R
(−π
2, π2
)
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 326/359
P = (x, y)
R2
x = 0
α
−−→OX
OP
y
x =
α.
P
y = ax +b
a
α
−−→OX
x1 = x2
y1 = ax1 + b, y2 = ax2 + b,
a = y2 − y1x2 − x1
= α.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 327/359
MA 11 - Unidades 23
Funcoes Trigonometricas
Semana de 04/07 a 10/07
Recomendacoes gerais
Nesta Unidade, estabelecemos as conhecidas formulas para seno e cosseno da soma de dois arcos.
Um roteiro mais detalhado para a demonstracao da p. 2 e proposto no exercıcio 1 e uma prova
alternativa e proposta no exercıcio 2, a seguir. Uma aplicacao importante dessas formulas e a formula
para a transformacao de rotacao no plano (p. 4).
Outra aplicacao apresentada e a parametrizacao racional da circunferencia unitaria (pp. 5-6). Paraentender bem a construcao dessa parametrizacao, observe que a identidade enunciada no comeco da
p. 5:
1 − x2
1 + x2
2
+
2 x
1 + x2
2
= 1
e de verificacao direta. Daı decorre que
1−x2
1+x2
2
e 2 x
1+x2
2correspondem as coordenadas de algum
ponto pertencente ao cırculo unitario. Portanto, para cada x ∈ R existe um angulo β tal que cos β =
1−x
2
1+x2
2
e sen β = 2 x
1+x2
2. Por outro lado, existe um unico angulo α, −π
2 < α < π
2 tal que tan α = x.
Podemos mostrar por meio de argumento algebrico que β = 2 α (ver exercıcio 3, a seguir). Finalmente,
o argumento da p. 6 explica uma interpretacao geometrica para esta parametrizacao.
Exercıcios recomendados
Propomos os seguintes exercıcios extras.
1. Na p. 2 desta Unidade, e apresentada uma demonstracao para as formulas de cosseno e seno
da soma de dois arcos. Nessa demonstracao, sao dados os angulos α e β os pontos A sao
B determinados por construcao : primeiro, determinamos B como o (unico) ponto tal que
CB⊥ OB ; em seguida, determinamos A como o ponto tal que ABC e um triangulo retangulo
em A. Diretamente das definicoes de cosseno e seno, segue que: OA = cos(α+β ); OB = cos β ;
BC = sen β . Neste exercıcio, propomos que voce complete os detalhes dos demais passos que
levam a prova das duas formulas.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 328/359
(a) Justifique por que podemos afirmar que C = α.
(b) Qual e a razao entre as medidas de AB e BC ? Justifique sua resposta.
(c) Conclua que AB = sen α · sen β .
(d) Qual e a razao entre as medidas de AC e BC ? Justifique sua resposta.
(e) Use o item anterior e a semelhanca dos triangulos A BC e OBB para concluir que OB =
cos α · cos β .
2. Considere dois angulos α e β , 0 < α, β < π
2. Na figura abaixo, vemos o cırculo unitario. Os
pontos A, B, C e D sao tais que α = AOB, β = BOC = AOD.
(a) Escreva as coordenadas de A, B, C e D.
(b) Qual e a relacao entre os triangulos AOC e BOD?
(c) Determine AC , em funcao das coordenadas de A e C .
(d) Determine BD, em funcao das coordenadas de B e D.
(e) Use os ıtens anteriores para obter a formula para
cos(α + β ).
3. (a) Mostre que:
1 − tan2 α
1 − tan2 α = cos2 α − sen 2α
2 tan α
1 − tan2 α = 2 sen α cos α
(b) Explique por que, a partir daı, podemos concluir que, se α e β sao tais que:
1 − tan2 α
1 − tan2 α = cos β
2 tan α
1 − tan2 α = sen β
entao β = 2 α (como afirmado na p. 5 desta Unidade).
4. Obtenha formulas para tan(α + β ) e para sec(α + β ), em funcao de tan α e tan β .
5. Use as formulas de seno e cosseno da soma para determinar os senos e cossenos dos seguintes
angulos (medidos em radianos): π
8 ,
π
12 ,
3 π
8 ,
5 π
12 .
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 329/359
Para saber mais
Abaixo, indicamos algumas referencias de estudos futuros para aqueles que se interessarem em se
aprofundar nos temas tratados nesta aula. Esses aprofundamentos nao sao prioritarios e nao serao
cobrados nas avaliacoes unificadas.
[1] Carmo, M.P.; Morgado, A.C., Wagner, E. & Pitombeira, J.B. Trigonometria e N´ umeros Com-
plexos
[2] Lima, E.L. Curso de Analise , vol. 1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 330/359
cos(α + β ) sen(α + β )
cos α cos β
sen α sen β
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 331/359
CB
⊥ OB
OA = cos(α + β ),
OB = cos β,
BC = sen β,
AB = AB = sen α · senβ
OB = cos α · cos β.
