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Manual Instrutores

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Manual do curso de Instrutores

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Page 1: Manual Instrutores

Introdução

Vivendo os homens em sociedade, estão sujeitos a uma série de

normas de conduta, de modo a que os direitos de uns sejam

compatíveis com os direitos dos outros, sem que haja atropelos à

convivência social, que se quer pacífica e ordenada.

Na circulação rodoviária, a conduta do homem como utente da via

pública é fundamental para a fluidez e segurança do trânsito que se

deseja obter.

A utilização em simultâneo das vias públicas, leva, naturalmente, ao

aparecimento de confrontos entre os seus utentes, que conduzem

ao caos caso não existam normas de conduta, circulação.

A liberdade de trânsito implica pois, a sua regulamentação, de

modo a proibir tudo o que possa impedir ou embaraçar o trânsito e

comprometer a segurança e comodidade dos utentes das vias, bem

como a necessidade de autorização para atos que possam afetar o

trânsito normal, nomeadamente transportes especiais, cortejos,

provas desportivas, manifestações públicas, festividades ou obras

nas vias públicas.

Por outro lado, ao condutor cumpre evitar tudo o que possa

comprometer a sua saúde, a sua acuidade intelectual, a rapidez dos

seus reflexos, ou seja, não deve conduzir em quaisquer condições

físicas ou psíquicas. Deverá, pois procurar manter-se sempre em

condições de resolver automática e rapidamente os inúmeros

problemas que lhe surjam na estrada: presença de peões ou

condutores desatentos, crianças descuidadas, obstáculos

inesperados, etc.

Não procedendo desse modo, o condutor revela-se imprudente,

omite voluntariamente o dever geral de diligência que consiste em

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evitar comprometer a segurança e comodidade dos utentes das

vias.

Módulo de Teoria da Condução

I – O sistema de circulação rodoviário

Os princípios fundamentais que regem a livre circulação rodoviária são os de FLUIDEZ e SEGURANÇA.

Mas como fluidez significa uma circulação ordenada, cómoda e económica, podemos dizer que os princípios básicos são:

- SEGURANÇA - - COMODIDADE - - ECONOMIA -

Ainda que por vezes resulte difícil a conjugação de todos estes princípios, pois é natural que a segurança se oponha à fluidez, a comodidade à segurança, e a segurança à economia, se se conseguir que estes princípios influenciem simultaneamente a circulação obter-se-á uma circulação ordenada.

Quando falamos de trânsito ou de circulação rodoviária estamos em presença de um sistema complexo cujo estudo foi possível pelo contributo da teoria sistémica.

Os principais elementos deste sistema são:

Define-se veículo o elemento móvel destinado ao transporte terrestre de pessoas ou mercadorias, que se desloca sob o controle humano.

Define-se via o elemento fixo do sistema de circulação por onde se deslocam pessoas, animais

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ou veículos.

Por Homem entende-se o elemento que é utente

(utilizador) das vias públicas quer seja peão ou equiparado, passageiro de qualquer veículo ou condutor. Como veremos mais à frente este é o elemento mais importante do Sistema de Circulação Rodoviária.

Para além destes temos a considerar também um elemento importante no sistema de circulação rodoviária. O elemento meio ambiente, enquanto envolvente e condicionante de todos os outros elementos (vias, veículos e homens).

Se olharmos para a circulação rodoviária enquanto um sistema, constituído pelo VEÍCULO, pelo CONDUTOR, pela VIA e pelo AMBIENTE, temos que analisar os acidentes como um sinal do mau funcionamento desse sistema e olhar para o elemento humano com redobrada atenção.

Se o sistema não funciona, então importa identificar os elementos perturbadores. Em regra não existe uma única causa de acidente mas sim, um conjunto de diferentes fatores que determinam a sua ocorrência.

Podemos no entanto afirmar que enquanto alguns desses fatores são estáveis e nalguns casos imutáveis, existe um que, pela sua mobilidade e imprevisibilidade, contribui, não só, para a ocorrência do acidente, mas também para a sua gravidade. Este elemento é: O CONDUTOR

O condutor deve ser capaz de a cada momento, dar resposta a três perguntas simples, mas ao mesmo tempo complicadas:

1. Estão as suas habilidades como condutor em consonância com o veículo que conduz?

2. Considera o seu nível de condução à altura de dar resposta exigida pelas estradas de hoje?

3. Considera-se preparado para fazer face ao eventual risco de um acidente?

As respostas a estas três questões estão centradas no condutor. Será, assim, do seu comportamento que dependerá a sua condução, ou seja, o seu “estar” na via pública.

Vivendo os homens em sociedade, estão sujeitos a uma série de normas de conduta, de modo a que os direitos de uns sejam compatíveis com os direitos dos outros, sem que haja atropelos à convivência social, que se quer pacifica e ordenada.

Na circulação rodoviária, a conduta do homem como utente da via pública é fundamental para a fluidez e segurança do trânsito que se deseja obter.

A utilização em simultâneo das vias públicas, leva, naturalmente, ao aparecimento de confrontos entre os seus utentes, que conduzem ao caos caso não existam normas de conduta, circulação.

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A liberdade de trânsito implica pois, a sua regulamentação, de modo a proibir tudo o que possa impedir ou embaraçar o trânsito e comprometer a segurança e comodidade dos utentes das vias, bem como a necessidade de autorização para atos que possam afetar o trânsito normal, nomeadamente transportes especiais, cortejos, provas desportivas, manifestações públicas, festividades ou obras nas vias públicas.

Por outro lado, ao condutor cumpre evitar tudo o que possa comprometer a sua saúde, a sua acuidade intelectual, a rapidez dos seus reflexos, ou seja, não deve conduzir em quaisquer condições físicas ou psíquicas. Deverá, pois procurar manter-se sempre em condições de resolver automática e rapidamente os inúmeros problemas que lhe surjam na estrada: presença de peões ou condutores desatentos, crianças descuidadas, obstáculos inesperados, etc..

Não procedendo desse modo, o condutor revela-se imprudente, omite voluntariamente o dever geral de diligência que consiste em evitar comprometer a segurança e comodidade dos utentes das vias.

II – Sinalização

Sinalização

Classificação geral dos sinais de trânsito e sua hierarquia

Nos locais da via pública que possam oferecer perigo para o trânsito ou em que este esteja sujeito a

precauções ou restrições especiais, e sempre que se mostre aconselhável dar aos utentes quaisquer

indicações úteis, são utilizados os sinais de trânsito constantes do Regulamento de Sinalização de Trânsito.

Princípios gerais da sinalização do trânsito

Os sinais de trânsito não podem ser acompanhados de motivos decorativos ou de qualquer espécie de

publicidade comercial.

Sobre os sinais ou na sua proximidade não podem ser colocados quadros, painéis, cartazes ou outros

objectos que possam confundir-se com os sinais de trânsito ou prejudicar a sua visibilidade ou

reconhecimento, ou ainda perturbar a atenção do condutor.

Os sinais de trânsito são fixados em regulamento onde, se especificam as formas, as cores, as

inscrições, os símbolos e as dimensões bem como os respectivos significados e os sistemas de

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colocação.

Sinalização das vias públicas

A sinalização das vias públicas compete à entidade gestora da via.

Considera-se entidade gestora da via:

a) O IEP - Instituto de Estradas de Portugal, ou

b) As Câmaras Municipais nas vias sob a sua jurisdição, ou

c) As Entidades Concessionárias nas auto estradas e outras vias objecto de concessão

Ao IMTT- Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres compete verificar a conformidade da

sinalização das vias públicas com as normas aplicáveis e com os princípios do bom ordenamento e

segurança da circulação rodoviária, podendo:

a) Realizar auditorias e inspecções à sinalização, designadamente após a abertura ao trânsito de

qualquer nova estrada;

b) Recomendar às entidades gestoras da via as correcções consideradas necessárias na sinalização

A sinalização do trânsito compreende:

Sinais verticais;

Marcas rodoviárias;

Sinais luminosos;

Sinalização temporária;

Sinais dos agentes reguladores de trânsito;

Sinais dos condutores

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Existe uma hierarquia entre as prescrições do trânsito, ou seja, há determinados sinais que prevalecem

sobre outros.

Desta forma, as prescrições resultantes dos sinais prevalecem sobre as regras de trânsito, sendo a hierarquia da sinalização a seguinte:

1º Lugar na hierarquia

Sinais dos agentes reguladores de trânsito

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2 º Lugar na hierarquia

5.3 - Sinalização temporária que modifique o regime normal de utilização da via

A sinalização temporária destina-se a prevenir os utentes da existência de obras ou obstáculos ocasionais na via pública e a transmitir as obrigações, restrições ou proibições especiais que temporariamente lhe são impostas.

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A sinalização temporária compreende a sinalização de aproximação, a sinalização de posição e a sinalização final.

Sinalização de aproximação

Sempre que existam obras e obstáculos ocasionais na via pública, a zona onde estes se situam deve ser antecedida.

Manual do Código da Estrada

pela colocação de sinalização de aproximação que compreende a :

Pré sinalização

Sinalização avançada

Sinalização intermédia

Pré sinalização

Utiliza-se sempre que haja necessidade de fazer desvio de circulação ou mudança de via de trânsito ou sempre que a natureza e a importância de um obstáculo ocasional ou zona dos trabalhos o exijam.

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3º Lugar na hierarquia

Sinalização luminosa

A regulação do trânsito pode também fazer-se por meio de sinais luminosos.

A sinalização luminosa de trânsito compreende:

Sistema principal de luzes

Destinada a regular o trânsito de veículos é constituída por um sistema de três luzes circulares, não

intermitentes, com as cores vermelha, amarela e verde, a que correspondem os significados seguintes:

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Os sinais luminosos do sistema principal de luzes podem também apresentar as seguintes

Formas ;

As indicações dadas pelos sinais luminosos referem-se apenas ao sentido ou sentidos indicados pelas

setas, a seta vertical dirigida para cima significa, consoante os casos, proibição ou autorização de

seguir em frente.

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5.5 - Sinais Verticais: de perigo;de regulamentação e de indicação; sinalização de mensagem

variável e sinalização turístico-cultural.

O sistema de sinalização vertical a colocar nas vias públicas compreende os sinais de :

Validade, colocação e repetição dos sinais

Os sinais são válidos em toda a largura da faixa de rodagem aberta à circulação para os condutores a que

se dirigem.

Nas faixas de rodagem que comportem mais de uma via de trânsito no mesmo sentido, os sinais podem

aplicar-se apenas a alguma ou algumas dessas vias, desde que:

O sinal esteja colocado por cima da via a que respeita, completado, se necessário, por uma seta;

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O sinal esteja colocado lateralmente à faixa de rodagem e as marcas rodoviárias indiquem

inequivocamente que o sinal respeita apenas à via de trânsito mais próxima, caso em que o sinal

se limita a confirmar a regulamentação já materializada pelas marcas rodoviárias;

Sejam utilizados sinais de afectação de vias;

Seja utilizado o painel adicional de modelo n.o 17.

Os sinais devem ser colocados de forma a garantir boas condições de legibilidade das mensagens neles

contidas e a acautelar a normal circulação e segurança dos utentes das vias.

Os sinais verticais são colocados do lado direito ou por cima da via, no sentido do trânsito a que

respeitam, e orientados pela forma mais conveniente ao seu pronto reconhecimento pelos utentes.

Sempre que exista mais de uma via de trânsito no mesmo sentido e ainda quando as condições da via o

justifiquem, os sinais de perigo e de regulamentação devem ser repetidos no lado esquerdo. À excepção

dos sinais de selecção e de afectação de vias quando as condições da via não o permitirem.

Os sinais de perigo e de regulamentação devem ser repetidos depois de cada intersecção de nível,

quando as condições se mantenham.

Exceptuam-se :

Os sinais inscritos em sinais de zona, cujas prescrições ou indicações são aplicáveis em todas as

vias integradas na zona delimitada;

Os sinais de regulamentação colocados no mesmo suporte que os sinais de identificação de

localidades, os quais são aplicáveis em todas as vias dessa localidade, salvo se outra

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regulamentação for transmitida por outros sinais colocados no interior da localidade.

O sinal B3 – Via com prioridade.

Cores dos sinais

Os sinais de selecção e de afectação de vias, bem como os de pré-sinalização, de direcção, de confirmação e os complementares, com excepção das baias e balizas, devem ter cor de fundo correspondente à rede viária em que estão colocados, entendendo-se para esse efeito, que:

À rede fundamental, constituída por itinerários principais, corresponde a cor verde;

Às auto-estradas, qualquer que seja a rede em que se integrem, corresponde a cor azul;

Às restantes vias públicas corresponde a cor branca.

Os sinais de selecção de vias, quando colocados sobre a via pública, e os sinais de direcção que

indiquem saídas têm cor de fundo correspondente à da via que a saída indica.

Nos sinais de direcção, de selecção de vias e de pré-sinalização, se a saída der acesso a estradas caracterizadas com cor diferente, o número dessa estrada deve ser inscrito em rectângulo de cor de fundo a ela correspondente.

Nestes sinais deve ainda ser inscrito, em rectângulo de cor de fundo correspondente

à estrada identificada, a localidade a que a mesma dá acesso, sempre que:

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O sinal esteja colocado num itinerário principal e indique localidade servida por auto-estrada;

O sinal esteja colocado nas restantes vias e indique localidade servida por itinerário principal ou auto-estrada

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Sinais de cedência de passagem

Estes sinais informam os condutores da existência de um cruzamento, entroncamento, rotunda ou passagem estreita, onde lhes é imposto um determinado comportamento ou uma especial atenção.

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Sinais de proibição

Os sinais de proibição transmitem aos utentes a interdição de determinados comportamentos.

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Sinais de obrigação

Os sinais de obrigação transmitem aos utentes a imposição de determinados comportamentos.

Os sinais de obrigação devem ser colocados na proximidade imediata do local onde a obrigação começa, com excepção dos sinais D1, D2 e D4, que podem ser colocados a uma distância conveniente do local onde a obrigação é imposta.

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Sinais de prescrição específica

Os sinais de prescrição específica transmitem aos utentes a imposição ou proibição de determinados comportamentos e abrangem os sinais de selecção de vias, sinais de afectação de vias e sinais de zona.

A indicação de um destino deve estar sempre associada à indicação do número da estrada que o serve e deve ser inscrito entre parêntesis, quando o acesso a esse destino não for directo.

O sinal de zona deve ser colocado em todos os acessos à área que se pretende ordenar, devendo todas as saídas, com excepção da zona de trânsito proibido, ser sinalizadas com o respectivo sinal de fim de zona, o qual pode ser aposto do lado esquerdo da via.

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Sinais de indicação

Sinais de informação

Os sinais de informação indicam a existência de locais com interesse e dão outras indicações úteis.

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Sinais de pré-sinalização

Os sinais de pré-sinalização indicam os destinos de saída de uma intersecção, completados ou não com indicações sobre o itinerário.

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Sinais de Direcção

Os sinais de direcção indicam os destinos de saída, que podem estar associados à identificação da estrada que os serve.

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Sinais de Confirmação

Os sinais de confirmação têm cor correspondente à rede viária onde se encontram colocados.

Sinais de Identificação de Localidades

Os sinais de identificação de localidades destinam-se a identificar e delimitar o início e o fim das localidades, designadamente para, a partir do local em que estão colocados, começarem a vigorar as regras especialmente previstas para o trânsito dentro e fora das mesmas.

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Sinais Complementares

Os sinais complementares destinam-se a completar indicações dadas por outros sinais

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Painéis adicionais

Os Painéis adicionais destinam-se a completar a indicação dada pelos sinais verticais, a restringir a sua aplicação a certas categorias de utentes da via pública, a limitar a sua validade a determinados períodos de tempo ou a indicar a extensão da via em que vigoram as prescrições e são as seguintes:

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Sinalização de mensagem variável

A sinalização de mensagem variável: destina-se a informar o utente da existência de condições perigosas para o trânsito, bem como transmitir obrigações, proibições ou indicações úteis, variáveis no tempo e adequadas às condições reais de circulação.

A sinalização de mensagem variável: destina-se a informar o utente da existência de condições

perigosas para o trânsito, bem como transmitir obrigações, proibições ou indicações úteis, variáveis no

tempo e adequadas às condições reais de circulação.

Esta sinalização é transmitida através de equipamentos de sinalização onde se podem encontrar sinais de

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trânsito (o significado é o mesmo que quando utilizados isoladamente), símbolos ou texto, com a finalidade de melhorar a fluidez da circulação e garantir a segurança dos condutores, designadamente nas seguintes situações:

a) Perigo decorrente de uma situação que imponha intervenção urgente;

b) Interrupção de acesso ou impedimento de circulação no âmbito de medidas temporárias de condicionamento de trânsito;

c) Informação sobre as condições de circulação, designadamente perturbações excepcionais e imprevistas, com o objectivo de as melhorar;

d) Afectação de vias de trânsito.

Os equipamentos electrónicos devem ser colocados unicamente sobre a via ou instalados sobre veículos

que assegurem a sinalização temporária, e pode ser utilizada em:

Pontes, túneis e viadutos, para afectação de certas vias de trânsito a um sentido ou a

determinados veículos, em função das necessidades de circulação;

Túneis bidireccionais com mais de duas vias de trânsito, devendo passar a integrar o

equipamento habitual de exploração;

Vias de sentido reversível;

Vias de acesso a portagens;

Certas vias ou troços, para permitir a gestão dos fluxos de trânsito ou interrupção de circulação em situações de alerta ou de perigo ou ainda para transmitir aos utentes a interdição ou a obrigação de determinados comportamentos.

Sinalização Turístico-Cultural

A sinalização turístico-cultural destina-se a transmitir aos utentes indicações sobre locais,

imóveis ou conjuntos de imóveis e outros motivos que possuam uma especial relevância de

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âmbito cultural, histórico-patrimonial ou paisagístico.

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III - Indicações geográficas e ecológicas

Inserir sobre fundo castanho

IV – Indicações culturais

Inserir sobre fundo castanho

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V- Indicações desportivas

Inserir sobre fundo laranja

VI – Indicações Industriais

Inserir sobre fundo cinzento

5.6 Marcas Rodoviárias

As marcas rodoviárias destinam-se a regular a circulação e a advertir e orientar os utentes das vias públicas, podendo ser completadas com outros meios de sinalização.

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A materialização das marcas rodoviárias pode ser feita com recurso a pinturas, lancis, fiadas de calçada, elementos metálicos ou de outro material, fixados no pavimento.

As marcas rodoviárias têm sempre cor branca, com excepção das marcas reguladoras de paragem e estacionamento.

Fora das localidades, as marcas rodoviárias devem ser retrorreflectoras.

Marcas longitudinais - As marcas longitudinais são linhas apostas na faixa de rodagem, separando sentidos ou vias de trânsito. Na proximidade de locais que ofereçam particular perigo para a circulação, designadamente lombas, cruzamentos, entroncamentos e locais de visibilidade reduzida, podem ser utilizadas, excepcionalmente, duas linhas contínuas adjacentes, que têm o mesmo significado que a marca M1.

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Marcas transversais - As marcas transversais, são apostas no sentido da largura das faixas de rodagem e podem ser completadas por símbolos ou inscrições.

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Marcas reguladoras de paragem e estacionamento – Estas marcas rodoviárias são utilizadas para regular o estacionamento e a paragem podem ser utilizadas as marcas M12 a M14.

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Marcas orientadoras dos sentidos de trânsito – Utilizam-se para orientar os sentidos de trânsito na proximidade de cruzamentos ou entroncamentos e significam, quando apostas em vias de trânsito delimitadas por linhas contínuas, obrigatoriedade de seguir no sentido ou num dos sentidos por ela apontada, esta seta pode ser antecedida de outra com igual configuração e com função de pré-aviso, as quais podem conter a indicação de via sem saída.

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Marcas diversas e guias

Para fornecer determinadas indicações ou repetir as já dadas por outros meios de sinalização podem ser utilizadas as seguintes marcas:

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Dispositivos retrorreflectores complementares

As marcas rodoviárias podem ser complementadas por dispositivos retrorreflectores tais como:

Marcadores – Os marcadores são aplicados sobre o pavimento para reforçarem as marcas rodoviárias tornando-as mais visíveis à noite e em condições de visibilidade reduzida. Normalmente são de cor branca, excepto quando utilizadas em sinalização temporária, tomando nesse caso cor amarela. Quando delimitam as vias de trânsito que dão acesso à “via verde” são nesse caso de cor verde.

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Delineadores - São equipamentos de segurança, colocados no limite exterior da berma ou no lado esquerdo da faixa de rodagem quando a via é afecta a um só sentido de trânsito ou nos casos em que existe separador central, permitindo à noite ou quando existe pouca visibilidade identificar facilmente os limites.

Os delineadores devem ser de cor branca, excepto quando a via é de sentido único, sendo nesse caso colocado um branco do lado direito da faixa de rodagem e um de cor amarela no lado esquerdo.

5.7 - Sinais dos condutores: Manuais, Sonoros e Luminosos

Sinalização de manobras

Quando o condutor pretender reduzir a velocidade, parar, estacionar, mudar de direcção ou de via de trânsito, iniciar uma ultrapassagem ou inverter o sentido de marcha, deve assinalar com a necessária antecedência a sua intenção utilizando para o efeito a luz de mudança de direcção, do lado correspondente ao da deslocação lateral do veículo e, no caso de redução de velocidade, a da direita.

O sinal deve manter-se enquanto se efectua a manobra e cessar logo que ela esteja concluída.

No caso de avaria da luz de mudança de direcção, os condutores devem assinalar as manobras descritas com recurso aos seguintes sinais:

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Sinais Sonoros

Os sinais sonoros devem ser breves e a sua utilização só é permitida em caso de perigo eminente.

Fora das localidades, quando o condutor pretenda prevenir outro da sua intenção de ultrapassar poderá utilizar o sinal sonoro e, bem assim, nas curvas, cruzamentos, entroncamentos e lombas de visibilidade reduzida.

No caso dos veículos, de polícia ou que transitem em prestação de socorro ou de serviço urgente, poderão utilizar os sinais sonoros, podendo ainda utilizar outros dispositivos de emissão sonora em qualquer lugar e a qualquer hora.

Não é permitida a utilização de dispositivos de emissão dos sinais sonoros, que se possa

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confundir com os dos veículos prioritários.

Este sinal proíbe a utilização de sinais sonoros. Estando colocado este sinal o condutor não pode utilizar os sinais sonoros em caso de perigo eminente, tendo de sinalizar nesse caso com luzes (alternando rapidamente de forma a não causar encadeamento os médios com os máximos). Excepção para os veículos que assinalam marcha de socorro.

Sinais Luminosos

Quando os veículos transitem fora das localidades com as luzes acesas por insuficiência de visibilidade, os sinais sonoros poderão ser substituídos por sinais luminosos, através da utilização alternada dos máximos com os médios, mas sempre sem provocar encandeamento.

Dentro das localidades, durante a noite, é obrigatória a substituição dos sinais sonoros pelos sinais luminosos.

