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COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA MANUAL DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA SUPERINTENDÊNCIA DE ENGENHARIA DE DISTRIBUIÇÃO - SED ENGENHARIA DE OBRAS E MANUTENÇÃO - SEDGEO RUA EMILIANO PERNETA, 756 CEP 80.420-080 CURITIBA - PARANÁ OUTUBRO 1998

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Manual prático de iluminação pública

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  • COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA

    MANUAL DE ILUMINAO PBLICA

    SUPERINTENDNCIA DE ENGENHARIA DE DISTRIBUIO - SED ENGENHARIA DE OBRAS E MANUTENO - SEDGEO

    RUA EMILIANO PERNETA, 756 CEP 80.420-080 CURITIBA - PARAN

    OUTUBRO 1998

  • APRESENTAO

    De acordo com a Constituio federal em vigor, (cap. IV, art. 30, inciso V), de competncia dos Municpios organizar e prestar, diretamente ou sob o regime de concesso ou permisso os servios pblicos de interesse local, o que inclui tambm os servios de Iluminao Pblica - IP.

    Assim, iniciativas referentes implantao, ampliao e melhoria desses sistemas so de responsabilidade das prprias municipalidades, s quais compete cobrir os respectivos custos, definir as reas a serem beneficiadas e fixar mediante leis aprovadas por suas cmaras de vereadores , as taxas de Iluminao Pblica a serem pagas pelos contribuintes.

    Por sua vez, cabe s concessionrias fornecer a energia necessria ao abastecimento de tais sistemas, debitando o consumo s prefeituras, com base nas tarifas de Iluminao Pblica fixadas pela Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL , rgo que regulamenta e fiscaliza a prestao de servios de eletricidade no Pas.

    No entanto, nem todos os municpios esto devidamente aparelhados com os recursos tcnicos e humanos necessrios para o adequado planejamento e administrao de seus sistemas de Iluminao Pblica.

    Com o propsito de colaborar com as municipalidades paranaenses, a COPEL tem orientado as Prefeituras quanto ao uso correto dos equipamentos de Iluminao Pblica, recomendando tipos de materiais devidamente estudados, a fim de que possa ser adotada, em cada caso, a melhor opo tcnica e econmica para os municpios e a populao.

    Outrossim, tendo em vista aspectos relacionados com a operao e a segurana do sistema eltrico, a Empresa tem fornecido apoio tcnico e de execuo das obras de implantao de Iluminao Pblica, mediante o reembolso, pelas Prefeituras, dos custos correspondentes.

    Todos os servios de manuteno de Iluminao Pblica, que no forem executados pelas prprias Prefeituras, devem ser contratados atravs de licitao, da qual a COPEL tambm poder participar.

    Como forma de oferecer uma nova alternativa s PMs, principalmente s que tem dificuldades operacionais de assumir ou licitar o servio de manuteno e atendendo a resoluo no 9.577/96 de 01.08.96 do Tribunal de Contas do Estado do Paran, a COPEL passou a aceitar, em transferncia, o patrimnio de Iluminao Pblica dos municpios, cujas transferncias dependem de Leis Municipais aprovadas pelas respectivas cmara de vereadores.

    Concretizando-se essa transferncia, a COPEL passa a responsabilizar-se pela manuteno do patrimnio de Iluminao Pblica transferido, sem nus para o municpio.

    O recebimento desses acervos pela COPEL, incorre numa maior participao nos servios de manuteno e administrao de materiais, cuja compensao d-se pela aplicao da tarifa do subgrupo B.4.b sobre o consumo mensal em kWh do Sistema de Iluminao Pblica.

    Atualmente, essa diferena tarifria corresponde a 9,77% em relao tarifa do subgrupo B.4.a, aplicada quando o patrimnio de Iluminao Pblica pertence ao municpio.

  • A COPEL somente aceitar em transferncia, a iluminao normal de ruas e o acervo de iluminao especial, com projeto anterior a 01.01.97 (cuja iluminncia excede ao padro definido para via pblica, NTC 841050 - Projeto de Iluminao Pblica).

    A PM continuar com a responsabilidade da manuteno na parte do acervo no aceita em transferncia - praas (tarifa subgrupo B.4.a) e superpostes (tarifa subgrupo B.4.c - iluminncia acima do padro, NTC 841050 - Projeto de Iluminao Pblica, para projetos posteriores a 01.01.97).

    As obras de ampliao do sistema de Iluminao Pblica, continuam sob responsabilidade e nus do Municpio, nos mesmos moldes da legislao que trata das obras de ampliao dos sistema eltrico das Concessionrias.

