Ano I • Edição 002 • Outubro de 2010

O boom dosf ilmes nacionais

gravata?

salto-altoou da

É a vezdo

O sucesso de Glendaa frente do Hipertensão

e mais

Uma nova Manchete

está nascendo...

em novembro

Í N D I C EELEIÇÕES 2010Os meandros no segundo-turno pra presidência do Brasil

ATUALIDADESLula consegue eleger principais cadeiras e pra perfeição falta apenas eleger Dilma presidente

#ONDAVERDEMarina consegue aliar tecnologia e política e faz uma campanha massificada no Twitter

TIRIRICA E WESLIANUm é humorista, a outra tentou ser. Juntos são os candidatos mais comentados no picadeiro eleitoral

MANCHETE EM CENAO boom do cinema nacional e a oferta de filmes religiosos no circuito

SÉRIES NO PCAs séries que mais te agradam só aqui na Manchete Online

FATOS E FOTOSAs fotos que marcaram essa corrida presidencial

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uito se falou nesses últimos dias sobre eleições, candidatos, pérolas ou mais precisamente o futuro do Brasil. Nessa edição você poderá se interar de tudo de mais uma Festa da Democracia (mesmo eu não sendo muito fã dessa palavra).

Novos candidatos, reeleições, pessoas que viraram hits na internet (Mas o que você estava mesmo me perguntando?!?), tudo sobre o caso Tiririca e a maior votação já vista pro cargo de deputado federal, a cobertura especial dos “quase” eleitos e as fotos que marcaram essa corrida presidencial.

Já falando em cinema, os meandros que levaram ao boom do cinema nacional nos últimos anos, tudo alavancado por grandes produções (como “Se eu fosse você”) e o sucesso dos filmes religiosos.

Estreia também uma nova coluna de séries (feita pelo @SeriesNoPC) , que comentará sobre essa nova modalidade de TV que conquista mais espectadores a cada dia (apesar de já ser amplamente aceita lá fora).

E aguardem: Uma nova Manchete está nascendo... Em novembro, cheia de novidades, colunas, enfim, tudo isso pra fazer cada dia mais da Manchete Online uma revista feita pra Você.

Manchete OnlinePresidente: Raphael Diaz

Vice-Presidentes: Luan Borges e Natália Branco

◊ Presidente Executivo: Raphael Diaz ◊ Conselho Editorial: Luan Borges e Natália Branco ◊◊ Editor-Chefe: Raphael Diaz ◊ Editores de Arte: Raphael Diaz e Natália Branco ◊

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Carta do Editorpor Raphael Diaz

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ELEIÇÕES 2010

Não tem escolha fase 3Assim como em 2002 e 2006, embate PSDB x PT volta a ocorrer

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Não tem escolha fase 3Assim como em 2002 e 2006, embate PSDB x PT volta a ocorrer

Ou é Serra, ou é Dilma. Ou é PSDB, ou é PT. Mesmo depois de terem se evitado no debate da Rede Globo, o último do 1º turno, Dilma e Serra estão disputando o 2º turno das eleições à Presidência da República. O embate entre PT e PSDB se repete pela 5ª vez, desde 1994, com a vitória no primeiro turno de Fernando Henrique Cardoso. A disputa entre as duas polaridades ocorre já há 16 anos, e leva o Brasil para um formato parecido com o bipartidarismo americano: Democratas x Republicanos e mais um concorrente independente. Em 2002, o concorrente era Antony Garotinho; em 2006, Heloísa Helena e em 2010, Marina Silva. O embate também é de líderes. Lula tentando emplacar sua sucessora, a até então desconhecida Dilma Rouseff e Fernando Henrique, tentando, novamente, emplacar seu ex-ministro José Serra. Na comparação dos históricos de Serra e Dilma, a vantagem é claramente do tucano. Na vida pública, Serra, depois de retornar ao Brasil após o exilo no Chile e nos EUA, entre os anos de 1983 e 1986, ocupa o cargo de Secretário do Planejamento do Governo de S. Paulo, durante o mandato de Montoro. De 1986 a 1994, foi deputado federal por São Paulo. Ao fim do

