208

Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

  • Upload
    hakhanh

  • View
    225

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca
Page 2: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

Marília Cristina Duarte

Análise filogenética de Eriotheca Schott & Endl. e gêneros

afins (Bombacoideae, Malvaceae) e estudo taxonômico de

Eriotheca no Brasil

Tese apresentada ao Instituto de

Botânica da Secretaria do Meio

Ambiente, como parte dos requisitos

exigidos para a obtenção do título de

DOUTOR em BIODIVERSIDADE

VEGETAL E MEIO AMBIENTE, na

Área de Concentração de Plantas

Vasculares

São Paulo

2010

Page 3: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

Marília Cristina Duarte

Análise filogenética de Eriotheca Schott & Endl. e gêneros

afins (Bombacoideae, Malvaceae) e estudo taxonômico de

Eriotheca no Brasil

Tese apresentada ao Instituto de

Botânica da Secretaria do Meio

Ambiente, como parte dos requisitos

exigidos para a obtenção do título de

DOUTOR em BIODIVERSIDADE

VEGETAL E MEIO AMBIENTE, na

Área de Concentração de Plantas

Vasculares

Orientadora: Profa. Dra. Gerleni Lopes Esteves

Page 4: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

Ficha Catalográfica elaborada pela Seção de Biblioteca do Instituto de Botânica

Duarte, Marília Cristina D812a Análise filogenética de Eriotheca Schott & Endl e gêneros afins

(Bombacoideae, Malvaceae) e estudo taxonômico de Eriotheca no Brasil / Marília Cristina Duarte – São Paulo, 2010.

190p. il. Tese (Doutorado) – Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do

Meio Ambiente, 2010. Bibliografia 1. Malvaceae. 2 Taxonomia. 3. Filogenia. I. Título CDU: 582.796

Page 5: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

…..from so simple a beginning endless forms most beautiful and most

wonderful have been, and are being, evolved.

Charles Darwin

Page 6: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

Aos meus pais, a base de tudo

Ao Fausto, minha cara metade

com amor,

dedico

Page 7: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

Agradecimentos

Este trabalho contou com o apoio e estímulo de todos que estiveram

comigo durante esses quatro anos. Dessa forma, agradeço:

Primeiramente, à Gerleni, minha querida orientadora e amiga, com quem

aprendi a amar a botânica. Muito obrigada pela paciência, amizade, pelo

carinho, e especialmente, pela total dedicação à minha formação durante os

dez anos de orientação. Muito obrigada por mais uma vez me fazer buscar e

querer o melhor.

Ao meu orientador no exterior, David Baum, por ter me recebido

gentilmente em seu laboratório e pela total confiança depositada em mim.

A todas as instituições que permitiram o desenvolvimento do meu

trabalho: Instituto de Botânica de São Paulo, Instituto de Biociências da

Universidade de São Paulo e Department of Botany, University of Wisconsin.

Ao CNPq pela bolsa concedida; a CAPES pela bolsa concedida para a

realização de estágio no exterior e ao International Association of Plant

Taxonomists (IAPT) pelo auxílio recebido.

À Comissão do Programa de Pós-graduação do Instituto de Botânica,

em especial à Dra. Solange Mazzoni-Viveiros, por sempre ter buscado o

crescimento do Programa e por ter me auxiliado nos trâmites burocráticos com

a CAPES.

A todos que me auxiliaram no Laboratory of Systematics, Development

and Evolution da Universidade de Wisconsin, em especial à Talline Martins por

sempre me socorrer nos momentos necessários!

A todos que fizeram a minha estadia em Madison mais prazerosa, em

especial Elsy Buitrago pelos almoços latinos à beira do lago (que se tornaram

escassos na reta final!) e por todos os cafés e cookies entre um PCR e um gel!.

Ao William Alverson, do Field Museum (F), Chicago, pelas discussões

produtivas sobre as Bombacoideae, dicas sobre Chicago e pelo empréstimo do

“apertamento“!. Ao Robin Forster por ter tornado o meu trabalho no Field

Museum mais agradável.

A todos os curadores dos herbários visitados pela boa acolhida e pelo

empréstimo de material.

A todos que me auxiliaram nas expedições de coleta e visitas aos

herbários: Prof. Dr. André Amorim por ter me recebido gentilmente em sua

casa e pelo apoio nas coletas em Ilhéus e adjacências; Prof. Dr. Luciano

Paganucci de Queiroz por ter me recebido durante uma semana no laboratório

de biologia molecular da UEFS; às Profas. Dra. Daniela Carneiro-Torres e Dra.

Nadia Roque por terem me acolhido em Feira de Santana e Salvador,

respectivamente; à Profa. Dra. Letícia Ribes de Lima pelos auxílios financeiro e

logístico à viagem a Minas Gerais; ao Rafael Batista Louzada, pela companhia

e amizade demonstrada durante o período em Minas Gerais; à Maria Beatriz

Caruzo e Renata Sebastiani pela nossa expedição de campo ao Brasil Central.

Page 8: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

Aos pesquisadores e funcionários da Seção de Curadoria do Herbário do

Instituto de Botânica, pela amizade e pela agradável convivência: Cintia

Kameyama, Fábio de Barros, Inês Cordeiro, Jefferson Prado, Lúcia Rossi,

Maria Cândida Henrique Mamede, Maria Margarida R.F. de Melo, Maria das

Graças L. Wanderley, Marie Sugiyama, Rosângela Simão-Bianchini, Sérgio

Romaniuc-Neto, Sônia Aragaki, e à Suzana E. Martins, Ana Célia de Almeida

Calado e Claudinéia.

A todos os amigos da Seção de Curadoria do Herbário do Instituto de

Botânica: Allan Carlos Pscheidt, Alexandre Indriunas, Anderson Santos, André

Gaglioti, Berta Villagra, Cintia Vieira, Fábio Pinheiro, Gisele Silva, Juliana

Santos, Klei Souza, Leonardo Versieux, Luciana Fiorato, Marcos Enoque,

Maria Claudia Medeiros, Rafael Louzada, Regina Hirai, Renata Sebastiani,

Viviane Almeida, entre outros. Aos “irmãos” malvólogos Victor Gonçalez e Cátia

Takeuchi, por estarem sempre prontos a ajudar.

Em especial, às minhas amigas Fátima de Souza-Buturi e Maria Beatriz

Caruzo, por sempre estarmos juntas nessa jornada!.

As amigas do Instituto de Biociências da USP Juliana Lovo e Maria

Fernanda Calió, pelo apoio sempre que necessário.

A todos do laboratório de Fitoquímica e Biologia Molecular do Instituto de

Biociências da USP que me auxiliaram, em especial à Profa. Dra. Maria Luiza

Faria Salatino, por ter me recebido e pela parceria formada; à técnica Mourisa

Ferreira pelo auxílio laboratorial, à Dra. Cristiane del Nero Rodrigues, pela

ajuda e pelos protocolos fornecidos. Em especial à amiga Dra. Juliana Lovo,

por ter me ensinado os procedimentos no laboratório de biologia molecular.

Valeu Jú!

Ao Prof. Dr. Tarciso Filgueiras pelas sugestões e revisão dos artigos de

nomenclatura e espécie nova.

Ao desenhista Klei Rodrigo Souza pela competência com que cobriu as

minhas ilustrações, realçando a beleza das Eriotheca.

Ao meu marido Fausto Erritto Barbo pela confecção dos mapas.

Por fim, agradeço as pessoas mais importantes na minha vida: meus

pais, Celso e Maria, pelo amor incondicional e por sempre estarem ao meu

lado, incentivando e apoiando a minha jornada botânica; as minhas irmãs

Fabiana e Camila, meu anjos da guarda, e ao meu marido Fausto, minha cara

metade, por todo o amor e compreensão. Amo muito vocês!

Page 9: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

Índice

Resumo ......................................................................................................... xiv

Abstract ......................................................................................................... xvi

Introdução ........................................................................................................ 1

Subfamília Bombacoideae ............................................................................ 1

Caracterização morfológica de Bombacoideae e importância

econômica .................................................................................................. 4

Eriotheca Schott & Endl. ............................................................................... 6

História taxonômica de Eriotheca Schott & Endl. e de gêneros afins ............ 8

Objetivos ........................................................................................................ 14

Material e Métodos ........................................................................................ 15

Estudo filogenético ...................................................................................... 15

Amostragem ......................................................................................... 15

Extração do DNA, amplificação e sequenciamento .............................. 15

Análises filogenéticas ........................................................................... 19

Estudo taxonômico ..................................................................................... 20

Estudo dos tricomas ................................................................................... 23

Bibliografia .................................................................................................... 25

Organização da tese ..................................................................................... 33

Capítulo 1 - Análise filogenética de Eriotheca Schott & Endl. e gêneros

afins (Bombacoideae, Malvaceae) ......................................... 34

Abstract ................................................................................................ 36

Introduction ........................................................................................... 37

Materials and Methods ......................................................................... 39

Taxon sampling ................................................................................ 39

DNA extraction, amplification and sequencing ................................. 39

Phylogenetic analyses ...................................................................... 40

Results ............................................................................................. 41

Phylogenetic Analyses of Individual Data Sets ................................. 42

Evaluation of Discordance between the Data Sets ........................... 43

Combined Phylogenetic Analyses .................................................... 43

Discussion ............................................................................................ 45

Page 10: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

Phylogenetic Relationships and Character Evolution ....................... 45

Directions for future work ...................................................................... 51

Literature cited ...................................................................................... 52

Appendix ............................................................................................... 57

Figures .................................................................................................. 61

Capítulo 2 - Notas taxonômicas e nomenclaturais sobre Eriotheca Schott

& Endl. (Bombacoideae, Malvaceae) .................................. 67

Abstract ......................................................................................... 68

Resumo ........................................................................................ 69

Introduction .................................................................................... 70

Changes at the generic level ........................................................... 70

Changes at the specific level .......................................................... 71

Literature cited .............................................................................. 76

Capítulo 3 - Espécie nova de Eriotheca Schott & Endl. (Bombacoideae,

Malvaceae) do Estado da Bahia, Brasil ................................... 77

Abstract ................................................................................................ 78

Introduction ........................................................................................... 79

Results and discussion ........................................................................ 79

Key to the new species and its allies species ....................................... 82

Literature cited ...................................................................................... 83

Figures .................................................................................................. 85

Capítulo 4 - Estudo taxonômico de Eriotheca Schott & Endl.

(Bombacoideae, Malvaceae) no Brasil ..................................... 87

Resumo ................................................................................................ 88

Abstract ................................................................................................. 89

Introdução ............................................................................................. 90

Material e Métodos ............................................................................... 91

Resultados e Discussão ....................................................................... 93

Chave de identificação para as espécies ............................................. 97

Eriotheca roseorum (Cuatrec.) A. Robyns .................................... 100

Eriotheca longipes (A. Robyns) M.C. Duarte & G.L. Esteves ....... 103

Eriotheca candolleana (K. Schum.) A. Robyns ............................. 104

Eriotheca pubescens (Mart. & Zucc.) Schott & Endl. ..................... 111

Eriotheca gracilipes (K. Schum.) A. Robyns ................................. 117

Page 11: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

Eriotheca parvifolia (Mart. & Zucc.) A. Robyns ............................. 124

Eriotheca globosa (Aubl.) A. Robyns ............................................ 128

Eriotheca sclerophylla (Ducke) M.C. Duarte & G.L. Esteves ........ 132

Eriotheca surinamensis (Uittien) A. Robyns ................................. 134

Eriotheca macrophylla (K. Schum.) A. Robyns ............................ 139

Eriotheca obcordata A. Robyns .................................................... 142

Eriotheca dolichopoda A. Robyns ................................................ 143

Eriotheca pentaphylla (Vell. emend. K. Schum.) A. Robyns ......... 145

Eriotheca bahiensis M.C.Duarte & G.L. Esteves .......................... 151

Eriotheca longipedicellata (Ducke) A. Robyns ............................. 155

Eriotheca longitubulosa A. Robyns ............................................... 157

Espécie duvidosa ............................................................................... 162

Lista de coletores ............................................................................... 163

Referências bibliográficas ................................................................... 169

Discussão e considerações finais ............................................................. 171

Bibliografia geral ......................................................................................... 182

Page 12: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

Lista de figuras

Introdução

Figura 1: Consenso de maioria da análise bayesiana dos dados de matk e

ndhF combinados (extraído de Baum et al. 2004) ........................................ 2

Capítulo 1

Figure 1: Phylogram of Bayesian analysis of ITS data. Numbers above the

branches represent posterior probability (PP) and numbers below these

branches are bootstrap values (BS) ................................................................ 61

Figure 2 Phylogram of Bayesian analysis of trnLF data. Numbers above

the branches represent posterior probability (PP) and numbers below

these branches are bootstrap values (BS) ...................................................... 62

Figure 3: Phylogram of Bayesian analysis of matK data. Numbers above

the branches represent posterior probability (PP) and numbers below

these branches are bootstrap values (BS) ....................................................... 63

Figure 4: Phylogram of combined ITS, trnLF and matK data. Numbers

above the branches represent posterior probability (PP) and numbers

below these branches are bootstrap values (BS) ............................................ 64

Figure 5: Illustrations of vegetative and floral structures of the genera of

Bombacoideae ................................................................................................. 65

Figure 6: Phylogram of Pachira clade, and staminal tube of species of

Eriotheca (A–E) and Pachira (F) . .................................................................... 66

Capítulo 3

Figure 1: Eriotheca bahiensis .......................................................................... 85

Figure 2: Geographical distribution of Eriotheca bahiensis ............................. 86

Capítulo 4

Figura 1: Fotos mostrando aspectos da morfologia geral de Eriotheca ........... 95

Page 13: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

Figura 2: Tipos de tricomas em Eriotheca ........................................................ 96

Figura 3: Ilustrações de Eriotheca roseorum, Eriotheca longipes e

Eriotheca candolleana .................................................................................... 109

Figura 4: Mapa de distribuição geográfica de Eriotheca roseorum,

Eriotheca longipes e Eriotheca candolleana ................................................ 110

Figura 5: Ilustrações de Eriotheca gracilipes, Eriotheca parvifolia e

Eriotheca pubescens ..................................................................................... 126

Figura 6: Mapa de distribuição geográfica de Eriotheca gracilipes,

Eriotheca parvifolia e Eriotheca pubescens .................................................. 127

Figura 7: Ilustrações de Eriotheca globosa, Eriotheca sclerophylla e

Eriotheca surinamensis ................................................................................. 137

Figura 8: Mapa de distribuição geográfica de Eriotheca globosa, Eriotheca

sclerophylla e Eriotheca surinamensis .......................................................... 138

Figura 9: Ilustrações de Eriotheca dolichopoda, Eriotheca macrophylla,

Eriotheca obcordata e Eriotheca pentaphylla ................................................. 149

Figura 10: Mapa de distribuição geográfica de Eriotheca dolichopoda,

Eriotheca macrophylla, Eriotheca obcordata e Eriotheca pentaphylla .......... 150

Figura 11: Ilustrações de Eriotheca bahiensis ............................................... 153

Figura 12: Mapa de distribuição geográfica de Eriotheca bahiensis .............. 154

Figura 13: Ilustrações de Eriotheca longipedicellata e Eriotheca

longitubulosa .................................................................................................. 160

Figura 14: Mapa de distribuição geográfica de Eriotheca longipedicellata e

Eriotheca longitubulosa ................................................................................. 161

Discussão e Considerações finais

Figura 2: Iustrações de estruturas vegetativas e florais de espécies de

Eriotheca ....................................................................................................... 173

Figura 3: Mapa ilustrando as áreas de concentração de espécies ............... 178

Page 14: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

Lista de tabelas

Introdução geral

Tabela 1: Delimitação de Eriotheca e gêneros afins ....................................... 10

Material e Métodos

Tabela 2: Espécies analisadas no estudo filogenético ..................................... 16

Tabela 3: Regiões utilizadas e seus respectivos iniciadores ........................... 18

Tabela 4: Expedições de coletas .................................................................... 21

Tabela 5: Relação das espécies estudadas no estudo dos tricomas ............... 23

Discussão e Considerações finais

Tabela 6: Distribuição geográfica das espécies de Eriotheca ocorrentes no

Brasil ............................................................................................................. 181

Page 15: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

xiv

RESUMO

Eriotheca Schott & Endl. (Bombacoideae, Malvaceae) inclui cerca de

24 espécies distribuídas na América do Sul. O gênero caracteriza-se por

apresentar flores com até 6,5cm compr. e 18-170 estames concrescidos até

certa altura formando um tubo e depois livres entre si. O presente trabalho

teve como objetivos realizar uma análise filogenética, a fim de testar o

monofiletismo de Eriotheca e estabelecer suas relações com gêneros afins e

realizar o estudo taxonômico das espécies de Eriotheca que ocorrem no

Brasil. Nesse contexto, o trabalho foi organizado em quatro capítulos. No

primeiro capítulo, foi apresentada a análise filogenética baseada nas

sequências de dados do DNA nuclear (ITS) e de cloroplasto (trnL-F e matk)

de 50 táxons de Bombacoideae e sete táxons adicionais de Malvatheca. As

análises das sequências de ITS, trnL-F e dos dados combinados dos três

marcadores mostraram o parafiletismo de Eriotheca. As espécies desse

gênero emergiram juntamente com as espécies de Pachira s.l., formando um

novo clado que tem como provável sinapomorfia as sementes estriadas.

Entretanto, na análise dos dados de matK o gênero emergiu como

monofilético. Tal posicionamento foi fortalecido pelo resultado do teste de

Templeton, realizado com os dados combinados, no qual o monofiletismo de

Eriotheca não foi rejeitado. No segundo capítulo, foram apresentadas as

propostas de oito sinonimizações, designações de um lectótipo e um epitipo,

além de duas mudanças de status para o nível específico. No terceiro

capítulo, uma espécie nova foi descrita e ilustrada, E. bahiensis, com

ocorrência na floresta pluvial dos tabuleiros do sul da Bahia. Foi apresentada

uma chave de identificação incluindo a espécie nova e as espécies afins. No

quarto capítulo, foi apresentado o tratamento taxonômico realizado com

base na análise de mais de 500 materiais de herbários brasileiros e

estrangeiros e de materiais obtidos durante as expedições de coleta. Foram

reconhecidas 16 espécies de Eriotheca distribuídas desde a região Norte até

o Estado de São Paulo, na Floresta Amazônica, Mata Atlântica e no

Cerrado. A separação das espécies foi feita com base no porte dos

indivíduos, presença ou não de sapopemas, número de folíolos, dimensões

dos folíolos, pecíolos, peciólulos e pétalas, forma dos botões florais, forma

Page 16: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

xv

do cálice e tipo de borda e na morfologia do tubo estaminal. Adicionalmente,

foi realizado um estudo da morfologia dos tricomas, sob microscopia

eletrônica de varredura, por meio do qual foram detectados vários caracteres

que complementaram a caracterização das espécies. Foram apresentadas

descrições morfológicas, chave de identificação, ilustrações, mapas de

distribuição, além de comentários sobre variabilidade, relações taxonômicas

e distribuição geográfica para todas as espécies.

Page 17: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

xvi

ABSTRACT

Eriotheca Schott & Endl. (Bombacoideae, Malvaceae) comprises

about 24 species distributed in South America. The genus is characterized by

small flowers with 6.5cm long and 18-170 stamens united into a tube, with

free filaments emerging from the apex of the staminal tube. The goals of the

present study were to conduct a phylogenetic analysis to test the monophyly

of Eriotheca and to elucidate its relationships with the related genera,

besides making a taxonomic study of Eriotheca in Brazil. The present work

was organized in four chapters. In the first chapter, it was presented a

phylogenetic study based on nuclear (ITS) and chloroplast (trnL-F and matk)

sequence data from 50 representatives of Bombacoideae and seven

additional taxa of Malvatheca. ITS, TrnL-F and combined data analyses

showed the paraphyly of Eriotheca. The species of Eriotheca form a

monophyletic clade together with Pachira s.l., forming a new clade which has

a probable synapomorphy striate seeds. However, based on the results of

matK analyses, Eriotheca emerged as monophyletic. Besides that, the

combined data are not sufficient to rule out Eriotheca monophyly, as judged

in a parsimony framework, using a Templeton test. In the second chapter, the

proposals of eight synonymizations, designation of one lectotype and one

epitype, besides two changes of status to specific level were presented. In

the third chapter, one new species was described and illustrated, E.

bahiensis, where its grows in floresta pluvial dos tabuleiros (southern Bahian

forest). An identification key including the new species and its allies species

was presented. In the fourth chapter, it was presented the taxonomic

treatment of species made based on the study of more than 500 materials

from national and foreign herbarium and collected material during the

fieldtrips. As a result, 16 species of Eriotheca were recognized, distributed

from Northern Brazil to São Paulo state, in Amazon forest, Atlantic rain forest

and Cerrado. The separation of the species was made based on the height of

trees, presence or absence of sapopems, number of leaflets, dimensions of

leaflets, petioles and petiolules, shape of flower buds, shape and margin of

calyx and morphology of staminal tube. Additionally, a morphology study of

Page 18: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

xvii

trichomes was made under scanning electronic microscope, detecting many

characters that complemented the characterization of species. An

identification key, morphological descriptions, illustrations, maps of

geographical distribution and comments about variability, taxonomic

relationships and geographical distribution for all species were provided.

Page 19: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

1

INTRODUÇÃO GERAL

Subfamília Bombacoideae

Estudos filogenéticos baseados em dados moleculares, morfológicos,

anatômicos e biogeográficos mostraram o polifiletismo de Bombacaceae, além

de evidências que corroboraram a junção das famílias tradicionalmente

situadas na Ordem Malvales (Bombacaceae, Malvaceae, Tiliaceae e

Sterculiaceae) em uma única família monofilética, Malvaceae s.l. Nessa

circunscrição, Malvaceae s.l. compreende nove subfamílias e caracteriza-se

por um nectário constituído de tricomas glandulares, situado internamente na

base do cálice ou ocasionalmente nas pétalas ou no androginóforo (Judd &

Manchester 1997; Bayer et al. 1999; Alverson et al. 1999).

As subfamílias Bombacoideae e Malvoideae formam o clado Malvatheca

(fig. 1) sustentado por sequências de matK e ndhF (cpDNA) e pelas anteras

altamente modificadas, monotecas e bi a poliesporangiadas. Bombacoideae

inclui a maioria dos gêneros situados na tradicional família Bombacaceae,

sendo que dentro de Bombacoideae, o ―core Bombacoideae‖ é fortemente

sustentado por dados moleculares e tem como sinapomorfia as folhas

compostas, com um a nove folíolos (Alverson et al. 1999, Baum et al. 2004).

Bombacoideae compreende cerca de 18 gêneros e 187 espécies com

distribuição predominantemente neotropical, desde o México, estendendo-se

pela América Central e pelas Antilhas, até o sul da América do Sul (Bayer &

Kubitzki 2003). A maior diversidade de espécies está nas florestas úmidas da

América do Sul, especialmente no Brasil e na Colômbia. No território brasileiro

ocorrem aproximadamente 13 gêneros e 80 espécies distribuídas em todas as

regiões, com centros de diversidade nas regiões Norte e Nordeste que

abrigam, respectivamente, mais de 90% e 50% dos gêneros encontrados no

país (Bovini et al. 2010). Na região paleotropical ocorrem os gêneros Bombax

L., Adansonia L. e Rhodognaphalon (Ulbr.) Roberty emend. A. Robyns,

compreendendo cerca de 25 espécies (Baum 1995b, Robyns 1963).

Page 20: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

2

Figura 1: Consenso de maioria da análise bayesiana dos dados de matk e ndhF combinados.

Números acima dos ramos representam a probabilidade posterior (PP) (extraído de Baum et al.

2004).

Assim como nas Malvaceae em geral, a estrutura anatômica das

Bombacoideae é bastante homogênea, destacando-se o floema estratificado

tangencialmente, em camadas alternadas de esclerênquima e parênquima

(Metcalfe & Chalk 1950). Estudos da anatomia da madeira de espécies que

ocorrem na Amazônia foram realizados por Paula (1976a,1976b, 1980).

Quimicamente, as espécies de Bombacacoideae são pouco conhecidas,

entretanto alcalóides, cumarinas e lignanas são referidos para os seus

representantes. De uma forma geral, possuem células, canais e cavidades de

mucilagem e cristais de oxalato de cálcio no parênquima e sílica no xilema,

além de ácidos graxos nas sementes (Cronquist 1981; Paula et al. 1997).

A morfologia polínica das espécies de Bombacoideae foi bastante

utilizada na taxonomia de gêneros e espécies. Trata-se de uma subfamília

euripolínica, apresentando grãos de pólen triangulares ou circulares, colpados,

colporados ou porados, com a exina reticulada, lisa ou espinulosa (Carreira et

al. 1995; Moncada & Sotolongo 1994; Nilsson & Robyns 1986; Saba 2007).

Quanto à polinização, são referidas ornitofilia (beija-flores), entomofilia

(mariposas e abelhas) e o tipo predominante, quiropterofilia associado às flores

em forma de pincel, posicionadas no ápice dos ramos, com odor desagradável,

Page 21: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

3

grande produção de néctar e antese noturna. Além disso, polinização por

marsupiais foi relatada em espécies de Adansonia (Madagascar) e de

Pseudobombax (Amazônia Central) (Baum 1995a; Fischer et al.1992; Gibbs &

Semir 2003; Gribel 1988; MacFarlane et al 2003; Oliveira et al. 1992).

Dentre as contribuições taxonômicas mais importantes, destacam-se

Kunth (1821) que descreveu a tradicional família Bombacaceae com base em

dez gêneros e 13 espécies, caracterizando-a pelo hábito arbóreo, pelas anteras

monotecas e pelo fruto com paina envolvendo as sementes. De Candolle

(1824), Saint-Hilaire (1827), Endlicher (1836-1840) e Bentham & Hooker (1862)

ampliaram o número de espécies e enfatizaram a importância das folhas

compostas e digitadas para a taxonomia no nível genérico.

Schumann (1886), na Flora Brasiliensis, descreveu oito gêneros e 46

espécies, sendo 23 novas para o Brasil. O autor considerou duas tribos:

Adansonieae, incluindo os gêneros de folhas compostas e digitadas: Bombax

(incluindo Eriotheca), Pachira, Chorisia e Ceiba; e Matisieae, com folhas

simples: Scleronemma, Cavanillesia, Matisia e Quararibea.

Quanto aos trabalhos de cunho genérico, destacam-se as descrições de

Adansonia L. (1753), Bernoullia Oliv. (1873), Gyranthera Pittier (1914),

Neobuchia Urb. (1902), Cavanillesia Ruiz & Pavon (1794), Septotheca Ulbr.

(1924) e Huberodendron Ducke (1935), os três últimos com representantes no

Brasil, além das revisões de Ceiba Mill. (=Chorisia) (Gibbs & Semir 2003) e

Spirotheca Ulbr. (Gibbs & Alverson 2006) e dos estudos de Catostemma Benth.

e Scleronema Benth., gêneros com distribuição predominantemente amazônica

(Paula 1969).

No tocante aos estudos de inventários florísticos, ressaltam-se para a

região paleotropical as contribuições de Wild & Gonçalves (1979) em

Moçambique e de Baum (1995b) em Madagascar. Para a região neotropical,

destacam-se Robyns (1964, 1967) na flora do Panamá e na flora da Guayana

Highland, respectivamente; MacBride (1956) e Martínez (1997) na flora do

Peru, Alverson & Steyermark (1997) na flora da Guaiana Venezuelana,

Alverson & Mori (2002) na flora da Guiana Francesa e Jorgensen et al. (1999)

na flora do Equador.

Page 22: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

4

Caracterização morfológica de Bombacoideae e importância econômica

As espécies de Bombacoideae são árvores com cerca de 4 a 51m de

altura, de troncos retilíneos ou às vezes tortuosos e ramificados na porção

apical. Um caráter marcante em alguns representantes da subfamília é o tronco

ventricoso, devido ao armazenamento de água no parênquima, conforme se

observa em Cavanillesia arborea K. Schum., espécie típica da caatinga e do

cerrado do Brasil e nas espécies de Adansonia de Madagascar. Alguns

gêneros como Cavanillesia, Ceiba e Spirotheca se destacam pela presença de

acúleos no tronco e ramos. O indumento nas espécies de Bombacoideae é

lepidoto e/ou constituído de tricomas estrelados ou tufosos, às vezes

associados com tricomas simples ou glandulares, sendo que a morfologia dos

tricomas é de grande valia na separação de espécies (Duarte 2006; Carvalho-

Sobrinho et al. 2009).

As folhas das espécies de Bombacoideae são pecioladas, estipuladas,

compostas e digitadas (plurifolioladas) na grande maioria dos gêneros ou

unifolioladas nos gêneros predominantemente amazônicos Huberodendron,

Catostemma e Scleronema e simples apenas em Cavanillesia. Um caráter

importante nos representantes de folhas compostas é a presença de uma

articulação entre o pecíolo e os peciólulos, tornando os folíolos decíduos

separadamente do pecíolo. Diferem desse padrão as espécies de

Pseudobombax, cujos folíolos são inarticulados, caindo juntamente com o

pecíolo, caráter único em Bombacoideae. Outro caráter marcante é a presença

de nectários nos pecíolos e na nervura central dos folíolos como ocorre em

espécies de Ceiba, Pachira e Spirotheca.

As flores são pentâmeras, monoclinas e actinomorfas e variam em

comprimento e número, sendo solitárias ou reunidas em inflorescências

cimosas. De uma forma geral, o cálice é gamossépalo de prefloração valvar,

variando quanto à forma e ao tipo de borda. As pétalas são geralmente alvas,

livres entre si, reflexas e às vezes enroladas na antese. Além disso, são

sempre adnatas a base do tubo estaminal, uma condição relacionada à

supressão da diferenciação do meristema intercalar, responsável pela

formação do tubo da corola e dos filetes dos estames, provavelmente originada

como produto da redução que afeta os estágios iniciais de desenvolvimento do

perianto e do androceu (van Hell 1966, apud Esteves 1986).

Page 23: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

5

Quanto ao androceu, esse verticilo destaca-se por exibir uma grande

variação morfológica, exibindo muitos caracteres diagnósticos que permitem

diferenciar gêneros e espécies. O androceu é sempre monadelfo, ou seja, com

os filetes concrescidos formando um tubo ao redor do ovário, sendo constituído

de muitos estames (até 1000) nas espécies de Pachira e Pseudobombax ou de

poucos estames (5) nas espécies de Spirotheca e Ceiba. Em alguns

representantes da subfamília os estames são concrescidos em tubo até certa

altura e depois livres entre si, ao passo que em outros representantes são

agrupados em falanges na porção apical do tubo estaminal. As anteras são

monotecas, variam de bi a poliesporangiadas e apresentam diversos tipos de

formas: hipocrepiformes (Pseudobombax), lineares (Pachira) e oblongas

(Ceiba).

O gineceu é geralmente constituído de ovário súpero, sincárpico, com o

número de carpelos igual ao de lóculos, dois a muitos óvulos por lóculo e

estilete simples, colunar, com os estigmas lobados ou capitados.

Os frutos das espécies de Bombacoideae são, em sua maioria, cápsulas

deiscentes que variam de oblongo-alongadas, subglobosas a obovóides.

Menos comumente ocorrem frutos indeiscentes como em Cavanillesia e

Scleronema. As sementes podem estar envolvidas por paina, constituída de

tricomas lanuginosos originados de células da epiderme da parede interna do

ovário, que se alongam e tornam-se lignificadas (Marzinec & Mourão 2003).

Quanto à forma, as sementes são geralmente subglobosas. Além disso, podem

ser lisas ou com ornamentação estriada, verrucosa, maculada ou pontilhada

(Duarte et al. 2007).

No tocante à importância econômica, no Brasil as espécies de

Bombacoideae são usadas para diversos fins. A paina dos frutos das espécies

de Ceiba, Pseudobombax e Eriotheca é utilizada como isolante térmico, no

enchimento de colchões e travesseiros e na confecção de bóias e salva-vidas.

A madeira, frágil e de baixa durabilidade e densidade, é empregada no

enchimento e revestimento de compensados e portas, confecção de forros e

brinquedos e na produção de celulose, bem como na construção de

embarcações. Na ornamentação pública, destacam-se Ceiba speciosa (A. St.-

Hil.) Ravenna, ―paina-de-seda‖, C. erianthos (Cav.) K. Schum., "paineira

vermelha", C. samauma (Mart.) K. Schum., "sumaúma" e C. glaziovii (Kuntze)

Page 24: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

6

K. Schum, "paineira-branca", além de Pachira aquatica Aubl. e de espécies de

Eriotheca que possuem copa estreita e folhagem delicada.

Na alimentação do homem, as sementes de Pachira glabra Pasq.

―cacau-selvagem‖ e Pachira aquatica Aubl. ―cacau-falso‖ são apreciadas cruas

ou cozidas, e quando torradas, substituem o café e o chocolate em certas

regiões do país. Por outro lado, os frutos de certas espécies de Ceiba são

apreciados por pássaros, sobretudo periquitos e papagaios. No que diz

respeito ao reflorestamento de áreas degradadas, são usadas espécies de

Pseudobombax, Spirotheca e Eriotheca (Hoehne 1927; Pio Correa 1926-1975;

Kuhlmann & Kuhn 1947; Lorenzi 2002a, 2002b; SMA 2003).

Na medicina popular, Adansonia digitata L. e Ceiba pentandra (L.)

Gaertn. são conhecidas na África por suas propriedades analgésica,

antipirética e diurética (Paula et al. 1997).