Os veículos da polícia e os veículos afectos à prestação de socorro ou de serviço urgente de interesse público podem utilizar avisadores luminosos especiais cujas características e modos de utilização, mais nenhum outro veículo pode utilizar.

III – Regras de trânsito e manobras

Regras de trânsito e manobras

Condução de veículos e animais

Todo o veículo ou animal que circule na via pública deve ter um condutor, salvo as excepções previstas no código da estrada.

Os condutores devem, durante a condução, abster-se da prática de quaisquer actos que sejam susceptíveis de prejudicar o exercício da condução com segurança.

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Início e posição de marcha

Os condutores não podem iniciar ou retomar a marcha sem assinalarem com a necessária antecedência a sua intenção e sem adoptarem as precauções necessárias para evitar qualquer acidente.

Nas localidades, os condutores devem abrandar a sua marcha e, se necessário, parar, sempre que os veículos de transporte colectivo de passageiros retomem a marcha à saída dos locais de paragem.

Os condutores de veículos de transporte colectivo de passageiros não podem, no entanto, retomar a marcha sem assinalarem a sua intenção imediatamente antes de a retomarem e sem adoptarem as precauções necessárias para evitar qualquer acidente.

Posição de marcha

O trânsito de veículos deve fazer-se pelo lado direito da faixa de rodagem e o mais próximo possível das bermas ou passeios, conservando destes uma distância que permita evitar acidentes.

Quando necessário, pode ser utilizado o lado esquerdo da faixa de rodagem para ultrapassar ou mudar de direcção.

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Os veículos só podem usar as bermas e os passeios, desde que o acesso aos prédios o exija, salvo as excepções previstas em regulamento local.

Pluralidade de vias de trânsito

empre que, no mesmo sentido, sejam possíveis duas ou mais filas de trânsito, este deve fazer-se pela via de trânsito mais à direita, podendo, no entanto, utilizar-se outra se não houver lugar naquela e, bem assim, para ultrapassar ou mudar de direcção.

1.Fora das localidades, este deve fazer-se pela via de trânsito mais à direita, podendo, no

entanto, utilizar-se outra se não houver lugar naquela e, bem assim, para ultrapassar ou

mudar de direcção.

2. Dentro das localidades, os condutores devem utilizar a via de trânsito mais

conveniente ao seu destino, só lhes sendo permitida a mudança para outra, depois de

tomadas as devidas precauções, a fim de mudar de direcção, ultrapassar, parar ou estacionar.

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3. Rotundas com pluralidade de vias de trânsito

Nas rotundas, situadas dentro e fora das localidades, os condutores devem utilizar a via de trânsito mais conveniente ao seu destino, só lhes sendo permitida a mudança para outra, depois de tomadas as devidas precauções, a fim de mudar de direcção, ultrapassar.

Circulação em Rotunda

Rotunda é uma praça formada por cruzamento ou entroncamento, onde o trânsito se processa em sentido giratório e sinalizada como tal.

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Nas rotundas, o trânsito faz-se por forma a dar a esquerda à parte central dos mesmos ou às placas, postos ou dispositivos semelhantes nelas existentes, desde que se encontrem no eixo da via de que procedem os veículos.

Na circulação em rotundas, o condutor deve adoptar o seguinte procedimento:

O condutor que pretende tomar a primeira saída da rotunda deve:

Ocupar, dentro da rotunda, a via da direita, sinalizando antecipadamente quando pretender sair.

Se pretende tomar qualquer das outras saídas, deve:

Ocupar, dentro da rotunda, a via de trânsito mais adequada em função da saída que vai utilizar

Aproximar-se progressivamente da via da direita

Fazer sinal para a direita depois de passar a saída imediatamente anterior à que pretende utilizar

Mudar para a via de trânsito da direita antes da saída, sinalizando antecipadamente quando for sair

Sinalização de manobras:

Todas as manobras que impliquem deslocação lateral do veículo decorrente da mudança de via de

trânsito ou saída da rotunda devem ser previamente sinalizadas.

Proibição de paragem ou estacionamento

Nas rotundas é proibido parar ou estacionar

Sinalização de rotundas

As regras de circulação nestas intersecções –rotundas, impõem o dever de ceder passagem

a quem entra na rotunda.

A aplicação da regra de cedência de passagem nas rotundas, implica a obrigatoriedade de colocação do sinal D4 - rotunda.

A sinalização constante do esquema anexo é aplicável na generalidade das rotundas não

semaforizadas, independentemente da sua configuração e do número de estradas/arruamentos de acesso.

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Trânsito em filas paralelas

Sempre que, existindo mais de uma via de trânsito no mesmo sentido, os veículos, devido à intensidade da circulação, ocupem toda a largura da faixa de rodagem destinada a esse sentido, estando a velocidade de cada um dependente da marcha dos que o precedem, os condutores não podem sair da respectiva fila para outra mais à direita, salvo para mudar de direcção, parar ou estacionar.

Trânsito nos cruzamentos, entroncamentos e rotunda

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Quando na faixa de rodagem exista alguma placas, postes, ilhéus direccionais dos dispositivo semelhante, o trânsito faz-se por forma a dar-lhes a esquerda, salvo se se encontrarem numa via de sentido único ou na parte da faixa de rodagem afecta a um só sentido, casos em que o trânsito se pode fazer pela esquerda ou pela direita, conforme for mais conveniente.

O condutor não deve entrar num cruzamento ou entroncamento, ainda que as regras de cedência de passagem ou a sinalização luminosa lho permitam, se for previsível que, tendo em conta a intensidade do trânsito, fique nele imobilizado, perturbando a circulação transversal.

O condutor imobilizado num cruzamento ou entroncamento em que o trânsito é regulado por sinalização luminosa pode sair dele sem esperar que a circulação seja aberta no seu sentido de trânsito, desde que não perturbe os outros utentes.

Nos cruzamentos ou entroncamentos facilmente congestionáveis, é possível encontrar a marca rodoviária M 17 B, o que significa que o condutor não pode entrar na área demarcada, mesmo que o direito de prioridade ou a

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sinalização luminosa autorize a avançar, se for previsível a imobilização do veículo dentro daquela área.

Distância entre veículos

O condutor de um veículo em marcha deve manter entre o seu veículo e o que o precede a distância suficiente para evitar acidentes em caso de súbita paragem ou diminuição de velocidade deste.

O condutor de um veículo em marcha deve manter distância lateral suficiente para evitar acidentes entre o seu veículo e os veículos que transitam na mesma faixa de rodagem, no mesmo sentido ou em sentido oposto.

Trânsito em certas vias ou troços; auto-estradas e vias equiparadas

Trânsito nas auto-estradas e vias equiparadas

A auto-estrada é uma via pública destinada a trânsito rápido, com separação física de faixas de rodagem, sem cruzamentos de nível nem acesso a propriedades marginais, com acessos

condicionados e sinalizada como tal.

Page 95: Manual Instrutores

Trata-se de uma via com características de construção e regras de circulação específicas que

normalmente, possuem portagem e são concessionadas a uma empresa responsável pela sua manutenção, conservação e sinalização.

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O condutor de um veículo em marcha deve manter entre o seu veículo e o que o precede a distância suficiente para evitar acidentes em caso de súbita paragem ou diminuição

de velocidade deste.

O condutor de um veículo em marcha deve manter distância lateral suficiente para evitar acidentes entre o seu veículo e os veículos que transitam na mesma faixa de rodagem, no mesmo sentido ou em sentido oposto.

Page 96: Manual Instrutores

Trânsito em certas vias ou troços; auto-estradas e vias equiparadas

Trânsito nas auto-estradas e vias equiparadas

A auto-estrada é uma via pública destinada a trânsito rápido, com separação física de faixas de rodagem, sem cruzamentos de nível nem acesso a propriedades marginais, com acessos

condicionados e sinalizada como tal.

Trata-se de uma via com características de construção e regras de circulação específicas que

normalmente, possuem portagem e são concessionadas a uma empresa responsável pela sua manutenção, conservação e sinalização.

1. Características de construção :

Duas ou mais vias de trânsito no mesmo Separação física de faixas de rodagemsentido;

Page 97: Manual Instrutores

Cruzamentos desnivelados Sem acessos a propriedades marginais

Regras especificas de circulação em auto-estrada

Entrada e saída das auto-estradasA entrada e saída das auto-estradas faz-se unicamente pelos acessos a tal fim destinados.

Se existir uma via de aceleração, o condutor que pretender entrar na auto-estrada deve utilizá-la, regulando a sua velocidade por forma a tomar a via de trânsito adjacente sem perigo ou embaraço para os veículos que nela transitem

O condutor que pretender sair de uma autoestrada deve ocupar com a necessária antecedência a via de trânsito mais à direita e, se existir via de abrandamento, entrar nela logo

que possível.

Page 98: Manual Instrutores

ProibiçõesNas auto-estradas e respectivos acessos, quando devidamente sinalizados, é proibido:1. O trânsito de peões, animais, veículos de tracção animal, velocípedes, ciclomotores, motociclos e triciclos de cilindrada não superior a 50 cm3, quadriciclos, veículos agrícolas, comboios turísticos, bem como de veículos ou conjuntos de veículos insusceptíveis de atingir em patamar velocidade superior a 60 km/h ou aos quais tenha sido fixada velocidade máxima igual ou inferior àquele valor2. Circular com velocidade inferior a 50km/h3. Circular sem utilizar as luzes regulamentares, nos termos do Código da Estrada;4. Parar ou estacionar, ainda que fora das faixas de rodagem, salvo nos locais especialmente destinados a esse fim (áreas de descanso)5. Inverter o sentido de marcha;6. Fazer marcha atrás;

7. Transpor os separadores de trânsito ou as aberturas neles existentes

Limites de velocidadePor se tratar de uma via destinada ao trânsito rápido, existe um limite mínimo de velocidade instantânea, e o limite máximo de velocidade instantânea é superior ao permitido nas demais vias públicasVelocidade mínima: Nas auto-estradas os condutores não podem transitar a velocidade instantânea inferior a 50 Km/hora.Velocidade máxima: Nas auto-estradas os condutores não podem exceder as seguintes velocidades instantâneas (em quilómetros/hora):

Page 99: Manual Instrutores

Posição de marchaNas auto-estradas o trânsito de veículos deve fazer-se o mais à direita possível da faixa de rodagem, conservando no entanto uma distância da berma que permita evitar o acidente.Trânsito de veículos pesados de mercadorias ou conjunto de veículosNas auto-estradas, o troços de auto-estradas com três ou mais vias de trânsito afectas ao mesmo sentido, os condutores de veículos pesados de mercadorias ou conjunto de veículos cujo comprimento exceda 7 metros só podem utilizar as duas vias de trânsito mais à direita.

Responsabilidade

Page 100: Manual Instrutores

Distância de segurança

Entende-se por distância de segurança o espaço mínimo que o condutor de um veículo em marcha deve manter entre o seu veículo e o que o segue à sua frente, por forma a evitar acidentes em caso de súbita paragem ou diminuição de velocidade deste.

A distância de segurança, depende entre ou factores da velocidade do veículo.Quanto maior for a velocidade do veículo, maior terá que ser a distância de segurança. Vias reservadas a automóveis e motociclos.Via pública onde vigoram as normas que disciplinam o trânsito em auto-estrada e sinalizada como tal.

O disposto anteriormente para as auto-estradas é aplicável ao trânsito em vias reservadas a automóveis e motociclos, excepto nos limites de velocidade máximos, não existindo velocidade mínima.

Page 101: Manual Instrutores

Trânsito na ponte 25 de abril e viaduto norte

O trânsito na Ponte 25 de Abril e viaduto norte regula-se pelo Código da Estrada e legislação complementar, sendo-lhes aplicáveis as disposições relativas a auto-estradas e vias equiparadas (vias reservadas a automóveis e motociclos).

O trânsito na Ponte 25 de Abril e viaduto norte regula-se pelo Código da Estrada e legislação complementar, sendo-lhes aplicáveis as disposições relativas a auto-estradas e vias equiparadas (vias reservadas a automóveis e motociclos).É proibido na Ponte e viaduto: O trânsito de peões, animais, veículos de tracção animal, velocípedes, ciclomotores, motociclos de cilindrada não superior a 50cm3, veículos agrícolas, comboios turísticos, bem como veículos ou conjunto de veículos insusceptíveis de atingir em patamar a velocidade de 40 Km/h; Circular sem utilizar as luzes regulamentares; Inverter o sentido de marcha; Fazer marcha-atrás; Parar e estacionar; Transpor os separadores de trânsito ou as aberturas neles existentes; O reboque de veículos avariados por outros que não os expressamente destinados a esse efeito; A reparação de veículos, ainda que ligeira; A ministração do ensino da conduçãoO trânsito de automóveis pesados afectos ao transporte de mercadorias perigosas só podem transitar na Ponte 25 de Abril e Viaduto Norte entre as 02.00 e as 05.00 horas de todos os dias úteis, domingos e feriados.

A Ponte 25 de Abril dispõe de 3 vias de trânsito afectas ao mesmo sentido, os condutores de automóveis pesados, motociclos e ligeiros com reboque só podem utilizar as duas vias de trânsito mais à direita.

Page 102: Manual Instrutores

Acidente avaria ou falta de combustível

Os veículos ao circularem na Ponte 25 de Abril e Viaduto Norte, em caso de acidente, avaria ou falta de combustível, devem os ocupantes permanecer dentro do mesmo, ou se tal não for possível, à sua frente e não tentar deslocar o veículo. Nestes casos a entidade responsável encarregada da exploração assegura o reboque do veículo para os parques existentes para o efeito.

Trânsito nas passagens de nível

Entende-se por passagem de nível o local de intersecção ao mesmo nível de uma via pública ou equiparada com linhas ou ramais ferroviários.

Atravessamento

O condutor só pode iniciar o atravessamento de uma passagem de nível, ainda que a sinalização lho permita, depois de se certificar de que a intensidade do trânsito não o obriga a imobilizar o veículo sobre ela.

Page 103: Manual Instrutores

O condutor não deve entrar na passagem de nível: Enquanto os meios de protecção estejam atravessados na via pública ou em movimento; Quando as instruções dos agentes ferroviários ou a sinalização existente o proibir.

Se a passagem de nível não dispuser de protecção ou sinalização, o condutor só pode iniciar o atravessamento depois de se certificar de que se não aproxima qualquer veículo ferroviário.

Imobilização forçada de veículo ou animal

Em caso de imobilização forçada de veículo ou animal ou de queda da respectiva carga numa passagem de nível, o respectivo condutor deve promover a sua imediata remoção ou, não sendo esta possível, tomar as medidas necessárias para que os condutores dos veículos ferroviários que se aproximem possam aperceber-se da presença do obstáculo.

Page 104: Manual Instrutores

Vias reservadas, corredores de circulação e pistas especiais

Vias reservadas As faixas de rodagem das vias públicas podem, mediante sinalização, ser reservadas ao trânsito de veículos de certas espécies ou a veículos destinados a determinados transportes, sendo proibida a sua utilização pelos condutores de quaisquer outros.

Corredores de circulação

Page 105: Manual Instrutores

Podem ser criados nas vias públicas corredores de circulação destinados ao trânsito de veículos de certas categorias ou a veículos afectos a determinados transportes, sendo proibida a sua utilização pelos condutores de quaisquer outros.

É, porém, permitida a utilização destas vias, na extensão estritamente necessária, para acesso a garagens, a propriedades e a locais de estacionamento ou, quando a sinalização o permita, para efectuar a manobra de mudança de direcção no cruzamento ou entroncamento mais próximo.

Pistas especiais

Quando existam pistas especialmente destinadas a animais ou veículos de certas categorias, o trânsito destes deve fazer-se por aquelas pistas.É proibida a utilização das pistas referidas anteriormente a quaisquer outros veículos, salvo para acesso a garagens, a propriedades e a locais de estacionamento ou, quando a sinalização o permita, para efectuar a manobra de mudança de direcção no cruzamento ou entroncamento mais próximo.Nas pistas destinadas aos velocípedes é proibido o trânsito daqueles que tiverem mais de duas rodas não dispostas em linha ou que atrelarem reboque. Os peões só podem utilizar estas pistas quando não existam locais que lhes sejam especialmente destinados.As pessoas que transitam usando patins, trotinetas ou outros meios de circulação análogos devem utilizar as pistas para velocípedes, sempre que existam.

Page 106: Manual Instrutores

Vias obrigatórias

Em relação a estas vias, os veículos representados nos sinais de trânsito são obrigados a lá circularem, embora não lhes sejam especialmente destinadas, o que significa que os outros condutores também as podem utilizar.

6.7 Trânsito de peõesPara efeitos de trânsito, nos termos do Código da estrada considera-se peão toda a pessoa singular que circula a pé pelos passeios, pistas, passagens a elas destinadas ou, na ausência destas, pelas bermas das vias públicas.Os peões fazem parte integrante da circulação rodoviária e, como tal, são titulares de direitos e obrigações.São ainda equiparados a peões para efeitos de trânsito:a) A condução de carros de mão;b) A condução à mão de velocípedes de duas rodas sem carro atrelado e de carros de crianças ou de pessoas com deficiência;c) O trânsito de pessoas utilizando trotinetas, patins ou outros meios de circulação análogos, sem motor;d) O trânsito de cadeiras de rodas equipadas com motor eléctrico;

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Os tractores agrícolas e seus reboques e as máquinas automotrizes ou rebocadas, devem possuir um painel triangular de fundo vermelho fluorescente e as partes laterais vermelho

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reflector, à retaguarda do veículo ou do conjunto de veículos. Este painel é também obrigatório para os veículos de marcha lenta.

Avaria nas luzes

Sempre que seja obrigatória a utilização de dispositivos de iluminação e de sinalização luminosa, é proibido o trânsito de veículos com avaria nas luzes: de presença, de cruzamento, de mudança de direcção, de travagem, avisadoras de perigo e de nevoeiro à retaguarda.No entanto, o trânsito de veículos com avaria nas luzes é permitido quando os mesmos disponham de, pelo menos:a) Dois médios, ou um médio do lado esquerdo e dois mínimos para a frente, um indicador de presença no lado esquerdo e uma das luzes de travagem, quando obrigatória, à retaguarda; oub) Luzes avisadoras de perigo, caso em que apenas podem transitar pelo tempo estritamente necessário até um local de paragem ou estacionamento.A avaria nas luzes, quando ocorra em auto-estrada ou via reservada a automóveis e motociclos, impõe a imediata imobilização do veículo fora da faixa de rodagem, salvo se aquele dispuser das luzes referidas na alínea a) - (dois médios, ou um médio do lado esquerdo e dois mínimos para a frente, um indicador de presença no lado esquerdo e uma das luzes de travagem, quando obrigatória, à retaguarda) caso em que a circulação é permitida até à área de serviço ou saída mais próxima.Nos motociclos e ciclomotores, em caso de avaria das luzes, é aplicado o disposto anteriormente, com as necessárias adaptações às características dos veículos.

6.10 - Veículos de Transporte Colectivo de Passageiros

Estes veículos são especialmente destinados ao transporte de um elevado número de passageiros, devem por isso garantir o cumprimento das disposições que lhe são impostas com vista a oferecer mais comodidade e segurança aos seus ocupantes.Os automóveis pesados de passageiros de lotação superior a 22 passageiros, além do condutor, classificam-se de acordo com as seguintes classes:

Classe I: veículos concebidos de forma a permitir a fácil deslocação dos passageiros em

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percursos com paragens frequentes, dispondo de lugares sentados e em pé.

Classe II:Veículos concebidos para o transporte de passageiros sentados, podendo, no entanto, transportar passageiros de pé, na coxia, em percursos de curta distância

Classe III:veículos concebidos e equipados para efectuar transportes de longo curso; estes veículos estão concebidos de modo a assegurar o conforto dos passageiros sentados e não podem transportar passageiros de pé.

Pesados de passageiros de lotação não superior a 22 passageiros, além do condutor, classificam-se de acordo com as seguintes classes:Classe A – Veículos concebidos para transportar passageiros de pé.Classe B – Veículos não concebidos para transportar passageiros de pé.Extintores de incêndio utilizados em transporte público de passageiros:

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Os automóveis ligeiros e pesados afectos ao transporte público de passageiros devem ter extintores de incêndio:

Pesados – Um ou mais, um dos quais colocado próximo do banco do condutor. Nos veículos de dois pisos – dois colocados junto ao banco do condutor e outro no piso superior.

Ligeiros – Um, colocado no habitáculo ou na bagageira.

Os extintores de incêndio devem estar em boas condições de funcionamento, visíveis e de fácil alcance.

6.11 - Veículos que efectuam transportes especiais

Não podem transitar nas vias públicas os veículos cujos pesos brutos, pesos por eixo ou dimensões excedam os limites impostos legalmente.

Autorização especial

Pode, no entanto, ser permitido o trânsito de veículos de peso ou dimensões superiores aos legalmente fixados ou que transportem objectos indivisíveis que excedam os limites da respectiva caixa, desde que:

» Possuam autorização especial de trânsito emitida pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres;

» Sejam acompanhados por carro piloto, se as dimensões do veículo por si só ou com carga, excederem em comprimento 20 metros mas não excederem os 25 metros e, com largura superior a 3 metros mas não superior a 4 metros;

» Sejam acompanhados por batedores da Guarda Nacional Republicana ou da Polícia de Segurança Pública, se as dimensões do veículo por si só ou com carga, excederem em comprimento 25 metros, em largura 4 metros e em altura 5 metros a contar do solo;

» Terem sinalizados os limites da carga transportada, sempre que a mesma ultrapasse os contornos envolventes do veículo:

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Glossário:Objecto indivisível - considera-se objecto indivisível aquele que não pode ser cindido sem perda do seu valor económico ou da sua função.

Painel P1 – Deve ser colocado nas extremidades posteriores e laterais do objecto transportado se a carga exceder os contornos envolventes do veículo.

Painel P2 - Deve ser colocado no ponto mais à retaguarda do objecto transportado se a carga exceder os contornos envolventes do veículo à retaguarda.

Page 111: Manual Instrutores

Luzes delimitadoras: Sempre que for obrigatória a utilização de dispositivos de iluminação e de sinalização luminosa – 2 de cor branca à frente e 2 de cor vermelha à retaguarda.

Carro piloto: Destinado a indicar aos outros utentes da via pública a circulação de um veículo que efectua transporte de grandes dimensões.

O carro piloto deve estar equipado com uma luz intermitente de cor amarela e um painel no tejadilho com a inscrição «Transporte de grandes dimensões».

Transporte de mercadorias perigosas

Mercadorias Perigosas são matérias que devido à sua inflamabilidade, ecotoxicidade, corrosibilidade ou radioactividade, por meio de derrame, emissão, incêndio ou explosão podem provocar situações com efeitos negativos para o Homem e para o Ambiente.

Devido a este facto, o transporte de mercadorias perigosas só se pode efectuar em veículos com condições técnicas para o efeito e que assegurem a segurança da circulação rodoviária.

