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EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA, GRÃO- MESTRE DA ORDEM NACIONAL DO CRUZEIRO DO SUL EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO DE ESTADO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, CHANCELER DA ORDEM NACIONAL DO CRUZEIRO DO SUL EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA EXCELENTÍSSIMO SENHOR SECRETÁRIO-GERAL DAS RELAÇÕES EXTERIORES EXCELENTÍSSIMO SENHOR CHEFE DO CERIMONIAL DO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, SECRETÁRIO DA ORDEM NACIONAL DO CRUZEIRO DO SUL "Não é bom ter respeito à pessoa do ímpio, nem privar o justo do seu direito” - Provérbios 18:5 MARIEL MÁRLEY MARRA, brasileiro, casado, teólogo, advogado, nasci- do em 06/06/1980, portador da Cédula Identidade: 8767978, CPF: 045.734.836-40, email: [email protected], cidadão detentor do título de eleitor nº 132060830230 (doc1), cadastrado na 0332 Zona Eleitoral, Seção 0048, documento emitido em 18/12/2009, domiciliado em Belo Horizon- te/MG e com endereço na Rua Mato Grosso, 539, sala 1107, Barro Preto, vêm perante Vossas Excelências, com fundamento no artigo 5º, inciso XXXIV da Constituição da República de 1988 e na competência do Conselho da Ordem disposta no artigo 5º do Regulamento da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, aprovado pelo Decreto n. 68055, de 13 de janeiro de 1971, ofertar a presente REPRESENTAÇÃO PARA CANCELAMENTO DO DIREITO DE USAR A INSÍGNIA POR ATO INCOM- PATÍVEL COM A DIGNIDADE DA ORDEM em face do ERNESTO RAFAEL GUEVARA DE LA SERNA, mais conhecido por “Che Guevera”, terrorista profissional, participante do "Movimento 26 de Ju- lho" (MR-26-7), nascido em 14 de junho de 1928 na Argentina e falecido em 08

MARIEL MÁRLEY MARRA · de outubro de 1967, o qual é indigno da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, pelas razões de fato e de direito adiante expostas: De acordo com o Itamaraty,

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA, GRÃO-MESTRE DA ORDEM NACIONAL DO CRUZEIRO DO SUL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO DE ESTADO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, CHANCELER DA ORDEM NACIONAL DO CRUZEIRO DO SUL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA

EXCELENTÍSSIMO SENHOR SECRETÁRIO-GERAL DAS RELAÇÕES EXTERIORES

EXCELENTÍSSIMO SENHOR CHEFE DO CERIMONIAL DO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, SECRETÁRIO DA ORDEM NACIONAL DO CRUZEIRO DO SUL

"Não é bom ter respeito à pessoa do ímpio, nem privar o justo do seu

direito” - Provérbios 18:5

MARIEL MÁRLEY MARRA, brasileiro, casado, teólogo, advogado, nasci-do em 06/06/1980, portador da Cédula Identidade: 8767978, CPF: 045.734.836-40, email: [email protected], cidadão detentor do título de eleitor nº 132060830230 (doc1), cadastrado na 0332 Zona Eleitoral, Seção 0048, documento emitido em 18/12/2009, domiciliado em Belo Horizon-te/MG e com endereço na Rua Mato Grosso, 539, sala 1107, Barro Preto, vêm perante Vossas Excelências, com fundamento no artigo 5º, inciso XXXIV da Constituição da República de 1988 e na competência do Conselho da Ordem disposta no artigo 5º do Regulamento da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, aprovado pelo Decreto n. 68055, de 13 de janeiro de 1971, ofertar a presente

REPRESENTAÇÃO PARA CANCELAMENTO DO DIREITO DE USAR A INSÍGNIA POR ATO INCOM-

PATÍVEL COM A DIGNIDADE DA ORDEM

em face do ERNESTO RAFAEL GUEVARA DE LA SERNA, mais conhecido por “Che Guevera”, terrorista profissional, participante do "Movimento 26 de Ju-lho" (MR-26-7), nascido em 14 de junho de 1928 na Argentina e falecido em 08

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de outubro de 1967, o qual é indigno da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, pelas razões de fato e de direito adiante expostas:

De acordo com o Itamaraty, a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul originou-se da extinta Ordem Imperial do Cruzeiro, instituída por Decreto de 1º de dezem-bro de 1822 de D. Pedro I, para assinalar de modo solene a sua Aclamação, Sagração e Coroação como Imperador Constitucional do Brasil e seu Defensor Perpétuo e em alusão à posição geográfica do país, sob a Constelação do Cruzeiro e também em memória do nome – Terra de Santa Cruz – dado ao Brasil por ocasião de seu descobrimento.

A Ordem Imperial do Cruzeiro foi abolida pela Constituição de 24 de fevereiro de 1891 e restabelecida, com sua nova denominação, pelo Decreto 22.165, de 5 de dezembro de 1932, do Presidente Getúlio Vargas, alterado pelo Decreto nº 1.424, de 17 de julho de 1939, regulamentada, inicialmente, pelo Decreto nº 22.610, de 4 de abril de 1933, alterado pelo Decreto nº 14.265, de 14 de de-zembro de 1943, pelo Decreto n. 68055, de 13 de janeiro de 1971 e pelo De-creto nº 3190 de 5 de Outubro de 1999.

A Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul é uma condecoração da mais alta valia, reservada para "o fim de galardoar os estrangeiros, civis ou militares, que se tenham tornado dignos do reconhecimento da Nação Brasileira" (Decreto 22.610, 4 de abril de 1933, Art 1º).

Os condecorados se honravam, e se orgulhavam da distinção conferida pelo Presidente da República do Brasil, até que em 18 de agosto de 1961, por ato injustificado e injustificável, o Sr. Jânio Quadros, Presidente da República ma-culou a dignidade dessa alta honraria, conferiu-a a um cidadão apátrida, aven-tureiro internacional, terrorista profissional de "revoluções comunistas" de ódio e sangue (México e Guatemala), o Sr. Ernesto Guevara, conhecido peIo apeli-do de "Che Guevara", naquele momento servindo à tirania comunista de Fidel Castro, no posto de Ministro da Indústria de Cuba.

A honraria foi concedia no grau de Grã-Cruz, contrariando frontalmente vários artigos do Regulamento da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, em especial os artigos 1º, 5º, 15º, 17º e 18º do Decreto nº 22.610/33, alterado pelo Decreto nº 14.265, de 14 de dezembro de 1943, que a época regia o ato do Sr. Jânio Quadros, conforme será demonstrado abaixo.

A reação que tal condecoração suscitou na opinião pública nacional em 1961 foi das mais violentas, conforme relata o autor do projeto de Lei 4785/63, de autoria do Sr. Othon Mader.

De todos os setores da população brasileira surgiram os mais enérgicos protes-tos, sendo que aqueles que ostentavam orgulhosamente tais insígnias, senti-ram o esvaziamento e a desvalorização daquele titulo, que antes desse ato, de acordo com o então Deputado Othon Mader, era uma honrosa e valiosa cre-dencial.

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Alguns condecorados a devolveram e outros não a usaram mais de tão depre-ciada ela ficou com a entrada do terrorista internacional "Che Guevera”.

Não é demais afirmar que este infeliz decreto do Presidente Jânio Quadro jo-gou por terra todo o sólido prestígio que o mesmo possuía, sendo que 7 dias depois ele renunciou a Presidência da República, sendo necessário portanto alguns anos mais tarde a contrarrevolução de 1964.

É urgente portanto recuperar o valor moral da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, para que a mesma possa ostentar novamente com orgulho aqueles que a alcançaram por seus méritos incontestes, antes dela ser aviltada como foi ao ser conferida a um terrorista, inimigo perigoso da Democracia, atualmente ido-latrado por muitas pessoas que desconhecem a verdadeira história deste terro-rista e assassino.

É necessário portanto que seja cancelado o direito de uso da da insígnia em razão dos atos incompatíveis com a dignidade da ordem praticados por Che Guevara durante sua vida, conforme será exposto em detalhes abaixo.

O jornalista, cientista político e mestre em estudos latino americanos pela Uni-versidade de Tulane, Fontova fugiu de Cuba com sua família em 1961.

Em "O Verdadeiro Che Guevara", livro que acompanha o documentário "Gue-vara: Anatomia de um Mito", Fontova descreve o revolucionário como um mé-dico fracassado e um estrategista militar incompetente.

Segundo o autor, a maior parte do que sabemos sobre a vida de Guevara se fundamenta em uma biografia escrita pelo Partido Comunista do México e nos arquivos do Departamento de Propaganda de Cuba, controlado por Fidel Cas-tro e pela viúva de Che.

Para contestar a versão mais conhecida dessa história, ele conversou com membros da revolução e refugiados, testemunhas diretas da ascensão de Fidel e da ação de Guevara.

Depois de viajar pela América Latina e conhecer Fidel Castro, Che abraçou a causa do líder cubano, sendo que logo depois da adesão, foi nomeado coman-dante de uma coluna (divisão interna dos terroristas) e não tardou em demons-trar sua brutalidade.

