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6 FACULDADE CATÓLICA DOM ORIONE Manual para apresentação e normalização de trabalhos acadêmicos 5. ed. revista e atualizada 2015 ARAGUAÍNA 2015

Manual para apresentação e normalização de trabalhos ... · 3 estrutura do trabalho de conclusÃo de curso Segundo a NBR 14724, o trabalho acadêmico é constituído por elementos

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6

FACULDADE CATÓLICA DOM ORIONE

Manual para apresentação e normalização de trabalhos acadêmicos

5. ed. revista e atualizada

2015

ARAGUAÍNA

2015

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FACULDADE CATÓLICA DOM ORIONE

BIBLIOTECA SÃO LUÍS ORIONE

EDUARDO FERREIRA DA SILVA

MANUAL PARA APRESENTAÇÃO E NORMALIZAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS

ARAGUAÍNA

2015

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BIBLIOTECA SÃO LUÍS ORIONE

MANUAL PARA APRESENTAÇÃO E NORMALIZAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS

Eduardo Ferreira da Silva

Bibliotecário – CRB-2/1257

ARAGUAÍNA

2015

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FACULDADE CATÓLICA DOM ORIONE

Diretor Geral Pe. Josumar dos Santos

Diretor Acadêmico Pe. Eduardo Seccatto Caliman

Diretor Administrativo Pe. Josumar dos Santos

Secretária Geral Abigail Almeida Borba Rocha

Coordenadora de Trabalho de Conclusão de Curso - TCC

Helena Mendes da Silva Lima

Coordenador do Curso de Administração Rogério Cogo

Coordenador do Curso de Direito Daniel Cervantes Ângulo Vilarino

Coordenador do Curso de Psicologia

Rodolfo Petrelli

Coordenador do Curso de Gestão Financeira Rogério Cogo

Coordenador do Curso de Gestão Hospitalar

Rogério dos Reis Brito

Coordenador do Núcleo de Pesquisa e Extensão - NUPEX Edison Fernando Pompermayer

Bibliotecário Eduardo Ferreira da Silva

Revisão

Helena Mendes da Silva Elizangela Silva de Sousa Moura

Lúcia Maria Barbosa do Nascimento Mirian Aparecida Deboni

Nilsandra Martins de Castro

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LISTA DE FIGURAS

Tabela 1 – Posição da numeração das seções do trabalho acadêmico .................... 10

Tabela 2 – Disposição dos elementos pré-textuais ................................................... 11

Figura 1 – Modelo de capa Graduação ..................................................................... 12

Figura 2 – Modelo de capa Pós-Graduação .............................................................. 13

Figura 3 – Modelo de folha de rosto Graduação ....................................................... 14

Figura 4 – Modelo de folha de rosto Pós-Graduação ................................................ 15

Figura 5 – Modelo de ficha catalográfica ................................................................... 16

Figura 6 – Modelo de errata ...................................................................................... 17

Figura 7 – Modelo da folha de aprovação Graduação .............................................. 18

Figura 8 – Modelo da folha de aprovação Pós-Graduação ....................................... 19

Figura 9 – Modelo de dedicatória .............................................................................. 20

Figura 10 – Modelo de agradecimentos .................................................................... 21

Figura 11 – Modelo de epígrafe ................................................................................ 22

Figura 12 – Modelo de resumo .................................................................................. 23

Figura 13 – Modelo de resumo em língua estrangeira .............................................. 24

Figura 14 – Modelo de listas ..................................................................................... 25

Figura 15 – Modelo de listas de abreviaturas ou siglas ............................................. 26

Figura 16 – Modelo de sumário ................................................................................. 27

Tabela 2 – Disposição dos elementos textuais ......................................................... 28

Tabela 3 – Disposição dos elementos pós-textuais .................................................. 30

Tabela 4 – Modelo de formas de entrada por autoria ................................................ 31

Figura 17 – Modelo de glossário ............................................................................... 42

Figura 18 – Modelo de apêndice ............................................................................... 43

Figura 19 – Modelo de anexo .................................................................................... 44

Figura 20 – Modelo de índice .................................................................................... 45

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO........................................................................................ 7

2 APRESENTAÇÃO GRÁFICA ...................................................................... 8

2.1 Papel ............................................................................................................ 8

2.2 Fonte ............................................................................................................ 8

2.3 Espacejamento ........................................................................................... 8 2.4 Margem ........................................................................................................ 8

2.5 Paginação .................................................................................................... 9 2.6 Numeração progressiva das seções do trabalho .................................... 9 3 ESTRUTURA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC ...... 11

3.1 Estrutura pré-textual ................................................................................ 11

3.1.1 Capa ........................................................................................................... 11

3.1.2 Folha de rosto ........................................................................................... 14

3.1.3 Ficha catalográfica ................................................................................... 16

3.1.4 Errata ......................................................................................................... 16

3.1.5 Folha de aprovação .................................................................................. 17

3.1.6 Dedicatória(s) ............................................................................................ 20

3.1.7 Agradecimento(s) ..................................................................................... 21

3.1.8 Epígrafe ..................................................................................................... 21

3.1.9 Resumo ..................................................................................................... 23

3.1.10 Resumo em língua estrangeira ............................................................... 24

3.1.11 Listas ......................................................................................................... 25

3.1.12 Listas de abreviaturas ou siglas ............................................................. 26

3.1.13 Sumário ..................................................................................................... 27 3.2 Estrutura textual ....................................................................................... 28

3.2.1 Introdução ................................................................................................. 28

3.2.2 Desenvolvimento ...................................................................................... 28

3.2.3 Conclusão ou considerações finais........................................................ 29

3.3 Estrutura pós-textual................................................................................ 30

3.3.1 Referências ............................................................................................... 30

3.3.1.1 Formas de entrada por autoria ................................................................... 31 3.3.1.2 Monografias (livros, separatas, dissertações) ............................................ 32

3.3.1.3 Publicação periódica................................................................................... 35

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3.3.1.4 Documento disponível em meio eletrônico ................................................. 36

3.3.1.5 Documento jurídico ..................................................................................... 37

3.3.1.6 Documento jurídico disponível na internet .................................................. 39

3.3.1.7 Trabalho apresentado em eventos ............................................................. 39

3.3.1.8 Imagem em movimento .............................................................................. 40

3.3.1.9 Documento iconográfico ............................................................................. 40

3.3.1.10 Documento cartográfico.............................................................................. 41

3.3.2 Glossário ................................................................................................... 41

3.3.3 Apêndice ................................................................................................... 42

3.3.4 Anexo......................................................................................................... 43

3.3.5 Índice ......................................................................................................... 44

4 ESTRUTURA DE ARTIGO CIENTÍFICO ................................................... 46

4.1 Apresentação gráfica ............................................................................... 46

4.2 Elementos pré-textuais ............................................................................ 46 4.3 Elementos textuais ................................................................................... 47 4.4 Elementos pós-textuais ........................................................................... 48 4.5 Modelo de artigo científico ...................................................................... 48

5 ESTRUTURA DE RESENHA ..................................................................... 75 5.1 Passos para elaborar resenha: elementos básicos............................... 75 5.2 Modelo de resenha ................................................................................... 76 6 ESTRUTURA DE FICHAMENTO ............................................................... 78 6.1 Modelo de fichamento .............................................................................. 78

7 CITAÇÕES ................................................................................................. 79

7.1 Citação direta ............................................................................................ 79

7.2 Citação indireta ......................................................................................... 82

7.3 Citação de citação .................................................................................... 83

7.4 Citação de jurisprudência ........................................................................ 83

7.5 Citação verbal ........................................................................................... 84

7.6 Citação da Bíblia ....................................................................................... 85

8 NOTAS DE RODAPÉ ................................................................................. 86

9 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES .................................................... 87

9.1 Termos ou expressões latinas utilizadas no trabalho........................... 87

9.2 Documentos sem data ............................................................................. 88

9.3 Abreviaturas dos meses .......................................................................... 89

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10 CONSIDERAÇÕES FINAIS PARA ENTREGA DO TCC ........................... 90

REFERÊNCIAS .......................................................................................... 91

ANEXO A – Declaração de Análise e Correção TCC ................................. 93

ANEXO B – Modelo identificação para o CD Graduação ........................... 94

ANEXO C – Modelo identificação para o CD Pós-Graduação .................... 95

ANEXO D - Resolução 005/2013 ............................................................... 96

ANEXO E - Normas para publicação na Revista São Luís Orione ........... 101

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1 APRESENTAÇÃO

Há teses universitárias que são fieiras de alusões e citações, as melhores padecem de uma erudição turística e carente de nexos lógicos, as piores fazem concorrência ao samba do crioulo doido. (BOSI, 1992, p. 353)

Para não corrermos o risco de produzir uma nova versão do samba do crioulo

doido a que Bosi (1992) faz alusão, no que diz respeito às questões metodológicas,

esse manual trata acerca da padronização e elaboração de trabalho acadêmico de

caráter científico, conforme as normas estabelecidas pela Associação Brasileira de

Normas Técnicas (ABNT), órgão responsável pela normalização técnica no Brasil.

O Trabalho de Conclusão de Curso da Faculdade Católica Dom Orione

compreende as modalidades: Monografia e Artigo Científico. Esperamos com este

manual, possibilitar melhores avanços nas produções acadêmicas – seja na

graduação ou pós-graduação (lato sensu), considerando que a pesquisa científica

requer uma padronização em seu aspecto normativo para um melhor entendimento e

divulgação de resultados, sobretudo em seu aspecto interdisciplinar.

Finalmente, cabe ressaltar que este é um manual de consulta, em que sua

maior finalidade reside em facilitar a vida de nossos estudantes pesquisadores. Em

resumo, o que pretendemos por meio deste manual é o que Freire (1996, p. 25) nos

sugere ao pontuar que “ensinar não é apenas transferir conhecimento, mas criar

possibilidades para a sua produção ou a sua construção”.

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2 APRESENTAÇÃO GRÁFICA

2.1 Papel

O trabalho deve ser apresentado em papel branco ou reciclado em formato

A4. Recomenda-se que os elementos textuais e pós-textuais sejam digitados no

anverso e verso das folhas.

2.2 Fonte

Arial ou Times New Roman, fonte tamanho 12 para o trabalho, inclusive capa.

Serão digitadas em tamanho menor (fonte 10):

o Citações acima de três linhas: recuo de 4 cm, fonte 10 e espaço simples;

o Notas de rodapé;

o Paginação e legendas de ilustrações e tabelas.

2.3 Espacejamento

O texto deve ser digitado com espaço 1,5 cm entre as linhas. As citações

longas (acima de 3 linhas), as notas de rodapé, as legendas das ilustrações e tabelas,

a ficha catalográfica, a natureza do trabalho, devem ser digitadas em espaço simples.

As referências no final do trabalho devem ser separadas entre si por 1 (um) espaço

simples.

O espacejamento entre os títulos de cada seção e o texto deve ser de 1

espaço de 1,5 cm antes e 1 espaço de 1,5 cm depois de cada título.

No recuo da primeira linha de cada parágrafo deve ser de 1,5 cm.

2.4 Margem

Todo o trabalho deve apresentar as seguintes margens:

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o Para o anverso:

o Margem esquerda: 3 cm

o Margem direita: 2 cm

o Margem superior: 3 cm

o Margem inferior: 2 cm

o Para o verso:

o Margem esquerda: 2 cm

o Margem direita: 3 cm

o Margem superior: 3 cm

o Margem inferior:2 cm

2.5 Paginação

Na parte pré-textual, exceto a capa (a partir da folha de rosto até o sumário),

as folhas devem ser contadas sequencialmente, mas não numeradas. A numeração

é colocada, a partir da parte textual (Introdução), em algarismos arábicos, no canto

superior direito da folha.

Quando o trabalho for digitado em anverso e verso, a numeração das páginas

deve ser colocada no anverso da folha, no canto superior direito; e no verso, no canto

superior esquerdo.

A quantidade de páginas estipulada pela Faculdade Católica Dom Orione é

de no mínimo 40 páginas de texto, ou seja, da Introdução à Conclusão.

2.6 Numeração progressiva das seções do trabalho

As seções do texto devem ser numeradas de forma progressiva. Os títulos

das seções primárias devem iniciar em folhas distintas.

Exemplo das Seções:

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Tabela 1 – Posição da numeração das seções do trabalho acadêmico

Seção Primária

Seção Secundária

Seção Terciária

Seção Quaternária

1 1.1 1.1.1 1.1.1.1 2 2.1 2.1.1 2.1.1.1 3 3.1 3.1.1 3.1.1.1 4 4.1 4.1.1 4.1.1.1

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

Para destacar gradativamente os títulos das seções, deve utilizar negrito,

itálico, grifo, letras maiúsculas e minúsculas. Veja exemplo abaixo:

o Seção Primária:

1 LETRA MAIÚSCULA E NEGRITO

o Seção secundária:

2.1 Letra minúscula e negrito

o Seção terciária:

2.1.1 Letra minúscula, negrito e itálico

o Seção quaternária:

2.1.1.1 Letra minúscula e itálico

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3 ESTRUTURA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Segundo a NBR 14724, o trabalho acadêmico é constituído por elementos

pré-textuais, textuais e pós-textuais.

3.1 Estrutura pré-textual

Tabela 2 – Disposição dos elementos pré-textuais

ESTRUTURA ELEMENTO USO

Capa Obrigatório

Folha de rosto Obrigatório

Ficha Catalográfica Obrigatório

Errata Opcional

Folha de aprovação Obrigatório

Dedicatória(s) Opcional

Agradecimento(s) Opcional

Pré-textual Epígrafe Opcional

Resumo Português Obrigatório

Resumo língua

estrangeira

Obrigatório

Lista de ilustrações Opcional

Lista de tabelas Opcional

Listas de abreviaturas e

siglas

Opcional

Lista de símbolos Opcional

Sumário Obrigatório

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

3.1.1 Capa

Elemento obrigatório, que não deve ser contada nem numerada. Nela deve

constar:

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o Nome da Instituição

o Nome do curso

o Nome do autor

o Título da monografia: subtítulo (quando houver)

o Cidade

o Ano

Figura 1 – Modelo de capa Graduação

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

FACULDADE CATÓLICA DOM ORIONE

CURSO DE DIREITO

NOME DO ALUNO

TÍTULO

ARAGUAÍNA

2015

Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, centralizado

1 espaço 1,5

2 espaços 1,5 Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, centralizado

8 espaços 1,5 Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, negrito, centralizado

Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, no final da página, centralizado, 1,5 entre linhas

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Figura 2 – Modelo de capa Pós-Graduação

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

FACULDADE CATÓLICA DOM ORIONE

NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

CURSO DE (NOME DO CURSO)

NOME DO ALUNO

TÍTULO

ARAGUAÍNA

2015

Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, centralizado

1 espaço 1,5

2 espaços 1,5 Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, centralizado

8 espaços 1,5 Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, negrito, centralizado

Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, no final da página, centralizado, 1,5 entre linhas

1 espaço 1,5

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3.1.2 Folha de rosto

Elemento obrigatório no trabalho monográfico. Deve conter:

o Nome do autor;

o Título: subtítulo (quando houver)

o Natureza do trabalho (recuo de 7cm, fonte 10):

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Católica Dom Orione como requisito parcial à obtenção de grau de bacharel em: XXXXXXXXXXXXXX Orientador: Nome do orientador.

o CIDADE o ANO

Figura 3 – Modelo de folha de rosto Graduação

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

NOME DO ALUNO

TÍTULO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Católica Dom Orione como requisito parcial à obtenção de grau de bacharel em... Orientador: Nome do orientador com titularidade.

ARAGUAÍNA

2015

Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, centralizado

Arial ou Times New Roman, caixa, alta, fonte 12, negrito, centralizado.

8 espaços 1,5

2 espaços 1,5

Arial ou Times New Roman, caixa baixa, fonte 10, recuo em 7 cm

1 espaço simples

Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, no final da página, centralizado, 1,5 entre linhas

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15

Figura 4 – Modelo de folha de rosto Pós-Graduação

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

NOME DO ALUNO

TÍTULO Trabalho de Conclusão de Curso de Pós-Graduação Lato Sensu, apresentado a Faculdade Católica Dom Orione, como requisito parcial para a obtenção de título de especialista em (nome do curso).

Orientador: Nome do orientado com titularidade.

ARAGUAÍNA

2015

Arial ou Times New Roman, caixa, alta, fonte 12, negrito, centralizado.

8 espaços 1,5

2 espaços 1,5

Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 10, recuo em 7 cm

1 espaço simples

Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, no final da página, centralizado, 1,5 entre linhas

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3.1.3 Ficha catalográfica

Elemento obrigatório na modalidade Monografia. Deve ser elaborada pelo

bibliotecário da Instituição identificado junto à ficha, e impressa no verso da folha de

rosto, conforme o Código de Catalogação Anglo Americano (AACR2).

O aluno deverá fazer a solicitação da ficha catalográfica pelo e-mail

eduardo@católicaorione.edu.br, enviando os seguintes dados: autoria, título, número

de paginas, nome do orientador, palavras-chave.

Figura 5 – Modelo de ficha catalográfica

Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Eduardo Ferreira da Silva CRB-2/1257

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

3.1.4 Errata

Elemento opcional, usado para fazer correções ortográficas e erros de

digitação, geralmente entregue em papel avulso e encartado ao trabalho.

Luz, Danylo Sousa.

L979p O plano de negócio como ferramenta estratégica no desenvolvimento das empresas na cidade de Araguaína-TO / Danylo Sousa Luz -- Araguaína, 2009.

52 f.; 28 cm

Orientação: Rogério Cogo. Monografia do Curso de Administração de Empresas. Faculdade Católica Dom Orione. 2009.

1. Planejamento 2. Projeto 3. Plano de negócios I. Titulo II. Administração

CDD 658

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17

Figura 6 – Modelo de errata

ERRATA Pág. Linha Onde se lê Leia-se 10 20 Gramatica Gramática

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

3.1.5 Folha de aprovação

Elemento obrigatório, colocado logo após a folha de rosto, deve conter:

o Nome do autor;

o Título: subtítulo (se houver);

o Texto de aprovação a ser utilizado na monografia de Graduação:

Este Trabalho de Conclusão de curso foi julgado adequado para obtenção do

Grau de Bacharel em................................... do curso de............................... da

Faculdade Católica Dom Orione e aprovado em sua forma final em: (dia) de (mês) de

(ano).

o Texto de aprovação a ser utilizado na monografia de Pós-Graduação:

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do

Título de Especialista em....................................... do curso de Pós-Graduação Lato

Sensu ................................ da Faculdade Católica Dom Orione e aprovado em sua

forma final: (dia) de (mês) de (ano).

o Nome do coordenador de curso;

o Nome do orientador;

o Nome dos membros da banca examinadora.

RIBEIRO, Ilma Pereira. Adolescente em conflito com a lei: a eficácia das medidas socieducativas na comarca de Araguaína. 2010. 71 f. Monografia (Graduação em Direito) - Faculdade Católica Dom Orione, Araguaína, 2010.

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Figura 7 – Modelo da folha de aprovação Graduação

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

NOME DO ALUNO

TÍTULO

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para

obtenção do Grau de Bacharel em ................................... do curso

de............................... da Faculdade Católica Dom Orione e aprovado em sua

forma final em: (dia) de (mês) de (ano).

______________________________________ Profº (titularidade) Nome Coordenador de Curso

Apresentado à Banca Examinadora composta pelos professores:

_____________________________________________

Profº (titularidade) Nome Orientador

_____________________________________________ Profº (titularidade) Nome

Examinador

_____________________________________________ Profº (titularidade) Nome

Examinador

Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, centralizado

Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, negrito, centralizado.

2 espaços 1,5

2 espaços 1,5

3 espaços 1,5

2 espaços 1,5

2 espaços 1,5

2 espaços 1,5

2 espaços 1,5

Arial ou Times New Roman, fonte 12, justificado

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Figura 8 – Modelo da folha de aprovação Pós-Graduação

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

NOME DO ALUNO

TÍTULO

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para

obtenção do Título de Especialista em....................................... do curso de

Pós-Graduação ................................ da Faculdade Católica Dom Orione e

aprovado em sua forma final: (dia) de (mês) de (ano).

______________________________________ Profº (titularidade) Nome

Coordenador de Curso de Pós-Graduação

Apresentado à Banca Examinadora composta pelos professores:

_____________________________________________

Profº (titularidade) Nome Orientador

_____________________________________________ Profº (titularidade) Nome

Examinador

_____________________________________________ Profº (titularidade) Nome

Examinador

Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, centralizado

Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, negrito, centralizado.

2 espaços 1,5

2 espaços 1,5

3 espaços 1,5

2 espaços 1,5

2 espaços 1,5

2 espaços 1,5

2 espaços 1,5

Arial ou Times New Roman, fonte 12, justificado

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3.1.6 Dedicatória(s)

Elemento opcional. Deve ser um texto breve, no qual o aluno fará uma

homenagem ou dedicatória a alguém. A dedicatória deve constar na parte direita e

inferior da folha. Não é necessário escrever o termo “DEDICATÓRIA”.

