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MAIS CONECTADOS Acesso à Internet cresce no meio rural e muda hábitos do produtor Ano X | Nº 59 | Jul/Ago 2017

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MAIS CONECTADOSAcesso à Internet cresce no meio rural

e muda hábitos do produtor

Ano X | Nº 59 | Jul/Ago 2017

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04 Observatório

05 Agenda

06 Sindiavipar

08 Radar

10 Na mídia

12 Entrevista

14 Sanidade

16 Capacitação

16 Extensionismo rural

18 Ensino à distância

20 Bem-estar

24 Capa

30 Mercado

32 Artigo Técnico

34 Associados

36 Evento

36 Workshop Sindiavipar

38 Mérito Industrial

40 Aniversário Adapar

41 Legislação

42 Indústria

44 Meio ambiente

46 Notas e registros

48 Estatísticas

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Sindiavipar

Sumário

7ª edição da Pesquisa Hábitos do Produtor Rural mostra que ele está cada vez mais tecnológico

O ensino à distância ganhou espaço de forma rápida nas instituições e já beneficiam o agronegócio

24

14

Capa

Capacitação

Automação é opção para melhorar custo-benefício e processo industrial no setor avícola

42 Indústria

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Diretoria

Presidente:Domingos MartinsVice-presidente:Claudio de Oliveira Secretário: Olavio Lepper Tesoureiro:João Roberto Welter Suplentes:Luiz Adalberto Stabile Benicio, Ciliomar Tortola,Valter Pitol e Roberto KaeferConselheiros fiscais efetivos:Paulo Cesar Massaro Thibes Cordeiro,Dilvo Grolli e Rogerio Wagner Martini GonçalvesSuplentes:Celio Batista Martins Filho e Marcos Aparecido BatistaDelegados representantes efetivos:Domingos Martins e Luiz Adalberto Stabile BenicioSuplentes:Ciliomar Tortola e Paulo Cesar Massaro Thibes Cordeiro

Sindicato das Indústrias de ProdutosAvícolas do Estado do ParanáAv. Cândido de Abreu, 140 - Salas 303/304 - Curitiba/PR - CEP: 80.530-901Tel.: 41 3224-8737 | sindiavipar.com.br | [email protected]

As matérias desta publicação podem ser reproduzidas, desde que citadas as fontes.

Se você tem alguma sugestão, crítica, dúvida ou deseja anunciar na Revista Sindiavipar, escreva para nós:[email protected].

Fale conosco

Expediente

ProduçãoCentro de Comunicaçãocentrodecomunicacao.com.br

Jornalista responsávelGuilherme Vieira (MTB-PR: 1794)

ColaboraçãoBrenda Iung, Bruna Robassa, Camila Castro, Camila Tsubauchi, Gabrielle Sversut,

Giorgia Gschwendtner,Jonas Filho, Jorge de Sousa, Karina Becker, Laura EspadaDesign e diagramaçãoCleber Brito

Comunicação e MarketingMônica Fukuoka

ImpressãoMaxi Gráfica

Anuncie na Revista SindiaviparMônica Fukuoka

Gerente de Comunicação e [email protected]

(41) 3224-8737

Domingos MartinsPresidente do Sindiavipar

Editorial Em um mundo globalizado, a informação e a

tecnologia tomam proporções cada vez maiores e che-gam a diversos destinos de forma cada vez mais rápida. Este processo traz consequências para toda a sociedade, incluindo o agronegócio. Recentemente, a Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio divulgou a sua 7ª edição da Pesquisa de Hábitos do Produtor Rural.

O levantamento mostra diversas mudanças em relação ao anterior, realizado em 2013. Entre elas, a presença dos jovens e das mulheres no campo que tem crescido anualmente e trazido bons resultados para as propriedades. Além disso, a utilização de ferramentas di-gitais para compra e acesso a informações tem conquista-do o ambiente rural.

Em nossa matéria de capa você confere os prin-cipais destaques da pesquisa e como o produtor tem se comportado atualmente, quais suas preocupações e seus hábitos. Informações sobre mercado, eventos, sanidade, bem-estar e tecnologia também estão con-templadas na revista.

Deixo também as mais sinceras felicitações aos avicultores pelo seu dia, comemorado em 28 de agosto. Nós, do Sindiavipar, temos o prazer em homenagear, nesta edição este profissional que trabalha diariamente em busca do constante crescimento e desenvolvimento da avicultura.

Um abraço e boa leitura!

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Sindiavipar

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ObservatórioObservatório

Exportação ao Oriente Médio

As exportações do agronegócio brasileiro ao Oriente

Médio somaram em maio US$ 689,33 milhões, um aumento de

31,6% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo o

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Dois

países árabes destacam-se na lista dos vinte maiores destinos do

agronegócio brasileiro: Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

De acordo com o Mapa, as exportações totais foram lideradas

pelo complexo soja (grãos, farelo e óleo), as carnes ocuparam a

segunda colocação, e na terceira posição, o setor sucroalcooleiro.

Vazio sanitário Começou no dia 15 de junho o vazio sanitário de

soja no Paraná e em mais quatro estados brasileiros: São

Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia. Até

o dia 15 de setembro, está proibido plantar ou manter vivo

pés de soja nestas regiões. No Brasil, 11 estados e o Distrito

Federal adotam essa medida. De acordo com a pesquisa-

dora Claudine Seixas, da Embrapa Soja, o objetivo do va-

zio sanitário é reduzir a sobrevivência do fungo causador

da ferrugem-asiática durante a entressafra e assim atrasar a

ocorrência da doença.

Assinada pelo Ministro da Agricultura, Blairo

Maggi, a Instrução Normativa nº18, de 25 de maio de

2017, altera dispositivos de anterior Instrução Norma-

tiva sobre o mesmo tema, a de nº 56, datada de quase

10 anos atrás. Ambas tratam dos procedimentos para

registro, fiscalização e controle de estabelecimentos

avícolas. Pelas novas normas, ficam proibidos os gal-

pões para poedeiras do tipo californiano construídos

a partir de 22 de junho.

O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas

do Estado do Paraná (Sindiavipar) parabeniza o Sr. Valter

Pitol pelo título de cidadão honorário e benemérito,

entregue pela Prefeitura de Cafelândia no dia 30 de

junho, na sede da Aercol. A cerimônia contou com a

presença de autoridades locais, prefeitos de cidades

vizinhas e amigos. Personagem de suma importância para

a avicultura paranaense, trabalha desde a década de 70

pelo crescimento do setor. Sua liderança frente a Copacol

contribui para o setor. A referência mundial da avicultura

paranaense só é possível pelo comprometimento de todos

que fazem parte da cadeia produtiva.

Novas normas

Parabenização

4 sindiavipar.com.br Sindiavipar

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Data17 e 18 de outubro de 2017

LocalCampinas (SP)

RealizaçãoFacta

Telefone(19) 3243-6555

Sitefacta.org.br/agenda-avicola

Curso FACTA

Data9 e 10 de novembro de 2017

LocalFoz do Iguaçu (PR)

RealizaçãoSindiavipar

Telefone(41) 3224-8737

Sitesindiavipar.com.br

V Workshop Sindiavipar

Sindiavipar

Data29 a 31 de agosto de 2017

LocalSão Paulo - SP

RealizaçãoABPA

Telefone(11) 3095-3120

Siteabpa-br.com.br/siavs/

SIAVS

Bom resultado Comercialização limitadaA estimativa do valor bruto da produção agro-

pecuária (VBP) de 2017 de 546,3 bilhões é o maior

dos últimos 27 anos no Brasil. O montante é 5,3%

superior ao de 2016, que foi de 519 bilhões. Esse re-

sultado reflete a elevada safra de grãos prevista para

esse temporada, conforme anúncio feito pela Com-

panhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além da safra de 234,3

milhões de tonela-

das, o aumento

da produção

é outro fator

relevante no

incremento

do VBP des-

te ano. A retração vendedora tem sustentado as cotações de milho interno. De acordo com o Cepea, a comercialização do cereal segue limitada, devido à entrada de volume ainda pequeno de milho 2ª safra no mercado e da preferência pela exportação.

5sindiavipar.com.brSindiavipar

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Nos dias 02 e 17 de maio aconteceu, na sede da Federação das Indústrias do Estado

do Paraná (Fiep), a Reunião Extraordinária da Assembléia Geral do InPAR, que contou com a

presença do Sindiavipar. Durante o encontro, foram tratados assuntos como: o Trabalho de-

senvolvido pela consultoria Ecoroad e a deliberação sobre o ingresso do Instituto no Acordo

Setorial de Embalagens.

Já no dia 07 de junho, a Federação promoveu uma reunião para debater temas relaciona-

dos à atividade do Instituto: Ambiente – Semana Nacional do Meio Ambiente, Conselho Temá-

tico do Meio Ambiente, Recursos Naturais e Gerência de Impacto e Conservação; Pagamentos

por Serviços Ambientais. Será atribuído ao produto um pagamento efetuado pela Sema no qual

o produto deverá desempenhar uma função de aplicação de um serviço de Proteção Ambiental.

InPAR

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No dia 10 de maio, o Presidente do Sindiavipar, Sr. Domingos Martins e o Diretor Executi-

vo, Sr. Icaro Fiechter, acompanharam, o Presidente Executivo da Associação Brasileira de Proteína

Animal (ABPA), Sr. Francisco Turra, a uma reunião no Palácio Iguaçú para convidar o governador

do Estado do Paraná, Beto Richa, a participar da abertura do Salão Internacional de Avicultura e

Suinocultura (SIAVS 2017). O evento acontecerá em São Paulo, no Anhembi Parque, entre os dias

29 a 31 de agosto.

Convite ao Governador

O Diretor executivo do Sindiavipar, Sr. Icaro Fiechter, participou de reunião na sede da

Fiep – Campus da Indústria, no dia 19 de maio para debater temas como o Valor Econômico

dos Resíduos e Sub Produtores da Indústria Animal, além da atualização do projeto Tecnologias

para Destinação de Animais Mortos (TECDAM). Segundo o projeto do deputado federal Valdir

Colatto, de Santa Catarina, os sub produtos não devem ter como destino a alimentação de ani-

mais, devendo ser utilizados para fabricação de biocombustível, fertilizante e biogás.

Sub-produtos

Nos dias 22 a 26 de maio, aconteceu o Projeto LABMOR – UFPR, coordenado pela

Prof ª. Elizabeth Santin do Departamento de Medicina Veterinária e que contou com a pales-

tra do Dr. Mike Kogut, pesquisador do USDA Texas – Departamento de Agricultura dos Esta-

dos Unidos. O curso, que contou com o apoio do Sindiavipar, teve como tema “Problemas em

Patologia: Microbiota e Imunidade em aves de produção” e recebeu alunos da pós-graduação

em Ciências Veterinárias da universidade, entre outros participantes.

Laboratório de Microbiologia e Ornitopatologia

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Radar

O agronegócio é um setor que a cada ano quebra recordes e impulsiona a economia em várias

regiões do Estado e do País. Apesar de ocuparmos apenas 2% do território brasileiro, respondemos

por 20% da produção agrícola nacional.Esses números nos orgulham

Cida Borghetti, vice-governadorado Paraná

Temos orgulho de falar sobre a qualidade do que produzimos aqui

(Brasil) e falar que tudo é feito com respeito ao meio ambiente e

com responsabilidade socialEumar Novacki, Secretário

Executivo do Mapa

Produzimos proteína Halal com excelência, certificada

e auditada por organizações privadas e pelos governos dos países importadores. São laços que construímos em décadas de relações com estes mercados, sobre os quais não medimos

esforços para preservarRicardo Santin, vice-presidente

de mercados da ABPA

8 sindiavipar.com.br Sindiavipar

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Na mídia

Retorno de mídia - Junho 2017

59%Online

40%Jornal

1%TV

Nos meses de maio e junho,

o setor avícola mostrou

novamente sua força, su-

perando os desafios. Levantamento

mensal do Sindicato das Indústrias

de Produtos Avícolas do Estado do

Paraná (Sindiavipar) apontou que

a produção de frango no estado

apresentou alta de cerca de 5% em

maio, se comparado ao mesmo mês

de 2016. Ao

todo, 156,07

milhões de ca-

beças foram aba-

tidas em maio ante

148,69 no mesmo mês

no ano passado.

