276
8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1 http://slidepdf.com/reader/full/manual-organizacao-planejamento-e-administracao-de-seguranca-empresarial-1 1/276  ORGANIZAÇÃO, PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO DE SEGURANÇA EMPRESARIAL. Autor Plácido Ladércio Soares

Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    1/276

    ORGANIZAO, PLANEJAMENTO E ADMINISTRAO DE

    SEGURANA EMPRESARIAL.

    Autor Plcido Ladrcio Soares

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    2/276

    2

    1 . INTRODUO SEGURANA

    1.1 TEORIA DE MASLOW

    Antes de entrarmos na questo especfica da Organizao,

    Planejamento e Administrao da Segurana so importante que

    faamos algumas observaes sobre a Segurana Empresarial no

    sentido mais lato. Se considerarmos que as empresas tm fins

    lucrativos, e que so regidos dentro de normas tcnicas especficas,

    importante que tenhamos uma noo do que venha a ser a Segurana

    Empresarial como um todo.

    1.1.1 A NECESSIDADE DE SEGURANA

    Sabe-se que o ser humano possui inmeras necessidades, que

    vo desde as mais simples como se alimentar e descansar at as maiscomplexas como as necessidades de afeto, compreenso e at mesmo

    auto-realizao.

    Disposto a desvendar e hierarquizar essas necessidades, o

    pesquisador norte-americano Abraham Harold Maslow desenvolveu

    inmeras pesquisas at chegar a um sistema que ficou conhecido como

    Teoria de Maslow, que enumera as necessidades humanas dentro de

    uma pirmide hierrquica, qualificando-as em primrias esecundrias.

    Maslow nasceu em 1 de abril de 1908, no Brooklyn, em Nova

    York, de uma famlia descendente de russos. Inicialmente Maslow

    estudou direito na Universidade de Nova York, mas aps trs

    semestres percebeu que sua verdadeira vocao no era jurdica, mas

    sim o estudo da personalidade humana, pendendo a partir da, de

    forma irreversvel, para a Psicologia.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    3/276

    3

    Assim, formou-se em Psicologia em 1930, pela

    Universidade de Wisconsin. Em 1931 obteve seu mestrado e em 1934

    obteve o grau de PhD em Psicologia pela mesma universidade.

    Maslow chegou a ser considerado um dos maiores estudiosos

    do comportamento humano de todos os tempos e, aps uma longa e

    intensa vida acadmica, morreu de causas naturais em 1970, na

    Califrnia.

    O grande mrito de Maslow, para os estudiosos da Segurana,

    de uma forma geral, foi a constatao de que ela a segurana -

    uma necessidade humana primria, posterior apenas s necessidades

    fisiolgicas, ou animais, como alimentar-se, abrigar-se das intempries

    e reproduzir-se.

    Abraham Maslow (1908-1970)

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    4/276

    4

    1.2 HIERARQUIA DAS NECESSIDADES HUMANAS, SEGUND O

    MASLOW.

    1.2.1 NECESSIDADES PRIMRIAS

    As necessidades qualificadas como primrias so aquelas sem

    as quais o ser humano simplesmente no consegue sobreviver e

    manter-se de forma estvel em seu habitat. So as seguintes:

    1.2.1.1 Necessidades Fisiolgicas

    As necessidades fisiolgicas, como a prpria designao diz,

    so as necessidades do fsico, ou seja, alimentar-se, repousar, abrigar-

    se das intempries e reproduzir-se (instinto sexual). At aqui no

    existem muitas diferenas entre o ser humano e os animais irracionais,

    ou seja, so necessidades capazes de garantir a sobrevivncia

    imediata.

    1.2.1.2 Necessidades de SEGURANA

    Uma vez satisfeitas as necessidades do fsico, a primeira

    necessidade que o ser humano passa a sentir a de segurana. No

    entanto, a segurana descrita aqui por Maslow uma segurana no

    sentido lato, ou seja, no apenas a segurana contra a violncia e a

    criminalidade, mas tambm a segurana contra qualquer ameaa ou

    perigo, como doenas, desemprego, situaes difceis ou simplesmente

    o desconhecido.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    5/276

    5

    1.2.2 NECESSIDADES SECUNDRIAS

    As necessidades qualificadas como secundrias so aquelas

    que completam e realizam o ser humano, mas no so indispensveis sua sobrevivncia animal. So as seguintes:

    1.2.2.1 Necessidades Sociais

    Uma vez satisfeitas as necessidades primrias, a primeira

    necessidade que o ser humano passa a sentir a de relacionar-se, ter

    amigos, trabalhar, constituir uma famlia. So as chamadas

    necessidades sociais.

    1.2.2.2 Necessidades de Estima ou Afeto

    A partir do momento em que o ser humano passa a viver em

    sociedade, uma nova necessidade se manifesta, ou seja, no basta ter

    uma vida social, preciso ser estimado, admirado, amado ou

    reconhecido.

    1.2.2.3 Necessidades de Auto-realizao

    Finalmente e uma vez supridas as outras necessidades o

    ser humano passa a querer realizar-se como pessoa, criando,

    revolucionando ou simplesmente realizando seus desejos mais ntimos.

    No entanto, importante observar que a segurana abordada

    por Maslow uma segurana no sentido genrico, ou seja, todo e

    qualquer evento que possa ameaar o ser humano. Aqui no entanto,

    trataremos de um segurana especfica, a Segurana de Hotis.

    Como a atividade hoteleira est enquadrada dentro da atividade

    empresarial, aplicam-se a ela todos os princpios da Segurana

    Empresarial como um todo, apenas com as devidas reas de

    concentrao, que devem ser ressaltadas.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    6/276

    6

    Algumas publ icaes de Maslow, ou sobre ele.

    Ponte do Brooklyn, bai rro de Nova York, onde Maslow nasceu em 1908.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    7/276

    7

    Univers idade de Wisconsin, onde Maslow se formou em Psicologia e tambm fez

    Mestrado e Doutorado.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    8/276

    8

    1.3 CONCEITO DE SEGURANA EMPRESARIAL

    Antes de falarmos especificamente em Segurana Patrimonial,

    vamos procurar conceituar a Segurana Empresarial como um todo.

    Conceituar o que quer que seja sempre uma tarefa difcil e as

    discordncias so inevitveis. No entanto, profissionais de Segurana

    de todo mundo, concordam que uma boa definio de Segurana

    Empresarial pode ser a seguinte:

    Conjunto de Medidas, capazes de gerar um estado,no qual os interesses vitais de uma empresaestejam livres de danos, interferncias eperturbaes.

    O conceito acima, aparentemente simples, reveste-se, no

    entanto, de grande profundidade e complexidade. Vamos analisar

    individualmente cada uma das designaes grifadas em negrito.

    a) Conjunto de Medidas: A segurana s eficiente se for

    sustentada sobre um conjunto de medidas, onde umas

    possam influenciar outras. Assim, a segurana isolada ou

    localizada geralmente no eficiente. No adianta ter uma

    boa segurana na portaria, por exemplo, se o sistema anti-

    furto simplesmente no existe. No adianta muito ter umavigilncia de primeira qualidade se a instituio empresarial

    simplesmente no possui um bom sistema de preveno e

    combate a incndios. Assim, as chamas podem queimar e

    consumir toda a empresa, incluindo a, muitas vezes, o

    prprio vigilante. Por isso, a segurana s ser eficiente se

    for organizada dentro de um conjunto de medidas inter-

    relacionadas e complementares.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    9/276

    9

    b) Estado: Estado diferente de situao. Enquanto a

    situao sempre localizada e passageira, o estado

    sempre abrangente e permanente. Assim quando uma pessoa

    diz que est passando por uma situao difci l, ela est

    querendo dizer que, sobre aquele assunto especfico e

    naquele momento as coisas no esto bem, mas que podem

    melhorar de uma hora para outra. Estamos assim diante de

    uma situao. Por outro lado, quando uma autoridade

    decreta um Estado de calamidade pblica, ela est dizendo

    que a situao genrica, abrangente e no tem data certa

    para ser alterada. Isso diferencia situao de estado. Assimuma empresa no deve ter situaes de segurana, mas sim

    um estado de segurana, ou seja, a segurana deve

    abranger toda a empresa por todo o tempo. S assim a

    segurana ser eficiente e cumprir sua funo no ambiente

    empresarial.

    c) Interesses Vitais: Vital, vem de vida, assim, interesses

    vitais so todos aqueles que so indispensveis para manter

    a empresa viva e em atividade. Infelizmente no meio

    empresarial h um conceito de segurana meramente

    patrimonial, com a adoo de medidas contra furtos, assaltos,

    incndios e coisas do gnero mas, na maioria das vezes, no

    existem medidas capazes de proteger os negcios da

    empresa, que, em ltima anlise o que mantm a empresafuncionando. De nada adianta manter grandes instalaes,

    super protegidas, se a empresa simplesmente perder seu

    mercado, em razo de atos de espionagem e concorrncia

    desleal. Assim a segurana dos negcios (inteligncia) to

    importante quanto a segurana patrimonial (fsica).

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    10/276

    10

    d) Danos, Interferncias e Perturbaes: Finalmente,

    esse estado, criado por um conjunto de medidas, deve

    proteger os interesses vitais da organizao empresarial de

    danos, interferncias e perturbaes.

    Os danos geralmente esto relacionados a perdas materiais,

    como furtos, roubos, acidentes, incndios e outras ocorrncias capazes

    de causar prejuzo material empresa.

    As interferncias, regra geral, esto relacionadas a atos deespionagem, sabotagem, furto de informaes e concorrncia desleal,

    ou seja, atos capazes de interferir nos negcios da empresa, causando-

    lhe prejuzos financeiros.

    As perturbaes esto sempre relacionadas com aquelas

    situaes que alteram, ameaam ou interrompem as atividades normais

    da empresa, geralmente com prejuzos financeiros, como greves,

    paralisaes, alcoolismo e drogas no ambiente de trabalho, entre

    outros eventos.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    11/276

    11

    1.4 IMPORTNCIA DA SEGURANA

    Uma das grandes dificuldades enfrentadas por Profissionais de

    Segurana de todo o mundo convencer o empresrio de que

    empregar dinheiro na Segurana da empresa se constitui num

    investimento e no em um gasto.

    Um mtodo que tem dado resultado fazer um demonstrativo

    ao empresrio, dos inmeros benefcios que uma empresa capaz de

    gerar sociedade e, ao mesmo tempo, os inmeros riscos a que elaest exposta.

