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Manual 4 FINAL - arquivo.cna.pt presente manual (Volume 4) tem por objectivo a aplicação à exploração agrícola – através do “estudo ... sanidade animal e fitossanidade e

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Índice

1 - Introdução ...............................................................................................................................4

2 - Enquadramento Comunitário................................................................................................. 5

3 - Condicionalidade e Aconselhamento Agrícola .........................................................................14

3.1- Aplicação na Exploração Agrícola. .........................................................................14

3.2 - Estudo de Caso.........................................................................................................16

3.3 - Ambiente.....................................................................................................................24

3.4 - Saúde Pública............................................................................................................26

3.5 - Bem-Estar Animal .....................................................................................................27

3.6 - Segurança no Trabalho..............................................................................................34

Bibliografia.................................................................................................................................37

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Nota Prévia

O presente manual (Volume 4) tem por objectivo aaplicação à exploração agrícola – através do “estudode caso” – das Boas Condições Agrícolas eAmbientais, Ambiente e Saúde Pública (Volume 1);da Saúde e Bem-Estar Animal (Volume 2) e daHigiene e Segurança no Trabalho Agrícola (Volume 3).

Agricultura e Ambiente

1 – Introdução

Existe um grande conjunto de regulamentos,directivas, medidas e adaptações a nível nacional noque respeita a toda esta temática.

Parece-nos importante e útil o conhecimento edomínio geral e sectorial destes assuntos.

Nesse sentido, apresentamos neste trabalho um“pacote” de informação e dispositivos, começandopelo “enquadramento” comunitário, passando pelaadaptação a Portugal e tentando ligá-lo a umaexploração concreta (estudo de caso).

Introdução

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2 – Enquadramento Comunitário

Transcreve-se o documento da Comissão Europeia:

- As preocupações de carácter ambientaldesempenham um papel essencial na PolíticaAgrícola Comum que se reflecte na integraçãoda dimensão ambiental nas regras da PAC eno desenvolvimento de práticas agrícolas queprotegem o ambiente e preservam o espaçorural.

- Metade da superfície da União Europeia éocupada por terras cultivadas, o que só por simostra a importância da agricultura para omeio natural na União. A agricultura e anatureza estão fortemente interligadas. Aolongo dos séculos, a agricultura contribuiu paraa criação e a preservação de vários habitatssemi-naturais valiosos, que dominam hoje amaioria das paisagens da União e acolhemgrande parte das suas espécies selvagens.Associada à agricultura vive uma comunidaderural diversa que é não só uma componentefundamental da cultura europeia, masdesempenha também um papel essencial namanutenção do equilíbrio do ambiente.

- As relações entre a riqueza do meio natural ea actividade agrícola são complexas. Emborana Europa muitos habitats valiosos sejampreservados graças à agricultura extensiva,assegurando a sobrevivência de uma grandevariedade de espécies selvagens, aactividade agrícola pode também ter umimpacto negativo nos recursos naturais. Apoluição do solo, da água e do ar, afragmentação dos habitats e odesaparecimento de espécies selvagenspodem resultar de práticas agrícolas eutilizações do solo inadequadas.

- As políticas da União Europeia, e sobretudoa Política Agrícola Comum (PAC), estão poiscada vez mais orientadas para o combate aosriscos de degradação do ambiente,encorajando simultaneamente os agricultoresa prosseguir a sua acção positiva napreservação do espaço natural e do ambienteatravés de medidas de desenvolvimento ruralespecíficas e da garantia da rentabilidade daagricultura nas diferentes regiões da União.

- A estratégia agro-ambiental da PAC estásobretudo orientada para o reforço da

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sustentabilidade dos agro-sistemas. Asmedidas estabelecidas com o objectivo deintegrar os aspectos ambientais na PACincluem requisitos ambientais (condi-cionalidade) e incentivos (por exemplo,retirada de terras da produção) integrados napolítica de mercado e rendimento, bem comomedidas ambientais específicas que fazemparte dos programas de desenvolvimento rural(por exemplo, regimes agro-ambientais).

- Constitui objectivo da Comunidade o alcancedo bom equilíbrio entre uma produção agrícolacompetitiva e o respeito da natureza e doambiente. O processo da integração prevê aintrodução de medidas de protecção doambiente em diferentes domínios da políticacomunitária, procurando de forma dinâmicaconseguir a coerência entre as políticasagrícolas e do ambiente.

Integração dos Requisitos de Protecção doAmbiente na PAC

− Com a Agenda 2000, a Política AgrícolaComum passou a ter dois pilares: a políticade mercado e rendimento (primeiro pilar) e o

desenvolvimento sustentável das zonas rurais(segundo pilar). A reforma da PAC 2003permitiu que a integração do ambiente desseum salto qualitativo, com a alteração demedidas em vigor ou a adopção de novasmedidas destinadas a reforçar a protecção domeio ambiente agrícola em ambos os pilares.

− Quanto à política de mercado e rendimento, acondicionalidade é o seu instrumento fulcral. Areforma de 2003 inclui também a dissociaçãoda maior parte dos pagamentos directos daprodução. A partir de 2005 (o mais tardar em2007), será estabelecido um regime depagamento único, baseado em montanteshistóricos de referência. Isto implicará a reduçãode muitos dos incentivos à produção intensiva,que têm estado associados a um aumento dosriscos para o ambiente. O segundo pacote daReforma (2004) dos regimes de mercado paraos sectores do azeite, do algodão, do tabaco edo lúpulo confirmou a mudança de direcçãoefectuada pela PAC em 2003. Para estessectores, uma parte significativa dos actuaispagamentos ligados à produção será transferidapara o regime de pagamento único dissociadoda produção que terá início em 2006.

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− No que diz respeito à política dedesenvolvimento rural, o cumprimento denormas ambientais mínimas constituicondição de elegibilidade para apoio noâmbito de diversas medidas dedesenvolvimento rural, tais como as ajudasaos investimentos nas explorações agrícolas,a instalação de jovens agricultores e omelhoramento da transformação ecomercialização de produtos agrícolas. Alémdisso, só são elegíveis para os pagamentosagro-ambientais os compromissos agro--ambientais que excedam o nível de referênciadas boas práticas agrícolas. O apoio às zonasdesfavorecidas exige também o respeito doscódigos de boas práticas agrícolas.

− A complexidade das relações entre aagricultura e o ambiente tem condicionado aintegração da vertente ambiental na PAC.Fulcral para compreensão desta relação é oprincípio das boas práticas agrícolas, quecorrespondem ao tipo de agricultura que umagricultor responsável deve seguir na regiãoem causa. Nelas se inclui pelo menos aobservância da legislação comunitária enacional no domínio do ambiente. As boas

práticas agrícolas requerem, por exemplo, aobservância dos requisitos da directiva relativaaos nitratos e da utilização de produtosfitofarmacêuticos. No entanto, quando asociedade pede aos agricultores que estescumpram objectivos ambientais que estejampara além do nível de referência das boaspráticas agrícolas e esse cumprimento implicacustos ou perda de rendimentos para oagricultor, cabe à sociedade pagar os serviçosambientais prestados através de medidasagro ambientais.

