174
ÍNDICE Previdência Social ........................................................... 3 Folha de Pagamento de Contribuinte Individual – Aspectos Previdenciários Trabalhista ............................................................................ 12 Uso de Cigarros e Similares – Proibição – Estado do Rio de Janeiro Hora de Verão – Ano 2009/2010 Jurisprudência e Outros ................................................ 14 Contribuição Previdenciária – Pagamento a Autônomo Doméstico – Férias em Dobro Transferência do Empregado – Requisitos Seguro-Desemprego – Falta de Entrega de Guias – Indenização Indevida Consultoria Cenofisco ................................................... 15 Rescisão Contratual – Desconto de Empréstimo Rescisão Contratual – Antes do Término do Prazo Determinado (Lei nº 9.601/98) Rescisão Contratual – Descontos Permitidos – Dano Causado pelo Empregado à Empresa Rescisão Contratual – Documentos à Serem Entregues ao Empregado Rescisão Contratual – Suspensão por mais de 30 dias Rescisão Contratual – Prazo para Pagamento Destaques Destacamos nesta edição: Matéria sobre a elaboração da folha de pagamento mensal dos contribuintes individuais e seus aspectos previdenciários. Matéria referente ao uso de cigarros e similares e a criação de ambientes de uso coletivo livres de tabaco no Estado do Rio de Janeiro. Início e término do horário de verão. Ligia Bianchi Gonçalves Rosânia de Lima Costa 40 TRABALHO • PREVIDÊNCIA e Legislação CENOFISCO Procedimentos MANUAL DE Cenofisco BD Legislação Com segurança e confiabilidade nas informações, o Cenofisco disponibiliza, inteiramente grátis, o mais completo acervo de normas federais do País (de 1900 a 2009) com atualização diária, moderno sistema de pesquisa (por número, assunto e data) e normas legais do dia. Acesse www.cenofisco.com.br e confira agora este benefício. continua

MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

  • Upload
    buithuy

  • View
    231

  • Download
    5

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ÍNDICE

Previdência Social ........................................................... 3

• Folha de Pagamento de Contribuinte Individual – Aspectos

Previdenciários

Trabalhista ............................................................................ 12

• Uso de Cigarros e Similares – Proibição – Estado do Rio de

Janeiro

• Hora de Verão – Ano 2009/2010

Jurisprudência e Outros ................................................ 14

• Contribuição Previdenciária – Pagamento a Autônomo

• Doméstico – Férias em Dobro

• Transferência do Empregado – Requisitos

• Seguro-Desemprego – Falta de Entrega de Guias – IndenizaçãoIndevida

Consultoria Cenofisco ................................................... 15

• Rescisão Contratual – Desconto de Empréstimo

• Rescisão Contratual – Antes do Término do Prazo Determinado(Lei nº 9.601/98)

• Rescisão Contratual – Descontos Permitidos – Dano Causadopelo Empregado à Empresa

• Rescisão Contratual – Documentos à Serem Entregues aoEmpregado

• Rescisão Contratual – Suspensão por mais de 30 dias

• Rescisão Contratual – Prazo para Pagamento

Destaques

Destacamos nesta edição:

– Matéria sobre a elaboração da folha de pagamento

mensal dos contribuintes individuais e seus

aspectos previdenciários.

– Matéria referente ao uso de cigarros e similares e

a criação de ambientes de uso coletivo livres de

tabaco no Estado do Rio de Janeiro.

– Início e término do horário de verão.

Ligia Bianchi Gonçalves

Rosânia de Lima Costa

40

TRABALHO • PREVIDÊNCIAe Legislação

CENOFISCOProcedimentosMANUAL DE

Cenofisco BD Legislação

Com segurança e confiabilidade nas informações, o Cenofisco disponibiliza,inteiramente grátis, o mais completo acervo de normas federais do País(de 1900 a 2009) com atualização diária, moderno sistema de pesquisa(por número, assunto e data) e normas legais do dia.Acesse www.cenofisco.com.br e confira agora este benefício. continua

Page 2: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

2 • No 40/09 5a semanaSetembro

TRABALHO • PREVIDÊNCIAe Legislação Manual de Procedimentos

CENOFISCO

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Manual de procedimentos : trabalho, previdência e legislação. – – Curitiba, PR : Cenofisco Editora, 2006.

ISBN 85-7569-019-1

1. Jurisprudência 2. Justiça do trabalho – Brasil 3. Previdência social – Leis e legislação – Brasil 4. Trabalho –Leis e legislação – Brasil

I. Título: Trabalho, previdência e legislação.

06-9526 CDU-34:336.2 (81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil: Direito fiscal 34:336.2 (81)

ÍNDICE – CONTINUAÇÃO

Legislação ................................................................ 17

• FGTS– Circular CAIXA nº 487/09

Procedimentos para Movimentação das ContasVinculadas do FGTS – Instruções Complementares

• Previdência Social– Ato Declaratório PGFN nº 2/09

Apresentação de Contestação, de Interposição deRecursos e a Desistência dos já Interpostos – Dispensa

– Portaria MPS nº 248/09Fatores de Atualização dos Salários-de-Contribuição paraApuração do Salário-de-Benefício e Contribuições Vertidaspara Cálculo do Pecúlio – Setembro/2009

– Súmula AGU nº 44/09Cumulação do Benefício de Auxílio-Acidente comBenefício de Aposentadoria

Page 3: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 35a semanaSetembro

TRABALHO • PREVIDÊNCIAe LegislaçãoManual de Procedimentos

CENOFISCO

Folha de Pagamento de ContribuinteIndividual – Aspectos Previdenciários

SUMÁRIO

1. Introdução1.1. Obrigações acessórias

2. Composição da Folha de Pagamento

3. Segurados Obrigatórios na Condição de Contribuinte Individual3.1. Diretor empregado3.2. Diretor não empregado3.3. Equiparado a contribuinte individual3.4. Pró-labore3.5. Lucro3.6. Base de cálculo da contribuição previdenciária3.7. Fato gerador

4. Fiscalização Previdenciária

5. Comprovante de Pagamento

6. Encargos INSS/IRRF

7. Exemplos Práticos7.1. Autônomos7.2. Empresários7.3. Preenchimento da folha de pagamento

1. Introdução

Nos termos do art. 225 do Regulamento da PrevidênciaSocial (RPS), aprovado pelo Decreto nº 3.048/99, a empresa e aequiparada, sem prejuízo do cumprimento de outras obrigaçõesacessórias previstas na legislação previdenciária, estão obrigadas:

a) a elaborar folha de pagamento mensal da remuneraçãopaga, devida ou creditada a todos os segurados a seuserviço, de forma coletiva por estabelecimento, por obra deconstrução civil e por tomador de serviços, com a corres-pondente totalização e resumo geral, nela constando:

a.1) discriminados: o nome de cada segurado e respecti-vo cargo, função ou serviço prestado;

a.2) agrupados por categoria: os segurados empregados,trabalhador avulso e contribuinte individual;

a.3) identificados: o nome das seguradas em gozo desalário-maternidade;

a.4) destacados: as parcelas integrantes e não integrantesda remuneração e os descontos legais; e

a.5) indicados: o número de quotas de salário-família atribuídasa cada segurado empregado ou trabalhador avulso;

b) lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilida-de, de forma discriminada, os fatos geradores de todas ascontribuições sociais a cargo da empresa, as contribuiçõessociais previdenciárias descontadas dos segurados, asdecorrentes de sub-rogação, as retenções e os totais reco-lhidos;

c) prestar ao INSS todas as informações cadastrais, financei-ras e contábeis de interesse do mesmo, na forma por eleestabelecida, bem como os esclarecimentos necessáriosà fiscalização;

d) exibir à fiscalização do INSS, quando intimada para tal,todos os documentos e livros relacionados com as contri-buições sociais;

e) informar mensalmente em Guia de Recolhimento do Fundode Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previ-dência Social (GFIP) emitida por estabelecimento da em-presa, por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, os fatos geradores dascontribuições sociais e outras informações de interesse doINSS, na forma estabelecida no Manual da GFIP.

1.1. Obrigações acessórias

A empresa é também obrigada a:

a) encaminhar ao sindicato representativo da categoria profis-sional mais numerosa entre seus empregados, até o dia 10de cada mês, cópia da Guia da Previdência Social (GPS)relativamente à competência anterior;

b) afixar cópia da GPS, relativamente à competência anterior,durante o período de um mês, no quadro de horário de quetrata o art. 74 da CLT.

c) informar, anualmente, à Secretaria da Receita Federal doBrasil (RFB), na forma por ela estabelecida, o nome, onúmero de inscrição na Previdência Social e o endereçocompleto dos segurados, por ela utilizados no período, aqualquer título, para distribuição ou comercialização deseus produtos, sejam eles de fabricação própria oude terceiros, sempre que se tratar de empresa que realizevendas diretas.

As informações prestadas na Guia de Recolhimento do FGTSe de Informações à Previdência Social (GFIP) servirão como base decálculo das contribuições arrecadadas pelo Instituto Nacional do

PREVIDÊNCIA SOCIAL

Page 4: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

4 • No 40/09 5a semanaSetembro

TRABALHO • PREVIDÊNCIAe Legislação Manual de Procedimentos

CENOFISCO

Seguro Social, comporão a base de dados para fins de cálculo econcessão dos benefícios previdenciários, bem como constituir-se-ãoem termo de confissão de dívida, na hipótese do não recolhimento.

A entrega da GFIP deverá ser efetuada na rede bancária,conforme estabelecido pelo Ministério da Previdência e AssistênciaSocial, até o dia 7 do mês seguinte àquele a que se referirem asinformações, antecipando-se a entrega quando o dia 7 recair emdia em que não haja expediente bancário, sendo exigida relativa-mente a fatos geradores ocorridos a partir de janeiro/1999.

O preenchimento, as informações prestadas e a entrega daGFIP são de inteira responsabilidade da empresa.

Os lançamentos de que trata a letra “b” do item 1, devidamen-te escriturados nos livros “Diário” e “Razão”, serão exigidos pelafiscalização após 90 dias contados da ocorrência dos fatos gerado-res das contribuições, devendo, obrigatoriamente:

a) atender ao princípio contábil do regime de competência; e

b) registrar, em contas individualizadas, todos os fatos gerado-res de contribuições previdenciárias de forma a identificar, clara eprecisamente, as rubricas integrantes e não integrantes do salário-de-contribuição, bem como as contribuições descontadas do se-gurado, as da empresa e os totais recolhidos, por estabelecimentoda empresa, por obra de construção civil e por tomador de serviços.

A referida exigência não desobriga a empresa do cumprimen-to das demais normas legais e regulamentares referentes à escritu-ração contábil.

Nota Cenofisco:De acordo com o art 8º da Lei nº 10.666/03, a empresa que utilizasistema de processamento eletrônico de dados para registro de negó-cios e atividades econômicas, escrituração de livros ou produção dedocumentos de natureza contábil, fiscal, trabalhista e previdenciária éobrigada a arquivar e conservar devidamente os certificados, ossistemas e os arquivos em meio digital ou assemelhado durante 10anos, à disposição da fiscalização.

Estão desobrigados de apresentação de escrita contábil:

a) as pessoas físicas equiparadas a empresa, matriculadasno CEI;

b) pequeno comerciante, nas condições estabelecidas peloDecreto-Lei nº 486/69, e seu Regulamento;

c) pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido, deacordo com a legislação tributária federal, desde que, man-tenha a escrituração do Livro Caixa e Livro de Registro deInventário; e

d) pessoa jurídica que optar pela inscrição no SIMPLES Nacional,desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e doLivro de Registro de Inventário.

A empresa deverá manter à disposição da fiscalização, duran-te 10 anos, os documentos comprobatórios do cumprimento des-sas obrigações, observadas as normas estabelecidas pelos ór-gãos competentes.

Com base no exposto, iremos comentar a seguir os procedi-mentos cabíveis para a elaboração da folha de pagamento, e asdevidas incidências.

2. Composição da Folha de Pagamento

Na folha de pagamento do autônomo e empresário (contribuinteindividual) elaborada mensalmente, deverão ser discriminados onome, o número de inscrição, o serviço prestado, o valor do serviço,e o valor da contribuição.

No caso da contratação de um autônomo, que não tenha ainscrição no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), cabe aempresa providenciar a sua inscrição.

3. Segurados Obrigatórios na Condição deContribuinte Individual

São segurados obrigatórios da Previdência Social como con-tribuinte individual, entre outros:

a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividadeagropecuária ou pesqueira, em caráter permanente ou tem-porário, diretamente ou por intermédio de prepostos e comauxílio de empregados, utilizados a qualquer título, aindaque de maneira não contínua;

b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividadede extração mineral (garimpo), em caráter permanente outemporário, diretamente ou por intermédio de prepostos,com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquertítulo, ainda que de maneira não contínua;

c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto devida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa;

d) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismooficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, aindaque lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto porregime próprio de Previdência Social;

e) o titular de firma individual urbana ou rural;

f) o diretor não empregado e o membro de conselho deadministração na sociedade anônima;

g) todos os sócios, nas sociedades em nome coletivo e decapital e indústria;

Page 5: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 55a semanaSetembro

TRABALHO • PREVIDÊNCIAe LegislaçãoManual de Procedimentos

CENOFISCO

h) o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneraçãodecorrente de seu trabalho e o administrador não emprega-do na sociedade por cotas de responsabilidade limitada,urbana ou rural;

i) o associado eleito para cargo de direção em cooperativa,associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade,bem como o síndico ou administrador eleito para exerceratividade de direção condominial, desde que recebamremuneração;

j) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em cará-ter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação deemprego;

k) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividadeeconômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não; e

l) o cooperado de cooperativa de produção que, nesta condi-ção, presta serviço à sociedade cooperativa mediante re-muneração ajustada ao trabalho executado.

3.1. Diretor empregado

Considera-se diretor empregado àquele que, participando ounão do risco econômico do empreendimento, seja contratadoou promovido para cargo de direção das sociedades anônimas,mantendo as características inerentes à relação de emprego.

3.2. Diretor não empregado

Considera-se diretor não empregado aquele que, participan-do ou não do risco econômico do empreendimento, seja eleito, porassembleia geral dos acionistas, para cargo de direção das socie-dades anônimas, não mantendo as características inerentes àrelação de emprego.

3.3. Equiparado a contribuinte individual

Enquadram-se na qualidade de contribuinte individual, entre outros:

a) o condutor autônomo de veículo rodoviário, assim conside-rado aquele que exerce atividade profissional sem vínculoempregatício, quando proprietário, co-proprietário ou pro-mitente comprador de um só veículo;

b) aquele que exerce atividade de auxiliar de condutor autôno-mo de veículo rodoviário, em automóvel cedido em regimede colaboração, nos termos da Lei nº 6.094/74;

c) aquele que, pessoalmente, por conta própria e a seu risco,exerce pequena atividade comercial em via pública ou deporta em porta, como comerciante ambulante, nos termosda Lei nº 6.586/78;

d) o trabalhador associado a cooperativa que, nessa qualida-de, presta serviços a terceiros;

e) o membro de conselho fiscal de sociedade por ações;

f) aquele que presta serviço de natureza não contínua, porconta própria, a pessoa ou família, no âmbito residencialdesta, sem fins lucrativos;

g) aquele que, na condição de pequeno feirante, compra pararevenda produtos hortifrutigranjeiros ou assemelhados;

h) a pessoa física que edifica obra de construção civil;

i) o médico residente de que trata a Lei nº 6.932/81.

3.4. Pró-labore

O pró-labore caracteriza-se como uma remuneração mensal,fixa e predeterminada, de sócios, dirigentes, administradores, dire-tores ou conselheiros, correspondente à retribuição ao trabalhorealizado ou à compensação pela incumbência que lhe foi cometidana empresa.

Para efeitos previdenciários a retirada de pró-labore não éobrigatória, ou seja, dependerá apenas de previsão no contratosocial.

Assim, no contrato social poderá ser inserida uma cláusula,prevendo que, o administrador fará ou não jus à retirada do pró-labore, bem como, previsão quanto à possibilidade de redução ouaumento da referida remuneração.

3.5. Lucro

Nos termos dos arts. 1.007 e 1.008 do Código Civil, lucro éo resultado do confronto das receitas com os custos e despesas,efetuado por meio do demonstrativo do resultado do exercício,podendo a partir daí, ter a destinação prevista no estatuto oucontrato social, ou o que vir a ser decidido pelos sócios/acionistas,inclusive ser distribuído, por meio de assembleia, devidamenteconsignado no livro de atas.

Não existe na legislação previdenciária nenhum impedimentocom relação à distribuição de lucros desde de que esteja estabele-cida no contrato social da empresa, vez que pelo principio daliberdade contratual, livre iniciativa e a proteção à propriedade priva-da os empreendedores são livres para dispor de seu patrimônioquando licitamente amparado pela atividade empresarial.

Especificamente no tocante a contribuição previdenciária, seos lucros distribuídos estiverem em conformidade com o estabele-cido nas regras da contabilidade não haverá incidência, pois oslucros distribuídos não são considerados como parcela integranteda remuneração do empresário e, consequentemente, não compo-

Page 6: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

6 • No 40/09 5a semanaSetembro

TRABALHO • PREVIDÊNCIAe Legislação Manual de Procedimentos

CENOFISCO

rá a base de calculo do salário-de-contribuição. Conclusões quedepreendemos da leitura do art. 214, § 9º combinado com art. 201do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99, cujo texto, transcre-vemos a seguir:

“......................................................................................................................................

Art. 201 – A contribuição a cargo da empresa, destinada àseguridade social, é de:

.............................................................................................................

§ 1º – São consideradas remuneração as importâncias auferidasem uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendi-mentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês,destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma,inclusive os ganhos habituais sob a forma de utilidades, ressalvado odisposto no § 9º do art. 214 e excetuado o lucro distribuído aosegurado empresário, observados os termos do inciso II do § 5º.”

3.5.1. Antecipação de lucro

Um cuidado deve-se ter com a distribuição antecipada delucro, pois o art. 201, § 5º, do RPS, aprovado pelo Decretonº 3.048/99 estabelece que, os valores totais pagos ou creditadosaos sócios, ainda que a título de antecipação de lucro da pessoajurídica, quando não houver discriminação entre a remuneraçãodecorrente do trabalho e a proveniente do capital social ou tratar-sede adiantamento de resultado ainda não apurado por meio dedemonstração de resultado do exercício será base de cálculo paraa contribuição previdenciária.

Assim, deve ficar demonstrado, contabilmente, que se tratade lucro, pois, caso contrário será tido pelo Auditor-fiscal comoremuneração paga ou creditada ao empresário.

3.5.2. Distribuição de lucro – Débito – Proibição

A empresa em débito para com a Previdência Social, com oFGTS e em débito salarial não pode distribuir bonificações ou dividen-dos a acionistas, bem como dar ou atribuir cota ou participação noslucros a sócios cotistas, diretores ou outro membro de órgão dirigente,fiscal ou consultivo, ainda que a título de adiantamento, sob pena de serautuada e sofrer a imposição de multa equivalente a 50% das quantiasque tiverem sido pagas ou creditadas, a partir da data do evento.

Porém, em se tratando apenas de débito previdenciário, po-derá a empresa pagar pró-labore.

3.6. Base de cálculo da contribuição previdenciária

Base de cálculo da contribuição social previdenciária é o valorsobre o qual incide uma alíquota definida em lei para determinar omontante da contribuição devida.

As bases de cálculo das contribuições sociais previdenciáriasda empresa e do equiparado, dentre outras, destacamos as se-guintes:

a) o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, aqualquer título, durante o mês, aos segurados empregadose trabalhadores avulsos que lhe prestam serviços, destina-das a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma,inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma deutilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste sa-larial, quer pelos serviços efetivamente prestados, querpelo tempo à disposição do empregador, nos termos da leiou do contrato, ou ainda, de convenção ou de acordocoletivo de trabalho ou de sentença normativa;

b) o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquertítulo, no decorrer do mês, aos segurados contribuintesindividuais que lhe prestam serviços;

c) o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de presta-ção de serviços em relação a serviços que lhe são prestadospor cooperados por intermédio de cooperativa de trabalho.

3.7. Fato gerador

Considera-se ocorrido o fato gerador da obrigação previdenciáriaprincipal e existentes seus efeitos, entre outros:

a) em relação ao segurado, contribuinte individual, no mês emque lhe for paga ou creditada remuneração;

b) em relação à empresa:

b.1) no mês em que for paga ou creditada a remuneração,ou o que ocorrer primeiro, ao segurado contribuinteindividual que lhe presta serviços;

b.2) no mês da emissão da nota fiscal ou da fatura deprestação de serviços por cooperativa de trabalho.

Salientamos que, para efeito previdenciário, nos termos doart. 66, § 1º, da Instrução Normativa MPS/SRP nº 3/05, consi-dera-se creditada a remuneração na competência em que a em-presa contratante for obrigada a reconhecer contabilmente a despe-sa ou o dispêndio ou, no caso de equiparado ou empresa legalmentedispensada da escrituração contábil regular, na data da emissão dodocumento comprobatório da prestação de serviços.

4. Fiscalização Previdenciária

A empresa deverá manter à disposição da fiscalização oscódigos ou abreviaturas que identifiquem as respectivas rubricasutilizadas na elaboração da folha de pagamento, bem como, osutilizados na escrituração contábil.

Page 7: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 75a semanaSetembro

TRABALHO • PREVIDÊNCIAe LegislaçãoManual de Procedimentos

CENOFISCO

Para apuração do valor da remuneração paga ou creditada aoempresário durante o mês, a fiscalização poderá, além do especifi-cado anteriormente, examinar também as demonstrações financei-ras, os registros contábeis, como exemplo o Livro Diário, conforme ocaso, o Livro Caixa, os Comprovantes de Lançamento Contábil, osDocumentos de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), a De-claração do Imposto de Renda na Fonte (DIRF), a Declaração doImposto de Renda Pessoa Jurídica e o Contrato Social e seusaditivos, como também as Atas de Assembleias Gerais, nas socie-dades anônimas.

O art. 235 do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99dispõe que, para as empresas sujeitas à escrituração contábil, seno exame dessa escrituração e de qualquer outro documento daempresa, a fiscalização constatar que a contabilidade não registra omovimento real da remuneração dos segurados a seu serviço, essaserá desconsiderada, sendo apuradas e lançadas de ofício ascontribuições devidas, cabendo à empresa o ônus da prova emcontrário.

Caso a empresa seja desobrigada a apresentar escrituraçãocontábil conforme estabelece o § 16 do art. 225 do RPS, aprova-do pelo Decreto nº 3.048/99, e não havendo a comprovação dosvalores pagos ou creditados aos empresários conforme determinao § 3º do art. 201 do citado decreto, a contribuição mínima daempresa referente a esses segurados será de 20% sobre o respec-tivo salário-de-contribuição.

Se não houver salário-de-contribuição em razão de estar oempresário contribuindo sobre o limite máximo na condição deempregado, o mesmo será estimado sobre a maior remuneraçãopaga a empregados da empresa, e inexistindo as hipóteses ante-riores, será considerado o salário mínimo.

Se a fiscalização verificar que a empresa atribuiu a distribuiçãoantecipada de lucro, sem que a demonstração do Resultado Finan-ceiro não indicar que houve efetivamente lucro, emitirá um Auto deInfração e apurará o débito de forma indireta, considerando comobase de cálculo o valor do lucro distribuído a título de antecipação.

As empresas que estiverem com as suas atividades paralisa-das, que não remunerarem seus segurados empresários, estarãodesobrigadas da contribuição. Lembrando que a comprovação daparalisação será feita pelo Livro Diário, Livro Caixa, pelas entradas esaídas de mercadorias, consignando na respectiva competência aexpressão “Sem Movimento”.

5. Comprovante de Pagamento

O inciso XII do art. 216 do RPS, aprovado pelo Decretonº 3.048/99 dispõe que, a empresa que remunera o autônomo e oempresário (contribuinte individual) é obrigada a fornecer a esteo comprovante do pagamento do serviço prestado, consignando,

além dos valores da remuneração e do desconto feito a título decontribuição previdenciária, o número da inscrição do segurado noINSS, a identificação completa da empresa, inclusive com o núme-ro do CNPJ.

O comprovante anteriormente mencionado deverá estar à dis-posição da fiscalização previdenciária durante 10 anos em confor-midade com o § 5º do art. 225 do Regulamento da PrevidênciaSocial (RPS).

Nota Cenofisco:Caso o contribuinte individual venha a prestar serviço no mesmo mêsa mais de uma empresa, deverá comunicar o fato a cada empresa eo valor recebido o qual já tenha incidido o desconto da contribuição,para que seja observado o limite máximo do salário-de-contribuição.

6. Encargos INSS/IRRF

A seguir, demonstraremos a apuração dos encargos de contri-buição previdenciária e do IRRF.

a) Contribuinte Individual

A partir de 01/04/2003, com a publicação da Leinº 10.666/03, a empresa é obrigada a arrecadar a contribuiçãoprevidenciária do contribuinte individual a seu serviço, mediantedesconto na remuneração a ele paga ou creditada, ou o que ocorrerprimeiro, e recolher o produto arrecadado juntamente com as contri-buições a seu cargo até o dia 20 do mês seguinte ao do pagamentoou do crédito, antecipando-se o vencimento para o dia útil anteriorquando não houver expediente bancário no dia 20.

A contribuição supramencionada, em razão da dedução pre-vista no § 4º do art. 30 da Lei nº 8.212/91, corresponde a 11% dototal da remuneração paga ou creditada, a qualquer título, no decor-rer do mês, ao segurado contribuinte individual, observado o limitemáximo do salário-de-contribuição (atualmente R$ 3.218,90).

O inciso III do art. 22 da Lei nº 8.212/91, com nova redaçãodada pela Lei nº 9.876/99, estabelece que, a contribuição a cargoda empresa destinada à Previdência Social é de 20% sobre o totaldas remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decor-rer do mês, aos segurados contribuintes individuais.

Observa-se que o encargo patronal (parte empresa) não estálimitado ao teto máximo do salário-de-contribuição, incidindo aalíquota de 20%, sobre o valor total das remunerações pagas oucreditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos seguradoscontribuintes individuais.

Lembramos que a forma de quitação dos serviços prestadospelo contribuinte individual (trabalhador autônomo ou transportadorautônomo), seja por meio de nota fiscal, Recibo de Pagamento a

Page 8: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

8 • No 40/09 5a semanaSetembro

TRABALHO • PREVIDÊNCIAe Legislação Manual de Procedimentos

CENOFISCO

Autônomo (RPA) ou Recibo de Prestação de Serviço (RPS) ascontribuições para a Previdência Social são devidas, na forma, aseguir, descrita.

Exemplo:

Valor do serviço prestado – R$ 4.000,00

Alíquota a ser descontada de contribuição – 11%, limitado a

R$ 3.218,90.

Assim, temos:

R$ 3.218,90 x 11% = R$ 354,08 (valor a ser descontado e

recolhido no campo 6 da GPS).

Além desse desconto, caberá a empresa contratante, o reco-

lhimento de 20% sobre o total dos rendimentos pagos ou credita-

dos a este contribuinte individual.

Exemplo

Valor do serviço prestado – R$ 4.000,00

Alíquota a cargo da empresa – 20% sem limite máximo.

R$ 4.000,00 x 20% = R$ 800,00 (contribuição da empresa a

ser lançado no campo 6 da GPS).

A empresa não precisa preencher um documento específico

para fazer o recolhimento das contribuições dos prestadores de

serviço ou sócios. Basta usar a mesma Guia de Recolhimento da

Previdência Social (GPS), já utilizada para fazer o recolhimento das

demais contribuições ao INSS.

Nota Cenofisco:O contribuinte individual que prestar serviços a pessoas físicas deverápermanecer como responsável por sua contribuição individual, porém,quando este prestar serviço à pessoa jurídica (empresas) terá o valorcorrespondente descontado de sua remuneração mensal, encarre-gando-se o contratante do repasse desse montante à instituiçãobancária.

Quando o total da remuneração mensal, recebida pelo con-tribuinte individual por serviços prestados a uma ou mais empre-sas, for inferior ao limite mínimo do salário-de-contribuição (atual-mente R$ 465,00), o segurado deverá recolher diretamente acomplementação da contribuição incidente sobre a diferença en-tre o limite mínimo do salário-de-contribuição e a remuneraçãototal recebida, aplicando sobre a parcela complementar a alíquotade 20%. O vencimento da contribuição incidente sobre essaparcela complementar dar-se-á no dia 15, prorrogando-se o venci-mento para o dia útil subsequente, quando não houver expedientebancário no dia 15.

Exemplo:

Valor do serviço prestado – R$ 100,00

R$ 100,00 x 11% = R$ 11,00 (valor a ser descontado erecolhido no campo 6 da GPS).

Valor efetivamente pago pela empresa ao trabalhador == R$ 100,00 - R$ 11,00 = R$ 89,00

Base de cálculo mínima para a contribuição previdenciária == R$ 465,00 (salário mínimo).

Valor a ser arrecadado pelo próprio trabalhador, em GPS, deforma a complementar o valor já descontado e recolhido pelaempresa contratante será o seguinte:

R$ 465,00 - R$ 100,00 = R$ 365,00 x 20% = R$ 73,00

b) Transportador autônomo

Considera-se transportador rodoviário autônomo a pessoa físi-ca, proprietária ou co-proprietária de um só veículo, devidamentecadastrado em órgão competente que, com seu veículo, por suaconta e a seu risco, sem vínculo empregatício, contrata serviço detransporte a frete, de carga ou de passageiro, em caráter eventualou continuado, com empresa de transporte rodoviário de bens, oudiretamente com os usuários desse serviço.

Assim, se este transportador autônomo prestar serviços parauma pessoa jurídica, esta desconta 11% a título de contribuiçãoprevidenciária, e mais 2,5% de SEST e SENAT, referente a parte dosegurado limitado ao teto máximo da Previdência Social, observadoa base de cálculo reduzida a 20%.

Esclarecemos que o inciso III do art. 22 da Lei nº 8.212/91,com nova redação dada pela Lei nº 9.876/99, estabelece que acontribuição a cargo da empresa, destinada a Previdência Social éde 20%, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas aqualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintesindividuais, considerando também, a redução da base de cálculode 20%.

A contribuição previdenciária incidente sobre as remunera-ções ou retribuições pagas ou creditadas ao Transportador Autôno-mo prevista no inciso II do art. 201 do Regulamento da Previ-dência Social (RPS), aprovado pelo Decreto nº 3.048/99, bemcomo aquela descontada do Transportador Autônomo devida aoSEST e ao SENAT, deverá ser recolhida na mesma Guia da Previ-dência Social (GPS).

Dessa forma, a empresa lançará a contribuição previdenciáriade 20%, a seu cargo, incidente sobre as remunerações ou retribui-ções (valor da mão de obra) pagas ou creditadas ao Transportador

Page 9: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 95a semanaSetembro

TRABALHO • PREVIDÊNCIAe LegislaçãoManual de Procedimentos

CENOFISCO

Autônomo no campo 6 da GPS, junto com a contribuição previden-

ciária patronal e dos segurados incidente sobre a folha de paga-

mento (11%), e a contribuição descontada do Transportador Autô-

nomo devida ao SEST e ao SENAT (2,5%) deverá ser lançada no

campo 9 (Valor de Outras Entidades) juntamente com o recolhi-

mento devido às demais entidades vinculadas à atividade principal

da empresa, uma vez que, por meio das informações prestadas na

GFIP, a Previdência Social terá condições suficientes de identificar o

valor devido pela empresa quando da contratação dos referidos

profissionais, caracterizando-se a GPS como mero documento de

arrecadação.

Exemplo:

Se o valor do frete é de R$ 1.500,00, temos:

– Base de cálculo reduzida (valor do frete x 20%) –

R$ 1.500,00 x 20% = R$ 300,00

– Contribuição da empresa – R$ 300,00 x 20% = R$ 60,00

(parte da empresa – lançamento no campo 6 da GPS).

Além desse encargo, a tomadora dos serviços de frete, carreto

ou transporte de passageiros, desconta e recolhe a contribuição

devida pelo transportador autônomo ao SEST (1,5%) e ao SENAT

(1%) sobre a mesma base de cálculo (20% do valor do frete),

perfazendo um total de 2,5% sobre o valor apurado, nos termos da

Lei nº 8.706/93, regulamentada pelo Decreto nº 1.007/93, com

alterações introduzidas pelo Decreto nº 1.092/94.

Exemplo:

Se o valor do Frete é de R$. 1.500,00, temos:

– Base de cálculo reduzida (valor do frete x 20%) –

R$ 1.500,00 X 20% = R$ 300,00

– Terceiros: SEST/SENAT – R$ 300,00 x 2,5% = R$ 7,50

(parte de terceiros – SEST/SENAT – lançamento no campo

9 da GPS).

Este valor de “Terceiros” deve ser descontado do Transporta-

dor Autônomo e recolhido pela empresa.

Parte Segurado – R$ 300,00 x 11% = R$ 33,00 (parte do

segurado – descontado dele e, lançamento no campo 6 da GPS).

c) IRRF

Os valores pagos aos empresários e aos autônomos estão

sujeitos à retenção do IRRF, mediante aplicação de alíquotas progres-

sivas, observando o limite de isenção fixado na Tabela Progressiva.

Tabela Progressiva Mensal – 2009

Parcela aBase de Cálculo (R$) Alíquota (%) Deduzir do

IR (R$)

Até 1.434,59 – –

De 1.434,60 até 2.150,00 7,5 107,59

De 2.150,01 até 2.866,70 15 268,84

De 2.866,71 até 3.582,00 22,5 483,84

Acima de 3.582,00 27,5 662,94

Valor da dedução por dependente: R$ 144,20

Nos termos do art. 629 do Decreto nº 3.000/99 (RIR/99), no

caso de rendimentos pagos por pessoas jurídicas a pessoas físi-

cas pela prestação de serviços de transporte, em veículo próprio,

locado ou adquirido com reserva de domínio ou alienação fiduciária,

o imposto na fonte incidirá sobre:

a) 40% do valor do serviço, decorrente do transporte de carga;

b) 60% do valor do serviço, decorrente do transporte de pas-

sageiros.

Salientamos que o percentual referido na letra “a” aplica-se

também sobre o rendimento bruto da prestação de serviços com

trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados.

Exemplo:

Base de Cálculo da Contribuição Previdenciária: 20% do valor

do serviço = R$ 5.000,00 x 20% = R$ 1.000,00

Cálculo da Contribuição Previdenciária/Autônomo –

R$ 1.000,00 x 11% = R$ 110,00

– Cálculo do IRRF:

Valor do serviço de transporte de passageiros: R$ 5.000,00

Valor tributável: R$ 5.000,00 x 60% = R$ 3.000,00

Sobre o valor R$ 3.000,00 aplicar-se-á a retenção na fonte,

utilizando a tabela progressiva, da seguinte forma:

R$ 3.000,00

(-) R$ 110,00 (INSS)

R$ 2.890,00

(x) 22,5% (Alíquota de IR)

R$ 650,25

(-) R$ 483,84 ( Parcela a deduzir)

R$ 166,41 (IRRF devido)

Page 10: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

10 • No 40/09 5a semanaSetembro

TRABALHO • PREVIDÊNCIAe Legislação Manual de Procedimentos

CENOFISCO

7. Exemplos Práticos

7.1. Autônomos

No mês de setembro/2009, a empresa “A” contratou autôno-mos para lhe prestarem os seguintes serviços:

a) Antônio Paulo Silva (Serviço de pintor, sendo quereceberá pelo serviço o valor de R$ 800,00)

Remuneração bruta = R$ 800,00

Cálculo da Contribuição Previdenciária/Autônomo – R$ 800,00x 11% = R$ 88,00

Cálculo da Contribuição Previdenciária/Empresa – R$ 800,00x 20% = R$ 160,00

IRRF = Isento

Valor líquido a receber – R$ 800,00 – R$ 88,00 = R$ 712,00

b) João Antônio Gomes (Serviço de transporte de cargas,sendo que receberá pelo serviço o valor de R$ 5.500,00)

Valor do frete (Rendimento bruto) = R$ 5.500,00

Base de Cálculo da Contribuição Previdenciária: 20% do valordo frete = R$ 5.500,00 x 20% = R$ 1.100,00

Cálculo da Contribuição Previdenciária/Empresa – R$ 1.100,00x 20% = R$ 220,00

Cálculo da Contribuição Previdenciária/Autônomo –R$ 1.100,00 x 11% = R$ 121,00

Cálculo do SEST – R$ 1.100,00 x 1,5% = R$ 16,50

Cálculo do SENAT – R$ 1.100,00 x 1% = R$ 11,00

– Cálculo do IR:

Rendimento Tributável – R$ 5.500,00 x 40% = R$ 2.200,00

R$ 2.200,00(-) R$ 121.00 (INSS)R$ 2.079,00(x) 7,5% (Alíquota de IR)R$ 155,93(-) R$ 107,59 ( Parcela a deduzir)R$ 48,34 (IRRF devido)

– Valor Líquido a Pagar:

Rendimento bruto = R$ 5.500,00

Dedução do INSS/Autônomo = R$ 121,00

Dedução SEST/SENAT = R$ 27,50

IRRF a recolher = R$ 48,34

Valor líquido a receber = R$ 5.303,16

c) Ana Paula Souza (Serviço de digitação, sendo quereceberá pelo serviço o valor de R$ 3.300,00)

Rendimento bruto = R$ 3.300,00

Contribuição Previdenciária/Autônomo – R$ 3.218,90 (tetomáximo) x 11% = R$ 354,08

Cálculo da Contribuição Previdenciária/Empresa – R$ 3.300,00x 20% = R$ 660,00

Cálculo do IR:

R$ 3.300,00(-) R$ 354,08 (INSS)R$ 2.945,92(x) 22,5% (Alíquota de IR)R$ 662,83(-) R$ 483,84 ( Parcela à deduzir)R$ 178,99 (IRRF devido)

– Valor Líquido a Pagar:

Rendimento bruto = R$ 3.300,00

Dedução do INSS/Autônomo = R$ 354,08

IRRF a recolher = R$ 178,99

Valor líquido a pagar = R$ 2.766,93

7.2. Empresários

No mês de setembro/2009, a Empresa “A” remunera ossócios que percebem pró-labore e gratificações:

a) Eduardo Pedro Silva (Sócio-Diretor, com pró-laboreno valor de R$ 6.500,00)

Rendimento bruto = R$ 6.500,00

Contribuição Previdenciária/Sócio – R$ 3.218,90 (tetomáximo) x 11% = R$ 354,08

Cálculo da Contribuição Previdenciária/Empresa – R$ 6.500,00x 20% = R$ 1.300,00

Cálculo do IR:R$ 6.500,00(-) R$ 354,08 (INSS)R$ 6.145,92(x) 27,5% (Alíquota de IR)R$ 1.690,13(-) R$ 662,94 ( Parcela à deduzir)R$ 1.027,19 (IRRF devido)

Page 11: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 115a semanaSetembro

TRABALHO • PREVIDÊNCIAe LegislaçãoManual de Procedimentos

CENOFISCO

– Valor Líquido a Pagar:

Rendimento bruto = R$ 6.500,00

Dedução do INSS/Sócio = R$ 354,08

IRRF a recolher = R$ 1.027,19

Valor líquido a pagar = R$ 5.118,73

b) João Guimarães Rosa (Sócio-Gerente, com pró-laboreno valor de R$ 2.500,00 e uma gratificação no valor deR$ 2.800,00)

Rendimento bruto = R$ 5.300,00

Contribuição Previdenciária/Sócio – R$ 3.218,90 (teto máxi-mo) x 11% = R$ 354,08

Cálculo da Contribuição Previdenciária/Empresa – R$ 5.300,00x 20% = R$1.060,00

– Cálculo do IR:

R$ 5.300,00(-) R$ 354.08 (INSS)R$ 4.945,92(x) 27,5% (Alíquota de IR)R$ 1.360,13(-) R$ 662,94 ( Parcela à deduzir)R$ 697,19 (IRRF devido)

– Valor Líquido a Pagar:

Rendimento bruto = R$ 5.300,00

Dedução do INSS/Autônomo = R$ 354,08

IRRF a recolher = R$ 697,19

Valor líquido a pagar = R$ 4.248,73

7.3. Preenchimento da folha de pagamento

Folha de Pagamento – Autônomos

Empresa: “A”Endereço: Rua Barbacena, 0001 – São Paulo Mês: Setembro/2009

Nome Serviço Valor do Retenção SEST SENAT Retenção Líquido Valor daAutônomo Prestado/nº Serviço INSS IR/Fonte a Pagar Contribuição

de Inscrição INSSEmpresa

Antônio Paulo Pintor/ 800,00 88,00 — — — 712,00 160,00Silva 15476983322

João Antônio Transporte/ Cargas 5.500,00 121,00 16,50 11,00 48,34 5.303,16 220,00Gomes 11234354611

Ana Paula Digitação/ 3.300,00 354,08 - - 178,99 2.766,93 660,00Souza 14235765421

Total 9.600,00 563,08 16,50 11,00 227,33 8.782,09 1.040,00

Folha de Pagamento – Empresários

Empresa: “A”Endereço: Rua Barbacena, 0001 – São Paulo Mês: setembro/2009

Nome do Atividade e/nº Valor Gratificação Retenção Retenção Líquido Valor daEmpresário Inscrição Pró-Labore INSS IR/Fonte a Pagar Contribuição

INSSEmpresa

Eduardo Pedro Silva Sócio-Diretor/ 6.500,00 — 354,08 1.027,19 5.118,73 1300,0012354676512

João Guimarães Rosa Sócio-Gerente/ 2.500,00 2.800,00 354,08 697,19 4.248,73 1.060,0019874532422

Total 9.000,00 2.800,00 708,16 1.724,38 9.367,46 2.360,00

Base legal: citada no texto.

Page 12: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

12 • No 40/09 5a semanaSetembro

TRABALHO • PREVIDÊNCIAe Legislação Manual de Procedimentos

CENOFISCO

Uso de Cigarros e Similares – Proibição –Estado do Rio de Janeiro

SUMÁRIO

1. Introdução

2. Proibição no Território do Estado do Rio de Janeiro2.1. Aviso de proibição2.2. Proprietários ou responsáveis pelos estabelecimentos e

veículos de transporte coletivo

3. Pena de Multa3.1. Fixação da multa3.2. Impugnação

4. Órgão de Vigilância Sanitária – Órgão de Defesa do Consumi-dor – Relato

5. Não Aplicabilidade

6. Tabacaria

7. Penalidade

8. Programa de Controle de Tabagismo nos Municípios

1. Introdução

Por meio da Lei Estadual nº 5.517, de 17/08/2009, DOE-RJde 18/08/2009, fica proibido o consumo de cigarros, cigarrilhas,charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígeno, deri-vado ou não do tabaco, na forma que especifica, e cria ambientesde uso coletivo livres de tabaco no Estado do Rio de Janeiro.

Assim, a citada lei estabelece normas de proteção à saúde ede responsabilidade por dano ao consumidor, nos termos do art. 24,incisos V, VIII e XII, da Constituição Federal, para criação deambientes de uso coletivo livres de produtos fumígenos.

2. Proibição no Território do Estado do Rio deJaneiro

Fica proibido no território do Estado do Rio de Janeiro, emambientes de uso coletivo, públicos ou privados, o consumo decigarros, cigarrilhas, charutos ou de qualquer outro produto fumíge-no, derivado ou não do tabaco.

A referida proibição aplica-se aos recintos de uso coletivo, totalou parcialmente fechados em qualquer dos seus lados por parede,divisória, teto ou telhado, ainda que provisórios, onde haja perma-nência ou circulação de pessoas.

Compreendem “recintos de uso coletivo”, dentre outros, osambientes de trabalho, de estudo, de cultura, de culto religioso, de

TRABALHISTA

lazer, de esporte ou de entretenimento, áreas comuns de condomí-nios, casas de espetáculos, teatros, cinemas, bares, lanchonetes,boates, restaurantes, praças de alimentação, hotéis, pousadas,centros comerciais, bancos e similares, supermercados, açou-gues, padarias, farmácias, drogarias, repartições públicas, institui-ções de saúde, escolas, museus, bibliotecas, espaços de exposi-ções, veículos públicos ou privados de transporte coletivo, inclusiveveículos sobre trilhos, embarcações e aeronaves, quando em terri-tório fluminense, viaturas oficiais de qualquer espécie e táxis.

2.1. Aviso de proibição

Nos locais previstos, deverá ser afixado aviso da proibição, empontos de ampla visibilidade, com indicação de telefone e endere-ço dos órgãos estaduais responsáveis pela vigilância sanitária epela defesa do consumidor, bem como com a penalidade cabívelem caso de descumprimento da presente lei.

2.2. Proprietários ou responsáveis pelosestabelecimentos e veículos de transportecoletivo

Os proprietários ou responsáveis pelos estabelecimentos eveículos de transporte coletivo mencionados no item 2 deverãofiscalizá-los e protegê-los, para que nos seus interiores não sejapraticada infração ao disposto na referida lei.

Verificada inobservância à proibição de uso de produtos fumí-genos por parte dos consumidores ou usuários, caberá, ao proprietá-rio ou responsável pelo estabelecimento ou pelos veículos de trans-porte coletivo, adverti-los sobre a proibição nela contida, bem comosobre a obrigatoriedade, caso persista na conduta coibida, de imediataretirada do local, se necessário mediante o auxílio de força policial.

3. Pena de Multa

No caso de descumprimento da Lei Estadual n nº 5.517/09,o proprietário ou responsáveis pelo estabelecimento ou pelo meiode transporte coletivo em que ocorrer a infração ficarão sujeitos àpena de multa, que deverá ser fixada em quantia entre 1.548,63UFIRs-RJ e 15.486,27 UFIRs-RJ, sem prejuízo das sanções pre-vistas na legislação sanitária.

Nota Cenofisco:Por meio da Resolução SEFAZ nº 187, de 22/12/2008, o valor daUFIR-RJ instituída pelo Decreto nº 27.518/00 para o exercício de2009, é de R$ 1,9372.

Page 13: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 135a semanaSetembro

TRABALHO • PREVIDÊNCIAe LegislaçãoManual de Procedimentos

CENOFISCO

3.1. Fixação da multa

Na fixação do valor da multa, deverá ser levada em considera-ção, concomitantemente:

a) o grau de relevância;

b) a capacidade econômica do infrator;

c) a extensão do prejuízo causado à saúde pública.

No caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro.

Aplicada a multa, terá o infrator o prazo de 30 dias paraformular impugnação, observada a ampla defesa e o contraditório.

3.2. Impugnação

A impugnação será dirigida à autoridade imediatamente supe-rior, que sobre ela decidirá no prazo de cinco dias, ressalvada anecessidade de diligências complementares para instrução doprocesso administrativo, com possibilidade de recurso para o Se-cretário de Estado de Saúde e Defesa Civil no caso de indeferimento.

4. Órgão de Vigilância Sanitária – Órgão deDefesa do Consumidor – Relato

Qualquer pessoa poderá relatar, ao órgão de vigilânciasanitária ou de defesa do consumidor da respectiva área deatuação, fato que tenha presenciado em desacordo com odisposto nesta lei.

O relato conterá, simultaneamente:

a) a exposição do fato e suas circunstâncias;

b) a declaração, sob as penas da lei, de que o relato corres-ponde à verdade;

c) a identificação do autor, com nome, prenome, número dacédula de identidade, seu endereço e assinatura.

A critério do interessado, o relato poderá ser apresentado pormeio eletrônico, no sítio de rede mundial de computadores, internet,dos órgãos mencionados.

5. Não Aplicabilidade

A referida proibição não se aplica:

a) aos cultos religiosos em que produtos fumígenos façamparte do ritual;

b) às vias públicas e aos espaços ao ar livre;

c) às residências;

d) aos quartos ou suítes de hotéis, pousadas e afins;

e) às tabacarias;

f) às produções teatrais;

g) aos locais de filmagens cinematográficas e televisivas.

6. Tabacaria

Entende-se por tabacaria o estabelecimento que, segundo

seu contrato social, seja destinado especificamente ao consumo no

próprio local de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de

qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, e que

tenham mais de 50% de sua receita advinda da venda desses

produtos.

As tabacarias deverão anunciar, nas suas entradas e no seu

interior, que naquele local há utilização de produto fumígeno.

Nos locais indicados na letra “e” do item 5 deverão ser adota-

das condições de isolamento, ventilação ou exaustão de ar que

impeçam a contaminação de ambientes protegidos por esta lei.

7. Penalidade

As penalidades decorrentes de infrações às disposições daLei Estadual nº 5.517/09 serão impostas, nos respectivos âmbi-tos de atribuições, pelos órgãos estaduais ou municipais de vigilân-cia sanitária ou de defesa do consumidor.

O início da aplicação das penalidades será precedido deampla campanha educativa, realizada pelo Governo do Estado nosmeios de comunicação, como jornais, revistas, rádio e televisão,nas escolas e universidade públicas e privadas, com a distribuiçãode panfletos educativos nos locais explicitados no item 2, paraesclarecimento sobre os deveres, proibições e sanções impostospela Lei Estadual nº 5.517/09, além da nocividade do fumo àsaúde.

8. Programa de Controle de Tabagismo nosMunicípios

Caberá ao Estado capacitar, monitorar e avaliar a implantaçãodo Programa de Controle de Tabagismo nos Municípios.

A Lei Estadual nº 5.517/09 entra em vigor no prazo de 90dias após a data de sua publicação.

Page 14: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

14 • No 40/09 5a semanaSetembro

TRABALHO • PREVIDÊNCIAe Legislação Manual de Procedimentos

CENOFISCO

Hora de Verão – Ano 2009/2010SUMÁRIO

1. Introdução

2. Estados

3. Início

4. Término4.1. Carnaval

1. Introdução

Como todos os anos quando se aproxima a chegada do verãoalguns Estados do Brasil têm que adiantar o relógio em uma horapara se adequar ao horário de verão.

Desse modo, o Decreto nº 6.558/08 (DOU de 09/09/2008),determina que o horário de verão será fixo no Brasil e começarásempre a partir de zero hora do terceiro domingo do mês de outubrode cada ano, até à zero hora do terceiro domingo do mês defevereiro do ano subsequente.

2. Estados

O horário de verão terá abrangência nos seguintes Estados:

a) Rio Grande do Sul

b) Santa Catarina

c) Paraná

d) São Paulo

e) Rio de Janeiro

f) Espírito Santo

g) Minas Gerais

h) Goiás

i) Mato Grosso

j) Mato Grosso do Sul

l) Distrito Federal

3. Início

Fica instituída a hora de verão, a partir de zero hora do terceirodomingo do mês de outubro de cada ano nos Estados especifica-dos no item 2, devendo adiantar os relógios em 60 minutos emrelação à hora legal.

Assim, para o ano de 2009 o horário de verão iniciará em18/10/2009.

4. Término

O horário de verão terminará à zero hora do terceiro domingo domês de fevereiro do ano subsequente, ou seja, em 21/02/2010.

4.1. Carnaval

No ano em que houver coincidência entre o domingo previstopara o término do horário de verão e o domingo de carnaval, oencerramento do horário de verão dar-se-á no domingo seguinte.

O Decreto nº 6.558/08 entrou em vigor na data de suapublicação, ou seja, em 09/09/2008.Base legal: citada no texto.

CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA – PAGAMENTO AAUTÔNOMO

“Quando se homologa acordo em que o réu paga certa quantiae com o recebimento dela as partes encerram toda e qualquercontrovérsia acerca da relação havida entre as partes, que, portan-to, não é de emprego, há a incidência da contribuição previdenciáriado empregador de 20% sobre o referido valor. O inciso III do artigo22 da Lei nº 8.212 é expresso no sentido de que a contribuição a

JURISPRUDÊNCIA E OUTROS

cargo da empresa, destinada à Seguridade Social é de 20% sobre

o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no

decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe

prestem serviços. Nesse caso, houve um segurado individual que

prestou serviço à empresa. O pagamento é uma remuneração latu

sensu.” (Acórdão nº: 20090435294, Processo nº: 01955-2005-

066-02-00-8, Ano: 2008, Turma: 8ª TRT, Data de Publicação:

19/06/2009)

Page 15: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 155a semanaSetembro

TRABALHO • PREVIDÊNCIAe LegislaçãoManual de Procedimentos

CENOFISCO

DOMÉSTICO – FÉRIAS EM DOBRO

“O trabalhador doméstico faz jus à paga em dobro das fériasnão concedidas regularmente, nos termos do disposto no Decretonº 71.885/1973, que regulamenta a Lei nº 5.859/1972, em seuart. 2º, ao preceituar que o capítulo referente a férias se aplica aosdomésticos. Recurso da autora a que se dá provimento.” (Acórdãonº: 20090511381, Processo nº: 01362-2008-303-02-00-6, Ano:2009, Turma: 11ª TRT, Data de Publicação: 14/07/2009)

TRANSFERÊNCIA DO EMPREGADO – REQUISITOS

“Mesmo havendo cláusula expressa de transferibilidade doempregado, e imprescindível a comprovação, a cargo da empresa,da necessidade de serviço – que nao se presume, para que o

empregador possa se eximir do pagamento do respectivo adicio-nal.” (Acórdão nº: 02960017476, Processo nº: 02940400371,Ano: 1994, Turma: 8ª TRT, Data de Publicação: 18/01/1996)

SEGURO-DESEMPREGO – FALTA DE ENTREGA DE GUIAS –INDENIZAÇÃO INDEVIDA

“Indevidas a entrega de guias para levantamento do segurodesemprego ou indenização correspondente quando o desliga-mento do empregado não ocorreu por iniciativa do empregador,sem justa causa. Inteligência do artigo 3º “caput” da Lei nº 7.998/90.Recurso a que se nega provimento.” (Acórdão nº: 20090507309,Processo nº: 00097-2008-463-02-00-0, Ano: 2008, Turma: 8ªTRT, Data de Publicação: 14/07/2009)

Rescisão Contratual – Desconto deEmpréstimo

No caso de rescisão contratual, como ficará o empréstimoconsignado em folha de pagamento?

Nos termos do art. 1º da Lei nº 10.820/03, ocorrendo arescisão do contrato de trabalho do empregado antes do término daamortização do empréstimo, ressalvada disposição contratual emcontrário, serão mantidos os prazos e encargos originalmente pre-vistos, cabendo ao mutuário efetuar o pagamento mensal dasprestações diretamente à instituição consignatária.

Os contratos de empréstimo, financiamento ou arrendamento pode-rão prever a incidência de desconto de até 30% das verbas rescisórias,para a amortização total ou parcial do saldo devedor líquido para quitaçãona data de rescisão do contrato de trabalho do empregado.

Rescisão Contratual – Antes do Términodo Prazo Determinado (Lei nº 9.601/98)

Existe alguma penalidade quando o empregador ou o empre-gado resolvem rescindir o contrato antes do prazo final?

Nessa hipótese, as convenções ou acordos coletivos é queestabelecerão as regras a serem seguidas pelas partes, inclusive,fixando a indenização cabível.

CONSULTORIA CENOFISCOPERGUNTAS E RESPOSTAS

Rescisão Contratual – DescontosPermitidos – Dano Causado peloEmpregado à Empresa

Quais são os descontos permitidos na rescisão contratual?Na hipótese de dano causado pelo empregado a empresapoderá fazer o devido desconto?

O art. 462, caput, da CLT veda qualquer desconto nossalários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamen-tos, dispositivos de lei ou de contrato coletivo.

Os descontos decorrentes de lei são os relativos à contribui-ções previdenciárias, contribuição sindical, etc. O desconto relativoà taxa assistencial para os sindicatos decorre de convenção ouacordo coletivo, ou ainda, de sentenças normativas.

Podem ser descontados, ainda, os adiantamentos de salárioconcedidos ao empregado, observando-se, contudo, que na hipótesede rescisão contratual, qualquer compensação no pagamento não po-derá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado.

Por outro lado, de acordo com o § 1º do art. 462 da CLT, nahipótese de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito,desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrên-cia de dolo do empregado.

Portanto, se o dano causado pelo empregado resultar daprática de ato doloso, ou seja, de ato praticado com o intuito

Page 16: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

16 • No 40/09 5a semanaSetembro

TRABALHO • PREVIDÊNCIAe Legislação Manual de Procedimentos

CENOFISCO

deliberado de prejudicar o empregador, é lícito o desconto, aindaque não previsto contratualmente.

Salientamos que a legislação não estabelece, de forma clara,limite para desconto do empregado. Assim, aplica-se, por analogia,o art. 82 da CLT e, neste caso, orientamos que o desconto nãopoderá ultrapassar a 30% do salário pago. Os restantes 30%devem ser pagos em dinheiro, mesmo que o valor dos descontossupere 70%.

Já no caso de dano decorrente de culpa do empregado, istoé, quando no exercício de suas funções, embora não tenha tido elea intenção de praticá-lo, tenha agido, contudo, com imprudência,negligência ou imperícia, o desconto ficará condicionado à existên-cia de acordo firmado para este fim.

Diante disso, quando da admissão do empregado, torna-seconveniente a inserção de cláusula no seu contrato de trabalho quepermita esse tipo de desconto salarial. Referida cláusula pode, porexemplo, ter a seguinte redação: “Além dos descontos previstosem Lei, reserva-se a empregadora o direito de descontar do empre-gado as importâncias correspondentes aos danos causadospor ele.”

O fato de estar sendo o empregado desligado do emprego,seja por vontade própria ou pela de seu empregador não é motivoimpeditivo para que, de seus proventos, sejam procedidos osdevidos descontos. Poderá o empregador efetuá-los normalmente,discriminando-os separadamente nos campos 41, 44 e 47 doTermo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT). Ressalte-se,entretanto, que em se tratando de rescisão contratual, qualquercompensação no pagamento das verbas rescisórias, ou seja, osdescontos não poderá exceder o equivalente a um mês de remune-ração do empregado, conforme assim determina o § 5º do art. 477da CLT.

Rescisão Contratual – Documentos aSerem Entregues ao Empregado

Quais são os documentos que a empresa tem que fornecerao empregado na rescisão do contrato de trabalho?

Quando do pagamento da rescisão contratual deverá o em-pregador entregar ao ex-empregado os seguintes documentos:

a) as três primeiras vias do “Termo de Rescisão do Contratode Trabalho”, devidamente homologado, se for o caso;

b) o extrato da conta vinculada do FGTS, quando estiversendo paga a multa indenizatória de 40% ou 20% do saldoresultante de todos os depósitos efetuados pelo emprega-dor a título de FGTS;

c) o comprovante de rendimentos pagos e de retenção doIRRF para a declaração do Imposto de Renda;

d) a Relação dos Salários-de-Contribuição (RSC), se solicitado;

e) nas hipóteses de dispensa sem justa causa ou de dis-pensa motivada por paralisação, total ou parcial, dasatividades do empregador, deverão ser fornecidos osformulários de Requerimento de Seguro-Desemprego(RSD) e a Comunicação de Dispensa (CD). Observa-seque o número da “CD” fornecida ao trabalhador deveráconstar obrigatoriamente em sua Carteira de Trabalho ePrevidência Social (CTPS);

f) tendo exercido o empregado atividade que permita a con-cessão de aposentadoria especial, deverá o empregadoremitir documento de comprovação de efetiva exposiçãoaos agentes nocivos, fornecendo a este uma cópia do PerfilProfissiográfico Previdenciário (PPP).

Rescisão Contratual – Suspensão pormais de 30 dias

Nos termos do art. 474 da CLT, a suspensão do empregadopor mais de 30 dias consecutivos importa na rescisão injustado contrato de trabalho?

O empregador não poderá suspender o empregado do exercí-

cio de suas funções por mais de 30 dias, sob pena de sofrer uma

rescisão indireta, ou seja, tal procedimento implica falta grave do

empregador, possibilitando ao empregado o ingresso de ação

trabalhista, pleiteando a rescisão indireta de seu contrato de traba-

lho, como preceitua o art. 483 da CLT, além de sujeitar-se ao

recolhimento de multa administrativa por infringência ao art. 474CLT, que estabelece a punição de 30 dias como limite máximo

para a suspensão de empregado.

Rescisão Contratual – Prazo paraPagamento

Quando o prazo para pagamento da Rescisão de Contratorecair em um sábado, domingo ou feriado qual o procedimen-to que a empresa deve tomar?

O art. 11, § 2º, da Instrução Normativa SRT/MTE nº 3/02determina que, se o dia do vencimento do pagamento da rescisãocontratual recair num sábado, domingo ou feriado, o termo final deveser antecipado para o dia útil imediatamente anterior.

Page 17: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 175a semanaSetembro

TRABALHO • PREVIDÊNCIAe LegislaçãoManual de Procedimentos

CENOFISCO

CIRCULAR CAIXA Nº 487, DE 18/09/2009DOU de 21/09/2009

FGTS

Procedimentos para Movimentação das Contas Vinculadas do FGTS – Instruções Complementares

Sinopse: A Circular CAIXA nº 487/09 estabelece procedimentos para movimentação das contas vinculadas do FGTS, pelos

trabalhadores e seus dependentes, diretores não empregados e seus dependentes, e empregadores, e baixa instruções complementares.

ATO DECLARATÓRIO PGFN Nº 2, DE 01/09/2009DOU de 14/09/2009

Previdência Social

Apresentação de Contestação, de Interposição de Recursos e a Desistência dos já Interpostos – Dispensa

Sinopse: Por meio do Ato Declaratório PGFN nº 2/09 fica autorizada a dispensa de apresentação de contestação, de interposição de

recursos e a desistência dos já interpostos, desde que inexista outro fundamento relevante nas decisões judiciais que menciona.

Assim, nas decisões judiciais que adotam o entendimento firmado pelo E. Supremo Tribunal Federal, reconhecendo a inconstituciona-

lidade da expressão “para os fatos geradores ocorridos a partir de 01/04/1997”, constante do art. 35 da Lei nº 8.212/91, com a redação

que lhe havia sido conferida pela Lei nº 9.528/97.

PORTARIA MPS Nº 248, DE 16/09/2009DOU de 17/09/2009

Previdência Social

Fatores de Atualização dos Salários-de-Contribuição para Apuração do Salário-de-Benefício e Contribuições Vertidas para Cálculodo Pecúlio – Setembro/2009

Sinopse: Por meio da Portaria MPS nº 248/09, o Ministro de Estado da Previdência Social, estabelece para o mês de setem-bro/2009, os fatores de atualizações referentes ao pecúlio (dupla cota), pecúlio (simples) e pecúlio (novo), bem como, os fatores para finsde concessão de benefícios no âmbito de acordos internacionais.

SÚMULA AGU Nº 44, DE 14/09/2009DOU de 16/09/2009

Previdência Social

Cumulação do Benefício de Auxílio-Acidente com Benefício de Aposentadoria

Sinopse: A Súmula AGU nº 44/09 dispõe que é permitida a cumulação do benefício de auxílio-acidente com benefício de

aposentadoria quando a consolidação das lesões decorrentes de acidentes de qualquer natureza, que resulte em sequelas definitivas, nos

termos do art. 86 da Lei nº 8.213/91, tiver ocorrido até 10/11/1997, inclusive, dia imediatamente anterior à entrada em vigor da MedidaProvisória nº 1.596-14, convertida na Lei nº 9.528/97, que passou a vedar tal acumulação.

LEGISLAÇÃOA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

Page 18: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ÍNDICE

Imposto de Renda ........................................................... 3

• Suspensão ou Redução dos Pagamentos Mensais porEstimativa, com Base em Balanço ou Balancete

• Rendimentos Recebidos no Brasil por Pessoa FísicaNão-Residente no País

• Despesas Operacionais Indedutíveis para Fins de Apuração doLucro Real

Jurisprudência e Outros ............................................... 12

• COFINS – Ação Fiscal – Reintimação – Prazo de Sessenta Dias –Espontaneidade – Recuperação – DCTF Retificadora – Confissãode Dívida

• Comercialização Proibida por Terceiros IRPJ – Lucros no Exterior –Emprego do Valor – Disponibilização

• Imposto Sobre a Renda de Pessoa Jurídica – IRPJ – Exercício:2001, 2002 – IRPJ – Termo Inicial – Contagem do PrazoDecadencial – Lucro Disponibilizado por Empresa ControladaSediada no Exterior

• IRPJ – Lucro Auferido Por Controlada no Exterior – Taxa de Câmbiopara Conversão para Reais

• PIS/PASEP – Base de Cálculo – Duplicidade – Demonstração

• PIS – Lançamento – Compensação – Ação Judicial – MatériaSubmetida ao Judiciário

• Reorganização Societária – Verdadeira Alienção de Participaçãocom Ganho de Capital

• Sujeição Passiva – Erro – Inexistência

Legislação ........................................................................... 13

• Ato Declaratório Executivo COSIT nº 28/09IR – Pessoas Físicas – Rendimentos Recebidos de FontesSituadas no Exterior no Mês de Outubro/2009

Destaques

Nesta edição examinaremos as hipóteses em

que a pessoa jurídica optante pelo pagamento do

imposto mensal por estimativa poderá suspender

ou reduzir os pagamentos do Imposto de Renda e

da CSLL com base no balanço ou balancete.

Constam, também desta edição as normas

relativas à tributação de rendimentos recebidos no

Brasil por pessoa física não-residente no País.

Benedita Bernardes Nepomuceno Carleto

Renata Joyce Theodoro

IMPOSTO DE RENDAPIS • COFINS • CSLL e Legislação

40CENOFISCOProcedimentosMANUAL DE

Cenofisco BD Legislação

Com segurança e confiabilidade nas informações, o Cenofisco disponibiliza,inteiramente grátis, o mais completo acervo de normas federais do País(de 1900 a 2009) com atualização diária, moderno sistema de pesquisa(por número, assunto e data) e normas legais do dia.Acesse www.cenofisco.com.br e confira agora este benefício.

Page 19: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

2 • No 40/09 5a semanaSetembro

IMPOSTO DE RENDAPIS • COFINS • CSLL e Legislação Manual de Procedimentos

CENOFISCO

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Imposto de renda : PIS, COFINS, CSLL e Legislação. – – Curitiba, PR : Cenofisco Editora, 2006.