    Assim, caber a Prefeitura Municipal a iniciativa de solicitar, junto COPEL e outras empresas instaladoras especializadas, oramento para tais ampliaes, podendo optar pela contratao da que lhe for mais conveniente, para execuo da obra.

    O objetivo do presente Manual, dar uma contribuio adicional quela que j vimos prestando aos municpios nesta rea, que oferecer aos senhores prefeitos, subsdios que lhes permitam optar por solues mais adequadas no tocante gerncia dos sistemas de Iluminao Pblica do seu municpio.

    As Prefeituras, evidentemente, no esto obrigadas a seguir estritamente as recomendaes da COPEL. As municipalidades podem, atravs de seu corpo tcnico, optar pelo uso de outros equipamentos, desde que adequados fisicamente s redes de distribuio da COPEL, que servem de suporte aos sistemas de Iluminao Pblica.

  • NDICE

    1 - Conceito de Iluminao Pblica ............................................................................ 01

    2 - Unidade de Iluminao Pblica............................................................................... 01

    2.1. Definio ......................................................................................................... 01

    2.2. Desenvolvimento de uma Unidade de Iluminao Pblica ................................ 01

    2.3. Fontes de Luz ..................................................................................................04

    2.4. Eficincia e Vida Mdia ...................................................................................07

    2.5. Comparativo Tcnico-Econmico ................................................................... 08

    2.6. Sistemas de Controle de Acendimento de Iluminao Pblica ...........................12

    2.7. Conservao de Energia .................................................................................. 14

    3 - Caractersticas Gerais ........................................................................................... 14

    3.1. Classificao dos Locais ................................................................................ .14

    3.2. Nveis e Caractersticas Luminotcnicas ......................................................... 15

    3.3. Conjuntos de Luminrias Recomendadas ........................................................ 17

    4 - Arborizao ............................................................................................................24

    4.1. Determinao da Linha de Poda .......................................................................24

    4.2. Tipos de rvores ............................................................................................. 25

    Principais Espcies Utilizadas em Arborizao Urbana no Estado do Paran ..... (Tabelas anexa)

  • 1

    1 - CONCEITO DE ILUMINAO PBLICA

    A iluminao de vias pblicas tem como principal funo garantir condies mnimas para trfego noturno de pedestres e veculos, relativamente a segurana, conforto e capacidade.

    importante destacar que a iluminao deve, primordialmente, servir os pedestres e, secundariamente, aos veculos, estes portadores de sistemas prprios de iluminao.

    Convm tambm chamar a ateno para o fato de que os pedestres transitam tanto nas caladas como nas pistas de rolamento.

    2 - UNIDADE DE ILUMINAO PBLICA

    2.1.Definio

    Chama-se Unidade de Iluminao o conjunto constitudo, basicamente, de uma lmpada fixada a um poste e dos equipamentos que asseguram o seu funcionamento e melhoram o seu rendimento.

    2.2. Desenvolvimento de uma Unidade de Iluminao Pblica

    Ao instalarmos uma lmpada diretamente no poste (Fig. 1) haver disperso da luz em todos os sentidos, iluminando apenas uma pequena rea prxima ao p do poste (Fig. 2), o que configura um sistema, muito pouco eficiente. Nota-se que apenas pequena parte de uma das caladas iluminada.

    FIG. 1 FIG. 2

    Para melhorar a distribuio de luz, a primeira medida prtica afastar a lmpada do poste, o que se consegue por meio de um brao com inclinao adequada (Fig. 3). Ainda

  • 2

    assim teremos grande disperso do fluxo luminoso da lmpada com iluminao efetiva da pista apenas em rea prxima do poste (Fig. 4).

    FIG. 3 FIG. 4

    Durante muitos anos foi utilizada a luminria tipo prato (Fig. 5), que reduzia principalmente a disperso para o alto e melhorava sensivelmente a distribuio de luz (Fig. 6).

    FIG.5 FIG. 6

    Nos trs casos at aqui descritos, a lmpada ficava exposta a intempries. Com isso, tinha sua vida til reduzida e quebrava-se com freqncia, devido ao choque trmico que lhe era imposto.

  • 3

    Em funo das ocorrncias descritas aqui, foram desenvolvidos vrios tipos de luminrias especialmente para Iluminao Pblica, visando melhorar o rendimento, otimizar a distribuio de luz e proteger a lmpada contra as intempries. Verificou-se, porm, que no bastava instalar as luminrias na ponta de um brao qualquer (Fig. 7), pois o resultado poderia ser pior que o obtido pelo uso do antigo prato (Fig. 8).

    FIG. 7 FIG. 8

    Assim, cada luminria deveria ser instalada no brao com um ngulo () e na altura (h) para os quais fora projetada (Fig. 9), para dessa maneira se obter o mximo rendimento luminoso (Fig.10).

