Upload
dangtruc
View
216
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
MAIS CONECTADOSAcesso à Internet cresce no meio rural
e muda hábitos do produtor
Ano X | Nº 59 | Jul/Ago 2017
04 Observatório
05 Agenda
06 Sindiavipar
08 Radar
10 Na mídia
12 Entrevista
14 Sanidade
16 Capacitação
16 Extensionismo rural
18 Ensino à distância
20 Bem-estar
24 Capa
30 Mercado
32 Artigo Técnico
34 Associados
36 Evento
36 Workshop Sindiavipar
38 Mérito Industrial
40 Aniversário Adapar
41 Legislação
42 Indústria
44 Meio ambiente
46 Notas e registros
48 Estatísticas
Fot
o: P
ixab
ay
Sindiavipar
Sumário
7ª edição da Pesquisa Hábitos do Produtor Rural mostra que ele está cada vez mais tecnológico
O ensino à distância ganhou espaço de forma rápida nas instituições e já beneficiam o agronegócio
24
14
Capa
Capacitação
Automação é opção para melhorar custo-benefício e processo industrial no setor avícola
42 Indústria
Diretoria
Presidente:Domingos MartinsVice-presidente:Claudio de Oliveira Secretário: Olavio Lepper Tesoureiro:João Roberto Welter Suplentes:Luiz Adalberto Stabile Benicio, Ciliomar Tortola,Valter Pitol e Roberto KaeferConselheiros fiscais efetivos:Paulo Cesar Massaro Thibes Cordeiro,Dilvo Grolli e Rogerio Wagner Martini GonçalvesSuplentes:Celio Batista Martins Filho e Marcos Aparecido BatistaDelegados representantes efetivos:Domingos Martins e Luiz Adalberto Stabile BenicioSuplentes:Ciliomar Tortola e Paulo Cesar Massaro Thibes Cordeiro
Sindicato das Indústrias de ProdutosAvícolas do Estado do ParanáAv. Cândido de Abreu, 140 - Salas 303/304 - Curitiba/PR - CEP: 80.530-901Tel.: 41 3224-8737 | sindiavipar.com.br | [email protected]
As matérias desta publicação podem ser reproduzidas, desde que citadas as fontes.
Se você tem alguma sugestão, crítica, dúvida ou deseja anunciar na Revista Sindiavipar, escreva para nós:[email protected].
Fale conosco
Expediente
ProduçãoCentro de Comunicaçãocentrodecomunicacao.com.br
Jornalista responsávelGuilherme Vieira (MTB-PR: 1794)
ColaboraçãoBrenda Iung, Bruna Robassa, Camila Castro, Camila Tsubauchi, Gabrielle Sversut,
Giorgia Gschwendtner,Jonas Filho, Jorge de Sousa, Karina Becker, Laura EspadaDesign e diagramaçãoCleber Brito
Comunicação e MarketingMônica Fukuoka
ImpressãoMaxi Gráfica
Anuncie na Revista SindiaviparMônica Fukuoka
Gerente de Comunicação e [email protected]
(41) 3224-8737
Domingos MartinsPresidente do Sindiavipar
Editorial Em um mundo globalizado, a informação e a
tecnologia tomam proporções cada vez maiores e che-gam a diversos destinos de forma cada vez mais rápida. Este processo traz consequências para toda a sociedade, incluindo o agronegócio. Recentemente, a Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio divulgou a sua 7ª edição da Pesquisa de Hábitos do Produtor Rural.
O levantamento mostra diversas mudanças em relação ao anterior, realizado em 2013. Entre elas, a presença dos jovens e das mulheres no campo que tem crescido anualmente e trazido bons resultados para as propriedades. Além disso, a utilização de ferramentas di-gitais para compra e acesso a informações tem conquista-do o ambiente rural.
Em nossa matéria de capa você confere os prin-cipais destaques da pesquisa e como o produtor tem se comportado atualmente, quais suas preocupações e seus hábitos. Informações sobre mercado, eventos, sanidade, bem-estar e tecnologia também estão con-templadas na revista.
Deixo também as mais sinceras felicitações aos avicultores pelo seu dia, comemorado em 28 de agosto. Nós, do Sindiavipar, temos o prazer em homenagear, nesta edição este profissional que trabalha diariamente em busca do constante crescimento e desenvolvimento da avicultura.
Um abraço e boa leitura!
Fot
o: H
amilt
on Z
ambi
anck
i
selo SFC
Sindiavipar
ObservatórioObservatório
Exportação ao Oriente Médio
As exportações do agronegócio brasileiro ao Oriente
Médio somaram em maio US$ 689,33 milhões, um aumento de
31,6% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo o
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Dois
países árabes destacam-se na lista dos vinte maiores destinos do
agronegócio brasileiro: Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
De acordo com o Mapa, as exportações totais foram lideradas
pelo complexo soja (grãos, farelo e óleo), as carnes ocuparam a
segunda colocação, e na terceira posição, o setor sucroalcooleiro.
Vazio sanitário Começou no dia 15 de junho o vazio sanitário de
soja no Paraná e em mais quatro estados brasileiros: São
Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia. Até
o dia 15 de setembro, está proibido plantar ou manter vivo
pés de soja nestas regiões. No Brasil, 11 estados e o Distrito
Federal adotam essa medida. De acordo com a pesquisa-
dora Claudine Seixas, da Embrapa Soja, o objetivo do va-
zio sanitário é reduzir a sobrevivência do fungo causador
da ferrugem-asiática durante a entressafra e assim atrasar a
ocorrência da doença.
Assinada pelo Ministro da Agricultura, Blairo
Maggi, a Instrução Normativa nº18, de 25 de maio de
2017, altera dispositivos de anterior Instrução Norma-
tiva sobre o mesmo tema, a de nº 56, datada de quase
10 anos atrás. Ambas tratam dos procedimentos para
registro, fiscalização e controle de estabelecimentos
avícolas. Pelas novas normas, ficam proibidos os gal-
pões para poedeiras do tipo californiano construídos
a partir de 22 de junho.
O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas
do Estado do Paraná (Sindiavipar) parabeniza o Sr. Valter
Pitol pelo título de cidadão honorário e benemérito,
entregue pela Prefeitura de Cafelândia no dia 30 de
junho, na sede da Aercol. A cerimônia contou com a
presença de autoridades locais, prefeitos de cidades
vizinhas e amigos. Personagem de suma importância para
a avicultura paranaense, trabalha desde a década de 70
pelo crescimento do setor. Sua liderança frente a Copacol
contribui para o setor. A referência mundial da avicultura
paranaense só é possível pelo comprometimento de todos
que fazem parte da cadeia produtiva.
Novas normas
Parabenização
4 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Data17 e 18 de outubro de 2017
LocalCampinas (SP)
RealizaçãoFacta
Telefone(19) 3243-6555
Sitefacta.org.br/agenda-avicola
Curso FACTA
Data9 e 10 de novembro de 2017
LocalFoz do Iguaçu (PR)
RealizaçãoSindiavipar
Telefone(41) 3224-8737
Sitesindiavipar.com.br
V Workshop Sindiavipar
Sindiavipar
Data29 a 31 de agosto de 2017
LocalSão Paulo - SP
RealizaçãoABPA
Telefone(11) 3095-3120
Siteabpa-br.com.br/siavs/
SIAVS
Bom resultado Comercialização limitadaA estimativa do valor bruto da produção agro-
pecuária (VBP) de 2017 de 546,3 bilhões é o maior
dos últimos 27 anos no Brasil. O montante é 5,3%
superior ao de 2016, que foi de 519 bilhões. Esse re-
sultado reflete a elevada safra de grãos prevista para
esse temporada, conforme anúncio feito pela Com-
panhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além da safra de 234,3
milhões de tonela-
das, o aumento
da produção
é outro fator
relevante no
incremento
do VBP des-
te ano. A retração vendedora tem sustentado as cotações de milho interno. De acordo com o Cepea, a comercialização do cereal segue limitada, devido à entrada de volume ainda pequeno de milho 2ª safra no mercado e da preferência pela exportação.
5sindiavipar.com.brSindiavipar
Mais informações: sindiavipar.com.br | (41) 3224-8737
Associe-se! Porque juntos somos mais fortes!
Nos dias 02 e 17 de maio aconteceu, na sede da Federação das Indústrias do Estado
do Paraná (Fiep), a Reunião Extraordinária da Assembléia Geral do InPAR, que contou com a
presença do Sindiavipar. Durante o encontro, foram tratados assuntos como: o Trabalho de-
senvolvido pela consultoria Ecoroad e a deliberação sobre o ingresso do Instituto no Acordo
Setorial de Embalagens.
Já no dia 07 de junho, a Federação promoveu uma reunião para debater temas relaciona-
dos à atividade do Instituto: Ambiente – Semana Nacional do Meio Ambiente, Conselho Temá-
tico do Meio Ambiente, Recursos Naturais e Gerência de Impacto e Conservação; Pagamentos
por Serviços Ambientais. Será atribuído ao produto um pagamento efetuado pela Sema no qual
o produto deverá desempenhar uma função de aplicação de um serviço de Proteção Ambiental.
InPAR
6 sindiavipar.com.br Sindiavipar
No dia 10 de maio, o Presidente do Sindiavipar, Sr. Domingos Martins e o Diretor Executi-
vo, Sr. Icaro Fiechter, acompanharam, o Presidente Executivo da Associação Brasileira de Proteína
Animal (ABPA), Sr. Francisco Turra, a uma reunião no Palácio Iguaçú para convidar o governador
do Estado do Paraná, Beto Richa, a participar da abertura do Salão Internacional de Avicultura e
Suinocultura (SIAVS 2017). O evento acontecerá em São Paulo, no Anhembi Parque, entre os dias
29 a 31 de agosto.
Convite ao Governador
O Diretor executivo do Sindiavipar, Sr. Icaro Fiechter, participou de reunião na sede da
Fiep – Campus da Indústria, no dia 19 de maio para debater temas como o Valor Econômico
dos Resíduos e Sub Produtores da Indústria Animal, além da atualização do projeto Tecnologias
para Destinação de Animais Mortos (TECDAM). Segundo o projeto do deputado federal Valdir
Colatto, de Santa Catarina, os sub produtos não devem ter como destino a alimentação de ani-
mais, devendo ser utilizados para fabricação de biocombustível, fertilizante e biogás.
Sub-produtos
Nos dias 22 a 26 de maio, aconteceu o Projeto LABMOR – UFPR, coordenado pela
Prof ª. Elizabeth Santin do Departamento de Medicina Veterinária e que contou com a pales-
tra do Dr. Mike Kogut, pesquisador do USDA Texas – Departamento de Agricultura dos Esta-
dos Unidos. O curso, que contou com o apoio do Sindiavipar, teve como tema “Problemas em
Patologia: Microbiota e Imunidade em aves de produção” e recebeu alunos da pós-graduação
em Ciências Veterinárias da universidade, entre outros participantes.
Laboratório de Microbiologia e Ornitopatologia
7sindiavipar.com.brSindiavipar
Radar
O agronegócio é um setor que a cada ano quebra recordes e impulsiona a economia em várias
regiões do Estado e do País. Apesar de ocuparmos apenas 2% do território brasileiro, respondemos
por 20% da produção agrícola nacional.Esses números nos orgulham
Cida Borghetti, vice-governadorado Paraná
Temos orgulho de falar sobre a qualidade do que produzimos aqui
(Brasil) e falar que tudo é feito com respeito ao meio ambiente e
com responsabilidade socialEumar Novacki, Secretário
Executivo do Mapa
Produzimos proteína Halal com excelência, certificada
e auditada por organizações privadas e pelos governos dos países importadores. São laços que construímos em décadas de relações com estes mercados, sobre os quais não medimos
esforços para preservarRicardo Santin, vice-presidente
de mercados da ABPA
8 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Na mídia
Retorno de mídia - Junho 2017
59%Online
40%Jornal
1%TV
Nos meses de maio e junho,
o setor avícola mostrou
novamente sua força, su-
perando os desafios. Levantamento
mensal do Sindicato das Indústrias
de Produtos Avícolas do Estado do
Paraná (Sindiavipar) apontou que
a produção de frango no estado
apresentou alta de cerca de 5% em
maio, se comparado ao mesmo mês
de 2016. Ao
todo, 156,07
milhões de ca-
beças foram aba-
tidas em maio ante
148,69 no mesmo mês
no ano passado.