Eriotheca Schott & Endl.

Eriotheca compreende cerca de 24 espécies distribuídas na América

do Sul. No Brasil ocorre mais de 50% das espécies (16 espécies) distribuídas

desde a região Norte até o Estado de São Paulo, onde está o limite sul de

distribuição do gênero.

Trata-se de um dos três maiores gêneros de Bombacoideae, juntamente

com Pachira Aubl. que inclui aproximadamente 50 espécies distribuídas desde

a Guatemala até o Paraguai e Pseudobombax Dugand com cerca de 27

espécies distribuídas desde o México até a América do Sul, exceto no Chile e

Uruguai (Bayer & Kubitzki 2003; Robyns 1963).

Eriotheca caracteriza-se principalmente pelas flores pequenas (até 6,5

cm de comprimento) e pelos estames em número de 18-170, sendo estes

monadelfos até cerca altura e depois livres entre si (Robyns 1963).

Na maioria dos estudos clássicos de Bombacoideae, várias espécies de

Eriotheca foram tratadas em Bombax, destacando-se Aublet (1775), Martius

(1825, 1826), Saint-Hilaire (1827) e Bentham & Hooker (1862). Esse

posicionamento foi seguido por Schumann (1886), na Flora Brasiliensis, onde

seis espécies de Eriotheca foram tratadas em Bombax seção Eubombax, com

base no comprimento das flores. Após a criação de Eriotheca por Schott &

Page 25: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

7

Endlicher (1832), ressaltam-se os estudos de Endlicher (1836-1840) e Robyns

(1963), nos quais esse táxon foi considerado no nível de gênero.

Os principais estudos de inventários florísticos que tratam de Eriotheca

são de Robyns (1967) na Guayana Highland; de MacBride (1956) e Martínez

(1997) no Peru; Alverson & Steyermark (1997) e Alverson & Mori (2002),

respectivamente, nas Guaiana Venezuelana e Guiana Francesa e de

Jorgensen et al. (1999) no catálogo das espécies do Equador.

Sobre as espécies que ocorrem no Brasil, ressaltam-se os inventários de

Ribeiro & Esteves (1999) e Esteves (2005) na flora da Reserva Ducke,

Amazonas; Esteves (2003) na Serra de Grão-Mogol, Minas Gerais; Du Bocage

& Sales (2002) das espécies de Pernambuco; Santos (1966, 1969) das

espécies da região Sudeste; Duarte et al. (2007) na flora de São Paulo, além

de um estudo realizado por Martins (1993) baseado em um levantamento de

herbário.

Descrições de espécies novas da Colômbia e Brasil foram publicadas

por Ducke (1922, 1935), Cuatrecasas (1954), Fernández-Alonso (2003),

Robyns (1968, 1979) e Robyns & Nilsson (1975, 1981).

Com relação à importância econômica, Eriotheca candollleana (K.

Schum.) A. Robyns, E. gracilipes (K. Schum.) A. Robyns e E. pubescens (Mart.

& Zucc.) Schott & Endl. são usadas na recuperação de áreas degradadas por

apresentarem crescimento rápido. Outras espécies de folhagem delicada e

copa estreita são indicadas para arborização urbana. A paina que envolve as

sementes de E. globosa (Aubl.) A. Robyns e E. candolleana (K. Schum.) A.

Robyns é utilizada no enchimento de colchões e travesseiros e a madeira de

algumas espécies é empregada na confecção de forros, brinquedos, caixotaria,

miolo de portas e compensados (Kuhlmann & Kuhn 1947; Lorenzi 2002a,

2002b; Pio Correa 1926-1975; SMA 2003).

No que diz respeito à polinização, entomofilia (abelhas) foi relatada em

duas espécies do cerrado brasileiro (Oliveira et al. 1992). Polinização por

mariposas foi referida para E. longitubulosa A. Robyns, cujas flores de pétalas

reflexas, posicionadas no ápice dos ramos facilitam a entrada da probóscide,

favorecendo o acesso às mariposas (MacFarlane et al. 2003). Apesar de pouco

comum, quiropterofilia também foi relatada em E. pentaphylla (Vell. emend. K.

Page 26: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

8

Schum.) A. Robyns, cujas flores possuem a forma de pincel, grande produção

de pólen e antese noturna (Sazima et al. 1999).

História taxonômica de Eriotheca Schott & Endl. e de gêneros afins

A história taxonômica de Eriotheca e de gêneros afins teve início com a

criação de Bombax L. por Linnaeus (1753) em Species Plantarum, com base

em três espécies: B. ceiba L., B. religiosum L. (= Cochlospermum religiosum

(L.) Alston) e B. pentandrum L. (= Ceiba pentandra (L.) Gaertn.), caracterizadas

principalmente com base no comprimento das flores, organização do androceu

e morfologia das sementes (tab.1). Após a sua criação, Bombax foi

interpretado, durante muito tempo, segundo uma circunscrição ampla,

compreendendo espécies que foram transferidas para outros gêneros e

espécies que serviram de base para a criação de gêneros novos.

Nos anos de 1775 a 1781 foram descritos dois gêneros relacionados

com Bombax: Pachira (Aublet 1775), com base nas plantas da Guiana

Francesa, distinto de Bombax pelas flores delgadas e comparativamente

maiores e pelas sementes grandes envolvidas por paina escassa; e Carolinea

descrito por Linnaeus filho (1782) e logo em seguida sinonimizado em Pachira.

Em 1832, Schott & Endlicher criaram Eriotheca com base em duas

espécies originalmente descritas em Bombax. Nessa obra, o gênero foi situado

juntamente com Bombax na tribo Bombaceae de Sterculiaceae. Eriotheca foi

caracterizado pelos estames parcialmente concrescidos em tubo e depois livres

entre si, diferindo de Bombax cujos estames são parcialmente concrescidos em

tubo e depois formam falanges.

Eriotheca não foi reconhecido por autores posteriores. A história

taxonômica desse táxon mostra claramente que a sua interpretação foi muito

confusa, estando sempre associada com a história de Bombax, Pachira e

Bombacopsis. Bentham & Hooker (1862) consideraram Eriotheca como

sinônimo de Bombax, este último situado na tribo Adansonieae juntamente com

Pachira e outros gêneros de folhas compostas e digitadas. Esse

posicionamento foi seguido por Schumann (1886), na Flora Brasiliensis, onde

foram reconhecidos os gêneros Pachira com três espécies e Bombax com duas

seções: Eubombax (incluindo Eriotheca), com 11 espécies de flores pequenas

e Pachiriopsis com 12 espécies de flores comparativamente maiores.

Page 27: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

9

Pittier (1916) criou Bombacopsis para acomodar duas espécies

originalmente descritas em Pachira, com flores e sementes comparativamente

menores, sendo estas últimas envolvidas por paina abundante. O autor

interpretou Bombacopsis como um gênero intermediário entre Pachira Aubl.

(sementes grandes envolvidas por paina escassa) e Bombax sensu Pittier

(flores espessas com mais de 1.000 estames).

O tratamento mais abrangente publicado até então sobre as

Bombacoideae, van den Brink (1924) não reconheceu Bombacopsis Pittier. O

autor considerou os gêneros Pachira Aubl. e Bombax sensu Bakh., sendo que

este último foi dividido em três seções com base na morfologia do tubo

estaminal: seção Eriotheca (Schott et Endl.) Bakh., seção Pachiro-Bombax

Bakh., e seção Ceiba Bakh. na qual foram inseridas as espécies de

Bombacopsis.

A partir de 1937 foram descritos dois gêneros posteriormente rebaixados

a subgêneros de Eriotheca por Robyns (1963): Millea (Standley 1937) baseado

em M. ecuadorensis Standl. (= E. ruizii (K. Schum.) A. Robyns) e Tartagalia

(Capurro 1961) baseado em T. rubra Capurro (= E. roseorum (Cuatr.) A.

Robyns)

As contribuições mais importantes para a circunscrição de Bombax

(folíolos articulados e cálice caduco) e dos gêneros relacionados surgiram a

partir de 1940. Dugand (1943) descreveu Pseudobombax para acomodar as

espécies americanas de Bombax com folíolos inarticulados e cálice persistente

e Roberty (1953) elevou Bombax seção Rhodognaphalon Ulbr. a gênero para

acomodar as espécies africanas de Bombax com folíolos articulados e cálice

persistente.

A criação de Pseudobombax (neotropical) e Rhodognaphalon

(paleotropical), com base em espécies originalmente descritas em Bombax, foi

o ponto de partida para a elaboração do trabalho mais importante e abrangente

sobre a taxonomia de Eriotheca e gêneros afins, a revisão de Bombax s.l.,

(Robyns 1963), no qual Eriotheca foi novamente aceito como gênero desde a

sua criação em 1832.

Page 28: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

10

Tabela 1: Delimitação de Eriotheca e gêneros afins

AUTORES GÊNEROS CARACTERES

Linnaeus (1753)

Aublet (1775)

Schott & Endlicher (1832)

Bentham & Hooker (1862)

Schumann (1886)

Pittier (1916)

van den Brink (1924)

Bombax

Flores espessas, até 15 cm compr. estames mais de 1000, em falanges a partir do tubo estaminal sementes ca 6mm, com paina abundante

Pachira

Flores delgadas, até 35cm compr. estames em falanges a partir do tubo estaminal sementes ca. 15mm, com paina escassa

Bombacopsis

Flores delgadas, até 15 cm compr. estames até 75, em falanges a partir do tubo estaminal sementes ca. 6mm, com paina abundante

Eriotheca

Flores menores que 10cm compr. estames livres a partir do tubo estaminal (sem falange) sementes com paina abundante

Dugand (1943) Pseudobombax Folíolos inarticulados

Roberty (1953) Rhodognaphalon* Folíolos articulados cálice persistente

Robyns (1963) Nilsson & Robyns (1986)

Bombax* Folíolos articulados

cálice caduco após a antese pólen colpado a colporado, sexina reticulada

Rhodognaphalon* Folíolos articulados cálice persistente pólen porado a pororado, sexina espinulosa

Pseudobombax Folíolos inarticulados cálice persistente flores com mais de 7cm compr.

Bombacopsis Folíolos articulados flores 7-35cm compr. cálice persistente estames em falanges a partir do tubo estaminal sementes com paina abundante pólen colpado a colporado, sexina reticulada-espinulosa

Rhodognaphalopsis Folíolos articulados cálice persistente flores 7,5-32cm compr. estames em falanges a partir do tubo estaminal sementes com paina abundante pólen colpado a colporado, sexina espinulosa

Pachira Folíolos articulados flores 17-35cm compr. cálice persistente estames em falanges a partir do tubo estaminal sementes com paina escassa pólen colpado a colporado, sexina reticulada-espinulosa

Eriotheca Folíolos articulados flores 3-6,5cm compr. cálice persistente estames livres a partir do tubo estaminal sementes com paina abundante

* paleotropical continua

Page 29: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

11

Tabela 1. Continuação

AUTORES GÊNEROS CARACTERES

Alverson (1994)

Fernández-Alonso (1998, 2003)

Bombax*

Folíolos articulados

cálice caduco após a antese

pólen colpado a colporado, sexina reticulada

Rhodognaphalon* Folíolos articulados

cálice persistente

pólen porado a pororado, sexina espinulosa

Pseudobombax Folíolos inarticulados

cálice persistente

Pachira Folíolos articulados

cálice persistente

flores 7-35 cm

estames 90-1000, formando falanges a partir do tubo

estaminal

Eriotheca Folíolos articulados

cálice persistente

flores até 6,5 cm

estames 18-170, livres a partir do tubo estaminal

* paleotropical

De acordo com Robyns (1963), o ―Complexo Bombax‖ compreendeu

dois gêneros paleotropicais: Bombax L. e Rhodognaphalon (Ulbr.) Roberty

emend. A. Robyns, além de cinco gêneros neotropicais: Pseudobombax

Dugand (20 espécies), Pachira Aubl. (duas espécies), Bombacopsis Pittier (21

espécies), Eriotheca Schott & Endl. (19 espécies) e um gênero novo,

Rhodognaphalopsis A. Robyns com nove espécies, sendo uma espécie nova e

oito espécies originalmente descritas em Bombax, Carolinea e Pachira.

Robyns (1963) incluiu as espécies de folíolos inarticulados em

Pseudobombax, enquanto as espécies de folíolos articulados foram separadas

com base no cálice caduco na antese (Bombax), e cálice persistente (Pachira,

Bombacopsis, Eriotheca, Rhodognaphalopsis e Rhodognaphalon). Robyns

(1963) efetuou muitas sinonimizações e combinações novas baseadas,

principalmente, em espécies originalmente descritas em Bombax.

Conforme mostra a tabela 1, Robyns (1963) distinguiu os gêneros

neotropicais segregados de Bombax principalmente por caracteres polínicos.

Page 30: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

12

Somente Eriotheca e Pseudobombax foram separados com base em

caracteres macromorfológicos, pelas flores pequenas (até 6,5cm) e folíolos

articulados em Eriotheca e flores grandes (mais de 7cm) e folíolos inarticulados

em Pseudobombax. Os demais gêneros foram separados basicamente pelo

grão de pólen, com sexina reticulada em Bombacopsis e Pachira e espinulosa

em Rhodognaphalopsis. Entretanto, Nilsson & Robyns (1986) mostraram que

esse dois padrões de ornamentação da sexina aparecem em espécies dos três

gêneros.

Posteriormente, todos os autores que estudaram os gêneros do

―Complexo Bombax‖ apontaram a ausência de caracteres macromorfológicos

que possibilitasse uma fácil identificação de Bombacopsis, Rhodognaphalopsis

e Pachira. Steyermark e Stevens (1988) mostraram que os caracteres polínicos

de Rhodognaphalopsis eram facilmente incluídos na variabilidade polínica de

Bombacopsis (euripolínico), mencionando que estudos filogenéticos futuros

provavelmente apontarão um clado em Bombacopsis, sustentado pelos

caracteres dos grãos de pólen de Rhodognaphalopsis. Segundo Alverson

(1994), além da sobreposição de caracteres macromorfológicos, no que diz

respeito ao grão de pólen os caracteres de Pachira são semelhantes aos de

Rhodognaphalopsis e Bombacopsis.

Com base nessas evidências, Alverson (1994) sinonimizou Bombacopsis

e Rhodognaphalopsis em Pachira, considerando apenas três gêneros

neotropicais: Pseudobombax, caracterizado pelos folíolos inarticulados (caráter

único em Bombacoideae); Pachira (incluindo Bombacopsis e

Rhodognaphalopsis), delimitado pelos folíolos articulados (caindo

separadamente do pecíolo), flores e número de estames comparativamente

maiores e Eriotheca, que também possui os folíolos articulados, porém difere

de Pachira por apresentar flores e número de estames comparativamente

menores.

O posicionamento de Alverson (1994) foi adotado nos estudos de flora,

inclusive por Fernández-Alonso (1998, 2003) que efetuou 11 combinações em

Pachira a partir de espécies de Bombacopsis e Rhodognaphalopsis da América

do Sul.

Com relação à Eriotheca, o estudo de Robyns (1963), mesmo se

tratando da contribuição mais importante sobre a taxonomia do gênero, deixou

Page 31: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

13

algumas lacunas com relação à delimitação das espécies, baseada em

caracteres que são compartilhados pela maioria desses táxons. Além disso, as

descrições foram baseadas em coleções antigas, principalmente de tipos

depositados em herbários estrangeiros, gerando, atualmente, dificuldades na

identificação das espécies em função das variações morfológicas observadas

nos materiais dos herbários brasileiros que não foram examinados pelo autor,

bem como nos materiais de coletas recentes ou materiais de espécies

descritas após a sua publicação.

A circunscrição de Eriotheca sensu Robyns (1963), com base no

tamanho das flores e no número de estames, foi questionada por autores como

Alverson (1994) e Fernández-Alonso (1998). Alverson (1994) enfatizou a

importância de estudos moleculares a fim de esclarecer a identidade de

Eriotheca como gênero e suas relações com os demais gêneros do ―Complexo

Bombax”, especialmente com Pachira s.l. Além disso, na análise cladística de

Pseudobombax realizada por Carvalho-Sobrinho (2006), com base em dados

morfológicos, Eriotheca não emergiu como monofilético.

Até o presente estudo, Eriotheca não foi incluído nas análises

moleculares realizadas com Bombacoideae (Alverson et al. 1999; Bayer et al.

1999, Baum et al. 2004). De acordo com esses autores, as tentativas feitas

nesse sentido não mostraram uma estrutura resolvida dentro do ―core‖

Bombacoideae, nem um suporte significativo para o clado.

Page 32: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

14

OBJETIVOS

Diante do exposto, esta tese teve os seguintes objetivos:

1 - realizar a análise filogenética de Eriotheca, visando elucidar as relações

existentes entre esse táxon e gêneros afins por meio das seguintes

hipóteses: a) Eriotheca é monofilético? b) Qual é o posicionamento de

Eriotheca junto aos outros gêneros, apesar das diferenças morfológicas

quanto ao tamanho das flores e ao número de estames?

2 - realizar o estudo taxonômico das espécies de Eriotheca que ocorrem no

Brasil, a partir da análise morfológica das estruturas vegetativas e

reprodutivas, fornecendo meios para a identificação desses táxons com

base em descrições, chaves de identificação e ilustrações, além de

aspectos geográficos.

Page 33: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

15

MATERIAL E MÉTODOS

Estudo filogenético

AMOSTRAGEM

Compreendeu um total de 57 táxons, sendo 50 táxons de Bombacoideae

e sete táxons adicionais de Malvatheca. Os gêneros Chiranthodendron e

Fremontodendron foram utilizados como grupo externo, baseado em Nyffeler et

al. (2005) (tab. 2).

EXTRAÇÃO DO DNA, AMPLIFICAÇÃO E SEQUENCIAMENTO

A extração do DNA foi iniciada no Laboratório de Fitoquímica e Biologia

Molecular da Universidade de São Paulo e complementada no Laboratory of

Systematics, Evolution and Development, Department of Botany, University of

Wisconsin, Madison, EUA, onde foram realizadas as etapas de amplificação e

sequenciamento.

As extrações de DNA foram feitas a partir de fragmentos de folhas

desidratadas em sílica ou removidas de materiais de herbário, utilizando-se

DNeasy Plant mini kits (QIAgen, Valencia, California), de acordo com o

protocolo fornecido pelo fabricante. Os fragmentos de folhas foram triturados

com o auxílio de N2 líquido, diretamente em microtubo de 1,5 mL. A qualidade

do DNA obtido foi avaliada por eletroforese em gel de agarose 1% contendo

brometo de etídio, usando-se tampão TAE 1X.

Foram estudadas uma região do DNA nuclear ribossomal (ITS) e duas

regiões do DNA plastidial (TrnL-F e íntron trnK-matk). A região do ITS foi

amplificada utilizando os primers descritos em Baum (1998) (tab. 3), em

reações de 25l contendo 5l de tampão 5x PCR Buffer; 2,5 L de MgCl2, 0,5

L de cada iniciador na concentração de 10 M; 1 L de dNTPs 2 mM cada;

1,5-2,5 L de BSA, 1-1,5L de DMSO, 0,2 L de Taq DNA polimerase e 1-2 L

de DNA genômico (sem diluição).

Page 34: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

16

Tabela 2: Espécies analisadas no estudo filogenético

Taxa Voucher

Malvatheca

Abutilon theophrasti Medik R. Small 315 (WIS)

Camptostemon schultzii Mast. Dunlap s.n.(WIS)

Chiranthodendron pentadactylon Larreat. Wendt s.n. (WIS)

Fremontodendron californicum (Torr.) Coville Ex. Rancho Santa Ana Bot. Garden, Prop.

No. 5996, Herb. No 12343

Gossypium hirsutum L. Alverson s.n. (WIS)

Matisia palenquiana (A. Robyns) W.S. Alverson Clark & Pallir 5549 (MO)

Pentaplaris doroteae L.O. Williams & Standl. Hammel et al. 18736 (MO)

Bombacoideae

Adansonia digitata L. Pac. Trop. Bot. Gard. Acc.no. 70032002,

Kenya (#23)

Adansonia gregorii Muell. Wendel s.n. (ISC)

Adansonia grandidiieri Baill. Baum 345 (MO)

Adansonia za Baill. Baum 357 (MO)

Bernoullia flammea Oliv. Cochrane s.n (WIS)

Bombax buonopozense P. Beauv. Pac. Trop. Bot. Gard. Acc. No 770474001,

Nigeria

Bombax ceiba L. Alverson s.n. (WIS)

Catostemma fragans Benth. Alverson 4030 (WIS)

Cavanillesia plantanifolia (Bonpl.) Kunth. Fairchild Botanical Gardens acc. no.

FG83343A

Ceiba acuminata (S. Watson) Rose Fairchild Botanical Gardens acc. no. X-2-206

Ceiba aesculifolia (Kunth.) Britten & Baker f. Fairchild Botanical Gardens acc. no. 83301

Ceiba crispiflora (Kunth.) Ravenna Pac. Trop. Gard. Acc. No. 750726001

Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Alverson s.n. (WIS)

Ceiba schottii Britten & Baker f. Fairchild Botanical Gardens acc. no. 83302

Ceiba speciosa (A.St.-Hil.) Ravenna Alverson s.n. (WIS)

Eriotheca candollleana (K. Schum.) A. Robyns Duarte & Siqueira 99 (CVRD, SP)

Eriotheca discolor (Kunth.) A. Robyns Campo 6110 (MO)

Eriotheca dolichopoda A. Robyns Duarte et al. 92 (CEPEC)

Eriotheca gracilipes (K. Schum.) A. Robyns Duarte et al. 120 (SP)

Eriotheca longipedicellata (Ducke) A. Robyns Duarte 93 (SP)

Eriotheca longitubulosa A. Robyns Duarte & Pereira 96 (SP)

Eriotheca macrophylla (K. Schum.) A. Robyns Duarte 106 (SP)

Page 35: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

17

Tabela 2 (continuação)

Taxa Voucher

Eriotheca obcordata A. Robyns Silva 107 (HUEFS)

Eriotheca parvifolia (Mart & Zucc.) Schott & Endl. Duarte et al. 109 (SP)

Eriotheca pentaphylla (Vell. emend. K. Schum.) A.

Robyns

Duarte 75 (SP)

Eriotheca pubescens (Mart & Zucc.) Schott & Endl. Duarte 115 (SP)

Eriotheca roseorum (Cuatrec.) A. Robyns Fuentes 1167 (MO)

Eriotheca ruizii (K. Schum.) A. Robyns Peterson & Judziewicz 9487 (US)

Eriotheca sp. Duarte 89 (SP)

Eriotheca squamigera (Cuatrec.) Fern. Alonso Neill 12522 (MO)

Eriotheca surinamensis (Uittien) A. Robyns Duarte 97 (SP)

Gyranthera caribensis Pittier Iltis et al. s.n. (WIS)

Huberodendron patinoi Cuatrec. Alverson 2201(WIS)

Neobuchia paulinae Urb. Cult. Jardin Botanico, Santo Domingo,

Dominican Republic

Ochroma pyramidale (Cav. ex. Lam.) Urb. Alverson s.n. (WIS)

Pachira aquatica Aubl. Alverson s.n. (WIS)

Pachira brevipes (A. Robyns) W.S. Alverson Paul Fine 1060 (WIS)

Pachira flaviflora (Pulle) Fern. Alonso Paul Fine 1062 (WIS)

Pachira glabra Pasq. Duarte 70 (SP)

Pachira insignis (Sw.) Sw. ex Savigny Paul Fine 1061(WIS)

Pachira minor (Sims) Hemsl. G. Davidse 4901 (MO)

Pachira quinata (Jacq.) W.S. Alverson Alverson & Adler 2174 (WIS)

Patinoa sphaerocarpa Cuatrec. Alverson s.n. (WIS)

Pseudobombax croizatii A. Robyns Oldham s.n. (WIS)

Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns Fairchild Botanical Gardens acc. no. FG-

65-35

Pseudobombax marginatum (A. St-Hil.) A. Robyns R. Small s.n. (ISC)

Rhodognaphalon schumannianum A. Robyns Mark W. Chase 5973 (K)

Scleronema micranthum (Ducke) Ducke Alverson s.n. (WIS)

Septotheca tessmannii Ulbr. Vargas s.n. (WIS)

Spirotheca rosea (Seem.) P.E. Gibbs & W.S. Alverson Alverson 2185 (WIS)

Page 36: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

18

As regiões TrnL-F e trnk/matk foram amplificadas utilizando os primers

descritos em Taberlet et al. (1991) e Nyffleler et al. (2005) (tab. 3), em reações

de 25l, contendo 5l de tampão 5x PCR Buffer; 2,5 L de MgCl2, 0,5 L de

cada iniciador na concentração de 10 M; 0,5 L de dNTPs 2 mM cada; 0,2 L

BSA, 0,2 L de Taq DNA polimerase e 1 L de DNA genômico (sem dluição ou

diluído 1:10).

Tabela 3: Regiões utilizadas e seus respectivos iniciadores

Região Iniciador Sequência/sentido

Trnk 3914F GGG GTT GCT AAC TCA ACG G direto

Trnk P4R AAA CCT TTA CCR CAT YAG GCA C reverso

Trnk P5F CCA TCT TCT TAT CCT ATA ACG AAC direto

Trnk P7F CTT GTT TTG ACT GTA TCG CA direto

Matk P4F CTT CGC TAC CGG GTG AAA GAT G direto

Matk P6R AAG ACT CCA GAA GAT GTT GAT CG reverso

Matk P8R CACGTCGGCTTA CTA ATG GG reverso

Matk 52F GGT ACG GAG TCA AAT GGT AGA A direto

Matk P9F GGT TCG GAA TTT TTG GAA GA direto

Matk P10R CAA ATA CCA AAT TCG TCC CCT A reverso

TrnlF TabC CGA AAT CGG TAG ACG CTA CG direto

TrnlF TabD GGG GAT AGA GGG ACT TGA AC reverso

TrnlF TabE GGT TCA AGT CCC TCT ATC CC direto

TrnlF TabF ATT TGA ACT GGT GAC ACG AG reverso

ITS ITSLeu GTC CAC TGA ACC TTA TCA TTT AG direto

ITS ITS2 GCT GCG TTC TTC ATC GAT GC reverso

ITS ITS3 GCA TCG ATG AAG AAC GTA GC direto

ITS ITS4 TCC TTC CGC TTA TTG ATA TGC reverso

As condições utilizadas para a amplificação foram: 94oC por 5min.;

seguido de 35 ciclos de 94ºC por 45 seg., 55oC por 1min., 72ºC por 1’30 min,

seguido por extensão final de 72ºC por 5min. A fim de verificar se houve

amplificação, uma alíquota dos produtos de PCR foi submetida à eletroforese

em gel de agarose a 1% contendo brometo de etídio, e a visualização foi feita

por transiluminador. Os produtos amplificados satisfatoriamente foram

Page 37: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

19

purificados utilizando-se AMPure beads (Agencourt Bioscience Corp., Beverley,

Massachusetts) de acordo com o protocolo do fabricante.

Os produtos de PCR purificados foram sequenciados utilizando-se ABI

PRISM BigDye Terminator Cycle Sequencing Ready Reaction Kit (Applied

Biosystems) em reações de 10μL, contendo 1L de BigDye, 2L de buffer,

0,5L de iniciador 10 nM e 1L do DNA amplificado e purificado, obedecendo

as condições de 50 ciclos de 95ºC por 3 seg., 96ºC por 10 seg; 58ºC por 4 min e

72oC por 7 min.

Após a reação de sequenciamento, os produtos foram purificados com

CleanSeq (Agencourt Bioscience Corp., Beverley, Massachusetts), de acordo

com o protocolo do fabricante, e foram analisados no sequenciador da

Biotechnology Center, University of Wisconsin, Madison, EUA.

As sequências obtidas foram editadas e montadas no programa

Sequencher 4.7 (Gene Codes Corp., Ann Arbor, Michigan). As regiões

plastidiais foram alinhadas manualmente no MacClade 4.08 (Maddison &

Maddison 2005) e a região nuclear foi inicialmente alinhada com Clustal W

(Thompson et al. 1994) por meio do portal Cipres (Miller et al. 2009), seguida

de alinhamento manual utilizando-se o programa MEGA4.0 (Tamura et al.

2007).

As sequências de ITS foram analisadas utilizando-se o programa MFold

(Zuker 2003) para estimar a estabilidade termodinâmica de cada sequência

(modelo de energia livre), visando a obtenção da estrutura secundária da

molécula pela minimização de energia livre usando empiricamente os

parâmetros termodinâmicos e, consequentemente, identificando possíveis

parálogos não funcionais (pseudogenes).

ANÁLISES FILOGENÉTICAS

As análises de parcimônia foram conduzidas utilizando-se o programa

PAUP* 4.0b10 (Swofford 2002). Foi executada uma busca heurística para

obtenção das melhores árvores por branch–swapping, utilizando o algoritmo

Tree-bissection-reconection (TBR) para permutação dos ramos, com 10.000

réplicas, 20 árvores retidas a cada passo, com adição aleatória de sequências.

Todos os caracteres foram igualmente pesados e os ―gaps‖ foram

tratados como ausentes. Para estimar o suporte dos clados, foram obtidas

Page 38: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

20

porcentagens de bootstrap (BS) por branch–swapping, utilizando o algoritmo

Tree-bissection-reconection (TBR) para permutação dos ramos, com 1000

réplicas, com 20 árvores retidas a cada passo.

As análises Bayesianas foram realizadas com o programa MrBayes

3.1.2 (Hueselback et al. 2001). O melhor modelo de substituição de

nucleotídeos foi inferido com MrModeltest 2.2 (Nylander 2004) e selecionado

segundo o critério AIC. Para todas as regiões o modelo selecionado foi o

“general time reversible” com distribuição gamma e sítios invariantes (GTR

+I+G). Cada análise foi feita com três buscas paralelas, cada uma com 4

cadeias de Markov que rodaram por 3 milhões de gerações, com amostragem

a cada 1000 gerações. O burn-in foi estimado com a visualização da geração

de ―likelihood‖. Após descartar as árvores do burn-in, a árvore de consenso de

maioria foi gerada com as árvores remanescentes e as três distribuições

posteriores foram plotadas para obter a melhor estimativa da probabilidade

posterior do clado (PP).

Foi feito o teste de incongruência (ILD) (Farris et al. 1994),

implementado no PAUP*4.0b10 (Swofford 2002). O ILD foi conduzido usando-

se o critério da parcimônia, com 1000 réplicas, adição simples de sequência,

algoritmo tree-bissection-reconection (TBR) e retendo uma árvore a cada

passo. Em alguns testes, a opcão MAXTREES foi selecionada para 100 a fim

de acelerar a análise.

Estudo taxonômico

Foi baseado nos procedimentos usuais utilizados em trabalhos

taxonômicos, incluindo o levantamento bibliográfico, coleta de material, visita

aos herbários, estudo morfológico e a elaboração do trabalho.

Foram levantados e adquiridos os principais trabalhos sobre

Bombacoideae, incluindo estudos de floras, monografias e artigos sobre

taxonomia, nomenclatura e aspectos gerais. As descrições originais dos táxons

foram obtidas nas obras antigas e por meio de consultas aos sites

especializados (tropicos.org, botanicus.org e International Plant Names Index).

As expedições de coleta foram realizadas de junho de 2006 a maio de

2008, abrangendo o maior número possível de áreas de ocorrência das

espécies (tab. 4), a fim de enriquecer os acervos dos herbários, observar a

Page 39: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

21

variabilidade morfológica individual e obter material fresco para os estudos

morfológicos e macromoleculares. O material coletado foi herborizado segundo

os métodos usuais e incorporado ao acervo do Herbário do Instituto de

Botânica (SP).

Tabela 4: Expedições de coletas

DATA (MÊS/ANO) LOCAL ESPÉCIES COLETADAS VI/2006

São Paulo, município de Mogi-Guaçu, Reserva Biológica de Mogi Guaçu

E. candolleana

VII/2006 São Paulo, município de Caraguatatuba, Parque Estadual da Serra do Mar

E. pentaphylla

IX/2006 São Paulo, município de Bertioga, praia da Riviera E. pentaphylla

IX/2006 Bahia, município de Ilhéus, praia de Itacaré

município de Uruçuca

município de São José da Vitória

E. bahiensis

E. macrophylla

E. dolichopoda

VII/2007 Pará, município de Belém, Bosque Municipal Rodrigues Alves E. longipedicellata

VII/2007 Amazonas, município de Manaus, Reserva Florestal Adolpho

Ducke

E. longitubulosa

E. surinamensis

VIII/2007 Espírito Santo, município de Linhares, Reserva Natural da

Vale do Rio Doce

E. macrophylla

E. candolleana

IX/2007 Espírito Santo, município de Santa Teresa, Reserva Biológica

de Santa Lúcia

E. macrophylla

XI/2007 Minas Gerais, município de Grão- Mogol, Parque Estadual de

Grão-Mogol

E. parvifolia

E. pubescens

XI/2007 Minas Gerais, município de Conceição do Mato Dentro,

Parque Nacional da Serra do Cipó

E. pubescens

V/2008 Mato Grosso, município de Cuiabá, Chapada dos Guimarães E. gracilipes

V/2008 Mato Grosso do Sul, município de Corumbá, Morro do Urucum

e adjacências

E. roseorum

O estudo morfológico e taxonômico foi desenvolvido no Laboratório da

Seção de Curadoria do Herbário do Instituto de Botânica, com base na análise

do material coletado e das mais de 500 coleções dos seguintes herbários

brasileiros e estrangeiros (siglas de acordo com Thiers, B. [continuously

updated]): ALCB*, BHCB*, BOTU, CEN*, CEPEC*, CESJ*, CGMS*, COR*,

CPAP*, CVRD*, ESA*, F*, G**, GUA*, HB*, HEPH*, HMS*, HRCB*, HUEFS*,

Page 40: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

22

IAC*, IAN*, IBGE*, INPA*, IPA, K**, LOJA**, M**, MAC, MBM*, MBML*, MG*,

MO, NY, OUPR*, P**, PMSP*, QCA**, R*, RB*, SJRP*, SP*, SPF*, SPSF*,

STA, UB*, UEC*, UFMT*, US, USZ, VEN**, VIC*, WIS* (* herbários visitados,

**imagens examinadas).

Uma listagem de todos os materiais examinados encontra-se no

tratamento taxonômico (Capítulo 4).

