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José Roberto Canziani Vania Di Addario Guimarães MANUAL DO CONSELEITE - PARANÁ CURITIBA SENAR- PR 2003

MANUAL DO CONSELEITE - PARANÁ · qual a principal utilidade do preÇo de referÊncia? Servir de base para a livre negociação comercial entre os produtores rurais de leite e a indústria

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José Roberto CanzianiVania Di Addario Guimarães

MANUAL DO CONSELEITE - PARANÁ

CURITIBASENAR- PR

2003

Depósito legal na CENAGRI, conforme Portaria Interministerialn.164, datada de 22 julho 1994, e junto á Biblioteca Nacional.

Os direitos de reprodução são reservados ao Editor.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Administração Regionaldo Estado do Paraná – SENAR-PR.Rua Marechal Deodoro, 450º - 16º andarFone (0xx)41 322-0401 Fax (0xx)41 323-1779e-mail: [email protected]://www.senarpr.com.br

Catalogação no Centro de Documentação, Informações Técnicase Biblioteca do Senar - Pr.

Canziani, José Roberto.

Manual de instruções do Conseleite - Paraná / José RobertoCanziani [e] Vania Di Addario Guimarães. – Curitiba : SENAR -Pr., 2003. p. ; il.

1. Derivados do leite. 2. Preço do leite. 3. Custos de produção.4. Leite. 5. Pecuária de leite. 6. Preço de referência. 7. Valorda matéria prima. 8. Qualidade do leite. I. Guimarães, VaniaDi Addario. II. Manual. III. Título.

CDU637.1:657

Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, porqualquer meio, sem a autorização do editor.

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.................................................................................. 05

I. INTRODUÇÃO................................................................................. 07

II. INFORMAÇÕES BÁSICAS SOBRE O CONSELEITE-PARANÁ: 30

PERGUNTAS E RESPOSTAS ........................................................ 08

III. CÁLCULO DO PREÇO DE REFERÊNCIA .................................... 19

IV. ESTATUTO DO CONSELEITE–PARANÁ...................................... 38

V. REGULAMENTO DO CONSELEITE-PARANÁ.............................. 54

Anexo I do Regulamento – Identificação do Leite Padrão ................71

Anexo II do Regulamento – Identificação do Rendimento Industrial do

Leite Padrão .......................................................................................88

Anexo III do Regulamento – Determinação da Participação da

Matéria-Prima nos Produtos ............................................................103

VI. APLICATIVO PARA O CÁLCULO DO PREÇO DE REFERÊNCIA

DA MATÉRIA-PRIMA (LEITE) ...................................................... 104

COMPOSIÇÃO DO CONSELEITE - PARANÁ.................................... 105

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................... 109

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________5

APRESENTAÇÃO

O desenvolvimento nas diversas áreas da produção e dorelacionamento comercial exige mudanças em todos os segmentosda nossa economia. Formas tradicionais desse relacionamento estãocondenadas a permanecerem como obstáculos ao progresso eprecisam ser removidas.

Na cadeia do leite e de seus derivados essa constataçãotornou-se clara com as recorrentes crises na comercialização dosprodutos, mostrando a necessidade de um novo tipo de integraçãoentre produtores, indústrias, distribuidores, varejistas e consumidores.

A criação do Conseleite é uma resposta a esta exigência epode ser considerado um passo gigantesco para dar novos rumos aodesenvolvimento do setor lácteo, no primeiro momento abrangendoprodutores e indústrias, mas que fatalmente incorporará também osoutros elos dentro de pouco tempo.

Mesmo em seus momentos iniciais, o Conseleite já temrepercussões importantes dentro e fora do setor. Produtores eindustriais lácteos acolheram como promissora a iniciativa baseadana credibilidade técnica e transparência – e outros setores já buscaminformações para estudar a aplicabilidade da metodologia em novascadeias produtivas.

Irmanadas, as entidades representativas de indústrias eprodutores rurais - Sindileite e FAEP – têm a certeza de estaremprestando um serviço de grande utilidade a seus associados, dandobase a uma nova sistemática de relações comerciais que, no final,vai beneficiar toda a sociedade.

Ágide Meneguette Wilson ThiesenPresidente da FAEP Presidente do SINDILEITE

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ6

O CONSELEITE–PARANÁ é composto pelas seguintes entidades:

ENTIDADES FUNDADORAS:

� FAEP – Federação da Agricultura do Estado do Paraná.

� SINDILEITE – Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos

Derivados do Paraná;

ENTIDADES COLABORADORAS:

� SENAR-PR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Paraná;

� UFPR – Universidade Federal do Paraná – Departamento de

Economia e Extensão Rural.

� Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite da FAEP.

A instituição do Conseleite Paraná somente foi possível

graças ao empenho e dedicação de pessoas e entidades que,

inconformadas com a histórica desarticulação do setor leiteiro,

acreditaram ser possível virar o jogo.

À Federação da Agricultura do Estado do Paraná-FAEP, à

sua Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite, ao Sindicato da

Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Paraná-SINDILEITE,

às indústrias e cooperativas Confepar, Batavia, Latco, Leite Pic Nic,

Laticínios Ubá, Sudcoop, Laticínios Líder, Vigor Leco, Coopavel, à

Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná – SEAB, à

Universidade Federal do Paraná, ao Serviço Nacional de

Aprendizagem Rural – SENAR PARANÁ, à Assembléia Legislativa do

Estado do Paraná pela importante colaboração através dos trabalhos

da CPI dos Alimentos, a todos os técnicos e produtores envolvidos

Nossos agradecimentos.

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________7

I. INTRODUÇÃO

O “Manual do CONSELEITE-PARANÁ” tem por objetivo

reunir documentos oficiais e outras informações importantes sobre o

CONSELEITE-PARANÁ - (Conselho Paritário Produtores/Indústrias

de Leite do Estado do Paraná). O trabalho está organizado em seis

capítulos. Além desta introdução, o capítulo II destaca, na forma de

perguntas e respostas, várias questões importantes sobre o Conselho

com o objetivo de facilitar ao leitor um entendimento preliminar do

assunto através de uma linguagem mais simples e direta. O capítulo

III apresenta o método de cálculo do preço de referência, tanto na

forma algébrica como através de um exemplo numérico. O capítulo IV

reproduz o Estatuto do Conselho e o capítulo V, o seu Regulamento e

Anexos, atualmente em vigor. Por fim, o capítulo VI faz menção ao

aplicativo desenvolvido para o cálculo do preço de referência da

matéria-prima (leite).

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ8

II - INFORMAÇÕES BÁSICAS SOBRE O CONSELEITE-PARANÁ:30 PERGUNTAS E RESPOSTAS

1. O QUE É O CONSELEITE-PARANÁ?

O CONSELEITE-PARANÁ é uma associação civil, regida por

estatuto e regulamentos próprios, que reúne representantes de

produtores rurais de leite do Estado e de indústrias de laticínios que

processam a matéria-prima (leite) no Estado do Paraná. O Conselho

é paritário, ou seja, o número de representantes dos produtores rurais

é igual ao número de representantes das indústrias.

2. QUAL O PRINCIPAL OBJETIVO DO CONSELEITE-PARANÁ?

O principal objetivo do Conselho é a busca de soluções

conjuntas, pelos produtores rurais e indústrias, para problemas

comuns do setor lácteo paranaense.

3. O QUE MOTIVOU A CRIAÇÃO DO CONSELEITE-PARANÁ?

A necessidade de se estabelecer, através de entendimento

entre produtores rurais e indústrias, formas alternativas para a

remuneração da matéria-prima (leite) ao produtor paranaense que

pudessem reduzir os conflitos que se estabeleceram entre estes e as

indústrias após a desregulamentação do setor no país iniciada na

década de 90. Tais alternativas devem também favorecer o

desenvolvimento sustentável, tanto da produção de leite como da

produção de seus derivados no Estado do Paraná, bem como

contribuir para a melhoria da qualidade do leite e derivados

produzidos no Estado.

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________9

4. O QUE O CONSELEITE-PARANÁ JÁ FEZ?

Até o final de 2002 criou uma metodologia para o cálculo de

preços de referência para a matéria-prima (leite) a partir dos preços

médios de comercialização dos derivados pelas indústrias. Isso

implica que os preços da matéria-prima (leite) variam no mesmo

sentido dos preços dos derivados praticados pelas indústrias

participantes do conselho.

5. O QUE É O PREÇO DE REFERÊNCIA?

É um valor médio da matéria-prima (leite) calculado a partir

dos preços de venda, das indústrias participantes do Conselho, dos

seguintes derivados lácteos: leite pasteurizado, leite UHT, leite cru

resfriado, leite em pó, bebida láctea, iogurte, creme de leite, doce de

leite, requeijão, manteiga, queijo prato, queijo mussarela, queijo

parmesão e queijo provolone. O preço de referência pretende

representar um valor justo para a remuneração da matéria-prima

tanto para os produtores rurais quanto para as indústrias.

6. QUAL A IMPORTÂNCIA DO PREÇO DE REFERÊNCIA?

Dar maior transparência ao mercado lácteo paranaense

através da permanente divulgação de preços médios de

comercialização do leite e seus derivados, calculados a partir de

metodologia aprovada por um conselho paritário.

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ10

7. QUAL A PRINCIPAL UTILIDADE DO PREÇO DE REFERÊNCIA?

Servir de base para a livre negociação comercial entre os

produtores rurais de leite e a indústria de laticínios e produtos

derivados do Estado do Paraná.

8. QUEM PARTICIPA DO CONSELEITE-PARANÁ?

Representantes dos produtores rurais (em número de 11

titulares e igual número de suplentes) indicados pela FAEP –

Federação da Agricultura do Estado do Paraná – e representantes

das indústrias de laticínios, indicados pelo SINDILEITE – Sindicato da

Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Paraná,

também em número de 11 titulares com igual número de suplentes.

9. COMO SE ORGANIZA FUNCIONALMENTE O CONSELEITE-PARANÁ?

O Conselho tem um presidente e um vice-presidente, sendo

um representante dos produtores e um dos industriais, alternando-se

anualmente na presidência e vice. Ambos são eleitos para um

mandato de dois anos dentre os membros titulares do Conselho. Há

ainda um secretário escolhido pelo Conselho que o assessora

administrativamente. Em âmbito técnico o Conselho é assessorado

por uma Câmara Técnica e Econômica – CAMATEC – a qual é

coordenada por dois professores da UFPR – Universidade Federal do

Paraná. Esta câmara consultiva é composta por 8 membros titulares

e igual número de suplentes, sendo que metade são indicados pela

FAEP e metade pelo SINDILEITE.

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________11

10. COMO SÃO TOMADAS AS DECISÕES NO CONSELEITE-PARANÁ?

São tomadas por maioria de votos e publicadas através de

resoluções. As reuniões do Conseleite-Paraná só ocorrem com a

presença de metade mais um de seus membros. Apenas o Conselho

tem poder decisório, inclusive sobre as recomendações da Câmara

Técnica e Econômica.

11. QUE VARIÁVEIS SÃO CONSIDERADAS NO CÁLCULO DOSPREÇOS DE REFERÊNCIA?

Além dos preços médios de comercialização dos derivados

pelas indústrias, o método de cálculo do preço de referência

considera as seguintes variáveis: mix de comercialização dos

derivados; rendimento industrial do leite na fabricação dos derivados

e participação do custo da matéria-prima no custo total de produção

dos derivados. O custo total de produção dos derivados inclui o custo

agrícola (de produção do leite), o custo industrial de fabricação e o

custo de comercialização dos derivados.

12. QUAL A PRINCIPAL VANTAGEM PARA O PRODUTOR DELEITE EM UTILIZAR AS INFORMAÇÕES DO CONSELEITE-PARANÁ?

Ter acesso a parâmetros técnicos e econômicos definidos por

um conselho paritário, que sirvam de referência para a negociação de

sua produção de leite com a indústria ao longo do tempo, garantindo

assim uma justa remuneração para a sua produção.

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ12

13. QUAL A PRINCIPAL VANTAGEM PARA A INDÚSTRIA DELATICÍNIOS EM UTILIZAR AS INFORMAÇÕES DOCONSELEITE-PARANÁ?

Ter facilitado, ao longo do tempo, o processo de negociação

junto aos produtores rurais para a compra da matéria-prima (leite),

pelo uso de critérios técnicos e econômicos de conhecimento público,

e definidos por um conselho paritário, garantindo assim um

abastecimento mais estável de matéria-prima à indústria. A facilidade

de abastecimento se deve ao uso de critérios mais transparentes

para a formação de preços, o que tende a reduzir os conflitos

cotidianos inerentes ao processo de compra da matéria-prima.

14. QUEM CALCULA OS PREÇOS DE REFERÊNCIA DOCONSELEITE-PARANÁ?

Os preços de referência são calculados pela Universidade

Federal do Paraná conforme metodologia definida e aprovada pelo

Conselho.

