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 MÓDULO VII RECURS S O OS S  DIDÁ ÁC CT TICOS  

Manual Mod VII Recursos Didacticos

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MÓDULO VII

RREECCUURRSSOOSS DDIIDDÁÁCCTTIICCOOSS 

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  2 | P á g i n a  

FICHA TÉCNICA 

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Direitos de Autor: este artigo não pode ser reproduzido, no todo ou em

parte, qualquer que seja o modo utilizado, sem prévia autorização dos

autores.

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ÍNDICE Ficha Técnica ................................................................................................................................ 2 

Índice ............................................................................................................................................. 3 

1. A SELECÇÃO, ELABORAÇÃO E EXPLORAÇÃO DE AUDIOVISUAIS NA FORMAÇÃO ............................... 5 1.1  INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 5 

1.1.1 O que são os audiovisuais? .......................................................................................... 5 

1.1.2 Porquê os audiovisuais? ............................................................................................... 6 

1.1.3. Escolha do audiovisual ................................................................................................ 8 

1.2. PRINCIPAIS MEIOS AUDIOVISUAIS........................................................................................... 9 

1.2.1.  Meios visuais não projectáveis................................................................................ 10 

A. Os Cartazes ................................................................................................................. 11 

B. Os Quadros .................................................................................................................. 15 

1.2.2.  Meios visuais projectáveis ....................................................................................... 19 

1.2.2.1. Projecção fixa ...................................................................................................... 19 

A. O Retroprojector ....................................................................................................... 19 

B. O Projector de Diapositivos ...................................................................................... 25 

C. O Episcópio (Projector de Opacos) ......................................................................... 26 

1.2.2.2. PROJECÇÃO ANIMADA..................................................................................... 26 

A. O Projector de Filmes ............................................................................................... 26 

B. O Gravador de Vídeo ............................................................................................... 27 

COMO E QUANDO UTILIZAR UM FILME ......................................................................................... 27 Implantação ................................................................................................................................. 29 

Custo ........................................................................................................................................... 29 

Documentos Gráficos .................................................................................................................. 30 

Quadro Preto ............................................................................................................................... 30 

Quadro de Papel ......................................................................................................................... 30 

Flanelógrafo ................................................................................................................................ 30 

Episcópio ..................................................................................................................................... 31 

Portatibilidade .............................................................................................................................. 31 

Implantação ................................................................................................................................. 31 Custo de Produção ...................................................................................................................... 32 

Episcópio ..................................................................................................................................... 33 

2. AS NOVAS TECNOLOGIAS NA FORMAÇÃO ................................................................................... 35 

2.1. ENSINO ASSISTIDO POR COMPUTADOR................................................................................ 35 

2.1.1. Introdução .................................................................................................................. 35 

2.1.2. A auto-Formação assistida por computador .............................................................. 38 

A Ausência do Formador .................................................................................................. 39 

Relação Aluno/Computador ............................................................................................. 39 

O Diálogo Computador – Aluno ....................................................................................... 40 

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2.2. ENSINO À DISTÂNCIA ........................................................................................................... 48 

Bibliografia ................................................................................................................................... 55 

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UNIDADE I 

1. A SELECÇÃO, ELABORAÇÃO E EXPLORAÇÃO DE AUDIOVISUAIS NA FORMAÇÃO 

1.1 INTRODUÇÃO 

1.1.1 O que são os audiovisuais?

A palavra “audiovisual” foi empregada pela primeira vez, pelos pedagogos americanos por

volta de 1930 (“audio-visual aids”, “audio-visual media”) fruto do desenvolvimento da

reprodução sonora e da radiodifusão, logo seguida do cinema sonoro.

Foi, no entanto, no decorrer dos últimos anos da 2ª Guerra Mundial, que os meios audiovisuais

ganharam um maior incremento, ao serem utilizados na Formação acelerada de soldados

sobre novos equipamentos e novas técnicas.

De então para cá, a expressão passou a ser aplicada, com certa incorrecção, a novos meios,

só visuais ou só sonoros ou a meios que associam som e imagem.

O termo “audiovisual” encontra-se em todo o lado e não há nenhum domínio onde não sevenha a encontrar este tema.

Agora tudo é audiovisual. Isto é tão verdade que aceitamos ambiguamente como meios

audiovisuais aqueles que são só visuais ou só auditivos.

Não há uniformidade quanto ao que se deva considerar meio audiovisual, no entanto, damos

esta definição:

“Meios audiovisuais são um conjunto de documentos e ou aparelhos

desenvolvidos pela tecnologia moderna para facilitar a aprendizagem e a

informação, através de experiências sensoriais, sonoras e ou visuais"

Segundo esta definição, os meios audiovisuais podem obedecer à seguinte classificação:

Auditivos

Gira Discos;

Guarda Som; Qualquer Sonorização.

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1.1.2 Porquê os audiovisuais?

O Formador deve procurar todos os meios e técnicas que facilitem aos Formandos a aquisição

dos conhecimentos ou das atitudes que lhe vão ser transmitidas.

O ambiente que cerca o aluno cria aspectos de grande importância para a aprendizagem.

Se pensarmos nesse conjunto de contingências que influem no processo de aprendizagem,

poderemos até falar de “ecologia da aprendizagem”.

Nessa “ecologia” ocupam lugar de destaque os recursos audiovisuais.

Sem Projecção

Fixo Com Projecção

Animados: Filme Mudo

  Episcópio;

  Retroprojector;

  Diapositivos;  Filme Fixo.

  Desenhos;

  Cartazes; 

  Gravuras;

  Quadros (preto, verde, porcelana, magnético, de papel, electrónico);

  Flanelógrafo;

  Maquete;

  Modelo. 

Visuais

Audiovisuais 

Montagem audiovisual (diaporama);

Filme Sonoro;

Televisão; Computador;

Máquina de Ensinar (livro mais fita ou disco ou programa de computador).

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A linguagem oral, recurso de ensino mais utilizado pelo professor, pode ser apoiado por

outros recursos que estimulem outros sentidos.

Os sentidos são a ligação entre o homem e o mundo exterior e, se pensarmos numa

“ecologia da aprendizagem” deveremos criar um ambiente que permita estimular o maior

número de sentidos possível.

Na verdade, para a apresentação de ideias e novos conceitos, o nosso cérebro recorre a todos

os cinco sentidos de que dispõe.

Ao estudarem os cinco sentidos, os cientistas concluíram que a visão é o que apresenta

maior possibilidade percentual de aprendizagem.

1% Através do Gosto 1,5% Através do Tacto

11% Através da Audição 83% Através da Visão

20% do que escutamos 30% do que vemos

50% do que vemos e escutamos 70% do que dizemos e discutimos

90% do que dizemos e realizamos

Estes números demonstram, assim, que a palavra não é só por si suficiente para uma

aprendizagem efectiva. 

A imagem torna-se pois um complemento fundamental da palavra em virtude de poder

ser:

Permanente; 

Concreta; 

Precisa. 

A eficácia de um Formador assenta na forma como associa a imagem à Palavra. 

Comunicar, hoje em dia, é ser capaz de utilizar criteriosamente o conjunto de meios de que

o homem moderno dispõe.

É ser capaz de recorrer à tecnologia tanto para emitir como para receber mensagens.  

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A combinação do oral e visual permite uma alta retenção e, portanto, uma facilidade muito

maior na aprendizagem.

Os recursos audiovisuais formam, portanto, a combinação simples que oferece as melhores

contingências para a aprendizagem.

É importante levar em conta a participação da pessoa que aprende. Ela não deve ter uma

atitude passiva, mas, activa, fazendo com que os sentidos, em maior número possível, sejam

estimulados para absorver as informações.

Salientemos também outros motivos que justificam o uso dos meios audiovisuais:

1.1.3. Escolha do audiovisual

O audiovisual é um apoio, ou recurso, a que o monitor deita mão para melhorar a eficácia do

seu ensino, será um precioso auxiliar se for cuidadosamente seleccionado e elaborado e

correctamente utilizado.

Deve ser adaptado ao currículo, à idade e ao nível intelectual dos participantes e estar

perfeitamente integrado no tema que vai ser abordado.

MOTIVOS QUEJUSTIFICAM O

USO DOS

AUDIOVISUAIS 

1. Grande impacto no auditório;

2. Aumentam o interesse e a atenção dos participantes;

3. Facilitam a retenção na memória;

4. Permitem economia de tempo na sessão;

5. Facilitam a actividade do monitor no que diz respeito à apresentação da

comunicação e ao cumprimento do programa que se propôs;

6. Facilitam a troca de ideias entre os participantes pois os dados são apresentados

a todos simultaneamente.

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Assim, a eficácia ou ineficácia de um apoio audiovisual depende da sua:

Escolha; 

Elaboração; 

Exploração. 

