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Colégio Cenecista Catanduvas – 2011 Varginha - Mg

Malária

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Page 1: Malária

Colégio Cenecista Catanduvas – 2011Varginha - Mg

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• Filo: Apicomplexa

• Classe: Sporozoea

• Ordem: Eucoccidiida

• Família: Plasmodiidae

• Gênero: Plasmodium

• Espécies: > 100 espécies

• No homem: P. falciparum P. vivax P. malariae P. ovale

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Mosquito 'Anopheles stephensi', vetor da malária

A malária é causada por protozoários do gênero Plasmodium e cada uma de suas espécies determina aspectos clínicos diferentes para a enfermidade. No caso brasileiro, destacam-se três espécies do parasita: o P. falciparum, o P. vivax e o P. malarie. Tais parasitas são conhecidos como: pernilongo, mosquito prego e carapanã.

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Ocorre pela inoculação das formas esporozoítas de Plasmodium durante a picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles darlingi (principal vetor da malária no Brasil) ou, mais raramente, por outro tipo de meio que coloque o sangue de uma pessoa infectada em contato com o de outra sadia, como:

• o compartilhamento de seringas (consumidores de drogas), • transfusão de sangue

• ou até mesmo de mãe para feto, na gravidez.

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Em comum, todas as espécies de Plasmodium atacam células do fígado e glóbulos vermelhos (hemácias), que são destruídos ao serem utilizados para reprodução do protozoário.

hemácias células do fígado

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Dos três tipos de Plasmodium existentes no Brasil, o mais agressivo é o P. falciparum, que multiplica-se mais rapidamente e, conseqüentemente, invade e destroi mais hemácias que as outras espécies, causando, assim, um quadro de anemia mais imediato. Além disso, os glóbulos vermelhos parasitados pelo P. falciparum sofrem alterações em sua estrutura que os tornam mais adesivos entre si e às paredes dos vasos sangüíneos, causando pequenos coágulos que podem gerar problemas cardíacos como tromboses e embolias.

Após a picada do mosquito transmissor, o P. falciparum permanece incubado no corpo do indivíduo infectado por 12 dias. A seguir, surge um quadro clínico variável, que inclui:

• calafrios, • febre alta (no início contínua e depois comfreqüência de três em três dias), • dores de cabeça e musculares, • taquicardia, • aumento do baço e, por vezes,• delírios.

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No caso de infecção por P. falciparum, também existe uma chance em dez de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Além dos sintomas correntes, aparece:

• ligeira rigidez na nuca, • perturbações sensoriais, • desorientação, • sonolência ou excitação, • convulsões e vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma.

Por vezes, o quadro da malária cerebral lembra a meningite, o tétano, a epilepsia, o alcoolismo dentre outras enfermidades neurológicas.

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Ao contrário do P. falciparum, o P. vivax causa um tipo de malária mais branda.

Raramente mortal, no entanto mais complicada de ser tratada. Isso acontece porque o P. vivax se aloja por mais tempo no fígado, dificultando a medicação. Mais longa que no caso do P. falciparum, a incubação dura de 10 a 20 dias, mas o P. vivax não costuma ser tão agressivo - enquanto o P. falciparum ataca entre 2% e 25% do total de hemácias quando está na corrente sangüínea, o P. vivax na atinge mais que 1%.

De início, os sintomas incluem:

• mal-estar, • dores de cabeça e febre ligeira que com o tempo podem evoluir para febre entre 39 e 40ºC, que se repete de dois em dois dias com presença de suor intenso e dores musculares.

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O outro causador da malária chama-se P. malariae e possui quadro clínico bem semelhante ao da malária causada pelo P. vivax, apenas apresentando febre sempre baixa e com surgimento de três em três dias. A malária por P. malariae também tem recaídas a longo prazo, podendo ressurgir mesmo 30 ou 40 anos mais tarde.

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Ao picar um animal ou o homem os mosquitos, de um modo geral, injetam uma pequena quantidade de saliva que serve basicamente como um anticoagulante. É nesta saliva que, caso o mosquito esteja infectado, podem se encontrar os esporozoítas. Após a inoculação das formas infectantes, pela picada de um mosquito contaminado, passa-se um breve período de cerca de 30 minutos em que os esporozoitas circulam livres pelo sangue. Neste curto período alguns deles são fagocitados, porém, vários deles podem alcançar o fígado e, no interior das células hepáticas, os plasmódios passam por uma primeira divisão assexuada. Decorridos alguns dias, tendo sido produzidos alguns milhares de novos parasitas, a célula do fígado se rompe e os plasmódios têm acesso ao sangue onde invadem os glóbulos vermelhos. Novamente, se multiplicam de forma assexuada, em ciclos variáveis (de 24 a 72 horas), cada parasita produzindo de 8 a 32 novos exemplares, em média e de acordo com a espécie envolvida. Depois de alguns ciclos (3 ou 4) surgem os sintomas da doença. Este intervalo que vai desde a picada infectante até o início dos sintomas é chamado Período de Incubação e dura em média 15 dias.

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A transmissão da Malária está relacionada a fatores  biológicos (presença de alta densidade de mosquitos vetores, agente etiológico e população suscetível);  geográficos (altos índices de pluviosidade, amplitude da malha hídrica e a cobertura vegetal); ecológicos (desmatamentos, construção de hidroelétricas, estradas e de sistemas de irrigação, açudes); e sociais (presença de numerosos grupos populacionais, morando em habitações com ausência completa ou parcial de paredes laterais e trabalhando próximo  ou dentro das matas).

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• Para enfrentar a nova dinâmica de transmissão, muito influenciada pelo crescimento desordenado das cidades médias e grandes da região, o Ministério da Saúde desencadeou amplo processo de mobilização de forças multi-setoriais. Esta mobilização, envolvendo principalmente os gestores da saúde nos estados e municípios da região amazônica, visou promover, de forma articulada, a ordenação de movimentos populacionais e priorizar as ações de vigilância, prevenção e o controle da malária.

• Nos últimos 15 anos, foram publicados vários ensaios de fase II de vacinação contra a malária, utilizando antígenos sintéticos ou recombinantes de proteínas do parasito. Esses antígenos, se utilizados em uma vacina, poderiam  induzir mecanismos capazes de diminuir ou mesmo bloquear os efeitos do parasito e da doença no homem.

A busca de vacinas eficazes contra a malária tem sido realizada em várias direções, incluindo estudos com as muitas formas evolutivas do parasito, os esporozoítos, as formas hepáticas, as formas assexuadas eritrocíticas e os gametócitos. Lamentavelmente, os resultados destes estudos ainda não são satisfatórios para a implantação da  vacinação em seres humanos.

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• No Brasil, ocorrem anualmente 300 a 500 mil casos por ano

• P. vivax é a espécie prevalente no Brasil(aproximadamente 80% dos casos)

• A grande maioria dos casos ocorre na Amazônia (>99%)

• Estados com maior número de casos de malária: Pará e Amazonas.

* no entanto, a letalidade da moléstia é baixa e não chega a 0,1% do número total de enfermos.

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