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Mais Educativa | Dezembro '12

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AGARREM-ME ESSE PROFESSOR! Admirados pelos alunos, reconhecidos pela escola e premiados fora dela. Qual é o segredo destes docentes que muitas turmas gostariam de receber este Natal no sapatinho?

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2 | MaisEducativa . Outubro 2012

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Liga-te à !A Mais Educativa chega todos os meses à tua escola. No entanto, se não fores a tempo de apanhar um exemplar em papel, tens sempre a versão Pdf disponí-vel no site www.maiseducativa.com. Em época natalícia, damos-te a conhecer mais uma novidade: a partir de janeiro, a Mais Educativa faz-te companhia através da SJRádio. Seja através do teu computador ou no MP3 que trazes no bolso (e para onde poderás descarregar os programas preferidos), só queremos uma coisa: desejar-te feliz Natal e dizer-te que vamos estar sempre contigo... Agora também em formato rádio.Texto: Bruna Pereira e Bruno Barbacena

SJ RÁDIO... Que rádio é essa?

Que programas passam na SJRádio?

Como sei que vou gostar da SJRádio?

Onde posso ouvir a SJRádio?

Nasceu em 2003, como um projeto do Agrupa-mento de Escolas de São João do Estoril, mas depressa atravessou as fronteiras do circuito interno da Escola Secundária de São João do Estoril. A funcionar ininterruptamente entre as 10h e as 18h para a comunidade escolar, a rádio serve de banda sonora para o dia-a-dia destes estudantes, como espelha o seu slogan “Agarra a tua música!”.

A nível musical, a rádio conta com os melhores hits na sua playlist. No que toca a programas, estes são irreverentes – como tu gostas. Nomes como “TPC”, “bloco de Notas” ou “Plano Z das Mulheres” fazem parte da grelha da SJRádio.

A diferença desta rádio está em que, além de estar vocacionada para estudantes, é feita pelos próprios estudantes. Assim, o projeto conta com

Desde há quatro anos podes ouvi-la também na internet – sem precisares de ser aluno da Secun-dária de São João do Estoril. Isto quer dizer que há em www.sjradio.com uma emissão de 24h à espera de qualquer jovem estudante ouvinte, independente do espaço geográfico onde resida ou estude. Onde entra

a Mais Educativa?Como publicação distribuída em colé-gios, escolas secundárias e profissionais de todo o país, a Mais Educativa não podia passar ao lado deste projeto e associou-se a ele como parceira. A partir de janeiro, vais poder ouvir o Magazine Mais Educativa e conhecer em destaque as notícias e os projetos que fazem a tua revista todos os meses. Também estamos a preparar a ligação direta da SJRádio ao site www.maiseducativa.com, para não perderes tempo!

a colaboração de alunos do secundário (como tu) e também alunos universitários (como pensas vir a ser, talvez), que dão vida às emissões. Portanto, só tens de te sintonizar online e tirar a prova dos noves, certo?

ProjetosMais Educativa

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Condições gerais dos passatempos da Mais Educativa1. Os passatempos da Mais Educativa têm uma data de início a 4 de dezembro e de fim a 3 de janeiro (que corresponde à duração do mês da publicação da revista) fora das quais todas as participações recebidas serão recusadas. | 2. Das respostas recebidas, apenas serão consideradas válidas as que preen-cherem devidamente os campos solicitados no formulário de resposta. | 3. Só é aceite uma resposta válida por endereço de e-mail e por concorrente. | 4. Do conjunto de respostas válidas recebidas, os premiados serão selecionados de acordo com o método de seleção e o número de prémios comuni-cados no respetivo passatempo. | 5. No caso do número de participações ser inferior ao número de prémios disponíveis, serão contemplados todos os participantes que responderem acertadamente. | 6. A lista dos premiados será publicada online, na área de Passatempos, sendo os vencedores ainda notificados via e-mail ou telefone, pelo que os participantes deverão facultar sempre os seus contactos corretos e atuais. | 7. Todas as demais dúvidas e questões podem ser endereçadas para o e-mail [email protected]. | 8. Caso os prémios não sejam levantados após 3 meses de serem anunciados os vencedores, esse vencedor perderá o direito a esse prémio.

PASSATEMPO

BINGO Participa e ganha!

3 | ÍNDICE . BINGO

13 | PROFISSÃO DO MÊS

10 | DÁ QUE FALAR

4 | PÁGINA A PÁGINA

14 | MÁQUINA DO TEMPO5 | PLAYLIST

15 | CONSULTÓRIO ESCOLAR6 | TAKE 1

7 | EM FORMA

8 | TARABYTES

ÍNDICEQUERO UM PROFESSOR ASSIM

ÍNDICE | BINGO

temos mais passatempos para ti!entra em www.maiseducativa.come habilita-te a ganhar!

Dezembro 2012 . MaisEducativa | 3

São admirados pelos alunos, reconhecidos na escola, motivo de orgulho na comuni-dade e um exemplo a seguir por outros colegas de profissão. A Mais Educativa foi à procura de docentes que, pelas atividades que promovem e os métodos de ensino que utilizam dentro sala de aula (e fora dela), seriam uma ótima prenda no teu sapatinho, este Natal.

Forever young!A Mais Educativa e a Movijovem querem que ser jovem seja uma experiência que não esqueças – sobretudo este Natal, altura em que temos 5 cartões Jovem e um vale duma noite em quarto duplo na Pousada de Juventude de Almada (Lisboa) para oferecer.

Para te habilitares a um destes fantásticos prémios, apenas terás que responder originalmente à seguinte pergunta:

O que significa para ti ser jovem?

Escreve-nos uma frase, um texto, um poema. Envia-nos um vídeo, um desenho ou até uma fotografia... A imaginação fica por tua conta. Por cá, nós garantimos para o primei-ro classificado um kit composto por Cartão Jovem + um vale na Pousada de Juven-tude de Almada. Os restantes 4 classificados recebem 1 Cartão Jovem para poderem usufruir de inúmeras vantagens e descontos em cinema, festivais de música, viagens, Pousadas de Juventude, eventos desportivos, museus, monumentos, estabelecimen-tos comerciais... E muito mais!

Entra em www.maiseducativa.com, procura este passatempo na secção de passatempos/Bingo! E envia a tua resposta através do formulário apresentado. Que a sorte esteja contigo!

PVP: 10 euros (Cartão Jovem) + 45 euros (valor de referência para uma noite nas Pousadas de Portugal)

PVP: 69,99 euros

Esta informação foi cedida pelo Departamento Comercial

Na ponta dos dedos... E dos pés!É um dos videojogos desportivos com mais fãs em todo o mundo e, este Natal, pode aparecer no teu sapatinho... Com direito a um brinde para os amantes do futebol. Como? A Electronic Arts (EA) e a Mais Educativa têm 5 packs (Fifa 13 para PS3 + bola de futebol EASports).

Para te habilitares a este fabuloso prémio, apenas terás de respon-der acertadamente ao questionário de escolha múltipla apresenta-do em www.maiseducativa.com (secção de passatempos/Bingo!). Boa sorte e, esperamos, boas partidas futebolísticas para breve!

