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Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra
Instrumento de Planeamento Organizacional
Maio de 2010
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________ Câmara Municipal de Sesimbra / Conselho Municipal de Educação
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PROJECTO EDUCATIVO DO
CONCELHO DE SESIMBRA
Instrumento de Planeamento Organizacional
Maio de 2010
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________ Câmara Municipal de Sesimbra / Conselho Municipal de Educação
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Ficha Técnica
Câmara Municipal de Sesimbra:
� Vice-Presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Vereadora do Pelouro de Educação e
Presidente do Conselho Municipal de Educação, Dra. Felícia Costa
� Chefe da Divisão de Habitação, Acção Social e Saúde (DHASS), Dra. Célia de Almeida
Ribeiro
� Técnicos do Gabinete de Estudos Sociais (GES) da Divisão de Habitação, Acção Social e
Saúde (DHASS): Dra. Ana Rita Vaz, Dr. António Messias, Dra. Cristina Gaboleiro, Dra.
Elisa Marques
� Técnica do Sector de Educação da Divisão de Educação, Juventude e Desporto, Dra.
Sandra Neto
M.C. Mouzinho, Consultadoria, Projectos e Eventos, Unipessoal, Lda., Eng.ª Maria do Carmo Serrote
Colaboração
Técnicos do Sector de Educação da Divisão de Educação, Juventude e Desporto da Câmara Municipal de
Sesimbra
Representantes do Conselho Municipal de Educação
Representantes dos Estabelecimentos de Ensino da Rede Pública, Privada e Solidária
Representantes da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Sesimbra e de outras entidades
parceiras do Conselho Local de Acção Social de Sesimbra
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Índice
pág.
Introdução 4
- Articulação do Projecto Educativo Concelhio com os Projectos Educativos de Escola
5
- Articulação do Projecto Educativo com outros instrumentos de planeamento 6
- Modelo utilizado na elaboração do Projecto Educativo Concelhio 7
Diagnóstico prévio à formulação do Projecto Educativo Concelhio 8
- Notas introdutórias e estratégia metodológica
- Avaliação estratégica das problemáticas resultantes da análise S.W.O.T. e sua relação
com os grandes domínios de intervenção do Projecto Educativo Concelhio
Definição das Linhas Orientadoras do Projecto Educativo Concelhio 19
-Finalidades
-Objectivos Gerais
-Objectivos Específicos
-Estratégias
Plano de Acção – Operacionalização do Projecto Educativo Concelhio 35
Avaliação do Projecto Educativo Concelhio 37
Constituição da Equipa de Trabalho/Dinamização e Gestão do Projecto 38
Observatório da Educação 39
Glossário 40
Bibliografia 43
Anexo – Actualização de Indicadores 47
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Introdução
Decorrente da Carta Educativa e do Plano de Desenvolvimento Social do Concelho, importa definir um
compromisso em termos de políticas educativas, que corresponda aos desafios da modernidade e às
necessidades reais do concelho e tal como nos diz um provérbio índio, actualmente muito citado “é necessária
toda uma aldeia para educar uma criança”, é importante envolver todos os elementos da comunidade na tarefa
educativa que se pretende implementar.
Percepcionar a realidade como um todo e não fragmentada, desenvolver programas integrados de intervenção,
congregar esforços e recursos e definir prioridades que se integrem nas políticas nacionais, regionais e locais
são princípios fundamentais do presente Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra, estruturado para
ter uma duração de quatro anos lectivos.
As políticas educativas deverão ser recriadas e reinterpretadas a partir das condições e necessidades locais, em
que as diferentes instituições e toda a comunidade em geral devem articular, constituindo uma rede local de
serviços.
A sede desta articulação será o Conselho Municipal de Educação que passará a dispor de um instrumento de
planeamento organizacional para a “concretização de uma política educativa local, que articule as ofertas
educativas existentes, os serviços sociais com os serviços educativos, promova a gestão integrada dos recursos
e insira a intervenção educativa numa perspectiva de desenvolvimento da comunidade.” (Bettencourt, M. B.,
1993).
A sociedade actual, submetida a transformações constantes, torna cada vez mais necessária a sistematização
do trabalho que é feito, sendo que este processo de sistematização só pode ser eficaz quando realizado com a
participação de todas as entidades que a escola encontra no terreno e que, embora com propósitos e meios
diversos, intervêm junto das mesmas populações no âmbito da saúde, segurança social, inserção profissional,
prevenção da marginalização social, etc., permitindo assim:
- Hierarquizar e articular uma série de factos, de objectos ou de ideias, por vezes dispersos;
- Identificar as múltiplas necessidades existentes;
- Conhecer as diversas actividades e projectos em curso;
- Elaborar um plano o mais completo possível e flexível na sua aplicação, com capacidade efectiva de gerar
inovação e mudança.
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Sublinhe-se que o Projecto Educativo Concelhio tem subjacente a promoção do desenvolvimento e a integração
social, a melhoria da qualidade da educação e formação, o que significa que, para além da educação escolar, a
educação não-formal, a animação cultural e a formação contínua são domínios muito importantes na
concretização da Política Educativa Local. “O percurso escolar das crianças não é independente nem do capital
escolar das famílias, nem das representações que estas têm da escola, nem das estratégias de escolarização.
Pretender intervir ao nível das escolas, sem o fazer ao nível da educação de adultos seria um contra-senso”
(Canário, R., 1994).
O sucesso deste projecto dever-se-á:
- À participação efectiva de todos os estabelecimentos de ensino, autarquia, entidades locais e serviços do
Ministério da Educação neste processo e à partilha de informação estratégica entre os mesmos;
- Ao reforço das parcerias para o desenvolvimento de intervenções integradas e multisectoriais, num circuito de
cooperação e partilha das responsabilidades;
- Ao aprofundamento de novas metodologias de intervenção face aos problemas existentes no concelho e à
organização das actividades de cada uma das instituições num quadro coerente – O Plano de Acção;
- Ao trabalho de acompanhamento de todo o processo por parte do Conselho Municipal de Educação, das
instituições que pertencem ao Conselho Local de Acção Social e dos técnicos envolvidos na gestão e
coordenação do projecto.
Articulação do Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra com os Projectos Educativos
de Escola
O Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra tem necessariamente um âmbito mais alargado que qualquer
Projecto Educativo de Escola, pois congrega as diferentes instituições de ensino e envolve um conjunto
bastante maior de parceiros na sua definição, execução e avaliação.
Mas, a articulação entre o projecto concelhio e o projecto de cada escola/agrupamento é uma questão
fundamental quando se planeia à escala de um território. Para a elaboração do diagnóstico (identificação de
problemas, recursos e potencialidades), auscultaram-se todas as instituições de ensino e procurou-se que todas
participassem activamente na definição do Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra, sendo igualmente
importante, assegurar a coordenação e avaliação do Plano de Acção em articulação com as mesmas (quando
uma actividade inscrita no Plano de Actividades da escola tem objectivos que se inscrevem nos objectivos do
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra, então a sua avaliação também é relevante no âmbito do mesmo).
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Refira-se no entanto que o quadro geral de intervenção do Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra é
suficientemente amplo para que cada escola possa ter a sua própria orientação pedagógica ou prosseguir
projectos que não tenham relação directa com ele.
Articulação com outros instrumentos de planeamento O Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra, enquanto instrumento de orientação de políticas locais e de
planeamento municipal, assenta numa metodologia de planeamento do Ministério da Educação, nos grandes
princípios da Lei de Bases do Sistema Educativo e nos normativos daí emanados, favorecendo a sua adequação
ao contexto local.
De referir a importância da articulação deste projecto com outros instrumentos de planeamento e programas
nacionais, como o Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais, Programa de Expansão e
Desenvolvimento da Educação Pré-Escolar, Programa de Requalificação das Escolas Básicas e Secundárias,
Programa de Generalização do Fornecimento de Refeições Escolares, Programa Integrado de Educação e
Formação, Plano Nacional de Acção para a Inclusão, Plano Nacional para a Igualdade, Programa Nacional de
Saúde Escolar, Plano Nacional Contra a Droga e as Toxicodependências, Programa Escolhas, Programa “Ser
Criança”, Plano para a Integração de Imigrantes, Iniciativa Novas Oportunidades, entre outros.
Ao nível local, particular destaque para a articulação com o Plano de Desenvolvimento Social e
com Plano Director Municipal.
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Modelo utilizado na elaboração do Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra
OBSERVATÓRIO
DA EDUCAÇÃO
Diagnóstico
Identificação - Problemas - Necessidades - Recursos - Potencialidades
PROCESSO
Planificação
Definição das Linhas Orientadoras � Finalidades do Projecto � Objectivos Gerais e Específicos (prioridades de actuação) � Estratégia a desenvolver (articulação entre os objectivos propostos e as competências locais, os recursos e as potencialidades existentes)
Metodologia � Técnicas e instrumentos � Recolha de dados � Análise de dados
Plano de Acção � Actividades � Público-alvo � Incidência territorial � Calendarização � Recursos (Humanos/Materiais)
Execução/Monitorização
� Desenvolvimento do projecto � Acompanhamento do projecto � Controlo do projecto
Avaliação (O que foi alcançado)
� Avaliação do processo (reflectir e sugerir melhorias sempre que necessário) � Avaliação anual Relatório anual
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DIAGNÓSTICO
Notas introdutórias e estratégia metodológica
Aprofundar o conhecimento sobre a temática da educação, difundir informação e reflectir sobre a realidade
local são alguns dos primeiros passos a dar na construção de um Projecto Educativo Concelhio. É sobre esta
premissa que assenta o presente diagnóstico.
Dadas as características do objecto de análise, considerou-se que a melhor forma de fazer esta aproximação
seria através de meios que propiciassem, simultaneamente, flexibilidade e heterogeneidade.
Recolha, análise e tratamento de informação documental e estatística
Na prática, este exercício analítico materializou-se numa abordagem qualitativa e quantitativa. Fez-se todo um
trabalho exaustivo de recolha de informação e respectiva análise documental e para se dar conta das diferentes
visões sobre esta problemática foram entrevistados vários actores cuja intervenção tem consequências directas
no desenvolvimento educacional do Concelho.
Numa esfera mais quantitativa reuniu-se todas as estatísticas oficiais produzidas nas áreas de intervenção do
Ministério da Educação (Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação do Ministério da Educação), do
Instituto Nacional de Estatística (Indicadores Sociais), da Câmara Municipal de Sesimbra (dados relativos à
educação, cultura, acção social, desporto, juventude, etc.), de Projectos Educativos de escolas/agrupamentos,
da Cercizimbra (Educação Especial), da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Sesimbra (situações
problemáticas relacionadas com o absentismo, abandono e comportamentos desviantes), do Observatório do
Emprego e Formação Profissional (aspectos estruturais do mercado de trabalho), entre outros.
� Recolha, análise e tratamento de informação documental e estatística geral
� Recolha, análise e tratamento de informação documental e estatística a nível concelhio
� Realização de sessões de trabalho com agentes chave
� Diagnóstico
Sendo o diagnóstico uma ferramenta de planeamento estratégico e para evitar duplicação de informação sobre
uma mesma realidade, teve-se em conta os projectos educativos de escola, a Carta Educativa (2007), o
Diagnóstico Social (2005) e o Plano de Desenvolvimento Social (2008-2010) produzidos no âmbito da Rede
Social. O estudo de satisfação nas escolas da rede pública do concelho (2007-2008) teve igual relevância para a
elaboração deste diagnóstico.
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Realização de sessões de trabalho
Porque o Projecto Educativo Concelhio é entendido como uma parte integrante de uma política de
desenvolvimento local e tem por base uma lógica de planeamento participado, procurou-se promover desde o
primeiro momento, parcerias efectivas e dinâmicas, tendo sido para o efeito, realizadas ao longo do último ano,
reuniões de trabalho com representantes não só da área da educação mas e também, da área da saúde,
segurança social, cultura, desporto, formação profissional, emprego, protecção civil, segurança, instituições de
solidariedade social, entre outros. A sua participação foi muito importante quer na elaboração do diagnóstico
(permitindo uma visão multidisciplinar e intersectorial), quer no estabelecimento de um conjunto de propostas
de soluções para os problemas diagnosticados.
Refira-se ainda que a identificação dos problemas e recursos existentes no concelho foi feita a partir de
problemáticas por área temática (Sucesso Educativo, Acção Social, Abandono e Exclusão Social, Saúde,
Ambiente, Cidadania, Segurança, Emprego e Formação Profissional), mas teve, simultaneamente, em conta,
problemáticas relacionadas com populações mais vulneráveis, como por exemplo as crianças e jovens em risco,
em situação de perigo e exclusão social, com necessidades educativas especiais, as provenientes de outros
países e cujas necessidades e problemas se ligam a áreas sectoriais e a áreas territoriais mais fragilizadas do
concelho.
O Diagnóstico assumiu-se da maior importância para a elaboração do Projecto Educativo Concelhio e
proporcionará os elementos necessários para se poder medir futuramente os efeitos directos e indirectos do
projecto, assim como o impacto que irá ter.
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DIAGNÓSTICO
Avaliação estratégica das problemáticas resultantes da análise S.W.O.T. e sua relação com os grandes domínios de intervenção do Projecto Educativo Concelhio
1. PROMOVER O SUCESSO EDUCATIVO
1.1. Promover o sucesso educativo reforçando os níveis de qualificação escolar em diferentes áreas
Problemas e fragilidades Recursos e Potencialidades - Pais e encarregados de educação de educação com um nível de instrução relativamente baixo; - Elevado número de alunos com dificuldades de aprendizagem e/ou em risco de retenção; - Percepção de uma utilização pouco frequente de computadores e outros equipamentos informáticos e tecnológicos na escola, por parte dos alunos e professores, não obstante o reconhecimento da sua existência; Causas mais apontadas pelos alunos, professores e encarregados de educação para o insucesso escolar: Alunos �Fraca preparação escolar anterior; �Comportamentos e atitudes menos adequados por parte dos colegas na sala de aula; �A conduta dos próprios, principalmente, no que se prende com uma menor aplicação no estudo e falta de atenção nas aulas; �O tamanho da turma ser demasiado grande; dificuldade das matérias; mau ambiente em casa (estes factores são mais evocados pelos alunos pertencentes aos escalões etários e anos de escolaridade superiores). Professores �Falta de empenhamento dos alunos; baixa motivação; falta de método de estudo e consolidação das matérias escolares; �Falta de assiduidade por parte dos alunos; �Algumas turmas serem constituídas maioritariamente por alunos com baixos rendimentos; �Turmas com um elevado número de alunos, o que dificulta a diferenciação pedagógica e a qualidade do ensino/aprendizagem; �Falta de infra-estruturas que permitam a ocupação de tempos livres que reúnam equipamento e outras condições necessárias ao desenvolvimento de actividades curriculares e extra curriculares (com maior incidência em escolas localizadas na Freguesia da Quinta do Conde); �Falta de estímulo familiar; os encarregados de educação continuam a não se envolver na vida escolar dos seus educandos, não colaboram o suficiente no processo educativo e dirigem-se pouco à escola; insuficiente comunicação e articulação entre os pais e a escola; �Programas/conteúdos curriculares extensos; �Pesada carga horária semanal com pouco tempo para um estudo diário regular. Encarregados de Educação �Falta de hábitos de estudo; �Fraca preparação anterior; �Falta de disciplina dos alunos; �Falta de regras de comportamento de alguns alunos em relação aos professores; �Falta de interesse por parte dos pais e educadores no quotidiano dos filhos; acompanham pouco as actividades escolares dos seus educandos; �Número elevado de alunos por turma e excesso de alunos na escola; �Nivelamento por baixo e facilitismo até ao 9.º ano; �Baixo nível cultural dos alunos e respectivas famílias.
- Boa dinâmica do Plano Nacional de Leitura e do trabalho desenvolvido pelo serviço de apoio às bibliotecas escolares; - Crescente frequência/utilização das bibliotecas escolares e dos centros de recursos; - Boa dinâmica do Plano Nacional de Matemática (melhoria nos resultados escolares); - Implementação da prática do Jogo de Xadrez com algumas turmas do 2.º e 3.º ciclo, através de Protocolo entre a Autarquia e a Federação Portuguesa de Xadrez; - Recurso à utilização de metodologias inovadoras e mais eficazes no ensino das línguas estrangeiras, promovendo a melhoria dos resultados e a motivação dos alunos e das respectivas famílias (exemplo: Projecto de Línguas Estrangeiras); - Reforço no equipamento informático e tecnológico nos estabelecimentos de ensino do Pré-Escolar e do 1.º Ciclo; apoio e manutenção dos equipamentos existentes nas escolas; utilização da Plataforma Moodle; - A utilização das TIC (Tecnologias da Informação e da Comunicação) nas aulas é um factor que tende a ser bastante valorizado pelos pais e encarregados de educação, reconhecendo-lhes benefícios acrescidos para o sucesso escolar; - Desenvolvimento de estratégias facilitadoras da integração do aluno no âmbito do Projecto de Língua Portuguesa Não Materna; - Apoio a Projectos Pedagógicos dinamizados pelas escolas e a visitas de estudo.
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1.2. Garantir a igualdade de oportunidades no acesso aos vários níveis
educativos e assegurar uma eficaz transição entre ciclos
Problemas e fragilidades Recursos e Potencialidades - Informação dispersa e algum desconhecimento sobre os recursos socioeducativos disponíveis no concelho; - Problemas sociais graves de alunos oriundos de famílias desestruturadas e com graves carências a nível económico; - Insatisfação por parte de alguns encarregados de educação relativamente à Acção Social Escolar (principalmente, os que têm filhos/educandos a frequentar o 2.º e 3.º Ciclos e Secundário), o que poderá significar que na sua opinião se faz sentir a necessidade de um maior investimento nesta importante componente social; - Insuficiência de recursos humanos na educação especial, para avaliação e acompanhamento dos casos diagnosticados; - Necessidade de reforçar apoios educativos a alunos que não se enquadram no ensino especial, não têm idade para frequentar os cursos CEF, nem estão integrados nos Percursos Curriculares Alternativos; - Dificuldades na articulação entre os ciclos de ensino. Necessidade de fortalecer o apoio às crianças que passam da creche para o sistema de ensino, principalmente, das que têm necessidades educativas especiais.
- Partilha de responsabilidades entre as escolas, autarquia e todas as entidades que intervêm nos territórios educativos em prol de um ensino de qualidade, na oferta educativa e formativa, no apoio às famílias e na procura de respostas para os problemas identificados; - Esforço na criação de estratégias diversificadas para a optimização de todos os recursos existentes na comunidade; - Existência de uma equipa multidisciplinar (Centro de Recursos para a Inclusão) que pretende assegurar a todos os alunos com necessidades educativas especiais os apoios necessários para a sua integração escolar e comunitária; - Apoio ao transporte de alunos com necessidades educativas especiais; alunos que frequentam cursos profissionais e cursos de educação e formação e de alunos que residem em locais onde o percurso para a escola é considerado de risco; - Estudos recentes indicam que os jovens deficientes tendem a considerar o período de escolaridade e da adolescência como um período muito crítico, referindo no entanto, os amigos/colegas de escola como um apoio muito importante (FENACERCI); - Desenvolvimento de respostas específicas diferenciadas para alunos com multideficiência e com perturbações do espectro do autismo. As Unidades de Intervenção Especializada em Multideficiência e as Unidades de Ensino Estruturado que têm sido criadas em diversas escolas do concelho (desde o ano lectivo de 2002/2003), concentram meios humanos e materiais que permitem oferecer uma resposta educativa de qualidade aos alunos com estes problemas.
1.3. Incentivar uma “cultura de escolaridade
prolongada a toda a população escolar, reforçando
o vínculo dos alunos com a escola
Problemas e fragilidades Recursos e Potencialidades - Falta de espaços em algumas unidades escolares para uma oferta das AEC a 100%; - Percepção por parte de alguns alunos de que as suas opiniões não são tidas em consideração no funcionamento da escola; - Apelo por parte de alunos e encarregados de educação para o desenvolvimento de mais actividades de âmbito cultural, desportivo e de lazer na escola. Por outro lado, professores deparam-se com a falta de espaços disponíveis para a concretização dessas actividades, com a falta de tempos livres nos horários e com dificuldades de financiamento; - Orientação Vocacional, Escolar e Profissional direccionada sobretudo para os alunos que frequentam o 9.º ano, fazendo-se “atendimento individual” aos alunos que estão no ensino secundário, apenas em função das solicitações efectuadas pelos Directores de Turma. - Algum desconhecimento por parte dos pais e encarregados de educação em relação ao trabalho que é feito no âmbito da Orientação Vocacional e Profissional; - Falta de divulgação dos aspectos positivos da escola.
- Promoção das Actividades de Enriquecimento Curricular; - Investimento da autarquia em recursos humanos e financeiros para a continuidade do trabalho desenvolvido pelo CREF (orientação vocacional, escolar e profissional e apoio psicopedagógico); - Investimento da autarquia na implementação do Projecto EPIS – Rede de Mediadores de Capacitação para o sucesso escolar no 3.º ciclo do ensino básico; - Empenhamento das escolas na elaboração de planos de ocupação dos tempos escolares (exemplo: frequência e utilização dos centros de recursos educativos, dinamização de clubes de música, teatro, ambiente, etc.); - Implementação de Quadros de Valor e Excelência nas escolas como reconhecimento do desempenho dos alunos; - Atribuição de subsídios para Bolsas de Estudo; - Apoio às Associações de Estudantes nas actividades e projectos que desenvolvem.
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1.4. Promover a qualidade dos sistemas
de Educação e Form
ação
Problemas e fragilidades Recursos e Potencialidades - Entendimento por parte de alguns professores da necessidade de se promover mais trabalho de equipa, principalmente, no âmbito dos grupos disciplinares; - Sentimento de insatisfação por parte da maioria dos professores relativamente à insuficiência de gabinetes de trabalho na escola; - Fraca articulação entre escolas/agrupamentos; - Insuficiência de respostas face às necessidades de formação. Algumas necessidades de formação identificadas para: Pessoal Docente - Formação em novas tecnologias (integração das TIC no trabalho diário); aperfeiçoamento de competências pessoais e profissionais (gestão de conflitos em contexto escolar, trabalho cooperativo); práticas pedagógicas diferenciadas; promoção do trabalho articulado entre ciclos de ensino. Pessoal Não Docente - Utilização das TIC; Relações Humanas e Pedagógicas; Organização das Bibliotecas e Centro de Recursos; Higiene e Saúde Alimentar; Socorrismo.
- Optimização dos recursos disponíveis nos Agrupamentos para melhorar o resultado das aprendizagens e das actividades escolares; - Bom relacionamento/articulação entre as escolas e o Centro de Recursos Educativos e Formação.
1.5. Reforçar o sistema de respostas e apoio às famílias
e fomentar o seu envolvim
ento no processo educativo
Problemas e fragilidades Recursos e Potencialidades - Falta de envolvimento das famílias no acompanhamento escolar e nas actividades escolares. Distanciamento tão mais elevado quanto mais elevado é o ano de escolaridade do(s) educando(s); - Deficiente conhecimento por parte de alguns pais e encarregados de educação sobre os recursos que a escola dispõe, bem como, dos serviços educativos e formativa existentes no concelho.
- Implementação da componente de apoio à família em todos os jardins-de-infância da rede pública do concelho (Prolongamento de horário/Serviço de Refeições); - Apoio às famílias cujas crianças estão em ATL dinamizado pelas Associações de Pais; - Sentimento de satisfação manifestado pelos encarregados de educação com o “apoio dos professores ao seu educando” e o “atendimento da escola aos pais”; percepção do importante papel desempenhado pelos Directores de Turma junto das famílias; - Empenho das escolas e da autarquia para dar a conhecer às famílias e a toda a comunidade, o trabalho que é realizado ao longo do ano, em todos os estabelecimentos de ensino do concelho (Mostra de Projectos Educativos); - Convicção dos pais e encarregados de educação do importante papel das associações de pais para resolver problemas que surgem na escola; reforçar o envolvimento dos pais na educação dos seus filhos; promover e organizar actividades educativas complementares e extra-escolares que ajudam na formação integral dos alunos.
1.6. Promover a
interacção Escola/
Empresa/ Instituições
Problemas e fragilidades Recursos e Potencialidades - Insuficiência da rede de estágios/empresas que acolham jovens formandos do concelho. Dificuldade no estabelecimento de protocolos (para além dos que já foram estabelecidos), com empresas locais para colocação de alunos (Cursos CEF); - Necessidade de reforçar as parcerias com as instituições/empresas locais e o Centro de Formação Profissional para aumentar a relação da escola com o meio e facilitar a abertura de cursos para os quais a escola não tem equipamentos.
- Disponibilidade de alguns empresários locais para colaborarem com projectos na área da educação e da formação; - Promoção da oferta formativa no FORMAR; - Articulação com o Centro de Reabilitação Profissional da Cercizimbra e encaminhamento de jovens com NEE com o objectivo de assegurar o seu projecto de vida.
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2. PREVENIR E COMBATER O ABANDONO ESCOLAR E A EXCLUSÃO SOCIAL
2.1 Reduzir as taxas de absentism
o e de abandono escolar
Problemas e fragilidades Recursos e Potencialidades - Baixo nível sociocultural dos alunos; problemas de socialização; algumas estruturas familiares com situações muito complicadas; - Desvalorização da cultura escolar por parte de alguns jovens e suas famílias; crescente n.º de casos de absentismo; - Necessidade de reforçar a intervenção primária na detecção precoce das situações de absentismo, comportamentos desviantes, necessidades educativas especiais; - Na transição entre ciclos, verifica-se, em média uma duplicação do volume de retenções e desistências no concelho. Esta percentagem acentua-se na conclusão do ensino obrigatório, onde se coloca o maior desafio no combate ao abandono escolar; - Continua a ser elevada a taxa de saída precoce (alunos que não concluem o 12.º ano de escolaridade). No período de 2005/2007, o concelho de Sesimbra apresentava uma taxa de retenção e desistência no Ensino Secundário superior à média nacional e da Península de Setúbal; - Necessidade de reforçar a partilha de informação (diagnóstico) sobre a taxa de absentismo, de retenção e de abandono escolar bem como a identificação das possíveis causas que lhe estão na base; - Percepção de que existe ainda alguma indefinição de “papéis” e de procedimentos na intervenção das escolas em situações relacionadas com o absentismo, risco e abandono escolar; - Falta de recursos técnicos que viabilizem um acompanhamento regular dos alunos com percursos escolares problemáticos (absentismo, comportamentos desviantes, abandono); - Necessidade de se reforçar e diversificar a oferta formativa de carácter profissional direccionada aos jovens, principalmente, para os que possuem baixos níveis de qualificação; - Insuficiência de instalações e de equipamentos adequados para aumentar a oferta formativa nas escolas secundárias; - Necessidade de reforçar a partilha de informação e a rentabilização de recursos entre as entidades promotoras de cursos de formação.
- Tendência de decréscimo, quer da taxa de retenção, quer da taxa de abandono e saída antecipada no Ensino Básico, resultado de um empenhamento muito positivo da comunidade educativa; - Reforço de mecanismos de despistagem, detecção precoce de casos de absentismo, risco e abandono. Docentes, técnicos e Pessoal Auxiliar envolvidos neste processo e “em alerta” permanente; - Disponibilidade/motivação do pessoal docente e não docente para apoiar crianças e jovens com situações familiares complexas; - Apoio de técnicos especializados a alunos que demonstram dificuldades na aprendizagem, por via de protocolos estabelecidos entre as escolas, Cercizimbra (Centro de Recursos para a Inclusão) e outras entidades locais; - Trabalho desenvolvido pelas organizações locais que prestam serviços de proximidade (sinalizam, apoiam e encaminham para as entidades competentes); - Apoio no transporte de alunos integrados em programas específicos no combate ao absentismo e de alunos em situações de carência socioeconómica grave: PIEF/PETI, CEF, matrículas compulsivas; - Desempenho positivo dos Serviços de Psicologia e Orientação Vocacional. Reconhecimento por parte dos alunos da importância e utilidade destes serviços; - Desenvolvimento de iniciativas e actividades promovidas pelas escolas como a dinamização de clubes (música, ambiente, teatro, entre outros) que promovem a partilha de experiências, a criatividade, relações de amizade e convívio e reforçam a relação dos alunos com a escola. - Projecto EPIS – Piloto – “Combate ao Abandono”
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2.2. Inform
ar e desenvolver form
ação
junto dos vários intervenientes na
área socioeducativa
Problemas e fragilidades Recursos e Potencialidades - Necessidade de reforçar o desenvolvimento de formação e a partilha de informação que permita produzir diagnósticos de carácter local para melhor adequar o atendimento e as respostas educativas às necessidades específicas dos alunos. - Necessidade de intensificar a divulgação de informação às famílias/encarregados de educação sobre o sistema de educação, formação, saúde, etc.
- Trabalho desenvolvido por técnicos, docentes e assistentes operacionais no apoio/acompanhamento a alunos com NEE (na rede escolar concelhia), e no apoio à integração educativa e social de crianças e jovens imigrantes ou com problemáticas complexas.
2.3. Promover a inclusão social através de
dinâmicas preventivas
Problemas e fragilidades Recursos e Potencialidades - Percepção em algumas escolas do aumento de comportamentos de risco, indisciplina e violência juvenis. Referência a situações que ocorrem cada vez mais cedo (alunos a frequentar o 1.º e 2.º Ciclos); - Problemas de socialização dos alunos; problemas de integração; falta de regras e de intervenção familiar; - Ausência de estratégia, em algumas escolas, de ocupação dos recreios no 1.º Ciclo; alguns assistentes operacionais manifestam a ideia de que os intervalos não são períodos calmos e sem agressão. Necessidade de intensificar a dinamização de animação dos recreios para minimizar os riscos de bullying nas escolas.
- Articulação entre as escolas e a CPCJ. Presença nas escolas de elementos da CPCJ e de outros organismos que promovem a inclusão social; - Actividades desenvolvidas pelo Programa Escolhas (Projecto – “No Trilho do Desafio”), na Escola Básica 2,3 de Santana, na Escola Básica 2,3 Navegador Rodrigues Soromenho, na Habitação Municipal de Almoinha e no Centro de Animação para a Infância; - Realização de avaliações psicopedagógicas; Apoio psicológico, social, psicopedagógico e psicomotor; Intervenção ao nível da dinâmica e estrutura familiar; Avaliação, acompanhamento e encaminhamento de situações com risco ambiental; - Articulação com os diversos recursos da comunidade na resolução de problemas sociais; definição com os vários serviços de metodologias de trabalho que proporcionem uma melhoria na qualidade de atendimento às famílias; - Receptividade e satisfação com a formação em “Animação de Recreios” por parte de alguns professores e assistentes operacionais de diversas escolas do concelho; - Implementação do Projecto “Orquestras Sinfónicas Juvenis” – Agrupamento de Escolas da Boa Água.
2.4. Apoiar as famílias e
reforçar as competências
parentais
Problemas e fragilidades Recursos e Potencialidades - Percepção de um maior número de famílias desestruturadas, sendo referida a necessidade de uma maior articulação entre as escolas, serviço de acção social da autarquia, segurança social e restantes parceiros que actuam neste domínio; - Fraca afluência dos pais e encarregados de educação e da comunidade em geral em encontros que visam promover a reflexão e o debate sobre esta problemática.
