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Coordenaçãoeditorial: JoãoC.Azevedo ArturGonçalves
Autores: AmílcarTeixeira AnaMariaCarvalho AnaMariaGeraldes AntónioCastroRibeiro ArturGonçalves CarlosAlexandreChaves ErmelindaPereira JaimePires JoãoC.Azevedo JoãoPauloMirandadeCastro LuísNunes ManuelFeliciano MargaridaArrobas MariaAlicePinto MariadoSameiroPatrício PauloCortez StephenG.Dicke
Design: AtilanoSuarez–ServiçosdeImagemdoInstitutoPolitécnicodeBragança
Impressão:Escola Tipografica - Braganca Tiragem:10000exemplares DepósitoLegal:316446/10 ISBN:978-989-8344-08-3 Edição: CâmaraMunicipaldeBragança·2009 FortedeS.JoãodeDeus 5301-902Bragança·Portugal http://www.cm-braganca.pt
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Índice
Prefácio................................................................. 7
Introdução............................................................ 9
Concepçãoeinstalaçãodeespaçosverdes....... 13
2.1Análisedolocaleenvolvente............... 15ConsideraçõesFinanceiras.......................... 15ConsideraçõesAmbientais.......................... 15ConsideraçõesSociais.................................. 21Recursos............................................................. 22Bibliografia........................................................ 22
2.2Preparaçãodosolo.............................. 23Oqueéosolo?................................................ 23Quais as características do solo impor-tantesparaobomdesenvolvimentodavegetação?........................................................ 23Preparação do solo para instalação davegetação.......................................................... 25
2.3Regaedrenagem................................... 29Sistemasderega............................................. 291-Aberturaefechodevalas...................... 302-Tubagem...................................................... 303-Dispositivosparaaaplicaçãodaágua 304-Equipamentosdecontrolodarega... 355-Provadeensaio......................................... 36Drenagem......................................................... 36Bibliografia........................................................ 37
2.4Selecçãoeinstalaçãodeespéciesvegetais................................... 392.4.1Relvados............................................. 41
Definiçãoetiposfuncionaisderelvado. 41
Selecçãodeespéciesecultivares............. 43Instalação.......................................................... 43Preparaçãodosolo........................................ 44Sementeira........................................................ 46Bibliografiarecomendada........................... 48
2.4.2Árvores,arbustoseherbáceas......... 49Selecçãodeespéciesvegetais................... 49Plantaçãodeespéciesvegetais(excep-torelvados)...................................................... 53Regras elementares para a selecção einstalaçãodeespéciesvegetais................ 57Sugestão de espécies arbóreas, arbus-tivaseherbáceasparaascondiçõesdacidadedeBragança...................................... 61Árvores–folhosas......................................... 61Árvores–resinosas........................................ 63Espéciesparaformarsebes......................... 64Arbustos–perenifóliosesemi-perenifólios 65Arbustos–caducifólios................................ 65Herbáceasbienaiseperenes...................... 66Espéciescomorgãossubterrâneos.......... 67Espéciesparacoberturadosoloefixa-çãodetaludes............................................... 68Bibliografiarecomendada........................... 69
2.5Preservaçãodeárvoresemlocaisdeobra........................................ 71
Porquesedevemprotegerasárvores?.. 71Raízescríticas................................................... 71Danoscausadospelasactividadesasso-ciadasàconstrução....................................... 73Vedações............................................................ 75
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Queárvoressalvar?........................................ 75Quatro passos para a protecção de ár-vores: cartografia e planeamento, pré-tratamento,supervisãoepós-tratamento 76Bibliografia........................................................ 81ListadeVerificação......................................... 82
Manutençãoegestão......................................... 85
3.1Fertilização............................................ 87Quais os nutrientes considerados es-senciais ao desenvolvimento da vege-tação?.................................................................. 87Como se avalia o estado da fertilidadede um solo? Como se determinam asnecessidadesdavegetação?...................... 88Fertilização........................................................ 90
