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  • HARPIA - Revista de Divulgao Cientfica e Cultural do Isulpar Vol.1- n 4- Agosto/2012 ISSN: 2179-4073

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    DIVERGNCIAS SOBRE OS LIMITES PARA ALTERAES DOS CONTRATOS DIVERGNCIAS SOBRE OS LIMITES PARA ALTERAES DOS CONTRATOS DIVERGNCIAS SOBRE OS LIMITES PARA ALTERAES DOS CONTRATOS DIVERGNCIAS SOBRE OS LIMITES PARA ALTERAES DOS CONTRATOS

    ADMINISTRATIVOSADMINISTRATIVOSADMINISTRATIVOSADMINISTRATIVOS

    Marcos Collini

    Milagros Veleda Lopez

    Orientador: Rafael Galvo R. Ramalho

    RESUMORESUMORESUMORESUMO

    O presente artigo tem como objetivo apresentar uma extenso acerca do tema das alteraes

    dos contratos administrativos, especificamente sobre os limites dispostos para as duas

    modalidades de modificaes contratuais previstas no art. 65 da Lei n 8.666/93 de

    natureza qualitativa e quantitativa. Para este estudo foi utilizado o mtodo dedutivo,

    utilizando a pesquisa bibliogrfica como referncia. A possibilidade ou no de ultrapassar os

    limites dos pargrafos 1 e 2 do art. 65 para as alteraes qualitativas, tem dado margem a

    diferentes entendimentos, uma vez que no esto determinados de modo explcito no texto

    normativo, tais percentuais para est forma de alterao. Outro aspecto questionvel, diz

    respeito base de clculo a ser utilizada na alterao quantitativa em contratos de prestao

    de servio contnuo. Contratos em que o valor referncia para a prorrogao no o valor

    total anterior, mas o valor mensal multiplicado pela quantidade de meses de vigncia,

    apresentam a necessidade de tratamento diferenciado com relao aplicao dos limites

    quantitativos de at 25% ou 50% no caso de reformas. Quando estas alteraes coincidem

    com incio de vigncia no h problemas com relao ao princpio da proporcionalidade

    uma vez que o valor correspondente ao acrscimo ou a supresso ser dividido

    proporcionalmente durante todo o perodo, mas quando efetuada no decorrer da vigncia,

    a alterao tomando por base o valor total atualizado, ser dividida de modo integral em

    apenas alguns meses, potencializando o percentual da modificao no valor total do

    contrato para o prximo perodo de vigncia. Por fim vamos apresentar o clculo dos limites

    para as alteraes, utilizando o acmulo ou reduo de variaes percentuais. Uma forma

    prtica de clculo, quando o contrato possuir mais de uma modificao, pois parte-se do

    valor presente no momento da alterao sem a necessidade de recompor o valor inicial

    atualizado.

    PPPPalavrasalavrasalavrasalavras----chavechavechavechave:::: contrato administrativo, limites legais, alteraes quantitativas e

    qualitativas, variaes percentuais, princpio da proporcionalidade.

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    1. INTRODUOINTRODUOINTRODUOINTRODUO

    A Administrao Pblica precisa dos particulares para desempenhar as vrias de

    suas funes, para isto celebra contratos que possuem um carter diferenciado dos

    contratos em geral, por submeter-se ao Direito Pblico e aos Princpios Publicsticos. Essa

    distino entre contratos em geral e contratos da esfera pblica ocorre devido supremacia

    do interesse pblico, da coletividade sobre o interesse do particular, do individual e se

    estabelece com as clusulas denominadas como exorbitantes, que so prerrogativas prprias

    conferidas a Administrao Pblica, no sendo permitidas em contratos de direito privado.

    Ser verificado no decorrer do tema apresentado, que a simples alegao da supremacia do

    interesse pblico, no basta para motivar a aplicao das clusulas exorbitantes.

    Dentre as clusulas exorbitantes iremos destacar a alterao unilateral dos contratos

    administrativos, motivo de vrias discusses entre os doutrinadores com relao aos limites

    da alterao qualitativa e vamos ressaltar tambm alguns aspectos questionveis referentes

    aos limites da alterao quantitativa.

    Com relao aos limites da alterao qualitativa que tem dado margem a diferentes

    entendimentos, ser apresentado o nosso posicionamento com base no subsdio doutrinrio

    de que diferente do que ocorre com as alteraes quantitativas, como as alteraes

    qualitativas no possuem limites explcitos estabelecidos em lei, estas alteraes devem ser

    balizadas de acordo com algumas condies observando os princpios pblicos,

    principalmente os da razoabilidade e proporcionalidade, sem modificar a identidade do

    objeto e respeitando o equilbrio econmico-financeiro do contrato, no possuindo, portanto

    um limite fixo.

    No que diz respeito alterao quantitativa, percebem-se distores na aplicao do

    que foi determinado no dispositivo legal, com relao base de clculo para o limite das

    alteraes, nos casos de prestao de servios contnuos. Devido a forma distinta de

    execuo do objeto, depreende-se que a base de clculo para um contrato de servios

    contnuos deve ser diferente da base de um contrato de obras.

    Por fim, o presente estudo tentar demonstrar que quando houver mais de uma

    modificao com relao a acrscimos ou supresses, existe a possibilidade de calcular as

    margens disponveis e o percentual acumulado para as alteraes quantitativas utilizando a

    diferena e o acmulo de variaes percentuais, com a vantagem de utilizar como base de

    clculo o valor do contrato no momento da alterao, sem a necessidade de recompor o

    valor inicial atualizado.

    2.2.2.2. CONTCONTCONTCONTRATOSRATOSRATOSRATOS ADMINISTRATIVOSADMINISTRATIVOSADMINISTRATIVOSADMINISTRATIVOS FUNDAMENTAOFUNDAMENTAOFUNDAMENTAOFUNDAMENTAO LEGALLEGALLEGALLEGAL

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    2.12.12.12.1 DDDDEFINIO DE EFINIO DE EFINIO DE EFINIO DE CCCCONTRATOONTRATOONTRATOONTRATO

    Antes de tratarmos dos contratos realizados por rgos pblicos importante

    destacar a definio para contratos de um modo geral.

    Para Hely Lopes Meirelles (2002, p. 205) contrato definido como:

    Todo acordo de vontades, firmado livremente pelas partes, para criar

    obrigaes e direitos recprocos. Em princpio, todo contrato negcio

    jurdico bilateral e comutativo, isto , realizado entre pessoas que se obrigam

    a prestaes mtuas e equivalentes em encargos e vantagens. Como pacto

    consensual, pressupe liberdade e capacidade jurdica das partes para se

    obrigarem validamente; como negcio jurdico, requer objeto lcito e forma

    prescrita ou no vedada em lei.