    Vamos comear aqui, enumerando os benefcios. De uma forma

    geral, pode-se dizer que uma organizao empresarial capaz de

    proporcionar, entre outros, os seguintes benefcios comunidade:

    a) Lucro aos acionistas ou proprietrios;

    b) Gerao de empregos diretos e indiretos;

    c) Desenvolvimento tecnolgico

    d) Crescimento do comrcio local, em razo do aumento do

    poder aquisitivo da populao.

    e) Aumento de agncias bancrias , em ra zo do aumento do

    fluxo de dinheiro no meio circulante.

    f) Melhoria da infra-estrutura, como estradas, portos e

    aeroportos, para o escoamento da produo.g) Investimento em atividades esportivas

    h) Apoio a iniciativas comunitrias

    i) Incentivo cultura

    j) Aquecimento da economia, de uma forma geral, gerando

    maiores e melhores perspectivas de consumo.

    At aqui os benefcios. No entanto, essa organizao, capaz de

    gerar tantos benefcios sociedade e ao pas, est, ao mesmo tempo,

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    12/276

    12

    exposta a inmeros riscos e perigos, que se no forem previstos,

    evitados ou administrados com eficincia podem causar srios

    prejuzos, ou at mesmo a extino, dessas organizaes. De uma

    forma geral, podemos dizer que uma organizao empresarial est

    exposta, entre outros, aos seguintes riscos e perigos:

    a) Incndios, capazes de causar desde riscos materiais

    considerveis at a destruio completa das instalaes,

    podendo ocorrer, ainda a perda de vidas humanas.

    b) Furtos, internos ou externos.c) Assaltos, que podem inclusive por em risco a vida de

    funcionrios e dirigentes.

    d) Atos de espionagem e concorrncia desleal, que podem por a

    perder, anos de trabalho e investimentos.

    e) Penetrao no autorizada em sistemas informati zados,

    provocando danos ou praticando fraudes.

    f) Atos de terrorismo

    g) Sabotagem e Chantagem

    h) Greves violentas e paralisaes provocadas

    intencionalmente.

    i) Alcoolismo e drogas no ambiente de trabalho, prejudicando a

    produo e ensejando a prtica de crimes.

    j) Epidemias e contaminaes coletivas

    k) Acidentes, exploses e desabamentos.

    l) Seqestros de dirigentes da empresa.

    Como se pode ver, numa anlise atenta de custo/benefcio,

    extremamente importante o investimento na segurana das atividades

    empresariais. A se lamentar apenas que, nem sempre, os empresrios

    tm uma exata percepo dessa necessidade.

    No entanto, o que estamos falando aqui no nenhumanovidade. J no ano de 1916, Henri Fayol, considerado um dos pais da

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    13/276

    13

    moderna Administrao, em razo de ter sido o fundador da

    Escola Clssica da Administrao, j alertava o meio empresarial para

    a necessidade de se manter sistemas eficientes de segurana nas

    empresas.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    14/276

    14

    1.5 A SEGURANA NA OBRA DE FAYOL

    Henri Fayol era francs, nascido em Constantinopla, ento sob

    domnio da Frana, em 1841. Formou-se em engenharia de minas aos

    19 anos de idade e passou a trabalhar em diversas empresas

    metalrgicas e carbonferas da Frana. Durante seu trabalho nessas

    empresas, Fayol adquiriu o hbito de tomar notas de todos os detalhes

    que chamavam sua ateno, sempre objetivando uma melhoria da

    produo e da administrao. Com base nessas anotaes, Fayol

    lanou o seu livro Administrao Industrial e Geral, dando incio

    assim Escola Clssica da Administrao.

    Henri Fayol (1841-1925), considerado um dos pais da moderna Adminis t rao.

    Liv ro Admin is t rao Indus t r ia l e Gera l , pub l i cado por Fayo l em 1906 e a t ho je cons iderado um

    c lss ico da Admin is t rao.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    15/276

    15

    Constant inopla, onde Fayol nasceu em 1841.

    Foi numa indstr ia metalrgica e carbon fera, como essa que Fayol in ic iou sua

    vida prof iss ional , como engenheiro, aos 19 anos de idade.

    No vamos fazer maiores consideraes sobre os detalhes das

    teorias de Fayol, mesmo porque esse no o nosso objetivo aqui. Sob

    o ponto de vista da Segurana, importante ressaltar que, j naquela

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    16/276

    16

    poca, Fayol considerou a atividade de Segurana, como

    essencial, dentro de uma organizao empresarial.

    Segundo Fayol, uma empresa tem seis funes essenciais, que

    so as seguintes:

    Funes Tcnicas Produo de bens e de servios.

    Funes Comerciais Vendas, Distr ibuio e Divulgao.

    Funes Financeira s Busca e gerncia de capi ta is .

    Funes Contbeis Dados, Estat st icas e Balanos.

    Funes de Segurana Proteo de Bens e de Pessoas.

    Funes Administrat ivas Prever , organizar , coordenar e controlar as

    at iv idades da empresa.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    17/276

    17

    1.6 SEGURANA EMPRESARIAL NO BRASIL E NO EXTERIOR

    Muito embora esse gnio da Administrao, que foi Henri Fayol

    j ter previsto, a tanto tempo, a necessidade de se manter sistemas

    eficientes de segurana no meio empresarial, infelizmente, no Brasil,

    essa atividade tem sido relegada a um segundo plano pela maioria das

    empresas.

    Observe-se tambm que Fayol no colocou nenhuma funo

    como dependente da outra. Assim, a atividade de Segurana, segundoFayol, est em p de igualdade com as demais funes dentro da

    empresa.

    No Brasil, possvel observar que as outras funes so

    contempladas com cargos de direo e gerncia dentro das empresas,

    enquanto a segurana geralmente contemplada apenas com um

    modesto cargo de chefia.

    Para confirmar isso, basta uma anlise na Bolsa de Cargos eSalrios do jornal de maior circulao no Brasil Folha de So Paulo

    para a confirmao do que aqui se afirma.

    Como se v, as reas Tcnicas, Administrativas, Comerciais e

    Financeiras so contempladas com cargos de diretoria. As funes

    contbeis so contempladas com cargos de gerncia, enquanto as

    funes de Segurana so contempladas apenas com um cargo de

    Chefia, assim mesmo dentro de apenas um dos aspectos da SeguranaEmpresarial (segurana patrimonial), quando se sabe que a segurana

    de uma empresa no se limita apenas proteo de seu patrimnio

    fsico, como veremos mais adiante.

    Em outros pases, principalmente Estados Unidos e Europa, a

    Segurana Empresarial tratada da forma mais profissional possvel,

    com a existncia de cursos de graduao e ps-graduao

    especificamente em Segurana Empresarial, naqueles pases.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    18/276

    18

    No Brasil, felizmente, algumas universidades j esto

    comeando a entrar na rea de ensino da segurana empresarial.

    Universidades como a Fundao lvares Penteado, de So Paulo,

    Universidade Estcio de S e Fundao Getlio Vargas, ambas do Rio

    de Janeiro, j oferecem cursos de ps-graduao e MBA em algumas

    reas da Segurana Empresarial.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    19/276

    19

    1.7 PRINCPIOS BSICOS DA SEGURANA EMPRESARIAL

    Toda atividade humana, para ser bem sucedida, deve basear-se

    em princpios. Com a Segurana Empresarial no diferente. Regra

    geral, sete so os princpios que regem as atividades de Segurana

    Empresarial:

    1.7.1 SEGURANA PREVENO

    A segurana sempre preventiva. No h que se falar em

    Segurana depois que os fatos aconteceram. A funo principal da

    Segurana prever os riscos e perigos e, assim, evit-los. Em ltima

    anlise, deve estar preparada para agir imediatamente aps a

    ocorrncia dos fatos danosos.

    1.7.2 PREVENO TREINAMENTO

    Se Segurana preveno, a melhor forma de consegu-la

    atravs de treinamentos constantes. O treinamento gera

    condicionamento, que, por sua vez, agua e desenvolve as medidas

    preventivas, na medida em que as pessoas se acostumam com a idia

    de uma situao ideal de segurana.

    1.7.3 O INVESTIMENTO EM SEGU RANA PROPO RCIONAL AO

    RISCO QUE SE CORRE

    Um dos grandes problemas das organizaes justamente em

    relao aos investimentos em Segurana, a tendncia geral

    economizar quando as coisas esto bem e depois gastar

    excessivamente quando alguma coisa acontece no ambiente. O ideal

    o equilbrio. No h porque a empresa gastar grandes somas em

    Segurana se os riscos no so to grandes. Por outro lado, no deveomitir-se quanto a essa importante rea com a desculpa de

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    20/276

    20

    economizar. Uma Anlise de Vulnerabilidades, feita por

    profissional qualificado que vai determinar o quanto gastar com

    Segurana. Qualquer coisa, alm disso, desperdcio e qualquer coisa

    aqum omisso e irresponsabilidade.

    1.7.4 A SEGURANA NO DEVE IMPEDIR NEM DIFICULTAR A LIVRE

    MARCHA DA EMPRESA

    No preciso transformar a empresa num quartel ou delegacia

    de polcia para que a Segurana seja eficiente. A atividade de

    Segurana uma atividade meio, que tem por funo proteger aempresa para que ela atinja sua atividade fim, que a produo, sem

    maiores problemas. Por isso, a Segurana dever ser eficiente e at

    rgida em determinadas situaes, mas nunca autoritria ou inibidora, a

    ponto de causar constrangimento s pessoas ou entraves no processo

    produtivo.

    1.7.5 A SEGURANA SUSTENTA-SE NUMA BUROCRACIA EFICIENTE

    Inicialmente esse princpio pode parecer contraditrio, uma vez

    que as atividades de Segurana sempre lembram ao e

    operacionalidade e no burocracia. No entanto, se essas aes e

    operaes no forem devidamente planejadas, catalogadas,

    administradas e relatadas a eficincia da segurana pode ser

    comprometida. Manter um sistema de Administrao da Segurana de

    fundamental importncia para a sua eficincia. Em captulo prpriofalaremos especificamente desse tema.

    1.7.6 A SEGURANA DEVE ESTAR INTEGRADA S OUTRAS REAS

    DA EMPRESA

    A Segurana no deve funcionar como uma ilha dentro da

    empresa, ou como um quartel ou delegacia de polcia, como j disse.

    Ela deve estar integrada s outras reas da empresa, prestando a elas

    um servio satisfatrio e, em contra partida, recebendo delas apoio e

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    21/276

    21

    cooperao. muito importante esclarecer as todas as reas da

    empresa os detalhes das atividades de Segurana, sua importncia e

    como cada uma delas pode colaborar para que as pessoas e as

    instalaes da empresa estejam cada vez mais protegidas.

    1.7.7 A SEGURANA DEVE SER COMPREENDIDA, ADMITIDA E

    APROVADA POR TODOS.

    Para que a Segurana seja eficiente, ela deve ser,

    primeiramente, compreendida por todos, desde a alta direo at o

    mais humilde trabalhador. Uma vez compreendida a necessidade e asformas de atuao da Segurana, passa-se a admitir sua necessidade.