Figura 9 – Modelo de dedicatória

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

A minha mãe, Maria que....

A meu pai...

A meus irmãos...

Arial ou Times New Roman, fonte 12, espaço 1,5, no inferior da página, do lado direito.

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3.1.7 Agradecimento(s)

Parte opcional do trabalho. Deve ser um texto no qual o aluno manifestará sua

gratidão à instituição e às pessoas que contribuíram para a realização do trabalho. A

palavra AGRADECIMENTOS aparece centralizada na margem superior.

Figura 10 – Modelo de agradecimentos

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

3.1.8 Epígrafe

Parte opcional do trabalho. Citação direta de um texto que represente o

conteúdo da pesquisa, devendo vir na parte inferior e direita da folha e com indicação

AGRADECIMENTOS

A Deus......

A minha família

Ao curso....

Aos meus colegas de curso....

Aos funcionário da IES....

Arial ou Times New Roman, fonte 12, centralizado, caixa alta, negrito.

Arial ou Times New Roman, fonte 12, espaço entre linhas 1,5, justificado.

1 espaço 1,5

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de autoria. Se o aluno desejar, pode também colocar uma epígrafe na folha de

abertura das seções primárias.

Figura 11 – Modelo de epígrafe

Figura 8 – Modelo de epígrafe

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

“E a tempestade, que agora nos faz tanto medo, será dissipada e o caos presente será vencido, porque o espírito da caridade vence tudo, e, acima das nuvens acumuladas pelas mãos dos homens, aparecerá a mão de Deus, e Cristo retomará todo o seu esplendor e o seu doce império.”

Dom Orione

Arial ou Times New Roman, itálico, entre aspas, fonte 12, espaço simples, no inferior da página, do lado direito.

1 espaço 1,5

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3.1.9 Resumo

Parte obrigatória do trabalho. Deve ser um texto conciso e claro, escrito em

língua vernácula, verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular, no qual o aluno

deverá expor o conteúdo da monografia (o que?, objetivos, metodologia, resultado e

conclusão). Escrito com o mínimo de 150 e máximo de 500 palavras. Deverá ser feito

em um único parágrafo (fonte 12, 1,5 entre linhas). Abaixo do resumo, o aluno deverá

indicar as palavras-chave (mínimo três, máximo cinco).

Figura 12 – Modelo de resumo

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

RESUMO

(O que?) Este estudo analisa a racionalização das tradições num contexto de

modernidade tardia e a análise tem como ponto de partida as tradições gaúchas e

sua manifestação nos Centros de Tradição Gaúcha (CTG). (Para que?) O objetivo

é compreender a manifestação das tradições na modernidade e identificar quais são

aos elementos que indicam a sua racionalização, ou seja, a maneira como as

tradições são pensadas na modernidade. (Como?) O estudo foi desenvolvido com

base na bibliografia especializada sobre o tema e em pesquisa efetuada durante o

ENART 2008 – Encontro de Arte e Tradição Gaúcha, realizado em 2008 na cidade

de Santa Cruz do Sul – RS. (Resultados alcançados) As tradições são

(re)inventadas e, neste caso, (re)inventadas tendo o CTG como cenário e esta

(Re)invenção permite manter os vínculos e a sociabilidade do grupo sócio-cultural

que se reconhece enquanto grupo e se diferencia dos demais por identificar-se em

torno de símbolos, práticas, crenças e rituais que os une, pois é comum a todos

eles, independente do espaço geográfico que ocupem. Na modernidade tardia o

caráter de ludicidade atribuído Às tradições (re)inventadas no CTG é o fio condutor

para inúmeras relações que se estabelecem nesse cenário e é o combustível de

todas as práticas e rituais vivenciados ali. (Conclusões) No contexto da

modernidade tardia, a tradição racionalizada é uma maneira de evitar choques entre

diferentes valores e modos de vida, uma vez que age como articuladora de atores

e grupos sociais, entre as diferentes instâncias do mundo social.

Palavras-chave: Tradição. Modernidade tardia. Centro de tradição gaúcha.

Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, centralizado, negrito.

1 espaço 1,5

Arial ou Times New Roman, fonte 12, justificado, 1,5 entre linhas

As palavras chaves são separadas

entre si por ponto final

1 espaço 1,5

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3.1.10 Resumo em língua estrangeira

Elemento obrigatório. Trata-se da tradução do resumo em português para a

língua estrangeira.

Figura 13 – Modelo de resumo em língua estrangeira

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

ABSTRACT

This study examines the rationalization of traditions in the context of late modernity

and the analysis takes as its point of departure the gaucho traditions and its

manifestation in the Gaucho Tradition Centers (CTG). The goal is to understand the

manifestation of tradition in modernity and identify what are the elements that indicate

their rationalization, ie, how the traditions are thought in modernity. The study was

developed based on relevant literature on the subject and research conducted during

ENART 2008 - Art Meeting and Gaucho Tradition, held in 2008 in Santa Cruz do Sul

- RS. Traditions are (re) invented and, in this case, (re) invented the CTG as having

this setting and (Re) invention allows to maintain ties and sociability of the socio-

cultural group as a group that recognizes and differentiates the other to identify

yourself around symbols, practices, beliefs and rituals that unites them, it is common

to them all, regardless of geographic space they occupy. In late modernity the

character of playfulness attributed At traditions (re) invented the CTG is the thread

for numerous relationships established in this scenario and is the fuel of all practices

and rituals experienced there. In the context of late modernity, tradition is a

streamlined way to avoid clashes between different values and ways of life, as it acts

as an articulator of actors and social groups, between different instances of the social

world.

Keywords: Tradition. Late modernity. Center gaucho tradition.

Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, centralizado, negrito

1 espaço 1,5

Arial ou Times New Roman, fonte 12, justificado, 1,5 entre linhas

1 espaço 1,5

As palavras chaves são separadas entre si por ponto final

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3.1.11 Listas

Parte opcional do trabalho. Pode ser fluxograma, organograma, tabela,

fotografias, desenhos, símbolos, mapas. Recomenda-se a utilização quando a

monografia possui muito desses elementos.

Figura 14 – Modelo de listas

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Os três níveis do planejamento ................................................. 18

Figura 2 – Informação que integra o sistema MRP ..................................... 20

Figura 3 – Funções do administrador como um processo sequência ......... 32

Figura 4 – As premissas do planejamento .................................................. 35

Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, centralizado, negrito

1 espaço 1,5

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3.1.12 Lista de abreviaturas ou siglas

Parte opcional do trabalho. Elemento referente às abreviaturas e siglas

utilizadas no texto do trabalho; necessitam seguir a ordem alfabética, com os seus

significados correspondentes.

Figura 15 – Modelo de listas de abreviaturas ou siglas

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

LISTA DE ABREVIATURAS

AGU – Advogado-Geral da União

AIs – Atos Institucionais

Art – Artigo

CF – Constituição Federal

EC – Emenda Constitucional

Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, centralizado, negrito

1 espaço 1,5

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3.1.13 Sumário

Parte obrigatória do trabalho, no qual são apontadas as divisões, seções e as

páginas correspondentes do trabalho. Sua formatação será da seguinte forma:

o Título em caixa alta, negrito e centralizado;

o A subordinação dos itens do sumário devem ser destacadas pela

apresentação tipográfica do texto;

o Os títulos, e os subtítulos, se houver, sucedem os indicativos das

seções, alinhados pela margem do título do indicativo mais extenso.

Figura 16 – Modelo de sumário

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 12

2 DIVISÃO GERAL DO DIREITO ........................................................ 13 2.1 Direito natural .................................................................................. 15 2.2 Direito positivo ................................................................................ 18

3 O ESTADO E SEUS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS .................... 21

3.1 Conceito de estado ......................................................................... 23

3.2 Elementos do estado ...................................................................... 25

3.2.1 Elemento humano ........................................................................... 25

3.2.2 Elemento geográfico ....................................................................... 28

3.2.3 Elemento formal: poder .................................................................. 32

4 CONCLUSÃO ................................................................................... 35

REFERÊNCIAS ................................................................................. 37

Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, centralizado, negrito

1 espaço 1,5

Espaçamento 1,5 entre linhas

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3.2 Estrutura textual

É a parte do trabalho em que o aluno desenvolve o tema de seu trabalho, em

um texto com linguagem clara e objetiva. Nesse momento o trabalho é dividido em

três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão.

Tabela 2 – Disposição dos elementos textuais

ESTRUTURA ELEMENTO USO

INTRODUÇÃO Obrigatório

TEXTUAL DESENVOLVIMENTO Obrigatório

CONCLUSÃO Obrigatório

Fonte: ABNT NBR 14724

3.2.1 Introdução

Trata-se de um resumo do trabalho como um todo. Nesse momento o aluno

deverá apresentar de forma sucinta, o tema, os objetivos, os problemas de pesquisa,

as hipóteses, as justificativas (relevância e contribuição do trabalho na área em que

se insere) e os procedimentos metodológicos. E, por fim, apresentar, sucintamente, o

conteúdo de cada capítulo que consta na monografia.

3.2.2 Desenvolvimento

Diz respeito à parte principal da monografia. Nesse momento, o aluno deverá

expor de forma minuciosa, objetiva, clara e coerente o tema de seu trabalho. Deve ser

dividido, no mínimo em três seções e subseções, que variam em função da

abordagem do tema e do método.

Essas partes contêm a fundamentação teórica

o Fundamentação teórica:

Também denominada de revisão da literatura. Trata da enunciação e

discussão sistematizada de ideias e fundamentos de vários autores que versam sobre

o assunto desenvolvido na monografia. Nesse momento, é obrigatória a citação (direta

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e/ou indireta) de partes de textos que possam melhor fundamentar o trabalho

monográfico, dando-lhe legitimidade. Não se trata de confeccionar uma colcha de

retalhos, mas sim, de um texto fundamentado nas ideias, nos conceitos e nas

proposições de vários autores. Serve para reafirmar e fundamentar as ideias expostas

pelos alunos na monografia.

o Descrição metodológica:

Enuncia e explica os procedimentos que foram utilizados na execução da

pesquisa (tipos, métodos e técnicas de pesquisa). Por exemplo:

- A população e amostra, quando houver;

- As técnicas e os instrumentos adotados para coleta de dados (entrevista,

questionários e observação).

o Apresentação, análise e interpretação dos resultados:

Essa parte do trabalho deve estar relacionada ao tema, aos objetivos e aos

problemas do estudo. A análise não pode conter opiniões pessoais, mas sempre

considerar a fundamentação teórica que deu embasamento ao trabalho monográfico.

Nesse momento, pode ser apresentado material explicativo e ilustrativo como: tabelas,

gráficos, quadros e ilustrações que ratifiquem o resultado da pesquisa.

3.2.3 Conclusão ou considerações finais

É a parte final do texto, na qual o aluno apresenta de forma clara, objetiva e

concisa os resultados da discussão e das hipóteses de estudo. Nesse momento, cabe

ainda o apontamento de sugestões de aspectos a serem pesquisados.

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3.3 Estrutura pós-textual

Tabela 3 – Disposição dos elementos pós-textuais

ESTRUTURA ELEMENTO USO

REFERÊNCIAS Obrigatório

PÓS-TEXTUAL GLOSSÁRIO Opcional

APÊNDICE(S) Opcional

ANEXO(S) Opcional

Fonte: ABNT BNR 14724

3.3.1 Referências

Consiste numa lista de obras consultadas e citadas no texto da monografia,

no todo ou em parte, com finalidade de descrevê-lo para possibilitar a comprovação e

respaldo científico da pesquisa.

O termo referências bibliográficas só deve ser usado quando o pesquisador

tiver utilizado para sua pesquisa somente livros ou documentos impressos, mas se

além deste o pesquisador também fez uso de documentos eletrônicos e disponíveis

pela internet, então o termo a ser usado deve ser somente “REFERÊNCIAS”. Para os

casos não encontrados nesse manual, consultar as normas da ABNT NBR 6023

(2002), na Biblioteca da FACDO.

As referências são alinhadas a esquerda, em espaço entre linhas simples e

separadas entre si por 1 (um) espaço simples.

O recurso tipográfico para destacar o título da publicação é o negrito, e deve

ser uniforme em todas as referências do mesmo documento.

Para ordenar a lista de referências de um trabalho acadêmico, coloca-se o

verbo na primeira pessoa do singular e utiliza-se o sistema alfabético de acordo com

o sobrenome do autor.

Os elementos essenciais de uma referência bibliográfica são: autor, título,

edição, local, editora e data de publicação. Já os elementos complementares são:

organizador (ou coordenador), a descrição física do volume, com o número de páginas

ou número de volumes, série ou coleção.

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3.3.1.1 Formas de entrada por autoria

Tabela 4 – Modelo de formas de entrada por autoria

ENTRADA EXEMPLOS

Título (autoridade não determinada) ECONOMIA brasileira.

Sobrenome compostos ligados por

hífen

Indicam parentesco

Substantivo+adjetivo

DUQUE-ESTRADA, O.

GRISARD FILHO, W.

CASTELO BRANCO, C.

Órgão governamentais BRASIL. Ministério da Educação. TOCANTINS. Secretaria de Segurança Pública. ARAGUAÍNA. Prefeitura municipal.

Congressos (nome do evento, número,

ano e local de realização)

Autor entidade

CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, 1., 1980, Salvador. FACULDADE CATÓLICA DOM

ORIONE.

Um autor BARRAL, Welber ou BARRAL, W.

Dois autores MARCONI, Marina de Andrade;

LAKATOS, Eva Maria ou

MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M.

Três autores CINTRA, Antônio Carlos Araújo;

GRINOVER, Ada Pellegrini;

DINAMARCO, Candido Rangel ou

CINTRA, A. C. A.; GRINOVER, A. P.

DINAMARCO, C. R.

Mais de três autores LUCKESI, Cipriano et al.

Organizador, Compilador, Editor,

Coordenador

ROVER, José Aires (Org.) ou

ROVER, J. A.

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

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3.3.1.2 Monografias (Livros, separatas, dissertações)

a) Com um único autor:

SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo. edição. Local de publicação: Editora, ano. BARRAL, Welber. Metodologia da pesquisa jurídica. 3. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2007.

b) Dois autores:

Quando houver 2 autores os nomes devem ser separados por ponto-e-vírgula, seguido de espaço:

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

c) Com três autores:

Quando houver 3 autores os nomes devem ser separados por ponto-e-vírgula, seguido de espaço:

CASAGRANDE NETO, Humberto; SOUZA, Lucy; ROSSI, Maria Cecília. Abertura do capital de empresas no Brasil. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

d) Mais de três autores:

Quando existirem mais de três autores, indica-se apenas o primeiro autor, seguido pela expressão latina “et al.”

MAGALHÃES, Antônio de Deus et al. Perícia contábil. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

e) Responsabilidade (organizador, coordenador, compilador, editor,

adaptador):

Quando houver indicação explicita de responsabilidade pelo conjunto da obra, em coletânea de vários autores, deve ser feito pelo nome do responsável, seguido pela abreviatura do mesmo (Org.,Coord., Comp.,Ed., Adapt.), entre parêntese. ROVER, José Aires (Org.). Direito, sociedade e informação: limites e perspectivas da vidadigital. Florianópolis: Boiteux, 2000.

f) Autoria Desconhecida

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Em caso de autoria desconhecida, a entrada é feita pelo título, com a primeira palavra em caixa alta.

DEUSISMO teoria geral: a arma ideológica do mundo ocidental. São Paulo: Causa Brasil, 1986. PROCURA-SE um amigo. In: SILVA, Lenilson Naveira e. Gerência da vida: reflexões filosóficas. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 1990. p. 212-213.

g) Organização como autor (entidades coletivas, governamentais, públicas

e privadas):

NOME DA INSTITUIÇÃO. Subordinação hierárquica (se houver). Título: subtítulo (se houver). Edição (e emendas e acréscimos de forma abreviada, se houver). Local de Publicação (cidade): Casa publicadora, data.

BRASIL. Ministério do Trabalho. Secretaria de Formação e Desenvolvimento Profissional. Educação profissional: um projeto para o desenvolvimento sustentado. Brasília: SEFOR,1995. 24 p.

h) Capítulo de livro com autoria:

SOBRENOME, Prenome do autor do capítulo. Título docapítulo: subtítulo do capítulo (se houver). In: SOBRENOME, Prenome do autor do livro. Título do livro. Edição. Local: Editora, data. Número de páginas inicial e final do capítulo. OBS: O Destaque em negrito é para o título do livro, e não para o título do capítulo.

VIDES, Maria Lúcia Pontes Capelo. Acolhimento hospitalar. In: Guimarães, Nísia Do Val Rodrigues Roxo. Hotelaria hospitalar: uma visão interdisciplinar. São Paulo: Atheneu, 2007. p.31-40.

i) Capítulo de livro sem autoria própria: SOBRENOME, Prenome do autor do capítulo. Título do capítulo: subtítulo do capítulo (se houver). In: ______. Título do livro. Edição. Local: Editora, data. Número de páginas inicial e final do capítulo. OBS: Substitui-se o nome do autor por um traço equivalente a seis espaços COBRA, Marcos. Posicionamento de produtos. In: ______. Administração de marketing. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1992. p. 321-333.

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j) Livro com indicação de parentesco:

Neto, Filho, Júnior, Sobrinho etc.: devem acompanhar o último sobrenome.

TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Manual de processo penal. São Paulo: Saraiva,2001. 4 v.

k) Organização como autor (entidades coletivas, governamentais, públicas e privadas):

NOME DA INSTITUIÇÃO. Subordinação hierárquica (se houver). Título: subtítulo (se houver). Edição (e emendas e acréscimos de forma abreviada, se houver). Local de Publicação (cidade): Casa publicadora, data.

BRASIL. Ministério do Trabalho. Secretaria de Formação e Desenvolvimento Profissional. Educação profissional: um projeto para o desenvolvimento sustentado. Brasília: SEFOR,1995. 24 p.

l) Dissertação e Tese:

SOBRENOME, Nome.Título: subtítulo. Ano de apresentação. Número de folhas ou volumes. Tipo de trabalho (Grau e área de concentração) - Nome da Escola, Universidade, Cidade da defesa, data da defesa, mencionada na folha de aprovação (se houver).

SILVEIRA, Maria da Graça Tavares. Política de recursos humanos para educação de jovens e adultos em instituição de ensino superior: um estudo de caso no PREPESUFSC. 2002. 120 f. Dissertação (Mestrado em Administração) - Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002. ARAUJO, U.A.M. Máscaras inteiriças Tukúna: possibilidade de estudo de artefatos de museu para o conhecimento do universo indígena. 1985. 102 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) - Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, 1985. FRANCO, Marcilene Aparecida Teixeira. Responsabilidade civil por rompimento de noivado. 2007. 50f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Direito) – Faculdade de Direito de Divinópolis, Faculdades CEUS, 2007.

m) Verbete de enciclopédia e dicionário

SOBRENOME, Nome. Verbete. In:______. Título do dicionário. Ed. Local: Editora, Data. OBS: Quando o dicionário ou enciclopédia constar o nome do autor, a referência do verbete deve ser feita como a de capítulo de livro.

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FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda.Custeio.In:______.Aurélio século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

OBS: Quando o dicionário ou enciclopédia não constar o nome do autor, então o verbete deve ser referenciado da seguinte forma: VEREBETE. In: TÍTULO do dicionário. ed. Local: Editora, Data.

CUSTEIO. In: ENCICLOPÉDIA e dicionário internacional. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1986. p. 639.

3.3.1.3 Publicação periódica

a) Artigo e/ou matéria de jornal:

ÚLTIMO SOBRENOME, Prenome (abreviado ou não padronizar) do autor do artigo (se houver). Título do artigo. Título do Jornal, Local de Publicação, dia mês e ano. Seção, caderno ou parte do jornal e número do fascículo, página-inicial e página final. (Quando não houver seção, caderno ou parte, a paginação vem antes da data). OBS: O Destaque em negrito é para o título do jornal, e não para o título do artigo.

MONTEIRO, Carlos Antônio. Mudar ou estagnar? Jornal UNISUL, Tubarão, n. 95, p. 6, mar. 2006. SILVA, Carlos Eduardo Lins da. O papel aceita tudo. Folha de S. Paulo, São Paulo, 02 dez. 2001. Seção Opinião, Coluna Tendências, p. A3.

b) Artigo de jornal sem autor:

Título do artigo. Título do Jornal, Local de Publicação, dia mês e ano. Seção, caderno ou parte do jornal e número do fascículo, página-inicial e página final. (Quando não houver seção, caderno ou parte, a paginação vem antes da data).

