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    CURSO PROFISSIONAL DE TCNICO DETURISMO 2013/2014

    TIAT

    11 c

    MDULO 10: Legislao Turstica

    ESCOLA BSICA E SECUNDRIA DE CANELAS

    Governo da Repblica Portuguesa

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    MDULO 10: Legislao Turstica

    1. Introduo ao Direito definies e conceitos1.1. rgos de soberania e Portugal

    1.!. Processo de elaborao de leis e Portugal!. "rgani#ao do sector pblico do turiso e Portugal

    !.1. rgos internacionais!.!. rgos nacionais

    !.$. rgos regionais e locais$. % legislao das actividades tur&sticas

    $.1. 'uriso no espao rural e turiso de nature#a

    $.!. Regie (ur&dico do funcionaento e instalao dos epreendientos tur&sticos $.$. Regie (ur&dico do funcionaento e instalao dos estabelecientos de restaurao e bebidas$.). %s ag*ncias de viagens +n,uadraento legal

    $.-. %s epresas de aniao tur&stica +n,uadraento legal$.. "s coboios tur&sticos legislao aplic/vel

    ). " consuidor).1. Direitos do consuidor).!. Deveres do consuidor

    1. Introduo ao Direito definie e !on!eito1.1. "r#o de o$erania e% &ortu#a'+Portugal0so (r#o de o$erania2 Presidente da Repblica02 %ssebleia da Repblica02 Governo2 'ribunais

    % forao0 a coposio0 a copet*ncia e o funcionaento dos 3rgos de soberania so os definidos na4onstituio.

    PRESIDENTE DA REPBLICA

    %s suas funes constitucionais so fundaentalente as de representao da Repblica Portuguesa0 degarante da independ*ncia nacional0 da unidade do +stado e do regular funcionaento das instituies0sendo ainda0 por iner*ncia0 Co%andante Su)re%o da *ora Ar%ada." Presidente da Repblica 5 eleito pelos cidados0 porsufr/giodirecto e universal0 para u andatode -anos0 no podendo ser reeleito para u terceiro andato consecutivo. %s candidaturas so propostas porcidados eleitores 6nu &nio de 7-88 e nu /9io de 1-888: e o candidato para ser eleito tenecessariaente de obter ais de etade dos votos validaente e9pressos. Para esse efeito0 senecess/rio0 reali#ar2se2/ ua segunda votao co os dois candidatos ais votados no prieiro sufr/gio" 4onsel;o de +stado5 o3rgo pol&ticode consulta do Presidente da Repblica." Presidente da Repblica te coo resid*ncia oficial o Pal/cio isboa.

    ASSEMBLEIA DA REPUBLICA+ Portugal0 a Ae%$'eia da Re)+$'i!a 5 a assebleia representativa de todos os cidados

    portugueses.? o segundo 3rgo de soberaniade ua Repblica 4onstitucional.+ Portugal0 a assebleia rene2sediariaente noPal/cio de @o =ento.? coposta pelo presidente0 ,uatro vice2presidentes0 ,uatro secret/rios e ,uatro vice2secret/rios eleitos

    pelo per&odo da legislatura. 'odos os ebros da Aesa so eleitos pela aioria absoluta dos deputadose efectividade de funes.

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    4onstituio0 os estatutos pol&tico2adinistrativos das regies aut3noas 6%orese Aadeira:0 as leis dasgrandes opes dos planos e do "raento do +stado0 os tratados de participao de Portugal eorgani#aes internacionais0 o regie de eleio dos titulares dos 3rgos de soberania 6Presidente daRepblica e %ssebleia da Repblica: be coo dos Deputados Bs %ssebleias >egislativas Regionaisdos %ores e da Aadeira e dos titulares dos 3rgos do poder local e o regie do referendo. @obre outrasat5rias da sua e9clusiva copet*ncia a %ssebleia pode conceder ao Governo autori#ao para legislar

    5 o ,ue se designa por reserva relativa onde se inclue as bases do sistea de segurana social e doservio nacional de sade0 a criao de ipostos e sistea fiscal0 a organi#ao e copet*ncia dos'ribunais0 entre outras.

    GOVERNO

    " #o,erno5 a organi#ao0 ,ue 5 a autoridade governante de ua unidade pol&tica0 o poder de regrarua sociedade pol&tica0 e o aparato pelo ,ual o corpo governante funciona e e9erce autoridade. Governono iplica necessariaente a e9ist*ncia de estado coo os 'robriandeses estudados por =ronislaAalinosEi.+stados de taan;os variados pode ter v/rios n&veis de governo local0 regional e nacional." governo 5 usualente utili#ado para designar a instFncia /9ia de adinistrao e9ecutiva0geralente recon;ecida coo a liderana de u +stadoou uanao.

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    2 %s etat6ti!a e etudo de %er!ado0 no sentido de proover a unifori#ao de conceitos e crit5riosde elaborao de relat3rios0 edir o ipacto do turiso nas econoias e ainda publicar docuentos coresultados0 tend*ncias e previsesH2 % 7ua'idade do er,io tur6ti!o0 cu(as finalidades inclue a defesa da ,ualidade e conte9tose,uilibradosH a el;oria da copetitividade dos destinos0 sobretudo nos pa&ses e desenvolvientoH e o#elo pela segurana e pela proteco ,uer dos consuidores0 ,uer das counidades de acol;ientoH

    2 as )u$'i!ae0 ,ue pretende satisfa#er as necessidades de inforao dos pblicos0 tanto no Fbitointerno0 coo e9terno.

    OCDE OR0ANIA23O &ARA A COO&ERA23O E DESEN8OL8I/ENTO&a)e' no 9%$ito do Turi%o52 @ensibili#ar todos os pa&ses ebros para a iportFncia econ3ica do turisoH2 Proover a valori#ao das pol&ticas do turiso2 avorecer a cooperao internacionalH2 Difundir a iage deste coit50 en,uanto factor de an/lise e avaliao das pol&ticas de turiso.

