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Aula sobre manutenção preditiva da UFV
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Manutenção preditiva: Exame Visual
Profª Jéssica Pontes Rangel
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica MEC 496 – Manutenção Mecânica
Viçosa - MG
Manutenção Preditiva
• As tecnologias preditivas mais comuns são:
- Análise de Vibração;
- Tribologia e Lubrificação;
- Termografia e Medição de Temperatura;
- Medida de Fluxo;
- Análise de Motores Elétricos
- Detecção de Vazamento;
- Monitoramento de Corrosão;
- Monitoramento de Parâmetros de Processo;
- Observação Visual e de Ruído.
Exame visual como elemento de manutenção
• O exame visual constitui-se num auxiliar poderoso em todas as atividades industriais, tornando-se
possível em muitos casos evitar acidentes cujas as consequências podem ser altamente dispendiosas.
• Este método de inspeção é o mais antigo e ainda é o método utilizado com maior frequência nas técnicas
de inspeção e mesmo de manutenção.
Exame visual como elemento de manutenção
• É de fácil aplicação e relativamente pouco dispendioso, rápido e fornece um conjunto de boas informações
quanto a conformidade de componentes ou processamento com as especificações pertinentes ao
caso.
• A integridade de um número apreciável de peças e componentes é verificada primordialmente pela inspeção ou exame visual, e tal exame constitui parte importante
dos processos práticos de controle de qualidade e também da manutenção em qualquer nível.
Exame visual como elemento de manutenção
• O primeiro passo numa verificação qualquer consiste no exame ou ensaio visual. Por tal método é possível verificar a existência ou não de descontinuidades tais como dobras, costuras, distorções físicas e geométricas, trincas além de vários fatores prejudiciais que se apresentam na superfície do material e que são resultantes de processos inadequados de forjamento, fundição, soldagem, etc.
Exame visual como elemento de manutenção
• Depois que as peças foram fabricadas, o exame visual permite detectar dimensionamento incorreto, aparência inadequada e outros fatores que podem, de uma forma ou de outra, afetar, o produto final.
Exame visual como elemento de manutenção
• Tipicamente tem-se o acompanhamento de soldagens, na qual o exame visual pode monitorar os detalhes da operação durante a execução da mesma; dos primeiros passos a integridade da soldagem final.
Exame visual como elemento de manutenção
• O exame visual permite verificar as junções de componentes soldados, limpeza da superfície, verificação dos eletrodos e confirmar se são corretos ou não, verificar os parâmetros que podem influir de maneira marcante na qualidade da soldagem.
• Todos esses fatores podem ser verificados facilmente pelo exame visual, desde que o inspetor tenha o preparo e conhecimento
necessário para tal.
Exame visual como elemento de manutenção
• Nas técnicas de manutenção, o exame visual de cada componente é um procedimento natural uma vez que permite verificar o estado mecânico do mesmo.
• Dependendo da pesquisa a ser executada pelo exame visual, a mesma pode assumir um papel importantíssimo na manutenção preditiva.
• Por tal razão é que as observações visuais devem ser periódicas, assim como devem ser registradas de maneira clara, para permitir uma avaliação da evolução das irregularidades.
Exame visual como elemento de manutenção
• As técnicas de exames visuais consistem-se na observação pura ou simples de um material ou objeto efetuado a olho nu com a ajuda de elementos ou dispositivos auxiliares que melhorem o alcance e capacidade de percepção do sentido de visão do examinador ou inspetor.
• A execução deste exame está baseada nas leis fundamentais da óptica Geométrica e nas propriedades da radiação de energia luminosa.
Informações fornecidas pelo exame visual
• O exame visual nada mais é que um exame prévio complementar aos demais métodos, quando se trata de manutenção preditiva. Tal complementariedade pode ser considerada sob dois aspectos:
– Caso um defeito qualquer tenha sido detectado por um método qualquer, o exame visual poderá ser aplicado para confirmar ou negar o diagnóstico estabelecido;
EX.: Suponhamos que um exaustor opera normalmente mas que, depois de certo tempo, apresenta um barulho elevado, acompanhado de uma vibração na frequência de rotação do rotor; conclusão óbvia é que se trata de desbalanceamento. O exame visual permitirá verificar se o desbalanceamento é devido a uma pá que se rompeu, está corroída, ou então ao acúmulo de particulado numa das pás, em quantidades bastante superiores a depositada nas demais.