Ficha TécnicaProprietário/Editor: Young Direct Media, Lda

www.maiseducativa.com

Empresa jornalistica inscrita com o nº: 223852

NIPC nº 510080723

Tlf: 21 155 47 91Fax: 21 155 47 92

Email geral: [email protected]

Tiragem: 40.000 exemplaresPeridiocidade: Mensal

Registo na ERC nº 126169Depósito legal: 341259/12

ADMINIsTRAção

DIREToRA EDIToRIAL

DIREToRA GERAL DA EMPREsA

DIREToR ADJUNTo DA EMPREsA

DIREToR CoMERCIAL E PUBLICIDADE

REDAção

CoLABoRADoREs EDIToRIAIs

DEsIGN

NEw MEDIA

CoMUNICAção E DIsTRIBUIção

Graça santos, [email protected]

Bruna Pereira, [email protected]

Graça santos, [email protected]

Paulo Fortunato, [email protected]

Duarte Fortunato, [email protected]

Renato Paiva, Revista Empire e Bruno Barbacena

Mónica santos, [email protected]

André Rebelo, [email protected]

samuel Alves, [email protected]

Banco de imagens: Todas as imagens utilizadas na publicação, salvo as que estão creditadas,

são retiradas do depositphotos.com

EsTA PUBLICAção Já sE ENCoNTRA EsCRITA Ao ABRIGo Do Novo ACoRDo oRToGRáFICo.

Bruna Pereira, [email protected] João Diogo Correia, [email protected]

Tipografia e Morada: Lidergraf - Rua do Galhano, n.º 154480-089 vila do Conde, Portugal

sede de redação: Rua Ester Bettencourt Duarte, Lote 76, 2625 - 095 Póvoa de santa Iria

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“Pipocas com telemóvel e outras histórias de falsa ciência”David Marçal e Carlos FiolhaisEdição: 2012 | Páginas: 276 | Editor: Gradiva Coleção: Ciência Aberta PVP: 12 euros

E que tal ofereceres um livro no Natal? Entra em www.maiseducativa.com e vê as nossas sugestões literárias.

“A Ciência não

O nome dos autores dispensa apresentações, mas o título do seu último livro em conjunto (o anterior foi "Darwin aos tiros e outras histórias") merece uma apreciação, como fez questão de sublinhar Carlos Fiolhais: “Isto surgiu depois dum daqueles e-mail que se enviam aos amigos e que os amigos enviam aos amigos... E que desta vez falava de pipocas feitas com o telemóvel”. Na sala, todos ficaram mais elucidados ao ver do que se tratava, aquando da reprodução dum vídeo no YouTube onde um grupo de jovens consegue transformar alguns grãos de milho em pipocas, aparentemente, através das radiofrequências dos seus telemóveis, “o que é impossível”, garantem os autores do livro, aludindo a possíveis efeitos especiais ou a um simples gerador de energia debaixo da mesa de onde saltam misteriosas pipocas.

E se um livro procurasse mostrar o que é a Ciência dando exemplos do que, definitivamente, não tem nada de científico? É isso que pretende “Pipocas com telemóvel e outras falsas histórias de falsa ciência”, cuja apresentação decorreu no passado dia 5 de novembro, na FNAC do Colombo, em Lisboa. Os au-tores garantem desde já que “se a ciência pode ser divertida, a pseudociência então é garantidamente muito divertida...”.Texto: Bruna PereiraFoto: Gradiva

“Capa boa como o milho”Carlos Fiolhais continuou a espalhar boa disposi-ção, acreditando que, se não for pelo conteúdo, ao menos pela capa – que é “boa como o milho” - vale a pena comprar “Pipocas com telemóvel e outras falsas histórias de falsa ciência”. O outro grande motivo prende-se com o facto do livro abordar variados casos de falsa Ciência. “Este livro mostra o que é a Ciência por oposição, ou seja: a Ciência não é nada disto!”, refere Carlos Fiolhais, acrescentando que a pseudociência circula por todo lado. “A internet é um oceano de pseudociência; os media, através da sua ditadura do engraçadismo; os supermercados com os seus produtos que fazem tudo e mais alguma coisa e a bom preço; a área da Saúde com os seus falsos milagres e curas... E até as escolas”, continuou

Dos iogurtes que fazem bem ao colesterol ao fim

do mundo em cuecas“Basta um anúncio com uma pessoa de bata branca que se diz Doutor para haver pessoas que deixam de tomar os medicamentos para o coles-terol, por acharem que os iogurtes fazem o mes-mo efeito... E são, ainda por cima, mais baratos”, contou Carlos Fiolhais. Outros exemplos citados no encontro passaram ainda pelas pulseiras de equilíbrio que aludem enganosamente a pro-priedades quânticas comprovadas por supostos 'cientistas da NASA' e pelos sucessivos anúncios do fim do mundo, que desta feita está previsto para dia 21 de dezembro de 2012, havendo já pessoas que estão a comprar e a mandar fazer bunkers nos EUA “para se meterem no buraco” - experiência pela qual Portugal já está a passar, comentou pertinentemente Carlos Fiolhais.O ponto alto da apresentação deu-se a propósito da “aldrabice” que os autores de “Pipocas com te-lemóvel e outras falsas histórias de falsa ciência” acreditam ser os medicamentos homeopáticos, que não passam de “água e açúcar a um preço exorbitante”. Para demonstrar a afirmação, David Marçal diluiu um medicamento homeopático ao vivo e a cores, explicando que as diluições chegam a ser tão grandes que não sobra nada da molécula original, assistindo-se a um “completo efeito placebo” destes remédios... Por conseguin-te, os autores decidiram beber um copo com a tal diluição do medicamento, comprovando que se, porventura, morressem depois da apresentação do livro, certamente não foi devido a efeitos desta demonstração, porque aquela água estava apenas mais doce.

Carlos Fiolhais, dando um exemplo duma escola onde os alunos são induzidos a olhar fixamente para uma lâmpada, pois foi-lhes sido dito que, através desse método, surgiriam boas ideias (e luminosas) de imediato. “Há até falsa Ciência na Ciência”, admitiu o docente da Universidade de Coimbra, frisando que o importante é que os lei-tores deste livro se divirtam e aprendam alguma coisa, porque “há muita gente que não hesita em disfarçar a sua banha da cobra como Ciência para a vender melhor” e se “cada pessoa que ler o livro conseguir evitar um engano que custe, pelo menos, o preço do livro, já fez um bom negócio!”.

“O astrofísico e grande divulgador de ciência

norte-americano Carl Sagan afirmou um dia

que a ciência significava “uma grande abertura

a todas as ideias, mas não tão grande que os

miolos caiam para fora da cabeça””.

“Um bom exemplo de uma tentativa de enganar os outros é dado pelo vídeo da produção de pipocas com a ajuda de vários telemóveis, que alguns engraçados colocaram na Internet, talvez para se divertirem, mas que espalharam o pânico sobre hipotéticos perigos daqueles aparelhos”.

Quem é David Marçal?Doutorado em Bioquí-mica pela Universida-de Nova de Lisboa, em 2008, está familiariza-do com a escrita há já muito: desde 2003 que é autor do “Inimigo Público”, escreveu sobre Ciência para crianças na revista kulto e, em 2006, foi até jornalista de Ciência do jornal Público. Escreveu ainda programas de televisão sobre Ciência e é coautor (novamente com Carlos Fiolhais) do livro "Darwin aos tiros e outras histórias" (Gradiva).

