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 Manual do Curso de Comunicação e Ex pressão Escrita a distância

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Manual do Curso deComunicação e Expressão

Escrita a distância

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Sumário

Módulo 1 ............................................................................................................................ 3 

Módulo 2 ............................................................................................................................ 9 

Módulo 3 .......................................................................................................................... 14 

Módulo 4 .......................................................................................................................... 19 

Módulo 5 .......................................................................................................................... 26 

Módulo 6 .......................................................................................................................... 30 

Módulo 7 .......................................................................................................................... 36 

Módulo 8 .......................................................................................................................... 39 

Módulo 9 .......................................................................................................................... 46 

Módulo 10 ........................................................................................................................ 51 

Módulo 11 ........................................................................................................................ 63 

Módulo 12 ........................................................................................................................ 76 

Módulo 13 ........................................................................................................................ 82 

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Módulo 1

Neste módulo você verá:  Alguns conceitos fundamentais para estudo da gramática.  O significado e classificação dos fonemas.  A classificação dos vocábulos quanto a acentuação.:

Linguagem

Linguagem é a propriedade que temos de, por meio de palavras, comunicarmos entrenós. Podemos falar sobre o nosso pensamento, relatar fatos e coisas internas e externasque já aconteceram ou que vão acontecer.

A linguagem manifesta-se por sons orais, sinais, arranjos convencionais, gestos,disposição dos objetos que os cercam. Portanto, além da linguagem falada, temos aindaa linguagem mímica, linguagem escrita ou gráfica.

Palavra, Vocábulo, Termo

A palavra pode ser definida como sendo um conjunto de letras ou sons de uma língua, juntamente com a ideia associada a este conjunto. A função da palavra é representarpartes do pensamento humano.

A palavra quando considerada apenas quanto à forma, independente da suasignificação, é chamada de vocábulo.

Quando nos referimos à palavra enquanto índice da ideia que ela representa, ou seja,quando falamos do sentido por trás da palavra escrita ou falada, esta é chamada determo.

Ex.: Vela  O vocábulo vela tem duas vogais e duas consoantes, que formam duas sílabas

(considera-se somente o aspecto gramatical).  O termo vela pode significar vela de barco, vela de carro, vela que se acende

para iluminar (é o sentido que a palavra representa).

Ex. Manga  O vocábulo manga possui cinco letras, duas sílabas, duas vogais iguais e três

consoantes diferentes (aspecto gramatical).  O termo manga pode representar a fruta da mangueira ou a parte de roupa que

cobre o braço (sentido da palavra).

 A reunião dos vocábulos forma o vocabulário, e a reunião dos termos forma a frase oulocução.

Frase e Oração

Frase é a expressão verbal de um pensamento. É todo enunciado de sentido completo,podendo ser muito breve, constituída de uma única palavra, ou composta de mais deuma palavra, chegando a ser bem longa.

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Quando a frase se constitui de mais de uma palavra, organizadas em torno de um verbo,esta é chamada de oração.

Exemplos:

Frase  Silêncio!  Que frio!  Que dia lindo!  Com licença.  Trabalho digno desse feirante.

Oração  A bola rolou escada abaixo.  Homens e mulheres são iguais perante a lei.  A China passa por dificuldades.

  O dia está lindo hoje.  Não é permitido barulho neste local.

 Atenção: Nem toda frase é oração, pois para ser oração é preciso que esta sejaestruturada em torno de um verbo.

Gramática

Denomina-se gramática a reunião ou exposição metódica dos fatos de uma língua. Ela édividida em: Fonética, Morfologia, Sintaxe.

Fonética: Do grego phoné = som. É a parte da gramática que estuda os vários sons oufonemas linguísticos.

Morfologia: Do grego morphé = figura + logia = estudo. É a parte que estuda a palavraem si, quer no elemento material, quer no imaterial.

Sintaxe: Do grego syntáxis = arranjo. É a parte que estuda a palavra em si, mas comrelação às outras que com ela se unem para exprimir o pensamento.

Se a fonética e a morfologia estudam a palavra, a sintaxe estuda a frase quer completa,quer incompleta. Daí a diferença entre análise fonética, análise morfológica e análisesintática.

Análise fonética: É a que considera a palavra em si (classe de palavras, flexão,

terminação, grafia).

Análise morfológica: Igualmente, estuda a palavra isoladamente.

Análise sintática: É a que considera a palavra com relação às outras que se acham namesma oração (também chamada de análise gramatical).

Fonemas

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Fonemas são os sons fundamentais da voz humana e classificam-se em:

Vogais: a, e, i, o, u.

São as letras que se pronunciam sem o auxílio de outra letra. As vogais "e" e "o",

quando isoladamente citadas, devem ser pronunciadas com o som aberto (é, ó).

Consoantes: b, c, d, f, g, h, j, k, l, m, n, p, q, r, s, t, v, w, x, y, z.

São as letras que só podem soar com auxílio de uma vogal. Na pronúncia dasconsoantes, há sempre na cavidade bucal obstáculos à passagem da correnteexpiratória.

Semivogais: te-sou-ro, cai-ça-ra, rei-na-do, ou-ro.

Entre as vogais e as consoantes, situam-se as semivogais, que são os fonemas "i" e "u",que juntas a uma vogal, com ela formam sílaba.

Letras

Quando representadas por escrito, denominam-se letras. No alfabeto português temos26 letras.

As letras classificam-se:

quanto à forma em:  Maiúsculas: A, B, C, D, E...  Minúsculas: a, b, c, d, e...

quanto à natureza em:  Vogais: a, e, i, o, u.  Consoantes: b, c, d, f, g, h, j, k, l, m, n, p, q, r, s, t, v, w, x, y, z.

Grupos Vocálicos

As vogais podem na palavra encontrar-se reunidas em grupos de duas ou mais. Quandoisso ocorre, as vogais formam grupos vocálicos, que é a reunião, é a sequência de duasou mais vogais.

Conforme o número de vogais e conforme a pronúncia a que obedecem, os gruposvocálicos denominam-se Ditongos, Tritongos e Hiatos.

DITONGO: É o grupo de duas vogais.

Ditongo Crescente: Quando a 2ª vogal é a mais forte.  ea - ígnea, côdea  ia - glória, história  io - Mário, fio  ua - água, contígua  ui - ruim, contribui

  eo - níveo, áureo  ie - série, superfície  oa - páscoa, mágoa  ue – tênue  uo - árduo, exíguo

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Ditongo Decrescente: Quando a 1ª vogal é a de pronúncia mais forte.

Oral: Quando os sons são produzidos exclusivamente pela boca.  ai - mais, caibo, sai, cai  au - autor, pau, bacalhau  éi (aberto) - quartéis, réis  ei (fechado) - feira, leite  éu (aberto) - céu, chapéu  eu (fechado) - meu, morreu

  iu - riu, viu  ói (aberto) - dói, anzóis  oi (fechado) - boi, coitado  ou - dou, tesouro, pouco  ui - fui, circuito, intuito

Nasal: Quando os sons passam também pelo nariz. Podem ser de dois tipos:  ditongos representados por vogal com til e semivogal  ditongos representados por uma vogal seguida da consoante nasal m

Nota: O ditongo "ui" pode ser ora decrescente, ora crescente.  ãe - pães, cães, mães

  ão, am - cão, irão, mão, órgão, benção, disseram, foram  em - bem, tem, ferem, caem, moem  õe - põe, corações, lições  ui - muito

TRITONGO: É o grupo constituído de uma vogal, acentuada, ladeada de duas outras(três vogais).

  Paraguai,  Uruguai,  espião,  quais,

  saguão,  averiguei,  enxaguei,  quaisquer,

  iguais,  fiéis,  cruéis

HIATO: Denomina-se a sequência de duas vogais em sílabas diferentes que sepronunciam distintamente, em duas diferentes emissões de voz.  saúde,  graúdo,  triunfo,  soe,  magoe,  hiato,  enjoo,

  baú,  álcool,  joelho,  viúva,  rainha,  moeda,  faísca,

  gaúcho,  coeso,  maio,  veículo,  egoísta,  fiasco

Encontros Consonantais

Duas ou mais consoantes podem vir juntas na mesma palavra, numa mesma sílaba ouem sílabas diferentes. É a sequência de dois ou mais fonemas consonantais numvocábulo.

  br – branco, abrigo  gr – graça, grifar  bl – blusa, dublê  dr – drogaria, vidro  vr – livro, palavra

  tm – ritmo, aritmético  bd – abdicar, subdivisão  bs – absoluto, inobservável  cr – cravo, acrílico

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Dígrafos

Outra vez duas letras ocorrem juntas como representantes de um único som (fonema).

É o que se dá com: CH - LH - NH - SC - SÇ - XC - RR - SS - GU - QU  chapéu,  palha,  ninho,  consciência,

  desça,  exceção,  barro,  passo,

  seguinte,  quente

Quanto ao número de sílabas os vocábulos classificam-se em:

Monossílabo: Uma sílaba apenas.  pó,  só,  fé,  lar,

  mim,  sol,  mas,  pão,

  bom,  cru,  paz,  cão,

  bar,  seu,  sim

Dissílabo: Duas sílabas.  vivo,  morto,  café,

  verde,  pronto,  casa,

  perdão,  base,  fogo,

  caçar,  brilhar

Trissílabo: Três sílabas.  palavra,  escuro,  palito,

  gélido,  abraço,  avião,

  hiato,  poeira,  vírgula,

  agora

Polissílabo: Mais de três sílabas.  presidente,  numeroso,

  brincadeira,  espertalhão,

  importantíssimo,  vocábulo

 Acento

Quanto à acentuação, a sílaba pode ser tônica ou átona.

Sílaba tônica é aquela sobre a qual cai o acento tônico (sílaba forte), e a sílaba átona éaquela que não recebe acentuação tônica.

Não confunda acento tônico com acento diacrítico, ou seja, os sinais gráficos (acentoagudo, circunflexo, grave).

Quanto à acentuação tônica os vocábulos classificam-se em:

Oxítonos: Acento tônico na última sílaba.  bar ri l,  porão ,  tatu ,

  cipó ,  ipê,  cari jó ,

  maracu já,  lê,  bisavô ,

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  também.

Paroxítonos: Acento tônico na penúltima sílaba.  álbuns,  régua,  índio,  açúcar,

  ter rível,  bênção,  próton,  hífen,

  ímã,  afável.

Proparoxítonos: Acento tônico na antepenúltima sílaba.  câmara,  úl timo,  crítico,

  matemática,  esquemático,  sétimo,

  ônibus,  anêmico

Acento Principal: É o acento tônico (sílaba mais forte).  subitamen te,   rapidamente,   admiravelmen te

Acento Secundário: É o segundo acento. Palavras de mais de três sílabas,principalmente derivadas, possuem acento secundário.

  subitamente,   rapidamente,   admiravelmente

Acento Rizotônico: É o acento tônico que cai no radical (raiz) da palavra.  alto,  deves,  vendo,

  passeio,  amo,  fú til,

  banal 

Acento Arrizotônico: É o acento tônico que cai depois do radical.  altura,  devemos,

  vendemos,

  passeamos,  amais,

  futilidade,

  banalidade

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Módulo 2

Neste módulo você verá:  Conceito de prosódia e ortoepia.  Pronúncia correta dos vocábulos e erros comuns.  Regras para acentuação gráfica.  O uso dos porquês.

Prosódia

Prosódia = o acento que se põe sobre as vogais.

É a parte da fonética que estuda os acentos.

Da reunião dos sons, quer vogais ou consoantes, obtêm-se primeiramente as sílabas,que se pronunciam de uma só emissão de voz.

  Sílabas: lá - pis

Da reunião das sílabas obtêm-se os vocábulos.  Vocábulo: lápis

Ortoepia

Ortoepia (ou ortoépia) = pronúncia correta (ortofonia).

O estudo da correta pronúncia das palavras constitui objeto da prosódia, e o estudo dacorreta pronúncia dos sons isolados (boa emissão das vogais, boa articulação dasconsoantes) constitui objeto da ORTOEPIA.

Ocupa-se da boa pronunciação das palavras.

Pronúncia Padrão

Neste tópico você verá algumas palavras cuja pronúncia pode causar dúvidas. Ajuda aresolver também uma dificuldade muito comum, a respeito da sílaba na qual recai oacento.

Existem algumas normas sobre o assunto que convém observar.

Nunca pronuncie a consoante que antecede outra como se houvesse uma vogal entreelas.

  Opção e não O-pi-ção  Advogado e não A-de-vogado

  Psicologia e não Pi-sicologia  Estagnar e não Esta-gui-nar

Respeite o som fechado nas terminações eja, elha e oura, nas formas verbais conformeexemplos.

  Apedreja (ê) e não Apedréja  Espelha (ê) e não Espélha

  Estoura (ôu) e não Estóra

Única exceção: inveja (é), pousa de pousar (ôu) e posa de posar (ô).

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Os diminutivos mantêm o som aberto ou fechado da palavra de origem.  Bolinha (ó) de bola  Bolinho (ô) de bolo

  Jorginho (ó) de Jorge

 Acentuação Gráfica - Oxítonos

Devem ser acentuados os vocábulos oxítonos e os monossílabos tônicos terminados em-a, -e, -o, seguidos ou não de -s, abertos (´) ou fechados (^).

Vocábulos oxítonos (quando a sílaba tônica é a última):  estudará,  café,

  cipós,  atrás,

  através,  camelô

Monossílabos tônicos (formados de uma só sílaba e têm acento próprio):  dê,  há,

  pó,  pás,

  pôs

Devem ser acentuados, ainda, os vocábulos oxítonos terminados por -em ou -ens,colocando-se sobre o -e- o acento agudo.

  além,  alguém,  desdém,

  também,  parabéns,  armazéns,

  conténs

Observações:

Devem ser acentuadas as formas verbais terminadas em -a, -e, -o, tônicas, seguidasdos pronomes complementos -la, -lo, -las, -los.

  Terminadas em -a: amá-lo, louvá-la, dá-los, fá-lo-ás, desejá-lo-íamos  Terminadas em –e: conhecê-lo, vê-la, percebê-las, convencê-lo-ás, resolvê-la-íeis  Terminadas em –o: compô-lo, dispô-la, indispô-lo-emos, predispô-la-ão

Devemos colocar acento circunflexo na sílaba tônica das formas verbais da terceirapessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir, e de seus compostos.

  Ele contém / Eles contêm  Ele intervém / Eles intervêm  Ele mantém / Eles mantêm  Ele sobrevém / Eles sobrevêm

 Acentuação Gráfica – Paroxítonos

Devem ser acentuados os vocábulos paroxítonos terminados em -r, -x,-n, -l.  Terminadas em -r: açúcar, cadáver, éter, mártir, néctar  Terminadas em –x: tórax, fênix, Félix, bórax, cóccix  Terminadas em –n: abdômen, éden, cânon, pólen, líquen, sêmen  Terminadas em –l: afável, ágil, cônsul, desejável, fácil, túnel, volúvel

Devem ser acentuados os vocábulos paroxítonos terminados em -i(s), -us,-um, -uns, -ão(s), -ã(s), -ei(s), -ps.

  Terminadas em -i(s): júri, tênis, oásis, grátis

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  Terminadas em -us: bônus, vírus, húmus  Terminadas em -um(uns): álbum, médium, álbuns, médiuns  Terminadas em -on(s): próton, prótons  Terminadas em -ão(s): órfão, órgão, sótãos

  Terminadas em -ã(s): órfã, órfãs, ímã  Terminadas em -ei(s): afáveis, úteis, louváveis, jóquei  Terminadas em -ps: fórceps, bíceps

Devem ser acentuados os vocábulos paroxítonos terminados em ditongos crescentes:-ea(s), -eo(s), -ia(s), -ie(s), -io(s), -oa(s), -ua(s), -ue(s), -uo(s).

  Terminadas em -ea(s): área, coletânea, azáleas  Terminadas em -eo(s): argênteo, errôneo, terráqueos  Terminadas em -ia(s): ânsia, boêmia, ciência, vitórias  Terminadas em -ie(s): calvície, espécie, imundícies  Terminadas em -io(s): pátios, colégio, ginásio  Terminadas em -oa(s): amêndoa, páscoa, mágoas  Terminadas em -ua(s): água, régua, contíguas  Terminadas em -ue(s): tênue, tênues, bilíngue  Terminadas em -uo(s): árduo, ingênuos, ambíguos

 Acentuação Gráfica – Proparoxítonos

Devem ser acentuados todos os vocábulos proparoxítonos.  álcool,  ângulo,  bígamo,  bárbaro,

  cálice,

  cândido,  cúpula,  hálito,  ínterim,

  sílaba,

  vértice,  gélido,  fúnebre

 Acentuação Gráfica – ‘ i’ e ‘u ’ tôn icos

Devem ser acentuados o -i- ou o -u- tônicos em palavras paroxítonas e oxítonas e queformam a sílaba sozinhos ou com -s-, sem consoante na sílaba e se apresentam emhiato com uma vogal anterior.

  Com -i(s)-: ateísmo (a-te-ís-mo), baía (ba-í-a), caída (ca-í-da), faísca (fa-ís-ca),Pirajuí (Pi-ra-ju-í), juízo (ju-í-zo)

  Com -u(s)-: ataúde (a-ta-ú-de), baú (ba-ú), balaústre (ba-la-ús-tre), viúva (vi-ú-va)

Nota: Não se acentua o hiato -i- ou o -u- nas palavras paroxítonas precedidas de

ditongo.  baiuca,  cheiinho,

  saiinha,  bocaiuva,

  cauila

Observações:

Não se acentua o -i- tônico (hiato), mesmo formando sílaba sozinha, quando seguido de-nh-.

  rainha (ra-i-nha),   tainha (ta-i-nha)

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Não se acentuam também o -i- ou o -u- tônicos da base dos ditongos -iu- ou-ui-, quando antes deles vem uma vogal.

  atraiu (a-tra-iu),   contribuiu (con-tri-bu-iu)

 Acentuação Gráfica – ‘e’ e ‘o’ tônicos abertos em palavras ox ítonas 

Devem ser acentuadas as vogais -e- ou -o-, tônicas abertas, dos ditongos -éi, -éu, -óinas palavras oxítonas.

