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Vestibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Acesse Agora! www.vestibular1.com.br MANUAL DE TÉCNICAS DE REDAÇÃO Muitas vezes se tira nota baixa em REDAÇÃO simplesmente porque se comete uma série de erros gramaticais bobos, tolos, inadmissíveis. A principal finalidade do MANUAL... será contribuir de forma decisiva para que erros dessa natureza não mais sejam repetidos. É uma obra que se destina a estudantes que estejam fazendo o último ano do curso pré-escolar, cursando os ensinos fundamental e médio, até aqueles que estão se preparando para concurso ou vestibular. Servirá, portanto, para qualquer membro da família, inclusive para quem já concluiu o curso universitário e queira aprimorar-se na arte de escrever. 1ª. A (minúsculo).

Manual Tecnicas Redacao

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MANUAL DE TCNICAS DE REDAO

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MANUAL DE TCNICAS DE REDAO

Muitas vezes se tira nota baixa em REDAO simplesmente porque se comete uma srie de erros gramaticais bobos, tolos, inadmissveis.

A principal finalidade do MANUAL... ser contribuir de forma decisiva para que erros dessa natureza no mais sejam repetidos.

uma obra que se destina a estudantes que estejam fazendo o ltimo ano do curso pr-escolar, cursando os ensinos fundamental e mdio, at aqueles que esto se preparando para concurso ou vestibular.

Servir, portanto, para qualquer membro da famlia, inclusive para quem j concluiu o curso universitrio e queira aprimorar-se na arte de escrever.

1. A (minsculo).

Faa-o um pouco achatado, com os contornos fechados (e no abertos), sem qualquer trao no meio dele.

2. ABAIXO-ASSINADO.

um documento assinado por vrias pessoas, que contm pedido, reivindicao ou manifestao de protesto.

3. ABREVIAES.

Escreva as palavras por extenso. As abreviaes so consideradas incorretas. Portanto, no use abreviaes quando no corpo do texto de sua redao.

ERRADOCERTO

P/, c/, t, pra, qdoPara, com, est, para, quando

Prof., edif., popProfessor, edifcio, populao

Fone, cineTelefone, cinema

4. ABSURDO.

Use o raciocnio absurdo, a percepo exagerada dos fatos, para sugerir a viso alterada da personagem.

Embriagado, achou que a mulher estava conversando com o amante e atirou no seu prprio cunhado.

Achava que o cozinho estava silencioso apenas para ludibri-lo, que preparava um ataque feroz; talvez at saltasse no seu pescoo em um momento de distrao.

5. AO.

Quando quiser, em narraes, fazer sentir a ateno dada pela personagem s prprias aes, mostre os pormenores da cena.

Colocou cuidadosamente o cristal sobre a mesa, pegando a taa com a ponta dos dedos, pressionando-a levemente, mas com firmeza. Aproximava-a da mesa muito lentamente, quase sem fazer barulho algum ao toc-la.

Se desejar mostrar aes sucessivas da personagem, efetuadas sem pressa e valorizadas uma a uma, separe-as em perodos diferentes.

Entrou na sala. Caminhou lentamente em direo ao cofre. Observou se o sistema de segurana estava desativado. Tirou o quadro da parede. Passou a girar lentamente o segredo do cofre, escutando atentamente quando daria o estalo que lhe permitiria abri-lo com segurana.

Para construir na narrativa a idia de rapidez, use perodos curtos. Se buscar transmitir a sensao de um longo tempo transcorrido, use frases extensas.

Correu at o outro lado da rua. Girou a chave na fechadura. Entrou no prdio. Acenou para o porteiro. Entrou no elevador.

Estacionou o carro na frente do prdio, observando se a esposa j havia descido. Abriu a caixa de discos, escolhendo o que faria a mulher lembrar dos tempos de namoro. Reclinou o banco do automvel, baixando o volume do rdio; pensou que a mulher estava atrasada; devia estar escolhendo seu melhor vestido ou talvez terminando de fazer a maquiagem com o cuidado que a ocasio merecia.

6. ACENTOS.

Coloque-os com clareza e corretamente, e no simples traos displicentes (em p ou deitados). O acento grave, levemente voltado para a esquerda; o agudo, levemente inclinado para a direita.

Tanto o acento grave, quanto o agudo e o circunflexo, devem ser colocados bem prximos das respectivas letras e bem centralizados (e no distantes e de lado).

O acento no pode ser um risquinho qualquer, torto, deformado, ilegvel. Tem que ser escrito de maneira correta, clara e precisa.

Faa-os de tamanho normal, nem demasiado grandes, nem demasiado pequenos.

7. ACENTUAO.

Verifique sempre a acentuao dos vocbulos.

Procure conhecer as regras de acentuao sem, contudo, decor-las como papagaio.

Uma tcnica de aprendizagem infalvel: Estude o assunto, por exemplo, em mais de dois autores, fazendo, depois, os respectivos exerccios. Proceda da mesma forma com os demais assuntos de gramtica, que jamais precisar tomar curso de Portugus desse captulo.

8. ALFABETO.

Procure no inovar, por sua conta, o alfabeto da lngua portuguesa, a ponto de tornar sua letra praticamente irreconhecvel.

9. ALITERAO.

a repetio de fonemas-consoantes, que resulta num resultado sonoro especfico.

Velho vento vagabundo...

Chove chuva choverando.

Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando.

10. AMBIGIDADE OU ANFIBOLOGIA.

Evite frases ambguas (confusas) ou de duplo sentido. Ocorrem em conseqncia da m pontuao ou da m colocao das palavras.

A ambigidade deve ser evitada com a utilizao de termos que expressem clara e objetivamente o que se pretende mostrar.

FRASES AMBGUASCORRIJA AS EXPRESSES GRIFADAS PARAOU

Alice saiu com sua irm.a irm dela a irm de uma amiga

Vi Jos beijando sua namorada.a namorada delea namorada de um amigo

Um ladro foi preso em sua casa.na casa dele na casa da vtima

Joo ficou com Mariana em sua casa.na casa dela na casa dele

Pintaram o quarto da casa em que durmo.no qual durmona qual durmo

11. ANULADA.

A redao poder ser anulada, ou receber nota zero, se:

Estiver ilegvel.

Fugir do assunto.

For escrita a lpis.

For escrita com rasuras e sem ttulo.

For apresentada sob a forma de verso.

No obedecer ao espao e ao nmero de pargrafos determinados.

No seguir as instrues relativas ao tema escolhido.

Tiver menos ou mais linhas do que a quantidade preestabelecida.

Contiver cpias das idias do texto de motivao, quando este for dado.

Contiver elemento que identifique o candidato (como letra de forma ou de imprensa, por exemplo).

12. APOSTO.

Use o aposto explicao sobre um termo ou expresso da frase quando, ao mesmo tempo que caracterizar, voc pretender explicar a prpria atitude da personagem.

Mariana, enfurecida, arremessou o valioso colar no rio.

A Universidade pblica deve ser defendida por todos, ricos ou pobres.

O estudo do Romeno, lngua neolatina como o Portugus, pode ser bastante facilitado com o uso de uma gramtica comparativa.

13. ARGUMENTAR.

No comece a redao com perodos longos. Exponha logo suas idias.

No fundamente seus argumentos com fatos que no sejam de domnio pblico.

Os argumentos do desenvolvimento da redao devem surpreender o leitor. Suas idias precisam ser saborosas para atrair sua ateno.

D sua opinio, argumentando. No use expresses como eu acho, eu penso, para mim ou quem sabe, pois denotam impreciso em suas ponderaes. preciso mostrar conhecimento e domnio sobre o tema que est escrevendo.

14. ARTIGO, PREPOSIO: A, , PARA, PARA A.

A (artigo): Fui a Salvador (fui e voltei logo).

PARA (preposio). Fui para Salvador (fui e vou passar alguns dias ou morar l).

(craseado): Fui fazenda (fui e voltei logo).

PARA A (preposio + artigo): Fui para a fazenda (fui e vou passar alguns dias ou morar l).

15. ASPAS.

Vm entre aspas:

Os estrangeirismos (as palavras estrangeiras): Pizzaria, mobylette, show, vdeo game. Observao: Matin, buate e pingue-pongue, no entanto, no vm entre aspas, por serem estrangeirismos aportuguesados.

Os apelidos: Zezinho, Juca, Nice.

As citaes que no sejam de sua autoria: Oxal no se me fechem os olhos sem que o queira Deus. (Rui Barbosa). Se viveres com dignidade, no melhorars o mundo, mas uma coisa certa, haver na terra um canalha a menos (Confcio). Observao: As citaes, quando no colocadas entre aspas, constituem plgio, o que errado e desonesto. Plagiar, segundo o dicionrio do Aurlio, assinar ou apresentar como seu obra artstica ou cientfica de outrem (de outro autor).

As grias. Isto , as palavras usadas em sentido figurado. A festa foi um barato (tima, legal). No saquei (entendi) nada. Alis, evite usar grias.

16. ASPECTO VISUAL.

Qualidade da letra, margem, espaos entre as palavras, legibilidade, limpeza, pontuao, facilidade de leitura, pargrafos (espaos), perodos (se no deixou perodos longos).

17. ASSNDETO.

a ausncia de conjunes coordenativas no perodo composto.

Cheguei, vi, venci.

O barco veio, chegou, atracou, chegamos.

18. AVALIAO.

A autocrtica pode ser essencial quando se deseja melhorar o texto.

Avalie o texto. Verifique se as frases soam bem, se no contm cacfatos ou rimas. Comeou bem a redao e terminou-a melhor ainda?

A avaliao de uma redao segue um critrio rigoroso, pois est relacionada norma culta da lngua portuguesa. Alm da parte especfica de gramtica, muitas vezes recorre-se grafologia para verificar-se o perfil psicolgico e pendores vocacionais do candidato funo que pleiteia.

19. BARBARISMO OU ESTRANGEIRISMO.

a utilizao de palavras ou construes estranhas lngua portuguesa. Evite us-lo.

ESTRANGEIRISMOSPREFIRA

Showespetculo

Jeanscala de brim

20. BATE-PAPO.

Evite a projeo de bate-papo, ou seja, escrever com estilo coloquial numa redao.

A Guerra do Iraque foi duramente criticada, vai da que os americanos tiveram abalado seu conceito de democracia.

A expresso vai da que da fala coloquial, devendo ser substituda por uma construo mais adequada:

A Guerra do Iraque foi duramente criticada e, em funo de sua postura, os americanos tiveram abalado seu conceito de democracia.

Ele repetia tudo o que dizia, que nem um papagaio de madame.

A palavra adequada como; que nem desmerece o texto em que est inserido, a no ser que represente a fala popular da personagem.

21. BILHETE.

uma forma de comunicao da lngua escrita, bastante simples e breve.

22. BOM SENSO.

Evite construes complexas. Leia o texto vrias vezes para ter certeza de que ficou claro e preciso.

23. BRANCO.

Em caso de dar branco, procure relaxar e tente escrever qualquer coisa, desde que dentro do assunto e com um mnimo de sentido.

24. CABEALHO.

No h pontuao aps os dados do cabealho.

Faa o cabealho de sua redao completo, com todos os dados indispensveis, dentro da esttica, ou seja, organizado, perfeitamente alinhado um embaixo do outro e no centro do papel.

25. CACOFONIA OU CACFATO.

o encontro de slabas que formam palavras de sentido ridculo ou obsceno, com a produo de som desagradvel.

ORAES COM CACFATOSESCREVA-AS ASSIM

Meu corao por ti gela.Meu corao gela por ti.

Vou-me j para casa.J estou indo para casa.

O noivo beijou a boca dela.O noivo beijou-a na boca.

