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ADVOCACIA ADVOCACIA ADVOCACIA ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO GERAL DA UNIÃO GERAL DA UNIÃO GERAL DA UNIÃO PROCURADORIA PROCURADORIA PROCURADORIA PROCURADORIA-GERAL FEDERAL GERAL FEDERAL GERAL FEDERAL GERAL FEDERAL PROCURADORIA FEDERAL ESPECIALIZADA PROCURADORIA FEDERAL ESPECIALIZADA PROCURADORIA FEDERAL ESPECIALIZADA PROCURADORIA FEDERAL ESPECIALIZADA-INSS INSS INSS INSS Divisão de Orientação de Cálculos e Pagamentos Judiciais Divisão de Orientação de Cálculos e Pagamentos Judiciais Divisão de Orientação de Cálculos e Pagamentos Judiciais Divisão de Orientação de Cálculos e Pagamentos Judiciais MANUAL DE CÁLCULOS JUDICIAIS MANUAL DE CÁLCULOS JUDICIAIS MANUAL DE CÁLCULOS JUDICIAIS MANUAL DE CÁLCULOS JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE PREVIDENCIÁRIOS DA PFE PREVIDENCIÁRIOS DA PFE PREVIDENCIÁRIOS DA PFE – INSS INSS INSS INSS Brasília Brasília Brasília Brasília - DF, DF, DF, DF, junho junho junho junho de 201 de 201 de 201 de 2013

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ADVOCACIAADVOCACIAADVOCACIAADVOCACIA----GERAL DA UNIÃOGERAL DA UNIÃOGERAL DA UNIÃOGERAL DA UNIÃO

PROCURADORIAPROCURADORIAPROCURADORIAPROCURADORIA----GERAL FEDERALGERAL FEDERALGERAL FEDERALGERAL FEDERAL PROCURADORIA FEDERAL ESPECIALIZADAPROCURADORIA FEDERAL ESPECIALIZADAPROCURADORIA FEDERAL ESPECIALIZADAPROCURADORIA FEDERAL ESPECIALIZADA----INSSINSSINSSINSS

Divisão de Orientação de Cálculos e Pagamentos JudiciaisDivisão de Orientação de Cálculos e Pagamentos JudiciaisDivisão de Orientação de Cálculos e Pagamentos JudiciaisDivisão de Orientação de Cálculos e Pagamentos Judiciais

MANUAL DE CÁLCULOS JUDICIAIS MANUAL DE CÁLCULOS JUDICIAIS MANUAL DE CÁLCULOS JUDICIAIS MANUAL DE CÁLCULOS JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE PREVIDENCIÁRIOS DA PFE PREVIDENCIÁRIOS DA PFE PREVIDENCIÁRIOS DA PFE –––– INSSINSSINSSINSS

Brasília Brasília Brasília Brasília ---- DF, DF, DF, DF, junhojunhojunhojunho de 201de 201de 201de 2013333

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

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APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO

ElaboraçãoElaboraçãoElaboraçãoElaboração

GRUPO DE TRABALHO PARA ELABORAÇÃO DO MANUAL DE CÁLCULOS JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PGF/PFE - INSS (Portaria nº 10, DE 30 DE

JUNHO DE 2006)

PresidentePresidentePresidentePresidente

Antônio Augusto de SiqueiraAntônio Augusto de SiqueiraAntônio Augusto de SiqueiraAntônio Augusto de Siqueira Procurador Federal - Chefe da Divisão de Orientação de Cálculos e

Pagamentos Judiciais/PFE/INSS - Brasília/DF

CoordenadoresCoordenadoresCoordenadoresCoordenadores

Rogers Martins ColomboRogers Martins ColomboRogers Martins ColomboRogers Martins Colombo Procurador Federal

Flohe RoFlohe RoFlohe RoFlohe Rocha Cavalcantecha Cavalcantecha Cavalcantecha Cavalcante Técnico em Contabilidade - Chefe substituto da DOCPJ/PFE/INSS - Brasília/DF

MembrosMembrosMembrosMembros

Ayres Lourenco de Almeida Filho Ayres Lourenco de Almeida Filho Ayres Lourenco de Almeida Filho Ayres Lourenco de Almeida Filho Procurador Federal - PFE/INSS - Brasília/DF

Halcyon Davis Reitz da CostaHalcyon Davis Reitz da CostaHalcyon Davis Reitz da CostaHalcyon Davis Reitz da Costa Contador - PR/INSS/4ª R - Florianópolis/SC

LinaLinaLinaLina Cristina Escovar Alfaro HaselofCristina Escovar Alfaro HaselofCristina Escovar Alfaro HaselofCristina Escovar Alfaro Haselof Técnico do Seguro Social - PRF/PGF/4ªR - Porto Alegre/RS

Luiz Fernando BuzziLuiz Fernando BuzziLuiz Fernando BuzziLuiz Fernando Buzzi Técnico do Seguro Social - PFE/INSS - Blumenau/SC

Maria Isabel da Silveira FragaMaria Isabel da Silveira FragaMaria Isabel da Silveira FragaMaria Isabel da Silveira Fraga Técnico do Seguro Social - PR/INSS/4ª R - Florianópolis/SC

MirMirMirMirian Fassoni Alves Oliveiraian Fassoni Alves Oliveiraian Fassoni Alves Oliveiraian Fassoni Alves Oliveira Técnico do Seguro Social - Chefe do Setor de Cálculos e Pagamentos

Judiciais da PFE/INSS/3ªR - Marília/SP

Regina Gorete PereiraRegina Gorete PereiraRegina Gorete PereiraRegina Gorete Pereira Contador - PR/INSS/4ª R - Florianópolis/SC

Renato Silvano MoreiraRenato Silvano MoreiraRenato Silvano MoreiraRenato Silvano Moreira Técnico do Seguro Social - Chefe da Seção de Gerenciamento de Cálculos e

Pagamentos Judiciais da PR/INSS/4ª R - Florianópolis/SC

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

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REVISÃOREVISÃOREVISÃOREVISÃO

ElaboraçãoElaboraçãoElaboraçãoElaboração

COMISSÃO DE REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DO MANUAL DE CÁLCULOS JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PGF/PFE - INSS

Coordenação GeralCoordenação GeralCoordenação GeralCoordenação Geral

Antônio Augusto deAntônio Augusto deAntônio Augusto deAntônio Augusto de SiqueiraSiqueiraSiqueiraSiqueira Procurador Federal - Chefe da Divisão de Orientação de Cálculos e

Pagamentos Judiciais - PFE/INSS - Brasília/DF

CoordenadoresCoordenadoresCoordenadoresCoordenadores

Lina Cristina Escovar Alfaro HaselofLina Cristina Escovar Alfaro HaselofLina Cristina Escovar Alfaro HaselofLina Cristina Escovar Alfaro Haselof Técnico do Seguro Social - PRF/PGF/4ª R - Porto Alegre/RS

Renato Silvano MoreiraRenato Silvano MoreiraRenato Silvano MoreiraRenato Silvano Moreira Técnico do Seguro Social - Chefe de Assessoramento Técnico da

Subprocuradoria - PR/INSS/4ª R - Florianópolis/SC

MembrosMembrosMembrosMembros

Arildo Alves de MenezesArildo Alves de MenezesArildo Alves de MenezesArildo Alves de Menezes Analista do Seguro Social - PF/PRF/1ª R - Manaus/AM

Erika Rodrigues NideckErika Rodrigues NideckErika Rodrigues NideckErika Rodrigues Nideck Analista do Seguro Social - PSF/PRF/2ª R - Niterói/RJ

Lenildo Chaves da Silva Junior Lenildo Chaves da Silva Junior Lenildo Chaves da Silva Junior Lenildo Chaves da Silva Junior Analista do Seguro Social - PSF/PRF/5ª R - Garanhuns/PE

Luiz Fernando BuzziLuiz Fernando BuzziLuiz Fernando BuzziLuiz Fernando Buzzi Técnico do Seguro Social - PFE/INSS/4ª R - Blumenau/SC

Miriam Fassoni Alves OliveiraMiriam Fassoni Alves OliveiraMiriam Fassoni Alves OliveiraMiriam Fassoni Alves Oliveira Técnico do Seguro Social - Chefe do Setor de Cálculos e Pagamentos

Judiciais da PFE/INSS/3ª R - Marília/SP

ConvidadosConvidadosConvidadosConvidados

Flohe Rocha CavalcanteFlohe Rocha CavalcanteFlohe Rocha CavalcanteFlohe Rocha Cavalcante Técnico em Contabilidade - APS/INSS - Taguatinga/DF

Jose Américo CarneiroJose Américo CarneiroJose Américo CarneiroJose Américo Carneiro Técnico do Seguro Social - PFE/INSS - Goiânia/GO

Julio Romeu Maciel dos SaJulio Romeu Maciel dos SaJulio Romeu Maciel dos SaJulio Romeu Maciel dos Santosntosntosntos Analista do Seguro Social - Chefe da Divisão de Revisão de Direitos -

CGRD/DIRBEN/INSS - Brasília/DF

Lucas Mateus Gonçalves LouzadaLucas Mateus Gonçalves LouzadaLucas Mateus Gonçalves LouzadaLucas Mateus Gonçalves Louzada Procurador Federal - Chefe da Divisão de Consultoria - CGMBEN/PFE/INSS -

Brasília/DF

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

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INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

A elaboração do Manual de Cálculos Judiciais Previdenciários foi

idealizada pela Divisão de Orientação de Cálculos e Pagamentos Judiciais da

PFE/INSS para orientar a conferência, elaboração e análise de cálculos

judiciais de responsabilidade da Procuradoria Federal Especializada/INSS,

bem como buscar a uniformização dos procedimentos junto ao Poder

Judiciário.

O presente Manual ficou restrito às questões procedimentais,

abstendo-se de adentrar na análise jurídica ou no mérito das decisões

judiciais, tendo em vista que para tal finalidade existe o Grupo de Trabalho

encarregado da elaboração das teses de Defesa Mínima da PGF/PFE/INSS.

O objetivo principal deste Manual é orientar os servidores que

atuam nas Seções/Setores de Cálculos da PGF/PFE/INSS, a partir da

interpretação da decisão judicial e dos parâmetros elaborados por

Procurador Federal.

A interpretação da decisão judicial e a fixação dos parâmetros

para cumprimento do julgado, especialmente para elaboração e conferência

dos cálculos de liquidação e de precatórios e Requisições de Pequeno Valor,

consiste em precisar os limites da decisão judicial, de modo a fornecer todos

os elementos, tais como: tipo de benefício previdenciário concedido; período

de abrangência da condenação (início e término da conta); a taxa e o

período de incidência dos juros de mora, a forma e os índices de correção

monetária fixados na decisão, o percentual dos honorários advocatícios, a

forma de implantação do benefício ou revisão da renda em manutenção.

Este Manual aborda a legislação federal, as normas e os atos

administrativos, bem como as súmulas e jurisprudências consolidadas

acerca dos temas tratados.

Não se cogitou exaurir todos os casos relativos à matéria

previdenciária, eis que a legislação sofre alterações periódicas e

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

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freqüentemente surgem novas teses de revisão de benefícios. Assim, o

presente Manual está aberto às sugestões dos servidores da área de

cálculos e pagamentos judiciais da PGF/PFE/INSS, merecendo ser revisto

periodicamente, com o fim de acompanhar as alterações legislativas.

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

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ÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICE

APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 2222

REVISÃOREVISÃOREVISÃOREVISÃO .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 3333

ININININTRODUÇÃOTRODUÇÃOTRODUÇÃOTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 4444

CAPÍTULO ICAPÍTULO ICAPÍTULO ICAPÍTULO I ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 13131313

CÁLCULO DO SALÁRIO DCÁLCULO DO SALÁRIO DCÁLCULO DO SALÁRIO DCÁLCULO DO SALÁRIO DE BENEFÍCIO (SB) E DE BENEFÍCIO (SB) E DE BENEFÍCIO (SB) E DE BENEFÍCIO (SB) E DA RENDA MENSAL INICIA RENDA MENSAL INICIA RENDA MENSAL INICIA RENDA MENSAL INICIAL (RMI) AL (RMI) AL (RMI) AL (RMI)

---- CONCESSÃO E REVISÃOCONCESSÃO E REVISÃOCONCESSÃO E REVISÃOCONCESSÃO E REVISÃO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 13131313

1 1 1 1 ---- CONCESSÃOCONCESSÃOCONCESSÃOCONCESSÃO ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 13131313

1.1 1.1 1.1 1.1 ---- Direito AdquiridoDireito AdquiridoDireito AdquiridoDireito Adquirido ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 14141414

1.2 1.2 1.2 1.2 ---- Vigência da Lei nº 3.80Vigência da Lei nº 3.80Vigência da Lei nº 3.80Vigência da Lei nº 3.807/60 e alterações7/60 e alterações7/60 e alterações7/60 e alterações ............................................................................................................................................................................ 17171717

1.2.1 1.2.1 1.2.1 1.2.1 ---- Lei nº 3.807/60Lei nº 3.807/60Lei nº 3.807/60Lei nº 3.807/60 ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 17171717

1.2.2 1.2.2 1.2.2 1.2.2 ---- Lei nº 5.890/73Lei nº 5.890/73Lei nº 5.890/73Lei nº 5.890/73 ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 20202020

1.2.3 1.2.3 1.2.3 1.2.3 ---- Lei nº 6.210/75Lei nº 6.210/75Lei nº 6.210/75Lei nº 6.210/75 ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 24242424

1.3 1.3 1.3 1.3 ---- Vigência da Lei nº 8.213/91 e alteraçõesVigência da Lei nº 8.213/91 e alteraçõesVigência da Lei nº 8.213/91 e alteraçõesVigência da Lei nº 8.213/91 e alterações ............................................................................................................................................................................ 26262626

1.3.1 1.3.1 1.3.1 1.3.1 ---- Lei nº 8.213/91Lei nº 8.213/91Lei nº 8.213/91Lei nº 8.213/91 ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 26262626

1.3.2 1.3.2 1.3.2 1.3.2 ---- Lei nº 9.032/95Lei nº 9.032/95Lei nº 9.032/95Lei nº 9.032/95 ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 31313131

1.3.3 1.3.3 1.3.3 1.3.3 ---- Emenda Constitucional nº 20/98Emenda Constitucional nº 20/98Emenda Constitucional nº 20/98Emenda Constitucional nº 20/98 ................................................................................................................................................................................................................ 33333333

1.3.4 1.3.4 1.3.4 1.3.4 ---- Lei nº 9.876/99Lei nº 9.876/99Lei nº 9.876/99Lei nº 9.876/99 ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 34343434

1.3.4.1 1.3.4.1 1.3.4.1 1.3.4.1 ---- Regra TransitóriaRegra TransitóriaRegra TransitóriaRegra Transitória ................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 37373737

1.3.4.2 1.3.4.2 1.3.4.2 1.3.4.2 ---- Regra PermanenteRegra PermanenteRegra PermanenteRegra Permanente ........................................................................................................................................................................................................................................................................................ 39393939

1.4 1.4 1.4 1.4 ---- Lei 10.666/03Lei 10.666/03Lei 10.666/03Lei 10.666/03 ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 40404040

1.5 1.5 1.5 1.5 ---- Medida Provisória nº 242/05Medida Provisória nº 242/05Medida Provisória nº 242/05Medida Provisória nº 242/05........................................................................................................................................................................................................................................................ 40404040

2 2 2 2 ---- REVISÃOREVISÃOREVISÃOREVISÃO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 41414141

2.1 2.1 2.1 2.1 ---- Antes da Lei nº 8.213/91Antes da Lei nº 8.213/91Antes da Lei nº 8.213/91Antes da Lei nº 8.213/91 ............................................................................................................................................................................................................................................................................ 41414141

2.1.1 2.1.1 2.1.1 2.1.1 ---- ORTN/OTN (Lei nº 6.423/77 ORTN/OTN (Lei nº 6.423/77 ORTN/OTN (Lei nº 6.423/77 ORTN/OTN (Lei nº 6.423/77 ---- Súmulas: 2 Súmulas: 2 Súmulas: 2 Súmulas: 2 ---- TRF4; 7 TRF4; 7 TRF4; 7 TRF4; 7 ---- TRF3)TRF3)TRF3)TRF3) .................................................... 41414141

2.1.1.1 2.1.1.1 2.1.1.1 2.1.1.1 ---- Revisão dos SC via administrativa (com processo concessório)Revisão dos SC via administrativa (com processo concessório)Revisão dos SC via administrativa (com processo concessório)Revisão dos SC via administrativa (com processo concessório) ............ 43434343

2.1.1.2 2.1.1.2 2.1.1.2 2.1.1.2 ---- Revisão dos SC via arbitramento (sem processo concessório)Revisão dos SC via arbitramento (sem processo concessório)Revisão dos SC via arbitramento (sem processo concessório)Revisão dos SC via arbitramento (sem processo concessório) .................... 43434343

2.1.2 2.1.2 2.1.2 2.1.2 ---- Revisão dos SC até o teto de 20 salários (Direito Adquirido em Revisão dos SC até o teto de 20 salários (Direito Adquirido em Revisão dos SC até o teto de 20 salários (Direito Adquirido em Revisão dos SC até o teto de 20 salários (Direito Adquirido em

07/1989)07/1989)07/1989)07/1989) ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 44444444

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

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2.1.3 2.1.3 2.1.3 2.1.3 ---- Menor Valor Teto (mVT) Menor Valor Teto (mVT) Menor Valor Teto (mVT) Menor Valor Teto (mVT) ---- 10 salários mínimos10 salários mínimos10 salários mínimos10 salários mínimos ............................................................................................................................ 45454545

2.1.4 2.1.4 2.1.4 2.1.4 ---- Menor Valor Teto Menor Valor Teto Menor Valor Teto Menor Valor Teto –––– Desvinculação do salário mínimoDesvinculação do salário mínimoDesvinculação do salário mínimoDesvinculação do salário mínimo .................................................................................... 45454545

2.1.5 2.1.5 2.1.5 2.1.5 ---- Menor Valor Teto Menor Valor Teto Menor Valor Teto Menor Valor Teto –––– INPCINPCINPCINPC .................................................................................................................................................................................................................................................................... 47474747

2222.1.6 .1.6 .1.6 .1.6 ---- Complementação para 1 SM e 13º salário integral (Art. 201, §§ 5º e 6º Complementação para 1 SM e 13º salário integral (Art. 201, §§ 5º e 6º Complementação para 1 SM e 13º salário integral (Art. 201, §§ 5º e 6º Complementação para 1 SM e 13º salário integral (Art. 201, §§ 5º e 6º

da CF/88)da CF/88)da CF/88)da CF/88) ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 49494949

2.2 2.2 2.2 2.2 ---- Vigência da Lei nº 8.213/91Vigência da Lei nº 8.213/91Vigência da Lei nº 8.213/91Vigência da Lei nº 8.213/91 ........................................................................................................................................................................................................................................................ 51515151

2222.2.1 .2.1 .2.1 .2.1 ---- Artigo 144Artigo 144Artigo 144Artigo 144 ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 51515151

2.2.2 2.2.2 2.2.2 2.2.2 ---- Artigo 145Artigo 145Artigo 145Artigo 145 ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 52525252

2.2.3 2.2.3 2.2.3 2.2.3 ---- IRSM de fevereiro de 1994 (39.67%)IRSM de fevereiro de 1994 (39.67%)IRSM de fevereiro de 1994 (39.67%)IRSM de fevereiro de 1994 (39.67%) ........................................................................................................................................................................................ 53535353

2.2.4 2.2.4 2.2.4 2.2.4 ---- Artigo 29, IIArtigo 29, IIArtigo 29, IIArtigo 29, II ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 54545454

2.2.5 2.2.5 2.2.5 2.2.5 ---- Artigo 29, § 5ºArtigo 29, § 5ºArtigo 29, § 5ºArtigo 29, § 5º ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 57575757

2.2.6 2.2.6 2.2.6 2.2.6 ---- Artigo 26, da Lei nº 8.870/94 (Índice Teto)Artigo 26, da Lei nº 8.870/94 (Índice Teto)Artigo 26, da Lei nº 8.870/94 (Índice Teto)Artigo 26, da Lei nº 8.870/94 (Índice Teto) .................................................................................................................................................... 58585858

2.2.7 2.2.7 2.2.7 2.2.7 ---- Artigo 21, § 3º, da Lei nº 8.880/94 (Índice Teto)Artigo 21, § 3º, da Lei nº 8.880/94 (Índice Teto)Artigo 21, § 3º, da Lei nº 8.880/94 (Índice Teto)Artigo 21, § 3º, da Lei nº 8.880/94 (Índice Teto) .................................................................................................................... 59595959

2.2.8 2.2.8 2.2.8 2.2.8 ---- Emendas Constitucionais 20 e 41Emendas Constitucionais 20 e 41Emendas Constitucionais 20 e 41Emendas Constitucionais 20 e 41 ............................................................................................................................................................................................................ 60606060

CAPÍTULO IICAPÍTULO IICAPÍTULO IICAPÍTULO II ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 63636363

LEIS ESPARSAS DO RGPLEIS ESPARSAS DO RGPLEIS ESPARSAS DO RGPLEIS ESPARSAS DO RGPS (BENEFÍCIOS DE PRES (BENEFÍCIOS DE PRES (BENEFÍCIOS DE PRES (BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO ÚNICA E CONTISTAÇÃO ÚNICA E CONTISTAÇÃO ÚNICA E CONTISTAÇÃO ÚNICA E CONTINUADA, NUADA, NUADA, NUADA,

E POR PERÍODO DELIMIE POR PERÍODO DELIMIE POR PERÍODO DELIMIE POR PERÍODO DELIMITADO)TADO)TADO)TADO) ............................................................................................................................................................................................................................................................................ 63636363

1 1 1 1 ---- BENEFÍCIOS DE PRESTABENEFÍCIOS DE PRESTABENEFÍCIOS DE PRESTABENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO ÚNICAÇÃO ÚNICAÇÃO ÚNICAÇÃO ÚNICA ........................................................................................................................................................................................................................ 63636363

1.1 1.1 1.1 1.1 ---- PecúlioPecúlioPecúlioPecúlio ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 63636363

2 2 2 2 ---- BENEFÍCIOS DE PRESTABENEFÍCIOS DE PRESTABENEFÍCIOS DE PRESTABENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO CONTINUADAÇÃO CONTINUADAÇÃO CONTINUADAÇÃO CONTINUADA ............................................................................................................................................................................ 65656565

2.1 2.1 2.1 2.1 ---- Acidente do Trabalho Acidente do Trabalho Acidente do Trabalho Acidente do Trabalho ---- Área UrbanaÁrea UrbanaÁrea UrbanaÁrea Urbana ........................................................................................................................................................................................................ 65656565

2.1.1 2.1.1 2.1.1 2.1.1 ---- Lei 5.316/67 e alteraçõesLei 5.316/67 e alteraçõesLei 5.316/67 e alteraçõesLei 5.316/67 e alterações ............................................................................................................................................................................................................................................................ 66666666

2.1.2 2.1.2 2.1.2 2.1.2 ---- Lei 6.367/76Lei 6.367/76Lei 6.367/76Lei 6.367/76 ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 69696969

2.1.3 2.1.3 2.1.3 2.1.3 ---- Lei 8.213/91 e alteraçõesLei 8.213/91 e alteraçõesLei 8.213/91 e alteraçõesLei 8.213/91 e alterações ............................................................................................................................................................................................................................................................ 71717171

2.1.4 2.1.4 2.1.4 2.1.4 ---- Lei 9.032/95Lei 9.032/95Lei 9.032/95Lei 9.032/95 ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 73737373

2.1.5 2.1.5 2.1.5 2.1.5 ---- Lei 9.129/95Lei 9.129/95Lei 9.129/95Lei 9.129/95 ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 73737373

2.1.6 2.1.6 2.1.6 2.1.6 ---- Lei 9.528/97Lei 9.528/97Lei 9.528/97Lei 9.528/97 ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 74747474

2.1.7 2.1.7 2.1.7 2.1.7 ---- Observância aos tetos mínimos para pagaObservância aos tetos mínimos para pagaObservância aos tetos mínimos para pagaObservância aos tetos mínimos para pagamento de auxíliomento de auxíliomento de auxíliomento de auxílio----acidente acidente acidente acidente

(espécie 94) e auxílio(espécie 94) e auxílio(espécie 94) e auxílio(espécie 94) e auxílio----suplementar (espécie 95)suplementar (espécie 95)suplementar (espécie 95)suplementar (espécie 95) ............................................................................................................................................................ 74747474

2.2 2.2 2.2 2.2 ---- Acidente do Trabalho Acidente do Trabalho Acidente do Trabalho Acidente do Trabalho ---- Área RuralÁrea RuralÁrea RuralÁrea Rural .................................................................................................................................................................................................................... 75757575

2.3 2.3 2.3 2.3 ---- BeBeBeBenefícios Ruraisnefícios Ruraisnefícios Ruraisnefícios Rurais ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 75757575

2.3.1 2.3.1 2.3.1 2.3.1 ---- Trabalhador RuralTrabalhador RuralTrabalhador RuralTrabalhador Rural ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 76767676

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

8

2.3.1.1 2.3.1.1 2.3.1.1 2.3.1.1 ---- Lei Complementar Lei Complementar Lei Complementar Lei Complementar nº 11/71nº 11/71nº 11/71nº 11/71 .................................................................................................................................................................................................................................... 76767676

2.3.1.2 2.3.1.2 2.3.1.2 2.3.1.2 ---- Lei Complementar Lei Complementar Lei Complementar Lei Complementar nº 16/73nº 16/73nº 16/73nº 16/73 .................................................................................................................................................................................................................................... 77777777

2.3.1.3 2.3.1.3 2.3.1.3 2.3.1.3 ---- Lei Lei Lei Lei nº 8.213/91nº 8.213/91nº 8.213/91nº 8.213/91 ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 77777777

2.3.2 2.3.2 2.3.2 2.3.2 ---- Empregador (Empresário) RuralEmpregador (Empresário) RuralEmpregador (Empresário) RuralEmpregador (Empresário) Rural .................................................................................................................................................................................................................... 77777777

2.3.2.1 2.3.2.1 2.3.2.1 2.3.2.1 ---- Lei nº 6.260/75Lei nº 6.260/75Lei nº 6.260/75Lei nº 6.260/75 ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 77777777

2.4 2.4 2.4 2.4 ---- Benefícios AssistenciaisBenefícios AssistenciaisBenefícios AssistenciaisBenefícios Assistenciais.................................................................................................................................................................................................................................................................................... 79797979

2.4.1 2.4.1 2.4.1 2.4.1 ---- Lei Lei Lei Lei nºnºnºnº 6.179/74 (Renda Mensal Vitalícia e Amparo Previdenciário)6.179/74 (Renda Mensal Vitalícia e Amparo Previdenciário)6.179/74 (Renda Mensal Vitalícia e Amparo Previdenciário)6.179/74 (Renda Mensal Vitalícia e Amparo Previdenciário) ........ 79797979

2.4.2 2.4.2 2.4.2 2.4.2 ---- Constituição Federal de 1988Constituição Federal de 1988Constituição Federal de 1988Constituição Federal de 1988 .................................................................................................................................................................................................................................... 80808080

2.4.3 2.4.3 2.4.3 2.4.3 ---- LLLLei Orgânica da Assistência Social (LOAS) ei Orgânica da Assistência Social (LOAS) ei Orgânica da Assistência Social (LOAS) ei Orgânica da Assistência Social (LOAS) ---- Lei 8.742/93Lei 8.742/93Lei 8.742/93Lei 8.742/93 ................................................................ 81818181

3 3 3 3 ---- BENEFÍCIOS DE PRESTABENEFÍCIOS DE PRESTABENEFÍCIOS DE PRESTABENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO POR PRAZO DELIMIÇÃO POR PRAZO DELIMIÇÃO POR PRAZO DELIMIÇÃO POR PRAZO DELIMITADOTADOTADOTADO ........................................................................................................ 82828282

3.1 3.1 3.1 3.1 ---- Salário MatSalário MatSalário MatSalário Maternidadeernidadeernidadeernidade ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 82828282

CAPÍTULO IIICAPÍTULO IIICAPÍTULO IIICAPÍTULO III ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 85858585

REAJUSTES (DEVIDO E REAJUSTES (DEVIDO E REAJUSTES (DEVIDO E REAJUSTES (DEVIDO E RECEBIDO)RECEBIDO)RECEBIDO)RECEBIDO).................................................................................................................................................................................................................................................... 85858585

1 1 1 1 ---- REAJUSTESREAJUSTESREAJUSTESREAJUSTES ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 85858585

1.1 1.1 1.1 1.1 ---- Período de maio de 1958 a maio de 1979Período de maio de 1958 a maio de 1979Período de maio de 1958 a maio de 1979Período de maio de 1958 a maio de 1979 .................................................................................................................................................................... 85858585

1.2 1.2 1.2 1.2 ---- Período de novembro de 1979 a novembro de 1984Período de novembro de 1979 a novembro de 1984Período de novembro de 1979 a novembro de 1984Período de novembro de 1979 a novembro de 1984 .................................................................................................... 86868686

1.3 1.3 1.3 1.3 ---- Período de maio a novembro de 1985Período de maio a novembro de 1985Período de maio a novembro de 1985Período de maio a novembro de 1985 ............................................................................................................................................................................................ 87878787

1.4 1.4 1.4 1.4 ---- Período de março de 1986 a março de 1989Período de março de 1986 a março de 1989Período de março de 1986 a março de 1989Período de março de 1986 a março de 1989 .................................................................................................................................................... 87878787

1.5 1.5 1.5 1.5 ---- Abril de 1989Abril de 1989Abril de 1989Abril de 1989 ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 90909090

1.6 1.6 1.6 1.6 ---- Período de setembro de 1991 a dezembro de 1992Período de setembro de 1991 a dezembro de 1992Período de setembro de 1991 a dezembro de 1992Período de setembro de 1991 a dezembro de 1992 ........................................................................................................ 90909090

1.6.1 1.6.1 1.6.1 1.6.1 ---- Junho de 1992 (benefíJunho de 1992 (benefíJunho de 1992 (benefíJunho de 1992 (benefícios concedidos entre 06/10/88 e 04/04/91)cios concedidos entre 06/10/88 e 04/04/91)cios concedidos entre 06/10/88 e 04/04/91)cios concedidos entre 06/10/88 e 04/04/91) .... 91919191

1.7 1.7 1.7 1.7 ---- Reajustes a partir de janeiro de 1993Reajustes a partir de janeiro de 1993Reajustes a partir de janeiro de 1993Reajustes a partir de janeiro de 1993 ................................................................................................................................................................................................ 91919191

1.7.1 1.7.1 1.7.1 1.7.1 ---- FAS setembro de 1993FAS setembro de 1993FAS setembro de 1993FAS setembro de 1993 ............................................................................................................................................................................................................................................................................ 92929292

1.7.2 1.7.2 1.7.2 1.7.2 ---- URV URV URV URV ---- março 1994março 1994março 1994março 1994 ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 92929292

1.7.3 1.7.3 1.7.3 1.7.3 ---- IPCIPCIPCIPC----r maio 1995r maio 1995r maio 1995r maio 1995 .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 93939393

1.7.4 1.7.4 1.7.4 1.7.4 ---- IGPIGPIGPIGP----DI maio 1996DI maio 1996DI maio 1996DI maio 1996 ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 93939393

1.7.5 1.7.5 1.7.5 1.7.5 ---- Índices das Leis nº 9.711/98 e 8.213/91Índices das Leis nº 9.711/98 e 8.213/91Índices das Leis nº 9.711/98 e 8.213/91Índices das Leis nº 9.711/98 e 8.213/91 .................................................................................................................................................................... 94949494

2 2 2 2 ---- SÚMULA SÚMULA SÚMULA SÚMULA ---- 260, DO EXTINTO TFR260, DO EXTINTO TFR260, DO EXTINTO TFR260, DO EXTINTO TFR ........................................................................................................................................................................................................................................ 94949494

3 3 3 3 ---- ARTIGO 58, DO ADCT ARTIGO 58, DO ADCT ARTIGO 58, DO ADCT ARTIGO 58, DO ADCT ---- CF/88CF/88CF/88CF/88 ............................................................................................................................................................................................................................................................ 97979797

4 4 4 4 ---- REAJUSTE 147,06%REAJUSTE 147,06%REAJUSTE 147,06%REAJUSTE 147,06% ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 98989898

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

9

4.1 4.1 4.1 4.1 ---- Forma de Reajustamento e Forma de Reajustamento e Forma de Reajustamento e Forma de Reajustamento e Pagamento dos Benefícios do Rio de Janeiro Pagamento dos Benefícios do Rio de Janeiro Pagamento dos Benefícios do Rio de Janeiro Pagamento dos Benefícios do Rio de Janeiro

e São Pauloe São Pauloe São Pauloe São Paulo .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 100100100100

4.2 4.2 4.2 4.2 ---- Forma de Reajustamento e Pagamento dos Benefícios dos demais Forma de Reajustamento e Pagamento dos Benefícios dos demais Forma de Reajustamento e Pagamento dos Benefícios dos demais Forma de Reajustamento e Pagamento dos Benefícios dos demais

EstadosEstadosEstadosEstados ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 101101101101

5 5 5 5 ---- ORDEM DE SERVIÇO 121ORDEM DE SERVIÇO 121ORDEM DE SERVIÇO 121ORDEM DE SERVIÇO 121 ................................................................................................................................................................................................................................................................................ 102102102102

CAPÍTULO IVCAPÍTULO IVCAPÍTULO IVCAPÍTULO IV ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 104104104104

CORREÇÃO MONETÁRIACORREÇÃO MONETÁRIACORREÇÃO MONETÁRIACORREÇÃO MONETÁRIA ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 104104104104

1 1 1 1 ---- ASPECTOS HISTÓRICOSASPECTOS HISTÓRICOSASPECTOS HISTÓRICOSASPECTOS HISTÓRICOS ........................................................................................................................................................................................................................................................................................ 104104104104

1.1 1.1 1.1 1.1 ---- Planos EconômicosPlanos EconômicosPlanos EconômicosPlanos Econômicos ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 105105105105

1.1.1 1.1.1 1.1.1 1.1.1 ---- Plano cruzadoPlano cruzadoPlano cruzadoPlano cruzado ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 105105105105

1.1.2 1.1.2 1.1.2 1.1.2 ---- Plano verão (cruzados novos)Plano verão (cruzados novos)Plano verão (cruzados novos)Plano verão (cruzados novos) ............................................................................................................................................................................................................................ 106106106106

1.1.3 1.1.3 1.1.3 1.1.3 ---- Plano collorPlano collorPlano collorPlano collor ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 106106106106

1.1.4 1.1.4 1.1.4 1.1.4 ---- Cruzeiro real (não intCruzeiro real (não intCruzeiro real (não intCruzeiro real (não intitulado de plano)itulado de plano)itulado de plano)itulado de plano) .................................................................................................................................................................... 106106106106

1.1.5 1.1.5 1.1.5 1.1.5 ---- Plano realPlano realPlano realPlano real .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 107107107107

2 2 2 2 ---- ASPECTOS PRÁTICOSASPECTOS PRÁTICOSASPECTOS PRÁTICOSASPECTOS PRÁTICOS .................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 107107107107

2.1 2.1 2.1 2.1 ---- Linhas de Correção MonetáriaLinhas de Correção MonetáriaLinhas de Correção MonetáriaLinhas de Correção Monetária .................................................................................................................................................................................................................................... 109109109109

2.1.1 2.1.1 2.1.1 2.1.1 ---- Verificação/análise da linha de correção monetáriaVerificação/análise da linha de correção monetáriaVerificação/análise da linha de correção monetáriaVerificação/análise da linha de correção monetária ........................................................................................ 110110110110

3 3 3 3 ---- INDEXADORESINDEXADORESINDEXADORESINDEXADORES ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 111111111111

3.1 3.1 3.1 3.1 ---- ORTNORTNORTNORTN ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 112112112112

3.2 3.2 3.2 3.2 ---- OTNOTNOTNOTN ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 112112112112

3.3 3.3 3.3 3.3 ---- BTNBTNBTNBTN .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 112112112112

3.4 3.4 3.4 3.4 ---- INPCINPCINPCINPC ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 113113113113

3.5 3.5 3.5 3.5 ---- IRSMIRSMIRSMIRSM ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 114114114114

3.6 3.6 3.6 3.6 ---- URV URV URV URV ---- REALREALREALREAL .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 114114114114

3.6.1 3.6.1 3.6.1 3.6.1 ---- URV e as parcelas pagas em atrasoURV e as parcelas pagas em atrasoURV e as parcelas pagas em atrasoURV e as parcelas pagas em atraso .................................................................................................................................................................................... 114114114114

3.7 3.7 3.7 3.7 ---- IPCIPCIPCIPC----rrrr ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 115115115115

3.8 3.8 3.8 3.8 ---- INPCINPCINPCINPC ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 115115115115

3.9 3.9 3.9 3.9 ---- IGPIGPIGPIGP----DIDIDIDI .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 115115115115

3.10 3.10 3.10 3.10 ---- Unificação de Índices (reajustamento/correção monetária)Unificação de Índices (reajustamento/correção monetária)Unificação de Índices (reajustamento/correção monetária)Unificação de Índices (reajustamento/correção monetária) ............................................ 116116116116

3.11 3.11 3.11 3.11 ---- UFIR e IPCAUFIR e IPCAUFIR e IPCAUFIR e IPCA----EEEE ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 116116116116

3.11.1 3.11.1 3.11.1 3.11.1 ---- Fórmula do cálculo da UFIRFórmula do cálculo da UFIRFórmula do cálculo da UFIRFórmula do cálculo da UFIR ................................................................................................................................................................................................................................ 117117117117

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

10

3.11.2 3.11.2 3.11.2 3.11.2 ---- Extinção da UFIRExtinção da UFIRExtinção da UFIRExtinção da UFIR ................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 117117117117

3.12 3.12 3.12 3.12 ---- Taxa Referencial Taxa Referencial Taxa Referencial Taxa Referencial –––– TRTRTRTR ................................................................................................................................................................................................................................................................................ 118118118118

3.12.1 3.12.1 3.12.1 3.12.1 ---- Lei 11.960/09Lei 11.960/09Lei 11.960/09Lei 11.960/09 .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 118118118118

4 4 4 4 ---- EXPURGOS INFLACIONÁREXPURGOS INFLACIONÁREXPURGOS INFLACIONÁREXPURGOS INFLACIONÁRIOSIOSIOSIOS ........................................................................................................................................................................................................................................................ 118118118118

4.1 4.1 4.1 4.1 ---- Janeiro de 1989 = 42,72%Janeiro de 1989 = 42,72%Janeiro de 1989 = 42,72%Janeiro de 1989 = 42,72% ........................................................................................................................................................................................................................................................ 111119191919

4.2 4.2 4.2 4.2 ---- Fevereiro de 1989 = 6,31%:Fevereiro de 1989 = 6,31%:Fevereiro de 1989 = 6,31%:Fevereiro de 1989 = 6,31%:................................................................................................................................................................................................................................................ 119119119119

4.3 4.3 4.3 4.3 ---- Março de 1990 = 30,46%Março de 1990 = 30,46%Março de 1990 = 30,46%Março de 1990 = 30,46% ................................................................................................................................................................................................................................................................ 120120120120

4.4 4.4 4.4 4.4 ---- Abril de 1990 = 44,80%Abril de 1990 = 44,80%Abril de 1990 = 44,80%Abril de 1990 = 44,80% ........................................................................................................................................................................................................................................................................ 120120120120

4.5 4.5 4.5 4.5 ---- Maio de 1990 = 2,36%Maio de 1990 = 2,36%Maio de 1990 = 2,36%Maio de 1990 = 2,36% ................................................................................................................................................................................................................................................................................ 121121121121

4.6 4.6 4.6 4.6 ---- Fevereiro de 1991 = 1,38% (IPC/INPC)Fevereiro de 1991 = 1,38% (IPC/INPC)Fevereiro de 1991 = 1,38% (IPC/INPC)Fevereiro de 1991 = 1,38% (IPC/INPC) ................................................................................................................................................................................ 121121121121

4.7 4.7 4.7 4.7 ---- Fevereiro de 1991 = 13,89% (IPC/TR)Fevereiro de 1991 = 13,89% (IPC/TR)Fevereiro de 1991 = 13,89% (IPC/TR)Fevereiro de 1991 = 13,89% (IPC/TR) .................................................................................................................................................................................... 121121121121

5 5 5 5 ---- EXPURGOS SUMULADOSEXPURGOS SUMULADOSEXPURGOS SUMULADOSEXPURGOS SUMULADOS ................................................................................................................................................................................................................................................................................ 122122122122

6 6 6 6 ---- TABELAS DE CORREÇÃO TABELAS DE CORREÇÃO TABELAS DE CORREÇÃO TABELAS DE CORREÇÃO MONETÁRIA MONETÁRIA MONETÁRIA MONETÁRIA ---- REGRA GERALREGRA GERALREGRA GERALREGRA GERAL ................................................................................................ 123123123123

6.1 6.1 6.1 6.1 ---- Ações PrevidenciáriasAções PrevidenciáriasAções PrevidenciáriasAções Previdenciárias .................................................................................................................................................................................................................................................................................... 123123123123

6.2 6.2 6.2 6.2 ---- Honorários, Multas, Custas e Despesas JudiciaisHonorários, Multas, Custas e Despesas JudiciaisHonorários, Multas, Custas e Despesas JudiciaisHonorários, Multas, Custas e Despesas Judiciais ........................................................................................................................ 124124124124

6.3 6.3 6.3 6.3 ---- Ação RegressivaAção RegressivaAção RegressivaAção Regressiva........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 125125125125

CAPÍTULO VCAPÍTULO VCAPÍTULO VCAPÍTULO V.................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 126126126126

JUROSJUROSJUROSJUROS .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 126126126126

1 1 1 1 ---- CONCEITOCONCEITOCONCEITOCONCEITO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 126126126126

1.1 1.1 1.1 1.1 ---- IncidênciaIncidênciaIncidênciaIncidência ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 126126126126

2 2 2 2 ---- JUROS SIMPLES E COMPJUROS SIMPLES E COMPJUROS SIMPLES E COMPJUROS SIMPLES E COMPOSTOSOSTOSOSTOSOSTOS ............................................................................................................................................................................................................................................ 127127127127

2.1 2.1 2.1 2.1 ---- Juros SimplesJuros SimplesJuros SimplesJuros Simples ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 127127127127

2.2.2.2.2 2 2 2 ---- Juros Compostos ou CapitalizadosJuros Compostos ou CapitalizadosJuros Compostos ou CapitalizadosJuros Compostos ou Capitalizados ............................................................................................................................................................................................................ 127127127127

3 3 3 3 ---- JUROS CAPITALIZADOS JUROS CAPITALIZADOS JUROS CAPITALIZADOS JUROS CAPITALIZADOS ---- VEDAÇÃOVEDAÇÃOVEDAÇÃOVEDAÇÃO ................................................................................................................................................................................................................ 128128128128

4 4 4 4 ---- SELICSELICSELICSELIC .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 128128128128

5 5 5 5 ---- JUROS JUROS JUROS JUROS ---- LEI 11.960/09LEI 11.960/09LEI 11.960/09LEI 11.960/09 ................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 130130130130

6 6 6 6 ---- JUROS JUROS JUROS JUROS ---- LEI 12.703/12LEI 12.703/12LEI 12.703/12LEI 12.703/12 ................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 131131131131

7 7 7 7 ---- JUROS NEGATIVOSJUROS NEGATIVOSJUROS NEGATIVOSJUROS NEGATIVOS .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 132132132132

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8 8 8 8 ---- TABELA DE JUROS TABELA DE JUROS TABELA DE JUROS TABELA DE JUROS ---- REGRA GERALREGRA GERALREGRA GERALREGRA GERAL .................................................................................................................................................................................................................... 132132132132

CAPÍTULO VICAPÍTULO VICAPÍTULO VICAPÍTULO VI ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 135135135135

HONORÁRIOS ADVOCATÍCHONORÁRIOS ADVOCATÍCHONORÁRIOS ADVOCATÍCHONORÁRIOS ADVOCATÍCIOSIOSIOSIOS .................................................................................................................................................................................................................................................................... 135135135135

1 1 1 1 ---- CONCEITOCONCEITOCONCEITOCONCEITO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 135135135135

2 2 2 2 ---- HONORÁRIOS NA AÇÃO DHONORÁRIOS NA AÇÃO DHONORÁRIOS NA AÇÃO DHONORÁRIOS NA AÇÃO DE CONHECIMENTOE CONHECIMENTOE CONHECIMENTOE CONHECIMENTO ........................................................................................................................................................ 135135135135

3333 ---- HONORÁRIOS NA AÇÃO DHONORÁRIOS NA AÇÃO DHONORÁRIOS NA AÇÃO DHONORÁRIOS NA AÇÃO DE EXECUÇÃOE EXECUÇÃOE EXECUÇÃOE EXECUÇÃO ........................................................................................................................................................................................ 136136136136

4 4 4 4 ---- HONORÁRIOS NOS EMBARHONORÁRIOS NOS EMBARHONORÁRIOS NOS EMBARHONORÁRIOS NOS EMBARGOS À EXECUÇÃOGOS À EXECUÇÃOGOS À EXECUÇÃOGOS À EXECUÇÃO .................................................................................................................................................... 136136136136