    Portanto contrato um acordo de vontades entre duas ou mais pessoas capazes,

    sobre objeto lcito e possvel, com a finalidade de gerar obrigaes recprocas entre os

    contratantes para adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos, tendo como

    pressuposto o concurso de vontades. Quando as obrigaes so pertinentes somente a uma

    das partes, o contrato unilateral.

    2.22.22.22.2 DDDDEFINIO DE EFINIO DE EFINIO DE EFINIO DE CCCCONTRATO ONTRATO ONTRATO ONTRATO AAAADMINISTRATIVODMINISTRATIVODMINISTRATIVODMINISTRATIVO

    Assim como o particular, a Administrao Pblica tambm celebra contratos. um

    instrumento atravs do qual adquire bens ou servios dos particulares. Sendo a licitao

    pblica, salvo em casos especficos previstos na legislao vigente, um procedimento

    administrativo condicional que antecede formalizao do contrato administrativo, que tem

    como objetivo, obter a proposta mais vantajosa.

    O contrato administrativo submete-se ao regime jurdico de Direito Pblico, em que

    o interesse pblico tem primazia sobre o interesse do particular, contendo clusulas

    exorbitantes e derrogatrias do direito comum. Este tratamento diferenciado ocorre devido

    ao interesse coletivo se sobrepor ao interesse de particulares, o interesse pblico diz respeito

    as expectativas do todo, no das partes individualmente concebidas, permitindo ao Estado

    certos benefcios sobre o particular que no existe no contrato privado.

    O doutrinador Hely Lopes Meirelles (2010, p. 215) conceitua contrato

    Administrativo como o ajuste que a Administrao Pblica, agindo nessa qualidade, firma

    com particular ou outra entidade administrativa para a consecuo de objetivos de interesse

    pblico, nas condies estabelecidas pela prpria Administrao.

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    Mas importante destacar que esta posio jurdica privilegiada da Administrao,

    no retira o aspecto consensual do contrato. Para Hely Lopes Meirelles se o contrato

    administrativo estabelecesse vantagens apenas ao Poder Pblico, no haveriam interessados

    em firmar ajustes com a Administrao Pblica.

    De acordo com Maral Justen Filho (2010, p. 62), indispensvel determinar e

    definir, de modo claro, o contedo dos interesses perseguidos pela Administrao Pblica e

    pelos particulares, realizando ponderao entre eles segundo os valores e os princpios

    consagrados constitucionalmente.

    Hely Lopes Meirelles (2003, p. 206) escreveu que o contrato administrativo :

    consensual, formal, oneroso, comutativo, realizado intuitu personae e geralmente precedido

    de licitao, ou seja:

    consensual porque consubstancia um acordo de vontades, e no um ato unilateral e

    impositivo da Administrao; formal, porque se expressa por escrito e com requisitos

    especiais; oneroso porque remunerado na forma convencionada; comutativo porque

    estabelece compensaes recprocas e equivalentes para as partes; intuitu personae porque

    deve ser executado pelo prprio contratado, vedadas, em princpio, a sua substituio por

    outrem ou a transferncia do ajuste.

    2.32.32.32.3 PPPPRINCPIOS RINCPIOS RINCPIOS RINCPIOS NNNNORTEAORTEAORTEAORTEADORESDORESDORESDORES

    Dentre os princpios norteadores da Administrao Pblica alguns esto previstos no

    artigo 37 da Constituio Federal: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e

    eficincia, mas no esgotam a matria, portanto existem outros princpios que so

    reconhecidos, embora no estejam previstos propriamente no ordenamento constitucional,

    mas igualmente orientam as diretrizes da Administrao Pblica e tm a mesma relevncia

    que os primeiros, tendo reconhecimento por parte da doutrina e jurisprudncia.

    Exemplos de princpios que so reconhecidos e no esto elencados no artigo 37 da

    Constituio: isonomia, supremacia do interesse pblico, proporcionalidade, razoabilidade,

    finalidade e motivao.

    No presente artigo so abordados, mais especificamente, os princpios da

    proporcionalidade e razoabilidade, reconhecidos como princpios em que toda atividade

    administrativa est submetida e possuem implicao direta na questo que ser apresentada.

    2.2.2.2.3.13.13.13.1 Princpios da Razoabilidade e ProporcionalidadePrincpios da Razoabilidade e ProporcionalidadePrincpios da Razoabilidade e ProporcionalidadePrincpios da Razoabilidade e Proporcionalidade

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    Em determinadas situaes a Lei no estabelece soluo, havendo necessidade de ato

    discricionrio por parte do agente administrativo. Assim para a identificao da soluo

    mais adequada, ser necessrio observar os princpios de razoabilidade e proporcionalidade.

    Joel de Menezes Niebuhr (2011, p. 47) define o princpio da razoabilidade da

    seguinte forma:

    Significa que as decises administrativas, especialmente as discricionrias,

    devem encontrar amparo em justificativas racionais, no bom senso. Dessa

    sorte, o princpio em tela probe que os agentes administrativos tomem

    decises que no visem a quaisquer utilidades, despropositadas, que fujam

    dos parmetros do senso comum.

    Deve existir uma relao de equidade entre o critrio de diferenciao e a medida a

    ser tomada. Nas palavras de Lcia Valle Figueiredo (2003, p. 50), a razoabilidade vai se

    atrelar congruncia lgica entre as situaes postas e as decises administrativas.

    Quanto ao princpio da proporcionalidade, Joel de Menezes Niebuhr (2011, p. 47)

    explica que:

    O princpio da proporcionalidade apresenta-se como faceta do princpio da

    razoabilidade, apesar de no confundir-se com ele. O princpio da

    proporcionalidade requer adequao entre os meios e os fins dos atos

    tomados pela Administrao. Logo, ele tem a ver com a gradao, coma a

    potncia, com a intensidade dos atos administrativos.

    Proporcionalidade no sentido literal significa equilbrio entre duas grandezas. Em

    sentido mais amplo, significa que a resoluo de questes deve ser ponderada, de modo a

    adequar o meio a sua finalidade de modo coerente, evitando deste modo, resultados

    desproporcionais e injustos.

    2222....4444 LLLLEGISLAO EGISLAO EGISLAO EGISLAO PPPPERTINENTEERTINENTEERTINENTEERTINENTE

    As contrataes do ente pblico so regidas pela Lei Federal n 8.666/93, criada em

    21 de junho de 1993 e suas alteraes, que regulamentam o artigo 37, XXI da Constituio

    Federal. Esta lei institui normas gerais sobre licitaes e contratos administrativos

    pertinentes a obras, servios, inclusive de publicidade, compras, alienaes e locaes no

    mbito dos poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios.

