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ELIÉZER ALVES MAPEAMENTO DOS TERRENOS BALDIOS NA ÁREA DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO CONJUNTO MILTON GAVETTI, LONDRINA-PR, COMO SUBSÍDIO PARA PROGRAMA LOCAL DE CONSCIENTIZAÇÃO CONTRA A DENGUE Londrina 2019

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ELIÉZER ALVES

MAPEAMENTO DOS TERRENOS BALDIOS

NA ÁREA DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

DO CONJUNTO MILTON GAVETTI, LONDRINA-PR,

COMO SUBSÍDIO PARA PROGRAMA LOCAL DE

CONSCIENTIZAÇÃO CONTRA A DENGUE

Londrina 2019

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ELIÉZER ALVES

MAPEAMENTO DOS TERRENOS BALDIOS

NA ÁREA DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

DO CONJUNTO MILTON GAVETTI, LONDRINA-PR,

COMO SUBSÍDIO PARA PROGRAMA LOCAL DE

CONSCIENTIZAÇÃO CONTRA A DENGUE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Geografia da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Geografia. Orientador: Dr. Osvaldo Coelho Pereira Neto

Londrina 2019

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ELIÉZER ALVES

MAPEAMENTO DOS TERRENOS BALDIOS

NA ÁREA DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

DO CONJUNTO MILTON GAVETTI, LONDRINA-PR,

COMO SUBSÍDIO PARA PROGRAMA LOCAL DE

CONSCIENTIZAÇÃO CONTRA A DENGUE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Geografia da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Geografia.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________ Prof. Dr. Osvaldo Coelho Pereira Neto (orient.)

Universidade Estadual de Londrina - UEL

____________________________________ Prof. Dr. Rigoberto Lázaro Prieto Cainzós Universidade Estadual de Londrina - UEL

____________________________________ Prof. Dra. Nathália Prado Rosolém

Universidade Estadual de Londrina - UEL

____________________________________ Prof. Drndo. Glauber Stefan Barbosa

Universidade Estadual de Londrina - UEL

Londrina, 23 de janeiro de 2019.

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ALVES, Eliézer. Mapeamento dos terrenos baldios na área da Unidade Básica de Saúde do Conjunto Milton Gavetti, Londrina-PR, como subsídio para programa local de conscientização contra a dengue. 2019. 26 p.. Trabalho de Conclusão de Curso de Bacharelado em Geografia – Universidade Estadual de Londrina, Londrina-PR, 2019.

RESUMO

Nos últimos anos a dengue tem sido tratada como uma epidemia grave, de grande incidência nos países de clima tropical, dentre eles, o Brasil, sendo considerada um fator de saúde pública de grande relevância em todos os centros urbanos do país. Devido a gravidade da doença, ações governamentais têm sido realizadas a fim de erradicá-la. No intuito de contribuir com a temática, este trabalho tem como proposta apresentar o mapeamento dos terrenos baldios na região da UBS-Unidade Básica de Saúde do Conjunto Milton Gavetti para fins de prevenção dos casos de dengue. Estudar seus indicadores, bem como realizar pesquisas epidemiológicas são contribuições da geografia de suma importância para a saúde. Este estudo apresenta uma proposta de intervenção a fim de otimizar a dinâmica da prevenção da epidemia do mosquito Aedes aegypti por meio de um trabalho de conscientização da população da região da UBS Milton Gavetti, realizado pelos agentes de saúde utilizando-se de material que contém ilustrações de locais do bairro, que são diretamente afetadas aos moradores. Realizou-se o mapeamento dos terrenos baldios da região por meio do software QGis, o que tornou possível classificá-los conforme o seu tipo de ocupação. Os resultados da pesquisa apontam para uma maior incidência de descarte de lixo nos terrenos baldios públicos devido a falta de sansão para os responsáveis. A intervenção realizada pelos agentes por meio do panfleto deve corroborar com a conscientização dos moradores do entorno, o que denota que a educação é capaz de modificar hábitos e melhorar a qualidade de vida das pessoas e nesta situação, melhorar a saúde da população.

