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Deputado. O Deputado franco-portu- guês Carlos da Silva, acompanhou Ma- nuel Valls a Lisboa e foi aplaudido pelo Parlamento português. 05 Memória. A Secretária de Estado da Defesa, Berta Cabral, presidiu às Come- morações da Batalha de La Lys no norte da França. 08 PSD. As estruturas do PSD Europa reuniram em Paris, na sede da UMP, com o Vice-Presidente do Partido, Marco António Costa. 04 Música. Paco Bandeira e José Alberto Reis vão cantar no dia 25 de Abril em França para Emigrantes que comemoram a Revolução dos Cravos. 15 GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Edition nº 214 | Série II, du 15 avril 2015 Hebdomadaire Franco-Portugais LusoJornal / Carlos Pereira Eleita Secretária Geral do Sindicato dos trabalhadores consulares Há 25 anos que Lúcio Martins Faria toca saxofone e canta fado no Metro de Paris Manuel Valls elogia os resultados do Governo português Rosa Teixeira Ribeiro nova líder do STCDE 12 Lídia Jorge participou no festival ‘Conversations Fictives’ no Con- sulado Geral de Portugal em Paris. 07 03 PUB PUB

Manuel Valls elogia os resultados do Governo português · Política 03 em síntese Manuel Valls encontrou-se com António Costa “Somos amigos e socialistas”, decla - rou com

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Page 1: Manuel Valls elogia os resultados do Governo português · Política 03 em síntese Manuel Valls encontrou-se com António Costa “Somos amigos e socialistas”, decla - rou com

Deputado. O Deputado franco-portu-guês Carlos da Silva, acompanhou Ma-nuel Valls a Lisboa e foi aplaudido peloParlamento português.

05

Memória. A Secretária de Estado daDefesa, Berta Cabral, presidiu às Come-morações da Batalha de La Lys no norteda França.

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PSD. As estruturas do PSD Europareuniram em Paris, na sede da UMP,com o Vice-Presidente do Partido,Marco António Costa.

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Música. Paco Bandeira e José AlbertoReis vão cantar no dia 25 de Abril emFrança para Emigrantes que comemorama Revolução dos Cravos.

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G R A T U I T

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Edition nº 214 | Série II, du 15 avril 2015 Hebdomadaire Franco-Portugais

LusoJornal / Carlos Pereira

Eleita Secretária Geral do Sindicato dos trabalhadores consulares

Há 25 anosque LúcioMartinsFaria toca saxofone e canta fado no Metro de Paris

Manuel Valls elogia os resultadosdo Governo português

Rosa Teixeira Ribeironova líder do STCDE

12Lídia Jorge participou no festival‘Conversations Fictives’ no Con-sulado Geral de Portugal em Paris.

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02 Opinião le 15 avril 2015

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret:52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Alfredo Lima, Ana Catarina Alberto, Angélique David-Quinton, AntónioMarrucho, Aurélio Pinto, Clara Teixeira, Cindy Peixoto (Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Duarte Pereira (Cyclisme), Eric Mendes, Henri de Carvalho, InêsVaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira, Jorge Campos (Lyon), José Manuel dos Santos (Arles), José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel doNascimento, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Mário Loureiro, Natércia Gonçalves (Clermont-Ferrand), Nathalie de Oliveira, Nuno Gomes Garcia (Sport), Padre Carlos Caetano, RicardoVieira (Musique Classique), Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Sheila Ferreira (Clermont-Ferrand), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits |Agence de presse: Lusa | Photos: Alfredo Lima, António Borga, Mário Cantarinha | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenue de laporte de Vanves, 75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Publicidade em Portugal: AJBB Network, Arnado Business Center, rua João de Ruão, nº12-1º Escrt 49. 3000-229 Coimbra. Tel.: (+351)239.716.396 / [email protected] | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: avril 2015 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | www.lusojornal.com

A laicidade, a RATP e os idiotasNuno AurélioReitor do Santuário de NossaSenhora de Fátima de Paris

[email protected]

Crónica de opinião

Agradeço ao LusoJornal e ao seu Di-retor darem-me a possibilidade derefletir e de escrever para aquelesque gostam de pensar a vida na plu-ralidade. O LusoJornal tem sido umespaço de liberdade e de encontroentre diferentes, que procuram nadiversidade a riqueza da nossa hu-manidade. Nunca fui censurado,nem tenho a pretensão que os leito-res fiquem a pensar como eu pensoe a sentir como eu sinto.Num artigo anterior citei, em fran-cês, o conhecido pastor protestantee ativista negro dos direitos cívicosdos cidadãos afro-americanos naAmérica dos anos 60 do século XX,Martin Luther King, que foi assassi-nado em 1968: «Nous devons ap-prendre à vivre ensemble commedes frères, sinon nous allons mourirtous ensemble comme des idiots».Retomo o tema por causa da recentepolémica provocada pela decisão daRATP de não aceitar a referência

«Pour les chrétiens d’Orient» na pu-blicidade a um concerto de solida-riedade do trio Les Prêtres, a terlugar no Olympia de Paris, dia 14 dejunho. As razões apresentadas são adefesa da neutralidade de um ser-viço público, não tomando partenum conflito.O disparate do argumento é profun-damente irritante: uma minoria reli-giosa feita de homens, mulheres ecrianças que são brutalmente perse-guidos, expulsos das suas casas e daregião onde os cristãos vivem há doismil anos, mortos das formas maishorríveis e, no caso das meninas edas mulheres, escravizadas sexual-mente e forçadas ao “casamento”,ser considerada “uma parte de umconflito”, é uma aberração de umlaicismo fundamentalista, cego,surdo e mudo. Ou então é pura ebrutal ignorância! E lá diz o nossopovo que “a ignorância é muito atre-vida”.

A laicidade não é isto. É exatamenteo contrário: é a atitude de neutrali-dade do Estado (enquanto Nação or-ganizada politicamente para asseguraro bem comum e individual dos cida-dãos), mas não de indiferença dianteda Religião, que deve permitir, promo-vendo até o conhecimento mútuo e odiálogo das religiões no espaço pú-blico que são as nossas sociedadesplurais. Quantas vezes será preciso re-petir: o Estado é e deve ser laico, a so-ciedade não é laica: nela convivemnão crentes e crentes de diversas ori-gens e credos. A laicidade do Estadoe da Administração pública não sedeve confundir com “ação antirreli-giosa”, mas deve sim permitir a liber-dade de consciência e de práticaduma fé, desde que ela respeite os di-reitos fundamentais e universais dapessoa humana.A decisão da RATP mereceu conde-nação unânime dos mais diversos se-tores políticos, da esquerda à direita,

tendo eu tomado conhecimento depronunciamentos do Parti Radical deGauche, EELV, do Front de Gauche,da UDI e da UMP. Desconheço se oPS tomou posição pública.À administração da RATP gostaria depoder dizer: diante do mal, não pode-mos ser neutrais; diante do massacrede inocentes, cristãos ou ateus, nãopodemos ficar neutrais; diante da bar-bárie não podemos ficar mudos, cegose surdos, pelo contrário devemos gritarainda mais alto, abrir ainda mais osolhos e escutar ainda com mais aten-ção!Na noite de sexta-feira santa, na úl-tima estação da Via-Sacra no Coliseude Roma, onde muitos dos primeiroscristãos durante três séculos recebe-ram a morte por causa da sua fé eamizade com Jesus, o Papa Franciscorezava e recordava: “Em Ti, divinoAmor, vemos ainda hoje os nossos ir-mãos perseguidos, decapitados e cru-cificados pela sua fé em Ti, sob o

nosso olhar ou com frequência com onosso silêncio cúmplice. Imprime emnosso coração sentimentos de fé, es-perança, caridade, de dor pelos nossospecados e leva-nos a nos arrependerpelos nossos pecados que Te crucifi-caram”.Mr Pierre Mongin, caríssimo concida-dão: o senhor dormiu descansado por-que quis ficar neutro diante domassacre de cristãos e validou a su-pressão dessa palavra num simplescartaz publicitário na “nossa” RATP.Mas saiba que, se nós cristãos valida-mos sempre o ticket ao tomar o metro,o bus ou o tramway, é porque segui-mos o que Jesus Cristo ensina: “Dai aCésar o que é de César e a Deus o queé de Deus”.Praticantes obstinados duma laicidadeobtusa, leiam Mt 22, 17-22 e abramo coração! Senão, por este andar ecom esta forma de vivermos a laici-dade e em sociedade, vamos morrertodos como idiotas. #ChutOnTue!

J’avais envie de vous dire…Manuel da SilvaEcrivain, éditeur

[email protected]

Chronique d’opinion

Les élections départementales sontpassées, mais pas les commen-taires qui les accompagnent.Même si au regard de certains émi-nents spécialistes politiques cescrutin n’avait rien à voir avec lerésultat d’un suffrage national, iln’en demeure pas moins que cha-cun peut en tirer un certain nom-bre d’éléments de réflexion aulendemain de ce vote des Français.En prenant mon café le lundimatin (au goût étrangement amer),tout en feuilletant mon journal ha-bituel, j’ai lu et relu les résultatsdes votes dans mon quartier, macommune et mon département. Enscrutant tous ces chiffres et versqui les électeurs avaient donnépouvoir, je me suis subitement de-mandé si j’étais encore un être nor-mal, doté de toutes ses facultés dejugement.Pourquoi je ne fais pas commeceux qui «veulent essayer pourvoir»? Pour voir quoi au fait? Pour-quoi ne suis-je pas sensible auxchants «des sirènes blondes» quipromettent monts et merveilles àceux qui se laisseront guider parleurs belles paroles? Ces sirènes,membres d’une entreprise fami-liale en qui je devrais avoir toute

confiance puisque le père l’a cédéà sa fille qui la transmettra un jourà la petite-fille. Vous ne trouvezpas ça bizarre en démocratie? Moisi! Mais, ces jours-ci, le grand-pèrequi a créé l’affaire, qui a sansdoute lui aussi examiné de près ledernier scrutin et la campagneélectorale qui l’a précédé, souhaiteramener sa descendance vers lesfondements premiers de «sa mai-son». Et là, ça se dispute un peuautour de la soupe qu’ils doiventservir à table! Leur soupe, qui sentbon au nez de certains, ne me plaîtguère... Je n’ai guère envie de lagoûter…

Et puis, en regardant de plus prèsmon canard, je suis resté figé surce chiffre de 25% d’électeurs quifont confiance à cette famille etqui me rappelle étrangement unautre chiffre, celui de 25% de«bons Français», qui, lors d’unesombre période pas si lointaine(celle de l’occupation) ont choiside se ranger du coté de ceux quileur promettaient de remettre del’ordre au beau pays de France enles débarrassant de la vermine,cause de tous leurs maux. Mais,pour ceux qui savaient regarder au-delà de leur bout de chaussure, lavermine était tout autre. Ce n’était

pas tous ces Juifs, Communistesou Tziganes que les autorités del’époque montraient du doigt, maisbien nos voisins bien disciplinésavec l’aide de bons Français àleurs bottes. Et moi, ce matin, enm’enfonçant dans mon fauteuilcomme je le fais chaque fois queje souhaite me plonger dans uneprofonde réflexion, voilà soudainque je repense à mon père. Et d’uncoup, mon visage est plus serein,laissant échapper un léger sourire.Bien loin des disputes entre la si-rène blonde et son père dont ellesouhaiterait se débarrasser (ou toutdu moins ce qu’elle laisse croire à

ses fidèles brebis), je revoisl’image de mon père avec un tanti-net d’admiration.Oui, je suis fier de toi papa, toi quia su aux heures les plus tragiquesde l’histoire de ton pays d’accueil,qui par la suite est devenu le nôtre,d’avoir choisi la voie de la Résis-tance plutôt que celle d’aller tra-vailler pour le compte del’envahisseur et ses amis. Toutcomme tes camarades de l’époque,tu as tout de suite su de quel cotétu devais te ranger, sans jamaisgémir et te plaindre de ta situation.Toi et tes camarades de combat,vous étiez, sans même le savoir, cepremier maillon d’un peuple d’Eu-rope, vous les Italiens, Espagnols,Polonais et toi le Portugais qui lut-taient côte-à-côte avec les Résis-tants Français, armes à la main,pour délivrer cette France de la vé-ritable vermine qui la minait del’intérieur. Alors à tous ceux qui nevotent pas par que «ça ne sert àrien» ou qui veulent voter autre-ment «pour essayer de voir», jevoudrais leur dire simplement:quand la machine infernale est enroute, il est difficile de l’arrêter...Merci papa de m’avoir légué tes va-leurs, je ne les trahirais jamais!

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03Política

emsíntese

Manuel Valls encontrou-se comAntónio Costa

“Somos amigos e socialistas”, decla-rou com sotaque português o PrimeiroMinistro francês, Manuel Valls, no finalde um pequeno-almoço de trabalhocom António Costa, na Embaixada deFrança em Portugal, na sexta-feira dasemana passada, encontro que duroucerca de 40 minutos.“Naturalmente, somos amigos, osdois socialistas e da mesma famíliapolítica social-democrata europeia”,disse por sua vez António Costa. Parao líder do PS, na atual conjuntura, “éimportante que haja um diálogo à es-cala europeia”.“Como se tem visto, não é possívelconstruir soluções nacionais de formaunilateral, nem em conflito com a Eu-ropa e com as instituições europeias”,advertiu, numa referência indireta crí-tica ao executivo de Atenas. Pelo con-trário, “é preciso construir uma redede alianças de solidariedades quepermitam ao país avançar”.Interrogado sobre as relações entreFrança e Portugal, António Costa disseesperar que as relações “continuemexcelentes, independentemente dosGovernos” dos dois países. No encon-tro com o Primeiro Ministro francês,António Costa esteve acompanhadopelo ex-Secretário de Estado e ex-De-putado socialista Pedro Marques.

le 15 avril 2015

Manuel Valls esteve em Lisboa e disse que“o crescimento regressou a Portugal”O Primeiro Ministro francês, ManuelValls, esteve na sexta-feira da semanapassada onde assinalou “grande con-vergência” de pontos de vista com oGoverno português.“O essencial, hoje, é a prioridade aocrescimento e ao apoio ao investi-mento. Partilhamos o mesmo obje-tivo, França e Portugal: a Europaprecisa de um projeto”, disse Vallsnuma conferência de imprensa con-junta com o Primeiro Ministro portu-guês, Pedro Passos Coelho.O Primeiro Ministro francês sublinhouque “ir além” das políticas de con-trolo orçamental e de austeridade nãoimplica desrespeitar os compromissosde limite do défice e é fundamentalpara dar um impulso ao crescimentoque “ainda é muito débil”.“A conjuntura evolui favoravelmente,com a baixa do preço do petróleo e aspolíticas do BCE (Banco Central Eu-ropeu), que favorecem as exporta-ções, mas, ao mesmo tempo, o nívelde inflação, o nível de desemprego eo crescimento tão débil não permitemresolver de forma duradoura o pro-blema do desemprego”, afirmou.Manuel Valls sublinhou por outro ladoa ideia de que regressar ao cresci-mento é importante para que a atualgeração possa acreditar na Europa. “Anossa geração sabe o que a Europatrouxe em termos de democracia e deprosperidade. Mas isso, para os maisnovos, não quer dizer grande coisa.(…) Se queremos voltar a dar-lhes es-perança no projeto europeu, temos deo traduzir” em realidade, disse.Pedro Passos Coelho salientou porseu turno que a União Europeia cons-truiu “respostas importantes para ul-trapassar os problemas” e que temhoje “mecanismos permanentes”para lidar com eles. “Esse trabalhonão está completado”, disse o Pri-meiro Ministro português, subli-nhando a importância de “construiruma verdadeira união económica emonetária”, “com políticas respeita-doras das regras europeias”, “umaverdadeira integração económica, ummaior aprofundamento do mercado

interno e maior equidade”.Manuel Valls afirmou em Lisboa que“os olhares de fora” percebem que ocrescimento regressou a Portugal,mas lembrou que França não seguiuuma política de austeridade, nem re-duziu os salários dos funcionários pú-blicos. “Os olhares de fora percebemque o crescimento regressou a Portu-gal”, disse Manuel Valls, num encon-tro com a Comunidade empresarialportuguesa, com o tema “Agir emconjunto para o crescimento euro-peu”, que decorreu no Centro Cultu-ral de Belém, em Lisboa.Numa intervenção de quase 30 mi-nutos, Manuel Valls abordou váriostemas, respondeu a perguntas, e su-blinhou que “o crescimento regres-sou a Portugal” e que “as perspetivaspara 2015 são incentivadoras”,apontando para um crescimento doProduto Interno Bruto (PIB) de cercade 1,5%. “O desemprego baixou, asexportações aumentaram, as finan-ças públicas melhoraram, Portugalbeneficia da confiança dos investido-res, resultados que advêm das refor-mas e são claramente fruto dossacrifícios dos portugueses”, afirmouo Primeiro Ministro francês.

Consciente de que é preciso “vigilân-cia, vontade e firmeza”, Manuel Vallsafirmou, contudo, que França nãolevou a cabo uma política de austeri-dade, como a portuguesa, e não re-duziu os salários dos funcionáriospúblicos. “Disse em Bruxelas e digoaqui em Lisboa: Não aceitarei ne-nhuma medida de orçamental queviesse quebrar o crescimento”, afir-mou, acrescentando ainda que “oque é facto é que as medidas de aus-teridade aplicadas em Portugal nadatêm a ver com o que se passa emFrança, o que pode afastar as popu-lações”.Manuel Valls apelou ao investimentoem França e afirmou que este paísquer ter “uma presença ainda forte”em Portugal, por exemplo nas priva-tizações e concessão de serviços pú-blicos. “Venham investir em França”,disse Manuel Valls, no encontro coma Comunidade empresarial portu-guesa.O Primeiro Ministro francês fez ques-tão de deixar esta mensagem em por-tuguês perante uma plateia de váriosempresários onde destacou a impor-tância das relações bilaterais entre osdois países a vários níveis, nomeada-

mente ao nível do investimento. “Ou-tros investimentos de França em Por-tugal são possíveis nas privatizaçõese concessão de serviços públicos.Queremos ter uma presença aindamais forte de França em Portugal”,frisou Manuel Valls, depois de dar oexemplo da compra da ANA pelogrupo francês Vinci, que classificoucomo “o maior investimento estran-geiro realizado em Portugal” ou o in-teresse da Numericable, através daAltice, na Portugal Telecom.Manuel Valls deslocou-se a Portugalpara um encontro com representan-tes da comunidade empresarial por-tuguesa, no Centro Cultural deBelém, organizado com o apoio daCIP (Confederação Empresarial dePortugal) e da CCILF (Câmara de Co-mércio e de Indústria Luso-Fran-cesa). Manuel Valls fez-seacompanhar do Secretário de Estadodos Assuntos Europeus, HarlemDésir, e do Deputado franco-portu-guês Carlos da Silva.Para além de um encontro com Pas-sos Coelho, o Primeiro Ministro fran-cês também foi recebido peloPresidente da República, Aníbal Ca-vaco Silva, no Palácio de Belém.

“Grande convergência” de pontos de vista com o Governo português

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Lusa / Manuel de Almeida

Reunião de trabalho entre Passos Coelho e Manuel VallsLusa / Mário Cruz

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04 Política

lusojornal.com

emsíntese

Lettre ouverteaux habitants deCorbeil-Essonnes

«Les élections départementales des22 et 29 mars ont vu, à Corbeil-Es-sonnes, les deux listes de gaucheéliminées dès le premier tour et leFront National arriver largement entête.Dans notre nouveau canton, ras-semblant deux cantons représentésjusque-là par deux vice-Présidentsdu Conseil général de gauche, cerésultat a provoqué une déceptionimmense.Le peuple de gauche ne peut se sa-tisfaire de cette situation et restersans rien faire face à la percée duFront National et à la désunion ré-currente de la gauche locale.Il faut qu’une page se tourne à Cor-beil-Essonnes!Je sais que vous êtes nombreux àvouloir agir pour que ça change vrai-ment à Corbeil-Essonnes. Il y a tantà faire pour améliorer le logement,pour développer l’emploi local, pourrenforcer les liens entre les habi-tants, pour investir le champ des ex-périmentations sociales, inventer unmode de vie plus convivial, plus fra-ternel, plus respectueux de notreenvironnement et de chacun, pourredonner toutes ses capacités àl’école de la République.Je m’adresse à vous tous, peuple degauche, écologistes, militants et ci-toyens sincèrement attachés aux va-leurs du progrès social, degénérosité, de solidarité. Nous avonsla responsabilité de construire pournos enfants un horizon meilleur àCorbeil-Essonnes! Nous en sommescapables ensemble. Nous avonssuffisamment d’énergies, de talents,d’intelligence collective pour enposer les fondations.Vous connaissez la constance demon engagement et ma disponibilitépour aider ceux qui en ont le plusbesoin, vous connaissez ma loyautéet ma fidélité aux idées que je dé-fends avec le souci de l’éthique.Nous réussirons à changer les cho-ses si chacun œuvre dans l’intérêtgénéral et avec un esprit d’équipesans jamais se départir de ce quiconstitue sa singularité et la force desa conviction.Chers concitoyens, en cette périodede doute, de tentation du repli sursoi, de perte de confiance dans l’ac-tion politique, je vous invite à rejoin-dre les 547 personnes quicomposent d’ores et déjà le groupe«Faut qu’ça change à Corbeil-Es-sonnes»!Je lance un appel à toutes les bon-nes volontés qui souhaitent se join-dre à nous et veux vous dire moninoxydable espoir.

