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Manual de Gestão e Controle de ativos iMobilizados

Critérios, Procedimentos e Práticas Contábeis, Fisco-Tributários e de Gestão para Controle Patrimonial

TEORIA E PRÁTICA

Aspectos Contábeis: Inclui o Novo Manual de Contabilidade do Setor Elétrico - 2015

Aspectos Tributários: Inclui a Lei nº 12.973/2014 e IN RFB nº 1.515/2014

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“Hoje, eu tenho um sonho!

Sonho que, um dia, todo o vale será elevado, toda a montanha e toda a colina se tornarão planícies, todas as escarpas serão alisadas.

Esse dia revelará a glória do Senhor e toda a espécie humana unirá.”

Martin Luther King

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AgrAdecimentoS doS AutoreS

Agradeço a Deus por sempre iluminar o meu caminho, bem como agradeço ao meu amigo e parceiro profissional Lourivaldo Lopes da Silva pela avaliação do livro, e em especial agradeço a minha família pelo apoio, carinho e amor.

Joubert da Silva Jerônimo Leite

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Sumário

Sobre oS AutoreS ......................................................................................... 7

AgrAdecimentoS doS AutoreS....................................................................... 11

ApreSentAção ............................................................................................... 19

comentárioS de profeSSoreS e profiSSionAiS de mercAdo ............................ 21

PARTE I NormAS e práticAS contábeiS AplicáveiS Ao Ativo imobilizAdo

cApítulo 1 - Práticas Contábeis ............................................................... 25

1.1. NORMAS CONTÁBEIS ..................................................................... 25

1.1.1. Objetivo e Alcance do Pronunciamento Técnico CPC 27 - Ativo Imobilizado ............................................................... 28

1.1.2. Estudo de Caso - Vale S.A. - Ilustração de Aplicação do CPC 27 ............................................................................... 29

1.1.3. Descrição de Pequenas, Médias e Grandes Empresas ........ 30

1.2. DEFINIÇÕES .................................................................................... 30

1.3. CRITÉRIOS DE RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO .............. 32

1.3.1. Mensuração no Reconhecimento Inicial ............................ 32

1.3.2. Custos Subsequentes .......................................................... 35

1.3.3. Mensuração Depois do Reconhecimento Inicial ................ 35

1.3.4. Estudo de Caso - Indústrias Romi S.A. - Ilustração de Re-conhecimento e Mensuração .............................................. 41

1.4. DEPRECIAÇÃO E VIDA ÚTIL ......................................................... 42

1.4.1. Valor Depreciável e Período de Depreciação ...................... 43

1.4.2. Método de Depreciação ...................................................... 45

1.4.2.1. Estudo de Caso - Gerdau S.A. - Ilustração de

Método de Depreciação ...................................... 48

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14 | Manual de Gestão e Controlede de Ativos Imobilizados

1.5. CUSTO ATRIBUÍDO DO ATIVO IMOBILIZADO (DEEMED COST) 48

1.5.1. Esclarecimentos Adicionais sobre o Valor Justo ................. 49

1.5.2. Contabilização .................................................................... 50

1.5.3. Avaliação do Valor Justo ..................................................... 50

1.5.4. Laudo de Avaliação ............................................................. 50

1.5.5. Divulgação de Informações ................................................ 51

1.6. CAPITALIZAÇÃO DE CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS ....................... 51

1.6.1. Definições ........................................................................... 51

1.6.2. Contabilização .................................................................... 52

1.6.3. Estudo de Caso - Vale S.A. - Ilustração de Capitalização de Custos de Empréstimos ...................................................... 55

1.7. PERDA NA RECUPERAÇÃO DE VALORES DO ATIVO IMOBILI-ZADO (IMPAIRMENT)...................................................................... 55