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________13

15. QUE OUTRAS UTILIDADES PODE TER O PREÇO DEREFERÊNCIA?

Além de servir como parâmetro de referência para a livre

negociação da matéria-prima (leite) entre produtores rurais e

indústria, o preço de referência pode, em comum acordo entre as

partes, ser mencionado em contratos formais (escritos) de venda de

leite à indústria, ou em normas operacionais de recebimento de leite

aprovadas e divulgadas pela indústria. Nestes casos, o Conseleite-

Paraná, se solicitado pelas partes, pode assumir um papel de

Conselho Arbitral para dirimir dúvidas ou controvérsias relacionadas a

estas negociações.

16. COMO UTILIZAR O PREÇO DE REFERÊNCIA?

Se valendo das informações divulgadas mensalmente pelo

Conselho. O Conseleite-Paraná divulga até o dia 15 de cada mês, o

preço de referência final do mês anterior e o preço de referência

projetado para o mês em curso. Esses dois valores podem ser

utilizados, alternativamente, como referência para a negociação da

matéria-prima entre produtores rurais e indústria. O preço de

referência final do mês é calculado a partir dos preços médios de

comercialização dos derivados efetivamente praticados no referido

mês. O preço de referência projetado para o mês corrente é

calculado a partir dos preços médios de comercialização dos

derivados efetivamente praticados no primeiro decêndio do mês

corrente.

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ14

17. COMO SÃO CALCULADOS OS PREÇOS DE REFERÊNCIA DOCONSELEITE-PARANÁ?

Os preços de referência são calculados a partir de pesquisa

realizada pela Universidade Federal do Paraná junto às indústrias,

sobre os preços e volumes de venda dos derivados de leite

produzidos pelas empresas. Em seguida, os dados são submetidos à

análise estatística e a seguir, utilizados no cálculo do preço de

referência, segundo a metodologia aprovada pelo Conselho, que

considera os seguintes parâmetros: preços médios dos produtos;

participação da matéria-prima no custo total; rendimento industrial da

matéria-prima na fabricação dos derivados e mix de comercialização

dos derivados.

18. COMO SÃO CALCULADOS OS PREÇOS MÉDIOS DOSPRODUTOS?

Os preços médios dos produtos são calculados por média

aritmética ponderada das vendas realizadas pelas empresas

participantes do Conseleite-Paraná. O fator utilizado na ponderação é

o volume relacionado a cada informação de preço.

19. COMO FORAM DEFINIDAS AS PARTICIPAÇÕES DA MATÉRIAPRIMA PARA OS DIVERSOS PRODUTOS?

Através do cálculo da relação percentual do custo de

produção do leite pelo custo total de cada derivado (que é a soma do

custo de produção do leite, do custo de fabricação e de

comercialização do derivado).

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________15

20. COMO FOI CALCULADO O CUSTO DE PRODUÇÃO DE LEITE?

Através do cálculo do custo médio ponderado de produção de

leite de 4 sistemas típicos de produção do Estado do Paraná,

definidos pelo Conselho a partir de estudo interinstitucional

anteriormente realizado por OCEPAR, FAEP, EMATER, SEAB,

IAPAR, entre outras, que envolveu dados de aproximadamente 27 mil

produtores de leite do Estado. O fator de ponderação de cada

sistema para compor o custo médio final foi a participação de cada

um dos 4 sistemas no volume de leite recebido pelas empresas

participantes do Conseleite-Paraná.

21. COMO FORAM CALCULADOS OS CUSTOS DE FABRICAÇÃOE DE COMERCIALIZAÇÃO DOS DERIVADOS?

Os custos médios ponderados de fabricação e de

comercialização de cada derivado foram calculados através de

pesquisa junto às controladorias das empresas participantes. O fator

de ponderação dos custos das empresas foi o volume de produto

produzido nas diversas unidades industriais pesquisadas.

22. COMO FORAM DEFINIDOS OS RENDIMENTOS INDUSTRIAIS?

O rendimento do leite na fabricação de cada derivado foi

definido em duas etapas. A primeira consistiu na seleção de fórmulas

teóricas a partir de pesquisa junto às indústrias. Tais fórmulas

permitem calcular o rendimento industrial para leites de diferentes

qualidades. Na segunda etapa as fórmulas foram utilizadas para

estimar os rendimentos a partir das características de uma matéria-

prima denominada “leite padrão”.

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ16

23. PARA QUE TIPO DE LEITE O PREÇO DE REFERÊNCIA SEAPLICA?

Se aplica a uma matéria-prima denominada “leite padrão” que

possui determinadas características de qualidade e volume. Este

leite obtém pontuação igual a zero conforme os parâmetros de

qualidade e volume definidos pelo conselho. Um exemplo de leite

padrão é o que possui teor de gordura entre 3,21 a 3,30%; teor de

proteína entre 3,01 a 3,05%; teor de sólidos não gordurosos entre

8,61 a 8,70%; contagem de células somáticas entre 701 a 750 mil;

redutase entre 151 a 180 minutos; volume entregue de até 100

litros/dia; temperatura do leite 3 horas após a ordenha até as 09:00

hs de 7 graus centígrados.

24. QUAIS OS PARÂMETROS UTILIZADOS PARA AVALIAR AQUALIDADE DO LEITE?

A qualidade do leite é avaliada por dois conjuntos de

variáveis. O primeiro é composto pelos parâmetros de descarte do

leite, a saber: crioscopia, estabilidade ao Alizarol, resíduos de

antibióticos e redutores e exames de brucelose e tuberculose. O

segundo grupo de parâmetros consiste em: teor de proteína, teor de

gordura, redutase, contagem de células somáticas, teor de sólidos

não gordurosos, volume de leite entregue e temperatura do leite. Este

segundo conjunto de parâmetros atribui uma determinada quantidade

de pontos ao leite que, por sua vez, leva a um sistema de ágios e

deságios de preço em relação ao preço de referência que se aplica

ao leite padrão (que tem pontuação igual a zero).

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________17

25. QUAIS ANÁLISES SERÃO UTILIZADAS PARA AVALIAR AQUALIDADE DO LEITE?

O Conselho definiu que as análises a serem realizadas são

aquelas previstas na legislação em vigor.

26. COMO AJUSTAR O PREÇO DE REFERÊRENCIA PARA LEITEDE QUALIDADE DIFERENTE DAQUELA DO LEITE PADRÃO?

Utilizando-se das tabelas ou funções para cálculo da

pontuação do leite e, conseqüentemente, dos ágios e deságios de

preço, de acordo com as 6 variáveis que avaliam a qualidade do leite,

além do volume entregue.

27. COMO AJUSTAR O PREÇO DE REFERÊNCIA PARADIFERENTES EMPRESAS?

Tomando os preços médios de comercialização divulgados

pelo Conselho e ponderando-os pelo mix de comercialização da

empresa individual.

28. A INDÚSTRIA É OBRIGADA A PRATICAR O PREÇO DEREFERÊNCIA DO CONSELEITE?

Não. O modelo do Conseleite-Paraná é de livre adesão tanto

para produtores rurais como para indústrias. Além disso, mesmo que

a empresa participe do Conselho o seu preço de referência pode ser

diferente do preço médio estadual de referência e do preço praticado

por outras empresas, porque o seu mix de comercialização é

diferente. Todavia é facultado às partes utilizar o preço de referência

médio estadual.

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ18

29. POR QUÊ É CALCULADO O PREÇO DE REFERÊNCIAPROJETADO PARA O MÊS EM CURSO?

Para facultar as partes a negociação antecipada do leite a ser

entregue pelo produtor rural à indústria durante o mês em curso.

Sobre este preço projetado pode ou não, a critério das partes, haver

um ajuste em relação ao preço de referência final do mês.

30. O PREÇO DE REFERÊNCIA É UM PREÇO MÍNIMO?

Não. O preço de referência se aplica ao leite padrão e há uma

escala de ágios e deságios de preço sobre esse valor de acordo com

parâmetros de qualidade e volume do leite entregue pelo produtor

rural.

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________19

III - CÁLCULO DO PREÇO DE REFERÊNCIA

Este item está organizado em duas partes. A primeira

apresenta o modelo de cálculo do preço de referência na forma

algébrica reduzida. A segunda parte mostra um exemplo numérico da

aplicação do modelo com a demonstração do cálculo dos valores

utilizados.

3.1 – Representação algébrica do modelo – Forma reduzida

A tabela 1 ilustra as variáveis que compõe o modelo de

cálculo do preço de referência. Na seqüência são apresentadas as

fórmulas para cada uma das variáveis.

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ20

TABELA 1. COMPOSIÇÃO DAS VARIÁVEIS DO MODELO DE

CÁLCULO DO PREÇO DE REFERÊNCIA

PRODUTOS

Preço

Médio de

Mercado

(Pi)

R$/kg ou

R$/l

MP/CT

(ki)

em %

Rendimento

Industrial

(Ri)

em l/kg ou l/l

Valor de Referência

do Leite Para o

Produto Final

(VRi) em R$/litro

Mix CONSELEITE-

PR (Xi) em % do

volume

comercializado em

equivalente leite

Produto A Pa ka% Ra PMa Xa

Produto B Pb kb% Rb PMb Xb

... ... ... ... ... ...

Produto N Pn kn% Rn PMn Xn

Médiaponderada

PREÇO DEREFERÊNCIA

As fórmulas (1) a (3) ilustram o cálculo do preço médio

ponderado de mercado do produto i.

i

m

t

it

it

i

V

VpP

��

�1

*(1)

��

m

t

it

i VV1

(2)

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________21

substituindo (2) em (1), obtém-se (3):

�� m

t

it

m

t

it

it

i

V

VpP

1

1*

(3)

onde:

Pi = preço médio ponderado do produto i

Pit = preço da venda t do produto i

Vit = volume da venda t do produto i em equivalente leite

Vi = volume total comercializado do produto i em equivalente leite

As fórmulas (1) a (3) ilustram o cálculo do preço médio

ponderado de mercado do produto i.

100*��

��

�� i

ii

CTPCMPk

(4)

ii RCPLCMP *� (5)

iii CICMPCTP �� (6)

substituindo (5) e (6) em (4), obtém-se (7):

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ22

100**���

����

�� I

ii

CICPMRCPLk (7)

onde:

ki = participação da matéria prima no custo total de produção do

produto i (em %)

CTPi = custo total de produção do produto i (R$/kg ou R$/litro do

produto i)

CMPi = custo da matéria prima do produto i (R$/kg ou R$/litro do

produto i)

CIi = custo industrial de produção do produto i (R$/kg ou R$/litro do

produto i)

CPL = custo de produção do leite posto na plataforma da indústria

(R$/litro)

Ri = Rendimento industrial do leite na produção de uma unidade

do produto i (litros/kg ou litros/litro)

A fórmula (8) ilustra o cálculo da participação percentual do

produto i no volume total, em equivalente leite, dos produtos

comercializados.

100*...21 �

��

���� n

ii

VVVVX

(8)

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________23

onde:

Xi = participação percentual do produto i no volume total, em

equivalente leite, dos produtos comercializados

A fórmula (9) apresenta o cálculo do valor de referência do

valor da meteria prima para o produto i.

i

iii

RkPVR )100/(*

(9)

onde:

VRi = Valor de referência da matéria-prima para o produto i (R$/litro)

Pi = Preço médio mensal do produto i (R$/kg ou R$/litro)

ki = participação da matéria prima no custo total do produto i

(em %)

Ri = Rendimento industrial do leite na produção de uma unidade

do produto i (litros/kg ou litros/litro)

A fórmula (10), por fim, apresenta o cálculo do preço de

referência da matéria-prima.

100

*1��

n

i

ii XVRPREF

(10)

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ24

ou

n

nn

XXXXVRXVRXVRPREF

���

����

...*...**

21

2211

3.2 – Exemplo numérico do cálculo do preço de referência

As tabelas 2 e 3 mostram, respectivamente, a identificação

das variáveis que compõem o modelo de cálculo do preço de

referência e um exemplo numérico de cálculo do preço de referência.

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________25

TABELA 2. IDENTIFICAÇÃO DAS VARIÁVEIS QUE COMPÕEM O

MODELO DE CÁLCULO DO PREÇO DE

REFERÊNCIA.

Produto

Preço

Médio de

Mercado

(Pi)

R$/kg ou

R$/litro

Participação

da matéria

prima

(ki)

(%)

Rendimento

Industrial

(Ri)

litros/kg ou

litros/litro

Valor de

referência

para o

produto final

(VRi)

R$/litro

Part. do

produto no

Mix (Xi)

(%)

Leite UHT PUHT kUHT RUHT VRUHT XUHT

Queijo

mussarelaPQM kQM RQM VRQM XQM

Leite em Pó PLP kLP RLP VRLP XLP

Leite

pasteurizadoPLA kLA RLA VRLA XLA

Leite Cru PLC kLC RLC VRLC XLC

Queijo prato PQP kQP RQP VRQP XQP

Requeijão PR kR RR VRR XR

Manteiga PM kM RM VRM XM

Iogurte PI kI RI VRI XI

Creme de Leite PCL kCL RCL VRCL XCL

Doce de Leite PDL kDL RDL VRDL XDL

Bebida Láctea PBL kBL RBL VRBL XBL

Queijo

parmesãoPQR lQR RQR VRQR XQR

Queijo

provolonePQV kQV RQV VRQV XQV

MÉDIA PREF

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ26

TABELA 3 – EXEMPLO NUMÉRICO DE CÁLCULO DO PREÇO

DE REFERÊNCIA.