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Condicionalidade

O princípio de que os agricultores devem cumprirrequisitos de protecção ambiental como condiçãopara beneficiarem de apoio foi incluído na reformada Agenda 2000. A reforma da PAC 2003 reforçou oênfase na condicionalidade, que se tornouobrigatória.

− A reforma da PAC da Agenda 2000 introduziua obrigatoriedade de os Estados-Membrostomarem as medidas agro-ambientais queconsiderem adequadas consoante a utilizaçãodas terras agrícolas utilizadas ou a produçãoem causa.

− Os Estados-Membros dispunham de 3 opçõespara respeitarem essa obrigação: aconcessão de apoio com contrapartida decompromissos agro-ambientais, a fixação deexigências ambientais de carácter geral e oestabelecimento de exigências ambientaisespecíficas. Os agricultores que nãorespeitem as exigências ambientais ficamsujeitos a sanções adequadas, que podemincluir a redução ou mesmo a supressão dosbenefícios decorrentes dos regimes de apoio

directo. Entre os exemplos de condiçõesambientais contam-se a observância de taxasmínimas de encabeçamento para os bovinose ovinos, o cumprimento de condiçõesespecíficas relativas ao cultivo de terrenosdeclivosos, o respeito de volumes máximosautorizados de fertilizantes por hectare e ocumprimento de regras específicas relativasà utilização de produtos fitofarmacêuticos.

- A partir de 2005 todos os agricultores querecebam pagamentos directos ficam sujeitosà condicionalidade obrigatória. Foramestabelecidos 19 actos legislativosdirectamente aplicáveis a nível de exploraçãonos domínios do ambiente, saúde pública,sanidade animal e fitossanidade e bem-estaranimal, ficando os agricultores sujeitos asanções em caso de incumprimento. Osbeneficiários dos pagamentos directos serãotambém obrigados a manter as terras em boascondições agronómicas e ambientais. Essascondições serão definidas pelos Estados--Membros e devem incluir normas relativas àprotecção dos solos, à conservação damatéria orgânica e da estrutura dos solos e àconservação dos habitats e da paisagem,

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incluindo a protecção das pastagenspermanentes. Além disso, os Estados--Membros devem assegurar que a suasuperfície total de pastagens permanentes nãodiminua significativamente, proibindo, senecessário, a sua conversão em terrasaráveis.

Medidas Agro-Ambientais

Além do princípio de que os agricultores devemrespeitar um nível mínimo de exigências ambientaiscomo condição para a concessão plena dospagamentos directos (condicionalidade), constituitambém princípio básico da estratégia comunitáriapara a integração da dimensão ambiental da PAC ode que, quando a sociedade desejar que osagricultores prestem um serviço ambiental para alémdo nível de base, esse serviço seja adquirido atravésde medidas agro-ambientais.

No âmbito da política de desenvolvimento rural, aComunidade oferece um conjunto de medidasdestinadas a promover a protecção do meio ambienteagrícola e da sua biodiversidade. Existem, entreoutras, possibilidades de apoio às zonasdesfavorecidas e às medidas agro-ambientais que

implicam, respectivamente, o cumprimento das boaspráticas agrícolas ou mesmo a realização de acçõesque vão para além dessas práticas.

Os regimes agro-ambientais foram introduzidos napolítica agrícola da União Europeia durante o final dadécada de oitenta enquanto instrumento de apoio apráticas agrícolas específicas que contribuem paraproteger o ambiente e preservar o espaço rural. Coma reforma da PAC de 1992, a aplicação deprogramas agro-ambientais tornou-se obrigatóriapara os Estados-Membros no âmbito dos respectivosplanos de desenvolvimento rural. A reforma da PACde 2003 mantém, para os Estados-Membros, ocarácter obrigatório dos regimes agro-ambientais,que se mantém no entanto facultativo para osagricultores. Além disso, a taxa mínima de co-financiamento da União Europeia aumentou para85% nas zonas do objectivo 1 e para 60% nas outraszonas.

Os agricultores que se comprometam, por umperíodo mínimo de 5 anos, a adoptar técnicasagrícolas compatíveis com o ambiente que vão paraalém das boas práticas agrícolas habituais recebemem contrapartida pagamentos que compensam oscustos adicionais e a perda de rendimento que

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decorrem da alteração das práticas agrícolas.

Agricultura e Biodiversidade

O termo biodiversidade tem um significado amplo,dizendo respeito à vida nas suas várias expressõese aos processos que lhe estão associados. Abrangetodas as formas de vida, desde a célula até aosorganismos complexos, e os processos, percursose ciclos que ligam os organismos vivos entre si,formando populações, ecossistemas e paisagens.

A biodiversidade agrícola inclui todas ascomponentes da diversidade biológica relevantespara os alimentos e a agricultura e todas ascomponentes da biodiversidade biológica queconstituem o agrossistema.

O equilíbrio entre a agricultura e a biodiversidadefoi perturbado por duas grandes alterações: aintensificação da produção, por um lado, e asubutilização das terras por outro. A especialização,a concentração e a intensificação da produçãoagrícola ocorrida nas últimas décadas sãoamplamente reconhecidas como uma ameaçapotencial para a conservação da biodiversidade.

O recurso a práticas de boa gestão agrícola,contudo, pode ter um impacto favorável acentuadona conservação da flora e da fauna selvagem naUnião Europeia, bem como na situação sócio--económica das zonas rurais. A agricultura tradicionalcontribui para preservar certos habitats naturais ousemi-naturais.

Nalguns Estados-Membros o abandono das terrase da gestão tradicional pode tornar-se uma ameaçapara a biodiversidade nas terras agrícolas.

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Agricultura e protecção do solo

Os processos de degradação do solo, como adesertificação, a erosão, a diminuição do teor dematéria orgânica, a contaminação, a imper-meabilização, a compactação, a diminuição dabiodiversidade e a salinização, podem provocar aperda de capacidade do solo para realizar as suasprincipais funções. Esses processos de degradaçãopodem resultar de práticas agrícolas inadequadas,como uma fertilização desequilibrada, a captaçãoexcessiva de águas subterrâneas para irrigação, ouso inadequado de pesticidas, o uso de maquinariapesada ou o sobrepastoreio. A degradação do solopode também resultar do abandono de certaspráticas agrícolas.

As medidas agro-ambientais prevêem,relativamente aos solos, oportunidades de apoios àreconstituição da matéria orgânica, ao aumento dabiodiversidade e à redução da erosão, contaminaçãoe compactação. Essas medidas incluem o apoio àagricultura biológica, à mobilização de conservação,à protecção e manutenção de socalcos, à utilizaçãomais segura de pesticidas, à gestão integrada dasculturas, à gestão dos sistemas de pastagemextensivos, à diminuição do encabeçamento e à

utilização de composto certificado.

