Manual de Procedimentos - Cenofisco Nº 06 ( Contabilização Do Pg Pro Labore)

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  • NDICEContabilidade ...................................................................... 3 Contrato de Construo do Setor Imobilirio

    Contabilizao do Pagamento de Pro Labore

    Legislao ............................................................................. 8 Comunicados BACEN ns 25.111/14, 25.117/14 e 25.124/14

    Taxa Bsica Financeira (TBF), Redutor (R) e Taxa Referencial (TR)do Perodo de 11/01/2014 a 15/01/2014

    Cenofi sco BD Legislao

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    Destaques

    Nesta edio, a seo Contabilidade trata das formalidades do contrato de construo do setor imobilirio aprovadas pela Interpretao Tcnica ICPC 02 do Comit de Pronunciamentos Contbeis.

    Tambm nesta edio trataremos dos proce-dimentos para contabilizao do pagamento de pro labore.

    Carlos Alberto Silva

    Valmir Bezerra de Brito

    ContabilidadeAssuntos Diversos

    e Legislao

    06

  • 2 No 06/14 1a semana Fevereiro

    CONTABILIDADE ASSUNTOS DIVERSOSe Legislao Manual de Procedimentos

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Manual de procedimentos : contabilidade,

    assuntos diversos e legislao. Curitiba, PR :

    Cenofi sco Editora, 2006.

    ISBN 85 7569 021 3

    1. Contabilidade Leis e legislao Brasil

    2. Tributos Leis e legislao Brasil

    I. Ttulo: Contabilidade, assuntos diversos e legislao.

    06 9524 CDU 34 : 336 . 2 (81)

    ndices para catlogo sistemtico:

    1. Brasil : Direito fi scal 34 : 336.2 (81)

  • No 06/14 31a semana Fevereiro

    CONTABILIDADE ASSUNTOS DIVERSOSe LegislaoManual de Procedimentos

    CONTABILIDADE

    Contrato de Construo do Setor Imobilirio

    SUMRIO

    1. Consideraes Iniciais

    2. Histrico

    3. Alcance

    4. Questes

    5. Consenso5.1. Determinao do momento em que um contrato se enquadra

    no alcance da NBC TG 17 ou da NBC TG 305.2. Contabilizao da receita da construo de imveis5.3. Divulgao

    6. Nota Informativa6.1. Anlise de contrato de construo de imvel

    7. Exemplo Ilustrativo

    1. Consideraes Iniciais

    Por intermdio da Deliberao CVM n 612, de 22/12/2009 (DOU de 24/12/2009), foi aprovada a Interpretao Tcnica ICPC 02 do Comit de Pronunciamentos Contbeis, que trata de contrato de construo do setor imobilirio.

    Importante salientar que a norma supramencionada se aplica aos exerccios iniciados a partir de dezembro de 2010 e s demons-traes fi nanceiras de 2009 a serem divulgadas em conjunto com as demonstraes de 2010 para fi ns de comparao.

    Neste trabalho trataremos sobre as peculiaridades relativas ao contrato de construo do setor imobilirio.

    2. Histrico

    No setor imobilirio, as entidades que realizam a incorporao e/ou a construo de imveis, diretamente ou por meio de subem-preiteiras, podem fi rmar contratos com um ou mais compradores antes do trmino da construo. Esses contratos podem assumir diversas formas.

    As entidades que incorporam e/ou constroem imveis residen-ciais, por exemplo, podem comear a comercializao de unidades imobilirias (apartamentos ou casas) na planta, ou seja, enquanto a construo ainda estiver em andamento, ou at mesmo antes de seu incio.

    Cada comprador fi rma um contrato com a entidade para adquirir uma unidade imobiliria quando a mesma estiver pronta para ser ocupada. Normalmente, o comprador efetua um adian-tamento que ser reembolsado apenas se a entidade deixar de entregar a unidade imobiliria concluda de acordo com os termos contratados. O restante do preo de compra geralmente pago entidade apenas ao trmino do contrato, quando o comprador obtm a posse da unidade.

    As entidades que constroem imveis comerciais ou industriais geralmente fi rmam um contrato com um nico comprador. Podem ser exigidos do comprador pagamentos de parcelas entre a poca do incio e do fi m do contrato. A construo pode ocorrer em terreno que o comprador possua antes do incio da construo.

