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UniAGES
Centro Universitário
Bacharelado em Engenharia Civil
MARIA DA PIEDADE DE JESUS SANTOS OLIVEIRA
IMPROVISOS NOS CANTEIROS DE OBRAS E ACIDENTES:
Uma análise sobre a utilização de equipamentos de proteção
Individual e Coletivo na cidade de Paripiranga (BA)
Paripiranga
2021
MARIA DA PIEDADE DE JESUS SANTOS OLIVEIRA
IMPROVISOS NOS CANTEIROS DE OBRAS E ACIDENTES:
Uma análise sobre a utilização de equipamentos de proteção
Individual e Coletivo na cidade de Paripiranga (BA)
Monografia apresentada no curso de graduação do
Centro Universitário AGES como um dos pré-
requisitos para obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil.
Orientador: Prof.ª M.e Raphael Sapucaia dos Santos
Paripiranga
2021
Oliveira, Maria da Piedade de Jesus Santos, 2021
Improvisos nos canteiros de obras e acidentes: Uma análise
sobre a utilização de equipamentos de proteção individual e
coletivo a cidade de Paripiranga-BA/ Maria da Piedade de Jesus
Santos Oliveira. – Paripiranga, 2021.
71 f.: il.
Orientador (a): Prof. M.e Raphael Sapucaia dos Santos
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia
Civil) – UniAGES, Paripiranga, 2021..
1. Acidentes em canteiros de obras: causas e consequências -
Paripiranga-BA. 2. Relevância do uso de EPI’S e EPC’S. I.
Programas de prevenção dos acidentes no trabalho. II.
UniAGES.
MARIA DA PIEDADE DE JESUS SANTOS OLIVEIRA
IMPROVISOS NOS CANTEIROS DE OBRAS E ACIDENTES:
Uma análise sobre a utilização de equipamentos de proteção Individual e
Coletivo na cidade de Paripiranga (BA)
Monografia apresentada como exigência parcial
para obtenção do título de bacharel em Engenharia Civil
à Comissão Julgadora designada pela Coordenação de
Trabalhos de Conclusão de Curso do UniAGES.
Paripiranga, 13 de Julho de 2021.
BANCA EXAMINADORA
Prof. M.e Raphael Sapucaia dos Santos
UniAGES
Prof. M.e Alberto Brigeel Noronha de Menezes
UniAGES
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pelo dom da vida, autor do meu destino, minha fortaleza e refúgio,
que durante toda a graduação me deu forças para não desistir, conduzindo-me com sabedoria
mesmo diante de todas as adversidades enfrentadas.
Aos meus pais Raimundo (in memoriam) e Josefa, por terem me dado condições e
oportunidades para estudar. A vocês serei eternamente grata e sempre buscarei ser motivo de
orgulho. Amo vocês!
Agradeço imensamente à minha família, ao meu esposo, João Alves por me apoiar e
incentivar a ir em busca dos meus sonhos, em todos os momentos, aos meus filhos por me
darem forças e me ajudarem sempre que precisei.
Ao Centro universitário AGES, pela oportunidade de adquirir novos conhecimentos na
entrada do universo acadêmico, fazendo-me perceber, o quão gratificante és, a Engenharia
Civil.
Ao meu ilustre orientador, Raphael Sapucaia, pessoa especial, admirável e de grandes
princípios, ao qual tenho uma imensa admiração. Tê-lo como orientador foi um imenso prazer,
coadjuvando para a conclusão do trabalho de conclusão de curso.
Ao coordenador que contribuiu através dos seus conhecimentos e esteve sempre
disposto a ajudar para um melhor aprendizado, dando-me a oportunidade de chegar ao final
desse ciclo, o meu muito obrigada.
A todos os meus professores da UNIAGES, sem exceção, agradeço a cada ensinamento
adquirido, a toda vivencia e momentos compartilhados e por estarem presentes em minha
caminhada, às vezes amena, mas também árdua, passei por muitas turbulências, mas em busca
de um propósito, gratidão a todos que contribuíram para meu aprendizado, me dando base para
me tornar quem sou hoje.
Agradeço aos meus colegas, em especial à: Bárbara, Maria Auxiliadora, Nilza,
Meritânia, Ana Paula, Jorge Luís, Christian, Jamile, Ana Júlia, Leidjane, que estiveram comigo
desde o início até o final da graduação.
RESUMO
Os acidentes provenientes dos canteiros de obras decorrentes do mal planejamento e da falta de
fiscalização são eventos corriqueiros causados por falta de um acompanhamento e orientação
de um profissional habilitado e com competências adequadas para gerir a obra. De caráter geral,
o trabalho tem como objetivo compreender a relação dos improvisos nos canteiros de obras e o
déficit de EPI’s e EPC’s com a ocorrência de acidentes de trabalho nos ambientes de construção
civil, na cidade de Paripiranga-BA; objetivos específicos: analisar os fatores de risco associados
aos acidentes de trabalho; conhecer as consequências do não uso das ferramentas acima citadas
na construção civil; descrever a relevância de averiguações da implantação de um canteiro de
obra; desenvolver ações para a redução nos índices de acidente ocupacionais em obras. A
metodologia utilizada é a de pesquisa de campo com um questionário contendo perguntas
abertas, de cunho exploratório-descritivo com abordagem quali-quantitativa, com utilização de
artigos científicos pelas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Google
acadêmico, dissertações e livros que atendessem os presentes objetivos. Os resultados
evidenciam que há inúmeros fatores inerentes à ocorrência de acidentes que são associados a
não utilização de EPI’s e EPC’s, assim como, em improvisos de canteiros de obras, sendo
evidenciado que na cidade de Paripiranga-BA há um déficit na utilização dos equipamentos de
proteção, como a maior causa de acidentes de trabalho relacionados a quedas de níveis de altura
e cortes/perfurações. Notou-se também que os únicos métodos fornecidos contra acidentes de
trabalho são alguns tipos de EPI’s e palestras, observando-se a grande necessidade de um
treinamento prévio e fiscalização. Assim, através desse estudo, foi possível identificar quais os
riscos mais eminentes que os trabalhadores na cidade de Paripiranga-BA estão expostos, e como
podem ser evitados. Conclui-se que, é de extrema importância a presença de profissionais
habilitados na obra, além da necessidade da realização de fiscalizações mais rígidas para
garantia da segurança e saúde do trabalhador.
Palavras-chave: Segurança no Trabalho. Medidas de Prevenção. Planejamento. Acidentes de
Trabalho. Fiscalização. Riscos. Colaboradores.
ABSTRACT
Accidents derived from construction sites resulting of poor planning and lack of supervision
are common events caused by the lack of monitoring and guidance from a qualified professional
with adequate skills to manage the work. Overall, the work aims to understand the relationship
between improvisation at construction sites and the deficit of PPE's and EPC's with the
occurrence of work accidents in civil construction environments, in the city of Paripiranga-BA;
specific objectives: to analyze the risk factors associated with work accidents; to know the
consequences of not using the tools mentioned above in civil construction; describe the
relevance of investigations of the implementation of a construction site; develop actions to
reduce occupational accident rates on construction sites. The methodology used was a field
research with a questionnaire, containing open, exploratory-descriptive questions with a quali-
quantitative approach, using scientific articles from databases such as the Scientific Electronic
Library Online (SciELO), Google Academic, dissertations and books that met the present
purposes. The results show that there are several factors inherent to the occurrence of accidents
which are associated with the non-use of PPE's and EPCs, as well as in improvised construction
sites, showing that in the city of Paripiranga-BA there is a deficit in the use of equipment for
protection, as the biggest cause of work-related accidents, related to falls from heights and
cuts/perforations. It was also observed that the only methods provided against accidents at work
are some types of PPE's and lectures, confirming the need for prior training and inspection.
Therefore, through this study, it was possible to identify which are the most eminent risks that
workers in the city of Paripiranga-BA are exposed to, and how they can be avoided. It is
concluded that the presence of qualified professionals in the work is extremely important, in
addition to the need to carry out stricter inspections to ensure the worker’s safety and health.
Keywords: Safety at Work. Prevention Measures. Planning. Work Accidents. Oversight. Risks.
Colaborators.
LISTAS
LISTA DE FIGURAS
1: Utilização de EPI’s na construção ...................................................................................... 20
2: Classificação dos acidentes do trabalho quanto ao afastamento. ....................................... 22
3: Esquema proposto para o funcionamento de programação e segurança de obras .............. 23
4: Tipos de acidentes .............................................................................................................. 26
5: Cenário de quedas sem EPI’s ............................................................................................. 27
6: Dispositivo trava queda e cinturão para proteção de diferenças de níveis ......................... 28
7: Exemplo de mapa de risco ambiental ................................................................................. 31
8: EPC’s (Equipamentos de Proteção Coletiva) ......................................................................33
9: Localização da cidade de Paripiranga-BA ......................................................................... 37
10: Capacete aba frontal ......................................................................................................... 50
11: Luvas de proteção em raspa e vaqueta .............................................................................. 51
12: Luvas contra agentes químicos e biológicos ..................................................................... 51
13: Protetor auditivo tipo concha............................................................................................. 52
14: Protetor auditivo tipo de inserção (PLUG) ........................................................................ 52
15: Óculos de segurança com lente incolor ............................................................................. 53
16: Cinturão de segurança do tipo paraquedista ...................................................................... 54
17: Dispositivo trava queda ..................................................................................................... 54
18: Respirador purificador de ar (descartável) ........................................................................ 55
19: Respirador purificador de ar (com filtro) ......................................................................... 55
20: Calçado de proteção tipo bota de borracha (cano longo) ................................................. 56
21: Botina de couro com elástico ............................................................................................ 56
22: EPC’s (Equipamentos de Proteção Coletiva) ................................................................... 57
LISTA DE GRÁFICOS
1: Medidas de prevenção ........................................................................................................ 40
2: Tipo de medidas de prevenção utilizados nas obras ............................................................ 41
3: Tipo de EPI’s utilizados nas obras ...................................................................................... 42
4: Tipo de fiscalização nas obras ............................................................................................. 43
5: Responsável pela segurança e prevenção dos acidentes na obra ......................................... 43
6: Vantagens que a empresa pode ter ao utilizar EPI’s ........................................................... 44
7: Acidentes que os EPC’s e EPI’s mais previnem ................................................................. 45
8: Tipos de acidentes que mais ocorrem em canteiros ............................................................ 46
9: Profissionais que mais sofrem acidentes em canteiros ........................................................ 47
10: Regiões do corpo mais atingidas por acidentes ................................................................. 48
11: Principais causas de acidentes que ocorrem nos canteiros ................................................ 48
12: Regularidade das causas de acidentes que ocorrem nos canteiros .................................... 49
LISTA DE FOTOGRAFIAS
1: Ordem e limpeza- ambiente livre de obstáculos.................................................................. 24
2: Ordem e limpeza- ambiente livre de circulação .................................................................. 25
3: Ordem e limpeza- material organizado ............................................................................... 32
4: Ordem e limpeza no canteiro- material organizado ............................................................ 32
LISTA DE TABELAS
1: Distribuição do Número de Acidentes do Trabalho na Indústria da Construção, segundo a
natureza do acidente ................................................................................................................. 34
LISTA DE SIGLAS
CAT Comunicação de Acidente de Trabalho
CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
DDS Diálogo Diário de Segurança
EPC Equipamentos de Proteção Coletiva
EPI Equipamentos de Proteção Individual
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
NR’S Normas Regulamentadoras
PCMAT Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil
PCMSO Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional
PGR Programa de Gerenciamento de Riscos
PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
QVT Qualidade de Vida no Trabalho
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 13
2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 17
2.1 Acidentes em canteiros de obras: causas e consequências ............................................. 17
2.2 Relevância do uso dos EPI’S e EPC’S ........................................................................... 18
2.3 Acidentes de trabalho na Construção Civil e seus riscos ................................................ 21
2.3.1 Layouts do canteiro e a segurança na construção civil ......................................... 23
2.3.2 Prevenção dos acidentes no canteiro das edificações ............................................ 24
2.4 Tipos de acidentes e seus fatores contribuintes .............................................................. 25
2.5 Programas de prevenção dos acidentes no trabalho ........................................................ 29
3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 35
3.1 Definição do ambiente de estudo .................................................................................... 36
3.2 Mecanismos utilizados na elaboração da pesquisa ......................................................... 37
3.2.1 Questionários .......................................................................................................... 37
3.2.2 Registros Fotográficos............................................................................................ 38
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 39
4.1 Apresentação e análise das respostas .............................................................................. 39
4.2 Análise das possíveis causas e soluções para os problemas encontrados ....................... 49
4.2.1 Capacete ................................................................................................................. 50
4.2.2 Luvas de proteção................................................................................................... 51
4.2.3 Aparelho auricular .................................................................................................. 52
4.2.4 Óculos de proteção ................................................................................................. 53
4.2.5 Cinturão de segurança ............................................................................................ 53
4.2.6 Máscaras de proteção ............................................................................................. 54
4.2.7 Botas ....................................................................................................................... 56
4.2.8 EPC’s ...................................................................................................................... 57
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 58
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 60
APÊNDICE A ......................................................................................................................... 64
ANEXOS ................................................................................................................................. 70
13
1 INTRODUÇÃO
Novos caminhos e labutas perpassam o caminho do Engenheiro Civil no contexto atual,
vigorando que o trabalho do homem sempre esteve evidente a exposição aos riscos e acidentes,
exigindo assim, adoção de medidas preventivas na construção civil. Logo, com o passar dos
tempos e com o desenvolvimento da economia, houve mudanças nesse sentido, possibilitando
a compreensão e possíveis modificações. Para a redução desses acidentes, é primordial que haja
o cumprimento das normas (IRIART et al., 2008).
