28
Manual do Professor Fundamentos de Economia

Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

  • Upload
    others

  • View
    9

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

Manual do Professor Fundamentos de Economia

Page 2: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

2

Fund

amen

tos

de E

cono

mia

Manual do Professor

1. IntroduçãoPor muito tempo, a educação profissional foi desprezada e considerada

de segunda classe. Atualmente, a opção pela formação técnica é festejada, pois alia os conhecimentos do “saber fazer” com a formação geral do “conhecer” e do “saber ser”; é a formação integral do estudante.

Este livro didático é uma ferramenta para a formação integral, pois alia o instrumental para aplicação prática com as bases científicas e tecnológicas, ou seja, permite aplicar a ciência em soluções do dia a dia.

Além do livro, compõe esta formação do técnico o preparo do profes-sor e de campo, o estágio, a visita técnica e outras atividades inerentes a cada plano de curso. Dessa forma, o livro, com sua estruturação pedagogicamente elaborada, é uma ferramenta altamente relevante, pois é fio condutor dessas atividades formativas.

Ele está contextualizado com a realidade, as necessidades do mundo do trabalho, os arranjos produtivos, o interesse da inclusão social e a aplicação cotidiana. Essa contextualização elimina a dicotomia entre atividade intelec-tual e atividade manual, pois não só prepara o profissional para trabalhar em atividades produtivas, mas também com conhecimentos e atitudes, com vis-tas à atuação política na sociedade. Afinal, é desejo de todo educador formar cidadãos produtivos.

Outro valor pedagógico acompanha esta obra: o fortalecimento mútuo da formação geral e da formação específica (técnica). O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) tem demonstrado que os alunos que estudam em um curso técnico tiram melhores notas, pois ao estudar para resolver um problema prático ele aprimora os conhecimentos da formação geral (química, física, matemática, etc.); e ao contrário, quando estudam uma disciplina geral passam a aprimorar possibilidades da parte técnica.

10

Page 3: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

3

Fundamentos de Econom

ia

Pretendemos contribuir para resolver o problema do desemprego, pre-parando os alunos para atuar na área científica, industrial, de transações e comercial, conforme seu interesse. Por outro lado, preparamos os alunos para ser independentes no processo formativo, permitindo que trabalhem durante parte do dia no comércio ou na indústria e prossigam em seus estu-dos superiores no contraturno. Dessa forma, podem constituir seu itinerário formativo e, ao concluir um curso superior, serão robustamente formados em relação a outros, que não tiveram a oportunidade de realizar um curso técnico.

Por fim, este livro pretende ser útil para a economia brasileira, aprimo-rando nossa força produtiva ao mesmo tempo em que dispensa a importação de técnicos estrangeiros para atender às demandas da nossa economia.

1.1 Por que a Formação Técnica de Nível Médio É Importante?

O técnico desempenha papel vital no desenvolvimento do país por meio da criação de recursos humanos qualificados, aumento da produtivi-dade industrial e melhoria da qualidade de vida.

Alguns benefícios do ensino profissionalizante para o formando:

• Aumento dos salários em comparação com aqueles que têm apenas o Ensino Médio;

• Maior estabilidade no emprego;

• Maior rapidez para adentrar ao mercado de trabalho;

• Facilidade em conciliar trabalho e estudos;

• Mais de 72% ao se formarem estão empregados;

• Mais de 65% dos concluintes passam a trabalhar naquilo que gos-tam e em que se formaram.

Esses dados são oriundos de pesquisas. Uma delas, intitulada “Educação profissional e você no mercado de trabalho”, realizada pela Fundação Getúlio Vargas e o Instituto Votorantim, comprova o acerto do Governo ao colocar, entre os quatro eixos do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), investimentos para a popularização da Educação Profissional. Para as empre-sas, os cursos oferecidos pelas escolas profissionais atendem de forma mais eficiente às diferentes necessidades dos negócios.

Outra pesquisa, feita em 2009 pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), órgão do Ministério da Educação (MEC), chamada “Pesquisa nacional de egressos”, revelou também que de cada dez alunos, seis recebem salário na média da categoria. O percentual dos que qualifica-ram a formação recebida como “boa” e “ótima” foi de 90%.

Page 4: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

4

Fund

amen

tos

de E

cono

mia

2. Ensino Profissionalizante no Brasil e Necessidade do Livro Didático Técnico

O Decreto Federal nº 5.154/2004 estabelece inúmeras possibilidades de combinar a formação geral com a formação técnica específica. Os cursos técnicos podem ser ofertados da seguinte forma:

a) Integrado – ao mesmo tempo em que estuda disciplinas de for-mação geral o aluno também recebe conteúdos da parte técnica, na mesma escola e no mesmo turno.

b) Concomitante – num turno o aluno estuda numa escola que só oferece Ensino Médio e num outro turno ou escola recebe a forma-ção técnica.

c) Subsequente – o aluno só vai para as aulas técnicas, no caso de já ter concluído o Ensino Médio.

Com o Decreto Federal nº 5.840/2006, foi criado o programa de profis-sionalização para a modalidade Jovens e Adultos (Proeja) em Nível Médio, que é uma variante da forma integrada.

Em 2008, após ser aprovado pelo Conselho Nacional de Educação pelo Parecer CNE/CEB nº 11/2008, foi lançado o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, com o fim de orientar a oferta desses cursos em nível nacional.

O Catálogo consolidou diversas nomenclaturas em 185 denominações de cursos. Estes estão organizados em 12 eixos tecnológicos, a saber:

1. Ambiente, Saúde e Segurança2. Apoio Educacional3. Controle e Processos Industriais4. Gestão e Negócios5. Hospitalidade e Lazer6. Informação e Comunicação7. Infraestrutura8. Militar9. Produção Alimentícia10. Produção Cultural e Design11. Produção Industrial12. Recursos Naturais.

Para cada curso, o Catálogo estabelece carga horária mínima para a parte técnica (de 800 a 1 200 horas), perfil profissional, possibilidades de temas a serem abordados na formação, possibilidades de atuação e infraestrutura recomendada para realização do curso. Com isso, passa a ser um mecanismo de organização e orientação da oferta nacional e tem função indutora ao destacar novas ofertas em nichos tecnológicos, culturais, ambientais e produtivos, para formação do técnico de Nível Médio.

Page 5: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

5

Fundamentos de Econom

ia

Dessa forma, passamos a ter no Brasil uma nova estruturação legal para a oferta destes cursos. Ao mesmo tempo, os governos federal e esta-duais passaram a investir em novas escolas técnicas, aumentando a oferta de vagas. Dados divulgados pelo Ministério da Educação apontaram que o número de alunos na educação profissionalizante passou de 693 mil em 2007 para 795 mil em 2008 – um crescimento de 14,7%. A demanda por vagas em cursos técnicos tem tendência para aumentar, tanto devido à nova importância social e legal dada a esses cursos, como também pelo cresci-mento do Brasil.

COMPARAÇÃO DE MATRÍCULAS BRASIL

Comparação de Matrículas da Educação Básica por Etapa e Modalidade – Brasil, 2007 e 2008.

Etapas/Modalidades de Educação Básica

Matrículas / Ano

2007 2008 Diferença 2007-2008 Variação 2007-2008

Educação Básica 53.028.928 53.232.868 203.940 0,4

Educação Infantil 6.509.868 6.719.261 209.393 3,2

• Creche 1.579.581 1.751.736 172.155 10,9

• Pré-escola 4.930.287 4.967.525 37.238 0,8

Ensino Fundamental 32.122.273 32.086.700 –35.573 –0,1

EnsinoMédio 8.369.369 8.366.100 –3.269 0,0

EducaçãoProfissional 693.610 795.459 101.849 14,7

Educação Especial 348.470 319.924 –28.546 –8,2

EJA 4.985.338 4.945.424 –39.914 –0,8

• EnsinoFundamental 3.367.032 3.295.240 –71.792 –2,1

• EnsinoMédio 1.618.306 1.650.184 31.878 2,0

Fonte: Adaptado de: MEC/Inep/Deed.