    UNI3O EURO&EIAIni!iati,a2 %no +uropeu do 'uriso 61JJ8:

    2 " Plano de %poio ao 'uriso 61JJ$2J-:0 ,ue visava ipleentar edidas co vista B unifori#ao deestat&sticas0 ao desenvolviento de produtos tur&sticos de ,ualidade e de novos segentos de ercado eainda B cooperao co pa&ses terceiros2 " >ivro Qerde do 'uriso 61JJ-:0 ,ue apresenta concluses sobre o turiso e aponta edidas poss&veis

    para o futuro2 % P;ilo9enia. Prograa counit/rio co o ob(ectivo de estiular a copetitividade e el;orar a,ualidade do turiso.

    1.2. rg! "#c$"#$!

    OR0ANIA23O INSTITUCIONAL

    + Portugal0 a instituio do governo ,ue tutela o 'uriso 5 a @ecretaria de +stado do 'uriso0 ,ue est/sob a alada do Ainist5rio da +conoia e Inovao.

    - %grupaento escolas de 4anelas Caie @ousa

    MINISTRIO DA ECONOMIAMINISTRIO DA ECONOMIAE DA INOVAOE DA INOVAO

    TURISMOTURISMO DE PORTUGAL, ipDE PORTUGAL, ip

    Autoridade para aSegurana

    Alimentar e Econmica

    SECRETARIA DE ESTADOSECRETARIA DE ESTADODO TURISMODO TURISMO

    REGIES DE TURISMOREGIES DE TURISMO

    Inspeco-Geralde Jogos

    DIRECES REGIONAISDIRECES REGIONAISDE ECONOMIADE ECONOMIA

    LICENCIAMENTOLICENCIAMENTO FINANCIAMENTOFINANCIAMENTO FORMAOFORMAO PROMOOPROMOO

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    " 'uriso de Portugal0 I.P. 5 a entidade pblica central respons/vel pela prooo0 valori#ao esustentabilidade da actividade tur&stica. ? respons/vel pelo licenciaento e classificao dosepreendientos tur&sticosH pelo financiaento e incentivos ao financiaento de pro(ectos na /rea do'urisoH planeaento e certificao da forao tur&sticaH prooo de Portugal no estrangeiro.4opete2l;e igualente #elar pelo cupriento da legalidade no Fbito da actividade do (ogo.

    %grupaento escolas de 4anelas Caie @ousa

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    1.3. rg! r%g$"#$! % &c#$!

    ' CTP ' C"(%)%r#* ) T+r$!, )% Pr-+g#&

    7 %grupaento escolas de 4anelas Caie @ousa

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    A CTP tem mbito nacional e abrange as federaes, unies e associaes do sectorempresarial do turismo, podendo ainda nela filiar-se as empresas que, atenta diversidade e heterogeneidade da sua actividade no se!am directamenteenquadr"veis em qualquer associao do sector#

    $o suas atribuies, entre outras%

    % prooo da ;aroni#ao dos interesses dos seus associados para o e9erc&cio de direitos eobrigaes couns0

    % representao dos interesses couns dos seus associados (unto de todas as entidades pblicasou privadas0 nacionais0 estrangeiras ou internacionaisH

    % cooperao co estas entidades co vista B reali#ao de iniciativas de interesse tuoH % prooo e elaborao de diagn3sticos0 pareceres e estudos ,ue interesse e contribua para

    o desenvolviento0 oderni#ao e auento da copetitividade do turiso e0 ainda0 acontribuio para a forao de pol&ticas e edidas favor/veis ao desenvolviento daactividade tur&stica0 e particular0 e da econoia nacional0 e geral.

    : Ao!iae E%)reariai

    %s associaes epresariais so 3rgos volunt/rios constitu&dos por epresas independentes de uaindstria espec&fica ou de u agrupaento de indstrias0 cu(o principal ob(ectivo 5 a proteco edesenvolviento dos seus interesses couns.

    @ectoriais 6e9. 0 +R+4%0 %LP0 %R+@P:Regionais 6e9. :H

    'R 2 'RI@A" RR%> 2 servio de ;ospedage failiar prestado e casas RU@'I4%@P%R'I4>%R+@ ,ue pela sua traa0 ateriais e deais caracter&sticas0 se integre na ar,uitecturat&pica regional 6 art. -K do D>:H

    %G 2 %GR"2'RI@A" servio de ;ospedage e casas particulares integradas e +VP>"R%SW+@

    %GRX4">%@ 6 %rt. K do D>:H

    N %grupaento escolas de 4anelas Caie @ousa

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    44 2 4%@%@ D+ 4%AP" 2 servio de ;ospedage e casas particulares situadas e #onas rurais cu(atraa0 ateriais...se integre na ar,uitectura da #ona onde se situe 6 %rt. NK do D>:H

    '% 2 'RI@A" D+ %>D+I% 2 servio de ;ospedage nu 4"%@ 2 Zrea/9ia -888 !

    %@ %4'IQID%D+@ D+ %icenciaento ou autori#ao de operaes urban&sticas0 o

    processo deve ser instru&do co os seguintes eleentos0 de acordo co a legislao espec&fica do '+R

    1. orul/rio devidaente preenc;ido 6 tipo % 4Fara AunicipalH tipo = 4onsulta directa :

    !. Plantas0 B escala de 1!-.888 ou 11.8880 referentes B locali#ao do epreendiento de '.+.R.

    $. otografias "RIGI

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    +stes docuentos so indispens/veis para eisso do parecer da Direco Regional da +conoia 2 DR+copetente e ra#o do territ3rio0 entidade consultada pela 4Fara Aunicipal0 e cu(o parecer 5vinculativo.

    Para al5 da DR+0 a 4Fara Aunicipal consulta a Direco Geral do Desenvolviento Rural DGDR0cu(o parecer 5 vinculativo0 e o rgo Regional e >ocal de 'uriso "R>'.

    >I4+Q%RZ D+ >I4+%@@II4%ST"

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    "s estabelecientos de alo(aento local deve respeitar os re,uisitos &nios de segurana e ;igienedefinidos por portaria con(unta dos ebros do Governo respons/veis pelas /reas do turiso e daadinistrao local."s estabelecientos de alo(aento local ,ue rena os re,uisitos previstos no presente artigo soobrigatoriaente registados na cFara unicipal da respectiva /rea.%penas os estabelecientos de alo(aento local registados nas cFaras unicipais da respectiva /rea

    pode ser coerciali#ados para fins tur&sticos ,uer pelos seus propriet/rios0 ,uer por ag*ncias de viagense turiso.%s cFaras unicipais deve facultar ao 'uriso de Portugal0 I. P.0 o acesso infor/tico ao registo doalo(aento local."s estabelecientos referidos no presente artigo deve identificar 2se coo alo(aento local0 no

    podendo0 e caso algu0 utili#ar a ,ualificao turiso e ou tur&stico0 ne ,ual,uer sistea declassificao.