1.7.1. Fundamentos Conceituais do Impairment .......................... 56

1.7.2. Teste para Aplicação do Impairment ................................... 59

1.7.3. Mensuração do Valor Recuperável ..................................... 60

1.7.4. Depreciação e Amortização ................................................ 63

1.7.5. Reversão da Perda por Desvalorização - Impairment .......... 63

1.7.6. Divulgação de Informações ................................................ 63

1.7.7. Estudo de Caso 1 - Ilustração de Aplicação do Teste de Impairment em Ativo Individual ......................................... 67

1.7.8. Estudo de Caso 2 - Ilustração de Aplicação do Teste de Impairment em Unidade Geradora de Caixa ...................... 69

1.7.9. Estudo de Caso 3 - Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Ele-trobras) - Ilustração de Aplicação do Teste de Impairment . 74

1.8. INDENIZAÇÃO DE PERDA POR DESVALORIZAÇÃO ................... 78

1.9. BENS ARRENDADOS (CONTRATOS DE LEASING) ...................... 79

1.9.1. Definições ........................................................................... 79

1.9.2. Arrendamento Mercantil Financeiro .................................. 80

1.9.3. Demonstrações Contábeis do Arrendatário........................ 82

1.9.4. Demonstrações Contábeis do Arrendador ......................... 87

1.9.5. Estudo de Caso - Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. - Ilustração de Classificação e Reconhecimento ......... 89

1.9.6. Transação de Venda e Leaseback ........................................... 92

1.9.7. ICPC 03 - Aspectos Complementares das Operações de Arrendamento Mercantil .................................................... 93

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Sumário | 15

1.10. ATIVOS NÃO CIRCULANTES MANTIDOS PARA VENDA ............ 95

1.10.1. Definições ........................................................................... 96

1.10.2. Critérios de Classificação de Ativos Não Circulantes Man-tidos para Venda ................................................................. 96

1.10.3. Ativos Não Circulantes Baixados (Abandonados) ............. 98

1.10.4. Mensuração ........................................................................ 98

1.10.5. Impairment, Depreciação e Amortização ............................ 99

1.10.6. Apresentação no Balanço Patrimonial ................................ 99

1.10.7. Apresentação na Demonstração do Resultado ................... 99

1.10.8. Divulgação de Informações ................................................ 101

1.10.9. Estudo de Caso - Vale S.A. - Ilustração de Classificação e Mensuração ........................................................................ 101

1.11. ATIVOS BIOLÓGICOS ..................................................................... 102

1.11.1. Fundamentos Conceituais .................................................. 102

1.11.2. Reconhecimento ................................................................. 103

1.11.3. Mensuração ........................................................................ 103

1.11.4. Subvenção Governamental ................................................. 104

1.11.5. Apresentação no Balanço Patrimonial ................................ 104

1.11.6. Divulgação de Informações ................................................ 105

1.12. ICPC 11 - RECEBIMENTO EM TRANSFERÊNCIA DE ATIVOS DOS CLIENTES ................................................................................ 106

1.13. BAIXA DE ATIVO IMOBILIZADO ................................................... 108

1.14. MODELO DE PLANO DE CONTAS CONTÁBEIS SINTÉTICO DO ATIVO IMOBILIZADO ..................................................................... 109

1.15. DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES EM NOTAS EXPLICATIVAS . 110

1.15.1. Modelo de Nota Explicativa às Demonstrações Contábeis do Ativo Imobilizado .......................................................... 111

1.16. CASO ESPECIAL: PRÁTICAS CONTÁBEIS DO MANUAL DE CON-TABILIDADE DO SETOR ELÉTRICO (MCSE) - VERSÃO 2015 ........ 112

1.16.1. Aplicabilidade ..................................................................... 113

1.16.2. O CPC 27 - Ativo Imobilizado e o MCSE .......................... 113

1.16.3. O CPC 01 (R1) - Redução ao Valor Recuperável de Ativos e o MCSE ............................................................................ 114

1.16.4. O CPC 06 (R1) - Operações de Arrendamento Mercantil e o MCSE .............................................................................. 115

