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Malária Alyson Beckert Gilberto Tesser Augusto Vinícius Oro Popp

Malária - Plasmodium sp

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MEDICINA UNIVALI - Universidade do Vale do ItajaíTrabalho completo de revisão sobre a malária incluindo vetores, espécies de plasmódis e manifestações clínicas.

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Page 1: Malária - Plasmodium sp

Malária

Alyson BeckertGilberto Tesser Augusto

Vinícius Oro Popp

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Agente Etiológico

• Filo: Apicomplexa• Classe: Sporozoea• Ordem: Eucoccidiida• Família: Plasmodiidae• Gênero: Plasmodium

• Espécies: > 100 espécies

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Agente Etiológico

• No homem:

• Plasmodium vivax (mais comum no Brasil)• Plasmodium falciparum (maior morbidade)• Plasmodium malariae• Plasmodium ovale ** restrito a regiões africanas

“ O homem é o único reservatório com importância epidemiológica para a malária humana”

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Vetor

• Ordem: Diptera• Infraordem: Culicomorpha• Família: Culicidae• Gênero: Anopheles

400 espécies – 60 no Brasil

Espécies: A. darlingi; A. aquasalis. A. albitarsis

“mosquito-prego; pernilongo; carapanã; muriçoca”

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Anopheles darlingi• Principal vetor no Brasil

• Comportamento extremamente antropofílico

• É o mais encontrado no interior de residências

• Cria-se em águas de baixo fluxo, profundas, límpidas, sombreadas e com pouco aporte de matéria orgânica e sais

• Entretanto, em situações de alta densidade ocupa vários tipos de criadouro

• Não existente em altitudes elevadas, sertão nordestino e no estado de RS

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Transmissão

• Através da picada do mosquito Anopheles, infectada por esporozoítos de Plasmodium sp.

• Os vetores tem ação mais abundante nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer.

• Podem ser encontrados picando durante horário

• Não há transmissão direta (pessoa x pessoa)

• Raros casos de transfusão sanguínea/uso compartilhado de seringas e transmissão congênita.

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Período de Incubação

P. falciparum 8 a 12 dias

P. vivax 13 a 17 dias

P. malariae 18 a 30 dias

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Período de Transmissibilidade

• O mosquito é infectado ao sugar o sangue de uma pessoa com gametócitos circulantes

• Os gametócitos surgem em:P. falciparum 7 a 12 diasP. vivax poucas horas

• Fonte de infecção:P. falciparum 1 anoP. vivax 3 anosP. malariae mais de 3 anos

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Imunidade

“Em geral, toda pessoa é suscetível à infecção por malária. Indivíduos que tiveram vários

episódios de malária podem atingir um estado de imunidade parcial, apresentando quadro,

subclínico ou assintomático”

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Suscetibilidade

• Em regiões não endêmicas, as áreas de risco são determinadas pelo potencial malarígeno, que tem relação com a receptividade e vulnerabilidade da área.

• Receptividade Presença, densidade e longevidade do mosquito Anopheles sp.

• Vulnerabilidade Chegada de portadores de malária, oriundos de regiões endêmicas.

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Imunopatogenia

• Fisiopatogenia da malária se desencadeia pela destruição eritrocitária

• No eritrócito: Parasita consome e degrada proteínas intracelulares como a hemoglobina – hemozoína (pigmento malárico) – lise do eritrócito

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Imunopatogenia

• Lise do eritrócito – Libera a proteína glicosil fosfato de inositol (GPI) – induz a ativação da cascata de citocinas liberadas pelos macrófagos: TNF e IL – 1 (início ao paroxismo malárico: calafrio seguido de febre elevada)

• O TNF estimula a produção de outras citocinas pró-inflamatórias – IL-6 e IL-8

• IL-1 atua no SNC aumentando a sensibilidade à dor

• TNF e IL-6 atuam no hipotálamo, responsável pela termoregulação, causando a febre

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Imunopatogenia

Hemozoína

Lise de eritrócitos

Glicolipídeos e proteínas GPI

Liberação de TNF e IL-1IL-6 e IL-8

Paroxismos maláricos

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Virulência

1) Capacidade de multiplicação:• Esquizonte de P. falciparum – 40 mil merozoítos• Esquizonte de P. vivax – 10 mil merozoítos• Esquizonte de P. malariae – 2 mil merozoítos

2) Preferência por determinado estádio de vida do eritrócito:• P. vivax – eritrócitos novos (reticulócitos)• P. malariae – eritrócitos velhos• P. falciparum – eritrócitos de diferentes idades

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Virulência

3) Capacidade de produzir citoaderência: exclusivo do P. falciparum.