  Terminadas em -éis: anéis, papéis  Terminadas em -éu(s): céu, ilhéu, mausoléu, troféu, véu, réus  Terminadas em -ói(s): anzóis, corrói, faróis, rouxinóis

 Acentuação Gráfica – ‘e’ e ‘o’ tônicos abertos em palavras paroxítonas 

Não se acentuam as vogais -e- ou -o-, tônicas abertas, dos ditongos -éi, -ói nas palavrasparoxítonas.

  assembleia,  estreia,  ideia,  traqueia,  alcaloide,

  joia,  heroico,  europeia,  apoio (verbo),  asteroide,

  debiloide,  jiboia,  paranoico,  tramoia

 Acentuação Gráfica – Trema 

Não mais se usa o trema sobre o -u- dos grupos -gue-, -gui-, -que-, -qui-, quando esse -u- é pronunciado e átono.Nota: A pronúncia não mudou.

  aguentar,  lingueta,  unguento,  linguiça,

  arguição,  linguista,  frequente,  eloquente,

  cinquenta,  tranquilo,  ubiquidade,  delinquir

Observações:

Em alguns casos a pronúncia do -u- é facultativa. As duas formas estão corretas.  equidade (ü) ou equidade,  liquidificador (ü) ou liquidificador  sanguíneo (ü) ou sanguíneo

Não mais se usa o acento agudo no u tônico dos verbos terminados em -guar, -quar e-quir seguido de -e e -i(s).

Nota: Esses verbos admitem duas pronúncias. Se forem pronunciados com a e i tônicos(pronúncia mais usada no Brasil), essas formas devem ser acentuadas: enxáguo,oblíquo.

  averigue,  obliquo,

  arguis,  apazigue

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 Acento Di ferencial  

O Novo Acordo Ortográfico, válido a partir de 1º de janeiro de 2009, excluiu o acentodiferencial para algumas palavras, porém manteve para outras. Veja a seguir:

Usa-se acento diferencial:

  Pôr (verbo – infinitivo): Vou pôr o livro na mesa.  Por (preposição): Tudo foi feito por mim.  Pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito): João não pôde ir na sua casa

ontem.  Pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo): João pode ir agora na

sua casa.

Não se usa acento diferencial:

  Pela: verbo pelar / contração ‘per’ + ‘la’.  Pelo/Pelos: penugem / contração ‘per’ + ‘lo’.  Coa/Coas: verbo coar / contração de ‘com’ + ‘a(s)’.  Pera: fruta / preposição.  Para: verbo parar / preposição.  Polo: extremidade / esporte / pássaro.

O uso dos porquês 

Por que: Interrogativa no início da frase (por que motivo, pelo qual, por qual).Ex.:

  É difícil a situação por que passamos.  Por que você fez isso?  Não sei por que estrada eles seguiram.

Porque: Conjunção (resposta).Ex.:

  Venha, porque fazemos questão da sua presença.  Não fui ao cinema porque estava chovendo.

Por quê: Em fim de frase interrogativa.Ex.:

  Você fez isso por quê, meu Deus?

  Elas saíram da sua casa por quê?  Vocês deixaram ele ir? Por quê?

Por quê: É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”.Ex.:

  Ninguém sabe o porquê disso.  Diga-me um porquê para não levar você.  O porquê de não ir é porque estou com dor.

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Módulo 3

Neste módulo você verá:  Regras para emprego da crase  Particularidades para uso da crase  Crase facultativa e crase condicionada

O que é a crase?

É a fusão da preposição ‘a’ com os artigos ‘a’ e ‘as’ e certos pronomes.

a + a = àEx.: Vou à fazenda.

a + as = às Ex.: Isto é superior às minhas forças.

a + aquele(s) = àquele(s) Ex.: Vou àquele cinema.

a + a qual = à qual Ex.: Esta é a peça à qual assisti.

Uso da Crase

O uso da crase, em grande parte, é uma decorrência da regência verbal e nominal.Assim, os casos em que o verbo requer preposição a, e o substantivo que lhe segueaceitar o artigo a(s), justificam a fusão da preposição e do artigo e, reclamam o sinal decrase ( ` ).

Dirigir-se a alguém  Dirigir-se a + o locutor = Dirigir-se ao locutor.  Dirigir-se a + a locutora = Dirigir-se à locutora.

Obedecer a alguém  Obedecer a + o pai = Obedecer ao pai.  Obedecer a + a mãe = Obedecer à mãe.

Regras para emprego da crase – 1ª regra 

Há crase toda vez que, ao substituir-se nome feminino por masculino, ocorrer antes do

masculino ao.  Não se entregue à melancolia.  Não se entregue ao desespero.

  Tu irás à fonte.  Tu irás ao mercado.

Regras para emprego da crase – 2ª regra 

Ocorre crase quando substituímos o a por da, referindo-se à ideia de movimento.

Quando na substituição encontramos de em vez de da, não ocorrerá a crase.

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  Iremos à Bahia. (Viemos da Bahia)  Iremos a Roma. (Viemos de Roma).

Observações:

Certos nomes geográficos só admitem artigos quando modificados.  Já foste à pitoresca Florianópolis? (Já voltaste da pitoresca Florianópolis?)  Foste à avançada São Paulo? (Voltaste da avançada São Paulo?).

Quando queremos particularizar, empregamos a crase.  Refiro-me à Roma dos Césares.  Iremos à Curitiba dos pinheirais.

Dica para lembrar-se dessa regra:“ Vou a, volto da, crase há! Vou a, volto de, crase pra quê?”  

Particularidades do emprego da crase 

a) à maneira de (à moda)

Há crase sempre que diante de nome qualquer (inclusive masculino) possamossubentender a expressão “maneira de” ou “moda de”.

  Ele se veste à “hippie”. (à moda “hippie”).  Fizemos uma churrascada à gaúcha. (à moda gaúcha)

b) pronome relativo

Usa-se crase no pronome relativo que, qual e quais (após nome feminino), quando o aou as puderem ser substituídos por palavras masculinas ao ou aos: “ao que”, “ao qual”

e “aos quais”.  É uma situação semelhante à que enfrentamos. (É um problema semelhante ao

que enfrentamos).  A festa à qual assisti foi ótima. (O filme ao qual assisti foi ótimo).  Fez alusão às pesquisas às quais nos dedicamos. (Fez alusão aos trabalhos aos

quais nos dedicamos).

c) diante de horas e dias da semana

Com as horas e dias da semana o uso é obrigatório, sempre respeitadas as exigênciasda regência.

  Levanto-me sempre às sete horas.  Às quintas-feiras tenho aula de violão.

d) Locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas com e sem crase

Em locuções adverbiais (à vontade, às vezes, à vista), locuções prepositivas (à custa de,à espera de) e locuções conjuntivas (à proporção que, à medida que) precedendonomes femininos, usa-se crase.

Nunca se coloca crase diante de locuções masculinas.

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Exceção: quando se subentende moda.  Às vezes ela fala de você.  Ela vive à espera de uma ligação.  Ele foi se acalmando à medida que as boas notícias chegavam.

e) Pronomes demonstrativos

Antes dos pronomes demonstrativos aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo, a, as,usa-se crase.

  Nunca mais fomos àquele lugar.  Procure dirigir-se àquela farmácia urgentemente.  Não me refiro àquilo.  A Capitania de Minas Gerais estava unida à de São Paulo.

f) Palavra feminina subentendida

Quando a palavra feminina estiver subentendida, usa-se crase.  Fui à transamazônica. (à rodovia)  Fui à Globo. (à televisão)  Fui à WEG. (à empresa)

Crase Facultativa 

a) Pronome possessivo

O uso da crase é facultativo diante dos pronomes possessivos femininos.  ‘Dê o recado a sua mãe’. ou ‘Dê o recado à sua mãe’.  ‘Vieram a tua casa’. ou ‘Vieram à tua casa’.

b) Artigo ou preposição

Sendo facultativo o uso do artigo ou da preposição, facultativa é a crase.  O ancião foi até a porta. (O ancião foi até o portão.); ou  O ancião foi até à porta. (O ancião foi até ao portão.)

c) Nomes próprios de pessoas

Antes de nomes próprios de pessoas é opcional a crase.  Escrevi a Fernanda. ou  Escrevi à Fernanda.

Crase Condic ionada 

Temos três palavras que, conforme o caso, levam ou não crase. São elas:

Terra: Não ocorre crase antes da palavra terra no sentido de chão, oposto a mar, excetose vier determinada.Ex.:

  Os marinheiros já voltaram a terra.  Os marinheiros já voltaram à terra dos seus sonhos. (determinada) 

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  O futuro cai à terra. (não se opõe a água, portanto o ‘a’ é craseado) 

Casa: Só ocorre crase quando estiver acompanhada de um modificador.Ex.:

  Chegamos cedo a casa.  Chegamos cedo à casa de meu pai. (modificada)  Iremos a casa assim que chegarmos.  Iremos à casa da colina assim que chegarmos. (modificada)

Distância: Ocorre crase quando ‘a distância’ estiver determinada ou seguida dapreposição ‘de’.Ex.:

  Paula ouviu o sino à distância de 1.360 metros. (possui a preposição ‘de’)  Reconheci-o a distância.  Reconheci-o à distância de duzentos metros.

Não se deve usar crase nos casos a seguir:a) Antes de nomes masculinos, salvo se estiver um nome feminino subentendido.

  Ir a pé.  Andar a cavalo.  Ele está no Rio a serviço.

b) Antes de verbo.  Começo a refletir.  Fomos obrigados a partir.  Continuava a cantar.

c) Diante de pronomesPessoais (eu, tu, ele nós, vós, eles, me, mim, comigo),

Demonstrativos (esta e essa) eIndefinidos (algum, mais, qualquer, menos, muito, nenhum).  Dei a encomenda a ela.  Solicite a esta mulher.  Não diga nada a ninguém.  Direi isso a qualquer um.

Há, no entanto, pronomes que admitem o artigo, dando ensejo à crase.  Não fale nada às outras.  Assistimos sempre às mesmas coisas.

d) Diante de pronome de tratamento.  Pedi isto a Sua Santidade.

  Avisei a Vossa Excelência.  Trouxe uma mensagem a Vossa Majestade.

Exceção: senhora e senhorita.  Trouxe uma mensagem à senhorita.

e) O 'a' no singular diante de nomes femininos no plural.  Dedicou a obra a mãos anônimas.  Refiro-me a moças bonitas.

f) Antes de artigo indefinido (um, uma, uns, umas).  Dirigi-me a uma senhora que estava ao meu lado.

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  Chegamos a uma boa conclusão.g) Quando antes do 'a' existir a preposição (após, contra, entre, perante, sob).

  Espero-o entre as 19 e 20 horas.  Compareceram perante a justiça.

h) Nas locuções em que a palavra vem repetida.  Voava de flor a flor.  Entraram uma a uma.  Li o livro de ponta a ponta.

i) Diante de numerais.  Assistimos a duas sessões.  Iremos a três cidades.  Jaraguá do Sul a 40 km.

 j) Antes de substantivo feminino tomado em sentido genérico ou indeterminado.  Nunca fui a festa, a reunião, a parte alguma.  Ninguém ficou exposto a chuva, a neve ou a coisa que o valha.

k) Diante da palavra 'Dona'.  O mensageiro entregou a Dona Sebastiana.  Ele nada fez a Dona Sebastiana.

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Módulo 4

Neste módulo você verá:  O que é ortografia e quais os sistemas ortográficos  Os sinais utilizados na língua portuguesa  A partição e translineação dos vocábulos  O uso das letras maiúsculas e as abreviaturas

Ortografia

Denomina-se ortografia a parte da gramática que estuda a exata figuração dos sons, ouseja, a correta escrita dos vocábulos.

Nela se estudam:  Sistemas ortográficos  Notações léxicas

  Partição dos vocábulos  Emprego das maiúsculas  Abreviaturas

Sistemas ortográficos

Fonético: Consiste na exata e fiel figuração dos sons, escrevendo as palavras tal qualcomo se pronunciam.Ex.: Cristo, omem, oje, umildade. (Sistema seguido pelo espanhol.)

Etimológico: Representa as palavras de acordo com a grafia de origem.Ex.: sancto, mactar, auctor, catechismo, pharmácia.

Misto: É o choque dos dois primeiros; neste sistema a maioria das palavras se grafametimologicamente e pequeno número foneticamente.Ex.: dito (dicto), anedota (anecdota), escola (eschola), idade (edade). (Palavras escritaspelo sistema fonético.)

Nota: a ortografia usada no Brasil não corresponde a rigor a nenhum dos três sistemas.

Notações Léxicas

Denomina-se notações léxicas (ortográficas), os diferentes sinais que se podem serutilizados. São os seguintes:

Acento Agudo ( ´ ): que se coloca sobre as vogais para indicar o som aberto ou agudo.Ex: pé, já, também, farmácia, vocábulo, própria.

Acento grave ( ` ): empregado para indicar a crase.Ex: à, às, àquela.

Acento circunflexo ( ^ ): empregado para indicar som fechado.Ex: avô, português, oxigênio, lê.

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Til ( ~ ): que marca o som nasal da vogal ou ditongo.Ex: mão, irmã, maçã, põe, perdão, coração, anões.

Apóstrofo ( ´ ): que se emprega nos casos de eclipse, para indicar sinalefa, e em certoscasos de síncope.

Ex: Eclipse: co'o, co'este. Sinalefa: minh’alma, d’água. Síncope: per’la, esp’rança

Cedilha ( , ): que se coloca sob o C, unicamente antes das vogais A, O e U.Ex: castiçal, açúcar, coração, ações.

Hífen ( - ):  Para ligar os elementos de grande número de palavras compostas;  Para ligar pronomes oblíquos aos verbos quando a eles vêm propostos ou neles

se intercalam;  Para, no fim da linha, indicar a participação dos vocábulos.

Ex:Palavras compostas: couve-flor, guarda-chuvaPronomes e verbos: disse-me, dir-lhe-eiPartição de vocabulários:

Be- Ale- Abra-leza gria çar

Partição dos vocábulos

É o processo que devemos seguir ao cortar um vocábulo quando não cabe todo em umalinha.

Pelo sistema fonético a partição se faz de acordo com a pronúncia e separação dassílabas.

Ex: cons-te-la-ção, pos-ter-gar, a-bri-go.

Não se separam: 

As letras dos dígrafos ch, lh, nh, gu, qu.  ca-cho,  cha-péu,  ma-lha,

  mi-nha,  ca-ri-nho,  e-qui-va-ler,

  am-bí-guo,  á-gua.

As letras dos encontros consonantais formados por: consoante + ‘R’ e consoante + ‘L’.  re-cla-me,  fla-ne-la,  glo-bo,  ble-far,

  pre-to,  dra-ma,  cri-me,  bra-ço,

  fra-se,  grá-vi-da

As vogais de ditongo ou tritongo.  Ditongo: pai-sa-gem, cau-sa, sé-rie  Tritongo: a-ve-ri-guei, sa-guão, Pa-ra-quai

Consoante inicial se não for seguida de vogal.

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  pneu-má-ti-co,  psi-co-lo-gi-a,

  gno-mo,  psi-co-se

Se separam: 

As letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç, xc.  car-ro,  ca-chor-ro,  as-sado,

  mas-sa,  res-ci-são,  des-ça,

  nas-çam,  ex-ces-so

As vogais dos hiatos.  co-or-de-nar,  gra-ú-do,

  hi-a-to,  ra-i-nha,

  ru-í-na

Os encontros consonantais em que as consoantes se destaquem foneticamente uma daoutra.

  ap-to,  af-ta,

  op-tar,  as-tro,

  es-tre-la,  pers-pi-caz

As consoantes dos grupos bl, br, dl quando forem pronunciadas separadamente.  sub-lin-gual,   sub-ro-gar

Partição das palavras em fim de linha

Na translineação, na escrita, além das normas estabelecidas para a divisão silábica,existem outras regras a serem seguidas:

Não se deve deixar apenas uma letra pertencente a uma palavra no início ou no final delinha.

Errado CertoAquela pesso-a é conhecida.

Aquela pes-soa é conhecida.

Será em a-gosto de 2012.

Será em agos-to de 2012.

Vamos passar na ru-a que morávamos.

Vamos passar narua que morávamos.

Não se deve, em final ou início de linha, quando a separação for efetuada, deixar formar-se palavra estranha ao contexto.

Errado Certo

Ele quer ser presi-dente do clube. Ele quer ser pre-sidente do clube.Ganhei uma samam-baia de presente.

Ganhei uma sa-mambaia de presente.

Nosso rio Itapo-cu precisa cuidados.

Nosso rio Ita-pocu precisa cuidados.

Na translineação de palavras com hífen, se a partição coincide com o fim de um doselementos, não se deve repetir o hífen na linha seguinte.

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Comprei um micro-ondas novo.Chamei meu tio-avô para a festa.Precisamos de saca-rolhas.

Emprego das maiúsculas

Emprega-se a letra inicial maiúscula:

a) No começo do período, notando-se que indicam fim de período, além do pontofinal, ponto de interrogação, ponto de exclamação e quando equivalem a pontofinal.  Não estava onde julgávamos.  Que tragédia foi aquela! Todos pereceram.Nota: O ponto de exclamação e interrogação não equivalem a ponto final quandonão indicam fim de período.  Oh! que belo!  Você fez isso? perguntei.

b) No começo das citações.  O presidente disse: "Não admito objeções".  Fabio disse: “Eu nunca fui naquela casa”.Nota: Quando os dois pontos abrem enumeração, este se inicia com minúscula.  Queremos o seguinte: "um lápis, uma pena e uma borracha".

c) No começo de Versos.  Aureverde pendão de minha terra,

Que a brisa do Brasil beija e balança,

Estandarte que à luz do sol encerraAs promessas divinas da Esperança."Castro Alves

d) Nos nomes próprios.  Fábio,  Augusto,

  Juliana,  Francisca.

Nota: 1º. Nos nomes próprios constituídos de locução, a partícula de (ououtras) escreve-se com minúscula.  Rio de Janeiro,  Porto de Galinhas,

  Rio Grande do Sul.

Nota: 2º. Nessas locuções, o primeiro nome também se escreve comminúscula quando é suscetível de várias especificações e vem depois de iniciadoo período.  O rio Negro é o maior afluente da margem esquerda do rio Amazonas.Nota: 3º. Os nomes dos meses, por não serem próprios, deve ser escrito comletra minúscula.Nos nomes de vias e lugares públicos, que são nomes próprios, os nomes dosmeses devem ser escritos com maiúscula.  Jaraguá do Sul, 8 de janeiro de 2011.  Rua 25 de Março.