OA = OB − AB = cos α · cos β − sen α · sen β.
cos(α + β ) = cos α · cos β − sen α · sen β.
−β
β
cos(−
β ) = cos β
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 332/359
sen(−β ) = − sen β
cos(α − β ) = cos α · cos β + sen α · sen β.
sen(π
2 + t) = cos t
cos(π
2 + t) = − sen t,
cos(α + β )
sen(α + β ) = − cosπ
2 + α + β
= − cosπ
2 + α
cos β + sen
π
2 + α
sen β,
sen(α + β ) = sen α · cos β + sen β · cos α.
sen(α − β ) = sen α · cos β − sen β · cos α.
cos2α = cos2 α − sen2 α sen2α = 2 sen α · cos α.
A = (x, y)
A = (x, y) θ
R2
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 333/359
α
OX
OA
r = OA
r = OA
x = r · cos α, y = r · sen α, x = r · cos(α + θ), y = r · sen(α + θ).
x = r cos α · cos θ − r sen α · sen θ = x cos θ − y sen θ,
y = r cos α · sen θ + r sen α · cos θ = x sen θ + y cos θ.
θ
T : R2
→ R2
T (x, y) = (x cos θ − y sen θ, x sen θ + y cos θ).
cos α sen α
α
2
C
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 334/359
x
1 − x2
1 + x2
2
+ 2x
1 + x2
2
= 1.
x ∈ R
C
β
x
α ∈ (−π
2, π
2)
α
β
1 −
2α
1 +
2α = cos β
2 α
1 +
2α = sen β
β = 2α
cos2α sen2α
α
sen α/ cos α
1 −
2α
1 +
2α = cos 2α
2 α
1 +
2α = sen 2α.
cos α =
1 −
2 α
2
1 +
2α
2, sen α =
2
α
2
1 +
2 α
2.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 335/359
B = (cos α, sen α)
A P B
α = A OB
tan α
2
P B
P = (−1, 0)
P
α
2 (−π/2, +π/2)
π
2
B = (cos α, sen α)
P
x → 1 − x2
1 + x2
, 2x
1 + x2
C
x ∈ Q
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 336/359
MA 11 - Unidades 24
Triangulos
Semana de 04/07 a 10/07
Recomendacoes gerais
Concluindo o estudo de trigonometria e funcoes trigonometricas, nesta unidade estabelecemos a
Lei dos Cossenos (pp. 1-3) e a Lei dos Senos (pp. 1-4). Ambas as leis correspondem a relacoes
envolvendo lados e angulos de um triangulo qualquer. A Lei dos Cossenos pode ser considerada como
uma generalizacao do Teorema de Pitagoras para triangulos nao necessariamente retangulos. A Lei
dos Senos estabelece uma proporcionalidade entre os lados de um triangulo e os senos de seus angulos
opostos. Essas leis nos permitem determinar todos os elementos (lados e angulos de um triangulo) em
situacoes em que sao conhecidos alguns destes, como mostramos nas pp 5-7.
Exercıcios recomendados
Propomos os seguintes exercıcios extras.
1. No problema proposto nas pp. 5-7, sao apresentadas algumas situacoes em que o fato de serem
conhecidos alguns elementos de um triangulo dado permite-nos determinar todos os demais, por
meio da aplicacao da Lei dos Cossenos ou da Lei dos Senos. Voce observa alguma analogia entre
essas situacoes e os assim chamados “casos de congruencia de triangulos”? Essa analogia nao
e casual. Cada um dos casos de congruencia de triangulos estabelece um conjunto de condicoes
mınimas suficientes para um triangulo fique determinado, isto e, condicoes que garantam que
nao possa existir outro triangulo satisfazendo essas mesmas condicoes que nao seja congruente
ao triangulo dado. De forma analoga, em cada uma das situacoes do problema das pp. 5-7 sao
dadas condicoes suficientes para o que o triangulo dado fique (unicamente) determinado.
Na mesma linha desse problema, considere um triangulo ABC , com lados a, b e c e vertices
respectivamente opostos A, B e C .
(a) Se sao dados o lado a e o angulo A, voce espera ser capaz de determinar os demais elementos
do triangulo por meio da Lei dos Cossenos e/ou da Lei dos Senos? Justifique sua resposta.
(b) Se sao dados os lados a, b e c (satisfazendo as condicoes de existencia de triangulos) e
o angulo A (com uma medida qualquer), voce espera ser capaz de determinar os demais
elementos do triangulo por meio da Lei dos Cossenos e/ou da Lei dos Senos? Justifique
sua resposta.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 337/359
Para saber mais
Abaixo, indicamos algumas referencias de estudos futuros para aqueles que se interessarem em se
aprofundar nos temas tratados nesta aula. Esses aprofundamentos nao sao prioritarios e nao serao
cobrados nas avaliacoes unificadas.