Quem é Carlos Fiolhais?Doutorou-se em Física Teórica em Frankfurt/Main (Alemanha), em 1982, e é Professor Catedrático no De-partamento de Física da Universidade de Coimbra, desde 2000. É autor de mais de 130 artigos científicos em revistas internacionais e publicou dezenas de livros, entre os quais “Física Divertida”, “A Coisa Mais Preciosa que Temos”, “Curiosidade Apaixona-da”, “Breve História da Ciência em Portugal” (Gra-diva); série de livros de ciência infantil “Ciência a Brincar” (Bizâncio); e até vários manuais escolares na Texto Editores.Criou o portal de ciência www.mocho.pt. e é colaborador regular dos jornais Público, Sol e As Artes entre as Letras.

é nada disto!”

PÁGINA A PÁGINA

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PLAYLIST

não te saemAs músicas de NatalDezembro seria estranho sem elas, ainda que à décima audição te possa apetecer puxar os cabelos até que a dor te ponha surdo e não permita que voltes a ficar com uma delas na cabeça. Sem massacres ou automu-tilações, queremos recordar o conforto que as famosas músicas de Natal trazem todos os anos, lembrando-nos de que a época é de união e partilha. De John Lennon a Michael Bublé.Texto: João Diogo Correia

quantas vezes cantaste isto a arriscar um falsete? Pois é, custa admitir, mas as músicas de Natal têm o condão de se colar ao cérebro e não mais sair. Mariah Carey volta todos os anos às bocas do mundo graças a este hit, que já rola desde 1994. E não é a única que se pode orgulhar disso.

Até o pAdre Ajudouos hinos sucederAm-se

nAtAl de intervenção

nAtAl solidário

A culpA é dA pop… e dos shoppings

Um padre austríaco chamado Joseph Mohr escreveu em 1818 um poema que viria a ser uma fiel companhia da ceia de Natal - "Stille Nacht" traduzido à letra do alemão significa “Noite Silenciosa”, mas nós decidimos dar-lhe um ar otimista e chamar-lhe “Noite Feliz”, porque o Senhor é “Deus de Amor”.Desde aí, a música já foi interpretada em várias línguas e por artistas como Andrea Bocelli, Luciano Pavarotti ou a dupla Simon & Garfunkel. A igreja onde foi tocada pela primeira vez, na Missa do Galo, já não existe, mas a história fez questão de a eternizar.

Uma década depois, os Wham!, duo constituído por George Michael e Andrew Ridgeley, editavam “Last Christmas”, de coração partido, assente num refrão orelhudo e muito 80’s. Foi o single mais vendido de sempre a não chegar ao número um no Reino Unido. Chegou numa série de outros países.Andando mais 10 anos, esbarramos naquele que é provavelmente o maior hit natalício de todos os tempos (o ano passado, o jornal britânico “The Telegraph” dizia que sim): Mariah Carey tomou de assalto não só os shoppings, como muitos corações espalhados pelo mundo. O single “All I Want for Christmas is You” faz parte de um álbum chamado “Merry Christmas”, uma felicitação não muito diferente da que, no século XVI, deu origem aos versos que todos os finais de ano vemos em cartões, postais ou ouvimos por entre pinheiros enfeitados – “We Wish You a Merry Christmas” tem séculos de história e foi imortalizada por nomes como Bing Crosby, Enya ou Weezer.

“All I Wantfor Christmas is You”

A forma como os artistas foram pegando na data para construir hinos virou moda e rapidamente a religião deixou de ter o exclusivo sobre as canções de Natal. Algumas letras tornaram-se natalícias por cantarem sentimentos universais ou por se colarem à imagem do Pai Natal e dos presentes, mais até do que à de Jesus Cristo e do presépio. Os centros comerciais são um dos principais divulgadores desta música sazonal, mas os elevadores também ajudam.Em 1973, os ingleses Slade felicitaram o mundo com um “Merry Xmas Everybody”, uma canção

que competiu com o desejo de outros ingle-ses, os Wizzard (“I Wish It Could Be Christmas Everyday”), no mesmo ano. Não foram os primei-ros, mas deixaram à vista a galinha dos ovos de ouro, mais eficaz que uma carta ao Pai Natal.

Tom Petty é o autor da canção “Christmas All Over Again”, que apareceu pela primeira vez em 1992, incluída num álbum cujas receitas revertiam a favor da Special Olympics, uma orga-nização que apoia pessoas com deficiências inte-lectuais a integrarem-se na sociedade através do desporto. Petty acabou por doar os direitos da música à organização, que assim pôde continuar a juntar fundos em natais seguintes.

John Lennon e a mulher Yoko Ono foram duas figuras da oposição à Guerra no Vietname, promovida pelos EUA. Em 69, durante o conflito, tornaram famosos posters e cartazes que diziam "War is Over! (If You Want It) Happy Christmas from John and Yoko" – “A Guerra acabou! (se o quiseres) Feliz Natal do John e da Yoko”.A campanha deu origem à música "Happy Xmas (War Is Over)" lançada em 71, ainda que a Guerra não estivesse mesmo acabada. Escusado será dizer que ficou como uma das mais tocantes canções (videoclip incluído) a figurar nas play-lists de Natal.

não é coisA do pAssAdoE se pensas que estes hinos são para velhos, recordamos dois con-temporâneos que se lançaram nos tops à conta do Natal: Michael Bublé editou o álbum “Christmas” em outubro de 2011 e, a 15 dias da consoada, chegou ao primeiro lugar no ranking da americana Billboard, por lá ficando durante cinco semanas. O álbum será reeditado este ano, com uma nova faixa chamada "The Ch-ristmas Song". O clássico “Santa Claus is Coming to Town”, que nasceu na rádio em 1934 e que foi interpretado por diversas vozes consagradas, foi o single mais rodado.

da cabeça

Do mesmo modo, a tenra idade não impediu que Justin Bieber sentisse a importância do Natal – também em 2011, o teenager enveredou por um caminho nem sempre associado à músi-ca pop juvenil e lançou “Under the Mistletoe”, um disco que conta com a colaboração da ‘rainha do Natal’, Mariah Carey, e que se estreou logo no número um nos EUA.

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TAKE 1

A Empire é a revista de cinema mais vendida no mundo. Todas as novidades do cinema, entrevistas exclusivas, acesso privilegiado aos estúdios e grandes especiais são apenas alguns dos ingredientes que todos os meses vais poder encontrar nas bancas e em www.empire.com.pt.

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NOTÍC

IAS

CrÍTI

CAS C

INem

A Um romance alternativo em Warm Bodies

realizar o impossível a saga tWilight - amanhecer parte ii

a origem dos gUardiões

Um filme inspirado numa história verdadeira Um filme inspirado numa história verdadeira

A saga romântica entre vampiros e humanos está a chegar ao fim, com “A Saga Twilight – Amanhecer: Parte 2” a estrear este mês (novembro). No entanto, os amores entre humanos e criaturas fantásticas, principalmente semivivos de pele fria, ainda vão continuar no cinema. Desta vez o romance vai ser entre zombies e humanos, mais especificamente entre o Zombie R e Julie, no filme “Warm bodies”, mas não deve seguir o estilo da saga de vampiros, com o trailer a mostrar que está mais virado para a comédia. O apaixonado Zombie não se lembra do seu nome completo, apenas que começava com algo por R. É um ‘rapaz’ bastante solitário, mas isso muda quando conhece a (ex-) namorada de uma das suas vítimas, fazendo-o sentir algo de novo. Pelo menos para um zombie. O filme estreia a 7 de fevereiro de 2013.