Carla DugaultConseillère municipale et communautaire d’origine portugaise

Valérie Pecresse encerrou jornada de trabalho das estruturas do PSD na Europa

A reunião anual das estruturas da emi-gração na Europa do PSD, reuniu nodomingo passado, na sede da UMP,em Paris, na presença do Vice Presi-dente do Partido e Coordenador Per-manente da Comissão PolíticaNacional, Marco António Costa, do Se-cretário Geral do PSD, José MatosRosa e do Secretário de Estado dasComunidades Portuguesas, José Cesá-rio.A reunião tem sido organizada, hámuitos anos, pela Secção de Paris doPSD, desta vez com a particularidadede Carlos Gonçalves, o Presidentedesta Secção e Deputado eleito pelaemigração, ser também o Coordenadornacional do PSD para as Comunida-des.Da ordem de trabalhos da reunião,constava a análise da situação políticanacional e das Comunidades Portu-guesas e a organização das estruturasda emigração do Partido Social Demo-crata na Europa.No fim do dia foi organizada uma ses-são com a presença de Valérie Pé-cresse, Candidata da UMP às eleiçõesregionais na Ile de France. Paulo Mar-ques, da Secção do PSD de Paris dizque “esta é a 5ª ou a 6ª vez que o PSDreúne na sede da UMP” e por issoagradeceu Nicolas Sarkozy, o Presi-dente do Partido “que nos recebeupela primeira vez em 2005” e José doNascimento, o responsável pelas fede-rações da UMP “que tem asseguradouma excelente ligação connosco”.Carlos Gonçalves enalteceu a presençado Vice-Presidente do Partido “quetem muito mérito em se implicar dire-tamente e trabalhar com as Comuni-dades” ao ponto de considerar que

merece o título de “emigrante honorá-rio”, gracejou o Deputado. “Em qual-quer sítio onde eu vá, por essa Europafora, há sempre um militante do PSDà minha espera. E isso orgulha-memuito. Por vezes bombardeiam-mecom perguntas, mas sabemos queestão lá” disse Carlos Gonçalves nasua intervenção. Depois virou-se paraValérie Pécresse e disse-lhe que mui-tos dos militantes do PSD em França,também são militantes da UMP.“Pode contar connosco para a suaeleição na Região Ile de France” pro-meteu Carlos Gonçalves e acrescen-tou: “Sabe, tanto o PresidenteFrançois Hollande, como o PrimeiroMinistro Manuel Valls dizem que os re-sultados da nossa política são bons.Isto quer dizer que o PSD já se tornouum exemplo até para o próprio PSfrancês”. Valérie Pécresse riu. A sala

aplaudiu.A Candidata da UMP às Regionaisdisse ser “amiga de Portugal”, paísque descobriu quando foi à Expo deSevilha. “Depois, aproveitámos edemos um salto a Lisboa. Fiquei en-cantada”. Lembrou a colaboração doex-Ministro (socialista) Mariano Gago,que considerou de “muito compe-tente” e prometeu ajuda da UMP paraas eleições Legislativas em Portugal.“Temos de vos ajudar. Temos de ajudarum país que não é demagógico, quefez esforços consideráveis, mas soubeque este era o único caminho para osucesso”. Na sala alguém disse quecada vez há mais Franceses em Por-tugal. “Pois há” respondeu Valérie Pé-cresse. “Eu costumo dizer que aFrança vai cada vez pior, que estamosa perder cada vez mais jovens. AFrança não é um país de emigração,

mas cada vez há mais jovens a deixara França. E costumo dizer que agoraaté os nossos reformados vão para Por-tugal”. A sala aplaudiu mais uma vez.“Mas também é necessário dizer queas medidas fiscais que vocês lançaramsão muito atrativas. Quem sabe sedaqui por uns anos eu tambémvou...”.Antes de terminar a sua intervenção,Valérie Pécresse diz que “queremosque a Comunidade franco-portuguesatenha o lugar que merece na políticafrancesa, descomplexadamente. Temde se sentir bem a fazer política aonosso lado. Tem de se sentir respei-tada”. Por isso “quando for eleita, equando vocês continuarem no Go-verno, vamos continuar a ter estes en-contros, pelo menos uma vez por ano”.O último orador da tarde foi Marco An-tónio Costa. “Em dezembro de 2013,nesta mesma sala, disse-vos que acre-ditassem, que tivessem esperança.Não me enganei. Hoje, até os Socia-listas reconhecem os nossos resulta-dos” disse no início da suaintervenção. “Eles esquecem-se é dedizer quem levou o país para a bancar-rota”.Marco António Costa diz que “neces-sitamos de mais um mandato paraconsolidar aquilo que temos vindo afazer” e garantiu que também quer vera UMP no poder em França. “Neces-sitamos de ter em França um Governoque tenha uma visão séria da Europa”.Prometeu pois estar ao lado na UMPnos próximos combates eleitorais.Carlos Gonçalves não perdeu a opor-tunidade de evocar que o Vice Presi-dente do PSD já esteve recentementeem Saint Etienne para apoiar Alexan-dra Custódio, que foi eleita nas elei-ções Departamentais.

Reunião dos sociais democratas teve lugar na sede da UMP

Por Carlos Pereira

Marco António Costa faz “balanço positivo”da reunião de Paris

O Vice-Presidente do Partido SocialDemocrata (PSD) e Coordenador Per-manente da Comissão Política Nacio-nal, Marco António Costa, fez umbalanço da reunião que teve em Paris.

LusoJornal: Que balanço faz desta reu-nião?Marco António Costa: As pessoasoriundas de diversos países europeustêm ângulos distintos sobre as ques-tões, mas há um ponto comum que éum sentimento de orgulho pelo factode Portugal ter conseguido passar umadas fases mais conturbadas da suaépoca contemporânea e de ter conse-guido, após a bancarrota de 2011,vencer a fase do programa de resgate,ter normalizado a situação económicado país e estar a normalizar tambémsocialmente essa situação.

LusoJornal: E que questões lhe coloca-ram?Marco António Costa: Colocaram-nosquestões concretas que têm a ver como problema do recenseamento, com o

voto eletrónico, com o problema de aRTP Internacional não transmitir aimagem do país que somos mas simde um país que fomos há vários anosatrás, abordando temas que não ser-vem as Comunidades. Também trou-xeram uma análise positiva sobre asPermanências consulares. É de factouma inovação que este Governo intro-duziu recorrendo a meios tecnológicose este é um processo que está em ava-liação contínua. Apesar de haver umaavaliação positiva, reclama-se hojemais serviços oferecidos eletronica-mente através dos sites do Ministério

dos Negócios Estrangeiros à nossa Co-munidade. Trouxeram também ques-tões que se prendiam com matériasmuito próprias do ensino do portuguêscom pequenas matérias de naturezaburocrática dos recibos pela Propinapaga, são informações do quotidianoda vida do cidadão que encontramobstáculos em matérias muito peque-nas mas que se transformam em pe-quenos obstáculos com grandesperturbações para a vida dos cidadãos.

LusoJornal: E agora, qual é o próximopasso?

Marco António Costa:Muitas questõesserão transmitidas aos órgãos respeti-vos. A reforma do sistema político emPortugal, é um tema que carece tam-bém do apoio do Partido Socialista esabemos que o PS tem tido umagrande desconfiança ao voto dos emi-grantes. O PS não se sente confortávelentre os emigrantes, esta é a sensaçãoque eu tenho. Na própria campanhaeleitoral há matérias que foram aqui le-vantadas e que por razões de reservavou guardá-las para o Programa eleito-ral. Quanto à RTPi, irei solicitar umaaudiência ao Conselho Geral Indepen-dente, que é a entidade que agora su-pervisiona o serviço público detelevisão, para de viva voz transmitireste descontentamento.

LusoJornal: Sentiu que o Partido estábem organizado na Europa?Marco António Costa: Sim, precisamossempre de melhorar, mas não há orga-nização que seja perfeita nem há pro-cesso de modernização que estejaperfeito. Foi importante estar aqui tam-bém o Secretário Geral, Matos Rosa, aacompanhar estes trabalhos.

Por Carlos Pereira

le 15 avril 2015

LusoJornal / Carlos Pereira

LusoJornal / Carlos Pereira

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05Política

Deputado franco-português Carlos da Silva acompanhou Manuel Valls a LisboaA emigração recente de Portugal paraFrança é bem vista e os Portuguesesestão a ser bem integrados na socie-dade francesa, disse o Deputadofranco-português Carlos da Silva, queacompanhou a visita do Primeiro Mi-nistro francês a Portugal.“As coisas passam-se bem para osPortugueses. Os imigrantes Portugue-ses têm uma boa imagem em Françae os que chegam também mantêmesta imagem de gente trabalhadora,séria, que quer ajudar a construir aFrança”, disse à Lusa, em Lisboa, odeputado Carlos da Silva, nascido emFrança e filho de pais portugueses.O Deputado lusodescendente, desdesempre suplente de Manuel Valls,“subiu” ao Parlamento quando Ma-nuel Valls foi nomeado Ministro do Go-verno Ayrault e depois PrimeiroMinistro. Hoje é também um dos qua-tro porta-vozes nacionais do PartidoSocialista francês.Carlos da Silva lembrou que a comu-nidade portuguesa está bem integradana sociedade francesa e, “como osFranceses, sentiram o impacto dacrise financeira em França”.Segundo o Deputado, em Portugal acrise foi mais profunda do que emFrança e por isso “os jovens tiveramde sair do país para a França, a Ale-manha, o Luxemburgo e a Suíça, masestes novos emigrantes têm mais for-

mação, diplomas e trabalham em ou-tros setores”, diferente dos emigrantesdas décadas de 1960 e 1970.Carlos da Silva sublinhou que tambémhá uma emigração portuguesa que tra-balha nas áreas mais tradicionais,como a construção civil, mais identifi-cada com as primeiras ondas de emi-grantes portugueses para França. “Osnúmeros desta nova emigração de Por-tugueses não eram vistos desde a dé-

cada de 1960”, sublinhou Carlos daSilva, que tem as suas raízes em Ren-dufinho, no concelho de Póvoa de La-nhoso.Sobre a participação política dos por-tugueses e lusodescendentes, disseque “não há candidatos lusodescen-dentes suficientes” na política emFrança, visto que a população de ori-gem portuguesa é de cerca de um mi-lhão no país. Segundo o Deputado, “as

pessoas de origem portuguesa não sãotão implicadas como poderiam ser navida política por uma razão simples, aprimeira geração de Portugueses quefoi para França saiu de um regime deditadura em Portugal, onde não sepodia falar livremente e se poderia serpreso”.“Vejo pelos meus pais, pelos mais ve-lhos, que não têm o hábito de partici-par na vida política, de votar. A minha

geração começou um pouco a impli-car-se, mas eu acho que poderia havermuito mais envolvimento”, sublinhou.“Penso que a nova geração vai envol-ver-se mais na vida política do país doque a minha”, acrescentou o Depu-tado, referindo que visita Portugal, atrabalho e em férias, três a quatrovezes por ano, mostrando muito orgu-lho nas suas raízes.Sobre as relações económicas entre osdois países, motivo principal da deslo-cação de Manuel Valls a Portugal, Car-los da Silva referiu que “oinvestimento francês em Portugal estáem segundo lugar, somente atrás doinvestimento espanhol, e pode-se de-senvolver ainda mais”.“Há espaço para as empresas portu-guesas em França, porque como eudizia, os Portugueses têm uma boaimagem em França. Tem de havermais coragem, mais vontade, e as em-presas tem de se envolver mais com oque se está a passar em França” de-clarou Carlos da Silva.Carlos da Silva foi recebido na Assem-bleia da República pelo Grupo Parla-mentar Portugal-França, presididopelo Deputado Carlos Gonçalves.“Imensa emoção quando o hemicicloda Assembleia da República se levan-tou para aplaudir a amizade Franco-Portuguesa” escreveu Carlos da Silvanas redes sociais.

Lusodescendente visitou o Parlamento português

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Carlos da Silva aplaudido no Parlamento portuguêsDR

le 15 avril 2015

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06 Comunidade

Cesário visitou Consulado Honorário de OrléansO Secretário de Estado das Comuni-dades Portuguesas, José Cesário, visi-tou no passado dia 8 de abril asinstalações do Consulado Honoráriode Portugal em Orléans, acompa-nhado pelo Cônsul Geral de Portugalem Paris, Pedro Lourtie.O Secretário de Estado, que previa noseu programa deslocar-se no mesmodia também ao Consulado Honorárioem Tours, viu-se na contingência deencurtar a sua visita apenas a Orléansem virtude de ter sido cancelado o seuvoo inicial, motivado pelas greves doscontroladores de tráfego aéreo.Durante a sua visita, teve a oportuni-dade de dialogar longamente com oCônsul Honorário, José de Paiva,sobre os assuntos inerentes e even-tuais necessidades para a melhoria noapoio à Comunidade portuguesa destajurisdição consular, que integra os de-partamentos do Loiret (45) e do Yonne(89), assim como com as duas fun-cionárias consulares, Goretti de Car-

valho e Ana Maria da Cunha, aí des-tacadas, relativamente ao funciona-mento dos serviços e perspetivas demelhorias previstas a nível de infor-matização futura, realçadas pelo Côn-sul Geral Pedro Lourtie.No âmbito da reestruturação consular

que tem vindo a ser desenvolvida, oConsulado Honorário de Portugal emOrléans dispõe desde há cerca de umano e meio de um equipamento mo-derno e adequado que permite produ-zir localmente praticamente todos osdocumentos de natureza civil ou no-

tarial, assim como documentos deviagem, incluindo os Cartões do cida-dão e passaportes, evitando que osutentes tenham que se deslocar aParis, como acontecia até então. Estefoi também um dos problemas levan-tados por José Cesário, na sua preo-cupacão de melhoria e eficácia dosserviços.Outras preocupações consistiram emsaber se havia número importante denovos emigrantes, qual a tendência,procedimentos sobre as respetivasinscrições consulares nos cadernoseleitorais, felicitando ao mesmotempo as funcionárias do posto con-sular pelo empenho, dedicação e ex-celente trabalho desenvolvidos.O Consulado Honorário de Portugalem Orléans entrou em atividade nodia 18 de janeiro de 2008 sob aforma de Permanência consular, apóso encerramento do Consulado de car-reira, e foi inaugurando oficialmenteem 2 de junho do mesmo ano.

Posto foi reforçado ultimamente e ganhou novas valências

Conférence de Ana Navarro Pedro à ToursLe vendredi 10 avril, dans la salle Ana-tole France de l’Hôtel de Ville de Tours,Ana Navarro Pedro, journaliste, corres-pondante à Paris de l’hebdomadaireVisão a été invitée à faire une confé-rence qui a brillamment fait traverserl’histoire du Portugal jusqu’à au-jourd’hui.Après avoir évoqué le 25 avril 1974,qui a mis fin à la dictature de Salazarpour installer la démocratie, Ana Na-varro Pedro s’est livrée à une analyseprécise de l’histoire du Portugal depuisson origine. Elle a fait traverser les siè-cles en faisant ressortir tous les faitsdu passé, historiques, économiques etpsychologiques, afin de faire compren-dre la spécificité de la société portu-gaise actuelle, et sa manièreparticulière de réagir face à la crise

économique qu’elle subit.Ana Navarro Pedro a mis en reliefl’existence de liens étroits et perma-nents qui existent depuis toujoursentre les grandes familles, la banque,et les différents gouvernements.

Evoquant le Sébastianisme et le fata-lisme présents dans la conscience col-lective, la journaliste a conduitl’assistance nombreuse jusqu’à la si-tuation actuelle qui conduit de nom-breux jeunes portugais qualifiés à

émigrer.N’ont pas été oubliés la baisse de lanatalité, la grave crise de l’immobilierqui suscitent des inquiétudes pourl’avenir à long terme.Des questions pertinentes posées pardes Français et des Portugais ont reçudes réponses précises et éclairantes.L’exposé d’Ana Navarro Pedro, soig-neusement préparé, a été suivi dansune salle comble par un public très at-tentif qui a manifesté sa satisfactionpar des applaudissements nourris.«L’Association Culturelle France Por-tugal 37 est heureuse d’avoir invitéAna Navarro Pedro pour cette confé-rence éminemment culturelle» dit auLusoJornal son Président, Robert Col-let qui a présenté la conférence et mo-déré le débat.

«De l’Empire aux marges de l’Europe»

O que é um Contrato Promessa de Compra e Venda?

Resposta:

O contrato promessa de compra evenda é um acordo escrito entrequem promete vender e quem pro-mete comprar. Embora não seja umdocumento obrigatório, uma vez quea transmissão do imóvel só se obtémcom a celebração de uma escriturapública, é comum o promitente ven-dedor e o promitente comprador ce-lebrarem este contrato.Este tipo de contrato funciona comouma garantia, uma vez que as partespretendem realizar o negócio defini-tivo e frequentemente o promitentecomprador entrega uma quantia emdinheiro, por conta do preço total doimóvel, ao promitente vendedor e quese designa por Sinal.A quantia entregue a título de Sinaldeve ser contabilizada na prestaçãoque for devida - no preço, ou resti-tuída quando o mesmo não for possí-vel.Se o promitente comprador não cum-prir com a sua obrigação o promitentevendedor fica com a quantia entreguea título de sinal. Se o não cumpri-mento do contrato for da responsabi-lidade do promitente vendedor, opromitente comprador pode exigir odobro da quantia que prestou comoSinal.No contrato promessa figuram:- A identificação do promitente ven-dedor;- A identificação do promitente com-prador;- As condições em que se efetuará acompra e venda do imóvel;- A identificação do próprio imóvel.Quando seja celebrado um contratopromessa de compra e venda paratransmissão de edifício ou fração au-tónoma, já construído, em construçãoou a construir, as assinaturas devemser reconhecidas com a menção deque foi exibida a Licença de Utilizaçãoou Construção.

Rita RibeiroJuristaRua Principal, nº 150Granja2425-013 Monte RealInfos: +351.926.300.365Infos: +33 (0)6.12.601.427

Rubrica jurídica

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FrancesescondenadosO Tribunal de Évora condenou a 15 e20 anos de prisão dois Franceses, de37 e 38 anos, acusados de assaltartrês bancos, dois em Évora e um emSetúbal. O Tribunal deu como prova-dos quase todos os crimes de que es-tavam acusados, entre os quais trêscrimes de roubo, 29 de sequestro,quatro de falsificação de documentoe dois de detenção de arma proibida.Um dos homens, de 38 anos, estáatualmente detido em França à ordemde outro processo em inquérito, e ooutro, de 37 anos, está em prisão pre-ventiva em Portugal, um terceirohomem ficou livre. Os três homens, re-sidentes na Córsega, estavam acusa-dos da autoria de assaltos a trêsbancos, ocorridos em novembro de2012 e em fevereiro de 2013, comrecurso a armas de fogo, máscaras eperucas.

Jovem homicidaO Tribunal de Aveiro começou a julgarum jovem de 17 anos suspeito de tertentado matar a avó com uma armade fogo, sem motivo aparente, “pelosimples prazer de matar”. O crimeocorreu no dia 21 de junho de 2014,pouco depois da meia-noite, na resi-dência onde o menor, de nacionali-dade francesa, vivia com os avós emPessegueiro do Vouga, Sever doVouga.O arguido, que se encontra em prisãopreventiva em Leiria, aproveitou a au-sência do avô, que já se tinha ido dei-tar, pegou numa pistola, aproximou-sepor trás da avó, que se encontravasentada num sofá a ver televisão edisparou um tiro, a muito curta dis-tância, atingindo-a na cabeça. Ojovem terá ainda tentado disparar umsegundo tiro, mas a arma, roubada,acabou por encravar.

Jean QuatremerO jornalista francês Jean Quatremer,correspondente do jornal Libérationem Bruxelas, vai animar um seminá-rio de formação exclusiva para jorna-listas sobre temas e políticas daUnião Europeia, promovido pelo Par-lamento Europeu. O evento terálugar no Porto a 23 de abril.Jean Quatremer, 57 anos, trabalhano Libération desde 1984. Formadoem Direito, começou a carreira a es-crever para a secção “Imigração”,tendo assumido em 1990 a respon-sabilidade do já extinto caderno“Europa”, antes de se tornar corres-pondente em Bruxelas. É autor deinúmeras reportagens televisivassobre assuntos europeus, em canaiscomo France 2, France 5, Arte,entre outros. Em 2005 criou umblog para o Liberation intitulado“Coulisses de Bruxelles”.

Voos canceladosTrinta e seis voos entre Portugal eFrança foram cancelados no passadodia 9 de abril devido à greve dos con-troladores aéreos franceses.De acordo com a informação dispo-nibilizada pela ANA – Aeroportos dePortugal, foram cancelados 8 vooscom partida de Lisboa para os aero-portos franceses de Lyon, Toulouse,Paris e Marseille, das companhiasTAP Portugal, Ryanair, Transavia eVueling. Em relação às chegadas aoaeroporto de Lisboa provenientes deFrança, foram afetadas 8 ligações,três da transportadora nacional, doisda Ryanair, e um das companhiasTransavia, Air France e Vueling. Noaeroporto Sá Carneiro, no Porto,foram afetadas 11 voos provenientesde França e 9 com chegada ao des-tino português oriundos dos princi-pais aeroportos franceses.

José Cesário, José de Paiva e Pedro Lourtie com as funcionáriasDR

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07Destaque

lusojornal.com

emsíntese

Manuela Guimarães perdeumas continuará sindicalizada

Manuela Guimarães não conseguiuser eleita Secretária Geral doSTCDE. Mas à saída da Assem-bleia Geral conversou com o Luso-Jornal.

LusoJornal: Ao que se deve estaderrota?Manuela Guimarães: O voto é so-berano, mas neste caso há umgrave problema que é o voto porprocuração. A face externa do Sin-dicato era o Alexandre Vieira, queestava em contacto com os sócios.O Jorge Veludo era o homem dasnegociações, dos estudos dos dos-siers, das propostas políticas, etc.e deixou de facto muito esse ter-reno. Alexandre Vieira influencioue o processo é complicado.Quando começaram as procura-ções ainda não haviam listas for-madas...

LusoJornal: Vai continuar a ser de-legada sindical a nível local?Manuela Guimarães: Tenho quepensar, seja em Portugal, seja naBélgica, mas continuarei sindicali-zada, seguramente. Na Bélgicaestá a surgir um movimento muitointeressante que é uma inter-sin-dical dos Consulados e Embaixa-das. Estão a tentar estabelecercontactos que seja reconhecidauma Comissão paritária para ostrabalhadores das Embaixadas.

LusoJornal: O STCDE devia estarnesse combate?Manuela Guimarães: Tenho parti-cipado nas reuniões e apoiam-nosa 100%. Queriam assinar um pro-tocolo connosco, que seria algoinovador. Foi aqui votada uma al-teração estatutária que permitiráeste protocolo. Mas houve muitosmembros da lista vencedora quevotaram contra ou que se abstive-ram. Estou convencida que a res-posta vai ser negativa. Eu gostavade continuar ligada a esse movi-mento belga, acho que é um re-forço à nossa ação sindical.

Rosa Teixeira Ribeiro venceu as eleições para o Sindicato dos Trabalhadores ConsularesA lista B, liderada por Rosa MariaTeixeira Ribeiro, venceu no sábadopassado as eleições para os corposgerentes do Sindicato dos Trabalha-dores Consulares e das Missões Di-plomáticas (STCDE), que decorre-ram na sede da CGT, na Porte deMontreuil, em Paris.Rosa Teixeira Ribeiro, funcionáriado Consulado Geral de Portugal emParis, obteve 416 votos, enquantoque a candidata da lista A, ManuelaGuimarães, funcionária da REPERem Bruxelas, obteve apenas 213votos.Rosa Maria Teixeira Ribeiro assumiurecentemente a chefia do Vice-Con-sulado de Portugal em Nantes, atéà sua extinção com a tomada deposse do atual Governo e já foi, pelopassado, Secretária Geral doSTCDE. Com ela, foram tambémeleitos para a Direção do Sindicato,António Amorim, da Embaixada dePortugal em Paris, Leonel Rebelodo Consulado Geral de Portugal emParis, Isabel Barradas do ConsuladoGeral de Portugal em Bordeaux. NaDireção Regional “Europa 2” fazemainda parte Sabino Pereira e Henri-que Augusto, respetivamente dosConsulados Gerais de Portugal emLyon e em Strasbourg.

LusoJornal: Que argumentos consi-

dera que a fizeram ganhar?Rosa Ribeiro: Talvez a determina-ção, a energia, a proposta de coisasdiferentes, talvez a necessidade deefetuarmos uma transição porquehá velhas receitas que hoje já nãofuncionam e que eu soube dar essaabertura às pessoas.

LusoJornal: Depois desta divisão,como vai agora unir o Sindicato?Rosa Ribeiro: Não houve divisão. Ofacto de haver duas listas quer dizerque havia mais pessoas com von-tade de trabalhar. O que nos une émais importante do que o que nosdivide, se calhar temos formas deapresentarmos coisas de maneiradiferente, mas penso que a nossa

vontade é exatamente a mesma. Euacho extremamente positivo que nouniverso dos 1.100 sócios quetemos, encontramos 74 pessoascandidatas, dispostas a trabalharpara o Sindicato. Nós inscrevemo-nos numa continuidade: herdamoso passado e queremos modernizar.

LusoJornal: Quais os eixos dessamodernização?Rosa Ribeiro: Vamos tentar criar umindicador do custo de vida próprioaos trabalhadores consulares por-que estou farta que se fale do indi-cador de custo de vida da ONU quese aplica aos diplomatas com esca-las salariais que não têm nada a vercom as nossas. Queremos que osnossos colegas possam consultar osseus processos, queremos ter maisvisibilidade externa, temos de nosaproximar mais e trabalharmos maiscom as associações e com as enti-dades, temos que aparecer publica-mente porque o que caracteriza anossa lista é porque somos conhe-cedores dos problemas dos Consu-lados e das missões diplomáticas ealguns de nós tiveram a possibili-dade de testar algumas coisas nosseus postos.