- Existência de gabinetes de apoio à família em algumas escolas; - Valorização do trabalho que está a ser desenvolvido pela Cercizimbra, CPCJ, Segurança Social, autarquia e outros parceiros, no apoio às famílias; - Empenhamento dos técnicos e profissionais em aprofundar o conhecimento da realidade e em avaliar o impacto das acções que estão a ser desenvolvidas (exemplo: Encontro promovido pela CPCJ “É preciso uma aldeia para educar uma criança”).
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3. EDUCAR PARA A SAÚDE E SEGURANÇA ESCOLAR
3.1. Promover o reforço dos factores de protecção na área da saúde
Problemas e fragilidades Recursos e Potencialidades - Insuficiência de projectos de promoção de competências psicossociais. Pouca abrangência dos trabalhos que estão a ser desenvolvidos, principalmente, ao nível do 1.º Ciclo; - Em algumas escolas, percepciona-se um aumento do consumo de droga e, sobretudo, do consumo de bebidas energéticas e álcool; - Fraca adesão/participação dos pais e encarregados de educação nas sessões de informação e de sensibilização sobre questões relacionadas com a saúde, promovidas pelas escolas e pelo Centro de Saúde; - Necessidade de reforçar a partilha de informação (diagnóstico) aos agentes locais e à comunidade em geral, sobre indicadores relacionados com a saúde, bem como sobre os projectos e iniciativas que estão a ser desenvolvidos e as parcerias estabelecidas; - Existência de casos de anorexia, bulimia e obesidade, cada vez mais frequente na comunidade; - Falta de um nutricionista no ACES Seixal – Sesimbra para o acompanhamento nutricional nos casos de distúrbios alimentares detectados.
- Avaliação positiva (patamar médio de avaliação), relativamente ao serviço de refeições escolar, apelando-se para a continuação do esforço na melhoria da alimentação fornecida; - Avaliação positiva (patamar médio de avaliação) relativamente ao bufete escolar, apelando-se para uma melhoria ao nível do atendimento (postura de quem atende e maior rapidez no serviço); - Desenvolvimento de diversas iniciativas no âmbito da Saúde (Projectos escolares de Educação para a Saúde; GISC; Projecto “Ser Adolescente”); - Valorização do trabalho em parceria desenvolvido pelas escolas, serviços de saúde, autarquia, Cercizimbra e outras instituições locais na promoção da saúde das crianças, jovens e da população em geral; - Dinamização do PIT – Projecto de prevenção de consumos abusivos; - Reconhecimento generalizado da importância do desenvolvimento de actividades desportivas nas escolas; algumas instituições de ensino abertas para acesso aos parques de jogos (fins-de-semana e férias); - Estabelecimento de Protocolo entre Instituições locais visando o acesso a aulas de natação a alunos do Pré-escolar e do 1.º Ciclo; - Disponibilização de técnicos da autarquia para a promoção da expressão físico-motora em coadjuvância com os professores titulares de turma (Pré-Escolar e 1.º Ciclo).
3.2. Garantir as condições de segurança na escola
e na zona envolvente
Problemas e fragilidades Recursos e Potencialidades - Reconhecimento da intervenção da GNR/ Programa Escola Segura, ainda que por vezes, não tenham capacidade de resposta para todas as situações face à escassez de recursos humanos e materiais; - Fraca adesão dos pais e encarregados de educação às iniciativas desenvolvidas pela GNR/Escola Segura em conjunto com as escolas; - Apelo de alguns pais e encarregados de educação para a melhoria das condições de segurança na escola e na zona envolvente (reforço nos dispositivos de segurança), manifestando um sentimento de insegurança, sobretudo, os residentes na Freguesia da Quinta do Conde; - Alguns alunos e professores declaram já ter visto pessoas a praticar actos de vandalismo contra os bens da escola; - Necessidade de reforçar a partilha de informação (diagnóstico), entre os agentes locais sobre situações de vulnerabilidade dos equipamentos e espaços escolares, acesso à escola, acidentes ocorridos (na escola e na zona envolvente), etc., e respectiva monitorização para a definição de estratégias de prevenção e intervenção; - Na elaboração do Plano de Emergência, algumas escolas confrontam-se com a dificuldade em suportar custos inerentes à aquisição de equipamentos.
- Reconhecimento do trabalho que tem sido desenvolvido, em parceria, ao nível da prevenção e segurança em ambiente escolar (exemplo: sessões de apresentação do “Projecto Prevenção em Ambiente Escolar”; criação de “Clubes de Protecção Civil”); - A comunidade educativa manifesta-se satisfeita com o clima de escola, particularmente, com as relações humanas e com o bom ambiente que se vive: os alunos tendem a privilegiar a relação com os colegas e com os professores; os pais e encarregados de educação valorizam principalmente a relação com o professor titular de turma/director de turma e os professores destacam a relação com os alunos, com os funcionários e com os colegas de profissão.
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4. EDUCAR PARA A CIDADANIA
4.1. Promover a educação ambiental, a form
ação cívica e a
valorização do patrim
ónio a toda a comunidade escolar
Problemas e fragilidades Recursos e Potencialidades - Os alunos apresentam, em geral, um baixo nível cultural, mas que apesar de tudo, é já menor do que o apresentado pelas gerações anteriores; - Nas escolas, alguns professores apontam como ponto a melhorar o desenvolvimento de actividades para trabalhar conceitos como a cidadania, objectivos pessoais, regras e responsabilidades; - Percepção de desinteresse sobre os assuntos do concelho por parte dos alunos; - Fraco envolvimento e participação dos encarregados de educação nas actividades culturais promovidas pela escola; - Percepção de que existem poucos jardins e espaços verdes nas zonas envolventes à escola; - Nas sugestões e propostas apresentadas quer pelos alunos quer pelos encarregados de educação para melhorar a qualidade da escola, vislumbra-se um apelo ao desenvolvimento de mais projectos e actividades relacionados com a cultura.
- Interesse crescente por parte dos pais e encarregados de educação pelas questões relacionadas com a cidadania; - Empenho por parte de todos os estabelecimentos de educação e ensino, muitas vezes, em articulação com a autarquia e outros parceiros, no desenvolvimento de projectos que visam estimular competências sociais e culturais; - Dinâmica da Assembleia Municipal de Jovens; Projecto de Inclusão pela Arte (PIPA); Lojas Ond@Jovem; - Promoção do Associativismo Juvenil e Desportivo no Concelho através do estabelecimento de protocolos entre a Autarquia e as Associações juvenis; - Grande investimento em acções de promoção e divulgação do património natural e edificado junto das escolas; - Existência de associações recreativas e culturais e de clubes desportivos que evidenciam bastante dinamismo no desenvolvimento de actividades desportivas, musicais, entre outras.
5. PROMOVER A ELEVAÇÃO DOS NÍVEIS DE QUALIFICAÇÃO DE BASE DA POPULAÇÃO ADULTA E AUMENTAR
A TAXA DE EMPREGABILIDADE
5.1. Aumentar a escolaridade e a qualificação de base da
população adulta alm
ejando a continuidade até ao
nível secundário
Problemas e fragilidades Recursos e Potencialidades - Baixo nível de educação, formação e qualificação da população adulta residente no concelho (o nível de instrução atingido é baixo, na sua maioria, são detentores apenas do Ensino Básico); - Necessidade de reforçar a oferta do ensino profissional e de garantir o acesso ao sistema de RVCC, principalmente, na freguesia da Quinta do Conde; - Falta de reconhecimento, por parte de alguns empresários locais, da mais-valia que poderá representar a formação/qualificação dos seus recursos; - Insuficiente diagnóstico de necessidades de formação no concelho, o que pode conduzir à inadequação da oferta formativa face às tendências do mercado de trabalho; - Algum desconhecimento por parte da população sobre a oferta formativa disponível no concelho.
- Tem-se verificado um aumento progressivo da escolarização da população residente no concelho (é pouco significativo o n.º de pais e encarregados de educação sem qualquer tipo de educação escolar formal); - Interesse pela frequência em cursos de formação profissional na área do Turismo, Contabilidade e Gestão; - Crescente interesse por parte da população adulta em melhorar as suas qualificações/ competências através do processo de RVCC; - Existência de instalações, equipamentos e recursos disponíveis para melhorar a formação profissional no Concelho (dinamização do espaço FORMAR); - Intervenção articulada entre o Centro de Formação Profissional do Seixal e o Centro de Novas Oportunidades e entre o Espaço Cidadania, o Centro de Recursos Educativos e de Formação (CREF) e o Gabinete de Inserção Profissional (GIP).
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5.2. Dinamizar processos de orientação e de
transição para o m
ercado de trabalho, reforçando
o apoio à inserção social e profissional
Problemas e fragilidades Recursos e Potencialidades - Necessidade de reforçar a articulação/partilha de informação entre os vários agentes locais (entidades ligadas à formação profissional e/ou emprego, empresas, empresários, instituições de ensino).
- Trabalho desenvolvido pelo Centro de Reabilitação Profissional da Cercizimbra, que em articulação com o IEFP, proporciona formação e apoia a inserção ou readaptação no mercado de trabalho a pessoas com deficiência ou que se encontrem numa situação de desvantagem; - Trabalho desenvolvido pelo Espaço Cidadania junto da população imigrante, em articulação com o CREF/CNO, com o GIP no apoio à inserção social e profissional e com as escolas, na realização de cursos de português para estrangeiros e no agendamento para a execução da prova de língua portuguesa; - Existência de canais de comunicação criados entre o CREF, CNO, Instituições de Ensino (Regular e/ou Profissional do concelho e zonas limítrofes – Distritos de Lisboa e Setúbal), IEFP e GIP. Existe ainda a necessidade de alargar estes canais de comunicação a instâncias de emprego e ao Gabinete de Apoio ao Empresário.
5.3. Aumentar a taxa de empregabilidade
e reforçar o desenvolvim
ento do espírito
empresarial
Problemas e fragilidades Recursos e Potencialidades - Sazonalidade do mercado de trabalho no concelho; - Necessidade de se aprofundar o conhecimento e reforçar a partilha de informação sobre a evolução e a caracterização da população desempregada.
- Trabalho desenvolvido pelo IEFP/GIP na inserção da população desempregada no mercado de trabalho; - Iniciativas promovidas pelo Gabinete de Apoio ao Empresário, como por exemplo, a divulgação de acções de formação (activos/não activos), e o aconselhamento técnico aos empresários.
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6. ADEQUAR O PARQUE ESCOLAR ÀS NECESSIDADES DA POPULAÇÃO
6.1. Articular o reordenamento da
rede escolar do concelho em
consonância com as orientações do
ME e com as necessidades locais
Problemas e fragilidades Recursos e Potencialidades - Excesso de alunos nalgumas escolas e deficit de alunos noutras escolas; - Carência de escolas de 2.º e 3.º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário na Quinta do Conde. Parque escolar manifestamente insuficiente, levando a que os alunos desta freguesia se desloquem para a Escola Secundária de Sampaio e para escolas de concelhos limítrofes.
- Investimento em novas construções/ ampliações (face ao crescimento do n.º total de alunos nos últimos anos lectivos); - Investimento na manutenção e apetrechamento do parque escolar.
6.2. Garantir instalações e
equipamentos escolares de qualidade
em todos os níveis de ensino
Problemas e fragilidades Recursos e Potencialidades - Degradação de algumas instalações; - Necessidade de aprofundar diagnóstico sobre as condições de acessibilidade de todos os estabelecimentos de educação e ensino para as pessoas com mobilidade condicionada; - Muitos alunos e encarregados de educação manifestam-se insatisfeitos com as instalações sanitárias e com as condições de limpeza e higiene da escola. Observa-se também um maior descontentamento com as condições de sala de aula, principalmente, por parte dos alunos que frequentam escolas situadas na freguesia da Quinta do Conde, com uma taxa de ocupação acima dos 100%.
- Existe uma preocupação de efectiva reabilitação do parque escolar, sempre que se projectam escolas novas tem-se em conta estruturas físicas e equipamentos modernos e de qualidade, decorrentes da organização dos curricula e da exigência de um ensino de qualidade.
6.3. Adequar o rácio PND/
Alunos em função das
características e tipologias
de cada escola
Problemas e fragilidades Recursos e Potencialidades - Insuficiência de assistentes operacionais a partir do 1.º Ciclo; - Insuficiência de recursos administrativos em algumas escolas do concelho.
- Nos Jardins-de-infância da rede pública o número de assistentes operacionais é superior ao rácio estabelecido pelo ME.
6.4. Melhorar a rede
de transportes
colectivos
Problemas e fragilidades Recursos e Potencialidades - Deficiências na rede de transportes públicos, condicionantes da mobilidade escolar; - Fraca mobilidade das crianças do Pré-Escolar e do 1.º Ciclo no percurso casa �escola. Referida a dificuldade destas crianças em se deslocarem sozinhas na rede de transportes públicos.
- Apesar de algumas dificuldades, existe uma articulação e um esforço humano e financeiro por parte da Autarquia de modo a colmatar as lacunas existentes e encontrar soluções que minimizem as dificuldades de transporte para algumas zonas do concelho.
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PROJECTO EDUCATIVO CONCELHIO
- DEFINIÇÃO DAS LINHAS ORIENTADORAS –
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DEFINIÇÃO DAS LINHAS ORIENTADORAS
Uma vez elaborado o diagnóstico, reuniram-se as condições para a definição das linhas de orientação do
Projecto Educativo Concelhio que incluem as grandes prioridades de actuação, metas que se pretendem atingir,
traduzidas em termos de finalidades, objectivos (gerais e específicos), e os meios e formas de actuação
concreta (estratégias) para dar resposta às carências e necessidades nas problemáticas analisadas. A sua
definição foi um processo discutido em diversas reuniões do Conselho Municipal de Educação e, paralelamente,
submetido à apreciação de representantes das várias escolas/agrupamentos do concelho, técnicos de diversas
instituições e serviços de sectores diversificados.
Sublinhe-se que a planificação do Projecto Educativo Concelhio trata, sobretudo, de determinar o que se deve
fazer, para posteriormente se poderem tomar decisões práticas para a sua implementação, o que implica uma
reflexão sobre os planos, as actividades e projectos em curso, os serviços e equipamentos existentes para dar
resposta a novas necessidades e solicitações no âmbito social e a novas metodologias de trabalho.
Em linhas gerais, este projecto é um plano de trabalho com carácter de proposta que pretende constituir um
avanço antecipado das acções a realizar para conseguir determinados objectivos, tendo como missão prever,
orientar e preparar o caminho do que se vai fazer, para o seu posterior desenvolvimento.
As grandes prioridades do Projecto Educativo Concelhio prevêem um horizonte temporal de quatro anos
lectivos (2009/2010 a 2012/2013).
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6. Adequar o parque escolar às necessidades da
população
5. Promover a elevação dos níveis de qualificação de base da população adulta e aumentar a taxa de empregabilidade
4. Educar para a cidadania
3. Educar para a saúde e
segurança escolar
2. Prevenir e combater o
abandono escolar e a exclusão
social
1. Promover o sucesso educativo
PROJECTO EDUCATIVO CONCELHIO
- Finalidades –
LINHAS ORIENTADORAS -FINALIDADES/OBJECTIVOS/ESTRATÉGIAS
As finalidades referem-se aos seis grandes domínios (eixos) de intervenção do Projecto Educativo Concelhio
para os próximos quatro anos lectivos e são:
O próximo quadro apresenta os objectivos gerais com as linhas de trabalho associadas às grandes intenções
expressas pelas finalidades.
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FINALIDADES OBJECTIVOS GERAIS
1. Promover o Sucesso Educativo
1.1. Promover o sucesso educativo reforçando os níveis de
qualificação escolar em diferentes áreas
1.2. Garantir a igualdade de oportunidades no acesso aos vários
níveis educativos e assegurar uma eficaz transição entre ciclos
1.3. Incentivar uma “cultura de escolaridade prolongada” a toda a
população escolar, reforçando o vínculo dos alunos com a escola
1.4. Promover a qualidade dos sistemas de Educação e Formação
1.5. Reforçar o sistema de respostas e apoio às famílias,
facilitando a conciliação entre a vida familiar e profissional, e
fomentar o seu envolvimento no processo educativo
1.6. Promover a interacção Escola/Empresas/Instituições locais
2. Prevenir e Combater o Abandono Escolar e a Exclusão Social
2.1. Reduzir as taxas de absentismo e de abandono escolar
2.2. Informar e desenvolver formação junto dos vários
intervenientes da área socioeducativa, criando um ambiente
facilitador de integração das crianças e jovens na escola e na
comunidade
2.3. Promover a inclusão através de dinâmicas preventivas
2.4. Apoiar as famílias e reforçar as competências parentais
3. Educar para a Saúde e Segurança Escolar
3.1. Promover o reforço dos factores de protecção na área da
saúde
3.2. Garantir as condições de segurança na escola e na zona
envolvente
4. Educar para a Cidadania
4.1. Promover a educação ambiental, a formação cívica e a
valorização do património a toda a comunidade escolar
5. Promover a elevação dos níveis de qualificação de base da população
adulta e aumentar a taxa de empregabilidade
5.1. Aumentar a escolaridade e qualificação de base da população
adulta almejando a continuidade até ao nível secundário
5.2. Dinamizar processos de orientação e de transição para o
mercado de trabalho, reforçando o Apoio à Inserção Social e
Profissional
5.3. Aumentar a taxa de empregabilidade e reforçar o
desenvolvimento do espírito empresarial
6. Adequar o Parque Escolar às necessidades da população
6.1. Articular o reordenamento da rede escolar do concelho em
consonância com as orientações do M.E. e com as necessidades
locais
6.2. Garantir instalações e equipamentos escolares de qualidade
em todos os níveis de ensino
6.3. Adequar o rácio Pessoal não docente/Alunos em função das
características e tipologias de cada escola
6.4. Melhorar a rede de transportes colectivos na deslocação
Casa � Escola
Os objectivos específicos que se apresentam de seguida e que operacionalizam os objectivos gerais situam-se
num nível mais concreto de planificação da acção. Será justamente com base nas especificações introduzidas
nestes objectivos que se poderá posteriormente proceder a uma avaliação rigorosa das metas estabelecidas
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23
para o Projecto Educativo Concelhio, uma vez que se dispõe de enunciados com base nos quais se podem
construir indicadores qualitativos e quantitativos de avaliação, o que permitirá avaliar o impacto das acções
concretizadas.
Apresentam-se igualmente as estratégias de intervenção, que sugerem pistas de acção para se concretizar os
objectivos. A definição das estratégias que se elencam neste documento passou por uma reflexão sobre os
recursos dos parceiros e outros instrumentos existentes, nomeadamente, planos que estão a ser desenvolvidos
a nível nacional, regional e local.
1. Promover o Sucesso Educativo
Objectivo Geral Objectivos Específicos Estratégias
1.1. Promover o
sucesso educativo
reforçando os
níveis de
qualificação
escolar em
diferentes áreas
1.1.1. Melhorar o aproveitamento na disciplina de Língua
Portuguesa
� Prosseguindo a dinamização do Plano Nacional de Leitura e a Rede de Bibliotecas Escolares, mediante estreita cooperação entre as Bibliotecas Escolares e a Biblioteca Municipal;
� Desenvolvendo actividades de apoio a alunos com mais dificuldades, como por exemplo, os provenientes de outras nacionalidades, através da articulação entre agentes culturais e socioeducativos.
1.1.2. Melhorar o aproveitamento na
disciplina de Matemática
� Prosseguindo a dinamização do Plano Nacional de Matemática;
� Fomentando a adesão de todas as escolas do concelho a iniciativas como as Olimpíadas da Matemática, Campeonato de Jogos Matemáticos;
� Promovendo a aprendizagem do Xadrez, entre outras iniciativas, em todas as escolas do concelho, enquanto reforço no desenvolvimento do raciocínio matemático.
1.1.3. Promover a utilização das tecnologias
da informação e da comunicação no
processo de ensino/aprendizagem
� Aplicando eficazmente o Plano Tecnológico da Educação;
� Diagnosticando os equipamentos e programas informáticos educativos de que a escola dispõe, a sua qualidade e manutenção, procurando dar resposta às insuficiências identificadas;
� Promovendo a generalização do acesso e uso das TIC no Pré-Escolar, ensino básico e secundário;
� Apoiando a formação em TIC para Professores e alunos, sensibilizando-os para as possibilidades educativas das novas tecnologias;
� Apoiando a formação em TIC para pais e encarregados de educação;
� Dando continuidade e visibilidade aos “portais”: www.sesimbra-edu.net, www.escolasdesesimbra.net/moodle.
1.1.4. Garantir a efectiva aprendizagem de línguas estrangeiras a todos os alunos e promover o
interesse pela diversidade linguística
� Apoiando a generalização da aprendizagem do Inglês aos alunos do 1º Ciclo no âmbito das AEC;
� Apoiando a melhoria da aprendizagem das Línguas Estrangeiras no 2º, 3º Ciclos e Secundário, reforçando essa aprendizagem com a implementação de actividades extracurriculares;
� Incentivando a participação dos estabelecimentos do ensino básico, secundário e profissional em projectos e programas europeus, visando a utilização dos “instrumentos linguísticos” proporcionados por esses programas e a melhoria da aprendizagem de línguas estrangeiras;
� Criando oportunidades de contacto entre alunos e professores com outras comunidades linguísticas, promovendo a relação entre as escolas e associações de professores de línguas estrangeiras, embaixadas, etc.
1.1.5. Incutir nos alunos uma cultura de
investigação científica
� Apoiando a implementação de projectos no âmbito da iniciação às Ciências Experimentais;
� Reforçando o desenvolvimento de iniciativas junto da comunidade escolar que visem promover o interesse e o conhecimento pela Ciência e Tecnologia.
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1. Promover o Sucesso Educativo (continuação)
Objectivo Geral Objectivos Específicos Estratégias
1.2. Garantir a
igualdade de
oportunidades no
acesso aos vários
níveis educativos
e assegurar uma
eficaz transição
entre ciclos
1.2.1. Melhorar os
recursos e condições de acesso a todos os
alunos, motivando-os no percurso escolar
� Divulgando e promovendo informação sobre a oferta educativa e formativa e concedendo apoios aos alunos e às famílias mais carenciados.
1.2.2. Promover maior articulação entre os diferentes ciclos e reforçar o apoio e o
acompanhamento aos alunos na transição de
ciclo
� Promovendo o contacto continuado com professores ou outros agentes da comunidade educativa, como apoio fundamental à transição entre ciclos;
� Promovendo uma maior articulação dos estabelecimentos de ensino privados com a escola pública. Maior relação entre estes estabelecimentos e a possibilidade de dar a conhecer o espaço físico envolvente do ensino público a frequentar futuramente pelas crianças que estão em Jardins-de-infância privados, assim como, em estabelecimentos de ensino privados do 1.º ciclo);
� Apoiando os alunos com maior probabilidade de sofrer “efeitos negativos” na transição, por vezes associados a baixo estatuto socioeconómico, pertença a determinados grupos étnicos, baixa auto-estima e resultados escolares anteriores mais fracos;
� Preparar os alunos através do serviço de orientação vocacional esclarecendo-os quanto às diversas opções e ajudando-os a ultrapassar dificuldades relacionadas com a adaptação a novos contextos escolares e a novos patamares de exigência.
1.2.3. Reforçar e melhorar as condições de integração escolar
das crianças e jovens em risco socioeducativo ou
com necessidades educativas especiais
� Promovendo o alargamento e o apoio ao funcionamento de Unidades de Intervenção Especializada para a educação de crianças com Multideficiência e Unidades de Ensino Estruturado para a educação de crianças com perturbações do espectro de autismo;
� Promovendo o apoio ao Centro de Recursos para a Inclusão (acompanhamento de crianças e jovens com necessidades educativas de carácter prolongado integradas no sistema regular de ensino);
� Promovendo o apoio e o acompanhamento por técnicos especializados a alunos com dificuldade de integração no meio escolar e na comunidade (alunos com dificuldades de aprendizagem, que muitas vezes não estão directamente relacionadas com aspectos cognitivos, mas com dimensões emocionais), de modo a complementar e facilitar o trabalho dos professores;
� Fomentando o desenvolvimento de uma intervenção integrada, participada e coordenada territorialmente (articulação dos vários parceiros envolvidos no acompanhamento/orientação de casos para viabilizar a aquisição de competências e a garantia de respostas a curto prazo).
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Objectivo Geral Objectivos Específicos Estratégias
1.3. Incentivar
uma “cultura de
escolaridade
prolongada” a
toda a população
escolar,
reforçando o
vínculo dos alunos
com a escola
1.3.1. Melhorar a oferta das Actividades de Enriquecimento
Curricular
� Garantindo a existência de espaços físicos e recursos humanos que proporcionem uma oferta universal das AEC (enquanto instrumento complementar das aprendizagens associadas à aquisição das competências básicas e motivação escolar, desde o 1º ano de escolaridade).
1.3.2. Desenvolver e alargar a orientação escolar e vocacional e sensibilizar os pais e
encarregados de educação para a importância deste
serviço
� Alargando ao nível do Ensino Secundário, o apoio que já é facultado aos jovens que frequentam o 9.º ano, mostrando-lhes possíveis caminhos para o prosseguimento de estudos e/ou formação;
� Dando a conhecer aos pais e encarregados de educação o trabalho que é desenvolvido com os alunos ao nível da orientação vocacional e profissional, nas escolas e nas Lojas Onda@Jovem.
1.3.3. Reforçar a relação entre escolas, tendo em vista a dinamização de projectos conjuntos de
aprendizagem, a partilha de experiências, a reflexão e o debate
sobre temas de interesse comum
� Melhorando a articulação entre escolas através da realização de encontros visando a partilha de experiências, o conhecimento sobre os projectos e iniciativas que cada escola está a desenvolver;
� Apoiando a realização de iniciativas inter-escolas.
1.3.4. Promover a participação dos alunos
na concepção de diferentes
actividades/projectos escolares, tornando a
vida escolar mais atractiva
� Realizando questionários/entrevistas/debates que permitam melhor conhecer a opinião dos alunos sobre a escola e sobre o sistema de ensino e que possam constituir uma base de referência para melhorar as áreas críticas detectadas;
� Apoiando o desenvolvimento de actividades e projectos escolares sugeridos pelos alunos;
� Apoiando a dinamização das Associações de Estudantes.
1.3.5. Valorizar e promover o impacto das
aprendizagens
� Implementando Quadro de Excelência e de Valor (tornando patente o reconhecimento de aptidões e atitudes dos alunos ou grupos de alunos);
� Atribuindo prémios de mérito – Dinamizando entre as várias escolas do concelho o “Prémio de Mérito”, tendo como principal objectivo promover e melhorar o estudo, a pesquisa e o trabalho na disciplina (no secundário) e o gosto pela mesma junto dos mais jovens.
Objectivo Geral Objectivos Específicos Estratégias
1.4. Promover a
qualidade dos
sistemas de
Educação e
Formação
1.4.1. Proporcionar aos professores, formadores e pessoal não docente o
apoio adequado à aquisição de novas competências para responderem aos
desafios da sociedade do conhecimento e as condições físicas
necessárias ao exercício da profissão
� Desenvolvendo acções de Formação (consoante o diagnóstico de necessidades);
� Disponibilizando meios e equipamentos auxiliares de ensino e suportes pedagógicos que facilitem abordar e desenvolver determinados temas com os alunos/formandos;
� Proporcionando espaço físico em todas as escolas, onde os professores e assistentes técnicos possam preparar e desenvolver o seu trabalho.
1.4.2. Reforçar a partilha
de conhecimentos, a interacção e a reflexão
sobre a educação/formação
� Organizando encontros/Workshop/Sessões de reflexão e debate (lógica de partilha de experiências, de “boas práticas”).
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Objectivo Geral Objectivos Específicos Estratégias
1.5. Reforçar o
sistema de
respostas e apoio
às famílias,
facilitando a
conciliação entre a
vida familiar e
profissional,
e fomentar o seu
envolvimento no
processo
educativo
1.5.1. Continuar a dar respostas sociais e outros apoios e complementos
educativos às famílias com educandos em idade
escolar e pré-escolar
Pré-Escolar: � Garantindo a todas as crianças a componente de apoio à família (refeições e prolongamento de horário); � Diagnosticando a existência de material e equipamento específico para o prolongamento de horário, procurando dar resposta às insuficiências identificadas e garantindo uma eficaz orientação pedagógica;
� Assegurando a afectação de recursos humanos adequados (assistentes, animadores e outros técnicos);
1.º Ciclo: � Garantindo a todos os alunos o serviço de refeições, assim como a possibilidade de frequência de Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC); � Garantindo que o tempo de permanência das crianças nas AEC seja pedagogicamente rico e complementar das aprendizagens associadas à aquisição das competências básicas;
� Promovendo a possibilidade de acesso a Actividades de Tempos Livres aos alunos cujas famílias necessitem desse apoio;
Geral: � Concretizando as Medidas de Acção Social Escolar e de outros apoios à família.
1.5.2. Aumentar a cooperação entre a escola e a família e fomentar um maior
envolvimento dos pais e encarregados de
educação no processo educativo
� Promovendo um maior conhecimento sobre a escola, a partilha de preocupações e necessidades, interesses e expectativas na definição conjunta de estratégias para a prevenção e resolução de problemas, contribuindo ao mesmo tempo para um maior envolvimento e responsabilização dos pais e encarregados de educação no processo educativo, em especial, dos que têm filhos a frequentar o 2º, 3º Ciclos do Ensino Básico e o Secundário (“conhecer melhor para melhor colaborar”);
� Dinamizando encontros para pais e encarregados de educação no intuito de os sensibilizar para a importância do prosseguimento dos estudos, promovendo o debate e a reflexão sobre Educação e outros temas que sejam do seu interesse;
� Fomentando o movimento associativo dos pais e encarregados de educação, e apoiando a dinamização das associações de pais existentes;
� Concretizando o Projecto ”Escola de Pais” (criação de um espaço de partilha e troca de experiências e de formação para pais e encarregados de educação sobre temáticas relacionadas com educação, pedagogia, psicologia, saúde, etc.).
1.5.3. Melhorar o acesso à informação sobre a escola/educação e a temas que lhe estão
associados
� Reforçando a informação em suportes online e em canais de informação convencionais.
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Objectivo Geral Objectivos Específicos Estratégias
1.6. Promover a
interacção
Escola/Empresas/
Instituições locais
1.6.1. Estabelecer parcerias entre as
escolas, empresas e outras instituições locais, desenvolvendo Projectos
ou Programas de responsabilidade social na área da Educação
� Propondo às empresas e instituições locais o seu apoio e envolvimento em acções que visem promover e incentivar a Educação, em particular nas áreas do seu conhecimento e perícia.
1.6.2. Reforçar a relação entre o sistema
educativo e o mundo do trabalho, promovendo a aprendizagem prática e o
conhecimento técnico como parte integrante da
cultura geral
� Apoiando a realização de visitas de estudo guiadas às instalações das empresas (dando a oportunidade aos alunos de conhecerem diversas empresas que exercem a sua actividade no concelho ou fora, compreenderem os valores e as competências necessárias para determinadas carreiras profissionais, e conhecer “por fonte directa” novas tendências do mundo do trabalho);
� Promovendo a deslocação das empresas às escolas e a participação das mesmas em actividades/projectos de escola visando elevar a capacidade técnica dos jovens;
� Fomentando a presença/participação de alunos e formandos em encontros dinamizados por empresas, IEFP e/ou pelo GDAE (debates, conferências, workshop), aumentando o seu conhecimento sobre determinados temas/sectores de actividade.