Os números dos últimos

meses ganharam espaço em veículos

nacionais e locais como DCI - Diá-

rio Comércio Indústria & Serviço,

O Hoje, Jornal de Beltrão, Estadão

Conteúdo, Canal Rural, Portal da Re-

vista IstoÉ, Diário do Noroeste, Tri-

buna de Cianorte, Jornal do Oeste,

entre outros. Os portais especializa-

dos como Setor Avícola, Aveworld,

O Presente Rural, Agrolink e Avisite

também repercutiram o assunto.

A avicultura paranaense ain-

da ganhou as páginas da revista Valor

Estados - PR, especial divulgado pelo

Valor Econômico, que retratou diver-

sos temas relacionados ao estado, en-

tre eles, o setor avícola do Paraná, líder

em produção e exportação no Brasil.

Na matéria, o sindicato destaca a ex-

pectativa positiva para o fechamento

do ano.

Ao todo, mais de 50 notícias

relacionadas ao Sindiavipar e à avi-

cultura do estado foram veiculadas

durante os meses de maio e junho

na imprensa, somando um retorno

de mídia espontânea de aproximada-

mente meio milhão de reais.

Desafios superados Expectativas positivas

para a avicultura no próximo semestre são assuntos na imprensa

10 sindiavipar.com.br Sindiavipar

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EntrevistaEntrevista

Imagem forteLideranças do agronegócio nacional realizam ações para reforçar a qualidade do produto nacional

O setor de proteína ani-

mal brasileiro tem tra-

balhado para fortalecer

o produto nacional ao redor do

mundo. Com ações realizadas

na América do Norte, Euro-

pa e Ásia, os importadores da

carne brasileira tem retomado

as compras e equilibrado a ba-

lança comercial do setor. Sobre

esse tema, o Vice-Presidente de

Mercados da Associação Brasi-

leira de Proteína Animal (ABPA),

Ricardo Santin, conversou com

a Revista Sindiavipar e contou

as ações realizadas pela entida-

de para fortalecer a imagem da

sanidade do sistema produtivo

nacional.

Qual a avaliação da ABPA sobre o status sanitário na cadeia produtiva nacional?

O status sanitário brasi-

leiro é ímpar, referência mundial.

Nunca registramos qualquer

caso de Influenza Aviária. Gra-

ças à excelência de um sistema

produtivo empenhado em ali-

cerces sólidos, como o sistema

de integração, investimentos em

estrutura e tecnologia aplicada

no campo, conseguimos manter

nosso setor preservado. Somos

referência global em sanidade,

o que nos permitiu abrir portas

em todo o mundo. Isso tudo com

qualidade, seriedade, dedicação

e profissionalismo, ao longo de

mais de 50 décadas de trabalho

e investimentos. Nos dedicamos

para assumir a liderança mun-

dial das exportações de carne

de frango, e conquistamos este

posto com louvor. Estamos en-

tre os mais avançados e profis-

sionalizados sistemas produti-

vos do mundo.

A expectativa dos núme-ros da exportação da pro-teína animal em 2017 são positivas?

Ainda estamos sendo im-

pactados pelos efeitos nocivos

dos equívocos na divulgação da

Operação Carne Fraca. Os núme-

ros de exportações dos dois me-

ses seguintes não foram como

o esperado. É fato que outros

fatores contribuíram, como um

calendário com menos dias úteis

para os embarques. Mas vemos

que os impactos estão se dissol-

vendo. Temos expectativas posi-

tivas para este ano. O esforço é

grande, mas os avanços já estão

ocorrendo.

Quais serão as principais ações da ABPA visando as exportações do setor de proteína animal brasileiro?

O grande desafio é me-

lhorar ainda mais nossa imagem

internacional. Estamos em um

grande esforço neste sentido,

com uma série de ações plane-

jadas. Nosso presidente, Fran-

cisco Turra, esteve recentemente

nos EUA, México e Europa com

este objetivo. Eu estive no Egito

e em Cartagena, onde aconteceu

um encontro do IPC – com repre-

sentantes da avicultura mundial.

Também participei de uma missão

com o Ministério da Agricultura,

na parte Asiática e no Oriente

Médio. Temos previsto uma infi-

nidade de ações em nosso SIAVS,

programado para o fim de agosto,

no Anhembi, em São Paulo – den-

tre elas, o Projeto Imagem, com

50 jornalistas estrangeiros, para

prestar esclarecimentos e valori-

zar nosso sistema produtivo, nos-

sas marcas e nossos produtos. Há

outras ações em vista dentro de

nossos Projetos Setoriais, em par-

ceria com a Apex-Brasil, na Ale-

manha, e outros mercados funda-

mentais. São muitas as iniciativas

já programadas.

12 sindiavipar.com.br Sindiavipar

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Ricardo Santin

Assessor do Ministério da Agricultura entre 1997 e 1998

Mestre em Ciência Política e MBA em Gestão de Negócios pelo IBMEC

Vice-Presidente de Mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)

Vai e volta

Vice-Presidente do International Poultry Council (IPC)

Somos referência global em sanidade, o que nos permitiu abrir

portas em todoo mundo

MercadoTemos um longo trabalho pela frente, mas podemos dizer que saímos forta-lecidos no mercado interno e externo, após os desafios do ano.

Sanidade Um dos nossos principais diferenciais do Brasil no mercado internacional. Isto nos coloca em uma situação pri-vilegiada frente aos concorrentes.

AviculturaÉ mais que uma atividade econômi-ca: é um sistema produtivo funda-mental para a distribuição de renda e desenvolvimento social do país, especialmente nos pequenos muni-cípios do interior.

InsumosVivemos uma situação melhor neste ano em relação aos custos de pro-dução e acesso aos insumos. A boa oferta de grãos devolve parte da com-petitividade perdida no ano passado.

13sindiavipar.com.brSindiavipar

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Ocontrole imunológico da

produção avícola é fator

preponderante para a saúde

e bem-estar dos animais. Por conta

disso, nos últimos anos, com o res-

paldo de diversos estudos, a imuno-

logia é uma área em pleno desenvol-

vimento e vem apresentando novas

técnicas de análises para o mercado.

Como forma de aproximar a teoria da

prática, o curso de pós-graduação em

Ciências Veterinárias da Universidade

Federal do Paraná (UFPR), promo-

veu, no último mês de maio, o curso

"Problemas em Patologia: Microbiota

e Imunidade em aves de produção",

ministrado pelo pesquisador de se-

gurança alimentar do Departamento

de Agricultura dos Estados Unidos

(USDA), Dr. Michael Kogut.

O evento foi direcionado aos

alunos da pós-graduação de ciências

veterinárias (PPGCV) da universidade

e reuniu, além dos estudantes, repre-

sentantes de empresas como BRF,

Aurora, MCassab, Adisseo Phytobio-

tics, Vibra, Elanco e um representante

do Núcleo de Veterinários do Oeste

Catarinense (Nucleovet). Na avalia-

ção da professora e doutora do De-

partamento de Medicina Veterinária

da UFPR e diretora da Poultry Scien-

ce Association, Elizabeth Santin, a

abordagem se mostrou fundamental

diante dos avanços e necessidades do

setor. “É necessário que os profissio-

nais da indústria estejam preparados

para aplicar o conhecimento e as

técnicas em nível de campo. Por isso,

o nosso esforço em fazer esse curso

e convidar os profissionais da área

para que estejam inteirados as novas

tecnologias que vem surgindo nessa

área”, destacou.

Ao longo da palestra o debate

Sanidade

Integraçãoprática e técnicaCurso promovido pelo departamento de Medicina Veterinária da UFPR permite intercâmbio entre setores produtivo e de pesquisa

14 sindiavipar.com.br Sindiavipar

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abrangeu a importância do conheci-

mento da relação imunológica com a

microbiota intestinal, o desempenho

das aves, bem como sua importância

no controle de zoonoses como salmo-

neloses e campilobacterioses. O Dr.

Kogut apresentou de que forma esses

estudos podem ser utilizados como

modelos para enfermidades em seres

humanos como a doença de Crohn,

que é uma inflamação crônica do in-

testino. “Foi uma excelente oportuni-

dade para discutirmos de forma aca-

dêmica e aplicada esse assunto, uma

vez que a participação dos colegas

acadêmicos junto com profissionais

que atuam no campo enriqueceu mui-

to o aprendizado de todos”, contou a

professora Elizabeth.

Embora tenha seguido uma

abordagem técnica, o evento teve um

excelente intercâmbio entre indústria

e academia, o que foi valorizado pe-

los participantes. “Tive uma grande

oportunidade para esclarecer dúvidas

e acompanhar os últimos trabalhos

realizados na área de microbiologia

e imunologia aviária. Em particular, o

curso teve contribuição direta na mi-

nha linha de pesquisa. O Dr. Kogut

tem uma excelente didática e adminis-

trou o curso de maneira interativa com

perguntas e respostas adicionadas a

apresentação teórica multimídia”, re-

latou a mestranda em Ciências Veteri-

nárias da UFPR, Bruna Luiza Belote.

Esse foi o primeiro de uma sé-

rie de cursos que a UFPR está preven-

do organizar com objetivo de estudar

de forma mais aprofundada os proble-

mas das ciências avícolas. A próxima

edição será realizada no primeiro se-

mestre de 2018 com o tema: "O uso

racional de antibióticos na avicultura:

da teoria a prática". “A intenção é que

o curso possa acontecer no mesmo

molde, por isso buscando empresas

parceiras que possa nos auxiliar a tra-

zer pesquisadores nacionais e interna-

cionais. Além disso, também iremos

convidar colegas que atuam direta-

mente no setor avícola para enrique-

cer o debate, tendo a UFPR como um

fórum aberto para a discussão destes

temas”, disse Elizabeth.

2018está previsto um curso de

antibióticos pela UFPR junto às

indústrias

OportunidadeNo debate também

foi aberta uma possibilidade

de viabilizar estudos conjun-

tos com o Dr. Kogut e a Uni-

versidade do Texas. Segundo

relatou a professora, a ideia é

realizar um intercâmbio "en-

viando nossos estudantes e

recebendo pesquisadores, na

busca de fortalecimento de

nossas linhas de pesquisa".

15sindiavipar.com.brSindiavipar

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Capacitação

Apoio essencial Avicultores podem aumentar a qualidade de suas produções com a ajuda do profissional de extensionismo rural

Um extensionista rural tem

a missão de diminuir as

desigualdades sociais e de

proporcionar melhor qualidade de

vida para famílias que moram e de-

senvolvem atividades em áreas ru-

rais, isso por meio de atendimento

técnico e especializado. São cerca

de 1200 extensionistas rurais atu-

ando no Paraná, e o trabalho deles

vai além de questões produtivas.

Em regiões muito carentes do esta-

do, esses profissionais auxiliam em

aspectos sociais, levando informa-

ções sobre saúde, questões sanitá-

rias e higiênicas.

