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1 MANUAL DE APERFEIÇOAMENTO MINISTERIAL A) REQUISITOS BÁSICOS PARA OS CRISTÃOS 1) PREPARAÇÃO ESPIRITUAL: SANTIFICAÇÃO ESTUDO DA PALAVRA DE DEUS ORAÇÃO APRENDENDO A OUVIR A DEUS JEJUM SANTIFICAÇÃO: A Palavra de Deus nos exorta sobre a necessidade de vivermos em santificação. Josué 3.5 - “Disse Josué também ao povo: Santificai-vos, porque amanhã fará o Senhor maravilhas no meio de vós”. Levítico 20.7 - “Portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o Senhor vosso Deus.” Hebreus 12.14 - “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. O que é santificação? Tanto o substantivo (santificação) como o verbo (santificar) se derivam do vocábulo latino sanctus- santoe do vocábulo latino facere- fazer, e traduz os termos hebraicos qdshe grego hagiasmos, hagiazõ. O sentido básico da raiz hebraica qdshé variadamente dada como separar, cortar, consagrar para uso exclusivo, dedicarou ‘consagração’ - considerando como sagrado em contraste com o comum, profano ou secular e também leva o sentido de ‘brilho’ referindo-se ao estado ou processo de uma transformação interna que resulta em pureza, retidão moral e pensamentos santos e espirituais que se expressam por meio de atitudes externas. Não adianta orarmos e jejuarmos, se estamos vivendo no pecado e não nascemos de novo para uma vida dedicada a Deus, o Senhor não nos atenderá. Isaías 59 - 1 e 2 - “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça”. João 3.3 - “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”.

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MANUAL DE APERFEIÇOAMENTO MINISTERIAL

A) REQUISITOS BÁSICOS PARA OS CRISTÃOS 1) PREPARAÇÃO ESPIRITUAL:

SANTIFICAÇÃO ESTUDO DA PALAVRA DE DEUS ORAÇÃO APRENDENDO A OUVIR A DEUS JEJUM

SANTIFICAÇÃO:

A Palavra de Deus nos exorta sobre a necessidade de vivermos em santificação. Josué 3.5 - “Disse Josué também ao povo: Santificai-vos, porque amanhã fará o Senhor maravilhas no meio de vós”. Levítico 20.7 - “Portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o Senhor vosso Deus.” Hebreus 12.14 - “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. O que é santificação? Tanto o substantivo (santificação) como o verbo (santificar) se derivam do vocábulo latino ‘sanctus’ - ‘santo’ e do vocábulo latino ‘facere’ - ‘fazer’, e traduz os termos hebraicos ‘qdsh’ e grego ‘hagiasmos’, ‘hagiazõ’. O sentido básico da raiz hebraica ‘qdsh’ é variadamente dada como ’separar’, ‘cortar’, ‘consagrar para uso exclusivo’, ‘dedicar’ ou ‘consagração’ - considerando como sagrado em contraste com o comum, profano ou secular e também leva o sentido de ‘brilho’ referindo-se ao estado ou processo de uma transformação interna que resulta em pureza, retidão moral e pensamentos santos e espirituais que se expressam por meio de atitudes externas.

Não adianta orarmos e jejuarmos, se estamos vivendo no pecado e não nascemos de novo para uma vida dedicada a Deus, o Senhor não nos atenderá. Isaías 59 - 1 e 2 - “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça”.

João 3.3 - “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”.

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Romanos 6.4 - “De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida”. Romanos 6.22 - “Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna”. Precisamos entender a diferença entre pecar voluntariamente e pecar sem intenção. Pecados involuntários ou por ignorância: Levítico 5.17-19 A bíblia nos diz que não há homem que não peque (Eclesiastes 7.20), mas faz uma distinção entre pecado voluntário e pecado involuntário. Todos nós pecamos involuntariamente por motivos variados como pensamentos, palavras e atitudes precipitadas ou por falta de conhecimento, etc. Quando nos damos por conta, já pecamos. Os únicos que nunca pecaram de forma alguma são: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Pecados voluntários: Levítico 6.1-7 Neste caso o pecado é fruto de nossas decisões ou escolhas, ou seja, sabemos perfeitamente o que estamos fazendo e optamos por agir de forma errada. Não nos esforçamos para mudar nossos pensamentos, palavras ou atitudes, ou seja, deliberadamente não obedecemos a Deus.. Vejamos a lista de alguns deles nos textos abaixo: Mateus 6.15 – “Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.” 1 Coríntios 6.10 – “Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.” Apocalipse 21.8 – “Mas, quanto aos tímidos (covardes - aqueles que mediante a luta e perseguição abandonam a fé em Cristo), e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.” Apocalipse 22.15 – “Ficarão de fora os cães (refere-se à pessoas briguentas e raivosas e também era um termo usado pelos judeus para se referir aos gentios, considerando-os como impuros ou imundos) e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.”

Alguns textos bíblicos que falam sobre a idolatria: Deus manda quebrar e queimar as imagens de escultura (Dt 7.5; Jr 10.3 - 5, 14; Êx 20.3 - 5). Deus mandava enforcar os líderes que permitiam a prática da idolatria (Êx 34.13; Nm 25.1 - 4).

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A idolatria é um laço que amarra as pessoas (Nm 33.52, 53; Dt 4.25 - 29; 7.5, 16). Deus orienta a não colocar imagens de escultura nas casas (Dt 7.25 e 26). A Bíblia nos manda escolher o Senhor e não os deuses dos pais (Js 24.2, 14 -17, 23; Jz 6.25). Os idólatras eram punidos com pena de morte (1 Sm 7.3 e 4; Lv 22.20). A Bíblia mostra que os deuses das imagens de escultura não podem livrar ninguém do mal (Sl 115; 135.15; Is 45.20; Jr 10; 11.12; Rm 1.25; 1 Ts 1.9). Alguns textos da Bíblia católica: Sl 113; Is 45.20 - 22; Ez 20.18.

Falta o arrependimento dos pecados, portanto, não há uma nova vida e conseqüentemente não há santificação, impedindo que sejamos salvos e tenhamos a vida eterna. O que significa arrependimento? No Antigo Testamento o termo hebraico usado para ‘arrependimento’ é ’shübh’ que significa ‘girar’ ou ‘retornar’ no sentido de tomar uma direção totalmente contrária a qual estava indo. No Novo Testamento o termo grego usado para definir arrependimento é ‘metanoia’ significando uma transformação de pensamento, atitude e direção. Mateus 3.1 e 2 – “E, naqueles dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da Judéia, E dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.”

Mateus 3.11 – “E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo.” Lucas 24.46 e 47 – “E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, e em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.” Atos 2.38 – “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.” Atos 17.30 – “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam.” ESTUDO DA PALAVRA DE DEUS: É imprescindível que o obreiro estude e medite na Palavra de Deus. Vejamos alguns versículos em que o próprio Deus deixa isso bem claro para todos os cristãos: 2 Timóteo 2.15 - “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.

Deuteronômio 6. 7 - “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te”.

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Josué 1.8 - “Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido”. Provérbios 3.13 - “Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento”. Oséias 4.6 - “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos”. Salmo 119.11 - “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti”. Salmo 119.105 - “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho”. João 5.39 - “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam”.

A - Origem e escrita: Bíblia (do grego βίβλια, plural de βίβλιον, transl. bíblion, ‘rolo’ ou ‘livro’) é o texto religioso de

valor sagrado para o Cristianismo, sendo considerada pelos cristãos como divinamente inspirada , tratando-se de um documento doutrinário. Segundo a tradição, aceita pela maioria dos cristãos, a Bíblia foi escrita por 40 autores, entre 1500 e 450 a.C. (livros do Antigo Testamento) e entre 45 e 90 d.C. (livros do Novo Testamento), totalizando um período de quase 1600 anos.

B - A Canonicidade da Bíblia 1 - Definição: A palavra cânon, deriva do grego kanõn (”cana, régua”), que, por sua vez, se origina do hebraico kaneh, palavra do Antigo Testamento que significa “vara ou cana de medir” (Ez 40.3), tem sido traduzida em nossas versões em português como, “regra”, “norma” e significa, literalmente, vara ou instrumento de medir. Tem sido utilizada, de forma figurada, para identificar a regra ou critérios que comprovam a autenticidade e inspiração dos livros bíblicos - a lista dos Escritos Sagrados. Quando a Bíblia foi escrita, cada rolo foi produzido em separado. Podemos observar Jesus, na sinagoga, pedindo “o rolo do profeta Isaías” (Lc 4.17). A divisão em capítulos foi introduzida pelo professor universitário parisiense Stephen Langton, em 1227, que viria a ser eleito bispo de Cantuária pouco tempo depois. A divisão em versículos foi introduzida em 1551, pelo impressor parisiense Robert Stephanus. Ambas as divisões tinham por objetivo facilitar a consulta e as citações bíblicas, e foi aceita por todos, incluindo os judeus. 2 - Teste de Canonicidade: O agrupamento dos rolos, para a formação da Bíblia e a definição de quais os rolos eram, de fato de autoridade divina, foi um processo guiado por Deus, através dos concílios, nos quais a

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autoridade dos livros sagrados foi reconhecida. Esse processo levou algum tempo e foi feito seguindo critérios como a autoridade do autor, o conteúdo do livro, o valor profético e a confiabilidade, o reconhecimento da comunidade judaica ou cristã, entre outros. A seleção do cânon continuou até que cada livro provasse o seu valor, passando pelos testes de canonicidade. Não sabemos quais os critérios exatos, adotados pela Igreja, para identificar a canonicidade dos livros da Bíblia. Alguns princípios usados para definir a canonicidade das Sagradas Escrituras::: 1. Revela autoridade? - Veio da parte de Deus? (Esse livro veio com o autêntico “assim diz o

Senhor”?). 2. É profético? Foi escrito por um homem de Deus? 3. É autêntico? Os pais da igreja tinham a prática de “em caso de dúvida, jogue fora”? Isso acentua a validade do discernimento que tinham sobre os livros canônicos. 4. É dinâmico? - Veio acompanhado do poder divino de transformação de vidas?

5. Foi aceito, guardado, lido e usado? - Foi recebido pelo povo de Deus?

Pedro reconheceu as cartas de Paulo como Escrituras em pé de igualdade com as Escrituras do Antigo Testamento (2 Pedro 3.16). Canonicidade do Antigo e do Novo Testamento: O Novo Testamento se refere ao Antigo Testamento como Escritura (Mt 23.35; a expressão de Jesus equivaleria dizer hoje “de Gênesis a Malaquias”; cf. Mt 21.42; 22.29). Jesus também fez referência às três divisões da Bíblia Hebraica - a Lei, os Profetas e os ‘Escritos’, em Lc 24.44. Ele também faz referência em Mt 23.35 e Lc 11.51, aos mártires do AT, citando Abel (Gn 4.8) e Zacarias (2Cr 24.21), cujas mortes foram registradas, na ordem da Bíblia Hebraica, o primeiro e o último livros do Antigo Testamento. Sendo o Antigo Testamento a Bíblia Hebraica, a definição do Cânon deste foi feita pelo povo judeu. Alguns afirmam que todos os livros do cânon do Antigo Testamento foram reunidos e reconhecidos sob a liderança de Esdras (quinto século a.C.). O Sínodo de Jamnia (90 A.D.) foi uma reunião de rabinos judeus que reconheceu os livros do Antigo Testamento. A definição do cânon do Novo Testamento foi feita pela igreja. O primeiro concílio eclesiástico a reconhecer os 27 livros que o compõe foi o concílio de Cartago, em 397 D.C. ficando, assim, definido o cânon de toda a Bíblia, com os atuais 66 livros. A diferença entre a Bíblia Evangélica e a Bíblia Católica: Muitos outros livros foram produzidos em Israel e pela comunidade judaica e cristã, dos quais alguns têm valor literário e histórico, mas não foram aprovados como sendo de autoridade divina e inspirados por Deus. Alguns deles foram inseridos, posteriormente, na Bíblia - os chamados livros apócrifos. A Septuaginta (versão grega do Antigo Testamento produzida entre o terceiro e o segundo século a.C.) incluiu os apócrifos com o Antigo Testamento canônico. Jerônimo (D.C. 340 - 420 D.C.), ao traduzir a Vulgata (uma versão da Bíblia

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traduzida para o latim), distinguiu entre os livros canônicos e os eclesiásticos (que eram os livros apócrifos), e essa distinção acabou por conceder-lhe uma condição de canonicidade

secundária. Ao todo, são sete livros e alguns capítulos, que foram acrescentados à Bíblia, que hoje é utilizada pelos católicos, os quais são: 1 e 2 Macabeus, Tobias, Judite, Eclesiástico, Sabedoria de Salomão e Baruque, além de acréscimos aos livros de Ester (do capítulo 10.4 ao 16.24) e Daniel (A Canção dos Três Rapazes - Dn 3.24-90 - A história de Susana – Dn 13 - e Bel e o dragão - Dn 14), todos no Antigo Testamento. Estes livros foram inseridos, oficialmente, na Bíblia utilizada pelos católicos, no dia 8 de Abril de 1546, no

Concílio de Trento, como meio de combater a Reforma protestante, pois algumas doutrinas católicas são apresentadas neles, tais como: purgatório, oração pelos mortos, salvação pelas obras, etc. Até o ano de 1629 algumas Bíblias produzidas pelos reformadores, como a famosa “King James”, ainda traziam os livros apócrifos, sendo totalmente excluídos desde então. As igrejas evangélicas rejeitam os livros apócrifos pelas seguintes razões: a) O cânon do Antigo Testamento foi fechado até o livro de Malaquias, e os apócrifos foram escritos depois disto; b) Eles não foram aceitos pela comunidade judaica e cristã, incluindo os pais da igreja e nunca foram citados por Jesus ou pelos apóstolos; c) Contém ensino contrário à Bíblia, incluindo justificação pelas obras (Tobias 4.7-11; 12.8; Eclesiástico 3.33,34), mediação dos Santos (Tobias 12.12; II Macabeus 7.28 e 15.14), superstições (Tobias 6.5, 7-9, 19), a oração culto e missa pelos mortos (Tobias 12.44-46), ensinam atitudes anticristãs, como: vingança, crueldade e egoísmo (Judite 9.2; Eclesiástico 12.6), entre outros. Podemos afirmar que não foram as igrejas evangélicas que eliminaram estes livros da Bíblia, mas a Igreja Católica Romana que os inseriu, sendo rejeitados por todas as igrejas evangélicas, anglicana e ortodoxa grega. Conclusão: C - OS NOMES E TÍTULOS DA BÍBLIA:

Há vários nomes e títulos da Bíblia encontrados tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. A seguir uma lista dos mais bem conhecidos: Livro da Lei (Deuteronômio 31.26) - "Tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca do

pacto do Senhor vosso Deus, para que ali esteja por testemunha contra vós." A Bíblia é

A Bíblia Sagrada é o Livro dos livros; a Palavra de Deus é a nossa única regra de fé e prática. Sua leitura é fundamental para o conhecimento de Deus; fora dos seus ensinamentos não podemos conhecê-lo, nem adorá-lo de forma correta. Precisamos, portanto, amar a Bíblia, estudar o seu conteúdo e adorar o seu autor.