Agricultura e pesticidas

Os pesticidas utilizados na agricultura sãogeralmente designados por produtosfitofarmacêuticos. Estes produtos, que protegem asplantas e os produtos vegetais dos parasitas, sãoamplamente utilizados em agricultura devido aos seusbenefícios económicos – combatem as pragas dasculturas e reduzem a competição das infestantes,melhorando assim os rendimentos e garantindo aqualidade, a fiabilidade e o preço dos produtos.

No entanto, e dado que a maior parte deles tempropriedades que os podem tornar prejudiciais paraa saúde e o ambiente quando não sejamadequadamente utilizados, a sua aplicação não éisenta de riscos. A saúde humana e a sanidadeanimal podem ser negativamente afectadas devidoà exposição directa e indirecta, através dos seusresíduos nos produtos agrícolas e na água potávelou da exposição de pessoas ou animais aquandoda sua pulverização. O solo e a água podem serpoluídos.

Existem medidas agro-ambientais de apoio aos

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agricultores que se comprometam a manter registosde utilização efectiva de pesticidas, a reduzir autilização de pesticidas para proteger o solo, a água,o ar e a biodiversidade, a utilizar técnicas de gestãointegrada das pragas e a orientar-se para a agriculturabiológica.

Agricultura e nitratos

A directiva da União Europeia relativa aos nitratosfoi adoptada em 1991 com dois objectivos principais:reduzir a poluição das águas causada ou induzidapor nitratos de origem agrícola e impedir apropagação dessa poluição. A gestão da directivaincumbe aos Estados-Membros e inclui o controlo daqualidade da água em relação à agricultura, adesignação das zonas vulneráveis aos nitratos e aelaboração de códigos de boas práticas agrícolas ede medidas obrigatórias a aplicar no âmbito doprograma de acção para as zonas vulneráveis aosnitratos.

Os códigos de boas práticas agrícolas abrangemos períodos de aplicação, a utilização de fertilizantesperto de cursos de água e nas encostas, os métodosde depósito de estrumes, os métodos deespalhamento, a rotação das culturas e outras

medidas de gestão das terras.

Agricultura e água

A agricultura é uma utilizadora significativa dosrecursos hídricos da Europa, consumindo cerca de30% dos recursos totais disponíveis. No sul daEuropa, a irrigação representa mais de 60% dautilização da água.

No entanto, a irrigação também tem uma série deconsequências prejudiciais para o ambiente, devidoà captação excessiva de água dos aquíferossubterrâneos, à erosão que provoca, à salinizaçãodo solo e à alteração de habitats semi-naturais jáexistentes. É também necessário ter em conta osimpactos secundários decorrentes da intensificaçãoda produção agrícola permitida pela irrigação.

No âmbito do desenvolvimento rural, a PAC apoiaos investimentos destinados a melhorar as infra--estruturas de irrigação e a permitir que osagricultores passem a utilizar técnicas de irrigaçãomais avançadas (exemplo gota a gota). Os regimesagro-ambientais apoiam o compromisso de reduziros volumes de irrigação e adoptar técnicas deirrigação melhoradas.

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Agricultura e florestas

A arborização das terras agrícolas está hoje emdia plenamente integrada na política agrícola.

Bem geridas, as florestas podem ter um impactosignificativo e positivo na paisagem natural e nabiodiversidade. Desempenham também um papel decompensação do “efeito de estufa” e do risco deaquecimento global, proporcionando, além disso,uma fonte alternativa de rendimento e de empregonas zonas rurais, sobretudo no caso das terras maismarginais.

A reforma da PAC reforçou os incentivosfinanceiros aos agricultores que arborizem as terrasagrícolas. Apoia também o melhoramento dasflorestas e a implantação de cortinas de abrigo(importantes no combate à erosão).

Os principais objectivos consistem na manutençãoda estabilidade ecológica das florestas e narecuperação das florestas danificadas.

Enquadramento Comunitário

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3 – Condicionalidade e Aconselhamento Agrícola

3.1 – Aplicação na Exploração Agrícola

Estipulam as regras comunitárias que qualqueragricultor que beneficie de pagamentos directos,manutenção da actividade agrícola em zonasdesfavorecidas, pagamentos agro-ambientais esilvo-ambientais, apoio à primeira florestação deterras agrícolas, à reestruturação e reconversão davinha e do prémio de arranque, tem que respeitar osrequisitos legais de gestão, assim como os requisitosmínimos para as boas práticas agrícolas eambientais, para além de mais uma série de“questões de pormenor”.

Há que ter em consideração, entre outras coisas:− Ocupação cultural das parcelas com IQFP 4− Ocupação cultural das parcelas com IQFP 5− Rotação das culturas− Parcelas em terraços− Parcelas exploradas para a orizicultura− Controlo da vegetação lenhosa espontânea− Faixas de limpeza da parcela− Manutenção do olival− Queima para renovação de pastagens e

eliminação de restolhos− Alteração de uso das parcelas de pastagens

permanentes

− Reposição da superfície de pastagenspermanentes

O enquadramento legal destas obrigações econdições inclui um conjunto de directivas eregulamentos, estando a cargo de várias entidadesnacionais a responsabilidade nacional.

As directivas e regulamentos comunitários são:− Directiva 79/409/CEE – aves selvagens− Directiva 92/43/CEE – conservação de habitats− Directiva 80/68/CEE – águas subterrâneas− Directiva 86/278/CEE – lamas de depuração− Directiva 91/676/CEE – nitratos− Directiva 92/102/CEE – identificação e registo de

animais− Regulamento (CE) 2629/97 da Comissão – identificação

e registo de bovinos− Regulamento (CE) 1760/2000 – identificação e registo

de bovinos− Directiva 91/414/CEE – colocação de produtos

fitofarmacêuticos no mercado− Directiva 96/22/CE – proibição de utilização de certas

substâncias com efeitos hormonais ou tireostáticos− Regulamento (CE) 178/2002 – segurança de géneros

alimentícios− Regulamento (CE) 999/2001 – prevenção, controlo e

erradicação de determinadas encefalopatiasespongiformes transmissíveis

− Directiva 2003/85/CE – luta contra a febre aftosa− Directiva 92/119/CEE – luta contra certas doenças animais

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− Directiva 2000/75/CEE – erradicação da febre catarralovina ou língua azul

− Directivas 98/58/CE; 91/629/CEE; 91/630/CEE – bem--estar animal

Os organismos especializados de controlo e asentidades nacionais responsáveis são, para além da“entidade máxima” que penaliza (o IFAP), o ICNB –INAG – INR – DRAPs – DGV.

O não cumprimento destas regras dá origem apenalizações, que implicam a redução ou mesmo aexclusão dos pagamentos de ajudas sujeitas àcondicionalidade, consoante a gravidade, extensão,permanência e reiteração do referido incumprimento.