“A Origem dos Guardiões” é uma épica aventura que con-ta a história de um grupo de heróis com poderes extraordi-nários. Quando um terrível espírito conhecido como Pitch tenta deitar as garras ao mundo dos humanos, os imortais guardiões têm de unir forças pela primeira vez para proteger os desejos, as crenças e a imaginação das crianças de todo o planeta.Rita Redshoes vai dar voz, pela primeira vez, a um desenho animado, estreando-se com a Fada dos Dentes, uma criatura linda e elegante, meio humana e meio colibri, bastante energética e irrequieta. Para além da can-tora, “A Origem dos Guardiões” terá, na versão dobrada, Paulo Pires a dar voz ao Coelho da Páscoa, Pedro Granger como Jack Gelado, Manuel Cavaco como Norte e José Fidalgo como o maligno Pitch. O filme chega a Portugal no dia 29 de novembro.

DVD/

BD

A história verdadeira de Jay Moriarity acompanha-o numa jornada rumo ao domínio de Mavericks, as maiores ondas do mundo. Ao seu lado está Frosty Hesson, o seu mentor que lhe ensina como sobreviver a tais ondas. O filme é uma longa espera para vermos Jay a enfrentar Mavericks e até lá acaba por perder tempo com histórias secundárias como romances, pro-blemas familiares e discussões entre amigos. No entanto, quando chega o momento esperado, o espetáculo visual e emocional que todo o surf con-seguiria dar podia ter sido mais bem aproveitado, tendo em conta a paixão de Moriarity. No final, o mais importante são as emoções das personagens e aquilo que elas têm a aprender com o desafio do jovem surfista. De des-tacar que se trata de um filme inspirado numa história verdadeira.

Se um filme da saga “Crepús-culo” não tiver um triângulo amoroso e um romance melancólico, será ainda um filme “Crepúsculo”? O final da série leva a crer que sim, finalmente avançando com as personagens sem perder o sabor do que aconteceu anteriormente. Voltamos a juntar-nos a bella (Kristen Stewart) e Edward (Robert Pattison), que são agora ambos vampiros, num ca-samento feliz. Jacob (Taylor Lautner) desistiu de bella e apaixonou-se pela sua filha, um romance muito esquisito mas pegado de uma forma bastante delicada. O filme está melhor trabalhado que os anteriores. Os efeitos especiais são mais realistas, a cenas de ação estão melhores e há um maior leque de personagens secundárias na história. É o final que “Twilight” me-recia e irá certamente agradar aos fãs. Quem nunca viu nenhum dos filmes da saga poderá ficar confuso, mas terá uma boa dose de entretenimento.

Texto: Revista EmpireFotos: Cedidas pelos estúdios

FiCHA TÉCNiCATítulo Original: Chasing MavericksRealização: Michael Apted, Curtis HansonArgumento: Kario Salem, JimMeenaghanElenco: Jonny Weston, Gerard butler e Elisabeth ShueSabe mais em: http://www.livelikejay.com

FiCHA TÉCNiCATítulo Original: The Twilight Saga: breaking Dawn - Part 2Realização: bill Condon | Argumento: Melissa Rosenberg, Stephenie MeyerElenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson e Taylor LautnerSabe mais em: www.breakingdawn-themovie.com

madagáscar 3Este terceiro filme da série “Madagáscar” é o melhor filme até agora feito desta turma de animais, numa altura em que se alterou um bocadinho como o filme é feito – as piadas tornaram-se mais desastrosas e delirantes, conseguindo apelar a todas as idades, por mais estranho que isso possa parecer. Para um terceiro filme, numa altura em que a série de TV poderia de alguma forma tirar criatividade aos criadores, é obra. A história é simples e contrária ao que era habitual. Desta vez os nossos amigos querem regressar a Nova iorque, ao invés de quererem fugir. Mas pelo ca-minho são 'seduzidos' pelo sotaque francês e o surrealismo entra em ação. Se viste os filmes anteriores vais ficar espantado com o terceiro “Madagás-car”; se os perdeste... Ainda bem, pois é mesmo este que vale a pena ver.

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EM FORMA

A tentação de regar com azeite em abundância o prato de ba-tatas e couves com bacalhau, a gula da aletria e das rabanadas e a ganância de engolir as 12 passas duma vez são alguns dos pecados que caraterizam a época natalícia. Contudo, e sem que recomendemos a ingestão massiva de comida estas férias, contamos-te alguns benefícios para a saúde presentes na tua sedutora mesa de Natal.Texto: Bruna Pereira

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Para saberes mais sobre comida, doces, saúde, curiosidades

e muito mais... Entra em www.maiseducativa.com.

MENUCanela

Azeite

Peru

Bacalhau

Uvas passas

A joia da doçariaOriginária do Ceilão (atual Sri Lanka), a canela foi, em tempos, mais preciosa do que o ouro e a prata. Famosa pelo seu poder aromático - que a torna hoje a especiaria que melhor assenta nas sobremesas natalícias -, a canela foi ainda recomendada, no século XVII, como preventivo do escorbuto, e usada pelos egípcios para embalsamar múmias e fazer bruxarias. A nível de propriedades nutricionais, a canela é utilizada para combater problemas gastrointestinais (flatulência, perda de apetite, diarreia, parasitas e espasmos intestinais), mau hálito, dores menstruais e até gripes e constipações, pela sua ação antibacteriana das vias respiratórias... Agora já sabes que não é à toa o leite quente com limão e canela que a tua mãe te leva quando estás constipado, certo?

Ouro para os teus intestinosCom um teor muito elevado de vitamina E, o azeite torna-se um antioxidante potente que combate o apareci-mento de muitas doenças, incluindo o cancro. Esta vitamina tem uma série de outros efeitos benéficos: oxigena as células, previne o envelhecimento precoce, aumenta a resistência física e ajuda a evitar doenças degenerati-vas como a artrite. De digestão fácil, o azeite é ainda um poderoso hidratante (muito usado na cosmética – dos champôs aos cremes corporais) e favorece também os movimentos peristálticos (contrações do intestino), evitando por isso uma série de problemas, tais como a flatulência, a indigestão, a azia e a prisão de ventre.

A carne mais magraRecomendada pelos médicos e nutricionistas, a carne de peru assume-se como a mais magra de todas as aves (superando o frango, que ingerimos regularmente na nossa dieta), sendo ideal para controlar os níveis de coles-terol e reduzir peso, sem deixar de ser uma abundante fonte de ferro, vitaminas (B3 e B6) e proteínas – combi-nação perfeita para colmatar as necessidades energéticas de crianças e jovens em fase de crescimento.