Palavras-chave: Geografia da Saúde. Dengue. Terrenos Baldios. Aedes Aygpit. Terreno baldio.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 12

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 14

1.1 O MOSQUITO DA DENGUE ........................................................................... 14

1.2 FATORES DE PROLIFERAÇÃO DA DENGUE .............................................. 15

1.3 DENGUE NO BRASIL ..................................................................................... 17

1.4 PRINCIPAIS INDICADORES DE DENGUE .................................................... 19

1.5 SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA ................................................. 20

2 MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................................... 21

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................. 24

4 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 26

5 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 27

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INTRODUÇÃO

A dengue é uma doença grave, de grande incidência nos últimos anos,

sendo um fator de saúde pública importante em todos os centros urbanos do país.

Devido sua gravidade, ações governamentais têm sido realizadas a fim de combatê-

la.

Fazem-se necessárias mudanças na forma de conscientizar a população

principalmente nos locais onde o seu vetor e conseqüentemente o vírus conseguem

se disseminar com mais facilidade, que são as regiões tropicais.

A ênfase do estudo relaciona-se à problemática sócio-ambiental urbana.

Nessa perspectiva, são envolvidos o clima, a urbanização desorganizada intensa e a

eficácia das políticas públicas no controle de vetores das doenças no país.

Este trabalho discutirá sobre a abordagem atual utilizada pelos serviços de

saúde para prevenção, controle e monitoramento do mosquito Aedes aegypti. Serão

elencados possíveis ações para que haja uma mudança educacional na unidade

básica de saúde (UBS) do Milton Gavetti, uma vez que se objetiva demonstrar para

todos os cidadãos que residem no bairro a relação entre o cuidado com os terrenos

baldios e a disseminação da dengue.

Embora haja muitas ações para informar a população a cerca deste fato,

pouco se tem conseguido em relação a diminuição do lixo acumulado nos terrenos

baldios, demonstrando que há uma ineficácia da forma como se aborda a

população. A literatura comprova que quando não há resultado com uma abordagem

pedagógica, deve-se tentar outras abordagens, neste sentido um trabalho de

conscientização social deve ser realizada individualmente pela divisão

epidemiológica de endemias do município de Londrina.

Para a consecução deste objetivo, será necessário realizar o mapeamento

dos terrenos baldios daquela região, a partir destes, classificá-los para otimizar este

trabalho de intervenção pelos agentes de saúde da UBS. A classificação dos

terrenos tem uma relação diretamente proporcional dos níveis de descarte de lixo

com a possibilidade de punição ao seu responsável.

É de suma importância acabar com o lixo depositado em terrenos baldios,

onde, mesmo havendo a retirada destes lixos por parte da prefeitura e de seus

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mutirões de limpeza, a população volta a fazer o descarte indevido nestes locais,

demonstrando um problema sócio-cultural que deve ser repensado.

Desse modo, o desafio para agências nacionais e internacionais da saúde é

inverter a tendência da atividade epidêmica crescente da dengue e a incidência de

febre hemorrágica por meio do controle da reprodução do seu vetor.

O estudo tem um caráter descritivo e exploratório, com uma abordagem

qualitativa, que serão obtidas por meio da revisão de literatura para a cobertura da

temática e subsídio da discussão dos dados averiguados, os quais, o serão feitos

com o uso dos mapas obtidos no software Qgis.

Na cidade de Londrina, a cada três meses é feito o Levantamento Rápido de

Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), que é uma pesquisa da infestação do

mosquito por uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

Cada UBS tem uma quantidade de terrenos baldios (TB) que tem uma

enorme quantidade de lixo jogado, causando um grande transtorno para a própria

população. A pesquisa será realizada na região da UBS do Milton Gavetti devido às

características dos terrenos baldios desta região bem como o acesso aos agentes

de saúde para a realização da intervenção após o mapeamento. Para delimitar a

extensão da abrangência da região da UBS Milton Gavetti será utilizado o Google

Maps.

Obter o mapeamento dos terrenos baldios da região vai possibilitar aos

agentes de saúde bem como as autoridades competentes responsáveis pelo

controle de endemias ter uma classificação destes terrenos e assim obter seus

maiores locais de riscos de procriação de vetores.

Também é possível utilizar-se do mapeamento para cruzar informações com

os índices de infestação para comprovar os apontamentos da literatura sobre

terrenos baldios x maiores índices de infestação, todavia, este estudo não abrangeu

esta relação, restringindo-se ao uso do mapeamento para a intervenção local.