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    2.52.52.52.5 CCCCARACTERSTICASARACTERSTICASARACTERSTICASARACTERSTICAS

    2.2.2.2.5.15.15.15.1 Clusulas Clusulas Clusulas Clusulas EEEExorbitantes xorbitantes xorbitantes xorbitantes

    O Contrato Administrativo possui caractersticas e particularidades voltadas ao

    interesse da Administrao, que estabelecem uma relao vertical com os contratados.

    Portanto a liberdade de vontades entre as partes, caracterstica dos contratos, neste caso

    limitada pelas chamadas clusulas exorbitantes, ou melhor denominando, prerrogativas do

    interesse pblico, que permitem a alterao das condies de execuo do contrato,

    independentemente da concordncia do contratado.

    De acordo com Hely Lopes Meirelles (2003, p. 203):

    Clusulas exorbitantes so, pois, as que excedem do Direito Comum para

    consignar uma vantagem ou uma restrio Administrao ou ao

    contratado. As clusulas exorbitantes no seriam lcitas num contrato

    privado, porque desigualariam as partes na execuo do avenado; mas so

    absolutamente vlidas no contrato administrativo, uma vez que decorrem da

    lei ou dos princpios que regem a atividade administrativa e visam a

    estabelecer prerrogativas em favor de uma das partes, para o perfeito

    atendimento do interesse pblico, que se sobrepe sempre aos interesses

    particulares.

    Estas prerrogativas esto elencadas nos incisos do art. 58 da Lei 8.666/93, em que a

    Administrao poder: alterar unilateralmente os contratos administrativos; rescindi-los

    unilateralmente; fiscalizar a sua execuo; aplicar sanes administrativas sobre o

    contratado devido inexecuo total ou parcial; e nos casos de servios essenciais, ocupar

    provisoriamente bens mveis, imveis, pessoal e servios vinculados ao objeto do contrato,

    na hiptese da necessidade de acautelar apurao administrativa de faltas contratuais pelo

    contratado, bem como na hiptese de resciso do contrato administrativo.

    Dentre as clusulas exorbitantes ser destacada a alterao unilateral do contrato,

    que possui limitaes quantitativas e qualitativas determinadas por lei que so discutveis,

    conforme veremos a seguir.

    2.2.2.2.5555.1.1.1.1.1.1.1.1 Alterao Unilateral do Contrato Alterao Unilateral do Contrato Alterao Unilateral do Contrato Alterao Unilateral do Contrato

    As alteraes unilaterais, ao contrrio das modificaes consensuais, so as

    originadas pela Administrao independem da anuncia do contratado. Portanto, o

    particular no possuir direitos imutveis com relao ao objeto contratado, nem tampouco

    com relao s clusulas regulamentares que dispem sobre modo de sua execuo do

    contrato.

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    Por outro lado, o seu direito com relao ao equilbrio econmico financeiro inicial

    do contrato deve ser conservado, em qualquer alterao unilateral, conforme o art. 37,

    inciso XXI da Constituio Federal e inciso 6 do art. 65 da Lei 8.666/93 , sob pena de

    enriquecimento ilcito da Administrao. Ou seja, a equao econmica financeira da

    proposta inicial dever ser mantida durante toda a execuo do contrato, de modo a evitar a

    onerao do particular ou at mesmo da Administrao.

    As alteraes podem ocorrer devido a fatos novos e supervenientes, que eram

    imprevisveis e desconhecidos quando a proposta inicial foi formulada, ou por falhas no

    planejamento inicial e na definio do objeto. A alterao unilateral no se constitui em ato

    arbitrrio, mas uma obrigao quando houver a necessidade, no sentido de resguardar o

    interesse pblico. Desta forma, as modificaes sempre devem ser motivadas e justificadas,

    sob pena de nulidade.

    Contudo, importante ressaltar que quando ocorrer necessidade de efetuar

    alteraes, estas devem apenas adequar o objeto, no sendo permitida a alterao de sua

    natureza e funcionalidade.

    Sobre a alterao contratual unilateral, dispe o art. 65 da Lei de Licitaes:

    Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei podero ser alterados, com as devidas

    justificativas, nos seguintes casos:

    I unilateralmente pela Administrao:

    a) quando houver modificao do projeto ou das especificaes, para melhor adequao

    tcnica aos seus objetivos;

    b) quando necessria a modificao do valor contratual em decorrncia de acrscimo ou

    diminuio quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por essa lei.

    Deste modo, a lei autoriza duas espcies distintas de modificaes contratuais, uma

    de natureza qualitativa e outra quantitativa. As alteraes unilaterais quantitativas previstas

    acima na letra b - afetam a dimenso do objeto e se caracterizam pelas supresses e

    acrscimos, as alteraes qualitativas previstas na letra a - modificam a tcnica, a qualidade,

    as especificaes do objeto.

    Mas conforme o apontamento de Joel Niebuhr (2011, p.825), as alteraes dos

    contratos administrativos no se constituem em regra, nem tampouco algo ilimitado, as

    modificaes devem ser excees, cuja ocorrncia pressupe as devidas justificativas. A

    Administrao deve ser responsvel no seu planejamento inicial, realizando estudos prvios

    e consistentes.

    Quanto aos limites para as alteraes, a lei estabelece o seguinte no art. 65:

    Art.65. 1 O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condies

    contratuais, os acrscimos ou supresses que se fizerem nas obras, servios ou compras, at

    25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular

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    de reforma de edifcio ou de equipamento, at o limite de 50% (cinquenta por cento) para

    os seus acrscimos.

    2 Nenhum acrscimo ou supresso poder exceder os limites estabelecidos no

    pargrafo anterior, salvo: (Redao dada pela Lei n. 9.648, de 1998).

    I (VETADO) (Includo pela Lei n. 9.648, de 1998)

    II as supresses resultantes de acordo celebrado entre os contratantes.

    Podemos observar acima, que foram estabelecidos limites para as alteraes

    quantitativas, no ocorrendo o mesmo, de forma clara, para as alteraes qualitativas. O 2

    do art. 65 trata de limitaes apenas para acrscimos e supresses, portanto refere-se a

    alteraes quantitativas. Mas vale lembrar que as alteraes no so restritas apenas s que

    so impostas pela Administrao Pblica, no 2 do art. 65, inciso II, as supresses possuem

    um tratamento diferenciado com relao aos limites definidos no 1, podendo exceder os

    mesmos, no caso de acordo entre as partes, configurando-se em alterao quantitativa

    consensual.