4) Indução da produção de citocinas

5) Imunogenicidade no hospedeiro

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P. falciparum

• Expressa moléculas adesivas na superfície das hemácias causando sua adesão às paredes dos capilares sanguíneos (através de sua interação com moléculas de adesão celulares CD36, ICAM e VCAM) sequestrando estas células

• principal fator que gera as complicações hemorrágicas (anemia grave, coagulação intravascular disseminada e trombocitopenia) da malária, e que gera a malária cerebral.

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Malária cerebral - Patogenia

Hemácias sequestradas

Rompimento da barreira hemato-encefálica

Extravasamento do sangue (derrame)

hipóxia, convulsões, coma e morte

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Malária cerebral - Patogenia

“ TNF e IFN - gama aumentam a expressão de moléculas de adesão celular, tais como CD36,

ICAM e VCAM, que contribuem para o aumento do sequestramento de hemácias infectadas nos

capilares sanguíneos e, consequentemente, para a malária cerebral ”.

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Anemia grave - Patogenia

• Hemoglobina < 50 g/L e hematócrito < 15%

• Devido a destruição de hemácias não infectadas do sangue periférico e a supressão da hematopoiese entre outros mecanismos

• supressão da hematopoiese é sabidamente regulada por citocinas

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Anemia grave - Patogenia

“ A destruição de hemácias não infectadas pode ocorrer devido à deposição de moléculas do

parasito nestas células. Durante a ruptura dos eritrócitos, os níveis plasmáticos de antígenos do

parasito aumentam muito. Muitas dessas moléculas podem aderir a outras células sadias, possivelmente resultando em destruição destas hemácias pelo sistema do complemento ou por

anticorpos anti-Plasmodium ”.

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Esquizogonia

• É o nome dado à divisão de uma célula (em três ou mais novas células), e que ocorre durante a fase assexuada do ciclo de vida do organismo

• É uma forma de reprodução em que o primeiro núcleo sofre várias divisões para depois ocorrer a divisão citoplasmática em quantidades iguais. Isso ocorre no interior dos hepatócitos e hemácias humanas

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Esporogonia

• O zigoto sofre repetitivas divisões nucleares, e logo após a sua formação, sofre um encistamento e uma divisão meiótica, originando no interior do cisto esporozoítos haplóides.

• Decorrente a finalização deste processo, acontece a segunda fase (a qual se assemelha à esquizogonia) e originam as células-filhas.

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Ciclo Biológico

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Ciclo Biológico

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Biologia do parasita

No hospedeiro vertebrado:• Esporozoíta• Trofozoíta• Esquizonte• Merozoíta• Gametócitos(macro e micro)

No hospedeiro invertebrado:• Microgameta• Macrogameta• Zigoto *• Oocineto *• Oocisto *• Esporozoíta

* Estágios diplóides

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Malária

• RecaídasOcorre nas infecções por P. vivax e P. ovale formas hipnozoítas no fígado (permanecem em estado de latência por períodos que variam de 1 mês a 1-2 anos)

• RecrudescênciasParasitemia reaparece (acompanhada de sintomatologia),após um período de “cura aparente” resposta inadequadaao tratamento (sobrevivência de formas eritrocíticas)

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Epidemiologia

• Ocorre em quase 50 % da população mundial

• Em mais de 109 países

• 300 milhões novos casos por ano

• 1 milhão de mortes por ano (principalmente crianças menores de 5 anos e mulheres grávidas do continente africano

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Epidemiologia

• Ocorre nas áreas tropicais e subtropicais do mundo

• 90% África Tropical - 1,7 milhão de mortes por ano

• O resto encontra-se na América Central e do Sul, Sudeste Asiático e Ilhas da Oceania

• América Latina o maior número de casos ocorre na Amazônia brasileira

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Epidemiologia

• A região amazônica é considerada endêmica

• 97 % dos casos de malária no brasil – Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.