Os veículos que transportam mercadorias perigosas devem estar sinalizados com dois painéis de cor laranja retrorreflectora, fixados, um à frente e outro à retaguarda do veículo.Estes painéis podem ter inscritos os números de identificação do perigo e das matérias ou objectos transportados.

Page 112: Manual Instrutores

Restrições à circulação dos Veículos

Devido ao perigo que os veículos que transportam mercadorias perigosas (sinalizados com painel laranja) apresentam, existem restrições à sua circulação em alguns períodos de tempo e em alguns locais. Por exemplo, na ponte 25 de Abril apenas podem circular entre as 2 e as 5 horas todos os dias úteis, domingos e feriados.

Conselhos Práticos

Se:» Encontrar um veículo que transporte mercadorias perigosas, imobilizado e que apresente danos visíveis;» Presenciar um acidente grave com um destes veículos;» Detectar cheiro anormal;» Visualizar um derrame de líquidos ou de fuga de gases

O que deverá fazer:» Não se aproximar, a sua saúde pode estar em perigo;» Não fume nem faça fumo;

Page 113: Manual Instrutores

» Abandone o local e as vias de acesso.

Colabore no alerta:

» Telefone para o 112 ou utilize um posto SOS;» Transmita os seguintes dados: Local do acidente e tipo de veículo;» Se visíveis à distância: Nome da empresa, números do painel laranja (se existirem), número e estado aparente dos ocupantes.

Transportes de Explosivos

De acordo com o explicado anteriormente, também o transporte de explosivos deve ser feito tendo em conta as características do material transportado, por forma a que todas as normas sejam respeitadas e a sua circulação nas vias públicas se faça em condições de segurança.

Devido às características deste tipo de mercadorias, os veículos que fazem o seu transporte, devem estar equipados com:

» Dois extintores em perfeitas condições de utilização;» Um estojo de ferramentas;» Dois sinais de aviso (por ex: cones de sinalização, triângulo de pré-sinalização);» Lanterna de bolso;» Duas placas rectangulares de cor laranja, colocados do lado esquerdo, uma à frente e outra à retaguarda.

Nestes veículos é proibido:

Page 114: Manual Instrutores

- Fumar ou fazer lume, dentro ou na proximidade do veículo;- Transportar passageiros, para além do motorista e do ajudante

Os veículos que transportem mercadorias perigosas e/ou explosivos devem circular durante o dia com as luzes de cruzamento acesas.

Etiquetas de Perigo

Os veículos que transportam mercadorias perigosas, devem ter colocadas à retaguarda do veículo etiquetas de perigo, indicando a perigosidade do produto ou matéria transportada.

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6.12 Veículos em missão urgente de socorro

Considera-se veículo prioritário todo aquele que transite em missão urgente de socorro e assinale devidamente a sua marcha.

Page 116: Manual Instrutores

Existem determinados veículos que por construção, se destinam a desempenhar missões de socorro, tais como: ambulâncias, carros de polícia, carros de bombeiros, etc.

Estes veículos, dispõem de dispositivos próprios para assinalar devidamente a sua marcha de urgência. Os veículos que não estejam equipados com estes dispositivos, a marcha urgente pode ser assinalada:

a) Utilizando alternadamente os máximos com os médios; oub) Durante o dia, utilizando repetidamente os sinais sonoros.

Os condutores de veículos que transitem em missão de polícia, de prestação de socorro ou de serviço urgente de interesse público devem respeitar as ordens dos agentes reguladores de trânsito.

Os condutores destes veículos podem deixar de observar as regras e os sinais de trânsito desde que não coloquem em perigo os demais utentes da via pública desde de que cumulativamente se verifiquem os seguintes requisitos:

Page 117: Manual Instrutores

» Assinalem adequadamente a sua marcha;» A sua missão assim o exigir;» Não coloquem em perigo os demais utentes da via

Os condutores dos referidos veículos estão no entanto obrigados a suspender a sua marcha:

1. Perante o sinal luminoso vermelho de regulação do trânsito, embora possam prosseguir, depois de tomadas as devidas precauções, sem esperar que a sinalização mude;

2. 2. Perante o sinal de paragem obrigatória em cruzamento ou entroncamento.

Regra geral, qualquer condutor deve ceder passagem aos veículos que transitem em missão urgente de socorro ou de polícia, excepto :

Casos em que os veículos prioritários estão obrigados a cumprir com as regras gerais de cedência de passagem

Quando entrem numa Auto-estrada ou em via reservada a automóveis e motociclos pelo ramal de acesso.

Page 118: Manual Instrutores

Perante qualquer veículo que se encontre a sair de uma passagem de nível.

Trânsito congestionado

Sempre que as vias em que tais veículos circulem, de que vão sair ou em que vão entrar se encontrem congestionadas, devem os demais condutores encostar-se o mais possível à direita, ocupando, se necessário, a berma.

Excepto:» Quando existam na via corredores de circulação;» Nas auto-estradas e vias reservadas a automóveis e motociclos, nas quais os condutores devem deixar livre a berma» Se existir uma via reservada a transportes públicos;» Em auto-estrada, os veículos prioritários devem utilizar as bermas para circular.

É proibido assinalar indevidamente a marcha de urgência Contra ordenação Leve

Page 119: Manual Instrutores

6.13 - Proibição de utilização de certos aparelhos

É proibido ao condutor utilizar, durante a condução do veículo, qualquer tipo de equipamento ou aparelho susceptível de prejudicar a condução, nomeadamente auscultadores sonoros e aparelhos radiotelefónicos.

Excepções:

a) Os aparelhos dotados de um auricular ou de microfone com sistema de alta voz, cuja utilização não implique manuseamento continuado;

b) Os aparelhos utilizados durante o ensino da condução e respectivo exame, nos termos fixados em regulamento.

Page 120: Manual Instrutores

É proibida a instalação e utilização de quaisquer aparelhos, dispositivos ou produtos susceptíveis de revelar a presença ou perturbar o uncionamento de instrumentos destinados à detecção ou registo das infracções.

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6.14 – Velocidade

Designa-se por velocidade a relação existente entre a distância percorrida e o tempo gasto para a percorrer.

A Velocidade de um veículo é a distância que ele percorre num determinado espaço de tempo (unidade de tempo), medindo-se em regra em Km/H.Em termos de circulação rodoviária, usualmente a velocidade é expressa em Km/h (quilómetros por hora), o que significa que o veículo percorreria o número de quilómetros designados, se fosse possível manter constante essa velocidade durante uma hora.

Page 121: Manual Instrutores

Exemplificando:

Para melhor compreensão vamos reduzir a expressão K/h a metros por segundoAssim:

» Considerando que um quilómetro corresponde a 1.000 metros» Considerando que uma hora equivale a 3.600 segundos (60x60)

Significa que quando um veículo circula à velocidade de 100 K/h, está , em cada segundo a percorrer uma distância de 27,7 metros ( resultado dos 100.000 metros divididos por 3.6000 segundos).

Desta forma no caso de surgir um perigo inesperado na frente de um veículo que circule a 100 km/h, como o condutor demora sensivelmente um segundo a reagir à situação de perigo, a travagem só vai iniciar-se depois do mesmo percorrer cerca de 27,7 metros.

Por outro lado:

Se um automóvel percorreu 100 K/h em 2 horas, significa que a velocidade média foi de 50 Km/h . O cálculo da velocidade média obtém-se, pois dividindo o espaço percorrido pelo tempo que foi gasto para o percorrer.

É frequente ouvirmos falar em velocidade instantânea e velocidade média, no que consistem então estes dois conceitos:

Page 122: Manual Instrutores

Velocidade instantânea – É aquela a que o veículo se desloca num determinado momento. Quando o condutor olha para o velocímetro, onde se encontra o ponteiro é a velocidade instantânea daquele veículo.

Velocidade média – Quando se faz uma viagem ou até mesmo um percurso diário, o veículo não circula sempre à mesma velocidade instantânea. Para sabermos a velocidade média a que circulámos temos de dividir a distância que percorremos pelo tempo que demoramos a percorrê-la.

Ex: Se de Lisboa ao Porto forem de distância 300Km e se demorarmos 3 horas a percorrer esta distância (300:3=100), significa que circulámos à velocidade média de 100Km/hora.

A velocidade é dos factores mais preponderantes na segurança da condução.

O excesso de velocidade e a velocidade excessiva desempenham, indubitavelmente, um papel preponderante na sinistralidade rodoviária e na consequente taxa de mortalidade.

Page 123: Manual Instrutores

Factores que justificam a existência de limites de velocidade:

» A velocidade é a primeira causa dos acidentes .» Quando se duplica a velocidade praticada, quadruplica a distância de travagem, a violência do choque em caso de colisão, a força centrífuga nas curvas, as exigências de atenção e das capacidades de condução .» Economia e protecção do ambiente -acima de um certo limite de velocidade, aumenta a fadiga do condutor, o consumo de combustível, o desgaste dos pneus, travões, da mecânica do veículo e a poluição do ambiente.

Efeitos da velocidade no comportamento do condutor:

» Altera as características do seu campo de visão (reduz o campo de visão do condutor provocando visão em túnel,, deixando assim de percepcionar detalhes que podem ser determinantes nas zonas laterais da via);

» Reduz o tempo disponível par recolher e tratar a informação e,, por consequência agir de forma segura.

Efeitos da velocidade na distância de travagem

Quanto mais elevada for a velocidade, maior será a distância de travagem. Repare:

A distância de travagem aumenta proporcionalmente ao quadrado da velocidade.

Para calcular a distância de travagem aproximada, aplique a seguinte fórmula:

Page 124: Manual Instrutores

Os valores acima mencionados apenas são válidos em condições de travagem óptimas.

Quando a velocidade duplica, a distância de travagem quadruplica, quadruplicando a violência do embate. A probabilidade de morte ou invalidez aumenta 8 a 16 vezes.

Exemplo 2Imaginando que se avista uma peão a 24 metros de distância,, veja de que forma um pequeno acréscimo de velocidade tem no impacto no peão.

6.14.1 – Velocidade adequada às condições de trânsito.

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A que velocidade se deve circular?

O condutor deve circular com uma velocidade que lhe permita em condições de segurança, executar as manobras cuja necessidade seja de prever e, especialmente, fazer parar o veículo no espaço livre e visível à sua frente.

Para o efeito, o condutor deve atender nomeadamente aos seguintes factores:

Às características e estado da via Às características e estado do veículo À carga transportada Às condições meteorológicas ou ambientais À intensidade do trânsito À sua experiência como condutor

Os condutores devem circular com velocidade moderada de forma a que, não excedendo os limites de velocidade legalmente estabelecidas, nem circulando a velocidade lenta, possam executar as manobras cuja necessidade seja de prever e, especialmente, fazer parar o veículo no espaço livre e visível à sua frente.

Os condutores não devem transitar em marcha cuja lentidão cause embaraço injustificado aos restantes utentes da via.

Nem deve diminuir subitamente a velocidade do veículo sem previamente se certificar de que daí não resulta perigo para os outros utentes da via, nomeadamente para os condutores dos veículos que o sigam, excepto em caso de perigo iminente.

6..14.2 - Limites gerais de velocidade

Page 126: Manual Instrutores

Sem prejuízo dos limites inferiores que lhes sejam impostos, os condutores não podem exceder as seguintes velocidades instantâneas (em quilómetros/hora).

Limites especiais de velocidade

Nas auto-estradas é proibido circular com velocidade inferior a 50km/h.

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Sempre que a intensidade do trânsito ou as características das vias o aconselhem podem ser fixados, para vigorar em certas vias, troços de via ou períodos:

a) Limites mínimos de velocidade instantânea;b) Limites máximos de velocidade instantânea inferiores ou superiores aos estabelecidos legalmente;

Os limites especiais de velocidade devem ser sinalizados ou, se temporários e não sendo possível a sinalização, divulgados pelos meios de comunicação social, afixação de painéis de informação ou outro meio adequado.

A circulação de veículos a motor na via pública pode ser condicionada à incorporação de dispositivos limitadores de velocidade

Os automóveis ligeiros de mercadorias e os automóveis pesados devem ostentar à retaguarda a indicação dos limites máximos de velocidade a que estão sujeitos fora das localidades, nas condições a fixar em regulamento.

6.14.3 – Casos de obrigatoriedade de circular a velocidade moderada

Independentemente dos limites máximos de velocidade fixados, o condutor deve moderar especialmente a velocidade:

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Velocidade Excessiva e Excesso de Velocidade

Considera-se que transita com velocidade excessiva o condutor que, nos casos em que a velocidade deva ser especialmente moderada, não consiga fazer parar o veículo no espaço livre e visível à sua frente.

Pratica excesso de velocidade o condutor que exceder os limites máximos:

Fixados para as diferentes categorias e veículos. Especiais fixados para determinados condutores. Especiais fixados para determinados veículos. Fixados por meio de sinalização.

Excede os limites máximos de velocidade instantânea, o condutor que tenha percorrido determinada distância a uma velocidade média incompatível com a observância dos limites legalmente estabelecidos.

Page 130: Manual Instrutores

Qualificação das infracções por excesso de velocidade

Coimas aplicáveis por excesso de velocidade

Page 131: Manual Instrutores

Esta penalização é também aplicável aos condutores que excedam os limites máximos de velocidade que lhes tenham sido estabelecidos (ex: condutores com deficiências motoras que têm restrições no atestado médico ao nível de velocidade) ou que tenham sido especialmente fixados para os veículos que conduzem (Ex: automóveis pesados de mercadorias com peso bruto superior a 12.000Kg são obrigados a ter um limitador de velocidade que não os permite exceder os 85Km/h).

Para os efeitos do Código da Estrada, considera-se que viola os limites máximos de velocidade instantânea o condutor que percorrer uma determinada distância (Ex: troço de Auto – Estrada ou Via Reservada aAutomóveis e Motociclos) a uma velocidade média incompatível com a observância daqueles limites, entendendo-se que a contra-ordenação é praticada no local em que terminar o percurso controlado.

6.15 - Cedência de passagem

Page 132: Manual Instrutores

Principio Geral: O condutor sobre o qual recaia o dever de ceder a passagem deve abrandar a marcha, se necessário parar ou, em caso de cruzamento de veículos, recuar, por forma a permitir a passagem de outro veículo, sem alteração da velocidade ou direcção deste.

O condutor com prioridade de passagem deve observar as cautelas necessárias à segurança do trânsito.

Regra Geral de cedência de passagem: Nos cruzamentos e entroncamentos o condutor deve ceder a passagem aos veículos que se lhe apresentem pela direita.

Excepção à regra geral de cedência de passagem

Quando existe ordem do agente regulador do trânsito em contrário Exista sinalização em contrário Se apresentem pela direita, condutores de veículos sem motor ou de tracção animal

Page 133: Manual Instrutores

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Ao aproximar-se de uma passagem para peões, junto da qual a circulação de veículos não está regulada nem por sinalização luminosa nem por agente, o condutor deve reduzir a velocidade e, se necessário, parar para deixar passar os peões que já tenham iniciado a travessia da faixa de rodagem.

Ao mudar de direcção, o condutor, mesmo não existindo passagem assinalada para a travessia de peões, deve reduzir a sua velocidade e, se necessário, parar a fim de deixar passar os peões que estejam a atravessar a faixa de rodagem da via em que vai entrar.

Visibilidade reduzida ou insuficiente

Page 134: Manual Instrutores

Considera-se que a visibilidade é reduzida ou insuficiente sempre que o condutor não possa avistar a faixa de rodagem em toda a sua largura numa extensão de, pelo menos, 50 m.

Iluminação e a Sinalização Luminosa

O veículo deve estar equipado com os dispositivos de: Iluminação Sinalização luminosa Reflectores

Para permitir ao condutor ver e ser visto

Disposições gerais sobre luzesOs veículos só podem estar equipados com dispositivos de iluminação e de sinalização luminosa que obedeçam às características regulamentares

Page 135: Manual Instrutores

quer quanto ao tipo de luzes quer quanto às cores das mesmas, nomeadamente: É proibida a utilização de luzes ou reflectores vermelhos dirigidos para a frente ou luzes ou reflectores brancos dirigidos para a retaguarda, com excepção:

Da luz de marcha atrás e da luz da chapa de matrícula. Das luzes de trabalho brancas ou amarelas existentes em veículos de pronto socorro, tractores de mercadorias e veículos especiais de limpeza urbana, instaladas à retaguarda ou lateralmente. Avisadores luminosos especiais utilizados por veículos de polícia e veículos afectos à prestação de socorro ou de serviço urgente de interesse público

As luzes instaladas nos veículos têm sempre carácter permanente. As luzes da mesma natureza e tipo têm que ser todas da mesma cor

Condições de utilização das luzes

Desde o anoitecer ao amanhecer e, ainda, durante o dia sempre que existam condições meteorológicas ou ambientais que tornem a visibilidade insuficiente, nomeadamente em caso de nevoeiro, chuva

Page 136: Manual Instrutores

intensa, queda de neve, nuvens de fumo ou pó, os condutores devem utilizar as seguintes luzes:

Presença (mínimos), enquanto aguardam a abertura de passagem de nível e ainda durante a paragem ou o estacionamento, em locais cuja iluminação não permita o fácil reconhecimento do veículo à distância de 100 metros. Cruzamento (médios), em locais cuja iluminação permite ao condutor uma visibilidade não inferior a 100 metros, no cruzamento com outro veículos, pessoas ou animais, quando o veículo transite a menos de 100 metros daquele que o precede, na aproximação de passagem de nível fechada ou durante a paragem ou detenção da marcha do veículo. Estrada (máximos), nos restantes casos. Nevoeiro, sempre que as condições meteorológicas ou ambientais o imponham, nos veículos que com elas devam estar equipados. É proibido o uso das luzes de nevoeiro sempre que as condições meteorológicas ou ambientais o não justifiquem.

A utilização das luzes de cruzamento (médios) é, ainda, obrigatória durante o dia nas seguintes situações:

Trânsito de veículos afectos ao transporte de mercadorias perigosas

Os condutores de motociclos e ciclomotores

Page 137: Manual Instrutores

Veículos de transporte de crianças

Dispositivos Luminosos dos Veículos Automóveis

Luzes à frente

A iluminação na parte da frente dos veículos só pode ser de cor branca ou amarela.

Luzes de presença (mínimos)

As luzes de presença, destinam-se a assinalar a presença e a largura do veículo, quando visto de frente.

Page 138: Manual Instrutores

Devem apresentar uma intensidade que permita tanto de noite como com tempo claro, serem visíveis a uma distância mínima de 150 metros e são obrigatórias:Automóveis ligeiros e pesados – 2 luzes de cor brancaMotociclos sem carro - 1 ou 2 luzes de cor brancaMotociclos com carro – 2 ou 3 luzes de cor branca, sendo instalada uma única no carro.Reboques de largura superior a 1,6m ou sempre que a largura seja superior à do veículo tractor –2 luzes de cor branca.

Luzes de cruzamento (médios)As luzes de cruzamento (médios), devem emitir um feixe luminoso que, projectando-se no solo, ilumine a via para a frente do veículo numa distância até 30 metros, de forma a não causar encadeamento aos demais utentes da via pública, qualquer que seja a direcção em que transitem e são obrigatórias:

Automóveis ligeiros e pesados – 2 luzes de cor branca ou amarelaMotociclos com ou sem carro - 1 ou 2 luzes de cor branca

Page 139: Manual Instrutores

Luzes de estrada (máximos)

As luzes de estrada (máximos), devem emitir um feixe luminoso que atinja, de noite e por tempo claro, pelo menos 100m e são obrigatórias:

Automóveis ligeiros e pesados – 2 luzes de cor branca ou amarelaMotociclos com ou sem carro - 1 ou 2 luzes de cor branca

Estas luzes destinam-se a iluminar a via para a frente do veículo e utilizam-se em locais sem iluminação ou mal iluminados.

Luzes de nevoeiro

A luz de nevoeiro da frente, destina-se a melhorar a iluminação da estrada em caso de nevoeiro ou outras situações de visibilidade reduzida, não podem iluminar mais de 30 metros, nem causar encadeamento. Estas luzes são facultativas nos:

Automóveis ligeiros e pesados – 2 luzes de cor branca ou amarelaMotociclos com ou sem carro - 1 ou 2 luzes de cor branca ou amarela

Luzes à retaguarda

Page 140: Manual Instrutores

Luzes de presença

As luzes de presença, destinam-se a assinalar a presença e a largura do veículo, quando visto da retaguarda.Devem apresentar uma intensidade que permita tanto de noite como com tempo claro, serem visíveis a uma distância mínima de 150 metros e são obrigatórias:

Automóveis ligeiros e pesados – 2 luzes de cor vermelhaMotociclos sem carro - 1 ou 2 luzes de cor vermelhaMotociclos com carro – 2 ou 3 luzes de cor vermelha, sendo instalada uma única no carro.Reboques – 2 luzes de cor vermelha.

Luzes de Travagem

Page 141: Manual Instrutores

As luzes de travagem, destinam-se a indicar aos outros utentes o accionamento do travão de serviço, e são obrigatórias:

Automóveis ligeiros e pesados – 2 luzes de cor vermelha ou alaranjada (quando tiverem cor vermelha, a sua intensidade deve ser superior à luz de presença, se com esta estiver agrupada ou incorporada).

Motociclos sem carro - 1 ou 2 luzes de cor vermelha

Motociclos com carro – 2 ou 3 luzes de cor vermelha, sendo instalada uma única no carro.

Reboques (com excepção dos reboques agrícolas) – 2 luzes de cor vermelha ou alaranjada.

Os reboques estão dispensados das luzes de travagem, sempre que forem claramente visíveis as do veículo tractor.

Luzes de Nevoeiro

As luzes de nevoeiro da retaguarda, destinam-se a tornar mais visível o veículo em caso de nevoeiro intenso ou de outras situações de redução significativa de visibilidade. Estas luzes só devem poder ligar-se quando à frente estiverem em serviço as luzes de cruzamento, de estrada ou de nevoeiro ou ainda uma combinação dessas luzes e, são obrigatórias:

Page 142: Manual Instrutores

Automóveis ligeiros e pesados matriculados após 27 de Maio de 1990 – 1 ou 2 luzes de cor vermelha Motociclos sem carro - 1 ou 2 luzes de cor vermelha.

Reboques (com excepção dos reboques agrícolas) matriculados após 27 de Maio de 1990 – 1 ou 2 luzes de cor vermelha.

São facultativas nos:

Motociclos com ou sem carro – 1 ou 2 luzes de cor vermelha

É proibido o uso das luzes de nevoeiro sempre que as condições meteorológicas ou ambientais o não justifiquem. – Contra – ordenação leve.

Luzes de marcha atrás

As luzes de marcha atrás, destinam-se a iluminar a estrada para a retaguarda do veículo e avisar os outros utentes que o veículo faz ou vai fazer marcha atrás.

Devem ser fixas e insusceptíveis de provocar encadeamento, apresentando um alcance não superior a 10 metros, e são facultativas nos:

Automóveis e reboques – 1 ou 2 luzes de cor branca.