1.6.3. Divulgar e promover a toda a comunidade as
iniciativas e projectos desenvolvidos entre as escolas, as empresas e as instituições locais
� À relação da escola com as empresas/instituições devem associar-se os media locais, divulgando e promovendo os vários projectos e iniciativas e reforçando o seu impacto.
2. Prevenir e Combater o Abandono Escolar e a Exclusão Social
Objectivo Geral Objectivos Específicos Estratégias
2.1. Reduzir as
taxas de
absentismo e de
abandono escolar
2.1.1. Fazer o despiste precoce dos alunos com insucesso escolar e a caracterização dos
alunos que abandonaram o sistema escolar sem ter concluído o 9.º ano ou estão em vias de o
fazer
� Procedendo ao levantamento dos pontos críticos da reprovação (por ano escolar e disciplina), e identificando as possíveis causas que lhes estão na base; � Projecto EPIS; � Fazendo a caracterização dos alunos que abandonaram o sistema escolar sem concluir o 9.º ano de escolaridade e identificando os potencialmente candidatos a essa situação; � Procedendo à monitorização de diversos indicadores: Taxa de Abandono Escolar, Taxa de Saída Antecipada, Taxa de Saída Precoce, Taxa de Retenção, etc.
2.1.2. Promover novas oportunidades dentro do
sistema educativo/formativo a alunos que revelem insucesso escolar
repetido e/ou risco de abandono escolar
� Incrementando percursos e ofertas inclusivas e alternativas em todos os graus de ensino; � Reforçando os mecanismos de reorientação para percursos curriculares alternativos e cursos de educação e formação para alunos do ensino básico em risco de retenção repetida, problemas de integração na comunidade escolar, risco de marginalização, abandono escolar e exclusão social; � Reforçando e diversificando as ofertas qualificantes para jovens maiores de 15 anos sem o ensino secundário completo, para percursos que confiram certificação escolar e profissional; � Continuando a dar respostas aos alunos que necessitam de apoios e complementos educativos (apoio pedagógico; reforço curricular; tutorias; planos de recuperação e acompanhamento) para prevenir o abandono escolar.
2.1.3. Reforçar o desenvolvimento de
Protocolos com empresas locais ou
nacionais para assegurar a formação em contexto
de trabalho
� Garantindo uma formação mais direccionada, com uma componente prática mais acentuada e cobertura total às solicitações de estágios no âmbito da formação em contexto de trabalho, através da articulação entre o sistema educativo, o sistema de qualificação profissional e as estruturas de acompanhamento e orientação vocacional.
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Objectivo Geral Objectivos Específicos Estratégias
2.2. Informar e
desenvolver
formação junto
dos vários
intervenientes na
área
socioeducativa,
criando um
ambiente
facilitador de
integração das
crianças e jovens
na escola e na
comunidade
2.2.1. Reforçar o
desenvolvimento de acções de formação para
os diversos intervenientes na área
socioeducativa
� Promovendo para professores, assistentes operacionais e técnicos, formação em áreas associadas com a relação pedagógica e relações humanas; interculturalidade; acompanhamento e atendimento na escola de crianças e jovens com NEE e em risco socioeducativo.
2.2.2. Informar e sensibilizar a
comunidade para situações relacionadas
com “Integração/ Intervenção Precoce e
Intervenção Comunitária”
� Desenvolver acções de informação e sensibilização junto da comunidade que promovam a reflexão e o debate sobre estas temáticas.
Objectivo Geral Objectivos Específicos Estratégias
2.3. Promover a
inclusão social
através de
dinâmicas
preventivas
2.3.1. Diagnosticar o tipo de comportamentos
indisciplinares e/ou de violência nas situações ocorridas e desenvolver estratégias de prevenção
e intervenção
� Dinamização de gabinetes/projectos de mediação de conflito nas escolas;
� Procedendo ao levantamento e registo das situações de indisciplina/violência ocorridas (monitorização);
� Sinalizando situações de jovens em risco, no sentido dos mesmos serem encaminhados para as entidades competentes;
� Estabelecendo Protocolos com Instituições locais que se disponibilizem em receber alunos para fazer trabalho comunitário, serviço cívico, durante o período de suspensão da escola (medida educativa disciplinar);
� Realizando sessões de formação para a adopção de estratégias de prevenção e de intervenção (adequados ao tipo de problema/situação1, à idade dos alunos e nível de escolaridade, à cultura dos diferentes grupos), envolvendo a família, o grupo de pares, as escolas e a comunidade;
� Criando mais zonas de lazer nos espaços de recreio.
2.3.2. Dar continuidade a projectos já existentes e apoiar a concretização de
outros, que visem promover a inclusão social de crianças e
jovens provenientes de contextos
socioeconómicos mais vulneráveis
� Prosseguindo a dinamização de projectos de apoio à educação, formação e à ocupação de tempos livres para prevenir situações de risco, de isolamento, de marginalização e exclusão social;
� Reforçando o envolvimento comunitário através das redes locais existentes.
1 Por exemplo, sessões de formação sobre bullying.
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Objectivo Geral Objectivos Específicos Estratégias
2.4. Apoiar as
famílias e
reforçar as
competências
parentais
2.4.1. Desenvolver
intervenções continuadas no apoio à família,
reforçando as competências parentais, através de uma estreita
articulação entre as parcerias institucionais
locais
� Mobilizando os agentes locais na criação de equipas inter-institucionais para o atendimento/acompanhamento e apoio a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade;
� Articulando entre o Núcleo Local de Inserção (NLI), através do elemento representante da educação, e as escolas o acompanhamento conjunto de situações do âmbito do Rendimento Social de Inserção e Acção Social;
� Mobilizando o NLI enquanto potencial mediador entre a escola e a família, das situações acompanhadas no âmbito do Rendimento Social de Inserção e Acção Social;
� Dinamizando encontros com os parceiros (agentes locais envolvidos), proporcionando momentos de partilha e reflexão que permitam apontar e delinear futuras linhas de intervenção;
� Reforçando o desenvolvimento de Projectos de Intervenção Precoce (promovendo respostas que actuem preventivamente nos factores de risco social e ou de deficiência), em articulação com os serviços de saúde e da segurança social.
2.4.2. Melhorar a relação de proximidade Escola/Família/ Comunidade
� Fomentando os saberes e práticas culturais entre a escola/ família/comunidade;
� Estimulando uma maior participação dos pais e encarregados de educação em encontros/sessões para a promoção de “boas práticas”, alertando-os para as responsabilidades no que respeita à educação e desenvolvimento social dos seus filhos e promovendo o debate sobre assuntos que sejam do seu interesse;
� Seminários de Capacitação “Epis”.
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3. Educar para a Saúde e Segurança Escolar
Objectivo Geral Objectivos Específicos Estratégias
3.1. Promover o
reforço dos
factores de
protecção na área
da saúde
3.1.1. Informar, sensibilizar e formar para a Prevenção e Promoção
da Saúde
� Continuando a apostar no fornecimento de uma dieta alimentar equilibrada e saudável nos refeitórios escolares /serviços de refeições, e avaliando periodicamente o funcionamento destes serviços;
� Apoiando o desenvolvimento de projectos e actividades de saúde escolar; acções de sensibilização sobre “Hábitos alimentares e estilos de vida saudáveis” (com recurso a metodologias activas);
� Apoiando o desenvolvimento de acções de informação e formação (realizadas por técnicos de saúde) para pais e encarregados de educação sobre questões relacionadas com a saúde, e a realização de sessões de esclarecimento sobre a oferta alimentar nas escolas;
� Apoiando a formação dos profissionais de educação, promovendo e facilitando o seu envolvimento em projectos relacionados com a Higiene, Prevenção, Segurança e Educação Alimentar (aquisição de novas competências ou competências complementares, que lhes permitam uma crescente capacitação para a promoção de estilos de vida saudáveis na escola e no trabalho em parceria);
� Dando continuidade à intervenção no âmbito do combate às toxicodependências adequando-a às novas tipologias de consumo;
� Apoiando o desenvolvimento de projectos desportivos através da cooperação entre os elementos da comunidade educativa e desportiva do concelho;
� Estimulando o gosto e a prática de actividades físicas e desportivas das crianças e dos jovens, contribuindo ao mesmo tempo para o seu bem-estar físico e para a ocupação de tempos livres;
� Reforçando e diversificando os canais de divulgação e promoção das iniciativas desenvolvidas no âmbito do “Plano Nacional de Saúde Escolar” junto dos pais e encarregados de educação, e aumentando a sua participação no desenvolvimento do mesmo.
3.1.2. Promover e reforçar uma maior
articulação intersectorial entre os serviços de
saúde e outras estruturas com intervenção local
nesta área
� Desenvolvendo esforços para a concretização de Programas de Intervenção Precoce em Saúde;
� Continuando o trabalho que está a ser desenvolvido em parceria (equipas multiprofissionais) permitindo uma visão comunitária da intervenção em saúde escolar e contribuindo para que as escolas do concelho sejam cada vez mais promotoras da saúde; fomentando uma maior participação dos pais e encarregados de educação e de outros sectores da comunidade no desenvolvimento deste processo;
� Monitorizando os dados qualitativos e quantitativos relativos à saúde, e identificando os problemas de saúde mais prevalecentes na população infantil e juvenil do concelho.
Objectivo Geral Objectivos Específicos Estratégias
3.2. Garantir as
condições de
segurança na
escola e na zona
envolvente
3.2.1. Promover uma cultura de segurança escolar a todos os
membros da comunidade educativa e o reforço das
estruturas de suporte para uma articulação
intersectorial
� Apoiando os Estabelecimentos de Educação e Ensino com os recursos necessários à elaboração do Plano de Prevenção e, quando necessário, do Plano de Emergência; � Efectuando o diagnóstico da situação de segurança da zona envolvente aos diversos Estabelecimentos de Educação e Ensino (segurança externa das escolas e respectivos acessos); � Assegurando a construção e/ou concretização de alterações necessárias na arquitectura e sistemas de segurança física nas escolas; � Desenvolvendo acções de sensibilização e de formação junto dos alunos para as questões da segurança e prevenção rodoviária (numa vertente pedagógica e preventiva de comportamentos de risco e adopção de procedimentos de auto-protecção); � Reforçando e diversificando os canais de divulgação e promoção de todas as iniciativas junto dos alunos, encarregados de educação e da população em geral.
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4. Educar para a Cidadania
Objectivo Geral Objectivos Específicos Estratégias
4.1. Promover a
educação
ambiental, a
formação cívica e
a valorização do
património a toda
a comunidade
escolar
4.1.1. Desenvolver nas crianças e jovens a capacidade de agir e intervir no sentido de valorizar e proteger o
ambiente
� Estabelecendo parcerias entre as escolas, a autarquia e outras entidades públicas e/ou privadas que possibilitem o desenvolvimento de iniciativas e programas relacionados com o ambiente e o desenvolvimento sustentável.
4.1.2. Promover a formação cívica e a educação para a
cidadania a toda a comunidade educativa no respeito por outras
culturas, pela diversidade e pela
diferença
� Apoiando o desenvolvimento de acções de informação e sensibilização sobre questões relacionadas com a Interculturalidade, os Direitos humanos e a Não Discriminação;
� Apoiando a implementação de actividades culturais e projectos que permitam aos alunos conhecer e contactar com novas realidades culturais;
� Valorizando a formação cívica e a aprendizagem cooperativa visando capacitar cada criança e cada jovem a estruturar a sua relação com a sociedade de acordo com as regras básicas de convivência;
� Promovendo a participação dos alunos em estruturas associativas de interesse local e nacional e em acções de voluntariado/intercâmbio;
� Organizando eventos inter-escola onde se debatam questões práticas de actualidade e se desenvolva um espírito crítico; prosseguindo a dinâmica da Assembleia Municipal de Jovens de grande relevância para a formação e participação cívica;
� Favorecendo o enriquecimento da vida escolar através da organização de actividades ocupacionais (conferindo-lhes pertinência social e educativa);
� Promovendo um maior relacionamento e convivência entre a comunidade escolar e a sociedade civil através da organização de actividades culturais, desportivas e recreativas;
� Apoiando o desenvolvimento de acções de formação dirigidas aos professores/educadores visando a promoção de atitudes mais adaptadas ao contexto da diversidade cultural (compreensão dos mecanismos psico-sociais e os factores capazes de produzir racismo e discriminação).
4.1.3. Captar o interesse
e aprofundar o conhecimento da
comunidade escolar sobre a história do
concelho, arte e figuras de relevo cultural,
actividades do quotidiano e património natural
� Apoiando iniciativas e projectos que tenham como finalidade elevar o conhecimento e a valorização do património e valores locais;
� Concretizando e divulgando o programa cultural de actividades lúdicas e pedagógicas, no âmbito das iniciativas dinamizadas pela autarquia;
� Potenciando o Serviço Educativo do Museu Municipal e alargando-o a públicos com necessidades educativas especiais;
� Elaborando e disponibilizando material de apoio para a promoção do conhecimento.
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5. Promover a elevação dos níveis de qualificação de base da população adulta e aumentar a taxa de empregabilidade
Objectivo Geral Objectivos Específicos Estratégias
5.1. Aumentar a
escolaridade e a
qualificação de
base da população
adulta almejando
a continuidade até
ao nível
secundário
5.1.1. Incentivar a promoção de cursos de
Alfabetização descentralizados e “Criar um ambiente
aberto de aprendizagem, com apoio e promoção da
adaptabilidade e aprendizagem ao longo
da vida”
� Estimulando e aumentando a taxa de reingresso e a progressão nos sistemas de educação e de formação de jovens e adultos com vista à melhoria dos seus conhecimentos e competências, no âmbito do “Programa Novas Oportunidades”;
� Promovendo a concretização de acções de formação em língua portuguesa, cidadania e português técnico, no âmbito do Programa Portugal Acolhe – Português para Todos, proporcionando à população imigrante um mais adequado processo de integração;
� Garantindo a visibilidade das diferentes tipologias de percursos de educação e de formação profissionalizante disponíveis e fomentando o contacto da comunidade com os diversos serviços que prestam informação, aconselhamento e orientação;
� Promovendo, alargando e diversificando a oferta educativa e formativa local, em função das necessidades de formação diagnosticadas;
� Apoiando a existência de espaços e equipamentos adequados ao funcionamento de cursos de educação/formação no concelho e melhorando a acessibilidade aos mesmos;
� Organizando encontros/sessões dirigidos a toda a comunidade com vista a promover uma cultura da aprendizagem ao longo da vida e a contribuir para a disseminação de boas práticas.
5.1.2. Divulgar a oferta formativa aos agentes económicos/entidades empregadoras locais, sensibilizando-os para
as vantagens da formação contínua dos trabalhadores
� Promovendo encontros e acções de informação/sensibilização direccionados às empresas, através de uma estreita articulação entre o Centro de Emprego e Formação Profissional, os Estabelecimentos de Ensino e Educação, o GDAE e o CNO.
5.1.3. Promover uma forte articulação entre
as instituições de educação e de
formação com outros parceiros sociais, que actuam a diversos
níveis no contexto da aprendizagem ao longo
da vida
� Apoiando a existência de uma rede alargada de trabalho em parceria ao nível de educação/formação.
Objectivo Geral Objectivos Específicos Estratégias
5.2. Dinamizar
processos de
orientação e de
transição para o
mercado de
trabalho,
reforçando o apoio
à inserção social e
profissional
5.2.1. Fomentar um melhor conhecimento sobre o mercado de trabalho e apoiar o
reforço das possibilidades de
integração socioprofissional
� Reforçando a intervenção dos serviços públicos de emprego e de outros organismos presentes no mercado de trabalho, na prestação de informação, aconselhamento/orientação e encaminhamento de jovens e adultos (facilitando a sua inserção ou reinserção no mercado de trabalho);
� Divulgando iniciativas que permitam à população identificar as diferentes áreas profissionais e as oportunidades de emprego existentes;
� Realizando encontros, sessões de esclarecimento; diversificando os “canais” de acesso a informação sobre ofertas de emprego e a temas que lhe estão associados;
� Fomentando a procura activa de emprego, através do desenvolvimento de acções de formação em “técnicas activas de procura de emprego”;
� Apoiando a generalização do acesso à Internet e às tecnologias de informação e comunicação através, entre outros, da disponibilização de espaços públicos gratuitos de acesso à Internet em todo o concelho;
� Contratualizando as medidas de inserção social dirigidas às pessoas e grupos mais desfavorecidos (PNAI 2009-2011/Plano de Desenvolvimento Social do Concelho de Sesimbra 2008-2010).
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Objectivo Geral Objectivos Específicos Estratégias
5.3. Aumentar a
taxa de
empregabilidade e
reforçar o
desenvolvimento
do espírito
empresarial
5.3.1. Reforçar as parcerias entre o serviço público de emprego, os vários agentes sociais e
as empresas na potenciação da empregabilidade
� Promovendo e divulgando os instrumentos de política que as entidades empregadoras locais poderão dispor para o recrutamento de quadros e para a formação dos mesmos (medidas de apoio e estímulo ao emprego/Iniciativa Emprego 2010/Programa Qualificação – Emprego 2010);
� Fortalecendo os mecanismos de intermediação entre a oferta e a procura de emprego e mobilizando os diferentes parceiros socioeconómicos para a problemática do acesso ao mercado de trabalho dos grupos mais vulneráveis;
� Promovendo as condições de empregabilidade das pessoas que estão actualmente empregadas, em particular, junto dos trabalhadores mais idosos e menos qualificados, através das medidas de qualificação, reconversão profissional e certificação escolar e profissional.
5.3.2. Estimular o
empreendedorismo, promovendo o apoio à
criação do próprio emprego.
� Apoiando o desenvolvimento de uma cultura empresarial no concelho e promovendo os mecanismos de apoio às PME;
� Apoiando a divulgação de informação e a realização de acções de formação junto de quem esteja interessado em criar o seu próprio emprego, facilitando a aquisição das competências necessárias;
� Promovendo encontros de sensibilização para a importância económica de diversos sectores de actividade e a divulgação de boas práticas.
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6. Adequar o Parque Escolar às necessidades da população
Objectivo Geral Objectivos Específicos Estratégias
6.1. Articular o reordenamento da rede escolar do concelho em
consonância com as orientações do Ministério da
Educação e com as necessidades
locais
6.1.1. Perspectivar as construções dos vários
equipamentos em função de critérios de
reordenamento do Ministério da Educação e
das necessidades específicas da população
escolar do concelho
� Articulando com os serviços responsáveis do Ministério da Educação e a equipa responsável pelo Plano Director Municipal (PDM) enquanto instrumento de desenvolvimento e ordenamento do território;
� Atendendo à definição de ”Território Educativo” enquanto espaço territorial onde se concentram um conjunto de equipamentos educativos que visam o cumprimento da escolaridade obrigatória, a concretização de projectos educativos de interesse comum, melhores soluções de gestão pedagógica, administrativa e financeira e as deslocações casa-escola com facilidade e segurança.
Objectivo Geral Objectivos Específicos Estratégias
6.2. Garantir
instalações e
equipamentos
escolares de
qualidade em
todos os níveis de
ensino
6.2.1. Promover a formação de Centros
Escolares
� Construindo edifícios que incluam no mesmo espaço físico a Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo e onde se possa praticar um ensino de qualidade e inclusivo visando assegurar oportunidades de aprendizagem alargada a todos, em ambientes adequados, confortáveis e estimulantes que favoreçam o desempenho educativo das crianças e alunos e onde docentes e funcionários tenham condições de trabalho adequados.
6.2.2. Requalificar e equipar os edifícios
escolares em função das actuais exigências do Processo de Ensino e
aprendizagem
� Corrigindo alguns problemas construtivos existentes;
� Melhorando as condições de segurança e de acessibilidades;
� Adequando as condições dos espaços existentes às exigências decorrentes da organização curricular do Ensino Básico e Secundário.
Objectivo Geral Objectivos Específicos Estratégias
6.3. Adequar o
rácio PND/ Alunos
em função das
características e
tipologias de cada
escola
6.3.1. Estabelecer o n.º de pessoal não docente a atribuir a cada escola,
tendo em conta a tipologia de cada edifício,
a especificidade do projecto pedagógico e os normativos do Ministério
da Educação
� Dialogando com os órgãos de gestão dos Agrupamentos de Escolas, tendo em vista o bom funcionamento das instituições de educação e ensino e a máxima rentabilização dos recursos humanos existentes.
Objectivo Geral Objectivos Específicos Estratégias
6.4. Melhorar a
rede de
transportes
colectivos na
deslocação
casa ���� escola
6.4.1. Procurar dar
resposta às necessidades dos alunos que necessitam dos
transportes colectivos como meio de deslocação
� Estando atentos às dificuldades manifestadas pela população escolar, dialogando com as empresas transportadoras no sentido da criação de respostas adequadas; � Garantindo circuitos internos quando não existem transportes colectivos na área de residência ou quando estes não respondem às necessidades; � Mantendo o apoio a percursos de risco aos alunos abrangidos pela escolaridade obrigatória.
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PROJECTO EDUCATIVO CONCELHIO
- PLANO DE ACÇÃO -
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PLANO DE ACÇÃO – OPERACIONALIZAÇÃO DO PROJECTO EDUCATIVO
CONCELHIO
O Projecto Educativo Concelhio é um processo que contempla uma ordem lógica pela qual se passa de uma
fase para a outra: primeiro o diagnóstico, depois a definição das linhas orientadoras, seguindo-se o Plano
de Acção.
O Plano de Acção visa operacionalizar os objectivos e as estratégias definidas para o cumprimento das linhas
orientadoras, através de projectos, iniciativas e acções concretas, numa lógica de intervenção territorializada,
participada e integrada trata-se de uma planificação de âmbito mais restrito e com um horizonte temporal de
um ano lectivo.
O Plano de Acção para o ano lectivo de 2010/2011 traduzir-se-á num documento dinâmico, pela sua
permanente actualização, discriminando as actividades desenvolvidas pelos diferentes agentes locais e a sua
relação com as linhas orientadoras/eixos de intervenção do Projecto Educativo Concelhio.
Está-se ainda num primeiro momento da planificação, sendo que os diversos intervenientes neste processo têm
já em seu poder uma grelha para procederem ao registo de informação no que respeita à sua intervenção, bem
como, para a formulação de propostas de acção que considerem prioritárias para o desenvolvimento
educacional no concelho.
Refira-se ainda que para cada uma das actividades a inscrever no Plano de Acção e para além do público-alvo a
que se dirigem, a localização no espaço e no tempo, os recursos humanos envolvidos e as parcerias
estabelecidas, deve ser feito o registo de indicadores e os resultados que se espera alcançar, para posterior
monitorização e avaliação dos resultados atingidos.
Actividade
Público-alvo
Incidência Territorial
Calendarização
Recursos Humanos
Organizações envolvidas
Elemento Resp.
Indicadores
p/ Monitorização
Resultados esperados
S O N D J F M A M J J A
Actividade 1
Actividade 2
Actividade 3
Actividade 4
Actividade 5
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AVALIAÇÃO DO PROJECTO EDUCATIVO CONCELHIO
A avaliação é aqui entendida como um instrumento para explicar e avaliar os resultados das iniciativas
realizadas, conduzindo sempre a um diagnóstico que pode sugerir a reorientação ou o reforço de iniciativas, um
uso mais adequado dos recursos disponíveis e alterar, se necessário, o decorrer da acção. Trata-se
fundamentalmente de um sistema aberto de aprendizagem e correcção do projecto, em qualquer fase do seu
desenvolvimento.
Neste sentido, reforça-se a ideia de que Projecto Educativo Concelhio é um processo dinâmico, que pode e
deve ser sujeito a alterações e ajustes no sentido de melhorar a qualidade do serviço educativo.
A avaliação será um instrumento de impacto nas decisões futuras, contribuindo igualmente para dar maior
visibilidade às intervenções e seus resultados.
Sublinhe-se que a avaliação é ainda uma prática recente, apresentando por vezes limitações e dificuldades,
sendo no entanto um elemento indispensável a qualquer processo educativo e deve estar presente em todo o
esboço de uma intervenção, desde a identificação de necessidades até aos objectivos traçados, no processo da
sua realização ou execução e na etapa final dos resultados.
Será, precisamente, através da avaliação que se obterá informação detalhada para se poder construir novos
planos de acção anuais, intensificando determinados projectos e actividades e corrigindo outros.
Em suma, a avaliação do Projecto Educativo Concelhio, permitirá melhorar o desenvolvimento do processo
educativo e formativo; oferecer um conhecimento longitudinal e sucessivo das várias etapas, dando informação
do que está a ocorrer e como se está a pôr em prática; definir os indicadores que permitam monitorizar e
avaliar os impactos; comparando a situação de partida com a situação após a intervenção, os objectivos
traçados com os resultados obtidos.
Situação prevista
���� Avaliação ����
Processo de comparação
Situação real
Fonte: Espinoza Vergara
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CONSTITUIÇÃO DA EQUIPA DE TRABALHO – DINAMIZAÇÃO E GESTÃO DO PROJECTO EDUCATIVO CONCELHIO
O Projecto Educativo Concelhio não termina com a definição do Plano de Acção Anual. Há que proceder à sua
efectiva implementação, à disponibilização de mecanismos de controlo e à avaliação do trabalho que vai sendo
feito. Só assim será possível acompanhar, controlar e avaliar a execução das acções, bem como, dar
visibilidade à evolução do processo, o que se assume da maior importância para o cumprimento do que é
definido neste documento estratégico.
A equipa de trabalho do Projecto Educativo Concelhio assume um papel fundamental de facilitação do processo
de actualização de diagnóstico, de planeamento e de avaliação das intervenções em curso.
ACTIVIDADES A DESENVOLVER PELA EQUIPA
Programar e Coordenar o Projecto Educativo Concelhio
Elaborar o Plano de Acção Anual em conjunto com os vários parceiros
Monitorizar/Avaliar o Plano de Acção – Produzir relatórios periódicos sobre a execução e
progressos do Plano de Acção / Projecto Educativo Concelhio
Recolher / Partilhar informação estratégica aos parceiros
Articular as actividades realizadas no âmbito do Projecto Educativo Concelhio com o Plano de
Desenvolvimento e com outros projectos/programas em curso
Promover parcerias activas e participativas
Realizar sessões públicas
(Informação/Debate sobre questões relacionadas com a educação/formação e sobre os resultados do trabalho desenvolvido; actualização de diagnóstico)
Dinamizar o Observatório da Educação
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OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO
Transversal a todos os objectivos/eixos de intervenção e que se consubstancia num
painel de indicadores associados ao Projecto Educativo e à monitorização da Carta
Educativa e do Plano de Desenvolvimento Social
Constituirá deste modo um dispositivo permanente de recolha, registo e produção de informação, com recurso
a uma base de dados que facilitará a actualização e sistematização de indicadores chave para o
desenvolvimento educacional do concelho, como por exemplo: escolaridade da população, distribuição da
população escolar em cada uma das escolas e agrupamentos do território educativo, oferta educativa/formativa
existente e necessidades de formação face ao mercado de trabalho, taxa de sucesso/insucesso escolar, taxa de
abandono escolar, actividades de enriquecimento curricular, medidas de educação especial para alunos com
necessidades educativas especiais, medidas de apoio socioeducativo para alunos com dificuldades de
integração e aprendizagem, equipamentos sociais e os serviços segundo a área de intervenção e valência
(infância, juventude, família, reabilitação, integração), actividades culturais e desportivas, entre outros.
Integrará, igualmente, a gestão de processos operacionais relevantes, como por exemplo, a gestão de refeições
escolares, a gestão de intervenção nos equipamentos escolares e de transportes escolares.
Para além de facilitar o processo de recolha e sistematização de informação por vezes dispersa por várias
fontes, a dinamização do Observatório da Educação terá ainda como principais objectivos:
� Contribuir para a construção de um dispositivo que permita às escolas/agrupamentos, autarquia e a todos os parceiros desenvolver uma intervenção sustentada e informada; � Facilitar o acesso a toda a informação e serviços disponíveis com uma interface única, simples e personalizada (disponível a qualquer momento);
� Contribuir para uma melhor apropriação do Projecto Educativo Concelhio pelas várias entidades locais e a mobilização destes na sua concretização a diferentes níveis e com diversos contributos; � Constituir um instrumento de comunicação e informação regular, permitindo a difusão dos conhecimentos produzidos e ao mesmo tempo dar visibilidade às boas práticas; � Divulgar o Projecto Educativo Concelhio e respectivos Planos de Acção à população em geral.
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40
Glossário ACES Seixal - Agrupamento de Centros de Saúde Península de Setúbal II - Seixal-Sesimbra ACIDI – Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural AEC – Actividades de Enriquecimento Curricular ATL – Actividades de Ocupação de Tempos Livres CAI – Centro de Animação para a Infância CEF – Cursos de Educação e Formação CEI – Currículos Específicos Individuais CET – Cursos de Especialização Tecnológica CID – Centro de Inclusão Digital CIF – Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde CLA – Comissões Locais de acompanhamento do RSI CLAS – Conselhos Locais de Acção Social da Rede Social CNO – Centro Novas Oportunidades CPCJ – Comissão de Protecção de Crianças e Jovens CREE – Centro de Recursos para a Educação Especial CRI – Centro de Recursos para a Inclusão DHASS – Divisão de Habitação, Acção Social e Saúde DRELVT – Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo EB 1 – Escola Básica do 1º Ciclo EB 2,3 – Escola Básica de 2º e 3º Ciclo EB 2,3/S – Escola Básica de 2º, 3º Ciclo e Secundário EFA – Educação e Formação de Adultos EPEI – Ensino Pré-Escolar Itinerante EPIS – Empresários pela Inclusão Social FENACERCI – Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social GAAF – Grupo de Apoio ao Aluno e à Família GAE – Gabinete de Apoio ao Empresário
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GAF – Gabinete de Apoio à Família GDAE – Gabinete de Dinamização de Actividades Económicas GES – Gabinete de Estudos Sociais GIP – Gabinete de Inserção Profissional GISC – Grupo de Intervenção em Saúde Comunitária HMA – Habitação Municipal da Almoínha IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional INE – Instituto Nacional de Estatística IPSS – Instituição Particular de Solidariedade Social JI – Jardim de Infância ME – Ministério de Educação NEE – Necessidades Educativas Especiais NLI – Núcleo Local de Inserção PA – Plano de Acção PCA – Percursos Curriculares Alternativos PDM – Plano Director Municipal PDS – Plano de Desenvolvimento Social PEA – Perturbações do Espectro do Autismo PETI – Programa de Prevenção e Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil PIEF – Programa de Integração de Educação e Formação PIPA – Projecto de Inclusão pela Arte PIT - Posto de Informação a Toxicodependentes PME – Pequenas e Médias Empresas PNAI – Plano Nacional de Acção para a Inclusão PND – Pessoal não Docente PNL – Plano Nacional de Leitura RVCC – Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências SASE – Serviço de Acção Social Escolar
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42
TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação UAM – Unidades de Apoio à Multideficiência UEE – Unidade de Ensino Estruturado UFCD - Unidades de Formação de Curta Duração
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43
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Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas da Quinta do Conde
Projecto Educativo do Agrupamento Vertical de Escolas do Castelo
Projecto Educativo do Agrupamento Vertical do Castelo – Poente – Uma Educação de Qualidade
Projecto Educativo do Agrupamento Vertical de Escolas Michel Giacometti
Projecto Educativo da Escola Secundária de Sampaio – Por uma Escola Inclusiva
Documentação Estatística INE (Instituto Nacional de Estatística) – Sitio na Internet em: www.ine.pt (Pesquisa de dados estatísticos relacionados com a População - Indicadores Sócio-Demográficos). GEPE (Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação), Direcção de Serviços de Estatística – Sitio na Internet em: www.gepe.min-edu.pt (Dados estatísticos da Educação).