ISBN 85-7569-020-5

1. COFINS (Contribuição para financiamento da Seguridade Social) – Leis e legislação – Brasil 2. CSLL (ContribuiçãoSocial sobre Lucro Líquido) – Leis e legislação – Brasil 3. Imposto de renda – Leis e legislação – Brasil 4. PIS (Programade Integração Social) – Leis e legislação – Brasil 5. Tributos – Leis e legislação – Brasil

I. Título : PIS, COFINS, CSLL e legislação.

06-9529 CDU-34:336.2 (81)

Índices para catálogo sistemático :

1. Brasil : Direito fiscal 34:336.2 (81)

Page 20: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 35a semanaSetembro

IMPOSTO DE RENDAPIS • COFINS • CSLL e LegislaçãoManual de Procedimentos

CENOFISCO

Suspensão ou Redução dosPagamentos Mensais por Estimativa,com Base em Balanço ou Balancete

SUMÁRIO

1. Hipóteses em que o Pagamento do Imposto Mensal pode SerSuspenso ou Reduzido

2. Balanço ou Balancete para Fins de Suspensão ou Redução2.1. Característica2.2. Período de abrangência2.3. Levantamento e avaliação de estoques

3. Apuração do Lucro Real do Período3.1. Ajustes a serem efetuados no resultado apurado3.2. Transcrição no LALUR3.3. Compensação de prejuízos fiscais3.4. Prazo para a escrituração do LALUR

4. Dedução de Incentivos Fiscais

5. Determinação do Valor do Imposto Devido5.1. Imposto devido sobre o lucro real do período a que

corresponder o balanço ou balancete5.2. Imposto pago a ser comparado com o devido no perío-

do a que corresponder o balanço ou balancete5.3. Opção pela aplicação de parcela do imposto no FI-

NOR, FINAM e FUNRES5.4. Apuração de imposto em valor maior que o calculado

por estimativa

6. Exemplos6.1. Hipótese de redução do imposto6.2. Hipótese de suspensão do imposto

7. Contribuição Social sobre o Lucro7.1. Cálculo da contribuição social sobre o lucro7.2. Ajustes admitidos para determinação da CSLL devida

com base em balanço ou balancete7.3. Compensação de base de cálculo negativa7.4. Exemplo

8. Pagamento do Imposto e da Contribuição8.1. Prazo e códigos para pagamento8.2. Pagamento fora do prazo

1. Hipóteses em que o Pagamento doImposto Mensal pode Ser Suspenso ouReduzido

A pessoa jurídica que optar pelo pagamento do impostomensal por estimativa poderá suspender ou reduzir os pagamen-tos do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucrodevidos mensalmente, desde que demonstre, por meio de balan-ços ou balancetes que (art. 230 do RIR/99 e Instrução Norma-tiva SRF nº 93/97):

I – o valor do imposto devido, inclusive o adicional, calculadocom base no lucro real do período em curso é igual ou inferior à somado Imposto de Renda pago correspondente aos meses do mesmoano-calendário, anteriores àquele a que se refere o balanço oubalancete levantado, hipótese em que poderá suspender o paga-mento do imposto e contribuição;

II – o valor do imposto corresponde à diferença positiva entre oimposto devido, no período em curso, e a soma do Imposto deRenda pago, correspondente aos meses do mesmo ano-calendá-rio, anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete levanta-do, caso em que poderá reduzir o montante do imposto e a contribui-ção a serem pagos.

Observe-se que esse balanço ou balancete poderá ser levan-tado em qualquer mês, a partir de janeiro do ano-calendário, poden-do inclusive ser levantado em todos os meses do ano, sempretomando-se por base o período em curso.

2. Balanço ou Balancete para Fins deSuspensão ou Redução

2.1. Característica

Os balanços ou balancetes (art. 230, § 1º, do RIR/99):

a) deverão ser levantados com observância das leis comerciaise fiscais e transcritos no Diário;

b) somente produzirão efeitos para determinação da parcelado imposto devido no decorrer do ano-calendário.

2.2. Período de abrangência

Os balanços ou balancetes deverão ser levantados tomando-sepor base sempre o período em curso, assim considerado o períodocompreendido entre 1º de janeiro ou o dia de início de atividade e oúltimo dia do mês a que se referir o balanço ou balancete (InstruçãoNormativa SRF nº 93/97).

Assim, no balanço de agosto não serão apurados apenas osresultados relativos ao mês de setembro, mas os relativos ao perío-do de janeiro a agosto, caso não tenha sido levantado balançoanterior.

Se a pessoa jurídica pretender suspender ou reduzir o valor doimposto devido, em qualquer outro mês do mesmo ano-calendário,deverá levantar novo balanço ou balancete.

IMPOSTO DE RENDA

Page 21: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

4 • No 40/09 5a semanaSetembro

IMPOSTO DE RENDAPIS • COFINS • CSLL e Legislação Manual de Procedimentos

CENOFISCO

2.3. Levantamento e avaliação de estoques

Para fins de determinação do resultado, a pessoa jurídicadeverá promover, ao final de cada período de apuração, levanta-mento e avaliação de seus estoques segundo a legislação especí-fica, estando dispensada a escrituração do Livro Registro de Inven-tário (Instrução Normativa SRF nº 93/97).

Cabe observar que, embora esteja dispensada a escrituraçãodo Livro Registro de Inventário, é recomendável a manutenção dedocumentos pertinentes ao cálculo e ao levantamento dos esto-ques.

A pessoa jurídica que possuir registro permanente de esto-ques, integrado e coordenado com a contabilidade, somente estaráobrigada a ajustar os saldos contábeis, pelo confronto com acontagem física, no final do ano-calendário ou no encerramento doperíodo de apuração, nos casos de incorporação, fusão, cisão ouencerramento de atividades.

Considera-se sistema de contabilidade de custo integrado ecoordenado com o restante da escrituração aquele:

a) apoiado em valores originados da escrituração contábil(matéria-prima, mão de obra direta, custos gerais de fabri-cação);

b) que permite determinação contábil, ao fim de cada mês,do valor dos estoques de matérias-primas e outros materiais,produtos em elaboração e produtos acabados;

c) apoiado em livros auxiliares, fichas, folhas contínuas, oumapas de apropriação ou rateio, tidos em boa guarda e deregistros coincidentes com aqueles constantes da escritu-ração principal; e

d) que permite avaliar os estoques existentes na data deencerramento do período de apropriação de resultadossegundo os custos efetivamente incorridos (art. 294, § 2ºdo RIR/99).

3. Apuração do Lucro Real do Período

3.1. Ajustes a serem efetuados no resultado apurado

O resultado do período em curso deverá ser ajustado portodas as adições determinadas, exclusões e compensações ad-mitidas pela legislação do Imposto de Renda, inclusive o ajusterelativo ao lucro inflacionário realizado (veja a Nota Cenofisco no finaldeste subtópico), exceto os seguintes ajustes, nos balanços oubalancetes levantados de janeiro a novembro (Instrução Norma-tiva SRF nº 93/97):

I – os lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos noexterior;

II – os valores determinados de acordo com as regras pertinen-tes a preços de transferência aplicáveis a operações realizadascom pessoas físicas ou jurídicas vinculadas, residentes e domici-liadas no exterior ou em países com tributação favorecida.

Os valores mencionados nos números I e II deverão ser com-putados apenas para efeito de determinação do lucro real anualapurado em 31/12/2009, inclusive para efeito de redução oususpensão do pagamento do imposto nesta data.

Nota Cenofisco:Deverá ser adicionada ao lucro líquido apurado no balanço ou

balancete, para fins de determinação do lucro real, a parcela do lucroinflacionário considerada realizada (inclusive o saldo credor da corre-ção monetária pela diferença IPC/BTNF de 1990), que não tenha sidoconsiderada realizada antecipadamente, correspondente à:

a) parcela do saldo a ser tributado, proporcional ao valor dosbens e direitos existentes, em 31/12/1995, sujeitos à corre-ção monetária nessa data, que tenham sido baixados noano-calendário, desde janeiro até o mês do levantamento dobalanço ou balancete de suspensão;

b) parcela mínima a ser considerada realizada, obrigatoriamen-te, correspondente a 1/120 avos multiplicado pelo número demeses a que se referir o balanço ou balancete, quando essevalor for superior ao determinado de acordo com os procedi-mentos mencionados na letra “a”.

3.2. Transcrição no LALUR

A demonstração do lucro real relativa ao período abrangidopelos balanços ou balancetes deverá ser transcrita no Livro deApuração do Lucro Real (LALUR), observando-se o seguinte:

a) a cada balanço ou balancete levantado para fins de sus-pensão ou redução do Imposto de Renda, o contribuintedeverá determinar um novo lucro real para o período emcurso, desconsiderando aqueles apurados em meses an-teriores do mesmo ano-calendário;

b) as adições, exclusões e compensações computadas naapuração do lucro real, correspondentes aos balanços oubalancetes, deverão constar, discriminadamente, na ParteA do LALUR;

c) para fins de elaboração da demonstração do lucro real doperíodo em curso, não deverá ser efetuado nenhum registrona Parte B desse livro.

3.3. Compensação de prejuízos fiscais

Na apuração do lucro real no balancete ou balanço de reduçãoou suspensão do imposto, podem ser compensados os prejuízosfiscais apurados até 31 de dezembro do ano-calendário anterior,

Page 22: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 55a semanaSetembro

IMPOSTO DE RENDAPIS • COFINS • CSLL e LegislaçãoManual de Procedimentos

CENOFISCO

que tenham sido registrados na Parte B do LALUR, observado olimite máximo de compensação de 30% do lucro real apurado, nãosendo aplicável esse limite apenas nos casos de prejuízo fiscal(arts. 470, I, 510 e 512 do RIR/99):

a) decorrente da exploração da atividade rural;

b) apurado por pessoas jurídicas titulares de Programas Es-peciais de Exportação aprovados, até 03/06/1993, pelaComissão para Concessão de Benefícios Fiscais a Progra-mas Especiais de Exportação (BEFIEX).

Vale salientar, que não há que se falar em compensação deprejuízos fiscais relativos aos meses do próprio ano-calendário,pois os prejuízos apurados em um mês são automaticamenteabsorvidos pelos lucros de outro mês.

3.4. Prazo para a escrituração do LALUR

O LALUR deverá ser escriturado até a data fixada para opagamento do imposto do respectivo mês, sendo que a não-escrituração desse livro implicará a desconsideração do balanço oubalancete para efeito de suspensão ou redução do pagamento doimposto.

4. Dedução de Incentivos Fiscais

Poderão ser deduzidos do valor do imposto determinadosobre a base de cálculo estimada, em cada mês, os seguintesincentivos fiscais de dedução do imposto, observados os limitesindividuais e globais e os prazos previstos para cada incentivo(art. 229 do RIR/99 e Instrução Normativa SRF nº 267/02):

a) ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT);

b) às doações aos Fundos dos Direitos da Criança e doAdolescente;

c) às atividades culturais e artísticas;

d) às atividades audiovisuais, inclusive com a aquisição dequotas dos FUNCINES;

e) ao Programa de Desenvolvimento Tecnológico Industrial(PDTI) e ao Programa de Desenvolvimento Tecnológico Agro-pecuário (PDTA);

f) aos incentivos regionais de redução e/ou isenção do im-posto calculados com base no lucro da exploração, taiscomo:

f.1) empreendimentos localizados nas áreas de atuaçãoda SUDAM e da SUDENE;

f.2) empreendimentos integrantes do Programa GrandeCarajás;

f.3) atividades turísticas incentivadas.

Nota Cenofisco:A parcela dos incentivos fiscais excedente em cada mês poderá serutilizada nos meses subsequentes do mesmo ano-calendário, respei-tados os limites e os prazos previstos para cada incentivo.

5. Determinação do Valor do Imposto Devido

5.1. Imposto devido sobre o lucro real do período a quecorresponder o balanço ou balancete

O valor do imposto devido, com base no balanço ou balancetede suspensão ou redução, corresponderá à soma:

I – do imposto incidente sobre o lucro real do período, calcula-do à alíquota de 15%;

II – do adicional do Imposto de Renda, incidente à alíquota de10% sobre a parcela do lucro real do período que ultrapassar olimite de R$ 20.000,00, multiplicado pelo número de meses trans-corridos do mês de janeiro ou do mês do início das atividades até omês a que se referir o balanço ou balancete de redução ou suspen-são do imposto.

5.2. Imposto pago a ser comparado com o devido noperíodo a que corresponder o balanço oubalancete

Podem ser deduzidos, para efeito de determinação do impos-to devido no balanço ou balancete de redução ou suspensão:

a) o imposto pago mensalmente, calculado com base nolucro estimado até o mês a que corresponder o balanço oubalancete;

b) o Imposto de Renda Retido na Fonte, incidente sobre asreceitas computadas na determinação do lucro real doperíodo em curso, inclusive o incidente sobre aplicaçõesfinanceiras de renda fixa e o relativo a juros remuneratóriosdo capital próprio auferidos em razão da participação nocapital de outra pessoa jurídica;

c) o Imposto de Renda pago, incidente sobre os ganhoslíquidos auferidos em operações de renda variável;

d) o Imposto de Renda pago a maior ou indevidamente,inclusive o relativo a anos-calendários anteriores.

Page 23: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

6 • No 40/09 5a semanaSetembro

IMPOSTO DE RENDAPIS • COFINS • CSLL e Legislação Manual de Procedimentos

CENOFISCO

5.3. Opção pela aplicação de parcela do imposto noFINOR, FINAM e FUNRES

Do valor do imposto devido com base em balanço ou balance-te de redução ou de suspensão podem ser destacadas parcelaspara aplicação nos fundos FINOR, FINAM e FUNRES, observadasas condições para aplicação previstas na legislação.

5.4. Apuração de imposto em valor maior que ocalculado por estimativa

Na hipótese de o valor do imposto determinado com base nobalanço ou balancete de suspensão ou redução ser superior aovalor determinado por estimativa, a pessoa jurídica poderá optar porefetuar o pagamento do imposto devido com base no valor calcula-do por estimativa e desprezar o valor do imposto obtido no mencio-nado balanço ou balancete.

6. Exemplos

6.1. Hipótese de redução do imposto

Considerando a hipótese de pessoa jurídica que no ano de 2009:

I – efetuou pagamentos mensais por estimativa nos valoresconstantes do quadro a seguir:

Mês de Valor R$ Data do Valor pagoreferência pagamento acumulado R$

Janeiro 9.700,00 27/2/09 9.700,00

Fevereiro 9.900,00 30/3/09 19.600,00

Março 10.800,00 30/4/09 30.400,00

Abril 11.600,00 31/5/09 42.000,00

Maio 11.900,00 30/6/09 53.900,00

Junho 12.400,00 31/7/09 66.300,00

Julho 12.800,00 31/8/09 79.100,00

Agosto 14.100,00 30/9/09 93.200,00

Setembro 14.900,00 –

Total 108.100,00 – 93.200,00

II – em 30/09/2009 levantou balanço e apurou o lucro realreferente ao período de 01/1 a 30/09/09, no valor de R$ 690.000,00;

III – tem direito à dedução de incentivo fiscal do PAT, no valorde R$ 18.000,00, pelo limite máximo admitido de 4% do impostonormal devido;

IV – sofreu retenção do Imposto de Renda na Fonte no valortotal de R$ 45.000,00.

Imposto devido com base no balanço levantado em 30/09/2009:

– IRPJ normal: 15% de R$ 690.000,00 ........... R$103.500,00– Adicional do IRPJ: 10% de R$ 530.000,00

(R$ 690.000,00 – R$ 160.000,00) ............. R$ 53.000,00– Total do IRPJ devido ..................................... R$156.500,00– Dedução do PAT: 4% de R$ 103.000,00 ..... (R$ 4.120,00)– Imposto pago por estimativa até 30/09/2009 (R$ 93.200,00)– Imposto de Renda Retido na Fonte ............... (R$ 45.000,00)– Imposto devido com base no balanço

levantado em 30/09/2009 ........................... R$ 14.180,00

Nessa hipótese, a pessoa jurídica não efetuará o pagamentodo imposto estimado relativo ao mês de setembro/09, no valor deR$ 14.900,00, mas reduzirá o pagamento ao valor do impostodevido apurado no balanço levantado para fins de redução doimposto a pagar em 30/09/2009, correspondente a R$ 14.180,00.

6.2. Hipótese de suspensão do imposto

Se tomarmos os dados do exemplo desenvolvido no subtópicoanterior e admitirmos que a pessoa jurídica tenha sofrido retenção doImposto de Renda na Fonte no valor total de R$ 60.000,00, temos:

Imposto devido com base no balanço levantado em 30/09/2009:

– IRPJ normal: 15% de R$ 690.000,00 ........... R$103.500,00– Adicional do IRPJ: 10% de R$ 530.000,00 .. R$ 53.000,00– Total do IRPJ devido ..................................... R$156.500,00– Dedução do PAT: 4% de R$ 93.200,00 ....... (R$ 4.120,00)– Imposto pago por estimativa até 28/09/2009 (R$ 93.200,00)– Imposto de Renda Retido na Fonte ............... (R$ 60.000,00)– Imposto devido com base no balanço levantado

em 30/09/2009 .......................................... (R$ 820,00)

Nessa hipótese, a pessoa jurídica não efetuará qualquer pa-gamento de imposto referente ao mês de setembro/09, ou seja,suspenderá o pagamento ao valor do imposto devido, tendo emvista que de acordo com o balanço levantado para fins de reduçãodo imposto a pagar em 28/09/2009, o valor do imposto acumula-do pago por estimativa até aquela data é superior ao valor doimposto efetivamente devido com base no lucro real.

7. Contribuição Social sobre o Lucro

7.1. Cálculo da contribuição social sobre o lucro

A pessoa jurídica que determinar o Imposto de Renda mensalcom base em balanço ou balancete de suspensão ou de reduçãodeverá adotar o mesmo procedimento para efeito de determinaçãodo valor da Contribuição Social sobre o Lucro (arts. 28 a 30 da Leinº 9.430/96 e Instrução SRF nº 390/04 alterada pela InstruçãoNormativa SRF nº 446/04). Isto significa que se o IRPJ pago for

Page 24: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 75a semanaSetembro

IMPOSTO DE RENDAPIS • COFINS • CSLL e LegislaçãoManual de Procedimentos

CENOFISCO

calculado com base no lucro líquido ajustado, apurado em balanço

ou balancete levantado para esse efeito, a CSLL também deverá

ser calculada com base no resultado efetivamente apurado no

balanço ou balancete levantado, observado o seguinte:

I – a CSLL será apurada com base no resultado líquido

ajustado pelas adições, exclusões e compensações previstas na

legislação;

II – do valor da contribuição apurada serão deduzidos:

a) a CSLL paga mensalmente, calculada por estimativa ou

com base em balanço ou balancete de suspensão ou de

redução;

b) o valor da CSLL retida na fonte, no caso de valores recebi-

dos de órgãos da Administração Pública Federal pelo for-

necimento de bens e serviços;

c) a CSLL paga a maior ou indevidamente em períodos ante-

riores.

Observe-se que se o valor da CSLL após a dedução dos

valores mencionados no número II for negativo, a pessoa jurídica

estará desobrigada de efetuar o pagamento da contribuição relativa

ao mês do balanço ou balancete de suspensão.

Se o valor da CSLL calculado com base no balanço ou

balancete levantado for inferior ao calculado por estimativa, a pes-

soa jurídica poderá reduzir o valor da CSLL a ser pago referente ao

mês a que se referir o balanço ou balancete.

Todavia, se a pessoa suspender ou reduzir o pagamento do

IRPJ com base em balanço ou balancete, deverá efetuar o paga-

mento da CSLL de acordo com o mesmo procedimento, mesmo

que o valor calculado por essa forma seja superior ao determinado

por estimativa.

7.2. Ajustes admitidos para determinação da CSLLdevida com base em balanço ou balancete

Para fins de determinação da base de cálculo da CSLL, o

resultado do período em curso deverá ser ajustado por todas as

adições determinadas, exclusões e compensações admitidas, in-

clusive o ajuste relativo ao lucro inflacionário realizado (veja a Nota

Cenofisco no final do subtópico 3.1), exceto os seguintes ajustes,

nos balanços ou balancetes levantados de janeiro a novembro

(Instrução Normativa SRF nº 390/04 alterada pela Instrução

Normativa SRF nº 446/04):

I – os lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos noexterior;

II – os valores determinados de acordo com as regras pertinen-tes a preços de transferência aplicáveis a operações realizadascom pessoas físicas ou jurídicas vinculadas residentes e domicilia-das no exterior ou em países com tributação favorecida.

Os valores mencionados nos números I e II deverão ser com-putados apenas para efeito de determinação do resultado apuradoem 31/12/2009, inclusive para efeito de redução ou de suspensãodo pagamento da contribuição nesta data.

7.3. Compensação de base de cálculo negativa

Na apuração da base de cálculo da CSLL com base embalancete ou balanço de redução ou suspensão, pode ser com-pensada a base de cálculo negativa da CSLL apurada em ano-calendário anterior, observado o limite máximo de compensação de30%, da base de cálculo positiva apurada, não sendo aplicávelesse limite às pessoas jurídicas que exploram atividade rural (art. 16da Lei nº 9.065/95).

7.4. Exemplo

Tomando os dados do exemplo desenvolvido no subtópico

6.1 e considerando que:

I – a base de cálculo da CSLL em 30/09/2009, referente ao

período de 01/01 a 30/09/2009, apurada com base no resultado

ajustado na forma da legislação pertinente, é de R$ 690.000,00;

II – o total da CSLL pago nos meses de fevereiro a setem-

bro/09 é de R$ 54.511,00

III – a CSLL devida em setembro/09, calculada por estimativa

seja de R$ 6.476,00

CSLL com base no balanço levantado em 30/9/09:

– CSLL devida: 9% de R$ 690.000,00 ........... R$ 62.100,00

– CSLL por estimativa até 30/09/2009 ............ (R$ 54.511,00)

– CSLL devida com base no balanço levantado

em 30/09/2009 .......................................... R$ 7.589,00

Nessa hipótese, tendo a pessoa jurídica adotado o balançode redução ou suspensão para efeito de cálculo do IRPJ a pagarreferente a setembro/09, ela (pessoa jurídica) não poderá efetuar opagamento da CSLL calculada por estimativa relativa ao mês desetembro/08, no valor de R$ 6.476,00, mesmo sendo esta contri-buição de valor inferior ao da apurada no balanço levantado parafins de redução do imposto a pagar em 30/09/2009, no valor deR$ 7.589,00.

Page 25: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

8 • No 40/09 5a semanaSetembro

IMPOSTO DE RENDAPIS • COFINS • CSLL e Legislação Manual de Procedimentos

CENOFISCO

8. Pagamento do Imposto e da Contribuição

8.1. Prazo e códigos para pagamento

O IRPJ e a CSLL devidos apurados de acordo com as regrasabordadas neste trabalho deverão ser pagos até o último dia útil domês subsequente ao da sua apuração, utilizando-se os códigos:

I – IRPJ:

a) pessoas jurídicas obrigadas à apuração do lucro real:

a.1) instituições financeiras: 2319;

a.2) demais pessoas jurídicas: 2362;

b) pessoas jurídicas não obrigadas à apuração do lucro real:5993;

II – CSLL:

a) instituições financeiras: 2469;

b) demais pessoas jurídicas: 2484;

III – Incentivos fiscais (veja o subtópico 5.3):

a) FINOR: 9017;

b) FINAM: 9032;

c) FUNRES: 9058.

8.2. Pagamento fora do prazo

O IRPJ e a CSLL calculados pela forma examinada nestetrabalho, pagos fora do prazo mencionado no subtópico 8.1, deve-rão ser acrescidos de:

I – multa de mora calculada à taxa de 0,33% por dia de atraso,limitada ao percentual máximo de 20%, contados a partir do 1º diaútil subsequente ao do vencimento do débito até o dia do efetivopagamento (art. 950 do RIR/99, Ato Declaratório NormativoCOSIT nº 1/97);

II – juros de mora calculados a partir do 1º dia do mês seguinteao do vencimento do débito até o mês do efetivo pagamento, daseguinte forma (arts. 953 e 954 do RIR/99):

a) os juros referentes aos meses anteriores ao do pagamentosão calculados com base na taxa SELIC, acumulada men-salmente até o último dia do mês anterior ao do pagamentodo débito;

b) ao percentual obtido em “a” soma-se o juro de 1%, referenteao mês do pagamento do débito.

Notas Cenofisco:1ª) Os procedimentos para o cálculo dos acréscimos legais inciden-tes nos pagamentos fora do prazo constam da Agenda Cenofisco deObrigações Fiscais e Tabelas Práticas.

2ª) Recomendamos que sejam observadas as normas relativas aoRegime Tributário de Transição (RTT), cujo texto está publicado noManual de Procedimentos Cenofisco nº 28/09, sob o título “Regula-mentação do Regime Tributário de Transcrição (RTT) e Instituição doControle Fiscal Contábil de Transcrição (FCONT)”.

Rendimentos Recebidos no Brasil porPessoa Física Não-Residente no País

SUMÁRIO

1. Considerações Iniciais

2. Alienação de Bens e Direitos

3. Operações Financeiras

4. Remuneração do Trabalho e de Serviços

5. Royalties e Serviços Técnicos e de Assistência Técnica eAdministrativa

6. Instalação e Manutenção de Escritórios Comerciais e de Re-presentação, de Armazéns, Depósitos ou Entrepostos

7. Juros, Comissões, Despesas e Descontos Decorrentes deColocações no Exterior de Títulos de Crédito Internacionais

8. Comissões Pagas por Exportadores, Fretes, Afretamentos,Aluguéis ou Arrendamento de Embarcações ou Aeronaves,Aluguel de Containers, Sobrestadia e Demais Serviços deInstalações Portuárias

9. Despesas com Promoção, Propaganda e Pesquisas deMercado, Aluguéis e Arrendamentos

10. Outros Rendimentos Recebidos por Não-Residente

1. Considerações Iniciais

Os rendimentos recebidos de fontes situadas no Brasil, pornão-residente no País, estão sujeitos à tributação exclusiva na fonteou definitiva, conforme examinado a seguir.

2. Alienação de Bens e Direitos

A alienação de bens e direitos situados no Brasil realizada pornão-residente está sujeita à tributação definitiva sob a forma deganho de capital, à alíquota de 15%, segundo as normas aplicáveisàs pessoas físicas residentes no Brasil.

O ganho de capital é determinado pela diferença positiva entreo valor de alienação e o custo de aquisição do bem ou direito.

Relativamente ao custo de aquisição dos bens ou direitosadquiridos deve ser observado o seguinte:

Page 26: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 95a semanaSetembro

IMPOSTO DE RENDAPIS • COFINS • CSLL e LegislaçãoManual de Procedimentos

CENOFISCO

I – até 1995 pode ser atualizado com base nos índicesconstantes no Anexo I da Instrução Normativa SRF nº 208/02;

II – a partir de 1996 não está sujeito a atualização.

O valor de aquisição do bem ou direito deve ser comprovadocom documentação hábil e idônea.

Ocorrendo a impossibilidade de comprovação do valor deaquisição, o custo de aquisição será:

I – apurado com base no capital registrado no Banco Centraldo Brasil, vinculado à compra do bem ou direito;

II – igual a zero, nos demais casos.

Na apuração do ganho de capital de não-residente não seaplicam as isenções e reduções do imposto previstas na legislaçãopara os residentes no Brasil.

O imposto deve ser recolhido pelo alienante ou pelo seuprocurador na data da alienação.

3. Operações Financeiras

I – O não-residente no País, ressalvado o disposto nos núme-ros II e III, sujeita-se às mesmas normas de tributação pelo impostosobre a renda previstas para os residentes no Brasil, em relaçãoaos:

a) rendimentos decorrentes de aplicações financeiras de ren-da fixa e em fundos de investimento;

b) ganhos líquidos auferidos em operações realizadas embolsas de valores, de mercadorias, de futuros e asseme-lhadas;

c) ganhos líquidos auferidos na alienação de ouro, ativo finan-ceiro, e em operações realizadas nos mercados de liquida-ção futura, fora de bolsa;

d) rendimentos auferidos nas operações de swap.

II – Os rendimentos auferidos por investidor não-residente, querealizar operações financeiras no Brasil de acordo com as normas econdições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN),sujeita-se à incidência do imposto sobre a renda às seguintesalíquotas (art. 29 da Instrução Normativa SRF nº 208/02):

a) 10% em aplicações nos fundos de investimento em ações,swap, registradas ou não em bolsa, e em operações nosmercados de liquidação futura, fora de bolsa;

b) 15% nos demais casos, inclusive em operações de rendafixa, realizadas no mercado de balcão ou em bolsa.

III – Não estão sujeitos à incidência do imposto os ganhos decapital apurados pelo investidor não-residente de que trata o número II,assim entendidos os resultados positivos auferidos:

a) nas operações realizadas em bolsas de valores, de merca-dorias, de futuros e assemelhadas, ressalvado o dispostono número IV;

b) nas operações com ouro, ativo financeiro, fora de bolsa;

IV – A não-incidência prevista na alínea “a” do número III não seaplica aos resultados positivos auferidos por não-residente nasoperações conjugadas que permitam a obtenção de rendimentospredeterminados, tais como as realizadas:

a) nos mercados de opções de compra e de venda em bolsasde valores, de mercadorias e de futuros (box);

b) no mercado a termo nas bolsas de que trata a alínea “a”deste item, em operações de venda coberta e sem ajustesdiários;

c) no mercado de balcão.

De acordo com o art. 16 da Medida Provisória nº 2.189-49/01e art. 32 da Instrução Normativa SRF nº 208/09, é responsávelpela retenção e recolhimento do imposto de renda na fonte, inciden-te sobre os rendimentos de operações financeiras auferidos porqualquer investidor estrangeiro, é responsável pela retenção e reco-lhimento do imposto:

I – o representante legal do investidor não-residente, em rela-ção aos ganhos referidos nas letras “a” e “b” do número I destetópico;

II – a pessoa jurídica que efetuar o pagamento dos rendimen-tos ou o administrador do fundo ou clube de investimento, nosdemais casos.

O referido regime de tributação não se aplica a investimentooriundo de país que não tribute a renda ou que a tribute a alíquotainferior a 20%, o qual se sujeitará às mesmas regras estabelecidaspara os residentes e domiciliados no País.

4. Remuneração do Trabalho e de Serviços

Os rendimentos do trabalho, com ou sem vínculo empregatí-cio, e os da prestação de serviços, exceto serviços técnicos e deassistência técnica e administrativas, pagos, creditados, entregues,empregados ou remetidos a não-residente sujeitam-se à incidênciado imposto na fonte à alíquota de 25% (art. 36 da InstruçãoNormativa SRF nº 208/02).

Page 27: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

10 • No 40/09 5a semanaSetembro

IMPOSTO DE RENDAPIS • COFINS • CSLL e Legislação Manual de Procedimentos

CENOFISCO

5. Royalties e Serviços Técnicos e deAssistência Técnica e Administrativa

As importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadasou remetidas a não-residente a título de royalties de qualquer natu-reza e de remuneração de serviços técnicos e de assistênciatécnica, administrativa e semelhantes sujeitam-se à incidência doimposto na fonte à alíquota de 15%, ou se recebidos por residenteem país com tributação favorecida, à alíquota de 25%.

I – classificam-se como royalties os rendimentos de qualquerespécie decorrentes do uso, fruição, exploração de direitos, taiscomo:

a) direito de colher ou extrair recursos vegetais, inclusive florestais;

b) direito de pesquisar e extrair recursos minerais;

c) uso ou exploração de invenções, processos e fórmulas defabricação e de marcas de indústria e comércio;

d) exploração de direitos autorais, salvo quando recebidospelo autor ou criador do bem ou obra.

II – considera-se:

a) serviço técnico o trabalho, obra ou empreendimento cujaexecução dependa de conhecimentos técnicos especiali-zados, prestados por profissionais liberais ou de artes eofícios;

b) assistência técnica a assessoria permanente prestada pelacedente de processo ou fórmula secreta à concessionária,mediante técnicos, desenhos, estudos, instruções envia-das ao Brasil e outros serviços semelhantes, os quaispossibilitem a efetiva utilização do processo ou fórmulacedido.

Vale lembrar, que os juros de mora e quaisquer outras com-pensações decorrentes do pagamento em atraso dos rendimentosexaminados neste tópico sujeitam-se à incidência de imposto nafonte nas mesmas condições dos valores principais a que serefiram.

6. Instalação e Manutenção de EscritóriosComerciais e de Representação, deArmazéns, Depósitos ou Entrepostos

Os rendimentos recebidos de fontes situadas no Brasil, pornão-residente, relativos a pagamento, crédito, emprego, entrega ouremessa para o exterior de despesas com instalação e manutençãode escritórios comerciais e de representação, de armazéns, depó-sitos ou entrepostos sujeitam-se à incidência do imposto na fonte àalíquota de 15%.

7. Juros, Comissões, Despesas e DescontosDecorrentes de Colocações no Exterior deTítulos de Crédito Internacionais

Os juros, comissões, despesas e descontos decorrentes decolocações no exterior, previamente autorizadas pelo Banco Centraldo Brasil, de títulos de crédito internacionais, inclusive commercialpapers, pagos, creditados, empregados, entregues ou remetidos anão-residente sujeitam-se à incidência do imposto na fonte à alí-quota de 15%.

8. Comissões Pagas por Exportadores, Fretes,Afretamentos, Aluguéis ou Arrendamento deEmbarcações ou Aeronaves, Aluguel deContainers, Sobrestadia e Demais Serviçosde Instalações Portuárias

Os rendimentos recebidos de fontes situadas no Brasil, pornão-residente, relativos a pagamento, crédito, emprego, entrega ouremessa de comissões por exportadores a seus agentes no exterior,de receitas de fretes, afretamentos, aluguéis ou arrendamentos deembarcações marítimas ou fluviais ou de aeronaves estrangeiras,feitos por empresas, desde que tenham sido aprovados pelasautoridades competentes, bem assim de aluguel de containers,sobrestadia e outros relativos ao uso de serviços de instalaçõesportuárias, sujeitam-se à incidência do imposto na fonte à alíquotade 0%, ou se recebidos por residente em país com tributaçãofavorecida, à alíquota de 25%.

9. Despesas com Promoção, Propaganda ePesquisas de Mercado, Aluguéis eArrendamentos

Os rendimentos recebidos de fontes situadas no Brasil, pornão-residente, relativos a pagamento, crédito, emprego, entrega ouremessa para o exterior de despesas relacionadas com pesquisade mercado para produtos brasileiros de exportação, bem assimaquelas decorrentes de participação em exposições, feiras e even-tos semelhantes, inclusive aluguéis e arrendamentos de estandes elocais de exposição, vinculadas à promoção de produtos brasilei-ros, e de despesas com propaganda realizadas no âmbito desseseventos, sujeitam-se à incidência do imposto na fonte à alíquota de0% , ou se recebidos por residente em país com tributação favore-cida, à alíquota de 25%.

10. Outros Rendimentos Recebidos por Não-Residente

Os demais rendimentos pagos, creditados, empregados, en-tregues ou remetidos a não-residente por fontes situadas no Brasil,

Page 28: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 115a semanaSetembro

IMPOSTO DE RENDAPIS • COFINS • CSLL e LegislaçãoManual de Procedimentos

CENOFISCO

inclusive a título de juros sobre o capital próprio, bem assim osdecorrentes de cessão de direitos de atleta profissional, solicitação,obtenção e manutenção de direitos de propriedades industriais noexterior, aquisição ou remuneração, a qualquer título, de qualquerforma de direito, e os relativos a comissões e despesas incorridasnas operações de colocação, no exterior, de ações de companhiasabertas, domiciliadas no Brasil, desde que aprovadas pelo BancoCentral do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários, sujeitam-se à incidência do imposto na fonte à alíquota de 15%, quando nãotiverem tributação específica prevista em lei, ou se recebidos porresidente em país com tributação favorecida, à alíquota de 25%(art. 42 da Instrução Normativa SRF nº 208/02).

Para esta finalidade considera-se país com tributação favorecidaaquele que não tribute a renda ou que a tribute à alíquota inferior a 20%.

Despesas Operacionais Indedutíveis ParaFins de Apuração do Lucro Real

SUMÁRIO

1. Considerações Iniciais

2. Despesas Indedutíveis

3. Bens do Ativo Imobilizado Não Considerados como DespesasDedutíveis

4. Dispêndios que Configuram Inversão ou Aplicação de Capital4.1. Contagem do prazo de vida útil de duração do bem

1. Considerações Iniciais

A pessoa jurídica optante pela tributação com base no lucroreal deverá manter escrituração contábil de acordo com as leiscomerciais, entretanto, deverá também observar a legislação fiscal,que exige ajustes para determinar a base de cálculo tributável.

Dessa forma, embora determinadas despesas sejam conta-bilizadas como operacionais a legislação fiscal não as consideracomo dedutíveis devendo, portanto serem adicionadas para fins deapuração do lucro real do respectivo período de apuração.

2. Despesas Indedutíveis

Para efeito de apuração do lucro real são vedadas as deduçõesdas seguintes despesas operacionais (art. 13 da Lei nº 9.249/96):

a) de qualquer provisão, com exceção apenas daquelas cons-tituídas para férias de empregados e 13º salário; reservastécnicas das companhias de seguro e de capitalização, dasentidades de previdência privada e das operadoras de pla-nos de assistência à saúde, cuja constituição é exigida pelalegislação especial a elas aplicável; e para perdas de esto-ques, de que tratam os arts. 8º e 9º da Lei nº 10.753/03,com a redação dada pelo art. 85 da Lei nº 10.833/03;

b) das contraprestações de arrendamento mercantil e doaluguel de bens móveis ou imóveis, exceto quando relacio-nados intrinsecamente com a produção ou comercializa-ção dos bens e serviços;

c) de despesas de depreciação, amortização, manutenção,reparo, conservação, impostos, taxas, seguros e quaisqueroutros gastos com bens móveis e imóveis, exceto se rela-cionados intrinsecamente com a produção ou comerciali-zação (sobre o conceito de bem intrinsecamente relaciona-do com a produção ou comercialização vide a InstruçãoNormativa SRF nº 11/96, art. 25);

Nota Cenofisco:Instrução Normativa SRF nº 11/96:“Bens Não Relacionados com a Produção ou ComercializaçãoArt. 25. Para efeito de apuração do lucro real e da base de

cálculo da contribuição social sobre o lucro é vedada a dedução:I – das contraprestações de arrendamento mercantil e do alu-

guel de bens móveis ou imóveis, exceto quando relacionados intrinse-camente com a produção ou comercialização dos bens e serviços;

II – de despesas de depreciação, amortização, manutenção,reparo, conservação, impostos, taxas, seguros e quaisquer outrosgastos com bens móveis ou imóveis, exceto se intrinsecamente rela-cionados com a produção ou comercialização dos bens e serviços.

Parágrafo único. Consideram-se intrinsecamente relacionadoscom a produção ou comercialização:

a) os bens móveis e imóveis utilizados no desempenho dasatividades de contabilidade ;

b) os bens imóveis utilizados como estabelecimento da adminis-tração;

c) os bens móveis utilizados nas atividades operacionais, insta-lados em estabelecimento da empresa;

d) os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine sim-ples ou utilitário, utilizados no transporte de mercadorias eprodutos adquiridos para revenda, de matéria-prima, produ-tos intermediários e de embalagem aplicados na produção;

e) os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine sim-ples ou utilitário, as bicicletas e motocicletas utilizados peloscobradores, compradores e vendedores nas atividades decobrança, compra e venda;

f) os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine sim-ples ou utilitário, as bicicletas e motocicletas utilizados nasentregas de mercadorias e produtos vendidos;

g) os veículos de transporte coletivo de empregados;h) os bens móveis e imóveis utilizados em pesquisa e desenvol-

vimento de produtos ou processos;i) os bens móveis e imóveis próprios, locados pela pessoa

jurídica que tenha a locação como objeto de sua atividade;j) os bens móveis e imóveis objeto de arrendamento mercantil nos

termos da Lei nº 6.099, de 1974, pela pessoa jurídica arrendadora;l) os veículos utilizados na prestação de serviços de vigilância

móvel, pela pessoa jurídica que tenha por objeto essa espé-cie de atividade.”

d) das despesas com alimentação de sócios, acionistas eadministradores;

e) das contribuições não compulsórias, exceto as destinadas acustear seguros e planos de saúde e benefícios complemen-tares assemelhados aos da Previdência Social, instituídos emfavor de empregados e dirigentes da pessoa jurídica;

f) de doações, exceto se efetuadas em favor do PRONAC(Lei nº 8.313/91); instituições de ensino e pesquisa cuja

Page 29: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

12 • No 40/09 5a semanaSetembro

IMPOSTO DE RENDAPIS • COFINS • CSLL e Legislação Manual de Procedimentos

CENOFISCO

criação tenha sido autorizada por lei federal, sem finalidadelucrativa (limitada a 1,5 % do lucro operacional, antes decomputada a sua dedução e a citada na sequência); e deentidades civis sem fins lucrativos legalmente constituídasno Brasil que prestem serviços em benefício de emprega-dos da pessoa jurídica doadora e respectivos dependentes,ou em benefício da comunidade onde atuem (limitada a 2%do lucro operacional, antes de computada a sua dedução).Incluem-se também como dedutíveis as doações efetuadasàs Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público(OSCIP), qualificadas segundo as normas estabelecidas naLei nº 9.790/99 (Medida Provisória nº 2.158-35/01,art. 59), e às Organizações Sociais (OS) qualificadas con-soante os dispositivos da Lei nº 9.637, de 15/05/1998,até o limite de 2% do lucro operacional, antes de computadaa sua dedução (Lei nº 10.637/02, art. 34); e

g) das despesas com brindes.

Vale lembrar, que somente serão admitidas como dedutíveisas despesas com alimentação quando esta for fornecida pelapessoa jurídica, indistintamente, a todos os seus empregados.

As despesas computadas no lucro líquido e consideradasindedutíveis pela lei fiscal deverão ser adicionadas para fins deapuração do lucro real do respectivo período de apuração.

3. Bens do Ativo Imobilizado NãoConsiderados como Despesas Dedutíveis

Não cabe o direito de registrar o custo de aquisição de bens do ativoimobilizado como despesas operacionais, mesmo que individualmentesituados dentro do limite de valor estabelecido para cada ano-calendárioquando as atividades constitutivas do objeto da pessoa jurídica exigirem oemprego de uma certa quantidade de bens que, embora individualmentecumpram a utilidade funcional, somente atingem o objetivo da atividadeexplorada em razão da pluralidade de seu uso.

Incluem-se nessa hipótese, por exemplo: carrinhos de super-mercado; cadeiras ou poltronas de empresas de diversões públi-cas empregadas em cinema ou teatro; botijões utilizados por distri-buidoras de gás liquefeito de petróleo; engradados, vasilhames,barris, etc., por empresas de bebidas; máquinas autenticadoras deinstituições financeiras, etc.

Assim, os bens da mesma natureza, embora individualmente decusto de aquisição abaixo do limite admitido, quando necessários emquantidade, em razão de sua utilização pela empresa, deverão serregistrados conjuntamente, sendo o encargo decorrente da diminuiçãode seu valor apurado em função do custo de aquisição correspondenteao valor total dos bens (Parecer Normativo CST nº 20/80).

4. Dispêndios que Configuram Inversão ouAplicação de Capital

De acordo com o art. 301, § 2º do RIR/99, constituem aplica-ção de capital, salvo disposições especiais, os dispêndios relativosao custo dos bens adquiridos ou das melhorias realizadas, cuja vidaútil ultrapassar um ano, ou cujo valor unitário de aquisição for superiora R$ 326,61. Nesse caso, o valor despendido deverá ser ativado,para ser depreciado ou amortizado em períodos de apuração futuros.

4.1. Contagem do prazo de vida útil de duração do bem

O prazo de um ano de vida útil de duração do bem, para efeitode se permitir que seu custo de aquisição seja admitido comodespesa operacional deve ser contado a partir da data de aquisiçãodo bem, ainda que esse prazo termine no ano seguinte.

A condição legal de dedutibilidade não exige que a vida útil dobem expire no mesmo ano-calendário em que este é adquirido(Parecer Normativo CST nº 20/80, item 11).

JURISPRUDÊNCIA E OUTROS

COFINS – AÇÃO FISCAL – REINTIMAÇÃO – PRAZO DESESSENTA DIAS – ESPONTANEIDADE – RECUPERAÇÃO –DCTF RETIFICADORA – CONFISSÃO DE DÍVIDA

“A DCTF retificadora apresentada pelo contribuinte depois de

esgotados sessenta dias da última intimação no curso da ação

fiscal tem efeito de confissão de dívida, em face da recuperação da

espontaneidade, e torna prescindível a realização do lançamento.

Negado provimento ao recurso voluntário.”(Acórdão nº 201-81229,

da 1ª Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes. Relator:

José Antonio Francisco. DOU de 06/04/09, pág. 28)

COMERCIALIZAÇÃO PROIBIDA POR TERCEIROS IRPJ – LUCROSNO EXTERIOR – EMPREGO DO VALOR – DISPONIBILIZAÇÃO

“Os lucros auferidos no exterior por intermédio de coligadas econtroladas devem ser adicionados ao lucro líquido para determina-ção do Lucro Real da empresa nacional. O momento é diferido atéa data em que forem disponibilizados tais lucros. Todavia, a vendaou qualquer outra forma de transferência das participações fulminaa subsunção à regra excepcional do aspecto temporal e, por conse-guinte, qualifica o fato pela regra geral do momento da aquisição darenda. Recurso Voluntário Provido em Parte.”(Acórdão nº 108-09.592, da 8ª Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes.Relator: Nelson Lósso Filho. DOU de 02/03/09, pág. 41)

Page 30: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 135a semanaSetembro

IMPOSTO DE RENDAPIS • COFINS • CSLL e LegislaçãoManual de Procedimentos

CENOFISCO

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO COSIT Nº 28, DE 17/09/2009DOU de 18/09/2009

IR – Pessoas Físicas – Rendimentos Recebidos de Fontes Situadas no Exterior no Mês de Outubro/2009

Sinopse: Por meio do Ato Declaratório Executivo COSIT nº 28/09, foi divulgado o valor do dólar dos Estados Unidos da América paracompra em R$ 1,8079 e para venda em R$ 1,8087, a ser utilizado para conversão em reais dos rendimentos recebidos de fontes situadasno exterior , bem como do imposto retido no mês de outubro/2009.

IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA – IRPJ –EXERCÍCIO: 2001, 2002 – IRPJ – TERMO INICIAL – CONTA-GEM DO PRAZO DECADENCIAL – LUCRO DISPONIBILIZADOPOR EMPRESA CONTROLADA SEDIADA NO EXTERIOR

“A fixação do termo inicial para a contagem do prazo dedecadência, na hipótese de lançamento sobre lucros apurados porempresa controlada sediada no exterior, deve levar em considera-ção a data em que se considera ocorrida a sua disponibilização, enão na data do auferimento dos lucros pela empresa controlada.Recurso Voluntário Provido em Parte.”(Acórdão nº 108-09.592, da8ª Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes. Relator: NelsonLósso Filho. DOU de 02/03/09, pág. 41)

IRPJ – LUCRO AUFERIDO POR CONTROLADA NO EXTERIOR –TAXA DE CÂMBIO PARA CONVERSÃO PARA REAIS

“Ao teor do § 7º do artigo 394 do RIR/99, cuja matriz legal é o§ 4º do artigo 25 da Lei nº 9.249/95, os lucros auferidos no exteriorserão convertidos para reais pela taxa de câmbio, para venda, dodia das demonstrações financeiras em que foram apurados. Re-curso Voluntário Provido em Parte.”(Acórdão nº 108-09.592, da 8ªCâmara do Primeiro Conselho de Contribuintes. Relator: NelsonLósso Filho. DOU de 02/03/09, pág. 41)

PIS/PASEP – BASE DE CÁLCULO – DUPLICIDADE –DEMONSTRAÇÃO

“Cancela-se o valor da contribuição calculado sobre o valor da basede cálculo apurada em duplicidade. Recurso voluntário provido.” (Acór-dão nº 201-81189, da 1ª Câmara do Primeiro Conselho de Contribuin-tes. Relator: José Antonio Francisco. Dou de 06/04/09, pág. 27)

PIS – LANÇAMENTO – COMPENSAÇÃO – AÇÃO JUDICIAL –MATÉRIA SUBMETIDA AO JUDICIÁRIO

“É legítimo o lançamento efetuado em revisão de DCTF, em facede vinculação efetuada de maneira irregular. Havendo sido a com-pensação submetida ao exame do Poder Judiciário, o mérito dolançamento depende das decisões judiciais proferidas no âmbito dorespectivo processo. Recurso voluntário provido em parte.”(Acórdãonº 201-81204, da 1ª Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes.Relator: José Antonio Francisco. Dou de 06/04/09, pág. 27)

REORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA – VERDADEIRA ALIENÇÃODE PARTICIPAÇÃO COM GANHO DE CAPITAL

“Se os atos formalmente praticados, analisados pelo seutodo, demonstram não terem as partes outro objetivo que não selivrar de uma tributação específica, e seus substratos estão alheiosàs finalidades dos institutos utilizados ou não correspondem a umaverdadeira vivência dos riscos envolvidos no negócio escolhido, taisatos não são oponíveis ao fisco, devendo merecer o tratamentotributário que o verdadeiro ato dissimulado produz. Recurso Volun-tário Negado.”(Acórdão nº 108-09.507, da 8ª Câmara do PrimeiroConselho de Contribuintes. Relator: Cândido Rodrigues Neuber.DOU de 02/03/09, pág. 41)

SUJEIÇÃO PASSIVA – ERRO – INEXISTÊNCIA

“Se verificada a gravidade, precisão e concordância nas conclu-sões da autoridade fiscal sobre a existência de atos dissimulados,todos devem ser desconsiderados para efeito de constituição do fatojurídico, elegendo-se por sujeito passivo o real contribuinte/responsável.Recurso Voluntário Negado.”(Acórdão nº 108-09.507, da 8ª Câmarado Primeiro Conselho de Contribuintes. Relator: Cândido RodriguesNeuber. DOU de 02/03/09, pág. 41)

LEGISLAÇÃOA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

Page 31: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ÍNDICE

Contabilidade ...................................................................... 3

• Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) – Modelo e

Conteúdo

Legislação ........................................................................... 8

• Comunicados BACEN nºs 18.885/09, 18.886/09, 18.891/09,18.892/09 e 18.897/09Taxa Básica Financeira (TBF), Redutor (R) e Taxa Referencial (TR)do Período de 10/09/2009 a 16/09/2009

• Deliberação CVM nº 592/09Aprovação do Pronunciamento Técnico CPC 23 –PolíticasContábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro

• Deliberação CVM nº 593/09Aprovação do Pronunciamento Técnico CPC 24 – Eventosubsequente

• Deliberação CVM nº 594/09Aprovação do Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões,Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

• Deliberação CVM nº 595/09Aprovação do Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentaçãodas Demonstrações Contábeis

• Deliberação CVM nº 596/09Aprovação do Pronunciamento Técnico CPC 29 – AtivoBiológico e Produto Agrícola

• Deliberação CVM nº 597/09Aprovação do Pronunciamento Técnico CPC 30 – Receitas

• Deliberação CVM nº 598/09Aprovação do Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo NãoCirculante Mantido para Venda e Operação Descontinuada

Cenofisco BD Legislação

Com segurança e confiabilidade nas informações, o Cenofisco disponibiliza,inteiramente grátis, o mais completo acervo de normas federais doPaís (de 1900 a 2009) com atualização diária, moderno sistema depesquisa (por número, assunto e data) e normas legais do dia.Acesse www.cenofisco.com.br e confira agora este benefício.

Destaques

Nesta edição, a seção Contabilidade trata da

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE),

modelo e conteúdo. Merecem destaque especial as

exigências legais, bem como o conceito, o conteúdo

e a estrutura definida pelo Conselho Federal de

Contabilidade, pela Lei das Sociedades Anônimas e

pelas Leis nºs 11.638/07 e 11.941/09.

Benedita Bernardes Nepomuceno Carleto

Renata Joyce Theodoro

CONTABILIDADE • ASSUNTOS DIVERSOSe Legislação

CENOFISCOProcedimentosMANUAL DE

40

continua

Page 32: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

2 • No 40/09 5a semanaSetembro

CONTABILIDADE • ASSUNTOS DIVERSOSe Legislação Manual de Procedimentos

CENOFISCO

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Manual de procedimentos : contabilidade,

assuntos diversos e legislação. – – Curitiba, PR :

Cenofisco Editora, 2006.

ISBN 85 – 7569 – 021– 3

1. Contabilidade – Leis e legislação – Brasil

2. Tributos – Leis e legislação – Brasil

I. Título: Contabilidade, assuntos diversos e legislação.

06 – 9524 CDU – 34 : 336 . 2 (81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Direito fiscal 34 : 336.2 (81)

ÍNDICE – CONTINUAÇÃO

• Deliberação CVM nº 599/09Aprovação do Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributossobre o Lucro

• Resolução CFC nº 1.184/09Aprovação da NBC T 19.12 – Evento Subsequente

• Resolução CFC nº 1.185/09Aprovação da NBC T 19.27 – Apresentação dasDemonstrações Contábeis

• Resolução CFC nº 1.186/09Aprovação da NBC T 19.29 – Ativo Biológico e ProdutoAgrícola

• Resolução CFC nº 1.187/09Aprovação da NBC T 19.30 – Receitas

• Resolução CFC nº 1.188/09Aprovação da NBC T 19.28 – Ativo Não Circulante Mantidopara Venda e Operação Descontinuada

• Resolução CFC nº 1.189/09Aprovação da NBC T 19.2 – Tributos sobre o Lucro

Page 33: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 35a semanaSetembro

CONTABILIDADE • ASSUNTOS DIVERSOSe LegislaçãoManual de Procedimentos

CENOFISCO

Demonstração do Resultado doExercício (DRE) – Modelo e Conteúdo

SUMÁRIO

1. Considerações Iniciais

2. Descrição da DRE na Lei das S.A.

3. Conceito, Conteúdo e Estrutura da Demonstração do Resul-

tado do Exercício (DRE) na NBC T 3.3

4. Modelo Básico da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

5. Análise dos Itens da DRE

5.1. A receita bruta e suas deduções

5.2. As vendas líquidas

5.3. O custo das vendas de mercadorias e produtos ou da

prestação de serviços

5.4. Lucro bruto

5.5. Despesas operacionais

5.6. Resultado operacional

5.7. Resultado não operacional

5.8. Lucro antes do Imposto de Renda e da Contribuição

Social sobre o Lucro Líquido

5.9. Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro

Líquido

5.10. Participação nos lucros

5.11. Resultado do exercício (lucro ou prejuízo)

5.12. Lucro por ação

1. Considerações Iniciais

A demonstração do resultado é uma das demonstrações

obrigatórias previstas na Lei das S.A. (art. 176, III) e no Regula-

mento do Imposto de Renda (art. 274), observando-se que na

legislação societária a denominação é “Demonstração do Resulta-

do do Exercício” e no RIR/99 (Decreto nº 3.000/99) “Demonstra-

ção do Resultado do Período de Apuração”. A primeira, referindo-

se ao exercício social e a segunda, ao período de apuração do

Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, que poderá ser trimestral

ou anual, e, ainda, em períodos que iniciam em 1º de janeiro ou na

data de início de atividade até o último dia do mês em que se está

levantando balanço ou balancete para fins de redução ou suspen-

são do recolhimento mensal por estimativa.

Como o próprio nome indica, a demonstração do resultado

mostra as receitas auferidas, assim como as despesas e custos

CONTABILIDADE

incorridos, operacionais e não operacionais, que formaram o lucro

ou prejuízo no período por ela abrangido, além de também indicar

a receita líquida e os lucros (ou prejuízos) bruto, operacional e

líquido.

No presente trabalho, vamos tratar da demonstração do re-

sultado do exercício de acordo com a NBC T 3.3 – Conceito, Conteúdo,

Estrutura e Nomenclatura das Demonstrações Contábeis, aprova-

da pela Resolução CFC nº 686/90 e pelo art. 187 da Lei das

S.A., alterado pelas Leis nºs 9.249/95, 11.638/07 e 11.941/09.

Nota Cenofisco:No Manual de Procedimentos Cenofisco, deste caderno, nºs:

a) 3/08, publicamos a matéria sobre Demonstrações Contábeis

Obrigatórias; e

b) 30/09 – publicamos a matéria ”Balanço – Estrutura a partir

de 2008”.

2. Descrição da DRE na Lei das S.A.

O art. 187 da Lei das S.A. descreve a seguinte estrutura para

a demonstração do resultado do exercício, após as alterações

promovidas pelas Leis nºs 9.249/95, 11.638/07 e 11.941/09,

determina a execução da DRE da seguinte forma:

“Art. 187 – A demonstração do resultado do exercício discrimi-

nará:

I – a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das

vendas, os abatimentos e os impostos;

II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das

mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;

III – as despesas com as vendas, as despesas financeiras,

deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e

outras despesas operacionais;

IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as

outras despesas;

V – o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda

e a provisão para o imposto;

Page 34: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

4 • No 40/09 5a semanaSetembro

CONTABILIDADE • ASSUNTOS DIVERSOSe Legislação Manual de Procedimentos

CENOFISCO

VI – as participações de debêntures, de empregados e admi-

nistradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumen-

tos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previ-

dência de empregados, que não se caracterizem como despesa;

VII – o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante

por ação do capital social.

§ 1º – Na determinação do resultado do exercício serão com-

putados:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, indepen-

dentemente da sua realização em moeda; e

b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorri-

dos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.”

3. Conceito, Conteúdo e Estrutura daDemonstração do Resultado do Exercício(DRE) na NBC T 3.3

A NBC T 3.3 trata da demonstração do resultado de

forma mais detalhada do que a descrita pela Lei das S.A.

A aplicação dessa norma do CFC é geral e não se restringe às

sociedades anônimas, por ser uma norma eminentemente

contábil que, além da descrição, conceitua a demonstração e

esclarece sua utilidade e, também, a observância do regime

de competência.

“NBC T 3.3 – Da Demonstração do Resultado

3.3.1. Conceito

3.3.1.1. A demonstração do resultado é a demonstração

contábil destinada a evidenciar a composição do resultado formado

num determinado período de operações da entidade.

3.3.1.2. A demonstração do resultado, observado o princípio

de competência, evidenciará a formação dos vários níveis de resul-

tados mediante confronto entre as receitas, e os correspondentes

custos e despesas.

3.3.2. Conteúdo e Estrutura

3.3.2.1. A demonstração do resultado compreenderá:

a) as receitas e os ganhos do período, independentemente

de seu recebimento;

b ) os custos, despesas, encargos e perdas pagos

ou incorridos, correspondentes a esses ganhos e re-

ceitas.

3.3.2.2. A compensação de receitas, custos e despesas é

vedada.

3.3.2.3. A demonstração do resultado evidenciará, no míni-

mo, e de forma ordenada:

a) as receitas decorrentes da exploração das atividades-fins;

b) os impostos incidentes sobre as operações, os abatimentos,

as devoluções e os cancelamentos;

c) os custos dos produtos ou mercadorias vendidos e dos

serviços prestados;

d) o resultado bruto do período;

e) os ganhos e perdas operacionais;

f) as despesas administrativas com vendas, financeiras e

outras, e as receitas financeiras;

g) o resultado operacional;

h) as receitas e despesas e os ganhos e perdas não decor-

rentes das atividades-fins;

i) o resultado antes das participações e dos impostos;

j) as provisões para impostos e contribuições sobre o resul-

tado;

l) as participações no resultado;

m) o resultado líquido do período.”

4. Modelo Básico da Demonstração doResultado do Exercício (DRE)

Vejamos, no quadro a seguir, como seria a representação

básica da demonstração do resultado do exercício, de acordo com

as normas apresentadas nos itens 2 e 3:

Page 35: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 55a semanaSetembro

CONTABILIDADE • ASSUNTOS DIVERSOSe LegislaçãoManual de Procedimentos

CENOFISCO

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

R$

Receita Operacional Bruta .....................Venda de produtos (líquida do IPI)Venda de mercadoriaVenda de serviços

(-) Deduções da Receita Bruta .....................Abatimentos e Descontos Incondicionais .....................Devoluções e Vendas Canceladas . ....................Impostos e Contribuições Incidentes sobre as Vendas ou a Prestação de Serviços

ICMSISSPIS-PASEP FaturamentoCOFINS . ....................

= Vendas Líquidas .....................(-) Custo das Mercadorias/Produtos Vendidos ou dos Serviços Prestados

Custo do Produto Vendido (fixo + variável)Custo da Mercadoria Vendida (fixo + variável)Custo do Serviço Vendido (fixo + variável) .....................

= Lucro Bruto .....................(-) Despesas Operacionais .....................

Despesas com VendasSaláriosComissões sobre VendasEncargos Sociais (INSS/FGTS)Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) .....................

Resultado Financeiro Líquido .....................Juros PagosEncargos sobre Empréstimos e FinanciamentosDescontos ConcedidosVariação Monetária PassivaJuros RecebidosRendimentos de Aplicações FinanceirasDescontos ObtidosVariações Monetárias Ativas .....................

Despesas Gerais .....................Despesas Administrativas

Honorários da DiretoriaSaláriosEncargos Sociais (INSS/FGTS)Serviços de TerceirosMaterial de ExpedienteSegurosDepreciação .....................

Outras Receitas/Despesas OperacionaisDividendos RecebidosReversão de Provisões ConstituídasGanhos com Participação SocietáriaPerdas com Participação Societária

= Resultado OperacionalLucro ou Prejuízo Acumulado do Exercício .....................

= Lucro antes da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) .....................(-) Provisão para a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)= Lucro antes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)(-) Provisão para o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) .....................= Lucro antes das Participações nos Lucros .....................(-) Participações nos Lucros .....................

de Debêntures .....................de Empregados .....................dos Administradores .....................de Partes Beneficiárias .....................

Contribuições para Instituições ou Fundos de Assistência ou Previdência de Empregados .....................= Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício .....................Lucro por Ação .....................

Page 36: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

6 • No 40/09 5a semanaSetembro

CONTABILIDADE • ASSUNTOS DIVERSOSe Legislação Manual de Procedimentos

CENOFISCO

5. Análise dos Itens da DRE

O modelo apresentado limita-se ao atendimento das nor-mas legais aqui mencionadas, podendo cada entidade efetuar asadequações que julgar necessárias, com observância das referidasnormas.

5.1. A receita bruta e suas deduções

As receitas próprias da operação, originadas por meio dodesenvolvimento das atividades para as quais a empresa foi cons-tituída e que estão previstas no estatuto ou contrato social, são oponto de partida da DRE.

As receitas normalmente são segregadas em:

a) de venda de mercadorias, presentes nas empresas co-merciais;

b) de venda de produtos, que são auferidas pelas indústrias;

c) de prestação de serviços, próprias da atividade do setor deserviços em geral.

Quando a empresa desenvolve mais de uma atividade e possuireceitas de venda de mercadorias, de venda de produtos e de presta-ção de serviços, nos controles contábeis, em nível de contas analíticas,os valores são sempre identificados separadamente. Na DRE, o maiscomum é que as receitas, mesmo de naturezas distintas, venhamenglobadas numa única rubrica “Receita Bruta”.

5.1.1. Deduções da receita bruta

A designação “Bruta” deve-se ao fato de que as receitasauferidas pela empresa decorrentes de suas vendas ou da presta-ção de serviços englobam diversas parcelas de itens que, a rigor,não pertencem à empresa.

As parcelas dos valores faturados, constantes dos documen-tos fiscais, que estão embutidos na receita bruta são:

a) os impostos e contribuições faturados – as empresasfuncionam como “coletoras” de tributos como, por exem-plo, o ICMS, o IPI, a COFINS e o PIS/PASEP, que estãodentro do preço a ser pago pelo cliente pelo produto,mercadoria ou serviço, que deverão ser recolhidos aoscofres públicos, após a devida apuração, conforme pres-creve a legislação específica de cada um deles;

b) as devoluções feitas por clientes ou os cancelamentos devendas, cuja receita correspondente não pode, simplesmente,ser anulada, sendo necessária a utilização de conta distintapara a subtração da receita, cuja informação discriminada naDRE é bastante útil para se saber qual o nível de devoluções ecancelamentos em relação ao volume de vendas;

c) os descontos incondicionais concedidos aos clientes, tam-bém conhecidos por descontos comerciais, são concedi-dos diretamente no preço da mercadoria, produto ou servi-ço sem que nenhuma condição prévia seja exigida docliente (por exemplo, o pagamento da duplicata na dataprevista, como é o caso dos descontos financeiros, quefiguram entre as despesas financeiras). Também existemos “abatimentos” que normalmente são concedidos quan-do há a necessidade de dar uma compensação ao clientepor fatos que poderiam prejudicar o bom relacionamentocomercial.

5.2. As vendas líquidas

Utiliza-se o termo “Vendas Líquidas” para demonstrar o valorda “Receita Bruta” deduzido das parcelas de tributos, devoluções,cancelamentos e abatimentos que estavam incluídos no preço davenda ou da prestação de serviços.

Quando se usa o termo “líquidas” quer dizer que o valor dareceita está subtraído:

– de impostos e contribuições;

– das devoluções e cancelamentos;

– dos descontos e abatimentos incondicionais.

5.3. O custo das vendas de mercadorias e produtos ouda prestação de serviços

O custo das vendas e da prestação de serviços é o item quemostra o quanto custou produzir tudo aquilo que foi levado emborapelo cliente, no caso de venda de mercadorias e de produtosacabados, ou o que foi gasto no processo de atendimento docliente na prestadora de serviços.

Apesar da denominação custo, na demonstração de resulta-do, esse item também é uma despesa que representa o sacrifíciodos estoques entregues aos clientes para obter receita, assimcomo o esforço feito pela prestadora de serviços representado pelodesgaste da base de atendimento colocado à disposição do clientee também o consumo de outros itens como mão de obra, tecno-logia, etc.

5.4. Lucro bruto

O lucro bruto é obtido pela confrontação das vendas líquidascom o valor do custo das vendas ou da prestação de serviços, sendotambém conhecido por “Resultado com Mercadorias”.

A denominação “bruto” para o lucro decorre do fato de queapenas a parcela do custo incorrido para a obtenção das receitas é

Page 37: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 75a semanaSetembro

CONTABILIDADE • ASSUNTOS DIVERSOSe LegislaçãoManual de Procedimentos

CENOFISCO

que foi subtraída da “Receita Líquida”. Todos os demais esforços devendas, administrativos, financeiros e outras despesas em que aempresa incorreu, não foram deduzidos, nem acrescentadas recei-tas não operacionais que a empresa tenha auferido.

Nota Cenofisco:No Manual de Procedimento Cenofisco nº 7/07, publicamos a matériasob o título “Lucro ou Prejuízo Apurado no Exercício – TratamentoContábil”.

5.5. Despesas operacionais

As despesas operacionais correspondem aos gastos pagosou incorridos necessários para o desenvolvimento da atividade daempresa, que devem ser apropriados de acordo com o regime decompetência.

A venda de mercadorias, de produtos e de serviços, a admi-nistração dos negócios, incluindo-se aí a utilização dos recursos(materiais, tecnológicos, humanos e financeiros, logística, etc.), sãoatividades que a empresa realiza no curso normal de suas opera-ções, as quais exigem esforços e consumirão recursos financeirosque poderão ser desembolsados no momento da compra, contra-tação ou utilização do recurso ou, ainda, em data futura, por meio daassunção de uma dívida, ou passada, por intermédio de um adian-tamento, previamente contratado.