Como isto pode pesar no bolso dos agricultores,deixamos aqui exemplos de algumas penalizaçõespor negligência e incumprimento reiterado:

− Incumprimento por negligência – reduçãopercentual entre 1% e 5%

− Incumprimento reiterado – triplo da reduçãopor negligência

− Incumprimento intencional – redução em 20%− Incumprimento intencional reiterado – redução

total das ajudas

Como isto é um conjunto de regras que têmsubjacentes uma série de definições, importa reter esaber algumas delas, nomeadamente ter em atenção:

− caminhos rurais ou agrícolas− ervas ou outras forrageiras herbáceas− índice de qualificação fisiográfica da parcela (IQFP)− maracha ou cômoro− parcela contígua− parcela isenta de reposição− período crítico− queimadas− referência nacional de pastagens permanentes (RN)− referência anual de pastagens permanentes (RA)− valas de drenagem− valas de rega− ocupação cultural− superfícies agrícolas− superfícies agro-florestal− superfícies florestais− espaço florestal não arborizado sem

aproveitamento forrageiro− outras superfícies florestais− outras superfícies− taludes− terraços

Condicionalidade e Aconselhamento Agrícola

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3.2 – Estudo de Caso

Na perspectiva de tornar mais prática e entendíveltoda esta série de condições, directivas,regulamentos, decretos, portarias e para evitarpossíveis penalizações, tomámos como exemplo aseguinte exploração:

3.2.1 – Localização:− Alentejo

3.2.2 – Caracterização:− área total: 30 hectares (5 parcelas)− 8 hectares de olival tradicional− 21 hectares de cultura arvense de sequeiro− aproveitamento cultural

8 hectares de olival7 hectares de pousio7 hectares de cereal7 hectares de forragens

− efectivo pecuário:1 carneiro30 ovelhas5 malatas

− um tractor de 75 cavalos e respectivas alfaias− instalações pecuáriasFoto: DRATM

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− instalações agrícolas

− tem 25 direitos RPU− recebe prémio aos ovinos− recebe indemnizações compensatórias− teve protecção integrada que não renovou por

não ser elegível no ProDeR− teve agro-ambientais que não renovou pelos

mesmos motivos

Perante esta realidade enumeramos um conjuntode regras e condicionantes que este agricultor devedominar e cumprir para não estar sujeito apenalizações.

a) Erva ou outras forrageiras herbáceasTodas as plantas herbáceas tradicionalmentepresentes nas pastagens naturais ou normalmenteincluídas nas misturas de sementes para pastagemou prados, bem como as variedades para finsforrageiros de centeio, cevada, aveia, triticale, trigo,favas, tremoços.

b) Índice de qualificação fisiográfico da parcela(IQFP)Indicador que traduz a relação entre a morfologia daparcela e o seu risco de erosão que consta no modeloP1 do Sistema de Identificação Parcelar Agrícola epode ser pedido e pago este material cartográfico a

níveis, para agricultores beneficiários do IFAP.− ortofotomapas papel fotográfico ........ 59,40 euros− ortofotomapas papel normal .............. 36,00 euros− extracto de ortofotomapas NA 3 ........ 99,00 euros− extracto de ortofotomapas NA 4 ........ 31,50 euros− etc.

c) Parcela contíguaAs parcelas ou parte de parcelas confinantes ou quese encontrem separadas por caminhos ou estradascom largura inferior ou igual a 3 metros ou linhas deágua.

d) Parcelas isentas de reposiçãoAs pastagens permanentes (PP) criadas no âmbitode compromissos agro-ambientais ou ao abrigo deregime específico de direitos aos prémios à vacaaleitante e de ovelha e cabra, bem como as parcelascom pastagens permanentes em 2003 que sejamobjecto de florestação compatível com o ambiente eexcluindo as plantações de árvores de Natal e deespécies de crescimento rápido cultivadas a curtoprazo.

e) Período críticoPeríodo durante o qual vigoram medidas e acçõesespeciais de prevenção contra incêndios florestais, porforça de circunstâncias meteorológicas excepcionais.

Estudo de Caso

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f) QueimadasUso do fogo para eliminar sobrantes da exploração.

g) Referência nacional de pastagenspermanentes (RN)É obtida pelo quociente entre a superfície total depastagens permanentes do ano de 2003 e a superfícieagrícola total declarada em 2005.

h) Relação anual de pastagens permanentes(RA)É obtida pelo quociente entre a superfície total depastagens permanentes do ano em causa e asuperfície total declarada desse mesmo ano.

i) Ocupação culturalInclui a ocupação definida em superfícies agrícolas,superfícies agro-florestais, superfícies florestais eoutras superfícies.A superfície agrícola (culturas cujo ciclo vegetativo nãoexcede um ano e as que ocupam as terras numperíodo inferior a cinco anos) é desagregada em:

− culturas temporárias (arvenses, hortícolas aoar livre, floricultura ao ar livre, culturasforrageiras, outras culturas temporárias);

− culturas permanentes (culturas não integradasem rotação, com exclusão das pastagens

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permanentes, que ocupam por cinco anos oumais e dão origem a várias colheitas e queapresentam uma determinada densidade deplantação) nomeadamente culturas frutícolas,vinha, olival e outras culturas permanentes;

− pastagens permanentes (terras ocupadas comervas ou outras forrageiras herbáceas, quersemeadas quer espontâneas, por um períodoigual ou superior a cinco anos e que nãoestejam incluídas no sistema de rotação daexploração) desagregadas em: pastagempermanente natural e pastagem semeada;

− outras superfícies agrícolas (nas quais se incluipousio – superfície que esteve destinada àprodução vegetal, não produziu qualquercolheita durante o ano agrícola, e que no anoem curso é mantida em boas condiçõesagrícolas e ambientais, incluindo todas assuperfícies em pousio, incluídas ou não narotação).

j) Outras superfíciesSuperfícies com infra-estruturas, desagregadas emsuperfícies sociais (superfícies que se encontremedificadas nomeadamente superfícies comconstruções e instalações agro-pecuárias, agrícolas,edificações industriais, estruturas de tratamento de

águas residuais, edificações sociais não agrícolas)e vias de comunicação (superfícies ocupadas comauto-estradas, estradas, caminhos rurais/agrícolas evias ferroviárias).

k) Caminho rural ou agrícolaVia de comunicação com mais de 3 metros de larguraque liga vários pontos de uma exploração agrícola.

l) Normas para o cumprimento das boascondições agrícolas e ambientaisDestacamos:

Cobertura da parcelaExcluindo as parcelas com IQFP igual ou inferior a 2com culturas permanentes, as superfícies com culturasprotegidas e as parcelas quando sujeitas a trabalhosde preparação do solo para instalação de culturas,no período entre 15 de Novembro e 1 de Março, asparcelas devem apresentar:- na superfície agrícola, com excepção das superfícies comculturas permanentes, uma vegetação de cobertura, instaladaou espontânea, ou em alternativa restolhos de culturastemporárias;- nas superfícies cultivadas com culturas permanentes dasparcelas com IQFP igual ou superior a 3, na zona de entrelinha,uma vegetação de cobertuta instalada ou espontânea, ou emalternativa restolhos de culturas temporárias.