  • 4

    FIG. 9 FIG. 10

    2.3. Fontes de Luz

    As lmpadas eltricas, que so as nossas fontes de luz, so classificadas em duas grandes categorias.

    a) Lmpadas que irradiam luz por incandescncia: So as lmpadas incandescentes, as lmpadas halgenas, etc. (Fig. 11).

    FIG. 11 - LMPADA INCANDESCENTE

    b) Lmpadas que irradiam luz por luminescncia: So as lmpadas fluorescentes, a vapor de mercrio, a vapor de sdio, etc. (Fig.12).

  • 5

  • 6

    FIG. 12 - LMPADA FLUORESCENTE

    A lmpada incandescente foi, at h pouco tempo, a nica opo para iluminao pblica. Dada a sua baixa eficincia, vida relativamente curta e alta sensibilidade a tenses acima da especificada (Fig. 11), novos tipos foram desenvolvidos, utilizando-se a irradiao por luminescncia. Entre estes se encontram as lmpadas fluorescentes, mistas, a vapor de mercrio e a vapor de sdio.

    As lmpadas fluorescentes (Fig.12) foram utilizadas em algumas cidades, entre as quais Braslia, porm com resultados negativos devido s suas dimenses e fragilidade.

    A lmpada mista (Fig.13) foi utilizada durante algum tempo como substituta da lmpada incandescente, pois no exigia a troca da luminria e dispensava equipamentos adicionais para o seu funcionamento, porque ambas tm o mesmo princpio de operao, atravs do filamento incandescente.

    FIG. 13 - LMPADA DE LUZ MISTA As lmpadas mistas apresentam, porm alguns inconvenientes, como alto custo operacional, funcionamento somente na posio vertical e vida curta em relao s lmpadas a vapor de mercrio.

    As lmpadas a vapor de mercrio (Fig. 14) so atualmente as mais utilizadas em Iluminao Pblica, sendo fabricadas numa grande gama de potncias. Assim, torna-se possvel optar por uma lmpada adequada para cada local.

    FIG. 14 - LMPADA A VAPOR DE MERCRIO

    A lmpada a vapor de sdio (Fig.15), utilizada no Brasil em Iluminao Pblica desde o incio da dcada de 70, a lmpada de maior eficincia e vida til. No entanto, seu espectro de cores, que varia do amarelo ao dourado, restringe seu uso na iluminao de grandes artrias de intenso trfego motorizado, uma vez que a reproduo das cores dos objetos iluminados no boa.

    FIG. 15 - LMPADA A VAPOR DE SDIO

  • 7

    2.4. Eficincia e Vida Mdia

    Entende-se por eficincia luminosa a relao entre o fluxo luminoso por ela emitido e a potncia da lmpada.

    A vida mdia normalmente especificada para cada lote de lmpadas mediante o seu funcionamento em perodos contnuos de 10 horas at o ponto em que 50 % do lote em anlise est morto, entendendo-se como morta a lmpada quase no mais acende.

    O principal objetivo no desenvolvimento de novos tipos de lmpadas sempre foi o de obter, com a menor potncia, o mximo fluxo luminoso e a maior vida mdia.

    Na Tabela 1 relacionamos o fluxo luminoso, a eficincia e a vida mdia de algumas lmpadas. No entanto, no s a eficincia influi na escolha de um tipo de lmpada para um certo local. A cor, a vida til e o preo tambm so fatores preponderantes, assim como a escolha da luminria correta, pois de nada adianta termos uma lmpada altamente eficiente, se o conjunto lmpada/luminria no for adequado, como por exemplo, se utilizarmos uma lmpada a vapor de sdio em uma luminria tipo prato.

    Outro cuidado que se deve tomar quanto a lmpada de alta eficincia diz respeito ao excesso de iluminao, que acontece normalmente quando se utilizam vos muitos pequenos e lmpadas muito potentes em vias estreitas.

    TABELA 1

    TIPO

    POTNCIA (W)

    FLUXO LUMINOSO MDIO

    (lm)

    EFICINCIA MDIA (lm/W)

    VIDA MDIA

    (h) Incandescente 200 2700 13,5 1500

    300 4500 15,0 1500 160 3000 18,8 4000 *

    Luz Mista 250 5500 22,0 6000 500 13000 26,0 6000 80 3500 43,8 12000

    Vapor de Mercrio 125 6000 48,0 14000 250 12500 50,0 14000 400 22000 55,0 15000 70 6000 85,7 16000

    Vapor de Sdio 150 13500 90,0 16000 250 27000 108,0 21000 400 49000 122,5 21000

    FONTE: ABNT e Catlogos de Fabricantes

  • 8

    * A vida mdia da lmpada mista de 160 W informada pelo fabricante de 6.000 horas, quando instalada na posio vertical. Na posio horizontal, segundo o fabricante, h uma reduo de aproximadamente 30 %.