O trabalho de extensão ru-

ral ajuda o produtor principalmente

na parte tecnológica, levando in-

formação e técnicas adequadas. No

caso de avicultores, o atendimento

vai dar suporte na infraestrutura de

criação, assistência médica veteri-

nária e acompanhamento de pro-

dução. Entre os profissionais que

podem atuar como extensionista

rural, estão médicos veterinários,

zootecnistas, economistas, admi-

nistradores de empresas, técnicos

agropecuários, geógrafos, enge-

nheiro florestal, engenheiro de ali-

mentos e engenheiro agrônomo.

“Ao contar com um profissional

de extensionismo rural, o produtor

reforça a sua eficiência produtiva e

aumenta a renda da propriedade,

principalmente se ele já tem recur-

sos disponíveis, equipamentos e

materiais”, comenta Roberto Carlos

Guimarães, Coordenador de Capa-

citação Inicial de Novos Extensio-

nistas da Emater.

No Paraná, a instituição

que iniciou os atendimentos de ex-

tensão rural foi a Emater, que recen-

temente completou 60 anos. Nessas

seis décadas de história, ofereceu

capacitação diversificada, suporte

técnico e orientação para muitos

produtores rurais do estado, trans-

formando a realidade de muitas

16 sindiavipar.com.br Sindiavipar

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Fotos: César Machado

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Ao contar com um extensionista rural, o

produtor reforça a sua eficiência produtiva e aumenta a renda da

propriedadeRoberto Carlos Guimarães, Coordenador de Capacitação Inicial de Novos Extensionistas

famílias, não só economicamente,

mas também oportunizando me-

lhorias na qualidade de vida.

A Copacol é uma das coo-

perativas paranaenses que trabalha

com o atendimento de extensionis-

tas desde 1973. Atualmente, con-

ta com um centro de pesquisa que

gera tecnologia, apontando as evo-

luções e novidades tecnológicas em

fertilidade, agroquímicos e varieda-

des de produtos. “São mais de 50

engenheiros agrônomos no campo,

que levam toda a informação tec-

nológica aos nossos cooperados”,

afirma Valter Pitol, presidente da

Copacol. O presidente da coope-

rativa ainda destacou que uma

propriedade sem um profissional

responsável por prestar assistência

no desenvolvimento de sua produ-

ção perde chances diante de seus

concorrentes. “Assim ele consegue

avançar tecnologicamente e obter

bons resultados econômicos com a

propriedade”, comenta Valter Pitol.

A preocupação da Copacol

em oferecer mais uma opção de ren-

da para os agricultores resultou no

desenvolvimento da avicultura na

cooperativa por meio do extensio-

nismo rural. O extensionista José

Claudecir Marques, da Copacol, é

técnico avícola, e, afirma que faz

em média dez atendimentos diários

auxiliando no controle de doença,

de ambientação e manejo dos equi-

pamentos. Um extensionista tem o

treinamento necessário que permi-

te levar atualizações tecnológicas,

cursos e fazer acompanhamento

de todo o processo de produção.

“Cabe a esse profissional auxi-

liar no desenvolvimento de uma

boa prática. É compensador poder

acompanhar um lote até o final e

ver a satisfação do produtor, ver os

resultados alcançados”, comenta.

Apoio essencial

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Oensino à distância, co-

nhecido como EAD,

ganhou espaço de for-

ma rápida nas instituições, tanto

quanto se trata de formação su-

perior ou informal. A facilidade

no acesso é uma das caracterís-

ticas mais evidentes dessa mo-

dalidade, pois proporciona ao

aluno maior comodidade já que

elimina a necessidade dele se di-

rigir até a faculdade para assistir

as aulas. Além disso, não há mo-

tivos para fugir dos recursos que

a internet oferece, é uma forma

de aproveitar os benefícios tec-

nológicos para atribuir qualidade

aos aspectos educacionais.

As áreas que o ensino a

distância contemplam são inú-

Aprendizadoà distânciaCursos não presenciais permitem, cada vez mais, que as pessoas busquem especialização

Capacitação

18 sindiavipar.com.br Sindiavipar

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meras, inclusive o agronegócio.

A Unicesumar oferece há 10 anos

o curso de graduação em Gestão

do Agronegócio, que tem dura-

ção de três anos. Nele, o aluno

aprende a gerenciar a proprieda-

de rural, a agricultura e a pecu-

ária, também terá conhecimento

sobre os aspectos produtivos e

cultivos alternativos. O coorde-

nador do curso, Silvio Silvestre,

destacou que a possibilidade de

assistir as aulas pela internet

facilita na formação dos estu-

dantes. “A maioria dos nossos

alunos não residem na cidade,

pois estão no campo. Em alguns

casos não existe a possibilidade

de ir até à área urbana todos os

dias para fazer uma faculdade,

porque é muito longe. Na moda-

lidade à distância ele consegue

fazer as atividades pelo próprio

celular. A presença só é obriga-

tória para realizar a prova a cada

cinco semanas”, comenta.

O representante comer-

cial de indústrias de máquinas

Antonio Rolim Guidobono, tem

61 anos de idade e está no tercei-

ro ano deste curso. Ele percebeu

que precisava fazer uma gradua-

ção por causa do seu trabalho, já

que sentia um pouco de dificul-

dade na hora de vender os produ-

tos. A partir do momento em que

começou a graduação, passou a

entender melhor as necessidade

e dificuldades de seus clientes

e, consequentemente, conseguiu

direcionar de forma correta os

produtos que melhor atendem ao

consumidor. “Se não existisse a

ferramenta do ensino à distância,

hoje eu não estaria na faculdade e

não estaria em vias de me formar.

No EAD, a gente tem a liberdade

de estudar a hora que puder”,

comenta sobre a importância da

faculdade à distância.

Antônio ainda afirma

que não tem dificuldade com re-

lação ao aprendizado. Ele utiliza

as ferramentas disponibilizadas

pela faculdade, como por exem-

plo, textos e vídeos, quando tem

alguma dúvida entra em contato

com os professores por e-mail.

Além disso, afirma que já sabe

os horários que os professores

ficam na instituição e por isso

quando sente necessidade liga

para esclarecer eventuais dúvi-

das. Ao comparar uma faculdade

presencial com uma à distância

afirma que sente falta apenas

das conversas e do relaciona-

mento que não tem com os ou-

tros alunos.

Outra instituição de en-

sino que disponibiliza cursos na

modalidade EAD, é o Serviço

Nacional de Aprendizagem Ru-

ral (Senar). A maioria deles são

de aperfeiçoamento ou atualiza-

ção. O curso de Manejo de Solo

e Água em propriedades rurais

e microbacias hidrográficas é

profissionalizante e de janeiro

até maio de 2017, 352 alunos fi-

zeram a inscrição, totalizando

11 turmas. Ele só pode ser reali-

zado por quem já possui forma-

ção técnica ou superior, pois o

profissional precisa ter registro

no Conselho Regional de Enge-

nharia e Agronomia do Paraná

(Crea–PR). Nesse curso, o aluno

aprende a desenvolver proje-

tos para preservar o solo. Para

Patrícia Lupion Torres, Consul-

tora e especialista em EAD do

Senar, atualmente não tem como

ignorar a presença da tecnolo-

gia nos processos educacionais,

além da disponibilidade que

nem todas as pessoas têm para

frequentar aulas presenciais. “É

uma forma de chegar a mais pes-

soas e disponibilizar um proces-

so formativo em qualquer tempo

e espaço que seja possível para o

indivíduo”, explica.

Se não existisse a ferramenta do ensino

à distância, hoje eu não estaria na faculdade em

vias de me formarAntonio Rolim Guidobono, aluno do terceiro ano do curso de gestão em agronegócio da Unicesumar

352 alunosparticipam do

curso de Manejo de Solo ofertado

pelo Senar

19sindiavipar.com.brSindiavipar

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Manejode invernoProdutores devem estar atentos à ventilação e à temperaturadas granjas

Além de garantir a produ-

tividade, o manejo ade-

quado das granjas per-

mite o bem-estar animal, seja em

períodos de temperatura elevada

ou de quedas bruscas. No inver-

no, o produtor deve estar ainda

mais atento às fases de cresci-

mento das aves assim como às

instalações da granja que visam

controlar variáveis, já que muitos

fatores podem ser prejudiciais às

aves neste período.

Com a queda nas tempe-

raturas, as empresas do setor já

começam a colocar em prática al-

gumas estratégias, como é o caso

do Grupo Vibra, que trabalha

junto aos cooperados para evitar

problemas na produção. “A em-

presa intensifica o foco nas orien-

tações aos produtores em rela-

ção, principalmente, à ventilação

dos aviários. Esta ação é funda-

mental para propiciar a troca dos

gases prejudiciais às aves”, afir-

ma a sanitarista do Grupo Vibra,

Roberta Scarton.

CuidadosO problema da falta de

ventilação está atrelado à pro-

dução de amônia, que pode ge-

rar, principalmente, problemas

respiratórios às aves. Segundo a

Professora Doutora Ibiara Almei-

da Paz, chefe do Departamento

de Produção Animal da Facul-

dade de Medicina Veterinária e

Zootecnia da Universidade Esta-

dual Paulista (Unesp) e membro

do Corpo Técnico da Fundação

Apinco de Ciência e Tecnologia

Avícolas (Facta), esse é um dos

fatores mais prejudiciais aos

animais. “Estudos demonstram

que a qualidade do ar no interior

das instalações é bastante pre-

judicada em épocas frias e esta

piora nas condições aéreas se dá

principalmente pela menor troca

de ar, o que resulta em maiores

concentrações de gases nocivos

e de poeira”, explica.

Além da ventilação, o

controle térmico também irá in-

fluenciar diretamente no desen-

volvimento do animal. Quedas

bruscas de temperatura podem

prejudicar seu crescimento, po-

dendo levar a ave inclusive a

morte. Segundo o professor de

Nutrição Animal, do curso de

Medicina Veterinária e do Pro-

grama de Pós-Graduação em Ci-

ência Animal da Pontifícia Uni-

versidade Católica do Paraná

(PUC-PR), Leandro Batista Cos-

ta, deve-se evitar que o animal

utilize a energia vinda da ração

para manter sua temperatura

corporal. “O objetivo principal

de um frango de corte é alcan-

çar, entre os 42 e 45 dias, 3 kg

de peso, aproximadamente. Com

o conforto térmico inadequado,

Bem-estar

20 sindiavipar.com.br Sindiavipar

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o animal terá que utilizar de nu-

trientes da ração para se aque-

cer”, deixando de direcioná-los

para o ganho de peso, esclarece.

Por isso, de acordo com

o especialista, o ideal é manter

o ambiente aquecido, principal-

mente nas três primeiras sema-

nas de vida do animal. Ao nascer,

os pintainhos necessitam de uma

temperatura em torno de 32ºC a

33ºC. “Esse valor diminui grada-

tivamente, cerca de 3ºC por se-

mana, até um desenvolvimento

adequado do sistema termorre-

gularório dos animais. Controla-

das essas primeiras semanas de

vida, garantimos que ele tenha

condições adequadas para chegar

ao peso e idade ideais de abate,

evitando doenças e consequente-

mente perdas de produtividade”,

acrescenta. Dessa forma, é preci-

so que o produtor invista e con-

trole o aquecimento das instala-

ções para garantir o bem-estar

animal, além de ficar atento ao

comportamento das aves.