Vários são os factores que condicionam e influenciam a escolha do apoio a utilizar pelo

monitor:

Perante estes factores será errado dar “receitas” ou exemplos que poderiam afectar ou

condicionar o critério do formador.

Cada monitor, cada sessão, cada grupo de participantes, tem as suas características próprias

que têm de ser consideradas ao estruturar uma sessão de Formação.

O importante é saber utilizar pedagogicamente os meios audiovisuais fazendo delesinstrumentos de criação, expressão e comunicação.

1.2. PRINCIPAIS MEIOS AUDIOVISUAIS 

Os meios de maior divulgação, no momento actual, são os seguintes e podem agrupar-se

em dois grandes grupos: 

FACTORES QUE INFLUENCIAM A ESCOLHA 

1. O Objectivos da sessão e o assunto a ilustrar;

2. Os meios audiovisuais de que o monitor dispõe;

3. O tempo e a capacidade que o monitor tem para preparar a

sua sessão e elaborar os respectivos apoios audiovisuais;

4. A duração prevista para a sessão e o local onde ela se

realiza;

5. A funcionalidade do meio e o conhecimento que dele tem o

monitor;

6. Os custos envolvidos

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1.2.1. Meios visuais não projectáveis

Os meios visuais não projectáveis compreendem todos os estímulos visuais que não

necessitam de nenhum equipamento especial (óptico ou electrónico) para serem observados e

ou analisados pelos Formandos.

Nesta categoria englobamos um conjunto de documentos bastante diversificados, tais

como:

Estes meios de comunicação, oferecem enormes possibilidades ao formador e oferecem as

vantagens seguintes:

São documentos utilizados para comunicar factos, ideias, mensagens de uma maneira simples

e precisa – graças à disposição ou utilização de desenhos, palavras, imagens.

Podemos utilizá-los sempre que tenhamos necessidade de ilustrar uma informação de carácter

descritivo.

MEIOS VISUAIS NÃO 

PROJECTÁVEIS 

  Documentos gráficos: fotografias, cartazes, notícias técnicas, gráficos,

etc.

  Quadros: quadro preto, branco ou de aderência, de papel, Flanelógrafo,electrónico.

Recursos do meio ambiente: Modelos e Maquetes, Etc.

Não são caros;

São de fácil preparação e utilização.OS DOCUMENTOS 

GRÁFICOS 

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Os documentos gráficos propriamente ditos apelam a técnicas variadas:

Os documentos gráficos não são necessariamente obras de arte, no entanto devem possuir um

certo número de qualidades a fim de assegurarem a sua eficácia:

A. Os Cartazes

Dentre os meios de comunicação visual, o cartaz aparece como um dos mais utilizados em

virtude da sua versatilidade e por atrair o olhar do espectador e transmitir-lhe imediatamente a

ideia desejada.

Assim, os cartazes utilizados para o ensino podem ser de três tipos:

O cartaz caracteriza-se por apresentar através de ilustrações, textos, etc. uma mensagem clara

e directa do tema escolhido.

TIPOS DE CARTAZES 

TÉCNICAS A TEREM ATENÇÃO NOS

DOCUMENTOS

GRÁFICOS 

Desenhos;

Letragem;

Aplicação da cor;

Colagem;

Recorte,

Fotografias;

Etc.

Motivadores

Instrutivos

Divulgadores

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Os elementos que compõem um cartaz são:

Tema

Consiste basicamente na mensagem que se pretende transmitir;

Para cada cartaz o tema deve ser único a fim de possibilitar uma assimilação rápida;

A utilização de símbolos facilita a memorização do tema e permite uma economia de

palavras do texto.

Ilustração

Refere-se à figura ou desenho que dá vida ao cartaz;

A ilustração pode ser desenhada ou “montada”.

Um cartaz desenhado, quando bem feito, produz um grande impacto, no entanto, nem todas as

pessoas têm habilidade para o fazer. Neste caso, aconselhamos a utilização de outra técnica

de ilustração de cartazes, através de colagens de recortes ou fotografias desde que os motivos

sejam suficientemente bons para cumprir os objectivos.

ELEMENTOSQUE COMPÕEM

UM CARTAZ 

• Tema;

• Ilustração;

• Letragem;

• Cor.

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Letragem 

A letragem pode ser feita através dos seguintes:

Qualquer que seja o processo utilizado para a letragem, devemos escolher sempre tipos de

letras simples e fáceis de serem lidas.

Um projecto de elaboração dum documento gráfico pode ser destruído por uma letragem mal

feita.

Quando as letras são desenhadas ou colocadas manualmente há que evitar o erro de as

separar por espaços iguais, o que devido à diferença das áreas ocupadas pelas diferentes

letras pode causar espaço estreitos entre umas e demasiado largos entre outras.

Na letragem não se deve utilizar letras grossas e baixas ou finas e altas, pois esses tipos

causam confusão na leitura.

O destaque de uma palavra dentro de uma frase ou de uma frase dentro do texto pode ser feito

através do:

• Estilo;• Tamanho;

• Cor.

A Cor 

Os estudos sobre a utilização das cores e o seu efeito sobre as pessoas têm sido cada vez

mais aprofundados em virtude do seu poder em despertar a atenção.

INSTRUMENTOS OUPROCESSOS PARA

LETRAGEM 

Mão livre; Escantilhão;

Letra de

decalque / auto-

adesiva;

Dactilografia;

“Dymo”;

Compositora;

Computador. 

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A cor é um factor importante na comunicação visual gráfica.

Ao planear um cartaz, deve-se estudar minuciosamente as cores a serem utilizadas.

Não utilize cores em demasia, um cartaz excessivamente colorido prejudica a mensagem a ser

transmitida.

Use no máximo 3 cores além da cor de fundo.

Legibilidade das cores

O contraste é um factor determinante da legibilidade e do efeito que pode produzir a imagem.

Para um documento opaco, podemos obter uma legibilidade satisfatória e um efeito

estimulante, utilizando, as combinações apresentadas na tabela da página seguinte.

Para que um cartaz seja efectivamente comunicativo e consiga atingir os objectivos propostos

é necessário que todos os elementos que acabámos de ver sejam levados em consideração.

Aconselhamos a feitura de um borrão ou esboço do documento a realizar.

É o ensaio, as grandes linhas que permitem avaliar rapidamente algumas qualidades tais como

o equilíbrio, a harmonia e forma geral.

ALGUMASREGRASSOBRE O

CONTRASTE 

A combinação de uma cor escura com uma cor clara acentua aqualidade de cada uma das cores; 

As cores parecem mais escuras sobre um fundo claro e vice-versa; 

A justaposição de uma cor suave e duma viva tornam maisapagada a primeira e aumenta o brilho da segunda; 

A maior parte das cores dão bem com o preto. 

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COR DE FUNDO COR DAS LETRAS OU SIMBOLOS

Branco Vermelho, verde, azul, preto, castanho, violeta

Amarelo Vermelho, azul, preto, castanho, verde

Azul claroAmarelo, castanho, violeta, preto, azul-escuro,vermelho

Verde-escuro Preto, branco, amarelo

Vermelho claro Verde, preto, azul

Vermelho escuro Verde, branco, amarelo

Castanho-escuro Vermelho alaranjado, preto, branco, verde-claro,amarelo

Castanho claro Verde, azul-escuro, vermelho escuro, preto

Cinzento claro Azul-escuro, dourado, vermelho, preto

Preto Dourado, branco, vermelho, azul claro, prateado,verde

Azul-escuroVermelho, dourado, verde, prateado, amarelo,branco 

Verde-claro Dourado, castanho, vermelho, preto

B. Os Quadros

Tipos e Características

Este apoio visual pelas suas qualidades e pela resposta que dá a uma grande variedade desituações comuns em Formação, tem-se mantido actual apesar de ser o mais primitivo dos

audiovisuais.

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Actualmente existem uma grande variedade de quadros:

De um modo geral, os quadros:

São muito económicos e pouco susceptíveis de avarias;

São de uso muito simples;

Permitem o uso de grandes áreas;

Não necessitam, antes pelo contrário, do escurecimento da sala.

Os cuidados a ter na elaboração ou escrita da mensagem nos quadros aplicam-se a qualquer

tipo de quadro.

A realização da escrita tem lugar, na maior parte dos casos, em plena sessão, frente aos

participantes o monitor deve ter o cuidado de sintetizar a mensagem focando somente os

pontos-chave.

Para além do giz e do lápis de cera para a escrita nos quadros há ainda dois tipos de

marcadores.

Secos: para uso no quadro branco e apagáveis com um pano seco ou apagador de papel.

