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Manual do PROFESSOR ano 4 º

Manual do Professor 4º ano - Projeto Ápis

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Diagramação do Manual do Professor do Projeto Ápis - Editora Ática

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  • Manual doPROFESSOR

    ano4

  • MP. Lngua Portuguesa

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    Trabalho com regularidades e irregularidades ortogrficas no 4- ano

    O estudo ortogrfico sempre proposto com base em diagnsticos: trabalha-se con-

    siderando-se o que os alunos sabem para que alcancem o que precisam saber. Entretan-

    to, de maneira geral, a ortografia estudada at o 3- ano envolveu, principalmente, a re-

    flexo sobre:

    1. regularidades diretas: as restries do sistema alfabtico podem ser utilizadas

    sem a presena de outros critrios. Referem-se notao dos sons /p/, /b/, /t/, /d/,

    /f/ e /v/, alm da notao dos sons /m/ e /n/ em incio de slaba;

    2. regularidades contextuais: no levam em conta a significao, mas a posio

    do som-letra em relao ao som-letra que o antecede e ao que o sucede. Pode-se

    considerar tambm a tonicidade. Referem-se, por exemplo, ao emprego de L em

    incio de slaba e como letra intrometida; emprego de apenas antes de vogais

    orais e nasais; empregos de R e RR; empregos da letra U com som de /u/ em slaba

    tnica em qualquer posio da palavra; e da letra O tambm com som de /u/ em

    slaba tona final; empregos de M e N nasalizando vogais.

    Principalmente a partir do 4- ano, tornam-se foco de reflexo as regularidades mor-

    fossintticas, em que se analisam unidades diferentes do fonema no interior das pala-

    vras, com ateno a caractersticas gramaticais como:

    flexes nominais: uso de S no final de palavras no plural;

    f lexes verbais: como o uso de U no final de verbos na terceira pessoa do pretrito;

    palavras formadas por derivao lexical: como o uso de -vel e -oso em adjetivos

    (amvel, ajustvel, gostoso, dengoso).

    H grafias que so fixadas pela etimologia das palavras ou pela tradio de uso,

    como na notao do som /z/ em casa, exato, vazada. Essas reflexes ortogrficas envol-

    vem regras aplicveis a contextos mais restritos que aquelas apresentadas nos anos es-

    colares anteriores e apontam para dvidas ortogrficas comuns aos usurios da lngua,

    MP. Lngua Portuguesa

    Ns de Lngua Portuguesa no 4- ano

  • 71

    pois surgiro diante de representaes concorrentes (S ou Z, X ou CH, etc.) mesmo em

    palavras de uso cotidiano.

    Aprender a escrever ortograficamente no tarefa que se encerra nos anos iniciais

    do Ensino Fundamental.

    Propostas de atividades Existem diferentes caminhos para organizar sequncias para o estudo ortogrfico

    no 4- ano. Sugere-se uma que pode ser adequada realidade da classe e ao objeto

    que se est analisando.

    Comea com as hipteses iniciais sobre o aspecto a ser estudado, por exemplo, a

    representao do som /z/. Para isso, entregam-se aos alunos, divididos em grupos,

    palavras em que esse som aparea com representaes por meio de S, Z e X, utili-

    zando-se lacunas para a colocao das letras; ou palavras escritas corretamente

    para serem agrupadas em trs colunas e analisadas na representao escolhida

    para cada coluna; ou ainda palavras escritas correta e incorretamente, para que o

    grupo decida quais esto corretas e como devem ser corrigidas as incorretas. Os

    alunos devem escolher, em comum acordo, as ideias/hipteses que expliquem as

    diferentes situaes observadas. Circule pelos grupos, esclarecendo instrues e

    estimulando a discusso com perguntas.

    Em seguida, os grupos expem suas ideias. Com sua ajuda, discutem e refletem,

    auxiliando a formulao de princpios gerais para as situaes observadas. No in-

    tervenha para a correo de algum princpio que se mostre ainda imperfeito

    este um momento de levantamento de conhecimento prvio, no de correo. As

    concluses gerais da turma podem ser registradas em um cartaz ou em fichas pro-

    visrias de cada aluno. Os registros sero fiis s ideias dos alunos, sem tentativas

    de reformulao de acordo com a metalinguagem convencional.

    O prximo passo levar os alunos a perceber a viabilidade/inviabilidade de algu-

    mas hipteses e a necessidade de reestrutur-las. Ao ser lida uma das hipteses re-

    gistradas, por exemplo, Depois de E, vem sempre X para mostrar o som /z/, con-

    vide os alunos a, em grupos, pesquisar, em textos j trabalhados no livro de Lngua

    Portuguesa ou nos de outras disciplinas, alm do dicionrio, palavras que mos-

    trem a veracidade dessa hiptese, no caso, palavras que comeam com E seguido

  • MP. Lngua Portuguesa

    72

    de som /z/. Essa proposta permite classificar palavras, um exerccio cognitivo im-

    portante, alm de propiciar a cooperao e a troca de ideias. Coletivamente, passe

    reflexo e discusso em torno da questo: A hiptese/ideia deu conta da escrita

    de todas as palavras?, Surgiram palavras que no se encaixaram na regra?, O

    que fazer com elas?, necessrio mudar, acrescentar ou retirar alguma coisa da

    regra inicial que formulamos?. O novo registro feito no suporte escolhido para

    os registros iniciais.

    Apresente, ento, aos grupos, tiras de papel com palavras em que

    aparea ou no o contexto estudado, para que organizem as pala-

    vras, inicialmente, separando as que pertencem ou no ao contexto

    e, depois, dentro das regras em discusso. Os grupos so convidados

    a justificar suas classificaes e, se necessrio, sero feitos novos

    ajustes no registro das regularidades determinadas pelos alunos.

    A verificao sobre como os alunos esto elaborando as regras e seus

    usos feita, ainda em situao de aprendizagem, por meio de um di-

    tado de palavras, envolvendo o contexto estudado na maioria delas,

    mas tambm outros contextos. O confronto se faz necessrio para

    que os alunos possam mostrar que distinguem o contexto antes de

    utilizar a regra. Aps a escrita, apresente, na lousa ou em um carto, a

    escrita correta, para que chequem sua soluo. Os alunos no devem

    apagar a escrita incorreta, mas circular com lpis de cor o ponto in-

    correto e a anotao da correo necessria.

    Proponha a pesquisa de palavras que exemplificam as regras le-

    vantadas como lio de casa, acompanhadas pela formulao de

    frases em que sejam contextualizadas. Em sala, os exemplos trazi-

    dos devem ser justificados e confrontados com as regras e, se ainda for necessrio,

    estas sero reescritas para uma verso final.

    Para verificao final, faa um ditado individual de palavras ou frases que se inse-

    rem ou no nas regras levantadas. Depois de recolhido para sua anlise e registro

    na ficha de avanos ortogrficos da turma, convide alguns alunos a indicar, na lou-

    sa, como so escritas apenas as palavras que correspondam ao grupo cujas regras

    foram estudadas. Pergunte se todos concordam e pea que expliquem por qu.

    Em cada sequncia didtica de estudo ortogrfico, depois da atividade de verificao final da aprendizagem e escrita final das regras pelos alunos, apresente como a gramtica explica as situaes estudadas. Desse modo, aproximam-se as formulaes dos alunos das do conhecimento ortogrfico convencional e refora-se que o estudo ortogrfico um espao de investigao e formulao de regras, que dependem, sempre, do critrio (hiptese) que se utiliza para organizar o que se investiga. O estudo da lngua, portanto, pode se aproximar do estudo que se realiza em outras disciplinas, como Cincias: analisar, levantar hipteses e test-las.

    Dica!

    MP. Lngua Portuguesa

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    como saber se o aluno aprendeu?

    Ns

    de

    Lng

    ua Por

    tugu

    esa no

    4 - a

    no1 Depois do trabalho com a sequncia,

    realize uma sondagem, por meio de

    ditado ou reproduo de um texto em

    que haja uma alta incidncia de pala-

    vras com o tpico em estudo, para ve-

    rificar o que os alunos aprenderam.

    Classifique os erros, indicando se so

    constantes ou no. Com base na son-

    dagem, crie nova sequncia de traba-

    lho com a turma que aborde o proble-

    ma ou problemas mais generalizados,

    assim como atividades especficas

    para os alunos que ainda precisam re-

    fletir sobre aspectos que j foram do-

    minados pela turma. Essas atividades

    especficas podem ser uma tarefa

    para casa, em que cada grupo de alu-

    nos realiza atividades sobre os pro-

    blemas que apresenta, determinadas

    pelo professor ou escolhidas pelos

    prprios alunos entre algumas pro-

    postas que o professor apresentou.

    2Nas produes de texto, o primeiro movimento de correo deve ser sempre dos alunos. Para isso, deixe pelos menos um dia de intervalo en-

    tre a produo e a reviso. Desse

    modo, o aluno pode assumir-se co-

    mo revisor de modo mais eficiente,

    porque o texto no est ainda na ca-

    bea como ocorre no momento da

    produo, o que pode levar no per-

    cepo de vrias situaes inadequa-

    das. Como lemos com o crebro,

    no com os olhos, os alunos podem

    ler como corretas palavras que esto

    incorretas.

    3 D uma pauta clara para a reviso, de modo que os alunos possam focar sua ateno e passar a ler de modo mais lento, observando pedaos de pala-

    vras, o que no ocorreria se a leitura

    fosse de compreenso do texto. Ao ter

    de procurar palavras escritas com S ou

    Z, por exemplo, para verificar se esto

    corretas, a leitura ser feita em partes

    da palavra e com preocupao sobre

    as letras e sua posio, o que no ocor-

    reria se a reviso no fosse focada.

    4 Varie a forma de apresentar a corre-o de palavras para os alunos. Ela pode, at mesmo, ser diferente de um aluno para outro, dependendo do pro-

    gresso de cada um. Pea aos alunos

    que apaguem apenas a parte incorreta

    da palavra, no a palavra inteira, de

    modo que possam centrar a reflexo.

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    Final das palavras: -ou ou -ol?

    Voc aprendeu que saber conjugar um verbo nos diferentes tempos,

    modos e pessoas ajuda a decidirmos como se escrevem palavras que,

    apesar de serem iguais no som, tm escrita diferente.

    Por exemplo:

    Todos cantam na festa de aniversrio que est acontecendo agora. Todos cantaram na festa de aniversrio que aconteceu ontem noite. Todos cantaro na festa de aniversrio que acontecer amanh noite.

    Sabemos que:

    na primeira frase, escrevemos o verbo cantar com a terminao -am

    porque a forma verbal da 3 pessoa do plural est no presente;

    na segunda frase, escrevemos o verbo cantar com a terminao

    -aram porque a forma verbal da 3 pessoa do plural est no passado;

    na terceira frase, escrevemos o verbo cantar com a terminao -aro

    porque a forma verbal da 3 pessoa do plural est no futuro.

    Saber conjugao verbal pode ser de grande auxlio quando ficamos em

    dvida sobre como escrever algumas palavras.