No aspecto econômico, há necessidade de expandir a oferta desse tipo de curso, cujo principal objetivo é formar o aluno para atuar no mercado de trabalho, já que falta trabalhador ou pessoa qualificada para assumir ime-diatamente as vagas disponíveis. Por conta disso, muitas empresas têm que arcar com o treinamento de seus funcionários, treinamento esse que não dá ao funcionário um diploma, ou seja, não é formalmente reconhecido.

Para atender à demanda do setor produtivo e satisfazer a procura dos estudantes, seria necessário mais que triplicar as vagas técnicas existentes hoje.

Outro fator que determina a busca pelo ensino técnico é ser este uma boa opção de formação secundária para um grupo cada vez maior de estudantes. Parte dos concluintes do Ensino Médio (59% pelo Censo Inep, 2004), por diversos fatores, não buscam o curso superior. Associa-se a isso a escolarização líquida do Ensino Fundamental, que está próxima de 95%, e a escolarização bruta em 116% (Inep, 2007), mos-trando uma pressão de entrada no Ensino Médio, pelo fluxo quase regular dos que o concluem.

A escolarização líquida do Ensino Médio em 2009 foi de 53%, enquanto a bruta foi de 84% (Inep, 2009), o que gera um excedente de alunos para esta etapa.

Escolarização líquida é a relação entre a popu-lação na faixa de idade própria para a escola e o número de matriculados da faixa. Escolarização bruta é a relação entre a população na faixa adequada para o nível escolar e o total de matri-culados, independente da idade.

Page 6: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

6

Fund

amen

tos

de E

cono

mia

Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos o esquema a seguir, concluímos que em breve devemos dobrar a oferta de Nível Médio, pois há 9,8 milhões de alunos com fluxo regular do Fundamental, 8 milhões no excedente e 3,2 milhões que possuem o Ensino Médio, mas não têm interesse em cursar o Ensino Superior. Além disso, há os que possuem curso superior, mas buscam um curso técnico como complemento da formação.

Interessados com Ensino Fundamental Estimativa 8 milhões.

Com Ensino Médio 3,2 milhões.

Ensino Fundamental 116% bruta

94,6% líquida (2007)

TéCnICo

Subsequente

Com curso Superior

PRoE

JA

Integração9,8 milhões

A experiência internacional tem mostrado que 30% das matrículas da edu-cação secundária correspondem a cursos técnicos; este é o patamar idealizado pelo Ministério da Educação. Se hoje há 795 mil estudantes matriculados, para atingir essa porcentagem devemos matricular pelo menos três milhões de estudantes em cursos técnicos dentro de cinco anos.

Para cada situação pode ser adotada uma modalidade ou forma de Ensino Médio profissionalizante, de forma a atender a demanda crescente. Para os advin-dos do fluxo regular do Ensino Fundamental, por exemplo, é recomendado o curso técnico integrado ao Ensino Médio. Para aqueles que não tiveram a opor-tunidade de cursar o Ensino Médio, a oferta do PROEJA estimularia sua volta ao ensino secundário, pois o programa está associado à formação profissional. Além disso, o PROEJA considera os conhecimentos adquiridos na vida e no trabalho, diminuindo a carga de formação geral e privilegiando a formação específica. Já para aqueles que possuem o Ensino Médio ou Superior a modalidade recomen-dada é a subsequente: somente a formação técnica específica.

Para todos eles, com ligeiras adaptações metodológicas e de abordagem do professor, é extremamente útil o uso do livro didático técnico, para maior eficácia da hora/aula do curso, não importando a modalidade do curso e como será ofertado.

Além disso, o conteúdo deste livro didático técnico e a forma como foi concebido reforça a formação geral, pois está contextualizado com a prática social do estudante e relaciona permanentemente os conhecimentos da ciência, implicando na melhoria da qualidade da formação geral e das demais disciplinas do Ensino Médio.

Page 7: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

7

Fundamentos de Econom

ia

Em resumo, há claramente uma nova perspectiva para a formação técnica com base em sua crescente valorização social, na demanda da economia, no apri-moramento de sua regulação e como opção para enfrentar a crise de qualidade e quantidade do Ensino Médio.

3. O Que É Educação Profissionalizante?O ensino profissional prepara os alunos para carreiras que estão baseadas

em atividades mais práticas. O ensino é menos acadêmico, contudo diretamente relacionado com a inovação tecnológica e os novos modos de organização da pro-dução, por isso a escolarização é imprescindível nesse processo.

4. Elaboração dos Livros Didáticos Técnicos

Devido ao fato do ensino técnico e profissionalizante ter sido renegado a segundo plano por muitos anos, a bibliografia para diversas áreas é praticamente inexistente. Muitos docentes se veem obrigados a utilizar e adaptar livros que foram escritos para a graduação. Estes compêndios, às vezes traduções de livros estrangeiros, são usados para vários cursos superiores. Por serem inacessíveis à maioria dos alunos por conta de seu custo, é comum que professores preparem apostilas a partir de alguns de seus capítulos.

Tal problema é agravado quando falamos do Ensino Técnico integrado ao Médio, cujos alunos correspondem à faixa etária entre 14 e 19 anos, em média. Para esta faixa etária é preciso de linguagem e abordagem diferenciadas, para que aprender deixe de ser um simples ato de memorização e ensinar signifique mais do que repassar conteúdos prontos.

Outro público importante corresponde àqueles alunos que estão afastados das salas de aula há muitos anos e veem no ensino técnico uma oportunidade de retomar os estudos e ingressar no mercado profissional.

5. O Livro Didático Técnico e o Processo de Avaliação

O termo avaliar tem sido constantemente associado a expressões como: rea-lizar prova, fazer exame, atribuir notas, repetir ou passar de ano. Nela a educação é concebida como mera transmissão e memorização de informações prontas e o aluno é visto como um ser passivo e receptivo.

Avaliação educacional é necessária para fins de documentação, geralmente para embasar objetivamente a decisão do professor ou da escola, para fins de pro-gressão do aluno.

O termo avaliação deriva da palavra valer, que vem do latim vãlêre, e refe-re-se a ter valor, ser válido. Consequentemente, um processo de avaliação tem por objetivo averiguar o "valor" de determinado indivíduo.

Mas precisamos ir além.

Page 8: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

8

Fund

amen

tos

de E

cono

mia

A avaliação deve ser aplicada como instrumento de compreensão do nível de apren-dizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados (conhecimento), em relação ao desenvolvimento de criatividade, iniciativa, dedicação e princípios éticos (atitude) e ao processo de ação prática com eficiência e eficácia (habilidades). Este livro didático ajuda, sobretudo para o processo do conhecimento e também como guia para o desenvolvimento de atitudes. As habilidades, em geral, estão associadas a práticas laboratoriais, atividades complementares e estágios.

A avaliação é um ato que necessita ser contínuo, pois o processo de construção de conhecimentos pode oferecer muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e dificuldades dos educandos e, assim, rever a sua prática e redirecionar as suas ações, se necessário. Em cada etapa registros são feitos. São os registros feitos ao longo do processo educativo, tendo em vista a compreensão e a descrição dos desempenhos das aprendizagens dos estudantes, com possíveis demandas de intervenções, que caracterizam o processo ava-liativo, formalizando, para efeito legal, os progressos obtidos.

