Macroeconomia baseada na estrutura do capital Crescimento sustentável e insustentável A...
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Macroeconomia baseada na estrutura do capital Crescimento sustentável e insustentável A macroeconomia do crescimento e da recessão 2006 Adaptado do livro Time and Money: The Macroeconomics of Capital Structure por Roger W. Garrison London: Routledge, 2001 Macroeconomia austríaca
Macroeconomia baseada na estrutura do capital Crescimento sustentável e insustentável A macroeconomia do crescimento e da recessão 2006 Adaptado do livro
Macroeconomia baseada na estrutura do capital Crescimento
sustentvel e insustentvel A macroeconomia do crescimento e da
recesso 2006 Adaptado do livro Time and Money: The Macroeconomics
of Capital Structure por Roger W. Garrison London: Routledge, 2001
Macroeconomia austraca
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Seus elementos A Fronteira de Possibilidades de Produo O
mercado de crdito A estrutura da produo O mercado de trabalho
especificado por estgios da produo Suas aplicaes Crescimento
sustentvel (apoiado pela poupana) Crescimento insustentvel (ativado
pela criao de crdito) Uma perspectiva da macroeconomia baseada na
estrutura do capital
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A macroeconomia baseada na estrutura do capital um
desdobramento da teoria austraca dos ciclos econmicos uma teoria
apresentada em 1913 por Ludwig von Mises e desenvolvida nos anos
1930 por Friedrich A. Hayek e outros. LUDWIG VON MISES 1881-1973
FRIEDRICH A. HAYEK 1899-1992
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Uma perspectiva da macroeconomia baseada na estrutura do
capital: Trs vises da economia de mercado Teorizando sempre em
termos de grandes agregados, John Maynard Keynes argumentava que as
economias de mercado atuam perversamenteespecialmente os mecanismos
de mercado que supostamente devem fazer com que a poupana fique em
equilbrio com o investimento. Considerando que o desemprego e a
ociosidade dos recursos eram a norma, Keynes clamava por polticas
contracclicas fiscais e monetrias, e, em ltima instncia, por uma
socializao abrangente do investimento. O monetarismo de Milton
Friedman se baseava em nveis ainda maiores de agregados. A equao de
troca MV=PQ faz uso de uma varivel global (Q), eclipsando
completamente a questo da alocao de recursos: se estes devem ser
voltados para consumo presente ou para investimentos futuros.
Considerando que os problemas no emergiam naturalmente do mercado,
Friedman se concentrava na relao entre a oferta monetria controlada
pelo governo e o nvel geral de preos. A macroeconomia baseada na
estrutura do capital se distingue das duas anteriores por causa de
sua desagregao o que torna claro tanto o problema da alocao
intertemporal de recursos quanto o potencial para uma soluo de
mercado. F. A. Hayek mostrou que uma coordenao das decises entre
poupana e investimento pode ser feita por uma taxa de juros gerida
puramente pelo mercado. E tambm reconheceu que esse aspecto da
economia de mercado particularmente sensvel manipulao dos juros
feita pelos bancos centrais.
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Um adendo metodolgico: Antes de perguntarmos como as coisas
podem dar errado, devemos primeiro explicar como elas alguma vez
puderam dar certo. F. A. Hayek Crescimento sustentvel e no
sustentvel A macroeconomia do crescimento e da recesso
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CONSUMO INVESTIMENTO A Fronteira de Possibilidades de Produo A
Fronteira de Possibilidades de Produo (FPP) normalmente utilizada
para enfatizar o conceito de escassez, ilustrar o trade-off
implcito e expor teorias sobre capital e juros, crescimento
econmico e comrcio internacional. Mas a FPP raramente aparece nas
construes macroeconmicas. Na macroeconomia baseada na estrutura do
capital, consumo e investimento representam usos alternativos dos
recursos econmicos. Sob condies favorveis, uma economia de mercado
com pleno emprego aloca recursos para ambos os usos, tirando o
mximo proveito dessa alternncia (trade-off). Ilustrar o trade-off
entre consumo e investimento fornece um contraste s construes
keynesianas, onde essas duas magnitudes macroeconmicas so tratadas
como componentes suplementares dos gastos do setor privado.