5 5 5 5 ---- ATUALIZAÇÃO MONETÁRIATUALIZAÇÃO MONETÁRIATUALIZAÇÃO MONETÁRIATUALIZAÇÃO MONETÁRIA A A A ---- REGRA GERALREGRA GERALREGRA GERALREGRA GERAL ................................................................................................................................................................ 137137137137

6 6 6 6 ---- JUROS MORATÓRIOS JUROS MORATÓRIOS JUROS MORATÓRIOS JUROS MORATÓRIOS ---- REGRA GERALREGRA GERALREGRA GERALREGRA GERAL .................................................................................................................................................................................................... 137137137137

CAPÍTULO VIICAPÍTULO VIICAPÍTULO VIICAPÍTULO VII ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 138138138138

HONORÁRIOS HONORÁRIOS HONORÁRIOS HONORÁRIOS PERICIAISPERICIAISPERICIAISPERICIAIS ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 138138138138

1 1 1 1 ---- HONORÁRIOS PERICIAISHONORÁRIOS PERICIAISHONORÁRIOS PERICIAISHONORÁRIOS PERICIAIS NAS AÇÕES ACIDENTÁRINAS AÇÕES ACIDENTÁRINAS AÇÕES ACIDENTÁRINAS AÇÕES ACIDENTÁRIASASASAS ........................................................................................................ 138138138138

2 2 2 2 ---- HONORÁRIOS PERICIAISHONORÁRIOS PERICIAISHONORÁRIOS PERICIAISHONORÁRIOS PERICIAIS NAS AÇÕES DOS JUIZADNAS AÇÕES DOS JUIZADNAS AÇÕES DOS JUIZADNAS AÇÕES DOS JUIZADOS ESPECIAISOS ESPECIAISOS ESPECIAISOS ESPECIAIS ........................................ 138138138138

3 3 3 3 ---- HONORÁRIOS PERICIAISHONORÁRIOS PERICIAISHONORÁRIOS PERICIAISHONORÁRIOS PERICIAIS NAS AÇÕES ORDINÁRIASNAS AÇÕES ORDINÁRIASNAS AÇÕES ORDINÁRIASNAS AÇÕES ORDINÁRIAS ........................................................................................................................ 138138138138

4 4 4 4 ---- ATUALIZAÇÃO MONETÁRIATUALIZAÇÃO MONETÁRIATUALIZAÇÃO MONETÁRIATUALIZAÇÃO MONETÁRIA A A A ---- REGRA GERALREGRA GERALREGRA GERALREGRA GERAL ................................................................................................................................................................ 139139139139

CAPÍTULO VIIICAPÍTULO VIIICAPÍTULO VIIICAPÍTULO VIII ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 140140140140

MULTASMULTASMULTASMULTAS ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 140140140140

1 1 1 1 ---- VALOR DIÁRIOVALOR DIÁRIOVALOR DIÁRIOVALOR DIÁRIO ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 140140140140

2 2 2 2 ---- PERCENTUAL SOBRE O VPERCENTUAL SOBRE O VPERCENTUAL SOBRE O VPERCENTUAL SOBRE O VALOR DA CAUSAALOR DA CAUSAALOR DA CAUSAALOR DA CAUSA ........................................................................................................................................................................ 140140140140

3 3 3 3 ---- PERCENTUAL SOBRE O VPERCENTUAL SOBRE O VPERCENTUAL SOBRE O VPERCENTUAL SOBRE O VALOR DA CONDENAÇÃOALOR DA CONDENAÇÃOALOR DA CONDENAÇÃOALOR DA CONDENAÇÃO ............................................................................................................................ 141141141141

4 4 4 4 ---- ATUALIZAÇÃO MONETÁRATUALIZAÇÃO MONETÁRATUALIZAÇÃO MONETÁRATUALIZAÇÃO MONETÁRIA IA IA IA ---- REGRA GERALREGRA GERALREGRA GERALREGRA GERAL ................................................................................................................................................................ 142142142142

CAPÍTULO IXCAPÍTULO IXCAPÍTULO IXCAPÍTULO IX ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 143143143143

CUSTAS E DESPESAS JUCUSTAS E DESPESAS JUCUSTAS E DESPESAS JUCUSTAS E DESPESAS JUDICIAISDICIAISDICIAISDICIAIS ............................................................................................................................................................................................................................................................ 143143143143

1 1 1 1 ---- INCIDÊNCIAINCIDÊNCIAINCIDÊNCIAINCIDÊNCIA ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 143143143143

2 2 2 2 ---- ATUALIZAÇÃO MONETÁRIATUALIZAÇÃO MONETÁRIATUALIZAÇÃO MONETÁRIATUALIZAÇÃO MONETÁRIA A A A ---- REGRA GERALREGRA GERALREGRA GERALREGRA GERAL ................................................................................................................................................................ 143143143143

CAPÍTULO XCAPÍTULO XCAPÍTULO XCAPÍTULO X.................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 145145145145

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REQUISIÇÕES DE PAGAMREQUISIÇÕES DE PAGAMREQUISIÇÕES DE PAGAMREQUISIÇÕES DE PAGAMENTOS (PRECATÓRIO/RPENTOS (PRECATÓRIO/RPENTOS (PRECATÓRIO/RPENTOS (PRECATÓRIO/RPV)V)V)V) ................................................................................................................................ 145145145145

1 1 1 1 ---- REQUISIÇÕESREQUISIÇÕESREQUISIÇÕESREQUISIÇÕES .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 145145145145

1.1 1.1 1.1 1.1 ---- Débito de Natureza AlimentarDébito de Natureza AlimentarDébito de Natureza AlimentarDébito de Natureza Alimentar .................................................................................................................................................................................................................................... 145145145145

1.1.1 1.1.1 1.1.1 1.1.1 ---- Emenda Constitucional nº 62/09Emenda Constitucional nº 62/09Emenda Constitucional nº 62/09Emenda Constitucional nº 62/09 ........................................................................................................................................................................................................ 146146146146

1.2 1.2 1.2 1.2 ---- Débitos de Natureza Não AlimentarDébitos de Natureza Não AlimentarDébitos de Natureza Não AlimentarDébitos de Natureza Não Alimentar ................................................................................................................................................................................................ 147147147147

2 2 2 2 ---- PAGAMENTOPAGAMENTOPAGAMENTOPAGAMENTO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 148148148148

3 3 3 3 ---- SALDO REMANESCENTESALDO REMANESCENTESALDO REMANESCENTESALDO REMANESCENTE .................................................................................................................................................................................................................................................................................... 149149149149

4 4 4 4 ---- ATUALIZAÇÃO MONETÁRIATUALIZAÇÃO MONETÁRIATUALIZAÇÃO MONETÁRIATUALIZAÇÃO MONETÁRIA A A A ---- REGRA GERALREGRA GERALREGRA GERALREGRA GERAL ................................................................................................................................................................ 150150150150

5 5 5 5 ---- JUROS MORATÓRIOS JUROS MORATÓRIOS JUROS MORATÓRIOS JUROS MORATÓRIOS ---- REGRA GERALREGRA GERALREGRA GERALREGRA GERAL .................................................................................................................................................................................................... 150150150150

CAPÍTULO XICAPÍTULO XICAPÍTULO XICAPÍTULO XI ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 151151151151

FERRAMENTAS DE CÁLCUFERRAMENTAS DE CÁLCUFERRAMENTAS DE CÁLCUFERRAMENTAS DE CÁLCULOLOLOLO ............................................................................................................................................................................................................................................................................ 151151151151

1 1 1 1 ---- AOR AOR AOR AOR ---- AÇÃO ORDINÁRIA REVISAÇÃO ORDINÁRIA REVISAÇÃO ORDINÁRIA REVISAÇÃO ORDINÁRIA REVISIONALIONALIONALIONAL ........................................................................................................................................................................................................ 151151151151

2 2 2 2 ---- PCALC PCALC PCALC PCALC ---- VERSÃO ACCESSVERSÃO ACCESSVERSÃO ACCESSVERSÃO ACCESS ............................................................................................................................................................................................................................................................................ 151151151151

ANEXOSANEXOSANEXOSANEXOS ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 153153153153

ANEXO 1 ANEXO 1 ANEXO 1 ANEXO 1 ---- TABELA DE TABELA DE TABELA DE TABELA DE FATORES DE CORREÇÃO FATORES DE CORREÇÃO FATORES DE CORREÇÃO FATORES DE CORREÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES DODAS CONTRIBUIÇÕES DODAS CONTRIBUIÇÕES DODAS CONTRIBUIÇÕES DOS S S S

EMPREGADORES RURAISEMPREGADORES RURAISEMPREGADORES RURAISEMPREGADORES RURAIS .................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 153153153153

ANEXO 2 ANEXO 2 ANEXO 2 ANEXO 2 ---- TABELA DE EXPURGTABELA DE EXPURGTABELA DE EXPURGTABELA DE EXPURGOS INFLACIONÁRIOSOS INFLACIONÁRIOSOS INFLACIONÁRIOSOS INFLACIONÁRIOS ................................................................................................................................ 156156156156

ANEXO 3 ANEXO 3 ANEXO 3 ANEXO 3 ---- TABELA DE TABELA DE TABELA DE TABELA DE PADRÕES MONETÁRIOS PADRÕES MONETÁRIOS PADRÕES MONETÁRIOS PADRÕES MONETÁRIOS –––– MOEDAS BRASILEIRASMOEDAS BRASILEIRASMOEDAS BRASILEIRASMOEDAS BRASILEIRAS ........ 157157157157

ANEXO 4 ANEXO 4 ANEXO 4 ANEXO 4 ---- TABELA DE SIGLAS UTITABELA DE SIGLAS UTITABELA DE SIGLAS UTITABELA DE SIGLAS UTILIZADAS NESTLIZADAS NESTLIZADAS NESTLIZADAS NESTE MANUAL E NO INSSE MANUAL E NO INSSE MANUAL E NO INSSE MANUAL E NO INSS ................ 158158158158

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CAPÍTULO ICAPÍTULO ICAPÍTULO ICAPÍTULO I

CÁLCULO DO SALÁRIO DE BENEFÍCIO (SB) E DA RENDA MENSAL INICIAL (RMI) CÁLCULO DO SALÁRIO DE BENEFÍCIO (SB) E DA RENDA MENSAL INICIAL (RMI) CÁLCULO DO SALÁRIO DE BENEFÍCIO (SB) E DA RENDA MENSAL INICIAL (RMI) CÁLCULO DO SALÁRIO DE BENEFÍCIO (SB) E DA RENDA MENSAL INICIAL (RMI)

---- CONCESSÃO E REVISÃOCONCESSÃO E REVISÃOCONCESSÃO E REVISÃOCONCESSÃO E REVISÃO

1 - CONCESSÃO

A concessão do benefício por decisão judicial deve observar

fielmente o que foi decidido pelo Poder Judiciário, respeitando os parâmetros

definidos na interpretação do julgado por Procurador Federal.

Em regra, para o cálculo do salário-de-benefício (SB) e da renda

mensal inicial (RMI) dos benefícios da área urbana regidos pela legislação

previdenciária, o período básico de cálculo (PBC) é constituído com base nos

salários-de-contribuição (SC) imediatamente anteriores ao mês do

requerimento ou do afastamento da atividade.

Em se tratando de processo em tramitação no Juizado Especial

Federal (JEF), é comum encontrarmos cálculos nos autos em razão de ser

proferida sentença líquida. Neste caso, é necessária sua conferência para

identificar possível erro material.

Ao elaborar a análise de cálculo, que identificou o valor de renda

mensal inicial (RMI), deve-se observar a legislação vigente na data de sua

concessão, salvo determinação judicial em contrário definida por Procurador

Federal.

A legislação aplicável ao tema abordado são as seguintes:

• Leis nº 3.807/60 e 8.213/91, com as alterações introduzidas através das Leis nº 4.130/62, 4.355/64, 5.540-A/68, 5.890/73, 6.210/75, 6.438/77, 6.887/80, 6.950/81,

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8.870/94, 9.032/95, 9.528//97, 9.876/99, 10.403/02 e 10.666/03;

• Decretos-Leis nº 66/66, 710/69 e 795/69; • Emendas Constitucionais nº 18/81 e 20/98; • Medida Provisória nº 242/05; • Regulamentos - Decretos nº 72.771/73, 83.080/79, 357/91,

611/92, 2.172/97 e 3.048/99 e, • CLPS’s - Decretos nº 77.077/76 e 89.312/84.

A concessão dos benefícios de pecúlio, os decorrentes de

acidente do trabalho, da área rural, salário maternidade e os assistenciais,

terão sua abordagem em tópicos próprios, haja vista suas especificidades.

1.1 1.1 1.1 1.1 ---- Direito AdquiridoDireito AdquiridoDireito AdquiridoDireito Adquirido

O artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal, estabelece

que a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa

julgada.

Esses institutos surgiram da necessidade de obstaculizar a

retroatividade de leis e normas que atingissem situação jurídica

consolidada.

O direito adquirido foi salvaguardado no artigo 57 da Lei

3.807/60, com a redação dada pela Lei 5.890/73, e pelo artigo 102 da Lei

8.213/91, em sua redação original, assegurando a concessão de

aposentadoria ou pensão na situação em que o segurado já havia

preenchidos todos os requisitos exigidos pela norma de regência, mesmo

após a perda da qualidade de segurado. Denominado de “cálculo na DAT”Denominado de “cálculo na DAT”Denominado de “cálculo na DAT”Denominado de “cálculo na DAT”.

Posteriormente, mediante a edição da MP nº 1.523-9/97,

reeditada até a conversão da Lei nº 9.528/97, houve alteração do artigo 102

da Lei 8.213/91, que “teve por escopo aclarar a questão e dirimir qualquer

dúvida, havendo um aperfeiçoamento técnico na norma, que passou assim a

dispor” (citação de parte do Voto da Ministra Laurita Vaz, do STJ, no REsp

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965.562/CE, publicado no DJ 05.06.2009). A Citada norma é do seguinte

teor:

Art. 102 - A perda da qualidade de segurado importa em caducidade dos direitos inerentes a essa qualidade. § 1º - A perda da qualidade de segurado não prejudica o direito à aposentadoria para cuja concessão tenham sido preenchidos todos os requisitos, segundo a legislação em vigor à época em que estes requisitos foram atendidos. § 2º - Não será concedida pensão por morte aos dependentes do segurado que falecer após a perda desta qualidade, nos termos do art. 15 desta Lei, salvo se preenchidos os requisitos para obtenção da aposentadoria na forma do parágrafo anterior.

Diante desse contexto, é garantida ao ex-segurado a

aposentadoria para cuja concessão tenham sido preenchidas todas as

condições, segundo a legislação em vigor à época em que estes requisitos

foram atendidos.

É assegurada, também, a concessão de pensão por morte aos

dependentes do segurado que preencheu todos os requisitos para

aposentadoria, antes da perda desta qualidade.

O artigo 122 da Lei 8.213/91, com a redação dada pela MP

1.523-9, de 27/06/97, reeditada até a sua conversão na Lei 9.528/97,

também destaca o princípio do direito adquirido ao assegurar o direito à

aposentadoria, nas condições legalmente previstas na data do cumprimento

de todos os requisitos necessários à obtenção do benefício, ao segurado

que, tendo completado 35 anos de serviço, se homem, ou trinta anos, se

mulher, optou por permanecer em atividade. Denominado de “cálculo na Denominado de “cálculo na Denominado de “cálculo na Denominado de “cálculo na

DDA”DDA”DDA”DDA”.

A Emenda Constitucional nº 20/98, através de seu art. 3º,

assegurou o princípio do direito adquirido ao garantir “a concessão de

aposentadoria e pensão, a qualquer tempo, aos servidores públicos e aos

segurados do regime geral de previdência social, bem como aos seus

dependentes, que, até a data da publicação desta Emenda, tenham

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cumprido os requisitos para a obtenção destes benefícios, com base nos

critérios da legislação então vigente”. Denominado de “cálculo na DPE”Denominado de “cálculo na DPE”Denominado de “cálculo na DPE”Denominado de “cálculo na DPE”.

A Lei nº 9.876/99 resguardou o princípio do direito adquirido na

forma do seu art. 6º, dispondo que: “é garantido ao segurado que até o dia

anterior à data de publicação desta lei tenha cumprido os requisitos para a

concessão de benefício o cálculo segundo as regras até então vigentes.”

Denominado de Denominado de Denominado de Denominado de ““““cálculo na DPLcálculo na DPLcálculo na DPLcálculo na DPL””””,

Nesses casos, o INSS deve efetuar o cálculo do SB e da RMI com

base na legislação em vigor na data em que o segurado adquiriu o direito

(DAT, DDA, DPE ou DPL) = data de início do benefício (DIB). Em seguida, a

RMI é reajustada com os mesmos índices e datas de reajuste dos benefícios

do regime geral, até a data de entrada do requerimento (DER) = Data de

início do pagamento (DIP). O valor encontrado será a renda inicial

reajustada do benefício que está sendo concedido.

O Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto

3.048/99 e alterações, também, dá ênfase ao direito adquirido, delineando

parâmetros para a sua aplicação, como segue:

a) cálculo na DATcálculo na DATcálculo na DATcálculo na DAT – A RMI é obtida na forma dos §§ 1º e 3º do art. 180 e de conformidade com a regra imposta no § 9º do art. 32, o qual determina que o cálculo do valor inicial do benefício será calculado considerando como período básico de calculo os meses de contribuição imediatamente anteriores ao mês em que o segurado completou o tempo de contribuição, 30 anos para a mulher e 35 anos para o homem, sendo o requisito de tempo de contribuição moldado à regra imposta no § 1º do art. 180, que remete o direito às regras legais vigentes na data em que o segurado implementou todos os requisitos. Devendo ainda, ser observado o contido no § 2º do art. 35, cuja redação determina que a RMI apurada seja reajustada pelos índices de reajustamentos aplicados aos benefícios, até a DER, não sendo devido qualquer pagamento relativamente a período anterior a esta data;

b) cálculo na DDAcálculo na DDAcálculo na DDAcálculo na DDA – A RMI é obtida na forma dos §§ 3º e 4º do art. 56 e de conformidade com o § 9º do art. 32,

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determinando que o cálculo do valor inicial do benefício será calculado considerando-se como período básico de cálculo os meses de contribuição imediatamente anteriores ao mês em que o segurado completou o tempo de contribuição, 30 anos para a mulher e 35 anos para o homem. Devendo ainda, ser observado o disposto no § 2º do art. 35, cuja redação determina que a RMI apurada seja reajustada pelos índices de reajustamentos aplicados aos benefícios, até a DER, não sendo devido qualquer pagamento relativamente a período anterior a esta data;

c) cálculo na DPEcálculo na DPEcálculo na DPEcálculo na DPE – A RMI é obtida na forma do art. 187 e seu parágrafo único, sendo a RMI calculada com base nos trinta e seis últimos salários-de-contribuição anteriores a Emenda Constitucional nº 20, de 16 de dezembro de 1998, e posteriormente reajustada pelos mesmos índices aplicados aos benefícios, até a data da entrada do requerimento, não sendo devido qualquer pagamento relativamente a período anterior a esta data, observado, quando couber, o disposto no § 9º do art. 32 e nos §§ 3º e 4º do art. 56 e,

d) cálculo na DPLcálculo na DPLcálculo na DPLcálculo na DPL – A RMI é obtida na forma do art. 188-B, sendo o cálculo segundo as regras até então vigentes, considerando-se como período básico de cálculo os trinta e seis meses imediatamente anteriores a data anterior a publicação da Lei nº 9.876/99, de 29 de novembro de 1999, observado o § 2º do art. 35, cuja redação determina que a RMI apurada seja reajustada pelos índices de reajustamentos aplicados aos benefícios, até a DER, não sendo devido qualquer pagamento relativamente a período anterior a esta data.

1.2 1.2 1.2 1.2 ---- Vigência da Lei nº 3.807/60 e alteraçõesVigência da Lei nº 3.807/60 e alteraçõesVigência da Lei nº 3.807/60 e alteraçõesVigência da Lei nº 3.807/60 e alterações

1.2.1 1.2.1 1.2.1 1.2.1 ---- Lei nº 3.807/60Lei nº 3.807/60Lei nº 3.807/60Lei nº 3.807/60

No período compreendido entre 05/09/60 e 28/07/69, o cálculo

do salário de benefício (SB) era obtido através da média aritmética simples

dos 12 (doze) últimos salários-de-contribuição (SC), sem qualquer correção

monetária (valores nominais). Para a fixação do período básico de cálculo

(PBC), considerava-se até o mês anterior ao do óbito do segurado, no caso

de pensão, ou ao início do benefício nos demais casos. Portanto, inexistia no

período em questão qualquer distinção entre as espécies de benefício para a

apuração do SB.

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Na ocorrência de transformação (auxílio-doença em

aposentadoria por invalidez) e de conversão (auxílio-doença ou

aposentadoria por invalidez em aposentadoria por velhice), o SB era

identificado através daquele calculado no benefício originário devidamente

reajustado com os mesmos índices e datas de reajuste dos benefícios do

regime geral, até a data da transformação ou da conversão.

A partir de 29/07/69, data da entrada em vigor do Decretodata da entrada em vigor do Decretodata da entrada em vigor do Decretodata da entrada em vigor do Decreto----Lei nº Lei nº Lei nº Lei nº

710710710710, até 10/06/73, o cálculo do salário de benefício (SB) das espécies de

aposentadorias e abono de permanência em serviço, passou a ser calculado

em 1/36 (um trinta e seis avos) da soma dos salários-de-contribuição

imediatamente anteriores ao mês do afastamento da atividade, até o

máximo de trinta e seis, apurados em período não superior a quarenta e oito

meses. Nesses casos, os salários-de-contribuição anteriores aos doze

últimos meses eram previamente corrigidos de acordo com coeficientes de

reajustamento periodicamente estabelecidos pelo Serviço Atuarial do

Ministério do Trabalho e Previdência Social.

Manteve-se o cálculo do SB apurado através da média aritmética

simples dos 12 (doze) últimos salários-de-contribuição (SC), sem correção

monetária, somente para os benefícios de auxílio-doença, aposentadoria por

invalidez, pensão por morte e auxílio reclusão, bem como daqueles

decorrentes de transformação ou de conversão.

Nesses períodos, a legislação não previa tratamento

diferenciado para o cálculo do SB em razão de múltipla atividade, pois as

contribuições vertidas no mês eram consideradas como se únicas fossem.

O valor do SB não podia ser inferior ao salário mínimo do local

de trabalho (LT) de adulto ou de menor, conforme o caso, nem superior a 5

(cinco) vezes o maior salário mínimo vigente no País. Com o advento do Com o advento do Com o advento do Com o advento do

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DecretoDecretoDecretoDecreto----Lei nº 66/66 (22/11/66)Lei nº 66/66 (22/11/66)Lei nº 66/66 (22/11/66)Lei nº 66/66 (22/11/66), o valor máximo permitido para o SB passou

a ser de 10 (dez) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.

O valor da renda mensal inicial (RMI) dos benefícios, nesses

períodos, era calculado sobre o SB, na forma seguinte:

a) auxílioauxílioauxílioauxílio----doença (espécie 31)doença (espécie 31)doença (espécie 31)doença (espécie 31) - 70% (setenta por cento) do SB, mais 1% (um por cento) desse salário por ano completo de atividade, até o máximo de 20% (vinte por cento);

b) aposentadoria por invalidez (espécie 32)aposentadoria por invalidez (espécie 32)aposentadoria por invalidez (espécie 32)aposentadoria por invalidez (espécie 32) - 70% (setenta por cento) do SB, mais 1% (um por cento) desse salário por ano completo de atividade, até o máximo de 30% (trinta por cento). No cálculo dos acréscimos eram considerados como de atividade os meses em que o segurado tivesse percebido auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez;

c) aposentadoria por velhice (espécie 41)aposentadoria por velhice (espécie 41)aposentadoria por velhice (espécie 41)aposentadoria por velhice (espécie 41) - 70% (setenta por cento) do SB, mais 1% (um por cento) desse salário por ano completo de atividade, até o máximo de 30% (trinta por cento);

d) aposentadoria especial (espécie 46)aposentadoria especial (espécie 46)aposentadoria especial (espécie 46)aposentadoria especial (espécie 46) - 70% (setenta por cento) do SB, mais 1% (um por cento) desse salário por ano completo de atividade, até o máximo de 30% (trinta por cento);

e) aposentadoria por tempo de serviço (espécie 42)aposentadoria por tempo de serviço (espécie 42)aposentadoria por tempo de serviço (espécie 42)aposentadoria por tempo de serviço (espécie 42) - 80% (oitenta por cento) do SB aos 30 (trinta) anos de serviço, acrescido de 4% (quatro por cento) a cada ano completo de atividade, até o máximo de 100% (cem por cento) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, sem distinção de sexo. A partir da entrada em vigor da Lei nº 5.440A partir da entrada em vigor da Lei nº 5.440A partir da entrada em vigor da Lei nº 5.440A partir da entrada em vigor da Lei nº 5.440----A/68 A/68 A/68 A/68 (28/05/68)(28/05/68)(28/05/68)(28/05/68), foi estabelecido que a RMI do segurado do sexo feminino seria de 100% (cem por cento) do SB aos 30 (trinta) anos de serviço;

f) abono de permanência em serviço (espéabono de permanência em serviço (espéabono de permanência em serviço (espéabono de permanência em serviço (espécie 47)cie 47)cie 47)cie 47) - 25% (vinte e cinco por cento) do SB aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, sem distinção de sexo, ao segurado que optasse em permanecer em atividade. Com o advento da Com o advento da Com o advento da Com o advento da Lei nº 5.440Lei nº 5.440Lei nº 5.440Lei nº 5.440----A/68 (28/05/68)A/68 (28/05/68)A/68 (28/05/68)A/68 (28/05/68) e, nas mesmas condições expostas, o segurado do sexo feminino passou a ter direito a este benefício aos 30 (trinta) anos de serviço;

g) pensão por morte (espécie 21)pensão por morte (espécie 21)pensão por morte (espécie 21)pensão por morte (espécie 21) - 50% (cinqüenta por cento) do valor da aposentadoria que o segurado percebia (última renda), ou daquela a que teria direito (RMI) se na data do seu falecimento fosse aposentado, e mais tantas parcelas

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iguais, cada uma, a 10% (dez por cento) do valor da mesma aposentadoria quantos fossem os dependentes do segurado, até o máximo de 100%. Não era permitida a concorrência entre dependentes preferenciais para fins de concessão de mais de uma pensão e,

h) auxílioauxílioauxílioauxílio----reclusão (espécie 25)reclusão (espécie 25)reclusão (espécie 25)reclusão (espécie 25) – A RMI era calculada da mesma forma que a pensão por morte, conforme exposto na letra “g”.

As prestações (rendas) dos benefícios de aposentadoria e de

auxílio-doença não poderiam ser inferiores a 70% (setenta por cento) do

salário-mínimo do local de trabalho do segurado, nem as da pensão por

morte a 35% (trinta e cinco por cento) do mesmo salário.

1.2.2 1.2.2 1.2.2 1.2.2 ---- Lei nº 5.890/73Lei nº 5.890/73Lei nº 5.890/73Lei nº 5.890/73

Com a entrada em vigor da Lei n° 5.890, em 11/06/73, até a

véspera da entrada em vigor da Lei nº 6.210, em 30/06/75, calculava-se o

SB das aposentadorias por idade, tempo de serviço, especial e dos abonos

de permanência em serviço, em 1/48 (um quarenta e oito avos) da soma

dos SC imediatamente anteriores ao mês de afastamento da atividade,

sendo que o PBC era apurado até o máximo de 48 (quarenta e oito) meses,

em período não superior a 60 (sessenta).

Nestas espécies de benefícios os SC, anteriores aos 12 (doze)

últimos meses do PBC, eram previamente corrigidos de acordo com

coeficientes de atualização fornecidos periodicamente por Órgão atuarial do

Ministério.

O cálculo do SB do auxílio-doença, aposentadoria por invalidez,

pensão e do auxílio-reclusão, tinha como base 1/12 (um doze avos) da soma

dos SC imediatamente anteriores ao mês de afastamento da atividade, sem

correção monetária. A fixação do PBC era no máximo de 12 (doze) meses,

apurado em período não superior a 18 (dezoito) meses.

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Manteve-se o cálculo do SB para os benefícios decorrentes de

transformação e de conversão.

Quando no período básico de cálculo o segurado houvesse

percebido benefício por incapacidade, o período de duração deste seria

computado, considerando-se como salário de contribuição, no período, o SB

que tinha servido de base naquele cálculo.

Na apuração do SB, contando o segurado com vários empregos

ou atividades (múltipla atividademúltipla atividademúltipla atividademúltipla atividade), eram observadas as disposições acima

citadas, quanto à fixação do PBC, e de acordo com as seguintes regras:

1ª - quando preenchidos concomitantemente todos os requisitos para a concessão do benefício pleiteado, em relação a todos os empregos e atividades, o valor do SB era obtido através da soma de todos os SC, como se únicos fossem em cada mês do PBC;

2ª - em caso negativo ao item anterior, o SB correspondia à soma das seguintes parcelas:

a) o SB resultante do cálculo elaborado com base nos SC dos empregos ou atividades, nas quais sejam atendidas as condições citadas no item 1º (atividade principal); e

b) um percentual da média dos SC dos demais empregos ou atividades (atividade secundária), equivalente à relação que existia entre os meses completos de contribuição e os estipulados como período de carênciaperíodo de carênciaperíodo de carênciaperíodo de carência ao benefício a ser concedido (auxílio(auxílio(auxílio(auxílio----doença e aposentadoria por invalidez = doença e aposentadoria por invalidez = doença e aposentadoria por invalidez = doença e aposentadoria por invalidez = 12 (doze) meses 12 (doze) meses 12 (doze) meses 12 (doze) meses –––– aposentadoria por idade = 60 (sessenta) aposentadoria por idade = 60 (sessenta) aposentadoria por idade = 60 (sessenta) aposentadoria por idade = 60 (sessenta) meses)meses)meses)meses).

3ª - quando se tratava de benefício por implemento de tempo de serviço, o percentual previsto na alínea “b” seria o resultante da relação existente entre os anos completos de atividade ou emprego e o númernúmernúmernúmero de anos de tempo de o de anos de tempo de o de anos de tempo de o de anos de tempo de serviçoserviçoserviçoserviço considerados para a concessão deste benefício (aposentadoria especial aos 15 (quinze), 20 (vinte) e 25 (aposentadoria especial aos 15 (quinze), 20 (vinte) e 25 (aposentadoria especial aos 15 (quinze), 20 (vinte) e 25 (aposentadoria especial aos 15 (quinze), 20 (vinte) e 25 (vinte e cinco) anos de serviço (vinte e cinco) anos de serviço (vinte e cinco) anos de serviço (vinte e cinco) anos de serviço –––– aposentadoria por tempo aposentadoria por tempo aposentadoria por tempo aposentadoria por tempo de serviço aos 30 (trinta) anos de serviço)de serviço aos 30 (trinta) anos de serviço)de serviço aos 30 (trinta) anos de serviço)de serviço aos 30 (trinta) anos de serviço).

O valor do SB identificado nas situações expostas não poderia

ser inferior ao valor de um salário mínimo vigente no local de trabalho, e

nem superior a 20 (vinte) vezes o maior salário mínimo vigente no país.

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Na apuração do valor da RMI dos benefícios de prestação

continuada devia-se obedecer às formalidades seguintes (tetos de cálculotetos de cálculotetos de cálculotetos de cálculo):

1ª - se o SB apurado fosse igual ou inferior a 10 (dez) vezes o maior salário mínimo vigente no País (menor valor teto), o cálculo da RMI seria a resultante do valor do SB multiplicado pelo coeficiente de cálculo estabelecido para a espécie do benefício;

2ª - se fosse superior ao previsto no item anterior, o SB deveria ser dividido em duas partes, sendo a primeira igual ao mVT e, a segunda, igual ao valor excedente da primeira, procedendo-se da forma seguinte:

a) a primeira parte era utilizada para o cálculo da parcela básica da RMI, que compreende o SB igual ao mVT (10 vezes o maior salário mínimo), multiplicado pelo coeficiente de cálculo;

b) na segunda parte se utilizava um coeficiente de tantos 1/30 (um trinta avos) quantos fossem os grupos de 12 (doze) contribuições, consecutivas ou não, acima de 10 (dez) vezes o maior salário mínimo, respeitando o limite máximo de 80% (oitenta por cento) do valor da parcela e,

c) a RMI do benefício era a soma da parcela básica (letra “a”) com a parcela adicional (letra “b”), cujo valor não poderia ultrapassar a 90% (noventa por cento) de 20 (vinte) vezes o maior salário mínimo vigente no País (Maior Valor Teto - MVT).

O valor final da RMI desses benefícios, no período em questão,

era calculado sobre o SB de acordo com os critérios acima expostos e da

seguinte forma:

a) auxílioauxílioauxílioauxílio----doença (espécie 31)doença (espécie 31)doença (espécie 31)doença (espécie 31) - 70% (setenta por cento) do SB, mais 1% (um por cento) desse salário por ano completo de atividade, até o máximo de 20% (vinte por cento);

b) aposentadoria por invalidez (espécie 32)aposentadoria por invalidez (espécie 32)aposentadoria por invalidez (espécie 32)aposentadoria por invalidez (espécie 32) - 70% (setenta por cento) do SB, mais 1% (um por cento) desse salário por ano completo de atividade, até o máximo de 30% (trinta por cento). No cálculo dos acréscimos eram considerados como de atividade os meses em que o segurado tivesse percebido auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez;

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c) aposentadoria por velhice (espécie 41)aposentadoria por velhice (espécie 41)aposentadoria por velhice (espécie 41)aposentadoria por velhice (espécie 41) - 70% (setenta por cento) do SB, mais 1% (um por cento) desse salário por ano completo de atividade, até o máximo de 30% (trinta por cento);

d) aposentadoria especial (espécie 46)aposentadoria especial (espécie 46)aposentadoria especial (espécie 46)aposentadoria especial (espécie 46) - 70% (setenta por cento) do SB, mais 1% (um por cento) desse salário por ano completo de atividade, até o máximo de 30% (trinta por cento);

e) aposentadoria por tempo de serviço (espécie 4aposentadoria por tempo de serviço (espécie 4aposentadoria por tempo de serviço (espécie 4aposentadoria por tempo de serviço (espécie 42)2)2)2) - 80% (oitenta por cento) do SB aos 30 (trinta) anos de serviço acrescendo 4% a cada ano completo de atividade até o máximo de 100% (cem por cento) aos 35 anos de serviço para o segurado do sexo masculino e 100% (cem por cento) do SB aos 30 (trinta) anos de serviço, para o segurado do sexo feminino. O segurado que continuasse a trabalhar após completar 35 (trinta e cinco) anos de atividade teria sua aposentadoria por tempo de serviço majorada em 5% (cinco por cento) do seu valor, por ano completo de atividade, até o limite de 10 (dez) anos;

f) abono de permanência em serviço (espécies 47 e 48)abono de permanência em serviço (espécies 47 e 48)abono de permanência em serviço (espécies 47 e 48)abono de permanência em serviço (espécies 47 e 48) - 25% (vinte e cinco por cento) do SB aos 35 (trinta e cinco) anos ou mais de atividade e 20% (vinte por cento) do SB entre 30 (trinta) e 35 (trinta e cinco) anos de atividade, para os segurados de ambos os sexos que optassem em permanecer em atividade;

g) pensão por morte (espécie 21)pensão por morte (espécie 21)pensão por morte (espécie 21)pensão por morte (espécie 21) - 50% (cinqüenta por cento) do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito, acrescida de 10% para cada dependente até o máximo de 100% (cem por cento). Existindo mais de um pensionista o valor do beneficio era rateado em partes iguais ou o estabelecido de forma diferente por decisão judicial (pensão alimentícia) e,

h) auxílioauxílioauxílioauxílio----reclusão (espécie 25)reclusão (espécie 25)reclusão (espécie 25)reclusão (espécie 25) - RMI calculada na mesma forma da pensão por morte, conforme exposto na letra “g” acima.

O valor da RMI dos benefícios de prestação continuada não

poderia ser inferior aos seguintes percentuais em relação ao valor do salário

mínimo mensal de adulto, vigente na localidade de trabalho do segurado:

a) 90% (noventa por cento), para os casos de aposentadoria;

b) 75% (setenta e cinco por cento), para os casos de auxílio-doença;

c) 60% (sessenta por cento), para os casos de pensão.

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24

A RMI dos benefícios de prestação continuada não podia

ultrapassar a 90% (noventa por cento) de 20 (vinte) vezes o maior salário

mínimo vigente no país (MVT).

1.2.3 1.2.3 1.2.3 1.2.3 ---- Lei nº 6.210/75Lei nº 6.210/75Lei nº 6.210/75Lei nº 6.210/75

No período compreendido entre 01/07/75, vigência da Lei nº

6.210, e 04/10/88, data anterior a da entrada em vigor da CF/88 - vide art. vide art. vide art. vide art.

144 da Lei nº 8.213/91 (buraco negro)144 da Lei nº 8.213/91 (buraco negro)144 da Lei nº 8.213/91 (buraco negro)144 da Lei nº 8.213/91 (buraco negro), o cálculo do SB das aposentadorias

por idade, tempo de serviço, especial e do abono de permanência em

serviço, bem como da aposentadoria de professor instituída pela E.C. nº 18,

de 30/06/81, correspondia a 1/36 (um trinta e seis avos) da soma de todos

os SC imediatamente anteriores ao mês do afastamento da atividade, cujo

PBC era apurado até o máximo de 36 (trinta e seis), em período não

superior a 48 (quarenta e oito) meses.

Nesse período, manteve-se a regra estabelecida com o advento

da Lei nº 5.890/73, ou seja, quanto ao cálculo do SB e na fixação do PBC dos

benefícios de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão e auxílio-

reclusão, bem como em relação à correção dos SC anteriores aos 12 (doze)

últimos meses do PBC dos demais benefícios e o cômputo no PBC do SB

percebido em benefício por incapacidade, devidamente atualizado pelos

índices de manutenção dos benefícios em geral.

Conservou-se ainda, o cálculo do SB ao benefício transformado

de aposentadoria por invalidez e o de conversão em aposentadoria por

velhice, quando precedidos somente de benefício de auxílio-doença.

Mantiveram-se, também inalteradas, as regras estabelecidas na

apuração do valor da RMI dos benefícios de prestação continuada.

Para o cálculo de Múltipla AtividadeMúltipla AtividadeMúltipla AtividadeMúltipla Atividade observava-se a regra já

exposta anteriormente, com os acréscimos para obtenção do valor relativo à

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segunda parcela (atividade secundária), os quais não poderiam exceder a

100% (cem por cento), ou seja: auxílio-doença e aposentadoria por invalidez

em 12/12 (doze, doze avos); aposentadoria por idade em 60/60 (sessenta,

sessenta avos); aposentadoria especial em 15/15 (quinze, quinze avos),

20/20 (vinte, vinte avos) ou 25/25 (vinte e cinco, vinte e cinco avos),

conforme a atividade; e a aposentadoria por tempo de serviço em 30/30

(trinta, trinta avos).

Quanto à apuração final do valor da RMI dos benefícios,

preservou-se a regra até então fixada pela Lei nº 5.890/73 para auxílio-

doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte, auxílio-reclusão e o

abono de permanência em serviço.

Em relação aos demais benefícios eram observados os tetos de tetos de tetos de tetos de

cálculocálculocálculocálculo (mVT e MVT) e as formalidades seguintes:

a) aposentadoria por velhice (espécie 41)aposentadoria por velhice (espécie 41)aposentadoria por velhice (espécie 41)aposentadoria por velhice (espécie 41) - 70% (setenta por cento) do SB, mais 1% (um por cento) desse salário por ano completo de atividade, até o máximo de 25% (vinte e cinco por cento);

b) aposentadoria especial (espécie 46)aposentadoria especial (espécie 46)aposentadoria especial (espécie 46)aposentadoria especial (espécie 46) - 70% (setenta por cento) do SB, mais 1% (um por cento) desse salário por ano completo de atividade, até o máximo de 25% (vinte e cinco por cento);

c) aposentadoria por tempo de serviço (espécie 42)aposentadoria por tempo de serviço (espécie 42)aposentadoria por tempo de serviço (espécie 42)aposentadoria por tempo de serviço (espécie 42) - 80% (oitenta por cento) do SB aos 30 (trinta) anos de serviço, acrescido de 3% (três por cento) para cada ano completo de atividade até o máximo 95% (noventa e cinco por cento) do SB aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, para o sexo masculino, e 95% (noventa e cinco por cento) do SB aos 30 (trinta) anos de serviço, para o sexo feminino. O segurado que continuou em atividade após completar 35 (trinta e cinco) anos de serviço fazia jus aos acréscimos a que tinha adquirido até 30/06/75, com majoração da RMI em 5% (cinco por cento) do seu valor, por ano completo de nova atividade, até o limite de 10 (dez) anos, não podendo ser superior a 18 (dezoito) vezes a maior unidade salarial do País e,

d) aposentadoria de professor (espécie 57)aposentadoria de professor (espécie 57)aposentadoria de professor (espécie 57)aposentadoria de professor (espécie 57) - 95% (noventa e cinco por cento) do SB, para o sexo masculino após 30 (trinta) anos e o sexo feminino após 25 (vinte e cinco) anos de efetivo exercício em funções de magistério.

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Manteve-se a mesma regra estabelecida pela Lei nº 5.890/73,

quanto ao valor mínimo dos benefícios e seus respectivos percentuais,

conforme já exposto.

A RMI das aposentadorias por idade, especial e por tempo de

serviço, não podia ser superior a 95% (noventa e cinco por cento) do SB,

exceto no caso de aposentadoria por tempo de serviço, apurada com

incremento de tempo de serviço além dos 35 (trinta e cinco) anos de

atividade, na forma retro citada.

1.3 1.3 1.3 1.3 ---- Vigência da Lei nº 8.213/91 e alteraçõesVigência da Lei nº 8.213/91 e alteraçõesVigência da Lei nº 8.213/91 e alteraçõesVigência da Lei nº 8.213/91 e alterações

1.3.1 1.3.1 1.3.1 1.3.1 ---- Lei nº Lei nº Lei nº Lei nº 8.213/918.213/918.213/918.213/91

A Lei nº 8.213, publicada em 25/07/1991, inovou quando

unificou toda a legislação previdenciária até então em vigência e

estabeleceu parâmetros retroativos de sua eficácia (06/10/1988 - art. 144 e

05/04/1991 - art. 145).

As principais alterações na concessão dos benefícios foram:

a) extinção do menor valor teto (mVT);

b) unificação dos tetos de contribuição e pagamento;

c) correção de todos os SC integrantes do PBC;

d) alteração dos coeficientes de cálculo das aposentadorias por tempo de serviço e especial;

e) fixação de um único indexador para atualização dos SC e reajuste dos benefícios do RGPS;

f) concessão de aposentadoria por tempo de serviço proporcional ao segurado do sexo feminino;

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g) percentual da pensão passa para 80% (oitenta por cento) mais 10% (dez por cento) por dependente até o máximo de 100% (cem por cento), com reversão de cotas;

h) a idade para extinção da cota de dependente menor passa a ser de 21 (vinte e um) anos independente do sexo e,

i) extinção do abono de permanência em serviço (espécie 48) aos trinta anos de serviço para o segurado do sexo masculino.

A eficácia da Lei em comento, quanto ao método de cálculo do

SB, perdurou no período de 06/10/88 ou 05/04/91, dependendo da data de

concessão (DIB) até 28/11/99, dia anterior da entrada em vigor da Lei nº

9.876/99, resguardado o direito adquirido. Já em relação ao percentual de

cálculo da RMI para os benefícios de auxílio-doença, aposentadoria por

invalidez, aposentadoria especial, pensão e auxílio-reclusão, sua eficácia

persistiu até 28/04/95, véspera da entrada em vigor da Lei nº 9.032/95. Para

a aposentadoria por tempo de contribuição proporcional vigorou até

15/12/98, ante as mudanças introduzidas pelas EC nº 20, de 16/12/98,

preservado o direito adquirido. Já para o abono de permanência em serviço

(espécie 47) perdurou até 15/04/94, quando foi totalmente extinto pela Lei

nº 8.870/94.

O valor do benefício de prestação continuada, inclusive o regido

por norma especial, era calculado com base no SB, exceto o salário-família e

o salário-maternidade.

O cálculo do SB consistia na média aritmética simples de todos

os últimos SC dos meses imediatamente anteriores ao do afastamento da

atividade ou da data da entrada do requerimento (PBC), até o máximo de 36

(trinta e seis), apurados em período não superior a 48 (quarenta e oito)

meses.

No caso de aposentadoria por tempo de serviço, especial ou por

idade, contando o segurado com menos de 24 (vinte e quatro) contribuições

no período máximo citado, o SB correspondia a 1/24 (um vinte e quatro

avos) da soma dos SC apurados.

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28

A lei 8.213/91 não estabeleceu regras de exceção para o cálculo

do SB do benefício de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez,

quando este resultar inferior a média dos 36 (trinta e seis) salários-de-

contribuição, apurados em período não superior a 48 (quarenta e oito)

meses. A exceção somente foi instituída através dos Decretos

Regulamentadores (357/91, 611/92, 2.172/92 e 3.048/99), estabelecendo-se

que, contando o segurado com menos de 36 (trinta e seis) contribuições no

período máximo citado, o SB corresponderia à soma dos salários-de-

contribuição dividida pelo seu número apurado.