mandato, foi eleito Senador, também por São Paulo e já no ano seguinte, assumiu o Ministério do Planejamento e Orçamento de FHC. Durante os anos de 1998 e 2002, foi Ministro da Saúde, também de Fernando Henrique. De 2004 a 2005 foi prefeito de São Paulo, quando renunciou e concorreu à vaga de governador de São Paulo, cargo que ocupou até o início de 2010 Serra, durante o tempo que foi ministro do planejamento, desenvolveu o programa “Brasil em Ação”, projeto nos mesmos moldes do PAC, em 1996. Entre os principais pontos do Brasil em Ação, está o Pronaf, programa que ajudava o desenvolvimento de pequenos agricultores, em geral o que utilizava mão-de-obra familiar; e o Gasoduto Brasil-Bolívia, que passa da cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra, até a cidade gaúcha de Canoas, tendo 3.150 km de extensão, sendo responsável por 15% do Gás Natural utilizado no Brasil. No Ministério da Saúde, Serra desenvolveu o Programa de Combate à AIDS, copiado em todo o mundo e apontado como exemplar pela ONU. Serra também foi o criador dos medicamentos genéricos no Brasil, sendo 35% mais barato que o similar de marca. Serra também introduziu a campanha de vacinação em idosos contra a gripe, criou a Agência Nacional de Vigilância

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Sanitária (Anvisa) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Foi durante a gestão de Serra que o Brasil erradicou o sarampo. Contra Serra, pesa a política de privatização das rodovias em São Paulo, que lhe rendeu o apelido de “Zé Pedágio”. Apesar das estradas serem consideradas um tapete de tão lisas, fazendo com que o estado tenha uma das melhores malhas rodoviárias do país, o excesso de pedágios é apontados por uns como um abuso do governo do tucano. O trajeto entre a capital paulista até Santos pela Rodovia dos Imigrantes, por exemplo, custa R$ 18,50, a mais cara do estado. Já o currículo de Dilma é mais obscuro. Filha de um empresário búlgaro, era de classe média alta e sempre estudou em colégios de luxo. Seu primeiro contato com a política foi após ler o livro “Revolução na Revolução”, do francês Régis Debray, que a incentivou a ingressar na luta armada. Foi quando Dilma ingressou no COLINA, em Minaas Gerais, responsável por assaltos a bancos e atentados a bomba. Um ano após a edição do AI-5, o COLINA se fundiu com a Vanguarda Popular Revolucionária (VAR), de Carlos Lamarca, gerando o polêmico VAR Palmares. Na VAR Palmares, Dilma teria sido

a organizadora do assalto ao cofre do ex-governador de São Paulo, Ademar de Barros, tido pelo grupo como símbolo da corrupção, onde foi roubada uma quantia de 2,5 milhões de dólares. Dilma nega qualquer ligação com o caso, e diz que era apenas uma militante sem importância do grupo. Na carreira política legal, Dilma participou da fundação do PDT. Nos anos 80, Dilma se torna assessora da bancada do PDT na Assembleia de Porto Alegre. Em 1988, Dilma foi Secretária da Fazenda de Porto Alegre, quando renunciou ao cargo. Seu sucessor, Políbio Braga, relatou que “ela não deixou sequer um relatório, e a secretaria era um caos” Em 2001 e 2002, Dilma foi uma das responsáveis pela transição do governo de FHC para Lula. Nesse período, a candidata se aproximou de José Dirceu. Logo no início do Governo Lula, Dilma assume o Ministério de Minas e Energia, quando travou um sério embate com a então Ministra do Meio Ambiente Marina Silva, já que Dilma queria obras para evitar um apagão em 2009, porém Marina temia o grande impacto e desequilíbrio ambiental das obras. Durante sua gestão, Dilma lançou o programa “Luz Para Todos”, uma evolução do programa “Luz no Campo”, do antigo governo.

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Enquanto o programa de FH previa cobrança dos beneficiados, o programa de Dilma financiava os custos. O programa tinha a meta de atender 2 milhões de famílias em 2008, meta não atingida, faltando 100 mil, deixados para 2009. Dilma assumiu a Casa Civil depois de José Dirceu renunciar, depois de acusações de ser líder do Mensalão. No comando do ministério, Dilma lançou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que previa 99 obras, e um investimento total de R$ 503,9 bilhões. Até 2009, o PAC concluiu 15,1%. Apesar do PAC 1 ainda não ter sido concluído, o PAC 2 já foi lançado por Lula, e prevê o gasto de R$ 1,59 trilhão. Muitos acusam o Governo de usar o PAC para beneficiar estados aliados do governo, em detrimento a estados comandados por opositores, como São Paulo e Minas Gerais.