LusoJornal: Que tipo de ações ime-diatas vão fazer?Rosa Ribeiro: A questão das 44horas que são indignas, o estatuto

do Camões que continua a ser ati-rado para o ar. Há uma questão fis-cal que me parece muitoimportante, porque nós trabalha-mos no estrangeiro e pagamos im-postos como se estivéssemos emPortugal, não levam em conta anossa especificidade prestação noestrangeiro. Há a questão da revisãode carreira, temos de rever tabelassalariais, temos de rever todas essasflutuações de divisas que fazemcom as pessoas perdem de um diapara o outro uma percentagem de-masiado importante do seu salário.São muitas frentes abertas. Vamoster uma fase de transição, temos denos fazer conhecer porque a equipaé nova.

LusoJornal: Vai mudar-se para Lis-boa?Rosa Ribeiro: Vou ter que me mudarpara Lisboa, temos que estar lá paranos fazermos ouvir e é onde está asede. Os sócios têm de saber quepodem contactar-nos a qualquermomento e eu faço questão paravoltar ao contacto, para termosainda mais sensibilidade e ouvir in-dividualmente os sócios. Vamos or-ganizar uma ronda de reuniões. Eugostaria que nos comportássemoscomo dirigentes sindicais e nãocomo delegados sindicais do únicoposto que nós conhecemos e ondetrabalhamos.

Nova Secretária Geral do STCDE

Veludo faz balanço de 22 anos de mandatoJorge Veludo, o Secretário Geral queagora deixa o Sindicato dos Trabalha-dores Consulares fez parte da listaeleita para o Secretariado Nacional daFederação Nacional dos Sindicatos daFunção Pública, em 1982, quando oSecretário Geral do STCDE era AntónioTopa. Em janeiro de 1991 foi eleitoSecretário-Geral Adjunto, precisa-mente quando Rosa Maria Ribeiro erareeleita Secretária Geral do Sindicato.Foi eleito Secretário Geral em 1993.22 anos depois, deixa o lugar. Aindase candidatou a Presidente da Assem-bleia Geral, mas perdeu a eleição.

LusoJornal: Uma das questões que oSindicato não conseguiu resolver é ado estatuto dos funcionários do Insti-tuto Camões. Porquê?Jorge Veludo: A atual Presidente doInstituto sempre mostrou uma totaladversidade à revisão do estatuto. Sãopoucos funcionários, não chegam a70, mesmo se muitos estão sindicali-zados, estão em Centros culturais pe-quenos e dispersos. A afiliação delesao STCDE é bem mais recente e nãohouve boa relação com os colegas da“velha guarda” ligados ao MNE. Se aAdministração não tiver vontade polí-tica para resolver as coisas, não re-solve. E nós não tivemos capacidadepara nos opor.

LusoJornal: Faltou solidariedade entrecolegas?

Jorge Veludo: Eu costumo dizer que omérito da existência do nosso Sindi-cato é do Ministério dos Negócios Es-trangeiros que nos tratou sempre tãomal, que levou a que trabalhadoresque não têm uma grande tradição deorganização sindical se tivessem orga-nizado e criado um Sindicato. Masmuitos colegas continuam a olhar parao Sindicato não como uma organiza-ção nossa, mas como se fosse um es-critório para resolução dos seusproblemas individuais.

LusoJornal: Também não conseguiramresolver a questão dos funcionáriosdas Residências que têm de traba-lhar 44 horas semanais...Jorge Veludo: Os Partidos da Opo-sição rejeitaram quase em bloco aquestão da carga horária de 40horas em Portugal, mas conside-ram que não é pertinente levantara inconstitucionalidade dumacarga horária de 44 horas corres-pondente ao pessoal doméstico nasEmbaixadas. A jurisprudência dizque as instituições coletivas nãopodem celebrar contratos de ser-viço doméstico. Mas eles criam acarreira operacional domésticaonde metem aliás os motoristas,que nada têm a ver com serviço do-méstico.

LusoJornal: O Sindicato não conseguiusensibilizar?Jorge Veludo: Em alguns países vamosrecorrer a apoios sindicais locais, onde

tal for possível. Mas é verdade que nãoconseguimos, nem em sede de nego-ciação de estatuto, nem à posteriori,através de lóbi. A própria ProcuradoriaGeral da República deu-nos sopa. Ocaminho dos Tribunais é longo, podedemorar dezenas de anos, e nós que-ríamos que a Procuradoria questio-nasse diretamente o TribunalConstitucional sobre a legalidadedesta lei, já que os Partidos não o fi-zeram. Também não conseguimos.

LusoJornal: Também não conseguiramresolver a questão da variação cambialque prejudica muitos funcionários emcertos países...Jorge Veludo: Temos feito algumaspressões junto do Ministério porqueeles fazem as Leis e depois dizem queas Leis impedem a resolução do pro-blema. Ora, basta mudar a Lei. Émuito difícil nós conseguirmos reivin-dicações. Nós não nos podemos com-parar aos técnicos dos impostos, aosmédicos, aos professores, com muitomais força, nós temos muita poucaforça.

LusoJornal: Deixa algum outro pontopendente?Jorge Veludo: Sim, a questão da pro-teção social. Este Governo criou umseguro complementar para os Diplo-matas em países onde a proteçãodada pela ADSE não fosse suficientepara garantir a proteção devida. Fazisso para os senhores Diplomatas maspara aqueles que nada têm, não cria

um sistema de seguro privado desaúde para os funcionários consula-res. Temos muitos funcionários nestecaso, porque há muitos países emque não há máquina de proteção so-cial.

LusoJornal: Nestes 22 anos, qual foia grande vitória?Jorge Veludo: Foi realmente a execu-ção do nosso Estatuto, através da Lei444/99, de 3 novembro de 1999.Pela primeira vez conseguimos umprocesso dinâmico. Muitos colegasnossos foram a Portugal serem forma-dos nas várias áreas de intervençãonos serviços consulares e desblo-queamos todo o processo de promo-ções. Conseguimos, entre 1995 e1998, dinamizar um processo paracontemplar as necessidades de pro-gressão das pessoas, em função dotempo de serviço ou da categoria emque se encontravam. Depois a ques-tão estabilizou um pouco, durante al-guns tempos viveu-se razoavelmentebem, tentando contemplar situaçõesque iam sempre ficando penduradas,mas com a crise começou tudo aandar para trás. Não houve espaçopara novas conquistas sindicais.

LusoJornal: O que vai fazer agora?Jorge Veludo: Eu vou fazer 70 anosem junho, sou impedido de continuara trabalhar. Por isso vou aposentar-me. Tenho um filho com 7 anos, vouinstalar-me nos arredores de Portale-gre e fazer outras coisas.

Por Carlos Pereira

le 15 avril 2015

LusoJornal / Carlos Pereira

Por Carlos Pereira

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08 Memória

lusojornal.com

Berta Cabral nas comemorações dos 97 anos da Batalha de La Lys no norte da França

A Secretária de Estado da DefesaBerta Cabral presidiu no sábado pas-sado às comemorações da Batalha deLa Lys, no Cemitério Militar Portuguêsde Richebourg e junto ao Monumentoao Soldado Português em La Couture.Como todos os anos, as comemora-ções começaram no Cemitério MilitarPortuguês com uma cerimónia reli-giosa presidida pelo Padre Carlos Cae-tano, Capelão da ComunidadePortuguesa de França em honra dosSoldados portugueses que morreramdurante a I Guerra Mundial.Antes dos discursos de Gérard Dela-haye, Maire de Richebourg e do Re-presentante Militar de Portugal juntoda NATO e da União Europeia, foramdepostas coroas de flores pela Secre-tária de Estado da Defesa, pelo Sous-Préfet de Béthune, pelo Maire deRichebourg, pelo Cônsul Geral de Por-tugal em Paris, Pedro Lourtie, peloPresidente da Liga dos Combatentes,Coronel Chito Rodrigues, e pelos doisDeputados eleitos pelo círculo eleito-ral da Europa, Paulo Pisco e CarlosGonçalves, ambos presentes nas ce-rimónias.Também o Conselheiro de Paris Her-mano Sanches Ruivo, Presidente daassociação Activa, Julien dos Santos,lusoeleito em Gonesse e o Conselheirodas Comunidades Parcídio Peixoto,

depuseram coroas de flores junto aomonumento principal do cemitério.Muitas associações deslocaram-se aoNorte da França para prestarem tam-bém homenagem aos 1.831 Solda-dos portugueses que estão sepultadosem Richebourg. Entre elas, desta-cam-se, por exemplo, a União Franco-Portuguesa de Richebourg, aAssociação Franco-Portuguesa de Ar-genteuil, a Associação Portuguesa dosVeteranos de Guerra de Braga, a As-sociação Cultural e Desportiva Portu-guesa de Cambrai, a AssociaçãoSociocultural dos Antigos Combaten-

tes das ex-Colónias Portuguesas, oCentro Cultural Português Paz e ViverJuntos de Argenteuil e a AssociaçãoCultural SLB de Tourcoing. De desta-car ainda a presença dos alunos daescola da Associação Franco-Portu-guesa de Argenteuil, acompanhadospela professora Cristina Fontão, deuma delegação do Banque BCP, comLuís Castelo Branco, membro do Di-retório do banco. Felícia Pailleux, des-cendente de um dos Soldados queparticipou na Batalha de La Lys e quese radicou em França depois daGuerra, também levou os bisnetos e

depôs uma coroa de flores em nomeda delegação da Liga dos AntigosCombatentes Portugueses em Lillers.As personalidades presentes assina-ram o livro de honra do Cemitério edeslocaram-se depois para a locali-dade vizinha de La Couture, onde serealizou uma segunda comemoraçãojunto ao monumento ao Soldado por-tuguês, onde também foram coloca-das coroas de flores.Depois da intervenção habitual doMaire de La Couture, Raymond Gua-guère, enocionada, como sempre,agradecendo a valentia dos Soldadosportugueses para defenderam a loca-lidade dos ataques alemães, BertaCabral evocou “a necessidade inces-sante de ser um mensageiro de paz”para justificar a presença de ummembro do Governo português nes-tas comemorações e deixou palavrasde “grande agradecimento e reco-nhecimento público para todos aque-les que contribuem para que amemória destes soldados seja man-tida”. A Secretária de Estado da De-fesa destacou em particular “osmuitos Emigrantes portugueses quedefendem em França, dia após dia,a nossa cultura e a memória do nossopovo”.Berta Cabral lembrou que esteve re-centemente, ao lado de François Hol-lande, na inauguração do Anneau dela Mémoire, em Notre Dame-de-Lo-

rette e anunciou que foi criada emPortugal uma Comissão para as co-memorações do Centenário da IGrande Guerra, que vai organizarconferências e congressos internacio-nais, seminários, programas televi-são, e muitos outros eventos.“Todos aqueles que derramaram oseu sangue nos campos de batalhada Flandres merecem a nossa mobi-lização, sobretudo para que a novageração tome consciência do deverque temos de evitar a guerra” e con-cluiu dizendo que “mais do que olharpara o passado, devemos inspirar-nospara olhar para o futuro”.O último discurso do dia foi o doSous-Préfet de Béthune, que partici-pou pela primeira vez nestas come-morações, que considerou “bonitas”e “emotivas”.Portugal entrou na I Guerra Portugalem 1916, depois da Declaração deGuerra da Alemanha e cerca de55.000 homens vieram combater naFlandres francesa ao lado dos Fran-ceses e dos Ingleses. No dia 9 deabril de 1918 as forças alemães ata-caram fortemente a frente que estavaa ser defendida pelos Soldados por-tugueses e foi a pior derrota militarportuguesa depois de Alcacer Quibir.Entretanto os Aliados ganharam aGuerra e Portugal participou, eviden-temente, nos desfile vitorioso dosChamps Elysées.

Secretária de Estado da Defesa

Por Mário Cantarinha

Artistas portugueses em Paris durante a I Guerra Mundial

Um ateliê de pintores na Cité Fal-guière e uma placa no prédio ondemorou o poeta Mário de Sá-Carneiro,perto de Pigalle, são os raros testemu-nhos de artistas portugueses que vi-viam em Paris no início da PrimeiraGuerra Mundial.“Paris era uma espécie de cidade mí-tica da arte moderna. Antes da Pri-meira Guerra Mundial havia umaquantidade muito grande de artistasportugueses. Com a guerra, quasetodos regressam para Portugal e muitodo modernismo português resultadesse exílio”, disse à Lusa FernandoRosa Dias, professor na Faculdade deBelas Artes da Universidade de Lis-boa.Amadeo de Souza-Cardoso, Santa-RitaPintor, Eduardo Viana, Manuel Jardim,Francisco Smith, Emmérico Nunes,Domingos Rebelo, Manuel Bentes ouos irmãos Henrique e Francisco Francosão alguns dos nomes da vanguardaartística portuguesa a viver em Parisno início do século XX. A maior parteregressou a Portugal com o eclodir daguerra, como Amadeo de Souza-Car-doso, “a figura máxima das vanguar-das portuguesas nas artes plásticas,um grande amigo do Amedeo Modi-gliani, que conhece Picasso e expõeem importantes salões franceses”, ex-plicou Fernando Rosa Dias. “Este ar-tista é o único português convidado -a partir da escola de Paris - para a pri-meira grande exposição de arte mo-derna nos Estados Unidos - o Armory

Show”, adiantou.Poucas semanas antes de a guerraacabar, Souza-Cardoso estaria à esperapara regressar a Paris, mas é vítima dagripe espanhola e não resiste.Um dos poucos artistas a permanecerna capital francesa - pelo menos até àentrada de Portugal na Guerra - foiAdriano Sousa Lopes, que pediu aoMinistro da Guerra para o deixar ir paraa frente como pintor oficial do Corpo

Expedicionário Português. “Não hádúvida que ele pintava nas trincheiras.Alguns relatos de combatentes indi-cam que Sousa Lopes montava o ca-valete nas trincheiras e pintava com amaior das calmas com as bombas aexplodirem por perto. Numa entre-vista, ele conta um episódio em queestava com o Capitão Américo Olavo eambos são detetados pelo inimigo etêm que fugir da artilharia”, contou

Carlos Silveira, investigador no Insti-tuto de História de Arte da Universi-dade Nova de Lisboa e a fazerdoutoramento sobre Sousa Lopes naGrande Guerra.Sousa Lopes fez centenas de dese-nhos durante o conflito e no pós-guerra decorou as salas da GrandeGuerra do Museu Militar de Lisboacom sete pinturas monumentais,“com cenas da Batalha de La Lys, decombate nas trincheiras, de exéquiasfúnebres do soldado desconhecido, edo combate do caça-minas Augusto deCastilho contra o submarino alemãonos últimos dias da guerra”, acrescen-tou Carlos Silveira. “A Rendição mos-tra bem a degradação humana que eraaquela guerra, vê-se um pelotão a sairdas trincheiras, as figuras são pintadasao tamanho natural, vê-se a exaustãoe o abatimento psicológico que eraestar uma semana ou mais quase semdormir naquelas trincheiras”, descre-veu o investigador, em referência aoquadro que se pode ver no Museu Mi-litar de Lisboa.Também nas trincheiras do norte deFrança, com o posto de tenente mé-dico, esteve o artista Christiano Cruz,figura de relevo na invenção da moder-nidade artística em Portugal, que“pinta quase como se fosse um mo-saico, quase como se fosse um vidroque se estilhaçasse”, avançou CarlosMorgado, que fez uma monografiasobre o pintor pela Faculdade de Le-tras da Universidade de Lisboa. “Háum quadro que pertence ao acervo doMuseu do Chiado que mostra a explo-

são de uma granada e que é uma ima-gem apontada como um trabalho popantes do tempo. No momento em queestá a explodir, o soldado é projetadonos ares. Isto foi pintado 60 anosantes da arte pop em que havia ono-matopeias das explosões de Lichtens-tein”, disse.Apesar de ter sido apontado como umdos melhores da sua geração, in-cluindo por Almada Negreiros, Chris-tiano Cruz abandona a arte no final daguerra e emigra para as colónias paraexercer medicina veterinária.No âmbito da literatura, aquando daGrande Guerra, Mário de Sá-Carneirofica por Paris, onde acabaria por sesuicidar, em 1916, deixando algumasimpressões sobre o conflito na corres-pondência com Fernando Pessoa e emtextos publicados na revista IlustraçãoPortuguesa.Outro escritor a relatar a guerra na re-taguarda, dos tempos em que viveuem Paris, é Aquilino Ribeiro, com olivro “É a Guerra”, editado pela pri-meira vez em 1934, e cuja recentereedição conta com um prefácio do es-critor Mário Cláudio. “O diário abrangeapenas o primeiro mês da guerra,entre o início das hostilidades e o fimdo primeiro mês. É um relato do com-portamento da população de Paris du-rante esse período muito estrito. Sãoas reações da população, os primeirossinais de que estão a faltar géneros,um entusiasmo que rapidamente seatenua e a partida dos primeiros con-tingentes para a frente de batalha”,descreveu à Lusa Mário Cláudio.

Por Carina Branco, Lusa

Berta Cabral entra no Cemitério Militar Português de RichebourgLusoJornal / Mário Cantarinha

Prédio onde morou o poeta Mário de Sá-Carneiro em ParisLusa / Carina Branco

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09Empresas

emsíntese

Paços de Ferreiracom missão empresarial a Paris

A Câmara de Paços de Ferreira anun-ciou que vai organizar uma missãoempresarial a Paris com o objetivo deapoiar a internacionalização e diversi-ficação dos setores de negócio no con-celho. “A primeira missão empresarialdeste mandato integra uma estratégiaglobal, num quadro de internacionali-zação da economia”, comentou o Pre-sidente da Câmara, Humberto Brito.A missão decorre de 24 e 28 de abrilà margem de um encontro sociocul-tural a realizar na cidade de Sartrou-ville, geminada com Paços de Ferreira.Nos dias 25 e 26 de abril, a comitivade Paços de Ferreira participará numseminário sobre o mercado francês e“as excecionais potencialidades dasempresas”.

Présence portugaise ausalon «IndustrieLyon»

Le salon de l’équipement industriel«Industrie Lyon 2015» a eu lieu du 7au 10 avril, avec la participation de 8entreprises portugaises présentes surle parc Lyon Eurexpo.C’est un salon annuel européen pourles professionnels des technologies etdes équipements de production quioffrent des solutions pour la concep-tion, la fabrication et l’installation. Cettefoire a lieu tous les deux ans à Lyon,étant entrecoupé (années paires) parl’édition qui se déroule à Paris.Les participants portugais ont été:Amob SA, Cronoversátil, Intellysys, Ir-mãos Sousa SA, NCP, Porfic, Portlaseret RGE Engenharia de Moldes.

Le Salon des Séniors aux couleurs portugaisesAu-delà d’organiser cette année leSalon de l’immobilier et du tourismePortugais à Paris et à Lyon, la Cham-bre du commerce et industrie franco-portugaise (CCIFP) participeégalement à plusieurs autres salonsen qualité d’exposant.Comme pour les années antérieureset sans exception cette année, laCCIFP a participé à la 17ème éditiondu Salon des Séniors, au parc d’expo-sitions de Paris Porte de Versailles, du9 au 12 avril dernier, afin de promou-voir les Salons de l’Immobilier et duTourisme Portugais qui se déroule-ront, à Paris du 5 au 7 juin, et à Lyon,juste après, du 3 au 5 juillet prochain.Le Portugal était bien évidemment àla une des affiches pendant cette édi-tion. En effet le Portugal devient ladestination incontournable des se-niors français. Etaient également pré-sents les membres de la CCIFP:Maison au Portugal, Fidelidade,Banque BCP et Golden Retraite.La CCIFP a pu distribuer plus de 700flyers concernant le retraite au Portu-gal. Clairement les Français se sontmontrés de plus en plus intéresséspar s’installer au Portugal et pouvoirainsi bénéficier des avantages fiscaux.Diverses conférences ont été mises enplace et celle qui abordait le Portugala nettement attiré plus de visiteurs

que d’autres pays tels que l’Espagne.Depuis 17 ans, le Salon des Seniorss’est imposé comme le grand rendez-vous annuel des plus de 50 ans, quirépond à la question «Quoi de neufpour les seniors?», à travers 250stands, 60 conférences et de nom-breuses animations, ce salon dédiéaux seniors les accompagne dans tousles domaines de leur nouvelle vie etleur fournit toutes les informationsutiles à leurs projets et leur permet derencontrer les meilleurs experts en re-traite, patrimoine, associations,voyages, santé, technologies, culture,

travail et logement.Millennium bcp et la Banque BCP sesont associés au premier site internetimmobilier dédié à l’installation desfrançais au Portugal: «Acheter au Por-tugal.com». Les trois acteurs ont étépartenaires au Salon des Seniors «afind’offrir des solutions d’aide complètepour accompagner les français sou-haitant acquérir un bien immobilierau Portugal».Une conférence a été animée conjoin-tement par César de Brito, fondateurd’Acheter au Portugal.com et NunoGiga, Directeur de marketing de la

Banque BCP, sur le thème: «Vivre saretraite au Portugal: les avantages fis-caux, le marché de l’immobilier et lavie au quotidien».«Acheter au Portugal.com s’est asso-cié à Millennium bcp et Banque BCPafin de faciliter le financement desbiens immobiliers portugais enFrance, l’installation et l’ouverture decomptes au Portugal» peut-on liredans une note de presse de la BanqueBCP. «Premier portail immobilierdédié à l’installation des français auPortugal, Acheter au Portugal.com apour objectif d’accompagner les nou-veaux arrivants tout comme la BanqueBCP avec sa gamme de services ‘Re-traite Dorée’. La Banque BCP est lea-der sur la retraite au Portugal avecune campagne sur la retraite dorée etune offre jumelle clef en main, enFrance comme au Portugal».Selon l’étude de l’Association Profes-sionnelle Immobilière Portugaise,APEMIP, les français représentent les3ème plus gros acheteurs de biensimmobiliers au Portugal en 2014avec 2.712 transactions au 30 sep-tembre 2014, derrière les britan-niques et les chinois. Ce classementconfirme le succès des dispositifs at-tractifs que l’Etat portugais a mis enplace afin d’attirer les investisseursétrangers.

Plusieurs entreprises portugaises présentes

França escolhe “Mestre do Vinho do Porto”Os especialistas franceses do mundodos vinhos estão a organizar o “Mas-ter of Port 2015”, “um dos concursosmais importantes na profissão” de es-canção em França, disse à Lusa Jean-Jacques Vereecken, o Diretor daFédération Française des Vins d'Apé-ritif. As inscrições foram prolongadas até15 de abril e dão o pontapé de saídapara cinco meses de competição quepassam por seleções regionais até àprova final de 28 de setembro na Em-baixada de Portugal em Paris durantea quinta edição da Festa da Gastro-

nomia em França.A iniciativa é promovida pela Unionde La Sommellerie Française e peloSyndicat des Grandes Marques dePorto, em parceria com o Instituto dosVinhos do Douro e do Porto (IVDP),pretendendo consolidar a presençados vinhos do Porto no mercado fran-cês. “A nível mundial, a França é opaís que mais consome vinho doPorto. É um vinho tão surpreendentee variado que pode acompanhar umarefeição do início ao fim”, acrescen-tou Jean-Jacques Vereecken, numaexperiência gastronómica que foi feitaem dezembro do ano passado numjantar promovido pelo IVDP em Paris.