Foram examinados os materiais-tipo da maioria das espécies, além de

imagens dos tipos, disponibilizadas pelos herbários virtuais (K, LE, US) ou

pelos curadores dos herbários (M, P, G).

A apresentação das espécies no trabalho seguiu de uma forma geral, a

ordem de entrada apresentada na chave analítica. No tratamento taxonômico

foram incluídos a citação do material-tipo, sinonímias, descrições dos táxons,

comentários sobre variabilidade morfológica, relações taxonômicas, habitat e

distribuição geográfica, além de ilustrações dos caracteres diagnósticos de

cada táxon.

As abreviações dos nomes de autores foram feitas de acordo com

Brummit & Powell (1992), e dos nomes das obras e periódicos Stafleu & Cowan

(1976-1988) e Bridson & Smith (1991), respectivamente.

A aplicação das regras nomenclaturais seguiu o Código Internacional de

Nomenclatura Botânica, Código de Viena (McNeill et al. 2007). Para fins de

prioridade taxonômica e nomenclatural este trabalho não deve ser considerado

como uma publicação efetiva e válida.

Os termos morfológicos apresentados nas descrições seguem a

terminologia de Font Quer (1965), Robyns (1963) e Stearn (1992).

A citação do material examinado foi feita de acordo com a sequência

seguida na Flora Neotropica, sendo que os municípios foram apresentados em

ordem alfabética, e em cada município foi seguida a ordem crescente de data

de coleta. Foram utilizadas as seguintes siglas: s.c. (sem coletor), s.d. (sem

data), s. loc. (sem localidade) e ibid. (na mesma localidade).

As ilustrações foram feitas com auxílio de câmara clara, acoplada a

estereomicroscópio, e cobertas a nanquim.

Os mapas de distribuição geográfica foram gerados utilizando-se os

programas DIVA-GIS 7.1 e ArcView 8.3 com base de dados do Basemap of the

Americas. As coordenadas geográficas plotadas nos mapas foram obtidas a

Page 41: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

23

partir dos dados contidos nas etiquetas das exsicatas ou da base de dados on-

line (http://www.fallingrain.com/world/). A classificação das formações vegetais

foi feita de acordo com Rizzini (1997) e Coutinho (1978).

ESTUDO DOS TRICOMAS

O estudo dos tricomas foi realizado no Instituto de Biociências da

Universidade de São Paulo.

Foram obtidas amostras de 5mm2 da porção mediana da face abaxial dos

folíolos e da superfície externa do cálice de materiais de herbário de 15

espécies de Eriotheca (tab. 5). As amostras foram montadas em stubs e

posteriormente metalizadas (submetidas a um banho de ouro) e fotografadas

sob microscópio eletrônico de varredura Digital Scanning Microscope Zeiss

DSM940. Os termos morfológicos utilizados na classificação dos tipos de

tricomas foram baseados em Payne (1978) e Stearn (1992).

Tabela 5: Relação das espécies estudadas no estudo dos tricomas

Espécie Voucher

E. bahiensis M.C Duarte & G.L. Esteves M.C. Ferreira et al. 1239 (CEPEC)

E. candolleana (K. Schum.) A. Robyns M.C. Duarte et al. 99 (SP)

E. dolichopoda A. Robyns J.G. Jardim et al. 4924 (CEPEC)

E. globosa (Aubl.) A. Robyns J.M. Pires et al. 51241 (IAN)

E. gracilipes (K. Schum.) A. Robyns M.C. Duarte & F. Pinheiro 45 (SP)

E. longipedicellata (Ducke) A. Robyns A. Ducke 2250 (R)

E. longipes (A. Robyns) M.C Duarte & G.L. Esteves W.P. Lopes & V.V. Scudeller 616 (VIC, SP)

E. longitubulosa A. Robyns G.L. Esteves et al. 2681 (SP, INPA)

E. macrophylla (K. Schum.) A. Robyns G.M. Magalhaes 17283 (RB)

E. obcordata A. Robyns H. Velloso 995 (R)

E. parvifolia (Mart & Zucc.) A. Robyns G.L. Esteves et al. CFCR 13348 (SP)

E. pentaphylla (Vell. emend. K. Schum.) A. Robyns M.C Duarte & G.L. Esteves 38 (SP)

Page 42: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

24

Tabela 5 (continuação)

Espécie Voucher

E. pubescens (Mart. & Zucc.) Schott & Endl. M.C. Duarte et al. 115 (SP)

E. roseorum (Cuatrec.) A. Robyns G.A. Damasceno Jr. & P.V. Gonçalves 1905 (COR).

E. surinamensis (Aubl.) A. Robyns G.L. Esteves et al. 2684 (SP)

Page 43: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

25

BIBLIOGRAFIA

Alverson, W.S. 1994. New species and combinations of Catostemma and

Pachira (Bombacaceae) from the Venezuelan Guayana. Novon 4:3-8.

Alverson, W.S. & Steyermark, J.A. 1997. Bombacaceae In: Flora of the

Venezuelan Guayana, Missouri Bot. Gard, St. Louis. (P. E. Berry, B.K. Holst

& K. Yatskievych, eds) 3: 496-527.

Alverson, W.S.; Whitlock, B.A.; Nyffeler, R.; Bayer, C. & Baum, D.A. 1999.

Phylogeny of the core Malvales: evidence from ndhF sequence data. Amer.

J. Bot. 86 (10): 1474-1486.

Aublet, J.B.C.F. 1775. Histoire des plantes de la Guiane Françoise 2: 725-726,

pl. 291-292. 1775.

Baum, D.A. 1995a. The comparative pollination and floral biology of baobabs

(Adansonia- Bombacaceae). Ann. Missouri Bot. Gard. 82 : 322-348.

Baum, D.A. 1995b. A systematic revision of Adansonia (Bombacaceae). Ann.

Missouri Bot. Gard. 82:440-470.

Baum, D.A. 1998. Biogeography and floral evolution of baobabs (Adansonia,

Bombacaceae) as inferred from multiple data sets. Syst. Biol. 47(2): 181-

207.

Baum, D.A.; Smith, S.D.; Yen, A.; Alverson, W.A.; Nyffeler, R.; Whitlock,

B.A. & Oldham, R.L. 2004. Phylogenetic relationships of Malvatheca

(Bombacoideae and Malvoideae, Malvaceae sensu lato) as inferred from

platid DNA sequences. Amer. J. Bot. 91 (11): 1863-1871.

Bayer, C & Kubitzki, K. 2003. Malvaceae. In The families and genera of

vascular plants, 5: 225-311, Springer, Berlin, Germany.

Bayer, C.; Fay, M.F.; De Bruijn, A.Y.; Savolainen, V.; Morton, C.M.;

Kubitzki, K.; Alverson, W.S. & Chase, M.W. 1999. Support for an

expanded family concept of Malvaceae within recircumscribed order

Malvales: a combined analysis of plastid atpB and rbcL DNA sequences. Bot.

J. Linn. Soc. 129 (4): 267-303.

Bentham, G. & Hooker, J.D. 1862. Bombacaceae. Genera plantarum ad

exemplaria imprimis in herbariis Kewensibus 1(1): 209-213.

Page 44: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

26

Bovini, M.G.; Esteves, G. & Duarte, M.C. 2010. Malvaceae In: Lista de

Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

(http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB000156).

Bridson, G.D.R. & Smith, E.R. 1991. Botanico-Periodicum-Huntianum/

Supplementarum. Hunt Institute for Botanical Documentation. Carneige

Mellon University. Pittsburgh.

Brummit, R.K. & Powel, C.E. 1992. Authors of plant names. The Royal Botanic

Gardens, Kew, England. 732p.

Capurro, R.H. 1961. Un nuevo género de Bombacaceae. Bol. Soc. Argent. Bot.

9:319-324.

Carreira, L.M.M.; Raposo, R.C.O. & Lobato, E.S.P. 1995. Morfologia polínica

de plantas cultivadas no Parque do Museu Goeldi. VII - Família

Bombacaceae. Bol. Mus. Paraense Emílio Goeldi, n.s., Bot. 11(2): 275-293.

Carvalho-Sobrinho, J.G. 2006. O gênero Pseudobombax Dugand na Bahia.

Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Feira de Santana,

Bahia. 158p.

Carvalho-Sobrinho, J.G.; Santos, F.A.R. & Paganucci, L.Q. 2009. Morfologia

dos tricomas das pétalas de espécies de Pseudobombax Dugand

(Malvaceae, Bombacoideae) e seu significado taxonômico. Acta Bot. Bras.

23 (4):929-934.

Coutinho, L. M. 1978. O conceito de cerrado. Revista Brasil. Bot.1:17-23.

Cronquist, A. 1981. An integrated system of classification of flowering plants.

Columbia University Press, New York. 1262

Cuatrecasas, J. 1954. Novelties in Bombacaceae. Phytologia 4(8): 465-480.

De Candolle, A.P. 1824. Bombacaceae. Prodomus Systematis Naturalis Regni

Vegetabilis. Vol. 1. Crapelet, Paris.

Du Bocage, A.L. & Sales, M.F. 2002. A família Bombacaceae Kunth no estado

de Pernambuco, Brasil. Acta Bot. Bras. 16(2): 123-139.

Duarte, M.C. 2006. Diversidade de Bombacaceae Kunth no Estado de São

Paulo. Dissertação de Mestrado. Instituto de Botânica, São Paulo, 99 p.

Duarte, M.C; Esteves, G.L. & Semir, J. 2007. Bombacaceae In: Flora

Fanerogâmica do Estado de São Paulo (Wanderley, M.G, Sheperd G.J.;

Melhem, T.S. & Giulietti, A.M., cords.) vol 5: 21-37. Imprensa Oficial do

Estado de São Paulo.

Page 45: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

27

Ducke, A. 1922. Plants nouvelles ou peu connues de la région amazonienne.

Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro, III: 210.

Ducke, A. 1935. Plants nouvelles ou peu connues de la région amazonienne

(VIII série). Arch. Inst. Biol. Veget. II: 58.

Dugand, A. 1943. Revalidacion de Bombax Ceiba L. como especie tipica del

genero Bombax L. y descripción de Pseudobombax gen. nov. Caldasia 6:

46-68.

Endlicher, S. 1836-1840. Genera plantarum secundum ordinis naturalis

disposita, p.989.

Esteves, G.L. 1986. A Ordem Malvales na Serra do Cipó, Minas Gerais, Brasil.

Dissertação de Mestrado. Instituto de Biociências. Universidade de São

Paulo, São Paulo. 190p.

Esteves, G.L. 2003. Bombacaceae. In: Flora de Grão-Mogol, Minas Gerais:

Bombacaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo 21(1): 123-126.

Esteves, G.L. 2005. Bombacaceae. In: Flora da Reserva Ducke, Amazonas,

Brasil. Rodriguesia 56(86): 115-124.

Farris, J.S., Källersjö, M., Kluge, A.G. & Bult, C. 1994. Testing significance of

incongruence. Cladistics 10: 315-319.

Fernández-Alonso, J.F. 1998. Novedades taxonómicas e nomenclaturales y

corológicas en el género Pachira Aubl. (Bombacaceae). Anal. Jard. Bot.

Madrid 56(2):305-314.

Fernández-Alonso, J.F. 2003. Bombacaceae neotropicae novae vel minus

cognitae VI. Novedades en los géneros Cavanillesia, Eriotheca, Matisia y

Pachira. Revista Acad. Colomb. Ci. Exact. 27(102):25-37.

Fischer, E.A.; Jimenez, F.A. & Sazima, M. 1992. Polinização por morcegos

em duas espécies de Bombacaceae na Estação ecológica de Juréia, São

Paulo. Revista Brasil. Bot.15(1): 67-72.

Font Quer, P.F. 1985. Diccionario de Botánica. Ed. Labor, Barcelona, 1244p.

Gibbs, P. & Semir, J. 2003. A taxonomic revision of the genus Ceiba Mill.

(Bombacaceae). Anales Jard. Bot. Madrid 60(2): 2003.

Gibbs, P. & Alverson, W.S. 2006.How many species of Spirotheca?

(Malvaceae s.l., Bombacoideae). Brittonia 58 (3): 245-258.

Page 46: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

28

Gribel, R. 1988. Visits of Caluromys lanatus (Didelphidae) to flowers of

Pseudobombax tomentosum (Bombacaceae): a probable case of pollination

by marsupials in Central Brazil. Biotropica 20(4): 344-347.

Hoehne, F.C. 1927. As Bombacaceas brasileiras e o seu valor para indústrias.

Arch. Bot. São Paulo 1(4): 1-35.

Huelsenbeck, J.P.; Ronquist, F.; Nielsen, R. & Bollback, J.P. 2001.

Bayesian inference of phylogeny and its impact on evolutionary biology.

Science 294: 2310 -2314.

Jørgensen, P. M. & S. León-Yánez (eds.). 1999 .Catalogue of the vascular

plants of Ecuador. Monographs in Systematic Botany from the Missouri

Botanical Garden, 75: i--viii, 1—1182.

Judd, W.S. & Manchester, S.R. 1997. Circumscription of Malvaceae

(Malvales) as determined by a preliminary cladistic analysis of

morphological, anatomical, palynological, and chemical characters. Brittonia

49 (3): 384- 405.

Kuhlmann, M. & Kuhn, E. 1947. A flora do Distrito de Ibiti, Município de

Amparo. Secretaria da Agricultura de São Paulo, Brasil. Instituto de

Botânica (publicação da série B). 221p.

Kunth, C.S. 1821. Bombaceae. In: Humbold, Bonpland & Kunth, Nova genera

et species plantarum, 5: 294-308.

Linnaeus, C.von 1753. Species Plantarum 1:511. Imprensis Laurentii Salvii,

Holmiae.

Linnaeus, C.von f. 1782. Supplementum Plantarum 51:314.

Lorenzi, H. 2002a. Árvores brasileiras. Manual de identificação e cultivo de

plantas arbóreas nativas do Brasil. Ed. Plantarum, vol. 1, 352 p.

Lorenzi, H. 2002b. Árvores brasileiras. Manual de identificação e cultivo de

plantas arbóreas nativas do Brasil. Ed. Plantarum, vol. 2, 352 p.

Macbride, J.F. 1956. Bombacaceae In: Flora of Peru. Field Mus. Nat. Hist.,

Bot. Ser.13(3A ): 593-622.

Macfarlane, A.T.; Mori, S.A. & Purzycki, K. 2003. Notes on Eriotheca

longitubulosa (Bombacaceae), a rare, putatively hawkmoth-pollinated

species new to the Guianas. Brittonia 55 (4): 305-316.

Maddison, D.R. & Maddison,W.P. 2005. MacClade 4, version 4.05. Sinauer,

Sunderland, Massachusetts, USA.

Page 47: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

29

Martínez, R.V. 1997. Bombacaceae In: Flórula de las Reservas Biológicas de

Iquitos, Perú. Monogr. Syst. Bot. Missouri Bot. Gard. (Lleras, A.R. & Taylor,

C.M. eds.) 63:165-173.

Martins, V.L.C. 1993. Espécies brasileiras de Eriotheca Schott & Endlicher

(Bombacaceae). Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio de

Janeiro. Rio de Janeiro. viii+ 200p.

Martius, C.F.P. 1825. Flora 8 (1): 28.

Martius, C.F.P. 1826. Nov. Gen. Sp. pl., vol 1, p.91.

Marzinec, J. & Mourão, K.S.M. 2003. Morphology and anatomy of the fruit and

seed in development of Chorisia speciosa A. St- Hil.- Bombacaceae.

Revista Brasil. Bot. 26(1): 23-34.

Mcneill, J.; Barrie, F.R.; Burdet, H.M.; Demoulin, V.; Hawksworth, D.L.;

Marhold, K.; Nicolson, D.H.; Prado, J; Silva, P.C.; Skog, J.E.;

Wiersema, J. H. & Turland, N. J. (eds.). 2006. International Code of

Botanical Nomenclature (Vienna Code). Regnum Veg 146.

Metcalfe, C.R. & Chalk, L. 1950. Anatomy of the dicotyledons. Claredon Press,

Oxford.

Miller, M.A.; Holder, M.T.; Vos, R.; Midford, P.E.; Liebowitz, T.; Chan, L.;

Hoover, P. & Warnow, T. The CIPRES Portal. CIPRES. 2009-08-04. URL:

Accessed: 2009-08-04. (Archived by WebCite(r) at

http://www.webcitation.org/5imQlJeQa)

Moncada, M. & Sotolongo, L. 1994. Morfología de los granos de polen en

géneros de Bombacaceae en Cuba. Acta Bot. Cub. 97:1-7.

Nilsson, S. & Robyns, A. 1986. Bombacaceae Kunt. World Pollen and spore

flora, 14: 1-59.

Nyffeler, R.; Bayer, C.; Alverson, W.S.; Yen, A.; Whitlock, B.A.; Chase,

M.W. & Baum, D.A. 2005. Phylogenetic analysis of the Malvadendrina

clade (Malvaceae s.l.) based on plastid DNA sequences. Organisms,

Diversity & Evolution 5: 109-123.

Nylander, J.A.A. 2004. MrModeltest vol. 2. Program distributed by the author.

Evolutionary Biology Centre, Uppsala University.

Oliveira, P.E.; Gibbs, P.E.; Barbosa, A. A. & Tavalera, S. 1992, Contrasting

breeding systems in two Eriotheca (Bombacaceae) species of the Brazilian

Cerrados. Pl. Syst. Evol. 179: 207-219.

Page 48: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

30

Paula, J.E. de. 1969. Estudo sobre Bombacaceae. I. Contribuição para o

conhecimento dos gêneros Catostemma Benth. e Scleronemma Benth, da

Amazônia Brasileira. Ci. & Cult. 21 (4): 697-719.

Paula, J.E. de. 1976a. Estudos sobre Bombacaceae. IV. Anatomia de

Catostemma albuquerquei Paula. Acta Amazônica 6 (4): 439-448.

Paula, J.E. de. 1976b. Estudos sobre Bombacaceae. V. Investigação

anatômica das madeiras de Catostemma commune Sadwith, Catostemma

sclerophyllum Ducke e Scleronema micranthum Ducke, com vistas à polpa,

papel e taxonomia. Acta Amazônica 6(2): 155-161.

Paula, J.E. de. 1980. Estudo anatômico das madeiras de Viola sebifera Aubl. e

Pseudobombax tomentosum (Mart. & Zucc.) A. Robyns visando o seu

aproveitamento tecnológico. Brasil Florestal 10 (42): 35-52.

Paula, V.P.; Barbosa, L.C.; Demuner, A.J. & Piló-Veloso, D. 1997. A química

da família Bombacaceae. Quím. Nova 20 (6): 627-630.

Payne, W.W. 1978. A glossary of plant hair terminology. Brittonia 30 (2): 239-

255.

Pio Corrêa, M. 1926-1975. Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas

cultivadas. vol.1-6. Imprensa Nacional. Rio de Janeiro.

Pittier, H. 1916. Bombacopsis, a new Central American genus between

Bombax and Pachira. Contr. U.S. Nat. Herb. 28:159-162.

Ribeiro, J.E.L.S. & Esteves, G.L. 1999. Bombacaceae. In: Flora da Reserva

Ducke (Ribeiro, J.E.L.S. et al. eds.) Flora da Reserva Ducke. Guia de

identificação das plantas vasculares de uma floresta de terra-firme na

Amazônia Central. Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia. Manaus. p.

269-271.

Rizzini, C.T. 1997. Tratado de Fitogeografia do Brasil. Rio de Janeiro: Ed.

Âmbito Cultural Ed. Ltda. 747p.

Roberty, G. 1953. Notes sur la flore de l’Ouest africain. 1re partie:

Gymnospermes, Magnoliales, Laurales, Urticales, Malvales, Ericales,

Olelaes et Apocynacées. Bull. Inst. Franç. Afrique Noire 15: 1404.

Robyns, A. 1963. Essai de Monographie du genre Bombax L. s.l.

(Bombacaceae). Bull. Jard. Bot. Etat 33(1):1-311.

Robyns, A. 1964. Bombacaceae In: Flora of Panama. Ann. Missouri Bot. Gard.

51: 37-68.

Page 49: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

31

Robyns, A. 1967. Bombacaceae In: Botany of the Guayana Highland. Mem.

New York Bot. Gard. 17: 190-201.

Robyns, A. 1968. Bombacaceae neotropicae Novae II. New species of

Eriotheca, Hampea and Quararibea. Ann. Missouri Bot. Gard. 55(1): 51.

Robyns, A. 1979. Bombacaceae neotropicae novae VIII. A new species of

Eriotheca from Brazil. Bull. Jard. Bot. Belg. 49(3/4): 457-459.

Robyns, A. & Nilsson, S. 1975. Bombacaceae neotropicae novae V. A new

species of Eriotheca from Brazil. Bull. Jard. Bot. Belg. 45(1/2): 155-157.

Robyns, A. & Nilsson, S. 1981. Bombacaceae neotropicae novae IX. A new

species of Eriotheca from Colombia., Bull. Jard. Bot. Belg. 51: 201-204.

Saba, M.D. 2007 Morofologia polínica de Malvaceae s.l.: implicações

taxonômicas e filogenéticas. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de

Feira de Santana, Feira de Santana, Bahia. 189p.

Saint-Hilaire, A.F.C.P.; Jussieu, A. & Cambessedes, J. 1827. Flora

Brasilieae Meridionalis vol.1, Paris.

Santos, E. 1966. Bombacaceae do Estado da Guanabara. Rodriguésia 25 (37):

41-49.

Santos, E. 1969. Bombacaceae. In: Flora ecológica das restingas do Sudeste.

Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional. 25p.

Sazima, M.; Buzato, S. & Sazima, I. 1999. Bat pollinated flower assemblages

and bat visitors at two Atlantic forest sites in Brazil. Annals of Botany 83:

705-712.

Schott, H.W. & Endlicher, S. 1832. Meletemata Botanica, p. 35.

Schumann, K. 1886. Bombacaceae. In: C.F.P. Martius; A.G. Eichler & I. Urban

(eds.) Flora Brasiliensis. Lipsiae, Monachii, vol.12., pars 3, p. 201-250, tab.

40-50.

SMA 2003. Resolução SMA 47- Altera e amplia a Resolução SMA 21, de 21-

11-2001; Fixa orientação para o reflorestamento heterogêneo de áreas

degradadas e dá providências correlatas. Disponível em:

http://www.ibot.sp.gov.br/legislacao/legislacao.htm. Acesso em 25/04/2006

Standley, P.C.1937. Studies of American Plants - VII. Field Museum of Natural

History, XVII (2):199.

Stearn, W. T. 1992. Botanical Latin. 4ªed. Portland: Oregon, Timber Press.

546p

Page 50: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

32

Steyermark, J.A. & Stevens, W.D. 1988. Notes on Rhodognaphalopsis and

Bombacopsis (Bombacaceae) in the Guayanas. Ann. Missouri Bot. Gard.

75:396-398.

Swofford, D.L. 2002. PAUP* phylogenetic analysis using parsimony (*and

other methods), version 4.0b10 for Win Sinauer, Sunderland,

Massachussets, USA

Taberlet, P.; Gielly, L.; Pautou, G. & Bouvet, J. 1991. Universal primers for

amplification of three non-coding regions of chloroplast DNA. Plant

Molecular Biology 17: 1105-1109.

Tamura, K.; Dudley, J.; Nei, M. & Kumar, S. 2007. MEGA4: Molecular

Evolutionary Genetics Analysis (MEGA) software version 4.0. Molec. Biol.

Evol. 24: 1596-1599.

Thiers, B. [continuously updated]. Index Herbariorum: A global directory of

public herbaria and associated staff. New York Botanical Garden's Virtual

Herbarium. http://sweetgum.nybg.org/ih/

van den Brink, R.C.B. 1924. Revisio Bombacacearum. Bull. Jard. Bot.

Buinterzog Série 3, 6 (2): 161-240.

van Heel, W.A. 1966. Morphology of the androecium in Malvales. Blumea 13

(2): 254- 295.

Wild, H. & Gonçalves, M.L. 1979. Bombacaceae In: Flora de Moçambique p.1-

11.

Zuker, M. 2003. Mfold web server for nucleic acid folding and hybridization

prediction. Nucleic Acids Res. 31 (13): 3406-15.

Page 51: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

33

Organização da tese

Além da ―Introdução Geral‖ e da ―Discussão e Considerações Finais‖, o

presente trabalho está organizado em quatro capítulos:

Capítulo 1. Análise filogenética de Eriotheca Schott & Endl. e gêneros afins

(Bombacoideae, Malvaceae). (Phylogenetic analyses of Eriotheca and related

genera (Bombacoideae, Malvaceae). Nesse capítulo é apresentada uma

análise filogenética com base nas sequências de ITS, trnL-F e matk de 50

táxons de Bombacoideae e sete táxons adicionais de Malvatheca, visando

testar o monofiletismo de Eriotheca e verificar suas relações filogenéticas com

os gêneros afins.

Capítulo 2. Notas taxonômicas e nomenclaturais sobre Eriotheca Schott &

Endl. (Bombacoideae, Malvaceae). (Taxonomic and nomenclatural notes on

Eriotheca (Bombacoideae, Malvaceae). Nesse capítulo foram apresentadas as

propostas de oito sinonimizações (três no nível genérico e cinco no nível

específico), designação de um lectótipo e um epitipo, além de duas mudanças

de status para o nível específico.

Capítulo 3. Espécie nova de Eriotheca Shott & Endl. do Estado da Bahia,

Brasil. (New species of Eriotheca from Bahia State, Brazil). Nesse capítulo foi

descrita e ilustrada uma espécie nova de Eriotheca, E. bahiensis, com

ocorrência na floresta pluvial dos tabuleiros do sul da Bahia. Foi elaborada uma

chave de identificação para a espécie nova e espécies afins.

Capítulo 4. Estudo taxonômico de Eriotheca Shott & Endl. no Brasil

(Bombacoideae, Malvaceae). É apresentada a revisão taxonômica das

espécies de Eriotheca que ocorrem no Brasil, incluindo chave de identificação,

descrições morfológicas, ilustrações, mapas de distribuição, além de

comentários sobre variabilidade, aspectos taxonômicos e distribuição

geográfica de todas as espécies.

Page 52: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

34

CAPÍTULO 1

Análise filogenética de Eriotheca Schott & Endl. e gêneros afins

(Bombacoideae, Malvaceae)

Artigo submetido a Systematic Botany

Page 53: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

35

DUARTE ET AL.: PHYLOGENY OF ERIOTHECA AND RELATED GENERA

Phylogenetic analyses of Eriotheca and related genera (Bombacoideae, Malvaceae).

Marília C. Duarte1,4

, Gerleni L. Esteves1, Maria Luiza F. Salatino

2, Karen C. Walsh

3,5,

and David A. Baum3.

1. Instituto de Botânica, Secretaria do Meio Ambiente, Cx. Postal 3005, 01061-970, São

Paulo, SP, Brazil.

2. Departamento de Botânica, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, Cx.

Postal 11461, 05422-970, São Paulo, SP, Brazil.

3. Department of Botany, University of Wisconsin, Madison WI 53706, U.S.A.

4. Author for correspondence ([email protected]).

5. Current address: La Follette School of Public Affairs, University of Wisconsin,

Madison WI 53706, U.S.A.

Page 54: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

36

Abstract-. Molecular and morphological data have shown that Bombacoideae and

Malvoideae together form a well-supported Malvatheca clade. Phylogenetic

relationships in Bombacoideae have been studied, however some genera in Bombax s.l.

have not been adequately sampled for sufficiently variable molecular markers. The

relationships of Eriotheca, for example, have yet to be resolved. Here, nuclear (ITS) and

chloroplast (trnL-F and matK) sequence data, from 50 exemplars of Bombacoideae, and

seven additional taxa from other genera of Malvatheca were used to test monophyly of

Eriotheca and its relationships with related genera of Bombax s.l. Parsimony and

Bayesian analyses of individual and combined sequence data show that Eriotheca is not

monophyletic as currently circumscribed but forms a paraphyletic grade containing

Pachira s.l. The newly discovered Eriotheca + Pachira clade has a probable

synapomorphy of striate seeds. Additionally, our data showed that Rhodognaphalopsis

and Bombacopsis are synonymous with Pachira, consistent with their morphological

similarities. In addition, two other moderately supported clades emerged within the core

Bombacoideae: Pseudobombax + Ceiba s.l. and Bombax + Spirotheca + Pachira

quinata. These three clades and the African Rhodognaphalon form the major clade of

core Bombacoideae, whereas Adansonia appears to be more closely related to

Catostemma, Scleronema and Cavanillesia. The phylogenetic results imply three

independent migrations from the New to Old World and homoplasy in staminal

morphology.

Keywords- Malvatheca; Bombacoideae; Bombax s.l., Pachira; ITS; trnLF; matK.

Page 55: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

37

Molecular and morphological data have shown that the formerly recognized

Bombacaceae, Malvaceae, Tiliaceae and Sterculiaceae, are better treated as a single

monophyletic family, Malvaceae s.l., which consists in nine subfamilies (Judd &

Manchester 1997; Alverson et al. 1999; Bayer et al. 1999). The subfamilies

Bombacoideae and Malvoideae together form the Malvatheca clade, which is well-

supported by plastid DNA sequences (Alverson et al. 1999; Bayer et al. 1999; Nyffeler

et al. 2005). Malvatheca is also united by the possession of highly modified anther

morphology (von Balthazar et al. 2006; Janka et al. 2008). Within Malvatheca, a

Bombacoideae clade corresponds to the bulk of the traditional family Bombacaceae

(Alverson et al. 1999; Bayer et al. 1999; Nyffeler et al. 2005). Although, Baum et al.

(2004) elucidated the phylogenetic relationships in Malvatheca, some significant genera

were not sampled, especially Eriotheca and other elements of Bombax s.l.

The taxonomic revision of Bombax s.l. by Robyns (1963) is the most

comprehensive and relevant study of Eriotheca and related genera. Robyns recognized

five neotropical genera: Pseudobombax Dugand, Bombacopsis Pittier,

Rhodognaphalopsis A. Robyns, Eriotheca Schott & Endl. and Pachira Aubl., and two

paleotropical genera: Bombax L. and Rhodognaphalon (Ulbrich) Roberty emend. A.

Robyns. In Robyns’ treatment, only Eriotheca (small flowers reaching 6.5cm and 18-

170 stamens) and Pseudobombax (inarticulate leaflets) were separated based on

macromorphological characters. The other neotropical genera, Pachira, Bombacopsis,

Rhodognapholopsis, were differentiated instead by palynological characters.

Steyermark & Stevens (1988) and Alverson (1994) identified problems with

Robyns’ distinctions among Bombacopsis, Rhodognaphalopsis and Pachira s.s.,

including overlapping floral and fruits characters. Additionally, Steyermark & Stevens

(1998) showed that palynological features that had been used to diagnose

Page 56: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

38

Rhodognaphalopsis were encompassed in the pollen variation of Bombacopsis, whereas

Alverson (1994) showed that if Bombacopsis is considered in the broader sense (i.e.,

with Rhodognaphalopsis), its pollen grades into Pachira s.s. Based on this evidence,

Alverson (1994) and Alverson & Steyermark (1997) have synonymized Bombacopsis

and Rhodognaphalopsis in Pachira s.l. This treatment has been followed by most

floristic treatments, including Fernández-Alonso (1998, 2003), and is adopted here.

Eriotheca was created (Schott & Endlicher 1832) around two species, originally

described in Bombax. Schumann (1886) and van den Brink (1924) rejected Eriotheca

and treated it as a synonym of Bombax or as a section of Bombax, respectively. It was

not until Robyns (1963), that Eriotheca was recognized as a distinct genus again.

Alverson (1994) emphasized the importance of molecular studies to clarify the

relationships between Pachira s.l. and Eriotheca, considering the morphological

differences between Eriotheca (flowers 2.5-6.5cm and with usually less than 120

stamens) and Pachira s.l. (flowers 7-35cm and usually 150 and sometimes has many as

1000 stamens), to be subtle. However, Eriotheca has been excluded from most broad-

scale molecular analyses of Bombacoideae (e.g., Bayer et al. 1999; Baum et al. 2004).

And, whereas, Alverson et al. (1999), included Eriotheca, the markers studied provided

no resolution within core Bombacoideae.

In this study, our goal was to conduct a phylogenetic analysis of Eriotheca and

related genera using sequences of nuclear (ITS) and rapidly evolving plastid DNA

(matK and trnL-F), to elucidate the relationships among the genera of Bombacoideae so

as to determine if Eriotheca and other elements of Bombax s.l. are monophyletic and

help make sense of the morphological diversity found in the group.