    Ti)o'o#ia de e%)reendi%ento tur6ti!o"s epreendientos tur&sticos pode ser integrados nu dos seguintes tiposa: +stabelecientos ;oteleirosHb: %ldeaentos tur&sticosHc: %partaentos tur&sticosH

    d: 4on(untos tur&sticos (resorts)He: +preendientos de turiso de ;abitaoH

    f: +preendientos de turiso no espao ruralHg: Par,ues de capiso e de caravanisoHh: +preendientos de turiso da nature#a.

    "s re,uisitos espec&ficos da instalao0 classificao e funcionaento de cada tipo de epreendientotur&stico referido no nero anterior so definidosa: Por portaria con(unta dos ebros do Governo respons/veis pelas /reas do turiso e do ordenaentode territ3rio0 nos casos das al&neas a: a d:Hb: Por portaria con(unta dos ebros do Governo respons/veis pelas /reas do turiso0 da adinistraolocal e da agricultura e do desenvolviento rural0 no caso das al&neas e: ag:.

    Re7uiito #erai de inta'ao% instalao de epreendientos tur&sticos ,ue envolva a reali#ao de operaes urban&sticasconfore definidas no regie (ur&dico da urbani#ao e da edificao deve cuprir as norasconstantes da,uele regie0 be coo as noras t5cnicas de construo aplic/veis Bs edificaes egeral0 designadaente e at5ria de segurana contra inc*ndio0 sade0 ;igiene0 ru&do e efici*nciaenerg5tica0 se pre(uo do disposto no presente decreto lei e respectiva regulaentao." local escol;ido para a instalao de epreendientos tur&sticos deve obrigatoriaente ter e conta asrestries de locali#ao legalente definidas0 co vista a acautelar a segurana de pessoas e bens face a

    poss&veis riscos naturais e tecnol3gicos."s epreendientos tur&sticos deve possuir ua rede interna de esgotos e respectiva ligao Bs redesgerais ,ue condu#a as /guas residuais a sisteas ade,uados ao seu escoaento0 noeadaente atrav5sda rede pblica0 ou de u sistea de recol;a e trataento ade,uado ao volue e nature#a dessa /guas0 deacordo co a legislao pelas cFaras unicipais.

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    nidade de alo(aento 5 o espao deliitado destinado ao uso e9clusivo e privativo do utente doepreendiento tur&stico.%s unidades de alo(aento pode ser ,uartos0 suites, apartaentos ou oradias0 consoante o tipo deepreendiento tur&stico.'odas as unidades de alo(aento deve ser identificadas no e9terior da respectiva porta de entrada elocal be vis&vel.

    %s portas de entrada das unidades de alo(aento deve possuir u sistea de segurana ,ue apenasperita o acesso ao utente e ao pessoal do estabeleciento.%s unidades de alo(aento deve ser insonori#adas e deve ter (anelas ou portadas e counicaodirecta co o e9terior.

    Ca)a!idadePara o nico efeito da e9plorao tur&stica0 e co e9cepo do disposto no n.K )0 a capacidade dosepreendientos tur&sticos 5 deterinada pelo correspondente nero e tipo de caas 6individual ouduplo: fi9as instaladas nas unidades de alo(aento.

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    1.1. A! #g"c$#! )% $#g%"! E"+#)r#,%"- &%g#&

    %rtigo 1.K 2 @o ag*ncias de viagens e turiso as epresas cu(o ob(ecto copreenda o e9erc&cio dasactividades previstas no n.K 1 do artigo !.K do presente diploa e se encontre licenciadas coo tal.

    Para os efeitos do presente diploa0 a noo de epresa copreende o estabeleciento individual deresponsabilidade liitada0 a cooperativa e a sociedade coercial ,ue ten;a por ob(ecto o e9erc&cio dasactividades referidas no nero anterior.

    %rtigo !.K %ctividades pr3prias e acess3rias@o actividades pr3prias das ag*ncias de viagens e turisoa) % organi#ao e venda de viagens tur&sticasHb) % reserva de servios e epreendientos tur&sticos0 e epreendientos de turiso no espao rurale nas casas de nature#aHc) % bil;eteria e reserva de lugares e ,ual,uer eio de transporteHd) % representao de outras ag*ncias de viagens e turiso0 nacionais ou estrangeiras0 ou de operadorestur&sticos estrangeiros0 be coo a interediao na venda dos respectivos produtosHe) % recepo0 transfer*ncia e assist*ncia a turistas.

    @o actividades acess3rias das ag*ncias de viagens e turisoa) % obteno de certificados colectivos de identidade0 vistos ou outros docuentos necess/rios Breali#ao de ua viageHb) % organi#ao de congressos e eventos seel;antesHc) % reserva e venda de bil;etes para espect/culos e outras anifestaes pblicasHd) % reali#ao de operaes cabiais para uso e9clusivo dos clientes0 de acordo co as norasreguladoras da actividade cabialHe) % interediao na celebrao de contratos de aluguer de ve&culos de passageiros se condutorH

    f) % coerciali#ao de seguros de viage e de bagage e con(ugao e no Fbito de outros serviospor si prestadosHg) % venda de guias tur&sticos e publicaes seel;antesHh) " transporte tur&stico efectuado no Fbito de ua viage tur&stica0 nos teros do definido no artigo

    1).KHi) % prestao de servios ligados ao acol;iento tur&stico0 noeadaente a organi#ao de visitas auseus0 onuentos ;ist3ricos e outros locais de relevante interesse tur&sticoH

    j) " e9erc&cio de actividades de aniao tur&stica0 nos teros previstos no artigo -$.K%.

    %rtigo $.K+9clusividade e liites%penas as epresas licenciadas coo ag*ncias de viagens e turiso pode e9ercer as actividades

    previstas no n.K 1 do artigo !.K0 se pre(uo do disposto nos neros seguintes.