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CONSUMO INVESTIMENTO Investimento lquido positivo significa que
a economia est crescendo. A FPP se expande ano aps ano, permitindo
nveis crescentes tanto de consumo quanto de investimento.
Investimento, nessa construo, representa o investimento bruto, que
inclui o capital de reposio. Tipicamente, o investimento necessrio
apenas para repor o capital exaurido ou obsoleto menor do que o
investimento total, ou bruto. Essa expanso da FPP representa um
crescimento econmico sustentvel. A diferena entre as magnitudes
reposio e bruto constituem o investimento lquido, que o que permite
o crescimento da economia. Investimento Bruto Capital de Reposio
Investimento Lquido
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Quatro perodos de crescimento so mostrados com o consumo, bem
como a poupana e o investimento, aumentando em cada perodo. A taxa
real de expanso da FPP depende de muitos fatores. CONSUMO
INVESTIMENTO Por exemplo, com o crescimento econmico aumenta tambm
a depreciao do capital. Mas aumentos da renda geralmente so
acompanhados por aumentos adicionais na poupana e no investimento.
Veja a economia crescer. Investimento Bruto Capital de Reposio
Investimento Lquido
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CONSUMO INVESTIMENTO Suponha que as pessoas se tornem mais
econmicas, mais orientadas para o futuro. Elas vo reduzir o consumo
atual e comear a poupar. Importante: uma alterao na poupana o que
provoca um movimento ao longo da FPP inicial afeta a taxa na qual a
FPP se expande. Quatro perodos de crescimento so mostrados com o
consumo, bem como a poupana e o investimento, aumentando em cada
perodo. A taxa real de expanso da FPP depende de muitos fatores.
Por exemplo, com o crescimento econmico aumenta tambm a depreciao
do capital. Mas aumentos da renda geralmente so acompanhados por
aumentos adicionais na poupana e no investimento. Veja a economia
crescer. Com o aumento da poupana (e do investimento), a economia
passa a crescer a uma taxa maior. Veja o movimento ao longo da
FPP.
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CONSUMO INVESTIMENTO Veja a economia crescendo a uma taxa
maior. O aumento da poupana faz a diferena. Vamos comparar essa
economia de alto crescimento com a economia original, de baixo
crescimento.
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INVESTIMENTO Observe a diferena que um aumento inicial na
poupana traz ao padro de consumo e investimento. Sem um aumento
inicial na poupana, o consumo e o investimento aumentam
modestamente de um perodo a outro. Com um aumento inicial na
poupana, o investimento aumenta em detrimento do consumo, aps o
qual tanto o consumo quanto o investimento aumentam dramaticamente
de um perodo a outro. CONSUMO INVESTIMENTO J no quarto perodo, a
poupana inicial se transformou em um nvel de consumo maior do que
de outra forma teria sido possvel. CONSUMO
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A Fronteira de Possibilidades de Produo at agora nos mostrou o
que possvel de acontecer dadas as condies tecnolgicas, as restries
de recursos e as preferncias (intertemporais). Mas ainda resta ser
mostrado como pode esse possvel vir de fato a ocorrer em uma
economia de mercado. Como podem as preferncias intertemporais e
especialmente as mudanas nas preferncias intertemporais se
converterem em decises tomadas pela comunidade de investidores? O
principal sinal de preos a taxa de juros, que est plenamente
associada com o mercado de crdito (fundos para emprstimos). Nas
aplicaes reais, claro, deve-se levar em considerao uma mirade de
taxas de juros, cujas variaes derivam de consideraes de risco, das
incertezas e da estrutura da maturao do ttulo.
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S TAXA DE JUROS POUPANA (S) INVESTIMENTO (D) D O Mercado de
Crdito A teoria sobre mercados de crdito era um pilar da
macroeconomia pr- keynesiana. Com a taxa de juros exercendo a funo
de preo, a teoria dos mercados de crdito uma aplicao direta da
anlise de oferta e demanda feita por Alfred Marshall. A poupana
constitui a oferta (S) de fundos a serem emprestados. Ambos Eugen
von Bhm-Bawerk e John Maynard Keynes reconheciam que a taxa de
juros relevante deveria ser uma que fosse amplamente concebida; e
que o amplo mercado equilibrado por ela o mercado dos recursos a
serem investidos. A demanda reflete a disposio da comunidade
empreendedora para pegar emprestado esses fundos e investi-los em
projetos. Recursos a serem investidos
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S TAXA DE JUROS POUPANA (S) INVESTIMENTO (D) D O Mercado de
Crdito A teoria sobre mercados de crdito era mais identificada com
Dennis Robertson, um contemporneo de Keynes e um crtico da teoria
alternativa de Keynes a teoria de que os juros so determinados de
acordo com a preferncia pela liquidez dos agentes. Sir Dennis H.