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descrita como um livro de leis, leis as quais não são destinadas a nos escravizar ou sufocar o nosso relacionamento com Deus, mas que se destinam a aumentar o nosso conhecimento da justiça de Deus e nos direcionar a Cristo. Evangelho (Romanos 1.16) - "Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê..." A Bíblia nos revela o Evangelho, a boa nova, sobre o Senhor Jesus Cristo. Através de Filho de Deus, os nossos pecados são perdoados e recebemos a salvação. Sagradas Escrituras (Romanos 1.2) - "que ele antes havia prometido pelos seus profetas

nas Sagradas Escrituras." A Bíblia é uma coleção de escritos sagrados que são santos e autoritários porque foram inspirados por Deus. Lei do Senhor (Salmo 19.7) - "A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do

Senhor é fiel, e dá sabedoria aos simples." As leis da Bíblia não devem ser confundidas com quaisquer outras porque são os mandamentos do Senhor, só dEle, e não ideias do homem. Palavras de Vida (Atos 7.38) - "Este é o que esteve na congregação no deserto, com o anjo

que lhe falava no monte Sinai, e com nossos pais, o qual recebeu palavras de vida para vo-las dar." A Bíblia é um livro vivo, pois cada livro, capítulo e versículo estão vivos com o conhecimento e a sabedoria de Deus. A Palavra de Cristo (Colossenses 3.16) - "A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em

toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos corações." A mensagem de Cristo é a mensagem da salvação do pecado através do Único que pode realizá-la. Escritura (2 Timóteo 3.16) - "Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça." Inspirada por Deus, a Bíblia é uma coleção de escritos como nenhuma outra. É o único livro escrito por homens movidos, ou pelo Espírito de Deus (2 Pedro 1.21). O Rolo (Salmo 40.7) - "Então disse eu: Eis aqui venho; no rolo do livro está escrito a meu

respeito." Ao profetizar sobre Jesus, a Bíblia refere-se a si mesma como um rolo, um rolo de pergaminho documentando o conhecimento de valor inestimável a ser compartilhado de geração em geração. Espada do Espírito (Efésios 6.17) - "Tomai também (...) a espada do Espírito, que é a

palavra de Deus." Assim como a espada, a Bíblia pode se defender contra qualquer ataque com a verdade de Deus. O escritor aos Hebreus diz que a Bíblia é mais cortante do que qualquer "faca de dois gumes" porque é capaz de dividir a "alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hebreus 4.12). Verdade (João 17.17) - "Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade." Já que a Bíblia é

a Palavra de Deus, então ela é a verdade. Palavra de Deus (Lucas 11.28) - "Mas ele respondeu: Antes bem-aventurados os que ouvem

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a palavra de Deus, e a observam." A Bíblia é como o porta-voz de Deus, pois através de cada livro Ele fala diretamente a nós. Palavra da Vida (Filipenses 2.16) - "(...) retendo a palavra da vida." A Bíblia nos revela a

diferença entre a vida e a morte -- a vida eterna que está diante daqueles que aceitam a Jesus Palavras do Senhor (Salmo 12.6) - "As palavras do Senhor são palavras puras, como prata

refinada numa fornalha de barro, purificada sete vezes." As palavras da Bíblia são perfeitas e sem falha porque são as palavras do Senhor, proclamadas pelos profetas e apóstolos para revelar o amor e a glória de Deus. D - ALGUNS DADOS SOBRE A BÍBLIA:

1. Tem 1.189 capítulos; 2. Tem 31.102 versículos; 3. Tem 773.693 palavras; 4. Tem 3.566.480 letras; 5. Maior capítulo: Salmo 119; 6. Maior versículo: Ester 8.9; 7. Menor capítulo: Salmo 117; 8. Menor versículo: Êxodo 20.13; 9. Menor livro: 3 João (tem 13 versículos); 10. Maior livro: Salmos (tem 150 capítulos); 11. Os Salmos 14 e 53 são iguais; 12. Tem 2.930 personagens; 13. O livro mais antigo da bíblia não é o Gênesis, mas Jó. Acredita-se que foi escrito por

Moisés, quando esteve no deserto; 14. O primeiro Salmo encontra-se em 2 Samuel 1.19 - 27, um cântico de Davi em memória

de Saul e seu filho Jônatas; 15. O versículo que se encontra no meio da Bíblia é Salmo 118.8. Antes do Salmo 118, há

594 capítulos e depois do Salmo 118, há 594 capítulos = 1.188 capítulos, exatamente o versículo do Salmo 118.8 que diz: “É melhor confiar no Senhor do que confiar no homem.”

16. O último livro da Bíblia a ser escrito foi 3 João; 17. O Salmo 18 aparece pela primeira vez em 2 Samuel 22; 18. A palavra Senhor aparece 1.855 vezes na Bíblia; 19. O segundo capítulo de Esdras e o sétimo capítulo de Neemias são semelhantes; 20. É o livro mais vendido do mundo. Estima-se que foram vendidos 11 milhões de

exemplares na versão integral, 12 milhões de Novos Testamentos e ainda 400 milhões de brochuras com extratos dos textos originais;

21. A bíblia foi escrita e reproduzida em diversos materiais, de acordo com a época e cultura das regiões, utilizando tábuas de barro, peles, papiro e até mesmo cacos de cerâmicas;

22. Os dois únicos livros da Bíblia que não se encontra a palavra Deus são: Ester e Cantares de Salomão;

“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;”

(2 Timóteo 3.16)

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ORAÇÃO: É uma adoração que inclui todas as atitudes do espírito humano em sua aproximação de Deus. O cristão presta culto a Deus quando adora, confessa, louva e O suplica em oração. Uma vida de oração é indispensável para todo o cristão. Vejamos alguns textos a respeito: 2 Crônicas 7.14 - “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”. Jeremias 33.3 - “Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes”. Atos 3.1 - “E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona (três horas da tarde)”. 1 Coríntios 14.15 - “Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento (...)”. Outros textos sobre a prática da oração no templo com os irmãos: 2 Crônicas 7.14; 15.12 e 13; Salmo 27.4; Jeremias 18.2; 33.3; Mateus 17.21; 18.19 e 20; 21.14; Lucas 2.46; 24.49; João 10.22 e 23; Atos 2.42; 3.1; 2; Colossenses 3.16; Hebreus 10.25; APRENDENDO A OUVIR A DEUS:

“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” (Apocalipse 2.29)

Quando não sabemos o que fazer, temos que saber o que não fazer!

O que Deus nunca diria para alguém?

Se separe, pois, teu marido não é crente! (1 Coríntios 7.14)

Espere, ainda não é hora de aceitar a Jesus! (2 Coríntios 6.2)

Não faça nada na igreja, o teu lugar é ficar no banco! (João 15.16)

Não entregue o dízimo, você está cheio de contas! (Malaquias 3.8-10)

Uma “mentirinha” não faz mal, assim você resolve o problema e não se incomoda!

(João 8.44)

“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.”

(2 Pedro 1.21)

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Falsifique o teu recibo de salário, porque aí dá certo! (Efésios 4.25)

Faça um “gato”, assim não precisa pagar a luz! (Êxodo 20.15)

Compre pela “fé” mesmo que não tenha como pagar! (Habacuque 2.6)

Não se esforçe, Eu faço tudo para você, somente “descanse”! (Josué 1.9)

Não perdoe, você ainda não está preparado prá isso! (Mateus 6.14 e 15)

Não converse com ela. Você vai “amolecer”? (Mateus 5.23 e 24)

Quando ele te acusar, acuse-o também! (Apocalipse 12.10)

Não importa o lugar que você está, o que importa é servir a Deus! (2 Reis 5.14)

Se você me servir, cuidado porque o diabo vai destruir a tua vida! (Salmo 91.10)

Não obedeça mais ninguém, somente a mim! (Efésios 6.5)

Você não precisa de mais ninguém, além de mim! (Gênesis 2.18)

Se você não agüenta mais, largue o arado! (Lucas 9.62)

Não posso fazer nada por você! (Isaías 41.13)

Você não precisa ir à igreja, sirva-me em casa! (Hebreus 10.25)

Qualquer coisa que seja contrário aos princípios da Palavra do próprio Deus!

“Andareis em todo o caminho que vos manda o Senhor vosso Deus, para que

vivais e bem vos suceda, E prolongueis os dias na terra que haveis de possuir.”

(Deuteronômio 5.33)

Deus falando através da Bíblia!

Toda vez que lermos a bíblia Deus irá falar conosco, mas não quer dizer que nos dará a resposta que estamos esperando, porém nos ensinará e nos orientará.

Ouvindo a voz de Deus!

Para isso é necessário tempo para conversar com Deus e entender quando Ele está

falando, deixando tempo para ouvi-lo. Esse discernimento da voz de Deus ou não só

virá à medida que buscarmos mais a Deus. Quanto mais ouvimos alguém, mais vamos

acostumando com a sua voz até identificar a pessoa, apenas ouvindo sua voz e não a

enxergando.

Deus falando por sonhos e visões!

“E disse: Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o Senhor, em

visão a ele me farei conhecer, ou em sonhos falarei com ele.” (Números 12.6)

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Alguns exemplos bíblicos de sonhos:

Abimeleque (Gn 20.3);

Jacó (Gn 28.12);

José (Gn 37.5);

Faraó (Gn 41.1);

Salomão (I Rs 3.5);

Nabucodonosor (Dn 2.26 e 4.18);

José, marido de Maria (Mt 1.20; 2.12, 13, 19 e 22);

Alguns exemplos bíblicos de visões:

Zacarias (Lc 1.22);

Ananias (At 9.10);

Cornélio (At 10.3);

Pedro (At 10.17);

Paulo (At 16.9 e 18.9);

CUIDADOS:

Devemos cuidar para quem contamos os sonhos e visões:

Exemplo: o caso dos sonhos de José (Gn 37.5-11);

Contar no tempo certo:

Exemplo: A transfiguração de Jesus (Mt 17.9); Sonhos e visões que não são revelações de Deus:

Deuteronômio 13.1-5 (Falso profeta – sonhador de sonhos)

“Eis que eu sou contra os que profetizam sonhos mentirosos, diz o Senhor, e os

contam, e fazem errar o meu povo com as suas mentiras e com as suas leviandades;

pois eu não os enviei, nem lhes dei ordem; e não trouxeram proveito algum a este

povo, diz o Senhor.” (Jeremias 23.32)

Alguns sinais dos sonhos e visões provenientes de Deus:

Tem interpretação;

O significado concorda com a Palavra de Deus;

Tem coerência;

Não provoca medo;

Não trás confusão (1 Coríntios 14.33);

Trás paz (1 Coríntios 14.33);

Não deixa dúvidas (Mateus 5.37);

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Quando Deus fica em silêncio ou não responde:

O caso de Saul:

“E perguntou Saul ao Senhor, porém o Senhor não lhe respondeu, nem por sonhos, nem

por Urim, nem por profetas. Então disse Saul aos seus criados: Buscai-me uma mulher que

tenha o espírito de feiticeira, para que vá a ela, e consulte por ela. E os seus criados lhe

disseram: Eis que em En-Dor há uma mulher que tem o espírito de adivinhar.” (1Samuel 28.6

e 7)

O caso da mulher Cananéia:

“E eis que uma mulher cananéia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor,

Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada.

Mas ele não lhe respondeu palavra (Mateus 15.22 e 23).

O caso de pecados não abandonados: “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.” (Isaías 59.1 e 2)

JEJUM:

O que é jejum? “Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum”. (Mateus 17.21) “E disse-lhes: Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum”. (Marcos 9.29)

Tradução da palavra “casta”: espécie, classe, categoria; tipo, qualidade, gênero. Significado: é importante desde já definir o que seja jejum, visto que no entendimento quanto ao significado da palavra é que descobriremos o ensino Bíblico a respeito:

O Dicionário do Aurélio: Abstinência total ou parcial de alimentação em certos dias, por penitência (“contrição”) ou por ordem médica. Levítico 16.29 afirma o seguinte: Esta expressão “afligireis as vossas almas” se refere à abstinência de comida, à humilhação e à lamentação pelos pecados, que era o conteúdo básico do jejum. O Dicionário Bíblico John Davis define jejum como “abstinência de alimentação”.

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Dentro da bibliografia sugerida ao final do presente trabalho, praticamente todos os autores mencionados apresentam o jejum como sendo a abstinência de alimento, voluntária ou involuntariamente, com fins espirituais ou médicos. Neste caso, podemos definir jejum bíblico

como: A INSTITUIÇÃO DO JEJUM: A primeira vez que aparece a prática do Jejum nas Escrituras é em Levítico 16.29. Nesse texto a expressão “afligireis a vossa alma” é perfeitamente entendida pela maioria dos estudiosos como sendo sinônima de Jejum, principalmente quando o texto é lido em paralelo com Jeremias 36 em que o Dia da Expiação é chamado de Dia do Jejum. “No Judaísmo o Dia da Expiação é o único dia de jejum estipulado pela Lei (Levítico 16.29-31; 23.26-32; Números 29.7-11). No entanto, o Antigo Testamento também se refere a muitos jejuns públicos especiais e particulares, em geral ligados com a oração, como sinal de luto (1 Samuel 31.13; 2 Samuel1.12), de arrependimento (II Samuel 12.15-23; 1 Reis 21.27-29; Neemias 9.1-2; Joel 2.12-13) ou para demonstrar preocupação séria diante de Deus (II Co.20.1-4; Salmo 35.13; 69.10; 109.24; Dan.9.3). Assim, em princípio, o jejum era observado uma vez por ano pelos judeus. Com o passar do tempo a prática do jejum passou a ser mais constante conforme veremos. A evolução do jejum: Quanto mais estudamos a Palavra de Deus a respeito desse assunto descobrimos que da prática do jejum anual o povo foi evoluindo para o jejum voluntário. Nisso incluímos os grandes servos de Deus do passado. Os fariseus que jejuavam duas vezes por semana

(Lucas 5.33; 18.12) Verificamos nas Escrituras a prática de jejum fora do Dia da Expiação conforme Deuteronômio 9.18; Neemias 9.1-2; Juízes 2.12; 1 Samuel 9.6; Esdras 8.21-23; Daniel 9.3; Lucas 4.2; Atos 13.1-3. Note-se que Jesus jejuou - ficou sem comer por 40 dias por motivos espirituais (Mateus 4.2; Lucas 4.2). Portanto, descobrimos que os cristãos jejuavam constantemente, sem observarem rigidamente datas. A base bíblica? Jesus aprovou o jejum - Lucas 5. 33-35. Ao ser questionado sobre o fato de seus discípulos não jejuarem, Jesus em momento algum condena o jejum. Pelo contrário, afirma que chegará o dia em que eles jejuarão. E Jesus usa a figura do Noivo. Enquanto o

“É a prática, constante ou ocasional, de abster-se de algo essencial ou de

muito valor para si, com fins espirituais como: humilhar-se diante de Deus, quebrantar-se por pecados, demonstrar dependência de Deus ou, em momento de crise, orar, buscando o favor divino’.

(Salmo 109.24; Mateus 9.14; Marcos 2.18; Lucas 5.33: Mateus 4.1e 2; Lucas 4.1 e 2)

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noivo está presente há alegria e há festa (comer e beber), mas quando lhe for tirado o Noivo, jejuarão (humilhação, tristeza, quebrantamento, etc.). Jesus ratificou o jejum voluntário e sincero (Mateus 6.16-18 e 9.15) TIPOS DE JEJUNS: Jejum Típico - abster-se de alimento sólido por um tempo determinado. Na Bíblia esse tipo de jejum não implicava abstinência de líquidos (Mateus 4.2; Lucas 4.2). Jejum Total - abster-se de alimento sólido e de líquidos. Esse tipo é rigoroso e pode

inclusive representar perigo, pois o organismo humano não pode ficar longo período sem a ingestão de líquidos (Atos 9.9). Jejum Parcial - é caracterizado pelo que se come e pela freqüência com que se come. Significa abster-se de certos alimentos (Daniel 1.12). Observação: durante o período de jejum deveria haver também abstinência de relações sexuais entre marido e mulher (Êxodo 19.15; 1 Coríntios 7.5). A DURAÇÃO DO JEJUM:

Em geral o jejum bíblico durava um dia, ou seja, segundo a contagem judaica, de pôr-do-sol a

pôr-do-sol (Juízes 20.26; 1 Samuel 14.24; 2 Samuel 1.12) ou mais de um dia, como no caso de Ester, que durou três dias (Ester 4.6), ou nos casos de Moisés, Elias e Jesus que jejuaram quarenta dias. ALGUNS OBJETIVOS DO JEJUM: Segundo o ensino bíblico, podemos jejuar por vários motivos: 1 - Épocas de grande crise ou necessidade geral (Ester 3.13; 4.16; 2 Crônicas 20.3; Esdras 8.21; Joel 1.14) 2 - Por necessidades individuais (Daniel 10.12; Mateus 17.21).