EPIDEMIA de cólera ameaça Sul do Iraque. Folha de São Paulo, São Paulo, 8 maio 2003. Folha Mundo, p. A13.

c) Publicação periódica no todo

TÍTULO. Local de publicação: editora, data de início e de encerramento da publicação. (se houver).

REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939.

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d) Artigo de revista com autor

SOBRENOME, Prenome do autor do artigo. Título do artigo. Título da Revista, Local de Publicação, volume, número do fascículo, página inicial-final, mês.ano.

SOARES, Lucila. O Brasil andou para trás. Veja, São Paulo, ano 37, n. 9, p. 46-47, 3 mar.2004. TILLMANN, Cátia; GRZYBOVSKI, Denise. Sucessão de dirigentes na empresa familiar:estratégias observadas na família empresária. Organizações & Sociedade, Salvador, v.1, n. 1, p. 45-61, dez. 1993. TOURINHO NETO, Fernando Carlos. Dano ambiental. Consulex, Brasília, DF, ano 1, n.1, p. 18-23, fev. 1997.

e) Artigo de revista sem autoria.

TÍTULO do artigo. Título da Revista, Local de Publicação, volume, número do fascículo, páginas inicial-final, mês. Ano.

AS 500 maiores empresas do Brasil. Conjuntura econômica, Rio de Janeiro, v. 38, n. 9, set. 1984.

3.3.1.4 Documento disponível em meio eletrônico

ALVES, Castro. Navio negreiro. [S.l]: Virtual Books, 2000. Disponível em: <http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/port/lport2/navionegreiro.htm>. Acesso em:10 jan. 2002. BRASIL, Supremo Tribunal Federal. Súmula n. 14. Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em concursos para cargo público. Disponível em: <http:/www.truenetm.com.br/jurisnet/sumusSTF.html>. Acesso em: 29 nov. 1998. BETING, Joelmir. Volta por cima. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 9 mar. 2001. Disponível em: <http:/www.estado.com.br/editoriais/2001/03/09/eco812html>. Acesso em: 9 mar. 2001. SOUZA, Ailton Elisário de. Penhora e avaliação. Dataveni@, Campina Grande, ano 4, n. 33, jun. 2000. Disponível em: <http:/ww.datavenia.inf.b r/frame-artig.html>. Acesso em: 31 jul. 2000.

Correio eletrônico (e.mail):

SALOMÃO, Sanmya Jesus. Cátedra Unesco [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por<[email protected]> em 12 fev. 2004.

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3.3.1.5 Documento jurídico

Legislação: segundo a ABNT NBR 6023 (2002):

compreende a constituição, as emendas constitucionais e os textos legais infraconstitucionais (lei complementar e ordinária, medida provisória, decreto em todas as suas formas, resoluções do Senado Federal) e normas emanadas das entidades públicas e privadas (ato normativo, portaria, resolução, ordem de serviço, instrução normativa, comunicado, aviso, circular, decisão administrativa entre outros).

JURISDIÇÃO (ou cabeçalho da entidade, em caso de se tratar de normas). Título, numeração, data. Dados da publicação.

SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Lex: coletânea de legislação e jurisprudência, São Paulo, v. 62, n. 3, p. 217-220, 1998. SÃO PAULO (Estado). Decreto n. 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Dispõe sobre a desativação de unidades administrativas de órgãos da administração direta e das autarquias do Estado e dá providências correlatas. Lex: coletânea de legislação e jurisprudência, São Paulo, v. 62, n. 3, p. 217-220, 1998.

a) Patente:

ENTIDADE RESPONSÁVEL e/ou AUTOR. Título. Número da patente, datas (período de registro).

EMBRAPA. Unidade de Apoio, Pesquisa e Desenvolvimento de Instrumentação Agropecuária (São Carlos). Paulo Estevão Cruvinel. Medidor digital multisensor de temperatura para solos. BR n. PI 8903105-9, 26 jun. 1989, 30 maio 1995.

b) Constituição:

PAÍS. ESTADO ou MUNICÍPIO. Constituição (data de promulgação). Título: subtítulo (se houver). Local: Editora, ano de publicação. Número de páginas ou volumes. (Série, se houver).

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 1990. 168 p. (Série Legislação Brasileira).

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c) Código:

PAÍS. ESTADO. Título do código. Edição. Local: Editora, data. BRASIL. Código de processo civil. 26. ed. São Paulo: Saraiva, 1996. RIO DE JANEIRO (RJ). Código tributário do município do Rio de Janeiro: lei nº 206, de dezembro de 1980. Rio de Janeiro: ADCOAS, 1981. Jurisprudência (decisões judiciais): Segundo a NBR 6023 (2002) “Compreende súmulas, enunciados, acórdãos, sentenças e demais decisões judiciais”.

JURISDIÇÃO. Órgão judiciário competente. Título (natureza da decisão ou ementa) e número, partes envolvidas (se houver). Relator. Local, data e dados da publicação. BRASIL. Supremo Tribunal Federal de Justiça. Processual Penal. Habeas-Corpus. Constrangimento ilegal. Habeas-Corpus no. 181.746-1, da 6a Câmara Cível do tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Brasília, DF, 10 mar. 2000. Lex: jurisprudência do STJ e Tribunais Regionais Federais, São Paulo, v. 16, n. 98, p. 240-250, junho 2000. BRASIL. Medida provisória n. 1.569-9, de 11 de dezembro de 1997. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 14 dez. 1997. Seção 1, p.29514. BRASIL. Congresso. Senado. Resolução n. 17, de 1991. Coleção de Leis da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, v. 183, p. 1156-7, maio/jun. 1991. BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula n. 14. In: ______. Súmulas. São Paulo: Associação dos Advogados do Brasil, 1994. p. 16. SANTA CATARINA. Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Apelação Cível n. 2004.020843-0, de Tubarão. Relator: Des. Sérgio Izidoro Heil. Florianópolis, 19 mar. 2009. Disponível em: <http://app.tjsc.jus.br/jurisprudencia/acnaintegra!html.action?parametros.todas=2004.020843-0&parame...>. Acesso em: 23 jul. 2009.

Doutrina: segundo a ABNT NBR 6023 (2002), inclui toda e qualquer discussão

técnica acerca de questões legais (monografia, artigo de periódicos, papers, etc.).

Exemplo:

BARROS, Raimundo Gomes de. Ministério Público: sua legitimação frente ao Código do Consumidor. Revista Trimestral de Jurisprudência dos Estados, São Paulo, v. 19, n. 139, p. 53-72, ago. 1995.

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39

3.3.1.6 Documento jurídico disponível na internet

As referências devem obedecer aos padrões indicados para documento jurídico. Acrescentando no final da referência a expressão, Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso em: data do acesso.

BRASIL. Lei n. 9.887, de 7 de dezembro de 1999. Altera a legislação tributária federal. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 dez.1999. Disponível em: <http://www.in.gov.br/mp_leis/leis_texto.asp?ld=LEI%209887>. Acesso em: 22 dez. 1999.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula n.14. Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão de idade, inscrição em concurso para o cargo público. Disponível em: <http://www.truenetm.com.br/jurisnet/susmusSTF.html>. Acesso em: 29 nov. 1998. 3.3.1.7 Trabalho apresentado em eventos

SOBRENOME, Nome (autor do trabalho). Título: subtítulo do trabalho. In: NOME DO EVENTO, número, ano, local de realização. Título da publicação... Local de publicação: Editora, Data. Página inicial-final.

BRAYNER, A. R.; MEDEIROS, C. B. Incorporação do tempo em SGBD orientado a objetos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BANCO DE DADOS, 9, 1994, São Paulo. ANAIS... São Paulo: USP, 1994. p. 16-29.

a) Evento como um todo em meio eletrônico:

NOME DO EVENTO, numeração (se houver), ano e local de realização. Em seguida, deve-se mencionar o título do documento (anais, atas, tópico temático etc. seguido de reticência ...), local de publicação, editora e data de publicação. Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso em: data do acesso.

CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPE, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível em: <http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997.

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b) Trabalho apresentado em evento em meio eletrônico:

AUTOR(ES). Título do trabalho apresentado, seguido da expressão. In: NOME DO EVENTO, numeração (se houver), ano e local de realização. Título do documento (anais, atas, tópico temático etc. seguido de reticência ...), local de publicação, editora e data de publicação. Página inicial e pagina final. Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso em: data do acesso. SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade total na educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPE, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos...Recife: UFPE, 1996. Disponível em: <http://propesp.ufpe.br/anais/anais/educ/ce04.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997.

3.3.1.8 Imagem em movimento

Filmes, videocassetes, DVD, entre outros.

TÍTULO. diretor, produtor, data e especificação do suporte em unidades físicas

OS PERIGOS do uso de tóxicos. Produção de Jorge Ramos de Andrade. Coordenação de Maria Izabel Azevedo. São Paulo: CERAVI, 1983. 1 Fita de vídeo (30 min), VHS, son., color.

3.3.1.9 Documento iconográfico

Inclui pintura, gravura, ilustração, fotografia, desenho técnico, diapositivo,

diafilme, material estereográfico, transparência, cartaz entre outros. Os elementos

essenciais são:

AUTOR. Título (quando não existir, deve-se atribuir uma denominação ou a indicação sem título, entre colchetes). Data. Especificação do suporte. KOBAYASHI, K. Doenças dos Xavantes. 1980. 1 fotografia, color., 16 cm x 56 cm.

Documento iconográfico em meio eletrônico:

AUTOR. Título (quando não existir, deve-se atribuir uma denominação ou a indicação sem título, entre colchetes). Data. Especificação do suporte. (disquetes, CD-ROM, on line etc.). VASO.TIFF. Altura: 1083 pixels. Largura: 827 pixels. 300 dpi.32 BIT CMYK. 3.5 Mb. Formato TIFF bitmap. Compactado. Disponível em: <C:\Carol\VASO.TIFF>. Acesso em: 28 out. 1999.

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3.3.1.10 Documento cartográfico

Inclui atlas, mapa, globo, fotografia aérea, entre outros. AUTOR(ES). Título. Local: Editora, data de publicação, designação específica e escala.

ATLAS Mirador Internacional. Rio de Janeiro: Enciclopédia Britânica do Brasil, 1981.1 atlas. Várias escalas. BRASIL e parte da América do Sul. São Paulo: Michalany, 1981. 1 mapa. Escala:1:600.000.

Documento cartográfico em meio eletrônico:

AUTOR(ES). Título. Local: Editora, data de publicação, designação específica e escala. (disquetes, CD-ROM, on line etc.).

FLORIDA MUSEUM OF NATURAL HISTORY.1931-2000 Brazil’s confirmed unprovoked shark attacks.Gainesville, [2000?].1 mapa, color.Escala 1:40.000.000.Disponível em: <http://www.flmnh.ufl.edu/fish/Sharks/statistics/Gattack/map/Brazil.jp.>. Acesso em: 15 jan. 2002.

3.3.2 Glossário

Elemento opcional. Diz respeito a uma lista dos termos ou expressões poucos

conhecidos, utilizados no texto, cujo sentido necessite de explicação. Esses termos

devem ser apresentados em ordem alfabética.

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Figura 17 – Modelo de glossário

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

3.3.3 Apêndice

Elemento opcional. Elaborado pelo próprio autor da monografia com a

finalidade de complementar sua argumentação. Pode ser considerado apêndice

modelo de questionário, roteiro de entrevista, organização dos dados coletados, entre

outros. Não é usada numeração no apêndice. A sua forma de escrita requer letras

GLOSSÁRIO

ÁCIDO: Composto químico que, em solução em água, libera íons hidrogênio (H+).

ÁLCOOL ETÍLICO: Etanol. Derivado do etano, composto por dois átomos de carbono, cinco átomos de hidrogênio e um íon OH. C2H5OH.

CAMPO DE GÁS: Área geográfica, na superfície, correspondente à projeção de reservatórios de gás.

CROSTA TERRESTRE: Litosfera. Parte externa consolidada da Terra.

FLUIDO: Designação comum a líquidos e gases.

Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, centralizado, negrito

1 espaço 1,5

Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, caixa alta.

1 espaço simples

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maiúsculas acompanhadas de travessão e o título do documento alinhado à esquerda,

devendo ser indicado no sumário da monografia.

Figura 18 – Modelo de apêndice

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

3.3.4 Anexo

Elemento opcional. Texto ou documento não elaborado pelo autor da

monografia, que serve de fundamentação, comprovação ou ilustração. Pode ser

considerado anexo: fotos, imagens, leis, reportagens, documentos, entre outros. Não

é usada numeração no anexo. A sua forma de escrita requer letras maiúsculas

APÊNDICE A - Questionário Sócio econômico da cidade deAraguaína-TO

1 – Qual seu sexo?

( ) Masculino

( ) Feminino

2. Qual a sua idade? ( ) Menos de 17 anos. ( ) 17 anos. ( ) 18 anos. ( ) Entre 19 e 25 anos (inclusive). ( ) Entre 26 e 33 anos (inclusive). ( ) Entre 34 e 41 anos (inclusive). ( ) Entre 42 e 49 anos (inclusive). ( ) 50 anos ou mais

3. Como você se considera: ( ) Branco(a). ( ) Pardo(a). ( ) Preto(a). ( ) Amarelo(a).

Arial ou Times New Roman, fonte 12, caixa alta, justificado

Arial ou Times New Roman, fonte 12, letra minúscula

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acompanhadas de travessão e o título do documento alinhado à esquerda, devendo

ser indicado no sumário da monografia.

Figura 19 – Modelo de anexo

3.3.5 Índice

Elemento Opcional. Pode ser elaborado para facilitar a localização dos termos

utilizados na pesquisa.

ANEXO A – Lei Maria da Penha

Presidência da República Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006.

Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1o Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.[...].

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Figura 20 – Modelo de índice

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

ÍNDICE

A

Acervo 11, 15, 22

Arquivo 33

Artigo 13, 17

B

Banco de dados 33

C

Compilador 22, 34

D

Documento 18, 24, 26

Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, centralizado, negrito

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4 ESTRUTURA DE ARTIGO CIENTÍFICO

4.1 Apresentação gráfica

O artigo científico deverá ter entre 10 e 20 laudas de texto. As folhas devem

ser contadas sequencialmente a partir da folha de rosto, mas não numeradas. A

numeração é colocada, a partir do título (antes do resumo), em algarismos arábicos,

no canto superior direito da folha.

4.2 Elementos pré-textuais

Os elementos pré-textuais são constituídos de:

o Capa:

o Folha de rosto:

o Folha de Aprovação:

o Título e subtítulo (se houver) da língua do texto: devem figurar na

abertura do artigo, diferenciados tipograficamente ou separados por dois-pontos (:),

deve ser centralizado, fonte 12, negrito.

o Título e subtítulo (se houver) em língua estrangeira: devem figurar abaixo

do Título e subtítulo (se houver) da língua do texto, diferenciados tipograficamente ou

separados por dois-pontos (:), deve ser centralizado, fonte 12, negrito.

Ver item 2, p. 8.

Ver Figura 1, p. 12.

Ver Figura 3, p. 14.

Ver Figura 7, p. 18.

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o Autor (es): Nome (s) do (s) autor (s), acompanhado (s) de breve currículo

e endereço eletrônico. O currículo, bem como o endereço eletrônico, deve aparecer

em nota de rodapé.

o Resumo na língua do texto:

O resumo em artigo científico deve ter de 100 a 150 palavras.

o Palavras-chave na língua do texto: As palavras-chave devem figurar logo

abaixo do resumo, antecedidas da expressão Palavras-chave, separadas entre si por

ponto e finalizadas também por um ponto. Mínimo 3 e máximo 5 palavras-chave.

o Resumo em língua estrangeira: Tradução do resumo da língua do texto,

com as mesmas características.

o Palavras-chave em língua estrangeira: Tradução das palavras-chaves

na língua do texto para a língua estrangeira.

4.3 Elementos textuais

Os elementos textuais são constituídos de:

o INTRODUÇÃO: Parte inicial do artigo, em devem constar: natureza e

importância do tema; justificativa da escolha do tema; delimitação e relação básica do

tema com outros estudos do mesmo campo; objetivo do estudo/pesquisa.

o DESENVOLVIMENTO: Parte principal do artigo, que contém a

exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Dividi-se em seções e subseções,

que variam em função da abordagem do tema e do método; referencial teórico,

metodologia da pesquisa, análise e interpretação dos dados.

o CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Parte final do artigo, na

qual se apresentam as conclusões correspondentes aos objetivos e hipóteses.

Sugestões/recomendações de novos estudos, novas pesquisas; deve constar a

Ver item 3.1.9, p. 23

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relação existente entre as diferentes partes da argumentação e a união de ideias, e

conter o fecho da introdução ou síntese de toda a reflexão.

4.4 Elementos pós-textuais

São constituídos de:

Referências:

4.5 Modelo artigo científico

OS DIREITOS FUNDAMENTAIS NO CAMPO JURÍDICO BRASILEIRO SOB A PERSPECTIVA DO CONTRATO SOCIAL DE ROUSSEAU

FUNDAMENTAL RIGHTS IN THE FIELD IN THE BRAZILIAN LEGAL

PERSPECTIVE OF ROUSSEAU SOCIAL CONTRACT

João Antonio Rodrigues dos Santos Moreira1

Humberto Tenório Gomes (Or.)2

RESUMO

Jean-Jacques Rousseau (1712 - 1778) foi um importante filósofo do seu tempo,

escreveu grandes obras de conotação política, sociológica e filosófica. Ainda é

lembrado como um dos principais nomes do Iluminismo, uma vez que seus

ensinamentos também serviram como embasamento para a Revolução Francesa. Em

sua obra “O Contrato Social” (1762), Rousseau afirma que o homem, após deixar seu

“estado de natureza”, só não teria sua liberdade ameaçada se firmasse “o pacto

social”, que se mostra necessário para a construção de uma sociedade harmônica.

Buscando analisar as influências contratualistas e suas implicações no direito

brasileiro foram abordados os pensamentos rousseaneanos diante dos direitos

fundamentais, mais especificamente, os direitos previstos no art.5º da Constituição

Federal Brasileira de 1988. Também foram realizadas pesquisas bibliográficas e

1 Graduado em Direito pela Faculdade Católica Dom Orione. 2Graduado em Direito pela Fundação de Ensino Eurípides Soares da Rocha. Mestre em Direito pelo Centro Universitário Eurípides de Marília. Professor da Faculdade Católica Dom Orione.

Ver item 3.3.1, p. 30.

Arial ou Times New Roman, caixa alta, fonte 12, centralizado, negrito

Arial ou Times New Roman, caixa baixa, fonte 12, centralizado

Arial ou Times New Roman, caixa baixa, fonte 12, alinhado à direita

1 espaço 1.5

1 espaço 1.5

Arial ou Times New Roman, caixa baixa, fonte 12, centralizado

1 espaço 1.5

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exploratórias nas obras de Rousseau, e nas de outros autores relacionados às teorias

contratualistas. O “Contrato Social” (1762) é o marco teórico da pesquisa proposta.

Constatou-se que os princípios de Rousseau se mostram ainda bem presentes no

nosso ordenamento jurídico, demonstrando serem necessários o seu estudo para

entendermos a sociedade em que vivemos. Diante disso, percebe-se que os

fundamentos contratuais possuem uma grande vantagem para a sociedade em geral,

se aplicados e executados corretamente por aqueles que detêm e exercem a função

política, cabendo também a esta mesma sociedade zelar pela aplicação dos princípios

contratualistas.

Palavras-chave: Contrato Social de Rousseau. Direitos Fundamentais. Direito

Constitucional Brasileiro.

ABSTRACT

Jean-Jacques Rousseau (1712 - 1778) was an important philosopher from his time,

he wrote important articles on political, sociological and philosophical connotation. His

name is still remembered as one of the main ones of the enlightenment, since

his teachings also served as basis for the French Revolution. In his work "The Social

Contract" (1762), Rousseau says that humans, after leaving their "state of nature", just

won’t have their freedom threatened by creating "the social pact", that has shown

necessary to build a harmonious society. Seeking to analyze the contractual

influences and their effects on Brazilian law were discussed Rousseau thoughts

on fundamental rights, more specifically, the rights under art.5 of the 1988 Federal

Constitution. Bibliographic and exploratory researches were also accomplished

on Rousseau works, and on other authors articles related to the contract theories.

The "Social Contract" (1762) is the theoretical framework of the proposed research. It

was found that the principles of Rousseau show that still exists in our present time,

demonstrating to be necessary its study to understand the society we live in.

Therefore, it is clear that the contractual foundations have a great advantage to

society in general, if properly applied and enforced by those who hold and command

their political function, also fitting this same society to enforce the principles of contract.

1 espaço 1.5

As palavras chaves são separadas entre si por ponto final

1 espaço 1.5

1 espaço 1.5

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Keywords: Social Contract of Rousseau. Fundamental Rights. Brazilian Constitutional

Law.