DOCUMENTO ANEXO AO PROJECTO
EDUCATIVO DO CONCELHO DE SESIMBRA
Actualização de Indicadores
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
1
Índice
Página
Caracterização sócio-demográfica da população residente no concelho de Sesimbra 2
População residente: variações e densidades 2
O crescimento da população, famílias e alojamentos: a influência da natalidade, mortalidade e os fluxos migratórios 4
A estrutura etária da população residente: o aumento da população jovem versus o envelhecimento demográfico 7
População residente segundo o nível de instrução atingido em 2001 10
Evolução do número de alunos matriculados nos estabelecimentos de ensino público/privado/solidário no concelho de Sesimbra (anos lectivos de 1997/1998 a 2009/2010) 11
Ano Lectivo 2009/2010 12
A Educação Pré-Escolar 13
A adaptação dos modos e tempos de funcionamento dos estabelecimentos de ensino às necessidades das famílias: Prolongamento de Horário; Serviço de Refeições 18
1.º Ciclo do Ensino Básico 21
A Escola a Tempo Inteiro – Actividades de Enriquecimento Curricular no 1.º Ciclo 24
ATL - Actividades de Ocupação de Tempos Livres 27
Generalização do Fornecimento de Refeições Escolares 29
2.º Ciclo do Ensino Básico 31
3.º Ciclo do Ensino Básico 32
Ensino Secundário 34
Taxas de Retenção/Desistência no Ensino Básico 37
Taxas de Transição/Conclusão/Desistência no Ensino Secundário 39
Acção Social Escolar 41
Educação Especial 43
Apoios e Complementos Socio-Educativos 50
Orientação Vocacional, Escolar e Profissional 62
Caracterização da População Escolar Imigrante e Acções dirigidas a Imigrantes 64
Elevação dos Níveis de Qualificação de Base da População Adulta 67
Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) 67
Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) 68
Cursos Socio-Educativos 70
Organização Escolar Prevista para o Ano Lectivo de 2010/2011 71
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
2
ACTUALIZAÇÃO DE INDICADORES
Tendo sido efectuada uma análise de forma exaustiva sobre a caracterização sócio-demográfica da população
residente e de indicadores relacionados com a educação na Carta Educativa (2007) e no Plano de
Desenvolvimento Social (2008-2010), no presente documento far-se-á a apresentação de indicadores síntese,
sendo a consulta destes dois documentos considerada de imperativa relevância.
CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-DEMOGRÁFICA DA POPULAÇÃO RESIDENTE NO CONCELHO DE SESIMBRA
População residente: variações e densidades
De acordo com os diversos Censos e com base nas estimativas que o Instituto Nacional de Estatística emana
anualmente através de Anuários Estatísticos Regionais, verifica-se que a população residente na Área
Metropolitana de Lisboa cresceu em cerca de 147 000 habitantes entre 2001 e 2007, passando de 2 661 850
habitantes para mais de 2,8 milhões.
Variação e densidade populacional (2001 – 2007)
HM HM HM Km2 Nº Hab/Km22001 2007 2001 - 2007 2006 2006 2007
175872 173413 -2459 23,8 11 7291,9
170683 186947 16264 97,4 6 1919,7
564657 499700 -64957 84,7 53 5896,9
199059 196467 -2592 169,3 18 1160,2
54358 68709 14351 291,7 17 235,6
162128 171472 9344 45,7 10 3752,1
133847 151358 17511 26,3 7 5755,1
363749 437471 73722 319,2 20 1370,5
122908 140091 17183 317,7 11 441,0
1947261 2025628 78367 1375,8 153 1472,3
13010 16813 3803 128,4 3 131,0
160825 166148 5323 70,2 11 2366,7
79012 78277 -735 31,8 8 2463,4
67449 71374 3925 55,3 6 1291,5
39168 41210 2042 348,1 8 118,4
53353 61758 8405 462,9 5 133,4
150271 173406 23135 95,5 6 1816,5
37567 50236 12669 195,0 3 257,6
113934 123564 9630 171,9 8 719,0
714589 782786 68197 1558,9 58 502,1
2661850 2808414 146564 2934,8 211 956,9
10356117 10617575 261458 92090,1 4260 115,3
FreguesiasDensidade Populacional
Total AML
Portugal
Sesimbra
Setúbal
Península de Setúbal
Total
Âmbito Territorial
População residente (Censos)
Variação população residente
População residente
(Estimativas INE)
Área Total
Moita
Montijo
Palmela
Seixal
Vila Franca de Xira
Alcochete
Almada
Barreiro
Total
Grande Lisboa
Amadora
Cascais
Lisboa
Sintra
Loures
Mafra
Oeiras
Odivelas
Fonte: INE (Censos de 2001; Anuário Estatístico da Região Lisboa 2007; CD-ROM - O País em Números 1991-2007)
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
3
A Península de Setúbal, em particular, conheceu um aumento de 68 197 habitantes para os quais o concelho
de Sesimbra contribuiu com cerca de 12 700 habitantes (18,6% do total, sendo apenas suplantado pelo
crescimento demográfico do concelho do Seixal que contribui com 23 135 habitantes, o que corresponde a
33,9% do total).
O concelho de Sesimbra apesar de apresentar um crescimento demográfico acentuado, com especial relevo
na freguesia da Quinta do Conde, continua a ter densidades populacionais bastante reduzidas face aos
restantes concelhos: 192,7 e 257,6 hab/km2 em 2001 e 2007, respectivamente.
Variação da densidade populacional por freguesia no concelho de Sesimbra (2001 – 2007)
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
2001
20072001 85,1 2896,5 1166,7 192,7
2007 106,0 2804,0 1808,4 257,6
Castelo SantiagoQuinta do Conde
Sesimbra
Fonte: INE (Censos de 2001; Anuário Estatístico da Região Lisboa 2007; CD-ROM - O Pais em Números 1991-2007)
No cômputo geral da Área Metropolitana de Lisboa, o concelho de Sesimbra apresenta a maior taxa de
crescimento demográfico ocorrido entre 2001 e 2007, situando-se em 33,7%, mantendo o elevado ritmo de
incremento populacional que já ocorrera no período censitário de 1991-2001 e que foi de 37,9%.
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
4
Variação da população residente nos concelhos da Península de Setúbal (2001 – 2007)
Barreiro -0,9%
Almada 3,3%
Montijo 5,2%
Moita 5,8%
Setúbal 8,5%
Península de Setúbal 9,5%
Seixal 15,4%
Palmela 15,8%
Alcochete 29,2%
Sesimbra 33,7%
-10 0 10 20 30 40
Fonte: INE (Censos de 2001; Anuário Estatístico da Região Lisboa 2007)
O crescimento da população, famílias e alojamentos: a influência da natalidade, mortalidade e os fluxos migratórios
O crescimento demográfico do concelho de Sesimbra resulta em grande parte, da entrada de população
proveniente de outros concelhos, de fluxos imigratórios de outros países, embora com menor expressão
numérica, e do aumento significativo da natalidade.
Nas freguesias do Castelo, Santiago e Quinta do Conde registam-se diferentes ritmos de crescimento
confirmando as tendências verificadas no decénio de 1991-2001. A freguesia de Santiago manteve um
crescimento negativo, a freguesia do Castelo cresceu ligeiramente, acompanhando a média do concelho e a
freguesia da Quinta do Conde que crescera 108,2%, regista agora um abrandamento, estimando-se um
crescimento de 51,3%.
Taxas de crescimento da população residente segundo a freguesia (2001 – 2007)
-12,8
32,3
51,3
33,7
-20 -10 0 10 20 30 40 50 60
%
Freguesia deSantiago
Freguesia do Castelo
Freguesia da Quintado Conde
Concelho deSesimbra
Fonte: INE (Censos de 1991 e 2001; Anuário Estatístico da Região Lisboa 2007); Projecções Demográficas GES/CMS 2008
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
5
Focando o intervalo de 2001 a 2007, constata-se que o crescimento da população residente foi acompanhado
pelo aumento do número de famílias (perto de 6000 novas famílias) conforme se pode verificar no próximo
gráfico.
Na dimensão média da família e da tipologia familiar verifica-se uma redução do número de pessoas em cada
família (cerca de 2,7 em 2001, para 2,5 em 2007) e o aumento de famílias monoparentais.
Um aspecto interessante a reter tem a ver com o facto de em 2007 mais de 50% dos nascimentos no
concelho de Sesimbra não terem ocorrido em famílias tradicionais (progenitores casados).
Evolução do número de famílias residentes e dimensão média das mesmas (2001 – 2007)
0
10000
20000
30000
40000
50000
Anos
nº
População 37657 40120 42076 44046 46098 48110 50236
Famílias 13767 14408 15521 16633 17746 18826 19972
Dimensão média da família 2,7 2,8 2,7 2,6 2,6 2,6 2,5
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Fonte: INE (Censos de 2001; Anuário Estatístico da Região Lisboa 2003, 2004, 2005, 2006; Estimativas de população residente 2007); Projecções Demográficas GES/CMS 2009
Noutro plano, e no que respeita à mortalidade, a tendência verificada é consonante com as tendências
nacionais e internacionais, reduzindo e/ou estabilizando, devido ao aumento da esperança média de vida,
resultado de, entre outros, maior acesso da população aos serviços de saúde, ao saneamento, adopção de
modos de vida mais saudáveis e, de um modo geral, a melhores condições de vida.
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
6
A evolução da natalidade e da mortalidade (2001 – 2007)
469
507
546558
645
564
609
130 136153
180200 202
306
371
340 334357
402385
353
0
200
400
600
800
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
nº
Total de nados-vivos Nados-vivos fora do casamento Total de óbitos
Fonte: INE (Censos de 2001; Anuário Estatístico da Região Lisboa 2002 a 2007; Estimativas de população residente 2008)
A consolidação do parque habitacional pode também constituir um dos factores que mais influenciam o
crescimento demográfico no concelho, em parte pela alteração no padrão de ocupação dos alojamentos. Em
2001, o uso sazonal/secundário correspondia a cerca de 37% do total de alojamentos, descendo em 7 anos
cerca de 7,6% o que evidencia uma maior fixação de residentes. Em 2007 estima-se que o número deste tipo
de alojamentos seja já inferior a um terço do total.
Numa análise por freguesia, apenas em Santiago se verifica um aumento do número de fogos de uso
sazonal/secundário ainda que muitos se encontrem vagos, consequência do seu elevado custo, mas também,
do estado de degradação em que se apresentam. Por outro lado, as áreas úteis que dispõem são muito
reduzidas para albergar agregados familiares, sendo com frequência, ocupados apenas por um indivíduo.
Percentagem de alojamentos clássicos segundo a forma de ocupação (2001 – 2007)
2001 2007 2001 2007 2001 2007 2001 2007
93,6 90,1 50,6 54,0 43,0 36,2 6,4 9,9
91,1 87,0 42,7 36,6 48,4 50,3 8,9 13,0
85,6 79,0 62,7 64,5 22,9 14,6 14,4 21,0
Castelo
Santiago
Quinta do Conde
Âmbito Territorial
29,3
Alojamentos clássicos ocupados
Residência HabitualUso sazonal ou Secundário
55,2
Vagos
Total
90,2 84,5 53,3Concelho de Sesimbra
9,8 15,536,9
Fonte: INE (Censos de 2001); Estimativa de Alojamentos GES/CMS 2008
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
7
Apesar de existir uma ocupação generalizada dos fogos disponíveis para habitação, a oferta continua a
crescer em termos concelhios. No entanto, assiste-se a uma retracção na procura devido, provavelmente, a
crescentes dificuldades financeiras sentidas pelas famílias e à conjuntura económica desfavorável nos últimos
anos, o que acaba por condicionar o crescimento populacional, sobretudo, na freguesia da Quinta do Conde.
A estrutura etária da população residente: o aumento da população jovem versus o envelhecimento demográfico
A nível nacional observa-se um envelhecimento demográfico da população e nem mesmo os fluxos
migratórios externos têm evitado esse fenómeno.
O próximo gráfico mostra o enquadramento da estrutura etária da população de Sesimbra inserido noutros
contextos, registando uma maior percentagem de jovens (17,1%) face às médias da Península de Setúbal, da
Grande Lisboa e de Portugal. Contudo, é também expressiva a percentagem de indivíduos com 65 ou mais
anos de idade, enquadrando-se Sesimbra nas médias da Grande Lisboa e nacional.
Estrutura da população residente segundo os grandes grupos etários (2007)
15,3
11,6
55,6
17,4
15,8
10,3
56,6
17,3
15,9
10,8
57,4
15,9
17,1
10,7
55,2
17,0
Portugal Grande Lisboa Península deSetúbal
Sesimbra
0-14 15-24 25-64 65 ou mais anos
Fonte: INE (Anuário Estatístico da Região Lisboa 2007)
Note-se que o peso do número de idosos face à população total do concelho de Sesimbra cresceu 2,2%,
entre 2001 e 2007, reflectindo um processo de envelhecimento demográfico que se associa ao fenómeno
globalizante dos países ocidentais e particularmente, europeus. Por outro lado, o número de jovens mostra
sinais de ligeiro aumento (0,5%) no mesmo período, retardando e contrariando o efeito negativo que
ocorrera no decénio de 1991-2001.
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
8
Peso relativo dos grupos etários na população total no concelho de Sesimbra (2001 – 2007)
nº % nº %
0 -14 anos 6247 16,6 8594 17,1
15 - 64 anos 25778 68,6 33112 65,9
> 65 anos 5542 14,8 8530 17,0
Total 37567 50236
Grandes grupos etários
2001 2007
Fonte: INE (Censos de 2001; Anuário Estatístico da Região Lisboa 2007)
O rejuvenescimento da população residente no concelho, nos últimos anos, não inverte o processo de
envelhecimento, constatando-se que entre 2001 e 2007 o índice de dependência total, ou seja, o somatório
do número de jovens e idosos face à população com idade entre os 15-64 anos, cresceu 6,4% passando já os
50%.
Evolução dos índices de dependência (2001 – 2007)
26,0
24,1
21,325,8
45,4
51,8
0
10
20
30
40
50
60
2001 2007
Anos
%
Índice de dependência de jovens
Índice de dependência de idosos
Índice de dependência total
Fonte: INE (Censos de 2001; Anuário Estatístico da Região Lisboa 2007)
Como já se referiu, o aumento da natalidade e dos fluxos migratórios nos grupos etários mais jovens não têm
sido suficientes para travar o ritmo de crescimento mais acentuado da população idosa, que actualmente,
tem um peso de cerca de um quarto da população total.
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
9
Índices de dependência e de envelhecimento (2007)
Total Jovens Idosos
48,7 22,8 25,9
49,5 23,6 25,9
46,7 23,4 23,3
51,8 26,0 25,8
113,6Portugal
Índices de dependência Índice de envelhecimento
Âmbito Territorial
Península de Setúbal
Sesimbra
109,9
99,6
99,3
Grande Lisboa
Fonte: INE (Anuário Estatístico da Região Lisboa 2007; CD-ROM - O Pais em Números 1991-2007)
Ainda assim, no que respeita ao índice de envelhecimento da população total, Sesimbra apresenta o valor
mais baixo (99,3%) evidenciando uma população menos envelhecida relativamente às restantes unidades
territoriais de enquadramento.
Na análise interna do concelho por freguesia, é principalmente o índice de envelhecimento da população
residente na freguesia da Quinta do Conde que retarda o crescimento do peso da população idosa global na
medida em que reduziu cerca de 13 pontos entre 2001 e 2007. Por sua vez, Santiago mantém a tendência de
aumento da população idosa (é a freguesia mais envelhecida do concelho).
Evolução dos índices de envelhecimento por freguesia (2001-2007)
267,1
263,9
89,4
90,5
42,4
55,7
0 50 100 150 200 250 300
Santiago
Castelo
Quinta do Conde
2007 2001
Fonte: INE (Censos 2001); Projecções Demográficas GES/CMS 2008
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
10
População residente segundo o nível de instrução atingido em 2001
População total
nº nº % nº % nº % nº % nº %
37567 5357 14,3 20642 54,9 7962 21,2 239 0,6 3367 9,0
Castelo 15207 2228 14,7 8382 55,1 2888 19,0 111 0,7 1598 10,5
Santiago 5793 856 14,8 3573 61,7 962 16,6 21 0,4 381 6,6
Quinta do Conde
16567 2273 13,7 8687 52,4 4112 24,8 107 0,6 1388 8,4
Superior
Sesimbra
Nenhum Básico Secundário Médio
Fonte: INE (Censos de 2001)
Numa perspectiva de análise da população residente segundo o nível de instrução atingido e concluído em
2001, verifica-se que um pouco mais de metade da população residente no concelho (54,9%) detinha o
Ensino Básico.
Com um peso bastante inferior estão os que concluíram o Ensino Secundário (21,2%) e os que possuem uma
licenciatura (9%).
Constituem 14,3% da população os indivíduos sem qualquer nível de ensino e assinale-se a pouca
representatividade dos que concluíram um “Curso Médio” (0,6%).
Quando desagregamos estes dados em função de cada freguesia observa-se que o peso dos indivíduos sem
qualquer nível de ensino é um pouco mais expressivo nas freguesias do Castelo e de Santiago (ligeiramente
superior à média do concelho).
Por sua vez, a maior percentagem de indivíduos que concluíram o Ensino Básico pertence aos residentes na
freguesia de Santiago, enquanto no conjunto dos detentores do Ensino Secundário predominam os residentes
na freguesia da Quinta do Conde (24,8%).
No âmbito dos licenciados destacam-se os residentes na freguesia do Castelo (com um valor acima da média
do concelho), que em números absolutos representam quase metade dos detentores de um curso superior,
ou seja, 1 598 do total de 3 367.
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
11
Evolução do número de alunos matriculados
O número total de alunos matriculados nas escolas do concelho de Sesimbra tem crescido ao longo dos
últimos anos, com maior evidência no 1.º Ciclo do Ensino Básico. A explosão demográfica ocorrida no
concelho, em particular na freguesia da Quinta do Conde, desencadeou uma maior procura do sistema de
ensino, tendo esta, condicionado a necessidade de uma rápida expansão da oferta.
Evolução do número de alunos matriculados nos estabelecimentos de ensino público/privado/solidário
no concelho de Sesimbra (anos lectivos de 1997/1998 a 2009/2010)
Fonte: INE (Censos de 2001; Anuários Estatísticos de 2000 a 2006); Estabelecimentos de Educação e Ensino do Concelho de Sesimbra (Ano Lectivo 2006/2007 a 2009/2010)
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
12
N.º de alunos matriculados no Concelho de Sesimbra - Rede Pública / Solidária / Privada
Ano Lectivo 2009/2010
Tipologia de organização dos estabelecimentos de ensino
Estabelecimento de Educação/ Ensino
Educação
Pré-Escolar
Ensino Básico Ensino
Secundário
Total por escola/
agrupam
ento
1º Ciclo
2º Ciclo/
Regular
3º Ciclo/
Regular
CEF
Secundário
Regular
Secundário
Profissional
Agrupamento de Escolas da Quinta do Conde
EB1/JI do Casal do Sapo/ Fontainhas 21 71 92
EBI/JI da Quinta do Conde 50 288 292 384 26 1040
Agrupamento de Escolas Michel Giacometti
Jardim de Infância da Quinta do Conde 45 45
EB1/JI n.º 3 da Quinta do Conde 95 453 548
EB 2,3 / S Michel Giacometti 352 384 371 1107
Agrupamento de Escolas da Boa Água
EB1/JI Pinhal do General 125 259 384
EB1 n.º 2 Quinta do Conde 242 242
EBI da Boa Água 131 161 292
Agrupamento de Escolas de Sesimbra - Castelo Poente
EB1/JI da Aiana de Cima 25 70 95
EB1/JI da Azoia 17 21 38
EB1 de Alfarim 81 81
Jardim de Infância de Alfarim 49 49
EB1/JI Aldeia do Meco 19 25 44
EB1/JI de Sesimbra 50 261 311
EB 2,3 Navegador Rodrigues Soromenho 217 254 41 512
Agrupamento de Escolas do Castelo
EB1/JI da Cotovia 50 182 232
Sala de Educação Pré-Escolar das Pedreiras 25 25
EB1/JI da Maçã 21 98 119
EPEI de Almoinha 12 12
EB1 de Santana 112 112
EB1 nº1 do Zambujal 37 37
EB1 nº2 do Zambujal 58 58
EB 2,3 de Santana 314 223 537
Sem agrupamento Escola Secundária de Sampaio 235 607 221 1063
Subtotal Rede Pública 604 2258 1306 1641 67 978 221 7075
Rede Privada
Colégio Educa a Brincar 56 57 113
Colégio Fidalguinhos do Castelo 8 8
Jardim de Infância "Jardim das andorinhas" 23 23
Jardim de Infância "O Piano Mágico" 25 25
Jardim de Infância "A Nuvem" 25 25
Jardim de Infância "Os Catitas" 25 25
Externato "O Regaço Materno" 29 29
Externato "A Semente" 8 41 49
Rede Solidária
Jardim de Infância do Centro de Apoio Sócio-Cultural Unidade Zambujalense (CASCUZ) 67 67 Jardim de Infância do Centro Paroquial do Castelo de Sesimbra 95 95 Jardim de Infância da Cercizimbra - Unidade Integrada de Atendimento à Infância 36 36
Jardim de Infância da Casa do Povo de Sesimbra 71 71
Centro Infantil do Centro Comunitário da Quinta do Conde 75 75
Externato Santa Joana 96 96
Subtotal por estabelecimentos Privados / IPSS 639 98 737
Total no concelho 1243 2356 1306 1641 67 978 221 7812
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino do Concelho de Sesimbra (Ano Lectivo 2009/2010)
Escola sede do Agrupamento
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
13
ANO LECTIVO 2009/2010
EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR Garantir o acesso generalizado das crianças entre os 3 e os 5 anos à educação pré-escolar tem constituído
uma prioridade fundamental no concelho, e daí, o reforço no investimento e qualificação das respostas
existentes ao nível de equipamentos e serviços permitindo, por um lado, aumentar as condições de igualdade
no desenvolvimento socioeducativo das crianças e, por outro, prestar um maior apoio às famílias na
conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional.
A Educação Pré-Escolar no concelho de Sesimbra é assegurada, predominantemente, pela rede pública e pela
rede solidária, sendo que na freguesia da Quinta do Conde a rede solidária tem uma expressão bastante mais
reduzida em comparação com a rede pública, resultado do investimento na expansão de equipamentos que
tem sido efectuado pela autarquia.
Já na freguesia do Castelo é a rede solidária que tem maior expressão, abrangendo 269 crianças, contra as
cerca de 218 da rede pública e 64 da rede privada.
EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR
Rede Pública Rede Solidária Rede Privada Total Concelho
Freguesia N.º de
Jardins-de-Infância
Nº. Salas
N.º Crianças
N.º de Jardins-de-
Infância
Nº. Salas
N.º Crianças
N.º de Jardins-de-
Infância
Nº. Salas
N.º Crianças
N.º de Jardins-de-
Infância
Nº. Salas N.º
Crianças
Quinta do Conde
5 14 336 1 3 75 6 8 135 12 25 546
Santiago 1 2 50 1 4 96 - - - 2 6 146
Castelo 7
+ 1 EPEI 9
+ 1 EPEI 218 4 12 269 2 6 64
13 + 1 EPEI
27 + 1 EPEI
551
Total do Concelho
13 + 1 EPEI
25 + 1 EPEI
604 6 19 440 8 14 199 27 + 1 EPEI
58 + 1 EPEI
1243
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino do Concelho de Sesimbra (Ano Lectivo 2009/2010)
Cobertura da Rede de Equipamentos Pré-Escolar (Rede Pública, Privada e Solidária)
(calculada a partir da procura baseada em n.º de nascimentos registados no Centro de Saúde de Sesimbra)
Freguesia
Capacidade
Procura Taxa de cobertura
3 Anos 4 Anos 5 Anos Total 3/4 Anos 5 Anos
Quinta do Conde 597 201 212 237 650 87,2% 100%
Santiago 150 46 40 46 132 120,9% 100%
Castelo 665 207 190 220 617 112,1% 100%
Total do Concelho 1412 454 442 503 1399 101,5% 100%
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino do concelho de Sesimbra (Ano Lectivo 2009/2010)
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
14
Quando se agrega a oferta da rede pública com a rede solidária e privada, a taxa de cobertura da Educação
Pré-Escolar no Concelho relativamente ao ano lectivo de 2009/2010, é de 100% para as crianças de 5 anos e
cerca de 101,5% para as crianças com idade compreendida entre os 3 e os 4 anos.
Refira-se que Sesimbra foi um dos concelhos abrangidos pelo Programa de Alargamento da Rede de
Educação Pré-Escolar e pelo QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional), tendo sido aprovadas quatro
candidaturas que se traduziram no seguinte:
- Construção da EB1/JI do Pinhal do General, com quatro salas de Jardim de Infância (em funcionamento);
- Construção do Jardim de Infância do Pinhal do General, com quatro salas;
- Ampliação do Jardim de Infância da Quinta do Conde, com mais duas salas;
- Construção da EB1/JI de Sampaio, com quatro salas de Jardim de Infância.
As 6 novas salas na freguesia da Quinta do Conde representarão uma resposta para mais 150 crianças,
reforçando a oferta nesta freguesia onde se registam maiores carências a este nível.
Também na freguesia do Castelo serão construídas mais quatro salas de pré-escolar que com a oferta da
rede solidária e privada reunirá as condições para garantir uma cobertura total às crianças do pré-escolar,
residentes nesta freguesia.
Crianças abrangidas pela Educação Pré-Escolar / Taxa de Ocupação
N.º de Crianças (em frequência)
Capacidade
Taxa de Ocupação
Rede Pública 604 635 95,1%
Rede Privada 199 322 61,8%
Rede Solidária 440 455 96,7%
Total do Concelho 1243 1412 88,0%
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino do concelho de Sesimbra (Ano Lectivo 2009/2010)
Neste contexto, assiste-se a uma grande intervenção na requalificação do parque escolar ao nível da
construção de Jardins de Infância e de escolas do 1.º Ciclo. Trata-se de um investimento maioritariamente
municipal, embora, como já foi referido, com apoios de fundos europeus e estatais.
Por outro lado, a rede social solidária, cumprindo a sua função, tem bastante expressão, em particular, na
freguesia do Castelo, observando-se que a taxa de ocupação da rede privada é, em geral, efectivamente, a
mais baixa.
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
15
Rede Pública
Número de crianças abrangidas pela Educação Pré-Escolar
Estabelecimento de Ensino N.º
Salas Capacidade
N.º de crianças (em frequência)
Idade
3 Anos 4 Anos 5 Anos 6 Anos
Agrupamento de Escolas da
Quinta do Conde
EB1/JI do Casal do Sapo - Fontainhas
1
25
21
-
5
14
2
EBI/JI da Quinta do Conde 2 50 50 - - 46 4
Subtotal por agrupamento 3 75 71 - 5 60 6
Agrupamento de Escolas Michel
Giacometti
EB1/JI n.º 3 da Quinta do Conde
4
100
95
- 48 46 1
Jardim de Infância da Quinta do Conde 2 50 45 - 7 37 1
Subtotal por agrupamento 6 150 140 - 55 83 2
Agrupamento de Escolas Sesimbra -
Castelo Poente
EB1/JI da Aiana de Cima 1 25 25 - - 25 -
Jardim de Infância de Alfarim 2 50 49 6 18 25 -
EB1/JI Aldeia do Meco 1 25 19 7 7 5 -
EB1/JI de Azoia 1 25 17 2 8 7 -
EB1/JI de Sesimbra 2 50 50 6 11 32 1
Subtotal por agrupamento 7 175 160 21 44 94 1
Agrupamento de Escolas do
Castelo
EB1/JI da Cotovia 2 50 50 - 9 36 5
EB1/JI da Maçã 1 25 21 1 7 12 1
Sala de Educação Pré-Escolar das Pedreiras 1 25 25 4 9 12 -
EPEI de Almoinha 1 10 12 2 3 7 -
Subtotal por agrupamento 5 110 108 7 28 67 6 Agrupamento
de Escolas da Boa Água
EB1/JI Pinhal do General 5 125 125 - 7 109 9
Subtotal por agrupamento 5 125 125 - 7 109 9
Total 26 635 604 28 139 413 24
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino - Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010)
Rede Solidária N.º de crianças abrangidas pela Educação Pré-Escolar
Freguesia Instituições /
Equipamentos Sociais N.º
Salas Capacidade
N.º de crianças (em frequência)
Idade 3 Anos 4 Anos 5 Anos 6 Anos
Castelo
Jardim de Infância do Centro de Apoio Sócio-Cultural Unidade Zambujalense (CASCUZ)
3
69
67
22
33
11
1
Jardim de Infância do Centro Paroquial do Castelo de Sesimbra
4
100
95
12
45
27
11
Jardim de Infância da Cercizimbra - UIAI
2
40
36
5
16
12
3
Jardim de Infância da Casa do Povo de Sesimbra
3
71
71
21
21
16
13
Quinta do Conde
Centro Infantil do Centro Comunitário da Quinta do Conde
3
75
75
30
24
16
5
Santiago Externato Santa Joana 4 100 96 4 22 41 29
Total 19 455 440 94 161 123 62
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino - Rede Solidária (Ano Lectivo 2009/2010)
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
16
Rede Privada N.º de crianças abrangidas pela Educação Pré-Escolar
Estabelecimento de Ensino N.º
Salas Capacidade N.º de crianças
(em frequência) Idade
3 Anos 4 Anos 5 Anos 6 Anos
Colégio Educa a Brincar 3 75 56 - 21 24 11
Colégio Fidalguinhos do Castelo 3 75 8 4 3 1 -
Jardim de Infância "Jardim das andorinhas" 2 42 23 8 10 5 -
Jardim de Infância "O Piano Mágico" 1 25 25 10 9 6 -
Jardim de Infância "A Nuvem" 1 25 25 3 18 4 -
Jardim de Infância "Os Catitas" 1 25 25 6 15 4 -
Externato "O Regaço Materno" 2 30 29 4 11 12 2
Externato "A Semente" 1 25 8 2 1 5 -
Total 14 322 199 37 88 61 13
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Privada (Ano Lectivo 2009/2010)
Educação Pré-Escolar (Rede Pública/Privada/Solidária)
Idade N.º Crianças %
3 Anos 159 12,8
4 Anos 388 31,2
5 Anos 597 48,0
6 Anos 99 8,0
Total 1243 100,0
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
17
Os Jardins-de-Infância da rede pública são edifícios de construção moderna e recente, à excepção dos que
funcionam na EB1/JI do Casal do Sapo - Fontainhas e EB1/JI da Maçã que são pré-fabricados. Encontram-se
equipados com materiais didácticos adequados às exigências actuais da Educação Pré-Escolar.