Page 57: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

39

MATERIALS AND METHODS

Taxon Sampling- We obtained 48 new ITS, 56 trnL-F and 39 matK sequences,

which were combined with 16 matK sequences previously published (Baum et al. 2004,

Nyffeler et al. 2005), creating a complete data set for 57 taxa. Ingroup sampling

included 50 representatives from Bombacoideae and additional taxa from other genera

of Malvatheca: Chiranthodendron, Fremontodendron, Camptostemon, Matisia,

Pentaplaris, Gossipyum and Abutilon. Fremontodendreae (Chiranthodendron and

Fremontodendron) is specified as outgroup, based on the results of Nyffeler et al.

(2005). Sources of DNA material are summarized in the Appendix.

DNA extraction,amplification and sequencing- Total DNA was extracted from

silica-dried or herbarium leaf tissue using DNeasy Plant mini kits (QIAgen, Valencia,

California), according manufacture’s procedure. The ITS gene was amplified using

primers as described in Baum (1998) and the TrnL-F and trnK/matK genes were

amplified using primers as described in Taberlet et al. (1991) and Nyffleler et al. (2005),

respectively. The polymerase chain reaction (PCR) amplification of ITS marker was

performed with 25l reactions containing 5l PCR Buffer (5x), 2.5 L MgCl2, 0.5 L

of each primer (10 pmol/), 1 L dNTPs (2 mM each), 1.5-2.5 L BSA, 1-1.5L

DMSO, 0.2 L Taq DNA polymerase and 1-2 L of DNA template (no dilution). PCR

for plastids regions was performed in 25l reactions containing 5l PCR Buffer (5x),

2.5 L MgCl2, 0.5 L of each primer (10 pmol/), 0.5 L dNTPs (2 mM each); 0.2 L

BSA, 0.2 L Taq DNA polymerase and 1 L of DNA template (no dilution or 1:10).

The amplifications of the regions proceeded at 94oC for 5min, followed by 35 cycles of

94ºC for 45 sec, 55

oC for 1min, 72

ºC for 1’30 min, with a final extension at 72

ºC for

5min. PCR products were cleaned using AMPure beads (Agencourt Bioscience Corp.,

Page 58: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

40

Beverley, Massachusetts) and cycle sequenced (Big Dye v.3.1, Applied Biosystems

Corp., Foster City, California) following the manufacturer’s instructions. Automated

sequencing was performed at the Biotechnology Center, University of Wisconsin,

Madison. Sequences were edited and assembled in Sequencher 4.7 (Gene Codes Corp.,

Ann Arbor, Michigan). Plastid DNA was aligned manually in MacClade 4.08

(Maddison & Maddison 2005). ITS sequences were aligned initially with Clustal W

(Thompson et al. 1994) through the Cipres Portal (Miller et al. 2009), with subsequent

manual adjustment in MEGA4.0 (Tamura et al. 2007).

ITS sequences were analyzed with MFold (Zuker 2003) to estimate their

thermodynamic stability (folding energy) and consequently to identify possible non-

functional paralogs (pseudogenes). MFold predicts nucleic acid folding and

hybridization by free energy minimization using empirically derived thermodynamic

parameters (Zuker 2003).

Phylogenetic analyses- Maximum parsimony (MP) analyses were performed in

PAUP* 4.0b10. MP heuristic searches used 10,000 random taxon addition replicates

(holding 20 tree at each step) and TBR branch swapping. All characters were equally

weighted, and gaps were treated as missing data. To estimate clade support, we obtained

bootstrap percentages (BS) for each clade using 1,000 replicates with simple taxon

addition (holding 20 tree at each step) and TBR branch swapping.

Bayesian phylogenetic analyses were implemented with MrBayes v.3.1.2

(Huelsenbeck & Ronquist 2001). Three independent MCMC runs were conducted, each

one composed of four linked chains that ran for 3,000,000 generations with sampling

every 1,000 generations. The burn-in period was estimated by visual examination of a

likelihood-by-generation plot. After discarding the trees from the burn-in period, a 50%

Page 59: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

41

majority rule consensus tree was constructed from the remaining trees and the three

posterior distributions were pooled to obtain the best estimates of clade posterior

probabilities (PP).

Incongruence was estimated with incongruence length (ILD) tests (Farris et al.

1994), implemented in PAUP*4.0b10 (Swofford 2002). The ILD test was conducted

using the parsimony optimality criterion, using 100 to 1,000 partition homogeneity

replicates, simple taxon addition, tree bisection- reconnection (TBR) and holding one

tree at each step. In some tests MAXTREES was set to 100 to speed up analysis.

RESULTS

It was not possible to obtain satisfactory ITS sequences from E. gracilipes, E.

pentaphylla, E. roseorum, E. ruizii, and Pachira (Rhodognaphalopsis) minor. Likewise,

our data matrix lacked trnL-F sequences from P. (Rhodognaphalopsis) brevipes and

matK sequences from E. obcordata and E. squamigera. These DNA’s were obtained

from older herbarium collections and presumably degraded. Nonetheless, these

exemplars were included in the combined analysis with the missing portions coded as

such.

ITS sequences from Eriotheca crassa, E. discolor, E. squamigera and P.

(Bombacopsis) quinata were identified as pseudogenes. Considering the range of

folding energies obtained from all ITS sequences, from -105,21 (E. squamigera) to -

174,75 (E. pubescens), were considered pseudogenes sequences with folding energies

from -156.83 to -105.21, because they are much less stable than the other sequences.

Thereby, the paralogs sequences were excluded from the analyses.

Page 60: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

42

Phylogenetic Analyses of Individual Data Sets- The ITS data set had an aligned

length of 808, with 332 informative characters. Parsimony analyses retained 20 trees

with length 1711, CI=0.4880 and RI=0.6458 (not shown). The matK and trnL-F data

sets had aligned lengths of 2701 and 1375, with 187 and 96 informative, respectively.

MP analyses retained 80 trees with length 732, CI=0.7923 and RI=0.7419 for matK data

set and retained 60 trees with length 362, CI= 0.8343 and RI=0.7872 for trnL-F data set

(not shown).

The three Bayesian MCMC runs for each data set resulted in a set of 9,003 trees.

Comparison among the independent runs showed that all had mixed adequately.

Stability was reached by approximately 50 000 generations (5000 retained trees). The

approximation of the single-gene posterior distributions represented by the post-burnin

trees was summarized using a 50% majority-rule consensus tree (Figs 1-3).

All three genes supported a major monophyletic bombacoid clade. The deep

relationships within this clade were unresolved for the plastid genes, but ITS supported

the existence of a Bernoullia-Gyranthera-Huberodendron clade as sister to a core

Bombacoideae clade, which contains all the palmately-counpound-leaved species, and

just one simple-leaved taxon, Cavanillesia. This topology is consistent with patterns of

staminal evolution (von Balthazar et al. 2006).

Within core Bombacoideae, both ITS and trnL-F support a clade that includes

Ceiba s.l. (Ceiba and Neobuchia), Spirotheca, and all of Bombax s.l. except

Rhodognaphalon (i.e., Bombax, Eriotheca, Pachira s.l., and Pseudobombax). The

position of Rhodognaphalon varies between these genes. ITS supports Rhodognaphalon

being in or sister to the aforementioned Ceiba s.l. - Bombax s.l clade. TrnL-F, in

contrast, places this taxon deeper in the tree, with Adansonia as sister to the Ceiba s.l. -

Bombax s.l clade.

Page 61: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

43

All individual analyses showed that Eriotheca forms a moderately to strongly

supported clade with all species of Pachira except Pachira quinata. Resolution within

the Pachira/Eriotheca clade varied among the genes and was generally weakly

supported. The matK data supported a monophyletic Eriotheca (PP = 0.98, BS= 52%)

sister to Pachira clade, with no support (Fig. 3).

Both Pseudobombax and Ceiba s.l. consistently emerged as monophyletic

groups that were found sister to one another on both the trnL-F and ITS phylogenies.

The relationships among Bombax s.s., Spirotheca, the Pachira-Eriotheca clade and

Pseudobombax-Ceiba s.l. clade varied greatly among the three data sets (Figs. 1-3)

Evaluation of Discordance Between the Data Sets- An ILD test found

marginally significant heterogeneity between the two plastid regions, matK and trnL-F

(p = 0.04-0.06). Exploration of possible sources of incongruence were conducted by

selectively deleting taxa and rerunning the ILD test. The ILD test showed the existence

of significant conflict between ITS and plastid regions (p =0.013). This result is not due

just to the placement of Ochroma, Patinoa and Septotheca since the ILD test is

significant when these taxa are deleted (p=0.003).

Combined Phylogenetic Analyses- The combined data set has an aligned length

of 4884, with 617 informative characters. Parsimony analyses retained 140 trees with

length=2854, CI=0.6030 and RI=0.6609 (not shown). The Bayesian MCMC runs data

set resulted in sets of 9.003 trees. Comparison among the independent runs showed that

all had mixed adequately. Stability was reached by approximately 50 000 generations

(5000 retained trees). The approximation of the combined posterior distribution

Page 62: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

44

represented by the post-burn-in trees was summarized using a 50% majority-rule

consensus tree (Fig. 4).

The combined analysis most closely resembles the ITS phylogeny, but contains

elements of all three genes’ topologies and has higher measures of support for many

clade. For example, the Eriotheca-Pachira clade is well-supported (PP=1.00, BS=99%),

confirming the individual analyses. Likewise, the monophyly of Pseudobombax

(PP=1.00, BS=100%) and Ceiba s.l. (PP=1.0, BS=79%) and their sister-group

relationship (PP=0.95, BS=50%) was confirmed in the combined analysis.

The core bombacoid clade found by Baum et al. (2004) is supported (PP= 1.00,

BS= 100%). The only taxon in this clade that has palmately-lobed, simple leaves is

Cavanillesia. Examination of the posterior distribution did not yield any trees in which

Cavanillesia is sister to the rest of the core Bombacoideae, which would be needed to

invoke a single, unreversed origin of palmately compound leaves. Furthermore, a

Templeton test comparing the most-parsimonious tree with the optimal tree found under

the constraint of a palmately compound clade (all core bombacoideae except

Cavanillesia) was significant (P>0.006). This shows that these data are explained

significantly better on trees that require homoplasy in leaf evolution, relative to trees

that allow for a single, unreversed origin of compound leaves.

An unexpected result of our analyses was the paraphyly of Eriotheca. The

combined analyses suggested that Pachira s.l. is embedded within an Eriotheca grade.

This result is largely due to the ITS partition, which strongly contradicts Eriotheca

monophyly by virtue of a small clade, E. longipedicellata and E. longitubulosa, being

sister to a larger clade that include Pachira s.l. and the remainder of Eriotheca (PP =

1.00, BS= 96%). On the other hand, matK supports Eriotheca monophyly (PP= 0.98,

BS=<50%), which may explain while the combined analysis does not provide

Page 63: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

45

overwhelming support for Eriotheca paraphyly: the branches contradicting monophyly

have bootstraps scores of 78% or less. The shortest tree for the combined data under the

constraint of Eriotheca monophyly is nine steps longer than the overall optimal tree.

This cost is not judged significant using a Templeton test (P = 0.20).

DISCUSSION

Phylogenetic Relationships and Character Evolution- We consider the

combined analysis to be the best estimate of the evolutionary relationships in

Bombacoideae (Fig. 4), and will use this as a basis for further discussion. The overall

relationships are similar to those reported by Baum et al. (2004) based on ndhF and

matK. In the present study, we confirmed the monophyly of core Bombacoideae

(PP=1.00, BS=100%). This group is characterized by compound leaves (1-9-foliolates;

Fig. 5: A,E,H,J), except for Cavanillesia, which has simple leaves. Given this tree,

equally-weighted parsimony would imply one origin of compound leaves and a reversal

to simple leaves in Cavanillesia.

The placement of Ochroma and Patinoa regarding Bombacoideae was discussed

by Alverson et al. (1999), Baum et al. (2004) and Nyffeler et al (2005). In our analysis,

both genera emerged in Malvoideae (Figs. 1, 4), differing from the results obtained by

Baum et al. (2004), where the genera fell as a sister-group to Malvatheca

(Bombacoideae and Malvoideae). Our combined analysis did, however, agree with

Baum et al. (2004) in placing Septotheca as sister to core Bombacoideae. However, in

both studies, the resolution of Ochroma, Patinoa, and Septotheca is uncertain.

Phylogenetic resolution is likely to depend upon the development of more informative

nuclear markers.

Page 64: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

46

The use of rapidly evolving genes and the inclusion of Neobuchia, Bernoullia,

Cavanillesia, Rhodognaphalon, Spirotheca, Pseudobombax and Eriotheca, for the first

time, allows our study to clarify the phylogenetic relationships among these genera, and

other taxa of core Bombacoideae.

In the combined phylogeny, as well as in ITS, we can distinguish three major

clades (Fig. 4). Clade 1, sister to the remainder of core Bombacoideae and composed of

by Huberodendron, Gyranthera and Bernoullia, was strongly supported (PP=1.00, BS=

98%). All the exemplars of clade 1 present indehiscent fruits (Fig. 5: K) and staminal

filaments totally fused into a tube, with the sessile, polythecate anthers positioned near

the apex of the staminal tube (von Balthazar et al. 2006). Indehiscent fruits are also

present in Adansonia, Cavanillesia and Scleronema (clade 2), suggesting that

loculicidal dehiscence might be a synapomorphy of clade 3. The sessile stamens found

in clade 1 resemble those found in the outgroups, Ochroma, Patinoa, Septotheca, and

Matisia, whereas clades 2-3 generally have stalked, monothecate units that extend from

the staminal tube either individually or in phalanges (Fig. 5: B, F). Von Balthazar et al.

(2006) hypothesized that the origin of stalked, monothecate anthers might have been

driven by a transition from mammal to insect pollination. The exception to this pattern

is Ceiba s.l. (including Neobuchia), which appears to have reverted to sessile anthers, as

illustrated by Ceiba speciosa (Fig. 5: O).

Clade 2, including Adansonia, Catostemma, Cavanillesia and Scleronema has

only moderate support (PP=1.00; BS=65%). Clade 2 is resolved as sister to clade 3, but

this result is weak, as judged by bootstrap analysis (PP=1.00, BS=< 50%). A

relationship between Scleronema and Catostemma has been previously noted (e.g.,

Alverson et al. 1999), and an affinity between these two and Cavanillesia is implied by

certain taxonomic schemes. However a close relationship between these three

Page 65: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

47

neotropical genera and the paleotropical genus Adansonia has not previously been

hypothesized. Adansonia, Cavanillesia and Scleronema share an indehiscent fruit, but

this is probably a plesiomorphic trait. Additionally, all taxa have a predominantely

campanulate and 5-lobed calyx, which contrasts with taxa in clade 3, which usually

have a truncate to 5-apiculate, cupulate to tubular calyx. However, a campanulate calyx

is also likely to be plesiomorphic and is hard to compare across Clade 2 because of the

great differences in flower size between Scleronema/Catostemma (typical less than

1.5cm) and Adansonia (10-30cm). Further work is needed to confirm the reality of clade

2 and to identify possible synapomorphies.

Clade 3, comprising Rhodognaphalon, Spirotheca, Bombax, Pachira-Eriotheca,

Pseudobombax, Ceiba and Neobuchia, is characterized by stalked, monothecate

staminal units, like clade 2 (except for Ceiba speciosa, which has sessile staminal

units). Clade three is characterized by dehiscent fruit (Fig. 5: C, L) and kapok: long

hairs derived from the fruit wall that envelop the seeds, unlike cotton fibers, which

derive from the seed coat (Marzinec & Mourão 2003).

The African genus Rhodognaphalon is resolved as sister to the rest of clade 3

(PP=0.91; BS<50%). This genus is characterized by porate or pororate polllen grains

with a spinulose sexine (Robyns 1971, Nilsson and Robyns, 1986), whereas other

members of Bombax s.l. have colpate to colporate pollen with a reticulate sexine.

However, pollen traits cannot easily be mapped onto the broader Bombacoid

relationships. Somewhat tringular, colpate/colporate pollen, such as that found in

Bombax s.l., is also found in Bernoullia, Cavanillesia, and Catostemma (Robyns and

Nilsson, 1989). Whereas more spherical porate pollen types resembling

Rhodognaphalon also occur in Adansonia, Gyranthera, and Huberodendron, making it

difficult to account for pollen evolution without invoking homoplasy.

Page 66: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

48

The neotropical genera Ceiba, Pseudobombax and Neobuchia comprise clade

3A (PP=0.95, BS=50%), with Pseudobombax and Ceiba each supported as

monophyletic, and placed as Neobuchia sister to Ceiba. The monophyly of

Pseudobombax was found by Carvalho-Sobrinho (2006) based on morphological data,

and is supported by a synapomorphy of inarticulate leaflets and dilated and disciforms

petioles (Fig. 5: E). The placement of Neobuchia with Ceiba in all analyses is plausible.

Both genera are the only members of clade 3 to share crenate to serrate folioles and to

have staminal filaments partially united into a tube with just 5 free or sessile stamens

(Fig. 5: P). However, the reduction to five stamens is also seen in Spirotheca (Fig. 5: R).

The relationship between Ceiba/Neobuchia and Pseudobombax has not previously been

proposed, and we can identify no potential synapomorphies.

Clade 3B represents three heterogeneous elements: Bombax, Spirotheca and

Pachira quinata (Jacq.) W.S. Alverson. These three taxa share spiny trunks, but this

trait also occurs in Clade 3A, and in some members of clade 2 (e.g., Cavanillesia and,

rarely, in Adansonia). Spirotheca and P. quinata are both neotropical and have a

persistent calyx (the norm in Bombacoideae) and dotted seeds. The paleotropical genus

Bombax, has a caducuous calyx (which apparently evolved independently within

Adansonia sect. Longitubae; Baum, 1995) and unmarked seeds.

The position of Pachira quinata (Jacq.) W.S. Alverson in clade 3B validates

recognition of this taxon as Bombacopsis quinata (Jacq.) Dugand, a suggested by

Robyns (1963). Beyond the dotted seeds, this species has an aculeate trunk and

branches, characters absent in Pachira s.l. Based on this last character, Robyns (1963)

created Bombacopsis subg. Aculeatae to accommodate Bombacopsis quinata.

The neotropical Pachira clade (PP=1.00, BS=92%) comprises Eriotheca and all

members of Pachira s.l. except P. quinata. This grouping is supported in most analyses

Page 67: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

49

and is consistent with a probable synapomorphy: the presence of striations on the seeds

(Fig. 5: D, M). Although the seed coat has not generally been utilized, it appears to

show useful variation within Bombacoideae. Duarte (2006) and Duarte et al. (2007)

showed that the seeds are verrucose in Ceiba, maculate in Pseudobombax, dotted in

Spirotheca, and striate in Eriotheca and Pachira (Fig. 5: G, Q, S), whereas other genera

(Bombax, Gyranthera, Cavanilesia, Huberodendron, Catostema, Scleronema,

Adansonia, Septotheca and Bernoullia) have unmarked seeds.

Our sampling of Pachira s.l., while perhaps less deep than is ideal includes

representatives of all three segregate genera recognized by Robyns (1963), namely

Pachira s.s. (P. aquatica and P. insignis), Bombacopsis (P. glabra), and

Rhodognaphalopsis (P. flaviflora, P. minor and P. brevipes) (Figs. 1-4). While

resolution is weak, neither segregate genus with more than one accession appeared to be

monophyletic. Our results, thus, tend to corroborate the proposed synonymy of these

three genera in Pachira s.l. (Alverson 1994; Alverson & Steyermark 1997; Fernández-

Alonso 1998, 2003). Furthermore, Pachira s.l. appears to be monophyletic in the

combined and matK analyses.

An unexpected result of our research was the paraphyly of Eriotheca. The ITS,

trnL-F and combined analyses all suggested that Pachira s.l. is embedded within an

Eriotheca grade. On the other hand matK supports Eriotheca monophyly and the

combined data are not sufficient to rule out Eriotheca monophyly, as judged in a

parsimony framework, using a Templeton test. Thus, while paraphyly of Eriotheca is

the best-supported hypothesis based on the available data, it would be premature to sink

Eriotheca in Pachira on this basis alone.

Robyns (1963) distinguished Pachira s.l. and Eriotheca based on the size of

flowers, numbers of stamens and number of androecial whorls: Eriotheca with small

Page 68: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

50

flowers, 18-170 stamens and one androecial whorl and Pachira with large flowers, 90-

1,000 stamens and two androecial whorls.

There is no significance difference regarding the size of flowers and the number

of stamens overlap in both genera (Duarte & Esteves 2010, in prep.). According to

Janka et al. (2008), the androecium in Pachira and Eriotheca is composed of two

androecial whorls, but in Eriotheca both androecial whorls merge during the

androecium development, becoming apparent only one whorl. Therefore, the application

of these characters to separate Eriotheca of Pachira in Robyns’s classification (1963) is

not appropriate.

In general, the relationships among the exemplars within the Eriotheca grade

corroborate the groups proposed by Robyns (1963) based on the morphology of the

staminal tube. The E. roseorum-E. ruizii clade, sister-group to the Pachira s.l. clade, is

weakly supported and apparently lacks morphologically synapomorphies. However, the

relationships within this clade correlate with differences in androecium morphology. E.

roseorum (Fig. 6: A) has 20-25 stamens and an obconical staminal tube with a

constriction in the basal portion, a pattern only found in Eriotheca. E. squamigera, in

contrast, has 100 stamens and a staminal tube that has an apical portion extended and

thickened at the point of origination of the free filaments (Fig. 6: B). The subclade

comprising E. discolor and E. ruizii is composed of species with a similar androecium

form, with 100 stamens and a small staminal tube with an 5-lobed apical portion (Fig. 6:

C). Both species are also deciduous trees that inhabit dry forests in high altitudes in

Ecuador and Peru.

A clade comprising E. longipedicellata and E. longitubulosa is strongly

supported by molecular data and by their androecium morphology. Both species have

only 20 to 60 stamens and have a cylindrical and elongated staminal tube, whose length

Page 69: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

51

is greater than the length of the free filaments (Fig. 6: D). MacFarlane et al. (2003)

reported hawkmoths as possible pollinators of E. longipedicellata and E. longitubulosa,

associating this kind of pollination to the small number of stamens and shape of flowers

(not as a brush). This morphology resembles Adansonia perrieri, another hawkmoth-

pollinated bombacoid (Baum, 1995).

The Eriotheca surinamensis clade can be distinguished from its probable sister-

group, Pachira s.l. by many characters. The E. surinamensis clade produces oblong to

obovoid flower buds, flowers reaching only 6.5cm, and an androecium with free

filaments emerging from the apex of the staminal tube (Fig. 6: E) although this

character is present in Eriotheca sp. and Eriotheca discolor clades. The Pachira s.l.

clade has linear flower buds, flowers with 7-35cm in length., and an androecium with

two rings of stamens, the outer ones clustered into phalanges (Fig. 6: F). Additionally,

members of the Eriotheca surinamensis clade are distributed predominantly in Brazil

(including the Amazonian forests, central Cerrado, and northeast and southeast Atlantic

forest), while the species Pachira s.l. are concentrated in the forests of northern South

America, except P. glabra, which has a cosmopolitan distribution. Further work is

needed to identify possible macromorphological synapomorphies within E.

surinamensis clade.

Directions for future work

The data suggest three migrations from the New to Old Worlds. Molecular

dating could be used to assess whether these might have occurred at a time when

migration via the Boreotropical route was possible.

The data suggest that fruit dehiscence might be a useful trait, but more analysis

of modes of fruit development and dehiscence are needed. Analysis of fruit and seed

characters provided several potentially valuable morphological characters for

Page 70: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

52

diagnosing the major clade. But several clades still lack clear synapomorphies so further

analysis of additional traits might be helpful. Morphological study of the scales present

in the lower surface of folioles and external surface of calyx (Duarte & Esteves 2010, in

prep.) is a trait system that might be helpful as synapomorphy.

A major focus of future work should be on testing the less expected results:

Clade 2, Clade 3B, Eriotheca paraphyly. ITS has problems so it would be better to

study new slow copy nuclear markers. With these it may be possible to fully resolve

generic relationships and use this to achieve a clearer understanding of the group’s

morphological and ecological evolution.

ACKNOWLEDGEMENTS. This work was funded by the National Science Foundation

(NSF), grant DEB-0416096. The present work was also funding by Conselho Nacional

de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq): grant 485614/2007-3, Ph.D

scholarship for the first author and Productivity Research grant for G.L. Esteves. The

first author also thanks the Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (CAPES) for international interchange scholarship and IAPT research grant.

We thank Rebecca Oldham-Haltom for technical assistance and Bil Alverson for expert

advice and DNA material.

LITERATURE CITED

Alverson, W.S. 1994. New species and combinations of Catostemma and Pachira

(Bombacaceae) from the Venezuelan Guayana. Novon 4:3-8.

Page 71: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

53

Alverson, W.S. & J.A. Steyermark. 1997. Bombacaceae In: Flora of the Venezuelan

Guayana. Missouri Bot. Gard, St. Louis. (P. E. Berry, B.K. Holst & K.

Yatskievych, eds) 3: 496-527.

Alverson, W.S.; B.A. Whitlock; R. Nyffeler; C. Bayer & D.A. Baum. 1999. Phylogeny

of the core Malvales: evidence from ndhF sequence data. Amer. J. Bot. 86 (10):

1474-1486.

Baum, D.A.; S.D. Smith; A. Yen; W.A. Alverson; R. Nyffeler; B.A Whitlock & R.L.

Oldham. 2004. Phylogenetic relationships of Malvatheca (Bombacoideae and

Malvoideae, Malvaceae sensu lato) as inferred from plastid DNA sequences. Amer.

J. Bot. 91 (11): 1863-1871.

Baum, D.A. 1995. The comparative pollination and floral biology of baobabs

(Adansonia--Bombacaceae).Ann. Missouri Bot. Gard. 82: 322-348.

Baum, D.A. 1998. Biogeography and floral evolution of baobabs (Adansonia,

Bombacaceae) as inferred from multiple data sets. Syst. Biol. 47(2): 181-207.

Bayer, C.; M.F. Fay; A.Y. De Bruijn; V. Savolainen; C.M. Morton; K. Kubitzki; W.S.

Alverson & M.W. Chase. 1999. Support for an expanded family concept of

Malvaceae within recircumscribed order Malvales: a combined analysis of plastid

atpB and rbcL DNA sequences. Bot. J. Linn. Soc. 129 (4): 267-303.

Carvalho-Sobrinho, J. 2006. O gênero Pseudobombax Dugand na Bahia. Master

Dissertation. Universidade Estadual de Feira de Santana, Bahia. 158p.

Duarte, M.C. 2006. Diversidade de Bombacaceae Kunth no Estado de São Paulo.

Master Dissertation. Instituto de Botânica, São Paulo, 99 p.

Duarte, M.C; G.L. Esteves & J. Semir. 2007. Bombacaceae In: Flora Fanerogâmica do

Estado de São Paulo (Wanderley, M.G, Sheperd G.J.; Melhem, T.S. & Giulietti,

A.M., cords) vol.5, p. 21-37. Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.

Page 72: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

54

Farris, J.S.; M. Källersjö; A.G. Kluge & C. Bult. 1994. Testing significance of

incongruence. Cladistics 10: 315-319.

Fernández-Alonso, J.F. 1998. Novedades taxonómicas e nomenclaturales y corológicas

en el género Pachira Aubl. (Bombacaceae). Anales Jard. Bot. Madrid, 56(2):305-

314.

Fernández-Alonso, J.F. 2003. Bombacaceae neotropicae novae vel minus cognitae VI.

Novedades en los géneros Cavanillesia, Eriotheca, Matisia y Pachira. Revista

Acad. Colomb. Ci. Exact., 27(102):25-37.

Huelsenbeck, J.P.; F. Ronquist; R. Nielsen; J.P. Bollback. 2001. Bayesian inference of

phylogeny and its impact on evolutionary biology. Science 294: 2310 -2314.

Janka, H.; M. von Balthazar; W.S Alverson; D.A. Baum; J, Semir & C. Bayer. 2008.

Structure, development and evolution of the androecium in Adansonieae (core

Bombacoideae, Malvaceae s.l.). Pl. Syst. Evol. 275:69-91.

Judd, W.S. & S.R. Manchester. 1997. Circumscription of Malvaceae (Malvales) as

determined by a preliminary cladistic analysis of morphological, anatomical,

palynological, and chemical characters. Brittonia 49 (3): 384- 405.

Macfarlane, A.T.; S.A. Mori. & K. Purzycki. 2003. Notes on Eriotheca longitubulosa

(Bombacaceae), a rare, putatively hawkmoth-pollinated species new to the Guianas.

Brittonia 55 (4): 305-316

Maddison, D.R. & W.P. Maddison. 2005. MacClade 4, version 4.05. Sinauer,

Sunderland, Massachusetts, USA.

Marzinec, J. & K.S.M. Mourão. 2003. Morphology and anatomy of the fruit and seed in

development of Chorisia speciosa A. St-Hil.-Bombacaceae. Revista Brasil. Bot. 26

(1): 23-34.

Page 73: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

55

Miller, M.A.; M.T. Holder; R. Vos; P.E. Midford; T. Liebowitz; L. Chan; P. Hoover; T.

Warnow. The CIPRES Portals. CIPRES. 2009-08-04. URL: Accessed: 2009-08-04.

(Archived by WebCite(r) at http://www.webcitation.org/5imQlJeQa)

Nyffeler, R.; C. Bayer; W.S. Alverson; A. Yen; B.A. Whitlock; M.W. Chase & D.A.

Baum. 2005. Phylogenetic analysis of the Malvadendrina clade (Malvaceae s.l.)

based on plastid DNA sequences. Organisms, Diversity & Evolution 5: 109-123.

Nilsson, S. & A. Robyns. 1986. Bombacaceae Kunt. World Pollen and spore flora, 14:

1-59.

Robyns, A. 1963. Essai de monographie du genre Bombax s.l. (Bombacaceae). Bull.

Jard. Bot. Etat 33(1/2):1-316.

Robyns, A. 1971. On pollen morphology of Bombacaceae. Bull. Jard. Bot. Nat. Belg.

41:451-456.

Schott, H.W. & S. Endlicher. 1832. Meletemata Botanica, p. 35.

Schumann, K. 1886. Bombacaceae. In: C.F.P. Martius, A.G. Eichler & I. Urban (eds.)

Flora Brasiliensis. Lipsiae, Monachii, vol.12, pars. 3, p. 201-250, tab. 40-50.

Swofford, D.L. 2002. PAUP* phylogenetic analysis using parsimony (*and other

methods), version 4.0b10 for Win Sinauer, Sunderland, Massachussets, USA.

Steyermark, J.A.& W.D. Stevens. 1988. Notes on Rhodognaphalopsis and Bombacopsis

(Bombacaceae) in the Guayanas. Ann. Missouri Bot. Gard. 75:396-398.

Taberlet, P.; L. Gielly; G. Pautou & J. Bouvet. 1991. Universal primers for

amplification of three non-coding regions of chloroplast DNA. Plant Molecular

Biology 17: 1105-1109.

Tamura, K.; J. Dudley; M. Nei & S. Kumar. 2007. MEGA4: Molecular Evolutionary

Genetics Analysis (MEGA) software version 4.0. Molec. Biol. Evol. 24: 1596-

1599.

Page 74: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

56

Thompson, J.D.; D.G. Higgins; T.J. Gibson. 1994. CLUSTAL W: improving the

sensitivity of progressive multiple sequence alignment through sequence weighting,

position-specific gap penalties and weight matrix choice. Nucleic Acids Res. 22:

4673-4680.

van den Brink, R.C.B. 1924. Revisio Bombacacearum. Bull. Jard. Bot. Buitenzorg Série

3, 6(2):161-240.

von Balthazar, M.; J. Schönenberger; W.S. Alverson; H. Janka; C. Bayer & D.A. Baum.

2006. Structure and evolution of the androecium in the Malvatheca clade

(Malvaceae s.l.) and implications for Malvaceae and Malvales. Pl. Syst. Evol.

260:171-197.

Zuker, M. 2003. Mfold web server for nucleic acid folding and hybridization prediction.

Nucleic Acids Res. 31 (13): 3406-15.

Page 75: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

57

Appendix 1- Taxa, Genbank accession numbers for the regions and vouchers of plant

material form which DNA was extracted for sequecing. Sequences generated in

previous studies are referenced with Genbank accession numbers. Taxa are listed

alphabetically by genus and species. (--- =sequence not obtained)

Taxa ITS trnLF matK Voucher

Abutilon theophrasti Medik this study this study this study R. Small 315 (WIS)

Adansonia digitata L. this study this study AY321168

(Nyffeler et al.

2005)

Pac. Trop. Bot. Gard.

Acc.no. 770032002,

Kenya (#23)

Adansonia gregorii Muell. this study this study this study Wendel s.n. (ISC)

Adansonia grandidiieri Baill. this study this study this study Baum 345 (MO)

Adansonia za Baill. this study this study this study Baum 357 (MO)

Bernoullia flammea Oliv. this study this study this study Cochrane s.n (WIS)

Bombax buonopozense P. Beauv. this study this study AY321171

(Nyffeler et al.

2005)

Pac. Trop. Bot. Gard.

Acc. No 770474001,

Nigeria

Bombax ceiba L. this study this study this study Alverson s.n. (WIS)

Camptostemon schultzii Mast. this study this study AY321162

(Nyffeler et al.

2005)

Dunlap s.n.(WIS)

Catostemma fragans Benth. this study this study AY589069

(Baum et al.