1.16.5. O CPC 31 - Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada e o MCSE ................................... 116

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16 | Manual de Gestão e Controlede de Ativos Imobilizados

1.16.6. O CPC 20 (R1) - Custos de Empréstimos e o MCSE ......... 116

1.16.7. Cadastro e Controle dos Bens ........................................... 117

PARTE II normAS e práticAS fiSco-tributáriAS AplicáveiS Ao Ativo imobilizAdo

cApítulo 2 - Práticas Fisco-Tributárias .................................................... 1212.1. LEI Nº 12.973/2014 .......................................................................... 121

2.2. VALOR PARA IMOBILIZAÇÃO ........................................................ 122

2.3. DEPRECIAÇÃO ................................................................................ 122

2.3.1. Bens Adquiridos Usados ..................................................... 160

2.3.2. Depreciação Acelerada ....................................................... 161

2.3.3. Métodos de Depreciação .................................................... 162

2.3.4. Diferenças no Valor da Depreciação Mensurado Segundo as Legislações Contábil e Tributária ................................... 162

2.4. IMPAIRMENT - TESTE DE RECUPERABILIDADE .......................... 162

2.5. CRÉDITOS DE TRIBUTOS DO ATIVO IMOBILIZADO .................. 162

2.5.1. Créditos de ICMS ............................................................... 163

2.5.2. Créditos de PIS e Cofins-Incidência Não Cumulativa ....... 167

2.6. INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1.515/2014 .............................. 169

2.6.1. Valor Justo .......................................................................... 170

2.6.2. Depreciação do Ativo Imobilizado ..................................... 171

2.6.3. Custos de Empréstimos ...................................................... 171

2.6.4. Arrendamento Mercantil - Leasing ..................................... 171

PARTE III práticAS de gerenciAmento e controle do Ativo imobilizAdo

cApítulo 3 - Práticas de Gestão e Controle .............................................. 1773.1. PRINCIPAIS OBJETIVOS DO PROCESSO DE GESTÃO E CON-

TROLE PATRIMONIAL .................................................................... 177

3.2. SISTEMA DE INFORMAÇÕES (TECNOLOGIA DA INFORMA-ÇÃO) ................................................................................................. 178

3.3. RESPONSABILIDADE DOS GESTORES DAS UNIDADES ADMI-NISTRATIVAS ................................................................................... 178

3.3.1. Modelo de Termo de Responsabilidade dos Bens ............... 178

3.4. REGISTRO E CONTROLE INDIVIDUALIZADO DOS BENS .......... 179

3.4.1. Recebimento dos Bens Adquiridos ..................................... 179

3.4.2. Classificação da Documentação ......................................... 179

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Sumário | 17

3.4.3. Escrituração Fiscal e Contábil ............................................ 179

3.4.4. Cadastramento e Chapeamento ......................................... 179

3.4.5. Processo de Transferência dos Bens Imobilizados .............. 180

3.4.6. Arquivamento da Documentação ....................................... 180

3.4.7. Bens Adquiridos com Garantia .......................................... 180

3.4.8. Permuta de Ativos Imobilizados ........................................ 181

3.5. PROCESSO DE MANUTENÇÃO DOS BENS ................................... 181

3.6. BENS SEM UTILIDADE .................................................................... 182

3.7. PROCESSO DE BAIXA DOS BENS IMOBILIZADOS ....................... 182

3.7.1. Baixa por Venda .................................................................. 182

3.7.2. Baixa por Doação................................................................ 183

3.8. INVENTÁRIO FÍSICO DOS BENS ................................................... 183

3.9. ETAPAS DO PROCESSO DE GESTÃO E CONTROLE DOS ATI-VOS IMOBILIZADOS (TOMBAMENTO) ......................................... 184

3.10. MODELO DE FICHA ANALÍTICA DE GESTÃO E CONTROLE DE BENS IMOBILIZADOS ............................................................... 185