    3. Alcance

    A Interpretao Tcnica ICPC 02 do Comit de Pronunciamen-tos Contbeis se aplica contabilizao das receitas e dos corres-pondentes custos das entidades que realizam a incorporao e/ou construo de imveis diretamente ou por meio de subempreiteiras.

    Os contratos que se enquadram na referida norma so contratos de incorporao e/ou construo de imveis. Alm da incorporao e/ou construo de imveis, os referidos contratos podem prever a entrega de outros bens ou servios.

    4. Questes

    A Interpretao Tcnica ICPC 02 do Comit de Pronunciamen-tos Contbeis trata de duas questes:

    a) O contrato enquadra-se no alcance NBC TG 17 Contratos de Construo ou da NBC TG 30 Receitas?

    b) Quando deve ser reconhecida a receita com a incorporao e/ou construo de imveis?

    5. Consenso

    A discusso a seguir pressupe que a entidade analisou an-teriormente o contrato de construo do imvel e seus eventuais aditivos e/ou contratos relacionados, tendo concludo que no manter envolvimento gerencial contnuo associado propriedade, ou o controle efetivo do imvel construdo, em grau que impediria o reconhecimento de parte ou da totalidade da receita. Na impos-

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    CONTABILIDADE ASSUNTOS DIVERSOSe Legislao Manual de Procedimentos

    sibilidade de reconhecimento de parte da receita, a discusso a seguir aplicvel unicamente parte do contrato cuja receita ser reconhecida.

    Com um nico contrato, a entidade pode contratar a entrega de bens ou servios alm da construo de imveis (por exemplo, a venda de terreno ou a prestao de servios de administrao de imveis). De acordo com o item 13 da NBC TG 30 Receitas, tal acordo, se necessrio, pode ser dividido em componentes separadamente identifi cveis, incluindo o componente relativo construo de imveis. O valor justo da receita total recebida ou a receber pelo contrato deve ser apropriado a cada componente.

    Se forem identifi cados componentes separados, a entidade deve aplicar os itens 10 a 12 da Interpretao Tcnica ICPC 02 do Comit de Pronunciamentos Contbeis ao componente de cons-truo de imveis, a fi m de determinar se esse componente est de acordo com o alcance da NBC TG 17 Contratos de Construo ou da NBC TG 30 Receitas. Os critrios da NBC TG 17 Contratos de Construo seriam ento aplicados a qualquer componente do contrato determinado como sendo de construo.

    A discusso a seguir refere-se a um contrato de construo de imvel, mas tambm se aplica ao componente de construo de imveis identifi cado em contrato que abrange outros componentes.

    5.1. Determinao do momento em que um contrato se enquadra no alcance da NBC TG 17 ou da NBC TG 30

    A determinao do momento em que um contrato de constru-o de um imvel se enquadra no alcance da NBC TG 17 Contra-tos de Construo ou da NBC TG 30 Receitas depende dos ter-mos do contrato e de todos os fatos e circunstncias relacionados. Essa determinao exige julgamento com relao a cada contrato.

    A NBC TG 17 Contratos de Construo aplicvel quando o contrato se enquadra na defi nio de contrato de construo exposta no item 5, conforme transcrio a seguir:

    (...) um contrato especifi camente negociado para a construo de um ativo ou de uma combinao de ativos (...).

    Um contrato de construo de imvel enquadra-se na de-fi nio de contrato de construo quando o comprador capaz de especifi car os principais elementos estruturais do projeto do imvel antes de comear a construo e/ou especifi car mudanas estruturais signifi cativas aps o incio da construo (quer, ou no, o comprador exera essa possibilidade).

    Quando se aplicar a NBC TG 17 Contratos de Construo, o contrato de construo tambm deve incluir todos os contratos ou componentes para a prestao de servios diretamente relacionados com a construo do imvel.

    Ao contrrio, um contrato de construo de imvel, mediante o qual os compradores tm apenas uma possibilidade limitada de infl uenciar no projeto do imvel, como, por exemplo, a possibilidade de selecionar um projeto entre um leque de opes especifi cadas pela entidade ou especifi car apenas pequenas variaes do projeto bsico, um contrato de venda de bens, de acordo com o alcance da NBC TG 30 Receitas.