    2.5. Comparativo Tcnico - Econmico

    No Brasil h uma tendncia a se utilizar em larga escala lmpada incandescente, devido provavelmente ao baixo custo da implantao. Entretanto, pelas suas caractersticas ela tem apresentado um gradativo aumento ao custo operacional, devido:

    a) mo-de-obra e material de reposio (manuteno);

    b) ao consumo de energia.

    Tambm a lmpada de luz mista tem sido utilizada. Ela porm, apresenta o j citado inconveniente (no caso da lmpada de 160 W, a mais usada deste tipo de lmpada) da impossibilidade de sua utilizao fora da posio vertical, sob o risco de se encurtar sua vida til em torno de 30 %. Alm disso, a lmpada de luz mista tambm tem custo operacional relativamente alto, embora inferior ao da incandescente.

    A observao desses fatos levou-nos a estudar a aplicao de lmpadas de maior eficincia luminosa e maior vida, de sorte a obter-se menor custo total (implantao, manuteno e consumo de energia). As Tabelas 2 a 7 apresentam um comparativo dos custos de investimento inicial, manuteno e operao (consumo), agrupados por conjuntos tecnicamente equivalentes a saber:

    * Conjunto de 2 luxes (Tabela 2): so os que utilizam lmpada incandescente de 200 W, ou luz mista de 160 W, ou vapor de mercrio de 80 W, em luminria aberta pequena com brao curto (Fig. 19).

    * Conjunto de 4 a 5 luxes (Tabela 3): so os que utilizam lmpada incandescente de 300 W, ou luz mista de 250 W, ou a vapor de mercrio de 125 W, ou a vapor de sdio de 70 W, em luminria aberta pequena com brao curto (Fig. 19).

    * Conjunto de 8 a 10 luxes (Tabelas 4 e 5): so os que utilizam lmpada de luz mista de 500 W, ou a vapor de mercrio de 250 W, ou a vapor de sdio de 150 W, em luminria fechada ou aberta com brao mdio (Fig. 20 e 21).

    * Conjunto de 20 ou mais luxes (Tabela 8): so os que utilizam duas lmpadas de vapor de mercrio de 400 W ou uma a vapor de sdio de 400 W, em luminria fechada grande com brao longo (Fig. 22).

    Os custos so referidos em porcentos da lmpada a vapor de mercrio. Os custos de manuteno e operao referem-se a um perodo de 10 anos.

  • 9

    No investimento inicial so considerados o custo do material que composto de preo do fabricante, custo de frete e o custo de mo-de-obra de instalao. Por outro lado, foram desconsiderados os custos administrativos, por serem equivalentes em todas as situaes analisadas.

    Comparando os custos totais das Tabelas 2 a 8, verificamos que as lmpadas mais vantajosas, em cada conjunto anteriormente descrito, so as seguintes:

    * Conjunto de 2 luxes: lmpada a vapor de mercrio de 80 W com grande vantagem em relao s lmpadas incandescentes de 200 W e mista de 160 W.

    * Conjunto de 4 a 5 luxes: lmpada a vapor de sdio de 70 W com pequena vantagem em relao a lmpada a vapor de mercrio de 125 W e ambas com grande vantagem em relao s lmpadas incandescentes de 300 W e mista de 250 W.

    A COPEL mantm a lmpada a vapor de mercrio de 125 W como alternativa para este conjunto. O conjunto de sdio 70 W 9,2 % mais vantajoso que o conjunto mercrio de 125 W, se considerarmos que as lmpadas possuem a mesma vida til. Outra vantagem do conjunto de sdio 70 W que consome cerca de 39,6 % menos energia em relao a de 125 W de mercrio. Considerando estas vantagens a COPEL padronizou o conjunto de sdio de 70 W.

    * Conjunto de 8 a 10 luxes: lmpada a vapor de sdio de 150 W com vantagem em relao a lmpada a vapor de mercrio de 250 W e ambas com grande vantagem em relao a lmpada mista de 500 W, tanto nas luminrias fechadas como nas abertas. A COPEL padronizou o conjunto de sdio de 150 W por ser 22,3 % mais vantajoso que o conjunto mercrio, se considerarmos que as lmpadas possuem a mesma vida til. Outra vantagem do conjunto de sdio que consome cerca de 34,8 % menos energia em relao ao conjunto de 250 W de mercrio.