Neste processo de aprendizagem deve-se manter a interação entre professor e aluno, promovendo o conhecimento participativo, coletivo e construtivo. A avaliação deve ser um processo natural que acontece para que o professor tenha uma noção dos conteúdos assimilados pelos alunos, bem como saber se as metodologias de ensino adotadas por ele estão surtindo efeito na aprendizagem dos alunos.

Avaliação deve ser um processo que ocorre dia após dia, visando à correção de erros e encaminhando o aluno para aquisição dos objetivos previstos. A esta correção de rumos, nós chamamos de avaliação formativa, pois serve para retomar o processo de ensino/aprendiza-gem, mas com novos enfoques, métodos e materiais. Ao usar diversos tipos de avaliações combinadas para fim de retroalimentar o ensinar/aprender, de forma dinâmica, concluímos que se trata de um “processo de avaliação”.

O resultado da avaliação deve permitir que o professor e o aluno dialoguem, buscando encontrar e corrigir possíveis erros, redirecionando o aluno e mantendo a motivação para o progresso do educando, sugerindo a ele novas formas de estudo para melhor compreensão dos assuntos abordados.

Se ao fizer avaliações contínuas, percebermos que um aluno tem dificuldade em assi-milar conhecimentos, atitudes e habilidades, então devemos mudar o rumo das coisas. Quem sabe fazer um reforço da aula, com uma nova abordagem ou com outro colega professor, em um horário alternativo, podendo ser em grupo ou só, assim por diante. Pode ser ainda que a aprendizagem daquele tema seja facilitada ao aluno fazendo práticas discur-sivas, escrever textos, uso de ensaios no laboratório, chegando a conclusão que este aluno necessita de um processo de ensino/aprendizagem que envolva ouvir, escrever, falar e até mesmo praticar o tema.

Se isso acontecer, a avaliação efetivamente é formativa. Neste caso, a avaliação está integrada ao processo de ensino/aprendizagem, e esta, por

sua vez, deve envolver o aluno, ter um significado com o seu contexto, para que realmente aconteça. Como a aprendizagem se faz em processo, ela precisa ser acompanhada de retor-nos avaliativos visando a fornecer os dados para eventuais correções.

Para o uso adequado deste livro recomendamos utilizar diversos tipos de avaliações, cada qual com pesos e frequências de acordo com perfil de docência de cada professor. Podem ser usadas as tradicionais provas e testes, mas, procurar fugir de sua soberania, mes-clando com outras criativas formas.

Page 9: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

9

Fundamentos de Econom

ia

5.1 Avaliação e ProgressãoPara efeito de progressão do aluno, o docente deve sempre considerar os avanços

alcançados ao longo do processo e perguntar-se: Este aluno progrediu em relação ao seu patamar anterior? Este aluno progrediu em relação às primeiras avaliações? Respondidas estas questões, volta a perguntar-se: Este aluno apresentou progresso suficiente para acom-panhar a próxima etapa? Com isso o professor e a escola podem embasar o deferimento da progressão do estudante.

Com isso, superamos a antiga avaliação conformadora em que eram exigidos padrões iguais para todos os “formandos”.

Nossa proposta significa, conceitualmente, que ao estudante é dado o direito, pela avaliação, de verificar se deu um passo a mais em relação as suas competências. Os diversos estudantes terão desenvolvimentos diferenciados, medidos por um processo avaliativo que incorpora esta possibilidade. Aqueles que acrescentaram progresso em seus conhecimen-tos, atitudes e habilidades estarão aptos a progredir.

A base para a progressão, neste caso, é o próprio aluno.Todos têm o direito de dar um passo a mais. Pois um bom processo de avaliação opor-

tuniza justiça, transparência e qualidade.

5.2 Tipos de AvaliaçãoExistem inúmeras técnicas avaliativas, não existe uma mais adequada, o importante

é que o docente conheça várias técnicas para poder ter um conjunto de ferramentas a seu dispor e escolher a mais adequada dependendo da turma, faixa etária, perfil entre outros fatores.

Avaliação se torna ainda mais relevante quando os alunos se envolvem na sua própria avaliação.

A avaliação pode incluir:

1. Observação

2. Ensaios

3. Entrevistas

4. Desempenho nas tarefas

5. Exposições e demonstrações

6. Seminários

7. Portfólio: Conjunto organizado de trabalhos produzidos por um aluno ao longo de um período de tempo.

8. Elaboração de jornais e revistas (físicos e digitais)

9. Elaboração de projetos

10. Simulações

11. O pré-teste

12. A avaliação objetiva

13. A avaliação subjetiva

14. Autoavaliação

Page 10: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

10

Fund

amen

tos

de E

cono

mia

15. Autoavaliação de dedicação e desempenho

16. Avaliações interativas

17. Prática de exames

18. Participação em sala de aula

19. Participação em atividades

20. Avaliação em conselho pedagógico – que inclui reunião para avaliação discente pelo grupo de professores.

No livro didático as “atividades”, as “dicas” e outras informações destacadas poderão resul-tar em avaliação de atitude, quando cobrado pelo professor em relação ao “desempenho nas tarefas”. Poderão resultar em avaliações semanais de autoavaliação de desempenho se cobrado oralmente pelo professor para o aluno perante a turma.

Enfim, o livro didático, possibilita ao professor extenuar sua criatividade em prol de um processo avaliativo retroalimentador ao processo ensino/aprendizagem para o desenvolvimento máximo das competências do aluno.

6. Objetivos da ObraAlém de atender às peculiaridades citadas anteriormente, este livro está de acordo com

o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Busca o desenvolvimento das habilidades por meio da construção de atividades práticas, fugindo da abordagem tradicional de descontextualizado acúmulo de informações. Está voltado para um ensino contextualizado, mais dinâmico e com o suporte da interdisciplinaridade. Visa também à ressignificação do espaço escolar, tornando-o vivo, repleto de interações práticas, aberto ao real e às suas múltiplas dimensões.

Ele está organizado em capítulos, graduando as dificuldades, numa linha da lógica de aprendizagem passo a passo. No final dos capítulos, há exercícios e atividades complementares, úteis e necessárias para o aluno descobrir, fixar, e aprofundar os conhecimentos e as práticas desenvolvidos no capítulo.

A obra apresenta diagramação colorida e diversas ilustrações, de forma a ser agradável e instigante ao aluno. Afinal, livro técnico não precisa ser impresso num sisudo preto-e-branco para ser bom. Ser difícil de manusear e pouco atraente é o mesmo que ter um professor dando aula de cara feia permanentemente. Isso é antididático.

O livro servirá também para a vida profissional pós-escolar, pois o técnico sempre neces-sitará consultar detalhes, tabelas e outras informações para aplicar em situação real. Nesse sentido, o livro didático técnico passa a ter função de manual operativo ao egresso.

Neste manual do professor apresentamos:

• Respostas e alguns comentários sobre as atividades propostas;• Considerações sobre a metodologia e o projeto didático;• Sugestões para a gestão da sala de aula;• Uso do livro;• Atividades em grupo; • Laboratório; • Projetos.

Page 11: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

11

Fundamentos de Econom

ia

A seguir, são feitas considerações sobre cada capítulo, com sugestões de atividades suplementares e orientações didáticas. Com uma linguagem clara, o manual contribui para a ampliação e exploração das atividades propostas no livro do aluno. Os comentários sobre as atividades e seus objetivos trazem subsídios à atuação do professor. Além disso, apresentam-se diversos instru-mentos para uma avaliação coerente com as concepções da obra.

7. Referências Bibliográficas GeraisFREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

FRIGOTTO, G. (Org.). Educação e trabalho: dilemas na educação do trabalha-dor. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

BRASIL. LDB 9394/96. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 23 maio 2009.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando conceitos e recriando a prática. Salvador: Malabares Comunicação e Eventos, 2003.

PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

ÁLVAREZ MÉNDEZ, J. M. Avaliar para conhecer: examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed, 2002.

SHEPARD, L. A. The role of assessment in a learning culture. Paper presented at the Annual Meeting of the American Educational Research Association. Available at: <http://www.aera.net/meeting/am2000/wrap/praddr01.htm>.

8. Orientações ao ProfessorO conhecimento das bases da Economia não é apenas uma necessidade

profissional, trata-se, atualmente, de uma condição essencial para o entendi-mento dos fatos mais cotidianos, como o motivo das decisões governamentais e, até mesmo, o porquê do aumento de preço de um determinado gênero alimentício.

Falando especificamente sobre o conhecimento profissional e sua inter-face com a Economia, sabe-se que o lócus institucional de um profissional é a empresa (seja vista como uma organização coletiva ou como local de trabalho de um empreendedor individual), e esta está inserida em um ambiente, que é regido pela Economia.

Conhecer a Economia possibilita, dessa forma, que todos os profissio-nais, independente do seu nível hierárquico, participem de forma não alienada das atividades da empresa, colaborando, assim, de forma mais eficaz e contun-dente para o alcance dos objetivos institucionais.

Page 12: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

12

Fund

amen

tos

de E

cono

mia

8.1 Objetivos do Material DidáticoO livro de Fundamentos de Economia é uma alternativa de material didático para diversos

públicos, sejam alunos regulares ou não, trazendo conteúdos que versam sobre a contextualiza-ção histórica da Economia, a Microeconomia, a Macroeconomia, a Economia Governamental e a Economia Internacional. Coloca-se, portanto, como objetivos desta obra:

• Oferecer ao aluno a compreensão sobre o contexto histórico da Economia, a fim de apresentá-la como fenômeno social.

• Proporcionar ferramentas de análise dos fenômenos sociais sobre um prisma econômico.

• Contextualizar as teorias que baseiam a Ciência Econômica, bem como seus autores e suas contribuições.

• Contribuir com subsídios acadêmicos para as discussões de temas relevantes, como inflação e emprego.

• Apresentar aos alunos os conceitos e a evolução dos organismos que regem a Economia Internacional.

8.2 Princípios PedagógicosO conteúdo do livro Fundamentos de Economia é apresentado de forma contextuali-

zada, permitindo ao leitor que, seja com exemplos didáticos ou com a resolução de exercícios, entenda o conteúdo e concomitantemente sua aplicação no mundo do trabalho.

8.3 Articulação do ConteúdoO conteúdo do livro integra os planos dos cursos de Administração, Empreendedo-

rismo, Turismo e Logística, entre outros. Esse conteúdo encontra-se no núcleo básico dos cursos citados, portanto fundamenta as seguintes disciplinas: Finanças, Logística, Custos, Empreendedorismo, Plano de Negócios, Marketing e Contabilidade.

Ao abordar os temas microeconomia e macroeconomia, o livro serve como apoio ao entendimento de diversos conceitos presentes na gestão de negócios, dessa forma auxilia, como leitura prévia ou concomitante, às disciplinas listadas.

8.4 Atividades ComplementaresHá uma gama extensa de atividades que podem complementar e potencializar o aprovei-

tamento do livro:

• Utilização de artigos de jornal, com ênfase em Economia, para que os alunos tenham uma interpretação baseada nos conceitos apresentados no livro.

• Visitas técnicas a empresas, em especial aos setores vinculados ao planejamento econô-mico-financeiro, para que os alunos possam ver contextualizado no mundo do trabalho os conceitos apresentados na obra.

• Pesquisas de campo para levantamento de preços e posterior construção de índices apresentados no livro.

Page 13: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

13

Fundamentos de Econom

ia

Além das atividades apresentadas, toda atividade que contextualize no cotidiano do mundo do trabalho é recomendada como complemento de aprendizagem.

8.5 Sugestões de LeituraBLANCHARD, O. Macroeconomia. São Paulo: Prentice Hall, 2004.

BOYES, W.; MELVIN, M. Introdução à Economia. São Paulo: Editora Ática, 2006.

BRUE, S. L. História do Pensamento Econômico. São Paulo: Thomson Learning, 2006.

FARIA, L. H. L.; OLIVEIRA, F. R.; ALMEIDA, J. E. F. de; ARAÚJO, C. A. G. Grupos estra-tégicos: um foco de análise alternativo às indústrias em relação aos retornos. In: Congresso USP de Contabilidade e Controladoria, 5., 2005, São Paulo.

HUNT, E. K. História do Pensamento Econômico: uma Perspectiva Crítica. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

KRUGMAN, P.; WELLS, R. Introdução à Economia. Rio de janeiro: Elsevier, 2007.

LOPES, A. B. Finanças Internacionais: Uma Introdução. São Paulo: Atlas, 2003.

MAIA, J. M. Economia Internacional e Comércio Exterior. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

MANKIW, N. G. Introdução à Economia: Edição Compacta. São Paulo: Cengage Learning, 2006.

MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B.; LAMPEL, J. Safári de Estratégia: Um Roteiro pela Selva do Planejamento Estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2000.

MONTGOMERY, C. A.; PORTER, M. E. Estratégia – A Busca da Vantagem Competitiva. São Paulo: Campus, 1998.

PASSOS, C. R. M.; NOGAMI, O. Princípios de Economia. São Paulo: Pioneira, 2006.

PETERAF, M. A. The Cornestones of Competitive Advantage: A Resource-Based View. Management Science, vol. 14, p.179-191, 1993.

PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. São Paulo: Makron Books, 1999.

PORTER, M. E. Estratégia Competitiva – Técnicas para Análise de Indústrias e da Con-corrência. São Paulo: Campus, 1980.

_____. Vantagem Competitiva – Criando e Sustentando um Desempenho Superior. São Paulo: Campus, 1986.

ROSSETI, J. P. Introdução à Economia. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

STIGLITZ, J. E.; WALSH, C. E. Introdução à Microeconomia. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

VASCONCELOS, F. C.; CYRINO, Á. B. Vantagem Competitiva: Os Modelos Teóricos Atuais e a Convergência entre Estratégia e Teoria Organizacional. RAE – Revista de Administração de Empresas, vol. 40, p. 20-37, 2000.

VASCONCELOS, M. A. S.; OLIVEIRA, R. G. Manual de Microeconomia. São Paulo: Atlas, 1999.

Page 14: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

14

Fund

amen

tos

de E

cono

mia

8.6 Sugestão de PlanejamentoO conteúdo do livro pode ser utilizado de maneiras alternativas: como

uma disciplina única ou distribuído em diversas disciplinas. Em ambos os casos será necessária a utilização mínima de 60 horas/aula. Recomenda-se ao professor da disciplina incrementar o conteúdo com textos e atividades com-plementares. Potencializando, dessa forma, sua especialização e criatividade em prol do processo educativo.

A seguir é apresentada uma sugestão de divisão dos capítulos dentro dos bimestres ou semestres.

Semestre 1

Primeiro Bimestre

Capítulo 1 – Introdução à Economia

Capítulo 2 – Microeconomia: Teoria do Funcionamento dos Mercados

Capítulo 3 – Microeconomia: A Teoria do Consumidor

Objetivos• Fornecer aos alunos as bases para o entendimento dos fenômenos

econômicos, bem como contextualizar a Economia historicamente, apresentando-a como fenômeno social.

Segundo Bimestre

Capítulo 4 – Microeconomia: Estruturas de Mercado

Capítulo 5 – Microeconomia: A Vantagem Competitiva e a Formulação Estratégica

Objetivos• Apresentar as noções econômicas que formam a base das discussões

sobre a formulação das estratégias nas empresas.