Robertson (1890 1963)
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S TAXA DE JUROS POUPANA (S) INVESTIMENTO (D) D O Mercado de
Crdito A teoria sobre mercados de crdito era mais identificada com
Dennis Robertson, um contemporneo de Keynes e um crtico da teoria
alternativa de Keynes a teoria de que os juros so determinados de
acordo com a preferncia pela liquidez dos agentes. Sob a sugesto de
Roy Harrod, um solidrio expositor do sistema keynesiano, Keynes
incluiu em sua Teoria Geral (p. 180) uma interpretao grfica do
mercado de crdito. Esse o nico diagrama que aparece em seu livro. O
propsito de Keynes era mostrar explicitamente a parte do pensamento
pr-keynesiano que estava sendo descartada a saber, a teoria dos
mercados de crdito.
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TAXA DE JUROS POUPANA (S) INVESTIMENTO (D) D O Mercado de
Crdito Os economistas austracos basearam muito de suas teorizaes
sobre a poupana, o investimento e a taxa de juros na estrutura do
mercado de crdito, ainda que eles raramente tenham includo alguma
interpretao grfica deste. Se as pessoas se tornam mais orientadas
para o futuro, elas aumentam sua poupana, fazendo com que as taxas
de juros caiam e, com isso, encorajando a comunidade empresarial a
empreender mais projetos de investimento. S Com uma dada
tecnologia, a poupana e o investimento so os pr-requisitos para um
crescimento econmico genuno (sustentvel). Veja a curva da poupana
se deslocar para a direita.
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S CONSUMO INVESTIMENTO TAXA DE JUROS POUPANA (S) INVESTIMENTO
(D) D O mercado de crdito mostra como a taxa de juros faz com que a
poupana e o investimento estejam em sincronia um com o outro. A
fronteira de possibilidades de produo mostra como a alternncia
(trade-off) fica restrita entre o consumo e o investimento. Os
ajustes de mercado entre os preos dos produtos finais, os salrios e
os preos dos insumos mantm a economia funcionando sobre sua FPP. O
mercado de crdito e a fronteira de possibilidades de produo contam
histrias que se reforam mutuamente.
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INVESTIMENTO TAXA DE JUROS POUPANA (S) INVESTIMENTO (D) D S
CONSUMO Esses dois elementos da macroeconomia baseada na estrutura
do capital mostram que o padro dos movimentos no consumo, na
poupana, no investimento e na taxa de juros so consistentes com a
mudana das preferncias intertemporais. A taxa de juros mais baixa
estabelece um novo equilbrio no mercado de crdito, e a economia se
move ao longo da FPP na direo de mais investimento e menos consumo
(no presente). Assim como antes, daremos um exemplo no qual as
pessoas se tornam mais orientadas para o futuro. Elas poupam mais,
o que envia um sinal para a comunidade empresarial. Veja a queda,
induzida pelo aumento da poupana, na taxa de juros e o respectivo
movimento ao longo da FPP.
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INVESTIMENTO TAXA DE JUROS POUPANA (S) INVESTIMENTO (D) D
CONSUMO At mesmo a possibilidade de uma economia de mercado poder
funcionar assim est em desacordo com a teoria keynesiana. Observe
que mais investimento feito simultaneamente a uma queda no consumo.