    Com que letra se escreve? (3)

    Atividade escrita

    Leia esta curiosa informao sobre futebol:

    BARREIRA NO GOLDe frangueiro o goleiro Mazaropi, que jogou no Vasco na dcada de 70,

    no tem nada! Ele foi uma verdadeira muralha! O campeo passou 1 816 minutos sem deixar nenhuma bola entrar no gol. Isso significa que durante 20 jogos (mais alguns minutinhos extras) ele no tomou nenhum golzinho.

    Revista Recreio, ano 10, n. 476, 23 abr. 2009, p. 20-1.

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    ENDA PROIBIDA.

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    Voc sabia de quem o ttulo de campeo de defesa de gol?

    Agora leia em voz alta esta lista de palavras tiradas do texto da pgina

    ao lado:

    3

    4

    5

    6

    2

    234

    O que voc pde observar em relao ao som da letra o nas duas colunas?Que na coluna da esquerda o som do o aberto e que na coluna da direita o som do o fechado.

    jogou

    gol passou

    tomou

    sol voltou

    caracol gol

    futebol lavou

    anzol pintou

    As palavras terminadas

    em -ol geralmente

    apresentam o som /o/

    aberto. A palavra gol uma exceo,

    mas foi considerada na atividade

    por ser de uso constante e

    fazer parte do repertrio dos

    alunos.

    Esta uma das

    dificuldades encontradas pelos alunos

    na escrita: nem sempre se escreve do jeito que se

    fala. A ideia ensinar s

    crianas que verbos da primeira

    conjugao (terminados

    em -ar) na 3a pessoa do singular do pretrito

    grafam-se com -ou.

    Exemplos:viajar: viajou;andar: andou;

    comear: comeou;estudar: estudou;

    falar: falou; etc.

    Exemplo de palavra que termina em

    -ou mas no verbo: grou

    (ave pernalta substantivo).

    Responda:

    a) O que voc observou em relao ao som dessas palavras?Que todas elas terminam pelo mesmo som.

    b) E quanto escrita?Todas as palavras da coluna da direita terminam com as mesmas letras (-ou) mas gol, a palavra da coluna da esquerda, termina

    com letra diferente (-l).

    Alm de ter o som final igual, o que todas as palavras da direita indicam?Aes: so verbos.

    Em que tempo e pessoa as formas verbais da direita esto escritas?No passado, na 3a pessoa do singular.

    A que concluso voc chega quando compara as palavras da coluna da

    direita com a da esquerda?Que o som final das formas verbais da 3a pessoa do passado, grafadas com as letras -ou, igual ao som da palavra gol (um

    substantivo) grafada com as letras -ol.

    Leia em voz alta as palavras do seguinte quadro:

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    A escolha entre L ou U para representar o som /u/ o ponto de reflexo proposto aos alunos nas unidades suplementares 5 (-ou/-ol, na pgina 233), 6 (-iu/-il, na pgina 235) e 7 (-eu/-u/-el, na pgina 237). Veja as consideraes a seguir.

    1

    Usando o livro-texto...

    Uma regularidade morfossinttica relacionada a esse conceito parte da anlise das desinncias verbais no pretrito dos verbos: todos os verbos na 3- pessoa do singular, no pretrito, so escritos com U no final. Essa a desinncia dessa pessoa verbal. Inicia-se pelo confronto sonoro entre -ol e -ou (pginas 233 e 234), baseando-se na aproximao de palavras como farol, anzol, caracol e andou, falou, pensou. Os alunos poderiam apenas se basear na sonoridade para levantar suas regras ortogrficas: geralmente /u/ final escrito com L e /ou/ com U. A

    validade de tal regularidade precisa do confronto entre palavras como gol e passou a constatao sobre /u/ permanece a mesma, mas sobre /ou/ no se pode generalizar, pois possvel usar L ou U. O aluno deve observar em que contexto h a regularidade. No caso, um contexto morfossinttico verbos , pois ocorre em formas verbais (voltou, sou, vou, pagou) em que se observa o final /ou/ escrito com U. Logo, apenas nos substantivos permanece a irregularidade: para saber como escrever grou e gol preciso memorizar.

    2

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    Final das palavras: -iu ou -il?

    Atividade oral e escrita

    Que tal ler mais uma curiosidade do mundo do futebol?

    QUEM FOI ASSISTIR?

    Com que letra se escreve? (4)

    Releia a primeira frase do texto, destacada em negrito.

    Leia em voz alta as palavras destacadas nas frases a seguir:

    a) Depois da derrota do Brasil, o povo saiu do Maracan sem acreditar ainda

    no que havia acontecido.

    b) O time do Uruguai partiu do Brasil sentindo orgulho da vitria.

    c) A derrota do time do Brasil na Copa do Mundo de 1950 cobriu de tristeza

    todos os brasileiros.

    Compare a escrita das palavras

    do quadro ao lado, que foram

    tiradas do texto acima:

    Responda:

    a) O que voc observou quanto ao som das palavras destacadas?Que todas as palavras terminam com o mesmo som.

    b) E quanto escrita?Todas as palavras da coluna da direita terminam com as mesmas letras, mas Brasil, a palavra da coluna da esquerda, termina

    com letra diferente.

    1

    3

    2

    4

    Brasilsaiu partiucobriu

    O recorde de pblico em um estdio de futebol no Brasil foi de 199 854 pessoas, no Maracan, em 1950, na final da Copa do Mundo. Pena que essa turma no teve o que comemorar: o Brasil perdeu do Uruguai. J o menor pblico de um jogo de primeira diviso caberia na quadra da

    sua escola: 55 pessoas foram ver o Juventude ganhar da Portuguesa em 1997.

    Revista Recreio, ano 10, n. 476, 23 abr. 2009. p. 20-1.

    Dando continuidade unidade anterior, sugere-se sistematizar a dificuldade de grafia das palavras terminadas em -iu e -il. A tendncia dos alunos registr-las indistinta-mente. Assim, sugere-se uma reflexo sobre as seguintes regularidades: -iu na terminao dos verbos na 3a pessoa do singular da terceira conjugao (terminados em -ir) no passado. Exemplos:partir: partiu;sacudir: sacudiu;desistir: desistiu;cobrir: cobriu;sorrir: sorriu;dividir: dividiu; etc.H tambm alguns substantivos terminados em -iu: psiu (onomatopeia) e Piu-piu (personagem de desenho animado).

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    c) Alm de ter o som final igual, o que todas as palavras da coluna da direita

    tm em comum?Todas indicam aes: so verbos.

    d) Em que tempo e pessoa as formas verbais da direita esto escritas?No passado, na 3a pessoa do singular.

    e) A que concluso voc chegou quando comparou a palavra da coluna da

    esquerda com as da coluna da direita?Mesmo escritas com letras diferentes no final, as palavras terminadas por -il e -iu tm o mesmo som final. As formas verbais

    na 3a pessoa do passado utilizam o -iu para grafar o mesmo som de -il da outra palavra, Brasil, que um substantivo.

    Observe as imagens abaixo: cada uma delas representa uma palavra.

    Descubra que palavras so essas e escreva-as nas linhas:

    5

    6 Faa um X na/s alternativa/s correta/s:

    Para reproduzir o som final de palavras como , e

    usamos a terminao -iu.

    x Para reproduzir o som final das formas verbais no passado da 3a pessoa

    do singular, usamos a terminao -iu.

    Para reproduzir o som final das formas verbais no passado da 3a pessoa

    do singular, usamos a terminao -il.

    x Para reproduzir o som final de palavras como , e ,

    usamos a combinao -il.

    funil canilcantil

    FOTO

    S: [1

    ] PHOTO

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    .NET

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    ] ABLE

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    RIM

    AGES

    ; [3] THINKS

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    AGES

    /JUPITE

    RIM

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    .

    [1] [2][3]

    5e. Sugere-se que esta

    atividade seja feita primeiro oralmente e

    s depois registrada

    coletivamente.

    6. Incentive os alunos a

    pesquisar outras

    palavras com a terminao

    -iu e -il. Exemplos:

    garantiu, viu, evoluiu,

    mentiu, riu, sentiu, etc.

    (verbos); anil, barril, fuzil, til,

    abril, perfil, vinil, mssil,

    rptil (substantivos); sutil, imbecil, gil, fcil, til,

    dcil, frgil (adjetivos); mil

    (numeral).Para a

    sistema tizao sugere-se listar as palavras

    pesquisadas e afixar em local

    para visualizao e

    consulta.

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    Sugere-se a utilizao de um recurso para o reconhecimento da forma verbal: a conjugao da palavra. Como os verbos so palavras essenciais na escrita de textos, a alta generalizao dessa regra auxilia a eliminar um nmero significativo de problemas nas escritas autnomas dos alunos. Juntamente com a reflexo sobre a frequncia da letra U para representar o som /u/ no ditongo que aparece ao final dos verbos (lavou, comeu, dividiu, etc.), retoma-se o que se buscou construir, anteriormente, tambm como regularidade morfossinttica, sobre a escolha entre -o e -am no final dos verbos. Os alunos so convidados a perceber que a soluo de vrias dvidas na lngua parte do reconhecimento de uma classe de palavras: o verbo. Ao conjugar, notaro a ocorrncia das terminaes (desinncias).

    4

    Reitera-se que os registros sejam feitos em duplas ou coletivamente e que, em sua reescrita, sejam agregados elementos das nomenclaturas com que a turma j esteja em contato, como a que nomeia as classes gramaticais e a que se refere a pessoa e tempo verbal.

    5

    H sugestes para a ampliao do conjunto de palavras para anlise, por meio de pesquisas. Elas podem ser realizadas nos textos j lidos e nos exerccios realizados no prprio livro no momento em que o tema for introduzido. Pesquisas em jornais, revistas, panfletos, cartazes, folhetos de propaganda tambm podem ser propostas.

    6

    3Em relao ao som /iu/ (pginas 235 e 236), tanto nas palavras terminadas em L quanto em U (funil e dividiu), o aluno dever observar que a regularidade existe apenas nas formas verbais, pois em outros termos (Brasil, canil, fcil psiu, piu-piu, fiu-fiu...) haver alternncia dos usos de -il ou -iu. Para solucionar a dvida nas palavras que no so verbos, pode-se investir na memria ou experimentar outros recursos, como flexionar no plural se o final for /is/, a palavra escrita com L; ou perceber que os adjetivos recebem final em L perceptvel na observao de palavras da mesma famlia, como facilidade/fcil, agilidade/gil, sutileza/sutil, etc. O mesmo recurso pode ser usado para lembrar a escrita de mil, uma vez que se escrevem com L as palavras milsimo, milionrio.

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    Escrever certo: regularidades e irregularidades ortogrficas

    Durante algum tempo encarou-se o aluno como um elemento passivo no processo

    de aprendizagem, a quem cabia receber as informaes e realizar as atividades para

    aprender. Em relao ao ensino da ortografia, no era diferente: as regras eram apre-

    sentadas, exercitadas por meio de atividades diversas e cobradas todas ao mesmo

    tempo. Assim como listas de palavras eram apresentadas para a memorizao pelo

    aluno por meio de atividades de separao em slabas e reconstituio da unidade,

    uso em lacunas de frases, formao de frases e textos com palavras dadas, etc. Os alu-

    nos costumavam no errar nos exerccios e nos ditados, mas, nas situaes de escrita

    espontnea, os erros eram muitos, o que parecia apontar para a no aprendizagem.