Os números dos últimos
meses ganharam espaço em veículos
nacionais e locais como DCI - Diá-
rio Comércio Indústria & Serviço,
O Hoje, Jornal de Beltrão, Estadão
Conteúdo, Canal Rural, Portal da Re-
vista IstoÉ, Diário do Noroeste, Tri-
buna de Cianorte, Jornal do Oeste,
entre outros. Os portais especializa-
dos como Setor Avícola, Aveworld,
O Presente Rural, Agrolink e Avisite
também repercutiram o assunto.
A avicultura paranaense ain-
da ganhou as páginas da revista Valor
Estados - PR, especial divulgado pelo
Valor Econômico, que retratou diver-
sos temas relacionados ao estado, en-
tre eles, o setor avícola do Paraná, líder
em produção e exportação no Brasil.
Na matéria, o sindicato destaca a ex-
pectativa positiva para o fechamento
do ano.
Ao todo, mais de 50 notícias
relacionadas ao Sindiavipar e à avi-
cultura do estado foram veiculadas
durante os meses de maio e junho
na imprensa, somando um retorno
de mídia espontânea de aproximada-
mente meio milhão de reais.
Desafios superados Expectativas positivas
para a avicultura no próximo semestre são assuntos na imprensa
10 sindiavipar.com.br Sindiavipar
EntrevistaEntrevista
Imagem forteLideranças do agronegócio nacional realizam ações para reforçar a qualidade do produto nacional
O setor de proteína ani-
mal brasileiro tem tra-
balhado para fortalecer
o produto nacional ao redor do
mundo. Com ações realizadas
na América do Norte, Euro-
pa e Ásia, os importadores da
carne brasileira tem retomado
as compras e equilibrado a ba-
lança comercial do setor. Sobre
esse tema, o Vice-Presidente de
Mercados da Associação Brasi-
leira de Proteína Animal (ABPA),
Ricardo Santin, conversou com
a Revista Sindiavipar e contou
as ações realizadas pela entida-
de para fortalecer a imagem da
sanidade do sistema produtivo
nacional.
Qual a avaliação da ABPA sobre o status sanitário na cadeia produtiva nacional?
O status sanitário brasi-
leiro é ímpar, referência mundial.
Nunca registramos qualquer
caso de Influenza Aviária. Gra-
ças à excelência de um sistema
produtivo empenhado em ali-
cerces sólidos, como o sistema
de integração, investimentos em
estrutura e tecnologia aplicada
no campo, conseguimos manter
nosso setor preservado. Somos
referência global em sanidade,
o que nos permitiu abrir portas
em todo o mundo. Isso tudo com
qualidade, seriedade, dedicação
e profissionalismo, ao longo de
mais de 50 décadas de trabalho
e investimentos. Nos dedicamos
para assumir a liderança mun-
dial das exportações de carne
de frango, e conquistamos este
posto com louvor. Estamos en-
tre os mais avançados e profis-
sionalizados sistemas produti-
vos do mundo.
A expectativa dos núme-ros da exportação da pro-teína animal em 2017 são positivas?
Ainda estamos sendo im-
pactados pelos efeitos nocivos
dos equívocos na divulgação da
Operação Carne Fraca. Os núme-
ros de exportações dos dois me-
ses seguintes não foram como
o esperado. É fato que outros
fatores contribuíram, como um
calendário com menos dias úteis
para os embarques. Mas vemos
que os impactos estão se dissol-
vendo. Temos expectativas posi-
tivas para este ano. O esforço é
grande, mas os avanços já estão
ocorrendo.
Quais serão as principais ações da ABPA visando as exportações do setor de proteína animal brasileiro?
O grande desafio é me-
lhorar ainda mais nossa imagem
internacional. Estamos em um
grande esforço neste sentido,
com uma série de ações plane-
jadas. Nosso presidente, Fran-
cisco Turra, esteve recentemente
nos EUA, México e Europa com
este objetivo. Eu estive no Egito
e em Cartagena, onde aconteceu
um encontro do IPC – com repre-
sentantes da avicultura mundial.
Também participei de uma missão
com o Ministério da Agricultura,
na parte Asiática e no Oriente
Médio. Temos previsto uma infi-
nidade de ações em nosso SIAVS,
programado para o fim de agosto,
no Anhembi, em São Paulo – den-
tre elas, o Projeto Imagem, com
50 jornalistas estrangeiros, para
prestar esclarecimentos e valori-
zar nosso sistema produtivo, nos-
sas marcas e nossos produtos. Há
outras ações em vista dentro de
nossos Projetos Setoriais, em par-
ceria com a Apex-Brasil, na Ale-
manha, e outros mercados funda-
mentais. São muitas as iniciativas
já programadas.
12 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Foto
: AB
PA/É
di P
erei
ra
Ricardo Santin
Assessor do Ministério da Agricultura entre 1997 e 1998
Mestre em Ciência Política e MBA em Gestão de Negócios pelo IBMEC
Vice-Presidente de Mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)
Vai e volta
Vice-Presidente do International Poultry Council (IPC)
Somos referência global em sanidade, o que nos permitiu abrir
portas em todoo mundo
MercadoTemos um longo trabalho pela frente, mas podemos dizer que saímos forta-lecidos no mercado interno e externo, após os desafios do ano.
Sanidade Um dos nossos principais diferenciais do Brasil no mercado internacional. Isto nos coloca em uma situação pri-vilegiada frente aos concorrentes.
AviculturaÉ mais que uma atividade econômi-ca: é um sistema produtivo funda-mental para a distribuição de renda e desenvolvimento social do país, especialmente nos pequenos muni-cípios do interior.
InsumosVivemos uma situação melhor neste ano em relação aos custos de pro-dução e acesso aos insumos. A boa oferta de grãos devolve parte da com-petitividade perdida no ano passado.
13sindiavipar.com.brSindiavipar
Ocontrole imunológico da
produção avícola é fator
preponderante para a saúde
e bem-estar dos animais. Por conta
disso, nos últimos anos, com o res-
paldo de diversos estudos, a imuno-
logia é uma área em pleno desenvol-
vimento e vem apresentando novas
técnicas de análises para o mercado.
Como forma de aproximar a teoria da
prática, o curso de pós-graduação em
Ciências Veterinárias da Universidade
Federal do Paraná (UFPR), promo-
veu, no último mês de maio, o curso
"Problemas em Patologia: Microbiota
e Imunidade em aves de produção",
ministrado pelo pesquisador de se-
gurança alimentar do Departamento
de Agricultura dos Estados Unidos
(USDA), Dr. Michael Kogut.
O evento foi direcionado aos
alunos da pós-graduação de ciências
veterinárias (PPGCV) da universidade
e reuniu, além dos estudantes, repre-
sentantes de empresas como BRF,
Aurora, MCassab, Adisseo Phytobio-
tics, Vibra, Elanco e um representante
do Núcleo de Veterinários do Oeste
Catarinense (Nucleovet). Na avalia-
ção da professora e doutora do De-
partamento de Medicina Veterinária
da UFPR e diretora da Poultry Scien-
ce Association, Elizabeth Santin, a
abordagem se mostrou fundamental
diante dos avanços e necessidades do
setor. “É necessário que os profissio-
nais da indústria estejam preparados
para aplicar o conhecimento e as
técnicas em nível de campo. Por isso,
o nosso esforço em fazer esse curso
e convidar os profissionais da área
para que estejam inteirados as novas
tecnologias que vem surgindo nessa
área”, destacou.
Ao longo da palestra o debate
Sanidade
Integraçãoprática e técnicaCurso promovido pelo departamento de Medicina Veterinária da UFPR permite intercâmbio entre setores produtivo e de pesquisa
14 sindiavipar.com.br Sindiavipar
abrangeu a importância do conheci-
mento da relação imunológica com a
microbiota intestinal, o desempenho
das aves, bem como sua importância
no controle de zoonoses como salmo-
neloses e campilobacterioses. O Dr.
Kogut apresentou de que forma esses
estudos podem ser utilizados como
modelos para enfermidades em seres
humanos como a doença de Crohn,
que é uma inflamação crônica do in-
testino. “Foi uma excelente oportuni-
dade para discutirmos de forma aca-
dêmica e aplicada esse assunto, uma
vez que a participação dos colegas
acadêmicos junto com profissionais
que atuam no campo enriqueceu mui-
to o aprendizado de todos”, contou a
professora Elizabeth.
Embora tenha seguido uma
abordagem técnica, o evento teve um
excelente intercâmbio entre indústria
e academia, o que foi valorizado pe-
los participantes. “Tive uma grande
oportunidade para esclarecer dúvidas
e acompanhar os últimos trabalhos
realizados na área de microbiologia
e imunologia aviária. Em particular, o
curso teve contribuição direta na mi-
nha linha de pesquisa. O Dr. Kogut
tem uma excelente didática e adminis-
trou o curso de maneira interativa com
perguntas e respostas adicionadas a
apresentação teórica multimídia”, re-
latou a mestranda em Ciências Veteri-
nárias da UFPR, Bruna Luiza Belote.
Esse foi o primeiro de uma sé-
rie de cursos que a UFPR está preven-
do organizar com objetivo de estudar
de forma mais aprofundada os proble-
mas das ciências avícolas. A próxima
edição será realizada no primeiro se-
mestre de 2018 com o tema: "O uso
racional de antibióticos na avicultura:
da teoria a prática". “A intenção é que
o curso possa acontecer no mesmo
molde, por isso buscando empresas
parceiras que possa nos auxiliar a tra-
zer pesquisadores nacionais e interna-
cionais. Além disso, também iremos
convidar colegas que atuam direta-
mente no setor avícola para enrique-
cer o debate, tendo a UFPR como um
fórum aberto para a discussão destes
temas”, disse Elizabeth.
2018está previsto um curso de
antibióticos pela UFPR junto às
indústrias
OportunidadeNo debate também
foi aberta uma possibilidade
de viabilizar estudos conjun-
tos com o Dr. Kogut e a Uni-
versidade do Texas. Segundo
relatou a professora, a ideia é
realizar um intercâmbio "en-
viando nossos estudantes e
recebendo pesquisadores, na
busca de fortalecimento de
nossas linhas de pesquisa".
15sindiavipar.com.brSindiavipar
Capacitação
Apoio essencial Avicultores podem aumentar a qualidade de suas produções com a ajuda do profissional de extensionismo rural
Um extensionista rural tem
a missão de diminuir as
desigualdades sociais e de
proporcionar melhor qualidade de
vida para famílias que moram e de-
senvolvem atividades em áreas ru-
rais, isso por meio de atendimento
técnico e especializado. São cerca
de 1200 extensionistas rurais atu-
ando no Paraná, e o trabalho deles
vai além de questões produtivas.
Em regiões muito carentes do esta-
do, esses profissionais auxiliam em
aspectos sociais, levando informa-
ções sobre saúde, questões sanitá-
rias e higiênicas.
O trabalho de extensão ru-
ral ajuda o produtor principalmente
na parte tecnológica, levando in-
formação e técnicas adequadas. No
caso de avicultores, o atendimento
vai dar suporte na infraestrutura de
criação, assistência médica veteri-
nária e acompanhamento de pro-
dução. Entre os profissionais que
podem atuar como extensionista
rural, estão médicos veterinários,
zootecnistas, economistas, admi-
nistradores de empresas, técnicos
agropecuários, geógrafos, enge-
nheiro florestal, engenheiro de ali-
mentos e engenheiro agrônomo.