Isso apenas para reconhecer o bvio: movimentos ao longo da FPP
resultam necessariamente em movimentos opostos do consumo e do
investimento. Entretanto, de acordo com Keynes, qualquer reduo nos
gastos do consumidor iria resultar em um excesso de estoques, que
por sua vez causariam cortes na produo, demisses e espirais
baixistas na renda e nos gastos. A economia entraria em recesso, e
a comunidade empresarial iria incorrer em menos investimentos, e no
em mais. Esse o Paradoxo da Poupana de Keynes S
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INVESTIMENTO TAXA DE JUROS POUPANA (S) INVESTIMENTO (D) D
CONSUMO Se os estoques varejistas fossem um investimento
representativo, ento Keynes estaria certo. Nesse caso, o efeito
derivado da demanda dominaria. Uma reduo nos gastos do consumidor
significaria menos reposio de estoques. E no geral, os
investimentos dos estgios finais da produo ocorrem de acordo com os
gastos do consumidor. Entretanto, o efeito da taxa de juros domina
os investimentos de longo prazo ou os estgios iniciais dos
investimentos. Uma taxa de juros mais baixa pode estimular uma
construo industrial, por exemplo, ou o desenvolvimento de novos
produtos. Para acompanhar as mudanas no padro geral dos
investimentos, necessrio considerar a estrutura da produo e o
mercado de trabalho especificado por etapas (i.e., por estgios da
produo) S
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As etapas definidas em termos temporais esto ordenadas
graficamente da esquerda para a direita, sendo que o produto do
estgio final consiste no produto de consumo final. O estgio inicial
do investimento exemplificado pelo desenvolvimento do produto. A
Estrutura da Produo A macroeconomia baseada no capital desagrega
intertemporalmente a estrutura do capital. O produto de consumo
final produzido atravs de uma seqncia de etapas de produo, sendo
que o produto de uma entra como o insumo da prxima. ESTGIOS DA
PRODUO CONSUMO DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO GERENCIAMENTO DE ESTOQUES
O estgio final do investimento exemplificado pelo gerenciamento de
estoques.
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A Estrutura da Produo ESTGIOS DA PRODUO CONSUMO Por mera
convenincia pedaggica, a estrutura inicial do capital ser mostrada
como tendo apenas cinco estgios. Com o crescimento, o nmero de
estgios ir aumentar. Embora todos os cinco estgios estejam em
operao durante cada perodo de tempo, os recursos podem ser
rastreados atravs da estrutura de produo ao longo do tempo. Veja os
recursos ou mercadorias em fabricao se moverem atravs das etapas
(ou estgios) de produo.
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ESTGIOS DA PRODUO CONSUMO Juntadas, a seqncia de estgios forma
um tringulo hayekiano uma representao concisa da estrutura
intertemporal de produo de uma economia. Em uma economia em
crescimento, o tringulo aumenta de tamanho conjuntamente com a
expanso da fronteira de possibilidades de produo.
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ESTGIOS DA PRODUO CONSUMO INVESTIMENTO Juntadas, a seqncia de
estgios forma um tringulo hayekiano, uma representao concisa da
estrutura intertemporal de produo de uma economia. Em uma economia
em crescimento, o tringulo aumenta de tamanho conjuntamente com a
expanso da fronteira de possibilidades de produo. Veja a FPP e a
estrutura de produo se expandirem conjuntamente. CONSUMO
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ESTGIOS DA PRODUO CONSUMO Quando as pessoas optam por poupar
mais, elas mandam dois sinais aparentemente conflitantes para o
mercado: 1.Um consumo menor enfraquece a demanda por bens de
capital que esto prximos em termos temporais do produto final de
consumo. Esse o efeito derivado da demanda. 2. Uma menor taxa de
juros, que significa emprstimos a custos menores, estimula a
demanda por bens de capital que esto distantes, em termos
temporais, do produto final de consumo. Esse o efeito do desconto
temporal ou simplesmente o efeito da taxa de juros.
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ESTGIOS DA PRODUO CONSUMO Os efeitos derivados da demanda e do
desconto temporal estaro em conflito apenas se o investimento for
concebido como sendo um simples agregado como na frmula keynesiana
C + I + G. Na macroeconomia baseada no capital, o capital logo, o
investimento concebido como uma estrutura. Mudanas na demanda por
investimentos, portanto, podem ter efeitos distintos sobre os vrios
estgios da produo (que podem sofrer adies ou subtraes) que compem a
estrutura. A teoria de Keynes, que foi feita em termos de um
agregado ao invs de em termos de uma estrutura, o que fundamenta a
afirmao de Hayek de que os agregados do Sr. Keynes escondem os
mecanismos mais fundamentais da mudana.