Segundo a NR-6 (ANEXO II) da Portaria 3214/78 do MTb: Considera-se Equipamento
de Proteção Individual (EPI) todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho (BRASIL, 1978). Logo, Júnior (2018), traz que é preciso atentar-se para outros fatores
de risco para acidentes no trabalho, como o uso de equipamentos danificados, má disposição
dos equipamentos elétricos, ausência de sinalização nos canteiros de obras e a desorganização
do ambiente de trabalho.
Diante de tais condições, a indústria da construção civil é apontada por suas
características negativas, como: a pouca produtividade, custos elevados, tempo excessivos em
sua execução, desprovimento da mão-de-obra qualificada e quase nenhuma segurança no
trabalho. Logo, durante a construção de obras, levam a ocorrência de problemas em decorrência
da precariedade que crescem constantemente, dentre eles, os acidentes no âmbito em geral,
mesmo com a existência das normas e dos profissionais que exigem a sua efetivação
(TAKAHASHI et al., 2012).
Frente a isto, De acordo com Simões (2010), os dados da Previdência Social no Brasil,
relatados na Revista CIPA, tem demonstrado que foram registrados 412 mil acidentes no
trabalho em 1993, 388 mil em 94 e 424 mil em 95. Neste último ano, ocorreram 3.381 óbitos
por esta causa. Portanto, em nosso país, os acidentes no trabalho causam por dia 1.160 vítimas
fatais (número maior do que o de óbitos em acidentes de trânsito). Por isso, a importância da
elaboração de um planejamento que traga eficácia e eficiência em sua execução, mas se faz
necessário um investimento financeiro para a obtenção e manutenção dos EPI’s e EPC’s.
Nessa linha de pensamento, Vieira (2006) considera que os maiores índices de acidentes
relacionados a canteiros são: o não uso dos EPI’s e EPC’s, a falta de fiscalização e os
improvisos. Essas práticas são comuns em construções pequenas, em que a sua implementação
14
e a falta do uso dos Equipamentos individual e coletivo são escassas ou quase inexistentes.
Assim, um bom layout dentro do canteiro, a improvisação pode ser minimizada ou até
eliminada. Para Souza (2005) a adequada implantação do canteiro permite um efetivo
gerenciamento do ambiente de trabalho, do processo produtivo e de orientação aos
trabalhadores, reduzindo o acentuado número de acidentes e doenças ocupacionais que há
muitos anos insistentemente acompanham esse setor.
Portanto, a escolha da presente temática, se deu através de uma reflexão sobre os riscos
inerentes aos improvisos em canteiros de obras e a não utilização de EPI’s/EPC’s na cidade de
Paripiranga-BA, por parte da maioria dos colaboradores na construção civil e a relação com a
ocorrência dos acidentes. Pois, tais atos podem colocar em risco a segurança e saúde, uma vez
que tem sido um grande problema enfrentado nas grandes construções, como também nas
pequenas construções, onde a fiscalização é parcialmente ou completamente negligenciada.
Compreende-se que a Engenharia Civil, apresenta uma gama de prós e contras ao
indivíduo quando se fala na prevenção e no controle dos acidentes da construção civil e na
qualidade de vida e isso exige técnicas e treinamento. A prevenção de acidentes é um benefício
tanto econômico quanto social, a segurança do trabalho pode ser considerada como um bom
investimento (BARBOSA; RAMOS, 2012). Destarte, para Marras (2002) esses problemas que
ocorrem nas construções contribuem para estabelecer as práticas de segurança, pois mostrará a
realidade e situações precárias às quais os colaboradores vivem, sendo a função da segurança
no trabalho atuar de forma a prevenir de acidentes e a eliminar os fatores de risco.
Frente ao exposto, compreende-se que são inúmeros os riscos associados a não
utilização dos Equipamentos de Proteção Individual e Coletivo na construção civil. Assim, é
imprescindível que o Engenheiro Civil e seus colaboradores estejam devidamente equipados e
treinados para assegurar sua segurança, e assim diminuir a ocorrência de acidentes no trabalho.
Dessa forma, quais os fatores associados aos improvisos nos canteiros de obras e não utilização
de equipamentos de proteção com a ocorrência de acidentes na cidade de Paripiranga-BA?
Dado isso, a hipótese que se levanta, atrela-se à relevância de implantação de um
canteiro de obra nas construções da cidade de Paripiranga-BA, a fim de buscar medidas
apropriadas para o melhoramento das condições de trabalho, através de planejamento e
organização, visando maior segurança e redução de acidentes, no que tange a norma vigente,
do uso apropriado dos EPI’s. Pois, de acordo com Rodrigues (2007) a busca pela segurança e
respeito aos colaboradores é de extrema importância, assim, os profissionais devem buscar
maneiras de amenizar a incidência desses eventos, compreendendo quais os fatores
15
contribuintes para a ocorrência desses acidentes, para que seja garantida uma melhor qualidade
de vida ao colaborador.
Justifica-se a opção pela pesquisa acerca dos improvisos nos canteiros de obras e sua
relação com a grande incidência de acidentes no trabalho, atrelado à falta do uso dos EPI’s e
EPC’s na cidade de Paripiranga-BA, a partir da grande relevância de adoção de medidas de
prevenção de acidentes, com foco na segurança e saúde do trabalhador. Portanto, o tema
convergente a ser discutido é de grande relevância social, pois, mesmo com as normas vigentes,
e conforme Rodrigues (2017) afirma, inúmeros trabalhadores da construção civil são expostos
constantemente a riscos de acidentes devido à resistência ao uso dos EPI’s. Daí a relevância
social da utilização de equipamentos de proteção e que sejam realizados treinamentos que
assegurem a sua segurança, pois implicam significativamente melhora da qualidade do trabalho
e na saúde do trabalhador.
Vale ressaltar que o presente trabalho tem como relevância acadêmica, o aprimoramento
da visão dos graduandos em Engenharia Civil acerca de suas atribuições no gerenciamento do
ambiente de trabalho, pois, dando a importância do aluno conhecer os riscos inerentes a não
utilização de EPI’s, EPC’s e sua conscientização e canteiros improvisados, com isso, possam
exercer papel de educador em saúde para a prevenção de acidentes de trabalho da sua equipe,
pois o desconhecimento sobre tal temática pode refletir na prática profissional, para tanto é
imprescindível a presença de um profissional capacitado (TEIXEIRA, 2017). É notório a
relevância cientifica, pois, apesar de inúmeras pesquisas sobre a temática, ainda há elevadas
ocorrências de acidentes de trabalho por não utilização de EPI’s e improvisos em canteiros de
obras, assim, a pesquisa justifica-se por sua contribuição no fortalecimento de discussões acerca
da temática, trazendo benefícios a nível econômico e social.
Em geral, o objetivo da pesquisa é compreender a relação dos improvisos nos canteiros
de obras e o déficit de Equipamentos de Proteção Individual e Coletivo com a ocorrência de
acidentes de trabalho nos ambientes de construção civil, na cidade de Paripiranga-BA. Logo,
os objetivos específicos se elencam em: analisar os fatores de risco associados aos acidentes de
trabalho; conhecer as consequências do não uso dos equipamentos individual e coletivo na
construção civil; descrever a relevância de averiguações da implantação de um canteiro de obra;
desenvolver ações para a redução nos índices de acidente ocupacionais em obras.
Esse estudo possui cinco capítulos: o primeiro abordará a introdução, trazendo o
objetivo desse estudo, o problema e as medidas necessárias para evitar os acidentes nas
edificações, o segundo trará o referencial teórico, o qual explana as principais causas e
consequências dos acidentes de um canteiro mal planejado, como também orienta o
16
planejamento do canteiro para atender o quesito segurança em todos os seus âmbitos. No
capítulo três é apresentada a metodologia, como a definição do ambiente de estudo e as técnicas
usadas no desenvolvimento da pesquisa. No quarto capítulo são expostos e analisados os
resultados obtidos na pesquisa de campo, com a apresentação dos principais tipos de eventos
ocorridos com mais frequência avaliados em algumas edificações da cidade, bem como a
descrição das possíveis causas e soluções. E no último, as considerações finais sobre o trabalho.
17
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Acidentes em canteiros de obras: causas e consequências
O canteiro de obra está diretamente relacionado à execução de uma obra de construção
civil. Logo, para Arca (2021) é de extrema relevância um projeto de canteiro de obras claro e
bem detalhado, pois em muitas obras são detectados erros que prejudicam a segurança dos
colaboradores que levam à ocorrência de atrasos e acidentes nas construções. Percebe-se que
um mal planejamento dos canteiros estão associados, levam a consequências negativas e
insatisfatórias, a nível de saúde, segurança e financeiro.
Assim, o ambiente de construção civil tem apontado cada vez mais a um aumento nos
índices de acidentes e um dos grandes problemas enfrentados são: a falta de treinamentos e a
falta de escolaridade dos colaboradores. Essas são algumas das variáveis mais comuns para as
causas dos acidentes e isso é decorrente dos improvisos nos canteiros de obras e a exposição
dos trabalhadores às péssimas condições de trabalho e atividades laborais (TAYPE; DEZEN-
KEMPTER, 2020). Portanto, segundo Saurin (1997) os canteiros são planejados de acordo com
a análise dos riscos oferecidos nas edificações, são oferecidas alternativas avaliativas para a
elaboração desse planejamento, afim de trazer eficiência e melhores resultados, além de melhor
qualidade de vida aos trabalhadores.
Nesse sentido, os acidentes de trabalho causam enormes impactos sociais, econômicos
e organizacionais. Tendo em vista que, muitos desses acidentes poderiam ser evitados, o que
demonstra a negligência e a baixa efetividade das políticas e programas de prevenção, além do
despreparo relacionado à inexperiência, à baixa qualificação e cultura dos colaboradores
(LIMA; MAIA, 2000). Porquanto, segundo Santos (2018) deve-se destacar que a doença
ocupacional se iguala ao acidente de trabalho, contudo, para este caso, é preciso analisar se o
motivo que levou o trabalhador a adoecer é de fato laboral para caracterizá-la como tal.
Como descrito por Padilha (2012) os danos e riscos que um canteiro de obras mal
planejado pode trazer são inúmeros, pois contribuem para o aumento de acidentes e prejuízos
nas obras. Percebe-se que fatores relacionados à falta de instrução aos trabalhadores quanto ao
uso dos EPI’s, a falta de fiscalização e a negligência dos próprios colaboradores, trazem sérias
consequências e, em alguns casos, levam à morte.
18
Levando-se em consideração a hierarquia das classes de trabalhadores de construção
civil, os pedreiros e carpinteiros são os profissionais que mais são acometidos por acidentes,
pois há mais chances de sofrer incidentes, devido às funções exercidas e pela falta do uso dos
equipamentos, isso torna-se um ato de insegurança. Logo, as regiões do corpo que são mais
atingidas são as mãos, mesmo sabendo que existem os Equipamentos de uso individual, como
no caso as luvas que diminuiriam os riscos de danos ocupacionais prejudiciais à saúde e
segurança do trabalhador (AGUIAR, 2018).