    E, uma vez admitida sua necessidade, ela deve ser aprovada por todos

    e, por via de conseqncia, todos devem colaborar com ela e respeitar

    suas regras. S assim se ter uma segurana eficiente no meio

    empresarial.

    1.7.8 SEGURANA TRIDIMENSIONAL

    Como j dissemos anteriormente, no Brasil, infelizmente,

    confunde-se a Segurana Empresarial com a Segurana Patrimonial,

    simplesmente. Quando conceituamos a Segurana Empresarial no item

    1.2., dissemos que ela tem por funo proteger os interesses vitais da

    empresa, ou seja, tudo aquilo que diz respeito vida da empresa e no

    apenas seu patrimnio fsico.

    Assim, podemos dizer que a Segurana Empresarial possui trs

    dimenses que poderamos classificar da seguinte forma:

    a) Segurana Fsica (Patrimonial)

    b) Segurana Estratgica (Inteligncia)

    c) Segurana Especial (Complementar)

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    22/276

    22

    Uma empresa que organizar e administrar essas reas,

    ainda que com algumas alteraes superficiais ou pontuais, estar

    certamente contando com um sistema de segurana satisfatrio.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    23/276

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    24/276

    24

    c) Terrorismo

    d) Sabotagem

    e) Chantagem

    Segurana Especial (Complementar)

    a) Eventos

    b) Greves e Paralisaes

    c) Alcoolismo e Drogas no Ambiente de Trabalho

    d) Epidemias

    e) Segurana Pessoal, Familiar e Residncia

    f) Seqestros

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    25/276

    25

    2 SEGURANA FSICA (PATRIMONIAL)

    2.1 PROTEO PERIMETRAL

    2.1.1 A PROTEO DO PATRIMNIO FSICO

    A primeira providncia a ser adotada pela empresa, na

    organizao de um bom sistema de Segurana Patrimonial, proteger

    suas instalaes de violaes ou acessos no autorizados, o que deve

    ser feito atravs de um eficiente sistema de Proteo Perimetral, que

    nada mais do que o cercado colocado em torno das instalaes do

    estabelecimento.

    A Proteo Perimetral tem por funo proteger o local contraacessos no autorizados, obrigando dirigentes, funcionrios, visitantes

    e fornecedores a entrarem na empresa por locais determinados para

    cada um.

    A Proteo Perimetral deve ser forte e resistente o suficiente

    para impedir ou dificultar sua violao por vndalos ou delinqentes e

    impedir acessos no autorizados.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    26/276

    26

    2.2 TIPOS DE CERCADO

    De uma forma geral, so util izados numa Proteo Perimetral

    um dos seguintes materiais:

    a) Muros

    b) Alambrados

    c) Grades

    d) Estrutura de madeira

    e) Estacas de concretof) Cercas de arame farpado

    Os materiais mais util izados em Proteo Perimetral so os

    muros, a grade e o alambrado. Vamos conhecer as vantagens e

    desvantagens de cada um.

    MATERIAL VANTAGENS DESVANTAGENS

    MurosResistncia

    Dif c i l V iolao

    Al to Custo

    Nenhuma visibi l idade internaou externa

    Grades

    Resistncia

    Visibi l idade interna e externa

    Dif c i l V iolao

    Al to Custo

    Alambrados

    Baixo Custo

    Fci l Instalao

    Visibi l idade interna e externa

    Pouca Resistncia

    Fci l V iolao

    Normalmente, nas empresas comum a util izao do

    alambrado, por sua praticidade e baixo custo.

    Outra vantagem do alambrado, que ele permite que o pessoalda segurana veja o que se passa do lado de fora da empresa,

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    27/276

    27

    podendo identificar, assim, possveis suspeitos nas redondezas ou

    mesmo prever e antecipar-se a alguma ameaa ou atentado.

    O cercado deve ser alto o suficiente para impedir sua

    transposio por pessoas estranhas. Recomenda-se a altura mnima de

    3,00 metros, podendo chegar at 5,00 metros.

    No topo do cercado deve ser colocada uma rede de proteo,

    que pode ser de arame farpado ou qualquer outro material que cumpra

    a mesma funo.

    Empresa protegida com muro Empresa protegida com grades

    Empresa protegida com alambrado

    Tipos de mater ia is que podem ser colocados no topo do cercado

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    28/276

    28

    2.3 ZONA LIVRE INTERNA E EXTERNA

    importante observar a Zona Livre Interna e a Zona Livre

    Externa. A primeira o espao existente entre o cercado e as

    instalaes da empresa e o segundo o espao existente entre o

    cercado e a via pblica.

    No primeiro caso, a metragem ideal a ser observada em torno

    de 15 metros e no segundo, algo em torno de 4 a 5 metros.

    Essas medidas so necessrias para manter um espao vazio

    entre o cercado e a via pblica e entre o cercado e as instalaes daempresa, obrigando assim um eventual invasor a ter que se expor em

    campo aberto, o que chamaria a ateno do pessoal de segurana.

    Observe-se, no entanto, que nem sempre isso possvel,

    principalmente para empresas que j esto construdas e em atividade,

    mas uma regra fundamental a ser seguida para futuras edificaes.

    2.4 CONDIES DO TERRENO

    O terreno deve ser preferencialmente plano, evitando buracos,

    morros ou acidentes geogrficos capazes de ocultar um invasor,

    principalmente no perodo noturno.

    Caso o terreno em torno da empresa seja muito acidentado,

    necessrio providenciar uma terraplanagem. O ideal que o terreno

    seja cimentado ou coberto de grama.

    2.5 RVORES E VEGETAES

    Evite tanto quanto possvel a existncia de rvores ou

    vegetaes nas proximidades da proteo perimetral. Pode ser bonito,

    mas tambm contribui para ocultar invasores, bombas, aparelhos deescuta ou outras ameaas empresa.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    29/276

    29

    No entanto, necessrio tomar muito cuidado com essas

    questes, para que no ocorra uma violao da lei ambiental. Assim,

    antes de cortar rvores ou vegetaes existentes na empresa,

    necessrio consultar os rgos de fiscalizao ambiental para verificar

    se isso possvel sob o ponto de vista legal.

    2.6 ALARMES E DETECTORES

    Alm da util izao dos materiais e mtodos adequados,

    importante instalar tambm alguns equipamentos eletrnicos, capazesde denunciar a presena de invasores nas proximidades da proteo

    perimetral.

    Existe no mercado um grande nmero desses produtos,

    cabendo empresa escolher os modelos que mais se adaptam sua

    realidade, observando sempre os parmetros de qualidade,

    funcionalidade e custos.

    Existem basicamente dois tipos de equipamentos que cumpremessa finalidade:

    a) Sistemas eletrnicos de deteco de invaso;

    b) Sistemas eletrnicos de deteco perifrica

    Alguns equipamentos de deteco per i fr ica e de invaso

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    30/276

    30

    2.7 INSPEO E MANUTENO

    necessrio tambm fazer constantes inspees em toda a

    extenso da proteo perimetral, para verificar possveis rachaduras no

    terreno, processos de eroso ou tentativas de violao. Essa inspeo

    deve ser feita pelo menos uma vez por ms.

    Tambm importante testar o funcionamento dos equipamentos

    de segurana instalados ao longo da proteo perimetral, para verificar

    se esto funcionando regularmente, evitando assim que eles venham a

    falhar diante de uma situao real de risco ou perigo.

    2.8 SERVIOS DE VIGILNCIA

    2.9 VIGILNCIA PRPRIA OU TERCEIRIZADA

    A vigilncia de fundamental importncia para a segurana

    patrimonial da empresa.

    Enquanto a Proteo Perimetral trata-se de uma segurana

    esttica, constituda por barreiras, a Vigilncia a segurana dinmica,

    desenvolvida pelo elemento humano.

    Em empresas de grande porte, recomendvel o s is tema de patru lhamento interno

    e per imetral .

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    31/276

    31

    A primeira providncia a ser tomada pela empresa optar pela

    vigilncia prpria ou por servios terceirizados.

    O primeiro caso s recomendvel para grandes corporaes,

    em razo das muitas exigncias legais para conseguir uma autorizao

    de funcionamento de um sistema prprio de vigilncia armada, alm de

    custos muito elevados.

    As exigncias so praticamente as mesmas para a constituio

    de uma empresa de vigilncia, da a dificuldade em se conseguir esse

    tipo de autorizao para as empresas de menor porte.Assim, o mais recomendvel a contratao de servios

    terceirizados de vigilncia, principalmente da vigilncia armada.

    A maioria das empresas adota um sistema misto, ou seja, a

    vigilncia armada fica a cargo de empresas terceirizadas, enquanto os

    servios de portaria e vigilncia desarmada ficam a cargo da prpria

    empresa.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    32/276

    32

    2.10 SELEO E TREINAMENTO DO PESSOAL DE

    SEGURANA

    Para o caso da empresa resolver manter seu prprio pessoal de

    segurana, recomenda-se que a seleo dos funcionrios seja rigorosa,

    tanto sob o aspecto tcnico como de honestidade pessoal, uma vez

    que, pessoas tecnicamente despreparadas podem provocar acidentes,

    desastres ou danos ao ambiente empresarial.

    Por outro lado, pessoas desonestas podem praticar diversosatos ilcitos na empresa ou mesmo fornecer informaes a criminosos,

    para que possam, posteriormente, agir contra o patrimnio da empresa,

    ou mesmo contra dirigentes e funcionrios.

    Por isso, importante dar ateno especial ao pessoal que ir

    trabalhar na segurana da empresa.

    O ideal recrutar pessoas com experincia militar ou policial,

    ou ainda que j tenham freqentado cursos de vigilncia emestabelecimentos de ensino credenciados pelo Ministrio da Justia.

    2.10.1 IMPORTNCIA DE UMA BOA SELEO

    A eficincia profissional e a idoneidade moral dos funcionrios

    da empresa so de fundamental importncia para a segurana do

    estabelecimento, uma vez que a prestao de servios de m qualidade

    ou a prtica de atos ilcitos por parte dos funcionrios, pode

    comprometer a imagem da empresa, alm de causar prejuzos de toda

    ordem. Da a importncia de serem bem selecionados e treinados.

