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MANUAL DE SINDICÂNCIA ADMINISTRATIVA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS PROCURADORIA GERAL

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MANUAL DE SINDICÂNCIA

ADMINISTRATIVA

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Ramais: 8202, 8681, 8431, 8661, 7666 Telefone: 2893131 – Fax 2893206 E-mail: [email protected]

ÍNDICE

I – Conceito............................................................................................................................ 03

II – Instauração....................................................................................................................... 03

III – Processamento................................................................................................................ 04

IV – Sindicância Relativa a Desaparecimento de Bens........................................................... 05

V – Modelos........................................................................................................................... 06

A – Portaria de Instauração.............................................................................................. 06

B – Ata de Instalação....................................................................................................... 07

C – Termo de Compromisso............................................................................................. 08

D – Convocação............................................................................................................... 09

E – Termo de Declarações............................................................................................... 10

F – Relatório Final........................................................................................................... 11

G – Despacho................................................................................................................... 12

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SINDICÂNCIA ADMINISTRATIVA

I - CONCEITO

"Sindicância Administrativa é o meio sumário de elucidação de irregularidades

no serviço para subseqüente instauração de processo e punição ao infrator. Pode ser iniciada

com ou sem sindicado, bastando que haja indicação da falta a apurar. Não tem procedimento

formal, nem exigência de comissão sindicante, podendo realizar-se por um ou mais

funcionários designados pela autoridade competente. Dispensa defesa do sindicado e

publicidade no seu procedimento, por tratar-se de simples expediente de verificação de

irregularidade, e não de base para punição, equiparável ao inquérito policial em relação à ação

penal." (Hely Lopes Meirelles, Direito Administrativo Brasileiro, 19ª Edição, pág. 598)

"... a sindicância resulta num processo de informação, acerca de fatos que se

querem apurar, tendo, assim, significação equivalente a investigação..."

(Vocabulário Jurídico, Vol. IV, De Plácido e Silva)

A sindicância administrativa é promovida como peça preliminar e informativa do

processo disciplinar e sempre que este não for obrigatório.

O processo poderá se embasar nesta peça informativa ou ter vida e curso

autônomo.

Tem a finalidade de apurar as circunstâncias que se conhece visando concluir

pela existência ou não de falta disciplinar e identificar a autoria.

A Sindicância não comporta o contraditório, mas a Comissão Sindicante pode

permitir ao sindicado, em prazo determinado, a indicação de provas, após vista dos autos.

Note-se que o que se permite e a indicação de provas, não de apresentação de defesa que é

peculiar do processo disciplinar.

II - INSTAURAÇÃO

No âmbito da Universidade, a sindicância administrativa está prevista nos artigos

174 e seguintes do ESUNICAMP.

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A autoridade que tiver ciência ou notícia de qualquer circunstância irregular é

obrigada a providenciar no âmbito de sua Unidade a apuração dos fatos e das

responsabilidades.

A sindicância será promovida quando a conduta irregular não estiver bem

definida ou quando, ainda que definida, desconhecer-se sua autoria.

Se definida a conduta irregular e sua autoria, instaura-se, diretamente o processo

administrativo disciplinar.

Podem, no âmbito da Universidade, instaurar sindicância administrativa o Reitor

e os Diretores de Unidades e Órgãos.

Será instaurada mediante Portaria que designará os membros da Comissão ou o

Servidor Responsável pela apuração, que não poderão ter condição hierárquica inferior à do

sindicado quando esse for conhecido.

É vedada, ainda, a relação conjugal ou de parentesco até o segundo grau, entre os

integrantes da comissão sindicante e o sindicado.

III - PROCESSAMENTO

A sindicância tem caráter sigiloso e não comporta o contraditório, devendo ser

ouvidos, no entanto, os envolvidos nos fatos e as prováveis testemunhas.

Deverá ser concluída em 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogada por igual prazo

pela autoridade instauradora, mediante justificativa fundamentada.

Inicia-se com a Ata de Instalação e designação de Secretária que deverá prestar

compromisso de manutenção de sigilo.

Expedem-se, em seguida, e na ordem determinada pela Comissão, os ofícios de

convocação, que devem ser recebidos pessoal e formalmente pelos convocados.

A cada depoimento, lavra-se Termo de Declarações onde devem constar,

fielmente, as declarações realizadas pelo depoente. Esse termo deve ser assinado pela

Comissão, pela secretária e pelo depoente.