[1] Carmo, M.P.; Morgado, A.C., Wagner, E. & Pitombeira, J.B. Trigonometria e N´ umeros Com-
plexos
[2] Lima, E.L. Curso de Analise , vol. 1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 338/359
ABC a,b,c BC AC
AB
h = AP
A
BC
P BC
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 339/359
x = BP = c ·cos B
ABP
AP C
c2 = h2 + x2,
b2 = h2 + (a − x)2 = h2 + x2 + a2− 2ax
= h2 + x2 + a2− 2ac · cos
B.
b2 = a2 + c2 − 2ac · cos B.
x = BP = c · cos(π −
B) = −c · cos B
cos B < 0 −c · cos B
AP B AP C
c2 = h2 + x2,
b2 = h2 + (a + x)2 = h2 + x2 + a2 + 2ax
= h2 + x2 + a2− 2ac · cos B.
b2
= a2
+ c2−
2ac ·
cos B.
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 340/359
B
a2 = b2 + c2 − 2bc · cos A
c2 = a2 + b2 − 2ab · cos
C.
h = c · sen B = b · sen C,
b
sen B=
c
sen C
.
h = b · sen C
h = c · sen(π − B) = c · sen B,
b
sen B = c
sen C .
B
AC
a
sen A = c
sen C .
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 341/359
asen A = b
sen B = csen C
.
a/ sen
A
ABC
OP
BC
OBC
C OB
2 A
C OP = A
a
2 = r sen A
a
sen A = 2r =
ABC
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 342/359
ABC a,b,c
A,B,C
a,b,c
a
2
= b
2
+ c
2−
2bc cos A,
cos A = b2 + c2 − a2
2bc
A
B
C
A +
B +
C = 2
a b c
c < a + b
a, b
C
c
c =
a2 + b2 − 2ab cos C,
A, B
c
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 343/359
C
A + B + C = 2
a
a/ sen
A = c/ sen
C
a = c· sen A/ sen C a, c B
A
B
A + B < 2
a, b
a > b A
A > B
B
a
sen A = b
sen B sen B = b
a sen A.
b < a
b
a sen A
B
b
a sen
A
C
A + B + C = 2 a, b C
ABC
A + B < 2
C
a > b A < 2
ABC
BC = a
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 344/359
AC = b
A
AC
b
AX
C
AX
A C
a
b < a
A
AX
B
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 345/359
A Coordenacao Nacional de Material Didatico informa
que as Atividades de Revisao previstas nesta unidade
estao sob os cuidados de sua Coordenacao Local.
Cordiais saudacoes.
Coordenacao de Material Didatico
1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 346/359
PROFMAT – P1 – MA 11 – 2011
Questao 1.
Um pequeno barco a vela, com 7 tripulantes, deve atravessar o oceano em 42 dias. Seu suprimento de agua potavel
permite a cada pessoa dispor de 3,5 litros de agua por dia (e e o que os tripulantes fazem). Apos 12 dias de viagem,
o barco encontra 3 naufragos numa jangada e os acolhe. Pergunta-se:
(1.0) (a) Quantos litros de agua por dia caberao agora a cada pessoa se a viagem prosseguir como antes?
(1.0) (b) Se os 10 ocupantes de agora continuarem consumindo 3,5 litros de agua cada um, em quantos dias, no maximo,
sera necessario encontrar uma ilha onde haja agua?
UMA RESPOSTA
Uma solucao concisa e a seguinte:
(a) O numero de pessoas aumentou em 10
7 . Portanto a agua disponıvel para cada um deve ser 7
10 do que era antes(3,5 litros), isto e, 49
20 = 2, 45 litros.
(b) As 7 pessoas teriam agua pelos 30 dias restantes, mas agora ha 10
7 vezes o numero anterior de pessoas. Isso reduz
os dias a 7
10 · 30 = 21.
Outra forma de pensar e a seguinte. Primeiro calcula-se a quantidade Q de agua que resta apos 12 dias. Como
restam 30 dias de viagem, com 7 pessoas consumindo 3,5 litros por dia, s ao Q = 30×7×3, 5 litros (como a quantidade
de agua e justa para os 42 dias e os primeiros 12 dias transcorreram como previsto, conclui-se que o que resta para
os outros 30 dias tambem e justo).
(a) Esse total deve ser consumido nos mesmos 30 dias, mas agora por 10 pessoas. Entao o consumo diario de cada
um e Q dividido por 30 × 10, que da 7
10 × 3, 5 = 2, 45 litros.