    Voltava-se, ento, a repetir exerccios e listas, pela crena de que apenas repetio e

    memria resolveriam todos os problemas ortogrficos dos alunos. As listas eram at

    mesmo repetidas de um ano escolar para outro, com o mesmo objetivo.

    Os estudos sobre a aprendizagem demonstram que ela se realiza na medida em

    que o aluno se assume como sujeito de sua ao e atua sobre os contedos que lhe

    so apresentados. Em relao ao trabalho com a ortografia, quanto mais o aluno

    puder analisar palavras, compar-las, agrup-las e produzir regras de uso, mais

    avano em seu desempenho ortogrfico poder ser observado.

    A abordagem reflexiva da ortografia considera que a aquisio ortogrfica uma

    tarefa complexa, que exige atividades em que pares ou grupos de alunos trabalhem

    juntos, debatendo os princpios que regem as regras ortogrficas, o que favorece a

    apropriao/construo de regras ortogrficas

    pela exposio de pontos de vista e reviso aps o

    confronto de vises. Para cada regularidade orto-

    grfica, prope-se um trabalho reflexivo de modo

    a promover a reconstruo das regras pelos pr-

    prios alunos. Para as irregularidades, propostas

    variadas de sistematizao. Desse modo, poss-

    vel pensar em aproximaes progressivas dos

    contedos ortogrficos e ter claros os avanos que

    vo ocorrendo ao longo da trajetria dos alunos. [1]

  • 77

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    Propostas de atividades Uma sequncia didtica para o ensino da ortografia pensada de modo a:

    a. considerar as hipteses do aluno e criar caminhos entre o que sabe e formas

    mais prximas da norma ortogrfica convencional;

    b. desenvolver a habilidade metacognitiva,

    por meio da solicitao de justificativas e

    explicaes, assim como da colocao

    de perguntas pertinentes e desafiadoras

    e de contraexemplos;

    c. favorecer a interao cooperativa entre

    os alunos e entre eles e o professor na

    construo de um saber compartilhado,

    por meio de atividades em pequenos

    grupos heterogneos e, depois, compar-

    tilhadas com o restante da turma. A in-

    terao com o colega, durante a resoluo de uma tarefa-problema, promo-

    ve a explicitao verbal das hipteses dos alunos, recurso essencial para a

    explicitao consciente das peculiaridades da norma;

    d. fortalecer o papel de mediador do professor nas etapas de aquisio, ao lanar

    questionamentos que desestabilizem as hipteses do aluno e, ao mesmo tempo,

    orientem definies sucessivamente mais prximas da norma convencional.

    A proposta de uma sequncia ortogrfica deve ser antecedida de uma atividade

    diagnstica. Questione-se: Que regras meu aluno j dominou e quais precisa

    ainda internalizar?, Quais regras morfossintticas mais frequentes (como as

    ligadas a certas flexes verbais) ele dominou e quais precisa aprender?, Que

    palavras de uso frequente envolvendo irregularidades esto sendo escritas in-

    corretamente e precisam ser aprendidas, j que aparecero muitas vezes em

    seus textos?. Considere os erros dos alunos como indicadores do que neces-

    srio ensinar, decidindo sobre a sequncia de contedos ortogrficos e de pro-

    cedimentos que ajudem seus alunos a super-los. As sequncias sero centradas

    no que necessidade do grupo; as intervenes em momentos de reviso de

    texto procuraro atender s necessidades individuais.

    [2]

    FOtO

    S: [1

    ] DIm

    DIm

    ICH/SHUtt

    ERSt

    OCk/g

    LOwIm

    AgES

    ; [2] StO

    CkL

    ItE/SH

    Utt

    ERSt

    OCk/g

    LOwIm

    AgES

    .

  • MP. Lngua Portuguesa

    78

    Registre os conhecimentos que os alunos devero alcanar em quadros e tabe-

    las, explicitando as metas de cada bimestre; anote os avanos e verifique a ne-

    cessidade de replanejar ou reordenar sequncias.

    Alm de criar sequncias didticas especficas para cada dificuldade a superar,

    em que os alunos possam refletir para alcanar a formulao de regras e exer-

    cit-las em diferentes contextos, considere que a aprendizagem ortogrfica

    tem, como um de seus objetivos, a escrita correta dos textos.

    Portanto, invista em atividades de reviso de textos como mais

    um espao para a reflexo ortogrfica.

    A escrita ortogrfica apenas um dos aspectos para a produo

    de bons textos pelos alunos. A correo ortogrfica vir depois de

    outras correes j realizadas, relativas produo de sentidos

    coerentes e coeso entre as frases, respeito s caractersticas do

    gnero e outras condies de produo (como a adequao da lin-

    guagem a quem se dirige o texto). Selecione que aspectos sero

    trabalhados, pois no possvel tratar de todos ao mesmo tempo.

    Escolha um texto em que haja muitos exemplos das dificuldades

    ortogrficas em discusso. Coletivamente, proponha a reescrita

    de aspectos textuais e, em outro momento, a ortogrfica. Devol-

    va os outros textos para serem melhorados em funo dos pro-

    blemas que foram analisados.

    difcil para o professor corrigir todas as produes dos alunos. Da a tendncia a diminuir a quantidade de produes. Entretanto, aprende-se a escrever escrevendo, de modo que qualidade e quantidade devem caminhar juntas. Por isso se faz necessrio o desenvolvimento nos alunos da atitude de autorreviso e da atitude de colaborao como revisor de textos dos colegas. Essa reviso pode ser tanto individual como em situaes colaborativas, para as quais so apresentados os aspectos a serem observados para a soluo dos problemas.

    Dica!

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    de

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    4 - a

    no

    como saber se o aluno aprendeu?

    1Para verificar a aprendizagem das re-gras, Artur Gomes de Morais e outros pesquisadores apontam o uso da estra-tgia de escrever errado a propsito.

    A capacidade de transgredir relacio-

    na-se ao bom desempenho ortogrfi-

    co: para errar de propsito preciso

    dominar o contedo que se pretende

    transgredir. Proponha aos alunos que

    antecipem como se escreveria incorre-

    tamente uma palavra e discutam por

    que ela no pode ser escrita daquele

    modo. O contraste entre a forma cor-

    reta e a incorreta criado pelo prprio

    aluno, permitindo que tome conscin-

    cia dos erros que comete sem saber. O

    erro passa a ser algo para estimular,

    no algo a ser escondido ou apagado.

    2Observe se seus alunos comeam a ex-pressar dvidas sobre a escrita de pa-lavras. Esse um sinal de que esto pensando sobre elas e que j apresen-

    tam conhecimentos que os ajudam a

    duvidar de escritas em que concorrem

    possibilidades diferentes de represen-

    tao. As dvidas so expresses de

    aprendizado. Se no apresentarem,

    crie a dvida, mesmo quando a pala-

    vra estiver escrita corretamente, pois

    o objetivo instaurar uma atitude de

    reflexo ortogrfica constante em sua

    turma: Essa palavra se escreve com S

    ou Z? Por qu?, Essa palavra se es-

    creve assim mesmo? Por qu?. Alm

    disso, ao se fazer perguntas sobre os

    acertos, e no apenas sobre os erros,

    rompe-se o hbito que as crianas tm

    de responder sem refletir.

    3Com a leitura dos textos espontneos possvel diagnosticar em que seus alunos no tm mais dvidas, em que erram de modo sistemtico e em

    que revelam dvidas, ora errando,

    ora acertando. Considere, entretan-

    to, que o aluno, ao compor seu texto,

    selecionar as palavras em funo

    de seu repertrio vocabular e de seu

    universo textual (gnero, tema, objeti-

    vos, interlocutor, etc.); nada garante que

    no texto aparecero convenes orto-

    grficas que vo c gostaria de sondar se

    j so dominadas. Por isso, pelo menos

    no incio de cada semestre e no final do

    ano, utilize outro instrumento diagns-

    tico: o ditado de um texto criado por

    voc, cujas palavras contenham os as-

    pectos ortogrficos que quiser observar

    no desempenho da turma.FOtO: D

    IAISPIX/SHUtt

    ERSt

    OCk/g

    LOwIm

    AgES

    .

  • MP. Lngua Portuguesa

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    Letra z com o som /s/

    Voc j aprendeu que na lngua portuguesa a dificuldade na escrita das

    palavras est no fato de no haver sempre correspondncia entre um som

    e a letra que o representa na escrita.

    A letra s, por exemplo, pode representar vrios sons dependendo da

    posio que ela ocupa na palavra. Vamos recordar:

    Com que letra se escreve? (1)

    Mesmo sabendo essas regras, temos dvida na escrita de algumas

    palavras e precisamos recorrer ao uso do dicionrio para ter certeza de

    como devemos escrev-las.

    LETRA S PARA REPRESENTAR VRIOS SONS

    LETRA S COM SOM /S/ LETRA S COM SOM /Z/

    letra s no incio da palavra

    exemplos: salrio, srio, siri, sorte, surto

    letra s antes de uma consoante ou em final de palavra

    exemplos: rastro, restos, riscos, rosto, rusga

    letra s entre duas vogais

    exemplos: raso, mesa, riso, doloroso, uso

    Atividade escrita

    Leia este poema:

    MEU NARIZ ME DIZComprei a caneta e li na etiqueta que o cheiro de uva. Que uva que nada, me diz meu nariz, a fruta, coitada, s chamariz, a tinta to roxa

    1

    Bingo de palavras Bingo com palavras com /z/ e /s/ como

    antecipao do contedo e para

    mobilizar conhecimen tos

    prvios.1. Escreva na lousa vrias palavras com esses sons e usos.

    2. Cada aluno escolhe algumas dessas palavras e

    copia-as na sua cartela.

    3. O/A professor/a pronuncia aleatoria-mente as palavras da lousa. Vence o aluno

    que preencher primeiro a cartela e

    gritar bingo!.

    OralidadeOs fonemas /s/ e /z/ compem um par: surdo /s/ e sonoro /z/. Isso

    pode causar algumas

    dificuldades na distino sonora

    desses sons/fonemas.

    Sugere-se que vrias palavras

    com os sons /s/ e /z/ sejam faladas/articuladas, para

    que os alunos faam

    reconheci mento. O/A professor/a

    fala e o aluno bate uma ou duas palmas para mostrar que

    reconheceu o som.

    1. Aproveite para incentivar os

    alunos a observar:as rimas;

    a propaganda e seus recursos de convenci mento

    (a etiqueta anuncia cheiro de uva, mas o cheiro real de bala); chamariz:

    isca, engano; trouxa: aquele que se deixa enganar.

    no pega nem trouxa o cheiro que exala doce bem doce cheiro de bala.

    Marina Colasanti. Minha ilha maravilha. So Paulo: tica, 2007. p. 14. LIVRO PARA ANLISE DO PROFE

    SSOR. V

    ENDA PROIBIDA.