    * Conjunto de 10 a 17 luxes: so os que utilizam lmpadas a vapor de sdio 250 W, ou vapor de mercrio de 400 W, em luminria aberta ou fechada com brao mdio (Fig. 20 e Fig. 21). Assim, para este conjunto existem duas alternativas que devero permanecer enquanto durar a pequena diferena nos custos de ambas.

    * Conjunto de 20 ou mais luxes: lmpada a vapor de sdio 400 W apresenta grande vantagem em relao s duas lmpadas a vapor de mercrio 400 W. O fluxo luminoso de duas lmpadas a vapor de mercrio de 400 W equivale ao de uma lmpada 400 W a vapor de sdio.

  • 10

    Considerando que as Normas Brasileiras permitem iluminncia mnima de 2 luxes para iluminao de vias e pela concluso da Tabela 2, a lmpada a vapor de mercrio de 80 W a recomendada pela COPEL como Padro Mnimo.

    TABELA 2

    Unidade de Iluminao 1

    CUSTO TOTAL EM 10 ANOS (valores em %)

    Tipos de Lmpadas (Conjunto de 2 luxes)

    IMPLANTAO (Investimento

    Inicial)

    MANUTENO

    OPERAO (Consumo)

    TOTAL

    Incandescente 200 W

    24

    10

    220

    162 Luz Mista

    160 W

    36

    24

    176

    134 Vapor de Mercrio

    80 W

    100

    100

    100

    100

    TABELA 3

    Unidade de Iluminao 2

    CUSTO TOTAL EM 10 ANOS (valores em %)

    Tipos de Lmpadas (Conjunto de 4 a 5

    luxes)

    IMPLANTAO (Investimento

    Inicial)

    MANUTENO

    OPERAO (Consumo)

    TOTAL

    Incandescente 300 W

    43

    29

    216

    184 Luz Mista

    250 W

    51

    37

    180

    155 Vapor de Mercrio

    125 W

    100

    100

    100

    100 Vapor de Sdio

    70 W

    224

    239

    60

    91

    TABELA 4

  • 11

    Unidade de Iluminao 3

    CUSTO TOTAL EM 10 ANOS (valores em %)

    Tipos de Lmpadas (Conjunto de 8 a 10

    luxes) Luminria Fechada

    IMPLANTAO (Investimento

    Inicial)

    MANUTENO

    OPERAO (Consumo)

    TOTAL

    Luz Mista 500 W

    61

    53

    185

    166 Vapor de Mercrio

    250 W

    100

    100

    100

    100 Vapor de Sdio

    150 W

    149

    152

    65

    78

    TABELA 5

    Unidade de Iluminao 3

    CUSTO TOTAL EM 10 ANOS (valores em %)

    Tipos de Lmpadas (Conjunto de 8 a 10

    luxes) Luminria Aberta

    IMPLANTAO (Investimento

    Inicial)

    MANUTENO

    OPERAO (Consumo)

    TOTAL

    Luz Mista 500 W

    61

    53

    185

    166 Vapor de Mercrio

    250 W

    100

    100

    100

    100 Vapor de Sdio

    150 W

    149

    152

    65

    78

    TABELA 6

    Unidade de Iluminao 4

    CUSTO TOTAL EM 10 ANOS (valores em %)

    Tipos de Lmpadas (Conjunto de 12 A 17

    luxes) Luminria Aberta

    IMPLANTAO (Investimento

    Inicial)

    MANUTENO

    OPERAO (Consumo)

    TOTAL

    Vapor de Mercrio 400 W

    100

    100

    100

    100 Vapor de Sdio

    250 W

    117

    84

    67

    73

    TABELA 7

  • 12

    Unidade de Iluminao 5

    CUSTO TOTAL EM 10 ANOS (valores em %)

    Tipos de Lmpadas (Conjunto de 12 A 17

    luxes) Luminria Fechada

    IMPLANTAO (Investimento

    Inicial)

    MANUTENO

    OPERAO (Consumo)

    TOTAL

    Vapor de Mercrio 400 W

    100

    100

    100

    100 Vapor de Sdio

    250 W

    117

    118

    67

    73

    TABELA 8

    Unidade de Iluminao 6

    CUSTO TOTAL EM 10 ANOS (valores em %)

    Tipos de Lmpadas (Conjunto de 20 ou

    mais luxes)

    IMPLANTAO (Investimento

    Inicial)

    MANUTENO

    OPERAO (Consumo)

    TOTAL

    Vapor de Mercrio 2 x 400 W

    100

    100

    100

    100 Vapor de Sdio

    400 W

    87

    89

    53

    57

    2.6. Sistemas de Controle de Acendimento da Iluminao Pblica

    As lmpadas devem ser ligadas quando escurece e desligadas quando clareia o dia. Essa operao era, no princpio da Iluminao Pblica eltrica, efetuada por pessoas que acionavam chaves manuais que ligavam e desligavam um grupo de lmpadas.