• 85 % casos rurais

• 15 % casos urbanos

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Epidemiologia

• Incidência Parasitária Anual (IPA):Serve para classificar as áreas de transmissão em alto, médio e baixo risco, de acordo com o nº de casos por mil habitantes

• Alto risco - (IPA>50/1.000 hab.)

• Médio risco - (IPA entre 10-49/1.000 hab.)

• Baixo risco - (IPA<10/1.000 hab.)

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Epidemiologia

• Observa-se elevação de casos de malária um pouco antes da década de 80, devido ocupação desordenada e desmatamento da Amazônia

• Rodovia transamazônica – Era militar

• Mineração

• Desmatamento para extração de madeira, criação de gado, agricultura e assentamentos, atividades essas não autorizadas pelos órgãos competentes contribuiu para o aumento da transmissão da doença

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Epidemiologia

• No começo do século XXI observou-se outro aumento

• Deveu-se, principalmente, à intensa e desordenada ocupação das periferias das grandes cidades da região

• A partir de 2006 com ações governamentais de promover, de forma articulada, a ordenação de movimentos populacionais e priorizar as ações de vigilância, prevenção e o controle da malária, resultou em queda dos níveis de casos

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Epidemiologia

• No período de 1999 a 2008, observa-se uma redução na incidência parasitária anual (IPA) nos estados da Região da Amazônia Brasileira, que era de 32 por 1.000 habitantes, em 1999 e passou para 13 por 1.000 habitantes em 2008

• A letalidade por malária também foi reduzida, de 3 óbitos por 10.000 casos em 1999 para 1,5 em 10.000 casos em 2008, assim como a proporção de internações que passou de 3,3% em 1999 para 1,3% em 2008

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Epidemiologia

• De 1999 a 2008, 0 número de municípios de alto risco, ou seja, com incidência a partir de 50 casos por 1.000 habitantes, passou de 160 para 67 municípios

• Na região extra-amazônica, mais de 80% dos casos registrados são importados dos estados pertencentes à área endêmica, continente africano e Paraguai

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Profilaxia

Medidas de proteção individual:• Proteger se contra a picada do anofelino

• Evitar de se aproximar das áreas de risco após o entardecer e logo ao amanhecer do dia

• Usar repelente

• Telar janelas e portas

• Usar mosqueteiros

• Quimioprofilaxia

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Profilaxia

Medidas de proteção coletiva:• Combate ao vetor adulto

• Medidas de combate às larvas

• Saneamento básico

• Medidas para melhorar as condições de vida

• Busca de vacinas contra a malária

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Quadro Clínico Típico:• Período de incubação varia de acordo com a espécie de plasmódio

• Verificar viagem recente para área endêmica.

9-14 dias – P. falciparum

12-17 dias – P. vivax

18-40 dias – P. malariae

16-18 dias – P. ovale

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Quadro Clínico Típico:

Padrões cíclicos dependentes da espécie de plasmódio:

“pré-sintomas” tais como: náuseas, vômitos, astenia, fadiga e anorexia.

Febre alta

Calafrios

Sudorese

Cefaléia

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FASES CLÍNICAS

Mal-estar, Cansaço e mialgia

Ataques paroxísticos: ruptura das hemácias

Início com calafrios, sudorese e tremor generalizado (15min- 1 h)

Fase Febril:Febre de até 41ᵒCSeguida de sudorese intensaAcompanhada de cefaléia, vômitos e náuseas

Período de infecção:

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FASES CLÍNICAS

Apirexia – declínio da temperatura

sensação de melhora/ fraqueza

• Febre intermitente- Novos episódios podem acontecer em um mesmo dia com intervalos variáveis

Período de Remissão

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Febre

• A febre assume um caráter intermitente • Tempo de ruptura de uma quantidade suficiente de

hemácias com esquizontes maduros. A periodicidade corresponde aos ciclos de cada espécie:

P. falciparum - 48 horas

P. ovale - 48 horas

P. vivax – 48 horas

P. malariae – 72h

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Sintomatologia

P. vivax agente da febre terçã benigna com ciclo febril que retorna a cada 48 horas

P. falciparum agente da febre terçã maligna com acessos febris que se repetem com clinicamente com intervalos de 36 a 48 horas

P. malariae causa da febre quartã, que se caracteriza pela ocorrência de acessos febris a cada 72 horas

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Sintomatologia

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Malária não complicada

As manifestações mais frequentes são:• Intensa debilidade física, Náuseas e Vômitos;• Paciente pálido e com baço palpável• A febre nem sempre é referida por pacientes

reinfectados• A anemia apresenta graus variáveis – é mais

intensa em P. falciparum

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Manifestação Crônica

• Quadros prolongados/constantes de infecção levam à manifestação crônica

• Esplenomegalia Reativa da Malária• Nestes casos existem altos níveis de IgG

aniplasmódico e IgM total• Regressão ao uso prolongado de Antimaláricos• Volumosa esplenomegalia, Hepatomegalia,

Anemia, Leucopenia, Plaquetopenia

Esplenomegalia Reativa da Malária

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Período Toxêmico:

• Paciente não recebe tratamento adequado• Adultos não imunes, crianças e gestantes

possuem manifestações mais graves

P. falciparum/ P. vivax – infecções mais graves

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Evolução dos sintomas

Depende dos seguintes fatores:

RESPOSTA IMUNOLÓGICA

PARASITEMIA

ESPÉCIE DO PLASMÓDIO

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Sinais de malária grave/complicada:Hiperpirexia (>41ᵒC)• delírio e coma (parasitemia elevada >2% até 30% das hemácias)

Convulsão

Hiperparasitemia >200.000/mm³

Vômitos repetidos

Oligúria

Dispnéia

Anemia intensa

Icterícia

Hemorragia

Hipotensão Arterial

Alterações de consciência:

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Formas clínicas da malária grave:

• Malária Cerebral:– ocorre em 2% dos indivíduos não imunes– Cefaleia/Hiperemia/Convulsões/pupilas

contraídas/alterações de reflexos

• Insuficiência Renal Aguda• Edema Pulmonar Agudo• Hipoglicemia• Icterícia• Hemoglobinúria

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• Alguns indivíduos na África e populações ribeirinhas da Amazônia são semi-imunes à malária podem ter parasitas sem apresentar sintomas.

• É importante durante o exame clínico resgatar informações sobre transfusões, agulhas contaminadas além de viagens e moradia em áreas endêmicas da doença.

DIAGNÓSTICO:

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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:

Febre

Esplenomegalia

Hepatomegalia

Anemia

• Semelhanças entre as doenças:

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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:• Fase inicial:

• Fase de febre intermitente:ITU

Tuberculose Miliar

Salmoneloses Septicêmicas

Leishmaniose Visceral

Endocardites

Infecções do trato respiratório, urinário e digestivo.

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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:

Febre tifóide

Febre amarela

Leptospirose

Hepatite

Leishmaniose Visceral

Doença de Chagas Aguda

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• Diagnóstico de certeza: só possível com demonstração do parasito ou Ag no sangue periférico.

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL:

Gota espessa

Esfregaço delgado

PCR

Testes rápidos

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GOTA ESPESSA

ESFREGAÇO DELGADO

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Exames sanguíneosVisualização do parasito por microscopia óptica Diferenciação específica:

Importante para orientar o tratamento

Análise de morfologia

Estágios de desenvolvimento

Densidade parasitária

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• Oficialmente adotado no Brasil• Avaliação prognóstica feita em todo paciente

com suspeita de infecção• Simples, Eficaz e de Baixo Custo → GOLD

STANDARD pela OMS • Coloração com corante vital:

Azul de Metileno e Giemsa

Gota Espessa:

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Gota Espessa:

• É realizado o exame de 100 campos microscópicos com gotas de sangue:

• É um método semi-quantitativo - “cruzes”• + = 1 parasita/campo• ++ = 2-20 parasitas/campo• +++ = 21-200 parasitas/campo• ++++ = mais de 200 parasitas/campo

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Esfregaço Delgado:

• Baixa Sensibilidade, porém permite com mais facilidade a diferenciação específica dos parasitos.