    2.10.2 PROCESSO SELETIVO

    Alm das habilidades especficas para as funes de

    segurana, a empresa deve fazer as seguintes averiguaes, antes deefetivar a contratao do funcionrio:

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    33/276

    33

    a) Verifique empregos anteriores. Procure conversar com

    antigos patres e empregadores, no sentido de obter,principalmente, informaes sobre comportamento pessoal,

    honestidade e integridade moral do funcionrio.

    b) Faa uma investigao social sobre a vida pessoal do

    funcionrio, tomando cuidado apenas para no cometer

    invaso de privacidade ou qualquer outra atitude

    constrangedora ou ilegal. Procure saber, principalmente,como sua vida social e familiar.

    c) Faa uma checagem de antecedentes criminais, procurando

    verificar se o funcionrio no possui envolvimento ou

    vnculos com o mundo do crime. Com relao aos

    antecedentes criminais, importante ressaltar que o

    cometimento de crimes do tipo que qualquer pessoa estexposta a cometer, como atropelamentos, leses corporais

    em razo de brigas e discusses ou outros delitos mais leves

    no devem ser empecilhos para sua contratao.

    perfeitamente possvel que uma pessoa que tenha passado

    por essas experincias seja uma pessoa ntegra e honesta. O

    que se deve observar se o funcionrio j praticou crimes

    graves, se tem tendncias a praticar crimes contra a empresa

    ou capazes de comprometer a imagem da organizao. Em

    casos como esses a no contratao recomendada.

    d) Faa tambm uma avaliao psicolgica, principalmente para

    aferir o nvel de sanidade mental do funcionrio. Pessoas

    desequilibradas ou emocionalmente instveis podem provocar

    desde situaes constrangedoras at verdadeiras catstrofesno ambiente empresarial.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    34/276

    34

    2.10.3 ACOMPANHAMENTO

    Exija lealdade e bons servios por parte de seus funcionrios,

    mas, por outro lado, dispense a eles um tratamento cordial erespeitoso.

    Para evitar constantes admisses e demisses, procure pagar-

    lhes um salrio atraente e oferecer-lhes vantagens adicionais, capazes

    de mant-los no emprego.

    No so raros os casos de envolvimento de funcionrios da

    empresa em atividades criminosas, seja praticando-as diretamente,

    seja fornecendo informaes a criminosos, para que possam agir contra

    o estabelecimento empresarial.

    Por isso, a empresa tambm deve se prevenir contra aes

    dessa natureza, adotando o seguinte comportamento:

    a) Observe eventuais mudanas de comportamento dosfuncionrios, procurando investigar, sigilosamente, quais as

    razes dessas mudanas;

    b) Evite que funcionrios recebam muitos visitantes na empresa

    durante o horrio de trabalho. Alm de restritas, as visitas

    devem ocorrer em locais apropriados, como uma sala de

    visitas, por exemplo. No se deve permitir a livre circulaode amigos e parentes dos funcionrios nas dependncias da

    empresa;

    c) Mantenha um arquivo de e x-funcionrios. D iante de alguma

    suspeita ou ameaa, verifique a possibilidade de

    envolvimento de alguns deles;

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    35/276

    35

    d) Caso no meream mais sua confiana, devem ser

    demitidos. No entanto, pague a eles todos os valores a que

    tm direito.

    A melhor maneira de evitar problemas com funcionrios,

    mantendo-os sempre leais e motivados para o trabalho desenvolver

    constantemente treinamentos, palestras e debates, procurando fazer

    com que se sintam responsveis e importantes para a vida da empresa.

    2.10.4 TREINAMENTO

    Todos os funcionrios devem ser orientados a informar ao

    responsvel pela segurana, qualquer atitude suspeita ou

    acontecimentos estranhos que constatarem no exerccio de suas

    funes.

    Instrua-os para que, caso venham a se deparar com cenas de

    crimes, como arrombamentos, exploses, depredaes ou cadveres,

    no devem tocar em nada e, sim, chamar imediatamente o responsvelpela segurana.

    importante tambm ministrar a eles treinamentos especficos

    na rea de segurana, com a contratao de profissionais capacitados

    e idneos para desenvolver esse tipo de trabalho.

    Existem no Brasil diversas empresas especializadas em

    treinamento de vigilantes e de pessoal de segurana, de uma forma

    geral. necessrio, no entanto, verificar se a empresa est autorizadaa funcionar pelo Poder Pblico e se seus servios so satisfatrios.

    Todo funcionrio da empresa deve ser treinado em questes de

    Segurana, em especial sobre os seguintes aspectos:

    a) Como se comportar e agi r diante de situaes de incndio,

    pnico ou catstrofe.

    b) Reconhecer e ide ntificar at itudes suspeitas de pessoas no

    interior da empresa.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    36/276

    36

    c) No tocar em ob jetos ou artefatos suspeitos, como

    bombas, explosivos ou equipamentos eletrnicos. Em

    situaes como essas o responsvel pela segurana deve ser

    acionado.

    d) Conhecer o f uncionamento do sistem a de segurana da

    empresa, para colaborar com sua eficincia e no atrapalh-

    lo ou obstru-lo.

    Todo funcionr io deve ser t re inado em s i tuaes de emergncia e combate a

    incndios

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    37/276

    37

    2.11 CONTRATAO DE EMPRESAS DE VIGILNCIA

    A contratao de servios terceirizados de vigilncia exige, no

    entanto, alguns cuidados por parte da empresa.

    Procure fazer uma pesquisa de mercado para verificar a

    idoneidade da empresa que pretende contratar.

    Converse com clientes atuais da empresa de vigilncia que

    pretenda contratar e procure verificar critrios como qualidade,

    eficincia, honestidade e custos.

    Procure averiguar tambm a qualidade tcnica de seus

    vigilantes, procurando saber onde foram treinados e se so reciclados

    periodicamente, como manda a lei.

    Com relao contratao de empresas de vigilncia,

    transcrevemos a seguir, as recomendaes da FENAVIST Federao

    Nacional das Empresas de Segurana e Transporte de Valores:

    (Clique aqui para ver o Guia do Contratante)

    Tambm com o objetivo de orientar o tomador de servios na

    rea de Segurana e Vigilncia, Delegacia Regional do Ministrio do

    Trabalho em Minas Gerais elaborou um Manual, cujo teor transcreveaqui, na ntegra.

    (Clique aqui para ver o Manual )

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    38/276

    38

    2.12 ORGANIZAO DA SEGURANA

    2.13 IMPORTNCIA DA SEGURANA

    Para que a empresa venha a ter uma segurana efetiva e

    satisfatria necessrio eliminar todo empirismo e improvisao.

    Como j vimos inicialmente, a atividade de segurana tem o

    mesmo grau de importncia, dentro da empresa, do que as demais

    atividades, como Produo, Marketing, Contabilidade, Finanas eAdministrao.

    Assim, importante que a empresa dispense rea de

    Segurana os mesmos cuidados que dispensa a outras reas. E o

    primeiro passo para isso criar uma Gerncia ou Diretoria de

    Segurana, colocando como responsvel por ela um profissional

    qualificado e habilitado.

    Nos pases desenvolv idos, a Segurana desempenha um papel da maior

    importncia na v ida das organizaes empresar ia is .

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    39/276

    39

    2.14 CENTRAL DE SEGURANA

    necessrio tambm que a empresa organize e mantenha uma

    Central de Segurana, ou seja, um local onde devem estar

    centralizados todos os servios de Segurana.

    Essa central dever ser dirigida pelo Gerente de Segurana, e

    deve possuir os seguintes recursos:

    a) Monitoramento eletrnico de todas as reas e dependncias

    da empresa, atravs de alarmes, sensores e circuito fechadode TV.

    b) Controle das tubu laes de gua, ar condicionado, centra is

    de energia eltrica e elevadores.

    c) Controle do som ambiente com canal exclusivo de

    penetrao, para avisos sobre incndios, emergncias e

    situaes de crimes ou violncias.

    d) Central de Ala rmes de furt os, assaltos, incn dios e outrasemergncias.

    e) Central de radiocomunicao, envolvendo o pessoal de

    Segurana e todas as reas da empresa.

    f) Linhas exclusivas de t elefone, independentes da cent ral

    telefnica e de telefonistas.

    g) Burocracia interna da Gerncia de Segurana.

    Central de Segurana

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    40/276

    40

    2.15 PESSOAL DE SEGURANA

    E para que todo esse sistema de segurana funcione

    adequadamente, cumprindo assim sua funo, que proporcionar

    segurana ao ambiente empresarial, necessrio organizar

    adequadamente a equipe que ir oper-lo.

    O tamanho e complexidade da equipe de segurana vo

    depender diretamente do porte da empresa. No entanto, o ideal que

    seja constituda da seguinte forma:

    a) Presidente ou Diretor Geral: o responsvel d ireto pelocomando da empresa. A ele est subordinada a Gerncia ou

    Diretoria de Segurana.

    b) Gerente ou Diretor de Segurana: o responsvel absoluto

    por toda a rea de Segurana dentro da empresa. Reporta-se

    apenas Presidncia ou Direo Geral.

    c) Supervisor de Seg urana: o respo nsvel pelos turno s de

    trabalho na rea de Segurana, que deve ser desenvolvida

    durante as 24 horas do dia.

    d) Vigilante: Trabalha nos mais variados ambientes, como

    recepo, garagem, corredores e outras instalaes da

    empresa.

    e) Pessoal de Apoio: composto po r tcnicos e engenhei ros,

    capazes de agir em situaes como quedas de energia

    eltrica, falhas nos sistemas de comunicao, danificao de

    equipamentos de segurana, ou qualquer outra misso

    tcnica que lhes seja solicitada pelo Gerente de Segurana.

    f) Pessoal de Emergncia: com posto por mdicos, socor ristas,

    bombeiros, e outros profissionais, capazes de atender

    prontamente a situao como acidentes, incndios,

    desabamentos e outras situaes de crise ou emergncia;

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    41/276

    41

    2.16 IDENTIFICAO E CONTROLE INTERNO

    2.17 SISTEMAS DE IDENTIFICAO

    A portaria ou recepo da empresa de vital importncia para a

    segurana, uma vez que por ela que entram e saem dirigentes,

    funcionrios, visitantes e fornecedores. Tambm por ela que tentam

    passar ladres, assaltantes, seqestradores, terroristas, espies e

    outros tipos de criminosos.Da a importncia em treinar adequadamente os funcionrios

    que nela trabalham.

    importante que existam funcionrios da Segurana apoiando

    os porteiros e recepcionistas, sempre atentos a qualquer anormalidade.

    Alm do apoio humano, necessrio que o local seja

    monitorado com cmeras de circuito interno de TV, controladas

    diretamente pela central de segurana.

    O pessoal da Segurana, em servio na recepo deve estar

    munido de equipamentos de comunicao, capazes de mant-los em

    contato permanente com a central de segurana.

    O ingresso de qualquer pessoa, no interior da empresa, s deve

    ser permitido dentro de um processo de identificao e controle de

    acesso eficiente.

    O sistema mais prtico e simples de identificao atravs de

    crachs. Por isso, adote um sistema especfico para cada tipo de

    pessoa, como dirigentes, funcionrios, estagirios fornecedores,

    servios terceirizados e visitantes, entre outros.