Nunca gaste dinheiro com bobagens.Jamais gaste dinheiro com bobagens.

26. CALIGRAFIA.

Escreva com capricho e nitidez, procurando tornar sua grafia clara, uniforme e bem legvel.

Se tiver a grafia ruim, faa de tudo para melhor-la, porque uma redao escrita com capricho e grafia bonita impressiona favoravelmente.

No invente traos novos nas letras e no enfeite demais as maisculas, pois o leitor do texto pode no compreender o que voc est escrevendo.

27. CARACTERSTICO.

Observe os seres no que tm de mais caracterstico. Procure traduzir essas impresses ou os fatos sem se alongar em consideraes desnecessrias, que nada acrescentem de importante cena ou ao fato.

Ombros curvados, cabelos escuros que o pente mal vira, passos arrastados um homem ainda moo, levando consigo a carga de uma pesada e infeliz vida.

Em um canto, calada, estava Maria, com seus grandes olhos negros, cabelos que caam em cascata pelos ombros, dona de uma beleza intrigante e misteriosa. Para ela tudo era novo e assustador.

28. CARTA.

uma das formas de comunicao da lngua escrita, usada desde a antiguidade. Por meio dela voc (remetente) pode dizer s pessoas (destinatrios) o que faz, o que pensa, o que deseja.

A primeira carta de que se tem registro foi escrita h 4 mil anos, na Babilnia e se tratava de uma correspondncia amorosa.

29. CENA.

Para descrever aspectos de uma cena, veja se deve empregar pronomes indefinidos ou adjuntos adverbiais, de modo a orden-la.

A escada j lhe era conhecida. No entanto, uma passadeira nova cobria os degraus desgastados, tentando trazer um pouco de claridade e alegria ao ambiente envelhecido e quase sem vida.

Uma mulher ainda jovem procurava o endereo que trazia nas mos. Seu olhar vagava aflito. Quem a observasse poderia confundir aquela expresso ansiosa... Na verdade, o que ela esperava que, realmente, o tal endereo no existisse.

30. CHAVES, CLICHS, FRASES FEITAS, JARGES, LUGARES COMUNS, MODISMOS.

Evite-os, pois empobrecem o texto e demonstram a ausncia de originalidade, falta de imaginao e de bom gosto.

A inflao galopante, rigoroso inqurito, vitria esmagadora, astro-rei.

Caixinha de surpresas, nos pncaros da glria, encerrar com chave de ouro, nos primrdios da humanidade.

No fcil falar a respeito de Bem, eu acho que A esperana a ltima que morre. um dos problemas mais discutidos da atualidade.

31. CLAREZA.

Redija frases curtas e, portanto, use ponto vontade.

Escreva com toda a simplicidade e clareza, sem embolar o assunto. Ser claro ser coerente, conciso, no se contradizer.

So inimigos da clareza: a desobedincia s normas da lngua, os perodos longos e o vocabulrio difcil, rebuscado ou impreciso.

O segredo est em no deixar nada subentendido, nem imaginar que o leitor sabe o que se quer dizer. Evidencie todo o contedo da escrita. Lembre-se de que est dando uma opinio, desenvolvendo idias, narrando um fato. O mais importante fazer-se entender.

TEXTOS EMBOLADOSCONFUSOSCORREO

Participei de um campeonato tirei segundo lugar em ping-pong e ganhei medalha de prata.Participei de um campeonato de ping-pong, no qual tirei segundo lugar, tendo ganhado uma medalha de prata. NOTA: Ping-pong, entre aspas, por ser estrangeirismo.

Comemoramos o aniversrio de meu pai que foi uma surpresa para ele, fizemos um churrasco com muitas bebidas.Comemoramos o aniversrio de meu pai e, como surpresa para ele, fizemos-lhe um churrasco com muitas bebidas.

Na hora de ir embora ns fomos pela canoa, a mesma comeou a balanar, eu na ponta da canoa fazendo a danada balanar, teve uma vez que a canoa quase emborcava, eu tomei um choque.Na hora de voltarmos, viemos numa canoa que comeou a balanar, sendo que eu, que estava na ponta da canoa, fi-la balanar mais ainda. Houve um momento em que ela quase emborcava, quando tomei um grande susto. ATENO: Tomar um choque receber uma descarga eltrica. Portanto, a expresso est usada indevidamente. No caso, a expresso adequada tomar um susto.

32. COERNCIA.

A coerncia entre todas as partes do texto fator primordial para se escrever bem. necessrio que elas formem um todo, ou seja, que estabeleam uma ordem para as idias, se completem e formem o corpo da narrativa. Explique, mostre as causas e as conseqncias.

Em muitas redaes fica patente a falta de coerncia. O candidato apresenta um argumento e o contradiz mais adiante. As idias contidas no texto devem estar interligadas de maneira lgica. O vestibulando no pode expor uma opinio no incio do texto e desmenti-la no final. Deve-se ter cuidado redobrado para no se cometer esse tipo de erro.

Em vestibular da FUVEST, o candidato saiu-se com a seguinte frase: ...a palidez do sol tropical refletia nas guas do rio Amazonas. Convenhamos que o sol tropical pode ser acusado de muitas coisas, menos de palidez. O riso provocado pela leitura do texto potico derivado de um caso de incoerncia no uso da imagem.

33. COESO.

A falta de coeso provoca a redundncia. Fica-se dando voltas num assunto, sem acrescentar-lhe nada de novo. tpico de quem no tem informao suficiente para compor o texto.

Em lugar de: Comprei sorvetes. Dei os sorvetes a meus filhos.

Deve-se usar: Comprei sorvetes. Dei-os a meus filhos.

34. COLISO.

a seqncia desagradvel de consoantes ou slabas idnticas.

ORAES COM COLISOREDAO MELHOR

Jorge j jantou.Jorge acabou de jantar.

O rato roeu a roupa da rainha.O rato roeu os nobres tecidos que compunham os trajes da rainha.

35. COLOQUIALISMO.

Uso da lngua na forma como escrita, ou seja, uma armadilha para o aluno o emprego de termos coloquiais, gria e jargo. Expresses coloquiais s so aceitas na reproduo de dilogos. Isso no significa que o texto tenha de ser empolado, de difcil entendimento.

Evite usar as expresses: s que, que nem, o seguinte, etc.

36. COLORIDA.

Procure dar, s suas personagens, uma linguagem no s adequada, mas, tambm, colorida por imagens pertinentes, ligadas a elas e ao assunto.

A senhora soltou um pequeno grito, e o rapaz, de vermelho que estava, fez-se cor de cera; mas Botelho procurou tranqiliz-los.

O primeiro raio do sol encontrou Tapirap moreno, pele molhada, com cabelo e olho bem cor de noite sem lua, sentado na folha redonda do mururu.

37. COMEO.

Uma redao no nenhum bicho de sete cabeas. Respire fundo. Trs vezes. Devagarinho. Deixe o ar chegar l em baixo, no fundo da barriga. Visualize o umbigo. Sorria para ele. Por dentro e por fora. Escolha uma frase bem atraente. Pode ser uma declarao, uma citao, uma pergunta, um verso, a letra de uma msica. Depois desenvolva o seu tema. Cada idia num pargrafo. Por fim, conclua. Com fecho de ouro.

38. COMPARAO.

a aproximao de dois termos entre os quais existe alguma relao de semelhana, como na metfora.

Quando usar comparaes, escolha a conjuno que as introduz em funo do tipo de linguagem que est empregada.

Use a comparao, hipottica ou no, quando perceber que estabeleceu entre o ser que voc descreve e outro uma semelhana interessante e que ela vai enriquecer seu texto.A liberdade das almas, frgil, frgil como o vidro.

A chuva caa como lgrimas de um cu entristecido.

As chamas, como lngua de monstro, saam pelas janelas.

39. COMUNICAO.

Em situaes de comunicao descontrada e, sobretudo, oral, voc pode, conforme o caso, substituir o futuro do presente pelo imperativo.

No saia (sairs) at que tenhamos concludo esta conversa.

Eu no sabia que ele era o meu pai. Veja (vers) que no minto, basta que me d a oportunidade de provar.

40. CONCISO.

Elimine palavras ou expresses desnecessrias.

Escreva com clareza e, na medida do possvel, diga muito com poucas palavras.

Conciso, clareza, coeso e elegncia: palavras-chaves que definem um texto competente num exame vestibular.

Seja claro, preciso, direto, objetivo e conciso. Use frases curtas e evite intercalaes excessivas ou ordens inversas desnecessrias.

O aluno deve expressar o pensamento com o menor nmero de palavras possvel. Aquilo que desnecessrio deve ser eliminado. A conciso d nfase ao estilo. O prolixo prejudica e enfraquece o texto, alm de tirar o brilho de suas idias.

EM VEZ DEEMPREGUE

...neste momento ns acreditamos....acreditamos.

Travar uma discusso.Discutir.

41. CONCLUSO.

No conclua sua redao, jamais, com as seguintes terminologias: concluindo, em resumo, nada mais havendo, poderia ter feito melhor, como o tempo foi curto, etc.

Termine-a, sim, com concluses consistentes (e no com evasivas).

42. CONCORDNCIA.

Cuidado para no cometer erros gramaticais, como de concordncia.

Lembre-se de que o verbo sempre concordar com o sujeito e os nomes devem estar concordando entre si.

ERRADOCERTO

Falta cinco alunos. Faltam cinco alunos.

Fazem dez dias que no chove.Faz dez dias que no chove.

Minas frias comeou.Minhas frias comearam. (plural, com plural, isto , frias concordando com comearam).

Os meninos saltavam descalo sobre as poas dgua da rua.Os meninos saltavam descalos sobre as poas dgua da rua.

43. CONHECIMENTO LINGSTICO.

Use todo o seu conhecimento gramatical. Faa um rascunho e ao passar o texto a limpo, observe se faltam acentos, sinais de pontuao, se h erros de grafia, termos de gria, impropriedade vocabular.

44. CONJUNO.

Seja cauteloso ao utilizar as conjunes como, entretanto, no entanto, porm. Quase sempre so dispensveis.

Evite o exagero de conectivos (conjunes e pronomes relativos) para evitar a repetio e para no alongar perodos.

Para mostrar hipteses diferentes, as dvidas e conflitos de reflexo da personagem, explore as conjunes alternativas e adversativas.

Sim, sou homem e deixei-me levar por meus instintos. Como a senhora deve saber, sou respeitador. Nada farei que desabone a minha conduta.

Elvira era simplesmente uma entre as outras empregadas domsticas da manso. Tinha, no entanto, seus sonhos, alguns at mesmo ousados, e uma quase certeza de conseguir alcan-los. Mas como? Decidiu, aps muito pensar. Se ficasse mais algum tempo naquele trabalho, poderia conseguir uma promoo para chefe das serviais ou, pelo menos, um aumento no ordenado, j que desempenhava com esmero suas funes. E, a partir dessa convico, tornou-se exemplar.

45. CONJUNTO.

Quando quiser descrever um conjunto, empregue termos indicadores de lugar que revelem posio, aproximao ou afastamento de aspectos diferentes do conjunto.

Estavam todos os cavaleiros em volta da mesa. Nem todos, porm, tinham o mesmo prestgio na corte. Perto do rei estavam os mais destacados nobres: Marcelo, esquerda; Eduardo, direita. O primeiro trajava negro com as insgnias reais e o braso de famlia. O segundo trajava azul e no trazia insgnias. Uma armadura reforada cobria seu trax.

46. CONSTRUES.

No escreva construes como l em Recife, aqui em Salvador mas, sim, em Recife, em Salvador.

47. CONTEDO.

Um bom texto no apenas o texto correto, sem erros gramaticais. Ele deve ter contedo.