(b) Se todos consumirem 3,5 litros por dia, a cada dia transcorrido apos o decimo segundo dia serao consumidos 35
litros. Portanto, apos n dias restarao Q − 35n litros. Queremos saber o maior n tal que Q − 35n ≥ 0, isto e, o maior
n que seja menor ou igual a Q
35. Mas Q
35 = 30 × 7
10 = 21, entao em 21 dias (exatamente) se esgotara o reservatorio
de agua.
1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 347/359
PROFMAT – P1 – MA 11 – 2011
Questao 2.
(1.0) (a) Quais sao os valores de y para os quais existe uma funcao quadratica f : R → R tal que f (1) = 3, f (2) = 5 e
f (3) = y?
(1.0) (b) Tome y = 9 e determine a funcao quadratica correspondente. Justifique seus argumentos.
UMA RESPOSTA
(a) Para que exista uma funcao quadratica f : R → R tal que f (1) = 3, f (2) = 5 e f (3) = y e necessario e suficiente
que os pontos (1, 3), (2, 5) e (3, y) nao sejam colineares, isto e, que 5−3
2−1 = y−5
3−2, ou seja, que y − 5 = 2, ou ainda,
y = 7.
(b) Para obter os coeficientes a, b, c da funcao f (x) = ax2 + bx + c, deve-se resolver o sistema (nas incognitas a, b, c)
a + b + c = 3
4a + 2b + c = 5
9a + 3b + c = 9
Isto e feito de modo simples: basta subtrair a primeira equacao das duas seguintes. Tem-se 3a + b = 2
8a + 2b = 6
Por subtracao (segunda menos duas vezes a primeira), ficamos com 2a = 2, de onde sai imediatamente a = 1.
Substituindo esse valor em 3a + b = 2, obtemos b = −1, e voltando a equacao a + b + c = 3 obtemos c = 3. Portantox2 − x + 3 e a funcao quadratica procurada.
Coment´ ario: Ha diversas outras formas de se resolver o problema. Por exemplo: tome primeiro a funcao g(x) = 1+2x,
que e a funcao afim tal que g(1) = 3 e g(2) = 5. Observe que f (x) = g(x) + a(x − 1)(x − 2) e uma funcao quadratica
que assume os mesmos valores que g nos pontos x = 1 e x = 2. Entao basta achar a que faca f (3) = y. Ora,
f (3) = 1 + 2 · 3 + a(3 − 1)(3 − 2) = 7 + 2a .
Entao 7 + 2a = y e, portanto, a = y−7
2 . Por conseguinte,
f (x) = 1 + 2x + y − 72
(x − 1)(x − 2)
responde o problema para qualquer y. Em particular, para y = 9,
f (x) = 1 + 2x + (x − 1)(x − 2) = x2 − x + 3 .
2
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 348/359
PROFMAT – P1 – MA 11 – 2011
Questao 3.
(1.0) (a) Seja f : A → B uma funcao. De as definicoes de f (X ) e f −1(Y ), para X ⊂ A e Y ⊂ B . Se f : R → R e dada
por f (x) = 2x2 + 3x + 4, determine os conjuntos f (R) e f −1(3).
(1.0) (b) Seja f : A → B uma funcao. Prove que f (X ∪ Y ) = f (X ) ∪ f (Y ), quaisquer que sejam X, Y ⊂ A. De umexemplo em que f (X ∩ Y ) = f (X ) ∩ f (Y ).
UMA RESPOSTA
(a) Definicao da imagem de um subconjunto X de A:
f (X ) = {y ∈ B ; f (x) = y para algum x ∈ X } .
Definicao da pre-imagem de um subconjunto Y de B :
f −1(Y ) = {x ∈ A; f (x) ∈ Y } .
Agora consideremos a funcao f : R → R tal que f (x) = 2x2 + 3x + 4. Como o coeficiente de x2 e positivo, a funcao
quadratica assume seu valor mınimo f (−3
4) = 23
8 para x = − b
2a = −3
4. Assim, f (x) ≥ 23
8 para todo x ∈ R, ou seja,
f (R) ⊂ [238
, +∞). Alem disso, para todo y ≥ 23
8 , a equacao f (x) = y, ou seja, 2x2 + 3x + 4 = y, que equivale a
2x2 + 3x + 4 −y = 0, tem discriminante ∆ = 9 − 32+8y ≥ −23 + 23 = 0, logo existe(m) valor(es) de x com f (x) = y.
Assim f (R) = [ 238
, +∞).
f −1(3) e o conjunto dos pontos x tais que f (x) = 3, isto e, tais que 2x2 + 3x + 4 = 3. Entao e o conjunto das solucoes
de 2x2 + 3x + 1 = 0, que e igual a {−1, −1
2}.