2004)

Alverson 4030 (WIS)

Cavanillesia plantanifolia (Bonpl.) Kunth. this study this study this study Fairchild Botanical

Gardens acc. no.

FG83343A

Ceiba acuminata (S. Watson) Rose this study this study this study Fairchild Botanical

Gardens acc. no. X-2-

206

Ceiba aesculifolia (Kunth.) Britten &

Baker f.

this study this study this study Fairchild Botanical

Gardens acc. no. 83301

Ceiba crispiflora (Kunth.) Ravenna this study this study AY321169

(Nyffeler et al.

2005)

Pac. Trop. Gard. Acc.

No. 750726001

Page 76: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

58

Appendix (continued)

Taxa ITS trnLF matK Voucher

Ceiba pentandra (L.) Gaertn. this study this study this study Alverson s.n. (WIS)

Ceiba schottii Britten & Baker f. this study this study this study Fairchild Botanical

Gardens acc. no. 83302

Ceiba speciosa (A.St.-Hil.) Ravenna this study this study this study Alverson s.n. (WIS)

Chiranthodendron pentadactylon Larreat. this study this study AY321164

(Nyffeler et al.

2005)

Wendt s.n. (WIS)

Eriotheca candollleana (K. Schum.) A.

Robyns

this study this study this study Duarte & Siqueira 99

(CVRD, SP)

Eriotheca discolor (Kunth.) A. Robyns this study this study this study Campo 6110 (MO)

Eriotheca dolichopoda A. Robyns this study this study this study Duarte et al. 92

(CEPEC)

Eriotheca gracilipes (K. Schum.) A.

Robyns

____ this study this study Duarte et al. 120 (SP)

Eriotheca longipedicellata (Ducke) A.

Robyns

this study this study this study Duarte 93 (SP)

Eriotheca longitubulosa A. Robyns this study this study this study Duarte & Pereira 96

(SP)

Eriotheca macrophylla (K. Schum.) A.

Robyns

this study this study this study Duarte 106 (SP)

Eriotheca obcordata A. Robyns this study this study ____ Silva 107 (HUEFS)

Eriotheca parvifolia (Mart & Zucc.) Schott

& Endl.

this study this study this study Duarte et al. 109 (SP)

Eriotheca pentaphylla (Vell. emend. K.

Schum.) A. Robyns

____ this study this study Duarte 75 (SP)

Eriotheca pubescens (Mart & Zucc.)

Schott & Endl.

this study this study this study Duarte 115 (SP)

Eriotheca roseorum (Cuatrec.) A. Robyns ____ this study this study Fuentes 1167 (MO)

Eriotheca ruizii (K. Schum.) A. Robyns ____ this study this study Peterson & Judziewicz

9487 (US)

Eriotheca sp. this study this study this study Duarte 89 (SP)

Eriotheca squamigera (Cuatrec.) Fern.

Alonso

____ this study _____ Neill 12522 (MO)

Page 77: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

59

Appendix (continued)

Taxa ITS trnLF matK Voucher

Eriotheca surinamensis (Uittien) A.

Robyns

this study this study this study Duarte 97 (SP)

Fremontodendron californicum (Torr.)

Coville

this study this study AY321165

(Nyffeler et al.

2005)

Ex. Rancho Santa Ana

Bot. Garden, Prop. No.

5996, Herb. No 12343

Gossypium hirsutum L. this study this study AY321158

(Nyffeler et al.

2005)

Alverson s.n. (WIS)

Gyranthera caribensis Pittier this study this study AY589071

(Baum et al.

2004)

Iltis et al. s.n. (WIS)

Huberodendron patinoi Cuatrec. this study this study AY589072

(Baum et al.

2004)

Alverson 2201(WIS)

Matisia palenquiana (A. Robyns) W.S.

Alverson

this study this study this study Clark & Pallir 5549

(MO)

Neobuchia paulinae Urb. ____ this study this study Cult. Jardin Botanico,

Santo Domingo,

Dominican Republic

Ocrhoma pyramidale (Cav. ex. Lam.) Urb. this study this study AY321172

(Nyffeler et al.

2005)

Alverson s.n. (WIS)

Pachira aquatica Aubl. this study this study AY321170

(Nyffeler et al.

2005)

Alverson s.n. (WIS)

Pachira brevipes (A. Robyns) W.S.

Alverson

this study _____ this study Paul Fine 1060

Pachira flaviflora (Pulle) Fern. Alonso this study this study this study Paul Fine s.n.

Pachira glabra Pasq. this study this study this study Duarte 70 (SP)

Pachira insignis (Sw.) Sw. ex Savigny this study this study this study Paul Fine 1061

Pachira minor (Sims) Hemsl. ___ this study this study G. Davidse 4901 (MO)

Pachira quinata (Jacq.) W.S. Alverson ____ this study this study Alverson & Adler 2174

(WIS)

Patinoa sphaerocarpa Cuatrec. this study this study AY589074

(Baum et al.

2004)

Alverson s.n. (WIS)

Page 78: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

60

Appendix (continued)

Taxa ITS trnLF matK Voucher

Pentaplaris doroteae L.O. Williams &

Standl.

this study this study AY321163

(Nyffeler et al.

2005)

Hammel et al. 18736

(MO)

Pseudobombax croizatii A. Robyns this study this study this study Oldham s.n. (WIS)

Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A.

Robyns

this study this study this study Fairchild Botanical

Gardens acc. no. FG-65-

35

Pseudobombax marginatum (A. St-Hil.) A.

Robyns

this study this study this study R. Small s.n. (ISC)

Rhodognaphalon schumannianum A.

Robyns

this study this study this study Mark W. Chase 5973 (K)

Scleronema micranthum (Ducke) Ducke this study this study AY589070

(Baum et al.

2004)

Alverson s.n. (WIS)

Septotheca tessmannii Ulbr. this study this study AY589073

(Baum et al.

2004)

Vargas s.n. (WIS)

Spirotheca rosea (Seem.) P.E. Gibbs &

W.S. Alverson

this study this study this study Alverson 2185 (WIS)

Page 79: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

61

Figure. 1: Phylogram of Bayesian analysis of ITS data. Numbers above the branches

represent posterior probability (PP) and numbers below these branches are bootstrap

values (BS).

Page 80: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

62

Figure. 2: Phylogram of Bayesian analysis of trnLF data. Numbers above the branches

represent posterior probability (PP) and numbers below these branches are bootstrap

values (BS).

Page 81: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

63

Figure. 3: Phylogram of Bayesian analysis of matK data. Numbers above the branches

represent posterior probability (PP) and numbers below these branches are bootstrap

values (BS).

Page 82: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

64

Figure. 4: Phylogram of combined ITS, trnLF and matK data. Numbers above the

branches represent posterior probability (PP) and numbers below these branches are

bootstrap values (BS).

Page 83: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

65

Figure. 5: A – S. Vegetative and floral structures of the genera of Bombacoideae. A –

D: Eriotheca. A: branch flowered; B: staminal tube; C: opened fruit, showing kapok; D:

seed. E –F: Pseudobombax. E: Leaf; F: seed. G-H: Scleronema. G:branch flowered. H:

fruit; I: Cavanillesia, leaf. J: Huberodendron, apical portion of staminal tube with

anthers. K – M: Pachira. K: opened fruit, showing seeds involved by kapok; L: staminal

tube; M: seed. N – Q: Ceiba, N: branch flowered; O and P: staminal tubes; Q: seed. R –

S: Spirotheca. R: staminal tube; S: seed (figs. A-D: extracted from Duarte & Esteves, in

prep.; E-F, K-S: extracted from Duarte 2006; G: modified from Schumann 1886; H:

extracted from Esteves 2005; I: modified from Robyns 1964; J: extracted from Alverson

& Mori 2002).

Page 84: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

66

Figure. 6. Phylogram of Pachira clade, and staminal tube of species of Eriotheca (A–E)

and Pachira (F).

Page 85: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

67

CAPÍTULO 2

Notas taxonômicas e nomenclaturais sobre

Eriotheca Schott & Endl. (Bombacoideae, Malvaceae)

Artigo submetido à Novon

Page 86: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

68

Taxonomic and nomenclatural notes on Eriotheca (Bombacoideae, Malvaceae)

Marília Cristina Duarte

Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente. Instituto de

Botânica, Secretaria do Meio Ambiente, Cx. Postal 3005, 01061-970, São

Paulo, SP, Brazil. [email protected]

Gerleni Lopes Esteves

Instituto de Botânica, Secretaria do Meio Ambiente, Cx. Postal 3005, 01061-970, São

Paulo, SP, Brazil. [email protected]

ABSTRACT. During the preparation of the taxonomic treatment of the species of

Eriotheca Schott & Endl. in Brazil, it was realized that actions were necessary to clarify

the nomenclature of Eriotheca: three new synonymizations at the generic level

(Eriotheca subg. Macrosiphon A. Robyns, Eriotheca subg. Millea (Standley) A. Robyns

and Eriotheca subg. Tartagalia (Capurro) A. Robyns) under Eriotheca Schott & Endl.,

plus 5 new synonymizations at the specific level (Eriotheca candolleana (K. Schum.)

A. Robyns var. glazioui A. Robyns under Eriotheca candolleana (K. Schum.) A.

Robyns; Eriotheca crenulaticalyx A. Robyns under E. macrophylla (K. Schum.) A.

Robyns; Eriotheca hassleri A. Robyns under E. gracilipes (K. Schum.) A. Robyns;

Eriotheca pentaphylla (Vell. emend. K. Schum.) A. Robyns subsp. wittrockiana (K.

Schum.) A. Robyns under Eriotheca pentaphylla (Vell. emend. K. Schum.) A. Robyns

and Eriotheca pubescens (Mart. & Zucc.) Schott & Endl. subsp. tomentosa (A. St.-Hil.)

A. Robyns under Eriotheca pubescens (Mart. & Zucc.) Schott & Endl.) One lectotype is

designated for Bombax crenulatum K. Schum (=E. gracilipes), and an epitype for

Page 87: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

69

Eriotheca globosa (Aubl.) A. Robyns. Two changes of status are proposed. Eriotheca

candolleana (K. Schum.) A. Robyns var. longipes A. Robyns becames E. longipes (A.

Robyns) M.C. Duarte & G.L. Esteves and E. macrophylla (K. Schum.) A. Robyns

subsp. sclerophylla (Ducke) A. Robyns becames E. sclerophylla (Ducke) M.C. Duarte

& G.L. Esteves.

RESUMO. Durante o estudo taxonômico das espécies de Eriotheca no Brasil, verificou-

se que mudanças eram necessárias para esclarecer a nomenclatura do gênero. São

propostas três sinonimizações no nível genérico (Eriotheca subg. Macrosiphon A.

Robyns, Eriotheca subg. Millea (Standley) A. Robyns e Eriotheca subg. Tartagalia

(Capurro) A. Robyns) em Eriotheca Schott & Endl., além de cinco sinoninimizações no

nível específico (Eriotheca candolleana (K. Schum.) A. Robyns var. glazioui A.

Robyns em Eriotheca candolleana (K. Schum.) A. Robyns; Eriotheca crenulaticalyx A.

Robyns em E. macrophylla (K. Schum.) A. Robyns; Eriotheca hassleri A. Robyns em

E. gracilipes (K. Schum.) A. Robyns; Eriotheca pentaphylla (Vell. emend. K. Schum.)

A. Robyns subsp. wittrockiana (K. Schum.) A. Robyns em Eriotheca pentaphylla (Vell.

emend. K. Schum.) A. Robyns e Eriotheca pubescens (Mart. & Zucc.) Schott & Endl.

subsp. tomentosa (A. St.-Hil.) A. Robyns em Eriotheca pubescens (Mart. & Zucc.)

Schott & Endl.) São designados um lectótipo para Bombax crenulatum K. Schum (=E.

gracilipes) e um epítipo para Eriotheca globosa (Aubl.) A. Robyns. Duas mudanças de

status são propostas: Eriotheca candolleana (K. Schum.) A. Robyns var. longipes A.

Robyns para E. longipes (A. Robyns) M.C. Duarte & G.L. Esteves e E. macrophylla (K.

Schum.) A. Robyns subsp. sclerophylla (Ducke) A. Robyns para E. sclerophylla

(Ducke) M.C. Duarte & G.L. Esteves.

Key words: Brazil, subgenera, synonyms, lectotype, epitype.

Page 88: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

70

Eriotheca Schott & Endl. (Bombacoideae, Malvaceae s.l.) comprises about 24

species distributed in South America. In Brazil, is represented by 16 species, from

Northern Brazil to São Paulo state, which is southern distribution of the genus,

occurring in Atlantic Rain Forest, Amazon forest and Cerrado. Eriotheca is

characterized by flowers reaching 6.5 cm long and 18--170 stamens partially united into

a tube and free filaments emerging from the apex of staminal tube (Robyns 1963,

Duarte & Esteves 2010c, in prep.)

Along its taxonomic history, Eriotheca has been interpreted by different ways. It

was originally described as Bombax L. based on two species (Schott & Endlicher 1832).

Schumann (1886) and van den Brink (1924) rejected this name and treated it as a

synonym or as a section of Bombax, respectively. Robyns, in 1963, recognized

Eriotheca as a distinct genus again.

The revision of Bombax s.l. published by Robyns (1963) is the most important

study regarding Eriotheca. The author recognized 19 species, divided in four subgenera,

three of which have Brazilian representatives: subg. Eriotheca, subg. Tartagalia

(Capurro) A. Robyns and subg. Macrosiphon A. Robyns.

During the preparation of a revision of Eriotheca in Brazil, it was necessary to

clarify the nomenclature of Eriotheca to facilitate future taxonomic treatments. For that,

eight synonyms, two changes of status, and two designations of types are here proposed.

Changes at the generic level:

Eriotheca Schott & Endl., Melet. bot. p.35. 1832.

Eriotheca subg. Eriotheca Schott & Endl., Melet. Bot. p. 35. 1832. Type: Eriotheca

pubescens (Mart. & Zucc.) Schott & Endl. Syn. nov.

Page 89: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

71

Eriotheca subg. Macrosiphon A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33(1/2): 167. 1963.

Type: Eriotheca longipedicellata (Ducke) A. Robyns. Syn. nov.

Eriotheca subg. Millea (Standley) A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33(1/2): 159. 1963.

Basionym: Millea Standley, Field. Mus. Nat. Hist., Bot. Ser. 27: 199. 1937. Type:

Eriotheca ruizii (K. Schum.) A. Robyns. Syn. nov.

Eriotheca subg. Tartagalia (Capurro) A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 170.

1963. Basionym: Tartagalia Capurro, Bol. Soc. Argent. Bot., 9: 319. 1961. Type:

Eriotheca roseorum (Cuatrec.) A. Robyns. Syn. nov.

Discussion. The synonymization of the subgenera Macrosiphon (2 spp.), Millea (3

spp.) and Tartagalia (1 sp.) under Eriotheca is based on the fact that these taxa were

established by Robyns (1963) to accommodate these species, whose morphology of the

staminal tube showed small variations compared to the patterns presented by the

thirteen species of the typical subgenus (subg. Eriotheca). These differences can be

easily interpreted as extreme variations of the androecium morphology of Eriotheca.

The synonimization is corroborated by the fact that E. squamigera (Cuatrec.) Fern.-

Alonso, described after Robyns’ paper (1963), does not fit any subgenera described

because of the characters in the staminal tube. These features render E. squamigera

completely distinct in the genus.

Changes at the specific level:

Eriotheca candolleana (K. Schum.) A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 134.

1963. Basionym: Bombax candolleanum K. Schum., in Mart., Fl. bras. 12 (3): 218.

1886. TYPE: Brazil. São Paulo: Franca “Habitat in silvis primaevis provinciae São

Paulo prope Villa Franca,” s.a., Riedel n. 2617 (lectotype, designated by A. Robyns,

1963:134, C [digital image]).

Page 90: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

72

Eriotheca candolleana (K. Schum.) A. Robyns var. glazioui A. Robyns. Bull. Jard. Bot.

Etat 33 (1/2): 137. TYPE: Brazil. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, s.a., Glaziou 18892

(holotype, BR not seen; isotypes, R, NY [digital image]). Syn nov.

Discussion. The synonymization of E. candolleana var. glazioui under E.

candolleana is based on the analysis of characters utilized by Robyns (1963) to describe

this variety: dimensions of pedicels (0.2-0.5cm long.) and absence of nectaries in the

receptacle. These characters are variable in the genus, even in different populations of

same species. The isotype deposited in Museu Nacional of Rio de Janeiro (R), not

examined by Robyns (1963), presents nectaries in the receptacle and pedicels reaching

2.5cm long.

Eriotheca gracilipes (K. Schum.) A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 145. 1963.

Basionym: Bombax gracilipes K. Schum., in Mart., Fl. bras. 12 (3): 221, tab. XLII,

1886. TYPE: Brazil. Mato Grosso, s.a., Weddell 3336 (lectotype, designated by A.

Robyns 1963:145, P not seen).

Bombax crenulatum K. Schum., in Mart., Fl. bras. 12 (3): 219, 1886. TYPE: Brazil. São

Paulo, s.a., Burchell 5252 (lectotype, designated here, K [digital image]).

Bombax crenulatum subsp. multiflorum Hassl. var. lobatum [“as lobata”] Hassl.,

Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 8: 68 1910. TYPE: Paraguay. Sierra de Amambay: in

“campos Serrados”, Estrella, s.a., T. R.ojas 10846 in Hassler (G, not seen; MO [digital

image]); NY [digital image]; P, not seen; S, not seen; W, not seen). The evidences so far

gathered by the present authors do not allow a clear recognition of a holotype nor a

designation of a lectotype.

Bombax crenulatum subsp. multiflorum var. subintegrum [“as subintegra”] Hassl.,

Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 8:68. 1910. TYPE: Paraguay. Sierra de Amambay: “in

Page 91: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

73

campos Serrados, Speranza”, s.a., T. Rojas 10846a in Hassler (holotype, G [digital

image]).

Eriotheca hassleri A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 137. 1963. TYPE:

Paraguay. “Sierra de Maracayu”, s.a., Hassler 5181 (holotype, G [digital image]). Syn.

nov.

Discussion. Eriotheca hassleri A. Robyns is synonymized under E. gracilipes

because the characters to distinguish both taxa overlap: number of flowers in each cyme

(1 x 1-5), length of pedicel (1-4.5cm x 1-4cm), shape and margin of the calyx

(campanulate and lobate x cupuliform and campanulate, truncate, apiculate or lobate).

Robyns (1963) has not designated a lectotype for Bombax crenulatm K. Schum.

The collection Burchell 5252 (K) was chosen as lectotype because it matches the

description in the protologue.

Eriotheca macrophylla (K. Schum.) A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 152.

1963. Basionym: Bombax macrophyllum K. Schum., in Mart., Fl. bras. 12 (3): p. 220.

1886. TYPE: Brazil. Bahia: Ilhéus, s.a., Luschnath s.n. (in Martius Hb. Fl. Bras. n.

1332) (lectotype, designated by A. Robyns, 1963:152, BR not seen).

Eriotheca crenulaticalyx A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 148. 1963. TYPE:

Brazil. Pernambuco: Prazeres, 4 Jan 1925, B. Pickel 851 (holotype, SP). Syn nov.

Discussion. The synonymization of E. crenulaticalyx under E. macrophylla was

based on the analyses of collections from both taxa. The characters utilized by Robyns

(1963) overlap, specially the number of folioles (3-5), shape of flower buds (oblong)

and margin of calyx (crenate).

Page 92: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

74

Eriotheca pentaphylla (Vell. emend. K. Schum.) A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33

(1/2): 138. 1963. Basionym: Bombax pentaphyllum Vell., Fl. flumin. Icon. VII: 55,

1831 (1827); In Arch. Mus. Nac. Rio de Janeiro 5: 272. 1881. TYPE: Tab. 55 of

Velloso, Fl. flumin. Icon. VII . 1831 (1827) (holotype). Brazil. Rio de Janeiro: “Habitat

in campis apricis mediterraneis provinciae Rio de Janeiro prope Mandiocca”, s.a.,

Riedel 48 (epitype, designated by A. Robyns 1963:138, LE [digital image]).

Bombax wittrockianum K. Schum., in Mart., Fl. bras. 12 (3): 222, 1886. TYPE: Brazil.

São Paulo: “Habitat in ripis amnis Buturoca prope Santos“, s.a., Mosén 2783 (holotype,

S [digital image]). Eriotheca pentaphylla (Vell. emend. K. Schum.) A. Robyns subsp.

wittrockiana (K. Schum.) A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 141. 1963. Syn nov.

Discussion. E. pentaphylla subsp. witrockianna is synonymized under E.

pentaphylla because the characters utilized to separate the taxa overlap, specially the

shape of calyx (campanulate) and length of pedicels (1.5-3.5 cm x 3-7.5cm).

Eriotheca pubescens (Mart. & Zucc.) Schott & Endl., Melet. bot. p.35, 1832.

Basionym: Bombax pubescens Mart. & Zucc., Flora 8 (1):28, 1825. TYPE: Brazil. “Ad

Contendas, in campo taboleiro”, Aug 1818, Martius obs. 1541 (lectotype, designated by

A. Robyns 1963:132, M [digital image]).

Bombax tomentosum A. St.-Hil., in Fl. Bras. merid. I(6): 263. 1828. TYPE: Brazil.

Goiás: “In campis intersitis arboribus retortis, prope Villa Boa”, s.a., Saint-Hilaire 748

(isotype, P 602306 [digital image]). Eriotheca pubescens (Mart. & Zucc.) Schott &

Endl. subsp. tomentosa (A. St.-Hil) A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 132. 1963.

Syn nov.

Page 93: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

75

Discussion. The synonymization of Eriotheca pubescens subsp. tomentosa under

E. pubescens is based on the presence of stellate trichomes in the calyx and leaflets in

both taxa.

Eriotheca globosa (Aubl.) A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 142. 1963.

Basionym: Bombax globosum Aubl., Hist. pl. Guiane II, p. 701, tab. 281, 1775. TYPE:

Tab. 281 of Aublet, Hist. pl. Guiane IV, 1775 (holotype). Brazil. Amazonas: Rio

Cauaburí, base da cachoeira Caranguejo, 4 Nov 1965, B. Maguire et al 6097 (epitype,

designated here, MG; duplicates, MO, NY).

Discussion. The material Maguire et al. 6097 (MG, MO, NY) was chosen as

epitype, according to ICBN (McNeill et al. 2007), because the holotype, Figure 281

(Aublet 1775) is not sufficient to recognize the species.

Eriotheca longipes (A. Robyns) M.C. Duarte & G.L. Esteves, stat. nov. Basionym:

Eriotheca candolleana (K. Schum.) A. Robyns var. longipes A. Robyns, Bull. Jard. Bot.

Etat 33 (1/2): 136. TYPE: Brazil. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, Jardim Botânico

(cult.), s.a., Apparicio Duarte s.n. (holotype, RB 78222).

Discussion. The characters utilized by Robyns (1963) to describe E. candolleana

var. longipes do not fit the delimitation of Eriotheca candolleana. They are sufficient to

consider the variety as a species: number of folioles in a same specimen (3-5 x 5-9),

number of nectaries (1-3 x 5-7), color of nerves (brown x ferrugineous) and length of

pedicel (2.5-7cm long x 0.2-4 cm long).

Page 94: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

76

Eriotheca sclerophylla (Ducke) M.C. Duarte & G.L. Esteves, stat. nov.

Eriotheca macrophylla (K. Schum.) A. Robyns subsp. sclerophylla (Ducke) A. Robyns,

Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 154. 1963. Basionym: Bombax sclerophyllum Ducke

Arch. Inst. Biol. Veg., Rio de Janeiro, 2: 58. 1935. TYPE: Brazil. Amazonas: Santa

Izabel do Rio Negro, 7 Jan 1932, A. Ducke s.n. (holotype, RB 24825).

Discussion. Eriotheca macrophylla subsp. sclerophylla it is elevate to species

because it presents characters distinct from those of E. macrophylla from the Atlantic

rain forest and these characters are compatible with the other taxa from the Amazon

forest: E. surinamensis (Uittien) A. Robyns and E. globosa (Aubl.) A. Robyns.

Acknowledgements. Thanks to Tarciso Filgueiras for the review of the text and the

CNPq for a Ph.D. scholarship to the senior author.

Literature cited

Robyns, A. 1963. Essai de monographie du genre Bombax s.l. (Bombacaceae). Bull.

Jard. Bot. Etat 33(1/2):1-316.

Mcneill, J.; F.R. Barrie; H.M. Burdet; V. Demoulin; D.L. Hawksworth; K. Marhold;

D.H. Nicolson; J. Prado; P.C. Silva; J.E. Skog; J.H. Wiersema & N.J. Turland.

(editors). 2006. International Code of Botanical Nomenclature (Vienna Code)

Regnum Veg. 146.

Schott, H.W. & S. Endlicher. 1832. Meletemata Botanica, p. 35.

Schumann, K. 1886. Bombacaceae. In: C.F.P. Martius, A.G. Eichler & I. Urban (eds.)

Flora Brasiliensis. Lipsiae, Monachii, vol.12, pars 3 ,p. 201-250, tab. 40-50.

van den Brink, R.C.B. 1924. Revisio Bombacacearum. Bull. Jard. Bot. Buitenzorg, Ser

3, 6(2):161-240.

Page 95: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

77

CAPÍTULO 3

Espécie nova de Eriotheca Schott & Endl.

(Bombacoideae, Malvaceae) do Estado da Bahia, Brasil.

Artigo submetido à Brittonia

Page 96: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

78

A new species of Eriotheca (Bombacoideae, Malvaceae) from Bahia State, Brazil.

MARÍLIA CRISTINA DUARTE 1 & GERLENI LOPES ESTEVES

2

1. Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente. Instituto

de Botânica, Cx. Postal 4005, CEP 01061-970. São Paulo, SP. Brazil; e-mail:

[email protected]

2. Instituto de Botânica, Cx. Postal 4005, CEP 01061-970. São Paulo, SP. Brazil.

Abstract. One new species of Eriotheca Schott & Endl. (Bombacoideae, Malvaceae) is

described and illustrated: E. bahiensis from Bahia State, Brazil, where it grows in

floresta pluvial dos tabuleiros (southern Bahian forest) and probably restricted to it. A

key including the new species and its allies species is also presented.

Key words: South America, Northeast Brazil, southern Bahian forest, distribution.

Page 97: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

79

Eriotheca Schott & Endl. comprises about 24 species distributed exclusively in

South America. The genus is characterized by small flowers (reaching 6.5 cm) and 18-

170 stamens. In Brazil, Eriotheca is represented by 16 species, from Northern Brazil to

São Paulo state, which is the southern distribution of the genus, occurring in Atlantic

rain forest, Amazon forest and Cerrado (Robyns, 1963; Duarte & Esteves 2010 unpubl.

data).

Eriotheca is one of the three largest neotropical genera of Bombacoideae,

together with Pachira Aubl., which comprises circa 50 species distributed from

Guatemala, the Antilles to Paraguay and Pseudobombax Dugand, with about 27 species

from México to South America, except Chile and Uruguay (Robyns, 1963, Bayer &

Kubtzki, 2003).

The main floristic studies concerning Eriotheca were published by Robyns

(1967) in Guayana Highland; by MacBride (1956) and Martínez (1997) in Peru;

Alverson & Steyermark (1997) and Alverson & Mori (2002), respectively, in

Venezuelan Guayana and French Guiana. In Brazil, there are floristic studies from the

following states: Amazonas (Ribeiro & Esteves, 1999; Esteves, 2005), Pernambuco (Du

Bocage & Sales, 2002), Minas Gerais (Esteves, 2003), Rio de Janeiro (Santos, 1966,

1969) and São Paulo (Duarte et al., 2007).

During the preparation of the monograph of Eriotheca in Brazil, a certain

number of specimens was found to represent an undescribed species. These are here

described as a new species.

RESULTS AND DISCUSSION

Eriotheca bahiensis M.C. Duarte & G.L. Esteves, sp. nov. Type: Brazil. Bahia:

Município de Una, 4 Nov 1997, J.G. Jardim et al 1159 (holotype: CEPEC).

Fig 1.

Page 98: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

80

Eriotheca bahiensis M.C. Duarte & G.L. Esteves affinis E. squamigera (Cuatrec.) Fern.

Alonso sed calyce cupuliformi, crenato, petalis obovatis et tubo staminali constrictione

mediana praedicto differt. Etiam affinis E. macrophylla (K. Schum.) A. Robyns sed

indumento ferrugineo squamis subretundatis et radiatis facie abaxiali foliolorum differt.

Tree 1.5-15m tall, trunk 20-25 cm diam, unarmed. Indument lepidote of peltate scales or

floccose-ferrrugineous. Leaves palmately compound, 3-5 foliolate; petioles 2-12 cm

long, sometimes thick in the base, glabrous; petiolule 0.3-0.5 cm long., thick, dark,

leaflets 5-17x2-8 cm, articulate, coriaceous, obovate to oblong, apex rounded-

emarginated, base acute, margin entire, sometimes revolute, upper face with sparse

peltate scale, black and/or white, to glabrous, lower face densely covered by

ferrugineous subrounded and radiate peltate scales. Flowers 3-5, grouped in cymes, 2.3-

2.5 cm long; peduncle 0.8-1 cm long, flower buds 1-1.5cm long., oblong; pedicels 1.5-

2.5cm long., floccose-ferrugineous; receptacle 0.4-0.5cm long., nectaries absent; calyx

0.4-0.6x0.8-1cm, cupuliform, margin crenate, floccose-ferrugineous; petals 2-

2.5x0.8cm, narrow-obovate, unilaterally curved at the apical portion, both sides densely

covered with golden stellate trichomes, base glabrous, stamens 100-120; staminal tube

0.4-0.5cm long, cylindrical, constricted in the median portion, free parts of stamens 0.8-

1.5cm long, anthers reniform; ovary 0.5x0.6, subglobose, floccose-ferrugineous; style

1.8cm long, glabrous. Capsule not seen.

Distribution and habitat.- Eriotheca bahiensis is known only from Brazil, in Bahia

state, where its grows in floresta pluvial dos tabuleiros (southern Bahian forest) (Fig. 2).

Conservation status.- According to IUCN criteria (2001), this species is included in

Endangered (EN) category.

Etymology.- The specific epithet refers to the type locality.

Page 99: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

81

Additonal specimens examined: BRAZIL. BAHIA: Conde, Fazenda do Bu, 12°2’7”S,

37°43’43”W, 6 Dec 1997, fl., Ferreira et al. 1239 (CEPEC, RB); Itacaré, 15 Oct 1968,

fl., Almeida & Santos 145 (CEPEC); Itacaré, 15 Oct 1968, fl., Almeida & Santos 147

(CEPEC); Itacaré, 8 Feb 1979, Mori et al. 11482 (CEPEC), Itacaré, 3km S de Itacaré, 8

Dec 1979, Mori et al. 13068 (CEPEC, RB); Itacaré, Praia da Ribeira, 20 Nov 1991, fl.,

Amorim et al. 373 (CEPEC, SP); Itacaré, 14º 20’6.4”S, 35º 01’5.8”W, 23 Sep 2006,

M.C. Duarte et al. 89 (CEPEC). Una, Reserva Biológica do Mico-Leão, 15009’S,

39005”W, 13 Jul 1993, Jardim et al. 202 (CEPEC); Una, Rod.Una/São José, margem da

estrada, 4 Dec 1997, fl., Jardim et al. 1159 (CEPEC); Uruçuca, 7.3km N da Serra

Grande na estr. para Itacaré, 14°25’S, 39°01’W, 1 Jul 1991, Thomas et al. 8112

(CEPEC).

Eriotheca bahiensis is characterized by the lower surface of the leaflets covered

with a dense ferrugineous indument of subrounded and radiate peltate scales with

irregular outline. The common name of the species is “imbiruçu vermelho” (red

imbiruçu), which refers to the ferrugineous indument of the leaflets. One species from

Colombia, E. squamigera (Cuatrec.) Fern-Alonso also presents this kind of indument

and scale in the lower surface of the leaflets, but it differs from E. bahiensis on the

characters presented in the diagnosis and in the identification key.

Among the species occurring in northeast Brazil, Eriotheca bahiensis is

morphologically similar to E. macrophylla (K. Schum) A. Robyns and E. obcordata A.

Robyns & S. Nilsson, due to the number of leaflets (1 to 5) and the cupuliform calyx.

However, these two species present the lower surface of leaflets glabrous or covered

with sparse indument of rounded and smooth peltate scales with regular outline.

Page 100: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

82

KEY TO THE NEW SPECIES AND ITS ALLIES SPECIES

1. Lower surface of leaflets densely covered with ferrugineous indument of subrounded

and radiate peltate scales with irregular outline.

2. Campanulate calyx, 3-lobed; pedicels 10cm long; petals eliptical; staminal

tube without a constriction in the median portion (Colombia) ...........................

.................................................................................................... E. squamigera

2. Cupuliform calyx, crenate; pedicels 2.5cm long; petals obovate; staminal tube

with a constriction in the median portion (Brazil: Bahia) .............. E. bahiensis

1. Lower surface of leaflets glabrous or covered with sparse indument of rounded and

smooth peltate scales with regular outline.

3. Campanulate calyx, 3-5-lobed; pedicels 2.5-5.2cm long; stamens more than

120; receptacle (0.8-) 1.5-2.5cm long; leaflets more than 5 (Brazil: Bahia)

.............................................................................................. E. dolichopoda

3. Cupuliform calyx, crenate, apiculate to slightly lobed; pedicels 1-3.5cm

long; stamens to 120; receptacle 0.2-0.6cm long; leaflets (1-)3-5.