TIPOS DE

QUADROS 

Quadros negros (ou verdes) para escrita a giz;

Quadros brancos (ou de porcelana) para escrita a marcador deágua, álcool ou secos; podem ser magnéticos, permitindo afixação de objectos e documentos com o auxílio de pequenosímans;

Quadros de papel (ou cavalete de papel) para escrita aomarcador, lápis de cera ou outros; têm a vantagem de permitira preparação prévia de documentos, bem como o seu arquivomantendo-os acessíveis;

Quadro de flanela ou Flanelógrafo para suportar velcro ou colacom areia, pequenos objectos e documentos;

“Copyboard” (ou quadro com fotocopiadora acoplada).

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Características dos Quadros:

Fixos ou permanentes (de água ou álcool) que serão utilizáveis quer no quadro branco quer no

de papel.

Tanto uns como outros aparecem no mercado nas quatro cores básicas preto, azul, verde e

vermelho.

No cavalete de papel aconselhamos o uso de lápis de cera que têm a vantagem de não

ser “bebidos” pelo papel o que permite a utilização do verso das folhas.

Iluminação e localização dos quadros

Os quadros necessitam de estar num sítio particularmente bem iluminado. Consoante as

dimensões da sala, o grupo de participantes e a sua distribuição física. Pode haver

necessidade de dispor de um foco de luz orientável para iluminar convenientemente a

zona do quadro.

A má iluminação provoca perda de contraste e má legibilidade 

O que muitas vezes se traduz num excesso do esforço, cansaço e consequente

desinteresse dos participantes.

Normalmente, e pelas suas dimensões, os quadros encontram-se fixos na parede por

detrás do monitor e a sala é montada tendo em atenção a necessidade da sua

visualização.

Os cavaletes de papel estão normalmente montados em suporte facilmente deslocáveis,

o que permite mantê-los arrumados, desimpedindo a zona de quadro até à sua

utilização, se for caso disso.

No entanto e desde que não estorvem, o ideal é começar a sessão com cada apoio noseu lugar para evitar que a sessão seja interrompida.

A localização mais adequada é do lado esquerdo do monitor desde que bem visível para

os participantes.

Dimensão dos caracteres 

A maior parte dos utilizadores faz um tipo de letra corrente e muito pequena.

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A letragem deve ser relativamente grande e simples tendo em atenção a distância a que vai ser

lida.

O desenho causa problemas a muitos Formadores que pretendem não ter talento para o fazer.

Para os auxiliar a desenhar são sugeridos os desenhos por perfuração e o uso dos projectores

de opacos ou o episcópio.

Utilização e exploração 

Quando utilizar o quadro tenha em atenção os seguintes aspectos:

• Proceda de forma a evitar quebras na comunicação com os participantes enquanto

escreve no quadro;

• Escreva frases breves e simples;

• Quando registar uma opinião procure compreendê-la e resumi-la;

• Utilize abreviaturas e aspas sempre que possível;

Destaque os detalhes mais importantes sublinhando ou usando a cor;

• Quando tiver acabado e depois de ter verificado a total compreensão, apague o quadro

ou vire a folha do cavalete para entrar num assunto novo.

O cavalete de papel (quadro de papel ou conferência)  

O cavalete de papel embora possa ser utilizado para quase todas as situações ele tem uma

utilização bem distinta devido à sua característica principal – possuir folhas de papel que se

podem virar nos dois sentidos: para obter uma nova e para recuperar um assunto já tratado.

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Assim aconselha-se a sua utilização como complemento ao quadro branco para:

• Sumário;

• Registo de conclusões ou decisões;

• Esquemas ou desenhos que pela sua complexidade devem ser feitos antes da sessão. 

1.2.2. Meios visuais projectáveis

1.2.2.1. Projecção fixa

A. O Retroprojector

O retroprojector é um aparelho que permite projectar apoios visuais realizados em filme

transparente (acetatos ou transparências), por sobre o ombro do Formador, para um ecrã que

se encontra por detrás dele.

Este aparelho permite, assim, que o monitor faça uso dele sem deixar de estar voltado para a

audiência.

Como tem um grande poder luminoso pode ser utilizado em condições de luz ambiente muito

próximas das normais, o que dá grande mobilidade ao monitor pois não necessita de escurecer

a sala antes de cada utilização, o que seria um motivo de quebra de ritmo e de distracção.

Documentos para retroprojectar

Há basicamente três processos de elaboração de transparências:

1. Escrita directa no acetato (utilizado para o efeito marcadores ou lápis especiais, letra

set, etc.);

2. Por fotocópia (através de máquinas especiais – termocopiadores ou através de

copiadores normais, usando acetatos adequados);

3. Por impressão (através de impressoras de jacto de tinta ou laser, usando acetatos).

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Qualquer que seja o processo escolhido para realizar uma transparência, há alguns

aspectos que precisam de ser cuidados:

a) Conteúdo da mensagem;

b) Legibilidade do documento;

c) Forma de realização.

a) Conteúdo da mensagem

A utilização das transparências não se destina a substituir os textos escritos e outros

documentos que contêm grande volume de informação.

Pelo contrário devem ser usados para orientar o raciocínio dos participantes salientando os

aspectos importantes da mensagem.

Deste modo, é necessário limitar a quantidade de informação a apresentar num acetato e as

mensagens a transmitir devem ser breves e concisas.

Não devemos hesitar em subtrair os detalhes secundários.

Cada acetato deve tratar uma só ideia, um só assunto.

b) Legibilidade do documento

É importante que o documento seja simples e facilmente assimilável, para isso a legibilidade é

condição fundamental.

Quatro aspectos básicos contribuem para a legibilidade de um documento:

1. Contraste;2. Cor;

3. Dimensão dos caracteres;

4. Simplicidade.

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1. Contraste

A percepção visual é mais rápida com um maior contraste.

Por isso os fundos dos acetatos devem ser claros e os caracteres e linhas escuros.

Para o contraste contribui também a densidade dos traços dos marcadores usados.

De um modo geral os marcadores fixos (que se apagam com álcool) têm um traço mais

vincado, mais cheio, que os de água.

O maior contraste consegue-se com caracteres pretos de letras de decalque num fundo

branco.

2. Cor

Conforme referido a propósito do contraste, as cores de fundo devem ser claras.

Quanto às cores utilizadas nos traços e nos caracteres, aconselha-se o uso de cores, negro,

azul, verde e vermelha que são as mais visíveis à distância.

3. Dimensão dos caracteres

O tamanho dos caracteres, por exemplo, pode ser suficiente para a leitura directa do acetato,

mas pode não ser suficiente para que projectado o documento, ele seja legível.

É preciso ter em conta a distância de visão dos participantes colocados na última fila de uma

sala de tamanho médio e também da superfície de projecção no ecrã.

Para avaliar a legibilidade de uma acetato os Formadores costumam colocá-lo a uma distância

de 1.5 metros, se conseguirem lê-lo é porque ele pode ser projectado – mas este truque

prático, é cómodo mas pode ser impreciso.

Mais vale escolher o tamanho das letras a partir da escala de legibilidade que se encontra em

anexo.

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  22 | P á g i n a  

4. Simplicidade

A simplicidade é também uma característica importante da transparência.

Distinguimos geralmente o documento simples do sobrecarregado apenas por visão global:

• Se o que queremos apresentar cabe bem no espaço à nossa disposição o

documento é simples;

• Se, ao contrário, o documento nos parece como se tivesse falta de espaço para

apresentar toda a informação, então ele está sobrecarregado.

A simplicidade comporta um certo equilíbrio entre os espaços ocupados e os espaços livres

para que se possa, sem esforço, realçar o que o documento quer destacar.

Na realização dos seus documentos para retroprojector deve ainda observar as seguintes

regras:

• Seis a sete palavras por linha,

• Não mais de dez linhas;

• Entre cada linha deixar o espaço correspondente a duas vezes a altura do tipo

da letra.

c) Forma de realização

Se a selecção do conteúdo da mensagem e a legibilidade do documento são importantes, a

forma de realização não o é menos e deve estar intimamente relacionada com o processo de

exploração visual.

Basicamente há duas formas de realização distintas:

Toda a mensagem se encontram escrita num único acetato,

O visual é composto por dois ou mais acetatos em sobreposição.

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  23 | P á g i n a  

A técnica de sobreposição consiste em ir sobrepondo transparências, que vão adicionando

novos conteúdos à imagem.

Use um desenho com o efeito final e vá copiando em cada transparência os aspectos que quer

sobrepor.

Numere as transparências.

Não utilize mais do que cinco acetatos sobrepostos porque se perde a nitidez.

A técnica de sobreposição e ideal para apresentar a informação por etapas.

Também na primeira forma de realização (toda a mensagem num único acetato) é possível

apresentar a mensagem por partes, se tiver havido o cuidado de separar cada parte aquando

da construção da mensagem, que será levantado aquando da sua apresentação.

Este processo é conhecido por máscara ou janela.

Uma imagem vale mais do que mil palavras....