Page 143: Manual Instrutores

Luzes indicadoras de mudança de direcção

As luzes indicadoras de mudança de direcção, destinam-se a indicar aos outros utentes a intenção de mudar de direcção, devem ser intermitentes e são obrigatórias:

Automóveis ligeiros e pesados – 2 luzes de cor branca ou laranja à frente e 2 luzes de cor vermelha ou laranja à retaguarda;

Motociclos com ou sem carro - 2 luzes à frente e 2 luzes à retaguarda de cor âmbar;

Reboques – 2 luzes de cor vermelha ou laranja à retaguarda.

Luzes avisadoras de perigo

Page 144: Manual Instrutores

As luzes avisadoras de perigo, destinam-se a assinalar que o veículo representa um perigo especial para os outros utentes e constituídas pelo funcionamento simultâneo de todos os indicadores de mudança de direcção. Estas luzes devem utilizar-se:

Quando o veículo represente um perigo especial para os outros utentes da via; Em caso de súbita redução da velocidade provocada por obstáculo imprevisto ou por condições meteorológicas ou ambientais especiais; Em caso de imobilização forçada do veículo por acidente ou avaria, sempre que o mesmo represente um perigo para os demais utentes da via; Quando o veículo esteja a ser rebocado;

Nas duas últimas situações, se não for possível a utilização das luzes avisadoras de perigo, devem ser utilizadas as luzes de presença, se estas se encontrarem em condições de funcionamento.

Sinalização de Perigo

Quando o veículo represente um perigo especial para os outros utentes da via devem ser utilizadas as luzes - luzes avisadoras de perigo. As luzes avisadoras de perigo, destinam-se a assinalar que o veículo representa um perigo especial para os outros utentes e constituídas pelo funcionamento simultâneo de todos os indicadores de mudança de direcção. Estas luzes devem utilizar-se:

Quando o veículo represente um perigo especial para os outros utentes da via;

» Em caso de súbita redução da velocidade provocada por obstáculo imprevisto ou por condições meteorológicas ou ambientais especiais;

Page 145: Manual Instrutores

» Em caso de imobilização forçada do veículo por acidente ou avaria, sempre que o mesmo represente um perigo para os demais utentes da via;

» Quando o veículo esteja a ser rebocado;

» Nas duas últimas situações, se não for possível a utilização das luzes avisadoras de perigo, devem ser utilizadas as luzes de presença, se estas se encontrarem em condições de funcionamento.

Luz de chapa de matricula

Os automóveis, motociclos e reboques devem possuir um dispositivo de iluminação da chapa de matrícula da retaguarda, constituída por uma luz branca que permite a fácil leitura da mesma a uma distância de pelo menos 20 metros.

Luzes delimitadoras da largura dos veículos

À excepção dos tractores e reboques agrícolas, todos os veículos com largura superior a 2,10m devem possuir duas luzes de cor branca, visíveis de frente e duas de cor vermelha visíveis da retaguarda, destinadas a assinalar a sua largura total.

Luzes de presença lateral

Todos os veículos cujo comprimento seja superior a 6m, devem estar equipados com luzes ou reflectores não triangulares de cor âmbar, destinados a indicar a sua presença quando vistos de lado.

Page 146: Manual Instrutores

Luzes intermitentes

Avisador luminoso de cor azul

Os veículos que desempenham missões de socorro urgente, como veículos da polícia, ambulâncias e veículos de bombeiros dispõem de um sistema de uma ou duas luzes rotativas ou intermitentes de cor azul, colocadas na parte superior do veículo e destinadas a assinalar a sua marcha quando transitem em missão urgente.

Os avisadores luminosos devem ser visíveis a uma distância mínima de 50 metros.

Page 147: Manual Instrutores

Avisador luminoso de cor amarela

Os veículos que transitem em marcha lenta, ou se tenham de imobilizar na via pública em função do seu serviço, devem possuir uma ou duas luzes rotativas ou intermitentes de cor amarela colocadas na parte superior do veículo e destinadas a assinalar a sua presença.

Os tractores agrícolas e as máquinas agrícolas e industriais automotrizes devem possuir uma luz rotativa ou intermitente de cor amarela colocada na parte superior do veículo.

Estas luzes devem ser visíveis pelo menos à distância de 100m.

Reflectores

Page 148: Manual Instrutores

Os reflectores são dispositivos que quando neles se incide um foco de luz indicam a presença de um veículo.

E, são obrigatórios:

Nos motociclos e automóveis ligeiros e pesados, à retaguarda, reflectores não triangulares de cor vermelha.

Nos reboques e semi-reboques, máquinas agrícolas e industriais automotrizes ou rebocadas, à retaguarda, reflectores triangulares de cor vermelha.

Page 149: Manual Instrutores

Nos reboques e semi-reboques, à frente, dois reflectores não triangulares de cor branca ou incolor.

Placas

Todos os veículos automóveis ou conjunto de veículos cujo peso bruto exceda os 3500Kg devem ser sinalizados com placas de cor amarelo reflector e vermelho fluorescente na posição horizontal colocadas na sua retaguarda, sendo permitida a sua utilização vertical apenas nos casos em que a instalação horizontal seja impossível, devido às características do veículo.

Page 150: Manual Instrutores

Todos os veículos automóveis ou conjunto de veículos cujo comprimento exceda os 12m devem ser sinalizados com placas de cor amarelo reflector e borda vermelho fluorescente na posição horizontal colocadas na sua retaguarda, com a inscrição a preto indicando «Veículo longo».

Painel para veículos de marcha lenta

Os tractores agrícolas e seus reboques e as máquinas automotrizes ou rebocadas, devem possuir um painel triangular de fundo vermelho fluorescente e as partes laterais vermelho reflector, à retaguarda do veículo ou do conjunto de veículos. Este painel é também obrigatório para os veículos de marcha lenta.

Page 151: Manual Instrutores

Avaria nas luzes

Sempre que seja obrigatória a utilização de dispositivos de iluminação e de sinalização luminosa, é proibido o trânsito de veículos com avaria nas luzes: de presença, de cruzamento, de mudança de direcção, de travagem, avisadoras de perigo e de nevoeiro à retaguarda.

No entanto, o trânsito de veículos com avaria nas luzes é permitido quando os mesmos disponham de, pelo menos:

a) Dois médios, ou um médio do lado esquerdo e dois mínimos para a frente, um indicador de presença no lado esquerdo e uma das luzes de travagem, quando obrigatória, à retaguarda; ou

b) Luzes avisadoras de perigo, caso em que apenas podem transitar pelo tempo estritamente necessário até um local de paragem ou estacionamento.

A avaria nas luzes, quando ocorra em auto-estrada ou via reservada a automóveis e motociclos, impõe a imediata imobilização do veículo fora da faixa de rodagem, salvo se aquele dispuser das luzes referidas na alínea a) - (dois médios, ou um médio do lado esquerdo e dois mínimos para a frente, um indicador de presença no lado esquerdo e uma das luzes de travagem, quando obrigatória, à retaguarda) caso em que a circulação é permitida até à área de serviço ou saída mais próxima.

Nos motociclos e ciclomotores, em caso de avaria das luzes, é aplicado o disposto anteriormente, com as necessárias adaptações às características dos veículos.

6.10 - Veículos de Transporte Colectivo de Passageiros

Estes veículos são especialmente destinados ao transporte de um elevado número de passageiros, devem por isso garantir o cumprimento das disposições que lhe são impostas com vista a oferecer mais comodidade e segurança aos seus ocupantes.

Page 152: Manual Instrutores

Os automóveis pesados de passageiros de lotação superior a 22 passageiros, além do condutor, classificam-se de acordo com as seguintes classes:

------------------------------------------------

Automóveis e Motociclos) a uma velocidade média incompatível com a observância daqueles limites, entendendo-se que a contra-ordenação é praticada no local em que terminar o percurso controlado.

6.15 - Cedência de passagem

Principio Geral: O condutor sobre o qual recaia o dever de ceder a passagem deve abrandar a marcha, se necessário parar ou, em caso de cruzamento de veículos, recuar, por forma a permitir a passagem de outro veículo, sem alteração da velocidade ou direcção deste.

O condutor com prioridade de passagem deve observar as cautelas necessárias à segurança do trânsito.

Regra Geral de cedência de passagem: Nos cruzamentos e entroncamentos o condutor deve ceder a passagem aos veículos que se lhe apresentem pela direita.

Page 153: Manual Instrutores

Excepção à regra geral de cedência de passagem

Quando existe ordem do agente regulador do trânsito em contrário Exista sinalização em contrário Se apresentem pela direita, condutores de veículos sem motor ou de tracção animal

Cedência de Passagem em Certas Vias ou Troços

Devem ceder a passagem os condutores:

Page 154: Manual Instrutores

Que saiam de um parque de estacionamento, zona de abastecimento de combustível ou de qualquer prédio ou caminho particular, excepto quando conduzam veículos de polícia em prestação de socorro ou serviço urgente de interesse público desde que assinalando devidamente a sua marcha.

Que entrem numa auto-estrada ou numa via reservada a automóveis e motociclos, pelos respectivos ramais de acesso;

Que entrem numa rotunda, excepto quando conduzam veículos de polícia em prestação de socorro ou serviço urgente de interesse público desde que assinalando devidamente a sua marcha.

Todos os condutores sem excepção, devem ceder a passagem aos veículos que saiam de uma passagem de nível

Page 155: Manual Instrutores

Que se cruzem com veículos que circulem sobre carris, ainda que estes se apresentem pela esquerda.

Nas localidades, ao veículos de transporte colectivo de passageiros, sempre que estes retomem a marcha à saída dos locais de paragem

Cedência de Passagem a Certos Veículos

Todos os condutores devem ceder a passagem aos veículos que transitem em missão de polícia, de prestação de socorro ou de serviço urgente de

Page 156: Manual Instrutores

interesse público assinalando adequadamente a sua marcha, excepto quando estes: Entrem numa auto-estrada ou via reservada a automóveis e motociclos, pelos respectivos ramais de acesso

Se encontrem perante veículos que saiam de uma passagem de nível

Os condutores devem ceder a passagem às colunas militares ou militarizadas, bem como às escoltas policiais, excepto quando estas:

Saiam de um parque de estacionamento, de uma zona de abastecimento de combustível ou de qualquer prédio ou caminho particular; Entrem numa auto-estrada ou numa via reservada a automóveis e motociclos, pelos respectivos ramais de acesso; Entrem numa rotunda; Se encontrem perante veículos que transitem em missão de polícia, de prestação de socorro ou de serviço urgente de interesse público assinalando adequadamente a sua marcha; Se encontrem perante veículos que saiam de uma passagem de nível.

6.16 - Cruzamento de veículos – precauções

Quando dois veículos, que transitam na mesma via, mas em sentidos opostos se cruzam.

Precauções:

Page 157: Manual Instrutores

No cruzamento de veículos os condutores, devem tomar as devidas precauções para que a manobra se faça em condições de segurança.

Manter uma distância lateral suficiente para evitar qualquer acidente; Avaliar correctamente a largura livre da faixa de rodagem; Especial cuidado com as características específicas dos outros veículos, por ex: os veículos de duas rodas e os veículos de grandes dimensões; Utilizar as luzes de cruzamento (médios), de noite, no cruzamento com os outros veículos de forma a não provocar encandeamento. Circular com velocidade moderada e manter a direcção firme, quando nos cruzamos com outros veículos em vias com forte vento lateral; Manter firme a direcção do veículo nos cruzamentos com veículos de grande dimensão ou com os que transitam com grande velocidade, atendendo a que a deslocação de ar provoca oscilações no veículo influenciando a sua trajectória.

6.16.1 - Impossibilidade de cruzamento – Vias estreitas ou obstruídas

Sinais de perigo que indicam ao condutor a existência de passagens estreitas:

Page 158: Manual Instrutores

A4a - Passagem estreita Indicação de um estreitamento da via, com a configuração constante do sinal.

A4b - Passagem estreita Indicação de um estreitamento da via, com a configuração constante do sinal.

A4c - Passagem estreita Indicação de um estreitamento da via, com a configuração constante do sinal.

Impossibilidade de cruzamento – vias estreitas ou obstruídas

Por vezes o cruzamento entre dois veículos que transitem em sentidos opostos, não é possível, ou porque a via está parcialmente obstruída ou é demasiado estreita, ou se encontra obstruída de ambos os lados. Nestas circunstâncias, deve-se observar o seguinte:

1. Quando a faixa de rodagem se encontrar parcialmente obstruída, deve ceder a passagem:

» O condutor que tiver de utilizar a parte esquerda da faixa de rodagem para contornar o obstáculo.

Page 159: Manual Instrutores

2. Quando a faixa de rodagem for demasiadamente estreita ou se encontrar obstruída de ambos os lados, deve ceder a passagem2:

» O condutor do veículo que chegar depois ao troço.

Se se tratar de via de forte inclinação, o condutor do veículo que desce.

2 Quando se fala em ceder passagem parte-se do pressuposto que, ou só está um veículo no estreitamento ou não está nenhum. Se estiverem os dois veículos no estreitamento a pergunta refere-se não a quem cede passagem, mas sim a quem recua ( marcha – atrás ).

3. Se for necessário efectuar uma manobra de marcha atrás, deve recuar:

Page 160: Manual Instrutores

» O condutor do veículo que estiver mais próximo do local em que o cruzamento seja possível;

Se as distâncias forem idênticas, os condutores:

» De veículos ligeiros, perante veículos pesados;» De automóveis pesados de mercadorias, perante automóveis pesados de passageiros;» De qualquer veículo, perante um conjunto de veículos3;

3. Perante veículos da mesma categoria:

» Aquele que for a subir, salvo se for manifestamente mais fácil a manobra para o condutor do veículo que desce.

Nota: Caso exista sinalização a regular o trânsito nestas passagens estreitas os condutores devem cumprir com as indicações transmitidas pelos mesmos.

Deve-se também, sempre que não seja possível o cruzamento de veículos, ceder a passagem aos condutores de veículos que transitem em missão urgente de socorro ou de polícia, que assinalem adequadamente a sua marcha, e a colunas militares e militarizadas.

3 - Qualquer veículo tractor com reboque é considerado um conjunto de veículos.

Sinalização de passagens estreitas

B5 - Cedência de passagem nos estreitamentos da faixa de rodagemIndicação da obrigação de ceder a passagem aos veículos que transitem em sentido contrário.

Page 161: Manual Instrutores

Nota: Os sinais B5 e B6 devem ser colocados na proximidade imediata do local onde começam a vigorar as respectivas prescrições.

B6 - Prioridade nos estreitamentos da faixa de rodagem Indicação de que o condutor tem prioridade de passagem sobre os veículos que transitam em sentido contrário

6.16.2 - Veículos de grandes dimensões

Sempre que a largura livre da faixa de rodagem, o perfil transversal ou o estado de conservação da via não permitam que o cruzamento se faça com a necessária segurança, os condutores de veículos ou de conjuntos de veículos de largura superior a 2 m ou cujo comprimento, incluindo a carga, exceda 8 m devem diminuir a velocidade e parar, se necessário, a fim de o facilitar.

Page 162: Manual Instrutores

6.16.3 – Influência do deslocamento do ar no cruzamento de veículos

Em locais onde exista vento forte, quanto maior for a velocidade do veículo, maior será a influência do vento na trajectória do mesmo.

Assim, no cruzamento com veículos de grande dimensões, na mesma faixa de rodagem, se a distância lateral não for razoável, e se os veículos circularem com velocidade excessiva, produz-se uma forte deslocação de ar que vai interferir perigosamente com a trajectória dos mesmos.

Nota: A velocidade resultante da deslocação do ar é a que corresponde à soma da velocidade dos veículos que se cruzam. Assim se os veículos circularem a 80 km/h, no momento do cruzamento, a deslocação do ar provoca em cada veículo, um impulso lateral de ar correspondente à velocidade do ar de 160 km/h com a agravante deste impulso de ar ser duplo e contrário (primeiro de compressão quando os veículos se aproximam, e depois de depressão quando os veículos se afastam).

6.17 – Ultrapassagem

A manobra de ultrapassagem permite ao condutor passar para a frente de outro veículo ou animal que transite no mesmo sentido.

Page 163: Manual Instrutores

A ultrapassagem, é uma das manobras que mais cuidados e precauções exige de um condutor na medida em que representa um conjunto de tarefas complexo e exige uma série de procedimentos que devem ser observados e executados pelo condutor na realização da manobra.

O condutor só pode efectuar a manobra de ultrapassagem em local e por forma que da sua realização não resulte perigo ou embaraço para o trânsito.

Regra geral, a ultrapassagem deve efectuar-se pela esquerda.

Contudo, existem excepções em que a ultrapassagem pode (facultativo) ou deve (obrigação) ser realizada pela direita, são elas:

------------------------------

Nota: A velocidade resultante da deslocação do ar é a que corresponde à soma da velocidade dos veículos que se cruzam. Assim se os veículos circularem a 80 km/h, no momento do cruzamento, a deslocação do ar provoca em cada veículo, um impulso lateral de ar correspondente à

Page 164: Manual Instrutores

velocidade do ar de 160 km/h com a agravante deste impulso de ar ser duplo e contrário (primeiro de compressão quando os veículos se aproximam, e depois de depressão quando os veículos se afastam).

6.17 – Ultrapassagem

A manobra de ultrapassagem permite ao condutor passar para a frente de outro veículo ou animal que transite no mesmo sentido.

A ultrapassagem, é uma das manobras que mais cuidados e precauções exige de um condutor na medida em que representa um conjunto de tarefas complexo e exige uma série de procedimentos que devem ser observados e executados pelo condutor na realização da manobra.

O condutor só pode efectuar a manobra de ultrapassagem em local e por forma que da sua realização não resulte perigo ou embaraço para o trânsito.

Regra geral, a ultrapassagem deve efectuar-se pela esquerda.

Page 165: Manual Instrutores

Contudo, existem excepções em que a ultrapassagem pode (facultativo) ou deve (obrigação) ser realizada pela direita, são elas:

Deve fazer-se pela direita:

A ultrapassagem de veículos ou animais cujo condutor, assinalando devidamente a sua intenção, pretenda mudar de direcção para a esquerda ou,

Numa via de sentido único, veículos ou animais que assinalem devidamente a intenção de parar ou estacionar à esquerda, desde que, em qualquer caso, tenha deixado livre a parte mais à direita da faixa de rodagem.

Pode fazer-se pela direita:

A ultrapassagem de veículos que transitem sobre carris desde que estes não utilizem esse lado da faixa de rodagem e:

» Não estejam parados para a entrada ou saída de passageiros;» Estando parados para a entrada ou saída de passageiros, exista placa de refúgio para peões.

Page 166: Manual Instrutores

Pluralidade de vias e trânsito em filas paralelas

Nos casos em que o trânsito se faça em filas paralelas, onde a velocidade praticada não depende do condutor mas da fluidez do trânsito, o facto de os veículos de uma fila circularem mais rapidamente que os de outra não é considerado ultrapassagem.

6.18 - Realização da manobra – riscos e precauções

A ultrapassagem é uma manobra que envolve riscos, para realizá-la o condutor tem de circular, mesmo que temporariamente, em sentido contrário, aumentar a velocidade, prever o comportamento do condutor do veículo que está a ultrapassar e alterar a sua trajectória, por isso, o condutor deve calcular esses riscos e tomar as cautelas adequadas a evitá-los.

Page 167: Manual Instrutores

Quais os procedimentos de segurança a observar pelo condutor - Antes, Durante e Após a ultrapassagem:

Antes de efectuar a manobra de ultrapassagem:

1-Observar directamente e através dos espelhos retrovisores de que não existe sinalização que, directa ou indirectamente, a proíba.

Directamente

Indirectamente:

Nesta situação, a proibição de ultrapassagem só existe se, para a realizar o condutor tiver de pisar ou transpor a linha longitudinal contínua.

Page 168: Manual Instrutores

O condutor não deve iniciar a manobra de ultrapassagem sem se certificar que:

» A pode realizar sem perigo de colidir com veículo que transite no mesmo sentido ou em sentido contrário;» A faixa de rodagem se encontra livre na extensão e largura necessárias à realização da manobra com segurança;» Pode retomar a direita sem perigo para aqueles que aí transitam;» Nenhum condutor que siga na mesma via ou na que se situa imediatamente à esquerda iniciou manobra para o ultrapassar;» O condutor que o antecede na mesma via não assinalou a intenção de ultrapassar um terceiro veículo ou de contornar um obstáculo» O local tem boa visibilidade e é apropriado para a realização da manobra;» Não existe sinalização que o proíba directa ou indirectamente:

O condutor deve ainda:

Atender às características do seu veículo e daquele que pretende ultrapassar.

2 – Advertir

O condutor deve assinalar com a necessária antecedência, a sua intenção de ultrapassar, utilizando o indicador de mudança de direcção do lado esquerdo (ou direito se for o caso). Fora das localidades, o condutor deve ainda, utilizar os sinais sonoros para prevenir o outro condutor da intenção de ultrapassar (durante a noite pode substituir os sinais sonoros por sinais luminosos).

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Durante a realização da manobra de ultrapassagem

Execução

Durante a execução da manobra, o condutor tem que colocar o seu veículo paralelamente ao que pretende ultrapassar (mantendo a distância lateral suficiente) e para isso tem que aumentar a velocidade.

Como para executar a manobra o condutor tem de circular em sentido contrário, deve fazê-lo o mais rapidamente possível, sem exceder os limites impostos legalmente.

Após a realização da manobra de ultrapassagem

Assim que conclua a manobra, o condutor deve retomar a direita verificando que o pode fazer sem perigo: olhando os espelhos retrovisores para se certificar que existe distância suficiente entre si e o veículo ultrapassado, por foram a retomar a direita sem interferir na sua marcha e

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assinalar com a devida antecedência a sua intenção com o indicador de mudança de direcção do lado direito.

Obrigação de facultar a ultrapassagem

Todo o condutor deve, sempre que não haja obstáculo que o impeça, facultar a ultrapassagem:

» Desviando-se o mais possível para a direita ou, para a esquerda, nos casos em que a ultrapassagem deve ser feita pela direita;

» Não aumentando a velocidade enquanto não for ultrapassado.

Veículos de marcha lenta

Fora das localidades, em vias cuja faixa de rodagem só tenha uma via de trânsito afecta a cada sentido, os condutores de automóveis pesados, de veículos agrícolas, de máquinas industriais, de veículos de tracção animal ou de outros veículos que transitem em marcha lenta devem manter em relação aos veículos que os precedem uma distância não inferior a 50 m que permita a sua ultrapassagem com segurança.

Excepto: Quando os veículos referidos se preparem para fazer uma ultrapassagem e tenham assinalado devidamente a sua intenção.

Sempre que a largura livre da faixa de rodagem, o seu perfil ou o estado de conservação da via não permitam que a ultrapassagem se faça em

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termos normais com a necessária segurança, os condutores dos veículos referidos anteriormente devem reduzir a velocidade e parar, se necessário, para facilitar a ultrapassagem.