De acordo com a Associação Cultural Montfort , em certa ocasião, um subordi1 -nado de sua coluna furta comida. Che descobre e manda fuzilar o autor imedia-tamente, sem maiores formalidades, sem defesa.

Che Guevara, apenas um terrorista” MONTFORT Associação Cultural. Disponível 1

em: http://www.montfort.org.br/bra/veritas/politica/cheguevara/ Acessado em: 31/12/2018

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Tomado o poder em Cuba, os revolucionários partiram para a repressão e exe-cução dos opositores do regime. Ernesto Guevara participou ativamente do "paredón", ou seja, da morte de milhares de pessoas.

Entre seus colegas, sua fama de inclemente era muito forte. Che chegou a ma-tar um dos jovens chefes da política anti-Batista, Jesus Carreras, apenas por-que era seu desafeto, recusando todos os pedidos de perdão.

Depois de ajudar na destruição de milhares de vidas, Che ficou encarregado de tomar conta do Banco Central Cubano. Como não entendia nada de economia, mas só de guerrilha e de fuzilamentos, acabou por arruinar o banco, agravando ainda mais o estado lastimável da economia cubana.

Para ajudar a frágil economia cubana, Guevara criou os "domingos de trabalho voluntário", nos quais a população era "convidada" a laborar no domingo. Na verdade, as pessoas eram obrigadas a trabalhar mediante chantagens ou ameaças.

Foi um dos mentores, também, dos "Campos de Trabalho Corretivo" de inspi-ração sino-soviética. Eram campos de trabalho forçado nos quais os opositores do regime eram encarcerados em condições ultrajantes e obrigados a trabalhar para não morrer.

Humberto Fontova cita ainda em seu livro que de acordo com O Livro Negro do Comunismo, escrito por estudiosos franceses de esquerda, ou seja, não se tra-ta de uma publicação "direitista", ocorreram 14.000 execuções por fuzilamento em Cuba até o final de década de 1960 . 2

"Os fatos e números são incontestáveis", escreveu ninguém menos que o New York Times, ícone da esquerda, sobre o "Livro Negro do Comunismo”.

José Vilasuso, um cubano que à época era promotor dos julgamentos coman-dados por Guevara, fugiu horrorizado e enojado com o que presenciou. Ele estima que Che promulgou mais de 400 sentenças de morte apenas nos primeiros meses em que comandava a prisão de La Cabaña. 3

Um padre basco chamado Iaki de Aspiazu, que sempre estava à mão para ou-vir confissões e fazer a extrema unção, diz que Che pessoalmente ordenou 700 execuções por fuzilamento durante esse período . 4

Disponível em: < https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=260 >. Acessado em 2

31/12/2018

Ibid.3

Ibid.4

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Já o jornalista cubano Luis Ortega, que conheceu Che ainda em 1954, escre-veu em seu livro "Yo Soy El Che!" que o número real de pessoas que Guevara mandou fuzilar é de 1.892 . 5

Em seu livro, Che Guevara: A Biography, o autor Daniel James escreve que o próprio Che admitiu ter ordenado "milhares" de execuções durante o primeiro ano do regime de Fidel Castro . 6

Felix Rodriguez, o agente cubano-americano da CIA que ajudou a caçar Che na Bolívia e que foi a última pessoa a interrogá-lo, diz que Che, em sua última conversação, admitiu "algumas milhares" de execuções. Mas fez pouco caso delas, dizendo que todas as vítimas eram "espiões imperialistas e agentes da CIA" . 7

"Eu não preciso de provas para executar um homem", gritou Che para um fun-cionário do judiciário cubano em 1959. "Eu só preciso saber que é necessário executá-lo!” 8

Em 1965 Che divergiu da política de Fidel e abandonou Cuba. Partiu para ope-rações de guerrilha fracassadas no Congo e depois na Bolívia, onde encontrou a morte em 1967, executado com oito tiros por militares bolivianos no dia 9 de outubro de 1967. A morte aconteceu na aldeia de La Higuera.

A intolerância e truculência de Ernesto Guevara ficaram registradas em frases como esta: "Não posso ser amigo de quem não compartilha das mesmas idéias que eu", ou então: "Adoro o ódio eficaz que faz do homem uma violenta, seleti-va e fria máquina de matar” . 9

Che Guevara não passou de um terrorista que usou meios ilícitos para atingir um fim macabro, razão pela qual o mesmo é completamente indigno da conde-coração da Ordem Nacional Cruzeiro do Sul, sendo necessário portanto cance-lar o seu direito de uso com a finalidade de reparar o erro cometido pelo Sr. Presidente Jânio Quadros.

Disponível em: < https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=260 >. Acessado em 5

31/12/2018.

Ibid.6

Ibid.7

Ibid.8

"Che Guevara, apenas um terrorista” MONTFORT Associação Cultural. Disponível 9

em: http://www.montfort.org.br/bra/veritas/politica/cheguevara/ Acessado em: 31/12/2018

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DAS VIOLAÇÕES AO REGULAMENTO DA ORDEM NACIONAL DO CRUZEIRO DO SUL EM 18 DE AGOSTO DE 1961

A honraria foi concedia pelo Presidente contrariando frontalmente vários artigos do Regulamento da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, em especial os artigos 1º, 5º, 15º, 17º e 18º do Decreto nº 22.610/33, alterado pelo Decreto nº 14.265, de 14 de dezembro de 1943, que a época regia o ato administrativo.

O artigo 1º daquele decreto versava sobre a finalidade da Ordem, a qual se destina a galardoar os estrangeiros, civis ou militares, que se tenham tornado dignos do reconhecimento da Nação Brasileira.

Após a exposição dos fatos históricos acima, nota-se que o terrorista interna-cional Che Guevara definitivamente não é digno do reconhecimento da Nação Brasileira.

O artigo 5º do referido decreto estabelecia que as nomeações serão feitas por decreto do Chefe do Estado, na sua qualidade de Grão-Mestre, mediante pro-posta do Ministro das Relações Exteriores, aprovada pelo Conselho da Ordem, algo que na prática não ocorreu, pois conforme registros históricos, o Presiden-te Jânio Quadros resolveu condecorar o terrorista Che Guevara com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul e tudo foi de última hora, não havia nenhuma me-dalha previamente pronta, nem o diploma impresso para ofertar ao convidado. Jânio como bom ator que era, improvisou e colocou uma faixa verde e amarela oblíqua nos ombros do terrorista, talvez na promessa ulterior de entregar tal distinção, conforme registro fotográfico abaixo.

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O artigo 15 e 17 daquele decreto tratava das competências do Conselho da Ordem e dos legitimados a apresentarem propostas de condecoração, os quais foram violados a medida que se observa que a condecoração do terrorista foi feita as pressas, sem o devido estudo de uma proposta encaminhada para o conselho, sendo que a própria condecoração em si já viola o dever deste Con-selho de manter o prestígio da ordem estabelecido no artigo 15.

É portanto flagrante a ilegalidade do ato praticado em 1961 ao conceder tal honraria ao terrorista Che Guevara, sendo que, ainda que fosse totalmente le-gal e válido tal ato, ainda sim observa-se no presente caso que o condecora-do possui uma conduta incompatível com a dignidade da ordem, sendo dever deste conselho velar pelo prestígio da Ordem e pela fiel execução do Regulamento, podendo a qualquer tempo cancelar o direito de uso da insígnia.

DA COMPETÊNCIA DO CONSELHO PARA CANCELAR O DIREITO DE USO DA INSÍGNIA POR ATO INCOMPATÍVEL A DIGNIDADE DA ORDEM

O artigo 5º do atual Regulamento estabelece que "compete ao Conselho apro-var ou rejeitar as propostas que lhe foram encaminhadas, velar pelo prestígio da Ordem e pela fiel execução do presente Regulamento, propor as medidas que se tornarem indispensáveis ao bom desempenho de suas funções, redigir o seu regimento interno, aprovar as alterações do Regulamento e suspender ou cancelar o direito de usar a insígnia por qualquer ato incompatível com a dignidade da Ordem”.

Resta claro que o Conselho da Ordem tem competência para cancelar o direito de uso de sua insígnia motivada por atos incompatíveis com a dignidade da ordem.

Não resta dúvida que o condecorado, ainda que falecido desde 1967, é indigno de tal honraria, sendo que a memória de seus atos terroristas ferem a dig-nidade da Ordem, a qual necessita ser reparada, razão pela qual pede-se que seja cancelado de sua memória póstuma o direito de uso da Grã-Cruz.