    3.3.3.3. LIMITESLIMITESLIMITESLIMITES PARAPARAPARAPARA ALTERAESALTERAESALTERAESALTERAES DOSDOSDOSDOS CONTRATOSCONTRATOSCONTRATOSCONTRATOS ADMINISTRATIVOSADMINISTRATIVOSADMINISTRATIVOSADMINISTRATIVOS

    3333.1.1.1.1 LLLLIMITES S ALTERAESIMITES S ALTERAESIMITES S ALTERAESIMITES S ALTERAES QUALITATIVAS QUALITATIVAS QUALITATIVAS QUALITATIVAS

    As alteraes qualitativas contempladas na letra a do art. 65 se caracterizam pela

    adequao tcnica do objeto contratual a novas especificaes, diferentemente das

    alteraes quantitativas que so destinadas a modificar a dimenso do objeto.

    Portanto no pargrafo 1 do art. 65 quando a lei remete expressamente que o

    contratado fica obrigado a aceitar acrscimos ou supresses que se fizerem nas obras,

    servios ou compras at 25%, ou 50% no caso de reformas, observamos que ambos os

    pargrafos 1 e 2 remetem expressamente apenas a acrscimo e supresses, termos iguais e

    semelhantes aos utilizados na letra b do art. 65 que trata de alteraes quantitativas

    relacionadas s dimenses do objeto.

    A Lei n 8666/93 no estabelece limites explcitos para as alteraes qualitativas,

    logo at o limite estabelecido para as alteraes quantitativas no existe problemas, a

    questo principal est na possibilidade ou no de ultrapassar estes limites, uma vez que no

    existe meno do legislador de limitadores s modificaes de natureza qualitativa.

    Neste sentido j decidiu o Tribunal de Contas da Unio atravs do Acrdo n

    215/1999 que:

    a) Tanto as alteraes contratuais quantitativas que modificam a dimenso do objeto

    quanto as unilaterais qualitativas que mantm intangvel o objeto, em natureza e em

    dimenso, esto sujeitas aos limites preestabelecidos nos 1 e 2 do art. 65 da Lei n

    8.666/93, em face do respeito aos direitos do contratado, prescrito no art. 58, I, da mesma

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    Lei, do princpio da proporcionalidade e da necessidade de esses limites serem

    obrigatoriamente fixados em lei;

    b) Nas hipteses de alteraes contratuais consensuais, qualitativas e excepcionalssimas de

    contratos de obras e servios, facultado Administrao ultrapassar os limites aludidos no

    item anterior, observados os princpios da finalidade, da razoabilidade e da

    proporcionalidade, alm dos direitos patrimoniais do contratante privado, desde que

    satisfeitos cumulativamente os seguintes pressupostos:

    I - no acarretar para a Administrao encargos contratuais superiores aos oriundos de uma

    eventual resciso contratual por razes de interesse pblico, acrescidos aos custos da

    elaborao de um novo procedimento licitatrio;

    II - no possibilitar a inexecuo contratual, vista do nvel de capacidade tcnica e

    econmico-financeira do contratado;

    III - decorrer de fatos supervenientes que impliquem em dificuldades no previstas ou

    imprevisveis por ocasio da contratao inicial;

    IV - no ocasionar a transfigurao do objeto originalmente contratado em outro de

    natureza e propsito diversos;

    V - ser necessrias completa execuo do objeto original do contrato, otimizao do

    cronograma de execuo e antecipao dos benefcios sociais e econmicos decorrentes;

    VI - demonstrar-se - na motivao do ato que autorizar o aditamento contratual que

    extrapole os limites legais mencionados na alnea "a", supra - que as conseqncias da outra

    alternativa (a resciso contratual, seguida de nova licitao e contratao) importam

    sacrifcio insuportvel ao interesse pblico primrio (interesse coletivo) a ser atendido pela

    obra ou servio, ou seja gravssimas a esse interesse; inclusive quanto sua urgncia e

    emergncia;

    Desta maneira verificamos que as consideraes do TCU apontadas na letra a,

    estendem os limites das alteraes quantitativas para as qualitativas, na hiptese de

    alteraes unilaterais. J com relao s alteraes qualitativas consensuais, decorrentes de

    situao excepcional indica na letra b, uma vez demonstrado que a adoo de outra medida

    representaria sacrifcio ao interesse pblico primrio e desde que sejam atendidos

    cumulativamente os pressupostos apontados e sendo observados os princpios do Direito

    Administrativo, admite-se a ultrapassagem dos referidos limites.

    Mas a doutrina diverge quanto aplicao dos limites das alteraes quantitativas

    para as alteraes qualitativas promovidas pela Administrao. Vrios doutrinadores

    defendem que os limites em questo no se aplicam s eventuais alteraes qualitativas.

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    Para o autor Maral Justen Filho (2011, p.830) as alteraes qualitativas podem

    extrapolar os limites estabelecidos no pargrafo 1 e 2 do art. 65 da Lei de Licitaes e

    indica o seguinte:

    Se o legislador quisesse que tais limites servissem tambm para alteraes qualitativas, ele o

    teria feito expressamente. No correto aplicar os limites preceituados nos pargrafos 1 e

    2 do art. 65 da Lei n 8.666/93 em relao s alteraes qualitativas, o que ensejaria uma

    espcie de interpretao extensiva, que foge aos lindes da prpria legalidade mesmo em seu

    sentido amplo.

    Sobre os limites das alteraes qualitativas, Caio Tcito (parecer, RDA/198, 2005, p.

    366) sustenta que, as alteraes qualitativas, precisamente porque so, de regra,

    imprevisveis, seno mesmo inevitveis, no tm limite pr-estabelecido, sujeitando-se a

    critrios de razoabilidade, de modo a no se desvirtuar a integridade do objeto do contrato.

    No foram determinados na lei limites fixos para as alteraes qualitativas, pois de

    acordo com Fernando Vernalha Guimares (2003, p. 283) seria extremamente difcil

    estabelecer parmetros de quantidade pressupondo alteraes de qualidade.

    Para Vera Lcia Machado DAvila, a Administrao poder alterar unilateralmente o

    contrato quando houver a necessidade de adequao tcnica do objeto do contrato,

    limitando esse poder prpria natureza do objeto, sem desnatur-lo, transfigur-lo ou

    adit-lo a outro de natureza distinta.