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Durante o processamento da sindicância poderá ocorrer a necessidade de

promoção de diligência.

Diligência é todo ato ou solenidade promovida para uma apuração especifica. Ex:

vistoria de um local, exame pericial, etc...

Concluídos os depoimentos e as diligências necessárias, deverá a Comissão

elaborar o relatório final, que deverá conter elementos essenciais.

Inicia-se o relatório com um resumo dos fatos que ensejaram a abertura da

sindicância. Em seqüência, deverá ocorrer um relato acerca dos depoimentos colhidos e das

diligências promovidas. Finaliza-se com a conclusão da comissão que deverá optar entre os

seguintes procedimentos (art. 188 do ESUNICAMP):

Arquivamento dos autos;

Instauração de processo administrativo disciplinar; ou

Aplicação da penalidade cabível à situação. (arts. 167 a 173 do ESUNICAMP)

Em caso de conclusão por instauração de processo disciplinar ou por aplicação de

penalidade, deverá o relatório apontar os dispositivos legais que foram infringidos e a autoria

apurada.

Nesse sentido, ensina Egberto Maia Luz in Direito Administrativo Disciplinar, 3ª

Edição:

"A autoridade sindicante, depois de cumpridas as formalidades processuais

pertinentes, deverá encerrar a peça com o relatório circunstanciado no qual

constem, articuladamente, os fatos apurados, concluindo com objetividade, e

apontando os dispositivos legais infringidos, bem como a responsabilidade

constatada, sendo que, na hipótese de a sindicância envolver mais de uma

pessoa como responsáveis pelo ilícito ou ilícitos, a análise das infrações far-se-

á, articuladamente, para cada uma.”

A decisão caberá à autoridade que instaurou a sindicância, devendo julga-la em

cinco dias, após aberto prazo de defesa a eventuais responsáveis indicados pela Comissão de

Sindicância.

Todos os elementos apurados na sindicância integrarão os processos

administrativos disciplinares e os e vida funcional em caso de aplicação de penalidade.

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IV - SINDICÂNCIA RELATIVA A DESAPARECIMENTO DE BENS

É regulada pelas Portarias GR nºs 110/90, 147/91 e 16/92.

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V - MODELOS

A - PORTARIA DE INSTAURAÇÃO

Portaria Interna nº___/96

O Diretor do (unidade/órgão) da Universidade Estadual de Campinas, no uso de

suas atribuições, baixa a seguinte

PORTARIA INTERNA:

Artigo 1º - Fica instituída Comissão de Sindicância com a finalidade de apurar as

ocorrências relatadas no Ofício 01/96 relativas ao desaparecimento de 2 máquinas de escrever,

devidamente patrimoniadas sob nºs 01/020304 e 05/0607089, ocorrida nas dependências deste

Instituto em 12 de junho do corrente ano.

Artigo 2º - Ficam designados os servidores Fulano de Tal, Beltrano da Silva e

Ciclano dos Santos para, sob a presidência do primeiro, constituírem a Comissão de

Sindicância instituída no artigo anterior, que deverá apresentar suas conclusões no prazo de 30

dias.

Cidade Universitária "Zeferino Vaz",

(data)

____________________________

(assinatura do Diretor da Unidade)

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B - ATA DE INSTALAÇÃO

Aos _______ dias do mês de ______ do ano de ____, instalou-se a Comissão de

Sindicância instituída pela Portaria Interna nº___/96, e estando presentes todos os seus

membros, deliberou expedir os ofícios de convocação para os depoimentos, nas datas e

horários ali determinados, com a finalidade de melhor esclarecer os fatos, bem como designar o

(a) servidor (a) _______________ para exercer as funções de secretário (a) desta Comissão.

Cidade Universitária “Zeferino Vaz”

(data)

___________________________

(assinam Presidente e membros)

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C - TERMO DE COMPROMISSO

Aos ___ dias do mês de ____ de _____, na sala (designar o local), compareceu o

(a) servidor (a) ______________ perante a Comissão instituída pela Portaria Interna nº

____/96, e, tendo sido designado (a) para exercer as funções de secretário (a), se compromete a

cumpri-las com fidelidade guardando sigilo administrativo.