Não há um limite que nos diga sobre motivos pelos quais não devemos jejuar, desde que tais motivos sejam coerentes e de acordo com a vontade de Deus, em conformidade com seus ensinos e princípios registrados nas Sagradas Escrituras. 3 - Em períodos de grande aflição (Juízes 20.26; 1 Samuel 7.6; 2 Samuel 3.35; Salmo 35.1-3; 2 Samuel 12.21). 4 - Ante a iminência de decisões importantes - (Mateus 4.2)

Esse jejum fez parte da preparação de Jesus para o início prático de seu ministério. Em Atos 13.2 temos a escolha de Barnabé e Saulo para um trabalho especial, escolha esta precedida pela oração e pelo jejum. 5 - Para obter autoridade contra o poder das trevas - (Mateus 17.21)

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Nesse texto temos um caso interessante, de uma pessoa possessa de uma força poderosa e maligna. O pai desse jovem está desesperado sem saber o que fazer e procurou os discípulos do Senhor Jesus, porém eles nada puderam fazer, não tinham poder e nem autoridade espiritual para operar a libertação do rapaz. Jesus os chamou primeiro de geração incrédula, exortou-os na questão da fé, nada será impossível para aquele que tem fé. A seguir há uma orientação para quem deseja ter autoridade e poder sobre castas demoníacas. Jejum e

oração, nos capacitam com poder e autoridade para guerrear e vencer a força de Satanás e libertar os escravizados e oprimidos pelo inimigo. 6 - Para confissão de pecados (Jonas 3.5)

Os ninivitas creram em Deus; e proclamaram um jejum, e vestiram-se de panos de saco demonstrando estarem arrependidos dos seus pecados. O temor de Deus se aproximou tanto dessa cidade, que por ordem do rei, até os animais fizeram jejum. Em conseqüência do jejum, a maldade e a violência cessaram na cidade e na nação. 7 - Buscar estratégias para um trabalho de restauração de Jerusalém (Neemias 1.1- 4)

Neemias recebeu informações que causaram uma revolução tão grande em suas emoções e vida espiritual a ponto de levá-lo imediatamente a oração e jejum diante de Deus. Os judeus que escaparam e não foram para o exílio estão em grande miséria e desprezo, os muros de Jerusalém estão derrubados e as suas portas queimadas. Como se não bastasse a angústia em seus corações causada pela invasão dos inimigos à cidade, alguns tinham sido levados cativos e outros ficaram desolados, desamparados, miseráveis, sem ter o que comer e beber. Aquela cidade, antes tão bela, orgulho daquela nação, agora estava arruinada, completamente destruída, gerando um povo sem pátria, inseguros, sem destinos, peregrinos. Neemias reage e pane para a ofensiva com as armas mais sofisticadas e potentes que um servo de Deus pode ter que é oração e jejum, e como conseqüência do desempenho desse ministério em sua vida, ele foi maravilhosamente levantado por Deus para fazer a restauração de Jerusalém. Podemos jejuar para a restauração de muitas coisas em nossas vidas, na vida de outras pessoas, numa igreja, numa cidade, num país, etc. O jejum não aceito por Deus: Isaías 58.

Para entender corretamente Isaías 58, não podemos tomar qualquer verso em particular fora do contexto geral mais amplo, pois corremos o perigo de distorcer a verdade bíblica. Jesus ensina que o jejum deve ser feito de coração e não para ostentação (Mateus 6.6-18), da mesma forma em Isaías 58 Deus repreende aqueles que se preocupavam com a religiosidade de aparências e de preceitos legais, mas cujos corações eram duros como rocha. Veja, por exemplo, que o verso 4 nos indica claramente quais as motivações daqueles que jejuavam: “para contendas e rixas, para ferirdes com punho iníquo”. E a própria palavra seguinte mostra que suas orações não seriam ouvidas devido a esses motivos errôneos. O jejum deve ser aliado à oração e a uma vida que busca a Deus. De preferência ao jejuar, o tempo dedicado ao jejum deveria ser separado só para buscar a Deus, sem outras atividades, muito embora nem sempre fosse assim. JEJUM - UMA ARMA PODEROSA:

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Estamos vivendo dias de batalhas e conflitos espirituais e ao analisarmos a palavra do Senhor verificamos que há uma arma eficaz e ao mesmo tempo desconhecida pelo povo de Deus. Vamos avaliar e aprender com alguns textos e usar essa arma poderosíssima contra o poder das trevas. 2 Coríntios 10.4 - “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas.” Efésios 6.12 - “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Mateus 17.21- “Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum.” CUIDADOS E RECOMENDAÇÕES QUANTO AO JEJUM: Para jejuar é fundamental que se tenha alguns cuidados, como os que alistamos abaixo:

Ter um objetivo definido e confirmado pelo Senhor Jesus Cristo. O propósito do jejum

precisa ser definido de acordo com a vontade de Deus.

O jejum deve ser acompanhado por um período de oração e meditação na Palavra

de Deus. Quanto mais orar e estuda a Bíblia é melhor. Para aqueles que jejuam no período do serviço secular recomendamos que orem e leiam a Bíblia antes e depois do expediente e não durante o trabalho. O propósito do jejum é a edificação espiritual e não criar problemas no trabalho. É preciso ser coerente e ter bom senso. Jesus disse que somos o sal da terra e o sal simboliza equilíbrio, portanto, a prudência é uma ótima companheira.

Para um jejum prolongado é necessário uma preparação física, mental e espiritual,

por isso recomendamos que o período de jejum seja algo gradativo começando com períodos curtos e à medida que o organismo for se acostumando então, passa-se fazer um jejum mais longo.

O tipo de jejum e o período de jejum deve ser definido de acordo com a capacidade física, psicologia e espiritual de cada um nunca contrariando uma orientação médica, inclusive é importante que seja avaliada sua condição de saúde através de exames médicos e havendo a liberação do seu médico, então você poderá estabelecer seu propósito de jejuar.

Se você faz tratamento médico e precisa tomar remédios, não tenha dúvidas, continue tomando seus remédios normalmente, mesmo durante o período de jejum espiritual. Jamais abandone um tratamento médico ou deixe de tomar os remédios, a menos que, o seu médico confirme a liberação do tratamento e do uso de medicamentos, e é óbvio que seu médico só fará isso se você já estiver curado, o que será comprovado pelos exames necessários.

Mantenha a sua higiene (escovando os dentes, lavando o rosto, tomando banho, etc.).

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Esteja atento à voz do Senhor, e prepara-te porque Ele falará ao teu coração.

Estabeleça alvos definidos de oração com o Senhor, escreva-os e ore a respeito deles.

É muito importante tomar algumas precauções para sair do jejum.

O estômago, diminui acentuadamente ficando parecido com estômago de criança, por essa razão você não pode, em hipótese alguma, comer em excesso na quebra do jejum. Saia do jejum gradativamente, da mesma forma que entrou, com duas ou três xícaras de sopa. Não coma nenhuma refeição pesada, como por exemplo: feijoada, churrasco, peixada, carne assada, mocotó, etc. Se você fizer isso, corre o risco de ter uma congestão.

2) SER DIZIMISTA FIEL:

É inadmissível um verdadeiro cristão não ser dizimista, excetuando-se aqueles que não tem nenhuma renda financeira. O Senhor nos diz que aquele que não entrega o dízimo é ladrão, pois está roubando a Deus e sofrerá conseqüências conforme o texto descrito abaixo! “Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos.” (Malaquias 3.8-10) Responda você mesmo: Aquele que não é fiel para com Deus, será fiel para com os homens? Algumas pessoas alegam que o dízimo é algo do Antigo Testamento. Esse argumento demonstra uma grande falta de conhecimento bíblico, pois a Palavra de Deus registra no Novo Testamento seis textos apoiando a prática do dízimo, que são:

1) Mateus 23.23; 2) Lucas 11.42; 3) Lucas 18.12; 4) Hebreus 7.2; 5) Hebreus 7.5; 6) Hebreus 7.9

Vejamos o contraste da fé de uma pessoa que usa tal argumento: o “crente” acredita nas promessas de bênçãos que estão registradas no Antigo Testamento, chegando ao ponto de “cobrá-las” de Deus, demonstrando muita arrogância, como por exemplo: ele “exige” que Deus o abençoe de acordo com as promessas do Salmo 91, sabe o Salmo 23 palavra por palavra, é capaz de fazer um ótimo discurso usando o texto de Deuterônomio 28 aonde estão registradas algumas promessas maravilhosas de Deus, mas quando se depara com textos que exortam à obediência, o mesmo crente não aceita. Quanta hipocrisia! Que espécie de “fé”

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É esta que leva o “crente” a obedecer a Deus como lhe convém? Alguns textos bíblicos sobre o dízimo: Gênesis 14.20 - Abraão deu o dízimo de tudo;

Gênesis 28.22 - Jacó deus o dízimo de tudo;

Levítico 27.30 - Os dízimos são santos ao Senhor;

Levítico 27.32 - O dízimo é santo ao Senhor;

Deuterônomio 12.5 e 6 - Trazer os dízimos ao Senhor;

Deuterônomio 12.17 e 18 - Não gastar o dinheiro do dízimo;

II Crônicas 31.6 e 12 - O povo trazendo os dízimos;

Ageu 1.6 - Aquele que não é dizimista recebe o salário num saco furado;

3) BOM TESTEMUNHO: Todas as pessoas cometem falhas, muitas vezes pela falta de experiência ou por imaturidade e até mesmo pela falta de conhecimento, falhas estas que até certo ponto são toleráveis. Errar é humano, mas permanecer no erro é tolice. Ás vezes, de maneira voluntária ou inconsciente nós falhamos, porém, quando falamos de bom testemunho estamos falando de “caráter”, ou seja, uma conduta deliberada que define o nosso comportamento. Não somos perfeitos, mas temos a obrigação de ter um bom caráter de maneira que as pessoas olhem para nós e não tenham do que nos acusar. Vejamos alguns textos bíblicos sobre o assunto:

“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.” (Mateus 5.14)

“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.”

(Mateus 5.16)

“Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.”

(Mateus 5.13)

“Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas,

nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.”

(1 Coríntios 6.9)

“Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será

no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.” (Apocalipse 21.8)

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“Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.”

(Apocalipse 22.15)

A Palavra de Deus nos exorta a sermos perfeitos

Mateus 5.48 - “Sede vós, pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.”

Tiago 1.4 - “Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma.” A palavra “perfeito” na tradução original do grego, corresponde à palavra “teleios” que significa “maturidade cristã”, referindo-se ao relacionamento correto do homem para com Deus, portanto, todos nós somos passíveis de falhas, mas devemos alcançar a “perfeição”, abandonando os pecados voluntários e conscientes, já que os mesmos acontecem por nossa livre escolha, ou seja, temos a opção de não cometermos tais pecados, mas decidimos “ir em frente”. Portanto, temos a obrigação, como cristãos, manter sempre um bom testemunho, honrando a Deus e não envergonhando a igreja e a comunidade (Outros textos sobre bom testemunho: 1 Pedro 2.12; Tito 1.16; 1 Timóteo 3.7; Romanos 6; Efésios 4.17-32 e Hebreus 10.26-31) 4) SUBMISSÃO ÀS AUTORIDADES:

A Palavra de Deus nos faz uma série advertência quanto à desobediência às autoridades: “Toda a alma esteja sujeita às autoridades; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal. Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência. Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo. Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.” (Romanos 13.1-7) Quando não devemos obedecer às autoridades? Quando a ordem que nos foi dada compromete o nosso testemunho e a nossa salvação. Como já vimos nos textos bíblicos de 1 Coríntios 6.9; Apocalipse 21.8 e Apocalipse 22.15, os que praticam os pecados registrados nestes versículos não entrarão no Reino de Deus, portanto, se recebo uma ordem para praticá-los estou indo contra os mandamentos de Deus o que poderá me fazer perder a salvação, caso não me arrependa e mude minhas atitudes. Exemplos bíblicos:

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Daniel desobedeceu a ordem de Dario, rei dos caldeus e continuou a buscar a Deus, por isso, foi colocado na cova dos leões, porém, o Senhor o livrou (Daniel 6).

Sadraque, Mesaque e Abednego desobedeceram à Nabucodonosor, rei da Babilônia,e

não se prostraram diante da estátua de ouro, foram atirados na fornalha, mas o Senhor os livrou (Daniel 3).

Pedro e os apóstolos desobedeceram às ordens do conselho de sacerdotes judeus e

continuaram a ensinar sobre Jesus. Apesar dos sacerdotes ficarem furiosos, Deus levantou no conselho um certo fariseu, chamado Gamaliel, doutor da lei para livrar a Pedro e os apóstolos (Atos 5.21 - 40). O próprio apóstolo Pedro nos exorta a obedecer às autoridades (1 Pedro 2.11-19).

Outros textos sobre obediência às autoridades:

“Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo.”

(Efésios 6.5)

“Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor.” (Colossenses 3.20)

“Vós, servos, obedecei em tudo a vossos senhores segundo a carne,

não servindo só na aparência, como para agradar aos homens, mas em simplicidade de coração, temendo a Deus.”

(Colossenses 3.22)

“Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo,

porque isso não vos seria útil.” (Hebreus 13.17)

A DIFERENÇA ENTRE AUTORIDADE HIERÁRQUICA E AUTORIDADE ESPIRITUAL: Infelizmente muitos crentes fazem uma verdadeira “salada” ao usarem a Bíblia incorretamente para tomarem “atitudes autoritárias” e não compreendem essa diferença de autoridade, criando muitos problemas na igreja, na família e até no ambiente profissional. Vejamos, então, a diferença: Autoridade hierárquica: é a autoridade proveniente de um cargo, de uma função ou de uma posição e esta cadeia de autoridade não deve ser quebrada. Alguns exemplos:

O pai tem autoridade sobre o filho;

O marido tem autoridade sobre a esposa;

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O patrão tem autoridade sobre o empregado;

O professor tem autoridade sobre o aluno;

O líder tem autoridade sobre os seus liderados; O filho não tem autoridade sobre os pais, salvo se os pais já não têm mais domínio próprio e um raciocínio lógico e estão sobre os cuidados dos filhos. O empregado não tem autoridade sobre o patrão mesmo que o empregado seja crente e o patrão seja um ateu. Alguns textos sobre autoridade hierárquica: 1 Sm 15.22; Rm 10.16; 13.1-17; Ef 6.1 e 5; Cl 3.20 e 22; Hb 13.17; 1 Pd 3.6. Isto quer dizer que não pelo fato da esposa ser mais espiritual que o marido que Deus lhe deu autoridade sobre ele. Autoridade espiritual: é usada contra demônios e não contra pessoas (Mc 16.17; Lc 10.19; Ef 6.10-17). Deus nos dá poder sobre os demônios. Devemos expulsar os demônios e não as pessoas. Muitos crentes chamam os que não são evangélicos de demônios. A Bíblia nos mostra que eles não são demônios e sim criaturas de Deus (Mc 16.15). Se o cristão quer ser ouvido e respeitado tem que aprender a respeitar as pessoas independente de sua religião ou crença. ACEITANDO A EXORTAÇÃO: Definição de exortação: admoestação, correção, conselho. Como bons trabalhadores na obra do Senhor, devemos sempre estar sujeitos à correção, aceitando-a com respeito e humildade. O próprio Deus nos corrige, demonstrando o seu amor para conosco (Apocalipse 3.19) e nos ensina a aceitarmos a correção, pois, produz bons frutos (Hebreus 12.5-11). Muitos líderes ao exortarem, mesmo estando na unção do Espírito Santo, são acusados de falarem carnalmente ou de usarem o púlpito com “dureza”, então, o que diríamos da atitude de Jesus ao expulsar os cambistas do templo? O que diríamos de João Batista, quando o mesmo disse aos fariseus e saduceus: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?” (Mateus 3.7) E se ouvíssemos Paulo falar: “A sua garganta é um sepulcro aberto: com as suas línguas tratam enganosamente, peçonha de áspides está debaixo de seus lábios!” (Romanos 3.13). Muitos falariam o que os próprios discípulos falaram de Jesus: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (João 6.60). Quando os nossos líderes, pregadores e profetas dizem que vamos prosperar, que a nossa vida vai ser abençoada e vamos realizar os nossos sonhos, então aplaudimos e o consideramos um homem espiritual, mas quando são usados por Deus para nos exortar o nosso conceito muda rapidamente, taxando-os de homens carnais. A bíblia nos diz que a responsabilidade do pregador é avisar o pecador dos seus pecados (Ezequiel 33.1-9). O que você diria se Jesus estivesse no púlpito da igreja e pregasse que “aquele que mente é filho do diabo” (João 8.44). Precisamos tomar cuidado para não nos precipitarmos em nossos julgamentos e não aceitar a Palavra de Deus por conveniência, rejeitando aquilo que não nos agrada, mesmo que venha da parte de Deus. 5) CAMINHAR NA MESMA VISÃO DE TRABALHO DA LIDERANÇA:

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A própria Palavra de Deus nos revela que não é possível duas pessoas andarem juntas, se não estiverem de acordo (Amós 3.3, e também nos alerta sobre as conseqüências dessa contrariedade: Atos 14.1-4; 23.7.

6) COMPARECER ÀS CONVOCAÇÕES DA LIDERANÇA:

Uma das coisas essências para caminharmos na mesma visão é comparecermos às reuniões e programações convocadas pela liderança. É óbvio que nem sempre é possível estar em todas as reuniões e programações, porém, a nossa ausência deve ser uma exceção provocada por motivos justos e coerentes.