• Apresentar as escolas de pensamento estratégico.

Nos cinco primeiros capítulos são apresentados a história da Economia e todo conteúdo de Microeconomia.

É fundamental iniciar pela história da Economia, pois dessa forma o aluno contextualizará historicamente o pensamento econômico, o que mais tarde facilitará o entendimento dos demais capítulos.

Os capítulos 2, 3, 4 e 5 montam uma visão abrangente da Microeco-nomia, finalizando com um capítulo sobre formulação estratégica, conteúdo útil para todas as formações da área de negócios.

Page 15: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

15

Fundamentos de Econom

ia

É recomendável que sejam desenvolvidas ao menos duas atividades ava-liativas (um trabalho e uma prova). O trabalho deve ser preferencialmente organizado em grupo e deve ser apresentado para a turma. Na prova, a utiliza-ção de questões discursivas verificará de forma mais incisiva o quanto o aluno aprendeu.

Semestre 2

Terceiro Bimestre

Capítulo 6 – Macroeconomia: Conceitos e Seus Desdobramentos em Políticas

Capítulo 7 – Macroeconomia: A Contabilidade Nacional

Capítulo 8 – Macroeconomia: Demanda e Oferta Agregada

Objetivos• Oferecer aos alunos a conceituação básica da Macroeconomia, cons-

truindo um alicerce de entendimento sobre como a Macroeconomia é desdobrada em políticas governamentais.

• Apresentar a Contabilidade Nacional e seus conceitos.

• Apresentar a teoria em que se baseia os conceitos de Demanda e Oferta Agregada.

Quarto Bimestre

Capítulo 9 – Macroeconomia: A Inflação, o Desemprego e Sua Problemática Relação

Capítulo 10 – Economia Internacional: Conceitos, Aplicações e Evolução

Objetivos• Apresentar e discutir os conceitos de Inflação e suas relações.

• Apresentar os conceitos e a evolução das instituições internacionais que tratam dos assuntos econômicos.

Nos capítulos 6, 7, 8 e 9 são apresentados todos os conteúdos de Macroeconomia e no último capítulo a Economia Internacional.

Devido à densidade dos conteúdos explorados nesses capítulos, é acon-selhável várias avaliações, a fim de assegurar, de fato, a compreensão dos conteúdos pelos alunos.

No capítulo de índices, uma boa sugestão é a montagem de um dos índices inflacionários em sala de aula, seguida por uma pesquisa de campo que contextualize o assunto dentro da realidade local.

Page 16: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

16

Fund

amen

tos

de E

cono

mia

9. Orientações Didáticas e Respostas das Atividades

Capítulo 1

OrientaçõesEsse capítulo serve como uma introdução ao livro, pois traz a evolução

histórica do pensamento econômico.

Uma dica útil é solicitar aos alunos que desenvolvam trabalhos sobre trechos da história da Economia, isto os aproximará da ciência e contextuali-zará cada momento do pensamento econômico.

Respostas – página 221) A Economia é categorizada como Ciência Social pelo motivo de estudar

a organização e o funcionamento das sociedades. Tal como a Psicologia, a Antropologia e a Sociologia, que tratam do funcionamento das sociedades a partir de um determinado prisma, a Economia estuda o comportamento humano no contexto da produção, troca e consumo de bens e serviços.

2) São elementos que permitem a existência do processo produtivo. Classicamente são enumerados na Economia três fatores de pro-dução, são eles: terra, trabalho e capital. A terra é o termo utilizado na Economia para denominar os recursos naturais necessários ao pro-cesso produtivo (recursos minerais, florestas e rios). O trabalho é todo esforço psicológico ou físico que o ser humano despende para a produ-ção de bens e serviços, podemos listar como capital: matéria-prima, edifícios e equipamentos, entre outros.

3) Nessa teoria, as Necessidades Humanas se apresentam de forma hie-rárquica, ou seja, possuem níveis, e somente após uma necessidade de um nível inferior ser atendida, uma necessidade do nível imediatamente superior começa a ser demandada.

4) Os bens materiais podem, dessa forma, ser mensurados por medi-das como peso, espessura e comprimento. Podemos citar como bens materiais os alimentos, os terrenos e os veículos. Os bens imateriais ou serviços são intangíveis, não podendo ser mensurados por medidas físicas. Podemos citar como bens imateriais todos os serviços prestados por profissionais, como Contabilidade, Advocacia e Medicina.

5) Economia fechada é aquela que não possui relações econômicas com outros territórios, todas as atividades econômicas são, portanto, realiza-das e contabilizadas dentro de suas fronteiras. Já uma economia aberta é aquela que possui relações econômicas com a economia de outros territórios.

Page 17: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

17

Fundamentos de Econom

ia

6) a. Bens livres – Existem em quantidade ilimitada e podem ser obtidos com pouco ou nenhum esforço humano, apresentando preço zero.

b. Bens econômicos – São escassos, requerendo, em maior ou menor grau, esforço para sua obtenção. Por isso, têm preço, apresentando valor econômico.

c. Empresas – São as unidades produtivas do Sistema Econômico. Têm a responsabilidade de produzir e comercializar os bens. Por outro lado, são as responsáveis pela maximização das riquezas, por meio de suas decisões de investimento e com juros auferidos.

d. Agentes econômicos – São os entes que com suas atividades aca-bam por afetar o funcionamento do Sistema Econômico.

e. Governo – São as instituições controladas pelo Estado que afetam o Sistema Econômico, desempenhando diversos papéis como regula-ção, produção, comercialização e consumo.

7) a. Verdadeira.

b. Verdadeira.

c. Falsa.

8) A critério do aluno. Fazendo esta pesquisa os alunos se aproximarão da disciplina, verificando a importância de Keynes para esse campo científico.

9) Instruções:

• Divida a sala em grupos de 3 a 5 alunos.

• Separe metade da aula para que os alunos de cada grupo elaborem 5 perguntas sobre o tema da gincana.

• Após cada grupo, em sistema de rodízio, faz perguntas diretamente a um aluno de outro grupo, cada resposta correta dá dois pontos ao grupo que respondeu, cada resposta incorreta dá um ponto ao grupo que perguntou.

• Ao final de todas as perguntas, o resultado é contabilizado e o grupo vencedor definido.

Capítulo 2

OrientaçõesO assunto abordado nesse capítulo é fundamento para o entendimento de

toda a teoria microeconômica, pois explora os conceitos de Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado, além desenvolver o conceito de Elasticidade.

Antes de apresentar as análises gráficas é aconselhável que os conceitos citados estejam muito bem entendidos pelos alunos.

Page 18: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

18

Fund

amen

tos

de E

cono

mia

Respostas – página 411) É a demanda por insumos, a qual é determinada pela demanda de um bem acabado. Para

ilustrar o conceito podemos mencionar a demanda por imóveis e a demanda por cimento, quanto maior for a demanda por imóveis, maior será a demanda por cimento.

2) Coeteris Paribus é uma expressão em latim que pode ser traduzida por “mantidas inaltera-das todas as outras coisas”. Essa expressão tem muita importância para a Economia, visto que na maioria dos seus fenômenos há um grande número de variáveis envolvidas. Então quando estamos analisando um evento econômico podemos explorar apenas uma variá-vel, evocando a expressão.

3) Bem inferior é o tipo de bem em que a quantidade demandada varia inversamente em relação ao nível de renda do consumidor, coeteris paribus. Assim, caso a renda aumente, a quantidade procurada diminui, caso a renda caia, a quantidade procurada aumenta. Bem normal é o tipo de bem em que a quantidade demandada varia diretamente em relação ao nível de renda do consumidor, coeteris paribus. Assim, caso a renda aumente, a quantidade procurada aumenta, caso a renda caia, a quantidade demandada também cai. Bem supe-rior é o tipo de bem em que a quantidade demandada varia diretamente, mas de forma desproporcional, em relação ao nível de renda do consumidor, coeteris paribus. Assim, caso a renda aumente, a quantidade procurada aumenta de forma maior, caso a renda caia, a quantidade demandada também cai de forma maior.