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Nota: 4º. Os nomes de povos escrevem-se com inicial minúscula, não sóquando designam habitantes ou naturais de um estado, província, vila ou distrito,mas ainda quando representam coletivamente uma nação.  romanos,   brasileiros,   gregos.

e) Nos títulos de produções artísticas, trabalhos escritos, livros, jornais, artigos eoutras publicações.  Transfiguração (de Rafael).  Minha Terra.  A Folha da Manhã  Notas e Informações

f) Nas designações de sociedades, corporações.  Sociedade dos Comerciários,   Colégio Universitário.

g) Nos nomes comuns, tomados individualmente, com sentido especial.  a Capital (referindo-se a determinada capital)  a Igreja (a entidade católica, não o templo)  o Estado (a organização política)

h) Nos nomes abstratos, tomados personificadamente.  a Ira,   o Ódio,   a Inveja

i) Nos epítetos (palavras que qualificam), quer usados com os respectivos nomespróprios, quer empregados em lugar deles.  Alexandre, o Grande.  Pedro, o Temerário.

  Paulo, o Libertador.

 j) Os nomes dos pontos cardeais, quando designativos de regiões do globo e nãoquando especificativos de limites geográficos.  os habitantes do Sul,   o Oriente contra o Ocidente

k) Na palavra Deus (do cristianismo) e nas que designam atributos a ele referentes.  o Criador,

  o Onipotente,

  o Ser Supremo.

l) Nos tratamentos de reverência.  Vossa Majestade,   Vossa Senhoria.

m) Nos nomes de artes ou de ciências.  Matemática,  Ciências,  Gramática,

  Pintura,  Música.

n) Estilo epistolar (texto escrito em forma de carta) para realçar ou indicar referência.  meu bom Amigo,  meu prezado Mestre,

  minha adorável Mãe,  caro Colega.

 Abrev iaturas

A abreviatura é um recurso convencional da língua escrita que consiste em representarde forma reduzida certas palavras ou expressões.

A regra geral para abreviatura das palavras é simples. Basta escrever a primeira sílaba ea primeira letra da segunda sílaba, seguidas de ponto abreviativo.

  bras. = brasileiro   num. = numeral

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A abreviatura deve ter metade ou menos da metade da palavra original, caso contrário, épreferível escrever a palavra por extenso.

Deve-se evitar ao máximo o uso de abreviaturas em textos corridos, utilizando-as

preferencialmente em quadros, tabelas, listas, ou em documentos específicos, comodicionários, manuais técnicos e almanaques.

Antes de abreviar uma palavra, deve-se consultar dicionários e outras fontes deinformação, a fim de verificar se já existem formas padronizadas. Se isso não forpossível, a palavra abreviada deve terminar em consoante e não em vogal.

  ed. = edição   mús. = música

Observações:

Se a segunda sílaba iniciar por duas consoantes, as duas farão parte da abreviatura.  constr. = construção  secr. = secretário

  diss. = dissílabo

O acento gráfico ou hífen existente na palavra original deve ser mantido na abreviatura.  séc. = século  dec.-lei = decreto-lei  adm.-financ. = administrativo-financeiro

Algumas palavras apresentam abreviatura por contração, ou seja, pela supressão deletras no meio da palavra.

  bel. = bacharel  cia. = companhia

  dr. = doutor  ltda. = limitada

Algumas palavras não seguem a regra geral para abreviatura.  pg. = pago  btl. = batalhão

  cx. = caixa  D. = dom, dona

O ponto da abreviatura também serve para indicar o final do período.  O professor respondeu a Pedro Jr. (não há necessidade de repetir o ponto)

Os pronomes de tratamento escrevem-se com inicial maiúscula.Exceção: você – vocês (v.)

  Falei com o Sr. Pedro.   O Pe. João nos visitou ontem.

Os símbolos correspondentes a unidades de tempo, de medida e de distância não se

flexionam e não são finalizados pelo ponto abreviativo.  Hora = h  Minuto = min  Segundo = s  Grama = g  Quilograma = kg  Litro = l

  Milímetro = mm  Centímetro = cm  Metro = m  Dúzia = dz  Quilômetro = km  Quilômetro/hora = km/h

Ex: 8h45min30s

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A sigla é a escrita abreviada de uma locução substantiva ou nome composto mediante aapresentação das letras iniciais das palavras que os compõem.

  ONU = Organização das Nações Unidas  IR = Imposto de Renda  CEP = Código de Endereçamento Postal

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Módulo 5

Neste módulo você verá:  Regras de uso de algumas letras e dígrafos (s, z, ss, ç, sc, x, ch, j, g).

Regras práticas de grafia

A partir de agora você verá algumas regras sobre a escrita correta das palavras.

Às vezes é difícil identificar quando utilizar o J ou quando utilizar o G.

E o S e o Z como são fáceis de confundir. Fica ainda mais complicado quandolembramos do SC, SS e Ç.

E tem também a confusão sobre quando vai o CH ou X.

Veja a seguir algumas regras que o ajudarão.

Regra geral: A palavra derivada mantém a grafia da palavra original.

Usos da letra S:

a) Usa-se o ‘s’ após ditongo, quando houver som de ‘z’:  pousar,  ousar,  coisa,

  lousa,  faisão,  Sousa,

  maisena,  gêiser

• Derivadas:

- enraizado

- enraizar

• Derivadas:

- caixão

- encaixotar

• Derivadas

- adocicado

- docinho

• Derivadas:

- laran jinha

- laran jeira

Origem:

laranjaOrigem:

doce

Origem:

raiz

Origem:

caixa

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b) Nos sufixos -ês, -êsa e -isa, usados na formação de palavras que indicamnacionalidade, profissão, estado social, títulos honoríficos.

  português – portuguesa  camponês – camponesa  chinês – chinesa

  burguês - burguesa  poetisa

c) Nos adjetivos terminados com os sufixos -oso e -osa:  saboroso (sabor + oso)  deliciosa (delícia + osa)

  gelatinosa (gelatina + osa)  gostoso (gosto + oso)

d) Nos diversos tempos dos verbos querer e pôr e seus compostos:  pus,  puser,

  repusesse,  quis,

  quisemos,  quisesse

Emprego da letra Z:

a) Nos sufixos -ez e -eza, usados para formar substantivos abstratos derivados deadjetivos, usa-se o ‘z’:

  rigidez (rígido)  riqueza (rico)

  esperteza (esperto)

b) Nos diminutivos ou aumentativos quando a palavra primitiva não possuir ‘s’:  Com z: mulherzinha (mulher), alemãozinho (alemão), pezão (pé), corpanzil

(corpo), bebezão (bebê)  Com s: lapisinho (lápis), piresinho (pires), francesinha (francesa), casarão (casa)

Verbos terminados em –isar ou –izar:

a) Terminação -isar (com ‘s’): quando o verbo possuir radical terminado em ‘s’:  analisar = de análise + ar  improvisar = de improviso + ar

  pesquisar = de pesquisa + ar  paralisar = de paralisia + ar

b) Terminação -izar (com ‘z’): quando o verbo se originar de palavra cujo radical nãoterminar em ‘s’. Em outras palavras, a grafia com ‘z’ só aparece quando tivermosque acrescentar o sufixo -izar:

  dinamizar = de dínamo + izar  categorizar = de categoria + izar  energizar = de energia + izar

  enfatizar = de ênfase + t + izar  materializar = de matéria + l + izar

Emprego do Ç:a) Use ‘ç’ nas palavras derivadas de vocábulos terminados em

-to, -tor e -tivo:  canção (canto),  exceção (exceto),  tração (trator),

  redação (redator),  relação (relativo),  ação (ativo).

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b) Empregue ‘ç’ em palavras derivadas de verbos dos quais se retira a desinência‘r’:

  reeducação (reeducar)  importação (importar)

  fundição (fundir)

c) Use ‘ç’ após ditongo, quando houver som de ‘s’:  refeição,  eleição,  afeição,

  poluição,  traição,  feição.

Emprego do SS: 

a) Use ‘ss’ em palavras que tenham correspondente com radical terminado em -ced,-gred, -prim:

  cessão (ceder),  concessão (conceder),  agressor (agredir),

  progressivo (progredir),  depressivo (deprimir),  repressão (reprimir)

b) Empregue ‘ss’ quando estiver diante de palavra proveniente de verbo derivado de-meter:

  promessa (de prometer),  submissão (de submeter),

  remessa (de remeter).

c) Os verbos terminados em -tir dão origem a derivados com ‘ss’ quando o -tirdesaparece (transformando-se em ‘ss’):

  admissível (admitir),  permissão (permitir),

  repercussão (repercutir)

Observação: Quando o -ti- permanece na palavra, excluindo-se somente o ‘r’,usa-se o ‘ç’ (regra b do uso do ç).  partição (partir),  competição (competir),

  repetição (repetir)

Uso do X:

a) Usa-se ‘x’ após ditongo, quando há som de ‘ch’:Exceções: recauchutar, guache

  deixar,  ameixa,  feixe,

  baixo,  peixe,  caixa,

  frouxo

b) Em palavras que iniciam por me-:Exceção: mecha de cabelo

  mexer,  mexilhão,

  mexerico,  mexicano

c) Em palavras iniciadas por en-, a não ser que provenham de vocábulos iniciadospor ‘ch’:

  Com x: enxada, enxame, enxaqueca, enxerto.

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  Com ch: encher (provém de cheio), enchumaçar (provém de chumaço)

d) Nas palavras de origem tupi-guarani, africana ou exótica:  gueixa,  abacaxi,  almoxarife,

  xerife,  oxalá,  xingar.

ECER ou ESCER:

-ecer ou -escer são sufixos de verbos incoativos, ou seja, que exprimem início de umaação, passagem a novo estado ou fenômeno progressivo.

a) -ecer, com ‘c’ ocorre com os verbos cuja formação se deve ao latim vulgar:  empobrecer,  enriquecer,  envelhecer,

  escurecer,  amanhecer,  amolecer.

b) -escer com ‘sc’ ocorre com verbos de formação erudita:  florescer,  convalescer,

  recrudescer,  intumescer.

Emprego do G e do J: 

Escreve-se com ‘G’ todas as palavras terminadas em: -agem, -igem, -ugem, -ágio, -égio,-ígio, -ógio e -úgio

  imagem,  fuligem,  ferrugem,

  pedágio,  egrégio,  prodígio,

  relógio,  subterfúgio.

As demais devem seguir a regra principal, onde deve ser observada a palavra deorigem.

  Com g: engessar (gesso), selvageria (selvagem), massagista (massagem).  Com j: lojista (loja), cerejeira (cereja), desajeitado (jeito).

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Módulo 6

Neste módulo você verá:  A importância da pontuação nos textos.  Quais os sinais utilizados e suas funções.

 A importânc ia da pon tuação

Preste atenção na estória a seguir.

Um homem rico estava muito mal. Pediu papel e pena. Escreveu assim:

"Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta doalfaiate nada aos pobres."

Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava ele a fortuna? Eram quatroconcorrentes.

O sobrinho fez a seguinte pontuação:

"Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta doalfaiate. Nada aos pobres."

A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:

"Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta doalfaiate. Nada aos pobres."

O alfaiate pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:

"Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta doalfaiate. Nada aos pobres."

Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:

"Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta doalfaiate? Nada! Aos pobres."

Note que a pontuação faz toda a diferença.

Vejamos na sequência como utilizar a pontuação corretamente.

Pontuação: é a "arte de dividir, por meio de sinais gráficos, as partes do discurso quenão têm entre si ligação íntima, e de mostrar de modo mais claro as relações queexistem entre as partes." (Júlio Ribeiro).

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Vírgula - ,

Quando usar a vírgula?

1) Para marcar intercalação:a) Do adjunto adverbial.

  O café, em razão de sua abundância, vem caindo de preço.  A maioria dos alunos, durante as férias, viajam.

b) Da conjunção.  Os cerrados estão secos e áridos. Estão produzindo, todavia, altas

quantidades de alimentos.  A ferida já foi tratada. É preciso, porém, cuidar para que não infeccione.

c) Das expressões explicativas ou correlativas.  As indústrias não querem abrir mão de suas vantagens , isto é, não querem

abrir mão dos lucros altos.  Quer dizer que você , então, não foi mais a Florianópolis.

2) Para marcar inversão:a) Do adjunto adverbial (colocado no início da oração).

  Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.  Ontem à noite, trabalhei até as 23 horas.

b) Dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo.   Aos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.   Aos meus alunos, o respeito lhes devo.

c) Do nome de lugar anteposto às datas.

  Jaraguá do Sul, 19 de agosto de 1975.  São Paulo, 16 de janeiro de 2012.

3) Para isolar:a) O aposto.

  São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um trânsito caótico.

  Rafael, o gênio da pintura italiana, nasceu em Urbino.b) O vocativo.

  Ora, Thiago, não diga bobagem.

Objetivas:

• Vírgula - ,• Ponto e vírgula - ;

• Dois pontos - :

• Ponto final -.

Subjetivas:

• Ponto de Interrogação

- !• Ponto de Exclamação -

?

• Reticências - ...

• Parênteses - ( )

Distintivas:

• Aspas - “ ”• Travessão -―

• Parágrafo - §

• Chave - { }

• Colchetes - [ ]

• Asterisco - *

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  Por favor, senhores, enviem-nos os orçamentos.c) Orações intercaladas.

  A vida, como sabem, é passageira.

  Os humildes, disse Jesus, serão exaltados.

4) Para separar entre si elementos coordenados (dispostos em enumeração).  Minha casa tem quatro dormitórios, dois banheiros, três salas e bom quintal.  Era um garoto de 15 anos, alto, magro.

5) Para marcar elipse (omissão) do verbo ou termo.  Não queremos comer pizza; e vocês, churrasco.

  Às vezes gritava; outras, estrebuchava como um animal.6) Depois de sim ou não, colocados no princípio da sentença.

  Sim, quero.  Não, porque já foi.

7) Antes de não quando subentende mas.

  Os lobos mudam seu pelo, não seu coração. (Os lobos mudam seu pelo, masnão seu coração.)  Explica, não justifica. (Explica, mas não justifica.)

8) Após a saudação em correspondência (social e comercial).  Com muito amor,   Atenciosamente,

Quando NÃO usar vírgula?

1) Entre sujeito e predicado.  Todos os alunos da sala foram advertidos.

Sujeito  Predicado2) Entre verbo e seus objetos.

  O trabalho custou  sacrifício aos realizadores.verbo  objeto objeto 

direto indireto 

3) Entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto adnominal.  A surpreendente reação do governo contra os sonegadores despertou reações...

adj. adnominal  nome adj. adnominal complemento nominal

4) Entre a oração principal e a subordinada substantiva.

  A verdade é que não ouço bem.oração oraçãoprincipal subordinada

Ponto e Vírgula - ;

Indica uma pausa maior do que a vírgula e menor do que o ponto final, podendo sersubstituído por este em algumas circunstâncias.

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O ponto e vírgula tem mais força que a vírgula e menos que o ponto final.

A vírgula separa conceitos, ideias, frases; o ponto e vírgula separa juízos, orações e oponto final indica o término do raciocínio do período.

Quando usar ponto e vírgula?

1) Para separar orações independentes que tem certa extensão, sobretudo se taisorações possuem partes já divididas por vírgula.  "O bem é um; o mal se divide e não tem número; uma saúde, muitas as doenças ;

uma harmonia, muitas as dissonâncias"2) Para separar as partes principais de uma frase cujas partes subalternas tem de ser

separadas por vírgulas.  Santos, Campinas, Recife são cidades do Brasil ; Madri, Sevilha, Barcelona, da

Espanha.3) Para separar os considerandos (com exceção do último) que constituem o preâmbulo

de um decreto, portaria, sentença, acórdão ou documentos análogo.  Considerando que o recorrente, valando o seu olival, usou do direito de tapagem

que lhe conferia o artigo 235, §6º do Código Civil; considerando...

Dois Pontos - :

Quando usar dois pontos?

1) Antes de uma citação.  Lembrando um poema de Vinícius de Moraes : “Tristeza não tem fim, felicidade

sim.”

2) Para anunciar uma enumeração.  Os meios legítimos de adquirir fortuna são três: trabalho, ordem e economia.

3) Para indicar um esclarecimento, resultado ou resumo do que se disse.  Pedro era assim : Não gostava do inverno.

  Resultado : Corri muito, mas não cheguei em primeiro.  Em resumo : Fiquei sem casa, sem carro, sem dinheiro.

4) Antes de orações apositivas.  Só aceito com uma condição: Irás comigo ao Rio de Janeiro.

Ponto f inal - .

O ponto final representa a pausa máxima da voz.

Quando usar ponto final?

1) Para fechar o período de frases declarativas e imperativas.  Ele não fez nada além de chorar e se lamentar.

  Façam o favor de prestar atenção naquilo que irei falar.2) Nas abreviaturas.

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  Sr. (senhor)   Dr. (doutor)   séc. (século)

Ponto de interrogação - ?

É o sinal que se coloca no fim de uma oração para indicar uma pergunta direta.  Quem chegou tarde?

Há casos que funciona como simples vírgula, não encerrando o período.  Quem quer ir? Perguntou o chefe.

Ponto de exclamação - !

Emprega-se depois de orações que designam espanto, admiração, surpresa.  Quanto peixe !

Também é usado depois de interjeições.  oh!,   arre!,   chi! 

Emprega-se, às vezes, os dois sinais, o interrogativo e o exclamativo, para denotar, aomesmo tempo, dois sentimentos, o da pergunta e o da admiração.

  A paz?!   Eu enganar-me?!

Reticências - ...

Indicam interrupção ou suspensão do pensamento ou, ainda, hesitação oudesnecessidade de exprimi-lo.

  Se tu soubesses...

  Mas... vamos deixar o problema para amanhã?Parênteses - ( )

Servem para separar palavras ou frases explanatórias, intercaladas no período.  Estava Mário em sua casa (nenhum prazer sentia fora dela), quando ouviu

baterem...

Quando a frase intercalada é curta, os parênteses são geralmente substituídos porvírgulas.

  Fomos a Paris (capital da França) antes de conhecermos o nordeste brasileiro.  Fomos a Paris, capital da França, antes de conhecermos o nordeste brasileiro.