As despesas operacionais devem ser dispostas na DRE deacordo com a respectiva natureza como segue:

a) “Com Vendas” ou “Comerciais” – todos os gastos necessári-os para que a empresa possa apresentar o produto ao merca-

do consumidor, assim como levá-lo aos pontos de venda, taiscomo: propaganda, fretes, salários e encargos sociais, comis-sões de vendedores, promotores, telemarketing, sites de

vendas na internet, viagens, aluguel, depreciação, consumode água, luz e telefone de lojas e depósitos, participações emfeiras, etc;

b) “Resultado Financeiro Líquido” – inclui as receitas obtidas eas despesas incorridas em operações financeiras:

– são receitas financeiras os juros no recebimento deduplicatas e de aplicações financeiras, as atualizações

monetárias e cambiais favoráveis, os ganhos na vendade ações e outros títulos de renda variável, etc.;

– são despesas financeiras os juros pagos ou incorridos

por atraso de pagamentos de duplicatas e outros títu-los de crédito, decorrentes de empréstimos, financia-mentos, mútuos com sócios ou acionistas, atualiza-

ções monetárias e cambiais desfavoráveis, perdas navenda de ações e outros títulos de renda variável, etc.;

c) “Despesas Gerais” – compreendem, por dedução, todas asdemais despesas incorridas, que por sua espécie ou natu-reza, não comportam classificação nos demais itens;

d) “Administrativas” – compreendem gastos com contabilida-de e auditoria, crédito e cobrança, remuneração de admi-nistradores, de membros do conselho fiscal e de todo opessoal administrativo, aluguel e/ou depreciação, consu-mo de energia elétrica, de telefone e de água dos prédiosda administração, gastos com limpeza e conservação eoutras despesas relacionadas com a administração dosnegócios;

e) Outras Despesas Operacionais – compreendem tudo aquiloque pode ser identificado como sendo uma despesa ope-racional, mas não se encaixa em nenhum dos três gruposde despesa anteriores.

5.6. Resultado operacional

O lucro operacional será obtido por meio da confrontação detodas as despesas operacionais do lucro bruto, que recebe adenominação de operacional porque reuniu todos os elementosque contribuíram para o desenvolvimento da atividade operacionalda empresa prevista no estatuto ou no contrato social.

5.7. Resultado não operacional

O resultado não operacional refere-se às atividades eventuaisque a empresa realiza e que, necessariamente, irá gerar receitas edespesas. O exemplo mais comum é a venda de bens do ativoimobilizado, que não é uma atividade própria da operação, na quala baixa do bem gera uma despesa e o valor obtido na venda gerauma receita. A confrontação do valor da venda com a baixa do bem(inclusive da depreciação acumulada) também é conhecida porganho ou perda de capital.

A classificação como não operacional está ligada a não previ-são da atividade dentro do estatuto ou do contrato social da empre-sa, ou seja, a atividade praticada não faz parte do objeto social daempresa.

Nota Cenofisco:No Manual de Procedimentos Cenofisco nº 28/07 foi publicada maté-ria sobre a baixa de bens tangíveis do ativo imobiliário.

5.8. Lucro antes do Imposto de Renda e daContribuição Social sobre o Lucro Líquido

O lucro antes do Imposto de Renda e da Contribuição Socialsobre o Lucro Líquido é obtido pelo somatório do lucro operacionalcom o resultado não operacional e servirá de base para se chegar aolucro real, apurado no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), e a

Page 38: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

8 • No 40/09 5a semanaSetembro

CONTABILIDADE • ASSUNTOS DIVERSOSe Legislação Manual de Procedimentos

CENOFISCO

base de cálculo da contribuição social sobre o lucro, obtida extraconta-bilmente em demonstrativo de cálculo próprio, após as adições eexclusões necessárias, de acordo com a legislação fiscal.

5.9. Imposto de Renda e Contribuição Social sobre oLucro Líquido

Depois de apurado o lucro real e a base de cálculo da ContribuiçãoSocial sobre o Lucro Líquido, aplicam-se as alíquotas correspondentespara se chegar aos valores do IRPJ e da CSLL que serão subtraídos dolucro, os quais, na DRE, devem constar em rubrica própria.

5.10. Participação nos lucros

As participações nos lucros são valores pagos a debenturis-tas, empregados, administradores e partes beneficiadas que cor-respondem a verdadeiras despesas uma vez que, na prática,podem ser entendidos como parcela de remuneração, assim comoincentivo à aquisição de debêntures, que são calculadas a partir dolucro obtido pela empresa após deduzido do Imposto de Renda eda Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.

Nota Cenofisco:Matéria sobre a “Participações nos Lucros – Cálculo e Registro” foipublicada no Manual de Procedimentos Cenofisco nº 40/06, destecaderno.

5.11. Resultado do exercício (lucro ou prejuízo)

O resultado do exercício (lucro ou o prejuízo) é obtido por meioda subtração do resultado antes do Imposto de Renda e da Contri-buição Social sobre o Lucro Líquido dos respectivos tributos e,ainda, das participações nos lucros. Nele, estão computadas asdespesas e receitas decorrentes de todas as operações da empresa.

O resultado do exercício mostra quanto o patrimônio da empre-sa cresceu, no caso de lucro, ou diminuiu, no caso de prejuízo comtodas as atividades operacionais e não operacionais da empresa.

5.12. Lucro por ação

A evidenciação na DRE do lucro por ação é uma exigência da Leidas S.A. que corresponde à divisão do lucro obtida pela empresa pelonúmero de ações que compõe o capital social. Por exemplo, um capitalsocial de R$ 12.000.000,00 pode estar composto por 10.000.000de ações de valor nominal de R$ 1,20 (somando-se as ordinárias e aspreferenciais). Se essa empresa apresentar ao final do período umlucro líquido de R$ 1.000.000,00, seu lucro por ação será de R$ 0,10,ou seja, R$ 0,10 de lucro para cada unidade de capital social.

Nota Cenofisco:No Manual de Procedimentos nº 7/06 foi publicada a matéria com otítulo “Lucro ou Prejuízo Apurado no Exercício Tratamento Contábil”.

COMUNICADOS BACEN

Taxa Básica Financeira (TBF), Redutor (R) e Taxa Referencial (TR) do Período de 10/09/2009 a 16/09/2009

Sinopse: O Banco Central do Brasil (BACEN), por meio dos comunicados a seguir relacionados, divulgou a Taxa Básica Financeira(TBF), o Redutor (R) e a Taxa Referencial (TR), relativos aos mencionados períodos:

Período TBF (%) Redutor (R) TR (%) Comunicados BACEN nºs

10/09/2009 a 10/10/2009 0,7051 1,0066 0,0448 18.885

11/09/2009 a 11/10/2009 0,6750 1,0066 0,0149 18.886

12/09/2009 a 12/10/2009 0,6340 1,0065 0,0000 18.891

13/09/2009 a 13/10/2009 0,6340 1,0065 0,0000 18.891

14/09/2009 a 14/10/2009 0,6566 1,0065 0,0066 18.891

15/09/2009 a 15/10/2009 0,6569 1,0065 0,0069 18.892

16/09/2009 a 16/10/2009 0,6629 1,0065 0,0128 18.897

LEGISLAÇÃOA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

Page 39: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 95a semanaSetembro

CONTABILIDADE • ASSUNTOS DIVERSOSe LegislaçãoManual de Procedimentos

CENOFISCO

DELIBERAÇÃO CVM Nº 592, DE 15/09/2009DOU de 16/09/2009

Aprovação do Pronunciamento Técnico CPC 23 –Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro

Sinopse: A Deliberação CVM nº 592/09 aprova o Pronunciamento Técnico CPC 23 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, quetrata de políticas contábeis, mudança de estimativa e retificação de erro.

DELIBERAÇÃO CVM Nº 593, DE 15/09/2009DOU de 16/09/2009

Aprovação do Pronunciamento Técnico CPC 24 – Evento subsequente

Sinopse: A Deliberação CVM nº 593/09 aprova o Pronunciamento Técnico CPC 24 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, quetrata de evento subsequente.

DELIBERAÇÃO CVM Nº 594, DE 15/09/2009DOU de 16/09/2009

Aprovação do Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

Sinopse: A Deliberação CVM nº 594/09 aprova o Pronunciamento Técnico CPC 25 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, quetrata de provisões, passivos contingentes e ativos contingentes.

DELIBERAÇÃO CVM Nº 595, DE 15/09/2009DOU de 16/09/2009

Aprovação do Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis

Sinopse: A Deliberação CVM nº 595/09 aprova o Pronunciamento Técnico CPC 26 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, quetrata da apresentação das demonstrações contábeis.

DELIBERAÇÃO CVM Nº 596, DE 15/09/2009DOU de 16/09/2009

Aprovação do Pronunciamento Técnico CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola

Sinopse: A Deliberação CVM nº 596/09 aprova o Pronunciamento Técnico CPC 29 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, quetrata de ativo biológico e produto agrícola.

DELIBERAÇÃO CVM Nº 597, DE 15/09/2009DOU de 16/09/2009

Aprovação do Pronunciamento Técnico CPC 30 – Receitas

Sinopse: A Deliberação CVM nº 597/09 aprova o Pronunciamento Técnico CPC 30 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, quetrata de receitas.

DELIBERAÇÃO CVM Nº 598, DE 15/09/2009DOU de 16/09/2009

Aprovação do Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada

Sinopse: A Deliberação CVM nº 598/09 aprova o Pronunciamento Técnico CPC 31 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, quetrata de ativo não-circulante mantido para venda e operação descontinuada.

Page 40: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

10 • No 40/09 5a semanaSetembro

CONTABILIDADE • ASSUNTOS DIVERSOSe Legislação Manual de Procedimentos

CENOFISCO

DELIBERAÇÃO CVM Nº 599, DE 15/09/2009DOU de 16/09/2009

Aprovação do Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro

Sinopse: A Deliberação CVM nº 599/09 aprova o Pronunciamento Técnico CPC 32 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que

trata de tributos sobre o lucro.

RESOLUÇÃO CFC Nº 1.184, DE 28/08/2009DOU de 15/09/2009

Aprovação da NBC T 19.12 – Evento Subsequente

Sinopse: A Resolução CFC nº 1.184/09 aprova a NBC T 19.12 – Evento Subsequente.

RESOLUÇÃO CFC Nº 1.185, DE 28/08/2009DOU de 15/09/2009

Aprovação da NBC T 19.27 – Apresentação das Demonstrações Contábeis

Sinopse: A Resolução CFC nº 1.185/09 aprova a NBC T 19.27 – Apresentação das Demonstrações Contábeis.

RESOLUÇÃO CFC Nº 1.186, DE 28/08/2009DOU de 15/09/2009

Aprovação da NBC T 19.29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola

Sinopse: A Resolução CFC nº 1.186/09 aprova a NBC T 19.29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola.

RESOLUÇÃO CFC Nº 1.187, DE 28/08/2009.DOU de 15/09/2009

Aprovação da NBC T 19.30 – Receitas

Sinopse: A Resolução CFC nº 1.187/09 aprova a NBC T 19.30 – Receitas.

RESOLUÇÃO CFC Nº 1.188, DE 28/08/2009DOU de 15/09/2009

Aprovação da NBC T 19.28 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada

Sinopse: A Resolução CFC nº 1.188/09 aprova a NBC T 19.28 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação

Descontinuada.

RESOLUÇÃO CFC Nº 1.189, DE 28/08/2009DOU de 15/09/2009

Aprovação da NBC T 19.2 – Tributos sobre o Lucro

Sinopse: A Resolução CFC nº 1.189/09 aprova a NBC T 19.2 –Tributos sobre o Lucro.

Page 41: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 115a semanaSetembro

CONTABILIDADE • ASSUNTOS DIVERSOSe LegislaçãoManual de Procedimentos

CENOFISCO

Impresso no Brasil – Printed in Brazil

Copyright © 2009

Impresso no Brasil – Printed in Brazil

TODOS OS DIREITOS RESERVADOSNos termos da Lei que resguarda os direitos autorais, é proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de apostilas a partirdesta publicação, de qualquer forma ou por qualquer meio – eletrônico ou mecânico, inclusive por processos xerográficos, de fotocópia e degravação – sem permissão, por escrito, do Editor.

Rua Rego Freitas, 490CEP 01220-010 – São Paulo-SP

Nossos Endereços e Telefones

Fale com o Cenofisco

Internetwww.cenofisco.com.br

(*) A Consultoria é exclusiva ao Assinante Cenofisco.

CENOFISCOProcedimentosMANUAL DE

São Paulo – SPRua da Consolação, 77 – CEP: 01301-000Tels.: (11) 2122-3000Comercial: 2163-7100Cursos: (11) 2158-8610(*) Consultoria:(11) 2122-3051 – Trabalho/Previdência(11) 2122-3052 – IR/PIS/COFINS(11) 2122-3053 – ICMS/IPI/ISSE-mails: [email protected]

[email protected]

Belo Horizonte – MGRua dos Guajajaras, 977 – 12º andarSalas 1.201 a 1.205 – Centro – CEP: 30180-100Tel.: (31) 2108-0600Fax: (31) 3226-9587Comercial: (31) 2108-0608Cursos: 4003-3140(*) Consultoria: 4003-0608E-mails: [email protected]

[email protected]

Brasília – DFSCS – Quadra 2 – Edifício Serra DouradaSala 210 – CEP: 70300-902Tel.: (61) 2103-4101(*) Consultoria: 2103-4121/4122/4123/4124 e

(67) 3323-1111E-mails: [email protected]

[email protected]

Campo Grande – MS/Cuiabá – MTPorto Velho – RO/Rio Branco – ACRua Dr. Arthur Jorge, 48 – Jd. AclimaçãoCEP: 79002-440 – Campo Grande – MSCursos/Comercial: (67) 3323-1111Consultoria: (67) 3323-1100/3323-1111E-mails: [email protected]

[email protected]

Curitiba – PRRua Visconde do Rio Branco, 1.322 – 10º andarCEP: 80420-210Tel: (41) 2169-1500Cursos: (41) 2169-1557/2169-1575(*) Consultoria: 4003-9191 – ICMS/IPI/ISS

4003-3939 – IR/PIS/COFINS4003-7979 – Trabalho/Previdência

E-mails: [email protected]@cenofisco.com.br

Florianópolis – SCAv. Osmar Cunha, 183 – Bloco B, Sl. 602Edifício Ceisa Center – Centro – FlorianópolisCEP: 88015-100Tel.: (48) 3952-5560Comercial: (48) 3952-5550/3952-5553Cursos: (48) 3952-5570(*) Consultoria: (48) 3952-5560 – ICMS/IPI/ISS

4003-3939 – IR/PIS/COFINS4003-7979 – Trabalho/Previdência

E-mails: [email protected]@cenofisco.com.br

Goiânia – GORua T-28, 566 – 3º andar – Edifício JurunaCj. 301 – Setor BuenoCEP: 74210-040 – GoiâniaTel.: (62) 3941-0210Cursos: (62) 3941-0210(*) Consultoria: 4003-1818 – ICMS/IPI/ISS

4003-3939 – IR/PIS/COFINS4003-7979 – Trabalho/Previdência

E-mails: [email protected]@cenofisco.com.br

Porto Alegre – RSRua Uruguai, 91 – 6º andar – Sala 615 – CentroCEP: 90010-140Tel.: (51) 4009-6100Comercial: (51) 4009-6121Cursos: (51) 4009-6161(*) Consultoria: (51) 4009-6100 – ICMS/IPI/ISS

4003-3939 – IR/PIS/COFINS4003-7979 – Trabalho/Previdência

E-mails: [email protected]@cenofisco.com.br

Rio de Janeiro – RJRua Primeiro de Março, 33 – 17º andar – CentroCEP: 20010-000Tel: (21) 2132-1305Comercial: (21) 2132-1338(*) Consultoria: (21) 2132-1306/1305/1307 e

4003-5577 – ICMS/IPI/ISS4003-3939 – IR/PIS/COFINS4003-7979 – Trabalho/Previdência

Cursos: (21) 4003-8333E-mails: [email protected]

[email protected]

Salvador – BAAv. Luis Tarquínio Pontes, 2.580 – Condomínio VilasTrade Center, Bloco Empresarial A, Loja 4, Villas doAtlântico – Lauro de Freitas-BACEP: 42700-000Cursos/Comercial: (71) 3535-0755(*) Consultoria: 4003-1818 – ICMS/IPI/ISS

4003-3939 – IR/PIS/COFINS4003-7979 – Trabalho/Previdência

E-mails: [email protected]@cenofisco.com.br

Santos – SPRua Brás Cubas, 37 – 7º andar – Cj. 74CEP: 11013-161Comercial: (13) 3221-6342/3223-7689E-mail: [email protected]

Vitória – ESAv. Jerônimo Monteiro, 1.000 – Sala 1.721Ed. Trade Center – CEP: 29010-004Tel.: (27) 3223-9672Comercial: (27) 3223-9672Cursos: (27) 3299-8046/3349-2650(*) Consultoria: 4003-5577 – ICMS/IPI/ISS

4003-3939 – IR/PIS/COFINS4003-7979 – Trabalho/Previdência

E-mails: [email protected]@cenofisco.com.br

DiretoriaDiretor-Presidente: Carlos Sérgio Serra

[email protected]

Diretor de Conteúdo: Antonio Carlos Medeiros Nunes

Diretor Comercial: Lourival Medeiros de Campos

Diretor Administrativo: Nelson Domingos ColeteConselho Editorial: Jorge Lobão

Assessoria de Imprensa: Deleón Comunicações

Equipe TécnicaCoordenador Editorial: Fábio Gomes da SilvaCoordenador Consultoria: Sebastião Guedes de AraujoIR e ContabilidadeBenedita Bernardes Nepomuceno Carleto, Camila Medeiros deCampos, Edenilson José Medeiros de Souza, Fauler Lanzo Pe-drecca, Gilmar Apolinário, Gustavo S. Ferreira, João Carlos RibeiroMartins, João Marani, Jonas Lourenço Lage, Juarez Rodrigues deSouza, Juracy Francisco de Sousa, Lázaro Rosa da Silva, MarcoAurélio Teixeira de Oliveira, Marcos Barbosa dos Santos, OlindaMotta, Patrícia Bortolucci, Renata Boronski Gonçalves da Silva, Rena-ta Joyce Theodoro, Terezinha Massambani, Valmir Bezerra deBrito e Vitor Anderson Rubio, Yuri Narciso VolcovTrabalho e PrevidênciaAgda Mari Ramos, Alexandre Matias Silva, Alexandre Moreira deMedeiros, Andre Barroso L. Moura Ferraz, Anara Valéria Terbe-ck, Carlos Henrique de Assis, Carlos Sereno, Carolina Rodrigues,Claudia Garcia de Camargo Pedro, Daniela Mesquita Barbosa,Elaine da Silveira Assis Matos, Jeronimo José Carvalho Barbosa,José Pereira Vicente, Juarez Rodrigo de Sousa, Ligia Bianchi Gon-çalves, Lourival Firmino Leite, Márcia Cristina Pereira Barbosa,Maria Augusta Guerrero Meigger, Renata Tiveron de Assis Berriel,Rosânia de Lima Costa, Sandra CarranchoICMS, IPI e ISSAndrea Andrade, Carlos Alberto Fiorim, Carmen Renata InglesFernandes, Christiane Nóvoa Aracema, Cleuza Marchi Teixeira,Elenice Dinardi, Everson Luiz Paiva Hilário, Fernando Henrique SilvaSantana, Gilia Helena Garcia Menta, Gilmara Coelho Maia, GrazielaCristina da Silva, Jaderson Fernandes Dozzi, Jorge Luiz de Almei-da, José Valério Medeiros Jr., Klayton Teixeira Turrin, Kelly Lucienedos Santos, Luiz Guidorizzi, Márcia Lablonski, Marcos FerreiraBarros, Marianita Ribeiro Diniz, Marcia Cristina Borges, Marcio Ro-mano, Marley Lima de Oliveira Mota, Monalise Bayram de Souza,Patrícia Rufino do Nascimento, Priscylla Ferreira de Almeida, Rebe-ca Teixeira Pires, Ricardo Borges Lacerda, Ricardo Vicente Correade Oliveira, Robson Satiro de Almeida, Rodrigo José de Almeida,Rodrigo Macedo, Samuel Torres de Oliveira, Sérgio Juarez deHaan Porto, Sônia Maria de Andrade Santos, Tania Cristina Pry-plotski Souza, Terezinha do Valle Adamo, Valdir José Esteves Pereira

Equipe de Produção EditorialAnalista de Sistemas: Sonia Teles

Diagramação: Gutimberg Leme, Jonilson LimaRios, Luiz Roberto de Paiva eRaimundo Brasileiro

Editoração Eletrônica: Darcio Duarte de Oliveira, JulianaSalum e Rafael Cogo

Revisão: Alessandra Alves Denani, Juliana V.V. Lopes e Silvia Pinheiro B. dosSantos

Lucro RealSuporte Técnico:Claudio Figueira, Maria Fernanda dos Reis Grabe, Rafael Siqueira,Rogério Pacheco e Vanessa Alves

Outras RegiõesTel.: 4003-5151Se a sua região ainda não é atendida pelo serviço 4000, disque 0xx11 4003-5151.

Page 42: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ÍNDICE

ICMS ....................................................................................... 3

• Controle de Crédito do ICMS de Ativo Permanente (CIAP)

• Pagamento do ICMS Realizado nas Casas Lotéricas

IPI .............................................................................................. 5

• Bens de Produção – Saídas do Estabelecimento Industrial –

Tributação

Jurisprudência e Outros ................................................ 7

• Supremo Tribunal Federal (STF)– ICMS – Importação de Produto Proveniente de País

Signatário de Acordo Internacional – Ausência de OfensaDireta à Constituição

Consultoria Cenofisco ................................................... 7

• ISSQN – Declaração Mensal de Serviço (DMS) – Obrigatoriedade

Legislação Federal ......................................................... 8

• ICMS– Ato COTEPE/ICMS nº 30/09

Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e); DocumentoAuxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE)e Pedidos de Concessão de Uso, Cancelamento, Inutilização eConsulta a Cadastro Via WebServices – Manual deIntegração – Aprovação

– Ato COTEPE/ICMS nº 31/09Especificação de Requisitos do Programa Aplicativo Fiscal –Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e Sistema de Gestão –Alteração na Legislação

continua

Destaques

ICMS

• Trabalho que aborda os aspectos gerais relativos

ao Controle de Crédito do ICMS de Ativo

Permanente (CIAP).

IPI

• Trabalho com esclarecimentos sobre a tributação

do IPI nas saídas de bens de produção do esta-

belecimento industrial.

Marcos BarrosSebastião Guedes de Araújo

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoBA

40CENOFISCOProcedimentosMANUAL DE

Cenofisco BD Legislação

Com segurança e confiabilidade nas informações, o Cenofiscodisponibiliza, inteiramente grátis, o mais completo acervo de normasfederais do País (de 1900 a 2009) com atualização diária, modernosistema de pesquisa (por número, assunto e data) e normas legais do dia.Acesse www.cenofisco.com.br e confira agora este benefício.

Page 43: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

2�• No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoBA Manual de Procedimentos

CENOFISCO

ÍNDICE – CONTINUAÇÃO

– Ato COTEPE/ICMS nº 34/09Empresas Prestadoras de Serviços de TelecomunicaçõesBeneficiadas com Regime Especial de Apuração eEscrituração – Alteração na Legislação

– Ato COTEPE/ICMS nº 35/09Formulário de Segurança para Impressão de DocumentoAuxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA) –Alteração na Legislação

– Despacho CONFAZ nº 321/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Divulgação da Publicação

– Protocolo ICMS nº 100/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Sistema de Inteligência Fiscal(SIF) e Intercâmbio – Adesão do Distrito Federal

– Protocolo ICMS nº 100/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Adesão do Estado do RioGrande do Norte e do Distrito Federal ao Protocolo ICMSnº 66/09

• Importação/Exportação– Portaria SECEX nº 28/09

Drawback – Alteração na Legislação

• IPI– Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 16/09

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 17/09

Bebidas – Enquadramento

– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 24/09Bebidas – Enquadramento

– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 43/09Bebidas – Enquadramento

– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 44/09Bebidas – Enquadramento

– Ato Declaratório Executivo RFB-SC nº 151/09Bebidas – Enquadramento

– Solução de Consulta nº 279/09Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental –Produtos Nacionalizados – Isenção

– Solução de Consulta nº 287/09Matérias-Primas, Produtos Intermediários e Materialde Embalagem – Suspensão

– Solução de Consulta nº 296/09Pessoa Jurídica Preponderantemente Exportadora –Suspensão

– Solução de Consulta nº 299/09Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental –Remessa – Produto Nacionalizado

Legislação Estadual ............................................. 11

• ICMS– Extrato da Instrução Normativa SAT nº 48/09

Base de Cálculo para Operações com Café Cruem Grãos

Page 44: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 35a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação BAManual de Procedimentos

CENOFISCO

ICMS

Controle de Crédito do ICMS de AtivoPermanente (CIAP)

SUMÁRIO

1. Considerações Iniciais

2. Bens Adquiridos até 31/12/20002.1. Modelos

3. Bens Adquiridos a partir de 01/01/20013.1. Modelo

4. Nota Fiscal

5. Preenchimento do CIAP Modelo “C”5.1. Regras para a escrituração do CIAP

1. Considerações Iniciais

Em virtude das modificações introduzidas na Lei Complemen-tar nº 87/96 por intermédio da Lei Complementar nº 102/00,a partir de 01/01/2001, os créditos de ICMS relativos às aquisi-ções de bens para o ativo imobilizado passaram a ser admitidospelo lançamento em 48 parcelas mensais e consecutivas, feitas asdeduções equivalentes às saídas isentas e não tributadas, bemcomo obedecidas as demais disposições constantes do art. 339do RICMS-BA, aprovado pelo Decreto nº 6.284/97.

O controle do montante de crédito apropriado em razão daaquisição de bens para o ativo permanente do estabelecimento docontribuinte será elaborado por meio da escrituração do documentodenominado “Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente (CIAP)”.

Com base no disposto na Lei Complementar nº 87/96 e noart. 339 do RICMS/97, comentaremos, neste trabalho, os aspectosgerais relativos à escrituração do CIAP, com foco específico noCIAP modelo “C”, tendo em vista que os demais modelos somentese aplicam às aquisições ocorridas até 31/12/2000.

2. Bens Adquiridos até 31/12/2000

Até 31/12/2000, o CIAP destinava-se à apuração do valor dabase do estorno de crédito e do total do estorno mensal do créditode bens do ativo permanente do estabelecimento, tendo em vistaque, até essa data, a permissão para o crédito do imposto, porocasião da entrada do bem, era pela totalidade do imposto desta-cado no documento fiscal de aquisição, observado o critério relativoao estorno proporcional do crédito ao longo de cinco anos, bemcomo a sua alienação, antes de corridos cinco anos de suaaquisição (arts. 100, §§ 7º a 14 e 339 § 1º do RICMS-BA/97).

2.1. Modelos

Os bens adquiridos para o ativo permanente até 31/12/2000serão escriturados no “Controle de Crédito de ICMS do Ativo Perma-nente (CIAP)” modelo “A” (Anexo 90 do RICMS-BA/97), destina-do à apuração do estorno de crédito, relativamente ao bem do ativopermanente, que deverá ser efetuado de acordo com o disposto no§ 1º, do art. 339 do RICMS-BA/97.

Contudo, o contribuinte poderá optar pela adoção do modelo “B”(Anexo 91 do RICMS-BA/97) ou, ainda, pela escrituração domodelo adotado pela Unidade Federada em que estiver localizadaa sua matriz.

3. Bens Adquiridos a partir de 01/01/2001

A partir de 01/01/2001, o CIAP passou a destinar-se aocontrole da apropriação dos créditos de ICMS incidente sobre asentradas de bens destinados ao ativo permanente. A regra estabe-lecida a partir dessa data consiste no crédito do imposto destacadono documento fiscal de aquisição do bem ao longo de 48 meses àrazão de 1/48 avos ao mês, desde que proporcional às saídas demercadorias ou prestações tributadas do imposto, observado odisposto no § 17 do art. 93 do RICMS/97.

3.1. Modelo

Os bens adquiridos para o ativo permanente a partir de01/01/2001 serão escriturados no “Controle de Crédito deICMS do Ativo Permanente (CIAP)”, modelo “C” (Anexo 95 doRICMS-BA/97), destinado à apuração do crédito do impostorelativo ao bem do ativo permanente, que deverá ser efetuadoobedecendo-se as regras mencionadas no § 2º do art. 339do RICMS-BA/97.

4. Nota Fiscal

O documento fiscal relativo à aquisição de bem do ativopermanente, além de sua escrituração nos livros próprios, serátambém escriturado no CIAP.

5. Preenchimento do CIAP Modelo “C”

No CIAP modelo “C”, o controle da apropriação dos créditosde ICMS dos bens do ativo permanente, correspondente às

Page 45: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

4�• No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoBA Manual de Procedimentos

CENOFISCO

entradas a partir de 01/01/2001, será efetuado em função decada bem, individualmente, devendo a escrituração ser feita naslinhas, nos campos, nos quadros e nas colunas próprias, daseguinte forma:

a) campo “nº de Ordem”: o número atribuído ao documento,que será sequencial por bem;

b ) quadro 1 – “Identificação”: destina-se à identificaçãodo contribuinte e do bem, contendo os seguintescampos:

b.1) “Contribuinte”: o nome do contribuinte;

b.2) “Inscrição”: o número da inscrição estadual do esta-belecimento;

b.3) “Bem”: a descrição do bem, modelo, números dasérie e da plaqueta de identificação, se houver;

c) quadro 2 – “Entrada”: as informações fiscais relativas àentrada do bem, contendo os seguintes campos:

c.1) “Fornecedor”: o nome do fornecedor;

c.2) “nº da Nota Fiscal”: o número do documento fiscalrelativo à entrada do bem;

c.3) “nº do LRE”: o número do Livro Registro de Entradasem que foi escriturado o documento fiscal;

c.4) “Folha do LRE”: o número da folha do Livro Regis-tro de Entradas em que foi escriturado o docu-mento fiscal;

c.5) “Data da Entrada”: a data da entrada do bem noestabelecimento do contribuinte;

c.6) “Valor do Crédito”: o valor do crédito total do imposto aser apropriado relativo à aquisição, acrescido, quan-do for o caso, do ICMS correspondente ao serviço detransporte e ao pagamento da diferença de alíquotas,vinculados à aquisição do bem;

d) quadro 3 – “Saída”: as informações fiscais relativas à saídado bem, contendo os seguintes campos:

d.1) “nº da Nota Fiscal”: o número do documento fiscalrelativo à saída do bem;

d.2) “Modelo”: o modelo do documento fiscal relativo àsaída do bem;

d.3) “Data da Saída”: a data da saída do bem do estabe-lecimento do contribuinte;

e) quadro 4 – “Controle da Apropriação Mensal do Crédito”:destina-se à escrituração, nas colunas sob os títuloscorrespondentes do 1º ao 48º mês, do montante docrédito a ser apropriado, que será obtido multiplicando-se ovalor total do respectivo crédito pelo fator igual a umquarenta e oito avos da relação entre o valor das opera-ções de saídas e prestações tributadas e o total dasoperações de saídas e prestações do período, equipa-rando-se às tributadas, para fins deste inciso, às saídase prestações com destino ao exterior; contendo osseguintes campos :

e.1) “Mês/ano”: o mês e o ano objeto de escrituração;

e.2) “Totais”: o valor total das saídas e das prestaçõesrealizadas em cada mês;

e.3) “Tributadas”: o valor das saídas e das prestaçõesrealizadas em cada mês;

e.4) “ % Saídas/Prest.Tributadas”: o resultado da relaçãoentre o valor das operações de saídas e prestaçõestributadas e o total das operações de saídas e presta-ções do período;

e.5) “Crédito Possível”: o valor correspondente ao resulta-do da divisão do crédito total por quarenta e oito;

e.6) “Mês”: quantidade de dias total do mês;

e.7) “Pro rata die”: quantidade de dias que o bem ficou emuso em cada mês;

e.8) “Crédito/mês”: o valor decorrente da divisão do “Cré-dito possível” pela quantidade de dias “Mês”, multi-plicado pela quantidade de dias Pró rata die;

e.9) “Saldo crédito”: o valor decorrente da subtração dosvalores dos “Crédito/mês” do “ Valor do Crédito”;

f) quadro 5 – “Cancelamento do Saldo por Alienação/Baixaou Decurso de Prazo”: corresponde ao saldo de créditoexistente na data da alienação, baixa, ou após decorridosos 48 meses.

5.1. Regras para a escrituração do CIAP

Será permitido ao contribuinte:

a) utilizar sistema eletrônico de processamento de dados;

b) manter os dados em meio magnético, desde que hajaautorização do Inspetor fazendário;

Page 46: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 55a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação BAManual de Procedimentos

CENOFISCO

c) substituí-la por livro a ser autenticado na forma do art. 317do RICMS-BA/97, desde que contenha, no mínimo, osdados do documento.

Nota Cenofisco:Para efeitos de aplicação da letra “c” deste subtópico, dispõe oart. 317 do RICMS-BA/97:“Art. 317. Serão observadas as seguintes formalidades relativas àabertura, autenticação e encerramento de livros fiscais:I – os livros fiscais serão utilizados após a lavratura do Termo deAbertura (anexo 48);II – o contribuinte lavrará Termo de Encerramento (anexo 49) após oesgotamento do livro fiscal ou o encerramento das atividades;III – o uso de outro livro de mesmo tipo somente poderá ser efetuadoapós o encerramento do livro anterior;IV – o contribuinte lavrará termo acerca do início ou do encerramentode uso do livro, no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais,modelo 6;V – o servidor que realizar atividade de fiscalização ou de subsídio àfiscalização em estabelecimento de contribuinte deverá apor visto noslivros ainda não visados, na página em que foi lavrado o Termo deAbertura ou o Termo de Encerramento, e verificar se houve lavraturado termo referido no inciso anterior.Parágrafo único. O visto que trata o inciso V será dispensado quando oslivros tiverem sido visados pela Junta Comercial do Estado da Bahia.”

Pagamento do ICMS Realizado nasCasas Lotéricas

Os contribuintes baianos passam a ter mais uma opçãopara o pagamento do ICMS. O imposto pode ser pago tambémem qualquer casa lotérica, e a Secretaria da Fazenda do Esta-do (SEFAZ) terá essa informação, automaticamente, a cada 15minutos.

A nova forma de recolhimento do imposto facilita o cumpri-mento da obrigação tributária. Para efetuar o recolhimento, é precisoestar em posse do Documento de Arrecadação Estadual (DAE)com código de barra. Além do ICMS, também podem ser pagosnas casas lotéricas outros tributos estaduais, como as taxas e oImposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doações (ITD).Salientamos que o Imposto Sobre a Propriedade de VeículosAutomotores (IPVA) não pode ser pago nas lotéricas, tendo em vistaque a Caixa Econômica Federal ainda não está habilitada ao recolhi-mento desse imposto.Fonte: site da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia.

IPI

Bens de Produção – Saídas doEstabelecimento Industrial – Tributação

SUMÁRIO

1. Considerações Iniciais

2. Bens de Produção – Conceito

3. Saída de Bens de Produção do Estabelecimento Industrial –Tributação3.1. Fato gerador3.2. Estabelecimento equiparado a industrial – Aquisição de

bem com suspensão – Revenda posterior – Recolhi-mento do imposto

3.3. Bens de produção – Material de embalagem – Aquisi-ção de comercial varejista – Consideração quanto aocrédito do imposto

4. Mercadorias Revendidas a Consumidores Finais

1. Considerações Iniciais

Nesta oportunidade, faremos um breve comentário sobre atributação do IPI nas saídas do estabelecimento industrial de bensde produção, segundo as disposições aprovadas pelo Decretonº 5.544/02, ato que aprovou Regulamento do IPI.

2. Bens de Produção – Conceito

Nos termos do art. 519 do RIPI/02, são considerados bensde produção:

a) as matérias-primas;

b) os produtos intermediários, inclusive os que, embora nãointegrando o produto final, sejam consumidos ou utilizadosno processo industrial;

c) os produtos destinados a embalagem e acondicionamento;

d) as ferramentas empregadas no processo industrial, excetoas manuais; e

e) as máquinas, os instrumentos, os aparelhos e os equipa-mentos, inclusive suas peças, partes e outros componen-tes que se destinem a emprego no processo industrial.

3. Saída de Bens de Produção doEstabelecimento Industrial – Tributação

Nos termos do art. 9º, § 4º, do RIPI/02, os estabelecimentosindustriais, quando derem saída de matéria-prima (MP), produtos

Page 47: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

6�• No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoBA Manual de Procedimentos

CENOFISCO

intermediários (PI) e materiais de embalagens (ME) adquiridos deterceiros, com destino a outros estabelecimentos, para industriali-zação ou revenda, serão considerados estabelecimentos comer-ciais de bens de produção e obrigatoriamente equiparados a esta-belecimento industrial em relação a essas operações.

3.1. Fato gerador

Segundo o art. 34, inciso II, do RIPI/02, constitui fato geradordo IPI, dentre outras hipóteses previstas na legislação, a saída deproduto do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial.

Assim, haverá incidência do IPI na saída do estabelecimentoindustrial de produtos submetidos a processo de industrialização(industrializados) e na saída de bens de produção adquiridos deterceiros, com destino a outros estabelecimentos, para industrializaçãoou revenda, segundo os arts. 9º, § 4º, e 34, inciso II, do RIPI/02.

3.2. Estabelecimento equiparado a industrial –Aquisição de bem com suspensão – Revendaposterior – Recolhimento do imposto

Conforme a Solução de Consulta nº 12, de 26/03/2009,caso o estabelecimento equiparado a industrial tenha adquirido comsuspensão do IPI bens de produção, mais tarde revendidos, estarásujeito, no momento da revenda, à exigência do imposto, com aspenalidades cabíveis, considerando-se devidos o IPI e os acrésci-mos desde a data em que esses bens saíram do fornecedor doestabelecimento equiparado a industrial. Para conhecimento, repro-duzimos a seguir a íntegra da mencionada solução:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 12DE 26 DE MARÇO DE 2009

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Industrialização por encomenda. Base de cálculo.Suspensão. Os estabelecimentos industriais, quando derem saídaa insumos, adquiridos de terceiros, com destino a outros estabele-cimentos, para industrialização ou revenda, serão consideradosestabelecimentos comerciais de bens de produção e obrigatoria-mente equiparados a estabelecimento industrial em relação a es-sas operações. Caso um estabelecimento equiparado a industrialtenha adquirido com suspensão do IPI bens de produção, maistarde revendidos, estará sujeito, no momento da revenda, à exigên-cia do imposto, com as penalidades cabíveis, considerando-sedevidos o IPI e os acréscimos desde a data em que esses benssaíram do fornecedor do estabelecimento equiparado a industrial.”

3.3. Bens de produção – Material de embalagem –Aquisição de comercial varejista – Consideraçãoquanto ao crédito do imposto

Neste sentido, examinar a Solução de Consulta nº 9, de12/01/2005, a seguir reproduzida, que traz esclarecimentos sobreo assunto:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 9DE 12 DE JANEIRO DE 2005

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Bens de produção. Material de embalagem. Aquisiçãode comercial varejista. Créditos. Industrial que adquire bens de produ-ção (aí incluído o material de embalagem) de estabelecimento comer-cial varejista só terá direito ao crédito do IPI de que trata o art. 165 doRIPI/02 se o varejista for caracterizado como comerciante atacadista,de acordo com o RIPI/02 e, ainda, não for contribuinte do IPI. Não bastaao comerciante varejista vender bens de produção a estabelecimentoindustrial para ser caracterizado como atacadista. Para tanto é neces-sário que o valor das vendas de bens de produção do varejistaultrapasse o limite fixado em Regulamento – 20% do total das vendasrealizadas pelo estabelecimento varejista no semestre civil.”

4. Mercadorias Revendidas a ConsumidoresFinais

Na revenda de mercadorias a consumidores finais, sem teremsido submetidas a processo de industrialização no estabelecimen-to industrial, não há incidência do IPI. Nesse sentido, esclarecem asSoluções de Consultas nºs 12, de 12/02/2003, e 367, de13/10/2008, a seguir reproduzidas:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 12, DE 12/02/03DOU de 14/03/03

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI.

EMENTA: IPI. Incidência. O IPI incide na saída do estabeleci-mento industrial de produtos que nele foram submetidos a opera-ção de industrialização, bem como na saída de bens de produçãoadquiridos de terceiros, com destino a outros estabelecimentos,para industrialização ou revenda. O IPI não incide nas operações emque saem do estabelecimento industrial mercadorias revendidas aconsumidores finais sem terem sido submetidas a processo deindustrialização no dito estabelecimento.Dispositivos legais: CF/88, art 153, IV; CTN, arts. 46, II, e 51, III;RIPI/2002, art. 9º, § 4º, art. 34, II, e art. 519, incs. I e II. FranciscoPawlow – Chefe Disit/SRRF06.”

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 367DE 13 DE OUTUBRO DE 2008

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Matéria-Prima. Revenda. A equiparação, compul-sória, a estabelecimento industrial de que trata o § 4º do art. 9º doDecreto nº 4.544, de 2002-RIPI/02, não é aplicável quando dasrevendas de bens de produção, adquiridos de terceiros, realizadaspor industriais a não contribuintes do IPI.”Base legal: citada no texto.

Page 48: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 75a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação BAManual de Procedimentos

CENOFISCO

JURISPRUDÊNCIA E OUTROS

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF)

ICMS – IMPORTAÇÃO DE PRODUTO PROVENIENTE DE PAÍS SIGNATÁRIO DE ACORDO INTERNACIONAL – AUSÊNCIA DEOFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO

Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº 751363/RJ

Relator: Ministro Celso de Mello

Órgão Julgador: Segunda Turma

Data do Julgamento: 04/08/2009

Publicação: 11/09/2009

Ementa

Agravo de Instrumento – Isenção de ICMS – Importação de Produto (Pescado) Proveniente de País Signatário de Acordo InternacionalTambém Celebrado pelo Brasil – Ausência de Ofensa Direta à Constituição – Inviabilidade do Recurso Extraordinário – Agravo improvido. – OSupremo Tribunal Federal firmou orientação no sentido de que a controvérsia relativa à isenção de ICMS, quando analisada em tema deimportação de produto proveniente de País signatário de acordo internacional também celebrado pelo Brasil, não faz instaurar situaçãoconfiguradora de ofensa direta ao texto da Constituição, o que torna inviável, em tal hipótese (importação de bacalhau, merluza ou outro tipo depescado), o acesso da parte interessada à via recursal extraordinária. Precedentes.

Decisão

A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 04/08/2009.

ISSQN – Declaração Mensal de Serviço (DMS) – Obrigatoriedade

O declarante é obrigado a apresentar mensalmente a DMS?

Sim. A partir da primeira entrega da DMS, o declarante fica obrigado a entregá-la mensalmente, qualquer que seja o seu nível defaturamento posterior, conforme dispõe o art. 107 do Código Tributário e Rendas do Município de Salvador, instituído pela Lei nº 7.186/06.Base legal: citada no texto.

CONSULTORIA CENOFISCOPERGUNTAS E RESPOSTAS

“TIPI”

A Tabela de Incidência do IPI – “TIPI Cenofisco” – é um produto que permite a obtenção confiável das classificaçõesfiscais de cada produto (NCM e NBM/SH) e das alíquotas de incidência do imposto federal sobre produtos industrializa-dos, de modo prático e rápido.

Page 49: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

8�• No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoBA Manual de Procedimentos

CENOFISCO

LEGISLAÇÃO FEDERALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

ATO COTEPE/ICMS Nº 30, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e); Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE)e Pedidos de Concessão de Uso, Cancelamento, Inutilização e Consulta a Cadastro Via WebServices – Manual de Integração –Aprovação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 30/09 dispõe sobre as especificações técnicas do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e),do Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE) e dos Pedidos de Concessão de Uso, Cancelamento,Inutilização e Consulta a Cadastro via webservices, conforme disposto no Ajuste SINIEF nº 9/07.

ATO COTEPE/ICMS Nº 31, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Especificação de Requisitos do Programa Aplicativo Fiscal – Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e Sistema de Gestão – Alteraçãona Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 31/09 altera o Ato COTEPE/ICMS nº 6/08, que dispõe sobre a especificação de requisitos doPrograma Aplicativo Fiscal – Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e do sistema de gestão utilizado por estabelecimento usuário deequipamento ECF.

ATO COTEPE/ICMS Nº 34, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Empresas Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Beneficiadas com Regime Especial de Apuração e Escrituração – Alteraçãona Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 34/09 altera o Anexo Único do Ato COTEPE/ICMS nº 10/08, que relaciona as empresasprestadoras de serviços de telecomunicações beneficiadas com regime especial de apuração e escrituração do ICMS, de que trata oConvênio ICMS nº 126/98, que dispõe sobre a concessão de regime especial, na área do ICMS, para prestações de serviços públicosde telecomunicações.

ATO COTEPE/ICMS Nº 35, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA) – Alteração na Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 35/09 altera o Ato COTEPE/ICMS nº 35/08, que dispõe sobre as especificações técnicas paraa fabricação do Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA), conformedisposto no Convênio ICMS nº 110/08.

Page 50: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 95a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação BAManual de Procedimentos

CENOFISCO

DESPACHO CONFAZ Nº 321, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Divulgação da Publicação

Sinopse: O Despacho CONFAZ nº 321/09 divulga a publicação do Protocolo ICMS nº 100/09.

PROTOCOLO ICMS Nº 100, DE 05/08/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Sistema de Inteligência Fiscal (SIF) e Intercâmbio – Adesão do Distrito Federal

Sinopse: O Protocolo ICMS nº 100/09 dispõe sobre a adesão do Distrito Federal ao Protocolo ICMS nº 66/09, que trata dainstituição do Sistema de Inteligência Fiscal (SIF) e do intercâmbio de informações entre as Unidades da Federação.

PROTOCOLO ICMS Nº 100, DE 05/08/2009DOU de 15/09/2009, republicado no DOU de 17/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Adesão do Estado do Rio Grande do Norte e do Distrito Federal ao Protocolo ICMS nº 66/09

Sinopse: O Protocolo ICMS nº 100/09 dispõe sobre a adesão do Estado do Rio Grande do Norte e do Distrito Federal ao ProtocoloICMS nº 66/09, que trata da instituição do Sistema de Inteligência Fiscal (SIF) e do intercâmbio de informações entre as Unidades daFederação.

PORTARIA SECEX Nº 28, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

Importação/Exportação

Drawback – Alteração na Legislação

Sinopse: A Portaria SECEX nº 28/09 altera a Portaria SECEX nº 25, de 27/11/2008, que aprovou as disposições sobre asoperações de drawback.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-MG Nº 16, DE 16/09/2009DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 16/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-MG Nº 17, DE 16/09/2009DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 17/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

Page 51: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

10�• No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoBA Manual de Procedimentos

CENOFISCO

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 24, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 24/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 43, DE 16/09/2009DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 43/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 44, DE 16/09/2009DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 44/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SC Nº 151, DE 10/09/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SC nº 151/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 279, DE 10/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – Produtos Nacionalizados – Isenção

Sinopse: A Solução de Consulta nº 279/09 esclarece sobre a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para osprodutos nacionalizados remetidos para a Zona Franca de Manaus ou a Amazônia Ocidental.

Page 52: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 115a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação BAManual de Procedimentos

CENOFISCO

LEGISLAÇÃO ESTADUALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

EXTRATO DA INSTRUÇÃO NORMATIVA SAT Nº 48, DE 16/09/2009DOE-BA de 17/09/2009

ICMS

Base de Cálculo para Operações com Café Cru em Grãos

Sinopse: O Extrato da Instrução Normativa SAT nº 48/09 fixa os valores de base de cálculo para operações interestaduais com cafécru em grãos, para o período de 21 a 27/09/2009, nos termos dos Convênios ICMS nºs 15/90 e 78/90.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 287, DE 14/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Matérias-Primas, Produtos Intermediários e Material de Embalagem – Suspensão

Sinopse: A Solução de Consulta nº 287/09 esclarece sobre a suspensão do pagamento do Imposto sobre Produtos Industrializados(IPI) das matérias-primas, dos produtos intermediários e do material de embalagem vendidos a estabelecimentos industriais fabricantespreponderantemente de bens de que trata o § 1º-C do art. 4º da Lei nº 8.248/91.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 296, DE 26/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Pessoa Jurídica Preponderantemente Exportadora – Suspensão

Sinopse: A Solução de Consulta nº 296/09 esclarece sobre a suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para apessoa jurídica preponderantemente exportadora.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 299, DE 27/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – Remessa – Produto Nacionalizado

Sinopse: A Solução de Consulta nº 299/09 esclarece sobre a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na remessa deproduto nacionalizado para a Zona Franca de Manaus e a Amazônia Ocidental.

Page 53: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ÍNDICE

ICMS – DF ....................................................................................... 3

• Programa de Incentivo as Fonte Alternativas de Energia Elétrica

(PROINFA) – Procedimentos Fiscais

• Prazos de Recolhimento – Substituição Tributária – Hipermercador,

Comércio Varejista e Concessionária de Veículos Automotores

Jurisprudência e Outros ................................................ 4

• Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDF)– ICMS – Diferença de Alíquotas Interestaduais – Bens

Adquiridos não Destinados ao Comércio – Indevida aCobrança do Tributo

Consultoria Cenofisco ................................................... 5

• ICMS/ISS – Programa Nota Fiscal Legal – Aproveitamento do

Imposto Pago em Aquisição de Todas Mercadorias e Serviços

Legislação Distrital ......................................................... 5

• ICMS– Decreto nº 30.814/09

Coque de Petróleo e Outros Resíduos de Óleo de Petróleoou de Minerais Betuminosos – Substituição Tributária –Alteração no Regulamento

– Decreto nº 30.815/09Operações com Partes e Peças Substituídas em Virtude deGarantia por Empresa Nacional da Indústria Aeronáutica –Benefício Fiscal – Alteração no Regulamento

– Decreto nº 30.816/09Xadrez e após Assemelhados, Exceto Pigmentos àBase de Dióxido de Titânio – Substituição Tributária –Alteração no Regulamento

continua

Destaques

ICMS – DF

• Matéria que aborda os procedimentos a serem

observados pelos agentes integrantes do Programa

de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia

Elétrica (PROINFA).

ICMS – GO

• Comentários sobre o tratamento dispensado às

operações de industrialização por encomenda.

IPI

• Trabalho com esclarecimentos sobre a tributação

do IPI nas saídas de bens de produção do esta-

belecimento industrial.

Klayton Teixeira Turrin

Márcia Cristina Borges

Marcos Barros

Marley Lima de Oliveira Mota

Sebastião Guedes de Araújo

40CENOFISCOProcedimentosMANUAL DE

Cenofisco BD Legislação

Com segurança e confiabilidade nas informações, o Cenofiscodisponibiliza, inteiramente grátis, o mais completo acervo de normasfederais do País (de 1900 a 2009) com atualização diária, modernosistema de pesquisa (por número, assunto e data) e normas legais do dia.Acesse www.cenofisco.com.br e confira agora este benefício.

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoDF/GO

Page 54: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

2�• No 40/09 5a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoDF/GO

ÍNDICE – CONTINUAÇÃO

– Decreto nº 30.817/09Proprietários ou Arrendatários de Aeronaves – Matrículae Prefixo no Documento Fiscal – Redução de Basede Cálculo – Alteração no Regulamento

– Decreto nº 30.818/09Operações com Combustíveis – Convalidaçãode Procedimentos e Prorrogação de Prazo paraEntrega de Relatório

– Portaria SEF nº 353/09Operações com Bebidas – Novos Preços de Vendaao Consumidor

– Portaria SEF nº 354/09Conhecimento de Transporte Eletrônico – SistemaEletrônico de Processamento de Dados

• ICMS/ISS– Portaria SEF nº 351/09

Programa Nota Fiscal Legal e Arquivos do LFE –Prorrogação de Datas

– Portaria SEF nº 355/09Nota Fiscal de Serviços – Emissão englobada –Atividades de Ensino, Instrução, Treinamento eSimilares – Alterações na Legislação

ICMS – GO ........................................................................... 7

• Industrialização sob Encomenda

Jurisprudência e Outros ..................................... 8• Supremo Tribunal Federal (STF)

– ICMS – Importação de Produto Proveniente de PaísSignatário de Acordo Internacional – Ausência deOfensa Direta a Constituição

Consultoria Cenofisco ............................................... 8

• ISS – Fato Gerador – Ocorrência

Legislação Estadual ............................................. 9• ICMS

– Decreto nº 6.978/09Regulamento do Código Tributário Estadual – Alteração

– Decreto nº 6.980/09Recolhimento Antecipado – Aquisições de Mercadorias deoutra Unidade da Federação ou do Exterior – Alteração

– Decreto nº 6.981/09Regulamento do Código Tributário Estadual – Alterações

– Instrução Normativa SAT nº 99/09Substituição Tributária – Cerveja, Chope, Refrigerante,Água Mineral e Potável, Bebida Energética e Isotônica –Base de Cálculo do Imposto – Alterações

• Produzir/Fomentar– Decreto nº 6.979/09

Regulamento dos Programas – Alterações

IPI .................................................................................. 10• Bens de Produção – Saídas do Estabelecimento

Industrial – Tributação

Legislação Federal ................................................ 11• ICMS

– Ato COTEPE/ICMS nº 30/09Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e);Documento Auxiliar do Conhecimento de TransporteEletrônico (DACTE) e Pedidos de Concessão de Uso,Cancelamento, Inutilização e Consulta a Cadastro ViaWebServices – Manual de Integração – Aprovação

– Ato COTEPE/ICMS nº 31/09Especificação de Requisitos do Programa Aplicativo Fiscal –Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e Sistema deGestão – Alteração na Legislação

– Ato COTEPE/ICMS nº 34/09Empresas Prestadoras de Serviços de TelecomunicaçõesBeneficiadas com Regime Especial de Apuração eEscrituração – Alteração na Legislação

– Ato COTEPE/ICMS nº 35/09Formulário de Segurança para Impressão de DocumentoAuxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA) –Alteração na Legislação

– Despacho CONFAZ nº 321/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Divulgação da Publicação

– Protocolo ICMS nº 100/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Sistema de Inteligência Fiscal(SIF) e Intercâmbio – Adesão do Distrito Federal

– Protocolo ICMS nº 100/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Adesão do Estado do RioGrande do Norte e do Distrito Federal ao Protocolo ICMSnº 66/09

• Importação/Exportação– Portaria SECEX nº 28/09

Drawback – Alteração na Legislação• IPI

– Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 16/09Bebidas – Enquadramento

– Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 17/09Bebidas – Enquadramento

– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 24/09Bebidas – Enquadramento

– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 43/09Bebidas – Enquadramento

– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 44/09Bebidas – Enquadramento

– Ato Declaratório Executivo RFB-SC nº 151/09Bebidas – Enquadramento

– Solução de Consulta nº 279/09Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – ProdutosNacionalizados – Isenção

– Solução de Consulta nº 287/09Matérias-Primas, Produtos Intermediários e Material deEmbalagem – Suspensão

– Solução de Consulta nº 296/09Pessoa Jurídica Preponderantemente Exportadora –Suspensão

– Solução de Consulta nº 299/09Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental –Remessa – Produto Nacionalizado

Page 55: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 35a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação DF/GO

Programa de Incentivo as FonteAlternativas de Energia Elétrica(PROINFA) – Procedimentos Fiscais

SUMÁRIO

1. Introdução

2. Programa

3. Obrigações Relacionadas com o Imposto

1. Introdução

Neste trabalho abordaremos os procedimentos fiscais dis-pensados ao Programa de Incentivo as Fontes Alternativas deEnergia Elétrica, com base no Decreto nº 30.433/09.

2. Programa

O PROINFA é um importante instrumento para a diversificaçãoda matriz energética nacional, garantindo maior confiabilidade esegurança ao abastecimento. O Programa, coordenado pelo Minis-tério de Minas e Energia (MME), estabelece a contratação de 3.300MW de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN), produzidospor fontes eólica, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs),sendo 1.100 MW de cada fonte.

3. Obrigações Relacionadas com o Imposto

Os agentes integrantes do PROINFA, nos termos da Lei Fede-ral nº 10.438/02, ajustada às diretrizes e orientações da novaPolítica Energética Nacional pela Lei nº 10.762/03, para cumpri-mento das obrigações relacionadas com o ICMS, deverão observar:

a) O gerador inscrito no PROINFA emitirá Nota Fiscal Modelo 1ou 1-A, contra a Eletrobrás - Centrais Elétricas Brasileiras S.A.,no último dia de cada mês, relativamente ao faturamento daenergia contratada no âmbito do PROINFA.

b) O faturamento mensal corresponderá à fração das quotasestabelecidas anualmente pela Agência Nacional de Ener-gia Elétrica (ANEEL) para o PROINFA, conforme metodolo-gia de cálculo prevista no Contrato de Compra e Venda deEnergia (CCVE), firmado com a Eletrobrás e demais atosexpedidos pelo órgão regulador, nos termos do dispostoneste texto.

c) Até o último dia útil do mês de janeiro do ano subse-quente, o gerador deverá emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou1-A correspondente à energia efetivamente entregue noano anterior.

Os agentes integrantes do PROINFA deverão ainda observaro seguinte:

a) na hipótese de ajuste, para mais ou para menos,entre a energia contratada e a energia entregue, esteserá efetuado no ano seguinte, conforme metodolo-gia de cálculo prevista no CCVE firmado com a Ele-trobrás, cuja discriminação deverá constar da notafiscal anual;

b) a Eletrobrás deverá emitir nota fiscal de faturamento contraas empresas distribuidoras e transmissoras de energiaelétrica, discriminando a quantidade de energia correspon-dente aos consumidores cativos e aos livres;

c) nas notas fiscais mencionadas anteriormente constará aseguinte expressão: “Operação no âmbito do PROINFAnos termos do Ajuste SINIEF 03/09”;

d) a Eletrobrás fica dispensada da emissão de nota fiscalmensal pela entrega de energia elétrica aos consumidoreslivres.

Prazos de Recolhimento – SubstituiçãoTributária – Hipermercador, ComércioVarejista e Concessionária de VeículosAutomotores

Os contribuintes adquirentes, em operações interestaduais,de mercadorias relacionadas no Caderno III do Anexo IV doRICMS-DF, ficam autorizados a recolher o ICMS relativo a essasoperações até o dia vinte do mês corrente ou cinco do mês subse-quente, conforme as entradas das mercadorias no território doDistrito Federal tenham ocorrido, respectivamente na primeira ousegunda quinzena de cada mês, desde que classificados:

a) no código de Classificação Nacional de Atividades Econô-mica-Fiscal (CNAE - Fiscal): G4711-3/01 (Hipermercado –Área de Venda Superior a 5.000 metros quadrados; co-mércio varejista); ou

ICMS – DF

Page 56: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

4�• No 40/09 5a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoDF/GO

b) como concessionários de veículos automotores vinculadosa montadoras sediadas no território nacional.

Ato da Diretoria de Fiscalização Tributária (DIFIT) destaSubsecretaria relacionará os contribuintes inscritos no CadastroFiscal do Distrito Federal (CFDF) que atendam aos critérios esta-belecidos citado anteriormente.

A DIFIT analisará e decidirá sobre os pedidos de autoriza-ção para recolhimento do imposto até o dia vinte do mêscorrente ou cinco do mês subsequente, conforme as entradasdas mercadorias no território do Distrito Federal tenham ocorri-do, respectivamente, na primeira ou segunda quinzena de cadamês. O deferimento dos pedidos serão formalizados mediante

a inclusão do requerente na relação dos contribuintes inscritosno Cadastro Fiscal do Distrito Federal (CFDF) que atendam aoscritérios estabelecidos acima.

O disposto nesta matéria não se aplica aos bens e às mercado-rias relacionadas no Caderno III do Anexo IV, em que fica atribuída,na qualidade de contribuinte substituto, a responsabilidade pela reten-ção e recolhimento antecipados do imposto referente às operaçõesinternas subsequentes, ao industrial, ao importador ou ao atacadista/distribuidor alcançado pelo Decreto nº 20.322/99, pelo Decretonº 24.371/04, ou pelo Decreto nº 25.372/04, nas saídas internascom destino a contribuinte atacadista ou varejista.Base Legal: Instrução Normativa SEF nº 05/09.

JURISPRUDÊNCIA E OUTROS

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOSTERRITÓRIOS (TJDF)

ICMS – DIFERENÇA DE ALÍQUOTAS INTERESTADUAIS –BENS ADQUIRIDOS NÃO DESTINADOS AO COMÉRCIO –INDEVIDA A COBRANÇA DO TRIBUTO

Órgão: Primeira Turma Cível

Classe: APC/RMO – Apelação Cível e Remessa de Ofício

Nº. Processo: 2002.01.1.068311-8

Apelante: Distrito Federal

Apelada: EPRO – Engenharia de Projetos Ltda.

Relatora Desa.: Maria Beatriz Parrilha

Revisor Des.: Natanael Caetano

Ementa

Tributário e constitucional. Mandado de segurança. ICMS.Diferença de alíquotas interestaduais. Bens adquiridos nãodestinados ao comércio. Indevida a cobrança do tributo. Man-tença da sentença que concedeu parcialmente a segurançavindicada.

1- Considerando que não há comercialização dos bens ad-quiridos pela impetrante, pois sua utilização se deu para o cum-primento de sua atividade-fim, qual seja, construção civil, sendoque juntou ela um contrato de empreitada que justifica a exigên-cia de aquisição dos materiais e, em decorrência, considerandoainda que, segundo abalizada doutrina e precedentes jurispru-

denciais, empresas de construção civil não praticam atos decomércio de mercadorias necessárias a cumprir seu mister,indicando a incidência apenas do ISS e não do ICMS, é indevidaa cobrança do diferencial de alíquotas dos bens e insumosobtidos em outros Estados em conseqüência de operaçõesinterestaduais, não cabendo, na espécie, a incidência dos inci-sos VII e VIII, do § 2º do artigo 155 da Carta da República. 2-Apelação e remessa necessária conhecidas e, no mérito, nãoprovidas. Unânime.

Acórdão

Acordam os Desembargadores da Primeira Turma Cível doTribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, Maria BeatrizParrilha - Relatora, Natanael Caetano Revisor e Arnoldo Camanho deAssis - Vogal, sob a presidência do Desembargador NatanaelCaetano, em NEGAR Provimento. Unânime, de acordo com a atado julgamento e notas taquigráficas.

Brasília-DF, 10 de maio de 2006.

Desembargador Natanael CaetanoPresidente

Desembargadora Maria Beatriz ParrilhaRelatora

Decisão

Negou-se provimento. Unânime.

Page 57: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 55a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação DF/GO

ICMS/ISS – Programa Nota Fiscal Legal –Aproveitamento do Imposto Pago emAquisição de Todas Mercadorias e Serviços

Qual a previsão para entrar em vigência o aproveitamento doimposto pago em aquisição de todas mercadorias e serviços?

A intenção é implementar gradativamente as atividadeseconômicas neste benefício. A primeira relação foi divulgada

DECRETO Nº 30.814, DE 17/09/2009DO-DF de 18/09/2009

ICMS

Coque de Petróleo e Outros Resíduos de Óleo de Petróleo ou de Minerais Betuminosos – Substituição Tributária – Alteração noRegulamento

Sinopse: O Decreto nº 30.814/09 alterou o item 4 do Caderno I do Anexo IV do RICMS-DF/97, que trata das operaçõessubsequentes com coque de petróleo e outros resíduos de óleo de petróleo ou de minerais betuminosos, sujeitos ao regime desubstituição tributária.

DECRETO Nº 30.815, DE 17/09/2009DO-DF de 18/09/2009

ICMS

Operações com Partes e Peças Substituídas em Virtude de Garantia por Empresa Nacional da Indústria Aeronáutica – BenefícioFiscal – Alteração no Regulamento

Sinopse: O Decreto nº 30.815/09 acrescentou o Capítulo X-B ao Título III do Livro I ao RICMS-DF/97 para tratar dasobrigações relativas às operações com partes e peças substituídas em virtude de garantia por empresa nacional da indústriaaeronáutica e outras. O referido diploma legal estabeleceu, também, a isenção do imposto na remessa das peças defeituosas parao fabricante, e nova em substituição à defeituosa, a ser aplicada na aeronave, por empresa nacional da indústria aeronáutica, porestabelecimento de rede de comercialização de produtos aeronáuticos, ou por oficinas reparadoras ou de conserto e manutençãode aeronaves.

CONSULTORIA CENOFISCOPERGUNTAS E RESPOSTAS

LEGISLAÇÃO DISTRITALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

em agosto de 2008 – Anexo Único da Portaria SEF nº 323/08.A segunda foi implementada por meio da Portaria SEF nº 241/09,que alterou o anexo único da Portaria SEF nº 323/08. Posterior-mente, foram publicadas as Portarias SEF nºs 323 e 331/09.Neste ponto é importante destacar que apenas as operaçõese prestações relativas às atividades econômicas estabeleci-das em ato do Secretário de Fazenda poderão ser utilizadaspara abater o débito de IPTU e IPVA.Base legal: citada no texto.

Page 58: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

6�• No 40/09 5a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoDF/GO

DECRETO Nº 30.816, DE 17/09/2009DO-DF de 18/09/2009

ICMS

Xadrez e após Assemelhados, Exceto Pigmentos à Base deDióxido de Titânio – Substituição Tributária – Alteração noRegulamento

Sinopse: O Decreto nº 30.816/09 alterou o item 6 doCaderno I do Anexo IV do RICMS-DF/97, que trata das opera-ções subsequentes com xadrez e após assemelhados, excetopigmentos à base de dióxido de titânio, classificado no códigoNCM/SH 3206.11.19 , sujeitos ao regime de substituição tributária.

DECRETO Nº 30.817, DE 17/09/2009DO-DF de 18/09/2009

ICMS

Proprietários ou Arrendatários de Aeronaves – Matrícula ePrefixo no Documento Fiscal – Redução de Base de Cálculo –Alteração no Regulamento

Sinopse: O Decreto nº 30.817/09 alterou o subitem 1.1 doitem 1 do Caderno II do Anexo I do RICMS-DF/97, para estabe-lecer que prevalecerá a redução de base de cálculo quandos aspartes e peças dentre outros produtos forem destinados a proprie-tários ou arrendatários de aeronaves identificados como tais pelaanotação da respectiva matrícula e prefixo no documento fiscal.