De acordo com o parágrafo único do art 5º sabe-se que o Conselho da Ordem que tem sede no Ministério das Relações Exteriores, se reúne anualmente en-tre 15 e 30 de julho, podendo, em casos excepcionais, ser convocado para reuniões extraordinárias, razão pela qual pede-se uma convocação extraordi-nária, para que o urgente cancelamento seja realizado nos primeiros 100 dias do governo do atual Presidente da República, que inicia-se em 1/1/2019

ATO NULO

Caso este Conselho entenda que não é possível cancelar o direito de uso da honraria ilegalmente concedida, há que ser dito ainda que analisando detida-mente o decreto do Presidente Jânio Quadros, nota-se que foi conferido o grau de Grã-Cruz, da Ordem , nos termos do Decreto-Lei n 1424 de 17 de julho de

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1939, quando este diploma legal não criou gra- cruz, mas sim, esta outra insíg-nia, qual seja o Grande-Co - lar. Logo, trata-se de ato nulo, o qual já nasceu sem efeito legal (nulo por êrro) o impensado ato, sendo esta mais uma razão para que seja ANULADO o decreto do Presidente Jânio Quadros, ou mes-mo REVOGADO, corrigindo assim não apenas um erro histórico, mas também um erro jurídico.

Sabe-se que os atos administrativos valem até a data neles prevista ou, como regra geral, até que outro ato os revogue ou anule. Desde o nascimento, seja ele legítimo ou não, produz seus efeitos, em face da presunção de legitimidade e veracidade. Duas são as maneiras de um ato ser desfeito: revogação e anu-lação.

Sobre anulação e revogação, existem as seguintes Súmulas do STF e o art. 53 da Lei nº 9.784/99:

“Súmula 346: A Administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.”

“Súmula 473: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revoga-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.”

Lei nº 9.784/99, “Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalida-de, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.”

Assim, se o conselho entender que não pode cancelar o direito de uso da hon-raria por ato incompatível com a dignidade da ordem, nota-se que no presente caso, o Grão-mestre da ordem e Presidente da República, pode “ex-ofício" declarar a nulidade dos atos da administração pública, quando eivados de vícios ou mesmo pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, visto que o decreto de 18 de agosto de 1961 encontra-se eivado de vício, bem como nota-se a conveniência e oportunidade de se corri-gir este erro histórico.

DOS PEDIDOS

Por todo o exposto, a presente representação visa anular os efeitos do decreto de 18 de agosto de 1961, pelo qual o então Presidente da República concedeu ao Ministro da Indústria de Cuba, Sr. Ernesto Guevara, a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul.

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Pede-se que o conselho da ordem cancele de sua memória póstuma o direito de uso de tal insígnia pela prática de atos incompatíveis a dignidade da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul.

Caso este conselho entenda de maneira diversa, pede-se portanto que o Grão-mestre da Ordem, o Sr. Presidente da República, declare “ex-ofício” a nulidade do decreto de 18 de agosto de 1961, publicado no Diário Oficial da União da mesma data, expedido por intermédio do Ministério das Relações Exteriores, pelo qual o Presidente da República, na qualidade de Grão-Mestre das Ordens Brasileiras conferiu a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, no grau de Grã-Cruz, ao Sr. Ernesto Guevara, Ministro da Indústria de Cuba, por não terem sido ob-servadas as exigências do decreto nº 22.610, de de 4 de abril de 1933.

Entendendo que a presente Representação encaminha aspiração popular na-cional, a mesma segue assinada pelos cidadãos e pelos representantes de movimentos da sociedade civil organizada, os quais indignados, informam que jamais deixarão de crer que é na DEMOCRACIA e na JUSTIÇA que repousa o derradeiro fio de confiabilidade, o último rescaldo da esperança.

Belo Horizonte, 31 de dezembro de 2018

MARIEL MÁRLEY MARRA OABMG 157240 (documento assinado eletronicamente)

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ANEXO

DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO

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PROJETO DE LEI Nº 4785/63 - Dep. Othon Mader Status: arquivado na Câmara dos Deputados

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Autor : ............................................ .................................................................................... ....... ... ... . ................................... , ..................................................... .

Discussão única ................................... ................................................................................ , ... ... .. ...................................................................................... , •

Discussão inicial ........................................................................................... , ..... .... .. ........... ... , ................................................................................. : ........ .

Discussão final ............................................................................................................................. ................................................................................ ..... .

Redação final ........................................ ....................................................................... . ................................................................... , .............................. . }. "

I

R emessa ao Senado ....... ................................... ....................................................................................... .................... ... .... ......................................... .

Emendas do Senado aprovadas em ...................... ,de .......... ...................................................................................... de 19 ...................... ..

Sancionado em ....................... de ...................................................................................................................................................... de 19 ................ ..... ..

• P romu I gado em ................... __ .. de ................. __ .... __ ..... __ ............................................... __ ................................. ............. .. .... ....... ...... de 19 ............ ...... .... .

Vetado em .......... ____ ......... de ................................................. ................................................... ... ........ ............................................. de 19 ..... ______ .. __ ...... ..

Publicado no "O iário Oficial" de_ ...................... de .................................. .................................................................... de 19 .................... .. .

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

PROJETO

N.' ., '5/ 63 , Pr 1 nt ,4 R P , 10& oonferiu. a Ord " o1onal .",Il"". ni " 1'0

J t 1ç • 1 ç"

CÂMARA DOS DEPUTADOS

PROJETO Nº

Declara sem efeito o do re-sidente da Re publica de 18 de agosto de 1961 que conferiu a Ordem Nacio na l do Cruzeiro do a. Ernestg Jüe vara, Ministro da Industria de uba:-

(h -I ó4".. O CON}RESSO NACIONAL DECRE TA:

Artº 1º - É dec la.rado sem efei to o decreto de 18 de a "" , - -"'osto de 1961 , publica.do no Diario Oficial da Uniao da mesma , , -ata, expedido por intermedio do Ministerio das Relaçoes Exte-,

riores " pelo qual o Presidente da ReDublica , na qualidade de Grão-Mestre das Ordens Brasileiras conferiu a Ordem Nq,cional do Cruzeiro 0ul , no grau de Grã-Cruz , ao r . Ernesto Gueva-ra, Ministro da Indústria de Cuba, por nã.o terem sido observa-

.... das as exigencias do decreto nO 22 . 610 , de de 4 de abril de 1933 •

, ArtO 2º - Esta lei entrara em vigor na, data de sua

publicaçã.o, revoRadas as disposições ,

em contrario .

JUSTIFICAÇÃO

A Ordem Nacional do Cruzeiro do é uma condecora-,.. çao da mais alta valia, reservada pa.ra "o fim de galardoar os

estrangeiros , civis ou militares , que se tenham tornado di r nos do reconhecimento da lJacã.o Brasileira" (Decr . 22 . 610 , 4. 4 . 33-ArtO 10 ). Os condecorados com tal t i e tais ins i p"yiniaS se honravam, e se orgu lhavam da distinçao conferida pelo Presidente da Re p1! blica dos Estados Un i dos do Brasil. , ,

Entretanto por ato injustificado e injustificavel , o .... , ,

Sr . Janio Presidente da Republica, em 18 de agosto de 1961 , conspurcando es sa alta honraria, conferiu-a a um cidadão

aventureiro internacional , profis s ional de revoluções comunistas de ódio e sangue ( México e Guatemala )" Sr . Erne.§. to G-uevara , conhecido }leIo apelido de "Che Guevara." " naque l e .. momento servindo a tirania comunista de Fidel Castro " no posto

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..

I 1-

CÂMARA DOS DEPUTADOS 2 -,

de Ministro da Industria de Cuba. A honraria foi concedida, , contrariando frontalmente varios artigos do Regulamento da Ordem Nacional o Cruzeiro do Sul ( Arts . 1º-5º-15°-17° e 18º) .

A reação que tal condecoração suscitou na opinião pú-blica nacional foi das mais violentas e de todos os setores da - ' populaçao brô,si 1 eira surgiram os mais . energicos protestos . Por , sua vez os que ostentavam orgulhosamente tais insignias , senii

'"'" , ram o esvaziamento e a desvalorizaçao daquele titulo , que an-

A tes desse ato , era uma honrosa e valiosa credencial . Alguns cog decorados a devolveram , outros não a usaram mais , tã.o deprecia da ela ficou com a entrada do aeitador internaci8nal " Che GUii

A _, Ao

vara" para a sua convivencia. Nao e demais afirmar que este A ,, -.1

infeliz decreto pos por terra todo o sol ido prestigio do ex-A ' Presidente Janio que 7 dias depois renunciava a Presi

" , dencia. da. Republ iea. , , Urge reabilitar o prestigio politico e recuperar

lor moral da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul , assim tão "

o va -enxo -valhada, para que a possam ostentar novamente aqueles aue a aI -, cançaram por seus meritos incontestes , Bntes dela ser aviltada como foi ao ser conferida a um traidor do povo cubano e inimi-go perigoso da Democracia.

É mister pois que se expurgue ou melhor A

se expulse da Ordem , aquele que a envergonha. e a nesto ('-ruevara ou "C11e ('rUevara" •

dizendo , degrada :

que Er-

'" , , Este e o objetivo patriotico e moralizador do projeto de lei ora. auresentado .

Sala das Ses sões , 21* de novembro de 1 962 .