Sempre que possa ilustre o seu acetato, simplifica a mensagem e aumenta o seu impacto e

eficácia.

Evite separar as legendas da imagem, procure legendar em cima da própria figura.

Exploração do retroprojector

Um dos apoios visuais mais versáteis é o retroprojector.

Pode cumprir todas as funções do tradicional quadro de giz e, usando criativamente, pode terpotencialidades que lhe dão grande impacto e versatilidade.

O retroprojector projecta material visual – normalmente transparências – num ecrã,

apresentando a informação ampliada.

Porque o retroprojector requer apenas uma pequena distância para projecção, é usado na

parte da frente da sala, permitindo ao Formador estar voltando de frente para os formandos.

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  24 | P á g i n a  

Esta última característica, sem dúvida a mais importante, determina em grande parte, a forma

de exploração deste aparelho.

Assim:

• Oriente o ecrã de forma a ficar por detrás de si e àsua direita numa posição visível para todos osparticipantes; 

• Foque o retroprojector de modo a que toda a áreaprojectável fique enquadrada no ecrã; 

• Disponha os seus acetatos pela ordem prevista paraa sua exploração. Essa ordem, bem como as notas eapontamentos podem ser escritos nos caixilhos ou

nas máscaras se existirem; 

• Tenha à mão, uma cartolina ou um papel opaco quepossa utilizar como máscara; 

• Reveja o seu plano de sessão e verifique se dispõede todos os apoios que necessita. 

• Tenha cuidado não se coloque defronte do foco deprojecção para evitar o aparecimento de sombras noecrã;

• Mantenha-se de frente para os participantes;

• Ligue o retroprojector só depois de ter colocado eorientado o acetato sobre a mancha projectável;

• Desligue o retroprojector para mudar a transparência(isto fará com que os formandos se voltem aconcentrar);

Não mantenha o retroprojector ligado, para além dotempo de exploração do visual. Se a sua análise forsuspensa pela intervenção de um participante,suspenda a projecção e, acabada a intervenção,retome a análise do visual, voltando a ligar oaparelho;

• Evite apontar no ecrã. Aponte de preferência natransparência com um pequeno ponteiro (um lápis oucaneta serve); a sua sombra aparecerá ampliada noecrã;

• Use o retroprojector com moderação, o seu usoexcessivo pode eliminar ou diminuir o seu impacto.

Durante aSessão

Antes deIniciar a

Projecção 

Exploração doRetroprojector

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  25 | P á g i n a  

Cuidados de manutenção a ter com o retroprojector

• Não desloque o retroprojector quando a lâmpada está acesa ou ainda quente. As

lâmpadas têm um tempo médio de vida de 50 horas/75 horas mas, manipuladas com

cuidado, podem atingir as 200 horas;

• Tenha sempre uma lâmpada e um fusível de reserva;

• Mantenha as superfícies operacionais sempre limpas.

B. O Projector de Diapositivos

Este apoio audiovisual permite “transportar” para a sala de aula desde uma célula a um

computador, paisagens, etc.

Quando não é possível apresentar o objecto real, a fotografia (neste caso dispositivo) é uma

boa solução, relativamente económica e fácil de conseguir.

No dispositivo mais do que no acetato os “ruídos visuais” podem prejudicar ao ponto de destruir

o objectivo da comunicação.

Com os ecrãs metalizados melhora-se, substancialmente, as condições de projecção mas,

mesmo assim, a sala tem de ser total ou parcialmente escurecida. Por isso a comunicação

monitor/Formandos tem de ser reforçada durante a projecção para evitar uma quebra de

rendimento e da atenção.

O monitor deve preocupar-se de sobremaneira com o planeamento da sessão estudando a

ordem, a sequência lógica da apresentação.

O diaprojector é um apoio audiovisual de grande impacto mas a sua utilização requermoderação.

Cada sessão não deve ultrapassar os 20 minutos pois, para além deste tempo, o interesse e

atenção dos participantes diminui muito.

O diaprojector pode ser explorado de uma forma diferente e que tem grande aplicação em

situações de Formação – é a sequência de narração sincronizada versão muito simplificada

do diaporama.

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  26 | P á g i n a  

Consta de um grupo de dispositivos, dispostos em sequência num diaprojector especial, o qual

é comandado por uma gravação em cassete, que para além da locução, tem gravado sinais

sonoros (não audíveis) que são traduzidos em impulsos eléctricos, que por sua vez, fazem

avançar o diaprojector: desta forma é garantida a correspondência entre o som e a imagem

(sincronismo).

C. O Episcópio (Projector de Opacos)

Embora este aparelho possa ser utilizado nas sessões de Formação especialmente pelo tipo

de documentos que ele permite projectar, cuja variedade é quase ilimitada e não necessitam

de nenhuma preparação particular.

O seu poder de ampliação pode servir também para reproduzir, num cavalete de papel ou no

quadro, a imagem ampliada e, com o auxílio de marcadores decalcar a figura. Feito o esboço

bastará completá-la colorindo-a ou legendado se for caso disso.

Qualquer documento impresso pode ser projectado: imagens de revistas, jornais, livros,

gráficos, textos, diagramas, esquemas, desenhos, manuscritos, etc.

Este equipamento tem um fraco poder de iluminação o que implica grande escurecimento da

sala é muito pesado, pouco flexível o que limita as suas possibilidades de exploração.

1.2.2.2. PROJECÇÃO ANIMADA

A. O Projector de Filmes

Todos os audiovisuais que analisamos apresentam a mensagem por imagens fixas, paradas,

não permitem a reprodução de movimentos.

O filme tem a grande vantagem de ser portador de uma mensagem viva – há uma quase total

transposição para a realidade, dando-lhe autenticidade e veracidade.

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  27 | P á g i n a  

Apesar destas vantagens o filme tem grandes desvantagens:

• Necessita de uma grande obscuridade da sala;

• Durante a projecção, o monitor perde o contacto com o grupo;

• A sua elaboração exige uma técnica especializada e é excessivamente cara;

• A aquisição (compra ou aluguer) de filmes “enlatados” por vezes não resulta

totalmente pois estes podem não ter o mesmo objectivo que o monitor;

• Não é flexível, não permite alterações sem o recurso a técnicas sofisticadas.

• Utilizar o filme somente quando o objectivo com que ele foi

concebido se adequa com o objectivo da mensagem a

transmitir; 

• Estudar previamente o filme, analisar as suas partes

fundamentais perspectivando a sua exploração; 

• Fazer uma introdução antes de apresentar o filme salientando

os aspectos fundamentais, principalmente quando este não forlegendado ou não tiver locução; 

• Projectar o filme sem intervir; 

• Depois fazer uma análise, identificando as situações e os

factos terminar com as conclusões. 

B. O Gravador de Vídeo

Este apoio vem abrir novas possibilidades e horizontes na Formação sobretudo quando o

objectivo da Formação é a auto-análise de atitudes e comportamentos em grupo.

Na verdade este apoio reúne em si o filme e o gravador de som, permite a reprodução das

gravações (imagem e som) imediatamente após a sua realização.

Esta característica permite a construção dos documentos de estudo em plena sessão,

envolvendo o monitor e os participantes ou só os participantes.

COMO EQUANDO

UTILIZAR UM

FILME 

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  28 | P á g i n a  

O monitor pode também preparar antecipadamente a sessão gravando (ou adquirindo já

gravadas) videocassetes. Este processo é óptimo para o estudo de casos, que poderão ser

preparados e gravados em condições muito próximas do real.

Salientamos alguns inconvenientes para além do seu custo, necessitam de um monitorexperimentado de forma a conseguir bons resultados e ainda o facto de a imagem ser

transmitida por televisor que pelas suas dimensões não permite ser visionado por grupos muito

grandes a não ser que se possua um sistema sofisticado de projecção em écran gigante.

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  29 | P á g i n a  

SELECÇÃO DOS MEIOS – RESUMO COMPARATIVO

Documentos Gráficos Quadro Preto Quadro Branco eMagnético

Quadro

Facilidade deUtilização

Não apresentaqualquer dificuldade.

 Muito fácil. Não requerconhecimentos técnicosespecíficos. 

Muito fácil. Não requerconhecimentos técnicosespecíficos.

Muito fácrequer contécnicos es

Portatibilidade Muito fácil. Difícil. Normalmenteestá fixo.

Difícil. Normalmenteestá fixo. Mesmomontado em cavalete égrande e pesado.

Fácil. Ponormalmenestrutura apara facilittransporte

Local de Utilização Em qualquer localdesde que bemiluminado.

Sala com boa luz. Ainformação escrita deveser bem visível pelosformandos maisafastados.

Sala com boa luz. Ainformação escrita deveser bem visível pelosformandos maisafastados.

Sala compequena odimensão.

IMPLANTAÇÃO   Muito reduzida.Depende de cadaformador.