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Ocupação cultural das parcelas com IQFP 4Nas parcelas com IQFP 4, excepto parcelas armadasem socalcos ou terraços e nas áreas integradas emvárzeas, não é permitida a instalação de culturastemporárias, sendo a instalação de culturaspermanentes ou pastagens permanentes apenaspermitidas nas situações em que as DRAPs asconsiderem tecnicamente adequadas.

Ocupação cultural das parcelas com IQFP 5Nas parcelas com IQFP 5, excepto em parcelasarmadas ou em terraços e nas áreas integradas emvárzeas, não é permitida a instalação de culturastemporárias nem a instalação de novas pastagenspermanentes, sendo apenas permitida a melhoriadas pastagens permanentes naturais semmobilização de solo, e a instalação de novas culturaspermanentes apenas nas situações em que asDRAPs as considerem tecnicamente adequadas.

Rotação de culturasAs parcelas com culturas temporárias de Primavera/Verão, com excepção das parcelas quando sujeitasa trabalhos de preparação do solo para instalaçãode culturas de Primavera/Verão e as exploradas paraorizicultura, devem apresentar entre 15 de Novembroe 1 de Março, uma cultura de Outono/Inverno ou, em

alternativa, uma vegetação de cobertura espontânea,sendo as culturas permitidas as culturas arvenses,as culturas forrageiras temporárias e as culturashortícolas ao ar livre.

Controlo da vegetação lenhosa espontâneaA superfície agrícola e a superfície com culturas sobcoberto de espaço florestal arborizado não podemapresentar uma área superior a 25% ocupada comformações lenhosas espontâneas dominada porarbustos de altura superior a 50 cm e o controlodessas formações lenhosas deve obedecer àsseguintes regras:

− efectuar-se fora da época de maiorconcentração de reprodução da avifauna(Março e Abril) com excepção dos casos emque, por motivo de sazão das terras, o controlodessa vegetação necessite de ser realizadonesse período, ficando a sua execuçãodependente da autorização da DRAP da áreaa que pertence a parcela em questão. Ocontrolo dessa vegetação quando realizadodurante o período crítico de incêndios deverespeitar as regras relativas à utilização demaquinaria e equipamentos definidoslegalmente;

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− os resíduos lenhosos resultantes dasoperações de controlo neste âmbito devemser incorporados no solo ou retirados dasparcelas para locais onde a sua acumulaçãominimize o perigo de incêndios ou queimadasna parcela desde que cumpra as normas emvigor sobre queimadas de sobrantes erealização de fogueiras.

Nota: esta condição não se aplica às parcelascom culturas forrageiras ou com pastagenspermanentes, quando a limpeza seja feita comrecurso a meios mecânicos sem mobilização do solo.

− nas parcelas com IQFP igual ou superior a 4,o controlo da vegetação só pode ser realizadosem reviramento do solo, excepto em parcelasarmadas em socalcos ou terraços e nas áreasintegradas em várzeas;

− não estão abrangidas por estas normas asparcelas com culturas forrageiras e compastagens permanentes em superfíciesagrícolas ou em culturas sob coberto deespaço florestal arborizado, integradas emexploração agrícola com um encabeçamentopecuário inferior a 0,15 CN/ha.

Faixa de limpeza das parcelasAo longo da estrema da área ocupada por parcelasde pousio, prados temporários naturais de sequeiroe de pastagem permanente natural de sequeiro,individuais ou contíguas, deve efectuar-seanualmente, antes do dia 1 de Julho, a limpeza deuma faixa com a largura mínima de 3 m, devendo osresíduos resultantes da limpeza ser incorporados nosolo ou retirados das parcelas para locais onde a suaacumulação minimize o perigo de incêndios ouqueimadas na parcela desde que cumpra as normasem vigor.Não estão abrangidas por estas normas as seguintesparcelas:

− áreas ocupadas por parcelas individuais oucontíguas inferiores ou iguais a 1 ha;

− as zonas de parcelas cuja estrema coincidacom culturas permanentes, pastagempermanente semeada ou regada ou culturastemporárias com excepção dos pradosnaturais de sequeiro;

− as zonas de parcela cuja estrema coincidacom massas de água, com excepção de linhasde água temporárias;

− as zonas de parcela cuja estrema coincidacom vias de comunicação com largura superiora 3 metros;

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− as zonas de parcela cuja estrema coincidacom muros.

Manutenção do olivalO arranque de oliveiras fica dependente daautorização da DRAP da área a que pertence aparcela em questão.

Queimadas para renovação de pastagens eeliminação de restolhosDevem ser cumpridas as normas sobre queimadas.

Nota:− a realização de queimadas deve obedecer às

orientações emanadas pelas CâmarasMunicipais de defesa da floresta contraincêndios;

− a realização de queimadas só é permitidaapós licenciamento na respectiva CâmaraMunicipal, ou pela Junta de Freguesia se aesta for concedida delegação decompetências, na presença de técnicocredenciado em fogo controlado ou, na suaausência, da equipa de bombeiros ou daequipa de sapadores florestais;

− sem acompanhamento técnico, a queima pararealização de queimadas deve ser

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permuta ou em resultado de reposição nacional, ficamobrigadas a permanecer enquanto tal durante os 5anos seguintes ao facto que lhes deu origem.

Como atrás descrevemos, na óptica documprimento da condicionalidade, o agricultor daexploração de que nos servimos para o “estudo decaso” deve ter especial atenção e saber, para alémdas Parcelas, P1, etc.:

− ocupação cultural− rotações culturais que pratica− controlo de vegetação lenhosa espontânea− faixas de limpeza das parcelas− manutenção do olival− queimadas− alteração do uso das parcelas de pastagens

permanentes− reposição da superfície de pastagens

permanentes− identificação e registo de animais− nitratos− caminhos rurais ou agrícolas− período crítico− zonas de parcelas coincidentes com pastagens

permanentes− zonas de parcelas coincidentes com massas de

água− zonas de parcelas coincidentes com vias de

comunicação− zonas de parcelas coincidentes com muros− datas e períodos em que pode fazer mobilização

do solo

considerada uso de fogo intencional;− a realização de queimadas só é permitida fora

do período crítico e desde que o índice derisco temporal de incêndio seja inferior ao nívelelevado.

Alteração do uso das parcelas de pastagenspermanentesA alteração do uso das parcelas classificadas comopastagens permanentes, bem como a permuta entreparcelas exploradas pelo mesmo agricultor, dependede autorização prévia do IFAP, a conceder medianterequerimento escrito, excepto no caso das parcelasisentas de reposição, em que a respectivaautorização depende apenas de comunicação préviadesde que se verifique alteração de uso para fins nãoforrageiros.Só são autorizadas alterações de uso para culturaspermanentes regadio, floresta ou infra-estruturas, eapenas enquanto for possível respeitar o valor de 95%da relação de referência nacional de pastagenspermanentes, procedendo-se, em caso denecessidade, ao rateio dos pedidos de autorização,dando preferência à reconversão para olival e floresta,com prioridade do primeiro.As novas parcelas de pastagens permanentes quetenham sido objecto de reconversão através de

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3.3 – Ambiente

No sentido de adaptar formas e técnicas deprodução que permitam o respeito pelo ambiente, asaúde pública, a saúde e bem-estar animal, as boascondições agrícolas e ambientais e a segurança notrabalho, foi estipulado um conjunto de regras que sedevem cumprir.