/

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

MINISTERIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES

Decreto de 18 de agôsto de 1 961

O PRESIDENTE DA REPcrBLIcA RESOLVE:

c O N F E R I R

-Na qualidade de Grao-Mestre das Ordens Brasileiras e nos

têrmos do Decreto nº 22 610 , de 4 de abril de 1 933

A ORDEM NACIONAL DO CRUZEIRO DO SUL

- A no grau de Gra-Cruz, a Sua Excelencia o Senhor

Ernesto Guevara, Ministro da Indústria de Cuba.

(D.O . Seção I - Parte I)

Sexta-feira, 18 de agô sto de 1 961

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I I

! .. T os DO (; IiVt.f\:-': '1 VHO"Jt'\ÓRIO

b as 1 unl:ões ue professo!' e tabca da arma . l'aragrafo UDlCO . As alivl d dps de ordem admiulslrativa

t' dlsClplmar passarão a ex 'rcida!' pdos capitães comall-dantes dt' sub-unidadea (Gias. Bia., Esq.).

Art . .. Fica atribuída oficiais especializados em Equitação, quais constituir o a secção de Equitação (su-bordinada ao instrutor-chefe d Cavalaria), a instrução dessa especialidade, que será minist da pêla aludida secção:

- aos 2" e 3" anos das ar as de Infantaria e Engenharia; - ao 3° ano das armas d Cavalari a e Artilharia. § 1.0 A instrução ue eqUlt Cão dos alunos pertencentes ao

2° ano de Cavalaria I' de Artil arla, ficará a cargo dos ingtru-tOfl'S dps tas armas.

§ 2: A inslrução de eon utores, na Artilharia e na En-gpnharlB, gerá atrIbuit:ão dos instrulorps cle Artilharia.

Art. 5: O pI'ofessor da 2° aula do 3· ano dos diversos rursos será major ou capitã dI' uma das armas terrestres, dt'vendo possuir o curso dcslado-Maior, por um dos Regu-lamentos. a partir de H120.

Art. 6.' Os ins! rutorps-c efes de Cavalaria, de Artilha-r!!l e de Engenharia serão ma ores ou capitãr" das armas res-pectivas, devendo possuir o urso de Estado-Maior, por um

Regulamentol, a partIr d 1920. Art. 7: Revogam-sc as d sposicões em contrário, RIO d" Janeiro. 4 de abri de 1933, 112° da lndependen-

eia e 45' da República. 10 VARGAS.

Cardoso.

DECIlETO N. 2'2.610 - DE • DB ABlUL DE 1933

Aprova o re"ula7Mftto do. Ordem Nadonal do Cnueiro do Sul

o Chefe do Govêrno Provisório da Repú.blica dos Estados Unidos do Brasil, tendo em vi8ta o decreto n. 22.166, de 5 de Dezembro de 1932, que restabeleceu a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, e para facilitar a sua execução, deue la:

Art. 1.° Flea aprovado o regulanH'nto anexo ao prpsente "0, assinado pelo ministro de E8tado (ras Relações Exteriores.

Art. 2.' Revogam-se 3S disposH':õl's em contrário. Rio de Janeiro, 4 de abril de 1933, 11 2" àa

e Ui" da Repúbllca. GKTULIO V AROA6 •

A . ck MeUo Pranco

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• ,

Reçulanll'r:to Ja Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul

.Ar'! .;::n 1.',1.. Ord.,tn "Iaei(iual Jo Cl'Uzciro do Sul, re6t.a-" .. ,;" l','ilJ t!,'CI'f'!1I ti, :.:-.: ,lti5, de 5 de DI:'/.f)lllbro de 1932, " III l :-;JIl de "alarJoar os es ti'an eirus, civis ou miliLarp.s 'lJ" " t('lJh:llI turnado di nu:; do e on n a

Bra ôi!"i:'a, cOlHtará das seguin es classes: a\ G!'an-Cruz; 1, nraIlue Oficial; c', COIllendad()!'; , d) Oficial; (' l :a \'alpiI'o, :\riigo :.!," .\ in:'ignia da Ordem será uma esLrela de cinco

!Jraços, p.ornall:lda dr br:mco, encimada por uma grinalda feita dt' dI' filmo l' café e assentadas por uma corôa das n1l'"mas Terá no centro, em campo azul celeste, a ('()[lsLt'lação J(> Cl'uzeiro do Sul esmaltada de branco, e na circunferência desse campo. em círculo azul ferrete, a le-genda - Renl'merenlillJn Prl'mium - em ouro polido.No

terá a efígie da República em ouro, com a seguinte IPgenda - Repúbl ira dos Estarlos Unidos do Brasil, conCorme

anexos. Artigo 3," Os Gran--Cruzes usarão uma fiLa larga azul

rp!l',te, a tirarolo, ria direita para a esquerda, da qqrt! pf'nd e a in,;ígni a da Ordem, além rle uma placa dourada rom as Q1\e rleverá Sf'I' usada do lado es-Qllprdq do p,·lIo. o., (;rande.;; Oficiais usarão a insígnia pen-dente de uma fita aZlll ce!f'ste ao pescoço c mais a placa re-feriria, montada, pOrf'lI1, .. rn pl'ata. Os Comcndadorcs usarão a insf/!"nia jH'll rlrnle ,in ppscor:n, Os Oficiais a insígnia do lildo do T"' i(o , tpndo lima roseta sôbre a fita azul

0<; r:aval ,'iro<; ll,ariín a mr"ma insígnia, sem a roseta, rnonlad:l ('m pr:1ta f' rnlor::l1a do larlo rsql1PI'do rio peito .

Parár.-r n fo t'lniC(1. arnaciarlos porlerão usar na lapela a rMPta on fih da Ordpm. rlp acflrrlo com os modrlos aneXai! .

. \r!.i go 4.< O r.hpf" do Eotflrlo p n das ExtC'rinrrq serão, resppdivarnpn[p, o e o Chanceler dó Orrlpm,

ArtiR'O 5,· As n omr;)<:óps feitas por decreto do Chrf'1 00 Estarlo, nn qua!irlarlr rir pro-80sta do Ministro das RrlacÕc<; Exteriores. aprovada pelo ,onselh o da Ordem,

ParÍÍ!:rra fo ún iro. O rlerrrtn em aprêço ."erá referendado rplo Ministro das Exteriores, no carát.er de Chanceler (l:! Ordrm.

Artigo 6,· Lavrarlo o derrrto rlc nomea<:Ílo, o Ministro das Rplaeõrs Exterio re ' mandará p'\pf'dir o compptrnte diploma, I1l1e s!'I'á 110l' !\f" l'rff'rpnrbrln.

Artigo 7,° Os aR'raciados que sp acharem no Rio de Ja-Beiro fp('eheriín as insfll,"nias e os diplomas das do Chefe do Estado, no Palario da Prcsid/lncia, sempre que forem Gran-Cruzes ou Oficiais. e por intermprlio do Minis-tro Rrla çíirs Exteriorr$ ou do Geral do Ministé-rio, quanrlo ]wrfpnrrrpm às outras classes.

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Art igo H" a f" ,'a ""'Il.lü!l ia ,) \ l!l' b : r" li I,;iies Extel' lf)['C's, o Sl'()l'ld,a I' lIJ (;" ;' "d do :l1l! ISl .\'lO e o _I.I' r duLar dllllumúllco.

Artigo li." \JllUlldo 11 :l.!l i'ucia<l ,1 nu entrega ({a s e s"I 'a ftllta por inter medio dali Embaix.adas e Legncofs

10 As cinco cla'" 'Í de qllf' se c(Jmpõe c.sta ()l' ,jerr. serã () concl'd ll ias de al") I' 11 1) ,' O!11 ..l ,': I'g'uinte (,ran-CrIlZ : AIlE :-;0111'1 '<1110'; Oll E6lado, Príncipe<; dI' Casa- 1I" I!I<.llltc _, 1"11,)' ,11 ,\,101, '1 '", ,. d,: Estado;

LJranrlp Ofic 'al: Au.: Ell\ Exl:'aordinár ios e :rI inistl'os dto Câmaras Legislat ivas, Pre-

dl' C,' I' !"'; Supr.'ma, d,; .I 11';[I ::a, OfiCiais Almiranlps, de Balado, \fi nislros Re"ident • e d'! lJlals flll1cioná"lOS ,jr igua l categoria;

COI1Jf'ndador: .\ 05 En rarTPgJdo., de efe tivo., d" ErnLaixada Ol! r.q; ;I ,; i\O, de Parla-

mPlIto (\\1 dI' Có;,t!'o de r:o: 'un"h I' f.al' i'iíes de \lar e Guerra;

Of iciai: Ao - PrlJ1If'lrO" Secretários d e> EmJ,aixafla ou Le-ga<;ãu r ;e>rais, Tenf'n'"s COI'ollcis, Capi Lii.f's dl;l Fra-83 ta, Major"" , Capltiir;; J] , \ :01'\ I' ta, .fl l i/t' :: , ,\I"mJ '!,I' dI' ciacões Literárias, Cienlífieas ou Comerdais, Professores do Universidadp, Clrntislas, ('

Caval ei ru: Sp/Zundos Sf'crl'j ários de E mbaixada ou Lc-gacao, Cl'rmule.s, ci vis e comerc iais, Ofi Ciais do ci\.o r da Armada de patentps inferiores às ci-tadas, ParI iClllar es. rtc.,

Artigo i i. Não obst.ante aR ri o artigo pre-ceden te, o Conselh o da Orde m poderá. ('m ca,;os propÓ r a nomeação de determinada IH'<:sl'ra para lima c1as .;p Imediat amentf' superior à qu e ter ia di l'rito.