Produto

Preço

Médio de

Mercado

(Pi) R$/kg

ou R$/litro

Part MP

(ki) (%)

Rendimento

Industrial

(Ri)

Valor de

referência

para o

produto

final (Pmi)

R$/litro

Part. do

produto no

Mix (Xi) da

empresa

Paraná

Leite UHT 1,0500 37,90 1,0000 0,3980 57,00%

Queijo mussarela 6,0000 61,32 8,6266 0,4265 8,00%

Leite em Pó 6,1000 66,47 10,4265 0,3889 7,50%

Leite pasteurizado 0,7600 56,97 1,0000 0,4330 7,00%

Leite Cru 0,6000 77,37 1,0000 0,4642 6,50%

Queijo prato 6,2000 71,06 10,1553 0,4338 6,00%

Requeijão 5,4000 25,65 4,7737 0,2902 3,00%

Manteiga 5,6000 46,91 4,1189 0,6378 1,50%

Iogurte 1,5000 23,87 0,7692 0,4655 1,40%

Creme de Leite 3,2000 28,51 1,9417 0,4699 0,80%

Doce de Leite 2,7000 38,90 2,4200 0,4340 0,60%

Bebida Láctea 0,9500 19,54 0,5000 0,3713 0,50%

Queijo parmesão 13,2000 31,02 12,1501 0,3370 0,15%

Queijo provolone 13,0000 31,07 11,0620 0,3651 0,05%

MÉDIA 0,4103

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________27

3.2.1 – Cálculo dos preços médios ponderados de mercado dosprodutos

A fórmula (11) representa o cálculo do preço médio

ponderado de mercado do produto i, e as fórmulas (12) a (14)

exemplificam o cálculo do preço médio de mercado para o leite UHT,

queijo mussarela e queijo provolone, respectivamente.

im

ii

im

im

iiiii

VVVVPVPVPP

���

���

...*...**

21

2211

(11)

UHTm

UHTUHT

UHTm

UHTm

UHTUHTUHTUHTUHT

VVVVPVPVPP

���

���

...*...**

21

2211

(12)

exemplo:

0500,1�UHTP

QMm

QMQM

QMm

QMm

QMQMQMQMQM

VVV

VPVPVPP

���

���

...

*...**

21

2211

(13)

exemplo:

0000,6�QMP

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ28

QVm

QVQV

QVm

QVm

QVQVQVQVQV

VVV

VPVPVPP

���

���

...

*...**

21

2211

(14)

exemplo:

0000,13�QVP

3.2.2 – Cálculo do rendimento industrial do leite padrão nafabricação dos produtos

As fórmulas (15) a (17) exemplificam o cálculo do rendimento

industrial do leite padrão na fabricação dos produtos leite UHT, queijo

mussarela e queijo provolone, respectivamente. Os valores do

rendimento industrial estão expressos em litros de leite padrão por

litro ou quilo do produto final.

��UHTR UHTLEITE R 1,000 (litro de leite padrão/litro de leite fluido)

(15)

� � � ���W100

1,22 x 0,36-CF x 0,86 R MUSSARELA�

���

QMR (16)

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________29

onde:

0,86 = recuperação de gordura

F = percentual de gordura do leite = 3,255

C = percentual de caseína do leite = 2,5422

sendo que:

C = percentual de proteína do leite x 0,839 � (Andrew -

1992)

C = 3,03 x 0,839

0,36 = perda de caseína durante a produção do queijo

1,22 = constante para adição permitida de sal e sólidos do

soro

W = percentual de umidade do queijo = 46

� � � ���64100

1,22 x 0,36-0,839) x (3,033,255 x 0,68 R MUSSARELA�

��

0,1125 R MUSSARELA� (kg queijo mussarela/ kg de leite)

8,6266 1,03 x 0,1125

1 R MUSSARELA �� (litros de leite/kg queijo

mussarela)

� � � ���W100

1,22 x 0,53-CF x 0,73 R PROVOLONE�

���

QVR (17)

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ30

onde:

0,73 = recuperação de gordura

F = percentual de gordura do leite = 3,255

C = percentual de caseína do leite = 2,5422

sendo que:

C = percentual de proteína do leite x 0,839 � (Andrew -

1992)

C = 3,03 x 0,839

0,36 = perda de caseína durante a produção do queijo

1,22 = constante para adição permitida de sal e sólidos do

soro

W = percentual de umidade do queijo = 39

� � � ���39100

1,22 x 0,53-0,839) x (3,033,255 x 0,73 R PROVOLONE�

��

0,0878 R PROVOLONE � (kg queijo provolone/ kg de leite)

11,0620 1,03 x 0,0878

1 R PROVOLONE �� (litros de leite/kg queijo

provolone)

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________31

3.2.3 – Cálculo da participação da matéria prima no custo totaldos produtos

As fórmulas (18) a (20) exemplificam o cálculo da participação

percentual da matéria prima no custo total dos produtos leite UHT,

queijo mussarela e queijo provolone, respectivamente.

a) Leite UHT

100*��

��

�� UHT

UHTUHT

CTPCMPk

(18)

considerando que,

UHTUHT RCPLCMP *�

3362,00000,1*3362,0 ��UHTCMP

e considerando que,

UHTUHTUHT CICMPCTP ��

8870,05508,03362,0 ���UHTCTP

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ32

tem-se que:

���

���

�� 100*

8870,03362,0UHTk 37,90%

b) Queijo Mussarela

100*��

��

�� QM

QMQM

CTPCMPk

(19)

considerando que,

QMQM RCPLCMP *�

9003,26266,8*3362,0 ��QMCMP

e considerando que,

QMQMQM CICMPCTP ��

7298,48296,19003,2 ���QMCTP

tem-se que:

���

���

�� 100*

7298,49003,2QMk 61,32%

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________33

c) Queijo Provolone

100*��

��

�� QV

QVQV

CTPCMPk

(20)

considerando que,

QVQV RCPLCMP *�

7190,36020,11*3362,0 ��QVCMP

e considerando que,

QVQVQV CICMPCTP ��

9700,112510,87190,3 ���QVCTP

tem-se que:

���

���

�� 100*

9700,117190,3QVk 31,07%

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ34

3.2.4 – Cálculo do mix de comercialização dos produtos

As fórmulas (21) a (23) exemplificam, respectivamente, o

cálculo da participação dos produtos leite UHT, queijo mussarela e

queijo provolone no total do volume comercializado.

a) Leite UHT

100*... ��

����

���� QPQMUHT

UHTUHT

VVVVX (21)

considerando os dados da tabela 3, tem-se que:

%00,57100*0,806,45100*

04,0...4,66,456,45

���

���

���

���

����UHTX

b) Queijo Mussarela

100*... ��

����

���� QPQMUHT

QMQM

VVVVX (22)

considerando os dados da tabela 3, tem-se que:

%00,8100*0,804,6100*

04,0...4,66,454,6

���

���

���

���

����QMX

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________35

c) Queijo Provolone

100*... ��

����

���� QPQMUHT

QVQV

VVVVX (23)

considerando os dados da tabela 3, tem-se que:

%05,0100*0,80

04,0100*04,0...4,66,45

04,0��

���

���

���

����QVX

3.2.5 – Cálculo do valor de referência dos produtos

As fórmulas (24) a (26) exemplificam, respectivamente, o

cálculo dos valores de referência dos produtos leite UHT, queijo

mussarela e queijo provolone no total do volume comercializado. O

valores de referência são expressos em reais por litro de leite padrão.

a) Leite UHT

UHT

UHTUHTUHT

RkPVR )100/(*

� (24)

considerando os dados da tabela 3, tem-se que:

��

000,13790,0*05,1UHTVR R$ 0,3980/litro

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ36

b) Queijo Mussarela

QM

QMQMQM

RkPVR )100/(*

�(25)

considerando os dados da tabela 3, tem-se que:

��

6266,86132,0*00,6QMVR R$ 0,4265/litro

c) Queijo Provolone

QV

QVQVQV

RkPVR )100/(*

� (26)

considerando os dados da tabela 3, tem-se que:

��

0620,113107,0*00,13QVVR R$ 0,3651/litro

3.2.6 – Cálculo do preço de referência

A fórmula (27) apresenta o cálculo do preço de referência do

leite padrão considerando os dados da tabela 3. O preço de

referência está expresso em reais por litro de leite padrão.

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________37

QMUHTUHT

QVQVQMQMUHTUHT

XXXXVRXVRXVRPREF

���

����

...*...**

(27)

onde:

PREF = Preço de referência da matéria-prima (R$/litro)

como,

%100... ����QMUHTUHT XXX

então,

100*...** QVQVQMQMUHTUHT XVRXVRXVRPREF ���

considerando os dados da tabela 3, tem-se que:

litroRPREF /413,0$100

05,0*3651,0...00,8*4265,000,57*3980,0�

���

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ38

IV - ESTATUTO DO CONSELEITE–PARANÁ

CAPÍTULO IDA ENTIDADE

Art. 1 O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do

Estado do Paraná – CONSELEITE-PARANÁ é uma

associação civil sem fins lucrativos, que se rege por este

Estatuto e pela legislação aplicável.

Art. 2 O CONSELEITE-PARANÁ tem sede em Curitiba - Pr e prazo

indeterminado de duração.

Art. 3 Constituem finalidades do CONSELEITE-PARANÁ:

I. zelar pelo bom relacionamento entre os integrantes do

sistema agroindustrial lácteo do Estado do Paraná,

conjugando esforços de todos aqueles que deste

participarem direta e indiretamente, desde o fornecimento

de insumos, a produção de leite nas propriedades rurais,

seu processamento pela indústria, distribuição dos

produtos derivados, até a venda dos produtos finais ao

consumidor, sempre objetivando a sua manutenção e

prosperidade;

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________39

II. zelar pelo aprimoramento do sistema de avaliação da

qualidade do leite e dos produtos derivados, efetuando

estudos, desenvolvendo pesquisas, e promovendo a

sistematização, divulgação e constante atualização dos

critérios tecnológicos de avaliação e aferição desta

qualidade;

III. desenvolver e divulgar análises técnicas e econômicas

acerca da estrutura e evolução do mercado do sistema

agroindustrial lácteo, inclusive no que tange às condições

de contratação e negociação comercial entre os

integrantes do setor;

IV. contribuir com estudos e pesquisas para o

desenvolvimento de uma política de fomento à produção

de leite e produtos derivados e de uma política de

marketing para os produtos do setor;

V. promover a conciliação de conflitos surgidos entre os

integrantes do sistema agroindustrial lácteo que vierem,

para tanto, recorrer ao CONSELEITE-PARANÁ, nos

termos do artigo 15, inciso III, deste Estatuto.

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ40

CAPÍTULO IIDOS ASSOCIADOS

Art. 4 São associados fundadores do CONSELEITE-PARANÁ o

Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do

Paraná - SINDILEITE e Federação da Agricultura do Estado

do Paraná - FAEP.

Art. 5 O ingresso de novos associados, dependerá da expressa

anuência das entidades fundadoras do CONSELEITE-

PARANÁ.

Art. 6 Constituem deveres dos associados:

I. cumprir e fazer cumprir as disposições do presente

Estatuto, bem como as deliberações da Diretoria da

entidade;

II. contribuir para a difusão, entre os integrantes do sistema

agroindustrial lácteo, dos resultados das análises e

estudos e da orientação do CONSELEITE-PARANÁ;

III. cooperar para o desenvolvimento e expansão das

atividades da entidade.

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________41

Art. 7 As entidades que integram o CONSELEITE-PARANÁ

instituirão contribuições eventuais entre seus associados,

destinadas à manutenção das atividades do Conselho.

CAPÍTULO IIIDA ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE

Art. 8 São órgãos do CONSELEITE-PARANÁ:

a.) a Diretoria;

b.) a Secretaria;

c.) a Câmara Técnica e Econômica - CAMATEC

SEÇÃO IDA DIRETORIA

Art. 9 A Diretoria do CONSELEITE-PARANÁ será composta de 22

(vinte e dois) membros efetivos, sendo 11 (onze) indicados

pelo SINDILEITE e 11 (onze) pela FAEP, com igual número

de suplentes indicados pelas entidades.

Parágrafo 1º O mandato dos Diretores do CONSELEITE-PARANÁ será de 2 (dois) anos, permitidasreconduções sucessivas.