Manteve-se a regra estabelecida na Lei nº 5.890/73 quanto ao

cômputo no período básico de cálculo do SB percebido em benefício por

incapacidade, devidamente atualizado pelos índices de manutenção dos

benefícios em geral, não podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário

mínimo.

Inalterado também, o cálculo do SB para os benefícios

decorrentes de transformação e de conversão, respeitada a alteração dada

pela Lei nº 6.210/75.

Todos os SC computados no cálculo do valor do benefício eram

corrigidos monetariamente, mês a mês, de acordo com a variação integral

do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pela

Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao

período decorrido a partir da data de competência do SC até a do início do

benefício, de modo a preservar o seu valor real. A partir de janeiro de 1993

passou a ser utilizado o índice de Reajuste do Salário Mínimo (IRSM), na

forma da Lei nº 8.542/92. Através das MP’s nº 434/94 e nº 457/94, que

instituíram a URV a partir de março 1994, mantiveram os indexadores

econômicos congelados até o mês de junho de 1994. Com o advento da Lei

nº 8.880, de 27 de maio de 1994, o índice de Preços ao Consumidor, série r

(IPC-r), substituiu o indexador anterior a partir de julho de 1994.

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

29

Conservaram-se os critérios estabelecidos nas Leis nº 5.890/73 e

6.210/75, para o cálculo do SB do segurado que contribuiu em razão de

atividades concomitantes (múltipla atividademúltipla atividademúltipla atividademúltipla atividade), acrescida no que diz respeito

aos acréscimos para a obtenção do valor relativo à segunda parcela

(atividade secundária), em razão do período de carência (180 contribuições)

exigido para a concessão da apoapoapoaposentadoria por idadesentadoria por idadesentadoria por idadesentadoria por idade àqueles segurados

inscritos na previdência a partir de 24/07/1991. Para os segurados já

inscritos até a referida data, aplicavam-se os períodos de carência na

referida aposentadoria, em conformidade com o disposto na tabela a seguir:

Ano de Ano de Ano de Ano de implementação implementação implementação implementação das condiçõesdas condiçõesdas condiçõesdas condições

Meses de Meses de Meses de Meses de contribuição contribuição contribuição contribuição exigidosexigidosexigidosexigidos

Ano de Ano de Ano de Ano de implementação implementação implementação implementação das condiçõesdas condiçõesdas condiçõesdas condições

Meses de Meses de Meses de Meses de contribuição contribuição contribuição contribuição exigidosexigidosexigidosexigidos

1991199119911991 60 meses60 meses60 meses60 meses 2002200220022002 120 meses120 meses120 meses120 meses 1992199219921992 60 meses60 meses60 meses60 meses 2003200320032003 126 meses126 meses126 meses126 meses 1993199319931993 66 meses66 meses66 meses66 meses 2004200420042004 132 meses132 meses132 meses132 meses 1994199419941994 72 meses72 meses72 meses72 meses 2005200520052005 138 mese138 mese138 mese138 mesessss 1995199519951995 78 meses78 meses78 meses78 meses 2006200620062006 144 meses144 meses144 meses144 meses 1996199619961996 84 meses84 meses84 meses84 meses 2007200720072007 150 meses150 meses150 meses150 meses 1997199719971997 90 meses90 meses90 meses90 meses 2008200820082008 156 meses156 meses156 meses156 meses 1998199819981998 96 meses96 meses96 meses96 meses 2009200920092009 162 meses162 meses162 meses162 meses 1999199919991999 102 meses102 meses102 meses102 meses 2010201020102010 168 meses168 meses168 meses168 meses 2000200020002000 108 meses108 meses108 meses108 meses 2011201120112011 174 meses174 meses174 meses174 meses 2001200120012001 114 meses114 meses114 meses114 meses 2012201220122012 180 meses180 meses180 meses180 meses

A RMI do benefício de prestação continuada que substituir o SC

ou o rendimento do trabalho do segurado não poderia resultar em valor

inferior ao do salário-mínimo, nem superior ao do limite máximo do SC

(MVT), ressalvado o acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) previsto na

aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar de

acompanhamento permanente de outra pessoa.

O valor final da RMI dos benefícios era calculado sobre o SB de

acordo com os critérios acima expostos e na forma a seguir:

a) auxílioauxílioauxílioauxílio----doença (espécie 31)doença (espécie 31)doença (espécie 31)doença (espécie 31) - 80% (oitenta por cento) do SB, mais 1% (um por cento) deste, por grupo de 12 (doze)

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

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contribuições, não podendo ultrapassar 92% (noventa e dois por cento) do SB;

b) aposentadoria por invalidez (espécie 32)aposentadoria por invalidez (espécie 32)aposentadoria por invalidez (espécie 32)aposentadoria por invalidez (espécie 32) - 80% (oitenta por cento) do SB, mais 1% (um por cento) deste, por grupo de 12 (doze) contribuições, não podendo ultrapassar 100% (cem por cento) do SB. O segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa terá sua renda acrescida de 25% (vinte e cinco por cento);

c) aposentadoria por idade (espécie 41)aposentadoria por idade (espécie 41)aposentadoria por idade (espécie 41)aposentadoria por idade (espécie 41) - 70% (setenta por cento) do SB, mais 1% (um por cento) deste, por grupo de 12 (doze) contribuições, não podendo ultrapassar 100% (cem por cento) do SB;

d) aposentadoria especial (espécie 46)aposentadoria especial (espécie 46)aposentadoria especial (espécie 46)aposentadoria especial (espécie 46) - 85% (oitenta e cinco

por cento) do SB, mais 1% (um por cento) deste, por grupo de 12 (doze) contribuições, não podendo ultrapassar 100% (cem por cento) do SB;

e) aposentadoria por tempo de serviço (espécie 42)aposentadoria por tempo de serviço (espécie 42)aposentadoria por tempo de serviço (espécie 42)aposentadoria por tempo de serviço (espécie 42) - para a mulher: 70% (setenta por cento) do SB aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço, mais 6% (seis por cento) deste, para cada novo ano completo de atividade, até o máximo de 100% (cem por cento) do SB aos 30 (trinta) anos de serviço; para o homem: 70% (setenta por cento) do SB aos 30 (trinta) anos de serviço, mais 6% (seis por cento) deste, para cada novo ano completo de atividade, até o máximo de 100% (cem por cento) do SB aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço.

f) aposentadoria de professor (espécie 57aposentadoria de professor (espécie 57aposentadoria de professor (espécie 57aposentadoria de professor (espécie 57)))) - 100% (cem por cento) do SB, para o sexo masculino após 30 (trinta) anos e o sexo feminino após 25 (vinte e cinco) anos de efetivo exercício em funções de magistério.

g) abono de permanência em serviço (espécie 47)abono de permanência em serviço (espécie 47)abono de permanência em serviço (espécie 47)abono de permanência em serviço (espécie 47) - 25% (vinte e cinco por cento) do SB para o sexo masculino com 35 (trinta e cinco) anos ou mais de serviço e para o sexo feminino com 30 (trinta) anos ou mais de serviço (Revogado pela Lei nº 8.870, de 15/04/1994Revogado pela Lei nº 8.870, de 15/04/1994Revogado pela Lei nº 8.870, de 15/04/1994Revogado pela Lei nº 8.870, de 15/04/1994);

h) pensão por morte (espécie 21)pensão por morte (espécie 21)pensão por morte (espécie 21)pensão por morte (espécie 21) - 80% (oitenta por cento) do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito acrescido de 10% (dez por cento) para cada dependente até o máximo de 100% (cem por cento). Existindo mais de um pensionista o valor do beneficio será rateado em partes iguais ou o estabelecido de forma diferenciada por decisão judicial (pensão alimentícia) e,

i) auxílioauxílioauxílioauxílio----reclusão (espécie 25)reclusão (espécie 25)reclusão (espécie 25)reclusão (espécie 25) - RMI calculada na mesma forma da pensão por morte, conforme exposto na letra “h” acima.

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

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1.3.2 1.3.2 1.3.2 1.3.2 ---- Lei nº 9.032/95Lei nº 9.032/95Lei nº 9.032/95Lei nº 9.032/95

As principais modificações na concessão dos benefícios a partir

de 29/04/95, quando da entrada em vigor desta lei, foram:

a) unificou a forma do cálculo da concessão de benefícios previdenciários e acidentários;

b) alterou o coeficiente de cálculo da RMI da pensão por morte para 100% (cem por cento) do cálculo determinado para o SB, sem levar em consideração o número de dependentes;

c) alterou o coeficiente de cálculo da aposentadoria por

invalidez para 100% (cem por cento), desconsiderando o tempo de serviço, e

d) alterou o coeficiente de cálculo do auxílio-doença para 91% (noventa e um por cento) do SB.

O valor do benefício de prestação continuada, inclusive o regido

por norma especial e o decorrente de acidente do trabalho, era calculado

com base no SB, exceto o salário-família e o salário-maternidade.

Foram mantidas as formas de cálculo do SB, bem como o valor

mínimo e máximo (teto) permitido para apuração da RMI.

A partir de 11/12/97, vigência da Lei 9.528/97, o valor mensal

percebido através do benefício de auxílio-acidente passa a integrar o SC,

para fins de cálculo do SB de qualquer aposentadoria,

Restou preservada a regra estabelecida na Lei nº 5.890/73

quanto ao cômputo no período básico de cálculo do SB percebido em

benefício por incapacidade, devidamente atualizado pelos índices de

manutenção dos benefícios em geral, não podendo ser inferior ao valor de 1

(um) salário mínimo.

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

32

Todos os SC computados no cálculo do valor do benefício eram

corrigidos monetariamente, mês a mês, de acordo com a variação integral

do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pela

Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao

período decorrido a partir da data de competência do SC até a do início do

benefício, de modo a preservar o seu valor real. A partir de janeiro de 1993

passou a ser utilizado o índice de Reajuste do Salário Mínimo (IRSM), na

forma da Lei nº 8.542/92. Através das MP’s nº 434/94 e nº 457/94, que

instituíram a URV em março 1994, foram mantidos os indexadores

econômicos congelados até o mês de junho de 1994. Com o advento da Lei

nº 8.880, de 27 de maio de 1994, o índice de Preços ao Consumidor, série r

(IPC-r), a partir de julho de 1994 substituiu o indexador anterior. A partir de

julho de 1995 passou a ser utilizado o Índice Nacional de Preço ao

Consumidor – INPC, por força da MP nº 1.053 de 30/06/1995 e suas

reedições. A contar de maio de 1996 passou a ser utilizado o Índice Geral de

Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), através da MP nº 1.398 de 11 de

abril de 1996, e suas reedições, até a entrada em vigor da Lei nº 9.711, de

20/11/98.

Os critérios estabelecidos nas Leis nº 5.890/73, 6.210/75 e

8.213/91, foram mantidos quanto ao cálculo do SB do segurado que

contribuiu em razão de atividades concomitantes (múltipla atividademúltipla atividademúltipla atividademúltipla atividade), com

os acréscimos para a obtenção do valor relativo à segunda parcela

(atividade secundária), em razão do período de carência (180 contribuições)

exigido na concessão da aposentadoria por idadeaposentadoria por idadeaposentadoria por idadeaposentadoria por idade, de nova tabela de

carência para os segurados inscritos até 24/07/1991, conforme segue:

Ano de Ano de Ano de Ano de implementação implementação implementação implementação das condiçõesdas condiçõesdas condiçõesdas condições

Meses de Meses de Meses de Meses de contribuição contribuição contribuição contribuição exigidosexigidosexigidosexigidos

Ano de Ano de Ano de Ano de implementação implementação implementação implementação das condiçõesdas condiçõesdas condiçõesdas condições

Meses de Meses de Meses de Meses de cocococontribuição ntribuição ntribuição ntribuição exigidosexigidosexigidosexigidos

1991199119911991 60 meses60 meses60 meses60 meses 2002200220022002 126 meses126 meses126 meses126 meses 1992199219921992 60 meses60 meses60 meses60 meses 2003200320032003 132 meses132 meses132 meses132 meses 1993199319931993 66 meses66 meses66 meses66 meses 2004200420042004 138 meses138 meses138 meses138 meses 1994199419941994 72 meses72 meses72 meses72 meses 2005200520052005 144 meses144 meses144 meses144 meses 1995199519951995 78 meses78 meses78 meses78 meses 2006200620062006 150 meses150 meses150 meses150 meses 1996199619961996 90 meses90 meses90 meses90 meses 2007200720072007 156 meses156 meses156 meses156 meses

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

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1997199719971997 96 meses96 meses96 meses96 meses 2008200820082008 162 meses162 meses162 meses162 meses 1998199819981998 102 meses102 meses102 meses102 meses 2020202009090909 168 meses168 meses168 meses168 meses 1999199919991999 108 meses108 meses108 meses108 meses 2010201020102010 174 meses174 meses174 meses174 meses 2000200020002000 114 meses114 meses114 meses114 meses 2011201120112011 180 meses180 meses180 meses180 meses 2001200120012001 120 meses120 meses120 meses120 meses 2012201220122012 ----

O valor final da RMI dos benefícios, a partir de 29/04/95, era

calculado sobre o SB de acordo com os critérios acima expostos e da

seguinte forma:

a) auxílauxílauxílauxílioioioio----doença (espécie 31)doença (espécie 31)doença (espécie 31)doença (espécie 31) - 91% (noventa e um por cento) do SB;

b) aposentadoria por invalidez (espécie 32)aposentadoria por invalidez (espécie 32)aposentadoria por invalidez (espécie 32)aposentadoria por invalidez (espécie 32) - 100% (cem por cento) do SB. O segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa terá sua renda acrescida de 25% (vinte e cinco por cento);

c) aposentadoria especial (espécie 46)aposentadoria especial (espécie 46)aposentadoria especial (espécie 46)aposentadoria especial (espécie 46) - 100% (cem por cento) do SB;

d) pensão por morte (espécie 21)pensão por morte (espécie 21)pensão por morte (espécie 21)pensão por morte (espécie 21) – 100% (cem por cento) do SB da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito. Existindo mais de um pensionista, o valor do beneficio será rateado em partes iguais ou o estabelecido de forma diferenciada por decisão judicial (pensão alimentícia). Com o advento da Lei nº 9.528/97, a pensão por morte passou a ser concedida em 100% (cem por cento) do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento e,

e) auxílioauxílioauxílioauxílio----reclusão (espécie 25)reclusão (espécie 25)reclusão (espécie 25)reclusão (espécie 25) - RMI calculada na mesma forma da pensão por morte, conforme exposto na letra “d”.

Para as demais espécies de benefícios foram mantidas as regras

anteriormente aplicadas.

1.3.3 1.3.3 1.3.3 1.3.3 ---- Emenda Constitucional nº 20/98Emenda Constitucional nº 20/98Emenda Constitucional nº 20/98Emenda Constitucional nº 20/98

As principais modificações na concessão dos benefícios a partir

de 16/12/98 foram:

a) beneficio de auxílio-reclusão passa a ser devido somente aos dependentes dos segurados de baixa renda;

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

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b) alterada a nomenclatura da aposentadoria por tempo de serviço para aposentadoria por tempo de contribuição, concedida de forma integral aos 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, se homem, e 30 (trinta) anos de contribuição, se mulher, reduzidos em 5 (cinco) anos de contribuição àqueles que exerçam as funções de magistério;

c) a idade mínima passa a ser requisito no cálculo de aposentadoria proporcional ao tempo de contribuição, sendo fixada em 53 anos para o sexo masculino, e 48 anos para o sexo feminino;

d) instituído pedágio para a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição proporcional e de novos coeficientes de cálculo da RMI;

e) alteração do teto de SC, de R$ 1.081,50 para R$ 1.200,00, para os benefícios concedidos a partir de 16/12/1998 e,

f) resguardado o direito adquirido a concessão de aposentadoria e pensão aos segurados e seus dependentes que, até a data da publicação dessa Emenda, tenham cumprido os requisitos para a obtenção destes benefícios, com base nos critérios da legislação então vigentes.

Mantidas as regras recepcionadas e introduzidas pelas Leis

8.213/91 e 9.032/95, quanto as formas do cálculo do SB e da apuração da

RMI, exceto em relação a RMI da aposentadoria proporcional ao tempo de

contribuição, a qual passou a ser concedida com a exigência de pedágio,

que corresponde a um período adicional de contribuição equivalente a 40%

(quarenta por cento) do tempo que, na data da publicação da referida

Emenda (16/12/98), faltaria para atingir o tempo mínimo exigido a sua

concessão, além da exigência mínima de tempo de contribuição de 25 (vinte

e cinco), para mulher, e de 30 (trinta) anos, para o homem, e de idade

mínima, na forma já exposta. A RMI passou a ser equivalente a 70%

(setenta por cento), acrescida de 5% (cinco por cento) por ano de

contribuição excedente ao cumprimento do pedágio.

1.3.4 1.3.4 1.3.4 1.3.4 ---- Lei nº 9.876/99Lei nº 9.876/99Lei nº 9.876/99Lei nº 9.876/99

As principais modificações na concessão dos benefícios foram:

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

35

a) alteração na composição do PBC para o cálculo do SB levando em conta o período contributivo a partir de 07/1994 (regras permanente e transitóriaregras permanente e transitóriaregras permanente e transitóriaregras permanente e transitória);

b) criação do fator previdenciário, que considera a expectativa média de vida apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

c) direito de opção pela não aplicabilidade do fator previdenciário no cálculo dos benefícios de aposentadoria por idade;

d) direito adquirido a concessão de benefício ao segurado que, até o dia anterior à data de publicação dessa lei (28/11/99), tenha cumprido os requisitos para a sua obtenção, sendo o cálculo elaborado segundo as regras até então vigentes e,

a) exceção a sistemática para o cálculo do SB aos segurados inscritos até 28/11/99 (regra transitóriaregra transitóriaregra transitóriaregra transitória).

O fator previdenciário será calculado considerando-se a idade, a

expectativa de sobrevida e o tempo de contribuição do segurado ao se

aposentar, de acordo com a seguinte fórmula:

f = fator previdenciário;

Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria;

Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria;

Id = idade no momento da aposentadoria;

a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31

Para efeito da aplicação do fator previdenciário, ao tempo de

contribuição do segurado, serão adicionados:

a) cinco anos, quando se tratar de mulher;

b) cinco anos, quando se tratar de professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil, fundamental e médio e,

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

36

c) dez anos, quando se tratar de professora que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil, fundamental e médio.

Todos os SC computados no cálculo do valor do benefício eram

corrigidos monetariamente, mês a mês, de acordo com a variação integral

do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pela

Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao

período decorrido a partir da data de competência do SC até a do início do

benefício, de modo a preservar o seu valor real. A partir de janeiro de 1993

passou a ser utilizado o índice de Reajuste do Salário Mínimo (IRSM), na

forma da Lei nº 8.542/92. Nas MP’s nº 434/94 e nº 457/94, que instituíram a

URV em março 1994, foram mantidos os indexadores econômicos

congelados até o mês de junho de 1994. Com o advento da Lei nº 8.880, de

27 de maio de 1994, o índice de Preços ao Consumidor, série r (IPC-r), a

partir de julho de 1994 substituiu o indexador anterior. A partir de julho de

1995 passou a ser utilizado o Índice Nacional de Preço ao Consumidor –

INPC, por força da MP nº 1.053 de 30/06/1995, e suas reedições. A contar de

maio de 1996, por força da MP nº 1.398 de 11 de abril de 1996 e suas

reedições, até a Lei nº 9.711 de 20/11/98, passou a ser utilizado o Índice

Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI). A partir de fevereiro de

2004, com o advento da MP nº 167, de 19/02/2004, convertida na Lei nº

10.887/04, foi restabelecida a utilização do INPC.

Foi mantida a regra até então estabelecida quanto ao cômputo

no período básico de cálculo do SB percebido em benefício por

incapacidade, devidamente atualizado pelos índices de manutenção dos

benefícios em geral, não podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário

mínimo, bem como em relação ao cálculo do SB para os benefícios

decorrentes de transformação e de conversão.

Restou preservada a regra instituída pela Lei 9.528/97, no que

se refere ao cômputo do valor mensal percebido através do benefício de

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37

auxílio-acidente que passa a integrar o SC, para fins de cálculo do SB de

qualquer aposentadoria.

Foram mantidos os critérios estabelecidos nas Leis nº 5.890/73,

6.210/75, 8.213/91 e 9.032/95, para o cálculo do SB do segurado que

contribuiu em razão de atividades concomitantes, com as alterações

introduzidas pela Lei nº 9.876/99 (regra permanente e regra transitória), no

que diz respeito à utilização do fator previdenciário para o cálculo do SB.

A RMI do benefício de prestação continuada que substituir o SC

ou o rendimento do trabalho do segurado não terá valor inferior ao do

salário-mínimo, nem superior ao do limite máximo do SC, ressalvado o

acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) previsto na aposentadoria por

invalidez do segurado que necessitar de acompanhamento permanente de

outra pessoa.

Conservou-se as regras introduzidas respectivamente pelas Leis

nº 8.213/91, 9.032/95 e pela EC nº 20/98 quanto ao cálculo para apuração

da RMI dos benefícios até aqui analisados.

1.3.4.1 1.3.4.1 1.3.4.1 1.3.4.1 ---- Regra TransitóriaRegra TransitóriaRegra TransitóriaRegra Transitória

Para os segurados inscritos até 28/11/99 o salário-de-benefício

(SB) passou a ser constituído da seguinte forma:

a) no cálculo do SB será considerada a média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o período contributivo decorrido desde a competência julho de 1994, dividido pelo fator previdenciário somente para os benefícios de aposentadorias por tempo de contribuição, de professor e por idade, sendo que nesta última o fator é opcional;

b) nas aposentadorias por tempo de contribuição, de professor, especial e por idade, o divisor considerado no cálculo da média a que se refere à letra “a” não poderá ser inferior a 60% (sessenta por cento) do período

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decorrido da competência julho de 1994 até a data de início do benefício, limitado a cem por cento de todo o período contributivo e,

c) para a obtenção do salário-de-benefício o fator previdenciário será aplicado de forma progressiva, incidindo sobre 1/60 (um sessenta avos) da média aritmética de que trata a letra “a”, por mês que se seguir a publicação da lei em comento (11/99), cumulativa e sucessivamente, até completar 60/60 (sessenta, sessenta avos) da referida média, de acordo com as regras e fórmulas a seguir transcritas:

1ª parcela = o fator previdenciário será multiplicado pela fração que varia de um sessenta avos a sessenta, sessenta avos, equivalente ao número de competências transcorridas a partir do mês de novembro de 1999 e pela média aritmética de que trata a letra “a”.

2ª parcela = a média aritmética de que trata a letra “a” será multiplicada por uma fração que varia de forma regressiva, cujo numerador equivale ao resultado da subtração de sessenta, menos o número de competências transcorridas a partir do mês de novembro de 1999.

1ª Parcela 2ª Parcela

SB = f. X . M + M. (60 - X) 60 60

f = fator previdenciário

X = número equivalente às competências transcorridas a partir do mês de novembro de 1999

M = média aritmética simples dos salários-de-contribuição corrigidos mês a mês

Nos benefícios com início nos meses de novembro e dezembro

de 1999, a fração referida na letra “c” será considerada igual a um sessenta

avos.

Para benefícios com data de início a partir de 1º de dezembro de

2004, o salário-de-benefício consiste na seguinte fórmula:

SB = f. M f = fator previdenciário

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M = média aritmética simples dos salário-de-contribuição corrigidos mês a mês A norma em estudo não estabeleceu preceito de exceção no

cálculo do SB da regra transitória (letra “a”) para a concessão dos benefícios

de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez, quando o SB resultar

inferior a média aritmética dos 80% de todo o período contributivo. A

exceção somente foi instituída através do Decreto Regulamentador nº

3.048/99 (alteração), no qual se estabeleceu que, contando o segurado com

salários-de-contribuição em número inferior a sessenta por cento do número

de meses decorridos desde a competência julho de 1994 até a data do início

do benefício, o SB corresponderá à soma dos salários-de-contribuição,

dividido pelo número de contribuições mensais apurado.

O Decreto nº 6.939, de 18 de agosto de 2009, modificou o § 4º

do art. 188-A do Decreto nº 3.048/99, extinguindo a exceção.

1.3.4.2 1.3.4.2 1.3.4.2 1.3.4.2 ---- Regra PermanenteRegra PermanenteRegra PermanenteRegra Permanente

O salário de benefício (SB) a partir de 29/11/99 passou a ser

constituído da seguinte forma:

a) para a aposentadoria por idade e tempo de contribuição, na média aritmética simples dos maiores SC, correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo, multiplicado pelo fator previdenciário, observado o direito de opção da não aplicabilidade do fator nas aposentadorias por idade e,

b) para a aposentadoria por invalidez, especial e auxílio-doença, na média aritmética simples dos maiores SC, correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo.

Esta lei também não estabeleceu preceito de exceção no cálculo

do SB da regra permanente (letras “a” e “b”), para a concessão de

qualquer tipo benefício, quando o SB resultar inferior à média aritmética

simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por

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cento de todo o período contributivo. A exceção somente foi instituída

através do Decreto Regulamentador nº 3.048/99 (alteração), apenas para os

benefícios de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez. Assim sendo,

estabeleceu-se que, contando o segurado com menos de cento e quarenta e

quatro contribuições mensais no período contributivo, o SB corresponderá à

soma dos salários-de-contribuição dividido pelo número de contribuições

apurado.

O Decreto nº 6.939, de 18 de agosto de 2009, revogou o § 20 do

art. 32 do Decreto nº 3.048/99, extinguindo a exceção.

1.4 1.4 1.4 1.4 ---- Lei 10.666/03Lei 10.666/03Lei 10.666/03Lei 10.666/03

No que diz respeito à aposentadoria por idade, tempo de

contribuição e especial, com o advento da Lei nº 10.666/03 – vigência a

partir de 09/05/03, esses benefícios passaram a ser concedidos, também,

mesmo após a perda da qualidade de segurado.

Na hipótese de aposentadoria por idade, sua concessão dar-se-á

desde que o segurado conte com, no mínimo, o tempo de contribuição

correspondente ao exigido para efeito de carência (vide Tabela deste

Capítulo, subitem 1.3.2).

No cálculo do SB e da RMI desses benefícios, quando existirem

salários-de-contribuição no período exigido pela norma, será aplicada a

sistemática da Lei 9.876/99. Caso contrário, deverá ser concedido em valor

mínimo.

1.5 1.5 1.5 1.5 ---- Medida Provisória nº 242/05Medida Provisória nº 242/05Medida Provisória nº 242/05Medida Provisória nº 242/05

No período de vigência da MP nº 242 de 24/03/05, decorrido

entre 28/03/05 e 03/07/05, estabeleceu-se que o cálculo do SB dos

benefícios de auxílio-doença, auxílio-acidente e aqueles decorrentes de

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acidente de qualquer natureza, voltaria a ser constituído através da média

aritmética simples dos trinta e seis últimos salários-de-contribuição ou, não

alcançado este limite, na média aritmética simples dos salários-de-

contribuição existentes.

2 2 2 2 ---- REVISÃOREVISÃOREVISÃOREVISÃO

2.1 2.1 2.1 2.1 ---- Antes da Lei nº 8.213/91Antes da Lei nº 8.213/91Antes da Lei nº 8.213/91Antes da Lei nº 8.213/91

2.1.1 2.1.1 2.1.1 2.1.1 ---- ORTN/OTN (Lei nº 6.423/77 ORTN/OTN (Lei nº 6.423/77 ORTN/OTN (Lei nº 6.423/77 ORTN/OTN (Lei nº 6.423/77 ---- SúmSúmSúmSúmulas: 2 ulas: 2 ulas: 2 ulas: 2 ---- TRF4; 7 TRF4; 7 TRF4; 7 TRF4; 7 ---- TRF3)TRF3)TRF3)TRF3)

Para melhor entendimento desta questão, segue uma breve

evolução da legislação aplicável à espécie.

A Lei nº 5.890/73, alterando alguns dispositivos da Lei nº

3.807/60, estabeleceu os critérios para o cálculo da renda mensal inicial -

RMI para os benefícios de aposentadoria, conforme abaixo transcrito:

Art. 3º - O valor mensal dos benefícios de prestação continuada, inclusive os regidos por normas especiais, será calculado tomando-se por base o salário de benefício, assim entendido: II - Para as demais espécies de aposentadoria, 1/48 (um quarenta e oito avos) da soma dos salários de contribuição imediatamente anteriores ao mês do afastamento da atividade, até o máximo de 48 (quarenta e oito), apurados em período não superior a 60 (sessenta) meses; III - Para o abono de permanência em serviço 1/48 (um quarenta e oito avos) da soma dos salários de contribuição imediatamente anteriores ao mês da entrada do requerimento, até o máximo de 48 (quarenta e oito), apurados em período não superior a 60 (sessenta) meses; §1º- Nos casos dos itens II e III deste artigo os salários de contribuição anteriores aos 12 (doze) últimos meses serão previamente corrigidos de acordo com coeficientes de reajustamento, a serem periodicamente estabelecidos pela Coordenação dos Serviços Atuariais do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

Essa forma de cálculo da RMI vigorou até a edição da Lei nº

6.210, de 04.06.75, que adotou novo critério, nos seguintes termos:

Art. 4º - O artigo 3º da Lei nº 5.890/73, passa a vigorar com as seguintes alterações:

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II- Para as demais espécies de aposentadoria, 1/36 (um trinta e seis avos) da soma dos salários de contribuição imediatamente anteriores ao mês do afastamento da atividade, até máximo de 36 (trinta e seis), apurados em período não superior a 48 (quarenta e oito) meses. III- para o abono de permanência em serviço, 1/36 (um trinta e seis avos) das soma do salário de contribuição imediatamente anteriores ao mês de entrada do requerimento até o máximo de 36 (trinta e seis) meses, apurados em período não superior a 48 (quarenta e oito) meses.

O Decreto nº 77.077/76, que aprovou a Consolidação das Leis da

Previdência Social (CLPS), manteve esta última alteração.

Em 17.06.77 foi editada a Lei nº 6.423, que em seu artigo 1º

estabeleceu as bases para a correção monetária pela variação da Obrigação

Reajustável do Tesouro Nacional (ORTN), como indexador oficial, conforme

transcrito: “a correção, em virtude de disposição legal ou estipulação de

negócio jurídico, da expressão monetária de obrigação pecuniária somente

poderá ter por base a variação nominal da ORTN”.

Os benefícios previdenciários concedidos após a entrada em

vigor da referida lei (21.06.77) continuaram a ser calculados como

determinavam as Leis nº. 5.890/73 e 6.210/75, com a aplicação dos índices

de correção monetária fixados pela Secretaria de Atuária do Ministério da

Previdência e Assistência Social, para a correção dos salários-de-

contribuição que integraram o PBC. Ressalte-se que o Regulamento dos

Benefícios da Previdência Social (RBPS), aprovado pelo Decreto nº 83.080,

de 24 de janeiro de 1979, não trouxe qualquer alteração na forma de

cálculo, ou seja, em total contrariedade ao disposto na Lei nº 6.423/77.

O Poder Judiciário, notadamente os TRF’s da 3ª Região (súmula

07) e da 4ª Região (súmula 02), entendeu que a correção dos salários-de-

contribuição para o cálculo da RMI deveria ser efetuado pela variação

nominal da ORTN, sucedida pela OTN em 02/86, para as concessões

ocorridas no lapso temporal entre a vigência da lei e a promulgação da

Constituição Federal. Os demais critérios da concessão foram mantidos na

integra.

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2.1.1.1 2.1.1.1 2.1.1.1 2.1.1.1 ---- Revisão dos SC via administrativa (com processo concessório)Revisão dos SC via administrativa (com processo concessório)Revisão dos SC via administrativa (com processo concessório)Revisão dos SC via administrativa (com processo concessório)

A correção dos salários-de-contribuição abrangidos no Período

Básico de Cálculo (PBC), com base na variação da ORTN / OTN, é aplicável

aos benefícios concedidos no período de 21/06/1977 a 05/10/1988.

Repita-se que a legislação que embasa a presente revisão

assegurou apenas a substituição dos índices de correção dos salários-de-

contribuição, praticados pela Instituição, pela variação da ORTN. Assim, os

demais critérios adotados para apuração da RMI revisada, permaneceram

inalterados.

Os valores devidos serão resultantes do encontro de contas

entre a evolução da RMI revisada e os valores pagos com base na RMI

concedida administrativamente, e eventuais revisões.

2.1.1.2 2.1.1.2 2.1.1.2 2.1.1.2 ---- Revisão dos SC via Revisão dos SC via Revisão dos SC via Revisão dos SC via arbitramento (arbitramento (arbitramento (arbitramento (sem processo concessório)sem processo concessório)sem processo concessório)sem processo concessório)

Nos casos em que não exista cópia do processo concessório e

não sendo possível sua reconstituição, o cálculo da nova RMI deve ser

obtido através de arbitramento, utilizando-se os índices fixados na

Orientação Interna Conjunta nº 01 DIRBEN/PFE, DE 13 DE SETEMBRO DE

2005 – ANEXO (I).

Devem, entretanto, ser observadas as seguintes situações:

a) quando a RMI revisada resultar em valor superior ao menor-valor-teto, e não havendo qualquer informação acerca da quantidade de grupos de contribuições acima do mVT (x/30), deverá esta ser limitada ao referido patamar (mVT);

b) se a RMI revisada e a RMI concedida (originária) resultarem em valor superior ao mVT, aplica-se o índice da citada tabela, somente sobre a parcela que exceder ao mVT e,

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c) indevida a revisão nos casos em que o salário-de-benefício (SB) for limitado (igual) ao MVT, haja vista ser o valor da parcela adicional equivalente ao mVT, sem qualquer alteração em face o disposto no Inciso II do artigo 40, do Regulamento dos Benefícios da Previdência Social (RBPS), aprovado pelo Decreto nº 83.080/79.

2.1.2 2.1.2 2.1.2 2.1.2 ---- Revisão dos SC até o teto de 20 salários (DiRevisão dos SC até o teto de 20 salários (DiRevisão dos SC até o teto de 20 salários (DiRevisão dos SC até o teto de 20 salários (Direito Adquirido em reito Adquirido em reito Adquirido em reito Adquirido em

07/1989)07/1989)07/1989)07/1989)

A legislação anterior a Lei nº 7.787/89, Regulamento de Custeio

da Previdência Social (Decreto nº 83.081/79), definia como limite máximo

do salário-de-contribuição 20 salários mínimos de referência.

Esse limite à época, definido pelo salário mínimo de referência,

que em junho de 1989 representava o valor de NCz$ 46,80, equivalia ao

Limite Máximo de NCz$ 936,00, conforme abaixo demonstrado.

Tabela de Referência – Utilização a Partir de Junho/89

Piso Nacional de Salários .....................................NCz$ 81,40

Salário Mínimo de Referência................................NCz$ 46,80

Teto de Contribuição..............................................NCz$ 936,00

A Lei nº 7.787/89, vigente a partir de julho de 1989, definiu o

piso de contribuição em NCz$ 120,00 (Salário Mínimo) e o Limite Máximo do

salário-de-contribuição em 10 salários mínimos, equivalendo a NCz$

1.200,00.

Em razão dessa modificação, o PBC das aposentadorias

concedidas posteriormente à vigência da lei alteradora foi composto de

salários-de-contribuição limitados a 20 salários de referência (até junho de

1989) e a 10 salários mínimos (a partir de julho de 1989). Em face dessa

alteração (limite do salário-de-contribuição), foram ajuizadas ações

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revisionais objetivando a revisão do beneficio com fundamento no direito

adquirido.

Os julgados decorrentes desse tipo de ação tem sido objeto de

muita divergência, principalmente quando determina a aplicação cumulada

do artigo 144 ou 145 da Lei 8.213/91 com a legislação anterior (Lei

7.787/89), implicando na apuração de uma nova RMI com base na legislação

pretérita e atual (aplicação de legislação hibrida). Decisões proferidas dessa

forma dificultam o cumprimento do julgado por parte dos Setores de

Cálculos.

2.1.3 2.1.3 2.1.3 2.1.3 ---- Menor Valor Teto (mVT) Menor Valor Teto (mVT) Menor Valor Teto (mVT) Menor Valor Teto (mVT) ---- 10 salários mínimos10 salários mínimos10 salários mínimos10 salários mínimos

O menor valor teto (mTV) foi introduzido na fórmula de cálculo

da renda mensal inicial do benefício, pelo art. 5° da Lei n° 5.890, de

08/06/1973.

Art. 5º Os benefícios a serem pagos sob a forma de renda mensal terão seus valores fixados da seguinte forma: I - quando o salário de benefício for igual ou inferior a 10 (dez) vezes o maior salário mínimo vigente no País, aplicar-se-lhe-ão os coeficientes previstos nesta e na Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960. II - quando o salário de benefício for superior ao do item anterior, será ele dividido em duas parcelas: a primeira igual a 10 (dez) vezes o maior salário mínimo vigente no País; a segunda, será o valor excedente ao da primeira. a) sobre a primeira parcela aplicar-se-ão os coeficientes previstos no item anterior; b) sobre a segunda, aplicar-se-á um coeficiente igual a tantos 1/30 (um trinta avos) quantos forem os grupos de 12 (doze) contribuições acima de 10 (dez) salários mínimos, respeitado, em cada caso, o limite máximo de 80% (oitenta por cento) do valor da parcela. III - o valor da renda mensal no caso do item anterior será a soma das parcelas calculadas na forma das alíneas "a" e "b", não podendo ultrapassar o valor correspondente a 90% (noventa por cento) de 20 (vinte) vezes o maior salário mínimo vigente no País.

2.1.4 2.1.4 2.1.4 2.1.4 ---- Menor Valor Teto Menor Valor Teto Menor Valor Teto Menor Valor Teto –––– Desvinculação do salário mínimoDesvinculação do salário mínimoDesvinculação do salário mínimoDesvinculação do salário mínimo

A Lei n° 6.205/75, em seu art. 1°, § 3°, desvinculou a utilização

do salário mínimo como fator de atualização monetária.

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Art. 1º Os valores monetários fixados com base no salário mínimo não serão considerados para quaisquer fins de direito. § 1º Fica excluída da restrição de que trata o "caput" deste artigo a fixação de quaisquer valores salariais, bem como os seguintes valores ligados à legislação da previdência social, que continuam vinculados ao salário mínimo: I - Os benefícios mínimos estabelecidos no artigo 3º da Lei número 5.890 de 8 de junho de 1973; II - a cota do salário-família a que se refere o artigo 2º da Lei número 4.266 de 3 de outubro e 1963; III - os benefícios do PRORURAL (Leis Complementares números 11, de 26 de maio de 1971, e 16, de 30 de outubro de 1973), pagos pelo FUNRURAL; IV - o salário base e os benefícios da Lei nº 5.859, de 11 de dezembro de 1972; V - o benefício instituído pela Lei nº 6.179, de 11 de dezembro de 1974; VI - (VETADO). § 2º (VETADO). § 3º Para os efeitos do disposto no artigo 5º da Lei nº 5.890, de 1973, os montantes atualmente correspondentes aos limites de 10 e 20 vezes o maior salário mínimo vigente serão reajustados de acordo com o disposto nos artigos 1º e 2º da Lei nº 6.147, de 29 de novembro de 1974.

Constata-se, assim, que em função do § 3° do art. 1° da Lei n°

6.205/75, houve a desvinculação dos valores monetários ao salário mínimo,

passando o mVT, previsto no art. 5° da Lei n° 5.890/73, a ser atualizado

pelos índices da política salarial, nos termos dos artigos 1° e 2° da Lei n°

6.147/74, competindo ao Poder Executivo baixar ato contendo o fator de

reajustamento salarial.

Dessa forma, o menor teto no valor de 10 salários mínimos

vigorou por curto período, pois com o advento da Lei n° 6.205/75 passou a

ser corrigido pela política salarial, estabelecida pela Lei n° 6.147/74.

Art. 1º Nos reajustamentos salariais efetuados, a partir de 1º de janeiro de 1975, pelo Conselho Nacional de Política Salarial, pela Secretaria de Emprego e Salário, do Ministério do Trabalho, bem como pela Justiça do Trabalho nos processos de dissídio coletivo, o novo salário será determinado multiplicando-se o anteriormente vigente pelo fator de reajustamento salarial, calculado na forma do disposto no artigo 2º desta Lei. Art. 2º O fator de reajustamento salarial a que se refere o artigo anterior será obtido multiplicando-se os seguintes fatores parciais: a) a média aritmética dos coeficientes de atualização monetária dos salários dos últimos doze meses; b) o coeficiente correspondente à metade do resíduo inflacionário previsto para um período de doze meses, fixado pelo Conselho Monetário Nacional; c) o coeficiente correspondente à participação no aumento da produtividade da economia nacional do ano anterior, fixado pela Secretaria de Planejamento da Presidência da República. d) o quociente obtido entre o coeficiente relativo à metade da taxa de inflação efetivamente verificada no período de vigência do antigo salário e o

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correspondente à metade do resíduo inflacionário usado na determinação deste salário. Art. 3º O Poder Executivo baixará, mensalmente, por ato próprio, o fator de reajustamento salarial, com base nos princípios estabelecidos no artigo 2º desta Lei.

2.1.5 2.1.5 2.1.5 2.1.5 ---- Menor Valor Teto Menor Valor Teto Menor Valor Teto Menor Valor Teto –––– INPCINPCINPCINPC

A Lei 6.708/79 entrou em vigor a partir de 01 de novembro de

1979, cujo art. 14 tem o seguinte teor:

Art 14 O § 3º, do art. 1º, da Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975, passa a vigorar com seguinte redação: § 3º Para os efeitos do disposto no artigo 5º da Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973, os montantes atualmente correspondentes a 10 (dez) e 20 (vinte) vezes o maior salário mínimo vigente serão corrigidos de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor.

O dispositivo transcrito passou a constar expressamente no

Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, aprovado pelo Decreto

n° 83.080, de 24 de janeiro de 1979, senão vejamos:

Art. 430. A contar de 30 de abril de 1975, o valor monetário fixado com base em salário-mínimo esta substituído pela unidade-salarial e pelo valor-de-referência, reajustáveis anualmente segundo sistema especial estabelecido pelo Poder Executivo, na forma da Lei n.º 6.205, de 29 de abril de 1975, entendendo-se como: I - UNIDADE-SALARIAL - o valor-padrão resultante da aplicação ao salário-mínimo vigente em 30 de abril de 1975 do fator de reajustamento salarial de que tratam os artigos 01 e 02 da Lei n.º 6.147, de 29 de novembro de 1974; II - valor-de-referência - o valor-padrão resultante da aplicação ao salário-mínimo vigente em 30 de abril de 1975 do coeficiente de correção monetária que teve por base o fator de reajustamento salarial de que tratam os artigos 01 e 02 da Lei n.º 6.147, de 29 de novembro de 1974, excluído o coeficiente de aumento de produtividade, estando estabelecida como limite para a variação daquele coeficiente, a contar de 21 de junho de 1977, a variação das Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional (ORTN), na forma da Lei n.º 6.423, de 17 de junho de 1977. § 1º Para os efeitos do disposto no parágrafo único do artigo 36, nos itens I e II do artigo 40 e nos artigos 158, 215 e 265, os valores correspondentes aos limites de 10 (dez) e 20 (vinte) vezes o maior salário-mínimo do País, fixados pela Lei n.º 5.890, de 8 de junho de 1973, são reajustados de acordo com o disposto nos artigos 1° e 2° da Lei n.º 6.147, de 29 de novembro de 1974.

Referida regra legal foi incorporada também à Consolidação das

Leis da Previdência Social – CLPS, expedida pelo Decreto n° 89.312/84 (art.

212), ratificando que a correção do mVT pelo INPC, a partir da vigência da

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Lei n° 6.708/79, deveria ser realizada tomando por base os valores

resultantes da atualização efetuada, nos termos do art. 1°, § 3°, da Lei n°

6.205/75 e dos arts. 1° e 2° da Lei n°6.147/74, in verbis:

Art. 212. Para efeito do disposto no § 4º do artigo 21, nos itens I a III do artigo 23, no parágrafo único do artigo 25, nos itens I e II do artigo 33 e no artigo 102, os valores correspondentes aos limites de 10 (dez) e 20 (vinte) vezes o maior salário-mínimo do país, fixados pela Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973, são reajustados, até 31 de outubro de 1979, de acordo com o disposto nos artigos 1º e 2º da Lei nº 6.147, de 29 de novembro de 1974, e, a contar de 1º de novembro de 1979, em face da Lei nº 6.708, de 30 de outubro de 1979, e suas alterações, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), constituindo, respectivamente, o menor valor-teto e o maior valor-teto do salário-de-benefício.

O reflexo dessa alteração somente se deu a partir de maio de

1980, quando o menor e o maior valor teto deveriam ter sido reajustados

pelo INPC acumulado no período de novembro de 1979 a abril de 1980.

Somente em abril de 1982 a Previdência Social promoveu a

revisão nos termos acima citados, através da Portaria do Ministério da

Previdência e Assistência Social – MPAS n° 2.840, de 30 de abril de 1982,

que determinou a aplicação do INPC acumulado desde novembro de 1979

para reajustar os Menores e Maiores Valores Tetos a partir de maio de 1982,

in verbis:

4. A partir de 1º de maio de 1982, tendo em vista o disposto no artigo 14 da Lei 6.708, de 30 de outubro de 1979, o teto máximo do salário-de-benefício é de Cr$ 282 900,00 (duzentos e oitenta e dois mil e novecentos cruzeiros).