Coment´ ario: f −1(3) e um abuso de linguagem amplamente aceito para designar f −1({3}).
(b) z ∈ f (X ∪ Y ) se, e somente se, existe w ∈ X ∪ Y tal que f (w) = z, que por sua vez ocorre se, e somente se, existe
x ∈ X tal que f (x) = z ou existe y ∈ Y tal que f (y) = z , que ocorre se, e somente se, z ∈ f (X ) ou z ∈ f (Y ), que
ocorre se, e somente se, z ∈ f (X ) ∪ f (Y ).
Tome f : R →
R com f (x) = x2, X = [−
1, 0] e Y = [0, 1]. Neste caso, X ∩
Y = {
0}
e f (X ) = f (Y ) = [0, 1]. Logo
f (X ∩ Y ) = {f (0)} = {0} e f (X ) ∩ f (Y ) = [0, 1].
3
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 349/359
PROFMAT – P1 – MA 11 – 2011
Questao 4.
(0.5) (a) Se r = 0 e um numero racional, prove que r√
2 e irracional.
(0.5) (b) Dado qualquer numero real > 0, prove que existe um numero irracional α tal que 0 < α < .
(1.0) (c) Mostre que todo intervalo [a, b], com a < b, contem algum numero irracional.
UMA RESPOSTA
(a) Se r√
2 e racional, entao r√
2 = p
q, para p, q ∈ Z, q = 0. Como r = 0, podemos dividir por r para obter
√ 2 = p
rq,
de que resulta√
2 racional, contradicao.
(b) Escolha n um numero natural maior do que√ 2
. Entao α =
√ 2
n e positivo, irracional (pelo item (a)) e
α =√ 2n
<√ 2√ 2/
= .
(c) Se a ou b for irracional, nao ha o que provar. Se a for racional, subtraindo a de todos os numeros do intervalo
[a, b], ficamos com o intervalo [0, b − a]. Tomando igual a b − a no item (b), obtemos o irracional α menor do que
b − a e maior do que zero. Entao a + α e irracional (se nao fosse, entao α seria a soma de dois racionais e, portanto,
um racional, contradizendo (b)) e pertence ao intervalo [a, b].
4
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 350/359
PROFMAT – P1 – MA 11 – 2011
Questao 5.
Sejam m e n numeros naturais primos entre si.
(1.0) (a) Mostre que mn
e equivalente a uma fracao decimal (isto e, com denominador potencia de 10) se, e somente se,
n nao tem fatores primos diferentes de 2 ou 5.
(1.0) (b) Mostre que se n tem outros fatores primos alem de 2 ou 5 entao a expansao decimal e infinita e, a partir de
um certo ponto, periodica.
UMA RESPOSTA
(a) Sendo m e n primos entre si, uma fracao equivalente a mn
deve ter a forma mp
np (obtida multiplicando-se m e n
pelo mesmo numero natural p).
Os fatores primos de uma potencia de 10 sao 2 e 5. Se mpnp
e fracao decimal para algum p entao np = 10r. Logo,
np so admite fatores primos iguais a 2 ou 5, e, portanto, n tambem.Reciprocamente, se n possui apenas fatores primos iguais a 2 ou 5, ent ao podemos multiplicar n por p de forma
que o resultado seja uma p otencia de 10 ( p pode ser ou uma potencia de 2 ou uma potencia de 5). Com esse p, mp
np
e uma fracao decimal.
(b) Usando o processo tradicional da divisao continuada para transformar mn
em fracao decimal, como ha fatores
de n diferentes de 2 ou 5, em nenhuma etapa o resto da divisao e zero, logo a expansao nunca termina, ou seja, e
infinita. Alem disso, os diferentes restos (diferentes de zero) que ocorrem sao todos menores do que n, portanto o
numero deles e no maximo n − 1. Assim, algum resto deve repetir-se e, a partir daı, o processo se repete: os restos
se sucedem na mesma ordem anterior e, portanto, os quocientes tambem, o que fornece a periodicidade (observe que
o perıodo tem, no maximo, n − 1 numeros).
5
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 351/359
PROFMAT – AV2 – MA 11 – 2011
Questao 1.
Calcule as seguintes expressoes:
(1,0) (a) logn
logn
n
n
n
√ n
(1,0) (b) xloga/ log x, onde a > 0, x > 0 e a base dos logaritmos e fixada arbitrariamente.
UMA SOLUC AO
(a) Como n
n
n
√ n = n1/n3 , temos
lognn
n
n
√ n =
1
n3 = n−3 ,
logo o valor da expressao dada e
−3.
(b) Tomando logaritmo na base b que foi fixada, temos
log
xloga/ log x
= log a
log x · log x = log a .
Como a funcao log e injetiva, segue-se que
xloga/ log x = a .