Diante de tais fatores supracitados, é notável a necessidade de um levantamento sobre
as causas desses incidentes, para que sejam tomadas medidas preventivas de comum acordo
entre patrões e funcionários, a fim de que sejam evitados acidentes ocupacionais, pois esses
eventos trazem sérias consequências e, em alguns casos, pode levar à morte (SAURIN;
RIBEIRO, 2000). Assim, conforme Krampe (2020) devido às consequências que podem ser
desencadeadas pelo processo de negligências dos profissionais no layout de um canteiro podem
ser amenizadas mediante à colaboração de todos e à implementação de um programa de
prevenção, evitando-se maiores tragédias.
Diante do exposto, verifica-se que a falta de treinamentos traz muitas inseguranças
quando se fala dos riscos em que os trabalhadores podem sofrer, devido a resistência às medidas
preventivas que leva aos acidentes e doença ocupacional que se iguala ao acidente de trabalho,
contudo, quando isso ocorre, costuma-se gastar um elevado custo, portanto, é preciso analisar
a situação o canteiro de obra (GUEDES; SILVEIRA, 2017).
2.2 Relevância do uso dos EPI’S e EPC’S
Os EPI’s são dispositivos que garantem a segurança de forma individual, protegendo
membros superiores, inferiores, pele, ouvido e o tronco. De acordo com o Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE), junto a Nr-6 da portaria n°3214 de 8 de junho de 1978, os
equipamentos de uso individual são designados para a proteção da saúde e integridade física do
trabalhador e deverá ser fornecida gratuitamente aos empregados, devendo ser apropriado para
cada tipo de risco vigente na obra, já os EPC’s tem como finalidade proteger todos que
estiverem presentes no ambiente de trabalho e são indispensáveis para garantir a segurança de
todos e evitar as doenças ocupacionais, como exemplos há as placas sinalizadoras, os extintores
de incêndio, cones, mangueiras. Com isso, serão reduzidos os acidentes, aumentará a produção,
19
pois além de proteger os EPC’s tem como função manter a ordem e limpeza no ambiente de
trabalho (FONSECA, 2018).
Vale frisar que um dos maiores obstáculos quanto ao uso dos EPI’s, é a falta de nível de
escolaridade dos funcionários, afetando mesmo que indiretamente sobre a conscientização da
importância e segurança que podem trazer. Uma vez que, deve-se haver comprometimento
quanto ao seu uso, seja a nível individual ou coletivo, por parte da empresa e dos próprios
funcionários para assegurar um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo, pois a proteção
aumenta o nível de segurança dos funcionários estando eles com os equipamentos adequados a
cada função (ROCHA; SALVAGNI; NODARI, 2019).
Pode-se mencionar, por exemplo, que existem várias maneiras de prevenção de
acidentes no ambiente de trabalho e a principal delas é a conscientização por parte dos
operários, considerando como forma de garantia de sua segurança. Além disso, o empregador
também deverá contribuir, através do fornecimento dos equipamentos para a realização de
treinamentos, como também, a fiscalização. Tais fatores são essenciais de forma a garantir a
sensibilização coletiva sobre a relevância do uso destes equipamentos, a fim de prevenir
acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Outro fator de extrema relevância é a troca dos
EPI’s sempre que houver a necessidade ou segundo as normas do fabricante (CÔRTES et al.,
2019).
De acordo com a ISO 45001 (2018) a organização deve estabelecer, implementar e
manter um processo para eliminar as fontes de risco, assim como a redução dos riscos de SST,
adotando a seguinte hierarquia de controles: Eliminação da fonte de risco; Substituição do
processo por processos, operações, materiais e equipamentos menos perigosos; Adoção de
controles de engenharia e reorganização do trabalho; Adoção de controles administrativos,
incluindo treinamento; Uso de EPI’s adequado (ABNT, 2018).
Nesse sentido, evidencia-se a importância de medidas preventivas como uso dos EPI’s
como: botas, cinto de segurança, uso de óculos, luvas, capacetes, protetor auricular, máscaras,
além disso, a atuação de profissionais treinando e orientando os colaboradores quanto à
importância e uso correto desses Equipamentos (AMARAL, 2013).
Entretanto, para Baú, (2013) diante de tais dados estatísticos, levando-se em
consideração que a principal causa de acidente está relacionada à falta de medidas preventivas
e à falta de capacitação. Percebe-se que é de extrema importância a implementação de
fiscalização nas empresas, pois há uma necessidade evidente de treinamento da equipe quanto
à utilização e uso correto dos EPI’s, conforme figura 1. Baú (2013) também cita que grande
20
parte dos trabalhadores considera o EPI desconfortável ou acredita que o andamento do trabalho
é diminuído pelo uso de equipamento de proteção.
Como pode-se perceber na figura 1, acerca dos tipos de EPI’s, verifica-se que cada um
tem uma determinada finalidade e, no geral, servem para proteger o corpo do indivíduo contra
os riscos iminentes associados à construção civil. Assim, é necessário que os profissionais
envolvidos sejam submetidos a treinamentos e também que façam uso dos EPI’s, beneficiando
a saúde e segurança no trabalho (FERREIRA, 2020).
Figura 1: Utilização de EPI’s na Construção Civil
Fonte: Baú, 2013.
Ainda segundo Ferreira (2020), além da prevenção de acidentes, há também outros
fatores que tanto a contratante quanto a contratada devem considerar, até antes mesmo de
assinarem qualquer contrato, como: o custo a ser considerado numa reavaliação sobre quais
treinamentos, proteções individuais e coletivas. Por isso é tão importante o planejamento para
ter um olhar holístico sobre a obra, isto é, conhecer os riscos que envolvem o individual e
coletivo e assim sejam evitados possíveis imprevistos, o que trará benefícios à economia e à
segurança daqueles que ali trabalham.
Diante de tais entendimentos, a não utilização dos EPI’s acarreta inúmeros prejuízos,
relacionados ao descuido, uma vez que para o prosseguimento de uma obra, é necessário que
atendam alguns requisitos de segurança para a sua execução. Tais medidas se dão através de
21
almejar-se um ambiente seguro e com minimização dos riscos inerentes à construção civil,
como as quedas de altura. Pode-se afirmar que o uso correto dos EPI’s, ou a insuficiência deles
em relação à quantidade de colaboradores, apresenta resultados ineficazes e posteriormente traz
resultados negativos, pois ajudam diretamente na prevenção e segurança e satisfação dos
trabalhadores (JOMAA, 2012).
2.3 Acidentes de trabalho na Construção Civil e seus riscos
O conceito definido pela lei 8.213, de 24 de julho de 1991, da Previdência Social
determina, em seu Capitulo II, Seção I, artigo 19, segundo Piza (1997): Acidente de Trabalho
é o que ocorre no exercício do trabalho a serviço da empresa, ou pelo exercício do trabalho dos
segurados referidos no inciso VII do artigo 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte ou perda ou ainda a redução permanente ou temporal
da capacidade para o trabalho.
De acordo com o mencionado anteriormente, percebe-se o quão imprescindível é a
utilização de EPI’s e EPC’s, pois a ausência destes acarretam em acidentes de trabalho na
construção civil que, conforme Bakke (2010) podem ocorrer tanto dentro quanto fora das
empresas, ou seja, o percurso entre a casa e o trabalho é considerado como acidente de trajeto.
Logo, os funcionários da construção civil estão sempre expostos aos riscos peculiares,
provocando redução para o exercício do trabalho total ou parcialmente.
Como cita Julio et al., (2014) os fatores que estão interligados aos acidentes do trabalho,
envolvem: certos acidentes sofridos pelo segurado no local e no horário de trabalho; a doença
proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; e o
acidente sofrido a serviço da empresa ou no trajeto entre a residência e o local de trabalho.
É importante enfatizar a importância da participação de todos no planejamento, para que
haja uma redução dos acidentes e uma melhor Qualidade de Vida no trabalho (QVT), pois, de
acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), há uma necessidade de fortalecer os
programas referentes à saúde do trabalhador, além de possibilitar melhores condições nos
âmbitos: físico, químicos, biológicos e ergonômicos na vida dos trabalhadores (LACAZ, 2000).
A presença de inúmeros riscos em características laborais permanece, no que tange à
área da construção civil, mas também existem práticas que poderão ser utilizadas pelos
empregadores, afim de minimizar a ocorrência de acidentes, como a implementação de medidas
22
preventivas, sinalização adequado, fornecimento dos EPI’s, fazer um quadro com fornecimento
de informações relevante ao setor (CAMPOS; CAMPOS, 2000).
Devido à grande incidência, o acidente de trabalho e as doenças ocupacionais vem
trazendo preocupações dentro das empresas, pois não tem a devida importância como deveria,
expondo os trabalhadores a situações precárias, levando a danos graves ou até mesmo
irreversíveis que podem até tornar-se incapaz para o trabalho (MONTEIRO; BERTAGNI,
2017).
A classificação dos acidentes do trabalho é feita por Bensoussan, citado por Costella
(1999), em função dos possíveis afastamentos e danos sofridos pelos trabalhadores, de acordo
com a Figura 2.
Figura 2: Classificação dos acidentes do trabalho quanto ao afastamento.
Fonte: Bensoussan, citado por Costella (1999).
Vale observar que os fatores geradores desses acidentes possuem características
específicas para cada um deles e se tornam ainda mais evidentes quando se trata de obras mais
carentes e desprovidas da adoção de medidas preventivas eficazes, isso poderá se agravar ainda
mais em decorrência do não cumprimento das normas que são estabelecidas (NASCIMENTO;
SALIM, 2018).
Deve-se evidenciar que as medidas de prevenção é o ponto primordial para evitar a
ocorrência das quedas de níveis de altura, os soterramentos, acidentes devido à corrente elétrica,
entre outros, são elencadas como a educação para os treinamentos, palestras e averiguações,
além das observações como também uma boa gestão (STÜLP; HENGEN, 2015).
23
2.3.1 Layouts do canteiro e a segurança na construção civil
Frente aos inúmeros riscos associados à construção civil, é de extrema importância
reforçar sobre o bom entendimento do funcionamento de um layout, bem como a organização
da disposição de seus espaços físicos que contribuem na melhoria dos processos construtivos.
Uma vez que, tais ações são para a diminuição da ocorrência dos acidentes, problema esse,
resultante da falta de planejamento do canteiro (NEVES; NASCIMENTO, 2019).
Conforme Mendes (2013), os ambientes devem ser distribuídos adequadamente,
seguindo um fluxo para a alocação dos materiais e os objetos de uso devem ser alocados em
locais de fácil acesso, evitando assim o seu deslocamento para uma longa distância. Portanto,
falta a conscientização da importância de um layout padronizado, assim, ocorrem as
deficiências e isso se torna um obstáculo para que se obtenham bons resultados, devem ser
feitos também os treinamentos e incentivos para os funcionários, afim de manter um ambiente
organizado.
Dentro de tais explanações, Mattos (2010) aborda que um layout bem planejado é
fundamental para agilizar as atividades e garantir a segurança dos funcionários. Portanto,
verifica-se que cada caso merece uma análise e devem ser identificadas as interferências e
barreiras que possam impedir uma correta armazenagem e bom fluxo de materiais, pessoas e
equipamentos.
A ocorrência dos acidentes acontece em várias etapas das obras, por isso a importância
da implementação de programas de segurança desde o início, quando há uma programação
adequada sobre a execução, como observado na Figura 3 e os riscos às quais os trabalhadores
serão expostos e os pontos críticos nos canteiros são identificados, isso traz controle e
segurança, o ideal seria que esses programas fossem implantados como forma de trazer
benefícios para empregadores e colaboradores. (CARVALHO, 1984).
Figura 3: Esquema Proposto para o Funcionamento de Programação e Segurança de Obras.
Fonte: Carvalho (1984).