    Com o crescimento dos sistemas de Iluminao Pblica, esse procedimento se tornou invivel.

    Desenvolveram-se ento os comandos automticos do tipo horrio, que acionam a iluminao em horrios preestabelecidos, e os foteltricos, que operam de acordo com a claridade.

    Atualmente utiliza-se o comando individual (Fig. 16 B) atravs de um rel de acionamento foteltrico o qual, como podemos observar na Tabela 9 1,26 vezes mais vantajoso, no que se refere a custo, do que o comando em grupo (Fig. 16 A).

  • 13

    TABELA 9

    ITEM DESCRIO COMANDO INDIVIDUAL

    COMANDO EM GRUPO

    01 Investimento inicial 100 239 02 Custo de operao 100 19 03 Custo de manuteno 100 86 04 CUSTO TOTAL 100 126

    OBS:. a) Valores referidos em porcentos do sistema escolhido como padro (comando individual);

    b) O custo principal o investimento inicial, seguido pelo de manuteno; o custo de operao (perdas de energia nos rels) muito baixo em relao aos demais.

    Todavia, no aspecto da segurana que o comando individual bastante superior ao comando em grupo, pois se um comando em grupo apresenta defeito, teremos uma grande rea desprovida de iluminao (Fig.17).

    J com o comando individual, apenas a rea abaixo da lmpada correspondente ficar escura (Fig. 18).

  • 14

    2.7. Conservao de Energia

    Existe hoje em todo o mundo uma preocupao crescente de utilizar equipamentos e aparelhos eltricos que consumam a menor quantidade possvel de energia para realizar uma mesma tarefa. Isso evita desperdcio de energia e pode representar uma grande economia de recursos pelo adiamento da necessidade de novas usinas geradoras de eletricidade e de seus sistemas de transmisso e distribuio associados, bem como a melhor utilizao da capacidade de gerao instalada. A esse esforo em usar mais eficientemente a energia disponvel d-se o nome de Conservao de Energia.

    Essa considerao refora ainda mais a escolha de lmpadas de alta eficincia luminosa (alta relao lmens/Watt) na iluminao de grandes reas, tal como a Iluminao Pblica. Pela atual tecnologia, essas lmpadas so as de vapor de sdio e vapor de mercrio, com tendncia maior ao uso das de vapor de sdio principalmente nas potncias mais elevadas, conforme pode ser constatado nas Tabelas 2 a 7.

    3 - CARACTERSTICAS GERAIS

    O trfego at altas horas da noite implicou a criao de uma iluminao qualitativa e quantitativa adequada segurana de veculos e pedestres nas vias pblicas dos centros urbanos.

    3.1. Classificao dos Locais

    A COPEL, baseada em normas nacionais e internacionais, classificou as vias de acordo com o seu uso e localizao:

    a) Vias Arteriais: So vias exclusivas para trfego motorizado, que se caracterizam por grande volume e pouco acesso de trfego, vrias pistas, cruzamentos em dois planos, escoamento contnuo, elevada velocidade de operao e estacionamento proibido na pista. Geralmente no existe ofuscamento pelo trfego oposto nem construes ao longo da via. O sistema arterial serve mais especificamente a grandes geradores de trfego e viagens de longas distncias, mas, ocasionalmente, pode servir ao trfego local.

    b) Vias Coletoras: So vias exclusivas para trfego motorizado, que se caracterizam por uma mobilidade de trfego inferior e por um acesso de trfego superior ao das vias arteriais.

  • 15

    c) Vias Locais: So vias que permitem acesso s propriedades rurais, com grande acesso e pequeno volume de trfego.

    d) Vias de Ligao: So ligaes de centros urbanos e suburbanos, porm no pertencentes classe das vias rurais. Geralmente, s tem importncia para trfego local.

    e) Vias Principais: So consideradas vias principais as avenidas e ruas asfaltadas ou caladas, onde h predominncia de construes comerciais, assim como trnsito de pedestres e de veculos.

    f) Vias Normais: So consideradas vias normais as avenidas e ruas asfaltadas ou caladas, onde h predominncia de construes residenciais, trnsito de veculos (no to intenso) e trnsito de pedestres.

    g) Vias Secundrias: So consideradas vias secundrias as avenidas e ruas com ou sem calamento ou revestimento asfltico, onde h construes, e o trnsito de veculos e pedestres no intenso.

    h) Vias Irregulares: So passagens criadas pelos moradores, de largura, piso, declive e arruamento variveis, que do acesso a pedestres e, em raros casos, veculos, com traado irregular, na maioria dos casos determinado pelos usurios do local ou pelas prprias construes.