Muito grande,sobretudo emestabelecimentos deensino.

Muito grande emespaços de formação.

Muito graespaços d

CUSTO   Variável. Podem atéser gratuitos por ofertade empresas.

Baixo. Poucasdezenas de milhares deeuros.

Baixo. Depende dasdimensões.

Baixo.

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  30 | P á g i n a  

DOCUMENTOS

GRÁ FICOS  QUADRO PRETO   Quadro Branco eMagnético

QUAD

PA

Custo de Produção Variável. De baixo aelevado, conforme o tipode documento.

Somente o preçodo giz.

Somente o preço dascanetas apropriadas(não permanentes).

O preço apropriada(permanenrecargas d

Facilidade de Produção Variável, conforme otipo de documento.

Fácil. Só limitadapela perícia doutilizador.

Fácil. Só limitada pelaperícia do utilizador.

Fácil. Limárea de es

Disponibilidade doDocumento no Mercado

Pode ser grande,depende dos temas

Não há Não há Não há

Custo do Documento Variável, conforme otipo de documento

 __________ __________ _________

Possibilidade deActuação Sobre oDocumento

Alguma, conforme otipo de documento.Pode recortar-se,mascarar ou sublinharpartes, etc.

Total. Podeapagar-se eacrescentar ainformação que sequiser.

Total. Pode apagar-see acrescentar ainformação que sequiser.

Muito limdocumentopreparadonoutros ca

Conservação doDocumento

Muito fácil. Nalgunscasos podem serplastificados

Não tem. Apaga-seprogressivamentedurante a sessão.

Não tem, à excepçãodos elementosmagnéticos.

Fácil. Aspodem serpara utiliza

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  31 | P á g i n a  

Retroprojector Projector deDiapositivos

EPIS CÓPIO  Projector

Facilidade deUtilização

Média. Requer algunsconhecimentos técnicospara uma correctautilização.

Média. Requer algunsconhecimentos técnicospara uma correctautilização.

Média. Dos meiosvisuais projectáveis é ode mais fácil utilização.

Média. Npreparaçãoconhecimetécnicos es

PORTATIBILIDADE   Média em aparelhosde sala. Fácil emaparelhos portáteis.

Fácil. Possuem estojopara transporte.

Difícil. Normalmente éum aparelho grande epesado.

Média. Aportáteis mrelativamepesados.

Local de Utilização

Sala de pequena oumédia dimensão semnecessitar deobscurecimento.

Sala obscurecida.Dimensão de imagemadaptada à sala.

Sala totalmenteobscurecida e depequena dimensãodevido ao fracorendimento luminoso.

Sala obsBoas condacústicas. de imagemsala.

IMPLANTAÇÃO   Muito grande emespaços de formação.

Média. Reduzida. É raroencontrar-se emespaços de formação.

Reduzidadesuso.

Custo

Baixo. Aparelhos defabrico nacional,algumas dezenas demilhares de euros

Médio a elevado. Osmais fiáveis podemcustar duas centenas demilhares de euros.

Médio. A partir de uma

centena de milhar deeuros.

Elevado.

centenas dde euros.

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  32 | P á g i n a  

Retroprojector Projector deDiapositivos

Episcópio Projector

CUSTO DE

PRODUÇÃ O 

Baixo a elevado,conforme o tipo deexecução.

Baixo. Apenas o custodo rolo de diapositivos.

Muito baixo.Normalmente utilizam-se documentos jáproduzidos.

Muito elecustos da tratamentolaboratoriade milhare

Facilidade deProdução

Fácil para os deexecução manual.Média a difícil para osde execução fotográficaou por computador.

Fácil. Qualquerpessoa pode fazer osseus própriosdiapositivos.

Fácil. Qualquerdocumento impressopode ser usado.

Muito difpossível comeios técn

Disponibilidade doDocumento noMercado

Limitada a algunstemas.

Variável conforme ostemas.

Grande. A decresincrementoprodutos e

Custo do Documento

De centenas amilhares de euros,conforme o grau decomplexidade dodocumento.

De centenas amilhares de euros,conforme o número etipo de produção.

Variável, conforme otipo de documento.

Várias cemilhares d

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  33 | P á g i n a  

Retroprojector Projector deDiapositivos

EPIS CÓPIO  Projector

Possibilidade deActuação Sobre oDocumento

Muito grande. Osdocumentospreviamente preparadospodem ser reveladosprogressivamente oucompletados durante asessão.

Não há durante aprojecção, só antes.

Não há durante aprojecção, só antes.

Limitadaparar-se e mas aumeriscos de dpelícula.

Conservação doDocumento

Os acetatos podemser protegidos domanuseamento, riscose poeiras, se co-locadosem bolsastransparentesapropriadas.

Os diapositivos podemser guardados em

caixas. Para melhorprotecção da películadeve usar-se caixilhoscom vidro.

Muito fácil. Nalgunscasos os documentospodem ser plastificadosou guardados em bolsasplásticas.

Os filmesprotegidosgrandes vatemperatuhumidade.

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  35 | P á g i n a  

UNIDADE II

2. AS NOVAS TECNOLOGIAS NA FORMAÇÃO 

2.1. ENSINO ASSISTIDO POR COMPUTADOR 

2.1.1. Introdução

A auto-formação assistida por computador é uma situação pedagógica original e muito

diferente das situações clássicas de Formação.

As situações de Formação mais frequentes, mais conhecidas e portanto mais bem dominadas

pelos especialistas, são as seguintes:

A. Situação pedagógica entre Formador e aluno;

B. Situação pedagógica entre Formador, aluno e instrumentos audiovisuais.

O Papel e os Estatutos dos Parceiros na Situação A

O Formador – É essencialmente aquele que sabe e aquele que fala

O seu estatuto de mestre apoia-se na diferença que ele tem, em termos de saber e poder

perante os seus alunos. É um estatuto de facto e de direito.

Toda a concepção clássica do ensino repousa neste estatuto.

A Formação do mestre consiste simplesmente em adquirir o saber que pretende e em seguida

distribuir pelos seus alunos, sobre a matéria que domina.

O Aluno – É aquele que quer ou que deve aprender aquilo que o mestre sabe.

A sua posição é de receptor. Tradicionalmente ele encontra-se em posição de dependência do

mestre.

Daí os termos utilizados como sinónimos de aluno, tais como, discípulo, aprendiz.

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  36 | P á g i n a  

Caricaturando um pouco, poder-se-á perguntar se o papel do Formador na situação tradicional

que nos encontramos a descrever, não é um pouco “subsidiária”: o seu papel não é outro

senão ajudar os alunos a atingir o seu próprio nível, sabendo que o seu estatuto vive

 justamente baseado na diferença entre, o que ele sabe e os outros que não sabem.

A Relação Pedagógica

O Formador – constitui o veículo de transmissão de conhecimento e tem por objectivo fornecer

aos alunos uma certa forma de comportamento e de atitude.

A forma como o Formador transmite a matéria está, bem entendido, ligada à matéria

propriamente dita, mas também à cultura, talentos e gostos do Formador, embora possa tomar

diferentes formas: exposição magistral, através de documentos, exercícios, etc.

O Aluno – recebe, armazena e utiliza imediatamente ou em diferido a informação recebida.

Note-se que o estatuto de recepção do aluno não corresponde à totalidade do tempo de

Formação, pois existem trabalhos práticos, trabalhos de grupo e trabalho pessoal que acaba

por completar grande parte do tempo de informação magistral e contribuem também para uma

boa parte da assimilação da matéria.

A Informação de Retorno (feedback ) – desde que se estabeleça uma situação de

comunicação entre o emissor (Formador) e o receptor (aluno), com a condição de que estejam

em presença uns dos outros, o emissor recebe sempre uma informação difundida pelo receptor

(aluno) quer seja passiva (atenção, sonolência, qualidade do silêncio, etc.) quer seja activa

(questões, dúvidas, interrupções, etc.).

Quer a informação seja passiva ou activa, o feedback é um meio, muito eficaz para o Formador

adaptar o seu discurso ao seu público e em tempo real.

O bom Formador tal como o bom comediante tem a capacidade de sentir o seu auditório,sabendo interpretar todos os sinais de feedback.

O feedback tem pois o papel de regulador essencial na comunicação pedagógica.

O Papel e o Estatuto dos Parceiros na Situação B

O Formador – neste caso o Formador perde a exclusividade e deixa de ter o monopólio do

saber, e o seu estatuto de mestre é ligeiramente abalado.

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  37 | P á g i n a  

Esta ruptura é de importância variável e está directamente ligada à intervenção da ferramenta

audiovisual na acção de Formação.

De qualquer maneira é um factor de alteração no estatuto do Formador.Este deixa de ser o que sabe tudo, para ser o que ajuda o aluno a se apropriar da matéria.