B) ÉTICA MINISTERIAL 1) FAZER A OBRA DO SENHOR COM EXCELÊNCIA:

Devemos fazer o melhor para Deus, pois Ele merece toda nossa dedicação. Quando nos envolvemos com atividades sociais, passeios, jogos e etc. há um esforço surpreendente, mas, quando o assunto é fazer a obra do Senhor, deixamos muito a desejar. Por quê? Quando compramos algo para nós queremos o melhor, o mais bonito, o mais adequado, mas quando compramos algo para a igreja, muitas vezes, adquiri-se o pior, o mais barato, até o usado, velho e sujo. Por quê? Dificilmente nos atrasamos para pegar um avião, um ônibus, para a faculdade, passeio, consulta médica, mas quando vamos à igreja, muitas vezes não se faz o menor esforço para chegar no horário. Parece até que muitos não têm o prazer e a alegria que Davi tinha quando ia à casa do Senhor, pois ele disse: “Alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do Senhor” (Salmo 122.1).

2) FALAR SEMPRE A VERDADE:

Uma igreja que não prega a verdade não é uma igreja liberta e segundo Jesus, o mentiroso é filho do diabo, portanto, é imprescindível que o cristão não deixe de agir com sinceridade e transparência, falando sempre a verdade (Jo 8.32 e 44; Is 9.16; Ez 13.10; Ef 5.6; Cl 2.4). Muitos procuram transferir a responsabilidade para Deus, dizendo que na hora certa o Espírito

“Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer.”

(1 Coríntios 1.10)

“Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente.” (Jeremias 48.10)

“E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração,

como ao Senhor, e não aos homens.” (Colossenses 3.23)

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Santo falará com fulano, mas nós temos a obrigação de avisar o pecador sobre o seu erro. O trabalho de convencer o pecador é do Espírito Santo, mas o de pregar é nosso (Ez 33.1-9; Mt 12.41; 28.19 e 20; Mc 16.15; Jo 16.7-11; Ef 4.24 e 25). 3) APRENDER A LIDAR COM PROBLEMAS ALHEIOS: É certo que devemos ajudar uns aos outros, mas até que ponto? Até onde podemos nos envolver ou temos o “direito” de nos envolver nos problemas dos outros? A nossa responsabilidade como cristãos é aconselhar e interceder e na medida do possível ajudar as pessoas a resolverem os seus problemas, tendo, porém o cuidado de não se envolver demasiadamente na situação e de não se envolver aonde não foi chamado. Não é porque somos cristãos que temos o direito de se meter na vida dos outros e ditar ordens nas suas decisões pessoais, sem sermos chamados para fazer um aconselhamento. O correto é ensinar a pescar e não pescar por elas. A Palavra de Deus nos recomenda a não se envolver em questões alheias, pois podemos nos “embaraçar” com negócios que não nos dizem respeito e que não somos nós que temos que resolvê-los (Pv 26.17; 2 Tm 2.4). O próprio Senhor Jesus evitou se envolver numa questão de herança familiar (Lc 12.14), nos dando um exemplo de prudência e nos ensinando a estabelecer limites dentro do nosso trabalho ministerial. A Bíblia ainda nos mostra um exemplo de estultícia que foi o caso de Josias que se envolveu numa guerra que não lhe dizia respeito, o que ocasionou a sua morte (2 Cr 34.28; 15.20-24, ler também o alerta do apóstolo Pedro em 1 Pd 4.15). 4) PACIFICAR: Precisamos aprender a pacificar uma “situação” e nunca colocar “mais lenha na fogueira” (Mt 5.9; Tg 3). O livro de Gálatas nos revela que a mansidão é fruto do Espírito Santo e que a ira (ódio; raiva) é obra da carne (Gl 5.20 e 22). O apóstolo Paulo nos diz que podemos até ficar irados (indignados; revoltados), porém não devemos pecar (Ef 4.26). Observamos nas Sagradas Escrituras que o próprio Jesus ficou irado (revoltado) quando, por duas vezes, expulsou os cambistas do templo, mas Jesus não pecou e sim “colocou a casa em ordem”. Vamos examinar o que aconteceu com Pedro quando vieram prender a Jesus: ele irou-se tanto que pegou a sua espada e cortou a orelha do servo do sumo sacerdote, chamado Malco e Jesus o repreendeu por tal atitude, ordenando que Pedro guardasse a espada. Ainda bem que Jesus estava ali para consertar a situação (Jo 18.10 e 11). Sabemos que o apóstolo Pedro deixou o Espírito Santo mudar a sua maneira de agir, e podemos conferir essa mudança no caráter de Pedro, quando ele mesmo exorta os cristãos a darem um bom testemunho perante os gentios e servirem de bom exemplo ao rebanho (1 Pd 2.12; 5.2 e 3). Em Provérbios 19.19 está escrito: “O homem de ira incontrolável sofrerá sérias conseqüências.” Lembre-se: “Não se apaga fogo com gasolina!” 5) JAMAIS COLOCAR MEDO NAS PESSOAS: A Palavra de Deus nos mostra que o medo vem do diabo (2 Tm 1.7), portanto, toda palavra que produz medo deve ser rejeitada porque não provém de Deus. Vejamos alguns textos bíblicos que nos exortam a confiarmos na segurança divina:

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Lucas 10.19 - “Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum.” Salmo 91.10 - “Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda.” Tiago 4.7 - “Sujeitai-vos, pois a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” 1 João 5.18 - “(...) e o maligno não lhe toca.” Imaginemos um deus que faça a seguinte proposta: Você vai trabalhar na minha obra, no ministério, na igreja me servindo e eu vou permitir que o teu casamento seja destruído, ou que o diabo acabe com a tua família. Você vai se batizar, então vou deixá-lo na miséria, desempregado e atormentado pelo inimigo, pois eu não tenho condições de evitar isso. Esse não é o Deus da Bíblia, porque o nosso Senhor é Onipotente, Onipresente, Onisciente e o Todo-Poderoso capaz de nos livrar de todo o mal. Algumas pessoas usam as seguintes desculpas para justificar os seus sofrimentos: 1ª) Temos que pagar o preço: Para quem ainda não sabe, o preço já foi pago por Jesus na cruz do Calvário (1 Pd 1.18 e 19) e a vida que Ele nos promete, não é uma vida de desgraça, mas de abundância, prosperidade, paz e alegria (Jo 10.10; 14.27; 16.20-24; Dt 28.1-14; Sl 34.7; 45.7; Fp 4.19). 2ª) Devemos levar a nossa cruz: Não é correto interpretar essa expressão como sofrimentos, lutas, problemas, etc. O próprio Senhor Jesus explica que a “cruz” refere-se à “renúncia do eu”, ou seja, dizendo não aos prazeres e desejos pecaminosos e muitas vezes à nossa própria vontade (Mt 16.24). 3º) Aquele que não tem luta nenhuma é porque está com o inimigo: Se isto fosse verdade não haveria o período de bonança, quando Jesus acalma a tempestade (Mc 4.39) e o que diríamos do reinado de Salomão que governou durante quarenta anos o povo de Israel num período de grande paz e prosperidade (1 Rs 11.42) e como ficam a promessas de bênçãos do nosso Deus, elas são fictícias ou reais? Uma vida de sofrimentos, desgraças, derrotas e tristezas é sinal da presença de Deus ou da presença do diabo? Jesus veio para nos dar uma vida com abundância e quando a luta vem o Senhor nos socorre e nos dá a vitória nos trazendo a bonança (Jr 29.11; Jo 10.10). 4º) Se vamos receber uma grande bênção é porque teremos uma grande luta: Se nós tivéssemos que sofrer cada vez que recebêssemos uma bênção, então seria melhor morrer. Se nós tivermos que pagar a bênção com dores, então Deus precisa nos dar uma tabela de sofrimentos para que calculemos qual a luta que temos que passar para receber um milagre, por exemplo. Se pudéssemos pagar as bênçãos, o que adiantaria o sacrifício de Jesus na cruz do Calvário? Ele morreu em vão? Na verdade, a expressão acima não passa de uma grande heresia, pois a Bíblia diz: “A bênção do Senhor é que enriquece, e Ele não acrescenta dores” (Pv 10.22). Apesar dessa explicação, se você não deseja a bênção e ama a maldição, “boa sorte”!

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5ª) Estamos sujeitos a todas as coisas como todas as pessoas: Falar dessa maneira é o mesmo que comparar o nosso Deus com qualquer outro deus o que é uma afronta o Senhor. Jesus promete estar conosco todos os dias (Mt 28.20) e o anjo do Senhor acampa-se ao redor daqueles que o temem, e os livra (Sl 34.7). O Salmo 91, entre muitas outras passagens bíblicas demonstra que o cristão tem uma vida completamente diferenciada daqueles que não receberam a Jesus como seu Senhor e Salvador. Estamos sim, sujeitos às coisas que Deus permite que aconteçam em nossas vidas, mas não estamos sujeitos à vontade e aos planos do inimigo. Se estamos nas mãos de Deus, é Ele quem está no controle das nossas vidas e não o diabo (Mt 10.30; Rm 8.28). O apóstolo Paulo nos ensina que não devemos nos conformar com este mundo, mas transformá-lo pela renovação do nosso entendimento, para que experimentemos qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus para nossas vidas (Rm 12.2). Observações: É óbvio que muitas vezes o próprio Deus está nos provando, mas temos que discernir entre provação e conseqüência de pecados, pois enquanto não nos corrigirmos, não sairemos da “luta”, então vejamos: Provação - é um período em que Deus trabalha conosco de uma maneira especial para testar nossa fé e obediência e provocar em nós uma mudança de vida de acordo com a vontade Dele. É um pai corrigindo o seu filho para o seu próprio bem. Deus sempre garante a vitória. A provação não nos envergonha diante dos homens, mas demonstra o poder de Deus em nossas vidas através de seus milagres e de sua providência. O objetivo da provação divina é a edificação espiritual do crente e demonstrar as maravilhas de um Deus vivo e soberano (Mc 4.35-41; Dn 3 e 6; Is 43.2). Conseqüências de pecados - É a desobediência à Deus, ou seja, andar fora dos planos de Deus. O pecado traz conseqüências que dispensam comentários. Devemo vigiar e não dar lugar ao diabo (Mt 26.41; Ef 4.27).

6) A RELATIVIDADE ENTRE A MEDICINA E A CURA DIVINA:

Este é um assunto que devemos examinar com muito cuidado para não entrarmos num fanatismo que impede as pessoas de fazer o que é necessário num momento de enfermidade E ao mesmo tempo para não profetizarmos algo que não está no propósito de Deus para determinadas pessoas e situações. Precisamos entender que: A PRÁTICA DA MEDICINA É BÍBLIA E ABENÇOADA POR DEUS: As Sagradas Escrituras nos revelam o uso dos remédios para a cura de diversas enfermidades (Is 1.6; Jr 8.22; 46.11; Ez 47.12), sendo que o próprio Senhor Jesus disse que os enfermos necessitam de tratamento médico (Lc 5.31; Mt 9.12), portanto, jamais devemos coibir alguém para não procurar tratamento médico e muito menos aconselhar o doente a

“Visto que amou a maldição, ela lhe sobrevenha, e assim como não desejou a bênção, ela se afaste dele.”

(Salmo 109.17)

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interromper o mesmo. Não será uma intervenção médica que irá impedir Deus de curar, muito pelo contrário, os próprios exames médicos servirão de testemunho do poder de Deus. Vejamos alguns exemplos bíblicos aonde houve necessidade tanto do tratamento natural como da intervenção divina: O rei de Judá, chamado Ezequias estava acometido de um carbúnculo, uma espécie de úlcera que provém das impurezas do sangue e destrói a vida. Ele estava condenado à morte, porém, buscou ao Senhor, o qual ouviu a sua oração e usou o profeta Isaías para dizer-lhe que Deus o sararia, sendo que o mesmo profeta usou uma pasta de figos espremidos colocando-a como um emplastro (medicamento que amolece com o calor e adere ao corpo) na chaga de Ezequias, como parte do processo de cura (2 Rs 20.1 e 5; Is 38.1, 5 e 21). Ainda temos o exemplo do evangelista Lucas, autor do Evangelho que leva o seu nome e do livro de Atos, que era um médico, nascido em Antioquia da Síria e falava muito bem o grego. Era companheiro de Paulo em suas viagens missionárias, sendo o único que ficou com o apóstolo até a sua prisão e morte, por volta de 64 d. C. (Lc 1.3; At 1.1; Cl 4.14; 2 Tm 4.11). Segundo os historiadores o Dr. Lucas faleceu com 84 anos em Boécia, na Grécia. Alerta! O que não devemos fazer é desprezar a bênção divina, confiando somente na medicina, desconsiderando a graça de Deus, pois, foi por esse motivo que o rei de Judá, hamado Asa, acabou morrendo doente, achando que não precisava de Deus para ser curado (2 Cr 16.12 e 13). CURA DIVINA: São inúmeras as passagens bíblicas que nos mostram a intervenção sobrenatural de Deus para curar de uma maneira milagrosa e devemos confiar no poder de Deus ainda que seja uma situação de enfermidade crônica ou de doentes em fase terminal, pois Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Êx 15.26; Mc 16.18; Hb 13.8; Jo 14.12), porém, todas as curas estão limitadas à soberania de Deus, que é quem decide o que fazer e quando fazer, por isso, não é prudente profetizarmos coisas que não tenhamos certeza absoluta de que está no propósito divino. Entre outras passagens bíblicas, observamos uma em que Jesus está junto ao tanque de Betesda e curou apenas um paralítico, sendo que ali havia uma multidão de enfermos, cegos, mancos e ressicados (Jo 5.1-9). Por que Jesus curou apenas uma pessoa naquela ocasião? Por que Jesus não curou todas as pessoas que ali estavam? Não sabemos, até porque não temos resposta para todos os casos porque os mistérios são de Deus (Dt 29.29). A Bíblia nos mostra outros casos de pessoas que não foram curadas, como por exemplo, o caso de Jacó (Gn 48.1; 49.33), o caso de Jeorão, rei de Judá (2 Cr 21.18 e 19) e o caso do profeta Eliseu a quem Deus usou para operar milagres, mas morreu doente (2 Rs 13.14), o caso de um homem chamado Trófimo, a quem o apóstolo Paulo deixou doente em Mileto e vale a pena lembrar que o apóstolo era muito usado por Deus para operar milagres em nome de Jesus (At 19.11 e 12; 2 Tm 4.20). Deus pode deixar de curar alguém por vários motivos: incredulidade, muitas pessoas que são curadas abandonam a fé e perdem a salvação, enfim, só Deus sabe de todas as coisas. O que não podemos esquecer é que a Bíblia diz que: “O caminho de Deus é perfeito” (2 Sm 22.31). 7) NÃO TORNAR PESSOAL OS PROBLEMAS MINISTERIAIS:

Qualquer pessoa que convive com outra no trabalho secular corre o riso de ter problemas e isso também é “comum” no ministério, pois nem todos, e às vezes até nós mesmos, não nos comportamos adequadamente e acabamos criando problemas com o nosso agir, discutir, falar, reagir, opinar e muitos até acabam dando um mau testemunho, causando uma

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hostilidade em outras pessoas. Quando isso acontece, corremos o risco de tornarmos o problema tão pessoal que o nosso coração vai se enchendo de mágoas, ressentimentos, ódio, raiva e até “sede de vingança”, nos tornando incapazes de acreditar numa restauração e de perdoar as pessoas que nos ofenderam ou praticaram atos indecorosos. Examinemos um caso registrado na Bíblia, dentro do ministério de Jesus. Estou falando do apóstolo Pedro que deixou muito a desejar durante a sua caminhada terrena com Cristo. Quem era Pedro? Era um homem que tinha a mente tão vulnerável que deixou ser usado pelo diabo a ponto de Jesus ter que expulsar a Satanás de sua vida (Mt 16.23). Quem era Pedro? Era o tipo de pessoa que na hora da perseguição nega a Jesus (Mt 26.69-74). Quem era Pedro? Era um homem que tinha atitudes impulsivas e explosivas sem medir as conseqüências (Jo 18.10). Você voltaria e se relacionar com alguém assim? Você daria outra oportunidade para um homem como esse? Se Jesus levasse a questão para o lado pessoal, jamis teria chamado novamente o apóstolo Pedro para apascentar as suas ovelhas. É óbvio que não podemos manter no ministério alguém que envergonha a igreja com o seu mau testemunho, mas ao analisarmos o caso de Pedro vemos que ele “pagou o preço” pelo seu comportamento inadequado, pois a Bíblia declara que Pedro chorou amargamente, ou seja, “sentiu na pele” as conseqüências de suas atitudes (Mt 26.75). Quando Jesus o chama novamente para o ministério, Ele sabia que Pedro havia se arrependido e que não seria mais a mesma pessoa (Jo 21.1-17), tanto é que a própria Palavra de Deus registra tal mudança (At 3; 4; 5; 9.16). Infelizmente é certo também que nem todos que erram se consertam, mas nem por isso devemos guardar ódio, raiva ou qualquer sentimento semelhante em nosso coração. Muitas vezes aquele que se sente traído ou prejudicado vai acumulando o ódio em seu coração por anos e se esquece que tal ofensor já pode ter se arrependido, inclusive com os seus pecados perdoados pelo Senhor e estar vivendo uma vida restaurada pela ação divina do Espírito Santo e o que é pior de tudo isso é que a pessoas ofendida pode perder até a salvação pela falta de perdão e a presença do ódio em seu coração (Mt 6.9-15). 8) APRENDER A CONVIVER E LIDAR COM DECEPÇÕES:

O ministério é uma bênção e recompensador. A alegria é imensurável quando vemos famílias restauradas, doentes curados, pessoas salvas e Deus realizando suas maravilhas em nosso meio, porém a obra do Senhor é constituída de seres humanos e muitas dessas pessoas nos decepcionam. Aprender a conviver e lidar co decepções é uma das coisas mais difíceis na obra do Senhor, principalmente se aquela pessoa que nos frustrou é uma das pessoas mais próximas. Vimos o exemplo de Pedro que tinha uma convivência íntima com Jesus a ponto de Jesus lhe confiar segredos (Mt 17.9). Pedro andava com Jesus. Estava com Ele nos momentos de intimidade com o Pai, como por exemplo, no Monte Tabor, aonde Jesus transfigurou-se (Mt 17.1-13) e no Jardim do Getsêmani (Mt 26.36-46). Pedro participou da Santa Ceia com o mestre, mas também já vimos como o Senhor tratou dele. O crente que por qualquer motivo abandona sua função na igreja, não está preparado para trabalhar na obra de Deus, e se assim o fizer, será um causador de confusão porque sempre vai fazer uma tempestade num copo de água e ao invés de pacificar as coisas irá provocar verdadeiros “incêndios ministeriais”. A Bíblia nos mostra que o próprio Jesus passou por várias decepções em seu ministério. Vejamos algumas: Seus próprios irmãos não acreditavam Nele e queriam prendê-lo (Mc 6.3; 3.21; Jo 7.5), sendo que entre eles estava Tiago, autor da epístola que leva o seu nome. Tiago se converteu após

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a ressurreição de Jesus e foi nomeado líder da igreja de Jerusalém, apelidado pelos apóstolos de “o justo” devido à sua fidelidade à lei judaica e sua maneira rígida de viver de acordo com os ensinamentos bíblicos. Jesus foi chamado de Belzebú - príncipe dos demônios (Mt 10.25; 12.24). O povo preferiu Barrabás, que era um salteador e homicida e desprezaram a Jesus (Jo 18.40; Lc 23.18 e 19; At 3.14). Apesar de passarmos por experiências desagradáveis no ministério, não devemos permitir que estas situações nos tornem pessoas amargas, mas devemos prosseguir olhando para Cristo e permanecendo na obra do Senhor servindo a Deus com alegria (Sl 100.2), considerando o trabalho na igreja como uma grande bênção em nossas vidas e jamais como um peso, realizando a obra com amor e dedicação porque esta é a vontade de Deus (Lc 19.40; 1 Cr 28.10; 2 Cr 14.7; Sl 126.5 e 6; Is 52.7; Rm 10.15; 1 Co 3.13; Cl 3.23 e 24; 1 Tm 1.12). 9) NUNCA CRITICAR OUTROS MINISTÉRIOS:

Esta é uma questão aonde mais se falta com a ética. A Palavra de Deus nos ensina coisas importantes a esse respeito. Só porque não fazem parta da mesma igreja que nós, não quer dizer que as outras pessoas não estão servindo a Deus. Devemos tomar cuidado para não nos encontrarmos perseguindo os próprios servos do Senhor, como estava fazendo Paulo até que o próprio Jesus o repreendeu (At 22.7). Muitas pessoas agem como o apóstolo João, sem maturidade, como numa certa ocasião em que João disse a Jesus que havia proibido alguém de expulsar demônios porque não os seguia, porém, Jesus lhe disse: “Não lho proibais, porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim, porque quem não é contra nós é por nós” (Mc 9.38-40). Quantos crentes falam com arrogância declarando ser o seu grupo os únicos pertencentes à família do Senhor. Jesus disse: “Porquanto qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã, e minha mãe” (Mc 3.35). Nós não somos os únicos que servimos a Deus e muito menos os únicos pertencentes à família do Senhor, e se examinarmos com mais profundamente este versículo, vamos concluir que até mesmo muitas pessoas que congregam em nossa igreja não fazem a vontade de Deus e portanto, sequer fazem parte da família de Cristo. Cada membro de igreja deve ser ensinado a respeitar outras igrejas e outras denominações. 10) A CONFLUÊNCIA DO PERDÃO E A DISCIPLINA: Muitos cristãos, usando a desculpa de que foram perdoados, não aceitam serem disciplinados, porém, a disciplina é algo essencial dentro de qualquer organização, seja ela religiosa ou não. A própria Palavra de Deus recomenda a disciplina para que tudo seja feito com ordem e decência (1 Co 14.40). Não existe nenhuma instituição que subsista sem disciplina, então por que excluiríamos a igreja, sendo que ela deve servir de exemplo para todo o mundo? A Bíblia nos mostra vários casos em que Deus aplicou a disciplina, como por exemplo, quando o povo de Israel murmurou por dez vezes contra o Senhor. Por causa da intercessão de Moisés, Deus perdoou o povo, mas aplicou a disciplina, não deixando que

entrassem na terra de Canaã (Nm 14.17-24). Deus nos diz através das Sagradas Escrituras que a disciplina produz bons frutos (Hb 12.5-11).

Mas, onde entra o amor? O amor entra no perdão (1 Jo 4.11, 12, 20 e 21); O amor entra na disciplina (Ap 3.19);

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Muitas vezes os líderes não querem disciplinar o obreiro porque temem que o mesmo saia da igreja, mas o que dizer daqueles que não vêm à igreja justamente por causa do mau exemplo do obreiro? Outros textos que falam sobre a disciplina: Sl 118.18; Pv 23.12 e 13; Is 26.21; 27.1; Jr 30.11; 1 Co 5; 1 Tm 3.7. 11) REVERÊNCIA AO SENHOR:

A Bíblia nos ensina que devemos fazer tudo com ordem e decência (1 Co 14.40) e nos mostra que a igreja deve ser um lugar de reverência (Êx 3.5; Lv 26.2; Sl 93.5). No caso de Moisés, Deus não estava dizendo que usar sandálias era pecado, mas estava ensinando que a presença de Deus deve ser reverenciada e que Moisés não estava em qualquer lugar, mas num lugar santificado pela presença divina. Em todos os países orientais havia o costume de descalçar-se por ocasião do culto, o que tem persistido até hoje entre os persas, árabes e outros povos. Moisés estava num lugar separado para a manifestação de Deus (santo no grego = separado). Em casa Moisés poderia usar sandálias, mas ali, o seu comportamento deveria ser diferente. Muitas pessoas usam o seguinte texto bíblico para justificar a sua irreverência: “(...) onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade” (2 Co 3.17), porém o próprio apóstolo Paulo explica como é essa liberdade que temos, dizendo: “(...) não useis então da liberdade para dar ocasião à carne (...)” (Gl 5.13). Além disso não devemos confundir liberdade com libertinagem, pois, são coisas totalmente diferentes. Outra desculpa muito usada pelos bagunceiros é que devemos fazer o que o mundo faz para ganharmos as almas para Cristo, mas o apóstolo Paulo nos adverte, dizendo: “Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas sim o Espírito que vêm de Deus” (1 Co 2.12) e declarando também que: “(...) Deus não é de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos” (1 Co 14.33).Há muitas coisas que não podemos fazer na igreja porque cometeremos o pecado da irreverência, o pecado do sacrilégio (pecar contra as coisas santas de Deus) e até o pecado da profanação. Há coisas que podemos fazer fora da igreja, sem problema algum, como por exemplo: Não podemos orar deitados no altar, comendo uma bolacha e tomando um cafezinho, mas em casa não vejo nenhum pecado. Não devemos entrar sem camisa ou de pijama na casa de Deus, mas em nosso lar também não há nenhum problema. Não posso ficar nu com a minha esposa dentro da igreja, mas em nosso quarto não há nenhum problema. Se quisermos que Deus se manifeste na igreja e fale conosco, devemos tratá-Lo como Deus e não como qualquer um que deve aceitar tudo o que fazemos. Muitos líderes que só se preocupam em encher a igreja, e não na qualidade do culto que estão prestando a Deus, usam a “justificativa” que cada povo tem a sua “cultura”, e é óbvio que isso é verdade, porém, não devemos confundir cultura com desordem e irreverência. Um exemplo muito claro é a dança. Sabemos que os cultos africanos são feitos com muita dança e são maravilhosos, mas aqui no Brasil e em outros países a dança se mistura com a sensualidade, promovendo a fornicação e não a adoração a Deus. Outro exemplo de dança é a do povo judeu, que tem uma das danças mais lindas do mundo, mas a mesma é feita de maneira respeitável, com o propósito de louvar a Deus e não de exibicionismo ou estrelismo. Uma coisa você pode ter absoluta certeza: quando o culto é feito num ambiente cristão, Deus se manifesta e a unção vêm sobre a igreja promovendo grandes bênçãos para o povo que adora ao Senhor com respeito e reverência. Hbresu 12.28 - “(...) sirvamos a Deus agradavelmente com reverência (...)”.

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12) O CUIDADO COM A FAMÍLIA:

O cristão deve ser moderado em seus compromissos no ministério, sabendo que tem uma família sob sua responsabilidade, portanto, devemos examinar a questão levando em consideração os dois fatores: tempo para a família e tempo para exercer um bom trabalho na obra do Senhor. Tempo para a família: a Bíblia nos mostra claramente que este fator é muito importante, pois se não houver família, não haverá igreja e é claro que Deus criou primeiro a família e depois a igreja. As Sagradas Escrituras nos exortam quanto à nossa responsabilidade no cuidado com a família (Gn 4.9; 1 Tm 5.8). Um dos exemplos bíblicos mais claros dessa advertência é o caso do sacerdote Eli que exerceu muito bem o seu ministério, porém, não soube cuidar dos seus filhos Ofní e Finéias, os quais envergonharam a igreja com atos escandalosos, pelo que Deus puniu a sua família de tal maneira que: os descendentes de Eli morreriam na sua juventude; os seus dois filhos morreriam no mesmo dia; um sacerdote fiel o substituiria, porém Não podemos nos prender demasiadamente à família ou |à nossa casa a ponto de negligenciarmos nossa comunhão com o corpo de Cristo, por isso, devemos equilibrar os fatores. Imaginemos o que aconteceria em um lar onde a esposa nunca tem tempo para o marido ou os pais nunca tem tempo para seus filhos. Por isso é aconselhável que o cristão não exceda em suas atividades, assumindo muitos cargos na igreja. Tempo para o ministério: Quando assumimos uma função na igreja, devemos cumpri-la com responsabilidade e de acordo com os requisitos exigidos pela liderança de cada igreja ou denominação. É recomendável que cada pessoa candidata a trabalhar na obra do Senhor, fale primeiro com o seu líder expondo sua disponibilidade de tempo, adequando-se de tal maneira que possa assumir seus compromissos com o ministério e não negligenciar suas obrigações para com a sua família. Como já vimos, não é aconselhável fazer a obra do Senhor relaxadamente, pois, isso suscita maldições sobre a nossa vida (Jr 48.10), portanto, mais uma vez a palavra chave é: equilíbrio!

13) DESCANSO FÍSICO:

Precisamos nos conscientizar que Deus nos deu um corpo limitado, que precisa de repouso e descanso. O próprio Senhor Jesus sentiu-se cansado (Jo 4.6) e mandou os discípulos repousarem, pois, não tinham tempo nem para comer (Mc 6.31-34, 45 e 46). Afadigar o corpo em excesso é tentar a Deus. A Bíblia nos orienta que tudo que vier à nossa mão, nós devemos fazer conforme as nossas forças e não conforme a nossa fé (Ec 9.10). Nosso corpo é templo do Espírito Santo e sendo assim temos a obrigação de cuidar dele (1 Co 3.16 e 17; 6.19 e 20). 14) PRIORIDADES NA VISÃO DE DEUS:

O texto de Lucas 14.16-20 nos mostra que nem sempre a lista de prioridades seguem uma ordem comum, pois, Deus nos mostra através dos textos abaixo que às vezes a nossa ordem de prioridades é invertida pelo Senhor, pois:

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“PRIORIDADE É O QUE DEUS QUER DE NÓS NUM DETERMINADO TEMPO E NÃO O QUE PLANEJAMOS”

Vemos em Lucas 14.16-26 algumas desculpas usadas para não servir a Deus:

Comprei um campo e importa ir vê-lo.

Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-los.

Casei e, portanto, não posso ir. Vamos examinar alguns textos que definem melhor as nossas prioridades: Mateus 6.33 - “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas

vos serão acrescentadas”. Quantas pessoas deixam de buscar a Deus porque estão ocupadas demais com seus familiares ou com o seu trabalho! Lucas 10.38- 42 – “E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou Jesus numa aldeia; e certa

mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa; E tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Marta, porém, andava distraída em muitos serviços; e, aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe que me ajude. E respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.” Marta deveria sim, cuidar da casa, mas aquela hora era o momento de ouvir a Palavra de Deus. Poderia ter feito o serviço de casa antes da visita de Jesus ou depois, mas aquele momento era uma oportunidade que ele não poderia perder, de ouvir o próprio mestre. Lucas 9.59-60 – “E disse a outro: Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor, deixa que primeiro eu vá a enterrar meu pai. Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus.” Vamos entender este texto: o cidadão não estava com o pai morto em casa. Na tradução original compreendemos que ele estava dizendo: “primeiro eu vou cuidar do meu pai, quando ele morrer, e só Deus sabe quando, aí então, talvez eu vá seguir o Senhor”. Jesus jamais iria dizer para que um filho não cuidasse do seu pai. Aquele cidadão poderia perfeitamente fazer a vontade de Deus e cuidar do seu pai, sem nenhum problema, mas usou o pai como desculpa para não servir ao Senhor. Lucas 9.61-62 – “Disse também outro: Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me despedir

primeiro dos que estão em minha casa. E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus.” Tradução do grego – “despedir-se” – separar-se de uma incumbência; desengajar soldados. Aquele homem estava usando a família como obstáculo para não servir à Deus. Sabemos que se os motivos fossem sinceros, Jesus não o responderia daquela forma.

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Lucas 2.43-49 – “E, regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em

Jerusalém, e não o soube José, nem sua mãe. Pensando, porém, eles que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia, e procuravam-no entre os parentes e conhecidos; E, como o não encontrassem, voltaram a Jerusalém em busca dele. E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os. E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas. E quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu ansiosos te procurávamos. E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai? O próprio Senhor Jesus teve que dizer não aos seus pais numa certa ocasião em que no entendimento deles Jesus deveria estar em casa com seus pais, mas Jesus sabia que deveria estar naquele período no templo e não em casa. Mateus 19.27-29 – “Então Pedro, tomando a palavra, disse-lhe: Eis que nós deixamos tudo, e

te seguimos; que receberemos? E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna.” Em nenhum momento Jesus estava incentivando alguém a abandonar a sua famíl ia, mas Ele nos mostrou que em certas ocasiões a prioridade não é a nossa família e sim a missão que Ele tem para nós e se agirmos com cautela e equilíbrio, nossa família jamais será prejudicada pela obra do Senhor. Mateus 16.26 – “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” O que adianta ter sucesso em todas as áreas e perder a comunhão com Deus e a salvação? Lucas 12.20 – “Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens

preparado, para quem será?” O que adianta trabalhar tanto e não ter vida com Deus, nem servir ao Senhor? Muitos definem suas prioridades como é conveniente e não segundo a vontade de Deus! Quantos usam a família, o trabalho, o estudo e outras situações como desculpas para não freqüentarem uma igreja e como desculpas para não servirem a Deus. Como alguém consegue separa Deus da igreja? Como eu posso servir a Deus, se não vou à igreja pelo menos uma vez por semana? Como posso servir a Deus sem estar em comunhão com o corpo de Cristo? Você já parou para pensar que nem o diabo aceita que o sirvam de longe?