Arti go Od dipl omatas ljUP hrlll\'el'em 8pr-vido no Brasil por mais de fi ais ano' t ' SI' tpnham tornado n1ereeedorps do reconh ecimento naci ona l rrcrhPriio, ao par -t ir , a::! ins ígnias e diplomas das classes que lhe.s correspon-derem .

Parágrafo único . Enquan to a"I'erlitados no Brasil, porém, s6 poderão ser nomeados para a Ordem "m espociais, como por exemplo a v isita oficial, an (1ov"l'no. di' Sobpranos. Chefes de Estado. ou Ministros das Relacões Exteriores dos StlUS respectivos países .

Ar ti li) i3 . Serão igualmente nomeados para a Ordem os diplomatas et!trangeiros Que estiver em serv indo no Br allil por mai !' de dez anos consecutivos I' houverl'm prestarlo re-levantes eervicos à NacAo.

Artigo H . O Oonselho da Ordem aerá oompost o das guintes pessoas: Chefe do Estado, Mini stro das RelaQões Ex-teriores. Ministro da Guerra, Ministro da Mar inha, Sporetá-rio 6el'al do Minbtér io 6 Introdutor Diplomático, que deiem-penhará .. funQÕea de Slloretárlo do Conselho, auxiliado por um furulron4r io do Protooolo, Que lerá a denominaoão de Ofioial do Regiltro.

Artiro f5. Compete ao Conselho da Ordam : a ) estudar IIS propostas que lhe forem encaminhadas ; b) aprová-Ias ou

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,'" I 1\'J>Il' •• PR'-'VlEiÓRIO 7

r,.;" 1 j"j e:d'c1jr;ão do presente Regula. r I '1:, Ordem ; e) propOr as medl-

" .. ' ), ao bom das " '. I I,' rcgularn"nlo interno;

" i, I" ai' '., f) d!:'I'lio d (' usar as insígnias concedIdas, ,I, " "',',>, 1 A!,,, ;!Jl'\"p ?!í\,pl 1'0, a djpnidade 01'

\ J', • SO 1 {; , ! (! 'I\) (O a,) :-iccl'ctári o: a convocar as re-u"iil·,, r<l C0n-e!!LJ ordem de qualquer dos seus fi! ',,' ,)) I '1[, I-lil' da corrospondência ; c) lavrar as átas

t! :1, :'r,\1.;: Jf\< ç , uhmAlo-laR à a.sginatura dos seus membro'!; ,I) 'nan['.r l'rr. -lJa n 'll'ql!iyo I' o regIstro da Ordem, etc ..

\rtq;l' 17 , de ingresso na Ordem só pode-. a, por intermédio das seguin-

t{\S

,] \tl'l1.Dros li" COllsrlho; 11 \f llli,tl'oS de Est.ado;

\..Jirfés dEI diplomáticas do Brasil no eltran .. fíi iro

,\I'Uga IR. A" propostas em aprêço deverlo oonter: a) , !lê·me cio oanrli da to :I ml'mbl'o da Ordem; b) g8cionalidad!1; (' l'rofigsão; d) dados biográficos; e) lli,ta dos l!ervJ§oe Que hOilyer pre"tado ao Brasil; f) grão das condecora e. que pOSdUlr; o: nome do proponente,

Artigo 19. Os membros da Ordem s6 poderlo 8er pro-mQ\"idos ao grão imediato, QUllndQ houverem prestado novolS e serviços à e permanecido durante ..,... ilnos na sua classe .

Artigo 20. O Conselho da Ordem terá um livro de Re-gl,.t,o, no Qual serão inscritos, por ordem cronológioa, o UIJ nH\ de cada um dos membros da Ordem, a indioação da

(1 dados biográficos re$pectiv08. Parágrafo único, AI! folhas dê8se livro serAo numerada.

e ruhricadas pelo Spcrel ário da Ordem. Artigo 21. O da Ordem terá por aMe o Minit ..

lério das Rplações Exteriores. Rio de Janeiro, .. de abril de 1933.

DECRETO :-I, 22,fi11 - nr. 4 DE ABRIL DE 193il

A,6 ,'r !lO Jfill is t''I'iu d, Vi'I('I'í, ' p nbrns Publicas o CTPditq e6-prcinl d(' :\00: 000$000 l)/(ra a execução de obra, no porto dr MnreitÍ

() Chr·fp r10 GOYI'rno Provisório da RepÚblica rlos Estados Unirll1s do das atrihuicões que lhe confére o 8r t. 1° do decreto n. t 9, 3g8, de 11 de novembro de 1980, decreta:

Artigo unico. Fira ahcrto ao Mlnislerin da ViacAo e Obrft8 PubliMs o crt!dito de trezentos oontos de réis '300 :000$000' para ocorrer despl\sas de estudos e trab'l-

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, .

CÂMARA DOS DEPUTADOS

DECRETo-IEI Na 1.424 - DE 17 DE JULHO DE 1939.

Insti tui 9 Grande Colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul.

, O Presidente da Republica:

.. Considerando o que expos o Conselho da Ordem Nacional do A .. zeiro do SUl sobre a conveniencia de ser instituida uma nova c1asse,nâ

quela Ordem, destinada a alardoar Chefes de Estado que se tenham tor-

nado dignos da gratidão do Govêrno brasileiro e usando das atribuições

que lhe confere o art. 180 da Constituição, decreta:

Art. l0. Fica instituida, na Ordem Nacional do enuzeiro do , ,

Sul, alem das classes j a existentes, a do Grande

Art. ZQ. O Grande Colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do SUl é destinado, exclusivamente, a Chefes de Estado

circunstância, tenham merecido especial gratidão do

que, por qualquer A Governo brasileiro.

Art. 3Q• No Brasil, os agraciados com o Grande Colar recebe-

rão as ins1gnias das mãos do Chefe do Estado, de acôrdo com um cerimon1

al previamente estabelecido; no estrangeiro, a entrega das insígnias , ,

ra feita por um Embaixador Extraordinario para esse fim designado. , .. O Grande Colar podera ser usado simultaneamente com

a Banda e a placa da Grã-Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul.

Art. 50. O Grande Colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do de acôrdo com o modêlo anexo, terá as caraterlstieas ali representadas.

N , Revogam-se as disposiçoes em contrario.

Rio de Janeiro, 17 de julho de 1939, 1180 da Independência e ,

510 da Republica. ,

Getulio Vargas Oswaldo Aranha.

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

DAS RELAÇÕES EXTERIORES

DECRETO DE 18 DE AGOSTO DE 1 961

o Presidente da República resolve REMOVER, "EX OFFICIO" , NO INTEBtSSE DA ADMINIS-TRAÇlo

De acôrdo com o artigo 56, ítem I, da Lei n2 1.711, bro de 1952,

de 28 de outu -José Murillo de Carvalho, ocupante de cargo de Segundo

cretário da carreira de Diplomata do Quadro do Pessoal, Parte Per -manente, do Ministério das Relações Exteriores, da Embaixada do Brasil na Suécia para o consulado do Brasil em Nairobi , e designá-lo para exercer a função de Cônsul.

CONFERIR

Na qualidade de Grão-Mestre das Ordens Brasileiras e nos têrmos do Decreto n Q 22.610, de 4 de abril de 1933,

-A Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, no grau de Gra-Cruz, a Sua Excelência o Senhor Ernesto Guevara, Ministro da Indústria de Cuba.

CONFERIR

Na qualidade de Grão-Mestre das Ordens Brasileiras e nos têrm08 do Decreto n Q 1.424, de 17 de julho de 1 939,

O Grande Colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul a Sua Excelência o Senhor Leopold Sengnor, Presidente da República do Senegal.

O Grande Colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul a Sua Beatitude Arcebispo Makarios, Presidente da República de Chipre.

O Grande Colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul a Sua Excelência o Senhor Osagrefo Doutor Kwane Nkruman, Presiden-te da República de Gana.

O Grande Colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a sua Excelência Nbamdi Azikiwe, P.C., Governador Geral e Coman -... dante em Chefe da Federaçao da Nigeria.

A Ordem Naciona] do Cruzeiro do Sul, no grau de Grã-Cruz

\

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' 0

CÂMARA DOS DEPUTADOS

- 2 -

a Sua Exóelência o Senhor Doutor Kojo Botsio, Ministro da Agri-cultura da República Gana.