3.11. PROCESSOS INTERNOS ORGANIZACIONAIS DA GESTÃO E CONTROLE PATRIMONIAL ............................................................ 186

3.11.1. Objetivos dos Processos Internos Organizacionais ............ 186

3.11.2. Profissionais Responsáveis pela Gestão e Controle do Patrimônio ......................................................................... 186

3.11.3. Documentos de Referência ................................................. 187

3.11.4. Fluxograma dos Processos Internos Organizacionais ........ 188

3.11.5. Procedimentos para Execução dos Processos Internos Organizacionais .................................................................. 192

3.11.6. Controles de Registros e Documentos ............................... 192

3.11.7. Principais Indicadores Gerados pelo Sistema de Informa-ções do Patrimônio ............................................................. 193

3.11.8. Atualização dos Processos Internos Organizacionais ......... 195

referênciAS bibliográficAS .......................................................................... 197

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ApreSentAção

Para a maioria das empresas, o ativo imobilizado é de grande re-levância econômica no patrimônio empresarial, seja em termos de vo-lume de investimentos financeiros como de grande quantidade e va-riedade de itens. Adiciona-se a essas características primárias, a gran-de quantidade e profundidade de conceitos de avaliação aplicáveis à sua mensuração inicial e mensurações subsequentes constantes das novas normas contábeis brasileiras com os padrões internacionais do IFRS (International Financial Reporting Standards). Particularmente, em nosso país, a legislação tributária do Imposto de Renda tem uma visão totalmente diferente das normas contábeis, tornando o trabalho dos profissionais de contabilidade bastante desafiador para enquadrar adequadamente todas essas questões.

Considerando os aspectos práticos e operacionais para adminis-tração do imobilizado, essas características obrigam às empresas a se valerem de sistemas de informações complexos para gestão do imobi-lizado; sistemas esses que devem ter grande capacidade de resolução e armazenagem de dados, bem como todos os atributos de integração com os demais subsistemas de contabilidade financeira e gerencial.

Todos esses aspectos considerados de forma conjunta é que deram a motivação para elaborarmos este trabalho. Nesse sentido, o objetivo fundamental desta obra é reunir num único texto os três aspectos mais importantes para a contabilização e a gestão do ativo imobilizado das organizações: as normas contábeis aplicáveis, as regras tributárias e o

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20 | Manual de Gestão e Controle de Ativos Imobilizados

gerenciamento físico e escritural deste grupo de elementos patrimo-niais ativos.

A base normativa para as questões contábeis e tributárias são os pronunciamentos contábeis emitidos pelo CPC (Comitê de Pronun-ciamentos Contábeis) e o Regulamento do Imposto de Renda de 1999 (RIR/1999), já com as alterações introduzidas pela Lei nº 12.973/2014, vigorantes a partir de 1º de janeiro de 2015.

Todos os temas e conceitos importantes são apresentados, analisa-dos e exemplificados na Parte I, tais como:

• critérios de reconhecimento, mensuração e evidenciação;

• conceitos de depreciação, vida útil, valor residual, valor de-preciável;

• ajustes a valor justo e teste de recuperabilidade dos ativos (impairment);

• leasing financeiro, ativos não circulantes mantidos para venda e ativos biológicos;

• capitalização de custos dos empréstimos, etc.

A Parte II é dedicada aos aspectos fiscais e tributários, tanto da legislação do Imposto de Renda como dos créditos de ICMS, do PIS e da Cofins e da Lei nº 12.973/2014.

A Parte III é dedicada aos aspectos operacionais e de gestão, com os fundamentos para as necessidades administrativas e informacionais a fim de garantir o adequado controle interno do ativo imobilizado dentro do sistema de compliance e gestão de riscos das organizações.

Esperamos que o nosso trabalho seja útil tanto para os profissio-nais da área quanto para a comunidade acadêmica.