Num primeiro momento, há o reconhecimento da defasagem dos

Menores e Maiores Valores Tetos no período de maio de 1980 a abril de

1982, considerando que o Artigo 402 do Decreto n° 83080/79, assim

estabeleceu:

Art. 402. Nenhuma prestação da previdência social pode ser criada, majorada ou estendida sem a correspondente fonte de custeio total.

Portanto, o limite máximo do salário-de-contribuição se

distinguiu do limite máximo do beneficio (MVT) somente a partir de

dezembro de 1981, por força da Lei n° 6.950, de 04 de novembro de 1981,

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combinado com o Decreto n° 90.817, de 17 de janeiro de 1985, que alterou

o dispositivo do Decreto n° 83.081 (Regulamento de Custeio da Previdência

Social) que, até então, os dois limites representavam o mesmo valor, na

forma abaixo transcrita:

Lei n° 6.950: Art. 4º - O limite máximo de salário-de-contribuição, previsto no artigo 5º da Lei 6.332, de 18 de maio de 1976, é fixado em valor correspondente a 20 (vinte) vezes o salário mínimo vigente no País. Decreto n° 90.817: Art 41 [...] § 2º O limite máximo do salário-de-contribuição, a contar de 1º de dezembro de 1981, é fixado em valor correspondente a 20 (vinte) X o Salário Mínimo vigente.

Com isso, considerando que essa majoração se deu apenas no

plano de custeio, admitem-se diferenças nos valores dos menores e maiores

valores tetos somente no período de dezembro de 1981 ate à véspera da

vigência da Portaria Ministerial, em abril de 1982.

Relevante destacar é que os índices do INPC em questão são os

anteriores à revisão elaborada pelo IBGE que, diante da mudança do período

de coleta, publicou novos índices anteriores a março de 1986, ocasionando

em todo aquele período duas tabelas distintas de variação: uma

compatibilizada e outra não, observando-se que para o presente caso, o

correto seria a série não compatibilizada.

2.1.6 2.1.6 2.1.6 2.1.6 ---- Complementação para 1 SM e 13º salário integral (Art. 201, §§ 5º e 6º Complementação para 1 SM e 13º salário integral (Art. 201, §§ 5º e 6º Complementação para 1 SM e 13º salário integral (Art. 201, §§ 5º e 6º Complementação para 1 SM e 13º salário integral (Art. 201, §§ 5º e 6º

da CF/88)da CF/88)da CF/88)da CF/88)

Na legislação anterior à promulgação da Constituição Federal de

1988 era permitido o pagamento de benefícios em valor inferior ao salário

mínimo.

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Os benefícios urbanos, exceto a renda mensal vitalícia (por

idade e invalidez), por força da Lei nº 7.604/87, tinham sua renda mínima

equivalente a 95% do salário mínimo.

O abono anual correspondia a 1/12 (um doze avos) do somatório

dos valores percebidos no ano, de acordo com o disposto na Lei nº 4.281/63.

A Constituição Federal em seu artigo 201, §§ 2° e 6°, vedou

expressamente o pagamento de benefício em valor inferior ao salário

mínimo, estabelecendo em sua redação original, verbis:

§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. § 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano.

Surgiu então a questão se o referido artigo era auto-aplicável ou

dependia de regulamentação e de fonte de custeio especifica para

pagamento da nova despesa.

A partir de 05 de abril de 1991 o valor mínimo de beneficio

passou a ser o mesmo do salário mínimo (Lei nº 8.213/91), e a gratificação

natalina (13º salário) passou a ser paga integralmente a partir de 1990,

tomando por base o valor do mês de dezembro, de acordo com o disposto

na Lei nº 8.114/90.

O pagamento integral do 13º é devido apenas para os benefícios

que estiverem em manutenção há 12 meses. Para os benefícios com tempo

inferior a 12 meses o pagamento do 13º será proporcional, tendo a renda do

mês de dezembro como base (x/12).

A revisão administrativa, para complementar o valor de 01

salário mínimo dos benefícios até a edição da lei que o regulamentou,

somente ocorreu após decisão do e. Supremo Tribunal Federal no Recurso

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Extraordinário nº 159.413-6, de 23 de setembro de 1993, que pacificou a

tese no sentido de que os artigos da CF que tratam da matéria eram auto-

aplicáveis.

Para os benefícios com renda mensal inferior a um salário

mínimo, no interregno de 06/10/1988 a 04/04/1991, o pagamento das

diferenças foi realizado em até 30 parcelas, tendo como inicio de

pagamento o mês de março de 1994 (portaria MPAS 714/93).

O cálculo das parcelas relativas ao complemento do valor igual

ao salário mínimo foi proporcional aos meses devidos e de acordo com a

Data de Inicio do Beneficio – DIB.

Para os benefícios com renda mensal superior a 50% e até 99%

do salário mínimo, o pagamento foi feito em parcela única, dividida em dez

grupos, de acordo com a DIB, priorizando-se as mais antigas e efetuando o

pagamento de um grupo por mês.

As parcelas foram atualizadas monetariamente entre dezembro

de 1993 e o mês anterior à competência em que foi realizado o seu

pagamento.

2.2 2.2 2.2 2.2 ---- Vigência da Lei nº 8.213/91Vigência da Lei nº 8.213/91Vigência da Lei nº 8.213/91Vigência da Lei nº 8.213/91

2.2.1 2.2.1 2.2.1 2.2.1 ---- Artigo 144Artigo 144Artigo 144Artigo 144

O termo “Buraco Negro” foi a expressão usada informalmente

para se referir ao período em que não havia legislação específica

regulamentando a nova CF/88, na parte atinente aos benefícios

previdenciários. Esse período medeia de 06/10/88 até 04/04/91.

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Como não havia lei regulamentando a concessão dos benefícios

previdenciários após a promulgação da CF/88, os mesmos continuaram a ser

concedidos e mantidos com base na legislação vigente até então, ou seja,

Decreto nº 83.080/79.

No âmbito do Poder Judiciário houve muita discussão acerca da

auto aplicabilidade das normas constitucionais pertinentes aos benefícios

previdenciários. Muitas decisões foram conflitantes até que o e. STF julgou,

em sessão plenária de 26.02.97, pela não auto aplicabilidade do § 3º do

artigo 201 e o “caput” do artigo 202, da CF/88.

Assim, para todos os benefícios concedidos no denominado

“buraco negro” foi observado o preceito do art. 144 c/c o art. 29 (redação

original), ambos da Lei nº 8.213/91, in verbis:

Art. 144. Até primeiro de junho de 1992, todos os benefícios de prestação continuada concedidos pela Previdência Social, entre 5 de outubro de 1988 e 5 de abril de 1991, devem ter sua renda mensal inicial recalculada e reajustada de acordo com as regras estabelecidas nesta lei. Parágrafo único - a renda mensal recalculada de acordo com o disposto no “caput” deste artigo, substituirá para todos os efeitos a que prevalecia até então, não sendo devido, entretanto, o pagamento de quaisquer diferença decorrente da aplicação deste artigo referentes às competências de outubro de 1988 a maio de 1992. Art. 29. O salário-de-benefício consiste na média aritmética simples de todos os últimos salários-de-contribuição dos meses imediatamente anteriores ao do afastamento da atividade ou da data da entrada do requerimento, até o máximo de 36 (trinta e seis), apurados em período não superior a 48 (quarenta e oito) meses.

A RMI “revista” foi reajustada até 12/91 pelos índices constantes

na tabela reeditada que acompanhou a Ordem de Serviço/INSS/DISES nº 121

de 15/06/92 (vide item 5 do Capítulo III).

2.2.2 2.2.2 2.2.2 2.2.2 ---- Artigo 145Artigo 145Artigo 145Artigo 145

Também determinada pela Lei nº 8.213/91, esta revisão abrange

os benefícios concedidos após 05/04/91, conforme transcrevemos:

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Art. 145- os efeitos desta lei retroagirão a 5 de abril de 1991, devendo os benefícios de prestação continuada concedidos pela Previdência Social a partir de então, terem no prazo máximo de 30 (trinta) dias, suas rendas mensais iniciais recalculadas e atualizadas de acordo com as regras estabelecidas nesta lei. Parágrafo único - as rendas mensais resultantes da aplicação do disposto neste artigo substituirão, para todos os efeitos as que prevaleciam até então, devendo as diferenças de valor apuradas serem pagas a partir do dia seguinte ao término do prazo estipulado no caput deste artigo, em até 24 parcelas mensais consecutivas reajustadas nas mesmas épocas e na mesma proporção em que forem reajustados os benefícios de prestação continuada da Previdência Social”.

A revisão administrativa foi promovida em cumprimento ao

contido na Portaria MPAS nº 3.003, de 02/01/1992, senão vejamos:

Art. 5º [...] § 3º Os benefícios de prestação continuada com data de inicio a partir de 05 de abril até 23 de agosto de 1991 devem ter suas Rendas Mensais Iniciais recalculadas e atualizadas de acordo com o disposto neste artigo, devendo as diferenças de valor apuradas a serem pagas, a partir da competência janeiro de 1992 em 19 (dezenove) parcelas mensais consecutivas, reajustadas nas mesmas épocas e na mesma proporção em que forem reajustados os benefícios de prestação continuada da Previdência Social. § 4º Os benefícios de prestação continuada com data de inicio a partir de 24 de agosto de 1991 devem ter suas Rendas Mensais Iniciais recalculadas e atualizadas de acordo com o disposto neste artigo, devendo as diferenças de valor apuradas serem pagas, em parcela única, juntamente com a competência janeiro de 1992.

2.2.3 2.2.3 2.2.3 2.2.3 ---- IRSM de fevereiro de 1994 (39.67%)IRSM de fevereiro de 1994 (39.67%)IRSM de fevereiro de 1994 (39.67%)IRSM de fevereiro de 1994 (39.67%)

A Lei 8.880, de 27 de março de 1994, em seu artigo 21,

estabeleceu:

Art. 21. Os benefícios concedidos com base na Lei nº 8.213/91, com data de início a partir de 1º de março de 1994, o salário-de-benefício será calculado nos termos do artigo 29 da referida lei, tomando-se os salários-de-contribuição expressos em URV. § 1º Para os fins do disposto neste artigo, os salários-de-contribuição referentes às competências anteriores a março de 1994 serão corrigidos monetariamente até o mês de fevereiro de 1994 pelos índices previstos no artigo 31 da Lei nº 8.218/91, com as alterações da Lei nº 8.542/92 o convertidos em URV, pelo valor em Cruzeiros Reais do equivalente em URV no dia 28 de fevereiro de 1994. § 2º A partir da primeira emissão do Real, os salários-de-contribuição computadores no cálculo do salário-de-benefício, inclusive os convertidos nos termos do § 1º, serão corrigidos monetariamente mês a mês pela variação integral do IPC-r. § 3º Na hipótese de a média apurada nos termos deste artigo resultar superior ao limite máximo do salário-de-contribuição vigente no mês de início do benefício, a diferença percentual entre esta média a o referido limite será

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incorporada ao valor do benefício juntamente com o primeiro reajuste do mesmo após a concessão, observado que nenhum benefício assim reajustado poderá superar o limite máximo do salário-de-contribuição vigente na competência em que ocorrer o reajuste.

Assim, a partir de março de 1994 os benefícios concedidos pela

Previdência Social tiveram os SC corrigidos monetariamente com a inflação

integral do IRSM até fevereiro em 40,25% (índice divulgado para o mês de

janeiro), não sendo considerado o IRSM divulgado para o mês de fevereiro

em 39,67%

Em face das inúmeras decisões judiciais reconhecendo a

procedência da aplicação do referido percentual na composição do fator de

correção dos salários de contribuição, a Administração reconheceu a

existência do expurgo através da MP 201 de 23 de julho de 2004, convertida

na Lei nº 10.999, de 15 de dezembro de 2004, autorizando a revisão dos

benefícios previdenciários concedidos após fevereiro de 1994 e

determinando o pagamento dos valores atrasados nas condições

especificadas.

Oportuno salientar que na elaboração dos cálculos neste tipo de

revisão judicial é prudente verificar nos cadastros mantidos pela DATAPREV

se houve “adesão” do segurado ao acordo proposto para pagamento das

parcelas na via administrativa, conforme estabelecido na MP 201/2004. O

objetivo desta consulta é para o feito de cancelamento do acordo ou

eventuais compensações de valores.

2.2.4 2.2.4 2.2.4 2.2.4 ---- Artigo 29, IIArtigo 29, IIArtigo 29, IIArtigo 29, II

A revisão judicial do artigo 29, inciso II, da Lei nº 8.213/91 é uma

demanda recente. A sua discussão tem gerado polêmica diante da

interpretação do conceito de período contributivo. A lei inovadora

(9.876/99), que modificou o artigo da Lei nº 8.213/91, expondo que:

“período contributivo desde 07/94 até a data do início do benefício”, não

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definindo se está ou não sendo considerados períodos em que não houve

recolhimentos.

A Lei nº 9.876/99 traz novo disciplinamento tanto para as regras

permanentes (futuras) quanto para as de transição.

Regras permanentes ou futuras:

Art. 2º A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes alterações. Art. 29. O salário-de-benefício consiste: (NR) I - para os benefícios de que tratam as alíneas b e c do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário; II - para os benefícios de que tratam as alíneas a, d, e e h do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo. Regra de transição:

Art. 3º Para o segurado filiado à Previdência Social até o dia anterior à data de publicação desta Lei, que vier a cumprir as condições exigidas para a concessão dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, no cálculo do salário-de-benefício será considerada a média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o período contributivo decorrido desde a competência julho de 1994, observado o disposto nos incisos I e II do caput do art. 29 da Lei nº 8.213, de 1991, com a redação dada por esta Lei. [...] § 2º No caso das aposentadorias de que tratam as alíneas b, c e d do inciso I do art. 18, o divisor considerado no cálculo da média a que se refere o caput e o § 1º não poderá ser inferior a sessenta por cento do período decorrido da competência julho de 1994 até a data de início do benefício, limitado a cem por cento de todo o período contributivo.

A Lei nº 9.876/99 não contemplou exceção a regra para

apuração do SB dos benefícios de aposentadoria por invalidez e auxílio-

doença. Entretanto, o Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo

Decreto nº 3.048/99, inovou no tratamento dado a estes benefícios.

Regra permanente:

Art.32. O salário-de-benefício consiste: § 20. Nos casos de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez, contando o segurado com menos de cento e quarenta e quatro contribuições mensais

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no período contributivo, o salário-de-benefício corresponderá à soma dos salários-de-contribuição dividido pelo número de contribuições apurado.

Regra de transição:

Art.188-A. Para o segurado filiado à previdência social até 28 de novembro de 1999, inclusive o oriundo de regime próprio de previdência social, que vier a cumprir as condições exigidas para a concessão dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, no cálculo do salário-de-benefício será considerada a média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o período contributivo decorrido desde a competência julho de 1994, observado o disposto nos incisos I e II do caput e §14 do art. 32. [...] § 4º Nos casos de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez, contando o segurado com salários-de-contribuição em número inferior a sessenta por cento do número de meses decorridos desde a competência julho de 1994 até a data do início do benefício, o salário-de-benefício corresponderá à soma dos salários-de-contribuição dividido pelo número de contribuições mensais apurado.

Foi com base nesses artigos que surgiram inúmeras ações

judiciais no sentido de demonstrar que o decreto extrapolou a lei ao definir

um número mínimo de contribuições para o cálculo do SB, pois, caso o

número de contribuições fosse inferior ao limite estabelecido, seria utilizado

a soma dos salários-de-contribuição dividido pelo número de contribuições

existentes.

Diante da ausência de um conceito claro sobre “período

contributivo”, o INSS interpretou inicialmente que esse período seria o lapso

temporal decorrido entre a data de filiação e a data anterior ao mês de

requerimento do benefício pleiteado, com ou sem recolhimentos (janelas).

Posteriormente, em razão de inúmeras decisões judiciais em sentido

contrário ao critério adotado pelo INSS, foi editado ato normativo por parte

da Instituição Previdenciária reconhecendo o equívoco na redação do

referido decreto.

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Para corrigir essa distorção foi editado o Decreto nº 6.939, de 18

de agosto de 2009, que alterou o Decreto nº 3.048/99, revogando o § 20 do

art. 32, alterando o § 4º do art. 188-A e incluindo o § 22, no art. 32, que

definiu o conceito de período contributivo, na forma abaixo:

Regra permanente:

Art.32. O salário-de-benefício consiste: [...] § 20 (revogado). § 22. Considera-se período contributivo: I - para o empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso: o conjunto de meses em que houve ou deveria ter havido contribuição em razão do exercício de atividade remunerada sujeita a filiação obrigatória ao regime de que trata este Regulamento; ou II - para os demais segurados, inclusive o facultativo: o conjunto de meses de efetiva contribuição ao regime de que trata este Regulamento.

Regra de transição

Art.188-A [...] § 4o Nos casos de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez, o salário-de-benefício consiste na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento do período contributivo decorrido desde a competência julho de 1994 até a data do início do benefício.

A inclusão do § 22 no artigo 32 do Regulamento definiu o conceito de período contributivo, dirimindo, assim, as dúvidas até então existentes.

Assim, ficou definido que o conceito de período contributivo para

o empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso é o conjunto de

meses em que houve ou deveria ter havido contribuição em razão do

exercício de atividade remunerada e, para os demais segurados, inclusive o

facultativo, o conjunto de meses de efetiva contribuição.

2.2.5 2.2.5 2.2.5 2.2.5 ---- Artigo 29, § 5ºArtigo 29, § 5ºArtigo 29, § 5ºArtigo 29, § 5º

A Lei nº 8.213/91 estabelece no § 5° do art. 29, in verbis:

Art. 29 [...]

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§ 5° Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefícios por incapacidade, sua duração será contada, considerando-se como salário-de-contribuição, no período, o salário-de-benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e bases dos benefícios em geral, não podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário mínimo”.

Para a concessão da aposentadoria por invalidez o INSS utiliza o

salário-de-beneficio do auxilio doença, reajustado nos mesmos moldes dos

benefícios em geral, aplicando o novo coeficiente de cálculo para apuração

da RMI.

Esse critério de apuração da RMI foi questionado na justiça,

tendo, inclusive, originado a Súmula nº 09 da Turma Recursal de Santa

Catarina, e várias decisões favoráveis aos autores, no sentido de refazer o

cálculo do benefício desde a sua concessão. Esse cálculo considerava um

PBC composto por 36 contribuições atualizadas monetariamente para a DIB,

onde o SB do auxílio-doença, reajustado nos moldes dos benefícios em

geral, passava a ser salário-de-contribuição mensal.

É importante salientar que a manutenção do beneficio revisto,

nestes termos, faz com que a DIB anterior desapareça e assim no primeiro

reajustamento da aposentadoria por invalidez o índice seja proporcional a

sua DIB.

Todavia, no STJ a questão foi pacificada em favor do INSS e,

posteriormente, o Supremo Tribunal Federal julgou o RE nº 583.834, com

Repercussão Geral reconhecida, dando provimento ao recurso do INSS.

Portanto, com o julgamento proferido pelo STF no RE nº

583.834, prevalece o critério de apuração da RMI adotado pelo INSS.

2.2.6 2.2.6 2.2.6 2.2.6 ---- Artigo 26, da Lei nº 8.870/94 (Índice Teto)Artigo 26, da Lei nº 8.870/94 (Índice Teto)Artigo 26, da Lei nº 8.870/94 (Índice Teto)Artigo 26, da Lei nº 8.870/94 (Índice Teto)

A Lei 8.870 de 15 de abril de 1994 em seu artigo 26

estabeleceu:

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Art. 26. Os benefícios concedidos nos termos da Lei nº 8.213, de julho de 1991, com data de início entre 5 de abril de 1991 e 31 de dezembro de 1993, cuja renda mensal inicial tenha sido calculada sobre salário-de-benefício inferior à média dos 36 últimos salários-de-contribuição em decorrência do disposto no § 2º do art. 29 da referida lei, serão revistos a partir da competência abril de 1994, mediante a aplicação do percentual correspondente à diferença entre a média mencionada neste artigo e o salário-de-benefício considerado para a concessão. Parágrafo único. Os benefícios revistos nos termos do "caput" deste artigo não poderão resultar superiores ao teto do salário-de-contribuição vigente na competência de abril de 1994.

A revisão dos benefícios foi processada automaticamente e

incluída para pagamento na competência junho de 1994. Os efeitos

financeiros das revisões retroagiram a abril de 1994.

Em maio de 1995 foi incorporada à renda mensal dos benefícios

de prestação continuada, com DIB no período de 01 de julho de 1994 a 30

de abril de 1995, a diferença percentual entre a média dos salários-de-

contribuição e o teto do salário-de-beneficio.

Aplica-se este artigo para as DIB´s entre 05/04/1991 e

31/12/1993, cuja fórmula para apuração do Índice do Teto é:

SB Global (/) Teto do SB na DIB = Índice do Teto

2.2.7 2.2.7 2.2.7 2.2.7 ---- Artigo 21, § 3º, da Lei nº 8.880/94 (Índice Teto)Artigo 21, § 3º, da Lei nº 8.880/94 (Índice Teto)Artigo 21, § 3º, da Lei nº 8.880/94 (Índice Teto)Artigo 21, § 3º, da Lei nº 8.880/94 (Índice Teto)

A Lei 8.880 de 27 de maio de 1994, no art. 21 § 3º manteve na

concessão dos benefícios o estabelecido no art. 26 da Lei 8.870 de 15 de

abril de 1994, com a seguinte redação:

Art. 21. Os benefícios concedidos com base na Lei nº 8.213/91, com data de início a partir de 1º de março de 1994, o salário-de-benefício será calculado nos termos do artigo 29 da referida lei, tomando-se os salários-de-contribuição expressos em URV. [...] § 3º Na hipótese de a média apurada nos termos deste artigo resultar superior ao limite máximo do salário-de-contribuição vigente no mês de início do benefício, a diferença percentual entre esta média a o referido limite será incorporada ao valor do benefício juntamente com o primeiro reajuste do mesmo após a concessão, observado que nenhum benefício assim reajustado

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60

poderá superar o limite máximo do salário-de-contribuição vigente na competência em que ocorrer o reajuste.

Aplica-se este artigo para as DIB´s de 01/03/1994 em diante. A

forma de cálculo para apuração do Índice de Teto é a mesma aplicada no

artigo 26 da Lei 8.870/94.

2.2.8 2.2.8 2.2.8 2.2.8 ---- EmenEmenEmenEmendas Constitucionais 20 e 41das Constitucionais 20 e 41das Constitucionais 20 e 41das Constitucionais 20 e 41

A revisão administrativa ocorreu após a decisão do Supremo

Tribunal Federal ter confirmado a majoração aos novos tetos instituídos nas

Emendas Constitucionais 20/1998 e 41/2003, nos valores de R$ 1.200,00 e

R$ 2.400,00 respectivamente, para os benefícios em manutenção nas datas

de vigência.

Os valores dos tetos anteriores as emendas constitucionais em

vigência eram de R$ 1.081,50 e R$ 1.869,34 respectivamente.

Restou acordado na Ação Civil Pública nº 0004911-28.2011.4.3

do MPF/SP que, a revisão administrativa se daria em relação aos benefícios

com data de início no período de 05/04/1991 a 31/12/2003, que tiveram o

Salário-de-Benefício limitado ao teto previdenciário na data da concessão,

bem como os benefícios deles decorrentes, nos termos da Resolução nº 151

– PRES/INSS, de 30 de agosto de 2011.

Esse reconhecimento na pratica faz com que o valor a ser

reajustado, seja o salário-de-beneficio sem limitação ao teto na data da

concessão, observando os coeficientes do cálculo da RMI, para incorporação

integral até o novo limite de pagamento dos valores definidos nas Emendas

Constitucionais.

A forma dessa revisão foi disciplinada no MEMORANDO-

CIRCULAR CONJUNTO Nº 25/DIRBEN/PFE/INSS de 31 de agosto de 2011

conforme descrição:

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[...] V - CÁLCULO DA REVISÃO DA MENSALIDADE REAJUSTADA 14. A revisão foi processada a partir da simulação do cálculo da RMI sem teto, considerando o SB sem limitação ao teto. 15. A RMI simulada sem teto foi reajustada pelos índices de reajuste dos benefícios até a data das Emendas Constitucionais referidas inicialmente, apurando-se a MR revista em 12/1998 e MR revista em janeiro/2004. 16. A MR revista foi limitada ao teto de R$ 1.200,00, em 12/1998, conforme EC n° 20/98 e R$ 2.400,00, em janeiro/2004, conforme EC n° 41/2003, sendo reajustada pelos índices oficiais (INPC), até a competência agosto/2011 ou até a data da cessação, para os benefícios cessados. 17. Para fins de atualização dos dados relativos ao cálculo dos benefícios serão registrados no SUB dois índices nas datas das Emendas, que expressam, em percentual, o valor a ser incorporado na MR em decorrência desta revisão: a) Índice 1, calculado na competência 12/1998, pela diferença percentual entre a MR revista em 12/1998, limitada ao teto de R$ 1.200,00 e a MR anterior, naquela competência, conforme fórmula abaixo: MR sem teto em 12/1998 limitada ao teto de 1.200,00 MR em 12/1998 b) Índice 2, calculado na competência 01/2004, pela diferença percentual entre a MR revista em 01/2004, limitada ao teto de R$ 2.400,00 e a MR anterior, naquela competência, conforme fórmula abaixo: MR sem teto em 01/2004 limitada ao teto de R$ 2.400,00 MR em 01/2004 18. Na análise do benefício para identificação do direito, deve ser observado o tipo de cálculo considerado na concessão/revisão (Data da Publicação da Emenda-DPE, Data da Publicação da Lei nº 9.876/99-DPL, Lei nº 9.876/99 e Data de Entrada do Requerimento-DER) e o cálculo do fator previdenciário, observada a fórmula da regra transitória, se for o caso. CÁLCULO DO FATOR PREVIDENCIÁRIO (Regra transitória) SB=F.X.M +M (60-X) 60/60 Onde: SB: Salário-de-Benefício F: Fator previdenciário M: Média dos salários-de-contribuição X: Quantidade de meses de transição até a data da aposentadoria VI - CÁLCULO DOS ATRASADOS E FORMA DE PAGAMENTO 19. As diferenças são devidas nos últimos cinco anos que antecedem ao ajuizamento da ACP n° 0004911-28.2011.4.03.6183, fato ocorrido em 5 de maio de 2011, ou a contar da data de eventual pedido administrativo de revisão ou, ainda, do ajuizamento de ação revisional individual, o que ocorrer primeiro. 20. Os atrasados apurados serão pagos conforme cronograma de pagamento abaixo: GRUPO DATA VALORES R$ I até

30/10/2011 6.000,00

III até 31/05/2012

6.000,01 a 15.000,00

III até 30/11/2012

15.000,01 a 19.000,00

IV até 31/01/2013

> 19.000,00

21. Para os benefícios revistos após a data fixada no cronograma acima, que se enquadrem em grupos para os quais já foram efetuados os pagamentos,

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os valores de atrasados serão pagos na competência do processamento da revisão. 22. Os atrasados apurados serão atualizados até a data do processamento, com nova atualização na data do efetivo pagamento. 23. Sobre o montante apurado, haverá incidência do imposto de renda, conforme legislação em vigor. 24. Em caso de óbito do titular do benefício antes da efetivação do pagamento das diferenças, o montante será pago aos dependentes ou, na ausência destes, aos herdeiros habilitados em alvará judicial. O cadastro dos herdeiros será feito em aplicativo próprio a ser disponibilizado no SUB. [...]

Diante de decisões judiciais transitadas em julgado que

determinaram a aplicação das emendas aos benefícios concedidos em

período anterior ao fixado no acordo, a Procuradoria Federal Especializada

editou a ORIENTAÇÃO TÉCNICA PFE-INSS nº 001/2011 definindo um

tratamento a esses casos:

3. Benefícios com DIB entre 05/10/88 a 05/04/91(“buraco negro”)3. Benefícios com DIB entre 05/10/88 a 05/04/91(“buraco negro”)3. Benefícios com DIB entre 05/10/88 a 05/04/91(“buraco negro”)3. Benefícios com DIB entre 05/10/88 a 05/04/91(“buraco negro”) O direito a revisão relativamente aos benefícios concedidos no “buraco negro” depende de avaliação dos termos em que se deu a revisão do art. 144, da Lei 8.213/91, devendo ser buscado o processo concessório para fins de simulação. Se não tiver havido revisão pelo art. 144, aplica-se a tese incluída no anexo III; se, por outro lado, o processo administrativo estiver extraviado, combina-se com as teses constantes dos Anexo IV e V” [...] Anexo IIIAnexo IIIAnexo IIIAnexo III Como a revogação da redação original do art. 144 se deu com a MP 2.060/00, a superveniência da Lei 9.528/97, fixando prazo decadencial para fins de reforma ou alteração do ato de concessão de benefício previdenciário, atingiu inevitavelmente a pretensão quanto à “revisão do buraco negro”, prejudicando, por conseguinte, a revisão dos tetos, tal qual propugnada pelo Supremo Tribunal Federal. [...] Anexo VAnexo VAnexo VAnexo V Assim, embora não se possa afastar a aplicabilidade do entendimento lançado pelo STF aos benefícios concedidos no “buraco negro”, evidentemente não se poderá, ato contínuo, dizer que a integralidade dos benefícios concedidos nesse período têm direito à revisão pelo novo teto, reputando-se imprescindível a avaliação dos salários-de-contribuição que foram levados em consideração para a apuração da respectiva média.

Em decorrência da referida Orientação Técnica deve-se aplicar a

regra já exposta, ou seja, o valor a ser reajustado será o salário-de-beneficio

sem limitação ao teto na data da concessão, observando os coeficientes do

cálculo da RMI, para incorporação integral até o novo limite de pagamento

dos valores definidos nas Emendas Constitucionais.

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63

CAPÍTULO ICAPÍTULO ICAPÍTULO ICAPÍTULO IIIII

LEIS ESPARSAS DO RGPS LEIS ESPARSAS DO RGPS LEIS ESPARSAS DO RGPS LEIS ESPARSAS DO RGPS (BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO ÚNICA E CONTINUADA, (BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO ÚNICA E CONTINUADA, (BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO ÚNICA E CONTINUADA, (BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO ÚNICA E CONTINUADA,

E POR PERÍODO DELIMITADO)E POR PERÍODO DELIMITADO)E POR PERÍODO DELIMITADO)E POR PERÍODO DELIMITADO)

1 1 1 1 ---- BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO ÚNICABENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO ÚNICABENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO ÚNICABENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO ÚNICA

1.1 1.1 1.1 1.1 ---- PecúlioPecúlioPecúlioPecúlio

Legislação aplicável ao tema:

• Leis nº 6.887/80, 8.218/91 e 9.129/95.

O Pecúlio instituído pela Lei nº 6.887, de 10 de dezembro de

1980, consiste na devolução das contribuições aos segurados que após

terem sido aposentados por tempo de serviço ou por idade voltaram ou

continuaram em atividade sujeita ao regime de Previdência Social Urbana e,

aos segurados que tenham ingressado no regime de previdência após

28/07/1969, na vigência do Decreto-Lei nº 710/1969, com mais de 60

(sessenta) anos de idade.

Este benefício era devido a partir de 01/07/1975, devendo ser

observada, com relação às situações anteriores, a legislação vigente à

época.

O valor do Pecúlio consistia na soma das importâncias relativas

às contribuições pagas ou descontadas durante o período de trabalho,

corrigido monetariamente e acrescido de 4% (quatro por cento) de juros ao

ano.

Se o segurado exercesse mais de uma atividade ou emprego

concomitantemente, somente após a cessação de todas elas é que o

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segurado poderia receber o Pecúlio, que permanecia indisponível enquanto

conservasse sua condição de ativo em relação a uma dessas atividades.

Após o recebimento do primeiro Pecúlio o segurado aposentado

ou o segurado com mais de 60 (sessenta) anos, que voltasse à atividade, só

poderia receber em vida novo Pecúlio após 36 (trinta e seis) meses,

contados da nova filiação.

Se o segurado falecesse sem ter recebido o Pecúlio, este seria

devido aos respectivos dependentes habilitados à pensão, ou na falta

destes, aos seus sucessores, sem necessidade de inventário ou arrolamento.

Não era devido o Pecúlio:

a) ao segurado com mais de 60 (sessenta) anos, que reingressasse no sistema de previdência social urbana, no máximo 5 (cinco) anos da perda da qualidade de segurado, desde que não estivesse filiado a outro regime de previdência social e,

b) se o segurado estivesse exercendo uma atividade vinculada à previdência social urbana e iniciasse outra concomitantemente, com mais de 60 (sessenta) anos de idade.

Com o advento da Lei nº 8.213/91, a contar de 24 de julho de

1991, as regras para obtenção dos Pecúlios, estabelecidas pela Lei nº 6.887,

de 10 de dezembro de 1980, sofreram as seguintes alterações:

a) seria devido o Pecúlio para o segurado que se incapacitasse para o trabalho antes de ter completado o período de carência exigida, sendo mantido o direito para o segurado que após ter sido aposentado por tempo de serviço ou por idade, voltasse ou continuasse em atividade sujeita ao regime de Previdência Social Urbana e,

b) foi extinto o direito ao Pecúlio para aos segurados que tivessem ingressado no regime de previdência após 28/07/1969, na vigência do Decreto-Lei nº 710/1969, com mais de 60 (sessenta) anos de idade.

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65

No caso da letra “a” o pecúlio consistia em um pagamento único

de valor correspondente a soma das importâncias relativas às contribuições

do segurado, remuneradas de acordo com o índice de remuneração básica

dos depósitos de poupança com datas de aniversário no dia primeiro.

Para as contribuições anteriores a 24/07/1991, era observada a

legislação vigente à época do seu recolhimento.

Com o advento da Lei nº 9.129, de 20 de novembro de 1995 os

pecúlios foram extintos.

Os pecúlios por invalidez e por morte por acidente do trabalho,

mencionados no art. 84, da Lei nº 8.213/91, serão tratados no tópico

específico sobre “Acidente do Trabalho”.

2 2 2 2 ---- BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO CONTINUADABENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO CONTINUADABENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO CONTINUADABENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO CONTINUADA

2.1 2.1 2.1 2.1 ---- AcidentAcidentAcidentAcidente do Trabalho e do Trabalho e do Trabalho e do Trabalho ---- Área UrbanaÁrea UrbanaÁrea UrbanaÁrea Urbana

São devidos benefícios aos segurados empregados, temporários,

avulsos, especiais e presidiários que exerciam trabalho remunerado, ou aos

seus dependentes, independentemente de período de carência, e consistem

nas seguintes prestações:

EspécieEspécieEspécieEspécie BenefícioBenefícioBenefícioBenefício

89 Pecúlio por redução de capacidade

90 Simples Assistência Médica por Acidente do Trabalho

91 Auxílio-Doença por Acidente do Trabalho

92 Aposentadoria por Invalidez por Acidente do

Trabalho

93 Pensão por Morte por Acidente do Trabalho

94 Auxílio Acidente por Acidente do Trabalho

95 Auxílio Suplementar por Acidente do Trabalho

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66

96 Pecúlio por Invalidez por Acidente do Trabalho

97 Pecúlio por Morte por Acidente do Trabalho

98 Abono Anual de Acidente do Trabalho

99 Afastamento até 15 (quinze) dias

s/n Habilitação e Reabilitação Profissional

Legislação aplicável ao tema:

• Leis nº 5.316/67, 6.367/76, 8.213/91, 9.032/95, 9.129/95 e 9.528/97;

• Decreto-Lei nº 7.036/44; • Regulamentos - Decretos nº 61.784/67, 79.037/76,

83.080/79 e 3.048/99; • CLPS - Decreto nº 89.312/84 e, • Manual do Acidente de Trabalho - OI/INSS/DIRBEN nº 43,

de 26/10/2000.

2.1.1 2.1.1 2.1.1 2.1.1 ---- Lei 5.316/67 e alteraçõesLei 5.316/67 e alteraçõesLei 5.316/67 e alteraçõesLei 5.316/67 e alterações

O seguro obrigatório contra acidentes do trabalho, previsto na

Lei nº 5.316, de 14/09/67, abrangia os segurados empregados,

trabalhadores avulsos e presidiários, que prestavam serviço remunerado,

bem como extensivo aos seus dependentes. Essa regra vigorou até

18/10/76, véspera da entrada em vigor da Lei nº 6.367/76.

O cálculo do salário de benefício atendia as mesmas regras

estabelecidas na data de concessão dos benefícios previdenciários de

auxílio-doença (B-31), aposentadoria por invalidez (B-32) e pensão por

morte (B-21), na forma citada neste Manual no Capítulo I - Concessão. A

composição do SB se dava imediatamente anterior ao mês do acidente.

Quando a remuneração do acidentado fosse contratada em base

diária ou horária, o valor mensal do salário-de-contribuição era calculado

com base no mês de 30 (trinta) dias e no dia de 8 (oito) horas.

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67

Nesse período, a RMI dos benefícios de prestação continuada por

acidente do trabalho, observado os limites mínimo e máximo, era calculada

com base no salário de contribuição na data do acidente, ou do salário de

benefício se mais vantajoso, na forma a seguir:

a) auxílioauxílioauxílioauxílio----doença (espécie 91)doença (espécie 91)doença (espécie 91)doença (espécie 91) - benefício de prestação continuada devido a partir do 16º dia do Acidente aos segurados empregados e presidiários, e do dia seguinte ao do acidente, para os trabalhadores avulsos, cuja Renda Mensal Inicial correspondia a 92% (noventa e dois por cento) do SC, ou do SB se mais vantajoso;

b) aposentadoria por invalidez (espécie 92)aposentadoria por invalidez (espécie 92)aposentadoria por invalidez (espécie 92)aposentadoria por invalidez (espécie 92) - benefício de prestação continuada devido ao acidentado que, estando ou não em gozo de Auxilio Doença, é considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação profissional. A Renda Mensal Inicial equivalia a 100% (cem por cento) do SC na data do acidente, ou do SB se mais vantajoso. Quando a aposentadoria por invalidez fosse precedida através de transformação de auxilio doença, utilizava-se a renda mensal do auxílio doença nos casos em que este valor fosse superior ao salário de contribuição da data do acidente ou do salário de benefício. O valor da Renda Mensal seria majorado em 25% (vinte e cinco por cento) quando o acidentado necessitasse assistência permanente de outra pessoa, não incorporando tal vantagem para nenhum efeito. O pagamento do acréscimo era devido mesmo quando o valor da Renda Mensal estivesse fixado no teto de pagamento de benefício;

c) pensão por morte (espécie 93)pensão por morte (espécie 93)pensão por morte (espécie 93)pensão por morte (espécie 93) - benefício de prestação continuada devido aos dependentes do segurado falecido em decorrência de acidente do trabalho, a partir da data do óbito do acidentado. A Renda Mensal Inicial correspondia a 100% (cem por cento) do SC na data do acidente, ou do SB se mais vantajoso. Quando a pensão por morte fosse precedida através de derivação de auxilio doença ou de aposentadoria por invalidez e, sendo o óbito decorrente do acidente, utilizava-se a renda mensal do benefício de auxílio-doença nos casos em que este valor fosse superior ao salário de contribuição da data do acidente ou do salário de benefício. Nos casos de derivação em que o óbito não era decorrente do acidente, a RMI era igual a última renda reajustada do benefício imediatamente originário que a antecedeu e,

d) auxíliauxíliauxíliauxílioooo----acidente (espécie 94)acidente (espécie 94)acidente (espécie 94)acidente (espécie 94) - benefício mensal e vitalício devido ao acidentado, parcial e definitivamente incapacitado, correspondente a um percentual variável de

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68

30% a 60%, aumentado em 5% (cinco por cento) neste intervalo, de acordo com o grau de incapacidade estabelecido pela Perícia Médica do Instituto1, incidente sobre o SC, ou SB se mais vantajoso. Quando o auxílio-acidente fosse precedido através de conversão de auxilio doença, utilizava-se a renda mensal do auxílio doença nos casos em que este valor fosse superior ao salário de contribuição da data do acidente ou do salário de benefício. Não havia o direito ao abono anual. O valor deste benefício era adicionado ao SC para o cálculo de qualquer outro benefício não resultante de acidente, respeitado o limite máximo. (NR)

O valor dos Pecúlios por acidente do trabalho era calculado da

seguinte forma:

a) pecúlio por redução de capacidade (espécie 88)pecúlio por redução de capacidade (espécie 88)pecúlio por redução de capacidade (espécie 88)pecúlio por redução de capacidade (espécie 88) - benefício de prestação única correspondente à aplicação do percentual de redução da capacidade, variável entre 1% a 25% (um a 25 por cento), incidente sobre 72 X (setenta e duas vezes) o maior Salário Mínimo vigente no país na data do pagamento do Pecúlio;

b) pecúlio por invalidez (espécie 96)pecúlio por invalidez (espécie 96)pecúlio por invalidez (espécie 96)pecúlio por invalidez (espécie 96) - benefício de prestação única correspondente a 25% (vinte e cinco por cento) de 72 X (setenta e duas vezes) o maior Salário Mínimo vigente no país na data do pagamento do Pecúlio, e

c) pecúlio por morte (espécie 97)pecúlio por morte (espécie 97)pecúlio por morte (espécie 97)pecúlio por morte (espécie 97) - benefício de prestação única correspondente a 25% (vinte e cinco por cento) de 72 X (setenta e duas vezes) o maior Salário Mínimo vigente no país na data do pagamento do Pecúlio.

O direito aos benefícios acidentários de auxílio-doença,

aposentadoria por invalidez ou pensão exclui o direito aos mesmos

benefícios considerados previdenciários.

No caso específico de concessão de auxílio-acidente este não

poderá ser pago em período concomitante com o recebimento de auxílio-

doença, ainda se em conseqüência do mesmo acidente.

1 OS nº SSS-503.19 de 24/07/1969 – Seção I – BS/INPS 161 de 25/08/69 – Anexo I – Parte 2 – Portaria 02/68 do Serviço de

Atuariais do MTPS.

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69

Quanto ao valor máximo dos benefícios aqui tratados,

respeitados seus respectivos percentuais, não poderia exceder, na data de

suas concessões, o limite fixado aos benefícios previdenciários do Regime

Geral, na forma descrita neste Manual no Capítulo I - Concessão.

Com relação ao valor mínimo dos benefícios acidentários de

auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e pensão por morte, estes não

poderiam ser inferior ao Salário Mínimo do local de trabalho do acidentado,

com exceção do auxílio doença que não poderia ser inferior a 92% desse

mesmo salário. Em relação ao valor mínimo do auxílio acidente (B-94) ver

subitem 2.1.7, deste Capítulo.

2.1.2 2.1.2 2.1.2 2.1.2 ---- Lei 6.367/76Lei 6.367/76Lei 6.367/76Lei 6.367/76

Com o advento da Lei nº 6.367/76, o trabalhador temporário foi

incluído no rol dos abrangidos pelo seguro obrigatório contra acidentes do

trabalho.

Foi extinto o Pecúlio por redução de capacidade (espécie 88).

Instituída regra de exceção para o cálculo do valor dos

benefícios, somente nos casos de empregado com remuneração variável e

trabalhador avulso, passando, nesses casos, a ser calculado com base na

média aritmética simples dos 12 (doze) maiores salários de contribuição,

apurado em período não superior a 18 (dezoito) meses, imediatamente

anteriores ao mês do acidente ou dos 12 (doze) últimos salários de

contribuição, conforme mais vantajoso, se o segurado contasse com 12

(doze) ou menos contribuições nesse período.

Quando a remuneração do acidentado fosse contratada em base

horária ou diária, o valor mensal do salário-de-contribuição que serviria de

base de cálculo para o benefício, inclusive o vigente no dia do acidente, era

multiplicado por 240 (duzentos e quarenta) quando horário, ou por 30

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

70

(trinta) quando diário. Quando a jornada de trabalho não era de 8 (oito)

horas diárias se adotava a base de cálculo a ela correspondente.

A partir da promulgação da Constituição Federal, quando a

remuneração do acidentado for contratada em base horária, o valor mensal

do salário-de-contribuição será calculado multiplicando-se por 220 h

(duzentos e vinte horas).

Os percentuais estabelecidos na Lei nº 5.316/67 para o cálculo

da RMI dos benefícios de auxílio-doença (espécie 91), aposentadoria por

invalidez (espécie 92) e pensão por morte (espécie 93) foram mantidos,

bem como em relação ao valor mínimo desses benefícios e do valor máximo

dos benefícios acidentários. Quanto ao valor mínimo dos benefícios de

auxílio-acidente (B-94) e auxílio-suplementar (B-95) ver subitem 2.1.7, deste

Capítulo.

Mantidos ainda, as regras do cálculo do valor dos benefícios

precedidos decorrentes de transformação, derivação e conversão.