,.. A Ordem Nacional do Cruzeiro do SUl. , no grau de Gra-Cruz,

A Sua Excelência o Senhor Doutor Taw1an Adamafi0, Ministro de Assuntos Presidenciais da República de Gana.

A Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, no grau de a Sua Excelência o Senhor Doutor Saéb SaIam, Presidente lho e Defesa Nacional da República libanesa.

Gra-Cruz, do Conse -

A Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, no grau de a Sua Excelência o Senhor Doutor J .K. N;yerere, Primeiro 141n1stro de Tanganika. -A Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, no grau de Gra-Cruz, a Sua Excelência o Senhor Mamadou Dia, Presidente do Conselho de Ministros da Defesa da República do Senegal •••

(Diário Oficial, Seção I - Parte I, dia 18 de agôsto de 1961, pgs. 7 527)

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Art. 2.0 R"':ogali:- ,,' c ,1:-;,"

Rio de Jane iro, " de ak.: dI' • 45" da Rl'pubhca.

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.t, W· M Jo' ranco.

_ Regulamento da Ord6m Nacional do Cruzeiro do Sul

Artigo i .' A Ordl'tn \ al'lo n,d 'l" Lruic iro 0(1 Sul, re3la-M elecida pelo deCl flt.u n. :!.! 11);;, de :. d I" de .• ..,. o fim de gal :ll',1 0l'I (1 - cstr :l llgf' lI'OS. e lVlS "U

8e tenham tornado ,j Ignos (to rL'l'lHlhecimento da Na.çlio constará das segllmtes cla,.-e :.

a) Gran-Cruz; h) Grande Ofieial; e) Comendador; 4) Ofioial; .) ' Cavxaleiro .

Artig.o 2.' A ins ign ia da Or c1em !('rá uma estrcla de cinco .-.oos esmaltada dp bram'(I, por uma gr ina lda feita

, U de fumo e ('Mó e uma ceróa das mesmas • folhas. Terá no cl'ntro, {' m caml' o :wJl celestl!, fi comlelaclio ti Cr\Ueiro do SUl e ,-l il:l ltada de Or :1l1t'O, e na ci n:unfpr'encia dêase campo, em clrclll" aluI ferl'!' IR, a leaenda - Renrrnere!i-

'tium P'remlum - em UIJ1'0 l ,q tido , :\0 r6veno, (.Ná a eflgie da !\:f!rlioa em ouro, Com a "t:g'll inte lpgenda - RepúblÍC-a dos :!í 08 Unidos do Bru <i L ['" nf' /): me ú S desenho, anexos,

.4rt.i!0 S." Os Gran-Crme- uma fita larga azul HleMe pusada a tira w lo, da fi ll'e i la para e:;.Quel'da, da qual 'p8Dde a inai8'lia da Ordem. ulrlll de 'Ima placa dourada com ai IBe8mas insígnias, qu e ser usada do lado esquprdo 40 peito. Os Grandes O!!c:a is li insignia pendente de

azul ao pescoço ;, !l .:m a jJlacu mo'!--, em prata. 0' Comrndadores u sarao a 1U81gma

. 40 DelOOCo. Os Oficiais usarA<! a inRfgn ia do lado do peito, tendo uma rOt'cta sohre a fita azul (,Alll>su- .

OI Cavaleil"Ol usarão a m AO ma in!ignia, <; Pnl a mootll-da prata e colocada do la do .. .eoqUH tlO do pl'ito,

Para,ra(o unieo, Os J gl' aciado!' poderão usar na ll\peh • roseta ou fita, da Ordtm, dI' ueórrjo l'om modfllos anexos.

Arti8'O 4.' O Chefe do Es tado e () )filustro das serão, respeeti\am nnu\ o Grào-M!,,stre e o Càaocf"ler

ia Or4em. APtillO 5." As nomeat;Oe! serão fei tas por deereto do Ohefe

• 0 JteLt,do, Da sua qualidad@ de <tl'ãq-Mestre, mediante pro-po&ta do Ministro das Relacõl>,s apNWt.da plIlo tleo!elho da Ordem.

Paragra'Ío ' unico, O decreto em sel'é re!erendarlo telo Ministro das Relacões eo oarat.er de -Chance/or ... OrfIem.

Artigo e," Lavrado o decreto de o Ministro das &elaçfel Exteriores mandará expedir o competente diploma. que será por ele rroerendado,

Artigo 7: Os agrad ados qu e se acharem no Rio de Ja--.tTo as im ign l3S '" 05 diplomas mllos do Chefe cio Eslado, no Palacl t) da P ri' ''' idenc ia, sempre que forelll (lran-CrlU86 ou Grand, ... Oficiais, e por intermedi{) do Mini: -tro das Relações ou do SecretArio Geral do

' rio, quando peMen ccrf'1Il ás ltutras clallsee. 8." Assi stirão a eMa cerimonla o Ministro da8 Reh ..

o Secrelário Geral do Iflllisterio e o Introdu tol' 4fpIometIoo .

Artigo 9.· QlI ando o agraciado reaidlr no eaLrangeiro, a CliIJta:ep das insil'Dias & diplom3s será feita par intermedio dILE '1IrjIeQaindas e Brasileiras.

iO. As einco classes 4e que 8& oompõe esta Ordem e' con cedidas de Mórdo com a classificação: . uz: Asa Soberanos ou Chefes de Ettado, Principea de ,_ Aeil1antes, Embaixadores 6 KiniA&NI 41 Diado •

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id 1 CJ' il l'I:..t"'l , .)u l'qt1lflJ .... fi· ,f(·...;..: ol'es de L Dl \t'I" -ldad ,', C:"llli:,la-. 1',"" 'I' OI'l',O I' \ I't l" [.'.! .' ,

d'\ ou Le-gação, Lun5 ul es, .\ d:dlh civb I' COII I(' :'I ' d !" () l lc' iiiL- d l1 Exér-cito e da Armada de illfe l'lu:">.; Ú.; 0:"1):l' ci -tatlas, "i ".

Ar li gu 11. :\ão :I, li" 1l111 l!Xl prc-cedl?n te, o Conso' lh o da Ordelll pod o'l'a. 1'111 casos ,' \ , vnonais, IH'UPÔI ' a nOll lra(; ÜO de Ji'trol'lllllJ:lda P " ,' ." " U paI a "li' .. d as:;e "ned la :amen l ,' ,Upl'l'If)' a qu I' lI'l' Ia dll" llo ,

Arllgo 1:: . U5 (j lll' hou\t" ''' 1lI ser-vido no por dI' UOI<; a nos e lenha !!. I n-nado úlerecedores do r '!con h ecinl"1l1ú Jl<l,'!lllla l l, ,';' ,'bcrÜ .. lJar-tir, as insigni as e diplomas das .qu r lhes d'-! espon-derem.

Paragrafo ulli co, EnqU ,lllto no li I" , " r,orém, poderãu ser no meadn ,' [Ju r a a Or dplll , ' [/I " c;->eeiais,

romo pOl' exemplo a visíta of ll:i al ao ( ;,1\ e: riu ti .. ,. r Ch efes de E sta do, Ol! Mlll i,tl'O 1"1 1 .. · ,': f'S dos StlUS r p,;pectivos lJ:: fsp, .

Ar tigo ia, :ser ã (1 19l\ulment,f' nO lll pad' l, fl ar J " "' 111"m 08 diploma tas ,qUl> f"(,Jll " Brasil ." por ma i,.. rle d f'z ano" r rlO -Cl'ul1HIS " hOU\l:! l't>!l 1 I'r, " .do 1'1'- ;::

ip"anles Sf'l' l'l(; OS á ,'\ Art igo 14. O Conse lh o da Oruem se r'á CO I" ... ,><-' u das se- ,'f

gUlllti' ;; pessoas : Che l,' do E"lad(" d il It el açõe!\ Ex- "" teriures, MIIl I-ll u da liueITu. !lI ,Ia \1 :tll lIha, do Ge r al do !ll lll ister'10 f' l nL1'C1!l lllu;' JIJ'i"II<lllcIJ, (] ll" d" ,"m-' penhará as fu nções de S" I'l'I!I;'ll' lU do L'JI, -edl u, au' . 11 j " pOI' um fU llcionar ilJ do l 'I' utOCOJ o, qu e terei a d , n,,' I I, \,:ãl' de Oficial do Ilpgi d ro .

Arti go 15 . Compele no r'(1n-(,;ilo :la Oro.':: es tudar lIS propostas qu e lhe f r, rem ,>ncalll ll lil ada .. : h !tI': . á-Ias 011 fl"Cusá-Ias; c .. ve lar !II:,[ a f le! cxpcuçà n d,! Regula- .,

d J man tpc o lJ il>,t: g io da Ordem ; 1', Pl'lJpt'" as medi-dUfl quI' !qrn al' em ao bom dt'senJ penh o dac snas () redlgil' o Sf' U l' egu lamcr;tn interno ; " '. 1)8-

pender llU caneelar o d irp:to de usar as insignias roo,. ... dall,

por qualquf' l' áto .incompati\el com a dignioaill> da Art lgu 16. Compele ao Secretário: con\"/)Clll lIt8 reo-

uniées do Consplho, m edian le ordlllIl de Qualquer dos seU. li I oru par-se da r) lavrar as átu

das l'i'llll ltks I' sllbnll'l (\- las á ass inatura do:; seu! membr08; ti) manli'f em dia o a rqu Ivo e o r egistro da Ordem, et.c ..