    Dos entendimentos dos autores citados conclui-se que quando surge uma nova

    necessidade, a Administrao poder alterar o contrato de modo a adequ-lo nova

    realidade em percentuais superiores aos limites estabelecidos para as alteraes

    quantitativas. Mas a liberdade com relao aos limites das alteraes qualitativas deve

    possuir parmetros. Para evitar atos abusivos e desvirtuamentos, se faz necessrio observar

    no s o princpio da razoabilidade, mas os demais princpios do Direito Administrativo, tais

    como o da proporcionalidade, economicidade, finalidade, eficincia, etc. Em consonncia

    com os princpios, a alterao qualitativa no pode transformar o objeto de modo a alterar a

    sua funcionalidade bsica, a identidade do objeto deve ser preservada.

    Embora maior parte da doutrina entenda que os limites das alteraes quantitativas

    no so aplicveis as alteraes qualitativas, a questo no pacifica. Marcos Juruena

    possui o mesmo entendimento indicado pelo TCU de que as alteraes qualitativas esto

    limitadas da mesma forma que as alteraes quantitativas.

    Somos da opinio que as alteraes qualitativas no devem seguir os quantitativos de

    25% do valor do contrato ou 50% no caso de reformas, pois seria como fazer um paralelo

    com outra espcie de situao de natureza distinta. Portanto os limites a que se reportam os

    pargrafos 1 e 2 do art. 65 podem ser excedidos, desde que seja em razo de atender o

    interesse pblico primrio, respeitando o objeto contratual, estando de acordo com os

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    39

    princpios do Direito Administrativo e resguardando os direitos dos contratados com relao

    ao aspecto tcnico e a equao econmico-financeira.

    3.23.23.23.2 LLLLIMITES S ALTERAESIMITES S ALTERAESIMITES S ALTERAESIMITES S ALTERAES QUANTITATIVAS QUANTITATIVAS QUANTITATIVAS QUANTITATIVAS

    As alteraes quantitativas ocorrem quando existe a necessidade de adequar a

    dimenso do objeto s novas demandas decorrentes do interesse pblico. No 1 do art. 65,

    a lei determina que o contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condies contratuais,

    os acrscimos ou supresses que se fizerem nas obras, servios ou compras, conclui-se com

    isto que as alteraes a que refere-se esse pargrafo, so unilaterais e independem da

    concordncia do contratado. Sendo estas alteraes limitadas a 25% do valor inicial

    atualizado do contrato para acrscimos e supresses, no caso de reforma de edifcio ou de

    equipamento, o limite de 50% para os seus acrscimos, permanecendo o limite de 25%

    para as supresses. H uma exceo no limite da supresso que poder ultrapassar o limite

    de 25%, somente quando a alterao for de modo consensual.

    Podemos observar que no caso dos acrscimos consensuais, devem ser considerados

    os mesmos limites que foram estabelecidos nas alteraes unilaterais. Isto ocorre porque

    com o acrscimo h majorao da remunerao. Ao aumentar o encargo, acrescentando

    quantitativos, a Administrao ter que aumentar, na mesma proporo, a remunerao do

    contratado, observando sempre o equilbrio contratual, a fim de reestabelecer a equao-

    econmico-financeira original.

    Com efeito, os limites preconizados no 1 do art. 65 no incidem exatamente sobre

    as dimenses do objeto, mas o quanto esta alterao do objeto resulta no valor inicial

    atualizado do contrato.

    Para elucidar esta importante distino, citamos exemplo formulado por Joel de

    Menezes Niebuhr (2011, p. 827):

    Por exemplo, a Administrao contratou a pavimentao de 10 (dez) quilmetros de uma

    rodovia. Ela pretende formalizar aditivo para que sejam pavimentados outros 2 (dois)

    quilmetros. Muitos, apressadamente, concluem que tal aditivo permitido, porque importa

    acrscimo no superior a 25% (vinte e cinco por cento) sobre a dimenso do objeto inicial.

    Como dito, tal concluso apressada, porque o limite de 25% (vinte e cinco por cento) deve

    ser aferido sobre o quanto a alterao repercute no valor do contrato. Ou seja, se os 2 (dois)

    quilmetros a mais no gerarem despesa superior a 25% (vinte e cinco por cento) do valor

    inicial atualizado do contrato, ento o aditivo permitido.

    Em relao ao valor inicial atualizado do contrato que base de clculo para os

    acrscimos e supresses, corresponde ao preo inicial atualizado incluindo apenas revises,

    reajustes e repactuaes procedidas, sem considerar os acrscimos e supresses, decorrentes

    de alteraes anteriores do objeto.

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    Diante do exposto acima, segue um exemplo de clculo consoante com a

    interpretao apresentada por alguns autores, para os limites de acrscimos e supresses:

    Por exemplo, a base de clculo para um acrscimo de um contrato com valor inicial

    de R$100.000,00 que foi reajustado em 10% o valor de R$110.000,00. Suponhamos que

    houve um acrscimo de 10% alterando o valor do contrato para R$121.000,00, logo como

    no houve um novo reajuste, a base de clculo para o limite de 15% ser o valor de

    R$110.000,00 e no o valor de R$121.000,00. Portanto, o valor do acrscimo ser de

    R$16.500,00, que somados a R$121.000,00, resulta no valor de R$137.500,00.

    TABELA 1 Exemplo 01 - Clculo Demonstrativo para Acrscimo de Valores

    Valor Valor Valor Valor

    Valor do Valor do Valor do Valor do

    Reajuste / Reajuste / Reajuste / Reajuste /

    AcrscimoAcrscimoAcrscimoAcrscimo

    ClculoClculoClculoClculo

    Valor Inicial do

    Contrato 100.000,00 - -

    Reajuste 10% (Valor

    Inicial Atualizado) 110.000,00 10.000,00 =100.000,00 x 110%

    Acrscimo 10% 121.000,00 11.000,00 = 110.000,00 x 110%

    Acrscimo 15% 137.500,00 16.500,00

    =((121.000,00 - 11.000,00)

    x 115%) + 11.000,00

    Vejamos outro exemplo seguindo o mesmo entendimento do exemplo acima, um

    contrato com valor inicial de R$100.000,00 foi reajustado em 10% aps um ano de

    vigncia, resultando no valor de R$110.000,00. A Administrao efetua um acrscimo de

    10%, alterando o valor do contrato para R$121.000,00. Decorridos mais 12 meses, o valor

    do contrato foi reajustado em 5%, passando para R$127.050,00. Para o clculo de um novo

    acrscimo no basta descontar o valor apenas da ampliao de R$ 11.000,00 como ocorreu

    no exemplo anterior. Ser necessrio deduzir o valor do acrscimo de R$11.000,00 e o

    reajuste referente a este acrscimo de R$550,00. Ou seja, a base de clculo para um novo

    acrscimo quantitativo ser R$115.500,00. Logo se ocorrer mais um acrscimo de 15%, o

    valor do contrato passar para R$144.375,00.