24
2.3.2 Prevenção dos acidentes no canteiro das edificações
Pode-se mencionar, por exemplo, que planejamento do canteiro deve atender aos
requisitos de segurança, em todas as suas áreas, para que sejam distribuídos todos os layouts
nos locais adequados, e assim serão evitados que os colaboradores sejam atingidos por materiais
e equipamentos utilizados que levariam à ocorrência de acidentes. Para isso, é fundamental a
presença de um profissional da área, demonstrando sua liderança e apoio aos funcionários,
gerenciando sua equipe e fornecendo-lhes orientações necessárias para a segurança do trabalho
(COSTA; GASPAR, 2019).
Deve-se ressaltar que há a necessidade de medidas preventivas para não ocorrer quedas
de diferença de nível e problemas ocupacionais. Para isso, é de suma importância as orientações
a respeito dos seus riscos e às formas de evitá-los, inclusive na cidade de Paripiranga-BA, onde
as construções são feitas sem nenhuma supervisão e os colaboradores são expostos aos riscos,
atos ou condições inseguras, sem proteção e nenhuma segurança (CAVALCANTE et al., 2015).
Conforme a NR-18, a conscientização de todos os que trabalham relativa às medidas
preventivas é fundamental. Como já ressaltado, o ambiente deve apresentar-se com iluminação
adequada e com espaços livres de obstáculos. Tais medidas devem existir mediante ou não ao
risco de quedas (BRASIL, 2015), como destaca as Fotografias 1 e 2 expostas a seguir.
Fotografia 1: Ordem e Limpeza- Ambiente Livre de Obstáculos
Fonte: Criação da autora (Produzida em 2021).
25
Fotografia 2: Ordem e Limpeza- Ambiente com livre circulação
Fonte: Criação da autora (Produzida em 2021).
Considerando que a construção civil é causadora de muitos acidentes, expondo os
trabalhadores a perigos. As quedas de nível de altura são aquelas motivadas fundamentalmente
pela inobservância das necessárias ações preventivas e/ ou por ações improvisadas, muitas
sofrendo consequências (ALMEIDA, 2006).
Os impactos em decorrência da falta de segurança e precarização são alguns dos
catalizadores para o avanço de acidentes, assim, destaca-se a necessidade de investimentos e
políticas públicas preventivas na construção civil, de forma a averiguar quais são as variantes
das causas desses acidentes, devido à alta vulnerabilidade desses trabalhadores. É importante
frisar que estudos enfatizam em que setor e funções há esses maiores índices, os acidentes
típicos e crescentes em relação aos de trajeto (SANTANA; NOBRE; WALDVOGEL, 2005).
Pode-se ressaltar que um dos fatores que dificulta a construção de um canteiro de
obras é o seu elevado custo e isso provoca diversos danos e riscos aos trabalhadores da
construção civil, como a falta de segurança e na qualidade de vida dos profissionais. Pois, o
fator segurança é imprescindível para a saúde do trabalhador em qualquer fase da construção,
desde a sua concepção, execução e finalização da obra ( SAURIN, 1997).
2.4 Tipos de acidentes e seus fatores contribuintes
No que se refere aos riscos e tipos de acidentes que afeta diretamente na saúde do
trabalhador, pode-se relacionar os acidentes ocasionados em decorrência da ocupação exercida
26
pelo colaborador, como: quedas de nível de altura, os soterramentos, choque elétrico, e/ou
atividade laboral em local com alta periculosidade (SILVEIRA et al., 2005).
Logo, segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social de 2010 (FIGURA 4), há
três tipos de acidentes do trabalho:
Figura 4: Tipos de acidentes
Fonte: Adaptado do Anuário Estatístico da Previdência Social, de 2010.
A análise preliminar dos riscos (APRS) é fundamental para a prevenção e garantia da
saúde e segurança de todos os envolvidos no sistema como um todo, essa análise tem como
objetivo diminuir a quantidade e a gravidade dos acidentes nos canteiros, identificando as
falhas, tornando o sistema mais eficaz e eficiente (FRANÇA; TOZE; QUELHAS, 2008).
Em relação às atividades de maior periculosidade para os operários estão as quedas em
nível de altura, choques elétricos, lesões por materiais cortantes e pontiagudos e isso implica na
falta do uso equipamentos individuais e coletivos, sabendo que para que a proteção seja efetiva,
precisa fazer investimentos, e assim o controle dos riscos e diminuição das suas quantidades
(OPITZ, 1988).
De acordo com Roque (2011) as principais causas de queda de nível de altura são: Perda
de equilíbrio (passo em falso, escorregão, etc.); falta de proteção (guarda-corpo); e falha de uma
instalação ou dispositivo de proteção; método incorreto de trabalho; Contato acidental com fios
de alta tensão; Inaptidão do trabalhador à atividade.
Diante de tais fatores supracitados, a falta de EPI’s podem levar à ocorrência de
acidentes como pode-se observar na figura 5 a seguir que demonstra a exposição direta do
indivíduo ao risco de comprometimento da integridade física e até mesmo o óbito. Esses riscos
também estão associados ao descuido do colaborador ao movimentar-se, como também em sua
falta de atenção na execução das tarefas desenvolvidas, que podem trazer graves consequências,
e isso faz com que a saúde do trabalhador seja prejudicada.
ACIDENTE DE TRABALHO
Acidentes típicos Acidentes de
Trajeto
Acidentes
Atípicos
Acontecem no trajeto entre a
residência do segurado e o seu
local de trabalho, e vice-versa.
Resultantes de qualquer
doença profissional peculiar a
um ramo de atividade
São aqueles que resultam das
características da profissão do
acidentado
27
Figura 5: Cenário de quedas sem EPI’s
Fonte: Roque (2011).
Para Pereira et al., (2016) nas mais diversas atividades ocupacionais, são inúmeras as
situações em que o risco de queda se encontra presente. É por tal razão que deve existir uma
gestão de segurança eficaz, prevendo e analisando os riscos em todos os locais e atividades,
propondo e implementando as necessárias medidas preventivas, a fim de que os engenheiros
responsáveis pelo empreendimento normalmente já assoberbados com seus incontáveis
problemas técnicos.
Pode-se destacar que os profissionais da área de segurança do trabalho são responsáveis
pelo gerenciamento das organizações no que tange à segurança e proteção individual e coletiva,
através de análise, busca cumprir normas que implicam na melhoria da qualidade de vida dos
operários, por meio de exames de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), poderão ser
notificados os tipos de acidentes ocorridos em um determinado período (MAZON, 2014).
Contra quedas com diferença de nível são utilizados cinturões e dispositivos trava-
queda. O dispositivo trava-queda, apresentado na Figura 6, é para a proteção do usuário contra
quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão
de segurança para proteção contra quedas, é imprescindível seu uso em atividades em nível de
altura (SIMÕES, 2010).
28
Figura 6: Dispositivo trava queda e cinturões para proteção contra quedas de diferenças de níveis.
Fonte: Manual de Segurança em Manutenção de Fachadas (2003) Apud SIMÕES (2010).
A categoria da construção possui inúmeros elementos que submetem os trabalhadores
aos riscos de acidentes e que contribuem para causas de acidente são: a resistência do uso dos
EPI’S por parte dos operários e isso é algo que já está enraizado na cultura local. Assim, cabe
aos profissionais conscientizar que o uso traz uma maior segurança, em que o profissional
utiliza trava de queda para proteção contra queda de diferenças de níveis, evitando a ocorrência
dos acidentes. Logo, há uma necessidade de um controle e correção desses atos imprudentes e
negligências, para isso, deve haver uma fiscalização por parte de todos os envolvidos (SAHIB;
SAHIB, 2020).
Segundo Sá (2020) a utilização inadequada também pode provocar riscos ao
trabalhador, como uso de vestimentas e calçados que não condiz ao tipo de trabalho, outro
exemplo é o improviso de equipamentos e a falta de manutenção e de diálogo, é preciso uma
interação entre empregado e empregador, afim de manter os colaboradores cientes dos riscos
que correm e assim criar medidas mitigadoras, fazendo uma gestão dos riscos apresentados.
A falta do cumprimento das normas contribui para ocorrência dos acidentes, a falta de
treinamento para uso dos EPI’s é outro fator relevante, muitas vezes, não há o fornecimento
desses equipamentos, a maioria não sabe como utilizar, dificultando assim o manejo. Enquanto
não houver profissionais habilitados para esse setor, os índices de acidentes continuará
aumentando, a distribuição dos materiais também é causa de acidentes, ergonômicos e físicos
(CIPRIANO, 2013).
29
O maior índice de acidentes da construção civil são quedas de nível de altura,
considerado como fator principal da causa dos acidentes, isso ocorre devido aos improvisos dos
andaimes, a falta de atenção e cuidado por parte dos trabalhadores ao manusear algum tipo de
material , esse setor exige um olhar mais rígido quanto ao uso dos EPI’s para que através dessa
medidas haja uma redução desses eventos (TAKEI et al., 2014).
Nessa perspectiva, frente aos tipos de acidentes e seus fatores contribuintes, é de
extrema relevância que seja realizada a classificação de risco de acordo com a ocupação, uma
vez que, os profissionais da área de segurança do trabalho são responsáveis pelo gerenciamento
das organizações, no que tange à segurança e proteção individual e coletiva, através de análise
busca cumprir normas que implicam na melhoria da qualidade de vida dos operários, por meio
de análises e posteriormente a CAT, poderá ser notificado os tipos de acidentes e a ocupação
do trabalhador ocorridos em um determinado período (MAZON, 2014).
No ramo da construção civil, os riscos físicos, provenientes de quedas, perfurações e
cortes, são considerados mais comuns e acometem os trabalhadores. Porém, também pode
ocorrer a exposição a riscos químicos e biológicos, isso varia de acordo com a ocupação que
cada colaborador exerce. Tornando-se um fator preocupante à forma como as empresas de
pequeno e médio porte negligenciam o uso dos equipamentos de segurança individual e
coletivo, isso é resultante da falta de fiscalização que se agrava a cada dia (PEREIRA et al.,
2016).
Entretanto para Souza (2005), a busca pelo entendimento do uso dos equipamentos
individuais e coletivos, tende a permitir uma melhor compreensão sobre o seu funcionamento
e modos de prevenção e isso se dá na forma de reduzir acidentes e suas diversas formas como
acontecem, seja causando danos leves, severos e até a morte, percebendo-se assim sua real
importância e como é fundamental o seu uso, sendo mencionado o risco mais elevado, o de
queda de altura, seria necessário assim o uso do cinto de segurança sempre, isso ocorre pelo
fato dos operários usar mais frequentemente apenas botas e luvas.
2.5 Programas de prevenção dos acidentes no trabalho
Nessa conjectura, percebe-se que é de extrema importância orientações para o
autocuidado, segundo Costella (1999) se refere à orientação quanto às relações sociais dos
colaboradores e profissionais da área, por meio da implantação de programas de Segurança e
Saúde do Trabalho, pois são essenciais para manter o controle, redução dos riscos de acidentes
30
e possibilita a melhoria da segurança e prevenção. O PCMAT é obrigatório para elaboração nos
estabelecimentos com 20 trabalhadores ou mais, juntamente com o Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais (PPRA), conforme a NR 09 e o Programa de Controle médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO), segundo a NR 07 (BRASIL, 2017).
Bansi; Martos; Stefano (2012) afirma que a prevenção é considerada como requisito
primordial para a satisfação e motivação dos colaboradores na execução de suas tarefas. Assim,
é de extrema relevância que as empresas implementem programas de segurança e saúde no
trabalho, como também, investir em programas de treinamentos de seus operários, a fim de que,
a segurança no trabalho torne-se um hábito. Tais fatores são benéficos aos trabalhadores por
garantir a segurança e saúde, como também, as empresas, por aumentar a produtividade.
Nessa perspectiva, faz-se necessário a implementação de programas de prevenção,
segundo a NR-18, as quais podemos citar: PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente
de Trabalho na Industria de Construção), PPRA (Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais), CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), Mapa de Riscos, SIPAT
(Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho), PCMSO (Programa de Controle
Médico e Saúde Ocupacional), PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos), feito pelo
engenheiro da obra, (BANSI; MARTOS; STEFANO, 2012).
Diante disso, o mapa de risco é feito por meio da planta do construção, onde serão feitas
as disposições das dependências ou local onde ficarão alocados os materiais e assim identificar
as áreas de risco, onde serão demonstrados, através dos círculos com cores e tamanhos
diferentes, os tipos e o grau do risco que um indivíduo pode estar exposto a acidente de trabalho
ou doença ocupacional, a depender da lesão provocada e seu agravamento, pode ser: leve, grave
ou moderado (GRIBELER, 2012).