4) Bens substitutos, também denominados sucedâneos, são bens que devido a exercerem funções semelhantes, aos olhos das pessoas, são consumidos alternativamente, um em relação ao outro. Um exemplo é o consumo alternativo entre manteiga e margarina.

5) A relação entre a oferta e a tecnologia é diretamente proporcional. Quanto mais tecnolo-gia estiver envolvida no processo produtivo, maior será a oferta de produtos no mercado, e quanto menos tecnologia, menor será a oferta de produtos no mercado

6) O ponto de equilíbrio do mercado é aquele no qual se encontra o preço em que as quan-tidades demandadas são iguais as quantidades ofertadas.

7) a. Demanda bem x

Preços (R$/quilo) Quantidades (quilos/semana)

R$ 5,00 200

R$ 10,00 150

R$ 20,00 50

b.

Oferta bem x

Preços (R$/quilo) Quantidades (quilos/semana)

R$ 5,00 100

R$ 10,00 150

R$ 20,00 250

Page 19: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

19

Fundamentos de Econom

ia

c. Matematicamente, representamos da seguinte forma:

Qd = Qo

Partindo desta equação devemos encontrar o P (preço) e substituí-lo na equação da Demanda ou da Oferta, encontrando a quantidade do Ponto de Equilíbrio.

Temos as equações:

Qd=250−10PeQo=50+10P

Tomamos como base a condição Qd = Qo:

250−10P=50+10P

Encontramos o P (preço), da condição de Equilíbrio:

20 P = 200

P = 10

Por fim, substituímos o valor do P em qualquer uma das duas equações. Temos então, o Ponto de Equilíbrio:

Qd=250–10x10=150ouQo=50+10x10=150

O equilíbrio do mercado do bem x se localiza no ponto em que quantidade é 150 e o preço 10.

Capítulo 3

OrientaçõesA Teoria do Consumidor, apresentada nesse capítulo, fornece ao estudante uma base

sólida para estudos posteriores que envolvam as áreas de Marketing e Vendas.

O conceito de Utilidade é um dos fundamentos microeconômicos que explicam o com-portamento da Demanda, por isso é aconselhável que seja muito bem explorado junto aos alunos.

Respostas – página 511) As preferências são integrais – o consumidor é capaz de decidir entre duas cestas qual

lhe agrada mais. Em outras palavras os consumidores conseguem ordenar por preferência as duas cestas. As preferências são transitivas – o consumidor é capaz de fazer escolhas consistentes. Se entre duas cestas A e B, a cesta A for considerada melhor que a cesta B, e entre a cesta B e a cesta C, a cesta B for considerada melhor, então podemos afirmar que para esse consumidor a cesta A será melhor que a cesta C. As preferências são monotô-nicas – o consumidor prefere consumir mais do que menos.

2) Utilidade marginal é a satisfação trazida ao indivíduo pelo consumo de uma unidade adicional de um bem.

Page 20: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

20

Fund

amen

tos

de E

cono

mia

3) Professor, no livro do aluno o enunciado apresenta um erro, por favor corrigir. Onde se lê30=2x+3ycorrigir para 50 = 5x + 10y.

Restrição Orçamentária

50 = 5x + 10y

Cesta Quantidade y Quantidade x Renda

1 0 10 50

2 1 8 50

3 2 6 50

4 3 4 50

5 4 2 50

6 5 0 50

Com os dados acima, podemos montar o gráfico. Para desenhar o gráfico, basta traçar um plano cartesiano com dois eixos, um vertical para as quantidades de couve e um horizon-tal para as quantidades de almeirão, e marcar no plano cartesiano os pontos (x,y): (10;0), (8;1), (6;2), (4;3), (2;4), (0,5).

4) A alteração no preço de um ou mais bens da cesta de consumo acarreta mudanças. Caso a alteração de preços seja para cima (aumento de preços), diminuirá a quantidade de cestas possíveis de serem compradas com a mesma restrição orçamentária. O contrário também é verdadeiro. Caso a alteração de preços seja para baixo (diminuição de preços), aumentará a quantidade de cestas possíveis de serem compradas com a mesma restrição orçamentária. No caso da alteração de renda o processo é exatamente inverso. Caso a alteração de renda seja para cima (aumento de renda), diminuirá a quantidade de cestas possíveis de serem compradas com os mesmos preços. Caso a alteração de renda seja para baixo (diminuição de renda), aumentará a quantidade de cestas possíveis de serem com-pradas com os mesmos preços.

5) Pode-se definir escolha ótima como a escolha da cesta em que o indivíduo percebe maior utilidade, sem desrespeitar a restrição orçamentária.

6) A critério do aluno. Esta atividade apoiará a contextualização do tema do capítulo, favore-cendo o entendimento, por parte dos alunos, dos conteúdos apresentados.

7) a. Falsa.

b. Verdadeira.

c. Verdadeira.

Capítulo 4Orientações

O entendimento das Estruturas de Mercado é fundamental para que se possa entender as estratégias corporativas. Partindo da Concorrência Perfeita e indo até o Monopólio, os alunos percebem como se dá a competição nos mercados.

É muito importante buscar clareza na contextualização de cada uma das Estruturas de Mercado. A utilização de exemplos, no momento expositivo da aula, é importante, mas, além disso, é necessário que os alunos participem, utilizando seus próprios elementos de contextua-lização do conteúdo.

Page 21: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

21

Fundamentos de Econom

ia

Respostas – página 611) As estruturas clássicas de mercado são: concorrência perfeita, concorrência monopolís-

tica, oligopólio e monopólio.

2) Assimetria informacional é a diferença no nível de informações que um ou mais participantes tem em relação a determinados assuntos. Um exemplo de assimetria infor-macional é o processo de comercialização de um carro usado, nesse caso o vendedor tem muita informação sobre o carro e o comprador quase nenhuma. Interferência gover-namental diz respeito a como o governo influência um determinado setor. Existem atividades econômicas que são altamente reguladas, como o mercado de planos de saúde, enquanto outras tem pouca regulação governamental, como o mercado de balas e doces.

3) Na estrutura de mercado, concorrência perfeita, inexistem barreiras de entrada, pois qual-quer novo entrante terá pouca resistência dos atuais representantes do mercado, pouca assimetria informacional, pois todos os participantes conhecem razoavelmente os custos e os preços dos concorrentes. E pouca interferência governamental, visto tratar-se de uma estrutura que se autorregula.

4) Cartel é um acordo entre concorrentes para fixação de preços ou cotas de produ-ção, divisão de clientes e de mercados de atuação a fim de eliminar a concorrência e aumentar os preços dos produtos, obtendo maiores lucros, em prejuízo do bem-estar do consumidor.

5) Poder de mercado pode ser definido como a capacidade de uma empresa controlar os preços de um determinado mercado.

Capítulo 5

OrientaçõesO entendimento da criação da Vantagem Competitiva por meio da formulação estratégica

é um conteúdo importante e prático da Economia.

Contemporaneamente, os autores têm mostrado a ligação entre o entendimento do ambiente competitivo e as ações responsivas estratégicas.

Para um melhor proveito deste capítulo é aconselhável prestar atenção em cada uma das Escolas Estratégicas, examinando suas peculiaridades e observando suas aplicações e limitações.

Respostas – página 721) Escola da Organização Industrial, Visão Baseada em Recursos e Escola Austríaca de

Estratégia.