1 INTRODUÇÃO

Jean-Jacques Rousseau (1712 - 1778) natural de Genebra, Suíça, foi um

importante filósofo social. Seus ensinamentos influenciaram muitos acontecimentos

históricos que cominou em diversos movimentos políticos, dentre eles, o mais

importante, a Revolução Francesa.

Rousseau que dedicou toda sua vida a estudar política e as leis dos países,

defendia a ideia de que o homem em seu estado natural era um ser bom e livre, mas,

ao entrar em contato com a sociedade, ele se tornaria um ser egoísta, ganancioso e

cruel que não mediria esforços para conseguir o que deseja. Em sua obra “O Contrato

Social” Rousseau (1762), afirma que o homem, após deixar seu “estado de natureza”,

só não teria sua liberdade ameaçada se firmasse o “pacto social”; pois, este seria um

contrato firmado por todos para resguardar e assegurar direitos e deveres comuns e

também com o fim de promover leis que limitassem o poder do soberano, impedindo

assim que a sociedade fosse submetida à arbitrariedade de um monarca. Diante

disso, é possível abrir questões acerca da real aplicação do “Contrato Social”, de

Rousseau, no ordenamento jurídico brasileiro.

Objetivou-se entender o que é o pacto social de Rousseau e algumas de suas

implicações nos direitos fundamentais, mais especificamente, aqueles previstos no

art. 5º da Constituição Federal Brasileira de 1988. Para tanto, é necessário ponderar

acerca do conceito de direitos fundamentais na nossa Carta Magna e as ideias do

“Contrato Social”, de Rousseau, bem como, demonstrar as influências rousseaneanas

nos direitos sociais brasileiros e possíveis tendências.

Tal pesquisa é importante para ajudar a compreender a razão de se (con) viver

em uma sociedade de Direito, tendo em vista a sensibilidade social e moral da filosofia

política. Dessa forma, será apresentado este pensamento na ciência jurídica

brasileira, mostrando os pontos negativos e positivos desta condição, conforme a ótica

rousseauneana e de outros autores ligados às ideias contratuais.

Os princípios fundamentais do “Contrato Social” foram abordados diante da

história e sociologia política brasileira e ocidental, além dos textos da nossa Carta

Constitucional. Realizou-se pesquisa bibliográfica e exploratória nas obras com maior

As palavras chaves são separadas entre si por ponto final

1 espaço 1.5

1 espaço 1.5

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relevância de Jean Jaques Rousseau, e em obras de outros autores correlatos às

teorias contratualistas, traçando o um paralelo acerca dos Direitos Fundamentais no

Brasil e em outros países ocidentais, outrossim, um breve histórico do movimento

constitucional brasileiro elucidando a presença de princípios rousseauneano, até

chegarmos à atual Constituição Brasileira de 1988.

2 O PACTO SOCIAL: SENTIDO HISTÓRICO E FILOSÓFICO DO CONTRATO SOCIAL

O pacto social ou contrato social pode ser conceituado como o contrato

explícito ou tácito no qual seus membros, impelidos a coibir a arbitrariedade de poucos

e promover a liberdade de todos, associam-se formando um poder absoluto, que tem

por finalidade básica promover direitos e deveres aos seus associados assegurando

assim sobrevivência e perpetuação. O pacto social tem alguns elementos básicos

para ser caracterizado como tal, entre eles: vontade geral ou da maioria, o acordo, a

finalidade de proteção e a lei.

A vontade geral é imprescindível para que o contrato possa ser concebido,

uma vez que a base e a finalidade de um Estado de Direito está na vontade do povo,

logo que esse será o destinatário dos efeitos de tal contrato. Rousseau (2006, p. 32)

assevera que “Cada um, enfim, dando-se a todos, a ninguém se dá, e como em todo

o sócio adquiro o mesmo direito, que sobre mim lhe cedi, ganho o equivalente de tudo

quanto perco e mais forças para conservar o que tenho.”

O acordo é meio de ajustamento de vontades. Nele a sociedade por meio de

mútuo entendimento torna lícito o pensar da maioria, e isso pode ser verificado da

seguinte forma:

Vê-se, por esta fórmula, que o ato de associação encerra um empenho recíproco do público com os particulares, e que cada indivíduo, contratante, por assim dizer, consigo mesmo, acha-se de dois modos empenhado, isto é como membro do soberano para com os particulares, é como membro do Estado para com o soberano. (ROUSSEAU, 2006, p. 33).

É esse acordo que dá a vontade geral seu primeiro passo, e é em consonância

a isso que Krischke (1993, p. 38) escreve “os simbiontes prometem uns aos outros,

em um pacto explícito ou tácito, a partilha mútua de tudo o que seja útil e necessário

ao exercício harmonioso da vida social.”

1 espaço 1.5

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1 espaço 1.5

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O princípio básico que deve reger a vontade de todos deve ser a proteção

geral, com a finalidade de amparo e bem estar do povo; sem a qual o contrato se torna

viciado uma vez que esse deve ser o principal foco a ser alcançado para a busca da

estabilidade. Para Rousseau (2006, p. 31), o contrato social é justificado tanto pela

razão quanto pela necessidade, e esta leva o homem a firmar com outros um contrato

de proteção. No mesmo diapasão, Krischke (1993, p. 85) preleciona da seguinte forma

“A lei geral dos governos é esta: o bem-estar do povo é a lei suprema, pois a

autoridade lhes foi conferida com a intenção de que através dela se assegurasse a

finalidade para a qual os Estados foram estabelecidos.”

A lei é o meio pelo qual a vontade geral pode ser realmente exteriorizada a

partir do ajuste de vontades. Funciona como meio coercitivo, tipificador e assegurador

que tem a finalidade básica de fazer valer o acordo social firmado, prevendo direitos,

deveres e sanções. Acerca disso Rousseau (2006, p. 47) brilhantemente assevera

“Pelo pacto social demos existência e vida ao corpo político; trata-se agora de, com a

legislação, lhe dar movimento e vontade, pois o ato primitivo, pelo qual esse corpo se

forma e se une ainda não determina nada do que ele deve fazer para se conservar.”

Não se pode afirmar ao certo quando realmente nasceu na sociedade a figura

do Contrato Social. Rousseau dizia que imaginava os homens vivendo em um “estado

de natureza”. No princípio todos eram livres, felizes e sem leis que os regessem, no

entanto, chegou-se a um ponto em que tal estado se tornou inviável. Rousseau (2006,

p. 31) reafirma isso traçando as seguintes fundamentações acerca do que levou a

sociedade humana a criar o “Pacto Social”:

Contemplo os homens chegando ao ponto em que os obstáculos danificadores de sua conservação no estado natural, superam, resistindo as forças que o indivíduo pode empregar, para nele se manter em tal estado; o primitivo estado cessa então de poder existir, e o gênero humano se não mudasse de vida, certamente pereceria.

Em conformidade ao trecho do “Contrato Social”, de Rousseau, Krischke

(1993, p. 66) escreve o seguinte “Dessa igualdade quanto à capacidade deriva a

igualdade quanto à esperança de atingirmos nossos fins. Portanto se dois homens

desejam a mesma coisa, ao mesmo tempo em que é impossível ela ser gozada por

ambos, eles tornam-se inimigos.”

Nesses trechos observamos que diante da arbitrariedade que cada pessoa

possui e da ausência de um real código de lei que o governe, todos estariam sujeitos

a terem sua liberdade individual ameaçada pela força alheia. Para tal situação se faz

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necessário a criação de um contrato firmado entre todos, que assegure o não

perecimento do homem pelas mãos do próprio homem. Tal entidade seria “o Pacto

Social”, um contrato firmado por todos para proteger a todos. Não obstante, Krischke

(1993, p. 85) acentua:

Agora está suficientemente claro que foi necessário que os homens entrassem em acordo, pois, embora os deveres da humanidade estejam amplamente difundidos através da vida humana, é ainda impossível deduzir dessa fonte tudo que os homens têm direito de receber de vantagem uns dos outros.

Para algumas pessoas pode parecer confusa essa afirmação de Rousseau de

que o homem em “estado de natureza” era feliz e estaria em melhores condições do

que o homem em estado de direito. Na verdade, o que ocorre é que aqui Rousseau

não está se referindo necessariamente a um dado histórico preciso, mas sim a um

fato hipotético pelo qual se pode entender os fundamentos contratuais. Isso é

assinalado da seguinte forma por Reale (2002, p. 650):

O contrato não é um fato histórico, mas um critério de explicação da ordem jurídica. Em mais de uma passagem de suas obras fundamentais sobre o assunto, Rousseau faz questão de observar que as suas observações não devem ser tomadas no sentido efetual e histórico, mas sim em sentido hipotético.

O “Contrato Social”, de Rousseau, nas palavras do professor Miguel Reale

deve ser tido como um fruto da razão e não de um dado histórico certo.

Não há que se questionar que é a arbitrariedade presente em cada homem

que faz necessária a criação de um ente social que assegure uma boa convivência

ou, porque não dizer, a própria sobrevivência dos demais, e isso só foi possível por

meio da razão. Medeiros (2003 p. 2) assevera “É, pois, com o recurso da razão que o

homem organiza suas necessidades e conquista a emancipação, sem depender da

revelação.” No entanto, tal pacto também deveria prever restrições aos direitos

individuais uma vez que não é possível assegurar direitos sem consolidar também

deveres.

É importante ressaltar que o contrato social, segundo Rousseau (2006), não

pode servir como um meio de abster o homem de sua liberdade, mas sim para

assegurar-lhe, pois como já foi dito anteriormente uma das finalidades básicas do

contrato social é o bem comum. É em consonância com isso que o homem abre mão

de parte de seus interesses pessoais, e não de sua liberdade e dignidade humana,

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buscando assim um ajuste entre a sua vontade e a dos demais e, dessa forma,

tornando-a muito mais segura do que seria se não existisse tal pacto. Em decorrência

disso, o homem se torna muito mais livre do que era, pois não mais está sob a tutela

arbitrária de cada um, e sim de uma instituição que defende o interesse de todos os

seus membros do qual ele mesmo faz parte. Os pensadores liberalistas entendem que

o contrato social não pode servir para limitar a liberdade, sob pena de vício

inescusável, e é com relação a isso que Rousseau (2006, p. 27) escreve que

“renunciar à liberdade é renunciar à qualidade de homem, aos direitos da

humanidade.”

3 TEORIAS SOBRE O CONTRATO SOCIAL

É necessário conhecer as teorias de alguns dos principais estudiosos que

tanto trataram acerca do contrato social, e averiguar diferenças e semelhanças, bem

como a viabilidade do pensamento de cada um deles. O primeiro a ser tratado é Thomas Hobbes (1588-1679). Em sua obra “O

Leviatã” (1651) explana acerca da necessidade de se abrir mão de parte da liberdade

individual formando um ser social inquestionável e soberano, o Leviatã. A necessidade

de sobrevivência e a razão são vislumbradas por Hobbes como elementos básicos

para se firmar um pacto social, pois, segundo ele, o homem é naturalmente egoísta e

necessita de tal atributo para sua sobrevivência. Necessidade essa que leva os

membros de uma sociedade a alienarem sua liberdade natural a um terceiro, seja ele

um monarca ou uma assembleia, formando assim um monstro social que deve ser

temido por todos. Todavia, tal pensamento não abre vista para o questionamento

acerca do exercício do poder. Segundo Krischke (1993, p. 30) “a única função ou

dimensão do contrato para Hobbes seria o estabelecimento de um soberano

indiscutível, capaz de criar uma situação social de subordinação, estável e tolerável.”

O segundo é Pudendorf (1632-1694) que, assim como Hobbes, é um

pensador absolutista; no entanto possui grande divergência com o autor de “O

Leviatã”, principalmente com relação ao próprio pacto social. Pudendorf trouxe a figura

do pacto de associação e o pacto de subordinação, para ele os homens possuem por

si só as leis naturais, tais leis são perfeitas, porém cada ser humano tem em suas

mãos o poder de escolha, que permite a ele obedecer a tais leis ou não. Razão essa

que se faz necessária à criação de um pacto, seguida de um decreto lei estabelecendo

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a forma de governo sem a qual tal direito não pode ser alcançado muito menos

assegurado. No contrato de Pudendorf já é vislumbrado uma possível individualização

entre a pessoa física do monarca e o poder soberano e,a partir disso, é possível

vislumbrar dois tipos de contrato social. (KRISCHKE, 1993, p. 30).

O próximo pensador é John Locke (1632 – 1704), que é considerado o pai do

empirismo negando assim qualquer ideia inata. Para Locke, o contrato social está

ligado à questão de consentimento. Diferentemente de Hobbes, Locke não enxerga

no contrato social uma relação de servidão absoluta, mas sim uma relação de garantia

e confiança. Para Locke o poder só é soberano enquanto defender verdadeiramente

os interesses sociais. Assim como Hobbes, Locke admite a existência de um contrato

original, no entanto atribui a esse um significado diferente, (KRISCHKE, 1993, p. 31).

É importante observar que muitos pensadores das bases do pensamento liberal se

encontram defendendo fortemente a autonomia da sociedade civil, e seu direito de

dispor de seus bens. Em Locke o contrato social tem o objetivo de garantir a sociedade

um aparelho mais eficaz, no que tange aos direitos naturais de dispor. (MEDEIROS,

2003, p. 5).

Outro Pensador a ser tratado é Immanuel Kant (1724-1804), apesar de ser

um iluminista tardio, trouxe de volta muitos elementos do contratualísmo clássico,

entre eles a própria dicotomia entre liberdade e igualdade. No contrato social de Kant

existe a figura do legislador que deve se obrigar de tal modo a criar leis como se

fossem produzidas pela vontade geral. O seu pensamento se assemelha ao de

Rousseau, segundo Krischke (1993, p.35). Emerge-se da teoria de Kant a figura da

paz perpétua ideal a ser atingida com a consolidação do Estado Republicano. Em

conformidade com esse pensamento Bittar e Almeida (2010, p. 335) escrevem:

O universalismo do imperativo categórico reflete-se até na idéia kantiana da necessidade de formação de uma federação de Estados, no plano internacional, no sentido de evitar-se a guerra e buscar-se a paz, fim último da proposta de todo o Direito e de toda a história.

O último autor, e principal fonte de pesquisa do trabalho aqui tratado, é Jean

Jaques Rousseau (1712 - 1778), lembrado como um dos principais, se não o principal

nome do Iluminismo, uma vez que seus ensinamentos também serviram como

embasamento para a Revolução Francesa e para os diversos movimentos

constitucionalistas. Para Rousseau o contrato social nasce não quando se abre mão

dos direitos naturais, mas sim quando se entra em acordo para proteger tais direitos

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ameaçados pela arbitrariedade presente no coração dos homens. Rousseau não

admite um poder soberano se não aquele que emana do povo, tornando-se um crítico

assíduo do absolutismo e defensor da criação de um contrato social que realmente

assegure o interesse da sociedade. Em conformidade com pensamento de Rousseau,

Bittar e Almeida (2010, p. 292) assinalam:

O contrato social é, portanto, um pacto, ou seja, uma deliberação conjunta no sentido da formação da sociedade civil e do Estado. Trata-se de um acordo que constrói um sentido de justiça que lhe é próprio; a justiça está no pacto, na deliberação conjunta, na utilidade que surge do pacto.

Para Rousseau (2006) o contrato deve existir como forma de assegurar

liberdades e direitos e não o contrário. A união de forças deve ser racionalmente

utilizada para o bem de cada um dos membros da sociedade.

4 O CONTRATO SOCIAL DE ROUSSEAU: FUNDAMENTO DA SOCIEDADE POLÍTICA

Partindo do pressuposto de que não é possível expor acerca da presença do

“Contrato Social”, de Rousseau, na nossa Constituição Federal Brasileira de 1988 sem

tratar de sua obra de maior relevância, será feita uma análise do Livro “O Contrato

Social” elencando os principais elementos de criação e fundamentação de um contrato

social. Ao longo do estudo é possível perceber a riqueza de ideias contidas no

“Contrato Social” e como, nos dias de hoje, ainda é possível percebê-las no nosso

direito positivo, mais especificadamente na nossa Constituição Federal.

A palavra política possui diversos significados, porém um conceito mais

próximo ao tema é o seguinte: Política é a atividade relativa ao exercício de gestão de

uma sociedade, ou seja, é a direção aplicada ao poder de governar.

Para Rousseau (2006) o único fundamento real para a criação de um estado,

que assegura direitos à sociedade, é a vontade do povo, unindo-se dessa forma em

uma só vontade.

O acordo social para ser formalmente correto deve partir da vontade das

pessoas e isso já foi tratado, e a razão é o que direciona tal vontade. Parece

impossível, dentro dos princípios contratualistas, que simplesmente uma pessoa de

próprio punho, por ser mais forte que os outros, instaure um sistema no qual todos

estejam automaticamente inseridos sem as suas anuências. Nessa situação,

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estaríamos diante de um contrato social viciado por vontade. Em forma não haveria

possibilidade de permanência. No Livro I, capítulo III, Do direito do mais forte do

“Contrato Social”, Rousseau (2006, p. 26.) assevera “Nunca o mais forte o é tanto para

ser sempre senhor, se não converter a força em direito, e em dever a obediência.”

Ainda que um estado permaneça aparentemente em um estado de direito, e

por que não dizer em um aparente contrato social, o mesmo não poderá existir de

maneira contínua, uma vez que a vontade de um não pode se sobrepor a vontade

geral, pois, pela própria lei da natureza isso não seria possível. Na situação de um ser

mais forte tentar dominar vários seres fracos, se estes entenderem que juntos

possuem mais força do que o mais forte dos homens, esta dominação não se

efetivará. Tal fundamento não é apenas justificável pela razão, mas também pela

própria natureza humana.

Há também a problemática do interesse privado frente ao coletivo, pois todos

nós possuímos uma opinião particular em relação a algo, o próprio Rousseau (2006,

p. 34) se posiciona ressaltando que “De verdade, cada indivíduo pode ter como

homem uma vontade particular, adversa, ou dessemelhante a vontade geral que tem

como cidadão.” Deve-se ater é que tal interesse particular não deve nunca ser usado

se causar prejuízo ao resto do corpo social, visto que o próprio corpo político social se

fundamenta em inúmeras vontades particulares em consonância, e a vontade

particular de alguns não pode ser sobreposta em detrimento da vontade de vários.

É importante ressaltar que apesar do poder que rege a sociedade ser

soberano, pois deve emanar do povo e não deve admitir outro poder superior a ele,

há previsão de limites no exercício de tal poder, justamente para impedir o

desvirtuamento do mesmo. Na ausência de limites, o poder soberano poderá se

transformar em um instrumento de repressão social. Diante disso, Rousseau (2006,

p. 44) afirma que:

Seria então ridículo confiar na expressa divisão da vontade geral que só pode ser a conclusão de uma das partes, e que, por consequência, não é para a outra mais que uma vontade estranha e particular, e nessa conjunção é propensa à injustiça e submetida ao erro.

Tal poder que a princípio serviria para garantir a sobrevivência do povo não

teria um simples valor formal frente à sociedade. Contudo, isso pode ser contido ou

ao menos diminuído com a utilização de certos freios. Uma vez que mesmo sendo um

poder soberano tal poder deve conter mecanismos que permitam modificações,

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quanto a sua estrutura de atuação funcional e organizacional, não podendo ir além

daquilo que foi estabelecido no pacto social, sendo invocado todas as vezes que o

contrato social se desviar dos seus reais objetivos, como o próprio Rousseau (2006,

p. 45) assevera:

Por isso, é claro que o supremo poder, tão absoluto, sagrado, e inviolável como é, não traspõe nem pode transpor os limites das convenções gerais, e que todo homem pode plenamente dispor da liberdade e bens que lhe deixaram as convenções; de sorte que nunca o soberano tem o direito de onerar mais um que outro cidadão, porque então, particularizado o negócio, não é mais competente o seu poder.

Portanto, um dos fatores de limitação mais poderosos do contrato social é o

próprio poder de dispor do particular, tanto de bens quanto também de direitos, neles

o Estado não deve interferir, salvo em casos específicos que o próprio pacto deve

prever. Só para ilustrar: o Direito de livre inciativa e de trabalho, Direito de dispor do

patrimônio, o Direito ao voto e muitos outros, no quais se pode verificar que são

direitos relativos aos membros da sociedade e o Estado não pode adentrar, salvo em

casos específicos contidos nas próprias cláusulas do contrato social.

Não é possível tratar de um contrato social que sirva a seu propósito sem falar

em uma forma de governo que fiscalize e aplique os reais princípios do pacto social,

assim sendo, seria necessário a atuação de legisladores, julgadores e

administradores. Sobre esta questão Rousseau (2006, p. 64) pondera que:

No governo é que se acham as forças intermediárias cujas relações formam a do todo com o todo, ou do soberano com o Estado. Pode-se representar essa última relação pela dos extremos de uma proporção contínua, cuja média proporcional é o governo.