    Existem no mercado diversas empresas especializadas em criar

    sistemas de identificao, cabendo empresa escolher o sistema que

    melhor se adapte sua situao particular.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    42/276

    42

    Crachs

    Os funcionrios de empresas de servios terceirizados como

    empreiteiras, manuteno, jardinagem e outros, devem receber crachs

    para circularem apenas nas reas onde prestaro seus servios,

    devendo ser vedado seu acesso a outras reas.

    Alguns modelos de catracas, que podem ser ut i l izados no contro le de acesso de

    funcionr ios, v is i tantes e fornecedores.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    43/276

    43

    2.18 ENTRADA E SADA DE FUNCIONRIOS

    Para o pblico interno recomendvel crachs com fotos e

    cdigos de barras. J para o pblico externo, o recomendvel o

    sistema que fotografa automaticamente o visitante, guardando a foto e

    seus dados em arquivo no computador.

    Essas informaes podero ser teis, posteriormente, em casos

    de furtos, assaltos e seqestros, ou mesmo para comprovar a presena

    ou no de determinada pessoa na empresa, em determinado dia ehorrio.

    Os funcionrios de empresas de servios terceirizados devem

    receber crachs para circularem apenas nas reas onde prestam seus

    servios, devendo ser vedado seu acesso a outras reas.

    Crachs com ml t ip las funes so os mais indicados para o contro le de acesso

    de funcionr ios.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    44/276

    44

    2.19 ENTRADA E SADA DE VISITANTES

    Todo visitante dever ser cadastrado na recepo, com os

    seguintes dados, que devero ficar arquivados:

    a) Nome completo do visitante;

    b) Endereo;

    c) Nmero do Documento de Identidade;

    d) Nome da pessoa ou setor que veio visitar;

    e) Assunto ou motivo da visita; Horrio de entrada; e

    f) Horrio de sada.

    2.20 ENTRADA E SADA DE FORNECEDORES

    Adote um sistema semelhante para fornecedores e prestadores

    de servio.

    Os crachs fornecidos a visitantes e fornecedores devem possuir

    informaes sobre o local exato onde devem ir ou circular, atravs decores, por exemplo. Assim o pessoal da Segurana poder observar

    pessoas circulando em locais no autorizados, possibilitando assim a

    identificao de possveis suspeitos.

    Os veculos de visitantes e fornecedores, tambm, devem ser

    cadastrados com todas as informaes j mencionadas, acrescidas com

    os seguintes dados: marca e tipo do veculo, cor, modelo e n da placa.

    Com relao aos fornecedores e visitantes mais freqentes,

    necessrio tomar todo o cuidado possvel para evitar a rotina. Na

    maioria das vezes, quando uma pessoa, ou representante de alguma

    empresa, se tornam freqentes no ambiente empresarial, comum a

    segurana relaxar, no fazendo os registros necessrios. No raro

    ocorrem casos de amizade entre os funcionrios da segurana e tais

    pessoas.

    Por isso, muito importante treinar o pessoal da Segurana para

    evitar esse tipo de comportamento. J houve casos em que criminosos

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    45/276

    45

    se disfararam de prestadores de servio para ingressar em

    empresas e cometer crimes. Assim, quando algum se apresentar na

    portaria como fornecedor ou prestador de servio, o porteiro deve

    tomar as seguintes providncias:

    a) Pedir a apresentao da Ordem de Servio ou Nota Fiscal.

    b) Telefonar para a empresa, pedi ndo confirmao do servio

    ou fornecimento.

    c) Comunicar dir eo da empresa sobre a presena do

    funcionrio e pedir autorizao para entrada.

    2.21 SEGURANA DOS ESTACIONAMENTOS

    Os estacionamentos tambm devem contar com sistemas de

    segurana, envolvendo a presena fsica de vigilantes, instalao de

    circuito fechado de TV, sistemas de controle de acesso e boa

    iluminao no perodo noturno.

    Procure manter estacionamentos especficos para funcionrios,visitantes e fornecedores. Os critrios de admisso aos

    estacionamentos por parte de visitantes e fornecedores, devem

    obedecer aos mesmos critrios adotados para o ingresso de pessoas,

    j mencionados anteriormente.

    Providencie credenciais ou autorizaes para os veculos dos

    funcionrios, capazes de identific-los junto aos vigilantes. De

    preferncia util ize sistemas de controle, atravs de cartes magnticosespecficos.

    Os estac ionamentos tambm devem contar com serv ios de segurana ef ic ientes

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    46/276

    46

    2.22 SEGURANA DE REAS RESTRITAS

    Para reas restritas como diretoria, laboratrios, centros de

    pesquisa, tesouraria, reas de risco, depsitos, almoxarifados, entre

    outros, deve-se criar um sistema complementar de identificao, como

    digitao de cdigos, leitura de mos ou de ris ou qualquer outro

    sistema igualmente eficiente.

    Por ocasio da demisso de algum dirigente ou funcionrio,

    necessrio recolher seu crach, chaves e outros objetos da empresa,

    que estejam em seu poder. Se a pessoa demitida tiver acesso a reas

    restritas, deve-se providenciar uma alterao nos cdigos ou senhas.

    Equipamentos de le i tura biomtr ica, catracas codi f icadas e le i tura de r is so

    ideais para o contro le de acesso em reas restr i tas ou de al ta segurana.

    2.23 MAPA DE CONTROLE

    Procure fazer um mapa das atividades internas da empresa emantenha-o em arquivo. Nunca se sabe quando ser necessrio

    consultar dados e eventos ocorridos no passado.

    O ideal desenvolver um programa de computador, capaz de

    armazenar todos os dados sobre entradas e sadas de funcionrios,

    visitantes e fornecedores.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    47/276

    47

    2.24 INCNDIOS E EMERGNCIAS

    2.25 O RISCO DE INCNDIOS EM EMPRESAS

    Um incndio na empresa pode provocar uma verdadeira

    catstrofe, que pode ir desde danos materiais considerveis, passando

    pela perda completa das instalaes, podendo causar ainda a perda de

    vidas humanas.

    Por isso, a empresa deve tomar todas as medidas no sentido deevitar um incndio e, tambm, de control-lo, caso ele venha a ocorrer,

    apesar de todas as precaues.

    Um incndio na empresa pode ter

    conseqncias catastrf icas

    Incndio em prdio comerc ia l em Madr i ,

    em 14 de feverei ro de 2005

    2.25.1 PROJETO DE PREVENO DE INCNDIOS

    Comece providenciando um projeto de preveno de incndio

    especfico para a empresa, que dever ser elaborado e assinado por

    um Engenheiro de Segurana especializado.

    Existe no mercado um grande nmero de profissionaishabilitados para a elaborao desse tipo de Projeto. Antes de contrat-

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    48/276

    48

    los, no entanto, procure saber mais sobre suas habilidades e

    legalidade de suas atividades.

    2.25.2 AS PRINCIPAIS CAUSAS DE INCNDIOS EM EMPRESAS

    O risco da ocorrncia de incndios numa empresa, vai depender

    diretamente da quantidade de fontes de possveis ignies e carga de

    elementos combustveis que se encontram num determinado local,

    alm, claro, dos riscos e possibilidades dessa ignio ocorrer, seja

    acidentalmente, seja atravs da ao humana.

    importante manter extintores de incndio em todos osandares e instalaes da empresa. Todos os dirigentes e funcionrios

    devem receber treinamento sobre como manusear corretamente, e com

    eficincia, um extintor de incndio.

    Observe tambm o prazo de validade dos extintores.

    Providencie para que eles sejam recarregados quando estiverem

    prximos do vencimento da validade.

    A manuteno constante dos ext intores de incndio de v i ta l importncia para a

    segurana da empresa.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    49/276

    49

    2.26 TEORIA DO FOGO E DA COMBUSTO

    Combusto uma reao qumica de oxidao, auto-

    sustentvel, com liberao de luz, calor, fumaa e gases. Para que isso

    ocorra necessria a unio de quatro elementos essenciais do fogo,

    que so:

    a) CALOR Forma de ene rgia que eleva a temperatura.

    Gerada da transformao de outra energia, atravs de

    processo fsico ou qumico.b) COMBUSTIVEL toda a substancia capaz de queimar e

    alimentar a combusto. Elemento que serve de campo de

    propagao ao fogo. Os combustveis podem ser, slidos,

    lquidos ou gasosos.

    c) COMBURENTE o elem ento que possib ilita vida as

    chamas, e intensifica a combusto. O mais comum que o

    oxignio desempenhe este papel, porem no o nico,

    existindo outros gases.

    d) REAO EM CADEIA a queima auto-sustentvel.

    a unio dos trs itens acima descritos, gerando uma reao

    qumica. Quando o calor irradiado das chamas atinge o

    combustvel e este decomposto em partculas menores, que

    se combinam com o comburente e queimam, irradiando outra

    vez calor para o combustvel, formando um ciclo constante.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    50/276

    50

    Extino: o resultado da retirada de um ou mais dos

    componentes acima citados.

    2.26.1 FORMAS DE COMBUSTO

    a) Combusto Completa - aquela em que a queim a produz

    calor e chamas e se processa em ambiente rico em

    comburente.

    b) Combusto Incompleta - aquela em que a queima produz

    calor e pouca ou nenhuma chama e se processa em ambientepobre em comburente.

    c) Combusto Espontnea - aquela gerada de maneira

    natural, podendo ser pela ao de bactrias que fermentam

    materiais orgnicos, produzindo calor e liberando gases,

    alguns materiais entram em combusto sem fonte externa de

    calor, ocorre tambm na mistura de determinadas substancias

    qumicas, quando a combinao gera calor e libera gases.

    d) Exploso - a queima de gases ou partculas slidas em

    altssima velocidade, em locais confinados.

    2.26.2 FORMAS DE PROPAGAO

    O calor pode-se propagar de trs diferentes maneiras:

    Conduo, Conveco e Irradiao. Como tudo na natureza tende ao

    equilbrio, o calor transferido de objeto com temperatura mais alta

    para aqueles com temperatura mais baixa. O mais frio de dois objetos

    absorvera calor at que esteja com a mesma quantidade de energia do

    outro.

    a) Conduo a transferncia de calor atravs de um corpo

    slido de molcula a molcula. Quando dois ou mais corpos

    esto em contato, o calor conduzindo atravs deles como

    se fosse um s corpo.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    51/276

    51

    b) Conveco a transfe rncia de calor pelo prprio

    movimento ascendente de massas de gases ou lquido.

    c) Irradiao a transmisso de calor por ondas de energia

    calorficas que se deslocam atravs do espao.

    2.26.3 CLASSIFICAO DOS INCNDIOS

    2.26.3.1 INCNDIO combusto sem controle.

    Essa Classificao foi elaborada pela NFPA - AssociaoNacional de Proteo a Incndios/EUA, e adotada pelas: IFSTA -

    Associao Internacional para o Treinamento de Bombeiros/EUA, ABNT

    Associao Brasileira de Normas Tcnicas/BR e Corpos de

    Bombeiros/BR.