DECRETO Nº 30.818, DE 17/09/2009DO-DF de 18/09/2009

ICMS

Operações com Combustíveis – Convalidação de Procedi-mentos e Prorrogação de Prazo para Entrega de Relatório

Sinopse: O Decreto nº 30.818/09 convalidou os procedi-mentos adotados pelos contribuintes que realizaram operaçõescom diesel, biodiesel (B100) e o produto resultante da suamistura, em conformidade com as orientações descritas noanexo único ao Convênio ICMS nº 58/09, referentes aos fatosgeradores ocorridos no mês de janeiro do corrente ano.

PORTARIA SEF Nº 353, DE 11/09/2009DO-DF de 14/09/2009

ICMS

Operações com Bebidas – Novos Preços de Venda ao Consu-midor

Sinopse: A Portaria SEF nº 353/09 fixou o preço devenda final a consumidor para fins de base de cálculo de

substituição tributária do ICMS nas operações com os produ-tos constantes do item 07 do Caderno III do Anexo IV aoRICMS-DF, aprovado pelo Decreto nº 18.955/97, ou seja,bebida mista.

PORTARIA SEF Nº 354, DE 11/09/2009DO-DF de 14/09/2009

ICMS

Conhecimento de Transporte Eletrônico – Sistema Eletrônicode Processamento de Dados

Sinopse: A Portaria SEF nº 354/09 alterou disposi-ções da Portaria SEF nº 785/03, que consolida a legisla-ção relativa à emissão de documentos fiscais por sistemaeletrônico de processamento de dados, para determinar ainclusão de disposições sobre o Conhecimento de Trans-porte Eletrônico.

PORTARIA SEF Nº 351, DE 10/09/2009DO-DF de 14/09/2009

ICMS/ISS

Programa Nota Fiscal Legal e Arquivos do LFE – Prorrogaçãode Datas

Sinopse: A Portaria SEF nº 351/09 fixou até 30/11/2009,o prazo para apresentação de reclamação no âmbito do Progra-ma Nota Legal, em relação ao documento fiscal emitido. Referidanorma também determinou a autorização, até 15/09/2009, parao envio dos arquivos do livro Fiscal Eletrônico, relativos ao mês dejulho de 2009.

PORTARIA SEF Nº 355, DE 11/09/2009DO-DF de 14/09/2009

ICMS/ISS

Nota Fiscal de Serviços – Emissão englobada – Atividades de Ensino,Instrução, Treinamento e Similares – Alterações na Legislação

Sinopse: A Portaria SEF nº 355/09 alterou disposiçõesda Portaria SEF nº 91/02, que autoriza procedimento espe-cial relacionado com a emissão de uma Nota Fiscal de Servi-ços, exclusivamente no que se refere à autorização de emis-são englobada da Nota Fiscal de Serviços - Modelo 3 e/ou3-A, relacionando todos os serviços prestados em um perío-do de apuração, pelos contribuintes com atividades de ensi-no, instrução, treinamento, avaliação de conhecimentos, dequalquer grau ou natureza.

Page 59: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 75a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação DF/GO

ICMS – GO

Industrialização sob EncomendaSUMÁRIO

1. Introdução

2. Obrigação do Estabelecimento Fornecedor

3. Obrigação do Estabelecimento Industrializador

1. Introdução

Nas operações em que um estabelecimento mandar industria-lizar mercadorias, com fornecimento de matérias-primas, produtosintermediários e materiais de embalagem adquiridos de outros, osquais, sem transitar pelo estabelecimento adquirente, forem entre-gues pelo fornecedor diretamente ao industrializador.

2. Obrigação do Estabelecimento Fornecedor

O estabelecimento fornecedor deverá:

a) emitir nota fiscal em nome do estabelecimento adquirente, daqual, além das exigências normais, devem constar, nome,endereço e número de inscrição estadual e do CNPJ, doestabelecimento em que os produtos serão entregues, bemcomo a circunstância de que se destinam à industrialização;

b) efetuar na nota fiscal referida no inciso anterior o destaquedo ICMS, quando devido, que poderá ser aproveitado,como crédito, pelo adquirente, se for o caso;

c) emitir nota fiscal, sem destaque do imposto, para acompa-nhar o transporte das mercadorias ao estabelecimentoindustrializador, mencionando, além das exigências nor-mais, número, série, subsérie e data da nota fiscal referidano item 1, e nome, endereço e número de inscrição estaduale do CNPJ, do adquirente, por cuja conta e ordem àmercadoria será industrializada.

3. Obrigação do EstabelecimentoIndustrializador

O estabelecimento industrializador deverá:

a) emitir nota fiscal, na saída do produto industrializado comdestino ao adquirente, autor da encomenda, da qual alémdas exigências normais, constarão o nome, endereço e

número de inscrição estadual e do CNPJ, do fornecedor, enúmero, série, subsérie e data da Nota Fiscal por esteemitida, bem como o valor da mercadoria recebida paraindustrialização e o valor cobrado do autor da encomenda,destacando destes o valor das mercadorias empregadas;

b) efetuar, na nota fiscal referida no inciso anterior, sobre o valorcobrado do autor da encomenda o destaque do ICMS, queserá aproveitado como crédito pelo autor da encomenda,se for o caso.

Na hipótese de as mercadorias tiverem que transitar por maisde um estabelecimento industrializador, antes de serem entreguesao adquirente, autor da encomenda, cada industrializador deverá:

a) emitir nota fiscal para acompanhar o transporte das merca-dorias ao industrializador seguinte, sem destaque do ICMS,contendo, além das exigências regulamentares:

a.1) a indicação de que a remessa se destina à industria-lização por conta e ordem do adquirente, autor daencomenda, que será qualificada nessa nota;

a.2) a indicação do número, série, subsérie, data da notafiscal, nome, endereço e números de inscrição esta-dual e do CNPJ, do seu emitente, pela qual foram asmercadorias recebidas em seu estabelecimento;

b) emitir nota fiscal em nome do estabelecimento adquirente,autor da encomenda, contendo, além das exigências regu-lamentares:

b.1) a indicação do número, série, subsérie, data da notafiscal, nome, endereço e números de inscrição esta-dual e do CNPJ, de seu emitente, pela qual foram asmercadorias recebidas em seu estabelecimento;

b.2) a indicação do número, série, subsérie e data da notafiscal referida no item b.1);

b.3) o valor das mercadorias recebidas para industrializaçãoe o valor total cobrado do autor da encomenda, desta-cando deste, o valor das mercadorias empregadas;

b.4) o destaque do ICMS, se devido, sobre o valor totalcobrado do autor da encomenda, que poderá ser poreste aproveitado como crédito, se for o caso.

Base legal: arts. 33 e 34 do Anexo XII do RCTE-GO, aprovadopelo Decreto nº 4.852/97.

Page 60: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

8�• No 40/09 5a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoDF/GO

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF)

ICMS – IMPORTAÇÃO DE PRODUTO PROVENIENTE DE PAÍS SIGNATÁRIO DE ACORDO INTERNACIONAL – AUSÊNCIADE OFENSA DIRETA A CONSTITUIÇÃO

Agravo Regimental no Agravo de Instrumento 751363/RJ

Relator: Ministro Celso de Mello

Órgão Julgador: Segunda Turma

Data do Julgamento: 04/08/2009

Publicação: 11/09/2009

Ementa

Agravo de Instrumento – Isenção de ICMS – Importação de Produto (Pescado) Proveniente de País Signatário de Acordo InternacionalTambém Celebrado pelo Brasil – Ausência de Ofensa Direta à Constituição – Inviabilidade do Recurso Extraordinário – Agravo improvido. – OSupremo Tribunal Federal firmou orientação no sentido de que a controvérsia relativa à isenção de ICMS, quando analisada em tema deimportação de produto proveniente de País signatário de acordo internacional também celebrado pelo Brasil, não faz instaurar situaçãoconfiguradora de ofensa direta ao texto da Constituição, o que torna inviável, em tal hipótese (importação de bacalhau, merluza ou outro tipo depescado), o acesso da parte interessada à via recursal extraordinária. Precedentes.

Decisão

A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 04/08/2009.

JURISPRUDÊNCIA E OUTROS

CONSULTORIA CENOFISCOPERGUNTAS E RESPOSTAS

ISS – Fato Gerador – Ocorrência

Quando considera-se ocorrido o fato gerador do imposto?

Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto:

a) no momento do término da prestação ou no ingresso de receita para pagamento parcial do serviço;

b) quando o serviço for prestado sob a forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte ou por sociedade de profissionais:

b.1) no dia seguinte àquele em que tiver início a atividade;

b.2) no primeiro dia de cada ano, no exercício subsequente.Base legal: art. 109 do Decreto nº 2.273/96.

Page 61: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 95a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação DF/GO

DECRETO Nº 6.978, DE 03/09/2009DOE-GO de 11/09/2009

ICMS

Regulamento do Código Tributário Estadual – Alteração

Sinopse: O Decreto nº 6.978/09 altera o Anexo IX do RCTE-GO, que trata dos benefícios fiscais.

DECRETO Nº 6.980, DE 03/09/2009DOE-GO de 11/09/2009

ICMS

Recolhimento Antecipado – Aquisições de Mercadorias de outra Unidade da Federação ou do Exterior – Alteração

Sinopse: O Decreto nº 6.980/09 altera o Decreto nº 6.716/08 que dispõe sobre o pagamento antecipado do imposto nasaquisições das mercadorias que específica, provenientes de outra Unidade da Federação ou do exterior.

DECRETO Nº 6.981, DE 03/09/2009DOE-GO de 11/09/2009

ICMS

Regulamento do Código Tributário Estadual – Alterações

Sinopse: O Decreto nº 6.981/09 introduz diversas alterações no RCTE-GO, que tratam do Conhecimento de Transporte Eletrônico(CT-e); da escrituração fiscal digital; da substituição tributária; das obrigações específicas aplicáveis a determinadas operações e dosprocedimentos especiais aplicáveis a determinadas atividades econômicas.

INSTRUÇÃO NORMATIVA SAT Nº 99, DE 04/09/2009DOE-GO de 11/09/2009

ICMS

Substituição Tributária – Cerveja, Chope, Refrigerante, Água Mineral e Potável, Bebida Energética e Isotônica – Base de Cálculo doImposto – Alterações

Sinopse: A Instrução Normativa SAT nº 99/09 introduz alterações na Instrução Normativa SAT nº 30/08, que estabelece os valoresa serem considerados como base de cálculo para efeito de pagamento do imposto devido por substituição tributária pelas operaçõesposteriores com cerveja, chope, refrigerante, água mineral e potável, e bebida energética e isotônica.

DECRETO Nº 6.979, DE 03/09/2009DOE-GO de 11/09/2009

Produzir/Fomentar

Regulamento dos Programas – Alterações

Sinopse: O Decreto nº 6.979/09 altera o regulamento do Programa de Desenvolvimento Industrial de Goiás ( PRODUZIR), e oRegulamento do Fundo de Participação e Fomento à Industrialização do Estado de Goiás (FOMENTAR).

LEGISLAÇÃO ESTADUALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

Page 62: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

10�• No 40/09 5a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoDF/GO

IPI

Bens de Produção – Saídas doEstabelecimento Industrial – Tributação

SUMÁRIO

1. Considerações Iniciais

2. Bens de Produção – Conceito

3. Saída de Bens de Produção do Estabelecimento Industrial –Tributação3.1. Fato gerador3.2. Estabelecimento equiparado a industrial – Aquisição de

bem com suspensão – Revenda posterior – Recolhi-mento do imposto

3.3. Bens de produção – Material de embalagem – Aquisi-ção de comercial varejista – Consideração quanto aocrédito do imposto

4. Mercadorias Revendidas a Consumidores Finais

1. Considerações Iniciais

Nesta oportunidade, faremos um breve comentário sobre atributação do IPI nas saídas do estabelecimento industrial de bensde produção, segundo as disposições aprovadas pelo Decretonº 5.544/02, ato que aprovou Regulamento do IPI.

2. Bens de Produção – Conceito

Nos termos do art. 519 do RIPI/02, são considerados bensde produção:

a) as matérias-primas;

b) os produtos intermediários, inclusive os que, embora nãointegrando o produto final, sejam consumidos ou utilizadosno processo industrial;

c) os produtos destinados a embalagem e acondicionamento;

d) as ferramentas empregadas no processo industrial, excetoas manuais; e

e) as máquinas, os instrumentos, os aparelhos e os equipa-mentos, inclusive suas peças, partes e outros componen-tes que se destinem a emprego no processo industrial.

3. Saída de Bens de Produção doEstabelecimento Industrial – Tributação

Nos termos do art. 9º, § 4º, do RIPI/02, os estabelecimentosindustriais, quando derem saída de matéria-prima (MP), produtos

intermediários (PI) e materiais de embalagens (ME) adquiridos deterceiros, com destino a outros estabelecimentos, para industriali-zação ou revenda, serão considerados estabelecimentos comer-ciais de bens de produção e obrigatoriamente equiparados a esta-belecimento industrial em relação a essas operações.

3.1. Fato gerador

Segundo o art. 34, inciso II, do RIPI/02, constitui fato geradordo IPI, dentre outras hipóteses previstas na legislação, a saída deproduto do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial.

Assim, haverá incidência do IPI na saída do estabelecimen-to industrial de produtos submetidos a processo de industriali-zação (industrializados) e na saída de bens de produção adqui-ridos de terceiros, com destino a outros estabelecimentos, paraindustrialização ou revenda, segundo os arts. 9º, § 4º, e 34,inciso II, do RIPI/02.

3.2. Estabelecimento equiparado a industrial –Aquisição de bem com suspensão – Revendaposterior – Recolhimento do imposto

Conforme a Solução de Consulta nº 12, de 26/03/2009,caso o estabelecimento equiparado a industrial tenha adquiridocom suspensão do IPI bens de produção, mais tarde revendidos,estará sujeito, no momento da revenda, à exigência do imposto,com as penalidades cabíveis, considerando-se devidos o IPI e osacréscimos desde a data em que esses bens saíram do fornece-dor do estabelecimento equiparado a industrial. Para conhecimen-to, reproduzimos a seguir a íntegra da mencionada solução:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 12DE 26 DE MARÇO DE 2009

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Industrialização por encomenda. Base de cálculo.Suspensão. Os estabelecimentos industriais, quando derem saídaa insumos, adquiridos de terceiros, com destino a outros estabele-cimentos, para industrialização ou revenda, serão consideradosestabelecimentos comerciais de bens de produção e obrigatoria-mente equiparados a estabelecimento industrial em relação a es-sas operações. Caso um estabelecimento equiparado a industrialtenha adquirido com suspensão do IPI bens de produção, maistarde revendidos, estará sujeito, no momento da revenda, à exigên-cia do imposto, com as penalidades cabíveis, considerando-se

Page 63: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 115a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação DF/GO

devidos o IPI e os acréscimos desde a data em que esses benssaíram do fornecedor do estabelecimento equiparado a industrial.”

3.3. Bens de produção – Material de embalagem –Aquisição de comercial varejista – Consideraçãoquanto ao crédito do imposto

Neste sentido, examinar a Solução de Consulta nº 9, de12/01/2005, a seguir reproduzida, que traz esclarecimentos sobreo assunto:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 9DE 12 DE JANEIRO DE 2005

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Bens de produção. Material de embalagem. Aqui-sição de comercial varejista. Créditos. Industrial que adquire bensde produção (aí incluído o material de embalagem) de estabeleci-mento comercial varejista só terá direito ao crédito do IPI de quetrata o art. 165 do RIPI/02 se o varejista for caracterizado comocomerciante atacadista, de acordo com o RIPI/02 e, ainda, não forcontribuinte do IPI. Não basta ao comerciante varejista venderbens de produção a estabelecimento industrial para ser caracteri-zado como atacadista. Para tanto é necessário que o valor dasvendas de bens de produção do varejista ultrapasse o limitefixado em Regulamento – 20% do total das vendas realizadas peloestabelecimento varejista no semestre civil.”

4. Mercadorias Revendidas a ConsumidoresFinais

Na revenda de mercadorias a consumidores finais, sem teremsido submetidas a processo de industrialização no estabelecimen-

to industrial, não há incidência do IPI. Nesse sentido, esclarecem asSoluções de Consultas nºs 12, de 12/02/2003, e 367, de13/10/2008, a seguir reproduzidas:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 12, DE 12/02/03DOU de 14/03/03

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI.

EMENTA: IPI. Incidência. O IPI incide na saída do estabeleci-mento industrial de produtos que nele foram submetidos a opera-ção de industrialização, bem como na saída de bens de produçãoadquiridos de terceiros, com destino a outros estabelecimentos,para industrialização ou revenda. O IPI não incide nas operações emque saem do estabelecimento industrial mercadorias revendidas aconsumidores finais sem terem sido submetidas a processo deindustrialização no dito estabelecimento.Dispositivos legais: CF/88, art 153, IV; CTN, arts. 46, II, e 51, III;RIPI/2002, art. 9º, § 4º, art. 34, II, e art. 519, incs. I e II. FranciscoPawlow – Chefe Disit/SRRF06.”

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 367DE 13 DE OUTUBRO DE 2008

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Matéria-Prima. Revenda. A equiparação, compul-sória, a estabelecimento industrial de que trata o § 4º do art. 9º doDecreto nº 4.544, de 2002-RIPI/02, não é aplicável quando dasrevendas de bens de produção, adquiridos de terceiros, realizadaspor industriais a não contribuintes do IPI.”Base legal: citada no texto.

LEGISLAÇÃO FEDERALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

ATO COTEPE/ICMS Nº 30, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e); Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE)e Pedidos de Concessão de Uso, Cancelamento, Inutilização e Consulta a Cadastro Via WebServices – Manual de Integração – Aprovação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 30/09 dispõe sobre as especificações técnicas do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e),do Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE) e dos Pedidos de Concessão de Uso, Cancelamento,Inutilização e Consulta a Cadastro via webservices, conforme disposto no Ajuste SINIEF nº 9/07.

Page 64: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

12�• No 40/09 5a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoDF/GO

ATO COTEPE/ICMS Nº 31, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Especificação de Requisitos do Programa Aplicativo Fiscal –Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e Sistema de Gestão –Alteração na Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 31/09 altera o AtoCOTEPE/ICMS nº 6/08, que dispõe sobre a especificação derequisitos do Programa Aplicativo Fiscal – Emissor de CupomFiscal (PAF-ECF) e do sistema de gestão utilizado por estabele-cimento usuário de equipamento ECF.

ATO COTEPE/ICMS Nº 34, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Empresas Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Be-neficiadas com Regime Especial de Apuração e Escrituração –Alteração na Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 34/09 altera o AnexoÚnico do Ato COTEPE/ICMS nº 10/08, que relaciona asempresas prestadoras de serviços de telecomunicações bene-ficiadas com regime especial de apuração e escrituração doICMS, de que trata o Convênio ICMS nº 126/98, que dispõesobre a concessão de regime especial, na área do ICMS, paraprestações de serviços públicos de telecomunicações.

ATO COTEPE/ICMS Nº 35, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliarde Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA) – Alteração na Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 35/09 altera o AtoCOTEPE/ICMS nº 35/08, que dispõe sobre as especificaçõestécnicas para a fabricação do Formulário de Segurança paraImpressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrôni-co (FS-DA), conforme disposto no Convênio ICMS nº 110/08.

DESPACHO CONFAZ Nº 321, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Divulgação da Publicação

Sinopse: O Despacho CONFAZ nº 321/09 divulga a pu-blicação do Protocolo ICMS nº 100/09.

PROTOCOLO ICMS Nº 100, DE 05/08/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Sistema de Inteligência Fiscal(SIF) e Intercâmbio – Adesão do Distrito Federal

Sinopse: O Protocolo ICMS nº 100/09 dispõe sobre aadesão do Distrito Federal ao Protocolo ICMS nº 66/09, quetrata da instituição do Sistema de Inteligência Fiscal (SIF) e dointercâmbio de informações entre as Unidades da Federação.

PROTOCOLO ICMS Nº 100, DE 05/08/2009DOU de 15/09/2009, republicado no DOU de 17/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Adesão do Estado do Rio Grandedo Norte e do Distrito Federal ao Protocolo ICMS nº 66/09

Sinopse: O Protocolo ICMS nº 100/09 dispõe sobre aadesão do Estado do Rio Grande do Norte e do Distrito Federalao Protocolo ICMS nº 66/09, que trata da instituição do Siste-ma de Inteligência Fiscal (SIF) e do intercâmbio de informaçõesentre as Unidades da Federação.

PORTARIA SECEX Nº 28, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

Importação/Exportação

Drawback – Alteração na Legislação

Sinopse: A Portaria SECEX nº 28/09 altera a PortariaSECEX nº 25, de 27/11/2008, que aprovou as disposiçõessobre as operações de drawback.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-MG Nº 16,DE 16/09/2009

DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 16/09divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime detributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de quetrata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-MG Nº 17,DE 16/09/2009

DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 17/09divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de

Page 65: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 135a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação DF/GO

tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), deque trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 24,DE 14/09/2009

DOU de 15/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 24/09divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime detributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de quetrata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 43,DE 16/09/2009

DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 43/09divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime detributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de quetrata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 44,DE 16/09/2009

DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 44/09divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime detributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de quetrata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SC Nº 151,DE 10/09/2009

DOU de 16/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SC nº 151/09divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime detributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de quetrata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 279, DE 10/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – ProdutosNacionalizados – Isenção

Sinopse: A Solução de Consulta nº 279/09 esclarecesobre a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)para os produtos nacionalizados remetidos para a Zona Francade Manaus ou a Amazônia Ocidental.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 287, DE 14/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Matérias-Primas, Produtos Intermediários e Material de Emba-lagem – Suspensão

Sinopse: A Solução de Consulta nº 287/09 esclarecesobre a suspensão do pagamento do Imposto sobre ProdutosIndustrializados (IPI) das matérias-primas, dos produtos interme-diários e do material de embalagem vendidos a estabelecimen-tos industriais fabricantes preponderantemente de bens de quetrata o § 1º-C do art. 4º da Lei nº 8.248/91.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 296, DE 26/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Pessoa Jurídica Preponderantemente Exportadora – Sus-pensão

Sinopse: A Solução de Consulta nº 296/09 esclarecesobre a suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializa-dos (IPI) para a pessoa jurídica preponderantemente expor-tadora.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 299, DE 27/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – Remessa –Produto Nacionalizado

Sinopse: A Solução de Consulta nº 299/09 esclarecesobre a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)na remessa de produto nacionalizado para a Zona Franca deManaus e a Amazônia Ocidental.

Page 66: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ÍNDICE

ICMS ........................................................................................ 3

• Infrações e Penalidades – Considerações – Parte I

IPI .............................................................................................. 10

• Bens de Produção – Saídas do Estabelecimento Industrial –

Tributação

Jurisprudência e Outros ................................................ 11

• Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJES)– ISSQN – Itens 21 e 21.1 da Lista Anexa à Lei Complementar

116/2003 – Incidência do Imposto – Serviços de RegistrosPúblicos, Cartórios e Notariais

Consultoria Cenofisco .................................................... 13

• Exigência da Certidão Negativa de Débitos – Hipóteses

Legislação Federal ......................................................... 14

• ICMS– Ato COTEPE/ICMS nº 30/09

Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e); DocumentoAuxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE) ePedidos de Concessão de Uso, Cancelamento, Inutilização eConsulta a Cadastro Via WebServices – Manual de Integração –Aprovação

– Ato COTEPE/ICMS nº 31/09Especificação de Requisitos do Programa Aplicativo Fiscal –Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e Sistema de Gestão –Alteração na Legislação

continua

Destaques

ICMS

• Trabalho que aborda aspectos relativos a infra-

ções e penalidades a que se sujeitam os contri-

buintes do imposto, por ocasião do descumpri-

mento de obrigações principais ou acessórias

previstas na legislação tributária vigente no Es-

tado do Espírito Santo.

IPI

• Trabalho com esclarecimentos sobre a tributação

do IPI nas saídas de bens de produção do esta-

belecimento industrial.

Rebeca Pires

Sebastião Guedes de Araújo

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoES

40CENOFISCOProcedimentosMANUAL DE

Cenofisco BD Legislação

Com segurança e confiabilidade nas informações, o Cenofisco disponibili-za, inteiramente grátis, o mais completo acervo de normas federais doPaís (de 1900 a 2009) com atualização diária, moderno sistema depesquisa (por número, assunto e data) e normas legais do dia.Acesse www.cenofisco.com.br e confira agora este benefício.

Page 67: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

2 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoES Manual de Procedimentos

CENOFISCOÍNDICE – CONTINUAÇÃO

– Ato COTEPE/ICMS nº 34/09Empresas Prestadoras de Serviços de TelecomunicaçõesBeneficiadas com Regime Especial de Apuração eEscrituração – Alteração na Legislação

– Ato COTEPE/ICMS nº 35/09Formulário de Segurança para Impressão de DocumentoAuxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA) –Alteração na Legislação

– Despacho CONFAZ nº 321/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Divulgação da Publicação

– Protocolo ICMS nº 100/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Sistema de Inteligência Fiscal(SIF) e Intercâmbio – Adesão do Distrito Federal

– Protocolo ICMS nº 100/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Adesão do Estado do RioGrande do Norte e do Distrito Federal ao Protocolo ICMSnº 66/09

• Importação/Exportação– Portaria SECEX nº 28/09

Drawback – Alteração na Legislação

• IPI– Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 16/09

Bebidas – Enquadramento

– Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 17/09Bebidas – Enquadramento

– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 24/09Bebidas – Enquadramento

– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 43/09Bebidas – Enquadramento

– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 44/09Bebidas – Enquadramento

– Ato Declaratório Executivo RFB-SC nº 151/09Bebidas – Enquadramento

– Solução de Consulta nº 279/09Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – ProdutosNacionalizados – Isenção

– Solução de Consulta nº 287/09Matérias-Primas, Produtos Intermediários e Material deEmbalagem – Suspensão

– Solução de Consulta nº 296/09Pessoa Jurídica Preponderantemente Exportadora –Suspensão

– Solução de Consulta nº 299/09Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental –Remessa – Produto Nacionalizado

Page 68: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 35a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação ESManual de Procedimentos

CENOFISCO

ICMS

Infrações e Penalidades – Considerações– Parte I

SUMÁRIO

1. Introdução

2. Obrigações Principal e Acessória

3. Infrações e Penalidades

4. Penalidades Aplicáveis

5. Aplicação de Multas5.1. Faltas relativas ao recolhimento do imposto5.2. Faltas relativas ao crédito do imposto5.3. Faltas relativas à documentação fiscal5.4. Faltas relativas aos livros fiscais e registros magnéticos5.5. Faltas relativas à apresentação de informações econô-

mico-fiscais

6. Redução das Multas

1. Introdução

Este trabalho aborda aspectos relativos a infrações e penali-dades a que se sujeitam os contribuintes do imposto, por ocasiãodo descumprimento de obrigações principais ou acessórias previs-tas na legislação tributária vigente no Estado do Espírito Santo.

As infrações e penalidades aplicáveis estão relacionadas noart. 75 da Lei nº 7.000/01 – Lei instituidora do ICMS no Estado doEspírito Santo, e, de acordo com o tipo de infração cometida pelocontribuinte, será determinada a aplicação da multa respectiva.

2. Obrigações Principal e Acessória

A obrigação tributária pode ser principal ou acessória.

A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador dotributo e tem por objeto o seu pagamento ou o pagamento depenalidade pecuniária, extinguindo-se com o crédito dela decorrente.

A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem porobjeto o que se pode chamar de “prestação de contas”, ou seja, ocontribuinte apresenta, por meio de documentação formal, elemen-tos de interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos,como, por exemplo, a emissão de documentos fiscais, a entrega daGIA, a apresentação do arquivo magnético com a relação das opera-ções e prestações interestaduais (SINTEGRA), entre outras.

3. Infrações e Penalidades

Todos os contribuintes do ICMS-ES devem cumprir as obriga-ções principal e acessória, que envolvem as operações e presta-ções realizadas no campo de incidência do tributo.

Constitui infração toda ação ou omissão, voluntária ou involun-tária, que importe em inobservância, por parte de pessoa natural oujurídica, de obrigação tributária, positiva ou negativa, estabelecidaou disciplinada pela legislação de regência do imposto ou pelosatos administrativos de caráter normativo destinados a comple-mentá-la.

Os atos administrativos não poderão estabelecer ou definirinfrações ou cominar penalidades que não estejam autorizadas ouprevistas em lei.

Cabe ressaltar que respondem pela infração, conjunta ouisoladamente, todos os que, de qualquer forma, concorram parasua prática ou dela se beneficiem (art. 770, caput e §§ 1º e 2º, doRICMS-ES, aprovado pelo Decreto nº 1.090-R/02).

4. Penalidades Aplicáveis

São penalidades tributárias passíveis de aplicação cumulati-va, sem prejuízo das penalidades cominadas para o mesmo fatoem lei penal:

a) cancelamento de regimes ou de controles especiais esta-belecidos em benefício do contribuinte;

b) suspensão ou cancelamento de benefícios ou incentivosfiscais;

c) sujeição a regime especial de fiscalização;

d) suspensão ou cancelamento de inscrição;

e) apreensão de bens, mercadorias ou documentário fiscal;

f) multas previstas em lei.

Apurando-se, no mesmo processo, a prática de duas ou maisinfrações pela mesma pessoa natural ou jurídica, aplicam-se, cu-mulativamente, no grau correspondente, as penas a elas comina-das, se as infrações não forem idênticas. Se as infrações foremidênticas e sujeitas à pena de multas fixas, a multa maior elidirá amenor (arts. 772 e 774 do RICMS-ES, aprovado pelo Decretonº 1.090-R/01).

Page 69: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

4 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoES Manual de Procedimentos

CENOFISCO

5. Aplicação de Multas

A pena de multa será aplicada de acordo com o tipo de infração cometida.

No quadro sinótico, a seguir reproduzido, apresentamos as infrações cometidas e as respectivas penalidades aplicáveis, em relação aodescumprimento da obrigação principal (recolhimento do imposto) e obrigações acessórias relativas à documentação fiscal, livros fiscais eregistros magnéticos e apresentação de informações fiscais.

Ressaltamos que as infrações e multas aplicáveis são aquelas relacionadas no art. 75 da Lei nº 7.000/01 – Lei instituidora do ICMS doEstado do Espírito Santo.

5.1. Faltas relativas ao recolhimento do imposto

Infração Cometida Penalidade Aplicável

– deixar de recolher o imposto, no todo ou em parte, na forma e nos prazos regulamentares, – multa de 40% do valor do imposto nãoquando as operações ou prestações estiverem regularmente escrituradas nos livros fiscais recolhido.próprios, desde que regularmente declarado:

– deixar de recolher, no todo ou em parte, na forma e nos prazos regulamentares, parcela do – multa de 40% do valor não recolhido.imposto devido por contribuinte enquadrado no regime de estimativa, desde que regularmentedeclarado:

– deixar de recolher o imposto, no todo ou em parte, na forma e nos prazos regulamentares, – multa de 40% do valor do imposto nãoquando desobrigados de escrituração: recolhido.

– recolher imposto fora do prazo regulamentar sem os acréscimos legais: – multa de 20% do valor do imposto nãorecolhido no prazo regulamentar.

– deixar de recolher o imposto, no todo ou em parte, na forma e nos prazos regulamentares, nos a) multa de 100% do valor não recolhido; oudemais casos não previstos nos incisos anteriores: b) multa de 20% do valor da operação,

quando o valor do imposto não puder serapurado.

Base legal: art. 75, § 1º, I a V, da Lei nº 7.000/01.Base legal: art. 75, § 1º, I a V, da Lei nº 7.000/01.Base legal: art. 75, § 1º, I a V, da Lei nº 7.000/01.Base legal: art. 75, § 1º, I a V, da Lei nº 7.000/01.Base legal: art. 75, § 1º, I a V, da Lei nº 7.000/01.

5.2. Faltas relativas ao crédito do imposto

Infração Cometida Penalidade Aplicável

– creditar-se de imposto decorrente de registro de documento fiscal que não corresponda à – multa de 40% do valor da operação ouaquisição ou entrada de mercadoria no estabelecimento ou a serviço prestado ao contribuinte: prestação indicada no documento, sem

prejuízo do recolhimento da importânciaindevidamente creditada.

– creditar-se de imposto escriturado fora do prazo legal: a) multa de 5% do valor do créditoescriturado, quando a escrituração forprecedida de comunicação ao Fisco; e

b) multa de 10% do valor do créditoescriturado, na hipótese de escritura-ção, sem prévia comunicação ao Fisco.

– creditar-se de imposto decorrente de transferência de crédito de outro estabelecimento, em – multa de 100% do valor do crédito,hipótese não permitida, ou em valor superior ao limite autorizado pela legislação: sem prejuízo do recolhimento da impor-

tância indevidamente creditada.

– creditar-se de imposto incidente sobre mercadorias, bens ou serviços destinados ao consumo – multa de 100% do valor indevidamentedo estabelecimento: creditado, sem prejuízo do recolhimento

da importância indevidamente creditada.

– creditar-se de imposto indevidamente, excetuadas as hipóteses previstas nas situações anteriores: – multa de 100% do valor do créditoindevidamente escriturado, sem prejuízodo recolhimento da importância indevi-damente creditada.

Base legal: art. 75, § 2º, I a V, da Lei nº 7.000/01.Base legal: art. 75, § 2º, I a V, da Lei nº 7.000/01.Base legal: art. 75, § 2º, I a V, da Lei nº 7.000/01.Base legal: art. 75, § 2º, I a V, da Lei nº 7.000/01.Base legal: art. 75, § 2º, I a V, da Lei nº 7.000/01.

Page 70: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 55a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação ESManual de Procedimentos

CENOFISCO

5.3. Faltas relativas à documentação fiscalInfração Cometida Penalidade Aplicável

– emitir documento fiscal próprio que não corresponda a serviço prestado ao contribuinte: – multa de 50% do valor da prestaçãoindicada no documento fiscal.

– emitir documento fiscal próprio que não corresponda à saída de mercadoria, à transmissão – multa de 50% do valor da operaçãode propriedade de mercadoria ou à entrada de mercadoria no estabelecimento: indicada no documento fiscal.

– destacar imposto em documento referente à operação ou prestação não tributada ou não – multa de 100% do valor do imposto

sujeita à tributação: indevidamente destacado.

– adulterar, viciar ou falsificar documento fiscal ou nele inserir elementos falsos ou inexatos – multa de 50% do valor da operação oupara iludir o Fisco: prestação, nunca inferior a 100 VRTEs

por documento.

– emitir documento fiscal, nele consignando declaração falsa quanto ao estabelecimento de – multa de 50% do valor da operação ouorigem ou de destino das mercadorias ou da prestação de serviços: prestação, nunca inferior a 100 VRTEs

por documento.

– imprimir para si ou para terceiros, fornecer, possuir ou guardar documento fiscal inidôneo: – multa de 100 VRTEs por documento eformalização do processo para a imediatasuspensão da inscrição no Cadastro deContribuintes.

– utilizar documento inidôneo para iludir a fiscalização ou eximir-se do pagamento total ou – multa de 50% do valor da operação ouparcial do imposto ou, ainda, para propiciar a terceiros o não pagamento do imposto ou qualquer prestação, nunca inferior a 100 VRTEsoutra vantagem fiscal indevida: por documento, sem prejuízo do paga-

mento do imposto devido.

– consignar em documento fiscal importância diversa do efetivo valor da operação ou prestação – multa de 50% do efetivo valor da operaçãoou valores diferentes nas respectivas vias: ou prestação, nunca inferior a 100 VRTEs

por documento, sem prejuízo do paga-mento do imposto devido.

– utilizar documento fiscal com numeração ou seriação em duplicidade: – multa de 50% do valor da operação ouprestação, nunca inferior a 100 VRTEspor documento, sem prejuízo do paga-mento do imposto devido.

– transportar mercadoria desacompanhada de documento fiscal hábil ou acompanhada de a) multa de 30% do valor da mercadoria,documento fiscal inidôneo: aplicável ao transportador, sem prejuízo

da cobrança do imposto; ou

b) multa de 10% do valor da mercadoria,aplicável ao transportador, sem prejuízoda cobrança do imposto, quando setratar de transporte de mercadoriaacompanhada de documento emitido apósa data-limite para utilização.

– receber, estocar ou depositar mercadoria desacompanhada de documento fiscal hábil, ou – multa de 30% do valor da mercadoria,acompanhada de documento fiscal inidôneo: nunca inferior a 100 VRTEs.

– entregar ou remeter mercadoria depositada por terceiro à pessoa ou estabelecimento – multa de 30% do valor da mercadoria,diverso do depositante, desacompanhada de documento fiscal hábil, ou acompanhada de aplicável ao depositário, nunca inferior adocumento fiscal inidôneo: 300 VRTEs.

– entregar mercadoria, sem prévia autorização da repartição competente, a destinatário diverso – multa de 30% do valor da mercadoria,do indicado no documento fiscal: nunca inferior a 100 VRTEs.

– escriturar documento fiscal sem o visto ou o selo fiscal de autenticidade obrigatórios: – multa de 5% do valor constante dodocumento.

– portar documento fiscal sem o visto ou o selo fiscal de autenticidade obrigatórios: – multa de 10% do valor constante dodocumento.

– extravio, perda ou inutilização de documento fiscal: – multa de 30% do valor da operação ouprestação apurada ou arbitrada pelo Fisco,nunca inferior a 10 VRTEs por documento.

Page 71: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

6 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoES Manual de Procedimentos

CENOFISCO

– deixar de emitir documento fiscal: – multa de 30% do valor da operação ouprestação, nunca inferior a 100 VRTEspor operação ou prestação.

– emitir, utilizar ou guardar documento fiscal, sem a observância dos requisitos regulamentares: – multa de 1% do valor constante dodocumento, nunca inferior a 1 VRTE esuperior a 10 VRTEs por documento.

– emitir documento fiscal com prazo de validade vencido: – multa de 10% do valor da operação ouprestação, nunca inferior a 10 VRTEs pordocumento.

– emitir, utilizar, ou guardar documento fiscal sem o selo fiscal de autenticidade: – multa de 10% do valor constante dodocumento, nunca inferior a 500 VRTEspor documento.

5.4. Faltas relativas aos livros fiscais e registros magnéticos

Infração Cometida Penalidade Aplicável

– deixar de manter livro fiscal no estabelecimento ou mantê-lo em local não autorizado: – multa de 50 VRTEs por livro.

– utilizar livro fiscal sem prévia autenticação da repartição fazendária: – multa de 200 VTREs por livro, por mêsou fração, contados da data em que eraobrigatória a sua autenticação.

– utilizar, sem prévia autorização da repartição fazendária, sistema eletrônico de processamento a) multa de 100 VRTEs, por livro, por mêsde dados para escrituração de livros ou emissão de documentos fiscais: escriturado, ficando o contribuinte obri-

gado a proceder à imediata regulariza-ção, sem prejuízo da formalização do pro-cesso para a imediata suspensão da ins-crição no Cadastro de Contribuintes doICMS; e

b) multa de 10 VRTEs por documentofiscal emitido, ficando o contribuinteobrigado a proceder à imediata regulari-zação, sem prejuízo da formalização doprocesso para a imediata suspensão dainscrição no Cadastro de Contribuinte.

– deixar de registrar ou atrasar o registro de documento fiscal por meio magnético ou registrá-lo a) multa de 10% do valor constante dofora dos padrões previstos na legislação: documento, quando encontrado em ar-

quivo do contribuinte, nunca inferior a 10VRTEs por documento não escriturado; ou

b) multa de 30% do valor do documento,nunca inferior a 20 VRTEs por documentonão encontrado no arquivo do contribuinte.

– extravio, perda ou inutilização de livro fiscal: a) multa de 1% do valor das mercadoriasentradas no estabelecimento no exercícioanterior, corrigido monetariamente, apu-rado ou arbitrado pelo Fisco, nunca inferiora 500 VRTEs por livro;b) multa de 1% do valor das mercadoriasentradas no estabelecimento no exercício,corrigido monetariamente, apurado ou ar-bitrado pelo Fisco, nunca inferior a 500 VRTEspor livro, quando o extravio, perda ou inu-tilização ocorrer no exercício em que oestabelecimento tiver iniciado suas ativi-dades.

Infração Cometida Penalidade Aplicável

Page 72: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 75a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação ESManual de Procedimentos

CENOFISCO

– deixar de escriturar documento fiscal no Livro Registro de Entradas ou no Livro Registro de a) multa de 20% do valor constante doSaídas, no prazo regulamentar: documento não escriturado, quando en-

contrado no arquivo do contribuinte, nuncainferior a 10 VRTEs por documento nãoescriturado; oub) multa de 30% do valor constante do documento não escriturado, nunca inferiora 300 VRTEs por documento não encon-trado no arquivo do contribuinte.

– deixar de escriturar o Livro Registro de Inventário de mercadorias no prazo regulamentar: – multa de 1% do valor das mercadoriasentradas no estabelecimento no exercícioalcançado, corrigido monetariamente,apurado ou arbitrado pelo Fisco, por mêsou fração de atraso, nunca inferior a 500VRTEs por exercício não escriturado.

– deixar de escriturar o Livro Registro de Apuração do ICMS, no prazo regulamentar: a) multa de 100 VRTEs, por período deapuração ou fração em atraso, quandoas operações ou prestações estiveremregularmente escrituradas nos demais li-vros fiscais e o imposto tiver sido pago;oub) multa de 300 VRTEs, por período deapuração ou fração em atraso, nos de-mais casos.

– adulterar, viciar ou falsificar livro fiscal: – multa de 500 VRTEs por livro.

– inserir elementos falsos ou inexatos em livro fiscal: – multa de 50% do valor da operação ouprestação, apurado ou arbitrado pelo Fisco,nunca inferior a 500 VRTEs.

– utilizar, em equipamento eletrônico de processamento de dados, programa para emissão – multa de 1.000 VRTEs. de documento fiscal ou escrituração de livro fiscal, que não atenda às exigências da legislação:

– escriturar livro fiscal com irregularidades, excetuadas as hipóteses expressamente previstas – multa de 500 VRTEs por irregularidade.nos incisos anteriores:

– escriturar Livro Registro de Entradas, sem discriminar a situação tributária das mercadorias – multa de 1% do valor das mercadoriasem conformidade com os padrões previstos na legislação: entradas no estabelecimento no respectivo

exercício ou fração, corrigido monetaria-mente, apurado ou arbitrado pelo Fisco,nunca inferior a 500 VRTEs.

– escriturar Livro Registro de Inventário, sem discriminar as mercadorias por situação tributária – multa de 1% do valor das mercadoriasem conformidade com os padrões previstos na legislação: inventariadas no exercício anterior, corri-

gido monetariamente, apurado ou arbitradopelo Fisco, nunca inferior a 500 VRTEs.

– deixar de autenticar livro fiscal escriturado por sistema eletrônico de processamento de dados: – multa de 200 VRTEs por livro, por mêsou fração, contados da data em que eraobrigatória a sua autenticação.

Base legal: art. 75, § 4º, I a XV, da Lei nº 7.000/01.Base legal: art. 75, § 4º, I a XV, da Lei nº 7.000/01.Base legal: art. 75, § 4º, I a XV, da Lei nº 7.000/01.Base legal: art. 75, § 4º, I a XV, da Lei nº 7.000/01.Base legal: art. 75, § 4º, I a XV, da Lei nº 7.000/01.

Notas Cenofisco:1ª) Presumir-se-ão extraviados os livros e documentos fiscais dos contribuintes que deixarem de requerer o cancelamento de sua inscrição estadual,por ocasião do encerramento das atividades do estabelecimento (art. 76, § 3º, da Lei nº 7.000/01).2ª) Considera-se desacompanhada de documento fiscal a mercadoria ou a prestação acobertada por documento inábil, assim entendido, também,o que não seja o exigido para a respectiva operação ou prestação (art. 76, § 4º, da Lei nº 7.000/01).

Infração Cometida Penalidade Aplicável

Page 73: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

8 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoES Manual de Procedimentos

CENOFISCO

5.5. Faltas relativas à apresentação de informações econômico-fiscais

Infração Cometida Penalidade Aplicável

– deixar de entregar, no prazo fixado, documento de arrecadação negativo: – multa de 20 VRTEs por documento.

– deixar de entregar certidão negativa de débito para com a seguridade social, no prazo regulamentar: – multa de 300 VRTEs e formalização doprocesso para a suspensão da inscriçãono Cadastro de Contribuintes do ICMS,se após 30 dias não houver regularizaçãoda situação perante o órgão fazendário desua jurisdição.

– deixar de entregar, no prazo regulamentar, em meio magnético ou não, documento obrigatório a) multa de 50 VRTEs por documento,relativo à informação econômico-fiscal: desde que a falta seja suprida até o 20º

dia subsequente ao vencimento daobrigação;

b) multa de 100 VRTEs por documento,desde que a falta seja suprida até o 30º diasubsequente ao vencimento da obrigação, excluído o prazo de que trata a letra “a”;

c) multa de 200 VRTEs por documento, apartir do 30º dia, sem prejuízo da forma-lização do processo para a imediatasuspensão da inscrição no Cadastrode Contribuintes do ICMS.

– deixar de entregar informações solicitadas, dentro do prazo estabelecido, por autoridade fiscal: – multa 300 VRTEs.

– omitir dados ou indicá-los incorretamente em quaisquer documentos de informações econômico-fiscais: – multa 300 VRTEs por documento.

– entregar informação econômico-fiscal, em meio magnético, em condições que não permitam – multa de 1.000 VRTEs por período dea leitura, ou em padrão diferente do estabelecido na legislação tributária: apuração, sem prejuízo da formalização

do processo para a imediata suspensãoda inscrição no Cadastro de Contribuintesdo ICMS.

– omitir informação econômico-fiscal, em meio magnético, ou entregar informação econômico-fiscal, – multa de 0,5% do valor das operaçõesem meio magnético, contendo dados divergentes dos respectivos documentos fiscais de origem: ou prestações contidas nos respectivos

documentos fiscais, nunca inferior a 500ou superior a 5.000 VRTEs, sem prejuízoda formalização do processo para a imediatasuspensão da inscrição no Cadastro deContribuintes do ICMS.

– deixar de entregar, no prazo regulamentar, por transmissão eletrônica de dados, arquivos a) multa de 1.000 VRTEs por arquivo mag-em meio magnético relativos à emissão e escrituração de documentos e livros fiscais, não se nético relativo à escrituração de livro, poraplicando, neste caso, a multa prevista no inciso III do § 6º, sem prejuízo da formalização do exercício;processo para a imediata suspensão da inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS e da b) multa de 2.000 VRTEs por arquivo mag-solicitação para exibição judicial: nético relativo à emissão de documento,

por mês ou fração.

– deixar de entregar, no local, na forma ou no prazo regulamentar, à administradora de cartão – multa de um 1% sobre o valor das

de crédito, de débito em conta corrente ou estabelecimento similar, informações sobre as operações ou prestações não informadas

operações ou prestações realizadas pelos estabelecimentos de contribuintes cujos pagamentos não inferior a 1.000 VRTEs por contri-

sejam feitos através de seus sistemas de crédito, débito ou similares: buinte, cujas informações não foramentregues.

Page 74: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 95a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação ESManual de Procedimentos

CENOFISCO

– deixar de entregar no prazo regulamentar, por transmissão eletrônica de dados, arquivo a) multa de 1.000 VRTEs por arquivo,

à referente escrituração fiscal digital: desde que a falta seja suprida até o 30ºdia subsequente ao do vencimento daobrigação;

b) multa de 5.000 VRTEs por arquivo,após o 30º dia subsequente ao do venci-mento da obrigação, sem prejuízo da for-malização do processo para a imediatasuspensão da inscrição no cadastro decontribuintes do ICMS e da solicitaçãopara exibição judicial.

Base legal: art. 75, § 6º, I a XI, da Lei nº 7.000/01.Base legal: art. 75, § 6º, I a XI, da Lei nº 7.000/01.Base legal: art. 75, § 6º, I a XI, da Lei nº 7.000/01.Base legal: art. 75, § 6º, I a XI, da Lei nº 7.000/01.Base legal: art. 75, § 6º, I a XI, da Lei nº 7.000/01.

Notas Cenofisco:1ª) A aplicação dessas penalidades será feita sem prejuízo da exigência do pagamento do imposto, quando devido, de arbitramento para cálculo doimposto, da representação por crimes contra a ordem tributária ou de sonegação fiscal, da instauração da ação penal cabível e da cobrança decorreção monetária e demais acréscimos legais (art. 75, § 9º, da Lei nº 7.000/01).2ª) Ressalvados os casos expressamente previstos, a imposição de multa para uma infração não exclui a aplicação de penalidades fixadas paraoutras infrações verificadas, desde que estas sejam descritas em auto de infração ou notificação de débito (art. 75, § 10, da Lei nº 7.000/01).3ª) Não constitui embaraço à fiscalização a simples negativa do contribuinte de entregar livros, documentos, arquivos, papéis e efeitos comerciaise fiscais, para fins de fiscalização, desde que, em seu estabelecimento, proporcione ao agente do Fisco condições materiais para exame deles(art. 75, § 12, da Lei nº 7.000/01).

6. Redução das Multas

Desde que o imposto supostamente devido e a parcela de multa correspondente sejam integralmente recolhidos, as multas aplicáveispoderão ser reduzidas, conforme indicado no quadro a seguir reproduzido:

a) se o recolhimento for espontâneo:

Infração Cometida Percentuais de Redução da Multa

– deixar de recolher o imposto, no todo ou em parte, na forma e nos prazos regulamentares, a) 0,5% por dia de atraso, até o 10º dia;quando as operações ou prestações estiverem regularmente escrituradas nos livros fiscais próprios, b) 5% a partir do 11º dia, após a data pre-desde que regularmente declarado: vista para o seu recolhimento.

– deixar de recolher, no todo ou em parte, na forma e nos prazos regulamentares, parcela do – 10% do valor do imposto não recolhido,imposto devido por contribuinte enquadrado no regime de estimativa, desde que regularmente no prazo de 10 diasdeclarado:

– nas demais infrações: – 30% do seu valor, se o recolhi-mento for espontâneo.

b) nas demais infrações descritas no quadro sinótico contido no tópico 5, a redução da multa aplicável será de:

b.1) se o recolhimento for espontâneo, 30% do seu valor;

b.2) se o recolhimento for motivado por ação fiscal:

b.2.1) 50% do seu valor, no prazo previsto para impugnação da exigência;

b.2.2) 70% do seu valor, até o prazo previsto para interposição de recurso ao órgão julgador de segunda instância (art. 77 daLei nº 7.000/01).

Infração Cometida Penalidade Aplicável

Page 75: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

10 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoES Manual de Procedimentos

CENOFISCO

Bens de Produção – Saídas doEstabelecimento Industrial – Tributação

SUMÁRIO

1. Considerações Iniciais

2. Bens de Produção – Conceito

3. Saída de Bens de Produção do Estabelecimento Industrial –Tributação3.1. Fato gerador3.2. Estabelecimento equiparado a industrial – Aquisição de

bem com suspensão – Revenda posterior – Recolhi-mento do imposto

3.3. Bens de produção – Material de embalagem – Aquisi-ção de comercial varejista – Consideração quanto aocrédito do imposto

4. Mercadorias Revendidas a Consumidores Finais

1. Considerações Iniciais

Nesta oportunidade, faremos um breve comentário sobre atributação do IPI nas saídas do estabelecimento industrial de bensde produção, segundo as disposições aprovadas pelo Decretonº 5.544/02, ato que aprovou Regulamento do IPI.

2. Bens de Produção – Conceito

Nos termos do art. 519 do RIPI/02, são considerados bensde produção:

a) as matérias-primas;

b) os produtos intermediários, inclusive os que, embora nãointegrando o produto final, sejam consumidos ou utilizadosno processo industrial;

c) os produtos destinados a embalagem e acondicionamento;

d) as ferramentas empregadas no processo industrial, excetoas manuais; e

e) as máquinas, os instrumentos, os aparelhos e os equipa-mentos, inclusive suas peças, partes e outros componen-tes que se destinem a emprego no processo industrial.

3. Saída de Bens de Produção doEstabelecimento Industrial – Tributação

Nos termos do art. 9º, § 4º, do RIPI/02, os estabelecimentosindustriais, quando derem saída de matéria-prima (MP), produtos

intermediários (PI) e materiais de embalagens (ME) adquiridos deterceiros, com destino a outros estabelecimentos, para industriali-zação ou revenda, serão considerados estabelecimentos comer-ciais de bens de produção e obrigatoriamente equiparados a esta-belecimento industrial em relação a essas operações.

3.1. Fato gerador

Segundo o art. 34, inciso II, do RIPI/02, constitui fato geradordo IPI, dentre outras hipóteses previstas na legislação, a saída deproduto do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial.

Assim, haverá incidência do IPI na saída do estabelecimentoindustrial de produtos submetidos a processo de industrialização(industrializados) e na saída de bens de produção adquiridos deterceiros, com destino a outros estabelecimentos, para industrializaçãoou revenda, segundo os arts. 9º, § 4º, e 34, inciso II, do RIPI/02.

3.2. Estabelecimento equiparado a industrial –Aquisição de bem com suspensão – Revendaposterior – Recolhimento do imposto

Conforme a Solução de Consulta nº 12, de 26/03/2009,caso o estabelecimento equiparado a industrial tenha adquiridocom suspensão do IPI bens de produção, mais tarde revendidos,estará sujeito, no momento da revenda, à exigência do imposto,com as penalidades cabíveis, considerando-se devidos o IPI e osacréscimos desde a data em que esses bens saíram do fornece-dor do estabelecimento equiparado a industrial. Para conhecimen-to, reproduzimos a seguir a íntegra da mencionada solução:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 12DE 26 DE MARÇO DE 2009

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Industrialização por encomenda. Base de cálculo.Suspensão. Os estabelecimentos industriais, quando derem saídaa insumos, adquiridos de terceiros, com destino a outros estabele-cimentos, para industrialização ou revenda, serão consideradosestabelecimentos comerciais de bens de produção e obrigatoria-mente equiparados a estabelecimento industrial em relação a es-sas operações. Caso um estabelecimento equiparado a industrialtenha adquirido com suspensão do IPI bens de produção, maistarde revendidos, estará sujeito, no momento da revenda, à exigên-cia do imposto, com as penalidades cabíveis, considerando-sedevidos o IPI e os acréscimos desde a data em que esses benssaíram do fornecedor do estabelecimento equiparado a industrial.”

IPI

Page 76: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 115a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação ESManual de Procedimentos

CENOFISCO

3.3. Bens de produção – Material de embalagem –Aquisição de comercial varejista – Consideraçãoquanto ao crédito do imposto

Neste sentido, examinar a Solução de Consulta nº 9, de12/01/2005, a seguir reproduzida, que traz esclarecimentos sobreo assunto:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 9DE 12 DE JANEIRO DE 2005

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Bens de produção. Material de embalagem. Aquisi-ção de comercial varejista. Créditos. Industrial que adquire bens deprodução (aí incluído o material de embalagem) de estabelecimentocomercial varejista só terá direito ao crédito do IPI de que trata oart. 165 do RIPI/02 se o varejista for caracterizado como comercian-te atacadista, de acordo com o RIPI/02 e, ainda, não for contribuintedo IPI. Não basta ao comerciante varejista vender bens de produçãoa estabelecimento industrial para ser caracterizado como atacadis-ta. Para tanto é necessário que o valor das vendas de bens deprodução do varejista ultrapasse o limite fixado em Regulamento –20% do total das vendas realizadas pelo estabelecimento varejistano semestre civil.”

4. Mercadorias Revendidas a ConsumidoresFinais

Na revenda de mercadorias a consumidores finais, sem teremsido submetidas a processo de industrialização no estabelecimen-to industrial, não há incidência do IPI. Nesse sentido, esclarecem as

Soluções de Consultas nºs 12, de 12/02/2003, e 367, de13/10/2008, a seguir reproduzidas:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 12, DE 12/02/03DOU de 14/03/03

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI.

EMENTA: IPI. Incidência. O IPI incide na saída do estabeleci-mento industrial de produtos que nele foram submetidos a opera-ção de industrialização, bem como na saída de bens de produçãoadquiridos de terceiros, com destino a outros estabelecimentos,para industrialização ou revenda. O IPI não incide nas operações emque saem do estabelecimento industrial mercadorias revendidas aconsumidores finais sem terem sido submetidas a processo deindustrialização no dito estabelecimento.Dispositivos legais: CF/88, art 153, IV; CTN, arts. 46, II, e 51, III;RIPI/2002, art. 9º, § 4º, art. 34, II, e art. 519, incs. I e II. FranciscoPawlow – Chefe Disit/SRRF06.”

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 367 DE 13 DE OUTUBRODE 2008

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Matéria-Prima. Revenda. A equiparação, compul-sória, a estabelecimento industrial de que trata o § 4º do art. 9º doDecreto nº 4.544, de 2002-RIPI/02, não é aplicável quando dasrevendas de bens de produção, adquiridos de terceiros, realizadaspor industriais a não contribuintes do IPI.”Base legal: citada no texto.

JURISPRUDÊNCIA E OUTROS

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (TJES)

ISSQN – ITENS 21 E 21.1 DA LISTA ANEXA À LEI COMPLEMENTAR 116/2003 – INCIDÊNCIA DO IMPOSTO – SERVIÇOS DEREGISTROS PÚBLICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS

Classe: Remessa Ex-officio com apelo voluntário nº 011.06.900124-3Órgão: Terceira Câmara CívelData da Decisão: 27/08/2009Data da Publicação no Diário: 31/08/2009Relator: subs. Robson Luiz Albanez

Page 77: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

12 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoES Manual de Procedimentos

CENOFISCO

Decisão

Trata o presente de remessa ex-offício com apelação cível manejada pelo Município de Cachoeiro de Itapemirim, em virtude de sentençaproferida pelo Juízo da Vara dos Feitos da Fazenda Pública Municipal de Cachoeiro do Itapemirim, que julgou procedente a pretensão contidana exordial.

Sustenta o apelante em suas razões recursais a inexistência de uma situação concreta que venha a ensejar a verificação daconstitucionalidade, restando demonstrada a legalidade da inserção do item 21 na Lista anexa a Lei Municipal nº 5.500 de 26/11/2003,motivo pelo qual, deve o presente ser conhecido e provido a fim de reformar integralmente a r. Sentença.

Em contrarrazões, requer o apelado que seja negado provimento ao recurso e mantida a r. sentença como prolatada.

Parecer do Ministério Público de 1º grau as fls. 177/178, pugnando pelo recebimento do recurso, porém que seja negado provimento,mantendo a sentença.

Parecer do douto Procurador de Justiça às fls. 131/135, onde registra que a decisão monocrática bem examinou a hipótese vertente,razão pela qual opina pelo conhecimento do recurso e da remessa, negando-lhe provimento e mantendo a decisão objurgada

É o necessário relatório.

Passo a decidir.

Primeiramente, ressalto o entendimento do Colendo Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que “pode o relator, amparado no artigo557 § 1º A do CPC, decidir monocraticamente a apelação e a remessa necessária, sem incorrer em violação ao duplo grau de jurisdição.”(RESP nº 319.291/PB, publicado no DJ de 27/08/2001, relator ministro Garcia Vieira). Qual seja, estando a decisão recorrida em manifestoconfronto com a súmula ou com a jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superiores acerca da matéria.

Extrai-se da peça portica que os impetrantes , ora apelados, pretendem a concessão de segurança para que seja declarada a ilegalidade apontada no tocante a Lei Municipal n° 5.500/2003, no que se refere ao item 21 da lista de serviços que integra, retirando-os do ordenamentojurídico.

Em outras palavras, tem-se que o apelado quer isentar-se do pagamento de ISSQN devido sobre serviços de registro público, cartoriaise notariais.

Entretanto, e em que pese a irresignação do apelado em sua peça de ingresso, o certo é que esta celeuma encontra-se apaziguada peloPleno do Supremo Tribunal Federal, que decidiu, por, por maioria de votos em 13 de fevereiro de 2008, pela improcedência da Ação Direta deInconstitucionalidade n° 3089/DF, que contestava exatamente a constitucionalidade da exação sobre os serviços registrais, cartoriais enotariais.

Confira-se :

Ementa

Ação Direta de Inconstitucionalidade. Constitucional. Tributário. Itens 21 E 21.1. da Lista Anexa à Lei Complementar n° 116/2003.Incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN sobre Serviços de Registros Públicos, Cartorários e Notariais.Constitucionalidade. Ação Direta de Inconstitucionalidade Ajuizada contra os itens 21 e 21.1 da Lista Anexa à Lei Complementar n° 116/2003,que permitem a tributação dos serviços de registros públicos, cartorários e notariais pelo Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza –ISSQN. Alegada violação dos arts. 145, II, 156, III, e 236, caput, da Constituição, porquanto a matriz constitucional do Imposto sobre Serviçosde Qualquer Natureza permitiria a incidência do tributo tão-somente sobre a prestação de serviços de índole privada. Ademais, a tributação daprestação dos serviços notariais também ofenderia o art. 150, VI, a e §§ 2º e 3º da Constituição, na medida em que tais serviços públicos sãoimunes à tributação recíproca pelos entes federados. As pessoas que exercem atividade notarial não são imunes à tributação, porquanto acircunstância de desenvolverem os respectivos serviços com intuito lucrativo invoca a exceção prevista no art. 150, § 3º da Constituição. Orecebimento de remuneração pela prestação dos serviços confirma, ainda, capacidade contributiva. A imunidade recíproca é uma garantia ouprerrogativa imediata de entidades políticas federativas, e não de particulares que executem, com inequívoco intuito lucrativo, serviços públicos

Page 78: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 135a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação ESManual de Procedimentos

CENOFISCO

mediante concessão ou delegação, devidamente remunerados. Não há diferenciação que justifique a tributação dos serviços públicosconcedidos e a não-tributação das atividades delegadas. Ação Direta de Inconstitucionalidade conhecida, mas julgada improcedente.(ADI 3089, Relator(a): Min. Carlos Britto, Relator(a) p/ Acórdão: Min. Joaquim Barbosa, Tribunal Pleno, julgado em 13/02/2008, DJe-142divulg. 31-07-2008 public 01-08-2008 Ement Vol-02326-02 PP-00265 LEXSTF v. 30, n° 357, 2008, p. 25-58).

Deste modo uma vez julgada improcedente ADI 3089 e, portanto, declarada constitucional a exação sobre esses serviços.

Ante o exposto, e com base na decisão do Supremo, dou provimento ao apelo voluntário e à remessa obrigatória, reformando a sentençade primeiro grau in totum.

Publique-se na íntegra, registre-se e intimem-se.

Vitória /ES, 25 de agosto de 2009.

Desembargador Benício Ferrari

Relator.

CONSULTORIA CENOFISCOPERGUNTAS E RESPOSTAS

Exigência da Certidão Negativa de Débitos – Hipóteses

Em quais hipóteses o Fisco Estadual exigirá apresentação da certidão negativa de débitos?

A certidão negativa de débitos para com a Fazenda Pública Estadual será exigida nos seguintes casos:

a) celebração de contratos ou transações de qualquer natureza, exceto os relativos a parcelamento de débitos fiscais, com órgãospúblicos ou autárquicos estaduais;

b) recebimento de crédito ou restituição de indébito;

c) participação em concorrência, coleta ou tomada de preços, inclusive para prestação de serviços ou obtenção de concessão deserviços públicos;

d) pedido de incentivos fiscais de qualquer natureza;

e) transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos; e

f) outros casos expressamente previstos.Base legal: art. 1º, caput, do Decreto nº 1.706-R/06.

Page 79: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

14 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoES Manual de Procedimentos

CENOFISCO

ATO COTEPE/ICMS Nº 30, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e); Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE)e Pedidos de Concessão de Uso, Cancelamento, Inutilização e Consulta a Cadastro Via WebServices – Manual de Integração –Aprovação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 30/09 dispõe sobre as especificações técnicas do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e),do Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE) e dos Pedidos de Concessão de Uso, Cancelamento,Inutilização e Consulta a Cadastro via webservices, conforme disposto no Ajuste SINIEF nº 9/07.

ATO COTEPE/ICMS Nº 31, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Especificação de Requisitos do Programa Aplicativo Fiscal – Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e Sistema de Gestão – Alteraçãona Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 31/09 altera o Ato COTEPE/ICMS nº 6/08, que dispõe sobre a especificação de requisitos doPrograma Aplicativo Fiscal – Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e do sistema de gestão utilizado por estabelecimento usuário deequipamento ECF.

ATO COTEPE/ICMS Nº 34, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Empresas Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Beneficiadas com Regime Especial de Apuração e Escrituração – Alteraçãona Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 34/09 altera o Anexo Único do Ato COTEPE/ICMS nº 10/08, que relaciona as empresasprestadoras de serviços de telecomunicações beneficiadas com regime especial de apuração e escrituração do ICMS, de que trata oConvênio ICMS nº 126/98, que dispõe sobre a concessão de regime especial, na área do ICMS, para prestações de serviços públicosde telecomunicações.

ATO COTEPE/ICMS Nº 35, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA) – Alteração na Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 35/09 altera o Ato COTEPE/ICMS nº 35/08, que dispõe sobre as especificações técnicas paraa fabricação do Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA), conformedisposto no Convênio ICMS nº 110/08.

LEGISLAÇÃO FEDERALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

Page 80: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 155a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação ESManual de Procedimentos

CENOFISCO

DESPACHO CONFAZ Nº 321, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Divulgação da Publicação

Sinopse: O Despacho CONFAZ nº 321/09 divulga a publicação do Protocolo ICMS nº 100/09.

PROTOCOLO ICMS Nº 100, DE 05/08/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Sistema de Inteligência Fiscal (SIF) e Intercâmbio – Adesão do Distrito Federal

Sinopse: O Protocolo ICMS nº 100/09 dispõe sobre a adesão do Distrito Federal ao Protocolo ICMS nº 66/09, que trata dainstituição do Sistema de Inteligência Fiscal (SIF) e do intercâmbio de informações entre as Unidades da Federação.

PROTOCOLO ICMS Nº 100, DE 05/08/2009DOU de 15/09/2009, republicado no DOU de 17/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Adesão do Estado do Rio Grande do Norte e do Distrito Federal ao Protocolo ICMS nº 66/09

Sinopse: O Protocolo ICMS nº 100/09 dispõe sobre a adesão do Estado do Rio Grande do Norte e do Distrito Federal ao ProtocoloICMS nº 66/09, que trata da instituição do Sistema de Inteligência Fiscal (SIF) e do intercâmbio de informações entre as Unidades daFederação.