Neste fragmento Rousseau (2006) afirma não ser possível confundir o poder

soberano com o próprio governo, haja vista que o governo é a forma na qual o poder

soberano irá atuar. Desse modo, não é possível conceber apenas uma forma de

governo, aliás, é bem aceitável a existência de diferentes tipos de governo para

diferentes tipos de povos, e cada um deve ser adequado às particularidades de cada

tipo de sociedade. No entanto, como já se é de esperar, nem toda forma de governo

se reverte em benefícios reais para aqueles que são ou deveriam ser os sujeitos dessa

relação.

No “Contrato Social” Rousseau (2006, p. 69) apresenta três formas basilares

de Procedimento do Poder Soberano:

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O soberano pode confiar o governo a todo o povo, ou à maior parte dele, de modo que haja mais cidadãos magistrados que cidadão simples particulares. Essa forma de governo se chama democracia. Ou pode restringir o governo nas mãos de um número pequeno, de modo que haja mais cidadãos que magistrados, forma que tem o nome de Aristocracia. Ou pode ao fim concentrar todo o governo em um único magistrado, que aos outros todos outorga o poder; terceira forma e mais comum, chamada monarquia, ou governo real.

Todos esses modelos possuem pontos negativos e positivos. Não só quanto

à relação da forma governamental, mas também quanto às pessoas que o exercem.

No caso da Democracia o ponto positivo deste modelo seria a real participação da

sociedade, como um todo; porém, tal governo seria passível de erros graves tendo

em síntese a desconcentração de uma grande massa no âmbito de um poder estatal,

devido ao grande número de pessoas na direção de um governo, seria quase certo o

desvio do olhar público frente a interesses particulares, e isso desencadearia em uma

total desorganização. E é assim que Rousseau (2006, p. 70) aborda o tema:

Aquele que faz a lei sabe melhor que ninguém como ela deve executar e interpretar; logo, parece que a melhor constituição seria a que juntasse o poder executivo ao legislativo; mas é isso mesmo que a certos respeitos torna insuficiente esse governo, porque as coisas que deviam ser distintas não o são, e que, sendo o príncipe e o soberano a mesma pessoa, não formam, por assim dizer senão governo sem governo.

No mesmo sentido Rousseau (2006, p. 71) conclui:

Rigorosamente nunca existiu verdadeira democracia, e nunca existirá. É contra a ordem natural que o grande número governe, e seja o pequeno governado. Não se pode imaginar que o povo reúna-se continuamente para cuidar dos negócios públicos, e é fácil ver que não poderia estabelecer comissões para isso sem mudar a forma da administração.

No modelo aristocrático, Rousseau (2006, p. 72) enumera três espécies de

aristocracia: natural, hereditária e eletiva. A natural que não convém senão a povos

simples e de pouquíssimos habitantes; a hereditária vem a ser a pior forma de todos

os governos, pois consiste no poder que passa de pai para filho. Em tal poder não se

tem em regra uma real preocupação com o povo, vislumbra-se apenas a concentração

do poder nas mãos de uma família; por fim, a aristocracia eletiva que é a melhor, pois,

é a aristocracia propriamente dita. Segundo Rousseau, tal sistema de governo

funciona como exercício do poder soberano por meio de representação e tem como

fundamento a escolha dos representantes do povo por meio de voto, no qual é previsto

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um período próprio de permanência no poder. Tal governo é o que mais se assemelha

à Democracia que possuímos nos dias de hoje.

Em síntese, pode-se verificar uma maior organização governamental na qual

o povo exerce sua soberania pelo voto e na própria cobrança do seu representante.

O ponto negativo é justamente a má escolha do representante pela população.

Rousseau (2006, p. 73) deixa claro que tal forma de governo é a mais viável

na seguinte reflexão:

Numa palavra, a ordem mais natural, e melhor, é que os mais sábios governem a multidão, quando há certeza de que eles hão de governar em proveito dela, e não deles. Não convêm multiplicar em vão os recursos, nem fazer com vinte mil o que fizeram melhor cem homens escolhidos.

Na monarquia verifica-se um procedimento contrário ao da democracia, bem

como da aristocracia. Naquele modelo de governo não é mais o povo que representa

os indivíduos, mas sim um indivíduo particular que representa todo um povo. Segundo

Rousseau, essa é a forma de governo mais passível de vício, pois, tendo em vista

todo o poder concentrado nas mãos de uma só pessoa, e não sendo este um ser

totalmente moral, não teria freios nem fiscalização, podendo fazer sua vontade se

sobrepor a vontade geral. Diante disso, Rousseau (2006, p. 74) pondera:

Mas se não há governo mais vigoroso, também não há outro em que mais impere a vontade particular, e mais facilmente domine os outros; verdade é que tudo se encaminha a igual fim, mas esse não é o da felicidade pública, e a mesma força da administração redunda sempre em detrimento do Estado.

Assim sendo, na concepção de Rousseau, ainda que o monarca seja

aparentemente justo, o simples fato de se encontrar na posição de soberano

inquestionável o levaria a cometer diversas afrontas contra os membros da sociedade.

Uma vez que, para o monarca estes mesmos membros da sociedade passariam a ser

vistos como escravos e não como cidadãos.

5 A EDUCAÇÃO, FAMÍLIA E LIBERALISMO NO PENSAMENTO DE ROUSSEAU

A família é talvez a mais importante e antiga instituição do qual o homem faz

parte. De fato, não há como se falar em qualquer forma de sociedade sem ressaltar o

valor e a importância da família nas diversas ordens de governo.

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A respeito disso, Rousseau afirma ser a família a única instituição natural na

qual os membros possuem uma relação de cunho organizacional, semelhante ao de

qualquer outra sociedade. Na relação familiar há uma hierarquia, pois os filhos estão

sujeitos ao pai lhe prestando obediência enquanto necessitarem.

Rousseau (2006, p. 24) afirma que:

A família é, pois, se assim o quereis, a norma primitiva das sociedades políticas: o cabeça é a imagem do pai, o povo a dos filhos; e havendo todos nascido iguais e livres, só a proveito comum alienam a sua liberdade. A diferença toda é que na família o amor que o pai tem aos filhos paga os cuidados que ele lhes dispensa; e no Estado, o júbilo de governar supre o amor que a seus povos não se dedica o maioral político.

Nesse aspecto, quando Rousseau (2006) afirma que o “prazer de comandar

substitui o amor pelo povo”, Rousseau nos leva a crer que fala basicamente de um

monarca que, diferentemente do seio familiar no qual há verdadeiros laços afetivos

entre pais e filhos, no Estado, como um tirano é movido basicamente pelo prazer de

governar e gozar de tais benefícios. Nesse caso, infere-se que a única possibilidade

de um bom governo monárquico seria aquele em que o soberano possui por seu povo

um amor semelhante ao de um pai por seus filhos, porém, segundo Rousseau (2006),

isso não seria possível justamente por questões de natureza humana. O homem ama

seus filhos por natureza e se contenta com sua proteção, contudo, quando se fala em

um governante, a sua função é apenas de dirigir e proteger, logo, não se percebe

aquele vínculo de amor presente na relação familiar. Diante disso, é possível entender

as semelhanças e divergências presentes na forma familiar e forma governamental.

No que tange a obediência que os filhos devem ter aos pais é possível

comparar a obediência que o povo deve ter as leis. Em tal regra, a família em si

prepara o homem para ser um cidadão.

Rousseau adjacente a outros filósofos como John Locke (1632-1704),

acreditando na emancipação do homem por meio da razão, deram forma ao

movimento liberalista que pregava igualdade entre os homens e o limite ao poder

estatal, no qual a vontade soberana do povo seria respeitada. É em meio a tal período

que se verifica na mente dos cientistas políticos uma ideia mais abrangente de

sociedade, no qual se busca realmente entender os fundamentos reais que devem

reger a relação do homem e do Estado. Tais considerações desencadearam grandes

movimentos, a saber, por sua importância, a Revolução Francesa que culminou com

a criação de diversas Constituições, como articula Medeiros (2003, p. 3).

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Krischke (1993, p. 35) expõe que Rousseau, em sua postura radicalista ética,

denunciava e desmascarava a injustiça e violência que permeavam no seu País, culpa

da impostura política da época. Tais ideias, pregadas por esse filósofo, deram muitos

frutos e servem como fonte de estudo para entendermos a atual sociedade em que

vivemos.

Em síntese, é possível identificar duas grandes correntes que produziram

conhecimento em meio ao ambiente do liberalismo: os Jus naturalistas e suas ideias

de direito inato a própria natureza humana, muitas vezes ligada a própria ideia de

justiça divina ou justiça natural, na qual o contrato social serviria para assegurar tais

direitos; e os Contratualistas que defendiam a razão e a necessidade humana como

o maior fundamento para a criação do pacto social no qual os homens, impelidos pela

própria razão, acordariam para a criação de um contrato que assegurasse a sua

sobrevivência. (MEDEIROS, 2003, p. 3).

Ao examinar o “Contrato Social”, de Rousseau (2006), é possível averiguar

que o autor demonstra ter afinidade com os dois estilos supracitados, ao dizer que o

homem livre possui direitos próprios e inatos, enquanto ser humano, e também

afirmando que é a razão que leva os homens a aderirem a um contrato com a

finalidade básica de proteger esses direitos naturais.

Quando se fala nas bases fundamentais das ideias liberalistas de um estado,

pode parecer para alguns um tanto incongruente a defesa de limites ao poder

Soberano, tendo em vista que, segundo os liberalistas tal poder na verdade emana do

povo. No entanto, Medeiros (2003, p. 5) afirma constituir tais fundamentos

basicamente na necessidade do homem de negar o Estado, enquanto instrumento de

exploração, pois, nesse caso, ele (o estado) estaria desviado da sua real função não

mais podendo ser considerado como defensor dos direitos do homem e passível de

uma legítima e real revolução. Diante disso, Medeiros faz a seguinte afirmação “a

defesa dos direitos naturais do homem, com base na filosofia iluminista e na tradição

liberal, subsidiou as lutas da ascendente burguesia contra o Estado Absolutista e suas

arbitrariedades”.

Todos nós possuímos características próprias, sejam elas físicas ou

psicológicas, e mesmo diante do contrato social no qual é possível verificar a vontade

geral consubstanciada, é necessário entender como tal contrato nos garante

determinados direitos de forma individual. A figura do cidadão está vinculada a ideia

de povo na sua individualidade e enquanto membro da entidade política.

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Conforme Bobbio (2004, p. 24), para se compreender a sociedade é preciso

partir de baixo pra cima, ou seja, dos indivíduos que a compõe descartando a teoria

clássica de que o Estado por si só se sustenta, por servir unicamente de meio de

controle social. De fato, o homem particular é o membro que compõe o corpo político,

não podendo ser visto unicamente como um ser inerte no seio da sociedade. A ele

também deve ser assegurado liberdades enquanto ser individual, desde que tais

direitos não sirvam para ferir a liberdade dos demais. A esse respeito, Medeiros (2003,

p. 7) faz a seguinte afirmação:

A liberdade para Rousseau não é a simples ausência de impedimentos à realização da liberdade individual, ou seja, a liberdade negativa; mas é; principalmente, a liberdade positiva, isto é, aquela alcançada pelos cidadãos que, conscientes de sua natureza social, assumem sua responsabilidade pela organização e conservação do corpo político.

Uma vez que para Rousseau a vontade geral é a única soberana, para Bobbio

a vontade individual também é legitima enquanto não ofender aos princípios desse

poder soberano; a isso se dá a perpetuação de sua liberdade. Em consonância,

Bobbio (1997, p. 7) faz a seguinte afirmação “Liberdade indica um estado; igualdade,

uma relação. O homem como pessoa – ou para ser considerado como pessoa - deve

ser, em sua singularidade, livre, enquanto ser social deve estar com os demais

indivíduos em uma relação de igualdade.” Em conformidade com esse pensamento,

Medeiros (2003, p. 6) faz a seguinte afirmação “A liberdade para Rousseau é a

primeira distinção entre o homem e o animal, pois enquanto o animal não pode

desviar-se das regras que lhe são prescritas, o homem executa suas ações como

agente livre para concordar ou resistir.”

Com isso, é possível perceber que essa relação de liberdade desencadeia

quase que certamente em uma relação de igualdade, pois se todos são livres na

medida certa de seus direitos assegurados, também são iguais na medida de suas

desigualdades. Cabe ressaltar que quando falamos em igualdade não estamos

tratando da liberdade material, mas sim da liberdade formal, ou seja, aquela que se

aplicará a todos por meio da Lei, no caso que garante igualdade de oportunidades

enquanto seres humanos de mesmo valor e mesmos direitos sociais. (BOBBIO, 1997,

p. 33).

Em síntese, podemos destacar duas esferas de Direitos que aqui podem ser

percebidos, tais como: as liberdades fundamentais que devem ser garantidas a todos

os indivíduos sem nenhuma distinção; e os direitos sociais que, embora também

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sejam garantias erga omnes, têm a peculiaridade de se adequar de forma diferenciada

a cada cidadão. Para ser mais exato, liberdade de acesso. Tais direitos, na visão de

Medeiros (2005, p.10), se definem “como uma forma de dívida da sociedade para com

os indivíduos. Possuem um caráter distributivo”; isto é, buscam promover a liberdade

de acesso dentro das possibilidades de cada um.

Quando analisamos o significado de cidadão ele vai muito além de uma ideia

de indivíduo, que se encontra sob uma ordem social, na verdade, o termo cidadão

está ligado à pessoa que compõe a sociedade e possui deveres, direitos e funções

em tal instituto. Essa idéia é assinalada por Medeiros (2003, p.14) da seguinte forma:

Trata-se de alcançar aquela liberdade positiva preconizada por Rousseau, que é exercida pelos cidadãos que, conscientes de sua natureza social, assumem a responsabilidade pela organização e conservação do corpo político-social. A medida desta liberdade é, portanto, a medida da liberdade do conjunto social. Sua conquista é coletiva.

Nesse caso, existem muito mais atribuições ligadas à ideia do cidadão do que

a de povo, pois o cidadão é um verdadeiro membro do estado ao qual deve ter sua

voz ouvida. Em exemplos práticos podemos citar o próprio Direito de voto, que é

inerente ao cidadão, o que pressupõe sua participação efetiva na escolha e gerência

do seu governo.

A esse respeito, Bobbio (1997, p. 8) afirma que “A característica da forma

democrática de governo é o sufrágio universal, ou seja, a extensão a todos os

cidadãos, ou, pelo menos, a esmagadora maioria (o universo jurídico é o universo do

quase ou do na maioria das vezes) do direito de voto.”

No entanto, é bem lógico que o direito de sufrágio só é legítimo se exprimir

necessariamente a vontade de quem vota. Nada mais justo, pois, se o direito do

cidadão com liberdade de participar vai fazer ouvir sua voz. Sem efeito se tornará esse

direito se não for exercido em sua plenitude, no caso, se alguém for forçado a escolher

um representante diferente do que realmente pretendia escolher, tal ato é claramente

viciado.

Outra característica que deve ser respeitada, além da liberdade de expressão

presente no voto, é a liberdade de religião. De acordo com isso, Rousseau (2006, p.

125) preleciona “Agora que não há mais nem pode haver religião nacional exclusiva,

devemos tolerar todas as que se mostram tolerantes com as outras, desde que seus

dogmas nada tenham de contrário aos deveres dos cidadãos.”

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Não se pode atacar o indivíduo que professa fé diferente ou mesmo nenhuma

fé, pois, tal direito é a ele prescrito tanto como cidadão como indivíduo; dessa forma,

tais direitos são invioláveis e devem ser preservados. Assim sendo, deve-se evitar

qualquer tipo de discriminação, pois tal direito consiste em uma liberdade de escolha.

(KRISCHKE, 1993, p.100).

Como podemos perceber, as liberdades são meios que servem para

assegurar a própria perpetuação da sociedade vislumbrada no pacto social.

6 OS DIREITOS FUNDAMENTAIS NO CONSTITUCIONALISMO BRASILEIRO SOB UMA PERSPECTIVA ROUSSEAUNEANA

Berger e Luckmann (1997, p. 3) fazem a seguinte afirmativa “Sendo produtos

históricos da atividade humana, todos os universos socialmente construídos

modificam-se, e a transformação é realizada pelas ações concretas dos seres

humanos.” Sem dúvida, não há como se pensar na nossa sociedade atual, e em toda

sua estrutura, sem partir do pressuposto de que tal construção humana está em

constante modificação. A própria história nos mostra que a sobrevivência do ser

humano muitas vezes está relacionada com a possibilidade de mudar e de se adequar.

É interessante notar que, fora a constante quebra de paradigmas, é possível

perceber o renascimento de antigos valores de proteção dos direitos humanos,

tratados por filósofos como Locke e Rousseau. Diante disso, Krischke (1993, p. 13)

explana da seguinte forma o ambiente em que tais questionamentos foram

levantados:

Nos anos 80 e inicio dos anos 90 difundiram-se pelo mundo inteiro as lutas pela igualdade e pela liberdade. As crises dos estados de bem-estar e dos socialismos reais têm apontado, por caminhos diferentes, para a necessidade de extensão das liberdades individuais e de superação das desigualdades sociais entre as populações desses países.

É em meio a tal período que se pode perceber também nas diversas estruturas

sociais o renascimento da figura do contrato social, presente na gestão política, bem

como, de seus princípios que se mostram mais vivos do que nunca. Com efeito, não

precisamos ir tão longe para percebermos a figura desse pacto social, pois, de acordo

com Krischke (1993, p. 14), tal ideia aqui no Brasil também foi aplicada.

As concepções de contrato ou pacto nem sempre produzem os mesmos

efeitos que deveriam, segundo os filósofos que foram tratados, principalmente no que

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tange a forma de criação do pacto. O que se percebe é um fundamento principiológico

presente na Constituição de diversos países, semelhante ou por que não dizer iguais

aos ideais contratualistas de liberdade e igualdade, principalmente no que diz respeito

às garantias constitucionais. A própria democracia em si é um exemplo bem vivo dos

efeitos desse pensamento na modernidade. E acerca disso, Bobbio (2005, p. 60)

escreve: “Deve-se recordar que a luta pela afirmação dos direitos do homem no

interior de cada Estado foi acompanhada pela instauração dos regimes

representativos, ou seja, pela dissolução dos Estados de poder concentrado.”

Todas essas mudanças que acompanharam nossa sociedade tiveram como

fundamentos básicos os ideais pregados por Locke, Hobbes e o próprio Rousseau.

Sem dúvida, sem tais fundamentos e ideias defendidas acerca dos direitos do homem,

talvez não houvesse acontecido a Independência dos Estados Unidos da América ou

a própria Revolução Francesa, que marcam o fim de uma época e o começo de outra.

Tais acontecimentos históricos não podem ser dissociados dos ideais moralistas e

liberalistas pregados por Rousseau, sobre isso Medeiros (2003, p. 14) assevera que:

Nesta perspectiva, o sonho rousseauniano da possibilidade de um Novo Contrato Social no sentido de viabilizar uma verdadeira sociedade política, a partir da negação e superação das desigualdades concretas e historicamente situadas, assume substancial contemporaneidade.

Portanto, o Direito Constitucional está intimamente ligado ao triunfo das

revoluções liberais que são frutos desses ideais contratualistas.

Tais revoluções foram de uma conotação social tremenda não só para os

países nos quais ocorriam tais revoluções, mas também para todo o continente

ocidental, como assinala Cunha Júnior (2009, p. 43):

Com a vitória das revoluções democráticas abriu-se a oportunidade do surgimento das Constituições escritas, das quais a Constituição americana de 1787 e a Constituição francesa de 1791 despontaram como os primeiros paradigmas de documentos escritos e solenes. Vem à tona, assim a referência ao Direito Constitucional como o Direito das Constituições Modernas, cujo objetivo maior foi de estudar e fundamentar um sistema de coexistência e convívio harmônico entre o Estado e os indivíduos.

Entretanto, o que é realmente interessante tratar acerca do aparecimento do

Direito Constitucional, como produto do Contrato Social, é a Declaração Universal dos

Direitos do Homem e do Cidadão, de 26 de agosto de 1789. Esta foi produzida na

Revolução Francesa que dispõe em seus primeiros artigos sobre direitos inatos a

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condição humana, valores de liberdade e igualdade, ensejando também a finalidade

da associação política que é a proteção. Tal ato, seja como fundamento dos direitos

históricos ou naturais, assinalou o marco para a criação de diversas constituições

republicanas com os mesmos princípios e direitos assegurados nos artigos dessa

Declaração. Acerca disso, Castro (2006, p. 247) faz a seguinte afirmação:

O ideário constitucionalista que impregnou as várias fases da Revolução foi exportado para todo o ocidente, a ponto de não mais – mesmo depois da Restauração na França e no resto da Europa – não ser mais – concebível um país sem Constituição.