3.2Rega........................................................ 93Eficiênciaderegaecálculodasnecessi-dadestotaisderega...................................... 97Eficiênciaderega............................................ 97Medidasparamelhoraraeficiênciadossistemasderega............................................. 97Cálculopráticodaeficiênciaderega....... 98Quantidade de água a aplicar na rega(dotaçãoderega)........................................... 99Cálculodotempoderega........................... 99Determinaçãopráticadataxadeaplica-çãodeáguadeumsistemaderega........ 100Operações de manutenção dos siste-masderegaeconduçãodarega.............. 100Bibliografia........................................................ 101Anexo-Estimativadasnecessidadeshí-dricasdosespaçosverdes........................... 102
3.3Relvados................................................. 103Fertilização........................................................ 103Rega..................................................................... 103Arejamento....................................................... 103
Corte.................................................................... 104Controlodeinfestantes,pragasedoenças. 106Pragasedoenças............................................ 108Renovaçãoderelvados................................ 108Bibliografia........................................................ 109
3.4Manutençãodeárvores........................ 111Podasdeárvoresemmeiourbano.......... 111Objectivosdapoda........................................ 111Aárvorecertanolocalcerto...................... 111Métodosdecorte........................................... 112Formaçãodaárvorejovem......................... 113Bibliografia....................................................... 117
3.5Manutençãodearbustos...................... 119Podasdearbustos.......................................... 119Bibliografia....................................................... 124
3.6Protecçãodasárvorescontraagentesnocivos............................... 125
Prevenção.......................................................... 125Monitorização,reconhecimentodopro-blema fitossanitário e identificação doagentenocivo................................................. 128Meiosdeluta.................................................... 128Bibliografiarecomendada........................... 129Portaisrecomendados.................................. 129
3.7ÁrvoresdeRisco.................................... 139ÁrvoresdeRisco.............................................. 139Monitorização................................................ 140Medidasparaaminimizaçãoderiscos... 141Bibliografia........................................................ 142
3.8Linhasdeáguaegaleriasripícolas...... 143Como podemos melhorar a qualidadedaágua?............................................................. 143Comopodemosminorarosefeitosdascheiasedassecas?......................................... 143Manutenção/ recuperação das galeriasripícolas............................................................. 144Bibliografiarecomendada........................... 145
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3.9Inventárioegestãodainformação..... 147Aárvorenomeiourbano............................ 147Planeamento e Gestão de Parques Ar-bóreosUrbanos............................................... 148InventárioArbóreoUrbanodaCMB........ 149Bibliografia....................................................... 152
3.10Resíduosdejardim.............................. 153Compostagem................................................. 153Outrosmétodosdecompostagem.......... 154Aplicaçãodocomposto............................... 155Bibliografia........................................................ 156
3.11Envolvimentoeparticipaçãodapopula-çãonagestãodosespaçosverdes............. 157
Criarumprojectocomunitário.................. 157Instalação.......................................................... 158Financiamento................................................. 158Manutençãoedinamização....................... 159Bibliografia........................................................ 160
3.12Segurançaehigienenosespaçosverdes................................. 161
Concepção....................................................... 161Espaçosdejogoerecreio............................ 162Manutenção.................................................... 164Bibliografia........................................................ 165
Glossário............................................................... 167
Autores................................................................. 171
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3.1 Fertilização Margarida Arrobas
Osoloéolocalqueservedesuporteàvidadasplantas, fornecendo-lhe alimento, água e oxigénio. Amonitorizaçãoperiódicadadisponibilidadedosnutrien-tesnosoloéfundamentalumavezque,seaquantidadedisponívelnosolonãoforsuficienteparaumadequadodesenvolvimentovegetal,seránecessárioprocederàsuaaplicaçãonaformadefertilizantes.Estamonitorizaçãotorna-se particularmente impor-tante se, no Outono, se procede àremoçãodamantamortaqueficaàsuperfíciedosolo,quebrandoociclodosnutrientes.
Quais os nutrientes considerados essenciais ao desenvolvimento da vegetação?