Ultrapassagens proibidas

Mesmo que não exista sinalização que o indique, a ultrapassagem é proibida

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Excepção:

É, no entanto, permitido ultrapassar nas lombas, imediatamente antes e nas passagens de nível e nas curvas de visibilidade reduzida, sempre que

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na faixa de rodagem sejam possíveis duas ou mais filas de trânsito no mesmo sentido, desde que a ultrapassagem não se faça pela parte da faixa de rodagem destinada ao trânsito em sentido oposto.

É, igualmente, permitido ultrapassar imediatamente antes e nos cruzamentos e entroncamentos sempre que a mesma se faça pela direita.

6.19 – Mudança de direcção – cuidados prévios

A manobra de mudança de direcção é das mais frequentes na circulação rodoviária. Está intimamente relacionada com a direcção/trajectória do veículo.

Page 174: Manual Instrutores

Por circunstâncias várias, traçados das vias, direcções pretendidas, trânsito, é impossível realizar um trajecto de forma totalmente rectilínea.

A mudança de direcção é a manobra que permite ao condutor alterar a trajectória do veículo, para tomar uma via confluente com aquele em que seguia.

O condutor só pode realizar esta manobra em local e por forma que da sua realização não resulte perigo ou embaraço para o trânsito.

Cuidados a observar:

Antes de efectuar a manobra de mudança de direcção, o condutor deve:

» Sinalizar a manobra com a devida antecedência, através do indicador de mudança de direcção correspondente e cessar o sinal logo que a manobra esteja concluída;» Verificar se não existe sinalização que proíba a realização da manobra, directa ou indirectamente;» Reduzir a velocidade e estar atento à possibilidade de encontrar peões, uma vez que, ao mudar de direcção o condutor deve ceder-lhes a passagem, independentemente de existirem ou não passagens assinaladas para a sua travessia (Contra – ordenação grave).» Certificar-se que não causa perigo ou embaraço ao trânsito.

6.19.1 – Posicionamento na faixa de rodagem

Mudança de direcção para a direita

O condutor que pretenda mudar de direcção para a direita deve aproximar-se, com a necessária antecedência e quanto possível, do limite direito da faixa de rodagem e efectuar a manobra no trajecto mais curto.

Page 175: Manual Instrutores

Sinalização que proíbe directamente a realização desta manobra:

Sinalização que proíbe indirectamente a realização desta manobra:

Nota: Para que os sentidos indicados pelas setas de selecção, possuam um carácter de obrigatoriedade, estas têm de estar colocadas em vias de trânsito delimitadas por linhas contínuas.

Page 176: Manual Instrutores

Mudança de direcção para a esquerda

Nas vias de sentido único, o condutor que pretenda mudar de direcção para a esquerda deve aproximar-se, com a necessária antecedência e o mais possível, do limite esquerdo da faixa de rodagem.

Nas vias com dois sentidos de trânsito, o condutor deve aproximar-se, com a necessária antecedência e o mais possível do eixo da faixa de rodagem, e efectuar a manobra de modo a entrar na via que pretende tomar pelo lado destinado ao seu sentido de circulação.

Se tanto na via que vai abandonar como naquela em que vai entrar o trânsito se processa nos dois sentidos, o condutor deve efectuar a manobra de modo a dar a esquerda ao centro de intersecção das duas vias.

Sinalização que proíbe directamente a realização desta manobra:

Page 177: Manual Instrutores

Sinalização que proíbe indirectamente a realização desta manobra:

6.20 - Inversão do sentido de marcha – precauções

A inversão do sentido de marcha é uma manobra que permite ao condutor colocar o veículo a circular, na mesma via, em sentido oposto (contrário) aquele que seguia.

Esta manobra, deve ser realizada em local e por forma a que da sua realização não resulte perigo ou embaraço para o trânsito.

Precauções que o condutor deve adoptar ao realizar a manobra de inversão do sentido de marcha:

Page 178: Manual Instrutores

» Verificar se não existe sinalização que proíba a realização da manobra, directa ou indirectamente – sinais verticais, marcas rodoviárias ou regras do código da estrada.

» Verificar se o local tem boa visibilidade e é apropriado para o efeito;

» Certificar-se que da realização da manobra não resulta perigo ou embaraço para os demais utentes da via.

» Sinalizar a manobra com a devida antecedência, através do indicador de mudança de direcção .

Nota: Enquanto estiver a realizar a manobra de inversão do sentido de marcha, o condutor deve manter activo o sinal de mudança de direcção, que deve cessar logo que a manobra esteja concluída;

Sinalização que proíbe directamente a realização da manobra

Sinalização que proíbe indirectamente a realização da manobra

Page 179: Manual Instrutores

Locais onde é proibida a manobra de inversão do sentido de marcha

Mesmo não existindo sinalização, é sempre proibido inverter o sentido de marcha:

Page 180: Manual Instrutores
Page 181: Manual Instrutores

A marcha atrás é a manobra que permite ao condutor circular com o veículo em sentido contrário ao da marcha normal do veículo, significa que o veículo circula da frente para trás (recua) relativamente à posição que ocupa na via.

Page 182: Manual Instrutores

Realização da manobra

A manobra de marcha atrás deve ser efectuada lentamente, no menor trajecto possível e só é permitida como manobra auxiliar ou de recurso.

Manobra auxiliar » porque facilita (auxilia) a realização de outras manobras, como o estacionamento ou a inversão do sentido de marcha.

Manobra de recurso » quando por exemplo seja necessário recorrer à manobra de marcha atrás para possibilitar o cruzamento de veículos em vias estreitas, ou obstruídas.

O condutor só pode efectuar esta manobra em local e por forma a que da sua realização não resulte perigo ou embaraço para o trânsito.

Precauções que o condutor deve adoptar ao realizar a manobra de marcha atrás:

» Verificar se o local é apropriado e com boa visibilidade

Page 183: Manual Instrutores

» Posicionar-se no veículo, de forma a poder observar o melhor possível tudo o que se passa à retaguarda do mesmo.» Certificar-se que da realização da manobra não resulta perigo para os demais utentes da via;» Assinalar com a necessária antecedência, a sua intenção aos demais utentes da via, com o sinal correspondente;» Efectuar a manobra lentamente e no menor trajecto possível

O condutor ao deve observar directamente o óculo traseiro do veículo. Se olhar apenas para os espelhos retrovisores, pode não conseguir perceber-se dos perigos que eventualmente possam existir nos ângulos mortos.

Ângulos mortos - área exterior que os condutores não conseguem ver nos espelhos retrovisores.

Locais em que é proibido fazer marcha atrás:Excepto, para possibilitar o cruzamento de veículos, nas vias onde este não seja possível sem recurso a marcha atrás, esta é sempre proibida:

Page 184: Manual Instrutores

» Nas lombas;» Nas curvas, rotundas e cruzamentos ou entroncamentos de visibilidade reduzida;» Nas pontes, passagens de nível e túneis;» Nas auto-estradas e respectivos acessos;» Nas vias reservadas a automóveis e motociclos e respectivos acessos;» Onde quer que a visibilidade seja insuficiente ou que a via, pela sua largura ou outras características, seja inapropriada à realização da manobra;»Sempre que se verifique grande intensidade de trânsito.

6.22 - Paragem e estacionamento

Considera-se paragem a imobilização de um veículo pelo tempo estritamente necessário para a entrada ou saída de passageiros ou para breves operações de carga ou descarga, desde que o condutor esteja pronto a retomar a marcha e o faça sempre que estiver a impedir ou a dificultar a passagem de outros veículos.

Considera-se estacionamento a imobilização de um veículo que não constitua paragem e que não seja motivada por circunstâncias próprias da circulação.

Como efectuar a paragem e o estacionamento:

Fora das localidades, a paragem e o estacionamento devem fazer-se fora das faixas de rodagem ou, sendo isso impossível e apenas no caso de paragem, o mais próximo possível do respectivo limite direito, paralelamente a este e no sentido da marcha.

Page 185: Manual Instrutores

Dentro das localidades, a paragem e o estacionamento devem fazer-se nos locais especialmente destinados a esse efeito e pela forma indicada ou na faixa de rodagem, o mais próximo possível do respectivo limite direito, paralelamente a este e no sentido da marcha.

Paragem de veículos de transporte colectivo

Nas faixas de rodagem, o condutor de veículo utilizado no transporte colectivo de passageiros só pode parar para a entrada e saída de passageiros nos locais especialmente destinados a esse fim. No caso de não existirem os locais referidos, a paragem deve ser feita o mais próximo possível do limite direito da faixa de rodagem.

Cuidados a observar pelo condutor:» Ao estacionar o veículo, o condutor deve deixar os intervalos indispensáveis à saída de outros veículos, à ocupação dos espaços vagos e ao fácil acesso aos prédios, bem como tomar as precauções indispensáveis para evitar que aquele se ponha em movimento.

Page 186: Manual Instrutores

» Sinalizar a manobra com a devida antecedência, através do indicador de mudança de direcção correspondente e cessar o sinal logo que a manobra esteja concluída;

» Verificar se o local é apropriado e se não existe sinalização que proíba a manobra.

» Imobilizar o veículo em condições de segurança: se for automóvel – accionar o travão de mão, desligar o motor e engrenar uma mudança que contrarie a inclinação da via. A subir engrena-se a 1ª velocidade, a descer a marcha atrás, se a via não tiver inclinação, regra geral a 1ª velocidade. Se não for suficiente deve orientar-se o eixo dianteiro do veículo para o bordo da faixa de rodagem.

Parques e zonas de estacionamento

Nos locais da via pública especialmente destinados ao estacionamento, quando devidamente assinalados, os condutores não podem transitar ou atravessar as linhas de demarcação neles existentes para fins diversos do estacionamento.

Os parques e zonas de estacionamento podem ser afectos a veículos de certas categorias, podendo a sua utilização ser limitada no tempo ou sujeita ao pagamento de uma taxa.

Nos parques e zonas de estacionamento podem, mediante sinalização, ser reservados lugares ao estacionamento de veículos afectos ao serviço de

Page 187: Manual Instrutores

determinadas entidades ou utilizados no transporte de pessoas com deficiência.

Nos parques e zonas de estacionamento é proibido estacionar:

Veículos destinados à venda de quaisquer artigos ou a publicidade de qualquer natureza;

Automóveis pesados utilizados em transporte público, quando não estejam em serviço, salvas as excepções previstas em regulamentos locais

Veículos de categorias diferentes daquelas a que o parque, zona ou lugar de estacionamento tenha sido exclusivamente afecto.

Page 188: Manual Instrutores

Por tempo superior ao estabelecido ou sem o pagamento da taxa.

De forma a que o veículo ocupe mais que um lugar de estacionamento.

Proibição de paragem ou estacionamento

Nas rotundas, pontes, túneis, passagens de nível, passagens inferiores ou superiores e em todos os lugares de visibilidade insuficiente.

A menos de 5 m para um e outro lado dos cruzamentos, entroncamentos ou rotundas.

A menos de 5 m para a frente e 25 m para trás dos sinais indicativos da paragem dos veículos de transporte colectivo de passageiros ou a menos de 6 m para trás daqueles sinais quando os referidos veículos transitem sobre carris.

Page 189: Manual Instrutores

A menos de 5 m antes e nas passagens assinaladas para a travessia de peões ou de velocípedes.

A menos de 20 m antes dos sinais verticais ou luminosos se a altura dos veículos, incluindo a respectiva carga, os encobrir;

Nas pistas de velocípedes, nos ilhéusdireccionais, nas placas centrais das rotundas, nos passeios e demais locais destinados ao trânsito de peões.

Na faixa de rodagem sempre que esteja sinalizada com linha longitudinal contínua e a distância entre esta e o veículo seja inferior a 3 m.

Page 190: Manual Instrutores

Nas faixas de rodagem e nas bermas das auto-estradas e das vias reservadas a automóveis e motociclos.

Fora das localidades, é ainda proibido:

NOS PARQUES E ZONAS DE ESTACIONAMENTO É PROIBIDO ESTACIONAR

Parar ou estacionar a menos de 50 m para um e outro lado dos cruzamentos, entroncamentos, rotundas, curvas ou lombas de visibilidade reduzida.

Estacionar na faixa de rodagem.

Parar na faixa de rodagem, a não ser que seja impossível fora dela.

Proibição de estacionamento:

Page 191: Manual Instrutores

Impedindo o trânsito de veículos ou obrigando à utilização da parte da faixa de rodagem destinada ao sentido contrário, conforme o trânsito se faça num ou em dois sentidos.

Nas faixas de rodagem, em segunda fila, e em todos os lugares em que impeça o acesso a veículos devidamente estacionados, a saída destes ou a ocupação de lugares vagos.

Nos lugares por onde se faça o acesso de pessoas ou veículos a propriedades, a parques ou a lugares de estacionamento.

A menos de 10 m para um e outro lado das passagens de nível.

Page 192: Manual Instrutores

A menos de 5 m para um e outro lado dos postos de abastecimento de combustíveis.

Nos locais reservados, mediante sinalização, ao estacionamento de determinados veículos.

De veículos agrícolas, máquinas industriais, reboques ou semi-reboques quando não atrelados ao veículo tractor, salvo nos parques de estacionamento especialmente destinados a esse efeito;

Nas zonas de estacionamento de duração limitada quando não for cumprido o respectivo regulamento.

Page 193: Manual Instrutores

De veículos ostentando qualquer informação com vista à sua transacção, em parques de estacionamento.

Sinalização que proíbe a paragem e o estacionamento

Sinais verticais

Marcas rodoviárias

6.22.2 - Estacionamento abusivo - Abandono, bloqueamento e remoção de veículos

Estacionamento indevido ou abusivo

Considera-se estacionamento indevido ou abusivo:

Page 194: Manual Instrutores

O de veículo, durante 30 dias ininterruptos , em local da via pública ou em parque ou zona de estacionamento isentos do pagamento de qualquer taxa;

O veículo que esteja estacionado, em parque de estacionamento, quando as taxas correspondentes a cinco dias de utilização não tiverem sido pagas;

O de veículo, em zona de estacionamento condicionado ao pagamento de taxa, quando esta não tiver sido paga ou tiverem decorrido duas horas para além do período de tempo pago;

O de veículo que permanecer em local de estacionamento limitado mais de duas horas para além do período de tempo permitido;

O de veículos agrícolas, máquinas industriais, reboques e semi-reboques não atrelados ao veículo tractor e o de veículos publicitários que permaneçam no mesmo local por tempo superior a

Page 195: Manual Instrutores

setenta e duas horas, ou a 30 dias, se estacionarem em parques a esse fim destinados;

O que se verifique por tempo superior a quarenta e oito horas, quando se trate de veículos que apresentem sinais exteriores evidentes de abandono, de inutilização ou de impossibilidade de se deslocarem com segurança pelo seus próprios meios;

O de veículos ostentando qualquer informação com vista à sua transacção, em parque de estacionamento;

Bloqueamento e remoção

Podem ser removidos os veículos que se encontrem:

a) Estacionados indevida ou abusivamente;b) Estacionados ou imobilizados na berma de auto-estrada ou via

equiparada;

Page 196: Manual Instrutores

c) Estacionados ou imobilizados de modo a constituírem evidente perigo ou grave perturbação para o trânsito;

d) Estacionados ou imobilizados em locais que, por razões de segurança, de ordem pública, de emergência, de socorro ou outros motivos análogos, justifiquem a remoção.

Considera-se que constituem evidente perigo ou grave perturbação para o trânsito, entre outros, os seguintes casos de estacionamento ou imobilização:

a) Em via ou corredor de circulação reservados a transportes públicos7;b) Em local de paragem de veículos de transporte colectivo de passageiros;c) Em passagem de peões sinalizada8;d) Em cima dos passeios ou em zona reservada exclusivamente ao trânsito de peões;

7 Verificada qualquer das situações previstas nas alíneas a), b) e c) , as autoridades competentes para a fiscalização podem bloquear o veículo através de dispositivo adequado, impedindo a sua deslocação até que se possa proceder à remoção.

8 No caso de não ser possível a remoção imediata, as autoridades competentes para a fiscalização devem, também, proceder à deslocação provisória do veículo para outro local, a fim de aí ser bloqueado até à remoção.

e) Na faixa de rodagem, sem ser junto da berma ou passeio;f) Em local destinado ao acesso de veículos ou peões a propriedades, garagens ou locais de estacionamento;g) Em local destinado ao estacionamento de veículos de certas categorias, ao serviço de determinadas entidades ou utilizados no transporte de pessoas com deficiência;h) Em local afecto à paragem de veículos para operações de carga e descarga ou tomada e largada de passageiros;

Page 197: Manual Instrutores

i) Impedindo o trânsito de veículos ou obrigando à utilização da parte da faixa de rodagem destinada ao sentido contrário, conforme o trânsito se faça num ou em dois sentidos;j) Na faixa de rodagem, em segunda fila;l) Em local em que impeça o acesso a outros veículos devidamente estacionados ou a saída destes;m) De noite, na faixa de rodagem, fora das localidades, salvo em caso de imobilização por avaria devidamente sinalizada;n) Na faixa de rodagem de auto-estrada ou via equiparada.

O desbloqueamento do veículo só pode ser feito pelas autoridades competentes, sendo qualquer outra pessoa que o fizer sancionada com coima.

Quem for titular do documento de identificação do veículo (proprietário) é responsável por todas as despesas ocasionadas pela remoção, sem prejuízo das sanções legais aplicáveis, ressalvando-se o direito de regresso contra o condutor.

Abandono de veículos

Removido o veículo, deve ser notificado o titular do documento de identificação do veículo, para a residência constante do respectivo registo, para o levantar no prazo de 45 dias. Se o veículo não for reclamado dentro deste prazo é considerado abandonado e adquirido por ocupação pelo Estado ou pelas autarquias locais.

Page 198: Manual Instrutores

Tendo em vista o estado geral do veículo, se for previsível um risco de deterioração que possa fazer recear que o preço obtido em venda em hasta pública não cubra as despesas decorrentes da remoção e depósito, o prazo previsto no número anterior é reduzido a 30 dias.

O veículo é considerado imediatamente abandonado quando essa for a vontade manifestada expressamente pelo seu proprietário.

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IV – As vias de trânsito

Classificação das vias e adaptação da condução a factores externos

– Classificação das vias

A Rede Rodoviária Nacional é constituída pela:Rede Nacional Fundamental que integra os:

Itinerários Principais (IP's),e pela Rede Nacional Complementar formada por Itinerários Complementares (IC's) e pelas estradas nacionais (EN), que asseguram a ligação entre a rede nacional fundamental e os

Page 199: Manual Instrutores

centros urbanos de influência concelhia ou supra – concelhia, mas infradistrital.

Itinerário Principal ou IP é a designação dada às estradas que ligam as capitais de distrito e os centros de influência supra-distrital aos portos, aeroportos e fronteiras do país.

Itinerário Complementar designa as estradas que estabelecem ligações de maior interesse regional, bem como as principais vias envolventes e de acesso aos grandes centros urbanos como Lisboa e Porto.

As Auto-Estradas podem integrar-se tanto na Rede Fundamental como na Complementar. Cada uma das Auto-Estradas tem uma numeração própria, independente da numeração dos troços de IP ou IC.

As Estradas Regionais (ER's) surgem a partir da transformação de parte das antigas EN's e asseguram as ligações com interesse supra - municipal e complementam a rede rodoviária nacional.

Auto-estrada — via pública destinada a trânsito rápido, com separação física de faixas de rodagem, sem cruzamentos de nível

Page 200: Manual Instrutores

nem acesso a propriedades marginais, com acessos condicionados e sinalizada como tal.

Berma — superfície da via pública não especialmente destinada ao trânsito de veículos e que ladeia a faixa de rodagem.

Caminho — via pública especialmente destinada ao trânsito local em zonas rurais;

Corredor de circulação — via de trânsito reservada a veículos de certa espécie ou afectos a determinados transportes

Page 201: Manual Instrutores

Cruzamento — zona de intersecção de vias públicas ao mesmo nível

Eixo da faixa de rodagem — linha longitudinal, materializada ou não, que divide uma faixa de rodagem em duas partes, cada uma afecta a um sentido de trânsito

Entroncamento — zona de junção ou bifurcação de vias públicas

Page 202: Manual Instrutores

Faixa de rodagem — parte da via pública especialmente estinada ao trânsito de veículos;

Ilhéu direccional — zona restrita da via pública, interdita à circulação de veículos e delimitada por lancil ou marcação apropriada, destinada a orientar o trânsito;

Localidade — zona com edificações e cujos limites são assinalados com os sinais regulamentares;

Page 203: Manual Instrutores

Parque de estacionamento — local exclusivamente destinado ao estacionamento de veículos;

Passagem de nível — local de intersecção ao mesmo nível de uma via pública ou equiparada com linhas ou ramais ferroviários;

Passeio — superfície da via pública, em geral sobrelevada, especialmente destinada ao trânsito de peões e que ladeia a faixa de rodagem

Page 204: Manual Instrutores

Pista especial — via pública ou via de trânsito especialmente destinada, de acordo com sinalização, ao trânsito de peões, de animais ou de certa espécie de veículos;

Rotunda — praça formada por cruzamento ou entroncamento onde o trânsito se processa em sentido giratório e sinalizada como tal;

Page 205: Manual Instrutores

Via de abrandamento — via de trânsito resultante do alargamento da faixa de rodagem e destinada a permitir que os veículos que vão sair de uma via pública diminuam a velocidade já fora da corrente de trânsito principal;

Via de aceleração — via de trânsito resultante do alargamento da faixa de rodagem e destinada a permitir que os veículos que entram numa via pública adquiram a velocidade conveniente para se incorporarem na corrente de trânsito principal

Via de sentido reversível — via de trânsito afecta alternadamente, através de sinalização, a um ou outro dos sentidos de trânsito

Page 206: Manual Instrutores

Via de trânsito — zona longitudinal da faixa de rodagem destinada à circulação de uma única fila de veículos;

Via equiparada a via pública — via de comunicação terrestre do domínio privado aberta ao trânsito público

Via pública — via de comunicação terrestre afecta ao trânsito público;

Page 207: Manual Instrutores

Via reservada a automóveis e motociclos — via pública onde vigoram as normas que disciplinam o trânsito em auto-estrada e sinalizada como tal

Zona de estacionamento — local da via pública especialmente destinado, por construção ou sinalização, ao estacionamento de veículos.

Condução em auto-estrada: monotonia e hipnose da elocidade, adaptação da condução à entrada e saída destas vias

Page 208: Manual Instrutores

As auto-estradas são vias destinadas a trânsito rápido, com separação física de faixas de rodagem, sem cruzamentos de nível nem acessos a propriedades marginais, com acessos condicionados e sinalizada como tal.

Apesar da velocidade mínima ser de apenas 50 km/h, a circulação a baixas velocidades pode colocar em risco a segurança do condutor e dos outros utentes.

Perante a elevada velocidade a que se circula nestas vias, o condutor deve aumentar a distância de segurança e utilizar regularmente os espelhos retrovisores.