E, para constar, lavrou-se este termo que vai assinado pelo Presidente e pelo (a)

compromissário (a).

Cidade Universitária “Zeferino Vaz”,

(data)

_____________________

(assinaturas)

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D - CONVOCAÇÃO

Senhor Servidor Cassiano de Abreu

O Presidente da Comissão de Sindicância constituída pela Portaria Interna

nº___/96, CONVOCA V. Sa. para comparecer perante esta Comissão para prestar declarações

a respeito dos fatos relatados no Ofício 01/96 relativos ao desaparecimento de 2 máquinas de

escrever, devidamente patrimoniadas sob nºs 01/020304 e 05/0607089, ocorrido nas

dependências deste Instituto em 12 de junho do corrente ano.

Para tanto V.Sa. deverá comparecer à sala nº____, nas dependências desta

Unidade/Órgão, no próximo dia ___/___/__, as --:-- horas.

Cidade Universitária “Zeferino Vaz”

(data)

_______________________

(assinatura do Presidente)

Ciente.

_____________________

(assinatura do convocado)

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E - TERMO DE DECLARAÇÕES

Aos ___ dias do mês de ____ de _____, na sala (designar o local), compareceu o

(a) servidor (a) ______________ perante a Comissão instituída pela Portaria Interna nº

____/96, tendo sido devidamente convocado para essa finalidade. Presentes o Presidente da

Comissão e seus demais membros. Tendo sido inquirido a respeito dos fatos, declarou: que

trabalha no Instituto X há dez anos, em funções administrativas, conhecendo bem o local onde

se encontravam as máquinas de escrever que desapareceram; que conhece as pessoas que

trabalham naquele local; que 5 pessoas possuem as chaves daquele local; que viu os

equipamentos pela última vez na tarde do dia anterior ao desaparecimento; que nem todos os

dias as portas são trancadas ao final do expediente; (seguem-se na mesma forma, todas as

declarações do convocado em resposta às perguntas efetuadas pela Comissão). Pelo presidente

foi dito que fica assinalado o prazo de 48 horas para que o declarante, se assim desejar,

apresente testemunhas ou provas que possam melhor esclarecer os fatos. Nada mais havendo a

acrescentar, foi o presente assinado por mim, Secretária, que o datilografei, pelo Presidente,

Membros e pelo Declarante.

_____________________

(seguem as assinaturas)

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F - RELATÓRIO FINAL

A Comissão de Sindicância instaurada pela Portaria Interna nº ___/96, procedeu

aos trabalhos de apuração relativos ao desaparecimento de 2 máquinas de escrever,

devidamente patrimoniadas sob nºs 01/020304 e 05/0607089, ocorrida nas dependências deste

Instituto em 12 de junho do corrente ano.

Instalada a Comissão foram ouvidos os seguintes Declarantes:

________,___________,__________,.........

Posteriormente, por indicação do servidor Cassiano de Abreu foram ouvidos os

servidores X e Y.

Também, por indicação do servidor X, foi realizada diligência no local dos fatos,

tendo-se verificado que o local é seguro, possui grades nas janelas e não foi detectado nenhum

sinal de arrombamento.

Os depoimentos prestados não permitiram identificar a autoria do furto, porém

demonstram, em quase sua totalidade, a negligência dos servidores que possuíam a chave do

local, visto que era costume não trancarem-se as portas ao final de cada expediente.

(Relato de outras ocorrências)

Pelo exposto, a Comissão, diante de todo apurado, conclui pela aplicação da

penalidade de advertência a todos os servidores que possuíam a chave do local e que estão

nominados no presente Relatório com fundamento no art. 167, inciso I do ESUNICAMP.

(A Comissão poderá fazer sugestões, se entender convenientes para evitar novas

ocorrências)

Cidade Universitária “Zeferino Vaz”

(data)

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G - DESPACHO

Acolho o Relatório da Comissão de Sindicância instaurada pela Portaria Interna

nº ___/96, e, tendo em vista a proposta de aplicação de penalidade, concedo o prazo de 5 dias

úteis para que os servidores indicados no relatório exerçam seu direito de defesa.

Cientifique-se os interessados

(data e assinatura do Diretor da Unidade/Órgão)

Procuradoria Geral, 21 de outubro de 1996.

PATRÍCIA MARIA MORATO LOPES ROMANO

Procuradora de Universidade Assistente