    5.2. Contabilizao da receita da construo de imveis

    A seguir, trataremos da contabilizao da receita decorrente da construo de imveis.

    5.2.1. Quando o contrato um contrato de construo

    Quando o contrato se enquadra no alcance na NBC TG 17 Contratos de Construo e seu resultado puder ser mensurado com segurana, a entidade deve reconhecer a receita pelo percentual de evoluo da obra, de acordo com a NBC TG 17 Contratos de Construo.

    O contrato pode no se enquadrar na defi nio de contrato de construo e, portanto, estar enquadrado no alcance da NBC TG 30 Receitas. Nesse caso, a entidade deve determinar se o contrato de prestao de servios ou de venda de bens.

    5.2.2. Quando o contrato um contrato de prestao de servios

    Se a entidade no for obrigada a comprar e fornecer materiais de construo, o contrato pode ser apenas um contrato de presta-o de servios de acordo com a NBC TG 30 Receitas.

    Nesse caso, se forem atendidos os critrios do item 20 da NBC TG 30 Receitas, a receita dever ser reconhecida pelo percentual de evoluo da obra. As exigncias da NBC TG 17 Contratos de Construo aplicam-se, em geral, ao reconhecimento da receita e dos correspondentes custos e despesas.

    5.2.3. Quando o contrato um contrato de venda de bens

    Se a entidade for requerida a prestar servios em conjunto com o fornecimento de materiais de construo, para cumprir sua obrigao contratual, a fi m de entregar o imvel ao comprador, como aqueles aplicveis aos contratos de venda decorrentes da incorpo-rao de unidades imobilirias, o contrato um contrato de venda de bens, devendo ser aplicados os critrios de reconhecimento de receita descritos no item 14 da NBC TG 30 Receitas.

    A entidade pode transferir ao comprador o controle, os riscos e os benefcios da propriedade do imvel em construo em seu estgio atual de acordo com a evoluo da obra. Nesse caso, se

  • No 06/14 51a semana Fevereiro

    CONTABILIDADE ASSUNTOS DIVERSOSe LegislaoManual de Procedimentos

    todos os critrios do item 14 da NBC TG 30 Receitas forem conti-nuamente atendidos medida que a construo avana, a entidade deve reconhecer a receita pelo percentual de evoluo da obra. As exigncias da NC TG 17 Contratos de Construo aplicam-se, em geral, ao reconhecimento da receita e dos correspondentes custos e despesas.

    Nota Cenofi sco:De acordo com o item 14 da NBC TG 30, a receita proveniente da

    venda de bens deve ser reconhecida quando forem satisfeitas todas as seguintes condies:

    a) a entidade tenha transferido para o comprador os riscos e benefcios mais signifi cativos inerentes propriedade dos bens;

    b) a entidade no mantenha envolvimento continuado na gesto dos bens vendidos em grau normalmente associado propriedade nem efetivo controle de tais bens;

    c) o valor da receita possa ser confi avelmente mensurado;d) for provvel que os benefcios econmicos associados transao

    fl uiro para a entidade; ee) as despesas incorridas ou a serem incorridas, referentes transa-

    o, possam ser confi avelmente mensuradas.

    Quando a entidade transferir ao comprador o controle, os riscos e os benefcios da propriedade do imvel, em sua totalidade, de uma nica vez, a entidade somente deve reconhecer a receita quando todos os critrios do item 14 da NBC TG 30 Receitas forem satisfeitos.

    Se a entidade for obrigada a executar outros servios no imvel j entregue ao comprador, ela deve reconhecer um passivo e uma despesa de acordo com o item 19 da NBC TG 30 Receitas. O passivo deve ser quantifi cado de acordo com a NBC TG 25 Pro-vises, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Se a entidade for obrigada a entregar outros bens ou servios, separadamente identifi cveis do imvel j entregue ao comprador, ela deve iden-tifi car os bens ou os servios remanescentes como componente separado da venda.