DoençasCom a piora da qualidade

do ar e da cama, que são reflexos

do ambiente menos ventilado, as

aves ficam mais propensas a de-

senvolver doenças neste perío-

do. A professora doutora Ibiara

Almeida Paz alerta que as prin-

cipais enfermidades estão rela-

21º C

32º C

é a temperatura de conforto das

aves

é recomendado para as três primeiras

semanas de vida do animal

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cionadas ao trato respiratório.

“A bronquite é uma das doenças

mais preocupantes, embora ou-

tros problemas relacionados às

síndromes metabólicas tenham

potencial aumento no inverno,

como a ascite e problemas lo-

comotores. Neste ambiente, a

maioria das doenças podem se

agravar”, ressalta.

TransporteAlém dos cuidados com

as granjas, outros processos de

produção necessitam estratégias

para manter o bem-estar animal.

“Neste período, o caminhão de

transporte dos frangos recebe

uma lona de proteção sobre as

caixas de transporte e as persia-

nas de ventilação são fechadas

para evitar a entrada de vento e

frio. Já o transporte dos pintos é

realizado em caminhão baú, no

qual preconiza-se manter uma

temperatura de 24 °C, a fim de

chegarmos a 32°C dentro das

caixas de transporte”, explica

a sanitarista do Grupo Vibra,

Roberta Scarton.

O transporte de pintai-

nhos deve ser feito da forma

mais rápida possível para que

não ocorra uma queda brusca

de temperatura, principalmen-

te porque eles não apresentam

plumagem. “Na hora de receber

os animais, o galpão deve estar

totalmente aquecido, com piso e

cama maravalha aquecidos, para

que não ocorra quebras de tem-

peratura”, destaca o professor

Leandro Costa.

A empresa intensifica o foco nas orientações

aos produtores em relação, principalmente,

à ventilação dosaviários

Roberta Scarton, sanitaristado Grupo Vibra

Os principais cuidados devem ser em relação à ventilação e temperatura das granjas

Bem-estar

TecnologiaPara obter um pla-

nejamento mais eficiente,

controle de dados e análi-

se de informações, a pro-

dução avícola tem contado

com sistemas que permi-

tem controlar todos esses

processos, sendo ainda

mais importantes nesse

período, onde cada variá-

vel é decisiva para a sobre-

vivência animal. O investi-

mento em tecnologia tem

sido recorrente, principal-

mente por muitos produ-

tores trabalharem integra-

dos às grandes indústrias,

que fornecem assessoria às

granjas. “Não basta pos-

suir os equipamentos ade-

quados, é necessário que

os mesmos sejam utiliza-

dos de maneira adequada,

bem regulados e mantidos

em bom estado de fun-

cionamento”, finaliza a

professora doutora Ibiara

Almeida Paz.

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MaisconectadosInternet ganha espaço no meio rural e muda alguns hábitos no campo

Capa

24 sindiavipar.com.br Sindiavipar

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Maisconectados

Você sabia que aproxima-

damente 61% dos pro-

dutores rurais brasileiros

possuem smartphone? E que des-

ses, 96% fazem uso do Whatsapp

com frequência? (conforme gráfico

da página 29) Os números são da 7ª

edição da Pesquisa Hábitos do Pro-

dutor Rural realizada pela Associa-

ção Brasileira de Marketing Rural e

Agronegócio (ABMRA) e divulgada

no dia 31 de maio de 2017. O levan-

tamento, uma atualização da edi-

ção de 2013, mostra que a tecno-

logia tem impactado cada vez mais

no campo e, consequentemente,

influenciado os hábitos de consu-

mo e o pensamento do produtor

rural na atualidade.

De acordo com o diretor

de pesquisa da ABMRA, Ricardo

Nicodemos, "os meios de comunica-

ção e o advento da internet tornaram

o produtor globalizado, totalmente

conectado. É admirável o quanto ele

está atento ao que acontece com o

mundo. Se ainda há algum tipo de

rótulo em relação ao ambiente rural,

esta pesquisa, com as informações

que nós temos, muito possivelmente

vai fazer com que isso caia por ter-

ra", destaca.

A presença do produtor ru-

ral na internet vai além do uso das

redes sociais ou da busca por infor-

mações. Muitos deles (47%), usam

sites para cotação de produtos que

pretendem adquirir futuramente.

De acordo com o levantamento da

ABMRA, entre os itens mais pro-

curados estão sementes, defensi-

vos agrícolas, fertilizantes/adubo,

tratores, equipamentos agrícolas

e animais. Como é o caso do avi-

cultor Bruno Natale, integrado do

Grupo Pioneiro.

Natale tem 34 anos e tra-

balha há 4 anos com avicultura. Ele

iniciou na atividade para diversifi-

car as produções na sua proprieda-

de, que possui espaço para cultivo

de soja e alfafa também. Atualmen-

te possui dois aviários em funcio-

namento e está construindo mais

três em Abatiá, município no inte-

rior do Paraná. "Costumo consumir

informação pela internet. Faço bas-

tante compras pela web, uso mui-

to", relata o produtor.

Esse fluxo maior de in-

formação também tem permitido

o acesso dos produtores a novas

técnicas e manejos. Natale desta-

ca que a aplicação de tecnologia

cada vez mais avançada é um dos

objetivos em suas propriedades. "É

importante, o que tem de tecnolo-

gia a gente tenta aplicar aqui para

melhorar os custos de produção",

complementa.

A tecnificação na avicul-

tura é enfatizada pelo presidente

Os meios de comunicação e o advento

da internet tornaram o produtor globalizado, totalmente conectado

Ricardo Nicodemos, diretorde pesquisa da ABMRA

25sindiavipar.com.brSindiavipar

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Bem-estar animal está entre as preocupações do produtor rural

Fonte: 7ª Pesquisa Hábitos do Produtor Rural

da Comissão Nacional de Aves e

Suínos da Confederação da Agri-

cultura e Pecuária do Brasil (CNA),

Iuri Machado, que afirma ser uma

característica tanto dos produtores

integrados como dos independen-

tes. "Uma coisa que eu acredito ser

comum a todos é a tecnificação.

Hoje, o Brasil é reconhecido não

só em produção de frango, mas na

produção de ovos e na área de agri-

cultura de modo geral, sendo refe-

rência em termos de tecnologia e

boas práticas", conta.

Participação no campoA pesquisa mostrou mu-

danças na idade média do produtor

rural brasileiro. Em 2013, a pesqui-

sa apontava 48 anos, já na atual, a

média foi reduzida para 46,5 anos,

número positivo para o setor. "Hou-

ve um aumento da população mais

jovem assumindo a decisão no

campo. Esse é um número que nos

chama muita atenção, ele começa a

indicar que um problema que havia

antes, que era a sucessão familiar,

começa a ser melhor trabalhado",

afirma Nicodemos.

A presença do jovem no

meio rural também é realidade nas

cooperativas, relata o assessor téc-

nico da Organização das Cooperati-

vas do Paraná (Ocepar), Alexandre

Amorim. "Temos visto muito avi-

cultor jovem assumindo a proprie-

dade, permitindo a sucessão. Até

porque as alternativas nas grandes

cidades estão cada vez mais com-

petitivas e trazem menos qualidade

de vida. Com isso, observamos um

movimento positivo da sucessão".

Entretanto, o assesoor des-

taca que o resultado pode ser ainda

melhor. "Acho que a própria conjun-

tura da cadeia vai determinar isso.

Se o jovem enxergar a produção

como uma alternativa de vida isso

vai ser bom. Se a avicultura conti-

nuar sendo um bom negócio, como

tem sido, vai continuar atraindo os

jovens. Isso não evita, porém, os

Capa

61%

46,5

dos produtores rurais brasileiros

possuem smartphone

anos é a média de idade do produtor

rural no país

Costumo consumir informação pela internet. Faço bastante compras

pela web, uso muitoBruno Natale, avicultor

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trabalhos de educação que são fei-

tos no campo, seja na cooperativa

ou nas indústrias. Há um trabalho

forte de educação, capacitação e

motivação para que o jovem encon-

tre valor nessa atividade no meio

rural", ressalta.

Para Machado, da CNA,

um dos benefícios da presença de

pessoas mais novas no campo é o

novo olhar para o negócio. "Os jo-

vens vêm com uma visão diferente,

essa é a grande vantagem. Eles vêm

mais preparados para os desafios

devido as suas oportunidades de

capacitação", explica.

As mulheres também têm

ocupado lugares de destaque no

agronegócio. De acordo com a 7ª

edição da Pesquisa Hábitos do Pro-

dutor Rural, quase um terço das

propriedades possuem mulheres na

sua gestão e 81% dos entrevistados

consideram essa participação vital

ou muito importante. "Percebemos

a presença da mulher tanto na ques-

tão da condução das granjas, quan-

to na área de prestação de serviços.

O número de veterinárias e zootec-

nistas, por exemplo, tem crescido

bastante", afirma Machado.

PreocupaçõesO estudo aponta que os

principais desafios listados pelo

produtor de animais foram: clima,

doenças e mão de obra. Questões

destacadas pelo presidente da Co-

missão Nacional de Aves e Suínos

da CNA, Iuri Machado. "Bom, a

principal preocupação no mundo

é a questão sanitária. E isso não é

só para avicultura. A avicultura em

especial tem a questão da Influen-

za Aviária, que ainda não chegou no

Brasil, mas realmente é uma ame-

aça. Outro desafio é com relação

ao custo de produção. A avicultura

tem o maior percentual do custo

de produção relacionado à nutri-

ção dos animais. E essa relacionada

ao custo do milho e do farelo de

soja. O ano passado foi bem ruim

em função do preço do milho. Esse

ano, já entendemos que está mais

favorável em função da supersafra

que nós tivemos. Mas sempre é

essa expectativa", aponta.

Na atualidade, o assessor

da Ocepar, Amorim, ainda ressal-

ta os reflexos das conjunturas eco-

nômicas. "O aspecto econômico e

político tem trazido instabilidade

para todas as cadeias. O agro ain-

da tem conseguido superar. Temos

tido bons resultados, mas poderia

ter sido melhor", declara. Do as-

pecto sanitário, Amorim salienta a

vigilância continua de doenças ex-

ternas, principalmente a Influenza.

"Tanto na parte de governo, como

na parte privada, isso está muito

bem estruturado, nossa sanidade e

forma de trabalhar são referências".

Os jovens vêm com uma visão diferente, essa é

a grande vantagem. Ele vem mais preparado

para os desafiosIuri Machado, presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA

Capa

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O bem-estar animal e a

sustentabilidade também estão no

radar dos criadores. " A pesquisa

mostra que o produtor está pre-

ocupado com a sustentabilidade

ambiental, e quando se fala nes-

se termo, engloba-se uma série

de aspectos, inclusive a tendência

com o cuidado e o bem-estar ani-

mal. Quase 80% dos entrevistados

afirmam que é importante para

eles que seus fornecedores ado-

tem práticas de sustentabilidade

ambiental", lembra Nicodemos, da

ABMRA.

"Hoje o bem-estar animal

já não é mais aquele bicho de sete

cabeças, já não é uma coisa des-

conhecida do produtor. Foi feito

um trabalho muito forte por par-

te das indústrias, das cooperati-

vas, das universidades, do próprio

Sindiavipar e outras entidades. En-

tão, o tema já está bem difundido

entre os criadores. O que talvez

traga um pouco de dificuldade é a

implementação de novas medidas

e tecnologias que permitam essa

relação do bem-estar animal. A

preocupação é que esse processo

faça parte do sistema produtivo,

que seja controlado e medido em

prol da melhor produtividade",

complementa Amorim.