As pesquisAsMesmo após os erros das pesquisas no 1º turno, que indicavam vitória de Dilma Rouseff já no primeiro pleito, um 2º turno em São Paulo e a derrota de Aloysio Nunes para o senado em São Paulo, elas continuam sendo o referencial para as campanhas de ambos os candidatos. E no 2º turno elas continuam divergentes. A última pesquisa Vox Populli, divulgada no dia 13, aponta vantagem de Dilma: 48% a 40% para a candidata do PT. Se contados somente os votos válidos, Dilma alcança 54,5% e Serra 45,4%. A pesquisa entrevistou 3 mil eleitores entre os dias 10 e 11 de outubro. Já a CNT/Sensus, divulgada no último dia 14, mostra um empate técnico entre os dois

candidatos. Dilma tem 46,8%, e Serra 42,7%. Brancos e nulos somam 10,6%. Nos votos válidos, Dilma tem 52,3%, e Serra conta com 47,7%. A CNT/Sensus também separa a pesquisa por estados. Apenas no Nordeste Dilma permanece na liderança. No Sul, Serra abre vantagem de 20% de Dilma. No Sudeste, o tucano tem 1 ponto de vantagem. No Norte, Dilma também tem a vantagem, porém o instituto mistura os dados desta região junto com a Centro-oeste.

A pOlêMicA dO AbOrtOA teoria de que o Estado é laico oficialmente foi pra cucuia nessas eleições. A polêmica do aborto foi um dos assuntos mais debatidos e comentados em entrevistas e debates com os candidatos. Dilma, que no começo da campanha se manteve a favor do abordo, por questão de saúde pública, agora diz que é contra a prática e que não vai legalizá-lo, depois de uma pressão pelos votos de católicos e principalmente pelo apoio de evangélicos. Já Serra prega o discurso cristão, e se mantém contra o aborto. Porém Serra, recentemente, declarou-se a favor da união civil entre homossexuais, ponto que vai contra a vontade das organizações religiosas. A corrida religiosa pelos votos dos cristãos levou ambos candidatos a visitarem cultos evangélicos e missas católicas. No último dia 12, Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, Dilma e Serra visitaram a basílica da santa, na cidade de Aparecida do Norte, interior de São Paulo. Dilma, que se diz devota da santa, fez a primeira visita ao templo. Já Serra, em seu

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Twitter, declarou ir todo o ano à missa. Os candidatos estão mais fiéis a Cristo do que a única declarada evangélica do grupo, Marina Silva, que defendia os plebiscitos em relação a temas polêmicos, como o aborto, casamento gay e a liberação da maconha. É claro que se fé ganhasse eleição, José Maria Eymael – “Ey-Ey-Eymael, um democrata cristão“ – teria vencido as eleições no primeiro turno, e não teria menos de 90 mil votos. •

Pesquisa Vox Populi

Realizada entre 10 e 11 de outubro junto a 3 mil eleitores

Margem de erro: 1,8 ponto percentual para mais ou para menos

Registro no TSE: 35.648/2010

Pesquisa CNT/Sensus

Realizada entre 11 e 13 de outubro junto a 2 mil eleitores

Margem de erro: 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos

Registro no TSE: 35.560/270

VOTOS TOTAIS VOTOS VÁLIDOS

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VOTOS TOTAIS VOTOS VÁLIDOS

46,8% 42,7%

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Brancos ou

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ATUALIDADES

Pra Lula, só falta a DilmaPresidente consegue eleger principais senadores e governadores