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1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 O MOSQUITO DA DENGUE

O mosquito transmissor da Dengue é originário do Egito, na África, e vem se

espalhando pelas regiões tropicais e subtropicais do planeta desde o século XVI,

período das Grandes Navegações. Admite-se que o vetor foi introduzido no Novo

Mundo, no período colonial, por meio de navios que traficavam escravos (OMS,

2009).

Segundo levantamento epidemiológico realizado pelo Ministério da Saúde

publicados em 2017 foram informados 1.500.535 casos no ano de 2016. Em relação

ao ano anterior, 2015, houve um pequeno declínio uma vez que foram notificados

1.688.688 casos (BRASIL, 2017).

Estes dados são alarmantes corroboram com a estatística de 2009 realizada

pela Organização Mundial da Saúde (2009), a dengue é uma doença tropical que

atinge anualmente de 500 a 800 milhões de pessoas em mais de 100 países como o

Brasil, Paraguai e Uruguai e deixam anualmente mais de 20 mil mortos.

A dengue tem um alto custo à saúde pública; uma batalha travada contra o

mosquito Aedes aegypti que está longe de acabar. Muitas residências acumulam

água, mas o foco principal atualmente são, principalmente, os terrenos baldios. Isso

vem ocorrendo pelo fato da própria população do entorno desses terrenos serem os

responsáveis por jogar o lixo nesses locais.

...a importância que é dada às ações de educação, comunicação e informação, que podem ser confinadas apenas à atuação dos agentes de saúde em cada residência, associada ou não a algumas campanhas pontuais de educação e/ou comunicação de massa, ou ser bem mais abrangente com participação efetiva de setores sociais e governamentais; e à busca da participação das comunidades no processo de prevenção, implementação de metodologias pedagógicas capazes de proporcionar mudanças de comportamento no que diz respeito aos cuidados individuais e coletivos com a saúde, com ênfase na necessidade de redução e eliminação dos criadouros potenciais do mosquito transmissor da dengue. (BRASIL, 2009).

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O processo de procriação do mosquito é muito rápido: de 5 a 6 dias o

mosquito já é adulto. Água parada na temperatura ideal e alimento formam o cenário

completo para o mosquito tornar-se de ovo a adulto, rapidamente. O único controle

do mosquito que pode ser feito é por meio do mapeamento e identificação dos tipos

de criadouros que se têm em terrenos baldios.

Quanto ao agente etiológico, o vírus do dengue tem sua propagação hoje grandemente facilitada pelo aumento espetacular da intensidade e velocidade do tráfego aéreo e terrestre. Rapidamente, ele pode ser transportado de uma cidade à outra, de um país a outro, de um continente a outro, no sangue de pessoas portadoras da infecção. O período de transmissibilidade, ou de viremia, é prolongado, pois o vírus pode ser detectado no sangue desde um a dois dias antes do aparecimento dos sintomas, até oito dias após o seu início, facilitando assim sua disseminação pelo mosquito vetor (GUBLER, 1997).

A propagação geográfica dos vetores do mosquito e dos vírus conduziu à

ressurgência global da dengue epidêmica e à emergência da febre hemorrágica nos

últimos 25 anos, com o desenvolvimento da hiperendemicidade em muitos centros

urbanos dos trópicos. Atualmente, ocorrem cerca de 50 milhões de infecções por

ano, e destes, 500 mil casos são da febre hemorrágica (BRASIL, 2009).

1.2 FATORES DE PROLIFERAÇÃO DA DENGUE

A doença necessita do vetor para contaminar o ser humano. A proliferação da

doença decorre necessariamente da falta de controle dos criadouros do mosquito

Aedes aegypti. Dentre eles, os principais fatores são:

- Falta de saneamento básico;

- Acúmulo de lixo nas residências e vias públicas;

- Número elevado de terrenos baldios;

- Pouca participação da comunidade nas campanhas. (Vale a máxima de que a

culpa sempre é dos outros: do vizinho; do poder público, isto é, nunca assume-se a

parcela de culpa de cada um).