Servem ainda os parênteses para incluir um número (23), uma data (22 de setembro de1985), uma letra (a), um asterisco (*).

  A data dos atentados terroristas nos EUA (11 de setembro de 2001) ainda élembrada com tristeza.

  Joice (25) tem idade para ser minha filha.

 Aspas - “ ”

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Quando usar aspas?

1) No princípio e no fim das citações, para distingui-las da parte restante do discurso.  Um sábio disse: “Agir na paixão é embarcar durante a tempestade.”

2) Para distinguir palavras e expressões estranhas ao nosso vocabulário.  Pedro vive num verdadeiro "dolce far niente".3) Para chamar a atenção do leitor a certas palavras que pretendemos fazer sobressair.

  A palavra "mandar" nem sempre significa o mesmo que "enviar".4) Quando dentro do trecho já entre aspas houver necessidade de novas aspas estas

são simples.  O professor disse: "O aluno que responder ‘não estudei’ deverá justificar a

resposta".

Travessão - ― 

É um traço de certa extensão, maior do que o hífen, que indica mudança de interlocutor.  Pedro perguntou:

― Que é você?

O travessão também pode substituir o parênteses, as vírgulas e os dois pontos.  Prestem atenção ― Ninguém deve sair.   Hoje ― disse o chefe ― todos devem participar da reunião.

Parágrafo - §

Num ditado, quando queremos dizer ao escrevente que o período seguinte devecomeçar em outra linha, dizemos parágrafo ou alínea. Pode conter um ou dois períodos,

e encerra um pensamento ou grupo de pensamentos que, em geral, têm com oparágrafo antecedente relação menos íntima do que a que liga os períodos de ummesmo parágrafo. Denota pausa mais forte que o ponto final.

As leis dividem-se em partes, livros, títulos, capítulos, seções, artigos, parágrafos ealíneas. O parágrafo é um acréscimo aos artigos. Para representá-lo, antes dorespectivo texto, usa-se o símbolo §, seguido de número arábico).

  Inciso 2 do § 3 do artigo 58.

Outros sinais de pontuação

Chave - { }: Usada geralmente para dividir assunto.Colchetes - [ ]: que indicam um parêntese que tem outro dentro de si. São usadosprincipalmente em linguagem científica, substituindo os parênteses.

 Asterisco - *: serve para chamar a atenção do leitor para alguma nota e também parasimbolizar qualquer juízo previamente indicado.

Barra - /: Aplicada nas abreviações das datas e em algumas abreviaturas.

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Módulo 7

Neste módulo você verá:  As regras para emprego do hífen.

Emprego do Hífen com Prefixos

Regra principal: quando o prefixo termina na mesma letra com que inicia o segundoelemento, usa-se hífen para separá-los. Se forem diferentes, escreve-se junto.

Para ajudá-lo a recordar, lembre-se: “os opostos se atraem e os iguais se repelem”.

Sem hífen:  Vogal + vogal diferente: autoescola, hidroelétrica, plurianual, ant iaéreo  Consoante + vogal: hiperativo, superinteressante, interescolar, superaquecimento  Vogal + consoante: semicírculo, ant iderrapante, ultramoderno, autopeça

Com hífen:  Vogal + vogal igual: ant i-inflamatório, micr o-ônibus, arqui-inimigo, contra-ataque,

auto-observação  Consoante + consoante igual: sub-bloco, hiper-requintado, sub-bibliotecário

Existem outras regrinhas que você deve saber para usar corretamente o hífen. Veja aseguir.

Usa-se hífen:

a) Quando o segundo elemento começa por h.  anti-higiênico,  anti-histórico,

  co-herdeiro,  super-homem,

  mini-hotel,  sobre-humano

b) Com o prefixo sub-, diante de palavra iniciada por r.  sub-região,   sub-raça,   sub-rede

c) Com os prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento começa por m, n ouvogal (além de h, mencionado acima).

  circum-escolar,  circum-murado,  circum-navegação,

  pan-americano,  pan-mágico

d) Com os prefixos além-, aquém-, recém-, sem-, ex-, pós-, pré-, pró- e vice-.  além-mar,  além-fronteiras,  aquém-mar,  aquém-Andes,  ex-presidente,  ex-amante,

  pós-graduação,  pós-parto,  pré-história,  pré-vestibular,  pré-natal,  pró-europeu,

  recém-casado,  recém-nascido,  sem-vergonha,  sem-terra,  vice-presidente.

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e) Nas formações por sufixos, apenas se emprega hífen nos vocábulos terminadospor sufixo de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu,guaçu e mirim, quando o primeiro elemento acaba em vogal acentuada ouquando a pronúncia exige a distinção gráfica dos dois elementos.

  amoré-guaçu,   anajá-mirim,   andá-açu.

f) Palavras compostas por justaposição que não têm forma de ligação e cujoselementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem umaunidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio.

  arco-íris,  decreto-lei,  cirurgião-dentista,  tio-avô,  amor-perfeito,  guarda-noturno,

  mato-grossense,  norte-americano,  sul-africano,  azul-escuro,  primeiro-ministro,  segunda-feira,

  conta-gotas,  guarda-chuva,  sócio-gerente,  médico-cirurgião.

g) Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas ezoológicas.

  couve-flor,  batata-inglesa,  bem-me-quer,

  andorinha-do-mar,

  bem-te-vi,

  quero-quero,  erva-doce.

h) Com o prefixo mal-, somente quando o segundo elemento começar com h ouvogal.

  mal-habituado,  mal-humorado,

  mal-estar,  mal-afortunado,

  mal-educado,  mal-amado

i) Com o prefixo bem-, seguido de qualquer palavra, independente de qual seja ainicial do segundo elemento.  bem-educado,  bem-estar,

  bem-humorado,  bem-vindo,

  bem-visto,  bem-nascido.

Obs.: Algumas palavras, por já serem consagradas pelo uso há muito tempo, sãoaglutinadas.

  bendito,  bendizer,  benfazejo,

  benfeitor,  benfeitoria,  benquerença,

  benquisto.

 j) Em topônimos compostos iniciados por grão- ou grã-, ou por forma verbal oucujos elementos estejam ligados por artigos. Grã-Bretanha,

Obs.: Duas exceções: Guiné-Bissau e Timor-Leste.  Grão -Pará,  Passa-Quatro,  Quebra-Costas,  Traga-Mouros,

  Trinca-Fortes,  Albergaria-a-Velha,  Baía de Todos-os-Santos.

Outros topônimos compostos escrevem-se separados.  América do Sul,  Belo Horizonte,

  Cabo Verde,  Castelo Branco.

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k) Para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente combinam, formando nãopropriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.

  Ponte Rio-Niterói,  Angola-Brasil,

  Tóquio-Rio de Janeiro.

Não se usa hífen:

a) Quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com r ou s,devendo estas consoantes duplicar-se.

  antirreligioso,  antessala,  antissemita,  contrarregra,

  cosseno,  infrassom,  minissaia,  biorritmo,

  microssistema,  microrradiografia,  semirreta,  ultrassom.

b) O prefixo co- geralmente aglutina-se com o segundo elemento, mesmo quandoeste inicia por o.

  coobrigar,  coordenar,

  cooperar,  cooptar,

  coocupante.

c) Com o prefixo mal-, quando o segundo elemento começar com consoantediferente de h.

  malcriado,  malditoso,  malfalante,

  malmandado,  malnascido,  malsoante,

  malvisto.

d) Em certas palavras que perderam a noção de composição.  girassol,

  mandachuva,

  pontapé,

  paraquedas,

  paraquedista,

  passatempo.e) Nas locuções de qualquer tipo: substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais,

prepositivas, conjunciais.  cão de guarda,  fim de semana,  sala de jantar,  cor de vinho,  café com leite,  cada um,  ele próprio,

  nós mesmos,  quem quer que seja,  à parte,  à vontade,  em cima,  acima de,  a par de,

  apesar de,  quanto a,  a fim de que,  ao passo que,  contanto que,  logo que.

Obs.: Fazem exceção a esta regra palavras cuja grafia está consagrada pelo uso.  cor-de-rosa,  mais-que-perfeito,  água-de-colônia,

  arco-da-velha,  pé-de-meia,  ao deus-dará,

  à queima-roupa.

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Módulo 8

Neste módulo você verá:  Plural dos nomes compostos;  Como concordar nomes de cor;  Como usar corretamente os pronomes.

Plural dos Nomes Compostos

Veja a seguir as regras para flexão em número dos nomes compostos.

Os dois elementos

Substantivo + Substantivo: Quando os dois elementos são substantivos, os dois sãoflexionados.

  Couve-flor / couves-flores  Decreto-lei / decretos-leis  Cirurgião-dentista / cirurgiões-dentistas  Vagão-tanque / vagões-tanques  Redator-chefe / redatores-chefes

Substantivo + Adjetivo: Quando o primeiro elemento é um substantivo e o segundo é umadjetivo, os dois são flexionados.

  Chá-dançante / chás-dançantes  Obra-prima / obras-primas  Salário-mínimo / salários-mínimos  Amor-perfeito / amores-perfeitos  Conta-corrente / contas-correntes

Nota: A palavra GUARDA seguida de adjetivo é SUBSTANTIVO. Veja os exemplos.  Guarda-noturno / guardas-noturnos  Guarda-florestal / guardas-florestais  Guarda-civil / guardas-civis  Guarda-municipal / guardas-municipais

 Adjetivo + Substantivo: Quando o primeiro elemento é um adjetivo e o segundo é umsubstantivo, os dois são flexionados.

  Quinta-coluna / quintas-colunas  Alto-relevo / altos-relevos  Livre-pensador / livres-pensadores  Gentil-homem / gentis-homens  Pública-forma / públicas-formas

Numeral + Substantivo: Quando o primeiro elemento é um numeral e o segundo é umsubstantivo, os dois são flexionados.

  Segunda-feira / segundas-feiras  Terça-feira / terças-feiras  Quarta-feita / quartas-feiras  Quinta-feira / quintas-feiras

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  Sexta-feira / sextas-feiras

O primeiro elemento

Palavras ligadas por preposição: Quando as palavras são ligadas por uma preposição,

somente o primeiro elemento é flexionado.  Pé-de-moleque / pés-de-moleque  Pão-de-ló / pães-de-ló  Avião-a-jato / aviões-a-jato  Boca-de-leão / bocas-de-leão  Mula-sem-cabeça / mulas-sem-cabeça

O segundo nome limita o primeiro: Quando o segundo nome dá a ideia de finalidade oulimita o primeiro, flexiona-se somente o primeiro elemento.

  Banana-maçã / bananas-maçã  Navio-escola / navios-escola

  Pombo-correio / pombos-correio  Licença-prêmio / licenças-prêmio  Salário-família / salários-família

O segundo elemento

 Adjetivo + Adjetivo: Quando os dois elementos são adjetivos, apenas o segundoelemento é flexionado.

  Lítero-recreativa / lítero-recreativas  Técnico-científica / técnico-científicas  Rubro-negra / rubro-negras  Luso-brasileiro / luso-brasileiros  Franco-belga / franco-belgas

Verbo + Substantivo: Quando o primeiro elemento é um verbo e o segundo é umsubstantivo, flexiona-se o segundo elemento.

  Caça-níquel / caça-níqueis  Para-brisa / para-brisas  Porta-voz / porta-vozes  Arranha-céu / arranha-céus  Bate-bola / bate-bolas

Nota: A palavra GUARDA seguida de substantivo é VERBO. Veja os exemplos.  Guarda-barreira / guarda-barreiras  Guarda-livro / guarda-livros  Guarda-lama / guarda-lamas  Guarda-fecho / guarda-fechos  Guarda-louça / guarda-louças

Palavras repetidas: Quando as palavras são repetidas, flexiona-se somente a segunda.  Tico-tico / tico-ticos  Quero-quero / quero-queros  Tique-taque / tique-taques

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  Reco-reco / reco-recos  Ruge-ruge / ruge-ruges

Nomes de orações: Em nomes de orações apenas o segundo elemento é flexionado.  Padre-nosso / padre-nossos  Ave-maria / ave-marias  Salve-rainha / salve-rainhas  Pai-nosso / pai-nossos

Não flexionam

Compostos de verbos que se opõem: Quando o nome é composto de dois verbos quese opõem, estes não são flexionados.

  Leva-e-traz / os leva-e-traz  Perde-ganha / os perde-ganha  Bota-fora / os bota-fora

Concordância com os nomes de cor

Adjetivos compostos designativos de cores:

a) Só varia o segundo elemento quando realmente constituídos de adjetivos.  chapéus amarelo-claros,  blusa amarelo-clara,  vestidos verde-amarelos,  tonalidade vermelho-escura

b) Nenhum elemento varia quando um deles for substantivo.

  blusões amarelo-canário,  vestidos verde-mar,  pedras azul-turquesa,  bicicletas azul-marinho.

Obs.: Se o elemento designativo de cor for um substantivo, este permaneceinvariável (ex.: chapéus rosa, sapatos gelo).

c) Não há variação nenhuma quando ocorre a preposição "de" ou as locuções "corde", da cor de", "de cor”.

  cristais cor de safira,  fitas de cor azul,  olhos de cor verde-mar.

Nota:  Raios infravermelhos: vermelho é adjetivo, portanto flexiona.  Raios ultravioleta: violeta é nome de planta (substantivo), portanto não flexiona.

Pronomes

Uso correto de alguns pronomes:

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a) As formas pronominais eu e tu (somente estas), não podem vir precedidas depreposição, em função do complemento; neste caso, use mim e ti,respectivamente. Em outras palavras:o  usa-se eu e tu somente antes do infinitivo.o  usa-se mim e ti somente quando não seguir infinitivo.

Certo Errado  Era para eu sair mais cedo.   Era para mim sair mais cedo.  A coisa fica entre mim e você.   A coisa fica entre eu e você.

b) Os pronomes retos nós, vós e ele(s), só podem ocorrer como objeto se houverpreposição antes deles.

Certo Errado  Não o deixe subir ai, ou  Não deixe a ele subir ai.

  Não deixe ele subir ai.

  Abandonou-nos no campo, ou  Abandonou a nós no campo.

  Abandonou nós no campo.

c) O oblíquo o (a), tem função específica de objeto direto. Só se pode, pois,empregá-lo com verbo de regência direta.

  Eu a vi.   Eu o obedeço.

d) A forma oblíqua lhe, como objeto (significando ‘a ele’, ‘a elas’), só podecomplementar verbo de regência indireta. Entretanto, com valor possessivo, nosentido de seu, sua, emprega-se também com verbos diretos.

  Roubaram-lhe o carro. (Roubaram o seu carro)  Cortaram-lhe as roupas. (Cortaram as suas roupas)

e) O si e consigo são formas pronominais reflexivas. Assim, só podem ser usadas

quando se referem ao próprio sujeito da oração, e este estiver na terceira pessoa.Certo Errado  Você tem alguém atrás de si.   Você tem alguém atrás de você.  Isto eu comprei para você, Bia.   Isto eu comprei para si, Bia.  Eu preciso falar com você.   Eu preciso falar consigo.

f) Usa-se ‘com nós’ e ‘com vós’ (não conosco, convosco), quando os pronomesvierem reforçados por outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou qualquernumeral.

Certo Errado  Terá de resolver com nós mesmos.   Terá de resolver conosco mesmos.  Saiu com nós três.   Saiu conosco três.  Com vós todos reine a harmonia.   Convosco todos reine a harmonia.

g) Se chamamos alguém de tu, não podemos depois passar a chamá-lo de você,nem podemos referir-nos a tal pessoa pelas formas o, a, lhe, seu, se, mas simpelas formas da segunda pessoa do singular: te, ti, teu, contigo, e vice-versa.

Certo Errado  Onde você estava, que não o vi?   Onde você estava, que não te vi?  Se tens boa memória, deves respeitá-

la.  Se tens boa memória, deve respeitá-

la.

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Colocação dos pronomes oblíquos átonos com verbo:

Em português existem vocábulos sem autonomia própria, sem acentuação própria, quese apresentam como sílabas átonas do vocábulo seguinte ou do vocábulo anterior.

Entre tais palavras estão os pronomes oblíquos: me, te, se, o, lhe, nos, vos, os, lhes.

Como regra geral, os pronomes oblíquos vêm depois do verbo (ênclise). Porém, tambémhá ocasiões em que eles vêm antes do verbo  (próclise) ou mesmo no meio do verbo (mesóclise).

Próclise: Fenômeno fonético pelo qual os monossílabos átonos assumem a acentuaçãoda palavra seguinte, à qual se incorporam.

Emprego da próclise:

a) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem,

de modo algum, etc.  Nada me perturba.  Ninguém o conhece.  De modo algum me afastarei daqui.  Ela nem se importou com meus problemas.

b) Com as alternativas: ou... ou, já... já, quer... quer, ora... ora.  Quer o diga, quer o não diga.  Ora se arrepende, ora se revolta.

c) Pronomes relativos (que, qual, quem, cujo), demonstrativos (isto, isso, aquilo) eindefinidos (algum, alguém, diversos, muito, tudo, vários).

   Alguém me ligou? (indefinido)  A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo)  Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo)

d) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora,logo.

  Integrantes: Disse que se ia embora.  Causais: Dei-lhe porque me pediu.  Comparativas: Isto é mais bonito do que lhe parece.  Concessivas: Embora ele se arrependa.  Condicionais: Perdoai-me se vos ofendi.

  Consecutivas: Portou-se tão bem que o elogiaram.  Finais: Dou-lhe este livro para que se lembre sempre de mim.  Temporais: Quando eu te vi pela primeira vez.  Proporcionais: À medida que se preparava o trabalho...  Conformativas: Conforme se vê.

e) Em orações optativas (que exprimem desejo).  Bons olhos o vejam.  Deus te abençoe meu filho.

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f) Com advérbios que precedem o verbo.   Aqui se tem paz.  Sempre me dediquei aos estudos.  Talvez o veja na escola.

g) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição em.  Em se plantando tudo dá.  Em se tratando de beleza, ele é campeão.

Mesóclise: É a intercalação do pronome átono em verbo.

Emprego da mesóclise:

Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer – amarei, amarás…)ou no futuro do pretérito (ia acontecer mas não aconteceu – amaria, amarias…).

  Convidar-me-ão  para a festa.  Convidar-me-iam para a festa.

Obs.: Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória.Só é empregada a mesóclise quando a próclise não é obrigatória.