Estas regras têm por base diversa regulamentaçãonacional e comunitária, de que já destacámos acomunitária. Referiremos agora a nacional:

− Decreto-Lei 49/2005 de 2005-02-24− Decreto-Lei 140/99 de 1999-04-24− Decreto-Lei 384-B/99 de 1999-09-23− Decreto-Lei 141/2002 de 20 de Maio− Decreto Regulamentar 10/2002 de 26 de Março− Decreto-Lei 59/2008 de 27 de Março− Decreto-Lei 236/98 de 1998-08-01− Declaração de Rectificação 53/2006 de 18 de

Agosto− Decreto-Lei 18/2006 de 21/06− Decreto-Lei 235/97 de 1997-09-03− Decreto-Lei 68/99 de 1999-03-11− Portaria 833/2005 de 16/09− Portaria 1100/2004 DE 03/09− Portaria 556/03 de 12/07− Portaria 557/03 de 14/07− Portaria 591/03 de 18/07− Portaria 617/03 de 22/07− Portaria 1433/06 de 27/12

Vamos ver, dentro deste extenso “menu”, aquiloque importa reter para o “estudo de caso”.

Habitats NaturaisAs áreas terrestres ou aquáticas naturais ou semi-naturais que se distinguem por característicasgeográficas abióticas e bióticas.

Zona de Protecção Especial (ZPE)Áreas de importância comunitária no territórionacional em que são aplicadas as medidasnecessárias para a manutenção ou restabelecimentodo estado de conservação das populações de avesselvagens inscritas no anexo A-I e dos seus habitats,bem como das espécies de aves migratórias nãoreferidas neste anexo e cuja ocorrência no territórionacional seja regular.

Nota:Nesta zona as mais conhecidas são:Garça pequena, cegonha preta, cegonha branca,maçarico preto, colhereiro, pardilheira, peneireiro-cinzento, milhafre-preto, milharoco, grifo, abutre-preto,águia-cobreira, águias, falcão, tarambola, abibe, narceja,pompo-torcaz, bufo, coruja, mocho, perdizes, toirão,sisão, cortiçol, pica-pau, calhandra, cotovia, carriça,abetarda, alfaiate, alcaravão, pisco-de peito azul, cartaxo,felosa, toutinegra e picanço.

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NitratosTendo em vista a redução da poluição das águascausada ou induzida por nitratos de origem agrícola,bem como impedir a propagação desta poluição,existe uma série de normas e definições a que háque estar atento:

− Águas subterrâneas: toda a água que se situaabaixo da superfície do solo na zona desaturação e em contacto directo com o solo eo subsolo;

− Composto azotado: qualquer substância quecontenha azoto, excluindo o azoto moleculargasoso;

− Fertilizante: qualquer substância que contenhaum ou mais adubos azotados, utilizada nosolo, incluindo estrume e chorume animal;

− Poluição: a descarga no meio aquático, directaou indirecta, de composto de origem agrícola;

− Código de Boas Práticas Agrícolas: incluidisposições abrangendo questões como:

a) Períodos em que a aplicação de fertilizantes nãoé apropriada;b) Aplicação de fertilizantes em terrenos de forteinclinação;c) Aplicação de fertilizantes em terrenos saturadosde água;d) Condições de aplicação de fertilizantes nas

proximidades de cursos de água;e) Capacidade e construção de depósitos de estrumeanimal e efluentes provenientes de materiais vegetaisarmazenados, tais como silagem;f) Métodos de aplicação de fertilizantes, incluindo adose e a uniformidade de espalhamento;g) Gestão da utilização do solo;h) Manutenção de um nível mínimo de revestimentovegetal do solo durante as épocas pluviosas;i) Planos de fertilização e registo de utilização defertilizantes;j) Doses máximas permissíveis de aplicação defertilizantes.

Nota:No caso de estrume, a quantidade de estrume animalaplicada anualmente nas terras, incluindo pelospróprios animais, não deve exceder, por hectare, 170Kg de Azoto.

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3.4 – Saúde Pública

Tendo como suporte legislativo, em termoscomunitários, a Directiva 91/414/CEE de 15 de Julhoe o Regulamento (CE) 178/2002 de 28 de Janeiro eem termos nacionais os Decretos-Lei 284/94 de1994-11-11, o 94/98 de 1998-04-15 e o 173/2005de 21-10-2005, vejamos os principais cuidados eatenções a ter na exploração a que nos vimosreferindo.

a) Informação sobre potenciais efeitos perigososDevem ser claras todas as informações relativas aosefeitos potencialmente perigosos do produtofitofarmacêutico ou do resíduo da substância activapara a saúde humana ou animal ou para as águassubterrâneas ou dos seus efeitos potencialmenteperigosos para o ambiente.

b) Nas embalagens devem constar, de modolegível e indelével:

− nome comercial e substância activa, comrespectivos teores

− indicações relativas aos primeiros socorros− natureza de eventuais riscos para o homem,

animais ou ambiente e as precauções a tomar− função do produto

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− natureza da preparação− utilização para que foi autorizado− instruções relativas à utilização− intervalo de tempo a respeitar para cada

utilização− indicações respeitantes à eventual

fitotoxicidade− instruções de segurança relativas à eliminação

do produto e das suas embalagens− prazo de validade

3.5 – Bem-Estar Animal

A regulamentação aplicável é (e diz respeito a):

3.5.1– Comunitária− Directiva 92/102/CEE de 27 de Novembro de 1992,

relativa à identificação e ao registo de animais− Regulamento (CE) 911/2004 de 29 de Abril de 2004,

relativo a marcas, auriculares, passaportes e registosde exploração

− Regulamento (CE) 1760/2000 de 17 de Julho, cria umregime de identificação e registo de bovinos

− Regulamento (CE) 21/2004 de 17 de Dezembro, criaum regime de identificação e registo de ovinos ecaprinos

− Directiva 96/22/CE de 29 de Abril, relativa à proibiçãode utilização de certas substâncias

3.5.2 – Nacional− Decreto-Lei 142/2006 de 27 de Julho que cria o Sistema

Nacional de Informação e Registo de animais (SNIRA)e outros

− Decreto-Lei 185/2005 de 4 de Outubro relativo àproibição da utilização de certas substâncias hormonaisou tireotáticas

− Decreto-Lei 29/92 de 27 de Fevereiro, relativo à febreaftosa

− Portaria 124/92 de 27 de Fevereiro, relativo à febre aftosa− Decreto-Lei 108/2005 de 5 de Julho, relativo à febre

aftosa− Decreto-Lei 22/95 de 28 de Fevereiro, estabelecendo

medidas gerais de luta contra certas doenças animais

Importa reter algumas definições:

a) Animal para abate: qualquer animal destinado aum matadouro ou a um centro de agrupamento, apartir do qual só pode ser transportado para ummatadouro para efeitos de abate.

b) Animal para reprodução ou produção: qualqueranimal, não considerado animal para abate, que sejadestinado à reprodução, produção de leite ou decarne.

c) Centro de agrupamento: qualquer local, incluindocentros de recolha, feiras e mercados, onde sãoagrupados animais provenientes de diferentes explorações.