Clóvis Luís Padoveze

Gideon Carvalho de Benedicto

Joubert da Silva Jerônimo Leite

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comentárioS de profeSSoreS e profiSSionAiS de mercAdo

Lourivaldo Lopes da Silva

Mestre em ciências contábeis, professor de pós-graduação, contador, auditor, palestran-te das Entidades Congraçadas e autor de diversas obras em matéria contábil e tributária.

“O Livro “Manual de Gestão e Controle do Ativos Imobilizados”, dos já consagrados autores Clóvis Padoveze, Gideon Benedicto e Joubert Jerônimo, inegavelmente, veio para elucidar dúvidas até então existentes sobre os procedimentos no tratamento de ativos fren-te às novas regras contábeis adotadas no Brasil a partir de janeiro de 2008, inclusive, com abordagem no tratamento dos tributos na aquisição de imobilizado. Essa obra premia os leitores, empresários e profissionais das áreas de controle patrimonial com uma linguagem clara e objetiva, enriquecida por exemplos práticos tornando uma ferramenta impres-cindível para uma boa gestão de ativos. A abrangência da abordagem tratada na obra vai desde os conceitos de ativo imobilizado, sua avaliação, teste de impairment, leasing financeiro e operacional, tratamento dos custos financeiros na aquisição de imobilizado, métodos de depreciação até modelos de controle de gestão e avaliação de tais ativos. A re-ferida obra vem suprir uma lacuna que existia no meio acadêmico contábil empresarial e dá uma visão ampla de gestão de ativos. Os autores estão de parabéns pela iniciativa.”

Heloísa Rosa Carvalho

Doutora em economia aplicada pela UFV e professora de graduação e pós-graduação do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras.

“A relevância atribuída aos investimentos em ativo imobilizado divulgados pelas de-monstrações contábeis encontra-se em seu papel de instrumento de informação e suporte na tomada de decisão, sendo, portanto, um evento relevante para o mercado de capitais. O livro discute exatamente a gestão e controle destes ativos imobilizados. De leitura fá-cil, dinâmica e com exemplos ilustrativos que auxiliam enormemente a compreensão do texto, é de leitura fundamental dos profissionais ligados a área.”

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22 | Manual de Gestão e Controle de Ativos Imobilizados

Francisval de Melo Carvalho

Doutor em administração de empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, professor do Programa de Pós-graduação em Administração da UFLA e chefe do Departamento de Administração e Economia da UFLA.

“Trata-se de uma obra que conseguiu reunir todas as orientações necessárias à conta-bilização e gestão dos ativos imobilizados. A sistematização das normas, os exemplos práticos bem como a apresentação das principais práticas de gestão e controle do patri-mônio tornam o livro indispensável para os profissionais das áreas contábil, financeira e de gestão patrimonial. Parabéns aos autores pela iniciativa e êxito alcançado na conso-lidação da obra.”

Sérgio Douglas Vilela

Mestre em Ciências Contábeis, professor de pós-graduação e graduação, contador, em-presário contábil, perito, palestrante, avaliador de cursos de graduação pelo Inep-Mec.

“Excelente obra! O universo contábil - profissional e acadêmico -buscam gerar informa-ções completas, claras e plenas sobre o assunto “imobilizado” e suas várias aplicações empresariais, sejam nas empresas com atividades reguladas ou não. O livro trata dos as-pectos de gestão, controle, impactos contábeis, fiscais e tributários, sendo de grande valia para o mercado em geral. De leitura agradável, com estudos de casos que vão auxiliar no entendimento, mesclando conceitos de outras normas inerentes ao assunto. Aos autores parabéns pela brilhante produção.”