“Ao contar com um profissional
de extensionismo rural, o produtor
reforça a sua eficiência produtiva e
aumenta a renda da propriedade,
principalmente se ele já tem recur-
sos disponíveis, equipamentos e
materiais”, comenta Roberto Carlos
Guimarães, Coordenador de Capa-
citação Inicial de Novos Extensio-
nistas da Emater.
No Paraná, a instituição
que iniciou os atendimentos de ex-
tensão rural foi a Emater, que recen-
temente completou 60 anos. Nessas
seis décadas de história, ofereceu
capacitação diversificada, suporte
técnico e orientação para muitos
produtores rurais do estado, trans-
formando a realidade de muitas
16 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Fotos: César Machado
www.agrostoCk.CoM.br
UMa Foto perfeita CaUsa UMa ótima impressão
o melhor e mais completo banco de imagens do agronegócio.suínos, aves, bovinos, culturas, alimentos, carnes, maquinário, etc.
fotos.indd 2
19.08.10 14:42:15
fotos.indd 2
19.08.10 14:42:15
foto
s.in
dd
2
19.0
8.10
14
:42:
15
foto
s.in
dd
2
19.0
8.10
14
:42:
15
Ao contar com um extensionista rural, o
produtor reforça a sua eficiência produtiva e aumenta a renda da
propriedadeRoberto Carlos Guimarães, Coordenador de Capacitação Inicial de Novos Extensionistas
famílias, não só economicamente,
mas também oportunizando me-
lhorias na qualidade de vida.
A Copacol é uma das coo-
perativas paranaenses que trabalha
com o atendimento de extensionis-
tas desde 1973. Atualmente, con-
ta com um centro de pesquisa que
gera tecnologia, apontando as evo-
luções e novidades tecnológicas em
fertilidade, agroquímicos e varieda-
des de produtos. “São mais de 50
engenheiros agrônomos no campo,
que levam toda a informação tec-
nológica aos nossos cooperados”,
afirma Valter Pitol, presidente da
Copacol. O presidente da coope-
rativa ainda destacou que uma
propriedade sem um profissional
responsável por prestar assistência
no desenvolvimento de sua produ-
ção perde chances diante de seus
concorrentes. “Assim ele consegue
avançar tecnologicamente e obter
bons resultados econômicos com a
propriedade”, comenta Valter Pitol.
A preocupação da Copacol
em oferecer mais uma opção de ren-
da para os agricultores resultou no
desenvolvimento da avicultura na
cooperativa por meio do extensio-
nismo rural. O extensionista José
Claudecir Marques, da Copacol, é
técnico avícola, e, afirma que faz
em média dez atendimentos diários
auxiliando no controle de doença,
de ambientação e manejo dos equi-
pamentos. Um extensionista tem o
treinamento necessário que permi-
te levar atualizações tecnológicas,
cursos e fazer acompanhamento
de todo o processo de produção.
“Cabe a esse profissional auxi-
liar no desenvolvimento de uma
boa prática. É compensador poder
acompanhar um lote até o final e
ver a satisfação do produtor, ver os
resultados alcançados”, comenta.
Apoio essencial
Oensino à distância, co-
nhecido como EAD,
ganhou espaço de for-
ma rápida nas instituições, tanto
quanto se trata de formação su-
perior ou informal. A facilidade
no acesso é uma das caracterís-
ticas mais evidentes dessa mo-
dalidade, pois proporciona ao
aluno maior comodidade já que
elimina a necessidade dele se di-
rigir até a faculdade para assistir
as aulas. Além disso, não há mo-
tivos para fugir dos recursos que
a internet oferece, é uma forma
de aproveitar os benefícios tec-
nológicos para atribuir qualidade
aos aspectos educacionais.
As áreas que o ensino a
distância contemplam são inú-
Aprendizadoà distânciaCursos não presenciais permitem, cada vez mais, que as pessoas busquem especialização
Capacitação
18 sindiavipar.com.br Sindiavipar
meras, inclusive o agronegócio.
A Unicesumar oferece há 10 anos
o curso de graduação em Gestão
do Agronegócio, que tem dura-
ção de três anos. Nele, o aluno
aprende a gerenciar a proprieda-
de rural, a agricultura e a pecu-
ária, também terá conhecimento
sobre os aspectos produtivos e
cultivos alternativos. O coorde-
nador do curso, Silvio Silvestre,
destacou que a possibilidade de
assistir as aulas pela internet
facilita na formação dos estu-
dantes. “A maioria dos nossos
alunos não residem na cidade,
pois estão no campo. Em alguns
casos não existe a possibilidade
de ir até à área urbana todos os
dias para fazer uma faculdade,
porque é muito longe. Na moda-
lidade à distância ele consegue
fazer as atividades pelo próprio
celular. A presença só é obriga-
tória para realizar a prova a cada
cinco semanas”, comenta.
O representante comer-
cial de indústrias de máquinas
Antonio Rolim Guidobono, tem
61 anos de idade e está no tercei-
ro ano deste curso. Ele percebeu
que precisava fazer uma gradua-
ção por causa do seu trabalho, já
que sentia um pouco de dificul-
dade na hora de vender os produ-
tos. A partir do momento em que
começou a graduação, passou a
entender melhor as necessidade
e dificuldades de seus clientes
e, consequentemente, conseguiu
direcionar de forma correta os
produtos que melhor atendem ao
consumidor. “Se não existisse a
ferramenta do ensino à distância,
hoje eu não estaria na faculdade e
não estaria em vias de me formar.
No EAD, a gente tem a liberdade
de estudar a hora que puder”,
comenta sobre a importância da
faculdade à distância.
Antônio ainda afirma
que não tem dificuldade com re-
lação ao aprendizado. Ele utiliza
as ferramentas disponibilizadas
pela faculdade, como por exem-
plo, textos e vídeos, quando tem
alguma dúvida entra em contato
com os professores por e-mail.
Além disso, afirma que já sabe
os horários que os professores
ficam na instituição e por isso
quando sente necessidade liga
para esclarecer eventuais dúvi-
das. Ao comparar uma faculdade
presencial com uma à distância
afirma que sente falta apenas
das conversas e do relaciona-
mento que não tem com os ou-
tros alunos.
Outra instituição de en-
sino que disponibiliza cursos na
modalidade EAD, é o Serviço
Nacional de Aprendizagem Ru-
ral (Senar). A maioria deles são
de aperfeiçoamento ou atualiza-
ção. O curso de Manejo de Solo
e Água em propriedades rurais
e microbacias hidrográficas é
profissionalizante e de janeiro
até maio de 2017, 352 alunos fi-
zeram a inscrição, totalizando
11 turmas. Ele só pode ser reali-
zado por quem já possui forma-
ção técnica ou superior, pois o
profissional precisa ter registro
no Conselho Regional de Enge-
nharia e Agronomia do Paraná
(Crea–PR). Nesse curso, o aluno
aprende a desenvolver proje-
tos para preservar o solo. Para
Patrícia Lupion Torres, Consul-
tora e especialista em EAD do
Senar, atualmente não tem como
ignorar a presença da tecnolo-
gia nos processos educacionais,
além da disponibilidade que
nem todas as pessoas têm para
frequentar aulas presenciais. “É
uma forma de chegar a mais pes-
soas e disponibilizar um proces-
so formativo em qualquer tempo
e espaço que seja possível para o
indivíduo”, explica.
Se não existisse a ferramenta do ensino
à distância, hoje eu não estaria na faculdade em
vias de me formarAntonio Rolim Guidobono, aluno do terceiro ano do curso de gestão em agronegócio da Unicesumar
352 alunosparticipam do
curso de Manejo de Solo ofertado
pelo Senar
19sindiavipar.com.brSindiavipar
Manejode invernoProdutores devem estar atentos à ventilação e à temperaturadas granjas
Além de garantir a produ-
tividade, o manejo ade-
quado das granjas per-
mite o bem-estar animal, seja em
períodos de temperatura elevada
ou de quedas bruscas. No inver-
no, o produtor deve estar ainda
mais atento às fases de cresci-
mento das aves assim como às
instalações da granja que visam
controlar variáveis, já que muitos
fatores podem ser prejudiciais às
aves neste período.
Com a queda nas tempe-
raturas, as empresas do setor já
começam a colocar em prática al-
gumas estratégias, como é o caso
do Grupo Vibra, que trabalha
junto aos cooperados para evitar
problemas na produção. “A em-
presa intensifica o foco nas orien-
tações aos produtores em rela-
ção, principalmente, à ventilação
dos aviários. Esta ação é funda-
mental para propiciar a troca dos
gases prejudiciais às aves”, afir-
ma a sanitarista do Grupo Vibra,
Roberta Scarton.
CuidadosO problema da falta de
ventilação está atrelado à pro-
dução de amônia, que pode ge-
rar, principalmente, problemas
respiratórios às aves. Segundo a
Professora Doutora Ibiara Almei-
da Paz, chefe do Departamento
de Produção Animal da Facul-
dade de Medicina Veterinária e
Zootecnia da Universidade Esta-
dual Paulista (Unesp) e membro
do Corpo Técnico da Fundação
Apinco de Ciência e Tecnologia
Avícolas (Facta), esse é um dos
fatores mais prejudiciais aos
animais. “Estudos demonstram
que a qualidade do ar no interior
das instalações é bastante pre-
judicada em épocas frias e esta
piora nas condições aéreas se dá
principalmente pela menor troca
de ar, o que resulta em maiores
concentrações de gases nocivos
e de poeira”, explica.
Além da ventilação, o
controle térmico também irá in-
fluenciar diretamente no desen-
volvimento do animal. Quedas
bruscas de temperatura podem
prejudicar seu crescimento, po-
dendo levar a ave inclusive a
morte. Segundo o professor de
Nutrição Animal, do curso de
Medicina Veterinária e do Pro-
grama de Pós-Graduação em Ci-
ência Animal da Pontifícia Uni-
versidade Católica do Paraná
(PUC-PR), Leandro Batista Cos-
ta, deve-se evitar que o animal
utilize a energia vinda da ração
para manter sua temperatura
corporal. “O objetivo principal
de um frango de corte é alcan-
çar, entre os 42 e 45 dias, 3 kg
de peso, aproximadamente. Com
o conforto térmico inadequado,
Bem-estar
20 sindiavipar.com.br Sindiavipar
o animal terá que utilizar de nu-
trientes da ração para se aque-
cer”, deixando de direcioná-los
para o ganho de peso, esclarece.
Por isso, de acordo com
o especialista, o ideal é manter
o ambiente aquecido, principal-
mente nas três primeiras sema-
nas de vida do animal. Ao nascer,
os pintainhos necessitam de uma
temperatura em torno de 32ºC a
33ºC. “Esse valor diminui grada-
tivamente, cerca de 3ºC por se-
mana, até um desenvolvimento
adequado do sistema termorre-
gularório dos animais. Controla-
das essas primeiras semanas de
vida, garantimos que ele tenha
condições adequadas para chegar
ao peso e idade ideais de abate,
evitando doenças e consequente-
mente perdas de produtividade”,
acrescenta. Dessa forma, é preci-
so que o produtor invista e con-
trole o aquecimento das instala-
ções para garantir o bem-estar
animal, além de ficar atento ao
comportamento das aves.
DoençasCom a piora da qualidade
do ar e da cama, que são reflexos
do ambiente menos ventilado, as
aves ficam mais propensas a de-
senvolver doenças neste perío-
do. A professora doutora Ibiara
Almeida Paz alerta que as prin-
cipais enfermidades estão rela-
21º C
32º C
é a temperatura de conforto das
aves
é recomendado para as três primeiras
semanas de vida do animal
21sindiavipar.com.brSindiavipar
cionadas ao trato respiratório.
“A bronquite é uma das doenças
mais preocupantes, embora ou-
tros problemas relacionados às
síndromes metabólicas tenham
potencial aumento no inverno,
como a ascite e problemas lo-
comotores. Neste ambiente, a
maioria das doenças podem se
agravar”, ressalta.