2) Vantagem caracterizada pela redução de custos médios devido ao porte das operações. Vale esclarecer que pode-se obter essa vantagem em níveis mundiais, nacionais, regionais e, até mesmo, locais. Além disso, essa vantagem não está confinada apenas à fabricação, podendo ser também adquirida, a título de exemplo, nas operações logísticas.

3) A maior contribuição da visão baseada em recursos é explicar as diferenças de lucrativi-dade entre as firmas de uma mesma indústria que não podem ser atribuídas às condições de mercado, mas sim a seus recursos e competências internas.

Page 22: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

22

Fund

amen

tos

de E

cono

mia

4) Essa escola da estratégia recebe crítica devido à premissa de que a hete-rogeneidade, que dispensa ferramentas como a econometria na busca de regularidades empíricas e a ênfase nos fatores não observáveis, tiram foco dos fatores observáveis, possuindo a possibilidade mais direta de mensuração.

5) Pode-se delinear como cada linha estratégica trata a criação da vantagem competitiva da seguinte forma:

• Organização Industrial −Noque tange à criaçãoda vantagemcompetitiva sustentável, essa vantagem existe sob duas formas, custo ou diferenciação, ou seja, é criada por intermédio da capacidade da firma de, por meio de suas atividades, obter um custo mais baixo que seus concorrentes ou de organizar suas atividades de forma a gerar um valor diferenciado para os compradores, posicionando a firma de forma a protegê-la das forças competitivas.

• Visão Baseada em Recursos−Oconjuntodeideiasquenorteiaesta corrente de pensamento afirma que a vantagem competitiva é criada a partir das diferenças de performance advindas de recursos e competências desenvolvidas e controladas pelas organizações.

• Escola Austríaca de Estratégia − A vantagem competitiva écriada por meio das descobertas dos empreendedores que estão em busca de lucros excepcionais, e a sustentabilidade dessa vantagem depende exclusivamente da capacidade de imitação e inovação dos concorrentes.

6) a. Verdadeira.

b. Verdadeira.

c. Verdadeira.

7) A critério do aluno. Fazendo esta pesquisa os alunos se aproximarão da disciplina, verificando a importância de Porter para este campo científico.

Capítulo 6

OrientaçõesEste capítulo traz uma visão introdutória de Macroeconomia, por isso

é um capítulo denso em conceitos. Deve ficar claro ao aluno que apesar das diferenças entre a Microeconomia e a Macroeconomia, ambas são ramos da Economia, sendo complementares entre si.

O estudo dos objetivos macroeconômicos deve ser contextualizado, desse modo os alunos poderão ter um entendimento ampliado, o que favore-cerá um melhor proveito dos capítulos posteriores.

Page 23: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

23

Fundamentos de Econom

ia

Respostas – página 831) A diferença entre a micro e a macroeconomia está no foco. Enquanto a

teoria microeconômica estuda as unidades empresariais dentro de seu setor, a teoria macroeconômica estuda os grandes agregados, estudando o comportamento do sistema econômico por reduzido número de variá-veis como um todo.

2) Emissão exagerada de moeda: quando o governo emite mais moeda do que a riqueza existente, ele cria a inflação, pois a moeda perde seu poder de compra em relação aos produtos. Aumento repentino da demanda: quando uma determinada faixa de consumidores começa a demandar mais produtos do que o mercado dispõe, isto causa infla-ção, pois o mercado busca o equilíbrio por meio do aumento de preços. Aumento do custo dos fatores de produção: quando, por diversas causas, os fatores de produção aumentam de preço, levam também ao aumento de preços dos produtos, criando inflação.

3) São tributos que oneram as transações intermediárias e finais. São incorporados ao processo produtivo e, portanto, incidem indiretamente sobre o consumidor. Como exemplo desse tipo de imposto tem-se o ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação).

4) O mercado monetário é composto essencialmente por instituições finan-ceiras, que operam os instrumentos de curto prazo por conta de outras instituições não financeiras, que necessitam dos recursos desse mercado.

5) São depósitos, sob a forma de reservas bancárias, em que cada banco é obrigado legalmente a manter junto ao Banco Central. Essas reservas são calculadas como um percentual sobre os depósitos à vista nos bancos. Quanto maiores os depósitos compulsórios, maior o nível de reservas obrigatórias dos bancos junto ao Banco Central do país, diminuindo, por consequência, a moeda circulante.

Capítulo 7

OrientaçõesO assunto Contabilidade Nacional, a princípio, demonstra ari-

dez, mas trata-se de um assunto bastante instigante quando visto de forma contextualizada.

Quando se ensina conceitos da Contabilidade Nacional estamos falando sobre o Produto Nacional, a Renda Nacional e a Despesa Nacional. Estes conceitos são muito importantes para se compreender a economia de um determinado país.

Uma dica importante, para tornar este capítulo interessante para os alunos, é trazer, para a aula, notícias atuais que envolvam os conceitos da Contabilidade Nacional.

Page 24: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

24

Fund

amen

tos

de E

cono

mia

Respostas – Página 911) Para encontrar o valor do PNB deve-se, primeiramente, encontrar o valor agregado dos

produtos dos setores primário, secundário e terciário:

Setores Valores Totais Valores Agregados

Primário 4 000 000 000 4 000 000 000

Secundário 15 000 000 000 11 000 000 000

Terciário 8 000 000 000

Após basta utilizar a fórmula do PNB:

PNB=Psp+Pss+Pst

Em que:

PNB é o Produto Nacional Bruto.

Psp é o valor agregado do produto do setor primário (extrativismo e agropecuária).

Pss é o valor agregado do produto do setor secundário (indústria).

Pst é o valor agregado do produto do setor terciário (comércio e serviços).

PNB=4000000000+11000000000+8000000000

PNB = 23 000 000 000

2) Para encontrar o valor do PNL deve-se utilizar a seguinte fórmula:

PNL = PNB – d

Em que:

PNL é o valor do Produto Nacional Líquido.

PNB é o valor do Produto Nacional Bruto.

d é a depreciação.

PNL = 23 000 000 000 – 1 000 000 000 = 22 000 000 000

3) Para encontrar o valor do PIB deve-se utilizar a seguinte fórmula:

PNB = PIB – RLFE

Em que:

PNB é o Produto Nacional Bruto.

PIB é o Produto Interno Bruto.

RLFE é a Renda Líquida dos Fatores Externos.

Portanto:PIB=PNB+RLFE

PIB=23000000000+2000000000=25000000000

4) O estudo da Contabilidade Nacional, dentro da Macroeconomia, foi desenvolvido com maior rigor a partir da grande depressão econômica desencadeada nos Estados Unidos por volta de 1930.

5) Produto Nacional é o valor monetário que pode ser medido em intervalos de tempo como ano ou mês, que representa os bens e serviços produzidos em um país.

Page 25: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

25

Fundamentos de Econom

ia

6) Conceituamos Renda Nacional (RN), em Macroeconomia, como sendo a soma de todas as rendas recebidas pelos proprietários dos fatores de produção utilizados durante um determinado período dentro de um país. Em outras palavras, o custo dos fatores, salários e ordenados, juros, aluguéis, lucros mais as transferências do governo, em forma de sub-sídios e pensões, para o setor privado.

7) Consumo (C) diz respeito a todos os bens e serviços comprados pelas famílias e divide-se em três subcategorias: os bens não duráveis, aqueles que duram apenas um curto período de tempo, como alimentos e roupas, e os bens duráveis, aqueles que duram mais tempo, como automóveis e máquinas de lavar. Serviços indicam a compra de serviços pessoais como salões de estética e dentistas.

8) Esta igualdade tem grande importância, pois por meio de manipulação de suas fórmulas diversas políticas macroeconômicas podem ser sugeridas e implementadas.