Tipologia dos Edifícios da Rede Pública / Educação Pré-Escolar
Tipo do Edifício N.º Edifícios N.º Salas Edifício adaptado a crianças com NEE
JI construídos de raiz 1 2 1
JI em edifício adaptado 2 3 1
EB1/JI construídos de raiz 2 8 2
EBI /JI construídos de raiz 1 2 1
EB1/JI em edifício adaptado 5 7 2
EB1/JI em prefabricado 2 2 2
Total 13 24 9
Fonte: CMS - Sector da Educação/ Divisão de Educação, Juventude e Desporto (Ano Lectivo 2009/2010)
É importante referir também o investimento que tem sido feito no domínio da protecção social através de
equipamentos e serviços sociais e no desenvolvimento de actividades de animação e apoio à família.
Todos os jardins-de-infância disponibilizam serviço de refeições, sendo de referir que Sesimbra é um dos
poucos concelhos que na Área Metropolitana de Lisboa tem prolongamento de horário em todos os
estabelecimentos de Educação Pré-Escolar da Rede Pública. Este serviço começou a ser implementado no ano
lectivo de 2006/2007 para responder às necessidades das famílias no que respeita ao acompanhamento das
crianças em idade pré-escolar, no período para além do tempo lectivo.
Os custos do Serviço de Refeições são suportados através das comparticipações das famílias (de acordo com
o seu rendimento per capita), da Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo (DREL), do Centro
Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Setúbal e da Câmara Municipal de Sesimbra, no âmbito do
Acordo de Cooperação do Programa de Expansão e Desenvolvimento da Educação Pré-Escolar.
A colocação de assistentes operacionais/técnicos ao abrigo do Acordo de Cooperação rege-se pela Portaria
n.º 1049-A/2008, que em alguns casos não corresponde a um elemento por sala. Nestas situações, e
considerando esse rácio insuficiente, tendo em conta o baixo nível etário das crianças que frequentam a
Educação Pré-Escolar, a autarquia assume do seu orçamento contratações de modo a que cada sala de
Jardim de Infância tenha no mínimo, um assistente operacional/técnico.
Pessoal Não Docente afecto ao Pré-Escolar – Rede Pública
Nº salas protocoladas Entre o ME e a
CMS
Nº Assistentes Operacionais protocolados
Nº Assistentes Operacionais necessários
Nº Assistentes Operacionais assumidos pela
Autarquia
Nº de monitores assumidos pela Autarquia para
prolongamento de horário
26 25 29 4 28
Fonte: CMS (Sector da Educação/Divisão de Educação, Juventude e Desporto – Maio de 2010)
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
18
A adaptação dos modos e tempos de funcionamento dos estabelecimentos de ensino às necessidades das famílias: Prolongamento de Horário / Serviço de Refeições.
Componente de Apoio à Família – Rede Pública
(Por Agrupamento)
Agrupamento de Escolas N.º Total de Crianças/
Agrupamento
Prolongamento de Horário Serviço de Refeições
N.º de crianças que frequentam o prolongamento
% do total
N.º de crianças que utilizam com
regularidade o serviço de refeições
% do total
Agrupamento de Escolas do Castelo
108 50 46,3 103 95,4
Agrupamento de Escolas de Sesimbra - Castelo Poente
160 93 58,1 150 93,8
Agrupamento de Escolas da Quinta do Conde 71 36 50,7 69 97,2
Agrupamento de Escolas Michel Giacometti
140 78 55,7 124 88,6
Agrupamento de Escolas da Boa Água
125 74 59,2 120 96,0
Total 604 331 54,8 566 93,7
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010); CMS (Sector da Educação/Divisão de Educação, Juventude e Desporto – Junho de 2010)
Os dados fornecidos pelas diversas escolas/agrupamentos permitem aprofundar o conhecimento sobre o
número de crianças que se encontram a frequentar o prolongamento de horário, bem como, das que utilizam
com regularidade o serviço de refeições:
Agrupamento de Escolas do Castelo
Pré-Escolar / Componente de Apoio à Família (Por Estabelecimento de Ensino)
Prolongamento de Horário Serviço de Refeições
N.º crianças / Prolongamento
Horário de Funcionamento
Entidade Promotora
N.º de crianças/ refeições
Horário de Funcionamento
Entidade Promotora
EB1/JI da Cotovia 25 8:00h- 9:00h
15:15h- 18:30h
CMS
48 12:00h -13:15h
CMS
EB1/JI da Maçã 12 8.30h-9.00h 15.15h-18.30h
20 12:00h -13:15h
Sala de Educação Pré-Escolar das
Pedreiras 13
8.00h-9.00h 15.15h-18.30h
25 12.00h-13.00h
EPEI de Almoinha - - 10 12.00h-13.15h
Total 50 103
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
19
Agrupamento de Escolas de Sesimbra -
Castelo Poente
Pré-Escolar / Componente de Apoio à Família (Por Estabelecimento de Ensino)
Prolongamento de Horário Serviço de Refeições
N.º crianças / Prolongamento
Horário de Funcionamento
Entidade Promotora
N.º de crianças/ refeições
Horário de Funcionamento
Entidade Promotora
EB1/JI de Aiana de Cima
16 8.00h-9.00h
15.30h-18.30h CMS
25 12.00h – 13.30h
CMS
EB1/JI Sesimbra 22 8.00h-9.00h
15.30h-18.30h 44 12.00h – 13.30h
EB1/JI Aldeia do Meco
16 8.00h-9.00h
15.30h-18.30h Ass. Pais Meco
19 12.00h – 13.30h
EB1/JI de Azoia 6 8.00h-9.00h
15.30h-18.30h Ass. Pais Azoia
15 12.00h – 13.30h
Jardim de Infância de Alfarim
33 8.00h-9.00h
15.30h-18.30h
CMS
47 12.30h – 13.30h
Total 93 150
Agrupamento de Escolas da
Quinta do Conde
Pré-Escolar / Componente de Apoio à Família (Por Estabelecimento de Ensino)
Prolongamento de Horário Serviço de Refeições
N.º crianças / Prolongamento
Horário de Funcionamento
Entidade Promotora
N.º de crianças / refeições
Horário de Funcionamento
Entidade Promotora
EB1/JI Casal do Sapo - Fontainhas
13 8.00h-9.00h
15.00h-18.15h
CMS
22 12.00h – 13.00h
CMS
EBI/JI da Quinta do Conde
23 8.15h-9.00h
15.00h-18.30h 47 12.00h – 13.00h
Total 36 69
Agrupamento de Escolas Michel Giacometti
Pré-Escolar / Componente de Apoio à Família (Por Estabelecimento de Ensino)
Prolongamento de Horário Serviço de Refeições
N.º crianças / Prolongamento
Horário de Funcionamento
Entidade Promotora
N.º de crianças/ refeições
Horário de Funcionamento
Entidade Promotora
EB1/JI n.º 3 da Quinta do Conde
48 8.00h-9.00h
13.00h-18.30h CMS
88 11.45h – 12.45h
CMS
Jardim de Infância da Quinta do Conde
30 8.00h-9.00h
13.00h-18.30h 36 12.00h – 13.00h
Total 78 124
Agrupamento de Escolas da Boa
Água
Pré-Escolar / Componente de Apoio à Família (Por Estabelecimento de Ensino)
Prolongamento de Horário Serviço de Refeições
N.º crianças / Prolongamento
Horário de Funcionamento
Entidade Promotora
N.º de crianças/ refeições
Horário de Funcionamento
Entidade Promotora
EB1/JI Pinhal do General
74 8.00h-9.00h
15.00h-18.30h CMS
120 11.30h – 12.30h CMS Total 74 120
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
20
Também as Instituições Particulares de Solidariedade Social, bem como, as Instituições Privadas procuram
apoiar as famílias, com um horário de acolhimento e prolongamento que no ano lectivo de 2009/2010
funcionou nos seguintes moldes:
Educação Pré-Escolar / Rede Solidária
Instituição N.º crianças
Horário
Acolhimento/Prolongamento
Horário Serviço de Refeições
Centro de Apoio Sócio-Cultural Unidade Zambujalense (CASCUZ)
67 7.00h-10.00h (acolhimento)
19.00h-20.00h (prolongamento) 12.00h-13.00h
Jardim de Infância do Centro Paroquial Bem Estar Social do Castelo de Sesimbra
95 7.30h-9.30h (acolhimento)
17.30h-19.30h (prolongamento) 11.30h-13.30h
Jardim de Infância da Unidade Integrada de Atendimento à Infância - Cercizimbra
36 8.00h-9.30h (acolhimento)
16.30h-18.30h (prolongamento) 12.00h-13.00h
Casa do Povo de Sesimbra
71 7.30h-9.00h (acolhimento)
15.30h-19.30h (prolongamento) 12.00h-13.00h
Centro Comunitário da Quinta do Conde - Centro Infantil
75 7.30h-9.00h (acolhimento)
15.00h-19.30h (prolongamento) 12.00h-13.00h
Externato Santa Joana
96 8.00h-9.30h (acolhimento)
16.30h-18.30h (prolongamento) 11.45h-13.15h
Total
440
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Solidária (Ano Lectivo 2009/2010)
Educação Pré-Escolar / Rede Privada
Instituição
N.º crianças
Horário
Acolhimento/Prolongamento
Horário Serviço de Refeições
Colégio Educa a Brincar
56 7.30h-8.30h (acolhimento)
17.30h-19.30h (prolongamento) 12.15h-13.00h
Colégios Fidalguinhos do Castelo
8 7.30h-9.00h (acolhimento)
18.30h-19.30h (prolongamento) 11.45h-12.30h
Jardim de Infância "Jardim das andorinhas"
23 6.30h-9.00h (acolhimento)
17.00h-19.30h (prolongamento) 11.30h-12.30h
Jardim de Infância "O Piano Mágico"
25 7.00h-9.00h (acolhimento)
19.30h-20.00h (prolongamento) 11.30h-12.30h
Jardim de Infância "A Nuvem"
25 7.00h-9.00h (acolhimento)
17.30h-20.00h (prolongamento) 12.00h-13.00h
Jardim de Infância "Os Catitas"
25 7.00h-9.30h (acolhimento)
18.00h-19.45h (prolongamento) 11.30h-12.30h
Externato Infantil "O Regaço Materno"
29 7.00h-9.00h (acolhimento)
17.00h-20.00h (prolongamento) 11.30h-13.00h
Externato "A Semente"
8 7.00h-8.30h (acolhimento)
16.30h-19.00h (prolongamento) 12.00h-13.00h
Total
199
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Privada (Ano Lectivo 2009/2010)
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
21
1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO
Tem sido desenvolvido um conjunto de medidas com o objectivo de serem melhoradas as condições de
ensino e aprendizagem nos primeiros quatro anos de escolaridade, nomeadamente, na reorganização e
requalificação da rede escolar, identificando-se as necessidades de encerramento, manutenção, recuperação
ou construção de estabelecimentos de ensino; nas práticas de ensino e aprendizagem na sala de aula; na
generalização da escola a tempo inteiro e no acesso a actividades de enriquecimento curricular; no acesso a
refeições escolares e no apoio ao transporte de alunos.
Para o processo de reorganização e requalificação da rede escolar foi da maior importância a elaboração da
Carta Educativa, pois os dados demográficos sobre a educação possibilitaram um planeamento mais sólido
para as soluções educativas locais.
No ano lectivo 2009/2010 frequentaram o 1.º ciclo, nas escolas da rede pública, um total de 2258 alunos,
distribuídos por 107 turmas.
N.º de alunos abrangidos pelo 1.º Ciclo do Ensino Básico – Rede Pública
Ano de Escolaridade 1.º Ano 2.º Ano 3.º Ano 4.º Ano
Estabelecimento de Ensino
N.º de Salas
Total de alunos
N.º alunos
N. Turm
as
N.º alunos
N. Turm
as
N.º alunos
N. Turm
as
N.º alunos
N. Turm
as
Agrupamento de Escolas do
Castelo
EB1 de Santana
3
112
24
1
23
1
24
1
41
2
EB1/JI da Cotovia
8
182
28
2
51
2
43
2
60
3
EB1/JI da Maçã
4 (Maçã) 98
38
2*
20
1
20
1
20
1
1 (Pedreiras) EB1 N.º 1 Zambujal
2
37
15
1
3a)
14
1
5b)
EB1 N.º 2 Zambujal
3
58
9
1
14 c)
21
1
14d)
1
Subtotal por agrupamento 21 487 114 7 111 4 122 6 140 7 OBS: * uma destas turmas está a funcionar provisoriamente no edifício escolar das Pedreiras - 1.º B; a) estes alunos estão integrados na turma do 1.º ano; b) estes alunos estão integrados na turma do 3.º ano; c) estes alunos estão integrados na turma de 1.º ano; d) estes alunos estão integrados na turma do 3.º ano
Agrupamento de Escolas de Sesimbra -
Castelo Poente
EB1/JI Aiana de Cima
2
70
20
1
20
1
15
1
15
1
EB1/JI de Sesimbra
6
261
64
3
69
3
71
3
57
3
EB1/JI Aldeia do Meco
1
25
4
1
7
-
7
1
7
-
EB1/JI de Azóia
1
21
6
1
5
-
3
1
7
-
EB1 de Alfarim
2
81
23
1
17
1
20
1
21
1
Subtotal por agrupamento 12 458 117 7 118 5 116 7 107 5
Agrupamento de Escolas Michel
Giacometti
EB1/JI N.º 3 Quinta do Conde
12
453
113
5
116
5
114
5
110
5
Subtotal por agrupamento 12 453 113 5 116 5 114 5 110 5
Agrupamento de Escolas da Boa Água
EB1/JI Pinhal do General
12
259
110
5
44
2
45
2
60
3
EB1 N.º 2 da Quinta do Conde
6
242
46
2
48
2
69
3
79
4
Subtotal por agrupamento 18 501 156 7 92 4 114 5 139 7
Agrupamento de Escolas da Quinta do Conde
EB1/JI Casal do Sapo
2
71
17
1
21
1
14
1
19
1
EBI/JI da Quinta do Conde
6
288
70
3
76
3
70
3
72
3
Subtotal por agrupamento 8 359 87 4 97 4 84 4 91 4
Total
71
2258
587
30
534
22
550
27
587
28
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010)
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
22
1.º Ciclo do Ensino Básico - Rede Pública
Por Agrupamento de Escolas
N.º de salas
Capacidade
N.º total de alunos em frequência
Taxa de ocupação
Agrupamento de Escolas do Castelo 20
500
487
97,4%
Agrupamento de Escolas de Sesimbra - Castelo Poente
12
300
458
152,7%
Agrupamento de Escolas Michel Giacometti
12
300
453
151,0%
Agrupamento de Escolas da Boa Água
18
450
501
111,3%
Agrupamento de Escolas da Quinta do Conde 8
200
359
179,5%
Total 70 1750 2258 129,1%
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010)
1.º Ciclo do Ensino Básico - Rede Pública
Por Freguesia
N.º de salas
Capacidade
N.º total de alunos em frequência
Taxa de ocupação
Freguesia de Santiago
6
150
261
174,0%
Freguesia do Castelo
27
650
684
105,2%
Freguesia da Quinta do Conde
38
950
1313
138,2%
Total 70 1750 2258 129,0
A freguesia de Santiago apresenta a maior taxa de ocupação do concelho, apesar de ser a que apresenta o
menor índice de crescimento. Esta situação resulta do facto de muitos dos alunos que frequentam a EB1/JI
de Sesimbra se deslocarem diariamente da freguesia do Castelo onde residem, acompanhando os seus pais
que trabalham na sede do concelho, mas também, pela utilização de algumas salas desta escola para outros
fins educativos.
Por outro lado, em números absolutos, é a freguesia da Quinta do Conde que continua a concentrar o maior
número de alunos que frequentam o 1.º Ciclo do Ensino Básico, sendo o Agrupamento de Escolas da Quinta
do Conde o que apresenta a maior taxa de ocupação.
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
23
Tipologia dos Edifícios/Equipamentos das Escolas de 1º Ciclo
Tipo do Edifício
Nº Edifícios
Nº Salas
Nº salas c/ computador Nº de quadros interactivos
(1 computador/Sala) por escola
EB1/JI construídos de Raiz 2 24 24 2
EBI /JI construída de Raiz 1 6 6 1
EB1 construídos de Raiz 5 16 16 5
EB1/JI em edifício adaptado 5 18 18 5
EB1/JI em Prefabricado 2 6 6 2
Total 15 70 70 15
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010)
No que respeita à rede privada, no ano lectivo 2009/2010 frequentaram este ciclo de ensino, um total de 98
alunos, com a seguinte distribuição:
Rede Privada Número de alunos abrangidos pelo 1.º Ciclo
Freguesia Estabelecimento
de Ensino N.º Salas Capacidade
N.º total de alunos
Taxa de ocupação
Ano de Escolaridade
1.º Ano 2.º Ano 3.º Ano 4.º Ano
N.º
Alu
no
s
N.
Tu
rma
s
N.º
Alu
no
s
N.
Tu
rma
s
N.º
Alu
no
s
N.
Tu
rma
s
N.º
Alu
no
s
N.
Tu
rma
s
Castelo
Colégio Educa a Brincar
4
100
57
57%
19
1
10
1
14
1
14
1
Quinta do Conde
Externato “ A Semente”
4
88
41
46,6%
3
1
7
1
15
1
16
1
Total
8
188
98 52,1%
22
2
17
2
29
2
30
2
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Privada (Ano Lectivo 2009/2010)
Alunos abrangidos pelo 1.º Ciclo do Ensino Básico / Por Ano de Escolaridade
(Rede Pública/Privada/Solidária)
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
24
Escola a Tempo Inteiro – Actividades de Enriquecimento Curricular no 1.º Ciclo
Um objectivo central tem sido a implementação da “escola a tempo inteiro” nas escolas do primeiro ciclo
respondendo a uma necessidade social que é a de se adaptar os tempos de permanência das crianças nos
estabelecimentos de ensino às necessidades das famílias, principalmente, das que têm baixos rendimentos,
com a preocupação de se garantir que o tempo que as crianças estão nas escolas seja pedagogicamente rico
e complementar das aprendizagens associadas à aquisição das competências básicas.
Neste âmbito, têm sido implementadas actividades diversificadas de enriquecimento pessoal e curricular que
representam uma mais-valia para o prosseguimento dos estudos, procurando-se que o programa de
Actividades de Enriquecimento Curricular seja flexível e ajustado às necessidades das crianças e das famílias.
Não obstante a existência de alguns condicionamentos, como o facto de a maior parte das escolas
funcionarem ainda em regime duplo devido, principalmente, à escassez de instalações, tem-se encontrado
formas para a concretização das actividades de enriquecimento curricular, decorrendo estas, em alguns
casos, num local diferente, ainda que o transporte e a supervisão dos alunos apresente algumas dificuldades.
1.º Ciclo do Ensino Básico
Turmas em Regime Normal / Regime Duplo
Estabelecimento de Ensino
N.º total de turmas
N.º turmas em regime normal
N.º turmas em regime duplo
Agrupamento de Escolas do Castelo
EB1 de Santana 5 - 5
EB1/JI da Cotovia 9 7 2
EB1/JI da Maçã 5 5 -
EB1 N.º 1 do Zambujal 2 2 -
EB1 N.º 2 do Zambujal 3 3 -
Subtotal por agrupamento 24 17 7
Agrupamento de Escolas de Sesimbra - Castelo Poente
EB1/JI de Aiana de Cima 4 - 4
EB1/JI de Sesimbra 12 - 12
EB1/JI Aldeia do Meco 2 - 2
EB1/JI de Azoia 2 - 2
EB1 de Alfarim 4 - 4
Subtotal por agrupamento 24 - 24 Agrupamento de Escolas
Michel Giacometti
EB1/JI n.º 3 da Quinta do Conde 20 4 16
Subtotal por agrupamento 20 4 16
Agrupamento de Escolas da Boa Água
EB1/JI Pinhal do General 12 12 -
EB1 N.º 2 da Quinta do Conde 11 - 11
Subtotal por agrupamento 23 12 11
Agrupamento de Escolas da Quinta do Conde
EB1/JI Casal do Sapo-Fontainhas 4 - 4
EBI/JI da Quinta do Conde 12 - 12
Subtotal por agrupamento 16 16
Total 107 33 74
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010)
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
25
Sublinhe-se o papel fundamental das parcerias para a implementação e êxito das Actividades de
Enriquecimento Curricular. Este programa é promovido pelos agrupamentos de escolas, pelas associações de
pais, juntas de freguesia e IPSS. Das diversas actividades organizadas durante o ano lectivo em referência as
que abrangeram um maior número de alunos foram o Inglês, o Apoio ao Estudo e a Actividade Física e
Desportiva.
Actividades de Enriquecimento Curricular no 1.º Ciclo do Ensino Básico
Actividades de Enriquecimento Curricular N.º de alunos abrangidos, por tipo
de actividade
Inglês 1615
Música 714
Actividade Física e Desportiva 1400
Expressão
Artística/Plástica/Dramática
580
Apoio ao Estudo 1581
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010)
O levantamento dos dados em função de cada agrupamento/escola permite aprofundar o conhecimento
sobre o modo como estão a ser desenvolvidas estas actividades no concelho: o n.º de crianças que as
praticam, as entidades promotoras, as actividades que abrangem um maior n.º de crianças por escola e a sua
relação face ao total, entre outros indicadores, que, permitirão clarificar as intervenções desenvolvidas e
melhorar, se possível, a capacidade de resposta face aos problemas e constrangimentos diagnosticados.
Actividades de Enriquecimento Curricular no 1.º Ciclo do Ensino Básico
Agrupamento de Escolas
N.º de alunos abrangidos, por tipo de actividade e por Agrupamento
Inglês Música Actividade Física e
Desportiva
Expressão Artística/Plástica/
Dramática
Apoio ao Estudo
Total alunos por
agrupamento
Total de alunos que frequentam AEC por
agrupamento
N.º %
Agrupamento de Escolas do Castelo
411 166 411 245 411 487 411 84,4
Agrupamento de Escolas de Sesimbra
Castelo Poente
335
-
335
335
335
458 335
73,1
Agrupamento de Escolas Michel Giacometti
239
112
218
-
199
453 259 57,2
Agrupamento de Escolas Quinta do
Conde
252
58
58
-
258
359 252
70,2
Agrupamento de Escolas da Boa Água
378
378
378
-
378
501 378
75,4
Total 1615 714 1400 580 1581 2258 1635 72,4
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010)
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
26
Actividades de Enriquecimento Curricular no 1.º Ciclo do Ensino Básico
N.º de alunos abrangidos, por tipo de actividade e por estabelecimento de ensino
Agrupamento de Escolas
Estabelecimento de Ensino Inglês Música Actividade Física e
Desportiva
Expressão Artística/Plástica/
Dramática
Apoio ao Estudo
Entidade Promotora
Agrupamento de Escolas do Castelo
EB1 de Santana 88 88 88 - 88 Centro Paroquial de Bem-Estar Social do
Castelo
EB1/JI da Cotovia 156 - 156 156 156 Casa do Povo
EB1/JI da Maçã 78 78 78 - 78 Centro Paroquial de Bem-Estar Social do
Castelo
EB1 N.º 1 do Zambujal 32 - 32 32 32
Casa do Povo
EB1 N.º 2 do Zambujal 57 - 57 57 57
Subtotal por agrupamento 411 166 411 245 411
Agrupamento de Escolas de Sesimbra
Castelo Poente
EB1/JI de Aiana de Cima 51 - 51 51 51
Associação de Pais Castelo Poente
EB1/JI de Sesimbra 166 - 166 166 166
EB1/JI Aldeia do Meco 23 - 23 23 23
EB1/JI de Azóia 21 - 21 21 21
EB1 de Alfarim 74 - 74 74 74
Subtotal por agrupamento 335 - 335 335 335
Agrupamento de Escolas Michel Giacometti
EB1/JI n.º 3 da Quinta do Conde
239 112 218 - 199 Associação de Pais
Subtotal por agrupamento 239 112 218 - 199
Agrupamento de Escolas Quinta do
Conde
EB1/JI Casal do Sapo - Fontainhas
58 58 58 - 58 Junta de Freguesia da Quinta do Conde
EBI/JI da Quinta do Conde 194 - - - 200
Subtotal por agrupamento 252 58 58 - 258
Agrupamento de Escolas da Boa Água
EB1/JI Pinhal do General 243 243 243 - 243 Associação de Pais
EB1 N.º 2 da Quinta do Conde
135 135 135 - 135 Associação de Pais
Subtotal por agrupamento 378 378 378 - 378
Total
1615
714
1400
580
1581
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010)
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
27
ATL - Actividades de ocupação de tempos livres (1.º ciclo do Ensino Básico) Entendidas também como um apoio à família e como contributo importante para a utilização criativa e
formativa dos tempos livres, estas actividades assumem particular relevo no espaço escolar enquanto
complemento ou substituição das AEC (Actividades de Enriquecimento Curricular).
No ano lectivo 2009/2010 encontravam-se a frequentar as actividades de ocupação de tempos livres nas
escolas da rede pública, um total de 449 alunos, com a seguinte distribuição:
Freguesia
ATL - Rede Pública / Freguesia
N.º de alunos a frequentar o ATL
N.º %
Santiago 68 15,1
Castelo 175 39,0
Quinta do Conde 206 45,9
Total 449 100,0
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010)
Agrupamento de Escolas
Estabelecimento de Ensino
ATL - Rede Pública / Agrupamento de Escola
N.º de alunos a frequentar
Horário de Funcionamento
Entidade Promotora
Agrupamento de Escolas do Castelo
EB1 de Santana -- -- --
EB1/JI da Cotovia 18 07:30 -10:00 16:30 - 19:30
Associação de Pais
EB1/JI da Maçã -- -- --
Sala de 1º Ciclo da Maçã nas Pedreiras
-- -- --
EB1 N.º 1 do Zambujal -- -- --
EB1 N.º 2 do Zambujal -- -- --
Subtotal por agrupamento 18
Agrupamento de Escolas de Sesimbra Castelo
Poente
EB1/JI de Aiana de Cima 43
08:00 - 19:00
Ass. Pais Castelo Poente
EB1/JI de Sesimbra 68 Ass. Pais Sesimbra
EB1/JI Aldeia do Meco 23 Ass. Pais Meco
EB1/JI de Azoia 25 Ass. Pais Azoia
EB1 de Alfarim 66 Ass. Pais Castelo Poente
Subtotal por agrupamento 225
Agrupamento de Escolas Michel Giacometti
EB1/JI N.º 3 da Quinta do Conde 91 7:30 - 19:00 Associação de Pais
Subtotal por agrupamento 91
Agrupamento de Escolas da Boa Água
EB1/JI Pinhal do General 46 07:00 - 09:00 17:00 - 19:00
Associação de Pais
EB1 N.º 2 Quinta do Conde 50 7:00 - 19:00 Associação de Pais
Subtotal por agrupamento 96
Agrupamento de Escolas da Quinta do Conde
EB1/JI Casal do Sapo-Fontainhas 19 07:30 - 19:30 Associação de Pais
EBI/JI da Quinta do Conde -- -- --
Subtotal por agrupamento 19
Total 449
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010)
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
28
De referir também como importante resposta para as famílias, a oferta de actividades de tempos livres por
parte das Instituições Particulares de Solidariedade Social e das Instituições Privadas. O próximo quadro
permite-nos verificar a existência de mais duas entidades prestadoras deste serviço (ATL), entre 2004 e
2010, crescendo o número de utilizadores (mais 69) que, no entanto, não acompanhou o aumento da
capacidade instalada nesse período, em particular, na rede privada (cerca de mais 167 lugares).
Evolução da oferta de Actividades de Tempos Livres no Concelho de Sesimbra - Freguesia (2004-2010) Rede Solidária / Rede Privada
2004 2010
N.º de Instituições com ATL
N.º de utentes/jovens
Capacidade instalada
Taxa utilização (%)
Regime
Jurídico
N.º de Instituições com ATL
N.º de utentes/jovens
Capacidade instalada
Taxa utilização (%)
Regime
Jurídico
Lucrativo
Sem
fins lucrativos
Lucrativo
Sem
fins lucrativos
Santiago 1 58 80 72,5
1 1 80 79 101,3
1
Castelo 4 329 410 80,2
4 5 289 395 73,2 2 3
Quinta do Conde 4 125 130 96,2 3 1 5 212 313 67,7 4 1
Total do Concelho 9 512 620 82,6 3 6 11 581 787 73,8 6 5
Fonte: CMS (Diagnóstico Social do Concelho de Sesimbra – 2005); Instituições com ATL – Rede Solidária e Privada (Maio de 2010)
Observação: Na rede privada não estão contabilizados, em algumas instituições, os lugares disponíveis para os alunos que frequentam o 1.º Ciclo nas mesmas, pois o ATL é já uma resposta para os seus alunos. Apresenta-se no entanto o n.º de lugares que têm disponíveis para alunos do 2.º Ciclo (5.º e 6.º ano).
Muito embora a dinamização de Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) nas instituições de educação
e ensino tenha proporcionado uma maior permanência dos alunos na escola como resposta às necessidades
das famílias, não conseguiu, ainda, resolver totalmente a ocupação dos alunos nas pausas lectivas e,
principalmente, nas franjas horárias entre a saída dos pais para o emprego e o inicio das aulas e o fim do
período lectivo diário com a hora de retorno, em muitos casos, para além do horário de funcionamento das
AEC.
Estes períodos, quer da manhã, quer do final da tarde, têm sido compensados não só pela existência de ATL
nas escolas públicas como já se referiu, mas também pelo recurso a entidades solidárias e privadas que
prestam este tipo de serviço, desenvolvendo actividades também no âmbito do enriquecimento curricular
(ATL/Centros de Estudos) e simultaneamente, assegurando a guarda das crianças por períodos de tempo
mais alargados.
Refira-se ainda a importância que as redes familiares assumem neste contexto, percepcionando-se em muitos
casos que são os avós ou outros familiares que se encarregam de levar as crianças à escola e de ir buscá-las
no final do dia, sendo que este modus operandi parece ser mais usual nas freguesias de Santiago e Castelo.
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
29
Generalização do Fornecimento de Refeições Escolares
Um outro aspecto muito importante no domínio da educação prende-se com o fornecimento de refeições às
crianças que frequentam a educação pré-escolar e aos alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico o que tem sido
essencial para corrigir as desigualdades no acesso destes alunos a refeições escolares, assegurando-se uma
alimentação equilibrada e adequada às suas necessidades.
No ano lectivo de 2009/2010 foram servidas cerca de 243 300 refeições nos estabelecimentos de educação e
ensino da rede pública, número que ilustra bem a importância deste serviço.
Fornecimento de Refeições Escolares
N.º de refeições
Educação Pré-Escolar 71 500
1.º Ciclo Ensino Básico 171 800
Total 243 300
Fonte: CMS (Sector da Educação/Divisão de Educação, Juventude e Desporto – Junho de 2010)
O aprofundamento dos dados sobre o número de alunos que no ano lectivo 2009/2010 se encontravam a
frequentar regularmente o serviço de refeições em cada estabelecimento de ensino público, no 1.º Ciclo do
Ensino Básico, permite conhecer melhor a dinâmica deste serviço e analisar posteriormente a sua evolução.