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ESTGIOS DA PRODUO CONSUMO Um aumento na poupana resulta em uma
realocao de recursos entre os estgios da produo. Os dois efeitos (o
derivado da demanda e o desconto temporal) atuam separada e
complementarmente na estrutura do capital: Veja a estrutura da
produo reagir a um aumento da poupana. 1.Efeito derivado da
demanda: Uma diminuio da demanda por bens de consumo desestimula os
investimentos nos estgios finais da produo, reduzindo a altura do
tringulo hayekiano. 2.Efeito do desconto temporal: Uma taxa de
juros reduzida estimula os investimentos nos estgios iniciais da
produo, aumentando a base do tringulo hayekiano. Observe o
surgimento de um sexto estgio de produo.
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ESTGIOS DA PRODUO CONSUMO
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ESTGIOS DA PRODUO CONSUMO A FPP mostra que mais poupana permite
mais investimento. CONSUMO INVESTIMENTO Veja a economia responder a
um aumento na poupana. A estrutura da produo passa a ter uma
orientao mais voltada para o futuro, o que consistente com a
poupana que tornou possvel tal reestruturao. Ou seja, as pessoas
esto poupando agora para aumentar seu poder de compra futuro. Um
aumento da poupana, portanto, tem efeito tanto na magnitude do
investimento quanto no padro temporal da criao de capital. O
tringulo hayekiano mostra que a criao de capital nos ltimos estgios
da produo (tais como estoques varejistas) diminui, ao passo que a
criao de capital nos estgios iniciais (tais como desenvolvimento de
produtos) aumenta.
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Como mostrado pela FPP e pelo tringulo hayekiano, o consumo cai
enquanto a economia se adapta a uma taxa de crescimento maior, aps
o qual o consumo aumenta ainda mais rapidamente do que antes Poupar
significa abrir mo de algum consumo no curto prazo CONSUMO
INVESTIMENTOESTGIOS DA PRODUO CONSUMO Veja a economia crescer mais
rapidamente. CONSUMO TEMPO e eventualmente supera o curso de
crescimento anteriormente projetado. no intuito de desfrutar de um
maior consumo no mdio prazo (e possivelmente no longo prazo,
tambm).
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ESTGIOS DA PRODUO CONSUMO Mercado de trabalho especificado por
estgios Enquanto que a maioria das teorias macroeconmicas lidam com
o mercado de trabalho e com salrios, a macroeconomia da estrutura
do capital leva em conta o mercado de trabalho especificado por
estgios da produo. Com uma mudana na taxa de juros, os salrios
especficos por estgio se alteram seguindo um padro, e no
uniformemente. MERCADO DE TRABALHO DO ESTGIO FINAL MERCADO DE
TRABALHO DO ESTGIO INICIAL NN WW Embora pudssemos descrever um
mercado de trabalho para cada estgio, o padro de mudanas (o
gradiente salarial, nas palavras de Hayek) s revelado se
distinguirmos entre os mercados de trabalho do estgio inicial e
final.
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ESTGIOS DA PRODUO CONSUMO Mercado de trabalho especificado por
estgios ESTGIOS DA PRODUO MERCADO DE TRABALHO DO ESTGIO FINAL
MERCADO DE TRABALHO DO ESTGIO INICIAL NN WW Um aumento na poupana
tem efeitos diferenciados na demanda por mo de obra nos estgios
iniciais e finais. Nos estgios iniciais, o efeito da taxa de juros
(condies creditcias favorveis) supera o efeito derivado da demanda.
Nos estgios finais, o efeito derivado da demanda (o investimento se
d em detrimento do consumo) supera o efeito da taxa de juros. Veja
a economia respondendo a um aumento da poupana.