O Aedes aegypti mantém características urbanas e alimenta-se de seivas

das plantas. Porém, as fêmeas desta espécie são hematófagas, ou seja, alimenta-se

de sangue também. Isto faz com que ao ingerir o sangue do hospedeiro infectado,

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ela ingira junto, os microorganismos que produz a doença. Cada mosquito vive em

média, 30 dias e, quando férteis, as fêmeas chegam a depositar entre 150 a 200

ovos (figura 1) (SILVA; MARIANO; SCOPEL, 2007).

Figura 1. Esquematização ilustrativa do Aedes aegypti.

Fonte: www.brasil.gov.br

O homem é a principal fonte de infecção do mosquito Aedes aegypti. O vírus

da dengue é composto por quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4, caso

uma pessoa seja infectada por um deles, ela terá proteção permanente para o

mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três. No entanto,

o individuo pode adoecer novamente com os outros tipos de vírus, sendo que em

uma segundo infecção, o risco da forma grave é maior, porém não obrigatório que

aconteça (GUBLER, 1997).

A dengue se manifesta de duas formas principais, que são: a forma clássica

e a hemorrágica. Segundo as estatísticas do Ministério da Saúde, aproximadamente

5% das pessoas acometidas com dengue hemorrágica, morrem. Atualmente o

próprio Ministério da Saúde tem o objetivo de diminuir este índice para 1% (BRASIL,

2010).

Uma das condições essenciais para que ocorra a reprodução e conseqüente

proliferação da doença é que o vetor encontre água limpa e parada, qualquer

pessoa leiga hoje sabe desse fator pelo fato do mesmo ser amplamente divulgado

nos meios de comunicação e campanhas realizadas pelo ministério da saúde. Assim

cada cidadão e os órgãos governamentais conhecem seus papéis no combate a

dengue (SOUZA, 2016).

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A chuva é um fator muito importante para sua proliferação, pois se sabe que

nos centros urbanos o lixo muitas vezes não é descartado da forma correta. Isso não

acontece apenas em grandes cidades onde a coleta não é eficiente, mas também

em pequenas cidades isso também pode ocorrer, depende muito do empenho do

gestor municipal e da vigilância em saúde (RIOS et al, 2018).

1.3 DENGUE NO BRASIL

Segundo Soares citado por Teixeira (1999) algumas evidências indicam a

ocorrência de epidemias de dengue no Brasil desde 1846, nas cidades de São Paulo

e Rio de Janeiro. Outros surtos relacionados a doença em São Paulo, no período

compreendido entre 1851 e 1853, também são mencionados nesta publicação. No

entanto, na literatura médica, apenas em 1916 em São Paulo e em 1923 em Niterói.

Um inquérito sorológico realizado na Amazônia em 1953/1954, encontrou soropositividade para dengue, sugerindo que houve circulação viral na região. Entretanto, a primeira epidemia de dengue com confirmação laboratorial acontece em 1982, na cidade de Boa Vista, capital do Estado de Roraima, com a ocorrência de 11 mil casos segundo estimativas, o que correspondeu a aproximadamente uma incidência de 22,6%, e foram isolados dois sorotipos dos vírus no curso do evento: DEN-1 e o DEN-4. Estes agentes estavam circulando em diversos países do Caribe e no norte da América do Sul e sua introdução, possivelmente, se deu por via terrestre, pela fronteira da Venezuela. A propagação viral para o resto do país não se dá a partir desse episódio pelo fato de o mesmo ter sido rapidamente controlado e porque o Aedes aegypti não estava ainda disperso no território brasileiro (DONALISIO, 1995 apud TEIXEIRA, 1999, p.27).

No estudo de Dina et al (1995), verifica-se que a doença só reaparece no

Brasil na década de oitenta, na cidade de Nova Iguaçu, Estado do Rio de Janeiro,

com identificação do sorotipo DEN-1. A partir daí, a virose dissemina-se para outras

cidades vizinhas, inclusive Niterói e Rio de Janeiro, notificando-se 33.568 casos em

1986 e 60.342 em 1987, com taxas de incidência de 276,4 e 491,1 por 100 mil

habitantes, respectivamente. Também em 1986, registram-se casos de dengue em

Alagoas e em 1987 no Ceará, com elevadas taxas de incidência de,

respectivamente, 411,2 e 138,1 por 100 mil habitantes. Ainda em 1987, ocorre

epidemia em Pernambuco, com 31,2 casos por 100 mil habitantes, e surtos

localizados em pequenas cidades de São Paulo, Bahia, e Minas Gerais. Os dados

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obtidos junto a Fundação Nacional de Saúde apontam que após essas primeiras

epidemias de dengue clássico, observa-se um período de dois anos que se

caracteriza pela baixa incidência da doença.