O contedo, que vale, no mnimo, 5 (cinco) pontos numa redao, no pode ser ridculo, nem infantil, mas deve ser simples.

Tome-se, como exemplo, o seguinte tema: O Acidente Nuclear de Chernobyl. Ao redigir sobre esse tema, no se pode esquecer, de forma alguma, de abordar os seguintes assuntos:

Nos prximos 30 (trinta) anos ainda vo morrer mais de 5 mil pessoas na Rssia e em pases circunvizinhos, em conseqncia desse acidente.

A economia dos pases vizinhos foi enormemente prejudicada, porque eles foram contaminados pela radioatividade.

Mais de 100 mil habitantes da cidade de Kiev foram evacuados, para que ela fosse despoluda, tornando-se uma cidade fantasma.Os programas de energia nuclear foram quase totalmente paralisados, em todo o mundo, em razo dessa terrvel tragdia.

Ficou comprovado, com esse acidente, que o homem ainda no est dominando, inteiramente, com segurana, a tecnologia da energia nuclear. A sua utilizao e expanso, portanto, precisa ser repensada.Faa sempre uma anlise crtica do que escreveu, como, por exemplo, atravs das seguintes perguntas: Sua redao interessante? A leitura do texto agradvel? Tem boas idias? O texto d uma boa idia daquilo que foi descrito? O texto est bem organizado?

Presume-se que o candidato prestes a ingressar numa universidade tenha certa cultura. Assim sendo, no pode encarar o tema da redao de modo infantil ou rasteiro. por meio do contedo, especialmente, que o professor ir aquilatar a capacidade ou o grau de conhecimento do aluno.

48. CONTO.

a mais breve e simples narrativa, centrada em um episdio da vida.

49. CONTRADIO.

Para desenvolver a impresso de contradio, use conjunes adversativas. Se for o caso, varie as conjunes, observando as que se prestam a determinada situao.

Um homem gordo, bem vestido, porm sem pompa, saiu logo a seguir. Dirigiu-se ao carro, com passo leve e animado, mas no entrou.

O caso estava praticamente resolvido, mas alguma coisa ainda perturbava o Inspetor. A testemunha jurara ter dito a verdade, contudo sua voz no parecia firme como deveria estar naquela circunstncia.

50. CONTRASTE.

Para manter a curiosidade do leitor com relao a personagens (ou cenrio) contrastantes, oponha um a um os elementos em contraste.

Letcia, bonita, rica e cheia de preconceitos, olhava com desprezo a jovenzinha mirrada e pobremente vestida que tentava vender doces, aproveitando o sinal fechado.

A magreza e a palidez da jovem que se inspirava nas modelos de passarela, contrastava violentamente com as faces coradas e cheias de vida da amiga saudvel, cujos padres de esttica divergiam frontalmente das de sua companheira.

51. COORDENAO.

Coordene suas idias como se estivesse contanto uma histria: o seu texto deve ter incio (introduo), meio (desenvolvimento) e fim (concluso).

52. COR.

Escreva apenas com caneta preta ou azul. O rascunho ou o esboo das idias podem ser feitos a lpis e rasurados. O texto no ser corrigido em caso da utilizao de lpis ou caneta vermelha, verde, etc na redao definitiva.

53. CORREO GRAMATICAL.

A linguagem utilizada na redao precisa estar de acordo com a norma culta, ou seja, deve obedecer aos princpios estabelecidos pela gramtica.

Tenha o mximo de cuidado para que sua redao no apresente, principalmente, nenhum erro de ortografia, acentuao, pontuao e concordncia, seja ela verbal ou nominal.

Conhecer as normas que regem o uso da lngua fundamental para a produo de um texto correto. Em caso de dvidas na redao, consulte sempre um bom livro de gramtica.

54. CRASE.

Expresses com crase: bea, toa, etc.

Uso corriqueiro da crase, mas absolutamente errado: Marcelo reside Rua (Avenida, Praa, etc). O correto : Marcelo reside na Rua, na Avenida, na Praa, etc. (Quem reside, reside em algum lugar).

55. CRIATIVIDADE.

claro que uma abordagem original do tema valoriza seu texto. No entanto, o vestibulando deve ter cuidado para no confundir criatividade com idias esdrxulas. Na gria estudantil, no viaje.

Lembre-se: Ningum pode exigir que escreva bem, como um escritor, pois isto pressupe talento; as faculdades querem que se escreva certo.

56. CRTICA.

um tipo de redao que aprecia e avalia livros de carter cientfico ou literrio, alm de manifestaes artsticas ligadas ao cinema, ao teatro, msica, etc.

Habitue-se a criticar sua redao, procurando ver se todos os seus pormenores colaboram para criar a idia que tem em mente.

Solicite a uma terceira pessoa, de bom conhecimento tcnico ou nvel escolar, para ler e fazer crticas sobre o seu texto, pois a leitura demasiada de nossos prprios trabalhos torna-nos cegos para determinados pontos.

57. CRNICA.

uma narrativa curta que retrata, em geral, fatos do cotidiano, presenciados ou no pelo narrador, escrita numa linguagem leve, de carter jornalstico.58. CURRCULO.

um documento que rene as informaes profissionais para algum que se candidata a um emprego. Contm objetivo, formao escolar, idiomas que domina, experincia profissional, pretenso salarial, etc.

59. DESCRIO.

Descrever fazer um retrato com palavras, isto , apresentar, detalhadamente, caractersticas de pessoas, animais, objetos, lugares, etc.

Quando quiser estabelecer uma ordem cronolgica na sua descrio, mostrando as mudanas sucessivas da paisagem, use termos que indicam sucesso (sobretudo adjuntos adverbiais de tempo).

60. DESENVOLVIMENTO.

a redao propriamente dita. No desenvolvimento, o aluno dever discutir os argumentos PRIVATEapresentados na introduo. Em cada pargrafo, escreve-se sobre um argumento.

PRIVATETenha sempre em mente que o examinador de sua dissertao provavelmente seja uma pessoa PRIVATEculta, que l bons jornais e revistas e tem bastante conhecimento geral, portanto no generalize.

a parte mais importante em qualquer texto. quando podemos nos aprofundar nas idias que, por enquanto, foram apenas mencionadas na introduo. Os argumentos devem ser apresentados em funo da idia e organizados com clareza para no confundir o leitor. Devemos ser cuidadosos para que o texto no se torne inconsistente e imaturo por falta de informao de nossa parte. Para isso, preciso que nos ilustremos, lendo revistas, jornais e livros; assistindo a noticirios na televiso; freqentando o maior nmero possvel de produes culturais a que tivermos acesso - teatro, shows, exposies, etc. Em qualquer uma dessas atividades, assuma uma posio crtica questionadora que resultar em anlises objetivas e, conseqentemente, em julgamentos coerentes. Evite radicalismos, ofensas pessoais, nacionalismos piegas e achismos (eu acho, eu penso)

61. DILOGO.

a conversa entre duas ou mais pessoas. A fala de cada personagem indicada, na escrita, por um travesso.

Ao apresentar um dilogo, ou a personagem pensando, use o presente do indicativo para sugerir a proximidade do fato futuro.62. DIRIO.

uma das formas do registro do mundo interior, ou seja, das confisses, dos segredos, etc, de uma pessoa.

63. DICAS.

Ao escrever uma redao, faa, primeiramente, uma lista de tudo o que lhe vier memria.

Quanto mais idias, melhor.

No se preocupe em saber se as idias so boas ou ms. Escreva-as, simplesmente.

Anote tudo, sem ordem, sem critrio, sem censura.

Use palavras simples e frases curtas.

Selecione as idias e estruture o seu texto.

64. DICIONRIO.

Em vez de sair por a chutando palavras cujos significados voc no conhece bem, utilize-se de um bom dicionrio, em livro ou disquete, para aumentar o vocabulrio.

65. DIMINUTIVO.

Use o diminutivo com muito cuidado, e sempre quando for importante marcar a dimenso dos seres, ou a afetividade (carinho, desprezo) da personagem com relao a esses seres.

Pegou o banquinho para apoiar o p enquanto tocaria violo.

Disse para a avozinha que lhe traria o doce de goiaba de que tanto gostava.

66. DISCUSSO.

Falar e ouvir so meios de desenvolvimento do esprito humano. O debate de idias pode levar a um resultado enriquecedor.

67. DISSERTAO.

Nunca se inclua em sua dissertao, principalmente para contar fatos de sua vida particular.

uma redao que, atravs do raciocnio, expe idias, doutrinas, impresses, pontos de vista.

Utilize sempre, em suas dissertaes, a primeira pessoa do plural em vez da primeira pessoa do singular.

A dissertao a forma mais comum de redao. a mais solicitada nos exames vestibulares e provas de colgio.

Dissertar defender uma opinio a respeito de determinada questo. Para isto, precisamos conhecer o assunto e refletir sobre ele.

analisar um assunto proposto, emitindo opinies gerais. Deve ser feito de modo impessoal e com total objetividade. Essa viso imparcial perde-se quando o autor confunde a problemtica que est analisando com os problemas particulares que possa ter.

68. DIVAGAR.

Estou sem inspirao para fazer uma redao. Escrever sobre a situao dos sem-terra? Bem que o professor poderia propor outro tema.

No fale de sua redao dentro do prprio texto, porque isso demonstra insegurana e vazio de idias. Ademais, sua nota ficar seriamente comprometida quando da avaliao do contedo.

69. DOIS PONTOS.

As citaes vm sempre aps dois pontos.

L, fiz diversas coisas: tomei banho de piscina, na sauna, montei cavalo e charrete, comi cacau, etc.

Use dois pontos, antes de uma enumerao, se quiser valorizar os termos que a constituem.

Descobri a grande razo da minha vida: voc.

J dizia o poeta: Deus d o frio conforme o cobertor.

70. E (minsculo).

Faa-o um pouco aberto, para no ficar parecendo i, de forma que o seu interior aparea com toda a nitidez.

71. ECO OU ASSONNCIA.

a repetio desnecessria de palavras terminadas pelo mesmo som, provocando rimas desagradveis, com um ritmo batido e montono.

FRASES COM ECOESCREVA-AS ASSIM

Neste momento eu tive um aumento de vencimento.Tive aumento de salrio.

Clemente, certamente, est descontente com o parente.Clemente, com certeza, est aborrecido com o primo dele (como poderia ser irmo, etc).

72. EDITORIAL.

um artigo que exprime a opinio do rgo jornalstico. o jornalismo opinativo.

73. ELEGNCIA.

A leitura de um texto elegante, que deve ser criativo e original, torna-se agradvel ao leitor.

Fuja de grias e palavres. Mantenha uma certa elegncia no seu texto, sem cair em pedantismos exagerados.

A elegncia comea pela prpria apresentao do texto, ou seja, limpo, sem borres ou rasuras, e com letra bem legvel. Importantssimo atentar, tambm, para a correo gramatical, a clareza, a conciso e para o contedo da redao, que deve ser original e criativo.

74. ELIPSE.

a omisso de um termo previsvel, subentendido, que deixa de ser expresso por ser bvio, mas tambm confere elegncia frase.

Vida interessante, a dele...

Na rua, um malvado; em casa, um santo.

A casa era pobre. Os moradores, humildes.

75. EM, NO, AO, NA, .

ERRADOCERTO

Fui em Jequi, na fazenda, no jogo.Fui a Jequi, fazenda, ao jogo. A regncia do verbo ir exige preposio a e no em. (Quem vai, vai a algum lugar, e no em algum lugar).

76. EMBROMAO.

o famoso enche lingia. Fica-se dando voltas no mesmo lugar, usando-se palavras vazias e embromatrias.