A construção do mapa de riscos é feita sobre uma planta ou desenho do canteiro
indicando, através de círculos, o tipo de risco que podem surgir. Utilizam-se cores para
identificar o tipo de risco e a sua gravidade, estas representadas pelo tamanho dos círculos como
pode-se observar na figura 7 a seguir. O círculo pequeno atribui-se a um risco pequeno por sua
essência ou por ser risco médio já protegido, o círculo médio atribui-se a um risco que gera
relativo incômodo, mas que pode ser controlado e o círculo grande atribui-se a um risco que
pode matar, mutilar, gerar doenças e que não dispõe de mecanismo para redução, neutralização
ou controle (SIMÕES, 2010).
31
Figura
Figura 7: Exemplo de Mapa de Risco Ambiental
Fonte: Dicas de Prevenção e Acidentes no Trabalho (2009), Apud SIMÕES (2010).
A CIPA é um programa de Prevenção de Acidentes de trabalho e junto com a CIPA
pode ser utilizada a SIPAT para promoção de redução dos riscos de ambiente de trabalho. Para
que o programa funcione, é importante que haja participação da maior parte dos integrantes da
empresa, sabendo que quando colocada em prática corretamente, terá efeitos satisfatórios
(RODRIGUES; SILVA, 2016).
Para Teixeira; Almeida, (2007) o PCMAT é considerado como o plano de segurança que procura
o planejamento e a ordem e todos os atos que venham garantir a segurança e saúde dos trabalhadores nos
canteiros. Este deverá dá início antes da obra começar com a participação de todos para que os objetivos
quanto às seguranças sejam alcançados, deve ser instituído obrigatoriamente em obras com 20 ou mais
operários. Segundo Carmo (2017) é de suma importância a implantação de programas de
prevenção, isso se confirma quando é mencionado o PCMAT, Programa que trata das condições
e o meio ambiente em que o trabalhador convive, durante a execução de suas atividades
laborais, nesse sentido, pode-se observar a questão da organização do canteiro, ordem e
limpeza, permitindo que as vias de circulação estejam livre de obstáculos, como objetos,
entulhos, capazes de provocar lesões à integridade física do trabalhador, garantindo saúde e
segurança, como mostra nas Fotografias 3 e 4.
32
Fotografia 3: Ordem e limpeza no canteiro- Material organizado
Fonte: Criação da autora (Produzida em 2021).
Fotografia 4: Ordem e limpeza no canteiro- material organizado
Fonte: Criação da autora (produzida em 2021).
Portanto, dentre os riscos que podem afetar direta ou indiretamente a vida do
trabalhador, podem-se citar o risco ambiental, em que o trabalhador pode ter problemas de
saúde quando inserido em um ambiente de trabalho não seguro e com péssimas condições de
trabalho, assim poderia ser implementado o PPRA, Programa que consiste na Prevenção desses
riscos (REIS, 2018).
Assim, umas das formas de reduzir os índices de acidentes são as inspeções,
instrumentos de fiscalização para assegurar que os trabalhadores estejam em condições seguras.
33
Os EPC’s são também utilizados para controle dos riscos do ambiente em geral, como: os cones,
extintores de incêndio, placas de sinalização, etc. como apresenta a Figura 8, para que a
inspeção funcione dentro de uma organização, se faz necessário a interação de todos para que
as ocorrências quanto aos riscos das obras sejam sanadas, evitando problemas e gastos futuros,
desde que sejam fornecidos os EPI’s e a utilização dos EPC’s e treinamentos adequados. Neste
caso, a intervenção do engenheiro civil e do responsável pela segurança do trabalho é
indispensável tanto na prevenção quanto na qualidade de vida dos trabalhadores (MANGAS,
2003).
Figura 8: EPC’s (Equipamentos de Proteção Coletiva)
Fonte: Primeiraclasseuniformes.com/linha-epi.html#. XK6MB4lKjMU
Visando aos riscos e aos fatores que levam ao grande número de acidentes e envolvem
a construção civil, por meio desta pesquisa, nota-se a importância de se investigar porque os
acidentes nos canteiros são frequentes e quais as etapas mais propensas a acontecer
(HENRIQUE; FEITOSA; ARAUJO, 2017). Para Konzen et al., (2020) inúmeros acidentes
poderiam ser evitados, caso as empresas estabelecessem a implantação de programas de
segurança para garantir um maior cuidado à prática fazendo treinamento, palestras e cursos para
seus operários, pois não adianta somente fornecer os EPI’s, para que haja uma eficácia ou
melhores resultados, devem haver os treinamentos, pois, segundo a pesquisa, a maioria dos
colaboradores desconhecessem a função de cada equipamento.
As Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho consistem em um
total de 36. Dentre estas, as que se caracterizam de extrema importância para a segurança e
saúde dos colaboradores na indústria da construção civil são as NR'S: 01, 02, 03, 04, 05, 06,
07, 08, 09, 12, 18, 23 e 35. Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora – NR-6,
considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso
34
individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho (BRASIL, 1978), como destaca a Tabela 1.
Tabela 1: Distribuição do Número de Acidentes do Trabalho na Indústria da Construção, segundo a natureza do
acidente.
Fonte: Brasil (1978).
Segundo Brasil (2015) a NR-18 (Norma Regulamentadora), tem como função intervir
na organização e disposição adequada da instalação do layout do canteiro, prevenindo e
proporcionando uma maior redução dos acidentes e dos prováveis riscos graves, além de
garantir a saúde dos colaboradores. Os layouts devem atender as exigências mínimas para que
haja conforto e segurança. Mas ainda há uma dificuldade quanto ao cumprimento das NR’s, por
falta de conhecimento sobre as normas de segurança, fundamental para a prevenção dos
acidentes.
Todavia, embora a nova NR-18 tenha sido desenvolvida e definida através destas
técnicas, percebe-se, a sua frequente falta de cumprimento e a persistência de altos índices de
acidentes de trabalho. O não cumprimento das normas geram obstáculos e elevados custos, faz-
se necessário o comprometimento e um esforço coletivo, essa seria uma forma para que ocorram
as melhorias nas condições de trabalho e proteção na saúde dos colaboradores, além disso deve-
se fazer frequentes análises do local de trabalho sobre os fatores de risco que são determinantes
desses acidentes. O esforço seria para a conscientização sobre os riscos tanto ocupacionais,
como os relacionados aos acidentes de trabalho, isso provavelmente reduziria a incidência
desses eventos (COSTELLA, 1999).
Para tornar-se viável esses padrões ideais de segurança no trabalho, deve-se partir dos
níveis de exigências mínimos, os quais são definidos, no caso brasileiro, pela NR-18 (Condições
e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção), em sua versão mais recente,
publicada em julho de 1995. Porém, essa nova legislação ainda não foi totalmente entendida
pelos profissionais do setor, visto que é possível reconhecer a existência de dúvidas quanto à
sua compreensão (BRASIL, 2015).
Função 1998 % 1999 % Aprisionamento ou prensagem 213 10.17 212 12.07
Corpo estranho 104 4.97 62 3.53
Impacto contra 270 12.90 236 13.43
Impacto sofrido 573 27.37 460 26.18
Queda com diferença de nível 234 11.18 177 10.07
Reação do corpo e seus movimentos 161 7.69 106 6.03
35
3 METODOLOGIA
Partindo do princípio da pesquisa científica, buscou-se, ao longo de sua
operacionalização, compreender a relação de improvisos nos canteiros de obras e ausência de
EPI’s, com a ocorrência de acidentes na cidade de Paripiranga-BA. Para isto, o procedimento
técnico adotado para a realização da presente obra é de caráter de pesquisa em campo que,
segundo Gil (2002) tem como objetivo primordial investigar a realidade de um determinado
grupo, neste estudo, refere-se aos trabalhadores de construção civil. Para a realização deste, o
instrumento de coleta de dados utilizado foi o questionário com perguntas abertas. Houve
entrevista com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado para
coletar dados referentes ao uso de EPI’s e EPC’s, as principais causas e consequências dos
acidentes de trabalho na construção civil.
Para o desenvolvimento do presente trabalho, também aconteceu a exploração de
materiais bibliográficos, a fim de desenvolver argumentos que sustentam a presente temática.
Utilizaram-se principalmente livros e artigos para reflexão dos dados teóricos existentes, que
em consonância com a pesquisa de campo, busca-se a definição de argumentos inovadores,
pois, devido aos grandes riscos inerentes a construção civil, nota-se o quão importante é o
aprofundamento acerca de tal temática. Diante das leituras nos acervos bibliográficos,
percebeu-se a incidência de acidentes, o mais comum são as quedas de nível de altura que, por
sua vez, aumenta com o passar dos anos (MARCONI E LAKATOS, 2006).
Do ponto de vista de seus objetivos, trata-se de uma pesquisa de cunho exploratório e
descritivo. Conforme Gil (2010), a pesquisa descritiva consiste na “[...] a descrição de
características de determinada população, fenômeno ou o estabelecimento de relações entre as
variáveis”, tendo como finalidade conhecer e descrever com nitidez os fatores inerentes aos
acidentes de trabalho em construção civil na cidade de Paripiranga-BA, como forma de
levantamento de dados e reflexão dos dados teóricos existentes.
No que se refere ao seu caráter exploratório, conforme Marconi e Lakatos (2006) é
relacionado a “[...] busca de desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador
com o ambiente, fato ou fenômeno, para a realização de uma pesquisa futura mais precisa, ou
modificar e clarificar os conceitos”, uma vez que, visa explorar a relação dos improvisos dos
canteiros de obras e ausência de EPI’s com os acidentes de trabalho em Paripiranga-BA, no
intuito de, através de uma investigação pela pesquisa de campo, esclarecê-lo. Assim, utilizou-
36
se a combinação da pesquisa exploratório-descritiva para a realização de uma análise empírica
e teórica frente à presente temática.
Do ponto de vista da abordagem do problema, o trabalho trata-se de uma pesquisa quali-
quantitativa, com ênfase na reflexão dos dados teóricos e coleta de dados, uma vez que, segundo
Richardson (1999) “a pesquisa qualitativa é caracterizada com a tentativa de uma compreensão
detalhada dos significados”, com ênfase na reflexão de trabalhos já existentes sobre tal
problemática. Por outro lado, a pesquisa quantitativa, como o próprio nome enfatiza, é
relacionada à quantificação de modalidades de coleta de dados oriundos do questionário pela
pesquisa de campo na cidade de Paripiranga-BA, utilizando-se métodos estatísticos para a
mensuração dos dados coletados (RICHARDSON, 1999).
Destarte, as bases de dados que foram utilizadas para a realização da pesquisa artigos
na base de dados referentes a: Scientific Eletronic Library Online (Scielo), Literatura Latino-
americano (Lilacs), Google acadêmicos e livros que atendessem os objetivos propostos no
presente estudo. Sendo utilizados os descritores acerca: acidentes de trabalho; segurança no
trabalho; construção civil; canteiros de obras; EPI’s e EPC’s.
Em referência aos métodos de tabulação e análise, foram utilizados o estatístico
sistemático, a fim de realizar uma análise estatística dos dados coletados, facilitando a
compreensão e interpretação rápida da massa de dados, uma vez que, foram utilizados para a
representação dos dados: gráficos (LAKATOS, 2003).
3.1 Definição do ambiente de estudo
Neste trabalho, realizou-se a coleta dos dados em obras da cidade de Paripiranga, no
estado da Bahia, que se limita a leste sul com o estado de Sergipe e possui uma distância de
364Km, da capital, Salvador, conforme a Figura 9.
A escolha da cidade de Paripiranga-BA como lugar de estudo se deu através da
observação de locais de construção civil com presença de improvisos de canteiros de obras,
como também, muitos profissionais que não utilizam ou fazem uso de forma inadequada de
EPI’s e EPC’s, onde o descumprimento das Leis é maior, pois as obras são informais e de
pequeno porte, mesmo com a consciência dos colaboradores quanto ao uso dos Equipamentos,
ainda assim há uma prática incorreta por haver pouca fiscalização (CAROLINA, 2019).