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Mais uma vez a palavra chave é: “equilíbrio”! Na verdade podemos cuidar das “nossas prioridades” sem deixar as “prioridades de Deus”. Basta um pouco de esforço e dedicação e tudo se entrosa perfeitamente. 15) O TRABALHO DE VISITAÇÃO: A Bíblia nos alerta quanto à visitação, nos dando algumas orientações a respeito desse trabalho importantíssimo para a edificação e o crescimento da igreja. É bom lembrar que Deus requer tal trabalho dos pastores (Jr 23.2; Mt 25.36, 39 e 40). Vamos examinar esse assunto separando em duas partes: VISITAR e RECEBER VISITAS. VISITAR: As visitas devem ser realizadas com os seguintes objetivos de ajudar alguém e levar a Palavra de Deus, porém, sempre encorajando a pessoa visitada a ir para a igreja buscar a bênção. Para visitar também é necessário obedecer uma ética para não criarmos problemas para ninguém, portanto, aí vão algumas recomendações: 1ª) A visita deve ser moderada e não demorada (Pv 25.17); 2ª) Devemos avisar com antecedência a pessoa a ser visitada e não tentar fazer uma “surpresa”, sendo que uma atitude que mais aborrece as pessoas é o visitante inconveniente que chega sem ser esperado. 3ª) A visita dever ser feita mediante testemunhas, ou seja, não deve ser feita apenas por uma pessoa, mas é prudente que sejam duas e de preferência um home e uma mulher (Mt 26.41; Ef 4.27). A visita é uma atitude intermediária para conduzir as pessoas à casa do Senhor. RECEBER VISITAS: A Palavra de Deus também contém várias advertências sobre esse assunto é devemos examinar cada uma delas com muito cuidado uma vez que o nosso lar deve ser considerado um lugar privativo e portanto, temos o direito de selecionar as pessoas que eventualmente freqüentam a nossa casa. A casa é edificada e firmada com sabedoria e inteligência (Pv 9.1; 14.1; 24.3). Jesus disse que devemos observar as pessoas pelos seus frutos e não pelos seus dons (Mt 7.15-23; 12.33). É importante lembrar que muitas pessoas se introduzem nas casas sob vários pretextos e algumas delas são verdadeiros lobos disfarçados de ovelhas (Mt 23.14; 2 Tm 3.1-6; Tito 1.10 e 11). É conveniente examinarmos o caso do rei Ezequias que devido à sua imprudência, por ter imposto limites aos seus visitantes, sofreu sérias conseqüências, mostrando a eles o que não deveriam tomar conhecimento (Is 39). Não podemos ser ingênuos achando que toda pessoa que freqüenta a igreja, anda com a bíblia e “ora” é um cristão verdadeiro. Peça a Deus que lhe dê sabedoria e discernimento para não ser enganado pelo inimigo, uma vez que ele se disfarça num anjo de luz (2 Co 11.14). Vamos seguir a recomendação do mestre: “pelo fruto se conhece a árvore” (Mt 12.33).

C) A OBRA DO ESPÍRITO SANTO: A Palavra de Deus nos alerta quem sem o Senhor Jesus nada podemos fazer e Jesus nos deixou o Espírito Santo para nos ensinar o que fazer e nos capacita para realizarmos a obra

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para qual fomos chamados (João 15.5 e 14.26). O próprio Jesus orientou seus discípulos a dependerem do Espírito Santo (Mateus 10.20. Isso não quer dizer que não precisamos estudar a Palavra de Deus, porém aqui vai um alerta:

Depender do Espírito Santo é buscar a Deus em oração para receber instruções, revelações e poder para realizar a sua obra (At 19.1, 2, 6 e 7; 2 Co 3.6; Jr 33.3; 2 Cr 7.14; Jo 16.8; Mt 12.28; Rm 5.5; 1 Ts 5.19).

O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO

No Velho Testamento o Espírito Santo é mencionado 81 vezes. A. No reino da natureza - cria e sustenta

(1) Move-se, aquece, expande (Gn 1.2). (2) Aclara (ornamenta) os céus, isto é, forma as constelações (Jó 26.13). (3) Cria e renova (Sl 104.30). (4) Mede as águas, toma a medida dos céus (Is 40.12,13). B. No reino humano (enche e envia homens escolhidos e profetas)

(1) Um homem “em que estava o Espírito de Deus.” - José do Egito (Gn 41.38). (2) Os artesãos, cheios do Espírito e de sabedoria (Ex 28.3); Bezalel, cheio do Espírito de Deus (Ex 31.1-5; 35.30-35). (3) Moisés e os 70 anciãos de Israel, cheios do Espírito de Deus (Nm 11.17, 25, 26, 29). (4) Balaão - “Veio sobre ele o Espírito de Deus” (Nm 24.2). (5) Josué, filho de Num, homem cheio do Espírito (Nm 27.18; Dt 34.9). (6) Os juizes: Otniel (Jz 3.10); Gideão (Jz 6.34); Jefté (Jz 11.29); Sansão (Jz 13.25; 14.6,19; 15.14). (7) Saul, o rei, foi cheio do Espírito (1 Sm 10.6; 11.6; 19.23). (8) Davi, o salmista,. foi cheio do Espírito (1 Sm 16.13; 2 Sm 23.1, 2; Sl 51.10-12). (9) Os profetas Elias e Eliseu (1 Rs 18.12; 2 Rs 2.9-15; 2 Cr 18.18-24). (10) Outros profetas: Amasai (1 Cr 12.18); Micaías (1 Rs 22.24); Azarias (2 Cr 15.1); Jaaziel (2 Cr 20.14); Zacarias (2 Cr 24.20); Os Israelitas (Ne 9.20,30); Isaías (Is 48.16); Ezequiel (Ez 2.2; 3.12; 8.3; 11.1,5,24); Profetas (Zc 7.12); Miquéias (Mq 3.8); Daniel (Dn 4.8,9, 18; 5.11-14); Profetas (1 Pd 1.10, 11; 2 Pd 1.21). (11) Outras referências de atividades do Espírito (Is 34.16; 40.7; 63.9-14; Mq 2.7; Ag 2.5; Zc 4.6; Gn 6.3). C. Profecias concernentes à obra futura do Espírito Santo

(1) Promessa a Abraão (Gn 12.1-3; 22.15-18; vide Gl 3.1-9; 14-18; At 1.4,5). (2) Promessa do Espírito, Sua unção (Pv 1.23; vide Jo 14.26; 1 Jo 2.20,27; 1 Co 2.12-16). (3) Capacitando a falar novas línguas (Is 28.9-12; vide At 2.4; 10.46; 1 Co 14.21).

“CONHECIMENTO SEM A DEPENDÊNCIA DO ESPÍRITO SANTO GERA A SOBERBA

E DEPENDÊNCIA DO ESPÍRITO SANTO SEM CONHECIMENTO GERA FANATISMO!”

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(4) Derramamento do Espírito sobre toda a terra (Is 32.15; 44.3). (5) Promessa (Ez 11.19; 36.26,27; 37.12-14; 39, 29). (6) Derramamento do Espírito sobre toda a carne (Jo 2.28,29; At 2.16-21; Lc 24.44-49). (7) Derramamento do Espírito de graça e de súplicas (Zc 12.10). (8) Promessa sobre a posteridade (Is 59.19-21). (9) Em relação a Jesus Cristo: O Espírito estaria sobre Ele. a. A promessa feita (Is 11.2; 42.1; 61.1). b. A promessa gloriosamente cumprida (Lc 4.18-21).

Outros textos referentes ao Espírito Santo no Antigo Testamento:

Gênesis 1.2: presente na criação

Juízes 3.10: O Espírito de Javé (veio) sobre ele e ele julgou - Fonte de discernimento.

Juízes 6.34: O Espírito de Javé (re) vestiu Gideão. A idéia é de “vestir em redor”,

envolver; ser possuído completamente pelo Espírito.

O mesmo verbo aparece em I Cr 12.18 e II Cr 24.20, sendo traduzido por “apoderar- se”. O Espírito se encarnou em Gideão, equipando-o para a missão.

Juízes 11.29: “vir sobre/apossar-se” - é o que caracteriza alguém que é transformado

em líder, o recebimento do carisma para a realização de tal tarefa.

Juízes 13.24: O Espírito de Javé começou a incitá-lo/ conduzí-lo.

Juízes 14.6: O Espírito de Javé Invadiu /penetrou/ apoderou-se de Sansão / apossar-

se.

1 Samuel 10.10: e ele agiu profeticamente no meio deles.

1 Samuel 16.13: E o Espírito de Javé penetrou sobre Davi a partir deste dia.

1 Samuel 19.20, 23: o Espírito de Deus veio sobre os mensageiros de Saul e excitou-

os profeticamente. Saul também foi excitado profeticamente

Juízes 15.14: penetrou sobre ele o Espírito de Javé.

1 Samuel 10.6: Será precipitado sobre ti o Espírito de Javé e tu vais te manifestar

profeticamente e serás mudado em outra forma de homem.

2 Samuel 23.1 e 2: “... Palavra do homem elevado acima (como) ungido do Deus de

Jacó e amado salmista de Israel. O Espírito de Javé falou em mim e sua palavra está

sobre minha língua.

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1 Reis 18. 12: “o Espírito de Javé levantar-te-á ao alto, o qual eu não conheço e eu irei

dizer a Acabe, e ele não te achará, assim ele me matará ...”.

2 Reis 2.9: “Para mim seja porção dobrada de teu espírito!”

2 Reis 2.10: Tornou “pesada”. Solicitação difícil, pois somente Javé concedia o

“espírito”. (Jo 3.34; I Jo 3.24; 4.13).

2 Reis 2.11: “Tomado”, como Enoque (Gn 5.24) e Moisés (Dt 34. 4-6; Jd 9). Elias subiu

em um redemoinho.

2 Reis 2.13: manto (hebraico.: envoltório). O manto era o símbolo do ofício profético,

assim como em Moisés: o cajado. O cajado foi usado para abrir as águas. Mas o poder

não é atribuído ao cajado!

2 Reis 2.14 - A pergunta foi: “Onde está Javé, Deus de Elias?”

II Crônicas 20.14: “E o Espírito de Javé veio sobre ele no meio da assembleia”. Onde

Ele agiu?

2 Crônicas 20.15: “E Ele falou: ‘Observai toda a Judá e vocês que moram em

Jerusalém e o rei Josafá. Assim diz Javé a vós: Vós não deveis temer e não deveis

desanimar por causa deste exército enorme, pois esta batalha não é para vós, mas

para Elohim!”

Jó 26.13: “Através do seu Espírito os céus ficaram claros (limpos de nuvens).”

Soberania sobre a criação. Obra cósmica na criação.

Jó 33.4: “O Espírito de Deus me fez e o hálito do Todo-poderoso (Schaddai) me dá

vida”. Soberania sobre a pessoa humana. Obra cósmica na providência constante.

Salmo 51.11: “Não me rejeites de diante da tua face e o Espírito da tua Santidade não

me tomes!”

Perceba a questão da possibilidade de ter o Espírito de Javé retirado da vida pessoal.

DAVI FOI O PRIMEIRO A CHAMAR O ESPÍRITO DE JAVÉ DE ESPÍRITO SANTO!

Salmo 51.12 - Esta permanência do Espírito da Santidade de Deus é relacionada à

alegria da salvação e à prontidão em obedecer à vontade de Deus. É o Espírito que

está presente quando se obedece imediatamente e de bom grado.

Salmo 104.30 - Espírito que cria vida a partir do nada e Espírito renovador da criação.

Salmo 143.10 – Ensino; Direção por terreno plano: plainando o caminho.

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Isaías 11.2: O Espírito repousará sobre ele (presença perene).

Isaías 40.7: O texto fala duração da vida humana. O ser humano é como erva e sua

glória como uma flor. A beleza dura por um período curto.

Isaías 44.3: É apresentada a razão para Israel não temer. Não apenas a criação é

abençoada, mas também o povo de Deus. Derramamento do Espírito de Javé sobre a

tua semente e também da sua bênção sobre a tua descendência.

Isaías 48.16: O Espírito como companheiro de conversa.

Isaías 61.1-3: “O Espírito do Senhor (adonai) Javé está sobre mim; porque o Senhor

me ungiu, para pregar boas novas aos mansos: enviou-me a restaurar os contritos de

coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos. A

apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar os

tristes; A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por cinza, óleo

de gozo por tristeza, vestido de louvor por espírito angustiado; a fim de que se chamem

árvores de justiça, plantação do Senhor, para que Ele seja glorificado”.

Ezequiel 2.2: Javé fala e o Espírito entra no ouvinte da palavra. Deus manda o profeta

ficar de pé para ouvir.

Ezequiel 3.24: Veio para dentro de mim o Espírito e ele me colocou em pé sobre meus

dois pés e falou comigo e disse: vai e encerra-te na tua casa. Ezequiel havia advertido

da parte do Senhor e não lhe deram atenção. Agora era para ele ficar confinado na sua

casa e silencioso. A rebeldia é causa do silêncio profético (v.26).

Ezequiel 11.5: “E caiu sobre mim o Espírito de Javé e ele disse-me: fala: assim diz

Javé: É isto que vocês estão dizendo ó casa de Israel e eu penetro no vosso espírito, e

eu o conheço.” “Caiu” é mais forte do que “veio”.

Ezequiel 37.1-14: É predito o renascimento espiritual do povo de Deus.

Ezequiel 39.29: “E não esconderei mais minha face deles, pois eu derramei meu

Espírito sobre a casa de Israel. Palavra do Senhor (Adonai) Javé.”

Joel 2.28-32: É uma referência ao que virá após os dias descritos no v.25, quando o

povo de Deus seria restaurado de danos antigos.

Zacarias 4.6: - “E respondeu, e me falou, dizendo: Esta é a palavra do Senhor a

Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o

Senhor dos Exércitos.”

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O ESPÍRITO SANTO NO NOVO TESTAMENTO

Nos Evangelhos vemos a ação do Espírito Santo em relação à vida de Nosso Senhor Jesus Cristo. A. Do nascimento de Cristo ao seu batismo:

1) Jesus foi concebido por obra e graça do Espírito Santo (Mt 1.20; Lc 1.35) 2) João Batista, o precursor, foi cheio desde o ventre de sua mãe (Lc 1.15). 3) Izabel foi cheia do Espírito Santo (Lc 1.41). 4) Zacarias profetizou, cheio do Espírito Santo (Lc 1.67). 5) Simeão recebeu uma revelação acerca do nascimento do Messias (Lc 2.25-27). 6) João Batista profetizou que Jesus batizaria no Espírito Santo (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16). 7) O Espírito Santo desceu em forma de pomba no ato do batismo de Jesus (Mt 3.16; Lc

3.22; Jo 1.32, 33). 8) O Espírito mesmo conduziu o Filho Amado ao deserto (Mt 4.1; Lc 4.1; Mc 1.12). 9) Jesus Cristo não recebeu o Espírito por medida (Jo 3.34).

B. O Ministério de Jesus e o Espírito Santo:

1) Jesus voltou para a Galiléia pela virtude do Espírito (Lc 4.14). 2) O Espírito do Senhor sobre Ele (Lc 4.18-21). 3) Jesus expulsou demônios pelo poder do Espírito Santo (Mt 12.28). 4) Deus o Pai ungiu Jesus com o Espírito Santo (At 10.38). 5) O Espírito Santo ressuscitou Jesus dentre os mortos (Rm 8.11; 1 Pd 3.18). 6) Pelo Espírito, Jesus se ofereceu, imaculado (Hb 9.14). 7) Antes de partir Jesus deu mandamentos pelo Espírito (At 1.2).

Jesus foi concebido pelo Espírito, andou no Espírito, ressuscitou pelo Espírito. Agora, como o Senhor glorificado, Ele dá o Espírito ao Seu povo, a fim de que possa andar como Ele andou, servir como Ele serviu, viver como Ele viveu e ser erguido dentre os mortos como Ele foi erguido. É importante obserevar que Ele só começou o seu ministério depois de ser ungido pelo Espírito Santo, de um modo visível, no ato do batismo nas águas.