    APIS_LPortuguesa_4ano_215a246_L3.indd 224 5/13/11 10:28 AM

    Um bingo sugerido na pgina 224 para levantar o conhecimento prvio dos alunos sobre as notaes dos sons /s/ e /z/. Ao realizarem essa primeira proposta, possvel que surjam escritas corretas e, tambm, escritas incorretas. Diante de todas as incorretas e de algumas corretas, questione o aluno e o grupo: Por que voc escreve essa palavra desse jeito?, assim que se escreve?, Por que se escreve

    com a letra e no com ?. Desse modo, j se instaura o ambiente de pesquisa ortogrfica, em que cabe aos alunos justificarem suas escolhas e confront-las com as dos colegas. No indique se a palavra est correta em caso de dvida; solicite que busquem a resposta no dicionrio.

    2

    As notaes de /s/ em que se usa a letra S apresentam algumas regularidades que os alunos possivelmente j conhecem: a letra pode aparecer no incio e no final de slabas; no incio, no meio e no final de palavras; no final de palavras no plural; em final de slaba interna (como em casco), desde que a palavra no seja derivada (como velozmente); antes de /a/,/o/,/u/ e suas representaes nasais no incio das palavras; usa-se apenas um S aps consoante ou vogal nasalizada (cansado, urso, etc.); aparece no final de verbos na 1- pessoa do plural (somos, estivemos, iremos).

    3

    1Neste ano, o trabalho com regularidades contextuais e morfossintticas, juntamente com as irregularidades ligadas s representaes dos sons /s/, /z/, /x/ e /u/, apresentado nas Unidades suplementares. A Unidade suplementar 3 (pgina 224) envolve a representao do som /s/, focando--se na escolha entre S ou Z no final das palavras. Centra-se em um nico aspecto para que a reflexo possa ser facilitada e aprofundada e a prtica e generalizao possam ser acompanhadas tanto pelo/a professor/a quanto pelos alunos. Inicia-se com a oposio dos sons /s/ e /z/ e suas notaes, caminha-se para algumas notaes do som /s/ e, ento, focaliza-se o uso de S ou Z nessa notao quando em final de palavra. Desse modo, os alunos podem relacionar o aspecto que esto estudando (escolha entre S ou Z no final das palavras) ao contexto mais amplo: a concorrncia de diferentes representaes para o som /s/. A oposio sonora entre /s/ (surdo) e /z/ (sonoro) pode ainda no ser percebida por alguns alunos neste ano. Nesse caso, prope-se a articulao de algumas palavras com esses sons em oposio para que os alunos os identifiquem. Pode-se aliar palmas ao som, numa atividade em que os alunos repetem oralmente a palavra e batem palma uma vez se o som for /s/ e duas vezes se for /z/. Um ritmo interessante pode ser obtido, por exemplo, se for apresentada uma quadrinha ou texto em que apaream palavras com esses sons alternados.

    Usando o livro-texto...

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    _Merc

    PALAVRAS QUE TM O SOM /S/ LETRA QUE REPRESENTA O SOM /S/

    Complete o quadro abaixo, copiando do poema as palavras que tm o som

    /s/. Em seguida, justifique o uso, conforme o exemplo da primeira linha:

    2

    z no final de palavra

    z no final de palavra

    z no final de palavra

    c seguido da vogal e

    nariz

    diz

    chamariz

    doce

    2. importante que os alunos, inicialmente, justifiquem suas respostas com suas prprias palavras.

    Voc j sabe que a letra c seguida de e ou i tem o som /s/.

    Sabe tambm que seguida de a, o e u a letra c tem o som /k/. por

    isso que, para representar, com essa letra, o som /s/ seguido de todas

    as vogais, escrevemos:

    A CE CI O U

    Observando no quadro as outras letras que representam na escrita o som

    /s/, responda: quando a letra z tem som /s/? A letra z tem o som /s/ quando vem no final da palavra.

    As palavras destacadas nas frases a seguir terminam com o som /s/.

    Complete-as com as letras s ou z. Se tiver dvida, consulte um dicionrio.

    a) Ele era um rapa z muito calmo. Era um rapa z de pa z .

    b) As p s do ventilador giravam to rapidamente que espalharam

    todo o p de gi z que estava acumulado na lousa.

    c) Era uma ve z um gato xadre z que durante um m s

    fe z barulho no telhado pensando que o gato siam s fosse

    uma gata pedr s .

    d) Talvez houvesse de z cores de lpi s naquela caixa.

    e) A te z da menina foi recoberta de p de arro z para que

    ficasse mais clara do que realmente era.

    3

    4

    No h uma regra que ajude o aluno a saber quando o som final /s/ se escreve com s ou com z, pois se trata de uma das irregularidades de nossa lngua. Resta consultar modelos autorizados (dicionrio) e memorizar. importante ressaltar que a memorizao correta de palavras irregulares corresponde a conservar na mente as imagens visuais dessas palavras, suas imagens fotogrficas. (Morais, Artur Gomes. Ortografia: ensinar e aprender. So Paulo: tica, 2000. p. 35.)

    APIS_LPortuguesa_4ano_215a246_L3.indd 225 5/13/11 10:28 AM

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    LIVRO PARA ANLISE DO PROFE

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    ENDA PROIBIDA.

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    no_M

    erc

    Forme uma dupla com um colega.

    Cada um procurar em um dicionrio cinco palavras terminadas pelo som /s/,

    escrevendo-as em duas colunas: a do som /s/ representado pela letra s e a do

    som /s/ representado pela letra z.

    Sucessivamente cada um de vocs:

    far um ditado para o colega das palavras selecionadas;

    conferir se as letras s e z foram usadas de acordo com a norma ortogrfica;

    trocar de posio com o colega.

    Juntos tentem memorizar a escrita de todas as palavras. No se esqueam de

    tambm procurar o significado de cada uma no dicionrio: de nada vale saber

    escrever uma palavra sem saber como e quando us-la.

    f) Ela no conhece a fo z daquele rio chamado Iguau mas fa z

    questo de conhecer.

    g) No havia rai z suficiente para segurar a rvore que crescia por

    tr s da casa.

    h) Ela tem uma bela vo z mas est com uma dor de cabea atro z .

    i) O chafari z daquele jardim est com a lu z vermelha apagada.

    Assim no possvel apreciar toda a beleza da dana das guas.

    j) No existe remdio efica z para acabar com a acide z

    no estmago ma s possvel alivi-la ingerindo um pouco

    de leite gelado.

    1

    2

    3

    4

    APIS_LPortuguesa_4ano_215a246_L3.indd 226 5/13/11 10:28 AM

    Quanto ao uso de c ou (pgina 225) nessa notao, possivelmente os alunos citaro: uso de apenas antes de a, O, U e suas representaes nasais; no uso de no incio e no final de palavras; uso do c se estiver acompanhado de E ou i, orais ou nasais, com possibilidade de ocorrer em slaba inicial, interna ou final da palavra.

    4

    Como fechamento do trabalho, prope-se um ditado em duplas, com base em pesquisa no dicionrio. Considerou-se a escolha entre S ou Z no contexto como uma irregularidade nesse ano. Embora haja algumas regras que podem ser aplicadas a contextos restritos, como a formao de substantivos abstratos a partir de adjetivos, como vivo/viuvez, grave/gravidez, tpido/tepidez, ou de criao de adjetivos ptrios, como ingls e francs, elas no permitem uma ampla generalizao para a escrita de palavras de uso cotidiano. Por isso, o tratamento como uma irregularidade, solucionvel pela memorizao e consulta a fontes

    autorizadas, como o dicionrio, mostra-se mais produtivo.Aps a proposta da pgina 226, pode-se abrir uma ficha coletiva (em um cartaz) ou individual (avulsa ou no caderno), em que se anotar, em duas colunas, medida que forem aparecendo ao longo do ano, palavras de uso cotidiano em que se usa S ou Z no final e para as quais os alunos no apresentem uma regra geral (como a do plural). Essas palavras, de tempos em tempos, podem fazer parte de desafios em ditados, criao de jogos (cruzadinhas, adivinhas, bingos, etc.), formao de frases, indicao de palavras de mesma famlia, etc., de modo a facilitar sua memorizao.

    6

    5

    O Z (pginas 225 e 226) outra escolha para essa notao: com som de /s/, s aparece em final de slaba, pois, internamente, s aparecer em palavras derivadas com Z (ferozmente). Essas regularidades ou regras apresentam mbitos variados de generalizao para todas as palavras de um contexto: a regra de S no final de plural aplicvel a todas as palavras, enquanto o uso do antes de a, O, U para representar o som /s/ no (cala/cansa).

  • MP. Lngua Portuguesa

    82

    Gramtica de uso: as classes de palavras e a coeso

    O ensino de Lngua Portuguesa visa desenvolver a capacidade comunicativa do

    aluno: usar a lngua em diferentes situaes, compreendendo e produzindo textos

    adequados a diferentes momentos de interao. Esse ensino d oportunidade a que

    o aluno exercite uma gramtica interna, formada pelo conhecimento de um con-

    junto de variedades lingusticas para serem usadas nas diversas situaes em que

    fala e escreve. Essa gramtica lhe permitiria perceber quando algo est inadequa-

    do em relao ao uso de uma variedade lingustica em uma interao comunicati-

    va. Por exemplo, perceber que no se pode construir a sequncia carro bonita.

    A capacidade comunicativa precisa do de-

    senvolvimento conjunto de duas competn-

    cias: a gramatical e a textual. A competncia

    gramatical a capacidade de produzir sequn-

    cias prprias da lngua. A competncia textual

    ajuda o aluno a compreender e produzir textos

    bem construdos.

    Com o objetivo de desenvolver a compe-

    tncia comunicativa dos alunos, preciso per-

    ceber que conhecer a gramtica mais do que

    saber regras que ajudam a construir frases ou

    conhecer fonologia e fontica, morfologia e sintaxe. Os estudos gramaticais de-

    vem ser realizados com base na reflexo sobre fatos da lngua, em situaes con-

    cretas de ocorrncia nos textos lidos pelos alunos, buscando perceber indicaes

    de uso para a melhoria de seus prprios textos, mais ajustados ao que se espera

    de cada gnero textual. Assim, alm de serem auxiliados a escrever adequada-

    mente, os alunos devem ser estimulados a comparar o uso da lngua visto nos

    textos com as regras da gramtica normativa.

    Desse modo, no 4- ano, o estudo das classes gramaticais pelos alunos, alm da

    identificao e do estudo da concordncia nominal ou verbal (parte dos padres de

    escrita), tambm permite a anlise de processos de introduo de informaes novas

    ou retomada de informaes em textos (conhecimento textual e discursivo).

    [1]

  • 83

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    4 - a

    no

    Propostas de atividades No ano anterior, os alunos aprenderam as palavras que do nome aos objetos

    e as que os caracterizam: substantivos e adjetivos. Mais do que reconhecer

    quantos substantivos h em uma frase ou acrescentar adjetivos a frases sol-

    tas, o conhecimento dos substantivos e adjetivos, bem como o de artigos e

    pronomes, que so introduzidos neste ano, importante para o avano na

    produo de textos, mantendo a coeso sequencial (a apresentao marcada

    de informaes novas) e referencial (a retomada, de diferentes maneiras, das

    informaes que j foram apresentadas).