Em 1990, ocorre um recrudescimento de grandes proporções, conseqüente

ao aumento da circulação do DEN-1 e da introdução do DEN-2 no Rio de Janeiro,

onde a incidência atinge 165,7 por 100 mil habitantes, naquele ano, e, em 1991,

613,8 casos por 100 mil habitantes. É neste período que surgem os primeiros

registros de dengue hemorrágico, com 1.316 notificações, 462 confirmações

diagnósticas e oito óbitos (TEIXEIRA, 1999).

De acordo com Dina et al (1995), a incidência de dengue no início da década

de 90 manteve-se dentro dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais,

Bahia, Alagoas e Ceará. Observaram-se poucas notificações advindas do Mato

Grosso e do Mato Grosso do Sul. Nos meados e fins dos anos noventa, a circulação

viral (DEN- 1 e DEN-2) se expande rapidamente para outras áreas do território

brasileiro. Importante ressaltar a gravidade da epidemia de 1994 no Ceará, com

47.221 notificações e uma taxa de incidência de 711,88 por 100 mil habitantes. São

registrados 185 casos suspeitos de dengue hemorrágico, com 25 confirmações e 12

óbitos (DINA et al, 1995).

Na última década, além da dengue, os arbovírus chikungunya (CHIKV) e o

zika (ZIKV) foram observados em franca expansão no Brasil e são tão preocupantes

quanto a dengue. Segundo Souza (2016), a chikungunya é causada por um vírus da

família Togaviridae, tendo sido identificada no Brasil em setembro de 2014. Neste

mesmo ano, acometeu 2.772 pessoas nas regiões Norte e Centro-Oeste. O zika

advém de um vírus da família Flaviviridae e teve o primeiro caso confirmado em abril

de 2015 na Bahia e dispersou-se por todo o país.

Para Souza (2016) as grandes epidemias causadas por estes vírus no país

decorrem em favor da ampla infestação dos vetores em todo território e as ações da

população, que contribui para sua disseminação. Outro fator importante é a demora

do sistema de vigilância em reconhecer precocemente a transmissão e iniciar o

controle efetivo no momento oportuno. Para o autor, a demora na notificação dos

casos é um fator crucial da disseminação da doença. O aumento do número e da

gravidade dos casos de dengue no Brasil, e no mundo, estimula a necessidade de

conduzir investigações para identificar padrões de ocorrência. Conhecer os aspectos

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epidemiológicos e clínicos da doença em áreas endêmicas é essencial para a

implementação de intervenções para o equacionamento da transmissão.

O estudo da dengue e sua relação com o trabalho de prevenção específico

no entorno dos terrenos baldios mapeados na região que servem de criadouro para

o mosquito Aedes aegypti pode ser útil para identificar áreas de risco para

ocorrência da dengue bem como de infecções por ZIKV e CHIKV. Isso porque Aedes

aegypti é vetor também desses vírus, o que torna possível traçar um plano de ação e

estabelecer estratégias de vigilância e controle.

1.4 PRINCIPAIS INDICADORES DE DENGUE

Mesmo com o advento da vacina, as medidas de prevenção e controle da

doença voltam-se para a extinção ou ao menos redução dos criadouros do

mosquito. Equipes de agentes de saúde realizam visitas periódicas in loco. Os

agentes inspecionam locais que são potenciais criadouros do Aedes aegypti, tanto

na parte interna da casa como nas áreas externas, realizando neste momento a

eliminação destes possíveis criadouros e realizando um levantamento da densidade

larvária.

Segundo Donalisio e Glasser (2002) são três os índices obtidos a partir das

visitas domiciliares: a) IIP, Índice de Infestação Predial que remete à porcentagem

de imóveis com a presença do mosquito da dengue; b) IB, Índice de Breteau o qual

indica o número de depósitos positivos a cada 100 imóveis visitados e; c) IR, Índice

de Recipiente, que se refere a porcentagem de depósitos com água com presença

de larvas de Aedes.