C. Jesus ensina acerca do Espírito: 1) O Espírito ensinará aos discípulos como hão de falar (Mt 10.19, 20; Mc 13.11; Lc 12.11, 12). 2) A blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada (Mt 12.31; Mc 3.29; Lc 12. 10). 3) Davi profetizou pelo Espírito Santo (Mc 12. 36). 4) O Espírito será dado em resposta à oração (Lc 11.13). 5) O batismo nas águas é em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt 28.19). 6) Todos devemos ser batizados nas águas e no Espírito Santo (Lc 3.16; Mc 16.16; Lc 24. 48 e 49).

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7) O Espírito é o que dá vida (Jo 6.63). 8) O Espírito Santo é como Água Viva para o crente em Jesus Cristo (Jo 4.14; 7.38, 39). 9) “Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará” (Jo 14.16, 17,26). 10) O Consolador virá da parte do Pai (Jo 15.26). 11) “Eu vos enviarei o Espírito” (Jo 16.7, 13). 12) “Recebei o Espírito” (Jo 20.22). 13) “Ficai em Jerusalém até que do alto sejais revestidos de Poder” (Lc 24.49). D. O Espírito Santo em Atos:

No livro de Atos há 56 referências sobre Ele. O realce mais excelente no livro de Atos é a atividade do Espírito Santo. Seu Poder e Sua Liderança são a base fundamental da Igreja do primeiro século. Ele foi derramado no Pentecostes para capacitar os seguidores de Jesus Cristo a cumprirem tudo quanto o Senhor lhes mandou fazer. O livro de Atos poderia ser chamado de “Os atos do Espírito Santo através dos discípulos”. Notemos: Apesar de os discípulos de Jesus serem salvos (Lc 10.20), limpos (Jo 13.10), tendo deixado tudo para segui-LO (Mt 19.27), tendo recebido um sopro do Espírito (Jo 20.22), tendo ouvido os ensinos do Mestre, testemunhado os Seus milagres por mais de três anos e terem sido testemunhas oculares de Sua morte, sepultamento e ressurreição, só lhes foi permitido pregar após serem batizados no Espírito Santo (Lc 24.49; At 1.4, 8). No livro de Atos observamos a Obra Poderosa do Espírito Santo (At 1.8). Os termos batismo, cheio e dom são todos usados no livro de Atos com referência à Obra Poderosa do Espírito nas vidas de Seus servos. O batismo significa o envolvimento ou posse do indivíduo pelo Espírito. O enchimento significa a entrada na vida da pessoa, em poder e graça - habitação do Espírito Santo (1 Co 3.16). E dom se refere ao fato de que Ele é dado por Deus e não adquirido por esforços próprios, nem comprado por bom preço, nem merecido por dignidade. Observe as expressões seguintes: 1) “Sereis batizados” (At 1.5). 2) “(...) e todos ficaram cheios” (At 2.1-4). 3) “(...) derramou isto que vedes e ouvis” (At 2.33). 4) “(...) e recebereis o dom” (At 2.38,39). 5) “(...) então Pedro cheio do Espírito Santo”(At 4.8). 6) “(...) e todos ficaram cheios do Espírito Santo” (At 4.31). 7) “(...) homens cheios do Espírito Santo” (At 6.3,5). 8) Estevão morrendo, “cheio do Espírito” (At 7.55). 9) “Oraram para que recebessem o Espírito Santo” (At 8.15-17). 10) A oração de Ananias: “(...) para que sejas cheio” (At 9.17). 11) “(...) caiu o Espírito Santo sobre todos” (At 10.44-47). 12) “(...) caiu sobre eles o Espírito” (At 11.15-17). 13) “(...) cheios de fé e do Espírito Santo” (At 6.5). 14) “Paulo, cheio do Espírito Santo” (At 13.9). 15) “(...) e os discípulos transbordavam de alegria e do Espírito Santo” (At 13.52). 16) “(...) concedendo-lhes o Espírito Santo” (At 15.8).

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17) “Recebestes, porventura, o Espírito Santo quando crestes?” (At 19.2-6). (1) O trabalho supervisor do Espírito Santo: 1) Deu mandamento aos discípulos (At 1.2). 2) Julgou os mentirosos (At 5.3,9). 3) Mandou que Filipe se ajuntasse ao carro do eunuco (At 8:29). 4) Arrebatou a Filipe (At 8.39). 5) O Espírito disse (At 10.19; 11.12). 6) Chamou, separou e enviou Barnabé e Paulo (At 13.2,4). 7) “Pareceu bem ao Espírito Santo (...)” (At 15.28). 8) “Tendo sido impedidos pelo Espírito Santo (...)” (At 16.6,7). 9) Constituiu bispos para apascentarem o rebanho (At 20.28). (2) O trabalho revelador ou profético do Espírito Santo:

1) O Espírito Santo falou pela boca de Davi (At 1.16). 2) Ágabo profetizou inspirado pelo Espírito (At 11.28). 3) De cidade em cidade o Espírito revelava a Paulo (At 20.23). 4) Pelo Espírito, diziam a Paulo que não subisse a Jerusalém (At 21.4). 5) “Isto diz o Espírito”, falou o profeta (At 21.11). 6) Paulo cita Isaías (At 28.25-27). 7) Profetas, mestres e profetizas que jejuavam, ouviam e profetizavam pelo Espírito (At 13.1,2; 21.9). (3) Outros textos sobre o Espírito Santo mencionados no livro de Atos: 1) Testemunhando (At 5.32). 2) Confortando, consolando (At 9.31). 3) Muitos resistiam ao Espírito Santo (At 7.51). 4) Deus, o Pai, ungiu a Jesus com o Espírito (At 10.38).

A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO:

Duas palavras identificam a personalidade do Espírito Santo: Santo e Espírito. Santo (do Grego Hagios): sem pecado, puro, reto. Espírito (do Grego Pneuma): vento, sopro, respiração, vida, poder. O Espírito Santo é uma pessoa: A Bíblia nos ensina que o Espírito Santo tem atribuições de uma pessoa: Ele ensina, faz lembrar, testemunha, guia, impede, distribui, dá, peleja e fica triste (Jo 14.26; 15.26; Rm 8.16; At 16.7; 1 Co 12.11; Ef 4.30; Is 63.10. Outra característica de uma pessoa é que ela se

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relaciona com outras. As passagens bíblicas de At 15.28, Jo 16.14; Mt 28.19 e 2 Co 13.13 indicam que o Espírito Santo aparece relacionando-se como pessoa claramente definida. Por que é importante saber que o Espírito Santo é uma pessoa?

Podemos amá-lo;

Podemos ter um relacionamento pessoal com Ele;

Ele está presente em nosso viver diário;

Recebo orientações Dele para fazer a vontade de Deus;

Ele pode falar comigo e eu posso ouvir a sua voz (Ap 2.11). QUEM É O ESPÍRITO SANTO? O ESPÍRITO SANTO É A TERCEIRA PESSOA DA TRINDADE:

Ele é um com o Pai e o Filho. Nos textos de Mt 3.16, 17; 28.19 podemos comprovar isto. Ele é uma personalidade com quem podemos nos comunicar e nos familiarizar. Podemos ter comunhão com o Espírito Santo Fp 2.1 – “Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, (...)” 2 Co 13.13 – “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito

Santo seja com vós todos. Amém.” AS TAREFAS DO ESPÍRITO SANTO SOBRE A TERRA: (1) Consolar: Ele é o Consolador (do Grego Parakletos). Literalmente quer dizer: Aquele Que intercede, que está ao lado, um Ajudador, um Advogado. Jo 14.16 e 17 – “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.” Jo 15.26 – “Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim.” Jo 16.7 – “Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque se eu não for, o

Consolador não virá a vós, mas se eu for, enviar-vo-lo-ei.”

(2) Líderar a igreja:

O Espírito Santo mandou Filipe pregar ao eunuco conforme lemos em At 8.29 e 30:

“E disse o Espírito a Filipe: Chega-te, e ajunta-te a esse carro.”

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O Espírito Santo mandou separar obreiros para o ministério:

At 13.2-4 – “E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.Então jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.”

O Espírito Santo orientava os líderes:

At 16.6,7 – “E passando (Paulo, Silas e Timóteo) pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia. E, quando chegaram a Mísia, intentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu.”

OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO:

Fogo: purifica e refina (At 2.3; Is 4.4; Ex 13.21,22). Água: limpa, dá vida, dessedenta (Jo 7.38, 39; Is 44.3). Vento: invisível, indispensável, irresistível (At 2.2; Jo 3.8). Óleo: unge, autoriza, escolhe, dá poder, cura (Lc 4.18; At 10.38). Pomba: pureza, lealdade, gentileza, inofensivo, terno amável (Mt 3.16, 17; Jo 1.32). Selo: segurança, proteção, direito de propriedade, garantia (Ef 1.13). Penhor: direito real, garantia, prova de pagamento (Ef 1.14).

AS OBRAS DO ESPÍRITO SANTO:

(1) Criador (Gn 1.2; Sl 104.30). (2) Doador da vida (Gn 2.7; Jó 27.3; 33.4; Jo 6.63; Rm 8.11; Ap 11.11). (3) Profeta - Profeta Máximo que inspira dons de profecia (2 Pe 2.21). (4) Milagres - Dá poder para milagres (Mt 12.28; 1 Co 12.9-11).

A NATUREZA DO ESPÍRITO SANTO:

(1) O Espírito Santo é Eterno (Hb 9.14). (2) Onisciente - Tudo sabe (1 Co 2.10,11). (3) Onipotente - Todo poder (Lc 1.35; At 1.18). (4) Onipresente - Presente em toda parte (Sl 139.7-10). (5) Santo (Rm 1.4). (6) Bom (Sl 143.10).

“Olhai pois por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu, para apascentardes a igreja de Deus,

que ele resgatou com seu próprio sangue.”

(At 20.28)

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AS AÇÕES DO ESPÍRITO SANTO:

(1) Intercede (Rm 8.27). (2) Fala (1 Tm 4.1; Ap 2.7). (3) Ouve (Jo 16.13). (4) Ensina (Jo 14.26; 1 Co 2.13). (5) Testifica (Jo 15.26). (6) Ama (Rm 15.30). (7) Conhece (1 Co 2.11). (8) Tem vontade própria (1 Co 12.11). (9) Pode ser entristecido (Ef 4.30; Is 63.10). (10) Convence (Jo 16.8). (11) Guia (Jo 16.13). (12) Pune e castiga (At 5.1-11). (13) Revela (1 Co 2.10). (14) Sonda - Penetra até as profundezas (1 Co 2.10). (15) Faz lembrar (Jo 14.26). (16) Convida (Ap 22.17). (17) Habita no crente em Jesus Cristo (1 Co 6.19). (18) Faz clamarem os corações (Gl 4.6).

ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DO ESPÍRITO SANTO:

1) Age na obra missionária (At 13.1-4).

2) Age no ministério da pregação – É necessário unção do Espírito para pregar a Palavra

afim de que a mensagem não seja vazia, insípida e sem poder. Pedro pregou em Jerusalém

com poder e assim os judeus foram convictos e se arrependeram de haver rejeitado e

crucificado Jesus o Messias (At 2.37-41; 4.33).

3) Ele fala à igreja – At 15.28. Em apocalipse aparece sete vezes a expressão “quem tem

ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (2.7; 11, 17, 29; 3.6, 13, 22).

4) Ele convence do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.7-11).

5) Ele opera a conversão (Jo 3.3.5; Rm 8.11).

6) Habita no crente. (Gl 4.6; Rm 5.5; 1Jo 3.24; Jo 14.17).

7) Ele é o penhor (garantia) de nossa salvação. (2 Co 1.22; Ef 1.13,14).

8) Dá garantia de que somos filhos de Deus (Rm 8.16).

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9) Ele nos guia na verdade. (Jo 16.13; Rm 8.14; Gl 5.18).

10) Ele nos purifica (Rm 1.4; 1 Pd 1.2).

11) Ele nos santifica contra a natureza carnal (2 Ts 2.13).

12) Abre nosso entendimento para compreender as Escrituras (1 Co 2.10).

13) Vivifica, esclarece e revela a Bíblia (Rm 1.16,17; Sl 119.18; 2 Co 3.6).

14) Ele intercede e ajuda em nossas fraquezas. (Rm 8.26).

15) Capacita o crente para a obra de Deus (At 13.2-4).

16) Dá poder sobrenatural (At 1.8; Rm 1.16,17). 17) Distribui os dons (1 Co 12.4-11; Rm 12.6-8).

18) Fortalece o crente transformando-o a cada dia (Ef 3.16-17; 2 Co 3.18). 19) Santifica o cristão (2 Ts 2.13; 1 Pd 1.2). 20) Mortifica as obras da carne (Rm 8.5 -13; 6.11). 21) Consola (Jo 14.16-18, 26; 15.26; 16.7-15). 22) Ensina a orar (Rm 8.26,27; Ef 6.18: Jd 20; 1 Co 14.14,15). 23) Ele ensina e lembra (Jo 14.26). 24) Ele testifica de Jesus (Jo 15.26);

PECADOS CONTRA O ESPÍRITO SANTO

A bíblia nos mostra que o homem pode cometer pecados contra o próprio Espírito Santo, provocando para si conseqüências terríveis, pois o Espírito de Deus é Santo e sendo Deus, também não deixa se escarnecer. Gálatas 6.7 - “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.”

o Resistir ao Espírito Santo (At 7.51); o Insultar ou desprezar o Espírito Santo (Hb 10.29); o Entristecer o Espírito Santo (Ef 4.30,31);

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o Mentir ao Espírito Santo (Atos 5.3); o Extinguir o Espírito Santo da própria vida (I Ts 5.19); o Blasfemar contra o Espírito Santo (Mt 12.31,32);

O que é blasfemar contra o Espírito Santo? Blasfêmia - no grego, essa palavra significa “dizer coisas abusivas” e é usada para indicar

esse tipo de declaração contra os homens (Ap 2.9), contra Deus (Ez 32.12; Mt 26.65; Mc 2.7; 14.64; Lc 5.21 e Ap 13.5). Ás vezes tem o significado de difamação ou calúnia. Algumas das autoridades judaicas acusaram a Jesus de blasfêmia, ao afirmar ter autoridade de perdoar pecados (Mt 9.3). Provavelmente os judeus blasfemaram do nome de Cristo sob muitas circunstâncias. O perigo maior não era a blasfêmia contra o nome de Cristo, pois tal pecado, embora sério, pode ser perdoado. Todavia a blasfêmia contra o Espírito Santo é um pecado imperdoável. Esta é a ofensa mais grave, pois não há perdão. Observe que em Mateus 12.22-30, os fariseus acusam Jesus de operar milagres pelo poder do diabo, porém, Jesus expulsara o demônio de um homem que era cego e mudo pelo poder do Espírito Santo, portanto, blasfemar contra o Espírito Santo, é atribuir a obra do Espírito Santo ao diabo!

Os judeus preferiam dizer que Satanás expelia a Satanás do que admitir que Jesus operava pelo poder do Espírito Santo. Ainda temos outras interpretações dadas pelos teólogos no que diz respeito à blasfêmia contra o Espírito Santo como: o ato de não confiar em Cristo, que termina em juízo inevitável; outros explicam que Jesus falou do fato de não crerem em Cristo, apesar dele ter provado que suas obras eram inspiradas pelo Espírito Santo, o que seria uma espécie de descrença arrogante e outros ainda interpretam essa situação dizendo que Jesus deu a ideia de que o indivíduo que rejeitasse a influência e a obra do Espírito Santo, que é a de convencer os pecadores de sua necessidade de aceitar a salvação em Cristo, uma vez que a influência do Espírito Santo se tenha dado por sinais e obras convincentes e inegáveis, teria rejeitado definitivamente esta influência do Espírito, e, naturalmente, pereceria por fim. E, ainda temos a conclusão de alguns teólogos que afirmam que a blasfêmia contra o Espírito Santo é uma rejeição consciente e sistemática da salvação graciosa em Cristo e a alegação que Jesus e o Diabo são a mesma pessoa. (Fontes de pesquisas sobre a blasfêmia: Enciclopédia o Novo Testamento interpretado versículo por versículo - autor R. N. Champlin, Ph. D. e a Bíblia King James atualizada.)

Uma coisa é importante salientar: é Deus quem perdoa e é Deus quem não perdoa, portanto, só Ele sabe quando uma pessoa cometeu o pecado de blasfêmia contra o Espírito Santo. Deus é o único ser capaz de julgar uma situação como esta, uma vez que o pecado é cometido contra Ele mesmo e sendo onisciente é óbvio que fará tal julgamento com a devida justiça necessária. A nossa obrigação como pregadores da Palavra é alertar as pessoas à respeito dos pecados e suas conseqüências e deixar o julgamento desta situação por conta do próprio Deus.