O concurso não é limitado aos “som-meliers” franceses, os Portuguesestambém podem participar desde que“sejam membros de uma associaçãoportuguesa de ‘sommelerie’”, expli-cou Jean-Jacques Vereecken.O Diretor da Fédération Française desVins d’Apéritif apontou ainda que, nasexta edição, em 1993, o vencedorfoi o Português Octávio Ferreira - 4ºMelhor Escanção do Mundo em1986 e 1989 e galardoado com o“Prix au Sommelier 2015” pela Aca-démie Internationale de la Gastrono-mie.Os candidatos ao “Master of Port”devem inscrever-se na página internet

do concurso - www.masterofport.fr -ter experiência de, pelo menos, doisanos na área de restauração e dos vi-nhos e - no caso de serem estudantes- serem propostos pelas associaçõesregionais de escanções.O candidato a “Mestre do Vinho doPorto 2015” deverá ainda contar com“rigorosas” provas de degustação equestionários sobre a região do Douroe o Vinho do Porto para poder entrarnuma “das grandes provas do cami-nho real que leva ao título de melhorescanção da Europa ou do mundo,como mostram os galardões de ven-cedores precedentes”, descreve a pá-gina internet do concurso.

Por Carina Branco, Lusa

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le 15 avril 2015

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10 Ensino

emsíntese

Brasil aposta noensino no estrangeiro

O Brasil vê oensino do

por tu-g u ê sno ex-teriorcomo

u m aa p o s t a

estratégicapara o fortaleci-

mento do idioma e atende a 9 mil alu-nos em centros culturais, núcleos deestudo e leitorados em outros países.“Tendo em vista o expressivo au-mento do interesse pelo Português noexterior, um dos seus grandes eixosestratégicos é a difusão da língua paraestrangeiros”, afirmou à Lusa GeorgeFirmeza, Diretor do DepartamentoCultural do Ministério das RelaçõesExteriores.Segundo o responsável, numa entre-vista por escrito, o Governo decidiupromover a “Rede Brasil Cultural,com seus nove mil alunos”, que “temcomo objetivo contribuir para aten-der” esta procura. A rede é formadapor 25 centros culturais, as escolasde língua portuguesa e cultura brasi-leira abertos à Comunidade, cincoNúcleos de Estudos Brasileiros, quefuncionam como unidades de ensinodentro de Embaixadas ou Consula-dos, e 40 Leitorados, ministrados porprofessores brasileiros em Universi-dades estrangeiras.Atualmente, há 176 professores bra-sileiros de português trabalhando noexterior, segundo o Ministério das Re-lações Exteriores.Para atender à procura, também háprojetos junto às Comunidades dadiáspora em 32 cidades, para refor-çar o idioma como língua de herança.“O Plano de Ação de Lisboa (acordoda Comunidade dos Países de LínguaPortuguesa que define estratégiasglobais para a promoção e a difusãoda língua portuguesa) chama a aten-ção para a necessidade de fortaleci-mento da língua portuguesa nasdiásporas”, explica o responsável. Porisso, “a Rede Brasil Cultural, em par-ceria com as Comunidades brasilei-ras no exterior, tem organizado cursosde português como língua de he-rança alguns voltados para a forma-ção de professores e outrosdestinados a jovens e crianças”, re-fere George Firmeza.O Ministério brasileiro informou tam-bém que há um projeto-piloto de2014 para reforçar a cooperaçãojunto ao Instituto Camões, que prevêparcerias em aulas e em docentes. Oobjetivo, explica a mesma fonte, é de-senvolver uma maior colaboraçãoentre as redes de Leitorados dos doispaíses, com a a realização de um se-minário conjunto e a divulgação dematerial literário entre as redes deBrasil e Portugal.

lusojornal.com

Alunos do Collège Balzac foram ao Porto

As turmas de 3ème e de 4ème daSecção internacional portuguesa doCollège Balzac, em Paris 17, fize-ram, na semana de 23 a 27 demarço, uma viagem de estudo aoPorto, visitando também a região doDouro, Aveiro e Gaia.Os alunos das duas turmas e os pro-fessores encontraram-se no aero-porto de Orly para começarem essaaventura de uma semana à desco-berta do património económico, cul-tural e natural do Norte de Portugal.Ficaram a conhecer monumentos eedifícios históricos como, por exem-plo, o Palácio da Bolsa e a AlfândegaNova no Porto e a estação de cami-nhos de ferro no Pinhão, com osseus belos painéis de azulejos. Des-cobriram também modos de vida,

sobretudo ligados à produção do fa-moso vinho do Porto e à pesca dobacalhau e museus que os apresen-tam, em Peso da Régua e Ílhavo,respetivamente. Passearam pelaspaisagens do Douro, quer na regiãovinhateira, quer no seu estuário.A viagem também tinha por objetivoa prática intensa da língua atravésde um contacto quotidiano com aspessoas e a cultura portuguesa. Osalunos das duas turmas ficaram ma-ravilhados com as descobertas feitasatravés de todos os momentos doprograma da viagem de estudo.Foi um projeto muito enriquecedorsob todos os aspetos.

(*) Louis e Marília são alunos de3ème da Secção internacional por-tuguesa do Collège Balzac emParis 17

Secção Internacional Portuguesa de Paris

Por Louis e Marília (*)

Embaixada promove conferência sobre Angola na Universidade Sciences Po“Angola 2015, Os desafios Políticos eEconómicos” é o tema de uma confe-rência internacional que decorreu emParis ontem, dia 14 de abril, já depoisdo fecho desta edição do LusoJornal,numa iniciativa da Embaixada de An-gola em França, em parceria com auniversidade Sciences Po.Segundo o Embaixador de Angola emFrança, Miguel da Costa, a conferênciavisava proporcionar um espaço de re-flexão sobre as questões de política ex-terna e macroeconómica de Angolaouvindo os especialistas”, disse oChefe da missão diplomática queadiantou ainda a presença entre osoradores de angolanos e estrangeiros.Assim, do ponto de vista das relaçõesinternacionais, a conferência debru-çou-se sobre “Os desafios do mandatode Angola no Conselho de Segurançada ONU”, tendo como orador o ana-lista político angolano António Luvualude Carvalho e as “Perspetivas da rela-ção bilateral França-Angola”, por An-tónio Martins da Cruz, ex-Ministroportuguês dos negócios estrangeiros,responsável do IPLI, International Po-licy and Leadership Institut, organism

afeto à Sciences Po.Na perspetiva económica, e numa al-tura em que assistimos a crise daqueda do preço do petróleo nos mer-cados internacionais e o seu impacto,principalmente na economia dos paí-ses produtores de crude, o Mestre deconferências Jorge Marcelino San-guendi falou sobre as “Estratégiaspara a diversificação da economia an-golana”. Finalmente, a jurista ango-lana Emanuela Vunge falou sobre “Osimpostos locais no contexto da futuradescentralização em Angola”.A conferência esteve aberta aos estu-dantes da Sciences Po, para além dediplomatas acreditados em França,entidades governamentais e empresa-riais francesas bem como aos mem-bros da Comunidade de angolanosresidentes neste país.Durante a conferência irá ocorrer igual-mente a apresentação dos livros “An-gola - une puissance continental endevenir”, uma brochura editada anual-mente sob iniciativa do Serviço de Im-prensa da Embaixada de Angola emFrança e a obra “L’Angola, acteur ma-jeur dans la pacification et le mantien

de la paix en Afrique”, de António Lu-vualu de Carvalho.

França torna-se parceiro estratégico de AngolaEstudantes e docentes angolanos vãoser formados em instituições de ensinosuperior e centros de investigaçãocientífica franceses, no âmbito de umacordo bilateral publicado oficial-mente em Luanda.De acordo com o teor do documento,ao qual a Lusa teve acesso, o entendi-mento entre os Governos dos dois paí-ses coloca a França como “umparceiro estratégico no domínio do en-sino superior e da formação de qua-dros” angolanos.Entre várias medidas, o acordo, noâmbito do Plano Nacional de Forma-ção de Quadros angolanos, prevê apromoção da aprendizagem das lín-guas francesa e portuguesa nas insti-tuições e estabelecimentos de ensinosuperior, em Angola e França, deforma a “incentivar os intercâmbioscientíficos”.Permitirá também promover a forma-ção graduada em áreas de conheci-

mento “preponderante ao desenvolvi-mento social e económico”, nomeada-mente através da concessão de bolsasde estudo de cofinanciamento franco-angolano.Celebrado pelos Ministérios da Educa-ção dos dois países, este entendi-mento envolve a formação de docentesangolanos em instituições franceses,em doutoramentos e pós-doutoramen-tos, incluindo no “aperfeiçoamentolinguístico”.A França vai ainda apoiar a formaçãode especialistas Angolanos com assis-tência técnica, estando igualmenteprevista a colaboração no âmbito daavaliação e acreditação de cursos para“assegurar a qualidade de ensino su-perior”, além de “fortalecer” a coope-ração franco-angolana bem como a“confiança mútua” nesta área.As 62 instituições de ensino superiorangolanas, públicas e privadas, sãofrequentadas atualmente por poucomais de 269 mil estudantes. O Go-verno angolano atribuiu para o ano le-tivo de 2015 cerca de 8.000 bolsaspara estudos internos e 1.200 no ex-terior do país.

O Gaiteiro está na Universidade na Califórnia...e levou o Lusojornal!

Em abril de 2014, o escritor franco-portu-guês radicado em França, Manuel daSilva, recebeu um correio dos Estados Uni-dos, assinado por Martine Fernandes Wag-ner, de origem portuguesa, professora defrancês na Universidade da Flórida do Sul(St Petersburg), anunciando a apresenta-ção naquela Universidade de um comuni-cado sobre o romace “Le joueur decornemuse” (“O Gaiteiro”, na sua versãoem português), situando-o no contexto daguerra civil e da segunda Guerra mundial,estabelecendo um paralelo com outros ro-mances que celebram pais ou estrangeiros

resistentes. Anunciava ainda Martine Fer-nandes Wagner a intenção de escrever ou-tros artigos e um livro sobre escritos efilmes produzidos pela emigração portu-guesa em França.Um ano mais tarde aquela professora uni-versitária dos Estados Unidos, assinala quenum recente artigo compara o “O Gaiteiro”ao romance de Marc Levy “Les enfants dela liberté” e ao de Tierno Monenembo “Leterroriste noir”, sobre a Resistência dos es-trangeiros em França. Pedindo ao mesmotempo mais informações a Manuel daSilva pois as únicas que possui são asque... foram publicadas no LusoJornal(edição n°173 de 23 de abril de 2014).

Alunos de Balzac no Pinhão

le 15 avril 2015

Por Aurélio Pinto

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Ensino 11

emsíntese

Conto Contigo noLusoFolie’s

Uma nova inicitiva “Conto-Contigo.fr”,da Association des Diplômés Portu-gais en France (AGRAFr), desta vezsob o tema “Liberdade - Abre o livroque quiseres!”, vai ter lugar no pró-ximo dia 18 de abril, entre as 11h00e as 12h00, no espaço LusoFolie’s, 57avenue Daumesnil, em Paris 12.

L’ADEPBA a réalisé son Assemblée Générale

Le samedi 28 mars a eu lieu à l’es-pace LusoFolie’s, l’Assemblée géné-rale ordinaire annuelle de l’associationADEPBA. Christophe Gonzalez reste Présidentde l’association et les trois membresdu Conseil d’administration sortants(António Oliveira, Annabella Simões etManuel Vieira) ont été réélus. Rita deCassia Damasceno de Carvalho a in-tégré le Bureau.L’année qui s’est écoulée a été mar-quée par la remise des prix du Con-cours scolaire sur le 25 Avril 1974avec plus de 500 participants, tant duprimaire que du secondaire.«En ce qui concerne la défense del’enseignement, l’ADEPBA envoyait, le7 mai, une lettre à Benoît Hamon, Mi-nistre de l’Education nationale. Cettelettre attirait l’attention du Ministre surla question des concours de recrute-ment. Une réponse nous est parve-nue, signée du Chef de cabinet,Alexander Grimaud. Il signalait que leMinistre faisait le choix de ne pas ou-vrir de poste au concours en fondantsur le ratio élèves/enseignants. C’étaitlà une réponse qui méconnaissait laréalité» peut-on lire dans le compterendu de la réunion.

Português dos negócios debatido na Sorbonne

Uma Conferência sobre «O Portuguêsdos Negócios em França: que futuro?»foi organizada no sábado passado, naSalle Bourjac, na Sorbonne, por IsabelOliveira, Diretora do Departamento deLEA da Universidade Sorbonne Nou-velle Paris 3. O evento contou com aparticipação do Secretário de Estadodas Comunidades Portuguesas, JoséCesário, e do Presidente da Câmarade Comércio e Indústria Franco-Por-tuguesa, Carlos Vinhas Pereira.Carlos Vinhas Pereira lembrou a in-fluência da língua portuguesa emqualquer um dos continentes e emparticular a importância dos mercadosbrasileiro, angolano e moçambicano.“Portugal faz mais negócio com o Bra-sil do que a França. No entanto aFrança é uma potência mundial e aolado de Portugal... O que explica estadiferença? Certamente que o facto denós falarmos a mesma língua e co-nhecermos a cultura brasileira” dizCarlos Vinhas Pereira. “A França temainda muito mercado para desenvol-ver com estes países e se o fizer emportuguês vai ter mais resultados”lembrou o Presidente da Câmara deComércio.“As grandes empresas têm capaci-dade para formar os seus quadros,mas as pequenas e médias empresasnão podem fazê-lo tão facilmente. Porisso, recrutar colaboradores que jáfalem português é certamente umamais-valia”.Falando para uma plateia constituída

por alunos, professores e vários con-vidados, o Secretário de Estado dasComunidades, que também tutela oensino de Português no estrangeiro,lembrou que a língua portuguesa estáem pleno crescimento. “Em 2030 se-remos certamente mais de 300 mi-lhões de pessoas no mundo a falarportuguês. Não é, de forma nenhuma,uma língua em regressão”.Mas José Cesário admitiu tambémque “falta fazer concertação com ospaíses da CPLP”. E depois acrescen-tou: “mas devo referiu que, contraria-mente a outros países, como porexemplo os Gregos e os Italianos, nós

conseguimos manter uma rede consi-derável de ensino de português emFrança”.Em resposta à interpelação de umaaluna que dizia que “ainda há precon-ceitos” na aprendizagem do Portu-guês, José Cesário defendeu a ideiada criação de uma escola portuguesaem Paris. “A ideia é velha, ainda nãofoi possível concretizá-la, mas não mevenham cá falar de guetos, porque poroutro lado, em Lisboa temos um LiceuFrancês”.José Cesário referiu que os negóciosinternacionais de Portugal estão a cor-rer muito bem. “Em 2014 foram ven-

didas 25.000 casas a estrangeiros”mas apressou-se a completar que“apenas 3.000 casas foram vendidasa Chineses”. E depois acrescentouainda que “41% das produções por-tuguesas são exportadas. Há 4 anoseram apenas 29%. É isto que criaemprego”.Isabel Oliveira congratulou-se com a“riqueza das intervenções e do diálogocom a sala” e anunciou a organizaçãode um Colóquio internacional sobreeste tema, em maio de 2016, organi-zado precisamente em colaboraçãocom a Câmara de Comércio e Indús-tria Franco-Portuguesa.

Numa organização de Isabel Oliveira

Por Carlos Pereira

Commémoration de la Révolution des Œilletsà l’Université Jean Monnet de Saint EtiennePour commémorer la Révolution desŒillets au Portugal, l’Université JeanMonnet de Saint Etienne organise lejeudi 23 avril, une conférence-témoig-nage de Joaquim Furtado, un concertde «Chansons d’avril» avec le musi-cien Zé Praia et une exposition «LaRévolution des Œillets en afficheshistoriques».L’évènement aura lieu à partir de9h30 dans la salle de spectacles dela Maison de l’Université (MU), orga-

nisé par le Département d’Espagnol,Portugais et Catalan et Etudes Portu-gaises du Département de LanguesÉtrangères Appliquées (LEA) de l’Uni-versité Jean Monnet, et du Lectorat dePortugais de de l’Institut Camões, enpartenariat avec plusieurs autres par-tenaires.«Nous aurons cette année le plaisir derecevoir Joaquim Furtado, écrivain etjournaliste, qui a joué un rôle extrê-mement important lors de la Révolu-

tion des Œillets. Il donnera une ‘Con-férence-témoignage’ où il nous parlerades événements qui ont eu lieu à laRádio Clube Português, il exposerason rôle et sa vision de cette période.Joaquim Furtado a lu le premier com-muniqué du Mouvement des ForcesArmées à la radio, le matin du 25Avril, début de la Révolution» peut-onlire dans un communiqué des organi-sateurs.Ensuite, tout le public pourra (re)dé-

couvrir les chansons d’Avril avec lemusicien Zé Praia, qui jouera et chan-tera notamment des chansons deZeca Afonso, Adriano Correia de Oli-veira, José Mário Branco, entre autres.Vers 12h30, un cocktail de spécialitéslusophones sera offert au public.Dans le hall de la Maison de l’Univer-sité le public pourra apprécier l’expo-sition «La Révolution des Œillets enaffiches historiques», offerte par l’Ins-titut Camões.

Bourses d’études Cap Magellan/IMPERIO 2015:Les inscriptions sont ouvertesL’association Cap Magellan, en col-laboration avec Império Assuranceset Capitalisation SA, va, pour ladeuxième année consécutive, oc-troyer des bourses d’études auxjeunes étudiants issus de la Com-munauté portugaise ou aux jeunesapprenant la langue portugaise, etrésidant en France. Ce projets’adresse tout spécialement auxélèves qui sont en classe de Termi-nale, toutes sections confondues,ou en première année d’enseigne-ment supérieur, pour l’année sco-laire 2014-2015, qu’il s’agisse

d’un établissement public ou privéen France métropolitaine.Les candidatures sont ouvertesentre les mois d’avril et de septem-bre, pour l’année scolaire 2014-2015. Les organisateurs vontremettre douze bourses d’étudesd’un montant de 1.600 euros cha-cune. «L’attribution de ces boursesa pour objectif de récompenser lesétudiants les plus méritants, dontle parcours scolaire démontre à lafois un grand sérieux et un intérêtmarqué pour les études. Le jury sé-lectionnera, parmi les candidats,

les étudiants les plus brillants etdont le parcours attirera en outreson attention par le caractère mo-deste de leur situation sociale et/oude celle de leurs parents».Les candidats doivent être âgés de15 à 20 ans, résider en France mé-tropolitaine, avoir son Baccalauréaten France, avec mention Bien ouTrès Bien, être, pendant l’annéescolaire 2014-2015, étudiant enTerminale ou en 1ère année del’enseignement supérieur, ne béné-ficier d’aucune autre bourse autitre de concours privés ou publics,

hormis une bourse d’études natio-nale (décernée par l’Etat sur critè-res de revenus), et ne pas fairepartie de la famille (parents ou en-fants) des collaborateurs, ou desorganisateurs de l’évènement«Bourses d’études CapMagellan/IMPERIO 2015» ou despersonnes qui y sont associées.

Demande de formulaires de candi-dature:Cap Magellan7 avenue de la Porte de Vanves75014 Paris

LusoJornal / Carlos Pereira

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le 15 avril 2015

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12 Cultura

lusojornal.com

Conversations fictives avec Lídia Jorge

Derrière un aspect presque ludique,une nouvelle forme d’interview avaitlieu le 8 avril dernier, au Consulat duPortugal à Paris, à travers ces «conver-sation fictives» avec Lídia Jorge, l’unedes voix littéraires actuelles les plusimportantes au Portugal. Les «Conver-sations fictives» ont lieu à Paris, dansdivers espaces culturels, du 24 marsau 2 juillet, dans le cadre des «Ren-contres de littératures ibéro-améri-caines».Elles invitent 9 auteurs de 5 pays(Brésil, Colombie, Portugal, Argen-tine et Espagne) à venir répondreaux questions qu’ils ont eux-mêmesposées aux personnages de leursœuvres. Les auteurs lusophonesconcernés sont, outre Lídia Jorge,Valter Hugo Mãe (le 9 juin, à la Fon-dation Gulbenkian), João GilbertoNoll (le 20 mai, à la Maison du Por-tugal) et Adriana Lisboa, qui fut déjàl’invitée du Centre dramatique natio-nal d’Aubervilliers, le 24 mars dernier.À travers cette nouvelle formule, leprojet cherche à étendre les limites dela conférence traditionnelle au terrainde la création littéraire. En effet, les«conversations» s’articulent autourd’un questionnaire-scénario élaboré àpartir des questions tirées des œuvresdes auteurs invités.Pour cette rencontre avec Lídia Jorge,le rôle de l’«interviewer» était joué parle dramaturge Ignazi Duarte. Les per-sonnages et les événements quecelui-ci a «mis en scène» étaient tirésessentiellement des romans «La jour-née des prodiges», «Le rivage desmurmures», «Le vent qui siffle dansles grues» et «Les mémorables», dontla traduction française vient de paraî-tre.À la question sur ce qu’est un «étatde choc» (allusion au personnage de

Milene Leandro, dans «Le vent qui sif-fle dans les grues», handicapée men-tale dont la grand-mère est trouvéemorte dans une armoire), Lídia Jorgerépond: «On ne peut pas écrire unefiction sans avoir vécu un état dechoc». Puis, elle cite aussi, entre au-tres scènes, celles liées à la guerre co-loniale en Afrique, où elle côtoya lamort de près: «Ce furent des momentspénibles, comme cette femme quipleurait la mort de son mari. Je mesentais comme une intruse. Je prenaisdes notes, mais parfois je me deman-dais si je pouvais écrire sur tout cela».Pour Lídia Jorge, les écrivains peuventajouter à l’histoire à laquelle ils assis-tent, leur rêve de voir une autre his-toire, de la compléter et de larapprocher du rêve des gens. «Person-nellement, dit-elle, j’aime compléterles figures historiques».Abordant la question du post-25 Avrilet de l’indépendance des pays afri-cains de langue portugaise - «Quereste-t-il du Portugal?», lui demandel’interviewer - Lídia Jorge renvoie auphilosophe Eduardo Lourenço, à son«Labirinto da saudade» et à la thèse

de la «patrie pluri-continentale». Puiselle évoque aussi l’arrivée d’une nou-velle génération qui croyait en l’Eu-rope, «une chose extraordinaire».Mais elle ajoute aussitôt que «on estpassé du grand-père analphabète aupetit-fils diplômé, un passage tropbrutal». Revenant sur la question co-loniale, l’interviewer lui lance: «Com-ment pouvait-on alors résoudre leproblème?» La romancière explique:«Si tout avait commencé plus tôt, onaurait évité bien des drames. Chaquejour qui passait, la situation s’aggra-vait. Lorsque la Révolution éclata, lePortugal était ‘un pays médiéval au-dessus duquel des avions pas-saient’», dit-elle en citant l’écrivainJosé Cardoso Pires.La «conversation fictive» se poursuitalors sur le thème de la mort desidéologies, comparée au suicide desbaleines. «Bientôt, affirme LídiaJorge, nous n’aurons plus besoind’une carte d’identité, la carte ban-caire nous suffira. Nous arrivons à unpoint où nous attendons que lesbanques nous offrent la lune… Lesidéologies se suicident, comme des

baleines désorientées. Ceux qui nousgouvernent n’ont aucune autonomie,ils sont dirigés par des forces supé-rieures. Nous n’avons pas encoretrouvé les mots pour construire denouvelles idéologies». Cependant, ré-pondant à la question «Et si la Terreavait une mémoire?», Lídia Jorgeconsidère qu’il y a une autre manièred’aborder la question du destin del’humanité, car «l’histoire a aussi desmoments lumineux. De temps entemps une révolution est nécessaire.Même sur les ruines de la cité,l’homme est capable de reconstruiredes choses formidables».Enfin, s’approchant de plus en plusdu sujet du roman «Les mémora-bles», qui est une réflexion sur l’ave-nir d’une Révolution, entre illusion etdésenchantement, Lídia Jorge pré-vient que son livre peut provoquer unsentiment de malaise chez certainslecteurs, car «mes personnages nesont pas des héros, mais simplementdes ‘mémorables’, des personnagesréels, certains sont encore vivants. Ilsviennent du futur et non du passé, ilss’adressent aux jeunes qui regardentvers l’avenir. Écrire l’histoire ne m’in-téresse pas; pour cela il y a les histo-riens. Cependant, il y a une lecturepossible de l’histoire par les artistes,les musiciens, les écrivains, etc. Il nes’agit pas d’écrire à côté de l’histoire,mais d’ouvrir des portes pour la com-prendre. Les révolutions n’arrivent queparce qu’il y a des moments où la réa-lité devient insupportable. L’utopie nesupporte pas la réalité».Outre le Consul Général du Portugalà Paris, Pedro Lourtie, dans la salleétaient également présents le Se-crétaire d’Etat aux Communautésportugaises, José Cesário et l’Am-bassadeur du Portugal auprès del’OCDE, Paulo Vizeu Pinheiro, entreautres personnalités.