    Uma proposta de trabalho que pode auxiliar no conhecimento desses re-

    cursos analisar como os autores realizam esse trabalho nos textos conheci-

    dos. Por exemplo, pode-se retomar O dirio de Anne Frank, depois de bem

    trabalhado, verificando um desses recursos. No texto, o substantivo presen-

    tes retomado e ampliado em pargrafos que trazem uma lista de palavras e

    expresses; substantivos predominam nessa lista e, em torno deles, giram

    outras palavras que interferem em seu sentido, os artigos e adjetivos.

    A informao principal dada inicialmente

    no texto: Anne ganhou presentes. O que se

    segue a determinao mais detalhada desse

    substantivo, com uma retomada por enumera-

    o: voc (o dirio), um buqu de rosas, algumas

    penias, um vaso de planta, uma blusa azul, um

    jogo, uma garrafa de suco de uva, um quebra-

    -cabea, um pote de creme frio, 2,50 florins, um

    vale para dois livros, outro livro (Cmera obs-

    cura), um prato de biscoitos caseiros, montes de doces, uma torta de morangos,

    uma carta da v. Mas por que se retoma e se expande a informao presentes?

    Porque se trata de deixar a descrio da cena de abertura dos presentes mais

    interessante para o leitor, mostrando como a menina estava feliz, mas, princi-

    palmente, o valor do dirio comparado com tantos outros presentes o dirio

    apresentado por voc, pronome que aponta para proximidade, familiari-

    dade; os demais so iniciados por um, artigo indefinido. FOtOS: [1

    ] DULE

    S/SH

    Utt

    ERSt

    OCk/g

    LOwIm

    AgES

    ; [2] ROOk76

    /SHUtt

    ERSt

    OCk/g

    LOwIm

    AgES

    .

    [2]

  • MP. Lngua Portuguesa

    84

    possvel convidar os alunos a refletir, tambm, nesse trecho, sobre formas

    de caracterizar, j apresentadas em ano anterior: usando um adjetivo (blusa

    azul, por exemplo) ou uma expresso (buqu de rosas, etc.). Sugira exerccios

    com trechos criados ou retirados de produes dos alunos para convid-los a

    reescrever, retomando e ampliando uma informao com os recursos analisa-

    dos. Exemplo: Aquele foi um dia muito agitado, em que mal dei conta de mi-

    nhas tarefas e compromissos. Mas, como minha av diz, Carro cheio que

    canta bonito, consegui fazer tudo e ainda sobrou tempo para brincar com

    meus amigos, noite, na sala de jogos do prdio.

    Outro recurso, o de retomar para resumir, pode ser encontrado em vrios tex-

    tos, como nas pginas 44 e 45. O recurso para trazer a explicao da segunda

    novidade do blog diferente do que se viu no dirio de Anne: em lugar de apre-

    sentar um substantivo e uma lista para explic-lo, aparece uma lista e, depois,

    o resumo: enfim, vocs vo ficar por dentro do meu dia a dia. A listagem que

    ser resumida formada por frases em que h presena de ver-

    bos. Proponha exerccios textuais para que os alunos empre-

    guem esse recurso. Por exemplo: Acordei cedo... (trecho a ser

    criado pelo aluno); Enfim, ... (trecho a ser criado pelo aluno).

    Convide os alunos, tambm, a observar diferentes recursos de

    retomada de informaes sem repetir necessariamente as pala-

    vras, em diferentes tipos de textos. Leve-os a perceber que as es-

    colhas por termos mais vagos e amplos ou por pronomes so co-

    muns em textos de mistrios, enquanto expresses mais precisas

    e descritivas aparecem em contos de fadas e notcias.

    Aproveitando a ideia do desafio da pgina 103, que traz uma sn-

    tese dos elementos do conto lido, sugere-se como nova possibilida-

    de um trabalho inverso: completa-se o quadro com novas ideias,

    planejadas pela turma coletivamente, e, depois, cada aluno escre-

    ve um texto para desenvolv-las. Convide os alunos a analisar as

    classes que predominam em cada campo do quadro, as palavras-

    -chave do enredo que sero retomadas ao longo dos textos e quais

    recursos os alunos utilizaro para faz-lo.

    Procure registrar como os alunos fazem para: retomar a referncia personagem principal e ao antagonista num conto; o tema de um texto informativo; uma instruo para ser ampliada num texto instrucional; etc. Com base nesses registros, verifique o que j sabem fazer e o que ainda podem aprender. Procure textos do gnero que esto estudando ou j estudados e ajude-os a observar um recurso novo de retomada usado pelos autores. Por exemplo, usar apenas a forma verbal na terceira pessoa do singular quando o sujeito da ao o mesmo da ao anterior. Pea que, ao produzir um texto do gnero, entre outros aspectos, busquem usar esse recurso.

    Dica!

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    de

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    4 - a

    no

    como saber se o aluno aprendeu?

    3Depois do exerccio de reescrita coleti-va, incentive os alunos a retomar seus textos, individualmente, verificando se situaes como as discutidas tambm

    podem ser aplicadas s suas produes.

    4A nomenclatura especfica das classes gramaticais deve ser considerada como objeto de uso do professor para com os alunos, mas no de domnio deles em

    suas conversas. Usar o termo substan-

    tivo pode ser econmico para repre-

    sentar o conceito (palavra que nomeia

    seres), mas enquanto o conceito est

    sendo construdo pode no fazer senti-

    do, no ser acionado para a anlise do

    contexto pelo aluno. Por outro lado,

    alguns alunos podem usar a nomencla-

    tura, mas no associada a seus concei-

    tos especficos. Lembre-se, portanto,

    que saber o nome nem sempre saber

    o conceito.

    1Uma forma de perceber se os alunos aprenderam que os pronomes, sinni-mos e formas verbais podem ser usados para no repetir palavras, de maneira

    inexpressiva, observar seus textos: ve-

    rifique como fizeram antes do incio do

    estudo e como evoluram aps o estudo.

    No preciso que resolvam todas as si-

    tuaes com sucesso, mas que comecem

    a exercitar diferentes usos de prono-

    mes, formas verbais que identifiquem o

    sujeito da ao e expresses para evitar

    repeties em seus textos.

    2Realize, de vez em quando, reescritas coletivas de textos dos alunos. Escolha um em que o uso de recursos de reto-mada ainda esteja pouco avanado e

    edite-o de modo a solucionar outros

    problemas (como ortografia e pontua-

    o). Assim, os alunos podero se cen-

    trar apenas no problema que se quer

    analisar. A turma ir apresentar dife-

    rentes possibilidades para as situaes

    incentive a discusso para que se de-

    termine qual ser a melhor. O aluno au-

    tor do texto dar sua opinio sobre as

    sugestes dos colegas tambm, aceitan-

    do a proposta que considerar mais ade-

    quada sua inteno.FOtO: F

    RANCk BOSt

    ON/SHUtt

    ERSt

    OCk/g

    LOwIm

    AgES

    .

  • MP. Lngua Portuguesa

    86

    61

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    us 4a

    no_M

    erc

    Um pouco mais sobre pessoas verbais e pronomes

    Atividade escrita

    Leia a anedota a seguir:

    EM FAMLIAO sujeito vai ao psiquiatra: Doutor, meu irmo louco. Ele pensa que uma galinha. E vocs j disseram para ele parar com isso? Ns at que gostaramos, mas que precisamos dos ovos.

    Almanaque de cultura popular. So Paulo: Andreato Comunicao e Cultura, fev. 2007. p. 34. (Anedota enviada por Lucas Nobile, por meio de e-mail.)

    Os pronomes servem para substituir nomes (substantivos) e outras palavras

    e evitar que fiquem repetitivas no texto.

    a) Que palavras esto sendo substitudas pelo pronome ele?As palavras meu irmo.

    b) Na piada, a quem o pronome vocs pode estar se referindo?Provavelmente ao homem que vai ao psiquiatra e sua famlia.

    c) Complete:

    Ns at que gostaramos, mas que precisamos dos ovos.

    Nessa frase, o pronome ns pode estar se referindo ao homem que vai ao psiquiatra e

    sua famlia.

    1

    1b. O ttulo da piada d pistas para que os alunos relacionem o pronome s pessoas a que se refere.

    APIS_LPortuguesa_4ano_044a073_U02_L3.indd 61 5/13/11 9:52 AM

    132

    LIVRO

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    ORGANIZE-SEVoc abriu, feche.Acendeu, apague .Ligou, desligue .Desarrumou, arrume .Sujou, limpe .Quebrou, conserte .Emprestou, devolva .No veio ajudar, no atrapalhe .Ofendeu, desculpe-se .Seguindo esses preceitos, viver melhor.

    Lembre-se: adjetivo a palavra que caracteriza um substantivo, isto , atribui

    a ele uma qualidade.

    Artigos e adjetivos: palavras que acompanham o substantivo

    Releia esta estrofe do poema Fico cientfica:

    Depois de uma viagempelo espao sideral,o astronauta chegouao seu destino final:

    Adaptado de Rodolfo Ilari. Introduo ao estudo do lxico: brincando com as palavras. So Paulo: Contexto, 2002. p. 28.

    Podem ser acatadas outras possibilidades,

    desde que atendam ideia de oposio. Por exemplo, como

    antnimo de ofender,

    pode-se aceitar agradar; como antnimo de

    ajudar, desajudar ; entre

    outros antnimos com prefixos que

    do a ideia de sentido contrrio.

    Na realizao desta atividade, o

    aluno dever perceber que os

    verbos com os quais preencher

    as lacunas devero estar no

    imperativo.

    Gnero e nmero

    Estas atividades tm o objetivo de

    retomar os conceitos de

    nmero (singular e plural) e de

    gnero (masculino e

    feminino), para que o aluno possa

    perceber as relaes de

    concordncia entre os

    substantivos e seus

    determinantes: artigos, adjetivos

    e pronomes possessivos. Os

    de mais determinantes

    nume rais e locues

    adjetivas sero vistos

    posteriormente.

    APIS_LPortuguesa_4ano_118a143_U05_L4.indd 132 5/13/11 10:11 AM

    Usando o livro-texto...

    1Como mostram as atividades da pgina 61, saber que os pronomes realizam, principalmente, a coeso referencial (retomada de informaes) ajuda a ler melhor e, tambm, pode ajudar a escrever melhor. Auxilie os alunos a refletir sobre algumas ambiguidades que costumam aparecer em seus textos. Por exemplo: O menino passeava com o amigo. Ele estava muito contente. No sabemos quem estava contente. geralmente, o referente o substantivo mais prximo, mas a construo deixou a ideia ambgua. Convide os alunos a resolver essa ambiguidade e outras situaes semelhantes com diferentes recursos de retomada. Por exemplo: o amigo, seu amigo, o

    primeiro menino, aquele amigo, etc. A repetio da palavra, s vezes, necessria para resolver o problema de ambiguidade, o que torna o uso de pronomes uma questo a ser analisada. mais do que substituir corretamente palavras por pronomes em frases soltas de exerccios, o importante incentivar os alunos a produzir textos utilizando esse recurso e trocar as produes com os colegas para que possam verificar a compreenso das escritas, observando se h ambiguidade. O estudo de pronomes inserido, tambm, na discusso sobre variedades lingusticas formais e informais, que apontam para a concordncia em pessoa como esperada na norma padro, mas no em outras normas.

