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MARCADORES LABORATORIAIS DE TOXICIDADE NA QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER COM PACLITAXEL E DOXORRUBICINA CAROLINA PANIS, ANA CRISTINA HERRERA, VANESSA JACOB VICTORINO, LUCAS FREITAS DE FREITAS, TATIANE DE ROSSI, DECIO BARBOSA SABATINI, RUBENS CECCHINI. Laboratório de Fisiopatologia de Radicais Livres, Universidade Estadual de Londrina COMUNICAÇÃO ORAL e-mail : carolpan [email protected] palavras-chaves: quimioterapia, câncer, toxicidade. RESUMO: A quimioterapia do câncer utiliza fármacos inespecíficos, capazes de atingir tanto as células tumorais como as saudáveis de multiplicação rápida. Devido a esta inespecificidade destas drogas, observa-se como conseqüência o aparecimento de lesões sistêmicas induzidas pela quimioterapia, caracterizando assim a toxicidade mediada pelos antineoplásicos. Os efeitos adversos induzidos pelos quimioterápicos podem ser observados através da dosagem de substâncias específicas dos tecidos que são liberadas no sangue, utilizadas assim como marcadores para avaliação de toxicidade. Assim, através de revisão de literatura, este trabalho investigou os principais marcadores de toxicidade utilizados para avaliar os efeitos provocados pela quimioterapia com paclitaxel e doxorrubicina. São utilizados como marcadores laboratoriais de toxicidade na quimioterapia os perfis hematológico, hepático, renal e muscular .Pesquisas têm demonstrado a participação de mediadores como citocinas e radicais livres, apontando que no futuro estas substâncias poderão ser empregadas como marcadores mais específicos da lesão induzida por quimioterápicos. INTRODUÇÃO: A taxa de mortalidade por câncer ocupa o segundo lugar como causa de óbito no Brasil e configura-se como um importante problema de saúde pública e segundo dados do

MARCADORES LABORATORIAIS DE TOXICIDADE NA QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER COM PACLITAXEL E DOXORRUBICINA

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MARCADORES LABORATORIAIS DE TOXICIDADE NA QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER COM PACLITAXEL E DOXORRUBICINA. CAROLINA PANIS, ANA CRISTINA HERRERA, VANESSA JACOB VICTORINO, LUCAS FREITAS DE FREITAS, TATIANE DE ROSSI, DECIO BARBOSA SABATINI, RUBENS CECCHINI. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: MARCADORES LABORATORIAIS DE TOXICIDADE NA QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER COM PACLITAXEL E DOXORRUBICINA

MARCADORES LABORATORIAIS DE TOXICIDADE NA QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER COM PACLITAXEL E DOXORRUBICINA

CAROLINA PANIS, ANA CRISTINA HERRERA, VANESSA JACOB VICTORINO, LUCAS FREITAS DE FREITAS, TATIANE DE ROSSI, DECIO BARBOSA SABATINI,

RUBENS CECCHINI.Laboratório de Fisiopatologia de Radicais Livres, Universidade Estadual de Londrina

COMUNICAÇÃO ORALe-mail : carolpan [email protected]

palavras-chaves: quimioterapia, câncer, toxicidade.

RESUMO: A quimioterapia do câncer utiliza fármacos inespecíficos, capazes de atingir tanto as células tumorais como as saudáveis de multiplicação rápida. Devido a esta inespecificidade destas drogas, observa-se como conseqüência o aparecimento de lesões sistêmicas induzidas pela quimioterapia, caracterizando assim a toxicidade mediada pelos antineoplásicos. Os efeitos adversos induzidos pelos quimioterápicos podem ser observados através da dosagem de substâncias específicas dos tecidos que são liberadas no sangue, utilizadas assim como marcadores para avaliação de toxicidade. Assim, através de revisão de literatura, este trabalho investigou os principais marcadores de toxicidade utilizados para avaliar os efeitos provocados pela quimioterapia com paclitaxel e doxorrubicina. São utilizados como marcadores laboratoriais de toxicidade na quimioterapia os perfis hematológico, hepático, renal e muscular .Pesquisas têm demonstrado a participação de mediadores como citocinas e radicais livres, apontando que no futuro estas substâncias poderão ser empregadas como marcadores mais específicos da lesão induzida por quimioterápicos.

INTRODUÇÃO: A taxa de mortalidade por câncer ocupa o segundo lugar como causa de óbito no Brasil e configura-se como um importante problema de saúde pública e segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, as estimativas para 2009 indicam que ocorrerão 466.730 casos novos de câncer no país. A quimioterapia é o principal método utilizado no tratamento antineoplásico, com objetivo de eliminar as células que compõem o tumor. Entretanto, a quimioterapia também atinge diretamente vários tipos celulares de multiplicação rápida, como células gastrointestinais, capilares e precursores sanguíneos da medula óssea, além de promover efeitos tóxicos sobre diversos tecidos e células.

OBJETIVOS: Neste trabalho investigou-se os principais efeitos tóxicos causados pela quimioterapia com paclitaxel e doxorrubicina no tratamento do câncer.

METODOLOGIA: Para revisão das informações contidas na literatura científica, foram analisados artigos disponíveis nas bases de dados digitais Scielo e Pubmed, utilizando-se as palavras-chave câncer, quimioterapia e toxicidade, e seus respectivos vocábulos em inglês. Foram incluídas nesta análise pesquisas envolvendo protocolos humanos e experimentais

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que forneceram evidencias consistentes sobre a toxicidade sistêmica da quimioterapia empregando paclitaxel e/ou doxorrubicina.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os principais efeitos adversos observados na quimioterapia com paclitaxel foram hipersensibilidade, neurotoxicidade, redução das defesas antioxidantes e anemia induzida por danos diretos aos eritrócitos. O tratamento antineoplásico com doxorrubicina induz principalmente á cardiotoxicidade e alterações renais, como conseqüência da ação direta deste fármaco mediada por radicais livres. Desta forma, são utilizados como marcadores laboratoriais de toxicidade na quimioterapia os perfis hematológico (hemograma completo), hepático (AST, ALT, GGT, bilirrubinas), renal (uréia e creatinina) e muscular (CK, CK-MB). Pesquisas têm demonstrado a participação de mediadores como citocinas e radicais livres, apontando que no futuro estas substâncias poderão ser empregadas como marcadores mais específicos da lesão induzida por quimioterápicos.

CONCLUSÃO: Embora existam diversos marcadores laboratoriais de toxicidade para quimioterápicos, as pesquisas apontam para a necessidade de novos marcadores que possibilitem entender a fisiopatologia da lesão induzida pelos fármacos antineoplásicos, para que se possa intervir neste processo e contribuir para a redução dos efeitos tóxicos destas drogas.

REFERENCIAS: CVITKOVIC E.; DROZ J. P.; ARMAND J. P.; KHOURY S. 1993. Handbook of Chemotherapy in Clinical Oncology. Editora SCI Ltd. 2 ed: 327-330. HALLIWELL B.; GUTTERIDGE J.M.C. 1999. Free radicals in biology and medicine. Oxford: University Press. 3º Edition. SHAYNE, M. et.al. Dose intensity and hematologic toxicity in older cancer patients receiving systemic chemotherapy. Cancer, 110 (7): 1611-1620, 2007.