O rei dos peixesIdolatrado pelos portugueses e capaz de ser o protagonista de mais de mil e uma receitas diferentes, o baca-lhau é um peixe muito rico em minerais (Ferro, Fósforo, Magnésio), vitaminas (A, E, D, B1), proteínas e ácidos gordos do tipo Ómega 3, apresentando ainda uma baixa taxa de colesterol e gorduras. No entanto, deve ser consumido com moderação – sobretudo para quem sofre de hipertensão arterial, já que é um alimento igualmente rico em sódio... Por isso (e porque a sua conservação se faz através da secagem e do sal), vais precisar de beber muita água após a sua ingestão.

12 não são de maisSecadas nas areias do deserto e ao sol de centenárias gerações, as uvas passas são hoje ingrediente obrigatório da dieta mediterrânea, graças aos Romanos e à sua paixão pelos frutos secos. Conhecidas pela sua ação na prevenção de doenças crónicas degenerativas, as passas possuem uma alta concentração de boro, um impor-tante mineral para a saúde dos ossos e dos ligamentos que tem também um papel fundamental na diminuição da perda óssea, sobretudo nas mulheres (que além da perda de cálcio mensal durante a menstruação, passam mais tarde pelo fenómeno da menopausa). Estas uvas são ainda ricas em fibras - um poderoso trunfo no com-bate do cancro do cólon, que se desenvolve no intestino grosso.

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São admirados pelos alunos, reconhecidos na escola, motivo de orgulho na comunidade e um exemplo a seguir por outros colegas de profissão. A Mais Educati-va foi à procura de docentes que, pelas atividades que promovem e os métodos de ensino que utilizam den-tro sala de aula (e fora dela), seriam uma ótima prenda no teu sapatinho, este Natal.Texto: Bruna PereiraFotos: Enviadas pelos entrevistados

DÁ QUE FALAR

ProfessorassimQueroum

“Para os professores, o desafio que têm pela frente, em cada dia, passará pela forma original como consigam, de forma didática, ensinar a matéria”, começa por referir Jorge Rio Cardoso, na página 151 do seu mais recente livro “Método ser bom aluno – 'Bora lá”. Também ele professor no ISCSP - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas de Lisboa, e habituado a este repto diário do ensino mal põe o primeiro pé dentro da sala de aula, Jorge Rio Cardoso sintetiza – tendo por base autores internacionais de renome, como sendo Ellington e Ross, Helms e Key, Stringer e Irving ou Horsburgh – quais as qualidades que um docente deve ter para potenciar efeitos positivos nos seus estudantes. Numa espécie de preparação backoffice, o docente deverá co-meçar pela preparação dos materiais de apoio, sendo que “Os materiais devem ser didáticos e visualmente atrativos. Devem chegar aos estudantes a tempo de os mesmos poderem preparar a aula com antecedência”. Ao docente pede-se ainda pontualidade, que “deve ser regra, dando este mesmo exemplo ao estudante”. Já em território de sala de aula, pede-se clareza nas explicações: “As ex-plicações dadas devem ser claras, ditas sem pressa e, caso mesmo assim não sejam percetíveis por uma parte dos estudantes, devem ser descodificadas através de um exemplo ilustrativo”. Outro elemento fundamental para o bom decorrer da aula é o entusiasmo, continua Jorge Rio Cardoso, pois “Para 'vender' bem a ideia, nada melhor do que pôr entusiasmo naquilo que se diz”. O docente do ISCSP continua, numa listagem que contempla 15 tópicos altamente úteis para os que têm no ensino o seu modo de vida, sendo que não faltam as referências ao dinamismo das aulas, ao encorajamento dos alunos à participação, à atuação amistosa por parte dos docentes, “interesse pelos estudantes e disponibilidade para os atender” e ao “espírito de diálogo e práticas reflexivas partilhadas”. Destaque ainda para a “justiça, cortesia e consciência no exercício do papel docente” e para a “promoção da autoestima dos alunos”, que “pode ser feita de várias formas, nomeadamente com palavras de incentivo”.

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Dezembro 2012 . MaisEducativa | 11

DÁ QUE FALARAlexandre Costa

Sérgio Ramos

“Os problemas ficam no exterior”Escola Secundária de Loulé (Faro)

Escola Secundária C/ 3º Ciclo Dr. Mário Sacramento (Aveiro)

Alexandre Costa desempenha, neste momento, o cargo de Diretor na Escola Secundária de Loulé. Em 2010, foi considerado o Professor do Ano, reconhecido pelas suas dinâmicas junto dos alunos em matérias por muitos odiadas: Física e Química. Um dos segredos? “Sempre negociei com os alunos atividades (visitas de estudo, entre outras) como prémios para o seu trabalho e o seu compromisso para comigo e nunca me comprometi com eles em nada que lhes tivesse falhado”. Acreditando que o fator afetivo conta muito - e tendo no coração uma professora de Biologia do 12º Ano, “que era uma professora extremamente exigente, mas afetuosa” -, o docente adianta: “sempre tive o cuidado de lhes dar aquilo que, quando era aluno, gostava que algum professor me tivesse dado e de nunca lhes fazer aquilo que detestei que alguns professores me tivessem feito quando era aluno”.Sobre o professor de sonho, Alexandre Costa pensa que este “não depende do local ou dos meios. Depende de ser absolutamente coerente em cada momento”, acrescentando que este profissional exemplar “quando entra na sala, os problemas ficam no exterior e as regras devem ser exatamente iguais de aula para aula”. O professor de sonho deve ainda “ser exigente para com eles, mostrando-lhes sempre que é ainda mais exigente para consigo”. Dando o seu próprio exemplo, Alexandre revela que sempre entregou os testes na aula seguinte, “por maior que fosse o sacrifício” e por tentar que os alunos tentem imitar os melhores exemplos.Sobre a sua profissão, Alexandre Costa mostra-se muito humilde, sendo os de fora responsáveis por grande parte dos elogios: “Sempre achei que o meu desempenho como docente não era suficientemente bom, até que tive provas em contrário. Desde alunos que me disseram que fizeram a escolha do seu percurso de vida na área da Física ou da Química graças a mim até alunos que me agradecem por os ter ajudado a fazer as opções de percurso de vida noutras áreas, tenho tido muitos momentos em que mesmo sem que eles o saibam fiquei emocionado.”

É professor nesta escola há mais de 17 anos, em cursos Tecnoló-gicos e Profissionais ligados à Comunicação, lecionando discpli-nas como Marketing, Relações Públicas ou Publicidade. Para além de ser o responsável pelo projeto SJ Rádio (a rádio da escola, que existe desde 2003), desempenha também a função de Adjunto da Direção do Agrupamento. Quando ao segredo para toda esta aproximação ser bem sucedida, este não existe, havendo apenas “muita motivação”.Toda a dinâmica em que Fernando Ramos está envolvido

deixa, depois, laços pela vida fora, comenta. “É incrível sermos visitados na escola ou chamados na rua por ex-alunos, às vezes muitos anos depois de ele terem sido nossos alunos. É uma honra e um orgulho sentirmos que, de alguma forma, conseguimos marcar pela positiva estas pessoas e que, em algum momento, fomos uma referência”.