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ42

Parágrafo 2º Os Diretores elegerão, entre eles, por votação

aberta, um Presidente e um Vice-Presidente,

que terão mandato de 1 (um) ano, sendo

obrigatório o rodízio, nestes cargos, entre os

dois setores representados – rural e industrial.

Parágrafo 3º São membros natos da Diretoria do

CONSELEITE-PARANÁ, o presidente do

SINDILEITE e o presidente da Comissão

Técnica de Bovinocultura de Leite da FAEP.

Art. 10 A Diretoria reunir-se-á uma vez por mês e se necessário

quando convocada na forma dos artigos 11 e 13 deste

Estatuto.

Art. 11 O Presidente dirigirá o CONSELEITE-PARANÁ, convocará e

presidirá as reuniões da Diretoria e servirá como elemento de

ligação entre as entidades representadas no CONSELEITE-

PARANÁ, representando a Diretoria frente a essas entidades.

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________43

Parágrafo único Compete também ao Presidente

representar, judicial e extrajudicialmente, o

CONSELEITE-PARANÁ em todo ato jurídico

em que este figurar como parte, sendo,

todavia, necessária à assinatura de, pelo

menos, mais um membro da Diretoria para a

realização de quaisquer atos que obriguem

ou onerem a entidade.

Art. 12 O Vice Presidente terá por incumbência acompanhar os

trabalhos da presidência e substituir o Presidente, nos

impedimentos ou na falta deste.

Art. 13 Qualquer Diretor poderá, mediante justificação, requerer ao

Presidente que convoque uma reunião da Diretoria. Caso

este não providencie a convocação no prazo de 5 (cinco) dias

úteis, a mesma poderá ser feita mediante assinatura de, no

mínimo, 11 (onze) Diretores.

Art. 14 As reuniões da Diretoria serão secretariadas “ad hoc” por um

dos seus membros ou pelo Secretário, que se encarregará de

elaborar o relatório ou ata da reunião e de enviá-la

posteriormente aos demais membros e aos associados.

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ44

Art. 15 Compete à Diretoria:

I. consolidar, sistematizar e divulgar os resultados das

análises e estudos desenvolvidos pelo Conselho ou por

órgãos contratados, nas áreas de sua atribuição,

conforme o disposto no Parágrafo Único deste Artigo,

orientando os integrantes do sistema com vistas a

aprimorar as condições de contratação e negociação

comercial entre os integrantes do sistema e os critérios

para avaliação da qualidade do leite e produtos derivados

no Paraná;

II. baixar atos visando à regulamentação e explicitação das

disposições deste Estatuto;

III. dirimir dúvidas e promover a conciliação de conflitos

surgidos entre os integrantes do sistema que recorrerem,

de comum acordo, ao CONSELEITE-PARANÁ para a

solução de controvérsias, quando a matéria o exigir nos

termos do inciso IV do artigo 3;

IV. definir o orçamento anual e promover a gestão financeira

para o funcionamento da entidade, consoante às

disposições do Capítulo IV deste Estatuto;

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________45

V. expedir as Resoluções ou Circulares do CONSELEITE-

PARANÁ previamente homologadas pela Diretoria e

assinadas pelo Presidente e Vice-Presidente ou na

ausência de um deles por um diretor da classe (rural ou

industrial) representada pelo ausente.

Parágrafo único A Diretoria valer-se-á do auxílio técnico de

profissionais e/ou empresas

especializadas, para prestar assessoria ao

Conselho quando a matéria o exigir.

Art. 16 O quorum mínimo para a instalação das reuniões da Diretoria

do CONSELEITE-PARANÁ será de 12 (doze) de seus

integrantes e todas as deliberações desse órgão serão

tomadas por maioria simples, salvo as hipóteses previstas

nos parágrafos 1º e 2º deste artigo.

Parágrafo 1º Em caso de empate em qualquer deliberação

da Diretoria, será escolhido, por maioria

absoluta, profissional ou instituição de

reconhecida aptidão na matéria de objeto da

deliberação, que dará o voto de desempate,

acompanhado da respectiva justificação.

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ46

Parágrafo 2º Qualquer deliberação acerca da alteração

deste Estatuto ou da dissolução do

CONSELEITE-PARANÁ será tomada pela

Diretoria, mediante voto da maioria absoluta

de seus membros, sendo exigido o quorum

mínimo de 17 (dezessete) integrantes.

Art. 17 Os membros da Diretoria não serão remunerados a qualquer

título e o CONSELEITE-PARANÁ não distribuirá lucros a

associados e mantenedores sob nenhuma forma ou pretexto.

SEÇÃO IIDA SECRETARIA

Art. 18 A Secretaria do CONSELEITE-PARANÁ é composta por um

profissional indicado por consenso pelas Entidades

mantenedoras, que ocupará o cargo de secretário. Sua

indicação deve ser referendada por maioria de votos da

Diretoria.

Art. 19 Compete ao Secretário do CONSELEITE-PARANÁ:

I. Organizar e arquivar toda a documentação do

CONSELEITE-PARANÁ;

II. Promover a convocação dos Conselheiros para as

reuniões do CONSELEITE-PARANÁ;

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________47

III. Secretariar, quando convocado, as reuniões do

CONSELEITE-PARANÁ, elaborando os respectivos

relatórios ou atas;

IV. Providenciar o encaminhamento de cópia dos trabalhos,

relatórios e demais materiais de interesse dos membros

do CONSELEITE-PARANÁ;

V. Organizar cadastro com os nomes e endereços dos

membros do CONSELEITE-PARANÁ.

SEÇÃO IIIDA CÂMARA TÉCNICA E ECONÔMICA - CAMATEC

Art. 20 A CAMATEC será composta, além dos professores e técnicos

da Universidade Federal do Paraná - UFPR, por 8 (oito)

membros efetivos, sendo 4 (quatro) indicados pelo

SINDILEITE e 4 (quatro) pela FAEP, com igual número de

suplentes. A CAMATEC tem apenas caráter consultivo, sendo

que suas decisões devem obrigatoriamente ser referendadas

pela diretoria do CONSELEITE-PARANÁ. A Coordenação da

CAMATEC ficará a cargo da UFPR, sendo representada pelo

Coordenador ou Vice-coordenador do Termo de Convênio e

Cooperação Técnica SINDILEITE/FAEP/FUNPAR.

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ48

Parágrafo 1º Os membros da CAMATEC deverão ser

escolhidos dentre técnicos e profissionais de

reconhecida capacidade nas matérias da

competência da Câmara.

Parágrafo 2º O mandato dos membros da CAMATEC será

de 2 (dois) anos, permitidas reconduções

sucessivas, a critério das entidades

mantenedoras.

Parágrafo 3º A CAMATEC poderá solicitar a participação de

especialistas para o desenvolvimento dos

trabalhos técnicos.

Art. 21 O Coordenador convocará e presidirá as reuniões da

CAMATEC e responderá por ela junto à Diretoria do

CONSELEITE-PARANÁ.

Art. 22 O Vice-Coordenador terá por incumbência substituir o

Coordenador nos impedimentos ou na falta deste.

Art. 23 Qualquer membro poderá requerer ao Coordenador que

convoque uma reunião da Câmara Técnica e Econômica.

Caso este não providencie a convocação no prazo de 5

(cinco) dias úteis, a mesma poderá ser feita mediante

assinatura de no mínimo, 11 (onze) membros do

CONSELEITE-PARANÁ.

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________49

Art. 24 As reuniões da CAMATEC serão secretariadas por um de

seus membros ou pelo Secretário do CONSELEITE-

PARANÁ, que se encarregará de elaborar a ata da mesma e

de enviá-la posteriormente aos demais membros e à Diretoria

do CONSELEITE-PARANÁ.

Art. 25 Compete à Câmara Técnica e Econômica, mediante prévia

solicitação da Diretoria do CONSELEITE-PARANÁ:

I. efetuar estudos e desenvolver pesquisas visando ao

constante aprimoramento e atualização dos critérios

tecnológicos de avaliação da qualidade do leite, bem

como das técnicas de contratação e negociação

comercial no sistema agroindustrial lácteo do Estado do

Paraná;

II. informar e atualizar os produtores de leite e industriais

acerca da evolução dos critérios utilizados para a

determinação e avaliação da qualidade do leite e das

técnicas de contratação e negociação comercial do setor;

III. contribuir na orientação aos produtores de leite e

industriais no sentido de buscar o melhor desempenho

técnico e econômico e a sustentabilidade da atividade

econômica que desenvolvem;

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ50

IV. participar de comissões técnicas de outros órgãos e

entidades, visando à homogeneização e desenvolvimento

das normas técnicas referentes à qualidade do leite;

V. efetuar estudos e propor ações visando o constante

aprimoramento dos profissionais de produção,

industrialização e comercialização;

VI. acompanhar a evolução de preços e custos dos produtos

do setor;

VII. elaborar laudos técnicos, no esclarecimento de dúvidas e

na conciliação de conflitos entre os integrantes do

sistema, quando versarem sobre questões ligadas à

sistemática de avaliação da qualidade do leite ou de

contratação e negociação comercial no setor.

Art. 26 As atividades de estudos e pesquisas da Câmara Técnica e

Econômica, poderão ser delegadas pelo Coordenador à

subgrupos de seus integrantes, facultada ainda, mediante

expressa autorização da Diretoria, a contratação de

profissionais e instituições externas ao CONSELEITE-

PARANÁ.

Parágrafo único O Coordenador da CAMATEC responderá

junto à Diretoria, pelo desenvolvimento dos

trabalhos dos subgrupos.

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________51

Art. 27 Todas as conclusões dos trabalhos da CAMATEC deverão

ser levadas ao conhecimento da Diretoria que, quando

entender ser relevante a matéria para o sistema

CONSELEITE-PARANÁ, expedirá Circulares ou Resoluções

relacionadas ao assunto.

CAPÍTULO IVDA GESTÃO FINANCEIRA DA ENTIDADE

Art. 28 O CONSELEITE-PARANÁ será mantido com:

I. contribuições de que trata o artigo 7 deste Estatuto,

quando instituídas;

II. contraprestações a serem instituídas pela Diretoria,

visando ao ressarcimento de despesas decorrentes das

atividades da entidade;

III. doações, auxílios e subvenções;

IV. quaisquer outros meios admitidos em lei e não

conflitantes com os objetivos e natureza da entidade.

Art. 29 Todo o patrimônio e receitas do CONSELEITE-PARANÁ

serão utilizados no desenvolvimento de suas finalidades, não

podendo ter qualquer outra destinação.

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ52

Art. 30 O exercício social do CONSELEITE-PARANÁ terá início no

dia 01 de Janeiro e término no dia 31 de Dezembro, a

exceção do 1º exercício que inicia na data de sua fundação e

termina em 31 de Dezembro do ano seguinte.

Art. 31 As despesas referentes às atividades do CONSELEITE-

PARANÁ serão, salvo disposição em contrário deste Estatuto,

de responsabilidade dos Associados, devendo, no entanto,

elaborar a previsão orçamentária de cada exercício para ser

aprovada pelas Entidades mantenedoras.

Art. 32 No final de cada exercício, a Diretoria do CONSELEITE-

PARANÁ enviará, aos seus Associados, a prestação de

contas relativa ao exercício findo, para aprovação.

CAPÍTULO VDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 33 Os diretores do CONSELEITE-PARANÁ não são

pessoalmente responsáveis pelas obrigações que contraírem

em nome da entidade, em virtude de ato regular de gestão.

Art. 34 Em caso de vacância de qualquer cargo da Diretoria do

CONSELEITE-PARANÁ, o mesmo será preenchido por

indicação da entidade associada representada pelo antigo

ocupante do cargo.

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________53

Art. 35 Na hipótese de dissolução do CONSELEITE-PARANÁ, seu

patrimônio será automaticamente vertido para as entidades

associadas, na proporção de sua contribuição para a

constituição deste patrimônio.

Art. 36 Este Estatuto foi aprovado em Assembléia Geral de fundação

do CONSELEITE-PARANÁ, realizada no dia 29/10/2002, na

cidade de Curitiba, Estado do Paraná e entra em vigor na

data do seu registro em cartório competente.

Curitiba, 29 de Outubro de 2002.

Ágide Meneguette Wilson ThiesenPresidente da FAEP Presidente do SINDILEITE

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ54

V - REGULAMENTO DO CONSELEITE-PARANÁ

TÍTULO IDAS FUNÇÕES E ESTRUTURA DO CONSELEITE-PARANÁ

CAPÍTULO IFUNÇÕES DO CONSELEITE-PARANÁ

Art. 1 O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do

Estado do Paraná – CONSELEITE-PARANÁ, para a

realização dos objetivos previstos em seu Estatuto, tem como

função oferecer informações técnicas e econômicas aos

produtores de leite e derivados sediados no Estado do

Paraná, que visam contribuir para um processo transparente

e sustentável de formação dos preços para a remuneração da

matéria-prima (leite), em uma situação de livre mercado.