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    TABELA 2 Exemplo 02 - Clculo Demonstrativo para Acrscimo de Valores

    ValorValorValorValor

    Valor do Valor do Valor do Valor do

    Reajuste / Reajuste / Reajuste / Reajuste /

    AcrscimoAcrscimoAcrscimoAcrscimo

    ClculoClculoClculoClculo

    Valor Inicial do

    Contrato 100.000,00 - -

    Reajuste 10% (Valor

    Inicial Atualizado) 110.000,00 10.000,00 =100.000,00 x 110%

    Acrscimo 10% 121.000,00 11.000,00 = 110.000,00 x 110%

    Reajuste 5% (Valor

    Inicial Atualizado) 127.050,00 6.050,00 =121.000,00 x 105%

    Acrscimo 15% 144.375,00 17.325,00

    =((127.050,00 - 11.550,00)

    x 115%) + 11.550,00

    Assim se houvesse um contrato que foi renovado por 5 anos e neste perodo, tivesse

    modificaes de valores em decorrncia de reajustes, repactuaes, reequilbrios, acrscimo

    e supresses, de acordo com o que determina a lei, seria necessrio separar o valor inicial

    dos valores resultantes de acrscimos e supresses e seus respectivos reajustes, repactuaes

    e reequilbrios para verificar os limites permitidos para as alteraes quantitativas, havendo

    a necessidade de reclculo de valores em separado a cada alterao.

    3.2.1 3.2.1 3.2.1 3.2.1 Acmulo de variaes percentuais Acmulo de variaes percentuais Acmulo de variaes percentuais Acmulo de variaes percentuais

    Poderamos utilizar o acmulo de variaes percentuais como outra forma de

    representar os clculos dos exemplos acima, para evitar o reclculo mencionado, com

    relao aos limites da alterao quantitativa. Antes importante destacar que no se efetua

    a soma direta e simples de variaes percentuais. Vejamos um exemplo de clculo

    utilizando o acmulo destas variaes, se uma torneira eltrica custava R$100,00 em

    janeiro e aumentou 10% em maro, passou a custar R$110,00. Se seu preo voltou a subir

    10% em abril, esse novo aumento incidir sobre o preo de maro, que era R$110,00.

    Portanto a base de clculo se alterou, resultando em um aumento de R$11,00, alterando o

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    preo para R$121,00. Se ocorrer um novo aumento de 10% em maio, o valor ser alterado

    para R$133,10. Logo podemos dizer que a torneira teve um aumento de 30%?

    Variao do preo da torneiraVariao do preo da torneiraVariao do preo da torneiraVariao do preo da torneira

    Ms Ms Ms Ms Preo Variao Preo Variao Preo Variao Preo Variao

    Janeiro R$ 100,00

    Maro R$ 110,00 10%

    Abril R$ 121,00 10%

    Maio R$ 133,10 10%

    No porque a alterao de preo de janeiro a maio foi de R$100,00 para R$133,10,

    ou seja, uma variao acumulada de 33,10%. Vimos que no podemos efetuar a soma

    simples para variaes percentuais. Para obter o montante das variaes percentuais, ser

    necessrio transformar percentuais em nmeros relativos. Isso permitir acumular

    percentuais sem ter que identificar o valor inicial atualizado, tornando-se um meio prtico

    para obter a margem disponvel para alteraes, quando o contrato possuir mais de uma

    alterao no seu valor.

    Para explicar a alterao de percentuais em relativos, vamos atualizar um valor de

    R$700,00 em 10%, obtemos R$770,00. Seria o mesmo que multiplicar R$700,00 por 1,10.

    Logo o multiplicador 1,10 corresponde ao relativo do percentual 10%. Para encontrar o

    relativo, basta dividir o nmero percentual por 100 e somar ao resultado o nmero 1.

    Suponhamos que o valor do exemplo anterior seja atualizado novamente em 10%,

    passar para R$847,00 que o mesmo que multiplicar 1,10 por R$770,00. Se ocorrer mais

    uma atualizao de 10% (1,10) o valor ser modificado para R$931,70. A variao total de

    R$700,00 para R$931,70 corresponde a 33,10% que implica no relativo de 1,331

    (R$700,00 x 1,331 = 931,70).

    Para obter o multiplicador 1,331 que o relativo acumulado de 3 atualizaes de

    10%, basta multiplicar os relativos de cada reajuste: 1,10 x 1,10 x 1,10 = 1,3310. Para

    obter o percentual correspondente a variao necessrio fazer o caminho inverso,

    subtraindo o nmero 1 do relativo e multiplicando o resultado por 100, resultando em

    33,10%.

    3.2.2 3.2.2 3.2.2 3.2.2 DeduoDeduoDeduoDeduo de variaes percentuais de variaes percentuais de variaes percentuais de variaes percentuais

    Para calcular a diferena de variaes percentuais e saber o quanto ainda falta para

    acrescer ou suprimir no valor do contrato, basta fazer a operao inversa obtendo o relativo

    dos respectivos percentuais e fazendo a diviso.

    Portanto, vejamos o exemplo citado anteriormente utilizando est forma de clculo:

    um contrato com valor inicial de R$100.000,00 foi reajustado em 10% aps um ano de

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    vigncia, resultando no valor de R$110.000,00. A Administrao efetua um acrscimo de

    10%, alterando o valor do contrato para R$121.000,00. Decorridos mais 12 meses, o valor

    do contrato foi reajustado em 5%, passando para R$127.050,00. Quanto o contrato pode ser

    acrescido considerando o valor atual de R$127.050,00, utilizando a deduo de

    percentuais?

    Relativo de 25% = (25 / 100) + 1 = 1,25

    Relativo de 10% = (10,00 / 100) + 1 = 1,10

    Depois: 1,25 / 1,10 = 1,136363...

    Isso significa que o valor atual de R$127.050,00 ainda pode ser acrescido em

    13,6363...% , ou seja R$127.050,00 x 113,6363...% = 144.375,00. Somando as variaes

    percentuais 10% com 13,6363...%, obtemos 25%:

    Relativo de 10% = (10 / 100) + 1 = 1,10

    Relativo de 13,6363...% = (13,6363... / 100) + 1 = 1,136363...

    Depois: 1,10 x 1,136363... =1,25

    Que corresponde uma variao percentual acumulada de 25% ((1,25 -1) x 100).

    Ao utilizar o acmulo ou a deduo de variaes percentuais, no necessrio

    recompor o valor, separando o valor atualizado dos acrscimos e supresses. Para

    identificar os limites permitidos para modificao do contrato, parte-se do valor atual no

    momento em que ocorrer a alterao.