  Não (palavra atrativa) me convidarão para a festa.

Ênclise: É a colocação dos pronomes oblíquos átonos depois do verbo.

Emprego da ênclise:

a) Com o verbo no infinitivo.  Estávamos a esperá-lo. (esperar + lo)  Precisamos entregar-lhe o presente. (entregar + lhe)  Não posso recebê-lo. (receber + lo)

b) Com o verbo no imperativo afirmativo.  Alunos, comportem-se!   Afirma-te!

c) Com o verbo no gerúndio.  ...e, mostrando-me as estradas...  Saiu deixando-nos por instantes.

d) Com o verbo iniciando a oração.  Entregaram-me as camisas.  Ensinei-lhe o certo.

Observações:

Nas orações principais, coordenadas e absolutas, a próclise ou a ênclise sãofacultativas.

  Pedro se arrependeu, ou  Pedro arrependeu-se.

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Com os infinitivos, precedidos de preposição, ou locução prepositiva, a próclise ou aênclise são facultativas.

  Fiz tudo para salvá-lo, ou  Fiz tudo para o salvar.

O futuro-do-pretérito, o futuro-do-presente e o particípio passado não aceitam a ênclise.Certo Errado  Me tornarei...   Tornarei-me…  Tinha nos entregado...   Tinha entregado-nos...

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Módulo 9

Neste módulo você verá:  O que é um verbo e como ele é classificado quando ao tempo, modo e vozes;  As diferentes formas nominais do verbo;  A conjugação dos verbos.

Verbos

Verbo é a palavra variável que:

a) Pode ser conjugada no passado, presente e futuro.b) Indica ação, estado ou fenômeno da natureza.c) Pode vir precedida pelos pronomes pessoais retos, que representam as pessoas

verbais.

Pronomes Verbais

São os pronomes pessoais retos: a quem se refere o verbo.

Singular Plural

1ª Pessoa Eu Nós

2ª Pessoa Tu (você) Vós (vocês)

3ª Pessoa Ele Eles

Tempos Verbais

O tempo é usado para indicar quando ocorreu o fato expresso pelo verbo.

PresenteSignifica que o fato está acontecendo relativamente ao momento emque se fala.

PretéritoSignifica que o fato já aconteceu relativamente ao momento em quese fala.

FuturoSignifica que o fato ainda irá acontecer relativamente ao momento emque se fala.

Modos Verbais

O Modo expressa a atitude do falante, em relação à ideia expressa pelo verbo.

Indicativo Atitude que expressa certeza com relação ao fato que aconteceu, queacontece ou que acontecerá.

Subjuntivo Atitude que revela uma incerteza, uma dúvida ou uma hipótese.

ImperativoAtitude que expressa uma ordem, um pedido, um conselho, umavontade ou um desejo.

Vozes dos Verbos

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Voz é a categoria verbal da qual se marca a relação entre o verbo e seu sujeito.

 At iva Indica que o sujeito pratica a ação (agente).

Passiva Indica que o sujeito sofre a ação.

Reflexiva Indica que o sujeito pratica e sofre a ação.

Formas Nominais

As formas nominais do verbo não apresentam flexão de tempo e/ou modo, perdendodesta maneira algumas das características principais dos verbos.

Infinitivo

Indica a ação que é propriamente dita, sem situá-la no tempo,desempenhando uma função semelhante a substantivo. O infinitivo éo nome do verbo.Infinitivo Pessoal: possui flexão em pessoa.

  É melhor estudarmos agora. (com sujeito nós implícito).Infinitivo Impessoal: não é flexionado.

  Viver aqui é muito bom.

GerúndioIndica uma ação em andamento, um processo verbal ainda nãofinalizado. Reconhecido pela terminação ‘ndo’.

  subindo, caminhando, gravando, enchendo, perdendo.

ParticípioIndica uma ação já acabada, finalizada, adquirindo uma funçãoparecida com a de um adjetivo ou advérbio. Reconhecido pelaterminação ‘ado’, ‘ido’.

  acabado, finalizado, vivido, louvado, amado, partido, ficado.

Formas Nominais

Os verbos são divididos em três grupos de conjugação verbal.

1ª conjugaçãoVerbos terminados em -ar .

  molhar, cortar, relatar, falar, perdoar, beijar, abraçar, digitar.

2ª conjugaçãoVerbos terminados em -er .Os verbos terminados em -or , pelo fato de terem origem no antigoverbo poer, são considerados de 2ª conjugação.

  -er: receber, conter, poder, fazer, escrever.  -or: pôr, compor, depor, supor, transpor.

3ª conjugaçãoVerbos terminados em -ir .

  sorrir, fugir, iludir, cair, abrir, punir, falir, decidir, agredir.

Tempo Verbal – Modo Indicativo

Presente: Expressa um fato atual.  Eu estudo neste colégio.  Eu estudo  / Tu estudas  / Ele estuda  / Nós estudamos  / Vós estudais  / Eles

estudam 

Pretérito Imperfeito: Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas quenão foi completamente terminado.

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  Ele estudava as lições quando foi interrompido.  Eu etudava / Tu estudavas / Ele estudava / Nós estudávamos / Vós estudáveis /

Eles estudavam 

Pretérito Perfeito: Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foitotalmente terminado.

  Ele estudou com o irmão ontem à noite.  Eu estudei / Tu estudaste / Ele estudou / Nós estudamos / Vós estudástes / Eles

estudaram 

Pretérito Mais-Que-Perfeito: Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado.  Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram.  Eu estudara / Tu estudaras / Ele estudara / Nós estudáramos / Vós estudáreis /

Eles estudaram 

Futuro do Presente: Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relaçãoao momento atual.

  Ele estudará as lições amanhã.  Eu estudarei / Tu estudarás / Ele estudará / Nós estudaremos / Vós estudareis /

Eles estudarão 

Futuro do Pretérito: Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinadofato passado.

  Se ele tivesse mais tempo, estudaria pela manhã.  Eu estudaria / Tu estudarias / Ele estudaria / Nós estudaríamos / Vós estudaríeis 

/ Eles estudariam 

COMPOSTOS:

Pretérito Perfeito: Expressa um fato que teve início no passado e que pode se prolongaraté o momento atual.

  Tenho estudado  muito para os exames.  Eu tenho estudado / Tu tens estudado / Ele tem estudado / Nós temos estudado /

Vós tendes estudado / Eles têm estudado 

Futuro do Presente: Enuncia um fato que deve ocorrer posteriormente a um momentoatual, mas já terminado antes de outro fato futuro.

  Antes de irem para casa, os alunos já terão estudado o bastante.  Eu terei  estudado  / Tu terás estudado  / Ele terá estudado  / Nós teremos 

estudado / Vós tereis estudado / Eles terão estudado

Futuro do Pretérito: Enuncia um fato que poderia ter ocorrido posteriormente a umdeterminado fato passado.

  Se ele soubesse que não teria tempo hoje, teria estudado mais ontem.  Eu teria estudado  / Tu terias estudado  / Ele teria estudado  / Nós teríamos 

estudado / Vós teríeis estudado / Eles teriam estudado 

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Tempo Verbal – Modo Subjuntivo

Presente: Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual.  É conveniente que ele estude para o exame.  Que eu estude / Que tu estudes / Que ele estude / Que nós estudemos / Que vós

estudeis / Que eles estudem 

Pretérito Imperfeito: Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido.  Se ele estudasse  mais, se sairia melhor na prova.  Se eu estudasse / Se tu estudasses / Se ele estudasse / Se nós estudássemos /

Se vós estudásseis / Se eles estudassem 

Futuro do Presente: Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relaçãoao atual.

  Quando ele estudar  mais, se sairá melhor nas provas.  Quando eu estudar   / Quando tu estudares  / Quando ele estudar   / Quando nós

estudarmos / Quando vós estudardes / Quando eles estudarem 

COMPOSTOS:

Pretérito Perfeito: Expressa um fato totalmente terminado num momento passado.  Embora tenha estudado bastante, não passou no teste.  Eu tenha estudado  / Tu tenhas estudado  / Ele tenha estudado  / Nós tenhamos

estudado / Vós tenhais estudado / Eles tenham estudado 

Pretérito Mais-Que-Perfeito: Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado.  Embora ele já tivesse estudado bastante, não parou até o professor mandar.  Eu tivesse estudado  / Tu tivesses estudado  / Ele tivesse estudado  / Nós

tivéssemos estudado / Vós tivésseis estudado / Eles tivessem estudado 

Futuro do Presente: Enuncia um fato posterior ao momento atual mas já terminado antesde outro fato futuro.

  Quando ele já tiver estudado bastante, irá ao cinema.  Eu tiver estudado  / Tu tiveres estudado  / Ele tiver estudado  / Nós tivermos

estudado / Vós tiverdes estudado / Eles tiverem estudado 

Tempo Verbal – Modo Imperativo

Para formar o Imperativo Afirmativo toma-se do Presente do Indicativo a 2ª pessoa dosingular (tu) e do plural (vós), eliminando-se o ‘s’ final. As demais pessoas são tomadasdo Presente do Subjuntivo.

O Imperativo Negativo não possui, no português, formas especiais. Suas pessoas sãoiguais às correspondentes do Presente do Subjuntivo.

Pessoas  Presente doIndicativo 

Imperativo Afirmat ivo 

Presente doSubjuntivo  

Imperativo Negativo 

Tu Estudas Estuda  Estudes Não estudes 

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Você Estude  Estude Não estude 

Nós Estudemos  Estudemos Não estudemos 

Vós Estudais Estudai  Estudeis Não estudeis 

Vocês Estudem  Estudem Não estudem 

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Módulo 10

Neste módulo você verá:  Como ocorre a concordância nominal e pronominal;  Quais as regras para a concordância verbal.

Concordância Nominal e Pronominal

A regra geral é: O adjetivo e as palavras adjetivas (artigo, numeral e pronome)concordam em gênero e número com o substantivo a que se refere.

  Revistas novas   Meninas bonitas   Casas modernas   Biscoitos gostosos 

Veja a seguir as exceções para esta regra.

1) Quando o adjetivo vier depois de dois ou mais substantivos, concorda com oúltimo ou vai facultativamente para o plural, no masculino, se pelo menos umdeles for masculino; ou para o plural, no feminino, se todos eles estiverem nofeminino.

  Tamarindo e limão azedo.

  Tamarindo e limão azedos.  Tamarindo e laranja azeda.  Uva e laranja azedas.

Obs.: Quando o adjetivo posposto funciona como predicativo, vai obrigatoriamente parao plural.

  A laranja e o limão são azedos.  A uva e a laranja são azedas .

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2) Quando o adjetivo vem antes dos substantivos, concorda com o mais próximo.

  Mau lugar e hora.  Má hora e lugar.

Obs.: Quando o adjetivo anteposto funciona como predicativo, pode concordar com osubstantivo mais próximo ou pode ir para o plural.

  Estavam desertos a casa e o barraco.  Estava deserta a casa e o barraco.

3) Quando dois ou mais adjetivos se referem a um substantivo, este vai para osingular ou plural.

  Estudo as línguas inglesa e portuguesa.  Estudo a língua inglesa e (a) portuguesa.

4) Quando dois ou mais ordinais vêm antes de um substantivo, determinando-o, esteconcorda com o mais próximo ou vai para o plural.

  A primeira e segunda lição.  A primeira e segunda lições.

5) Quando dois ou mais ordinais vêm depois de um substantivo, determinando-o,este vai para o plural.

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  As cláusulas terceira, quarta e quinta.

6) Quando as expressões ‘um e outro’, ‘nem um nem outro’ são seguidas de umsubstantivo, este permanece no singular.

  Um e outro aspecto.  Nem um nem outro argumento.  De um e outro lado.

7) Quando um substantivo e um adjetivo vêm depois da expressão ‘um e outro’, osubstantivo vai para o singular e o adjetivo para o plural.

  Um e outro aspecto obscuros.  Uma e outra causa juntas.

8) O particípio concorda com o substantivo a que se refere.

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  Feitas as contas...  Vistas as condições...  Restabelecidas  as amizades...

9) As palavras anexo / bastante / incluso / leso / mesmo / próprio concordam com osubstantivo a que se referem.

   Anexas as cópias.

  Recebi bastantes flores.  Inclusos os documentos.  Cometeu um crime de lesa-pátria.  Ela disse as mesmas coisas de sempre.  Ele fez justiça com as próprias mãos.

10) O adjetivo ‘meio’ (que significa metade) concorda com o substantivo a que serefere.

  Meias medidas.  Meio litro.  Meia garrafa.

11) O advérbio ‘meio’ (que significa ‘um tanto’), que se refere a um adjetivo,permanece invariável.

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  Ela parecia meio encabulada.  A janela estava meio aberta.  Ele estava meio carente.

12) Na enumeração de casas e páginas, o numeral concorda com a palavra oculta‘número’.

  A casa (número) dois.

  A página (número) dois.13) Em construções desse tipo, quando o substantivo não está determinado, as

expressões ‘é bom’, ‘é preciso’, ‘é proibido’ permanecem no singular.

  Maçã é bom para a saúde.  É preciso cautela.  É proibido entrada.

Obs.: Quando há determinação do sujeito, a concordância efetua-se normalmente.  É proibida a entrada de meninas.  A maçã é boa para a saúde.

14) Se o sujeito for representado por um pronome de tratamento, a concordânciaefetua-se com o sexo da pessoa a quem nos referimos.

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  Vossa Excelência ficará satisfeito. (homem)  Vossa Alteza foi bondosa. (mulher)  Sua Senhoria mostrou-se muito generoso. (homem)

Concordância Verbal – Um só sugeito

A regra geral é: O verbo sempre concordará com o sujeito da oração em número(singular ou plural) e em pessoa (1ª, 2ª ou 3ª).

  Eu faço o bolo.Sujeito: eu (1ª pessoa do singular)Verbo: faço (1ª pessoa do singular)

Veja na sequência os casos especiais.

1) Quando o sujeito for constituído de uma expressão partitiva (uma porção de, amaioria de, menos de, cerca de) mais um substantivo no plural, o verbo poderá irpara o plural ou para o singular.

  A maioria dos alunos assistiu ao espetáculo.  A maioria dos alunos assistiram ao espetáculo.

2) Quando o sujeito for representado pela locução ‘um e outro’, o verbo irá para oplural e, com menos frequência, para o singular.

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  Um e outro relatório apresentam soluções inéditas.  Um e outro relatório apresenta soluções inéditas.

3) Quando o sujeito for apresentado pelo pronome relativo ‘que’ o verbo concordarácom o antecedente deste pronome.

  Fui eu que fiz o trabalho.Antecedente: eu (1 ª pessoa do singular)

Verbo: fiz (1 ª pessoa do singular)4) Quando o sujeito for representado pelo pronome relativo ‘quem’, o verbo

concordará com o pronome (3ª pessoa do singular) ou com o antecedente deste.

  Fui eu quem fez o trabalho. (concorda com o pronome)  Fui eu quem fiz o trabalho. (concorda com o antecedente)

5) Quando o verbo é seguido da partícula ‘se’, e a frase puder ser transformada empassiva analítica, este concorda com a expressão que o acompanha pois ela éseu sujeito.Porém, quando a transformação da frase não é possível (ela ficaincompreensível) o verbo não varia (permanece na 3ª pessoa do singular).

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Obs.: Para transformar a frase em passiva analítica coloque o sujeito na frente do verbo,coloque este no particípio, e ligue-os pelo verbo auxiliar (‘ser’ ou ‘estar’) conjugado nomesmo tempo verbal que o verbo principal estava.

  Consertam-se calçados.Passiva analítica: Calçados são consertados.No exemplo ‘a’ é possível a transformação, portanto o verbo concorda com osujeito.

  Precisa-se de domésticas.Passiva analítica: De domésticas são precisadas.No exemplo ‘b’, após a transformação, a frase fica sem sentido, portanto o verbonão varia.

6) O verbo ‘ser’ concorda com o sujeito ou com o predicativo. Se um dos dois forpersonativo, isto é, indique nome de pessoa ou seja pronome pessoal, o verboconcordará com este.

  Tudo são flores. (concorda com o predicativo)  Tudo é flores. (concorda com o sujeito)  Os funcionários mais aplicados somos nós. (concorda com o pronome)  Mariana era as alegrias da casa. (concorda com o nome de pessoa)

7) Quando o sujeito for constituído de nome próprio no plural, se este vierantecedido de artigo, o verbo vai para o plural. Caso contrário, fica no singular.

  Os Estados Unidos são um grande país.  Estados Unidos é um grande país.  Os Lusíadas são uma das grandes obras de nossa língua.  Lusíadas é uma das grandes obras de nossa língua.

8) Com as expressões indicadoras de percentagem, o verbo pode ser usado nosingular ou no plural.

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  Oitenta por cento dos estudantes foram aprovados.  Oitenta por cento dos estudantes foi aprovado.  Cinco por cento dos servidores estão em férias.  Cinco por cento dos servidores está em férias.

Concordância Verbal – Mais de um sujeito

A regra geral é: Quando o sujeito for composto, o verbo irá para o plural concordandocom os dois ou mais elementos.

  Rodrigo, Ivan e Rafael brincam todo o dia.Sujeito: Rodrigo, Ivan e Rafael (composto)Verbo: brincam (plural)

1) Quando o sujeito for composto por pronomes pessoais de pessoas diferentes, overbo irá para o plural, concordando com a pessoa que tem precedência naordem gramatical.

Plural de eu: nós (1ª pessoa) / Plural de tu: vós (2ª pessoa) / Plural de ele: eles (3ªpessoa)Eu, tu e ele = nós Eu e tu = nós Eu e ele = nósTu e ele = vós Ele e ela = eles Você e ele = eles/vocês

  Eu e tu iremos ao piquenique. (Nós iremos)  Ela e tu estivestes no auditório. (Vós estivestes)  Você e ela sabiam de tudo. (Eles/Vocês sabiam)

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2) Quando o sujeito composto estiver depois do verbo, este irá para o plural(concordando com todo o sujeito) ou poderá concordar unicamente com o sujeitomais próximo.

  No encontro falaram o secretário, o tesoureiro e o diretor da associação.  No encontro falou o secretário, o tesoureiro e o diretor da associação.

3) Quando o sujeito composto for resumido ou anunciado por palavras como ‘tudo’,‘nada’, ‘ninguém’, o verbo permanece no singular.