Parágrafo único As informações divulgadas pelo

CONSELEITE-PARANÁ constituir-se-á de:

I. Estudos e avaliações visando o aprimoramento técnico-

científico dos critérios, metodologias e procedimentos

relacionados à determinação da qualidade do leite e

derivados;

II. Estudos e avaliações das características, regras e

práticas comerciais específicas do comércio do leite e

derivados em regime de livre mercado;

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________55

III. Recomendações, aos participantes do mercado do leite e

derivados sobre a adoção de regras gerais que visem ao

desenvolvimento e aprimoramento desse mercado,

objetivando abranger todo o amplo espectro desse

comércio;

IV. Estudos e avaliações visando o esclarecimento de

dúvidas relacionadas as práticas comerciais no mercado

do leite e derivados;

V. Estudos e avaliações visando a conciliação de conflitos

de interesses, conforme o disposto no artigo 3, inciso IV

de seu Estatuto.

Art. 2 Para a realização das funções descritas no artigo anterior, o

CONSELEITE-PARANÁ deverá:

I. Estudar, aprimorar e divulgar aos participantes do

mercado critérios apropriados para a determinação da

qualidade do leite e sua respectiva classificação nos tipos

“acima do padrão”, “padrão” e “abaixo do padrão”,

constantes do Anexo I deste Regulamento;

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ56

II. Divulgar aos participantes do mercado critérios técnicos e

econômicos adotados para a apuração do valor do litro do

leite padrão e escalas de ágios de preços (para o leite

acima do padrão) e deságios de preços (para o leite

abaixo do padrão) segundo parâmetros de qualidade e

volume da matéria-prima, bem como outros dados

pertinentes, conforme descrito no Anexo II deste

Regulamento;

III. Estudar e divulgar aos participantes do mercado regras

comerciais recomendadas para a manutenção das boas

práticas de negócios no setor, tendo em vista as

peculiaridades técnicas e econômicas do sistema

agroindustrial lácteo, visando estimular o seu

desenvolvimento sustentável;

IV. Institucionalizar um foro permanente de discussão e

estudo entre os agentes do sistema agroindustrial lácteo,

visando seu constante aprimoramento, mediante a

atualização deste Regulamento e seus Anexos.

Art. 3 Qualquer produtor de leite ou derivados, que atuam no

Estado do Paraná, poderá utilizar o sistema de autogestão

para a formação de preço desenvolvido pelo CONSELEITE-

PARANÁ com o intuito de aperfeiçoar seus negócios voltados

à compra e venda do leite, inclusive em contratos formais de

fornecimento de matéria-prima.

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________57

Parágrafo único Os integrantes que recorrerem ao

CONSELEITE-PARANÁ para a resolução de

dúvidas ou para a conciliação de conflitos,

custearão as despesas em que este

Conselho incorrer para o atendimento da

consulta ou para realização da conciliação,

inclusive com despesas de contratação de

profissionais, caso sejam necessários.

CAPÍTULO IIDA ESTRUTURA DO CONSELEITE-PARANÁ

Art. 4 O CONSELEITE-PARANÁ tem sede em Curitiba, Capital do

Estado do Paraná, sito a Rua Marechal Deodoro, número

450, 15º andar e é constituído pela:

I. Diretoria;

II. Secretaria e;

III. Câmara Técnica e Econômica - CAMATEC.

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ58

SEÇÃO IDA DIRETORIA

Art. 5 São funções da Diretoria:

I. Elaborar, alterar e adaptar o presente Regulamento e

seus Anexos, conforme o disposto no Estatuto do

CONSELEITE-PARANÁ;

II. Assessorar os participantes do sistema agroindustrial

lácteo, com base no disposto neste Regulamento;

III. Promover a conciliação dos conflitos e o esclarecimento

de dúvidas, conforme o disposto no art. 15, inciso III do

Estatuto;

SEÇÃO IIDA SECRETARIA

Art. 6 A Secretaria do CONSELEITE-PARANÁ terá um Secretário

escolhido conforme determina o Art. 18 do Estatuto.

Art. 7 Compete ao Secretário do CONSELEITE-PARANÁ:

I. Organizar e arquivar toda a documentação do

CONSELEITE-PARANÁ;

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________59

II. Promover a convocação dos Conselheiros para as

reuniões do CONSELEITE-PARANÁ;

III. Secretariar, quando convocado, as reuniões do

CONSELEITE-PARANÁ, elaborando os respectivos

relatórios ou atas;

IV. Providenciar o encaminhamento de cópia dos trabalhos,

relatórios e demais materiais de interesse aos membros

do CONSELEITE-PARANÁ;

V. Organizar cadastro com os nomes e endereços dos

membros do CONSELEITE-PARANÁ.

SEÇÃO IIIDA CÂMARA TÉCNICA E ECONÔMICA - CAMATEC

Art. 8 São funções da CAMATEC:

I. representar um foro de discussão e estudo, visando a

determinação das normas técnicas de avaliação da

qualidade do leite, bem como das normas contratuais

recomendadas para os negócios de compra e venda de

leite;

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ60

II. efetuar estudos e desenvolver pesquisas visando à

atualização e aperfeiçoamento de normas técnicas do

sistema de avaliação da qualidade do leite e dos negócios

de compra e venda do leite;

III. acompanhar a evolução de preços e custos dos produtos

do setor;

IV. recomendar à Diretoria as alterações e adaptações que

se fizerem necessárias neste Regulamento e em seus

Anexos, no âmbito da qualidade do leite e das normas

relacionadas ao pagamento da matéria-prima, conforme

os resultados de seus estudos e pesquisas;

V. assessorar a Diretoria do CONSELEITE-PARANÁ,

inclusive mediante a expedição de laudos técnicos

conclusivos, no esclarecimento das dúvidas e na

conciliação de conflitos entre os participantes do mercado

do setor agro-industrial lácteo, que versarem sobre

questões ligadas à avaliação da qualidade do leite ou

sobre questões da técnica contratual nos negócios

realizados no setor;

VI. constituir ou participar de comissões técnicas de

entidades externas, visando à homogeneização das

normas técnicas de determinação da qualidade do leite;

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________61

VII. orientar os produtores de leite e derivados no sentido de

buscar o melhor desempenho e a continuidade do

sistema.

Art. 9 A CAMATEC deverá reunir-se sempre que requisitada pela

Diretoria ou na forma do artigo 23 do Estatuto do

CONSELEITE-PARANÁ.

TÍTULO IIDO SISTEMA CONSELEITE-PARANÁ

CAPÍTULO IDA QUALIDADE DO LEITE

Art. 10 Para os fins deste Regulamento e de seus anexos, a

qualidade do leite será determinada através de um conjunto

de parâmetros definidos no Anexo I, quais sejam: gordura,

proteína, sólidos não gordurosos, células somáticas, redutase

e temperatura do leite.

Art. 11 As normas técnicas de determinação da qualidade do leite

utilizadas pelo Sistema CONSELEITE-PARANÁ serão

dispostas no Anexo I deste Regulamento.

Art. 12 A Diretoria poderá realizar, sempre que julgar conveniente e

por maioria simples de votos, alterações nas normas

constantes no Anexo I deste Regulamento.

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ62

Art. 13 O CONSELEITE-PARANÁ deverá buscar a homogeneização

dos critérios de análise da qualidade do leite em âmbito

nacional, inclusive por meio de entidades externas.

Art. 14 Quaisquer modificações nos critérios de análise da qualidade

do leite, estabelecidos no Anexo I deste Regulamento,

deverão ser adotadas pelos produtores e industriais optantes

do sistema CONSELEITE-PARANÁ, no mês subseqüente a

divulgação destas, salvo determinação diversa da Diretoria.

Art. 15 Os parâmetros tecnológicos que definem a qualidade da

matéria-prima serão apurados na unidade industrial

recebedora ou na propriedade rural, conforme as normas de

execução dos testes de qualidade definidas pelo

CONSELEITE-PARANÁ.

CAPÍTULO IIDO PREÇO DO LEITE

Art. 16 O CONSELEITE-PARANÁ divulgará, mensalmente, entre os

dias 12 e 15 de cada mês, os seguintes preços de referência

para o leite padrão:

I. O preço de referência projetado para o mês corrente;

II. O preço de referência final do mês anterior;

III. O valor da diferença entre o preço final do mês anterior e

o preço projetado do mês anterior.

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________63

Parágrafo 1º Entende-se por leite padrão o que apresentar

pontuação ou bonificação igual a zero conforme

os parâmetros de qualidade e volume da

matéria-prima estabelecidas no Anexo 1 deste

Regulamento.

Parágrafo 2º Para o cálculo do preço médio de referência do

leite padrão o fator de ponderação será a

composição (“mix”) de comercialização dos

derivados (em equivalente leite fluído) das

empresas participantes do CONSELEITE-

PARANÁ.

Parágrafo 3º Para o cálculo do volume comercializado em

equivalente leite fluído pelas empresas

participantes do CONSELEITE-PARANÁ será

considerado os rendimentos industriais

constantes no anexo III deste regulamento.

Art. 17 Para o leite entregue pelo fornecedor classificado como

abaixo ou acima do padrão, o preço de referência será

calculado aplicando-se um ágio ou deságio percentual sobre

o preço de referência do leite padrão, resultante da utilização

dos parâmetros de qualidade e volume da matéria-prima

estabelecidas no Anexo 1 deste Regulamento.

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ64

Parágrafo 1º A utilização de escala contínua ou,

alternativamente, de intervalos de escala para

os parâmetros de qualidade e volume

estabelecidas no Anexo 1 deste Regulamento

deve ser adotada em comum acordo entre as

partes.

Art. 18 A não medição de um parâmetro de qualidade ou volume

estabelecidas no Anexo 1 deste Regulamento resulta na

impossibilidade de se utilizar esse parâmetro para o cálculo

de ágio ou deságio, sem prejuízo na consideração dos

demais parâmetros mensurados.

Art. 19 O preço de referência final do leite padrão de cada mês,

conforme inciso II do artigo 16, será apurado com base nos

preços médios ponderados de comercialização dos derivados

efetivamente praticados no referido mês.

Art. 20 O preço de referência projetado do leite padrão para o mês

corrente, conforme inciso I do artigo 16, será apurado

levando-se em conta os preços médios ponderados de

comercialização dos derivados efetivamente praticados no

primeiro decêndio do mês corrente.

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________65

Parágrafo 1º Se julgar conveniente, o CONSELEITE-

PARANÁ, por maioria de dois terços de seus

membros, pode ajustar o preço de referência

projetado levando-se em conta as tendências

de mercado para o restante do mês em curso.

Art. 21 O valor da diferença entre o preço final e projetado do mês

anterior, conforme inciso III do artigo 16, poderá ou não,

dependendo de comum acordo entre comprador e vendedor,

ser compensado entre as partes que optaram pelo preço

projetado na consecução dos negócios.

Art. 22 As unidades industriais e seus fornecedores poderão

contratar as seguintes formas de apuração do valor do litro do

leite, de acordo com a classificação do produto constante no

anexo I deste regulamento:

I. Pela multiplicação da quantidade de litros de leite

entregue pelo fornecedor, pelo valor do litro divulgado

pelo CONSELEITE-PARANÁ conforme o inciso I do artigo

16.

II. Pela multiplicação da quantidade de litros de leite

entregue pelo fornecedor, pelo valor do litro divulgado

pelo CONSELEITE-PARANÁ, conforme o inciso II do

artigo 16.

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ66

III. Pela multiplicação da quantidade de litros de leite

entregue pelo fornecedor, pelo valor do litro divulgado

pelo CONSELEITE-PARANÁ conforme o inciso I do artigo

16 e mais o acerto que é a multiplicação da quantidade de

litros de leite entregue pelo fornecedor, pela diferença

entre o preço final e projetado do mês anterior, divulgado

pelo CONSELEITE-PARANÁ conforme o inciso III do Art.

16.

Parágrafo 1º Aos fornecedores que optarem pelo inciso II

nada será devido a título de ajuste futuro de

preço ao final de cada mês de entrega da

matéria-prima.

Parágrafo 2º Aos fornecedores que optarem pelo inciso I

poderá ou não, de comum acordo entre as

partes, haver um ajuste de preço a ser

apurado na divulgação do preço de referência

final do mês anterior.

Art. 23 A forma e as condições de pagamento da matéria-prima

serão livremente definidas entre as partes, sem qualquer

interferência do CONSELEITE-PARANÁ, salvo nas situações

previstas no artigo 5, inciso III, deste regulamento.

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________67

Art. 24 Salvo motivos de forma maior, falta de condições técnicas ou

operacionais ou por estabelecimento de outro calendário, o

CONSELEITE-PARANÁ divulgará entre os dias 12 e 15 de

cada mês, o preço de referência final do leite padrão do mês

anterior, o preço de referência projetado do mês corrente, os

preços médios de venda dos derivados do mês anterior e do

primeiro decêndio do mês corrente, e o “mix” médio de

comercialização do mês anterior e do primeiro decêndio do

mês corrente das empresas participantes do CONSELEITE-

PARANÁ.