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jurisdição na área da exploração de origem, combase nos registos de passaporte sanitário do rebanhorespectivo.

i) Detentor de animais: qualquer pessoa, singularou colectiva, à excepção dos transportadores,responsável, a qualquer título, pelos animais.

d) Certificado sanitário veterinário: documentoemitido por médico veterinário que implica ainspecção prévia dos animais a movimentar e dosefectivos em que se integram, para efeitos decertificação do seu estado sanitário e determinaçãoda classe de efectivo onde pode integrar-se.

e) Comerciante: a pessoa singular ou colectiva quecompra e vende, directa ou indirectamente, animaispara fins comerciais, que tem uma rotação regulardesses animais, e que, no prazo de 30 dias a contarda aquisição dos animais, os revende ou transferedas primeiras explorações para outras que não sãoda sua propriedade.

f) Credencial sanitária: documento a emitir pelaautoridade competente com jurisdição na área daexploração de destino dos animais a transportar, ondese fixam as condicionantes de natureza profilática oude polícia sanitária para a emissão da guia sanitária.

g) Declaração de deslocação: documento emitidopelo detentor, que acompanha obrigatoriamente adeslocação dos animais.

h) Declaração de passaporte de rebanho:documento emitido pela autoridade competente com

j) Efectivo: animal ou conjunto de animais da mesmaespécie ou de diferentes espécies mantidos numaexploração.

k) Exploração: qualquer instalação ou, no caso deuma exploração pecuária ao ar livre, onde os animaissejam alojados, criados ou mantidos.

l) Exploração extensiva ou de ar livre: regime deexploração agro-pecuária reconhecida como tal pelasautoridades competentes, em que os animaispastoreiam habitualmente em liberdade, comreduzido contacto com seres humanos e semrecolhimento regular para o alojamento.

m) Guia de circulação: documento emitido pelosistema informático que autoriza e acompanha acirculação dos animais.

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n) Guia sanitária de circulação: documentoemitido pela autoridade competente, que autoriza adeslocação dos animais e fixa as condicionantes denatureza profilática ou de polícia sanitária a que otransportador ou adquirente se obriga.

o) Marca: código que permite individualizar aexploração ou centro de agrupamento autorizado.

p) Número de registo: número atribuído pelosistema informático às explorações e centros deagrupamento, permitindo a sua identificação.

q) Passaporte: documento emitido pela autoridadecompetente no qual constam:

- identificação do animal ou rebanho;

- informação sanitária;

- intervenções profiláticas com planos deerradicação das doenças, datas de efectivação,resultados obtidos e classificação sanitária.

r) Registo de existência e deslocação (RED):documento destinado a referenciar, de formapermanente, o número de animais existentes ou

detidos numa exploração ou centro de agrupamento.

s) Registo de exploração: documento que inclui amarca da exploração, a actividade do detentor, o tipode produção, as espécies mantidas e a localizaçãogeográfica.

t) Teste de pré-movimentação: testes para abrucelose e tuberculose bovina.

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Comunicação de morte de animais− É proibido o abandono de cadáveres de

animais mortos na exploração, bem como aremoção de qualquer parte dos mesmos,incluindo as peles;

− Os detentores de animais das espéciesbovina, ovina e caprina são obrigados acomunicar ao SNIRA a morte de qualqueranimal ocorrida na exploração, no centro deagrupamento ou no transporte para outraexploração, no prazo máximo de 12 horas acontar da ocorrência, para que seja promovidade imediato a recolha do cadáver (a efectuarpelo SIRCA).

RastreabilidadeÉ importante uma limitação ao movimento de todosos animais, para ou a partir da exploração ou centrode agrupamento, sempre que um ou mais animaisnão reúnam qualquer dos seguintes requisitos:

− Estar correctamente identificado ou marcado;

− Estar registado na base de dados informática;

− Possuir passaporte ou outros documentos deacompanhamento específicos;

Trataremos agora de evidenciar algumas obrigaçõese compromissos:

Obrigações dos detentores− Os registos e informações, bem como as

cópias das declarações de deslocação ouguias de circulação e demais declaraçõesrealizadas pelos detentores ao SNIRA, devemser conservados por um período mínimo de 3anos;

− Comunicar às autoridades competentes todasas movimentações para a exploração e a partirdesta, bem como todos os nascimentos,desaparecimentos e quedas de marcasauriculares.

Proibição de abate de animais na exploraçãoO abate de animais (bovinos, ovinos, caprinos esuínos) para consumo humano só pode ser realizadoem estabelecimentos aprovados para o efeito.

O abate para auto-consumo fora dosestabelecimentos aprovados para o efeito pode serexcepcionalmente autorizado pela autoridadecompetente.

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− Possuir, por espécie animal, um REDactualizado mantido na exploração.

Os animais relativamente aos quais falte algum dosdocumentos previstos ficam de imediato sobsequestro, até à demonstração de cumprimento dosmesmos no prazo de 7 dias úteis, devendo aautoridade competente, findo aquele prazo, ordenaro seu abate e destruição, caso a sua rastreabilidadenão possa ser assegurada.

Contra-ordenações− Atraso de comunicação no prazo legal de

todas as movimentações para a exploraçãoou a partir dela à autoridade competente:coima mínima de 50 euros/animal ou lote deanimais (quando não ultrapasse 5); coimamínima de 250 a 1.870 euros quandoultrapasse o número de 5, podendo ir até22.440 euros no caso de pessoas colectivas;

− Atraso na comunicação no prazo legal àautoridade competente, de todos osnascimentos, mortes, desaparecimentos equedas de marcas auriculares: coima mínimade 50 euros por animal, até 1.870 euros, podendoir até 24.440 no caso de pessoas colectivas;

− Desrespeito das obrigações de declaração deexistência para ovinos e caprinos: coimamínima de 100 euros, até 1.870 e até 22.440para pessoas colectivas;

− Desrespeito de outras obrigações (falta deregisto de actividade, abate de animais paraconsumo humano fora dos estabelecimentosaprovados, abandono de cadáveres deanimais mortos na exploração, nãocomunicação de mortes, etc.): coima de 250a 3.740 euros, podendo ir até 44.890 no casode pessoas colectivas.

Protecção de animais nas explorações pecuáriasMais algumas definições que importa reter:

− Alojamento: qualquer instalação, edifício ougrupo de edifícios ou outro local, podendoincluir zonas não completamente fechadas oucoberta, ou instalações móveis, onde osanimais se encontrem mantidos;

− Bem-estar animal: estado de equilíbriofisiológico e etológico do animal.