Mesmo com preocupações,

o produtor se mostra positivo com

as atividades no agronegócio. De

acordo com a pesquisa, quase 70%

dos entrevistados estão otimistas

com o futuro da agropecuária no

Brasil. "Eu estou com pensamen-

to positivo em relação a avicul-

tura. Isso porque o frango é uma

proteína barata, sendo uma alter-

nativa nesse momento de crise",

relata o integrado Natale.

Para melhorarAs conquistas e o desenvol-

vimento no campo são inegáveis,

entretanto, Machado ressalta um

ponto em que é possível evoluir ain-

da mais: a gestão do negócio. "Exis-

tem produtores que têm um nível

mais empresarial, que trabalham

com um planejamento estratégico

maior, e existem aqueles produto-

res que são muito bons na produ-

ção, mas ainda falta mais aperfei-

çoamento nessa questão de gestão

geral de agronegócio. "Com os de-

safios, esses produtores tendem a

ter mais dificuldade", afirma.

Sobre a pesquisaEm sua metodolo-

gia, a 7ª edição da Pesquisa

Hábitos do Produtor Rural

foi realizada por meio de

entrevistas pessoais, face a

face, “in loco” (proprieda-

des de produção rural) com

os responsáveis pela compra

de insumos, implementos e

maquinários. O levantamento

teve uma amostra de 2.090

agricultores e 717 criadores/

pecuaristas, totalizando 2.807

entrevistas pessoais, distribuí-

das entre os 15 principais esta-

dos produtores do Brasil.

96%Whatsapp

24%Youtube

67%Facebook

8%Instagram

20%Messenger

Uso deRedes Sociais

Aproximadamente 3⁄4 dos pro-dutores que tem acesso a in-ternet costumam utilizar redes sociais. Veja as mais comuns:

Fonte: 7ª Pesquisa Hábitos do Produtor Rural

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Mercado

O aumento da área plantada e os investimentos em sementes e tratos culturais auxiliaram o recorde de safra

Trégua dos insumosSafra recorde de milho contribui para reduzir custos de produção para indústria avícola

Aestimativa de safra recorde

no ciclo 2016/17 tem deixa-

do os produtores otimistas.

Impulsionada pela produção de grãos,

essa temporada deve alcançar 234 mi-

lhões de toneladas, segundo a Compa-

nhia Nacional de Abastecimento (Co-

nab). O número é 25% maior do que

o da última safra. O destaque segue

sendo para a produção de soja, com

113,9 milhões de toneladas (aumento

de 19,4%) e milho, que deve ultra-

passar os 93,8 milhões de toneladas

produzidas (41% maior que na safra

2015/2016). Além de impulsionarem a

economia do país, os índices são vis-

tos com bons olhos pelo setor avícola,

que tem conseguido, com isso, baixar

os custos de produção na indústria.

“A super-safra de milho, his-

tórica, refletiu diretamente no preço e

afetou a relação da oferta e demanda.

Acredito que será bom para a avicul-

tura e não irá prejudicar o produtor

de milho, pois mesmo com os preços

atuais, o cereal ainda confere rentabi-

lidade ao agricultor”, afirma o geren-

te do Núcleo de Agronegócio Gazeta

do Povo e coordenador da Expedição

Safra, Giovani Ferreira. Esse cenário

pode ser associado à melhora nos

investimentos em sementes e tratos

culturais, além do aumento da pro-

dutividade e área plantada – segundo

dados da Expedição Safra, a área de

milho verão aumentou 3,68% e do

milho safrinha 9,09%, em compara-

ção ao ciclo anterior.

Potencial paranaenseO estado foi um dos desta-

ques no aumento da produtividade

do milho. Foram 4,6 milhões de to-

neladas produzidas na safra de verão,

frente as 3,7 milhões registradas na

última temporada, sendo uma varia-

ção de mais de 23%. O milho safrinha

também tem demonstrado aumento,

com produção estimada em 12,6 mi-

lhões de toneladas em comparação

aos 11,4 da safrinha 2015/16, com

um aumento de mais de 10%. Dian-

te da colheita recorde, mesmo num

cenário de preços mais baixos, as

exportações também devem aumen-

tar, marcando ao todo 25 milhões de

toneladas embarcadas em 2017, em

comparação as 21,8 do último ciclo,

com uma variação de 14,4%.

Em 2016, com a quebra re-

gistrada na safrinha do cereal, hou-

ve diminuição da oferta no mercado

interno, o que elevou os preços. “Por

30 sindiavipar.com.br Sindiavipar

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causa do desempenho da safra pas-

sada, os estoques estavam zerados.

Essa oferta de milho além de abaste-

cer o mercado de carnes, vai recom-

por os estoques internos e aumentar

as exportações”, explica Ferreira.

Segundo o presidente do

Sindiavipar, Domingos Martins, as

safras recordes têm trazido uma

grande oportunidade ao setor aví-

cola. "O campo tem conseguido re-

sultados muito positivos. Os bons

números atingidos nas colheitas de

milho têm nos permitido mais es-

tabilidade em relação aos insumos

necessários para a nossa ativida-

de", ressalta.

CautelaPara o avicultor, o cenário

também apresentou leve melhora,

segundo a Federação da Agricultura

do Estado do Paraná (Faep). Da por-

teira para dentro, apesar do impacto

nos custos de produção ser peque-

no quando o assunto é insumo – a

maioria trabalha em sistema integra-

do e recebe ração da indústria –, o ga-

nho de escala foi notável nas granjas

com mais de um galpão. “O levanta-

mento da Faep mostrou que o custo

de produção do avicultor sofreu leve

redução, se mantendo muito próximo

do levantado em novembro do ano

anterior”, explica a médica veterinária

do Departamento Técnico Econômi-

co da Federação, Ariana Weiss.

Mesmo assim, segundo a es-

pecialista, o cenário ainda é de cau-

tela no campo, pois assim como na

indústria, outras variáveis impactam

os custos de produção. “Apesar da

redução, a mão de obra foi um item

que se destacou com aumento consi-

derável”, completa. Entre eles, estão

também a energia elétrica, a lenha e

os gastos com cama aviária.

Safra 2016/17no PR

4,6 mide toneladas de milho

produzidas

12,6 mide toneladas de milho

safrinha

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Ointestino é um importante

órgão do trato gastrointes-

tinal (TGI) responsável pela

digestão, absorção e metabolismo de

nutrientes oriundos da dieta. Ele é

responsável por 9% a 12% da síntese

proteica de todo o organismo (REE-

DS ET AL., 1997).

Os aminoácidos, além de se-

rem substrato para a síntese proteica

e de outros compostos nitrogenados,

são também chaves regulatórias de

fluxos de grandes vias metabólicas

(MEIJER, 2003).

É sabido que um bom de-

sempenho zootécnico do animal de

produção está diretamente relacio-

nado ao desenvolvimento funcional

do trato gastrointestinal. O estudo

da mucosa intestinal se faz essencial

para elucidar os sistemas relaciona-

dos à absorção de nutrientes a fim

de se reduzir a demanda metabólica

associada aos processos digestórios.

Nesse contexto, o conhecimento da

dinâmica do TGI, principalmente na

fase inicial das aves, é ponto chave

para otimizarmos a produção e os

resultados zootécnicos.

O sistema digestório dos ne-

onatos é anatomicamente completo,

mas sua capacidade funcional de

digestão e absorção ainda está ima-

tura, quando comparada aos animais

adultos. Durante o processo de ma-

turação, o TGI sofre alterações que

envolvem mudanças morfológicas

e fisiológicas que proporcionam um

aumento na área de superfície de di-

gestão e absorção.

Os enterócitos, juntamente

com as células caliciformes e entero-

endócrinas, constituem o revestimen-

to epitelial de uma densa camada de

vilos que revestem a parede do lúmen

intestinal e são responsáveis basica-

mente pela absorção dos nutrientes.

A replicação mitótica dos enterócitos

ocorre nas criptas, assim, à medida

que se multiplicam, as células da crip-

ta migram para o topo das vilosida-

des, deslocando as células para fren-

te. Conforme as células migram, elas

amadurecem, modificando-se de

células relativamente indiferenciadas

nas criptas para células absortivas nas

vilosidades (XU ET AL., 1992).

O equilíbrio entre os pro-

cessos de renovação celular (proli-

feração e diferenciação), resultante

das divisões mitóticas das células

totepotentes localizadas na cripta e

ao longo dos vilos e a perda de cé-

lulas (extrusão) que ocorre no ápice

dos vilos determinam um turnover,

responsável pela manutenção e ca-

pacidade digestiva e absortiva do

intestino (MAIORKA ET AL., 2002).

O número e o tamanho dos vilos de-

pendem do número de células que os

compõem. Assim, quanto maior o nú-

mero de células, maior o tamanho do

vilo e, por consequência, maior a área

de absorção de nutrientes. Dessa for-

ma, a absorção somente se efetivará

quando houver integridade funcional

das células dos vilos, tanto na mem-

brana luminal quanto na membrana

basolateral. Outro fator muito rele-

vante para a absorção dos nutrientes

Os aminoácidos possuem funções que vão além da deposição

proteica, sendo que a melhoria na função

intestinal podeser citada

Artigo Técnico

AminoácidosUma rápida abordagemna função intestinal

32 sindiavipar.com.br Sindiavipar

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na membrana luminal é a quantidade

de microvilos existente nos enteró-

citos. O número de microvilos atua

como um amplificador de área para

a absorção dos nutrientes (FURLAN

ET AL., 2004).

Nesse sentido, é impor-

tante destacar a L-glutamina (Gln),

tradicionalmente considerada um

aminoácido não essencial, porém,

atualmente classificada como condi-

cionalmente essencial em condições

de estresse, como infecções e injúrias

(Wang et al., 2008). Domeneghini et

al. (2006) afirmam que a suplemen-

tação com Gln reduz a suscetibilida-

de a apoptose de enterócitos e cé-

lulas linfáticas, enquanto que Wang

(2008) mostra que a Gln é capaz de

melhorar a função antioxidativa e a

proliferação celular do intestino del-

gado. A importância crucial da Gln

reside no suporte à função intestinal

e à integridade da mucosa. Basker-

ville et al. (1980) demonstraram que

animais que receberam glutaminase

intravenosa manifestaram diarreia,

atrofia de vilosidades, ulcerações na

mucosa e necrose intestinal. Parale-

lamente, a adição de 1% de L-glu-

tamina na dieta de frangos, a base

de milho e farelo de soja, foi capaz

de aumentar o tamanho dos vilos,

no duodeno e íleo, quando avalia-

dos nos primeiros 7 dias de idade

(MAIORKA ET al., 2000).

ConclusãoOs aminoácidos possuem

funções que vão além da deposi-

ção proteica, sendo que a melhoria

na função intestinal pode ser citada

como uma delas. O conhecimento

das exigências dos aminoácidos nas

funções metabólicas ocorridas no in-

testino é capaz de maximizar o de-

senvolvimento da ave e melhorar a

uniformidade do lote como um todo,

impactando positivamente nos resul-

tados zootécnicos e rendimento de

carcaça no abatedouro.

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logic features of glutaminase toxicity.

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Foto

: Div

ulga

ção

Juliana BatistaMédica Veterinária, Mestre em Produção Animal e Especialista em Nutrição Animal Vaccinar

33sindiavipar.com.brSindiavipar

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Diante da evolução tecno-

lógica e do poder aqui-

sitivo do consumidor, o

mercado de carnes atingiu deter-

minado grau de exigência que o

fator “qualidade” deixou de ser

um diferencial e passou a ser re-

quisito básico para as indústrias

de produtos avícolas.