«L’utopie ne supporte pas la réalité»

Par Dominique Stoenesco

Obras de Fernanda Fragateiro e Diogo Pimentão em exposição em Paris

Os artistas plásticos portugueses Fer-nanda Fragateiro e Diogo Pimentãoapresentam duas obras no Palais desBeaux-Arts de Paris, numa exposiçãoque foi inaugurada na sexta-feira dasemana passada e que se prolonga até7 de junho.A mostra intitula-se “Pliure. Epilogue(La bibliothèque, l’univers)”, e consti-tui a segunda parte da exposição“Pliure. Prologue (La Part du Feu)”inaugurada a 30 de janeiro e patenteaté domingo passado, dia 12 de abril,na Fundação Calouste Gulbenkian, emParis.Ambas as exposições, concebidascomo um “ensaio”, são comissariadaspelo português Paulo Pires do Vale quequestionou a relação entre o livro e aarte e quis privilegiar “uma atitudeplástica” do próprio visitante. “Criá-mos esta colaboração entre as duasinstituições para se poder fazer a ex-posição em dois momentos: um pró-logo e um epílogo como duas partesde um livro em que o leitor - neste

caso o visitante - tem de construir oresto”, explicou à Lusa Paulo Pires doVale, acrescentando que o visitantepode ter uma “atitude crítica, plásticae ativa” na construção da exposição,tal como o leitor na construção do seulivro.A exposição articula-se em torno dequatro núcleos, sendo o principal umaseleção de obras dos séculos XX e XXI,com destaque para a escultura de li-

vros “(NOT) Reading ConstructedColor Field”, de Fernanda Fragateiro,assim como “Livro Horizontal” e “Ma-tière”, de Diogo Pimentão.No catálogo da exposição, FernandaFragateiro é descrita como tendo umaobra que “se elabora entre escultura earquitetura” e que “repensa ou exploraas práticas da modernidade”, en-quanto Diogo Pimentão “realiza dese-nhos em duas dimensões ou emvolume”, que “parecem interrogar ahistória da arte minimalista”.Na exposição, “mostram-se obras doséculo XX, XXI - onde essa relação como livro nos faz pensar o que é (e o quepode) um livro - com obras de IgnasiAbali, Fernanda Fragateiro ou RodneyGraham, por exemplo”, descreveu oCurador, apontando também as obrasde Dora Garcia ou Dominique Gonza-lez-Foerster, que esboçam “o caráterbiográfico da própria biblioteca”.A mostra apresenta, ainda, uma ho-menagem a Seth Siegelaub, galerista,curador, editor e um dos principais re-presentantes da arte conceptual norte-americana nos anos 1960, que

transformou os catálogos de exposiçãoem espaços de exposição.“Pliure” tem também um espaço paratrabalhos de artistas recém-diploma-dos da École des Beaux-Arts de Paris,como Éléonore False, Hugo Fortin eMélanie Feuvrier, e uma seleção deobras da coleção da escola, desde gra-vuras de Albrech Dürer a Rembrandt,passando por desenhos de Jean-Bap-tiste Carpeaux e pelo livro “Jazz”, deHenri Matisse. “A Escola de BelasArtes tem uma coleção riquíssima dedesenho, escultura, gravura, fotografia,livros antigos e modernos. Com osconservadores fizemos uma escolhaque se integrasse no resto da exposi-ção e que permitisse pensar esta ideiade como é que uma exposição podeser um ensaio. Chegámos a Matissecomo forma de pensar a relação entreo texto e a imagem no livro”, disse àLusa Paulo Pires do Vale.A exposição “Pliure. Epilogue (La bi-bliothèque, l’univers)” vai estar pa-tente de terça a domingo, e durante aNoite dos Museus, a 16 de maio, noPalais des Beaux-Arts de Paris.

Por Carina Branco, Lusa

le 15 avril 2015

“Isabelle de Portugal, duchesse de Bourgogne”, deDaniel Lacerda

Il y a unan, le 12a v r i l2014, Da-niel La-c e r d anous quit-tait. Enrappelantici la pu-blicationde sonlivre sur

Isabelle de Portugal, nous voudrionsrendre hommage à son inlassable tra-vail sur les relations historiques et cul-turelles entre la France et le Portugal,et notamment sur la Communautéportugaise vivant en France.Pour qui a pu partager avec DanielLacerda une longue période de sonparcours, comme ce fut notre cas,son humanisme, sa rigueur dans letravail et l’exigence dans l’analyse,ainsi que sa ténacité dans les projetsoù il s’engageait, constituaient desqualités indiscutables. Depuis la revue«Peregrinação» - revue des arts et deslettres - publiée dans les années1980, jusqu’à la revue «Latitudes -Cahiers lusophones», dont il fut le Di-recteur de 1997 à 2014, et en pas-sant par son travail d’animateurculturel au sein de l’ACAP 77, où ilcollabora à la publication de plusieursauteurs de l’immigration portugaise, etaussi où il créa le Festival de la Chan-son Lusophone, son itinéraire fut ex-trêmement riche.Dans «Isabelle de Portugal, duchessede Bourgogne (1397-1471)», dont lesous-titre est «Une femme de pouvoirau cœur de l’Europe du Moyen-Âge»(éd. Lanore, Paris, 2008), Daniel La-cerda montre le rôle qu’a eu l’infanteIsabelle, fille du roi João Ier du Portu-gal et sœur d’Henri le Navigateur, ausein de la Cour de Bourgogne, au mo-ment de la guerre des Cent Ans. Eneffet, en épousant le duc de Bour-gogne, en 1429, l’infante Isabelle, dèsson installation en Flandres, surpren-dra par sa maturité et ses qualités à latête de la Cour, notamment en aidantle duc Philippe, devenu le «grand-ducd’Occident», dont les états s’éten-daient du nord des Pays-Bas au sudde la Bourgogne, à mettre fin à cetteinterminable guerre des Cent Ans.Profitons pour rappeler que la publi-cation posthume de «Napoléon auPortugal. Le triomphe de l’armée luso-britannique annonce la fin de l’Empire(1801-1814)», de Daniel Lacerda,aux éditions Lanore, est prévue pourla première quinzaine du mois demai.

Um livro por semana

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

Consul Pedro Lourtie présente Lídia JorgeLusoJornal / Mário Cantarinha

Carina Branco

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13Cultura

emsíntese

Artistas franceses noMuseu do Chiado

A exposição coletiva “Hybridize ordisappear” é inaugurada na se-mana passada, no Museu doChiado, em Lisboa, apresentaobras de artistas visuais contem-porâneos que têm vindo a esbaterfronteiras entre universos opostosnesta área.Nove artistas de várias nacionali-dades, entre eles o portuguêsDiogo Evangelista, vão ter as suasobras expostas, sobretudo em su-porte de vídeo, no Museu Nacionalde Arte Contemporânea - Museudo Chiado, até 24 de maio. Outrosartistas são o franco-argelino NeilBeloufa, o francês Antoine Catalae a francesa Laure Prouvost.Com curadoria de João Laia, a ex-posição “analisa a forma como acultura visual contemporânea temprogressivamente evoluído paramodelos onde dimensões aparen-temente opostas se unem paracriar estados híbridos”.

Filmes de Manoel de Oliveira nas salas francesas“Aniki-Bobó” e “O Gebo e a sombra”são dois dos filmes de Manoel de Oli-veira que foram exibidos desdequarta-feira da semana passada no Ci-néma le Grand Action, em Paris,numa homenagem ao cineasta fale-cido.A Direção do Cinéma le Grand Actionlamenta a morte do realizador portu-guês, numa altura em que já se tinhadecidido pela sua “presença imutá-vel”, programando, com “urgência”,uma semana de exibições regularesdo cinema de Oliveira.Até ontem, dia 14, foram recordadosem Paris filmes como “O Gebo e asombra” (2012), última longa-metra-gem de Manoel de Oliveira, “AnikiBobó” (1942), primeira longa de fic-ção, e “O estranho caso de Angélica”,no qual recupera um projeto commais de 50 anos.A estes juntaram-se o documentário“O ato da Primavera”, “Belle Tou-jours”, “Cristóvão Colombo - oEnigma”, “Francisca”, “Benilde ou avirgem mãe”, “O passado e o pre-sente”, “Singularidades de uma rapa-riga loura” e, a terminar, “O espelhomágico”.Em França, onde estrearam muitosdos seus filmes, Manoel de Oliveira foirecordado com pesar, com várias figu-ras públicas e organismos culturais alamentarem a perda para a cultura e

para o cinema mundial. “Manoel deOliveira era um incansável contadorde histórias que acreditava no cinemados tempos primitivos, nos temposem que a credulidade do espetador sefundava no olhar cândido”, escreveuo Diretor-geral da Cinemateca Fran-cesa, Serge Toubiana.Stéphane Delorme, Chefe de redaçãoda revista Cahiers du Cinéma afirmouà Lusa: “Ficámos muito tristes e coma impressão de que caiu um monu-

mento, ainda que nunca tenhamostido a impressão de que ele fazia umcinema monumental. O cinema deleera elegante, irónico, inteligente”. Arevista francesa dedicará parte da edi-ção de maio ao realizador português,publicando uma entrevista que, se-gundo Delorme, é inédita.A organização do Festival de Cannesafirmou que Manoel de Oliveira foi um“farol da cultura europeia e mundial”.O Festival de Cannes homenageou o

realizador português com uma Palmade Ouro pela sua carreira, em 2008.A Ministra da Cultura francesa, FleurPellerin, descreveu Manoel de Oliveiracomo “um criador com uma energiafascinante”. Em 2014, Manoel deOliveira foi condecorado com as insíg-nias de Grande Oficial da Legião deHonra de França.“Douro, Faina Fluvial” e “Aniki-Bobó”são dois filmes de Oliveira que fazemparte do Plano Nacional de Cinema,desenvolvido em parceria pelo Minis-tério da Educação e a Secretaria deEstado da Cultura, através do Institutodo Cinema e do Audiovisual. Nesteplano para a literacia no cinema, noensino, há ainda um terceiro filme deManoel de Oliveira, “Singularidadesde uma Rapariga Loura”, dirigido em2009. Em França, o filme “O Estra-nho Caso de Angélica” (2010) foi umdos temas de exame nos últimos doisanos, para os finalistas do ensino se-cundário que escolheram a opção Ci-nema.Manoel de Oliveira morreu no passadodia 02 de abril, em sua casa, noPorto, aos 106 anos, cidade ondenascera a 11 de dezembro de 1908.O último filme do cineasta foi a curta-metragem “O velho do Restelo”,“uma reflexão sobre a Humanidade”,estreada em dezembro passado, porocasião do seu 106º aniversário.

Uma dezena de filmes projetados em Paris

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Lusa / João Abreu Miranda

le 15 avril 2015

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14 Cultura

lusojornal.com

Toca e canta fado no Metro de Paris

O fado também se ouve no metropo-litano de Paris, não através de umaguitarra, mas do saxofone e da voz deum português que usa as carruagense as estações como palcos, há 25anos. “Pode ter a certeza que atual-mente sou o único músico portuguêsno metropolitano de Paris. Isso dá-memuito prazer porque há uma imensaquantidade de músicos de várias na-cionalidades. Mas é verdade, atual-mente, português sou eu: LúcioMartins Faria”.Lúcio Faria começou a cantar e atocar saxofone no metro de Paris há25 anos e tem um repertório que vaido fado, ao jazz ou bossa nova, semesquecer a “chanson française”.“Sempre barbeado, cabelo bem cor-tado”, o músico de 63 anos distin-gue-se dos outros cantores do Metropor cantar fado e privilegia temas deAmália Rodrigues e de Carlos doCarmo, nomes que fizeram, na suaopinião, “música imortal”.Lúcio veio do Porto e chegou a Parisem 1990: “Tive um problema emPortugal. Fui enganado e tive quepartir. Entretanto, estive na Bélgica

um mês, toquei lá num restaurantemas a coisa não deu muito certo evim para França, para Angers. Lá, to-quei num supermercado e na rua. Eganhei dinheiro suficiente para virpara Paris”, contou.Depois, começou a tocar saxofonenos corredores do metropolitano dacapital francesa e um músico de Ma-

dagáscar - “que falava um pouco por-tuguês” - convidou-o a juntar-se a elenas carruagens. “Eu fui tocar comesse músico, sem ensaios, sem nada,ele era excelente! Toquei com ele doisanos. Eu adoro-o muito, é um grandeamigo. Chama-se Freddy, é um ‘ras-taman’ - como se diz na Jamaica - eum músico excelente que adora

Jimmy Hendrix e Dire Straits”, des-creveu o músico durante uma viagemde Metro.Lúcio Faria vê as atuações no Metrocomo um emprego e não como umaforma de mendicidade, passando trêshoras por dia nas carruagens a tocare a cantar, enquanto passa o resto dotempo a estudar música, em casa,para alargar o repertório.Quando questionado sobre quantoganha, o músico não quis adiantar“números fixos” mas garantiu que“chega para sobreviver” e “até para irfazer umas férias” a Marrocos nacompanhia do filho.Aos 63 anos, o Português afirmou terantecipado a reforma ao “juntar unstostões”, apesar de não pensar emdeixar este trabalho. “Sou músicoainda para sete, oito, dez anos. Aindame sinto em plena forma com 63anos. Só toco três horas por dia, nãoé muito cansativo. Pelo contrário, ali-via o stress e dizem que os músicosduram mais tempo”, disse, com arsatisfeito e um carregado sotaque doPorto.Vinte e cinco anos a cantar para osParisienses e para os turistas equiva-lem a muitas histórias para contar, in-

cluindo de amor, como aquela queele viveu com uma repórter fotográ-fica sul-coreana. “Conhecia-a noMetro com uma grande máquina fo-tográfica. Ela disse-me: ‘Desculpe lá,posso fazer uma reportagem sobrevocê?’. ‘Sim, porque não? Você podefazer uma reportagem. Faça tudo oque quiser’”, lembrou o músico, ga-rantindo que as fotografias foramparar a uma exposição em Seul, naCoreia do Sul, e que a relação duroudez anos.As histórias mais frequentes no Metrotêm a ver com convites para ir tocar afestas, mas já houve uma celebridadedo mundo da música francesa e deorigem portuguesa, a cantora Lio, quese cruzou com ele na estação Mont-parnasse, quando era mais novo. “Eladisse: ‘Tu és excelente músico. Creioque até no teatro, tu podias fazer tea-tro’. Eu disse: ‘Merci, muito obrigado.Mas, vá lá, tenho 40 anos, não sei’”,recorda o músico, que ainda acreditaem ter maior sucesso musical.Mas enquanto esse dia não chega,Lúcio Martins Faria vai continuar acantar e a tocar “das nove ao meio-dia, das oito e meia às onze e meia”no Metro de Paris.

Lúcio Martins Faria há 25 anos nas carruagens do metropolitano

Por Carina Branco, Lusa

“Dancefloor Leiria”: Uma discoteca gigante para emigrantesA empresa 2MEVENT, organizadorado “Dancefloor Leiria” que contacom as atuações de Bob Sinclar eDavid Carreira, espera mais de 15mil pessoas no dia 7 de agosto, noEstádio Municipal Dr. MagalhãesPessoa, em Leiria, e quer atrair umpúblico com “mais de 30 anos resi-dente em países como França, Ingla-terra, Suíça, Luxemburgo eAlemanha”, famílias e juventudeportuguesa.Os sócios da 2M EVENT são lusodes-cendentes e um deles possui fami-liares que são naturais desta região

de Portugal. A escolha dos dois artis-tas, garantem, visa assegurar a vindade público de vários países, assim

como turistas e animar o comérciolocal.A organização promete transformar oestádio numa “discoteca gigante” euma noite intensa, marcada pela ori-ginalidade, na qual destacam igual-mente a presença dos Dj’s Rich eMendes (RFM) e Dj Albert & Brunoque vão contribuir para uma noiteinesquecível.“Queremos atrair emigrantes portu-gueses que estão espalhados pelaEuropa, especialmente em França”,reconhece o Vereador da Cultura daCâmara de Leiria. A autarquia quer

que o Estádio Municipal “entre narota dos grandes festivais de verão”,dando utilização “a um gigante des-portivo que tem de estar ao serviçoda população”.O Presidente da Câmara de Leiriaestá confiante de que eventos comoeste servem não só para rentabilizarum espaço no qual o município rea-lizou um avultado investimento. Poroutro lado, à semelhança do que temsucedido com outras apostas eapoios da autarquia, “pretende-sepotenciar iniciativas que tenham im-pacto na economia da região”.

No caso concreto, Raul Castro en-tende que a data do “Dancefloor Lei-ria”, na véspera de uma outra festa,a do ciclismo - já que a Volta a Por-tugal volta a disputar o contrarrelógiono concelho -, poderá associar e po-tenciar a promoção da região, justa-mente num momento em que muitosemigrantes estão de férias na região,junto dos seus amigos e familiares.“No primeiro ano queremos um car-taz forte para atrair público e alargaro festival a dois dias no próximo anoe a três dias no seguinte”, explicaTiago Martins, da organização.

Paco Bandeira em concerto na Alsace

No próximo dia 25 de abril, o espaçoMalraux em Geispolsheim (perto deStrasbourg), recebe uma festa de co-memoração da Revolução dos Cravoscom um jantar, baile, concertinas eum concerto de Paco Bandeira quepromete animar o serão!O reconhecido cantor, que foi tam-bém, durante alguns anos, apresen-tador de um programa de televisão naRTP Internacional, tem o “maior or-gulho em vir de novo tocar para osseus compatriotas”, tal como contounuma conversa com o LusoJornal.Paco Bandeira começou a sua car-reira pelos países onde havia maisPortugueses como a França, o Lu-xemburgo, a Bélgica ou a Holanda.Essa experiência fê-lo guardar umaenorme admiração pelos Portuguesesque vivem no estrangeiro: “os melho-res Portugueses, os que amam mais

Portugal e a língua portuguesa sãonormalmente os que estão fora... Onosso país cumpre-se aí fora! Fazemo S. Martinho, há imensos grupos demúsica popular tradicional e gruposfolclóricos, cumprem-se as tradi-

ções... Para mim onde se fala portu-guês é Portugal. E se calhar há maisPortugal fora, nessas associações, doque em Portugal inteiro!”, declarouem entrevista.O evento tem início por volta das

19h30 com o grupo de baile BandaRotação (que vem de Berna, naSuíça) e segue depois com a atuaçãoda Tertúlia das Concertinas que é umgrupo de música tradicional portu-guesa. João Lima, o organizador dafesta e dirigente desse mesmo grupo,explicou ao LusoJornal o porquê daescolha de Paco Bandeira como ca-beça de cartaz: “é um cantor do qualgostamos muito e temos todo o gostoem recebê-lo aqui! Também está nofim da carreira e merece fazer um es-petáculo fora do país de vez emquando!”O artista português deve assim entrarem palco mais tarde, já depois do jan-tar e da atuação da Tertúlia das Con-certina, já que este evento servetambém para comemorar o quintoaniversário do grupo. “A Tertúlia foicriada nesta mesma festa e, desde aí,tem andando a atuar por todo o lado,já estivemos na Suíça e em Portugal

várias vezes”, contou João Lima aoLusoJornal.A Tertúlia das Concertinas é um grupomusical ligado a uma associação localque tem pessoas dos 7 aos 73 anos.Mas não há só concertinas: “no inícioera apenas um grupo de concertinasmas hoje fazemos atuações com ca-vaquinho, bombo, viola e voz a juntaràs três concertinas”, conta João Lima.“Temos mesmo tocado para o públicofrancês, lembro-me bem do Mercadode Natal em Montbéliard, onde esti-vemos durante dois dias a convite daMarie, e as pessoas adoraram! Paraonde quer que vamos os Francesesadoram!”Para a noite de sábado, 25 de Abril,a organização espera contar com apresença de mais de trezentas pes-soas e os lugares para mesas de jantarestão praticamente esgotados.

Infos: 06.88.14.58.87

O evento é organizado pela Tertúlia das Concertinas

Por Ana Catarina Alberto

Lusa / Carina Branco

Paco Bandeira num programa de televisãoDR

le 15 avril 2015

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Cultura 15

emsíntese

“Fado Desenhado”de Ricardo Camposem Vila do Conde

O Teatro Municipal de Vila do Conderecebe desde a semana passada eaté ao dia 30 de junho, a exposição“Fado Desenhado”, de RicardoCampos.“Fado Desenhado” surge da colabo-ração do artista com a revista Cap-Mag da associação Cap Magellan,em Paris, e a caricatura associada aoFado, e às suas casas típicas surgeda necessidade de levar aos emi-grantes “algo que lhes é muito pró-ximo”, segundo um comunicado doTeatro Municipal de Vila do Conde,citando o artista.Ricardo Campos é um artista naturalda Póvoa de Varzim, formado em de-senho técnico industrial, autor de‘comic strips’, BD, ‘charges’, carica-tura, ilustração e ‘cartoon’ editorial.Na mostra apresenta caricaturas defadistas e músicos como Ana Moura,Mariza, Amália Rodrigues ou AlfredoMarceneiro.