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    Denoinao0 noe dos estabelecientos e enes e actos e9ternos1 2 @oente as epresas licenciadas coo ag*ncias de viagens e turiso pode usar tal denoinao ououtras seel;antes0 noeadaente _agente de viagens` ou _ag*ncia de viagens`.! 2 %s ag*ncias de viagens e turiso no pode utili#ar noes de estabelecientos iguais ouseel;antes Bs de outros (/ e9istentes0 salvo se coprovare estare devidaente autori#adas para oefeito pelas respectivas detentoras originais e se pre(uo dos direitos resultantes da propriedade

    industrial.$ 2 " 'uriso de Portugal0 I. P.0 no dever/ autori#ar o licenciaento de ag*ncias cu(a denoinaoinfrin(a o disposto no nero anterior0 se pre(uo dos direitos resultantes da propriedade industrial.) 2 'odos os estabelecientos das ag*ncias de viagens e turiso deve e9ibir0 de fora vis&vel0 adenoinao da ag*ncia titular do alvar/.- 2 + todos os contratos0 correspond*ncia0 publicaes0 publicidade e0 de u odo geral0 e toda a suaactividade coercial as ag*ncias de viagens e turiso deve indicar a denoinao e nero do seualvar/0 be coo a locali#ao da sua sede0 se pre(uo das refer*ncias obrigat3rias nos teros do43digo das @ociedades 4oerciais. 2 % utili#ao de arcas pelas ag*ncias de viagens e turiso carece de pr5via counicao ao 'urisode Portugal0 I. P.

    %rtigo -.K

    >icena1 2 " e9erc&cio da actividade de ag*ncias de viagens e turiso depende de licena0 constante de alvar/0 aconceder pelo 'uriso de Portugal0 I. P.! 2 % concesso da licena depende da observFncia0 pela re,uerente0 dos seguintes re,uisitosa) @er ua cooperativa0 estabeleciento individual de responsabilidade liitada ou sociedade coercial,ue ten;a por ob(ecto o e9erc&cio da,uela actividade e u capital social &nio reali#ado de 188.888Hb) Prestao das garantias e9igidas por este diploaHc) 4oprovao da idoneidade coercial do titular do estabeleciento e noe individual deresponsabilidade liitada0 dos directores ou gerentes da cooperativa e dos adinistradores ou gerentes dasociedade re,uerente.$ 2 Para efeitos do disposto na al&nea c) do nero anterior0 no sero consideradas coercialenteid3neas as pessoas relativaente Bs ,uais se verifi,uea) % proibio legal do e9erc&cio do co5rcioH

    b) % inibio do e9erc&cio do co5rcio por ter sido declarada a sua fal*ncia ou insolv*ncia en,uanto nofor levantada a inibio e decretada a sua reabilitaoHc) 'ere sido titulares0 gerentes ou adinistradores de ua ag*ncia de viagens e turiso falida0 a enos,ue se coprove tere os esos actuado diligenteente no e9erc&cio dos seus cargos nos terosestabelecidos por leiHd) 'ere sido titulares0 gerentes ou adinistradores de ua ag*ncia de viagens e turiso punida co tr*sou ais coias0 desde ,ue l;e ten;a sido tab5 aplicada a sano de interdio do e9erc&cio da

    profisso ou a sano de suspenso do e9erc&cio da actividade.

    %rtigo .KPedido1 2 Do pedido de licena devero constara) % identificao do re,uerenteHb) % identificao dos titulares0 adinistradores ou gerentesHc) % locali#ao dos estabelecientos.! 2 " pedido deve ser instru&do co os seguintes eleentosa) 4ertido do acto constitutivo da epresa ou a respectiva c3pia siplesHb) 43digo de acesso B certido peranente ou0 e alternativa0 certido do registo coercial actuali#ada ee vigor ou a respectiva c3pia siplesHc) Indicao do noe adoptado para o estabeleciento e de arcas ,ue a ag*ncia pretenda utili#ar0acopan;ados de c3pia siples do registo no Instituto

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    a) % alterao de ,ual,uer dos eleentos integrantes do pedido de licenciaentoHb) % verificao de ,ual,uer facto su(eito a counicao ao 'uriso de Portugal0 I. P.Hc) RevogadaHd) Reclaaes apresentadasHe) @anes aplicadasH

    f) >ouvores concedidos.

    ) 2 Revogado.

    %rtigo 11.K+stabelecientos1 2 %s ag*ncias de viagens e turiso deve dispor0 no &nio0 de u estabeleciento para atendientodos clientes.! 2 Revogado.$ 2 Revogado.%rtigo 1!.K%bertura e udana de locali#ao1 2 % abertura ou udana de locali#ao dos estabelecientos ou de ,uais,uer foras de representaos3 pode ser efectuada ap3s counicao ao 'uriso de Portugal0 I. P.! 2 %s counicaes referidas no nero anterior deve ser acopan;adas dos eleentos constantes das

    al&neas a) e c) do n.K 1 do artigo .K e0 no caso de representaes tepor/rias0 do per&odo e ,ue estaroe funcionaento no local.$ 2 Revogado.) 2 Revogado.

    %rtigo 1$.Kei n.K $]!8810 de 18 de Caneiro.) 2 %s ag*ncias de viagens e turiso previstas no n.K 1 pode alugar os eios de transporte a outras

    ag*ncias.- 2 %s ag*ncias de viagens e turiso ,ue aceda B profisso de transportador pblico rodovi/rio0 internoou internacional de passageiros0 pode efectuar todo o tipo de transporte ocasional co ve&culosauto3veis pesados de passageiros. 2 "s ve&culos auto3veis utili#ados no e9erc&cio das actividades previstas no n.K 1 co lotao superiora nove lugares deve ser su(eitos a pr5vio licenciaento pela Direco2 Geral de 'ransportes 'errestres0nos teros a definir e portaria con(unta dos ebros do Governo respons/veis pelas /reas do turiso edos transportes0 a ,ual fi9ar/ igualente os re,uisitos &nios a ,ue deve obedecer tais ve&culos.

    %rtigo 1-.KRepresentantes das ag*ncias%os representantes das ag*ncias0 ,uando devidaente identificados e e servio0 5 peritido o acesso Bsdelegaes das alfFndegas0 aos cais de ebar,ue e aos recintos destinados aos passageiros nos aeroportosou gares0 desde ,ue tal acesso se(a poss&vel e funo dos regulaentos de segurana adoptados pelasrespectivas entidades gestoras.