Art. 25 É facultado as partes (produtor e indústria), de comum

acordo, estabelecer a remuneração da matéria-prima com

base no mix de comercialização da unidade industrial, em

substituição ao mix médio de comercialização das empresas

participantes do CONSELEITE-PARANÁ.

Parágrafo 1º O acompanhamento do mix da unidade

industrial caberá as partes, pois o

CONSELEITE-PARANÁ, sob nenhuma

hipótese divulgará dados individuais das

empresas participantes.

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ68

CAPÍTULO IIIDOS NEGÓCIOS DE COMPRA E VENDA DO LEITE

E DA OPÇÃO PELO SISTEMA CONSELEITE-PARANÁ

Art. 26 Os produtores de leite e derivados poderão optar pelo

sistema CONSELEITE-PARANÁ na realização de seus

negócios de compra e venda de leite pelas regras contratuais

usuais e aplicáveis às espécies de contratos.

Art. 27 Quaisquer modificações, operadas pela Diretoria do

CONSELEITE-PARANÁ, nas regras estabelecidas, deverão

ser adotadas pelos produtores e industriais optantes do

sistema CONSELEITE-PARANÁ, no mês subseqüente ao seu

estabelecimento, respeitada a vontade das partes no contrato

em curso.

CAPÍTULO IVDISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 28 Todas as comunicações dirigidas ao CONSELEITE-PARANÁ

deverão ser formalizadas por escrito.

Art. 29 Mesmo que por ordem expressa das partes, o CONSELEITE-

PARANÁ se reserva o direito de não fornecer a terceiros

quaisquer informações acerca dos negócios firmados entre

seus optantes e acerca dos serviços a eles prestados.

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________69

Art. 30 A Diretoria deverá, sempre que julgar conveniente e em

comum acordo com a coordenação da Câmara Técnica e

Econômica, desenvolver estudos de impactos nas relações

de custos dos produtos do setor lácteo paranaense, em

decorrência do surgimento de novos produtos, de novas

tecnologias ou de mudanças significativas nos preços dos

fatores de produção.

Art. 31 Ao produtor de leite é assegurado o direito de fiscalizar a

entrega, pesagem e análise da qualidade do leite por ele

entregue, ou por intermédio do seu Sindicato Rural ou de

representantes indicados pela FAEP, caso estes prestem

esse serviço.

Art. 32 Para contribuir com o fortalecimento das Entidades Sindicais

que compõem o CONSELEITE-PARANÁ, a Unidade

Industrial, quando da contratação e da aquisição do leite,

deverá exigir dos fornecedores, produtores, arrendadores de

terras e dos demais proprietários de terras destinadas à

produção de leite, a comprovação do pagamento da

Contribuição Sindical Rural fixada em Lei, assim como efetuar

o pagamento da Contribuição Sindical ao seu Sindicato.

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ70

Art. 33 Este Regulamento aprovado em Assembléia Geral do

CONSELEITE-PARANÁ, realizada no dia 19 de novembro de

2002 entra em vigor nesta data.

Curitiba, 19 de novembro de 2002.

Ronei Volpi Wilson ThiesenPresidente do CONSELEITE - PR Vice-Presidente do CONSELEITE - PR

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________71

CONSELHO PARITÁRIO PRODUTORES/INDÚSTRIAS DE LEITEDO ESTADO DO PARANÁ – CONSELEITE – PARANÁ

ANEXO I DE SEU REGULAMENTO

IDENTIFICAÇÃO DO LEITE PADRÃO SEGUNDO PARÂMETROS DE

QUALIDADE DO LEITE E VOLUME ENTREGUE E ESTABELECIMENTO DE

CRITÉRIOS DE ÁGIO E DESÁGIO DE PREÇOS SOBRE O LEITE PADRÃO DO

SISTEMA CONSELEITE-PARANÁ

Art. 1 O leite padrão é o leite que, seguindo os parâmetros

dispostos nas tabelas de 2 a 12 deste anexo, fica com

pontuação zero e consequentemente ágio/deságio de 0%.

Parágrafo 1º Um exemplo de leite padrão é o que possui

gordura (3,21 a 3,30%); proteína (3,01 a

3,05%); sólidos não gordurosos (8,61 a

8,70%); células somáticas (701 a 750 mil);

redutase (151 a 180 minutos); volume

entregue (até 100 litros/dia); temperatura do

leite 3 horas após a ordenha até as 09:00 hs

(7 graus).

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ72

Parágrafo 2º O sistema de deságio abrange qualquer leite

que atingir pontuação negativa até um

máximo de 1000 (mil) pontos ou o equivalente

a um deságio de preço de até 10% sobre o

valor do leite padrão. Um exemplo de leite

com deságio máximo de 10% é o que possui

gordura (< 2,91%); proteína (< 2,81%); sólidos

não gordurosos (< 8,41%); células somáticas

(acima de 1 milhão); redutase (menor que 90

minutos); temperatura do leite 3 horas após a

ordenha até as 09:00 hs (12 graus ou mais).

Parágrafo 3º O sistema de ágio abrange qualquer leite que

atingir pontuação positiva até um máximo de

1500 (mil e quinhentos) pontos ou o

equivalente a um ágio de preço de até 15%

sobre o valor do leite padrão. Um exemplo de

leite com ágio máximo é o que possui gordura

(> 3,91%); proteína (> 3,41%); sólidos não

gordurosos (> 9,11%); células somáticas (<

351 mil); redutase (> 300 minutos); volume

entregue (> 1000 litros/dia); temperatura do

leite 3 horas após a ordenha até as 09:00 hs

(4 graus).

Art. 2 Para a definição dos valores de ágio e deságio sobre o preço

do leite padrão são levados em consideração os seguintes

parâmetros nas respectivas proporções:

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________73

Parágrafo 1º A escala para a qualidade do leite contempla

ágio de até 10% e deságio até 10%.

Parágrafo 2º A escala para o volume de leite entregue

contempla ágio de até 10%.

Art. 3 Para que o leite atinja o padrão mínimo de qualidade

(descarte do leite) são necessários os testes de Crioscopia,

Estabilidade ao Alizarol, Resíduos de Antibióticos e

Redutores e realização de Exames de Brucelose e

Tuberculose conforme tabela 01:

Parágrafo 1º Para o não descarte do leite a Crioscopia

deve estar acima de -0,530ºH, sendo o local

da coleta da amostra a plataforma do laticínio,

a qual deve ser feita diariamente, por carga

recebida. O descarte do leite fica

condicionado à análise técnica da causa e à

reincidência. O método de análise deve seguir

os padrões dispostos na norma IDF 108

A;1969;

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ74

Parágrafo 2º Para o não descarte do leite sua estabilidade

ao Alizarol deve ser estável a 76% (setenta e

seis) v/v sendo o local da coleta da amostra a

propriedade rural, a qual deve ser feita

diariamente para cada carga recebida ou por

produtor. O método de análise deve seguir os

padrões dispostos na norma CLA/DDA/MA;

Parágrafo 3º Para o não descarte do leite este deve

apresentar ausência de resíduos de

antibióticos e redutores, em análise realizada

na plataforma do laticínio, a qual deve ser

realizada diariamente por carga recebida.

Parágrafo 4º Para o não descarte do leite recebido dos

produtores, estes devem comprovar

anualmente a realização de exames de

brucelose e tuberculose do rebanho leiteiro.

Art. 4 Para se aplicar as escalas de ágio e deságio de preços são

necessários determinar os seguintes parâmetros do leite

entregue: Teor de Proteína, Teor de Gordura, Redutase,

Contagem de Células Somáticas, Teor de Sólidos Não

Gordurosos, Volume de Leite Entregue, e Temperatura do

Leite. A proporção das escalas de ágio e deságio estão

descritas nas tabelas 3, 4 e 5 deste Anexo e podem ser

expressas, alternativamente, pelas seguintes funções

contínuas:

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________75

� � � � � � � � � � � � � �vftfrfcfsfpfgfY �������

sendo Y o número de pontos a ser computado ao leite entregue.

Parágrafo 1º - Função para gordura

para

200 �gy 3,90 g �

g 285,714286 930- ��gy 3,90 g 30,3 ��

0 �gy 3,30 g 20,3 ��

g 500 1627,50- ��gy 3,20 g 90,2 ��

� �gf =

200- �gy 2,90 g �

Parágrafo 2º - Função para proteína

para

100 �py 3,40 p �

p 250 757,50- ��py 3,40 p 05,3 ��

0 �py 3,05 p 00,3 ��

p 400 1212,00- ��py 3,00 p 80,2 ��

� �pf =

100- �py 2,80 p �

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ76

Parágrafo 3º - Função para sólidos não gordurosos

para

100 �sy 9,10 s �

s 200,0000 1731,0000- ��sy 9,10 s 70,8 ��

0 �sy 8,70 s 60,8 ��

s 333,3333 2885,0000- ��ys 8,60 s 40,8 ��

� �sf =

100- �sy 8,40 s �

Parágrafo 4º - Função para células somáticas

para

200 �cy 350 c �

c 0,5000 362,75 ��cy 700 c 350 ��

0 �cy 750 c 700 ��

c 0,6667 483,6667 ��cy 1000 c 750 ��

� �cf =

200- �cy c 1000 �

CONSELEITE - PARANÁ __________________________________________77

Parágrafo 5º - Função para temperatura do leite

para

200 �ty 4 t �

t43,20298 - 329,9813780 �ty 7 t 4 ��

0 �ty 8 t 7 ��

t40 - 260 �ty 12 t 8 ��

� �tf =

200- �ty 12t �

Parágrafo 6o – Função para redutase

para

200 �ry 200 r �

r 1,3333 220,6667- ��ry 300 r 180 ��

0 �ry 180 r 150 ��

r 2,2222 367,7777- ��ry 150 r 50 ��

� �rf =

200- �ry r 90 �

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ78

Parágrafo 7o – Função para o volume entregue

TABELA 1. IDENTIFICAÇÃO DOS TESTES E DO PADRÃO

MÍNIMO PARA O RECEBIMENTO DO LEITE.

TESTES PARADESCARTE/CONDENAÇÃO

PADRÃOMÍNIMO PARADESCARTE/

CONDENAÇÃO

LOCAL DECOLETA DAAMOSTRA

PERIODICIDADEDA

ANÁLISE/TESTE

CRIOSCOPIA Abaixo de 530 * Plataformado laticínio Diária/Carga

ALIZAROL Estável a 76%(v/v)

PropriedadeRural Diária/Produtor

RESÍDUOS DEANTIBIÓTICOS E

REDUTORESAusência Plataforma

do laticínio Diária/Carga

EXAME DE BRUCELOSE ETUBERCULOSE Realizado Propriedade

Rural Anual

(*) Descarte condicionado à análise técnica e à reincidência

para

0 �vy 100 v �

v0,4410868 75,819724 ��vy 1000 v100 ��� �vf

005 �vy 1000 v �

CONSELEITE - PARANÁ _________________________________________ 79

TABELA 2. IDENTIFICAÇÃO DO LEITE PADRÃO E EXEMPLOS DE

LEITE CLASSIFICADOS COMO ACIMA E ABAIXO DO

PADRÃO.

CLASSIFICAÇÃO DO LEITESEGUNDO PARÂMETROS DEQUALIDADE DO PRODUTO,

VOLUME ENTREGUE EMANEJO DO REBANHO

ÁGIO/DESÁGIO% SOBRE OPREÇO DO

LEITE PADRÃO

PONTOSACUMULADOS

EXEMPLOS DEENQUADRAMENTO EMCADA FAIXA DE PREÇO

ACIMA DO PADRÃO 3 15,00% 1500 PONTOSPOSITIVOS

Leite: gordura (> 3,91%);proteína (> 3,41%); sólidosnão gordurosos (> 9,11%);células somáticas (< 351 mil);redutase (> 300 minutos);volume entregue (> 1000litros/dia); temperatura doleite 3 horas após a ordenhaaté as 09:00 hs (4 graus).

ACIMA DO PADRÃO 2 10,00% 1000 PONTOSPOSITIVOS

ACIMA DO PADRÃO 1 5,00% 500 PONTOSPOSITIVOS

LEITE PADRÃO 0,00% ZERO PONTOS

Leite: gordura (3,21 a 3,30%);proteína (3,01 a 3,05%);sólidos não gordurosos (8,61a 8,70%); células somáticas(701 a 750 mil); redutase (151a 180 minutos); volumeentregue (até 100 litros/dia);temperatura do leite 3 horasapós a ordenha até as 09:00hs (7 graus).

ABAIXO DO PADRÃO 1 -3,30% 330 PONTOSNEGATIVOS

ABAIXO DO PADRÃO 2 -6,60% 660 PONTOSNEGATIVOS

ABAIXO DO PADRÃO 3 -10,00% 1000 PONTOSNEGATIVOS

Leite: gordura (< 2,91%);proteína (< 2,81%); sólidosnão gordurosos (< 8,41%);células somáticas (acima de 1milhão); redutase (< 90minutos); temperatura do leite3 horas após a ordenha atéas 09:00 hs (12 graus oumais).