    Os incndios so classificados de acordo com os materiais neles

    envolvidos, bem como a situao em que se encontram. Essa

    classificao determina a necessidade do agente extintor adequado.

    a) CLASSE A - Combust veis slidos , ex. ma deiras, p apel,

    tecido, borracha, etc., caracterizado pelas cinzas e brasas

    que deixam como resduos, sendo que a queima se da na

    superfcie e em profundidade.

    b) CLASSE B - Lquidos inflamveis, graxas e gases

    combustveis, caracterizados por no deixar resduos e

    queimar apenas na superfcie exposta.c) CLASSE C- o Material e equipamentos energizados,

    caracterizado pelo risco de vida que oferece.

    d) CLASSE D - o Metais combustveis, ex. magnsio, selnio,

    antimnio, ltio, potssio, alumnio fragmentado, zinco,

    titnio, sdio e zircnio, caracterizado pela queima em altas

    temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns

    principalmente se contem gua.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    52/276

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    53/276

    53

    2.26.6 EXTINTORES

    2.26.6.1 EXTINTOR DE GUA PRESSURIZADO

    Este o extintor mais indicado para o combate a prncipio de

    incndio em materiais da classe A (slidos); no dever ser usado em

    hiptese alguma em materiais da classe C (eltricos energizados),

    pois a gua excelente condutor de eletricidade, o que acarretar no

    aumento do fogo; devem-se evitar tambm seu uso em produtos da

    classe D (materiais pirofricos), como o magnsio, p de alumnio e o

    carbonato de potssio, pois em contato com a gua eles reagem deforma violenta.

    A gua agir por resfriamento e abafamento. Procedimentos para uso:

    - retirar o pino de segurana;

    - empunhar a mangueira e o gatilho; e

    - apertar o gatilho e dirigir o jato para a base do fogo.

    2.26.6.2 EXTINTOR DE GUA PRESSURIZVEL (PRESSO

    INJETADA)

    Seu uso equivalente ao de gua pressurizada, diferindo-se

    apenas externamente pelo pequeno cilindro contendo gs propelente,

    cuja vlvula deve ser aberta no ato de sua util izao, a fim depressurizar o ambiente interno do extintor, permitindo o seu

    funcionamento. O agente propulsor (propulente) o gs carbnico

    (CO2).

    Procedimentos de uso:

    - abrir a vlvula do cilindro de gs;

    - empunhar a mangueira e o gatilho; e

    - apertar o gatilho e dirigir o jato para a base do fogo.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    54/276

    54

    2.26.6.3 EXTINTOR DE P QUMICO SECO (PQS)

    o mais indicado para ao em materiais da classe B

    (lquidos inflamveis), mas tambm pode ser usado em materiais classeA e em ltimo caso, na classe C. Age por abafamento, isolando o

    oxgnio e liberando gs carbnico assim que entra em contato com o

    fogo.

    Procedimentos para uso:

    - retirar o pino de segurana;

    - empunhar a pistola difusora; e

    - atacar o fogo acionando o gatilho.

    2.26.6.4 EXTINTOR DE PQS COM PRESSO INJETVEL

    As mesmas caractersticas do PQS pressurizado, mas

    mantendo externamente uma ampola de gs para a pressurizao no

    instante do uso.

    Procedimentos para uso:

    - abrir a ampola de gs;

    - empunhar a pistola difusora; e

    - apertar o gatilho e dirigir a nuvem de p para a base do fogo.

    2.26.6.5 EXTINTOR DE ESPUMA MECNICA PRESSURIZADO

    A espuma gerada pelo batimento da gua com o lquido

    gerador de espuma e ar (a mistura da gua e do lquido gerador de

    espuma est sob presso, sendo expelida ao acionamento do gatilho,

    juntando-se ento ao arrastamento do ar atmosfrico em sua passagem

    pelo esguicho). Ser usado em princpios de incndio das classes A e

    B.

    Procedimentos de uso:

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    55/276

    55

    - retirar o pino de segurana;

    - empunhar o gatilho e o esguicho; e

    - apertar o gatilho, lanando a espuma contra o fogo.

    2.26.6.6 EXTINTOR DE ESPUMA MECNICA COM PRESSO

    INJETADA

    As mesmas caractersticas do pressurizado, mas mantendo a

    ampola externa para a pressurizao no instante do uso.

    Procedimentos para uso:

    - abrir a vlvula do cilindro de gs;

    - retirar o pino de segurana;

    - empunhar o gatilho e o esguicho; e

    - apertar o gatilho, lanando a espuma contra o fogo.

    2.26.6.7 EXTINTOR DE ESPUMA QUMICA

    Embora esteja em desuso no mercado, ainda possvel

    encontr-lo em edificaes. Seu funcionamento possvel devido a

    colocao do mesmo de cabea para baixo, formando a reao de

    solues aquosas de sulfato de alumnio e bicarbonato de sdio.

    Depois de iniciado o funcionamento, no possvel a interrupo da

    descarga.Deve ser usado em princpios de incndio das classes A e B.

    Procedimentos para uso:

    - no deitar ou virar o extintor antes de chegar ao local do fogo;

    - no local, inverter a posio do cilindro; e

    - lanar a espuma contra o fogo.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    56/276

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    57/276

    57

    - de espuma qumica;

    - de p qumico seco; e

    - de gs carbnico.

    TABELA DE USO DE AGENTES EXTINTORES

    Classe de Incndio GUA ESPUMA PQS CO HALON

    ASIM

    Excelente

    SIM

    Regular

    Somente na

    superf c ie

    Somente na

    superf c ie

    Somente na

    superf c ie

    B NOSIM

    Excelente

    S IM

    Excelente

    SIM

    Bom

    SIM

    Excelente

    C NO NOSIM

    Bom

    SIM

    Excelente

    S IM

    Excelente

    D NO NOPQS

    EspecialNO NO

    UNIDADE

    EXTINTORA10 l i t ros 9 l i t ros 4 Kg 6 Kg 2 Kg

    ALCANCE

    MDIO DO

    JATO

    10 m 5 m 5 m 2,5 m 3,5 m

    TEMPO DE

    DESCARGA60 seg 60 seg 15 seg 25 seg 15 seg

    Mater ia l e laborado por Bombeiros Comrc io e Serv ios Tcnicos Ltda

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    58/276

    58

    2.27 CLASSES DE INCNDIO E AGENTES EXTINTORES

    As ilustraes abaixo, mostram cada um dos agentes extintores

    que devem ser aplicados em cada classe de incndio.

    O tringulo verde, o quadrado vermelho e o crculo azul, esto

    estampados nos extintores, bastando verificar qual deles deve ser

    util izado em determinado tipo de incndio.

    2.28 EXTINTORES DE GUA

    A gua o agente extintor de uso mais comum. Usa-se o jato

    para o resfriamento e proteo de instalaes a distncia e para o

    enxarcamento de slidos. Usa-se a gua sob a forma de neblina para o

    resfriamento de superfcies lquidas; emulsificao de leo; proteo de

    pessoas, estruturas, mquinas e equipamentos; diluio (lcoois,

    amnia); e absoro do calor desprendido na combusto.

    A gua, contudo, no deve ser empregada em incndios que envolvam:

    equipamentos eltricos energizados; materiais reativos com a gua

    (carbonatos, perxidos, sdio metlico, p de magnsio, etc); e gases

    liquefeitos por resfriamento. Para usar o extintor: a) retire a trava ou o

    pino de segurana; b) empunhe firmemente a mangueira; e c) ataque o

    fogo, dirigindo o jato para a sua base.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    59/276

    59

    2.29 EXTINTORES DE ESPUMA MECNICA

    Indicado para incndios Classes A e B. Um lquido gerador de

    espuma (de base protenica ou sinttica, usado na concentrao de 3

    ou 6%) age mecanicamente com gua, originando a soluo de espuma

    que, misturada com ar, forma finalmente a espuma. (O volume da

    espuma formada em relao ao volume da soluo empregada, pode

    ser de at 10 (baixa expanso, a mais usada, por ter maior poder de

    espalhamento e ser mais pesada), 100 mdia expanso) ou 1.000

    vezes (alta expanso). Restries ao uso da espuma mecnica: gases

    liquefeitos; lquidos em fluxo; substncias que reagem com a gua; e

    lquidos superaquecidos (superior a 100oC).

    2.30 EXTINTORES DE P QUMICO

    O p qumico um material pulverulento finamente dividido,

    tratado para ser repelente a gua e escoar fluidamente em tubulaes,eliminando as chamas por interrupo das reaes em cadeia.

    Podem ser empregados em: gases, lquidos e slidos combustveis; e,

    ainda, em equipamentos eltricos energizados. Os tipos de ps so:

    bicarbonato de sdio, de potssio ou de potssio + uria (MONEX) e

    fosfato monoamnio.

    2.31 EXTINTORES DE GS CARBNICO (CO2)

    Os extintores de Gs Carbnico, Dixido de Carbono ou

    simplesmente CO2 so util izados, preferencialmente, no combate aos

    fogos das Classes B e C, embora possa ser usado, tambm, nos

    incndios de Classe A, em seu incio. Depois dos extintores de gua

    so, por tradio, um dos mais usados. Os extintores portteis so

    oferecidos com cargas de 4 e 6 kg cada e os extintores sobre rodas,com carga de 10, 25, 30 e 50 kg cada.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    60/276

    60

    2.32 AGENTES EXTINTORES HALOGENADOS

    Podem ser considerados como derivados do Metano ou do

    Etano, pela substituio dos tomos de Hidrognio por tomos de

    Flor, Cloro e/ou Bromo. So eles: Tetracloreto de Carbono,

    Bromoclorometano, Bromoclorodifluormetano e Bromotrifluormetano.

    So usados nos incndios envolvendo: gases, lquidos e slidos

    combustveis; e equipamentos eltricos energizados. Seu mecanismo

    de extino d-se pela interrupo da reao em cadeia e,

    secundariamente, por resfriamento. Limitaes: substncias com alto

    teor de oxignio, metais combustveis e hidretos metlicos.

    2.33 ESCOLHA CORRETAMENTE O EXTINTOR

    P QUMICO CO2 - GS

    CARBNICOGUA

    ESPUMAMECNICA

    CLASSE A

    Mater ia iss l idos, papel ,

    madeira ,

    tec idos.

    BC - Somente

    no estg ioin ic ia l

    ABC -

    EXCELENTE

    Somente no

    estg io in ic ia l

    EXCELENTE

    satura omater ia l e no

    permite a

    re ign io

    EXCELENTE

    Forma

    cobertura,

    satura o

    mater ia l e ev i ta

    a res ignao

    CLASSE B

    L qu idos

    in f lamveis e

    h idro

    carburetos,

    gasol ina, leo,

    t in ta

    EXCELENTE

    O p abafa e

    in terrompe a

    cadeia de

    combusto. A

    cort ina cr iada

    protege o

    operador .