Agrupamento de Escolas de Sesimbra - Castelo Poente
Serviço de Refeições no 1.º Ciclo / Estabelecimento de Ensino
N.º de alunos que utilizam com regularidade o serviço de refeições
Horário de Funcionamento
Entidade Promotora
EB1 de Aiana de Cima 51
12.00h -14.00H
CMS
EB1 de Aldeia do Meco 23
EB1 de Alfarim 69
EB1 de Azoia 30
EB1 de Sesimbra 67 Total 240
Agrupamento de Escolas do Castelo
Serviço de Refeições no 1.º Ciclo / Estabelecimento de Ensino
N.º de alunos que utilizam com regularidade o serviço de
refeições
Horário de Funcionamento
Entidade Promotora
EB1 de Santana 88 a) 12.15h + 13.15h
CMS
EB1/JI da Cotovia 133 b) 11.45h + 13.30h
EB1/JI da Maçã 66 c) 12.00h
Sala de 1.º Ciclo da Maçã nas Pedreiras 16 12.00h
EB1 n.º 1 do Zambujal 34 12.00h
EB1 n.º 2 Zambujal 52 d) 12.15h
Total 389
a) Quatro turmas almoçam diariamente no Centro Paroquial do Castelo e uma na escola quando tem Apoio ao Estudo; b) duas turmas do horário duplo almoçam na Casa do Povo de Sesimbra, excepto nos dias de Apoio ao Estudo que almoçam na escola; c) a turma do 4.º ano almoça no Centro Paroquial do Castelo; d) Meninos que almoçam na Casa do Povo de Sesimbra.
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
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Agrupamento de Escolas Michel Giacometti
Serviço de Refeições no 1.º Ciclo / Estabelecimento de Ensino
N.º de alunos que utilizam com regularidade o serviço de
refeições
Horário de Funcionamento
Entidade Promotora
EB1/JI n.º 3 da Quinta do Conde 197 12.00h -13.30H
CMS
Total 197
Agrupamento de Escolas da Quinta do Conde
Serviço de Refeições no 1.º Ciclo / Estabelecimento de Ensino
N.º de alunos que utilizam com regularidade o serviço de
refeições
Horário de Funcionamento
Entidade Promotora
EB1/JI Casal do Sapo - Fontainhas 65
12.00h -14.00H
CMS EBI/JI da Quinta do Conde 70
12.00h -14.30H
Total 135
Agrupamento de Escolas da Boa Água
Serviço de Refeições no 1.º Ciclo / Estabelecimento de Ensino
N.º de alunos que utilizam com regularidade o serviço de
refeições
Horário de Funcionamento
Entidade Promotora
EB1/JI Pinhal do General 223
12.00h -14.30H
CMS EB1 n.º 2 da Quinta do Conde 95
12.00h -14.00H
Total 318
REDE PRIVADA (1.º Ciclo – Ano Lectivo 2009/2010)
N.º de alunos que utilizam com
regularidade o serviço de refeições Horário de Funcionamento
Colégio Educa a Brincar 57
13.00h -14.00H
Externato a Semente 41
13.00h -14.00H
Total 98
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Privada (Ano Lectivo 2009/2010)
A monitorização regular e a produção de relatórios periódicos são instrumentos essenciais no processo de
desenvolvimento e melhoria contínua do serviço de refeições, não só no que respeita ao n.º de alunos que o
frequentam mas, e principalmente, ao nível das instalações, da qualidade das refeições servidas e do
atendimento. E porque a escola é um local onde os hábitos alimentares saudáveis devem ser ensinados,
estimulados e praticados1 assume-se da maior pertinência o desenvolvimento de sessões de informação e
sensibilização sobre hábitos alimentares saudáveis junto dos alunos e do pessoal docente e não docente,
cujas atitudes e comportamentos são de grande importância no padrão alimentar das crianças e dos jovens.
Também a realização de encontros de informação e formação neste domínio com as famílias e o
esclarecimento de dúvidas que possam ter no que respeita à alimentação fornecida nos serviços escolares,
são iniciativas que se pretende continuar a desenvolver no domínio da “Educação para a Saúde”.
1 Linhas Orientadoras para a alimentação nas escolas do 1.º Ciclo, Direcção Regional de Educação, Setembro de 2006.
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
31
2.º CICLO DO ENSINO BÁSICO No ano lectivo 2009/2010 encontravam-se a frequentar o 2.º ciclo do ensino básico regular um total de 1306
alunos, distribuídos por 56 turmas.
Quando analisamos estes dados em função da freguesia é, uma vez mais, a Quinta do Conde que concentra
a maior percentagem de alunos neste nível de ensino (59,3%), sendo o Agrupamento de Escolas Michel
Giacometti o que agrega o maior n.º de alunos.
N.º de alunos abrangidos pelo 2.º Ciclo do Ensino Básico Regular
Agrupamento de Escolas Estabelecimentos
de Ensino Total de alunos
Total de turmas
Ano de Escolaridade
5.º Ano 6.º Ano
N.º alunos
N.º Turmas
N.º alunos
N.º Turmas
Agrupamento de Escolas do Castelo
EB 2,3 Santana 314 15 169 8 145 7
Agrupamento de Escolas de Sesimbra - Castelo Poente
EB 2,3 Navegador Rodrigues Soromenho
217 10 120 5 97 5
Agrupamento de Escolas Michel Giacometti
EB2,3 S/Michel Giacometti 352 14 155 6 197 8
Agrupamento de Escolas da Boa Água
EBI da Boa Água 131 5 131 5 - -
Agrupamento de Escolas da Quinta do Conde
EBI/JI da Quinta do Conde 292 12 94 4 198 8
Total 1306 56 669 28 637 28
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010)
Alunos abrangidos pelo 2.º Ciclo do Ensino Básico (%) (Por Agrupamento)
Alunos abrangidos pelo 2.º Ciclo do Ensino Básico
(Por Freguesia)
N.º de alunos %
Freguesia de Santiago 217 16,6
Freguesia do Castelo 314 24,0
Freguesia da Quinta Conde 775 59,3
Total 1306 100,0
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
32
3.º CICLO DO ENSINO BÁSICO No 3.º ciclo do ensino básico regular, no mesmo ano, contavam-se um total de 1641 alunos, distribuídos em
71 turmas, predominando claramente o conjunto dos residentes na freguesia da Quinta do Conde.
N.º de alunos abrangidos pelo 3.º Ciclo do Ensino Básico Regular
Agrupamento de Escolas Estabelecimento de
Ensino Total de alunos
Total de turmas
Ano de Escolaridade
7.º Ano 8.º Ano 9.º Ano
N.º alunos
N.º Turmas
N.º alunos
N.º Turmas
N.º alunos
N.º Turmas
Agrupamento de Escolas do Castelo
EB 2,3 Santana 223 11 81 4 81 4 61 3
Agrupamento de Escolas de Sesimbra - Castelo
Poente
EB 2,3 Navegador Rodrigues Soromenho
254 13 115 5 72 4 67 4
Agrupamento de Escolas Michel Giacometti
EB2,3 S/Michel Giacometti
384 15 107 4 147 6 130 5
Agrupamento de Escolas da Boa Água
EBI da Boa Água 161 7 161 7 - - - -
Agrupamento de Escolas da Quinta do Conde
EBI/JI da Quinta do Conde
384 16 146 6 126 5 112 5
Sem Agrupamento Escola Secundária de
Sampaio 235 9 78 3 80 3 77 3
Total 1641 71 688 29 506 22 447 20
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010)
Alunos abrangidos pelo 3.º Ciclo do Ensino Básico (%) (Por Agrupamento)
Alunos abrangidos pelo 3.º Ciclo do Ensino Básico
(Por Freguesia)
N.º de alunos %
Freguesia de Santiago 254 15,5
Freguesia do Castelo 458 27,9
Freguesia da Quinta Conde 929 56,6
Total 1641 100,0
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
33
Cursos de Educação e Formação Qualificantes
Reveste-se também da maior importância a promoção das novas oportunidades dentro do sistema educativo
e formativo, colocando à disposição dos jovens, cursos profissionalizantes e a oferta de alternativas
curriculares possibilitando, em muitos casos, aproximar da escola jovens em risco de abandono escolar ou
que entraram precocemente no mercado de trabalho com níveis insuficientes de formação escolar ou sem
qualificação profissional.
Cursos de Educação e Formação (CEF)
Estes cursos pretendem proporcionar aos jovens, com mais de 15 anos, um conjunto de ofertas diferenciadas
que permitem a obtenção de uma qualificação profissional de nível 1, 2 ou 3, associada a uma habilitação
académica, com equivalência ao 6.º, 9.º ou 12.º ano de escolaridade.
Articulação Educação - Formação - Trabalho
Esta formação, situada ao nível das medidas estratégicas para potenciar as condições de empregabilidade e
de transição para a vida activa, tem-se assumido como uma resposta importante enquanto promotora dos
diferentes graus de escolaridade e qualificação profissional.
Para além da oferta disponível no Centro de Formação Profissional do Seixal, encontravam-se a frequentar
este tipo de cursos nas escolas da rede pública, no ano lectivo de 2009/2010, um total de 67 alunos, com a
seguinte distribuição:
CEF BÁSICO (Cursos de Educação e Formação para Jovens)
Estabelecimento de Ensino
Designação do Curso
N.º turmas
N.º de alunos
EB2,3 Navegador Rodrigues Soromenho
FPOI - Formação Profissional Operadores de Informática
1
14
FPAC - Formação Profissional Ajudante de Cozinha
1
10
FPSM - Formação Profissional Serviço de Mesa
1
17
EBI/JI Quinta do Conde
Curso de Práticas Técnico Comerciais
1
15
Instalação e Operação de Sistemas Operativos
1
11
Total
5
67
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010)
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
34
ENSINO SECUNDÁRIO
Ensino Secundário Regular
No que respeita especificamente ao Ensino Secundário Regular, no ano lectivo 2009/2010 encontravam-se a
frequentar este nível de ensino, um total de 978 alunos, com a seguinte distribuição:
Número de alunos abrangidos pelo Ensino Secundário Regular
Estabelecimento de Ensino 10.º Ano 11.º Ano 12.º Ano
Total Nº Alunos
N.º Turmas Nº Alunos N.º Turmas Nº Alunos N.º Turmas
Escola Secundária de Sampaio 199 7 230 8 178 6 607
EB2,3 S/ Michel Giacometti 189 7 103 4 79 3 371
Total 388 14 333 12 257 9 978 Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010)
Considerando a área de estudo, observa-se que em ambas as instituições de ensino, se destaca a área de
Ciências e Tecnologias que concentra a maior percentagem de alunos (mais de 50%).
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
35
Cursos profissionais de nível secundário
Com o objectivo de se generalizar o nível de ensino secundário enquanto referencial mínimo de qualificação
para todos, tem sido feito um reforço na diversificação da oferta formativa profissionalmente qualificante
através do aumento de vagas em cursos profissionais nas escolas da rede pública.
Estes cursos constituem uma modalidade de educação de nível secundário que se caracteriza por uma forte
ligação com o mundo do trabalho, sobretudo regional e local. Destinam-se aos alunos que pretendam obter
uma qualificação profissional que lhes facilite o ingresso no mercado de trabalho e, simultaneamente, uma
habilitação escolar que lhes permita o prosseguimento de estudos.
No ano lectivo de 2009/2010 os cursos profissionais a funcionar na Escola Secundária de Sampaio abrangiam
um total de 221 alunos, o que representa cerca de 18% do total de alunos do Ensino Secundário.
N.º de alunos abrangidos pelo Ensino Secundário Profissional / Escolas da Rede Pública
Estabelecimento de Ensino
Designação do Curso Ano de Escolaridade
Total 10.º Ano 11.º Ano 12.º Ano
Escola Secundária de
Sampaio
Profissional de Gestão
23
14
21
58
Profissional de Turismo
-
20
16
36
Profissional de Comunicação, Marketing e Relações Públicas
28
17
18
63
Profissional de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos
21
22
21
64
Total 72
73
76
221
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010)
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
36
A propósito da taxa de ocupação das escolas que ministram o 2.º, 3.º Ciclo e Secundário, saliente-se o facto
de, com excepção da EB2,3 de Santana, todas as escolas apresentarem uma taxa de ocupação muito
superior à sua capacidade.
Contudo, espera-se que a concretização dos vários projectos em curso signifique nos próximos anos lectivos
uma melhoria nas condições de ensino. A Escola Básica Integrada da Boa Água, na Quinta do Conde, por
exemplo, está a contribuir para mudar a situação a que se tem assistido nos últimos anos, isto é, a
sobrelotação das infra-estruturas existentes no parque escolar.
No que respeita ao ensino secundário especificamente, observa-se também uma taxa de ocupação muito
elevada, em particular, na Escola Secundária de Sampaio, resultado da insuficiência de lugares na EB2,3/S
Michel Giacometti bem como da deslocação de alunos de Azeitão para esta escola.
A autarquia continua a envidar esforços junto do Ministério da Educação para que a Escola Secundária da
Quinta do Conde seja uma realidade até 2012, continuando igualmente a insistir para que sejam feitas obras
na Escola Secundária de Sampaio.
2.º, 3.º Ciclos do Ensino Básico e Secundário – Taxa de Ocupação
Estabelecimento de Ensino
Capacidade 2.º e 3.º Ciclo do Ensino Básico
Ensino Secundário
Total
Taxa de ocupação
Regular
CEF
Subtotal
Regular
Profissional
Subtotal
EB2,3 Santana
600 537
-
537
-
-
-
537
89,5%
EB2,3 Navegador Rodrigues Soromenho
350
471
41
512
-
-
-
512
146,3%
EBI/JI Quinta do Conde
525 676
26
702
-
-
-
702
133,7%
EB2,3 /S Michel Giacometti
925 736
-
736
371
-
371
1107
119,7%
EBI da Boa Água
* 292
-
292
-
-
-
292
*
Escola Secundária de Sampaio
780
235
-
235
607
221
828
1063
136,3%
* Construção não concluída totalmente no Ano Lectivo de 2009/2010
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
37
TAXAS DE RETENÇÃO / DESISTÊNCIA NO ENSINO BÁSICO Fazendo um enquadramento das taxas de retenção/desistência ao nível do ensino básico nas escolas do
concelho e no contexto da Península de Setúbal e da Grande Lisboa (NUT III), verificamos que Sesimbra
apresenta valores abaixo da média da Península de Setúbal, apesar de registar um aumento entre os anos
lectivos de 1999/2000 e 2005/2006. No ano lectivo de 2006/2007 regista-se a tendência de descida com uma
redução de 2,3%, ficando abaixo das médias regional e continental.
Evolução das taxas de retenção/desistência no ensino básico (anos lectivos de 1999/2000 a 2006/2007)
Continente 12,1 11,5 11,5 10,6 10,1 -2,0 11,2
Península de Setúbal 13,5 14,0 13,5 13,2 11,6 -1,9 13,2
Sesimbra 11,4 12,0 12,0 12,1 9,8 -1,6 11,5
Variação 1999-2007
Âmbito territorial
média
Anos lectivos
2006-2007
1999-2000
2003-2004
2004-2005
2005-2006
%
Fonte: INE (Censos de 2001; Anuários Estatísticos de 2000 a 2006);
GEPE (Gabinete de Estatísticas e Planeamento da Educação - 2008)
Analisando mais em pormenor as taxas de retenção/desistência segundo cada ciclo do ensino básico, verifica-
se que o concelho de Sesimbra apresenta ao nível do 2.º Ciclo, valores de referência bastante mais baixos
que os territórios de enquadramento (à excepção de um único ano lectivo), com tendências de redução no
período de 2003 a 2007: variação de -3,6% e um valor médio de 10,8%, bem abaixo do contabilizado na
Península de Setúbal que é de 5,1% acima. No ano lectivo de 2006/2007 acentua-se a redução na
retenção/desistência com uma quebra de 3,4%.
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
38
Evolução das taxas de retenção/desistência no ensino básico, segundo cada ciclo de ensino (anos lectivos de 1999/2000 a 2006/2007)
Continente 6,2 5,2 4,3 3,9 -2,3 4,9
Península de Setúbal 7,6 6,5 5,4 4,6 -3,0 6,0
Sesimbra 6,0 5,4 5,2 4,1 -1,9 5,2
Continente 13,5 12,5 10,5 10,3 -3,2 11,7
Península de Setúbal 17,8 16,4 15,5 13,8 -4,0 15,9
Sesimbra 12,0 10,8 11,8 8,4 -3,6 10,8
Continente 17,4 19.3 19,1 18,4 1,0 18,3
Península de Setúbal 20,2 21,9 23,0 20,6 0,4 21,4
Sesimbra 21,0 22,3 22,0 18,6 -2,4 21,0
1º ciclo
Variação 2003-2007
3º ciclo
% média
Variação 2003-2007
2006-2007
2º ciclo
média2005-2006
Âmbito territorial
Anos lectivos
2003-2004
%
2004-2005
2005-2006
Anos lectivos
2006-2007
2003-2004
2004-2005
Âmbito territorial
Âmbito territorial
Variação 2003-2007
2003-2004
média2006-2007
2004-2005
2005-2006
Anos lectivos
%
Fonte: INE (Anuários Estatísticos de 2004 a 2006);
GEPE (Gabinete de Estatísticas e Planeamento da Educação - 2008)
No 1.º Ciclo acompanhamos a tendência de decréscimo generalizada, com cada vez menores taxas de
retenção, apresentando Sesimbra valores sempre abaixo da média regional.
Já no 3.º Ciclo do ensino básico constatam-se oscilações positivas e negativas entre os anos lectivos de
referência, sendo de realçar a redução operada no ano lectivo de 2005/2006 para 2006/2007, com uma
redução de 3,4%, colocando Sesimbra dois pontos abaixo do valor regional. É na conclusão do ensino
obrigatório que se apresentam os maiores desafios às escolas, na medida em que se acentua a percentagem
de retenções e desistências.
De assinalar que nas transições entre ciclos, regista-se em média, uma duplicação do volume de retenções e
desistências no concelho de Sesimbra, sendo que nos outros contextos esta simetria não é tão linear.
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
39
TAXAS DE TRANSIÇÃO / CONCLUSÃO E RETENÇÃO / DESISTÊNCIA NO ENSINO SECUNDÁRIO
Na análise dos indicadores sobre a frequência do ensino secundário no concelho, verifica-se um equilíbrio,
embora com ligeiras oscilações, das taxas gerais de transição/conclusão em que cerca de 7 alunos em cada
10, transitou de ano e/ou concluiu este nível de ensino. Em termos de enquadramento, quer regional quer
nacional, as taxas são muito similares.
Evolução das taxas de transição/conclusão no ensino secundário
(anos lectivos de 2003/2004 a 2005/2006)
Continente 66,4 68,1 69,4 3,0 68,0
Península de Setúbal 62,8 66,3 66,7 3,9 65,3
Sesimbra 67,0 69,3 67,5 0,5 67,9
Anos lectivos
Âmbito territorial
2003-2004 2004-2005 2005-2006
Média 1999-2006
Variaçao 1999-2006
Fonte: INE (Anuários Estatísticos de 2004 a 2006);
GEPE (Gabinete de Estatísticas e Planeamento da Educação - 2008)
No que respeita às taxas de transição/conclusão segundo o tipo de curso, existe um nivelamento no sucesso
dos alunos matriculados nos cursos gerais do ensino secundário, relativamente abaixo da média nacional. Por
outro lado, a taxa de sucesso dos cursos tecnológicos é muito superior, crescendo cerca de 34% em apenas
2 anos lectivos, o que poderá significar um interesse crescente por este tipo de cursos.
Evolução das taxas de transição/conclusão no ensino secundário, segundo o tipo de curso
(anos lectivos de 2003/2004 a 2005/2006)
Continente 68,9 71,6 70,6 1,7 70,4
Península de Setúbal 65,9 65,9 68,7 2,8 66,8
Sesimbra 67,0 67,0 65,6 -1,4 66,5
Continente 56,7 56,3 64,8 8,1 59,3
Península de Setúbal 50,0 51,8 59,2 9,2 53,7
Sesimbra 48,0 63,0 81,6 33,6 64,2
Âmbito territorial
Cursos tecnológicos
Anos lectivos
2003-2004 2004-2005 2005-2006Variaçao 2003-2006
Média 2003-2006
Média 2003-2006
Âmbito territorial
Cursos Gerais
Anos lectivos
2003-2004 2004-2005 2005-2006Variaçao 2003-2006
Fonte: INE (Anuários Estatísticos de 2004 a 2006);
GEPE (Gabinete de Estatísticas e Planeamento da Educação - 2008)
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
40
Relativamente às taxas de retenção/desistência, a tendência global é de diminuição. Contudo, o concelho de
Sesimbra apresenta uma particularidade ao nível do ensino secundário pois tem maior taxa de retenção nos
cursos gerais (em relação à península de Setúbal e ao Continente), e uma taxa muito mais reduzida nos
cursos tecnológicos, sendo esta, cerca de metade da verificada na península de Setúbal (ano lectivo de
2006/2007).
Evolução das taxas de retenção/desistência no ensino secundário, segundo o tipo de curso (anos lectivos de 2005/2006 a 2006/2007)
Continente 30,6 24,6 -6,0 27,6 29,4 23,7 -5,7 26,6 35,2 28,7 -6,5 32,0
Península de Setúbal 33,3 28,5 -4,8 30,9 31,6 28,3 -3,3 30,0 40,8 29,0 -11,8 34,9
Sesimbra 32,5 29,0 -3,5 30,8 34,4 30,2 -4,2 32,3 18,4 17,0 -1,4 17,7
% média
Variação2005-2007
2005-2006
2006-2007
% média
Âmbito territorial
2005-2006
Cursos (Totais) Cursos Gerais
2006-2007
Anos lectivos Anos lectivos
2006-2007
% média2005-2006
Cursos tecnológicos
Anos lectivosVariação 2005-
2007Variação 2005-
2007
Fonte: INE (Anuários Estatísticos de 2006);GEPE (Gabinete de Estatísticas e Planeamento da Educação - 2008)
Importa reforçar a importância da realização de monitorização de indicadores relativos à taxa de absentismo,
de insucesso e de abandono escolar bem como a identificação das possíveis causas que lhe estão na base2
que permitam traçar dinâmicas diferenciadas que assegurem lógicas locais e regionais do abandono e das
saídas do sistema educativo.
No trabalho a desenvolver futuramente, assume-se da maior pertinência, no plano metodológico, o contacto
directo e informal, a observação prolongada e participante e a auscultação dos pontos de vista dos diversos
actores sociais envolvidos no processo educativo (alunos, encarregados de educação, professores e técnicos).
Ainda que as políticas de âmbito nacional possam contribuir para a melhoria dos indicadores mencionados, a
consciencialização e mobilização das escolas e da comunidade local no combate ao insucesso e abandono
escolar assume-se da maior importância.
2 Frequentemente associadas a oportunidades de integração precoce no mercado de trabalho, ausência de interesse pelas matérias e pelas aulas, problemas de integração na escola, pertença a famílias socialmente desfavorecidas, entre outras.
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
41
ACÇÃO SOCIAL ESCOLAR
Na relação mais directa com a promoção de medidas de combate à exclusão social e de igualdade de
oportunidades no acesso e sucesso escolar, assume especial relevância o apoio social aos alunos mais
carenciados. Este tipo de medidas compreende a atribuição de benefícios em espécie ou de ordem
pecuniária, como por exemplo, o apoio alimentar e a atribuição de subsídios.
O próximo quadro mostra alguns dos apoios concedidos no ano lectivo de 2009/2010 a alunos do 1.º Ciclo do
Ensino Básico, no âmbito da responsabilidade da autarquia.
Atribuição de subsídio para aquisição de livros e material
escolar
Atribuição de equipamento de chuva e frio
Comparticipação nas refeições escolares
N.º de alunos beneficiários N.º de alunos beneficiários (Escalão A)
N.º de alunos beneficiários
Escalão A Escalão B Escalão A Escalão B
Agrupamento de Escolas de Sesimbra - Castelo Poente
97 76 49 97 76
Agrupamento de Escolas
do Castelo 120 95 40 120 95
Agrupamento de Escolas
Michel Giacometti 71 66 20 71 66
Agrupamento de Escolas
da Quinta do Conde 80 46 26 80 46
Agrupamento de Escolas
da Boa Água 98 72 52 98 72
Total 466 355 187 466 355
Fonte: CMS (Sector da Educação/Divisão de Educação, Juventude e Desporto – Maio de 2010)
Para um melhor conhecimento da realidade em termos da população escolar mais carenciada, será desejável
aprofundar o conhecimento sobre os dados relativos aos apoios concedidos a alunos do 2.º e 3.º Ciclo do
Ensino Básico e Secundário, da responsabilidade do Ministério da Educação. Este será um dos indicadores
que se pretende monitorizar a partir do próximo ano lectivo (Observatório da Educação).
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
42
Apoio ao transporte de alunos
O apoio ao transporte de alunos continua a ser encarado como uma prioridade, considerado igualmente
como um factor determinante para a diminuição do abandono escolar. Trata-se de um apoio dirigido não
apenas aos alunos com mais dificuldades mas a todos os que utilizam transportes colectivos da rede pública,
que têm necessidades educativas especiais, dificuldades de locomoção ou que residem em locais onde o
percurso para a escola é considerado de risco.
Transporte escolar de alunos em viaturas municipais 39 Alunos apoiados
Transporte escolar de alunos com NEE 4 Alunos apoiados
Fonte: CMS (Sector da Educação/Divisão de Educação, Juventude e Desporto – Maio de 2010)
Apoio ao transporte de alunos
(Ano Lectivo 2009/2010)
Transporte de alunos (Rede pública de transportes)
No âmbito do Decreto-Lei N.º 299/84
Fora do âmbito do Decreto-Lei N.º 299/84
1.º Ciclo do Ensino Básico 16 Alunos apoiados
2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico 483 Alunos apoiados (187 – 2.º Ciclo; 296 – 3.º Ciclo)
128 Alunos apoiados (Programas específicos para o combate ao
absentismo e consequente abandono escolar: PIEF/PETI, matrículas compulsivas)
Ensino Secundário
Cursos Gerais 380 Alunos apoiados
Cursos Profissionais 53 Alunos
57 Alunos Apoiados (com idade superior a 18 anos)
Cursos de Educação e Formação (CEF) 30 Alunos apoiados
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
43
EDUCAÇÃO ESPECIAL
Um aspecto determinante na promoção da igualdade de oportunidades no acesso à educação é a promoção
de uma escola inclusiva orientada para o sucesso educativo de todas as crianças e jovens.
Nesse âmbito, importa sublinhar o enorme esforço que tem sido efectuado na Educação Especial, que no
concelho de Sesimbra é assegurada pelos docentes de educação especial, colocados nos estabelecimentos de
ensino e pela equipa multidisciplinar da Cercizimbra, Cooperativa de Solidariedade Social.
Destaque-se o facto de Sesimbra ter sido um dos primeiros municípios do país a tomar medidas para
promover a educação inclusiva, assente no respeito pela diversidade. Esta mudança foi levada a cabo pela
Equipa de Coordenação dos Apoios Educativos e pela Cercizimbra, que perceberam as inúmeras vantagens
que as crianças e jovens com NEE tinham em conviver num ambiente escolar. Quando em 1991 foi publicada
a primeira lei que defendia que os alunos com NEE deviam estar integrados nas escolas, esta já era uma
prática comum no concelho.
A parceria estabelecida entre os estabelecimentos de ensino regular e a Cercizimbra tem possibilitado a
criação de condições para melhor adequar o sistema escolar às necessidades educativas especiais dos alunos
que passa necessariamente pela existência de apoios especializados na educação pré-escolar e nos ensinos
básico e secundário, de forma a garantir uma efectiva inclusão educativa e social, o acesso e o sucesso
educativo, a autonomia, a estabilidade emocional, a preparação para o prosseguimento de estudos ou para
uma adequada preparação para a vida profissional e para uma transição da escola para o emprego.
Encontravam-se a frequentar as escolas públicas no ano lectivo 2009/2010, cerca de 246 crianças e jovens
com necessidades educativas especiais, predominando em todos os níveis escolares, o domínio “Intelectual”.
Crianças e jovens com NEE a frequentar os Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública
(Tipo de problemática / Nível de ensino)
Funções /Domínios Nível de Educação e Ensino
Educação Pré-Escolar 1.º Ciclo 2.º Ciclo 3.º Ciclo Secundário Total
Sensoriais Visão - - - 1 - 1
Audição - 3 - - - 3
Mentais
Linguagem - 24 14 10 - 48
Intelectuais 4 47 32 35 1 119
Emocionais - 19 14 8 - 41
Psicossociais globais 1 11 3 7 - 22
Neuromusculoesqueléticas e relacionadas com o Movimento
-
6
2
1
1 10
Voz e Fala - 1 0 1 - 2
Total 5 111 65 63 2 246
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública; Cercizimbra (Ano Lectivo 2009/2010)
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
44
Distribuição dos alunos com NEE por problemática (%)
Os próximos quadros mostram algumas das actividades de apoio especializado que têm sido desenvolvidas
nas escolas de ensino regular, como resposta às necessidades educativas especiais identificadas pelos
docentes de educação especial e pela Cercizimbra, nas suas valências de Centro de Actividades Ocupacionais,
Centro de Reabilitação Profissional e, em particular, do Centro de Recursos para a Inclusão, com a
colaboração da Câmara Municipal.
Centro de Recursos para a Inclusão - Cercizimbra
Objectivos da Intervenção Consciencializar a comunidade educativa para a inclusão
Apoiar o processo de avaliação dos alunos, nos diferentes contextos, por referência à CIF
Apoiar a elaboração e implementação dos programas educativos individuais
Promover e monitorizar processos de transição da escola para a vida pós escolar
Promover a formação contínua, diversificada e específica sobre inclusão
Promover a participação social e a vida autónoma
Fonte: Cercizimbra (Ano Lectivo 2009/2010)
A equipa multidisciplinar da Cercizimbra funciona dentro do espaço da escola, permitindo reforçar os recursos
humanos especializados nos estabelecimentos de ensino, proporcionando a realização de acções conjuntas no
sentido de optimização de recursos e esforços, centralizando as várias dimensões de intervenção a partir de
uma única avaliação de necessidades e evitando a duplicação de processos.
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
45
Actividades e Projectos em curso nas escolas para assegurar a intervenção especializada
Avaliação e Intervenção com alunos com NEE
- Criação e disseminação de materiais de trabalho de apoio às práticas docentes nos domínios da avaliação e da intervenção no âmbito da CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde); - Avaliação das situações de capacidade por referência à CIF; - Elaboração, implementação e monitorização de programas educativos individuais; - Promoção de acessibilidades; - Apoio à inserção de alunos com necessidades educativas especiais na escola regular; - Promoção de diálogo e reflexão entre todos os intervenientes do processo educativo; - Contribuição para a igualdade de oportunidades, promovendo a existência de um currículo flexível; -Flexibilização dos currículos, adequação à realidade local e ao perfil de cada aluno; -Consciencialização da comunidade educativa para a inclusão de pessoas com deficiências e incapacidade; - Promoção de dinâmicas indutoras de estratégias inclusivas no seio da comunidade educativa.