Para atestar a sua qualida-

de em nível internacional e se dife-

renciar no mercado, a Cooperativa

Agroindustrial Copagril buscou

a certificação do seu abatedouro

de aves instalado no município de

Marechal Cândido Rondon, região

oeste do Paraná.

Atualmente, a paranaense

Copagril possui a certificação Halal e

também a certificação na Norma Glo-

bal de Segurança de Alimentos do

British Retail Consortium (BRC), que

demonstra o nível de competência da

empresa em matéria de Análise de

Perigos e Pontos Críticos de Controle

(APPCC), higiene, segurança alimen-

tar e sistemas de qualidade.

QualidadecertificadaHá 5 anos a Copagril implementou o programa BRC e,ano após ano, tem conquistado conceito máximo

34 sindiavipar.com.br Sindiavipar

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A certificação BRC pas-

sou a ser um dos diferenciais da

Copagril, pois ela é reconhecida

pela Global Food Safety Initiative

(GFSI), um programa que visa har-

monizar as normas internacionais

de segurança alimentar com o

apoio dos maiores varejistas e fa-

bricantes de alimentos do mundo.

Para coroar os esforços e

o zelo da empresa, na auditoria

mais recente a Copagril conquis-

tou o conceito “AA” do BRC, o

mais elevado da norma. Esse re-

sultado se deve às corretas polí-

ticas organizacionais e gerenciais

adotadas pela cooperativa, que

conta com exímio controle sani-

tário de toda a cadeia produtiva,

uma vez que tem matrizeiro pró-

prio, sistema integrado de avicul-

tura de corte, fábrica de rações e

abatedouro.

ExportaçãoO frigorífico da Copagril

realiza abates há 12 anos, seguin-

do rigorosamente os regulamentos

técnicos e comerciais do Brasil e

dos países aos quais exporta, aten-

dendo as especificações de produ-

tos aprovadas pelos clientes.

A planta industrial da coo-

perativa ainda é selecionada pelo

Ministério da Agricultura para re-

ferenciar a cadeia produtiva brasi-

leira em visitas de missões técnicas

do exterior no Brasil.

Hoje, a Copagril está habi-

litada para exportar produtos para

Japão, China, Canadá, Chile, Mé-

xico, Peru, Rússia, África do Sul,

Europa (27 países) e para países da

Lista Geral (mais de 50 países).

ProdutividadePara alcançar o sucesso

na atividade, dois pontos estão

alinhados: evolução tecnológica e

humanização. O parque industrial

da Copagril dispõe de máquinas

modernas na linha de produção,

contando com alto nível de auto-

mação, incluindo desossa, raio-x e

classificação de produtos. De outra

parte, existe grande valorização do

capital humano que justamente faz

tudo acontecer. Os funcionários

dispõem de benefícios e condi-

ções de trabalho que proporcio-

nam bem-estar e satisfação. E na

outra ponta estão os cooperados

que atuam nas granjas de aves,

contando com assistência técnica

especializada da Copagril, assim

como palestras e eventos, levando

ao aperfeiçoamento constante das

práticas de campo e à viabilidade

econômica da atividade.

Meio ambienteA proteção ambiental e a

sustentabilidade também estão

entre as prioridades da Copagril.

A indústria conta com área de

preservação ambiental, trilha

ecológica, lagoas de tratamento

de água e programas de redu-

ção da emissão de poluentes e de

consumo de água. Sendo assim,

a Copagril é uma empresa conec-

tada com a tendência mundial de

proteção da natureza e sustenta-

bilidade do Planeta.

DesempenhoCopagril

Suínos entregues àFrimesa (ano)704.686 mil Litros de leite entregues à Frimesa (ano)55.014.407

Fundação1970

Colaboradores3.092

Associados5.150

Aves abatidas (ano)40.436.717

35sindiavipar.com.brSindiavipar

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Aavicultura brasileira é reco-

nhecida mundialmente por

sua eficiência e qualidade.

Responsável por aproximadamen-

te 1,5% do Produto Interno Bruto

(PIB) brasileiro, o setor precisa es-

tar em constante aperfeiçoamento.

Com o objetivo de debater soluções

e inovações do ramo, o Sindicato das

Indústrias de Produtos Avícolas do

Estado do Paraná (Sindiavipar) orga-

niza o V Workshop Sindiavipar: Avi-

cultura do Brasil para o Mundo.

O evento contará com a pre-

sença de importantes nomes da avi-

cultura brasileira, como o presidente

da Associação Brasileira de Proteí-

na Animal (ABPA), Francisco Turra.

“Buscamos reunir especialistas de

diversas áreas, abrangendo desde

sanidade e gestão de pessoas até

informações de mercado. Serão dias

de intensa discussão sobre soluções

inovadoras para um dos setores mais

importantes da economia nacional”,

afirma o presidente do Sindiavipar,

Domingos Martins.

As palestras abordarão di-

versos temas relevantes para pro-

dução avícola, desde assuntos mais

AprendizadointensoNos dias 09 e 10 de novembro será realizado o V Workshop Sindiavipar: Avicultura do Brasil para o Mundo

Evento

36 sindiavipar.com.br Sindiavipar

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técnicos como manejo e segurança,

até outros mais voltados para gestão.

Uma delas tratará do controle das

Salmoneloses e será dada pela estre-

ante Eva Hunka, gerente de produtos

da Zoetis que enxerga o evento como

uma oportunidade de união e refle-

xão para o momento da produção de

frango nacional “A participação das

grandes cooperativas e principais

empresas do mercado de produção

animal vai resultar em um workshop

extremamente rico para discutir te-

mas críticos da atualidade”.

Outra novata no evento,

mas experiente acadêmica, é a pro-

fessora doutora Elizabeth Santin

da Universidade Federal do Paraná

(UFPR), sua palestra apresentará os

impactos econômicos da avaliação

de qualidade intestinal, ela espe-

ra que as mensagens discutidas no

evento não fiquem limitadas apenas

aos participantes, mas que elas pos-

sam também ser difundidas ao gran-

de público.

O gerente técnico comer-

cial da Anpario, Leonardo Amaral,

já compareceu diversas vezes como

ouvinte, mas será sua primeira vez

como palestrante, ele discursará

sobre a performance de aditivos

nutricionais. “Eu estou me sentindo

bastante honrado e com um com-

promisso muito grande também. O

tema que vamos abordar é muito

interessante, pois além de ser uma

tendência, é uma realidade na cadeia

de produção, e tenho uma grande

expectativa para o evento”, conta

Amaral.

Alguns participantes já

compareceram em edições passadas,

como é o caso do Diretor de Negó-

cios da Vaccinar, Júlio Pinto, presente

no IV Workshop Sindiavipar. “Bus-

car a máxima produção de pintinhos/

matriz alojada é objetivo comum,

porém fazê-lo assegurando que os

pintinhos de corte tenham qualidade

para expressar todo o seu potencial

genético no campo é complexo e

multifatorial. Para isso, é necessário

que as áreas envolvidas cumpram o

seu papel”, adianta Júlio Pinto sobre

debates que trará em sua palestras.

O Diretor Presidente da

Agência de Defesa Agropecuária

do Paraná (Adapar), Inácio Afonso

Kroetz, também está entre os con-

firmados. Kroetz esteve presente na

última edição do evento e avaliou a

participação como positiva, além de

destacar o interesse demonstrado

pelo público. Este ano trará discus-

são a respeito dos desafios e solu-

ções na sanidade da cadeia produtiva

de aves no Paraná.

Quem também se apre-

sentará é o especialista em aves de

criação, Vitor Hugo Brandalize, da

Cobb-Vantress, ele dissertará a res-

peito da nutrição direcionada para a

redução dos custos de produção dos

frangos de corte. “Os eventos do Sin-

diavipar sempre são muito importan-

tes para a avicultura brasileira, devido

à importância do Paraná neste setor.

O Brasil é o segundo maior produ-

tor de frangos de corte e é o maior

exportador de carne de frangos do

mundo, portanto, um encontro como

este, sempre gera oportunidades

principalmente com relação a troca

de tecnologias entre pesquisadores

e empresas” informa. Além destes

estão confirmados: Osler Desouzart,

também da Cobb-Vantress e Mário

Penz, diretor global para assunto es-

tratégicos da Cargill.

Atrações

Pela primeira vez o Jan-

tar do Galo acontecerá junto com o

Workshop, o evento é uma cerimô-

nia especial feita para comemorar os

grandes feitos da avicultura brasilei-

ra, a festa ocorre bianualmente e esse

ano será realizada no primeiro dia do

evento (09).

InscriçõesOs interessados em partici-

par do evento, podem realizar a ins-

crição pelo site oficial da entidade.

Até o dia 10 de outubro, associados,

avicultores, parceiros e estudantes

podem garantir presença pelo valor

de R$ 250, e não associados pagam

R$ 320. A partir de 7 de novembro,

os valores serão reajustados para R$

350 e R$ 450, respectivamente.

250

8inscritos em última edição

palestrantesconfirmados

37sindiavipar.com.brSindiavipar

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A sexta edição da Semana da

Indústria, promovida pela

Federação das Indústrias do

Estado do Paraná (Fiep), foi marcada

por homenagens aos paranaenses que

investem no parque industrial estadu-

al. Dentro da programação festiva da

semana, a entrega dos prêmios Mérito,

Benemérito Industrial e Pinheiro de

Ouro ganharam destaque.

O troféu de Mérito Industrial é

entregue para personalidades parana-

enses que se destacam pela capacidade

de empreender e agem em favor do de-

senvolvimento industrial, auxiliando na

formação profissional dos trabalhado-

res. O troféu de Benemérito possui os

mesmos requisitos, mas é entregue em

memória.

Os responsáveis por empresas

curitibanas que receberam o troféu de

Mérito Industrial foram: Padaria Améri-

ca e Pipoteca. Já o Benemérito foi entre-

gue à família do dirigente da Technocoat

Group, Antonio Zanchett. O presidente

da Fiep, Edson Campagnolo, apontou o

motivo de premiar a comunidade indus-

trial: “Nossa intenção foi valorizar esses

empreendedores, mostrando que essas

pessoas mantêm a chama viva dos seus

negócios, gerando empregos, renda e re-

colhendo impostos que beneficiam toda

a sociedade”.

Já o grande prêmio da noite,

Pinheiro de Ouro, tem como objetivo

reconhecer figuras e instituições que

colaboram para o desenvolvimento da

sociedade. Desta vez, os premiados

foram o ex-governador do Paraná, Jayme

Canet Junior, o ex-prefeito de Capanema

(região sudoeste do estado), Marcelino

Ampessan e também a Força-Tarefa da

Operação Lava Jato.

Campagnolo afirmou que o

evento superou suas expectativas “Fo-

ram dias especiais para a comunidade

industrial paranaense, mas também

para todos os brasileiros que acreditam

que mudanças virão logo após esta

tempestade passar”.

Evento

Fiep premia paranaensesSemana da Indústria, realizada em maio, homenageou personalidades que se dedicam ao setor industrial no estado

Nossa intenção foi valorizar esses empreendedores,

mostrando que essas pessoas mantêm a chama

viva dos seus negóciosEdson Campagnolo, Presidente da FIEP

38 sindiavipar.com.br Sindiavipar

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A Agência de Defesa Agrope-

cuária do Paraná (Adapar)

tem o objetivo de estabele-

cer normas, padrões e procedimentos

que possam contribuir para o desen-

volvimento da sanidade da produção

agropecuária do Paraná. A agência ini-

ciou as atividades em 2012 e em junho

completou cinco anos. O diretor-pre-

sidente, Inácio Afonso Kroetz, afirma

que a Adapar vem desde o seu início

se estruturando a fim de aperfeiçoar a

produção agropecuária no estado para

atender aos mercados mais exigentes.