    1 %grupaento escolas de 4anelas Caie @ousa

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    %rtigo 1.K>ivro de reclaaes1 2 + todos os estabelecientos das ag*ncias de viagens e turiso deve e9istir u livro de reclaaes0aplicando2se B sua utili#ao0 edio e venda0 o regie previsto no Decreto2 >ei n.K 1-]!88-0 de 1- de@etebro.

    ! 2 " original da reclaao deve ser enviado pelo respons/vel da ag*ncia de viagens e turiso ao'uriso de Portugal0 I. P.Das viagens tur&sticas@+4ST" I%rtigo 17.K

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    ! 2 "s prograas de viage devero inforar0 de fora clara0 precisa e co caracteres leg&veis0 sobre oseleentos referidos nas al&neas a) a l) do n.K 1 do artigo !!.K e ainda sobrea) % e9ig*ncia de docuento de identificao civil0 passaportes0 vistos e foralidades sanit/rias para aviage e estadaHb) uais,uer outras caracter&sticas especiais da viage.

    %rtigo !1.K4ar/cter vinculativo do prograa% ag*ncia fica vinculada ao cupriento pontual do prograa0 salvo sea) +stando prevista no pr3prio prograa a possibilidade de alterao das condies0 tal alterao ten;asido e9pressaente counicada ao cliente antes da celebrao do contrato0 cabendo o 3nus da prova Bag*ncia de viagensHb) +9istir acordo das partes e contr/rio0 cabendo o 3nus da prova B ag*ncia de viagens.

    %rtigo !!.K4ontrato1 2 "s contratos de venda de viagens organi#adas devero conter0 de fora clara0 precisa e co caracteresleg&veis0 as seguintes enesa)

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    b) " noe0 endereo e nero de telefone da representao local da ag*ncia ou0 no e9istindo ua talrepresentao local0 o noe0 endereo e nero de telefone das entidades locais ,ue possa assistir ocliente e caso de dificuldadeHc) uando as representaes e organisos previstos na al&nea anterior no e9istire0 o cliente deve etodos os casos dispor de u nero telef3nico de urg*ncia ou de ,ual,uer outra inforao ,ue l;e

    perita estabelecer contacto co a ag*nciaH

    d)

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    %rtigo !N.KResciso ou cancelaento no iput/vel ao cliente@e o cliente rescindir o contrato ao abrigo do disposto nos artigos !.K ou !7.K ou se0 por facto noiput/vel ao cliente0 a ag*ncia cancelar a viage organi#ada antes da data da partida0 te a,uele direito0se pre(uo da responsabilidade civil da ag*ncia0 a

    a) @er iediataente reebolsado de todas as ,uantias pagasHb) + alternativa0 optar por participar nua outra viage organi#ada0 devendo ser reebolsada ao clientea eventual diferena de preo.

    %rtigo !J.KDireito de resciso pelo cliente" cliente pode sepre rescindir o contrato a todo o tepo0 devendo a ag*ncia reebols/2lo do ontanteantecipadaente pago0 dedu#indo os encargos a ,ue0 (ustificadaente0 o in&cio do cupriento docontrato e a resciso ten;a dado lugar e ua percentage do preo do servio no superior a 1- .

    %rtigo $8.KIncupriento1 2 uando0 ap3s a partida0 no se(a fornecida ua parte significativa dos servios previstos no contrato0 a

    ag*ncia deve assegurar0 se auento de preo para o cliente0 a prestao de servios e,uivalentes aoscontratados.! 2 uando se ostre iposs&vel a continuao da viage ou as condies para a continuao no se(a

    (ustificadaente aceites pelo cliente0 a ag*ncia deve fornecer0 se auento de preo0 u eio detransporte e,uivalente ,ue possibilite o regresso ao local de partida ou a outro local acordado.$ 2

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    Reservas1 2 % reserva de servios e epreendientos tur&sticos deve ser pedida por escrito0 encionando osservios pretendidos e as respectivas datas.! 2 % aceitao do pedido de reserva deve ser feita por escrito0 especificando os servios0 datas0respectivos preos e condies de pagaento.$ 2

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    c) or deonstrado ,ue o incupriento se deve B conduta do pr3prio cliente ou B actuao iprevis&velde u terceiro al;eio ao forneciento das prestaes devidas pelo contratoHd) >egalente no puder accionar o direito de regresso relativaente a terceiros prestadores dos servios

    previstos no contrato0 nos teros da legislao aplic/velHe) " prestador de servios de alo(aento no puder ser responsabili#ado pela deteriorao0 destruio ousubtraco de bagagens ou outros artigos.

    - 2 iites1 2 % responsabilidade da ag*ncia ter/ coo liite o ontante /9io e9ig&vel Bs entidades prestadorasdos servios0 nos teros da 4onveno de Aontreal0 de !N de Aaio de 1JJJ0 sobre 'ransporte %5reo

    Internacional0 e da 4onveno de =erna0 de 1J10 sobre 'ransporte errovi/rio.! 2

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    %rtigo )N.K4oisso arbitral1 2 " re,ueriento previsto no artigo anterior ser/ apreciado por ua coisso arbitral0 convocada peloPresidente do 'uriso de Portugal0 I.P.0 no pra#o de 18 dias ap3s a entrega do pedido0 e constitu&da poru representante desta0 ,ue preside0 u representante do Instituto do 4onsuidor0 u representante da

    %ssociao Portuguesa das %g*ncias de Qiagens e 'uriso0 u representante das associaes de defesado consuidor0 a designar pelo cliente0 e u representante da ag*ncia0 designado por esta0 se pre(uode recurso para os tribunais0 nos teros da >ei da %rbitrage Qolunt/ria.! 2 % coisso arbitral delibera no pra#o /9io de !8 dias teis ap3s a sua convocao0 sendo adeliberao toada por aioria dos ebros presentes0 tendo o presidente voto de ,ualidade.$ 2 Da deciso da coisso arbitral cabe recurso para o Presidente do 'uriso de Portugal0 I.P.0 a interporno pra#o de cinco dias teis.) 2 " Presidente do 'uriso de Portugal0 I.P.0 deve apreciar o recurso no pra#o /9io de !8 dias teis0findo o ,ual0 e na aus*ncia de deciso0 se presuir/ o indeferiento do eso.- 2

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    ! 2 %s entidades referidas no nero anterior deve celebrar u seguro de responsabilidade civil ,uecubra os riscos decorrentes da viage a reali#ar.$ 2 " I

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    nature#a0 de estabelecientos de restaurao ou de bebidas e de ag*ncias de viagens e turiso0 ,uandoestivere constitu&das nua das foras societ/rias previstas no n.o e preve(a no seu ob(ecto social a

    possibilidade de e9ercere as actividades previstas no n.o 10 esto isentas do licenciaento previsto nocap&tulo II do presente diploa para as epresas de aniao tur&stica.