    2A partir de pgina 132, retoma-se a noo de concordncia nominal entre substantivos, adjetivos, artigos e pronomes possessivos. Refora-se a ideia de que o substantivo uma palavra nuclear, em torno da qual giram outras classes para determinar melhor seu sentido inicial.

  • 87

    Ns

    de

    Lng

    ua Por

    tugu

    esa no

    4 - a

    no

    159

    pis Po

    rtug

    us 4ano

    _Merc

    Pronomes pessoais

    Voc estudou o uso de pronomes nos textos. Vamos ampliar um pouco

    esse estudo.

    Atividade escrita

    Releia um trecho da notcia, observando os termos destacados:

    O almirante Giovanni Gumiero est procura de piratas. Na plataforma de seu navio italiano, ele tem todas as ferramentas modernas ao alcance das mos (radar, sonar, infravermelho, cmeras, helicpteros) para lidar com um problema antigo que relembra os dias de escunas e dos tapa-olhos. Nossa presena os ir impedir, disse o almirante confiantemente.

    A que termo/s da notcia a palavra ele est se referindo?A almirante Giovanni Gumiero.

    A que termo/s do incio da notcia a palavra os est se referindo?Ao termo piratas.

    1

    3

    2

    PARGRAFO

    Diviso de um texto escrito, geralmente indicado pela mudana de linha e distncia da primeira linha da margem.

    Pode ser composto de uma ou mais frases.

    Ajuda a organizar o assunto do texto dividindo-o em partes ou unidades.

    O estudo dos pronomes foi iniciado na unidade 2 deste volume. A continuidade aqui proposta tem por finalidade fazer com que os alunos reflitam sobre a possibilidade de empregar os pronomes para evitar repeties nos textos. So recursos de coeso textual e o importante que as crianas se apropriem dos pronomes como alternativas expressivas para seus textos. No , portanto, um contedo a ser desenvolvido com a finalidade de memorizao e/ou classificao de palavras, pois isso ser feito ao longo de outros anos escolares. O que se espera que os pronomes sejam incorporados a partir dos usos e dos exerccios.

    O uso do pronome os pertence linguagem mais formal. importante que o aluno perceba que h diferenas entre Nossa presena ir impedir eles e Nossa presena os ir impedir. Sugere-se destacar que o uso de uma linguagem mais formal justifica-se por ser empregada em um jornal e no em uma situao mais informal.

    APIS_LPortuguesa_4ano_144a171_U06_L4.indd 159 5/13/11 10:13 AM

    186

    LIVRO

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    Pronomes possessivos

    Atividade oral e escrita

    Releia:

    [...] Meu professor disse que os pelinhos dentro do nariz servem para no deixar o ar sujo entrar. [...]

    Que ideia a palavra meu passa?

    Assinale a alternativa correta:

    localizao no espao;

    X posse;

    indicao de tempo.

    1

    GOSTAR OU NO GOSTAR, SEM UMA RAZO

    Diz Ricardo Azevedo: Uma coisa certa: quando a gente conhece uma

    pessoa, a gente sempre ou gosta ou no gosta.

    Voc concorda com isso? J gostou ou no gostou de algum sem saber

    por qu? Converse com os colegas a esse respeito.por qu? Converse com os colegas a esse respeito.

    LINGUAGEM

    real: sentido prprio da palavra figurada: sentido atribudo palavra por meio de formao de uma imagem, de comparao de ideias

    FOTO

    S: [1

    ] E [2

    ] FER

    NANDO GONSA

    LES/ACER

    VO DO CARTU

    NISTA

    ; [3] ZIRALD

    O ALV

    ES PINTO

    /ACER

    VO DO CARTU

    NISTA

    .

    APIS_LPortuguesa_4ano_172a195_U07_L4.indd 186 5/13/11 10:22 AM

    188

    LIVRO

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    Pronomes demonstrativos

    Atividade escrita

    Leia a tirinha a seguir e responda s questes:

    Bill Watterson. O Estado de S. Paulo. So Paulo, p. 26, 14 maio 2006.

    2

    eu

    tu

    voc

    ele, ela

    ns

    vs

    vocs

    eles, elas

    meu, minha, meus, minhas

    teu, tua, teus, tuas

    seu, sua, seus, suas

    seu, sua, seus, suas

    nosso, nossa, nossos, nossas

    vosso, vossa, vossos, vossas

    seu, sua, seus, suas

    seu, sua, seus, suas

    PRONOMES PESSOAIS PRONOMES POSSESSIVOS

    3

    [1]

    Reescreva a frase comeando e terminando conforme indicamos em cada

    item. Faa as concordncias necessrias:

    Voc enxerga um objeto quando a luz refletida nele entra no seu olho.a) Eu enxergo um objeto quando a luz refletida nele entra no meu olho.

    b) Ns enxergamos um objeto quando a luz refletida nele entra nos nossos olhos.

    c) Eles enxergam um objeto quando a luz refletida nele entra nos seus olhos.

    Leia com o/a professor/a o quadro dos pronomes possessivos. Eles se

    referem s pessoas representadas pelos pronomes que voc j estudou.

    APIS_LPortuguesa_4ano_172a195_U07_L4.indd 188 5/13/11 10:22 AM

    3Na pgina 159, amplia-se o estudo de pronomes voltado apresentao de um recurso de coeso do texto, no para a simples memorizao e reconhecimento de frases. Embora a repetio possa ser um recurso expressivo em algumas situaes, mais comum que seja evitada, no s para no deixar a leitura montona, mas tambm porque outros recursos permitem acrescentar informaes ao mesmo tempo

    em que se retoma o que j foi escrito. Por exemplo: uma bolsa, a bolsa, essa bolsa, aquela bolsa, minha bolsa, sua bolsa formas variadas que trazem um tema bsico (bolsa), mas acrescentam ideias de conhecido/desconhecido, dono, posio. Reitera-se que a classificao de pronomes e de outras classes de palavras no uma expectativa do ano, mas uma apropriao continuada feita por meio da consulta e do uso.

    Aps a retomada dos pronomes possessivos na pgina 186, apresentam-se os pronomes demonstrativos na pgina 188. Esse tipo de pronome pode retomar algo que j foi informado ou anunciar o que vir. Por exemplo: Este o meu desejo: visitar um parque de diverses no meu aniversrio ou Ir a um parque de diverses em meu aniversrio: esse o meu desejo. Alm de apontar, portanto, a posio fsica do objeto (perto de quem fala ou de quem ouve ou distante dos dois), os demonstrativos referenciam outros elementos do texto.

    4

  • MP. Matemtica

    124

    Trabalhando com Matemtica no 4- ano

    Os eixos temticos nmeros e operaes, espao e forma (geometria), gran-

    dezas e medidas e tratamento da informao (tabelas e grficos) esto distri-

    budos e articulados ao longo do livro.

    Os nmeros aparecem informalmente e de forma interdisciplinar, integrados

    com geometria, grandezas e medidas, tabelas e grficos, em vrios contextos e si-

    tuaes que exploram contagens, sequncias, regularidades e relaes aditivas e

    multiplicativas. Foram utilizadas vrias formas de linguagem: escrita, tabelas,

    grficos, etc.

    Inicialmente, explora-se o aspecto pluricultural e histrico do nmero por meio

    do trabalho informal sobre os sistemas de numerao de vrias culturas (egpcia,

    maia e romana) e depois introduz-se o nosso sistema de numerao decimal.

    Trabalham-se muito os vrios significados associados a cada uma das opera-

    es. As tcnicas operatrias e, posteriormente, os algoritmos so trabalhados de

    modo gradual para que o aluno compreenda o que est fazendo.

    Quanto s fraes e aos nmeros decimais, a eles dispensa-se um tratamento

    diferente do tradicional, trabalhando-se as ideias e os conceitos, deixando-se

    clculos complexos para os anos seguintes. Exploram-se vrios significados as-

    sociados s fraes (parte-todo, frao de um conjunto de elementos, frao de

    um nmero, frao como razo) e faz-se uma iniciao comparao e s opera-

    es de adio e subtrao com fraes que tenham denominador igual. Os n-

    meros decimais so trabalhados de forma integrada com medidas e dinheiro,

    chegando-se aos clculos simples com adio e subtrao.

    Cada assunto desencadeado por uma situao-problema, e desde 2- ano j h

    um estmulo para que o aluno observe as etapas da resoluo de um problema

    (compreendendo, planejando, executando, verificando e respondendo). O traba-

    lho com resoluo de situaes-problema contextualizadas realizado em prati-

    camente todos os captulos.

  • 125

    grande a nfase dada na formulao de problemas por parte dos alunos, em

    situaes abertas (que admitem mais de uma resposta) e nos desafios, estimulan-

    do a criatividade da criana.

    As ideias sobre tratamento da informao (coleta de dados, tabelas e grficos)

    so trabalhadas informalmente em todo o projeto, devido grande importncia

    que assumem na sociedade moderna. O mesmo procedimento adotado para a

    ideia de chance, ao iniciar-se a probabilidade. O raciocnio combinatrio, impor-

    tante instrumento matemtico para o desenvolvimento do raciocnio do aluno,

    trabalhado ao longo do livro por meio de situaes-problema do dia a dia.

    O eixo de espao e forma (geometria) explorado informalmente, iniciando

    com os slidos geomtricos, passando pelas regies planas e chegando aos con-

    tornos (linhas), com atividades que favorecem a manipulao de embalagens

    (slidos), a visualizao e a identificao de seus elementos, bem como das dife-

    renas e semelhanas entre essas figuras.

    As regies planas, sua composio e decomposio so trabalhadas relacio-

    nando-as com arte, mosaicos, dobraduras e recortes. Os contornos so trabalha-

    dos informalmente com palitos e barbantes, estimulando a criatividade do aluno.

    Dada sua grande importncia na Matemtica, destacou-se um captulo para o

    trabalho informal com simetria, por meio de recortes e dobraduras.

    O trabalho com grandezas e suas medidas feito ao longo do livro, iniciando-

    -se com unidades no padronizadas de medida e integrando-as a nmeros e geo-

    metria desde os primeiros captulos.

    No captulo 2 trabalha-se informalmente com as trs dimenses de uma figura

    espacial e, no captulo 3, retomam-se as grandezas tempo e dinheiro, ampliando-

    -se o estudo feito no ano anterior. No captulo 9, retoma-se a grandeza compri-

    mento e inicia-se o estudo de medida de superfcie (rea). No captulo 12, reto-

    mam-se as grandezas massa e capacidade. Neste eixo foram enfatizadas as

    estimativas e a sua conferncia (se foram razoveis ou no) e a comparao de

    medidas sem que fossem efetuadas as medies (por exemplo, atividades 1 da p-

    gina 287, 1 da pgina 293 e 2 da pgina 294, e outras).

    Tambm so apresentadas ao longo do livro vrias atividades que integram dife-

    rentes grandezas e medidas (captulo 3: atividades 3 da pgina 89, 3 da pgina 91;

  • MP. Matemtica

    126

    captulo 9: atividades 5 da pgina 227, 1 da pgina 234, 2 da pgina 235; captu-

    lo 12: atividades 9 da pgina 290, 4 da pgina 294, 5 da pgina 295, 1- quadro da

    pgina 298; e outras).