    Nota Cenofi sco:De acordo com o item 19 da NBC TG 30, a receita e as despesas rela-cionadas mesma transao so reconhecidas simultaneamente; esse processo est vinculado ao princpio da confrontao das despesas com as receitas (regime de competncia). As despesas, incluindo garantias e outros custos a serem incorridos aps a entrega dos bens, podem ser confi avel-mente mensuradas quando as outras condies para o reconhecimento da receita tenham sido satisfeitas. Porm, quando as despesas no possam ser mensuradas confi avelmente, a receita no pode ser reconhecida. Em tais circunstncias, quaisquer valores j recebidos pela venda dos bens sero reconhecidos como um passivo.

    5.3. Divulgao

    Quando a entidade reconhecer a receita pelo percentual de evoluo da obra, satisfazendo continuamente todos os critrios do item 14 da NBC TG 30 Receitas, medida que a construo avana, a entidade deve divulgar:

    a) os critrios utilizados nos contratos que atendem a

    todos os requerimentos do item 14 da NBC TG 30

    Receitas;

    b) o valor da receita proveniente desses contratos no perodo; e

    c) os mtodos usados para determinar o percentual de evo-

    luo da obra.

    Com relao aos contratos descritos nas letras a a c su-

    pracitadas, que estiverem em andamento na data do relatrio, a

    entidade tambm deve divulgar:

    a) o valor total dos custos incorridos e dos lucros reconhecidos

    (menos perdas reconhecidas) at aquela data; e

    b) o valor dos adiantamentos recebidos.

    6. Nota Informativa

    A seguir, abordaremos a anlise de um contrato de construo de imvel.

    6.1. Anlise de contrato de construo de imvel

    A anlise do contrato de construo de imvel ser explicada mediante apresentao do fl uxograma a seguir:

    Podem outros componentes, que no sejama construo do imvel, ser identificados nocontrato (por exemplo, venda de terreno ouprestao de servios de administrao de

    imveis)?

    (ver item 8 da Interpretao).

    Dividir o contrato em componentes identificveisseparadamente.

    Apropriar a cada componente o valor justo daremunerao recebida ou a receber.

    Separar componentes.

    Componente(s) de entrega deoutros bens ou servios.

    Aplicar a NBC TG 30.

    Componente para a construode imvel e servios diretamenterelacionados (de acordo com o

    item 4 da NBC TG 30).(Ver item 11 da Interpretao).

    A

    A

    No

    Sim

  • 6 No 06/14 1a semana Fevereiro

    CONTABILIDADE ASSUNTOS DIVERSOSe Legislao Manual de Procedimentos

    7. Exemplo Ilustrativo

    A seguir, traremos alguns exemplos ilustrativos do reconheci-mento dos contratos de construo do setor imobilirio:

    a) a entidade est incorporando um empreendimento resi-dencial e comea a comercializar unidades imobilirias (apartamentos) ao longo da construo. Os compradores celebram um contrato de venda que lhes d o direito de adquirir uma unidade especfi ca, quando ela estiver pronta para ser ocupada. Eles fazem um adiantamento, que

    somente restituvel se a entidade deixar de entregar a unidade concluda de acordo com os termos contratados. Os compradores tambm so obrigados a efetuar paga-mentos de parcelas durante a evoluo da obra. O restante do preo de compra pago unicamente por ocasio da concluso do contrato, quando os compradores recebem a posse efetiva de sua unidade. Os compradores podem especifi car apenas pequenas alteraes do projeto bsico, mas no podem especifi car, nem alterar, grandes elementos estruturais do projeto de sua unidade;

    O contrato ou ocomponente atende definio de contrato

    de construo?

    (Ver item 11 daInterpretao).

    O contrato ou ocomponente um

    contrato deconstruo no

    alcance da NBCTG 17*

    Receitas e custos soreconhecidos pelo

    percentual de evoluoda obra.

    (Ver item 13 daInterpretao).

    O contrato ou ocomponente apenaspara a prestao de

    servios?

    (Ver itens 14 e 15 daInterpretao).

    O contrato oucomponente

    para a prestaode servios no

    alcance da NBCTG 30.

    Receitas e custos soreconhecidos pelo

    percentual de evoluoda obra.

    (Ver item 15 daInterpretao).

    O contrato ou ocomponente para a

    venda de bens noalcance da NBC TG

    30**.

    (Ver item 16 daInterpretao).