Estes índices são utilizados para quantificar os níveis de proliferação do

Aedes aegypti e também para apresentar os indicadores de risco de transmissão

das doenças causadas pelo mosquito. Para se obter dados mais especializados

sobre os indicadores entomológicos, pode-se utilizar o LIRA que é o levantamento

rápido de índice entomológico. Trata-se de um método amostral que monitora a

densidade larvária por meio dos indicadores IIP e IB (BRASIL, 2005).

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A partir dos dados obtidos os gestores de saúde podem realizar medidas

preventivas antes do início do verão, que é o período de maior transmissão da

doença.

Para a obtenção da amostra do LIRAa é utilizado como unidade de análise

aglomerados intraurbanos de 9000 a 12000 imóveis, os quais são chamados

estratos. Em cada um destes estratos sorteia-se uma amostra representativa e

independente de no máximo 450 imóveis, que serão visitados pelos agentes de

saúde para a verificação da existência de criadouros ou focos de larvas (BRASIL,

2005).

1.5 SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

Geoprocessamento é a disciplina que trata da utilização de técnicas

matemáticas e computacionais para o tratamento da informação geográfica. As

ferramentas computacionais utilizadas são chamadas de Sistemas de Informação

Geográfica (SIG), e são softwares que oportunizam a análise especializada e

complexa de dados espaciais e temporais, integrando-os por meio de um banco de

dados georreferenciado (CÂMARA e DAVIS, 2004).

Os mapas de risco são resultados de modelos de transmissão de doenças

embasados em dados obtidos em determinado intervalo de tempo e território, que

são relativos à entomologia, epidemiologia e informações climáticas e ambientais

locais. Ferramentas como sistema de informações geográficas são utilizados para

análise espacial, as quais resultam em grande volume de informações que são

capazes de descrever, explicar e prever o risco (KITRON, 2000).

Os dados espaciais são de fundamental importância no SIG, e o sucesso de

um sistema de informações geográficas aplicado à saúde está fortemente

dependente da acuracidade, temporalidade, escala e compatibilidade dos dados

com o sistema (RIOS et al., 2009).

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2 MATERIAIS E MÉTODOS

Foram analisados os mapas epidemiológicos bem como todo o material que

norteia as ações dos agentes de endemias e demais servidores que atuam em

ações educativas.

Foi confeccionado um mapa constando os terrenos baldios para identificar

os locais onde são descartados o lixo e depois utilizados na abordagem interventiva

junto à população da região da UBS Milton Gavetti (figura 2).

Figura 2: Mapa de localização da área de estudo da Unidade de Saúde Milton Gavetti.

500 m

Fonte: aplicativo Google Earth, 2019

Organização: o autor

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Utilizou-se o software QGIS com objetivo de descrição e visualização da

distribuição espacial dos terrenos baldios, associado a análise espacial do risco da

doença em forma de mapas temáticos, a partir da cartografia digital urbana obtida do

portal do SIGLON (PML, 2018), da Prefeitura Municipal de Londrina.

Buscar-se-á neste trabalho avaliar qual a relação dos casos de dengue na

região da UBS Milton Gavetti e os terrenos baldios, que recebem descartes de lixos

e outros materiais, propiciando o aumento da infestação do mosquito transmissor da

dengue.

Para sabê-lo, serão revisadas na literatura existente na língua portuguesa,

dos últimos dez anos, publicações que trazem as características da doença e sua

propagação, a questão do acúmulo de lixo e as ações existentes que propiciam o

controle da doença, traçando um arcabouço teórico a fim de responder a questão

norteadora deste estudo.

A base cartográfica urbana obtida no SIGLON foi importada para o QGIS.

Através do Mapa da Área de Abrangência da Unidade de Saúde Milton Gavetti

(figura 3), da Prefeitura de Londrina, foi delineado o limite da UBS na base

cartográfica no QGIS. Com a utilização do aplicativo GoogleEarth, juntamente com

levantamento de campo, foi obtida a localização da UBS bem como dos terrenos

vazios, potenciais receptores de lixo, e estes foram demarcados na base do QGIS.