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ80

PARÂMETROS PARA O CÁLCULO DE ÁGIOS E DESÁGIOSSOBRE O PREÇO DO LEITE PADRÃO:

TABELA 3. ESCALA DE ÁGIOS E DESÁGIOS PARA OS

PARÂMETROS DE QUALIDADE DO LEITE.

PARÂMETROS DEQUALIDADE *

ÁGIOS OUDESÁGIOS DE

PREÇOS (EM %)

PONTUAÇÃOPOSITIVA OU

NEGATIVA

PERIODICIDADEDA

ANÁLISE/TESTE

GORDURA ATÉ 2,0% ATÉ 200 PONTOS 2 VEZES AO MÊS

PROTEÍNA ATÉ 1,0% ATÉ 100 PONTOS 2 VEZES AO MÊS

SÓLIDOS NÃOGORDUROSOS ATÉ 1,0% ATÉ 100 PONTOS 2 VEZES AO MÊS

CÉLULAS SOMÁTICAS ATÉ 2,0% ATÉ 200 PONTOS 2 VEZES AO MÊS

REDUTASE ATÉ 2,0% ATÉ 200 PONTOS 2 VEZES AO MÊS

TEMPERATURA DO LEITE ATÉ 2,0% ATÉ 200 PONTOS 2 VEZES AO MÊS(*) Média móvel das últimas 6 análises, exceto para redutase, para a qual incidirá o

resultado da quinzena

TABELA 4. ESCALA DE ÁGIOS E DESÁGIOS PARA O

PARÂMETRO VOLUME ENTREGUE DE LEITE.

PARÂMETROS DE VOLUME ÁGIOS OU DESÁGIOS DEPREÇOS (EM %)

PONTUAÇÃOPOSITIVA OU

NEGATIVA

VOLUME DE LEITEENTREGUE ATÉ 5,0% ATÉ 500

PONTOS

CONSELEITE - PARANÁ _________________________________________81

TABELA 5. ESCALA DE ÁGIOS E DESÁGIOS PARA ESTRATOS

DE GORDURA.

ESTRATOS DE GORDURA ADICIONAL DEPREÇOS (EM %) PONTUAÇÃO

MAIOR QUE 3,91% 2,00% 200

DE 3,81 A 3,90% 1,71% 171

DE 3,71 A 3,80% 1,43% 143

DE 3,61 A 3,70% 1,14% 114

DE 3,51 A 3,60% 0,86% 86

DE 3,41 A 3,50% 0,57% 57

DE 3,31 A 3,40% 0,29% 29

DE 3,21 A 3,30% 0,00% 0

DE 3,11 A 3,20% -0,50% -50

DE 3,01 A 3,10% -1,00% -100

DE 2,91 A 3,00% -1,50% -150

MENOR QUE 2,91% -2,00% -200

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ82

TABELA 6. ESCALA DE ÁGIOS E DESÁGIOS PARA ESTRATOS

DE PROTEÍNA.

ESTRATOS DE PROTEÍNAADICIONAL DE PREÇOS

(EM %)PONTUAÇÃO

MAIOR QUE 3,41% 1,00% 100

DE 3,36 A 3,40% 0,88% 88

DE 3,31 A 3,35% 0,75% 75

DE 3,26 A 3,30% 0,63% 63

DE 3,21 A 3,25% 0,50% 50

DE 3,16 A 3,20% 0,38% 38

DE 3,11 A 3,15% 0,25% 25

DE 3,06 A 3,10% 0,13% 13

DE 3,01 A 3,05% 0,00% 0

DE 2,96 A 3,00% -0,20% -20

DE 2,91 A 2,95% -0,40% -40

DE 2,86 A 2,90% -0,60% -60

DE 2,81 A 2,85% -0,80% -80

MENOR QUE 2,81% -1,00% -100

CONSELEITE - PARANÁ _________________________________________83

TABELA 7. ESCALA DE ÁGIOS E DESÁGIOS PARA ESTRATOS

DE SÓLIDOS NÃO GORDUROSOS.

ESTRATOS DE SÓLIDOSNÃO GORDUROSOS

ADICIONAL DEPREÇOS (EM %) PONTUAÇÃO

MAIOR QUE 9,11% 1,00% 100

DE 9,01 A 9,10% 0,80% 80

DE 8,91 A 9,00% 0,60% 60

DE 8,81 A 8,90% 0,40% 40

DE 8,71 A 8,80% 0,20% 20

DE 8,61 A 8,70% 0,00% 0

DE 8,51 A 8,60% -0,33% -33

DE 8,41 A 8,50% -0,67% -67

MENOR QUE 8,41% -1,00% -100

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ84

TABELA 8. ESCALA DE ÁGIOS E DESÁGIOS PARA ESTRATOS

DE CÉLULAS SOMÁTICAS.

ESTRATOS DE CÉLULASSOMÁTICAS

ADICIONAL DEPREÇOS (EM %) PONTUAÇÃO

MENOR QUE 351 MIL 2,00% 200

DE 351 A 400 MIL 1,75% 175

DE 401 A 450 MIL 1,50% 150

DE 451 A 500 MIL 1,25% 125

DE 501 A 550 MIL 1,00% 100

DE 551 A 600 MIL 0,75% 75

DE 601 A 650 MIL 0,50% 50

DE 651 A 700 MIL 0,25% 25

DE 701 A 750 MIL 0,00% 0

DE 751 A 800 MIL -0,33% -33

DE 801 A 850 MIL -0,67% -67

DE 851 A 900 MIL -1,00% -100

DE 901 A 950 MIL -1,33% -133

DE 951 A 1.000 MIL -1,67% -167

ACIMA DE 1.000 MIL -2,00% -200

CONSELEITE - PARANÁ _________________________________________85

TABELA 9. ESCALA DE ÁGIOS E DESÁGIOS PARA ESTRATOS

DE REDUTASE.

ESTRATOS DE REDUTASE ADICIONAL DEPREÇOS (EM %) PONTUAÇÃO

ACIMA DE 300 MINUTOS 2,00% 200

DE 271 A 300 MINUTOS 1,60% 160

DE 241 A 270 MINUTOS 1,20% 120

DE 211 A 240 MINUTOS 0,80% 80

DE 181 A 210 MINUTOS 0,40% 40

DE 151 A 180 MINUTOS 0,00% 0

DE 121 A 150 MINUTOS -0,67% -67

DE 91 A 120 MINUTOS -1,33% -133

MENOR QUE 91 MINUTOS -2,00% -200

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ86

TABELA 10. ESCALA DE ÁGIOS E DESÁGIOS PARA ESTRATOS

DE VOLUME ENTREGUE.

ESTRATOS DE VOLUME

(Média mensal em litros/dia)ADICIONAL DE

PREÇOS (EM %) PONTUAÇÃO

ATÉ 100 0,00% 0

DE 101 A 150 0,63% 63

DE 151 A 200 1,25% 125

DE 201 A 250 1,88% 188

DE 251 A 300 2,50% 250

DE 301 A 400 3,13% 313

DE 401 A 500 3,75% 375

DE 501 A 1000 4,38% 438

ACIMA DE 1000 5,00% 500

CONSELEITE - PARANÁ _________________________________________87

TABELA 11. ESCALA DE ÁGIOS E DESÁGIOS PARA

TEMPERATURA DE ENTREGA.

TEMPERATURA 3 HORAS APÓSA ORDENHA A PARTIR DAS

9:00 HORAS (*)ADICIONAL DE

PREÇOS (EM %) PONTUAÇÃO

4 GRAUS 2,00% 200

5 GRAUS 1,33% 133

6 GRAUS 0,67% 67

7 GRAUS 0,00% 0

8 GRAUS -0,40% -40

9 GRAUS -0,80% -80

10 GRAUS -1,20% -120

11 GRAUS -1,60% -160

12 GRAUS OU MAIS -2,00% -200(*) antes das 9:00 horas há tolerância de 2 graus

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ88

CONSELHO PARITÁRIO PRODUTORES/INDÚSTRIAS DE LEITEDO ESTADO DO PARANÁ – CONSELEITE – PARANÁ

ANEXO II DE SEU REGULAMENTO

IDENTIFICAÇÃO DO RENDIMENTO INDUSTRIAL DO LEITE PADRÃO

Art. 1 Ficam estabelecidos os critérios abaixo descritos para a

determinação dos rendimentos industriais do leite padrão

para a fabricação dos derivados conforme consta na tabela 1

e nos parágrafos 1º a 11º.

CONSELEITE - PARANÁ _________________________________________89

TABELA 1. RENDIMENTOS INDUSTRIAIS DO LEITE PADRÃO

PARA OS DIFERENTES DERIVADOS

Produto Unidade

Rendimento

(litros de leitepadrão/litro ou kg do

produto)

Parágrafo

Queijo Mussarela kg 8,6266 1º

Queijo Prato kg 10,1553 2º

Queijo Provolone kg 11,0620 3º

Queijo Parmesão kg 12,1501 4º

Leite em Pó kg 10,4265 5º

Requeijão kg 4,7737 6º

Creme de Leite kg 1,9417 7º

Manteiga kg 4,1189 8º

Doce de Leite kg 2,4200 9º

Iogurte kg 0,7692 10º

Bebida Látea litro 0,5000 11º

Leite fluido (cru,pasteurizado e UHT) litro 1,0000 12º

Parágrafo 1º Rendimento Industrial para o Queijo

Mussarela - Fórmula de Van Slyke

� � � ���W100

1,22 x 0,36-CF x 0,86 R MUSSARELA�

��

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ90

onde:

0,86 = recuperação de gordura

F = percentual de gordura do leite = 3,255

C = percentual de caseína do leite = 2,5422

sendo que:

C =percentual de proteína do leite x 0,839 � (Andrew -

1992)

C = 3,03 x 0,839

0,36 = perda de caseína durante a produção do queijo

1,22 = constante para adição permitida de sal e sólidos do

soro

W = percentual de umidade do queijo = 46

� � � ���64100

1,22 x 0,36-0,839) x (3,033,255 x 0,86 R MUSSARELA�

0,1125 R MUSSARELA�

8,6266 1,03 x 0,1125

1 R MUSSARELA �� (litros de leite/kg queijo

mussarela)

CONSELEITE - PARANÁ _________________________________________91

Parágrafo 2º Rendimento Industrial para o Queijo Prato

Fórmula de Van Slyke

� � � ���W100

1,22 x 0,53-CF x 0,73 R PRATO�

��

onde:

0,73 = recuperação de gordura

F = percentual de gordura do leite = 3,255

C = percentual de caseína do leite = 2,5422

sendo que:

C = percentual de proteína do leite x 0,839 � (Andrew -

1992)

C = 3,03 x 0,839

0,53 = perda de caseína durante a produção do queijo

1,22 = constante para adição permitida de sal e sólidos do

soro

W = percentual de umidade do queijo = 44

� � � ���44100

1,22 x 0,53-0,839) x (3,033,255 x 0,73 R PRATO�

��

0,0956 R PRATO�

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ92

10,1553 1,03 x 0,0956

1 R PRATO �� (litros de leite/kg queijo prato)

Parágrafo 3º Rendimento Industrial para o Queijo

Provolone - Fórmula de Van Slyke

� � � ���W100

1,22 x 0,53-CF x 0,73 R PROVOLONE�

��

onde:

0,73 = recuperação de gordura

F = percentual de gordura do leite = 3,255

C = percentual de caseína do leite = 2,5422

sendo que:

C = percentual de proteína do leite x 0,839 � (Andrew -

1992)

C = 3,03 x 0,839

0,36 = perda de caseína durante a produção do queijo

1,22 = constante para adição permitida de sal e sólidos do

soro

W = percentual de umidade do queijo = 39

CONSELEITE - PARANÁ _________________________________________93

� � � ���39100

1,22 x 0,53-0,839) x (3,033,255 x 0,73 R PROVOLONE�

��

0,0878 RIQPRO �

11,0620 1,03 x 0,0878

1 R PROVOLONE �� (litros de leite/kg queijo

provolone)

Parágrafo 4º Rendimento Industrial para o Queijo

Parmesão - Fórmula de Van Slyke

� � � ���W100

1,22 x 0,53-CF x 0,73 R PARMESÃO�

��

onde:

0,73 = recuperação de gordura

F = percentual de gordura do leite = 3,255

C = percentual de caseína do leite = 2,5422

sendo que:

C = percentual de proteína do leite x 0,839 � (Andrew -

1992)

C = 3,03 x 0,839

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ94

0,53 = perda de caseína durante a produção do queijo

1,22 = constante para adição permitida de sal e sólidos do

soro

W = percentual de umidade do queijo = 33

� � � ���33100

1,22 x 0,53-0,839) x (3,033,255 x 0,73 R PARMESÃO�

��

0,0799 R PARMESÃO�

12,1501 1,03 x 0,0799

1 R PARMESÃO �� (litros de leite/kg queijo

parmesão)