    3.2. Nveis e Caractersticas Luminotcnicas

    Os nveis de iluminncia recomendados para cada tipo de via descrito, bem como o fator de uniformidade e o grau de ofuscamento, esto relacionados na Tabela 10. De forma simplificada, podemos dizer que:

    1. Iluminncia Mdia a quantidade de luz que incide sobre a pista e medido de acordo com a Figura A.

    2. Uniformidade Mdia a razo entre a iluminncia mnima e a iluminncia mdia em plano especificado - Fig. B.

    3. Ofuscamento o desconforto causado no olho humano pela luz emitida pela luminria, ilustrada na Fig. C.

    TABELA 10

    NVEIS LUMINOTCNICOS (1)

  • 16

    TIPOS DE VIAS Iluminncia Mdia

    Mnima ( lux)

    Fator de Uniformidade Mnimo (Umn.)

    Ofuscamento

    Vias Arteriais 20 0,50 7 Vias Coletoras 20 0,30 6

    Vias Locais de 2 a 14 0,20 - Vias de Ligao de 2 a 14 0,20 - Vias Principais 17 0,25 -

    de 2 a 12 0,20 - Vias Normais 16 0,25 -

    de 2 a 10 0,20 - Vias Secundrias de 2 a 4 - leve 0,25 -

    de 2 a 5 - mdio 0,20 - Vias Irregulares 2,0 no fixado - Vias especiais 10 0,2 -

    (1) Ver NTC 841050 - reviso Jan/98

    3 3 3 2 2 2

    3

    3

    3

    3

    4

    4

    4

    3

    3

    3

    3

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    7

    6

    5

    4

    3

    4

    5

    8

    9

    12

    14

    12

    9

    8

    5

    4

    4

    5

    9

    12

    17

    22

    17

    12

    9

    5

    4

    3

    4

    7

    10

    14

    17

    14

    10

    7

    4

    3

    Fig. A

  • 17

    3.3. Padro de Iluminao Pblica Recomendado

    Para obter as caractersticas luminotcnicas relacionadas na Tabela 10, a COPEL pesquisou o mercado nacional e definiu para cada tipo de via os Padres de Iluminao Pblica.

    Padro IP-01/80M: constitudo de uma luminria aberta (LM-1), uma lmpada a vapor de mercrio de 80 W, um reator que incorpora um rel foteltrico e um brao de 1 metro (BR-1), que fixa o conjunto ao poste da rede de distribuio (Fig. 19). Este conjunto o PADRO MNIMO recomendado.

    Padro IP-01/125M: similar ao padro anterior, porm equipado com reator e lmpada a vapor de mercrio de 125 W.

    Padro IP-01/70S: similar ao padro anterior, porm equipado com reator e lmpada a vapor de sdio de 70 W.

    OBS:. Estas luminrias podero ser providas de tela de proteo contra atos de vandalismo (LM-10).

    FIG. 19 Padro IP-03/250M: constitudo de uma luminria fechada (LM-3), uma lmpada a vapor de mercrio de 250 W, um reator que incorpora um rel foteltrico e um brao de 3 metros (BR-2) que fixa o conjunto ao poste da rede de distribuio (Fig.20).

    Padro IP-03/250S: similar ao padro anterior, porm equipado com reator e lmpada a vapor de sdio de 250 W.

  • 18

    Padro IP-03/400M: similar ao padro anterior, porm equipado com reator e lmpada a vapor de mercrio de 400 W.

    FIG. 20

    Padro IP-07/250M: constitudo de uma luminria aberta (LM-7), uma lmpada a vapor de mercrio de 250 W, um reator que incorpora um rel foteltrico e um brao de 3 metros (BR-2) que fixa o conjunto ao poste da rede de distribuio (Fig.21).

    Padro IP-07/150S: similar ao padro anterior, porm equipado com reator e lmpada a vapor de sdio de 150 W.

    Padro IP-07/250S: similar ao padro anterior, porm equipado com reator e lmpada a vapor de sdio de 250 W.

    Padro IP-07/400M: similar ao padro anterior, porm equipado com reator e lmpada a vapor de mercrio 400 W.

  • 19

    FIG. 21

    Padro IP-08/400S: constituda de uma luminria fechada (LM-8), uma lmpada a vapor de sdio de 400 W, um reator que incorpora um rel foteltrico e um brao de 4 metros (BR-3) que fixa o conjunto ao poste da rede de distribuio (Fig.22).