TransporteAlém dos cuidados com
as granjas, outros processos de
produção necessitam estratégias
para manter o bem-estar animal.
“Neste período, o caminhão de
transporte dos frangos recebe
uma lona de proteção sobre as
caixas de transporte e as persia-
nas de ventilação são fechadas
para evitar a entrada de vento e
frio. Já o transporte dos pintos é
realizado em caminhão baú, no
qual preconiza-se manter uma
temperatura de 24 °C, a fim de
chegarmos a 32°C dentro das
caixas de transporte”, explica
a sanitarista do Grupo Vibra,
Roberta Scarton.
O transporte de pintai-
nhos deve ser feito da forma
mais rápida possível para que
não ocorra uma queda brusca
de temperatura, principalmen-
te porque eles não apresentam
plumagem. “Na hora de receber
os animais, o galpão deve estar
totalmente aquecido, com piso e
cama maravalha aquecidos, para
que não ocorra quebras de tem-
peratura”, destaca o professor
Leandro Costa.
A empresa intensifica o foco nas orientações
aos produtores em relação, principalmente,
à ventilação dosaviários
Roberta Scarton, sanitaristado Grupo Vibra
Os principais cuidados devem ser em relação à ventilação e temperatura das granjas
Bem-estar
TecnologiaPara obter um pla-
nejamento mais eficiente,
controle de dados e análi-
se de informações, a pro-
dução avícola tem contado
com sistemas que permi-
tem controlar todos esses
processos, sendo ainda
mais importantes nesse
período, onde cada variá-
vel é decisiva para a sobre-
vivência animal. O investi-
mento em tecnologia tem
sido recorrente, principal-
mente por muitos produ-
tores trabalharem integra-
dos às grandes indústrias,
que fornecem assessoria às
granjas. “Não basta pos-
suir os equipamentos ade-
quados, é necessário que
os mesmos sejam utiliza-
dos de maneira adequada,
bem regulados e mantidos
em bom estado de fun-
cionamento”, finaliza a
professora doutora Ibiara
Almeida Paz.
22 sindiavipar.com.br Sindiavipar
MaisconectadosInternet ganha espaço no meio rural e muda alguns hábitos no campo
Capa
24 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Maisconectados
Você sabia que aproxima-
damente 61% dos pro-
dutores rurais brasileiros
possuem smartphone? E que des-
ses, 96% fazem uso do Whatsapp
com frequência? (conforme gráfico
da página 29) Os números são da 7ª
edição da Pesquisa Hábitos do Pro-
dutor Rural realizada pela Associa-
ção Brasileira de Marketing Rural e
Agronegócio (ABMRA) e divulgada
no dia 31 de maio de 2017. O levan-
tamento, uma atualização da edi-
ção de 2013, mostra que a tecno-
logia tem impactado cada vez mais
no campo e, consequentemente,
influenciado os hábitos de consu-
mo e o pensamento do produtor
rural na atualidade.
De acordo com o diretor
de pesquisa da ABMRA, Ricardo
Nicodemos, "os meios de comunica-
ção e o advento da internet tornaram
o produtor globalizado, totalmente
conectado. É admirável o quanto ele
está atento ao que acontece com o
mundo. Se ainda há algum tipo de
rótulo em relação ao ambiente rural,
esta pesquisa, com as informações
que nós temos, muito possivelmente
vai fazer com que isso caia por ter-
ra", destaca.
A presença do produtor ru-
ral na internet vai além do uso das
redes sociais ou da busca por infor-
mações. Muitos deles (47%), usam
sites para cotação de produtos que
pretendem adquirir futuramente.
De acordo com o levantamento da
ABMRA, entre os itens mais pro-
curados estão sementes, defensi-
vos agrícolas, fertilizantes/adubo,
tratores, equipamentos agrícolas
e animais. Como é o caso do avi-
cultor Bruno Natale, integrado do
Grupo Pioneiro.
Natale tem 34 anos e tra-
balha há 4 anos com avicultura. Ele
iniciou na atividade para diversifi-
car as produções na sua proprieda-
de, que possui espaço para cultivo
de soja e alfafa também. Atualmen-
te possui dois aviários em funcio-
namento e está construindo mais
três em Abatiá, município no inte-
rior do Paraná. "Costumo consumir
informação pela internet. Faço bas-
tante compras pela web, uso mui-
to", relata o produtor.
Esse fluxo maior de in-
formação também tem permitido
o acesso dos produtores a novas
técnicas e manejos. Natale desta-
ca que a aplicação de tecnologia
cada vez mais avançada é um dos
objetivos em suas propriedades. "É
importante, o que tem de tecnolo-
gia a gente tenta aplicar aqui para
melhorar os custos de produção",
complementa.
A tecnificação na avicul-
tura é enfatizada pelo presidente
Os meios de comunicação e o advento
da internet tornaram o produtor globalizado, totalmente conectado
Ricardo Nicodemos, diretorde pesquisa da ABMRA
25sindiavipar.com.brSindiavipar
Bem-estar animal está entre as preocupações do produtor rural
Fonte: 7ª Pesquisa Hábitos do Produtor Rural
da Comissão Nacional de Aves e
Suínos da Confederação da Agri-
cultura e Pecuária do Brasil (CNA),
Iuri Machado, que afirma ser uma
característica tanto dos produtores
integrados como dos independen-
tes. "Uma coisa que eu acredito ser
comum a todos é a tecnificação.
Hoje, o Brasil é reconhecido não
só em produção de frango, mas na
produção de ovos e na área de agri-
cultura de modo geral, sendo refe-
rência em termos de tecnologia e
boas práticas", conta.
Participação no campoA pesquisa mostrou mu-
danças na idade média do produtor
rural brasileiro. Em 2013, a pesqui-
sa apontava 48 anos, já na atual, a
média foi reduzida para 46,5 anos,
número positivo para o setor. "Hou-
ve um aumento da população mais
jovem assumindo a decisão no
campo. Esse é um número que nos
chama muita atenção, ele começa a
indicar que um problema que havia
antes, que era a sucessão familiar,
começa a ser melhor trabalhado",
afirma Nicodemos.
A presença do jovem no
meio rural também é realidade nas
cooperativas, relata o assessor téc-
nico da Organização das Cooperati-
vas do Paraná (Ocepar), Alexandre
Amorim. "Temos visto muito avi-
cultor jovem assumindo a proprie-
dade, permitindo a sucessão. Até
porque as alternativas nas grandes
cidades estão cada vez mais com-
petitivas e trazem menos qualidade
de vida. Com isso, observamos um
movimento positivo da sucessão".
Entretanto, o assesoor des-
taca que o resultado pode ser ainda
melhor. "Acho que a própria conjun-
tura da cadeia vai determinar isso.
Se o jovem enxergar a produção
como uma alternativa de vida isso
vai ser bom. Se a avicultura conti-
nuar sendo um bom negócio, como
tem sido, vai continuar atraindo os
jovens. Isso não evita, porém, os
Capa
61%
46,5
dos produtores rurais brasileiros
possuem smartphone
anos é a média de idade do produtor
rural no país
Costumo consumir informação pela internet. Faço bastante compras
pela web, uso muitoBruno Natale, avicultor
26 sindiavipar.com.br Sindiavipar
trabalhos de educação que são fei-
tos no campo, seja na cooperativa
ou nas indústrias. Há um trabalho
forte de educação, capacitação e
motivação para que o jovem encon-
tre valor nessa atividade no meio
rural", ressalta.
Para Machado, da CNA,
um dos benefícios da presença de
pessoas mais novas no campo é o
novo olhar para o negócio. "Os jo-
vens vêm com uma visão diferente,
essa é a grande vantagem. Eles vêm
mais preparados para os desafios
devido as suas oportunidades de
capacitação", explica.
As mulheres também têm
ocupado lugares de destaque no
agronegócio. De acordo com a 7ª
edição da Pesquisa Hábitos do Pro-
dutor Rural, quase um terço das
propriedades possuem mulheres na
sua gestão e 81% dos entrevistados
consideram essa participação vital
ou muito importante. "Percebemos
a presença da mulher tanto na ques-
tão da condução das granjas, quan-
to na área de prestação de serviços.
O número de veterinárias e zootec-
nistas, por exemplo, tem crescido
bastante", afirma Machado.
PreocupaçõesO estudo aponta que os
principais desafios listados pelo
produtor de animais foram: clima,
doenças e mão de obra. Questões
destacadas pelo presidente da Co-
missão Nacional de Aves e Suínos
da CNA, Iuri Machado. "Bom, a
principal preocupação no mundo
é a questão sanitária. E isso não é
só para avicultura. A avicultura em
especial tem a questão da Influen-
za Aviária, que ainda não chegou no
Brasil, mas realmente é uma ame-
aça. Outro desafio é com relação
ao custo de produção. A avicultura
tem o maior percentual do custo
de produção relacionado à nutri-
ção dos animais. E essa relacionada
ao custo do milho e do farelo de
soja. O ano passado foi bem ruim
em função do preço do milho. Esse
ano, já entendemos que está mais
favorável em função da supersafra
que nós tivemos. Mas sempre é
essa expectativa", aponta.
Na atualidade, o assessor
da Ocepar, Amorim, ainda ressal-
ta os reflexos das conjunturas eco-
nômicas. "O aspecto econômico e
político tem trazido instabilidade
para todas as cadeias. O agro ain-
da tem conseguido superar. Temos
tido bons resultados, mas poderia
ter sido melhor", declara. Do as-
pecto sanitário, Amorim salienta a
vigilância continua de doenças ex-
ternas, principalmente a Influenza.
"Tanto na parte de governo, como
na parte privada, isso está muito
bem estruturado, nossa sanidade e
forma de trabalhar são referências".
Os jovens vêm com uma visão diferente, essa é
a grande vantagem. Ele vem mais preparado
para os desafiosIuri Machado, presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA
Capa
28 sindiavipar.com.br Sindiavipar
O bem-estar animal e a
sustentabilidade também estão no
radar dos criadores. " A pesquisa
mostra que o produtor está pre-
ocupado com a sustentabilidade
ambiental, e quando se fala nes-
se termo, engloba-se uma série
de aspectos, inclusive a tendência
com o cuidado e o bem-estar ani-
mal. Quase 80% dos entrevistados
afirmam que é importante para
eles que seus fornecedores ado-
tem práticas de sustentabilidade
ambiental", lembra Nicodemos, da
ABMRA.
"Hoje o bem-estar animal
já não é mais aquele bicho de sete
cabeças, já não é uma coisa des-
conhecida do produtor. Foi feito
um trabalho muito forte por par-
te das indústrias, das cooperati-
vas, das universidades, do próprio
Sindiavipar e outras entidades. En-
tão, o tema já está bem difundido
entre os criadores. O que talvez
traga um pouco de dificuldade é a
implementação de novas medidas
e tecnologias que permitam essa
relação do bem-estar animal. A
preocupação é que esse processo
faça parte do sistema produtivo,
que seja controlado e medido em
prol da melhor produtividade",
complementa Amorim.
Mesmo com preocupações,
o produtor se mostra positivo com
as atividades no agronegócio. De
acordo com a pesquisa, quase 70%
dos entrevistados estão otimistas
com o futuro da agropecuária no
Brasil. "Eu estou com pensamen-
to positivo em relação a avicul-
tura. Isso porque o frango é uma
proteína barata, sendo uma alter-
nativa nesse momento de crise",
relata o integrado Natale.
Para melhorarAs conquistas e o desenvol-
vimento no campo são inegáveis,
entretanto, Machado ressalta um
ponto em que é possível evoluir ain-
da mais: a gestão do negócio. "Exis-
tem produtores que têm um nível
mais empresarial, que trabalham
com um planejamento estratégico
maior, e existem aqueles produto-
res que são muito bons na produ-
ção, mas ainda falta mais aperfei-
çoamento nessa questão de gestão
geral de agronegócio. "Com os de-
safios, esses produtores tendem a
ter mais dificuldade", afirma.