Os instrumentos audiovisuais – estes instrumentos (videocassetes, filmes, diaporamas, etc.)

quando intervêm numa acção de Formação, estabelecem uma relação exclusiva entre eles e

os alunos ficando o Formador totalmente esquecido e mesmo excluído.

Uma intervenção da sua parte seria uma inabilidade, interpretada como uma incongruência.

É esta auto-suficiência aparente destes instrumentos que faz muitas vezes esquecer que por

detrás da sua escolha e da sua utilização existe o Formador que os utilizou como estratégia

pedagógica e após cuidada análise sobre como utilizá-los e quando.

O aluno – neste caso o aluno é um duplo receptor. Recebe por um lado o discurso formalizado

e distribuído pelo Formador e por outro lado recebe as mensagens distribuídas pelos utensílios

audiovisuais utilizados.

A modificação produzida no papel do Formador e em paralelo acompanhada por uma

modificação simétrica no papel do aluno. O Formador pode ser substituído, ainda que

parcialmente.

O Formador perde poder e modifica a sua imagem. Já não é aquele que sabe, mas aquele que

pode ajudar a aprender dispondo quando oportuno, de ferramentas audiovisuais que tornam

mais eficaz o seu próprio discurso.

Estabelece-se então, entre o Formador e o aluno, uma relação que já não passa pelo

Formador, pois passa a ser uma relação entre o aluno e a matéria.E se a introdução de uma ferramenta audiovisual provoca uma brecha no estatuto do

Formador, amplia-se por contrapartida, o campo de acção do aluno e outros instrumentos

surgirão, sem dependência total do formador tais como leituras, trabalhos pessoais, trabalhos

de grupo, etc.

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  38 | P á g i n a  

A Segurança

O aluno perante todos os meios colocados à sua disposição, deve utilizá-los o melhor possível.

Por outro lado o papel do Formador (que continua a ser aquele que sabe...) será o de garantir aqualidade da informação e a evolução do trabalho a desenvolver pelos alunos.

A isto o Formador acrescenta um papel importante e fundamentalmente pedagógico o garantir

a segurança da assimilação do seu saber pelo aluno.

Ele garante também o bom funcionamento do sistema (organização, materiais disponíveis, etc.)

Ele garante ainda segurança no êxito do percurso a percorrer pelo aluno.

Este por sua vez passará de uma atitude irresponsável para uma atitude responsável e

autónoma, capaz de se auto-formar com os meios colocados à sua disposição.

Auto-formar é correr o risco de uma certa independência. E nesta situação, o Formador tem

também um papel de educador.

2.1.2. A auto-formação assistida por computador

A auto-formação não é uma situação nova nem original. Formar-se sozinho, gerindo nós

próprios, os meios de a fazer, sempre existiu e designa-se por auto-didactismo.

Por vezes os Formadores de Formação clássica, consideram o auto-didactismo de uma forma

depreciativa.

No entanto, a auto-formação utiliza-se em situações de excepção, como por exemplo:

isolamento com utilização de tele-ensino, necessidade de novos conhecimentos para efeitos depromoção, necessidade de adquirir conhecimentos em matérias raras, complemento de

formação opcional, sendo o restante, ou seja, o essencial, assegurado pelos meios de

Formação tradicionais.

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  39 | P á g i n a  

A Ausência do Formador

O aspecto essencial das situações de auto-formação assistida por computador é a ausência do

Formador e em consequência a perda de dois elementos importantes na relação

Formador/aluno:

• A segurança;

• A dimensão afectiva.

Com efeito o aluno perde a segurança quanto à matéria: o mestre “que sabe” não está

presente e não pode ser interrogado para corrigir, completar ou reformular.

O aluno perde também a segurança pedagógica que o ajuda a avançar na assimilação da

matéria.

E perde enfim, a segurança técnica assegurada pelo Formador.

Deste modo na falta da presença física do Formador, será oportuno, mas dependerá dos

casos, permitir ao aluno um meio de se desembaraçar no caso de algum acidente, através de

uma ligação telefónica, uma espécie de “HELP”, para evitar uma situação de pânico.

A dimensão afectiva da relação Formador/aluno é bem mais difícil de substituir.

É para atenuar esta ausência, que a voz e os diálogos do E.A.C. são estudados para recriar

artificialmente uma relação simpática com a máquina. “Bom dia”, “Como está a correr o dia”,

são exemplos de textos nos ecrãs.

Relação Aluno/Computador

A ausência do Formador reduz a situação pedagógica a uma relação computador

(ecrã/teclado) e aluno.

Sendo a máquina passiva, a primeira reacção do aluno é sentir uma total liberdade na

condução da sua Formação, liberdade quanto ao início, liberdade para trabalhar ao seu ritmo,

liberdade de se enganar e recomeçar, liberdade de experimentar e de escolher.

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  40 | P á g i n a  

O Diálogo Computador – Aluno

A palavra diálogo é um pouco enganadora e significativa do muito sustentado sobre o E.A.C.

Nalguns casos têm a aparência de diálogo:

• O ecrã afixa mensagens;

• Os periféricos audiovisuais mostram imagens e difundem frases;

• O aluno é solicitado, e faz desfilar os ecrãs, responde, escolhe e decide;

• O computador analisa as respostas e reage em função da sua análise.

Mas trata-se de um diálogo organizado e codificado, totalmente artificial, sem espontaneidade

nem riqueza e sem o feedback da comunicação inter-pessoal.

O diálogo, neste caso é imposto e o sistema fica à espera de uma resposta que muitas vezes

tarda a vir.

O diálogo, neste caso não é mais do que, perguntas, respostas e pedidos e o seu número varia

em função da riqueza do produto informático e da análise pedagógica que esteve na sua

concepção.

A liberdade do aluno está limitada e foi fixada pelo autor do produto informático quando o

definiu e preparou.

 Etapas para a Realização de um Produto Didáctico Informático

Produzir um produto desta natureza é uma tarefa apaixonante e complexa.

Em virtude da sua complexidade é fundamental seguir um método de trabalho, e evitar que o

entusiasmo nos ponha a improvisar ecrãs, com efeitos especiais, pois o objectivo a atingir pode

não ser esse.

As improvisações dão sempre origem a um conjunto de trabalhos realizados que mais cedo ou

mais tarde poderemos vir a abandonar e recomeçar tudo de novo.

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  41 | P á g i n a  

Apresentação de um Método de Trabalho

A produção de um produto didáctico faz-se em 3 etapas distintas:

Concepção do produto;

Realização do produto;

Qualificação pedagógica.

Cada uma destas fases deve ser analisada com um rigor exaustivo, pois uma lacuna

provocada por um erro de análise pode comprometer a qualidade do produto e o respectivo

investimento.

A Concepção do Produto

Esta etapa que se situa a jusante da utilização do computador constitui uma etapa essencial do

trabalho do autor, e divide-se em duas fases:

A. Os estudos pedagógicos;

B. A criação do produto didáctico.

A. Os Estudos Pedagógicos

A fase dos estudos pedagógicos começa com a decisão de fazer um Produto Didáctico.

Esta grande decisão supõe resolvidas algumas questões, e que enunciamos a seguir:

• A escolha e disponibilização dos materiais;

• A disponibilidade dos meios em homens que uma primeira aproximação já

permitiu estimar;

• A compatibilidade pedagógica entre o sujeito a tratar e a utilização das

tecnologias do E.A.C.

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  42 | P á g i n a  

O principal objectivo desta frase é analisar e concretizar os parâmetros fundamentais do

produto didáctico a desenvolver, e que são:

A-1. Os objectivos do produto didáctico;

A-2. O nível de entrada exigido pela população-alvo;

A-3. A definição exacta do conteúdo temático;

A-4. As escolhas e a estratégia pedagógicas.

Bem entendido, todos estes parâmetros encontram-se mais ou menos misturados uns com os

outros. Contudo, para maior clareza, rigor e eficácia, será necessário estudá-los um após outro.

O conjunto destes parâmetros rigorosamente definidos constituirá o “Caderno de Encargos” do

produto didáctico.

A – 1. Os Objectivos do Produto Didáctico

São de dois tipos:

A quem se dirige o produto? (Constitui a definição da população-alvo);

Pretende-se obter que resultados? (Constitui a definição dos objectivos

propriamente ditos).

No 1º caso, a população-alvo deve ser definida de modo preciso e exaustivo.

Um produto definido para alunos do 5º ano não deve poder ser utilizado para adultos em

Formação permanente.

Por outro lado, mesmo num determinado domínio os conhecimentos alteram-se e os

programas informáticos também.

No 2º caso, para se definir o resultado que se espera de um produto, deve-se responder à

questão: “Que diferença se pretende obter entre a população definida antes e a população

definida depois da utilização do produto didáctico? “

As diferenças devem ser expressas em termos de saber, saber-fazer e as de modificações ao

nível do comportamento (saber-ser).

