Mãos de Operário - Myrtes Mathias

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POESIA

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MOS DE OPERRIOCruzadas,inertes,brancas,cansadas,maltratadas,cheias de calos,repousam tranquilas,na imobilidade absoluta da morte.Mos que construram casas humildes,edifcios luxuosos,templos de Deus.Cansaram-se de construir edifcios to grandesque prontos,sequer ousaram toc-los.Humildes mos de operrios,iro para sempredeixando suas marcasnas paredes dos barracos,das casas ricas,dos templos,onde o povo buscar seu Deus.To ocupadas estiveram,que nada ajuntaram.Voltam ao Criadorleves como chegaram,levando apenas as marcas que abenoam,dignificam.Lembram outras mosque vieram ao mundo para construir.Mos de um outro operrio,que se entregaram por mim.Tingiram-se de vermelho,nos braos da cruz,para se destacarem no azul,para o qual apontam:Mos de outro operrio,mos de Jesus.