Artigt) 17, ,u propostas de ingresso na Orrtem só pode-rio 1161' apresentadas ao Conselho por intermedio du eewuin •

pessoas: , a ) Membros do Conselho; b ) !'IIinlstrOl! de E ,; lado; c ) Ch e fes dI" Missões dlplomaticas do Brasil no .. tr.an..

seiro . Artigo 18, As propostas em apreço deverão ooater: ch

nome do oondidaío a m embro da Ordem ; b ) Ci proflssAo ; d ) dados biograficos; e ) lista dos serviçoe qúf houver pI'estado ao Brasil; f) gráu das que possuir; Q) n omp do proponente .

Al't lr;o i 9 , Os m pmbros da Ordem s6 poderio ter pro-rnovidos ao gráu imedi a to, q uando houvel't:n1 presl.ado novOl e relevanle.: serviços á Nação e permanecido durante !.rIJa ' lInos na sua claiSe.

Artigo 20. ° Conselho da Ordem terá um livro de 1\6. gistro, no qnal serão inscritos, por ordem o dI" cada um do;; membros da Ordem, a indil'.JVãe fia el" • '

dados b lOgrll.ficos r espectivos .

--Paragrafo Ilniõo. As folhas d6sse livro sedo e rubricadas pelo Secretário da Ordem .

Artil'O zt , O Conselho da Ordem terá per O 11411Ü1 .... terio das Relações Exteriores .

Rie dia Janeire, • 41e abril de i933.

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L

• ... -.-_ ... _----

CÂMARA

DOS DEPUTADOS

Sr Presidente

Requeiro

, com

base sarquivam

ento do pro

jeto 4785 /63, de autoria no nobre deputado O

thon Mader.

- ,.,----r

-.-

Sala dé:!s sesões,

\

Deputad

de '1bril de 1963

PSD •

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-1

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e •

..

CÂMARA DOS DEPUTADOS

COMISSÃO DE CO NSTITUIÇÃO E JUSTIÇA

PROJE -,-'O Nº 4 . 785/6"? - Declara sem efxi to o decreto do Presidente da Repub1ica ,de 18 de agosto de 1961 , que conferiu a Ordem Naciona l do Cruzeiro do Sul a Ernes-to Gueva r 2. , Ninistro da I ndústria de Cuba . At.,lT OR: Dep . Oton RELATOR: Laerte Vieira ,

PARECER

A presente proposição visa a nu1nr um decre to de 18 de a -gôsto de 1961, pelo ua 1 o entRo Presidente da República concedeu a o Mi-nistro da Indústria de Sr . Ernesto Gueva r c , a Grã-Cruz da Ordem Na ciona1 do Cruzeiro do Sul .

Justifica o a utor dizendo descumpridos diversos dispositi vos do Decreto nº 22 . 610 de 4 de a bril de 1933, que ap rovo u o Reg u1amen-

" to da Orde''1 Nacional do Cruzeiro do i::)u1. - , :-Jao desconhecemos o selJ tido patriotico e a ltamente moral!

zador do proj Eto que teria , dentre outros , O de rest0 be1ece r o· prestigio da Ordem e o va lor de t ãc a l t E. insignia .

, Entretanto, o que nos cump re analisa r e o s e u sentido ju-

ridico e ,- -consti tuciona l, deixando a aprecia çao da douta Comi ssé..c de Re1a - , çoes Ext eriores , o seu merito .

A primeira & se f a ze r SE o Presiden te da b1ica , ao exp edir o decreto ma lsinado, ag iu ou não den tro da s SU2 S a tri-buiçõEs lega is?

A resposta é afirma tiva . O Presiden'::e é o Grã o-Mestre da Ordem. O seu Binistro da s h e1ações Exte riores, que deve ter referendado , o ato, e o seu Chance1er .

A a utoridade que exorbita de sua competência , que desa teg de os princípios legais ou contrQria a constituiçQc, pode e deve ser ponsa bi1izads pelos seus atos . Da i a se declara r a nulidade do ato uma gra nde distânc ia .

res -va i

- , -, O entao Presidente da Repub1ica , t êO prodi go na distribui -ção de gala rdões - só no Diá ric Oficia l de 18/8/61, foram outorgados a seis autoridades estrangeira s a Grã -Cruz, e a qua tro , o Gra nde Colar , recebeu o ma is alto castigo: Renunciou sete dia s 2.pos .

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e •

CÂMARA DOS DEPUTADOS - 2 -

Assinale- se que ao conferir a s insígnia s , no grau de Grã-Cruz, conforme consta da publicação do Oficial de 18/ 8/61, nos

A

termos do Decreto-lei nº 1. 424, de 17 de julho de 1939, cometeu o n . ' sldente seric ( . t equ1voco , V1S o que este Decreto institui o Grande Co -

la r da lo rde7Tl a cicnal do Cruzeiro do Sul .

" podera ser " termos do

O objetivo colimado , alcançado a tr&ves do

a rtigo 15, letra "g":

l1Art . 15 -

pelo ilustre Conselho da

a utor Ordem,

, do projeto, somente ao qual compete , noo

g ) suspender ou cancelar o direito de usa r as insígni-as concedida s, por at'Ú i ncompa tível com a dignidade da Ordem".

se revogar ou anular um decreto que concede di , . reito ou prerrogativa s de oreem pessoal , a traves de uma. le1 .

-jeiça o .

/jvm .

Entendendo ser o pro je to injur!aico opinando pela SU2 re -

" .

Bra sília , em 4 e junho de 1963

LAERTE RA OS VIEIRA REIATOR

+W k

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-• •

CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE CO STITUIÇÃO E

PARECER tA COMISSÃO

A Comissão de Constituição e Justiça , em reunião de sua Turma

"Ali, realizada em 4.6.63, opinou, unânimemente , pela injuridicidade do

projeto nQ 4 785/63, nos têrmos do parecer do Relator.

Estiveram presentes os senhores deputados: Tarso Dutra - Pre-

sidente, Laerte Vieira - Relator, Djalma Marinho, Arnaldo Cerdeira , Tem

perani Pereira, Getúlio Moura, Celestino Filho , Ulysses Guimarães, Ron-

don A Pedro Aleixo, Afonso Celso e Arruda Camara.

Brasília, em 6 de junho de 1963 •

- Presidente

... , Relator

j

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-

\

CAMARA DOS DEPUTADOS

COMISSÃO DE EXTERIORES

PARECER

PROJETO N. 4 .785/63 - Declara sem efeito o

decreto do Presidente da República de 18 de

agosto de 1961 , que conferiu a Ordem Nacio -

nal do Cruzeiro do Sul a Ernesto Guevara , m1 distro da industria de Cuba .

Autor - dep . Oton Mader

Relator - dep . João Calmon

-. -.-.-. -.-.-.-.- .-.-

, .... Em projeto de lei , visa-se a declaraçao de ficar sem

efeito o decreto de 18 de agosto de 1961 , publicado no lIj)iário

Oficial" da União naquela data , que conferiu a Ordem do Cruzei

ro do Sul no grau de Grã- Cruz, ao sr . Ernesto Guevara ,ministro

da indÚ:stria de Cuba , - "por não terem sido observadas as exi -, I

gências do decreto n . 22 .610 de 4 de abril de 1933. A ilustrada de Constituição e Justiça con -

cluiu por "ser o projeto injur{dico" , opinando "pela sua reje1

ção" , dizendo imposs{vel se "revogar ou anular um decreto que ,

concede direito ou prerrogativa de ordem pessoal , atraves de

uma lei" .

A questão parece-me mal colocada .

A pergunta é , inicialmente , a dos limites do poder de

iniciativa desta Camara dos Deputados . Ou , mais ainda: se , e

possível legislar objetivando situação iLdividual . A resposta

é positiva , não indagando de autores , mas consultando a práti -

ca exercida pelo Poder Legislativo , no atual regime . Basta re -

cordar a chamada Lei-Denys .

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CAMARA DOS DEPUTADOS

à matéria , o exame comporta a afirmação se -A guinte : Se a lei pode , como o pode , criar a Ordem (Decreto-

lei 1.424 de 17 de julho de 1939) , dando as regras gerais

de sua concessão , pode o menos , ou seja , declarar sem efei -

to a sua concessão , quando praticada das regras insti -

tuidas .

O poder de legislar pertence ao Estado , só conhe -

cendo por limites as instituições constitumionais . E provêm

do povo e ,

(art . lQ da Constituição em seu nome e exercido

Federal ). O ato , ao qual se pretende tirar efeito , teve re -... explosiva na vida nol{tica . A renulsa de todas percussao as .

correntes populares , deflagrada , determinou , como causa

reta , a renúncia do Presidente da República . - O que se po -

d d o , t ' f lt d E t d tif O t e lzer e que es a a an o , ao s n o , ra lcar a von a-

de popular , neste episódio , e é o que pretende fazer o pro-

jeto , iniciado na casa de representação popular do Poder

gislativo .