Disposições geraisa) O proprietário ou detentor dos animais deve tomar

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lesionados devem receber cuidados adequados e,quando necessário, serem tratados por um médicoveterinário;

g) Sempre que se justifique, os animais doentes oulesionados devem ser isolados em instalaçõesadequadas e equipadas, se for caso disso, com umacama seca e confortável;

h) A liberdade de movimentos próprios dos animaisnão será restringida de forma a causar-lhes lesõesou sofrimentos desnecessários, nomeadamente devepermitir que os animais se levantem, deitem e viremsem quaisquer dificuldades;

i) Os materiais utilizados na construção dealojamentos não devem causar dano e devem poderser limpos e desinfectados a fundo;

j) Os alojamentos e dispositivos para prender animaisdevem ser construídos de modo que não existamarestas nem saliências aceradas susceptíveis deprovocar ferimentos aos animais;

l) Os animais mantidos ao ar livre devem dispor, namedida do possível e se necessário, de protecção contraas intempéries, os predadores e os riscos sanitários;

c) Os animais devem ser tratados por pessoal emnúmero suficiente e que possua as capacidades,conhecimentos e competência profissionaladequada;

d) Todos os animais mantidos em exploraçõespecuárias cujo bem-estar dependa de cuidadoshumanos frequentes devem ser inspeccionados pelomenos uma vez por dia e os mantidos noutrossistemas serão inspeccionados com a frequêncianecessária para evitar qualquer sofrimentodesnecessário;

e) Deve existir a todo o momento iluminação artificialadequada (fixa ou portátil) que permita a inspecçãodos animais em qualquer altura;

f) Os animais que pareçam estar doentes ou

todas as medidas necessárias para assegurar obem-estar dos animais ao seu cuidado e para garantirque não lhes sejam causadas dores, lesões ousofrimentos desnecessários;

b) O proprietário ou detentor de animais devesalvaguardar que os mesmos não causem danos empessoas ou noutros animais;

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m) Todos os animais devem ser alimentados comuma dieta equilibrada, adequada à idade e espécie,em quantidade suficiente;

n) Todos os animais devem ter acesso à alimentaçãoa intervalos apropriados às suas necessidadesfisiológicas;

o) Os animais devem ter acesso a uma quantidadede água suficiente e de qualidade assegurada;

p) São proibidos todos os processos de reproduçãoque causem ou sejam susceptíveis de causarsofrimento ou lesões nos animais, salvo as mínimasnecessárias.

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3.6 – Segurança no trabalho

Também tendo como enquadradora uma série deregulamentação nacional e comunitária, convém terem conta vários aspectos, visto que esta matéria seaplica não só aos trabalhadores por conta de outremcomo aos por conta própria. Independentes, agricultores.

Princípios gerais

− Todos os trabalhadores têm direito àprestação do trabalho em condições desegurança, higiene e protecção de saúde;

− A prevenção dos riscos profissionais deve serdesenvolvida segundo princípios, normas eprogramas que visem, nomeadamente, apromoção e vigilância dos trabalhadores, aeducação, formação e informação, parapromover s segurança, higiene e saúde dostrabalhadores;

− Deve-se assegurar que os equipamentos detrabalho são adequados ou convenientementeadaptados ao trabalho a efectuar e garantema segurança e a saúde dos operadoresdurante a sua utilização;

− Sempre que a utilização de um equipamentoespecífico de trabalho pode provocar riscosespecíficos, o mesmo só deve ser utilizado porpessoal devidamente qualificado para o efeito;

− Os sistemas de comando de um equipamentode trabalho que tenham incidência sobre asegurança devem ser claramente visíveis eidentificáveis;

− Os elementos móveis de um equipamento detrabalho que possam causar acidentes devemdispor de protectores;

− As operações de manutenção devem fazer--se com o equipamento parado;

− Os equipamentos de trabalho que transportemum ou mais trabalhadores devem seradaptados de forma a reduzir os riscos durantea deslocação, bem como limitar os riscos decapotamento por meio de uma estrutura queimpeça de virar mais que um quarto de volta.

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Máquinas e equipamentos

Sendo um sector indispensável e interligado coma actividade numa exploração agrícola, é importantereter e cumprir uma série de dados e cuidados queevitem o acontecimento e sucessão de acidentes devária ordem que têm provocado e continuam aprovocar danos pessoais, profissionais e materiaiscom consequências gravíssimas.

Por isso - todo o cuidado é pouco

Vale mais prevenir do que remediar

As próprias máquinas e equipamentos trazeminstruções que é preciso respeitar

Manter as crianças afastadas

Colocar protectores sempre que se justifique

Usar equipamentos apropriados

Trabalhe com e em segurança

O material tem sempre razão!!!

Estudo de Caso

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− Bem-estar animal (e suas definições):animal para abateanimal para reprodução ou produçãocentro de agrupamentocertificado sanitário veterináriocredencial sanitáriadeclaração de deslocaçõesdeclaração de passaporte de rebanhodetentor de animaisefectivo pecuárioexploraçãoexploração extensiva ou de ar livreguia de circulaçãoguia sanitária de circulaçãomarcanúmero de registopassaporteregisto de existência e deslocações (RED)registo de exploraçãoteste de pré-movimentaçãoobrigações do detentorproibição de abate dos animais na exploraçãocomunicação de morte de animaisrastreabilidadecontra-ordenaçõesprotecção dos animais na exploração pecuáriaalojamento de animaisbem-estar animalsegurança no trabalhocuidados com máquinas e equipamentos

O “caso” que estudámos tem (e deve) levar-nos auma série de preocupações com estas actividadese que enunciamos resumidamente:

− Parcelário (P1, etc.)− IQFP das parcelas− Ocupação cultural− Rotações praticadas− Controlo da vegetação lenhosa espontânea− Faixa de limpeza das parcelas− Manutenção do olival− Queimadas− Alteração do uso de parcelas de pastagem permanente− Identificação e registo de animais− Nitratos− Caminhos rurais e agrícolas− Períodos críticos− Zonas de parcelas coincidentes com pastagens

permanentes− Zonas de parcelas coincidentes com massas de água− Zonas de parcelas coincidentes com vias de

comunicação− Zonas de parcelas coincidentes com muros− Datas e períodos em que se pode fazer mobilização

do solo− Poluição− Código de Boas Práticas Agrícolas− Saúde Pública

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Bibliografia:

Comissão Europeia

Legislação comunitária

Legislação nacional

Foto: DRATM

Bibliografia

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Edição | CNA – Confederação Nacional da AgriculturaTítulo | Aplicação na Exploração Agrícola e Estudos de CasoAutor | Roberto MileuCoordenação Técnica | Roberto MileuPaginação | Ilustração | Fotolitos | Impressão | Regi7Ficha Técnica

Depósito Legal | 296258/09ISBN | 978-989-95157-8-9Tiragem | 300 exemplaresData | Junho 2009

Produção apoiada pelo Programa AGRO - Medida 7 - Formação Profissional,Co-financiado pelo Estado Português e pela União Europeia, através do FSE

Ficha Técnica

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