A vida, nica e exclusivamente, to complexa que, apesar de tudo, no obstante o que possam dizer, torna-se altamente problemtica.

77. EMOO OU LINGUAGEM EMOCIONAL.

No analise os temas propostos movido por emoes exageradas. Mantenha-se imparcial em quaisquer circunstncias.

No transforme seu texto em desabafo nem em panfleto, com linguagem apaixonada. A emoo deve ficar no rascunho, enquanto que no texto definitivo voc deve chamar a razo para auxili-lo.

Quando nos exaltamos a respeito de determinado assunto ou sobre a pessoa de quem estamos falando, infringimos a boa norma da escrita padro, por fazermos uso de juzos de valor sobre os fatos. A objetividade imprescindvel, a fim de que o texto se mantenha imparcial e claro.

Existem alguns temas dissertativos que envolvem a anlise de assuntos dramticos, que causam revolta e indignao pela prpria gravidade de sua natureza. Porm, por mais revoltante que se mostre o assunto tratado, ele deve ser abordado de modo comedido e, se possvel, imparcial. No devemos deixar nossas emoes interferirem demasiadamente na anlise equilibrada e objetiva que precisa transparecer em nossas redaes, porque elas impedem que ponderemos outros ngulos da questo. S assim, com a predominncia da argumentao lgica, ela se mostrar convincente.

Os noticirios apresentam-nos todos os dias crimes brbaros cometidos por verdadeiros animais, que deveriam ser exterminados, um a um, pela sua perversidade sem fim.

Muitos menores que perambulam pelas ruas e se tornam delinqentes so vtimas indefesas de um governo ineficiente, que no se preocupa e no respeita o direito que eles tm educao.

78. ENCHE LINGIA.

No espiche o assunto, isto , no diga com 8 (oito) palavras o que pode dizer com 5 (cinco). Seja objetivo e direto.

Encher lingia , tambm, repetir idias, a saber, tornar a abordar um assunto com palavras diferentes sobre o qual j tinha escrito anteriormente.

Exemplos de expresses muito usadas por quem gosta de encher lingia: Antes de mais nada, muito pelo contrrio, por outro lado, por sua vez, etc.

ERRADOCERTO

Em um dos domingos que passaram, eu tinha ido a ItabunaNum domingo, fui a Itabuna

Durante esses dias de minhas frias, brinquei de diversas brincadeirasEm minhas frias, brinquei muito

79. NFASE.

Chame a ateno para o assunto com palavras fortes, cheias de significado, principalmente no incio da narrativa. Use o mesmo recurso para destacar trechos importantes. Uma boa concluso essencial para mostrar a importncia do assunto escolhido. Remeter o leitor idia inicial uma boa maneira de fechar o texto.

80. ENTREVISTA.

o encontro de duas pessoas em que uma interroga (entrevistador) a outra (entrevistado) sobre suas aes ou idias. Um conjunto, portanto, de declaraes de uma determinada pessoa, que autoriza, implcita ou formalmente, sua publicao.

81. ENUMERAO.

Use a enumerao quando quiser reforar determinada sugesto ou quando quiser sugerir variedade, multiplicidade, coisas interminveis. Em frases separadas, os membros da enumerao ficam mais realados ainda.

Muitas virtudes deve ter o poltico: honestidade, iniciativa, inteligncia, ponderao.

A histria ia longe: era um festival de exageros, um esmiuamento de detalhes fteis, um conjunto longo de fofocas, mais as ofensas e a grosseria de falar de quem no estava presente para defender-se. O homem desatinava. Pensava um verbo, corrigia-se ou pedia a algum para lembrar-lhe a palavra injuriosa que queria dizer. Soltava mais uns trs improprios. Desandava a emendar e emendar. No final, a platia estava atnita, angustiada de aflio e agradecendo a despedida do sujeito.82. ERROS.

Anote os erros mais freqentes para servir-lhe de apoio para no futuro no comet-los mais. J ouviu aquela mxima que diz: Errar humano, mas permanecer no erro diablico?

83. ERUDIO. PEDANTISMO.

escrever usando palavras difceis e desconhecidas, para tentar impressionar os outros. No seja pretensioso nem erudito.

Lembre-se de que escrever bem redigir com simplicidade, clareza, conciso, correo e elegncia.

Adianta alguma coisa escrever um monte de palavras difceis, complicadas, que ningum vai entender? Comunicar-se fundamental.

TEXTOS ERUDITOS

Inobstante o exposto, deve-se buscar o contraditrio.

A nvel de personalidade, os brasileiros so muito cordiais.

TEXTO EXTREMAMENTE PEDANTE

Os homens se contendem pelas protuberncias conexas das excentricidades congneres da apologtica, silontrando a insipidez patolgica das homogeneidades mrbidas, farpantes em que o ostracismo melanclico de um traumatismo espontaneamente uniforme e retilneo, engavela os insignes caracides mentores das obrividncias, nos epdotos escalenos de filisteus e trogloditas, enviperando genetrises macroptalas de um plcaro desnalgado e exaurvel, bacorejando pramos triptalos de lucidez sem nexo.

84. ESCREVER.

No existem frmulas mgicas para se redigir bem. O exerccio contnuo, aliado constante leitura de bons autores e reflexo, indispensvel para a criao de bons textos.

Enganam-se aqueles que pensam que fcil escrever. Todos os grandes escritores desmentem o mito da inspirao. Uma das frases mais famosas sobre o assunto afirma o seguinte: "O ato de redigir requer 1% de inspirao e 99% de transpirao".

Se voc se limitar a repetir o que todo mundo escreve, com medo de errar, provavelmente cair no lugar-comum e na mediocridade. Inove sempre, sem medo. Seja atrevido! A segurana vir aos poucos e com a satisfao de perceber que fez algo seu, com seu prprio padro de qualidade.

Quer escrever bem? Leia, ento, muito e sempre. atividade que requer treino, perseverana e at uma boa dose de teimosia. Ningum nasce sabendo redigir bem.

Escreva na ordem direta, dispense os detalhes irrelevantes e v diretamente ao que interessa, sem rodeios.

Redigir bem uma questo de prtica, como qualquer outra atividade. Ningum vai ensin-lo a pintar segurando os pincis para voc.

Se quiser escrever bem, leia muito e sempre.

Uma redao bem escrita vaga garantida para o ingresso universidade.Escreva dirios, cartas, e-mails, crnicas, poesias, redaes, qualquer texto. S se aprende a escrever, escrevendo.

Escrever falar no papel, e sem rascunho impossvel. Escreva sem medo e sem preguia, fazendo vrios rascunhos, lendo em voz alta o texto escrito para descobrir as falhas.

Muitas vezes a impropriedade vocabular se transforma claramente em erro, s vezes grosseiro. O relmpago atingiu o nibus. O que atingiu o nibus foi o raio. Havia cem pessoas no fretro. O fretro o caixo, e no o enterro.

Redigir bem depende de bastante leitura (jornais, livros, revistas), que lhe fornecem informaes novas e atuais, e de muita prtica. Todos os dias, antes de dormir, sente-se num local adequado e confortvel em seu quarto e escreva em uma folha de papel como foi o seu dia. Eis um bom comeo.

Adquira o hbito de escrever, exercitando-se, principalmente, com os temas que tm cado nos vestibulares mais recentes. Mea bem as palavras, usando as mais simples, no se esquecendo de acentu-las e pontu-las com preciso. Jamais se desvie do tema. Seja o mais claro possvel. Mostre raciocnio lgico, agudeza mental, inteligncia e conhecimentos. Texto bom e legvel aquele no qual as palavras esto adequadamente dispostas na frase, com elegncia, preciso, clareza e objetividade.

85. ESPAOS ENTRE LINHAS.

O cabealho da redao deve comear na primeira linha do papel. O ttulo, uma ou duas linhas aps a ltima linha do cabealho. A redao, uma ou duas linhas depois do ttulo.

86. ESPAOS ENTRE PALAVRAS.

Use espaos normais entre as palavras, devendo estas ficar nem muito distanciadas nem muito prximas umas das outras.

87. ESQUEMA.

Antes de iniciar a redao (antes mesmo do rascunho), faa um esquema de um roteiro de idias.

O esquema um mapa e um guia, que evitar desvios ou retrocessos quando da elaborao do texto.

Esquematizar planejar. caminhar com os olhos abertos. saber o terreno onde pisa. dar redao um destino, um sentido, um fim.

88. ESTTICA.

Sempre que quiser apresentar uma cena esttica, evite a repetio dos verbos ser e estar e empregue frases nominais.

Papis por toda a parte. Memorandos, relatrios, ofcios, anotaes.Roberto, paralisado, no meio da rua. Sentado. Olhar ao longe. Tristeza.89. ESTTICA.

Capriche na parte esttica de sua redao, ou seja, faa letras bonitas e bem legveis, margens regulares, espao uniforme no incio do pargrafo, tudo isso sem qualquer tipo de rasura.

90. ESTICAR.

Expedientes muito usados para esticar uma redao, mas que no enganam ningum, muito menos uma banca corretora: Letra muito grande ou espichada, nova margem, enormes margens de pargrafo, paragrafao excessiva, citaes falsas ou impertinentes, etc.

91. ESTILO.

Voc j ouviu algum dizer que cada pessoa tem uma maneira diferente (estilo) de escrever? Paulo Mendes Campos, j falecido, que foi um dos maiores cronistas brasileiros, era um grande estilista.

Veja, a seguir, alguns textos deliciosos e imperdveis!

ESTILO NLSON RODRIGUES.Usava gravata cor de bolinhas azuis e morreu!

ESTILO INTERJETIVO.Um cadver! Encontrado em plena madrugada! Em pleno bairro de Ipanema! Um homem desconhecido! Coitado! Menos de quarenta anos! Um que morreu quando a cidade acordava! Que pena!

ESTILO COLORIDO.

Na hora cor-de-rosa da aurora, margem da cinzenta Lagoa Rodrigo de Freitas, quem via de cor preta encontrou o cadver de um homem branco, cabelos louros, olhos azuis, trajando cala amarela, casaco pardo, sapato marrom, gravata branca com bolinhas azuis. Para este o destino foi negro.

ESTILO PRECIOSISTA.No crepsculo matutino de hoje, quando fulgia solitria e longnqua a Estrela-dAlva, o atalaia de uma construo civil, que perambulava insone pela orla sinuosa e murmurante de uma lagoa serena, deparou com a lrida viso de um ignoto e glido ser humano, j eternamente sem o hausto que vivifica.

ESTILO SEM JEITO.Eu queria ter o dom da palavra, o gnio de Rui e o estro de um Castro Alves, para descrever o que se passou na manh de hoje. Mas no sei escrever, porque nem todas as pessoas que tm sentimentos so capazes de express-los. Mas eu gostaria de deixar, ainda que sem brilho literrio, tudo aquilo que senti. No sei se cabe aqui a palavra sensibilidade. Provavelmente no. Talvez seja uma tragdia. No sei escrever, mas o leitor poder perfeitamente imaginar o que aconteceu. Triste, muito triste. Ah, se eu soubesse escrever.

92. ETC.

Evite escrever o termo etc, por ser incompleto, a no ser em casos especiais, para determinadas sugestes.

93. EUFEMISMO.

o mesmo que suavizao ou abrandamento. Trata-se do uso de uma expresso menos spera, rude e chocante com relao a uma realidade.

Ele deu seu ltimo suspiro.

Voc faltou com a verdade a um homem.

Jos desviou recursos dos cofres pblicos.

94. EVITE.

Termos e expresses suprfluas (desnecessrias), excesso de adjetivos, intercalaes desnecessrias, digresses inteis (enche lingia), perodos extensos e confusos. Tudo isso leva prolixidade, que deve ser evitada.