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O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

(Atos 2.1-13).

Pode ocorrer antes do batismo nas águas (At 10.44-48); Pode ocorrer após o batismo nas águas (At 19.5-7); A evidência é o falar em línguas estranhas (At 2.4;10.46; 19.6); É necessário o arrependimento dos pecados (At 2.37,38; Mt 9.17); É pela fé (Gl 3.14; João 7.39; Hb 11.6); É pela oração (Lc 11.13; Mt 7.7,8);

CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA QUE DEUS MANIFESTE SEU PODER

E SEJAMOS CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO: 1ª) Ficar em Jerusalém: (Lc 24.49)

Os discípulos estavam todos os dias no templo (At 2.46);

Não devemos deixar a congregação como é costume de alguns (Hb 10.25);

Jesus disse que estava todos os dias no templo (Mt 26.55);

Deus mandou Jeremias ir à casa do oleiro (Jr 18.2); 2ª) Agir com reverência diante de Deus:

Êx 3.5 – “(...) tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que tu estás é terra santa.”

Lv 26.2 – “(...) reverenciareis o meu santuário.”

Sl 93.5 – “(...) a santidade convém à tua casa, Senhor, para sempre.”

2 Cr 3.17 – “(...) onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.”

Gl 5.13 – “(...) Não useis, então, da liberdade para dar ocasião à carne (...)” 3ª) Orar:

Os discípulos tinham um horário de oração no templo (At 3.1 – 3 horas da tarde);

Os discípulos perseveravam unânimes na oração (At 1.14; 6.4); 4ª) Abandonar os costumes mundanos:

1 Cr 2.12 – “Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus.”

1 Cr 14.33 – “Porque Deus não é deus de confusão.”

1 Cr 14.40 – “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.”

Ml 3.18 – “Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio (...)”

At 19.19 – “E também muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros e os queimaram na presença de todos (...)”

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5º) Depender do Espírito Santo:

“CONHECIMENTO SEM A DEPENDÊNCIA DO ESPÍRITO SANTO GERA SOBERBA! ORAÇÃO SEM CONHECIMENTO GERA FANATISMO!”

Os 4.6 – “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento;”

At 4.31 – “(...) e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a Palavra de Deus.”

2 Cr 3.6 – “(...) a letra mata, e o Espírito vivifica.”

Mt 12.28 – Disse Jesus: “(...) eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus.”

DONS E MINISTÉRIOS

Objetivo geral: conhecer os Dons Espirituais e os Ministérios Bíblicos, a fim que possamos

identificar os nossos próprios dons para atuar tanto no corpo de Cristo como no ministério

com eficiência!

Dom Espiritual: É uma capacidade espiritual sobrenatural e uma habilidade especial, não

natural, concedida pelo Espírito Santo.

ASPECTOS DA IGNORÂNCIA ACERCA DOS DONS: Desconhecimento: por falta de conhecimento algumas pessoas crêem no Espírito Santo,

mas não nos dons!

Mau uso dos dons: algumas pessoas usam mal os dons e pensam que são “donas dos

dons”!

CONSEQUÊNCIAS DA IGNORÂNCIA DOS DONS ESPIRITUAIS! Quanto ao desconhecimento:

Descrença nas manifestações;

Resistência às manifestações;

Incredulidade quanto aos dons;

Pensam que os dons são algo do passado;

Falta de liberdade ao Espírito Santo;

Ministério limitado;

A igreja perde muitas bênçãos;

Gera o formalismo e a rotina;

Gera o ritualismo promovendo a religiosidade e não a espiritualidade;

CONSEQUÊNCIAS DA IGNORÂNCIA DOS DONS ESPIRITUAIS!

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Quanto ao mau uso:

Idolatria às pessoas usadas pelos dons;

Os dons são vulgarizados;

Manipulação dos ouvintes;

Confusão;

Descrença;

Fanatismo;

Desprezo pelo estudo da Palavra de Deus;

CLASSIFICAÇÃO DOS DONS

DONS PESSOAIS • Profecia

• Serviço

• Ensino

• Exortação

• Contribuição

• Governo

• Misericórdia

DONS MINISTERIAIS

• Apóstolo

• Profeta

• Evangelista

• Pastor

• Mestre

DONS ESPIRITUAIS - Os dons espirituais são classificados da seguinte maneira:

Dons de Revelação • Palavra de Sabedoria

• Palavra de Conhecimento

• Discernimento de espíritos

Dons de Poder

• Fé

• Curas

• Operação de Milagres

Dons de Inspiração

• Profecia

• Variedade de Línguas

• Interpretação de línguas

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Como a igreja pode cooperar com o Espírito Santo acerca dos Dons Espirituais?

Crendo na ação do Espírito Santo;

Orando pela ação do Espírito Santo;

Estudando a Bíblia acerca dos Dons Espirituais;

Ensinando o cristão a identificar o “seu” Dom Pessoal;

Dando liberdade ao Espírito Santo para agir;

Fazendo tudo com ordem e decência;

Buscando os dons;

Qual a diferença entre os dons do Espírito e o fruto do Espírito?

Os dons do Espírito se referem ao que a pessoa pode fazer na obra de Deus.

O fruto do Espírito se refere ao caráter espiritual, ou seja, o que a pessoa é!

TALENTOS: São habilidades naturais, natas, quer sejam capacidade física, artística e outras que podem

ser desenvolvidas de acordo com o interesse do indivíduo.

DONS PESSOAIS

PROFECIA

Características:

É duro ao falar o que pensa;

É exigente com a conduta dos outros;

Tem um forte senso de justiça e retidão;

Não procura agradar as pessoas e sim a Deus;

É direto e objetivo em suas colocações;

Funciona como a boca no corpo de Cristo;

Alertas:

Tornar-se arrogante;

Ser grosseiro;

Ser insensível;

Não ouvir a opinião dos outros;

Espírito crítico exagerado;

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SERVIÇO Características:

• É sensível às necessidades dos outros;

• Trabalham bem como liderados e não como líderes;

• Não se sente confortável em falar em público;

• Não gosta de aparecer;

• Trabalha com as mãos, dando apoio;

• Funciona como as mãos no corpo de Cristo;

Alertas:

Orgulha-se da sua sensibilidade para com os outros;

Fica magoado quando as pessoas abusam de sua vontade;

Julga as pessoas que não tem motivação para ajudar;

Negligencia a sua família;

Não sabe dizer não;

Abraça muitas coisas ao mesmo tempo;

ENSINO

Características:

• Sente prazer em esclarecer dúvidas;

• Gosta de ler, pesquisar e estudar;

• Esforça-se para que os outros aprendam;

• Sabe se comunicar;

• Tem didática natural;

• Suas aulas são atraentes, dinâmicas e prazerosas;

• Funciona como a mente no corpo de Cristo;

Alertas:

Exalta-se do seu conhecimento;

Toma uma atitude de quem sabe tudo;

Filosofar entrando num desequilíbrio doutrinário;

Quer achar resposta para tudo;

Perde tempo com polêmicas ou coisas vãs;

Despreza as pessoas que não tem o mesmo grau de conhecimento seu;

EXORTAÇÃO (conselho)

Características:

• Preocupa-se com o crescimento espiritual das pessoas;

• Vê a importância de falar individualmente;

• Motiva e aconselha as pessoas pela Palavra de Deus;

• Estimula a pessoas a colocar em prática o que ministrou;

• Funciona como o coração no corpo de Cristo;

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Alertas: Preocupa-se com os resultados dos seus conselhos;

Não dá liberdade para Deus agir nas pessoas;

Não dá tempo para Deus agir nas pessoas;

Não deixa a pessoa exercer a lei do livre arbítrio;

Fica frustrado porque a pessoa demora em reagir;

Fala, fala, fala, fala...

CONTRIBUIÇÃO

Características:

• Reparte suas riquezas com simplicidade e não de maneira evidente;

• Distribui seus bens materiais aos outros;

• Tem sabedoria no partir e procura fazê-lo na direção do Senhor;

• Tem um coração muito generoso;

• Tem liberalidade no dar;

• Funciona como a sensibilidade no corpo de Cristo;

Alertas:

Orgulha-se de sua riqueza;

Crê que o sucesso espiritual está baseado nos bens materiais;

Dá sem sabedoria;

Dá sem a direção de Deus;

Age de acordo com os seus impulsos;

Usa suas riquezas para manipular as pessoas;

Fica magoado quando se sente explorado;

GOVERNO (liderança)

Características:

Tem uma visão global do trabalho ou do projeto;

É otimista e perseverante;

Exerce liderança com facilidade;

Tem capacidade de planejar;

Faz as coisas com excelência;

É organizado;

Tem capacidade de motivar e orientar seus liderados;

Funciona como o cérebro no corpo de Cristo;

Alertas:

Orgulha-se de sua autoridade;

Usa as pessoas como empregados;

É demasiadamente exigente;

Não sabe ouvir e avaliar o que ouve;

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Não reconhece o trabalho de seus liderados;

Dá mais importância ao trabalho do que às pessoas;

Torna-se insensível para com as necessidades dos outros;

Ignora a importância das pessoas e da equipe de trabalho;

MISERICÓRDIA

Características:

• Interessa-se pelos sentimentos dos outros;

• Compreende e conforta os que estão em sofrimento;

• Tem visão de fé a respeito das situações;

• Descobre os problemas emocionais ou espirituais dos outros;

• É simpático e amigo;

• É sensível às tribulações dos outros;

• Funciona como o ombro no corpo de Cristo;

Alertas:

Permitir que os sentimentos com relação à uma pessoa o impeçam de fazer o que é

certo;

Tem dificuldade de corrigir e disciplinar;

Sobrecarrega-se com o sofrimento do outro;

Torna-se indiferente àqueles que são indiferentes aos outros;

DONS MINISTERIAIS

Efésios 4.11e 12 - “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros

para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo.”

APÓSTOLO

Características:

Tem capacidade para fundar, organizar e edificar uma igreja;

É estrategista na abertura de obras;

É muito usado na pregação, em milagres e curas;

Tem ampla visão do reino de Deus;

Tem facilidade de liderar;

Tem facilidade de fazer discípulos, as pessoas o seguem naturalmente;

Devido à ênfase de seu ministério, é itinerante;

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Estilo de pregação: prega com profundidade e sabedoria, adaptando a mensagem de acordo

com o desenvolvimento da igreja, desde o seu nascimento até a sua maturidade.

PROFETA Características:

É um pregador inspirado pelo Espírito Santo;

É veemente, contundente e persuasivo;

Tem facilidade de pregar;

É um leão no púlpito e pode ser tímido fora dele;

É comprometido com a Palavra de Deus;

Transmite a mensagem com segurança;

Fala doa a quem doer, sem ser inconseqüente e antiético;

É direto, franco e prega sem rodeios;

Prega revelando as verdades profundas da bíblia;

Está sempre alerta quanto aos falsos ensinos na igreja;

Estilo de pregação: prega com eloqüência, coerência e ousadia. Vai direto ao assunto

apontando os juízos de Deus sobre o pecador. Causa impacto nas pessoas, levando-as a

tomada de decisões quanto à verdade da Palavra de Deus.

EVANGELISTA Características:

É muito usado no dom da fé e nos dons de poder;

Faz o trabalho pioneiro aonde ainda não chegou a Palavra de Deus;

É um bom comunicador;

Tem facilidade de ganhar almas para Cristo;

Tem paixão ardente pelas almas;

A salvação dos perdidos é o alvo da sua mensagem;

Tem muita facilidade para pregar para o não crente;

Sua pregação é superficial – é o leite para o recém-nascido;

Estilo de pregação: prega com muita clareza e simplicidade. Sua mensagem causa

entusiasmo e alegria nas pessoas. É usado tanto para a salvação como para curas e

milagres.

PASTOR Características:

Procura estar junto às ovelhas;

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É dotado de conhecimento;

Ouve as ovelhas, atende-as e cuida delas;

É entendido em governo (liderança);

Dá continuidade ao trabalho do evangelista;

Preocupa-se com o entrosamento do rebanho;

Procura conhecer bem cada ovelha;

Busca conhecer e satisfazer as necessidades das ovelhas

Gosta de realizar visitas;

Tem uma linguagem adequada e sabe se comunicar com todas as faixas etárias;

Sabe administrar crises entre pessoas e coletivas;

Estilo de pregação: Prega com muita facilidade. Está sempre pronto a dar uma palavra ou

entregar uma mensagem. Sua mensagem leva os ouvintes a confiarem em Deus.

MESTRE Características:

Sua autoridade de ensinar é admirável;

Transmite segurança;

Tem maior compreensão quanto às verdades bíblicas;

Tem maior capacidade intelectual;

Tem habilidade de transmitir conhecimento;

Tem prazer no estudo demorado e detalhado da bíblia;

Tem dificuldade de estruturar uma pregação e cumprir horários;

Sabe avaliar corretamente o que pesquisa;

Sabe avaliar corretamente as doutrinas ouvidas ou ensinadas;

Não tem prazer em copiar ou ficar preso ao ensino preparado por outros, querendo

sempre acrescentar conhecimento;

Tem dificuldade em pregar, pois a mensagem acaba se tornando num estudo

prolongado;

Estilo de pregação: Prega com conhecimento e riqueza de informações. Usa de várias

citações bíblicas. Motiva seus ouvintes a anotarem a mensagem.

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DONS ESPIRITUAIS

OBSERVAÇÕES GERAIS:

O dom não é algo pelo qual possamos examinar o caráter de alguém (Mt 7.20-23).

Judas e Balaão receberam dons espirituais.

O dom, ao contrário do fruto do Espírito, de maneira nenhuma prova que a nossa

vida Cristã está agradando a Deus (I Co 13.1-3). Aqueles que manifestam o fruto do

Espírito estão caminhando perto de Deus. O mesmo, nem sempre pode ser dito

daquelas pessoas que possuem dons espirituais.

O dom não deve ser usado como um meio de auto-glorificação ou exaltação humana.

Deus usa pessoas simples também: Pedro (At 4:13 – “Então eles, vendo a ousadia de

Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos,

maravilharam-se e reconheceram que eles haviam estado com Jesus.”).

O dom pode sofrer abusos quando mal utilizado, quando o Espírito Santo encerra a

sua operação e o homem dá continuidade por si mesmo, já deixando de ser uma

manifestação espiritual e passando a ser uma manifestação carnal (I Co 12.11; 14.27-

35).

Os dons capacitam a igreja para cumprir sua missão integralmente.

É o Espírito Santo que opera os dons (I Co 12.11).

É o Espírito Santo quem distribui os dons (( Co 12.11).

ALERTAS QUANTO AO USO DOS DONS:

Cuidar para não ocorrer uma elevada dose de emoções, sem real espiritualidade;

Não ficar na dependência dos dons, mas também orar ou buscar o conhecimento;

Cuidar para não ocorrer a exaltação humana;

Achar que é perfeito e que não erra mais;

Não perder o controle de si mesmo;

Não perder a consciência do que acontece;

O Espírito Santo opera com ordem e decência (I Co 14.40);

Os homens não podem conceder ou distribuir os dons;

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FONTES DE PESQUISAS BIBLIOGRAFIAS:

CHAMPLIN, Russel Norman, Ph. D. - O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. São Paulo - SP: Editora Hagnos, 2002, volume 1, DAVIS, John D. - Dicionário da Bíblia - Rio de Janeiro - RJ: Editora Juerp, 1996. DOUGLAS, J. D. - O Novo Dicionário da Bíblia - São Paulo - SP: Edições Vida Nova, 1962. GEISLER, Norman e NIX, William. Introdução Bíblica - como a Bíblia chegou até nós. São Paulo: Editora Vida, 1997. MCDOWELL, Josh - Evidência que exige um veredito: evidências históricas da fé Cristã. São Paulo. Editora Candeia, 1996. FALWELL, Jerry - O Jejum Bíblico - Belo Horizonte - MG: Editora Betânia, 1983. PÁGINAS DA INTERNET: www.dicio.com.br www.dicionariodoaurelio.com doutrinas.blogspot.com.br/2009/04/canonicidade-da-biblia.html www.gotquestions.org/portugues/nomes-titulos-biblia.html www.historiasbiblicas.advir.com dionymacfly.blogspot.com.br PT.wikipedia.org/wiki/bíblia http://www.blogdosemeador.com/discipulado/o-espirito-santo