    E no caso de uma reduo em um contrato com valor inicial de R$100.000,00? Para

    este valor pode ser efetuada uma supresso unilateralmente pela Administrao de at

    R$25.000,00. Suponhamos que aps um ano foi reajustado em 10%, alterando seu valor

    para R$110.000,00, alterando o valor permitido para supresso unilateral passando para

    at R$27.500,00 (R$110.000,00 x 25%). A Administrao efetua uma supresso de 10%,

    alterando o valor do contrato para R$99.000,00. Quanto o valor do contrato pode ser

    reduzido unilateralmente considerando o valor atual de R$99.000,00, utilizando a deduo

    de percentuais? Poderamos imaginar incorretamente que seria o mesmo percentual do

    exemplo anterior 13,6363...%? Mas veremos abaixo que no caso de supresso (reduo)

    devemos respeitar os sinais de subtrao.

    Relativo de -25% = (-25 / 100) + 1 = 0,75

    Relativo de -10% = (-10,00 / 100) + 1 = 0,90

    Depois: 0,75 / 0,90 = 0,8333...%

    Transformando o relativo em percentual (0,8333... -1) x 100 = -16,666...%

    Assim o contrato pode ser reduzido em 16,666...%, resultando no valor de

    R$82.500,00, que implica em uma supresso total no valor de R$27.500,00 (110.000,00

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    82.500,00 = 27.500,00). Somando os percentuais de reduo -10% e -16,666...%, obtemos

    uma variao de reduo acumulada de -25% conforme demonstrado abaixo:

    Relativo de - 10% = (-10 / 100) + 1 = 0,90

    Relativo de - 16,666...% = ( - 16,666... / 100) + 1 = 0,833...

    Depois: 0,90 x 0,833... = 0,75

    Transformando o relativo em percentual (0,75 -1) x 100 = -25%

    No exemplo acima simples identificar o limite de 25% para supresso porque o

    contrato teve apenas um reajuste e uma supresso, logo o clculo seria direto 25% de

    110.000,00 = 27.500,00. Utilizamos um exemplo simples, para tornar fcil a compreenso

    do clculo de variaes percentuais. Mas a soma de variaes percentuais apresentada

    acima torna prtico e direto o clculo para identificao de limites disponveis para

    alteraes, quando o contrato renovado anualmente durante 60 meses e possui mais e

    uma alterao (acrscimo ou supresso) e mais de um reajuste, repactuao ou reviso.

    Basta deduzir ou acumular s variaes percentuais, tomando por base o valor corrente na

    poca em que ocorrer a alterao, sem precisar recompor os valores, separando os

    acrscimos e supresses atualizados do valor inicial atualizado.

    3.33.33.33.3 LLLLIMITES DAS ALTERAEIMITES DAS ALTERAEIMITES DAS ALTERAEIMITES DAS ALTERAES CONTRATUAIS EM CONS CONTRATUAIS EM CONS CONTRATUAIS EM CONS CONTRATUAIS EM CONTRATOS DE SERVIOS CTRATOS DE SERVIOS CTRATOS DE SERVIOS CTRATOS DE SERVIOS CONTNUOS ONTNUOS ONTNUOS ONTNUOS

    As limitaes das alteraes, tomando por base o valor inicial atualizado do contrato

    teria que ser disciplinada de forma diferenciada, para contratos de servios contnuos, sob

    pena de ferir os princpios da proporcionalidade e razoabilidade. Antes de elucidarmos o

    motivo pelo qual essa distino necessria, vejamos os aspectos que diferenciam contratos

    de execuo instantnea e os de execuo continuada.

    Nas palavras de Maral Justen Filho (2011, p. 740):

    Contratos de execuo instantnea impem parte o dever de realizar uma

    conduta especfica e definida. Uma vez cumprida a prestao, o contrato se

    exaure e nada mais pode ser exigido do contratante. J os contratos de

    execuo continuada impem parte o deve de realizar uma conduta que se

    renova ou se mantm no decurso do tempo. No h uma conduta especfica

    e definida cuja execuo libere o devedor.

    Um contrato de obra constitui-se em exemplo de contrato de execuo instantnea,

    no qual o prazo de vigncia estabelece o prazo necessrio para a execuo da obra. Um

    contrato de prestao de servios de segurana e vigilncia um exemplo de contrato de

    execuo continuada em que o prestador realiza a mesma atividade todos os dias a cada

    ms, assim conforme Maral Justen Filho (2011, p. 740), o prazo de vigncia o perodo no

    qual a contratao produzir efeitos.

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    O contrato de servios de prestao contnua poder ter sua durao prorrogada por

    iguais e sucessivos perodos, observando o limite mximo de 60 meses conforme art. 57,

    inciso II da Lei n 8.666/93, acrescido de mais 12 meses em situaes excepcionais

    (pargrafo 4).

    De acordo com Hely Lopes Meirelles (2007, p.71): Na distino entre obra e

    servio, alm da predominncia do material (na obra) sobre a atividade operativa (no

    servio), deve ser salientado que a obra limitada no tempo e o servio pblico tem carter

    de continuidade.

    Logo como tratar os limites de acrscimos e supresses da mesma forma em uma

    obra de carter pontual e em servios contnuos, nos quais as atividades se repetem

    continuamente a cada ms durante o prazo de vigncia?

    Vejamos a resposta para esta pergunta com o exemplo a seguir. Um contrato de

    obra, construo de um prdio no valor total de R$100.000,00, teve um acrscimo de 10%,

    alterando o valor do contrato para R$110.000,00. Um contrato de servio de prestao

    continuada de limpeza com valor total de R$120.000,00 e vigncia de 01 de janeiro a 31 de

    dezembro do mesmo ano, teve um acrscimo de 10% a partir de 01 de novembro, assim

    R$120.000,00 x 110% = R$132.000,00. Com o valor mensal R$10.000,00 para a

    prestao de servio diria de limpeza, o acrscimo de R$12.000,00 ser distribudo apenas

    em dois meses, alterando o valor mensal de R$10.000,00 para R$16.000,00, o que

    representa um acrscimo de 60% no valor mensal do contrato. Ao ser prorrogado por mais

    12 meses, com o novo valor mensal de R$16.000,00, o valor total do contrato passar a ser

    de R$192.000,00. Se compararmos o valor inicial de R$120.000,00 com o valor de

    R$192.000,00, comparando os valores dos dois perodos, observamos que este contrato teve

    um acrscimo de 60% no seu valor total para o novo perodo.