O secretário de Agricultura,

Pecuária e Abastecimento do Estado,

Norberto Ortigara, aponta a importân-

cia do agronegócio para o estado: “o

agro tem um peso enorme para o con-

junto de riquezas que o Paraná tem”.

E por esse motivo se deve a relevância

dos serviços prestados pela Adapar.

Ortigara dá destaque para alguns fei-

tos da entidade, como a criação e ade-

quação de postos fixos para controle

do trânsito de animais, vegetais e seus

produtos. E afirma que houve percep-

tível melhora no serviço agropecuário

desde a criação da agência.

Para comemorar a data, a

Adapar organizou entre seus servi-

dores a ação social “Doe vida, doe

amor” em parceria com o Hemepar.

Os servidores foram incentivados

a doar sangue e também se cadas-

trar para doação de medula óssea. A

agência contabilizou doações em 10

Unidades Regionais da Adapar. Além

disso, houve uma cerimônia realizada

no dia 22 de junho para servidores da

entidade e autoridades do setor agro-

pecuário paranaense em Curitiba (PR).

Estiveram presentes no even-

to o secretário de Agricultura, Pecuá-

ria e Abastecimento do Estado, Nor-

berto Ortigara, os representantes do

Sindiavipar Valdecir Bertoncello e Sr.

Icaro Fiechter , o vice-presidente do

programa Oeste em Desenvolvimento

e também diretor-executivo da Frime-

sa, Elias Zydec; Dylliardi Alessi, diretor

legislativo da Alep; Beto Guzzo, pre-

sidente da Suinosul; Ademir Mueller,

presidente da Fetaep; Humberto Ma-

lucelli Neto, superintendente do Senar;

Antônio Leonel Poloni, assessor técni-

co da Faep; Marcelo Percicotti da Silva,

gerente da Fiep e Robson Mafioletti da

Organização das Cooperativas do Pa-

raná (Ocepar).

Kroetz aponta a importância

da reunião: “foi um marco, consolida a

Adapar e o trabalho a favor da defesa

agropecuária”.

Evento

Mais umano de vidaAdapar organizou ação social e cerimônia para festejar o aniversário de cinco anos

40 sindiavipar.com.br Sindiavipar

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N no início de junho, o Minis-

tério da Agricultura, Pecuária

e Abastecimento divulgou a

alteração da Instrução Normativa (IN)

Nº 18, que altera a IN 56. Conforme

a alteração, os artigos 10-a 10-b fo-

ram revogados, e, por isso algumas

exigências deixam de ser aplicadas.

Como é o caso do piso de alvenaria,

que antes era obrigatório em todos os

aviários de produção comercial que es-

tivessem num raio de três quilômetros

de estabelecimentos de reprodução.

Para o fiscal da defesa agro-

pecuária do Adapar, Cassiano Kahlow,

a exigência do piso de alvenaria mui-

tas vezes inviabilizava a construção

do aviário. “Antes todos os aviários

de corte e postura do Paraná que es-

tavam dentro do raio de reprodução,

solicitar uma ampliação, após passar

pela análise de risco, tinham a obriga-

ção de definir o piso de alvenaria. Com

a alteração, se ele tiver o risco aceito

para construir, o piso fica só como

uma opção”. Dessa maneira o princi-

pal benefício para o avicultor é a re-

dução de custos na hora de construir

seus aviários de corte.

Além disso, algumas vezes, a

viabilidade do piso de alvenaria foi co-

locada em xeque devido a problemas

sanitários, principalmente por ques-

tões de umidade e rachaduras, que

podem trazer algumas complicações e

prejudicar a produção. Outra mudança

foi o registro de estabelecimentos de

ensino e pesquisa, que anteriormente

não tinham uma categoria específica.

A criação de aves ornamentais

também foi regulamentada. E a partir

de agora, tais aves estão dentro de

uma categoria específica de registro.

“Facilita para o avicultor, porque an-

tes ele ficava na informalidade, agora

é possível registrar estas espécies, for-

talecendo a sanidade do estado. Au-

mentando a biosseguridade desses es-

tabelecimentos e assim conseguimos

ter uma base mais sólida de cadastro

da avicultura”, comenta Kahlow.

Legislação

Mudança Positiva Após cinco anos da última alteração da IN 56, piso de alvenaria não é mais exigido em aviários de corte

Facilita para o avicultor, porque antes ele ficava

na informalidade, agora é possível

registrar estas espéciesCassiano Kahlow, fiscal da defesa agropecuária do Adapar

41sindiavipar.com.brSindiavipar

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Garantir uma maior quali-

dade no produto oferecido

com um menor custo de

produção. Esse é um desafio que a

indústria avícola paranaense conhe-

ce bem. Afinal, o consumo dessa

carne tem aumentado no Brasil. Em

média o brasileiro consome 45 qui-

los de frango anualmente, segundo

levantamento da consultoria MB

Agro. E para acompanhar essas de-

mandas, as empresas fornecedoras

de maquinários têm buscado apos-

tar em soluções inovadoras para

auxiliar a cadeia produtiva de aves.

Em um estado que abateu 745,83

milhões de cabeças de frango so-

mente nos primeiros cinco meses de

2017, ser eficiente no processamento

é primordial para permanecer como

referência no setor.

“A automação se mostra

um excelente custo-benefício para

melhorar o processo industrial,

trazendo mais rendimento e redu-

zindo custos de produção”, declara

o diretor da Linco Food no Brasil,

Marcos Prado. Esses maquinários

auxiliam em diversas fases da pro-

dução. Desde o suprimento, pas-

sando pelo atordoamento, abate,

escaldagem, depenagem, eviscera-

ção, resfriamento, corte, desossa,

fatiamento, processamento, mari-

nagem em linha e, por fim, coleta

da carne. Além disso, o final do

processo também é feito por esses

equipamentos, como por exemplo a

pesagem e etiquetagem. “Ao equili-

brar perfeitamente o trabalho ma-

nual e a industrialização, os custos

diminuem e os lucros aumentam.

Desta forma, a indústria avícola

pode atingir seu maior potencial de

desempenho”, afirma o gerente co-

mercial da Marel Poultry no Brasil,

Lambert Rutten.

A tendência é que as empre-

sas que ainda não iniciaram a auto-

mação em seus processos de pro-

dução comecem seus investimentos

Indústria

InvestimentoprodutivoTecnologia do maquinário na indústria avícola permite redução nos custos de produção e aumento nas receitas

42 sindiavipar.com.br Sindiavipar

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pelas áreas de evisceração e cortes.

Em sequência, elas tendem a bus-

car a inserção em atividades como

transferência automática, pesagem

on-line, variações de corte anatômi-

co, desossa automática de peito e

também de pernas. Novas práticas

como os sistemas de classificação

de peso, qualidade por imagem e

softwares de controle também vêm

ganhando destaque nos últimos

anos. “O nosso Sistema de Inspe-

ção por imagem ClassifEYE serve

para detectar a qualidade das car-

caças e ajudar a tomar as decisões

de utilização destas, além de iden-

tificar eventuais ajustes que devem

ser feitos no processo para melhoria

da qualidade", explica Prado sobre

um dos recentes produtos disponi-

bilizados pela Linco Food no Brasil.

O corte dos filés de frango

também recebem atenção especial

desse mercado. Seja no peito ou

nas sobrecoxas desossadas, a li-

nha de produção realiza a separa-

ção dos ossos, pele e cartilagem,

se adequando aos diferentes tama-

nhos dessas partes, tudo de forma

mais rápida e eficiente que o pro-

cedimento manual. “Nosso sistema

de manuseio de aves vivas Stork

ATLAS, o Stork Thigh Fillet Sys-

tem, o primeiro sistema em linha de

desossa de sobrecoxa de alta velo-

cidade do mundo e a solução inte-

ligente de filetagem de peito Stork

AMF-i demonstram o nosso esfor-

ço em melhorar a segurança dos ali-

mentos, sua durabilidade, além do

bem -estar dos animais”, contextu-

aliza Rutten, da Marel Poultry.

745 mi de cabeças de frango foram abatidas no

Paraná de janeiro a maio de 2017

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A reciclagem de embala-

gens nas indústrias de

alimentos paranaenses

para uso como matéria-prima em

novos produtos, já é uma reali-

dade no estado. E para avançar

nesses esforços, em 5 de julho,

foi lançada, em solenidade na

sede da Federação das Indús-

trias do Estado do Paraná (Fiep),

as atividades do Instituto Para-

naense de Reciclagem (InPAR).

O Insituto foi criado em parceria

entre o Sindicato das Indústrias

de Produtos Avícolas do Estado

do Paraná (Sindiavipar) e ou-

tros cinco sindicatos (Sindicato

das Indústrias de Cacau e Balas,

Massas Alimentícias e Biscoitos,

de Doces e Conservas Alimentí-

cias do Estado do Paraná – Sin-

cabima -, o Sindicato das Indús-

trias de Carne e Derivados do

Estado do Paraná - Sindicarne - ,

Sindicato da Indústria de Torre-

fação e Moagem de Café no Es-

tado do Paraná – Sinduscafé - ,

Sindicato da Indústria de Panifi-

cação e Confeitaria do Estado do

Paraná - Sipcep - e o Sindicato da

Indústria do Trigo no Estado do

Paraná – Sinditrigo) juntamente

com a Fiep. O início desse pro-

jeto ocorreu em 2014, quando foi

assinado o Termo de Compro-

misso do setor com a Secretaria

do Meio Ambiente do Estado do

Paraná (Sema).

A criação do InPAR vai

de acordo com a Política Na-

cional de Resíduos Sólidos (Lei

12.305/2010), que busca fomen-

tar práticas de desenvolvimento

econômico e social para viabi-

lizar a coleta e restituição dos

resíduos ao setor empresarial.

As atividades do Instituto serão

desenvolvidas por meio de pro-

jetos, programas ou planos de

trabalho específicos, articulados

previamente entre os associados

interessados e demais institui-

ções colaboradoras estratégicas,

onde serão definidos objetivos,

metas, ações, responsabilidades,

recursos humanos e financeiros,

materiais e prazos, a ele ine-

rentes. “A legislação sobre este

tema coincidiu com o início da

nossa gestão e desde então esta-

mos trabalhando no sentido de

apoiar as indústrias para que elas

se adequem e possam cumprir

a lei”, afirmou o presidente da

Fiep, Edson Campagnolo, duran-

te o evento de lançamento.

O InPAR será presidido

pelo presidente do Sincabima,

Rommel Barion. Ele explicou

que o foco do Instituto será re-

alizar ações com cooperativas

As indústrias não são inimigas do meio ambiente. Estamos sempre buscando meios de produzir

nossos materias sem gerar grandes impactos

na naturezaDomingos Martins,presidente do Sindiavipar

Trabalho iniciadoInstituto Paranaense de Reciclagem começou suas atividades com uma solenidade na sede da Federação das Indústrias do Paraná

Meio ambiente

44 sindiavipar.com.br Sindiavipar

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de catadores de recicláveis e

empresas do setor. “Além dis-

so, vamos também promover

ações de educação ambiental

porque não basta apenas atacar

as questões legislativas. Temos

que focar na educação”, ressal-

tou. Barion ainda informou que

o Serviço Nacional de Apren-

dizagem Industrial (Senai) será

parceiro da iniciativa e dará o

suporte necessário nas áreas de

tecnologia e pesquisa.