    Em todo o projeto e, em particular, neste livro, buscaram-se a correo de

    conceitos num nvel de rigor compatvel com este ano e uma metodologia que

    favorecesse a compreenso das ideias matemticas, a atribuio de significa-

    dos por meio de situaes contextualizadas, a autonomia de pensamento e a

    criatividade.

    O livro em captulos

    Explora-se neste captulo um pouco da histria dos nmeros. O

    objetivo fazer o aluno perceber que, ao longo da milenar hist-

    ria da humanidade, foram utilizados outros sistemas de nume-

    rao e mostrar a evoluo histrica dos nmeros. O sistema de

    numerao egpcio trabalhado informalmente nas pginas 15 a 17. Na pgina

    18 explora-se o sistema de numerao maia. O sistema de numerao romano

    trabalhado nas pginas 19 e 20. No julgamos necessrio o aprofundamento nes-

    te assunto. Estimule os alunos a comparar esses vrios sistemas de numerao,

    opinando sobre qual acham mais fcil, mais difcil, mais prtico, etc. Depois, sugi-

    ra que os comparem com o nosso sistema de numerao decimal.

    A ideia mostrar que, em cada poca, em cada cultura, havia uma maneira de

    representar quantidades. Esse contedo permite fazer integrao com Histria e

    Geografia.

    Em seguida, retoma-se o sistema de numerao decimal, ampliando-o e apro-

    fundando-o, chegando at os milhes. As ideias de unidade, dezena e centena so

    revistas por meio de informaes e situaes interessantes e curiosas para o alu-

    no. Trabalha-se com o material dourado ou material de base dez e com o nosso

    dinheiro (moedas de 1 real e notas de 10 e de 100 reais), o que torna mais signifi-

    cativas e vivenciais as ideias de unidade, dezena e centena.

    A composio, a decomposio e a leitura de um nmero tambm so feitas.

    Uma aplicao da escrita dos nmeros se realiza com o preenchimento de che-

    Captulo 1 Sistemas de numerao

  • Trab

    alha

    ndo co

    m

    Matem

    tica no

    4 - a

    no

    127

    ques, na soluo de um problema. A decomposio de um nmero em suas or-

    dens outro exemplo focalizado. O nmero mil, trabalhado opcionalmente no

    3- ano, explorado informalmente. Depois, trabalha-se a nova ordem: a das uni-

    dades de milhar. A dezena de milhar, com nmeros at 99 999, e a centena de mi-

    lhar so trabalhadas em seguida. Introduz-se informalmente o milho e encerra-

    se com a importante ideia de arredondamento.

    Pginas 12 e 13

    Pea aos alunos que leiam o texto, observem as ilustraes e interpretem essas

    pginas.

    Pgina 18

    Sistema de numerao maia. Havendo curiosidade e interesse, apresente,

    alm das atividades de 1 a 3 dessa pgina, outras sobre esse assunto. Se achar con-

    veniente, pea aos alunos que pesquisem como os maias representavam o zero

    (com uma concha, ).

    Sugestes de outras atividades:

    Veja a seguir um jogo interessante que pode ser desenvolvido em sala de aula,

    retomando os trs sistemas de numerao estudados e relacionando-os com o sis-

    tema de numerao que usamos:

    1. Jogo dos sistemas de numerao

    Jogo para 2 participantes.

    Em cada item os quadros vizinhos s tm um nmero comum nos sistemas

    de numerao indicados. Vejam quem aponta primeiro qual o nmero.

    Sistema egpcio

    A100

    21

    2

    10

    X

    Sistema maia

    7 10

    15

    13

    X

    RomanoMaia

    IV X

    VII XX

    X

    11

    5

    17

    4 10

    7X 20

    B

    4

  • MP. Matemtica

    128

    Indo-arbico (nosso) Maia

    11

    19

    9

    7

    X

    1 16

    9

    12

    X

    D

    XV XIV

    XVI XIX

    Nosso Romano

    25 20

    14 21

    F

    16

    15

    19

    14

    X

    X

    25 102

    240 22

    Egpcio Nosso

    E

    220

    22

    5

    202

    X

    X

    Romano Egpcio

    VIII X

    XX IX

    C

    110

    8

    10

    20

    9

    X

    20 4

    12

    X

    Comente a importncia da calculadora quando trabalhamos com nmeros

    maiores do que 1 000. Se houver oportunidade, sugira o jogo a seguir:

    2. Jogo para 2 duplas com uma calculadora

    Os alunos de uma dupla escrevem um nmero de 4 algarismos em um peda-

    o de papel, entregando-o a um dos alunos da outra dupla. Este l o nmero

    em voz alta e seu parceiro digita-o na calculadora, sem ver o nmero que

    a primeira dupla escreveu. Se o nmero digitado coincidir com o nmero

    do papel, a segunda dupla marca 1 ponto. Se no coincidir, o ponto vai para a

    primeira dupla.

    Na jogada seguinte as duplas revezam as funes.

    Vence o jogo a dupla que fizer mais pontos depois das rodadas combinadas.

    A geometria dos anos iniciais deve ser a geometria experimen-

    tal, ou geometria manipulativa, na qual o aluno manipula obje-

    tos, descobre seus elementos, caractersticas ou propriedades e

    descobre as diferenas e semelhanas entre um e outro. interessante iniciar com

    slidos geomtricos porque so palpveis, concretos e fazem parte da vivncia

    dos alunos. Esse trabalho desenvolve na criana o sentido de organizao e orien-

    Captulo 2 Slidos geomtricos

  • Trab

    alha

    ndo co

    m

    Matem

    tica no

    4 - a

    no

    129

    Captulo 3 Grandezas e

    medidas: tempo e dinheiro

    tao. Para que isso ocorra, a prpria criana precisa manipular objetos e desco-

    brir propriedades neles.

    Saber o nome dos slidos geomtricos importante, mas no fundamental. O

    fundamental que os alunos descubram seus elementos, suas caractersticas e fa-

    am classificaes simples.

    Neste volume, retoma-se o que foi trabalhado nos anos anteriores e avana-se

    um pouco mais, dentro do esprito do ensino em espiral.

    Pginas 54 e 55

    Pea aos alunos que leiam e interpretem essas pginas.

    O eixo temtico grandezas e medidas recebeu grande nfase

    em todo o projeto, seja por sua aplicabilidade no dia a dia, seja

    porque as medidas so pontes entre as grandezas geomtri-

    cas (comprimento, superfcie e volume) e os nmeros, e tam-

    bm entre estes e outras grandezas, como massa, tempo, valor

    monetrio, temperatura, etc. Alm disso, auxilia o desenvolvimento da ideia de

    nmero no aluno.

    As grandezas e medidas so trabalhadas ao longo do livro. Neste captulo se es-

    tuda a grandeza tempo e suas unidades de medida (hora, minuto, segundo, dia, se-

    mana, ms e ano), integrando-se os eixos temticos nmeros e medidas. Retoma-

    -se ampliando e aprofundando o que foi estudado no 3- ano. O mesmo ocorre com

    o tema dinheiro, tambm estudado neste captulo. Esse assunto de grande im-

    portncia na vivncia do aluno e permite que ele amplie seu senso numrico.

    Pginas 72 e 73

    Pea aos alunos que leiam e interpretem o contedo dessas pginas.

    Pginas 90 e 91

    Outras atividades e problemas. Se achar conveniente, apresente outros pro-

    blemas relacionados a tempo e dinheiro. Por exemplo:

    1. Ctia permanece na escola 5 horas por dia, de segunda a sexta-feira. Num

  • MP. Matemtica

    130

    ms de 31 dias sem feriados, o dia 1- foi quinta-feira. Quantas horas desse

    ms ela permanecer na escola?

    Se ela permanecer na escola 5 horas por dia, de segunda a sexta-feira, num

    ms de 31 dias, ela permanece 22 dias na escola.

    2 2 5 1 1 0

    Resposta: Ela permanecer 110 horas.

    2. Para usar o computador em uma lan house, Rute paga R$ 3,00 por hora.

    Quanto ela vai pagar se usar o computador durante 2 horas e 30 minutos?

    Resposta: R$ 7,50 (3,00 + 3,00 + 1,50 = 7,50).

    Pginas 93 e 94

    Vamos ver de novo? O problema Quem so eles? da pgina 93 pode ser resol-

    vido por tentativa e erro ou construindo uma tabela organizada como esta:

    NMEROS SOMA DIFERENA

    5 e 35

    10 e 30

    15 e 25

    40

    40

    40

    30

    20

    10

    No captulo 2 foram estudados os slidos geomtricos o

    cubo, o paraleleppedo, o prisma, a pirmide, o cilindro, o cone,

    etc. Agora vamos desmanchar (planificar) a casca dos sli-

    dos geomtricos e obter as regies planas, ou seja, partes do

    plano, como a regio plana quadrada, a retangular, a hexagonal, etc. Estas regies

    so chamadas regies planas poligonais, pois seus contornos so retilneos e no

    se cruzam. Elas esto presentes no dia a dia do aluno e na arte.

    Posteriormente, trabalham-se os contornos (linhas) das regies poligonais, os

    polgonos. Alguns exemplos de figuras geomtricas que podem ser feitos concreta-

    mente com palitos so dados na pgina 111.

    Captulo 4 Regies planas e seus

    contornos

  • Trab

    alha

    ndo co

    m

    Matem

    tica no

    4 - a

    no

    131

    Captulo 5 Adio e subtrao com nmeros naturais

    Pginas 96 e 97

    Pea aos alunos que leiam e interpretem o texto e as ilustraes dessas pginas.

    Pginas 98 e 99

    Regies planas. As atividades de 1 a 3 dessas pginas introduzem a ideia de re-

    gio plana a partir da planificao dos slidos geomtricos e, em seguida, a partir

    de objetos do cotidiano. Estimule os alunos a trazer para a classe objetos da sua

    vivncia que lembrem regies planas.

    As ideias, os significados da adio (juntar e acrescentar), bem

    como as tcnicas de clculo (algoritmos) com ou sem reagrupa-

    mento (o vai 1), com nmeros at 999, j foram trabalhados

    nos anos anteriores.

    Tambm foram vistos o clculo mental e os clculos aproximados com arre-

    dondamentos. Neste captulo, tudo isso retomado e ampliado para nmeros

    maiores.

    O mesmo pode ser dito para a subtrao. As ideias associadas a ela, como ti-

    rar e comparar (quantos a mais?, quantos a menos?, quantos faltam?, qual a di-

    ferena?), bem como o algoritmo sem ou com reagrupamento (as trocas ou o

    empresta 1), o clculo mental e clculos aproximados, j estudados no 3- ano,

    so aqui retomados e ampliados por meio de situaes-problema.

    A importante relao entre a adio e a subtrao tambm explorada. A

    partir da pgina 142, so apresentadas vrias atividades e situaes-problema

    que envolvem essas operaes.

    Pginas 116 e 117

    Pea aos alunos que leiam e interpretem os textos e ilustraes dessas pginas.

    Sugestes de outras atividades:

    1. Jonas tinha R$ 1 526,00 na poupana e depositou R$ 148,00.

    Quanto ele tem agora de saldo na poupana?

    Resposta: R$ 1 674,00 (1 526 + 148 = 1 674).