Parágrafo 5º Rendimento Industrial para o Leite em Pó

Leite em Pó Desnatado

03,1

98,097,0100

100

100

R DESNATADO PÓ �

�����

�����

�����

�����

����

�����

�����

��

���

� �

����

����

��

���

��

���

� �

xCExD

CB

A

A

CONSELEITE - PARANÁ _________________________________________95

onde:

A = kg de leite padrão = 1

B = teor de gordura do leite padrão = 3,255

C = % de gordura do leite desnatado = 0,050

D = Concentração de gordura no creme = 40

E = teor de extrato seco desengordurado do leite padrão =

8,6550

100desnatado pó em leite do umidade de teor -100 97,0 �

100pó em leite do produtivo processo no perda de mpercentage -100 98,0 �

1,03 = peso específico do leite padrão

03,1

98,097,0100

05,0655,8

10040

10005,0255,3

1

1 R DESNATADO PÓ �

�����

�����

�����

�����

����

�����

�����

��

���

� �

����

����

��

���

��

���

� �

xx

�DESNATADO PÓ R 12,0008(litros de leite/kg leite em pó desnatado)

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ96

Leite em Pó Integral

03,1

98,097,0100

100

100

R INTEGRAL PÓ �

�����

�����

�����

�����

����

�����

�����

��

���

� �

����

����

��

���

��

���

� �

xCExD

CB

A

A

onde:

A = kg de leite padrão = 1

B = teor de gordura do leite padrão = 3,255

� ����

���

322

1

C-C-100C

C C

CONSELEITE - PARANÁ _________________________________________97

� �����

��

3-71-10071

8,6550 C

3,1694 �C

C1 = teor de extrato seco desengordurado do leite padrão =

8,6550

C2 = teor de extrato seco desengordurado necessário no leite

em pó integral = 71

C3 = teor de umidade do extrato seco total do leite em pó

integral = 3

D = Concentração de gordura no creme = 40

E = teor de extrato seco desengordurado do leite padrão =

8,6550

100desnatado pó em leite do umidade de teor -100 97,0 �

100pó em leite do produtivo processo no perda de mpercentage -100 98,0 �

1,03 = peso específico do leite padrão

03,1

98,097,0100

1694,3655,8

10040

1001694,3255,3

1

1 R INTEGRAL PÓ �

�����

�����

�����

�����

����

�����

�����

��

���

� �

����

����

��

���

��

���

� �

xx

�INTEGRAL PÓ R 8,1444(litros de leite/kg leite em pó integral)

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ98

� PÓ EM LEITE R (8,1444*0,408225)+(12,0008*0,591775) = 10,4265

(litros de leite/kg leite em pó)

Parágrafo 6º Rendimento Industrial para o Requeijão

� �CBA ���REQUEIJÃO R

onde:

21xaaA �

a1 = rendimento l leite desnatado/kg massa

a2 = kg massa/kg requeijão

3355,08101,12 xA �

2978,4�A (l leite desnatado/kg requeijão)

21xbbB �

b1 = rendimento l leite padrão/kg creme

b2 = kg creme/kg requeijão

5998,0,09417,1 xB �

1646,1�B (l leite padrão/kg requeijão)

21xccC �

padrão leite do ãopadronizaç da creme kgpadrão leite l rendimento c1 �

CONSELEITE - PARANÁ _________________________________________99

1,9417 c1 � (l leite padrão/kg requeijão)

requeijão kgpadrão leite do ãopadronizaç da creme kg c2 �

XxYc �2

massa kgdesnatado leite kg

requeijão kgmassa kg X x�

X = 0,3355 x 13,1944

X = 4,4267 (kg leite desnatado/kg requeijão)

creme do gordura de %desnatado padrão leite do excedente gordura de %

40205,3 Y ��

Y = 0,080125 (kg de creme do leite padrão desnatado/kg de

leite desnatado)

080125,04267,42 xc �

3547,02 �c (kg creme da padronização do leite padrão/kg

requeijão)

3547,09417,1 xC �

6887,0�C (l leite padrão/kg requeijão)

� �CBA ��� R REQUEIJÃO

� �6887,01646,12978,4 R REQUEIJÃO ���

7737,4 R REQUEIJÃO� (litros de leite/kg requeijão)

Parágrafo 7º Rendimento Industrial para o Creme de Leite

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ100

� �� � FxCBxFxEx

xD

CBA

�����

�����

�����

�����

���

���

� �

����

����

����

����

� � 10

100

03,1

100

100

R LEITE DE CREME

onde:

A = kg de leite padrão = 1

B = teor de gordura do leite padrão = 3,255

C =% de gordura do leite desnatado = 3,000

D =Concentração de gordura no creme = 40

1,03 = peso específico do leite padrão

E = ágio médio para cada 01% de gordura do leite padrão = 0,5

F = custo médio de produção da meteria prima (leite padrão) =

0,3362 R$/l

CONSELEITE - PARANÁ _________________________________________101

� �� 10000,3255,33362,0100

5,0

03,1

10040

100000,3255,3

1 R LEITE DE CREME

�����

�����

���

���

����

����

����

����

����

����

� �� xxxx

x

�LEITE DE CREME R 1,9417(litros de leite/kg creme de leite)

Parágrafo 8º Rendimento Industrial para a Manteiga

� �� � FxCBxFxExxxCB

A�

��

��

��

��

���

���

� �

��

��

��

��

� �

���

���

��

� �

� � 10

10003,1)84,0/99,0(

100

R MANTEIGA

onde:

A = kg de leite padrão = 1

B = teor de gordura do leite padrão = 3,255

C =% de gordura do leite desnatado = 3,000

10016100

100umidade -100 84,0 �

��

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ102

0,99 = perda

1,03 = peso específico do leite padrão

D =ágio médio para cada 01% de gordura do leite padrão = 0,5

E = custo médio de produção da meteria prima (leite padrão) =

0,3362 R$/l

� �� � 3362,0103255,33362,0100

5,0

03,1)84,0/99,0(100

3255,31 R MANTEIGA �

��

��

��

��

���

���

� �

��

��

��

��

� �

���

���

��

� �

� � xxxx

xx

�MANTEIGA R (litros de leite padrão/kg de manteiga)

Parágrafo 9º Rendimento Industrial para o Doce de Leite

�LEITE DE DOCE R 2,4200 (litros de leite padrão/kg de doce de leite)

Parágrafo 10º Rendimento Industrial para o Iogurte

�IOGURTE R 0,7692 (litros de leite padrão/kg de iogurte)

Parágrafo 11º Rendimento Industrial para a Bebida Látea

�LÁCTEABEBIDA R 0,5000 (litro de leite padrão/litro de bebida

láctea)

CONSELEITE - PARANÁ _________________________________________103

Parágrafo 12º Rendimento Industrial para o Leite Fluido

�FLUIDO LEITE R 1,000 (litro de leite padrão/litro de leite fluido)

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ104

CONSELHO PARITÁRIO PRODUTORES/INDÚSTRIAS DE LEITEDO ESTADO DO PARANÁ – CONSELEITE – PARANÁ

ANEXO III DE SEU REGULAMENTO

DETERMINAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DA MATÉRIA PRIMA NOS PRODUTOS.

Art. 1 Ficam estabelecidas as seguintes participações percentuais

da matéria prima nos produtos finais, conforme tabela abaixo.

Produto UnidadeParticipação

percentual damatéria prima

Queijo Mussarela kg 61,32

Queijo Prato kg 71,06

Queijo Provolone kg 31,07

Queijo Parmesão kg 31,02

Leite em Pó kg 66,47

Requeijão kg 25,65

Creme de Leite kg 28,51

Manteiga kg 46,91

Doce de Leite kg 38,90

Iogurte kg 23,87

Bebida Látea litro 19,54

Leite Cru litro 77,37

Leite Pasteurizado litro 56,97

Leite UHT litro 37,90

CONSELEITE - PARANÁ _________________________________________105

VI - APLICATIVO PARA O CÁLCULO DO PREÇO DEREFERÊNCIA DA MATÉRIA-PRIMA (LEITE)

Faz parte deste manual um aplicativo (software) para o

cálculo do preço de referência da matéria-prima (leite) de diferentes

qualidades e seu comparativo com o leite padrão definido pelo

CONSELEITE-PARANÁ. Esse aplicativo encontra-se à disposição

dos interessados nos Sindicatos Rurais e Indústrias de laticínios do

Paraná.

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ106

COMPOSIÇÃO DO CONSELEITE – PARANÁGESTÃO 2002/2003

1) DIRETORIA1.1) REPRESENTANTES DO SETOR RURAL:

a) MEMBROS TITULARES:

Ronei Volpi – Presidente - CuritibaAlvaro Luiz Correa - ParanavaíAri Schwans – GuarapuavaAryzone Mendes de Araújo – Francisco BeltrãoHerbert Wickbold Filho – CastroJan Ubel Van Der Vinne – CarambeíJosé Manoel C. Mendonça – CascavelLouiz Baudraz - RolândiaNelci José Pedrozo Mainardes – Curitiba Nélio Ribas Centa – CuritibaRomeu Hepp – Marechal Cândido Rondon

b) MEMBROS SUPLENTES:

Antonio Martins Francisco – Cidade GaúchaDevanir Poyer – ArarunaElso Rodrigues da Fonseca – Coronel VividaEstanislau Disner – MedianeiraGerson Araldi – PalotinaJacob Voorsluys – CastroLourdes Salete R. de Carvalho – UmuaramaNivaldo de Paula Faria – Centenário do SulPaulo Roberto Orso – CascavelRoelof H. Rabbers – Castro

CONSELEITE - PARANÁ _________________________________________107

1.2) REPRESENTANTES DO SETOR INDUSTRIAL:

a) MEMBROS TITULARES:

Wilson Thiesen – Vice-Presidente - SINDILEITECarlos Augusto Aguiar – LATICÍNIO UBÁDick Carlos de Geus – BATAVIAFortunato Bergamo - LÍDERIsmar B. Xavier – COOPAVELJoão Fernando dos Santos – VIGOR LECOJosé Otaviano de Oliveira Ribeiro – CONFEPARMarco Antonio Galassini Silva – LEITE PIC NICRenato José Beleze – CONFEPARValter Pereira da Rocha – LATCOValter Vanzella – SUDCOOP

b) MEMBROS SUPLENTES:

Arthur G. Voorsluys – BATAVIACarlos Fernando P. Aguiar – LATICÍNIO UBÁElias José Zydek – SUDCOOPSebastião Jamil Baleboni – CONFEPARValdomiro Leite – LATCOWaldir Alessandro Garcia Tivirolli – LEITE PIC NIC

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ108

2. CÂMARA TÉCNICA2.1) REPRESENTANTES DO SETOR RURAL

Arnaldo BandeiraEdilson José VieiraJosé Manoel C. Mendonça Nelci José Pedrozo MainardesNewton Pohl RibasRomeu HeppSérgio LucenaWilson Mouro

2.2) REPRESENTANTES DO SETOR INDUSTRIAL

Eduardo PortugalIvo Rodrigues dos SantosJosé Mario B. RamosMauro Strey KramerRogério Luiz VanotRogério Xavier SpenglerValdomiro LeiteWaldir Alessandro G. Tissirolli

3. REPRESENTANTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

José Roberto CanzianiMelissa WatanabeVania Di Addario Guimarães

4. SECRETARIA EXECUTIVA:

Maria Sílvia C. Digiovani - Faep

CONSELEITE - PARANÁ _________________________________________109

_______________________________________ CONSELEITE – PARANÁ110

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARROS, G.S.A.C.; GALAN, V. B.; GUIMARÃES, V.D.A.; BACCHI, M.R. P. Sistema agroindustrial do leite no Brasil. Brasília:Embrapa, 2002. 170 p.

CÂMARA TÉCNICA ECONÔMICA DO CONSELEITE PARANÁ,Curitiba, 2002. Reuniões Técnicas. Curitiba : Conseleite-Paraná,2002. snt.

CANZIANI, J. R. F; GUIMARÃES , V. D. A..Cadeia Produtiva deCarne, Leite e Derivados. Curitiba: DERE/SCA/UFPR, 2002.155p. (Material Didático)

CANZIANI , J. R. F. O Cálculo e a Análise do Custo de ProduçãoPara Fins de Gerenciamento e Tomada de Decisão nasPropriedades Rurais. Curitiba: DERE/SCA/UFPR, 2000. 19p.(Material Didático)

CONSECANA-PARANÁ. Manual de Instruções. Curitiba, 2000. 79p.

CONSELEITE-PARANÁ, Curitiba, 2002. Reuniões Ordinárias. Curitiba: Conseleite-Paraná, 2002. snt.

FAEP – Federação da Agricultura do Estado do Paraná & OCEPAR –Organização e Sindicato das Cooperativas do Paraná. Sistemade acompanhamento do custo de produção de leite noParaná. Curitiba, 1996. 97p.