PORTARIA SECEX Nº 28, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

Importação/Exportação

Drawback – Alteração na Legislação

Sinopse: A Portaria SECEX nº 28/09 altera a Portaria SECEX nº 25, de 27/11/2008, que aprovou as disposições sobre asoperações de drawback.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-MG Nº 16, DE 16/09/2009DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 16/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

Page 81: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

16 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoES Manual de Procedimentos

CENOFISCO

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-MG Nº 17, DE 16/09/2009DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 17/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 24, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 24/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 43, DE 16/09/2009DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 43/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 44, DE 16/09/2009DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 44/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SC Nº 151, DE 10/09/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SC nº 151/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

Page 82: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 175a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação ESManual de Procedimentos

CENOFISCO

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 279, DE 10/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – Produtos Nacionalizados – Isenção

Sinopse: A Solução de Consulta nº 279/09 esclarece sobre a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para osprodutos nacionalizados remetidos para a Zona Franca de Manaus ou a Amazônia Ocidental.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 287, DE 14/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Matérias-Primas, Produtos Intermediários e Material de Embalagem – Suspensão

Sinopse: A Solução de Consulta nº 287/09 esclarece sobre a suspensão do pagamento do Imposto sobre Produtos Industrializados(IPI) das matérias-primas, dos produtos intermediários e do material de embalagem vendidos a estabelecimentos industriais fabricantespreponderantemente de bens de que trata o § 1º-C do art. 4º da Lei nº 8.248/91.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 296, DE 26/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Pessoa Jurídica Preponderantemente Exportadora – Suspensão

Sinopse: A Solução de Consulta nº 296/09 esclarece sobre a suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para apessoa jurídica preponderantemente exportadora.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 299, DE 27/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – Remessa – Produto Nacionalizado

Sinopse: A Solução de Consulta nº 299/09 esclarece sobre a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na remessa deproduto nacionalizado para a Zona Franca de Manaus e a Amazônia Ocidental.

Page 83: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ÍNDICE

ICMS ........................................................................................ 3

• Notas Fiscais Emitidas com Irregularidades – Regularização

• ICMS – Estabelecimento Gráfico – Mercadoria para Uso, Consumo

ou Ativo Permanente – Escrituração no Livro de Registro de Entradas

IPI ............................................................................................. 5

• Bens de Produção – Saídas do Estabelecimento Industrial –

Tributação

ISSQN – Município de Belo Horizonte ................. 7

• ISSQN – Serviços de Fotografia, Cinematografia, Revelação,

Ampliação e Trucagem – Fato Gerador do ISSQN ou do ICMS?

Jurisprudência e Outros ................................................ 7

• Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG)– ISSQN – Recauchutagem de Pneu – Incidência do Imposto

Consultoria Cenofisco .................................................... 8

• ICMS – Estabelecimento Gráfico – SIMPLES Nacional –

Antecipação Tributária – Momento do Recolhimento

• ISSQN – Serviço de Reprografia, Microfilmagem e Digitação –

Fato Gerador do Imposto

Legislação Federal ........................................................... 8

• ICMS– Ato COTEPE/ICMS nº 30/09

Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e); DocumentoAuxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE) ePedidos de Concessão de Uso, Cancelamento, Inutilização eConsulta a Cadastro Via WebServices – Manual de Integração –Aprovação

continua

Destaques

ICMS

• Trabalho que aborda a regularização das notas

fiscais emitidas com irregularidades.

IPI

• Trabalho com esclarecimentos sobre a tributação

do IPI nas saídas de bens de produção do esta-

belecimento industrial.

Jorge Luiz de AlmeidaSebastião Guedes de Araújo

Klayton Teixeira Turrin

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoMG

40CENOFISCOProcedimentosMANUAL DE

Cenofisco BD Legislação

Com segurança e confiabilidade nas informações, o Cenofisco disponibili-za, inteiramente grátis, o mais completo acervo de normas federais doPaís (de 1900 a 2009) com atualização diária, moderno sistema depesquisa (por número, assunto e data) e normas legais do dia.Acesse www.cenofisco.com.br e confira agora este benefício.

Page 84: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

2 • Nº 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoMG Manual de Procedimentos

CENOFISCO

ÍNDICE – CONTINUAÇÃO

– Ato COTEPE/ICMS nº 31/09Especificação de Requisitos do Programa Aplicativo Fiscal –Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e Sistema deGestão – Alteração na Legislação

– Ato COTEPE/ICMS nº 34/09Empresas Prestadoras de Serviços de TelecomunicaçõesBeneficiadas com Regime Especial de Apuração eEscrituração – Alteração na Legislação

– Ato COTEPE/ICMS nº 35/09Formulário de Segurança para Impressão de DocumentoAuxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA) –Alteração na Legislação

– Despacho CONFAZ nº 321/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Divulgação da Publicação

– Protocolo ICMS nº 100/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Sistema de Inteligência Fiscal(SIF) e Intercâmbio – Adesão do Distrito Federal

– Protocolo ICMS nº 100/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Adesão do Estado do RioGrande do Norte e do Distrito Federal ao Protocolo ICMSnº 66/09

• Importação/Exportação– Portaria SECEX nº 28/09

Drawback – Alteração na Legislação

• IPI– Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 16/09

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 17/09

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 24/09

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 43/09

Bebidas – Enquadramento

– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 44/09Bebidas – Enquadramento

– Ato Declaratório Executivo RFB-SC nº 151/09Bebidas – Enquadramento

– Solução de Consulta nº 279/09Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – ProdutosNacionalizados – Isenção

– Solução de Consulta nº 287/09Matérias-Primas, Produtos Intermediários e Material deEmbalagem – Suspensão

– Solução de Consulta nº 296/09Pessoa Jurídica Preponderantemente Exportadora –Suspensão

– Solução de Consulta nº 299/09Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental –Remessa – Produto Nacionalizado

Legislação Estadual ............................................ 11

• ICMS– Decreto nº 45.157/09

Regulamento do ICMS – Alterações– Decreto nº 45.173/09

Regulamento do ICMS – Alteração– Decreto nº 45.174/09

Regulamento do ICMS – Alterações– Resolução SEF nº 4.145/09

Cadastro Informativo de Inadimplência (CADIN) –Operacionalização – Disciplina

– Resolução SEF nº 4.149/09Importação – Mercadoria ou Bem sem Similar Nacional –Reconhecimento da Isenção

Page 85: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 35a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação MGManual de Procedimentos

CENOFISCO

ICMS

Notas Fiscais Emitidas comIrregularidades – Regularização

SUMÁRIO

1. Considerações Preliminares

2. Carta de Correção

3. Nota Fiscal – Destaques em Valor ou Quantidade Superior –Regularização3.1. Pelo remetente3.2. Pelo destinatário

4. Nota Fiscal – Destaques em Valor ou Quantidade Inferior –Regularização

1. Considerações Preliminares

As irregularidades encontradas nas notas fiscais emitidas porcontribuintes podem ocorrer em razão de destaque do imposto amaior ou a menor, incorreta identificação do destinatário, endereçoincorreto, entre outras inconformidades com requisitos exigidos pelalegislação.

A correção dessas irregularidades atende aos procedimentosfiscais disciplinados no RICMS-MG, aprovado pelo Decretonº 43.080/02, e na Instrução Normativa DLT/SRE nº 3/92, noque diz respeito à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, prevista na legisla-ção estadual para acobertamento do trânsito de mercadorias.

Igual disciplina será aplicada, quando for o caso, em relação àsirregularidades encontradas nos documentos fiscais emitidosem razão da prestação de serviços de transporte intermunicipal einterestadual e de serviços de comunicação, ocorridos no campo deincidência do ICMS.

2. Carta de Correção

Será admitida a emissão de Carta de Correção para sanarirregularidades encontradas nos documentos fiscais previstos nalegislação estadual quando as incorreções não se referirem ao valordo imposto, destacado a maior ou menor, nem à quantidade demercadoria informada.

A Carta de Correção servirá para corrigir erros de pequenamonta, como: endereço incorreto, equívoco no preenchimento deum ou outro dado pertinente à identificação do destinatário (desdeque não sejam todos os dados), CFOP inadequado, falta de infor-

mações complementares, enfim, nada que diga respeito a valorese quantidades expressos no documento fiscal emitido.

O contribuinte deverá informar a Administração Fazendária desua circunscrição, no prazo de oito dias da ocorrência do fato,sempre que se utilizar da emissão de Carta de Correção (tambémdenominada “Comunicação de Irregularidades”) para sanar irregu-laridades relativas aos documentos fiscais que emitir, atendendoao disposto no art. 96, XI, da Parte Geral do RICMS-MG, quereproduzimos a seguir:

“Art. 96 – São obrigações do contribuinte do imposto, obser-vados forma e prazos estabelecidos na legislação tributária, alémde recolher o imposto e, sendo o caso, os acréscimos legais:

XI – comunicar ao Fisco e, conforme o caso, ao remetente ouao destinatário da mercadoria, ou ao prestador ou ao usuário doserviço, irregularidade de que tenha conhecimento, observado oseguinte:

a – o interessado deverá comunicar a ocorrência, dentro de 8(oito) dias, contados, conforme o caso, da saída ou do recebimentoda mercadoria, da prestação do serviço ou do conhecimento dofato;

b – a comunicação será feita por carta, da qual o expedidorconservará cópia, comprovando a sua expedição com o Aviso deRecebimento (AR) do correio ou com o recibo do próprio destinatá-rio, firmado na cópia da carta;

c – é vedada a comunicação por carta para:

c.1 – corrigir valores ou quantidades;

c.2 – substituir ou suprimir a identificação das pessoas con-signadas no documento fiscal, da mercadoria ou do serviço e dadata de saída da mercadoria;”

Será também observado o procedimento descrito no item 1da Instrução Normativa DLT/SRE nº 3/92, que dispõe:

“1 – O contribuinte que emitir documento fiscal com irregulari-dade meramente formal, assim entendida aquela que não resulteem modificação do débito do ICMS devido, deverá promover ascorreções necessárias, dando conhecimento ao destinatário, pormeio de correspondência (carta de correção), observado o dispos-to nas alíneas do inciso XI do artigo 108 do RICMS.”

Por intermédio da Consulta de Contribuintes nº 41/01, oFisco estadual manifesta entendimento sobre a utilização da Carta

Page 86: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

4 • Nº 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoMG Manual de Procedimentos

CENOFISCO

de Correção para saneamento de irregularidades de caráter mera-mente formal, nos documentos fiscais.

3. Nota Fiscal – Destaques em Valor ouQuantidade Superior

Na hipótese de emissão de documento fiscal com destaque amaior do valor do imposto ou quando consigne quantidade demercadoria ou valor superior à da efetiva operação, os contribuintesdeverão adotar os seguintes procedimentos (item 4 da InstruçãoNormativa DLT/SRE nº 3/92):

3.1. Pelo Remetente

O emitente do documento fiscal deverá:

a) enviar declaração (em forma de carta) ao destinatário, infor-mando a quantidade de mercadoria ou os valores destacados amaior no documento fiscal;

b) relativamente ao ICMS destacado a maior ou indevidamen-te, antes do período de apuração, poderá efetuar o lançamento docrédito da diferença no campo “007 – Outros Créditos” do LivroRegistro de Apuração do ICMS, anotando a origem do erro nocampo “Observações”, no período de sua constatação.

3.1.1. Imposto recolhido indevidamente

Quando, em razão do destaque a maior no documento fiscal,o imposto for pago indevidamente, o remetente poderá restituir essevalor, formalizando processo administrativo.

O contribuinte deverá requerer a restituição do imposto, aten-dendo ao disposto nos arts. 28 a 36 do Regulamento do Pro-cesso e dos Procedimentos Tributários Administrativos (RPTA),aprovado pelo Decreto nº 44.747/08, dirigindo o pedido à Admi-nistração Fazendária (AF) de sua circunscrição, instruído com:

a) declaração do destinatário de que não efetuou a apropria-ção do crédito relativo à diferença, citando o valor a maior,o ICMS correspondente, o número, a série e a data dodocumento fiscal originário;

b) cópia reprográfica das páginas do Livro Registro de Entra-das e do Livro Registro de Apuração do ICMS emque foram feitos os lançamentos correspondentes aodocumento fiscal escriturado pelo destinatário, devidamenteautenticadas pela repartição fazendária da circunscriçãodo destinatário.

Nota Cenofisco:É vedado o aproveitamento do excesso de crédito constante dedocumento fiscal superior ao ICMS devido pelo valor real da operação,

bem como a emissão de nota fiscal simbólica, pelo destinatário,referente a diferença de valor ou quantidade de mercadoria (item 4.3da Instrução Normativa DLT/SRE nº 3/92).

3.2. Pelo destinatário

O destinatário da mercadoria deverá:

a) escriturar o documento fiscal e apropriar-se do respectivocrédito, se for o caso, pelo valor real da operação, fazendoconstar essa circunstância na coluna “Observações” doLivro Registro de Entrada;

b) comunicar o fato ao remetente, por meio de correspon-dência.

Notas Cenofisco:1ª) O destinatário deverá contribuir na formalização da documentaçãonecessária à restituição do imposto ao remetente, adotando os proce-dimentos descritos nos itens 4.1 e 4.2, letras “a” e “b”, da InstruçãoNormativa DLT/SRE nº 3/92;2ª) Os procedimentos previstos neste tópico aplicam-se igualmenteem relação à regularização de informações constantes dos documen-tos fiscais emitidos para a prestação de serviços de transporte e decomunicação, no campo de incidência do ICMS.

4. Nota Fiscal – Destaques em Valor ouQuantidade Inferior

O documento fiscal que consignar quantidade de mercadoriaou valores inferiores ao da efetiva operação deverá ser complemen-tado mediante emissão de documento fiscal complementar.

Entre outras hipóteses previstas no art. 14 do Anexo V doRICMS-MG, a nota fiscal complementar será emitida, para regula-rização, em virtude de diferença de quantidade ou de preço damercadoria, quando a correção for efetuada no período de apura-ção do imposto em que tenha sido emitido o documento fiscaloriginal.

Igual procedimento será adotado na regularização que seefetuar fora do período de apuração do imposto. Nessa hipótese, anota fiscal será também emitida, observando-se que:

a) a diferença do imposto devido será recolhida em do-cumento de arrecadação distinto, com as especificaçõesnecessárias à regularização;

b) na via fixa da nota fiscal deverão constar esta circunstância,bem como o número e a data do documento de arreca-dação.

Page 87: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 55a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação MGManual de Procedimentos

CENOFISCO

ICMS – Estabelecimento Gráfico – Mercadoria para Uso, Consumo ou Ativo Permanente –Escrituração no Livro de Registro de Entradas

Sem prejuízo das demais disposições do RICMS-MG, os documentos fiscais a seguir indicados serão escriturados observando-se asrespectivas instruções:

a) na hipótese de que trata o inciso I do caput do art. 467 da Parte 1 do Anexo IX do RICMS-MG, no Livro Registro de Entradasconstará anotação, na coluna “Observações”, do valor do imposto antecipado e a indicação de que a mercadoria se destina a uso, consumoou Ativo Permanente do estabelecimento, ou, se for o caso, de que o serviço não está vinculado a operações ou prestações subsequentestributadas;

b) na hipótese citada no parágrafo único do art. 468 da Parte 1 do Anexo IX do RICMS-MG, no Livro Registro de Entradas constará,na coluna “Observações”, a expressão “ICMS recolhido na forma do art. 467 da Parte 1 do Anexo IX do RICMS-MG”.Base legal: art. 470 da Parte 1 do Anexo IX do RICMS-MG.

Bens de Produção – Saídas doEstabelecimento Industrial – Tributação

SUMÁRIO

1. Considerações Iniciais

2. Bens de Produção – Conceito

3. Saída de Bens de Produção do Estabelecimento Industrial –Tributação3.1. Fato gerador3.2. Estabelecimento equiparado a industrial – Aquisição de

bem com suspensão – Revenda posterior – Recolhi-mento do imposto

3.3. Bens de produção – Material de embalagem – Aquisi-ção de comercial varejista – Consideração quanto aocrédito do imposto

4. Mercadorias Revendidas a Consumidores Finais

1. Considerações Iniciais

Nesta oportunidade, faremos um breve comentário sobre atributação do IPI nas saídas do estabelecimento industrial de bensde produção, segundo as disposições aprovadas pelo Decretonº 5.544/02, ato que aprovou Regulamento do IPI.

2. Bens de Produção – Conceito

Nos termos do art. 519 do RIPI/02, são considerados bensde produção:

a) as matérias-primas;

b) os produtos intermediários, inclusive os que, embora nãointegrando o produto final, sejam consumidos ou utilizadosno processo industrial;

c) os produtos destinados a embalagem e acondicionamento;

d) as ferramentas empregadas no processo industrial, excetoas manuais; e

e) as máquinas, os instrumentos, os aparelhos e os equipa-mentos, inclusive suas peças, partes e outros componen-tes que se destinem a emprego no processo industrial.

3. Saída de Bens de Produção doEstabelecimento Industrial – Tributação

Nos termos do art. 9º, § 4º, do RIPI/02, os estabelecimentosindustriais, quando derem saída de matéria-prima (MP), produtosintermediários (PI) e materiais de embalagens (ME) adquiridos deterceiros, com destino a outros estabelecimentos, para industriali-zação ou revenda, serão considerados estabelecimentos comer-ciais de bens de produção e obrigatoriamente equiparados a esta-belecimento industrial em relação a essas operações.

3.1. Fato gerador

Segundo o art. 34, inciso II, do RIPI/02, constitui fato geradordo IPI, dentre outras hipóteses previstas na legislação, a saída deproduto do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial.

IPI

Page 88: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

6 • Nº 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoMG Manual de Procedimentos

CENOFISCO

Assim, haverá incidência do IPI na saída do estabelecimentoindustrial de produtos submetidos a processo de industrialização(industrializados) e na saída de bens de produção adquiridos deterceiros, com destino a outros estabelecimentos, para industrializaçãoou revenda, segundo os arts. 9º, § 4º, e 34, inciso II, do RIPI/02.

3.2. Estabelecimento equiparado a industrial –Aquisição de bem com suspensão – Revendaposterior – Recolhimento do imposto

Conforme a Solução de Consulta nº 12, de 26/03/2009,caso o estabelecimento equiparado a industrial tenha adquiridocom suspensão do IPI bens de produção, mais tarde revendidos,estará sujeito, no momento da revenda, à exigência do imposto,com as penalidades cabíveis, considerando-se devidos o IPI e osacréscimos desde a data em que esses bens saíram do fornece-dor do estabelecimento equiparado a industrial. Para conhecimen-to, reproduzimos a seguir a íntegra da mencionada solução:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 12DE 26 DE MARÇO DE 2009

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Industrialização por encomenda. Base de cálculo.Suspensão. Os estabelecimentos industriais, quando derem saídaa insumos, adquiridos de terceiros, com destino a outros estabele-cimentos, para industrialização ou revenda, serão consideradosestabelecimentos comerciais de bens de produção e obrigatoria-mente equiparados a estabelecimento industrial em relação a es-sas operações. Caso um estabelecimento equiparado a industrialtenha adquirido com suspensão do IPI bens de produção, maistarde revendidos, estará sujeito, no momento da revenda, à exigên-cia do imposto, com as penalidades cabíveis, considerando-sedevidos o IPI e os acréscimos desde a data em que esses benssaíram do fornecedor do estabelecimento equiparado a industrial.”

3.3. Bens de produção – Material de embalagem –Aquisição de comercial varejista – Consideraçãoquanto ao crédito do imposto

Neste sentido, examinar a Solução de Consulta nº 9, de12/01/2005, a seguir reproduzida, que traz esclarecimentos sobreo assunto:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 9DE 12 DE JANEIRO DE 2005

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Bens de produção. Material de embalagem. Aquisi-ção de comercial varejista. Créditos. Industrial que adquire bens de

produção (aí incluído o material de embalagem) de estabelecimentocomercial varejista só terá direito ao crédito do IPI de que trata o art.165 do RIPI/02 se o varejista for caracterizado como comercianteatacadista, de acordo com o RIPI/02 e, ainda, não for contribuintedo IPI. Não basta ao comerciante varejista vender bens de produçãoa estabelecimento industrial para ser caracterizado como atacadis-ta. Para tanto é necessário que o valor das vendas de bens deprodução do varejista ultrapasse o limite fixado em Regulamento –20% do total das vendas realizadas pelo estabelecimento varejistano semestre civil.”

4. Mercadorias Revendidas a ConsumidoresFinais

Na revenda de mercadorias a consumidores finais, sem teremsido submetidas a processo de industrialização no estabelecimen-to industrial, não há incidência do IPI. Nesse sentido, esclarecem asSoluções de Consultas nºs 12, de 12/02/2003, e 367, de13/10/2008, a seguir reproduzidas:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 12, DE 12/02/03DOU de 14/03/03

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI.

EMENTA: IPI. Incidência. O IPI incide na saída do estabeleci-mento industrial de produtos que nele foram submetidos a opera-ção de industrialização, bem como na saída de bens de produçãoadquiridos de terceiros, com destino a outros estabelecimentos,para industrialização ou revenda. O IPI não incide nas operações emque saem do estabelecimento industrial mercadorias revendidas aconsumidores finais sem terem sido submetidas a processo deindustrialização no dito estabelecimento.

Dispositivos legais: CF/88, art 153, IV; CTN, arts. 46, II, e 51, III;RIPI/2002, art. 9º, § 4º, art. 34, II, e art. 519, incs. I e II. FranciscoPawlow – Chefe Disit/SRRF06.”

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 367 DE 13 DE OUTUBRODE 2008

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Matéria-Prima. Revenda. A equiparação, compul-sória, a estabelecimento industrial de que trata o § 4º do art. 9º doDecreto nº 4.544, de 2002-RIPI/02, não é aplicável quando dasrevendas de bens de produção, adquiridos de terceiros, realizadaspor industriais a não contribuintes do IPI.”Base legal: citada no texto.

Page 89: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 75a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação MGManual de Procedimentos

CENOFISCO

ISSQN – Serviços de Fotografia, Cinematografia, Revelação, Ampliação e Trucagem – FatoGerador do ISSQN ou do ICMS?

A prestação de serviços de fotografia e cinematografia, inclusive revelação, ampliação, cópia, reprodução, trucagem e congêneres, estásujeita à incidência do ISSQN, conforme subitem 13.03 da lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116/03.Base legal: citada no texto.

ISSQNMUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS (TJMG)

ISSQN – RECAUCHUTAGEM DE PNEU – INCIDÊNCIA DO IMPOSTO

Número do processo: 1.0223.01.078617-4/001(1)Relator: Edílson FernandesRelator do Acórdão: Edílson FernandesData do Julgamento: 28/07/2009Data da Publicação: 04/09/2009

Ementa

Apelação Civil: Base de Cálculo do ISS – Recauchutagem de pneu – Dedução dos valores dos materiais empregados. Em regra, incideapenas o ISS na prestação de serviços inseridos na lista anexa ao Decreto-Lei nº 406/68 ou à Lei Complementar nº 116/03, mesmo com ofornecimento de mercadorias, o que afasta a cobrança do ICMS. O valor de materiais e insumos utilizados na prestação do serviço derecauchutagem de pneus não pode ser deduzido da base de cálculo do ISS, salvo quando expressamente permitido pela Lei de regência.

Acórdão

Vistos etc., acorda, em Turma, a 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, incorporando neste o relatório de fls.,na conformidade da ata dos julgamentos e das notas taquigráficas, à unanimidade de votos, em negar provimento.

Belo Horizonte, 28 de julho de 2009.

Des. Edilson Fernandes – Relator

JURISPRUDÊNCIA E OUTROS

Page 90: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

8 • Nº 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoMG Manual de Procedimentos

CENOFISCO

ICMS – Estabelecimento Gráfico – SIMPLES Nacional – Antecipação Tributária – Momentodo Recolhimento

Qual o prazo para recolhimento do imposto a título de antecipação tributária pelo estabelecimento gráfico optante pelo SIMPLESNacional?

Em se tratando de prestador de serviços gráficos caracterizado como Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte, relativamente aoimposto devido nos termos do § 14 do art. 42 da Parte Geral do RICMS-MG, o recolhimento será efetuado até o momento da entrada damercadoria no território mineiro.Base legal: art. 472 da Parte 1 do Anexo IX do RICMS-MG.

CONSULTORIA CENOFISCOPERGUNTAS E RESPOSTAS

ISSQN – Serviço de Reprografia, Microfilmagem e Digitação – Fato Gerador do Imposto

Os serviços de reprografia, microfilmagem e digitação constituem fato gerador do ISSQN?

Sim. Em conformidade com o disposto no subitem 13.04 da lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116/03, os serviços dereprografia, microfilmagem e digitação constituem fato gerador do ISSQN.Base legal: citada no texto.

LEGISLAÇÃO FEDERALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

ATO COTEPE/ICMS Nº 30, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e); Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE)e Pedidos de Concessão de Uso, Cancelamento, Inutilização e Consulta a Cadastro Via WebServices – Manual de Integração –Aprovação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 30/09 dispõe sobre as especificações técnicas do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e),do Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE) e dos Pedidos de Concessão de Uso, Cancelamento,Inutilização e Consulta a Cadastro via webservices, conforme disposto no Ajuste SINIEF nº 9/07.

Page 91: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 95a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação MGManual de Procedimentos

CENOFISCO

ATO COTEPE/ICMS Nº 31, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Especificação de Requisitos do Programa Aplicativo Fiscal –Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e Sistema de Gestão –Alteração na Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 31/09 altera o AtoCOTEPE/ICMS nº 6/08, que dispõe sobre a especificação derequisitos do Programa Aplicativo Fiscal – Emissor de CupomFiscal (PAF-ECF) e do sistema de gestão utilizado por estabele-cimento usuário de equipamento ECF.

ATO COTEPE/ICMS Nº 34, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Empresas Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Be-neficiadas com Regime Especial de Apuração e Escrituração –Alteração na Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 34/09 altera o AnexoÚnico do Ato COTEPE/ICMS nº 10/08, que relaciona asempresas prestadoras de serviços de telecomunicações bene-ficiadas com regime especial de apuração e escrituração doICMS, de que trata o Convênio ICMS nº 126/98, que dispõesobre a concessão de regime especial, na área do ICMS, paraprestações de serviços públicos de telecomunicações.

ATO COTEPE/ICMS Nº 35, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliarde Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA) – Alteração na Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 35/09 altera o AtoCOTEPE/ICMS nº 35/08, que dispõe sobre as especificaçõestécnicas para a fabricação do Formulário de Segurança paraImpressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrôni-co (FS-DA), conforme disposto no Convênio ICMS nº 110/08.

DESPACHO CONFAZ Nº 321, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Divulgação da Publicação

Sinopse: O Despacho CONFAZ nº 321/09 divulga a pu-blicação do Protocolo ICMS nº 100/09.

PROTOCOLO ICMS Nº 100, DE 05/08/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Sistema de Inteligência Fiscal(SIF) e Intercâmbio – Adesão do Distrito Federal

Sinopse: O Protocolo ICMS nº 100/09 dispõe sobre aadesão do Distrito Federal ao Protocolo ICMS nº 66/09, quetrata da instituição do Sistema de Inteligência Fiscal (SIF) e dointercâmbio de informações entre as Unidades da Federação.

PROTOCOLO ICMS Nº 100, DE 05/08/2009DOU de 15/09/2009, republicado no DOU de 17/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Adesão do Estado do Rio Grandedo Norte e do Distrito Federal ao Protocolo ICMS nº 66/09

Sinopse: O Protocolo ICMS nº 100/09 dispõe sobre aadesão do Estado do Rio Grande do Norte e do Distrito Federalao Protocolo ICMS nº 66/09, que trata da instituição do Siste-ma de Inteligência Fiscal (SIF) e do intercâmbio de informaçõesentre as Unidades da Federação.

PORTARIA SECEX Nº 28, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

Importação/Exportação

Drawback – Alteração na Legislação

Sinopse: A Portaria SECEX nº 28/09 altera a PortariaSECEX nº 25, de 27/11/2008, que aprovou as disposiçõessobre as operações de drawback.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-MG Nº 16, DE16/09/2009

DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 16/09divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime detributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de quetrata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

Page 92: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

10 • Nº 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoMG Manual de Procedimentos

CENOFISCO

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-MG Nº 17, DE16/09/2009

DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 17/09divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime detributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de quetrata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 24, DE14/09/2009

DOU de 15/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 24/09divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime detributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de quetrata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 43, DE16/09/2009

DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 43/09divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime detributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de quetrata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 44, DE16/09/2009

DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 44/09divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime detributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de quetrata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SC Nº 151, DE10/09/2009

DOU de 16/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SC nº 151/09divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de

tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de quetrata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 279, DE 10/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – ProdutosNacionalizados – Isenção

Sinopse: A Solução de Consulta nº 279/09 esclarecesobre a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)para os produtos nacionalizados remetidos para a Zona Francade Manaus ou a Amazônia Ocidental.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 287, DE 14/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Matérias-Primas, Produtos Intermediários e Material de Emba-lagem – Suspensão

Sinopse: A Solução de Consulta nº 287/09 esclarecesobre a suspensão do pagamento do Imposto sobre ProdutosIndustrializados (IPI) das matérias-primas, dos produtos interme-diários e do material de embalagem vendidos a estabelecimen-tos industriais fabricantes preponderantemente de bens de quetrata o § 1º-C do art. 4º da Lei nº 8.248/91.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 296, DE 26/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Pessoa Jurídica Preponderantemente Exportadora – Suspen-são

Sinopse: A Solução de Consulta nº 296/09 esclarecesobre a suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados(IPI) para a pessoa jurídica preponderantemente exportadora.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 299, DE 27/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – Remessa –Produto Nacionalizado

Sinopse: A Solução de Consulta nº 299/09 esclarecesobre a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)na remessa de produto nacionalizado para a Zona Franca deManaus e a Amazônia Ocidental.

Page 93: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 115a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação MGManual de Procedimentos

CENOFISCO

DECRETO Nº 45.157, DE 27/08/2009DOE-MG de 28/08/2009 – Retificado no DOE-MG de 19/09/2009

ICMS

Regulamento do ICMS – Alterações

Sinopse: O Decreto nº 45.157/09, retificado no DOE-MG de 19/09/2009, introduz alterações no RICMS-MG, as quais, além de tratardas hipóteses de isenção do imposto, dispõem sobre fármacos e medicamentos destinados a órgãos da Administração Pública Direta Federal,Estadual ou Municipal e sobre a redução da base de cálculo do imposto. O presente ato normativo altera também o Decreto nº 43.827/04.

DECRETO Nº 45.173, DE 15/09/2009DOE-MG de 16/09/2009

ICMS

Regulamento do ICMS – Alteração

Sinopse: O Decreto nº 45.173/09 acrescenta o art. 126-A à Parte 1 do Anexo IX do RICMS-MG, que trata dos regimes especiaisde tributação.

DECRETO Nº 45.174, DE 16/09/2009DOE-MG de 17/09/2009

ICMS

Regulamento do ICMS – Alterações

Sinopse: O Decreto nº 45.174/09 introduz alterações no RICMS-MG relativas ao crédito correspondente a devoluções, trocas e retornos demercadorias e a desistências de serviços. As alterações introduzidas também dispõem sobre o Manual de Orientação do Usuário de Sistema deProcessamento Eletrônico de Dados.

RESOLUÇÃO SEF Nº 4.145, DE 17/09/2009DOE-MG de 18/09/2009

ICMS

Cadastro Informativo de Inadimplência (CADIN) – Operacionalização – Disciplina

Sinopse: A Resolução SEF nº 4.145/09 disciplina a operacionalização do Cadastro Informativo de Inadimplência no âmbito daAdministração Pública do Estado de Minas Gerais (CADIN-MG).

RESOLUÇÃO SEF Nº 4.149, DE 17/09/2009DOE-MG de 18/09/2009

ICMS

Importação – Mercadoria ou Bem sem Similar Nacional – Reconhecimento da Isenção

Sinopse: A Resolução SEF nº 4.149/09 estabelece os procedimentos relativos ao reconhecimento de isenção na entrada demercadoria ou bem importados do exterior, sem similar produzido no País, em que haja impossibilidade de apresentação do laudode inexistência de similaridade no momento da liberação da mercadoria. Este ato normativo revoga a Resolução SEF nº 3.847/07.

LEGISLAÇÃO ESTADUALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

Page 94: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação MS/MT/RO/ACManual de Procedimentos

CENOFISCO

No 40/09 • 15a semanaSetembro

ÍNDICE

ICMS – MS .............................................................. 3

• Substituição Tributária – Optantes pelo SIMPLES Nacional –

Novas Regras para Cálculo do ICMS Retido a partir

de 01/08/2009 – Parte II

• Isenção – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

(EMBRAPA) – Prorrogação

• Isenção – Importação de Bens Destinados à Modernização

de Zonas Portuárias do Estado – Prorrogação

Jurisprudência e Outros .................................................. 8

• Superior Tribunal Federal (STF)– ICMS – Importação de Produto Proveniente de País Signatário de

Acordo Internacional – Ausência de Ofenda Direta à Constituição

Consultoria Cenofisco .................................................... 8

• ISSQN – Serviço de Avaliação de Bens e Serviços de Qualquer

Natureza

ICMS – MT ................................................................ 9

• Modelos de Documentos Fiscais Substituídos pela Nota Fiscal

Eletrônica (NF-e) no Estado de Mato Grosso

• Substituição Tributária – Diferencial de Alíquota – Não Aplicação ao

FUPIS

• Substituição Tributária – Mercadorias Industrializadas em Mato

Grosso – Sistema de Digitação da Nota Fiscal de Saída –

Obrigatoriedade

Jurisprudência e Outros ............................................... 10

• Conselho Administrativo Tributário (CAT)– Operação Irregular – Conveniência do Adquirente –

Responsabilidade Solidária

continua

DestaquesICMS – MS

• Segunda parte do trabalho que visa abordar asalterações trazidas pela Resolução CGSN nº 61/09 àResolução CGSN nº 51/08, a partir de 01/08/2009,relacionadas ao cálculo do ICMS devido porsubstituição tributária pela empresa optante doSIMPLES Nacional.

ICMS – MT

• Matéria que aborda os modelos de documentosfiscais substituídos pela Nota Fiscal Eletrônica(NF-e) no Estado de Mato Grosso.

ICMS – RO

• Matéria que trata sobre o recolhimento anteci-pado do imposto nas operações com açúcarcristal.

ICMS – AC

• Matéria que trata sobre a dispensa do recolhi-mento do IPVA.

IPI• Trabalho com esclarecimentos sobre a tributação

do IPI nas saídas de bens de produção do esta-belecimento industrial.

Marcia Cristina BorgesMarley Lima de Oliveira Mota

Marcos BarrosSebastião Guedes

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoMS/MT/RO/AC

40CENOFISCOProcedimentosMANUAL DE

Cenofisco BD Legislação

Com segurança e confiabilidade nas informações, o Cenofisco disponibili-za, inteiramente grátis, o mais completo acervo de normas federais doPaís (de 1900 a 2009) com atualização diária, moderno sistema depesquisa (por número, assunto e data) e normas legais do dia.Acesse www.cenofisco.com.br e confira agora este benefício.

Page 95: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoMS/MT/RO/AC Manual de Procedimentos

CENOFISCO

2 • No 40/09 5a semanaSetembro

Consultoria Cenofisco ....................................... 11

• ICMS – Guia Nacional de Recolhimento de Tributos

Estaduais (GNRE)

Legislação Estadual ............................................ 11

• ICMS– Portaria SEFAZ n° 161/09

NF-e – Prorrogação de Prazo para Obrigatoriedade deEmissão

– Lei nº 9.208/09Remissão/Anistia/Parcelamento – Débitos Fiscais,Apurados a partir das Informações Prestadas porAdministradoras de Cartão de Crédito – Inclusão naLegislação

ICMS – RO .................................................... 12

• Operação com Açúcar Cristal

• Importação – Equipamento Médico-Hospitalar – Isenção

• Veículos Destinados a Portadores de Deficiência Física –

Isenção – Alteração do Limite de Valor

Jurisprudência e Outros ..................................... 14

• Tribunal Administrativo Tributário do Estado de Rondônia (TATE-RO)– Obrigação Acessória – Termo de Depósito – Falta de

Liberação

Consultoria Cenofisco ......................................... 14

• ICMS – Inscrição Estadual – Manutenção

Legislação Estadual ............................................. 15

• ICMS– Decreto nº 14.415/09

Alteração no Regulamento– Decreto nº 14.416/09

Alteração no Regulamento

ICMS – AC ...................................................... 16

• Benefício Fiscal – Dispensa do Recolhimento

• Recolhimento do Imposto – Novos Prazos – Optante pelo

SIMPLES Nacional

Consultoria Cenofisco .......................................... 17

• IPVA – Base de Cálculo

Legislação Estadual ............................................. 17

• ICMS– Portaria SEFAZ nº 367/09

Pauta de Preços – Base de Cálculo – Alteração daLegislação

IPI ................................................................................... 18

• Bens de Produção – Saídas do Estabelecimento Industrial –

Tributação

ÍNDICE – CONTINUAÇÃO

Legislação Federal ............................................... 19

• ICMS– Ato COTEPE/ICMS nº 30/09

Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e);Documento Auxiliar do Conhecimento de TransporteEletrônico (DACTE) e Pedidos de Concessão de Uso,Cancelamento, Inutilização e Consulta a Cadastro ViaWebServices – Manual de Integração – Aprovação

– Ato COTEPE/ICMS nº 31/09Especificação de Requisitos do Programa Aplicativo Fiscal –Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e Sistema deGestão – Alteração na Legislação

– Ato COTEPE/ICMS nº 34/09Empresas Prestadoras de Serviços de TelecomunicaçõesBeneficiadas com Regime Especial de Apuração eEscrituração – Alteração na Legislação

– Ato COTEPE/ICMS nº 35/09Formulário de Segurança para Impressão de DocumentoAuxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA) –Alteração na Legislação

– Despacho CONFAZ nº 321/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Divulgação da Publicação

– Protocolo ICMS nº 100/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Sistema de Inteligência Fiscal(SIF) e Intercâmbio – Adesão do Distrito Federal

– Protocolo ICMS nº 100/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Adesão do Estado do Rio Grandedo Norte e do Distrito Federal ao Protocolo ICMS nº 66/09

• Importação/Exportação– Portaria SECEX nº 28/09

Drawback – Alteração na Legislação

• IPI– Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 16/09

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 17/09

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 24/09

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 43/09

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 44/09

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-SC nº 151/09

Bebidas – Enquadramento– Solução de Consulta nº 279/09

Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – ProdutosNacionalizados – Isenção

– Solução de Consulta nº 287/09Matérias-Primas, Produtos Intermediários e Material deEmbalagem – Suspensão

– Solução de Consulta nº 296/09Pessoa Jurídica Preponderantemente Exportadora –Suspensão

– Solução de Consulta nº 299/09Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental –Remessa – Produto Nacionalizado

Page 96: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação MS/MT/RO/ACManual de Procedimentos

CENOFISCO

No 40/09 • 35a semanaSetembro

ICMS – MS

Substituição Tributária – Optantes peloSIMPLES Nacional – Novas Regras paraCálculo do ICMS Retido a partir de01/08/2009 – Parte II

SUMÁRIO

5. Substituição Tributária – Operações Interestaduais5.1. Sujeito passivo por substituição tributária5.2. Mercadoria destinada a não contribuinte5.3. Mercadoria destinada a contribuinte usuário final5.4. Mercadoria destinada à industrialização5.5. Mercadoria destinada à comercialização5.6. Cálculo do imposto devido por substituição tributária a

partir de 01/08/20095.7. Exemplos

6. Escrituração Fiscal

7. Prazo e Forma do Recolhimento do Imposto

Dando continuidade ao tema, nesta 2ª parte, abordaremos osprocedimentos fiscais nas operações interestaduais com aplica-ção do regime de substituição tributária.

5. Substituição Tributária – OperaçõesInterestaduais

O art. 9º da Lei Complementar nº 87/96 dispõe que, aaplicação do regime de substituição tributária em operações inte-restaduais dependerá de acordo específico celebrado pelos Esta-dos e pelo Distrito Federal no Conselho Nacional de Política Fazen-dária (CONFAZ). Esses acordos são denominados Convênios eProtocolos.

Convênios são atos assinados por todos os representantesde cada um dos Estados e do Distrito Federal, que deliberamsobre a concessão de benefícios, incentivos fiscais e regimes detributação que terão aplicação no âmbito interno de cada entefederativo e também no âmbito interestadual.

Protocolos são atos assinados apenas por alguns dos Esta-dos, para determinar a aplicação de benefícios, incentivos fiscais eregimes de tributação, nas operações e prestações internase interestaduais.

Assim, para que o regime de substituição tributária seja apli-cado nas operações interestaduais, deve existir a celebração deConvênio ou Protocolo no âmbito do CONFAZ, determinando asregras para atribuição do referido regime, tais como definição do

sujeito passivo por substituição tributária, disciplina para recolhi-mento do imposto devido por substituição em favor de outraUni-dade de Federação de destino, e outras regras relacionadas aoregime.

Lembramos que o imposto devido, relativo à operação própriapor remetente optante pelo SIMPLES Nacional, será recolhido emconformidade com as tabelas de partilha do SIMPLES.

5.1. Sujeito passivo por substituição tributária

O sujeito passivo por substituição é aquele definido como talno Protocolo ou no Convênio que trata do regime de substituiçãotributária aplicável à mercadoria (parágrafo único da cláusulaquinta do Convênio ICMS nº 81/93).

5.2. Mercadoria destinada a não contribuinte

Na operação interestadual praticada pelo contribuinte substi-tuto tributário, optante pelo SIMPLES Nacional com destino a nãocontribuinte não caberá a aplicação da substituição tributária.

5.3. Mercadoria destinada a contribuinte usuário final

Nas operações interestaduais alcançadas pelo regime desubstituição tributária, que destinem mercadorias a contri-buinte usuário final, a responsabilidade do remetente, na condiçãode contribuinte substituto, consistirá apenas no cálculo, retenção erecolhimento do imposto correspondente ao diferencial de alí-quotas, se assim exigido nos respectivos Convênios ou Protocolosregulamentares.

5.4. Mercadoria destinada à industrialização

Nas operações interestaduais cuja finalidade do adquirente éo emprego de mercadorias em processo de industrialização, comos Estados signatários de Convênios ou Protocolos, não se aplica oregime de substituição tributária (cláusula quinta do ConvênioICMS nº 81/93).

5.5. Mercadoria destinada à comercialização

Nas saídas de mercadorias de estabelecimento baiano op-tante pelo SIMPLES Nacional com destino a contribuinte estabele-cido em outra Unidade da Federação cuja aquisição se destine àsaída posterior, caberá, em regra, ao remetente a responsabilidade

Page 97: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoMS/MT/RO/AC Manual de Procedimentos

CENOFISCO

4 • No 40/09 5a semanaSetembro

pela retenção e pelo recolhimento do imposto incidente pelas operações subsequentes a favor do Estado destinatário. Essa responsabilidadesomente será atribuída ao contribuinte do Mato Grosso do Sul na hipótese de haver Convênio ou Protocolo estabelecendo essa obrigatoriedadede que sejam signatários o Estado da Bahia e o Estado destinatário.

5.6. Cálculo do imposto devido por substituição tributária a partir de 01/08/2009

O cálculo será efetuado de modo a se apurar a diferença entre o valor do imposto calculado, mediante aplicação da alíquota interna vigenteno Estado destinatário sobre a base de cálculo da substituição tributária, e o valor resultante da aplicação da alíquota interestadual de 7% ou12%, conforme o caso, sobre o valor da operação própria do remetente (§ 9º do art. 3º da Resolução CGSN nº 51/08 alterado pelaResolução CGSN nº 61/09).

5.7. Exemplos

5.7.1. Cálculo do imposto retido

Na hipótese de inexistência de preço máximo de venda a varejo fixado pela autoridade competente ou sugerido pelo fabricante, ou sobreo preço a consumidor usualmente praticado, o sujeito passivo por substituição tributária optante pelo SIMPLES Nacional calculará o valor doICMS devido por substituição tributária, mediante aplicação da fórmula a seguir:

Imposto devido = [base de cálculo x (1,00 + MVA) x alíquota interna] - dedução

Onde:

a) “base de cálculo” é o valor da operação própria realizada pela empresa optante pelo SIMPLES Nacional;

b) “MVA” é a Margem de Valor Agregado divulgada pelo Estado;

Nota Cenofisco:Em alguns textos legais a expressão “Margem de Valor Agregado (MVA)” é substituída pela equivalente “Índice de Valor Acrescido – SubstituiçãoTributária (IVA-ST)”.

c) “alíquota interna” é o percentual determinado pelos Estados e pelo Distrito Federal a ser aplicado sobre a base de cálculo do imposto;

d) “dedução” é o valor a que se refere o § 9º do art. 3º da Resolução CGSN nº 51/08, alterado pela Resolução CGSN nº 61/09.

Supondo que determinado estabelecimento industrial optante pelo SIMPLES Nacional, localizado neste Estado, promova a venda deduas unidades do produto “w” a estabelecimento localizado em Estado signatário de Convênio ou Protocolo, destinado à comercialização, oimposto devido por substituição tributária será calculado na forma exemplificada a seguir:

Valor da operação .................................................................................................................................................................... R$ 100,00

MVA hipotético .............................................................................................................................................................................. 50,24%

Alíquota interestadual (destinatário localizado no Estado de Minas Gerais) ................................................................................. 12%

Alíquota interna no Estado destinatário (Minas Gerais) .................................................................................................................. 18%

Valor da Dedução (§ 9º do art. 3º da Resolução CGSN nº 51/08 alterado pela Resolução CGSN nº 61/09)

R$ 100,00 x 12% = R$ 12,00

ICMS Retido

R$ 100,00 + 50,24% ........................................................................................................................................................... R$ 150,24

R$ 150,24 x 18% ................................................................................................................................................................ R$ 27,04

Imposto Retido (R$ 27,04 - R$ 12,00) ............................................................................................................................... R$ 15,04

Valor total da nota fiscal (R$ 100,00 + R$ 15,04) .............................................................................................................. R$ 115,04

Page 98: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação MS/MT/RO/ACManual de Procedimentos

CENOFISCO

No 40/09 • 55a semanaSetembro

5.7.2. Nota fiscal

Com base nos valores exemplificados no subitem anterior, vejamos como ficará a nota fiscal emitida pelo substituto tributário optante peloSIMPLES Nacional com destino a comerciante localizado no Estado de Minas Gerais (MG):

NOTA FISCAL N°

SAÍDA ENTRADA

EMITENTE: 1ª VIA Nome / Razão Social: MFB Indústria Endereço: xxxxxxxxx Bairro / Distrito: Município:xxxxxxxx UF: MS Fone / Fax: CEP: xxxxx-xxx

CNPJ

xx.xxx.xxx/xxxx-xx

DESTINATÁRIO/

REMETENTE

NATUREZA DA OPERAÇÃO

Venda de produção do estabelecimento

CFOP

6.401

INSCRIÇÃO ESTADUAL DO SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO

INSCRIÇÃO ESTADUAL

xxx.xxx.xxx.xxx

DATA LIMITE PARA EMISSÃO

00.00.00

DESTINATÁRIO / REMETENTE

NOME / RAZÃO SOCIAL

Comércio PEX

CNPJ / CPF

DATA DA EMISSÃO

24/08/2009

ENDEREÇO

Xxxxxxxxxxxxxxx BAIRRO / DISTRITO

CEP

DATA DA SAÍDA / ENTRADA

24/08/2009

MUNICÍPIO

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx FONE / FAX

UF

MG

INSCRIÇÃO ESTADUAL

HORA DA SAÍDA

11:00

FATURA

DADOS DO PRODUTO

ALÍQUOTAS CÓDIGO

PRODUTO DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS

CLASSIFICAÇÃO FISCAL

SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA UNIDADE QUANTIDADE

VALOR UNITÁRIO

VALOR TOTAL

ICMS IPI

VALOR DO IPI

999999

Produto “w”

1

090

Unid

02

50,00

100,00

CÁLCULO DO IMPOSTO

BASE DE CÁLCULO DO ICMS

VALOR DO ICMS

BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO

150,24

VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO

15,04

VALOR TOTAL DOS PRODUTOS

100,00

VALOR DO FRETE

VALOR DO SEGURO

OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS

VALOR TOTAL DO IPI

VALOR TOTAL DA NOTA

115,04

TRANSPORTADOR / VOLUMES TRANSPORTADOS

NOME / RAZÃO SOCIAL

FRETE POR CONTA

1 EMITENTE

2 DESTINATÁRIO

PLACA DO VEÍCULO

UF

CNPJ / CPF

ENDEREÇO MUNICÍPIO

UF

INSCRIÇÃO ESTADUAL

QUANTIDADE

ESPÉCIE

MARCA

NÚMERO

PESO BRUTO

PESO LÍQUIDO

DADOS ADICIONAIS

(1) 9999.99.99 “Documento emitido por ME ou EPP optante pelo SIMPLES Nacional” “Não gera direito a crédito fiscal de ISS e IPI” Valores de cada mercadoria: B.C. ICMS Retido: (R$ 150,24 : 2) = R$ 75,12 ICMS Retido (R$ 15,04 : 2) = R$ 7,52

RESERVADO AO FISCO

N° DE CONTROLE DO FORMULÁRIO

DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR

RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO

DATA DO RECEBIMENTO

IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR

NOTA FISCAL N° 000.000

Page 99: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoMS/MT/RO/AC Manual de Procedimentos

CENOFISCO

6 • No 40/09 5a semanaSetembro

6. Escrituração Fiscal

A Microempresa (ME) e a Empresa de Pequeno Porte (EPP)não estão obrigadas a escriturar o Livro Registro de Saídas, nostermos do art. 3º da Resolução CGSN nº 10/07, que determinaquais as obrigações acessórias devem ser cumpridas pelas em-presas optantes pelo SIMPLES Nacional. Contudo, entendemosque não há nenhuma objeção a sua utilização, desde que sedestine exclusivamente para fins de controle interno do estabeleci-mento.

O Livro Registro de Entradas, ao contrário do Livro Registro deSaídas, continua sendo exigido sua escrituração pelas empresasoptantes pelo SIMPLES Nacional, conforme disposto no inciso IIIdo art. 3º da Resolução CGSN nº 10/07.

7. Prazo e Forma do Recolhimento doImposto

Perante a legislação do Mato Grosso do Sul a empresaoptante pelo SIMPLES Nacional, em regra, recolhe o valor relativo aoICMS devido por substituição tributária até o último dia útil daprimeira quinzena do mês subsequente ao da saída.

O valor do imposto devido pela empresa optante peloSIMPLES Nacional, relativo à operação própria, deverá ser apuradopor meio do Programa Gerador do Documento de Arrecadação doSIMPLES Nacional (PGDAS), disponível no site: www.receita.gov.br,no “Portal do SIMPLES Nacional”.

Isenção – Empresa Brasileira dePesquisa Agropecuária (EMBRAPA) –Prorrogação

De acordo com o disposto no art. 1, inciso V, do Decretonº 12.795/09, fica prorrogado para até 31/12/2009 a isençãoaplicada nas seguintes operações:

a) na saída de bens do ativo imobilizado e de uso ou consu-mo de estabelecimento da Empresa Brasileira de Pesqui-sa Agropecuária (EMBRAPA) para outro estabelecimentoda mesma ou para estabelecimento de empresa estadualintegrante do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária;

b) relativamente ao diferencial de alíquotas, a aquisição inte-restadual, pela EMBRAPA, de bens do ativo imobilizado ede uso ou consumo;

c) a remessa de animais para a EMBRAPA para fins deinseminação e inovulação com animais de raça, e respec-

tivo retorno, observados os mecanismos de controle esta-belecidos na legislação.

Base legal: citada no texto.

Isenção – Importação de BensDestinados à Modernização de ZonasPortuárias do Estado – Prorrogação

O inciso X do art. 1º do Decreto nº 12.795/09 prorrogou até31/12/2009, o beneficio disposto no art. 26-B do Anexo I aoRICMS-MS/98, que estabelece isenção do ICMS nas operaçõesdecorrentes de importação do exterior dos bens destinados aintegrar o ativo imobilizado de empresas beneficiadas pelo RegimeTributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da EstruturaPortuária (REPORTO), instituído pela Lei nº 11.033, de 21/12/2004,para utilização exclusiva em porto localizado no território do Estado,na execução de serviços de carga, descarga e movimentação demercadorias.

A fruição do beneficio previsto nesta matéria, fica condicionada:

a) à integral desoneração dos tributos federais, em razão desuspensão, isenção ou alíquota zero, nos termos e condi-ções da Lei nº 11.033/04, ao referido bem;

b) à integração do bem ao ativo imobilizado da empresabeneficiada pelo REPORTO e seu efetivo uso, em portolocalizado no território do Estado, na execução dos serviçosde carga, descarga e movimentação de mercadorias, peloprazo mínimo de cinco anos;

c) a que o desembaraço aduaneiro seja efetuado diretamentepela empresa beneficiária do REPORTO, para seu usoexclusivo;

d) à comprovação de inexistência de similar produzido nopaís, que deverá ser feita por laudo emitido por entidaderepresentativa do setor produtivo com abrangência em todoterritório nacional ou por órgão federal especializado.

O sujeito passivo beneficiado pela isenção fica dispensadodo estorno de crédito, em relação às operações beneficiadas coma isenção de que trata esta matéria.

A inobservância das condições estabelecidas para a fruiçãodo beneficio acarretará a obrigação do recolhimento do impostoacrescido de multa de mora e de juros moratórios.

Ficam isentos os seguintes bens relacionados, classificadosnos códigos da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias – SistemaHarmonizado (NBM/SH):

Page 100: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação MS/MT/RO/ACManual de Procedimentos

CENOFISCO

No 40/09 • 75a semanaSetembro

a) trilhos – 7302.10.10, 7302.10.90;

b) aparelhos e instrumentos de pesagem – 8423.82.00, 8423.89.00;

c) talhas, cadernais e moitões; guinchos e cabrestantes – 8425.11.00, 8425.19.90, 8425.31.10, 8425.31.90, 8425.39.10, 8425.39.90;

d) cábreas; guindastes, incluídos os de cabo; pontes rolantes, pórticos de descarga ou de movimentação, pontes-guindastes, carros-pórticos e carros-guindastes – 8426.11.00, 8426.12.00, 8426.19.00, 8426.20.00, 8426.30.00, 8426.41.10, 8426.41.90,8426.49.00, 8426.91.00, 8426.99.00;

e) empilhadeiras; outros veículos para movimentação de carga e semelhantes, equipados com dispositivos de elevação – 8427.10.11,8427.10.19, 8427.20.10, 8427.20.90, 8427.90.00;

f) outras máquinas e aparelhos de elevação, de carga, de descarga ou de movimentação – 8428.10.00, 8428.20.10, 8428.20.90,8428.32.00, 8428.33.00, 8428.39.10, 8428.39.20, 8428.39.90, 8428.90.20, 8428.90.90;

g) locomotivas e locotratores; tênderes – 8601.10.00, 8601.20.00, 8602.10.00, 8602.90.00;

h) vagões para transporte de mercadorias sobre vias férreas – 8606.10.00, 8606.20.00, 8606.30.00, 8606.91.00, 8606.92.00,8606.99.00;

i) tratores rodoviários para semi-reboques – 8701.20.00;

j) veículos automóveis para transporte de mercadorias – 8704.22.10, 8704.22.90, 8704.23.10, 8704.23.90, 8704.90.00;

k) veículos automóveis sem dispositivo de elevação, dos tipos utilizados em fábricas, armazéns, portos ou aeroportos, para transporte demercadorias a curtas distâncias – 8709.11.00, 8709.19.00;

l) reboques e semi-reboques, para quaisquer veículos; outros veículos não autopropulsados – 8716.39.00, 8716.40.00, 8716.80.00;

m) aparelhos de raios X – 9022.19.10, 9022.19.90;

n) instrumentos e aparelhos para medida ou controle do nível de líquidos – 9026.10.29.Base legal: inciso VII do art. 1 do Decreto nº 12.795/09.

Novo Telefone

Suporte Técnico – Cenofisco

(11) 3120 6601

Nossos profissionais continuam à sua disposição para esclarecer qualquer dúvida sobre instalação e operação dosprodutos eletrônicos Cenofisco.

Atendimento de 2ª a 6ª feira, das 8h30 às 18h.

Page 101: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoMS/MT/RO/AC Manual de Procedimentos

CENOFISCO

8 • No 40/09 5a semanaSetembro

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF)

ICMS – IMPORTAÇÃO DE PRODUTO PROVENIENTE DE PAÍS SIGNATÁRIO DE ACORDO INTERNACIONAL – AUSÊNCIA DEOFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO

Agravo Regimental no Agravo de Instrumento 751363/RJRelator: Ministro Celso de MelloÓrgão Julgador: Segunda TurmaData do Julgamento: 04/08/2009Publicação: 11/09/2009

Ementa

Agravo de Instrumento – Isenção de ICMS – Importação de Produto (Pescado) Proveniente de País Signatário de Acordo InternacionalTambém Celebrado pelo Brasil – Ausência de Ofensa Direta à Constituição – Inviabilidade do Recurso Extraordinário – Agravo improvido. – OSupremo Tribunal Federal firmou orientação no sentido de que a controvérsia relativa à isenção de ICMS, quando analisada em tema deimportação de produto proveniente de País signatário de acordo internacional também celebrado pelo Brasil, não faz instaurar situaçãoconfiguradora de ofensa direta ao texto da Constituição, o que torna inviável, em tal hipótese (importação de bacalhau, merluza ou outro tipo depescado), o acesso da parte interessada à via recursal extraordinária. Precedentes.

Decisão

A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 04/08/2009

•.

JURISPRUDÊNCIA E OUTROS

ISSQN – Serviço de Avaliação de Bens e Serviços de Qualquer Natureza

Os serviços de avaliação de bens e serviços de qualquer natureza constituem fato gerador do ISSQN?

Sim. Em conformidade com o disposto no subitem 28.01 da lista de serviço anexa à Lei Complementar nº 116/03, os serviços deavaliação de bens e serviços de qualquer natureza constituem fato gerador do ISSQN.Base legal: citada no texto.

CONSULTORIA CENOFISCOPERGUNTAS E RESPOSTAS

Page 102: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação MS/MT/RO/ACManual de Procedimentos

CENOFISCO

No 40/09 • 95a semanaSetembro

ICMS – MT

Modelos de Documentos FiscaisSubstituídos pela Nota Fiscal Eletrônica(NF-e) no Estado de Mato Grosso

SUMÁRIO

1. Introdução

2. Documentos Fiscais Substituídos pela Nota Fiscal Eletrônica(NF-e)2.1. Demais documentos substituídos pela Nota Fiscal Ele-

trônica (NF-e)

3. Vedação da Utilização dos Documentos Substituídos pelaNota Fiscal Eletrônica (NF-e)

1. Introdução

Matéria que aborda os modelos de documentos fiscais substi-tuídos pela Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) no Estado de Mato Grosso.

2. Documentos Fiscais Substituídos pela NotaFiscal Eletrônica (NF-e)

A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) poderá ser utilizada em substi-tuição aos seguintes documentos fiscais:

a) Nota Fiscal, Modelo 1 ou 1-A;

b) Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2;

c) Nota Fiscal de Produtor, modelo 4;

d) Nota Fiscal/Conta de Energia Elétrica, modelo 6;

e) Nota Fiscal de Serviço de Comunicação, modelo 21;

f) Nota Fiscal de Serviços de Telecomunicações, modelo 22;

g) Cupom Fiscal emitido por Equipamento Emissor deCupom Fiscal (ECF), ressalvado o disposto no inciso I do§ 4º-A do art. 198-A do RICMS-MT;

h) Romaneio de Carga que integra a Nota Fiscal, modelo 1 ou1-A, nos termos do § 9º do art. 93 do RICMS-MT.

2.1. Demais documentos substituídos pela Nota FiscalEletrônica (NF-e)

Quando o contribuinte, sujeito ao uso do CT-e, em substitui-ção ao mesmo fizer opção pelo uso da NF-e, esta poderá, ainda,substituir os seguintes documentos fiscais:

a) Nota Fiscal de Serviço de Transporte, modelo 7;

b) Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas,modelo 8;

c) Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas,modelo 9;

d) Conhecimento Aéreo, modelo 10;

e) Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas,modelo 11;

f) Despacho de Transporte, modelo 17;

g) Resumo de Movimento Diário, modelo 18;

h) Ordem de Coleta de Cargas, modelo 20;

i) Autorização de Carregamento de Transporte, modelo 24;

j) Manifesto de Carga, modelo 25;

k) Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas,modelo 26;

l) Nota Fiscal de Serviço de Transporte Ferroviário de Cargas,modelo 27.

3. Vedação da Utilização dos DocumentosSubstituídos pela Nota Fiscal Eletrônica(NF-e)

Observadas as datas fixadas na legislação tributária, ficavedada a emissão dos documentos fiscais arrolados no item 2 esubitem 2.1 desta matéria, por contribuinte credenciado à emissãode NF-e, exceto quando a legislação estadual assim permitir.Base legal: §§ 1º-A e 1º-B do art. 2º da Portaria SEFAZnº 163/07.

Page 103: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoMS/MT/RO/AC Manual de Procedimentos

CENOFISCO

10 • No 40/09 5a semanaSetembro

Substituição Tributária – Diferencial de Alíquota – Não Aplicação ao FUPIS

Ficam submetidas ao regime de substituição tributária as mercadorias arroladas no Apêndice do Anexo XIV do RICMS-MT.

Ressaltamos que independentemente de arrolamento no Apêndice anteriormente mencionado ou em ato do CONFAZ, o regime desubstituição tributária aplica-se também a qualquer mercadoria discriminada na mesma nota fiscal que acobertar operação com mercadoriaincluída no aludido regime.

O regime de substituição tributária alcança, inclusive, as entradas de bens e mercadorias oriundos de outras Unidades Federadas,arrolados no referido Apêndice, para integrar ativo imobilizado ou para uso ou consumo de estabelecimento mato-grossense, em relação aoimposto devido a título de diferencial de alíquotas.

O disposto no parágrafo anterior não se aplica aos contribuintes optantes ao Fundo Partilhado de Investimento Social (FUPIS).Base legal: art. 6º do Anexo XIV do RICMS-MT.

Substituição Tributária – Mercadorias Industrializadas em Mato Grosso – Sistema deDigitação da Nota Fiscal de Saída – Obrigatoriedade

Ficam submetidas ao regime de substituição tributária as mercadorias arroladas no Apêndice do Anexo XIV do RICMS-MT.

Entretanto, o regime de substituição tributária aplica-se, igualmente, às operações subsequentes a ocorrerem no Estado com mercado-rias industrializadas no território mato-grossense, por estabelecimento industrial enquadrado em CNAE relacionada nos incisos III e V doart. 1º do Anexo XI do RICMS-MT.

Neste caso, o estabelecimento mato-grossense enquadrado em CNAE relacionado nos incisos III e V do art. 1º do Anexo XI, deveráregistrar, no Sistema de Digitação de Notas Fiscais de Saídas, mantido no âmbito da Secretaria de Estado de Fazenda, a nota fiscal queacobertar a operação de saída de produto resultante do respectivo processo industrial.

Lembramos que fica dispensada a observância anteriormente citada (digitação da nota fiscal), quando o estabelecimento substitutotributário, onde ocorrer a industrialização do produto, estiver obrigado à emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), em conformidade com odisposto no art. 198-A das disposições permanentes do RICMS-MT.Base legal: arts. 6º e 7º do Anexo XIV do RICMS-MT.

CONSELHO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO (CAT)

OPERAÇÃO IRREGULAR – CONVENIÊNCIA DO ADQUIRENTE – RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

Ementa nº 028/2009Processo nº 182/2008-CCONNAI nº 21593001000007200514Acórdão n° 028/2009, de 26/02/2009Relatora: Lourdes Emília de AlmeidaRevisora: Helma Auxiliadora Martins da Cunha

Ementa

ICMS Substituição Tributária – Operação Irregular – ICMS Não Recolhido – Responsabilidade Solidária do Substituído Tributário

JURISPRUDÊNCIA E OUTROS

Page 104: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação MS/MT/RO/ACManual de Procedimentos

CENOFISCO

No 40/09 • 115a semanaSetembro

A aquisição de mercadoria em situação fiscal irregular, sem o recolhimento do imposto e com a conivência do adquirente, caracteriza aresponsabilidade solidária do substituído tributário, nos termos do disposto no artigo 5º da Lei Complementar nº 87/96 c/c o artigo 18-A,inciso I da Lei nº 7.098/98.

Com esse entendimento, a unanimidade dos votos e consoante manifestação da Representação da Procuradoria Geral do Estado,decidiu-se pelo conhecimento e desprovimento do recurso voluntário, para manter a decisão monocrática que julgou parcialmente procedentea ação fiscal, na forma retificada às fls. 67 a 70.

CONSULTORIA CENOFISCOPERGUNTAS E RESPOSTAS

LEGISLAÇÃO ESTADUALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

ICMS – Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE)

A GNRE é um documento fiscal admitido na legislação do Estado de Mato Grosso para efeito de recolhimento do ICMS?

Não. A Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE) não é aceita como documento hábil para efeito de recolhimento do ICMS.

O inciso XXI do art. 90 do RICMS-MT foi revogado, ficando excluído da relação de Modelos de Documentos Fiscais que integram oRegulamento do ICMS, o correspondente à GNRE – Modelo 23, de que trata o referido inciso.Base legal: Decreto nº 2.122/09.

PORTARIA SEFAZ N° 161, DE 04/09/2009DOE-MT de 09/09/2009

ICMS

NF-e – Prorrogação de Prazo para Obrigatoriedade de Emissão

Sinopse: A Portaria SEFAZ nº 161/09 introduz alterações na Portaria SEFAZ nº 164/08, que autoriza a prorrogação do prazo deobrigatoriedade de emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) em função de situações extraordinárias, fixa novos critérios de prorrogação oususpensão do referido prazo, inclusive de ofício.

LEI Nº 9.208, DE 10/09/2009DOE-MT de 10/09/2009

ICMS

Remissão/Anistia/Parcelamento – Débitos Fiscais Apurados a partir das Informações Prestadas por Administradoras de Cartão deCrédito – Inclusão na Legislação

Sinopse: A Lei nº 9.208/09 concede remissão e anistia, cumuladas ou não com parcelamento, para liquidação de débitos relativosao imposto, apurados no âmbito da Secretaria de Estado de Fazenda (SEFAZ), a partir das informações prestadas pelas empresasadministradoras de cartões de crédito e de débito.

Page 105: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoMS/MT/RO/AC Manual de Procedimentos

CENOFISCO

12 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS – RO

Operação com Açúcar CristalSUMÁRIO

1. Introdução

2. Substituição Tributária

3. Alíquota

4. Base de Cálculo

5. Margem de Valor Agregado (MVA)

6. Substituto

7. Dispensa

1. Introdução

Nesta edição trataremos das operações com açúcar sujeitasao regime de substituição tributária, previstas na legislação esta-dual, conforme arts. 12, 75, 79 e Anexo V do RICMS-RO.