Lula pode não ter conseguido emplacar Dilma no primeiro turno, mas conseguiu eleger seus senadores e tirar a cadeira de opositores históricos. São os casos de Heráclito Fortes (DEM-PI) e Arthur Virgílio (PSDB-AM), que perderam as eleições para Wellington Dias (PT-PI), Ciro Nogueira (PP-PI); e Eduardo Braga (PMDB-AM) e Vanessa Grazziotin (PCdoB – AM), todos aliados de Lula. Mão Santa – e seu clássico “O Luííís Inááácio” -, o ex-vice-presidente Marco Maciel, Tasso Jereisatti e Romeu Tuma, esse último aliado a Lula, pero no mucho, também ficaram de fora do Senado. Todos marcados a dedo pelo próprio presidente para serem retirados do Senado, e deixar o caminho livre para Dilma, ou atravancar a vida de José Serra. Algumas figuras históricas também não conseguiram sua vaga no Senado, como foi o caso do ex-prefeito do Rio, César Maia (DEM), ficou em 4º lugar na disputa a cadeira. Perdeu para três aliados de Lula: Bispo Marcelo Crivella (PRB), Lindberg Farias (PT) e Jorge Picciani (PMDB).

Por pouco César não perde para o cantor Waguinho (PTdoB)

Na Câmara, algumas figuras conhecidas do

público conseguiram se eleger deputados. Além de Tiririca, que teve destaque especial nesta edição da Manchete, os ex-jogadores Romário, do Rio, e Danrlei, do Rio Grande do Sul, conseguram se eleger. O ex-BBB Jean Willys conseguiu sua vaga também pelo Rio, através do PSOL. E m b o r a haja esse clima de renovação no

Congresso, outros

figurões da política conseguiram se eleger, embora esperem a Justiça decidir. São os casos de Antony Garotinho, do PP e Paulo Maluf, do PR. Eles esperam a decisão da Justiça sobre a Lei da Ficha Limpa, já que enfrentam processos em instâncias nacionais, apesar de Maluf garantir que não há condenações na Justiça, e de ser um genuíno Ficha Limpa. Já Garotinho volta a bater na tecla de perseguição política. Polêmicas, artistas, fichas limpas ou sujas, o fato é que a base governista está mais forte do que nunca. Subiram o PR, que tinha 23 deputados e hoje tem 41; o PT, que tinha 83 e foi pra 88 e o PDT, que subiu de 24 para 28. O PMDB caiu: de 89 deputados, foi pra 79. Na oposição, o PSDB tinha 66 cadeiras e agora tem 47 e o DEM, que chegou a ser chamado de neo-nanico, de 65 deputados caiu pra 43. No Senado, a situação é muito mais favorável para o Governo. O PT de 2 senadores, passou para 11. O PMDB saltou de 4 para 16. O PSDB manteve os 5, e o Democratas, que tinham 6 cadeiras, agora só conta com 2, a mesma quantidade do PDT e do PSOL. Nos governos dos estados, PT, PMDB e PSDB estão empatados com 4 estados cada. PSB governará 3 estados, o DEM ficou com 2 e o PMN com 1. 7 estados e o Distrito Federal ainda terão 2º turno. Apesar do clima ser favorável ao Governo Lula e a um eventual Governo Dilma, vale lembra que o PMDB – segunda maioria na Câmara e líder do Senado – e o PTB – que conta com 21 deputados e um senador – são partidos que vão com quem oferecer mais, seja quem estiver no governo. Como é o caso do PMDB nacional x PMDB paulista. Enquanto o primeiro é Dilma, o outro é Serra. Aí a maioria de Dilma pode virar a maioria de Serra. Depende de quem oferecer mais cargo. •

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Pra Lula, só falta a DilmaPresidente consegue eleger principais senadores e governadores