Há que ser "d1tq ,ainda, que foi conferido o grau de

Grã-Cruz , da Ordem , nos termos do Decreto-Lei n . l . 424 de 17 ... de julho de 1939 , quando este diploma legal não criou gra-

cruz , mas sim , esta outra insígnia , qual seja o Grande-Co -

lar . - Assim já nasceu sem efeito legal (nulo por êrro) o

impensado ato .

Pelos fundamentos acima, entendo que o projeto en-

caminha aspiração popular nacional , dentro das prerrogati -

vas constitucionais do Poder Legislativo , - opinando por ... sua apro·..raçao .

de 1963

.,

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, .

CÂMARA DOS DEPUTADOS

COMIssÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES ,

PARECER

- - -A Comissao de Relaçoes Exteriores, em reuniao 'ordi-nária realizada a 17 de junho de 1964, presentes os Senhores Deputados Raymundo Padilha (Presidente), José Sarney, Levy vares, Corrêa da Costa, Leopoldo Peres, Renato Celidônio, des de Mórais, Henrique Turner, Te6filo de Andrade, Milton brai, José Resegue, Dias Lins, José Menck, Aluizio de Castro , -Antonio de :Barros, Joao Calmon, Herm6genes PrÚlcipe, Ewaldo Pinto e Newton Carneiro, apreciando o Projeto n 2 4 785/63, do Sr. Othon Mader, que "Declara sem efeito o decreto do Presi-dente da República de 18 de agôsto de 1 961, que conferiu , a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul a Ernesto Guevara, Ministro da Indústria de Cuba", opinou, de acôrdo com o parecer do Re-lator, Deputado Joao Calmon, pela sua aprovaçao, por unanimi-dade. -Sala da Comissao, em 17 de j1lnho de 1 964.

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RAIMUNDO PADILHA

JOÃO CALMON Relator

7

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

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Par # gII'OlO \&-04\"". .. Cbancoler da 0Pl1.m .•

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

PROJETO

N.O 4785-A, d 1963 ,

do Pre idente da pub11c, conferiu a raem cional

i 1s r d In" s -,.. O S

; f avor Constitui-

vel, d o /.éS ' E8 A

... tl "P () 7 4. '" ,o m

ó .< {[

a

{Projeto nO 4785, u refer m os pareoeres) .

o Congresso Nacional decreta: Art. 19 E' declarado sem efeito o

decreto de 18 de agõsto de 1961, pu_ blicado no Diário Oficial da Uni·ão da mesma data, expedido J:.or intermé-dio do Ministério das R .. !I;tções Exte-riores, pelo q,ual o Presirlen .:e da Re-pública, na qualidade de Grão-Mes-tre das Ordens Brasileirfls conferiu a Ordem NacionaJ do Cruzeiro do Sul, no grau de Grã_Cruz, ao Sr Ernesto Cuevara, Ministro da Indústria de Cuba, por não terem sido observadas as exigências do decreto nY 22.610, de 4 de abril de 1933.

Art. 29 Esta lei entrara em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrârlo .

Justificação A Ordem Nacional do Cn'zeiro do

Sul, é uma condecoraç!l.o da mair alta v::..lia, reservada para "o f!m dE' ga-lardear os estrangeiros civis ou mili-tares, que se tenham tornado dignos do reconhecimento da Nação Brasi-leira" (Decreto 22.610, 4.4.33 -Art. 19).

Os condecorados com tal , titulo e tais inslgnia-s se honravam e SI' or-

-gulhavam da distinção ,:oulerlda pelO

Presidente da República cios Estados Unidos do Brasil.

Entretanto por ato inj ustificado e injustificável, o Sr. Jânlo Qm .. dros. Presidente da República, ell' 18 de agõsto d e 19fH. conspurcando essa alta honrarIa. conl'eriu-a a um dão apátrida. aventureiro intem ' ClO-nal, profissional de revol:.tçõe" . nistas de ódio e sangut' I Me;{J(:o e Guatemala). Sr. ErnesW Guevara. conhecido pelo apelido de "Che Gue-vara". naquele momento servindo à brania, comunista de FLdel Castrro, no posto de Ministro 'Ia Indústria. de Cuba. A honraria. foi concedida contrariando frontalmente vã rim ar-tigos do Regulamento ia Ordem Na_ c;,nal do Cruzeiro do Sul tArts . 19

? - 159 - 179 e 189).

A reação que tal citou na opinião pública naciona! foi das mais violentas e de toGaS os se-tores da população brasileira surgi-ram os mais enérgicos pr:}T,estos. Por sua vez os que ostentavam orgulhO-samente tais insLgnias, sentiram o esvaziamento e a desvalorização da-quele título, que antes désse ato, era llIma honrosa e valiosa creder.cial. Aiguns condecorados a outros não a usaram m'us, tao de_

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ela ficou com a entrada do it áo internacional "Ghe Gueyara"

pa sua convivência. Não e de-afirmar que êste infeliz decre-

pôs por terra todo o E6lido pres-tígio do Jânio. Qua-

7 dias renunCla,va a Presidência da Republlca .

Urge reabilitar o prestígio político e recuperar o valor monl da Nacional do Oruzeiro do Sul aSSIm tão enxovalhada para que a, possam ostentar novamente aqueles que a al-cançaram por seus méritos incontes-tes antes dela ser aviltada como foi !alO ser oonferida a um traidor do povo cubano e inimigo perigoso da Democracia.

11: mister pois que se expurgue ou lIIlelhor dizendo que se da Or-dem aquêle que a envergonha e a degrada : Ernesto Guevara. ou "Che Guevara" .

t::ste é o objetivo patriótico e mo-ralizador do proj eto de [PIora apre-sentado.

Sala das Sessões 21 Je novembro de 1962. - Othon Mader.

MINISTÉRiO DAS RELAÇOES EXTERIORES

Decreto de 18 de agõsto de 1.961

O Presidente da República resolve: OONFERm:

Na qualidade de Grão ··Mestre das Ordens Brasileiras e nos têrmos do Decreto n 22 .610 de 4 de abril de 1933 a Ordem Nadonal do Cruzeiro do Sul ne grau de Grã.<-Tuz, a Sua Excelência o Senhor Erne,:,t,o Gueva-

,ra, Ministro da Indústria de Cuba. i'

(D. O. Seção I - Parte n Sexta-feira, 18 de agõsto de 1961.

DECRETO N9 22 .610 DE 4 DE ABRIL DE 1933

Aprova o regUlamento da Ordem NacionaJ do Cruzeiro do Sul.

Art . 19 A Ordem Nacional do Cru-zeiro do Sul, restabelecida peJe de-creto n9 22.165, de 5 de dezembro de 1932, com o fim de galardoar os estrangeiros, civis ou militares, que

se tenham tornado dign':ls do reco-nhecimento da Nação Brasileira, cons_ tará das seguintes cla.sses:

a) Grâ-Cruz; b ) Grande Oficial ; c) Comendador; d ) Oficial ; e) Cavaleiro. ....... .............................

Art. 59 As nomeações sErã!' feitas por decreto do Chefe do Estado, na, sua qualidade de Grâ-Mestre, medi-ante proposta do Ministro daIS Rela-ções Exteriores, aprovada pelo Con-selho da Ordem .

Parágrafo único. O <l.ecret,o em aprêço será referendado pe:o Minis_ tro das Relações no cará-ter de Chanceler da Oreiem,

Art, 159 Compete ao Conselho da Ordem: a ) estudar as p"oposta> que lhe forem encaminhadas; b) aprová-las ou recusá-las; c) velar pela fiel execução do presente Regu lamento ; d) manter o prestigio da Ordem; e) propor as medidas que "e tornarem indispensáveis ao bom desempenho das suas f/unções; j) iedigir o seu regulamento interno; g) ou cancelaI!" o direito de tlsar as insíg-nias concedidas, por qualquer ato ato incompatível com a dignidade da Ordem ,

Art, 179 As propostas de ingresso da Ordem só poderão apresenta-das a{) Conselho por intermédio das seguin tes pessoas:

a) Membros do Conselho; b ) Ministros de Estado; c) éhefes de Missões diplomáticas

do Brasil no estrangeiro.

Art. 189 As propostas em aprêço deverão conter: a) nome do candL dato a membro da Ordem; b) nacio-nalidade; c) profissão; d) dado' bio-g<l'áficos; e) lista dos &erviços que houver prestado ao Brabu; t) gra,u das condecorações que possuir ; g) nome do proponente ,

Depa.rtamento de Imprensa. Nacional - Bras1:ia - 1963

Page 36: MARIEL MÁRLEY MARRA · de outubro de 1967, o qual é indigno da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, pelas razões de fato e de direito adiante expostas: De acordo com o Itamaraty,

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OBSERVAÇÕES

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