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  43 | P á g i n a  

A – 2. O Nível de Entrada

A definição do nível de entrada não é mais do que caracterizar os pré-requisitos, ou seja os

conhecimentos que se devem considerar como adquiridos pela população-alvo, antes da

utilização do produto didáctico.

O não respeito pelos pré-requisitos que definem o nível de entrada pode pôr em causa a

garantia do produto didáctico quanto à qualidade.

A – 3. Conteúdo Temático

Pretende-se definir, analisar e concretizar toda a matéria que é necessário ensinar.

Duas aproximações permitem ajudar a efectuar esta inventariação:

Definição em extensão.

Os conceitos e itens devem ser todos listados, de forma ordenada ou não.

A lista permitirá determinar em qualquer momento o que deve ser introduzido no produto

didáctico.

Definição das relações.

Determinam-se as ligações que unem os conceitos entre eles, e futuramente no produto

didáctico, e as ligações lógicas que unem os conceitos do produto didáctico aos conceitos que

são tratados noutros sistemas de apoio (dicionários, bases de dados, documentação, etc.).

Este segundo ponto, permitirá estabelecer “pontes” com outras fontes de informação eFormação, sem sobrecarregar o produto didáctico em desenvolvimento.

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  44 | P á g i n a  

A – 4. As escolhas e a estratégia pedagógica

A definição da adequada Estratégia Pedagógica é da responsabilidade da empresa que

encomenda, organiza e financia a Formação, e dos Formadores que a ministram em função da

população-alvo. Os responsáveis pelo desenvolvimento do produto didáctico, também designados autores,

apenas irão traduzir as opções pedagógicas em factos.

Assinalaremos aqui um obstáculo perigoso e frequentemente encontrado: confundem-se

muitas vezes a lógica própria de uma matéria, com as escolhas pedagógicas que devem ser

realizadas e colocadas no produto didáctico.

Em termos práticos, a definição das escolhas e portanto da estratégia pedagógica, não é mais

do que tentar fornecer uma resposta precisa à questão seguinte: “Como se vai utilizar a

informática neste produto didáctico para que responda a objectivos precisos?”

Não é ainda possível nem desejável estabelecer uma tipologia sobre as diferentes utilizações

possíveis do computador face às diferentes situações pedagógicas habituais.

Subsiste ainda uma grande dose de empirismo e de especialidade.

De qualquer forma a utilização pedagógica do computador situa-se entre os seguintes

extremos possíveis:

• Ensino directivo ou não directivo;

• Processo de Transmissão de Informação ou Aquisição através de um processo

estritamente activo;

• Exercícios utilizados como medida e ou sanção ou como meio de investigação

ou de aprofundamento (utilização pedagógica dos erros).

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  45 | P á g i n a  

B. A Criação do Produto Didáctico 

Nesta fase, teremos que atender aos seguintes aspectos:

Numa 1ª etapa estruturar e ordenar logicamente e cronologicamente todos oscomponentes da matéria, numa colecção de elementos que designaremos por

“atómicos” por analogia com os elementos mais ínfimos à face da terra;

• Em seguida, segue-se a ligação entre cada componente e todos os outros.

Como já vimos anteriormente a matéria é organizada em função da estratégia pedagógica

escolhida.

O resultado da estruturação propõe aos alunos um ou vários caminhos possíveis em função

das respectivas respostas e escolhas.

Deste modo, a estrutura deve ser rica e com um leque de opções variado.

Assim é fácil compreender que um produto didáctico desta natureza é bastante complexo de

conceber, e exigirá suportes informáticos de razoável dimensão.

Uma vez fixadas as grandes linhas do percurso, cada etapa será desenvolvida até à unidademínima de diálogo.

Este elemento “atómico” do diálogo designa-se segundo os autores ou os diversos sistemas

desenvolvidos para E.A.C. por:

• Passo;

• Item;

• Unidade de Interacção;

• Etc.

Nesta fase de criação do produto didáctico e tendo em atenção que a sua aplicação está

orientada para uma utilização autodidáctica, não se deve perder de vista que as imagens dos

ecrãs constituem o primeiro e muitas vezes o único contactos dos alunos com o sistema E.A.C.

Uma qualidade pedagógica deficiente ou imagens de ecrã pouco cativantes podem provocar

por parte dos alunos uma rejeição ao produto didáctico desenvolvido.

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  46 | P á g i n a  

Isso acontece, por muito potente que seja a tecnologia informática de suporte ao

desenvolvimento do sistema.

Deste modo é necessário nesta fase do projecto ter em atenção as seguintes questões:

• Análise dos diálogos que constituem a cadeia de perguntas e respostas;

• Redacção dos textos e precisão da sua localização no ecrã;

• Escolha de casos mais apropriados, assim como os elementos gráficos, visuais

e sonoros;

• Definição dos “comparadores” a utilizar para a correcção das respostas dos

alunos às questões.

A Realização do Produto

Nesta etapa o autor encontra-se numa das duas situações seguintes:

• Dispõe de linguagens informáticas standard, tais como: Visual Basic, Cobol,

Forstran, Delphi, etc. ou linguagens mais orientadas para a formação tais

como: Can 8, Tutor, Pilot etc.

Ou então

• Dispõe de um “Sistema-Autor”

No 1º caso será necessário assegurar que a programação do sistema seja realizada por um

programador já especialista neste tipo de sistemas, cujo trabalho será validado pelo

responsável do projecto, o autor.

No 2º caso trata-se apenas de escolher no mercado o produto didáctico que melhor se adeqúe

aos nossos objectivos, e ter em atenção o nível de qualidade sob o ponto de vista lógico,

formal e pedagógico.

Alguns cuidados a ter na selecção de um produto didáctico informático:

• A qualidade dos ecrãs;

• A qualidade dos textos;

• As inversões de vídeo devem ser evitadas;

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  47 | P á g i n a  

• Não se deve abusar das cores;

• Deve-se evitar carregar os ecrãs com texto;

• Não se deve contrariar os hábitos clássicos de leitura (de cima para baixo e da

esquerda para a direita);

• Não se deve colocar tudo em relevo.

Relativamente às questões, em que o sistema aguarda uma resposta ao aluno, estas, quando

estão abertas, devem ser cuidadosamente planeadas, isto é, a redacção, se por um lado deve

ser suficientemente aberta para não induzir a resposta, deve por outro lado, ser

suficientemente precisa para que a forma de resposta dada pelo aluno, entre nas hipóteses de

análise previstas pelo autor.

Não há nesta matéria regras absolutas. No entanto, o sistema deve estar preparado também

para se defender das respostas “aberrantes” dos alunos, quando se encontram totalmente

livres no seu posto de trabalho.

No que se refere às respostas dos alunos, a análise destas resposta constitui também uma das

tarefas mais difíceis e meticulosas do autor do produto.

Este trabalho consiste em prever o maior número de respostas possíveis.

O autor necessita nesta fase de uma equipa de trabalho, pois quando se conhece a resposta

exacta a determinada questão, tem-se tendência a subestimar a abertura e dificuldade da

questão.

Uma equipe de pessoas são fundamentais para medir a qualidade da questão e a amplitude

das possibilidades de resposta.

A Qualificação Pedagógica

Quando se conclui o desenvolvimento do produto e antes de se entrar na fase de exploração

regular, este deve ser cuidadosamente validado do ponto de vista pedagógico.

Trata-se de medir sobre uma população teste, se o resultado obtido está de acordo com os

objectivos fixados na fase dos estudos iniciais, ou seja, utilizando um subconjunto da

população-alvo, analisar-se a modificação do saber e do comportamento.

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  48 | P á g i n a  

No caso de constatação de deficiências do produto, o estudo pedagógico deverá ser retomado,

através de:

• Novos exames dos objectivos e pré-requisitos (mal formulados, ambíguos,

demasiados ambiciosos);

• Novo exame ao alcance da matéria;

• Mudança de estratégia pedagógica.

É sem dúvida neste último ponto que residirá o maior esforço, sendo muitas vezes necessário

trabalhar por aproximações sucessivas.

2.2. ENSINO À DISTÂNCIA 

• Separação Professor / Aluno, quase permanente 

• Existência de uma estrutura organizacional que planeia eprepara os materiais pedagógicos e apoia os alunos 

• Utilização de meios técnicos (escritos, áudio, vídeo ouinformático), para a ligação Professor / Aluno 

• Ensino mais individual do que em grupo; 

• Descentralização do ensino / ultrapassando barreirasgeográficas; 

• Oferta de grande variedade de cursos; 

• Atinge um maior número de Alunos; 

• Utilização dos Professores mais qualificados; 

• Facilita a Formação contínua ao ritmo mais ou menosindividual. 