Esses terrenos vazios foram divididos em três categorias: os vazios

municipais, correspondendo a pequenas praças e rotatórias da malha viária; os

vazios planejados, correspondendo a locais onde a base cartográfica do SIGLON já

está com a estruturação de lotes planejada; e os vazios totais, correspondendo a

áreas vazias sem nenhuma utilização.

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Figura 3: Quadro ilustrando a área de abrangência da Unidade de Saúde Milton Gavetti

Fonte: PML, 2018.

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir deste estudo, haverá um subsídio para as equipes de endemias do

município para abordar a população da região da UBS Milton Gavetti, mostrando de

maneira ilustrada quais os tipos de lixos depositados nos terrenos baldios tem sido

criadouros do Aedes aegypti. Com isso, a população receberá uma intervenção

educativa para realizar os descartes de lixo de forma adequada, para o seu próprio

bem-estar e da comunidade no seu entorno (Anexo 1).

O material confeccionado para utilização por parte dos agentes de endemia

apresentam ilustrações de materiais que foram encontrados nos terrenos da região

estudada, trazendo a realidade daquele local, para que facilite ao morador do bairro

e daquele entorno a apropriação daquele conhecimento.

A figura 4 apresenta três tipos de terrenos, que foram coloridos em verde,

amarelos e vermelho. Os terrenos em verde são terrenos particulares, de

responsabilidade privada a sua conservação e manutenção. Estes terrenos embora

estejam vazios, são considerados vazios planejados, pois há uma perspectiva de

construção de moradias a curto, médio ou a longo prazo, como é natural no

desenvolvimento urbano. O acúmulo de descartes nestes terrenos mobiliza uma

ação de seu proprietário, ou responsável, uma vez que o mesmo pode sofrer

sanções de multa ao não promover esse cuidado.

Os terrenos marcados com a cor amarela são de propriedade do município e

os de cor vermelha são os fundos de vales e áreas públicas sem destinação. Tanto

os vazios totais quanto os municipais não possuem um controle de descarte de

material, e o mesmo se acumula paulatinamente. É recorrente esse problema nas

outras regiões da cidade que possuem esses tipos de vazios urbanos.

A existência de ecopontos, os locais determinados para descartes de

materiais como restos de obras, galhos, troncos, entre outros, não foram suficientes

para inibir a ação da população em depositar em qualquer lugar seus refugos.

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Figura 4: Categorização dos vazios urbanos na área da UBS Milton Gavetti.

Fonte: o autor

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4 CONCLUSÃO

É de conhecimento notório que a educação das pessoas pode promover

significativas mudanças na sociedade. Por meio do conhecimento as pessoas

podem apropriar-se de novos hábitos mais salutares para si e para os seus pares,

impactando diretamente no seu cotidiano e do seu entorno.

A proposta deste estudo trará a questão da informação de maneira

contextualizada para os moradores do Conjunto Habitacional Milton Gavetti no que

tange o descarte de lixo e outros objetos nos terrenos vazios de sua

circunvizinhança para a prevenção do desenvolvimento e infestação do mosquito

Aedes aegypti e com isso a prevenção da dengue e outros vetores.

Sua consecução contou com a elaboração de mapa da região, identificando

e classificando os terrenos vazios por categorias quanto sua ocupação. Por meio da

ilustração obtida foi possível vislumbrar a grande quantidade de terrenos que não

são de responsabilidade de particulares e com isso propicia maiores descuidos

devido à falta de sanções para tais ações.

Também foi possível propor a criação de um instrumento de intervenção

junto à população desta região para ser utilizado pelos agentes de endemias.

Diferente dos instrumentos disponíveis atualmente nas redes primárias de atenção à

saúde, este tem o apelo de mostrar os mesmos tipos de materiais que são

encontrados nestes terrenos, deixando à realidade da prevenção da doença mais

próxima destas pessoas.

Este estudo não tem pretensão de esgotar a temática, mas de suscitar a

discussão sobre a mesma, denotando que a Geografia é uma ciência que permeia a

sociedade transdisciplinarmente, e na questão da saúde, pode ser amplamente

utilizada para ações de controle epidemiológico.

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ANEXOS

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ANEXO 1. Proposta de intervenção