37
Observando-se a necessidade de se pesquisar os fatores inerentes à ocorrência de acidentes de
trabalho nessa cidade, para que tais fatores sejam discutidos e explorados.
Figura 9: Localização da cidade de Paripiranga.
Fonte: (WEATHER FORECAST, 2021).
Dessa maneira, a cultura da prevenção só terá efeito se existir a conscientização de todos
os envolvidos que todos tenham conhecimento de suas responsabilidades quanto aos riscos, sua
identificação, avaliação e eliminação são de todos os envolvidos, para isso, pode-se estabelecer
o DDS (Diálogo Diário de Segurança), (MEIRELES; PINTO, 2016).
3.2 Mecanismos utilizados na elaboração da pesquisa
3.2.1 Questionários
Para a fundamentação teórica da pesquisa bibliográfica e obtenção dos resultados desse
trabalho, a coleta dos dados foi realizada por meio da aplicação de um questionário com
perguntas abertas, elaborado no Word e repassado aos responsáveis pela obra para a obtenção
das respostas. O questionário contém 12 perguntas sobre o uso dos equipamentos de segurança
na construção, a existência de fiscalização tipo de medidas de prevenção na organização, quais
tipo de medidas de prevenção na organização, os tipos de equipamentos individual e coletivo
são utilizados na construção, os profissionais mais sujeitos a acidentes nos canteiros, o local do
38
corpo mais acometido pelos acidentes, causas e tipos de acidentes mais corriqueiros na obra. O
questionário foi organizado para obter uma análise sobre a utilização ou não de EPIs em
atividades, dentro de uma rotina diária de trabalho na construção civil.
As perguntas pré-estabelecidas trazem questões sobre vantagens ao se tomar medidas
preventivas, tipos de EPI’s mais usados pelos colaboradores, tipos de acidentes que os EPI’s
mais previnem. Vale ressaltar que a pesquisa foi feita em obras apenas da zona urbana, visando
observar os procedimentos adotados e se seguem as normas de segurança. No total foram
obtidas 11 respostas.
O questionário aplicado está apresentado no Apêndice A.
3.2.2 Registros Fotográficos
Frente ao questionário utilizado, foi possível os participantes anexarem até 02 imagens
dos EPI’s utilizados nas obras. Ficou à escolha do participante se desejaria anexar ou não os
arquivos, permitiu-se o consentimento de uso das imagens.
É importante frisar que não foram realizadas visitas no local das obras devido às
condições impostas pela pandemia, entretanto, os registros fotográficos enviados pelos
participantes representaram um importante instrumento de estudo e avaliação dos casos, de
forma que, a partir de inspeções visuais, puderam ser identificados os tipos de acidentes mais
comuns que ocorrem.
Os registros Fotográficos estão apresentados no Apêndice A.
39
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A finalidade do presente capítulo será a exposição dos resultados coletados e a discussão
a partir de materiais científicos, de modo a alcançar os objetivos propostos acerca de
compreender a relação dos improvisos nos canteiros de obras e o déficit de EPI’s e EPC’s com
a ocorrência de acidentes nos ambientes de construção civil. Como também, buscou-se
compreender as especificidades relacionadas a: analisar os fatores de risco associados ao
acidente de trabalho; conhecer as consequências do não uso dos equipamentos na construção
civil; descrever a relevância de averiguações da adequada implantação de um canteiro de obra;
desenvolver ações para a redução nos índices de acidente.
No Brasil e principalmente em cidades pequenas não há muita preocupação na
instalação dos canteiros, devido à cultura e ao pouco conhecimento do uso correto das
ferramentas de segurança, sobretudo quando se fala em trabalhos em níveis de altura, em que a
execução de sua atividade é mais preocupante e há uma maior exposição ao risco por parte do
trabalhador. Para tanto, se faz imprescindível os mínimos critérios de segurança na utilização e
manutenção desses equipamentos, viabilizando a segurança, evitando os riscos (PIZZANO;
AYOUB; OLIVEIRA, 2019).
4.1 Apresentação e análise das respostas
Pergunta 1: Existe algum tipo de medidas de prevenção na empresa?
Quanto ao questionamento, 7 empresas responderam que existia algum tipo de medida
de prevenção na organização e 4 responderam que não, a prevenção é fator primordial para que
o funcionamento da obra não tenha interferência no período de sua execução, mas ainda há uma
deficiência em relação a esse fator conforme apresentado no Gráfico 1.
Diante disso, nota-se que ainda hoje há um grande descaso por parte das empresas em
relação à segurança e à saúde dos trabalhadores na cidade de Paripiranga-BA, representando
36% como observado no gráfico 1. Esse déficit de prevenção apesar de representar uma menor
porcentagem em relação às empresas que utilizam as medidas de prevenção, podem trazer
prejuízos em larga escala à saúde e segurança dos trabalhadores de construção civil
40
(MENDONÇA, 2013). Para que esse problema possa ser solucionado, deve-se sugerir uma
fiscalização mais rígida durante o período da vigência da obra, como também a presença de um
profissional capacitado.
Gráfico 1: Medidas de prevenção.
Fonte: Criação da autora (produzido em 2021).
Pergunta 2- De que forma são feitas as medidas de prevenção na organização e
Garantia de Segurança dos colaboradores na obra?
No que se refere a tal questionamento, 7 dos participantes responderam que as obras
fornecem os EPI’s, porém, não há treinamentos e nem cursos para prevenção. Os demais
relataram que fazem palestras de acordo com o gráfico 2. Como pode-se observar no gráfico a
seguir, dos 11 participantes, 7 que representa 64% responderam que as medidas de prevenção
adotadas nas empresas que trabalham, somente dispõem os EPI’s e 4 deles (36%) responderam
que há palestras. Com base nisso, verifica-se que as medidas adotadas não são eficazes para a
segurança no ambiente de trabalho, pois, além da disponibilização dos equipamentos, deve-se
haver a educação continuada desses profissionais, fiscalização, e principalmente o treinamento
quanto ao uso das medidas de prevenção, pois, para assegurar a segurança do trabalhador, é
necessário o uso correto dos equipamentos.
64%
36%
PERCENTUAL MEDIDAS DE PREVENÇÃO
SIM
NÃO
41
Gráfico 2: Porcentagem dos tipos de medidas preventivas utilizadas nas obras. Fonte: Criação da autora (produzida em 2021).
Em conformidade com Maia (2014) é importante destacar que para segurança do
trabalhador, deve-se usar os equipamentos de Proteção Individual (EPI), de acordo com os
riscos eminentes da obra, sendo necessário uma análise prévia, para que a segurança não seja
comprometida.
Pergunta 3: Quais os tipos de EPI’s são utilizados na construção pelos colaboradores?
Para este questionamento, das 11 empresas em estudo, 5 responderam que os operários
usam: botas, 2 usam luvas, apenas 1 usa óculos, e 3 usam capacetes conforme o Gráfico 3.
Como pode-se observar, dentre os EPI’s mais utilizados na construção civil na cidade
de Paripiranga-BA, são as botas, representando especificamente 47%. O segundo mais utilizado
são os capacetes (33%), em seguida as luvas (13%) e o menos utilizados são os óculos de
proteção (7%).
Assim, os EPI’s que costumam ser mais usados pelas empresas são: capacete e calçado
fechado. Um dado muito importante e que preocupa é o de que maioria dos colaboradores não
sabem quais são os EPI’s necessários para a construção civil e, algumas não tem conhecimento
que os mesmos são obrigatórios nas atividades cotidianas do canteiro de obras, mesmo que em
obras de pequeno porte, para proteção de toda a equipe envolvida, evitando que sejam atingidos
por objetos, quedas, evitando o excesso de ruídos, exposição a produtos químicos, físicos,
biológicos e ergonômicos, como também aos danos do tempo, chuva, sol etc. Entretanto, A NR
6 elenca as condições para que um EPI possa ser considerado instrumento neutralizador da
insalubridade e o primeiro destes é exatamente o fator adequabilidade ao risco; o equipamento
60%
0%
40%
0%0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Fornecimento
EPI's
Treinamentos Palestras Cursos
Per
centu
al
Tipos de medidas
Percentual das formas de medidas de prevenção
42
deve ser especificado por profissional competente, não se permitindo que o mero "achismo"
faça a escolha (BRASIL, 1978).
Gráfico 3: Percentual de EPI’s utilizados nas obras de Paripiranga
Fonte: Criação da autora (produzida em 2021).
Pergunta 4: É feita alguma fiscalização quanto o uso dos EPI’s e EPC’s, pelos
colaboradores?
Quanto à existência de fiscalização, conforme o Gráfico 4, foram observados que 7
empresas responderam que geralmente não há fiscalização e 4 responderam que sim. Pode-se
observar que a fiscalização é uma área ainda muito falha, pois, de acordo om a NR-6, a
fiscalização deveria ser obrigatória, assim como o fornecimento dos equipamentos, isso implica
na falta de informação e comunicação com os responsáveis pela construção gerar prejuízos com
a ocorrência de acidentes que comprometem a segurança e saúde dos trabalhadores.
A NR 6, estabelece que haja a fiscalização e orientação quanto ao uso e conservação
dos EPI’s, e que é de responsabilidade do empregador, fornecer os EPI’s, como também a
destinação em relação ao seu uso de acordo com cada risco identificado, cabe também exigir o
seu uso, e fazer a substituição quando estiverem danificados (BRASIL, 1978).
A construção civil leva o trabalhador a ambientes de risco. A exposição cotidiana a
condições e atos inseguros provocam os acidentes que, muitas vezes, poderiam ser evitados
através da exclusão do agente motivador. Assim, a NR 18 estipula que sejam implantados
sistemas de controle e segurança no ambiente de trabalho da construção civil (BRASIL, 2015).
47%
13%
7%
33%
BOTAS
LUVAS
ÓCULOS
CAPACETES
0% 10% 20% 30% 40% 50%Eq
uip
am
ento
s d
e P
rote
ção
Percentual
Percentual dos Epi's utilizados nas obras
43
Gráfico 4: Percentual de fiscalização nas obras
Fonte: Criação da autora (produzida em 2021).
Pergunta 5: Quem fica responsável pela Segurança e prevenção dos acidentes na obra?
Como mostrado no gráfico anterior, há algum tipo de fiscalização nas obras, sendo esta
feita por intermédio de algum responsável pela obra. 6 empresas responderam que fica um
técnico de segurança, 1 empresa respondeu um engenheiro, 4 afirmou ser um mestre de obra,
conforme Gráfico 5.
Gráfico 5: Responsável pela Segurança e prevenção dos acidentes nas obras
Fonte: Criação da autora (produzida em 2021).
Sim
36%
Não
64%
Percentual de fiscalização nas obras
Sim
Não
60%
10%
30%
0%0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Técnico de
Segurança
Engenheiro Mestre de
Obras
Arquiteto
Per
cen
tual
Cargos
Profissional responsável na obra
Técnico de Segurança
Engenheiro
Mestre de Obras
Arquiteto
44
Portanto, apesar de relatarem que há responsáveis nas obras, ainda existe uma grande
lacuna acerca de artifícios que garantam a segurança do trabalhador. Levanta-se a hipótese de
que, por Paripiranga ser uma cidade pequena, não há muita fiscalização. E, com isso, não há a
utilização ou até de forma incorreta dos equipamentos de proteção, por não haver treinamentos
e capacitações quanto ao seu uso, e até por não haver uma devida fiscalização. Os trabalhadores
desconhecem as normas e como a fiscalização não é efetiva, os trabalhadores se arriscam, não
usando nenhum meio de proteção (SAMPAIO; VICTOR, 2018).
Pergunta 6: Quais as vantagens que a empresa pode ter ao usar os equipamentos de
segurança regularmente?
Pode-se afirmar que 50% das obras analisadas entendem que o uso dos EPI’s, seriam
utilizados como forma de prevenção, porém, tais equipamentos de proteção individual e
coletiva, Dessa forma, na visão de Dalcul (2001) há uma relação entre redução de custos e
prevenção, uma vez que, a utilização destes proporciona a redução na ocorrência de acidentes,
reduz os custos, já que com o uso não haverá a incidência desse eventos, como traz uma melhor
qualidade de vida aos operários decorrentes da exposição, trazendo mais segurança e confiança,
visto 5 empresas confirmam o seu uso como meio de prevenção, gerando o seguinte Gráfico 6.