O percentual do cálculo da RMI do auxílioauxílioauxílioauxílio----acidente (espécie 94acidente (espécie 94acidente (espécie 94acidente (espécie 94))))

foi alterado, passando a corresponder a 40% (quarenta por cento) do SC na

data do acidente, não podendo ser inferior ao mesmo percentual incidente

sobre o SB, exceto nos casos de empregado com remuneração variável e

trabalhador avulso, na forma já citada. Faz jus ao abono anual e a metade

da renda do referido auxílio é incorporada a Pensão em caso de óbito do

acidentado.

Foi instituído o auxílioauxílioauxílioauxílio----suplementar (espécie 95)suplementar (espécie 95)suplementar (espécie 95)suplementar (espécie 95), benefício de

prestação continuada devido ao acidentado que teve reduzida a capacidade

laborativa, exigindo apenas maior esforço na realização do mesmo trabalho.

A renda mensal inicial correspondia a 20% (vinte por cento) do SC na data

do acidente, não podendo ser inferior ao mesmo percentual do SB, exceto

nos casos de empregado com remuneração variável e trabalhador avulso,

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

71

na forma já citada. Este benefício cessava com a concessão de qualquer

aposentadoria e não dava direito ao pagamento de Abono Anual. Quando o

auxílio-suplementar também fosse precedido através de conversão de

auxilio doença, utilizava-se a renda mensal do auxílio doença nos casos em

que este valor fosse superior ao salário de contribuição da data do acidente

ou salário de benefício.

O valor dos pecúlios por acidente do trabalhopecúlios por acidente do trabalhopecúlios por acidente do trabalhopecúlios por acidente do trabalho (benefícios de

prestação única) passou a ser calculado na forma a seguir:

a) pecúlio por invalidez (espécie 96)pecúlio por invalidez (espécie 96)pecúlio por invalidez (espécie 96)pecúlio por invalidez (espécie 96) – correspondente a 15 X

(quinze vezes) o valor de referência vigente na localidade de

trabalho do acidentado, e

b) pecúlio por morte (espécie 97)pecúlio por morte (espécie 97)pecúlio por morte (espécie 97)pecúlio por morte (espécie 97) – correspondente a 30 X (trinta

vezes) o valor de referência vigente na localidade de trabalho do

acidentado.

O direito aos benefícios acidentários exclui o direito aos mesmos

benefícios considerados previdenciários.

No caso específico do auxílio-acidente este poderá ser concedido

cumulativamente com o recebimento de auxílio-doença, no caso de ambos

os benefícios terem causas distintas. Não há proibição legal de recebimento

de mais de um auxílio-acidente.

Quanto ao auxílio-suplementar poderá ser pago em

concomitância com qualquer benefício previdenciário ou acidentário,

cessando com a aposentadoria do acidentado.

2.1.3 2.1.3 2.1.3 2.1.3 ---- Lei 8.213/91 e alteraçõesLei 8.213/91 e alteraçõesLei 8.213/91 e alteraçõesLei 8.213/91 e alterações

A Lei nº 8.213/91 alterou as regras até então estabelecidas para

a obtenção do SB, que passou a ser calculado tendo por base a média

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72

aritmética dos 36 (trinta e seis) SC, apurados em período não superior a 48

(quarenta e oito) meses anteriores a data do acidente.

Também foi alterada a forma de cálculo do auxílio-acidente

(espécie 94), do pecúlio por invalidez (espécie 96) e do pecúlio por morte

(espécie 97).

O auxílioauxílioauxílioauxílio----suplementar (espécie 95)suplementar (espécie 95)suplementar (espécie 95)suplementar (espécie 95) foi extinto.

Foram recepcionadas somente as regras estabelecidas na Lei nº

5.316/67 para o cálculo da RMI dos benefícios de auxílio-doença,

aposentadoria por invalidez e de pensão por morte, entretanto, o auxílio-

acidente passou a ser calculado na forma abaixo.

A RMI do auxílioauxílioauxílioauxílio----acidente (espécie 94)acidente (espécie 94)acidente (espécie 94)acidente (espécie 94) passou a ser calculada

com base em 30% (trinta por cento), 40% (quarenta por cento) ou 60%

(sessenta por cento) do SC, ou do SB se mais vantajoso. Esses percentuais

representam o nível de redução da capacidade laboral do acidentado, a

saber:

a) 30% (trinta por cento) - quando a redução exigir maior esforço para o desempenho da mesma atividade, independente de reabilitação profissional;

b) 40% (quarenta por cento) - quando a redução impedir o exercício da atividade que exercia na data do acidente, mas, não para outra de mesmo nível de complexidade, após reabilitação profissional e,

c) 60% (sessenta por cento) - quando a redução impedir, por si só, o desempenho da atividade que exercia a época do acidente, porém não para outra menos complexa, após reabilitação profissional.

O cálculo do valor dos pecúlios por acidente do trabalho

(benefícios de prestação única) passou a ser elaborado na forma a seguir:

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73

a) pecúlio por invalidez (espécie 96)pecúlio por invalidez (espécie 96)pecúlio por invalidez (espécie 96)pecúlio por invalidez (espécie 96) – correspondente a 75% (setenta e cinco por cento) do limite máximo do salário de contribuição e,

b) pecúlio por morte (espécie 97)pecúlio por morte (espécie 97)pecúlio por morte (espécie 97)pecúlio por morte (espécie 97) – correspondente a 150% (cento e cinqüenta por cento) do limite máximo do salário de contribuição.

2.1.4 2.1.4 2.1.4 2.1.4 ---- Lei 9.032/95Lei 9.032/95Lei 9.032/95Lei 9.032/95

Com a Lei nº 9.032/95 a RMI dos benefícios acidentários passou

a ser calculada apenas pelo SBapenas pelo SBapenas pelo SBapenas pelo SB, obtido através dos 36 (trinta e seis)

salários de contribuição, apurados em período não superior a 48 (quarenta

e oito) meses imediatamente anteriores a data do acidente. Assim,

unificou-se a forma de calcular a renda mensal inicial dos benefícios

previdenciários e acidentários, extinguindo, nestes últimos, a opção pelo , extinguindo, nestes últimos, a opção pelo , extinguindo, nestes últimos, a opção pelo , extinguindo, nestes últimos, a opção pelo

cálculo mais vantajoso (salário do dia do acidente ou cálculo mais vantajoso (salário do dia do acidente ou cálculo mais vantajoso (salário do dia do acidente ou cálculo mais vantajoso (salário do dia do acidente ou SB).SB).SB).SB).

Os percentuais de cálculo estabelecidos pela Lei nº 8.213/91

foram alterados: 91% (noventa e um por cento) do SB para o auxílioauxílioauxílioauxílio----

doença (espécie 91)doença (espécie 91)doença (espécie 91)doença (espécie 91);;;; e alíquota única de 50% (cinqüenta por cento) do SB

para o auxílioauxílioauxílioauxílio----acidente (espécie 94)acidente (espécie 94)acidente (espécie 94)acidente (espécie 94).

Até a publicação desta Lei, em 28/04/95, havia possibilidade de

cumulação de mais de um auxílio-acidente, situação vedada a partir de

então, sendo permitido a opção pelo benefício mais vantajoso, de acordo

com o Art. 314 da IN nº 45 de 06/08/2010.

Com a alteração da redação do artigo 86 da Lei 8.213/91, a

legislação passa a tratar os acidentes do trabalho como ““““acidentes de acidentes de acidentes de acidentes de

qualquerqualquerqualquerqualquer naturezanaturezanaturezanatureza”.”.”.”.

2.1.5 2.1.5 2.1.5 2.1.5 ---- Lei 9.129/95Lei 9.129/95Lei 9.129/95Lei 9.129/95

Com o advento da Lei nº 9.129/95, o pecúlio por invalidez por invalidez por invalidez por invalidez

(espécie(espécie(espécie(espécie 96)96)96)96) e o pecúlio por morte (espécipecúlio por morte (espécipecúlio por morte (espécipecúlio por morte (espécie 97)e 97)e 97)e 97) foram extintos.

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

74

Foram mantidas as demais regras relativas aos cálculos dos

benefícios por acidente do trabalho.

2.1.6 2.1.6 2.1.6 2.1.6 ---- Lei 9.528/97Lei 9.528/97Lei 9.528/97Lei 9.528/97

Com o advento da Lei nº 9.528, de 10/12/97, o auxílioauxílioauxílioauxílio----acidenteacidenteacidenteacidente

(espécie 94)(espécie 94)(espécie 94)(espécie 94) perde o caráter de “vitaliciedade”vitaliciedade”vitaliciedade”vitaliciedade”, sendo vedada sua

cumulação com qualquer aposentadoria.

A partir de então, o valor mensal do auxílio-acidente passa a

integrar o salário de contribuição para fins de cálculo do salário de benefício

de qualquer aposentadoria (art. 31 da Lei nº 8.213/91 – redação dada pela

Lei nº 9.528/97).

2.1.2.1.2.1.2.1.7 7 7 7 ---- Observância aos tetos mínimos para pagamento de auxílioObservância aos tetos mínimos para pagamento de auxílioObservância aos tetos mínimos para pagamento de auxílioObservância aos tetos mínimos para pagamento de auxílio----acidente acidente acidente acidente

(espécie 94) e auxílio(espécie 94) e auxílio(espécie 94) e auxílio(espécie 94) e auxílio----suplementar (espécie 95)suplementar (espécie 95)suplementar (espécie 95)suplementar (espécie 95)

Registrar-se que quando da concessão dos benefícios de auxílio-

acidente e auxílio-suplementar que restaram fixados em percentual

incidente sobre um salário mínimo, tal paridade se perpetua no tempo,

sendo que os reajustamentos futuros a partir da concessão sempre

observarão determinado percentual do salário mínimo.

Atualmente, essa previsão encontra-se também disciplinada no

Manual do Acidente de Trabalho (OI/INSS/DIRBEN nº 43, de 26/10/2000), que

determina que as rendas não serão inferiores a seus respectivos percentuais

incidentes sobre o salário mínimo, nem superiores ao limite máximo, razão

pela qual, se pode concluir que ao longo do tempo, após aplicação de

inúmeros índices de reajustamento, haverá um patamar mínimo que

sempre deverá ser observado.

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75

A conclusão lógica deste procedimento, é que se determinado

benefício, após sofrer incidência de índices de reajustamento legais (sem

qualquer atrelamento aos índices da majoração do salário mínimo), e se

constado que tal valor não atinge o percentual mínimo do auxílio acidente

(atualmente cinquenta por cento) em relação ao salário mínimo, então o

percentual será sempre mantido com a respectiva paridade com o valor do

salário mínimo. Em síntese: Atualmente a renda mensal do auxílio-acidente

não será inferior a 50% (cinquenta por cento) do salário-mínimo.

2.2 2.2 2.2 2.2 ---- Acidente do Trabalho Acidente do Trabalho Acidente do Trabalho Acidente do Trabalho ---- Área RuralÁrea RuralÁrea RuralÁrea Rural

A Lei nº 6.195 de 19/12/74 atribuiu ao FUNRURAL (Fundo de

Assistência ao Trabalhador Rural) à concessão de prestação por Acidente do

Trabalho.

As Espécies por Acidente do Trabalho Rural, todas no percentual

de 75% (setenta e cinco por cento) do Salário Mínimo, são:

EspécieEspécieEspécieEspécie BenefícioBenefícioBenefícioBenefício

02 Pensão por Morte por Acidente do Trabalho do

Trabalhador Rural

05 Aposentadoria por Invalidez por Acidente do

Trabalho do Trabalhador Rural

10 Auxílio-Doença por Acidente do Trabalho do

Trabalhador Rural

A redação original do § 5º, do art. 201, da CF/88 era do seguinte

teor: “nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o

rendimento do trabalho do segurado terá valor inferior ao salário mínimo”.

2.3 2.3 2.3 2.3 ---- Benefícios RuraisBenefícios RuraisBenefícios RuraisBenefícios Rurais

Legislação aplicável aos benefícios rurais:

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76

• Leis Complementares nº 11/71 e 16/73; • Leis nº 6.179/74, 6.260/75, 8.212/91, 8.213/91. • Regulamentos - Decretos nº 83.080/79, 83.081/79, 611/92,

612/92, 2.172/97 e 3.048/99; • CLPS’s - Decretos nº 77.077/76 e 89.312/84.

2.3.1 2.3.1 2.3.1 2.3.1 ---- Trabalhador RuralTrabalhador RuralTrabalhador RuralTrabalhador Rural

2.2.2.2.3.1.1 3.1.1 3.1.1 3.1.1 ---- Lei Complementar Lei Complementar Lei Complementar Lei Complementar nº 11/71nº 11/71nº 11/71nº 11/71

Com o advento da Lei Complementar nº 11, de 25.05.71, foi

instituído o Programa de Assistência ao Trabalhador Rural – PRORURAL.

De acordo com essa LC, trabalhador rural é: “a pessoa física que

presta serviço de natureza rural a empregador, mediante remuneração de

qualquer espécie, bem como o produtor, proprietário ou não, que, sem

empregado, trabalhe na atividade rural, individualmente ou em regime de

economia familiar, assim entendido o trabalho dos membros da família

indispensável à própria subsistência e exercido em condições de mútua

dependência e colaboração”.

Para fins de comprovação da condição de trabalhador rural era

exigido o exercício da atividade rural nos 03 (três) anos anteriores ao

requerimento, mesmo que de forma descontínua.

Foram instituídos os benefícios que amparavam o trabalhador

rural e sua família:

a) Aposentadoria Por Velhice (65 anos);

b) Aposentadoria Por Invalidez e,

c) Pensão.

O valor da aposentadoria correspondia a de 50% (cinqüenta por

cento) do salário mínimo e o da pensão 30% (trinta por cento).

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

77

2.3.1.2 2.3.1.2 2.3.1.2 2.3.1.2 ---- Lei Complementar Lei Complementar Lei Complementar Lei Complementar nº 16/73nº 16/73nº 16/73nº 16/73

A Lei Complementar nº. 16, de 30.10.73, instituiu o benefício de

auxílio-funeral para a família do trabalhador rural e majorou o valor da

pensão para 50% (cinqüenta por cento) do salário mínimo.

Com a promulgação da CF/88 os benefícios rurais foram

majorados para 01 (um) salário mínimo, regulamentados na via

administrativa através da Portaria Ministerial nº 714, de 10/12/93, alterada

pela Portaria Ministerial nº 813 de 18/01/94, com o pagamento das

diferenças do período de 06/10/88 a 04/04/91 em até 30 parcelas.

2.3.1.3 2.3.1.3 2.3.1.3 2.3.1.3 ---- Lei Lei Lei Lei nº 8.213/91nº 8.213/91nº 8.213/91nº 8.213/91

Com a edição da Lei nº 8.213 o segurado especial passou a ter a

faculdade de verter contribuições para a Seguridade Social, neste caso, teria

o direito de receber o benefício em valor superior ao do salário mínimo. O

cálculo do valor do benefício para este segurado é o mesmo para os demais

trabalhadores urbanos, conforme abordado no Capítulo I, subitem 1.3.1.

2.3.2 2.3.2 2.3.2 2.3.2 ---- Empregador (EEmpregador (EEmpregador (EEmpregador (Empresário) Ruralmpresário) Ruralmpresário) Ruralmpresário) Rural

2.3.2.1 2.3.2.1 2.3.2.1 2.3.2.1 ---- Lei nº 6.260/75Lei nº 6.260/75Lei nº 6.260/75Lei nº 6.260/75

Com o advento da Lei nº 6.260, de 06.11.75, foram instituídos os

benefícios do Empregador Rural e seus dependentes.

O conceito de Empregador Rural, para efeitos da citada lei, está

disciplinado em seu artigo 2º, nestes termos:

Art. 2º Considera-se empregador rural a pessoa física, proprietária ou não, que, em estabelecimento rural ou prédio rústico e com o concurso de empregados utilizados a qualquer título, ainda que eventualmente, explore em caráter permanente, diretamente ou através de prepostos, atividade agroeconômica, assim entendida a atividade agrícola, pastoril, hortigranjeira ou a indústria rural, bem como a extração de produtos primários, vegetais ou

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animais, compreendendo: a) a pessoa física que, tendo ou não empregado, empreende, a qualquer título, atividade econômica rural; b) quem, proprietário ou não, mesmo sem empregado contratado formalmente, mas utilizando trabalho de terceiros, explore, em regime de economia familiar, imóvel rural que lhe absorva toda a força do trabalho e lhe garanta subsistência e progresso social e econômico em área igual ou superior à dimensão do módulo rural da respectiva região; c) quem, proprietário de mais de um imóvel rural, desde que a soma de suas áreas seja igual ou superior à dimensão do módulo rural da respectiva região. (Lei nº 6260/75) ou a pessoa física e o titular de firma individual rural, proprietário ou não, que, em estabelecimento rural ou prédio rústico e com o concurso de empregados utilizados a qualquer título, ainda que eventualmente, explorava em caráter permanente, diretamente ou através de prepostos a atividade agroeconômica, assim entendida a atividade agrícola, pastoril, hortifrutigrangeira, a indústria rural e a extração de produtos primários vegetais ou animais.”, conforme redação dada pelo artigo nº 19 do Regulamento do Custeio da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº. 83.081, de 24.01.79.

A filiação à Previdência Social era obrigatória para aquele que se

enquadrava nesse conceito, devendo, portanto, verter suas contribuições,

como segue:

a) até o ano base de 1981 - 12% de um décimo do valor da produção rural do ano anterior, não podendo ser inferior a 12 (doze) nem superior a 120 (cento e vinte) salários mínimos;

b) ano base 1982 a 1984 - 14,4% de um décimo do valor da produção rural do ano anterior, não podendo ser inferior a 12 (doze) nem superior a 120 (cento e vinte) salários mínimos e,

c) a partir do ano base 1985 - 1,44% do valor da produção, não podendo esta ser inferior a 120 salários mínimos e nem superior a 1.200 salários mínimos.

Os benefícios concedidos ao Empregador Rural e seus

dependentes eram:

EspécieEspécieEspécieEspécie BenefícioBenefícioBenefícioBenefício

03 Pensão por Morte do Empregador Rural

06 Aposentadoria por Invalidez do Empregador Rural

08 Aposentadoria por Velhice do Empregador Rural

Os valores dos benefícios pecuniários eram os seguintes:

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a) aposentadoria por velhice ou invalidezaposentadoria por velhice ou invalidezaposentadoria por velhice ou invalidezaposentadoria por velhice ou invalidez: 90% (noventa por cento) de 1/12 (um doze avos) da média dos 3 (três) últimos valores sobre os quais tenha incidido a contribuição anual do segurado, arredondando-se o resultado para a unidade de cruzeiro imediatamente superior e,

b) pensãopensãopensãopensão: 70% (setenta por cento) do valor da aposentadoria, com o mesmo arredondamento do item anterior.

Os valores das contribuições anteriores aos 12 (doze) últimos

meses eram atualizados de acordo com coeficientes estabelecidos pelo

Ministério da Previdência e Assistência Social. (vide Tabela no ANEXO 1)

O valor mensal dos benefícios abaixo indicados não poderia ser

inferior aos seguintes percentuais em relação ao valor do maior salário

mínimo vigente no País:

a) 90% (noventa por cento) para as aposentadorias e,

b) 63% (sessenta e três por cento) para a pensão.

Com o advento da Lei nº 8.213/91 o Empregador Rural foi

equiparado ao empresário (contribuinte urbano), sujeito as mesmas regras

dos demais contribuintes individuais, conforme abordado no Capítulo I,

subitem 1.3.1.

2.4 2.4 2.4 2.4 ---- Benefícios AssistenciaisBenefícios AssistenciaisBenefícios AssistenciaisBenefícios Assistenciais

2.4.1 2.4.1 2.4.1 2.4.1 ---- Lei Lei Lei Lei nºnºnºnº 6.179/74 (Renda Mensal Vitalícia e Amparo Previdenciário)6.179/74 (Renda Mensal Vitalícia e Amparo Previdenciário)6.179/74 (Renda Mensal Vitalícia e Amparo Previdenciário)6.179/74 (Renda Mensal Vitalícia e Amparo Previdenciário)

A Lei nº 6.179, de 11.12.1974, instituiu os benefícios de Renda

Mensal Vitalícia (espécies 40 e 30) e de Amparo Previdenciário (espécies 12

e 11) por idade e por invalidez para os ex-trabalhadores urbanos e rurais,

com mais de 70 anos ou inválidos, que atendessem as seguintes condições:

a) tenham sido filiados ao regime do INPS, em qualquer época, por no mínimo por 12 (doze) meses,

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consecutivos ou não, vindo a perder a qualidade de segurado ou;

b) tenham exercido atividade remunerada atualmente incluída no regime do INPS ou do FUNRURAL, mesmo sem filiação à Previdência Social, no mínimo por 5 (cinco) anos, consecutivos ou não ou ainda,

c) tenham ingressado no regime do INPS após completar 60 (sessenta) anos de idade sem direito aos benefícios regulamentares.

Referidos benefícios tinham seu valor fixado em 50% (cinqüenta

por cento) do salário mínimo, sem direito ao 13º salário, pensão por morte e

auxílio-funeral.

Com a edição da Constituição Federal de 1988, esses benefícios

passaram a ter valor correspondente a 1 (um) salário mínimo.

2.4.2 2.4.2 2.4.2 2.4.2 ---- Constituição Federal de 1988Constituição Federal de 1988Constituição Federal de 1988Constituição Federal de 1988

O Amparo Assistencial ao idoso e a pessoa portadora de

deficiência está previsto no inciso V do art. 203 da Constituição da

República, estando inserido na Seção IV – ASSISTÊNCIA SOCIAL, que não

integra o campo da Previdência Social.

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: [...] V - A garantia a um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.

O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de

que esse dispositivo não possuiu eficácia imediata, portanto, dependia de lei

para regulamentar sua aplicabilidade.

Até que fosse editada lei específica para sua regulamentação, a

lei 8.213/91, em seu art. 139, garantiu a concessão desse benefício, com a

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denominação de Renda Mensal Vitalícia, que não integrava o elenco de

benefícios previdenciários.

A Renda Mensal Vitalícia era devida somente ao maior de 70

(setenta) anos de idade ou inválido, que preenchesse os requisitos do art.

139 da Lei 8.213/91.

O valor da RMV era de um salário-mínimo, com termo inicial na

data do requerimento.

Era vedada a percepção da RMV com qualquer outro benefício

do Regime Geral da Previdência Social, ou de qualquer outro regime.

O art. 139 da Lei 8.213/91 vigorou até a entrada em vigor da Lei

8.742/93 (Lei Orgânica da Assistência Social), sendo que a RMV poderia ser

requerida até 31 de dezembro de 1995, na forma do parágrafo 2º, do art.

40, da Lei 8.742/93, acrescido pela Lei 9.711/98.

2.4.3 2.4.3 2.4.3 2.4.3 ---- Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) ---- Lei 8.742/93Lei 8.742/93Lei 8.742/93Lei 8.742/93

A Lei 8.742, de 07 de dezembro de 1993, regulamentou o inciso

V do art. 203 da Constituição, e em seu art. 20 criou o Amparo Assistencial

no valor de um salário-mínimo, ao idoso, com 70 anos de idade, ou mais, e à

pessoa portadora de deficiência, incapacitada para a vida independente e

para o trabalho, que comprovem não possuir meios de prover a própria

manutenção ou de tê-la provida por sua família.

A Lei 9.720, de 20 de novembro de 1998, reduziu o requisito

etário para 67 (sessenta e sete) anos de idade para a percepção deste

benefício.

O Estatuto do Idoso, aprovado pela Lei 10.741, de 1 de outubro

de 2003, em seu art. 34, possibilita às pessoas com idade igual ou superior

a 65 anos a perceberem o benefício assistencial previsto na LOAS.

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Ressalte-se que os limites de idade são os mesmos para ambos

os sexos.

A LOAS define pessoa portadora de deficiência como aquela

incapacitada para a vida independente e para o trabalho e, portanto, para a

concessão do benefício assistencial é exigida a comprovação concomitante

da incapacidade para a vida independente e para o trabalho.

Este beneficio não prevê o pagamento do 13º salário e será

extinto quando ocorrer o óbito do segurado.

O benefício assistencial concedido a pessoa portadora de

deficiência deverá ser revisto a cada 2 (dois) anos, para avaliação da

continuidade das condições que lhe deram origem.

3 3 3 3 ---- BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO POR PRAZO DELIMITADOBENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO POR PRAZO DELIMITADOBENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO POR PRAZO DELIMITADOBENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO POR PRAZO DELIMITADO

3.1 3.1 3.1 3.1 ---- Salário MaternidadeSalário MaternidadeSalário MaternidadeSalário Maternidade

A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, consignou em seu artigo

71 que o salário-maternidade é devido à segurada empregada, a

trabalhadora avulsa e a empregada doméstica durante 28 (vinte e oito) dias

antes e 92 (noventa e dois) dias depois do parto. Este artigo foi alterado

pela Lei nº 10.710, de 05/08/03, e passou a ter a seguinte redação:

Art. 71. O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social, durante 120 (cento e vinte) dias, com início no período entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e a data de ocorrência deste, observadas as situações e condições previstas na legislação no que concerne à proteção à maternidade.

O valor do salário-maternidade consistirá:

Art. 72. O salário-maternidade para a segurada empregada ou trabalhadora avulsa consistirá numa renda mensal igual a sua remuneração integral.

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§ 1º Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à respectiva empregada gestante, efetivando-se a compensação, observado o disposto no art. 248 da Constituição Federal, quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço. § 2º A empresa deverá conservar durante 10 (dez) anos os comprovantes dos pagamentos e os atestados correspondentes para exame pela fiscalização da Previdência Social. § 3º O salário-maternidade devido à trabalhadora avulsa será pago diretamente pela Previdência Social. Art. 73. O salário-maternidade será pago diretamente pela Previdência Social à empregada doméstica, em valor correspondente ao do seu último salário-de-contribuição, e à segurada especial, no valor de 1 (um) salário mínimo, observado o disposto no regulamento desta lei.

A carência exigida para a contribuinte individual e segurada

facultativa é de 10 contribuições mensais.

No caso da segurada especial por ocasião do parto, esta terá

direito ao beneficio, desde que comprove o exercício da atividade rural

mesmo que de forma descontinua nos últimos dez meses anteriores ao

requerimento do beneficio:

a) a segurada que tem empregos concomitantes ou exerce atividades simultâneas tem direito a um salário-maternidade para cada emprego/atividade;

b) se a segurada empregada tiver uma remuneração igual ou superior ao limite máximo do salário de contribuição e por isso não contribuir na condição de contribuinte individual, o beneficio (salário maternidade) será devido apenas na condição de segurada empregada;

c) a segurada aposentada que permanecer ou retornar a atividade fará jus ao pagamento do salário maternidade;

d) no caso de aborto não criminoso, será devido o salário maternidade correspondente a duas semanas, por determinação médica e,

e) quando a segurada estiver em gozo de auxílio-doença, inclusive o decorrente de acidente de trabalho, terá o benefício suspenso administrativamente enquanto perdurar o salário-maternidade, devendo o benefício por incapacidade ser restabelecido a contar do primeiro dia seguinte ao término do período de 120 (cento e vinte) dias, caso a DCB tenha sido fixada em data posterior a este período.

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O valor do beneficio é:

a) para segurada empregada: valor mensal igual à sua remuneração integral, sem limite, ou em caso de salário variável, igual à media dos 6 (seis) últimos meses de trabalho, apurada conforme a lei salarial ou dissídio da categoria (art. 393 da CLT);

b) para trabalhadora avulsa: valor mensal igual à sua ultima remuneração equivalente a um mês de trabalho não sujeito ao limite máximo no salário de contribuição;

c) para contribuinte individual e a segurada facultativa: em 1/12 da soma dos 12 últimos salários de contribuição apurados em um período não superior a 15 meses, sujeito ao limite máximo do salário de contribuição;

d) para empregada doméstica: o beneficio tem valor mensal igual ao do seu último salário de contribuição, observado o limite mínimo e máximo e,

e) em se tratando da segurada especial o valor do salário maternidade é de um salário mínimo mensal.

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CAPÍTULO IIICAPÍTULO IIICAPÍTULO IIICAPÍTULO III

REAJUSTES (DEVIDO E RECEBIDO)REAJUSTES (DEVIDO E RECEBIDO)REAJUSTES (DEVIDO E RECEBIDO)REAJUSTES (DEVIDO E RECEBIDO)

1 1 1 1 ---- REAJUSTES REAJUSTES REAJUSTES REAJUSTES

1.1 1.1 1.1 1.1 ---- Período de maio de 1958 a maio de 1979Período de maio de 1958 a maio de 1979Período de maio de 1958 a maio de 1979Período de maio de 1958 a maio de 1979

O primeiro reajuste utilizado pela Previdência Social tem como

marco a Lei nº 3.593, de 27 de julho de 1959, com vigência retroativa a 13

de maio de 1958, estabelecendo reajustes bienais a partir de julho de 1960,

sempre que o salário de contribuição fosse reajustado acima de 15%,

conforme se vê abaixo:

Art. 1º Os valores das aposentadorias e pensões dos institutos e da Caixa de aposentadoria e Pensões, bem como os dos benefícios de manutenção de salários do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos e do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas, serão reajustados, a partir de 13 de maio de 1958, sempre que se verificar , na forma do § 1º deste artigo, que os índices dos salários de contribuição dos segurados ativos ultrapassem em mais de 15% (quinze por cento) os do ano em que tenha sido realizado o último reajustamento desses benefícios. § 1º O Ministério do Trabalho Indústria e Comércio procederá, de dois em dois anos, à apuração dos índices referidos neste artigo e promoverá, quando for o caso, as medidas necessárias á concessão do reajustamento. § 2º O reajustamento consistirá em acréscimo determinado de conformidade com os índices, levando-se em conta o tempo de duração do benefício, contado a partir do último reajustamento ou da data da concessão, quando posterior. § 3º Para o fim do reajustamento, as aposentadorias e pensões serão consideradas sem as majorações decorrentes de lei especial ou da elevação dos níveis de salário-mínimo, prevalecendo porém, os valores desses benefícios assim majorados sempre que sejam mais elevados que os resultantes do reajustamento efetuado de acordo com esta lei. § 4º Nenhum benefício reajustado poderá em seu valor mensal resultar maior do que 2 (duas) vezes nos Institutos, e 7 (sete) vezes, na Caixa de Aposentadoria e Pensões, o salário-mínimo mensal regional do adulto de valor mais elevado vigente na data do reajustamento. Art. 2º No primeiro reajustamento a ser efetuado nos termos desta lei, considerar-se-ão os índices de salário de contribuição dos segurados ativos à data da vigência da Lei nº 3.385-A, de 13 de maio de 1958, à qual retroagirá o pagamento das prestações reajustadas.

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A legislação não fazia referência ao indexador utilizado para a

composição do índice de reajuste.

Com o advento do Decreto-Lei nº 66, de 21 de novembro de

1966, a vigência do reajuste passou a ser de 60 (sessenta) dias após o

termino do mês da entrada em vigor do novo salário mínimo, sendo o índice

utilizado o mesmo da política salarial, estabelecida pelo Decreto-Lei nº 15,

de 29 de julho de 1966.

Em 09 de abril de 1968, o Ministério do Trabalho e Previdência

Social passou a emitir Portarias do Serviço Atuarial para fixar os índices de

reajustamento os benefícios.

A Lei nº 5.890, de 08 de junho de 1973, alterou a Lei Orgânica

da Previdência Social - LOPS, de forma que o reajuste passou a ser devido a

partir da data em que entrasse em vigor o novo salário mínimo.

Em dezembro de 1974 os benefícios em manutenção até junho

de 1974 receberam abono de emergência de 10%, conforme Lei nº 6.188,

de 11 de dezembro de 1974, e Decreto nº 75.679 de 29 de abril de 1975. A

renda reajustada não foi utilizada nos reajustes futuros.

O reajuste de maio de 1975 teve como base a renda mensal

percebida em novembro de 1974, conforme Decreto nº 75.678, de 29 de

abril de 1975, e PT – CSA nº 04, de 07 de maio de 1975.

1.2 1.2 1.2 1.2 ---- Período de novembro de 1979 a novembro de 1984Período de novembro de 1979 a novembro de 1984Período de novembro de 1979 a novembro de 1984Período de novembro de 1979 a novembro de 1984

A Lei nº 6.708, de 30 de outubro de 1979, alterou a política

salarial determinando reajustes semestrais com base em faixas salariais e o

indexador estabelecido foi o INPC, conforme transcrito:

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87

Art. 1º O valor monetário dos salários será corrigido, semestralmente, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, variando o fator de aplicação na forma desta Lei. Art. 2º A correção efetuar-se-á segundo a diversidade das faixas salariais e cumulativamente, observados os seguintes critérios: I - até 3 (três) vezes o valor do maior salário mínimo, multiplicando-se o salário ajustado por um fator correspondente a 1.1 da variação semestral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor; II - de 3 (três) a 10 (dez) salários mínimos aplicar-se-á, até o limite do inciso anterior, a regra nele contida e, no que exceder, o fator 0.8. III - acima de 10 (dez) salários mínimos aplicar-se-á as regras dos incisos anteriores até os respectivos limites e, no que exceder, o fator 1.00; § 1º Para os fins deste artigo, o Poder Executivo publicará, mensalmente, a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor, ocorrida nos 6 (seis) meses anteriores. § 2º O Poder Executivo colocará à disposição da Justiça do Trabalho e das Entidades Sindicais os elementos básicos utilizados para a fixação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor. Art. 3º A correção dos valores monetários dos salários, na forma do artigo anterior, independerá de negociação coletiva e poderá ser reclamada, individualmente, pelos empregados. § 1º Para a correção a ser feita no mês, será utilizada a variação a que se refere o § 1º do artigo 2º, publicada no mês anterior.

1.3 1.3 1.3 1.3 ---- PeríodoPeríodoPeríodoPeríodo de maio a novembro de 1985de maio a novembro de 1985de maio a novembro de 1985de maio a novembro de 1985

A partir de maio de 1985 o reajuste continuou a ter por base a

variação do INPC, porém, abandonando os reajustamentos escalonados por

faixas salariais (PT/GM nº 3.504, de 14 de maior de 1985, e PT/GM nº 3.599,

de 20 de novembro de 1985), observando-se apenas a data do inicio do

beneficio.

1.4 1.4 1.4 1.4 ---- Período de março de 1986 a março de 1989Período de março de 1986 a março de 1989Período de março de 1986 a março de 1989Período de março de 1986 a março de 1989

O Decreto-Lei nº 2.284, de 10 de março de 1986, alterou o

padrão monetário e a política salarial, instituindo o gatilho. Assim, sempre

que a variação acumulada do IPC atingisse o patamar de 20%, os benefícios

em manutenção eram reajustados a título de antecipação. Os índices

divulgados eram para conversão da moeda, conforme estabelecido:

Art. 17. Em 1º de março de 1986 o salário mínimo passa a valer CZ$ 804,00 (oitocentos e quatro cruzados), incluído o abono supletivo de que trata este Decreto-lei e restabelecido o reajuste anual para 1º de março de 1987. ressalvado o direito assegurado no artigo 21.

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Art. 18. São convertidos em cruzados, em 1º de março de 1986, pela forma do artigo 19 e seu parágrafo único, os vencimentos, soldos e demais remunerações dos servidores públicos, bem assim os proventos de aposentadorias e as pensões. Art. 19. Todos os salários e remunerações serão convertidos em cruzados em 1º de março de 1986, pelo valor médio da remuneração real dos últimos seis meses segundo a fórmula do Anexo II, utilizando-se a tabela do Anexo III (Fatores de Atualização). Parágrafo único. Sobre a remuneração real resultante em cruzados será concedido abono de 8% (oito por cento). Art. 20. Fica estabelecida a anualidade para os reajustes, pelo IPC, dos salários, vencimentos, soldos, pensões, proventos de aposentadoria e remuneração em geral, ressalvados os reajustes extraordinários instituídos no artigo subseqüente e mantidas as atuais datas-base. Parágrafo único. O reajuste salarial na data-base será obrigatório até 60% (sessenta por cento) da variação acumulada do IPC, assegurada a negociação dos restantes 40% (quarenta por cento). Art. 21. Os salários, vencimentos, soldos, pensões, proventos de aposentadoria e remunerações serão reajustados automaticamente pela variação acumulada do IPC, toda vez que tal acumulação atingir 20% (vinte por cento) a partir da data da primeira negociação, dissídio ou data-base de reajuste. O reajuste automático será considerado antecipação salarial. ANEXO II - CÁLCULO DO SALÁRIO EM CRUZADOS REFERENTES CONTRATOS VIGENTES EM SETEMBRO DE 1985 O salário médio real, considerados adiantamentos, abonos, antecipações ou outros benefícios afins e excluídos do cômputo o 13º salário e outros salários adicionais, nos contratos individuais de trabalho, vigentes em setembro de 1985, será calculado pela multiplicação de seu valor em cruzeiros, considerados os seis meses anteriores a março de 1986, pelos fatores de atualização, constantes da Tabela do Anexo III, correspondentes a cada um deles. Os valores resultantes desse cálculo serão somados e o total dividido por seis. O valor dessa média aritmética converter-se-á em cruzados, observada a relação paritária fixada no artigo 1º, § 1º (Cr$ 1.000/CZ$ 1,00). Aos empregados cujos empregadores adotem quadro de pessoal organizado em carreira e aos servidores públicos, em qualquer data admitidos, a mesma fórmula será aplicada, tendo por base os salários recebidos nos últimos seis meses anteriores a março de 1986, pelos ocupantes de idênticos cargos ou funções. ANEXO III - TABELA DE FATORES DE ATUALIZAÇÃO

1985 Março 3,1492

1985 Abril 2,8945

1985 Maio 2,7112

1985 Junho 2,5171

1985 Julho 2,3036

1985 Agosto 2,0549

1985 Setembro 1,8351

1985 Outubro 1,6743

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89

1985 Novembro 1,5068

1985 Dezembro 1,3292

1986 Janeiro 1,1436

1986 Fevereiro 1,0000

A Lei nº 6.704, de 26 de maio de 1987, alterou o Piso da

Previdência Social Urbana (PPSU) para 95% do salário mínimo e efetuou a

revisão para enquadramento das faixas salariais, considerando o novo

salário mínimo.

Em setembro de 1987, os reajustes passaram a ter como base a

Unidade de Referência de Preços (URP), conforme estabelecido no Decreto-

Lei nº 2.335, de 12 de junho de 1987:

Art. 3º Fica instituída a Unidade de Referência de Preços (URP) para fins de reajustes de preços e salários. § 1º A URP, de que trata este artigo, determinada pela média mensal da variação do IPC ocorrida no trimestre imediatamente anterior, será aplicada a cada mês do trimestre subseqüente. § 2º Para efeito de cálculos futuros, a URP terá valor igual a 100 (cem) no dia 15 de junho de 1987 e permanecerá inalterada enquanto durar o congelamento. Art. 4º Iniciada a fase de flexibilização de preços observar-se-ão as seguintes regras: I - O valor da URP será sempre corrigido a zero hora do primeiro dia de cada mês; II - nos primeiros três meses, a variação percentual da URP, em cada mês, será igual à variação percentual mensal média do Índice de Preços ao Consumidor - IPC ocorrida durante o congelamento de preços; III - para fins do cálculo de que trata o inciso anterior, o primeiro mês de congelamento será o de julho; IV - nos trimestres que se seguirem ao referido no inciso II, a variação percentual da URP, em cada mês, será fixa dentro do trimestre e igual à variação percentual média do Índice de Preços ao Consumidor - IPC no trimestre imediatamente anterior.

Em fevereiro de 1989, os valores dos benefícios em manutenção

foram convertidos para cruzados novos conforme estabelecido na MP nº 032

de 15 de janeiro de 1989:

Art. 5º Os salários, vencimentos, soldos, proventos, aposentadorias, e demais remunerações de assalariados, bem como pensões relativos ao mês de fevereiro de 1989, se inferiores ao respectivo valor médio real de 1988, calculado de acordo com o Anexo I, serão para este valor aumentados.

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

90

§ 1º Os estipêndios que forem superiores ao valor médio serão mantidas nos níveis atuais. § 2º Não serão considerados no cálculo do valor médio real: a) o décimo-terceiro salário ou gratificação equivalente; b) as parcelas de natureza não habitual; c) as parcelas percentuais incidentes sobre os estipêndios referidos neste artigo. § 2º As parcelas referidas na alínea "c" do parágrafo anterior serão aplicadas após a apuração do valor médio real do salário. § 3º Em caso de pensões distribuídas entre vários beneficiários, considerar-se-á a totalidade da pensão. Art. 6º Os salários, vencimentos, soldos, aposentadorias, proventos, e demais remunerações dos empregados admitidos, após janeiro de 1988, terão o reajuste a que se refere o artigo anterior calculado mediante a aplicação de critérios que preservem a isonomia salarial.

1.5 1.5 1.5 1.5 ---- Abril de 1989Abril de 1989Abril de 1989Abril de 1989

Em abril de 1989, todos os benefícios em manutenção em 05 de

outubro de 1988 foram revistos para atender o estabelecido no art. 58 do

ADCT. A revisão teve como objetivo restabelecer o poder aquisitivo expresso

em número de salários mínimos que tinham na data da concessão. A

equivalência salarial foi paga até dezembro de 1991, quando entrou em

vigor o Decreto nº 357/91.

Os benefícios concedidos entre 06 de outubro de 1988 e 04 de

abril de 1991 foram reajustados pelos índices da política salarial (art. 15 da

Lei nº 7.787/89), até agosto de 1991.

1.6 1.6 1.6 1.6 ---- Período de setembro de 1991 a dezembro de 1992Período de setembro de 1991 a dezembro de 1992Período de setembro de 1991 a dezembro de 1992Período de setembro de 1991 a dezembro de 1992

Em setembro de 1991, os benefícios passaram a ser reajustados

pelo INPC, conforme estabelecido na Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991:

Art. 41. O reajustamento dos valores de benefícios obedecerá às seguintes normas: I - é assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real da data de sua concessão; II - Os valores dos benefícios em manutenção serão reajustados, de acordo com as respectivas datas de início, com base na variação integral no INPC,

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calculado pelo IBGE, nas mesmas épocas em que o salário mínimo for alterado, pelo índice da cesta básica ou substituto eventual. § 1º O disposto no inciso II poderá ser alterado por ocasião da revisão da política salarial. § 2º Na hipótese de se constatar perda de poder aquisitivo com a aplicação do disposto neste artigo, o Conselho Nacional de Seguridade Social poderá propor um reajuste extraordinário para recompor esse valor, sendo feita igual recomposição das faixas e limites fixados para os salários-de-contribuição. § 3º Nenhum benefício reajustado poderá exceder o limite máximo do salário-de-benefício na data do reajustamento, respeitados os direitos adquiridos. § 4º Os benefícios devem ser pagos até o 10° (décimo) dia útil do mês seguinte ao de sua competência, podendo o CNPS reduzir o prazo. § 5º O primeiro pagamento de renda mensal do benefício será efetuado até 45 (quarenta e cinco) dias após a data da apresentação, pelo segurado, da documentação necessária à sua concessão. § 6º O pagamento de parcelas relativas a benefícios, efetuado com atraso por responsabilidade da Previdência Social, será atualizado de acordo com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, verificando no período compreendido entre o mês em que deveria ter sido pago e o mês do efetivo pagamento.

1.6.1 1.6.1 1.6.1 1.6.1 ---- Junho de 1992 (benefícios concedidos entre 06/10/88 e 04/04/91)Junho de 1992 (benefícios concedidos entre 06/10/88 e 04/04/91)Junho de 1992 (benefícios concedidos entre 06/10/88 e 04/04/91)Junho de 1992 (benefícios concedidos entre 06/10/88 e 04/04/91)

Em razão do disposto no artigo 144 da Lei nº 8.213/91, os

benefícios concedidos entre 06/10/88 e 04/04/91 tiveram suas RMI’s

recalculadas (vide item 2.2.1 do Capítulo I) e reajustadas pela OS INSS

DISES nº 121/92. Dessa forma, o INPC substituiu os índices de reajustes da

política salarial originariamente aplicados, exceto em 09/1991 devido ao

reajuste de 147,06% (vide itens 4 e 5 deste Capítulo).

1.7 1.7 1.7 1.7 ---- Reajustes a partir de janeiro de 1993Reajustes a partir de janeiro de 1993Reajustes a partir de janeiro de 1993Reajustes a partir de janeiro de 1993

A partir de janeiro de 1993, os benefícios passaram a ser

reajustados pela variação do IRSM, conforme estabelecido na Lei nº 8.542,

de 23 de dezembro de 1992:

Art. 9º A partir de maio de 1993, inclusive, os benefícios de prestação continuada da Previdência Social terão reajuste quadrimestral pela variação acumulada do IRSM, sempre nos meses de janeiro, maio e setembro. § 1º Os benefícios com data de início posterior a 31 de janeiro de 1993 terão seu primeiro reajuste calculado pela variação acumulado do IRSM entre o mês de início, inclusive, e o mês imediatamente anterior ao do referido reajuste.

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§ 2º A partir da referência janeiro de 1993, o IRSM substitui o INPC para todos os fins previstos nas Leis nº. 8.212, e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991. Art. 10. A partir de 1º de março de 1993, inclusive, serão concedidas aos benefícios de prestação continuada da Previdência Social, nos meses de março, julho e novembro, antecipações a serem por ocasião do reajuste de que trata o artigo anterior. § 1º As antecipações de que trata este artigo serão fixadas em portaria conjunta pelos Ministros de Estado da Fazenda, da Previdência Social, e da Secretaria de Planejamento e Coordenação da Presidência da República, em percentual não inferior a sessenta por cento da variação acumulada do IRSM no bimestre anterior. § 2º O percentual fixado nos termos do parágrafo anterior aplica-se a todos os valores expressos em cruzeiros nas Leis nº. 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, e suas modificações posteriores.