1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 352/359
PROFMAT – AV2 – MA 11 – 2011
Questao 2.
(Como caracterizar a funcao exponencial a partir da funcao logaritmo.) Seja f : R → R uma funcao crescente, tal
que f (x + y) = f (x) · f (y) para quaisquer x, y ∈ R. Prove as seguintes afirmacoes:
(1,0) (a) f (x) > 0 para todo x ∈ R e f (1) > 1.
(1,0) (b) Pondo a = f (1) a funcao g : R → R definida por g(x) = loga f (x) e linear. (Use o Teorema Fundamental da
Proporcionalidade.)
(0,5) (c) Para todo x ∈ R, g (x) = x, onde g e a funcao definida no item (b).
(0,5) (d) f (x) = ax para todo x ∈ R.
UMA SOLUC AO
O objetivo desta questao e mostrar que e possıvel caracterizar a funcao exponencial a partir da funcao logaritmo,
sem usar argumentos geometricos, como esta no livro no caso de logaritmos naturais.
(a) Sendo crescente, f nao e identicamente nula. Daı resulta que f (x) = 0 para todo x ∈ R, pois se existisse x0 ∈ R
com f (x0) = 0 terıamos, para qualquer x ∈ R,
f (x) = f (x0 + (x − x0)) = f (x0) · f (x − x0) = 0
e f seria identicamente nula.
Em seguida, notamos que
f (x) = f (x
2
+ x
2
) = f (x
2
)
·f (
x
2
) = [f (x
2
)]2 > 0
para todo x ∈ R.
Vamos mostrar que f (0) = 1. Como f (0) = f (0+0) = f (0) ·f (0), entao f (0) e solucao positiva da equacao x = x2.
Como essa equacao so tem 1 como solucao positiva, a igualdade esta demonstrada.
Finalmente, como f e crescente, f (1) > f (0) = 1.
(b) O Teorema Fundamental da Proporcionalidade diz que se g : R→ R e crescente e satisfaz g (x + y) = g(x) + g(y)
para quaisquer x, y ∈ R, entao g e linear, isto e, g (x) = cx, com c > 0. No nosso caso, temos
g(x + y) = loga f (x + y) = loga[f (x) · f (y)] = loga f (x) + loga f (y) = g(x) + g(y) ,
para quaisquer x, y ∈ R.
(c) Temos g(1) = loga f (1) = loga a = 1, portanto g(x) = x para todo x ∈ R.
(d) Como acabamos de ver, loga f (x) = x, para todo x ∈ R. Como loga ax = x e a funcao loga e injetiva, segue-se
que f (x) = ax.
2
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 353/359
PROFMAT – AV2 – MA 11 – 2011
Questao 3.
(1,0) (a) Usando as formulas para cos(x + y) e sen(x + y), prove que
tg(x − y) = tg(x
) − tg(y
)1 + tg(x) · tg(y)
(desde que tg(x − y), tg(x) e tg(y) estejam definidas).
(1,5) (b) Levando em conta que um angulo e maximo num certo intervalo quando sua tangente e maxima, use a formula
acima para resolver o seguinte problema:
Dentro de um campo de futebol, um jogador corre para a linha de fundo do time adversario ao longo de uma
reta paralela a lateral do campo que cruza a linha de fundo fora do gol (ver figura). Os postes da meta distam
a e b (com a < b) da reta percorrida por ele. Mostre que o jogador ve a meta sob angulo maximo quando sua
distancia x ao fundo do campo e igual a√
ab.
ab
x
UMA SOLUC AO
(a) A manipulacao e direta:
tg(x − y) = sen(x − y)
cos(x − y) =
sen(x) · cos(y) − sen(y) · cos(x)
cos(x) · cos(y) + sen(x) · sen(y) .
Dividindo o numerador e o denominador por cos(x) · cos(y) (se tg(x) e tg(y) estao definidas, cos(x) e cos(y) sao nao
nulos), vem
tg(x − y) =sen(x)cos(x) − sen(y)
cos(y)
1 + sen(x)cos(x)
· sen(y)cos(y)
= tg(x) − tg(y)
1 + tg(x) · tg(y) .
(b) Em cada instante, o jogador ve a meta sob o angulo α = α2−α1, onde α1 e α2 sao os angulos entre sua trajetoria
e as retas que o ligam aos postes da meta. Temos
tg(α) = tg(α2) − tg(α1)
1 + tg(α1) · tg(α2) .
3
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 354/359
Se x e a distancia do jogador ao fundo do campo, temos tg(α1) = ax e tg(α2) = b
x , logo
tg(α) =bx − a
x
1 + abx2
= b − a
x + abx
.
Como o numerador b − a e constante, tg(α) e maxima quando o denominador for mınimo. Ou seja, e preciso achar
x que minimiza a expressao x + abx .