Gráfico 6: Vantagens que a empresa pode ter ao usar os EPI’s e EPC’s regularmente
Fonte: Criação da autora (produzida em 2021).
50%
30%
10% 10%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Prevenção Redução de
acidentes
Redução de
custos
Qualidade de
vida
Per
centu
al
Uso regular dos EPI's
Vantagens sobre o uso dos EPI's e EPC's
45
Pergunta 7: Quais acidentes os EPC’s e EPI’s mais previnem?
Frente a tal questionamento, como observado no gráfico 7, das 11 empresas do presente
estudo responderam que as vantagens relacionadas aos usos os equipamentos de proteção a
nível individual e coletivo, 5 (46%) responderam que previnem os acidentes de nível de queda
de altura, 3 delas (27%) relataram que são os cortes e perfurações. Além disso, 2 (18%)
contestaram que previnem contra os choques elétricos e somente 1 delas (9%) que estão
relacionadas aos soterramentos.
Diante disso, percebe-se que muitos entrevistados não reconhecem que cada atividade
realizada em uma construção civil expõe o trabalhador a riscos, assim, uns mais específicos que
outros. Assim, é de extrema relevância que durante a realização de qualquer atividade, o
profissional se proteja contra os riscos em uma obra, como: quedas do nível de altura, choque
elétricos, cortes e perfurações, dentre outros que comprometem a saúde e segurança dos
indivíduos (KONZEN et al., 2020).
Gráfico 7: Acidentes que os EPC’S e EPI’S’ mais previnem
Fonte: Criação da autora (produzida em 2021).
Pergunta 8: Quais os tipos de acidentes que mais ocorrem nos canteiros?
Ficou evidente que os acidentes que mais ocorrem nas obras de Paripiranga-Ba, são os
de: quedas de nível de altura, seguida de cortes e perfurações. Uma vez que, os acidentes por
choques elétricos e soterramentos não costuma acontecer, como mostra o percentual no gráfico
8, evidenciando a necessidade da utilização de EPI’s, pois a queda pode levar a maiores
complicações e até mesmo a morte (GÓIS, 2020).
46%
27%
18%
9%
EPI'S e Prevenção
Quedas de Nível de Altura
Cortes e Perfurações
Choque Elétrico
Soterramentos
46
Frente ao gráfico 8, verifica-se o quão imprescindível a utilização de EPI’s, pois,
representando 80% dos acidentes que mais ocorre, está a queda de nível de altura, demonstrando
a necessidade de equipamentos que protejam os trabalhadores contra esses riscos, como por
exemplo: talabarte, trava de queda, capacetes, dentre outros, irá assegurar a segurança e saúde
do trabalhador. E representando 20% estão os cortes e perfurações, denotando-se a necessidade
do uso de luvas de proteção.
Gráfico 8: Acidentes que mais ocorrem nos canteiros
Fonte: Criação da autora (produzida em 2021).
Diante do pressuposto sobre a importância do uso dos Equipamentos de segurança para
prevenção dos acidentes que ocorrem nos canteiros de acordo com a segurança do trabalho,
pode-se afirmar que os EPI’s devem ser usados rigorosamente, ou seja, se faz necessário o
conhecimento e a prática, sendo os dois, um conjunto, um depende do outro para funcionar
(BRANDÃO; RODRIGUES, 2017).
Pergunta 9: Quem mais sofrem acidentes nos canteiros?
Na maioria das obras, percebeu-se que os mais acometidos pelos acidentes são os
pedreiros (60%) e os serventes (30%), devido à função exercida que contribui para esse fator.
Para Barbosa; Figueiredo, (2015) tal evidência pode estar atrelada aos pedreiros e serventes
serem os profissionais que mais estão expostos a esses riscos por tratar de obras de pequenos
portes, então, nessa concepção, seria interessante que fosse proporcionado incentivos, para que
80%
0% 0%
20%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
Queda de
Nível Altura
Choque
Elétrico
Soterramento Cortes e
Perfurações
Per
centu
al
Tipos de Acidentes
Percentual de Acidentes que mais ocorrem nos canteiros
47
os colaboradores fizessem uso dos EPI’s, poderia ser dado algum prêmio como uma
porcentagem em suas remunerações. Assim, evidencia-se a necessidade dos profissionais
responsáveis pela segurança no trabalho, capacitem esses profissionais e fornecê-los
equipamentos adequados para evitar a ocorrência de acidentes no trabalho (SOUZA, 2005).
Gráfico 9: Profissionais que mais sofrem acidentes em canteiros
Fonte: Criação da autora (produzida em 2021).
Pergunta 10: Quais regiões do corpo são mais atingidas, na ocorrência de acidentes?
Com base em tal questionamento feito aos participantes, nota-se que há uma
grande incidência de acidentes envolvendo as mãos, representando 60%. Por conseguinte, tem
os pés e a cabeça, em que ambos apresentam uma porcentagem de 20%. Como demonstrado no
gráfico 10, a região mais atingida segundo as empresas analisadas foram as mãos. Esse índice
pode estar relacionado ao pouco uso que os colaboradores fazem desse equipamento, conforme
mostra a pesquisa. Assim entende-se que há a necessidade de uma fiscalização e orientação por
parte dos empregadores, quanto ao uso correto desse EPI’s, ou seja, de acordo com a atividade
exercida, evitando os acidentes. Esses eventos afetam famílias e traz sofrimento gerado por
perda ou impossibilidade de executar serviços, devido a incapacidade funcional dos membros,
e posteriormente a viabilidade de ocorrer as indenizações, entre outras consequências para as
famílias das vítimas, o que acarretaria em prejuízos financeiros (MANGAS, 2003).
60%
30%
10%0%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Pedreiros Serventes Pintores Engenheiros
Per
centu
al
Cargos
Índice dos profissionais mais atingidos por acidentes na construção civil
48
Gráfico 10: Regiões do corpo mais atingidas pelos acidentes
Fonte: Criação da autora (produzida em 2021).
Pergunta 11: Quais as principais causas dos acidentes?
Frente a tal questionamento, ao analisar as respostas, percebe-se que as principais causas
de acidentes em ambientes de construção civil na cidade de Paripiranga-BA, como destaca o
gráfico 11, são relacionados à falta de medidas preventivas (60%), em seguida, tem-se as
condições precárias de trabalho, representando 30%. E por último, os fatores ambientais e
ergonômicos (10%).
Gráfico 11: Principais causas de acidentes que ocorrem nos canteiros
Fonte: Criação da autora (produzida em 2021).
20%
20%
60%
0%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%
Cabeça
Pés
Mãos
Ouvido
PercentualReg
iões
do c
orp
o m
ais
atin
gid
asPercentual dos membros mais atingidos
30%
0%
60%
10%
Condições precárias de trabalho
Ferramentas e materiais fora do local
Falta de medidas preventivas
Fatores ambientais e ergônomicos
0% 50% 100%
Fat
ore
s C
ontr
ibuin
tes
Percentual
Acidentes e suas possíveis causas
49
Pergunta 12: Os acidentes costumam acontecer com qual frequência?
Diante de tal questionamento, representando 60% das respostas, os acidentes costumam
ocorrem em uma frequência de “de vez em quando”. Uma vez que, o “quase nunca” apresenta
uma porcentagem de 30% e o “nunca” de 10%. Diante disso, percebe-se que não há ocorrência
regular de acidentes na cidade de Paripiranga-BA, representando 0%.
Gráfico 12: Regularidade das causas de acidentes que ocorrem nos canteiros
Fonte: Criação da autora (produzida em 2021).
Verifica-se que no gráfico 12, não é regular a ocorrência de acidentes, porém, o “de vez
em quando” fica em maior evidência, demonstrando a necessidade de mais rigor na utilização
dos EPI’s. Para Domingues (2017) quando se fala em equipamentos de proteção individual os
resultados observados e obtidos são feitos com vários questionamentos quando se trata de sua
utilização, como seu certificado de aprovação, aquisição, treinamento.
4.2 Análise das possíveis causas e soluções para os problemas encontrados
Diante da análise dos resultados encontrados, verifica-se que na cidade de Paripiranga-
BA há um evidente déficit quanto à utilização de EPI’s e EPC’s, este fator se dá por as empresas
não disponibilizarem ou, até mesmo, não promoverem a capacitação de seus profissionais.
De acordo com a pesquisa, mostrou-se que a cultura local influencia na resistência ao
uso dos mesmos, a escolaridade, assim como a idade do trabalhador, ou seja, os operários mais
velhos e menos instruídos são os que mais resistem, alegando nunca terem sofrido nenhum
0% 10%
30%
60%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Regularmente Nunca Quase nunca De vez em
quando
Per
centu
al
Regularidadede de ocorrência dos acidentes
Frequência em que ocorrem os acidentes
50
acidente durante seu período de trabalho no setor, mas cabe à consciência de todos para que os
imprevistos sejam evitados, pois geram enormes prejuízos às empresas.
Serão expostos a seguir, os equipamentos de proteção que devem ser disponibilizados
aos operadores pelas empresas, mais especificamente falando, na cidade de Paripiranga-BA,
como: capacete, luvas, protetor auditivo, óculos de proteção, cinturão de segurança, máscaras
e botas.
4.2.1 Capacete
Grohmann (1997) aponta que a proteção para cabeça deve ser realizada com o uso do
capacete que é um equipamento de uso individual, como o próprio nome afirma, utiliza-se para
proteção da cabeça e face, como também, do calor do ambiente externo. Porém, além do
capacete também pode ser usado o capuz, tendo como função proteger contra o calor propagado
pelo fogo. Logo, como possível solução é evidente a necessidade fazer-se o uso de capacetes,
evitando-se que o colaborador seja atingido por objetos que venham a cair. Assim, deve-se
realizar treinamentos quanto ao seu uso, sabendo-se que muitos não sabem a forma correta de
sua utilização, evitando os acidentes e garantindo a segurança e saúde.
Entre os tipos de capacete de proteção utilizados pelos operadores, consta o de aba
frontal (Figura 10) que é usado em trabalho a céu aberto e trabalho em local confinado, impactos
provenientes de queda ou projeção de objetos, queimaduras, choque elétrico e irradiação solar.
Com base nos dados obtidos nos resultados, evidencia-se o quão imprescindível é a utilização
de capacetes de proteção, pois a cabeça é a parte do corpo mais exposto a acidentes e de maior
gravidade quando expostos a impactos nessa área, podendo levar até mesmo a morte por
traumatismos crânio-encefálico e hemorragias internas (CPNSP, 2015).
Figura 10: Capacete aba frontal
Fonte: CPNSP (2005).
51
4.2.2 Luvas de proteção
Tem-se também as luvas de proteção, que devem ser usadas principalmente pelos
operários que tiverem contato constante com agentes químicos, para evitar respingos na pele. Os
modelos mais comuns usados pelos operários são as luvas de proteção é em raspa e vaqueta (Figuras
11 e 12), cuja função é proteger as mãos e braços do empregado contra agentes abrasivos e agentes
químicos, como uso do cimento. Nota-se o quão importante é a utilização das luvas de proteção na
construção civil, tendo em vista que, as mãos é a parte do corpo que mais entra em contato com os
mais variados produtos químicos, objetos cortantes e perfurantes e choques elétricos (CPNSP,
2005).
Figura 11: Luva de proteção em raspa e vaqueta
Fonte: CPNSP (2005).
Figura 12: Luvas contra agentes químicos e biológicos
Fonte: CPNSP (2005).
52
4.2.3 Aparelho auricular
Outro equipamento importante, mas que muitos colaboradores desconhecem são os
protetores auriculares, que é um protetor auditivo que tem como função proteger os ouvidos
dos ruídos severos, para que seja evitada a perda auditiva, deve ser usado em construções caso
haja o uso de serras elétricas e betoneiras, ou aplicação de cerâmica (OLIVEIRA, 2018). Um
dos modelos que poderá ser escolhido é o tipo concha e o tipo plug, como mostra (nas figuras
13 e 14).
Em obras usar todos os equipamentos de proteção individual é extremamente
necessário, mas falando especificamente daqueles específicos para os canais auditivos: eles
protegem os trabalhadores de danos parciais ou permanentes no pavilhão auricular. Mas já
sabendo do indiscutível benefício em utilizar os protetores auriculares, o principal desafio se
torna a conscientizar os trabalhadores obrais das vantagens de proteger suas vias auditivas dos
danos causados pela exposição repetitiva a altos níveis sonoros. Evidenciando a necessidade de
além do fornecimento desse equipamento, um treinamento prévio (OLIVEIRA, 2018).