Não deixe de ver o especial tiririca e

Weslian roriz nessa edição

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#ONDAVERDE

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O Twitter tem força, já é fato consumado. A rede social, que teve papel histórico nos protestos no Irã e na eleição de Barack Obama nos EUA, ajudou Marina Silva (PV) a conseguir mais votos e se tornar a maior surpresa dessas eleições e continuar sendo assunto de discussões sem nem disputar o 2º turno. A #OndaVerde, hashtag que ficou durante uma semana nos Trending Topics mundiais antes das eleições, junto com “Marina Presidente”, foi, parafraseando Lula, um movimento nunca antes visto na história do nosso país. Com apenas 1 minuto e meio de propaganda política, a campanha de Marina, que contava com a mobilização dos eleitores, conseguiu 19,4% dos votos, levando a decisão para o 2º turno. A campanha de Marina tinha como lema “Seja +1”, convidando a todos os eleitores de Marina a convencerem a outras pessoas a também votarem nela. O “trabalho de formiguinha” foi feito por quem acreditava e via em Marina uma alternativa aos 8 anos de Lula e 8 anos de FHC. Agora, no 2º turno, Marina continua sendo figura importante nas eleições. O PSDB usa a pesquisa Datafolha que diz que 51% dos eleitores de Marina deverão votar em Serra. “Quem foi Marineiro no 1º turno agora é Serra presidente”, diz o ator da campanha. Já o PT tenta aproximar a imagem de Dilma com a de Marina pelo simples fato das duas serem mulher, embora o principal motivo de Marina sair do governo Lula e do PT foi porque Lula queria que Marina abrisse mão de seus projetos a favor da construção do desconhecido nome de Dilma. É unanimidade de que Marina perdeu ganhando. Marina e o PV ganharam força e prestígio no cenário político nacional, e a visão de que o PV era um mero partido ‘de maconheiros’ junto com Gabeira – que apoiou Serra no Rio – deixa de existir, ou pelo menos diminui, abrindo caminho pra uma candidatura mais forte em 2014. Mas não foi só Marina que se beneficiou com a campanha no Twitter. Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), que apesar de não ter obtido sequer 1% dos votos, conseguiu garantir presença nos principais debates da TV, depois do

desempenho impressionante no debate da Band, e seu jeito provocador e brincalhão, fizeram sucesso na rede social. Marina ainda não sabe quem irá apoiar no 2º turno. Tudo ficará para ser decido depois da assembleia do PV, que ocorrerá no dia 17. Marina, até agora, permanece neutra e diz que agirá de acordo com o partido. Já as alianças do PV em outros estados, como no Rio, indica uma inclinação para o lado do PSDB de Serra. Mas, para quem ia ser mais uma nanica, Marina é uma surpresa muito agradável. •

A #OndaVerdeMarina Silva se destaca em campanha independente no Twitter

No picadeiro eleitoral:Tiririca e Weslian Roriz

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TIRIRICA E WESLIAN

1,3 milhão de votos. Este foi o número de eleitores de Francisco Everardo Oliveira Silva, o palhaço Tiririca, autor de obras-primas da música nacional como Florentina e Veja os cabelos dela. O fenômeno já é bem conhecido dos brasileiros: o Voto de Protesto. Este comportamento nas urnas foi responsável pela expressiva votação de Enéas em 2002 e Clodovil Hernandes em 2006. A atitude de votar em Tiririca pode até ser um protesto por parte do eleitor, mas, na verdade, o tiro sai pela culatra. Tudo por causa do quociente eleitoral. Pelo alto número de votos, Tiririca puxou mais 3,5 vagas na Câmara de Deputados para o seu partido, o PR, e a coligação Juntos Por São Paulo, que tem, além do PR, o PT e o PC do B. Esse quociente eleitoral acaba elegendo políticos que tiveram poucos votos dos eleitores, como é o caso do mensaleiro Valdemar Costa Neto, também do PR, que, se não for barrado pela Lei Ficha Limpa, poderá voltar ao Congressograças à Tiririca. A campanha escrachada de Tiririca, que trouxe como slogan “Pior do que tá não fica”, foi a responsável por atrair esse número impressionante. Tiririca usou frases como “Não vote em quem trambica, vote em Tiririca”, “Você já votou em tudo em que não presta, agora Tiririca é o que resta” e “Você não é palhaço, mas eu sou”. Porém, como nem tudo é tão simples, estouraram insinuações de que o candidato seria analfabeto (o que o tornaria inelegível). Tais notícias se intensificaram depois do juiz eleitoral Aloísio Sergio Rezende Silveira acatar o pedido do Ministério Público de que o humorista apresentou um documento falso para demonstrar que sabe ler e escrever. Todo candidato precisa apresentar à Justiça Eleitoral um atestado de escolaridade ou escrever uma declaração de que é escolarizado. Tiririca fez a segunda opção, porém o Instituto de Criminalística de São Paulo achou indícios de que a declaração pode ter sido falsificada. Para que o TRE possa ter certeza disso, o humorista poderá passar por um teste. A prova deve ser feita em duas etapas: Na primeira, ele receberia um texto para fazer a leitura em voz alta e na segunda, ele seria submetido a um ditado, escrevendo o que ouve. Mas, se de um lado Tiririca provocou risos dos eleitores pelas suas tiradas em pleno