4. Trees 10-25m tall; leaflets 3-5, apex rounded-emarginated to acute;

petiole 3-18cm; petiolule 0.2-1cm; flower buds oblong (Brazil:

Alagoas, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo and Rio

de Janeiro) .............................................................. E. macrophylla

4. Trees to treelets 4-6m tall; leaflets 1-3(-5), apex slightly to deeply

rounded-emarginated; petioles 0.5-7.5cm long; petiolule absent to

0.3cm long; flower buds narrowly oblong (Brazil: Bahia, Alagoas)

.................................................................................... E. obcordata

Page 101: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

83

Acknowledgments

Thanks to Tarciso Filgueiras for the review of the text, Fausto Erritto Barbo for the

map, Klei Rodrigo Sousa for the inking of the illustration and the CNPq for a Ph.D.

scholarship to the senior author.

Literature cited

Alverson, W.S. & S.A. Mori. 2002. Bombacaceae In: Guide to the Vascular plants of

central French Guiana. Memoirs of New York Botanical Garden (S.A. Mori et al.,

eds) 76 (2): 139-145.Alverson & Steyermark (1997).

_________, ___ & J.A. Steyermark. 1997. Bombacaceae In: Flora of the Venezuelan

Guayana, Missouri Botanical Garden, St. Louis. (P. E. Berry, B.K. Holst & K.

Yatskievych, eds) 3: 496-527.

Bayer, C & K. Kubitzki. 2003. Malvaceae. In: The families and genera of vascular

plants, vol. 5, 225-311, Springer, Berlin, Germany.

Du Bocage, A.L. & M.F. Sales. 2002. A família Bombacaceae Kunth no estado de

Pernambuco, Brasil. Acta Botanica Brasilica 16(2): 123-139.

Duarte, M.C; G.L. Esteves & J. Semir. 2007. Bombacaceae In: Flora Fanerogâmica

do Estado de São Paulo (Wanderley, M.G, Sheperd G.J.; Melhem, T.S. & Giulietti,

A.M., cords) vol.5, p. 21-37. Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.

Esteves, G.L. 2003. Bombacaceae. In: Flora de Grão-Mogol, Minas Gerais:

Bombacaceae. Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo 21(1): 123-126.

_______, ___ 2005. Bombacaceae. In: Flora da Reserva Ducke, Amazonas, Brasil.

Rodriguésia. 56(86): 115-124.

IUCN. 2001. IUCN Red List Categories and Criteria: Version 3.1. IUCN Species

Survival Commission. IUCN, Gland, Switzerland and Cambridge,UK. ii + 30 pp.

Page 102: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

84

Macbride, J.F. 1956. Bombacaceae In: Flora of Peru. Field Museum Natural History,

Botanical Series 13(3A): 593-622.

Martínez, R.V. 1997. Bombacaceae In: Flórula de las Reservas Biológicas de Iquitos,

Perú. Monographs of Systematic Botany, Missouri Botanical Garden (Lleras, A.R.

& Taylor, C.M. eds.) 63:165-173.

Ribeiro, J.E.L.S. & G.L. Esteves. 1999. Bombacaceae. In: Flora da Reserva Ducke

(Ribeiro, J.E.L.S. et al. eds.) Flora da Reserva Ducke. Guia de identificação das

plantas vasculares de uma floresta de terra-firme na Amazônia Central. Instituto

Nacional de Pesquisa da Amazônia. Manaus. p. 269-271.

Robyns, A. 1963. Essai de Monographie du genre Bombax L. s.l. (Bombacaceae).

Bulletin du Jardin Botanique de L’Etat 33(1):1-311.

_______, __ 1967. Bombacaceae In: Botany of the Guayana Highland. Memoirs of

New York Botanical Garden 17: 190-201.

Santos, E. 1966. Bombacaceae do Estado da Guanabara. Rodriguésia 25 (37): 41-49.

______, __1969. Bombacaceae. In: Flora ecológica das restingas do Sudeste.

Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional. 25p.

Page 103: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

85

FIG. 1. Eriotheca bahiensis. A. Branch flowered. B. Calyx with detail of indumentum.

C. Receptacle. D. Staminal tube. E. Petal with detail of stellate trichomes (drawn from

the holotype).

Page 104: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

86

FIG. 2. Geographical distribution of Eriotheca bahiensis

Page 105: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

87

CAPÍTULO 4

Estudo taxonômico de Eriotheca Schott & Endl. (Bombacoideae,

Malvaceae) no Brasil

Artigo a ser submetido à Acta Botanica Brasilica

Page 106: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

88

Estudo taxonômico de Eriotheca Schott & Endl. (Bombacoideae, Malvaceae) no

Brasil

Marília Cristina Duarte1,3

& Gerleni Lopes Esteves2

1. Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente. Instituto de

Botânica, Secretaria do Meio Ambiente, Cx. Postal 3005, 01061-970, São Paulo, SP,

Brasil.

2. Instituto de Botânica, Secretaria do Meio Ambiente, Cx. Postal 3005, 01061-970, São

Paulo, SP, Brasil.

3. Autor para correspondência: [email protected]

RESUMO – (Estudo taxonômico de Eriotheca Schott & Endl. (Bombacoideae,

Malvaceae) no Brasil. Eriotheca Schott & Endl. compreende cerca de 24 espécies

distribuídas na América do Sul. No Brasil, o gênero constituía-se de 12 espécies, mas

como resultado do presente estudo taxonômico, 16 espécies são agora reconhecidas,

distribuídas desde a região Norte até o Estado de São Paulo, principalmente na Floresta

Amazônica, Mata Atlântica e no Cerrado. O estudo morfológico das espécies foi realizado

com base na análise de materiais obtidos durante as expedições de coleta e de espécimes de

herbários brasileiros e estrangeiros. O gênero caracteriza-se pelas flores com até 6,5cm

compr. e pelos estames em número de 18-170, concrescidos até certa altura formando um

tubo e depois livres entre si. Visando detectar novos caracteres para complementar a

caracterização das espécies foi realizado um estudo da morfologia dos tricomas, sob

microscópio eletrônico de varredura, até então inédito para o gênero. A observação das

plantas na natureza possibilitou a constatação de caracteres importantes, ainda não

Page 107: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

89

utilizados na separação das espécies, como o porte dos indivíduos e a presença ou não de

sapopemas. Além disso, foram utilizados também os caracteres dos folíolos, tubo

estaminal, cálice e do indumento. São apresentadas chave de identificação, descrições

morfológicas, ilustrações, mapas de distribuição, além de comentários sobre variabilidade,

relações taxonômicas e distribuição geográfica de cada espécie.

Palavras-chave: Eriotheca, morfologia, distribuição, revisão.

ABSTRACT – (Taxonomic study of Eriotheca Schott & Endl. (Bombacoideae,

Malvaceae) in Brazil). Eriotheca Schott & Endl. comprises about 24 species distributed in

South America. In Brazil, the genus used to constitute 12 species, but as a result of the

present taxonomic treatment, 16 species were recognized, distributed from Northearn

Brazil to São Paulo state, mainly in Atlantic rain forest, Amazon forest and Cerrado.

Morphological study of the species was made based on collected material during the

fieldtrips and specimens from national and foreign herbariums. Eriotheca is characterized

by flowers reaching 6.5 cm long and by 18-170 stamens partially united into a tube and

free filaments emerging from the apex of staminal tube. In order to detect new characters

to complement the characterization of the species was made a morphology study of the

trichomes using scanning electronic microscope, until now unknown for the genus. The

observation of the plants in the field enabled to find important characters, as the trees

height and the presence or absence of sapopems, until know do not used in the separation

of the species. Moreover, characters of the folioles, staminal tube, calyx and indument

were also used. An identification key, morphological descriptions, illustrations, maps of

distribution and comments about variability, taxonomy relationships and geographic

distribution of each species were provided here.

Key words: Eriotheca, morphology, distribution, revision.

Page 108: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

90

Introdução

Estudos filogenéticos mostraram evidências que corroboraram a junção de

Malvaceae, Tiliaceae, Sterculiaceae e Bombacaceae em uma só família monofilética,

Malvaceae s.l., caracterizada por um nectário constituído de tricomas glandulares situado

internamente na base do cálice ou menos comumente nas pétalas ou no androginóforo.

Nessa concepção, Malvaceae s.l. compreende nove subfamílias, sendo que a subfamília

Bombacoideae incluiu os gêneros tradicionalmente situados em Bombacaceae. Dentro de

Bombacoideae, o núcleo Bombacoideae é fortemente sustentado por dados moleculares e

pela sinapomorfia das folhas compostas digitadas, uni a multifolioladas (Alverson et al.

1999; Baum et al. 2004; Bayer et al. 1999; Judd & Manchester 1997).

Eriotheca Schott & Endl. está situado na subfamília Bombacoideae e caracteriza-se

pelas flores relativamente pequenas (até 6,5cm compr.) e estames em número de 18-170,

concrescidos até certa altura formando um tubo ao redor do ovário e depois livres entre si.

Por esses caracteres difere do gênero afim, Pachira Aubl., cujas espécies possuem flores

maiores (7-35cm compr.) e 90-1000 estames formando falanges a partir do tubo estaminal.

(Alverson & Steyermark 1997, Robyns 1963).

Eriotheca inclui cerca de 24 espécies com distribuição na América do Sul. No Brasil

ocorrem 16 espécies distribuídas desde a região Norte até o Estado de São Paulo, onde está

o limite sul de distribuição do gênero. No território brasileiro, as espécies habitam,

principalmente, na Floresta Amazônica, Mata Atlântica e no Cerrado.

O estudo taxonômico mais importante sobre Eriotheca é a revisão de Bombax L. e

gêneros afins (Robyns 1963), no qual foram reconhecidas 12 espécies no Brasil, separadas

em três subgêneros: subg. Eriotheca, subg. Tartagalia (Capurro) A. Robyns e subg.

Macrosiphon A. Robyns.

Page 109: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

91

No Brasil, além da publicação de espécies novas, destacam-se os estudos de flora de

Ribeiro & Esteves (1999) e Esteves (2005) na Reserva Ducke, Amazonas; Esteves (2003)

na Serra de Grão-Mogol, Minas Gerais; Du Bocage & Sales (2002) em Pernambuco;

Santos (1966, 1969) na região Sudeste e Duarte et al. (2007) no Estado de São Paulo.

O presente trabalho, parte de um estudo abrangente sobre a sistemática de

Eriotheca (Duarte et al. 2010, Duarte & Esteves 2010a, Duarte & Esteves 2010b, em

prep.), visa fornecer uma chave de identificação das espécies que ocorrem no Brasil, bem

como descrições morfológicas, ilustrações e comentários sobre variabilidade e relações

taxonômicas das espécies, além de mapas de distribuição geográfica.

Material e métodos

Foram utilizados os procedimentos usuais em trabalhos taxonômicos, incluindo

levantamento bibliográfico, coleta de material e estudo morfológico.

As expedições de coleta foram realizadas de junho de 2006 a maio de 2008,

contemplando grande parte da área de ocorrência das espécies a fim de obter novas

coleções de herbário, observar a variabilidade morfológica individual e coletar material

fresco para os estudos morfológicos. O material coletado foi herborizado de acordo com as

técnicas usuais e incorporado no Herbário do Instituto de Botânica (SP).

O estudo morfológico foi realizado com base na análise do material coletado durante

as expedições e de mais de 500 espécimes depositados nos seguintes herbários brasileiros

e estrangeiros: ALCB, BHCB, BOTU, CEN, CEPEC, CESJ, CGMS, COR, CPAP,

CVRD, ESA, F, G, GUA, HEPH, HB, HMS, HRCB, HUEFS, IAC, IAN, IBGE, INPA,

IPA, K, LOJA, M, MAC, MBM, MBML, MG, MO, NY, OUPR, P, QCA, PMSP, R, RB,

SJRP, SP, SPF, SPSF, STA, UB, UEC, UFMT, US, USZ, VEN, VIC, WIS (siglas de

acordo com Thiers, B. [continuously updated]).

Page 110: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

92

A apresentação das espécies no texto seguiu, de uma forma geral, a sequência

apresentada na chave analítica. As abreviações dos nomes de autores foram feitas de

acordo com Brummit & Powell (1992) e dos nomes das obras e periódicos seguindo

Stafleu & Cowan (1976-1988) e Bridson & Smith (1991), respectivamente. As ilustrações

foram elaboradas com o auxílio de câmara clara acoplada a um estereomicroscópio. Foram

elaborados mapas mostrando a distribuição geográfica das espécies com base nas

localidades informadas nas etiquetas dos materiais examinados, utilizando-se o programa

DIVA-GIS 7.1 e ArcView 8.3, com mapa base da Flora Neotropica. A classificação das

formações vegetais foi feita de acordo com Rizzini (1997) e Coutinho (1978).

O estudo morfológico dos tricomas foi baseado nos materiais de herbário de 15

espécies: E. bahiensis M.C. Duarte & G.L. Esteves (M.C. Ferreira et al. 1239 (CEPEC)),

E. candolleana (K. Schum.) A. Robyns (M.C. Duarte et al. 99 (SP)), E. dolichopoda A.

Robyns (J.G. Jardim et al. 4924 (CEPEC)), E. globosa (Aubl.) A. Robyns (J.M. Pires et

al. 51241 (IAN)), E. gracilipes (K. Schum.) A. Robyns (M.C. Duarte & F. Pinheiro 45

(SP)), E. longipedicellata (Ducke) A. Robyns (A. Ducke 2250 (R)), E. longipes (A.

Robyns) M.C. Duarte & G.L. Esteves (W.P. Lopes & V.V. Scudeller 616 (VIC, SP)), E.

longitubulosa A. Robyns (G.L. Esteves et al. 2681 (SP, INPA)), E. macrophylla (K.

Schum.) A. Robyns (G.M. Magalhaes 17283 (RB)), E. obcordata A. Robyns (H. Velloso

995 (R)), E. parvifolia (Mart & Zucc.) A. Robyns (G.L. Esteves et al. CFCR 13348 (SP),

E. pentaphylla (Vell. emend. K. Schum.) A. Robyns (M.C Duarte & G.L. Esteves 38

(SP)), E. pubescens (Mart. & Zucc.) Schott & Endl. (M.C. Duarte et al. 115 (SP)), E.

roseorum (Cuatrec.) A. Robyns (G.A. Damasceno Jr. & P.V. Gonçalves 1905 (COR)), E.

surinamensis (Aubl.) A. Robyn (G.L. Esteves et al. 2684 (SP)). Foram obtidas amostras

de 5mm2 da porção mediana da face abaxial dos folíolos e da superfície externa do cálice.

As amostras foram montadas em stubs, metalizadas (submetidas a um banho de ouro) e

Page 111: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

93

fotografadas sob microscópio eletrônico de varredura Digital Scanning Microscope Zeiss

DSM940. Os termos morfológicos utilizados na classificação dos tipos de tricomas foram

baseados em Payne (1978) e Stearn (1992).

Resultados e discussão

Eriotheca Schott & Endl., Melet. bot. p.35. 1832. Espécie tipo: Eriotheca pubescens

(Mart. & Zucc.) Schott & Endl.

Bombax L. sect. Eubombax K. Schum., in Mart., Fl. Bras. 12 (3): p. 215. 1886. p.p. exclus.

B. coriaceum Mart & Zucc.

Bombax sect. γ Eriotheca (Schott & Endl.) Bakh., Bull. Jard. Bot. Buitenz ser. 3, 6: 175.

1924. p.p. exclus. B. rhodognaphalon K. Schum. ex Engl.

Eriotheca subg. Macrosiphon A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33(1/2): 167. 1963. Espécie

tipo: Eriotheca longipedicellata (Ducke) A. Robyns.

Eriotheca subg. Millea (Standley) A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33(1/2): 159. 1963.

Basiônimo: Millea Standley, Field. Mus. Nat. Hist., Bot. Ser. 27: 199. 1937. Espécie tipo:

Eriotheca ruizii (K. Schum.) A. Robyns.

Eriotheca subg. Tartagalia (Capurro) A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 170. 1963.

Basiônimo: Tartagalia Capurro, Bol. Soc. Argent. Bot. 9: 319. 1961. Espécie tipo:

Eriotheca roseorum (Cuatrec.) A. Robyns.

As espécies de Eriotheca são arvoretas até árvores com (1-6-)10-40m alt., podendo

atingir até 51m como em E. longitubulosa (fig. 1: A-D). Com exceção de E. roseorum que

perde a maioria das folhas durante a floração (fig. 1: E), as demais espécies são

perenifólias. Os troncos são inermes, às vezes tortuosos nas espécies que ocorrem no

Cerrado, ou retilíneos e ocasionalmente com sapopemas de até 2m de altura (fig. 1: F). O

Page 112: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

94

tipo de indumento predominante é o lepidoto, constituído de escamas peltadas que variam

de arredondadas a subarredondadas (fig. 2: A-D) ou raramente ovadas (fig. 2: E-F). A

superfície das escamas é lisa (fig. 2: A, D-F) ou raramente radiada (fig. 2: B-C) e o

contorno pode ser regular e/ou irregular (fig. 2: A-D). Tricomas estrelados aparecem nas

pétalas de todas as espécies e nas folhas, ramos e no cálice de E. pubescens (fig. 2: G).

Associados com as escamas peltadas aparecem ocasionalmente tricomas simples alvos ou

negros (fig. 2: E, H). As folhas são formadas por (1-)3-9 folíolos. Entre o pecíolo e os

peciólulos existe uma articulação, que torna os folíolos decíduos separadamente do

pecíolo. Os folíolos possuem textura cartácea a coriácea, forma geralmente obovada,

oblonga a elíptica e ápice comumente arredondado-emarginado, base aguda e decorrente e

margem inteira. A nervação dos folíolos é do tipo broquidódroma; às vezes a nervura

principal possui um nectário alongado. As inflorescências são cimosas, com 1 a 12 flores

(em cada cima) de 1,5-5cm compr. Os botões florais variam de oblongos, elípticos a

obovóides. O receptáculo é espesso, alongado ou quase nulo e pode apresentar ou não

vários nectários arredondados dispostos em forma de anel (fig. 1: I). O cálice varia quanto

à forma, de campanulado, cupuliforme a tubuloso, e quanto à borda, lobada, crenada,

crenulada, truncada ou apiculada. Algumas espécies se destacam pela presença de

indumento flocoso-ferrugíneo na superfície externa do cálice (fig. 1: I) constituído de

tricomas em flocos que se desprendem quando tocados (fig. 2: I), em oposição à maioria

das espécies, cuja superfície do cálice, aparentemente glabra, é lepidota (fig. 1: G-H). As

pétalas são alvas a creme e carnosas, de forma oblonga ou obovada, com o limbo côncavo

ou raramente plano, sendo unilateralmente encurvado (fig. 1: G-I) ou não na porção apical.

Page 113: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

95

Figura 1: Aspectos da morfologia geral de Eriotheca. A: Eriotheca parvifolia, hábito. B: E.

gracilipes, hábito. C: E. macrophylla, hábito. D: E. longitubulosa, hábito. E: E. roseorum,

indivíduo sem folhas. F: E. surinamensis, mostrando sapopema. G: E. pentaphylla, flor com cálice

lepidoto. H: E. gracilipes, flores com cálice lepidoto. I: E. candolleana, ramo com flores mostrando

os nectários no receptáculo e o cálice com indumento flocoso-ferrugíneo (Fotos: M.C. Duarte, G:

S.E. Martins).

Page 114: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

96

Figura 2. A-I: Tipos de tricomas em Eriotheca. A-F: A: E. surinamensis, B-C: E.

bahiensis, D: E. longipedicellata, E-F: E. roseorum, mostrando os tipos de escamas

peltadas. G: E. pubescens, tricoma estrelado. H: E. parvifolia, tricomas simples. I: E.

candolleana, tricoma flocoso.

O androceu é constituído de 18-170 estames parcialmente concrescidos formando

um tubo ao redor do ovário e depois livres entre si. O tubo estaminal exibe uma morfologia

variável quanto ao comprimento, à forma e à presença ou não de uma constrição na porção

basal ou mediana. As anteras são dorsifixas e reniformes na maioria das espécies ou

lineares em poucas espécies. Ao contrário do androceu, o gineceu exibe poucas variações

morfológicas, sendo constituído por um ovário pentacarpelar, pentalocular, cônico ou

Page 115: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

97

globoso, externamente lepidoto ou lanuginoso, com estilete cilíndrico e estigma

obscuramente pentalobado. As cápsulas das espécies de Eriotheca são obovóides,

raramente subglobosas, alvacentas, lepidotas a glabrescentes. Uma estrutura importante é a

paina abundante que envolve as sementes, formada de tricomas lanuginosos originados de

células da epiderme da parede interna do ovário, que se alongam e tornam-se lignificadas.

As numerosas sementes são subglobosas e glabras, com coloração castanha e caracterizam-

se por possuirem três ou quatro estrias proeminentes e claras.

Etimologia: do grego “Erio” significa lã e “theca” significa casa, em alusão a

presença de paina abundante no interior do fruto, envolvendo as sementes (Gledhill 2008).

Chave de identificação para as espécies de Eriotheca no Brasil

1. Árvores caducifólias; pétalas planas, não encurvadas na porção apical; tubo estaminal

rosado, obcônico, constrito na porção basal; estames 18-25 .................... 1. E. roseorum

1. Árvores a arvoretas perenifólias; pétalas côncavas, unilateralmente encurvadas na

porção apical; tubo estaminal alvo a castanho, cilíndrico, constrito na porção mediana

ou sem constrição, estames 45-170 (20-45 em E. longipedicellata).

2. Tubo estaminal 0,3-1,5 cm compr., constrito na porção mediana.

3. Folíolos e cálice com tricomas estrelados ....................................... 4. E. pubescens

3. Folíolos e cálice sem tricomas estrelados, glabros ou com indumento lepidoto, às

vezes com tricomas simples.

4. Folíolos (1-)3-5.

5. Cálice campanulado (e/ou cupuliforme em E. gracilipes).

6. Árvores a arvoretas, 1-10 m alt.; cálice lepidoto, escamas peltadas

esparsas.

Page 116: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

98

7. Pecíolos 3-27 cm compr.; peciólulos 0,3-2 cm compr.; face adaxial

dos folíolos castanha, opaca, face abaxial esverdeada; pedicelos 1-4

cm compr.; pétalas 1,5-3,5 cm compr.; estames 120-150 .................

................................................................................. 5. E. gracilipes

7. Pecíolos 0,5-5 cm compr.; peciólulos nulos; face adaxial dos

folíolos castanho-escura, às vezes brilhante, face abaxial castanho-

clara; pedicelos 0,5-1,5 cm compr.; pétala 2,4-2,7 cm compr.;

estames 70-90 ........................................................... 6. E. parvifolia

6. Árvores (4-) 7-36m alt.; cálice recoberto de indumento flocoso-

ferrugíneo.

8. Pedicelo (2,5-) 3,5-7 cm compr.; receptáculo 0,5-0,8 cm compr.;

pétalas 2,5-3,5x1,3-1,5 cm; partes livres de estames 1,3-2,4 cm

compr. ....................................................................... 2. E. longipes

8. Pedicelo 0,5-1,5 cm compr.; receptáculo 0,1-0,3 cm compr.;

pétalas 1-1,8x0,4-0,6 cm; partes livres dos estames 0,5-1 cm

compr. . ....................................................................... 7. E. globosa

5. Cálice cupuliforme.

9. Face abaxial dos folíolos lepidota a quase glabra, escamas peltadas de

superfície lisa.

10. Árvores (2-)10-40 m alt.; folíolos 3-5, ápice levemente

emarginado; pecíolo 3-19,5 cm compr.; peciólulo 0,2-2 cm

compr.; botões florais oblongos.

11. Árvores até 40 m alt., folíolos até 19,5 cm compr., estames

100-140; ovário cônico (região Norte).

Page 117: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

99

12. Peciólulo 0,3-0,6 cm compr., folíolos coriáceos, rígidos,

receptáculo 0,3-0,5 cm compr.; pedicelo 1-2 cm compr. ....

................................................................. 8. E. sclerophylla

12. Peciólulo 0,3-2 cm compr., folíolos cartáceos, receptáculo

0,2-1 cm compr.; pedicelo 1,3-4 cm compr. ........................

............................................................... 9. E. surinamensis

11. Árvores até 25 m alt; folíolos até 28 cm compr.; estames 90-

120; ovário globoso a subgloboso (regiões Nordeste e

Sudeste) .............................................. 10. E. macrophylla

10. Árvores a arvoretas 4-6 m alt.; folíolos 1-3(-5), ápice leve a

profundamente emarginado; pecíolo 0,5-7,5 cm compr.;

peciólulo nulo a 0,3 cm compr.; botões florais estreito-oblongos .

........................................................................... 11. E. obcordata

9. Face abaxial dos folíolos com indumento lepidoto, ferrugíneo, denso,

escamas peltadas de superfície radiada ...................... 14. E. bahiensis

4. Folíolos mais de 5.

13. Árvores com sapopemas; folíolos castanhos, nervação castanha; receptáculo 0,5-

2,5 cm compr., sem nectários; pétalas 1-1,5 cm larg.

14. Cálice externamente flocoso-ferrugíneo; receptáculo (0,8-) 1,5-2,5 cm

compr.; peciólulo 0,2-0,5 cm compr., estames 150-170 .................................

........................................................................................... 12. E. dolichopoda

14. Cálice externamente lepidoto, escamas peltadas castanhas; receptáculo 0,5-

1,7 cm compr; peciólulo (0,3-) 1-2 cm compr.; estames 100-120 ...................

............................................................................................ 13. E. pentaphylla

Page 118: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

100

13. Árvores sem sapopemas; folíolos esverdeados, nervação ferrugínea; receptáculo

até 0,5 cm compr., com 5-7 nectários, raramente nectários ausentes; pétalas 0,4-

1,2 cm larg ............................................................................... 3. E. candolleana

2. Tubo estaminal 1,5-2,5 cm compr., sem constrição.

15. Receptáculo sem nectários; botões florais oblongos; flores 3,2- 3,5 cm compr.;

estames até 45; face abaxial dos folíolos densamente recoberta de escamas

peltadas .......................................................................... 15. E. longipedicellata

15. Receptáculo com 3-5 nectários; botões florais estreito-oblongos; flores 2,5-3 cm

compr.; estames até 60; face abaxial dos folíolos com escamas peltadas

esparsas ............................................................................... 16. E. longitubulosa

1. Eriotheca roseorum (Cuatrec.) A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 171. 1963.

Bombax roseorum Cuatrec., Phytologia 4(8):470-471. 1954. Tipo: Equador, “vicinity of

Portovelo”, 6/X/1918, J.N. Rose & G. Rose 23371 (holótipo US, imagem!; isótipo NY,

imagem!).

Tartagalia rubra Capurro, Bol. Soc. Argent. Bot. 9:319-322. 1961. Tipo: Argentina. Salta,

“Tartagal, sierras de San Pedro”, 10/XI/1954, Capurro s.n. (BA 57209). Argentina. Salta,

Depto San Martin río Carapari, 22/II/1954, T. Meyer 18171 (LIL).

Tartagalia roseorum (Cuatrec) Meyer, Lilloa 33(1):8. 1968. Tipo: Argentina. Salta,

Tartagal, Sierras de San Pedro, 10/XI/1954, Capurro s.n. (BA 57209). Argentina. Salta,

Depto. San Martin, Río Carapari, 22/II/1954, T. Meyer 18171 (LIL).

Fig. 3: A-E

Árvores 15-40 m alt., caducifólias; tronco castanho-acinzentado, sulcado,

ramificado na porção apical; ramos delgados. Indumento constituído de escamas peltadas

estreito a largamente ovadas, associadas com tricomas simples. Folhas 5-folioladas;

Page 119: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

101

pecíolos 2,5-6 cm compr., com tricomas simples alvos, com um nectário 1-2 cm compr.;

peciólulo 0,2 cm compr.; folíolos 3,7-11x1,5-4,5 cm, cartáceos, lanceolados, ápice agudo,

face adaxial com tricomas simples alvos, esparsos, face abaxial densamente recoberta de

tricomas simples alvos mais escamas peltadas castanhas. Flores 3-6 em cada cima, 3-4 cm

compr., botões florais ca. 1,3 cm compr., estreito-elípticos; pedúnculo 1,5-1,7 cm compr.;

pedicelos 2,8-4,5 cm compr., com tricomas simples mais escamas peltadas alvas;

receptáculo 0,2-0,3 cm compr., com 5 nectários próximos entre si formando um anel;

bractéolas persistentes; cálice 0,3x0,5 cm, campanulado, às vezes tubuloso, borda 5-

apiculada, externamente com escamas peltadas alvacentas mais tricomas simples alvos;

pétalas 3-3,5x0,3-0,4 cm, planas, estreito-oblongas, não encurvadas na porção apical,

ambas as faces com tricomas estrelados, face ventral recoberta de tricomas glandulares na

metade basal; estames 18-25; tubo estaminal 1-1,2 cm compr., rosado, obcônico, constrito

na porção basal; partes livres dos estames 0,2-1,2 cm compr., filetes achatados, anteras

reniformes; ovário globoso, lanuginoso; estilete vermelho, com tricomas simples alvos na

base. Cápsula não vista.

Material examinado: EQUADOR. Prov. Azuay: Ayapamba, 15/X/1918, J. N. Rose & G.

Rose 23455 (parátipo US!, NY!). Prov. de El Oro, 12/IX/1923, A. S. Hitchcock 21292 (US, NY).

BRASIL. Mato Grosso do Sul: Bodoquena, Parque Nacional da Serra da Bodoquena, 4/IX/2005,

A. Pott et al. 13329 (HMS). Bonito, Fazenda Esperança, 12km N de Bonito, 14/VI/2001, A. Pott et

al. 9090 (HMS). Corumbá, Fazenda São Marcelo, Morro Santa Cruz, 13/VI/2001, Ismael et al. 5

(COR). Ladário, 19°11’15”S, 57°34’53”W, 31/VIII/2000, G. A. Damasceno Jr. & P. V. Gonçalves

1905 (COR). BOLIVIA. Depto. Santa Cruz: Prov. Chiquitos, 18°5’S, 59°03’W, 24/X/1994, I.G.

Vargas et al. 3616 (MO, USZ, NY). Ibid., Tucavaca, Serrania de Sunsas, 4/VII/1995, A. Jardim &

A. Cadden 2155 (MO, USZ, WIS). Prov. Florida, Los Volcanes, 18°07’S, 63°38’W, 8/VII/1993,

M. Saldias et al. 2995 (MO). Ibid., 18°06’S, 63°39’W, 4/VIII/1996, M. Saldias 4738 (NY). Ibid.,

18o07’17”S, 63

0 38’50”W, 11/XI/2001, I.G. Vargas et al. 6640 (F, MO). Prov. Guarayos, 16°12’S,

Page 120: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

102

63°04’W, 12/VII/1991, M. Nee & G. Coimbra 41667 (MO, NY, US). Ibid., 15°43.62’S,

63°27.13’W, 17/V/2005, M. Nee 53048 (NY). Prov. Nuflo de Chavez, 16°31’08”S, 61°50’53”W,

20/XI/1994, A. Jardim & Mamami 1426 (USZ, WIS). Ibid., Lomerio, Las Trancas-95, 16°31’13”S,

61°50’47”W, 15/IV/1995, F. Mamani & M. Saucedo 861 (MO, USZ, WIS). Ibid., Lomerio,

16°32’S, 29/III/1995, A. Jardim 1888A (MO, USZ). Ibid., Lomerio, 16°31’13”S, 61°50’47”W,

14/VI/1995, F. Mamani & M. Saucedo 787 (F, MO, USZ, WIS). Ibid., Lomerio, Las Trancas-95,

16°31’13”S, 61°50’47”W, 03/VII/1995, F. Mamani 931 (MO). Ibid., 17°02’S, 61°50’W,

5/VII/1995, A. Fuentes 890 (MO). Ibid., Estancia San Miguelito, 17°4,5’S, 61°47’W, 26/X/1995,

A. Fuentes 1167 (MO). Prov. Velasco, Parque Nacional Noel Kempff Mercado, 14°40’S, 63°44’W,

29/VI/1993, M. Saldias et al. 2789 (MO, USZ, WIS). Ibid., Parque Nacional Noel Kempff

Mercado, 15°02’39”S, 61°29’46”W, 03/VII/1993, M. Saldias et al. 2983. (USZ, WIS). ibid., El

Refugio, 14°46’09”S, 61°02’11”W, 01/VI/1994, R. Guillén & S. Coria 1652 (USZ, WIS). Ibid.,

Parque Nacional Noel Kempff Mercado, 14°48’41”S, 60°23’45”W, 14/VI/1994, R. Quevedo et al.

2711 (MO, USZ, WIS).

A espécie apresenta um padrão disjunto, ocorrendo no Equador, Argentina, Bolívia

nos bosques chiquitanos e no Brasil em floresta estacional decidual no estado de Mato

Grosso do Sul (fig. 4). Popularmente conhecida como “paineira”. Coletada com flores em

junho.

Trata-se da única espécie caducifólia que ocorre no Brasil. Em seu habitat

apresenta porte elevado (até 40m de altura) e ramificações somente na porção apical do

tronco. Além disso, distingui-se por ser a única espécie a apresentar o tubo estaminal

rosado e obcônico (fig. 3: C) e os estames de filetes achatados, em número de 18-25,

contrastando com a quantidade normalmente encontrada no gênero (70-170). O tipo de

indumento com escamas estreito a largamente ovadas e bilobadas também a diferencia (fig.