• Pode ser uma tarefa solitária, que torne difícil manter amotivação durante períodos longos de tempo; 

• Muitos Formandos sentem a necessidade de um apoiopsicológico para continuar a estudar; 

Características 

Vantagens 

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  49 | P á g i n a  

• Muitos Formandos sentem que têm hábitos de estudo que nãoconduzem a uma aprendizagem independente eficaz. Sofremdo “síndroma do isolamento”; 

• Para muitos Formandos, a transição da Formação tradicional,

presencial, com a presença permanente do Formador, parauma situação de ensino à distância, é demasiado violenta. OFormando é muitas vezes resistente a esta ideia, pelo menosaté adquirir a autoconfiança necessária. 

• Meios Pedagógicos 

• Sistema de gestão do curso e de apoio aos Alunos 

• Sistema de avaliação dos Alunos 

• Manuais para ensino à distância; 

• Outros livros já existentes; 

• Testes de auto – avaliação; 

• Cassetes áudio; 

• Cassetes vídeo; 

• Vídeo interactivo; 

• Diapositivos; 

• Emissões de televisão; 

• Software informático; 

• Teleconferência. 

Desvantagens

Componentes 

MeiosPedagógicos 

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A escolha dos meios pedagógicos é condicionada por:

• Custo;

• Acessibilidade para o Aluno;

• Domínio do meio pedagógico pelo Professor;

• Tempo disponível para produção.

TEMPO NECESSÁRIO PARA PRODUZIR UMA HORA DE AUTO ESTUDO

300 >300

250

H

200 > 200

O

R 150

A

100 >100

S

50 50 - 100

2 - 10 2 - 10

0

Tabela elaborada por John Spark

Sistema de apoio aos alunos:

•  Tutor – é essencialmente um “ facilitador “, ou seja, ajuda o aluno ou grupo de

alunos a colaborar entre si, potenciando as capacidades de cada um.

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  51 | P á g i n a  

A sua actividade pode desenvolver-se através da organização de:

Sessões de curta duração ou jornadas de trabalho no fim-de-semana;

Troca de correspondência;

Comunicações telefónicas (help-line ); Teleconferência.

Deve atribuir-se ao Tutor um papel importante na avaliação contínua, o que pode revelar-se

decisivo, na medida em que fortalece a relação Professor / Aluno.

•  Apoio das Chefias – está provado que a motivação dos Alunos, está intimamente ligada à

forma como o seu esforço é visto e reconhecido pela hierarquia.

•  Centros de Apoio – são locais onde os Alunos podem encontrar apoio ou condições de

estudo.

Podem, ainda, revestir formas de “ workshop “ ou outros tipos de acções.

•  Apoio de outros Alunos  – um sistema de comunicações bem arquitectado, pode tirar

partido das grandes potencialidades do trabalho de grupo, permitindo a troca de

conhecimentos e experiências entre colegas.

  O Círculo de Aprendizagem emEad 

– um círculo de aprendizagem é Formado por umgrupo de Formandos com os mesmos objectivos, um outro membro da Organização (Chefia

directa por exemplo) e por um especialista em Formação, que intervirá apenas em

momentos específicos. 

Não é necessário que esse outro membro da Organização – a chefia directa – seja perito no

conteúdo do curso, o Tutor ou os próprios materiais pedagógicos desempenham o papel de

perito. 

O círculo de aprendizagem pode ser uma das soluções para ultrapassar o “síndroma doisolamento”. 

•  Como Funciona um Círculo de Aprendizagem em Ead

A primeira tarefa dos membros do círculo é definirem os seus objectivos individuais, discutindo-

os depois com o grupo, identificando assim um determinado número de objectivos que possam

ser trabalhados em conjunto, listando-os e acordando em prazos para os atingirem.

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  52 | P á g i n a  

O círculo discute então qual a parte do trabalho que pode ser feita em conjunto e qual a que

deve ser feita individualmente.

Com o auxílio do Supervisor, o círculo faz então uma listagem dos recursos que possui:

conhecimentos e experiência relevantes de alguns dos membros e acesso a materiais einformação. 

Em seguida, é feita uma lista de recursos adicionais que sejam julgados necessários e que

podem ser de variadíssimos tipos: pessoas, salas disponíveis, “hardware”, tempos livres...essa

lista é discutida com o Supervisor.

O círculo produz, então, um “contrato” que passa ao papel os acordos a que chegou em termos

de: Objectivos, planeamento de tempo, plano de trabalho (de grupo e individual), uso dos

recursos existentes, lista de recursos que o Supervisor acordou em facilitar-lhe.

A concluir esta primeira fase, o Supervisor acorda com os membros, observarem o processo de

aprendizagem durante a vida do círculo.

O especialista faz normalmente uma curta introdução sobre teoria da aprendizagem e convida

os membros a observar as suas próprias tendências no processo de aprendizagem e

experimentar novas formas, procurando o estilo mais eficaz para cada indivíduo.

Os membros do círculo começam então a trabalhar com os materiais individualmente ou em

pequenos grupos, conforme estabelecido no plano.

Encontram-se periodicamente com o Supervisor para sessões, nas quais o foco de interesse é

normalmente a relação entre a teoria e a prática.

O Supervisor partilha a sua experiência de como o que está a ser aprendido é aplicável na

prática diária e debate-se a organização dos recursos que serão necessários nas fasesseguintes.

A intervalo regular, todo o círculo se reúne para rever o processo.

No final do período de estudo o círculo reúne-se novamente para rever toda a experiência

vivida.

O foco desta reunião é os resultados do “contrato” redigido no início: os objectivos atingidos ou

não e o modo como as pessoas trabalharam em conjunto para facilitar a aprendizagem.

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  53 | P á g i n a  

A um nível mais individual os membros do círculo são encorajados a reflectir sobre o seu

sucesso em “aprender a aprender” e a identificar práticas que os ajudarão a aprender

organizadamente no futuro.

O círculo de aprendizagem funcionou, portanto, como “rede de segurança” para os iniciadosem EAD, deu um toque e um suporte humano e ajudou os indivíduos a superar o medo de se

envolverem num processo desconhecido, a usar a sua própria experiência e a sentir motivação

para estudos no futuro.

Dada a natureza da experiência, haverá decerto uma maior facilidade na transição para

métodos de aprendizagem altamente individualizada e portanto tornará mais reais as

vantagens do EAD.

Foi adicionado o “toque humano” que faltava... 

• No Ensino à Distância a avaliação deve ser tendencialmente

contínua, permitindo, assim, o estabelecimento de um ritmo de

trabalho, adequado a cada Aluno. 

• A avaliação deve ser formativa, estabelecendo-se, no entanto,

periodicamente, um sistema de avaliação sumativa. Estes tiposde avaliação podem ser feitas pelos próprios Alunos e/ou pelo

Tutor. 

• As perguntas mais utilizadas são as de escolha múltipla, pois

permitem uma maior objectividade e uma rápida correcção. 

Custos do Ensino à Distância

• Estudos elaborados permitem concluir que, em termos médios, o Ensino à Distância custa

cerca de 30% a 50% do ensino presencial. 

O elevado número de Alunos diminui os custos fixos, por amortização do investimento inicial

na criação do curso. Depois dos custos fixos amortizados, os custos totais diminuem com o

aumento do número de Alunos.

Considerações Finais 

SISTEMA DE

AVALIAÇÃO DOSALUNOS 

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MÓDULO VII – RECURSOS DIDÁCTICOS  54 | P á g i n a  

Seguir um determinado programa de formação é, ou deveria ser, um processo de

desenvolvimento pessoal, através do qual o indivíduo adquire novos conhecimentos,

capacidades, valores e atitudes.

 Dizem alguns teóricos que à medida que o indivíduo amadurece:

O conceito de si próprio evolui da dependência para a independência;

Torna-se um reservatório fantástico de experiência e portanto uma fonte de

aprendizagem;

A sua aptidão para aprender é cada vez mais o produto das exigências dos papéis

sociais que desempenha;

Passa a ter uma visão da aprendizagem orientada para a resolução de problemas e

não para muitos dos conceitos.

Como tal, um sistema que pretenda efectivamente adoptar uma perspectiva de

desenvolvimento pessoal e encorajar uma aprendizagem independente, como é o caso do

Ensino à Distância, deve:

Encorajar os Alunos a ser mais responsáveis pelo seu próprio processo de

aprendizagem;

Dar aos Alunos a possibilidade de envolverem a sua própria experiência e usá-la

como fonte de aprendizagem;

Adequar os programas às reais necessidades dos Alunos;

Encorajar uma aprendizagem orientada para a resolução de problemas.

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BIBLIOGRAFIA 

Formação Aberta / Formação à DistânciaManuel Ferreira

Revista FORMAR nº 16

-EAD ou...a Síndroma da Solidão

Teresa Lopes 

Revista FORMAR nº 9

Formação à Distância e Outras Formações

Luís Filipe Faria Vieira