1.7.1 1.7.1 1.7.1 1.7.1 ---- FAS setembro de 1993FAS setembro de 1993FAS setembro de 1993FAS setembro de 1993

Em setembro de 1993, a política salarial foi novamente alterada

através da Lei nº 8.700, de 28 de agosto de 1993, estendendo o Fator de

Atualização Salarial (FAS) também nos reajustamentos dos benefícios. Havia

uma antecipação no reajuste do benefício sempre que a variação do IRSM

excedesse a 10%:

Art. 9º Os benefícios de prestação continuada da Previdência Social serão reajustados nos seguintes termos: I - no mês de setembro de 1993, pela variação acumulada do IRSM do quadrimestre anterior, deduzidas as antecipações concedidas nos termos desta Lei; II - nos meses de janeiro, maio e setembro, pela aplicação do FAS, a partir de janeiro de 1994, deduzidas as antecipações concedidas nos termos desta Lei. § 1º São asseguradas ainda aos benefícios de prestação continuada da Previdência Social, a partir de agosto de 1993, inclusive, antecipações em percentual correspondente à parte da variação do IRSM que exceder a 10% (dez por cento) no mês anterior ao de sua concessão, nos meses de fevereiro, março, abril, junho, julho, agosto, outubro, novembro e dezembro. § 2º Para os benefícios com data de início nos meses de fevereiro, março, abril, junho, julho, agosto, outubro, novembro e dezembro, o primeiro reajuste subseqüente à data de início corresponderá à variação acumulada do IRSM entre o mês de início e o mês anterior ao do reajuste, deduzidas as antecipações de que trata o parágrafo anterior. § 3º A partir da referência de janeiro de 1993, o IRSM substitui o INPC para todos os fins previstos nas Leis nºs 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991.

1.7.2 1.7.2 1.7.2 1.7.2 ---- URV URV URV URV ---- março 1994março 1994março 1994março 1994

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O disposto no artigo 20 da Lei nº 8.880/94 (Plano Real) ditou as

regras de conversão dos salários e benefícios com base na média aritmética

simples dos últimos quatro salários:

Art. 20. Os benefícios mantidos pela Previdência Social são convertidos em URV em 1º de março de 1994, observado o seguinte: I - dividindo-se o valor nominal, vigente nos meses de novembro e dezembro de 1993 e janeiro e fevereiro de 1994, pelo valor em Cruzeiros Reais do equivalente em URV do último dia desses meses, respectivamente, de acordo com o Anexo I desta Lei; e II - extraindo-se a média aritmética dos valores resultantes do inciso anterior

1.7.3 1.7.3 1.7.3 1.7.3 ---- IPCIPCIPCIPC----r maio 1995r maio 1995r maio 1995r maio 1995

Em maio de 1995, o indexador oficial de reajustamento de

benefício era o IPC-r calculado pelo IBGE, conforme previsto na Lei nº

8.880/94:

Art. 29 [...] § 3º O salário mínimo, os benefícios mantidos pela Previdência Social e os valores expressos em cruzeiros nas Lei nºs 8.212 e 8.213, ambas de 1991, serão reajustados, obrigatoriamente no mês de maio de 1995, em percentual correspondente à variação acumulada do IPC-r entre o mês da primeira emissão do Real, inclusive, e o mês de abril de 1995, ressalvado o disposto no § 6º. § 6º No prazo de trinta dias da publicação desta lei, o Poder Executivo encaminhará ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a elevação do valor real do salário mínimo, de forma sustentável pela economia, bem assim sobre as medidas necessárias ao financiamento não inflacionário dos efeitos da referida elevação sobre as contas públicas, especialmente sobre a Previdência Social.

Foi com base na Lei acima que, em maio/95, o INSS concedeu o

reajuste de 29,5471%, que representava a inflação medida pelo IPC-r no

período de 07/1994 a 04/1995, mais o ganho real de 10,2743%,

representando a variação do salário mínimo de R$ 70,00 para R$ 100,00.

1.7.4 1.7.4 1.7.4 1.7.4 ---- IGPIGPIGPIGP----DI maio 1996DI maio 1996DI maio 1996DI maio 1996

Em maio de 1996, o índice de reajustamento teve por base o

IGP-DI calculado pela Fundação Getúlio Vargas, estipulado pela Lei nº

9.711/98, que assim dispôs:

Art. 7º Os benefícios mantidos pela Previdência Social serão reajustados, em 1º de maio de 1996, pela variação acumulada do Índice Geral de Preços -

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Disponibilidade Interna - IGP-DI, apurado pela Fundação Getúlio Vargas, nos doze meses imediatamente anteriores” Art. 9º A título de aumento real, na data de vigência das disposições constantes do art. 21, da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, com a redação vigente em 30 de abril de 1996, os benefícios mantidos pela Previdência Social serão majorados de forma a totalizar quinze por cento, sobre os valores vigentes em 30 de abril de 1996, incluído nesse percentual o reajuste de que trata o art. 7º.

1.7.5 1.7.5 1.7.5 1.7.5 ---- Índices das Leis nº 9.711/98 Índices das Leis nº 9.711/98 Índices das Leis nº 9.711/98 Índices das Leis nº 9.711/98 e 8.213/91e 8.213/91e 8.213/91e 8.213/91

A Lei nº 9.711/98 definiu os índices de reajustamentos para os

anos de 1997 e 1998:

Art. 12. Os benefícios mantidos pela Previdência Social serão reajustados, em 1º de junho de 1997, em sete vírgula setenta e seis por cento. Art. 15. Os benefícios mantidos pela Previdência Social serão reajustados, em 1º de junho de 1998, em quatro vírgula oitenta e um por cento.

Da mesma forma, a Lei nº 8.213/91, e suas atualizações,

preservou o critério de reajustamento com índices definidos em

regulamento, na forma do artigo 41:

Art. 41. Os valores dos benefícios em manutenção serão reajustados, a partir de 1º de junho de 2001, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do seu último reajustamento, com base em percentual definido em regulamento, observados os seguintes critérios: I - preservação do valor real do benefício; II [...] III - atualização anual; IV - variação de preços de produtos necessários e relevantes para a aferição da manutenção do valor de compra dos benefícios.

Após a revogação do art. 41 e inclusão do artigo 41-A na Lei nº

8.213/91 pela Lei nº 11.430, de 29 de dezembro de 2006, foi instituído o

INPC como índice de reajustamento:

Art. 41-A. O valor dos benefícios em manutenção será reajustado, anualmente, na mesma data do reajuste do salário mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do último reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

2222 ---- SÚMULA SÚMULA SÚMULA SÚMULA ---- 260, DO EXTINTO TFR260, DO EXTINTO TFR260, DO EXTINTO TFR260, DO EXTINTO TFR

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O texto da Súmula nº 260 do ex-TFR (Tribunal Federal de

Recursos) é do seguinte teor:

No primeiro reajuste do benefício previdenciário deve-se aplicar o índice integral do aumento verificado, independentemente do mês da concessão, considerado, nos reajustes subseqüentes, o salário-mínimo então atualizado.

Esta Súmula aborda dois aspectos no reajustamento dos

benefícios, quais sejam:

1ª parte1ª parte1ª parte1ª parte - enfoca a proporcionalidade no primeiro reajuste.

A Súmula foi editada para modificar a sistemática de reajustes

praticados pelo Instituto, que ao proceder ao primeiro reajuste do benefício

aplicava índice proporcional ao tempo de benefício. Desta forma, quanto

mais próxima fosse a DIB do mês de reajuste, menor o índice aplicado no

primeiro reajustamento da RMI (ou AP Base se pensão). Através desta

Súmula o Poder Judiciário decidiu, pacificando a questão, que no primeiro

reajuste do benefício o índice deveria ser integral e não proporcional,

independentemente do mês de início – DIB.

Os critérios da primeira parte da referida Súmula tiveram

eficácia e aplicabilidade aos benefícios concedidos a partir da edição da Lei

nº 3.807/60 – Lei Orgânica de Previdência Social – LOPS, até março/89,

quando passou a vigir norma constante do artigo 58 dos Atos das

Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT/CF.

2ª parte2ª parte2ª parte2ª parte - trata do enquadramento da renda mensal dos

benefícios nas faixas salariais no período compreendido entre

11/78 e 04/84.

As faixas salariais foram criadas pela Lei nº 6.708/79 e limitadas

para fins de reajustamento, da seguinte forma:

a) até 03 SM - aplicação de índice equivalente a 110% da variação do INPC no semestre;

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b) maior que 3 SM até 10 SM - aplicação de índice equivalente a 100% da variação do INPC no semestre;

c) Maior que 10 SM - aplicação de índice equivalente a 80% da variação do INPC no semestre.

Oportuno esclarecer que embora o Instituto tenha enquadrado a

RM dos benefícios em faixas salariais (conforme Lei nº 6.708/79) e pago de

acordo com estas, adotou como limite de cada faixa o salário mínimo do

semestre anterior. Esta distorção foi corrigida, em parte, pela Lei nº

7.604/87, que reenquadrou os benefícios e desta vez considerando o SM

atualizado, mas não previu pagamento de diferenças pretéritas a 04/87.

A segunda parte da Súmula teve por escopo incluir o período

não contemplado pela Lei nº 7.604/87, retroagindo o efeito financeiro do

reenquadramento em faixas salariais a partir de 11/79, ou na data da DIB,

se posterior.

A primeira parte da Súmula nº 260 do ex-TFR só teve eficácia

até 31/03/89, posto que a partir de 01/04/89 os benefícios passaram a ser

pagos em quantidade de salários mínimos (art. 58 do ADCT-CF), ou seja,

quando entrou em vigor a equivalência salarial que é a correlação do valor

do benefício (RMI) com o número de salários mínimos que tinha na data da

concessão (DIB).

Já o disposto na segunda parte da referida Súmula só teve

eficácia até 31/03/87, uma vez que a partir de 01/04/87 os benefícios foram

reenquadrados e pagos de acordo com o estabelecido na Lei nº 7.604/87.

Essa matéria já está sumulada no verbete nº 21 do TRF da 1ª

Região, que assim dispõe:

O critério de revisão previsto na Súmula nº 260O critério de revisão previsto na Súmula nº 260O critério de revisão previsto na Súmula nº 260O critério de revisão previsto na Súmula nº 260, do Tribunal Federal de Recursos, diverso do estabelecido no art. 58, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, da Constituição Federal de 1988, e aplicável somente aos benefícios previdenciários concedidos até 04.10.1988, perdeu perdeu perdeu perdeu eficácia em 05.04.1989eficácia em 05.04.1989eficácia em 05.04.1989eficácia em 05.04.1989. (sem destaques no original)

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É importante frisar que a Súmula nº 260 do ex-TFR não autoriza

a vinculação do valor dos benefícios em número de salário mínimo.

O salário mínimo mencionado na Súmula nº 260 do ex-TFR serve

apenas para definir como deveriam ser construídas as faixas salariais de

reajuste, nos termos da Lei 6.708/79, e cuja aplicação tem seu termo final

em 31.03.1989.

O Superior Tribunal de Justiça unificou seu entendimento sobre a

questão, em sede de Embargos de Divergência, no REsp 191709/RJ, nestes

termos:

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. DISSÍDIO DEMONSTRADO. SÚMULA 260 DO EXTINTO TFR. INTERPRETAÇÃO. PERÍODO DE APLICAÇÃO. NÃO INCIDE SOBRE OS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS APÓS A CONSTITUIÇÃO. - A Súmula 260/TFR somente é aplicados benefícios concedidos antes da Constituição de 1988, entretanto, tal Súmula não vincula o valor do benefítal Súmula não vincula o valor do benefítal Súmula não vincula o valor do benefítal Súmula não vincula o valor do benefício ao cio ao cio ao cio ao salário mínimo, ou seja, a Súmula 260 não é sinônimo de equivalência salarialsalário mínimo, ou seja, a Súmula 260 não é sinônimo de equivalência salarialsalário mínimo, ou seja, a Súmula 260 não é sinônimo de equivalência salarialsalário mínimo, ou seja, a Súmula 260 não é sinônimo de equivalência salarial. - É inaplicável a Súmula 260/TFR aos benefícios concedidos após a Constituição de 1988, pois, a partir de então é de ser obedecido o critério estabelecido na legislação previdenciária vigente. - O critério de equivalência ao salário mínimo estampado no artigo 58 do ADCT se aplica somente aos benefícios em manutenção em outubro de 1988, e apenas entre abril de 1989 (04/89 apenas entre abril de 1989 (04/89 apenas entre abril de 1989 (04/89 apenas entre abril de 1989 (04/89 ---- sétimo mês a contar da promulgação) e sétimo mês a contar da promulgação) e sétimo mês a contar da promulgação) e sétimo mês a contar da promulgação) e dezembro ddezembro ddezembro ddezembro de 1991 (regulamentação dos planos de custeio e benefícios).e 1991 (regulamentação dos planos de custeio e benefícios).e 1991 (regulamentação dos planos de custeio e benefícios).e 1991 (regulamentação dos planos de custeio e benefícios). - Segundo a tese construída pelo Supremo Tribunal Federal, o art. 202, caput da CF, não consubstancia uma norma de eficácia plena e aplicação imediata, condicionada à norma regulamentadora. - Embargos recebidos e acolhidos. (STJ, 3ª Seção, EREsp 191709/RJ, rel. Min. José Arnaldo da Fonseca, DJ 06/09/1999, P. 00050). (grifamosgrifamosgrifamosgrifamos)

3 3 3 3 ---- ARTIGO 58, DO ADCT ARTIGO 58, DO ADCT ARTIGO 58, DO ADCT ARTIGO 58, DO ADCT ---- CF/88CF/88CF/88CF/88

Em obediência ao Art. 58 do ADCT/CF, os benefícios de

prestação continuada, mantidos pela previdência social na data da

promulgação da Constituição, tiveram seus valores revistos, a fim de que

seja restabelecido o poder aquisitivo, expresso em número de salários

mínimos, que tinham na data de sua concessão, obedecendo-se esse critério

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de atualização até a implantação do plano de custeio e benefícios referidos

no artigo seguinte.

Parágrafo único – As prestações mensais dos benefícios atualizados de acordo com este artigo serão devidas e pagas a partir do sétimo mês a contar da promulgação da Constituição”.

Da análise do dispositivo citado, infere-se que somente os

benefícios mantidos pela Previdência Social em 05.10.88, data da

promulgação da CF, deveriam ser revistos por esse critério e não os

concedidos posteriormente.

O Poder Judiciário pacificou essa questão, decidindo que o artigo

58 do ADCT/88 não se aplica aos benefícios concedidos após a promulgação

da Carta Magna de 88.

Esse critério de reajustamento pela equivalência salarial só foi

aplicado até a edição do plano de custeio e benefícios da previdência social,

que ocorreu em 07.12.91, com a entrada em vigor do Regulamento

aprovado pelo Decreto nº 357.

4 4 4 4 ---- REAJUSTE 147,06%REAJUSTE 147,06%REAJUSTE 147,06%REAJUSTE 147,06%

Em setembro de 1991 os benefícios previdenciários foram

reajustados em 54,60%, mais a incorporação do abono de 10,58%,

enquanto que o salário mínimo foi reajustado em 147,06%, passando de Cr$

17.000,00 para Cr$ 42.000,00. Foi o primeiro reajuste dos benefícios depois

da entrada em vigor da Lei nº 8.213/91, uma vez que desde março de 1991

os valores dos benefícios somente eram alterados mediante a concessão de

abonos.

Nessa ocasião, os benefícios concedidos até a data da

promulgação da Constituição de 1988 eram reajustados com os mesmos

índices aplicados ao salário mínimo.

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99

Porém, a Constituição de 1988 (art. 7, inciso IV) proibiu a

vinculação entre os reajustes dos benefícios e a variação do salário mínimo.

Assim, em sua redação original, a Lei nº 8.213/91 elegeu o INPC

como índice de reajustamento dos benefícios previdenciários. Já o salário

mínimo teve um reajustamento muito superior, o que acarretou o

inconformismo dos segurados.

Em razão dessa distorção de reajustamento diferenciado, os

segurados ingressaram em juízo postulando o mesmo reajuste de 147,06%.

O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Mandado de

Segurança nº 1.233-DF, firmou entendimento no sentido de que o reajuste

de 147,06% era devido aos segurados por dois motivos: o primeiroo primeiroo primeiroo primeiro, porque a

implantação do plano de benefícios prevista no art. 58 do ADCT somente

ocorrera com a edição do regulamento aprovado pelo Decreto nº 357, de 07

de dezembro de 1991, e, por tal motivo, o reajuste de setembro de 1991 era

anterior ao termo final do art. 58, que perdeu sua eficácia somente em

dezembro de 1991, e não em julho de 1991 (Leis 8.213 e 8.212, de 24 de

julho de 1991); o segundoo segundoo segundoo segundo, porque o art. 19 da Lei nº 8.222, de 05 de

setembro de 1991, havia reajustado a tabela de salários-base dos salários

de contribuição em 147,06%:

MS 1233 / DF PREVIDENCIARIO - REAJUSTE DE BENEFICIO - PROPORÇÃO AO SALARIO-MINIMO - PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA. OS ATOS IMPUGNADOS SÃO ATOS DO SENHOR MINISTRO DO TRABALHO E DA PREVIDENCIA SOCIAL, PORTANTO, REJEITA-SE A PRELIMINAR. OS PLANOS DE CUSTEIO E BENEFICIOS SO FORAM IMPLANTADOS A PARTIR DE 09.12.91; ATE ESTA DATA PREVALECEU O CRITERIO ESTABELECIDO PELO ART. 58 DO ADCT. O SALARIO DE CONTRIBUIÇÃO É REAJUSTADO NA MESMA EPOCA E COM OS MESMOS INDICES DO REAJUSTAMENTO DOS BENEFICIOS DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DA PREVIDENCIA SOCIAL. REAJUSTADOS OS SALARIOS DE CONTRIBUIÇÃO EM 147,06% PARA A COMPETENCIA DE SETEMBRO DE 1991, TAL INDICE TEM, FORÇOSAMENTE, DE SER APLICADO NO REAJUSTE DOS BENEFICIOS, DO MESMO MES E ANO. NÃO SE JUSTIFICA O REAJUSTAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES E SÓ DE ALGUNS BENEFICIOS COM INDICE DE 147,06 E OS DEMAIS COM 54,60%. ESTE AUMENTO DIFERENCIADO VIOLA OS MANDAMENTOS CONSTITUCIONAIS E OS ARTIGOS 28, PARAGRAFO 5º, DA LEI 8212/91 E ART. 134, DA LEI 8213/91. SEGURANÇA CONCEDIDA PARA DETERMINAR O REAJUSTAMENTO DE 147,06%, DOS PROVENTOS DE APOSENTADORIA DOS APOSENTADOS REPRESENTADOS PELO SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDUSTRIAS METALURGICAS, MECANICAS E DE MATERIAL ELETRICO DE SÃO PAULO.

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100

ACÓRDÃO

POR MAIORIA, DEFERIR O MANDADO DE SEGURANÇA PARA DETERMINAR O REAJUSTAMENTO DE 147,06, EM SUBSTITUIÇÃO AO INDICE DE 54,60, MANTENDO-SE O CRITERIO ESTABELECIDO NO ART. 58 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITORIAS ATE A DATA DO REGULAMENTO.

Com esta decisão, os valores dos benefícios foram reajustados

em 147,06%, inclusive àqueles concedidos após 05.10.88, com DIB até

31.03.91. As diferenças foram pagas em doze parcelas mensais, entre

novembro de 1992 e outubro de 1993, conforme Portaria MPAS nº 302/92.

Importante ressaltar que os pagamentos administrativos foram

divididos em: Reajustamento dos benefícios nos Estados do Rio de Janeiro e

de São Paulo; e Reajustamento dos benefícios nos demais Estados.

4.1 4.1 4.1 4.1 ---- Forma de ReajustamentoForma de ReajustamentoForma de ReajustamentoForma de Reajustamento e Pagamento de Pagamento de Pagamento de Pagamento dos os os os BBBBenefícios do Rio de Janeiro enefícios do Rio de Janeiro enefícios do Rio de Janeiro enefícios do Rio de Janeiro

e São Pauloe São Pauloe São Pauloe São Paulo

Em 09/91 os benefícios foram reajustados em 54,60%, sendo

que em 01/92, por decisão judicial, os beneficiários receberam uma

diferença percentual entre 54,60% e 147,06% relativo ao período de 09/91 a

12/91, inclusive sobre o abono anual/91. A diferença foi paga sem correção.

Em 01/92 os benefícios voltaram a receber o valor anterior

reajustado (RM de 09/91 com percentual de 54,60%) aplicando o percentual

de 119,8234% sobre a renda. Em 04/92 tiveram o reajustamento a partir de

09/91 no percentual de 79,96%, alterando o percentual de 54,60%,

entretanto, não foi paga a diferença do período de 01/92 a 03/92. Portanto,

no mês de abril tiveram a renda mensal de 03/92 reajustada no percentual

de 16,40%.

Em 05/92 os benefícios com DIB anterior a 01/92, tiveram

reajustamento no percentual de 130,3616%. Em 08/92 os benefícios com

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101

DIB anterior a 03/91, tiveram reajustamento no percentual de 147,06%

totalizando a diferença de 34,29% sobre o valor mensal de 07/92. Já em

09/92 os benefícios com DIB anterior a 05/92 tiveram reajustamento no

percentual de 124,7869%.

Em 11/92 foi paga a primeira parcela de doze, da diferença do

reajustamento de 147,06%, relativo ao período de 09/91 a 07/92, corrigidas

pelo INPC, conforme a seguir:

a) de 09/91 a 12/91, incluindo o abono anual, somente a correção do valor já recebido em 01/92;

b) de 01/92 a 03/92, diferença entre o percentual de 54,60% e 147,06%;

c) de 04/92 a 07/92, diferença entre o percentual de 79,96% a 147,06% e,

d) em 12/92 foi paga a segunda parcela, isto é, o valor da primeira corrigida pelo INPC. As demais parcelas também foram corrigidas pelo INPC do mês.

4444.2 .2 .2 .2 ---- Forma de ReajustamentoForma de ReajustamentoForma de ReajustamentoForma de Reajustamento e Pagamentoe Pagamentoe Pagamentoe Pagamento dos dos dos dos BBBBenefíciosenefíciosenefíciosenefícios dos demais dos demais dos demais dos demais

EEEEstadosstadosstadosstados

Em 09/91 os benefícios foram reajustados em 54,60% e em

01/92 àqueles com DIB anterior a 09/91, tiveram reajustamento no

percentual de 119,8234%.

Em 04/92 houve alteração do percentual de 54,60% para

79,96%, retroativo a 09/91, com pagamento das diferenças corrigidas pelo

INPC do período, resultando, no mês de abril o reajuste no percentual de

16,40%, conforme segue:

a) em 04/92, diferença do período de 01/92 a 03/92;

b) em 06/92 e 07/92, diferença do período de 09/91 a 12/91, incluindo o abono anual;

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102

Em 05/92 os benefícios, com DIB anterior a 01/92, tiveram

reajustamento no percentual de 130,3616%. Em 08/92 os benefícios com

DIB anterior a 03/91, tiveram reajustamento no percentual de 147,06%,

totalizando a diferença de 37,29% sobre o valor mensal de 07/92. Já em

09/92 os benefícios, com DIB anterior a 05/92, tiveram reajustamento no

percentual de 124,7869%.

Em 11/92 foi paga a primeira parcela de doze, da diferença do

reajustamento de 79,96% para 147,06% relativa ao período de 09/91 a

07/92, incluindo o abono anual, corrigidas pelo INPC do período.

Em 12/92 foi paga a segunda parcela que corresponde ao valor

da primeira parcela corrigida pelo INPC do mês. As demais parcelas também

foram calculadas sobre o INPC do mês.

As consultas sobre os pagamentos efetuados com base nas

situações acima podem ser verificadas através do PLENUS (Benef – Con147).

5 5 5 5 ---- ORDEM DE SERVIÇO 121ORDEM DE SERVIÇO 121ORDEM DE SERVIÇO 121ORDEM DE SERVIÇO 121

A Ordem de Serviço/INSS/DISES nº 121, de 15 de junho de 1992,

foi instituída para dar aplicabilidade à revisão preconizada no art. 144, de

conformidade com a regra estabelecida no art. 41, ambos da Lei nº 8.213/91

(redações originais).

Os índices previstos na referida OS representam a variação do

INPC no período, exceto na competência 09/91 onde foi considerada a

variação do salário mínimo (147,06%), sendo que as rendas mensais

reajustadas foram limitadas ao teto máximo do valor de benefícios somente

em 06/1992.

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103

TABELA I (REEDITADA) TABELA I (REEDITADA) TABELA I (REEDITADA) TABELA I (REEDITADA) –––– INDICE MÊS A MÊS INDICE MÊS A MÊS INDICE MÊS A MÊS INDICE MÊS A MÊS

MÊS DE RMÊS DE RMÊS DE RMÊS DE REAJUSTEEAJUSTEEAJUSTEEAJUSTE DIBDIBDIBDIB PERCENTUALPERCENTUALPERCENTUALPERCENTUAL Novembro de 1988 até 31/10/1988 26,6899 Dezembro de 1988 até 30/11/1988 28,1500 Janeiro de 1989 até 31/12/1988 28,4301 Fevereiro de 1989 até 31/01/1989 35,4799

Maio de 1989

até 28/02/1989 33,1458 mar/89 14,4355 abr/89 8,0000

Junho de 1989 até 31/05/1989 16,6700 Julho de 1989 até 30/06/1989 29,4000 Agosto de 1989 até 31/07/1989 27,4000 Setembro de 1989 até 31/08/1989 33,1800 Outubro de 1989 até 30/09/1989 36,3500 Novembro de 1989 até 31/10/1989 38,7600 Dezembro de 1989 até 30/11/1989 48,4700 Janeiro de 1990 até 31/12/1989 51,2800 Fevereiro de 1990 até 31/01/1990 68,1900 Março de 1990 até 28/02/1990 73,9900

Junho de 1990

até 31/03/1990 124,1768 abr/90 23,0724 mai/90 7,3100

Julho de 1990 até 30/06/1990 11,6400 Agosto de 1990 até 31/07/1990 12,6200 Setembro de 1990 até 31/08/1990 12,1801 Outubro de 1990 até 30/09/1990 14,2600 Novembro de 1990 até 31/10/1990 14,4300 Dezembro de 1990 até 30/11/1990 16,9200 Janeiro de 1991 até 31/12/1990 19,1400 Fevereiro de 1991 até 31/01/1991 20,9500 Março de 1991 até 28/02/1991 20,1984

Setembro de 1991Setembro de 1991Setembro de 1991Setembro de 1991

até 31/03/1991até 31/03/1991até 31/03/1991até 31/03/1991 147,0600147,0600147,0600147,0600 abr/91abr/91abr/91abr/91 112,4900112,4900112,4900112,4900 mai/91mai/91mai/91mai/91 82,750082,750082,750082,7500 jun/91jun/91jun/91jun/91 57,180057,180057,180057,1800 jul/91jul/91jul/91jul/91 35,190035,190035,190035,1900 ago/91ago/91ago/91ago/91 16,270016,270016,270016,2700

Janeiro de 1992

até 30/09/1991 119,8234 out/91 90,1258 nov/91 57,0249 dez/91 24,1500

Maio de 1992

até 31/01/1992 130,3616 fev/92 82,9428 mar/92 46,9656 abr/92 20,8400

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104

CAPÍTULO IVCAPÍTULO IVCAPÍTULO IVCAPÍTULO IV

CORREÇÃO MONETÁRIACORREÇÃO MONETÁRIACORREÇÃO MONETÁRIACORREÇÃO MONETÁRIA

1 1 1 1 ---- ASPECTOS HISTÓRICOSASPECTOS HISTÓRICOSASPECTOS HISTÓRICOSASPECTOS HISTÓRICOS

A moeda, principal meio de troca na idade contemporânea, é

emitida pelos governos numa proporção ao produto interno bruto de uma

nação. A falta de um controle eficiente no fluxo dessa moeda, num

determinado país (exemplo: excesso de sua emissão), vai ocasionar a

inflação, que nada mais é do que a desvalorização dessa mesma moeda.

A crise inflacionária brasileira é histórica, perdurando por

décadas, sendo as de 1980 e 1990 as mais representativas. Esse longo

período inflacionário corroeu os ativos, incluindo os salários, cujas políticas

eram voltadas para as “reposições” salariais, objetivando amenizar as

perdas verificadas.

A inflação obrigou os governantes a indexar a economia,

mediante a adoção de medidores inflacionários, visando a reposição de

perdas do poder de compra e recomposição dos salários.

Um dos grandes marcos da indexação deu-se com a edição da

Lei nº 6.423/1977, que vinculou a correção monetária pelo índice da ORTN

da parte mais expressiva da economia:

Art. 1º A correção, em virtude de disposição legal ou estipulação de negócio jurídico, da expressão monetária de obrigação pecuniária somente poderá ter por base a variação nominal da Obrigação Reajustável do Tesouro Nacional (ORTN).

Na Previdência Social, esse indexador foi adotado para correção

das parcelas pagas em atraso. Todavia, o Poder Judiciário vem compelindo a

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105

Previdência Social a corrigir os salários-de-contribuição que compõem o PBC

na apuração da renda mensal inicial na concessão dos benefícios.

A Lei nº 6.899, de 08 de abril de 1981, é adotada

especificamente para correção monetária dos débitos judiciais, senão

vejamos:

Art. 1º - A correção monetária incide sobre qualquer débito resultante de decisão judicial, inclusive sobre custas e honorários advocatícios”. § 1º - Nas execuções de títulos de dívida líquida e certa, a correção será calculada a contar do respectivo vencimento. § 2º - Nos demais casos, o cálculo far-se-á a partir do ajuizamento da ação.

1.1 1.1 1.1 1.1 ---- Planos EconômicosPlanos EconômicosPlanos EconômicosPlanos Econômicos

Diante da espiral inflacionária, com a moeda sendo corroída

diariamente, houve a necessidade da intervenção do governo na economia

para ajustar esse fluxo inflacionário fora de controle. As informações a

seguir são restritas as repercussões que os planos econômicos tiveram

diretamente na política de reajustamento e correção dos benefícios

previdenciários.

1.1.1 1.1.1 1.1.1 1.1.1 ---- Plano cruzadoPlano cruzadoPlano cruzadoPlano cruzado

O Plano Cruzado foi instituído pelo Decreto-Lei nº 2.283, de

28/02/1986, posteriormente revogado pelo Decreto-Lei nº 2.284 de

10/03/1986.

As principais mudanças com este plano econômico foram:

a) alteração da nomenclatura da moeda de Cruzeiro para Cruzado;

b) corte de três zeros (divisão da moeda por mil);

c) extinção da Obrigação Reajustável do Tesouro Nacional – ORTN;

d) criação da Obrigação do Tesouro Nacional – OTN, e

e) congelamento de preços e salários (inclusive do valor dos benefícios pagos pela Previdência Social).

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106

1.1.2 1.1.2 1.1.2 1.1.2 ---- Plano verão (cruzados novos)Plano verão (cruzados novos)Plano verão (cruzados novos)Plano verão (cruzados novos)

O Plano Verão foi instituído pela Medida Provisória nº 32, de

15/01/89, convertida na Lei nº 7.730, de 31/01/1989.

As principais mudanças ocorridas em razão deste plano

econômico foram:

a) alteração da nomenclatura da moeda de Cruzado para Cruzado Novo;

b) corte de três zeros (divisão da moeda por mil);

c) extinção da Obrigação do Tesouro Nacional – OTN, e

d) criação do Bônus do Tesouro Nacional – BTN.

1.1.3 1.1.3 1.1.3 1.1.3 ---- Plano Plano Plano Plano ccccollorollorollorollor

O Plano Collor foi instituído pela Medida Provisória nº 168, de

15/03/1990, convertida na Lei nº 8.024, de 12/04/1990.

As principais alterações ocorridas em razão deste plano

econômico foram:

a) alteração da nomenclatura da moeda de Cruzado Novo para Cruzeiro;

b) alteração na metodologia para fixação do valor do BTN, e

c) alteração na metodologia para política de reajustamento salarial (cesta básica).

1.1.4 1.1.4 1.1.4 1.1.4 ---- Cruzeiro real (não intitulado de plano)Cruzeiro real (não intitulado de plano)Cruzeiro real (não intitulado de plano)Cruzeiro real (não intitulado de plano)

Foi instituído pela Medida Provisória nº 336, de 28/07/1993,

convertido na Lei nº 8.967, de 27/08/1993.

As principais alterações foram:

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107

a) nomenclatura da moeda Cruzeiro para Cruzeiro Real, e

b) corte de três zeros (divisão da moeda por mil).

1.1.5 1.1.5 1.1.5 1.1.5 ---- Plano realPlano realPlano realPlano real

Este é um dos mais significativos planos econômicos, instituído

através da Medida Provisória nº 542, de 30/06/1994, convertida na Lei nº

8.880, de 01/07/1994. O Plano Real alterou estruturalmente toda a

economia, predominando até hoje a mesma estrutura monetária, com

inflação praticamente abolida, com taxa mensal tendente a zero e, em

alguns casos, até negativa.

Antecipando a implantação do plano real, foi criada a Unidade

Real de Valor – URV, instituída pela Medida Provisória nº 434, de

27/02/1994, que serviu como indexador monetário, com conversão diária

nos preços e salários. A URV foi extraída da composição de diversos índices

de coleta de preços, com validade até 30/06/1994.

A partir de 01 de julho de 1994, a moeda passou ser

denominada Real, ocorrendo inclusive a troca do papel moeda em

circulação. A transformação deu-se através da desvalorização do Cruzeiro

Real na proporção de 2.750 para cada um Real (R$ 1,00 = CR$ 2.750,00).

2 2 2 2 ---- ASPECTOS PRÁTICOSASPECTOS PRÁTICOSASPECTOS PRÁTICOSASPECTOS PRÁTICOS

É interessante demonstrar matematicamente o funcionamento

das tabelas de correção monetária, independentemente dos indexadores

que venham a ser utilizados.

Na fórmula da aplicação da correção monetária, o primeiro

passo é a transformação do valor expresso em % em índice:

Fórmula (a) cálculo de índice:

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n / 100 +1 = índice: 20% = 20 / 100 = 0,20 + 1 = 1,20 = índice 147,06% = 147,06 / 100 = 1,4706 + 1 = 2,4706 = índice

Sendo “n” = percentual

Por exemplo, a variação do INPC num certo período de tempo é

calculada da seguinte forma:

MÊSMÊSMÊSMÊS VALOR VALOR VALOR VALOR VALORVALORVALORVALOR FATORFATORFATORFATOR FATORFATORFATORFATOR

ANOANOANOANO PERCENTUALPERCENTUALPERCENTUALPERCENTUAL ÍNDICE ÍNDICE ÍNDICE ÍNDICE ACUMULADOACUMULADOACUMULADOACUMULADO CORREÇÃOCORREÇÃOCORREÇÃOCORREÇÃO

(a)(a)(a)(a) (b) (b) (b) (b) (c)(c)(c)(c) (d)(d)(d)(d) jan/06 0,10 1,0010 1,00000 1,09882 fev/06 1,48 1,0148 1,00100 1,09773 mar/06 1,63 1,0163 1,01581 1,08172 abr/06 0,40 1,0040 1,03237 1,06437 mai/06 0,68 1,0068 1,03650 1,06013 jun/06 0,32 1,0032 1,04355 1,05297 jul/06 0,12 1,0012 1,04689 1,04961 ago/06 0,06 1,0006 1,04815 1,04835 set/06 0,91 1,0091 1,04877 1,04772 out/06 1,02 1,0102 1,05832 1,03827 nov/06 1,46 1,0146 1,06911 1,02779

dez/06 1,30 1,0130 1,08472 1,01300

jan/07jan/07jan/07jan/07 1,098821,098821,098821,09882 1,000001,000001,000001,00000

(a) = Variação mensal em percentual; (b) = conversão da variação mensal percentual em índice; (c) = base 1 = 1,0000 multiplicada pelo índice do mês 01/06 = 1,00100; Mês 02/06 = 1,00100 x 1,0148 = 1,01581 e assim sucessivamente resultando no acumulado do período entre janeiro de 2006 a dezembro de 2006, projetado para janeiro de 2007 = 1,09882 ou 9,88%; (d) = Invertendo o procedimento do item anterior, obtém-se o fator de atualização com base em janeiro de 2007.

Outro exemplo de tabela com a utilização da ORTN – Cálculo

com base na Lei nº 6.423/77, tendo por data limite a competência 01/1986.

Como se vê neste exemplo, a ORTN já vem com o valor acumulado,

bastando aplicar a variação em índice.

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109

MÊSMÊSMÊSMÊS VALORVALORVALORVALOR VALORVALORVALORVALOR VARIAÇÃOVARIAÇÃOVARIAÇÃOVARIAÇÃO FATORFATORFATORFATOR VALORVALORVALORVALOR

ANOANOANOANO HISTÓRICOHISTÓRICOHISTÓRICOHISTÓRICO ORTNORTNORTNORTN ÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICE CORREÇÃOCORREÇÃOCORREÇÃOCORREÇÃO ATUALIZADOATUALIZADOATUALIZADOATUALIZADO jan/83 5.000,00 2.910,93 1,0600 27,4989986 137.494,99 fev/83 5.000,00 3.085,59 1,0670 25,9424162 129.712,08 mar/83 5.000,00 3.292,32 1,0900 24,3134507 121.567,25 abr/83 5.000,00 3.588,63 1,0900 22,3059106 111.529,55 mai/83 5.000,00 3.911,61 1,0800 20,4641209 102.320,60 jun/83 5.000,00 4.224,54 1,0780 18,9482547 94.741,27 jul/83 5.000,00 4.554,05 1,0900 17,5772466 87.886,23 ago/83 5.000,00 4.963,91 1,0850 16,1259290 80.629,64 set/83 5.000,00 5.385,84 1,0917 14,8626138 74.313,07 out/83 5.000,00 5.879,49 1,1004 13,6147285 68.073,64 nov/83 5.000,00 6.469,55 1,0840 12,3729873 61.864,94 dez/83 5.000,00 7.012,99 1,0760 11,4141985 57.070,99 jan/84 5.000,00 7.545,98 1,0980 10,6079873 53.039,94 fev/84 5.000,00 8.285,49 1,1230 9,6611860 48.305,93 mar/84 5.000,00 9.304,61 1,1000 8,6030108 43.015,05 abr/84 5.000,00 10.235,07 1,0890 7,8209196 39.104,60 mai/84 5.000,00 11.145,99 1,0890 7,1817452 35.908,73 jun/84 5.000,00 12.137,98 1,0920 6,5948090 32.974,05 jul/84 5.000,00 13.254,67 1,1030 6,0392043 30.196,02 ago/84 5.000,00 14.619,90 1,1060 5,4752536 27.376,27 set/84 5.000,00 16.169,61 1,1050 4,9505004 24.752,50 out/84 5.000,00 17.867,42 1,1260 4,4800906 22.400,45 nov/84 5.000,00 20.118,71 1,0990 3,9787670 19.893,84 dez/84 5.000,00 22.110,46 1,1050 3,6203525 18.101,76 jan/85 5.000,00 24.432,06 1,1260 3,2763369 16.381,68 fev/85 5.000,00 27.510,50 1,1020 2,9097130 14.548,57 mar/85 5.000,00 30.316,57 1,1270 2,6403930 13.201,97 abr/85 5.000,00 34.166,77 1,1183 2,3428513 11.714,26 mai/85 5.000,00 38.208,46 1,1001 2,0950245 10.475,12 jun/85 5.000,00 42.031,56 1,0921 1,9044656 9.522,33 jul/85 5.000,00 45.901,91 1,0761 1,7438852 8.719,43 ago/85 5.000,00 49.396,88 1,0818 1,6205003 8.102,50 set/85 5.000,00 53.437,40 1,0910 1,4979707 7.489,85 out/85 5.000,00 58.300,20 1,0900 1,3730255 6.865,13 nov/85 5.000,00 63.547,22 1,1112 1,2596564 6.298,28

dez/85 5.000,00 70.613,67 1,1336 1,1336001 5.668,00

jan/86 80.047,66 - 1,0000000 - TOTALTOTALTOTALTOTAL 1.641.260,52 1.641.260,52 1.641.260,52 1.641.260,52

2.1 2.1 2.1 2.1 ---- Linhas de Correção MonetáriaLinhas de Correção MonetáriaLinhas de Correção MonetáriaLinhas de Correção Monetária

Tanto na esfera administrativa quanto na judicial, as linhas de

correção monetária são formadas por um ou mais indexadores. Eis alguns

exemplos:

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a) ORTN/OTN/BTN/INPC/IRSM/URV/IPCr/INPC/IGP-DI/INPC;

b) ORTN/OTN/BTN/INPC/IRSM/UFIR/IPCA-E, e

c) ORTN/OTN/BTN/INPC/IRSM/URV/IPCr/INPC/IGP-DI.

2.1.1 2.1.1 2.1.1 2.1.1 ---- Verificação/análise da linha de correção monetáriaVerificação/análise da linha de correção monetáriaVerificação/análise da linha de correção monetáriaVerificação/análise da linha de correção monetária

Correção monetária somente pelos índices do Salário Mínimo

(Súmula 71, do ex-TFR) em todo o período de cálculo: É a variação ocorrida

em todo períod tendo o salário mínimo como indexador.

FórmulaFórmulaFórmulaFórmula: Correção = SM da competência de pagamento. (/) SM da competência a corrigir

Correção monetária pelos critérios definidos pela Lei nº 6.899/81

(vencimento do débito): É a variação ocorrida em todo o período de cálculo

somente pelos índices oficiais, não sendo permitido o uso da variação do

salário mínimo.

FórmulaFórmulaFórmulaFórmula: Correção = ORTN-OTN-BTN da competência de pagamento (/) ORTN-OTN-BTN da competência a corrigir

Correção monetária pelos critérios da Súmula 71 até o

ajuizamento da ação e, após, Lei nº 6.899/81: Este tipo de correção é uma

fusão da Súmula 71 com os índices da Lei, tendo como base a correção

pelos índices do salário mínimo até ajuizamento da ação (salário mínimo do

ajuizamento) e, após, pelos índices fixados pela Lei nº 6.899/81. O cálculo é

dividido em duas partes e o fator de correção será a multiplicação dos dois

índices calculados.

FórmulaFórmulaFórmulaFórmula: - índice SM = SM do ajuizamento (/) SM da competência a corrigir - índice Lei nº 6.899/81 = índice da competência de pagamento (/) índice da data do ajuizamento Fator Correção = Índice SM x índice Lei nº 6.899/81

Correção monetária pelos critérios da Súmula 71 até a data da

entrada em vigor da Lei nº 6.899 (04/1981): Este tipo de correção também é

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uma fusão da Súmula 71 com os índices da lei, tendo como base os índices

do salário mínimo somente até 04/1981 e, após, Lei nº 6.899/81. O cálculo é

dividido em duas partes e o fator de correção será a multiplicação dos

índices calculados.

FórmulaFórmulaFórmulaFórmula: - índice SM = SM de 04/1981 (/) SM da competência a corrigir - índice Lei nº 6.899/81 = índice da competência de pagamento (/) índice do mês 04/1981 Fator Correção = índice SM x índice Lei nº 6.899/81

Correção monetária com índice fixo do início do cálculo até o

ajuizamento: Correção de acordo com o art. 1º parágrafo 2º da Lei nº

6.899/81. O índice considerado no principal da data do inicio do cálculo até

o ajuizamento é o mesmo.

Fórmula até o ajuizamentoFórmula até o ajuizamentoFórmula até o ajuizamentoFórmula até o ajuizamento: Correção = índice da competência de pagamento (/) índice do mês do ajuizamento

Fórmula a partir da competêFórmula a partir da competêFórmula a partir da competêFórmula a partir da competência seguinte ao ajuizamentoncia seguinte ao ajuizamentoncia seguinte ao ajuizamentoncia seguinte ao ajuizamento: Correção = índice da competência de pagamento (/) índice da competência a corrigir

Está consolidado no Regulamento da Previdência Social (Decreto

3.048/99), que a correção monetária se dá através de índices da Lei

6899/81, abolindo a hipótese de incidência da variação do salário mínimo na

correção monetária. Também define que a correção monetária se dá

através do regime de competência de pagamento:

Art. 175 O pagamento de parcelas relativas a benefícios efetuado com atraso, independentemente de ocorrência de mora e de quem lhe deu causa, deve ser corrigido monetariamente desde o momento em que restou devido, pelo mesmo índice utilizado para os reajustamentos dos benefícios do RGPS, apurado no período compreendido entre o mês que deveria ter sido pago e o mês do efetivo pagamento....

3333 ---- INDEXADORESINDEXADORESINDEXADORESINDEXADORES

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Um dos instrumentos fundamentais de medição da inflação é a

coleta de preços, cujos responsáveis por tal aferição são, por exemplo, o

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e a Fundação Getúlio

Vargas – FGV, dentre outros.