Alunos de Castelo Branco selecionados para a Orquestra de Jovens do Mediterrâneo

Três alunos da Escola Superior deArtes Aplicadas (ESART) de CasteloBranco foram selecionados para aOrquestra de Jovens do Mediterrâ-neo (OJM)Em comunicado, o Instituto Politéc-nico de Castelo Branco (IPCB) in-forma que os alunos de violinoRicardo Vieira e Oksana Kurtash, eJosé Carrilho, aluno de trompete naESART, foram selecionados para aOrquestra de Jovens do Mediterrâ-neo (OJM) que, entre outros, contacom o apoio da UNESCO.Ricardo Vieira frequenta o 2º ano dalicenciatura em Música e foi selecio-nado como membro efetivo do pro-grama sinfónico da OJM, quedecorre na segunda quinzena dejulho, inserido no Festival de Aix-en-Provence.José Carrilho e Oksana Kurtashforam selecionados como reservadesta orquestra.A OJM foi fundada em 1984 na re-gião de Provence-Alpes-Côte d’Azur(PACA), juntamente com o Ministé-rio da Cultura de França. Atual-mente, reúne estudantes em fasede conclusão dos seus estudos su-periores da Europa e países em voltado Mediterrâneo. Desde 2010 a or-questra está associada ao Festivalde Aix-en-Provence que, em asso-ciação com a Orquestra Sinfónicade Londres, criaram a Academia deOrquestra.

lusojornal.com

José Alberto Reis vient commémorer le 25 Avril au Blanc Mesnil

Le 25 avril, le Théâtre 9, au BlancMesnil (93), ouvrira ses portes à partirde 20h00 à la Communauté portu-gaise avec un spectacle de l’humo-riste José Cruz suivi du chanteur venudu Portugal, José Alberto Reis.C’est une nouveauté pour les habi-tants du Blanc Mesnil qui voient de-puis peu leur théâtre s’ouvrir auxdifférentes cultures et donner placeaux événements un peu plus popu-laires. Karyne do Nascimento, assis-tante de Direction Technique auThéâtre 9 a profité du changementpour proposer ces artistes. «Pendant20 ans ce théâtre a été communisteet depuis le changement de Mairedébut 2014, il est municipalisé», ex-plique-t-elle. «J’ai été contactée parl’Adjoint culturel qui voulait mettre enplace ce genre d’opérations cultu-relles dans le théâtre, j’ai trouvé l’idéebrillante et une bonne opportunité defaire connaître un peu des artistesportugais».Karyne do Nascimento connaît bienle théâtre dans lequel elle travaille de-puis 19 ans, mais aussi le milieu mu-sical portugais, puisqu’elle collaborerégulièrement avec Dyam Produc-tions, agence qui gère, entre autres,les concerts de Tony Carreira à l’étran-ger. «J’avais eu donc l’occasion derencontrer José Alberto Reis et j’ai étéséduite par sa voix et ses thèmes plu-

tôt romantiques», avoue-t-elle.Après une Licence en Droit et un di-plôme en Comptabilité, la jeunefemme se rend vite compte après sonMémoire sur la ville du Blanc Mesnilque «les chiffres étaient ennuyeux, etque je préférais davantage le contactet les relations publiques».Sur scène on s’amusera avec JoséCruz, déjà bien connu de la Commu-nauté portugaise, qui présentera une

nouvelle fois une partie de son spec-tacle «Olá», puis José Alberto Reisqui chantera pendant une heure etdemie ses plus gros succès depuis ledébut de sa carrière. «Je vais chanterégalement 3 titres en français, cesont des thèmes inédits, car je lesavait déjà enregistré en maquette etc’était le moment de les chanter», dé-clare le chanteur au LusoJornal.José Alberto Reis a démarré sa car-

rière en 1987, et ne compte plus lesalbums enregistrés, entre autres, onconnaît «Encanto», «Alma rebelde»,«Segredos», «Confia em mim», «So-zinho», ou encore le tout dernier quidate de 2014, «Eterno».Le chanteur a toujours su fidéliser sonpublic et a fait le tour du monde. «Jeconnais bien la France, où j’ai donnébeaucoup de spectacles notammentà Paris où j’ai rempli des très grandessalles. Cela faisait quelque temps queje n’étais pas revenu jusqu’à l’an der-nier et me voilà reparti pour revenirencore plusieurs fois», dit-il.Originaire de Baril do Alva - Arganil -Karyne do Nascimento se rend sou-vent au Portugal. «C’est ma bulled’oxygène». Mais elle se réjouit depouvoir concilier avec son travail authéâtre, sa relation avec le Portugal,en promouvant les artistes portugais.Si la soirée est un succès, alors d’au-tres soirées seront programmées. «Dufado par exemple, j’aimerais bien».Ayant une salle agréable et bien équi-pée, le Théâtre 9 a une capacité d’en-viron 300 places.Sur réservation, n’hésitez pas à pas-ser un bon moment auprès de cesdeux artistes qui sauront vous éton-ner.

Théâtre 91-5 place de la Libération93150 Le Blanc MesnilInfos: 01.48.14.22.00

José Cruz fait la première partie

Par Clara Teixeira

Disse a Gilberto Madail: “Você não presta”

O cantor Fernando Correia Marquesresponde raramente às entrevistas dosjornalistas, mas acedeu conversarcom o LusoJornal aquando da suapassagem recente por Saint Priest,nos arredores de Lyon. Nasceu emCoimbra a 18 de outubro e com umano de idade, na companhia dos pais,foi viver para Lourenço Marques, emMoçambique. Aí passou grande parteda juventude, e aí também fez os seusestudos. “Muito cedo a minha paixãoera o futebol e o desporto em geral.Depois a música também veio ter co-migo, pouco a pouco. O meu ídoloera, e é, o Elvis Presley, o rock, e naescola da vida eu cantava os seus tí-tulos nas festas do liceu, entre outrascoisas” explica.“Em geral a minha cultura musicaltem muito de África” diz o autor, com-positor e intérprete, assegurando que“trabalho muito em equipa para mui-tos títulos dos meus álbuns, sou tam-bém produtor, ajudo jovens ainiciarem o seu percurso no mundo damúsica e dos espetáculos”.Para resumir, o que Fernando CorreiaMarques mais gosta de fazer na vidaé de futebol e de música. “Mas deixeide jogar futebol muito cedo, em1973, vítima de lesões e também por-que a música começou a ocupar maistempo na minha vida” conta ao Luso-Jornal.

César Graça convidou-o para ingressarna Federação Portuguesa de Futebolem 1973, mas demitiu-se em 1998“por incompatibilidade de ideias” as-sume.“A música foi sempre o que meacompanhou durante estes anos”.Foram espetáculos, gravações, cria-ções musicais e tudo isto em paralelocom o seu trabalho de Secretário Téc-nico das Seleções na Federação Por-tuguesa de Futebol. Mas a situaçãonão podia continuar. “Eu já não con-

seguia conciliar o tempo que me erapedido para estas duas atividades.Havia tanta confusão que tive queoptar pela música” confessa. Diz queparticipou em “grandes coisas” no fu-tebol português “e ajudei a fazer gran-des conquistas” disse ao LusoJornal.“Mas isto é um mundo de ‘totós’ comquem eu não estava de acordo. Entãodisse ao Senhor Madail, em 1998:‘Você não presta e eu não estou aquia fazer nada, vou-me embora’. A partirdaí dediquei-me à música e por aqui

estou trabalhando”.Mas Fernando Correia Marques é so-bretudo um homem livre. “Se um diatambém não estiver de acordo, acon-tecerá também uma rutura. Por agoraestou bem com a minha música, masnão com a música que por aí se faz.Por vezes sem vida, sem verdade econteúdo, vazia de valores e commuita mentira por aí dentro. Eu dissonão gosto”. Na conversa com o Luso-Jornal, o cantor reforça que “os novosartistas são como cometas que pas-sam, e por vezes com apenas um tí-tulo e depois não há mais nada”.O último trabalho de Fernando CorreiaMarques saiu em outubro do ano pas-sado, com 14 temas, e tem tido umgrande sucesso, contendo tambémum DVD do espetáculo. “Buscarnovas sonoridades musicais e procu-rar o que o público pode vir a gostar”é este o trabalho contínuo do artistanos estúdios que tem no Montijo, nosarredores de Lisboa. Tem vindo aacompanhar a Comunidade portu-guesa residente no estrangeiro, ondequer que ela viva, mas principalmentena Europa. Por vezes vai acompa-nhado. “Por exemplo, Augusto Caná-rio é alguém de quem eu gosto e comele já criei alguns temas que estãopresentes nos nossos discos” diz aoLusoJornal.Na região de Lyon, a contar pelo muitopúblico que o foi ver, está garantidoque tens fãs. Por isso, pode voltar.

Fernando Correia Marques trocou o Futebol pela Música

Por Jorge Campos

Fernando Correia Marques em Saint PriestÁlvaro Rito

le 15 avril 2015

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16 Cultura

lusojornal.com

David Dany organise un Festival à Rieumes

Le 19 avril prochain, la ville deRieumes (31), vivra aux couleurs duPortugal avec un Festival franco-por-tugais organisé par l’AssociationFranco-Portugaise de Culture de Pro-motions et d’Actions Caritatives(AFPCPAC), présidée par le chanteurDavid Dany.«Los Diablos», les groupes «Tricanasde Toulouse», «Violettes de Toulouse»et «Bombo-Folie», le «Duo Maravil-has», la chanteuse Marine et bien sûrDavid Dany, font l’affiche de cet évé-nement.«Suite au changement de Maire, j’aiété abordé pour proposer un spectacleafin de réunir la Communauté portu-gaise aux Français». Très connu ausein de la Communauté portugaisedans la région de Toulouse, le chan-teur portugais a alors voulu faire unmélange d’artistes portugais et fran-çais et pour cette première édition, ila préféré des artistes locaux. Le matinil y aura le défilé des groupes popu-laires, puis dans l’après-midi ce serale tour des artistes d’animer la Hallede Rieumes.«Je n’ai pas de subventions, et malgré

que les artistes soient bénévoles il y aquand même un coût», avoue-t-il.Cela fait un an maintenant que DavidDany s’est penché sur ce festival. Il aparcouru la région pour faire venir leplus de monde possible, à travers dif-férentes radios et les journaux locaux.«C’est ainsi que l’on peux divulguer laculture et musique portugaise. Noussommes nombreux en France et nousdevons nous intégrer mais aussi par-tager nos traditions hors du Portugal

et j’en suis très fier». La semaine der-nière il était l’invité de Radio FranceBleu Toulouse où il a pu s’exprimersur le festival et sur sa carrière.Véritable ambassadeur de la musiqueportugaise, c’est depuis toujours qu’ila manifesté, à travers plusieurs ac-tions culturelles et solidaires, sonenvie de montrer qu’il est Portugais.Récemment il a participé aussi en fa-veur du Secours Populaire avec unévénement culturel qui a eu le succès

escompté.Le 19 avril, sont attendus quelquespersonnalités aussi bien du côté por-tugais que français, notamment leVice-Consul du Portugal à Toulouse,Paulo Santos, et la Maire JenniferCourtois-Perisse.Le chanteur est déjà en train de pré-parer l’édition de l’année prochaine.«Cela demande beaucoup de temps,il faut chercher et contacter les ar-tistes, chercher des aides, s’occuperde la promotion, etc.». David Dany es-père pouvoir inviter un groupe quivienne du Portugal et faire venir d’au-tres artistes de France. «Donner unedimension plus importante, rendre cefestival encore plus grand et at-trayant», dit-il au LusoJornal.En parallèle, le chanteur a plusieursprojets et collaborations avec d’autresartistes en ce moment, sa tournéecontinue et il part au Canada et auBrésil prochainement.Avec un agenda bien rempli, DavidDany ne chôme pas, sa passion pourla musique, sa simplicité et sa persé-vérance font de lui un artiste aimé parun vaste public.

daviddany.com

Festival franco-portugais animera la ville

Par Clara Teixeira

Joaquim Parente organiza mais um aniversário do programa Voz de Portugal

A Rádio Enghien IDFM festeja no dia18 de abril, em Ermont (95), os 31anos dos programas em português ge-ridos por Joaquim Parente. Anual-mente a rádio aposta numa festa degrande dimensão para promover e aju-dar os jovens talentos. A noite começacerca das 21h00 e desta vez comfado.O cartaz anuncia mais de 20 artistas,uns mais conhecidos do que outros. Afadista Nina Tavares marcará pre-sença, seguida de Nelson Costa, Ma-nuel Campos, Kevin & Jordan, JorgeAmado, Shaunna Carvalho, Guy Ange,Elyssa, Virginie, Paulinho, DavidMoka, DJ Luciano, Lauriano, DJ Rico,DJ Paulito, Paula Soares, Christophe,Alabama, Marco R, Marcelo Martiny,Marco R e Banda Latina.“Alguns são daqui, outros vêm demais longe, de Portugal ou ainda daSuíça. O objetivo é sempre o mesmo:dar a oportunidade a muitos deles demostrarem o seu talento e de conti-nuar a divulgar o seu trabalho”, co-meça por explicar Joaquim Parente,principal organizador do evento. Ob-viamente que por razões de tempo,cada artista atuará apenas 15 minu-tos. “A municipalidade pretende fe-char a sala mais cedo que previsto,mas vou ter que negociar maistempo”, confessa ao LusoJornal.Anualmente o evento atrai mais de300 pessoas. Com uma entrada a 15euros, Joaquim Parente espera que asala volte a encher este ano. “Estes úl-timos anos não tem sido fácil, reparoque os Portugueses saem menos ouque não podem pagar”, lamenta. Ra-

ramente o evento traz lucros à rádio, eJoaquim Parente tem a consciênciaque não é esse o objetivo do aniversá-rio.Joaquim Parente integrou a rádio em1985 e rapidamente começou a coor-denar o programa “Voz de Portugal”.Foi então que criou a Associação Vozde Portugal para organizar este tipo deeventos. Inicialmente programava noi-tes de fado que se transformaramestes últimos anos em festa latina.Sempre rodeado por jovens, contaatualmente com uma equipa de cola-boradores: Mathias Isidoro, Kevin Al-meida e Laetitia Santos. JoaquimParente está consciente que tem queseguir a moda e ao mesmo tempoformá-los para que estes não se esque-çam das tradições e continuem o seutrabalho no seio da rádio em prol dacultura portuguesa.Recentemente a rádio IDFM sofreu al-gumas modificações mudando de es-túdios e equipando-se com altatecnologia. Joaquim Parente coordenadois programas: “Voz de Portugal” e“Terras de Portugal”. “Mas tambémintervenho noutra rádio, ‘Ritmos’, comoutro programa, via internet, em quetenho ouvintes do mundo inteiro”, dizcom orgulho. Esperando que o elencoseduza muita gente, o organizadorconta com a Comunidade portuguesapara estar presente no sábado à noitepara passar um momento agradável econtribuir para a promoção da rádio edos jovens artistas que por ali passam.

Teatro Pierre FresnayEspace Yvonne Printemps3 rue Ste FlaiveErmont (95)

Rádio Enghien IDFM

Por Clara Teixeira

Pourquoi un BdPereire et unMétro Pereire àParis?

Par le décret de l’Alhambra, les Juifssont expulsés d’Espagne en 1492.Certains choisissent le Portugalcomme refuge. En 1540, lors du pre-mier «auto da fé» les Juifs du Portugalsont devenus «nouveaux chrétiens»pour échapper à l’Inquisition.Beaucoup de Juifs du Portugal, quipratiquaient toujours secrètement lejudaïsme (les Marranes), vont fuir lepays et s’établir en Europe.Au début du XVIème siècle, une forteimmigration de Juifs Portugais se dé-veloppe dans le sud de la France. Enaoût 1550, Henri II publie des lettrespatentes «concernant les marchandset autres portugais appelés NouveauxChrétiens» auxquels sont accordés«tous les droits et privilèges des habi-tants des villes où ils demeureront».Les Juifs portugais forment la commu-nauté juive la plus florissante duroyaume de France.Mais c’est à Paris qu’on retrouve lesPereire. Un cimetière juif est créé en1780 par Jacob Rodrigues Pereira, au44 de la rue de Flandre, à Paris 12.Isaac Pereire, petits-fils de FranciscoRodrigues Pereira (1715-1780), juifportugais installé en France en 1741et devenu l’interprète de Louis XV. Sonnom est inséparable de celui de sonfrère et associé, car ils participèrent àla création des Chemins de Fer et ontété les créateurs du Crédit Mobilier,grande banque pour l’Industrie (1852-1867).Jacob Rodrigues Pereire fût précur-seur de l’éducation des sourds et del’orthophonie et interprète du roi LouisXV, Émile Pereire, financier, homme depresse, entrepreneur et Député, IsaacPereire et Eugène Pereire, financiers,économistes, entrepreneurs et Dépu-tés, Émile II Pereire, ingénieur centra-lien, Président du Comité français,Henry Pereire, ingénieur centralien,vice-Président de la Compagnie desChemins de fer du midi, Gustave Pe-reire, homme de presse, financier etmécène, Alfred Pereire, journaliste,écrivain, bibliographe du Pape Pio XIet historien.Ça vaut bien un Boulevard et unMetro, n’est-ce pas?

Affinités

Maria FernandaPinto

Historiques

David Dany, chanteur et organisateur du FestivalDR

le 15 avril 2015

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Associações

emsíntese

Casa do Minhovai mudar de Presidente

No sábado dia 11 de abril, a associa-ção “Casa do Minho” organizou umjantar com baile de confraterniza-ção entre os seus sócios e os ami-gos da coletividade. “Estamos aquitambém para anunciar o nossoFestival de folclore a todos os nos-sos sócios e amigos. Hoje, anga-riamos fundos para esse eventoque terá a presença do Presidenteda Câmara Municipal de Ponte daBarca, António Vassalo Abreu,acompanhado pelo Vereador Ino-cêncio Araújo” explicou AntónioPires, Presidente da Casa doMinho, alegando que quer tam-bém convidar o antigo Maire deVaulx-en-Velin, Bernard Génin e anova Maire, eleita no último atoeleitoral, Hélène Geoffroy, tambémDeputada do Rhône. Quer convi-dar também vários autarcas, entreeles a responsável da vida associa-tiva e cultural, Nadia Lakheal, e aCônsul Geral de Portugal em Lyon,Maria de Fátima Mendes.António Pires vai cessar, nesse dia,as funções de Presidente da Casado Minho, alegadamente “por ra-zões de saúde”.A associação Casa do Minhoreúne principalmente membros daComunidade portuguesa oriundosda região do Minho. O folclore é asua principal atividade, onde cercade meia centena de pessoas, entremúsicos e dançarinos, ensaiamtodos os sábados e preparam assuas participações nos Festivaisde folclore da região de Lyon quese realizam durante a época esti-val.Este ano, o Festival da Casa doMinho tem data agendada para osábado 13 de junho e de novo terálugar no bairro “Mas Du Taureau”,no Parc de l’Esplanade, em Vaulx-en-Velin, e reunirá seis grupos,entre eles, os de Oullins, Bron,Belcombe, Jassens Riottier, com oseu grupo de danças modernas.No decorrer desse dia de Festival,será servido um prato tradicionalportuguês - Bacalhau na Brasa - atodos os presentes.

LusoJornal / Jorge Campos

Por Jorge Campos

O cantor Tony Gama foi convidado pela Academia do Bacalhau de Paris

Tony Gama foi o convidado dehonra do jantar mensal da Acade-mia do Bacalhau de Paris (ABP),realizado a 10 de abril, no restau-rante Pedra Alta de Pontault-Com-bault (77). O tenor portuguêsaceitou o convite dos “Compadres”para partilhar um momento de con-fraternização e acabou por cantarduas canções, para gáudio dos pre-sentes.

Tony Gama fez carreira em França,depois de ter sido descoberto porFrancis Lopez, com quem se es-treou na opereta “Rêve de Vienne”.À carreira artística juntou um ladosolidário, ao ser “Padrinho” do Té-léthon.No jantar foi entregue um chequede seis mil euros à iniciativa En-fants du Ciel, que proporciona ba-tismos de voo a crianças comdeficiência. O valor correspondeaos fundos angariados no jantar

anterior da ABP, ao qual acresce-ram mil euros doados por um Com-padre.A solidariedade esteve presenteainda de outra forma nesta noite:Chantal da Costa (que recebeu noevento o convite para ser “Coma-dre”) vendeu t-shirts personaliza-das, tendo a receita revertido paraapoiar o Refúgio Aboím Ascensão,em Faro. A iniciativa vem na se-quência de uma recolha de roupasque Chantal da Costa fez nos dias

4 e 11 de abril, para apoiar essamesma instituição.Depois deste jantar, a Academia doBacalhau de Paris passou a contarcom mais um “Compadre”, com oapadrinhamento de Armindo Ga-meiro de Abreu, na presença dasmais de 100 pessoas presentes.Foi feita uma tômbola onde foramsorteados três prémios: um relógio,duas refeições no restaurante “APonte” e outras duas na casa “Ca-nelas”.

Recolha de 6.000 euros para a iniciativa Enfants du Ciel

Por Diana Bernardo

Lyon: Prepara-se a Peregrinação de Fátima

No sábado dia 11 de abril, nos locaisda Paróquia S. Nome de Jesus, pelas16h00, teve lugar a segunda reuniãopara a preparação da Peregrinaçãode Nossa Senhora de Fátima na Ba-sílica de Fourvière, em Lyon.Com presença do responsável da Co-munidade católica portuguesa, oPadre José Luís de Almeida, e damaioria dos membros da Comissão,foram abordados os pontos positivose negativos da Peregrinação de 2014e de onde se tiraram conclusões paraa organização de 2015.“Já há vários anos que, após decisãoda Direção da Basílica de Fourvière,a Comissão não pode usufruir do pe-ditório feito no decorrer das celebra-ções da Peregrinação, o qual fica natotalidade para a Basílica” explicouao LusoJornal um dos responsáveisda Comissão, Jorge Mendes. “Entãoestamos numa situação em que a or-ganização do evento correr o risco de,a curto termo, ser muito difícil e nãopoder assumir as despesas geradaspelas viagens dos animadores e ou-tras situações”.A Peregrinação de 2015 será presi-dida por D. José Garcia Cordeiro,Bispo de Bragança-Miranda que viráde Portugal a convite da Comunidadepara animar a Peregrinação, e seráajudado pelos Padres José Luís e EricBesson, que acompanham ao longodo ano a Comunidade católica portu-guesa de Lyon.A Peregrinação em honra de NossaSenhora de Fátima vai ter lugar nofim de semana dos dias 9 e 10 de

maio. No sábado dia 9 de maio, apartir das 20h00, a Procissão dasvelas começa na Catedral de S. João,que seguirá depois até à Basílica deFourvière. Aí haverá um tempo de ex-posição e de adoração do Santíssimo,e também será organizado um mo-mento de confissões para quem de-sejar.No domingo, pelas 14h00, terá iní-

cio a celebração solene da Eucaristia,seguida de mais uma Procissão coma imagem coroada da Virgem de Fá-tima. Pelas 16h00, acaba a Peregri-nação com o tradicional “Adeus àVirgem”, no interior da Basílica.Na cripta de S. José, onde se encon-tra o altar de Nossa Senhora de Fá-tima, no final das celebrações serãorecolhidas as esmolas e os donativos

a Nossa Senhora de Fátima e distri-buídas as flores dos arranjos do andore da Basílica, como recordação destedia de devoção dedicado a Nossa Se-nhora de Fátima. Está também pre-visto um jantar de confraternizaçãocom o Bispo D. José Garcia Cordeiro,na sexta-feira dia 8, com membrosda Comissão e da Comunidade por-tuguesa.