Em jeito de piada, este docente acrescenta que “às vezes, os miúdos pensam que sou eu que mando na escola e eu digo-lhes que só mando na minha casa e que a minha mulher é que manda em mim...”.Sobre o professor de sonho, Fernando surpreende: “Eu tenho formação superior na área do Marketing... E encaro muitas vezes os

meus alunos como se fossem clientes. Eu estou a prestar um serviço e como tal devo fazê-lo com qualidade e eficácia. Eles é que importam, o cliente tem de ficar sempre satisfeito”. As condicionantes são muitas, admite o docente, mas a vitória está conseguida sempre que os alunos não “olhem para o relógio ou não estejam constantemente a bocejar e que ainda nos coloquem ques-

tões”, termina, referindo que “não existe o professor de sonho. Existe apenas o ideal de professor e esse muda muito de aluno para aluno”. Como exemplo, Fernando Ramos recorda a sua professora de História no Secundário, uma “apaixonada pelo ensino” que o fez ficar a adorar História para o resto da vida. Mas do seu lado, Fernando também tem quem o muito admire, havendo até um episódio que destaca - “foi quando um ex-aluno meu, o Bruno Barbacena, me disse que eu era uma pessoa especial, que tinha uma grande estima por mim em função de tudo o que já tinha feito por ele e que fazia muito gosto que eu fosse padrinho da filha dele. Só por isto, toda a minha experiência enquanto professor já valeu a pena. Obviamente que me senti muito honrado com o convite e claro que aceitei.”

Escola Secundária de São João do Estoril (Lisboa)

Leciona a disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação a 10 turmas (cerca de 300 alunos) dos 7º, 8º, 9º e 10º anos. Para além de zelar também por algumas salas de Informática, este docente ficou conhecido por ter ganho, este ano, o Prémio Educador Pré-Universitário do Ano, homenagem que lhe permite reforçar a convicção “de que os nossos jovens têm um alto potencial que é pos-sível desenvolver, numa época caraterizada pelo acesso facilitado ao Conhecimento e mesmo a diversos recursos, materiais e humanos, e potenciais parcerias”. O docente continua a falar da sua profissão com muito orgulho e conta até que ficou emocionado com um dos seus alunos que, numa entrevista à TV, referiu, a propósito das atividades desenvolvidas na escola: “Foi uma experiência que mudou a minha vida” e com um Encarregado de Educação que lhe disse: “Obrigado por retirar o meu filho da mediania”. “Estes testemunhos dão-nos consciência da real relevância da nossa ação enquanto docentes. Tomar ou não uma iniciativa, haja ou não condições formais para tal, eis a questão. Pode ser a diferença entre uma perspetiva de rotina e uma experiência empol-gante e enriquecedora para além de todas as expectativas de alunos, pais ou professores. Sérgio Ramos continua, referindo que um professor de sonho passa, em grande parte, por “ou-vir os alunos, respeitá-los incondicionalmente, promover a sua motivação, disciplina, participa-ção ativa, ambição, colocar os seus interesses em primeiro lugar”. O docente recomenda ainda “Nunca exigir sem dar”, estejamos a falar de recursos, atenção, tempo, amizade, aconselha-mento ou orientação, fazendo com que a passagem dos alunos pela escola “seja, pela positiva, verdadeiramente marcante nas suas vidas”.

“É incrível sermos visitados na escola ou chamados na rua por ex-alunos”

Fernando Ramos

“Nunca exigi sem dar”

Foto: Biblioteca Escolar E.B.1 Nº4 de Loulé

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12 | MaisEducativa . Dezembro 2012

DÁ QUE FALAR

Ensina Física e Química na Escola Secundária D. Afonso Sanches e sobram-lhe a fama e os prémios no que atividades interativas com os alunos diz respeito, até porque em 20 anos já passou por vários clubes escolares (Clube de As-tronomia da Secundária Pinheiro e Rosa, em Faro, e Clube de Astronomia da Secundária José Régio, em Vila do Conde), Centros Ciência Viva (de Faro e de Vila do Conde), a recém-extinta Área de Projeto do 12º Ano com a opção de Física e até o teatral “Concurso de Demiurgos”. Atualmente, Ana Carla Campos participa nalgumas atividades, nomeadamente as Olimpíadas de Física.A docente sublinha que “eventos desta natureza cativam os alunos e mo-bilizam a escola” e, mesmo sem que haja concursos ou prémios, valem por si só “como espaço de liberdade (sem o espartilho de um programa a ser cumprido) e mesmo de lazer. Acima de tudo, a importância dos clubes é a de abrirem uma janela de oportunidade, a de oferecerem a hipótese de se fazer algo novo, a de realizar uma vocação, ou a de ampliar uma competência”, até porque “quantas mais janelas abertas tivermos na nossa vida, mais amplos serão os nossos horizontes… Não consigo imaginar-me numa sala só com paredes!”

Quando aos professores de sonho, para esta docente eles não existem. O que existe é “seres humanos que, em certas circunstâncias, fazem o ‘clique’ certo com outros seres humanos”. Para a sua própria conduta como docente, Ana Carla Campos não segue nenhuma regra concreta, mas não dispensa os valores em que acredita: “tento ser honesta, frontal, justa. Como professora, tenho mais aspetos a melhorar do que virtudes: devia ser mais atenta e atenciosa, mais paciente, menos trapalhona, menos esquecida, falar mais devagar, melhorar a caligrafia… E (dizem os alunos!), inventar menos nos testes!”. No meio de tantos bons exemplos que teve ao longo dos vários graus de ensino pelos quais passou, esta docente recorda com carinho a professora de Filosofia Teresa Macedo Lima, com quem sentia que o cérebro “crescia de cada vez que saía da aula” e acredita que “um professor pode deixar uma grande marca na vida dos alunos”, sendo precisamente essa uma das razões pelas quais enveredou profissionalmente pelo Ensino - “queria ter a oportunidade ser para algum jovem o que tantos professores tinham sido por mim: alguém que nos abre uma porta, aponta uma lanterna e nos mostra um caminho desconhecido”.

Escola Profissional Cristóvão Colombo (Funchal, Madeira)

É Diretora Pedagógica da Escola e aplica-se a tempo inteiro a esta função, sendo conhecida por dinamizar o projeto “Mar Adentro”. Nesta iniciativa, onde toda a comunidade escolar está envolvida, pretende-se “promover o empenho e persistência dos alunos na ação de mudança, quer pessoal quer coletiva” e “fomentar atitudes responsáveis, aproximando os participantes da realidade social e empresarial, desenvolvendo ainda o espírito de equipa e o trabalho em grupo”.No “Mar Adentro”, “ninguém é posto de parte e está sistematicamente integrado em todas as atividades escolares”, garante Isabel Garcia, resumindo que o projeto assenta em linhas de avaliação que contemplam as faltas, o comportamento e atitude do aluno e os bons resultados escolares (sendo que cada turma começa com um total de 200 pontos, que vão sendo descontados por faltas e desistências de alunos, situações anómalas, módulos em atraso, faltas injustificadas dos Encarregados de Educação...). Qual o objetivo final? “Tornar o aluno da Escola Profissional Cristóvão Colombo num cidadão diferenciado, capaz de ultrapassar as contingências sócio laborais, promovendo a sua rápida integração profissional, dotando-o ao mesmo tempo de competências laborais e académicas sólidas, que lhe possibilitem o acesso ao Ensino Superior”. As turmas que conseguirem obter uma boa pontuação recebem bonificações... E aliciantes prémios: “a Melhor Turma, 1º lugar, é premiada com uma viagem sempre que a pontuação seja superior a 150. Os 2º e 3º lugares são premiados, mediante a participação das empresas parceiras neste projeto e sempre com pontuação superior a 120”, explica Isabel Garcia, acrescentando que este projeto é diferenciador na interação porque “são os alunos que se ajudam entre si, são eles o motor de motivação uns dos outros”.Quanto ao professor de sonho, Isabel acredita que “é aquele que conhece e imerge na reali-dade dos alunos. É aquele que produz materiais individuais, para que nenhum aluno fique para trás e assim igualar o nível da turma. É aquele que incentiva os alunos a ajudarem--se entre si. É aquele que aposta na sua formação e está sempre atualizado. É paciente, disponível, sensível, bom-ouvinte, tolerante, respeitador das diferenças…” e “é aquele que ama ser professor”.