Sobre a pesquisaEm sua metodolo-
gia, a 7ª edição da Pesquisa
Hábitos do Produtor Rural
foi realizada por meio de
entrevistas pessoais, face a
face, “in loco” (proprieda-
des de produção rural) com
os responsáveis pela compra
de insumos, implementos e
maquinários. O levantamento
teve uma amostra de 2.090
agricultores e 717 criadores/
pecuaristas, totalizando 2.807
entrevistas pessoais, distribuí-
das entre os 15 principais esta-
dos produtores do Brasil.
96%Whatsapp
24%Youtube
67%Facebook
8%Instagram
20%Messenger
Uso deRedes Sociais
Aproximadamente 3⁄4 dos pro-dutores que tem acesso a in-ternet costumam utilizar redes sociais. Veja as mais comuns:
Fonte: 7ª Pesquisa Hábitos do Produtor Rural
29sindiavipar.com.brSindiavipar
Mercado
O aumento da área plantada e os investimentos em sementes e tratos culturais auxiliaram o recorde de safra
Trégua dos insumosSafra recorde de milho contribui para reduzir custos de produção para indústria avícola
Aestimativa de safra recorde
no ciclo 2016/17 tem deixa-
do os produtores otimistas.
Impulsionada pela produção de grãos,
essa temporada deve alcançar 234 mi-
lhões de toneladas, segundo a Compa-
nhia Nacional de Abastecimento (Co-
nab). O número é 25% maior do que
o da última safra. O destaque segue
sendo para a produção de soja, com
113,9 milhões de toneladas (aumento
de 19,4%) e milho, que deve ultra-
passar os 93,8 milhões de toneladas
produzidas (41% maior que na safra
2015/2016). Além de impulsionarem a
economia do país, os índices são vis-
tos com bons olhos pelo setor avícola,
que tem conseguido, com isso, baixar
os custos de produção na indústria.
“A super-safra de milho, his-
tórica, refletiu diretamente no preço e
afetou a relação da oferta e demanda.
Acredito que será bom para a avicul-
tura e não irá prejudicar o produtor
de milho, pois mesmo com os preços
atuais, o cereal ainda confere rentabi-
lidade ao agricultor”, afirma o geren-
te do Núcleo de Agronegócio Gazeta
do Povo e coordenador da Expedição
Safra, Giovani Ferreira. Esse cenário
pode ser associado à melhora nos
investimentos em sementes e tratos
culturais, além do aumento da pro-
dutividade e área plantada – segundo
dados da Expedição Safra, a área de
milho verão aumentou 3,68% e do
milho safrinha 9,09%, em compara-
ção ao ciclo anterior.
Potencial paranaenseO estado foi um dos desta-
ques no aumento da produtividade
do milho. Foram 4,6 milhões de to-
neladas produzidas na safra de verão,
frente as 3,7 milhões registradas na
última temporada, sendo uma varia-
ção de mais de 23%. O milho safrinha
também tem demonstrado aumento,
com produção estimada em 12,6 mi-
lhões de toneladas em comparação
aos 11,4 da safrinha 2015/16, com
um aumento de mais de 10%. Dian-
te da colheita recorde, mesmo num
cenário de preços mais baixos, as
exportações também devem aumen-
tar, marcando ao todo 25 milhões de
toneladas embarcadas em 2017, em
comparação as 21,8 do último ciclo,
com uma variação de 14,4%.
Em 2016, com a quebra re-
gistrada na safrinha do cereal, hou-
ve diminuição da oferta no mercado
interno, o que elevou os preços. “Por
30 sindiavipar.com.br Sindiavipar
causa do desempenho da safra pas-
sada, os estoques estavam zerados.
Essa oferta de milho além de abaste-
cer o mercado de carnes, vai recom-
por os estoques internos e aumentar
as exportações”, explica Ferreira.
Segundo o presidente do
Sindiavipar, Domingos Martins, as
safras recordes têm trazido uma
grande oportunidade ao setor aví-
cola. "O campo tem conseguido re-
sultados muito positivos. Os bons
números atingidos nas colheitas de
milho têm nos permitido mais es-
tabilidade em relação aos insumos
necessários para a nossa ativida-
de", ressalta.
CautelaPara o avicultor, o cenário
também apresentou leve melhora,
segundo a Federação da Agricultura
do Estado do Paraná (Faep). Da por-
teira para dentro, apesar do impacto
nos custos de produção ser peque-
no quando o assunto é insumo – a
maioria trabalha em sistema integra-
do e recebe ração da indústria –, o ga-
nho de escala foi notável nas granjas
com mais de um galpão. “O levanta-
mento da Faep mostrou que o custo
de produção do avicultor sofreu leve
redução, se mantendo muito próximo
do levantado em novembro do ano
anterior”, explica a médica veterinária
do Departamento Técnico Econômi-
co da Federação, Ariana Weiss.
Mesmo assim, segundo a es-
pecialista, o cenário ainda é de cau-
tela no campo, pois assim como na
indústria, outras variáveis impactam
os custos de produção. “Apesar da
redução, a mão de obra foi um item
que se destacou com aumento consi-
derável”, completa. Entre eles, estão
também a energia elétrica, a lenha e
os gastos com cama aviária.
Safra 2016/17no PR
4,6 mide toneladas de milho
produzidas
12,6 mide toneladas de milho
safrinha
Ointestino é um importante
órgão do trato gastrointes-
tinal (TGI) responsável pela
digestão, absorção e metabolismo de
nutrientes oriundos da dieta. Ele é
responsável por 9% a 12% da síntese
proteica de todo o organismo (REE-
DS ET AL., 1997).
Os aminoácidos, além de se-
rem substrato para a síntese proteica
e de outros compostos nitrogenados,
são também chaves regulatórias de
fluxos de grandes vias metabólicas
(MEIJER, 2003).
É sabido que um bom de-
sempenho zootécnico do animal de
produção está diretamente relacio-
nado ao desenvolvimento funcional
do trato gastrointestinal. O estudo
da mucosa intestinal se faz essencial
para elucidar os sistemas relaciona-
dos à absorção de nutrientes a fim
de se reduzir a demanda metabólica
associada aos processos digestórios.
Nesse contexto, o conhecimento da
dinâmica do TGI, principalmente na
fase inicial das aves, é ponto chave
para otimizarmos a produção e os
resultados zootécnicos.
O sistema digestório dos ne-
onatos é anatomicamente completo,
mas sua capacidade funcional de
digestão e absorção ainda está ima-
tura, quando comparada aos animais
adultos. Durante o processo de ma-
turação, o TGI sofre alterações que
envolvem mudanças morfológicas
e fisiológicas que proporcionam um
aumento na área de superfície de di-
gestão e absorção.
Os enterócitos, juntamente
com as células caliciformes e entero-
endócrinas, constituem o revestimen-
to epitelial de uma densa camada de
vilos que revestem a parede do lúmen
intestinal e são responsáveis basica-
mente pela absorção dos nutrientes.
A replicação mitótica dos enterócitos
ocorre nas criptas, assim, à medida
que se multiplicam, as células da crip-
ta migram para o topo das vilosida-
des, deslocando as células para fren-
te. Conforme as células migram, elas
amadurecem, modificando-se de
células relativamente indiferenciadas
nas criptas para células absortivas nas
vilosidades (XU ET AL., 1992).
O equilíbrio entre os pro-
cessos de renovação celular (proli-
feração e diferenciação), resultante
das divisões mitóticas das células
totepotentes localizadas na cripta e
ao longo dos vilos e a perda de cé-
lulas (extrusão) que ocorre no ápice
dos vilos determinam um turnover,
responsável pela manutenção e ca-
pacidade digestiva e absortiva do
intestino (MAIORKA ET AL., 2002).
O número e o tamanho dos vilos de-
pendem do número de células que os
compõem. Assim, quanto maior o nú-
mero de células, maior o tamanho do
vilo e, por consequência, maior a área
de absorção de nutrientes. Dessa for-
ma, a absorção somente se efetivará
quando houver integridade funcional
das células dos vilos, tanto na mem-
brana luminal quanto na membrana
basolateral. Outro fator muito rele-
vante para a absorção dos nutrientes
Os aminoácidos possuem funções que vão além da deposição
proteica, sendo que a melhoria na função
intestinal podeser citada
Artigo Técnico
AminoácidosUma rápida abordagemna função intestinal
32 sindiavipar.com.br Sindiavipar
na membrana luminal é a quantidade
de microvilos existente nos enteró-
citos. O número de microvilos atua
como um amplificador de área para
a absorção dos nutrientes (FURLAN
ET AL., 2004).
Nesse sentido, é impor-
tante destacar a L-glutamina (Gln),
tradicionalmente considerada um
aminoácido não essencial, porém,
atualmente classificada como condi-
cionalmente essencial em condições
de estresse, como infecções e injúrias
(Wang et al., 2008). Domeneghini et
al. (2006) afirmam que a suplemen-
tação com Gln reduz a suscetibilida-
de a apoptose de enterócitos e cé-
lulas linfáticas, enquanto que Wang
(2008) mostra que a Gln é capaz de
melhorar a função antioxidativa e a
proliferação celular do intestino del-
gado. A importância crucial da Gln
reside no suporte à função intestinal
e à integridade da mucosa. Basker-
ville et al. (1980) demonstraram que
animais que receberam glutaminase
intravenosa manifestaram diarreia,
atrofia de vilosidades, ulcerações na
mucosa e necrose intestinal. Parale-
lamente, a adição de 1% de L-glu-
tamina na dieta de frangos, a base
de milho e farelo de soja, foi capaz
de aumentar o tamanho dos vilos,
no duodeno e íleo, quando avalia-
dos nos primeiros 7 dias de idade
(MAIORKA ET al., 2000).
ConclusãoOs aminoácidos possuem
funções que vão além da deposi-
ção proteica, sendo que a melhoria
na função intestinal pode ser citada
como uma delas. O conhecimento
das exigências dos aminoácidos nas
funções metabólicas ocorridas no in-
testino é capaz de maximizar o de-
senvolvimento da ave e melhorar a
uniformidade do lote como um todo,
impactando positivamente nos resul-
tados zootécnicos e rendimento de
carcaça no abatedouro.
Referências REEDS, P.J.; BURRIN, D.G.;
STOLL, B.; JAHOOR, F.; WYKES, L.;
HENRY, J.; FRAZER, M.E. Enteral
glutamate is the preferential source
for mucosal glutathione synthesis in
fed piglets. Am J Physiol 273:E408–
E415, 1997.
MEIJER, A.J. Amino aci-
ds as regulators and components of
non proteinogenic pathways. J Nutr
133:2057S–2062S, 2003.
WANG, J.J.; CHEN, L.X;
LI, P.; LI, X.L.; ZHOU, H.J.; WANG,
F.L.; LI, D.F.; YIN, Y.L.; WU, G. Gene
expression is altered in piglet small
intestine by weaning and dietary
glutamine supplementation. J Nutr
138:1025–1032, 2008.
MAIORKA, A.; FISCHER
DA SILVA A.V.; SANTIN, E.; BOR-
GES, A.S.; BOLELI, I.C.; MACARI,
M. Influência da suplementação de
Glutamina sobre o desempenho e o
desenvolvimento de vilos e criptas do
intestino delgado de frangos. Arqui-
vo Brasileiro de Medicina Veterinária
e Zootecnia; 52: 487-490, 2000.
XU, R.J.; MELLOR, D.J.;
TUNGTHANATHANICH, P.; BIR-
TLES, M.J.; REYNOLDS, G.W.;
SIMPSON, H.V. Growth and morpho-
logical changes in the small intesti-
ne amd the large intestine in piglets
during the first three days after birth.
Journal of the Development of Phy-
siology, v. 18, p. 161-172, 1992.