    EXCELENTE

    No de ixa

    res duos

    No

    recomendvel

    ESPALHA O

    FOGO!

    EXCELENTE

    Forma

    cobertura,

    satura o

    mater ia l e ev i ta

    a res ignao

    CLASSE C

    Equ ipamento

    eltr ico at ivo

    onde o agente

    no condutor

    de

    eletr ic idade,

    motores e

    chaves

    e ltr icas

    EXCELENTE

    No condutor

    de e letr ic idade

    e protege o

    operador do

    calor

    EXCELENTE

    No condutor

    de

    eletr ic idade,

    No de ixa

    res duos nem

    dani f i ca o

    equ ipamento

    No

    recomendvel

    condutor de

    e letr ic idade

    No

    recomendvel

    condutor de

    e letr ic idade

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    61/276

    61

    EQUIPAMENTO A UTILIZAR

    Material AApagar

    GUA P QUMICO "BC"

    CO2

    (GS

    CARBNICO)

    ESPUMAMECNICA

    Materiais

    Slidos SIM

    (excelente)

    NO

    (s para

    pequenos

    incndios de

    superfcie)

    NO

    (s para

    pequenos

    incndios de

    superfcie)

    SIM

    (excelente)

    Lquidos

    inflamveis e

    hidrocarburetos

    NO

    (o lquido

    incentiva

    o fogo)

    SIM

    (excelente,

    inclusive para

    gases

    liquefeitos)

    SIM

    (excelente)

    SIM

    (excelente)

    Fogo de

    Origem Eltrica

    NO

    (condutorde

    eletricidade)

    SIM

    (excelente - a

    nicadesvantagem

    que deixa

    resduos)

    SIM

    (excelente) NO

    (eletricidade

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    62/276

    62

    2.34 RISCOS DE INCNDIO. NECESSIDADE DE EXTINTORES

    EXEMPLO: Calcular o nmero de extintores para incndio

    classe "A" e risco mdio, numa rea de 1.500 m2.

    1) Clculo do nmero de Unidades Extintoras (U.E.) = rea total / rea

    mxima protegida pela capacidade extintora de 1A (Tabela 2):

    U.E. = 1.500 m2 / 135 m2 = 12A (aproximadamente)

    2) Clculo do nmero de extintores = rea total / rea mxima

    protegida por extintor (Tabela 2, risco mdio):

    E = 1.500 m2 / 800 m2 = 2 extintores (aproximadamente)

    3) Determinao da rea mxima a ser protegida por cada extintor

    (Tabela 3, risco mdio): A = U.E. / E = 12A / 2 = 6.

    Entrando-se na Tabela 3 com 6A e risco mdio, encontra-se a

    rea mxima de 800 m2.

    4) Se optarmos pela GUA como agente extintor PORTTIL, veremos

    pela Tabela 4, que haver a necessidade de: 12A / 2A = 6 extintores

    (de 10 litros cada).

    Tabela 1 - QUANTIDADE DE EXTINTO RES SEGUNDO O RISCO DE FOGO

    REA COBERTA POR U.E.RISCO DE

    FOGO

    CLASSE DE

    OCUPAO(*)DIST.MX. A PERCORRER

    500 m2 pequeno "A" - 01 e 02 20 metros

    250 m2 mdio "B" - 02, 04, 05 e 06 10 metros

    150 m2 grande"C" - 07, 08, 09, 10,

    11, 12 e 1310 metros

    (*) Segundo Tar i fa de Seguro Incndio do Brasi l do Inst i tuto de Resseguros do

    Brasi l IRB.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    63/276

    63

    Tabela 2 - DETERMINAO DA UNIDADE EXTINTORA, REA MXIMA PROTEGIDA E

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    64/276

    64

    DISTNCIA MXIMA A SER PERCORRID A PARA FOGO CLASSE "A"PARMETROS / RISCO DE INCNDIO peq. md. grd.

    Unidade Extintora (U.E. ) 2A 2A 4A

    rea mx.prot .pela capac. ext intora de

    1A (m2)

    270 135 90

    rea mxima protegida por ext intor

    (m2)800 800 800

    Distncia mxima a percorrer at o

    ext intor (m)20 20 20

    Tabela 3 - REA MX. PROT. POR EXTINTOR (cl asse A), m2

    EXT. peq. md. grd.

    2A 540 270 - - -

    3A 800 405 - - -

    4A 800 540 360

    6A 800 800 540

    10A 800 800 800

    20A 800 800 800

    30A 800 800 800

    40A 800 800 800

    Tabela 4 - CLASSIFIC AO DOS EXTINTORES SEGUNDO O AGENTE EXTINTOR, ACARGA NOMINAL E A CAPACIDADE EXTINTORA EQUIVALENTE (C.E.E. )

    AGENTE

    EXTINTORCARGA E.P. C.E.E. E.P. CARGA E.R. C.E.E. E.R.

    gua 10 l 2A 75 l 150 l 10A 20A

    Espuma qumica

    10 l 20 l 2A:2B 2A:5B 75 l 150 l6A:10B

    10A:20B

    Espuma mecnica 9 l 2A:20BGs carbnico

    (CO2)

    4 kg 6 kg 2B 2B 10 kg 25 kg 30

    kg 50 kg

    5B 10B 10B

    10B

    P qumico

    base de

    bicarbonato de

    sdio

    1 kg 2 kg

    4 kg 6 kg

    8 kg 12 kg

    2B 2B 10B 10B

    10B 20B20 kg 50 kg

    100 kg

    20B 30B

    40B

    Hidrocarbonetos

    halogenados

    1 kg 2 kg

    2,5 kg 4 kg2B 5B 10B 10B

    LEGENDA: E.P.= Extintor Portt i l E.R.= Extintor sobre Rodas

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    65/276

    65

    2.35 BRIGADAS DE INCNDIO

    Faa um Plano de Emergncia para os casos de incndio,

    abordando o comportamento de cada funcionrio, incluindo o socorro e

    orientao a pacientes, funcionrios, profissionais de sade e

    visitantes.

    O Plano deve conter instrues sobre evacuao do local e

    socorro a feridos e acidentados.

    O hospital deve organizar e treinar uma Brigada de Incndio,

    que ter por misso a preveno e combate a incndios bem comoprestao de primeiros socorros.

    interessante que o hospital contrate empresas especializadas

    para o treinamento de sua Brigada de Incndio. Geralmente um curso

    de formao de brigadas de incndio aborda os seguintes aspectos:

    2.36 PREVENO E COMBATE A INCNDIO:

    a) Teoria do fogo

    b) Mtodos de extino de incndios

    c) Classes de incndios

    d) Tcnicas de extino de incndios

    e) Utilizao de sistemas de combate a incndios

    f) Util izao dos equipamentos de proteo individual

    g) Mtodos de preveno de sinistros

    h) Procedimentos em situao de incndio

    i) Controle de pnico

    Treinamento de Combate a Incndios

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    66/276

    66

    2.37 PRIMEIROS SOCORROS:

    a) Definio e preveno de acidentes

    b) Princpios e qualidades bsicas do socorrista

    c) Primeiras aes do socorrista

    d) Exame corporal

    e) Identificao dos sinais vitais

    f) Procedimentos em caso de parada cardaca, parada

    respiratria, hemorragia, desmaio, estado de choque,

    convulses, ferimentos, fraturas, queimaduras e

    envenenamento.

    g) Transporte de vtimas

    Treinamentos em Pr imeiros Socorros

    2.38 BRIGADA DE INCNDIO

    atravs de pessoas treinadas, que se poder evitar grandesperdas materiais, sociais e principalmente salvar vidas de muitas

    pessoas, alm da sua. Sabemos que a preveno a melhor estratgia

    a ser adotada, muito mais simples do que o combate, alm dos custos

    ser reduzido. Aplicando os conhecimentos da "Teoria Geral da

    Combusto" em nosso ambiente de trabalho ou em nossa residncia,

    faremos a preveno correta, evitando incndios com procedimentos

    simples, lgicos e sem grandes investimentos.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    67/276

    67

    2.38.1 DEFINIO

    O fogo uma reao qumica que fornece calor, luz e chama.

    S existe fogo na presena de trs elementos bsicos (combustvel,oxignio e calor). O fogo pode ser definido como produto da combusto

    de material slido, lquido, gasoso, com liberao de luz e calor. O

    oxignio o comburente e o material que queima o combustvel

    (pode ser slido, lquido, em forma de vapor ou ainda na forma

    gasosa).

    * Calor - a quantidade de energia, unidade de medida [J], [cal]

    * Temperatura - o nvel de energia, unidade de medida dada emgraus [C], [F], [K].

    2.38.2 TRANSMISSO DO CALOR:

    * Conduo-propagao atravs de um meio fsico (continuidade

    molecular) ex.: barra de ao.

    * Conveco - propagao atravs de um meio circulante gasoso ou

    lquido (correntes "trmicas" de vapores) ex.: evaporao de solventes,

    vazamento de GLP.

    * Irradiao - propagao por ondas calorficas que um corpo aquecido

    transmite em todas as direes semelhantes a luz. Ex: calor do sol,

    chapa de metal aquecida (solda).

    * Combusto - uma reao qumica em cadeia (contnua), de

    oxidao rpida entre um combustvel, um comburente, com adio de

    energia de ativao, liberando luz e calor.

    * Combustvel - todo material que libera vapores inflamveis

    chegando ao ponto de combusto.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    68/276

    68

    a) slido - madeira, papel, tecido

    d) lquido - gasolina, lcool, ter, tinta, solvente...

    e) gs - hidrognio, GLP, acetileno, metano...

    f) Comburente - o oxignio do ar

    g) Ar atmosfrico - a mistura de oxignio 21%, nitrognio 78%

    e 1% de outros gases.

    h) Reao qumica - reao de oxidao do combustvel pelo

    oxignio do ar.

    2.38.3 PONTO DE FULGOR

    a mnima temperatura em que os vapores do combustvel

    aquecido com a aproximao de uma fonte externa de calor, entram em

    combusto, e retirada a fonte externa de calor a combusto cessa.

    2.38.4 PONTO DE COMBUSTO:

    a mnima temperatura em que os vapores de combustvelaquecido com aproximao de uma fonte externa de calor, entram em

    combusto, e retirada a fonte de calor externa de calor a combusto

    continua (se auto alimenta).