Paulo Tadeu Ferreira

Graduado em Engenharia Civil pela FAAP e em Administração de Empresas pela Universidade Mackenzie, gerenciamento dos trabalhos de avaliação do ativo imo-bilizado na privatização das companhias de navegação Franave, Enasa e CNBP, das empresas do Polo Petroquímico de Triunfo - RS, Copesul, Polisul, PPH e Triunfo, fiscalização como agente da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) - dos pro-cedimentos de controles patrimoniais utilizados pelas concessionárias, permissio-nárias e autorizadas de energia elétrica visando revisão tarifária, sócio-gerente da Century Consulting - 2005/2009, diretor da F.R. Controle de Patrimônio - 1996/1997, gerente senior da KPMG - 1987/1995, ampla experiência em avaliação de ativos imo-bilizados de empresas nacionais e multinacionais de vários segmentos de negócios.

“É com extrema satisfação que saúdo está obra destinada a todas as profissões que este-jam, direta ou indiretamente, envolvidas com a gestão e controle patrimonial, em especial aos engenheiros e técnicos que trabalham com avaliações, que em sua maioria desconhe-cem os efeitos e as razões que levam uma empresa a solicitar tal trabalho, e tem nesta obra, a oportunidade de se inteirar, compreender melhor e alcançar melhores resultados. Os autores nos brindam com uma obra especial, que certamente será reconhecida pelo mercado, meio acadêmico e rapidamente se transformará em uma referência para todos àqueles interessados no assunto. Leitura obrigatória.”

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Parte i

norMas e PrátiCas Contábeis aPliCáveis ao ativo iMobilizado

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cApÍtuLo 1

práticAS contábeiS

1.1. NORMAS CONTÁBEIS

As principais normas contábeis brasileiras que se aplicam ao ativo imobilizado são:

• Pronunciamento Técnico CPC 27 - Ativo Imobilizado, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), referendado pelos seguintes órgãos reguladores: Comissão de Valores Mo-biliários (CVM) (Deliberação nº 583/2009), Conselho Fede-ral de Contabilidade (CFC) (NBC TG 27 - R2), Superinten-dência de Seguros Privados (Susep) (Circular nº 464/2013), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) (Despacho nº 4.722/2009 e Manual de Contabilidade do Setor Elétrico, Ver-são 2015 - Resolução Normativa nº 605/2014) e Agência Na-cional de Saúde Suplementar (ANS) (Resolução Normativa nº 322/2013), que alcança as grandes sociedades;

• Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) - Redução ao Valor Re-cuperável de Ativos, do Comitê de Pronunciamentos Contá-beis (CPC), referendado pelos seguintes órgãos reguladores: CVM (Deliberação nº 639/2010), CFC (NBC TG 01 - R2), Banco Central do Brasil (BCB) (Resolução do Conselho Mo-netário Nacional - CMN nº 3.566/2008), Susep (Circular nº 463/2013), Aneel (Manual de Contabilidade do Setor Elétrico, Versão 2015 - Resolução Normativa nº 605/2014) e ANS (Reso-lução nº 37/2009), que alcança as grandes sociedades;

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26 | Manual de Gestão e Controlede de Ativos Imobilizados

• Pronunciamento Técnico CPC 06 (R1) - Operações de Arren-damento Mercantil, do Comitê de Pronunciamentos Contá-beis (CPC), referendado pelos seguintes órgãos reguladores: CVM (Deliberação nº 645/2010), CFC (NBC TG 06 - R1), Susep (Circular nº 464/2013), ANS (Instrução Normativa nº 322/2013) e Aneel (Manual de Contabilidade do Setor Elé-trico, Versão 2015 - Resolução Normativa nº 605/2014), que alcança as grandes sociedades;

• Pronunciamento Técnico CPC 20 (R1) - Custos de Emprés-timos, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), re-ferendado pelos seguintes órgãos reguladores: CVM (Delibe-ração nº 672/2011), CFC (Resolução nº 1.172/2009, alterada pela Resolução nº 1.359/2011), Susep (Circular nº 464/2013), Aneel (Despacho nº 4.722/2009 e Manual de Contabilidade do Setor Elétrico, Versão 2015 - Resolução Normativa nº 605/2014) e ANS (Resolução Normativa nº 322/2013), que alcança as grandes sociedades;