Figura 13: Protetor auditivo tipo concha
Fonte: Eletrosolda.com.br (2013).
Figura 14: Protetor auditivo tipo de inserção (PLUG)
Fonte: Eletrosolda.com.br (2013).
53
4.2.4 Óculos de proteção
Os óculos de proteção, um modelo de óculos de segurança muito utilizado na construção
civil é o de lente incolor (Figura 15), cuja finalidade é a proteção dos olhos contra impactos
mecânicos e agentes químicos. Uma vez que, em qualquer obra há a presença de poeira,
cimento, areia, pó, entre outros materiais que podem ser nocivos aos olhos. Assim, a sua
utilização, torna-se um fator ímpar para a proteção da região ocular que são órgãos
extremamente sensíveis (CPNSP, 2015).
Figura 15: Óculos de segurança com lente incolor
Fonte: CPNSP (2005).
4.2.5 Cinturão de segurança
Pode-se mencionar um outro equipamento de extrema importância que são os
cinturões de segurança, uma vez que, levantado na presente pesquisa, as maiores causas de
acidentes estavam relacionadas às quedas. É considerado trabalho em altura, segundo a NR-
35 e o Ministério do Trabalho (2016), trabalho em altura é toda atividade realizada acima de
2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda (BRASIL, 2016).
Dessa maneira, o cinturão de segurança tipo paraquedista e o dispositivo trava queda,
ilustrado na Figura 16 e 17 é utilizado para proteção do empregado contra quedas em serviços
onde exista diferença de nível (CPNSP, 2015).
54
Figura 16: Cinturão de segurança tipo paraquedista
Fonte: CPNSP (2005).
Figura 17: Dispositivo trava queda
Fonte: CPNSP (2005).
4.2.6 Máscaras de proteção
No que se refere à importância da utilização de máscaras na construção civil, é
diretamente relacionada à proteção respiratória, pois sabe-se que o corpo passa por um processo
intermitente de troca gasosa, de oxigênio com gás carbônico. Esse processo se dá pela
inspiração e expiração, logo, em um ambiente de construção civil, o ar está repleto de poeira,
pó, produtos químicos, dentre outros. Assim, as utilizações dessas máscaras servem como
55
barreira de proteção contra esses agentes para não ocorrer a inalação e gerar danos respiratórios
(CPNSP, 2015).
Tem-se como exemplos Figuras 18 e 19, são proteções utilizadas em atividades e locais
que apresentem a necessidade, e de acordo com a Norma Nº1 de 11/04/1994 – (Programa de
Proteção Respiratória - Recomendações/ Seleção e Uso de Respiradores), a máscara com
respirador e a Máscara de proteção respiratória semi facial filtrante PFF2 protegem contra
agentes químicos, poeiras (CPNSP, 2015).
Figura 18: Respirador purificador de ar (descartável)
Fonte: CPNSP (2005).
Figura 19: Respirador purificador de ar (com filtro)
Fonte: CPNSP (2005).
56
4.2.7 Botas
No que se refere às botas, pode-se mencionar que são calçados utilizados como meio de
proteção para os pés, dedos e pernas, evitando os acidentes decorrentes de cortes ou perfurações
e também contra a ação de agentes químicos, podem ser utilizadas a de borracha ou couro, como
mostra figuras 20 e 21.
Assim, os calçados são os objetos protetores obrigatórios em grande parte das situações
vividas em um contexto de obras e sua enorme variabilidade permite seu uso nas diversas
situações insalubres vividas pelos trabalhadores e a sua disponibilidade deve ser cedida pelos
contratantes da obra, afinal, é de extrema importância que haja visitas técnicas que permitam
encontrar as melhores opções de botas para os trabalhos específicos vivenciados pelos
funcionários e jamais deixar a cargo deles escolher as botas que lhes agradarem (CISZ, 2015).
Figura 20: Calçado de proteção tipo bota de borracha (cano longo)
Fonte: Eletrosolda.com.br (2013).
Figura 21: Botina de couro com elástico.
Fonte: Eletrosolda.com.br (2013).
57
4.2.8 EPC’s
E por fim, e não menos importante, tem-se os EPC’ placas de sinalização, os cones, as
fitas, correntes que são de suma importância em obras, afinal, permitem os trabalhadores
identificar locais de perigo e possíveis rotas de fuga em casos de desastres, além disso, de todos
os sentidos humanos, a visão é a que mais fornece informações para o cérebro e isso deve ser
aproveitado pelos responsáveis de prover informações cruciais aos funcionários trabalhando
(GUIMARÃES et al., 2016).
Entretanto, essa é uma prática que ainda está longe de ser bem implementada, e entre as
principais causas para isso acontecer é justamente o ambiente confuso das obras em que as
mudanças são constantes e se não há alguém especificamente atento às essas necessidades de
segurança, as placas são deixadas de lado ou, muitas vezes, cobertas por materiais de construção
(GUIMARÃES et al., 2016).
Figura 22: Tipos de EPC’s
Fonte: A&S AMBIENTAL.
58
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os improvisos nos canteiros de obras e a não utilização de EPI’s e EPC’s são fatores
prejudiciais da segurança e saúde dos operadores nos ambientes de construção civil. Mediante
tais considerações, buscou-se durante a operacionalização da presente pesquisa, conhecer a
relação entre os improvisos em canteiros e déficit de equipamentos de proteção com a
ocorrência de acidentes na cidade de Paripiranga-BA.
Dentro desta perspectiva, os objetivos propostos foram ascendidos com êxito, visto que,
foi possível observar frente às respostas dos entrevistados que há um evidente descaso por parte
das empresas quanto às medidas de prevenção, realizando somente palestras e fornecimento de
alguns EPI’s, porém, não há treinamento apropriado quanto ao uso destes, o que demonstra uma
evidente falha e pode levar à ocorrência de acidentes de trabalho por déficit de capacitação.
Assim, durante o desenvolvimento do trabalho, a grande maioria dos objetivos foram
atingidos com uma gama de materiais científicos que abordaram as consequências da não
utilização de EPI’s e dos improvisos nos canteiros de obras relacionados à ocorrência de
acidentes, sendo o de maior incidência a queda de altura, cortes e perfurações. Evidencia-se
também que rotineiramente não há fiscalização das obras, com isso, não há uso ou uso
inapropriado dos equipamentos de proteção individual e coletivo.
Mediante tais pressupostos, o trabalho se mostra relevante para o conhecimento e
relevância de se conhecer a importância da utilização de EPI’s na construção civil. Posto isto,
a presente temática é de grande relevância, com vastos materiais científicos, devendo ser
plenamente discutida durante as graduações e nos ambientes de trabalho. Pois, a utilização de
equipamento de proteção está associada a maior segurança do operador, evitando assim,
acidentes de trabalho que comprometam sua saúde e levem a danos funcionais ou até mesmo à
morte.
Diante dos resultados da pesquisa, evidencia-se a necessidade de uma maior fiscalização
nos canteiros de obras, como também, quanto à utilização dos equipamentos de proteção.
Fornecendo-lhes capacitações e educação continuada, a fim de garantir segurança no trabalho.
Em face do que foi dito, este trabalho este é de grande relevância para que os Engenheiros Civis
e graduandos de Engenharia civil se sensibilizem quanto à importância de se atualizar
constantemente acerca da segurança no trabalho tanto no seu aspecto teórico, quanto no prático,
com constante capacitação destes acerca de medidas de prevenção de acidentes de trabalho.
59
Assim, serão elaborados também alguns programas para prevenção desses acidentes, e
como exemplo há o PCMAT, um programa que vai desde o início da obra até o final visando à
segurança dos trabalhadores. Esse programa se faz necessário quando há 20 ou mais
funcionários em uma obra e deverá ser elaborado e executado por um profissional da área de
segurança.
Já que o espaço canteiro de obras é feito para proporcionar uma maior segurança,
evitando-se os acidentes, através desse estudo, será levado em consideração as condutas
incorretas dos trabalhadores e as negligências dos empregadores durante a realização de suas
tarefas e poderão ser implantados alguns programas para que esses acidentes sejam reduzidos
ao máximo possível, além da inserção de medidas preventivas como: palestras, cursos e
principalmente treinamentos para o uso correto dos EPIS’s e dos EPC’s.
A partir do tema abordado é possível elencar as contribuições para o meio acadêmico e
a sociedade, pois visa orientar os interessados que, a depender das circunstâncias, podem levar
a riscos de acidentes e até a morte. Dessa forma, deve-se esclarecer a relevância da pesquisa
em expor e coletar dados para mediações e orientações preventivas.
Portanto, percebe-se que, através da pesquisa, de um estudo de caso e das referências
bibliográficas foi analisado e verificado que a construção civil apresenta um grande índice de
acidentes, principalmente as quedas de nível de altura. Nessa concepção, surgiu o fomento para
compreender quais os fatores de risco das quedas, soterramentos entre outros riscos e entender
as medidas preventivas para gerir e trazer segurança e qualidade de vida para os colaboradores.
60
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67
APÊNDICE A
Centro Universitário UniAGES
Curso: Engenharia Civil
Acadêmico: Maria da Piedade de Jesus Santos Oliveira
Professor-Orientador: Raphael Sapucaia dos Santos
Tema do Trabalho: IMPROVISOS NOS CANTEIROS DE OBRAS E
ACIDENTES: Uma análise sobre a utilização de equipamentos de proteção
Individual e Coletivo na cidade de Paripiranga (BA)
Entrevista com Engenheiro ou encarregado da obra
1 - EXISTE ALGUM TIPO DE MEDIDA DE PREVENÇÃO NA ORGANIZAÇÃO?
2 - QUAIS OS TIPOS DE EPI’S E EPC’S SÃO UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO PELOS
COLABORADORES?
3 - É FEITA ALGUMA FISCALIZAÇÃO QUANTO AO USO DOS EPI’S E EPC’S, PELOS
COLABORADORES?
4 - QUEM FICA RESPONSÁVEL PELA SEGURANÇA E PREVENÇÃO DOS ACIDENTES
NA OBRA?
5 - QUAIS AS VANTAGENS QUE A EMPRESA PODE TER AO TOMAR MEDIDAS DE
SEGURANÇA NO TRABALHO?
6 - QUAIS ACIDENTES OS EPC’S E EPI’S’ MAIS PREVINEM?
7 - QUAIS OS TIPOS DE ACIDENTES MAIS OCORREM NOS CANTEIROS?
8 - QUAIS SÃO AS MEDIDAS DE PROTEÇÃO MAIS USADAS NOS CANTEIROS DE
OBRAS, SEGUNDO A SUA EXPERIÊNCIA?
68
9 - QUEM MAIS SOFRE ACIDENTES NOS CANTEIROS?
10 - QUAIS REGIÕES DO CORPO SÃO MAIS ATINGIDAS NA OCORRÊNCIA DE
ACIDENTES?
11- QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS DOS ACIDENTES?
12 - OS ACIDENTES COSTUMAM ACONTECER COM QUAL FREQUÊNCIA?
71
TERMO DE RESPONSABILIDADE
RESERVADO AO TRADUTOR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA: INGLÊS, ESPANHOL OU FRANCÊS.
Anexar documento comprobatório da habilidade do tradutor, oriundo de IES ou instituto de línguas.
Eu, Lucas Nauan da Silva Andrade, declaro inteira responsabilidade pela tradução do Resumo
(Abstract/Resumen/Résumé) referente ao Trabalho de Conclusão de Curso (Monografia), intitulada:
IMPROVISOS NOS CANTEIROS DE OBRAS E ACIDENTES: Uma análise sobre a utilização de
equipamentos de proteção Individual e Coletivo na cidade de Paripiranga-BA, a ser entregue por
Maria da Piedade de Jesus Santos Oliveira, acadêmico (a) do curso de Bacharelado em Engenharia
Civil.
Em testemunho da verdade, assino a presente declaração, ciente da minha
responsabilidade pelo zelo do trabalho no que se refere à tradução para a língua
estrangeira.
Paripiranga, 20 de junho de 2021.
Assinatura do tradutor