FURLAN, L.F.; MACARI, M.;
LUQUETTI, B.C. como avaliar os efei-
tos do uso de prebióticos, probióticos
e flora de exclusão competitiva. 5°
Simpósio Técnico de Incubação, Ma-
trizes de Corte e Nutrição, 2004.
DOMENEGHINI, C.; GIAN-
CAMILLO, A.D.; BOSI, G.; ARRIGHI,
S. Can nutraceuticals affect the struc-
ture of intestinal mucosa? Quali- tati-
ve and quantitative microanatomy in
L-glutamine diet- supplemented we-
aning piglets. Vet Res Comm 30:331–
342, 2006.
BASKERVILLE, A.; HAM-
BLETON, P.; BENBOUGH, J.E. Patho-
logic features of glutaminase toxicity.
Br J Exp Pathol 61:132–138, 1980.
Foto
: Div
ulga
ção
Juliana BatistaMédica Veterinária, Mestre em Produção Animal e Especialista em Nutrição Animal Vaccinar
33sindiavipar.com.brSindiavipar
Diante da evolução tecno-
lógica e do poder aqui-
sitivo do consumidor, o
mercado de carnes atingiu deter-
minado grau de exigência que o
fator “qualidade” deixou de ser
um diferencial e passou a ser re-
quisito básico para as indústrias
de produtos avícolas.
Para atestar a sua qualida-
de em nível internacional e se dife-
renciar no mercado, a Cooperativa
Agroindustrial Copagril buscou
a certificação do seu abatedouro
de aves instalado no município de
Marechal Cândido Rondon, região
oeste do Paraná.
Atualmente, a paranaense
Copagril possui a certificação Halal e
também a certificação na Norma Glo-
bal de Segurança de Alimentos do
British Retail Consortium (BRC), que
demonstra o nível de competência da
empresa em matéria de Análise de
Perigos e Pontos Críticos de Controle
(APPCC), higiene, segurança alimen-
tar e sistemas de qualidade.
QualidadecertificadaHá 5 anos a Copagril implementou o programa BRC e,ano após ano, tem conquistado conceito máximo
34 sindiavipar.com.br Sindiavipar
A certificação BRC pas-
sou a ser um dos diferenciais da
Copagril, pois ela é reconhecida
pela Global Food Safety Initiative
(GFSI), um programa que visa har-
monizar as normas internacionais
de segurança alimentar com o
apoio dos maiores varejistas e fa-
bricantes de alimentos do mundo.
Para coroar os esforços e
o zelo da empresa, na auditoria
mais recente a Copagril conquis-
tou o conceito “AA” do BRC, o
mais elevado da norma. Esse re-
sultado se deve às corretas polí-
ticas organizacionais e gerenciais
adotadas pela cooperativa, que
conta com exímio controle sani-
tário de toda a cadeia produtiva,
uma vez que tem matrizeiro pró-
prio, sistema integrado de avicul-
tura de corte, fábrica de rações e
abatedouro.
ExportaçãoO frigorífico da Copagril
realiza abates há 12 anos, seguin-
do rigorosamente os regulamentos
técnicos e comerciais do Brasil e
dos países aos quais exporta, aten-
dendo as especificações de produ-
tos aprovadas pelos clientes.
A planta industrial da coo-
perativa ainda é selecionada pelo
Ministério da Agricultura para re-
ferenciar a cadeia produtiva brasi-
leira em visitas de missões técnicas
do exterior no Brasil.
Hoje, a Copagril está habi-
litada para exportar produtos para
Japão, China, Canadá, Chile, Mé-
xico, Peru, Rússia, África do Sul,
Europa (27 países) e para países da
Lista Geral (mais de 50 países).
ProdutividadePara alcançar o sucesso
na atividade, dois pontos estão
alinhados: evolução tecnológica e
humanização. O parque industrial
da Copagril dispõe de máquinas
modernas na linha de produção,
contando com alto nível de auto-
mação, incluindo desossa, raio-x e
classificação de produtos. De outra
parte, existe grande valorização do
capital humano que justamente faz
tudo acontecer. Os funcionários
dispõem de benefícios e condi-
ções de trabalho que proporcio-
nam bem-estar e satisfação. E na
outra ponta estão os cooperados
que atuam nas granjas de aves,
contando com assistência técnica
especializada da Copagril, assim
como palestras e eventos, levando
ao aperfeiçoamento constante das
práticas de campo e à viabilidade
econômica da atividade.
Meio ambienteA proteção ambiental e a
sustentabilidade também estão
entre as prioridades da Copagril.
A indústria conta com área de
preservação ambiental, trilha
ecológica, lagoas de tratamento
de água e programas de redu-
ção da emissão de poluentes e de
consumo de água. Sendo assim,
a Copagril é uma empresa conec-
tada com a tendência mundial de
proteção da natureza e sustenta-
bilidade do Planeta.
DesempenhoCopagril
Suínos entregues àFrimesa (ano)704.686 mil Litros de leite entregues à Frimesa (ano)55.014.407
Fundação1970
Colaboradores3.092
Associados5.150
Aves abatidas (ano)40.436.717
35sindiavipar.com.brSindiavipar
Aavicultura brasileira é reco-
nhecida mundialmente por
sua eficiência e qualidade.
Responsável por aproximadamen-
te 1,5% do Produto Interno Bruto
(PIB) brasileiro, o setor precisa es-
tar em constante aperfeiçoamento.
Com o objetivo de debater soluções
e inovações do ramo, o Sindicato das
Indústrias de Produtos Avícolas do
Estado do Paraná (Sindiavipar) orga-
niza o V Workshop Sindiavipar: Avi-
cultura do Brasil para o Mundo.
O evento contará com a pre-
sença de importantes nomes da avi-
cultura brasileira, como o presidente
da Associação Brasileira de Proteí-
na Animal (ABPA), Francisco Turra.
“Buscamos reunir especialistas de
diversas áreas, abrangendo desde
sanidade e gestão de pessoas até
informações de mercado. Serão dias
de intensa discussão sobre soluções
inovadoras para um dos setores mais
importantes da economia nacional”,
afirma o presidente do Sindiavipar,
Domingos Martins.
As palestras abordarão di-
versos temas relevantes para pro-
dução avícola, desde assuntos mais
AprendizadointensoNos dias 09 e 10 de novembro será realizado o V Workshop Sindiavipar: Avicultura do Brasil para o Mundo
Evento
36 sindiavipar.com.br Sindiavipar
técnicos como manejo e segurança,
até outros mais voltados para gestão.
Uma delas tratará do controle das
Salmoneloses e será dada pela estre-
ante Eva Hunka, gerente de produtos
da Zoetis que enxerga o evento como
uma oportunidade de união e refle-
xão para o momento da produção de
frango nacional “A participação das
grandes cooperativas e principais
empresas do mercado de produção
animal vai resultar em um workshop
extremamente rico para discutir te-
mas críticos da atualidade”.
Outra novata no evento,
mas experiente acadêmica, é a pro-
fessora doutora Elizabeth Santin
da Universidade Federal do Paraná
(UFPR), sua palestra apresentará os
impactos econômicos da avaliação
de qualidade intestinal, ela espe-
ra que as mensagens discutidas no
evento não fiquem limitadas apenas
aos participantes, mas que elas pos-
sam também ser difundidas ao gran-
de público.
O gerente técnico comer-
cial da Anpario, Leonardo Amaral,
já compareceu diversas vezes como
ouvinte, mas será sua primeira vez
como palestrante, ele discursará
sobre a performance de aditivos
nutricionais. “Eu estou me sentindo
bastante honrado e com um com-
promisso muito grande também. O
tema que vamos abordar é muito
interessante, pois além de ser uma
tendência, é uma realidade na cadeia
de produção, e tenho uma grande
expectativa para o evento”, conta
Amaral.
Alguns participantes já
compareceram em edições passadas,
como é o caso do Diretor de Negó-
cios da Vaccinar, Júlio Pinto, presente
no IV Workshop Sindiavipar. “Bus-
car a máxima produção de pintinhos/
matriz alojada é objetivo comum,
porém fazê-lo assegurando que os
pintinhos de corte tenham qualidade
para expressar todo o seu potencial
genético no campo é complexo e
multifatorial. Para isso, é necessário
que as áreas envolvidas cumpram o
seu papel”, adianta Júlio Pinto sobre
debates que trará em sua palestras.
O Diretor Presidente da
Agência de Defesa Agropecuária
do Paraná (Adapar), Inácio Afonso
Kroetz, também está entre os con-
firmados. Kroetz esteve presente na
última edição do evento e avaliou a
participação como positiva, além de
destacar o interesse demonstrado
pelo público. Este ano trará discus-
são a respeito dos desafios e solu-
ções na sanidade da cadeia produtiva
de aves no Paraná.
Quem também se apre-
sentará é o especialista em aves de
criação, Vitor Hugo Brandalize, da
Cobb-Vantress, ele dissertará a res-
peito da nutrição direcionada para a
redução dos custos de produção dos
frangos de corte. “Os eventos do Sin-
diavipar sempre são muito importan-
tes para a avicultura brasileira, devido
à importância do Paraná neste setor.
O Brasil é o segundo maior produ-
tor de frangos de corte e é o maior
exportador de carne de frangos do
mundo, portanto, um encontro como
este, sempre gera oportunidades
principalmente com relação a troca
de tecnologias entre pesquisadores
e empresas” informa. Além destes
estão confirmados: Osler Desouzart,
também da Cobb-Vantress e Mário
Penz, diretor global para assunto es-
tratégicos da Cargill.
Atrações
Pela primeira vez o Jan-
tar do Galo acontecerá junto com o
Workshop, o evento é uma cerimô-
nia especial feita para comemorar os
grandes feitos da avicultura brasilei-
ra, a festa ocorre bianualmente e esse
ano será realizada no primeiro dia do
evento (09).
InscriçõesOs interessados em partici-
par do evento, podem realizar a ins-
crição pelo site oficial da entidade.
Até o dia 10 de outubro, associados,
avicultores, parceiros e estudantes
podem garantir presença pelo valor
de R$ 250, e não associados pagam
R$ 320. A partir de 7 de novembro,
os valores serão reajustados para R$
350 e R$ 450, respectivamente.
250
8inscritos em última edição
palestrantesconfirmados
37sindiavipar.com.brSindiavipar
A sexta edição da Semana da
Indústria, promovida pela
Federação das Indústrias do
Estado do Paraná (Fiep), foi marcada
por homenagens aos paranaenses que
investem no parque industrial estadu-
al. Dentro da programação festiva da
semana, a entrega dos prêmios Mérito,
Benemérito Industrial e Pinheiro de
Ouro ganharam destaque.
O troféu de Mérito Industrial é
entregue para personalidades parana-
enses que se destacam pela capacidade
de empreender e agem em favor do de-
senvolvimento industrial, auxiliando na
formação profissional dos trabalhado-
res. O troféu de Benemérito possui os
mesmos requisitos, mas é entregue em
memória.
Os responsáveis por empresas
curitibanas que receberam o troféu de
Mérito Industrial foram: Padaria Améri-
ca e Pipoteca. Já o Benemérito foi entre-
gue à família do dirigente da Technocoat
Group, Antonio Zanchett. O presidente
da Fiep, Edson Campagnolo, apontou o
motivo de premiar a comunidade indus-
trial: “Nossa intenção foi valorizar esses
empreendedores, mostrando que essas
pessoas mantêm a chama viva dos seus
negócios, gerando empregos, renda e re-
colhendo impostos que beneficiam toda
a sociedade”.
Já o grande prêmio da noite,
Pinheiro de Ouro, tem como objetivo
reconhecer figuras e instituições que
colaboram para o desenvolvimento da
sociedade. Desta vez, os premiados
foram o ex-governador do Paraná, Jayme
Canet Junior, o ex-prefeito de Capanema
(região sudoeste do estado), Marcelino
Ampessan e também a Força-Tarefa da
Operação Lava Jato.
Campagnolo afirmou que o
evento superou suas expectativas “Fo-
ram dias especiais para a comunidade
industrial paranaense, mas também
para todos os brasileiros que acreditam
que mudanças virão logo após esta
tempestade passar”.