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MERCADO DE TRABALHO ESPECIFICADO POR ESTGIOS S D INVESTIMENTO
CONSUMO TAXA DE JUROS POUPANA (S) INVESTIMENTO (D) MERCADO DE
CRDITO ESTGIOS DA PRODUO CONSUMO FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES DE
PRODUO ESTRUTURA DE PRODUO MERCADO DE TRABALHO DO ESTGIO FINAL
MERCADO DE TRABALHO DO ESTGIO INICIAL NN WW
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INVESTIMENTO TAXA DE JUROS POUPANA (S) INVESTIMENTO (D) D S
CONSUMO ESTGIOS DA PRODUO CONSUMO ESTGIOS DA PRODUO MERCADO DE
TRABALHO DO ESTGIO FINAL MERCADO DE TRABALHO DO ESTGIO INICIAL NN
WW Veja a economia responder a um aumento da poupana
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Com taxas de juros artificialmente baixas, os consumidores
reduzem a poupana e passam a consumir mais, e os empresrios
aumentam seus gastos com investimento. E ento voc cria um
desequilbrio entre poupana e investimento. Tem-se uma economia em
crescimento insustentvel. Essa , em suma, a lio da crtica austraca
aos bancos centrais, desenvolvida nos anos 1920 e 1930. --- do
artigo Panic Time at the Fed, escrito por Steve H. Hanke para a
revista Forbes, em maio de 2008.Panic Time at the Fed Crescimento
Sustentvel e Insustentvel A Macroeconomia do Crescimento e da
Recesso
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Crescimentos econmicos acelerados (boom) sempre se deram com um
grande aumento no investimento, grande parte do qual se comprovou
errneo, equivocado. Isso, claro, sugere que uma oferta de capital
que nunca existiu passou a ser tratada como existente. Todo esse
arranjo estmulo para se investir em larga escala, seguido de um
perodo de escassez aguda de capital consistente com a idia de que
houve uma m orientao dos investimentos devido a influncias
monetrias. E esse esquema geral, creio eu, est correto. --de uma
entrevista conduzida por Jack High como parte do UCLA Oral History
Program (1978). Crescimento Sustentvel e Insustentvel A
Macroeconomia do Crescimento e da Recesso
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O resultado no ser um novo e sustentvel equilbrio, mas sim um
desequilbrio que, por um tempo, fica coberto pela infuso de fundos
para mais crdito. TAXA DE JUROS POUPANA (S) INVESTIMENTO (D) D S
+M+M S Expanso do Crdito Um aumento da oferta monetria adentra a
economia atravs dos mercados de crdito. O banco central
literalmente cria dinheiro do nada e o coloca em circulao. Esse
novo dinheiro passa a ser visto como poupana. Ou seja, a oferta de
fundos para emprstimos (crdito) se desloca para a direita mas sem
que tenha havido qualquer aumento da poupana. Reagindo a uma taxa
de juros menor, as pessoas passam a poupar menos e a consumir mais.
Veja os movimentos opostos da poupana e do investimento quando o
banco central adiciona dinheiro (M) no mercado de crdito (pelo lado
da oferta).
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TAXA DE JUROS POUPANA (S) INVESTIMENTO (D) D S +M+M S A
discrepncia entre poupana e investimento ocultada por novas criaes
de dinheiro, que por si s no representam recursos a serem
investidos. Os investidores se movem ao longo da sua curva de
demanda, se aproveitando dos menores custos dos emprstimos. A injeo
de dinheiro atravs dos mercados de crdito cria um descompasso entre
a poupana e o investimento. Os poupadores se movem ao longo da sua
inalterada curva de poupana, em resposta ao menor incentivo para se
poupar. A maioria dos escritos de Hayek direcionado a um enfoque
menor na relao bsica entre dinheiro e o nvel geral de preos e a um
enfoque maior na descoordenao intertemporal causada pela expanso do
crdito.
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TAXA DE JUROS POUPANA (S) INVESTIMENTO (D) D S +M+M S Mas os
assalariados na realidade esto poupando menos (logo, consumindo
mais), o que sugere um movimento anti- horrio ao longo da FPP, na
direo do consumo. Condies favorveis de crdito estimulam mais
investimentos, o que sugere um movimento no sentido horrio ao longo
da FPP, na direo do investimento. INVESTIMENTO CONSUMO Observando a
dimenso do investimento (movimento horrio) e a dimenso do consumo
(movimento anti-horrio), vemos que uma expanso do crdito empurra a
economia para um ponto localizado alm da FPP. A discrepncia entre
poupana e investimento se converte em um cabo-de- guerra entre
consumidores e investidores.