    +9clusividade e liites

    1

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    % circulao dos coboios tur&sticos passa0 assi0 a estar condicionada B obteno de autori#aoespecial de circulao a eitir pela Direco2Geral de Qiao ediante a apresentao dos docuentoscoprovativos da aprovao do con(unto do ve&culo e inspeco inicial ou t5cnica0 da autori#ao do

    percurso0 be coo do respectivo certificado de seguro." IICara!ter6ti!a t@!ni!a%rtigo $.oCo%)oio1 " coboio tur&stico 5 coposto por u tractor e0 no /9io0 tr*s rebo,ues destinados ao transporte

    de passageiros.! %o ve&culo tractor s3 pode ser atrelados rebo,ues at5 ao liite da sua capacidade /9ia de cargareboc/vel0 no podendo0 e ,ual,uer caso0 o con(unto e9ceder o copriento de 1N .

    %rtigo ).oSite%a de tra,a#e%1 " sistea de travage dos coboios tur&sticos deve possuir as seguintes caracter&sticasa: " tractor e os rebo,ues deve estar e,uipados co u sistea de travage de servio0 pneu/tico ou;idr/ulico0 actuando e todos os ei9os0 ,ue apresente a necess/ria efic/cia para oderar ou deter oandaento do con(unto sepre ,ue necess/rio0 eso e vias de forte inclinaoHb: " tractor e os rebo,ues deve0 ainda0 possuir u sistea de travage de estacionaento de actuaoecFnica.!

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    E7ui)a%ento di,ero1 " ve&culo tractor deve estar e,uipado co dois espel;os retrovisores laterais0 u dispositivo sonoroe u veloc&etro0 co as caracter&sticas regulaentares para id*nticos e,uipaentos integrados nosauto3veis ligeiros.! "s rebo,ues deve possuir portas co segurana ,ue0 no lado direito do ve&culo0 pode sersubstitu&das por0 no &nio0 duas correntes de efic/cia assegurada.

    $ " IIICir!u'ao de !o%$oio tur6ti!o%rtigo 1!.o8e'o!idade" coboio tur&stico no pode e9ceder a velocidade instantFnea de !- E];ora.

    %rtigo 1$.oCondie de tr9nito" trFnsito de coboios tur&sticos na via pblica est/ condicionado B observao das seguintes condiesa:

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    c: " QIDi)oie finai%rtigo 1J.oA!eo a!ti,idade1 " acesso B actividade de transportes pblicos de passageiros por eio de coboios tur&sticos ser/definido por legislao espec&fica.

    ! %t5 publicao do diploa a ,ue se refere o nero anterior0 as pessoas ,ue pretenda e9plorarcoercialente coboios tur&sticos nas condies previstas pelo presente diploa fica dispensadas docupriento dos re,uisitos de acesso B actividade estabelecidos pela legislao e vigor para ostransportes pblicos rodovi/rios de passageiros.

    %rtigo !8.oO)eradore autoriado"s operadores de coboios tur&sticos autori#ados a circular nos teros do despac;o n.o 7]J-0 de J de%gosto0 deve0 no pra#o de 8 dias0 conforar os seus ve&culos co o disposto no presente diploa ere,uerer B Direco2Geral de Qiao a autori#ao referida no artigo 1-.o

    . O !onu%idor.1. Direito do !onu%idor

    !J %grupaento escolas de 4anelas Caie @ousa

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    ' )$r%$- ) c"!+,$)r( um ramo do direito que lida com conflitos de consumoe com a defesa dos direitos dos consumidores, e que se encontra desenvolvido namaior parte dos pa)ses com sociedades de consumo e sistemas legais funcionais#

    Todos n*s somos consumidores quando compramos se!a o que for, pensamos n*s#+a) que, quando sentimos raes de queia sobre qualquer transaco que

    efectuarmos, podemos recorrer !ustia ou a qualquer dos organismos que protegeos interesses do consumidor#

    A situao no ( assim to linear #

    .uem ( um consumidor

    /egalmente, para que uma pessoa tenha direito defesa dos seus interesses na"rea do consumo, e para que, enfim, possa ser considerado consumidor, torna-senecess"rio que se verifiquem os requisitos seguintes%

    - que os bens fornecidos, os servios prestados ou os direitos transmitidos se

    destinem a uso no profissional0

    - que o fornecedor se!a algu(m que eera com car"cter profissional umaactividade econ*mica que vise obter benef)cios, incluindo os organismos daAdministrao P1blica, as pessoas colectivas p1blicas, as empresas de capitaisp1blicos ou detidos maioritariamente pelo 2stado, as 3egies Aut*nomas ou asautarquias locais e as empresas concession"rias de servios p1blicos#

    A proteco do consumidor e a atribuio de direitos espec)ficos dependem assimda eist4ncia de uma relao de consumo, se!a atrav(s da celebrao de umcontrato se!a mediante uma situao destinada a promover o fornecimento de bensou servios ou a transmisso de direitos#

    $* eiste, pois, relao de consumo se o ob!ecto do acto ou do contrato for umbem, servio ou direito destinado ao uso no profissional as partes no contrato ouas pessoas em relao no acto de promoo forem, por um lado, um profissional e,por outro, uma pessoa que actue como no-profissional para a satisfao denecessidades pessoais ou familiares#

    /egalmente# o consumidor tem os seus interesses protegidos por direitosconsagrados na lei e tem a quem recorrer quando sente que eles foram infringidos