Existem 16 elementos consi-deradosnecessáriosaocrescimentoereproduçãodasespéciesvegetais.A vegetação utiliza carbono e oxi-génioatravésdasfolhas,apartirdodióxidodecarbonoedoar.Ohidro-génioprovémdaáguaeéabsorvidoatravés das raízes. Os restantes 13elementosencontram-se,emgeral,nosolo.Estesnutrientesdividem-seemmacronutrientes(azoto,fósforo,potássio, cálcio magnésio e enxo-fre) e micronutrientes (boro, cloro,cobre,ferro,manganês,molibdénioe zinco). Os macronutrientes sãoabsorvidos em quantidades maiselevadasdoqueosmicronutrientes.
Oazoto,fósforoepotássiosãoosnutrientesaplicadosmaisfrequentementenaformadefertilizantes.
Azoto(N)Trata-sedonutrienteresponsávelpelacorverde
das folhas (fundamental para a fotossíntese) e pelocrescimentonormaldosrebentos.Oazotoétambémonutrienteque,quandoaplicado,temoefeitomaisvisível na vegetação.A sua deficiência manifesta-seporcoloraçõesamarelasqueseiniciamnasfolhasmais
CO2H2O
MACRONUTRIENTESAzotoFósforoPotássioCálcioMagnésioEnxofre
MICRONUTRIENTESFerro
ManganêsBoro
MolibdénioCobreZinco
Nutrientes necessários ao desenvolvimento da vegetação.
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velhaseseestendemprogressivamenteatodaaplan-ta,conduzindoàquedaprematuradefolhas.Nosolo,oazotoexisteemformasorgânicaseminerais,sendoasformasnítricaeamoniacal,asmaisutilizadaspelasplantas. A forma nítrica desaparece rapidamente dosolo por lixiviação, tornando-se, frequentemente, umnutrientecríticoquerpeloseurápidodesaparecimen-toquerpelapossibilidadedecontaminaçãodeáguassuperficiaiseaquíferos.Porestesmotivos,aaplicaçãodestenutrienteaosolodeverevestir-sedealgunscui-dados.Assim,deveprivilegiar-seaaplicaçãodeformasazotadasmaisestáveiscujapermanêncianosolosejamaispersistentenotempo.
Fósforo(P)Éimportanteparaodesenvolvimentoderaízes,
flores,frutosesementes,sendo,porisso,umnutrientedeterminanteemtodoociclovegetativodasespécies.Afaltadefósforopodemanifestar-sepeloaparecimentodecoloraçõesavermelhadas,azuladasouverde-escurode chumbo, fenómeno que se inicia nas folhas maisvelhas.Trata-sedeumelementocujadisponibilidadenosolonãodependeapenasdaquantidadeexistentemastambémdopH.Valoresbaixosoumuitoelevadosde pH condicionam fortemente a possibilidade deabsorção deste nutriente pelas raízes. A maior partedossolospossuiteoresbaixosnestenutriente,sendofrequentementenecessáriaasuaaplicação.Aocontráriodoazoto,ofósforonãoémóvelnosoloe,porisso,podeserconvenienteaplicá-lojuntodasraízes.
Potássio(K)Éimportanteparaafotossíntese.Pareceterum
papelimportantenavivacidadedacordasflores.Ajudaasplantasamanterem-sehidratadas,tornando-asmaisresistentesàfaltadeáguanosolo.Adeficiênciaempo-
tássiomanifesta-sepelamortedostecidosnosrebordosdasfolhas,comenrolamentodasmesmasparaapáginasuperior.Jáemespéciesleguminosasderelvados,comoporexemploostrevos,estadeficiênciapodemanifestar-senaformadepontuaçõesbrancasentreasnervuras.Emgeral,ossoloscontêmquantidadessuficientesparaasplantas.Noentanto,adeficiênciapodesurgircommaiorfrequênciaemlocaisondeocálcioeomagnésioexistememquantidadeselevadas.