Com o movimento de constitucionalização evidente foi possível perceber uma

relação maior de aproximação entre os países, com a finalidade de proteger os

Direitos Humanos. A partir daí, foi possível observar que as garantias de Estado

transcenderiam os limites soberanos de cada nação para dar lugar à cooperação dos

países, visando à proteção dos direitos dos indivíduos, enquanto seres humanos,

mesmo fora dos limites de suas fronteiras. Assim, se percebe as ideias de Rousseau

enraizadas no sentido de garantir às pessoas os direitos naturais, direitos esses que

não se prendem à bandeira de um país.

No Brasil, o movimento Constitucionalista nasceu justamente com a

independência do País e com o movimento constituinte de 1823, que se

consubstanciavam em uma grande movimentação política em busca de uma

constituição escrita; a comissão foi nomeada por D. Pedro I, composta por seis

ministros e mais quatro membros escolhidos pelo imperador. A Carta Constitucional

foi então outorgada em 1824, tal constituição era de governo Monárquico como

mesmo se verificava em seu artigo 3º. Ela continha além dos três poderes, nos moldes

iluministas, um quarto poder que aparentava servir para harmonizar os demais

poderes, no entanto serviria apenas como um meio de controle utilizado pelo

imperador (CASTRO, 2006, p. 355).

Ainda que esta Constituição servisse, sobretudo como meio de positivação do

poder do Imperador, ela abriu as primeiras portas para as demais constituições do

país, inclusive para a atual constituição de 1988, tendo em vista sua inclinação à luz

das ideias liberais. (BASTOS; MARTINS, 2001, p. 316).

Algo era bem certo, o Brasil em meio aos anos de 1889 ainda não era uma

república federativa, aliás, essa ideia de Republica não era o foco da maioria dos

brasileiros desse período. No entanto, uma parte da elite brasileira considerava que o

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governo monárquico não atenderia mais as necessidades políticas da época. A

Primeira constituição republicana foi promulgada em 1891, tendo grande influência da

Constituição Americana, de acordo com Castro (2006, p. 407).

Uma novidade trazida nessa nova ordem constitucional foi a questão das

eleições, nessa nova ordem o voto não era mais obrigatório. (CASTRO, 2006, p. 422).

Quanto à divisão de poderes, Bastos (2001, p. 328) preleciona:

Quanto aos poderes, volta-se à teoria clássica de Montesquieu, com um executivo presidencialista, um legislativo divido em duas casas: o Senado e a Câmara dos Deputados, sendo o primeiro composto por representantes dos Estados, recrutados em cada uma das unidades da Federação, procurando manter uma proporcionalidade, ainda que não absoluta, com a população destas.

A Constituição de 1934 foi promulgada durante o governo de Getúlio Vargas,

nela estavam preservados o federalismo, o presidencialismo e o regime

representativo. (CASTRO, 2006).

A Constituição de 1937, cujo modelo é basicamente fascista, instituiu o

“Estado Novo” dando os meios possíveis da concentração do poder ao presidente

Getúlio Vargas, e era possível perceber uma clara contrariedade em seu enunciado,

quanto a isso Castro (2006, p. 478) assevera:

Para a Constituição de 1937, embora houvesse a afirmação que o poder emanaria do povo, este era representado exclusivamente pelo Presidente da República, que é descrito como a autoridade “suprema” do Estado. Há que se destacar também que nesta Constituição não há separação de Poderes.

A Constituição de 1946 nasceu logo após o fim da Segunda Guerra Mundial

que, de certa forma, já assinalava o fim do Estado Novo, no qual Getúlio Vargas foi

deposto do seu cargo pelos militares. Os constituintes tiveram sua convocação em 2

de Fevereiro de 1946, terminando seu trabalho em setembro do mesmo ano, de

acordo com Bastos e Martins (2001).

Tal Constituição possuía um objetivo bem específico que era o de colocar fim

a um Estado Autoritário, que não condizia com as aspirações do período pós-guerra.

A constituição sofreu algumas críticas de que estaria muito atrás de outras

constituições estabelecidas em outros países do ocidente, porém era uma Carta

Magna que trazia em seu texto muitos princípios do liberalismo.

Bastos (2001, p. 354) afirma que entre 1946 a 1961 “a nossa primeira

Constituição, do segundo após-guerra, teve uma vida relativamente calma sofrendo

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apenas três emendas nada obstante a vida política nesse período ter sido marcada

por diversos sobressaltos.”

No entanto, a partir de 1961 o país passou por uma série de crises políticas

que se refletiram em diversas emendas constitucionais, conforme Bastos (2001, p.

354). Dentro de tal quadro político, as Forças Armadas que tinham tomado o poder

para si em 31 de março de 1946 se viu em uma situação de poder crescente, poder

no qual apresentava um ideal de pura segurança nacional. Planejaram um novo texto

constitucional que permitiria maior controle e poder ao Estado e menos poder a

população, como explica Bastos (2001, p. 357). Tal Constituição entrou em vigor em

1967.

Com o ato institucional nº 5 (AI – 5) o Regime Político ficou ainda mais severo

e dando mais poder ao executivo e a quebra de diversos direitos, entre eles a própria

suspensão de Habeas Corpus para crimes políticos. Com isso, buscava-se conter

possíveis atos “subversivos”. Contudo, o período tido como mais negro da ditadura

militar foi durante o Governo de Médici, através da Emenda número 1, que aumentava

ainda mais os poderes do Presidente, e restringia muito mais as imunidades

parlamentares. (CASTRO, 2006, p. 559).

A Constituição Federal de 1988 nasce logo após um período de grande

obscuridade no Brasil, como verdadeira carta principiológica da Democracia,

contemplando diversos direitos Clássicos e adquirindo aspectos de um verdadeiro

contrato social ou, por outro lado, possuindo enorme semelhança no seu enunciado.

Diante disso Krischke (1993, p. 150) assevera que “Uma definição mais abrangente

foi a que caracterizou a Constituinte de 1988 como a elaboração de um novo contrato

social.”

Diante do ideal Libertário da Constituição é claramente percebível no artigo 5º

o caráter Contratual assecuratório da nossa Carta Magna.3

6.1 O Art. 5º da Constituição Federal Brasileira sob a ótica contratual

Conforme exposto anteriormente, a atual Constituição Federal Brasileira

contém elencados em seu texto, seja em artigos ou incisos, Princípios Contratualistas

3“Na Constituição de 1988, chamada de “Constituição Cidadã”, aos Direitos Individuais Clássicos são assegurados. O artigo quinto é um exemplo destes princípios, como por exemplo, liberdade de expressão (art. 5º, inciso IX), reunião (art. 5º, inciso XVI), privacidade (art. 5º, inciso X), inviolabilidade de domicilio (art. 5º, inciso XI), inviolabilidade de correspondência(art. 5º, inciso XII”). (CASTRO, 2006, p. 564).

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pregados por Rousseau e outros filósofos adeptos de ideais liberais e contratuais do

Estado. É muito comum serem levantadas questões acerca da real importância dos

princípios para uma norma.

De fato, a importância do princípio é enorme tendo em vista que são

verdadeiros caminhos a serem perseguidos para se chegar a um fim. Se um princípio

é importante para uma norma ordinária por elencar suas finalidades, entende-se que

um princípio na norma constitucional possui um valor ainda maior. Para elucidarmos

tais princípios, é necessária uma análise um pouco mais aprofundada em alguns

desses princípios elencados na nossa Constituição, para ser mais específico, o artigo

5º e alguns de seus incisos. Começando pelo caput “Art.5º Todos são iguais perante

a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos

estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à

igualdade, à segurança e à propriedade [...].”

Na visão de Rousseau (2006), “Sendo os cidadãos todos iguais em virtude do

contrato social, todos podem prescrever o que todos devem fazer, ao passo que

ninguém tem o direito de exigir que outro faça aquilo que ele mesmo não faz.”

O enunciado trata basicamente da igualdade entre homens seja ela legal, no

que tange a lei estabelecida no contrato social, ou natural no sentido de se assegurar

ao ser humano, ainda que estrangeiro, os direitos inerentes a essa condição. Não se

pode confundir a liberdade fundamental das liberdades previstas em lei, uma vez que

as liberdades fundamentais aceitas no contrato social devem ser asseguradas a

todos, inclusive àqueles que não se encontrem na condição de pactuantes do contrato

social. Pois, o simples fato de serem homens já por si só assegura tais direitos,

enquanto a liberdade perante a lei é aquela assegurada pela norma, e deve englobar

tanto aquelas fundamentais como outras desenvolvidas no contrato, um exemplo

disso são os próprios direitos sociais que são tidos como produto histórico pela maioria

dos filósofos.

Art.5º da CF: “[...] I-Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações,

nos termos desta Constituição [...].” Tal inciso indica o que foi tratado na questão da

igualdade, por conseguinte, todos são iguais na medida em que possuem, ou em regra

deveriam possuir, os mesmos direitos assegurados.

Tal inciso nos remete a uma liberdade de fazer aquilo que a lei não impede,

também conhecida como liberdade negativa. Como assinala Bobbio (1997, p.49), tal

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liberdade consiste na possibilidade de fazer ou não fazer algo tendo em vista a não

disposição em contrário pela lei de tal conduta.

Percebe-se nesse texto um princípio de não intervenção do Estado, nesse

caso o corpo político não pode adentrar na vida particular de seus membros se a

coletividade não for violada. Bobbio (1997, p. 51) escreve que a definição clássica de

liberdade civil foi bem conceituada por Rousseau como sendo a liberdade na qual o

homem, como parte do todo, firma o contrato social para estabelecer direitos e

deveres, sendo assim, não obedece se não a si mesmo. Nesse sentido, podemos

aferir que enquanto o homem é livre para obedecer às normas que ele mesmo cria,

também é livre para fazer ou não tudo que ela não proíba. A própria norma

vislumbrada por Rousseau serve de limitação para o poder estatal tendo em vista que

não pode ir além do que está disposto na lei contratual.

Art.5º da CF: “[...]. III- ninguém será submetido à tortura nem a tratamento

desumano ou degradante [...].”. Este inciso elenca em seu texto um cuidado com a

natureza do ser humano, na medida em que assegura o direito de não ter nenhum

tratamento desumano ou degradante. Nesse sentido, podemos perceber o amparo na

norma aos direitos naturais, assegurando-se por meio desse inciso tratamento que

não seja contrário à condição de dignidade da pessoa humana.

Art.5º da CF: “[...]. IV- é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o

anonimato; [...]”. Não se pode impedir um membro social de manifestar seu

pensamento tendo em vista que esse também faz parte do meio social. Se o poder

emana do povo, e se só a vontade do povo é soberana, ninguém pode ser privado de

se manifestar sobre algo, visto que todos são pactuantes, e isso deve ser assegurado

a todos os membros do corpo político.

Art.5º da CF: “[...]. V- é assegurado o direito de resposta, proporcional ao

agravo, além de indenização por dano material, moral ou à imagem [...].” Deve ser

assegurado aos cidadãos meios para que possam ter seus litígios sanados, com a

finalidade básica de promover a paz social, cabendo sanções a todo aquele que

desrespeite a norma do pacto social em detrimento de outro membro do corpo político.

Art.5º da CF: “[...]. VI- é inviolável a liberdade de consciência e de crença,

sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei,

a proteção aos locais de culto e as suas liturgias; [...]”. Tal inciso vai de acordo com

as ideias de Rousseau (2006, p.125) que pregam a livre manifestação de religião,

devendo tal direito ser assegurado pelo contrato social, não sendo mais admissível a

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imposição de uma religião nacional. Consequentemente, todos devem ter liberdade

de escolher sua religião desde que essa não prejudique o corpo social.

Art.5º da CF:

VII- é assegurada, nos termos da lei, prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII- ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

O direito de religião é legitimo desde que não se use desse direito para fugir

de obrigação ou prejudicar a norma contratualista.

Art.5º da CF:

IX- é livre a expressão da atividade intelectual, artística, cientifica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; X- são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XXII- é garantido o direito de propriedade;

Rousseau (2006) assinala que “Todo homem tem naturalmente direito a tudo

que lhe é necessário; mas o ato positivo que o faz proprietário de algum bem o exclui

de todo o resto.” Com efeito, o Estado deve garantir ao homem todo bem que lhe seja

necessário à sobrevivência, sendo garantido ao membro do corpo político o direito a

ter bens particulares, os quais o Estado não pode interferir salvo algumas exceções.

7 CONCLUSÃO

Dentro da perspectiva Contratualista observa-se que a maior razão para a

formação de um Estado de Direito está em se compreender que o poder deve emanar

do povo, ou seja, tal poder deve ser utilizado com a finalidade básica de garantir o

bem estar social daqueles ao qual tal pacto se vincula. Desse modo, admitindo-se que

a força de todos não pode e nem deve submeter-se a vontade de um, e que o Estado

não pode atingir o indivíduo além do que de suas atribuições lhe permitem,

encontramos a linha de pensamento defendida por Rousseau e tantos outros

estudiosos sociais, ou seja, os que defenderam e lutaram por um “Contrato Social”

que realmente fosse revestido de benefícios àqueles que iria tutelar.

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Podemos conceber nossa atual Carta Magna como um dos frutos do

pensamento iluminista. Sem dúvida, a Constituição Brasileira de 1988 é talvez um dos

documentos constitucionais que mais traz em seu texto legal dispositivos de garantias,

liberdades e Direitos Fundamentais, segundo uma ótica rousseauneana, e isso é

claramente percebido em seus princípios basilares dispostos em seu artigo 5º.

É importante destacar que uma Carta Constitucional (contrato social)

dependendo de como é interpretada e aplicada pode produzir efeitos contrários ao

seu real propósito, pois a falta de aderência às transformações sociais ou, até mesmo

o intencional desvirtuamento de alguns detentores do dever de aplicar-lhe ao benefício

comum a que se destinam, desvirtuam sua trajetória na direção de outros interesses.

Entende-se, no entanto, que cabe ao povo fiscalizar e fazer valer tal Pacto Social, de

modo a se revestir no mais forte instrumento de garantias e direitos estendidos a cada

membro do corpo social.

REFERÊNCIAS

BASTOS, Celso Ribeiro; MARTINS, Ives Gandra. Comentários à Constituição do Brasil. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2001. BERGER, Peter L.; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade. 14. ed. Petrópolis: Vozes,1997. BITTAR, Eduardo C. B. Bittar; ALMEIDA, Guilherme Assis. Curso de filosofia do direito. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2010. BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. ______. Igualdade e liberdade. 2. ed. Rio de Janeiro: Ediouro,1997. CASTRO, Flávia Lages de Castro. História do direito geral e Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro: Lumem Juris, 2006. CUNHA JÚNIOR, Dirley. Curso de direito constitucional. 3. ed. Bahia: Podivm, 2009. KRISCHKE, Paulo J.O contrato social: ontem e hoje. São Paulo: Cortez, 1993. MEDEIROS, Maria Bernadette de Moraes. O estado e os direitos humanos: uma visão em perspectiva. Revista Virtual Textos & Contextos, n. 2, dez. 2003. MORAES, Alexandre. Direito constitucional. 25. ed. São Paulo: Atlas, 2010. REALE, Miguel. Filosofia do direito. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.

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74

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. São Paulo: Martim Claret, 2005. ______. Do contrato social. São Paulo: Martim Claret, 2006.

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5 ESTRUTURA DE RESENHA

Resenha: exposição sobre o conteúdo de uma obra, acompanhada de uma

avaliação crítica, sempre fundamentada. Crítica: “ação interpretativa, avaliativa,

argumentativa, comparativa, sobre o texto ou obra”. (MEZARROBA; MONTEIRO,

2003, p. 243). Requer certo conhecimento prévio sobre o tema.

5.1 Passos para elaborar resenha: elementos básicos

Cabeçalho:

Identifique a obra resenhada: apresentação dos dados bibliográficos

(referências) essenciais da obra que você vai resenhar.

Identifique o autor da resenha (você): Resenhado por:....................

Texto:

Apresentação do autor (credenciais) da obra: publicações mais

relevantes, formação acadêmica, atuação profissional, áreas de interesse (ver

currículo Lattes).

Descreva a estrutura e o conteúdo da obra resenhada: como está

dividida; apresente uma síntese das ideias centrais da obra em estudo (o que trata o

texto).

Analise crítica: observe as qualidades do texto: clareza, concisão,

correção e elegância. Informe se exige conhecimento prévio para o entendimento do

tema: quais são as conclusões, decisões, posicionamentos do autor da obra

resenhada. Aqui você pode argumentar baseando-se em ideias de outros autores

(citações). Analise qual é a contribuição dada pela obra, se as ideias são polêmicas,

se são divergentes ou não de outros autores; se este conhecimento é amplo ou

restrito, se a abordagem está em vigência ou não, ou se é uma abordagem diferente

dos autores pesquisados e se há contribuição para a sua área de conhecimento.

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Referências

Referenciar (em ordem alfabética) as obras citadas (sem ser a obra

resenhada).

5.2 Modelo de resenha

BOBBIO, Norberto. O terceiro ausente: ensaios e discurso obre a paz e a guerra. São Paulo: Manole, 2009. 309 p.

Resenhado por: Rafael Salatini

Norberto Bobbio nasceu em 1909 e morreu em 2004. Ingressou na Faculdade

de Direito da Universidade de Turín em 1927. Foi professor universitário de Filosofia

do Direito e teórico do pensamento político. Suas ideias são influenciadas,

principalmente, pelas ideias do filosofo Thomas Hobbes, considerado por Bobbio

como um dos maiores especialistas do pensamento político. (BIOGRAFÍAS Y VIDAS,

2012).

A publicação brasileira, O terceiro ausente, pela editora Manole e pelo centro

de Estudos Norberto Bobbio, traz ao leitor brasileiro a mais extensa coletânea de

textos bobbianos dedicados ao tema da guerra e da paz.

O livro, organizado por Pietro Polito, se divide em quatro partes: a primeira

versando sobre as relações internacionais no contexto da era nuclear, a segunda

abordando as relações internacionais sob o ponto de vista dos direitos do homem, a

terceira reunindo um conjunto de discursos pacifistas feitos pelo autor, e, por fim, a

quarta seção reunindo os artigos de temática internacional publicados no jornal La

Estampa. Como escreve Polito (2006, p. 302) os escritos, que vão de 1961 a 1988,

“movimenta[m-se] constantemente entre a reflexão teórica e o engajamento político”.

A primeira seção, intitulada “Guerra e paz”, é composta de quatro textos. “Paz

ou liberdade?”, de 1961, reproduz o prefácio escrito pelo autor a Ser ou não ser –

Diário de Hiroshima e Nagasaki, de G. Anders, em que Bobbio avança no sentido da

argumentação moral contra a política termonuclear.

Comparando o pacifismo instrumental (desarmamento atômico), o pacifismo

institucional (organização jurídica) e o pacifismo moral como os remédios possíveis

para o fenômeno da guerra atômica, Bobbio (2009, p. 172) conclui:

Arial ou Times New Romam, caixa alta, fonte 12, alinhado à direita.

Ver item 3.3.1, p. 30.

Arial ou Times New Roman, fonte 12, justificado, 1,5 entre linhas

Ver item 3.3.1, p. 30.

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O que caracteriza a doutrina da não-violência é a invenção e a prática de técnicas para uma ação não-violenta que deveriam, se usadas de modo inteligente e orquestrado, resolver também aqueles conflitos para a resolução dos quais usualmente se recorre à violência. O pacifismo[jurídico] é aquele que considera a guerra efeito de um estado sem direito, de um estado, portanto, no qual não existem normas eficazes para a regulação dos conflitos.

Terminando a seção, o texto “A paz por meio do direito” (BOBBIO, 2009, p.

140-175) sugere a relação entre direito e paz.

O terceiro ausente trata-se, assim, de uma obra, não somente analítica, como

consiste a maior parte da obra de Bobbio publicada em português, mas também, e,

sobretudo, axiológica, em torno de dois fins, a paz e os direitos dos homens, mas

também em torno de um meio, a não violência. Frente à doutrina do “equilíbrio do

terror”, Bobbio (2009) defende a “ética do diálogo”, com a coragem, a lucidez e a

coerência longitudinal que poucos pensadores políticos tiveram em seu século.

Ademais, numa época de especialistas (especialistas criaram as armas

atômicas, especialistas debatem as relações internacionais, outros), Bobbio (2009)

escreve aqui como um não especialista, como um simples objetos de consciência.

Encontramos nesse trabalho argumentos que validam as conclusões do autor da obra.

Sendo assim, O terceiro ausente trata-se, assim, de uma obra, não somente analítica,

mas também, e, sobretudo, axiológica, em torno de dois fins, a paz e os direitos

dos homens, mas também em torno de um meio, a não violência e o autor filósofo

descreve, com a clareza, elegância e objetividade de costume em suas obras.