Dentre os medidores inflacionários, os mais utilizados nos

cálculos judiciais são os coletados pelo IBGE: Índice de Preços ao

Consumidor - IPC (extinto em fevereiro/91) e o Índice Nacional de Preços ao

Consumidor - INPC.

3333.1 .1 .1 .1 ---- ORTNORTNORTNORTN

A Obrigação Reajustável do Tesouro Nacional (ORTN) foi

instituída através da Lei nº 4.357, de 16 de julho de 1964. Porém, sua

utilização como indexador monetário deu-se a partir da entrada em vigor da

Lei nº 6.423, de17 de junho de 1977.

3333.2 .2 .2 .2 ---- OTNOTNOTNOTN

A Obrigação do Tesouro Nacional (OTN) foi instituída pelo

Decreto-Lei nº 2.284, de 10 de março de 1986, vinculando o seu

reajustamento à variação do IPC-IBGE, conforme segue:

Art. 6º A Obrigação Reajustável do Tesouro Nacional - ORTN, de que trata a Lei nº 4.357, de 16 de julho de 1964, passa a denominar-se Obrigação do Tesouro Nacional - OTN, e a emitida a partir de 3 de março de 1986 terá o valor de Cz$106,40 (cento e seis cruzados e quarenta centavos), inalterado até 1º de março de 1987. Parágrafo único. Em 1º de março de 1987, proceder-se-á a reajuste, para maior ou para menor, no valor da OTN em percentual igual à variação do IPC, no período correspondente aos doze meses imediatamente anteriores. Os reajustes subseqüentes observarão periodicidade a ser fixada pelo Conselho Monetário Nacional.

3333.3 .3 .3 .3 ---- BTNBTNBTNBTN

O Bônus do Tesouro Nacional (BTN) foi instituído pela Medida

Provisória nº 32, de 15/01/89, convertida na Lei nº 7.730, de 31/01/1989,

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tendo vinculação ao IPC somente através da Lei nº 7.777, de 19 de junho de

1989, nestes termos:

Art. 5º O Ministro da Fazenda poderá autorizar a emissão de Bônus do Tesouro Nacional - BTN, destinados a prover o Tesouro Nacional de recursos necessários à manutenção do equilíbrio orçamentário ou para a realização de operações de crédito por antecipação da receita, observados os limites legalmente fixados. § 1º Os BTN terão as seguintes características: - valor nominal: NCz$ 1,00 (um cruzado novo), em fevereiro de 1989; § 2º O valor nominal dos BTN será atualizado mensalmente pelo IPC. Como o valor nominal foi fixado pela MP referida houve a necessidade da conversão da OTN em BTN pelo multiplicador de 6,17, eis que o valor da última OTN em 01/1989 era de Cz$ 6.170,00.

O BTN foi extinto através da Lei nº 8.177, de 01 de março de

1991, in verbis:

Art. 3° Ficam extintos a partir de 1° de fevereiro de 1991: I - o BTN Fiscal instituído pela Lei n° 7.799, de 10 de julho de 1989; II - o Bônus do Tesouro Nacional - BTN de que trata o art. 5° da Lei n° 7.777, de 19 de junho de 1989, assegurada a liquidação dos títulos em circulação, nos seus respectivos vencimentos.

O IPC do IBGE foi extinto com a Medida Provisória nº 294, de 31

de janeiro de 1991:

Art. 4º A partir da data de vigência desta medida provisória, a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística deixará de calcular e divulgar o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o Índice de Reajuste de Valores Fiscais (IRVF) e o Índice da Cesta Básica (ICB).

3333.4 .4 .4 .4 ---- INPCINPCINPCINPC

O INPC substituiu o BTN e o IPC, passando a ser utilizado como

índice de correção dos salários-de-contribuição e de reajustamento dos

benefícios, por força da Lei nº 8 213/91, que assim dispõe:

Art. 31. Todos os salários-de-contribuição computados no cálculo do valor do benefício serão ajustados, mês a mês, de acordo com a variação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao período decorrido a partir da data de competência do salário-de-contribuição até a do início do benefício, de modo a preservar os seus valores reais.

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3333.5 .5 .5 .5 ---- IRSMIRSMIRSMIRSM

Com o advento da Lei nº 8.542, de 23 de dezembro de 1992, o

INPC foi substituído pelo Índice de Reajuste do Salário Mínimo (IRSM) como

indexador monetário, sendo criado pela Lei nº 8.419, de 07 de maio de

1992. Esta regra tinha o seguinte teor:

Art. 9º A partir de maio de 1993, inclusive, os benefícios de prestação continuada da Previdência Social terão reajuste quadrimestral pela variação acumulada do IRSM, sempre nos meses de janeiro, maio e setembro. § 1º Os benefícios com data de início posterior a 31 de janeiro de 1993 terão seu primeiro reajuste calculado pela variação acumulado do IRSM entre o mês de início, inclusive, e o mês imediatamente anterior ao do referido reajuste. § 2º A partir da referência janeiro de 1993, o IRSM substitui o INPC para todos os fins previstos nas Leis nº 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991.

3333.6 .6 .6 .6 ---- URV URV URV URV ---- REALREALREALREAL

Com o advento do Plano Real (Lei nº 8.880, de 27 de maio de

1994), a regra até então vigente foi alterada com a inclusão da URV como

padrão monetário. A Lei que regulamentou o Plano Real definiu as regras

tanto para concessão quanto para a manutenção dos benefícios de

prestação continuada da Previdência Social.

3333.6.1 .6.1 .6.1 .6.1 ---- URV e as parcelas pagas em atrasoURV e as parcelas pagas em atrasoURV e as parcelas pagas em atrasoURV e as parcelas pagas em atraso

A Lei nº 8.880, de 27 de maio de 1994, estabeleceu no § 5º do

art. 20 as regras para o pagamento das parcelas em atraso referentes os

benefícios previdenciários, senão vejamos:

Art. 20 [...] § 5º - Os valores das parcelas referentes a benefícios pagos com atraso pela Previdência Social, por sua responsabilidade, serão corrigidos monetariamente pelos índices previstos no art. 41, § 7º da Lei nº 8.213, de 1991, com as alterações da Lei nº 8.542, de 23 de dezembro de 1992, até o mês de fevereiro de 1994, e convertidos em URV, pelo valor em cruzeiros reais do equivalente em URV no dia 28 de fevereiro de 1994.

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115

3333.7 .7 .7 .7 ---- IPCIPCIPCIPC----rrrr

O IPC-r, criado pela Lei nº 8.880, de 27 de maio de 1994,

substituiu a URV a partir de 01 de julho de 1994, conforme se infere abaixo:

Art. 17. A partir da primeira emissão do Real, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE calculará e divulgará, até o último dia útil de cada mês, o Índice de Preços ao Consumidor, série r - IPC-r, que refletirá a variação mensal do custo de vida em Real para uma população objeto composta por famílias com renda até oito salários mínimos. § 3º A partir de 1º de julho de 1994, o IBGE deixará de calcular e divulgar o IRSM.

O § 6º do artigo 20 da referida lei fixou o IPC-r como indexador

básico para correção monetária de valores dos benefícios pagos em atraso,

bem como dos salários-de-contribuição, in verbis:

Art. 20 [...] § 6º A partir da primeira emissão do Real, os valores mencionados no parágrafo anterior serão corrigidos monetariamente pela variação acumulada do IPC-r entre o mês da competência a que se refiram e o mês imediatamente anterior à competência em que for incluído o pagamento.

3333.8 .8 .8 .8 ---- INPCINPCINPCINPC

A Medida Provisória nº 1.053, de 30 de junho de 1995, e suas

reedições substituiu novamente o IPC-r pelo INPC, como transcrito:

Art. 8º A partir de 1º de julho de 1995, a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE deixará de calcular e divulgar o IPC-r. § 3º A partir da referência julho de 1995, o INPC substitui o IPC-r para os fins previstos no § 6º do art. 20 e no § 2º do art. 21, ambos da Lei nº 8.880, de 1994.

3333.9 .9 .9 .9 ---- IGPIGPIGPIGP----DIDIDIDI

A MP nº 1.398, de 11 de abril de 1996, e suas reedições,

convertida na Lei nº 9.711, de 20 de novembro de 1998, substituiu o INPC

pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna da Fundação

Getúlio Vargas), nestes termos:

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116

Art 10. A partir da referência maio de 1996, o IGP-DI substitui o INPC para os fins previstos no § 6º do art. 20 e no § 2º do art. 21, ambos da Lei nº 8.880, de 27 de maio de 1994.

3333.10 .10 .10 .10 ---- Unificação de Índices (reajustamento/correção monetária)Unificação de Índices (reajustamento/correção monetária)Unificação de Índices (reajustamento/correção monetária)Unificação de Índices (reajustamento/correção monetária)

A Lei nº 10.741, de 01 de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso),

definiu que o índice de correção monetária das parcelas pagas em atraso é

o mesmo daquele utilizado para o reajustamento de benefício, senão

vejamos:

Art. 31. O pagamento de parcelas relativas a benefícios, efetuado com atraso por responsabilidade da Previdência Social, será atualizado pelo mesmo índice utilizado para os reajustamentos dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, verificado no período compreendido entre o mês que deveria ter sido pago e o mês do efetivo pagamento.

O artigo 12 da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004,

acrescentou o artigo 29-B na Lei nº 8.213/91, definindo o INPC como índice

de correção monetária dos salários-de-contribuição:

Art. 12. A Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes alterações: Art. 29-B. Os salários-de-contribuição considerados no cálculo do valor do benefício serão corrigidos mês a mês de acordo com a variação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

3333.11 .11 .11 .11 ---- UFIR e IPCAUFIR e IPCAUFIR e IPCAUFIR e IPCA----EEEE

A Unidade Fiscal de Referência, instituída pela Lei nº 8.383, de

30 de dezembro de 1991, foi criada para correção dos tributos, incluindo os

das contribuições sociais, multas e penalidades de qualquer natureza:

Art. 1° Fica instituída a Unidade Fiscal de Referência (Ufir), como medida de valor e parâmetro de atualização monetária de tributos e de valores expressos em cruzeiros na legislação tributária federal, bem como os relativos a multas e penalidades de qualquer natureza. (Vide Lei nº 9.430, de 1996)

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117

3333.11.1 .11.1 .11.1 .11.1 ---- Fórmula do cálculo da UFIRFórmula do cálculo da UFIRFórmula do cálculo da UFIRFórmula do cálculo da UFIR

O critério do cálculo da UFIR foi definido nas letras “a” e “b” e

nos §§ 2º e 3º, do art. 1º da Lei nº 8.383/91, que assim dispõem:

Art. 1º [...] a) até o dia 1° de janeiro de 1992, para esse mês, mediante a aplicação, sobre Cr$ 126,8621, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado desde fevereiro até novembro de 1991, e do Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) de dezembro de 1991, apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); b) até o primeiro dia de cada mês, a partir de 1° de fevereiro de 1992, com base no IPCA. § 2° O IPCA, a que se refere o parágrafo anterior, será constituído por série especial cuja apuração compreenderá o período entre o dia 16 do mês anterior e o dia 15 do mês de referência. § 3° Interrompida a apuração ou divulgação da série especial do IPCA, a expressão monetária da Ufir será estabelecida com base nos indicadores disponíveis, observada precedência em relação àqueles apurados por instituições oficiais de pesquisa.

Embora as leis que disciplinavam a UFIR restringissem o seu uso,

o fato é que ela servia como fator de correção de diversas outras

obrigações, inclusive dívidas judiciais, por força, via de regra, de normas

administrativas dos Tribunais, as chamadas “Tabelas Judiciais”. O INSS

também adotou a UFIR como indexador.

A adoção da UFIR para atualização de montantes previamente

definidos, convertidos em UFIR na data do pagamento, continuou sendo

utilizado pelos Tribunais para atualização de precatórios até a sua extinção.

3333.11.2 .11.2 .11.2 .11.2 ---- Extinção da UFIRExtinção da UFIRExtinção da UFIRExtinção da UFIR

A UFIR foi extinta pelo § 3º do art. 29 da MP nº 1.973-67, de 26

de outubro de 2000.

A UFIR foi criada com base na série especial do IPCA (Lei nº 8. 383/91) e, após a sua extinção, foi substituída pelo IPCA-E, do IBGE, para fins de atualização dos Precatórios, na forma das Leis de Diretrizes Orçamentárias editadas anualmente.

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

118

3333.12 .12 .12 .12 ---- Taxa Referencial Taxa Referencial Taxa Referencial Taxa Referencial –––– TRTRTRTR

A Lei nº 8.177, de 01 de março de 1991, extinguiu o BTN e

instituiu a Taxa Referencial. Este novo índice representa a coleta de

informações das maiores instituições financeiras do país, classificada pelo

volume de depósitos a prazo fixo.

A TR é calculada em função do volume de captação de

Certificado de Recibo de Depósito Bancário (CDB/RDB), o que equivale dizer,

remuneração da caderneta de poupança.

Art. 1° O Banco Central do Brasil divulgará Taxa Referencial (TR), calculada a partir da remuneração mensal média líquida de impostos, dos depósitos a prazo fixo captados nos bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos múltiplos com carteira comercial ou de investimentos, caixas econômicas, ou dos títulos públicos federais, estaduais e municipais, de acordo com metodologia a ser aprovada pelo Conselho Monetário Nacional, no prazo de sessenta dias, e enviada ao conhecimento do Senado Federal.

3333.12..12..12..12.1111 ---- Lei Lei Lei Lei 11.960/0911.960/0911.960/0911.960/09

O artigo 1º - F da Lei nº 9.494, de 10 de setembro de 1997, foi

alterado pelo artigo 5º da Lei nº 11.960, de 29 de junho de 2009. Este

dispositivo definiu que os débitos, de qualquer natureza, da Fazenda

Publica devem ser corrigidos uma única vez pelos índices da caderneta de

poupança, senão vejamos:

Art. 5º O art. 1º-F da Lei nº 9.494, de 10 de setembro de 1997, introduzido pelo art. 4º da Medida Provisória nº 2.180-35,de 24 de agosto de 2001, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art 1º-F Nas condenações impostas à Fazenda Pública, independente de sua natureza e para fins de atualização monetária, remuneração do capital e compensação da mora, haverá a incidência uma única vez, até o efetivo pagamento, dos índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança.(NR)

4 4 4 4 ---- EXPURGOS INFLACIONÁRIOSEXPURGOS INFLACIONÁRIOSEXPURGOS INFLACIONÁRIOSEXPURGOS INFLACIONÁRIOS

Entende-se por expurgo inflacionário o índice de inflação de um

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

119

determinado período que não tenha sido considerado, ou que tenha sido

considerado a menor do que realmente foi apurado.

Sendo o BTN o índice oficial utilizado à época, e considerando

que esse indexador era reajustado pela variação mensal do IPC medido pelo

IBGE, constatou-se que em vários momentos os índices do IPC não foram

repassados para o BTN ou foram repassados de forma parcial.

4.1 4.1 4.1 4.1 ---- Janeiro de 1989 = 42,72%Janeiro de 1989 = 42,72%Janeiro de 1989 = 42,72%Janeiro de 1989 = 42,72%

O IPC de janeiro de 1989 foi apurado em 70,28%, no entanto,

nada foi repassado ao BTN. Neste tópico específico, o expurgo do BTN não

seria de 70,28%, pois o período da coleta foi diferente, conforme o próprio

IBGE demonstrou em nota explicativa, esclarecendo que pelo critério

determinado na “portaria interministerial” n.º 202/1989, o IPC de janeiro de

1989 teria sido obtido com base na variação dos preços verificada em

período de 51 dias (30 de novembro de 1988 a 20 de janeiro de 1989),

enquanto o de fevereiro foi obtido com base na oscilação dos preços

verificados em período de apenas 11 (onze) dias. Em face disso, o STJ

pacificou a questão no sentido de que o índice referente ao mês de janeiro

de 1989 é de 42,72%.

Para apuração do índice referente a janeiro de 1989, o cálculo

deve ser a divisão do 70,28% por 51 dias e o resultado multiplicado por 31

dias, ou seja:

[(70,28% x 100) / 51] = 137,8039 [(137,8039 x 31) / 100] = 42,72%;

4.2 4.2 4.2 4.2 ---- Fevereiro de 1989 = 6,31%:Fevereiro de 1989 = 6,31%:Fevereiro de 1989 = 6,31%:Fevereiro de 1989 = 6,31%:

O STJ pacificou também o entendimento quanto ao expurgo de

fevereiro de 1989 no percentual de 6,31%. Para apuração do índice, o

cálculo deve ser a divisão de 3,60% por 11 dias e o resultado multiplicado

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

120

por 31 dias, ou seja:

[(3,60 x 100)/11] = 32,7272 [(32,7272 x 31)/100] = 10,14%;

Desta forma, se o índice integral do mês de fevereiro de 1989 é

10,14%, e do mesmo já foi repassado o índice de 3,60%, então, o expurgo

devido é de 6,31%, ou seja, a variação entre 10,14% e 3,60%

(1,1014/1,0360 = 1,0631).

Nos laudos/contas que forem incluídos o expurgo de 10,14%

deverá ser observado que o mesmo não é devido, cabendo somente a

diferença de 6,31%.

4.3 4.3 4.3 4.3 ---- Março de 1990 = 30,46%Março de 1990 = 30,46%Março de 1990 = 30,46%Março de 1990 = 30,46%

O valor divulgado para o BTN de abril de 1990 foi de Cr$

41,7340, ou seja, um acréscimo de 41,28% em relação ao valor do mês de

março de 1990, que nesta competência correspondeu ao valor de Cr$

29,5399, enquanto que a variação medida para o IPC/IBGE naquele mês foi

de 84,32%.

Como o BTN teve uma variação de 41,28% e o IPC/IBGE uma

variação de 84,32%, ficou um resíduo (expurgo) de 30,46% para totalizar os

84,32% do IPC.

Assim, podemos verificar que não é possível aplicar a variação

integral de 84,32% por que dele já foram repassados 41,28%, portanto, o

expurgo final foi de 30,46%.

4.4 4.4 4.4 4.4 ---- Abril de 1990 = 44,80%Abril de 1990 = 44,80%Abril de 1990 = 44,80%Abril de 1990 = 44,80%

O valor divulgado para o BTN em maio de 1990 foi o mesmo do

mês abril de 1990, de Cr$ 41,7340 (sem variação), e a inflação medida para

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

121

o IPC/IBGE naquele mês foi de 44,80%.

Como não houve variação no valor do BTN, então o expurgo

devido para o mês abril de 1990 é a variação integral do IPC/IBGE de

44,80%.

4.5 4.5 4.5 4.5 ---- Maio de 1990 = 2,36%Maio de 1990 = 2,36%Maio de 1990 = 2,36%Maio de 1990 = 2,36%

O valor divulgado para o BTN em maio de 1990 foi de Cr$

43,9793, ou seja, um acréscimo de 5,38% em relação ao mês abril de 1990,

que foi de Cr$ 41,7340, enquanto a inflação medida para o IPC/IBGE no mês

abril de 1990 foi 7,87%.

Como o BTN teve uma variação de 5,38% e o IPC/IBGE uma

variação de 7,87%, ficou um resíduo (expurgo) de 2,36% para totalizar os

7,87% do IPC/IBGE.

Assim, podemos verificar que não é possível aplicar o índice

integral de 7,87%, por que dele já foram repassados 5,38%, mas apenas o

expurgo de 2,36%.

4.6 4.6 4.6 4.6 ---- Fevereiro de 1991 = 1,38% (IPC/INPC)Fevereiro de 1991 = 1,38% (IPC/INPC)Fevereiro de 1991 = 1,38% (IPC/INPC)Fevereiro de 1991 = 1,38% (IPC/INPC)

Em fevereiro de 1991 o indexador utilizado após o BTN foi o

INPC. O expurgo existente foi de 1,38%, que é a variação de 21,87% do IPC

com os 20,20% do INPC.

4.7 4.7 4.7 4.7 ---- Fevereiro de 1991 = 13,89% (IPC/TR)Fevereiro de 1991 = 13,89% (IPC/TR)Fevereiro de 1991 = 13,89% (IPC/TR)Fevereiro de 1991 = 13,89% (IPC/TR)

Este expurgo merece um tratamento especial porque se em

algumas sentenças for determinada a aplicação da TR como substituto do

BTN, deve ser considerada a variação entre o IPC (21,87%) e a TR (7%).

Neste caso, o expurgo foi de 13,89% (1,2187 / 1,07 = 1,1389).

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

122

5 5 5 5 ---- EXPURGOS SUMULADOSEXPURGOS SUMULADOSEXPURGOS SUMULADOSEXPURGOS SUMULADOS

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região sumulou a aplicação

dos expurgos de 42,72%, 30,46%, 44,80%, 2,36% e 1,38%, na forma abaixo

transcrita:

SÚMULA nº 32 do TRF 4ª Região - No cálculo de liquidação de débito judicial, inclui-se o índice de 42,72% relativo à correção monetária de janeiro de 1989.

SÚMULA nº 37 do TRF 4ª Região - Na liquidação de débito resultante de decisão judicial, incluem-se os índices relativos ao IPC de março, abril e maio de 1990 e fevereiro de 1991.

O Sistema de cálculo AOR foi inicialmente elaborado para

atender às decisões abrangidas pelo TRF4, com a inclusão desses expurgos,

com posterior abrangência nacional, perdurando no sistema.

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região adotou, além desses, o

expurgo de 6,31 ou índice integral de 10,14% em 02/89, a saber:

Sumula nº 41 do TFR 1ª Região: Os índices integrais de correção monetária, incluídos os expurgos inflacionários, a serem aplicados na execução de sentença condenatória de pagamento de benefícios previdenciários, vencimentos, salários, proventos, soldos e pensões, ainda que nela não haja previsão expressa, são de 42,72% em janeiro de 1989, 10,14% em fevereiro de 1989, 84,32% em março de 1990, 44,80% em abril de 1990, 7,87% em maio de 1990 e 21,87% em fevereiro de 1991. O Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento sobre a

incidência dos expurgos inflacionários nos seguintes períodos:

- jan/89 = 42,72% - fev/89 = 10,14%; - mar/90 a fev/91 = IPC/IBGE em todo o período.

Esses percentuais constam do Manual de Orientação de

Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal, expedido pelo Conselho

da Justiça Federal (www.cjf.jus.br), no Capitulo 4 – “Liquidação de sentença”

– subitem 4.1.2.1, página 32.

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

123

Os expurgos aqui tratados se encontram descritos junto ao

ANEXO – 2 (Tabela de Expurgos Inflacionários) deste Manual.

6 6 6 6 ---- TABELAS DE CORREÇÃO MONETÁRIA TABELAS DE CORREÇÃO MONETÁRIA TABELAS DE CORREÇÃO MONETÁRIA TABELAS DE CORREÇÃO MONETÁRIA ---- REGRA GERALREGRA GERALREGRA GERALREGRA GERAL

Com o fim de promover a uniformização de procedimentos, bem

como proporcionar orientação segura e prática na realização do cálculo, a

“tabela padrãotabela padrãotabela padrãotabela padrão” de correção monetária a ser observada, como regra geral,

salvo determinação em contrário ou decisão judicial transitada em julgado,

obedecerá às mesmas regras já adotadas nos Aplicativos de Cálculos oficiais

(Pcalc – versão em Access e o AOR) em uso no âmbito da PGF/PFE-INSS.

O emprego dos expurgos sumulados que são permitidos nas

opções constantes dos Aplicativos de Cálculos citados ficará condicionado à

determinação oficial para tal finalidade.

Nesse aspecto, advertimos que é proibida a elaboração de

cálculo com o uso do critério de correção monetária de número 15 (quinze)

disponibilizado no aplicativo Pcalc versão em Access, denominado de

“TABELA DA JUSTIÇA FEDERAL”, conjuntamente com a opção de inclusão

dos expurgos inflacionários sumulados, eis que referida tabela já é

composta com a integralização de todos os expurgos citados neste Capítulo.

6666.1 .1 .1 .1 ---- Ações PrevidenciáriasAções PrevidenciáriasAções PrevidenciáriasAções Previdenciárias

Os indexadores econômicos a serem observados são os mesmos

já utilizados na tabela de correção monetária do aplicativo Pcalc versão em

Access – critério 6 (seis), mais opção da Lei nº 11.960/09 e na tabela de

correção monetária do aplicativo AOR – critério 4 (quatro), mais opção da

Lei nº 11.960/09), a saber:

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

124

PERÍODOPERÍODOPERÍODOPERÍODO INDEXADORINDEXADORINDEXADORINDEXADOR OBSOBSOBSOBS

De jul/64 a fev/86

ORTN Lei nº 4.357, de 16/07/64 e Lei nº 6.423, de 17/06/77.

De mar/86 a jan/89

OTN

Decreto-Lei nº 2.284, de 10/03/86, art. 6º. - Os débitos anteriores a janeiro de 1989 deverão ser multiplicados, neste mês, por 6,17, conforme exposto no item 1.2.3 deste Capítulo.

De fev/89 a fev/91

BTN MP nº 32, de 15/01/89; Lei nº 7.730, de 31/01/89 e Lei nº 7.777, de 19/06/89.

De mar/91 a dez/92

INPC Leis nº 8.212 e 8.213, ambas de 24/07/91.

De jan/93 a fev/94

IRSM Lei nº 8.542, de 23/12/92, art. 9º, § 2º.

De mar/94 a jun/94

URV

MP nº 434/94, Lei nº 8.880, de 27/05/94, art. 20, § 5º. Conversão em URV nos seguintes percentuais: • 46,0150% em mar/94: referente à variação da URV de 28/02/94 e 01/04/94, conforme o art. 20, § 5º, da Lei nº 8.880/94; • 42,1964% em abr/94: referente à variação da URV de 01/04/94 e 01/05/94; • 44,1627% em maio/94: referente à variação da URV de 01/05/94 e 01/06/94; • 44,0846% em jun/94: referente à variação da URV de 01/06/94 e 01/07/94.

De jul/94 a jun/95

IPC-R Lei nº 8.880, de 27/05/94, art. 20, § 6º.

De jul/95 a abr/96

INPC MP nº 1.053, de 30/06/95, art. 8º, e suas reedições.

De mai/96 a dez/03

IGP-DI MP nº 1.398, de 11/04/96, e suas reedições, convertida na Lei nº 9.711, de 20/11/98.

De jan/04 a jun/09

INPC Lei nº 10.741, de 01/10/03 e Lei nº 10.887, de 18/06/04, art. 12.

A partir de jul/09

Taxa Referencial - TR Art. 1º F da Lei nº 9.494, de 10/09/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960, de 29/06/09.

6.6.6.6.2 2 2 2 ---- Honorários, Multas, Custas e Despesas JudiciaisHonorários, Multas, Custas e Despesas JudiciaisHonorários, Multas, Custas e Despesas JudiciaisHonorários, Multas, Custas e Despesas Judiciais

PeríodoPeríodoPeríodoPeríodo IndexadorIndexadorIndexadorIndexador OBSOBSOBSOBS

De jul/64 a fev/86

ORTN Lei nº 4.357, de 16/07/64 e Lei nº 6.423, de 17/06/77.

De mar/86 a fev/89

OTN Decreto-Lei nº 2.284, de 10/03/86, art. 6º.

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125

- Os débitos anteriores a janeiro de 1989 deverão ser multiplicados, neste mês, por 6,17, conforme exposto no item 1.2.3 deste Capítulo.

De mar/89 a fev/91

BTN MP nº 32, de 15/01/89; Lei nº 7.730, de 31/01/89 e Lei nº 7.777, de 19/06/89.

De mar/91 a nov/91

INPC

Em dez/91 IPCA série especial Lei nº 8.383/91, Art. 2º, § 2º. De jan/92 a dez/2000

UFIR Lei nº 8.383/91

De jan/2001 a jun/2009

IPCA-E

O percentual a ser utilizado em janeiro de 2001 deverá ser o IPCA-E acumulado no período de janeiro a dezembro de 2000. A partir de janeiro de 2001 até junho de 2009, deverá ser utilizado o IPCA-E mensal.

A partir de jul/2009

Taxa Referencial - TR Art. 1º F da Lei nº 9.494, de 10/09/1997, com a redação dada pela Lei nº 11.960, de 29/06/2009.

6666.3 .3 .3 .3 ---- Ação RegressivaAção RegressivaAção RegressivaAção Regressiva

Observar o contido nos seguintes dispositivos, salvo novas

orientações:

• Cartilha de Atuação nas Ações Regressivas Acidentárias; • Manual de Cobrança e Recuperação de Créditos; • Orientação Interna Conjunta nº 01/PFEINSS/CGCOB, de 09

de fevereiro de 2009; • Memorando Circular nº 12/2009/CGCOB/PGF/AGU, de 8 de

abril de 2009 e, • Portaria nº 6/AGU, de 06 de janeiro de 2011.

Deve-se utilizar a SELIC para atualização monetária dos valores

decorrentes dessas ações.

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126

CAPÍTULO VCAPÍTULO VCAPÍTULO VCAPÍTULO V

JUROSJUROSJUROSJUROS

1 1 1 1 ---- CONCEITOCONCEITOCONCEITOCONCEITO

A origem da palavra juros vem do latim jure, ablativo de jus

juris, cujo significado é direito.

Juros é o fruto da remuneração do capital. Duas formas são

atribuídas à remuneração do capital, uma representando o lucro e a outra o

juro. A primeira é extraída no meio produtivo e a segunda, a partir do ganho

financeiro.

Os juros são considerados bens acessórios, pois é o rendimento

do capital em razão da privação pelo proprietário, voluntária ou

involuntariamente, remunerando-lhe a demora na devolução ou o risco de

não recebê-lo de volta.

Os juros são classificados em convencionais, quando definidos

pelas partes, ou legais, quando decorrem da Lei. Outra classificação divide

em compensatórioscompensatórioscompensatórioscompensatórios, que representa a remuneração do capital que o credor

pode exigir do devedor, e moratóriosmoratóriosmoratóriosmoratórios, que se constituem pela indenização

de perdas e danos e pelo atraso no cumprimento da obrigação.

Tanto os juros compensatórios quanto os moratórios podem ser

convencionais ou legais.

1.1 1.1 1.1 1.1 ---- IncidênciaIncidênciaIncidênciaIncidência

O Código de Processo Civil dispõe em seu art. 219 que os juros

de mora incidem a contar da citação válida:

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127

Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

Os juros de mora incidem mesmo em caso de ausência de

determinação expressa na decisão judicial, conforme Súmula nº 254 do STF

:

SÚMULA nº 254 do STF - Incluem-se os juros moratórios na liquidação,

embora omisso o pedido inicial ou a condenação.

2 2 2 2 ---- JUROS SIMPLES E COMPOSTOSJUROS SIMPLES E COMPOSTOSJUROS SIMPLES E COMPOSTOSJUROS SIMPLES E COMPOSTOS

2.1 2.1 2.1 2.1 ---- Juros SimplesJuros SimplesJuros SimplesJuros Simples

É a aplicação em certo período de tempo a uma taxa qualquer

não cumulativa (exemplo: 1% ao mês, ao final de 12 meses, a taxa será de

12%). A taxa de juros simples é demonstrada na seguinte fórmula:

J = Vi (i.n/100) J = R$ 1000,00 (1.12/100) = 12/100 = 0,12 = R$ 1000,00 x 0,12 = R$ 120,00 Onde: J = juros Vi = valor inicial (capital); i = taxa; n = tempo.

2.2 2.2 2.2 2.2 ---- Juros Compostos ou CapitalizadosJuros Compostos ou CapitalizadosJuros Compostos ou CapitalizadosJuros Compostos ou Capitalizados

No regime de juros compostos os juros de cada período são

somados ao capital para o cálculo de novos juros.

No período da capitalização os juros aplicados sobre

determinado valor passam a compor novo montante para incidência de

novos juros (exemplo: juros de 1% ao mês, ao final de um ano, essa taxa

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

128

será de 12, 6825%).

A taxa de juros compostos pode ser verificada na seguinte A taxa de juros compostos pode ser verificada na seguinte A taxa de juros compostos pode ser verificada na seguinte A taxa de juros compostos pode ser verificada na seguinte

fórmula:fórmula:fórmula:fórmula:

J = Vi [1+( i/100 )] nnnn-1 J = [R$ 1000 (1,01)] nnnn –1 = 1,0112121212 = 1,126825 – 1 = R$ 1000,00 x 0,126825 = R$ 126,83

3 3 3 3 ---- JUROS CAPITALIZADOS JUROS CAPITALIZADOS JUROS CAPITALIZADOS JUROS CAPITALIZADOS ---- VEDAÇÃOVEDAÇÃOVEDAÇÃOVEDAÇÃO

Via de regra, é vedada a aplicação de juros capitalizados,

conforme Sumula nº 121 do STF:

SÚMULA nº 121 do STF - É vedada a capitalização de juros, ainda que expressamente convencionada.

A prática de inclusão de juros capitalizados (juros sobre juros) é

conhecida como ANATOCISMO, sendo considerada abusiva pelos Tribunais.

Nesse sentido o Manual de Procedimentos de Cálculos do

Conselho da Justiça Federal, em seu subitem 4.3.2 (JUROS DE MORA) define

que os juros a partir de 07/2009 devem incidir de forma simples, in verbis:

PeríodoPeríodoPeríodoPeríodo Taxa mensal Taxa mensal Taxa mensal Taxa mensal ---- capitalizaçãocapitalizaçãocapitalizaçãocapitalização OBS OBS OBS OBS Até jun/2009 1,0% - simples

A partir de jul/2009 O mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, que atualmente correspondem a 0,5%, aplicados de forma simples.

Art. 1º F da Lei n. 9.494, de 10.09.97, com a redação dada pela Lei n. 11.960, de 29.06.09.

4 4 4 4 ---- SELICSELICSELICSELIC

O Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) foi criado

na década de 70, para organizar a troca física de papéis da dívida pública.

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129

A taxa apurada no SELIC é obtida mediante o cálculo da taxa

média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia,

lastreada em títulos públicos federais e cursada no referido sistema ou em

câmaras de compensação e liquidação de ativos, na forma de operações

compromissadas.

O SELIC origina-se de taxas de juros efetivamente observadas no

mercado de capitais. As taxas de juros relativas às operações em questão

refletem, basicamente, as condições instantâneas de liquidez no mercado

monetário (oferta versus demanda de recursos). Como regra, todas as taxas

de juros são nominais. Já a taxa do SELIC pode ser decomposta "ex post",

em duas parcelas: taxa de juros reais e taxa de inflação no período

considerado.

Assim, a taxa SELIC acumulada para determinados períodos de

tempo, correlaciona-se positivamente com a taxa de inflação apurada "ex

post", não sendo permitida a acumulação de juros com correção monetária.

A Legislação do Imposto de Renda instituiu critério de

atualização/juros, a partir de 1996, específico para os tributos federais,

conforme prescrito na Lei nº 9.250, de 27 de dezembro de 1995:

Art. 16. O valor da restituição do imposto de renda da pessoa física, apurado em declaração de rendimentos, será acrescido de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir da data prevista para a entrega da declaração de rendimentos até o mês anterior ao da liberação da restituição e de 1% no mês em que o recurso for colocado no banco à disposição do contribuinte. (Vide Lei nº 11.311, de 2006) Art. 39 [...] § 4º - A partir de 1º de janeiro de 1996, a compensação ou restituição será acrescida de juros equivalentes á taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente, calculada a partir da data do pagamento indevido ou a maior até o mês anterior ao da compensação ou restituição e de 1% relativamente ao mês em que estiver sendo efetuada. (Vide Lei nº 9.532, de 1997)

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130

A taxa do SELIC também foi inserida na Lei nº 8.212/1991, Lei de

Custeio da Previdência Social, ao tratar das contribuições sociais, conforme

segue:

Art. 34. As contribuições sociais e outras importâncias arrecadadas pelo INSS, incluídas ou não em notificação fiscal de lançamento, pagas com atraso, objeto ou não de parcelamento, ficam sujeitas aos juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC, a que se refere o art. 13 da Lei nº 9.065, de 20 de junho de 1995, incidentes sobre o valor atualizado, e multa de mora, todos de caráter irrelevável. (Artigo restabelecido com nova redação e parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, de 10/12/97)

Constata-se que em alguns casos foram proferidas sentenças

judiciais em ações revisionais de benefícios vinculando como critério de

correção monetária e/ou juros a aplicação do SELIC, mas o STJ acabou por

afastar esse critério de correção.

Salienta-se que não deverá ser aplicado o SELIC como taxa de

juros nas ações judiciais que tenham como objeto os benefícios de

prestação continuada, concedidos e mantidos pela Previdência Social, ante

a sua natureza alimentar.

Neste sentido é o Enunciado nº 20, do Conselho de Justiça

Federal (CJF), quando da interpretação ao Novo Código Civil:

ENUNCIADO nº 20 do CJF - Art. 406: a taxa de juros moratórios a que se refere o art. 406 é a do art. 161, § 1º, do Código Tributário Nacional, ou seja, 1% (um por cento) ao mês. A utilização da taxa SELIC como índice de apuração dos juros legais não é juridicamente segura, porque impede o prévio conhecimento dos juros; não é operacional, porque seu uso será inviável sempre que se calcularem somente juros ou somente correção monetária; é incompatível com a regra do art. 591 do novo Código Civil, que permite apenas a capitalização anual dos juros, e pode ser incompatível com o art. 192, § 3º, da Constituição Federal, se resultarem juros reais superiores a 12% (doze por cento) ao ano”.

5 5 5 5 ---- JUROS JUROS JUROS JUROS ---- LEI 11.960/09LEI 11.960/09LEI 11.960/09LEI 11.960/09

A Lei nº 11.960, de 29 de junho de 2009, publicada no dia 30 de

junho de 2009, estabelece novo critério de atualização de valores, em uma

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131

única vez, pelos índices da remuneração básica e juros aplicados à

caderneta de poupança:

Art. 5º O art. 1º-F da Lei nº 9.494, de 10 de setembro de 1997, introduzido pelo art. 4o da Medida Provisória nº 2.180-35, de 24 de agosto de 2001, passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 1º-F. Nas condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua natureza e para fins de atualização monetária, remuneração do capital e compensação da mora, haverá haverá haverá haverá a incidência uma única veza incidência uma única veza incidência uma única veza incidência uma única vez, até o efetivo pagamento, dos índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança. (NR). (grifogrifogrifogrifo).

A expressão: “haverá a incidência uma única vez”, contida no

art. 1º- F, da citada norma legal, define a adoção de juros simples, eis que o

rendimento da caderneta de poupança é calculado com base em juros

simples, com contratos de vencimento mensal.

6 6 6 6 ---- JUROS JUROS JUROS JUROS ---- Lei 12.703/12 Lei 12.703/12 Lei 12.703/12 Lei 12.703/12

Com a publicação da Lei nº 12.703, de 07 de agosto de 2012 o

cálculo da remuneração adicional (juros) da Poupança foi alterado conforme

arts. 1º e 2º, abaixo transcritos:

Art. 1º O art. 12 da Lei no 8.177, de 1o de março de 1991, passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 12 [...] II - como remuneração adicional, por juros de: a) 0,5% (cinco décimos por cento) ao mês, enquanto a meta da taxa Selic ao ano, definida pelo Banco Central do Brasil, for superior a 8,5% (oito inteiros e cinco décimos por cento); ou b) 70% (setenta por cento) da meta da taxa Selic ao ano, definida pelo Banco Central do Brasil, mensalizada, vigente na data de início do período de rendimento, nos demais casos. [...] § 5º O Banco Central do Brasil divulgará as taxas resultantes da aplicação do contido nas alíneas a e b do inciso II do caput deste artigo. Art. 2º O saldo dos depósitos de poupança efetuados até a data de entrada em vigor da Medida Provisória nº 567, de 3 de maio de 2012, será remunerado, em cada período de rendimento, pela Taxa Referencial - TR, relativa à data de seu aniversário, acrescida de juros de 0,5% (cinco décimos por cento) ao mês, observado o disposto nos §§ 1º, 2º, 3º e 4º do art. 12 da Lei nº 8.177, de 1o de março de 1991. § 1º O saldo remanescente dos depósitos de que trata o caput somente será acrescido da remuneração que lhe for aplicável.

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§ 2º Para os efeitos do caput, consideram-se efetuados os depósitos de poupança quando efetivamente creditados em conta, conforme as normas legais e regulamentares de regência do Sistema de Pagamentos Brasileiro.

7777 ---- JUROS NEGATIVOSJUROS NEGATIVOSJUROS NEGATIVOSJUROS NEGATIVOS

Geralmente os sistemas e planilhas de cálculos são

elaborados com base em atualizações mensais até determinada data,

opondo-se aos sistemas bancários de amortização. Isto exige o encontro de

contas entre parcelas devidas e pagas em determinado tempo, devendo ser

acompanhadas das respectivas taxas de juros tanto nos valores devidos

quanto nos valores pagos, para o fiel equilíbrio atuarial.

Inúmeras decisões judiciais, notadamente do

Tribunal Regional Federal da 4ª Região, esclarecem que não há prejuízo na

aplicação de juros negativos, vez que se chega ao mesmo resultado. A título

de exemplo, transcreve-se decisão proferida no Processo

2006.71.00.022286-6:

EMENTA - EMBARGOS Á EXECUÇÃO. JUROS NEGATIVOS. INCIDÊNCIA. Correto a metodologia de cálculo na qual se aplicam juros de mora e correção monetária sobre as parcelas pagas administrativamente pela Autarquia, a fim de que, no termo final do período do cálculo, o valor pago seja abatido do devido. Inexistência de prejuízo ao credor, vez que se chega ao mesmo resultado abatendo mês a mês os valores pagos na via administrativa, pelo valor nominal.

8888 ---- TABELA DE JUROS TABELA DE JUROS TABELA DE JUROS TABELA DE JUROS ---- REGRA GERAL REGRA GERAL REGRA GERAL REGRA GERAL

Com o fim de promover a uniformização de procedimento, bem

como, proporcionar orientação segura e prática na realização do cálculo, a

““““ttttabela padrãoabela padrãoabela padrãoabela padrão”””” de juros a ser observada, como regra geral, salvo

determinação em contrário ou decisão judicial transitada em julgado,

obedecerá aos seguintes percentuais:

PeríodoPeríodoPeríodoPeríodo Taxa mensalTaxa mensalTaxa mensalTaxa mensal OBSOBSOBSOBS

Até dez/2002 0,5% - simples Lei nº 3.071, de 01/01/1916 (Antigo Código Civil)

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De jan/2003 a jun/2009 1,0% - simples

Lei nº 10.406, de 10/01/2002 em vigor a partir de 11/01/2003

De jul/2009 a mai/2012

0,5% - simples

Art. 1º - F da Lei nº 9.494, de 10/09/1997, com a redação dada pela Lei nº 11.960, de 29/06/2009.

A partir de Jun/2012

a) cinco décimos por cento ao mês, enquanto a meta da taxa Selic ao ano, definida pelo Banco Central do Brasil, for superior a oito inteiros e cinco décimos por cento; ou b) setenta por cento da meta da taxa Selic ao ano, definida pelo Banco Central do Brasil, mensalizada, vigente na data de início do período de rendimento, nos demais casos.

Medida provisória nº 567, de 03/05/2012, convertida na Lei nº 12.703, de 07/08/12, que alterou o art. 12 da Lei no 8.177, de 01/02/91.

Notas:Notas:Notas:Notas: 1. Os juros moratórios são contados a partir da citação, salvo

determinação em contrário ou decisão judicial transitada em julgado, excluindo-se o mês de início e incluindo-se o mês da conta.

2. Nas execuções não embargadas ou naquelas em que forem opostos,

pela Fazenda Pública, embargos à execução que restarem julgados procedentes, não incidirão juros de mora no período compreendido entre a data da elaboração da conta e a data da efetiva definição do valor devido, eis que a Fazenda Pública não deu causa a mora.

3. Nas execuções cujos embargos à execução forem julgados improcedentes, serão devidos juros de mora no período compreendido entre a data da elaboração da conta e a data da efetiva definição do valor devido, uma vez que em tais circunstâncias o Poder Público deu causa ao prolongamento do feito.

4. Quando as execuções forem embargadas parcialmente, não haverá incidência de juros moratórios sobre a parcela incontroversa entre a data da elaboração da conta e a data do efetivo pagamento do Precatório/RPV, no prazo constitucional, visto que é permitida a expedição de requisição para pagamento da parcela incontroversa, nos termos da Súmula AGU nº 31, de 09/06/2008.

5. Não são devidos juros moratórios no período compreendido entre a data da elaboração da conta de liquidação (homologada) e a expedição da requisição de pagamento (Precatório/RPV) pelo Poder Judiciário.

6. Não são devidos juros moratórios no período compreendido entre a

data de expedição e a data do efetivo pagamento de Precatório/RPV, no prazo constitucionalmente estabelecido.

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134

7. Incidem juros sobre valores inscritos em Precatório/RPV somente

quando o pagamento ocorrer após o prazo final do exercício seguinte à expedição no que se refere a precatórios e após o prazo previsto na Lei nº 10.259/2001 para as RPV’s. A incidência de juros de mora será a partir da competência seguinte ao vencimento do prazo constitucional para pagamento das referidas espécies.