95. EXCLAMAO.

No exclame a todo momento. Procure palavras fortes e convincentes.

96. EXEMPLOS.

Evite mau uso de exemplos, ilustraes, citaes.

Aqui, os aposentados recebem vinte salrios mnimos por ms. Dado incorreto, porque, na verdade, apenas alguns aposentados recebem a referida quantia.

Obedecer uma ordem cronolgica um maneira de se acertar sempre. Parta do geral para o particular, do objetivo para o subjetivo, do concreto para o abstrato. Use figuras de linguagem para que o texto fique interessante. As metforas tambm enriquecem a redao.

97. EXPERINCIA.

Use sua experincia de vida para produzir textos. Ouse, incorpore personagens, envolva-se na trama, sinta, julgue, denuncie, critique, manifeste-se, viva o tema. Evite chaves e clichs.

98. EXPRESSO.

Nunca escreva uma expresso que desconhea, pois os erros de ortografia e acentuao tiram pontos preciosos de uma redao.

No exagere no uso das expresses: a nvel de, atravs de, devido a, face a, frente a, tendo em vista, etc.

99. EXPRESSES GASTAS.

Voc pode ter conhecimento do vocabulrio e das regras gramaticais e, assim, construir um texto sem erros. Entretanto, se reproduz sem nenhuma crtica ou reflexo expresses gastas, vulgarizadas pelo uso contnuo, a boa qualidade do texto fica comprometida.

100. EXPRESSES POPULARES.

No use expresses populares e cristalizadas pela populao, mormente na dissertao, que um trabalho muito tcnico.

101. EXPRESSES VULGARES.

Jamais use expresses vulgares ou chulas.102. EXTENSO.

Num exame vestibular, ou numa redao de colgio, o professor corrigir ou avaliar, em curto espao de tempo, centenas de redaes. Por este motivo, pede-se que os candidatos ou alunos escrevam um nmero limitado de linhas.

Qualquer exagero representa um fator grandemente desfavorvel ao estudante. Mais importante do que escrever muito o candidato ou aluno ter tempo para rever a sua redao.

103. FBULA.

uma pequena histria (uma narrativa inverossmil), com fundo didtico, que tem como objetivo transmitir uma lio de moral.

A VIVA.

Quando a amiga lhe apresentou o garotinho lindo dizendo que era seu filho mais novo, ela no resistiu e exclamou:

Mas, como, seu marido no morreu h cinco anos?

Sim, verdade respondeu a outra, cheia de compreenso, sabedoria e calor que fazem os seres humanos mas eu no!

MORAL: NO MORRE A PASSARADA QUANDO MORRE UM PSSARO.

104. FANTASIA.

Para criar o tema de fantasia, d preferncia ao emprego do verbo no pretrito imperfeito.

Fazia tempo que no se encontravam, mas a memria continuava clara e, a qualquer momento, haveriam de estar novamente juntos, rememorando o feliz passado.

Era uma tarde de tempo feio e frio no norte da Virgnia, h muitos anos. A barba do velho estava coberta de gelo e ele esperava algum para ajud-lo a atravessar o rio. A espera parecia no ter fim.

105. FICO.

Quando sua redao for uma fico, ou quando quiser fazer aluso a determinados tipos, aproveite os nomes prprios para auxiliar nas sugestes pretendidas.

Sempre se metia nas questes alheias, tentando encontrar uma soluo. Era praticamente um dom-quixote de saias, tamanha ingenuidade.

Jonathan era um pequeno mirrado, pardinho, filho da catadora de papel. Mas a me lhe escolhera esse nome elegante, pois adorava assistir na sua TV em preto e branco, o Casal 20, srie de sucesso dos anos 80.

106. FIGURAS DE LINGUAGEM.

procura de melhor expressar seus sentimentos, emoes e pensamentos, a fim de procurar uma linguagem que seja mais expressiva, original ou criativa, os trabalhadores da palavra valem-se de figuras estilsticas.

107. FINALIZAR.

Evite finalizar sua redao ( o principal defeito), principalmente com as expresses: em resumo, enfim, finalmente, por fim. Termine-a naturalmente, sem se utilizar de chaves.

108. FORMA.

Sempre que possvel, ao usar a mesma relao ou idia num texto, varie a forma de express-la.Como aperfeioar a forma? Pelo exerccio constante e cuidadoso! Exercitar-se quer dizer escrever e ler bons autores.

Cada estudante tem sua maneira de escrever. No possui um sentido definido. Porm, inegvel que j tem um jeito prprio.

Por forma, entende-se o desembarao de expresso, a procura de imagens e comparaes, a busca da palavra apropriada, a utilizao, enfim, dos recursos mais eficientes e belos na transmisso das idias. Forma harmonia e sonoridade da frase.

H palavras que ningum emprega. s vezes uma que outra se escapa e vem luzir-se desdentadamente, em pblico, nalguma orao de paraninfo. Pobres velhinhas... Pobre velhinho!

A guerra sempre traz destruio e morte. No entanto, depois dessa cruel forma de demonstrar a superioridade do vencedor, os vencidos levantam a cabea, enchem-se de um patriotismo vibrante e se empenham em levantar seu pas.

109. FRASES ADEQUADAS.

ERRADOCERTO

grande nmero de mortosmuitos mortos

Todo mundo gostou.Todos gostaram.

causou desastre na agricultura.causou prejuzos agricultura.

110. FRASES COMPLETAS.

Escreva as frases com sentido completo.

FRASES COM SENTIDOS INCOMPLETOSCORRIJA-AS PARA

Chegando l, fomos para o apartamento. (Apartamento de quem?).Chegando l, fomos para o apartamento de uma amiga.

Fui capital. (Que capital?).Fui a Salvador, ao Rio de Janeiro, etc.

111. FRASES CURTAS.

Use frases curtas e inteligentes. Com elas, tropear menos nas vrgulas, nos pontos ou nas reticncias. Uma frase longa, ensinou Vincius de Moraes, no nada mais que duas curtas.

S em discursos que se usam perodos longos.

112. FRASES FRAGMENTADAS.

Evite as frases fragmentadas, que separam indevidamente o sujeito do predicado.

TEXTOS COM FRASES FRAGMENTADASCORRIJA-OS PARA

Comi o doce e gostei.Comi o doce e gostei dele.

Disse que faria e fez.Disse que faria o servio e realizou-o a contento.

Tentei convenc-lo. Ele estava com a razo.Tentei convenc-lo de que estava certo.

Entrou em pnico. O elevador trancara. Havia faltado luz.Entrou em pnico porque o elevador trancara com a falta de luz.

O Amazonas possui recursos inesgotveis. O maior estado do Brasil.O Amazonas, que o maior Estado do Brasil, possui recursos inesgotveis.

113. FRASES INTRINCADAS E DESCONEXAS.

O estudante deve ser orientado a escrever com clareza. No h lugar numa redao para perodos confusos, de difcil entendimento. Nem para a repetio de palavras, frases, idias e perodos demasiadamente longos. So eles os maiores inimigos da clareza.

114. FRASES REPETIDAS.

Evite usar frases desnecessrias ou repeti-las. FRASES REPETIDASCORRIJA-AS PARA

Um mundo de sonhos era o mundo em que ela vivia.Ela vivia num mundo de sonhos.

Depois de todos esses dias que passei l, que foram uns dias maravilhososDepois de todos esses dias que passei l, que me foram maravilhosos

Os policiais, que so agentes da polcia, entraram no banco armados com armas pesadas.Os policiais entraram no banco com armas pesadas.

115. FRASES. ESTRUTURA.

Erros de concordncia nos tempos verbais, fragmentao da frase, separando sujeito de predicado, utilizao incorreta de verbos no gerndio e particpio so algumas das falhas mais comuns nas redaes. Esses erros comprometem a estrutura das frases e prejudicam a compreenso do texto.

116. GENERALIZAR.

Evite empregar os seguintes vocbulos genricos: coisa, dar, fazer, ningum, nunca, sempre, ser, ter, todo mundo, etc.

Em se tratando de dissertao, sempre pecado mortal generalizar conceitos, pois acabam soando como preconceitos. Idias muito ampliadas nada significam.

No generalize. Seja especfico, utilize argumentos concretos, fatos importantes. Uma redao cheia de generalizaes demonstra falta de cultura e de conhecimentos gerais de seu autor. Uma maneira prtica para solucionar o problema a leitura de qualquer gnero, como jornais, revistas e livros. Assista a programas de reportagens, a filmes, a documentrios. Interesse-se pela cultura. Alimente sua inteligncia.

GENERALIZAES QUE PECAM PELA IMPRECISO:

As crianas so inocentes.

Os homens batem nas mulheres com freqncia.

Os homossexuais so desavergonhados.

Todo poltico ladro.

Os velhos so sbios.

117. GERNDIO.

Evite a predominncia do uso do gerndio, pois este empobrece o texto. Prefira oraes desenvolvidas ou o verbo na forma finitiva mais conjuno.

Use o verbo no gerndio somente quando quiser caracterizar os seres enfatizando suas aes.

118. GRIA.

As grias so um meio de expresso perfeitamente aceitvel em certos momentos de textos narrativos, em especial nos dilogos travados por alguns personagens. Tornam-se, entretanto, completamente inadequadas quando usadas em uma dissertao.

Jamais use grias ou qualquer outra variao lingstica que limite o entendimento do texto.

Somente use grias se o assunto e suas personagens exigirem na situao apresentada. Com isso, poder aumentar o realismo da narrao.

FRASES COM GRIASPREFIRA

O marmanjo bolou um jeito maneiro de se pirulitar.O homem criou uma forma inteligente de fugir da situao.

O cara deve procurar sacar se a lei est com ele ou no.O cidado deve procurar certificar-se de que est agindo dentro da lei.

Fiquei gamado naquele broto porque ela bacana pra chuchu.Fiquei apaixonado por aquela garota, porque ela muito simptica e atraente.

O deputado pisou na bola e deu a maior bandeira no seu depoimento.O deputado cometeu um erro e acabou se comprometendo no seu depoimento.

119. GRAFIA.

Prefira as palavras de grafias fceis (mais fceis de serem escritas). Lembre-se de que a lngua portuguesa muito rica em sinnimos.

Tome cuidado com a grafia de palavras que no conhea. Quando tiver dvidas, consulte o dicionrio. Se no for possvel, substitua a palavra por outra cuja grafia voc conhea bem. Portanto, descarte palavras de grafia duvidosa.

EM VEZ DEPREFIRA

EscassaRara

NenmCriana

SucintoBreve

ExguoPequeno

ExporMostrar

ParcimoniosaEconmica

SubmissaObediente

NdoaMancha

120. GRAMTICA.

Nunca, mas nunca mesmo, entregue o seu trabalho sem uma boa reviso gramatical e ortogrfica.

Evite erros gramaticais primrios e bsicos. Use s termos que voc conhece. Respeite a gramtica e as regras de grafia.

Capriche na parte gramatical de sua redao, ou seja, no se esquea de fazer, com toda a clareza possvel, as devidas pontuaes e acentuar as palavras que tiverem acento. No adianta fazer uma redao espetacular quanto ao contedo e estilo mas cometer dezenas de erros de portugus.

O primeiro passo para aceitar a gramtica positivamente imagin-la como algo dinmico que movimenta a nossa linguagem e cria nossa identidade cultural. Tenha sempre ao alcance um livro de gramtica, acompanhado de um dicionrio.

Uma pessoa que redige bem tem mais clareza de suas idias e mais segurana em suas afirmaes. As falhas gramaticais podem ser um entrave para isso.