RestantesnutrientesDeacordocomteoriasdenutriçãovegetal,aes-
sencialidadedosrestantesnutrientesfoiprovadapelofactodeseremparteintegrantedeestruturasformadasnoprocessodecrescimento,pordaremestabilidadeaostecidosdesuportedasplantasouporseremimportan-tesnasreacçõesqueocorrem,associadasaoprocessodecrescimento.Oreconhecimentovisualdesintomasdedeficiênciarequerexperiênciae,nadúvida,omelhoréconfirmaroestadonutritivodavegetaçãoatravésdarealizaçãodeanálises.Constatadooestadodedefici-ênciadeumqualquernutrientedeveproceder-seàsuaaplicaçãonaformadefertilizantes.
Como se avalia o estado da fertilidade de um solo? Como se determinam as necessidades da vegetação?
A avaliação do estado da fertilidade do soloinicia-secomaobservaçãodolocaledoestadogeraldavegetação.Aidentificaçãodeproblemasnodesen-volvimentovegetaldeveserorientadaparaarealizaçãodeanálisesaosoloeatecidosvegetaisemlaboratórios.Algunsdelesaconselhamafertilizaçãomaisadequadaàsituaçãoapresentada.
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Observaçãovisualdavegetaçãoedolocalondeestáinstalada
A constatação da existência de problemas denutriçãopodeserfeitaapartirdaobservaçãovisualdasplantas.Observaracordasfolhas,tamanho,crescimentoeaspectodosrebentosdasárvoresedavegetaçãoemgeral, pode fornecer alguma informação qualitativasobre o seu estado nutritivo. As condições do localtambémpodemdeixaranteveraexistênciadedesequi-líbriosnutricionais.Porexemplo,emmeiourbano,umaconstruçãodepasseiospodealteraropHdosolo,oqueresultanaalteraçãodadisponibilidadedenutrientes.
Oquefazerparaprocederàanálisedesolos?Paraseprocederàanálisedesolosénecessário
efectuar,emprimeirolugar,acolheitadeamostrasnaparcela.Aprincipalpreocupaçãonestatarefaégarantirqueaamostraenviadaaolaboratóriosejarepresenta-tivadaáreaaanalisar.Oprimeiropassoinicia-secomadefiniçãodezonashomogéneasnaparcela(tipodesolo,tipodevegetação,problemasvisíveis,..).Posterior-mente, devem colher-se várias subamostras em cada
zonahomogéneadaparcela,juntá-lasnumrecipientee,nofinal,misturá-lasmuitobempara,apartirdaí,seprocederàelaboraçãodaamostracompostaqueseráentreguenolaboratório.
Aprofundidadedecolheitaandaráàvoltados20cmparaespéciesanuaisouparaparcelascomrelva,oucercade30a40cmparaárvoresearbustosdemaiorporte.
Oquefazerparaprocederàanálisedetecidosve-getais?
Há deficiências que se podem confundir deelementoparaelementooumesmocomsituaçõesdetoxicidade, por ingestão de quantidades elevadas demicronutrientes.Nestascircunstânciasdeveproceder-seàcolheitadematerialvegetalqueseráenviadoaumlaboratórioparaelaboraçãodeumdiagnósticosobreoestadonutritivodaespécieemcausa.Aspartesdasplan-tasaamostrarserãosempreretiradasdelançamentosdoano,nasuapartemédia,comfolhascompletamenteexpandidas.
DefiniçãodeníveispadrãodenutrientesDeveserestabelecidoumvalordepHadequado
para osolo. Para amaioria das espécies convém que
Divisão de uma parcela em zonas homogéneas (para a construção das amostra 1 e 2 deve evitar-se colher amos-tras junto da casa (A), junto do lago (B).
A
Amostra1
Amostra2B
Profundidade de colheita das amostras parciais.
Repitaestaope-ração em cadaum dos pontosescolhidoseco-loque todas asamostras par-ciais da mesmaparcela no mes-mobalde.