• Pronunciamento Técnico CPC 29 - Ativo Biológico e Produto Agrícola, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), referendado pelos seguintes órgãos reguladores: CVM (De-liberação nº 596/2009), CFC (Resolução nº 1.186/2009) e Aneel (Manual de Contabilidade do Setor Elétrico, Versão 2015 - Resolução Normativa nº 605/2014), que alcança as grandes sociedades;

• Pronunciamento Técnico CPC 31 - Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), referendado pelos se-guintes órgãos reguladores: CVM (Deliberação nº 589/2009), CFC (NBC TG 31 - R2), Susep (Circular nº 464/2013) Aneel (Despacho nº 4.722/2009 e Manual de Contabilidade do Setor Elétrico, Versão 2015 - Resolução Normativa nº 605/2014) e ANS (Resolução nº 322/2013), que alcança as grandes socie-dades;

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CApítulo 1 - Práticas Contábeis | 27

• Interpretação Técnica ICPC 03 - Aspectos Complementares das Operações de Arrendamento Mercantil, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), referendado pelos se-guintes órgãos reguladores: CVM (Deliberação nº 613/2009), CFC (Resolução nº 1.256/2009) e Aneel (Manual de Contabi-lidade do Setor Elétrico, Versão 2015 - Resolução Normativa nº 605/2014), que alcança as grandes sociedades;

• Interpretação Técnica ICPC 10 - Interpretação sobre a Aplica-ção ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para Investimento dos Pronunciamentos Técnicos 27, 28, 37 e 43, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), referendado pelos se-guintes órgãos reguladores: CVM (Deliberação nº 619/2009), CFC (Resolução nº 1.263/2009), Aneel (Manual de Contabi-lidade do Setor Elétrico, Versão 2015 - Resolução Normativa nº 605/2014) e Susep (Circular nº 464/2013), que alcança as pequenas, médias e grandes sociedades;

• Interpretação Técnica ICPC 11 - Recebimento em Transferên-cia de Ativos dos Clientes, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), referendado pelos seguintes órgãos regula-dores: CVM (Deliberação nº 620/2009), CFC (Resolução nº 1.264/2009), Aneel (Manual de Contabilidade do Setor Elétri-co, Versão 2015 - Resolução Normativa nº 605/2014) e Susep (Circular nº 464/2013), que alcança as grandes sociedades;

• Revisão de Pronunciamentos Técnicos - nº 03/2013 (aprova-da pela norma da CVM: Deliberação CVM nº 717/2013), que alcança as grandes sociedades;

• Revisão de Pronunciamentos Técnicos - nº 05/2014 (aprova-da pela norma da CVM: Deliberação CVM nº 724/2014), que alcança as grandes sociedades;

• Revisão de Pronunciamentos Técnicos - nº 06/2014 (aprova-da pela norma da CVM: Deliberação CVM nº 728/2014), que alcança as grandes sociedades;

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28 | Manual de Gestão e Controlede de Ativos Imobilizados

• Pronunciamento Técnico PME (R1) - Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, com Glossário de Termos, Se-ções 17 - Ativo Imobilizado, 20 - Operações de Arrendamen-to Mercantil, 25 - Custos de Empréstimos, 27 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos, 34 - Atividades Especializadas e Adoção Inicial deste Pronunciamento, referendado pelo CFC (Resoluções nos 1.255/2009, 1.285/2010 e 1.319/2010), que alcança as pequenas e médias empresas.

1.1.1. Objetivo e Alcance do Pronunciamento Técnico CPC 27 - Ativo Imobilizado

Objetivo

O principal objetivo do Pronunciamento Técnico do CPC 27 é estabelecer o tratamento contábil de reconhecimento, mensuração e di-vulgação de informações para os ativos imobilizados, de forma que os usuários das demonstrações contábeis possam discernir a informação sobre o investimento da corporação em seus ativos imobilizados, bem como suas variações.