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135

CAPÍTULO VICAPÍTULO VICAPÍTULO VICAPÍTULO VI

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOSHONORÁRIOS ADVOCATÍCIOSHONORÁRIOS ADVOCATÍCIOSHONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

1 1 1 1 ---- CONCEITOCONCEITOCONCEITOCONCEITO

A verba honorária é a parte acessória da condenação imposta ao

vencido, sempre em pecúnia, devida ao patrono do vencedor da causa,

conforme dispõe o caput do Artigo 20 do CPC:

Artigo 20. A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os honorários advocatícios. Esta verba honorária será devida, também, nos casos em que o advogado funcionar em causa própria.

Não há condenação do vencido em honorários advocatícios, em regra, nas seguintes hipóteses:

a) nas ações que tramitam nos Juizados Especiais decididas em 1º Grau;

b) nas execuções não-embargadas, iniciadas após a vigência da Medida Provisória n. 2.180-35/2001, ressalvadas as execuções de pequeno valor (REsp 849802 / RS) e,

c) se houver sucumbência recíproca.

2 2 2 2 ---- HONORÁRIOS NA AÇÃO DE CONHECIMENTOHONORÁRIOS NA AÇÃO DE CONHECIMENTOHONORÁRIOS NA AÇÃO DE CONHECIMENTOHONORÁRIOS NA AÇÃO DE CONHECIMENTO

Nas condenações impostas nas ações de processo de

conhecimento, quatro são as formas de condenação em honorários

advocatícios as quais o INSS está sujeito, sendo:

a) sobre o valor da causa;

b) valor nominal fixado na sentença;

c) sobre as parcelas vencidas até da data da sentença, e

d) sobre o total da condenação.

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136

A condenação em honorários com base no valor da causa ou

valor nominal fixado em sentença, comumente é aplicada quando:

a) o vencedor da ação é o réu, e

b) a causa não tem conteúdo econômico imediato (Ex.: Ação de Averbação de Tempo de Serviço/Contribuição).

A condenação em honorários incidentes sobre as parcelas

vencidas até da data da sentença tem por fundamento a Súmula nº 111 do

STJ, que assim dispõe:

SÚMULA nº 111 do STJ - Os honorários advocatícios, nas ações previdenciárias, não incidem sobre as prestações vencidas após a sentença.

A condenação em honorários incidentes sobre o total da condenação (apurado sobre o valor da execução), encontra-se embasada no § 3º do Artigo 20 do CPC, in verbis:

Art. 20 [...] § 3º. Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez por cento (10%) e o máximo de vinte por cento (20%) sobre o valor da condenação, atendidos:

3 3 3 3 ---- HONORÁRIOS NA AÇÃO DE EXECUÇÃOHONORÁRIOS NA AÇÃO DE EXECUÇÃOHONORÁRIOS NA AÇÃO DE EXECUÇÃOHONORÁRIOS NA AÇÃO DE EXECUÇÃO

Dispõe o artigo 1º - D, da Lei nº 9.494/97, introduzido pela MP nº

2.180/01, que:

Art. 1º-D. Não serão devidos honorários advocatícios pela Fazenda Pública nas execuções não embargadas.

Entretanto, conforme reiteradas decisões do STJ, é cabível a

imposição de honorários nas execuções de valor inferior a sessenta salários

mínimos (REsp 849.802 – RS).

4 4 4 4 ---- HONORÁRIOS NOS EMBARGOS À EXECUÇÃOHONORÁRIOS NOS EMBARGOS À EXECUÇÃOHONORÁRIOS NOS EMBARGOS À EXECUÇÃOHONORÁRIOS NOS EMBARGOS À EXECUÇÃO

Embargos à Execução são ações autônomas, cujo julgamento

sujeita o vencido à condenação em honorários advocatícios, caso em que,

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137

os honorários geralmente têm como base de cálculo o valor da causa, sendo

este correspondente a diferença entre o valor atribuído à execução pelo

exeqüente e aquele reconhecido como devido pelo embargante.

5 5 5 5 ---- ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA ---- REGRA GERALREGRA GERALREGRA GERALREGRA GERAL

Para proceder a correção monetária de honorários advocatícios

deverá ser observada a regra geral expressa no item 6.2, do Capítulo IV

deste Manual.

6 6 6 6 ---- JUROSJUROSJUROSJUROS MORATÓRIOSMORATÓRIOSMORATÓRIOSMORATÓRIOS ---- REGRA GERALREGRA GERALREGRA GERALREGRA GERAL

Para proceder a aplicação de juros deverá ser observada a regra

geral expressa no item 8, do Capítulo V deste Manual.

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138

CAPÍTULO VIICAPÍTULO VIICAPÍTULO VIICAPÍTULO VII

HONORÁRIOS PERICIAISHONORÁRIOS PERICIAISHONORÁRIOS PERICIAISHONORÁRIOS PERICIAIS

1 1 1 1 ---- HONORÁRIOS PERICIAIS NAS AÇÕES ACIDENTÁRIASHONORÁRIOS PERICIAIS NAS AÇÕES ACIDENTÁRIASHONORÁRIOS PERICIAIS NAS AÇÕES ACIDENTÁRIASHONORÁRIOS PERICIAIS NAS AÇÕES ACIDENTÁRIAS

De acordo com a norma inserta no art. 8º, §2º, da Lei nº

8.620/93, os honorários periciais nas ações acidentárias típicas deverão ser

adiantados pelo INSS. Tal pagamento deve ser feito através da emissão de

autorização de pagamento (AP), cuja competência para assinar o “PAGUE-

SE” é do Procurador-Chefe da PFE/INSS, na forma do art. 8º do Regimento

Interno do INSS (PT/MPS- 296, de 09.11.2009).

2 2 2 2 ---- HONORÁRIOS PERICIAIS NAS AÇÕES DOS JUIZADOS ESPECIAISHONORÁRIOS PERICIAIS NAS AÇÕES DOS JUIZADOS ESPECIAISHONORÁRIOS PERICIAIS NAS AÇÕES DOS JUIZADOS ESPECIAISHONORÁRIOS PERICIAIS NAS AÇÕES DOS JUIZADOS ESPECIAIS

Nos Juizados Especiais Federais, nos termos do § 1º, do art. 12,

da Lei nº 10.259/01, os honorários do perito judicial serão antecipados à

conta de verba orçamentária do respectivo Tribunal e, quando vencida na

causa a entidade pública, seu valor será incluído na ordem de pagamento a

ser feita em favor do Tribunal.

3 3 3 3 ---- HONORÁRIOS PERICIAIS NAS AÇÕES ORDINÁRIASHONORÁRIOS PERICIAIS NAS AÇÕES ORDINÁRIASHONORÁRIOS PERICIAIS NAS AÇÕES ORDINÁRIASHONORÁRIOS PERICIAIS NAS AÇÕES ORDINÁRIAS

Nas ações sob o rito comum, deve-se observar a regra contida

no artigo 27, do CPC, que estabelece que o pagamento das despesas dos

atos processuais efetuados a requerimento do ministério público ou da

fazenda pública serão pagas ao final pelo vencido. Este benefício é aplicável

ao INSS, por força do art. 8º, da Lei nº 8.620/93.

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4 4 4 4 ---- ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA ---- REGRA GERALREGRA GERALREGRA GERALREGRA GERAL

Os honorários periciais deverão ser corrigidos monetariamente a

partir da apresentação dos laudos até a data do pagamento, conforme regra

geral expressa no item 6.2, do Capítulo IV deste Manual. Sobre o valor

corrigido dos honorários periciais, não incidem juros de mora.

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CAPÍTULO VIIICAPÍTULO VIIICAPÍTULO VIIICAPÍTULO VIII

MULMULMULMULTASTASTASTAS

1 1 1 1 ---- VALOR DIÁRIOVALOR DIÁRIOVALOR DIÁRIOVALOR DIÁRIO

Quando o INSS não cumpre a obrigação de fazer imposta na

decisão judicial, ou seja, deixa de conceder, reativar ou revisar o benefício

dentro do prazo estipulado pelo Juízo, poderá ser condenado a pagar multa

por dia de atraso, observada a disposição da Súmula nº. 410 do STJ. Esta

multa é apurada entre a data limite para cumprimento da obrigação de

fazer determinada pelo Julgador até o seu efetivo cumprimento, em

conformidade com o §4º, artigo 461, CPC, in verbis:

“Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. § 4o O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito.”

Súmula 410, do STJ: Súmula 410, do STJ: Súmula 410, do STJ: Súmula 410, do STJ: “A prévia intimação pessoal do devedor constitui

condição necessária para a cobrança de multa pelo descumprimento de

obrigação de fazer ou não fazer”.

2 2 2 2 ---- PERCENTUAL SOBRE O VALOR DA CAUSAPERCENTUAL SOBRE O VALOR DA CAUSAPERCENTUAL SOBRE O VALOR DA CAUSAPERCENTUAL SOBRE O VALOR DA CAUSA

A condenação no pagamento de multa tendo como referência o

valor da causa está previsto no CPC, nos seguintes termos:

Art. 16. Responde por perdas e danos aquele que pleitear de má-fé como autor, réu ou interveniente. Art. 17. Reputa-se litigante de má-fé aquele que:

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I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; II - alterar a verdade dos fatos; III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; Vl - provocar incidentes manifestamente infundados. VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. Art. 18. O juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, condenará o litigante de má-fé a pagar multa não excedente a um por cento sobre o valor da causa e a indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou. § 1º Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção do seu respectivo interesse na causa, ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária. Art. 538. Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de outros recursos, por qualquer das partes. Parágrafo único. Quando manifestamente protelatórios os embargos, o juiz ou o tribunal, declarando que o são, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente de 1% (um por cento) sobre o valor da causa. Na reiteração de embargos protelatórios, a multa é elevada a até 10% (dez por cento), ficando condicionada a interposição de qualquer outro recurso ao depósito do valor respectivo.

3 3 3 3 ---- PERCENTUAL SOBRE O VALOR DA CONDENAÇÃOPERCENTUAL SOBRE O VALOR DA CONDENAÇÃOPERCENTUAL SOBRE O VALOR DA CONDENAÇÃOPERCENTUAL SOBRE O VALOR DA CONDENAÇÃO

A condenação no pagamento de multa, tendo como base de

cálculo para sua apuração o valor da condenação, está prevista no CPC,

nestes termos:

Art. 600. Considera-se atentatório à dignidade da justiça o ato do devedor que: I - frauda a execução; II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos; III - resiste injustificadamente às ordens judiciais; IV - não indica ao juiz onde se encontram os bens sujeitos à execução. Art. 601. Nos casos previstos no artigo anterior, o devedor incidirá em multa fixada pelo juiz, em montante não superior a 20% (vinte por cento) do valor atualizado do débito em execução, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material, multa essa que reverterá em proveito do credor, exigível na própria execução. Parágrafo único. O juiz relevará a pena, se o devedor se comprometer a não mais praticar qualquer dos atos definidos no artigo antecedente e der fiador idôneo, que responda ao credor pela dívida principal, juros, despesas e honorários advocatícios.”

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4 4 4 4 ---- ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA ---- REGRA GERALREGRA GERALREGRA GERALREGRA GERAL

Para proceder a correção monetária de multas deverá ser

observada a regra geral expressa no item 6.2 do Capítulo IV deste Manual.

Com relação a multa diária somente haverá a incidência de correção

monetária após a sua totalização até o efetivo pagamento, desde que haja

determinação ou decisão judicial nesse sentido. Sobre o valor corrigido de

multas, não incidem juros de mora.

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143

CAPÍTULO IXCAPÍTULO IXCAPÍTULO IXCAPÍTULO IX

CUSTASCUSTASCUSTASCUSTAS E DESPESAS JUDICIAISE DESPESAS JUDICIAISE DESPESAS JUDICIAISE DESPESAS JUDICIAIS

1 1 1 1 ---- INCIDÊNCIAINCIDÊNCIAINCIDÊNCIAINCIDÊNCIA

Se o vencedor da ação movida contra o INSS teve de

desembolsar custas em razão de ato processual (ajuizamento da ação,

preparo de recursos, etc.), ou despesas judiciais (diárias de oficial de justiça,

tradutor público, honorários de perito, deslocamento de testemunhas, etc.),

a Autarquia também poderá ser condenada a restituir-lhe tais valores. Nesse

sentido dispõe o CPC:

Art. 19. Salvo as disposições concernentes à justiça gratuita, cabe às partes prover as despesas dos atos que realizam ou requerem no processo, antecipando-lhes o pagamento desde o início até sentença final; e bem ainda, na execução, até a plena satisfação do direito declarado pela sentença. Art. 20. A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os honorários advocatícios. Esta verba honorária será devida, também, nos casos em que o advogado funcionar em causa própria.

Na Justiça Federal o INSS é isento do pagamento de custas

judiciais (art. 8º, §1º, da Lei nº 8.620/93 e art. 24-A, da Lei nº 9.028/95),

sendo que na Justiça Estadual o INSS, em regra, não goza de isenção

(súmula nº 178, do STJ), em face da competência do Estado para fixá-las.

Assim, deve ser verificada se a legislação estadual concede o

benefício de isenção de custas às Autarquias Federais.

2 2 2 2 ---- ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA ---- REGRA GERALREGRA GERALREGRA GERALREGRA GERAL

Para o reembolso das custas e despesas judiciais, a atualização

monetária será a partir da data em que as mesmas foram recolhidas até a

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

144

data do pagamento, conforme regra geral expressa no item 6.2 do Capítulo

IV deste Manual. Sobre o valor corrigido das custas e despesas judiciais não

incidem juros de mora.

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145

CAPÍTULO XCAPÍTULO XCAPÍTULO XCAPÍTULO X

RRRREQUISIÇÕES DE PAGAMENTOS (EQUISIÇÕES DE PAGAMENTOS (EQUISIÇÕES DE PAGAMENTOS (EQUISIÇÕES DE PAGAMENTOS (PRECATÓRIO/RPVPRECATÓRIO/RPVPRECATÓRIO/RPVPRECATÓRIO/RPV))))

1 1 1 1 ---- REQUISIÇÕESREQUISIÇÕESREQUISIÇÕESREQUISIÇÕES

1.1 1.1 1.1 1.1 ---- Débito de Natureza AlimentarDébito de Natureza AlimentarDébito de Natureza AlimentarDébito de Natureza Alimentar

Após a definição do valor da execução, o Juiz encaminha ofício

ao respectivo Tribunal, solicitando a expedição de Requisição de Pequeno

Valor (RPV), se até sessenta salários mínimos, ou a inscrição em precatório,

se acima de sessenta salários mínimos, sendo facultado ao exeqüente

renunciar ao valor excedente a sessenta salários mínimos para receber o

montante devido por RPV (Art. 17 da Lei nº 10.259/2001).

Os débitos sujeitos a liquidação por precatório são inscritos no

dia 1º de julho de cada ano e liquidados no exercício financeiro

subseqüente, e os débitos sujeitos a liquidação por RPV são requisitados a

qualquer tempo, devendo ser liquidados até sessenta dias contados da

requisição.

O valor apurado até o encerramento da conta de liquidação deve

observar os critérios de correção monetária e juros definidos na sentença.

Do encerramento da conta de liquidação até a requisição do precatório ou

da RPV e até o seu efetivo pagamento, incide somente correção monetária,

sem aplicação de juros de mora, na forma do artigo 100 da Constituição da

República e das Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDO’s) editadas

anualmente. Entretanto, se o precatório for pago após o prazo

Constitucional, ou se a RPV for paga fora do prazo legal, os valores inscritos

voltam a se sujeitar à incidência de juros de mora desde a expiração do

prazo.

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146

1.1.1 1.1.1 1.1.1 1.1.1 ---- Emenda Constitucional nº 62/09Emenda Constitucional nº 62/09Emenda Constitucional nº 62/09Emenda Constitucional nº 62/09

Aos Precatórios inscritos para pagamento até o exercício de

2010 e RPV’s expedidas até 31 de novembro de 2009, aplica-se a regra a

seguir:

a) o valor apurado até o encerramento da conta de liquidação deve observar os critérios de correção monetária e juros definidos na sentença. Do encerramento da conta de liquidação até a requisição do precatório ou da RPV e até o seu efetivo pagamento, incide somente correção monetária pela variação acumulada pelo IPCA-E, na forma das LDO’s editadas anualmente e,

b) se o precatório for pago após o prazo Constitucional (31 de dezembro do ano subseqüente ao da inscrição), ou se a RPV for paga fora do prazo legal (sessenta dias após sua inscrição), os valores inscritos voltam a se sujeitar à incidência de juros de mora desde a expiração do prazo.

Já aos Precatórios inscritos para pagamento a partir do

exercício de 2011 e RPV’s expedidas a partir de 1º de dezembro de

2009, aplica-se a seguinte regra:

a) em razão do disposto no § 12 do artigo 100 da CF,

introduzido pelo artigo 1º da Emenda Constitucional nº 62, de 14 de dezembro de 2009, os precatórios inscritos para pagamento no exercício de 2011 e as RPV’s expedidas a partir do mês de dezembro de 2009, sujeitam-se a correção monetária da data da conta de liquidação até sua inscrição em precatório ou RPV e até o efetivo pagamento pela variação mensal da TR – TAXA REFERENCIAL, e

b) se o precatório for pago após o prazo Constitucional (31 de dezembro do ano subseqüente ao da inscrição), ou se a RPV for paga fora do prazo legal (sessenta dias após sua inscrição), os valores inscritos voltam a se sujeitar à incidência de juros de mora desde a expiração do prazo.

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

147

1.2 1.2 1.2 1.2 ---- Débitos de Natureza Não AlimentarDébitos de Natureza Não AlimentarDébitos de Natureza Não AlimentarDébitos de Natureza Não Alimentar

Para os débitos de natureza não alimentar, ainda que o valor da

execução seja inferior a 60 salários mínimos, a liquidação dar-se-á sempre

por meio de precatório.

Estes pagamentos foram parcelados de acordo com o valor do

débito, em até 10 anos, conforme Artigo 78 do Ato das Disposições

Transitórias Constitucionais, introduzido pelo Artigo 2º, da EC nº 30, de 13

de setembro de 2000, que assim dispôs:

Art 2º É acrescido, no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, o art. 78, com a seguinte redação: Art. 78. Ressalvados os créditos definidos em lei como de pequeno valor, os de natureza alimentícia, os de que trata o art. 33 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e suas complementações e os que já tiverem os seus respectivos recursos liberados ou depositados em juízo, os precatórios pendentes na data de promulgação desta Emenda e os que decorram de ações iniciais ajuizadas até 31 de dezembro de 1999 serão liquidados pelo seu valor real, em moeda corrente, acrescido de juros legais, em prestações anuais, iguais e sucessivas, no prazo máximo de dez anos, permitida a cessão dos créditos. (AC) § 1º É permitida a decomposição de parcelas, a critério do credor. (AC) § 2º As prestações anuais a que se refere o caput deste artigo terão, se não liquidadas até o final do exercício a que se referem, poder liberatório do pagamento de tributos da entidade devedora" (AC) § 3º O prazo referido no caput deste artigo fica reduzido para dois anos, nos casos de precatórios judiciais originários de desapropriação de imóvel residencial do credor, desde que comprovadamente único à época da imissão na posse. (AC) § 4º O Presidente do Tribunal competente deverá, vencido o prazo ou em caso de omissão no orçamento, ou preterição ao direito de precedência, a requerimento do credor, requisitar ou determinar o seqüestro de recursos financeiros da entidade executada, suficientes à satisfação da prestação. (AC)

As Leis de Diretrizes Orçamentárias, editadas anualmente,

disciplinaram o pagamento dos precatórios passíveis de parcelamento.

Como exemplo, cita-se o Artigo 25, da Lei nº 11.178/06 (LDO de 2006):

Art. 25. A inclusão de dotações na Lei Orçamentária de 2006 destinadas ao pagamento de precatórios parcelados, tendo em vista o disposto no art. 78 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT, far-se-á de acordo com os seguintes critérios: I - serão objeto de parcelamento, créditos superiores a 60 (sessenta) salários mínimos, na forma dos incisos seguintes;

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148

II - as parcelas serão iguais, anuais, sucessivas e não poderão ser inferiores ao valor referido no inciso I deste artigo, excetuando-se o resíduo, se houver; III - os créditos individualizados por beneficiário serão parcelados em até 10 (dez) vezes, observada a situação prevista no inciso II deste artigo; IV - os créditos individualizados por beneficiário originários de desapropriação de imóvel residencial do credor, desde que comprovadamente único à época da imissão na posse, serão divididos em duas parcelas; V - será incluída a parcela a ser paga em 2006, decorrente do valor parcelado dos precatórios relativos aos exercícios de 2001 a 2006; e VI - os juros legais, à taxa de 6% a.a. (seis por cento ao ano), serão acrescidos aos precatórios objeto de parcelamento, a partir da segunda parcela, tendo como termo inicial o mês de janeiro do ano em que é devida a segunda parcela.

O pagamento parcelado dos precatórios não-alimentícios, que

estava previsto no artigo 2º da EC nº 30/2000, que introduziu o art. 78 do

ADCT, teve sua eficácia suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em

novembro de 2010, no julgamento conjunto de medidas cautelares em duas

Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI nº 2356/DF, proposta pela

Confederação Nacional da Indústria, e na ADI nº 2362, ajuizada pela Ordem

dos Advogados do Brasil), sendo determinado o pagamento integral das

parcelas remanescentes.

2 2 2 2 ---- PAGAMENTOPAGAMENTOPAGAMENTOPAGAMENTO

O pagamento dos precatórios deve observar, obrigatoriamente,

a ordem cronológica em que foram apresentados ao Tribunal, na forma do

art. 100, da CF/88.

O pagamento por RPV é feito quando o valor da execução não

ultrapassa o montante correspondente a 60 SM, a teor da Lei 10.259/01,

que instituiu o Juizado Especial Federal por força da EC – 30/2000. Antes

dessa lei foi editada a Lei nº 10.099/00, que instituiu o pagamento definido

como de pequeno valor para os débitos do INSS em matéria exclusivamente

previdenciária. A CF e a Lei nº 10.259/01 vedam o pagamento partilhado do

débito, de forma que parte seja feito por RPV e parte por precatório, como

ocorria até recentemente no âmbito do INSS (EC – 37/02 e Lei nº 10.259/01).

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149

Pode ocorrer de o Ente Público embargar a execução parcial do

julgado, ou seja, insurgir-se apenas contra parte da conta a pagar. Neste

caso, e de acordo com a Resolução do CJF – 168/2011, o pagamento é feito

parcialmente, ou seja, paga-se apenas a parcela incontroversa que, segundo

entendimento do STJ, teria transitado em julgado. O restante, caso os

embargos sejam rejeitados, será pago oportunamente da mesma forma que

o valor não embargado. De acordo com recente decisão do e. STF existe a

obrigatoriedade de citação do Ente Público, nos termos do artigo 730 do

CPC, quando houver pedido de pagamento de complementação de

precatório já quitado. Após a definição do valor da execução, o juiz

encaminha ofício ao respectivo Tribunal, para a inscrição do débito apurado

em Precatório ou RPV.

Nas ações previdenciárias, de competência da Justiça Federal,

inclusive as de competência delegada à Justiça Estadual, o efetivo

pagamento é considerado a partir da data em que o Tribunal Regional

Federal efetuou o crédito do valor em favor do beneficiário na instituição

financeira, salvo decisão judicial em contrário.

Recomenda-se que o valor da requisição de pagamento seja

atualizado antes de sua expedição, com o fim de evitar a necessidade de

expedição de requisição complementar.

3 3 3 3 ---- SALDO REMANESCENTESALDO REMANESCENTESALDO REMANESCENTESALDO REMANESCENTE

Havendo saldo remanescente a pagar de precatório ou RPV, o

pagamento deste saldo dar-se-á da mesma forma em que foi liquidado o

débito que lhe originou, ou seja, o pagamento de saldo remanescente de

precatório, dar-se-á através de precatório complementar e o pagamento de

saldo remanescente de RPV, através de RPV complementar, sendo que o

saldo remanescente da RPV fica limitado a diferença entre o valor liquidado

na RPV principal e o limite de 60 salários mínimos, apurados na data do

pagamento da RPV principal.

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

150

4 4 4 4 ---- ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA ---- REGRA GERALREGRA GERALREGRA GERALREGRA GERAL

A atualização monetária de requisições de pagamentos

(Precatório/RPV – original, complementar, parcial ou suplementar) será

conforme item 1.1.1 deste Capítulo.

5 5 5 5 ---- JUROSJUROSJUROSJUROS MORATÓRIOSMORATÓRIOSMORATÓRIOSMORATÓRIOS ---- REGRA GERAL REGRA GERAL REGRA GERAL REGRA GERAL

A incidência de juros moratórios sobre requisições de

pagamentos (Precatório/RPV – original, complementar, parcial ou

suplementar) será conforme item 1.1.1 deste Capítulo.

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151

CAPÍTULO XICAPÍTULO XICAPÍTULO XICAPÍTULO XI

FERRAMENTAS DE CÁLCULOFERRAMENTAS DE CÁLCULOFERRAMENTAS DE CÁLCULOFERRAMENTAS DE CÁLCULO

1 1 1 1 ---- AOR AOR AOR AOR ---- AÇÃO ORDINÁRIA REVISIONALAÇÃO ORDINÁRIA REVISIONALAÇÃO ORDINÁRIA REVISIONALAÇÃO ORDINÁRIA REVISIONAL

São objetivos do AOR:

• Revisar benefícios conforme sentenças Judiciais (devido x recebido).

• Revisão administrativa de benefícios (devido x recebido).

• Calcular valores devidos aos segurados provenientes de concessão

judicial.

• Calcular valores devidos aos segurados provenientes de concessão

administrativa.

• Processamento em LOTE através do modo digitado ou importação de

arquivo txt JEF – conferência e cálculo de diferenças devido x

recebido, CP e implantação (módulo Interface SUB).

A ferramenta de cálculo AOR dispõe de “ajuda” que orienta a

sua operacionalização, conforme os tipos de cálculos nele contemplados.

Sua atualização (versões e tabelas operacionais) se processa através do

aplicativo TransAOR (via Intraprev).

2 2 2 2 ---- PCALC PCALC PCALC PCALC ---- VERSÃO ACCESSVERSÃO ACCESSVERSÃO ACCESSVERSÃO ACCESS

São objetivos do PCALC versão Access:

• Calcular SB’s e RMI’s;

• Revisar benefícios conforme sentenças Judiciais (devido x recebido).

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

152

• Revisão administrativa de benefícios (devido x recebido).

• Calcular os acréscimos legais de valores devidos aos segurados

provenientes de concessão judicial.

• Calcular os acréscimos legais de valores devidos aos segurados

provenientes de concessão administrativa.

• Elaborar acréscimos legais em cálculos de Pro-labore (repetição de

indébito tributário - 20% sobre os salários de empregadores e

autônomos).

• Elaborar acréscimos legais em cálculos de ações de pessoal.

• Atualização de cálculos consolidados.

• Apuração de saldo remanescente e encontro de contas.

• Emissão de AP’s (ações acidentárias).

A ferramenta de cálculo PCALC – versão Access dispõe de

“ajuda” que orienta a sua operacionalização, conforme as funcionalidades

de seus módulos. A atualização de versões, das linhas de correção e das

tabelas operacionais, é feita a partir de arquivo executável disponível em

http://10.40.0.72/pcalc (via Intraprev), sendo que as atualizações das linhas

de correção e das tabelas operacionais, também podem ser feitas

manualmente pelo Administrador local.

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153

ANEXOSANEXOSANEXOSANEXOS

ANEXO 1 ANEXO 1 ANEXO 1 ANEXO 1 ---- TABELA DE TABELA DE TABELA DE TABELA DE FATORES DE CORREÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES DOS FATORES DE CORREÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES DOS FATORES DE CORREÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES DOS FATORES DE CORREÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES DOS EMPREGEMPREGEMPREGEMPREGADORES RURAISADORES RURAISADORES RURAISADORES RURAIS

PARA CONCESSÃO DE APOSENTADORIA PARA CONCESSÃO DE APOSENTADORIA PARA CONCESSÃO DE APOSENTADORIA PARA CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ---- ART. 305 ART. 305 ART. 305 ART. 305 ---- RBPS/79RBPS/79RBPS/79RBPS/79

INÍCIO DO BENEFÍCIOINÍCIO DO BENEFÍCIOINÍCIO DO BENEFÍCIOINÍCIO DO BENEFÍCIO FATORES RELATIVOS AOS ANOS DE FATORES RELATIVOS AOS ANOS DE FATORES RELATIVOS AOS ANOS DE FATORES RELATIVOS AOS ANOS DE

PRODUÇÃOPRODUÇÃOPRODUÇÃOPRODUÇÃO LEGISLAÇÃOLEGISLAÇÃOLEGISLAÇÃOLEGISLAÇÃO

ANO TRIMESTRE 1975 1976 1977 - PORTARIA - 1.331 de 16/01/79

1978 ***************** 1,801,801,801,80 1,311,311,311,31 1,001,001,001,00

1979 ***************** 1976 1977 1978 - PORTARIA - 1.360 de

14/02/79 1,781,781,781,78 1,361,361,361,36 1,001,001,001,00

1980 ***************** 1977 1978 1979 - PORTARIA - 2.031 de

29/02/80 1,991,991,991,99 1,461,461,461,46 1,001,001,001,00

1981 ***************** 1978 1979 1980 - PORTARIA - 2.382 de

19/01/81 2,612,612,612,61 1,811,811,811,81 1,001,001,001,00

1982 ***************** 1979 1980 1981 - PORTARIA - 2.798 de

16/02/82 3,463,463,463,46 1,911,911,911,91 1,001,001,001,00

1983 ***************** 1980 1981 1982 - PORTARIA - 3.152 de

31/01/83 2,762,762,762,76 1,811,811,811,81 1,001,001,001,00

1984 ***************** 1981 1982 1983 - PORTARIA - 1.660 de

16/03/84 5,035,035,035,03 2,782,782,782,78 1,001,001,001,00

1985 JANEIRO

FEVEREIRO MARÇO

1982 1983 1984 - PORTARIA - 1.979 de 25/01/85

5,305,305,305,30 2,872,872,872,87 1,001,001,001,00

1985 ABRIL MAIO JUNHO

1982 1983 1984 - PORTARIA - 2.058 de 24/04/85

7,337,337,337,33 3,573,573,573,57 1,001,001,001,00

1985 JULHO AGOSTO

SETEMBRO

1982 1983 1984 - PORTARIA - 2.178 de 19/07/85

12,6912,6912,6912,69 4,654,654,654,65 1,001,001,001,00

1985 OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

1982 1983 1984 - PORTARIA - 2.266 de 11/10/85

15,8815,8815,8815,88 5,825,825,825,82 1,001,001,001,00

1986 JANEIRO

FEVEREIRO MARÇO

1983 1984 1985 - PORTARIA - 2.397 de 03/02/86

7,887,887,887,88 1,351,351,351,35 1,001,001,001,00

1986 ABRIL MAIO JUNHO

1983 1984 1985 - PORTARIA - 2.492 de 08/05/86

10,4710,4710,4710,47 1,791,791,791,79 1,001,001,001,00

1986 JULHO 1983 1984 1985 - PORTARIA - 2.545 de

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154

AGOSTO SETEMBRO 10,7010,7010,7010,70 1,831,831,831,83 1,001,001,001,00

03/07/86

1986 OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

1983 1984 1985 - PORTARIA - 2.643de 01/10/86

11,1411,1411,1411,14 1,911,911,911,91 1,001,001,001,00

1987 JANEIRO

FEVEREIRO MARÇO

1984 1985 1986 - PORTARIA - 3.940 de 19/02/87

4,214,214,214,21 1,221,221,221,22 1,001,001,001,00

1987 ABRIL MAIO JUNHO

1984 1985 1986 - PORTARIA - 2.773 de 28/04/87

6,426,426,426,42 1,861,861,861,86 1,001,001,001,00

1987 JULHO AGOSTO

SETEMBRO

1984 1985 1986 - PORTARIA - 2.844 de 29/07/87

12,0612,0612,0612,06 3,493,493,493,49 1,001,001,001,00

1987 OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

1984 1985 1986 - PORTARIA - 2.893 de 14/10/87

13,8413,8413,8413,84 4,014,014,014,01 1,001,001,001,00

1988 JANEIRO

FEVEREIRO MARÇO

1985 1986 1987 - PORTARIA - 2.941 de 20/01/88

4,804,804,804,80 3,933,933,933,93 1,001,001,001,00

1988 ABRIL MAIO JUNHO

1985 1986 1987 - PORTARIA - 2.980 de 21/04/88

6,656,656,656,65 5,445,445,445,44 1,001,001,001,00

1988 JULHO AGOSTO

SETEMBRO

1985 1986 1987 - PORTARIA - 3.046 de 13/07/88

10,5610,5610,5610,56 8,658,658,658,65 1,001,001,001,00

1988 OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

1985 1986 1987 - PORTARIA - 3.190 de 03/11/88

28,2828,2828,2828,28 23,1523,1523,1523,15 1,001,001,001,00

1989 JANEIRO

FEVEREIRO MARÇO

1986 1987 1988 - PORTARIA - 3.263 de 01/02/89

48,1648,1648,1648,16 10,3410,3410,3410,34 1,001,001,001,00

1989 ABRIL MAIO JUNHO

1986 1987 1988 - PORTARIA - 3.336 de 25/04/89

71,7271,7271,7271,72 15,3915,3915,3915,39 1,001,001,001,00

1989 JULHO AGOSTO

SETEMBRO

1986 1987 1988 - PORTARIA - 3.415 de 21/07/89

105,62105,62105,62105,62 22,6722,6722,6722,67 1,001,001,001,00

1989 OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

1986 1987 1988 - PORTARIA - 3.470 de 13/10/89

239,13239,13239,13239,13 51,3251,3251,3251,32 1,001,001,001,00

1990 JANEIRO

FEVEREIRO MARÇO

1987 1988 1989 - PORTARIA - 3.522 de 11/01/90

153,36153,36153,36153,36 14,8414,8414,8414,84 1,001,001,001,00

1990 ABRIL MAIO JUNHO

1987 1988 1989 - PORTARIA - 3.135 de 12/04/90

762,74762,74762,74762,74 73,7773,7773,7773,77 1,001,001,001,00

1990 JULHO AGOSTO

SETEMBRO

1987 1988 1989 - PORTARIA - 3.516 de 18/07/90

910,00910,00910,00910,00 88,0188,0188,0188,01 1,001,001,001,00

1990 OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

1987 1988 1989 - PORTARIA - 3.637 de 10/10/90

1.258,121.258,121.258,121.258,12 121,68121,68121,68121,68 1,001,001,001,00

1991 JANEIRO 1988 1989 1990 - PORTARIA - 3.049 de

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

155

192,67192,67192,67192,67 12,9812,9812,9812,98 1,001,001,001,00 01/02/91

1991 FEVEREIRO 1988 1989 1990 - PORTARIA - 3.078 de

07/02/91 231,61231,61231,61231,61 15,9815,9815,9815,98 1,001,001,001,00

1991 MARÇO 1988 1989 1990 - PORTARIA - 3.114 de

06/03/91 247,61247,61247,61247,61 16,7016,7016,7016,70 1,001,001,001,00

1991 ABRIL 1988 1989 1990 - PORTARIA - 3.172 de

04/04/91 268,89268,89268,89268,89 18,1218,1218,1218,12 1,001,001,001,00

1991 MAIO 1988 1989 1990 - PORTARIA - 3.215 de

02/05/91 292,90292,90292,90292,90 19,7419,7419,7419,74 1,001,001,001,00

1991 JUNHO 1988 1989 1990 - PORTARIA - 3.822 de

05/06/91 319,23319,23319,23319,23 21,5221,5221,5221,52 1,001,001,001,00

1991 JULHO 1988 1989 1990 - PORTARIA - 3.333 de

03/07/91 349,24349,24349,24349,24 23,5423,5423,5423,54 1,001,001,001,00

1991 AGOSTO 1988 1989 1990 - PORTARIA - 3.442 de

26/08/91 384,34384,34384,34384,34 25,9025,9025,9025,90 1,001,001,001,00

1991 SETEMBRO 1988 1989 1990 - PORTARIA - 3.522 de

17/09/91 430,26430,26430,26430,26 29,0029,0029,0029,00 1,001,001,001,00

1991 OUTUBRO 1988 1989 1990 - PORTARIA - 3.556 de

07/10/91 502,46502,46502,46502,46 33,8633,8633,8633,86 1,001,001,001,00

1991 NOVEMBRO 1988 1989 1990 - PORTARIA - 3.613 de

06/11/91 601,80601,80601,80601,80 40,5640,5640,5640,56 1,001,001,001,00

1991 DEZEMBRO 1988 1989 1990 - PORTARIA - 3.663 de

04/12/91 785,47785,47785,47785,47 52,9452,9452,9452,94 1,001,001,001,00

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

156

ANEXO 2 ANEXO 2 ANEXO 2 ANEXO 2 ---- TABELA DE EXPURGOS INFLACIONÁRIOSTABELA DE EXPURGOS INFLACIONÁRIOSTABELA DE EXPURGOS INFLACIONÁRIOSTABELA DE EXPURGOS INFLACIONÁRIOS

COMP. COMP. COMP. COMP. BTN - Valores BTN - Valores BTN - Valores BTN - Valores Oficiais Oficiais Oficiais Oficiais

VARIAÇÃO % VARIAÇÃO % VARIAÇÃO % VARIAÇÃO % DA BTN DA BTN DA BTN DA BTN

IPC/IBGE IPC/IBGE IPC/IBGE IPC/IBGE % EXPURGADO % EXPURGADO % EXPURGADO % EXPURGADO DECISÃO DECISÃO DECISÃO DECISÃO STJ STJ STJ STJ

dez/88 4.790,89 28,79% 28,79% 0,00%jan/89jan/89jan/89jan/89 6.170,19 0,00% 70,28% 42,72%42,72%42,72%42,72% 42,72%42,72%42,72%42,72%fev/89fev/89fev/89fev/89 1 3,60% 3,60% 6,31%6,31%6,31%6,31% 10,14%10,14%10,14%10,14%mar/89 1,036 6,09% 6,09% 0,00%abr/89 1,0991 7,31% 7,31% 0,00%mai/89 1,1794 9,94% 9,94% 0,00%jun/89 1,2966 24,83% 24,83% 0,00%jul/89 1,6186 28,77% 28,76% 0,00%

ago/89 2,0842 29,33% 29,34% 0,00%set/89 2,6956 35,95% 35,95% 0,00%out/89 3,6647 37,62% 37,62% 0,00%nov/89 5,0434 41,42% 41,42% 0,00%dez/89 7,1324 53,55% 53,55% 0,00%jan/90 10,9518 56,11% 56,11% 0,00%fev/90 17,0968 72,78% 72,78% 0,00%mar/90mar/90mar/90mar/90 29,5399 41,28% 84,32% 30,46%30,46%30,46%30,46%abr/90abr/90abr/90abr/90 41,734 0,00% 44,80% 44,80%44,80%44,80%44,80%mai/90mai/90mai/90mai/90 41,734 5,38% 7,87% 2,36%2,36%2,36%2,36%jun/90 43,9793 9,61% 9,55% -0,05%jul/90jul/90jul/90jul/90 48,2057 10,79% 12,92% 1,92%1,92%1,92%1,92%

ago/90ago/90ago/90ago/90 53,4071 10,58% 12,03% 1,31%1,31%1,31%1,31%set/90 59,0576 12,85% 12,76% -0,08%out/90out/90out/90out/90 66,6485 13,71% 14,20% 0,43%0,43%0,43%0,43%nov/90 75,7837 16,64% 15,58% -0,91%dez/90 88,3941 19,39% 18,30% -0,91%jan/91 105,5337 20,21% 19,91% -0,25%fev/91fev/91fev/91fev/91 126,8621 20,20% 21,87% 1,38%1,38%1,38%1,38%mar/91 152,4882

208,48%208,48%208,48%208,48%

BTN X IPC/IBGE - EXPURGOS INFLACIONÁRIOSBTN X IPC/IBGE - EXPURGOS INFLACIONÁRIOSBTN X IPC/IBGE - EXPURGOS INFLACIONÁRIOSBTN X IPC/IBGE - EXPURGOS INFLACIONÁRIOS

Total Acumulado dos expurgosTotal Acumulado dos expurgosTotal Acumulado dos expurgosTotal Acumulado dos expurgos

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

157

ANEXO 3 ANEXO 3 ANEXO 3 ANEXO 3 ---- TABELA DE TABELA DE TABELA DE TABELA DE PADRÕES MONETÁRIOS PADRÕES MONETÁRIOS PADRÕES MONETÁRIOS PADRÕES MONETÁRIOS –––– MOEDAS BRASILEIRAS MOEDAS BRASILEIRAS MOEDAS BRASILEIRAS MOEDAS BRASILEIRAS

Símbolo Denominação Vigência Cr$ CRUZEIRO 05/10/1942 NCr$ CRUZEIRO NOVO 13/02/1967 Cr$ CRUZEIRO 15/05/1970 Cz$ CRUZADO 28/02/1986 NCz$ CRUZADO NOVO 16/01/1989 Cr$ CRUZEIRO 16/03/1990 CR$ CRUZEIRO REAL 01/08/1993 R$ REAL 01/07/1994

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

158

ANEXO 4 ANEXO 4 ANEXO 4 ANEXO 4 ---- TABELA DE STABELA DE STABELA DE STABELA DE SIGLAS UTILIZADAS NESTE MANUAL E NO INSSIGLAS UTILIZADAS NESTE MANUAL E NO INSSIGLAS UTILIZADAS NESTE MANUAL E NO INSSIGLAS UTILIZADAS NESTE MANUAL E NO INSS

SIGLASSIGLASSIGLASSIGLAS UTILIZADAS NESTE MANUAL E NO INSSUTILIZADAS NESTE MANUAL E NO INSSUTILIZADAS NESTE MANUAL E NO INSSUTILIZADAS NESTE MANUAL E NO INSS

APAPAPAP Aposentadoria

APAPAPAP Autorização de Pagamento

APBAPBAPBAPB Aposentadoria Base

ATATATAT Acidente de Trabalho

BENEFBENEFBENEFBENEF Sistema de Benefícios

BENREVBENREVBENREVBENREV Consulta de Revisão de Benefícios

CATCATCATCAT Comunicação de Acidente de Trabalho

CBCBCBCB Concessão de Benefício

CESOBICESOBICESOBICESOBI Cessação de Benefício por Óbito

CNCNCNCN Complemento Negativo

CON147CON147CON147CON147 Consulta Parcela 147

CON201CON201CON201CON201 Consulta Benefício - Art. 201 da Constituição Federal

CONSITCONSITCONSITCONSIT Consulta de Situação do Benefício

CPCPCPCP Complemento Positivo

DATDATDATDAT Data do Afastamento do Trabalho

DCBDCBDCBDCB Data da Cessação do Benefício

DDDDDDDD Data do Desligamento

DDBDDBDDBDDB Data do Despacho do Benefício

DERDERDERDER Data da Entrada do Requerimento

DESPDESPDESPDESP Despacho

DIBDIBDIBDIB Data do Inicio do Benefício

DIPDIPDIPDIP Data do Início do Pagamento

DPEDPEDPEDPE Data da Publicação da Emenda (EC nº 20/98)Data da Publicação da Emenda (EC nº 20/98)Data da Publicação da Emenda (EC nº 20/98)Data da Publicação da Emenda (EC nº 20/98)

DPLDPLDPLDPL Data da Publicação da Lei (Lei nº 9.876/99)Data da Publicação da Lei (Lei nº 9.876/99)Data da Publicação da Lei (Lei nº 9.876/99)Data da Publicação da Lei (Lei nº 9.876/99)

DODODODO Data do Óbito

DSCDSCDSCDSC Discriminação dos Salários para Concessão

DNDNDNDN Data de Nascimento

FBMFBMFBMFBM Ficha de Benefício em Manutenção

FIAFIAFIAFIA Ficha Individual de Antecedentes

HISATUHISATUHISATUHISATU Histórico de Atualização

HISCNSHISCNSHISCNSHISCNS Histórico de Consignação

HISCOMPHISCOMPHISCOMPHISCOMP Histórico de Complemento Positivo

HISCREHISCREHISCREHISCRE Histórico de Créditos

MRMRMRMR Mensalidade Reajustada

NBNBNBNB Numero do Benefício

OLOLOLOL Órgão Local

OLCOLCOLCOLC Órgão Local Concessor

OMOMOMOM Órgão Mantenedor

PAPAPAPA Pensão Alimentícia

PABPABPABPAB Pagamento Alternativo de Benefícios

PBCPBCPBCPBC Período Base de Cálculo

PESNOMPESNOMPESNOMPESNOM Pesquisa por Nome

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M A N U A L D E C Á L C U L O S JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS DA PFE/INSS

159

REVBPCREVBPCREVBPCREVBPC Revisão de Benefícios de Prestação Continuada–LOAS

RMRMRMRM Renda Mensal

RMIRMIRMIRMI Renda Mensal Inicial

RMRRMRRMRRMR Renda Mensal Reajustada

RSCRSCRSCRSC Relação de Salário-de-Contribuição

RVRVRVRV Recibo de Vencimento e Créditos Pagos

SBSBSBSB Salário Base

SCSCSCSC Salário-de-Contribuição

SISBENSISBENSISBENSISBEN Sistemas de Benefícios

SISOBISISOBISISOBISISOBI Sistema de Óbitos

SISOBINETSISOBINETSISOBINETSISOBINET Sistema de Óbito-Via Intranet

SMSMSMSM Salário Mínimo