2a3cm
Istoéumaamostraparcial
20cm
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opHestejasituadoentre5,5e6,5.Aconcentraçãodenutrientesnostecidosvegetaispodevariardeespéciepara espécie mas há valores considerados normais,associadosaumdesenvolvimentoadequadodavege-tação.Nafaltadevalorespadrãodeconcentraçãodenutrientesdasdiferentesespéciesnumadeterminadaárea,devemobservar-seárvoressaudáveis,adultas,re-presentativasdasespéciesdominanteseproceder-seàanálisedassuasfolhasbemcomoàanálisedeamostrasdesolodasimediações.Asanálisesdeplantassaudáveisdevemsertomadascomopadrãoparaestabelecerníveisadequadosdenutrientes(N,PeK,ououtros).
EnviodeamostrasparaolaboratórioparaanáliseOenviodeamostrasdesolosetecidosvegetais
para um laboratório permite obter informação sobrea existência de desequilíbrios nutricionais, estimar asnecessidadesemfertilizanteseavaliarcomoavegetaçãopoderáresponderaumprogramadefertilização.UmaanálisedesolodáinformaçãosobreváriosparâmetroscomoopH,oteoremmatériaorgânicaequantidadedenutrientesdisponívelparaasplantas.Asfolhassãoanalisadasparaavaliaroseuteornosváriosnutrientes.Os resultados devem apresentar a indicação de níveldeficiente,normalouexcessivo.
FertilizaçãoAfertilizaçãoéumacomponentedoprograma
demanutençãodavegetaçãourbana.Osfertilizantessão usados para fornecer elementos essenciais quecontribuemparaa“aparênciadasárvores”eparaasuasaúde.Contudo,umafertilizaçãoerradaoupelasrazõeserradas,podeserprejudicialàvegetação.Afertilizaçãoefectuada com vista a um rápido crescimento podeaumentarasusceptibilidadeaostress,aosinsectosouàsdoenças.Umasobrefertilizaçãoouaplicaçãodesa-
dequadadosfertilizantespodecausardanosdirectosnavegetaçãoe indirectosnoambiente,contribuindopara a poluição das águas. Assim, recomenda-se queaaplicaçãodefertilizantessebaseieemresultadosdeanálisesefectuadasaosoloeàsplantas.
Oquesãoosfertilizantes?Osprodutosqueseaplicamaosolocomafina-
lidade de aumentar a disponibilidade dos nutrientespara a vegetação denominam-se de fertilizantes. Es-tes produtos subdividem-se em adubos e correctivos.Umcorrectivoéaplicadoaosolocomoobjectivodemelhorarcaracterísticasfísicasequímicasdosolo.Porexemplo,aaplicaçãodematériaorgânicavisaaumen-taracapacidadederetençãodeáguaenutrientesemsolos arenosos ou diminuir a excessiva compacidadedesolosargilosos,tornando-osmais“fofos”,facilitandoodesenvolvimentoradicular.AaplicaçãodecalcárioaosolotemcomoobjectivoaumentaropH,oudiminuira acidez do solo, resultando desta acção uma maiordisponibilidadedenutrientesparaasplantasouumamenor disponibilidade de elementos potenciais cau-sadoresdetoxicidade.
Osadubossãoosprodutosquesãoutilizadoscomoexclusivoobjectivodeaumentaradisponibilidadedenutrientesnosoloparaasplantas.Osadubospodemfornecer apenas um dos macronutrientes principais(azoto, fósforo ou potássio) e denominam-se adubos elementares.Oadubosuperfosfatodecálcio18%deP2O5éumaduboelementarquedoseia18kgdefósforonaformaP2O5porcada100kgdoadubo;oadubonitratodeamónio20,5%éumaduboelementarazotadoquedoseia20,5kgdeNporcada100kgdeadubo.
Osadubostambémpodemterformulaçõesqueincluemdoisoutrêsdosmacronutrientesprincipaisde-nominando-se,porisso,deaduboscompostos.Nestes
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adubosoazoto,fósforo,epotássiocombinam-secomfrequênciaemváriasproporções.Umadubo10-10-10possui10%deN,10%deP2O5e10%deK2O.Aopçãoporaduboscompostospermiteumaintervenção,aníveldefertilização,maiscompleta.