horário eleitoral, uma outra candidata provocou risos, mas pela sua falta de capacidade. Weslian Roriz, candidata ao governo do Distrito Federal e esposa do ex-governador Joaquim Roriz, que desistiu da candidatura por ser Ficha Suja. No debate da TV Globo, o único que participou, Weslian Roriz gaguejou, se enrolou e soltou pérolas como “Eu sou uma pessoa severamente com essas coisas”, “A honestidade na minha casa era coisa primeira que tinha” e a já clássica “Eu quero defender toda aquela corrupção”, o que rendeu um remix no Youtube dos ‘melhores momentos’ do debate. ➲ Apesar do claro despreparo de Weslian Roriz, ela foi para o segundo turno em Brasília. Vem aí mais uma rodada de debates, e poderemos conferir mais falhas, gaguejadas, erros e enroladas da Sra. Roriz, também conhecida em Brasília como “Laranja Roriz”. O debate de Brasília

estará mais engraçado do que qualquer Zorra Total ou

Legendários da vida. •

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MANCHETE EM CENA

O Boom do Cinema Nacionalpor Natália Branco.................

Quando ouvem as palavras “cinema brasileiro”, muitos brasileiros fazem cara feia. A maioria não gosta, alguns são realmente fãs, outros não ligam. O cinema nacional nunca foi bem visto pelos próprios brasileiros, pois pouquíssimos filmes tiveram boas produções e enredos que prendessem os espectadores. Os filmes brasileiros sempre tiveram uma tendência a mostrar a realidade brasileira, exatamente da forma como vemos na televisão ou nas ruas. Ou então, o enredo era trash demais para ser aceito. Não era algo que agradava as pessoas, que procuram o cinema para se esquecer do mundo em que vivem. Contudo, com a chegada de exceções, que tem ótimas produções e ótimas histórias, o cinema brasileiro começou a mudar. Começou com Central do Brasil, filme de Walter Salles, que concorreu ao Oscar de Melhor Atriz (por Fernanda Montenegro, que não levou, injustamente. O prêmio foi para Gwynelth Paltrow) e Melhor Filme Estrangeiro (A Vida é Bela foi o vencedor, o que já era de se esperar). O fato de um filme brasileiro concorrer ao Oscar fez com que muitos brasileiros vissem nosso cinema com outros olhos e começassem a prestar mais atenção às produções. Logo, vieram muitas produções fortes, que foram candidatas ao Oscar e comoveram o país, como Cidade de Deus (de Fernando Meirelles), Carandiru (de Hector Babenco), Tropa de Elite (de José Padilha) e 2 Filhos de Francisco. No entanto, o cinema ainda produzia dramas, fazendo com que os outros gêneros fossem esquecidos e não tivessem uma produção grandiosa e rica. A partir do filme Se eu fosse você (de Daniel Filho), o cinema começou a se expandir. Com o sucesso do filme de comédia, com direito a continuação, os brasileiros começaram a se interessar mais pelos filmes brasileiros, de forma a sempre prestar atenção às novidades. Logo apareceu a versão cinematográfica de O Bem

Amado (de Guel Arraes, a história foi uma novela de sucesso e também um seriado), Lula, o filho do Brasil (de Fábio Barreto. O Filme é candidato ao Oscar) e 5 vezes Favela (de vários diretores), além

da continuação de Tropa de Elite (de José Padilha) e o filme da garota de programa mais famosa do país, Bruna Surfistinha (de Marcus Baldini). Mas o sucesso do ano são os filmes espíritas. Primeiro com Bezerra de Menezes – O diário de um Espírito (de Glauber Filho e Joe Pimentel ). O filme fala a história do espírita, que foi considerado o Alan Kardec Brasileiro. Esse ano estreou Chico Xavier (de Daniel Filho), sucesso nos cinemas, que contou a história do médium paralelo a junção de várias histórias famosas que tiveram destaques graças a ele. O filme foi baseado no livro de Marcel Souto Maior, As Vidas de Chico Xavier. Nos cinemas, está Nosso Lar (de Wagner de Assis), baseado no livro de mesmo nome, psicografado por Chico Xavier. O filme conta a vida após a morte aos olhos do espírito André Luiz e é o filme com a maior bilheteria do ano no cinema nacional. Para 2011, está programado As Mães de Chico Xavier (de Glauber Filho e Halder Gomes), a história fala de três mães que tiveram suas vidas modificadas pelo médium. O Cinema Brasileiro batalhou e conseguiu ganhar seu espaço através de boas produções de comédia, drama, ação e animação (vide Peixonauta). Aos poucos, o cinema nacional deixa de ser detestado e ganha destaque como os grandes filmes hollywoodianos. •

dicas do mês❖ A Senhora e Seus Maridoscom Shirley Maclaine (1964) - Comédia (FOtO)