A condução nestas vias tende a ser monótona, uma vez que existem menos índices. Em viagens de longa duração o condutor deve parar de 2 em 2 horas, a fim de minimizar os efeitos do sono e da fadiga.

Ao entrar na auto-estrada é fundamental que o condutor aumente a sua velocidade, utilizando a via de aceleração, até que circule a uma velocidade semelhante à dos veículos que já circulam naquela via. A entrada na auto-estrada a velocidade baixa é um factor de risco muito elevado.

Page 209: Manual Instrutores

Ao sair da auto-estrada o condutor deve reduzir a velocidade utilizando as vias de desaceleração e adaptar-se a um ritmo de condução mais lento. É habitual os condutores perderem a noção da velocidade a que circulam e despistarem-se à saída destas vias, fenómeno designado por hipnose da velocidade.

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V – O Veículo e seus constituintes

1—O veículo

1.1Motociclos, ciclomotores, triciclos e quadriciclos

Motociclo é o veículo dotado de duas rodas, com ou sem carro lateral, com motor de propulsão com cilindrada superior a 50 cm3, no caso de motor de combustão interna, ou que, por construção, exceda em patamar a velocidade de 45 km/h.

Ciclomotor é o veículo dotado de duas ou três rodas, com uma velocidade máxima, em patamar e por construção, não superior a 45 km/h, e cujo motor:

a) No caso de ciclomotores de duas rodas, tenha cilindrada não superior a 50 cm3, tratandose de motor de combustão

Page 210: Manual Instrutores

interna ou cuja potência máxima não exceda 4 kW, tratando-se de motor eléctrico;

b) No caso de ciclomotores de três rodas, tenha cilindrada não superior a 50 cm3, tratando-se de motor de ignição comandada ou cuja potência máxima não exceda 4 kW, no caso de outros motores de combustão interna ou de motores eléctricos.

Triciclo é o veículo dotado de três rodas dispostas simetricamente, com motor de propulsão com cilindrada superior a 50 cm3, no caso de motor de combustão interna, ou que, por construção, exceda em patamar a velocidade de 45 km/h.

Page 211: Manual Instrutores

Quadriciclo é o veículo dotado de quatro rodas, classificando-se em:

Ligeiro — veículo com velocidade máxima, em patamar e por construção, não superior a 45km/h, cuja massa sem carga não exceda 350kg, excluída a massa das baterias no veículo eléctrico, e com motor de cilindrada não superior a 50 cm3, no caso de motor de ignição comandada, ou cuja potência máxima não seja superior a 4 kW, no caso de outros motores de combustão interna ou de motor eléctrico;

Pesado — veículo com motor de potência não superior a 15 kW e cuja massa sem carga, excluída a massa das baterias no caso de veículos eléctricos, não exceda 400 kg ou 550 kg, consoante se destine, respectivamente, ao transporte de passageiros ou de mercadorias.

Page 212: Manual Instrutores

1.2- Automóveis ligeiros e pesados

Automóvel é o veículo com motor de propulsão, dotado de pelo menos quatro rodas, com tara superior a 550 kg, cuja velocidade máxima é, por construção, superior a 25km/h, e que se destina, pela sua função, a transitar na via pública, sem sujeição a carris

Os automóveis classificam-se em ligeiros e pesados, em função do seu peso e lotação, como veremos. Se o seu peso bruto for inferior a 3500Kg e a sua lotação não for superior a nove lugares incluindo o do condutor, estaremos em presença de um ligeiro. Se o seu peso bruto for superior a 3500Kg, e lotação superior a nove lugares, incluindo o dos condutor, então estaremos em presença de um pesado.

Ligeiros — veículos com peso bruto igual ou inferior a 3500kg e com lotação não superior a nove lugares, incluindo o do condutor

Page 213: Manual Instrutores

Pesados – veículos com peso bruto superior a 3500Kg ou com lotação superior a nove lugares, incluindo o do condutor

Os automóveis ligeiros ou pesados incluem-se, segundo a sua utilização, nos seguintes tipos:

De passageiros — os veículos que se destinam ao transporte de pessoas

Os veículos pesados de passageiros classificam-se, ainda, segundo as seguintes categorias e de acordo com os percursos realizados, quando transitam:

Categoria I - apenas dentro das localidades, percursos curtos e urbanos, com paragens frequentes, com passageiros em pé à frente e atrás;

Page 214: Manual Instrutores

Categoria II – dentro e fora das localidades, em percursos interurbanos, com paragens frequentes, com passageiros em pé só na coxia

Categoria III – em todas as estradas, em percursos longos, com passageiros exclusivamente sentados.

De mercadorias — os veículos que se destinam ao transporte de carga

Tractores – veículos construídos para desenvolver esforço de tracção sem comportar carga útil

Especiais – os veículos destinados ao desempenho de uma função específica, diferente do transporte normal de pessoas e carga.

Page 215: Manual Instrutores

1.4—Veículos agrícolas: máquinas industriais e veículos sobre carris

Tractor agrícola ou florestal é o veículo com motor de propulsão, de dois ou mais eixos, cuja função principal reside na potência de tracção, especialmente concebido para ser utilizado com reboques, alfaias ou outras máquinas destinadas a utilização agrícola ou florestal. Sendo considerado pesado ou ligeiro consoante o seu peso bruto exceda ou não 3500 kg.

Máquina agrícola ou florestal é o veículo com motor de propulsão, de dois ou mais eixos, destinado exclusivamente à execução de trabalhos agrícolas ou florestais, que só excepcionalmente transita na via pública,

Page 216: Manual Instrutores

Motocultivador é o veículo com motor de propulsão, de um só eixo, destinado à execução de trabalhos agrícolas ligeiros, que pode ser dirigido por um condutor a pé ou em reboque ou retrotrem atrelado ao referido veículo.

O motocultivador ligado a reboque ou retrotrem é equiparado, para efeitos de circulação, a tractor agrícola.

Tractocarro é o veículo com motor de propulsão, de dois ou mais eixos, provido de uma caixa de carga destinada ao transporte de produtos agrícolas ou florestais e cujo peso bruto não ultrapassa 3500kg, sendo equiparado, para efeitos de circulação, a tractor agrícola.

Page 217: Manual Instrutores

Veículo sobre carris é aquele que, independentemente do sistema de propulsão, se desloca sobre carris.

Máquina industrial é o veículo com motor de propulsão, de dois ou mais eixos, destinado à execução de obras ou trabalhos industriais e que só eventualmente transita na via pública, sendo pesado ou ligeiro consoante o seu peso bruto exceda ou não 3500Kg.

1.5— Veículos únicos e conjuntos de veículos: veículos articulados e comboios turísticos

Page 218: Manual Instrutores

Consideram-se veículos únicos:

O automóvel pesado composto por dois segmentos rígidos permanentemente ligados por uma secção articulada que permite a comunicação entre ambos

Comboio turístico constituído por um tractor e um ou mais reboques destinados ao transporte de passageiros em pequenos percursos e com fins turísticos ou de diversão.

Conjunto de veículos é o grupo constituído por um veículo tractor e seu reboque ou semi-reboque.

Para efeitos de circulação, o conjunto de veículos é equiparado a veículo único.

Page 219: Manual Instrutores

Veículos de tracção animal

Veículo de tracção animal – é o veículo em que o esforço de tracção é realizado por um animal.

1.6—Outros veículos: velocípede com e sem motor,reboque, semi-reboque e veículos de tracção animal

Velocípede é o veículo com duas ou mais rodas accionado pelo esforço do próprio condutor por meio de pedais ou dispositivos análogos.

Velocípede com motor é o velocípede equipado com motor auxiliar eléctrico com potência máxima contínua de 0,25 kW, cuja alimentação é reduzida progressivamente com o aumento da velocidade e interrompida se atingir a velocidade de 25 km/h, ou antes, se o ciclista deixar de pedalar.

Page 220: Manual Instrutores

Os velocípedes com motor e as trotinetas com motor são equiparados a velocípedes.

Reboques

Reboque é o veículo destinado a transitar atrelado a um veículo a motor.

Page 221: Manual Instrutores

Semi-reboque é o reboque cuja parte da frente assenta sobre o veículo a motor, distribuindo o peso sobre este.

Os veículos referidos anteriormente tomam a designação de reboque ou semi-reboque agrícola ou florestal quando se destinam a ser atrelados a um tractor agrícola ou a um motocultivador.

Máquina agrícola ou florestal rebocável é a máquina destinada a trabalhos agrícolas ou florestais que só transita na via pública quando rebocada.

Máquina industrial rebocável - é a máquina destinada a trabalhos industriais que só transita na via pública quando rebocada.

Page 222: Manual Instrutores

A cada veículo a motor não pode ser atrelado mais de um reboque.

É proibida a utilização de reboques em transporte público de passageiros, excepto a utilização de um reboque destinado ao transporte de bagagem nos veículos pesados afectos ao transporte de passageiros, de reboques em comboios turísticos, bem como, nos termos a fixar em regulamento local, de reboques em tractores agrícolas ou florestais.

Reboque de veículos de duas rodas e carro lateral

Os motociclos, triciclos, quadriciclos, ciclomotores e velocípedes podem atrelar, à retaguarda, um reboque de um eixo destinado ao transporte de carga

Aos motociclos de cilindrada superior a 125cm3 pode ser acoplado carro lateral destinado ao transporte de um passageiro

Page 223: Manual Instrutores

1.7 — Caracterização de veículos de duas, três e quatro rodas

A circulação de veículos de duas, três e quatro rodas, implica um cuidado especial, por parte dos condutores de veículos automóveis, devido ao facto destes veículos apresentarem um conjunto de características que os tornam muito vulneráveis. O facto de serem desprovidos de caixa rígida e de carroçaria faz com que os seus ocupantes apresentem grande exposição aos perigos do ambiente rodoviário, o que significa que em caso de acidente os seus corpos são expostos ao risco de forma evidente.

A condução de veículos de duas rodas exige bastante equilíbrio por parte do condutor, por isso, dada a dificuldade de manter estabilidade de circulação, o condutor deve abster-se da realização de quaisquer manobras que possam prejudicar esse mesmo equilíbrio

Por outro lado, os espelhos retrovisores destes veículos têm mais ângulos mortos que os dos automóveis. Pelo que ao iniciar uma manobra, o condutor, pode não se aperceber que está a ser ultrapassado.

Page 224: Manual Instrutores

Os condutores de automóveis também devem ter em consideração que ao ultrapassar um veículo de duas rodas a deslocação da massa de ar que envolve o veículo, em especial os pesados, pode desestabilizar a trajectória dos veículos de duas rodas. Resulta que, quando o condutor de outro veículo se aproxima de um veículo de duas rodas, deve prever este tipo de situação e evitar passar demasiado próximo dele.

Como têm muito pouca envergadura, estes veículos podem passar em espaços estreitos e como, em alguns deles (velocípedes), a marcha é bastante lenta, circulam muito próximo dos passeios e dos veículos estacionados. Deve-se ainda ter a precaução de verificar, se um destes condutores não transita entre o passeio e o nosso veículo, quando pretendemos mudar de direcção à direita, ou se não se aproximam, quando pretendemos, por exemplo, abrir uma porta para sair da viatura.

Em resumo, perante veículos de duas três e quatro rodas, sobretudo dos que não foram providos de caixa rígida, devemos ter em atenção a suas características de condução, assim como a sua resultante estabilidade, vulnerabilidade, imprevisibilidade e fragilidade.

O código da estrada estabelece um conjunto de regras especiais de condução a observar pelos condutores de motociclos, ciclomotores e velocípedes, reconhecendo a sua fragilidade, os riscos que oferecem bem como as suas características especiais de condução, sendo-lhes proibido:

» Conduzir com as mãos fora do guiador, excepto para assinalar qualquer manobra

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» Seguir com os pés fora dos pedais ou dos apoios

» Fazer-se rebocar

» Levantar a roda da frente ou de trás no arranque ou em circulação

» Seguir a par, salvo se transitarem em pista especial e não causarem perigo ou embaraço para o trânsito.

» Transportar, nos motociclos, triciclos, quadriciclos e ciclomotores, passageiros de idade inferior a 7 anos de idade, salvo tratando-se de veículos providos de caixa rígida não destinada apenas ao transporte de carga. Exceptua-se o transporte de crianças em dispositivos especialmente adaptados para o efeito, desde que utilizem capacete devidamente homologado

» Transitar afastados das bermas ou passeios – só para velocípedes

Os condutores de velocípedes devem transitar o mais próximo possível das bermas ou passeios, mesmo nos casos em que, no mesmo sentido de trânsito, sejam possíveis duas os mais filas de trânsito. Os velocípedes só podem transportar o respectivo condutor, salvo se forem dotados de mais de um par de pedais capaz de accionar o veículo, nesse caso, o número máximo de pessoas a transportar deve corresponder ao número de pares pedais.

Page 226: Manual Instrutores

A infracção a cada uma destas regras, constitui contra-ordenação sancionada com coima de €60 a €300, salvo se se tratar de condutor de velocípede, caso em que a coima será de €30 a €150.

1.8 — Pesos e dimensões: definições de peso bruto, tara e dimensões exteriores

Os veículos em circulação apresentam algumas características identificadoras que são sempre sujeitas a homologação pelos serviços do IMTT, a realizar pelos fabricantes e construtores.

As definições de peso bruto, tara, peso total bem como as indicações relativas às dimensões dos veículos são fundamentais na sua classificação, e legalização. Assim, a admissão de circulação na via pública, fica sujeita à exibição de um livrete ou documento único, onde constam todos esses registos e características.

Peso bruto: conjunto da tara e da carga que o veículo pode transportar.

Tara: peso do veículo em ordem de marcha, sem passageiros nem carga, com o líquido de arrefecimento, lubrificantes, 90% do total de combustível, 100% dos outros fluidos, excepto águas

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residuais, ferramentas e roda de reserva, quando esta seja obrigatória, e o condutor (75kg), devendo ainda ser considerado, no caso dos veículos pesados de passageiros, o peso do guia (75kg), se estiver previsto um lugar específico para o mesmo.

Peso Total: é o conjunto da tara e da carga que o veículo transporta no momento.

Peso bruto por eixo: peso resultante da distribuição do peso bruto por um eixo ou grupo de eixos.

Peso bruto rebocável: capacidade máxima de carga rebocável dos veículos automóveis e tractores agrícolas.

Dimensões: medidas de comprimento, largura e altura do contorno envolvente de um veículo, compreendendo todos os acessórios para os quais não esteja prevista uma excepção.

Lotação: número de passageiros que o veículo pode transportar, incluindo o condutor.

1.8.1- Peso máximo dos veículos segundo o número de eixos

Conjunto veículo tractor semi- reboque de:

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Automóvel pesado de passageiros articulado de:

Conjunto veículo a motor reboque de:

1.8.3 - Dimensões Máximas dos Veículos

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Altura máximaA altura máxima para qualquer veículo é de 4 metros a contar do solo.

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1.8.5 - Classificação europeia de veículos

Além da classificação que acabamos de analisar, teremos de considerar a classificação europeia de veículos, segundo as normas comunitárias:

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VI – Habilitação legal para conduzir

Habilitação legal para conduzir

Só pode conduzir um veículo a motor na via pública quem estiver legalmente habilitado para o efeito, embora seja permitido que os instruendos e examinandos conduzam veículos a motor, de acordo com as regras aplicáveis.

Crime de condução sem habilitação legal

A condução de automóveis ou motociclos na via pública ou via equiparada, sem que o condutor esteja devidamente habilitado, é punível com prisão até 2 anos ou multa até 240 dias.

Tratando-se de qualquer outro veículo a motor, a pena é de prisão até 1 ano ou multa até 120 dias.

Títulos de Condução

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1.1.Os documentos que habilitam a conduzir veículos motorizados na via pública designam-se por:

a) Carta de Condução: Habilita a conduzir automóveis, motociclos de cilindrada superior a 50cm3, triciclos e quadriciclos – categorias A,B,C e D, ou subcategorias A1,B1,C1,D1.

b) Licença de Condução: Habilita a conduzir, motociclos de cilindrada não superior a 50cm3, ciclomotores e veículos agrícolas.

Estes documentos são emitidos pelo Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT) e válidos para as categorias ou subcategorias de veículos e períodos de tempo neles averbados.

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1.1.2Carta de condução com carácter provisório

A carta de condução emitida a favor de quem não se encontra já legalmente habilitado para conduzir qualquer das categorias ou subcategorias de veículos nela previstas, tem carácter provisório e só se converte em definitiva se, durante os três primeiros anos do seu período de validade, não for instaurado ao respectivo titular procedimento pela prática de crime ou contraordenação a que corresponda proibição ou inibição de conduzir.

Se durante esse período, for instaurado o procedimento referido, a carta de condução mantém o carácter provisório até que essa decisão transite em julgado(*) ou se torne definitiva(*).

Este regime também se aplica aos titulares de carta de condução válida apenas para as subcategorias A1 ou B1, quando obtenham habilitação em nova categoria, mesmo que o título inicial tenha mais de três anos.

Os veículos conduzidos por titulares de carta de condução com carácter provisório devem ostentar à retaguarda, nos termos regulamentares, o dístico apropriado que o identifica como tal.

Sempre que mudarem de domicílio, os condutores devem comunicá-lo, no prazo de 30 dias, à entidade competente para a emissão dos títulos de condução.

Glossário:Decisão transitada em julgado decisão aplicada pelos tribunais e consiste em estar excluída a possibilidade de recurso não podendo a decisão ser impugnada e alterada.

Page 236: Manual Instrutores

Decisão definitiva decisão aplicada por entidade administrativa e consiste em não ser passível de recurso, sendo definitiva e executória.

A carta de condução habilita a conduzir as seguintes categorias ou subcategorias.

Subcategoria Veículo a que habilita IdadeMínima

SubcategoriaA1

Motociclos de cilindrada não superior a 125 cm3e de potência máxima até 11 KW.

16 anos *

SubcategoriaB1

Triciclos e quadriciclos. 16 anos *

Subcategoria C1

Automóveis pesados de mercadorias cujo pesobruto não exceda 7500 kg, a que pode seratrelado um reboque de peso bruto até 750 kg.

21 anos ***

Subcategoria D1

Automóveis pesados de passageiros comlotação até 17 lugares sentados incluindo o docondutor, a que pode ser atrelado um reboque de peso bruto até 750 kg.

1 anos

Subcategoria C1+E

Conjuntos de veículos compostos por veículotractor da subcategoria C1 e reboque com pesobruto superior a 750 kg, desde que o pesobruto do conjunto não exceda 12000 kg e opeso bruto do reboque não exceda a tara doveículo tractor.

21 anos ***

Page 237: Manual Instrutores

Subcategoria D1+E

Conjuntos de veículos compostos por veículotractor da subcategoria D1 e reboque com peso bruto superior a 750kg, desde que, cumulativamente, o peso bruto do conjunto não exceda 12000 kg, o peso bruto do reboque não exceda a tara do veículo tractor e reboque não seja utilizado para o transporte de pessoas.

21 anos

Categoria Veículo a que habilita IdadeMínima

Categoria AMotociclos de cilindrada superior a 50 cm3, com ou sem carro lateral.

18 anos **

Categoria B

Automóveis ligeiros ou conjuntos de veículos compostos por automóvel ligeiro e reboque de peso bruto até 750 kg ou, sendo este superior, com peso bruto do conjunto não superior a 3500 kg, não podendo, neste caso, o peso bruto do reboque exceder a tara do veículo motor.

18 anos

Categoria CAutomóveis pesados de mercadorias, a que pode ser atrelado reboque de peso bruto até 750 kg.

21 anos ***

Categoria DAutomóveis pesados de passageiros, a que pode ser atrelado reboque de peso bruto até 750 kg.

21 anos

Page 238: Manual Instrutores

Categoria B+E

Conjuntos de veículos compostos por um automóvel ligeiro e reboque cujos valores excedam os previstos para a categoria B.

18 anos

Categoria C+E

Conjuntos de veículos compostos por veículo tractor da categoria C e reboque com peso bruto superior a 750 kg.

21 anos ***

Categoria D+E

Conjuntos de veículos compostos por veículo tractor da categoria D e reboque com peso bruto superior a 750 kg.

21 anos

* A obtenção de título de condução por pessoa com idade inferior a 18 anos depende, ainda, de autorização escrita de quem sobre ela exerça o poder paternal

** Restrições:só pode conduzir motociclos de potência superior a 25 KW e com uma relação potência/peso superior a 0,16 kW/kg, ou, se tiver carro lateral, com uma relação potência/peso superior a 0,16 KW/kg, quem:

a) Esteja habilitado, há pelo menos dois anos, a conduzir veículos da categoria A, descontado o tempo em que tenha estado proibido ou inibido de conduzir ou

b) ) Seja maior de 21 anos e tenha sido aprovado em prova prática realizada em motociclo sem carro lateral e de potência igual ou superior a 35 KW

*** ou 18 anos desde que, neste caso, possua certificado de aptidão profissional comprovativo da frequência, com aproveitamento, de um curso de formação de condutores de transportes rodoviários de mercadorias efectuado nos termos fixados em regulamento

Os titulares de carta de condução válida para a condução de veículos da categoria B que tenham idade inferior a 25 anos e não sejam titulares de habilitação legal para a condução de ciclomotores estão sujeitos, à realização e aprovação em exame prático, sendo facultativa a instrução adicional em escola de condução.

Page 239: Manual Instrutores

1 Os titulares de carta de condução válida para a categoria B, cuja habilitação tenha sido obtida até 30 de Março de 1998, permanecem habilitados para a condução de ciclomotores, motociclos e triciclos de cilindrada não superior a 50cm3,tractores agrícolas ou florestais com reboque ou com máquina agrícola ou florestal rebocada, desde que o peso bruto do conjunto não exceda 6000 Kg.

Licenças de condução

Documento que habilita a conduzir os seguintes veículos:a) Ciclomotoresb) Motociclos de cilindrada não superior a 50 cm3;c) Veículos agrícola

Licença de condução de ciclomotores e motociclos de cilindrada não superior a 50cm3

Esta licença de condução habilita a conduzir uma ou ambas as categorias de veículos nela averbadas.

Licença especial de condução de ciclomotores

Esta licença é emitida pelo IMTT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, a indivíduos com idade não inferior a 14 anos que não tenham completado os 16 anos e satisfaçam as seguintes condições:

» Ter entre 14 e 15 anos;» Atestado médico comprovativo de que possuem a aptidão física e mental exigida;» Certificado de frequência, no mínimo, 7º ano de escolaridade obrigatória, com aproveitamento no ano lectivo anterior;

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» Sejam aprovados em exame após frequência de acção especial de formação.

1.1.3.Validade

» Caducam automaticamente quando o seu titular perfizer 16 anos.» São canceladas as licenças especiais de condução quando o seu titular pratique uma infracção para a qual seja prevista a sanção de proibição ou inibição de conduzir.