2. Substituição Tributária

Substituição tributária é um instituto criado e implementadopelas Unidades Federadas antes do advento da atual ConstituiçãoFederal, por meio de legislação infraconstitucional. Como ficou com-provada a sua eficiência e efetividade como instrumento de gerên-cia das receitas tributárias pelos entes tributantes, a atual Constitui-ção Federal incorporou-a definitivamente como instrumento efetivo.

O regime de substituição tributária consiste em recolher ante-cipadamente o imposto devido por uma operação subsequente,encerrando a fase de tributação da mercadoria internamente.

3. Alíquota

A alíquota interna incidente nas operações com açúcar cristal éde 12%.

4. Base de Cálculo

Para o cálculo do imposto retido, a base de cálculo em relaçãoàs operações subsequentes é o somatório das parcelas seguintes:

a) o valor da operação ou prestação próprias realizadas pelosubstituto tributário ou pelo substituído intermediário;

b) o IPI, montante dos valores de seguro, de frete e de outrosencargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes outomadores de serviço;

c) a Margem de Valor Agregado (MVA), inclusive lucro, relativaàs operações ou prestações subsequentes.

5. Margem de Valor Agregado (MVA)

A Margem de Valor Agregado (MVA) será de 40%.

6. Substituto

São contribuintes substitutos os responsáveis pelo lança-mento e recolhimento do imposto incidente sobre uma ou maisoperações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ousubsequentes, inclusive sobre o valor decorrente da diferença entrealíquotas interna e interestadual nas prestações que destinemserviços a consumidor final localizado em outro Estado, desde queseja contribuinte do imposto.

Em regra geral, é atribuída ao remetente da mercadoria, aindaque estabelecido em outra Unidade da Federação, a responsabili-dade pela retenção do imposto incidente nas sucessivas opera-ções internas com a mercadoria, inclusive ao diferencial de alíquo-tas, quando a mercadoria for destinada a uso e consumo ou ativodo contribuinte.

7. Dispensa

A substituição tributária não se aplica:

a) às operações que destinem mercadorias:

a.1) a sujeito passivo por substituição da mesma merca-doria;

a.2) a estabelecimento industrial para utilização como ma-téria-prima, produto intermediário e material de em-balagem, ressalvada a hipótese de o produto resul-tante ser considerado “já tributado” em função dacobrança antecipada sobre o insumo;

a.3) a estabelecimento de contribuinte, em operaçõesinternas, para uso, consumo ou ativo imobilizado;

a.4) a consumidor final não contribuinte do imposto.

b) às transferências para outro estabelecimento, exceto vare-jista, do sujeito passivo por substituição, hipótese em quea responsabilidade pela retenção e recolhimento do im-posto recairá sobre o estabelecimento que promover asaída da mercadoria com destino a empresa diversa.

Page 106: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação MS/MT/RO/ACManual de Procedimentos

CENOFISCO

No 40/09 • 135a semanaSetembro

Importação – Equipamento Médico-Hospitalar – Isenção

Ficam isentas de ICMS as operações de importação do exterior de equipamento médico-hospitalar, sem similar produzido no País, cujaimportação seja realizada por clínica ou hospital que se comprometam a compensar este benefício com a prestação de serviços médicos,exames radiológicos de diagnóstico por imagem e/ou laboratoriais programados pelas Secretarias Estaduais de Saúde ou de Administração,em valor igual ou superior à desoneração, na forma que dispuser a legislação estadual.

Referido benefício será concedido mediante Despacho Declaratório do Coordenador Geral da Receita Estadual, por meio de processoiniciado na Agência de Rendas da jurisdição do interessado instruído com:

a) requerimento;

b) marca, modelo, tipo, quantidade, assim como outras indicações indispensáveis à perfeita caracterização do bem ou da mercadoria;

c) código de classificação na Nomenclatura Brasileira de Mercadorias, Sistema Harmonizado (NBM/SH) do produto;

d) Certidão Negativa de Tributos Estaduais;

e) declaração de ausência de produto similar produzido no País, expedido pela Federação da Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO);

f) cópia autêntica do Termo de Acordo a seguir referido.

O benefício fica condicionado:

1) à celebração prévia de Termo de Acordo entre a Secretaria de Estado da Saúde e o requerente, onde se estabeleça a forma como obeneficiário irá beneficiar a população;

2) a que ao final do Termo de Acordo seja encaminhado pelo beneficiário à Agência de Rendas de sua jurisdição a comprovação documprimento do Termo de Acordo devidamente reconhecido pela Secretaria de Estado da Saúde.

A compensação aqui prevista será fiscalizada pela Delegacia Regional da Receita Estadual de jurisdição do contribuinte.

Efeitos a partir de 01/08/2009 até 31/12/2009.Base legal: item 60 da Tabela II do Anexo I do RICMS-RO.

Veículos Destinados a Portadores de Deficiência Física – Isenção – Alteração do Limite deValor

Estão contempladas com a isenção do ICMS, as saídas internas e interestaduais de veículo automotor novo, com característicasespecíficas para ser dirigido por motorista portador de deficiência física.

A isenção está condicionada a que as respectivas operações de saída sejam amparadas por isenção do IPI, nos termos da legislaçãofederal vigente.

O benefício deverá ser transferido ao adquirente do veículo, mediante redução no seu preço.

Somente se aplica a veículo automotor novo cujo preço de venda ao consumidor sugerido pelo fabricante, incluídos os tributos incidentes,não seja superior a R$ 70.000,00, a partir de 28/07/2009.

Page 107: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoMS/MT/RO/AC Manual de Procedimentos

CENOFISCO

14 • No 40/09 5a semanaSetembro

Ainda, está condicionado a que o adquirente não tenha débitos para com a Fazenda Pública Estadual ou Distrital.

O interessado no benefício fiscal deverá consultar as demais regras estabelecidas na legislação estadual para efeito da obtenção dobenefício.Base legal: nota 2 do item 51 da Tabela II do Anexo I do RICMS-RO.

TRIBUNAL ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL DE RONDÔNIA (TATE-RO)

OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA – TERMO DE DEPÓSITO – FALTA DE LIBERAÇÃO

Processo: nº 01-024430-9Recurso: de Ofício nº 358/05Acórdão: nº 151/09/1ª Câmara/TATE/SEFIN

Ementa

ICMS – Termo de Depósito – Falta de Liberação – Desvio de Destino de Mercadorias – Inocorrência – Não deve prosperar a autuação fiscalbaseada no desvio de destino de mercadorias oriunda de outra Unidade da Federação e introduzida neste Estado através de violação nosistema de controle de trânsito adotado pela Coordenadoria da Receita Estadual em razão das recepções das mercadorias pelo fisco dedestino, conforme oposição do carimbo do fisco da SEFAZ do Acre, comprovando assim o internamento naquele Estado. Mantida a decisãosingular que julgou improcedente a ação fiscal. Recurso Oficial Desprovido. Decisão Unânime.

JURISPRUDÊNCIA E OUTROS

ICMS – Inscrição Estadual – Manutenção

Em quais hipóteses se mantém o número de inscrição estadual do contribuinte?

Será mantido o mesmo número de inscrição cadastral nos seguintes casos:

a) sucessão comercial;

b) reativação de inscrição cancelada ou suspensa, desde que seu registro comercial não tenha sido baixado na Junta Comercial.

c) qualquer outra alteração cadastral, inclusive alteração de endereço para outro municípioBase legal: art. 120-D do RICMS-RO.

CONSULTORIA CENOFISCOPERGUNTAS E RESPOSTAS

Page 108: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação MS/MT/RO/ACManual de Procedimentos

CENOFISCO

No 40/09 • 155a semanaSetembro

DECRETO Nº 14.415 DE 27/08/2009DOE-RO de 28/08/2009

ICMS

Alteração no Regulamento

Sinopse: O Decreto nº 14.415/09 promove adequações no RICMS-RO para ajustá-lo ao disposto no Ajuste SINIEF nº 10/09 notocante ao Pedido de Aquisição de Formulário de Segurança (PAFS).

DECRETO Nº 14.416 DE 27/08/2009DOE-RO de 28/08/2009

ICMS

Alteração no Regulamento

Sinopse: O Decreto nº 14.416/09 altera o item 14 da Tabela I do Anexo II do RICMS-RO para estender o benefício fiscal aopirarucu criado em cativeiro.

LEGISLAÇÃO ESTADUALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

Novo Telefone

Suporte Técnico – Cenofisco

(11) 3120 6601

Nossos profissionais continuam à sua disposição para esclarecer qualquer dúvida sobre instalação e operação dosprodutos eletrônicos Cenofisco.

Atendimento de 2ª a 6ª feira, das 8h30 às 18h.

Page 109: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoMS/MT/RO/AC Manual de Procedimentos

CENOFISCO

16 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS – AC

Benefício Fiscal – Dispensa doRecolhimento

SUMÁRIO

1. Introdução

2. Definição

3. Isenção

4. Condição

5. Vedação

1. Introdução

Abordaremos nesta edição o benefício fiscal dispensado aorecolhimento do IPVA disposto na Lei nº 2.121/09.

2. Definição

O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores(IPVA) devido anualmente a partir do exercício de 1986, pelosproprietários de veículos registrados e licenciados nesta Unidadeda Federação, ou seja, no Estado do Acre.

O imposto é vinculado ao veículo e recolhido diretamente pelocontribuinte.

3. Isenção

Fica isenta do Imposto sobre Propriedade de Veículos Auto-motores (IPVA), exercício de 2009, a propriedade dos veículos depassageiros novos, de fabricação nacional, a seguir discriminados:

1 – motocicleta com potência de até 150 cilindradas; e

2 – automóvel com potência de até 1.000 cilindradas.

Para fins da definição da potência dos veículos, considera-sea classificação constante no inciso II, alínea “a”, itens 4 e 7, doart. 96 da Lei nº 9.503/97, que instituiu o Código de TrânsitoBrasileiro (CTB).

4. Condição

A concessão da isenção fica condicionada ao atendimentocumulativo dos seguintes requisitos:

1 – que os veículos sejam adquiridos no período compreendi-do entre 01/05/2009 até 30/10/2009;

2 – que os veículos sejam registrados e licenciados no Estadono período compreendido entre 01/05/2009 até 30/11/2009; e

3 – que o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação deMercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interes-tadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) resultante daoperação de venda dos veículos, seja efetivamente destinado aoEstado do Acre.

5. Vedação

Não se aplica isenção de que trata esta lei a veículos adquiri-dos em operações sem incidência do ICMS em favor do Estado doAcre, exceto nas situações previstas em lei e para veículos quesejam adquiridos no Estado.

Recolhimento do Imposto – NovosPrazos – Optante pelo SIMPLES Nacional

Preconiza o Decreto nº 4.422/09 que a partir de 28/07/2009,o recolhimento do Imposto sobre as Operações Relativas à Circu-lação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transpor-te Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), referen-te a mercadorias tributadas pela entrada neste Estado e não incluídasno regime de substituição tributária, destinadas aos contribuintesatacadistas e varejistas, inclusive Microempresas e Empresas dePequeno Porte inscritas no SIMPLES Nacional, far-se-á da seguinteforma:

1 – em 30, 60, 90, e 120 dias para contribuintes localizadosnos municípios de Cruzeiro do Sul, Feijó, Jordão, Mâncio Lima,Manuel Urbano, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, RodriguesAlves, Santa Rosa do Purus e Tarauacá; e

2 – em 30, 60 e 90 dias, para contribuintes localizados nosmunicípios de Acrelândia, Assis Brasil, Brasiléia, Bujari, Capixaba,Epitaciolândia, Plácido de Castro, Porto Acre, Rio Branco, SenaMadureira, Senador Guiomard e Xapuri.

A contagem do prazo inicia-se a partir do término da quinzenaem que ocorreu a entrada da mercadoria no Estado.

A parcela mínima para cada lançamento quinzenal será oequivalente a R$ 50,00.

Page 110: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação MS/MT/RO/ACManual de Procedimentos

CENOFISCO

No 40/09 • 175a semanaSetembro

No tocante aos produtos sujeitos ao diferencial de alíquota, exceto os destinados a Microempresas e Empresas de Pequeno Porteinscritas no SIMPLES Nacional, o prazo para recolhimento será de 30 e 60 dias, contado a partir do término da quinzena em que ocorreu aentrada da mercadoria no Estado.Base legal: citada no texto.

IPVA – Base de Cálculo

Qual a base de cálculo do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)?

A base se cálculo do IPVA é o valor venal do veículo automotor.Base legal: art. 3º do Lei nº 845/85.

CONSULTORIA CENOFISCOPERGUNTAS E RESPOSTAS

PORTARIA SEFAZ Nº 367, DE 04/09/2009DOE-AC de 10/09/2009

ICMS

Pauta de Preços – Base de Cálculo – Alteração da Legislação

Sinopse: A Portaria SEFAZ nº 367/09 altera o Anexo Único da Pauta de Preços, II – Saídas, item 9, constante da Portaria SEFAZnº 407, de 08/09/2008, que fixa os valores mínimos da base de cálculo do ICMS incidente sobre as operações e prestações commercadorias nela relacionada.

LEGISLAÇÃO ESTADUALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

Page 111: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoMS/MT/RO/AC Manual de Procedimentos

CENOFISCO

18 • No 40/09 5a semanaSetembro

Bens de Produção – Saídas doEstabelecimento Industrial – Tributação

SUMÁRIO

1. Considerações Iniciais

2. Bens de Produção – Conceito

3. Saída de Bens de Produção do Estabelecimento Industrial –Tributação3.1. Fato gerador3.2. Estabelecimento equiparado a industrial – Aquisição de

bem com suspensão – Revenda posterior – Recolhi-mento do imposto

3.3. Bens de produção – Material de embalagem – Aquisi-ção de comercial varejista – Consideração quanto aocrédito do imposto

4. Mercadorias Revendidas a Consumidores Finais

1. Considerações Iniciais

Nesta oportunidade, faremos um breve comentário sobre atributação do IPI nas saídas do estabelecimento industrial de bensde produção, segundo as disposições aprovadas pelo Decretonº 5.544/02, ato que aprovou Regulamento do IPI.

2. Bens de Produção – Conceito

Nos termos do art. 519 do RIPI/02, são considerados bensde produção:

a) as matérias-primas;

b) os produtos intermediários, inclusive os que, embora nãointegrando o produto final, sejam consumidos ou utilizadosno processo industrial;

c) os produtos destinados a embalagem e acondicionamento;

d) as ferramentas empregadas no processo industrial, excetoas manuais; e

e) as máquinas, os instrumentos, os aparelhos e os equipa-mentos, inclusive suas peças, partes e outros componen-tes que se destinem a emprego no processo industrial.

3. Saída de Bens de Produção doEstabelecimento Industrial – Tributação

Nos termos do art. 9º, § 4º, do RIPI/02, os estabelecimentosindustriais, quando derem saída de matéria-prima (MP), produ-

tos intermediários (PI) e materiais de embalagens (ME) adquiridosde terceiros, com destino a outros estabelecimentos, para industri-alização ou revenda, serão considerados estabelecimentos comer-ciais de bens de produção e obrigatoriamente equiparados a esta-belecimento industrial em relação a essas operações.

3.1. Fato gerador

Segundo o art. 34, inciso II, do RIPI/02, constitui fato geradordo IPI, dentre outras hipóteses previstas na legislação, a saída deproduto do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial.

Assim, haverá incidência do IPI na saída do estabelecimentoindustrial de produtos submetidos a processo de industrialização(industrializados) e na saída de bens de produção adquiridos deterceiros, com destino a outros estabelecimentos, para industrializaçãoou revenda, segundo os arts. 9º, § 4º, e 34, inciso II, do RIPI/02.

3.2. Estabelecimento equiparado a industrial –Aquisição de bem com suspensão – Revendaposterior – Recolhimento do imposto

Conforme a Solução de Consulta nº 12, de 26/03/2009,caso o estabelecimento equiparado a industrial tenha adquiridocom suspensão do IPI bens de produção, mais tarde revendidos,estará sujeito, no momento da revenda, à exigência do imposto,com as penalidades cabíveis, considerando-se devidos o IPI e osacréscimos desde a data em que esses bens saíram do fornece-dor do estabelecimento equiparado a industrial. Para conhecimen-to, reproduzimos a seguir a íntegra da mencionada solução:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 12DE 26 DE MARÇO DE 2009

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Industrialização por encomenda. Base de cálculo.Suspensão. Os estabelecimentos industriais, quando derem saídaa insumos, adquiridos de terceiros, com destino a outros estabele-cimentos, para industrialização ou revenda, serão consideradosestabelecimentos comerciais de bens de produção e obrigatoria-mente equiparados a estabelecimento industrial em relação a es-sas operações. Caso um estabelecimento equiparado a industrialtenha adquirido com suspensão do IPI bens de produção, maistarde revendidos, estará sujeito, no momento da revenda, à exigên-cia do imposto, com as penalidades cabíveis, considerando-sedevidos o IPI e os acréscimos desde a data em que esses benssaíram do fornecedor do estabelecimento equiparado a industrial.”

IPI

Page 112: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação MS/MT/RO/ACManual de Procedimentos

CENOFISCO

No 40/09 • 195a semanaSetembro

3.3. Bens de produção – Material de embalagem –Aquisição de comercial varejista – Consideraçãoquanto ao crédito do imposto

Neste sentido, examinar a Solução de Consulta nº 9, de12/01/2005, a seguir reproduzida, que traz esclarecimentos sobreo assunto:

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 9DE 12 DE JANEIRO DE 2005

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Bens de produção. Material de embalagem. Aquisi-ção de comercial varejista. Créditos. Industrial que adquire bens deprodução (aí incluído o material de embalagem) de estabelecimentocomercial varejista só terá direito ao crédito do IPI de que trata oart. 165 do RIPI/02 se o varejista for caracterizado como comercian-te atacadista, de acordo com o RIPI/02 e, ainda, não for contribuintedo IPI. Não basta ao comerciante varejista vender bens de produçãoa estabelecimento industrial para ser caracterizado como atacadis-ta. Para tanto é necessário que o valor das vendas de bens deprodução do varejista ultrapasse o limite fixado em Regulamento –20% do total das vendas realizadas pelo estabelecimento varejistano semestre civil.

4. Mercadorias Revendidas a ConsumidoresFinais

Na revenda de mercadorias a consumidores finais, sem teremsido submetidas a processo de industrialização no estabelecimen-

to industrial, não há incidência do IPI. Nesse sentido, esclarecemas Soluções de Consultas nºs 12, de 12/02/2003, e 367, de13/10/2008, a seguir reproduzidas:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 12, DE 12/02/03DOU de 14/03/03

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI.

EMENTA: IPI. Incidência. O IPI incide na saída do estabeleci-mento industrial de produtos que nele foram submetidos a opera-ção de industrialização, bem como na saída de bens de produçãoadquiridos de terceiros, com destino a outros estabelecimentos,para industrialização ou revenda. O IPI não incide nas operaçõesem que saem do estabelecimento industrial mercadorias revendi-das a consumidores finais sem terem sido submetidas a proces-so de industrialização no dito estabelecimento.Dispositivos legais: CF/88, art 153, IV; CTN, arts. 46, II, e 51, III;RIPI/2002, art. 9º, § 4º, art. 34, II, e art. 519, incs. I e II. FranciscoPawlow – Chefe Disit/SRRF06.”

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 367 DE 13 DE OUTUBRODE 2008

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Matéria-Prima. Revenda. A equiparação, compul-sória, a estabelecimento industrial de que trata o § 4º do art. 9º doDecreto nº 4.544, de 2002-RIPI/02, não é aplicável quando dasrevendas de bens de produção, adquiridos de terceiros, realiza-das por industriais a não contribuintes do IPI.”Base legal: citada no texto.

ATO COTEPE/ICMS Nº 30, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e); Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE)e Pedidos de Concessão de Uso, Cancelamento, Inutilização e Consulta a Cadastro Via WebServices – Manual de Integração –Aprovação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 30/09 dispõe sobre as especificações técnicas do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e),do Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE) e dos Pedidos de Concessão de Uso, Cancelamento,Inutilização e Consulta a Cadastro via webservices, conforme disposto no Ajuste SINIEF nº 9/07.

LEGISLAÇÃO FEDERALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

Page 113: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoMS/MT/RO/AC Manual de Procedimentos

CENOFISCO

20 • No 40/09 5a semanaSetembro

ATO COTEPE/ICMS Nº 31, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Especificação de Requisitos do Programa Aplicativo Fiscal –Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e Sistema de Gestão –Alteração na Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 31/09 altera o AtoCOTEPE/ICMS nº 6/08, que dispõe sobre a especificação derequisitos do Programa Aplicativo Fiscal – Emissor de CupomFiscal (PAF-ECF) e do sistema de gestão utilizado por estabeleci-mento usuário de equipamento ECF.

ATO COTEPE/ICMS Nº 34, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Empresas Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Be-neficiadas com Regime Especial de Apuração e Escrituração –Alteração na Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 34/09 altera o AnexoÚnico do Ato COTEPE/ICMS nº 10/08, que relaciona asempresas prestadoras de serviços de telecomunicações benefi-ciadas com regime especial de apuração e escrituração doICMS, de que trata o Convênio ICMS nº 126/98, que dispõesobre a concessão de regime especial, na área do ICMS, paraprestações de serviços públicos de telecomunicações.

ATO COTEPE/ICMS Nº 35, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliarde Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA) – Alteração na Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 35/09 altera o AtoCOTEPE/ICMS nº 35/08, que dispõe sobre as especificaçõestécnicas para a fabricação do Formulário de Segurança paraImpressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrôni-co (FS-DA), conforme disposto no Convênio ICMS nº 110/08.

DESPACHO CONFAZ Nº 321, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Divulgação da Publicação

Sinopse: O Despacho CONFAZ nº 321/09 divulga a publi-cação do Protocolo ICMS nº 100/09.

PROTOCOLO ICMS Nº 100, DE 05/08/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Sistema de Inteligência Fiscal(SIF) e Intercâmbio – Adesão do Distrito Federal

Sinopse: O Protocolo ICMS nº 100/09 dispõe sobre aadesão do Distrito Federal ao Protocolo ICMS nº 66/09, quetrata da instituição do Sistema de Inteligência Fiscal (SIF) e dointercâmbio de informações entre as Unidades da Federação.

PROTOCOLO ICMS Nº 100, DE 05/08/2009DOU de 15/09/2009, republicado no DOU de 17/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Adesão do Estado do Rio Grandedo Norte e do Distrito Federal ao Protocolo ICMS nº 66/09

Sinopse: O Protocolo ICMS nº 100/09 dispõe sobre aadesão do Estado do Rio Grande do Norte e do Distrito Federalao Protocolo ICMS nº 66/09, que trata da instituição do Siste-ma de Inteligência Fiscal (SIF) e do intercâmbio de informaçõesentre as Unidades da Federação.

PORTARIA SECEX Nº 28, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

Importação/Exportação

Drawback – Alteração na Legislação

Sinopse: A Portaria SECEX nº 28/09 altera a PortariaSECEX nº 25, de 27/11/2008, que aprovou as disposiçõessobre as operações de drawback.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-MG Nº 16, DE16/09/2009

DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 16/09divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime detributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de quetrata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-MG Nº 17, DE16/09/2009

DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 17/09divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de

Page 114: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação MS/MT/RO/ACManual de Procedimentos

CENOFISCO

No 40/09 • 215a semanaSetembro

tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de quetrata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 24, DE14/09/2009

DOU de 15/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 24/09divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime detributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de quetrata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 43, DE16/09/2009

DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 43/09divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime detributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de quetrata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 44, DE16/09/2009

DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 44/09divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime detributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de quetrata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SC Nº 151, DE10/09/2009

DOU de 16/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SC nº 151/09divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime detributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de quetrata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 279, DE 10/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – ProdutosNacionalizados – Isenção

Sinopse: A Solução de Consulta nº 279/09 esclarecesobre a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)para os produtos nacionalizados remetidos para a Zona Francade Manaus ou a Amazônia Ocidental.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 287, DE 14/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Matérias-Primas, Produtos Intermediários e Material de Emba-lagem – Suspensão

Sinopse: A Solução de Consulta nº 287/09 esclarecesobre a suspensão do pagamento do Imposto sobre ProdutosIndustrializados (IPI) das matérias-primas, dos produtos interme-diários e do material de embalagem vendidos a estabelecimen-tos industriais fabricantes preponderantemente de bens de quetrata o § 1º-C do art. 4º da Lei nº 8.248/91.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 296, DE 26/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Pessoa Jurídica Preponderantemente Exportadora – Suspen-são

Sinopse: A Solução de Consulta nº 296/09 esclarecesobre a suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados(IPI) para a pessoa jurídica preponderantemente exportadora.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 299, DE 27/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – Remessa –Produto Nacionalizado

Sinopse: A Solução de Consulta nº 299/09 esclarecesobre a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)na remessa de produto nacionalizado para a Zona Franca deManaus e a Amazônia Ocidental.

Page 115: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ÍNDICE

ICMS ........................................................................................ 3

• Imposto Sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer

Bens ou Direitos (ITCMD)

• Regime Individual de Controle e Pagamento

IPI .............................................................................................. 6

• Bens de Produção – Saídas do Estabelecimento Industrial –

Tributação

Jurisprudência e Outros ................................................ 8

• Secretaria de Estado da Fazenda – Conselho Estadual de

Contribuintes – Primeira Câmara– ICMS – Transportar Mercadoria Desacompanhada de

Documentos Fiscais – Autuados o Transportador e a EmpresaRemetente que Deixou de Emitir Nota Fiscal de Saída

Consultoria Cenofisco .................................................... 8

• ICMS – Substituição Tributária – Bebidas Hidroeletrolíticas

(Isotônicas) e Energéticas

• ICMS – Substituição Tributária – Devolução – Estabelecimento

Substituído

Legislação Federal .......................................................... 9

• ICMS– Ato COTEPE/ICMS nº 30/09

Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e); DocumentoAuxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE) ePedidos de Concessão de Uso, Cancelamento, Inutilização eConsulta a Cadastro Via WebServices – Manual de Integração –Aprovação

continua

Destaques

ICMS

• Matéria que focaliza os aspectos fiscais relacio-

nados à cobrança do ITCMD.

IPI

• Trabalho com esclarecimentos sobre a tributação

do IPI nas saídas de bens de produção do esta-

belecimento industrial.

Rebeca Pires

Márcia Iablonski

Sebastião Guedes de Araújo

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoPR

40CENOFISCOProcedimentosMANUAL DE

Cenofisco BD Legislação

Com segurança e confiabilidade nas informações, o Cenofisco dispo-nibiliza, inteiramente grátis, o mais completo acervo de normas fede-rais do País (de 1900 a 2009) com atualização diária, moderno sistemade pesquisa (por número, assunto e data) e normas legais do dia.Acesse www.cenofisco.com.br e confira agora este benefício.

Page 116: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

2 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoPR Manual de Procedimentos

CENOFISCO

– Ato COTEPE/ICMS nº 31/09Especificação de Requisitos do Programa AplicativoFiscal – Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e Sistemade Gestão – Alteração na Legislação

– Ato COTEPE/ICMS nº 34/09Empresas Prestadoras de Serviços de TelecomunicaçõesBeneficiadas com Regime Especial de Apuração eEscrituração – Alteração na Legislação

– Ato COTEPE/ICMS nº 35/09Formulário de Segurança para Impressão de DocumentoAuxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA) –Alteração na Legislação

– Despacho CONFAZ nº 321/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Divulgação da Publicação

– Protocolo ICMS nº 100/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Sistema de InteligênciaFiscal (SIF) e Intercâmbio – Adesão do Distrito Federal

– Protocolo ICMS nº 100/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Adesão do Estado do RioGrande do Norte e do Distrito Federal ao Protocolo ICMSnº 66/09

• Importação/Exportação– Portaria SECEX nº 28/09

Drawback – Alteração na Legislação

ÍNDICE – CONTINUAÇÃO

• IPI– Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 16/09

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 17/09

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 24/09

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 43/09

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 44/09

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-SC nº 151/09

Bebidas – Enquadramento– Solução de Consulta nº 279/09

Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental –Produtos Nacionalizados – Isenção

– Solução de Consulta nº 287/09Matérias-Primas, Produtos Intermediários e Material deEmbalagem – Suspensão

– Solução de Consulta nº 296/09Pessoa Jurídica Preponderantemente Exportadora –Suspensão

– Solução de Consulta nº 299/09Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental –Remessa – Produto Nacionalizado

Page 117: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 35a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação PRManual de Procedimentos

CENOFISCO

ICMS

Imposto Sobre Transmissão CausaMortis e Doação de Quaisquer Bens ouDireitos (ITCMD)

SUMÁRIO

1. Considerações Iniciais

2. Disposição Constitucional

3. Conceitos

4. Incidência

5. Fato Gerador

6. Não Incidência

7. Isenção7.1. Requerimento de isenção

8. Imunidade8.1. Reconhecimento da imunidade8.2. Livros, jornais, periódicos e papel

9. Contribuinte

10. Responsabilidade Solidária

11. Considerações Finais

1. Considerações Iniciais

Em 1988, o então denominado Imposto Estadual sobre aTransmissão de Bens Imóveis (ITBI) foi subdividido em dois impos-tos distintos: o Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doa-ção de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD), de competência esta-dual, e o Imposto sobre Transmissão Inter Vivos, a qualquer título,por ato oneroso, de competência municipal.

Assim, anteriormente à vigência da Constituição Federal de1988, as transferências inter vivos e causa mortis eram de compe-tência exclusiva do Estado, sob o título de Imposto sobre a Trans-missão de Bens Imóveis (ITBI).

Com a Constituição de 1988, a transferência por ato onerosointer vivos passou para a competência tributária dos Municípios, eas transferências causa mortis e inter vivos por ato não onerosopermaneceram na competência tributária dos Estados, agora sob otítulo de Imposto Sobre Transmissão Causa Mortis e Doação deQuaisquer Bens ou Direitos (ITCMD).

O ITCMD, previsto no art. 155, I, da Constituição Federal, foiinstituído no Estado do Paraná pela Lei nº 8.927/88 e passou avigorar a partir de 01/03/1989, com regulamentação dada pormeio da Instrução SEFA/ITCMD nº 1/89.

2. Disposição Constitucional

“Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituirimpostos sobre:

I – transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens oudireitos;

[...]

1º O imposto previsto no inciso I:

I – relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compe-te ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal;

II – relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete aoEstado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiverdomicílio o doador, ou ao Distrito Federal;

III – terá a competência para sua instituição regulada por leicomplementar:

a) se o doador tiver domicílio ou residência no exterior;

b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado outeve o seu inventário processado no exterior;

IV – terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal.

3. Conceitos

ITCMD: sigla que identifica o Imposto sobre TransmissãoCausa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos.

Transmissão: na linguagem do Direito Civil, designa a transfe-rência de coisas ou a cessão de direitos, em virtude do que, coisasou direitos, se transmitem, ou se transferem, de dono.

Causa mortis: transmissão em virtude da morte de uma pes-soa física natural.

Doação: contrato em que uma pessoa, por liberalidade, trans-fere de seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra, que osaceita.

Bens: podem ser móveis ou imóveis, conforme a classificaçãoprevista no Código Civil.

Direitos: o termo “direito” tem várias acepções. Para os fins eefeitos do imposto de transmissão, é o conjunto de direitos de queas pessoas desfrutam.

Page 118: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

4 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoPR Manual de Procedimentos

CENOFISCO

4. Incidência

O ITCMD é um imposto estadual devido por toda pessoafísica ou jurídica que receber bens ou direitos como herança (emvirtude da morte do antigo proprietário) ou como doação.

5. Fato Gerador

Por força do art. 1º da Lei nº 8.927/88, o ITCMD tem comofato gerador:

a) a transmissão causa mortis ou por doação de direitos e dapropriedade, posse ou domínio de quaisquer bens oudireitos;

b) a transmissão, por uma das modalidades previstas na letra“a”, de direitos reais sobre quaisquer bens, inclusive os degarantia;

c) a cessão, a desistência ou a renúncia por ato gratuito dedireitos relativos às transmissões referidas nas letras “a”e “b”.

Para efeitos de incidência do ITCMD, equipara-se à doaçãoqualquer ato ou fato não oneroso que importe ou resolva transmis-são de quaisquer bens ou direitos, tais como a renúncia, a desistên-cia e a cessão, conforme o art. 3º da Lei nº 8.927/88.

6. Não Incidência

O imposto não incidirá na renúncia à herança ou ao legado,desde que praticada antes de qualquer ato no processo de inven-tário ou arrolamento que implique em aceitação da herança. (art. 2ºda Lei nº 8.927/88).

7. Isenção

A legislação do ITCMD estabelece algumas isenções quedispensam o pagamento do imposto em determinados casos.

No art. 4º da Lei nº 8.827/88, temos que é dispensado opagamento do imposto quando ocorrer:

a) a aquisição, por transmissão causa mortis, do imóvel des-tinado exclusivamente a moradia do cônjuge supérstite ouherdeiro, desde que outro não possua;

b) a aquisição, por transmissão causa mortis, de imóvel ruralcom área não superior a 25 hectares, de cuja exploraçãodo solo depende o sustento da família do herdeiro ou docônjuge supérstite a que tenha cabido partilha, desde queoutro não possua;

c) a doação de imóvel com o objetivo de implantar o programada reforma agrária instituído pelo governo;

d) a doação de aparelhos, móveis e utensílios de uso domés-tico e de vestuário e sua transmissão causa mortis;

e) a doação de bens imóveis para construção de moradiavinculada a programa de habitação popular ou para instala-ção de projeto industrial.

7.1. Requerimento de isenção

As isenções citadas deverão ser requeridas ao DelegadoRegional da Receita do Estado, sendo o pedido instruído com osseguintes requisitos (art. 3º, parágrafo único, da InstruçãoSEFA/ITCMD nº 1/89):

a) na hipótese da aquisição, por transmissão causa mortis,do imóvel destinado exclusivamente a moradia do cônjugesupérstite ou herdeiro, desde que outro não possua, certi-dão negativa das circunstâncias imobiliárias da respectivacomarca e comprovante da condição de cônjuge supérstiteou herdeiro;

b) na hipótese da aquisição, por transmissão causa mortis,de imóvel rural com área não superior a 25 hectares, decuja exploração do solo depende o sustento da família doherdeiro ou do cônjuge supérstite a que tenha cabido parti-lha, desde que outro não possua, cópia da declaração doImposto de Renda e, estando dispensado, declaração deque não possui outra fonte de renda além desta nominada,e certidão negativa do Registro de Imóveis;

c) na hipótese da doação de imóvel com o objetivo de implan-tar o programa da reforma agrária instituído pelo governo,cópia do título emitido pelo órgão governamental responsá-vel pela implantação do programa;

d) na hipótese da doação de aparelhos, móveis e utensíliosde uso doméstico e de vestuários e sua transmissão causamortis, declaração dos bens inventariados, podendo ficardispensada, a critério da autoridade, a declaração noscasos de doação entre vivos.

8. Imunidade

Conforme o art. 4º da Instrução SEFA/ITCMD nº 1/89, sãoimunes as transmissões em que os adquirentes sejam:

a) as pessoas de direito público interno;

b) os templos de qualquer culto;

Page 119: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 55a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação PRManual de Procedimentos

CENOFISCO

c) os partidos políticos, inclusive suas fundações, as entida-des sindicais dos trabalhadores e as instituições educacio-nais e de assistência social sem fins lucrativos;

d) as autarquias e as fundações instituídas e mantidas peloPoder Público, no que se refere ao patrimônio vinculado àssuas finalidades essenciais ou as delas decorrentes;

Nos casos referidos nas letras “a” e “d”, não ocorre a imunida-de em relação ao patrimônio relacionado com exploração de ativida-des econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendi-mentos privados.

Somente ocorre a imunidade nos casos das letras “b” e “c”em relação ao patrimônio relacionado com as finalidades essen-ciais das entidades neles mencionadas.

8.1. Reconhecimento da imunidade

As imunidades previstas para templos de qualquer culto,partidos políticos (inclusive suas fundações), entidades sindicaisdos trabalhadores, instituições educacionais e de assistência socialsem fins lucrativos, autarquias e fundações instituídas e mantidaspelo Poder Público (no que se refere ao patrimônio vinculado àssuas finalidades essenciais ou as delas decorrentes) serão reco-nhecidas pelo Delegado Regional da Receita do Estado, medianterequerimento instruído com os seguintes requisitos:

a) na hipótese das autarquias e das fundações instituídas emantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimô-nio vinculado às suas finalidades essenciais ou as delasdecorrentes, cópia da lei de sua criação;

b) na hipótese dos templos de qualquer culto, dos partidospolíticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicaisdos trabalhadores e das instituições educacionais e de assis-tência social sem fins lucrativos, a comprovação de que:

– não distribui qualquer parcela de seu patrimônio oude suas rendas a título de lucro ou participação deseu resultado;

– aplica integralmente, no país, os seus recursos namanutenção dos objetivos institucionais;

– mantém escrituração de suas receitas e despesasem livros revestidos de formalidades capazes de as-segurar a sua exatidão;

c) comprovação, mediante declaração da instituição à qualesteja subordinada a entidade interessada, de atendimen-to dos requisitos constantes da letra “b”, com cópia anexados estatutos, autenticada pelo respectivo Cartório de Re-gistro Civil de Pessoa Jurídica em que a entidade tenhasido registrada;

d) caso a entidade solicitante não seja subordinada a qual-quer outra instituição, a declaração a que se refere a letra “c”será firmada por três membros de sua própria diretoria, osquais se tornarão responsáveis solidariamente pela obriga-ção tributária, em caso de declaração inverídica;

e) o reconhecimento de imunidade da União, dos Estados,do Distrito Federal e dos Municípios se fará de ofício, pelasrepartições fazendárias da jurisdição administrativa corres-pondente à localização do imóvel.

8.2. Livros, jornais, periódicos e papel

São imunes as transmissões de livros, jornais e periódicos,bem como de papel destinado à sua impressão (art. 5º da Instru-ção SEFA/ITCMD nº 1/89).

9. Contribuinte

O sujeito passivo da obrigação tributária é:

a) nas transmissões causa mortis, o herdeiro ou legatário;

b) nas transmissões por doação, o adquirente dos bens oudireitos.

10. Responsabilidade Solidária

São solidariamente responsáveis pelo imposto devido pelocontribuinte:

a) os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício,pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles,ou perante eles, em razão de seu ofício;

b) a empresa, as instituições financeiras e bancárias e todoaquele a quem caiba a responsabilidade do registro ou aprática de ato que implique na transmissão de bem móvelou imóvel e respectivos direitos e ações;

c) o doador, na inadimplência do donatário;

d) qualquer pessoa física ou jurídica que detenha a posse dobem transmitido na forma da Lei nº 8.927/88.

11. Considerações Finais

Em trabalho oportuno, serão verificados os aspectos relativosa base de cálculo, alíquota, local de pagamento, época, forma eprazo de recolhimento e penalidades.

Page 120: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

6 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoPR Manual de Procedimentos

CENOFISCO

Regime Individual de Controle ePagamento

O pagamento do ICMS será exigido, a cada operação ouprestação, do contribuinte inscrito no CAD/ICMS que sistematica-mente deixar de cumprir as obrigações tributárias na forma e noprazo previstos no Regulamento do ICMS do Paraná, aprovado peloDecreto nº 1.980/07.

O contribuinte será cientificado e esclarecido pelo Fisco dosmotivos determinantes do enquadramento no Regime Individual deControle e Pagamento.

No instante em que o contribuinte regularizar sua situaçãoperante a Fazenda Pública, o regime será suspenso.

O pagamento do ICMS no Regime Individual de Controle ePagamento será efetuado em GR-PR, no momento:

a) do desembaraço aduaneiro, quando se tratar de impor-tação;

b) em que ocorrer a saída da mercadoria do estabelecimento;

c) em que se iniciar o serviço.

Os créditos relativos às operações ou prestações anterioreslançados em conta gráfica poderão ser transportados para a Eti-queta de Controle de Crédito (ECC), mediante documento fiscalpara esse fim emitido.

Observa-se que, com o enquadramento do contribuinte nesteregime, será cancelado qualquer outro tratamento diferenciado deque for beneficiário, especialmente dilação de prazo.

Convém observar que o adquirente de mercadoria ou o toma-dor de serviço de contribuinte enquadrado no Regime Individual deControle e Pagamento do ICMS poderá apropriar-se do crédito daoperação ou da prestação, à vista da respectiva guia de recolhimen-to (GR-PR), além dos demais documentos fiscais previstos noRICMS/PR, tais como a Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, e o Conheci-mento de Transporte Rodoviário de Cargas (CTRC).

Por fim, é competência dos Delegados Regionais da Receita,no âmbito de suas respectivas circunscrições, a aplicação doregime, por meio de ato que será publicado e divulgado às demaisDelegacias Regionais e à Inspetoria Geral de Fiscalização.

IPI

Bens de Produção – Saídas doEstabelecimento Industrial – Tributação

SUMÁRIO

1. Considerações Iniciais

2. Bens de Produção – Conceito

3. Saída de Bens de Produção do Estabelecimento Industrial –Tributação3.1. Fato gerador3.2. Estabelecimento equiparado a industrial – Aquisição de

bem com suspensão – Revenda posterior – Recolhi-mento do imposto

3.3. Bens de produção – Material de embalagem – Aquisi-ção de comercial varejista – Consideração quanto aocrédito do imposto

4. Mercadorias Revendidas a Consumidores Finais

1. Considerações Iniciais

Nesta oportunidade, faremos um breve comentário sobre atributação do IPI nas saídas do estabelecimento industrial de bensde produção, segundo as disposições aprovadas pelo Decretonº 5.544/02, ato que aprovou Regulamento do IPI.

2. Bens de Produção – Conceito

Nos termos do art. 519 do RIPI/02, são considerados bensde produção:

a) as matérias-primas;

b) os produtos intermediários, inclusive os que, embora nãointegrando o produto final, sejam consumidos ou utilizadosno processo industrial;

c) os produtos destinados a embalagem e acondicionamento;

d) as ferramentas empregadas no processo industrial, excetoas manuais; e

e) as máquinas, os instrumentos, os aparelhos e os equipa-mentos, inclusive suas peças, partes e outros componen-tes que se destinem a emprego no processo industrial.

3. Saída de Bens de Produção doEstabelecimento Industrial – Tributação

Nos termos do art. 9º, § 4º, do RIPI/02, os estabelecimentosindustriais, quando derem saída de matéria-prima (MP), produtos

Page 121: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 75a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação PRManual de Procedimentos

CENOFISCO

intermediários (PI) e materiais de embalagens (ME) adquiridos deterceiros, com destino a outros estabelecimentos, para industriali-zação ou revenda, serão considerados estabelecimentos comer-ciais de bens de produção e obrigatoriamente equiparados a esta-belecimento industrial em relação a essas operações.

3.1. Fato gerador

Segundo o art. 34, inciso II, do RIPI/02, constitui fato geradordo IPI, dentre outras hipóteses previstas na legislação, a saída deproduto do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial.

Assim, haverá incidência do IPI na saída do estabelecimentoindustrial de produtos submetidos a processo de industrialização(industrializados) e na saída de bens de produção adquiridos deterceiros, com destino a outros estabelecimentos, para industrializaçãoou revenda, segundo os arts. 9º, § 4º, e 34, inciso II, do RIPI/02.

3.2. Estabelecimento equiparado a industrial –Aquisição de bem com suspensão – Revendaposterior – Recolhimento do imposto

Conforme a Solução de Consulta nº 12, de 26/03/2009,caso o estabelecimento equiparado a industrial tenha adquiridocom suspensão do IPI bens de produção, mais tarde revendidos,estará sujeito, no momento da revenda, à exigência do imposto,com as penalidades cabíveis, considerando-se devidos o IPI e osacréscimos desde a data em que esses bens saíram do fornece-dor do estabelecimento equiparado a industrial. Para conhecimen-to, reproduzimos a seguir a íntegra da mencionada solução:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 12DE 26 DE MARÇO DE 2009

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Industrialização por encomenda. Base de cálculo.Suspensão. Os estabelecimentos industriais, quando derem saídaa insumos, adquiridos de terceiros, com destino a outros estabele-cimentos, para industrialização ou revenda, serão consideradosestabelecimentos comerciais de bens de produção e obrigatoria-mente equiparados a estabelecimento industrial em relação a es-sas operações. Caso um estabelecimento equiparado a industrialtenha adquirido com suspensão do IPI bens de produção, maistarde revendidos, estará sujeito, no momento da revenda, à exigên-cia do imposto, com as penalidades cabíveis, considerando-sedevidos o IPI e os acréscimos desde a data em que esses benssaíram do fornecedor do estabelecimento equiparado a industrial.”

3.3. Bens de produção – Material de embalagem –Aquisição de comercial varejista – Consideraçãoquanto ao crédito do imposto

Neste sentido, examinar a Solução de Consulta nº 9, de12/01/2005, a seguir reproduzida, que traz esclarecimentos sobreo assunto:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 9DE 12 DE JANEIRO DE 2005

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Bens de produção. Material de embalagem. Aquisi-ção de comercial varejista. Créditos. Industrial que adquire bens deprodução (aí incluído o material de embalagem) de estabelecimentocomercial varejista só terá direito ao crédito do IPI de que trata o art.165 do RIPI/02 se o varejista for caracterizado como comercianteatacadista, de acordo com o RIPI/02 e, ainda, não for contribuintedo IPI. Não basta ao comerciante varejista vender bens de produçãoa estabelecimento industrial para ser caracterizado como atacadis-ta. Para tanto é necessário que o valor das vendas de bens deprodução do varejista ultrapasse o limite fixado em Regulamento –20% do total das vendas realizadas pelo estabelecimento varejistano semestre civil.”

4. Mercadorias Revendidas a ConsumidoresFinais

Na revenda de mercadorias a consumidores finais, sem teremsido submetidas a processo de industrialização no estabelecimen-to industrial, não há incidência do IPI. Nesse sentido, esclarecem asSoluções de Consultas nºs 12, de 12/02/2003, e 367, de13/10/2008, a seguir reproduzidas:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 12, DE 12/02/03DOU de 14/03/03

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI.

EMENTA: IPI. Incidência. O IPI incide na saída do estabeleci-mento industrial de produtos que nele foram submetidos a opera-ção de industrialização, bem como na saída de bens de produçãoadquiridos de terceiros, com destino a outros estabelecimentos,para industrialização ou revenda. O IPI não incide nas operações emque saem do estabelecimento industrial mercadorias revendidas aconsumidores finais sem terem sido submetidas a processo deindustrialização no dito estabelecimento.Dispositivos legais: CF/88, art 153, IV; CTN, arts. 46, II, e 51, III;RIPI/2002, art. 9º, § 4º, art. 34, II, e art. 519, incs. I e II. FranciscoPawlow – Chefe Disit/SRRF06.”

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 367 DE 13 DE OUTUBRODE 2008

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Matéria-Prima. Revenda. A equiparação, compul-sória, a estabelecimento industrial de que trata o § 4º do art. 9º doDecreto nº 4.544, de 2002-RIPI/02, não é aplicável quando dasrevendas de bens de produção, adquiridos de terceiros, realizadaspor industriais a não contribuintes do IPI.”Base legal: citada no texto.

Page 122: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

8 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoPR Manual de Procedimentos

CENOFISCO

JURISPRUDÊNCIA E OUTROS

SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA – CONSELHO ES-TADUAL DE CONTRIBUINTES – PRIMEIRA CÂMARA

ICMS – TRANSPORTAR MERCADORIA DESACOMPANHA-DA DE DOCUMENTOS FISCAIS – AUTUADOS O TRANS-PORTADOR E A EMPRESA REMETENTE QUE DEIXOU DEEMITIR NOTA FISCAL DE SAÍDA

Acórdão: 2587/2008 – 1ª CÂMARAP.A.F.: 6436149-0Data Publicação: 30/03/2009Data Circulação: 06/04/2009Num. D.O.E.: 7940

A segunda autuada emitiu nota fiscal de entrada do bensimportados – pagou o imposto pela importação e dele se creditou –e com cópia da nota fiscal de entrada os transferiu para a filial emNiterói-RJ, situação em que, por força de legislação, deveria emitirnota fiscal de saída e fazer o débito do imposto. No caso, sãoresponsáveis pela infração tanto o transportador (art. 18, I, da Leinº 11.580/1996) como a empresa remetente que deixou de emitir

a nota fiscal de saída, posto ter concorrido diretamente para airregularidade. Infração caracterizada posto que a nota fiscal desaída foi emitida posteriormente à autuação, e, com base nesta fez-se o débito em conta gráfica, razão porque se exclui o imposto emantém a multa, juros e atualização na forma da lei. Preliminares denulidade improcedentes. Preliminares de ilegitimidade passiva tan-to do autuado principal quanto do 2º autuado rejeitadas por unani-midade. Recurso Ordinário parcialmente provido por desempate.

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Vogaisda 1ª Câmara do CCRF, Cleonice Stefani Salvador e Homero deArruda Córdova, com voto de desempate do Presidente, em darparcial provimento ao Recurso Ordinário, contra os votos dos VogaisWilson Thiesen e Nadja Maria Pereira, que dão provimento parcialcom outra extensão. Preliminares rejeitadas por unanimidade.

_________________________ _________________________ Olimpio Guernieri Filho Homero A. Córdova Presidente Relator

CONSULTORIA CENOFISCOPERGUNTAS E RESPOSTAS

ICMS – Substituição Tributária – Bebidas Hidroeletrolíticas (Isotônicas) e Energéticas

As bebidas hidroeletrolíticas (isotônicas) e energéticas estão sujeitas ao regime de substituição tributária?

Sim. Para fins de aplicação do regime de substituição de que tratam os arts. 480 e 481do RICMS-PR, equiparam-se a refrigerante asbebidas hidroeletrolíticas (isotônicas) e energéticas, classificadas nas posições 2106.90 e 2202.90 da NBM/SH.Base legal: citada no texto.

ICMS – Substituição Tributária – Devolução – Estabelecimento Substituído

O estabelecimento substituído, ao efetuar a devolução de mercadoria adquirida de substituto tributário, deverá destacar o ICMS?

Não. Na devolução de mercadoria adquirida em regime de substituição tributária promovida por contribuinte substituído, a nota fiscal nãodeverá conter o destaque do ICMS. Nesse documento, além dos demais requisitos exigidos na legislação, serão indicados o número e a datada nota fiscal referente à aquisição.Base legal: art. 476 do RICMS-PR.

Page 123: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 95a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação PRManual de Procedimentos

CENOFISCO

LEGISLAÇÃO FEDERALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

ATO COTEPE/ICMS Nº 30, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e); DocumentoAuxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE)e Pedidos de Concessão de Uso, Cancelamento, Inutilização eConsulta a Cadastro Via WebServices – Manual de Integração –Aprovação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 30/09 dispõe sobre asespecificações técnicas do Conhecimento de Transporte Eletrô-nico (CT-e), do Documento Auxiliar do Conhecimento de Trans-porte Eletrônico (DACTE) e dos Pedidos de Concessão de Uso,Cancelamento, Inutilização e Consulta a Cadastro via webservi-ces, conforme disposto no Ajuste SINIEF nº 9/07.

ATO COTEPE/ICMS Nº 31, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Especificação de Requisitos do Programa Aplicativo Fiscal –Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e Sistema de Gestão –Alteração na Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 31/09 altera o AtoCOTEPE/ICMS nº 6/08, que dispõe sobre a especificação derequisitos do Programa Aplicativo Fiscal – Emissor de CupomFiscal (PAF-ECF) e do sistema de gestão utilizado por estabele-cimento usuário de equipamento ECF.

ATO COTEPE/ICMS Nº 34, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Empresas Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Be-neficiadas com Regime Especial de Apuração e Escrituração –Alteração na Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 34/09 altera o AnexoÚnico do Ato COTEPE/ICMS nº 10/08, que relaciona asempresas prestadoras de serviços de telecomunicações bene-ficiadas com regime especial de apuração e escrituração doICMS, de que trata o Convênio ICMS nº 126/98, que dispõesobre a concessão de regime especial, na área do ICMS, paraprestações de serviços públicos de telecomunicações.

ATO COTEPE/ICMS Nº 35, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliarde Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA) – Alteração na Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 35/09 altera o AtoCOTEPE/ICMS nº 35/08, que dispõe sobre as especificaçõestécnicas para a fabricação do Formulário de Segurança paraImpressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrôni-co (FS-DA), conforme disposto no Convênio ICMS nº 110/08.

DESPACHO CONFAZ Nº 321, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Divulgação da Publicação

Sinopse: O Despacho CONFAZ nº 321/09 divulga a pu-blicação do Protocolo ICMS nº 100/09.

PROTOCOLO ICMS Nº 100, DE 05/08/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Sistema de Inteligência Fiscal(SIF) e Intercâmbio – Adesão do Distrito Federal

Sinopse: O Protocolo ICMS nº 100/09 dispõe sobre aadesão do Distrito Federal ao Protocolo ICMS nº 66/09, quetrata da instituição do Sistema de Inteligência Fiscal (SIF) e dointercâmbio de informações entre as Unidades da Federação.

PROTOCOLO ICMS Nº 100, DE 05/08/2009DOU de 15/09/2009, republicado no DOU de 17/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Adesão do Estado do Rio Grandedo Norte e do Distrito Federal ao Protocolo ICMS nº 66/09

Sinopse: O Protocolo ICMS nº 100/09 dispõe sobre aadesão do Estado do Rio Grande do Norte e do Distrito Federalao Protocolo ICMS nº 66/09, que trata da instituição do Siste-ma de Inteligência Fiscal (SIF) e do intercâmbio de informaçõesentre as Unidades da Federação.

Page 124: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

10 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoPR Manual de Procedimentos

CENOFISCO

PORTARIA SECEX Nº 28, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

Importação/Exportação

Drawback – Alteração na Legislação

Sinopse: A Portaria SECEX nº 28/09 altera a Portaria SECEX nº 25, de 27/11/2008, que aprovou as disposições sobre asoperações de drawback.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-MG Nº 16, DE 16/09/2009DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 16/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-MG Nº 17, DE 16/09/2009DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 17/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 24, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 24/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 43, DE 16/09/2009DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 43/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 44, DE 16/09/2009DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 44/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

Page 125: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 115a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação PRManual de Procedimentos

CENOFISCO

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SC Nº 151, DE 10/09/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SC nº 151/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 279, DE 10/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – Produtos Nacionalizados – Isenção

Sinopse: A Solução de Consulta nº 279/09 esclarece sobre a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para osprodutos nacionalizados remetidos para a Zona Franca de Manaus ou a Amazônia Ocidental.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 287, DE 14/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Matérias-Primas, Produtos Intermediários e Material de Embalagem – Suspensão

Sinopse: A Solução de Consulta nº 287/09 esclarece sobre a suspensão do pagamento do Imposto sobre Produtos Industrializados(IPI) das matérias-primas, dos produtos intermediários e do material de embalagem vendidos a estabelecimentos industriais fabricantespreponderantemente de bens de que trata o § 1º-C do art. 4º da Lei nº 8.248/91.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 296, DE 26/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Pessoa Jurídica Preponderantemente Exportadora – Suspensão

Sinopse: A Solução de Consulta nº 296/09 esclarece sobre a suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para apessoa jurídica preponderantemente exportadora.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 299, DE 27/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – Remessa – Produto Nacionalizado

Sinopse: A Solução de Consulta nº 299/09 esclarece sobre a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na remessa deproduto nacionalizado para a Zona Franca de Manaus e a Amazônia Ocidental.

Page 126: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ÍNDICE

ICMS ........................................................................................ 3

• Emissor de Cupom Fiscal (ECF) – Recadastramento

• Equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF) – Obrigatoriedade

de Entrega de Arquivo Magnético

IPI .............................................................................................. 7

• Bens de Produção – Saídas do Estabelecimento Industrial –

Tributação

ISSQN – Município do Rio de Janeiro .................... 9

• Carnê para Pagamento

• Nota Fiscal Eletrônica (NF-e)

Jurisprudência e Outros ................................................ 11

• Conselho de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro– ICMS – ECF – Obrigatoriedade de Uso – Não Importa a

Atividade Principal da Empresa – Venda de Mercadorias anão Contribuintes do ICMS – Recurso da Fazenda Provido

• Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro– ISS – Locação de Bens Móveis – Cobrança do Imposto –

Desconstituição do Crédito Tributário – Multa

Consultoria Cenofisco .................................................... 12

• ICMS – Cadastro Geral de Contribuintes do Estado – Lojas de

Conveniências dos Postos Revendedores de Combustíveis

• ISSQN – Responsabilidade pelo Pagamento do Imposto quando

o Proprietário não Identifica o Construtor

continua

Destaques

ICMS

• Trabalho que aborda os procedimentos referen-

tes ao recadastramento de ECF previsto na Reso-

lução SER n° 302/06.

IPI

• Trabalho com esclarecimentos sobre a tributação

do IPI nas saídas de bens de produção do esta-

belecimento industrial.

Jorge Lobão

Monalise Bayram de Souza

Rodrigo José de Almeida

Sebastião Guedes de Araújo

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoRJ

40CENOFISCOProcedimentosMANUAL DE

Cenofisco BD Legislação

Com segurança e confiabilidade nas informações, o Cenofisco dispo-nibiliza, inteiramente grátis, o mais completo acervo de normas fede-rais do País (de 1900 a 2009) com atualização diária, moderno sistemade pesquisa (por número, assunto e data) e normas legais do dia.Acesse www.cenofisco.com.br e confira agora este benefício.

Page 127: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

2 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoRJ Manual de Procedimentos

CENOFISCO

Legislação Federal ............................................... 13

• ICMS– Ato COTEPE/ICMS nº 30/09

Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e);Documento Auxiliar do Conhecimento de TransporteEletrônico (DACTE) e Pedidos de Concessão de Uso,Cancelamento, Inutilização e Consulta a Cadastro ViaWebServices – Manual de Integração – Aprovação

– Ato COTEPE/ICMS nº 31/09Especificação de Requisitos do Programa AplicativoFiscal – Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e Sistemade Gestão – Alteração na Legislação

– Ato COTEPE/ICMS nº 34/09Empresas Prestadoras de Serviços de TelecomunicaçõesBeneficiadas com Regime Especial de Apuração eEscrituração – Alteração na Legislação

– Ato COTEPE/ICMS nº 35/09Formulário de Segurança para Impressão de DocumentoAuxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA) –Alteração na Legislação

– Despacho CONFAZ nº 321/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Divulgação da Publicação

– Protocolo ICMS nº 100/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Sistema de InteligênciaFiscal (SIF) e Intercâmbio – Adesão do Distrito Federal

– Protocolo ICMS nº 100/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Adesão do Estado do RioGrande do Norte e do Distrito Federal ao Protocolo ICMSnº 66/09

• Importação/Exportação– Portaria SECEX nº 28/09

Drawback – Alteração na Legislação

• IPI– Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 16/09

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 17/09

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 24/09

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 43/09

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 44/09

Bebidas – Enquadramento

ÍNDICE – CONTINUAÇÃO

– Ato Declaratório Executivo RFB-SC nº 151/09Bebidas – Enquadramento

– Solução de Consulta nº 279/09Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental –Produtos Nacionalizados – Isenção

– Solução de Consulta nº 287/09Matérias-Primas, Produtos Intermediários e Materialde Embalagem – Suspensão

– Solução de Consulta nº 296/09Pessoa Jurídica Preponderantemente Exportadora –Suspensão

– Solução de Consulta nº 299/09Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental –Remessa – Produto Nacionalizado

Legislação Estadual ............................................. 17

• ICMS– Decreto nº 42.035/09

Incentivo do Leite no Estado do Rio de Janeiro –Alterações

– Portaria SSER nº 16/09Apresentação dos Arquivos Magnéticos com o Registro60I e dos dados Gravados na Memória de Fita-Detalhe(MFD) – Regulamentação

– Portaria ST nº 597/09Substituição Tributária – Combustíveis – Preço MédioPonderado a Consumidor Final (PMPF)

– Portaria ST Nº 598/09Café Cru – Operações Interestaduais – Base deCálculo – Valores para o Período de 21/09 a27/09/2009

Legislação Municipal ........................................... 17

• IPTU– Resolução SMF nº 2.586/09

Imóveis de Propriedade de Autarquias Previdenciárias –Imunidade Tributária

• Município do Rio de Janeiro– Decreto nº 31.122/09

Posturas da Cidade do Rio de Janeiro – Alterações

Page 128: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 35a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação RJManual de Procedimentos

CENOFISCO

ICMS

Emissor de Cupom Fiscal (ECF) – RecadastramentoSUMÁRIO

1. Considerações Iniciais

2. Obrigados ao Recadastramento

3. Recadastramento dos Equipamentos

4. Cadastramento de Credenciadas

5. Formulário Eletrônico Comunicação de Equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF)5.1. Naturezas de comunicação5.2. Documentação

6. Prazos

7. Certificado de Autorização de Uso

8. Recadastramento após o Prazo

9. Equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF) não Autorizado

10. Taxa de Serviços Estaduais

1. Considerações Iniciais

A Subsecretaria-Adjunta de Fiscalização por meio da Portaria SAF n° 34/04 com o intuito de elaborar a especificação de um sistemapara controle dos equipamentos ECF na Assessoria de informática do Estado, estabeleceu a obrigação da apresentação de informaçõesrelativas a equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF) pelos contribuintes do Departamento Especializado de Fiscalização 07 – Supermer-cados e Lojas de Departamentos.

O Motivador do Sistema no DEF 07 foi o controle efetivo dos equipamentos ECF como uma das medidas a serem adotadas pelodepartamento, visando o aumento da arrecadação. Este projeto teve o seu Desenvolvimento interrompido em outubro/2005 e reapareceu em2006 por meio da Portaria SAF n° 170/06.

Posteriormente foi publicada a Resolução SER n° 302/06 expandindo para todos os contribuintes usuários de ECF a obrigação deapresentarem, por meio de formulário eletrônico, as informações relativas aos seus equipamentos Emissores de Cupom Fiscal (ECF) para efeitode recadastramento de acordo com os prazos estabelecidos na Portaria SAF n° 185/06.

Neste trabalho abordaremos os procedimentos referentes ao recadastramento de ECF previsto na Resolução SER n° 302/06.

2. Obrigados ao Recadastramento

Todo contribuinte usuário de ECF deverá fornecer as informações relativas aos seus equipamentos Emissores de Cupom Fiscal (ECF),mediante utilização de formulário eletrônico, no módulo ECF do sistema Conta Fiscal, disponível na página da Secretaria de Estado da Receita(SER), endereço eletrônico http://www.receita.rj.gov.br.

O acesso a qualquer formulário eletrônico para apresentação de informações sobre equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF) só serápermitido, caso o responsável pelas informações forneça um número de protocolo, que é único para cada estabelecimento (Inscrição Estadual).

O número do protocolo é atribuído pelo sistema na primeira tentativa de acesso a qualquer formulário eletrônico para apresentação deinformações sobre equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF). Veja exemplo a seguir de formulário do site supracitado.

Page 129: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

4 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoRJ Manual de Procedimentos

CENOFISCO

3. Recadastramento dos Equipamentos

Devem ser informados para cada estabelecimento da empresa, os dados relativos a todos os equipamentos Emissores de Cupom Fiscal(ECF) seja qual for o local em que estes se encontrarem e seja qual for a sua condição atual: com uso já autorizado, fora de uso, com ou semcomunicação de cessação de uso, em reserva técnica (com autorização de uso), destinado a treinamento, em conserto ou manutenção,extraviado, ou localizado em quiosque.

O sistema “Conta Fiscal – Recadastramento de ECF” exibe na tela “Detalhes do ECF”, conforme segue:

Page 130: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 55a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação RJManual de Procedimentos

CENOFISCO

Características básicas do equipamento ECF:

Marca: Selecionar a Marca do equipamento ECF.Modelo: Selecionar o Modelo do equipamento ECF.Versão SB: Selecionar a versão do software básico instaladano equipamento ECF.Número Sequencial: Número de ordem sequencial do equipamen-to ECF.Número de Fabricação: Número de fabricação do equipamento ECF.Número dos Lacres em Uso:Internos: Informar o(s) lacre(s) interno(s) em uso no equi-pamento ECF.Externos: Informar o(s) lacre(s) externo(s) em uso no equi-pamento ECF.Obs. 1 – Para informar mais de um lacre interno, utilize a vírgula paraseparar um lacre do outro.Obs. 2 – Para informar mais de um lacre externo, utilize a vírgula paraseparar um lacre do outro.

Ressaltamos que o sistema somente traz a tabela com asmarcas de todos os ECF e respectivas versões. Assim, não temcomo recadastrar máquinas registradoras.

4. Cadastramento de Credenciadas

Antes de iniciar o recadastramento de seus equipamentosECF, o contribuinte deverá fazer o cadastramento das EmpresasCredenciadas.

A identificação das empresas Credenciadas e dos técnicosautorizados a intervir nos equipamentos Emissores de Cupom Fis-cal (ECF) deverão ser informados pelo estabelecimento principal decada empresa ou pelo estabelecimento único da empresa.

Este tipo de informação, inicialmente deverá retratar a situaçãoatual, entretanto, qualquer atualização do quadro de EmpresasCredenciadas vinculadas à empresa deverá ser comunicada aSER-RJ.

No sistema “Conta Fiscal – Cadastramento de Credenciada”,na tela “detalhes do técnico” para a habilitação é solicitada a datada emissão do Atestado de Capacitação Técnica.

Este atestado de acordo com o art. 109, inciso III, item 5, doLivro VIII, do RICMS-RJ – Decreto n° 27.427/00 terá o prazo devalidade de um ano, no máximo.

5. Formulário Eletrônico Comunicação deEquipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF)

Todos os novos pedidos de uso, alteração de uso ou cessa-ção de uso, saída do equipamento do estabelecimento e seu

retorno, assim como, casos de Intervenção Técnica, deverão serapresentados exclusivamente pela internet, mediante a apresenta-ção do formulário eletrônico “Comunicação de ECF no módulo ECF”do sistema “Conta Fiscal”, disponível na página da Secretaria deEstado da Receita (SER), endereço eletrônicohttp://www.receita.rj.gov.br.

Em uma mesma Comunicação de ECF, o contribuinte podefazer um pedido de uso, alteração de uso ou cessação de uso ouinformar uma operação para um ou mais equipamentos ECF, bas-tando que o contribuinte, para cada ECF, informe a natureza dacomunicação.

5.1. Naturezas de comunicação

As naturezas de comunicação podem ser:

a) inclusão de ECF por autorização de uso;

b) inclusão de ECF fora do prazo;

c) alteração de dados com pedido de alteração de uso;

d) intervenção técnica sem pedido de alteração de uso;

e) exclusão de ECF por cessação de uso;

f) saída definitiva do estabelecimento;

g) saída do estabelecimento para reparo;

h) saída do estabelecimento para quiosque;

i) outro tipo de saída do estabelecimento;

j) retorno do equipamento ao estabelecimento;

k) retificação de recadastramento de ECF.