2: E-F). Embora distintas entre si, E. gracilipes, E. parvifolia e E. roseorum compartilham

a presença de tricomas simples na face abaxial dos folíolos, caráter observado somente

nessas três espécies.

Page 121: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

103

2. Eriotheca longipes (A. Robyns) M.C. Duarte & G.L. Esteves.

Eriotheca candolleana (K. Schum.) A. Robyns var. longipes A. Robyns, Bull. Jard. Bot.

Etat 33 (1/2): 136. Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Jardim Botânico (cult.), Apparicio Duarte

s.n. (holótipo RB 78222!).

Fig. 3: F-J

Árvores 7-20m alt., perenifólias; tronco 30 cm diâm, retilíneo. Indumento lepidoto

de escamas arredondadas e/ou flocoso-ferrugíneo. Folhas (3-)5-folioladas; pecíolos 4,5-

15,5 cm compr., sulcados, flocoso-ferrugíneo, glabrescente; peciólulo 0,4-0,5 cm compr.;

folíolos 7-18x2-4,8 cm, coriáceos, concolores, castanhos, obovados a estreito-obovados,

ápice arredondado-emarginado, mucronado, ocasionalmente agudo, base decorrente, face

adaxial glabra, face abaxial com escamas peltadas, nervação castanha. Flores 5-12 em

cada cima, ca. 2,5 cm compr.; botões florais 1,5-1,8 cm compr., oblongos; pedicelos

(2,5-) 3,5-7 cm compr., flocoso-ferrugíneos, glabrescentes; receptáculo 0,5-0,8 cm

compr.; nectários 1-3 ou ausentes; cálice 0,7-1x1-1,3 cm, campanulado, borda

irregularmente 5-lobada, externamente flocoso-ferrugineo, glabrescente; pétalas 2,5-

3,5x1,3-1,5 cm, côncavas, obovadas, unilateralmente encurvadas na porção apical, ambas

as faces com tricomas estrelados dourados, face ventral com tricomas formando linhas

verticais na porção não imbricada; estames 70-80, tubo estaminal 0,5-0,9 cm compr., alvo

a castanho, cilíndrico, constrito na porção mediana; partes livres dos estames 1,3-2,4 cm

compr., anteras reniformes; ovário globoso, flocoso-ferrugíneo; estilete glabro. Cápsula

4,5-5,5 cm compr., obovóide, lepidoto-ferrugínea, glabrescente; sementes 4-5mm compr.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Vitória da Conquista, rodovia Conquista/Barra do

Choça, 29/XI/1972, T.S. Santos 2554 (CEPEC, R). Minas Gerais: Juiz de Fora, Sítio da Divina

Providência, s.d., L. Krieger s.n. (CESJ 15275). Marliéria, Parque Estadual do Rio Doce,

21/X/1991, J.R. Stehmann s.n. (UEC 124962). Ibid., 15/X/1996, W.P. Lopes 159 & V.V.

Page 122: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

104

Scudeller 616 (SP, VIC). Ibid., 21/XII/1996, W.P. Lopes & V.V. Scudeller 247 (SP, VIC). Patos

de Minas, Serra da Mata de Corda, 1950, A.P. Duarte 4237 (RB 88751). Lima Duarte, São José

dos Lopes, 26/X/1994, V.C. Almeida 59 (R).

Brasil, nos Estados de Minas Gerais e Bahia (fig. 4), em floresta estacional

semidecidual. Conhecida popularmente como “imbiruçu-branco” e “munguba-branca”.

Coletada com flores em outubro e novembro, frutos em dezembro.

Eriotheca longipes foi tratada por Robyns (1963) como uma variedade de E.

candolleana (K. Schum.) A. Robyns. Entretanto, os seguintes caracteres foram

suficientes para considerar a variedade de Robyns (1963) como uma espécie: o número

de folíolos e nectários (maior em E. candolleana), coloração das nervuras, comprimento

do pedicelo e o tipo de escama peltada da face abaxial dos folíolos (arredondada de

contorno regular em E. longipes e subarredondada de contorno metade regular e metade

irregular em E. candolleana).

Eriotheca longipes destaca-se pelos pedicelos longos, número de estames

comparativamente baixo (70-80 x mais de 100) e as inflorescências densas, com 5 a 12

flores em cada cima, diferenciando-se também por esses caracteres de E. candolleana que

possui 100 a 120 estames e 1-5 flores em cada cima.

3. Eriotheca candolleana (K. Schum.) A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 134.

1963.

Bombax candolleanum K. Schum, in Mart., Fl. bras. 12 (3):218. 1886. Tipo: Brasil, São

Paulo, Franca: “Habitat in silvis primaevis provinciae São Paulo prope Villa Franca”,

Riedel n. 2617 (lectótipo designado por Robyns, 1963, C, imagem!).

Bombax chartifolium K. Schum. in Engl., Bot. Jahrb. Syst. 60: 16, 1898. Tipo: Brasil,

Goiás: “In Braziliae civitate Goyaz in Acampamento do Córrego do Brejo in sylvis rara,”

julho, Glaziou 20722a (holótipo, P imagem!).

Page 123: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

105

Bombax ruficalyx Silveira, Arch. Mus. Nac. Rio de Janeiro 22:102, tab. III. 1919. Tipo:

Brasil, Minas Gerais: Belo Horizonte “In capoeiras in Bello Horizonte”, VIII/1908, Alvaro

da Silveira (holótipo, R 102437!).

Eriotheca candolleana (K. Schum.) A. Robyns var. glazioui A. Robyns. Bull. Jard. Bot.

Etat 33 (1/2): 137. Tipo: Brasil, Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, s.d., Glaziou 18892

(holótipo, BR; isótipos, R!, NY imagem!).

Fig. 3: K-O

Árvores 5-25 m alt., perenifólias; tronco ca. 30 cm diâm., retilíneo, sem sapopemas.

Indumento lepidoto, constituído de escamas peltadas subarredondadas ferrugíneas e/ou

flocoso-ferrugíneo. Folhas 5-9-folioladas; pecíolos 2,5-12 cm compr., sulcados, flocoso-

ferrugíneo a glabrescente, às vezes com nectários 4 cm compr.; peciólulo 2-7 mm compr.;

folíolos 2,3-13,5x1-4,6 cm, cartáceos, levemente discolores, obovados a estreito-obovados,

ápice arredondado-emarginado, mucronado, ou agudo, base decorrente, margem levemente

revoluta, face adaxial verde-escura, glabra, face abaxial verde-clara, densamente recoberta

de escamas peltadas, nervação ferrugínea. Flores 1-5 em cada cima, 2,5-4 cm compr.;

botões florais 1,2-2 cm compr., obovóides a oblongos; pedicelos (0,2-0,5-)0,8-4 cm

compr., flocoso-ferrugíneos, glabrescentes; receptáculo 0,1-0,5 cm compr.; nectários 5-7,

esparsos ou unidos entre si formando um anel, raramente ausentes; cálice 0,7-1,5x0,7-1 cm

compr., campanulado, às vezes tubuloso, borda irregularmente 5-lobada, externamente

flocoso-ferrugíneo, glabrescente; pétalas 1,3-3,7x0,4-1,2 cm, côncavas, estreito-obovadas,

unilateralmente encurvadas na porção apical, ambas as faces com tricomas estrelados

dourados, face ventral com tricomas formando linhas verticais na porção não imbricada;

estames 100-120, tubo estaminal 0,4-0,8 cm compr., alvo a castanho, cilíndrico, constrito

na porção mediana partes livres dos estames 5-2,1 cm compr., anteras reniformes; ovário

Page 124: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

106

cônico, flocoso-ferrugíneo; estilete glabro ou flocoso-ferrugíneo na base. Cápsula 2,5-8 cm

compr., 4-6,5 cm diâm., obovóide, lepidota, glabrescente; sementes 4-6 mm compr.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Alcobaça, 3/IX/1986, L.A.M. Silva et al. 2095

(CEPEC, R). Itamaraju, Fazenda Várzea Alegre, 28/VII/1991, M.T. Monteiro 23510 (RB). Distrito

Federal: Brasília, 22/VII/1966, J. Ramos 6716 (MO, NY, UB). Ibid., Lagoa Mestre d'armas,

23/VII/1966, H.S. Irwin et al.18336 (F, MO, NY, US). Ibid., Córrego Taboquinha, 7/V/1979, E.P.

Heringer 1306 (IBGE, NY, RB). Ibid., Bacia do Rio São Bartolomeu, 18/VI/1979, E.P. Heringer

et al. 1564 (IBGE, NY). Ibid., S.Q.N. 414, 1/IX/1980, J.W.B. Machado 17 (F, MBM, RB). Ibid.,

SQN415, 13/VII/1981, E.P. Heringer et al. 7118 (IBGE, INPA, MG, MO, UEC, US). Ibid., Jardim

Botânico de Brasília 15º52’S 47º51’W, 22/VIII/1995, P.P. Monteiro 34 (CEN, HEPH). Ibid.,

Jardim Botânico de Brasília, 15º 52’S 47º 51’W, 2/IV/1996, F. Silva et al. 219 (CEN, HEPH, UB).

Ibid., Jardim Botânico de Brasília, 15º 52’S 47º 51’W, 12/VIII/1998, G. Nóbrega & V.F. Paiva 951

(MBM, HEPH). Ibid., Lago N, Barra Alta, A.E. Ramos 323 (HEPH, UFMT). Taguatinga,

7/VI/2003, M.G. Nóbrega et al. 1909 (HEPH). Goiás: Água Fria, 15º15’S, 47º 39’W, 19/VI/1995,

B.A.S. Pereira et al. 2764 (IBGE, RB, UEC, US). Caldas Novas, 2/X/1996, T.B. Cavalcanti et al.

2084 (CEN, UEC). Ipameri, 20/IX/1996, T.B. Cavalcanti et al. 2059 (CEN, UEC). Silvania, 16º

18’55”S, 48º 22’34”W, 6/VI/2002, G.P. Silva et al. 7758 (CEN). Uruaçu, 27/VI/1996, B.M.T.

Walter et al. 3377 (CEN). Mato Grosso: Vale dos Sonhos, 15º40’S, 52º 20’W, 25/VIII/1972, J.A.

Ratter et al. 2207 (CPAP, UB). Mato Grosso do Sul: Campo Grande, Rita Vieira, 6/VI/1995, C.A.

Conceição 2944 (CGMS). Minas Gerais: Água Limpa, Estação Experimental, 18/VIII/1968, V.

Gomes 2805 (RB, UNB). Barroso, Mata do Baú, 14/II/2002, L.C. Assis 447 (CESJ, RB, SP). Belo

Horizonte, Jardim Botânico, 10/VII/1932, Mello-Barreto 894 (BHCB ). Ibid., Jardim Botânico,

10/VIII/1932, Mello-Barreto 207 (RB). Ibid., Jardim Botânico, 15/VI/1934, Mello-Barreto 895

(ESA, R). Ibid., Jardim Botânico, 14/I/1935, Mello-Barreto 897 (F). Ibid., Jardim Botânico,

15/VI/1934, Mello Barreto 899 (F). Ibid., Horto Florestal, 20/X/1939, Mello Barreto 10201 (HBR,

RB, R). Ibid., 20/X/1941, M. Magalhães 960 (IAN, US). Ibid., Campus UFMG, 1/VIII/1992, J.P.

Lemos-Filho s.n. (BHCB, UEC 19662). Botumirim, Serra do Tinoco, 16º48’48”S 43º25’4” W,

Page 125: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

107

17/V/1998, J.R. Pirani et al. 4356 (MBM, SP, SPF). Carrancas, 2/VII/1987, H.F. Leitão Filho et

al.19391 (CEPEC, UEC). Coronel Pacheco, 1/VIII/1946, E.P. Heringer 2384 (RB). Ibituruna,

14/VI/2001, R.C. Mota 435 (BHCB). Juiz de Fora, Parque Municipal, 6/VIII/1945, E.P. Heringer

1970 (VIC 13085). Ibid., 5/VII/1968, V. Gomes 2779 (UB). Miranda, 18º 54’45”S 48º 23’W, s.d.,

A.L.P. Mota et al. s.n. (VIC 13464). Paraopeba, Horto Florestal, 5/VII/1986, A. Mattos Silva 1663

(RB). Patos de Minas, Fazenda da Prata, 26/VIII/1969, A.P. Duarte 2908 (F, HBR, G, M, NY, RB,

S, US). Ponte Nova, 14/VII/1995, G.E. Valente et al. 86 (VIC). Ritápolis, 21/VII/1974, M. Barbosa

2151 (RB). Santa Luzia, Gorduras de Cima, 16/IX/1942, J. Nestor s.n. (BHCB 58304). Timóteo,

Parque Estadual do Rio Doce, 22/X/1982, E.P. Heringer 18575 (IBGE, US). Uberlândia, Fazenda

Experimental da Glória, 8/IX/1989, G. M. Araújo 654 (UEC). Vargem Alegre, 25/VII/1928, J.G.

Kuhlmann 47 (RB). Viçosa, 11/I/1935, Kuhlmann s.n. (VIC 2394). Ibid., Campus da UFV,

1/XI/1993, J.A.A. Meira Neto s.n. (VIC 20506). ibid, Jardim Botânico, 9/VIII/1994, W.P. Lopes et

al. s.n. (VIC 17004). Itapecirica, Monjolos, 26/VII/1966, L. Emygdio & A. Andrade 2261 (R).

Espírito Santo: Aracruz, BR 101, 18/VII/2005, A.A. Luz 295 (CVRD). Conceição da Barra, Flona

do Rio Preto, 22/VIII/1995, Ana Luiza s.n. (VIC 17940). Linhares, Reserva de Sooretama,

17/VIII/1969, D. Sucre 5681 (RB). Reserva Florestal da CVRD, 9/VIII/1972, A.M. Lino 85

(CVRD, RB). Ibid., 23/VII/1979, D.A. Folli 82 (CVRD, MO, NY, R). Ibid., 1/II/1985, A. Peixoto

et al. 3113 (MO). Ibid., 21/IX/1993, D.A. Folli 2011 (CVRD, UEC). Ibid., BR 101, próximo a

Fazenda Calimã, 31/VIII/2007, M.C. Duarte & G. Siqueira 99 (CVRD, SP). São Paulo: Amparo,

VIII/1943, M. Kuhlmann 940 (SP). Anhembi, XII/1994, K.D. Barreto et al. 3419 (ESA, SPSF,

UEC). Bocaina, VI/1993, L.C. Bernacci et al. 35011 (UEC). Campinas, s.d., B. Toledo 44 (SP

7612). Ibid., 31/V/1943, A.P. Viégas s.n. (SP 49333, IAC, IAN). Ibid., VII/1997, K. Santos 270

(UEC). Ibid., V/1979, H.F. Leitão Filho et al. 10093 (UEC). Ibid., VII/2004, M.C. Duarte & G.L.

Esteves 32 (SP). ibid, VII/2004, M.C. Duarte & G.L. Esteves 35 (SP). Indaiatuba, VII/1934, A.S. do

Amaral s.n. (SP 31840). Limeira, XII/1951, W. Hoehne s.n. (SPF 13992, R). Jarinu, XI/1969, M.

Kuhlmann s.n. (SP 114273). Moji-Guaçu, V/1988, S. Romaniuc Neto et al. 1076 (SP). Ibid.,

VI/2004, M.C. Duarte & F.R. Cruz 18 (SP). Ibid., VIII/2004, M.C. Duarte & F. Pinheiro 47 (SP).

Ibid.,11/2004, M.C. Duarte & L.R. Mendonça 64 (SP). Monte Mor, VI/1998, J.P. Souza 2353

Page 126: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

108

(CESJ, ESA). Pedreira, Fazenda Bela Vista, 24/IX/1997, L.F. Yamamoto 45 (MBM). Porto

Ferreira, X/1998, E.P. Dickfeldt 415 (SPSF). Rio Claro, VII/1985, O. Cesar 579 (HRCB). Ibid.,

IX/1989, F.C.P. Garcia 498 (HRCB).

Brasil, nas regiões Centro-Oeste (GO, MT, MS e DF) e Sudeste (MG, SP, ES) (fig.

4), em floresta estacional semidecidual; na Bahia e no Espiríto Santo na floresta pluvial

dos tabuleiros. Popularmente conhecida como “catuaba-branca”. Coletada com flores de

maio a julho e com frutos em setembro e outubro.

Eriotheca candolleana é facilmente reconhecida pelo receptáculo curto (até 0,5cm),

em geral com nectários, cálice e pedicelo recobertos por indumento flocoso-ferrugíneo

constituído de tricomas muito frágeis que se desprendem em flocos quando tocados (fig. 2:

I) e pelos folíolos cartáceos, esverdeados, com nervação ferrugínea.

Page 127: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

109

Figura 3. A-E: Eriotheca roseorum. A: ramo com flores; B: cálice; C: tubo estaminal; D: pétala,

face ventral; E: gineceu. F-J: Eriotheca longipes. F: ramo com flores; G: cálice; H: tubo estaminal;

I: pétala, face ventral; J: gineceu. K-O: Eriotheca candolleana. K: ramo com flores; L: cálice; M:

tubo estaminal; N: pétala, face ventral; O: gineceu (A-E: Damasceno 1905; F-J: Krieger 1525; K-

O: Duarte 99).

Page 128: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

110

Figura 4: Mapa de distribuição geográfica de E. roseorum (▲), E. longipes ( ) e E.

candolleana (●).

Page 129: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

111

4. Eriotheca pubescens (Mart. & Zucc.) Schott & Endl, Melet. bot. p.35, 1832.

Bombax pubescens Mart. & Zucc., Flora 8 (1): 28, 1825. Tipo: Brasil, “Ad Contendas, in

campo taboleiro”, VIII/1818, Martius obs. 1541 (lectótipo, designado por Robyns 1963,

M, imagem!). Brasil, Minas Gerais, Martius obs. 1541a (síntipo M imagem!), 1541b

(síntipo M imagem!), 1541c (síntipo M imagem!), 1541d (síntipo M imagem!).

Bombax pubescens Mart., Nov. Gen. sp. pl. 1(4): p. 91, 1826.

Bombax tomentosum A. St.-Hil., in Fl. Bras. merid. I(6):263. 1828. 1828. Eriotheca

tomentosa (A. St.-Hil.) A. St.-Hil. & Naudin, Ann. Sci. Nat., Bot. Ser. 2, 13: 211. 1842.

Eriotheca pubescens (Mart. & Zucc.) Schott & Endl. subsp. tomentosa (A. St.-Hil) A.

Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 132. 1963. Tipo: Brasil. Goiás: “In campis intersitis

arboribus retortis, prope Villa Boa”, s.d., Saint-Hilaire 748 (isótipo, P 602306, imagem!)

Eriotheca glabrescens A. St.-Hil. & Naudin, Ann. Sci. Nat., Bot. Ser. 2, 13: 211. 1842.

Tipo: Brasil. Minas Gerais: “In campis petrosis intersitis arboribus retortis, prope vicum

Chapada, Minas Novas”, Saint-Hilaire s.n. (holótipo P).

Fig. 5: H-K

Árvores a arvoretas 1,5-10 m alt., perenifólias; tronco 20-30 cm diâm., retílineo a

tortuoso; ramos espessos. Indumento denso a esparso, predominantemente constituído de

tricomas estrelados dourados, associados com escamas peltadas arredondadas. Folhas 3-5-

folioladas; pecíolos 1,2-13 cm compr., base espessada; peciólulo nulo até 0,5 cm compr.;

folíolos 5-20x1,4-7 cm, coriáceos, cartáceos quando jovens, às vezes discolores, largo a

estreitamente obovados, oblongos a elípticos, ápice arredondado-emarginado, mucronado,

ambas as faces com tricomas estrelados dourados mais escamas peltadas, ocasionalmente

com tricomas simples escuros na face abaxial, glabrescentes. Flores 1- 6 em cada cima, 3-5

cm compr., pedúnculo nulo a 0,5 cm compr.; botões florais oblongos a obovóides, 1-1,6

cm compr., pedicelos 0,5-2,8 cm compr., delgados a espessos; receptáculo 0,3-0,5(-1) cm

Page 130: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

112

compr., alargado, sem nectários; cálice 0,5-0,7x0,8-1,4 cm, campanulado a cupuliforme,

borda truncada, crenada ou levemente 5-apiculada, externamente com tricomas estrelados

dourados, mais escamas peltadas castanhas; pétalas 1,7-3,5x0,8-1,4 cm, côncavas, estreito

a largamente obovadas, unilateralmente encurvadas na porção apical, ambas as faces com

tricomas estrelados dourados; estames 100-130, tubo estaminal 5-8 mm compr., alvo a

castanho, cilíndrico, constrito na porção mediana; partes livres dos estames 8-12 mm

compr.; anteras reniformes; ovário cônico, raro subgloboso, lanuginoso, com tricomas

estrelados mais escamas peltadas castanhas a ferrugíneas; estilete creme, base lanuginosa a

glabra. Cápsula 5-8,5 cm, obovóide, recoberta de tricomas estrelados dourados mais

escamas peltadas castanhas a ferrugíneas, glabrescente; sementes 6-8 mm compr.

Material examinado: BRASIL. Tocantins: Almas, Fazenda Minnehaha, 11°06’55”S,

47°07’46”W, 10/VIII/2004, R.C. Mendonça et al. 5674 (IBGE, SP). Bela Vista, 25/VIII/1894,

Glaziou 20722 (R). Lajeado, Rodovia para Tocantínia, 9°45’S, 48°21’W, 30/X/1997, J.A. Ratter et

al. R7849v (UB). Palmas, Serra do Lajeado, 10°07’22”S, 48°13’48”W, 26/VIII/1999, S.F. Lolis et

al. 135 (IBGE). Paranã, Fazenda São João, 12°49’24”S, 47°16’01”W, 12/IX/2003, A.C. Sevilha et

al. 3531 (CEN). Pug-Mill, Estrada Belém-Brasília (BR 153), 10°27’S, 48°53’W, 7/XI/1997, J.A.

Ratter et al R7935v (UB). s.loc. 12o16º02’S, 47º39’W, 4/VIII/1981, J.H. Kirkbride Jr. 4395 (UB).

s. loc., Fazenda Fazendinha, 12°14’S, 49°15’W, 12/XI/1997, J.A. Ratter et al. R7969v (UB). s. loc.,

69km de Porto Nacional para Estrada Ponte Alta, 10°45’S, 47°58’W, 14/XI/1998, S. Bridgewater

et al. S1075 (UB). Bahia: Cocos, Fazenda Trijunção, 14°52’50”S, 46°02’48”W, 15/V/2001, M.L.

Fonseca et al. 2685 (IBGE, RB). Distrito Federal: Brasília, 17/XI/1958, E. Pereira 4793 & Pabst

5118 (HB). Ibid., Horto do Guará, 28/VI/1961, E.P. Heringer 8443 (NY, UB). Ibid., Catetinho,

8/IX/1962, Castellanos 23408 (R). Ibid., 8/IX/1962, Catetinho, L. Duarte & R.S. Santos 197 (HB).

Ibid., 12/IV/1963, J.M. Pires et al. 9045 (UB, SPF). Ibid., 28/VIII/1964, H.S. Irwin & T.R.

Soderstrom 5687 (F, MO, NY, UB, US). Ibid., VI/1965, D. Sucre & E.P. Heringer 603 (RB, UB).

Ibid., 8/XI/1965, H.S. Irwin et al. 10065 (F, IAN, MO, NY, RB, UB, US). Ibid., V/1966, H.S. Irwin

et al. 15800 (NY, RB, UB, US). Ibid., 15/VI/1966, A. Lima 51 (UB). Ibid.,15/VII/1971, M.B.

Page 131: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

113

Pereira 829 (HEPH). Ibid., 17/X/1972, Q.J. Silva 085 (HEPH). Ibid., UNB, 15/VI/1973, E.P.

Heringer 12799 (IBGE, HB, NY, UB, UEC). Ibid., Fazenda Água Limpa, 12/VI/1976, J.A. Ratter

et al. 3155 (UB, UEC). Ibid., 8/V/1978, E.P. Heringer et al. 475 (IBGE, UEC). Ibid., 17/VII/1979,

E.P. Heringer 1855 (IBGE, NY). Ibid., IV/1980, E.P. Heringer et al. 4559 (IBGE, RB, US). Ibid.,

VII/1980, J.G. Guimarães 1083 (HRB, RB). Ibid, Fazenda Água Limpa, 15/X/1980, J.A. Ratter &

M.P. Rocha 4537 (UEC). Ibid, 15º46’S, 47º52’W, 3/VIII/1981, E.A. Nascimento & R.N. Silva 31

(UB). Ibid, 15º32’S 47º33’W, 11/VI/1982, C.Proença 154 (HEPH, INPA). Ibid., 15º32’S 47º33’W,

28/VI/1982, C.M. Mary 163 (CEN, HEPH, UEC). Ibid., 15/IV/1983, M. Haridasan & G.M. Araújo

202 (UB). Ibid., 6/III/1984, R.C. Dutra 42 (HEPH). Ibid., 6/VI/1983, R.C. Mendonça 224 (IBGE).

Ibid., Fazenda Água Limpa, 10/V/1984, L.S. Nitikman 198 (UB). Ibid., Reserva Ecológica do

IBGE, 10/VII/1984, B.A.S. Pereira 1050 (CEPEC, IBGE). Ibid., Reserva Ecológica do IBGE,

15º56’28”S, 47º 52’05”W, 25/V/1988, M. Pereira Neto 33 (IBGE, UEC). Ibid., 15º54’54”S

47º53”W, 14/IX/1988, G.I. Rocha 42 (IBGE, UEC). Ibid., Chapada da Contagem, 12/VII/1990,

T.B. Cavalcanti et al. 553 (CEN, UEC). Ibid., APA da Cafuringá, 15º33”S, 48º7”W, 25/IX/1990,

R.F. Vieira et al. 511 (CEN, HEPH). Ibid., VIII/1992, M.F.L. Souza 128 (IBGE). Ibid., Campus

UNB, 15º46”S, 47º52”W, 11/VI/1993, Taxonomy class of UNB 964 (UB). Ibid., Jardim Botânico

de Brasília, 15º52”S, 47º51”W, 31/V/1996, M.G. Nóbrega 464 (CEN, HEPH, SPF). Ibid.,

11/VI/1996, B.M.T. Walter et al. 3311 (CEN, UEC). Ibid., 14/V/1998, R. Marquette & D.

Alvarenga 2904 (IBGE, SP). Ibid., Reserva Ecológica do IBGE, 15º57’34”S, 47º53’24”W,

3/IX/1998, R. Marquette 2961 (IBGE, RB). Ibid., 15º35’S, 47º35’W, 17/IX/1998, I. Gottsberg 31-

170998 (UB). Ibid., Fazenda Água Limpa, ARIE Capetinga, 15º56’67”S, 47º56’40”W, 17/VI/1999,

K. Calago 189 (CEN, UEC). Ibid., 15º52’S, 47º 51’W, 10/V/2002, R.C.B. Monteiro et al. 103

(HEPH). Ibid., Estação Florestal Cabeça de Veado, 6/X/1983, M.A. Alves 206 (HEPH, INPA).

Ibid., 6/III/1984, R.C. Dutra 40 (HEPH). Gama, 22/V/1981, I. Tanaka et al. 16 (NY). Planaltina,

23/XI/1976, K.A. Okada 34 (CEN). Ibid., sede CPAC-EMBRAPA, 22/VI/1982, J. Fonseca 21

(CEN, UPCB). Ibid., Área do CPAC, VIII/1983, M. Haridasan et al. 380 (UB). Ibid., reserva do

Centro de Pesquisas Agropecuário, 21/VII/1984, S.A. Mori & L.A M. Silva 16908 (CEN, CEPEC,

NY). Ibid., 25/VIII/1988, J.C.S. Silva 696 (HEPH, IBGE). Ibid., 15º44’S, 47º41’W, 20/V/1992,

Page 132: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

114

B.M.T. Walter et al. 1424 (CEN, RB, UEC). Sobradinho, 8/X/1995, I.C.A. Mendes 150 (UB). Mato

Grosso: s. loc., Rio Araguaia, 24/VIII/1963, B.Maguire et al. 56248 (NY). s. loc., Serra dos

Parecis, 31/VIII/1963, B. Maguire et al. 56443 (NY). s. loc., Região de Cocalinho, 1997, G.

Árbocz, et al. 4755 (SP). Goiás: Alexania, Fazenda Cafundó, 16°87’S, 48°35’9”W, 5/VIII/2003,

J.M. Rezende et al. 885 (CEN). Alvorada do Norte, 14º 31’21”S, 46º 46’59”W, 24/VIII/2003, A.C.

Sevilha et al. 3029 (CEN). Ibid., Serra Geral, 14°33’24”S, 46°26’58”W, 25/VII/2007, R.C. Forzza

et al. 4681 (RB, SP). Caiapônia, BR 158/GO, IX-XI/1983, W. Rodrigues s.n. (UEC 10372). Caldas

Novas, 17º 42”S, 48º 32”W, 28/X/1993, R.F. Vieira et al. 1771 (CEN, UEC). Cavalcante, 13º

22’32”S, 48º 34’9”W, 19/IX/2001, G.Pereira- Silva et al. 5392 (CEN). Corumbá de Goiás,

VII/1952, Macedo 3707 (RB). Cristalina, 7/VII/1963, J.M. Pires & A. Mattos 9810 (UB). Ibid., 16º

13’19”S, 47º 20”7’W, 27/VI/2002, A.A. Santos et al. 1311 (CEN). Formoso, 17/X/1976, J. Fontella

725 (RB, SP, UB). Ipameri, 17º 36”S, 42º 26’W, 12/VI/1996, T.B. Cavalcanti et al. 1987 (CEN,

UEC). Luziânia, 6/VII/1963, A. Mattos et al. 299 (RB). Ibid., 14/VII/1990, E.Melo & F.França

309 (CEN). Minaçu, 13º 40”S, 48º 12”W, 11/X/1991, T.B. Cavalcanti et al. 994 (CEN, UEC).

Niquelândia, Serra Negra, 13º 59”S, 48º21”W, 25/VII/1995, B.M.T. Walter et al. 2501 (CEN).

Ibid., 14º 29’46”S, 48º27’00”W, 29/VI/1996, M.L. Fonseca et al. 1039 (IBGE, NY, RB).

Portilândia, 17º 22’S, 52º 39’W, BR 364, 6/VII/1996, M.R. P.Silva et al. 3318 (HB, SJRP). Santo

Antônio do Descoberto, 15o50’ -16

o S, 48

o20’- 48

o40’W, VI/1996, B.A.S. Pereira & D. Alvarenga

3060 (IBGE, NY, RB). Serra Dourada, 1969, A. Rizzo 4477 (RB). Serranópolis, 21/XII/1994, A.E.

Ramos 1111 (HEPH). s. loc., Estrada Brasília-Planaltina, 14/VI/1958, H.F. Martins 82 (R). s. loc.,

Chapada do Rio Preto, 17/VI/1965, D. Sucre & E.P. Heringer 603 (HB, RB). Mato Grosso do

Sul: Campo Grande, Próximo a Chácara Lajeado, 25/VI/1984, M. Alves 0006 (CGMS). Ibid.,

Próximo a Chácara Lajeado, 22/VI/1984, O.N. Barbosa 0006 (CGMS). Ibid., Campo Grande-

Dourados BR 163, 28IX/2001, A. Sciamarelli et al. 1065 (UEC, UFMS). Ibid., 25/VI/1984, M.

Alves 6 (R, UFMS). Ibid., Aeroporto, 19/VI/2005, A. Pott et al. 12830 (HMS). Chapadão do Sul,

18°48’41,5”S, 52°52’48”W, 31/V/2001, A. Pott et al. 9012 (HMS). Minas Gerais: Abaeté, 19º

14”S, 45º 29”W, 31/7/1981, F.C.F. da Silva 55 (ALCB, HRB, R, RB). Arinos, 15°26’14,8” S,

45°48’55,2” W, 27/V/2004, M.L. Fonseca et al. 5520 (IBGE, HCF, SP). Belo Horizonte, 5/X/1999,

Page 133: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

115

P.O. Morais 25 (BHCB). Biquinhas, 20/VIII/1981, E.F. Almeida 152 (HRB, RB). Bocaiúva,

1/VII/1993, L.V. Costa s.n. (BHCB 27640). Botumirim, Fazenda Desejada, 16/IX/1991, M.G.

Carvalho & S.T. Silva 598 (BHCB). Brasília de Minas, 16º 13’S, 44°21’W, 14/XI/2001, J. Semir et

al 11 (UEC). Buenopólis, Serra do Cabral, 27/VII/1976, P. Davis et al. 2361 (UEC). Ibid., Serra do

Cabral, 17º53”S, 44º15”W, 12/XII/1988, R.M. Harley et al. 24897 (SP, SPF). Chapada dos

Gaúchos, 15º18’40”S, 45º53’07” W, 30/IV/1999, R. Rodrigues-da-Silva et al. 313 (IBGE, NY, R,

SP). Claro dos Poções, 22/VIII/1995, G. Hatschbach & J.T. Motta 63263 (BHCB, MBM, UEC).