Como a media aritmetica e sempre maior do que ou igual a media geometrica, entao 12(x + ab
x ) ≥
x · abx =√
ab,
ou seja, o denominador e sempre maior do que ou igual a a 2√ ab. A igualdade vale se e somente se os dois termosda media sao iguais, isto e, quando x =
√ ab. Portanto x + ab
x atinge seu menor valor quando x =√
ab.
Obs. E possıvel resolver a questao (b) com outros argumentos. Sejam A e B os extremos da meta, que distam a
e b da linha do jogador, respectivamente (veja figura abaixo, a esquerda). Para cada posicao P do jogador, existe
um unico cırculo que passa por A, B e P . O centro desse cırculo, O, esta na mediatriz dos pontos A e B (pois
AOB e triangulo isosceles), estando, portanto, a b+a2
de distancia da linha do jogador. Os segmentos OA e OB tem
comprimento igual ao raio do cırculo, digamos r, cujo valor depende de P .
Pelo Teorema do Angulo Inscrito, A OB = 2A P B. Assim, A P B e maximo quando A OB e maximo. E A OB e
maximo quando a distancia OA = OB = r e mınima. Mas o menor r possıvel e aquele tal que o cırculo de centro
sobre a mediatriz de A e B e raio r tangencia a linha do jogador. Nessa situacao, OP e perpendicular a linha do
jogador e r = b+a2 (ver figura abaixo, a direita).
O valor de x, neste caso, e a altura do triangulo AOB com relacao a base AB (ou seja, o comprimento da apotema
da corda AB). Esse valor sai do Teorema de Pitagoras aplicado ao triangulo AOQ, em que Q e o ponto medio de
AB. Ou seja,
x2 +
b − a
2
2
= r2 =
a + b
2
2
.
Dessa equacao resulta a solucao x =√
ab.
xP
A
BO
α
2α
xP
A
BO
α
2α
4
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 355/359
PROFMAT – AV2 – MA 11 – 2011
Questao 4.
(1,0) (a) 24h apos sua administracao, a quantidade de uma droga no sangue reduz-se a 10% da inicial. Que percentagem
resta 12h apos a administracao? Justifique sua resposta, admitindo que o decaimento da quantidade de droga
no sangue e exponencial.
(1,0) (b) Em quanto tempo a quantidade de droga no organismo se reduz a 50% da dose inicial?
(0,5) (c) Se a mesma droga for administrada em duas doses de 10 mg com um intervalo de 12h, qual e a quantidade
presente no organismo apos 24h da primeira dose?
UMA SOLUC AO
(a) Sendo exponencial, a quantidade de droga no organismo obedece a lei c0at, onde a e um numero entre 0 e 1, c0 e
a dose inicial (obtida da expressao para t = 0) e t e medido, por exemplo, em horas. Apos 24h a quantidade se reduz
a 110 da inicial, isto e,
c0a24 = c0
10 .
Portanto a24 = 110
. Daı segue que a12 = 1√ 10
, e que
c0a12 = c0√
10.
Entao a quantidade de droga apos 12h e a quantidade inicial dividida por√
10.
(b) Para saber o tempo necessario para a reducao da quantidade de droga a metade (isto e, a meia-vida da droga no
organismo), basta achar t que cumpra at = 12
. Como a24 = 110
implica
a24s =
1
10
s
a resposta e t = 24s, onde s e tal que 10−s = 2−1. Daı segue que s = log10 2 e que t = 24 log10 2.
(c) A quantidade logo apos a primeira dose e c0. Apos 12h ela decai para c0√ 10
. Uma nova administracao a eleva para
c0 + c010
= c0(1 + 1√ 10
). Apos mais 12h essa quantidade e dividida por√
10, passando a ser
c0
1√
10+
1
10
,
logo, com c0 = 10 mg, restarao, apos 24h da primeira dose,
(1 +√
10) mg.
5
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 356/359
PROFMAT – AV3 – MA 11 – 2011
Questao 1.
(1,0) (a) Prove isto: Se um numero natural nao e o quadrado de um outro numero natural, sua raiz quadrada e irracional.
(1,0) (b) Mostre que√
2 +√
5 e irracional.
UMA SOLUC AO
(a) Seja n ∈ N. Se p
q ∈ Q e tal que
p
q
2= n, entao p2 = nq 2. Como os fatores primos de p2 e q 2 aparecem todos com
expoente par, o mesmo deve ocorrer com os fatores primos de n. Entao n e o quadrado de algum numero natural.
(b) Se√
2 +√
5 fosse racional entao seu quadrado
q = (√ 2 + √ 5)2
= 2 + 2√ 10 + 5 = 7 + 2√ 10
tambem seria. Mas aı q−7
2 =
√ 10 tambem seria racional, o que nao e possıvel, pois 10 nao e o quadrado de um
numero natural.