Por Jorge Campos

Preparação da Peregrinação de Fátima em FourvièreLusoJornal / Jorge Campos

Tony Gama com Fernando LopesABP

Entrega do donativo para a iniciativa Enfants du CielABP

le 15 avril 2015

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18 Desporto

lusojornal.com

Les Lusitanos de St Maur dominent Les Ulis

Une semaine après la défaite concé-dée au Blanc Mesnil (2-0), les Lusi-tanos avaient l’occasion de renoueravec la victoire lors de la réception desUlis. Net vainqueur, 3 buts à 0, lesSaint Mauriens n’ont pas laissé passerleur chance de poursuivre leur odys-sée vers la CFA 2.C’est bien connu. Une bonne équipene perd jamais deux matchs de suite.Et les Lusitanos l’ont confirmé leweek-end dernier. En recevant les Ulisà l’occasion de la 23ème journée,Saint Maur pouvait profiter de cetterencontre pour conforter sa place deleader face à une formation esson-nienne qui lutte pour son maintien enDH. Pour ce match, Adérito Moreirapouvait compter sur le retour de sus-pension de Joël Saki, tout en titulari-sant de nouveau Filipe Sarmento etBituruna. Pourtant les premières mi-nutes restent équilibrées entre lesdeux équipes et le scénario tarde às’écrire sur un terrain rendu compli-qué par la pluie. Et comme souvent,c’est sur un coup du sort que la partieva basculer. Stoppé par l’ancien dé-fenseur des Lusitanos, Pompon Ru-zizi, Bituruna tombe dans la surfaceet voit l’arbitre accordé un penalty jus-

tifié à Saint Maur. Au moment d’ouvrirla marque, Sitou Ayi ne tremble paset permet aux Lusitaniens de faire lacourse en tête dès la 25ème minute(1-0).Pourtant à la pause, un goût d’ina-chevé demeure dans la bouche desSaint-Mauriens. Surtout que RevelinoAnastase a dû se déployer à plusd’une reprise pour garder sa cage in-

violée. Et dès le retour des vestiaires,la motivation des Lusitanos se faitclairement sentir. Au fil des minutes,la domination des Rouges est de plusen plus criante. Cependant, il faudraattendre l’heure de jeu pour enfin voirle revenant, Joël Saki, doubler la misepour son équipe d’une frappe dugauche qui prend à contre-pied le por-tier ulissien (2-0, 66 min). Mais à

peine le temps de savourer cedeuxième but pour les supporters pré-sents au Stade Chéron que Sitou Ayi,seul au deuxième poteau, allait enfon-cer le clou définitivement avec un troi-sième but grâce aux efforts conjuguésde Ramos et Paulino (3-0, 69 min).Et même si le score aurait pu être pluslourd à l’arrivée, la victoire 3-0 suffità redonner le sourire aux Saint-Mau-riens et Kévin Diaz. «On a réussi unrésultat important pour la montée. Onreste devant avec 5 points d’avancesur Versailles [ndlr: vainqueur duBlanc Mesnil 1-0] et 7 sur la réservede Créteil [ndlr: tenu en échec par lesGobelins, 2-2]. C’est bien. On resteles favoris. Il va falloir maintenantmontrer que l’on a les épaules pourassumer ce statut jusqu’au bout».Surtout que la prochaine journée ré-serve un déplacement compliqué àSaint Maur qui devra se rendre auStade Duvauchelle de Créteil, le 2mai prochain, pour affronter la ré-serve des Béliers qui jouera tout sim-plement sa dernière chance pourcroire encore à la montée. Mais lesLusitanos auront également à cœurde prendre leur revanche du matchaller [ndlr: défaite 1-0 à Chéron] etse rapprocher un peu plus du titre,synonyme de CFA 2.

Division d’honneur

Par Eric Mendes

Amère défaite du Créteil/Lusitanos à Bonal

Les supporters cristoliens ont de quoiêtre déçus vendredi soir! Alors queleur équipe favorite menait à la pausegrâce à un but de son Capitaine émé-

rite Jean-Michel Lesage, le FC So-chaux est revenu au score et a fini pars’imposer sur un penalty inexistant.Cette décision arbitrale litigieusecoûte au Créteil/Lusitanos une placeau classement et réduit à six le nom-bre de points d’avance sur la zonerouge. Aujourd’hui 14ème de Ligue2, la formation de Thierry Froger ac-cueillera Nancy (7ème) vendredi pro-chain (20h00) à Duvauchelle.Victorieux la semaine d’avant contreOrléans, les Béliers ont fait plus quebonne figure face à Sochaux, 7èmede Ligue 2 et à 4 points du podiumavant cette 31ème journée de Ligue2. En ouvrant le score par l’inévitableJean-Michel Lesage (0-1, 35 min),les hommes de Thierry Froger pen-saient certainement avoir pris unebonne option sur un résultat positif,mais un certain Karl Toko Ekambi,croisé au Paris FC entre 2010 et2013, s’est rappelé au bon souvenirdes Val-de-Marnais.Auteur d’une égalisation légitime auvu de la physionomie de la rencontrepeu après l’entame de la secondepériode (1-1, 50 min), le 3ème meil-

leur buteur de Ligue 2 a bénéficiéd’un incroyable coup de pouce de lapart de Hakim Ben El Hadj. L’arbitrede la rencontre a, en effet, accordéun penalty aux Lionceaux pour uneintervention parfaitement règlemen-taire d’Ibrahima Seck. Devant l’in-justice flagrante, les Cristoliensprotesteront et recevront une pluiede cartons jaunes pour toute réponsealors que Karl Toko Ekambi transfor-mera le penalty malgré la détente

bien inspirée de Yann Kerboriou (2-1, 75 min).Autant frustrés par cette décision li-tigieuse que par l’issue finale de larencontre, les Franciliens n’aurontd’autre choix que d’accepter ce re-vers et la place perdue au classe-ment. Le Créteil/Lusitanos devraronger son frein jusqu’à la réceptionde l’AS Nancy-Lorraine, vendrediprochain à Dominique Duvauchelle(20h00).

Ligue 2

Par Joel Gomes

Mais de duas centenas de Portuguesesparticiparam na maratona de ParisMais de duas centenas de Portu-gueses “de Portugal” participaramno domingo passado na 39ª ediçãoda Maratona de Paris, segundo

confirmou à Lusa a organização dacorrida.Questionada pela Lusa, fonte daorganização detalhou que para

além dos muitos lusodescendentesou Portugueses residentes emFrança, 217 Portugueses de Portu-gal estavam entre os 54.000 ins-

critos na prova de 42,195 quiló-metros, cuja partida foi dada nosChamps Elysées e a meta instaladana avenue Foch.

O marido perfeitopara mim é o meufilho (2ª parte)

Na sequência da crónica anterior,em que falei das dificuldades senti-das pela Ana na relação com a suasogra e respetivas implicações nasua vida conjugal, a leitora Isabel co-locou-me as seguintes questões: “Oque quer dizer autonomização doLuís em relação à família de origem?E é o Luís que tem um problema oué a mãe dele?”Ana e Luís são um casal recente, emfase de formação da sua identidadeconjugal, este processo implica a ar-ticulação da individualidade de cadaum e das suas experiências no seioda sua própria família de origem.Concretamente, a ideia que cadaum criou sobre o casamento é extre-mamente influenciada pelo que ob-servou das vivências dos seus paisenquanto casal e pelo meio social.Para responder à sua primeira ques-tão, quando me refiro ao grau de au-tonomia do Luís em relação à suafamília de origem, refiro-me à suacapacidade de pensar por si próprio,e neste caso concreto de se pensarenquanto elemento de um casal in-dependente do modelo de casal dospais. Quando a ligação à família deorigem é ainda muito dependente, apessoa poderá agir no seu casa-mento sob grande influência dosmodelos parentais, quer seja porimitação quer por oposição, e porconseguinte cria problemas na suarelação conjugal.A segunda questão aponta parauma eventual problemática porparte da mãe do Luís. O processo deautonomização decorre no seio dafamília, e como tal os pais na relaçãocom os filhos podem facilitar ou difi-cultar esta tarefa. Certamente, noquotidiano já todos observarammães a relacionar-se com os seus fil-hos adultos como se fossem crian-ças, adotando comportamentos deexcessiva proximidade e dependên-cia. O complexo de Jocasta abordaprecisamente a mãe que seapaixona pelo seu filho.A criação da identidade do casal éuma etapa fundamental no início docasamento, bem como um relacio-namento harmonioso com as famí-lias de origem. Assim, o maisimportante será o casal unir-se naresolução das dificuldades sem pen-sar em culpados.

Se tiver alguma questão que desejecolocar, não hesite em contactar-me.Estou disponível para o ouvir e esclarecer:[email protected]

Crónicas para o

Carina da SilvaPsicóloga Clínica

equilíbrio emocional

Sochaux 2-1 Créteil/LusitanosStade Auguste BonalSpectateurs: 13.114

Sochaux: Pelé; Gibaud, Vivian, Mi-gnot, Roussillon; Kharja (Lopy, 90min), Tardieu; Faussurier (Cap.) (Ilai-maharitra, 77 min), Bérenguer, Sao(Butin, 61 min); Toko Ekambi. En-traîneur: Olivier Echouafni.Créteil/Lusitanos: Kerboriou; Esor, DiBartolomeo, Diedhiou, Lafon (Au-gusto, 85 min); Genest, Ndoye, Seck,Montaroup (Tribeau, 77 min); Lesage(Cap.), Sylla (Haïdara, 77 min). En-traîneur: Thierry Froger.Buts: Sochaux: Toko Ekambi (50min, 75 min sp); Créteil/Lusitanos:Lesage (39 min)

Lusitanos de Saint Maur / EM

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20 Desporto

emsíntese

Ciclista Tiago Machado queriamais do que oquarto lugar noCircuito Sarthe

O ciclista português Tiago Machado(Katusha) terminou na sexta-feirapassada o Circuito Sarthe na quartaposição, depois de chegar no pelotãona quinta etapa, na qual chegou aandar em fuga com o vencedor final,o lituano Ramunas Navardauskas(Cannondale-Garmin).“Foi uma pena não ter conseguido opódio, mas as bonificações estraga-ram um pouco, pois ditaram as leisda classificação geral. No entanto, jásabia que elas faziam parte da prova.Tentei enquanto houve estrada con-seguir uma classificação melhor, masos meus adversários estiveram me-lhores, só me resta felicitá-los”, disseà Lusa o corredor de Famalicão.Tiago Machado tudo fez para subir naclassificação nos 178,5 quilómetrosda quinta e última etapa do circuitofrancês, que ligou Abbaye de l’Epaua Le Lude, tendo atacado a 15 quiló-metros da meta, na companhia do li-tuano que, graças às bonificaçõesnos ‘pontos quentes’, acabou por rou-bar a liderança no último dia ao ita-liano Manuele Boaro (Tinkoff-Saxo).Os homens da Katusha e da Navar-dauskas chegaram a ter 20 segundosde avanço para o pelotão, mas aspoucas dificuldades nos derradeirosquilómetros acabaram por ditar umfinal ao ‘sprint’, com vitória do francêsNacer Bouhanni (Cofidis), que játinha triunfado no primeiro dia.Machado acabou a tirada na 31ª po-sição, mantendo a quarta posição dageral, a sete segundos do lituano daCannondale-Garmin.Na segunda posição final, a apenasum segundo, ficou Boaro, com o ita-liano Adriano Malori (Movistar) a fe-char o pódio.

O MadeirenseMarcos Freitas éCampeão da LigaFrancesa deténis de mesa

“Campeões! Campeões! Nós somosCampeões de França 2014/2015.Parabéns ao meu clube AS PontoiseCergy!”, foi assim que o madeirenseMarcos Freitas celebrou, na sua pá-gina da rede social Facebook, o factoda sua equipa, pela primeira vez noseu historial, ter conquistado o Cam-peonato francês de ténis de mesa.A conquista do título foi garantida, nopassado dia 7 de abril, com a vitóriado AS Pontoise-Cergy do mesate-nista olímpico e 8º do ranking mun-dial sobre o Angers Vaillante, por4-2.

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Monaco no pódio a sonhar com a Liga dosCampeões

O Campeonato francês ainda nãoestá decidido e não é só em relaçãoao título, visto que há muita lutapara o terceiro lugar, que dá acessoà Liga dos Campeões, e para nãodescer à segunda divisão. Na lutapelo pódio, o Monaco fez um passoimportante ao vencer na passadasexta-feira o Caen por 3-0, com umgolo do avançado francês AnthonyMartial e dois golos do avançadoportuguês Bernardo Silva. Uma vitó-ria que dá o terceiro lugar, e umponto de vantagem aos monegascosapós esta 32ª jornada visto que oMarseille perdeu por 1-0 frente aoBordeaux, jogo no qual o defesa-central luso Tiago Ilori foi titular naequipa dos Girondinos. Na liderançaestá tudo igual visto que nem o Lyonnem o Paris Saint Germain jogaramdevido à final da Taça da Liga quedecorreu no sábado entre o PSG e oBastia. O Lyon joga esta quarta-feirafrente ao Bastia enquanto os Pari-sienses apenas vão defrontar o Metzno dia 28 de abril.O LusoJornal esteve presente no en-contro entre o Caen e o Monaco, efalou com o Treinador português,Leonardo Jardim, e o defesa-centralluso, Ricardo Carvalho.

LusoJornal: O Monaco estava emgestão frente ao Caen?

Leonardo Jardim: Não. Acho que asnossas ambições no Campeonatoneste momento não nos dão essapossibilidade de fazer gestão. Temosde jogar a 100% todos os jogos e éessa a nossa ambição. A vitóriafrente ao Caen foi importante paranos dar confiança para os próximosjogos.

LusoJornal: Bernardo Silva está numgrande momento com dois golosfrente ao Caen?Leonardo Jardim: O Bernardo está aevoluir e conseguiu finalizar porduas vezes frente ao Caen, o que foiimportante para a equipa.

LusoJornal: O Monaco fez dois em-pates que o penalizaram na corridaao terceiro lugar?Leonardo Jardim: Os dois empatesem casa levaram a que o jogo frenteao Caen fosse muito importante paracontinuar a ter como objetivo umdos três primeiros lugares. Nestemomento estamos no terceiro lugarmas sabemos que ainda temos seisjogos pela frente e que são claropara ganhar.

LusoJornal: Os Monegascos realiza-ram um excelente percurso na Ligados Campeões?Leonardo Jardim: Nós partimos deuma posição em que não éramos fa-voritos para nada. Conseguimos o

apuramento na fase de grupos ecom o primeiro lugar do grupo. De-pois ultrapassámos os oitavos-de-final, e agora estamos nosquartos-de-final. É com a mesmaambição que queremos continuar.

LusoJornal: Esta quarta-feira o Portodefronta o Bayern de Munique. Oclube alemão parte favorito?Leonardo Jardim: Acredito que vaiser um grande jogo. E não sou daopinião que tudo já está decidido.Acredito que o Porto poderá ter umapalavra a dizer.

Ricardo Carvalho, internacional por-tuguês, regressou à competiçãofrente ao Caen após uma lesão quecontraiu na Seleção Nacional.

LusoJornal: Como foi este regressoapós a lesão?Ricardo Carvalho: Senti-me bemfrente ao Caen após a lesão que tivena Seleção. Joguei 70 minutos e saíquando já estávamos a ganhar por2-0. Como vinha de uma lesão e deuma paragem de 10 dias, o Misterachou por bem tirar-me. Eu sinto-me bem e a verdade é que não sentimuito o joelho, e sinto que estou aganhar confiança.

LusoJornal: O Monaco está nosquartos-de-final da Liga dos Cam-peões, pode ir ainda mais longe?

Ricardo Carvalho: Acho que temosas nossas possibilidades de passar.A verdade é que sonhamos jogar aLiga dos Campeões e estamos nosquartos-de-final frente à Juventus. Éimportante tentar chegar às meias-finais. Acreditamos em nós e acre-ditamos que podemos passar.

LusoJornal: O Porto tem uma tarefacomplicada frente ao Bayern de Mu-nique?Ricardo Carvalho: Acredito que épossível para o Porto. É verdade queera uma das equipas mais fortes queo Porto podia apanhar e infeliz-mente apanhou o Bayern de Muni-que. Vai ser um jogo difícil masnunca é impossível e o Porto temuma boa equipa, uma equipa jovemque tem jogadores que a qualquermomento podem resolver. Veremoso que vai acontecer. O Porto podepassar. O Bayern de Munique é umagrande equipa e, se calhar, é o favo-rito para seguir em frente na prova,mas nestas competições ser o favo-rito ou não ser, pouco importa.

O Monaco ainda está em duas fren-tes, a Ligue 1 e a Liga dos Cam-peões, uma proeza para um clubeque perdeu no início da temporadaos colombianos James Rodríguez eFalcao. O próximo jogo dos Mone-gascos é este sábado frente aoRennes.

Futebol/Ligue 1

Por Marco Martins

L’équipe féminine de la VGA de Saint Maursans adversaires

Le dimanche 12 avril la VGA SaintMaur, leader invaincue, recevaitVendenheim au Stade des Cor-neilles dans la ville saint-mau-rienne, un match comptant pour la18ème journée. La VGA avait toutbonnement à faire à la troisièmeéquipe du Championnat! Un duelau sommet et surtout un test décisifpour Saint Maur dans sa volonté deretrouver l’élite du football féminin.Le match lors des premières mi-nutes paraissait équilibré sans unenette domination de l’une ou l’autredes équipes. Notons d’ailleurs queVendenheim, par choix de l’entraî-neur, était privé de la jeune pro-messe lusodescendante, Sarah daCunha, seulement 17 ans, et quirentrait à peine du Portugal où ellea représenté la Seleção des moinsde 19 ans. Une unité en moinsdans l’entrejeu de l’équipe qui està deux pas de la frontière avec l’Al-lemagne.Vendenheim ne va pas tenir long-temps face à Saint Maur et prendl’eau en deux minutes grâce à deuxréalisations de Stéphanie Léocadie.Deux buts et plus rien jusqu’à la mi-temps. Pourtant c’était presque toutce qu’il y avait à voir tant le niveau

de la VGA est supérieur aux autreséquipes cette saison.La deuxième mi-temps n’a donc étéqu’une formalité pour Saint Maur etles deux lusodescendantes, MélanieHacard-De Castro et MélissaGomes, qui ont participé à la vic-toire de leur équipe. À noter que laVGA marquera un troisième but parl’inévitable Marlyse Ngo Ndoum-bouk, qui comptabilise 38 buts (!).La VGA Saint Maur s’impose doncsur le score de 3-0 face à Venden-heim et consolide ainsi sa premièreplace au sein du Groupe A de D2.Les Saint-mauriennes ont 72points, grâce à 18 victoires en 18matchs, sans parler des buts mar-qués, 85, et du peu de buts encais-sés, 7! L’équipe de la ville duVal-de-Marne compte toujours 7points d’avance sur Hénin-Beau-mont qui occupe la seconde place.À la fin de la rencontre, nous avonsdiscuté avec l’entraîneur-adjoint dela VGA, le franco-capverdien, Danil-son da Cruz.

LusoJornal: La VGA a encorefrappé…Danilson da Cruz: On est sur unebonne lancée, on a réussi à confir-mer en prenant le match par le bonbout et puis on a fait le travail. Au

match aller, Vendenheim nous avaitposé plus de soucis. Pourtant c’étaitla deuxième défense du Champion-nat, mais on aurait dit qu’en débutde match elle nous craignait. Nouson a réussi à marquer rapidement età prendre le dessus. On a réussi afaire ce qu’il fallait.

LusoJornal: La VGA craint-elle en-core la défaite cette saison?Danilson da Cruz: On ne craint pasla défaite. Il faut juste continuer surnotre lancée pour réaliser une sai-son 100% victorieuse, ce qui seraithistorique. Les filles ont cet objectifdans la tête et on va essayer de lefaire!

LusoJornal: Se projette-t-on déjà enD1?Danilson da Cruz: Jusqu’à au-jourd’hui on maintenait les piedssur terre car on savait que ce matchétait le gros match avant la récep-tion d’Hénin-Beaumont [ndlr: 2èmeau classement]. On ne va pas fairela fine bouche, mais je pensequ’avec cette victoire face à Ven-denheim, la montée est plus qu’en-visageable.

LusoJornal: L’unique objectif estdonc de ne pas perdre en cette fin

de Championnat?Danilson da Cruz: La question n’estpas qu’on ne veut pas perdre, onveut tout simplement gagner tousnos matchs jusqu’à la fin de la sai-son.

Lors de la prochaine journée, laVGA se déplace sur le terrain deNancy.Passons aux autres groupes de D2et surtout au groupe B où militentdes Lusodescedantes: Dans legroupe B, Yzeure, de la gardienneet internationale portugaise PatríciaMorais, a perdu la première placeau classement au profit de LaRoche-sur-Yon. Lors de la confron-tation entre les deux équipes, c’estLa Roche-sur-Yon qui a battuYzeure sur le score de 2-0. LaRoche-sur-Yon mène la danse avec62 points, un de plus qu’Yzeure.A la 4ème place on retrouve LeMans, de Rute Botica et Layla Fer-nandes, qui a battu Quimper sur lescore de 1-0. Quant à Val d’Orge,l’équipe de Mathilde Fernandes etde Charlotte Fernandes, a réussi àbattre Saint Malo sur le score de 4-1 et s’échappe de la zone des relé-gables, 10ème, avec 29 points, unpoint d’avance sur Orvault et cinqsur Tours.

Football Féminin/D2

Par Marco Martins

le 15 avril 2015

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21Desporto

emsíntese

Portugal comCroácia, França e Holanda noEuro2015 de andebol sub-17feminino

A Seleção portuguesa feminina deandebol de sub-17 vai disputar a pri-meira fase do Campeonato da Eu-ropa Macedónia’2015, a realizar emagosto, com a Croácia, França e Ho-landa, ditou o sorteio realizado emSkopje na semana passada.Portugal, que estava integrado nopote 1, após as Seleções terem sidodistribuídos de acordo com o ‘ran-king’ do Euro 2013 e o resultado daqualificação, ficou no Grupo C daprimeira fase do Macedónia’2015,que decorre de 13 a 23 de agosto.A Macedónia, enquanto organiza-dor, teve o direito de escolher ogrupo e optou pelo Grupo A, com asatuais Campeãs europeias, a Suéciae ainda a Eslovénia e a RepúblicaCheca.Os restantes grupos são constituídospor Rússia, Roménia, Alemanha eEspanha (grupo B) e Dinamarca,Noruega, Hungria e Eslováquia(grupo D). O Macedónia’2015 vaidisputar-se em Skopje, nos pavi-lhões Jane Sandanski e Boris Traj-kovski.

Lucas Diniz répond à l’interview décaléeLe brésilien Lucas Diniz est un desmeilleurs joueurs de futsal du Spor-ting Club de Paris. Il est au Club de-puis 5 ans et a connu tous les titresnationauxC’est un Lucas Diniz souriant qui ac-cueille LusoJornal aujourd’hui pourune «interview décalée» à ne surtoutpas prendre au premier degré. Noussommes heureux de le retrouver ainsiaprès des moments difficiles, suiteaux blessures, que’il a connu.

LusoJornal: Passions en dehors dufutsal?Lucas Diniz: Le cinéma.

LusoJornal: Ton film culte?Lucas Diniz: La ligne verte avec TomHanks.

LusoJornal: Si tu étais un acteur?Lucas Diniz: Denzel Whasington,j’adore!

LusoJornal: Sport préféré après le fut-sal?Lucas Diniz: Futebol! (avec l’accentbrésilien)

LusoJornal: Gourmandise préférée?Lucas Diniz: Feijão (plat brésilien)

LusoJornal: Un rêve de gosse?Lucas Diniz: Être batteur dans ungroupe de rock, c’était mon rêve degamin. J’en suis bien loin (éclat derire).

LusoJornal: Si tu étais un sportif?Lucas Diniz:Moi bien sûr (rires).

LusoJornal: Si tu avais un super pou-voir?Lucas Diniz: Être invisible. Ce seraittop ça!

LusoJornal: FIFA ou PES?Lucas Diniz: Rien du tout, je ne jouepas à la console!

LusoJornal: Si tu pouvais avoir unequalité que tu n’as pas?Lucas Diniz:Ma femme me souffle lapatience, elle a sûrement raison!

LusoJornal: Ton joueur préféré?Lucas Diniz: Ronaldo, le vrai, il feno-meno!

LusoJornal: Ton club préféré?Lucas Diniz: Cruzeiro mon ami! Cru-zeiro, Cruzeiro querido, tão comba-tido, jamais vencido (rires).

LusoJornal: Un match de légende?Lucas Diniz: La finale du Champion-nat de France à Angers, contre ParisMétropole. C’était énorme!

LusoJornal: Le plus chambreur dansle vestiaire du Sporting Club de Paris?Lucas Diniz: Sans aucune hésitation:Alexandre Teixeira.

LusoJornal: Le plus timide?Lucas Diniz: Pupa. Mais il cache bienson jeu!

LusoJornal: Le plus caractériel?Lucas Diniz: Djamel Haroun. Le mé-lange Algérie-Nord Pas de Calais c’estexplosif (rires).