    's direitos dos consumidores

    's direitos gerais atribu)dos aos consumidores no ordenamento !ur)dico portugu4spodem agrupar-se da seguinte forma%

    - direito proteco da sa1de e segurana

    - direito qualidade dos bens ou servios

    - direito proteco dos interesses econ*micos

    - direito preveno e reparao de pre!u)os

    - direito formao e educao para o consumo

    - direito informao para o consumo

    $8 %grupaento escolas de 4anelas Caie @ousa

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    - direito representao e consulta

    - direito proteco !ur)dica e a uma !ustia acess)vel e pronta

    2stes direitos encontram-se consagrados na Constituio e na /ei de +efesa doConsumidor 5 /ei n6 789:;, de ulho?#

    ' contrato escrito - a segurana do consumidor

    @o ( necess"rio que um contracto se!a acordado por escrito , embora, claro, umcontracto escrito facilita a prova em caso de conflito# Casos h", no entanto, em quea lei eige o respeito pela forma escrita 5por eemplo a compra a prestaes debens de consumo duradouro?, ou estabelece a necessidade de escritura p1blica 5poreemplo, a compra de um im*vel?#

    Como elemento de defesa para qualquer problema que possa surgir no futuro, oconsumidor deve sempre conservar um duplicado do contrato que assinou com oseu fornecedor# sto refere-se tanto ao contrato de compra e venda como garantia

    que possa acompanhar tal transaco#

    Cuidados a ter ao assinar um contrato

    2i!a a clarea das cl"usulas do contrato e no assine documentos sem os lercuidadosamente e compreender o que est" a assinar#

    Os contratos pr-elaborados

    A vida moderna impe, por vees, este tipo especial de contrato, em relao aoqual a posio do consumidor se tem revelado muito fr"gil% trata-se de contratosem que a totalidade ou pelo menos os mais importantes elementos so definidos e

    impostos por uma das partes outra, na forma de um modelo genericamenteaplic"vel#

    Ao consumidor, necessitado desse bem ou servio, muitas vees apenas dispon)velatrav(s daquele fornecedor, pouco mais lhe resta do que aceitar ou recusar embloco essa proposta, neste 1ltimo caso no obtendo a satisfao das suasnecessidades#

    Para faer face a esta clara situao de desigualdade e pretendendo assegurar adefesa dos interesses econ*micos dos consumidores, a lei estabelece algumascondicionantes utiliao deste modelo contratual#

    Clusulas abusivas

    Consideram-se cl"usulas abusivas, aquelas que so formuladas de tal forma queobriguem os consumidores contra a pr*pria vontade, contra os seus interesses oumesmo em violao de normas legais#

    B o caso das lavandarias que utiliam facturas onde se eclui a suaresponsabilidade pela alterao das cores dos tecidos, pelos botes, fechos, etc#, oudas seguradoras que informam, por via postal os seus clientes de alteraes docontrato, considerando-as vigentes se, num certo prao, o segurado nada disser#

    A lei configura como proibidas um vasto con!unto de cl"usulas abusivas#

    'utros eemplos%

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    - as que permitam alterar as obrigaes assumidas quanto qualidade dos bens oudos servios que o consumidor pretende assegurar atrav(s do contrato 5poreemplo, a substituio de material de construo por outro de qualidade inferior?

    - as que impeam, in!ustificadamente, reparaes ou fornecimentos por entidadediferente da empresa com quem se contratou

    - as que alteram as regras respeitantes distribuio do risco 5por eemplo, emcontratos de aquisio de cartes de cr(dito ou d(bito, a previso de que, em casode furto ou etravio, o risco corre por conta do titular durante as 8 horassubsequentes comunicao? ou modificam os crit(rios de repartio do *nus daprova 5presuno de que foi o titular do carto banc"rio que o utiliou quando oc*digo foi digitado correctamente?0

    - as que negam o direito de requerer aco !udicial#

    As cl"usulas proibidas so nulas, ou se!a, no produem qualquer efeito v"lido equalquer interessado pode invocar essa nulidade, a todo o tempo, perante o

    fornecedor ou perante os tribunais#

    Por outro lado, as cl"usulas que normalmente passem despercebidas, ou pelaep)grafe enganosa ou pela especial apresentao gr"fica 5por, eemplo, emcaracteres reduidos?, no geram tamb(m quaisquer obrigaes para oconsumidor#

    ' regime legal das cl"usulas contratuais gerais 5aquelas que o consumidor se limitaa aceitar sem pr(via negociao individual? aplica-se igualmente s aprovadas porentidades p1blicas, como acontece com as convenes de preos do servio p1blicotelef*nico#

    Proibio de utilizao das clusulas abusivas

    A lei oferece outro caminho, visando !" no tanto o seu contrato em particular, masa proibio da utiliao de cl"usulas abusivas em qualquer contrato#

    Assim, ao ter conhecimento da utiliao de cl"usulas proibidas, pode o consumidorcomunicar a uma Associao de Consumidores, ao Provedor de >ustia ou aoDinist(rio P1blico, de forma a que o tribunal venha a proibir o seu uso#

    Incumprimento do contrato

    $e o servio acordado no pode ser prestado, sem culpa dieta do prestador, duas

    hip*teses se levantam%

    - se a prestao se tornou imposs)vel ou perdeu interesse para o consumidor 5oretardamento da viagem ( incompat)vel com as f(rias !" marcadas?, o contratocaduca, tendo o consumidor o direito de reaver integralmente as importncias queporventura !" tenha pago0

    - ( tamb(m admiss)vel renegociar um novo contrato em que outras obrigaes sevenham substituir quelas que antes tinham sido assumidas0

    - se a prestao ( ainda poss)vel e tem interesse para o consumidor, o fornecedortem de cumpri-la, logo que poss)vel, se!a voluntariamente, se!a pela eecuo

    espec)fica ordenada por deciso do tribunal#

    ncumprimento culposo

    $! %grupaento escolas de 4anelas Caie @ousa

  • 8/13/2019 Manual Mod 10

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    TIAT MDULO 10: Legislao Turstica 2013/2014

    $e o fornecedor no cumpre por culpa sua, o consumidor pode, em alternativa,segundo a escolha que mais convenha ao seu interesse% eigir o cumprimentointegral do contrato ou rescindir o contrato, ou se!a, declar"-lo sem efeito porsimples comunicao ao fornecedor, com o direito de reaver o que porventura !"tenha pago#