Osadubosazotadossãoaquelesquedevemserusadoscommaiscuidado.Asformasazotadasnítricas,se não forem absorvidas pelas plantas, rapidamentesaemdazonadas raízes,podendocontaminaráguassuperficiaisesubterrâneas.Porisso,devedar-seprefe-rênciaaosadubosquetenhamtodooupartedoazotonaformaamoniacal.Dadaafacilidadecomqueoazotoamoniacalsetransformaemazotonítrico,nãosedeveaplicargrandesquantidadesdestenutrientedeumasóvez,sendopreferívelprocederaoseufraccionamentoaolongodotempo.Porexemplo,seumrelvadonecessitaranualmentede90kgdeNporha,estaquantidadede-veráserrepartidaem3vezes,comaplicaçõesde30kg/ha,naalturadecrescimentomaisactivo,emcortesderelvaintercalados.Emespaçosondearegaéfrequentepodemescolher-seaduboscommecanismosdeliberta-çãolentadosnutrientes.Existemnomercadoprodutoscomdiferentestecnologias:algunscontêmsubstânciasqueinibemaactividadedebactériasintervenientesnatransformação de azoto amoniacal em azoto nítrico;outrospossuemosseusgrânulosrevestidoscomsubs-tânciasquecontrolamadissoluçãodoadubonoseuinterior, libertando gradualmente os nutrientes paraosolo;outrosaindasãoconstituídosporsubstânciascondensadas, cuja dissolução ocorre lentamente aolongo do tempo. O resultado final será sempre umadisponibilizaçãogradualdosnutrientesparaasplantas,minimizandoasuaperda.
AplicaçãodenutrientesAaplicaçãodefertilizantespodeefectuar-sede
váriasformas:nosolo,naáguaderegaeemspraysfo-liares.Aopçãoporcadaumadelasdependedefactorescomoaquantidadeaaplicar,adinâmicadonutrientenosolo,aáreaafertilizarouoequipamentodisponívelparaoefeito.
Aaplicaçãodefertilizantesaosolopodeaindaserfeitaalançooucomdistribuidoresmecânicos,quees-palhamoaduboportodooterreno,sendoestesúltimosmaisadequadosparaáreasdemaiordimensão.Devedar-sepreferênciaàaplicaçãodefertilizantesaosolojáqueesteconstituioreservatórionaturaldenutrientes.Aaplicaçãodefertilizantesportodooterrenoestimulaaexpansãodosistemaradicular,aspectorelevanteparaoaumentodacapacidadedeabsorçãodeáguaedenutrientesdisponíveisnosolo.
No caso de árvores isoladas, a aplicação devesefeitadeformahomogéneanaáreadepropagaçãodacopa,emboraessaáreasejamuitasvezeslimitada,quandoasárvoresestãoimplementadasempasseioscomcimento.
Em situações de stress nutritivo ou ambientalcomprovado,asadubaçõesfoliarespodeserequacio-nadasumavezqueosnutrientesaplicadosporviafoliartêmumefeitomaisrápidonavegetação.Nestescasosascaldasdevemserpreparadaseaplicadasdeacordocomasrecomendaçõesprevistasnosrótulosdosprodutos.Caldas excessivamente concentradas podem causardanosimportantesnavegetação.Convém,noentanto,terpresentequeaaplicaçãodefertilizantesporviafoliartemumcaráctertemporárioenãopermiteoforneci-mentodequantidadessatisfatóriasdemacronutriente.Porisso,deveservistacomocomplementoàaplicaçãodenutrientesaosoloenãocomoalternativa.
Afertirrigaçãoconsistenaaplicaçãodenutrientes
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naáguaderega.Esteprocessotendeaconfinarosiste-maradicular,jáqueasraízessedesenvolvemsobretudopróximodosbolbosdehumedecimento.
De um modo geral, para estimular a expansãoradicularnosolo,estedevesermantidonumníveldefertilidademédio,recorrendoàaplicaçãodefertilizantessólidosconvencionaisnoiníciodociclovegetativodeumaqualquerespécie,nãodescurandooscuidadosnaaplicaçãodoazoto.