121. GROSSERIA.

Ele deu um pum fedido pacas. Foi aquele au!

Gostou dessa frase ridcula? O examinador iria aprov-la? Com certeza que no! Cuidado para no entrar na linguagem do liberou geral, do vale-tudo! um territrio muito perigoso. Deixe a franqueza vocabular de lado e evite grosserias na sua redao. No s voc que tem me, irm, etc. Os examinadores tambm tm e nem todos so apaixonados pelo extico.

122. HARMONIA.

O aluno deve usar a musicalidade, o ritmo resultante da adequada escolha das palavras, da combinao dos sons na orao e do equilbrio das oraes no perodo. A linguagem no pode ser spera, dura. A redao deve ser agradvel ao ouvido.

123. HIATO.

a seqncia desagradvel de vogais ou slabas idnticas. Evite-o.FRASES COM HIATOMELHOR

Andria ir ainda hoje ao oculista.Andria ter consulta com seu oculista, hoje.

Traga a gua aula.Queira trazer o recipiente com gua para a sala.

124. HIPRBATO.

inverso da ordem natural dos termos ou oraes da frase com o fim de lhes dar maior destaque.

FRASES COM HIPRBATOS

ORDEM INVERSAORDEM NATURAL

Na roda do mundo, mos dadas aos homens, l vai o meninoO menino vai l na roda do mundo, mos dadas aos homens...

Ouviram do Ipiranga as margens plcidas de um povo herico o brado retumbante...As margens plcidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo herico...

125. HIPRBOLE.

a figura que atravs do exagero procura tornar mais expressiva e emocionante uma idia.

Ele chorou rios de lgrimas.

Falei trezentas vezes para voc!

Possuo um mar de sonhos e aspiraes.

126. I (minsculo).

Coloque o pingo no i com capricho e clareza, redondo, bem visvel (mas no uma bolinha) e de forma centralizada (no lugar certo), nem esquerda, nem direita.

127. IDIA.

No exponha idias vulgares (improprios, palavres).

Separe as diferentes idias em pargrafos distintos, guardando-lhes a devida conexo.

Elimine idias ridculas, infantis, contraditrias, desnecessrias, que no se ajustem ao tema proposto.

No inicie uma redao com uma idia genial mas que no se relaciona com a segunda parte da composio.

Evite idias artificiais, o nacionalismo piegas e o exagero nas expresses de modstia, como:

Futuramente, quando o Brasil atingir o pice do desenvolvimento, todas as naes se curvaro ante a capacidade empreendedora do homem brasileiro. No entendo muito do assunto, mas tentarei, apesar dos meus parcos conhecimentos, dissertar sobre o tema escolhido.

128. IMPRECISO.

Evite escrever e/ou, por ser incompleto e impreciso e, tambm, porque denota pobreza vocabular.

EM VEZ DEESCREVA

O jovem e/ou seu pai poderiam ir ao banco ver o saldo da conta.O pai poderia ir ao banco ver o saldo da conta, sozinho ou acompanhado do filho.

Poderamos ir ao clube e/ou ao teatro, porque o tempo seria suficiente.Poderamos ir a um dos dois locais, ou a ambos ao teatro e ao clube , pois o tempo seria suficiente.

129. IMPROPRIEDADES SEMNTICAS E OUTROS VCIOS.

Evite o tal de atravs de, que uma expresso largamente utilizada, mas de maneira errada! No , em absoluto, sinnimo de por intermdio de.

Consegui aprender redao atravs do meu professor.

Caso escreva isso, o sentido literal que conseguiu aprender redao atravessando seu professor de um lado para outro, o que seria uma pena! Substitua, nesse caso, a expresso por com o auxlio de.

130. INADEQUADO.

Hoje, ao receber alguns presentes no qual completo vinte anos, tenho muitas novidades para contar.

Eis um exemplo de uso inadequado do pronome relativo. Provoca falta de coeso, pois no consegue mostrar a que antecedente ele se refere e, portanto, nada conecta e produz uma relao absurda.

131. INCOERNCIA.

No faa afirmaes incoerentes, que demonstram faltam de conhecimento e, s vezes, at ignorncia, como:

Ningum gosta de ler...

Exemplo de incoerncia numa dissertao:

O verdadeiro amigo no comenta sobre o prprio sucesso quando o outro est deprimido. Para distra-lo, conta-lhe sobre seu prestgio profissional, conquistas amorosas e capacidade de sair-se bem das situaes. Isso, com certeza, vai melhorar o estado de esprito do infeliz.

Exemplo de incoerncia numa narrao:

O quarto espelha as caractersticas de seu dono: um esportista, que adorava a vida ao ar livre e no tinha o menor gosto pelas atividades intelectuais. Por toda a parte, havia sinais disso: raquetes de tnis, prancha de surf, equipamento de alpinismo, skate, um tabuleiro de xadrez com as peas arrumadas sobre uma mesinha, as obras completas de Shakespeare.

132. INFORMATIVO.

Num texto informativo, no tema usar todos os recursos que possam torn-lo claro, como numeraes, oraes explicativas numerosas e parnteses.

Os pesquisadores realizaram um censo em 2001 e registraram que, das 690 espcies que visitam a reserva, 200 freqentam o jardim das borboletas.

Em uma matria, o leitor recebe vinte informaes diferentes. Dezenove, que ele ignorava, esto certas. Uma, que ele j conhecia, est errada. A tendncia desse leitor duvidar da exatido de todas as vinte.

133. INCIO.

Evite iniciar sua redao com digresses. O incio deve ser curto, sem evasivas.

134. INSPIRAO.

No momento da criao inspirao no iniba o que vem mente, seja o que for. Portanto, rascunhe o que for aparecendo. Pode ser que surja algo muito bom em meio s idias aparentemente desordenadas.

135. INTERJEIO, EXCLAMAO.

No abuse do uso das interjeies e exclamaes. Tire proveito delas, no entanto, para destacar as emoes e as exploses de sentimentos das personagens.

Arre! Precisava gritar desse jeito e assustar todo mundo?

Dobre a lngua! gritou vermelha de clera. Voc to arrogante que ningum mais agenta a sua presena.

136. INTERNET.

Na rede mundial de computadores h dezenas de cursos on-line de redao, muitos dos quais de altssima qualidade, sendo alguns gratuitos.

137. INTRODUO.

o incio da redao e deve conter um resumo, em poucas pinceladas, daquilo que abordaremos no restante do texto.

A introduo precisa ser rpida. Evidentemente, nunca ter tamanho igual ao do desenvolvimento. Numa redao de 20 linhas, por exemplo, no deve exceder 4 ou 5 linhas.

A Introduo apresenta a idia que ser discutida no desenvolvimento. nessa parte que se d ao leitor uma informao sobre o assunto que ser tratado. Deve ser pequena, porque, se a alongarmos demais, correremos o risco de esgotarmos o assunto no primeiro pargrafo.

PROCURE EVITAR, NA INTRODUO, FRASES COMO:

Meu caro leitor,...

Bem, atualmente, no mundo em que vivemos...

No tenho palavras para exprimir o que sinto, mas...

Vou tentar falar sobre o tema, embora no seja fcil abordar este assunto.

Sei que no sou a pessoa mais indicada para falar sobre esse assunto. Entretanto...

Embora sabendo que a minha opinio uma gota dgua no oceano, tentarei extern-la.

Evite iniciar sua redao com digresses (o incio deve ser curto). Digresso no ter ordenao de idias, ficar indo e voltando, o que confunde o leitor.

EXEMPLOS DE DIGRESSES

Devemos, aqui, propor um parntese breve...Evite isso, porque demonstra que a ordem das idias ainda est confusa.

Por falar nisso, lembro-me de uma situao vivida algum tempo atrs...Poderia ter sido falado antes, se tivesse havido planejamento da redao.

Antes de falar nisso, voltemos no tempo,...Gera o processo de sair momentaneamente do tema e pode provocar problemas de entendimento.

138. IRONIA.

Quando quiser criticar determinado acontecimento ou pessoa, de forma humorstica, depreciativa ou sarcstica, e sem apresentar posio s claras para o leitor, use o expediente da ironia.

Menina, voc um primor; no arruma nem sua prpria cama!

...o velho comeou a ficar com aquela cor de uma bonita tonalidade cadavrica.

Moa linda, bem tratada, trs sculos de famlia, burra como uma porta: um amor.

139. LEGVEL.

Considere a legibilidade do seu texto. Como sua letra? Como est seu texto no papel? fcil de ler?

140. LEITURA.

Quem l adquire desenvoltura para criar seu prprio texto.

A leitura completa o homem, enriquece-o; a conversao torna-o gil; e o escrever d-lhe preciso.

Quando lemos, nosso crebro forma uma imagem de cada palavra. dessa maneira que sabemos como os vocbulos so escritos.

LER ampliar horizontes; armazenar informaes; compreender o mundo; comunicar-se melhor; desenvolver-se; escrever com desenvoltura; relacionar-se melhor com todas as pessoas.

Leia muito, tudo o que encontrar pela frente, inclusive revistas informativas e tcnicas (Veja, Isto , Carta Capital, Superinteressante), jornais (Folha de So Paulo, O Globo, O Estado de So Paulo, Jornal do Brasil) e, principalmente, boas obras literrias, como romances, dentro de seu nvel de estudo e de sua faixa etria. O ato de escrever est muito ligado ao ato de ler.

UM BRADO DE ALERTA: Quem pouco l vai se dar muito mal em redao quando for prestar vestibular!

A leitura permanente e intensa faz milagre, j que, por meio dela, se aprende muita coisa sem se perceber, especialmente na parte gramatical relativa acentuao, ortografia e pontuao. Se a pessoa nada l, ser intil decorar uma infinidade de regras gramaticais.

Uma sugesto bem intencionada para os que querem crescer: estude para assimilar, fixar, enfim, aprender. S assim ser capaz de manipular seu conhecimento com criatividade.

No cultivar a leitura um desastre para quem deseja expressar-se bem. Ela condio essencial para melhorar a linguagem oral e escrita. Quem l interioriza as regras gramaticais bsicas e aprende a organizar o pensamento.

Uma boa sugesto de leitura? A coletnea, atualmente com trinta e um livros, PARA GOSTAR DE LER. A maioria absoluta dos textos formada por centenas de crnicas dos melhores cronistas brasileiros. Serve para toda a famlia, inclusive para os filhos em idade escolar a partir dos dez anos. So textos curtos, simples e deliciosos.

A coleo poder ser adquirida por intermdio da homepage da Editora tica na Internet (http://www.atica.com.br), onde h, inclusive, informaes detalhadas sobre como encomend-la.

141. LETRA.

Uma letra muito ilegvel pode at contribuir para a anulao da redao num vestibular.

A letra tem que ser visvel e compreensvel para quem l e pode at mostrar sua personalidade.

Faa a letra com firmeza, segurana, bem clara e ntida, com tamanho mdio, no confundindo o traado das maisculas com o das minsculas.

Como a sua letra? Uma letra bonita traz inmeras vantagens. O profissional que apresenta uma escrita legvel e esttica agradvel sempre tem vantagens sobre o seu concorrente na hora de procurar emprego.

Para fazer uma boa redao no vestibular ou nas escolas, no preciso cursar uma escola de caligrafia. No entanto, a letra, mesmo sendo feia, deve ser legvel. Os professores se rebelam contra os alunos cujas letras so verdadeiros caracteres hieroglficos e podem at dar-lhes notas ruins.

142. LETRAS DE FORMA OU DE IMPRENSA.

No faa letra de forma, porque algumas letras de forma minsculas parecem maisculas (como o j, por exemplo), o que poder prejudic-lo na correo de sua redao, tirando-lhe pontos preciosos.