Perguntámos a todos estes docentes o que gostavam de pedir ao Pai Natal. Vê o que eles responderam em www.maiseducativa.com.

Ana Carla Campos

Isabel Garcia

Escola Secundária D. Afonso Sanches (Vila do Conde, Porto)

Turma 10º C “Tento ser honesta, frontal, justa”

“São eles o motor de motivação uns dos outros”

Sabemos que há muitos mais professores fantásticos espalhados pelas escolas portuguesas.

Fala-nos do teu professor preferido

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Dezembro 2012 . MaisEducativa | 13

PROFISSÃO DO MÊS

Antes de ser Pai Natal, o que fazia profissionalmente? Fui bancário, de uma forma perfeitamente acidental … Com efeito, trabalhei em rádio desde muito jovem, como locutor-produtor. Simultanea-mente, era correspondente de alguns órgãos de imprensa escrita e um apaixonado interveniente do teatro amador. Mesmo quando já integrado nas lides bancárias, mantive paralelamente o tea-tro amador e o grande amor pela escrita, a qual passou a ser materializada de uma forma mais pontual, mas talvez mais substantiva.

Quando é que passou a trajar de verme-lho e a pegar em crianças ao colo, já como Pai Natal? Como filho mais velho de nove irmãos, e usando barba permanentemente (se bem que mais curtinha no resto do ano...), não foi difícil juntar-se o gosto pela representação e o prazer de assumir a personagem. O facto de ter dois filhos e muitos sobrinhos, complementaram todas as outras razões subjacentes...Após estar na reforma, este fascínio ganhou, pela inerente e maior disponibilidade de tempo, uma base mais fundamentada e sólida. Com efeito, senti uma grande apetência para dimensionar, numa outra ordem de grandeza, esta lindíssima função (que eu sinto mais como uma missão). O facto de aproveitar a minha experiência em teatro e integrar-me em Agências de Figuração e Publicidade foi decisivo. Na altura, e para este efeito especificamente, inscrevi-me na Agência de Eventos Extra A, onde encontrei toda uma equipa motivadora, competente e cordial, que ao longo dos anos me tem acarinhado e estimulado.

Onde é que o podemos encontrar trajado a rigor, com saco de prendas e tudo?Há mais de uma década que faço o Pai Natal no Centro Comercial Colombo, em Lisboa, com ex-tensões pontuais em hospitais, empresas, escolas,

portaste-teE tu,bem este ano?

Severino Moreira já foi bancário, locutor e produtor de rádio, tendo até trabalhado em jornalismo e teatro amador. Aos 63 anos, este reforma-do recusou ficar de braços cruzados, deu uso à barba que sempre gos-tou de usar e à experiência de ser tio de “muitos sobrinhos” e abraçou outra função: a de Pai Natal. Dezembro é um mês de trabalho árduo, confessa este profissional trajado a rigor, mas há sorrisos vindo dos mais pequenos que compensam qualquer cansaço, desabafa.Texto: Bruna PereiraFotos: Extra-A

infantários, etc. Algumas incursões no atraente mundo publicitário também têm representado instan-tes de grande satisfação.

Quais são as suas rotinas como Pai Natal, antes de entrar ao trabalho?Procuro ser exigente comigo mesmo. Sou partidário do conceito de que a brincadeira é uma coisa muito séria … O que quero exatamente dizer com isto? Esta é uma ação dirigida às crianças e elas devem merecer todo o respeito. Abraçar a personagem do Pai Natal é aceitar corporizarmos uma das figuras mais apaixonantes e míticas do mundo infantil, pelo que temos de em-prestar alguma credibilidade, quer na maquilhagem, como na indumentária e na postura. Se nos lembrarmos que é o

sonho que leva a criança ao velhinho das barbas brancas, o Pai Natal tem de corresponder a esse doce sonho, apresentando-se vestido com algum rigor e mantendo uma permanente disponibilida-de. O Pai Natal, no trono, é o avô, o amigo a quem se pode confiar e a promessa feita realidade. O Pai Natal deve saber ouvir e partilhar toda a emoção desse momento forte e único, em que uma menina ou um menino dá voz à ilusão e recebe promessas de amor e esperança, nesse encontro que é absolutamente realizador.

O que é que mais gosta, enquanto é Pai Natal?O que mais me fascina é a cumplicidade que se consegue estabelecer entre a criança e eu. Esse capital de confiança é saboroso, bonito e inviolável.

E o que é que menos gosta ou não gosta tanto?Ao fazer o Pai Natal, do que menos gosto é da exiguidade do tempo. É que se é verdade que me aparecem crianças mais tímidas, que até estarão interessadas em abreviar o contacto, também é verdade que se me deparam as mais desinibidas e conversadoras, com as quais gostaria usufruir de mais alguns minutos. Com muita delicadeza, e sem querer que essas crianças o entendam, faço um esforço para encurtar o diálogo, e isso é-me penoso, mas que fazer se tenho muitas dezenas de outras crianças à espera?

Há situações engraçadas – ou mesmo insólitas – que já lhe tenham acontecido e possa partilhar connosco?A título meramente simbólico, vos digo que houve uma menina que me passou um autêntico ralhete: já depois de termos conversado, e ela ter pedido as prendas que desejava, pediu-me para ver as fotografias das minhas renas. Ora eu não

tinha comigo nenhuma fotografia desses belos animais, mas também não a queria desgostar, e logo lhe fui dizendo que me havia esquecido das mesmas. A astuta menina fez imediatamente uma analogia e disse-me que lhe bastaria ver as fotos que, em princípio, eu traria na minha carteira, do mesmo modo que trazemos connosco as imagens dos nossos entes queridos. Palavra após palavra, argumentos vários foram trocados, e a menina percebeu que efetivamente eu não tinha uma só fotografia das renas. Triste, e em jeito de fim de conversa, afastou-se e furiosa retorquiu: - "francamente, Pai Natal, isso não se faz! Elas são tão tuas amigas e ajudam-te tanto! Não é justo, Pai Natal!" - e retirou-se aceleradamente, sem sequer despedir-se, transportando no seu semblante uma expressão vincadamente zangada e de desconsolo ...Teria dezenas de histórias para contar, pois elas sucedem-se a um ritmo vertiginoso. A maioria desses episódios são alegres, muito divertidos. Mas também os tenho dramáticos, pois as crian-ças desabafam imenso com o Pai Natal.