9) a. Verdadeira.

b. Falsa.

c. Verdadeira.

Capítulo 8

OrientaçõesO assunto tratado neste capítulo envolve a Demanda e a Oferta Agregada e como estes

dois conceitos constituem o equilíbrio de mercado.

Diferente da Contabilidade Nacional que traz dados, fazendo então uma análise retros-pectiva, os conceitos tratados nesse capítulo tratam de uma análise prognóstica, verificando como o mercado poderá se comportar.

É importante, para um maior aprofundamento nos assuntos tratados no capítulo, a análise gráfica exaustiva, a fim que os alunos fiquem bastante familiarizados com sua utilização.

Respostas – página 981) Esta variável é afetada por diversos fatores, como nível de renda disponível, expectativas

de abastecimento (escassez de produtos), custo do crédito ao consumidor e distribuição de renda entre a sociedade.

2) A taxa de câmbio afeta a demanda líquida do exterior, na medida em que quanto mais sobrevalorizada a moeda do país maior será o interesse do setor exportador em realizar negócios, da mesma forma no sentido inverso, quanto mais subvalorizada a moeda de um país, maior será o interesse do setor importador em realizar negócios. Portanto, quando as cotações da moeda de um país tendem a aumentar, a demanda líquida do exterior dimi-nui, já quando as cotações da moeda de um país diminuem a demanda líquida do exterior aumenta.

3) A denominada oferta agregada (OA) representa o valor total da produção de bens e ser-viços colocados à disposição da população de um país, em um determinado período de tempo.

Page 26: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

26

Fund

amen

tos

de E

cono

mia

4) É quase impossível atingir o valor da oferta agregada potencial, por-que todos os fatores da economia do país teriam que estar plenamente empregados, o que é virtualmente impossível.

5) O conceito de Oferta Agregada Efetiva diz respeito à produção que de fato está sendo colocada a disposição em um país, em um determinado intervalo de tempo.

Capítulo 9

OrientaçõesO assunto tratado neste capítulo chama, naturalmente, a atenção dos

alunos, por sua atualidade e impacto na vida das pessoas. É importante fugir de discussões que tenham como base o senso comum.

Uma boa dica é dividir a sala em grupos e solicitar que apresentem sepa-radamente as teorias econômicas que baseiam o entendimento do fenômeno inflacionário.

Da mesma forma, a explicação dos diversos tipos de desemprego podem ser discutidos, utilizando a teoria como pano de fundo, em forma de debate entre os grupos.

Os índices merecem um tratamento diferenciado, pois podem ser uti-lizadas até mesmo pesquisas de campo para que os alunos tentem replicá-los localmente, de forma experimental.

Respostas – página 1081) A base monetária é o nome que se dá a quantidade de dinheiro circulante

no sistema econômico, e as transações anuais do sistema é o nome que se dá a quantidade de operações de compra e venda de bens e serviços ocorridos em um determinado país.

2) A Teoria Keynesiana tem uma visão bastante objetiva sobre o fenômeno de inflação. Essa teoria afirma que a inflação deriva das tentativas, por parte dos agentes econômicos, de consumir mais bens e serviços do que o sistema econômico pode produzir. Dessa forma, se os gastos dos agentes são maiores do que a diferença entre a produção e o consumo, diz-se que há uma lacuna inflacionária. O mercado preenche essa lacuna aumentando os preços até um patamar em que a diferença entre a renda e o consumo, em valor monetário, seja suficiente para acomodar estes gastos.

3) A causa real da inflação para os estruturalistas se devia às pressões inflacionárias básicas. Estas se derivavam basicamente da incapacidade de determinados setores produtivos em atender as modificações na demanda devido ao funcionamento inadequado do sistema de preços e à restrita mobilidade dos fatores de produção.

Page 27: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

27

Fundamentos de Econom

ia

4) No Brasil, dois são os índices mais utilizados: a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo IBGE, e a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pelo DIEESE.

5) Para a Economia a relação entre inflação e desemprego é inversamente proporcional. Quando aumenta a inflação diminui o desemprego, e vice-versa.

6) A critério do aluno. Esta atividade apoiará a contextualização do tema do capítulo, favore-cendo o entendimento, por parte dos alunos, dos conteúdos apresentados.

7) a. Pesquisa Mensal de Empregos – Realizada pelo IBGE, produz indicadores mensais sobre a força de trabalho que permitem avaliar as flutuações e a tendência do mercado de trabalho.

b. Desemprego Oculto pelo Desalento – Categoria formada por pessoas que não possuem trabalho e nem procuraram nos últimos 30 dias anteriores ao da entrevista, desestimuladas pelo mercado de trabalho ou por circunstâncias fortuitas, mas que apresentaram procura efetiva de trabalho nos últimos 12 meses.

c. Índice de Preços ao Consumidor – Mede a inflação para famílias com rendimentos entre um e trinta e três salários mínimos, em regiões metropolitanas do Brasil.

d. Desemprego Conjuntural – É também denominado pelo termo Desemprego Cíclico.

e. Teoria dos Custos – Afirma que os preços das mercadorias são determinados pela totalidade de seus custos e que, concomitantemente, a provisão de dinheiro é respon-sável pela demanda.

Capítulo 10

OrientaçõesEste capítulo fecha o livro trabalhando a evolução e alguns conceitos da Economia

Internacional.

Uma boa dica é trazer notícias de jornais e revistas que falem do comércio internacional, das entidades envolvidas e também das taxas de câmbio, bem como sua influência na economia dos países.

Respostas – página 1191) É uma medida econômica de garantia da moeda de um determinado país. Os que a adota-

vam garantiam que a moeda de seu país estava lastreada em ouro. Sendo, então, possível, a qualquer momento, sua conversibilidade.

2) A taxa de câmbio de flutuação suja possui alguma interferência governamental, pois este regime coloca alguns limites, máximo e mínimo, em que a taxa pode flutuar.

3) Nele ficam registradas não só as importações e exportações de mercadorias, mas também a parte financeira da economia, na qual ficam incluídos os serviços (pagamento de juros, remessa de lucros, turismo) e o mercado de capitais (investimentos estrangeiros diretos, empréstimos, capital especulativo).

Page 28: Manual do Professor Fundamentos de Economia · Fundamentos de Economia Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos

28

Fund

amen

tos

de E

cono

mia

4) Porque quando este grupo de contas apresenta saldo negativo, ou seja, resultado deficitá-rio, isso informa que o país consumiu mais produtos e serviços de outros países do que vendeu. No caso oposto, se as transações correntes apresentam saldo positivo, informa que foram vendidos mais bens e serviços do país a outros países.

5) Ficam registrados todos os lançamentos utilizados para corrigir algum erro cometido nos outros grupos de contas. Este conceito é oriundo das Ciências Contábeis, que por vezes utilizam contas retificadoras em seus processos.

6) Este organismo possui diversas atribuições, como administrar a implantação e a operação de acordos comerciais multilaterais que moldam o novo sistema de comércio interna-cional; servir de foro para as negociações multilaterais; administrar todo um sistema de regras e procedimentos relativos à solução de controvérsias comerciais entre seus países membros.

7) A Organização Internacional do Trabalho (OIT) é um organismo internacional diferen-ciado daqueles vistos anteriormente neste capítulo, pois é ligada a ONU (Organização das Nações Unidas), possuindo objetivos não somente econômicos, mas também políti-cos e humanitários.

8) A Organização Internacional do Trabalho (OIT) possui como princípio norteador que a paz universal e permanente só pode basear-se na justiça social.

9) A critério do aluno. Esta atividade apoiará a contextualização do tema do capítulo, favore-cendo o entendimento, por parte dos alunos, dos conteúdos apresentados.