LusoJornal: Le plus technique?Lucas Diniz: Alexandre Teixeira,même si je ne devrais pas le dire...

LusoJornal: Le plus marrant?Lucas Diniz: Jonathan Chaulet, tou-jours le mot pour rire.

LusoJornal: Le plus mauvais perdant?Lucas Diniz: Jonathan Chaulet,même à l’entrainement il se plaintpour une touche!

LusoJornal: Qui est le plus fashion?Lucas Diniz: Chimel Vita, la classemon ami!

LusoJornal: Le roi du vestiaire c’estqui?Lucas Diniz: Djamel Haroun. C’estlui le boss (rires).

LusoJornal: Une personne qui tu asou qui te marque au sein du club?Lucas Diniz: Nicolas Paolinelli. Il esttoujours là, un vrai dirigeant, pré-cieux pour le club.

LusoJornal: Meilleur souvenir auSporting?Lucas Diniz: Le premier match decoupe d’Europe. C’est un superbesouvenir.

LusoJornal: Pire souvenir au Spor-ting?Lucas Diniz: La défaite contre Rou-baix, après 3 ans d’invincibilité.C’était dur.

LusoJornal: Un mot pour définir leclub?Lucas Diniz: Un mot, c’est impossi-

ble. Je vais dire que c’est la locomo-tive du Futsal français.

LusoJornal: Un souhait pour cetteannée 2014/2015?Lucas Diniz: Être Champion, biensûr, et si c’est le cas, je vais deman-der au Président de nous ériger unestatue parce que 5 titres de Cham-pions à la suite, c’est grandiose.

LusoJornal: Ton plus beau but?Lucas Diniz: Le penalty à 10 mètresen finale, à Angers de nouveau,contre Paris Métropole. Il nousremet en course. Ce n’est pas unbeau but, mais il était tellement im-portant.

LusoJornal: Un geste superstitieuxavant, pendant ou après le match?Lucas Diniz: Le signe de la croix enrentrant sur le terrain. Je suiscroyant.

LusoJornal: Ton geste techniquepréféré?Lucas Diniz: Contrôle semelle, puispassement de jambes.

LusoJornal: Tu dois changer toutel’équipe et il ne faut en garderqu’un. Tu gardes qui?Lucas Diniz: Pupa, l’homme auxtrois poumons!

LusoJornal: La pire phrase aprèsune défaite?Lucas Diniz: On a bien joué. Si tu asbien joué tu gagnes non? (rires)

LusoJornal: Si tu pouvais faire venirun joueur du Championnat, tu feraissigner qui?Lucas Diniz: Campos, de Douai.D’ailleurs, s’il lit cette interview...

LusoJornal: Un dernier mot?Lucas Diniz: La santé avant tout etmerci.

Le prochain match du Sporting Clubde Paris Futsal aura lieu le samedi18 avril. Le Sporting se déplacera àDouai pour disputer le quart de fi-nale de la Coupe National de Futsal.

Futsal / Sporting Club de Paris

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le 15 avril 2015

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22 Tempo Livre

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Confiar, acreditar,saber

Quem eram os discípulos? Pessoascrédulas e ingénuas? Idealistas ousonhadoras? Pessoas fragilizadaspelo sofrimento que se deixaram en-redar numa alucinação coletiva? OEvangelho do próximo domingoapresenta uma outra versão e dábastante relevo às dificuldades quetodos tiveram em aceitar a ressurrei-ção de Cristo: «Espantados e cheiosde medo, julgavam ver um espírito(...) Eles, na sua alegria e admiração,não queriam ainda acreditar». Osapóstolos não são ingénuos e não secontentam com notícias em segundamão. Precisam de “ver para crer”(como Tomé no Domingo passado) emesmo quando veem, não deixamde ser um grupo desconfiado, críticoe exigente.A ressurreição permanece um dadode fé e nem mesmo as aparições deCristo ressuscitado conseguem ga-rantir certezas cientificamente com-provadas. O encontro com Jesus vivosó é possível através um longo cami-nho espiritual e as dúvidas e hesita-ções que experimentamos na nossavida não são elementos incómodos einúteis, mas sim, partes essenciaisdo percurso que leva a uma fé ma-dura. Mesmo uma “crise de fé” nãoé (forçosamente) uma coisa má!“Crise” é uma palavra de origemgrega que significa “separar” ou “es-colher”. Uma crise obriga-nos atomar decisões! E ajuda-nos a refor-mular, repensar e, eventualmente,purificar a nossa fé!Tal como dois namorados não con-seguem encontrar a prova matemá-tica de serem feitos um para o outro,também a ressurreição nunca seráuma certeza científica. Porém, al-guns esposos, depois de um longocaminho juntos, conseguem dizer,sem medo e sem dúvidas: «Confiá-mos, acreditámos e hoje sabemos».Com a Fé acontece o mesmo.

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:

Centre paroissial Jean XXIII9 rue Rabelais94430 Chennevières-sur-Marne

Missa todos os domingos às 9h00

boanotícia

Du 17 au 30 avril Exposition "L'art de l'Azulejo au Portugal", or-ganisé par l’association O Sol de Portugal dansle cadre de “Le Portugal d’Avril”. Hall de laMairie de Pessac, place de la V République, àPessac (33).

Jusqu’au 3 mai Exposition Photo de la Mer – Arte Xavega,pêche en mer traditionnelle au Portugal, parJacques Hamel à l’Etang du duc, à Vannes(56). Entrée libre.

Jusqu’au 4 mai Exposition «Machado de Assis, le sorcier deRio». Salle Gilbert Gaillard, 2 rue Saint Pierre,à Clermont-Ferrand (63). Entrée libre.

Du 30 avril au 11 mai Exposition de peintures de Jean Marc Emery(huiles sur toiles représentant la plage de Na-zaré, au Portugal). Galerie Artitude, VillageSuisse, 4 avenue Paul Déroulède, à Paris 15.

Du 6 mai au 26 juillet «Modernités: photographie brésilienne 1940-1964» avec des œuvres de Marcel Gautherot,José Medeiros, Thomaz Farkas et Hans GunterFlieg. Commissaires: António Pinto Ribeiro,Ludger Derenthal et Samuel Titan Jr. FondationCalouste Gulbenkian - Délégation en France,39 boulevard de la Tour Maubourg, à Paris 7.

Le jeudi 16 avril, 18h30 Présentation du livre «La Suggia» sur la violon-celliste Guilhermina Suggia, de Henri Gourdin,à la Fondation Calouste Gulbenkian, 39 bou-levard de la Tour Maubourg, à Paris 7.

Le mardi 5 mai, 17h30 Rendez-vous avec Lídia Jorge, à la LibrairieMollat, 15 rue Vital Carles, à Bordeaux (33).

Le jeudi 16 avril, 20h00 Projection du film «Marighella» de Isa Grins-pum Ferraz (Brésil, 2011, 90 min, VOST Fr),organisée par Autres Brésils, suivie d’une ren-contre avec Maud Chirio, historienne spécia-liste de la dictature militaire. Cinéma La Clef,34 rue Daubenton, à Paris 5.

Le vendredi 17 avril, 17h00 Projection de deux films autour du football bré-silien «Garrincha, alegria do povo» (sur ManéGarrincha) et «Subterraneos do Futebol» deMaurice Capovila. Dans le cadre d’une rétros-pective du cinéma brésilien à la CinémathèqueFrançaise, 51 rue de Bercy, à Paris 12.

Le vendredi 17 avril, 20h00 Projection de «A minuit je posséderai ton âme»de José Mojica Marins, suivi de «Marécagenoir» de Rodrigo Aragão. Dans le cadre d’unerétrospective du cinéma brésilien à la Cinéma-thèque Française, 51 rue de Bercy, à Paris 12.

Le samedi 18 avril, 19h30 Soirée gala de lancement de l’association Gé-nérations Portugal, avec la projection d’un do-cumentaire sur l’histoire des Portugais de SaintMaur. Salle des fêtes de la Mairie de SaintMaur, place Charles de Gaulle, à Saint Maur-des-Fossés (94). Infos: 06.16.66.18.76.

Le samedi 18 avril, 21h30 Projection en avant-première de «Permanên-cia» de Leonardo Lacca. Dans le cadre d’unerétrospective du cinéma brésilien à la Cinéma-thèque Française, 51 rue de Bercy, à Paris 12.

Le dimanche 19 avril, 19h00 Projection en avant-première de «Obra» deGregorio Graziosi, présenté par le réalisateur(sous réserve) et sa comédienne, Lola Peploe.Dans le cadre d’une rétrospective du cinémabrésilien à la Cinémathèque Française, 51 ruede Bercy, à Paris 12.

Le dimanche 19 avril, 21h00 Projection en avant-première de Casa Grandede Fellipe Barbosa. Dans le cadre d’une rétros-pective du cinéma brésilien à la CinémathèqueFrançaise, 51 rue de Bercy, à Paris 12.

Le lundi 20 avril, 20h30 Regards contemporains français sur le Brésil,«Des ombres dans la maison» de Justine Trieten sa présence. Dans le cadre d’une rétrospec-tive du cinéma brésilien à la CinémathèqueFrançaise, 51 rue de Bercy, à Paris 12.

Le mercredi 22 avril, 19h00 Regards contemporains français sur le Brésil,«Oba Oba Oba» de Benjamin Rassat, en saprésence. Dans le cadre d’une rétrospective ducinéma brésilien à la Cinémathèque Française,51 rue de Bercy, à Paris 12.

Le jeudi 23 avril, 15h45 «O Menino do Mundo» de Alê Abreu (Bré-sil), dans le cadre du Festival Espaces de laLusophonies, organisée par l’AssociationLusophonie. Cinéma Le Méliès, 6 rue Bar-goin, à Pau (64).

Le jeudi 23 avril, 19h45 «Florbela» de Vicente Alves do Ó (Portugal),dans le cadre du Festival Espaces de la Luso-phonies, organisée par l’Association Lusophonie.Cinéma Le Méliès, 6 rue Bargoin, à Pau (64).

Le jeudi 23 avril, 20h30 Regards contemporains français sur le Brésil:«Largo do machado» d’Antoine Page, en pré-sence du réalisateur. Dans le cadre d’une ré-trospective du cinéma brésilien à laCinémathèque Française, 51 rue de Bercy, àParis 12.

Le vendredi 24 avril, 17h15 «Et Maintenant?» de Joaquim Pinto (Portu-gal), dans le cadre du Festival Espaces dela Lusophonies, organisée par l’AssociationLusophonie. Cinéma Le Méliès, 6 rue Bar-goin, à Pau (64).

Le vendredi 24 avril, 20h00 Projection du film «Changer de vie», sur lavie et l’œuvre de José Mário Branco, réalisépar Pedro Fidalgo et Nelson Guerreiro, suivid’un débat avec le ou les réalisateurs, auCinéma La Clef, 34 rue Daubenton, à Paris05.

Le vendredi 24 avril, 20h15 «O Homem das Multidões» de MarceloGomes et Cao Guimarães (Brésil), dans lecadre du Festival Espaces de la Lusopho-nies, organisée par l’Association Lusopho-nie. Cinéma Le Méliès, 6 rue Bargoin, àPau (64).

Le samedi 25 avril, 18h00 Projection de deux courts-métrages de JoséVieira: «Les chants du déserteurs» (27 min)et «Un aller simple» (13 min), suivis d’undébat autour de la désertion, modéré parl’historien Victor Pereira, António Oneto, etVasco Martins. A 20h30, repas convivial. Or-ganisé par l’association Memória Viva. CasaPoblano, 15 rue Lavoisier, à Paris.

Le samedi 25 avril, 20h00 Concert d’Antoinette Trio suivi de la projec-tion de «Alda et Maria» de Pocas Pascoal(Portugal), dans le cadre du Festival Espacesde la Lusophonies, organisée par l’Associa-tion Lusophonie. Cinéma Le Méliès, 6 rueBargoin, à Pau (64).

Le dimanche 26 avril, 14h00 «Alda et Maria» de Pocas Pascoal (Portugal),dans le cadre du Festival Espaces de la Lu-sophonies, organisée par l’Association Luso-phonie. Cinéma Le Méliès, 6 rue Bargoin, àPau (64).

Le dimanche 26 avril, 15h45 «O Menino do Mundo» de Alê Abreu (Bré-sil), dans le cadre du Festival Espaces dela Lusophonies, organisée par l’AssociationLusophonie. Cinéma Le Méliès, 6 rue Bar-goin, à Pau (64).

SORTEZ DE CHEZ VOUS

EXPOSITIONS

CONFÉRENCES

CINEMA

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le 15 avril 2015

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23Tempo livre

Le dimanche 26 avril, 15h45 «Et Maintenant?» de Joaquim Pinto (Portu-gal), dans le cadre du Festival Espaces de laLusophonies, organisée par l’Association Lu-sophonie. Cinéma Le Méliès, 6 rue Bargoin,à Pau (64).

Le dimanche 26 avril, 20h00 «Os Maias» de João Botelho (Portugal), dansle cadre du Festival Espaces de la Lusopho-nies, organisée par l’Association Lusophonie.Cinéma Le Méliès, 6 rue Bargoin, à Pau (64).

Les jeudis, 20h00 «Olá!» ‘one man show’ de l’humoriste JoséCruz au Café-Théâtre Le Lieu, 41 rue de Tré-vise, à Paris 9. Infos: 01.47.70.09.69.

Le samedi 25 avril, 20h00 Le dimanche 26 avril, 16h00Le Portugal du rire, avec les humoristes PedroNeves, João Seabra, Jaimão, FernandoRocha, Miguel 7 Estacas et Quim Roscas &Zeca Estacionâncio, organisé par l’associationOs Tugas de Sartouville, au Théâtre JacquesBrel, à Sartrouville (78). Infos: 06.83.78.41.89.

Le vendredi 17 avril Fado avec Carlos Neto, accompagné par JoséRodrigues (guitarra) et Flaviano Ramos (viola),plus artiste invitée: Conceição Guadalupe.Casa Saudade, 20 rue du Général Leclerc, àVersailles (78). Infos: 01.30.21.23.43.

Le vendredi 17 avril Soirée de Fado de Coimbra avec Alves de Oli-veira, accompagné à la guitare portugaise parManuel Miranda et aux guitares classiquespar Pompeu Gomes et Casimiro Silva, avecune invitée surprise. Organisée par l’associa-tion Gaivoita. Lusofolie’s, 57 av. Dausmesnil,à Paris 12.

Le samedi 25 avril, 21h00 Soirée de fado avec Vanessa Quinteiro et par-ticipation spéciale de Francisca Pereira, ac-compagnées par Sílvio Pereira (viola) etMárcio Silva (guitarra). Organisée par l’Asso-ciation France Portugal Europe, salle la Cha-pelle, à Oloron Ste Marie (64). Infos: 06.14.62.62.17.

Le samedi 25 avril, 21h00 Soirée fado avec Cristina Batista et NelsonDuarte accompagnés de Acácio Branquinhoet António Reis, organisée par le Centre

Franco-Portugais de Bourges. Théâtre SaintBonnet, à Bourges (18). Infos: 06.50.72.51.64.

Le samedi 2 mai, 20h30 Concert de Dulce Pontes à l’Olympia, 28 bou-levard des Capucines, à Paris 09.

Le jeudi 17 avril, à 21h00 Jazz: Yannick Lopes (accordéon et guitarre) avecJohan Renard (violon) et Rémy Yulzari (contre-basse) au Théâtre la Vieille Grille, 1 rue Puits del’Ermite, à Paris 5.

Le mercredi 18 avril, 20h30 Concert de «Guitare en tous ses éclats» avecYannick Lopes (guitare) et Yohann Lopes (ac-cordéon). Œuvres de Bach, Llobet Dolès, Pujol-Vilarrubi, Barrios-Mangore, Dyens et Lopes.Internat d’Excellence Jean Zay, 10 rue du Doc-teur Blanche, à Paris 16.

Le samedi 25 avril, 20h00 Concert de Paco Bandeira et ses musiciens enhonneur du 25 Avril 1974, organisé par Tertúliadas Concertines. Espace Malraux, à Geispol-sheim (67). Infos: 03.88.68.90.12.

Le vendredi 17 avril, 21h00 Canaval brésilien du printemps, Fête d’Aristão,avec Rosa de Samba Zabumba + Musiciensbrésiliens et généralistes. Au Balajo, 9 rue deLappe, à Paris 11.

Le samedi 18 avril, 19h30 Dîner dansant animé par Carlos Pires et son or-chestre. La Rose des Sables, ZA Les Campa-nules, à Neauphlette (78). Infos: 06.14.33.96.68.

Le samedi 18 avril, 20h30 Dîner-dansant animé par José Cunha, organisépar le Centre Pastoral Portugais d’Argenteuil.Salle Jean Vilar n°2, boulevard Héloïse, à Ar-genteuil (95). Infos: 06.72.26.23.44.

Le samedi 18 avril, 21h00 Fête d’anniversaire de l’émission Voz de Portugalsur IDFM, animée par plusieurs artistes avecquelques surprises. Théâtre Pierre Fresnay, Es-pace Yvonne Printemps, 3 rue St Flaive, à Er-mont (95).

Le dimanche 19 avril Premier Festival Franco-Portugais avec Los Dia-blos, les groupes Les Violettes de Toulouse, AsTricanas de Toulouse et Bombo-Folies, le Duo

Maravilhas, et les chanteurs Marine et DavidDany, à Rieumes (31).

Le dimanche 19 avril, 14h00 Spectacle des Nemanus, organisé par l’Asso-ciation Estrelas do Norte et Mokotos a Rufar.Salle du Lac, boulevard des Campagnols,Parc de Rabaudy, à Castanet Tolosan (31).

Le dimanche 19 avril, 15h00 Festival et démonstrations de danses mo-dernes, organisé par le Centre Pastoral Portu-gais d’Argenteuil. Salle Jean Vilar, boulevardHéloïse, à Argenteuil (95). Entrée libre.

Le vendredi 24 avril, 20h00 Spectacle commémoratif de la Révolution du25 avril avec l’humoriste José Cruz et le chan-teur romantique José Alberto Reis et ses mu-siciens. Au Théâtre 9, 1-5 place de lalibération, Le Blanc Mesnil (93).

Le samedi 25 avril, 20h00 “Le Portugal du rire” avec Pedro Neves, JoãoSeabra, Fernando Rocha, Miguel 7 Estacas,Quim Roscas & Zeca Estacionâncio, organisépar l’association Os Tugas de Sartrouville enpartenariat avec le restaurant Os Estrelas.Places limitées. Théâtre Jacques Brel, àSartrouville (78). Infos: 06.83.78.41.89.

Le samedi 25 avril, 21h00 «Avril au Portugal» avec Carlos Pires et sonorchestre, ainsi que la chanteuse PaulaSoares. Organisé par l’Association des Portu-gais Unis avec Tous de la Vallée de Montmo-rency. Salle Paul Nicolas, 27 route deMargency, à Montmorency (95). Infos: 06.19.98.19.25.

Le samedi 25 avril, 21h00 Spectacle de Mike da Gaita et bal animé parle groupe Fantasia. Dîner dansant organisépar l’association AEDCRE de Villabé. EspaceCulturel La Villa, rue JC Guillemot, à Villabé(91). Infos: 06.80.98.71.21.

Le samedi 25 avril, 21h00 Bal du 15ème anniversaire de l’AmicaleFranco-Portugaise de Clamart animé par legroupe Enigma. Salle des Fêtes Munici-pale, place Jules Hunebelle, à Clamart (92).Possibilité de déjeuner. Infos: 06.22.41.19.23.

Le samedi 25 avril, 21h00 Festa da Liberdade avec le duo Cantar Por-tugal et les chanteurs de fado JenyferRainho et Joaquim Campos. Restaurant LaBarraca, 90 boulevard Maxime Gorki, àVillejuif (94). Infos: 01.46.78.78.78.

Le samedi 25 avril, 21h00 Spectacle de Paula Soares et de CarlosPires et son orchestre, organisé par l’Asso-ciation des Portugais Unis avec Tous de laVallée de Montmorency. Salle Paul Nico-las, 27 route de Margency, à Eaubonne(95). Infos: 06.19.98.19.25.

Le jeudi 30 avril, 21h00 Spectacle avec Nemanus et animation de Cris-tian Esteves, organisé par l’Association EstrelaPortuguesa, à l’Espace Culturel, Place Marceau,à Drancy (93). Infos: 09.52.93.61.83.

Le dimanche 19 avril Festival folklorique avec les groupes Aldeias do Vezde Rosny-sous-Bois, Estrelas do Mar de Nogent-sur-Marne, Danças e Cantares de Paris 11ème,Alegria do Algarve de Epinay-sur-Seine, Aldeias doMinho de Malakoff et Alegres do Norte d’Ivry-sur-Seine, organisé par l’Association Alegres do Norted’Ivry-sur-Seine. Salle Robespierre, 2 rue Robes-pierre, à Ivry-sur-Seine (94). Possibilité de déjeunersur place. Infos: 06.63.16.94.92.

Le samedi 25 avril, 19h00 Festival de folklore organisé par le Centre CulturelVianense avec les groupes Vale do Ave de Mon-treuil, Viana é Amor de Claye-Souilly, Os Lusitanosde St Cyr l’Ecole, Terras de Valdevez de Massy, Es-trelas Douradas de Versailles, Casa de Santa Martade Portuzelo de Pantin et Groupe Folklorique etCulturel Vianense de Gien. Gymnase Maurice Ba-gnet, 6/8 rue d’Estienne d’Orves, à Pantin (93). Infos: 06.52.64.09.49.

Le dimanche 26 avril, 12h00 Festival de folklore avec 5 groupes folkloriquesportugais dans le cadre du 15ème anniversairede l’Amicale Franco-Portugaise de Clamart.Salle des Fêtes Municipale, place Jules Hune-belle, à Clamart (92). Possibilité de déjeuner. Infos: 06.22.41.19.23.

Le dimanche 26 avril, 14h00 Festival folklorique avec les groupes Infantilet Adulte de Soisy, Os Lusitanos de SaintCyr-l’Ecole, Roda do Alto Paiva d’Orsay, Es-trelas do Norte de Mitry-Mory, Flores daMadeira d’Ormesson-sur-Marne, Danças eCantares d’Almeirim de Levallois-Perret,Casa do Povo de Serzadelo (Guimarães) etle groupe de Bombos de Soisy-sous-Mont-morency. Organisé par l’Association desPortugais Unis avec Tous de la Vallée deMontmorency. Salle Paul Nicolas, 27 routede Margency, à Eaubonne (95). Infos: 06.19.98.19.25.

Le dimanche 26 avril, 14h00 Festival de folklore organisé par le groupe Tra-dições do Alto e Baixo Minho, avec les groupesTradições do Alto e Baixo Minho de Montlhéry,CCPPVEA d’Argenteuil, Aldeias do Vez deRosny-sous-Bois, Alegres da Noite d’Ivry-sur-Seine et Traditions du Portugal de Corbeil-Es-sonnes. Salle des Fêtes, boulevard Mouchy, àMontlhéry (91). Entrée libre.

Le dimanche 19 avril, 15h00 Tournoi de Sueca organisé par l’Associationfolklorique Juventude portuguesa de Paris 7.Salle C3B, 54 rue Emeriau, à Paris 15.

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Festa da Voz dePortugal naRádio Enghien

No próximo sábado, dia 18 de abril,o programa ‘Voz de Portugal’ da rádioEnghien, será integralmente dedi-cado à festa do 31° aniversário de Vozde Portugal IDFM.O convidado do sábado seguinte, dia25 de abril é o cantor franco-vietna-mita Gérard Addat.O programa tem lugar aos sábados,das 14h30 às 16h30, e pode ser ou-vido na região norte de Paris em FM98,0 ou por internet em:idfm98.fr.

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le 15 avril 2015

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