A licença de condução de veículos agrícolas habilita a conduzir uma ou mais das seguintes categorias de veículos:

- Motocultivadores com reboque ou retrotrem e tractocarros de peso bruto não superior a 2500kg;

Os titulares de licença de condução de veículos agrícolas válida para veículos da categoria I consideram-se habilitados para a condução de máquinas industriais com peso bruto não superior a 2500kg.

Idade mínima: 16 anos-Tractores agrícolas ou florestais simples ou com equipamentos montados, desde que o peso bruto do conjunto não exceda 3500 kg;

-Tractores agrícolas ou florestais com reboque ou máquina agrícola ou florestal rebocada, desde que o peso bruto do conjunto não exceda 6000 kg;

- Máquinas agrícolas ou florestais ligeiras e tractocarros de peso bruto superior a 2500 kg;

Os titulares de licença de condução de veículos agrícolas válida para veículos da categoria II consideram-se habilitados para a condução de veículos

Page 241: Manual Instrutores

da categoria I.

Idade mínima: 16 anos-Tractores agrícolas ou florestais com ou sem reboque e máquinas agrícolas pesadas.

Os titulares de licença de condução de veículos agrícolas válida para veículos da categoria III consideram-se habilitados para a condução de veículos das categorias I e II.

Idade Mínima : 18 anos

1.1.3 Validade dos Títulos de Condução

A habilitação para conduzir titulada por carta ou licença de condução é válida pelos períodos averbados nos respectivos títulos.

O termo de validade da carta e da licença de condução ocorre nas datas em que os seus titulares perfaçam as idades seguintes:

Categorias e Subcategorias Validade

A1 e A – MotociclosB, B+E – Automóveis Ligeiros com ou sem reboqueB1 – Triciclos e QuadriciclosCiclomotores, Motociclos < 50cm3 e Veículos agrícolas

50,60,65,70Posteriormente no máximo de 2 em 2 anos

C, C1, C+E, C1+EAutomóveis Pesados de Mercadorias com ou sem reboque

40,45,50,55,60,65,68Posteriormente no máximo de 2 em 2 anos.

D, D1, D+E, D1+EAutomóveis Pesados de Passageiros com ou sem reboque

40,45,50,55,60,65A partir dos 65 anos a caducidade é definitiva

Page 242: Manual Instrutores

Notas:» Só podem conduzir automóveis das categorias D e D+E, das subcategorias D1 e D1+E e ainda da categoria C+E cujo peso bruto exceda 20 000 kg os condutores até aos 65 anos de idade.

» Podem ainda ser impostas aos condutores, em resultado de exame medico ou psicológico, restrições para o exercício da condução, prazos especiais para a revalidação dos títulos ou adaptações específicas ao veículo que conduzam, as quais devem ser sempre mencionadas no respectivo título.

1.2 Revalidação das cartas de condução – antes da entrada em vigor dos CAMP – Centros de avaliação médica e psicológica

Para efectuar a revalidação da carta de condução, deve o seu titular enviar para o serviço competente do IMTT - Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, um pedido acompanhado de atestado médico, nos 6 meses anteriores à data em que cada condutor atinge as idades anteriormente mencionadas.

Condutores de veículos das categorias A, B e B+E, e da subcategoria A1 e B1- Atestado médico emitido por qualquer médico no exercício da profissão.

Condutores de veículos das categorias C, C+E e das subcategorias C1 e C1+E e condutores de veículos das categorias D, D+E e das subcategorias D1 e D1+E -Atestado médico emitido pela autoridade de saúde da área de residência do condutor.

1.2 Revalidação das cartas de condução – Centros de avaliação médica e psicológica (quando entrarem em vigor dos CAMP)

A avaliação da aptidão física, mental e psicológica dos candidatos à obtenção ou revalidação dos títulos de condução é efectuada pelos denominados Centros de avaliação médica e psicológicaCAMP.

Grupo 1: Candidatos ou condutores de veículos das categorias A, B, B+E, das subcategorias A1 e B1 e de ciclomotores, motociclos de cilindrada não superior a 50cm3 e veículos agrícolas, com excepção dos motocultivadores.

Grupo 2: Candidatos ou condutores de veículos das categorias C, C+E, D, D+E, das subcategorias C1, C1+E, D1, D1+E, bem como os condutores das categorias B e B+E que exerçam a condução de ambulâncias, veículos de bombeiros, transporte de doentes, transporte escolar e automóveis ligeiros de passageiros de aluguer.

Page 243: Manual Instrutores

1.2 Requisitos para obtenção e revalidação dos títulos

Para obter uma carta ou licença de condução, é necessário que o candidato satisfaça cumulativamente os seguintes requisitos:

» Possua idade mínima de acordo com a categoria a que pretenda habilitar-se. » Tenha a necessária aptidão física, mental e psicológica.9

» Tenha residência em território nacional. » Não esteja cumprir proibição ou inibição de conduzir ou medida de segurança de interdição de concessão de carta de condução. » Tenha sido aprovado no respectivo exame de condução. » Saiba ler e escrever

Glossário: Inibição de conduzir – sanção acessória que impede de conduzir veículo motorizado, aplicada pela prática de contra-ordenações rodoviárias graves ou muito-graves (medida de segurança administrativa)Proibição de conduzir – pena acessória que impede de conduzir veículo motorizado, aplicada à pratica de crimes rodoviários (medida de segurança)

Aptidão física, mental e psicológica

Page 244: Manual Instrutores

Para efeitos de avaliação da aptidão física, mental e psicológica, os candidatos condutores, são classificados num dos seguintes grupos:

Grupo 1: Candidatos ou condutores de veículos das categorias A, B, B+E, das subcategorias A1 e B1 e de ciclomotores, motociclos de cilindrada não superior a 50cm3 e veículos agrícolas, com excepção dos motocultivadores.

Grupo 2: Candidatos ou condutores de veículos das categorias C, C+E, D, D+E, das subcategorias C1, C1+E, D1, D1+E, bem como os condutores das categorias B e B+E que exerçam a condução de ambulâncias, veículos de bombeiros, transporte de doentes, transporte escolar e automóveis ligeiros de passageiros de aluguer.

Esta classificação é ainda aplicável aos titulares de carta e de licença de condução aquando da revalidação dos respectivos títulos.

9 A avaliação da capacidade física, mental e psicológica dos candidatos à obtenção ou revalidação dos títulos de condução é efectuada pelos denominados centros de avaliação médica e psicológica (CAMP).

Os candidatos ou condutores do grupo 1 são submetidos:

a) Avaliação médica, para verificação da sua aptidão física e mental, eb) Avaliação psicológica sempre que recomendada na avaliação médica ou determinada por decisão judicial ou administrativa.

Os candidatos ou condutores do grupo 2 são submetidos:

a) Avaliação médica, para verificação da sua aptidão física e mental, eb) Avaliação psicológica

A avaliação médica destina -se a avaliar as condições físicas e mentais de candidatos ou condutores.

Page 245: Manual Instrutores

A avaliação psicológica destina-se a avaliar as áreas perceptivo -cognitiva, psicomotora e psicossocial, relevantes para o exercício da condução ou susceptíveis de influenciar o seu desempenho.

Os candidatos ou condutores do grupo 1, mandados submeter a exame psicológico, bem como os do grupo 2 em que aquela avaliação é obrigatória só podem ser considerados «Aptos» após aprovação nas duas avaliações.

Os condutores de idade igual ou superior a 70 anos que pretendam revalidar a carta de condução devem apresentar no CAMP em que fizerem a avaliação médica, relatório do médico assistente sobre os seus antecedentes clínicos, designadamente quanto a doenças cardiovasculares e neurológicas.

Certificado de avaliação médica e psicológica

É emitido pelo director do CAMP com a menção de:

a) «Apto» com indicação das restrições impostas, caso existam, quando o resultado dos exames médico e psicológico, quando exigido, sejam de aprovado;

c) «Inapto» com especificação de que a inaptidão resulta de reprovação no exame médico, no exame psicológico ou em ambos, e respectivas causas.

O certificado é entregue ao examinado, no prazo máximo de 48 horas, após o termo da avaliação.

É válido pelo período de seis meses, devendo nesse período de tempo ser requerida a emissão da licença de aprendizagem, findo o qual o certificado perde validade.

Outros exames

Page 246: Manual Instrutores

Qualquer médico que, no decorrer da sua actividade clínica, detecte condutor que sofra de doença ou deficiência, crónica ou progressiva, ou apresente perturbações do foro psicológico, susceptíveis de afectar a segurança na condução, deve notificar o facto à autoridade de saúde da área de residência do condutor10, sob a forma de relatório clínico fundamentado e confidencial.

1.3Novos exames

Caso surjam fundadas dúvidas sobre a aptidão física, mental ou psicológica ou sobre a capacidade de um condutor ou candidato a condutor para exercer a condução com segurança, a autoridade competente determina que aquele seja submetido, singular ou cumulativamente, a inspecção médica, a exame psicológico e a novo exame de condução ou a qualquer das suas provas.

Constitui, nomeadamente, motivo para dúvidas sobre a aptidão psicológica ou capacidade de um condutor para exercer a condução com segurança a circulação em sentido oposto ao legalmente estabelecido em auto-estradas ou vias equiparadas, bem como a dependência ou a tendência para abusar de bebidas alcoólicas ou de substâncias psicotrópicas.

O estado de dependência de álcool ou de substâncias psicotrópicas é determinado por exame médico, que pode ser ordenado em caso de condução sob a influência de quaisquer daquelas bebidas ou substâncias.

Revela a tendência para abusar de bebidas alcoólicas ou de substâncias psicotrópicas a prática num período de três anos, de duas infracções criminais ou contra-ordenacionais muito graves, de condução sob a influência do álcool ou de substâncias psicotrópicas.

10 A autoridade de saúde notifica o condutor para na hora e data designadas, se apresentar no CAMP mais próximo da sua área de residência, afim de ser submetido a exame médico e ou psicológico. Caso

Page 247: Manual Instrutores

o condutor não compareça e não justifique a sua falta, o CAMP ou a autoridade de saúde deve informar IMTT,I.P., do facto, no prazo de 10 dias úteis.

Quando o tribunal conheça de infracção a que corresponda proibição ou inibição de conduzir e haja fundadas razões para presumir que ela tenha resultado de inaptidão ou incapacidade perigosas para a segurança de pessoas e bens, deve determinar a submissão do condutor a inspecção médica, a exame psicológico e a novo exame de condução.

O título de condução caduca quando o seu titular não se submeter ou reprovar em qualquer dos exames anteriormente referidos. Se o título de condução tiver caducado nestes termos, por motivo de falta ou reprovação a exame médico ou psicológico e tenham decorrido mais de dois anos sobre a determinação de submissão aos exames, a obtenção de novo título depende da aprovação em exame especial

Caducidade do título de condução

O título de condução caduca quando:

a) Sendo provisório, o seu titular tenha sido condenado pela pratica de um crime rodoviário, de uma contra-ordenação muito grave ou de duas contraordenações graves;

c) For cassado.

O título de condução caduca ainda quando:

a) Não for revalidado nos termos fixados em regulamento, apenas no que se refere às categorias ou subcategorias abrangidas pela necessidade de revalidação, salvo se os respectivos titulares demonstrarem ter sido titulares de documento idêntico e válido durante esse período;

Page 248: Manual Instrutores

b) O seu titular reprovar na inspecção médica exigida para a revalidação do título ou em exame psicológico determinado por autoridade de saúde;

c) O seu titular não se submeter ou reprovar a inspecção médica, a exame psicológico ou a novo exame de condução.

Os titulares de título de condução caducado consideram-se, para todos os efeitos legais, não habilitados a conduzir os veículos para que aquele título foi emitido.

A condução de automóveis ou motociclos na via pública ou via equiparada, sem que o condutor esteja devidamente habilitado, é punível pelos tribunais com prisão até 2 anos ou multa até 240 dias.

ratando-se de qualquer outro veículo a motor, a punição aplicável é de prisão até 1 ano ou multa até 120 dias.

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Disposições específicas para a categoria B e subcategoria B1

Constituintes do veículo, sua utilização e controlo

Quadro e carroçaria

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O Quadro ou chassis é a estrutura resistente do veículo, constituída por uma armação metálica – duas longarinas compridas unidas por travessas - ou do tipo monobloco. É uma estrutura de suporte, construída em aço ou alumínio que tem por base sustentar a carroçaria, onde são acoplados os órgãos mecânicos do veículo, tais como: órgãos de suspensão, o motor, a caixa de velocidades, o sistema de travagem, etc

Quadro ou chassis e carroçaria

A carroçaria ou caixa é uma estrutura que define a forma do veículo. Corresponde à parte exterior do veículo. Destina-se ao alojamento do motor, do condutor (habitáculo), dos passageiros e da carga a transportar (caixa de carga nos pesados e bagageira nos ligeiros).

Nos automóveis de passageiros de construção recente, para redução de peso, e por razões de economia e segurança, o quadro ou chassis é substituído por uma carcaça muito sólida e resistente, construída em aço estampado e reforçado (monobloco). Este tipo de estrutura monobloco permite

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uma maior resistência às deformações, oferecendo mais segurança e protecção aos passageiros, em caso de acidente.

O habitáculo é reforçado para protecção dos ocupantes em caso de choque contra qualquer obstáculo. A estrutura monobloco apresenta zonas deformáveis à frente e à retaguarda, construídas para absorção da energia de impacto em caso de colisão.

Estrutura monobloco

2.2— Habitáculo do veículo

O habitáculo do veículo é um compartimento no interior do veículo que permite alojar e transportar o condutor e os passageiros, de forma confortável. O painel de instrumentos, instalado de forma acessível e visível, permite controlar e receber toda a informação necessária à condução e funcionamento do veículo.

2.2.1—Painel de instrumentos: reconhecimento e função dos principais órgãos de comando, regulação e sinalização

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O painel de instrumentos integra um conjunto de dispositivos de informação e comando sobre o funcionamento dos órgãos eléctricos e dos sistemas do veículo. Assim como do aviso de eventuais avarias. Esta informação passa pela análise do velocímetro, conta-quilómetros total e parcial, contarotações do motor e indicadores de funcionamento e avaria, como veremos em detalhe. Os instrumentos e luzes de aviso apresentam determinados símbolos que permitem identificar a sua utilidade. Por esse motivo, o painel de instrumentos situa-se diante do condutor, para ser de fácil leitura e acesso e para que o olhar não se desvie da faixa de rodagem, de forma a não prejudicar a visão nem a atenção durante a condução.

O condutor deve ter perfeito conhecimento do painel de instrumentos , do veículo que conduz, sabendo reconhecer, localizar e compreender a sua função , atendendo ao facto de que a própria posição dos mesmos, varia de veículo para veículo.

Painel de instrumentos

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Visibilidade através do habitáculo e sua influência na segurança: espelhos retrovisores, limpa- pára-brisas, funcionamento e manutenção

O interior do habitáculo deve encontrar-se limpo e arejado, de modo a proporcionar uma condução cómoda e agradável.

No quadro seguinte, são enumerados os elementos e dispositivos que permitem uma boa visibilidade e segurança.

Órgãos de Comando do Veículo

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No interior do veículo, o condutor dispõe dos órgãos de comando, sendo uns accionados com os pés e outros com as mãos.

O volante da direcção é um dos principais comandos que orienta a trajectória do veículo, exigindo a acção quase permanente das mãos.

O travão e o acelerador são dois pedais accionados com o pé direito.

O pedal de comando da embraiagem é accionado com o pé esquerdo, de modo que o movimento do motor só se transmita totalmente às rodas quando o mesmo esteja totalmente solto.

O selector da caixa de velocidades é accionado com uma das mãos devendo para o efeito o pedal da embraiagem estar pisado a fundo (pé esquerdo) e o pedal da aceleração estar totalmente solto (pé direito).

Ao mudar para uma velocidade mais alta, a potência motora das rodas diminui e inversamente, quando se passa para uma velocidade mais baixa obtém-se maior potência motora nas rodas, excepto se não acelerar, caso em que o motor produz um efeito de travagem.

A alavanca do travão de estacionamento (travão de mão) é utilizada para deixar o veículo parado em condições de segurança, mas pode também servir para evitar que ele descaia, quando se arranca numa subida. Os manípulos e interruptores de comando das luzes e dos indicadores de mudança de direcção encontram-se situados de modo a serem accionados facilmente sem afastar demasiadamente a mão do volante.

Órgãos de Regulação

Se o condutor que vai iniciar a condução tiver uma estatura física muito diferente da pessoa que conduziu o veículo anteriormente, é necessário proceder previamente aos ajustamentos que lhe permitam conduzir sem

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grande esforço físico e dispor da melhor visibilidade possível para o exterior:

Primeiro deve ser regulada a posição do banco que, para o efeito, dispõe de manípulos que permitem a afinação do assento, da inclinação do apoio das costas e da distância até aos pedais.

O condutor deve ficar bem instalado, sem que o tronco fique muito vertical nem excessivamente inclinado para traz, de modo que consiga carregar a fundo no pedal da embraiagem com a perna ligeiramente flectida.

A seguir regulam-se os espelhos retrovisores, que dispõem de sistemas que permitem orientá-los na posição ideal para que o condutor observe à maior distância possível sem ter que alterar a posição do corpo.

Por fim regula-se a posição do encosto de cabeça existente nos bancos dos veículos modernos, destinado a evitar o perigo de uma lesão cervical, no caso de ocorrer qualquer colisão violenta na retaguarda.

2.2.3— Controlo dos dispositivos de iluminação interior, sinalização, ventilação e climatização em automóveis pesados de passageiros

Os dispositivos de iluminação interior servem para iluminar o habitáculo, e, na ausência de luz solar, iluminam os elementos que fazem parte do painel de instrumentos, para fácil reconhecimento, durante a noite ou na atravessamento de zonas mal iluminadas (túneis).

Para a entrada e saída, são accionadas luzes interiores de iluminação do habitáculo, com abertura das portas do veículo.

A ventilação e climatização tem por objectivo fazer circular/renovar o ar do habitáculo, mantendo a temperatura (no caso do AC) e a humidade no interior do veículo, para garantir o desembaciamento dos vidros,

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sobretudo do pára-brisas. Esta função é de especial importância para manter a visibilidade para o exterior.

Como é evidente, quanto maior for o número de passageiros transportados, designadamente em veículos pesados de passageiros, maior será a necessidade de ventilar e arejar o ar do compartimento interior, de modo a renová-lo, como já vimos, eficientemente. Todos os automóveis pesados de passageiros devem dispor de um sistema permanente de iluminação interior que permita uma leitura fácil de todos os lugares e dos degraus existentes.

O condutor tem a possibilidade de regular o sistema de ventilação, direccionando a saída do ar para as várias zonas do veículo. Nos veículos (ligeiros ou pesados) equipados com sistema de arcondicionado (AC) torna-se mais simples regular a ventilação, podendo-se inclusivamente aumentar ou diminuir a temperatura no interior do habitáculo, o que já é possível fazer, nalguns automóveis, de forma automática.

2.3— Motor e sistemas

O motor é o órgão vital do veículo que se destina a fornecer a energia necessária à sua deslocação. Normalmente, os motores dos veículos automóveis transformam a energia térmica, gerada no seu interior por uma explosão ou combustão, em energia mecânica, como veremos. Porém, com o desenvolvimento tecnológico, os construtores automóveis desenvolveram o motor eléctrico e o motor híbrido. O primeiro, como será fácil de entender, necessita de fonte de energia eléctrica – através de baterias – para a transformar em energia mecânica; o segundo tipo

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funciona com mais do que fonte propulsora (eléctrica e combustível).

Motor— tipos e combustíveis utilizados

Os motores habitualmente utilizados pela indústria automóvel são de dois grandes tipos:

- Os motores de ciclo Otto ou motores de explosão (gasolina e gás);- Os motores de ciclo Diesel ou motores de combustão (gasóleo).Os motores de ciclo Otto (explosão), utilizam como combustível a gasolina ou G.P.L. e os motores de ciclo Diesel (combustão) utilizam como combustível o gasóleo.

Os motores de combustão interna foram concebidos para serem utilizados nos automóveis devido às suas óptimas características, tais como a flexibilidade para rodar em diversos regimes (potência/velocidade). Ambos foram construídos para funcionar a dois ou quatro tempos, o que significa que cada ciclo de funcionamento pode ocorrer numa ou duas voltas da cambota respectivamente.

Princípios de funcionamentoEm grande parte dos automóveis é utilizado o motor a quatro tempos que funciona do seguinte modo:

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Combustíveis utilizados

A gasolina utilizada nos motores dos automóveis está dividida em duas classes, sem chumbo 95 e sem chumbo 98, que se diferenciam pelo índice

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de octanas (95 e 98), cujo poder de inflamação estabelece a distinção. Por isso nunca se deve colocar no depósito de combustível uma gasolina com um índice de octanas inferior ao recomendado pelo fabricante, uma vez que tal pode provocar danos em algumas peças móveis do motor. Se, pelo contrário, o veículo for abastecido por uma gasolina com um índice de octanas superior ao recomendado, o funcionamento do motor não será afectado.

O GPL (gás de petróleo liquefeito) tem vindo a ser utilizado em alguns motores dos veículos como substituição do sistema a gasolina. Existem automóveis que já chegam ao mercado prontos a funcionar com o sistema de G.P.L., no entanto, é possível fazer essa adaptação à posteriori. Este combustível é tão fiável como a gasolina, desde que sejam cumpridas todas as normas de segurança, além disso apresenta vantagens como a redução no preço do combustível e um menor impacto ambiental.

O gasóleo tem vindo a ser cada vez mais utilizado, face ao aumento do mercado de veículos com motores diesel. Este deve-se ao desenvolvimento e implementação de novas tecnologias neste tipo de motores por parte das marcas construtoras.

O gasóleo tem como vantagens: a redução do custo em relação à gasolina e maior fiabilidade dos motores; como desvantagens apresenta elevadas emissões poluentes (CO2) assim como o custo mais elevado dos veículos equipados com motor diesel.

2.4— Sistemas dos veículos:2.4.1— Sistema de transmissão, de lubrificação, de refrigeração, de direcção, eléctrico e de escape: função

2.4.1.1- Sistema de transmissão

A transmissão de um veículo automóvel envolve todos os componentes mecânicos que transmitem a energia proveniente do movimento do volante do motor às rodas motrizes. Este sistema apresenta quatro

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componentes principais, que propomos analisar: a embraiagem, a caixa de velocidades, o veio de transmissão e o diferencial.

A Embraiagem

Sistema de acoplamento mecânico que permite transmitir, de uma forma suave, o movimento do volante do motor ao veio primário da caixa de velocidades. Ou seja, é o órgão mecânico que liga e desliga o motor à caixa de velocidades.De facto, ao pressionarmos o pedal da embraiagem, estamos a separar o volante do motor da caixa de velocidades, o que nos permite modificar a relação de caixa sem danificar quaisquer componentes.