5.2. Documentação

Após a confirmação do pedido de uso, de alteração de uso ede cessação de uso de equipamento Emissor de Cupom Fiscal(ECF) pelo módulo ECF do Sistema Conta Fiscal, o requerentedeverá comparecer ao setor de cadastro da repartição fiscal infor-mada no comprovante do pedido, e apresentar:

a) comprovante de habilitação para postular em nome docontribuinte;

b) cópia ou original da identidade do sócio ou representante;

c) cópia do documento fiscal referente à aquisição do ECF e,se for o caso, cópia do documento fiscal de transferênciado equipamento para o estabelecimento;

Page 131: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

6 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoRJ Manual de Procedimentos

CENOFISCO

d) cópia do contrato de arrendamento mercantil, sendo este ocaso, dele constando, obrigatoriamente, que o ECF sópoderá ser retirado do estabelecimento após anuência doFisco;

e) 1ª via do Atestado de Intervenção Técnica em ECF, acom-panhado de cópia do Atestado de Responsabilidade Téc-nica relativo ao equipamento e de declaração da empresacredenciada de que o técnico que assina o atestado deintervenção tem com ela vínculo empregatício;

f) cópia da autorização de impressão de documento fiscalpertinente, a ser usado no caso de impossibilidade tempo-rária de uso do ECF;

g) comprovante do pagamento da Taxa de Serviços Esta-duais;

h) livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Ter-mos de Ocorrências (RUDFTO).

Os documentos referidos nas letras “c”, “d”, e “f” são dispen-sados, nos casos de pedido de alteração ou de cessação de usode ECF.

Na cessação de uso do equipamento, o usuário, além dosdocumentos relacionados anteriormente, deverá apresentar a Re-dução “Z”, a Leitura da Memória Fiscal impressa em papel, abran-gendo as últimas 40 Reduções “Z” gravadas, arquivo eletrônicocom o conteúdo do dispositivo de armazenamento de dados daMemória Fiscal e, se for o caso, arquivo eletrônico contendo osdados da Memória de Fita-detalhe (MFD), ambos gerados na datade impressão da Leitura da Memória Fiscal.

Caso a autorização de impressão fiscal já esteja sendo emiti-da de forma automatizada, fica dispensada a apresentação dodocumento referido na letra “g”.

Após a apresentação dos documentos a repartição fiscalanalisará o pedido no prazo de dois dias úteis, sendo o resultado daanálise comunicado pelo sistema.

6. Prazos

A apresentação pela internet, de pedidos de uso, alteração deuso e cessação de uso de ECF e do recadastramento deverãoatender os prazos estabelecidos na Portaria SAF n° 185/06.

7. Certificado de Autorização de Uso

A partir do recadastramento do ECF ou do deferimento de umpedido de autorização de uso de ECF ou de um pedido de inclusão

de ECF fora do prazo, o sistema gera um número de autorização deuso de ECF.

A partir daí, o contribuinte deve imprimir, pela internet, o Certifi-cado de Autorização de ECF.

No caso de recadastramento perde a validade o Certificadode Autorização de Equipamento Emissor de Cupom Fiscal emitidoanteriormente.

8. Recadastramento após o Prazo

Conforme disposto no § 4º do art. 8º da Resolução SERnº 302/06, o contribuinte que possua ECF não informado no prazoprevisto para o recadastramento, poderá, por meio da natureza“Inclusão de ECF fora do prazo”, regularizar a sua situação, forne-cendo as informações sobre ECF.

9. Equipamento Emissor de Cupom Fiscal(ECF) não Autorizado

O contribuinte que não recadastrar o ECF e continuar a utilizá-lo será considerado usuário não autorizado e estará sujeito àspenalidades previstas na legislação.

10. Taxa de Serviços Estaduais

Nos casos de pedido de uso e cessação de uso de ECF e, nocaso de não cumprir o prazo definido para o recadastramento, ouseja, nas comunicações de ECF com natureza “Inclusão de ECFfora do prazo” será necessário o pagamento da Taxa de ServiçosEstaduais.

Neste caso o contribuinte deverá utilizar somente o DARJEletrônico emitido pelo Sistema Conta Fiscal com o código 202-0.

Não haverá taxa de Serviços Estaduais no recadastramentorealizado dentro dos prazos da Portaria SAF n° 185/06.

Equipamento Emissor de Cupom Fiscal(ECF) – Obrigatoriedade de Entrega deArquivo Magnético

O estabelecimento obrigado ao uso de equipamento Emissorde Cupom Fiscal (ECF) com expectativa de receita bruta anualsuperior a R$ 120.000,00 deverá apresentar arquivo magnético,

Page 132: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 75a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação RJManual de Procedimentos

CENOFISCO

IPI

Bens de Produção – Saídas doEstabelecimento Industrial – Tributação

SUMÁRIO1. Considerações Iniciais2. Bens de Produção – Conceito3. Saída de Bens de Produção do Estabelecimento Industrial –

Tributação3.1. Fato gerador3.2. Estabelecimento equiparado a industrial – Aquisição de

bem com suspensão – Revenda posterior – Recolhi-mento do imposto

3.3. Bens de produção – Material de embalagem – Aquisi-ção de comercial varejista – Consideração quanto aocrédito do imposto

4. Mercadorias Revendidas a Consumidores Finais

1. Considerações Iniciais

Nesta oportunidade, faremos um breve comentário sobre atributação do IPI nas saídas do estabelecimento industrial de bensde produção, segundo as disposições aprovadas pelo Decretonº 5.544/02, ato que aprovou Regulamento do IPI.

2. Bens de Produção – Conceito

Nos termos do art. 519 do RIPI/02, são considerados bensde produção:

a) as matérias-primas;

b) os produtos intermediários, inclusive os que, embora nãointegrando o produto final, sejam consumidos ou utilizadosno processo industrial;

c) os produtos destinados a embalagem e acondicionamento;

d) as ferramentas empregadas no processo industrial, excetoas manuais; e

e) as máquinas, os instrumentos, os aparelhos e os equipa-mentos, inclusive suas peças, partes e outros componen-tes que se destinem a emprego no processo industrial.

3. Saída de Bens de Produção doEstabelecimento Industrial – Tributação

Nos termos do art. 9º, § 4º, do RIPI/02, os estabelecimentosindustriais, quando derem saída de matéria-prima (MP), produ-tos intermediários (PI) e materiais de embalagens (ME) adquiridosde terceiros, com destino a outros estabelecimentos, para industriali-zação ou revenda, serão considerados estabelecimentos comer-ciais de bens de produção e obrigatoriamente equiparados a esta-belecimento industrial em relação a essas operações.

3.1. Fato gerador

Segundo o art. 34, inciso II, do RIPI/02, constitui fato geradordo IPI, dentre outras hipóteses previstas na legislação, a saída deproduto do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial.

com o registro tipo 60 “I”, item do documento fiscal emitido porequipamento Emissor de Cupom Fiscal, relativamente às opera-ções efetuadas no mês anterior, observando o que determina oManual de Orientação aprovado pelo Convênio ICMS nº 57/95,nas seguintes datas:

a) 15/10/2009, para os estabelecimentos já autorizados aouso de Sistema Eletrônico de Processamento de Dados(SEPD), da Secretaria de Estado de Fazenda (SEFAZ), ouque seja usuário de equipamento Emissor de Cupom Fis-cal (ECF) com Memória de Fita-detalhe (MFD);

b) 15/01/2010, para os demais estabelecimentos.

Nota Cenofisco:A partir das datas referidas nas letras “a” e “b”, os arquivos relativos àsoperações de cada mês deverão ser transmitidos até o dia 15 do mêssubsequente.

O estabelecimento de empresa enquadrado no SIMPLESNacional somente estará obrigado a entregar os arquivos magnéti-cos referidos anteriormente se já for usuário do Sistema Eletrônicode Processamento de Dados, ou usuário de equipamento Emissorde Cupom Fiscal (ECF) com Memória de Fita-Detalhe (MFD).

O estabelecimento usuário de equipamento Emissor de Cu-pom Fiscal (ECF) com Memória de Fita-detalhe (MFD), em substi-tuição ao arquivo magnético, com o registro tipo 60 “I”, deverá enviararquivo eletrônico contendo os dados da Memória de Fita-Detalhe(MFD).

Os arquivos magnéticos tratados neste texto serão transmiti-dos via internet pelo Sistema SINTEGRA, disponível na página daSecretaria de Estado de Fazenda (www.fazenda.rj.gov.br).Base legal: Resolução SEFAZ nº 225/09.

Page 133: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

8 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoRJ Manual de Procedimentos

CENOFISCO

Assim, haverá incidência do IPI na saída do estabelecimentoindustrial de produtos submetidos a processo de industrialização(industrializados) e na saída de bens de produção adquiridos deterceiros, com destino a outros estabelecimentos, para industrializaçãoou revenda, segundo os arts. 9º, § 4º, e 34, inciso II, do RIPI/02.

3.2. Estabelecimento equiparado a industrial –Aquisição de bem com suspensão – Revendaposterior – Recolhimento do imposto

Conforme a Solução de Consulta nº 12, de 26/03/2009,caso o estabelecimento equiparado a industrial tenha adquiridocom suspensão do IPI bens de produção, mais tarde revendidos,estará sujeito, no momento da revenda, à exigência do imposto,com as penalidades cabíveis, considerando-se devidos o IPI e osacréscimos desde a data em que esses bens saíram do fornece-dor do estabelecimento equiparado a industrial. Para conhecimen-to, reproduzimos a seguir a íntegra da mencionada solução:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 12DE 26 DE MARÇO DE 2009

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Industrialização por encomenda. Base de cálculo.Suspensão. Os estabelecimentos industriais, quando derem saídaa insumos, adquiridos de terceiros, com destino a outros estabele-cimentos, para industrialização ou revenda, serão consideradosestabelecimentos comerciais de bens de produção e obrigatoria-mente equiparados a estabelecimento industrial em relação a es-sas operações. Caso um estabelecimento equiparado a industrialtenha adquirido com suspensão do IPI bens de produção, maistarde revendidos, estará sujeito, no momento da revenda, à exigên-cia do imposto, com as penalidades cabíveis, considerando-sedevidos o IPI e os acréscimos desde a data em que esses benssaíram do fornecedor do estabelecimento equiparado a industrial.”

3.3. Bens de produção – Material de embalagem –Aquisição de comercial varejista – Consideraçãoquanto ao crédito do imposto

Neste sentido, examinar a Solução de Consulta nº 9, de12/01/2005, a seguir reproduzida, que traz esclarecimentos sobreo assunto:

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 9DE 12 DE JANEIRO DE 2005

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Bens de produção. Material de embalagem. Aquisi-ção de comercial varejista. Créditos. Industrial que adquire bens de

produção (aí incluído o material de embalagem) de estabelecimentocomercial varejista só terá direito ao crédito do IPI de que trata oart. 165 do RIPI/02 se o varejista for caracterizado como comercian-te atacadista, de acordo com o RIPI/02 e, ainda, não for contribuintedo IPI. Não basta ao comerciante varejista vender bens de produçãoa estabelecimento industrial para ser caracterizado como atacadis-ta. Para tanto é necessário que o valor das vendas de bens deprodução do varejista ultrapasse o limite fixado em Regulamento –20% do total das vendas realizadas pelo estabelecimento varejistano semestre civil.

4. Mercadorias Revendidas a ConsumidoresFinais

Na revenda de mercadorias a consumidores finais, sem teremsido submetidas a processo de industrialização no estabelecimen-to industrial, não há incidência do IPI. Nesse sentido, esclarecem asSoluções de Consultas nºs 12, de 12/02/2003, e 367, de13/10/2008, a seguir reproduzidas:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 12, DE 12/02/03DOU de 14/03/03

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI.

EMENTA: IPI. Incidência. O IPI incide na saída do estabeleci-mento industrial de produtos que nele foram submetidos a opera-ção de industrialização, bem como na saída de bens de produçãoadquiridos de terceiros, com destino a outros estabelecimentos,para industrialização ou revenda. O IPI não incide nas operações emque saem do estabelecimento industrial mercadorias revendidas aconsumidores finais sem terem sido submetidas a processo deindustrialização no dito estabelecimento.Dispositivos legais: CF/88, art 153, IV; CTN, arts. 46, II, e 51, III;RIPI/2002, art. 9º, § 4º, art. 34, II, e art. 519, incs. I e II. FranciscoPawlow – Chefe Disit/SRRF06.”

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 367 DE 13 DE OUTUBRODE 2008

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Matéria-Prima. Revenda. A equiparação, compul-sória, a estabelecimento industrial de que trata o § 4º do art. 9º doDecreto nº 4.544, de 2002-RIPI/02, não é aplicável quando dasrevendas de bens de produção, adquiridos de terceiros, realizadaspor industriais a não contribuintes do IPI.”

Base legal: citada no texto.

Page 134: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 95a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação RJManual de Procedimentos

CENOFISCO

Carnê para PagamentoSUMÁRIO

1. Quem pode Usar1.1. Regime especial

2. Características dos Carnês2.1. Indicações2.2. Emissão por meio eletrônico

3. Número de Vias

4. Inidoneidade do Documento

5. Escrituração

6. Penalidades

1. Quem pode Usar

A legislação municipal permite que nos serviços prestados àpessoa física, cujo pagamento seja em parcelas, poderá ser emiti-do o Carnê de Pagamento, em substituição à Nota Fiscal de Servi-ços, mediante regime especial, salvo para os estabelecimentosde ensino e similares, conforme autoriza o parágrafo único doart. 209 do Decreto nº 10.514/91.

Dessa forma os estabelecimentos de ensino regular, de todosos níveis, bem como aqueles que lhes são similares, tais como,escolas de idiomas, de música, de dança, cursos de formaçãotécnica e outros cuja atividade seja a de transferência de conheci-mentos técnicos científicos ou não, ficaram dispensados dessaobrigatoriedade.

1.1. Regime especial

Para a obtenção de regime especial o contribuinte deverárequerer o regime especial ao Sr. Titular das Gerências de Fiscali-zação do ISS-RJ, relativo á sua jurisdição, que decidirá sobre opedido de utilização de carnês, na forma descrita no art. 222do RISSQN-RJ com a redação que lhe foi dada pelo Decre-to nº 29.823/08, e observar as normas contidas na Resoluçãonº 1.136/91, especialmente as previstas nos arts. 27 a 32.

2. Características dos Carnês

Os Carnês de Pagamento deverão ser emitidos, no mínimo,em duas vias e conter as seguintes indicações mínimas:

a) a denominação “Carnê de Pagamento”;

ISSQNMUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

b) o número de ordem e o número da via com a respectivadestinação;

c) o nome, o endereço e os números das inscrições, munici-pal e no CGC, do estabelecimento emitente;

d) o nome do usuário dos serviços ou número do contrato oumatrícula;

e) a data de vencimento da parcela;

f) o valor total da parcela;

g) a expressão “Alíquota do ISS: ......%”;

h) o nome, o endereço e os números das inscrições municipale no CGC do impressor do carnê, a data e a quantidade daimpressão, o número de ordem do primeiro e do últimocarnê impresso e o número da Autorização de Impressãode Documentos Fiscais (AIDF).

Os documentos aqui referidos serão lançados no livro Re-gistro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocor-rências (RUDFTO), na forma estabelecida no § 1º do art. 209do RISSQN-RJ.

2.1. Indicações

Obrigatoriamente as indicações constantes nas letras “a”, “b”,“c”, “g” e “h” do item 2 serão impressas tipograficamente.

2.2. Emissão por meio eletrônico

No caso de Carnê de Pagamento emitido por sistema eletrôni-co, o respectivo formulário contínuo deverá conter numeração decontrole tipograficamente impressa, em ordem sequencial, confor-me determina o art. 209, § 3º, do Decreto nº 10.514/91.

3. Número de Vias

O Carnê de Pagamento será extraído, no mínimo, em duasvias, que terão a seguinte destinação:

1ª via – ao usuário dos serviços;

2ª via – para exibição ao Fisco.

Page 135: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

10 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoRJ Manual de Procedimentos

CENOFISCO

4. Inidoneidade do Documento

Conforme estabelece o art. 10 da Resolução nº 1.136/91, é considerado inidôneo para todos os efeitos fiscais, fazendo prova apenas

em favor do Fisco, o documento que não observe as exigências ou os requisitos previstos na referida Resolução, em especial as contidas nos

arts. 27 a 32.

5. Escrituração

O contribuinte que emitir Carnê de Pagamento, na forma descrita no item 2 supramencionada, deverá elaborar, por mês de vencimento,

relação das prestações ou mensalidades cobradas, por ordem de matrícula, ou contrato de prestação de serviços, para fins de escrituração no

livro Registro de Apuração do ISS.

Quando os Carnês de Pagamento forem emitidos por sistema eletrônico, as informações descritas neste item deverão ser impressas sob

a forma de listagem de computador.

6. Penalidades

Aqueles que não observarem as normas prescritas para a emissão de documento fiscal ficam sujeitos às penalidades prescritas pelo

art. 51 da Lei nº 691/84.

Nota Cenofisco:Veja quadro de Multas no item 4 do trabalho “Das Infrações e das Penalidades” publicado no Manual de Procedimentos Cenofisco nº 50/08.

Nota Fiscal Eletrônica (NF-e)

Há um movimento muito grande por parte do poder legislativo do município do Rio de Janeiro, desde 2008, para aprovar a adoção

da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), conforme Projeto de Lei nº 1.659/08. Tal condição para a emissão do referido documento legal, que já é

adotada por alguns municípios, visa, a exemplo das demais modalidades de emissão eletrônica, um maior controle ao município dos serviços

e, consequentemente, do imposto devido.

Em alguns municípios em que este tipo de emissão já está sendo adotado, ocorreu um acréscimo substancial da arrecadação do

imposto.

No projeto de lei carioca, algumas regras são bem interessantes, contudo, existem dúvidas na sua adoção, pois representa considerável

exoneração tributária, e dentre elas destacamos as que concedem redução no IPTU para os tomadores de serviços localizados no município

do Rio de Janeiro, a saber:

I – 30% para as pessoas físicas;

II – 10% para as pessoas jurídicas, que será sob determinada condição;

III – 7,5% para os condomínios edilícios residenciais ou comerciais, na forma a ser regulamentado.

Page 136: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 115a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação RJManual de Procedimentos

CENOFISCO

JURISPRUDÊNCIA E OUTROS

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ICMS – ECF – OBRIGATORIEDADE DE USO – NÃO IMPORTA A ATIVIDADE PRINCIPAL DA EMPRESA – VENDA DE MERCADO-RIAS A NÃO CONTRIBUINTES DO ICMS – RECURSO DA FAZENDA PROVIDO

Decisão proferida na 1.730ª Sessão Ordinária do dia 09/09/2009Recurso nº 35.311 (23.979)Processo nº E-34/126.191/2004Inscrição Estadual nº 77.560.912Recorrida: (...)Recorrente: Fazenda EstadualRelator: Conselheiro Paulo Eduardo de Nazareth Mesquita

Ementa

ICMS – ECF – Não Utilizar. O fato de ser a Recorrente empresa industrial, e produzir embarcações sujeitas a registro em órgão oficial, o que,em princípio, a excluiria da obrigatoriedade de uso do ECF, não afasta, no entanto, a obrigação, pois, para a legislação pertinente, não importaa atividade principal da empresa, desde que a mesma pratique, mesmo que secundariamente, a venda de mercadorias a pessoas físicas ea pessoas jurídicas não contribuintes do ICMS, como no caso. Recurso da Fazenda provido.

Decisão

Por maioria de votos, dado provimento ao recurso, nos termos do voto do Conselheiro Relator. Vencidos os Conselheiros João da Silva deFigueiredo, Antonio Silva Duarte, Sandro Machado dos Reis, Nilo Meirelles de Souza Araújo, Ricardo Garcia de Araujo Jorge, Luciana Dornellesdo Espírito Santo e Marcello Tournillon Ramos. Acórdão nº 5.692.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ISS – LOCAÇÃO DE BENS MÓVEIS – COBRANÇA DO IMPOSTO – DESCONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO – MULTA

Décima Quinta Câmara CívelApelacao Cível2009.001.36400Des. Helda Lima MeirelesJulgamento: 31/08/2009

Ementa

Apelação Cível. Ação anulatória de débito fiscal. Sentença que julgou improcedente o pedido de desconstituição de Auto de Infraçãorelativo a imposição de ISS sobre a atividade de locação de bens móveis, condenando a autora no pagamento das despesas processuaisalém de honorários, estes fixados em 5% incidente sobre o valor atribuído à causa. A expressão serviço disposta no artigo 156, III, daConstituição Federal, deve ser interpretada sob a ótica do direito civil, definindo-se como uma obrigação de fazer. A locação de bens móveis nãose insere no rol de atividades tributáveis através de ISS, eis que caracteriza uma obrigação de dar e, desta forma, não se enquadra no conceitode serviço. Precedentes do C. Supremo Tribunal Federal. Segundo o que consta literalmente do auto de infração, o que fundamenta o débitofiscal em tela é a locação de bens móveis, não ensejando a incidência do ISS. O Supremo Tribunal Federal vinha considerando nulos os atosinconstitucionais, atribuindo efeitos ex tunc às declarações de inconstitucionalidade nas vias de exceção e de ação. Sensível, entretanto, àscolocações doutrinárias, o legislador ordinário brasileiro tornou explícito, no artigo 27 da Lei nº 9.868/99, que, ao declarar a inconstitucionalidade

Page 137: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

12 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoRJ Manual de Procedimentos

CENOFISCO

CONSULTORIA CENOFISCOPERGUNTAS E RESPOSTAS

ICMS – Cadastro Geral de Contribuintes do Estado – Lojas de Conveniências dos PostosRevendedores de Combustíveis

As lojas de conveniências dos postos revendedores de combustíveis devem estar inscritas no Cadastro Geral de Contribuintesdo Estado?

Sim. O posto revendedor de combustíveis automotivos, que exerça além da atividade de comércio varejista de combustíveis automotivos,outras atividades econômicas, está obrigado a ter duas inscrições estaduais, uma para combustível e venda de lubrificantes e outra para a lojade conveniências, devendo cada inscrição ter os seus próprios documentos fiscais e livros fiscais, conforme determinado pelo inciso III doart. 66 da Resolução SEF nº 2.861/97.Base legal: citada no texto.

ISSQN – Responsabilidade pelo Recolhimento do Imposto quando o Proprietário nãoIdentifica o Construtor

Quais são as responsabilidades pelo recolhimento do Imposto sobre Serviços no Rio de Janeiro do proprietário da obra, pessoa física?

Segundo a regra geral são responsáveis pelo recolhimento do imposto os prestadores de serviços localizados no Município.

O art. 7º do RISSQN-RJ, aprovado pelo Decreto nº 10.514/91, estabelece um conjunto de situações, que define cada uma delas paraa qual o legislador atribuiu a responsabilidade pelo recolhimento e dentre elas destacamos a contida no inciso IV, a seguir transcrito, que atribuia responsabilidade aos titulares de direitos sobre prédios, se não identificarem os construtores ou empreiteiros da obra, a saber:

“Art. 7º – São responsáveis:

IV – os titulares de direitos sobre prédios ou os contratantes de obras e serviços, se não identificarem os construtores ou os empreiteirosde construção, reconstrução, reforma, reparação ou acréscimo desses bens, pelo imposto devido pelos construtores ou empreiteiros.”Base legal: citada no texto.

de uma lei ou ato normativo, o Supremo Tribunal Federal, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, pormaioria de 2/3 de seus membros, poderá restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito emjulgado ou de outro momento que venha a ser fixado. Na hipótese, ainda que fosse possível a modulação de efeitos da sentença no controledifuso de inconstitucionalidade, não se apresentam relevantes interesses sociais que justifiquem sua aplicação, nem se afigura razoável suporque haja razões de segurança jurídica que a exijam.

Decisão

Provimento da apelação para desconstituir o crédito tributário constituído através do Auto de Infração em debate nestes autos,condenando o Município-réu no pagamento da taxa judiciária, e honorários advocatícios, estes fixados em 10% sobre o valor da causa,possuindo o mesmo isenção legal de custas.

Page 138: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 135a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação RJManual de Procedimentos

CENOFISCO

LEGISLAÇÃO FEDERALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

ATO COTEPE/ICMS Nº 30, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e); Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE)e Pedidos de Concessão de Uso, Cancelamento, Inutilização e Consulta a Cadastro Via WebServices – Manual de Integração –Aprovação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 30/09 dispõe sobre as especificações técnicas do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e),do Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE) e dos Pedidos de Concessão de Uso, Cancelamento,Inutilização e Consulta a Cadastro via webservices, conforme disposto no Ajuste SINIEF nº 9/07.

ATO COTEPE/ICMS Nº 31, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Especificação de Requisitos do Programa Aplicativo Fiscal – Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e Sistema de Gestão – Alteraçãona Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 31/09 altera o Ato COTEPE/ICMS nº 6/08, que dispõe sobre a especificação de requisitos doPrograma Aplicativo Fiscal – Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e do sistema de gestão utilizado por estabelecimento usuário deequipamento ECF.

ATO COTEPE/ICMS Nº 34, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Empresas Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Beneficiadas com Regime Especial de Apuração e Escrituração – Alteraçãona Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 34/09 altera o Anexo Único do Ato COTEPE/ICMS nº 10/08, que relaciona as empresasprestadoras de serviços de telecomunicações beneficiadas com regime especial de apuração e escrituração do ICMS, de que trata oConvênio ICMS nº 126/98, que dispõe sobre a concessão de regime especial, na área do ICMS, para prestações de serviços públicosde telecomunicações.

ATO COTEPE/ICMS Nº 35, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA) – Alteração na Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 35/09 altera o Ato COTEPE/ICMS nº 35/08, que dispõe sobre as especificações técnicas paraa fabricação do Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA), conformedisposto no Convênio ICMS nº 110/08.

Page 139: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

14 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoRJ Manual de Procedimentos

CENOFISCO

DESPACHO CONFAZ Nº 321, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Divulgação da Publicação

Sinopse: O Despacho CONFAZ nº 321/09 divulga a publicação do Protocolo ICMS nº 100/09.

PROTOCOLO ICMS Nº 100, DE 05/08/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Sistema de Inteligência Fiscal (SIF) e Intercâmbio – Adesão do Distrito Federal

Sinopse: O Protocolo ICMS nº 100/09 dispõe sobre a adesão do Distrito Federal ao Protocolo ICMS nº 66/09, que trata da

instituição do Sistema de Inteligência Fiscal (SIF) e do intercâmbio de informações entre as Unidades da Federação.

PROTOCOLO ICMS Nº 100, DE 05/08/2009DOU de 15/09/2009, republicado no DOU de 17/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Adesão do Estado do Rio Grande do Norte e do Distrito Federal ao Protocolo ICMS nº 66/09

Sinopse: O Protocolo ICMS nº 100/09 dispõe sobre a adesão do Estado do Rio Grande do Norte e do Distrito Federal ao ProtocoloICMS nº 66/09, que trata da instituição do Sistema de Inteligência Fiscal (SIF) e do intercâmbio de informações entre as Unidades da

Federação.

PORTARIA SECEX Nº 28, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

Importação/Exportação

Drawback – Alteração na Legislação

Sinopse: A Portaria SECEX nº 28/09 altera a Portaria SECEX nº 25, de 27/11/2008, que aprovou as disposições sobre as

operações de drawback.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-MG Nº 16, DE 16/09/2009DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 16/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação do

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

Page 140: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 155a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação RJManual de Procedimentos

CENOFISCO

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-MG Nº 17, DE 16/09/2009DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 17/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação do

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 24, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 24/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação do

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 43, DE 16/09/2009DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 43/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação do

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 44, DE 16/09/2009DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 44/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação do

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SC Nº 151, DE 10/09/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SC nº 151/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação do

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

Page 141: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

16 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoRJ Manual de Procedimentos

CENOFISCO

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 279, DE 10/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – Produtos Nacionalizados – Isenção

Sinopse: A Solução de Consulta nº 279/09 esclarece sobre a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os

produtos nacionalizados remetidos para a Zona Franca de Manaus ou a Amazônia Ocidental.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 287, DE 14/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Matérias-Primas, Produtos Intermediários e Material de Embalagem – Suspensão

Sinopse: A Solução de Consulta nº 287/09 esclarece sobre a suspensão do pagamento do Imposto sobre Produtos Industrializados

(IPI) das matérias-primas, dos produtos intermediários e do material de embalagem vendidos a estabelecimentos industriais fabricantes

preponderantemente de bens de que trata o § 1º-C do art. 4º da Lei nº 8.248/91.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 296, DE 26/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Pessoa Jurídica Preponderantemente Exportadora – Suspensão

Sinopse: A Solução de Consulta nº 296/09 esclarece sobre a suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a

pessoa jurídica preponderantemente exportadora.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 299, DE 27/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – Remessa – Produto Nacionalizado

Sinopse: A Solução de Consulta nº 299/09 esclarece sobre a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na remessa de

produto nacionalizado para a Zona Franca de Manaus e a Amazônia Ocidental.

Novo Telefone

Suporte Técnico – Cenofisco

(11) 3120 6601

Nossos profissionais continuam à sua disposição para esclarecer qualquer dúvida sobre instalação e operação dosprodutos eletrônicos Cenofisco.

Atendimento de 2ª a 6ª feira, das 8h30 às 18h.

Page 142: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

No 40/09 • 175a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação RJManual de Procedimentos

CENOFISCO

LEGISLAÇÃO ESTADUALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

DECRETO Nº 42.035, DE 16/09/2009DOE-RJ de 17/09/2009

ICMS

Incentivo do Leite no Estado do Rio de Janeiro – Alterações

Sinopse: O Decreto nº 42.035/09 disciplina sobre o De-creto nº 29.042/01, alterado pelo Decreto nº 41.765/09, que

trata sobre o incentivo do leite no Estado do Rio de Janeiro.

PORTARIA SSER Nº 16, DE 15/09/2009DOE-RJ de 16/09/2009

ICMS

Apresentação dos Arquivos Magnéticos com o Registro 60I eDados Gravados na Memória de Fita-Detalhe (MFD) – Regula-mentação

Sinopse: A Portaria SSER nº 16/09 regulamenta a apre-

sentação dos arquivos magnéticos com o Registro 60I e dos

dados gravados na Memória de Fita-Detalhe (MFD) determinado

pela Resolução SEFAZ nº 225/09.

RESOLUÇÃO SMF Nº 2.586, DE 16/09/2009DOM-RJ de 17/09/2009

IPTU

Imóveis de Propriedade de Autarquias Previdenciárias – Imu-nidade Tributária

Sinopse: A Resolução SMF nº 2.586/09 disciplina sobrea imunidade tributária quanto ao IPTU de imóveis de propriedadede autarquias previdenciárias.

LEGISLAÇÃO MUNICIPALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

PORTARIA ST Nº 597, DE 11/09/2009DOE-RJ de 15/09/2009

ICMS

Substituição Tributária – Combustíveis – Preço Médio Ponde-rado a Consumidor Final (PMPF)

Sinopse: A Portaria ST nº 597/09 divulga os preços doscombustíveis a que se refere o § 3º do art. 5º do Livro IV doRICMS-RJ, que disciplina o regime de substituição tributáriaaplicável às operações com combustível e lubrificante, paravigorar a partir de 16/09/2009.

PORTARIA ST Nº 598, DE 17/09/2009DOE-RJ de 21/09/2009

ICMS

Café Cru – Operações Interestaduais – Base de Cálculo –Valores para o Período de 21/09 a 27/09/2009

Sinopse: A Portaria ST nº 598/09 divulga os valores, emdólares, para fins de obtenção da base de cálculo do ICMS nasoperações interestaduais com café cru no período de 21/09 a27/09/2009.

DECRETO Nº 31.122, DE 18/09/2009DOM-RJ de 21/09/2009

Município do Rio de Janeiro

Posturas da Cidade do Rio de Janeiro – Alterações

Sinopse: O Decreto nº 31.122/09 altera o Regulamentonº 1 do Livro I do Código de Posturas Municipais, aprovado peloDecreto nº 29.881/08.

Page 143: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ÍNDICE

ICMS ........................................................................................ 3

• Armazém-Geral (2ª Parte)

IPI .............................................................................................. 6

• Bens de Produção – Saídas do Estabelecimento Industrial –

Tributação

ISSQN – Município de Florianópolis ........................ 8

• Alíquotas do imposto nas prestações de serviços

Jurisprudência e Outros ................................................ 9

• Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina (TJSC)– ICMS – Energia Elétrica – Demanda Contratada de Potência

de Energia – Súmula 21 do TJSC – Incidência do Imposto

Consultoria Cenofisco .................................................... 11

• ICMS – Código de Situação Tributária – Utilização na Nota Fiscal,

Modelo 1 ou 1-A

Legislação Federal .......................................................... 11

• ICMS– Ato COTEPE/ICMS nº 30/09

Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e); DocumentoAuxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE) ePedidos de Concessão de Uso, Cancelamento, Inutilização eConsulta a Cadastro Via WebServices – Manual de Integração –Aprovação

continua

Destaques

ICMS

• Neste trabalho trazemos a segunda parte da

matéria que trata das operações com armazém-

geral.

IPI

• Trabalho com esclarecimentos sobre a tributação

do IPI nas saídas de bens de produção do esta-

belecimento industrial.

Rebeca Pires

Sebastião Guedes de Araújo

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoSC

40CENOFISCOProcedimentosMANUAL DE

Cenofisco BD Legislação

Com segurança e confiabilidade nas informações, o Cenofisco dispo-nibiliza, inteiramente grátis, o mais completo acervo de normas fede-rais do País (de 1900 a 2009) com atualização diária, moderno sistemade pesquisa (por número, assunto e data) e normas legais do dia.Acesse www.cenofisco.com.br e confira agora este benefício.

Page 144: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

2 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoSC Manual de Procedimentos

CENOFISCO

– Ato COTEPE/ICMS nº 31/09Especificação de Requisitos do Programa AplicativoFiscal – Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e Sistemade Gestão – Alteração na Legislação

– Ato COTEPE/ICMS nº 34/09Empresas Prestadoras de Serviços de TelecomunicaçõesBeneficiadas com Regime Especial de Apuração eEscrituração – Alteração na Legislação

– Ato COTEPE/ICMS nº 35/09Formulário de Segurança para Impressão de DocumentoAuxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA) –Alteração na Legislação

– Despacho CONFAZ nº 321/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Divulgação da Publicação

– Protocolo ICMS nº 100/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Sistema de InteligênciaFiscal (SIF) e Intercâmbio – Adesão do Distrito Federal

– Protocolo ICMS nº 100/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Adesão do Estado do RioGrande do Norte e do Distrito Federal ao Protocolo ICMSnº 66/09

• Importação/Exportação– Portaria SECEX nº 28/09

Drawback – Alteração na Legislação

• IPI– Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 16/09

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 17/09

Bebidas – Enquadramento

ÍNDICE – CONTINUAÇÃO

– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 24/09Bebidas – Enquadramento

– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 43/09Bebidas – Enquadramento

– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 44/09Bebidas – Enquadramento

– Ato Declaratório Executivo RFB-SC nº 151/09Bebidas – Enquadramento

– Solução de Consulta nº 279/09Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental –Produtos Nacionalizados – Isenção

– Solução de Consulta nº 287/09Matérias-Primas, Produtos Intermediários e Materialde Embalagem – Suspensão

– Solução de Consulta nº 296/09Pessoa Jurídica Preponderantemente Exportadora –Suspensão

– Solução de Consulta nº 299/09Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental –Remessa – Produto Nacionalizado

Legislação Estadual ............................................. 15

• ICMS– Decreto nº 2.605/09

Alterações no Regulamento– Decreto nº 2.606/09

Alterações no Regulamento

Page 145: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação SC

No 40/09 • 35a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

ICMS

Armazém-Geral (2ª Parte)SUMÁRIO

6. Transmissão da Propriedade com Permanência no Armazém-Geral6.1. Hipótese em que o armazém-geral e o estabelecimento

depositante transmitente sejam estabelecidos no Esta-do de Santa Catarina

6.2. Hipótese em que o armazém-geral e o estabelecimentodepositante transmitente estejam estabelecidos em Uni-dades da Federação diversas

Em continuidade à matéria publicada no Manual de Procedi-mentos Cenofisco nº 39/09, neste trabalho abordaremos os as-pectos relativos à transmissão de propriedade da mercadoria queestá em armazém-geral.

6. Transmissão da Propriedade comPermanência no Armazém-Geral

6.1. Hipótese em que o armazém-geral e oestabelecimento depositante transmitente sejamestabelecidos no Estado de Santa Catarina

No caso de transmissão de propriedade de mercadoria quedeva permanecer depositada, estando o armazém-geral e o depo-sitante transmitente estabelecidos em Santa Catarina, este emitiráNota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, em nome do adquirente, consignan-do, além dos demais requisitos exigidos (art. 68 do Anexo 6 doRICMS-SC):

a) o valor da operação;

b) a natureza da operação e o CFOP;

c) o destaque do imposto, se devido;

d) a indicação, no campo “Informações Complementares”, deque a mercadoria se encontra depositada no armazém-geral, mencionando o endereço deste, bem como seusnúmeros de inscrição no CCICMS e no CNPJ.

O armazém-geral emitirá Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, emnome do estabelecimento depositante transmitente, sem destaquedo imposto, consignando, além dos demais requisitos exigidos, asseguintes indicações (art. 68, §1º, do Anexo 6 do RICMS-SC):

a) o valor da mercadoria, que corresponderá àquele atribuídopor ocasião de sua entrada no armazém-geral;

b) a natureza da operação (“Outras saídas – retorno simbólicode mercadoria depositada”) e o CFOP (5.907);

c) o número, a série e a data da nota fiscal emitida peloestabelecimento depositante transmitente;

d) o nome, o endereço e os números de inscrição, estadual eno CNPJ, do estabelecimento adquirente.

Esta nota fiscal será enviada ao estabelecimento depositantetransmitente, que deverá registrá-la em seu Livro Registro de Entra-das (LRE) dentro de cinco dias contados da data de sua emissão(art. 68, § 2º, do Anexo 6 do RICMS-SC).

O estabelecimento adquirente deverá registrar a nota fiscalemitida pelo depositante transmitente em seu Livro Registro deEntradas, dentro de cinco dias contados da data de sua emissão(art. 68, § 3º, do Anexo 6 do RICMS-SC).

Dentro desse prazo de cinco dias, o estabelecimento adqui-rente deverá emitir nota fiscal em nome do armazém-geral, consig-nando, além dos demais requisitos exigidos, as seguintes indica-ções (art. 68, § 4º, do Anexo 6 do RICMS-SC):

a) o valor da mercadoria, que corresponderá ao da nota fiscalemitida pelo estabelecimento depositante transmitente naforma do caput;

b) a natureza da operação (“Outras saídas – remessa simbó-lica de mercadoria depositada”) e o CFOP (5.905/6.905);

c) o número, a série e a data da nota fiscal emitida peloestabelecimento depositante transmitente, o nome e oendereço deste, bem como seus números de inscrição noCCICMS e no CNPJ;

d) o destaque do imposto, se devido, na hipótese de oestabelecimento adquirente situar-se em Unidade da Fe-deração diversa daquela do armazém-geral.

Esta nota fiscal será enviada, dentro de cinco dias contadosda data de sua emissão, ao armazém-geral, que deverá registrá-laem seu Livro Registro de Entradas, dentro de cinco dias contadosda data do seu recebimento (art. 68, § 5º, do Anexo 6 doRICMS-SC).

6.1.1. Depositante transmitente produtor inscrito no RSP

Na hipótese de o depositante transmitente ser produtor inscri-to no Registro Sumário de Produtor (RSP), deverá ser emitida NotaFiscal de Produtor em nome do estabelecimento adquirente, con-

Page 146: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

4 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoSC Manual de Procedimentos

CENOFISCO

signando-se, além dos demais requisitos exigidos (art. 69 doAnexo 6 do RICMS-SC):

a) o valor da operação;

b) a natureza da operação e o CFOP;

c) o dispositivo legal que prevê imunidade, isenção, suspen-são ou diferimento do imposto, se for o caso;

d) o número e a data do documento de arrecadação e aidentificação do respectivo órgão arrecadador, caso o pro-dutor deva recolher o imposto;

e) a declaração de que o imposto será recolhido pelo estabe-lecimento destinatário, se for o caso;

f) a indicação, no campo “Informações Complementares”, deque a mercadoria se encontra depositada no armazém-geral, mencionando-se o endereço deste, bem como seusnúmeros de inscrição no CCICMS e no CNPJ.

O armazém-geral emitirá Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, emnome do estabelecimento adquirente, sem destaque do imposto,consignando, além dos demais requisitos exigidos, as seguintesindicações (art. 69, §1º, do Anexo 6 do RICMS-SC):

a) o valor da mercadoria, que corresponderá ao da Nota Fiscalde Produtor emitida na forma anteriormente descrita;

b) a natureza da operação (“Outras saídas – remessa porconta e ordem de terceiros”) e o CFOP (5.949/6.949);

c) o número e a data da Nota Fiscal de Produtor emitida, onome e o endereço do produtor, bem como o número deinscrição deste no RSP;

d) o número e a data do documento de arrecadação doimposto referido na nota fiscal emitida pelo produtor, quan-do for o caso.

O estabelecimento adquirente deverá (art. 69, § 2º, doAnexo 6 do RICMS-SC):

a) emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, para fins de entrada,consignando, além dos demais requisitos exigidos:

a.1) o número e a data da Nota Fiscal de Produtor emitida;

a.2) o número e a data do documento de arrecadação doimposto relativo à Nota Fiscal de Produtor, se for ocaso;

a.3) a indicação, no campo “Informações Complementa-res”, de que a mercadoria se encontra depositada noarmazém-geral, mencionando-se o endereço deste,

bem como seus números de inscrição no CCICMS eno CNPJ;

b) emitir, na mesma data da emissão da nota fiscal para finsde entrada, Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, em nome doarmazém-geral, consignando, além dos demais requisitosexigidos, as seguintes indicações:

b.1) o valor da operação, que corresponderá ao da NotaFiscal de Produtor;

b.2) a natureza da operação (“Outras saídas – remessasimbólica de mercadoria depositada”);

b.3) os números e as datas da Nota Fiscal de Produtor eda nota fiscal para fins de entrada, bem como o nomee o endereço do produtor;

b.4) o destaque do imposto, se devido, na hipótese de oestabelecimento adquirente situar-se em Unidade daFederação diversa daquela do armazém-geral.

Esta nota fiscal deverá ser enviada, dentro de cinco diascontados da data de sua emissão, ao armazém-geral, que deveráregistrá-la no Livro Registro de Entradas dentro de cinco dias conta-dos da data do seu recebimento (art. 69, § 3º, do Anexo 6 doRICMS-SC).

6.2. Hipótese em que o armazém-geral e oestabelecimento depositante transmitente estejamestabelecidos em Unidades da Federação diversas

No caso de transmissão de propriedade de mercadoria quedeva permanecer depositada, estando o armazém-geral e o depo-sitante transmitente estabelecidos em Unidades da Federaçãodiversas, este emitirá Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, em nome doadquirente, sem destaque do imposto, consignando, além dosdemais requisitos exigidos, os seguintes (art. 70 do Anexo 6 doRICMS-SC):

a) o valor da operação;

b) a natureza da operação e o CFOP;

c) a indicação, no campo “Informações Complementares”, deque a mercadoria se encontra depositada em armazém-geral, mencionando-se o endereço deste, bem como seusnúmeros de inscrição estadual e no CNPJ.

O armazém-geral emitirá Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A (art. 70,§ 1º, do Anexo 6 do RICMS-SC):

a) em nome do estabelecimento depositante transmitente,sem destaque do imposto, consignando, além dos de-mais requisitos exigidos, as seguintes indicações:

Page 147: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação SC

No 40/09 • 55a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

a.1) o valor da mercadoria, que corresponderá àquele atri-buído por ocasião de sua entrada no armazém-geral;

a.2) a natureza da operação (“Outras saídas – retornosimbólico de mercadoria depositada”) e o CFOP(6.907);

a.3) o número, a série e a data da nota fiscal emitida peloestabelecimento depositante transmitente;

a.4) o nome, o endereço e os números de inscrição, esta-dual e no CNPJ, do estabelecimento adquirente;

[Esta nota fiscal será enviada, dentro de cinco dias contadosda data de sua emissão, ao estabelecimento depositantetransmitente, que deverá registrá-la em seu Livro Registro deEntradas, dentro de cinco dias contados da data de seurecebimento (art. 70, § 2º, do Anexo 6 do RICMS-SC).]

b) em nome do estabelecimento adquirente, consignando,além dos demais requisitos exigidos, as seguintes indica-ções:

b.1) o valor da operação, que corresponderá ao da notafiscal emitida pelo estabelecimento depositante trans-mitente;

b.2) a natureza da operação (“Outras saídas – transmis-são de propriedade de mercadoria por conta e ordemde terceiros”) e o CFOP (5.949/6.949);

b.3) o destaque do imposto, se devido;

b.4) o número, a série e a data da nota fiscal emitida naforma anteriormente descrita pelo estabelecimentodepositante transmitente, o nome e o endereço des-te, bem como seus números de inscrição, estadual eno CNPJ.

[Esta nota fiscal deverá ser enviada dentro de cinco diascontados da data de sua emissão ao estabelecimentoadquirente, que deverá registrá-la, em seu Livro Registro deEntradas, dentro de cinco dias contados da data de seurecebimento, acrescentando, na coluna “Observações”, onúmero, a série e a data da nota fiscal emitida pelo deposi-tante transmitente, bem como os dados identificadores des-te: nome, endereço e números de inscrição, estadual e noCNPJ (art. 70, § 3º, do Anexo 6 do RICMS-SC).]

No prazo referido, o estabelecimento adquirente deverá emitirNota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, em nome do armazém-geral, consig-nando, além dos demais requisitos exigidos (art. 70, § 4º, doAnexo 6 do RICMS-SC):

a) o valor da operação, que corresponderá ao da nota fiscalemitida pelo estabelecimento depositante transmitente;

b) a natureza da operação (“Outras saídas – remessa simbó-lica de mercadoria depositada”);

c) o número, a série e a data da nota fiscal emitida peloestabelecimento depositante transmitente, o nome e oendereço deste, bem como seus números de inscriçãoestadual e no CNPJ;

d) o destaque do imposto, se devido, na hipótese de oestabelecimento adquirente situar-se em Unidade da Fe-deração diversa daquela do armazém-geral.

Esta nota fiscal será enviada, dentro de cinco dias contadosda data da sua emissão, ao armazém-geral, que deverá registrá-lano Livro Registro de Entradas dentro de cinco dias contados da datado seu recebimento (art. 70, § 5º, do Anexo 6 do RICMS-SC).

6.2.1. Depositante transmitente produtor

Na hipótese de o depositante transmitente ser produtor, deve-rá ser emitida Nota Fiscal de Produtor em nome do estabelecimentoadquirente, consignando-se, além dos demais requisitos exigidos(art. 69 e 70, § 6º, do Anexo 6 do RICMS-SC):

a) o valor da operação;

b) a natureza da operação;

c) o dispositivo legal que prevê imunidade, isenção, suspen-são ou diferimento do imposto, se for o caso;

d) o número e a data do documento de arrecadação e aidentificação do respectivo órgão arrecadador, caso o pro-dutor deva recolher o imposto;

e) a declaração de que o imposto será recolhido pelo estabe-lecimento destinatário, se for o caso;

f) a indicação, no campo “Informações Complementares”, deque a mercadoria se encontra depositada no armazém-geral, mencionando-se o endereço deste, bem como seusnúmeros de inscrição no CCICMS e no CNPJ.

O armazém-geral emitirá Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, emnome do estabelecimento adquirente, sem destaque do imposto,consignando, além dos demais requisitos exigidos, as seguintesindicações (art. 69, §1º, do Anexo 6 do RICMS-SC):

a) o valor da mercadoria, que corresponderá ao da Nota Fiscalde Produtor emitida na forma anteriormente descrita;

b) a natureza da operação (“Outras saídas – remessa porconta e ordem de terceiros”);

c) o número e a data da Nota Fiscal de Produtor emitida, onome e o endereço do produtor, bem como o número deinscrição deste no RSP;

Page 148: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

6 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoSC Manual de Procedimentos

CENOFISCO

d) o número e a data do documento de arrecadação doimposto referido na nota fiscal emitida pelo produtor, quan-do for o caso.

O estabelecimento adquirente deverá (art. 69, § 2º, doAnexo 6 do RICMS-SC):

a) emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, para fins de entrada,consignando, além dos demais requisitos exigidos:

a.1) o número e a data da Nota Fiscal de Produtor emitidana forma do caput;

a.2) o número e a data do documento de arrecadação doimposto relativo à Nota Fiscal de Produtor, se for o caso;

a.3) a indicação, no campo “Informações Complementa-res”, de que a mercadoria se encontra depositada noarmazém-geral, mencionando o endereço deste, bemcomo seus números de inscrição no CCICMS e noCNPJ;

b) emitir, na mesma data da emissão da nota fiscal para finsde entrada, Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, em nome do

armazém-geral, consignando, além dos demais requisitosexigidos, as seguintes indicações:

b.1) o valor da operação, que corresponderá ao da NotaFiscal de Produtor;

b.2) a natureza da operação (“Outras saídas – remessasimbólica de mercadoria depositada”);

b.3) os números e as datas da Nota Fiscal de Produtor eda nota fiscal para fins de entrada, bem como o nomee o endereço do produtor;

b.4) o destaque do imposto, se devido, na hipótese de oestabelecimento adquirente situar-se em Unidade daFederação diversa daquela do armazém-geral.

Esta nota fiscal deverá ser enviada, dentro de cinco diascontados da data de sua emissão, ao armazém-geral, que deveráregistrá-la no Livro Registro de Entradas dentro de cinco dias conta-dos da data do seu recebimento (art. 69, § 3º, do Anexo 6 doRICMS-SC).

IPI

Bens de Produção – Saídas doEstabelecimento Industrial – Tributação

SUMÁRIO

1. Considerações Iniciais

2. Bens de Produção – Conceito

3. Saída de Bens de Produção do Estabelecimento Industrial –Tributação3.1. Fato gerador3.2. Estabelecimento equiparado a industrial – Aquisição de

bem com suspensão – Revenda posterior – Recolhi-mento do imposto

3.3. Bens de produção – Material de embalagem – Aquisi-ção de comercial varejista – Consideração quanto aocrédito do imposto

4. Mercadorias Revendidas a Consumidores Finais

1. Considerações Iniciais

Nesta oportunidade, faremos um breve comentário sobre atributação do IPI nas saídas do estabelecimento industrial de bensde produção, segundo as disposições aprovadas pelo Decretonº 5.544/02, ato que aprovou Regulamento do IPI.

2. Bens de Produção – Conceito

Nos termos do art. 519 do RIPI/02, são considerados bensde produção:

a) as matérias-primas;

b) os produtos intermediários, inclusive os que, embora nãointegrando o produto final, sejam consumidos ou utilizadosno processo industrial;

c) os produtos destinados a embalagem e acondicionamento;

d) as ferramentas empregadas no processo industrial, excetoas manuais; e

e) as máquinas, os instrumentos, os aparelhos e os equipa-mentos, inclusive suas peças, partes e outros componen-tes que se destinem a emprego no processo industrial.

3. Saída de Bens de Produção doEstabelecimento Industrial – Tributação

Nos termos do art. 9º, § 4º, do RIPI/02, os estabelecimentosindustriais, quando derem saída de matéria-prima (MP), produtos

Page 149: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação SC

No 40/09 • 75a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

intermediários (PI) e materiais de embalagens (ME) adquiridos deterceiros, com destino a outros estabelecimentos, para industriali-zação ou revenda, serão considerados estabelecimentos comer-ciais de bens de produção e obrigatoriamente equiparados a esta-belecimento industrial em relação a essas operações.

3.1. Fato gerador

Segundo o art. 34, inciso II, do RIPI/02, constitui fato geradordo IPI, dentre outras hipóteses previstas na legislação, a saída deproduto do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial.

Assim, haverá incidência do IPI na saída do estabelecimentoindustrial de produtos submetidos a processo de industrialização(industrializados) e na saída de bens de produção adquiridos deterceiros, com destino a outros estabelecimentos, para industrializaçãoou revenda, segundo os arts. 9º, § 4º, e 34, inciso II, do RIPI/02.

3.2. Estabelecimento equiparado a industrial –Aquisição de bem com suspensão – Revendaposterior – Recolhimento do imposto

Conforme a Solução de Consulta nº 12, de 26/03/2009,caso o estabelecimento equiparado a industrial tenha adquiridocom suspensão do IPI bens de produção, mais tarde revendidos,estará sujeito, no momento da revenda, à exigência do imposto,com as penalidades cabíveis, considerando-se devidos o IPI e osacréscimos desde a data em que esses bens saíram do fornece-dor do estabelecimento equiparado a industrial. Para conhecimen-to, reproduzimos a seguir a íntegra da mencionada solução:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 12DE 26 DE MARÇO DE 2009

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Industrialização por encomenda. Base de cálculo.Suspensão. Os estabelecimentos industriais, quando derem saídaa insumos, adquiridos de terceiros, com destino a outros estabele-cimentos, para industrialização ou revenda, serão consideradosestabelecimentos comerciais de bens de produção e obrigatoria-mente equiparados a estabelecimento industrial em relação a es-sas operações. Caso um estabelecimento equiparado a industrialtenha adquirido com suspensão do IPI bens de produção, maistarde revendidos, estará sujeito, no momento da revenda, à exigên-cia do imposto, com as penalidades cabíveis, considerando-sedevidos o IPI e os acréscimos desde a data em que esses benssaíram do fornecedor do estabelecimento equiparado a industrial.”

3.3. Bens de produção – Material de embalagem –Aquisição de comercial varejista – Consideraçãoquanto ao crédito do imposto

Neste sentido, examinar a Solução de Consulta nº 9, de12/01/2005, a seguir reproduzida, que traz esclarecimentos sobreo assunto:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 9DE 12 DE JANEIRO DE 2005

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Bens de produção. Material de embalagem. Aquisi-ção de comercial varejista. Créditos. Industrial que adquire bens deprodução (aí incluído o material de embalagem) de estabelecimentocomercial varejista só terá direito ao crédito do IPI de que trata o art.165 do RIPI/02 se o varejista for caracterizado como comercianteatacadista, de acordo com o RIPI/02 e, ainda, não for contribuintedo IPI. Não basta ao comerciante varejista vender bens de produçãoa estabelecimento industrial para ser caracterizado como atacadis-ta. Para tanto é necessário que o valor das vendas de bens deprodução do varejista ultrapasse o limite fixado em Regulamento –20% do total das vendas realizadas pelo estabelecimento varejistano semestre civil.”

4. Mercadorias Revendidas a ConsumidoresFinais

Na revenda de mercadorias a consumidores finais, sem teremsido submetidas a processo de industrialização no estabelecimen-to industrial, não há incidência do IPI. Nesse sentido, esclarecem asSoluções de Consultas nºs 12, de 12/02/2003, e 367, de13/10/2008, a seguir reproduzidas:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 12, DE 12/02/03DOU de 14/03/03

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI.

EMENTA: IPI. Incidência. O IPI incide na saída do estabeleci-mento industrial de produtos que nele foram submetidos a opera-ção de industrialização, bem como na saída de bens de produçãoadquiridos de terceiros, com destino a outros estabelecimentos,para industrialização ou revenda. O IPI não incide nas operações emque saem do estabelecimento industrial mercadorias revendidas aconsumidores finais sem terem sido submetidas a processo deindustrialização no dito estabelecimento.Dispositivos legais: CF/88, art 153, IV; CTN, arts. 46, II, e 51, III;RIPI/2002, art. 9º, § 4º, art. 34, II, e art. 519, incs. I e II. FranciscoPawlow – Chefe Disit/SRRF06.”

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 367 DE 13 DE OUTUBRODE 2008

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Matéria-Prima. Revenda. A equiparação, compul-sória, a estabelecimento industrial de que trata o § 4º do art. 9º doDecreto nº 4.544, de 2002-RIPI/02, não é aplicável quando dasrevendas de bens de produção, adquiridos de terceiros, realizadaspor industriais a não contribuintes do IPI.”Base legal: citada no texto.

Page 150: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

8 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoSC Manual de Procedimentos

CENOFISCO

Alíquotas do imposto nas prestações deserviços

Destacamos as alíquotas do ISS aplicáveis às prestações deserviços, de acordo com o RISQN do Município de Florianópolis,aprovado pelo Decreto nº 2.154/03, tendo por base os preceitosconstitucionais vigentes e a Lei Complementar Federal nº 116/03para a fixação dos valores máximo e mínimo das citadas alíquotas.

O art. 156, inciso III, da CF/88 dá autonomia para que osMunicípios instituam impostos sobre os serviços de qualquer natu-reza, conforme definidos em Lei Complementar.

Nota Cenofisco:A nova lista de serviços encontra-se elencada na Lei ComplementarFederal nº 116, de 31/07/2003 (DOU de 01/08/2003).

Por seu turno, o § 3º, inciso I, do art. 156 da CF/88, naredação da Emenda Constitucional nº 37/02, determina que asalíquotas máxima e mínima do ISS também sejam fixadas por LeiComplementar. Senão vejamos:

1. Máxima

Tomando-se por base os preceitos constitucionais anterior-mente descritos, temos que a Lei Complementar Federalnº 116/03, em seu art. 8º, inciso II, definiu a alíquota máxima deISS em 5%.

2. Mínima

Porém, a Lei Complementar Federal nº 116/03 não definiua alíquota mínima do ISS; portanto, neste caso, prevalecerá odisposto no art. 88 do Ato das Disposições ConstitucionaisTransitórias (ADCT) da CF/88, na redação da Emenda Consti-tucional nº 37/02, que dispõe que o ISS terá a alíquota mínima de2%, exceto para os serviços a que se referem os itens 32, 33, e 34da lista de serviços anexa ao Decreto-Lei nº 406/68.

Nota Cenofisco:Os itens 32, 33 e 34 da lista de serviços anexa ao Decreto-Leinº 406/68, anteriormente citados, referem-se a:32 – Execução por administração, empreitada ou subempreitada, deconstrução civil, de obras hidráulicas e outras obras semelhantes erespectiva engenharia consultiva, inclusive serviços auxiliares ou com-plementares (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas peloprestador de serviços, fora do local da prestação dos serviços, quefica sujeito ao ICM);33 – Demolição;

ISSQNMUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS

34 – Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pon-tes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadoriasproduzidas pelo prestador dos serviços fora do local da prestação, quefica sujeito ao ICM).

Portanto, enquanto não definida por Lei Complementar Fede-ral, a alíquota mínima do ISS será de 2%, exceto para os serviçosdescritos pelos itens 32, 33, e 34 da lista de serviços anexa aoDecreto-Lei nº 406/68. Ou seja, somente os itens excetuadospelo art. 88 do ADTC da CF/88 poderão ter alíquota inferior a 2%.

Definidos os parâmetros para a fixação das alíquotas máximae mínima do ISS, de acordo com os preceitos constitucionaisvigentes e a Lei Complementar Federal nº 116/03, o Municípiode Florianópolis, por meio do art. 10 do RISQN, aprovado peloDecreto nº 2.154/03, assim estabeleceu:

Serviços Agrupados por Item Itens da Lista Alíquotas

I. Serviços de saúde, assistência mé- 04 2,00%dica e congêneres.

II. Serviços de transporte de natu- 16 2,00%reza municipal.

III. Serviços relativos à hospedagem, 09 2,50%turismo, viagens e congêneres.

IV. Serviços relativos à engenharia,arquitetura, geologia, urbanismo,construção civil, manutenção, lim-peza, meio ambiente, saneamento 07 e 10 3,00%e congêneres. Serviços de interme-diação e congêneres.

V. Serviços de educação, ensino,orientação pedagógica e educacio-nal, instrução, treinamento e avalia- 08 3,00%ção pessoal de qualquer grau ou na-tureza.

01; 02; 03; 05; 06;11; 12; 13; 14; 15;17; 18; 19; 20; 21;

VI. Demais serviços 22; 23; 24; 25; 26; 5,00%27; 28; 29; 30; 31;32; 33; 34; 35; 36;

37; 38; 39; 40.

3. Exceções

Aos serviços descritos pelos subitens 7.10, 10.09, 11.02,17.04 17.05 e 17.12 da lista de serviços do Anexo I do RISQN/03,será aplicada a alíquota de 2,5% (caput do art. 10 do RISQN/03).

Page 151: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação SC

No 40/09 • 95a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

Notas Cenofisco:1ª) A alíquota de 2,5%, relativa aos subitens 7.10, 11.02 e 17.04,passou a ser aplicada a partir de 01/01/2004 (art. 50 do RISQN/03);2ª) Até a data citada na nota anterior, os serviços relativos aos subitens7.10, 11.02 e 17.04 foram calculados mediante a aplicação da alíquo-ta de 5% (art. 51 do RISQN/03);3. De acordo com a lista de serviços do Anexo I do RISQN/03, osserviços anteriormente mencionados referem-se a:07.10 – Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradou-ros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e con-gêneres;10.09 – Representação de qualquer natureza, inclusive comercial;11.02 – Vigilância, segurança ou monitoramento de bens e pessoas;17.04 – Recrutamento, agenciamento, seleção e colocação de mãode obra;

17.05 – Fornecimento de mão de obra, mesmo em caráter temporário,inclusive de empregados ou trabalhadores, avulsos ou temporários,contratados pelo prestador de serviço;17.12 – Administração em geral, inclusive de bens e negócios deterceiros.Aos serviços descritos pelos subitens 8.01 e 10.05 da lista de serviçosdo Anexo I do RISQN/03, será aplicada a alíquota de 2% (caput doart. 10 do RISQN/03).Os referidos subitens correspondem aos seguintes serviços:08.01 – Ensino regular pré-escolar, fundamental, médio e superior;10.05 – Agenciamento, corretagem ou intermediação de bens móveisou imóveis, não abrangidos em outros itens ou subitens, inclusiveaqueles realizados no âmbito de bolsas de mercadorias e futuros, porquaisquer meios.

JURISPRUDÊNCIA E OUTROS

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA(TJSC)

ICMS – ENERGIA ELÉTRICA – DEMANDA CONTRATADADE POTÊNCIA DE ENERGIA – SÚMULA 21 DO TJSC –INCIDÊNCIA DO IMPOSTO

Apelação Cível nº 2008.012282-9, de CapitalRelator: Vanderlei RomerÓrgão Julgador: Primeira Câmara de Direito PúblicoData: 04/09/2009

Ementa

Tributário – ICMS – Demanda contratada de potência deenergia elétrica – Aplicação da Súmula 21 do Tribunal de Justiça deSanta Catarina – Incidência do imposto apenas sobre a energiaelétrica consumida e a demanda de potência efetivamente utilizada –Legalidade da exação.

A celeuma que reinava sobre a possibilidade, ou não, de ademanda de potência integrar a base de cálculo do ICMS foiceifada pela Súmula 21 do Grupo de Câmaras de Direito Públicodesta Corte. Por força do verbete sumular, ficou estabelecido que“incide ICMS tão-somente sobre os valores referentes à energiaelétrica consumida (KWh) e à demanda de potência efetivamenteutilizada (Kw), aferidas nos respectivos medidores, independente-mente do quantitativo contratado”.

Contribuinte de fato. Direito de pleitear a suspensão do paga-mento do ICMS e a repetição do tributo que pagou indevidamente.Entendimento de todas as câmaras de direito público deste tribu-nal de justiça, que encontra respaldo no superior tribunal dejustiça.

“Se o consumidor final da energia elétrica (contribuinte de fato)é quem desembolsa os valores concernentes ao ICMS, tem elelegitimidade ativa para buscar a sustação da cobrança indevida dotributo incidente sobre a demanda reservada de potência e arepetição do indébito” (Ap. Cív. nº 2007.037227-0, de Brusque,rel. Des. Jaime Ramos, j. em 19-9-2008).

Provimento parcial do recurso e do reexame.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cívelnº 2008.012282-9, da comarca da Capital (Unidade da FazendaPública), em que é apelante o Estado de Santa Catarina, e apelada [...]:

Acordam, em Primeira Câmara de Direito Público, por votaçãounânime, prover parcialmente o recurso e a remessa. Custas legais.Vencido, em parte, o Exmo. Sr. Des. Newton Trisotto quanto aopedido de repetição de indébito.

Relatório

Trata-se de recurso de apelação cível interposto pelo Estadode Santa Catarina contra a sentença que, proferida em ação decla-ratória de inexistência de relação jurídico-tributária c/c repetição deindébito ajuizada por [...], julgou procedente o pedido, para determi-nar que fosse “sustada a cobrança do ICMS quanto ao valorreferente [...] ao ‘contrato de demanda’, devendo a base de cálculodo tributo levar em conta o serviço efetivamente utilizado”, e conde-nar o requerido “a restituir os valores que, a tal título, foram pagos noperíodo não atingido pela prescrição [...]” (fl. 90).

Em extenso arrazoado, o ente público prestou esclarecimen-tos técnicos a respeito da matéria, e ressaltou que a base decálculo do ICMS, segundo o art. 13 da Lei Complementarnº 87/1996, é o valor integral da operação. Requereu, nessestermos, o provimento do recurso.

Page 152: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

10 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoSC Manual de Procedimentos

CENOFISCO

Com as contrarrazões que clamam pela manutenção da sentença, os autos alçaram a esta Corte.

Remetidos os autos à douta Procuradoria-Geral de Justiça, seu nobre representante opinou pelo conhecimento e desprovimento dorecurso e do reexame.

A decisão de fls. 157-163 negou provimento ao recurso do ente público e deu provimento ao reexame necessário para julgarimprocedente o pedido de restituição do ICMS.

Contra tal decisão, a autora interpôs agravo inominado.

Após, em despacho de fl. 188, exerceu-se juízo de retratação positivo.

Intimado, o requerido deixou transcorrer in albis o prazo para se manifestar.

É o relatório.

Voto

De início, anoto que a autora é parte legítima para figurar no polo ativo da ação, uma vez que é contribuinte do ICMS e, assim, tem interessee legitimidade para contestar a cobrança do tributo, bem como para pleitear a restituição do imposto que entende ter sido pago indevidamente.