    FIG. 22

    Padro IPR-80M: constituda de dois globos de vidro transparente, duas lmpadas a vapor de mercrio de 80 W, dois reatores que incorporam dois rels foteltrico e um brao em tubo de ao galvanizado com base conjugada, que fixa o conjunto ao poste da rede de distribuio (Fig. 23).

  • 20

    Padro IPR-125M: similar ao padro anterior, porm equipado com dois reatores e duas lmpadas a vapor de mercrio de 125 W.

    Padro IPR-70S: similar ao padro anterior, porm equipado com dois reatores e duas lmpadas a vapor de sdio de 70 W.

    FIG. 23

    A instalao desta montagem recomendada para ruas e avenidas densamente arborizadas com rede de distribuio area e iluminao pblica padro COPEL existentes, apresentando deficincia nos nveis de iluminamento devido as folhagens das rvores.

    Padro IPS-08/400S: constitudo de uma luminria fechada (LM-8), uma lmpada a vapor de sdio de 400 W, um reator que incorpora um rel fotoeltrico, fixado em um poste de ao ornamental de 10 m (Fig. 24).

  • 21

    Padro IPS-06/400S: similar ao padro anterior, porm equipado com uma luminria fechada (LM-6), uma lmpada a vapor de sdio de 400 W, um reator e ignitor incorporados, que incorporam um rel foteltrico, fixado em um poste de ao ornamental de 10 m.

    FIG. 24

    Padro IPSD-03/400M: constitudo de duas luminria fechadas (LM-3), duas lmpadas a vapor de mercrio de 400 W, dois reatores que incorporam dois rels foteltrico, fixado em um poste de ao ornamental de 10 m com dois braos (Fig. 25).

    Padro IPSD-06/400S: similar ao padro anterior, porm equipado com duas luminrias fechadas (LM-6) e duas lmpadas a vapor de sdio de 400 W.

    Padro IPSD-07/400M: similar ao padro anterior, porm equipado com duas luminrias abertas (LM-7) e duas lmpadas a vapor de mercrio de 400 W.

  • 22

    Padro IPSD-08/400S: similar ao padro anterior, porm equipado com duas luminrias fechadas (LM-8) e duas lmpadas a vapor de sdio de 400 W.

    FIG. 25

    4 - ARBORIZAO

  • 23

    A arborizao de vias pblicas interfere em muito na Iluminao Pblica, ambas, no entanto no so necessariamente conflitantes. Uma poda criteriosa pode permitir uma iluminao eficiente e geralmente melhora a aparncia da via pblica. Alm disso, a escolha adequada do tipo de rvore a ser plantada poder incrementar os benefcios da Iluminao Pblica.

    Muitas vezes, dependendo do tipo de arborizao, alguns itens como distncia entre pontos de iluminao, altura de montagem, tipo de brao e luminria, devem ser ajustados situao. Em casos extremos, a montagem central da luminria, fixada em cabo de ao, ser a nica soluo vivel. Para qualquer alterao aos padres sugeridos pela COPEL, devero ser efetuados os clculos luminotcnicos para otimizao dos equipamentos a serem utilizados.

    4.1. Determinao da Linha de Poda

    Para se determinar a linha de poda, mede-se a distncia D do poste at os galhos mais baixos da rvore, assim como a altura h em que est montada a luminria, calculando-se a expresso:

    H = h - 0,26 D

    Teremos no ponto A, a altura da linha de poda.

    4.2. Tipos de rvores

  • 24

    As rvores podem ser classificadas quanto ao porte, quanto a forma da copa, quanto ao seu desenvolvimento e quanto a persistncia das folhas, conforme segue:

    a) Quanto ao porte

    P - pequenas: atingem o mximo de 4 m de altura;

    M - mdias: situam-se entre 4 m e 6 m de altura;

    G - grandes: ultrapassam a altura de 6 metros.

    b) Quanto a forma da copa:

    A - Arredondada;

    C - Colunares;

    P - Perenes;

    Pn - Tipo Pndula;

    U - Umbeliformes.

    c) Quanto ao Desenvolvimento:

    L - Lento;

    M - Mdio;

    R - Rpido.

    d) Quanto a persistncia das folhas:

    C - Caduciflias;

    SC- Semicaduciflias;

    P - Perenes.

    No quadro de espcie em Anexo, so apresentadas as principais variedades utilizadas no Estado do Paran para arborizao urbana. Dessas, as mais recomendadas para locais com redes eltricas so as da classe P quanto ao porte. Entretanto, outras espcies podero ser utilizadas desde que cuidados especiais sejam adotados com relao ao controle de seu crescimento, que poder ser disciplinado mediante podas sistemticas de forma a no interferir na rede eltrica.

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