Evento
Fiep premia paranaensesSemana da Indústria, realizada em maio, homenageou personalidades que se dedicam ao setor industrial no estado
Nossa intenção foi valorizar esses empreendedores,
mostrando que essas pessoas mantêm a chama
viva dos seus negóciosEdson Campagnolo, Presidente da FIEP
38 sindiavipar.com.br Sindiavipar
A Agência de Defesa Agrope-
cuária do Paraná (Adapar)
tem o objetivo de estabele-
cer normas, padrões e procedimentos
que possam contribuir para o desen-
volvimento da sanidade da produção
agropecuária do Paraná. A agência ini-
ciou as atividades em 2012 e em junho
completou cinco anos. O diretor-pre-
sidente, Inácio Afonso Kroetz, afirma
que a Adapar vem desde o seu início
se estruturando a fim de aperfeiçoar a
produção agropecuária no estado para
atender aos mercados mais exigentes.
O secretário de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento do Estado,
Norberto Ortigara, aponta a importân-
cia do agronegócio para o estado: “o
agro tem um peso enorme para o con-
junto de riquezas que o Paraná tem”.
E por esse motivo se deve a relevância
dos serviços prestados pela Adapar.
Ortigara dá destaque para alguns fei-
tos da entidade, como a criação e ade-
quação de postos fixos para controle
do trânsito de animais, vegetais e seus
produtos. E afirma que houve percep-
tível melhora no serviço agropecuário
desde a criação da agência.
Para comemorar a data, a
Adapar organizou entre seus servi-
dores a ação social “Doe vida, doe
amor” em parceria com o Hemepar.
Os servidores foram incentivados
a doar sangue e também se cadas-
trar para doação de medula óssea. A
agência contabilizou doações em 10
Unidades Regionais da Adapar. Além
disso, houve uma cerimônia realizada
no dia 22 de junho para servidores da
entidade e autoridades do setor agro-
pecuário paranaense em Curitiba (PR).
Estiveram presentes no even-
to o secretário de Agricultura, Pecuá-
ria e Abastecimento do Estado, Nor-
berto Ortigara, os representantes do
Sindiavipar Valdecir Bertoncello e Sr.
Icaro Fiechter , o vice-presidente do
programa Oeste em Desenvolvimento
e também diretor-executivo da Frime-
sa, Elias Zydec; Dylliardi Alessi, diretor
legislativo da Alep; Beto Guzzo, pre-
sidente da Suinosul; Ademir Mueller,
presidente da Fetaep; Humberto Ma-
lucelli Neto, superintendente do Senar;
Antônio Leonel Poloni, assessor técni-
co da Faep; Marcelo Percicotti da Silva,
gerente da Fiep e Robson Mafioletti da
Organização das Cooperativas do Pa-
raná (Ocepar).
Kroetz aponta a importância
da reunião: “foi um marco, consolida a
Adapar e o trabalho a favor da defesa
agropecuária”.
Evento
Mais umano de vidaAdapar organizou ação social e cerimônia para festejar o aniversário de cinco anos
40 sindiavipar.com.br Sindiavipar
N no início de junho, o Minis-
tério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento divulgou a
alteração da Instrução Normativa (IN)
Nº 18, que altera a IN 56. Conforme
a alteração, os artigos 10-a 10-b fo-
ram revogados, e, por isso algumas
exigências deixam de ser aplicadas.
Como é o caso do piso de alvenaria,
que antes era obrigatório em todos os
aviários de produção comercial que es-
tivessem num raio de três quilômetros
de estabelecimentos de reprodução.
Para o fiscal da defesa agro-
pecuária do Adapar, Cassiano Kahlow,
a exigência do piso de alvenaria mui-
tas vezes inviabilizava a construção
do aviário. “Antes todos os aviários
de corte e postura do Paraná que es-
tavam dentro do raio de reprodução,
solicitar uma ampliação, após passar
pela análise de risco, tinham a obriga-
ção de definir o piso de alvenaria. Com
a alteração, se ele tiver o risco aceito
para construir, o piso fica só como
uma opção”. Dessa maneira o princi-
pal benefício para o avicultor é a re-
dução de custos na hora de construir
seus aviários de corte.
Além disso, algumas vezes, a
viabilidade do piso de alvenaria foi co-
locada em xeque devido a problemas
sanitários, principalmente por ques-
tões de umidade e rachaduras, que
podem trazer algumas complicações e
prejudicar a produção. Outra mudança
foi o registro de estabelecimentos de
ensino e pesquisa, que anteriormente
não tinham uma categoria específica.
A criação de aves ornamentais
também foi regulamentada. E a partir
de agora, tais aves estão dentro de
uma categoria específica de registro.
“Facilita para o avicultor, porque an-
tes ele ficava na informalidade, agora
é possível registrar estas espécies, for-
talecendo a sanidade do estado. Au-
mentando a biosseguridade desses es-
tabelecimentos e assim conseguimos
ter uma base mais sólida de cadastro
da avicultura”, comenta Kahlow.
Legislação
Mudança Positiva Após cinco anos da última alteração da IN 56, piso de alvenaria não é mais exigido em aviários de corte
Facilita para o avicultor, porque antes ele ficava
na informalidade, agora é possível
registrar estas espéciesCassiano Kahlow, fiscal da defesa agropecuária do Adapar
41sindiavipar.com.brSindiavipar
Garantir uma maior quali-
dade no produto oferecido
com um menor custo de
produção. Esse é um desafio que a
indústria avícola paranaense conhe-
ce bem. Afinal, o consumo dessa
carne tem aumentado no Brasil. Em
média o brasileiro consome 45 qui-
los de frango anualmente, segundo
levantamento da consultoria MB
Agro. E para acompanhar essas de-
mandas, as empresas fornecedoras
de maquinários têm buscado apos-
tar em soluções inovadoras para
auxiliar a cadeia produtiva de aves.
Em um estado que abateu 745,83
milhões de cabeças de frango so-
mente nos primeiros cinco meses de
2017, ser eficiente no processamento
é primordial para permanecer como
referência no setor.
“A automação se mostra
um excelente custo-benefício para
melhorar o processo industrial,
trazendo mais rendimento e redu-
zindo custos de produção”, declara
o diretor da Linco Food no Brasil,
Marcos Prado. Esses maquinários
auxiliam em diversas fases da pro-
dução. Desde o suprimento, pas-
sando pelo atordoamento, abate,
escaldagem, depenagem, eviscera-
ção, resfriamento, corte, desossa,
fatiamento, processamento, mari-
nagem em linha e, por fim, coleta
da carne. Além disso, o final do
processo também é feito por esses
equipamentos, como por exemplo a
pesagem e etiquetagem. “Ao equili-
brar perfeitamente o trabalho ma-
nual e a industrialização, os custos
diminuem e os lucros aumentam.
Desta forma, a indústria avícola
pode atingir seu maior potencial de
desempenho”, afirma o gerente co-
mercial da Marel Poultry no Brasil,
Lambert Rutten.
A tendência é que as empre-
sas que ainda não iniciaram a auto-
mação em seus processos de pro-
dução comecem seus investimentos
Indústria
InvestimentoprodutivoTecnologia do maquinário na indústria avícola permite redução nos custos de produção e aumento nas receitas
42 sindiavipar.com.br Sindiavipar
pelas áreas de evisceração e cortes.
Em sequência, elas tendem a bus-
car a inserção em atividades como
transferência automática, pesagem
on-line, variações de corte anatômi-
co, desossa automática de peito e
também de pernas. Novas práticas
como os sistemas de classificação
de peso, qualidade por imagem e
softwares de controle também vêm
ganhando destaque nos últimos
anos. “O nosso Sistema de Inspe-
ção por imagem ClassifEYE serve
para detectar a qualidade das car-
caças e ajudar a tomar as decisões
de utilização destas, além de iden-
tificar eventuais ajustes que devem
ser feitos no processo para melhoria
da qualidade", explica Prado sobre
um dos recentes produtos disponi-
bilizados pela Linco Food no Brasil.
O corte dos filés de frango
também recebem atenção especial
desse mercado. Seja no peito ou
nas sobrecoxas desossadas, a li-
nha de produção realiza a separa-
ção dos ossos, pele e cartilagem,
se adequando aos diferentes tama-
nhos dessas partes, tudo de forma
mais rápida e eficiente que o pro-
cedimento manual. “Nosso sistema
de manuseio de aves vivas Stork
ATLAS, o Stork Thigh Fillet Sys-
tem, o primeiro sistema em linha de
desossa de sobrecoxa de alta velo-
cidade do mundo e a solução inte-
ligente de filetagem de peito Stork
AMF-i demonstram o nosso esfor-
ço em melhorar a segurança dos ali-
mentos, sua durabilidade, além do
bem -estar dos animais”, contextu-
aliza Rutten, da Marel Poultry.
745 mi de cabeças de frango foram abatidas no
Paraná de janeiro a maio de 2017
A reciclagem de embala-
gens nas indústrias de
alimentos paranaenses
para uso como matéria-prima em
novos produtos, já é uma reali-
dade no estado. E para avançar
nesses esforços, em 5 de julho,
foi lançada, em solenidade na
sede da Federação das Indús-
trias do Estado do Paraná (Fiep),
as atividades do Instituto Para-
naense de Reciclagem (InPAR).
O Insituto foi criado em parceria
entre o Sindicato das Indústrias
de Produtos Avícolas do Estado
do Paraná (Sindiavipar) e ou-
tros cinco sindicatos (Sindicato
das Indústrias de Cacau e Balas,
Massas Alimentícias e Biscoitos,
de Doces e Conservas Alimentí-
cias do Estado do Paraná – Sin-
cabima -, o Sindicato das Indús-
trias de Carne e Derivados do
Estado do Paraná - Sindicarne - ,
Sindicato da Indústria de Torre-
fação e Moagem de Café no Es-
tado do Paraná – Sinduscafé - ,
Sindicato da Indústria de Panifi-
cação e Confeitaria do Estado do
Paraná - Sipcep - e o Sindicato da
Indústria do Trigo no Estado do
Paraná – Sinditrigo) juntamente
com a Fiep. O início desse pro-
jeto ocorreu em 2014, quando foi
assinado o Termo de Compro-
misso do setor com a Secretaria
do Meio Ambiente do Estado do
Paraná (Sema).
A criação do InPAR vai
de acordo com a Política Na-
cional de Resíduos Sólidos (Lei
12.305/2010), que busca fomen-
tar práticas de desenvolvimento
econômico e social para viabi-
lizar a coleta e restituição dos
resíduos ao setor empresarial.
As atividades do Instituto serão
desenvolvidas por meio de pro-
jetos, programas ou planos de
trabalho específicos, articulados
previamente entre os associados
interessados e demais institui-
ções colaboradoras estratégicas,
onde serão definidos objetivos,
metas, ações, responsabilidades,
recursos humanos e financeiros,
materiais e prazos, a ele ine-
rentes. “A legislação sobre este
tema coincidiu com o início da
nossa gestão e desde então esta-
mos trabalhando no sentido de
apoiar as indústrias para que elas
se adequem e possam cumprir
a lei”, afirmou o presidente da
Fiep, Edson Campagnolo, duran-
te o evento de lançamento.
O InPAR será presidido
pelo presidente do Sincabima,
Rommel Barion. Ele explicou
que o foco do Instituto será re-
alizar ações com cooperativas
As indústrias não são inimigas do meio ambiente. Estamos sempre buscando meios de produzir
nossos materias sem gerar grandes impactos
na naturezaDomingos Martins,presidente do Sindiavipar
Trabalho iniciadoInstituto Paranaense de Reciclagem começou suas atividades com uma solenidade na sede da Federação das Indústrias do Paraná
Meio ambiente
44 sindiavipar.com.br Sindiavipar
de catadores de recicláveis e
empresas do setor. “Além dis-
so, vamos também promover
ações de educação ambiental
porque não basta apenas atacar
as questões legislativas. Temos
que focar na educação”, ressal-
tou. Barion ainda informou que
o Serviço Nacional de Apren-
dizagem Industrial (Senai) será
parceiro da iniciativa e dará o
suporte necessário nas áreas de
tecnologia e pesquisa.