Após um estudo aprofundado do tema, revi o meu posicionamento e filiei-me ao entedimento majoritário desta Corte, segundo o qual, “Oconsumidor de energia elétrica tem legitimidade para ingressar em juízo e pedir a suspensão da cobrança e a restituição de valores referentesao ICMS incidente sobre o valor total do contrato de demanda de energia elétrica firmado com a CELESC, pois o disposto no art. 166 do CTNe na Súmula 546 do STF, tem incidência apenas ao contribuinte de direito (concessionária do serviço público), e não ao contribuinte de fato”(Ap. Cív. nº 2008.008949-5, da Capital, rel. Des. Rui Fortes, j. em 5-8-2008).

A propósito, citam-se os seguinte julgados: Ap. Cív. nº 2008.042799-4, rel. Des. Cid Goulart, j. em 17-9-2008; Ap. Cív. nº 2008.008949-5,rel. Des. Rui Fortes, j. em 5-8-2008; Ap. Cív. nº 2007.046536-2, rela. Desa. Subst. Sônia Maria Schmitz, j. em 21-8-2008; Ap. Cív. em MSnº 2008.018476-4, Des. Orli Rodrigues, j. em 10-6-2008; Ap. Cív. nº 2007.021073-6, rel. Des. Subst. Newton Janke, jº em 11-1-2007,ACMS nº 2007.022454-6, rel. Des. Luiz Cézar Medeiros, j. em 21-8-2007, dentre tantos outros.

Decisão

Ante o exposto, a Câmara decidiu, por votação unânime, prover parcialmente o recurso e a remessa.

O julgamento, realizado no dia 5 de maio de 2009, foi presidido pelo Exmo. Sr. Des. Newton Trisotto, com voto, e dele participou o Exmo.Sr. Des. Subst. Paulo Henrique Moritz Martins da Silva.

Florianópolis, 18 de maio de 2009.

Vanderlei RomerRelator

Novo Telefone

Suporte Técnico – Cenofisco

(11) 3120 6601

Nossos profissionais continuam à sua disposição para esclarecer qualquer dúvida sobre instalação e operação dosprodutos eletrônicos Cenofisco.

Atendimento de 2ª a 6ª feira, das 8h30 às 18h.

Page 153: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação SC

No 40/09 • 115a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

CONSULTORIA CENOFISCOPERGUNTAS E RESPOSTAS

ICMS – Código de Situação Tributária –Utilização na Nota Fiscal, Modelo 1 ou 1-A

Qual é o Código de Situação Tributária (CST) a ser utilizadona emissão da Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A?

O Código da Situação Tributária (CST) será composto de trêsdígitos, na forma ABB, onde o primeiro dígito indicará a origem damercadoria, com base na Tabela A, e os segundo e terceiro dígitos,a tributação pelo ICMS, com base na Tabela B.

Origem da Mercadoria (Tabela A)

0 – Nacional1 – Estrangeira – Importação direta2 – Estrangeira – Adquirida no mercado interno

Tributação pelo ICMS (Tabela B)

00 – Tributada integralmente10 – Tributada e com cobrança do ICMS por substituição

tributária20 – Com redução de base de cálculo30 – Isenta, ou não tributada, e com cobrança do ICMS por

substituição tributária40 – Isenta41 – Não tributada50 – Suspensão51 – Diferimento60 – ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária70 – Com redução de base de cálculo e cobrança do ICMS

por substituição tributária90 – Outras

Base legal: Anexo 10 do RICMS-SC.

LEGISLAÇÃO FEDERALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

ATO COTEPE/ICMS Nº 30, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e); Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE)e Pedidos de Concessão de Uso, Cancelamento, Inutilização e Consulta a Cadastro Via WebServices – Manual de Integração – Aprovação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 30/09 dispõe sobre as especificações técnicas do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e),do Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE) e dos Pedidos de Concessão de Uso, Cancelamento,Inutilização e Consulta a Cadastro via webservices, conforme disposto no Ajuste SINIEF nº 9/07.

ATO COTEPE/ICMS Nº 31, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Especificação de Requisitos do Programa Aplicativo Fiscal – Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e Sistema de Gestão – Alteraçãona Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 31/09 altera o Ato COTEPE/ICMS nº 6/08, que dispõe sobre a especificação de requisitos doPrograma Aplicativo Fiscal – Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e do sistema de gestão utilizado por estabelecimento usuário deequipamento ECF.

Page 154: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

12 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoSC Manual de Procedimentos

CENOFISCO

ATO COTEPE/ICMS Nº 34, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Empresas Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Beneficiadas com Regime Especial de Apuração e Escrituração – Alteraçãona Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 34/09 altera o Anexo Único do Ato COTEPE/ICMS nº 10/08, que relaciona as empresasprestadoras de serviços de telecomunicações beneficiadas com regime especial de apuração e escrituração do ICMS, de que trata oConvênio ICMS nº 126/98, que dispõe sobre a concessão de regime especial, na área do ICMS, para prestações de serviços públicosde telecomunicações.

ATO COTEPE/ICMS Nº 35, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA) – Alteração na Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 35/09 altera o Ato COTEPE/ICMS nº 35/08, que dispõe sobre as especificações técnicas paraa fabricação do Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA), conformedisposto no Convênio ICMS nº 110/08.

DESPACHO CONFAZ Nº 321, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Divulgação da Publicação

Sinopse: O Despacho CONFAZ nº 321/09 divulga a publicação do Protocolo ICMS nº 100/09.

PROTOCOLO ICMS Nº 100, DE 05/08/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Sistema de Inteligência Fiscal (SIF) e Intercâmbio – Adesão do Distrito Federal

Sinopse: O Protocolo ICMS nº 100/09 dispõe sobre a adesão do Distrito Federal ao Protocolo ICMS nº 66/09, que trata dainstituição do Sistema de Inteligência Fiscal (SIF) e do intercâmbio de informações entre as Unidades da Federação.

PROTOCOLO ICMS Nº 100, DE 05/08/2009DOU de 15/09/2009, republicado no DOU de 17/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Adesão do Estado do Rio Grande do Norte e do Distrito Federal ao Protocolo ICMS nº 66/09

Sinopse: O Protocolo ICMS nº 100/09 dispõe sobre a adesão do Estado do Rio Grande do Norte e do Distrito Federal ao ProtocoloICMS nº 66/09, que trata da instituição do Sistema de Inteligência Fiscal (SIF) e do intercâmbio de informações entre as Unidades daFederação.

Page 155: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação SC

No 40/09 • 135a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

PORTARIA SECEX Nº 28, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

Importação/Exportação

Drawback – Alteração na Legislação

Sinopse: A Portaria SECEX nº 28/09 altera a Portaria SECEX nº 25, de 27/11/2008, que aprovou as disposições sobre as

operações de drawback.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-MG Nº 16, DE 16/09/2009DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 16/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação do

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-MG Nº 17, DE 16/09/2009DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 17/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação do

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 24, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 24/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação do

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 43, DE 16/09/2009DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 43/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação do

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

Page 156: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

14 • No 40/09 5a semanaSetembro

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoSC Manual de Procedimentos

CENOFISCO

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 44, DE 16/09/2009DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 44/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SC Nº 151, DE 10/09/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SC nº 151/09 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 279, DE 10/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – Produtos Nacionalizados – Isenção

Sinopse: A Solução de Consulta nº 279/09 esclarece sobre a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para osprodutos nacionalizados remetidos para a Zona Franca de Manaus ou a Amazônia Ocidental.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 287, DE 14/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Matérias-Primas, Produtos Intermediários e Material de Embalagem – Suspensão

Sinopse: A Solução de Consulta nº 287/09 esclarece sobre a suspensão do pagamento do Imposto sobre Produtos Industrializados(IPI) das matérias-primas, dos produtos intermediários e do material de embalagem vendidos a estabelecimentos industriais fabricantespreponderantemente de bens de que trata o § 1º-C do art. 4º da Lei nº 8.248/91.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 296, DE 26/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Pessoa Jurídica Preponderantemente Exportadora – Suspensão

Sinopse: A Solução de Consulta nº 296/09 esclarece sobre a suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para apessoa jurídica preponderantemente exportadora.

Page 157: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação SC

No 40/09 • 155a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

LEGISLAÇÃO ESTADUALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

DECRETO Nº 2.605, DE 01/09/2009DOE-SC de 11/09/2009

ICMS

Alterações no Regulamento

Sinopse: O Decreto nº 2.605/09 introduz as alterações nºs 2.143 a 2.146 no RICMS-SC e dá outras providências.

DECRETO Nº 2.606, DE 11/09/2009DOE-SC de 11/09/2009

ICMS

Alterações no Regulamento

Sinopse: O Decreto nº 2.606/09 introduz as alterações nºs 2.147 a 2.157 no RICMS-SC.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 299, DE 27/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – Remessa – Produto Nacionalizado

Sinopse: A Solução de Consulta nº 299/09 esclarece sobre a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na remessa deproduto nacionalizado para a Zona Franca de Manaus e a Amazônia Ocidental.

Page 158: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ÍNDICE

ICMS ........................................................................................ 3

• ICMS – Produtos da Cesta Básica – Tratamento Fiscal

IPI .............................................................................................. 9

• Bens de Produção – Saídas do Estabelecimento Industrial –

Tributação

IPTU – Município de São Paulo .................................. 11

• IPTU – Atualização Cadastral – Alteração da Data de Vencimento

do IPTU – Recebimento de Notificação do IPTU em Endereço

Diverso

Jurisprudência e Outros ................................................ 13

• Superior Tribunal de Justiça (STJ)

– ISS – Crédito Tributário Constituído com Base em AlíquotaInferior à Prevista – Impossibilidade de Cobrança de MultaFiscal e Demais Encargos

Consultoria Cenofisco ................................................... 14

• ICMS – Autenticação – Documentos Fiscais – Processo

Mecanizado

• ICMS – Entrega da Mercadoria – Local Diverso do Adquirente

continua

Destaques

ICMS

• Esse trabalho visa abordar o tratamento fiscal

observado as operações com os produtos da cesta

básica

IPI

• Trabalho com esclarecimentos sobre a tributação

do IPI nas saídas de bens de produção do esta-

belecimento industrial.

IPTU

• Neste trabalho abordaremos a inscrição imobi-

liária e a atualização cadastral relativas ao ca-

dastro imobiliário fiscal, a opção de data de

vencimento do IPTU e o recebimento da notifi-

cação do IPTU em endereço diverso com base

nos procedimentos a serem observados pela

Portaria SF nº 124/09.

Klayton Teixeira Turrin

Kelly Luciene dos S. Fernandes

Sebastião Guedes de Araújo

40

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoSP

CENOFISCOProcedimentosMANUAL DE

Cenofisco BD Legislação

Com segurança e confiabilidade nas informações, o Cenofisco disponibili-za, inteiramente grátis, o mais completo acervo de normas federais doPaís (de 1900 a 2009) com atualização diária, moderno sistema depesquisa (por número, assunto e data) e normas legais do diaAcesse www.cenofisco.com.br e confira agora este benefício.

Page 159: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoSP

2 • No 40/09 5a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

Legislação Federal .............................................. 14

• ICMS– Ato COTEPE/ICMS nº 30/09

Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e); DocumentoAuxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico(DACTE) e Pedidos de Concessão de Uso,Cancelamento, Inutilização e Consulta a Cadastro ViaWebServices – Manual de Integração – Aprovação

– Ato COTEPE/ICMS nº 31/09Especificação de Requisitos do Programa Aplicativo Fiscal –Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e Sistema deGestão – Alteração na Legislação

– Ato COTEPE/ICMS nº 34/09Empresas Prestadoras de Serviços de TelecomunicaçõesBeneficiadas com Regime Especial de Apuração eEscrituração – Alteração na Legislação

– Ato COTEPE/ICMS nº 35/09Formulário de Segurança para Impressão de DocumentoAuxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA) –Alteração na Legislação

– Despacho CONFAZ nº 321/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Divulgação da Publicação

– Protocolo ICMS nº 100/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Sistema de Inteligência Fiscal(SIF) e Intercâmbio – Adesão do Distrito Federal

– Protocolo ICMS nº 100/09Protocolo ICMS nº 100/09 – Adesão do Estado do RioGrande do Norte e do Distrito Federal ao Protocolo ICMSnº 66/09

• Importação/Exportação– Portaria SECEX nº 28/09

Drawback – Alteração na Legislação

• IPI– Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 16/09

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 17/09

Bebidas – Enquadramento

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Manual de procedimentos : ICMS, IPI, ISS, outros e legislação, SP. – – Curitiba, PR : Cenofisco Editora, 2006.

ISBN 85-7569-027-2

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – Leis e legislação – São Paulo 2. Imposto sobre Produtos Industrializados – Leis e legislação – São Paulo3. Imposto sobre Serviços – Leis e legislação – São Paulo 4. Tributos – Leis e Legislação – São Paulo

I. Título: ICMS, IPI, ISS, outros e legislação, SP.

06-9525 CDU-34:336.2 (816.1)

Índices para catálogo sistemático :

1. São Paulo : Direito fiscal 34:336.2 (816.1)

ÍNDICE – CONTINUAÇÃO

– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 24/09Bebidas – Enquadramento

– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 43/09Bebidas – Enquadramento

– Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 44/09Bebidas – Enquadramento

– Ato Declaratório Executivo RFB-SC nº 151/09Bebidas – Enquadramento

– Solução de Consulta nº 279/09Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – ProdutosNacionalizados – Isenção

– Solução de Consulta nº 287/09Matérias-Primas, Produtos Intermediários e Material deEmbalagem – Suspensão

– Solução de Consulta nº 296/09Pessoa Jurídica Preponderantemente Exportadora –Suspensão

– Solução de Consulta nº 299/09Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental –Remessa – Produto Nacionalizado

Legislação Estadual ............................................ 17

• ICMS– Portaria CAT nº 176/09

Bebida Alcoólica (Exceto Cerveja e Chope) – SubstituiçãoTributária – Base de Cálculo – Eficácia de 01/03 a31/10/2009

– Portaria CAT nº 178/09Produtos Eletrônicos, Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos –Substituição Tributária – Base de Cálculo – Eficácia de01/10/2009 a 30/06/2010

– Portaria CAT nº 179/09Produtos Eletrônicos, Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos –Substituição Tributária – Base de Cálculo – Eficácia de01/10/2009 a 30/06/2010 – Alteração

Page 160: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação SP

No 40/09 • 35a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

ICMS

ICMS – Produtos da Cesta Básica –Tratamento Fiscal

SUMÁRIO

1. Introdução

2. Produtos com Alíquota de 12%

3. Produtos com Alíquota de 18%

4. Produtos Integrantes da Cesta Básica4.1. Aplicação do benefício – Condições4.2. Manutenção e estorno do crédito – Hipóteses4.3. Cálculo da redução4.4. Exemplo4.5. Escrituração fiscal

5. Outros Produtos Alimentícios5.1. Isenção5.2. Redução de base de cálculo

6. Produtos Alimentícios Sujeitos ao Regime de SubstituiçãoTributária

1. Introdução

Determina o art. 155, § 2º, III da Constituição Federal de1988 que o ICMS será seletivo em razão da essencialidade damercadoria ou do serviço, o que significa dizer que poderá seratribuída carga tributária reduzida desde que tais mercadorias ouserviços sejam considerados essenciais do ponto de vista econô-mico-social.

Os produtos que compõem a cesta básica, por serem consi-derados essenciais para a alimentação humana foram abrangidospor essa norma. Em regra são tributados mediante aplicação dealíquota menor ou base de cálculo reduzida, podendo ainda estarisentos da tributação do ICMS.

Os produtos destinados a alimentação humana, como regra,e aqueles que compõem a cesta básica, em especial, são abran-gidos por referida norma de forma que a tributação do ICMS quelhes é aplicável, em muitos casos, resulta favorecida pela aplicaçãode alíquotas menores, redução de base de cálculo e ainda comisenção do imposto, o que passaremos a analisar a seguir combase no RICMS-SP, aprovado pelo Decreto nº 45.490/00.

2. Produtos com Alíquota de 12%

Estão contempladas com a aplicação da alíquota de 12% asoperações internas realizadas com (art. 54, incisos II e XVI doRICMS-SP):

a) ave, coelho ou gado bovino, suíno, caprino ou ovino em pé eproduto comestível resultante do seu abate, em estadonatural, resfriado ou congelado;

b) farinha de trigo, bem como mistura pré-preparada de fari-nha de trigo classificada no código 1901.20.9900 daNBM/SH, e massas alimentícias não cozidas, nem rechea-das ou preparadas de outro modo;

c) pão, exceto pão francês ou de sal e desde que classificadonas subposições 1905.10, 1905.20 ou 1905.90 e pãotorrado, torradas ou produtos semelhantes da subposição1905.40, todas da NBM/SH.

3. Produtos com Alíquota de 18%

Os demais produtos alimentícios, que não estiverem indica-dos no art. 54 do RICMS-SP serão tributados pela alíquota de18%, nos termos do art. 52, inciso I do RICMS-SP.

4. Produtos Integrantes da Cesta Básica

A base de cálculo do ICMS nas operações internas realizadascom produtos que compõem a cesta básica, assim entendidospara efeitos fiscais, aqueles expressamente mencionados no art. 3ºdo Anexo II do RICMS-SP, será reduzida de tal forma que a cargatributária seja equivalente a 7%.

Os produtos que compõem a cesta básica beneficiados pelaredução de base de cálculo prevista no referido artigo contemplamprodutos tributados pela alíquota de 12% ou 18% relativamente àsseguintes mercadorias:

a) leite esterilizado (longa vida), produzido em território paulista,classificado nos códigos 0401.10.10 e 0401.20.10 daNBM/SH e leite em pó;

b) café torrado, em grão, moído e o descafeinado, classificadona subposição 0901.2 da NBM/SH;

c) óleos vegetais comestíveis refinados, semi-refinados, embruto ou degomados, exceto o de oliva, e a embalagemdestinada a seu acondicionamento;

d) açúcar cristal ou refinado classificado nos códigos1701.11.00 e 1701.99.00 da NBM/SH;

e) alho;

Page 161: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoSP

4 • No 40/09 5a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

f) farinha de milho, fubá, inclusive o pré-cozido;

g) pescados, exceto crustáceos e moluscos, em estado na-tural, resfriados, congelados, salgados, secos, eviscera-dos, filetados, postejados ou defumados para conserva-ção, desde que não enlatados ou cozidos;

h) apresuntado;

i) maçã e pera;

j) ovo de codorna seco, cozido, congelado ou conservado deoutro modo;

k) pão de forma, pão de especiarias, sem adição de frutas echocolate e nem recobertos, e pão tipo bisnaga, classifica-dos, respectivamente, nos códigos 1905.90.10,1905.20.90 e 1905.90.90 da NBM/SH;

l) iogurte e leite fermentado, classificados, respectivamente,nos códigos 0403.10.00 e 0403.90.00 da NBM/SH;

m) trigo em grão, exceto para semeadura, classificado naposição 1001.00 da NBM/SH;

n) farinha de trigo classificada na posição 1101.00 daNBM/SH;

o) mistura pré-preparada de farinha de trigo para panificação,que contenha no mínimo 95% de farinha de trigo, classifica-da no código 1901.20 da NBM/SH;

p) massas alimentícias não cozidas, nem recheadas ou pre-paradas de outro modo, desde que classificadas na posi-ção 1902.11 ou 1902.19 da NBM/SH;

q) biscoitos e bolachas derivados do trigo, dos tipos creamcracker, água e sal, maisena, maria e outros de consumopopular, classificados na posição 1905.31 da NBM/SH,desde que não sejam adicionados de cacau, recheados,cobertos ou amanteigados, independentemente de suadenominação comercial;

r) pão francês ou de sal, assim entendido aquele de consu-mo popular, obtido pela cocção de massa preparada comfarinha de trigo, fermento biológico, água e sal, que nãocontenham ingrediente que venha a modificar o seu tipo,característica ou classificação e que sejam produzidoscom o peso de até 1000 gramas, desde que classificadona posição 1905.90 da NBM/SH;

s) arroz, farinha de mandioca, feijão, charque e sal de cozinha;

t) linguiça, mortadela, salsicha, sardinha enlatada e vinagre;

u) manteiga, margarina e creme vegetal.

4.1. Aplicação do benefício – Condições

O benefício de redução da base de cálculo do ICMS, tratadono tópico 4 desse trabalho, fica condicionado a que (art. 3º, § 1º,do Anexo II do RICMS-SP):

a) a entrada e a saída sejam comprovadas mediante emissão

de documento fiscal próprio;

b) as operações, tanto a de aquisição como a de saída, sejam

regularmente escrituradas.

4.2. Manutenção e estorno do crédito – Hipóteses

Nos termos do § 2°, art. 3º do Anexo II do RICMS-SP, no

que se refere às mercadorias relacionadas no tópico 4, não se

exigirá o estorno do crédito do imposto relativo à entrada de merca-

doria, bem como ao serviço tomado quando:

a) destinar-se a integração ou consumo em seu processo de

industrialização das mercadorias elencadas nas alíneas “a”

até “l”, “s” e “t” do tópico 4;

b) a saída subsequente da mercadoria recebida ou do

produto resultante de sua industrialização não estiver

sujeita à redução da base de cálculo prevista no referido

Anexo.

4.3. Cálculo da redução

Para melhor exemplificar o cálculo a ser utilizado para redução

da base de cálculo do imposto, apresentamos o que segue:

Fórmula = 100 x carga tributária ÷ alíquota

4.4. Exemplo

Na hipótese de operação interna no valor de R$ 100,00,

tributada pela alíquota de 12%, o resultado de carga tributária

equivalente a 7% será obtido mediante o seguinte cálculo:

100 x 7 ÷ 12 = 58,33% (base de cálculo do ICMS)

100 - 58,33 = 41,67% (percentual de redução)

R$ 100,00 - 41,67% = R$ 58,33 (base de cálculo)

R$ 58,33 x 12% = R$ 7,00 (ICMS devido)

Seria o mesmo que aplicar uma alíquota de 7% sobre o valor

da operação, que é a base de cálculo do imposto, ou seja:

R$ 100,00 x 7% = R$ 7,00

Page 162: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação SP

No 40/09 • 55a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

A seguir, exemplo de nota fiscal emitida com redução de base de cálculo prevista no art. 3º do Anexo II do RICMS-SP:

NOTA FISCAL N° 000.001

SAÍDA ENTRADA

EMITENTE: 1ª VIA

Nome / Razão Social: Comércio de massas KF Ltda.Endereço: Bairro/Distrito:Município: São Paulo UF: SPFone/Fax: CEP:

DESTINATÁRIO/

CNPJ

REMETENTE

NATUREZA DA OPERAÇÃO

Venda

CFOP5.102

INSCRIÇÃO ESTADUAL DO SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO INSCRIÇÃO ESTADUAL DATA LIMITE PARAEMISSÃO00.00.00

DESTINATÁRIO REMETENTE

NOME / RAZÃO SOCIALComércio Varejista Gulozitos Esteves Ltda.

CNPJ / CPF DATA DA EMISSÃO10.09.2009

ENDEREÇO BAIRRO / DISTRITO CEP DATA DASAÍDA / ENTRADA

10.09.2009

MUNICÍPIO FONE / FAX UF

SPINSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA SAÍDA

13hs

DADOS DO PRODUTO

ALÍQUOTASCÓDPROD

DESCRIÇÃO DOSPRODUTOS

CLASSIFFISCAL

SITUAÇÃOTRIBUTÁRIA

UNIDADE QUANTIDADEVALOR

UNITÁRIOVALOR TOTAL

ICMS IPI

VALOR DOIPI

04050 Massa alimentícianão cozida

020 un 50 2,00 100,00

CÁLCULO DO IMPOSTO

BASE DE CÁLCULO DO ICMS58,33

VALOR DO ICMS7,00

BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR TOTAL DOS PRODUTOS

100,00

VALOR DO FRETE VALOR DO SEGURO OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA

100,00 TRANSPORTADOR / VOLUMES TRANSPORTADOS

NOME / RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA1 EMITENTE2 DESTINATÁRIO

PLACA DO VEÍCULO UF CNPJ / CPF

ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL

QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO

DADOS ADICIONAIS

Base de cálculo reduzida – art. 3º do Anexo II do RICMS-SP

RESERVADO AO FISCO

N° DE CONTROLEDO FORMULÁRIO

DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR

RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO NOTA FISCAL

DATA DORECEBIMENTO

IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDORN° 000.001

Page 163: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoSP

6 • No 40/09 5a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

4.5. Escrituração fiscal

A escrituração fiscal da nota fiscal nº 000.001 será feita na forma exemplificada a seguir:

LIVRO REGISTRO DE SAÍDAS

ICMS – VALORES FISCAIS IPI – VALORES FISCAISVALOR

CONTÁBIL COM DÉBITO SEM DÉBITOCOM

DÉBITOSEM DÉBITO

CFOPVL

CONTBC ALÍQ ICMS

ISEN/NT

OUTR BC IPI ISEN OUTR

OBSERVAÇÕES

5.102 100,00 58,33 12% 7,00 41,67 - - - - -

5. Outros Produtos Alimentícios

O Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decretonº 45.490/00, estabelece benefícios fiscais como isenção e redu-ção de base de cálculo para outros produtos alimentícios. A seguir,elencamos alguns:

5.1. Isenção

Conforme preceitua Roque Antonio Carrazza, in ICMS, EditoraMalheiros, pág. 454, “Isenção é uma limitação legal no âmbito devalidade da norma jurídica tributária, que impede que o tributonasça”.

As hipóteses de isenção do ICMS estão elencadas no AnexoI do RICMS/00, aprovado pelo Decreto nº 45.490/00, incluindodiversos produtos alimentícios.

5.1.1. Farinha de mandioca

A operação interna realizada com farinha de mandioca estáamparada pela isenção do ICMS, conforme dispõe o art. 123 doAnexo I do RICMS-SP.

Convém esclarecer que a farinha de mandioca alcançada pelotratamento tributário mais favorecido não contempla a farinha demandioca temperada, há que se considerar que as normas queconcedem o tratamento tributário favorecido ao produto, o fazem domodo mais específico possível, conforme dispõe a Decisão Nor-mativa CAT nº 3/07.

Dessa forma, observe-se que a farinha de mandioca tempera-da será tributada pela alíquota de 18%.

5.1.2. Carne

A saída interna realizada com carne e demais produtos comestí-veis frescos, resfriados, congelados, salgados, secos ou temperados,

resultante do abate de aves, leporídeos e gado bovino, bufalino, capri-no, ovino e suíno está ampara pela isenção do ICMS, conforme dispõeo art. 144 do Anexo I do RICMS-SP (Decreto nº 54.643/09).

Nos termos do parágrafo único do artigo citado, no que se refereàs mercadorias relacionadas anteriormente, não se exigirá estorno docrédito do imposto correspondente à entrada de gado bovino em pé,relacionada a isenção prevista no art. 144 do Anexo I do RICMS-SP.

O Comunicado CAT nº 37/09, esclarece que quando asaída das mercadorias isentas, relacionadas anteriormente, for pro-movida por frigorífico industrial ou abatedor, será permitida apenasa manutenção do crédito do imposto referente à aquisição de gadobovino ou suíno em pé utilizado como insumo na fabricação dosprodutos isentos, no montante permitido, devendo os demais cré-ditos serem estornados, caso tenham sido lançados.

Quando a saída dos produtos citados for promovida porcomerciante atacadista ou varejista, o valor do imposto eventual-mente destacado na nota fiscal relativa à aquisição interna ouinterestadual não poderão ser objeto de lançamento a crédito, ouseja, o crédito não será permitido.

No que se refere as saídas interestaduais dos produtos mencio-nados no caput desse tópico, aplicam-se as normas gerais de tribu-tação, ou seja, será permitida a manutenção do crédito relativo àaquisição, seja dos insumos de produção e/ou dos produtos mencio-nados no caput, proporcionalmente às saídas tributadas e às saídasnão-tributadas com expressa previsão de manutenção do crédito.

Os produtos mencionados no caput desse subtópico, estavamrelacionados na redução de base de cálculo do ICMS, prevista no art. 3ºdo Anexo II item I, atualmente revogada pelo Decreto nº 54.643/09.

5.1.3. Hortifrutigranjeiros

O art. 36 do Anexo I do RICMS-SP, isenta do ICMS asoperações com os produtos a seguir indicados, em estado natural,exceto quando destinados à industrialização.

Page 164: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação SP

No 40/09 • 75a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

I – abóbora, abobrinha, acelga, agrião, aipim, aipo, alcachofra,alecrim, alface, alfavaca, alfazema, almeirão, aneto, anis, araruta,arruda e azedim;

II – bardana, batata, batata-doce, berinjela, bertalha, beterra-ba, brócolos e brotos de vegetais usados na alimentação humana;

III – cacateira, cambuquira, camomila, cará, cardo, catalonha,cebola, cebolinha, cenoura, chicória, chuchu, coentro, cogumelo,cominho, couve e couve-flor;

IV – endívia, erva-cidreira, erva-de-santa-maria, erva-doce, er-vilha, escarola, espargo e espinafre;

V – funcho, flores e frutas frescas, exceto amêndoas, avelãs,castanhas, nozes, peras e maçãs;

VI – gengibre, hortelã, inhame, jiló e losna;

VII – macaxeira, mandioca, manjericão, manjerona, maxixe,milho verde, moranga e mostarda;

VIII – nabiça e nabo;

IX – ovos;

X – palmito, pepino, pimenta e pimentão;

XI – quiabo, rabanete, raiz-forte, repolho, repolho chinês, rúcu-la, ruibarbo, salsa, salsão e segurelha;

XII – taioba, tampala, tomate, tomilho e vagem;

XIII – demais folhas usadas na alimentação humana.

O referido benefício aplica-se, também, às operações com osprodutos a seguir indicados, quando comercializados em estadoseco, ainda que triturados ou em pó:

1 – açafrão, 0910.20.00, e açafrão-da-terra, 0910.30.00;

2 – alecrim, 0910.99.00;

3 – erva-doce e folhas de sene, 1211.90.90;

4 – folhas de louro, 0910.99.00;

5 – hortelã, 1211.90.90;

6 – manjerona e manjericão, 1211.90.90;

7 – orégano, 1211.90.10;

8 – sálvia, 0910.99.00;

9 – sementes de anis, 0909.10.10;

10 – sementes de badiana (anis estrelado), 0909.10.20;

11 – sementes de coentro, 0909.20.00;

12 – sementes de cominho, 0909.30.00;

13 – sementes de funcho, 0909.50.00;

14 – tomilho, 0910.99.00.

Define o art. 4º do RICMS-SP que para efeitos da legislaçãodo ICMS, considera-se em estado natural, o produto tal como seencontra na natureza, que não tenha sido submetido a nenhumprocesso de industrialização previstos no inciso I do mesmo artigo,não perdendo essa condição a que apenas tiver sido submetido aresfriamento, congelamento, secagem natural, acondicionamentorudimentar ou que, para ser comercializado, dependa necessaria-mente de beneficiamento ou acondicionamento.

5.1.4. Hortifrutigranjeiros destinado à industrialização

O art. 104 do Anexo I do RICMS-SP, dispõe que ficamisentas do ICMS as saídas internas dos produtos hortifrutigranjeirosem estado natural relacionados no art. 36 do Anexo I doRICMS/00 com destino a estabelecimento industrial localizadoneste Estado.

5.1.5. Leite

A saída interna de estabelecimento varejista de leite pasteuri-zado tipo especial, com 3,2% de gordura, de leite pasteurizadomagro, reconstituído ou não, com até 2% de gordura, ou de leitepasteurizado tipo “A” ou “B”, com destino a consumidor final serábeneficiada com o beneficio fiscal de isenção do ICMS (art. 43 doAnexo I do RICMS/00).

Também ficam isentas do ICMS às saídas internas de leitecru, pasteurizado ou reidratado (art. 103 do RICMS/00).

5.2. Redução de base de cálculo

Outros produtos considerados elementares à alimentaçãobásica do brasileiro contam com benefícios fiscais arrolados emnormas específicas, conforme relacionaremos a seguir:

5.2.1. Mandioca – Produto resultante

Estabelece o art. 43 do Anexo II do RICMS-SP que ficareduzida a base de cálculo do imposto incidente na saída deproduto resultante da industrialização de mandioca promovida pelorespectivo estabelecimento industrializador, de forma que a cargatributária resulte no percentual de 7%, em atendimento ao dispostono Convênio ICMS nº 153/04.

O benefício fiscal de redução de base de cálculo, expostoanteriormente, vigorará enquanto viger o Convênio ICMS nº 153/04,nesse sentido recomenda-se acompanhamento na legislação.

Page 165: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoSP

8 • No 40/09 5a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

Nota Cenofisco:A vigência do Convênio ICMS nº 153/04 foi prorrogada para31/12/2009, por meio do Convênio ICMS nº 69/09.

5.2.2. Queijo

Estabelece o art. 51 do Anexo II do RICMS-SP que ficareduzida a base de cálculo do imposto incidente na operaçãointerna com queijos tipo mussarela, prato e de minas, de forma quea carga tributária resulte em 12%.

Não será exigido o estorno proporcional do crédito do impostorelativo à mercadoria beneficiada com a redução prevista no artigo citado.

5.2.3. Carne

Nos termos do art. 45 do RICMS-SP, fica reduzida a base decálculo do imposto incidente na saída interestadual de carne edemais produtos comestíveis frescos resultantes do abate de ave,leporídeo e gado bovino, bufalino, caprino, ovino ou suíno, resfria-dos, congelados, salgados, secos ou temperados, de forma que acarga tributária resulte no percentual de 7%.

A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, se manifes-tou por meio da Resposta à Consulta nº 416/06, sobre a impos-sibilidade de aplicação da redução de base de cálculo prevista noart. 45 do RICMS-SP aos produtos industrializados, como porexemplo filé de peito de frango temperado e empanado, pois aosofrer processo de industrialização mencionado os referidos produ-tos não mais serão considerados em estado natural.

Define o art. 4º do RICMS-SP que para efeitos da legislaçãodo ICMS, considera-se em estado natural, o produto tal como seencontra na natureza, que não tenha sido submetido a nenhumprocesso de industrialização previstos no inciso I do mesmo artigo,não perdendo essa condição a que apenas tiver sido submetido aresfriamento, congelamento, secagem natural, acondicionamentorudimentar ou que, para ser comercializado, dependa necessaria-mente de beneficiamento ou acondicionamento.

“ICMS – Redução de Base de Cálculo do Imposto nas Opera-ções com Produtos Comestíveis Frescos Resultantes do Abate deGado – Decreto 50.456/2005 – Impossibilidade de Aplicação aProdutos Industrializados.

Resposta à Consulta Tributária nº 416/2006, de 28 de agostode 2006

1. A Consulente informa produzir filé de peito de frango tempe-rado empanado congelado, que é vendido aos comerciantes vare-jistas, principalmente supermercados.

2. Relata que, na produção desta mercadoria segue os se-guintes procedimentos: “a) a carne congelada de ave (peito) semosso é descongelada e segue para o tumbler a vácuo para ama-ciamento e absorção; b) a farinha de milho é triturada até se

constituir em pó fino e misturada com os demais ingredientes(tempero); c) é adicionada água à mistura para formação de creme;d) a carne é empanada neste creme e coberta com farinha e d) o filéde peito de frango temperado segue para congelamento”.

3. Citando o Convênio ICMS nº 89/05, ratificado peloDecreto nº 49.921/05, solicita que esta Consultoria Tributária es-clareça se a saída interestadual do produto filé de peito de frango tempe-rado empanado congelado está sujeita à tributação de ICMS de 7%.

4. As disposições constantes da cláusula primeira do Convê-nio ICMS nº 89/05 foram acrescentadas ao RICMS/00 (art. 45do anexo II) pelo Decreto nº 50.456/05, produzindo efeitos parafatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2006. Apropósito transcrevemos o art. 45 do Anexo II do RICMS/00:

“Artigo 45 (CARNE) – Fica reduzida a base de cálculo doimposto incidente na saída interestadual de carne e demais produ-tos comestíveis frescos resultantes do abate de ave, leporídeo egado bovino, bufalino, caprino, ovino ou suíno, resfriados, congela-dos, salgados, secos ou temperados, de forma que a carga tributá-ria resulte no percentual de 7% (sete por cento) (Convênio ICMS-89/05, cláusula primeira). (Acrescentado ao anexo II o artigo 45 peloinciso I do artigo 2º do Decreto nº 50.456 , de 29 de dezembro de2005, DOE 30/12/2006, efeitos para os fatos geradores queocorrerem a partir de 1º de janeiro de 2006).”

5. Percebe-se da leitura dos dispositivos legais anteriormente trans-critos que a redução de base de cálculo do ICMS se aplica aos produtosresultantes do abate de ave, leporídeo ou gado em estado natural, sim-plesmente resfriados, congelados salgados, secos ou temperados.

6. Pela descrição do processo de produção do “filé de peito defrango temperado empanado congelado”, comercializado pela Con-sulente, tem-se que este não se configura como produto comestívelresultante do abate do gado que esteja em estado natural ou quetenha sofrido simples resfriamento, congelamento, salgamento, se-cagem ou adição de tempero, mas como produto que sofreu proces-so de industrialização complexo, inclusive empanamento.

7. Assim, concluímos pela inaplicabilidade da redução debase de cálculo prevista no artigo 45 do Anexo II do RICMS/00 àsoperações objeto da consulta.

FÁBIO ROBERTO CORRÊA CASTILHO – Consultor Tributário.De acordo. CRISTIANE REDIS CARVALHO – Consultora TributáriaChefe – 2ª ACT. GUILHERME ALVARENGA PACHECO – DiretorAdjunto da Consultoria Tributária.”

6. Produtos Alimentícios Sujeitos ao Regimede Substituição Tributária

Sem prejuízo do exposto anteriormente , lembramos que muitosprodutos alimentícios encontram-se, atualmente, submetidos ao re-gime de substituição tributária por retenção antecipada do imposto.

Page 166: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação SP

No 40/09 • 95a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

No regime de Substituição Tributária, o Estado atribui a deter-minado contribuinte a responsabilidade pela retenção e recolhimen-to do ICMS incidente nas operações que vierem a ser realizadaspelos próximos contribuintes da cadeia de comercialização com amesma mercadoria, até o consumidor final.

O substituto tributário ou sujeito passivo por substituição tribu-tária é o contribuinte eleito como responsável pela retenção e reco-lhimento do ICMS.

O contribuinte substituído é aquele que sofre a retenção doimposto por parte do substituto, ou seja, recebe a mercadoria como imposto já retido e promove sua subsequente saída.

Concluímos que contribuinte substituto “substitui” os demaiscontribuintes na obrigatoriedade de recolhimento do imposto porocasião da saída da mercadoria, mediante a retenção e recolhimen-to do imposto antecipadamente, razão pela qual aquele que recebea mercadoria com o imposto retido é denominado “substituído”.

Alguns produtos alimentícios, mencionados neste trabalho,estão sujeitos a substituição tributária, entre eles observamos osseguintes:

1) leite em pó, classificado na posição 0402.1 da NCM;

2) leite “longa vida” (UHT – Ultra High Temperature), em reci-piente de conteúdo inferior ou igual a 2 litros, classificados naposição 0401.10.10 e 0401.20.10 da NCM;

3) iogurte e leite fermentado, em recipiente de conteúdoinferior ou igual a 2 litros, classificado na posição 04.03 da NCM;

4) óleos:

a) óleo de soja refinado, em recipientes com capacidadeinferior ou igual a 5 litros, 1507.90.11 da NCM;

b) óleo de amendoim refinado, em recipientes com capacida-de inferior ou igual a 5 litros, 15.08 da NCM;

c) óleo de girassol ou de algodão refinado, em recipientescom capacidade inferior ou igual a 5 litros, 1512.19.11 daNCM e 1512.29.10 da NCM;

d) óleo de canola, em recipientes com capacidade inferior ouigual a 5 litros, 1514.1 da NCM;

e) óleo de linhaça refinado, em recipientes com capacidadeinferior ou igual a 5 litros, da NCM 1515.19.00;

f) óleo de milho refinado, em recipientes com capacidadeinferior ou igual a 5 litros, 1515.29.10 da NCM;

5) café torrado e moído, em embalagens de conteúdo inferiorou igual a 2 kilos, 09.01 da NCM;

6) açúcar, em embalagens de conteúdo inferior ou igual a 2kilos, exceto as embalagens contendo envelopes individualizados(sachês) de conteúdo igual ou inferior a 10 gramas, 1701.1 daNCM ou 17.01.99 da NCM. •

IPI

Bens de Produção – Saídas doEstabelecimento Industrial – Tributação

SUMÁRIO

1. Considerações Iniciais

2. Bens de Produção – Conceito

3. Saída de Bens de Produção do Estabelecimento Industrial –Tributação3.1. Fato gerador3.2. Estabelecimento equiparado a industrial – Aquisição de

bem com suspensão – Revenda posterior – Recolhi-mento do imposto

3.3. Bens de produção – Material de embalagem – Aquisi-ção de comercial varejista – Consideração quanto aocrédito do imposto

4. Mercadorias Revendidas a Consumidores Finais

1. Considerações Iniciais

Nesta oportunidade, faremos um breve comentário sobre atributação do IPI nas saídas do estabelecimento industrial de bensde produção, segundo as disposições aprovadas pelo Decretonº 5.544/02, ato que aprovou Regulamento do IPI.

2. Bens de Produção – Conceito

Nos termos do art. 519 do RIPI/02, são considerados bensde produção:

a) as matérias-primas;

b) os produtos intermediários, inclusive os que, embora nãointegrando o produto final, sejam consumidos ou utilizadosno processo industrial;

Page 167: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoSP

10 • No 40/09 5a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

c) os produtos destinados a embalagem e acondicionamento;

d) as ferramentas empregadas no processo industrial, excetoas manuais; e

e) as máquinas, os instrumentos, os aparelhos e os equipa-mentos, inclusive suas peças, partes e outros componen-tes que se destinem a emprego no processo industrial.

3. Saída de Bens de Produção doEstabelecimento Industrial – Tributação

Nos termos do art. 9º, § 4º, do RIPI/02, os estabelecimentosindustriais, quando derem saída de matéria-prima (MP), produtosintermediários (PI) e materiais de embalagens (ME) adquiridos deterceiros, com destino a outros estabelecimentos, para industriali-zação ou revenda, serão considerados estabelecimentos comer-ciais de bens de produção e obrigatoriamente equiparados a esta-belecimento industrial em relação a essas operações.

3.1. Fato gerador

Segundo o art. 34, inciso II, do RIPI/02, constitui fato geradordo IPI, dentre outras hipóteses previstas na legislação, a saída deproduto do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial.

Assim, haverá incidência do IPI na saída do estabelecimentoindustrial de produtos submetidos a processo de industrialização(industrializados) e na saída de bens de produção adquiridos deterceiros, com destino a outros estabelecimentos, para industrializaçãoou revenda, segundo os arts. 9º, § 4º, e 34, inciso II, do RIPI/02.

3.2. Estabelecimento equiparado a industrial –Aquisição de bem com suspensão – Revendaposterior – Recolhimento do imposto

Conforme a Solução de Consulta nº 12, de 26/03/2009,caso o estabelecimento equiparado a industrial tenha adquiridocom suspensão do IPI bens de produção, mais tarde revendidos,estará sujeito, no momento da revenda, à exigência do imposto,com as penalidades cabíveis, considerando-se devidos o IPI e osacréscimos desde a data em que esses bens saíram do fornece-dor do estabelecimento equiparado a industrial. Para conhecimen-to, reproduzimos a seguir a íntegra da mencionada solução:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 12DE 26 DE MARÇO DE 2009

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Industrialização por encomenda. Base de cálculo.Suspensão. Os estabelecimentos industriais, quando derem saídaa insumos, adquiridos de terceiros, com destino a outros estabele-

cimentos, para industrialização ou revenda, serão consideradosestabelecimentos comerciais de bens de produção e obrigatoria-mente equiparados a estabelecimento industrial em relação a es-sas operações. Caso um estabelecimento equiparado a industrialtenha adquirido com suspensão do IPI bens de produção, maistarde revendidos, estará sujeito, no momento da revenda, à exigên-cia do imposto, com as penalidades cabíveis, considerando-sedevidos o IPI e os acréscimos desde a data em que esses benssaíram do fornecedor do estabelecimento equiparado a industrial.”

3.3. Bens de produção – Material de embalagem –Aquisição de comercial varejista – Consideraçãoquanto ao crédito do imposto

Neste sentido, examinar a Solução de Consulta nº 9, de12/01/2005, a seguir reproduzida, que traz esclarecimentos sobreo assunto:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 9DE 12 DE JANEIRO DE 2005

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Bens de produção. Material de embalagem. Aquisi-ção de comercial varejista. Créditos. Industrial que adquire bens deprodução (aí incluído o material de embalagem) de estabelecimentocomercial varejista só terá direito ao crédito do IPI de que trata oart. 165 do RIPI/02 se o varejista for caracterizado como comer-ciante atacadista, de acordo com o RIPI/02 e, ainda, não for contri-buinte do IPI. Não basta ao comerciante varejista vender bens deprodução a estabelecimento industrial para ser caracterizado comoatacadista. Para tanto é necessário que o valor das vendas de bensde produção do varejista ultrapasse o limite fixado em Regulamento –20% do total das vendas realizadas pelo estabelecimento varejistano semestre civil.”

4. Mercadorias Revendidas a ConsumidoresFinais

Na revenda de mercadorias a consumidores finais, sem teremsido submetidas a processo de industrialização no estabelecimen-to industrial, não há incidência do IPI. Nesse sentido, esclarecem asSoluções de Consultas nºs 12, de 12/02/2003, e 367, de13/10/2008, a seguir reproduzidas:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 12, DE 12/02/03DOU de 14/03/03

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI.

EMENTA: IPI. Incidência. O IPI incide na saída do estabeleci-mento industrial de produtos que nele foram submetidos a opera-

Page 168: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação SP

No 40/09 • 115a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

ção de industrialização, bem como na saída de bens de produção

adquiridos de terceiros, com destino a outros estabelecimentos,

para industrialização ou revenda. O IPI não incide nas operações em

que saem do estabelecimento industrial mercadorias revendidas a

consumidores finais sem terem sido submetidas a processo de

industrialização no dito estabelecimento.

Dispositivos legais: CF/88, art 153, IV; CTN, arts. 46, II, e 51, III;

RIPI/2002, art. 9º, § 4º, art. 34, II, e art. 519, incs. I e II. Francisco

Pawlow – Chefe Disit/SRRF06.”

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 367 DE 13 DE OUTUBRODE 2008

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: Matéria-Prima. Revenda. A equiparação, compul-sória, a estabelecimento industrial de que trata o § 4º do art. 9º doDecreto nº 4.544, de 2002-RIPI/02, não é aplicável quando dasrevendas de bens de produção, adquiridos de terceiros, realizadaspor industriais a não contribuintes do IPI.”Base legal: citada no texto. •

IPTUMUNICÍPIO DE SÃO PAULO

IPTU – Atualização Cadastral – Alteraçãoda Data de Vencimento do IPTU –Recebimento de Notificação do IPTU emEndereço Diverso

SUMÁRIO

1. Introdução

2. Inscrição Imobiliária e Atualização de Dados Cadastrais2.1. Inscrição e atualização relativas à área de terreno ou à

área construída2.2. Prazos para inscrever ou atualizar o cadastro

3. Recebimento da notificação do IPTU em endereço diversodaquele do imóvel

4. Opção de Data de Vencimento do IPTU

5. Conclusão

1. Introdução

Neste trabalho abordaremos a inscrição imobiliária e a atuali-zação cadastral relativas ao cadastro imobiliário fiscal, a opção dedata de vencimento do IPTU e o recebimento da notificação do IPTUem endereço diverso com base nos procedimentos a serem obser-vados pela Portaria SF nº 124/09.

2. Inscrição Imobiliária e Atualização de DadosCadastrais

A inscrição imobiliária bem como a atualização de dadoscadastrais é de responsabilidade do proprietário, do titular do domí-

nio útil e ao possuidor a qualquer título, ainda que usufruem de

imunidade ou isenção do IPTU, por meio de declaração à Adminis-

tração Tributária (art. 1º da Portaria SF nº 124/09).

A Declaração de Cadastro Imobil iár io (DCI), será

efetuada exclusivamente, via internet, por meio de formulário eletrô-

nico disponível no sítio oficial da Prefeitura de São Paulo

(http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/financas/servicos/iptu/),

informando os seguintes dados (art. 2º da Portaria SF nº 124/09):

1 – nome, CPF ou CNPJ e endereço do proprietário, do titular

do domínio útil ou do possuidor a qualquer título;

2 – dados do título de aquisição da propriedade ou do domí-

nio útil, ou qualidade em que a posse é exercida;

3 – localização do imóvel;

4 – uso efetivo do imóvel;

5 – endereço para entrega de notificações de lançamento, no

caso de imóvel não construído;

6 – nome, CPF ou CNPJ e endereço do representante legal do

contribuinte, se for o caso.

Preenchido a Declaração mencionada (DCI) será emitido pelo

sistema um protocolo numerado, o qual o contribuinte deverá assi-

nar e enviar pelo correio ou entregar, nas Praças de Atendimento das

Subprefeituras ou da Secretaria Municipal de Finanças, acompa-

nhado da cópia dos seguintes documentos (§ 1º do art. 2º daPortaria SF nº 124/09):

Page 169: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoSP

12 • No 40/09 5a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

1 – CPF ou CNPJ do contribuinte;

2 – documento que comprove a propriedade, a posse ou odomínio útil do imóvel;

3 – certidão de matrícula do imóvel, expedida pelo Serviço deRegistro de Imóveis há, no máximo, 180 dias, ou;

4 – Título de Aquisição do imóvel (escritura pública ou instru-mento particular de compra e venda, promessa ou cessão dedireitos, formal de partilha, sentença de usucapião transitada emjulgado).

O contribuinte poderá entregar a documentação mencionadaanteriormente, na subprefeitura mais próxima, sendo que no envelopecom a documentação deverá constar os dizeres “DCI – PROTOCOLONº (número gerado pelo sistema)” e o endereço indicado a seguir.

O contribuinte poderá ainda encaminhar os referidos docu-mentos pelo correio, na qual a legislação estabelece que deverãoconstar na frente do envelope, em destaque, os dizeres: “DCI –PROTOCOLO Nº (número gerado pelo sistema)” (§ 3º da PortariaSF nº 124/09).

O endereço de destino será:

SECRETARIA MUNICIPAL DE FINANÇAS

SETOR DE ATUALIZAÇÃO CADASTRAL DO IPTU

VALE DO ANHANGABAU Nº 206 – CEP 01007-040

SÃO PAULO/SP.

Os documentos mencionados anteriormente, serão entreguesno prazo de 15 dias, contado do preenchimento da declaração. Anão entrega acarretará desconsideração da mesma (§ 2º da Por-taria SF nº 124/09).

Ocorrendo o não aceite da DCI, o contribuinte poderá, no prazode 30 dias da publicação do despacho na internet, reapresentá-la,ou impugnar o ato por meio de requerimento próprio, dirigido aoDiretor da Divisão de Atendimento ao Contribuinte (DIATE), da Se-cretaria de Finanças, que decidirá sobre a questão em caráterdefinitivo (§ 7º da Portaria SF nº 124/09).

Convém mencionar, que a responsabilidade pela atualizaçãocadastral é do titular do imóvel, seja ele o proprietário, o compromissárioou o possuidor a qualquer título, sendo assim, na hipótese de imóvelalugado, o inquilino não é responsável pela atualização cadastral.

2.1. Inscrição e atualização relativas à área de terrenoou à área construída

A declaração cadastral que se refira à área de terreno ou à áreaconstruída deverá ser efetuada por processo administrativo, mediante

o preenchimento do formulário “Reclamação Tributária”, disponívelnas Praças de Atendimento das Subprefeituras ou da SecretariaMunicipal de Finanças (art. 3º da Portaria SF nº 124/09).

O formulário, assinado pelo contribuinte do imposto ou seurepresentante legal e acompanhado dos documentos comprobató-rios dos itens que se pretende atualizar, deverá ser protocolizadonas Praças de Atendimento das Subprefeituras ou da SecretariaMunicipal de Finanças (§ 1º do art. 3º da Portaria SF nº 124/09).

2.2. Prazos para inscrever ou atualizar o cadastro

A inscrição e respectivas atualizações serão promovidas pelocontribuinte, nas hipóteses de (art. 4º da Portaria SF nº 124/09):

1 – ocorrência de circunstância que determine a inclusão doimóvel no Cadastro Imobiliário Fiscal, dentro do prazo de 60 dias;

2 – convocação pela Administração Tributária, por meio deedital, no Diário Oficial da Cidade, no prazo nele fixado;

3 – intimação pela Administração Tributária, em função deação fiscal, no prazo de 15 dias;

4 – Modificação de quaisquer dos dados constantes dosincisos I, II, IV a VI do art. 2º da Portaria SF nº 124/09, a seguirmencionados:

– nome, CPF ou CNPJ e endereço do proprietário, do titulardo domínio útil ou do possuidor a qualquer título;

– dados do título de aquisição da propriedade ou do domínioútil, ou qualidade em que a posse é exercida;

– localização do imóvel

– uso efetivo do imóvel;

– endereço para entrega de notificações de lançamento, nocaso de imóvel não construído;

– nome, CPF ou CNPJ e endereço do representante legal docontribuinte, se for o caso.

3. Recebimento da notificação do IPTU emendereço diverso daquele do imóvel

O contribuinte poderá optar a qualquer tempo em receber anotificação de lançamento do IPTU em endereço diverso daqueledo imóvel tributado por meio da DCI (art. 5º da Portaria SFnº 124/09).

Para efetivar a opção, além dos documentos mencionados, aseguir, será necessário ainda encaminhar cópia de um comprovante deendereço do contribuinte (§ 1º do art. 5º da Portaria SF nº 124/09):

Page 170: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação SP

No 40/09 • 135a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

1 – CPF ou CNPJ do contribuinte;

2 – documento que comprove a propriedade, a posse ou odomínio útil do imóvel:

a) certidão de matrícula do imóvel, expedida pelo Serviço deRegistro de Imóveis há, no máximo, 180 dias, ou;

b) Título de Aquisição do imóvel (escritura pública ou instru-mento particular de compra e venda, promessa ou cessãode direitos, formal de partilha, sentença de usucapião tran-sitada em julgado).

4. Alteração da Data de Vencimento do IPTU

O contribuinte poderá optar por alterar a data de vencimentodo Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), por meio de DCI, até o

dia 31 de outubro de cada exercício, para gerar efeitos no exercícioseguinte (art. 6º da Portaria SF nº 124/09).

5. Conclusão

Em suma, a atualização de dados cadastrais do IPTU permite:

1 – Atualizar, corrigir ou complementar os dados do imóvel oude seu(s) respectivo(s) proprietário(s);

2 – Escolher a data de vencimento do IPTU;

3 – Alterar o endereço de entrega da notificação do IPTU.

A atualização de dados cadastrais não atribui ou transfere apropriedade do imóvel e tampouco desobriga os particulares deprocederem ao registro de documento de compra e venda doimóvel no competente Serviço de Registro de Imóveis. •

JURISPRUDÊNCIA E OUTROS

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ)

ISS – CRÉDITO TRIBUTÁRIO CONSTITUÍDO COM BASE EMALÍQUOTA INFERIOR À PREVISTA – IMPOSSIBILIDADE DECOBRANÇA DE MULTA FISCAL E DEMAIS ENCARGOS

Recurso Especial: 989530/RJRelatora: Ministra Eliana CalmonÓrgão Julgador: Segunda TurmaData do Julgamento: 18/08/2009Data da Publicação: 03/09/2009

Ementa

Tributário. ISS. CTN, art. 161. Crédito tributário constituído peloMunicípio de Niterói com base em alíquota inferior à legalmenteprevista. Tributo pago no vencimento, conforme carnê emitido aocontribuinte. Cobrança de multa fiscal e demais acessórios emrelação à diferença posteriormente constatada, mas não constituídaformalmente: impossibilidade.

1. O art. 161 do CTN estabelece que o crédito não integral-mente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qualfor o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição daspenalidades cabíveis.

2. Esse dispositivo, entretanto, deve ser interpretado de maneirasistemática com as demais normas do Código Tributário, dentre asquais aquelas que se referem à constituição do crédito tributário.

3. Diante disso, tem-se que o crédito a que se refere odispositivo em comento é aquele constituído de maneira regular edefinitiva, portanto, já passível de ser cobrado do sujeito passivo, noprazo a que se refere o art. 174 do CTN.

4. Hipótese em que o Município de Niterói efetuou o lança-mento do ISS com base na alíquota de 3%, ao invés dos 5%previstos na legislação então em vigor, e o contribuinte pagou, nadata do vencimento, os valores cobrados pelo fisco, conformecarnê que lhe foi enviado na data do vencimento.

5. Impossibilidade de cobrança de multa fiscal e demaisencargos decorrentes da diferença de ISS, pois ausente a constitui-ção formal do crédito tributário relativa à diferença de 2% posterior-mente constatada pela municipalidade.

6. Recurso especial provido.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes asacima indicadas, acordam os Ministros da Segunda Turma do Su-perior Tribunal de Justiça “A Turma, por unanimidade, deu provimentoao recurso, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a).” OsSrs. Ministros Castro Meira, Humberto Martins, Herman Benjamin eMauro Campbell Marques votaram com a Sra. Ministra Relatora.

Page 171: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoSP

14 • No 40/09 5a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

ICMS – Autenticação – DocumentosFiscais – Processo Mecanizado

É preciso autenticar os documentos fiscais emitidos porprocesso mecanizado na JUCESP?

Nos termos da Portaria CAT nº 175/09, fica dispensada aprévia autenticação pela Junta Comercial do Estado de São Paulo(JUCESP) dos impressos e das vias de documentos fiscais emitidospor processo mecanizado, bem como do respectivo livro copiador,desde que, na primeira visita da autoridade fiscal ao estabele-cimento ou quando exigidos por notificação, sejam apresentadospara:

I – aposição do visto autenticador:

a) as vias dos documentos fiscais destinadas à exibição aodo Fisco, depois de emitidas, destacadas e enfeixadas emvolumes uniformes de até 500, tratando-se de formulárioscontínuos ou jogos soltos;

b) os livros copiadores especiais destinados à copiagem dosdocumentos fiscais referidos neste artigo, quando ado-tados;

II – exame da regularidade, os impressos de documentosfiscais em jogos soltos.

O visto autenticador será aposto pela autoridade fiscal responsável:

1 – no primeiro e no último documento fiscal enfeixado novolume;

2 – nas páginas destinadas aos termos de abertura e encerra-mento do livro copiador especial.Base legal: Portaria CAT nº 175/09.

ICMS – Entrega da Mercadoria – LocalDiverso do Adquirente

É permitida a entrega da mercadoria por conta de ordem dedestinatário não contribuinte ao domicilio de outra pessoatambém não contribuinte?

Recentemente por meio do Decreto nº 54.735/09, foi incluí-do o § 7º ao art. 125 do RICMS/00, aprovado pelo Decretonº 45.490/00, dispondo que tratando-se de destinatário não con-tribuinte do imposto, a entrega da mercadoria poderá ser efetuadaem qualquer de seus domicílios ou em domicílio de outra pessoa,desde que esta também seja não contribuinte do imposto e o localda entrega esteja expressamente indicado no documento fiscalrelativo à operação.Base legal: Decreto nº 54.735/09.

CONSULTORIA CENOFISCOPERGUNTAS E RESPOSTAS

LEGISLAÇÃO FEDERALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

ATO COTEPE/ICMS Nº 30, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e); Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE)e Pedidos de Concessão de Uso, Cancelamento, Inutilização e Consulta a Cadastro Via WebServices – Manual de Integração – Aprovação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 30/09 dispõe sobre as especificações técnicas do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), doDocumento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE) e dos Pedidos de Concessão de Uso, Cancelamento, Inutilizaçãoe Consulta a Cadastro via webservices, conforme disposto no Ajuste SINIEF nº 9/07.

Page 172: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação SP

No 40/09 • 155a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

ATO COTEPE/ICMS Nº 31, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Especificação de Requisitos do Programa Aplicativo Fiscal –Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) e Sistema de Gestão –Alteração na Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 31/09 altera o AtoCOTEPE/ICMS nº 6/08, que dispõe sobre a especificação derequisitos do Programa Aplicativo Fiscal – Emissor de CupomFiscal (PAF-ECF) e do sistema de gestão utilizado por estabeleci-mento usuário de equipamento ECF.

ATO COTEPE/ICMS Nº 34, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Empresas Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Be-neficiadas com Regime Especial de Apuração e Escrituração –Alteração na Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 34/09 altera o AnexoÚnico do Ato COTEPE/ICMS nº 10/08, que relaciona asempresas prestadoras de serviços de telecomunicações benefi-ciadas com regime especial de apuração e escrituração doICMS, de que trata o Convênio ICMS nº 126/98, que dispõesobre a concessão de regime especial, na área do ICMS, paraprestações de serviços públicos de telecomunicações.

ATO COTEPE/ICMS Nº 35, DE 10/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliarde Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA) – Alteração na Legislação

Sinopse: O Ato COTEPE/ICMS nº 35/09 altera o AtoCOTEPE/ICMS nº 35/08, que dispõe sobre as especificaçõestécnicas para a fabricação do Formulário de Segurança paraImpressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrô-nico (FS-DA), conforme disposto no Convênio ICMS nº 110/08.

DESPACHO CONFAZ Nº 321, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Divulgação da Publicação

Sinopse: O Despacho CONFAZ nº 321/09 divulga a publi-cação do Protocolo ICMS nº 100/09.

PROTOCOLO ICMS Nº 100, DE 05/08/2009DOU de 15/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Sistema de Inteligência Fiscal(SIF) e Intercâmbio – Adesão do Distrito Federal

Sinopse: O Protocolo ICMS nº 100/09 dispõe sobre aadesão do Distrito Federal ao Protocolo ICMS nº 66/09, quetrata da instituição do Sistema de Inteligência Fiscal (SIF) e dointercâmbio de informações entre as Unidades da Federação.

PROTOCOLO ICMS Nº 100, DE 05/08/2009DOU de 15/09/2009, republicado no DOU de 17/09/2009

ICMS

Protocolo ICMS nº 100/09 – Adesão do Estado do Rio Grandedo Norte e do Distrito Federal ao Protocolo ICMS nº 66/09

Sinopse: O Protocolo ICMS nº 100/09 dispõe sobre aadesão do Estado do Rio Grande do Norte e do Distrito Federalao Protocolo ICMS nº 66/09, que trata da instituição do Siste-ma de Inteligência Fiscal (SIF) e do intercâmbio de informaçõesentre as Unidades da Federação.

PORTARIA SECEX Nº 28, DE 14/09/2009DOU de 15/09/2009

Importação/Exportação

Drawback – Alteração na Legislação

Sinopse: A Portaria SECEX nº 28/09 altera a PortariaSECEX nº 25, de 27/11/2008, que aprovou as disposiçõessobre as operações de drawback.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-MG Nº 16, DE16/09/2009

DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 16/09divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime detributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de quetrata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-MG Nº 17, DE16/09/2009

DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 17/09divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime detributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de quetrata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

Page 173: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e LegislaçãoSP

16 • No 40/09 5a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 24, DE14/09/2009

DOU de 15/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 24/09

divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de

tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que

trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 43, DE16/09/2009

DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 43/09

divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de

tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que

trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SP Nº 44, DE16/09/2009

DOU de 17/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SP nº 44/09

divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de

tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que

trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SC Nº 151, DE10/09/2009

DOU de 16/09/2009

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SC nº 151/09

divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de

tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que

trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 279, DE 10/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – ProdutosNacionalizados – Isenção

Sinopse: A Solução de Consulta nº 279/09 esclarece

sobre a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

para os produtos nacionalizados remetidos para a Zona Franca

de Manaus ou a Amazônia Ocidental.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 287, DE 14/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Matérias-Primas, Produtos Intermediários e Material de Emba-lagem – Suspensão

Sinopse: A Solução de Consulta nº 287/09 esclarecesobre a suspensão do pagamento do Imposto sobre ProdutosIndustrializados (IPI) das matérias-primas, dos produtos interme-diários e do material de embalagem vendidos a estabelecimen-tos industriais fabricantes preponderantemente de bens de quetrata o § 1º-C do art. 4º da Lei nº 8.248/91.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 296, DE 26/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Pessoa Jurídica Preponderantemente Exportadora – Suspen-são

Sinopse: A Solução de Consulta nº 296/09 esclarecesobre a suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados

(IPI) para a pessoa jurídica preponderantemente exportadora.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 299, DE 27/08/2009DOU de 16/09/2009

IPI

Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental – Remessa –Produto Nacionalizado

Sinopse: A Solução de Consulta nº 299/09 esclarece

sobre a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

na remessa de produto nacionalizado para a Zona Franca de

Manaus e a Amazônia Ocidental.

Page 174: MANUAL DE Procedimentos - Cenofisco por obra de construção civil e por tomador de servi-ços, os seus dados cadastrais, ... desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e do

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação SP

No 40/09 • 175a semanaSetembro

Manual de ProcedimentosCENOFISCO

LEGISLAÇÃO ESTADUALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.

PORTARIA CAT Nº 176, DE 15/09/2009DOE-SP de 16/09/2009

ICMS

Bebida Alcoólica (Exceto Cerveja e Chope) – Substituição Tributária – Base de Cálculo – Eficácia de 01/03 a 31/10/2009

Sinopse: A Portaria CAT nº 176/09 introduz alterações na Portaria CAT nº 17/09, que divulga o preço final ao consumidor e o Índicede Valor Adicionado Setorial (IVA-ST) para fins de determinação da base de cálculo do imposto na saída de bebida alcoólica (exceto cervejae chope).

PORTARIA CAT Nº 178, DE 17/09/2009DOE-SP de 18/09/2009

ICMS

Produtos Eletrônicos, Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos – Substituição Tributária – Base de Cálculo – Eficácia de 01/10/2009 a30/06/2010

Sinopse: A Portaria CAT nº 178/09 estabelece a base de cálculo na saída de produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomés-ticos, a que se refere o art. 313-Z20 do RICMS-SP. O presente ato normativo revoga a partir de 01/10/2009 a Portaria CAT nº 95/09.

PORTARIA CAT Nº 179, DE 18/09/2009DOE-SP de 19/09/2009

ICMS

Produtos Eletrônicos, Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos – Substituição Tributária – Base de Cálculo – Eficácia de 01/10/2009 a30/06/2010 – Alteração

Sinopse: A Portaria CAT nº 179/09 altera o Anexo Único da Portaria CAT nº 178/09 que estabelece a base de cálculo na saída deprodutos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos, a que se refere o art. 313-Z20 do RICMS-SP.

Novo Telefone

Suporte Técnico – Cenofisco

(11) 3120 6601

Nossos profissionais continuam à sua disposição para esclarecer qualquer dúvida sobre instalação e operação dosprodutos eletrônicos Cenofisco.

Atendimento de 2ª a 6ª feira, das 8h30 às 18h.