    Os critrios dereconhecimentode receita so

    atendidoscontinuamente?

    (Ver item 17 daInterpretao).

    Receitas e custos soreconhecidos pelo

    percentual de evoluoda obra.

    (Ver item 17 daInterpretao).

    A receita reconhecida quando

    todas as condies doitem 14 da NBC TG 30

    so satisfeitas.(Ver item 18 daInterpretao).

    A

    Sim

    Sim

    Sim

    No

    No

    No

  • No 06/14 71a semana Fevereiro

    CONTABILIDADE ASSUNTOS DIVERSOSe LegislaoManual de Procedimentos

    Nota Cenofi sco:Nesse caso, os direitos ao imvel em questo no so transferidos ao comprador at o momento efetivo da entrega da unidade pronta, inde-pendentemente do contrato de venda. Consequentemente, a construo ocorre independentemente de haver ou no contratos de venda pactuados.

    b) nesse exemplo ilustrativo, os termos contratuais e todos os fatos e circunstncias envolvidos indicam que o con-trato no um contrato de construo. O contrato um compromisso de compra e venda para entrega futura, que concede ao comprador o direito de adquirir, usar e vender o imvel concludo, em data posterior a sua entrega, e uma obrigao de pagar o preo de compra, de acordo com os termos desse compromisso; e

    Nota Cenofi sco:Embora o comprador tenha condies de transferir a terceiros sua partici-pao no compromisso futuro, a entidade mantm o controle, os riscos e os benefcios signifi cativos da propriedade at o imvel concludo ser entre-gue. Dessa forma, a receita somente deve ser reconhecida quando todos os critrios do item 14 da NBC TG 30 Receitas forem atendidos (nesse exemplo, na entrega da unidade imobiliria).

    c) na hiptese de a lei exigir que a entidade transfi ra imedia-tamente ao comprador a propriedade do imvel em seu estado atual de concluso e exija tambm que toda a construo adicional se torne propriedade do comprador medida que a construo avana, a entidade precisaria considerar todos os termos do contrato para determinar se essa mudana, na poca da transferncia de propriedade, signifi ca que a entidade transfere ao comprador o controle, os riscos e os benefcios signifi cativos da propriedade do imvel, independentemente da evoluo/concluso da obra.

    Por exemplo, o fato de, se o contrato for rescindido antes de a construo terminar, o comprador manter a execuo da obra e a entidade ter o direito de ser paga pelo trabalho anteriormente realizado, poderia indicar que o controle transferido juntamente com a propriedade. Se for assim, e se todos os critrios do item 14 da NBC TG 30 Receitas forem atendidos, a entidade reconhecer a receita pelo percentual de evoluo da obra, levando em consi-derao a etapa de concluso do empreendimento e os contratos fi rmados com cada comprador.

    Contabilizao do Pagamento de Pro Labore

    Vamos considerar que uma empresa com atividade industrial tem trs administradores (dirigentes), cujas remuneraes mensais a ttulo de pro labore so da importncia de R$ 7.000,00 (valor bruto) para cada um.

    Considerando ainda que esses administradores no possuam dependentes e sejam contribuintes da Previdncia Social pelo valor (teto) mximo permitido legalmente, teremos:

    a) Remunerao mensal (pro labore) = R$ 7.000,00

    b) IRRF (alquota de 27,5%) = R$ 973,34

    c) INSS (R$ 4.149,00 x alquota de 11%) = R$ 456,39

    Valor lquido (total a receber) = R$ 5.570,27

    A contribuio previdenciria da empresa sobre a remunerao a ttulo de pro labore ser calculada conforme segue:

    Valor Total do Pro Labore R$ 21.000,00

    (x) Alquota 20%

    (=) INSS da Empresa R$ 4.200,00

    Verifi cadas as informaes supracitadas, sugerimos os seguin-tes lanamentos contbeis:

    a) Pela apropriao da despesa de pro labore

    Contas Contbeis Dbito Crdito

    Pro Labore (Conta de Resultado) 21.000,00

    Pro Labore a Pagar (Passivo Cir-culante)

    21.000,00

    Nota Cenofi sco:A remunerao do lanamento supracitada representa o somatrio da receita bruta auferida pelos trs administradores.