O presidente do
Sindiavipar, Domingos Martins,
esteve presente no evento e des-
tacou a responsabilidade das
indústrias em zelar com o meio
ambiente, gerando benefícios
para toda sociedade. “As indús-
trias não são inimigas do meio
ambiente. Estamos sempre bus-
cando meios de produzir nos-
sos materiais sem gerar grandes
impactos na natureza, inclusive
transformando resíduos em pro-
dutos novos, gerando renda e
emprego para os paranaenses”.
O lançamento do InPAR
também contou com a presença
do secretário de Meio Ambiente
e Recursos Hídricos do Paraná,
Antonio Carlos Bonetti, que des-
tacou o apoio do órgão a inicia-
tiva. “A legislação existe, mas
apostamos sempre na partici-
pação da sociedade. Neste caso,
não precisamos da fiscalização,
mas da consciência dos empre-
sários que, de forma organizada,
como no InPAR, estão fazendo a
sua parte”, destacou Bonetti. En-
tre em contato com o Sindiavipar
para fazer sua adesão e tirar suas
dúvidas: (41) 3224-8737.
5sindicatos em conjunto com o Sindiavipar
criaram o InPAR
Domingos Martins e representantes de outros sindicatos na cerimônia de inauguração do InPAR
Fot
o: G
elso
n B
ampi
- F
IEP
Sindiavipar 45sindiavipar.com.br
Notas e registros
Vaccinar contrata Gerentede Contas Especiais
Contratado em março para
o cargo de Gerente de Contas
Especiais, o médico veterinário,
Antonio Luiz Rossetti, está lotado
no departamento comercial, junto
à diretoria de Negócios Nutrição.
Sua principal atividade é atender
aos clientes de grande porte no
segmento de monogástricos.
Para o diretor de Negócios
e Nutrição, Julio Pinto, a contra-
tação reflete a preocupação da
companhia com a qualidade do
atendimento prestado ao cliente,
orientando-o e atendendo-o em
suas necessidades. Rossetti chega
com o compromisso de levar aos
clientes os valores da empresa.
Alinhando suas ações com
o planejamento estratégico da em-
presa, o gestor apresenta propostas
para as necessidades levantadas,
oferecendo os produtos mais indi-
cados para cada caso, elaborando
projetos e orientando a equipe.
Identificado com os va-
lores da empresa, entre eles ética
e transparência, respeito à vida e
amor ao negócio, Rossetti espe-
ra contribuir para o crescimento e
desenvolvimento da organização.
Acesse: vaccinar.com.br
SIAVS promove palestras gratuitaspara produtores
Atualizar o produ-
tor com informações sobre
o mercado e debater as boas
práticas de produção para a
melhoria da produtividade.
Estes são alguns dos obje-
tivos do tradicional Projeto
Produtor, promovido pela As-
sociação Brasileira de Proteí-
na Animal (ABPA), durante o
Salão Internacional de Avicul-
tura e Suinocultura - SIAVS
2017 (de 29 a 31 de agosto),
no Anhembi Parque, em São
Paulo (SP).
A ação exclusiva do
SIAVS oferecerá palestras gra-
tuitas para os produtores de
aves e suínos integrados e in-
dependentes de todo o Brasil.
As palestras são especialmente
desenvolvidas dentro das de-
mandas atuais destes setores.
E os produtores também po-
derão conferir lançamentos e
novidades trazidas pelas em-
presas fornecedoras dos seto-
res avícola e suinícola para o
SIAVS.
A participação no
Projeto Produtor é gratuita e
somente serão aceitas inscri-
ções antecipadas, realizadas
pelos seguintes de e-mails:
- [email protected] (aves)
(suínos).
- Telefone: (11) 3095-3120
- Site: www.siavs.com.br.
46 sindiavipar.com.br Sindiavipar
P rosperidade acaba de ser certificada de que seus dedos aten-
dem o "21 CRF 177.2600" mais recente do FDA/USA, que, por sinal, são Normas bastante rigorosas. O que isto representa para o Mer-cado de Carnes de Aves? A Prosperidade existe
desde 1984 sob quatro pilares:
respeito ao cliente, garantia da
qualidade, valorização do ser
humano e reverência ao meio
ambiente. Em 1996 recebeu a
1ª Certif icação em nível de FDA
e assim seus clientes puderam
otimizar resultados com segu-
rança aumentando a qualidade
dos processos de depenação. O
objetivo de melhoria constante
envolve hábeis colaboradores,
fornecedores e profissionais
em intensos e contínuos expe-
rimentos. A recente acreditação
de que Prosperidade atende às
Normas Internacionais mais exi-
gentes é natural, visto que sem-
pre teve facilidade em adaptar-
-se à quaisquer requisitos, pois
só usa na linha de produção
insumos virgens com rastrea-
bilidade e qualidade garantida.
O que, aliás, está registrado no
Certif icado PDI nº 1672/16(6) de
27/06/2017.
ANVISA RDC 123/01, item 3.10, proíbe o uso de bor-racha regenerada na pro-dução de dedos, exigindo até que as matérias-pri-mas sejam todas virgens e de primeiro uso. E a RDC 026/15 segue a mesma li-nha. Qual a diferença en-tre borracha reciclada/regenerada e as matérias--primas virgens e o que isto pode significar para o Agronegócio de Carnes?A diferença é gritante até nos
custos. Matérias-primas limpas
custam o que valem e os compo-
nentes reciclados/regenerados
são baratos e sem qualidade, já
que se originam de pneus velhos
e sucatas de Indústrias. Por se-
rem elementos poluentes e que
não se degradam são de difícil
descarte. A solução é recolher
e triturar, de onde se obtém um
pó preto, barato e de forte odor,
geralmente usado em recauchu-
tagens. A irresponsabilidade
leva alguns fabricantes a usarem
tais subprodutos como carga na
produção de dedos de 2ª linha
devido os baixos custos. Situa-
ção que persiste pela ganância
de quem quer comprar sempre
o mais barato sem ver o risco a
que expõem os consumidores de
carne. As RDC 123/01 e 026/15
da ANVISA poderiam ajudar,
mas só falta serem aplicadas, di-
ferentemente do que ocorre em
outras partes do Mundo. Afinal,
dedos depenadores são elemen-
tos cr íticos, pois sem eles é im-
possível o abate de aves.
Agora habilitada para estar entre os grandes players, o que significa a Prosperidade para o Brasil e o Mundo?Um porto seguro para todos os
abatedouros, tanto no que tange
à qualidade como segurança.
Destaque internacional
47sindiavipar.com.brSindiavipar
Estatísticas
Para mais informações, acesse: sindiavipar.com.br
PARANÁFRANGOEXPORTAÇÃOABATE (cabeças)
PARANÁPERUABATE (cabeças) EXPORTAÇÃO
Fonte das tabelas: Sindiavipar / Secex
Participação do Paraná nas exportações do Brasil - Acumulado / kg
Principais destinos da carnede frango do Paraná - Acumulado / Ton
Paraná 775.875.461
36,41%
Brasil 2.131.178.328
Mês 2016 2017
Março 156.152.728 163.080.783
Abril 148.268.092 136.910.766
Maio 148.695.478 156.073.904
Junho 156.488.439 143.121.420
Acumulado 893.841.082 888.957.460
Mês 2016 2017
Março 637.252 667.735
Abril 625.626 557.324
Maio 815.156 618.936
Junho 940.724 770.061
Acumulado 4.159.336 3.875.170
2017 kg US$
Março 141.227.668 229.342.862
Abril 121.499.703 196.973.805
Maio 124.979.240 200.274.607
Junho 136.393.993 220.062.797
Acumulado 775.875.461 1.253.939.226
2017 kg US$
Março 3.688.589 9.836.188
Abril 2.001.065 5.576.997
Maio 2.597.567 7.214.558
Junho 3.095.590 7.893.981
Acumulado 18.490.578 49.463.714
China 75,3 miÁfricado Sul
97,2 mi
Emirados Árabes 65,2 mi
146,7 miArábiaSaudita
Japão 53,3 mi
48 sindiavipar.com.br Sindiavipar
Frango Sabor Caipira
SIP 0003-A | SISBIIvaiporã - frangocaipiraivaipora.com.br
PARANÁReferência em produção, exportação e sanidade avícola
Abatedouro CoroavesMaringá - coroaves.com.brSIF 2137
Avenorte Avícola Cianorte
SIF 4232Cianorte - guibon.com.br
JBS Foods
SIF 2677Jaguapitã - jbs.com.br
Frango DM
SIF 270Arapongas - frangoagosto.com.br
Frangos Pioneiro
SIF 1372Joaquim Távora - frangospioneiro.com.br
Jaguafrangos
SIF 2913Jaguapitã - jaguafrangos.com.br
Granjeiro Alimentos
SIF 4087Rolândia - frangogranjeiro.com.br
SIF 603
Unitá - Cooperativa CentralUbiratã - unitacentral.com.br
SIF 1876
Agroindustrial São JoséSanta Fé
JBS Foods
SIF 2227Jacarezinho - jbs.com.br
JBS FoodsRolândia - jbs.com.brSIF 1215
BRF
SIF 424Carambeí - brf-br.com
Noroeste
Centro Ocidental
Centro Oriental
SudoesteNorte Central
Norte Pioneiro
exportaçãogeral
exportaçãopara UE
Fábricade ração
Abatedouros Incubatóriosexportação para ChinaAbate Halal
SIF 664
Aurora AlimentosMandaguari - auroraalimentos.com.br
GTFoods
SIF 1860Paraíso do Norte - gtfoods.com.br
GTFoods
GTFoods
SIF 1880
SIF 3773
Paranavaí - gtfoods.com.br
Terra Boa - gtfoods.com.br
GTFoods
SIF 4166Maringá - gtfoods.com.br
Marco AviculturaTamarana
IntegraMaringá - integra.agr.br
SIF 7777Santo Inácio – jbs.com.brJBS Foods
Granja Econômica AvícolaCarambeí - granjaeconomica.com.br
JBS Foods
SIF 530Lapa – jbs.com.br
Metropolitana de Curitiba
Coopavel Coop. Agroind.
SIF 3887Cascavel - coopavel.com.br
BRF
SIF 716Toledo - brf-br.com
Globoaves
SIF 1672Cascavel - globoaves.com.br
Oeste
C. Vale Coop. Agroindustrial
SIF 3300Palotina - cvale.com.br
Coop. Agroindustrial Lar
SIF 4444Medianeira - lar.ind.br
Copacol Coop. Agroind. Consolata
SIF 516Cafelândia - copacol.com.br
Coop. Agroindustrial Copagril
SIF 797Mal. Cândido Rondon - copagril.com.br
Globoaves AgroavícolaCascavel - globoaves.com.br
Avícola CarminattiSanto Antônio do Sudoeste avicolacarminatti.com.br
BRF
SIF 1985Dois Vizinhos - brf-br.com
BRF
SIF 2518Francisco Beltrão - brf-br.com
Vibra Agroindustrial
SIF 3170Itapejara do Oeste - vibra.com.br
Vibra Agroindustrial
SIF 2212Pato Branco - vibra.com.br
DIP Frangos
SIF 2539Capanema - dipfrangos.com
Avícola Pato Branco Pato Branco - avicolapb.com.br
Granja RealPato Branco - granjareal.com.br
Gralha Azul AvícolaFrancisco Beltrão - gaa.com.br
Pluma AgroavícolaDois Vizinhos - plumaagroavicola.com.br
JBS Foods
SIF 2694C. Mourão - jbs.com.br
sindiavipar.com.br facebook.com/sindiavipar
Capanema - dipfrangos.com