• Análise morfológica e alterações nas hemácias.

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• O P. falciparum completa seu ciclo eritrocitário aderido ao endotélio capilar.

• Então, na análise sanguínea verificamos somente trofozoítos e gametócitos.

• No caso de P.vivax, P.ovale e P. malariae são visualizados todos os estágios de desenvolvimento do ciclo sanguíneo.

Visualização

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(trofozoítas jovens)

Trofozoítas maduros

P. falciparum

Estágio de anel

(raros no sangue periférico)

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P. falciparum

Esquizontes

Gametócitos

(raros no sangue periférico)

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Testes rápidos para a detecção de Ag:

• Permitem o diagnóstico rápido com alta sensibilidade e especificidade.

• São métodos imunocromatográficos com Ac contra a proteína 2 rica em histidina do P.falciparum (PfHRP-2) e contra a enzima desidrogenase lactato(pDHL) das quatro espécies.

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• A enzima lactato desidrogenase (pDHL) é produzida em grande quantidade pelos parasitas vivos, o que permite diferenciar entre fase aguda convalescença da infecção.

• PCR- Amplificação do DNA dos plasmódios (pesquisa).

Testes rápidos para a detecção de Ag:

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TRATAMENTO

• O tratamento adequado e precoce é o fundamento para o controle da malária.

• A resistência do P. falciparum à cloroquina– esta droga era utilizada para tratar infecções das quatro

espécies.

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1. INTERROMPER A ESQUIZOGONIA que é responsável pelas manifestações clínicas e patogenia

2. ERRADICAR AS FORMAS LATENTES no ciclo tecidual evitando recaídas – hipnozoítos (P.vivax e P.ovale)

3. INTERRUPÇÃO DA TRANSMISSÃO por combate as formas sexuadas do P. falciparum

Objetivos do tratamento:

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Espécie do plasmódio:

• perfil variado de susceptibilidade aos antimaláricos

Idade do paciente:

• crianças com pior prognóstico/ algumas drogas não são indicadas

A decisão de tratar o paciente deve preceder informações sobre os seguintes aspectos:

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A decisão de tratar o paciente deve preceder informações sobre os seguintes aspectos:

História de exposição anterior

• Primoinfectados apresentam quadros mais graves

Custo da medicação

• as ativas e menos tóxicas são mais caras

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Quinina

Mefloquina

Halofantrina

Cloroquina

Amodiaquina

Principais drogas antimaláricas

Esquizonticidas sanguíneos

Digestão de produtos da hemoglobina

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Derivados de artemisina

Tetraciclina

Doxiciclina

Clindamicina

Principais drogas antimaláricas

Esquizonticidas sanguíneos

Metabolismo e síntese de proteínas

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Primaquina

Esquizonticidas teciduais ou hipnozoiticidas

Principais drogas antimaláricas

Inibe a respiração

mitocondrial do parasita

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Esquema do MS:

Cloroquina (para as formas sangüíneas)

Primaquina (para as formas hepáticas)

P. vivax e P. ovale

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• Malária não complicada:• Artmeter + Lumefantrina • Artesunato + Mefloquina• Tratamento de segunda escolha é: Quinina + Doxiciclina

P. falciparum

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• Utilizada em viajantes para áreas endêmicas cuja viagem não dure mais que 60 dias.

• Risco de aceleramento da resistência às drogas antimaláricas na profilaxia disseminada.

• No Brasil são utilizadas a doxiciclina e mefloquina• O tratamento deve ser iniciado uma semana antes do

deslocamento para o destino e interrompido após quatro semanas depois do retorno. Contudo não é uma proteção completa.

• Pode ocorrer o acúmulo da droga no organismo aumentando os efeitos adversos

Quimioprofilaxia

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Vacinas

• Vacina antiesporozoítos – Bloqueio da infecção

• Vacinas contra formas assexuadas eritrocíticas-– diminuição da morbidade/mortalidade

• Vacinas contra formas sexuadas- – Bloqueio da transmissão-

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