    b) Pelo registro da contribuio previdenciria parte empresa

    Contas Contbeis Dbito Crdito

    INSS (Conta de Resultado) 4.200,00

    INSS a Recolher (Passivo Circulante) 4.200,00

    c) Pelo registro do IRRF descontado

    Contas Contbeis Dbito Crdito

    Pro Labore a Pagar (Passivo Cir-culante)

    973,34

    IRRF a Recolher (Passivo Circulante) 973,34

  • 8 No 06/14 1a semana Fevereiro

    CONTABILIDADE ASSUNTOS DIVERSOSe Legislao Manual de Procedimentos

    Nota Cenofi sco:O valor a ttulo de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) retromencionado corresponde ao desconto suportado por cada contribuinte (administrador).

    d) Pelo registro do INSS descontado

    Contas Contbeis Dbito Crdito

    Pro Labore a Pagar (Passivo Circulante) 1.369,17

    INSS a Recolher (Passivo Circulante) 1.369,17

    Nota Cenofi sco:O valor a ttulo de INSS retromencionado corresponde ao somatrio da contribuio descontada dos trs contribuintes (administradores).

    Ou seja:

    R$ 456,39 (teto mximo) x 3 (quantidade de contribuintes) = R$ 1.369,17

    e) Pelo pagamento do pro labore

    Contas Contbeis Dbito Crdito

    Pro Labore a Pagar (Passivo Cir-culante)

    16.710,81

    Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)

    16.710,81

    Nota Cenofi sco:O valor retromencionado a ttulo de pro labore corresponde ao somatrio da receita lquida auferida pelos trs contribuintes (administradores).

    Ou seja:

    R$ 5.570,27 (receita bruta lquida) x 3 (quantidade de contri-buintes) = R$ 16.710,81

    f) Pelo recolhimento do IRRF

    Contas Contbeis Dbito Crdito

    IRRF a Recolher (Passivo Circulante) 2.920,02

    Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)

    2.920,02

    Nota Cenofi sco:O valor a ttulo de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) retromencionado corresponde ao somatrio de desconto suportado pelos trs contribuintes (administradores).

    g) Pelo recolhimento do INSS

    Contas Contbeis Dbito Crdito

    INSS a Recolher (Passivo Circulante) 5.569,71

    Banco Conta Movimento (Ativo Cir-culante)

    5.569,71

    Nota Cenofi sco:O valor a ttulo de INSS retromencionado corresponde ao somatrio de desconto suportado pelos trs contribuintes (administradores) e da parcela devida pela empresa.

    Dessa forma:

    (+) R$ 456,39 (teto mximo) x 3 (quantidade de contribuintes) = R$ 1.369,71

    (+) R$ 4.200 (parte empresa)

    (=) INSS a recolher

    LEGISLAOA ntegra da legislao mencionada encontra-se disponvel no Cenofi sco BD On-line.

    COMUNICADOS BACEN

    Taxa Bsica Financeira (TBF), Redutor (R) e Taxa Referencial (TR), do Perodo de 11/01/2014 a 15/01/2014

    Sinopse: O Banco Central do Brasil, por meio dos comunicados a seguir relacionados, divulgou a Taxa Bsica Financeira (TBF), o Redutor (R) e a Taxa Referencial (TR), relativos aos perodos mencionados:

    Perodo TBF (%) Redutor (R) TR (%) Comunicados BACEN ns

    11/01/2014 a 11/02/2014 0,7786 1,0070 0,0781 25.111

    12/01/2014 a 12/02/2014 0,8158 1,0071 0,1051 25.111

    13/01/2014 a 13/02/2014 0,8791 1,0077 0,1083 25.111

    14/01/2014 a 14/02/2014 0,7902 1,0068 0,1095 25.117

    15/01/2014 a 15/02/2014 0,8628 1,0072 0,1418 25.124

  • No 06/14 91a semana Fevereiro

    CONTABILIDADE ASSUNTOS DIVERSOSe LegislaoManual de Procedimentos

    Impresso no Brasil Printed in Brazil

    Copyright 2014

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    CEP 01220-010 So Paulo-SP