Informações fornecidas pelo exame visual
– Ou acompanhar sua evolução caso o defeito seja detectado somente pelo exame visual e o equipamento continua funcionando, o programa de manutenção preditiva deve ser informado.
EX.: O exame visual no conjunto de palhetas de uma turbina revelou a existência de um início de fissura numa delas. Após ou mesmo antes do reparo, as vibrações dos mancais devem ser verificadas de maneira contínua, visando se assegurar que o reparo, as vibrações nos mancais devem ser verificadas de maneira contínua, visando se assegurar que a palheta não se rompeu e que o reparo executado foi satisfatório.
Limitações inerentes ao exame visual
• Como é de se esperar, o exame visual é limitado a componentes, materiais estáticos, sendo totalmente inviável no exame de componentes em movimento.
• O exame visual e sua periodicidade devem ocorre de conformidade com o ciclo de produção, o que torna difícil o estabelecimento de um calendário preciso para tais exames.
• Uma outra limitação do exame visual consiste na necessidade de desmonte, às vezes parcial, do equipamento a examinar, com as desvantagens associadas a tal operação.
Fatores físicos que afetam o exame visual
• Apesar de aparente facilidade de execução dos exames visuais, vários fatores influenciam a qualidade de sua execução, usualmente relacionadas com a capacidade de visão tais como: – Percepção da luz; – Formas; – Tempo; – Cor; – Profundidade; – Distância.
Fatores físicos que afetam o exame visual
• Percepção da Luz – No ensaio visual a excitação do olho humano depende diretamente do
brilho das superfícies em exame. Para se fixar o nível de iluminação ambiente necessária ao ensaio deve-se ter em conta o brilho a se obter e que depende da cor e rugosidade superficial do objeto.
• Fator tempo – O processo visual não é instantâneo. Mesmo com níveis de iluminação de
brilho baixos a olho humano pode perceber detalhes minúsculos desde que se lhe dê tempo suficiente. Para níveis de iluminação mais elevados o processo de percepção é mais rápido.
• Distância e profundidade – A observação de distâncias é a base da percepção da profundidade da
visão estereoscópica. Esta visão depende ao menos em parte, do fato de que cada olho deve oferecer uma visão diferente do mesmo objeto. A experiência sensorial permite que quando as imagens em uma retina diferem na forma do objeto seja visto como tridimensional, possuindo profundidade.
Fatores físicos que afetam o exame visual
• Avaliação de dimensões – Quanto menor a distância entre a retina e o objeto maior será o ângulo de
observação e maior a separação de imagens na retina-ocular. Considerando que o olho como sistema óptico pode ser enfocado entre 30 cm e o infinito é importante ter-se em conta que a uma distância de aproximadamente 30 cm se obterá a maior resolução da imagem observada e mais fácil será a avaliação de dimensões.
• Avaliação de contraste – A sensação diferencial de claridade é que permite a um objeto aparecer mais
claro ou mais escuro que seu contorno.
• Característica da cor – A cor tem três características físicas principais, tom ou matiz, saturação e
brilho ou luminosidade. O tom é característica que leva o nome (verde, azul..). Saturação é o grau de concentração da cor. Brilho de uma cor, para uma certa intensidade de iluminação, depende do coeficiente de reflexão da luz incidente.
Dispositivos auxiliares do exame visual
• Para que o exame visual seja executado em condições plenamente confiáveis, além de um observador com conhecimento e experiência pertinente ao caso, é importante que a iluminação seja adequada.
• Com isso, há necessidade de fontes de luz portáteis e móveis, contendo preferivelmente fixação magnética.
• O uso de iluminação ultra- violeta pode em vários casos, melhorar a observação por fornecer a tal tipo de luz maior contraste na superfície em observação.
Dispositivos auxiliares do exame visual
• Naturalmente o observador deverá dispor de espelhos, lentes, lupas e, eventualmente microscópios.
• O importante é registrar o observado, tornando possível uma comparação
das observações numa sequência de exames visuais. Como auxiliar de tal registro, um equipamento fotográfico constitui acessório indispensável.
• Obrigada!