O presidente do

Sindiavipar, Domingos Martins,

esteve presente no evento e des-

tacou a responsabilidade das

indústrias em zelar com o meio

ambiente, gerando benefícios

para toda sociedade. “As indús-

trias não são inimigas do meio

ambiente. Estamos sempre bus-

cando meios de produzir nos-

sos materiais sem gerar grandes

impactos na natureza, inclusive

transformando resíduos em pro-

dutos novos, gerando renda e

emprego para os paranaenses”.

O lançamento do InPAR

também contou com a presença

do secretário de Meio Ambiente

e Recursos Hídricos do Paraná,

Antonio Carlos Bonetti, que des-

tacou o apoio do órgão a inicia-

tiva. “A legislação existe, mas

apostamos sempre na partici-

pação da sociedade. Neste caso,

não precisamos da fiscalização,

mas da consciência dos empre-

sários que, de forma organizada,

como no InPAR, estão fazendo a

sua parte”, destacou Bonetti. En-

tre em contato com o Sindiavipar

para fazer sua adesão e tirar suas

dúvidas: (41) 3224-8737.

5sindicatos em conjunto com o Sindiavipar

criaram o InPAR

Domingos Martins e representantes de outros sindicatos na cerimônia de inauguração do InPAR

Fot

o: G

elso

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ampi

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IEP

Sindiavipar 45sindiavipar.com.br

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Notas e registros

Vaccinar contrata Gerentede Contas Especiais

Contratado em março para

o cargo de Gerente de Contas

Especiais, o médico veterinário,

Antonio Luiz Rossetti, está lotado

no departamento comercial, junto

à diretoria de Negócios Nutrição.

Sua principal atividade é atender

aos clientes de grande porte no

segmento de monogástricos.

Para o diretor de Negócios

e Nutrição, Julio Pinto, a contra-

tação reflete a preocupação da

companhia com a qualidade do

atendimento prestado ao cliente,

orientando-o e atendendo-o em

suas necessidades. Rossetti chega

com o compromisso de levar aos

clientes os valores da empresa.

Alinhando suas ações com

o planejamento estratégico da em-

presa, o gestor apresenta propostas

para as necessidades levantadas,

oferecendo os produtos mais indi-

cados para cada caso, elaborando

projetos e orientando a equipe.

Identificado com os va-

lores da empresa, entre eles ética

e transparência, respeito à vida e

amor ao negócio, Rossetti espe-

ra contribuir para o crescimento e

desenvolvimento da organização.

Acesse: vaccinar.com.br

SIAVS promove palestras gratuitaspara produtores

Atualizar o produ-

tor com informações sobre

o mercado e debater as boas

práticas de produção para a

melhoria da produtividade.

Estes são alguns dos obje-

tivos do tradicional Projeto

Produtor, promovido pela As-

sociação Brasileira de Proteí-

na Animal (ABPA), durante o

Salão Internacional de Avicul-

tura e Suinocultura - SIAVS

2017 (de 29 a 31 de agosto),

no Anhembi Parque, em São

Paulo (SP).

A ação exclusiva do

SIAVS oferecerá palestras gra-

tuitas para os produtores de

aves e suínos integrados e in-

dependentes de todo o Brasil.

As palestras são especialmente

desenvolvidas dentro das de-

mandas atuais destes setores.

E os produtores também po-

derão conferir lançamentos e

novidades trazidas pelas em-

presas fornecedoras dos seto-

res avícola e suinícola para o

SIAVS.

A participação no

Projeto Produtor é gratuita e

somente serão aceitas inscri-

ções antecipadas, realizadas

pelos seguintes de e-mails:

- [email protected] (aves)

- [email protected]

(suínos).

- Telefone: (11) 3095-3120

- Site: www.siavs.com.br.

46 sindiavipar.com.br Sindiavipar

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P rosperidade acaba de ser certificada de que seus dedos aten-

dem o "21 CRF 177.2600" mais recente do FDA/USA, que, por sinal, são Normas bastante rigorosas. O que isto representa para o Mer-cado de Carnes de Aves? A Prosperidade existe

desde 1984 sob quatro pilares:

respeito ao cliente, garantia da

qualidade, valorização do ser

humano e reverência ao meio

ambiente. Em 1996 recebeu a

1ª Certif icação em nível de FDA

e assim seus clientes puderam

otimizar resultados com segu-

rança aumentando a qualidade

dos processos de depenação. O

objetivo de melhoria constante

envolve hábeis colaboradores,

fornecedores e profissionais

em intensos e contínuos expe-

rimentos. A recente acreditação

de que Prosperidade atende às

Normas Internacionais mais exi-

gentes é natural, visto que sem-

pre teve facilidade em adaptar-

-se à quaisquer requisitos, pois

só usa na linha de produção

insumos virgens com rastrea-

bilidade e qualidade garantida.

O que, aliás, está registrado no

Certif icado PDI nº 1672/16(6) de

27/06/2017.

ANVISA RDC 123/01, item 3.10, proíbe o uso de bor-racha regenerada na pro-dução de dedos, exigindo até que as matérias-pri-mas sejam todas virgens e de primeiro uso. E a RDC 026/15 segue a mesma li-nha. Qual a diferença en-tre borracha reciclada/regenerada e as matérias--primas virgens e o que isto pode significar para o Agronegócio de Carnes?A diferença é gritante até nos

custos. Matérias-primas limpas

custam o que valem e os compo-

nentes reciclados/regenerados

são baratos e sem qualidade, já

que se originam de pneus velhos

e sucatas de Indústrias. Por se-

rem elementos poluentes e que

não se degradam são de difícil

descarte. A solução é recolher

e triturar, de onde se obtém um

pó preto, barato e de forte odor,

geralmente usado em recauchu-

tagens. A irresponsabilidade

leva alguns fabricantes a usarem

tais subprodutos como carga na

produção de dedos de 2ª linha

devido os baixos custos. Situa-

ção que persiste pela ganância

de quem quer comprar sempre

o mais barato sem ver o risco a

que expõem os consumidores de

carne. As RDC 123/01 e 026/15

da ANVISA poderiam ajudar,

mas só falta serem aplicadas, di-

ferentemente do que ocorre em

outras partes do Mundo. Afinal,

dedos depenadores são elemen-

tos cr íticos, pois sem eles é im-

possível o abate de aves.

Agora habilitada para estar entre os grandes players, o que significa a Prosperidade para o Brasil e o Mundo?Um porto seguro para todos os

abatedouros, tanto no que tange

à qualidade como segurança.

Destaque internacional

47sindiavipar.com.brSindiavipar

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Estatísticas

Para mais informações, acesse: sindiavipar.com.br

PARANÁFRANGOEXPORTAÇÃOABATE (cabeças)

PARANÁPERUABATE (cabeças) EXPORTAÇÃO

Fonte das tabelas: Sindiavipar / Secex

Participação do Paraná nas exportações do Brasil - Acumulado / kg

Principais destinos da carnede frango do Paraná - Acumulado / Ton

Paraná 775.875.461

36,41%

Brasil 2.131.178.328

Mês 2016 2017

Março 156.152.728 163.080.783

Abril 148.268.092 136.910.766

Maio 148.695.478 156.073.904

Junho 156.488.439 143.121.420

Acumulado 893.841.082 888.957.460

Mês 2016 2017

Março 637.252 667.735

Abril 625.626 557.324

Maio 815.156 618.936

Junho 940.724 770.061

Acumulado 4.159.336 3.875.170

2017 kg US$

Março 141.227.668 229.342.862

Abril 121.499.703 196.973.805

Maio 124.979.240 200.274.607

Junho 136.393.993 220.062.797

Acumulado 775.875.461 1.253.939.226

2017 kg US$

Março 3.688.589 9.836.188

Abril 2.001.065 5.576.997

Maio 2.597.567 7.214.558

Junho 3.095.590 7.893.981

Acumulado 18.490.578 49.463.714

China 75,3 miÁfricado Sul

97,2 mi

Emirados Árabes 65,2 mi

146,7 miArábiaSaudita

Japão 53,3 mi

48 sindiavipar.com.br Sindiavipar

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Frango Sabor Caipira

SIP 0003-A | SISBIIvaiporã - frangocaipiraivaipora.com.br

PARANÁReferência em produção, exportação e sanidade avícola

Abatedouro CoroavesMaringá - coroaves.com.brSIF 2137

Avenorte Avícola Cianorte

SIF 4232Cianorte - guibon.com.br

JBS Foods

SIF 2677Jaguapitã - jbs.com.br

Frango DM

SIF 270Arapongas - frangoagosto.com.br

Frangos Pioneiro

SIF 1372Joaquim Távora - frangospioneiro.com.br

Jaguafrangos

SIF 2913Jaguapitã - jaguafrangos.com.br

Granjeiro Alimentos

SIF 4087Rolândia - frangogranjeiro.com.br

SIF 603

Unitá - Cooperativa CentralUbiratã - unitacentral.com.br

SIF 1876

Agroindustrial São JoséSanta Fé

JBS Foods

SIF 2227Jacarezinho - jbs.com.br

JBS FoodsRolândia - jbs.com.brSIF 1215

BRF

SIF 424Carambeí - brf-br.com

Noroeste

Centro Ocidental

Centro Oriental

SudoesteNorte Central

Norte Pioneiro

exportaçãogeral

exportaçãopara UE

Fábricade ração

Abatedouros Incubatóriosexportação para ChinaAbate Halal

SIF 664

Aurora AlimentosMandaguari - auroraalimentos.com.br

GTFoods

SIF 1860Paraíso do Norte - gtfoods.com.br

GTFoods

GTFoods

SIF 1880

SIF 3773

Paranavaí - gtfoods.com.br

Terra Boa - gtfoods.com.br

GTFoods

SIF 4166Maringá - gtfoods.com.br

Marco AviculturaTamarana

IntegraMaringá - integra.agr.br

SIF 7777Santo Inácio – jbs.com.brJBS Foods

Granja Econômica AvícolaCarambeí - granjaeconomica.com.br

JBS Foods

SIF 530Lapa – jbs.com.br

Metropolitana de Curitiba

Coopavel Coop. Agroind.

SIF 3887Cascavel - coopavel.com.br

BRF

SIF 716Toledo - brf-br.com

Globoaves

SIF 1672Cascavel - globoaves.com.br

Oeste

C. Vale Coop. Agroindustrial

SIF 3300Palotina - cvale.com.br

Coop. Agroindustrial Lar

SIF 4444Medianeira - lar.ind.br

Copacol Coop. Agroind. Consolata

SIF 516Cafelândia - copacol.com.br

Coop. Agroindustrial Copagril

SIF 797Mal. Cândido Rondon - copagril.com.br

Globoaves AgroavícolaCascavel - globoaves.com.br

Avícola CarminattiSanto Antônio do Sudoeste avicolacarminatti.com.br

BRF

SIF 1985Dois Vizinhos - brf-br.com

BRF

SIF 2518Francisco Beltrão - brf-br.com

Vibra Agroindustrial

SIF 3170Itapejara do Oeste - vibra.com.br

Vibra Agroindustrial

SIF 2212Pato Branco - vibra.com.br

DIP Frangos

SIF 2539Capanema - dipfrangos.com

Avícola Pato Branco Pato Branco - avicolapb.com.br

Granja RealPato Branco - granjareal.com.br

Gralha Azul AvícolaFrancisco Beltrão - gaa.com.br

Pluma AgroavícolaDois Vizinhos - plumaagroavicola.com.br

JBS Foods

SIF 2694C. Mourão - jbs.com.br

sindiavipar.com.br facebook.com/sindiavipar

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Capanema - dipfrangos.com

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