❖ Inimigos Públicoscom Johnny Depp (2009) - Ação/Aventura

❖ Elizabeth – A Era de Ourocom Cate Blanchett (2007) - Drama Épico

❖ Uma Noite Fora de Sériecom Steve Carrel (2009) - Comédia

O Boom do Cinema Nacionalpor Natália Branco.................

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Se eu fosse você 2 Peixonauta

Chico Xavier Central do Brasil

Bezerra de MenezesO diário de um Espírito

Nosso Lar(No fundo da página,

detalhe da Colônia)

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SÉRIES NO PC

Glenda Kozlowski comanda o Hipertensão e Geovanna tominaga toma

conta dos boletins diários.Ao lado, no detalhe, os 16 participantes

do reality.

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Estreou em 2 de setembro na Rede Globo o reality-show Hipertensão. Porém, o que muita gente não sabia, é que o programa é nada mais, nada menos que um produto tirado do baú, mas totalmente desenferrujado. Exatamente em 2002, mesmo ano que estreou o primeiro Big Brother Brasil, o mesmo canal levou ao ar uma primeira versão do Hipertensão, que durou cerca de um mês. Perdeu feio até para os filmes que o SBT exibia à noite. Mas a que se deve o fato de, no passado, o programa ter sido um fracasso, e agora ele retornar fazendo o maior sucesso? Podemos dizer que são os participantes ou até o novo formato que foi dado ao programa, mas sim - o apresentador é um grande influenciante no fator audiência. Na primeira versão, o Hipertensão era apresentado por Zeca Camargo, que apresentou mais do mesmo, que já tinha-se visto há um ano atrás no “No Limite”. Desta vez, esqueça o apresentador congelado e de frases prontas. Glenda Kozlowski

tirou férias do jornalismo esportivo para apresentar a nova edição do Hipertensão e conseguiu se destacar mais que os participantes. Mesmo que apareça por curtos espaços de tempo nos episódios, Glenda consegue sempre deixar suas marcas. Seja as perguntas sem medo para os participantes, as tomadas de decisões - que em outros casos seriam decididas pelo diretor - e a postura firme que ao mesmo tempo que causa euforia e medo, também encoraja, a apresentadora mostrou ter pulso firme para conduzir um show de realidade, onde a arte do improviso não pode ser sujeita a erros. No próximo dia 21 de outubro chega ao fim a primeira temporada do Hipertensão (sim, primeira - esqueçamos a versão de 2002, um lixo) e com certeza vai deixar um gostinho de quero mais - quero mais uma edição com Glenda conduzindo com todo o gás as provas, os participantes, as decisões e toda a tensão que envolve um reality-show. •

O apresentador também define

Como Glenda Kozlowski fez do Hipertensão o seu reality-show, destacando-se mais que os próprios participantes.

o sucesso de um reality-show

por Paulo Victor

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FATOS E FOTOS

Marina caminha pelas ruas de são paulo. Ao passar pela escultura de dom quixote,

afirma que “duela com moinhos que pensam ser gigantes”.

Foto: Victor Fisch / Divulgação

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dilma faz campanha no rio, ao lado do candidato reeleito ao governo do estado

sérgio cabral.Foto: Território Gonçalense / Divulgação

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FATOS E FOTOS

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FATOS E FOTOS

serra faz caminhada com o candidato ao senado eleito por Minas Gerais, Aécio

Neves.Foto: Diário Sudoeste / Divulgação

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candidato à presidência, eymael promete novo modelo de gestão em discurso em

são paulo.Foto: Camilla Naufel

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FATOS E FOTOS

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FATOS E FOTOS

plínio de Arruda sampaio faz caminhada pelas ruas de são paulo.

Foto: João Zinclar

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em novembro