Slide 41
TAXA DE JUROS POUPANA (S) INVESTIMENTO (D) D S +M+M S
INVESTIMENTO CONSUMO ESTGIOS DA PRODUO A baixa taxa de juros,
consistente com uma orientao mais voltada para o futuro, estimula o
investimento nos estgios iniciais. Mas sem recursos suficientes
sendo liberados em outros lugares, a maioria desses investimentos
jamais ser completada. E na verdade, o aumento da demanda do
consumidor atrai alguns recursos para os estgios finais, diminuindo
ainda mais as possibilidades de se completar a nova estrutura do
capital. CONSUMO
Slide 42
TAXA DE JUROS POUPANA (S) INVESTIMENTO (D) D S +M+M S
INVESTIMENTO CONSUMO ESTGIOS DA PRODUO Maus investimentos
Sobreconsumo A dinmica desse ciclo gera tanto investimentos
excessivos (sobreinvestimento) mostrados no diagrama da FPP como
tambm investimentos errneos ou maus investimentos (alongamento do
tringulo hayekiano). Essas distores so agravadas pelo sobreconsumo
(como ilustrado na FPP e no tringulo de Hayek). Sobreinvestimento
Sobreconsumo Mises repetidamente utilizava a frase maus
investimentos e sobreconsumo. CONSUMO
Slide 43
TAXA DE JUROS POUPANA (S) INVESTIMENTO (D) D S +M+M S
INVESTIMENTO CONSUMO ESTGIOS DA PRODUO Maus investimentos
Sobreconsumo O cabo de guerra que ope consumidores a investidores
leva a economia para alm da FPP. A baixa taxa de juros favorece o
investimento, e as restries cada vez maiores de recursos impedem
que a economia atinja o ponto alm da FPP. Sobreinvestimento
Sobreconsumo Essa estrutura de produo temporariamente em conflito
(tringulos desconexos) eventualmente transforma um crescimento em
recesso e possivelmente em uma depresso. CONSUMO
Slide 44
CABO-DE-GUERRA ENTRE CONSUMIDORES E INVESTIDORES INVESTIMENTO
CONSUMO DISCREPNCIA ENTRE POUPANA E INVESTIMENTO TRINGULOS
DESCONEXOS TAXA DE JUROS POUPANA (S) INVESTIMENTO (D) D S S +M+M
CONSUMO ESTGIOS DA PRODUO
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POUPANA (S) INVESTIMENTO (D) D S +M+M S CONSUMO INVESTIMENTO
Inflar a oferta de fundos de crdito com dinheiro criado do nada
gera uma discrepncia entre poupana e investimento. Ocultar a
diferena entre poupana e investimento d incio ao cabo-de-guerra
entre consumidores e investidores. Opor os estgios iniciais aos
finais na busca por recursos distorce o tringulo hayekiano em ambas
as direes, sendo que essa descoordenao temporal eventualmente ir
transformar o crescimento em recesso. Veja a economia reagindo a
uma expanso do crdito. ESTGIOS DA PRODUO TAXA DE JUROS CONSUMO
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INVESTIMENTO TAXA DE JUROS POUPANA (S) INVESTIMENTO (D) D S
CONSUMO ESTGIOS DA PRODUO CONSUMO ESTGIOS DA PRODUO Aumento da
poupana vs. expanso artificial do crdito: uma comparao resumida A
poupana d suporte ao crescimento genuno. Veja.
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TAXA DE JUROS POUPANA (S) INVESTIMENTO (D) D S +M+M S CONSUMO
INVESTIMENTO Aumento da poupana vs. expanso artificial do crdito:
uma comparao resumida A expanso artificial do crdito gera
crescimento seguido de recesso. Veja. ESTGIOS DA PRODUO
CONSUMO
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Roger W. Garrison, Time and Money: The Macroeconomics of
Capital Structure London: Routledge, 2001. Trechos do livro e mais
alguns materiais suplementares podem ser encontrados em http://www.
auburn.edu/~garriro Time and Money desenvolve e defende essa
abordagem macroeconmica baseada na estrutura do capital e a compara
s abordagens alternativas associadas ao keynesianismo e ao
monetarismo. Indo alm das questes sobre crescimento e variaes
cclicas, o livro tambm lida com dficits governamentais, controles
de crdito, reforma tributria e muito mais. Crescimento Sustentvel e
Insustentvel A Macroeconomia do Crescimento e da Recesso
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Capital-Based Macroeconomics Crescimento sustentvel e
insustentvel A macroeconomia do crescimento e da recesso Traduo de
Leandro Augusto Gomes Roque 2006 Adaptado do livro Time and Money:
The Macroeconomics of Capital Structure por Roger W. Garrison
London: Routledge, 2001