1
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 357/359
PROFMAT – AV3 – MA 11 – 2011
Questao 2.
(2,0) No instante em que uma pedra caiu (sem sofrer impulso inicial) ao momento em que se ouviu o som de seu
choque com a agua no fundo do poco decorreram S segundos. Calcular a profundidade do poco. Dar a resposta
em funcao da aceleracao g da gravidade e da velocidade v do som. Usar a formula s = g
2t2 do espaco percorrido
no tempo t
por um corpo em queda livre que partiu do repouso.
DUAS SOLUC OES
Uma solucao. O tempo S = t1 + t2 e a soma do tempo t1 que a pedra levou para chegar ao fundo mais o tempo t2
que o som levou para vir ate o nıvel da borda. Chamando de x a profundidade do poco, temos x = g
2t21 e, por outro
lado, x = vt2 = v(S − t1). Logog
2t21 = v(S − t1)
ou
gt21 + 2vt1 − 2vS = 0 ,
que e uma equacao quadratica na incognita t1. As solucoes desta equacao sao
−2v +
4v2 + 8gvS
2g ,
−2v −
4v2 + 8gvS
2g .
A segunda e negativa e neste problema nao faz sentido. A primeira e positiva, porque
4v2 + 8gvS >√
4v2 = 2v.
Entao, dividindo por 2 o numerador e o denominador da fra cao,
t1 = −v +
v2 + 2gvS
g ,
logo
x = vt2 = v(S − t1) = S v + v
2
g − vg
v2 + 2gvS .
Outra solucao. A solucao e essencialmente determinada por aquilo que escolhemos como incognita (t1, t2 ou x).
Se equacionarmos diretamente em x iremos pelo seguinte caminho. Observe que t1 =
2x
g e t2 = x
v. Entao, de
t1 + t2 = S resulta uma equacao em x:x
v +
2g−1√
x − S = 0 .
Definamos y =√
x. Entao precisamos achar solucoes positivas de
v−1y2 +
2g−1y − S = 0 .
A unica solucao positiva dessa equacao quadratica e
y = −
2g−1 +
2g−1 + 4Sv−1
2v−1 .
Entao
x = y2 = v2
4
2
g +
2
g +
4S
v
− 2
4
g2 +
8S
vg
,
que equivale a expressao obtida na primeira solucao.
2
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 358/359
PROFMAT – AV3 – MA 11 – 2011
Questao 3.
(2,0) Percorrendo, ao longo de uma reta horizontal, a distancia d = AB em direcao a base inacessıvel de um poste
CD, nota-se (com o auxılio de um teodolito) que os angulos C AD e C BD medem, respectivamente, α e β
radianos. Qual e a altura do poste CD?
A B C
D
dα β
UMA SOLUC AO
Temos CD = AC tg α = BC tg β . Como AC = BC + d, vem (BC + d)tg α = BC tg β , e daı
BC = d · tg α
tg α − tg β
eCD = BC tg β = d · tg α tg β
tg α − tg β ,
que e a resposta para a pergunta.
3
7/25/2019 MA11 - Números e Funções Reais 2011
http://slidepdf.com/reader/full/ma11-numeros-e-funcoes-reais-2011 359/359
PROFMAT – AV3 – MA 11 – 2011
Questao 4.
(2,0) Um reservatorio contem uma mistura de agua com sal (uma salmoura), que se mantem homogenea gracas a
um misturador. Num certo momento, sao abertas duas torneiras, com igual capacidade. Uma despeja agua no
reservatorio e a outra escoa. Apos 8 horas de funcionamento, verifica-se que a quantidade de sal na salmoura
reduziu-se a 80% do que era antes que as torneiras fossem abertas. Que percentagem do sal inicial permanecera
na salmoura apos 24h de abertura das torneiras?
UMA SOLUC AO
Seja M 0 a massa de sal existente no inıcio da operacao. Decorrido o tempo t, essa massa sera M (t) = M 0at, onde
a e uma constante (0 < a < 1). Isto se justifica porque, sendo a salmoura da torneira de saıda uma amostra da
salmoura do tanque, supostamente homogenea, a quantidade de sal que sai por unidade de tempo e proporcional aquantidade de sal no tanque, e isto e o princıpio que rege o decaimento exponencial.
No entanto, a constante a nao precisa ser calculada para se resolver o problema. O enunciado nos diz (supondo o
tempo t medido em horas) que M (8) = M 0a8 = 0, 8M 0, logo a8 = 0, 8. Apos 24 horas, a quantidade de sal e M 0a24.
Ora, a24 = (a8)3 = 0, 83 = 0, 512. Portanto a resposta e 51, 2%, isto e, pouco mais que a metade.
4