    2m qualquer destes casos, tem direito a uma indemniao pelos pre!u)os sofridos#

    $e lhe parecer mais conveniente, poder" renegociar o contrato e9ou eigir areduo do pagamento ou uma compensao pelo pre!u)o que sofreu#

    Cumprimento defeituoso

    'utra ( a situao derivada do facto de o bem ou o servio prestados seapresentarem defeituosos#

    A compet4ncia para a fiscaliao est" atribu)da especialmente Autoridade de$egurana Alimentar e de $a1de, sendo !unto deste organismo 5servios centrais ou

    delegaes? que o consumidor deve apresentar a sua den1ncia#

    As infraces s normas que regulam as vendas de bens a preos reduidos sopunidas com a aplicao de uma coima, ou se!a uma sano econ*mica, aconcretiar a final de um processo de contra-ordenao que, como veremos, noimplica necessariamente a interveno dos tribunais#

    C, %"(r%"-#r c"(&$-! )% c"!+,

    Como em tudo na vida, a melhor maneira de resolver um conflito ( evitar que ele semanifeste#

    Assim, guarde as provas sempre consigo# Provas de compra 5recibos?, contratos deprestao de servios, de compra ou aluguer, garantias do produto, etc#

    2i!a oramentos por escrito e no assine nada que no compreenda totalmente ouque no possa levar para casa, a fim de estudar com mais tempo e com algu(mmais entendido na mat(ria em questo#

    +entro deste princ)pio, se uma cl"usula do contrato parece d1bia e a empresa dique tem um sentido que no lhe parece decorrer no teto, ei!a que lhe passem aescrito essa interpretao e a assinem, dando-lhe um eemplar desta#

    2, se tiver d1vidas antes de celebrar um contrato informe-se antes, !unto de uma

    entidade competente#

    2 no esquea% na lei h" sempre praos# A!a rapidamente#

    Como reclamar

    Algo correu mal com o produto adquirido ou o servio prestado# Comunique o facto empresa por escrito, epondo o problema de forma clara e esclarecendo sepretende substituio, reparao ou devoluo#

    2ssa carta dever" ser enviada com comprovativo, por eemplo com aviso derecepo#

    $$ %grupaento escolas de 4anelas Caie @ousa

  • 8/13/2019 Manual Mod 10

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    TIAT MDULO 10: Legislao Turstica 2013/2014

    2m simultneo, envie c*pia para o nstituto do Consumidor ou para a sua CmaraDunicipal, atrav(s do respectivos servios de informao e apoio ao Consumidor#@em todas as Cmaras possuem tais servios, mas em todas elas encontrar" quemo oriente nos passos a dar#

    Euarde uma c*pia da carta enviada#

    O conflito agrava-se

    Das a empresa a quem o leitor se queia no responde ou discorda das raes queo leitor aduiu# A) vai ter de recorrer a organismos especialiados nesses conflitos,ou, inclusivamente, aos tribunais#

    Para o caso de se recorrer via !udicial, eistem !", para o efeito, >ulgados de Pa,vocacionados para as pequenas causas c)veis, como a maioria dos conflitos deconsumo, criados para resolver os conflitos de forma r"pida , simples e com umm)nimo de despesas#

    Como soluo alternativa, eistem organismos especialiados na resoluo deconflitos de consumo que podem intervir sob a forma de mediao, conciliao ouarbitragem

    Mediao consiste na indicao de uma entidade, reconhecida pelo nstituto doConsumidor , estranha ao conflito que interv(m de forma imparcial para aproimaras partes e a!ud"-las a encontrarem, por si mesmas, o modo de resolver o conflitoque as ope#

    ' mediador no decide o conflito# A sua aco limita-se a facilitar o di"logo deforma a ser encontrada uma soluo consensual#

    Conciliao ( o meio atrav(s do qual ( nomeado um conciliador, estranho aoconflito, que interv(m conduindo a negociao das partes e propondo plataformasde entendimento que possibilitem um acordo#

    ' conciliador tem assim um papel mais interveniente que o mediador# $e as parteschegarem a acordo, este ( passado a escrito e homologado pelo !ui "rbitro# ' quelhe confere o mesmo valor legal que uma deciso de um tribunal de =F instncia#

    Arbitragem ( o meio atrav(s da qual um terceiro - o "rbitro - interv(m de formaimparcial, impondo uma soluo para o conflito# A sua deciso tem o mesmo valorque uma sentena proferida num tribunal de =F instncia# Por este motivo, aarbitragem volunt"ria ( a soluo que mais se assemelha a um processo !udicial

    Mediao conciliao e arbitragem so solu!es supervisionadas pelo Instituto doConsumidor e por Centros de Arbitragem de Consumo a "uem o IC recon#ece comoentidades independentes e "ue integram a rede europeia de conflitos de consumo$

    .-. De,ere do !onu%idor

    "s consuidores t* diversos de,ere0 noeadaente o de reclaar0 sepre ,ue (ulgue ,ue t*ra#o. Aas ;/ ais de,ere.

    So'idariedade5 organi#ar2se en,uanto consuidor0 de fora a desenvolver a fora e a influ*ncia

    necess/rias para proover e proteger os seus interesses.

    $) %grupaento escolas de 4anelas Caie @ousa

  • 8/13/2019 Manual Mod 10

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    TIAT MDULO 10: Legislao Turstica 2013/2014

    Con!in!ia !r6ti!a5 estar alerta e desenvolver u esp&rito cr&tico face ao preo e B ,ualidade dosprodutos e servios ,ue utili#a.

    A#ir5 fa#er valer as suas opinies e actuar para ,ue ten;a u trataento (usto. Peranecendo passivo0continuar/ a ser lesado.

    &reo!u)ao o!ia'5 estar consciente do ipacto ,ue provoca o seu consuo sobre outros cidados0especialente sobre os grupos ais desfavorecidos0 a n&vel local0 nacional e internacional.

    Con!in!ia a%$ienta'5 copreender as conse,u*ncias abientais do consuo0 recon;ecendo a suaresponsabilidade individual e social0 no sentido de preservar os recursos naturais e preservar a 'erra paraas geraes futuras.