    CENOFISCOProcedimentosMANUAL DE

    DiretoriaDiretor-Presidente: Carlos Srgio Serra

    presidente@cenofi sco.com.brDiretor de Contedo: Antonio Carlos Medeiros Nunes

    Diretor Comercial: Lourival Medeiros de Campos

    Diretor Administrativo: Nelson Domingos Colete

    Conselheiro Editorial: Jorge Lobo

    Equipe TcnicaCoordenadora Editorial: Sonia TelesCoordenador Consultoria: Sebastio Guedes de Arajo

    IR e ContabilidadeAdriana da Silva Santos, Andra do Carmo Oliveira, Benedita Bernardes Nepomuceno Carleto, Carlos Alberto Silva, Cludio Garcia de Oliveira, Elisabete de Oliveira Torres, Fauler Lanzo Pedrecca, Flavio Danelon, Gilmar Apolinrio, Joo Carlos Ribeiro Martins, Juracy Francisco de Sousa, Kelly Ribeiro Bezerra, Luiz Henrique Moutinho, Terezinha Massambani, Valmir Bezerra de Brito, Vitor Anderson Rubio.

    Trabalho e PrevidnciaAlexandre Matias Silva, Carolina Rodrigues, Claudia Garcia de Camargo Pedro, Elaine da Silveira Assis Matos, Jeronimo Jos Carvalho Barbosa, Jos Pereira Vicente, Juliane Baggio, Kelly Interlichia, Ligia Bianchi Gonalves Simo, Lourival Fermino Leite, Mrcia Cristina Pereira Barbosa, Maria Alexandra Franco, Maria Augusta Guerrero Meigger, Nilceia A. Lima Gonzaga, Rita de Cssia da Silva, Rodrigo Domingues Napier, Rosnia de Lima Costa, Sandra Carrancho.

    ICMS, IPI e ISSAdriana Gomes Lemos Silva, Alessandra Pruano Ramos, Carina Gonalves dos Santos, Carolina Aparecida Martins, Cleuza Marchi Teixeira, Elenice Dinardi, Erica Jolo Dala, Gilmara Coelho Maia, Glaucia Cristina Peixoto, Glaydson Ricardo de Souza, Graziela Cristina da Silva, Herlon Nunes, bis Neves, Jorge Luiz de Almeida, Kelly Luciene dos Santos Fernandes, Klayton Teixeira Turrin, Leandro Tavares, Luzia Aparecida Bicalho, Mrcia Cristina Borges, Mrcia Iablonski, Marcos Ferreira Barros, Marianita Ribeiro Diniz, Mrcio Romano, Priscila Dias Romeiro Gabriel, Rebeca Teixeira Pires, Ricardo Borges Lacerda, Robson Satiro de Almeida, Rodrigo Beluci Correia, Rodrigo Macedo, Ronoel Trevizoli Neves, Srgio Juarez de Haan Porto, Tatiane Sausen, Terezinha do Valle Adamo, Veronica Ferreira de Paula.

    Comrcio ExteriorAdriana Vieira Campos, Andrea Campos, Angelo Luiz Lunardi, Cristiane Guimares Franco, Debora Tavares da Silva, Joo dos Santos Bizelli, Leide Rocha Alves, Luiz Martins Garcia, Rei-naldo Sashihara, Rene Francisco de Assis, Samir Keedi, Sonia da Silva Esteves, Vilma Aparecida Pereira, Washington Magela Costa e Wladymir Fabiano Alves.

    Equipe de Produo EditorialDiagramao: Gutimberg Leme, Jonilson Lima Rios, Luiz Roberto de Paiva e

    Raimundo Brasileiro

    Editorao Eletrnica: Ana Aparecida Pereira, Ana Cristina Mantovani Jorge, Andrea Virgilino de Andrade, Aparecida Beraldo Torres Gonalves de Campos, Bruna Campos Farias, Cassia Thais do Amaral O. Barsuglia, Darcio Duarte de Oliveira, Doroty Shizue Nakagawa, Rafael Cogo, Ricardo Martins Abreu, Rodrigo Dias Cunha e Rosana de Campos Rosa.

    Reviso: Aline Taluana da Silva Rojas, Din Viana, Maria Eugnia de S e Silvia Pinheiro B. dos Santos.

    Lucro RealSuporte Tcnico:Vanessa Alves

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