Quem usar letra de forma, em vestibular ou concurso, poder ter sua prova anulada ou tirar nota 0 (zero).

A letra de forma dificulta a distino entre maisculas e minsculas. Uma boa grafia - legvel e sem floreios - e limpeza so fundamentais. No se esquea dos pingos (e no bolinhas) nos "i".

143. LETRAS FLOREADAS.

Evite fazer letras floreadas, enfeitadas, com perninhas e rabinhos porque, s vezes, confundem-se umas com as outras e ficam at deformadas (o r minsculo, estando floreado, parece s), o que dificulta sobremaneira o perfeito entendimento do que est escrito. O o, por exemplo, redondo e no tem perninha.

Portanto, NO FAA:

palavras descendo morro; ltima letra do vocbulo com prolongamento exagerado para baixo; linha ou traos que cortem a palavra; a letra c com traos enrolados sobre ela; palavra com letras separadas; n parecido com r; m com cara de n; t se confundindo com f; rr parecido com m ou vice-versa.

144. LIMPEZA.

Faa a redao limpa, sem borres ou garranchos, e bem legvel.

A limpeza contribui muito para deixar a redao bem apresentvel.

O que dizer das redaes cheias de borres e sujeiras? Uma prova limpa, sem rasuras e legvel, causar boa impresso ao professor.

No risque as palavras nem faa qualquer tipo de rasura na redao, pois esse tipo de detalhe deixar uma impresso muito ruim de voc.

Procure manter uma letra razovel, e nada de emporcalhar a folha. o mnimo que se deve fazer para que o contedo e a qualidade do texto no desapaream no meio de rabiscos.

145. LINGUAGEM COLOQUIAL.

Evite o uso da linguagem popular (coloquial) ou extravagante, bem como as que atribuem referncias grandiosas sem que possam ser aceitas ou cientificamente comprovadas.

146. LINHAS.

No exceda o nmero de linhas pedidas como limites mximos e mnimos. A tolerncia mxima de aproximadamente cinco linhas aqum ou alm dos limites.

147. LONGO.

Evite escrever palavras ou frases longas.

Construa frases que tenham, no mximo, trs oraes.

Perodos excessivamente longos tornam o estilo montono e cansativo.

148. MARGENS.

Atente para o alinhamento das margens e dos pargrafos. Faa margens regulares.

Lembre-se de que a margem lateral esquerda (do incio da linha) deve ser um pouco maior (4 cm) que a margem lateral direita (do final da linha, 2,5 cm).

149. MEDO DO ERRO.

Muita gente no gosta de ser corrigida, fica constrangida. Em geral, esse sentimento acaba provocando uma averso por escrever. Mas redigir no pode ser causa de sofrimento, principalmente em funo da correo gramatical. Errar faz parte de qualquer atividade criativa, mas preciso trabalhar prestar ateno no que se l e no que se escreve, procurar tirar as dvidas, quando elas aparecem, ou estudar gramtica para valer.

150. METFORA.

o emprego de uma palavra fora de seu sentido normal, por efeito de analogia (comparao subentendida).

A Amaznia o pulmo do mundo.

Esse homem perigoso como uma fera!

As chamas eram centenas de lnguas gigantescas.

151. MISTRIO.

Use a interrogao e a negativa quando quiser criar mistrio e curiosidade em torno dos fatos.

Quem seria aquele homem que nos visitava todas as semanas e que ficava por horas conversando com meu pai? O que os dois tanto discutiam? Por que nunca podamos estar presentes quando ele conversava com meu pai?

Se quiser criar expectativa e dvidas, envolva sua personagem em mistrio, falando dela sem a identificar no incio da narrativa.

O homem do capote bateu na porta, foi atendido por meu pai, e passou umas duas horas no escritrio trancado com ele. Voltou minha casa durante anos e sempre que chegava meu pai mandava que eu fosse para o quarto. Mame ficava na cozinha.

152. MONLOGO.

um tipo de texto em que algum expressa sua maneira de ser, seu interior, suas emoes, seu pensamento. uma conversa consigo mesmo.

Se no tem ningum para conversar e fala sozinho (com seus prprios botes) ou com algum (ou algo) que no pode responder, est, ento, monologando.

Deveria falar-lhe, dizer-lhe o que sentia por ela? Talvez no pudesse conter as emoes toda vez que a visse. E ento diria a ela tudo o que sempre quisera. Que a amara desde a primeira vez que a vira, que aguardava ansiosamente o momento em que a veria de novo. Que no hesitaria em fugir com ela, se essa fosse a condio para ficarmos juntos. Largaria tudo: casa, emprego, posio social, amigos...

153. NO USE.

Palavras ou frases ridculas, contraditrias, desnecessrias, que no se ajustem ao tema proposto.

Expresses vulgares, pobres, como:

Em primeiro lugar, em segundo lugar, essas mal traadas linhas, etc.

154. NARRAO.

o relato de um fato, de um acontecimento. H personagens atuando e um narrador que relata a ao.

Tente fazer com que os dilogos escritos, em caso de narrao, paream uma conversa.

A narrao est vinculada nossa vida, pois sempre temos algo a contar.Narrar relatar fatos e acontecimentos, reais ou fictcios, vividos por indivduos, envolvendo ao e movimento.

155. NATURALIDADE.

Seja natural. Evite o uso de palavras de efeito apenas para impressionar a banca corretora.

Imagine o leitor sua frente ou ao telefone conversando com voc. Fique vontade. Espaceje suas frases com pausas. Sempre que couber, introduza uma pergunta direta. Confira a seu texto um toque humano. Est redigindo para pessoas. Gente de carne e osso.

156. NEOLOGISMOS.

O candidato a uma vaga nas universidades precisa usar a lngua portuguesa de maneira adequada e se utilizar de termos semanticamente precisos e corretos. Jamais escreva uma palavra cujo sentido real no conhece.

Norma culta no quer dizer termos sofisticados, mas palavras simples e precisas no contexto da redao. Preciosismos (palavras complicadas)? Nem pensar!

Portanto, nunca use os neologismos incultos do tipo imexvel, windsurfar, inconstitucionalizvel, etc.

157. NOTCIA.

a expresso de um fato novo, que desperta o interesse do pblico a que o jornal se destina. Caracteriza-se por ter uma linguagem clara, impessoal, concisa e adequada ao veculo que a transmite.

158. NMERO.

Escreva o nmero por extenso, como: dois, trs, oito, quinze, vinte... antes de substantivo funcionando como adjunto adnominal.

159. O.

Tanto maisculo, quanto minsculo, tm que ser redondos, fechados, sem perninha embaixo.

160. OBJETIVIDADE.

Seja objetivo e imparcial. No use de forma exagerada e nem abuse de verbos no imperativo.

Como 20 (vinte) a 30 (trinta) linhas proporcionam um espao muito pequeno para voc discorrer sobre qualquer assunto, procure ser objetivo, abordando, somente, os fatos principais, evitando entrar em detalhes que no interessam muito. Voc tem que expressar o mximo de contedo com o menor nmero de palavras possveis. Portanto, no repita idias nem use palavras demais que s aumentem as linhas desnecessariamente. Concentre-se no que realmente indispensvel para o texto. A pesquisa prvia ajuda a selecionar melhor o que se deve usar.

161. OBSCURIDADE.

Significa falta de clareza, em razo de frases excessivamente longas (prolixas) ou exageradamente curtas (lacnicas), linguagem rebuscada, m pontuao ou pontuao defeituosa, impropriedade dos termos.

Tenho uma prima que trabalha num circo como mgica e uma das mgicas mais engraadas era uma caneta com tinta invisvel que em vez de tinta havia sado suco de lima.

Observe a a incapacidade de se organizar sintaticamente o perodo. Selecionar as frases e organizar as idias imprescindvel. Escrever com clareza de fundamental importncia.

EXEMPLO DE TEXTO OBSCURO:

A exegese de textos religiosos no pode prescindir do conhecimento filolgico que o diletante no deve hesitar em considerar como propedutica para qualquer trabalho heurstico com textos arcaicos.

O MESMO TEXTO, MAS COM ESTRUTURA MAIS CLARA E DIRETA:

Para interpretar textos religiosos preciso ter conhecimento da histria da evoluo das lnguas. Aquele que se inicia nesse estudo deve preparar-se, ento, comeando pela anlise de textos antigos.

162. BVIO.

Pleonasmo vicioso. aquilo que t na cara! Evite escrever, por exemplo: O homem um ser que vive. Todo homem mortal.

NUNCA ESCREVADEIXE O BVIO DE LADO

Viu o que tinha que ver e saiu.Viu tudo a que se props anteriormente, em seguida saiu.

Machado de Assis um grande escritor, pois escreve muito bem.Machado de Assis um grande escritor.

O avio o meio de transporte mais seguro, pois com ele ocorrem menos acidentes.O avio o meio de transporte mais seguro.

163. ONDE.

No empregue ONDE como sinnimo de EM QUE, NO QUAL, ou at mesmo DE QUE. O ONDE s pode ser empregado nessa funo quando substitui uma palavra que indica lugar.

164. OPINIO PESSOAL.

No coloque sua opinio pessoal no texto. Analise um assunto proposto emitindo opinies gerais. Pode at se posicionar sobre determinados temas, mas disserte de uma maneira mais imparcial, ou seja, sem exageros ou manifestaes emocionais.

Eu acho que pessoas que assassinam inocentes criancinhas deveriam ser postas em cadeiras eltricas.

A Justia no Brasil vai de mal a pior. Alm dos contraventores usuais, agora tambm homens da lei imergem no crime, e a escala desses marginais oficiais j atingiu a Magistratura. O pas precisa de novas e urgentes leis.

165. ORDENAO.

A falta de ordenao das idias um erro comum e indica, segundo os organizadores de vestibulares, que o candidato no tem o hbito de escrever. O texto fica sem encadeamento e, s vezes, incompreensvel, partindo de uma idia para outra sem critrio, sem ligao.

166. ORGANIZAO.

avaliada a capacidade do aluno de organizar os argumentos que fundamentaro a concluso do texto.

Seu texto est bem organizado? Apresenta introduo, desenvolvimento e concluso?

Tem frases curtas e claras, ausncia de termos repetidos, seqncia dos fatos e criatividade?

167. ORIGINALIDADE.

Seja o mais original possvel, porque a transcrio de frases implica perda de pontos preciosos quando da correo da redao.

Ser original no criar algo novo para a literatura, sermos ns mesmos. Escreva sua maneira, imprima sua marca pessoal ao SEU estilo, evitando os lugares-comuns e os chaves.

Como ser original ao se fazer uma redao? simples, ouse. Se voc se limita a repetir o que tudo mundo diz, como um papagaio, com medo de errar, provavelmente cair no lugar-comum e na mediocridade. Tenha a preocupao de inovar, com coragem. Seja atrevido. A segurana vir aos poucos e com a satisfao de perceber que fez algo seu, com seu prprio padro de qualidade.

O uso excessivo de certas figuras de linguagem ou de alguns provrbios acarreta o empobrecimento da redao. Como tudo que existe, as palavras tambm se desgastam. preciso criar novas figuras para expor suas idias. Escrever que a namorada uma flor, ou que filho de peixe, peixinho , no reala a redao de ningum. Use a imaginao para no precisar desses chaves antigos e pobres.

168. PALAVRAS.

Use as palavras certas nos lugares certos.

No exagere no uso de palavras do tipo: problema, coisa, negcio, principalmente, etc.

Entre duas palavras, escolha, sempre, a mais simples; entre duas palavras simples, escolha a mais curta.

Quando for revisar sua redao, corte vocbulos desnecessrios, use sinnimos ou, se for o caso, mude a frase.