  Livros, cadernos, canetas, tudo estava no lugar.  Tudo, livros, cadernos, canetas estava no lugar.

4) Quando os sujeitos forem ligados pelas conjunções ‘nem’ ou ‘ou’, o verbo irá parao plural, se houver ideia de soma, e para o singular, se houver ideia de exclusão.

  Nem eu, nem você iremos. (eu + você)  Chuva ou umidade são desagradáveis. (chuva + umidade)  Raul ou Antônio será o escolhido. (ou Raul ou Antônio)

5) Quando o sujeito for unido por ‘com’, o verbo irá para o plural, se houver ideia deadição (ênfase no dois sujeitos), ou concordará simplesmente com o primeirosujeito, se pretender realçá-lo.

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  O chefe da seção com o gerente recorreram  a argumentos de força paraestimular seus funcionários.

  O office-boy, com todos os jovens da empresa, resolveu  formar um time debasquete.

Verbos impessoais

1) ‘Haver’ no sentido de ‘existir’, indicando tempo ou no sentido de ‘ocorrer’ éinvariável. É impessoal, ou seja, não admite sujeito.‘Fazer’ quando indica tempo ou fenômenos da natureza, também é impessoal enão varia.Nos dois casos, se vierem acompanhados de auxiliar, este também ficaimpessoal.

  Há muitos alunos em sala de aula.  Está havendo agitações no pátio da escola.  Faz dois anos que não nos vemos.  Deve fazer  algumas horas que ele saiu.

Obs.: O verbo existir, contudo, não é impessoal e concorda normalmente com seusujeito: Existem muitos alunos em sala de aula.

2) O verbo ‘ser’, quando não tiver sujeito (for impessoal), concordaráobrigatoriamente com seu predicativo.

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  São dez horas.  É dia três de junho.  São três de junho.

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Módulo 11

Neste módulo você verá:  Algumas expressões que são faladas erroneamente;  Algumas concordâncias nominais utilizadas no dia a dia que causam dúvidas.

Expressões e Concordância Nominal

Às vezes ouvimos algumas expressões faladas por umas pessoas de um jeito e poroutras pessoas de outro jeito.

Mas qual é a forma correta de se escrever e falar?

Você sabe, por exemplo, quando usar “esse” e quando devemos falar “este”?

Ou então, “uma grama de sal” ou “um grama de sal”?

Estas e outras concordâncias nominais que muitas vezes utilizamos incorretamente porforça do hábito, serão tratadas neste módulo.

 A e Há

A (preposição): Usa-se com a ideia de tempo futuro ou sentido geográfico.  Daqui a um mês, tudo será resolvido.  Mora a duas quadras do trabalho.

Há (verbo haver): Usa-se no sentido de tempo passado.  Há dias ela está estranha.  Discute-se há anos esse assunto.

Haja Vista

A expressão ‘haja vista’ é composta por:

‘haja’: verbo, pode variar conforme o complemento.

‘vista’: substantivo, é invariável, ou seja, não se flexiona.

Portanto, é incorreto dizer ‘haja visto’ ou ‘hajam vistas’.  Haja vista o problema surgido.  Haja vista o que aconteceu.

  Hajam vista as decisões.  Haja vista o caso criado.

 A fim de e Afim

A fim de: É uma locução prepositiva que indica uma finalidade e equivale a ‘para’, ‘com opropósito de’, ‘com a intenção de’. Também é comumente usado para representar ‘comvontade de’.

  Remeto-lhe o documento a fim de ser arquivado.

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  Ela foi ao médico a fim de verificar seus exames.  Estou a fim de ir ao cinema hoje.

Afim: Pode ser um substantivo ou adjetivo (admitindo também o plural: afins). Indicaafinidade, parentesco, proximidade ou características comuns.

  Marcos é meu afim.  Irei convidar os amigos de faculdade e afins.  Os estados de Pernambuco e Paraíba são afins.  O departamento de compras e de finanças têm funções afins.

 Ao invés de e Em vez de

Ao invés de: Invés significa contrário, inverso, portanto, utilize ‘ao invés de’ pararepresentar ‘ao contrário de’, ‘em oposição a’, ‘avesso’, ‘inverso’.

   Ao invés de elogiar, resolveu ofender.  Ele mediu em gramas ao invés de medir em litros.

Em vez de: Utilize ‘em vez de’ quando o sentido for ‘no lugar de’, ‘em lugar de’.  Em vez de te auxiliar, a minha participação irá prejudicar-te.  Em vez de ficar contando histórias, irei direto ao ponto!

Mais bem e Melhor

Mais bem: Usa-se, quando, logo após, aparece um verbo no particípio.  São os digitadores mais bem preparados.  De todos, é o funcionário mais bem pago.

Melhor: É usado quando o verbo a seguir não está no particípio.

  São bem melhores do que nós (somos).  São melhores do que nós (somos).  É melhor  do que eu (sou).

Mais que e Mais de

Mais que / Menos que: Ideia comparativa (mais do que / menos do que).  Fez mais que se esperava.  Mais que estudioso, ele é inteligente.  Paulo perdeu menos que João no jogo.

Mais de / Menos de: Ideia de quantidade.

  Mais de cem pessoas inscreveram-se.  Era uma fábrica de mais de 500 empregados.  O pão custou menos de cinco reais.

Todo o e Todo

Todo o: Significa inteiro.  Todo o jardim precisa ser regado. (O jardim inteiro precisa...)  Passou toda a manhã cantando. (Passou a manhã inteira...)

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Todo: Significa qualquer.  Todo jardim precisa de cuidados.(Qualquer jardim...)

Traz e Trás

Traz: É a conjugação do verbo ‘trazer’ na 3ª pessoa do singular do indicativo ou na 1ªpessoa do singular do imperativo. Tem o mesmo significado de conduzir, transportar,causar, ocasionar, oferecer.

  Ele traz as crianças todos os dias a esse parque.  Ela traz o carro para você.  Com a chuva, a enchente traz doenças para a população.

Trás: Pode ser preposição ou advérbio de lugar, neste caso, vem sempre acompanhadade preposição, formando com esta uma locução adverbial.

  Não deixe nada para trás.  Ela chegou por trás da casa.

Derivadas:  Saiu detrás da árvore.  Escondeu-se atrás da porta.

Pronomes demonstrativos: Esse, Este e Aquele

Os demonstrativos este, esse e aquele (e suas variações) são empregados em trêscircunstâncias.

Em relação ao espaço:

EstePerto da pessoa que fala.  Este bilhete que tenho em mãos será bem redigido.

Esse Próximo da pessoa com quem se fala.  Empresta-me esse livro que tens sob o braço.

 AqueleLonge da qual fala e da com quem se fala.  Conheces aquele homem que vem chegando?

Em relação ao tempo:

EsteTempo atual, presente.  Este momento jamais será esquecido.

EssePassado (normalmente próximo).  Ontem, estive em casa de um amigo e nessa oportunidade disse-

lhe da minha satisfação em revê-lo.

 Aquele

Tempo mais afastado.  Antigamente, as coisas eram mais fáceis. Poucos pensariam,

naquela época, que a nossa vida seria hoje tão difícil.

Em relação ao discurso (texto):

EsteO que vai ser mencionado.  Nosso vizinho vive repetindo este  provérbio: “Casa de ferreiro,

espeto de pau”.

EsseO que se mencionou antes.  A segunda parte do livro é sobre a doença. É nesse ponto que

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percebemos o quanto ele sofreu.

Entre dois ou três fatos citados:

 Aquele O primeiro que foi citado.   Natação, futebol e xadrez são seus

esportes preferidos. Aquele porgostar de água, esse por crescerassistindo com seu pai e este últimopor exercitar a mente.

Esse O do meio.

Este O último citado.

Obrigado e Obrigada

Obrigado: Um homem deve dizer obrigado, independente do sexo da pessoa a quemestiver agradecendo.

  Muito obrigado pela sua ajuda, disse o executivo.

Obrigada: Uma mulher deve sempre dizer obrigada, a quem quer que seja.

  Muito obrigada, disse a secretária.Por nada e De nada

Obrigado é sinônimo de agradecido, reconhecido pelo que se faz e pede a preposição‘por’, e não ‘de’.

Portanto, a um obrigado ou obrigada, se responde ‘por nada’, ‘não há de que’, ‘não sejapor isso’.

Não use ‘de nada’.

 A grama e O grama

A grama: A grama empregada no feminino significa relva, capim.  Carla foi cortar a grama no jardim.

O grama: O grama quando indica medida de peso, a palavra é masculina.  Duzentos gramas de salame.  Um grama de ouro.

Mais informações e Maiores in formações

É comum sobretudo em propagandas a expressão ‘maiores informações’.

Na verdade, o caro ouvinte quer outras informações, ou seja, maior quantidade deinformações, e não informações maiores, de tamanho maior.

Portanto, utilize ‘mais informações’ ou ‘outras informações’.  Para mais informações entre em contato conosco.

 A princ ípio e Em princípio

A princípio: Significa inicialmente, antes de mais nada.

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   A princípio gostaria de alegar a ingenuidade do povo.

Em princípio: Significa em tese.  Em princípio todos devem ser considerados inocentes.

 Abrev iação e Abreviatura

Abreviação: É um processo de formação de palavras que consiste na redução dapalavra até o limite que não prejudique a compreensão.

  Moto (motocicleta)  Foto (fotografia)

Abreviatura: É a representação de uma palavra por meio de algumas de suas sílabas ouletras.

  pág. ou p. (página)  pg. (pago)  m (metro)  h (horas)

Insossa e Insonsa

Uma comida com pouco ou sem sal, diz-se que ela está insossa.

Nunca use a palavra ‘insonsa’ pois está incorreta.  Em função da elevada pressão arterial, o médico recomendou comida com pouco

sal, ou seja, quase insossa.

Estada e Estadia

Estada: Emprega-se estada para permanência de pessoas.  A estada do nosso diretor na Europa foi muito proveitosa.

Estadia: Emprega-se estadia para permanência de veículos e navios.  A estadia  de automóveis em estacionamentos é o melhor meio de se evitarem

furtos.

Companhia e Compania

Muito se questiona se devemos usar companhia ou compania.

Eis aí uma dúvida facílima de resolver.

Basta associar com companheiro.

Ora, ninguém diz companero. Portanto, diga, sempre, companhia, não importa se é parapessoa ou empresa (cia.).

  Em sua companhia, iremos visitar a Companhia de Gás de Santa Catarina.

Conserto e Concerto

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Conserto: É o ato de reparar alguma coisa.  O conserto do automóvel, apesar de caro, não ficou bom.

Concerto: É utilizado no sentido de espetáculo musical.  Ontem assistimos a um concerto sinfônico muito agradável.

 A janta e O jantar

O substantivo feminino ‘a janta’ não existe na língua padrão.

Devemos sempre dizer ‘o jantar’.  Convidarei meus amigos para um jantar  em minha casa.  O jantar  será servido às sete horas.

Despensa e Dispensa

Despensa: É a dependência da casa onde se guardam alimentos.  A despensa fica no fim do corredor.

Dispensa: Significa estar livre de uma obrigação.  O seu pedido de dispensa deveu-se a motivos de saúde.

Meia e Meio

O vocábulo ‘meio’ quando se refere a um substantivo concorda com esse.

Mas quando se refere a um adjetivo, é invariável, ou seja, permanece sempre nomasculino singular.

Portanto, nunca use: meia nervosa, meia agitada, meia apreensiva.  Ele tomou meia garrafa de uísque.  Ela ficou meio nervosa.  Aquela aluna chegou meio atrasada.  Ela tomou meia taça de vinho e ficou meio tonta.

Quantia e Quantidade

Quantia: Emprega-se para somas em dinheiro.  Como prêmio recebeu a quantia de dez mil reais.

Quantidade: Emprega-se para todos os demais casos.

  A quantidade de laranjas é igual a de maçãs. A nível de

A nível de é uma expressão inútil.

Pode ser suprimida ou substituída por outras.

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Em vez de Use

A empresa está fazendo previsões anível de mercado latino-americano.

A empresa está fazendo previsões para omercado latino-americano.

Trata-se de uma Portaria a nível deministério.

Trata-se de uma Portaria de ministério (ouministerial).

Existe, porém, a expressão ‘ao nível’, que significa à mesma altura.  Santos está ao nível do mar.

 Às custas e À custa

Muita gente diz que alguém vive às custas do pai.

No entanto, custas no plural tem sentido jurídico específico. São as despesas feitas com

um processo criminal ou cível.  Foi obrigado a pagar às custas do processo.

Com outro sentido, a palavra fica no singular.  Ainda vive à custa do pai.  Conseguiu tudo à custa de muito sacrifício.

Mais, Mas e Más

Mais: É o contrário de menos.  É mais difícil fazer do que criticar.  Agora ele trabalha mais que antes.

Mas: Equivale a porém, contudo, entretanto, no entanto, todavia.  Ela é bonita, mas já é comprometida.  Falava muito, mas não convencia ninguém.

Más: É a forma feminina no plural do adjetivo mau (ruim).  Ele andava em más companhias.  As meninas foram más com a novata.

Proibida Entrada e Proibido Entrada

O termo proibido será variável, quando a palavra a que ele se refere estiver

determinada, ou seja, se o sujeito vier antecipado de artigo, a concordância seráobrigatória.

Fora disso, porém, o termo ‘proibido’ fica, invariavelmente, no masculino.  Proibida a entrada.   A entrada é proibida.  Proibido entrada.  Entrada proibido.

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Comprimento e Cumprimento

Comprimento: É a extensão, distância.  O comprimento da quadra estava fora dos padrões.  O sofá era muito comprido para aquela sala.

Cumprimento: Pode ser o ato ou efeito de cumprir (cumprimento de uma promessa). Oupode significar a ação de cumprimentar, saudação.

  Eu sempre cumprimento meus vizinhos.  Nossa mudança está condicionada ao cumprimento da sua promessa.

Debalde

É comum ouvir dizer que alguém estava ‘devarde’.

Porém, não existe esta expressão na Língua Portuguesa.

O correto é debalde.  Já que eu estava debalde, resolvi tirar uma soneca.

Se preferir, utilize outras palavras que expressam o mesmo sentido:

Eu estava à toa, a esmo, inutilmente.

Testemunho e Testemunha

Testemunha: É um substantivo e será sempre feminino, embora se aplique aos doisgêneros.Certo Errado

  Ele é a minha testemunha.

  Ele é meu testemunha.  Esses foram as minhas testemunhas de

casamento.  Esses foram os meus testemunhas de

casamento.

Testemunho: É a declaração feita pela testemunha, é o depoimento que esta faz.  O testemunho da mãe da vítima foi decisivo para a condenação.

Em via de e Em vias de

A locução certa é ‘em via de’, com a palavra ‘via’ no singular.

Lembre-se de que ‘via’ significa ‘caminho’.

Daí a razão de ser ‘em via [no caminho] de’.  O projeto está em via de ser aprovado.  A obra está em via de ser concluída.

Vestiário e Vestuário

Vestiário: É um local específico para trocar de roupa. Existe, normalmente, em colégios,clubes, hospitais, etc.

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  Os jogadores foram agredidos no vestiário do clube.

Vestuário: É o traje, a vestimenta que usamos, é o conjunto de peças de vestir.  Ela vive preocupada com seu vestuário.

Os óculos e O óculos

Carregamos sobre nosso rosto um par de lentes. Cada lente é um óculo. É por isso quedevemos dizer ‘os óculos’.

A palavra óculos é plural e, portanto, leva tudo que a ela se refere para o plural.Certo Errado  Meus óculos estão sujos.   Meu óculos está sujo.  Seus óculos são bonitos.   Seu óculos é bonito.

Em função de

A locução ‘em função de’ só pode ser usada quando indica dependência ou finalidade.

Para indicar Exemplo

Dependência O time jogava em função do adversário.

Finalidade Vivia em função da família.

Nunca use para indicar: 

Por causa de O acidente ocorreu em função de problemas com o carro.

Em consequência deO jogo não terminou em função de problemas com ailuminação do estádio.

Graças à Foi promovido em função da nova política da empresa.

Como escrever as horas

Existe uma convenção internacional, da qual o Brasil é signatário, que estipula oseguinte:

O símbolo de horas é h, o de minuto e min (tudo minúsculo e sem ponto).

As horas e minutos se juntam na escrita.

Obs.: Nunca use hs para abreviar horas.  O jogo começará às 21h30min, logo após o jantar.  O filme durou 3h15min e nem percebi o tempo passar.

Pêsames e Condolências

Pêsames: Apresenta pêsames quem manifesta dor ou profundos sentimentos pela mortede alguém.

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  A mãe de meu amigo faleceu.  Apresentei-lhe, por isso, meus pêsames.

Condolências: Apresenta condolências quem manifesta dor ou profundos sentimentosnão só pela morte de alguém, mas também por quaisquer circunstâncias desafortunadasou desfavoráveis.

  A empresa de meu amigo faliu.  Apresentei-lhe, por isso, minhas condolências.

Devagarinho e Devagarzinho

As palavras oxítonas recebem o sufixo –zinho.

Portanto, o correto é ‘devagarzinho’, assim como colarzinho, amorzinho, calorzinho...

Nunca use devagarinho.

Desculpem e Desculpem-nos

Na língua padrão, quem desculpa, desculpa alguém de alguma coisa.

Sendo assim, use o pronome para indicar quem está se desculpando.  Desculpem-nos da nossa falha!  Desculpe-me do atraso!

Perca e Perda

Perca: É a conjugação do verbo ‘perder’ no modo subjuntivo (presente) e imperativo.  Espero que ele não perca tantos gols!

  Nunca perca a esperança.

Perda: É substantivo (ato ou efeito de perder).  Nunca vi tanta perda de gols quanto nesse jogo!  Exijo uma indenização por perdas e danos.

 Às dez para as oi to e Aos dez para as oi to

A palavra minutos está subentendida, portanto, deve-se usar ‘aos’.

Nada começa ‘às dez para as oito’, mas sim ‘aos dez (minutos) para as oito’.   Aos cinco para as sete!

   Aos 30 para o meio-dia!Falecer e Morrer

Falecer: Só falece aquele que sai da vida naturalmente, ou por velhice. Um octogenário,num asilo ou num leito de hospital falece.

  Meu avô faleceu em sua casa enquanto dormia.