    Portanto entendemos que a base de clculo para o limite das alteraes contratuais,

    referentes aos contratos de servios contnuos, deve ser o valor mensal, pois a concluso da

    execuo do servio de limpeza do prdio no significa o exaurimento do objeto contratual

    como ocorre em um contrato de obra. Ou seja, a diferena entre o acrscimo do servio e da

    obra, que a remunerao para o mesmo servio que prestado diariamente, como por

    exemplo, o servio de limpeza, ocorre mensalmente durante o prazo de vigncia do contrato

    e no pelo trmino da limpeza do prdio no final do dia. J em uma obra, o tempo para a

    execuo do objeto contrato, demanda um tempo maior, no sendo realizada a construo

    de um prdio por dia, logo a remunerao pontual para a execuo total daquela obra.

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    46

    3.43.43.43.4 VVVVEDAO DE COMPENSAEDAO DE COMPENSAEDAO DE COMPENSAEDAO DE COMPENSAO ENTRE ACRSCIMOS EO ENTRE ACRSCIMOS EO ENTRE ACRSCIMOS EO ENTRE ACRSCIMOS E SUPRESSES SUPRESSES SUPRESSES SUPRESSES

    Apresentamos at o momento acmulo ou a deduo apenas de acrscimos ou

    apenas de supresses. Mas como devem ser tratados os limites para as alteraes quando o

    contrato acumula acrscimos e supresses?

    Vejamos a seguir o que determina o TCU, com o seguinte excerto:

    Determinao contida no subitem 9.2 do Acrdo n 749/2010, parcialmente

    alterado pelo Acrdo n 591/2011-TCU Plenrio. Tal deliberao imps ao DNIT que:

    ... para efeito de observncia dos limites de alteraes contratuais previstos no art. 65 da

    Lei n 8.666/1993, passe a considerar as redues ou supresses de quantitativos de forma

    isolada, ou seja, o conjunto de redues e o conjunto de acrscimos devem ser sempre

    calculados sobre o valor original do contrato, aplicando-se a cada um desses conjuntos,

    individualmente e sem nenhum tipo de compensao entre eles, os limites de alterao

    estabelecidos no dispositivo legal.

    9.2. determinar ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes que, em

    futuras contrataes, para efeito de observncia dos limites de alteraes contratuais

    previstos no art. 65 da Lei n 8.666/1993, passe a considerar as redues ou supresses de

    quantitativos de forma isolada, ou seja, o conjunto de redues e o conjunto de acrscimos

    devem ser sempre calculados sobre o valor original do contrato, aplicando-se a cada um

    desses conjuntos, individualmente e sem nenhum tipo de compensao entre eles, os limites

    de alterao estabelecidos no dispositivo legal;

    Portanto o limite de 25% deve ser aplicado separadamente para acrscimos e

    supresses, no sendo permitida a compensao entre as duas formas de alteraes. Isto

    significa que no admitido, por exemplo, fazer um acrscimo de 70% e compensar com

    uma supresso de 50%, que somados resultariam em uma modificao inferior a 25% no

    valor inicial atualizado, pois o objeto seria totalmente desvirtuado, implicando em uma

    configurao totalmente diferenciada do que foi inicialmente planejado e contratado.

    Assim do acmulo e a deduo de variaes percentuais apresentados anteriormente,

    devem ser calculados separadamente para os limites de acrscimos e supresses no fazendo a

    compensao entre eles. Se um contrato de R$100.000,00 teve uma supresso de 10%, sendo

    reduzido para R$90.000,00, o acrscimo mximo permitido neste caso ser de R$25.000,00,

    alterando o valor do contrato para R$ 115.000,00.

    4. CONCLUSCONCLUSCONCLUSCONCLUSOOOO

    Diante das questes apresentadas buscou-se distinguir contratos em geral dos

    contratos administrativos, pois este ltimo representa o gnero no qual foi realizado o

    estudo. So caracterizados pelo fato da Administrao Pblica ser uma das partes da relao

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    contratual e possuir prerrogativas prprias inerentes a sua finalidade principal que o de

    atender ao interesse pblico. Estas peculiaridades so estabelecidas com base nos princpios

    do Direito Pblico e denominadas de clusulas exorbitantes, sendo previstas de forma

    explcita ou implcita nos contratos administrativos.

    Dentre as clusulas exorbitantes destacou-se nesta discusso a alterao unilateral

    do contrato, assim como, os principais aspectos referentes aos limites aplicveis as duas

    formas possveis de modificao, estabelecidas pelo legislador, como sendo de natureza

    qualitativa e quantitativa.

    Da anlise apresentada acerca de questes relacionadas aos limites aplicveis para as

    duas formas de alteraes contratuais, observa-se que como tiveram tratamentos

    diferenciados pelo legislador, entendemos que no podem ser tratadas da mesma forma na

    prtica. Ao contrrio das alteraes quantitativas para as alteraes qualitativas no

    constam limites estabelecidos de forma explcita. Portanto, se for com o objetivo de atender

    o interesse pblico primrio, respeitando o objeto contratual e o equilbrio econmico

    financeiro do contrato, depreende-se que os limites determinados no art. 65 da Lei n

    8666/93 podem ser excedidos no caso de eventos supervenientes ou por falha do projeto

    inicial, em se tratando de alteraes qualitativas, tendo como balizadores os princpios do

    Direito Administrativo tais como: o da razoabilidade, proporcionalidade, economicidade,

    finalidade, eficincia, etc.

    Com relao aos limites das alteraes quantitativas que foram estabelecidos de

    forma explicita nos pargrafos 1 e 2 do art. 65 da Lei n 8666/93, a questo diz respeito

    identificao da base de clculo para a realizao de acrscimos e supresses em contratos

    de servios contnuos. Neste tipo de contrato para estar de acordo com o princpio da

    proporcionalidade, entende-se que necessrio utilizar o valor mensal atualizado do

    contrato para o clculo dos 25% ou 50%. Pois os limites para as alteraes quantitativas,

    tratados de igual maneira, ou seja, com a mesma base de clculo para diferentes tipos de

    contratos, possuem efeitos diferenciados no valor total do contrato.

    Ainda no mbito das alteraes quantitativas, buscou-se apresentar outra forma de

    clculo para a obteno dos percentuais relativos s variaes do contrato, quando o mesmo

    tiver mais de uma modificao com relao a acrscimos e supresses. Com a aplicao dos

    conceitos de acmulo e deduo de variaes percentuais possvel obter o percentual total

    dos acrscimos e supresses, sem a necessidade de recompor o valor inicial atualizado.

    5. 5. 5. 5. REFERNCIASREFERNCIASREFERNCIASREFERNCIAS

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