REFERÊNCIAS

POLITO, Pietro. O ofício de viver, o ofício de ensinar, o ofício de escrever: entrevista de Norberto Bobbio a Pietro Polito. Estudos avançados, São Paulo, v. 20, n. 58, p.189-209. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S0103-40142006000300019&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 29 out. 2012.

Ver item 3.3.1, p. 30.

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6 ESTRUTURA DE FICHAMENTO

Fichamento é um procedimento utilizado na elaboração de fichas de leitura

em que constam informações relevantes sobre um texto lido. O gênero fichamento

pode ser constituído por dados descritivos da obra (referência), citação direta (cópia

na íntegra das ideias do autor), citação indireta (paráfrase) e comentários do autor do

fichamento sobre o texto lido.

A referência deve ser registrada logo no início do fichamento.

6.1 Modelo de fichamento

BOMBASSARO, Luis Carlos. Como se julga o conhecimento. In:______. As fronteiras da epistemologia. Petrópolis: Vozes, 1992. cap. 2.

Citação direta (cópia na íntegra):

"[...] a tendência analítica e a tendência histórica para as quais racionalidade e

historicidade constituem categorias que possam ser coadunadas.” (p. 69)

Paráfrase / citação indireta

Racionalidade e historicidade constituem duas dimensões que não podem ser

consideradas separadamente. (ver p. 28).

Comentários:

- A análise desmonta o objeto, ou o fenômeno da forma como se apresenta, atual,

ao investigador.

- Situar a análise no interior da dialética e verificar como o Kosik trata a questão.

Fonte: Elaborado próprio autor

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7 CITAÇÕES

Segundo a ABNT NBR 10520 (2002), citação diz respeito “a menção de uma

informação extraída de outra fonte.” Há três tipos de citações:

o Citação direta;

o Citação indireta;

o Citação de citação.

7.1 Citação direta

Segundo a ABNT NBR 10520 (2002), citação direta é a “transcrição textual da

parte da obra do autor consultado.” A paginação é obrigatória. Há dois tipos de citação

direta:

Citação com até três linhas

São transcritas entre aspas duplas, vindas incorporadas ao parágrafo, com

indicativo da autoria, do ano e da(s) página(s) em que aparece(m) no texto.

Citação com um autor

Autor mencionado no início da citação:

Góes (2002, p. 3) acredita que “[...] só pelos 40.000 anos a.C. é que o humano

começou a produzir formas que recriavam a realidade em que ele vivia, exprimindo,

desse modo, suas angústias e seus pavores.”

Autor mencionado no final da citação:

“Encontra-se também a informação de que técnicas de preparo do solo

desenvolvidas foram introduzidas sem modificações nos trópicos.” (CASTRO, 1989,

p. 7).

Autor com letra minúscula, fora do parêntese, ano, página.

Autor com letra maiúscula, ano, páginas entre parêntese.

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80

Citação com 2 autores: os sobrenomes são separados pela conjunção “e” se

estiverem fora do parêntese. E por “ponto e vírgula” se estiverem entre parêntese.

Peixoto e Gomes (2000, p. 111) afirmam que “só no final do século XVII descobriram-

se jazidas importantes.”

Citação com três autores: Indicação dos três sobrenomes, separando o primeiro por

vírgula e o segundo pela conjunção “e” se estiverem fora do parêntese. E por “ponto

e vírgula” se estiverem entre parêntese.

Pereira, Silva e Chaves (1991, p. 54), comentam que “a introdução e apresentação do

assunto [...].”

Citação com mais de três autores: Coloca-se os sobrenome do primeiro autor em

caixa alta (letras maiúsculas) seguido da expressão et al.

Gomes et al. (1998, p. 13) constatam que “os poetas selecionados são os que mais

contribuíram para a poesia do século XIX.”

Para destacar trechos da Citação: Use a expressão grifo nosso

“[...] para que não tenha lugar à produção de degenerados, quer physicos quer

Moraes, misérias, verdadeiras ameaças à sociedade.” (SOUTO, 1916, p. 46, grifo

nosso).

Destaque do autor: Use a expressão grifo do autor.

“As notas de rodapé são muito úteis nos relatórios quando se pretende oferecer

informações adicionais sem quebrar a continuidade do texto.” (GIL, 1999, p. 195,

grifo do autor).

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Organização como autor: entidades coletivas, governamentais, públicas e privadas.

“Comunidade tem que poder ser intercambiada em qualquer circunstância, sem

qualquer restrições estatais, pelas moedas dos outros Estados-membros.”

(COMISSSÃO DAS COMUNIDADES EUROPÉIAS, 1992, p. 34).

Sem indicação de autoria

“As IES implementarão mecanismos democráticos, legítimos e transparentes de

avaliação sistemática das suas atividades, levando em conta seus objetivos

institucionais e seus compromissos para com a sociedade.” (ANTEPROJETO...,1987,

p. 55)

Supressão: Para suprimir partes da citação, usa-se [...] em substituição ao trecho

eliminado).

“[...] o trabalho acadêmico constitui-se numa preparação metodológica para futuros

trabalhos de investigação.” (FRANÇA, 1998, p. 53).

Interpolações: Representam comentários, explicações ou acréscimos inseridos,

apresentados entre colchetes [ ].

“Nesse sistema ocorre o vozeamento [ou seja, ausência] na produção dos

sons.” (CRISTAL, 1997, p. 27).

Citação com mais de três linhas

Deve apresentar-se em um parágrafo independente, com recuo de 4 cm da

margem esquerda e com letra menor (fonte 10), espaço simples e sem aspas.

Nome da organização em maiúsculo, ano, páginas entre parênteses.

Primeira palavra do título em caixa alta, reticências, data de publicação e da página entre parêntese.

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82

Autor mencionado no início da citação

Severino (2002, p. 49) diz que:

Qualquer que seja a forma do trabalho científico é preciso relembrar que todo trabalho desta natureza tem por objetivo intrínseco a demonstração, o desenvolvimento de um raciocínio lógico. Ele assume sempre uma forma dissertativa, ou seja, busca demonstrar, mediante argumentos, uma tese, que é uma solução proposta para um problema.

Autor mencionado no final da citação:

Qualquer que seja a forma do trabalho científico é preciso relembrar que todo trabalho desta natureza tem por objetivo intrínseco a demonstração, o desenvolvimento de um raciocínio lógico. Ele assume sempre uma forma dissertativa, ou seja, busca demonstrar, mediante argumentos, uma tese, que é uma solução proposta para um problema. (SEVERINO, 2002, p. 49).

7.2 Citação indireta

Segundo a ABNT NBR 10520 (2002), citação indireta é o “texto baseado na

obra do autor consultado”. Acontece quando se reproduzem ideias e informações do

documento sem transcrever as próprias palavras do autor. Pode aparecer na forma

de paráfrase, não necessitando de aspas e sendo opcional a identificação das páginas

originais. A paginação é opcional.

Autor mencionado no início da citação

Para Schein (1992), a cultura de um grupo pode ser definida como um padrão

de pressupostos básicos que ele aprendeu à medida que resolvia seus problemas de

adaptação externa e de integração interna.

Autor com letra maiúscula, ano, páginas entre parêntese

Autor com letra minúscula, fora do parêntese.

Autor com letra minúscula, fora do parêntese.

1 espaço 1,5

1 espaço 1,5

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Autor mencionado no final da citação

Enquanto os pais se concentram na conquista de riquezas, em aumentar o

interesse por si mesmo e pelos prazeres da vida, os jovens nos mostram que ainda

falta alguma coisa, quando se voltam para a natureza, buscando orientação espiritual

ou recorrendo a drogas e outros prazeres artificiais. (DERTOUZOS, 2000).

7.3 Citação de citação

Segundo a ABNT NBR 10520 (2002), citação de citação é a “citação direta ou

indireta de um texto em que não se teve acesso ao original.” Ou seja, é a transcrição

de textos de um documento ao qual não se teve acesso, se tomando conhecimento

por meio de outros documentos.

Citar o sobrenome do autor do documento não consultado, a data seguida da

expressão ‘apud’ (citado por), mais o sobrenome do autor do documento consultado,

a data e a página.

Autor mencionado no início da citação

Alves (2001 apud AMARAL, 2002, p. 95) “vai aqui pedido de alguém que sofre

ao ver o rosto aflito das crianças [...] ‘Por favor, me ajude a ser feliz’.”

Autor mencionado no final da citação

“Vai aqui pedido de alguém que sofre ao ver o rosto aflito das crianças [...]

‘Por favor, me ajude a ser feliz’.” (ALVES, 2001 apud AMARAL, 2002, p. 95).

7.4 Citação de Jurisprudência

Citação no texto (apresentar todos os elementos informativos da jurisprudência, na

forma texto, primando pela clareza e evitando siglas)

Autor com letra maiúscula, ano, entre parêntese.

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a) Citação curta:

O Supremo Tribunal Federal, em Agravo Regimental no Recurso

Extraordinário nº554772 - Rio Grande do Sul, relator Ministro Eros Grau, julgado em

23 de setembro de 2007, esclarece que “A paternidade, como um direito indisponível

que é inerente à personalidade civil, deve ser investigada da forma mais abrangente

possível.”

b) Citação longa:

De acordo com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Apelação Cível nº

2004.020843-0, de Tubarão, relator Desembargador Sérgio Izidoro Heil, publicado em

19 março de 2009:

[...] todo o empenho da autora foi posto a risco, ‘transformado em sentimento de indignação e humilhação ao ver a autoria de sua pesquisa, fruto de anos de esforço, ser aproveitada por outrem, como tentativa de colher os louros da boa criação alheia, sem referência a esse labor intelectual que demandou tempo, dinheiro com compra de livros e angústia quanto aos seus resultados científicos’ [...].

7.5 Citação verbal

Indicação de dados obtidos por informação oral (em sala de aula, palestras,

debates, etc.). É indicada pela expressão “informação verbal”, entre parêntese e

mencionando-se os dados disponíveis em nota de rodapé.

No texto:

A Biblioteca Universitária da UFMG pretende elaborar um projeto de acesso às Bases

de Dados Nacionais na área de Biologia (informação verbal).1

Em nota de rodapé:

_____________________ 1Informe repassado em reunião das Bibliotecas do SB-UFMG, em maio de 1998.

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7.6 Citação da Bíblia

“Vós sois o sal da terra. Se o sal perde o sabor, com que lhe será restituído o

sabor? Para mais nada serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens.”

(BÍBLIA, Mateus, 5: 13).

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8 NOTAS DE RODAPÉ

São indicações, observações, explicações que não devem ser incluídas no

texto para não interromper a sequência da leitura.

As notas de rodapé devem ser digitadas em espaço simples, em fonte menor

do que usado no trabalho (fonte 10) e separadas do texto por um filete de 5cm a partir

da margem esquerda. Utilizam-se algarismos arábicos, sobrescritos, sem parênteses

e com enumeração consecutiva.

a) Notas de referências:

Notas que indicam fontes consultadas.

Exemplo

_____________________ 1NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010.

b) Notas explicativas: São produzidas para dar explicações, comentários ou esclarecimento. Devem

ser breves, objetivas e sucintas.

Exemplo:

_____________________ 1 Trabalho realizado com o auxílio financeiro da CAPES e CNPQ.

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9 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

9.1 Termos ou expressões latinas utilizadas no trabalho

As expressões latinas podem ser utilizadas para evitar repetições, dar

sustentação ao texto e demonstrar os autores que comungam ou divergem de

opiniões, posturas e ideias. Assim, fazer uso desse recurso, favorece ao pesquisador

no sentido de dar segurança sobre as informações que estão sendo repassadas para

o leitor.

o apud

Significa "citado por". Nas citações, é utilizada para informar que o que foi

transcrito de uma obra de um determinado autor, na verdade, pertence a outro.

Exemplo: (VIANNA, 1986, p. 172 apud SEGATTO, 1995, p. 214-215)), ou seja,

VIANNA "citado por" SEGATTO.

o et al.

Significa "e outros". Utilizado quando a obra foi executada por mais de 3

autores. Exemplo: Numa obra escrita por Helena Schirm, Maria Cecília Rubinger de

Ottoni e Rosana Velloso Montanari escreve-se: SCHIRM, Helena et al.

o In

Significa “em”.

o ipsis litteris

Significa "pelas mesmas letras", "literalmente". Utiliza-se para expressar que o

texto foi transcrito com fidelidade, mesmo que possa parecer estranho ou esteja

reconhecidamente escrito com erros de linguagem.

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o ipsis verbis

Significa "pelas mesmas palavras", "textualmente". Utiliza-se da mesma forma

que ipsis litteris ou sic.

o sic: Significa "assim".

Ela deve ser utilizada como recurso que serve para evitar a intervenção ou a

alteração no corpo do texto ou em diálogo transcrito. Utiliza-se da mesma forma que

ipsis litteris ou ipsis verbis.

o Cf: significa “confere, confronte”.

Usada como abreviatura para recomendar consulta a um trabalho.

9.2 Documentos sem data

Se nenhuma data de publicação puder ser determinada, registra-se uma data

aproximada entre colchetes.

[1999 ou 2000] um ano ou outro

[2001?] data provável

[2003] data certa, não indicada no item

[entre 1990 e 2000] use intervalos menores de 20 anos

[ca. 1970] data aproximada

[197-] década certa

[197-?] década provável

[20--] século certo

[20--?] século provável

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9.3 Abreviaturas dos meses

MÊS ABREVIATURA janeiro jan.

fevereiro fev. março mar abril abr. maio maio junho jun. julho jul.

agosto ago. setembro set. outubro out.

novembro nov. dezembro dez.

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10 CONSIDERAÇÕES FINAIS PARA ENTREGA DO TCC

O aluno deverá entregar as 3 (três) cópias impressas e encadernadas de seu

trabalho, após declaração de aptidão do Orientador, para os demais membros da

Banca Examinadora com, no mínimo, 10 (dez) dias de antecedência da data da

defesa.

Depois da apresentação e aprovação o aluno deverá:

o Fazer as correções solicitadas pela Banca examinadora;

o Fazer a Ficha Catalográfica (na modalidade MONOGRAFIA) com o

Bibliotecário da Instituição;

o Mostrar para o orientador a versão final corrigida;

o Pedir o Orientador para assinar a Declaração de Análise e Correção

(ANEXO A);

o Entregar a Declaração de Análise e Correção (ANEXO A), o TCC

gravado em PDF no CD (caixa do CD de Acrílico) com a identificação (ANEXO

B) do aluno na Coordenação de Monografia.

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REFERÊNCIAS

ANEZ, M. E. M. Metodologia didática de modelagem e simulação empresarial aplicada ao ensino da administração. Disponível em: <http://www.upis.br/dinamicadenegocios/arquivos/13%20Artigo%20Oficial%20SIMADM%20na%20educa%C3%A7%C3%A3o.pdf >. Acesso em: 21 jan. 2009. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002. ______. NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um documento escrito: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. ______. NBR 6027:informação e documentação: sumário: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. ______. NBR 6028:informação e documentação: resumo: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. ______. NBR 10520: informação e documentação: citações em documento: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. ______. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2011. BARBALHO, Célia Regina Simonetti; MORAES, Suely Oliveira. Guia para normalização de teses e dissertações. Manaus: UFAM, 2005. BELLO, José Luiz de Paiva. Metodologia científica. Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Rio de Janeiro, 2000. BUSS, Ricardo Niehues. A Formação humanista no curso de graduação em administração em relação aos demais cursos da Universidade Federal de Santa Catarina. 2006. 125 f. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Administração. Florianópolis, 2006. GONÇALVES, Hortência de Abreu. Manual de monografia, dissertação e tese: inclui exercício prático e normas de referências, citações e notas de rodapé. São Paulo: Avercamp, 2004. GUIMARÃES, Cleomar Cardoso. Responsabilidade civil dos bancos pela devolução de cheques sem fundo de seus correntistas no âmbito de Araguaína/TO. 2010. 67 f. Monografia (Graduação em Administração) - Faculdade Católica Dom Orione, Araguaína, 2010.

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92

JOHNSON, Diana dos Santos. Espaço e tempo na dinâmica das relações de trabalho entre empresa matriz e profissionais-consultores: um estudo exploratório. 2007. 117 f. Dissertação (Mestrado em Administração). Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto COPPEAD de Administração, Rio de Janeiro, 2007. JORGE, Ciro Magalhães de Melo. Planejamento de redes logísticas via simulação: analisando fatores determinantes das decisões de localização e centralização da distribuição. 2008. 135 f. Dissertação (Mestrado em Administração). Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto COPPEAD de Administração, Rio de Janeiro, 2008. LUZ, Danylo Sousa. O plano de negócio como ferramenta estratégica no desenvolvimento das empresas na cidade de Araguaína-TO. 2009. 52 f. Monografia (Graduação em Administração) - Faculdade Católica Dom Orione, Araguaína, 2009. MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2008. OLIVEIRA, Edson de Sousa; BRASIL, Heloísa dos Santos. Manual de normalização de trabalhos acadêmicos. Miracema: UFT, 2006. RIBEIRO, Ilma Pereira. Adolescente em conflito com a lei: a eficácia das medidas socioeducativas na comarca de Araguaína. 2010. 71 f. Monografia (Graduação em Direito) - Faculdade Católica Dom Orione, Araguaína, 2010.

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ANEXO A – Declaração de Análise e Correção TCC

DECLARAÇÃO DE ANÁLISE E CORREÇÃO TCC

EU, ______________________________________________________ professor (a)

orientador (a) do Aluno (a) _______________________________________________

matrícula nº ________________ do curso de ____________________________ da

FACULDADA CATÓLICA DOM ORIONE, declaro para os devidos fins que, o orientando

realizou todas as correções necessárias solicitadas pela Banca Examinadora no Trabalho de

Conclusão de Curso – TCC apresentado e aprovado no dia _____ / _____ / _____.

Por ser verdade firmo o presente.

Araguaína, _____ de ______________ de 20___.

________________________________________________

Orientador (a)

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ANEXO B – Modelo identificação para o CD de Graduação

FACULDADE CATÓLICA DOM ORIONE

CURSO DE XXXXXXXX

ALUNO (A)

TÍTULO

Orientador: Prof. ..........................

ARAGUAÍNA - TO

ANO

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

Tamanho 12,5cm X 12,5cm

Arial, caixa alta, fonte 12, centralizado

Arial, caixa alta, fonte 12, centralizado

Arial, caixa alta, fonte 12, centralizado 1 espaço simples

Arial, caixa alta, fonte 12, negrito, centralizado, negrito

Arial, caixa alta, fonte 12, centralizado, 1,5 entre linhas

2 espaço simples

Arial, caixa baixa, fonte 10, alinhado à direita

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ANEXO C - Modelo identificação para o CD de Pós-Graduação

FACULDADE CATÓLICA DOM ORIONE

NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

CURSO DE XXXXXXXX

ALUNO (A)

TÍTULO

Orientador: Prof. ..........................

ARAGUAÍNA ANO

Arial, caixa alta, fonte 12, centralizado

Arial, caixa alta, fonte 12, negrito, centralizado, negrito

2 espaço simples

Arial, caixa alta, fonte 12, centralizado, 1,5 entre linhas Arial, caixa baixa, fonte

10, alinhado à direita

Arial, caixa alta, fonte 12, centralizado

Arial, caixa alta, fonte 12, centralizado

Arial, caixa alta, fonte 12, centralizado

Tamanho 12,5cm X 12,5cm

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ANEXO D – Resolução 005/2013

Resolução Nº 005, de 1 de Agosto de 2013

Define as atribuições e regulamenta as atividades desenvolvidas pelo Núcleo de Trabalho de Conclusão de Curso (Núcleo de TCC) da Faculdade Católica Dom Orione, estabelece as diretrizes, normas e procedimentos para orientação, elaboração e defesa do Trabalho de Conclusão dos Cursos (TCC) ofertados e torna sem efeito a Portaria nº 22/2008 e a Resolução CONSUFACDO nº 001/2010.

O Diretor Geral da Faculdade Católica Dom Orione, no uso de suas atribuições legais, estatutárias e regimentais e considerando que;

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da FACDO consiste em um momento concentrado em que devem ser demonstradas, através de atividade orientada de pesquisa, as competências e habilidades desenvolvidas pelo acadêmico ao longo do curso;

Regulamenta:

1. Atribuições do Núcleo de TCC

. Definir o quadro de professores orientadores da instituição, em conjunto com as Coordenações de Cursos e a Diretoria Acadêmica e divulgar lista de orientadores disponíveis no início de cada semestre letivo.

. Divulgar o cronograma de apresentação do TCC, estabelecendo datas para a formação das Bancas Examinadoras, em conformidade com o calendário acadêmico e as especificidades de cada curso.

. Informar a carga horária dos professores orientadores à Coordenação de Recursos Humanos.

. Obter o Termo de Compromisso de aluno e professor orientador.