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Morrer: Morre todo aquele que perde a vida, brutalmente ou não. Uma pessoaassassinada não falece, morre. Só a morte pode ser violenta.

  Ayrton Senna morreu em um acidente no autódromo de Ímola em 1994.

Perante e Perante a

A preposição perante dispensa a companhia de outra preposição.  Eu me confesso apenas perante Deus.  Perante o juiz, confessou tudo.  Perante Deus, estou em paz.  Perante mim, ela sempre se comportou bem.

História e Estór ia

História: É fato real, verídico, comprovado em documentos. Portanto, a História é aciência que cuida dos fatos ocorridos ao longo do tempo, documentando-os.

  A História dos Quinhentos Anos do Descobrimento do Brasil.

Estória: É ficção, conto infantil, narração, lenda, fábula, etc.  As crianças ouvem de seus pacienciosos avós, estórias ao pé da lareira.

Defronte a e Defronte de

Nossa língua só conhece a locução defronte de, e não defronte a.  Estávamos defronte de nossa casa.  Fiquei defronte do palanque.  Sentei-me bem defronte do palco.

Despercebido e Desapercebido

Despercebido: Quer dizer não notado.  Tudo o que não nos interessa costuma passar despercebido.  Erros, por exemplo, passam muitas vezes despercebidos dos revisores.

Desapercebido: Significa desprevenido, despreparado. Por ter uso tão restrito em nossalíngua, é preferível não usar.

  A chuva me apanhou inteiramente desapercebido de guarda-chuva.  Os alunos estão desapercebidos de conhecimentos para fazer a prova.

 Aonde e Onde

Aonde: Indica ideia de movimento. Equivale a ‘a que lugar’ e usa-se em verbos demovimento como ir, chegar, dirigir, levar, etc.

   Aonde você vai?  Você sabe aonde ela pretende chegar?  A praia é o lugar aonde vou passar todos os fins de semana.

Onde: Indica ideia de permanência, ação concluída. Equivale a ‘em que lugar’ e usa-seem verbos que não indicam movimento.

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  Há dois anos ou Dois anos atrás.

Manter o mesmo timeNão é possível manter outro, tem que ser o mesmo:  Manter o time.

Criar novos empregosNão se cria nada que não seja novo:

  Criar empregos.Encarar de frente osdesafios

Não é possível encarar algo de costas ou de lado:  Encarar os desafios.

Não tenho outra alternativaAlternativa já indica outra opção:  Não tenho alternativa ou Não tenho outra opção.

Ele acrescentou mais umaideia

Não é possível acrescentar menos:  Ele acrescentou uma ideia.

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Módulo 12

Neste módulo você verá:  Algumas concordâncias verbais que geram dúvidas e muitas vezes são feitas

incorretamente.

Expressões e Concordância Verbal

Neste módulo veremos algumas expressões onde comumente utilizamos verbos deforma incorreta.

Por exemplo, você sabe quando utilizar ratificar ou retificar?

Ou então, qual a forma correta de se dizer: Não pise na grama ou Não pise a grama?

Veja estes e outros esclarecimentos na sequência.

Ir ao encontro de e Ir de encontro aIr ao encontro de: Significa estar a favor, aproximar-se.

  A jovem foi ao encontro do moço e abraçou-o com ternura.

Ir de encontro a: Significa estar contra, discordar, direção oposta.  O carro foi de encontro ao poste.

Somos cinco e Somos em cinco

De acordo com a língua padrão, não se usa a preposição entre o verbo ser e o numeral.

Portanto, é incorreto dizer ‘somos em cinco’.  Somos cinco pessoas nesta sala.  Éramos oito na reunião.  Seremos dez em dois anos.

Descrim inar e Discriminar

Descriminar: Significa absolver de crime, inocentar.  A maioria dos deputados lutam para descriminar  os criminosos.

Discriminar: Significa distinguir, discernir, separar.  A inexistência de uma política social discrimina os pobres.

  Seguem especificações técnicas dos produtos discriminados na sequência. A moça que ele gosta ou A moça de que ele gosta

Quem gosta, gosta de alguma coisa, de alguém.

Assim acontece também com outros verbos como:o  O dinheiro de que dispõe (dispõe de algo)o  O filme a que assistiu (assistiu a algo)

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o  A prova de que participou (participou de algo)o  O amigo a que se referiu (se referiu a algo ou alguém) ...

  A moça de que ele gosta é Vanessa.  O filme a que você assistiu é antigo.  O evento de que Maria participou não acontece mais.

Rapar e Raspar

Rapar: É cortar até a raiz.  Rapar  a barba.  Rapar  o bigode.  Rapar  a cabeça.  Rapar  as axilas.

Raspar: É alisar ou apagar com a raspadeira.  Raspar  o taco do assoalho.

  Raspar  a parede.  Raspar  o bilhete da loteria.

Que seja e Que seje

O presente do subjuntivo de ser e estar é seja e esteja.

Nunca use ‘seje’ ou ‘esteje’, pois estas palavras não existem na língua portuguesa.  Seja prudente no trânsito.  Seja gentil com as pessoas.  Esteja sempre alerta.  Seja agora ou mais tarde, iremos a pé.

Soar e Suar

Soar: Significa emitir ou produzir som, ecoar, retumbar.  O sino soa.  Campainhas soam.  O relógio soou as doze badaladas.

Suar: Significa transpirar, exalar suor.  Quando faz calor as pessoas suam.  Eu suo muito no verão.  Suou para responder as questões da prova.

Se eu a ver ou Se eu a vir

O verbo ver, nas frases em que vem introduzido pelos vocábulos ‘se’ ou ‘quando’,assume a forma vir.

Portanto, use ‘se eu a vir’.  Se eu a vir , faremos as pazes.  Quando ele me vir  aqui, ficará surpreso.

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  Se você vir  seus pais, avise-me.  Quando você vir  meus familiares, ficará tranquila.

Vimos e Viemos

Vimos: Verbo vir, quando se trata de ação presente. Muito utilizado em introdução decartas e ofícios.

  Ontem não o encontramos, por isso, hoje, vimos novamente procurá-lo.  Vimos informar-lhe que estamos revisando nossos manuais.

Viemos: Verbo vir, quando se trata de ação passada.  Ontem a tarde viemos procurá-lo.  Mês passado viemos no mesmo horário.

Premia ou Premeia

Em se tratando de verbos terminados em ‘-iar’, a norma é apresentar ‘-ia’ na terceira

pessoa do singular do presente do indicativo.

Portanto, para o verbo premiar temos premia. Veja outros casos:o  Negociar – Negociao  Agenciar – Agenciao  Silenciar – Silenciao  Sentenciar – Sentenciao  Variar – Varia

  A academia premia somente os melhores.  Ele sempre silencia durante nossas brigas.

Existem, entretanto, cinco verbos terminados por ‘-iar’ que apresentam ‘-eia’ na terceirapessoa do singular do presente do indicativo. São eles:o  Mediar – Medeiao  Ansiar – Anseiao  Remediar – Remedeiao  Incendiar – Incendeiao  Odiar – Odeia

  A torcida incendeia diante dos gols.  Paula sempre medeia a briga entre os irmãos.

É fácil memorizar esses cinco verbos: basta perceber que se juntando as letras iniciaisde todos eles, forma-se a palavra MÁRIO.

Ratifi car e Retificar

Ratificar: Quem ratifica, confirma.  Ele ratificou o que havia dito ontem para que não houvesse dúvidas.  Ela ratificou o seu juramento.

Retificar: Quem retifica, corrige.  Você precisa retificar  o seu erro.

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  Retifique a sua declaração enquanto ainda há tempo.

 A pronúncia correta é ‘Fêcha’ ou ‘Fécha’

A pronúncia padrão do verbo fechar é fechada. Ou seja, ‘fêcha’.

Não diga ‘fécha’.

Obs.: Lembre-se a palavra não possui nenhum acento. Esta apenas representado aquipara dar ênfase na pronúncia da sílaba tônica.

  Não fecha ao meio-dia.  Fecha a porta!  Ele se fecha em si mesmo.

Que se encontrava ou Que encontrava-se

O ‘que’ sempre atrai o pronome.  Que se encontrava.  Que se realizará.  Que se previa.  Há poucas pessoas em que se pode confiar.

Em orações negativas também há próclise, ou seja, o pronome vem antes do verbo.  Fatos não se discutem.  Não se deve faltar com a verdade.  Jamais se esqueça de seus pais.

Devo escovar os meus dentes?

Nomes que indicam partes do corpo dispensam o uso do pronome possessivo, porque oartigo já indica posse.

Procede-se da mesma forma, quando se faz uso de nomes de peças do vestuário ou defaculdade do espírito.

  Devo escovar os dentes?  Machuquei o dedo.  Vesti a melhor roupa e saí.  Rasguei as calças.  Perdemos a consciência.  Menina, você perdeu o juízo?

Estão chamando você na sala ou Estão chamando você à sala.

O verbo chamar, assim como os verbos ir, vir, levar, retornar, chegar, etc., exige apreposição ‘a’.

  Estão chamando você à sala.  O sonho chegou ao fim.  Ele já chegou aos setenta anos.  Chamei-o ao escritório.

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  Nós, e não vocês, somos os culpados.  Eu, e não ela, estive aqui ontem.  Vocês, e não nós, vaiaram.  Eles, e não ela, estão preocupados.

Ganhar ou perder é do esporte ou Ganhar ou perder são do esporte

Os infinitivos antônimos (contrários, opostos) levam o verbo ao plural.

Portanto, o correto neste caso é: “Ganhar ou perder são do esporte.”   Amar e odiar são próprios do ser humano.  Rir e chorar fazem parte da vida.

Se não forem antônimos, o verbo ficará no singular.  Fumar e beber  bebida alcoólica faz mal à saúde.  Errar e assumir é um ato de honestidade.

 Amanhã eu talvez irei ao estádio ou Amanhã eu talvez vá ao estádio

O uso de talvez antes do verbo exige o modo subjuntivo.

Portanto, o correto neste caso é: “Amanhã eu talvez vá ao estádio.”  No futuro talvez eu faça uma viagem dessas.  Talvez o pessoal chegue ainda hoje.

Se estiver após o verbo, ‘talvez’ não interfere na sua conjugação.  Irei ao estádio talvez amanhã.  O pessoal chega talvez ainda hoje.

Sobrou muitos ingressos do jogo ou Sobraram muitos ingressos do jogo

Se o sujeito é muitos ingressos (plural) o verbo também irá para o plural.

Portanto, a frase correta é: “Sobraram muitos ingressos do jogo.”  Sobram oportunidades.  Estão faltando jogadores com mais determinação.  Poderão surgir algumas novidades.  Faltaram  boas jogadas e sobraram maus árbitros nos jogos.

Faz tempo que o Brasil não perde da Argentina ou Faz tempo que o Brasil nãoperde para a Argentina

Lembre-se que: Perde-se para e ganha-se de.

Portanto, a frase correta é: “Faz tempo que o Brasil não perde para a Argentina.”  O Japão ganhou do México.  A Alemanha perdeu para a Itália.  A seleção está ganhando de todo o mundo.  Há seleções que entraram na fase de perder para todo o mundo.

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Módulo 13

Neste módulo você verá:  O processo de comunicação;  Os tipos de redação;  Como planejar uma redação;  As qualidades do parágrafo;  A estrutura da redação.

Comunicação Escrita

Sempre que ocorrer a transmissão e recepção de uma mensagem (ideias, sentimentos,informações) afirmamos que há comunicação.

No processo de comunicação existem vários elementos importantes e indispensáveispara que ocorra a comunicação. Veja a seguir quais são eles.

Emissor / Transmissor: É uma pessoa que deseja levar até outra uma ideia, umainformação, um sentimento, uma ordem, uma imagem, sempre com o objetivo de afetarseu comportamento. É aquele que transmite ou redige uma mensagem.

Receptor: É a pessoa que recebe a comunicação e é afetada por ela. O receptor recebea mensagem e a interpreta.

Mensagem: É o conteúdo da comunicação; é a ideia, informação, sentimento, imagem,que se deseja passar a outra pessoal. É a ideia transmitida ou o conteúdo.

Meio / Canal: É o meio utilizado para fazer a mensagem chegar ao receptor; também échamado de veículo (ar, sistema, escrita). Ex.: e-mail, fax, telefone, rádio, TV, etc.

Código: São os recursos utilizados pelo emissor para que a mensagem chegue aoreceptor; os códigos podem ser verbais ou não verbais. Ex.: palavras (sons), letras,sinais, gestos, símbolos.

Ruído: No processo de comunicação pode ocorrer interferências que prejudicam oprocesso. Essas interferências são chamadas de ruídos. Exemplos de ruídos nascorrespondências: má redação, escrita confusa, falta de clareza, erros ortográficos e deconcordância verbal.

Os objetivos da comunicação escrita são: informar, indagar, ordenar, orientar,cumprimentar, relatar, requerer.

Tipos de Redação

Podemos externar os nossos pensamentos, as nossas ideias, os nossos sentimentos ouas nossas emoções, através da: Narração, Descrição, Exposição e Argumentação.

Narração

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Caracteriza-se pela representação de fatos com personagens fictícios ou reais queocorrem numa linha de tempo.

Narração Histórica: reprodução de um acontecimento real, documentado. São maiscomuns em livros científicos, jornais, livros de Histórias entre outros.

Narração Fabulosa: Se a história for com fatos fictícios o autor vai ter toda a liberdadepara criar, pois reproduzirá algo que acontece apenas em seus pensamentos.

Os verbos neste tipo de texto são usados em primeira pessoa para personagens e emterceira pessoa quando um observador esta contando algum fato.

Os principais gêneros de narração são: a anedota, o conto, a fábula, a crônica, osdiários, a biografia, as notas de viagens e a carta. 

Exemplo: A Galinha dos Ovos de Ouro

Um fazendeiro e sua esposa tinham uma galinha que, todo dia sem falta, botava um ovode ouro.Desconfiados de que dentro dela teria uma grande quantidade de ouro, mataram ela paraenfim pegar tudo de uma só vez.Então, para surpresa dos dois, viram que a galinha, em nada era diferente das outras. Assim, o casal de tolos, desejando enriquecer de uma só vez, acabam por perder oganho diário que já tinham. Autor: EsopoMoral da História: Quem tudo quer, tudo perde.

Descrição

O termo descrever significa representar, por meio de palavras, as características de um

objeto, uma ideia ou um sentimento.

Um texto descritivo tem como objetivo transmitir informações sobre seu foco principal, demodo que o leitor crie na sua mente uma imagem do objeto, pessoa, sentimento ou serdescrito.

Os pontos de vista existentes em uma descrição podem ser exibidos de duas maneiras:objetiva ou subjetiva.

A forma objetiva é aquela que apresenta um objeto e indica suas característicasprincipais de maneira precisa, cuidando para que as palavras não permitam mais deuma interpretação.

Já a forma subjetiva acontece quando se trabalha com a linguagem para selecionarpalavras ricas de sentido e o emprego de construções livres que permitem mais de umainterpretação do leitor.

Exemplo:Uma pessoa formidávelEle foi o primeiro poeta brasileiro. Mais popularmente conhecido por suas obras satíricas,esse autor barroco também desenvolveu poesias sacras, líricas, amorosas e burlescas.

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 Apresentava uma delgada fisionomia e nariz sobressalente, por isso recebeu de umafreira o apelido "Pica-flor", o qual, esse autor de notabilíssimas poesias revidou atravésde um poema satírico, uma décima, desmoralizando a cidadã.Possuidor de uma forte personalidade, censurava constantemente o governo da Bahia,sua terra natal, a vaidade humana, a falta de religiosidade das pessoas ligadas à cúpula

da Igreja e aos costumes da sociedade brasileira, baseadas no modelo europeu. Daísurgiu o apelido pelo qual ficou conhecido: "Boca do inferno".Inconfundível por seu raciocínio sutil e consagrado principalmente por suas inigualáveisliras maldizentes, Gregório de Matos padeceu sem ter visto publicadas as suas obras,como grande parte dos artistas em todo o mundo. Autor: Maíra Ximenes

Exposição

Todas as vezes que discorremos acerca de um assunto; que discutimos uma ideia, umplano; que recomendamos um negócio; que damos a nossa impressão a respeito de umhomem ilustre, fazemos exposição.

Exposição é, pois, o gênero de composição literária, pelo qual explanamos umproblema, uma ideia, um fato.

O fim principal da exposição é dar a compreender a outrem um princípio, um assunto,uma opinião.

Nota: A chamada Dissertação é uma Exposição.

Os principais gêneros de exposição são: a definição, a explanação, o ensaio, a críticaliterária e o editorial.

Exemplo:

ConsumismoConsumismo é o ato de comprar produtos e/ou serviços sem necessidade e consciência.É compulsivo, descontrolado e que se deixa influenciar pelo marketing das empresas quecomercializam tais produtos e serviços. É também uma característica do capitalismo e dasociedade moderna rotulada como “a sociedade de consumo”. Diferencia-se em grandeescala do consumidor, pois este compra produtos e serviços necessários para sua vidaenquanto o consumista compra muito além daquilo de que precisa. O consumismo temorigens emocionais, sociais, financeiras e psicológicas onde juntas levam as pessoas agastarem o que podem e o que não podem com a necessidade de suprir a indiferençasocial, a falta de recursos financeiros, a baixa autoestima, a perturbação emocional eoutros. Além de consequências ruins ao consumista que são processos de alienação,exploração no trabalho, a multiplicação de supérfluos (que contribuem para o processode degradação das relações sociais e entre sociedades) e a oneomania (que é um

distúrbio caracterizado pela compulsão de gastar dinheiro que é mais comum nasmulheres tomando uma proporção de quatro por um), o meio ambiente também sofrecom este “mal do século”, pois o aumento desenfreado do consumo incentiva odesperdício e a grande quantidade de lixo. Autor: Gabriela Cabral

 Argumentação

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Quando raciocinamos, enumerando série de argumentos com o objetivo de convenceralguém da verdade ou da falsidade de um assunto, não fazemos nada mais do queargumentar.

Enquanto que na exposição relatamos um fato ou expomos uma teoria, um sistema, com

o interesse único de sermos entendidos, na argumentação, buscamos convencer oleitor, persuadi-lo a concordar com a ideia ou ponto de vista exposto.

Exemplo: O Café.