    2.38.5 PONTO DE IGNIO:

    a temperatura da chama ou da fonte de calor; a temperatura

    necessria para inflamar a mistura ou os vapores de combustvel. Se

    elevar-mos o combustvel acima do ponto de ignio, ele explode (auto-

    ignio). Ex: gasolina - 42 (ponto de fulgor) + 257 (ponto de ignio)

    2.38.6 CLASSES DE INCNDIO

    So quatro classes de incndio; classes A, B, C, D. Foi dividido

    desta maneira para facilitar a aplicao e util izao correta do agenteextintor correto para cada tipo de material combustvel.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    69/276

    69

    a) * Classe A: Fogo em materiais slidos de fcil

    combusto, que queimam na superfcie e profundidade,

    deixando resduos e cinzas. Ex: madeira, papel, tecido,

    fibras, borrachas. Mtodo de extino - resfriamento.

    b) * Classe B: Fogo em combustveis lquidos que queimam na

    superfcie e no deixam resduos. Ex: gasolina, lcool,

    solvente. Mtodo de extino - abafamento/resfriamento.

    c) * Classe C: Fogo em equip amentos elt ricos energi zados.

    Ex: computadores, centrais telefnicas, quadros de comando,

    eletrodomsticos, motores eltricos. Mtodo de extino -

    abafamento/extino qumica.d) * Classe D: Fogo em materiais pirofricos, ou que

    necessitem mtodos especiais de extino. Ex: magnsio,

    sdio metlico, titnio. Mtodo de extino -

    abafamento/extino qumica. (areia seca, p qumico

    especial, l imalha de ferro, carvo em p).

    2.38.7 AGENTES EXTINTORES

    a) * gua - efeito de resfriamento e abafamento.

    b) * P qumico - abafamento.

    c) * Areia seca - abafamento.

    d) * Gases inertes - (CO2, nitrognio, hlio) - retiram/baixam o

    nvel de oxignio para menos de 18%.

    e) * Espuma mecnica - abafamento.

    f) * Espuma qumica - extino qumica.g) * Vapor

    2.38.8 EXTINTORES PORTTEIS

    So util izados para combater o princpio de incndio.

    a) * extintores de gua (fogo classe A)

    b) * extintores de gs carbnico (CO2) (fogo classe B e C)c) * extintores de espuma (fogo classe A e B)

    d) * extintores de p qumico (fogo classe B,C e D)

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    70/276

    70

    2.38.9 OBSERVAO

    * Existem tambm os extintores tipo carreta, que levam em seu

    interior os mesmos agentes extintores, porm com maior quantidade decarga.

    * Os extintores devem ser vistoriados mensalmente, analisando suas

    partes (casco, mangotes, vlvulas, manmetro), carga, presso do

    cil indro.

    2.38.10 MTODOS DE EXTINO

    A extino do fogo se d pela interrupo da reao fsico-

    qumica, ou seja, atravs da eliminao de qualquer um dos elementos

    [calor, combustvel, comburente (oxignio)]. Pode ser por:

    a) * Remoo - retirada do combustvel.

    b) * Resfriamento - baixar a temperatura do combustvel abaixo

    do ponto de fulgor.

    c) * Abafamento - criar uma barreira entre o combustvel e o ar

    [isolando o combustvel, retirando o ar (baixar taxa de

    oxignio para menos de 18%)].

    d) * Extino qumica - bloqueio qumico da reao de

    combusto.

    2.38.11 SISTEMA DE PREVENO E COMBATE AO FOGO

    a) * alarmes

    b) * detectores de fumaa

    c) * detectores de calor (spincklers)

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    71/276

    71

    2.38.12 PROCEDIMENTOS EM CASOS DE INCNDIO

    a) * Desligue a chave geral de eletricidadeb) * D o alarme geral

    c) * Chame o corpo de bombeiros

    d) * Combata o princp io de incndio dentro das limitaes do

    equipamento

    e) * Impea a propagao do fogo

    f) * Salve vidas em primeiro lugar, depois os objetos

    g) * No use elevadores

    h) * Tente sempre descer (o fogo e o calor tendem a subir)

    i) * Molhe suas roupas

    j) * No se tranque em salas

    k) * Use um leno umedecido no nariz para evitar respir ar a

    fumaa.

    O contedo desta pgina foi retirado do site

    www.geocities.com/bombeirocardoso.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    72/276

    72

    Currculo bsico do curso de formao de brigada de

    incndio com tcnicas de Primeiros Socorros

    Parte TericaMdulo Assunto Objet ivos

    01 - Introduo Objet ivos do curso e obr igadista

    Conhecer os objet ivos gerais do curso,responsabi l idade e comportamento do

    br igadista

    02 - Teor ia do fogoCombusto, seus

    elementos e a reao emcadeia

    Conhecer a combusto, seus elementos,funes, pontos de fulgor , ignio e

    combusto e a reao em cadeia

    03 - Propagao dofogo

    Conduo, i r radiao econveco

    Conhecer os processos de propagao dofogo

    04 - Classes deincndio

    Classi f icao ecaracter st icas Conhecer as classes de incndio

    05 - Preveno deincndio Tcnicas de preveno Conhecer as tcnicas de preveno paraaval iao dos r iscos em potencial

    06 - Mtodos deextino

    Isolamento, abafamento,resfr iamento e qumico Conhecer os mtodos e suas apl icaes

    07 - Agentes ext intores gua ( jato/nebl ina) , PQS,CO , espumas e outros

    Conhecer os agentes, suas caracter st icase apl icaes

    08 - Equipamentos decombate a incndio

    Extintores, hidrantes,mangueiras e acessr ios,EPI , corte, arrombamento,

    remoo e i luminao

    Conhecer os equipamentos, suasapl icaes e manuseio

    09 - Equipamentos dedeteco, a larme e

    comunicaesTipos e funcionamento Conhecer os meios mais comuns de

    sistemas e manuseio

    10 - Abandono de rea Procedimentos

    Conhecer tcnicas de abandono de rea,

    sada organizada, pontos de encontro echamada e controle de pnico

    11 - Anl ise de v t imas Aval iaes pr imr ia esecundr ia

    Conhecer as tcnicas de exame pr imr io(sinais v i ta is) e exame secundr io

    (sintomas, exame da cabea aos ps)

    12 - Vias areas Causas de obstruo el iberao

    Conhecer os sintomas de obstrues emadultos, cr ianas e bebs conscientes e

    inconscientes

    13 - RCP (reanimaocardiopulmonar)

    Venti lao ar t i f ic ia l ecompresso cardaca

    externa

    Conhecer tcnicas de RCP com um e doissocorr istas para adultos, cr ianas e

    bebs

    14 - Estado de choque Classi f icao preveno etratamento

    Reconhecimento dos sinais e s intomas etcnicas de preveno e tratamento

    15 - Hemorragias Classi f icao e tratamentoReconhecimento e tcnicas de hemostasia

    em hemorragias externas

    16 - Fraturas Classi f icao e tratamento Reconhecimento de fraturas abertas efechadas e tcnicas de imobi l izaes

    17 - Fer imento Classi f icao e tratamento Reconhecimento e tcnicas de tratamentoespec f icos em fer imentos local izados

    18 - Queimaduras Classi f icao e tratamentoReconhecimento, aval iao e tcnicas de

    tratamento para queimaduras trmicas,qumicas e e ltr icas

    20 - Emergnciascl nicas

    Reconhecimento etratamento

    Reconhecimento e tratamento parasncope, convulses, AVC (AcidenteVascular Cerebral ) , dispnias, cr ises

    hipertensiva e hipotensiva, IAM ( Infar toAgudo do Miocrdio) , diabetes e

    hipogl icemia

    21 - Transporte dev t imas Aval iao e tcnicas

    Reconhecimento e tcnicas de transportede v t imas cl nicas e traumticas comsuspeita de leso na coluna vertebral

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    73/276

    73

    Parte Prtica

    Mdulo Assunto Objet ivos

    01 - Prt ica Combate a incndios

    Prat icar as tcnicas de combate a

    incndio, em local adequado

    02 - Prt ica Abandono de reaPrat icar as tcnicas de abandono de

    rea, na prpr ia edi f icao

    03 - Prt ica Pr imeiros socorrosPrat icar as tcnicas dos mdulos 11 a 21

    da parte ter ica

    Mater ia l e laborado por Bombeiros Comerc io e Serv ios Tcnicos Ltda

    Os bombeiros devem ser ac ionados ao menor s inal de incndio ou s i tuaes de

    emergncia.

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    74/276

    74

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    75/276

    75

    2.39 EQUIPAMENTOS CONTRA INCNDIO

    Mantenha hidrantes em locais estratgicos da empresa, bem

    como reservatrios de gua com grande capacidade de

    armazenamento.

    Instale sensores de temperatura em todos os andares e

    ambientes da empresa, capazes de denunciar um princpio de incndio.

    De preferncia, instale chuveiros capazes de lanar jatos de gua

    quando ocorrer um aquecimento exagerado do ambiente.

    A empresa deve manter um sistema de som ambiente, com umcanal exclusivo de penetrao pela Segurana capaz de emitir avisos

    sobre incndios e outros perigos.

    De uma forma geral, os equipamentos contra incndio

    indispensveis numa empresa so os seguintes:

    Porta corta- fogo

    Sinal izadores

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    76/276

    76

    Sistema de Alarmes de Incndio

    Sensores de Temperatura

    Hidrantes e Mangueiras

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    77/276

    77

    Spr ink lers Hidrantes

    ESPECIFICAES TCNICAS

    Tipo Dimetro Presso Prova

    kgf (kPa)

    Presso Ruptura

    kgf (kPa)

    Presso Ruptura

    aps abraso

    kgf (kPa)

    1 1.1/2" 21 (2060) 35 (3430) 15 (1470)

    2 1.1/2" 28 (2745) 42 (4120) 21 (2060)

    2 2.1/2" 28 (2745) 42 (4120) 21 (2060)

    APLICAO (ITEM 4.1)

    Local Errado Correto

    Prdio de Apartamento

    (ocupao residencia l)

    Mangueira Tipo 1

    Shopping Center

    Edif c io Comercia l

    Prdio de Escr i tr io

    Hotel

    Cinema

    Aeroporto

    Hospita l

    Estao Rodovir ia

    Estao Ferrovir ia

    Indstr ia-rea Administrat iva

    Mangueira Tipo 2

    Mangueira Tipo 1: Destina-se a edi f c ios de ocupao residencia l .

  • 8/12/2019 Manual Organizacao Planejamento e Administracao de Seguranca Empresarial 1

    78/276

    78

    Magueira Tipo 2: Destina-se a edi f c ios comercia is e industr ia is ou Corpo

    de Bombeiros.

    2.39.1 CENTRAIS DE ALARME:

    2.39.1.1 Central de Alarme 1

    1 Central de Alarme N. 1

    Gabinete externo confeccionado em chapa de ao previamente

    tratado por processo de fosfatizao (anti-ferrugem) pintado a base de

    p