Apoio à família
(Intervenção ao nível da dinâmica e estrutura
familiar)
-Reforço das competências parentais facilitadoras de um desenvolvimento positivo das crianças e jovens; -Encaminhamento e acompanhamento aos serviços disponíveis na comunidade (Câmara Municipal, Segurança Social, IPSS, CPCJ, Serviços de Saúde, Tribunais, etc.) e na escola (SASE).
Promoção e
monitorização de processos de transição da escola para a vida
pós-escolar
- Avaliação das aptidões, competências e interesses dos jovens; - Procura ou criação de respostas adequadas aos perfis individuais englobando a família e a comunidade; - Encaminhamento de alunos para a Formação Profissional e/ou estágios profissionais; - Promoção e monitorização de processos de transição da escola para a vida pós-escolar de jovens com deficiências e incapacidade; - Mobilização das entidades empregadoras no apoio da integração profissional; - Promoção dos níveis de qualificação escolar e profissional; - Promoção da participação social e da vida autónoma; - Concepção e implementação de actividades de formação ao longo da vida para jovens com deficiências e incapacidade.
Promoção de Acções de Formação
- Dinamização de acções de formação para professores/famílias; - Colaboração em experiências pedagógicas; - Criação e adaptação de materiais de trabalho de apoio às práticas docentes, nos domínios da avaliação e da intervenção, no âmbito da CIF; - Promoção da formação contínua dos docentes.
Prevenção de Situações de risco
- Sinalização, despiste e avaliação (abandono escolar e outros factores de exclusão social); - Promoção de competências familiares; - Encaminhamento (CAI – Projecto Trilho do Desafio - Escolhas 4ª Geração, Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Sesimbra, Tribunal Menores, Hospitais, médicos de família, etc.).
Recursos humanos envolvidos
- Equipa Multidisciplinar (Psicólogo, Técnico de Serviço Social, Terapeuta da Fala, Técnico de Psicomotricidade, Fisioterapeuta); - Professores/Educadores; - Docentes da Educação Especial e Apoio Educativo; - Direcções; - Famílias; - Câmara Municipal de Sesimbra
Articulação com outros parceiros / Trabalho em
rede
- Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Sesimbra; - Câmara Municipal de Sesimbra; - Hospitais (Hospital Garcia da Horta; Hospital de D. Estefânia, Unidade de 1.ª Infância); - Centros de Saúde; - IEFP; - Segurança Social; - GNR, Escola Segura; - Serviço Técnico de Intervenção Precoce , Centro de Actividades Ocupacionais, Centro de Reabilitação Profissional; - Juntas de Freguesia; - IPSS; - Posto de Informação e Atendimento a Toxicodependentes; - Instituto Português da Juventude; - CAI – Trilho do Desafio - Projecto Escolhas – 4.ª Geração; - Equipa Multidisciplinar de Apoio aos Tribunais
Fonte: Cercizimbra (Ano Lectivo 2009/2010)
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
46
De referir ainda, o desenvolvimento de respostas específicas diferenciadas para alunos com perturbações do
espectro do autismo e com multideficiência. No ano lectivo 2002/2003, Sesimbra dava mais um passo
importante para a educação inclusiva com a criação da primeira unidade de apoio no concelho e a primeira
do distrito, na EB1/JI de Sesimbra.
As Unidades de Ensino Especializado (Autismo e Multideficiência) foram criadas, em escolas ou agrupamentos
de escolas, com vista a concentrar meios humanos e materiais para oferecer uma resposta educativa de
qualidade a estes alunos.
Objectivos das Unidades de Ensino Estruturado:
a) Promover a participação dos alunos com perturbações do espectro do autismo nas actividades
curriculares, entrosando com os seus pares de turma;
b) Implementar e desenvolver um modelo de ensino estruturado, consistindo na aplicação de um
conjunto de princípios e estratégias que promovam a organização do espaço, do tempo, dos
materiais e das actividades;
c) Aplicar e desenvolver metodologias de intervenção interdisciplinares que, com base no modelo de
ensino estruturado, facilitem os processos de aprendizagem, de autonomia e de adaptação ao
contexto escolar;
d) Proceder às adequações curriculares necessárias;
e) Assegurar a participação dos pais/encarregados de educação no processo de ensino e aprendizagem;
f) Organizar o processo de transição para a vida pós-escolar
UNIDADES DE ENSINO ESTRUTURADO PARA A EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS COM ESPECTRO DE AUTISMO
Equipa Multidisciplinar / Recursos / Parcerias
Escolas
- Docentes de Educação Especial
- Assistentes Operacionais
- Conselhos de turma/ Prof. Titulares de turma
- Professores/Oficinas/
Clubes
Centro de Recursos para a Inclusão
- Psicóloga
- Terapeuta da Fala
- TSEER
- Assistente Social
- Actividades
- Transportes
Centro de Actividades Ocupacionais
- Dois TSEER
- Formadores
Formação Profissional
- Técnicos
- Formadores
Câmara Municipal de Sesimbra
- Melhoramentos, mobiliário, material
didáctico e equipamentos
- Transporte
- Alimentação Férias
Fonte: Unidades de Ensino Estruturado para a Educação de Crianças com Espectro de Autismo (Ano Lectivo 2009/2010)
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
47
Actualmente, existem cinco unidades no concelho de Sesimbra: duas Unidades de Apoio à Multideficiência
que funcionam na EB1/JI de Sesimbra e na EB1/JI Pinhal do General, esta última, entrou em funcionamento
no ano lectivo de 2009/2010 mas ainda não foi homologada, e três Unidades de Ensino Estruturado para a
educação de alunos com espectro de Autismo, localizadas na EB1/JI do Casal do Sapo-Fontainhas, que
entrou em funcionamento no ano lectivo 2006/2007, na EB1/JI da Maçã, que começou a funcionar em
2008/2009 e na EB2,3 de Santana, que começou a funcionar no ano lectivo 2009/2010.
Estas unidades são apoiadas por docentes de ensino especial, assistentes operacionais e por uma equipa
multidisciplinar, composta por vários técnicos do Centro de Recursos para a Inclusão Social.
São desenvolvidas várias actividades comuns a todas as unidades, nomeadamente, a Terapia da Fala,
Psicologia, Serviço Social, Inclusão na turma, hipoterapia/Equitação Adaptada, sendo que cada uma das
unidades existentes no concelho desenvolve actividades específicas, como se pode observar nos próximos
quadros:
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SESIMBRA - CASTELO POENTE
Unidade de Apoio à Multideficiência – EB1/JI de Sesimbra Dar resposta adequada ao nível do 1.º Ciclo do Ensino Básico, aos alunos com NEE de carácter prolongado ao nível da Multideficiência. Nesta unidade estão integrados cinco alunos. Para além da Educadora de Educação Especial, Professor de Educação Especial e de duas Assistentes operacionais, esta sala é apoiada pela equipa Multidisciplinar do CRI (Psicóloga, Terapeuta de Fala, Técnica de Psicomotricidade, Técnica de Serviço Social e Fisioterapeuta). Promove-se:
- O bem-estar e a qualidade de vida dos alunos; - Treino de autonomia (alimentação, higiene, vestuário); - Trabalho em comunicação e linguagem; - Treino de competências sócio-cognitivas -
Recursos Materiais da sala:
- Área da terapia pelo movimento; - Área da terapia pela relação com o corpo; - Jacuzzi; - Área de trabalho de expressão plástica
Actividades específicas:
- Psicomotricidade; - Hidroterapia; - Fisioterapia
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO CASTELO
Unidade de Ensino Estruturado para a educação de alunos com espectro de Autismo -EB1/JI da Maçã Dar resposta adequada ao nível do 1.º Ciclo, aos alunos com NEE de carácter prolongado ao nível das funções psicossociais globais (autismo). Neste núcleo estão integrados cinco alunos. Esta sala é apoiada pela equipa Multidisciplinar do CRI (Psicóloga, Terapeuta da Fala e Técnica de Psicomotricidade).
Promove-se: - O bem-estar e a qualidade de vida dos alunos; - Treino de autonomia (alimentação, higiene, vestuário); - Trabalho em comunicação e linguagem; - Treino de competências sócio-cognitivas
Actividades específicas: - Expressão Corporal; - Oficina de Música; - Barro; - Jardinagem; - Musicoterapia; - Dança; - Natação
Unidade de Ensino Estruturado para a educação de alunos com espectro de Autismo – EB2,3 Santana
Dar continuidade ao apoio prestado ao nível do 2.º e 3.º Ciclo. Esta unidade dispõe do apoio da Equipa Multidisciplinar (Psicóloga, Terapeuta da Fala, Técnico de Serviço Social e de Psicomotricidade), na qual estão integrados seis alunos. Actividades específicas: - Oficina das Artes; - Oficina da Música; - Clube de Judo; - Musicoterapia; - Natação; - Canoagem; - Basquetebol; - Dança e workshop
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA QUINTA DO CONDE
Unidade de Ensino Estruturado para a educação de crianças com espectro de autismo - EB1/JI Casal do Sapo - Fontainhas É frequentada por 5 alunos com PEA, 4 do 1.º Ciclo do Ensino Básico e 1 do Pré-Escolar. Esta sala é apoiada pela equipa Multidisciplinar do CRI (Psicóloga, Terapeuta da Fala, Técnica de Psicomotricidade e Técnica de Serviço Social). Promove-se: - O bem-estar e a qualidade de vida dos alunos; - Treino de autonomia (alimentação, higiene, vestuário, locomoção); - Trabalho em comunicação e linguagem; - Treino de competências sócio-cognitivas; - Criação de rotinas funcionais; - Trabalho com as famílias visando a construção dos projectos de vida; - Acompanhamento dos alunos na escola e na comunidade
Actividades específicas: - Jardinagem; - AEC; - Psicomotricidade; - “Conhecer a nossa terra”
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
49
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA BOA ÁGUA
Unidade de Ensino Estruturado para a educação de crianças com espectro de autismo - EB1 nº 2 da Quinta do Conde No próximo ano lectivo prevê-se a transferência da UEE da EB1/JI Casal do sapo – Fontainhas para a EB1 n.º 2 da Quinta do Conde Unidade de Apoio à Multideficiência – EB1/JI Pinhal do General Dar resposta adequada ao 1.º Ciclo do Ensino Básico, a alunos com NEE de carácter prolongado ao nível da Multideficiência. Nesta unidade estão integrados três alunos. Esta Unidade ainda não está homologada pelo ME mas já se encontra em funcionamento. Para além da Educadora de Educação Especial esta Unidade é apoiada pela equipa Multidisciplinar do CRI (Psicóloga, Terapeuta de Fala, Técnica de Psicomotricidade). Promove-se: - O bem-estar e a qualidade de vida dos alunos; - Treino de autonomia (alimentação, higiene, vestuário); - Trabalho em comunicação e linguagem; - Treino de competências sócio-cognitivas
Recursos Materiais da sala: - Área da terapia pelo movimento; - Área da terapia pela relação com o corpo; - Área de trabalho de expressão plástica
Actividades específicas: - Psicomotricidade; - Natação
Cercizimbra (Ano Lectivo 2009/2010)
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MICHEL GIACOMETTI
Não tem Unidades de Apoio Especializado
Prevê-se o encaminhamento de alunos com espectro de Autismo e Multideficiência para as Unidades que irão funcionar no Agrupamento de Escolas da Boa Água. O Agrupamento tem docentes de educação especial e técnicos do CRI (Psicólogo, Terapeuta da Fala) que colaboram na integração de alunos com NEE.
Sublinhe-se ainda, a existência de outros projectos dirigidos a alunos que seguem Currículos Específicos
Individuais (CEI) e cujas problemáticas não se inscrevem nas PEA (Perturbações do Espectro do Autismo). O
Centro de Recursos para a Educação Especial (CREE) dinamizado pelo Agrupamento de Escolas do
Castelo assegura há cerca de 9 anos uma resposta educativa especializada, com a intervenção de uma
equipa multidisciplinar com recursos da Escola e da Cercizimbra. Existem outros projectos, igualmente
importantes, que estão a ser desenvolvidos noutros agrupamentos, cuja intervenção será futuramente
referenciada no Plano de Acção.
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
50
APOIOS E COMPLEMENTOS SÓCIO-EDUCATIVOS
Na melhoria das condições de ensino e de aprendizagem e no combate ao insucesso assume também
particular importância a ocupação plena dos tempos escolares, a detecção precoce de percursos de insucesso
acompanhada da implementação de instrumentos de intervenção adequados, como por exemplo, os planos
de recuperação ou os percursos curriculares alternativos e a aposta nos planos de acção para a melhoria dos
resultados na disciplina de Matemática e no Plano Nacional de Leitura. Estas e outras medidas têm
constituído elementos fundamentais para a melhoria da qualidade da escola pública.
Percursos Curriculares Alternativos Os Percursos Curriculares Alternativos são dirigidos a alunos até aos 15 anos, inclusive, que revelam
insucesso escolar repetido ou risco de abandono precoce. Neste âmbito, as escolas têm proposto medidas
específicas de diversificação da oferta curricular, tendo em conta as necessidades dos alunos, procurando
assegurar o cumprimento da escolaridade obrigatória e combater a exclusão social. Estas turmas, a funcionar
em algumas escolas do concelho, são constituídas por alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem
com percursos de insucesso escolar que têm sido apoiados, ao longo do tempo, pela equipa multidisciplinar
(docentes e técnicos). Existe um trabalho fundamental de articulação com os conselhos de turma e familias,
no sentido de promover o sucesso educativo, pessoal e profissional destes jovens.
Percursos Curriculares Alternativos
Ano escolar Estabelecimento de Ensino N.º Turmas N.º de Alunos
6.º Ano EBI Quinta do Conde 1 10
EB2,3 Santana 1 12
7.º Ano EB2,3 Navegador Rodrigues Soromenho 1 16
8.º Ano EB2,3 Santana 1 12
9.º Ano EBI Quinta do Conde 2 26
EB2,3 Navegador Rodrigues Soromenho 1 14
Total 7 90
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010)
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
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A visualização do próximo quadro permite-nos observar um conjunto de apoios e complementos educativos
desenvolvidos nas escolas para um número significativo de alunos, com maior incidência dos que se
encontram a frequentar o 3.º Ciclo do Ensino Básico. É também neste nível de ensino que se observa um
maior número de alunos abrangidos por planos de recuperação e de acompanhamento, intervenção que
contempla um conjunto diverso de actividades para alunos que revelem dificuldades de aprendizagem.
Alunos que beneficiam de Apoio/Complemento Educativo
1.º Ciclo
2.º Ciclo
3.º Ciclo
Secundário
Total
Agrupamento de Escolas do
Castelo
Apoio Pedagógico 84 64 80 228
Tutorias - 19 14 33
Plano de Recuperação 70 72 97 239
Plano de Acompanhamento 17 6 8 31
Subtotal por agrupamento 171 161 199
531
Agrupamento de Escolas de Sesimbra
Castelo Poente
Apoio Pedagógico 64 116 178 358
Apoio Sócio-educativo 40 - - 40
Tutorias - 7 10 17
Plano de Recuperação 48 38 113 199
Plano de Acompanhamento 7 9 17 33
Subtotal por agrupamento
159
170
318
647
Escola Secundária de
Sampaio
Apoio Pedagógico - - 7 - 7
Tutorias - - 5 - 5
Plano de Recuperação - - 81 - 81
Plano de Acompanhamento - - 11 3 14
Subtotal por agrupamento - - 104 3 107
Agrupamento de Escolas da Quinta do Conde
Apoio Pedagógico 70 - - 70
Tutorias 21 29 - 50
Plano de Recuperação 60 81 170 - 311
Plano de Acompanhamento 9 23 41 73
Subtotal por agrupamento 139 125 240 - 504
Agrupamento de Escolas Michel
Giacometti
Apoio Pedagógico 63 108 159 6 336
Tutorias 35 6 1 42
Plano de Recuperação 57 90 119 - 266
Plano de Acompanhamento 3 32 61 - 96
Subtotal por agrupamento 123 265 345 7 740
Agrupamento de Escolas da Boa Água
Apoio Pedagógico 51 42 64 157
Tutorias - 3 8 11
Plano de Recuperação 76 49 58 183
Plano de Acompanhamento 10 4 31 45
Subtotal por agrupamento 137 98 161
396
Total Concelho 729 819 1367 10 2925
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010)
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
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Também o Reforço Curricular constitui uma modalidade de apoio educativo contribuindo para a consolidação
das aprendizagens dos alunos, especialmente, para aqueles cujas dificuldades são mais evidentes. No ano
lectivo de 2009/2010 beneficiaram deste apoio cerca de 2918 alunos, com a seguinte distribuição:
N.º de alunos que beneficiam de Reforço Curricular
2.º Ciclo 3.º Ciclo Secundário Total
Agrupamento de Escolas do Castelo
99
197
-
296
Agrupamento de Escolas de Sesimbra - Castelo Poente
203
387
-
590
Agrupamento de Escolas da Boa Água
143
236
-
379
Agrupamento de Escolas da Quinta do Conde
158
230
-
388
Agrupamento de Escolas Michel Giacometti
108
159
6
273
Escola Secundária de Sampaio -
472
520
992
Total 711 1681 526 2918
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino do concelho de Sesimbra (Ano Lectivo 2009/2010)
Agrupamento de Escolas do Castelo
Reforço Curricular 2.º Ciclo 3.º Ciclo Total
Língua Portuguesa 57 69 126
Matemática 42 80 122
Inglês - 23 23
Francês - 14 14
Física e Química - 11 11
Total 99 197 296
Agrupamento de Escolas de Sesimbra – Castelo Poente
Reforço Curricular 2.º Ciclo 3.º Ciclo Total
Língua Portuguesa 57 100 157
Matemática 108 130 238
Inglês 38 81 119
Francês - 17 17
C.F.Q. - 41 41
C.N. - 14 14
História - 4 4
Total 203 387 590
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
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Agrupamento de Escolas da Boa Água
Reforço Curricular 2.º Ciclo 3.º Ciclo Total
Língua Portuguesa 27 38 65
Matemática 37 64 101
Inglês 37 32 69
Francês - 25 25
Várias disciplinas (História e Geografia, Física e Química, Ciências)
42 77 119
Total 143 236 379
Agrupamento de Escolas da Quinta do Conde
Reforço Curricular 2.º Ciclo 3.º Ciclo Total
Língua Portuguesa 64 65 129
Matemática 53 98 151
Inglês 41 54 95
Francês - 13 13
Total 158 230 388
Agrupamento de Escolas Michel Giacometti
Reforço Curricular 2.º Ciclo 3.º Ciclo Secundário Total
Língua Portuguesa 39 32 3 74
Matemática 46 52 1 99
Inglês 23 30 2 55
Francês - 45 - 45
Total 108 159 6 273
Escola Secundária de Sampaio
Reforço Curricular 3.º Ciclo Secundário Total
Língua Portuguesa 236 148 384
Matemática 236 79 315
Matemática B - 6 6
Hist. Cultura Artes - 13 13
Geometria Descritiva - 13 13
Biologia e Geologia - 70 70
Física e Química - 90 90
Geografia - 38 38
Economia - 10 10
História - 35 35
Matemática Aplicada às Ciências Sociais - 18 18
Total 472 520 992
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
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Programa Escolhas - Projecto “No Trilho do Desafio”
Este Programa está actualmente na sua 4.ª fase, que durará o triénio 2010/2012, devendo-se a sua
continuidade ao reconhecimento público dos sucessos alcançados nas anteriores gerações. A Capacitação dos
jovens e o Empreendedorismo Social são as duas grandes novidades desta 4.ª geração do Programa
Escolhas, que aprovou 140 projectos para todo o território nacional que visam promover a inclusão social de
crianças e jovens provenientes de contextos socioeconómicos mais vulneráveis, tendo em vista a igualdade
de oportunidades e o reforço da coesão social e, entre os quais, se inclui o Projecto “No Trilho do Desafio”
(promovido pela Cercizimbra).
De forma a fortalecer o trabalho em rede, o Projecto “No Trilho do Desafio” é efectivado em parceria com
diversas instituições locais, promovendo a realização de acções concertadas e coordenadas entre os diversos
actores da comunidade aos mais diversos níveis: CPCJ (Comissão de Protecção de Crianças e Jovens),
Agrupamento de Escolas do Castelo, Agrupamento de Escolas de Sesimbra - Castelo Poente, Junta de
Freguesia do Castelo, Junta de Freguesia de Santiago, Câmara Municipal de Sesimbra e o Centro das Novas
Oportunidades do CREF (Centro de Recursos Educativos e Formação).
No que respeita à área geográfica, a intervenção do Projecto é feita nas freguesias do Castelo e Santiago,
em diferentes contextos, nomeadamente, na Escola Básica 2,3 de Santana, na Escola Básica 2,3 Navegador
Rodrigues Soromenho, na Habitação Municipal de Almoinha (HMA), no CAI (Centro de Animação para a
Infância) com o CID (Centro de Inclusão Digital).
Entre os objectivos da intervenção, destacam-se:
- Promover o Sucesso Educativo e a Inclusão Escolar;
- Promover a Formação Profissional/Tecnológica e a Empregabilidade;
- Promover a Cidadania Activa e o Empreendedorismo.
Públicos-alvo: Crianças/Jovens, Famílias, Comunidade Educativa (docentes e funcionários), Formandos do
CNO, Moradores da HMA e a Comunidade em Geral.
A diversidade de destinatários, de contextos de intervenção e da própria tipologia das situações - problema e
dos recursos diagnosticados, implicou a aplicação de metodologias complementares de intervenção: Modelo
de Intervenção em Rede; em Crise; de Intervenção Comunitária; de Apoio Psicossocial; de Mediação Familiar
e de Dinâmicas de Grupo. Estas metodologias são utilizadas com base no modelo de Intervenção Sistémica.
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
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A intervenção combina diferentes tipologias de actividades:
Educação Não Formal Educação Formal Intervenção Psicossocial e Mediação
- Actividades lúdicas, desportivas e culturais (ex: Animação de Recreios; Hip-hop e Espaço Arco-Íris).
- Actividades pedagógicas e formativas (ex: Projectos com Escolhas; Espaço Mais; Desktop I/II; Escola Informada).
Projectos com Escolhas; Mediação Família - Escola e GAF - Grupo de Apoio à Família.
De referir, ainda, que o Projecto contempla 5 medidas correspondentes a diferentes áreas estratégicas de intervenção, nomeadamente:
Medida I Área Estratégica da Inclusão Escolar e Educação Não Formal
Principal objectivo: diminuir o insucesso e o abandono escolar dos destinatários, através da dinamização de actividades de Educação Formal, Não Formal e Preventivas
Alínea Actividades a) Encaminhamento e reintegração escolar de crianças/jovens que tenham abandonado a escola precocemente
Re- Escolher
c) Actividades de prevenção do abandono escolar e de promoção do sucesso escolar, a realizar dentro ou fora da escola, através do desenvolvimento de competências pessoais, escolares e sociais por via da educação formal e não formal
Turmas com Escolhas
Projectos com Escolhas FormAr-te
D’Escolar com…
Trilho Press Photo D’Escolarzinho
Escola Informada
Espaço Maɨs
Desporto Escolar
Hip-hop
Animação de Recreios CAI FM
d) Co-responsabilização das famílias no processo de supervisão parental visando o sucesso escolar e a transição para a vida activa
Mediação Família-Escola GAF (Grupo de Apoio
à Família)
Medida II Área Estratégica da Formação Profissional e Empregabilidade
Principal objectivo: aumentar a Formação Profissional dos destinatários, através da sua inclusão em Cursos de Qualificação Profissional, de âmbito Nacional, bem como a empregabilidade dos destinatários através de actividades promotoras de competências profissionais de âmbito Distrital
Alínea Actividades a) Encaminhamento e integração de jovens para respostas de qualificação ao nível da formação profissional
Escolhas Pró
b) Encaminhamento e integração de jovens no mercado de trabalho Espaço T(rabalho) c) Criação e implementação de respostas de qualificação ao nível da formação profissional e da empregabilidade dos jovens
Formando Futuros
d) Promoção da responsabilidade social de empresas e outras entidades, através da promoção de emprego e de estágios para jovens
Escolher Sesimbra
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
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Medida III Área Estratégica da Dinamização Comunitária e Cidadania
Principal objectivo: aumentar a participação dos destinatários e beneficiários em actividades de carácter lúdico, pedagógico, desportivo, (inter) cultural e informativo, através da dinamização de actividades temáticas na comunidade e de âmbito nacional
Alínea Actividades a) Actividades lúdico pedagógicas, nomeadamente as que decorrem em espaços jovens e similares
Espaço Mais (HMA) Espaço Arco-Iris
b) Actividades desportivas e promotoras de estilos de vida saudáveis
Sesimbra Sport Trilhar nas Férias
Desportos de Ondas c) Actividades de cariz artístico e cultural Trilho Cooltura d) Actividades que promovam a descoberta, de forma lúdica, da língua, valores, tradições, cultura e história de Portugal e dos países de origem das comunidades emigrantes
Sesimbra Itinerante
e) Visitas e contactos com organizações da comunidade Escolher Sesimbra f) Actividades que promovam informação, aconselhamento e apoio à comunidade Ponto Informação g) Mobilização da comunidade para o processo de desenvolvimento pessoal, social, escolar e profissional das crianças e jovens
Ponto Informação
Medida IV Área Estratégica da Inclusão Digital
Principal objectivo: O Centro de Inclusão Digital pretende, com esta medida, capacitar jovens e adultos (famílias dos jovens e os alunos do CNO) para novas tecnologias de informação e comunicação, através da dinamização de actividades formativas / certificadas e de livre acesso. Neste sentido, o CID@net representa um recurso de infoexclusão para toda a comunidade.
Alínea Actividades a) Actividades ocupacionais de tempos livres Navegação On b) Actividades orientadas para o desenvolvimento de competências
Navegação On Desktop I Desktop II
Espaço Digital Maɨs (Actividade de grande
abrangência)
c) Cursos de Iniciação às Tecnologias da Informação e da Comunicação Desktop I d) Formação certificada em Tecnologias da Informação e da Comunicação Desktop II
e) Actividades de Promoção do Sucesso Escolar e da empregabilidade Espaço Digital Maɨs
Medida V Área Estratégica do empreendedorismo e capacitação dos jovens
Principal objectivo: motivar e apoiar os jovens nas suas iniciativas de fortalecimento individual, social e também comunitário, ou seja, a sua cidadania participativa e pró-activa
Alínea Actividades c) Iniciativas de serviço à comunidade promovidas pelos jovens, demonstrando um contributo positivo nos seus territórios
Maletas da Cidadania
d) Visitas, estágios e parcerias com organizações que possibilitem o alargar das experiências e redes de contacto dos jovens
Empreender Sesimbra
e) Projectos planeados, implementados e avaliados pelos jovens, promovendo a sua participação e co-responsabilização por todas as etapas, nomeadamente na mobilização parcial dos recursos necessários à concretização das suas iniciativas
ProJovem
f) Actividades formativas que promovam o desenvolvimento de competências empreendedoras nos jovens
FormJovem
g) Promoção da mobilidade juvenil e de Intercâmbios dentro e fora do território nacional Trilho Escolhas h) Campanhas de divulgação, marketing social e de sensibilização que permitam desconstruir estereótipos e preconceitos relativamente aos destinatários e territórios alvos de intervenção do Programa.
Eu, tu, NÓS…
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
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Projecto EPIS - “Rede de Mediadores para o Sucesso Escolar”
A rede de mediadores (técnicos profissionais) para o sucesso escolar no concelho de Sesimbra resultou de
um protocolo entre a Câmara Municipal e a Associação EPIS – Empresários Pela Inclusão Social. Trata-se de
um projecto ambicioso de promoção do sucesso educativo no 3.º Ciclo do Ensino Básico, baseado numa
metodologia de capacitação dos jovens em idade escolar e respectivas famílias.
Este projecto iniciou-se no concelho de Sesimbra no ano lectivo 2009/2010 visando o desenvolvimento de um
trabalho de prevenção e remediação de factores de risco dos alunos e famílias, assim como a promoção de
factores de protecção que permitam o sucesso escolar dos alunos e a sua inclusão social.
Para cada aluno é definido um plano individual de intervenção, adaptado ao risco de insucesso/abandono e
aos resultados escolares em cada período, plano que contempla os objectivos a serem alcançados e as
técnicas de intervenção nas quatro áreas a serem trabalhadas, nomeadamente:
Público-alvo Aluno Família Escola Território
METODOLOGIA (transmitida e
aplicada por todos através de um sistema intenso e exigente de formação e coachings)
Técnicas individuais e em grupo
Capacitação Parental
Seminários
Gestão
comportamental na escola e projectos de envolvimento parental
com a escola
Sinergias com a rede
social para encaminhamento
Como suporte metodológico a todos os profissionais envolvidos neste projecto foram já editados dois
manuais “Educar com Sucesso” dirigido a pais e “Trabalhar para o Sucesso Escolar” para técnicos,
espelhando todas as técnicas utilizadas.
EPIS em Sesimbra - Rede de Mediadores para o sucesso escolar
A rede de mediadores presente no terreno acompanha os alunos incrementando um trabalho regular, de
proximidade e continuidade ao longo do 3.º ciclo, de forma articulada com a família, com a escola (direcção e
directores de turma) e com a rede social.
Equipa presente no terreno Trabalho em parceria /
Articulação com… Estão afectas ao projecto 5 técnicas da autarquia
(Coordenadora + 4 Mediadoras) Psicólogos
Programa Escolhas – “No Trilho do Desafio”
CPCJ
Orientação Vocacional
GAAF
46 Directores de Turma
6 Directores de Escola (Representantes do projecto EPIS na Escola)
1 Repis Social (para o encaminhamento de casos de risco elevado /
Articulação com a rede social)
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
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Inicialmente o projecto foi apresentado às escolas, famílias e alunos e distribuídos um total de 1234 cartas de
autorização de participação aos encarregados de educação dos alunos do 7.º e 8.º ano de escolaridade,
tendo sido obtido uma taxa de aceitação de participação no projecto de cerca de 76%.
Foram, posteriormente, analisados 932 alunos, num sistema de screenings (aplicação de questionários) que
permitiu avaliar o risco de insucesso e abandono escolar, tendo sido sinalizados 275 alunos para serem
acompanhados em proximidade e com a seguinte distribuição:
Alunos para Capacitação Escolas
(Todos os agrupamentos/escolas com 3.º Ciclo aderiram ao Projecto)
Carteira do MEPIS (N.º de alunos que vão seu
acompanhados pelos Mediadores)
Lista Escolas - Repis -
Território
Proximidade Recuperação Prevenção EB2,3 Navegador Rodrigues
Soromenho 46 41 2
Escola Secundária de Sampaio 34 31 - EB2,3 de Santana 31 46 -
EBI/JI Quinta do Conde 62 45 2 EBI Boa Água 42 20 10
EB2,3 /S Michel Giacometti 60 57 6 275 240 20
Foram, também, realizadas 41 sessões de Métodos de Estudo, sob a forma de Seminário, que decorrem em
contexto de sala de aula com a turma e no qual são “trabalhados” os pensamentos e emoções associados aos
testes, bem como a gestão, planeamento e método de estudo.