NO LUGAR DEESCREVA

EmpreenderFazer

Regressar ou retornarVoltar

PleitoEleio

UsurioPassageiro

bitoMorte

MatrimnioCasamento

169. PALAVRAS ADEQUADAS.

Use palavras que estejam em perfeita concordncia com o que est escrevendo.

ERRADOCERTO

O gosto do dinheiro.O gosto pelo dinheiro.

grande sono, por causa das noites sem dormir.muito sono, por causa das noites sem dormir.

Tomei banho de piscina. Tomei banho na piscina. (Pode-se tomar banho de gua, no de piscina).

A canoa quase virou e, por isso, tomei um grande choque.A canoa quase virou e, por isso, tomei um grande susto. Tomar choque receber uma descarga eltrica. O mais correto, no caso, tomar um susto.

170. PALAVRAS CURTAS.

Prefira palavras curtas e simples. Os vocbulos longos e pomposos criam uma barreira entre leitor e autor. Fuja deles. Seja simples. Entre duas palavras, prefira a mais curta. Entre duas curtas, a mais expressiva. Casa, residncia ou domiclio? Casa, claro!

171. PALAVRAS ESTRANGEIRAS.

Evite usar palavras estrangeiras. Quando empreg-las, coloque-as entre aspas.

172. PALAVRAS OU EXPRESSES GASTAS.

Evite escrever palavras ou expresses que, depois de entrarem na moda, tornam-se gastas, como:

desmistificar, contexto, sofisticado, inacreditvel, principalmente, devido a, atravs de, em nvel de, tendo em vista, etc.

... aos dezoito anos que se comea a procurar o caminho do amanh e encontrar as perspectivas que nos acompanharo para sempre na estrada da vida.

No se utilize de expresses parecidas com as grifadas no texto, porque so consideradas gastas e vulgarizadas pelo uso contnuo e iro comprometer a boa qualidade do texto.

173. PALAVRAS REPETIDAS.

Evite as repeties de palavras. Troque-as por sinnimos. Se j usou linda, por exemplo, use bela (ou bonita), a depender da nfase que queira dar frase. Aps ter usado professor, use educador ou docente. Para no repetir o adjetivo doente, use enfermo.

Portanto, nunca repita vrias vezes a mesma palavra. Um dos erros que mais prejudica a expresso adequada de suas idias a insistente repetio de um mesmo vocbulo. Isso causa uma impresso desagradvel a quem l ou corrige sua redao, alm de sugerir pobreza de vocabulrio.

FRASE COM PALAVAS REPETIDASMELHOR

Ela estava que era uma vaidade s, exibia seus vaidosos colares, sua vaidosa fala, seu vaidoso jeito de andar.Ela estava muito vaidosa aquele dia, exibia colares caros, fala pedante, andava com pompa.

174. PARGRAFOS.

Use pargrafos diferentes para idias (assuntos) diferentes. Uma redao sobre o carnaval atual, por exemplo, voc poder subdividi-la em trs pargrafos, a saber:

PRIMEIRO PARGRAFO

Carnaval de clube, mencionando a grande beleza na sua decorao, a presena de dois conjuntos tocando, quando for o caso, para que o folio pule o tempo todo, sem parar, com mais conforto, pelo fato de o ambiente ser fechado, etc.

SEGUNDO PARGRAFO

Carnaval de rua, dando especial destaque ao desfile dos blocos, das escolas de samba e aos trios eltricos.

TERCEIRO PARGRAFO

Concluso, citando a ressaca (o cansao), o dinheiro gasto, as noites sem dormir, etc.

O texto deve ter pargrafos bem distribudos, articulados e interligados um ao outro coerentemente.

No construa pargrafos longos, constitudos de um s perodo composto, recheado de oraes e de relaes sintticas.

No faa pargrafos muito curtos nem muito longos. O ideal seria que contivessem, no mnimo, 4 linhas e, no mximo, 7 linhas.

No deixe pargrafos soltos. Faa uma ligao entre eles, pois a ausncia de elementos coesivos entre oraes, perodos e pargrafos erro grave.

Obedea ao pargrafo ao iniciar a redao, isto , no comece a escrever logo no incio da linha. O pargrafo marcado por um ligeiro afastamento com relao margem esquerda da folha (trs centmetros aproximadamente). E sempre que houver outros pargrafos no decorrer da redao, siga o alinhamento do pargrafo inicial.

175. PARNTESES, TRAVESSO DUPLO.

Sempre que quiser fazer dentro da narrao ou da descrio, um comentrio parte, empregue os parnteses ou o travesso duplo.

176. PARDIA.

a imitao engraada ou ridcula de outro texto.

177. PERFRASE OU AUTONOMSIA.

uma expresso que designa um ser atravs de alguma de suas caractersticas ou atributos, ou de um fato que o celebrizou.

Visitou a cidade do forr.

Pel, o Rei do Futebol, fez muitssimo pelo esporte.

O Prncipe dos Poetas tambm teve outras atividades que o tornaram famoso.

178. PERODO.

Construa perodos com duas ou trs linhas no mximo.

179. PINGO.

No faa carnaval na redao. Para levar a escrita a srio e responsavelmente, coloque pingo (e no bolinha) sobre o "i" e o "j" minsculos.

180. PLANEJAMENTO.

Toda redao tem: Introduo (princpio), desenvolvimento (meio) e concluso (fim).

O planejamento do texto que escreve no deve ser visto como algo contra sua liberdade de expresso, mas como um guia para aumentar suas chances de sucesso.

Planeje o texto. Delimite o tema, defina o objetivo, selecione as idias capazes de sustentar sua tese. Depois, faa um plano com o assunto geral do texto, o aspecto do tema que vai ser tratado, aonde quer chegar e, finalmente, os argumentos, exemplos, comparaes, confrontos e tudo que ajudar na sustentao do ponto de vista que quer defender.

181. PLANO.

Faa sempre, antes de escrever, um plano escrito de sua redao, para orientar-se e observar melhor a seqncia das idias apresentadas.

182. PLEONASMO OU REDUNDNCIA.

a repetio desnecessria de palavras, expresses ou idias.

FRASES COM PLEONASMOSCORRIJA-AS PARA

Subir para cimaSubir

Entrar para dentroEntrar

Voltar para trsVoltar

A brisa matinal da manh enchia-o de alegria.A brisa matinal enchia-o de alegria.

Ele teve uma hemorragia de sangue.Ele teve uma hemorragia.

No entanto, pode ser usado como figura de construo, com funo estilstica, para enfatizar uma idia e tornar a mensagem mais expressiva.

A mim, ensinou-me tudo.

A msica exige ouvidos de ouvir!

As flores, dou-as a voc, com carinho.

183. PLURAL.

Cuidado com a formao do plural de algumas palavras, sobretudo as compostas primeiro-ministro, abaixo-assinado, luso-brasileiro, etc.

184. POLISSEMIA.

Tire proveito da polissemia das palavras, para criar situaes de mal-entendidos e de humor.

Os polticos fazem na vida pblica o que os outros fazem na privada.

A mquina de ferro resfolegava distncia, seu apito chegando at os passageiros que esperavam pelo embarque. Quando o trem parou, a movimentao tomou conta da plataforma da estao.

185. POLISSNDETO.

a repetio de conjunes para conseguir determinado efeito na frase. Use-o nas enumeraes para sugerir o excesso e a reao da personagem ou do narrador a esse exagero.

FRASES COM POLISSNDETOS

Mo gentil, mas cruel, mas traioeira.

Falei, e falei, e pedi, e supliquei, tudo em vo.

Foi ento que chorei e chorei at que ele me ouvisse.

186. PONTO.

Depois de ponto usa-se, sempre, inicial maiscula.

Evite escrever mais de duas linhas sem um ponto final sequer.

Use-o vontade. Pontos encurtam frases, do clareza ao texto e facilitam a compreenso.

No h ponto aps siglas (LTDA, CIA) ou abreviaturas de metros (m), horas (h), quilmetros (km), etc.

Ao colocar o ponto, faa-o bem redondo (mas no uma bolota) e bem perto da ltima letra da palavra. Qualquer rabisco que ele contiver vai ficar parecendo uma vrgula, o que errado.

187. PONTO DE EXCLAMAO.

Aps um ponto de exclamao (!) a palavra seguinte no precisa comear com letra maiscula, pois o ponto de exclamao funciona como vrgula, no significando o fim da frase.

Ah! como Renata era linda.

188. PONTO E VRGULA.

Evite us-lo, porque s empregado em casos muito especiais e serve para marcar uma pausa maior que a vrgula.

Os sem-terra no quiseram resistir; a situao parecia tensa demais.

Vermelho o sinal para parar; amarelo, para aguardar; verde, para seguir adiante.

O voto obrigatrio; os eleitores, portanto, devero exercer esse direito com conscincia.

189. PONTUAO.

Uma pontuao errada pode comprometer toda a assimilao do contedo textual.

A pontuao existe para facilitar a leitura do texto. O seu texto est bem pontuado?

Distribua harmoniosa e adequadamente as pausas ao longo da frase, pontuando-a devidamente.

Empregue a pontuao corretamente, pois uma simples vrgula, fora do lugar adequado, pode mudar profundamente o sentido da frase.

A pontuao deve obedecer s paradas respiratrias e, tambm, entonao que queiramos dar a cada frase. Uma parada breve na respirao significa a colocao de uma vrgula, enquanto uma respirao longa pedir a colocao de um ponto na frase.

EXEMPLOS DE TEXTOS CONFUSOS, POR FALTA DE PONTUAOCORRIJA-OS PARA

Maria toma banho e sua me diz ela traga-me uma toalha.Maria toma banho e sua; me, diz ela, traga-me uma toalha.

Voar dez mil metros sem beber gua uma andorinha s no faz vero.Voar dez mil metros sem beber gua? Uma andorinha s no faz: vero!

Um lavrador tinha um bezerro e a me do lavrador era tambm o pai do bezerro.Um lavrador tinha um bezerro e a me. Do lavrador era, tambm, o pai do bezerro.

190. POSITIVO.

Coloque as sentenas na forma positiva. Diga o que , nunca o que no . Em vez de escrever ele no assiste regularmente s aulas, escreva ele falta com freqncia s aulas.

191. PRECIOSISMO.

Consiste no uso de palavras ou expresses antigas (arcasmos) de construes rebuscadas das frases.

Baixar a inflao? Isso colquio flcido para acalentar bovino.

Na pretrita centria, meu progenitor presenciou o acasalamento do astro-rei com a rainha da noite.

FRASES COM PRECIOSISMOSPREFIRA

O exame fora deveras difcil.O exame fora realmente difcil.

O mancebo deu-me a honra de uma contradana.O rapaz tirou-me para danar.

Destarte, no devemos ser assaz exigentes com os alunos.Assim, no devemos ser muito exigentes com os alunos.

192. PRECISO.

Use vocbulos ou expresses adequadas, ou seja, termos prprios definindo clara e eficientemente a idia, para no cair na pobreza de vocabulrio. preciso pesar as palavras e aprender todo o seu significado, sob pena de us-las indevidamente na frase.

Certifique-se do significado correto das palavras que vai utilizar em determinado perodo e verifique se existe adequao desse significado com as idias expostas. A vulgaridade de termos ou impropriedade de sentido empobrecem bastante o texto.

ALGUNS EXEMPLOS DEPLORVEISCORREO

Estou convincente de que...Estou convencido de que...

Era um tapete de alta valorizao...Era um tapete de alto valor...

Urgem campanhas no sentido de exterminar os analfabetos.Urgem campanhas no sentido de exterminar o analfabetismo.

impossvel conhecer os antepassados dos cand