O que significa para si ser Pai Natal, no sentido mais simbólico da personagem?O Pai Natal consubstancia a vontade e o prazer de nos darmos, propagando intrinsecamente os va-lores da generosidade. O Pai Natal é o bonachei-rão que se diverte, que gosta de doar e que ama as crianças de todo o mundo. É o marco de uma das tradições mais lindas, e que sublinha o prazer da simplicidade e da oferta. É o amigo mais velho em que se confia, e de quem se espera altruísmo e abnegação.

Será que em tempos de crise o Pai Natal vai ser mais requisitado? Continua a ler esta entrevista em www.maiseducativa.com

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14 | MaisEducativa . Dezembro 2012

MÁQUINA DO TEMPO

No princípio eram os postais. Desejar bom natal era tarefa que exigia criatividade, dedicação e uma caligrafia perfeita. A internet começou a dar-lhes cabo da reputação e os te-lemóveis roubaram-lhes definitivamente o trono. Agora, o Facebook ameaça para sempre os cumprimentos personali-zados que saltam entre caixas de correio. Estarão os postais de Natal em vias de extinção?Texto: João Diogo Correia

em papel, e-mail, SMS ou facebook

“Bom natal” aqui, “festas felizes” ali ou mesmo “Merry Christmas” acolá, a mensagem não muda. O que muda é a forma como a recebes. Tudo começou numa altura em que ler uma felicita-ção natalícia de um parente na Suíça através do iPhone era coisa impensável. Ainda o século XIX não estava fechado quando surgiu aquele que podemos considerar o primei-ro modelo de um postal de natal. Foi um inglês, Henry Cole, que o concebeu, tentando solucionar o problema da falta de tempo para enviar postais a todos os amigos que fazia enquanto diretor do Victoria and Albert Museum.

A rainha Victoria não demorou a seguir-lhe os passos e desde aí que a família real inglesa adotou os postais de Natal como parte essencial da comemoração.

Do auge ao decline

Já abriste a tua caixa de correio virtual?

Os postais de Natal abraçaram o século XX com toda a força e apareceram em quase todo o lado. A família enviava postais entre si, os colegas de trabalho não deixavam a cordialidade por mãos alheias, as empresas faziam questão de agradecer aos clientes com pequenas saudações, as organi-zações criavam postais solidários, aproveitando o Natal para lembrar quem mais precisa (a UNICEF é o melhor exemplo), e até os altos responsáveis dos países apresentavam oficiais felicitações.

Foi até se popularizarem os e-mails: não há uma data concreta, mas o final dos anos 90 e o início do novo milénio trouxeram os postais virtuais para um lugar de destaque. São apontadas vantagens como o facto de serem mais amigos do ambiente - mesmo que os teus postais fossem feitos de papel reciclado -, para além de tornarem mais fácil que os guardes para memória futura – sim, porque uma coisa é armazenar memória no disco rígido, outra coisa é amontoar papéis numa gaveta desde o nascimento

SMS à velocidade da luzNão foram precisos muitos anos para que as mensagens padronizadas atacassem os tele-móveis da maioria das pessoas. Desde enigmas e anedotas a jogos de palavras, passando por saudações mais tradicionais, eram enviadas mensagens de texto em massa para as respetivas listas de contactos. Havia até quem fosse mais longe e escrevesse qualquer coisa como – “Feliz Natal. Boas entradas, um Ano Novo em grande. Feliz aniversário, bom Carnaval e uma Páscoa feliz. Um ótimo 25 de Abril, Dia Do Pai e da Mãe. Goza bem o São João, o Santo António e os restantes feriados. E exce-lente férias… Pronto, já está tudo despachado”.A verdade é que ,no rescaldo do natal de 2005, dizia o jornal Público que os portugueses tinham trocado 320 milhões de SMS com votos de boas festas.“Este ano o Pai Natal deu-me uma conta cheiinha de dinheiro e, como o Natal é para partilhar, eu dou-te a referência. Vai descendo… Continua a descer… Desce só mais um bocadinho… Então tu ainda acreditas no Pai Natal?! Ele não existe… Resta só a minha pessoa e um voto sincero de Bom Natal!”. Linhas destas trazem já alguma nos-talgia, porque os tempos agora são outros.

What’s on your mind?Na versão universal, em inglês, é isto que te pergunta o Facebook, a rede social mais famosa do mundo. É lá, no status, que contas o que te passa pela cabeça. E o que mais ocupa as mentes durante o mês de dezembro? O Natal.Poderíamos marcar o ano de 2008, aquele em que o Facebook realmente se começou a estender aos quatro cantos do mundo, como a altura em que os telemóveis foram dando lugar às atualizações de estado na rede. Para além de igual para todos, esta forma de desejar boas fes-tas nem obriga a procurar contactos – qualquer amigo a pode ver e assumi-la como sua.

“Feliz Natal”:

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Dezembro 2012 . MaisEducativa | 15

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Janeiro é, por excelência, um mês de promessas! O início do ano traz motivação, objetivos, dese-jos, empenho e vontade de fazer mais e melhor! É uma atitude interessante de observar, mas que são poucos os estudantes que ao longo do ano continuam com o mesmo empenho, a mesma dedicação e a mesma vontade! Começa 2013 em grande! Pensa em grande! Grandes notas, grandes mudanças, grandes evoluções, grandes prémios, grandes conquistas amorosas, grandes… Texto: Renato Paiva

Aquele abraço,Renato Paiva

em grande

Começar

Só alcançamos aquilo que desejamos. Se desejarmos pouco, conseguimos pouco e contentamo-nos com pouco. Contudo, se ambicionarmos muito, teremos mais espírito de sacrifício e vontade para lá chegar. Chegar onde? Onde a tua grandeza pretender. Depende de ti, unicamente. Sê audaz e se necessitas de 10, pensa em 13. Mesmo que não consigas 13 mas só 12, sempre estás mais além do que o 10! É assim que evoluímos e crescemos. Desafiando-nos a ir mais além.Mobiliza esse teu querer e essa tua vontade, anota num papel os objetivos que queres alcançar a curto (durante o próximo mês) e a médio prazo (no final do período ou no final do ano escolar). Depois de alcançares os objetivos, define as possíveis estratégias para os conseguires. Irá ajudar-te no planeamento e organização de ideias. Poderemos querer muita coisa, mas tudo ao mesmo tempo não será solução.Não te deves esquecer de um outro aspeto importante, quando vais por em prática essas estratégias para alcançares os teus objetivos. É comum existirem alunos muito criativos cheios objetivos (ainda bem!), com boas estratégias (mais raro, mas ainda melhor), mas que depois têm dificuldade em concretizar o que pensaram por não organizarem bem o tempo que têm. Dedica especial atenção a este aspeto, faz toda a diferença. Ayrton Senna tem uma frase curiosa de que gosto muito, “não podemos mudar o início, mas podemos refazer e mudar o fim”. Estamos sempre a tempo de olhar para frente, refletindo sobre o que está para trás.

CONSULTÓRIO ESCOLAR

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