. Obter e manter arquivo de toda a documentação inerente ao processo de orientação, elaboração e defesa do TCC, fazendo os encaminhamentos necessários nos termos deste instrumento, bem como exigindo do aluno e do orientador a entrega de tais documentos.

. Aprovar a formação da Banca Examinadora, quando couber, levando em conta a indicação do orientador.

. Fazer interface entre alunos e orientadores, durante o processo de elaboração do trabalho de conclusão de curso.

. Emitir Declaração de Orientação e Participação em Banca de Defesa de TCC, quando couber, aos professores convidados membros da Banca Examinadora, que deverá ser assinada pelo Supervisor de TCC, Coordenador do Curso e Diretor Acadêmico.

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. Elaborar e implementar o funcionamento dos modelos de formulários necessários ao cumprimento desta Resolução.

. Suprir, em conjunto com as coordenações de cursos, as eventuais omissões encontradas neste instrumento.

2. Professores Orientadores

O TCC é desenvolvido sob a orientação de um professor pertencente ao quadro da FACDO, que demonstre ter afinidade com a área de conhecimento da pesquisa a ser desenvolvida e que seja escolhido pelo aluno, com anuência prévia do Núcleo de TCC.

. O vínculo entre orientando e orientador se estabelece mediante a assinatura do Termo de Compromisso, que deve ser entregue no Núcleo de TCC para os devidos registros.

. O acadêmico poderá solicitar ao Núcleo de TCC que o auxilie na indicação do professor orientador.

. Cada professor pode orientar, no máximo, 12 (doze) alunos.

. É facultado ao orientando e ao orientador desistir da orientação até a data da segunda avaliação semestral (N2), conforme definido em calendário acadêmico, informando o Núcleo de TCC, por escrito e com justificativas.

. Os professores orientadores possuem, dentre outros, os seguintes deveres específicos:

a) frequentar as reuniões convocadas pelo Supervisor de TCC;

b) atender periodicamente seus orientandos, em horário previamente agendado com os mesmos, acompanhando-os durante todo o processo de elaboração e defesa do trabalho de conclusão de curso, lendo, discutindo as versões apresentadas, indicando bibliografias e informando as modificações necessárias;

c) agendar junto ao Núcleo de TCC e manter registro dos encontros com o orientando, em formulário próprio, relatando as orientações dadas em cada reunião e coletando as assinaturas.

d) participar das Bancas Examinadoras para as quais estiver designado;

e) assinar, juntamente com os demais membros das Bancas Examinadoras, as fichas de avaliação dos Trabalhos de Conclusão de Curso e as atas finais das sessões de defesa;

f) observar as normas para elaboração do projeto e defesa de TCC, cumprindo o cronograma estabelecido pela FACDO;

g) informar ao Supervisor de TCC das ocorrências relevantes vivenciadas durante o processo de orientação;

h) atestar, por meio de termo próprio, que o TCC está apto a ser defendido pelo orientando, encaminhando o termo ao Núcleo de TCC, solicitando a formação da Banca Examinadora, quando couber, bem como sugerindo data para a defesa, de acordo com calendário acadêmico;

i) conferir a versão final do TCC, tendo em vista as ressalvas apontadas pela Banca Examinadora, quando for o caso, observando os critérios de normalização;

j) zelar pela manutenção da ordem durante a defesa do TCC;

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k) cumprir e fazer cumprir esta Resolução.

3. Acadêmicos Orientandos

Estão aptos a iniciar, formalmente, a orientação e elaboração do TCC os acadêmicos devidamente matriculados na FACDO e que já foram aprovados ou dispensados integralmente da disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica ou equivalente, sem prejuízo do disposto no Projeto Pedagógico de cada curso.

. Após o início formal da orientação, o acadêmico de graduação terá o prazo de 1 (um) ano para defesa do trabalho, perante banca examinadora, quando couber.

. O acadêmico da graduação que optar pela modalidade artigo científico e tendo realizado ou realizar publicação, junto com o orientador, durante o período da graduação, em Revistas Qualis B ou da FACDO, estará dispensado de apresentação perante banca examinadora.

. Após o término do curso de pós-graduação lato sensu o acadêmico terá o prazo de até 60 (sessenta) dias para entrega de Artigo Científico ou 90 (noventa) dias para entrega de Monografia, que deverá ser submetido(a) à avaliação para aprovação, conforme Regulamento próprio da pós-graduação, ficando dispensado(a) da apresentação perante Banca Examinadora.

. Compete ao acadêmico orientando:

a) observar as normas para elaboração do trabalho de acordo com Manual para Apresentação e Normalização de Trabalhos Acadêmicos da FACDO, Anexo I desta Resolução, cumprindo o cronograma estabelecido;

b) escolher o orientador, observando os critérios estabelecidos nesta Resolução;

c) desenvolver o TCC, tendo em vista o projeto previamente definido e aprovado pelo orientador ou, conforme o caso, pelo professor da disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica;

d) custear todas as despesas decorrentes da elaboração e defesa do TCC.

4. Defesa do TCC

. A Banca Examinadora, quando couber, presidida pelo orientador, será composta por 3 (três) membros, a saber:

a) o orientador; e,

b) dois professores examinadores, indicados pelo orientador, pertencentes ao quadro da FACDO, de preferência, e que mantenha afinidade com a área de conhecimento do TCC desenvolvido, com anuência do Supervisor de TCC.

. É dever de cada membro da banca ler, na íntegra, a versão final do TCC que será apresentado pelo acadêmico.

. A Banca Examinadora tem as seguintes atribuições:

a) verificar o cumprimento de todas as regras de elaboração do TCC, conforme os respectivos instrumentos, zelando pela qualidade do trabalho apresentado;

b) zelar para que, durante a defesa do TCC, sejam respeitadas as regras descritas nesta Resolução.

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. Após a emissão pelo orientador do termo de aptidão, o acadêmico deverá entregar cópias impressas e encadernadas do TCC, a cada um dos membros da Banca Examinadora, no prazo, improrrogável, de 10 (dez) dias antes da data prevista para a defesa.

. A defesa do TCC, perante a Banca Examinadora, quando couber, consistirá em exposição oral pelo aluno de, no máximo, 20 (vinte) minutos, podendo usar os recursos didáticos que julgar conveniente.

. O acadêmico que não se apresentar para a defesa oral sem justificativa plausível estará automaticamente reprovado.

5. Avaliação Perante a Banca Examinadora

. Após a exposição do acadêmico, cada membro da banca terá 10 (dez) minutos para argui-lo acerca do trabalho apresentado, cabendo ao acadêmico, o mesmo tempo para responder.

. O TCC na modalidade artigo publicado em Revista Qualis B ou na Revista da FACDO obedecerá aos critérios avaliativos das respectivas revistas e cópia do artigo publicado (durante o período da graduação) deverá ser entregue no Núcleo de TCC.

. Ultrapassada a fase das arguições, a Banca Examinadora reunir-se-á, secretamente, no prazo máximo de 20 (vinte) minutos, para avaliação do TCC, que observará os critérios previamente definidos pelo Núcleo Docente Estruturante (NDE) de cada curso.

. O TCC avaliado receberá os conceitos “aprovado” ou “reprovado”, observados os critérios do sistema de avaliação da FACDO, que exige nota igual ou superior a 6,0 (seis) pontos para aprovação.

. A Banca Examinadora poderá solicitar correções a serem feitas pelo acadêmico, situação em que a emissão da nota final do trabalho ficará condicionada ao atendimento de tais solicitações.

. No caso da ocorrência prevista no parágrafo anterior, o acadêmico deverá apresentar a versão final de seu trabalho, no prazo máximo de 10 (dez) dias, após a data da banca, em uma via para a Biblioteca, em formato digital, conforme a exigência prevista no Manual para Apresentação e Normalização de Trabalhos Acadêmicos, anexo I desta Resolução.

. Caso as modificações sugeridas pelos examinadores não sejam satisfatoriamente atendidas pelo acadêmico, o mesmo será considerado reprovado, devendo o responsável pela avaliação da versão modificada, elaborar justificativa demonstrando o não cumprimento das modificações solicitadas.

. No caso da ocorrência prevista no parágrafo anterior, o acadêmico deverá inscrever-se, novamente, no "Trabalho de Conclusão de Curso" e apresentar outro trabalho no semestre seguinte.

. A Banca Examinadora reprovará, sumariamente, e sem direito a outra apresentação do trabalho reprovado no mesmo período letivo, o acadêmico, cujo TCC esteja incompatível com a ética científica, especialmente se o conteúdo apresentado for elaborado por terceiros, ou se tratar de plágio total ou parcial.

. Compete aos Colegiados de cada curso regulamentar os critérios de configuração de conduta incompatível com a ética científica ou plágio total e parcial, bem como o procedimento que preveja o direito de recurso por parte do acadêmico.

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6. Disposições Finais

. Compete aos Colegiados dos Cursos dirimir dúvidas referentes à interpretação desta Resolução, bem como suprir suas lacunas, expedindo os atos complementares que se fizerem necessários, sempre que tais atos e interpretações não ultrapassem a atuação de interesse do próprio curso, de modo que os atos que importem em assuntos de interesse institucional, devem ser remetidos ao Conselho Superior para análise e deliberação.

. As sessões de defesa de TCC serão públicas.

. Somente após a defesa, a Banca Examinadora poderá tornar público o conteúdo do TCC.

. Os procedimentos de apresentação e defesa de TCC serão registrados em ata.

. Os casos omissos serão dirimidos pelo Núcleo de TCC, em conjunto com as Coordenações de Cursos e Direção Acadêmica.

. Eventuais recursos interpostos contra a avaliação feita pela Banca Examinadora serão encaminhados ao Colegiado do respectivo curso, pela Coordenação do Curso.

. O Manual para Apresentação e Normalização de Trabalhos Acadêmicos da FACDO, anexo I desta Resolução, é parte integrante deste instrumento, e juntamente com o mesmo entra em vigor a partir da sua publicação.

Esta Resolução entra em vigor a partir desta data, torna sem efeito a Portaria nº 22/2008 e a Resolução CONSUFACDO nº 001/2010, bem como as disposições em contrário.

__________________________________

Pe. Francisco de Assis Silva Alfenas DIRETOR GERAL

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ANEXO E – Normas para publicação na Revista São Luís Orione

FACULDADE CATÓLICA DOM ORIONE - FACDO NÚCLEO DE PESQUISA E EXTENSÃO – NUPEX

COORDENAÇÃO DO NUPEX

REVISTA SÃO LUIS ORIONE –

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO ARAGUAÍNA, 27 DE SETEMBRO DE 2011

Estabelece instruções aos autores de

artigos, e dá outras providências.

I – INTRODUÇÃO

Os trabalhos técnico-científicos para publicação no periódico: Revista Dom

Orione, editada pela Faculdade Católica Dom Orione, de Araguaína, Tocantins,

poderão ser apresentados em português, inglês, francês, espanhol ou italiano.

Deverão ser inéditos e sua publicação não deve estar pendente em outro periódico.

Uma vez publicados na Revista Dom Orione, também poderão sê-lo em outros

veículos desde que citada à publicação original. A Revista Dom Orione é organizada

em seções: Fórum (artigo de revisão texto para debate) -Artigos científicos - Notas

científicas – Resenha de livros.

Os artigos devem estar voltados para a problemática da “administração,

democratização, direitos e humanidade”, em qualquer área de saber.

II - LINHA EDITORIAL

Ciências Sociais Aplicadas

Ciências Humanas

Humanidades.

III - ESTRUTURA DO ARTIGO

Os trabalhos deverão ser enviados em arquivos gravados em CD,

acompanhados de 3(três) cópias impressas. Recomenda-se a utilização do

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processador de texto Microsoft Word 2003 ou versão posterior, digitação em espaço

1,5, fonte Times New Roman, corpo 12, cor preta em todo o texto, o trabalho pode ser

digitado em anverso e verso, a numeração das páginas deve ser colocada no anverso

da folha, no canto superior direito; e no verso, no canto superior esquerdo. O trabalho

deve apresentar as seguintes margens: para o anverso margens superior e esquerda

3 cm e inferior e direita de 2 cm; para o verso margens superior e direita 3 cm e inferior

e esquerda de 2cm.

Os trabalhos deverão ter entre 10 e 20 páginas numeradas sequencialmente;

sempre que possível, deverão ser organizados na seguinte ordem: Título, Autores,

Resumo, Palavras-chaves Abstract, Key words, Introdução, Desenvolvimento

(Material e Métodos, Resultados e Discussão, quando couber), Conclusão,

Agradecimentos e Referências Bibliográficas.

Os títulos em português (ou: inglês, francês, italiano e espanhol) devem ser

grafados em letras maiúsculas, com no máximo, 20 palavras. Devem ser

claros e concisos e expressar o conteúdo do trabalho.

Os nomes dos autores devem ser grafados por extenso, com letras iniciais

maiúsculas.

Tanto o resumo como o abstract não deve ultrapassar 200 palavras. Devem

conter uma síntese dos objetivos, desenvolvimento e principal conclusão do

trabalho, escrito em parágrafo único.

As palavras-chave e as key-words são grafadas com letras iniciais

maiúsculas, seguidas de dois pontos. Devem ter indicação de no mínimo

três e no máximo seis palavras, separadas por ponto final, iniciadas com

letras maiúsculas, não devendo conter palavras que já apareçam no título.

Deverão situar claramente os eixos temáticos do trabalho, partindo-se do

mais amplo para o mais específico.

No rodapé da primeira página, deverão constar no modo de numeração: a

qualificação profissional principal e o endereço postal completo do(s) autor

(es), incluindo o endereço eletrônico.

A palavra introdução deve ser grafada com letras maiúsculas e colocada à

esquerda da página. Deve também apresentar o objetivo do trabalho,

importância e contextualização, o alcance e eventuais limitações do estudo.

O desenvolvimento constitui o núcleo do trabalho, em que se encontram os

procedimentos metodológicos, os resultados da pesquisa e a sua discussão

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crítica. Mas, a palavra desenvolvimento jamais servirá de título para esse

núcleo, ficando a critério do autor entregar os títulos que mais se apropriem

à natureza do seu trabalho. O autor não é obrigado a usar os termos

tradicionalmente empregados nos artigos de periódicos das áreas exatas e

biológicas, tais como: material e métodos, resultados e discussão. De

qualquer forma, os títulos escolhidos devem ser posicionados à esquerda

da folha, grafados com letras maiúsculas.

A palavra conclusão, ou expressão equivalente deve ser grafada com letras

maiúsculas e colocada à esquerda da página. São elaboradas com base no

objetivo e nos resultados do trabalho.

As referências bibliográficas devem ser organizadas em ordem alfabética

pelo sobrenome do primeiro autor. E devem ser elaboradas de acordo com

a NBR 6023, de agosto de 2002, Norma da Associação Brasileira de

Normas Técnicas (ABNT).

As citações devem seguir os formatos abaixo:

a) Um autor: sobrenome grafado com a primeira letra maiúscula,

seguida do ano de publicação entre parênteses. Exemplo: Segundo

Chauí (1989), trata-se de contestar o uso privado da cultura, sua

condição de privilégio ‘natural’ dos bem-dotados... ou Trata-se de

contestar o uso privado da cultura, sua condição de privilégio ‘natural’

dos bem-dotados ... (CHAUÍ, 1989).

b) Dois autores: sobrenomes grafados com a primeira letra maiúscula,

separados pelo “e” seguidos do ano de publicação, entre parênteses.

Exemplo: Fiuza e Costa (2006).

c) Mais de dois autores: sobrenome do primeiro autor grafado com a

primeira letra maiúscula, seguido da expressão et al., em fonte

normal, seguido do ano de publicação, entre parênteses. Exemplos:

1) Quirino et al. (1992) apresentam a delimitação do pensamento

político moderno apenas em cinco pensadores Maquiavel, Hobbes,

Locke, Montesquieu e Rousseau; ou 2) A contemporaneidade dos

clássicos é tão verdadeira que é sempre com referência ao que

elaboraram pensadores como Maquiavel, Hobbes, Locke,

Montesquieu e Rousseau que o debate político, acadêmico ou não,

tem desenvolvimento (Quirino et al., 1992).

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d) Mais de uma obra de um mesmo autor, publicadas num mesmo ano,

são distinguidas pelo acréscimo de letras minúsculas, em ordem

alfabética, após a data e sem espacejamento. Exemplo: Popper

(1977a) ou (POPPER, 1977a).

e) Diversas obras da mesma autoria, publicados em diferentes anos e

mencionados simultaneamente têm as suas datas separadas por

vírgula: Exemplo: Reale, 1940, 1960, 1968 ou (REALE, 1940, 1960,

1968).

f) Diversas obras de autores diferentes, mencionados

simultaneamente, devem ser separadas por ponto-e-vírgula, em

ordem alfabética. Exemplo: Müller, 1940; Reale, 1940; Spengler,

1940 ou (MÜLLER, 1997; REALE, 1940; SPENGLER, 1940).

g) Sobrenome do autor do documento original, seguido da expressão

“apud” e da citação da obra consultada. Exemplo: segundo Canellutti

(1937 apud RIBEIRO, 1999).

h) Literal até três linhas ou menos, deve aparecer entre aspas,

integrando o parágrafo normal, seguida pelo sobrenome do autor,

ano da publicação e páginas do texto citado, tudo entre parênteses

e separado por vírgula. Exemplos: 1) Sundfeld e Vieira (1999, p. 12)

observam que “são muitas as visões que cada um dos autores têm

do direito global. ...Aprender a refletir nesse espaço de diversidade é

o princípio para aqueles que se dispõem a conhecer o direito global.”

2) “Em sentido geral, não pejorativo, criticar é fazer apreciação de

algo segundo determinado critério, tão certo como pensar é julgar.”

(REALE, 1994, p. 49). “Considerada em sua alma, a humanidade

jamais foi e jamais será acabada.” (HUSSERL apud GRATELOUP,

2004, p. 3).

i) Literal com mais quatro linhas, deve ser destacada no texto em

parágrafo especial com “recuo” (quatro espaços à direita da margem

esquerda) e espaçamento simples, fonte tamanho 10.

Os artigos para apreciação na Revista devem ser encaminhados via folha

separada que conste título do trabalho, nome do autor para contatos do editor,

endereço, telefone, fax e endereço eletrônico.

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As figuras (ex. gráficos) não devem conter informações apresentadas em

tabelas constantes no artigo. Devem ser citadas no texto em ordem sequencial

numérica, escritas com a letra inicial maiúscula, seguidas do número correspondente.

Devem ser apresentadas no texto em local próximo ao de sua citação. O título da

tabela, gráfico ou figura devem ser escritos sem negrito e posicionado acima dos

mesmos. As figuras (ex. gráficos) devem ser elaboradas originalmente em EXCEL

cujos arquivos (xls)devem ser enviados separadamente.

As fotos devem ser escaneadas com resolução de no mínimo 600 dpi para

garantir a qualidade necessária à reprodução gráfica.

Todo destaque que se queira dar ao texto impresso deve ser feito com o uso de itálico.

IV - PROCEDIMENTOS EDITORIAIS

1. Após a triagem, o editor submete os trabalhos encaminhados à apreciação

crítica de três consultores científicos da revista que elaboram pareceres: a) favorável

para publicação; b) favorável com ressalva (solicita atendimento para as

reformulações apontadas); ou c) desfavorável. Os critérios adotados são os seguintes:

Adequação à linha editorial da revista

Originalidade

Adequação da metodologia, da análise e da interpretação de informações

conceituais e de resultados.

Argumentação lógica

Relevância e pertinência das referências bibliográficas

2. Os artigos devolvidos por inadequação às normas, podem ser reenviados pelos

seus autores ao editor, no prazo de 30 (trinta) dias, desde que efetuadas as

modificações aconselhadas ou necessárias.

3. São de exclusiva responsabilidade dos autores as opiniões e conceitos emitidos

nos trabalhos. Contudo, o editor, com a assistência da assessoria científica,

reserva-se o direito de sugerir ou solicitar modificações aconselháveis nos artigos.

4. Não serão divididos direitos autorais ou concedida qualquer remuneração pela

publicação dos trabalhos na revista, em qualquer tipo de mídia (papel, eletrônica,

etc).

5. A sequencia de publicação dos trabalhos é dada pela conclusão de sua

preparação e remessa para impressão. Depois de enviada uma prova final aos

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autores dos originais para ciência e autorização para publicação, a partir desse

instante não serão permitidas modificações no texto.

6. Na avaliação dos textos encaminhados ao conselho editorial adota-se o sistema

de omissão do nome do autor para fins de apreciação do texto.

7. A seleção de trabalho para publicação é de competência do Conselho Editorial da

revista. Os trabalhos recebidos e não publicados ficarão à disposição dos autores

até trinta dias depois da publicação da revista, sendo os mesmos posteriormente

picotados.

HELENA MENDES DA SILVA

Coordenadora do NUPEX