A Caixa de velocidades

Componente mecânico que faz a ligação entre o sistema de embraiageme o veio de transmissão. É a caixa de velocidades que permite ao condutor seleccionar a melhor relação entre a rotação do motor e a rotação desejada das rodas para que se tire melhor proveito das capacidades do motor (sejam elas potência, consumos ou suavidade de

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condução), por isso, corresponde ao órgão de transmissão que consegue adaptar o esforço do motor à resistência oposta à deslocação do veículo. As caixas de velocidades podem ser manuais (sendo o condutor responsável por seleccionar a relação de caixa) ou automáticas (sendo estas seleccionadas automaticamente como o nome indica).

Veio de transmissãoÉ o veio que transmite o movimento rotativo da caixa de velocidades até ao diferencial. Nos veículos de tracção dianteira a transmissão é feita directamente da saída da caixa para o diferencial. No caso dos veículos de tracção traseira (ou integral), a energia que sai do veio secundário da caixa de velocidades é transmitida até ao diferencial do eixo traseiro através do veio de transmissão que percorre longitudinalmente o veículo.

DiferencialO diferencial é o órgão mecânico que distribui o movimento de rotação transmitido da caixa de velocidades às rodas de tracção do veículo. Este componente é fundamental, pois em curva a roda exterior percorre uma distância maior e, sendo assim, essa

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roda deverá receber uma maior percentagem da potência debitada pelo motor. É o diferencial que garante a correcta distribuição entre as duas rodas motoras, permitindo que elas sejam independentes, podendo rodar a velocidades diferentes.

2.4.1.2 - Sistema de lubrificação

Para que um motor funcione correctamente é fundamental reduzir ao mínimo os atritos gerados por fricção entre as peças móveis. Para tal, é necessária a existência de um sistema de lubrificação que coloca pequenas camadas de óleo entre as peças móveis. O óleo lubrificante, para além de garantir que as peças não fundem por atrito (avaria vulgarmente chamada de "gripagem") desempenha também um papel importante no que respeita ao arrefecimento de certas peças móveis e sua limpeza.O óleo inicia o processo de lubrificação a partir do cárter, através da bomba de óleo, componente responsável por fazer circular o óleo sobre pressão, passando pelo filtro de óleo e encaminhando-o para os vários canais a lubrificar, após subir ao ponto mais elevado do motor inicia o processo de descida, pela lei da gravidade, depositando-se de novo no cárter, este processo é repetido continuamente enquanto o motor se mantiver em funcionamento. Quando atingir a quilometragem recomendada pelo fabricante do veículo, para mudança de óleo, deve proceder-se à sua substituição (mudança de óleo), devido à perda das suas propriedades lubrificantes.

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ManutençãoO condutor deve ter o cuidado de verificar o nível do óleo do motor periodicamente, através da vareta graduada que se encontra no bloco do motor. A verificação deve ser realizada com o veículo parado em plano horizontal e com o motor desligado (preferencialmente com o motor a frio). Deve retirar a vareta, limpando-a, e voltar a introduzi-la, só assim consegue efectuar uma leitura correcta do nível do óleo. Este, deve encontrar-se entre os valores de MAX e MIN, preferencialmente junto da marca de MAX.O tipo e as características do óleo lubrificante devem estar de acordo com as instruções e recomendações do construtor do veículo.Caso se encontre em circulação e a luz do painel de instrumentos acenda, deve parar logo que possível o veículo em segurança e desligar o motor.

O Sistema de refrigeração

O sistema de refrigeração é responsável pela manutenção da temperatura no interior do motor para que este não se danifique. A refrigeração do motor pode ser feita por ar ou por água.

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No caso de se usar o ar para arrefecer o motor, é habitual o recurso a alhetas que aumentam a superfície de refrigeração assim como a um ventilador (muitas vezes denominado de turbina). A refrigeração por ar forçado é pouco eficiente, difícil de controlar e ocupa mais espaço,por esse motivo, praticamente já não existem automóveis a utilizar este tipo de refrigeração. No caso da refrigeração por água (com líquido efrigerante/fluído) recorre-se à utilização de um circuito hidráulico que transporta o fluído de refrigeração entre componentes. Há um radiador para depositar e arrefecer o líquido de refrigeração, uma ventoinha colocada directamente para o radiador e um termóstato que controla a circulação do fluido através do radiador.

Nota:O líquido de refrigeração do motor é um fluído próprio, capaz de não congelar a baixas temperaturas e de impedir a corrosão, só se deverá adicionar água, desde que misturada com líquido de refrigeração.

Manutenção:

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GG O condutor deve ter o cuidado de verificar o nível de líquido de refrigeração dado que pode danificar o motor, se não existir líquido em quantidade suficiente, pelo que será aconselhável verificar o nível regularmente ou, pelo menos, antes de uma viagem longa; esta verificação deve ser efectuada com o motor do veículo a frio, evitando abrir o radiador a quente, e deve-se encontrar no nível assinalado de MAX - inscrito no respectivo reservatório. O líquido deve ser acrescentado lentamente, com o motor em funcionamento.

2.4.1.4 - Sistema de direcção HHA direcção é o sistema responsável pelo controlo da orientação das rodas para que o automóvel possa ser conduzido correctamente, descrevendo as trajectórias adequadas e seguras.São componentes principais da direcção o volante, a coluna da direcção e as barras transversais da direcção que se encontram ligadas, nas suas extremidades, às rodas. Nos automóveis modernos a direcção é assistida, o que significa que existe um componente adicional que alivia o esforço necessário a aplicar no volante para rodar as rodas. Este sistema de assistência de direcção é, na grande maioria dos automóveis, do tipo hidráulico.Para que a direcção apresente uma estabilidade desejável, sem vibrações ou oscilações, será preciso que as rodas directrizes estejam equilibradas e alinhadas. Como é sabido, se a direcção estiver desalinhada, isso poderá provocar um desgaste irregular dos pneus.

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Sistema eléctrico e de escape

Sistema eléctrico

A quantidade de componentes de um automóvel alimentados por corrente eléctrica tem vindo a aumentar ao longo dos tempos. Falámos de todo o sistema de iluminação, controlo dos vidros, auto-rádio, alarmes, sensores, assim como dos componentes relacionados com a gestão electrónica do motor. O sistema eléctrico é normalmente alimentado por um alternador que funciona como gerador de energia eléctrica quando o motor se encontra em funcionamento. Como complemento do alternador existe a bateria, que acumula energia, e alimenta os circuitos eléctricos quando o motor está desligado. É a bateria que permite realizar o arranque do motor assim como acender as luzes ou accionar os vidros eléctricos com o motor desligado.

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Manutenção:

O condutor deve ter o cuidado de verificar o nível do eléctrodo da bateria e quando necessário deve adicionar só água destilada.

Sistema de escape

Os veículos equipados com motor de explosão ou de combustão devem apresentar um sistema de escape, o qual corresponde a um conjunto de componentes que se destinam a receber os gases resultantes da combustão da mistura carburante dentro dos cilindros, de forma a que os mesmos não passem para o habitáculo do veículo. Os gases de escape abandonam os cilindros pelas válvulas de escape, percorrendo posteriormente as condutas de escape até ao silenciador ou panela, onde são depois orientados para a saída (atmosfera). Os automóveis modernos estão ainda equipados com um catalisador a meio da conduta de escape que tem como função reduzir a toxidade dos gases através de várias reacções químicas.

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Tubo e “panela” de escape

Sistema de travagem e de suspensãoOs sistemas de travagem e de suspensão constituem um conjunto de órgãos mecânicos que permitem, respectivamente, abrandar a marcha do veículo e conferir-lhe resistência, flexibilidade, segurança e conforto.

Função e sua composição

O Sistema de travagem permite reduzir a velocidade de um automóvel e pode ser de dois grandes tipos: o de maxilas e tambor ou o de discos. Actualmente, os veículos modernos estão sobretudo equipados com travões de disco, por serem mais eficazes, dado que permitem maior dissipação de calor – as peças dos travões arrefecem mais facilmente.Nos automóveis ligeiros são habitualmente utilizados travões hidráulicos, com servo-freio; e nos automóveis pesados utilizam-se travões de ar comprimido. Contudo, grande parte destes veículos, tanto ligeiros como pesados, já se encontram equipados com sistema anti-bloqueio das rodas, os quais evitam a derrapagem em caso de travagem de emergência, ao favorecer as chamadas travagens intermitentes das rodas – ABS.

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O sistema de travagem engloba os seguintes componentes:

- Pedal do travão;-Servo-freio (que proporciona uma redução apreciável do esforço físico exigido ao condutor ao pressionar o pedal);- Bomba que fornece o fluído ao circuito hidráulico e os próprios travões;- Os travões podem ser de disco ou de tambor.

O travão de serviço é accionado pelo condutor através do pedal de travão, o travão de estacionamento, é um mecanismo de accionamento mecânico ao alcance do condutor usado em caso de paragem prolongada ou imobilização do veículo.

Manutenção e cuidados

O condutor deve ter o cuidado de verificar o nível do fluido de travagem, caso este se encontre abaixo das marcas de MAX e MIN, poderá existir uma anomalia técnica ou um desgaste excessivo nas pastilhas e ou maxilas. Deve contactar a assistência técnica do veículo. No caso do veículo estar equipado com servo-freio, o condutor deve ter em atenção que ele não actua com o motor parado, não actuando por isso os travões.

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O desgaste excessivo das pastilhas, ou calços, pode originar desafinação dos travões, e caso uma roda trave mais do que a outra, o veículo derrapará sempre mais para o lado dessa roda, alterando a trajectória, o que contraria a situação óptima de segurança, que será a travagem com igual eficácia das rodas de um mesmo eixo. Se o veículo circular com as rodas numa zona com muita água, ou mesmo após a lavagem, há uma tendência para os calços de travões ficarem encharcados, e por consequência travarem mal enquanto não estiverem secos, pelo que é aconselhável pisar várias vezes o pedal do travão de serviço para facilitar a secagem.

Sistema de suspensão

O sistema de suspensão é destinado a suportar o peso da carroçaria e amortecer as oscilações motivadas pelas irregularidades do piso. A suspensão faz a ligação entre a carroçaria do automóvel e as rodas.Este sistema apresenta uma importância crucial, nomeadamente no que respeita ao comportamento dinâmico do veículo, capaz de se ajustar com eficácia em curva, proporcionando elevados níveis de conforto aos passageiros e travagens eficientes. Existem várias configurações nos sistemas de suspensão: do tipo independente, de eixo rígido, hidropneumáticas, do tipo McPherson entre outras.O sistema de suspensão é constituído por: pneus, molas, amortecedores e barras estabilizadoras, cuja constituição e função iremos analisar.

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Sistema de suspensão

O pneu é o elemento que garante a ligação entre o automóvel e o solo. Consiste num invólucro semi-tubular de borracha, cheio de ar, montado à volta da jante. Os pneus são classificados segundo o tipo de construção, dimensões e índice de velocidade.

O papel da mola é absorver as irregularidades do piso, transformando-as em suaves oscilações.

O amortecedor é o componente mecânico da suspensão que permite absorver as oscilações provocadas pelas molas, ou seja, contrariam as oscilações das molas, permitindo uma condução mais segura e confortável.

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Se os amortecedores não existissem, sempre que uma das rodas passasse sobre uma irregularidade, a mola oscilaria indefinidamente. Esse aspecto acabaria por ser desconfortável para os ocupantes do veículo e, sobretudo, prejudicial no capítulo da estabilidade dinâmica, comprometendo o comportamento do veículo.

A barra estabilizadora permite manter a estabilidade do veículo em curva, contribui para a redução do efeito da força centrífuga exercida sobre a carroçaria, evitando o “adornar” do veículo em curva e melhorando o comportamento dinâmico do automóvel, contribuindo assim para uma melhor segurança activa e aumento do conforto que o veículo oferece aos seus ocupantes.

Verificação da pressão e piso dos pneus:

A verificação da pressão dos pneus deve realizar-se com frequência, incluindo a roda de reserva, caso exista. Uma pressão

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correcta aumenta a vida útil dos pneus, baixa o consumo de combustível e melhora a estabilidade do veículo. Tornará a condução mais confortável e menos ruidosa.

Como saber qual a pressão correcta?É aconselhável consultar o manual do veículo ou o autocolante que, normalmente, se encontra colado no pilar da porta do condutor ou no interior da tampa do bocal de enchimento de combustível, o qual contém as referidas pressões ajustadas às diferentes cargas, número de passageiros ocupantes, velocidades, e tipo de pneu. Em alguns modelos, a pressão no interior do pneu aumenta com o aquecimento do mesmo durante a condução. Por isso, deverá verificar sempre a pressão dos pneus a frio, quando o veículo estiver estacionado há algum tempo.

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Desgaste do pneu

O piso do pneu, incluído o de reserva, quando obrigatório, deve apresentar em toda a sua circunferência da zona central da superfície de contacto com o solo relevos largos com uma altura mínima de: 1,6mm, para os automóveis ligeiros e reboques de peso bruto não superior a 3500Kg e de 1mm, nos automóveis pesados, motociclos e reboques de peso bruto superior a 3500Kg.

No caso dos pneus apresentarem o piso demasiado gasto, derrapam com muita facilidade, por falta de aderência, pelo que será mais difícil travar, arrancar ou mesmo descrever uma curva em perfeitas condições de segurança.Por outro lado, se os pneus se apresentarem com um desgaste irregular isso significa que a direcção não está alinhada, sendo necessário proceder ao seu alinhamento em oficina especializada.

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Mudança de rodas em caso de emergência

O furo de um pneu pode ser uma experiência desagradável. Se o condutor for conhecedor do seu processo de substituição, se souber manusear o macaco e a roda de reserva, encontra-se apto para fazer face a um furo, durante uma viagem.

Para proceder à mudança de uma roda com pneu furado é necessário encontrar uma superfície horizontal firme capaz de suportar o macaco. Deve-se conduzir o veículo até um ponto afastado dos outros veículos em circulação, utilizar o travão de estacionamento e engrenar a primeira velocidade. A primeira tarefa a realizar antes de sair do veículo é ligar as luzes intermitentes indicadoras de perigo, e vestir o colete reflector. De seguida, o condutor deve certificar-se de que os passageiros saem do veículo e ficam a aguardar num local seguro.Se não for possível substituir a roda num local seguro sem movimento, deverá começar por colocar o triângulo de pré-sinalização de perigo, proteger as mãos com um par de luvas e colocar calços à frente e atrás das rodas que vão ficar em contacto com o solo, com pequenas pedras ou calços de madeira.Antes de levantar o veículo, deve desapertar ligeiramente as porcas (rodar a chave para a esquerda), para aceder às mesmas poderá ter de retirar o tampão da roda, localize os pontos de fixação do macaco e coloque-o de forma a que o pé fique posicionado directamente abaixo do ponto de fixação (consulte o Manual do Condutor para se certificar de que o macaco está correctamente colocado), rode o manipulo e eleve o veículo até que a roda fique sem contacto com o solo. Uma vez

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concluída esta fase, retire as porcas e tire a roda, pode então, montar a roda de reserva e apertar as porcas com a mão, rodando para a direita, baixe o veículo e aperte as porcas da roda (rodando a chave para a direita) alternadamente. O aperto das porcas deve efectuar-se em cruz.Arrume todo o material de sinalização e prossiga viagem.

Avarias mais correntes, precauções de rotina; utilização adequada

Há um conjunto de verificações simples que podem ser efectuadas regularmente pelo condutor, nomeadamente antes de iniciar uma viagem:

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Verificação dos níveis dos vários sistemas:

1- Lubrificação (óleo do motor através da vareta graduada)2- Refrigeração (reservatório do líquido de refrigeração)3- Travagem (reservatório do fluído de travagem)4- Bateria (nível do eléctrodo da bateria)5 Eficiência dos limpa pára-brisas e adição de líquido limpa pára-‐brisas no reservatório

Não se deve utilizar apenas água como líquido limpa pára-brisas, pois irá precisar das propriedades de um líquido limpa pára-brisas para uma melhor eficácia na limpeza

6-Verificação das lâmpadas da sinalização luminosa, perigo, travagem, marcha atrás, chapa de matrícula, nevoeiro

7-Luzes de presença, médios e máximos; mudança de direcção

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8-Pneus: relevo do piso com pelo menos 1,6 mm (automóveis ligeiros e reboques de peso bruto não superior a 3500Kg) e apresente lesões nas partes laterais que atinjam a tela ou a ponham a descoberto.

Nota: Para além das ferramentas que o veículo possui será útil acrescentar um kit de lâmpadas e outro de fusíveis para auxiliar numa intervenção mais básica.

------------------------------------Quando existam pistas especialmente destinadas a animais ou veículos de certas categorias, o trânsito destes deve fazer-se por aquelas pistas.É proibida a utilização das pistas referidas anteriormente a quaisquer outros veículos, salvo para acesso a garagens, a propriedades e a locais de estacionamento ou, quando a sinalização o permita, para efectuar a manobra de mudança de direcção no cruzamento ou entroncamento mais próximo.Nas pistas destinadas aos velocípedes é proibido o trânsito daqueles que tiverem mais de duas rodas não dispostas em linha ou que atrelarem reboque. Os peões só podem utilizar estas pistas quando não existam locais que lhes sejam especialmente destinados.As pessoas que transitam usando patins, trotinetas ou outros meios de circulação análogos devem utilizar as pistas para velocípedes, sempre que existam.

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Vias obrigatóriasEm relação a estas vias, os veículos representados nos sinais de trânsito são obrigados a lá circularem, embora não lhes sejam especialmente destinadas, o que significa que os outros condutores também as podem utilizar.

6.7 Trânsito de peõesPara efeitos de trânsito, nos termos do Código da estrada considera-se peão toda a pessoa singular que circula a pé pelos passeios, pistas, passagens a elas destinadas ou, na ausência destas, pelas bermas das vias públicas.Os peões fazem parte integrante da circulação rodoviária e, como tal, são titulares de direitos e obrigações.

São ainda equiparados a peões para efeitos de trânsito:

a) A condução de carros de mão;

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b) A condução à mão de velocípedes de duas rodas sem carro atrelado e de carros de crianças ou de pessoas com deficiência;

c) O trânsito de pessoas utilizando trotinetas, patins ou outros meios de circulação análogos, sem motor;

d) O trânsito de cadeiras de rodas equipadas com motor eléctrico;

e) A condução à mão de motocultivadores sem reboque ou retrotrem

Lugares em que podem transitar

Os peões devem transitar pelos passeios, pistas ou passagens a eles destinados ou, na sua falta, pelas bermas.

Os peões podem, no entanto, transitar pela faixa de rodagem, com prudência e por forma a não prejudicar o trânsito de veículos, nos seguintes casos:

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a) Quando efectuem o seu atravessamento;b) Na falta ou impossibilidade de utilização de passeios, pistas ou passagens a eles destinados e bermasc) Quando transportem objectos que, pelas suas dimensões ou natureza, possam constituir perigo para o trânsito dos outros peões;d) Nas vias públicas em que esteja proibido o trânsito de veículos;e) Quando sigam em formação organizada sob a orientação de um monitor ou em cortejo.

Nos casos previstos nas alíneas b), c) e e), os peões podem transitar pelas pistas especialmente destinadas a animais ou veículos de certa espécie, desde que a intensidade do trânsito o permita e não prejudiquem a circulação dos veículos ou animais a que aquelas estão afectas.

Sempre que transitem na faixa de rodagem, desde o anoitecer ao amanhecer e sempre que as condições de visibilidade ou a intensidade do trânsito o aconselhem, os peões devem transitar numa única fila, salvo quando seguirem em cortejo ou formação organizada.

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Posição a ocupar na via

Os peões devem transitar pela direita dos locais que lhes são destinados, salvo nas vias públicas em que seja proibido o trânsito de veículos.

Na falta dos locais para eles destinados ou na impossibilidade de os utilizar e quando transportem objectos que, pelas suas dimensões ou natureza, possam constituir perigo para o trânsito dos outros peões, devem transitar pelo lado esquerdo da faixa de rodagem, a não ser que tal comprometa a sua segurança.

Nestes casos e quando sigam em formação organizada sob a orientação de um monitor ou em cortejo os peões devem transitar o mais próximo possível do limite da faixa de rodagem.

Atravessamento da faixa de rodagem

Para atravessar a faixa de rodagem os peões devem:

» Certificar-se que o podem fazer sem causar perigo de acidente - tendo em conta a distância que os separa dos veículos que nela transitam e a respectiva velocidade;» Atravessar nas passagens assinaladas para o efeito – salvo se não existirem a menos de 50 metros e perpendicularmente ao eixo da faixa de rodagem» Atravessar o mais rapidamente possível e no sentido perpendicular ao eixo da via.

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Os peões não devem parar na faixa de rodagem ou utilizar os passeios de modo a prejudicar ou perturbar o trânsito.

Iluminação de cortejos e formações organizadas

Sempre que transitem na faixa de rodagem desde o anoitecer ao amanhecer e sempre que as condições de visibilidade o aconselhem, os cortejos e formações organizadas devem assinalar a sua presença com, pelo menos, uma luz branca dirigida para a frente e uma luz vermelha dirigida para a retaguarda, ambas do lado esquerdo do cortejo ou formação, bem como através da utilização de, pelo menos, dois coletes retrorreflectores, um no início e outro no fim da formação.

Cuidados a observar pelos condutores

Ao aproximar-se de uma passagem de peões assinalada, em que a circulação de veículos está regulada por sinalização luminosa, o condutor, mesmo que a sinalização lhe permita

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avançar, deve deixar passar os peões que já tenham iniciado a travessia da faixa de rodagem

Ao aproximar-se de uma passagem para peões, junto da qual a circulação de veículos não está regulada nem por sinalização luminosa nem por agente, o condutor deve reduzir a velocidade e, se necessário, parar para deixar passar os peões que já tenham iniciado a travessia da faixa de rodagem

Ao mudar de direcção, o condutor, mesmo não existindo passagem assinalada para a travessia de peões, deve reduzir a sua velocidade e, se necessário, parar a fim de deixar passar os peões que estejam a atravessar a faixa de rodagem da via em que vai entrar

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Visibilidade reduzida ou insuficiente

Considera-se que a visibilidade é reduzida ou insuficiente sempre que o condutor não possa avistar a faixa de rodagem em toda a sua largura numa extensão de, pelo menos, 50 m

Manobras e condução em áreas residenciais A condução em áreas residênciais tem particularidades específicas, que a distinguem da efectuada, nas restantes vias públicas. Conduzir dentro ou a atravessar uma localidade é substancialmente diferente, de conduzir em estrada ou em auto-estrada, pois as dificuldades e o ritmo de circulação são muito mais elevados:

Existe muito mais tráfego e são frequentes os engarrafamentos provocados pelo excesso de veículos, que pretendem utilizar, simultaneamente, a mesma via;

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A circulação é muito mais variada, pois para as localidades confluem todos os tipos de veículos e utentes da via;

Existe uma constante sucessão de cruzamentos e entroncamentos, que se podem tornar em zonas de conflito;

O número de sinais luminosos e gráficos, verticais ou horizontais, é muito grande.

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Por todas estas razões os condutores devem circular a velocidades reduzidas e com maior atenção, para poderem fazer face ás muitas situações, que se lhe deparam.-------------------------------------

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