Refira-se que está já em preparação o plano de intervenção do projecto EPIS para o próximo ano lectivo, que
fará parte do Plano de Acção do Projecto Educativo Concelhio e, no qual, para além do trabalho de
capacitação dos alunos se prevê o desenvolvimento de um vasto leque de actividades com as famílias, com
os professores e com os auxiliares/assistentes operacionais.
Plano de Intervenção
ALUNO
FAMÍLIA
ESCOLA
Técnicas Individuais
Seminário EPIS Follow Up . Com Directores de Turma continuo ao longo do ano
Projecto “Envolver os Pais na Escola”
Follow Up . Com a direcção da escola 2 x por período escolar
Grupo em Família Gestão Comportamental na Escola
Professores
Técnicas ministradas em grupo
Follow UP (com todos os pais dos alunos sinalizados todos os períodos)
Grupo “Entre Pais” Gestão Comportamental na Escola
Auxiliares/Assistentes
Operacionais
TERRITÓRIO Encaminhamento de casos de risco elevado
Articulação com a rede social de situações de abandono escolar
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
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Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ)
Também na prevenção e combate ao abandono escolar e exclusão social, bem como no apoio às famílias,
sublinhe-se o importante papel da CPCJ que promove os direitos da criança e do jovem e previne ou põe
termo a situações susceptíveis de afectar a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento
integral numa estreita articulação com os parceiros institucionais (Município, Segurança Social, Ministério da
Educação, instituições particulares de solidariedade social, associações desportivas, culturais e recreativas,
associações juvenis/serviços de juventude, forças de segurança - GNR e PSP, Assembleia Municipal).
O modelo de protecção de crianças e jovens em risco, em vigor desde Janeiro de 2001 (com a publicação da
Lei n.º 147/99, de 1 de Setembro), apela à participação activa da comunidade, numa nova relação de
parceria com o Estado, concretizada nas Comissões de Protecção de Crianças e Jovens, capaz de estimular as
energias locais potenciadoras de estabelecimento de redes de desenvolvimento social.
São várias as Comissões/Projectos e Programas em que a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de
Sesimbra está envolvida, sendo que relativamente ao ano de 2009/2010, destacamos os seguintes:
Comissões/Associações/Projectos/Programas Comissão Local Acompanhamento do RSI (CLA) e Núcleo Local de Inserção do RSI (NLI)
Conselho Local de Acção Social da Rede Social (CLAS)
Agrupamentos de Escolas
Projectos no âmbito do Programa “Ser Criança”
Programa Escolhas
A intervenção para a promoção dos direitos e protecção da criança e do jovem em perigo obedece aos
seguintes princípios:
- Superior interesse da criança (a intervenção deve atender prioritariamente aos interesses e direitos da
criança e do jovem); privacidade (o respeito pela intimidade, direito à imagem e reserva da vida privada);
proporcionalidade e actualidade (no sentido em que a intervenção deve ser a necessária e ajustada à
situação de perigo e só pode interferir na vida da criança ou do jovem e na vida da sua família na medida em
que for estritamente necessário); intervenção precoce (logo que a situação de perigo seja conhecida);
intervenção mínima (desenvolvida exclusivamente pelas entidades e instituições cuja acção seja
indispensável à efectiva promoção dos direitos e à protecção da criança e do jovem em perigo);
responsabilidade parental (de modo a que os pais assumam os seus deveres para com a criança e o
jovem); prevalência da família; obrigatoriedade da informação (a criança e o jovem, os pais, o
representante legal ou quem tenha a guarda têm o direito a ser informados dos seus direitos, dos motivos
que determinaram a intervenção e da forma como esta se processa); audição obrigatória e participação
(a criança e o jovem, bem como os pais, têm direito a ser ouvidos e a participar nos actos e na definição da
medida de promoção dos direitos e protecção) e o princípio de subsidiariedade (a intervenção deve ser
efectuada sucessivamente pelas entidades com competência em matéria de infância e juventude, pelas
comissões de protecção de crianças e jovens e, em última instância, pelos tribunais).
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
60
Refira-se que a escola, enquanto entidade com competência em matéria de infância e juventude, tal como a
autarquia, segurança social, serviços de saúde, forças de segurança, associações desportivas, culturais e
recreativas, numa situação de perigo, comunicam à CPCJ as situações de perigo que conhece no exercício
das suas funções sempre que não possa assegurar atempadamente a protecção que a circunstância possa
exigir.
No âmbito do trabalho que tem sido desenvolvido pela CPCJ em conjunto com as escolas/agrupamentos, no
ano lectivo de 2009/2010, observaram-se as seguintes situações problemáticas:
Situações Problemáticas identificadas
(Freguesia/Agrupamentos)
Freguesia Nível de Ensino
Absentismo
Abandono
Comportamentos
Desviantes Total
Quinta do Conde (1)
Pré-Escolar - - - -
1.º Ciclo 24 2 7 33
2.º Ciclo 25 10 22 57
3.º Ciclo 19 7 9 35
Secundário - - - -
Subtotal por freguesia 68 19 38 125
Castelo (2)
Pré-Escolar - - 1 1
1.º Ciclo 6 2 23 31
2.º Ciclo 9 2 17 28
3.º Ciclo 12 - 20 32
Secundário 27 18 - 45
Subtotal por freguesia 54 22 61 137
Santiago (3)
Pré-Escolar - - - -
1.º Ciclo - - 1 1
2.º Ciclo 3 3 6 12
3.º Ciclo 8 6 11 25
Subtotal por freguesia 11 9 18 38
Total 133 50 117 300
Fonte: Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Sesimbra (Junho de 2010)
1) Na Freguesia da Quinta do Conde foram observados três Agrupamentos de Escolas: Agrupamento de Escolas da Quinta do Conde (EBI/JI da Quinta do Conde, EB1/JI Casal do Sapo); Agrupamento de Escolas Michel Giacometti (EB2,3/S Michel Giacometti, EB1/JI e EB1 da Quinta do Conde); Agrupamento de Escolas da Boa Água (EBI Boa Água, EB1 Pinhal do General e EB1 n.º 2 da Quinta do Conde). 2) Na freguesia do Castelo foram observados um Agrupamento de Escolas e uma Escola Secundária não agrupada e ainda algumas escolas do Agrupamento de Escolas do Castelo Poente que pertencem à freguesia do Castelo (EB1/JI de Aldeia do Meco, EB1 de Alfarim, EB1/JI da Azoia , EB1/JI de Aiana e JI de Alfarim); Agrupamento Vertical de Escolas do Castelo (EB 2,3 de Santana, EB1/JI da Cotovia, EB/JI da Maçã, EB1 Santana, EB1 n.º 1 do Zambujal, EB1 n.º 2 do Zambujal); Escola Secundária de Sampaio. 3) Na freguesia de Santiago foram observadas a Escola Básica 2,3 Navegador Rodrigues Soromenho e a EB1/JI de Sesimbra que pertencem ao Agrupamento de Escolas de Sesimbra - Castelo Poente.
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
61
Mediação Escolar - Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF) Destaque ainda para o trabalho de Mediação escolar promovido pelo Instituto de Apoio à Criança através da
criação de Gabinetes de Apoio ao Aluno e à Família e que tem como finalidade contribuir para o crescimento
harmonioso e global da criança/jovem, promovendo e facilitando uma melhor integração escolar e social.
No Concelho de Sesimbra o GAAF existente na Escola Básica Integrada da Quinta do Conde
acompanha 59 alunos do 1.º, 2.º e 3.º ciclo e tem como principais objectivos:
1. Promover condições psicopedagógicas que contribuam para a consolidação do sucesso escolar e pessoal
da criança/jovem;
2. Diminuir situações de risco;
3. Promover a inter-relação entre os diversos intervenientes família/escola/comunidade, como agentes
participantes no processo de desenvolvimento sócio-educativo.
Através da mediação o GAAF apresenta pareceres, informações, diagnósticos e planos de intervenção, tendo
uma rede de apoio social de acompanhamento psicossociopedagógico sistemático, contínuo ou pontual. Esta
intervenção só é possível com a colaboração por parte da escola, da família e da comunidade em geral dando
resposta a situações relacionadas com o abandono escolar; absentismo escolar; falta de motivação escolar;
violência escolar; indisciplina; família; negligência; higiene/saúde; consumo de substâncias psico-activas;
alcoolismo ou dificuldades económicas.
Metodologias de actuação
Abordagem e acompanhamento à criança/jovem, em contexto formal e informal, estabelecendo uma relação de confiança com a mesma.
Abordagem e acompanhamento à família, em contexto formal e informal, estabelecendo uma relação de confiança com a mesma.
Articulação directa e permanente com os professores e elementos da comunidade educativa.
Trabalho em parceria com entidades e organismos externos de apoio.
Estratégias de Intervenção
Aluno Família Escola Comunidade
● Acompanhamento individualizado e em grupo no pátio ● Atendimento ao aluno ● Apoio psicossociopedagógico ● Encaminhamento para outras entidades.
● Atendimento ao encarregado de educação/família ● Encaminhamento para outras entidades ● Visitas domiciliárias.
● Trabalho com directores de turma e professores ● Trabalho articulado com serviços internos ● Reuniões com delegados e subdelegados de turma ● Apoio e acompanhamento a grupos/turma ● Reuniões de Equipa Técnica e de Coordenação.
● Trabalho em parceria com entidades de apoio ● Reuniões com Rede de Apoio Social.
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
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ORIENTAÇÃO VOCACIONAL, ESCOLAR E PROFISSIONAL Trata-se de desenvolver estratégias de orientação e informação escolar e profissional com os alunos, famílias
e professores, no que respeita à problemática que as opções escolares envolvem.
A sensibilização dos jovens e respectivas famílias para a importância do prosseguimento dos estudos é uma
medida que pode contribuir muito eficazmente para aumentar a escolaridade e promover o sucesso escolar.
Com excepção do Agrupamento Vertical de Escolas Michel Giacometti, as escolas do concelho de Sesimbra
não dispõem dos Serviços de Psicologia e Orientação, consagrados no Decreto-Lei n.º 190/91 de 17 de Maio,
pelo que a autarquia criou, em 2005, em parceria com a Associação de Escolas do Concelho, o Centro de
Recursos Educativos e Formação que assegura este serviço de apoio aos restantes agrupamentos e à Escola
Secundária de Sampaio, visando:
- Despertar os alunos para o auto-conhecimento (interesses, aptidões e expectativas);
- Informar adequadamente sobre as ofertas formativas;
- Planear o percurso académico e/ou profissional, apoiando na respectiva tomada de decisão.
Público-alvo da intervenção:
- Alunos das escolas do concelho e jovens munícipes;
- Pais e Encarregados de Educação (reforçando e apoiando a sua participação no desenvolvimento vocacional
e nas escolhas dos respectivos educandos);
- Comunidade Educativa (reunindo com os órgãos de escola, em questões decorrentes do processo de
Orientação Vocacional).
Metodologia aplicada:
- Aplicação de Baterias de Testes (Psicotécnicos);
- Actividades de dinâmica de grupo;
- Sessões de Aprendizagem (transição para a vida activa);
- Sessões de informação e exploração sobre Prosseguimento de Estudos;
- Encaminhamento final (entrega de Relatório de Avaliação);
- Reuniões com Órgãos de Escola e com os Pais/Encarregados de Educação.
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
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O trabalho desenvolvido pela equipa especializada (técnicas da câmara/Sector da Educação) para assegurar
este serviço contempla o apoio directo aos alunos das escolas com 3.º ciclo e ensino secundário,
proporcionando-lhes sessões de orientação vocacional e profissional, através de um conjunto variado de
actividades ao longo do ano:
Orientação Vocacional, Escolar e Profissional
Setembro
Desenvolvimento de reuniões iniciais com os Conselhos Executivos, Coordenadores de Direcção de Turma, Directores de Turma e Encarregados de Educação dos alunos abrangidos.
Elaboração de documento de apresentação do processo de orientação vocacional a entregar nas várias escolas e a explicar aos Encarregados de Educação.
Outubro
Apresentação das técnicas aos alunos pelo Director de Turma, na disciplina de Formação Cívica.
Apresentação do projecto de Orientação aos alunos.
Inscrição dos alunos interessados em frequentar as sessões de apoio.
Recolha de autorizações dos Encarregados de Educação, devidamente assinadas.
Estabelecimento do horário de funcionamento das sessões por turma e por escola.
Início do processo: actividades de mútua apresentação e Dinâmicas de Grupo.
Novembro e Dezembro
Início da aplicação das Avaliações específicas de Orientação Vocacional – Testes Psicotécnicos (com a devida aferição à população escolar portuguesa).
Janeiro
Entrega e discussão (com os alunos) dos resultados obtidos nas avaliações aplicadas anteriormente.
Início das actividades de Informação, Exploração e Esclarecimento sobre Prosseguimento de Estudos, após conclusão do 9º ano de escolaridade (cursos, áreas, planos curriculares, carga horária, etc.).
Dinâmicas de Grupo (para desenvolvimento pessoal, concentração, estilos de comunicação, etc.).
Fevereiro
Sessões de Aprendizagem – elaboração de um Curriculum Vitae (modelo pessoal e europeu - Europass) e de uma Carta de Apresentação (para candidatura espontânea).
Actividades de aproximação ao mundo do trabalho (baseadas na Classificação Nacional das Profissões), com momentos de exploração directa (entrevistas a profissionais).
Março e Abril
Mês de “balanço” de todo o processo implementado junto dos alunos: - Atendimento Individualizado ou em Pequeno Grupo; - Esclarecimento de dúvidas e preparação para Tomada de Decisão; - Realização de Encaminhamentos ao nível do Prosseguimento de Estudos; - Realização de Reuniões Finais com Conselhos Executivos, Docentes e Encarregados de Educação, como forma de devolução do funcionamento da iniciativa; - Entrega dos Relatórios de Avaliação Psicopedagógica e Psicológica (Individuais) aos Encarregados de Educação dos alunos que iniciaram, frequentaram e concluíram todas as actividades.
Maio e Junho
Elaboração dos Relatórios Finais de Actividades realizadas no âmbito da orientação vocacional e respectiva entrega e discussão com os órgãos dos conselhos executivos das escolas envolvidas. São entregues a todos os encarregados de educação dos alunos abrangidos os relatórios de avaliação psicológica/psicopedagógica, de orientação vocacional.
Exploração Directa - Visita a Escolas Profissionais.
Atendimento intensificado no CREF – recepção de Encarregados de Educação e alunos, para discussão personalizada de resultados, pesquisa na Internet guiada (por exemplo, a Escolas Profissionais) e respectivos procedimentos, tais como inscrições online.
A implementar…
Sessões informativas de Orientação Vocacional/Workshops / Espaços de Diálogo com Encarregados de Educação, em contexto extra-escolar.
Fonte: Centro de Recursos Educativos e de Formação de Sesimbra (Ano Lectivo 2009/2010)
No ano lectivo de 2009/2010 foram acompanhadas pelo Centro de Recursos Educativos (CREF) todas as
turmas de 9.º ano na Escola Básica 2,3 de Santana (61 alunos), na Escola Básica 2,3 Navegador Rodrigues
Soromenho (67 alunos), na Escola Secundária de Sampaio (78 alunos) e um total de 113 alunos na Escola
Básica Integrada da Quinta do Conde (5 turmas de 9.º ano), abrangendo um total de 319 alunos. Foi ainda
prestado apoio a alguns alunos do ensino secundário, por resposta às solicitações efectuadas pelos Directores
de Turma.
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
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De referir que para além do trabalho desenvolvido nas escolas, os técnicos de orientação vocacional prestam
atendimento nas instalações do próprio CREF e na Loja Ond@Jovem da Quinta do Conde.
Durante o ano lectivo de 2009/2010 foram atendidos, até ao mês de Junho, no CRE, aproximadamente, 130
jovens, com uma orientação escolar e profissional baseada na procura de informação e exploração das
oportunidades de ensino mais adequadas. Na Loja Ond@Jovem foram atendidos cerca de 70 jovens no
âmbito de orientação vocacional.
Acrescente-se ainda que, tem sido feito um enorme esforço na criação de canais de comunicação entre o
CREF, Centro de Novas Oportunidades, Instituições de Ensino (Regular e/ou Profissional do Concelho e das
zonas limítrofes – Distritos de Lisboa e Setúbal), Instituto do Emprego e Formação Profissional, embora se
verifique a necessidade de se reforçar estes canais de comunicação e alargá-los a outras instâncias de
formação e emprego.
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO ESCOLAR IMIGRANTE E ACÇÕES DIRIGIDAS A IMIGRANTES Uma tendência que se tem vindo a acentuar refere-se ao número de crianças e jovens oriundos de todo o
mundo que se encontram a frequentar as escolas e as IPSS do nosso concelho, número que cresce de ano
para ano, constituindo uma mais valia para o país de acolhimento que recebe novas culturas, experiências e
saberes, mas alterando ao mesmo tempo, a caracterização dos alunos de uma sala de aula, passando-se de
uma tendência monoculturalista para uma nova vertente pluricultural.
As escolas, em particular, têm-se esforçado por dar respostas adequadas aos alunos estrangeiros,
promovendo o desenvolvimento de actividades de apoio efectivo aos alunos que não têm o português como
língua materna, reforçando as condições de prossecução dos estudos para estes alunos no sistema de ensino
português.
Por outro lado, experimentam-se novas formas de intervenção, tendo já decorrido na EBI/JI da Quinta do
Conde e na EB2,3 Navegador Rodrigues Soromenho acções de formação dinamizadas pela Amnistia
Internacional e pelo ACIDI, permitindo aos professores o esclarecimento de dúvidas e conhecer e receber
novos instrumentos pedagógicos que visam justamente adequar o processo de ensino e aprendizagem a esta
nova realidade.
De referir ainda o importante trabalho desenvolvido pelo Espaço Cidadania (resultado da assinatura do Pacto
Territorial para o Diálogo Intercultural de Sesimbra) que informa e apoia os cidadãos imigrantes no processo
de acolhimento e integração social, cultural e profissional a nível local, numa lógica de proximidade.
A intervenção tem-se centrado em domínios como proporcionar aos imigrantes informação relacionada com o
processo de regularização de permanência em Portugal, ofertas de emprego, formação profissional,
acreditação de habilitações e desenvolvimento de acções de sensibilização para diversas temáticas
relacionadas com a interculturalidade.
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
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Dados relativos ao ano lectivo de 2009/2010 indicam que no conjunto dos alunos que se encontravam a
frequentar as escolas da rede pública no concelho de Sesimbra, 6% não tinham nacionalidade portuguesa3,
predominando entre estes os alunos oriundos de Países da América do Sul.
Distribuição de alunos por nacionalidade
Distribuição dos alunos por nacionalidade
Nacionalidade N.º de alunos %
Portuguesa 6681 94,4
Outra Nacionalidade 394 5,6
Total 7075 100,0
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010)
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010)
Quando analisamos estes dados em função dos Agrupamentos de Escolas, o número de alunos estrangeiros
tende a ser mais expressivo no Agrupamento de Escolas Michel Giacometti, como se pode verificar no
próximo quadro.
3 No conjunto, frequentavam as escolas do concelho crianças e jovens de 33 nacionalidades.
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
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Distribuição dos Alunos por Nacionalidade Estrangeira (Por Agrupamento)
Pré-Escolar
Ensino Básico
Ensino Secundário
Total
N.º % Agrupamento de Escolas de Sesimbra -
Castelo Poente 7 58 - 65 16,5
Agrupamento de Escolas do Castelo 6 72 - 78 19,8
Agrupamento de Escolas Quinta do Conde 3 52 - 55 14,0
Agrupamento de Escolas Michel Giacometti 9 94 16 119 30,2
Agrupamento de Escolas da Boa Água 8 34 - 42 10,7
Escola Secundária de Sampaio - 10 25 35 8,6
Total 33 320 41 394 100,0 Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010)
Distribuição de alunos por nacionalidade estrangeira N.º %
Europa
Alemanha 7 1,8
Bulgária 16 4,1
República Checa 1 0,3
Espanha 2 0,5
França 10 2,5
Holanda 2 0,5
Irlanda 3 0,8
Itália 1 0,3
Luxemburgo 1 0,3
Moldávia 34 8,6
Polónia 3 0,8
Reino Unido 7 1,8
Roménia 14 3,6
Russia 9 2,3
Suiça 6 1,5
Turquia 1 0,3
Ucrânia 18 4,6
Subtotal 135 34,3
África
África do Sul 2 0,5
Angola 21 5,3
Argélia 3 0,8
Cabo Verde 16 4,1
Guiné-Bissau 3 0,8
Marrocos 16 4,1
São Tomé e Príncipe 5 1,3
Senegal 1 0,3
Subtotal 67 17,0
América do Sul
Argentina 1 0,3
Brasil 174 44,2
Uruguai 3 0,8
Venerzuela 2 0,5
Subtotal 180 45,7
América do Norte EUA 2 0,5
Subtotal 2 0,5
Ásia
Bangladesh 1 0,3
China 8 2,0
Japão 1 0,3
Subtotal 10 2,5
Total 394 100,0
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ELEVAÇÃO DOS NIVEIS DE QUALIFICAÇÃO DE BASE DA POPULAÇÃO ADULTA O processo de qualificação de adultos em idade activa, consubstanciado na Iniciativa Novas Oportunidades
quer através de cursos de educação e formação, quer através do reconhecimento e certificação de novas
competências adquiridas ao longo da vida, bem como a disponibilização de cursos profissionalizantes e
ofertas formativas complementares, tem representado um desafio sobretudo para aqueles que detêm baixos
níveis de escolaridade, possibilitando-lhes aumentar a sua (re)inserção ou progressão no mercado de
trabalho.
Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) Os cursos EFA são uma oferta formativa assente em percursos flexíveis de formação para cidadãos com idade
igual ou superior a 18 anos que possuam baixos níveis de escolaridade e de qualificação profissional, para
efeitos de (re) integração no mercado de trabalho. Estes cursos estão organizados em Formação de Base e
Formação Profissionalizante, sendo que esta última é orientada pelos referenciais de formação do Instituto de
Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Nos próximos quadros apresentam-se os cursos EFA ministrados em algumas escolas da rede pública, no ano
lectivo 2009/2010.
Refira-se no entanto que os residentes no concelho de Sesimbra podem frequentar esta e outras modalidades
de formação, como por exemplo, cursos de aprendizagem, cursos de especialização tecnológica, formações
modulares certificadas, entre outras, nas próprias instalações do Centro de Emprego e Formação Profissional
do Seixal.
EFA SECUNDÁRIO (Cursos de Educação e Formação de Adultos)
Estabelecimento de Ensino
Designação do Curso
N.º turmas
N.º de alunos
Escola Secundária de Sampaio
Técnicas de Acção Educativa 2 37
Técnicas de Apoio à Gestão 2 34
Técnicas de Informática, Instalação e Gestão de Redes
2
32
EBI/JI Quinta do Conde EFA - Nível Secundário 1 16
Total 7 119
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010)
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Reconhecimento de valores e reconhecimento de competências (RVCC) O Sistema Nacional de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências desenvolve-se através de
um processo que decorre no Centro de Novas Oportunidades do CREF – Sesimbra, que iniciou a sua
actividade em 1 de Março de 2008 e tem por missão fornecer respostas aos adultos que procurem melhorar
as suas qualificações escolares quer no âmbito do RVCC, quer no âmbito de outras modalidades de educação
e formação, de acordo com o perfil, expectativas e interesses de cada pessoa.
A validação dos conhecimentos e competências permite obter uma certificação de nível básico (certificado do
1.º, 2.º ou 3.º ciclo do ensino básico e diploma do ensino básico) ou de nível secundário (12.º ano de
escolaridade).
O funcionamento do CNO é composto pelas seguintes etapas:
1. Acolhimento
Atendimento por parte da equipa de profissionais, inscrição e tomada de conhecimento da missão do CNO e das várias possibilidades de qualificação
2. Diagnóstico
Análise do perfil, realização de uma entrevista individual ou colectiva e, clarificação dos interesses e expectativas de cada pessoa com vista à definição da melhor solução para o estabelecimento de uma meta para a sua qualificação
3. Encaminhamento
Em função do perfil de cada pessoa (identificado na etapa anterior) e dos percursos de qualificação disponíveis a nível local, é feito o encaminhamento para a resposta formativa mais adequada
Modalidades de Educação e Formação Sistema Nacional de RVCC
4.º, 6.º, 9.º ou 12.º ano e/ou qualificação profissional de nível 1,2 ou 3
O percurso no CNO é iniciado com o acolhimento e aconselhamento por parte da equipa de profissionais. São
assim avaliadas as competências, dificuldades e motivações dos adultos, sendo o candidato encaminhado
para um conjunto de ofertas educativas e formativas de acordo com as suas necessidades e interesses, quer
para o processo de RVCC, quer para outras ofertas externas (EFA).
As inscrições podem ser realizadas em dois locais: na sede do CREF, Av. D. Manuel Martins, n.º 8 em
Sampaio/Maçã ou na Quinta do Conde no edifício da Junta de Freguesia.
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Desde Março de 2008 e até ao mês de Maio de 2010 inscreveram-se no Centro de Novas Oportunidades do
CREF – Sesimbra um total de 2360 indivíduos tendo sido certificados (RVCC) cerca de 248 indivíduos, ver
tabelas seguintes.
2008 (Março a Dezembro)
Freguesias Castelo/Santiago
Freguesia Quinta do Conde
N.º total de indivíduos inscritos no CNO
12 B1 2 B1
62 B2 29 B2
206 B3 116 B3
590 Secundário 310 Secundário
Total 870 457
N.º de indivíduos encaminhados para processo de RVCC
4 B1 1 B1
27 B2 13 B2
102 B3 67 B3
198 Secundário 119 Secundário
Total 331 200
Fonte: Centro de Novas Oportunidades – Sesimbra Nota: B1 – 1.º Ciclo do Ensino Básico; B2 – 2.º Ciclo do Ensino Básico; B3 – 3.º Ciclo do Ensino Básico
2009 (Janeiro a Dezembro)
Freguesias Castelo/Santiago
Freguesia Quinta do Conde
N.º total de indivíduos inscritos no CNO
7 B1 3 B1
48 B2 45 B2
125 B3 151 B3
248 Secundário 236 Secundário
Total 428 435
N.º de indivíduos encaminhados para processo de RVCC
3 B1 -
7 B2 10 B2
40 B3 50 B3
14 Secundário 31 Secundário
Total 50 91 N.º total de indivíduos certificados
(RVCC) em 2009 128 76
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2010 (Janeiro até 30 de Abril)
Freguesias Castelo/Santiago
Freguesia Quinta do Conde
N.º total de indivíduos inscritos no CNO
4 B1 1 B1
15 B2 11 B2
26 B3 27 B3
32 Secundário 54 Secundário
Total 77 93 N.º de indivíduos em processo de
análise 183 252
N.º de indivíduos em processo de diagnóstico 274 152
N.º de indivíduos em processo de RVCC 57 22
N.º total de indivíduos certificados (RVCC) em 2010 (até Maio)
25 19
Fonte: Centro de Novas Oportunidades – Sesimbra (Junho de 2010)
Há também a possibilidade de realização de cursos profissionais no espaço Formar, nas seguintes áreas de
formação: Acção Educativa; Apoio Domiciliário e à Comunidade; Arte Floral; Comércio e Serviços;
Geriatria/Apoio Social e Jardinagem, promovidos e organizados pelo Centro de Recursos Educativos e pelo
IEFP.
No mês de Junho de 2010 iniciou-se o curso de Educação e Formação de Adultos – Técnico de Acção
Educativa - com uma turma de aproximadamente 20 formandos. Trata-se de um curso de dupla certificação
(no final cada formando obtém um certificado de 12.º ano e um certificado Profissional de Técnico na
respectiva área), em que a aprendizagem valoriza o desenvolvimento de competências para o exercício de
uma profissão, não excluindo a hipótese de prosseguimento de estudos.
Acrescente-se ainda, que para além da formação referenciada, têm sido dinamizados, por diversas escolas do
concelho, cursos socioeducativos, em regime nocturno. No ano lectivo em referência encontravam-se a
frequentar estes cursos, um total de 161 formandos com a seguinte distribuição:
Cursos Socioeducativos
Estabelecimento de Ensino Designação do Curso N.º de formandos
Escola Secundária de Sampaio
UFCD - Inglês de Iniciação 15
UFCD - Informática 6
Subtotal 21
EBI/JI Quinta do Conde
Formação Modular B2+B3 - Inglês 20
Formação Modular B3 - Inglês 20
Formação Modular CLC I 20
Formação TIC B3 A 80
Subtotal 140
Total 161
Fonte: Estabelecimentos de Educação e Ensino – Rede Pública (Ano Lectivo 2009/2010)
Projecto Educativo do Concelho de Sesimbra______________________________________________________
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ORGANIZAÇÃO ESCOLAR PREVISTA PARA O ANO LECTIVO DE 2010/2011
As profundas alterações de ordem social, ao nível da evolução da demografia, da vida económica e da vida
cultural, implicam que se repense permanentemente o parque escolar concelhio. Neste âmbito tem-se
procedido a um conjunto de intervenções nas escolas públicas para melhor adequar a rede escolar concelhia
às necessidades educacionais, prevendo-se para o ano lectivo de 2010/2011 a seguinte organização escolar:
Organização Escolar Prevista para o Ano Lectivo de 2010/2011
Agrupamento de Escolas de Sesimbra - Castelo Poente
Estabelecimentos de Ensino Observações
EB2,3 Navegador Rodrigues Soromenho (Escola Sede)
Não estão previstas novas construções nem encerramentos
EB1/JI de Sesimbra
EB1/JI da Azóia
EB1/JI do Meco
EB1/JI da Aiana
EB1 de Alfarim
JI de Alfarim
Agrupamento de Escolas do Castelo
Estabelecimentos de Ensino Observações
EB2,3 de Santana (Escola Sede) Previsão de novas construções: Ano lectivo de 2011/12 - Entrada em funcionamento da EB1/JI de Sampaio (12 salas/1.º Ciclo; 4 salas/Pré-Escolar) Encerramentos: previstos para 2010/2011- EB1 de Santana e EB1 n.º 2 do Zambujal
EB1/JI da Maçã
EB1/JI da Cotovia
EB1 de Santana
EB1 n.º 1 do Zambujal
EB1 n.º 2 do Zambujal
JI das Pedreiras (JI isolado)
EPEI da Almoinha (JI isolado)
Agrupamento de Escolas Michel Giacometti
Estabelecimentos de Ensino Observações
Escola Michel Giacometti (Escola Sede) Previsão de novas construções: Ano lectivo de 2011/12 - ampliação do JI da Quinta do Conde (2 salas)
EB1/JI n.º 3 da Quinta do Conde
JI da Quinta do Conde
Agrupamento de Escolas da Quinta do Conde
Estabelecimentos de Ensino Observações
Escola Básica Integrada da Quinta do Conde (Escola Sede) Não estão previstas novas construções nem encerramentos
EB1/JI do Casal do Sapo
EB1/JI da EBI
Agrupamento de Escolas da Boa Água
Estabelecimentos de Ensino Observações
EBI da Boa Água (Escola Sede) Previsão de novas construções: Entrada em funcionamento do JI do Pinhal do General (4 salas) prevista para 2011/2012
EB1/JI do Pinhal do General
EB1 n.º 2 da Boa Água
Fonte: Câmara Municipal de Sesimbra (Divisão de Educação, Juventude e Desporto – Junho de 2010)