Os principais pontos a serem considerados na contabilização do ativo imo-bilizado são o reconhecimento dos ativos, a determinação dos seus valores contábeis e os valores de depreciação e perdas por desvalorização a serem reconhecidas em relação aos mesmos.

Alcance

O Pronunciamento Técnico CPC 27 deve ser aplicado no registro contábil de ativos imobilizados, exceto quando outra norma exija ou permita tratamento contábil diferente.

Ressalte-se que o Pronunciamento Técnico CPC 27 não se aplica a:

a) ativos imobilizados classificados como mantidos para venda de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31 - Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada;

b) ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola se-gundo o Pronunciamento Técnico CPC 29 - Ativo Biológico e Produto Agrícola;

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CApítulo 1 - Práticas Contábeis | 29

c) reconhecimento e mensuração de ativos de exploração e ava-liação de acordo com Pronunciamento Técnico CPC 34 - Ex-ploração e Avaliação de Recursos Minerais (ainda não edita-do pelo CPC); ou

d) direitos sobre jazidas e reservas minerais tais como petróleo, gás natural, carvão mineral, dolomita e recursos não renová-veis semelhantes.

Contudo, este Pronunciamento aplica-se aos ativos imobilizados usados para desenvolver ou manter os ativos descritos nos itens b) a d).

1.1.2. Estudo de Caso - Vale S.A. - Ilustração de Aplicação do CPC 27

Conforme a Nota Explicativa nº 1 (Contexto Operacional), que acompanha as demonstrações contábeis findas em 31 de dezembro de 2013, elaboradas e divulgadas em BR Gaap e IFRS, a Vale S.A. (“Con-troladora”) é uma sociedade anônima de capital aberto com sede no centro da cidade do Rio de Janeiro, Av. Graça Aranha nº 26, Rio de Ja-neiro, Brasil, e tem seus títulos negociados nas bolsas de valores de São Paulo (“BM & F Bovespa”), de Nova York (“Nyse”), de Paris (“Nyse Euronext”) e de Hong Kong (“HKEx”). A Vale S.A. e suas controladas diretas e indiretas (“Vale”, “Grupo” ou “Companhia”) têm como ati-vidade preponderante a pesquisa, a produção e a comercialização de minério de ferro e pelotas, níquel, fertilizantes, cobre, carvão, manga-nês, ferroligas, cobalto, metais do grupo de platina e metais preciosos. A Companhia atua com energia e siderurgia.

A Nota Explicativa nº 4 (Pronunciamentos Contábeis), que é par-te integrante das demonstrações contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 2013 da Vale S.A., ressalta o seguinte quanto à aplicação do CPC 27:

“A Companhia elaborou suas demonstrações contábeis em IFRS, com base nos pronunciamentos emitidos do CPC e aprovados pela CVM e o CFC.”

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30 | Manual de Gestão e Controlede de Ativos Imobilizados

1.1.3. Descrição de Pequenas, Médias e Grandes Empresas

Grandes Empresas

De acordo com o parágrafo único, artigo 3º, da Lei nº 11.638/2007, considera-se de grande porte, a sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00.

Pequenas e Médias Empresas

São empresas de capital fechado, com faturamento anual de R$ 3.600.001,00 a R$ 299.999.999,00 e ativo total no exercício social an-terior inferior a R$ 240.000.000,00.

1.2. DEFINIÇÕES

A seguir, são apresentadas algumas definições que envolvem os ativos imobilizados, conforme o CPC 27 - Ativo Imobilizado:

Ativo imobilizado é o item tangível que:

a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de merca-dorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins admi-nistrativos; e

b) se espera utilizar por mais de um período.

Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens. São exemplos de classes individuais de ativos imobilizados (agrupamento de ativos imobilizados de natureza e uso semelhantes):

a) terrenos;

b) terrenos e edifícios;

c) máquinas e equipamentos;

d) veículos;

e) móveis e utensílios;