  • MP. Matemtica

    132

    Resposta:

    a. 80 47 = 33 b. 5 000 2 840 = 2 160

    800 + 400 587 + 432 426 + 1 000 1 100 + 31

    2. Efetue mentalmente trs adies e a que sobrar calcule do modo que quiser.

    Depois pinte de azul os quadrinhos com resultado par e de verde os com resul-

    tado mpar. Finalmente, escreva os quatro resultados em ordem crescente.

    782 421 = 361

    782 400 = 382

    20 = 362382

    1 = 361362

    4 800 1 672 = 3 128

    4 800 1 000 = 3 800

    3 800 600 = 3 200

    = 3 200 70 3 130

    = 3130 2 3 128

    80 40 = 40

    40 7 = 33

    5 000 2 000 = 3 000

    3 000 800 = 2 200

    2 200 40 = 2 160

    942 500 = 442

    442 30 = 412

    412 6 = 406

    700 40 = 660

    660 8 = 652

    Agora copie as subtraes abaixo e registre no caderno como foram feitas.

    No item b faa tambm pelo algoritmo usual. Pea aos alunos que relatem

    como fizeram.

    c. 942 536 = 406 d. 700 48 = 652

    800 + 400 = 1 200 (azul)

    587 + 432 = 1 019 (verde)

    426 + 1 000 = 1 426 (azul)

    1 100 + 31 = 1 131 (verde)

    Ordem crescente: 1 019; 1 131; 1 200; 1 426.

    3. Pratique um pouco fazendo a subtrao por meio da decomposio. Antes

    copie e complete os exemplos.

    5 0 0 0 2 8 4 0 2 1 6 0

    4 91 0

  • Trab

    alha

    ndo co

    m

    Matem

    tica no

    4 - a

    no

    133

    A importante ideia de simetria, j explorada no 3- ano, aqui re-

    tomada e ampliada num captulo prprio. Com esse estudo, o

    aluno percebe e compreende melhor as formas geomtricas e

    suas propriedades. A simetria pode ser observada tanto em construes humanas

    (por exemplo, na fabricao de automveis, avies, prdios, mveis, etc.) quanto

    na natureza (por exemplo, no corpo humano, nas plantas, nos animais, nos cris-

    tais, etc.) Confere um toque de beleza, esttica, regularidade e harmonia em con-

    feces, nos papis de parede, nos mosaicos, nos vitrais e na arte em geral. Alm

    disso, uma ideia fecunda em Matemtica. Da a nfase ao tema neste projeto.

    Pginas 148 e 149

    Pea aos alunos que leiam o texto e interpretem a ilustrao dessas pginas.

    Sugestes de outras atividades:

    1. Atividade em dupla

    Conversem sobre as figuras dos itens abaixo. Faam uma estimativa sobre

    qual delas apresenta simetria: a ou b?

    Para conferir vocs podem usar um espelho.

    Captulo 6 Simetria

    a. b.

    Resposta: a.

    2. Busca de simetrias

    Material: 16 papis para sorteio com as letras de A a P.

    Modo de jogar:

    Em cada rodada, um participante retira um papel, localiza na tabela a seguir a

    figura correspondente, calcula e anota quantos pontos ele fez de acordo com os

    seguintes critrios:

  • MP. Matemtica

    134

    Figura assimtrica (sem simetria): nmero de pontos 0 (zero).

    Figura simtrica: nmero de pontos igual ao nmero de eixos de simetria.

    Exemplos: figura P, 0 ponto; figura C, 2 pontos.

    Ganha o jogo quem tiver mais pontos no total aps a retirada de todos os papis.

    A

    E

    I

    M

    B

    F

    J

    N

    C

    G

    K

    O

    D

    H

    L

    P

    Nmero de pontos de cada figura:

    A: 3; B: 0; C: 2; D: 1; E: 2; F: 1; G: 0; H: 2; I: 1; J: 1; K: 4; L: 1; M: 1; N: 2; O: 2; P: 0.

    Retomam-se as ideias ou os significados associados multiplica-

    o, j trabalhados nos anos anteriores: adio de parcelas

    iguais, disposio retangular e nmero de possibilidades.

    Introduz-se a multiplicao por 10, 100 e 1 000. Trabalha-se

    com o clculo mental e com resultados aproximados por meio de arredondamen-

    tos. Usa-se a decomposio de um dos fatores para facilitar a multiplicao de

    dois nmeros. Os algoritmos da multiplicao so trabalhados inicialmente com

    um dos fatores formado por apenas um algarismo. Retomam-se as noes de do-

    bro e triplo e so introduzidas as noes de qudruplo e quntuplo.

    Captulo 7 Multiplicao com nmeros naturais

  • Trab

    alha

    ndo co

    m

    Matem

    tica no

    4 - a

    no

    135

    Em seguida, so trabalhados os algoritmos da multiplicao em que os fatores

    tm mais de um algarismo.

    Pginas 158 e 159

    Pea aos alunos que leiam e interpretem o texto e a ilustrao dessas pginas.

    Sugestes de outras atividades:

    1. Paulo entregou 1 235 folhetos na sexta-feira, 1 235 folhetos no sbado e 1 235

    folhetos no domingo. Quantos folhetos ele entregou no total? Resolva pelo

    algoritmo da decomposio.

    Resposta: 3 705 folhetos.

    ou 3 1 235 = 3 (1 000 + 200 + 30 + 5) = 3 000 + 600 + 90 + 15 = 3 705.

    2. Em uma apresentao de ginstica, as crianas estavam em disposio retan-

    gular com 17 linhas e 18 colunas para realizar uma coreografia.

    Para outra coreografia foram retiradas 9 linhas inteiras e 2 colunas inteiras.

    Calcule e responda:

    a. Quantas crianas participaram da primeira coreografia?

    b. Quantas participaram da segunda coreografia?

    c. Quantas participaram da primeira, mas no participaram da segunda?

    Respostas:

    a. b. c.

    Todos os professores sabem que os alunos apresentam maiores dificul-

    dades na aprendizagem da operao de diviso. Por isso, recomenda-

    mos que este captulo seja desenvolvido bem devagar e sempre com

    nfase na compreenso das ideias e dos procedimentos envolvidos.

    Captulo 8 Diviso com nmeros

    naturais

    1 2 3 5 1 2 3 5 + 1 2 3 5 3 7 0 5

    1 1

    1 7 1 8 1 3 6+ 1 7 0 3 0 6

    5

    1

    1 6 8 1 2 8

    4 3 0 6 1 2 8 1 7 8

    2 91

  • MP. Matemtica

    136

    As ideias da diviso trabalhadas no 3- ano so retomadas, ampliadas e aprofunda-

    das. Por meio de situaes-problema, exploram-se essas ideias, s vezes com divises

    exatas e s vezes no exatas.

    So trabalhados o clculo mental e os resultados aproximados por meio de arre-

    dondamentos. A importante e fundamental relao entre a diviso e a multiplicao

    tambm trabalhada.

    A diviso pelo algoritmo das estimativas trabalhada nas pginas 201 e 202. Na

    pgina 203 o algoritmo usual retomado. Uma iniciao diviso por nmero de

    dois algarismos feita nas pginas 205 a 207. Neste ano, no h necessidade de enfa-

    tizar tanto esse assunto, que ser retomado no 5- ano. Mesmo assim, se sentir necessi-

    dade, amplie o nmero de atividades. O importante que os alunos compreendam

    como funciona o algoritmo usual.

    Finalizando o captulo feita uma reviso com atividades e situaes-problema,

    incluindo o uso da calculadora.

    Pginas 184 e 185

    Pea aos alunos que leiam e interpretem o texto e a ilustrao dessas pginas.

    Pgina 211

    Brincando tambm se aprende. A atividade abaixo outra op-

    o de jogo que envolve as quatro operaes e que pode ser aplica-

    do em sala de aula:

    Jogo para 2 participantes. Os jogadores devem copiar em uma

    folha as letras e a tabela de nmeros conforme o quadro A .

    Usando um lpis de cor, o primeiro jogador escolhe e assi-

    nala uma das letras e resolve mentalmente o problema cor-

    respondente.

    Se resolver corretamente e o nmero da resposta estiver na tabela, ele pinta o

    quadrinho desse nmero. Depois a vez do outro jogador, que dever usar um l-

    pis de outra cor.

    O jogo continua at que todos os quadrinhos estejam pintados. O vencedor

    ser o que tiver pintado mais quadrinhos.

    AA

    E

    B

    F

    C

    G

    D

    H

    40 12 34 13 9

  • Trab

    alha

    ndo co

    m

    Matem

    tica no

    4 - a

    no

    137

    Captulo 9 Grandezas e

    medidas: comprimento e

    superfcie

    A

    B

    C

    D

    E

    F

    G

    H

    Com 3 notas de 10 reais e 4 moedas de 1 real obtemos quantos reais?

    Duas dzias e meia de laranjas so quantas laranjas?

    Um livro tem 120 pginas e Rute j leu 80 pginas. Quantas pginas

    faltam para ela ler o livro todo?

    Um perodo de 63 dias tem quantas semanas completas?

    Mauro comprou uma bola de 8 reais e pagou com 20 reais. Quantos

    reais ele recebeu de troco?

    Distribuindo igualmente 32 pes em 4 saquinhos, quantos pes vo

    ficar em cada saquinho?

    Cada pacote contm 5 figurinhas. Lcio comprou 9 pacotes. Quantas

    figurinhas ele comprou?

    Comprei um jogo de 8 reais e uma bola de 5 reais. Quantos reais

    gastei?

    Respostas: A: 34; B: 30; C: 40; D: 9; E: 12; F: 8; G: 45; H: 13.

    Captulo dedicado ao eixo temtico grandezas e medidas. A

    grandeza comprimento e suas medidas tema j visto nos anos

    anteriores sero retomadas, e a medida de superfcie, que a

    rea, ser explorada pela primeira vez.

    Tambm so introduzidos o conceito e o clculo de perme-

    tro. Ainda so propostas algumas atividades de geometria que

    podem ser feitas concretamente com palitos.

    A ampliao e a reduo de figuras, contedo fundamental em geometria, so

    trabalhadas nas pginas 218 e 219.

  • MP. Matemtica

    138

    Aproveitando o trabalho com comprimentos, so explorados o centmetro e ou-

    tras unidades de medida de comprimento: milmetro, metro e quilmetro.

    A ideia de rea ser trabalhada inicialmente com unidades no padronizadas,

    para depois ser introduzido o centmetro quadrado.

    Pginas 214 e 215

    Pea aos alunos que leiam e interpretem o texto e as ilustraes dessas pginas,

    que estabelecem uma integrao com Cincias. Comente com os alunos que a gira-

    fa o animal terrestre mais alto que existe, chegando a medir 5 metros e 30 cent-

    metros e a pesar 1 800 kg.

    Sugesto de outra atividade:

    Use como unidade de medida de compri-

    mento e como unidade de rea.

    Calcule e escreva em seu caderno o permetro

    e a rea dessa regio plana desenhada ao lado.

    Resposta: O permetro de 28 unidades e a

    rea de 17 unidades.

    Historicamente as fraes surgiram ligadas s necessidades de

    medidas. Por exemplo, se um barbante de 1 metro cabe 4 vezes e