Se se referir à história do plantio no Brasil, as peripécias todas por que passou essacultura, os empréstimos dos governos para valorizá-la, os benefícios advindos por meioda exportação, haverá uma exposição.

Mas, se a tudo isso se acrescentarem razões e documentos e raciocínios paraconvencer os leitores de que o café do Brasil é superior ao da Colômbia ou de Java e,portanto, o melhor do mundo, esse terá escrito uma argumentação.

Exemplo: A condescendência com que os brasileiros têm convivido com a corrupção não épropriamente algo que fale bem de nosso caráter. Conviver e condescender com acorrupção não é, contudo, praticá-la, como queria um líder empresarial queassegurava sermos todos corruptos. Somos mesmo?Um rápido olhar sobre nossas práticas cotidianas registra a amplitude e a profundidadeda corrupção, em várias intensidades.Há a pequena corrupção, cotidiana e muito difundida. É, por exemplo, a da secretária darepartição pública que engorda seu salário datilografando trabalhos “para fora”, utilizandomáquina, papel e tempo que deveriam servir à instituição. Os chefes justificam essespequenos desvios com a alegação de que os salários públicos são baixos. Assim,estabelece-se um pacto: o chefe não luta por melhores salários de seus funcionários,

enquanto estes, por sua vez, não “funcionam”. O outro exemplo é o do policial que entrana padaria do bairro em que faz ronda e toma de graça um café com coxinha. Em troca,garante proteção extra ao estabelecimento comercial, o que inclui, eventualmente, aliquidação física de algum ladrão pé-de-chinelo.(Jaime Pinksky/Luzia Nagib Eluf.. Brasileiro(a) é Assim Mesmo, Ed.Contexto)

Resumo:Narração Desenrolar de um fato.Descrição Enumeramos as qualidades, traços físicos e morais.Exposição Discorremos sobre uma ideia.Argumentação Procuramos convencer.

Planejamento da Redação

Todo o ato de redigir precisa de planejamento. Jogar as ideias dispersas sobre umafolha de papel, sem se perguntar sequer o objetivo do trabalho, não trará um bomresultado.

Para muitos, escrever sobre qualquer tema, torna-se uma tarefa difícil. Pode-seconhecer o assunto, dominar as normas gramaticais básicas como regência, colocaçãoe concordância; no entanto, as dificuldades de expressão continuam.

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Whitaker Penteado aponta três razões para escrever mal: a tradição (uso de trocadilhos,metáforas requintadas, alusões mitológicas, neologismos), o desejo de impressionar(complicar e enfeitar demais o texto) e o não saber pensar bem (ausência de umpensamento lógico, racional).

Para evitar essas dificuldades, é necessário, em primeiro lugar, organizar as ideias.

Uso dos Esquemas

Escolhido o assunto, já se pode começar a escrever sobre ele, certo?

ERRADO.

O passo seguinte é a preparação de uma lista de ideias sobre o assunto. Lembretes,opiniões, argumentos, exemplos.

Através desse recurso é possível adquirir um maior conhecimento da matéria, pois

obriga a pesquisas mais cuidadosas que forçarão aquele que escreve a entrar noassunto com maior segurança.

A vantagem do esquema é permitir que se tenha um esboço do trabalho a serexecutado. Serve como auxílio para escrever, como um ponto de referência.

Contudo, é bom observar que o uso do esquema deve ser flexível e provisório, sujeito àsalterações que se fizerem necessárias, tais como, acréscimos e supressões.

Como se faz um esquema

O primeiro esquema não é definitivo. Na enumeração de ideias constantes da listaprimitiva não há uma ordem preestabelecida.

Observem-se o exemplo abaixo:Esquema nº 1

  A crise do petróleo.  O congelamento dos preços do petróleo pela OPEP.  Consequências econômicas da crise do petróleo.  O Petróleo e as perfurações no Brasil.  Os contratos de risco.  Novas crises são esperadas.  No futuro, a produção mundial sofrerá diminuição.  Com o atual congelamento haverá aumento da procura.

Como se pode notar, a lista de ideias apresentadas não tem nenhuma ordem temporalou lógica. Constou da enumeração dos pensamentos que afloravam à lembrança.

Esquema nº 21. O Petróleo no Brasil

a) Produção nacionalb) Necessidade da importaçãoc) Os contratos com outros países exportadores de pretróleo.

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d) Os contratos de risco e as perfurações.2. A crise

a) O aumento recente.b) Consequências para o Brasil.c) Medidas para economia de combustível.

3. Congelamento dos preços pela OPEP.4. No futuro, a produção mundial começará a diminuir.5. Perspectivas para o futuro.

O esquema nº 2 permite observar uma ordem mais lógica no tratamento do assunto.Pode-se perceber também que os tópicos vêm colocados em ordem ascendente deimportância.

A redação adquiriu uma estrutura:Esquema nº 2

1. O Petróleo no Brasil

a) Produção nacionalb) Necessidade da importaçãoc) Os contratos com outros países exportadores de

pretróleo.d) Os contratos de risco e as perfurações.

Introdução

2. A crisea) O aumento recente.b) Consequências para o Brasil.c) Medidas para economia de combustível.

3. Congelamento dos preços pela OPEP.4. No futuro, a produção mundial começará a diminuir.

Desenvolvimento

5. Perspectivas para o futuro. Conclusão

Baseando-se no esquema provisório, partiremos para elaboração resumida da redação.

Desenvolvimento do Esquema: Esboço

O esboço é a primeira redação.

Para muitas pessoas, constitui-se também na redação definitiva. Essa facilidade,contudo, de compor com fluência os períodos, de estabelecer com exatidãocomparações e contrastes e redigir com naturalidade é qualidade rara e, na maioria doscasos, só advém depois de muita prática.

Àqueles que se estão exercitando na arte de escrever, aconselha-se a elaboração deum ou mais rascunhos, antes de apresentarem a forma definitiva da redação.

Qualidades do Parágrafo

Devemos dizer uma coisa de cada vez, deixando de lado o que não é essencial ou nãose relacione com a ideia central do parágrafo.

O parágrafo deve apresentar: Unidade, ênfase, coerência.

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Unidade

Consiste em dizer uma coisa de cada vez, omitindo-se o que não é essencial ou não serelaciona com ideia predominante no parágrafo.

Para conseguir unidade:

Use sempre que possível tópico frasal explícito.

O primeiro ou os dois primeiros períodos curtos iniciais devem conter a ideia-núcleo doparágrafo.

O tópico frasal é eficiente e prática maneira de estruturar o parágrafo, pois já de inícioexpõe a ideia que se quer passar, a qual é comprovada e reforçada pelos períodossubsequentes.

Ex: Em 1986, os veículos a álcool chegaram a representar 98% da linha de produção.Osveículos a gasolina só eram disponíveis por encomenda. Devido a medidas na área

financeira, a produção de carros a álcool hoje mal chega a 1% da frota nova. Os querestam a álcool estarão em uso por curto tempo. O programa foi exterminado.(BAUTISTA VIDAL, J. W. Brasil, civilização suicida. Brasília, Nação do Sol, 2000, p. 16.)Observe que a ideia central do parágrafo é apresentada logo no princípio mediante otópico frasal (destacado em negrito). Este é seguido de outro período que demonstra avalidade daquela ideia. Os períodos seguintes estabelecem contraste com a ideia-núcleoe são afirmativa constante do parágrafo anterior.

Evite pormenores desnecessários, acumulações e redundâncias.

Observe o texto abaixo:

“O assassínio do Presidente Kennedy, naquela triste tarde de novembro, quando

percorria a cidade de Dallas, aclamado por numerosa multidão, cercado pelasimpatia do povo do grande Estado do Texas, terra natal, aliás, do seu sucessor,o Presidente Johnson, chocou a humanidade inteira não só pelo impactoemocional provocado pelo sacrifício do jovem estadista americano, tão cedoroubado à vida, mas também por uma espécie de sentimento de culpa coletiva,que nos fazia, por assim dizer, como que responsáveis por esse crime estúpido,que a História, sem dúvida, gravará como o mais abominável do século.”

Este é um exemplo de texto demasiadamente longo. Os pormenores em excesso são,na sua maioria, dispensáveis, pois em nada reforçam ou esclarecem a ideia-núcleo doperíodo.

Agora veja um exemplo de como seria o texto citado excluindo-se os excessos.Ex: “O assassínio do Presidente Kennedy chocou a humanidade inteira, não só peloimpacto emocional mas também por uma espécie de sentimento de culpa coletiva poresse crime que a História gravará como o mais abominável do século.”

Evite frases entrecortadas.

Frases entrecortadas frequentemente prejudicam a unidade do parágrafo. Selecione asmais importantes e transforme-as em orações principais de períodos menos curtos.

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Ex: Parágrafo original: “Saí de casa hoje de manhã muito cedo. Estava chovendo. Eutinha perdido o guarda-chuva. O ônibus custou a chegar. Eu fiquei todo molhado. Apanhei um bruto resfriado.”Parágrafo Revisado: “Quando saí de casa hoje de manhã muito cedo, estava chovendo.Como tinha perdido o guarda-chuva e o ônibus custasse a chegar, fiquei todo molhado e

apanhei um bruto resfriado.”

Ponha em parágrafos diferentes ideias igualmente relevantes.

Um parágrafo deve ter apenas uma ideia-núcleo, assim, ideias de igual importânciadevem ser separadas em parágrafos diferentes e relacionadas por meio de conectivosadequados.

Não fragmente o desenvolvimento da mesma ideia-núcleo em vários parágrafos.

Para melhor compreensão, uma ideia relevante deve ser abordada em um únicoparágrafo. Tratar da mesma ideia em mais de um parágrafo torna o texto repetitivo e dedifícil compreensão.

Ênfase

É o destaque que se dá a ideia-núcleo. A colocação das palavras na frase e das oraçõesno período constitui um dos processos mais eficientes para dar relevo à ideia.

Para conseguir ênfase:

Ordem de colocação.

Como se sabe, a colocação das palavras na frase constitui um dos processos maiscomuns e mais eficazes para dar relevo às ideias.

Um recurso utilizado para enfatizar uma parte da frase é a inversão.

Diz-se que há inversão quando qualquer termo está fora da ordem direta, fora da suaposição normal ou habitual.

Ex:Ordem direta (habitual):Deus fez o homem à sua imagem e semelhança. (ênfase para ‘Deus’)Ordem inversa:O homem, fê-lo Deus à sua imagem e semelhança. (ênfase para ‘O homem’) À sua imagem e semelhança, fez Deus o homem. (ênfase para ‘À sua imagem esemelhança’)Fez Deus o homem à sua imagem e semelhança. (ênfase na ação – frase iniciada peloverbo)

Veja a seguir mais um exemplo com diferentes ênfases:

Ênfase no “quem” referente ao protagonista:Pedro dos Anjos, pedreiro, de trinta anos, residente na Rua Xavier, 25, matou ontem, naVila das Dores, seu colega Joaquim dos Santos, com duas facadas no coração, porqueeste não lhe quis pagar uma garrafa de cerveja.

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Ênfase no “quem” referente ao antagonista:Joaquim dos Santos foi assassinado ontem, na Vila das Dores, com uma facada nocoração, dada por seu colega Pedro dos Anjos, por se ter negado a pagar-lhe umagarrafa de cerveja.

Ênfase no “como”:Com uma facada no coração, Pedro dos Anjos matou ontem seu colega Joaquim dosSantos porque...

Ênfase no “onde”:Na Vila das Dores, Pedro dos Anjos matou ontem seu colega...

Ênfase no “quando”:Ontem, na Vila das Dores, Pedro dos Anjos matou...

Repetição da ideia principal

Alguns recursos de repetição podem ser utilizados para dar ênfase à uma ideia:  Calma e tranquilidade era o seu forte. (sinônimos: palavras com mesmo

significado)  Não era inquieto nem intranquilo. (antônimos de calmo: palavras com significado

oposto)  Ele é forte, e valente, e ousado. (polissíndeto: repetição enfática do conectivo)  Vozes veladas, veludas vozes. (aliteração: fonemas consonantais idênticos)  Seus olhos são dois oceanos. (metáfora: sentido figurado)  Amor é dor que desatina sem doer. (antítese: aproximação de palavras com

sentido oposto)  A garota carregava uma montanha nos ombros. (hipérbole: exagero de ideias)  Veja, meu Deus, quanta corrupção. (apóstrofe: interrupção do texto para chamar

atenção).

Ordem gradativa:

A gradação, recurso de ênfase tanto quanto de coerência, consiste em dispor as ideiasem ordem crescente ou decrescente de importância.

  Crescente: Anda, corre, voa, se não perdes o trem.  Decrescente: Uma palavra, um gesto, um olhar bastava.

Coerência

Consiste em ordenar e interligar as ideias de maneira clara e lógica e de acordo com um

plano definido.Ordem Cronológica

Consiste em não inverter o tempo dos acontecimentos.

Ordem Espacial

Consiste em descrever o objeto sob o ângulo da observação, ou seja, dos detalhes maispróximos para os mais distantes ou ao inverso.

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Ordem Lógica

Consiste na generalização (tópico frasal), seguindo-se as especificações que afundamentam, e termina por uma conclusão claramente enunciada, em que se amplia osentido da declaração introdutória.

Estrutura da Redação

Quanto à estrutura, a redação deve possuir:

Introdução

Não se deve entrar diretamente no assunto. Deve-se fazê-losuavemente, cativando o leitor e preparando-se para o que se vaidizer. Em geral, inicia-se fazendo uma generalização sobre oassunto fornecido, situando-o, enfim, entre os demais.

Desenvolvimento

Aqui se entra no assunto para valer. Após preparar o leitor para oque se vai dizer (na introdução), diz-se tudo o que se sabe sobre otema. Esta é a parte mais importante da redação, pois é nela quevocê vai mostrar que sabe escrever.

Conclusão

É o fim do trabalho. É o seu encerramento. Como não se deveiniciar abruptamente, também não se deve findar de supetão. Faz-se um fim suave, com um pensamento elevado, com a aplicação deum dos aspectos (o mais importante) do tema.

Como se percebe, dissertação é um corpo, e, como tal, deve ter cabeça, tronco e pés,para não se tornar um monstro! A redação deve ter a mesma sequência lógica que seobserva na demonstração de um teorema.

Principais erros a evitar na redação

A seguir, veja os erros mais comuns cometidos ao se escrever uma redação.

Concordância: É o pior inimigo da boa redação. O verbo concorda com o sujeito. O

adjetivo com o substantivo a que se refere. Se o verbo é impessoal, como 'haver' e 'ser'(nos casos previstos), fica no singular.

Regência: É fácil deslizar quando se emprega pronome relativo. Por exemplo:  O assunto que falamos. (errado)  O assunto de que falamos. (certo)

Uniforme: Deve-se usar um só tratamento quando a tarefa for, por exemplo, escreveruma carta, ofício, etc.

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Grafia e acentuação: Na redação, quem escolhe as palavras é o próprio redator. Nãouse, pois aquelas sobre as quais você tem dúvida. Só empregue aquelas que tiveremgrafia bem conhecida. Se não tiver certeza, não a utilize! Substitua-a por outraequivalente que você saiba escrever!

Pontuação: A vírgula deve ser usada dentro dos padrões tradicionais, conforme jáfalamos. Não separe sujeito do verbo por vírgula.

Colocação: Os oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos) devem ser bemcolocados, de acordo com os princípios estabelecidos para a próclise, mesóclise eênclise.

Crase: Toda vez que ocorrer 'a' diante de palavra do gênero feminino, faça asubstituição pelo masculino, para certificar-se da ocorrência ou não da crase. Nãocometa o erro de usar acento grave antes de masculino ou de verbo!

Repetições: Evite repetir demasiadamente certas palavras, como: que... que... que;

mas... mas... mas, etc.

Períodos longos demais: Períodos demasiadamente longos, fatalmente tornam-se poucoclaros. A cada mudança de ideia use ponto final.

Pontuação exagerada: Apesar de estarem de acordo com as regras gramaticais, textoscom excesso de pontuação tornam a leitura e o entendimento difícil.

Ex.: "Quem quer que sejas, amigo ou não, o coração do escritor não faz, hoje, reservas,não abre, neste momento, exceções." - (Rui Barbosa - Ano Bom).

O trecho acima não perde nada se o pontuarmos assim:

"Quem quer que sejas, amigo ou não, o coração do escritor não faz hoje reservas, nãoabre neste momento exceções."

Reticências: As reticências são utilizadas para permitir que o leitor complemente opensamento suspenso. Evite-as. A clareza na exposição é preferível a esperar que oleitor adivinhe o que você quis dizer.

Ecos: Evite a repetição desnecessária de palavras terminadas pelo mesmo som,provocando rimas desagradáveis, com um ritmo batido e monótono. Exemplo:

  Posta a proposta em votação, foi aprovada por aclamação.

Cacófatos: Evite a combinação de palavras que apresentem som desagradável.Exemplo:

  uma mão ("um mamão"),  boca dela ("cadela"), etc.

Gírias e estrangeirismos: Evite expressões coloquiais demais (típicas da linguagem dobate-papo), como gírias e palavrões; assim como palavras estrangeiras que não sãoincorporadas ao português.

7/23/2019 Manual Comunicação e Expressão Escrita_635272002007463816.pdf

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Enriquecer a redação

Há diversos recursos para enriquecer, para ornamentar, para elevar o nível da redação.Dentre eles, apontamos os seguintes:

Na falta de ideias diante de um tema, alguns desses recursos fornecem elementos paraajudar a imaginação.

E quando faltam as palavras, eis a grande solução:

Além dos recursos já apontados, é a LEITURA dos bons autores, de boas revistas, debons articulistas e cronistas de jornais.

A leitura deixa-o bem informado, amplia o horizonte de conhecimentos, aumenta suacultura, fornece vocabulário, dá aquele “fio” de raciocínio verbal tão necessário para acomunicação quer oral quer escrita.

Portanto, ler mais significa escrever melhor.

• Uso de comparações; traçar paralelos.a

• Emprego de contrastes; uso de antíteses.b

• Inversão dos termos da oração; inversão das orações no período.c

• Lançar interrogações.d

• Fazer exclamações.e

• Situar causa a efeito.f • Citar exemplos de cientistas, de artistas, de músicos, de literatos, etc.,

inclusive com seus nomes, evidencia demonstração de cultura.g

• Uso de palavras científicas, como por exemplo, gêiser. (Quando for ocaso, claro).

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