Cristália, Fazenda Cabral, 17/VII/1991, M.G. Carvalho & S.T. Silva 335 (BHCB). Diamantina,

26/XI/1937, M. Barreto 10047 (F). Formoso, Fazenda Matinha, 10/X/1988, D. Alvarenga 115

(IBGE, UEC). Francisco de Sá, II/1984, R.M. Harley et al. CFCR 6468 (SPF). Grão Mogol, 16º25’

S, 43º17’ W, 13/XI/1981, F.C.F. da Silva 139 (CEPEC, HRB). Ibid., 22/VII/1985, G. Martinelli et

al. 11245 (BHCB, K, NY, RB). Ibid., Vale do Rio Itacambiruçu, 16º 36” S, 42º 55” W,

14/VI/1990, J.R. Pirani et al. CFCR 12923 (UEC, SP, SPF). Ibid., Vale do Rio Itacambiruçu,

16º36” S, 42º 55” W, 5/IX/1990, G.L. Esteves et al. CFCR 13248 (R, SP, SPF). Ibid., Fazenda

Tamanduá, 9/X/2005, E. Tameirão Neto 4130 (BHCB). Ibid., Margem do Rio Itacambiruçu,

16º35’27,4”S 42º53’18,2” W, 06/XI/2007, M.C. Duarte et al. 115 (SP). Iraí, 19o02’S, 47

o31’ W,

VIII/1981, F.C.F.Silva 68 (HRB, RB). Ituiutaba, 18/VIII/1950, A. Macedo 2514 (MO, US).

Joaquim Felício, Serra do Cabral, 1/IX/1985, J.R. Pirani et al. CFCR 8152 (R, SPF). Ibid.,

IX/1985, R. Mello-Silva et al. CFCR 8267 (HUEFS, SPF). Ibid., 17º41’23”S, 44º15’56”W,

8/VII/2001, F.N. Costa et al. 293 (BHCB, NY, SPF). Ibid., I/2004, J.R Pirani et al. 5308 (SPF).

Lagoa Santa, 17/VIII/1864, Warming s.n. (US 290504) .Ibid., APA Carste de Lagoa Santa, X/1995,

A.E. Brina & L.V. Costa s.n. (BHCB 32728). Miranda, 18º 54’45”S, 48º 23’0”W, s.d., A.L.P. Mota

et al. s.n. (VIC 14551). Montes Claros, 9/XI/1938, Markgraf et al. 3136 (F, R, RB). Ibid.,

1/VII/2003, G. Hatschbach et al. 75986 (UEC). Paracatu, Estrada Paracatu-João Pinheiro,

17°23’59”S, 46°43’95”W, 30/VII/2000, C.B. Costa & P. Fiaschi 368 (SP,SPF). Paraopeba,

Fazenda Rasgão, 10/VIII/1957, E.P. Heringer 5682 (UB). Ibid., Horto Florestal, 7/IX/1957, E.P.

Heringer 5722 (UB). Ibid., Rodovia Brasília-Paraopeba, 20/VII/1959, E.P. Heringer & A. Mattos

118 (RB). Perdizes, Unidade de Conservação do Galheiro-CEMIG, 26/V/1994, E. Tameirão Neto

Page 134: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

116

& M.S. Werneck 1197 (BHCB, UEC). Ibid., 24/VI/1994, E. Tameirão Neto & M.S. Werneck 1260

(BHCB). Riachinho, 16º 26”S, 46º 21”W, 3/III/2001, L.H. Soares et al. 824 (UB). Sabará,

2/VIII/1942, M. Magalhães 3253 (HB, IAN). São Gonçalo do Rio Preto, 18º6’45”S, 43º20’27”W,

18/X/2000, J.A. Lombardi 4108 (BHCB, UEC). São Sebastião do Paraíso, s.d., A.M.G.A. Tozzi &

C. Tozzi 23072 (UEC). Santana de Patos, 19/VI/1936, Mello Barreto 4502 (F). Santana do Riacho,

Estrada para Santana do Riacho, 7/VI/1980, N.L. Menezes et al.CFSC 6186 (R, SPF). Senador

Mourão, Olhos d’água, 17/VIII/1988, J. Tabacow & C. Chamas s.n. (R 186847). Três Marias,

23/X/1969, E.P. Heringer 11901 (INPA, MG, UB). Uberaba, 20/X/1967, R. Goodland 4109 (UB).

Uberlândia, 13/VII/1978, M.R.R. Vidal et al. 420 (VIC). s. loc., 1862, L. Neto (R 37570). “inter Rio

Grande et praedium Machado”, s.d., A.F. Regnell III 268 (R 37568, NY 996735). s. loc.,

1/IV/1959, M. Magalhães 1736 (UB). s. loc., entre Patos e Pirapora, 16/IX/1963, R.S. Santos & A.

Castellanos 24379 (HB, NY). s. loc., Serra do Espinhaço, entre Montes Claros e Riacho dos

Machados, 20/IX/1963, R.S. Santos & A. Castellanos 24282 (HB). s. loc., Estrada Belo Horizonte-

Brasília, entre João Pinheiro e Paracatu, 26/VII/1973, G.F.J. Pabst 9340 (HB, K). São Paulo:

Bauru, XI/1999, M.A.B. de Agostini s.n. (PMSP 5964). Ibid., VII/2002, M.A.B de Agostini s.n.

(PMSP 6797). Moji-Guaçu, VI/1976, P.Gibbs et al 2002 (UEC). Ibid., VIII/1978, H.F. Leitão

Filho & K. Yamamoto 8260 (UEC). BOLÍVIA. Depto. Santa Cruz: Prov. Velasco, Parque

Nacional Noel Kempff Mercado, 13°39’30”S, 60°49’12”W, 01/X/1993, Quevedo et al. 2329 (F,

MO, WIS); Ibid., 13°32’S, 61°01’W, 16/XI/1993, E. Gutiérrez et al. 503 (MO, WIS). Ibid.,

14°36’25” S, 60°51’23”W, 14/X/1994, T.J. Killen et al. 6748 (F, MO, NY, WIS). Ibid.,

14°35’04”S, 60°50’26”W, 30/X/1994, B. Mostacedo 2459 (NY). Ibid., 13°53’55”S, 60°48’46”W,

3/XI/1995, A. Rodriguez & J. Surubi 634 (F, MO, NY, USZ, WIS).

Bolívia, nos bosques chiquitanos e no Brasil nos Estados de Tocantins, Bahia

(divisa com Goiás), Minas Gerais e São Paulo e em todos os estados da região Centro-

Oeste (fig. 6) no Cerrado, às vezes em áreas degradadas. Coletada com flores de maio a

agosto e com frutos de setembro a novembro.

Page 135: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

117

Trata-se de uma espécie facilmente distinta por ser a única que ocorre no Brasil a

apresentar tricomas estrelados recobrindo os folíolos e a face externa do cálice e pedicelos

(fig. 2: G), formando um indumento geralmente dourado.

5. Eriotheca gracilipes (K. Schum.) A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 145. 1963.

Bombax gracilipes K. Schum. in Mart., Fl. bras. 12 (3): 221, tab. XLII, 1886. Tipo: Brasil,

Mato Grosso, s.d., Weddell 3336 (lectótipo designado por Robyns 1963, P). Brasil, Mato

Grosso, Cuiabá, s.d, Martius 1250 (síntipo NY, imagem!).

Bombax crenulatum K. Schum., in Mart., Fl. bras. 12 (3): 219, 1886. Tipo: Brasil. São

Paulo, s.d., Burchell 5252 (lectótipo, K imagem!, designado por Duarte & Esteves 2010a,

em prep.).

Bombax crenulatum subsp. multiflorum Hassl. var. lobatum [como “lobata”] Hassl.,

Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 8: 68, 1910. Tipo: Paraguai. Sierra de Amambay: in

“campos Serrados”, Estrella, s.d., T. Rojas 10846 in Hassler (G; MO, imagem!; NY,

imagem!; P; S; W).

Bombax crenulatum subsp. multiflorum var. subintegrum [como “subintegra”] Hassl.,

Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 8: 68, 1910. Tipo: Paraguai. “Sierra de Amambay: in

campos Serrados, Speranza”, s.d., T. Rojas 10846a in Hassler (holótipo G imagem!).

Eriotheca hassleri A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 137. 1963. Tipo: Paraguai.

“Sierra de Maracayu”, s.d., Hassler 5181 (holótipo, G imagem!).

Fig. 5: A-C

Arvoretas a árvores 2-10 m alt., perenifólias; tronco 12-20 cm diâm., retilíneo ou

tortuoso. Indumento predominantemente de escamas peltadas arredondadas. Folhas 4-5-

folioladas; pecíolos 3-27 cm compr., base espessada e negra, às vezes com nectários ca 4

cm compr., com escamas peltadas esparsas, castanhas; peciólulos 0,3-2 cm compr.; folíolos

Page 136: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

118

4-25x2,5-14,5 cm, coriáceos, levemente discolores, esverdeados a castanhos, obovados,

obovado-oblongos a oblongos, ápice arredondado, leve a profundamente emarginado,

mucronado, margem espessada, levemente revoluta, face adaxial castanha, opaca, com

manchas alvas, escamas peltadas negras esparsas, às vezes associadas com tricomas

simples negros, glabrescente, face abaxial esverdeada, com escamas peltadas castanhas, às

vezes negras e com tricomas simples negros, glabrescente. Flores axilares, 1-5 em cada

cima; botões florais obovóides, 1,5-2,5 cm compr., pedúnculo 0,5 cm compr.; pedicelos 1-

4 cm compr., com escamas peltadas castanhas, esparsas, glabrescentes; receptáculo 0,3-1

cm compr., com 3-5 nectários esparsos ou próximos entre si formando um anel, raramente

ausentes; cálice 4-7x5-9 mm, cupuliforme ou campanulado, borda geralmente truncada,

levemente 5-apiculada ou raro irregularmente 3-5-lobada, externamente com escamas

peltadas castanhas; pétalas 1,5-3,5x0,8 cm, côncavas, estreito-obovadas, unilateralmente

encurvadas na porção apical, ambas as faces com tricomas estrelados dourados; estames

120-150, tubo estaminal 0,3-0,6 cm compr., alvo a castanho, cilíndrico, constrito na porção

mediana; partes livres dos estames 6-15 mm compr., anteras reniformes; ovário cônico a

subgloboso, com escamas peltadas alvo-hialinas a ferrugíneas. Cápsula 5-7 cm compr.,

obovóide, com escamas peltadas castanhas a ferrugíneas, glabrescentes; sementes 5-6 mm

compr.

Material examinado: BRASIL. Rondônia: Colorado do Oeste, Porto Velho-Cuiabá,

12°13’S, 60°61’W, 8/VI/1984, C.A. Cid et al. 4349 (INPA, MG, MO, NY, US). Vilhena,

12°18’18,5”S, 60°23’13,1”W, 23/V/1997, I.S. Miranda & P.J.D.Silva 1534 (IAN, INPA, MG).

Ibid., arredores do aeroporto, 23/V/1979, M.G. Silva & C. Rosário 4593 (INPA, MG, NY). Bahia:

Barreiras, 11/VI/1992, A.M. Carvalho et al. 4007 (CEPEC, NY, US). Cocos, 6/VIII/2001, M.L.

Fonseca et al. 2883 (IBGE, NY). Distrito Federal: Brasília, 30/IX/1964, H.S. Irwin et al 6490

(NY). Ibid., 11/VIII/1965, D. Coelho s.n. (INPA 16704, UEC 33675). Ibid., 12/VI/1979, E.P.

Heringer et al. 1530 (MO, NY, US). Ibid., 26/VI/1979, E.P. Heringer et al. 1623 (IBGE, MO, NY,

Page 137: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

119

RB). Ibid., Rio Paranoá, 17/VII/1979, E.P. Heringer 1821 (INPA, MG, MO, US). Goiás: Bom

Jesus de Goiás, arredores, 19/VII/1974, G. Hatschbach 34597 (INPA, MBM). Corumbaíba,

margem esquerda do Rio Corumbá, 26/V/1993, H.G.P. Santos et al. 37 (CEN). Jaraguá,

20/VI/1943, A. Macedo 41 (MO). Nova Ponte, 26/VI/1996, E. Tameirão Neto 2068 (BHCB).

Luziania, 5km de Luziania, 20/V/1972, E.P. Heringer 12195 (UEC, NY). Niquelândia, 13°59’S,

48°22’W, 5/IX/1995, B.M.T. Walter et al. 2530 (CEN). Ibid., 14°27’21”S, 48°26’04”W,

13/VIII/1996, R.C. Mendonça et al. 2554 (NY). Posse, Estrada Posse/Guarani, via serra,

10/VIII/1994, B.A.S. Pereira & D. Alvarenga 2633 (IBGE, RB). São Joaquim, 7/IX/1976, P. Gibbs

et al. 2715 (NY). Uruaçu, 14°26’S, 49°00’W, 4/VIII/1992, B.M.T. Walter et al. 1859 (CEN). s.

loc., entre Tijuco e Gengibre, 8/VIII/1894, Glaziou 20721 (R). s. loc., Serra de Jacuba, 2/VIII/1964,

G.T. Prance & N.T. Silva 58529 (NY). s. loc., entre Porangatú e Gurupú, 13/VIII/1978, J.M. Pires

& M.R. Santos 16628 (MG, NY). s. loc., 100 km south of Guara, 12/VIII/1963, B. Maguire et al.

56134 (MO, NY). s. loc., ca. 85km de Aragarças, 22/VI/1966, H.S. Irwin et al. 17625 (IAN, NY,

US). Mato Grosso: Alto Coité, Poxoréo, s.d., M. Macedo et al. 6406 (UFMT). Alto Paraguai, Vão

Grande, 15°15’S, 56°55’W, 21/VII/1994, B. Dubbs 1556 (ESA, K, MBM). Aripuanã, 19/VI/1979,

M.G. Silva & C. Rosário 4994 (MG). Barra das Garças, 4km de Xavantina, 5/VIII/1967, S.

Fonseca 267 (UB, US). Ibid., 27/VI/1999, M. Macedo & A.R. Ferreira 7048 (UFMT). Campo

Novo dos Parecis, 3/VIII/1994, M. Macedo & R. Godinho 3810 (INPA). Cuiabá, Chapada dos

Guimarães, s.d, M. Cazaro s.n. (CGMS 13034). Ibid., São Vicente, BR 364, KM 315, 24/VII/1982,

N. Saddi 1421 (UFMT). Ibid., BR 364, Cuiabá-Rondonópolis, km 98-99, 27/IX/1988, R. Kral et al.

75157 (SP, UFMT). Ibid., Serrinha São Vicente, 26/VII/1995, M. Macedo & R. Godinho 4278

(UFMT). Ibid., Parque Nacional Chapada dos Guimarães, 15º 24’33,8”S 55º 49’22,6”W,

25/V/2008, M.C. Duarte et al. 120 (SP). Garapú, 13°12’S, 52°34’W, 29/IX/1964, H.S. Irwin &

T.R. Soderstrom 6419 (NY). General Carneiro, Meruri, VII/1963, T. Hartman 238 (SP). Juruena,

V/1909, F.C. Hoehne 1981 (SP). Nobres, Gleba Coqueiral, 14°35’S, 55°57’W, 24/V/1997, V.C.

Souza et al. 17194 (ESA, MT). Nova Brasilândia, 15/IX/2003, S.C. Costa & H. Ferreira 10

(UFMT). Novo Eldorado, 7/VI/1998, G. Guarim Neto & M. Macedo 7946 (UFMT). Paranatinga,

Km 35, s.d., M. Macedo 5831 (UFMT). Poconé, 13/VII/1984, S.A. Mori et al. 16778 (MO, NY).

Page 138: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

120

Pontes e Lacerda, Estrada para Mineradora Santa Elina, 14°31’S, 59°46’45”W, 11/IX/1997, A.G.

Nave et al. 2056 (ESA). Porto Alegre do Norte, 18/VIII/1997, L.C. Bernacci 2503 (ESA). Porto

Estrela, Estação Ecológica Serra das Araras, 16/IX/1987, Ecologia Vegetal-Polo 1635 (UFMT).

Rondonópolis, 16/V/1973, G. Hatschbach 31992 (NY). Ibid., BR 163, Região da Fazenda

Guarapuava, 10/VI/1988, G. Guarim Neto et al. 1370 (UFMT). São José do Xingu, 15/VIII/1997,

L.C. Bernacci 2463 (ESA). Sararé, 14°50’S, 58°30’W, 22/VIII/1978, J.M. Pires & M.R. Santos

16640 (MG, NY). Várzea Grande, 23/VI/1995, M. Macedo & R. Godinho 4245 (INPA, UFMT). s.

loc., VII/1892, O. Kuntze s.n. (F 297420, NY 996728). s. loc., Serra do Roncador, 160km, N. of

Xavantina, 27/V/1966, H.S. Irwin et al. 16136 (IAN, MO, NY, SP). s. loc., 2km NE de Xavantina,

7/VI/1966, H.S. Irwin et al. 16693 (IAN, NY, RB, UB, US). s. loc., ca. 1km de Xavantina,

19/VII/1967, J.A. Ratter & R.A. de Castro 118 (NY). s. loc., E. of Xavantina, 52°20’W, 14°44’S,

24/VII/1967, J.A. Ratter & R.A. de Castro 153 (NY). s. loc., ca. 6km de Xavantina, 52°20’W,

14°44’S, 9/VIII/1967, J.A Ratter & J. Ramos 301 (NY). s. loc., ca. 1,5km S de Xavantina,

52°20’W, 14°44’S, 17/VIII/1967, J.A. Ratter & J. Ramos 375 (NY). s. loc., Córrego do

Moribondo, 12°54’S, 51°52’W, 7/VII/1968, R.A. de Castro 2101 (IAN, RB, NY). s. loc., Estrada

Campo Grande-Cuiabá, BR 163, Km 671, 28/V/1975, P. Occhioni 7288 (UFMT). s. loc., Chapada

dos Guimarães, 15o 30’S, 55

o 28’W, 23/III/1978, M. Susana Sillman 131 (F). s. loc., Estrada para

Chapada dos Guimarães, 29/IV/1978, Macedo et al. 868 (UFMT). s. loc., Chapada dos Guimarães,

28/V/1983, A.T. Oliveira Filho 100 (UFMT). s. loc., Fazenda Rosalina, 28/VIII/1989, M. Macedo

& S. Assumpção 2369 (INPA). s. loc., Chapada dos Parecis, 50-70km Oeste do trevo para

Arenópolis, 12/V/1995, A. Pott et al. 7223 (CPAP). s. loc., BR 070, Km 125, Rodovia Campo

Verde, 7/VI/1997, M. Macedo & A.R. Ferreira s.n. (UFMT 6150). s. loc., BR 070, KM 170,

Rodovia Campo Verde-Primavera, 7/VI/1997, M. Macedo et al. 5493 (UFMT). s. loc., Chapada

dos Guimarães, 27/IX/2005, M.F. Barbosa Coelho & M.C. Albuquerque s.n. (UFMT 35781). s.

loc., Chapada dos Guimarães, Ribeirão do Forte, 1/X/2005, O.S. Nasser 233 (UFMT). Mato

Grosso do Sul: Aquidauana, 20/VIII/1997, F.M.A. Uchoa s.n (CGMS 8819). Ibid., Estrada entre

Rio Negro e Cipolândia, 19°49’10”S, 55°15’34”W, 31/VIII/1998, V.J. Pott & R. Foster 3689

(CPAP). Bataguaçu, Fazenda Santa Encarnação, 22/XI/1992, I. Cordeiro et al. 1087 (SP). Campo

Page 139: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

121

Grande, 31/V/1997, Berto & Vanderlei et al. s.n. (CGMS 6140). Ibid., Rodovia Campo Grande-

Três Lagoas, 12/VI/1984, L.B. Albuquerque s.n. (CGMS 261). Ibid., Parque dos Poderes,

29/V1987, C.A. Conceição 2083 (CGMS). Ibid., 20/X/1990, E. Burkhardt et al. 150 (CGMS).

Ibid., Chácara Cambará, 7/VI/1992, F. Farias s.n. (CGMS 4880). Ibid., 20°35’39,7”S,

54°21’53,4”W, 10/XII/2006, G.A. Damasceno Jr & A. Giulietti et al. 4541 (CGMS). Corguinho,

Fazenda ABN, 31/VII/1987, G. Hashimoto 635 (GHSP, SP). Corumbá, 17°50’S, 55°20’W, s.d., A.

Pott 2383 (CPAP). Ibid., Fazenda Santana, 18°06’S, 56°36’W, 6/VII/1985, A. Pott & V.J. Pott s.n.

(CPAP 1358). Coxim, V/1911, F.C. Hoehne 3954 (SP). Nhecolândia, 18°59’S, 56°39’W,

13/VII1987, A. Pott et al. 3227 (CPAP). Ibid., Fazenda Barrinhos, 18°55’S, 56°26’W, 6/VI/1993,

A. Pott et al. 6389 (CPAP). Ibid., 5km W da Fazenda Bocaiúva, 13/VIII/2005, A. Pott et al. 13208

(HMS). Rio Brilhante, 7/VII/1979, G.M. Christenson et al. 1136 (CEN, US). Três Lagoas, 20o47’S,

51o41’W, 21/V/1964, J.C. Correa Gomes Jr. 1751 (CPAP, F, SP, UB, US). Ibid., km 85 da Estrada

para o alto Sucuruí, 26/VII/1983, F. Barros 874 (SP). Ibid., Fazenda Santa Inês, 15/X/1989, R.C.S

Pagotto et al. 44 (CGMS). Ibid., 20°56’0,99”S, 51°49’62,8”W, 12/X/1998, A. Amaral Jr. et al. 20

(BOTU, CGMS). s. loc., 12km de Zuzu, 21°36’S, 54°04’W, 6/IX/1980, J.G. Guimarães 1157

(RB). s. loc., Rodovia Dourados-Porto Brilhante (BR 163), km 235, 25/VII/1986, M. Kirizawa

1718 (F). Minas Gerais: Cabeceira Grande, 16°12’41”S, 47°19’30”W, 05/IX/2001, T.B.

Cavalcanti et al. 2714-a (CEN). Uberlândia, 2/VII/1981, L.C. Pio 5 (IBGE, US). Ibid., Estação

Ecológica de Panga, 22/V/1992, Feep 148 (NY). Unaí, 6/X/1994, B.A.S. Pereira & D. Alvarenga

2658 (US). Ibid., entre Diamantina e Curvelo, 13/VIII/1960, B. Maguire et al. 49202 (NY). São

Paulo: Águas de Santa Bárbara, V/1989, J.A.A. Meira Neto 407 (UEC). Agudos, VII/ 1961,

Jaccered 60 (SP). Ibid., 22o 08'S 48

o 59'W, V/ 1994, J.Y. Tamashiro et al. 103 (HRCB, SP, SPF,

SPSF). Altinópolis, VII/1994, W.M. Ferreira et al. 926 (HRCB, SP, SPF, UEC). Analândia,

VII/1984, S.N. Pagano 637 (HRCB, R). Angatuba, VII/1966, M. Emmerich 2909 (R). Ibid.,

IX/1983, E. Gianotti et al. 14913 (UEC). Araraquara, XI/1888, A. Loefgren in CGG 960 (SP 9013).

Ibid., VI/1961, G. Eiten et al. 3114 (MO, SP, US). Ibid., VII/1968, H.F. Leitão Filho 17 (IAC).

Assis, VII/1991, J.V. Godoi et al. 92 (F, SP). Avaré, IX/1984, J.R. Pirani et al. 890 (SPF). Bauru,

VII/1994, J.R. Pirani et al. 3284 (ESA, HRCB, SP, SPF, UEC). Ibid., III/1997, M.H.O. Pinheiro

Page 140: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

122

s.n. (HRCB 34423). Ibid., VII/2002, V.L. Weiser 90 (SP). Ibid., VIII/2003, V.L. Weiser & A.C.

Figueira 220 (JBMB). Ibid., VIII/2003, V.L. Weiser 254 (JBMB). Ibid., VII/2003, V.L. Weiser &

A.C. Figueira 262 (SP). Ibid., IX/2003, V.L. Weiser & A.C. Figueira 284 (JBMB). Ibid., X/2005,

V.L. Weiser 639 (JBMB). Botucatu, XI/ 1896, G. Edwall in CGG 3387 (SP 14415). Ibid., VII/1938,

J.E. Rombouts 2625 (SP ,IAC). Ibid., 14 km E of São Manuel, 22 45’S, 48 25’W, Ibid., 4/X/1970,

I.S. Gottsberger 210 (F). Ibid., 13/VI/1972, I.S. Gottsberger 13672 (F). Ibid., 22o

34'S 48o 44' 19”

W, 7/1986, L.R.H. Bicudo et al. 1325 (SP, UEC). Ibid., 22o42'54"S 48

o19'42"W, VI/1996, V.C.

Souza & J.P Souza 11304 (ESA, HRCB, SP, SPF, SPSF, UEC). Brotas, 22o17'S 47

o 56'W,

16/VI/1961, G. Eiten et al. 2961 (MO, SP, US). Ibid., 16/VI/1961, G. Eiten et al. 2971 (SP, US).

Campos Novos Paulista, 22o31'S, 50

o11'W, VI/1982, L.A. Dambrós 280 (RB). Corumbataí,

VIII/1984, S.N. Pagano 609 (HRCB). Ibid., VII/1989, L.C. Saraiva 69 (HRCB). Franca, VIII/1963,

H.D. Bicalho 19 (SP). Itatinga, IX/1994, J.Y. Tamashiro et al. 630 (SP, SPF). Itirapina, V/1965,

J.E. de Paula 100 (SP). Ibid., IX/1966, R.A. de Pinho 61 (SP). Ibid, 6/VI/1967, C.L. Avalone et al.

13 (HRCB, IAN). Ibid., VII/1977, D.V. Toledo & E. Gianotti 5530 (SP,UEC). Ibid., XII/1984, S.N.

Pagano 568 (HRCB). Ibid., V/1985, O.Cesar 444 (HRCB). Ibid., VI/1985, O. Cesar 547 (HRCB,

JBMB, R). Ibid., VI/1991, P. Guimarães & V. Stranghetti 80 (HRCB). Ibid., VIII/1998, J.L.S.

Tannus et al. 144 (HRCB, UEC). Ibid., IV/1999, J.L.S. Tannus & M.A. Assis 454 (RB, HRCB).

Lençóis Paulista, 22o39'04"S, 48

o 52'03"W, VI/1995, J.Y. Tamashiro et al. 1081 (SP, SPF, HRCB,

ESA, UEC). Mogi-Guaçu; IX/1960, J. Mattos & N.F. Mattos 8291A (SP, US). Ibid., V/1965, J.

Mattos 12274 (SP, R, NY, F). Ibid., V/1977, P. Gibbs & H.F Leitão Filho 4770 (SP, UEC). Ibid.,

VIII/1980, W. Mantovani 874 (SP). Ibid., IV/1981, M. Sugyiama & W. Mantovani 159 (SP, R).

Ibid., VI/2004, M.C. Duarte & F.R. Cruz 13 (SP). Ibid., VI/2004, M.C. Duarte & F.R. Cruz 14

(SP). Ibid., VI/2004, M.C. Duarte & F. Pinheiro 43 (SP). Ibid., VI/2004, M.C. Duarte & F.

Pinheiro 44 (SP). Moji Mirim, IX/1940, J. Kiehl 5812. (SP, IAC, UEC). Orlândia, s.d., F.T. Farah

1638 (ESA, HUM). Penápolis, VII/1977, J.R. Pirani 11-77 (SPF). Pirassununga, VIII/1954, M.

Kuhlmann 3000 (SP, RB). Ibid., IX/1980, E. Forero et al. 8260 (SP, RB, COL). Ibid., VII/1985, M.

Kirizawa et al.1489 (SP). Ibid., 22o02´S, 47

o30´W, VI/1994, S. Aragaki & M. Batalha 105 (SP).

Porto Ferreira, VII/1948, R. Wasicky s.n. (SPF 11785, R, F, RB). Ibid., VII/1992, J.E.A. Bertoni

Page 141: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

123

166 (SPSF). São Carlos, V/1940, A.P. Viégas & E. Normanha 5557 (SP, IAC). Ibid., IX/1954, M.

Kuhlmann 3037 (SP). Ibid., 19/VIII/1961, J.M.F.Campos 9 (US). Ibid., V/1987, L.C. Bernacci & I.

Cordeiro 131 (IAC). Ibid., IV/1994, K.D. Barreto et al. 2342 (UEC, ESA). Ibid., XI/1995, V.C.

Souza et al. 9380 (ESA, UEC, SPSF). Ibid., VII/1998, F.J.F. Garcia & V.O. Lucato 1541 (PMSP).

São Martinho do Oeste, VII/1902, A. Loefgren in CGG 5733 (SP 9012). Santa Rita do Passa

Quatro, 21o 36-44'S, 47

o 34-41'W, VII/1996, M.A. Batalha & M.C.L. Jorge1427 (SP). Ibid.,

VI/1997, S.A.P. Godoy & V.L. Weiser 913 (SPSF, SPFR). São Simão, V/1981, H.F.Leitão Filho et

al. 12535 (RB, UEC). s. loc., 242 km N de São Paulo, 1966, R. Goodland 406 (NY). BOLIVIA.

Depto. Santa Cruz: Prov. Velasco, 13°31’S, 61°02’W, 27/VI/1991, M. Nee 41462 (MO, NY).

Ibid., 13°33’S, 61°00’30”W, 22/VI/1991, M. Nee 41240 (MO, NY). Estacion Flor de Oro, margem

del Rio Iténez (Guaporé). Ibid., Parque Nacional Noel Kempff Mercado, 14°32’00”S, 61°01’00”W,

fo, 20/IV/1993, Killen et al. 5395 (WIS). Ibid., 14°34’55”S, 60°50’28”W, 30/X/1993, T. Killen et

a. 5957 (WIS). Ibid., 13°53’55”S, 60°48’46”W, 19/V/1994, B. Mostacedo & S. Cabrera 1982

(WIS, MO).

Paraguai, Bolívia nos bosques chiquitanos e no Brasil no domínio do Cerrado, (fig.

6) em Rodônia, Minas Gerais e Bahia, próximo às fronteiras com Mato Grosso e Goiás.

Coletada com flores de maio a setembro, frutos em agosto e setembro.

Trata-se da espécie estudada que exibe as maiores variações quanto às dimensões

das estruturas vegetativas e florais e à forma dos folíolos, cálice e pétalas. Caracteriza-se

pelos folíolos coriáceos, castanho-esverdeados com manchas alvas e pelo cálice em geral

cupuliforme. Dentre as espécies que ocorrem no Cerrado, compartilha com E. parvifolia as

escamas arredondadas de superfície lisa e contorno regular (fig. 2: A), a presença de

tricomas simples negros na face abaxial dos folíolos (fig. 2: H) e os menores portes, sendo

as únicas espécies que ocorrem no Cerrado que não ultrapassam 10 m de altura. Entretanto,

as duas espécies diferem pelos caracteres mencionados na chave e quanto à distribuição

geográfica, E. gracilipes ocorre na Bolivia e no Brasil desde Rondônia até São Paulo,

enquanto E. parvifolia é endêmica da Cadeia do Espinhaço de Minas Gerais.

Page 142: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

124

6. Eriotheca parvifolia (Mart. & Zucc.) A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 150.

1963.

Bombax parvifolium Mart. & Zucc., Flora 8(1): 28, 1825. Tipo: Brasil, Minas Gerais “inter

Minas Novas et flumen São Francisco, prope Bananal et in Serra de Grao Mogol in

deserto”, VII/1818, Martius obs. 1552. (lectótipo designado por Robyns, 1963, M

imagem!). Brasil, Minas Gerais “habitat in deserts ad S. Francisci, prope Salgado”,

Martius 1552ª (síntipo, M imagem!).

Bombax parviflorum Mart., Nov. Gen. sp. pl. 1(4): 91, tab. LVII, 1826.

Eriotheca parviflora (Mart & Zucc.) Schott & Endl., Melet. bot. p.35, 1832.

Fig. 5: D-G

Arvoretas 1-5 m alt., perenifólias. Indumento predominantemente de escamas

peltadas arredondadas. Folhas 3-5-folioladas; pecíolos 0,5-5 cm compr., alargado nas

extremidades, escuros, com 2 nectários 0,5 cm compr. situados na base; peciólulos nulos;

folíolos 2,5-11,5x0,8-4 cm, coriáceos, levemente discolores, obovados a oblanceolados,

ápice arredondado-emarginado, mucronado, margem revoluta, face adaxial castanho-

escura, às vezes brilhante, glabra, face abaxial castanho-clara, com escamas peltadas

castanhas, esparsas e/ou tricomas simples negros, decíduos (restando só a base),

glabrescente. Flores 2-4 em cada cima, 2,5-4 cm compr., axilares; pedúnculo 0,2 cm

compr.; botões florais obovóides, ca. 1,5 cm compr.; pedicelos 0,5-1,5 cm compr., glabros;

receptáculo 0,2-0,5 cm compr., com nectários inconspícuos, esparsos ou próximos entre si

formando um anel; cálice 0,5-0,7x0,7-1 cm, campanulado, com escamas peltadas, borda

truncada, apiculada ou 5-lobada; pétalas 2,4-2,7x0,7-0,8 cm, côncavas, estreito-obovadas,

unilateralmente encurvadas na porção apical, ambas as faces com tricomas estrelados

dourados, face ventral com tricomas formando linhas verticais na porção não imbricada;

estames 74-90, tubo estaminal 0,4-0,5 cm compr., alvo a castanho, cilíndrico, constrito na

Page 143: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

125

porção mediana; partes livres dos estames 1,3-1,8 cm compr., anteras reniformes; ovário

cônico, densamente flososo-ferrugíneo. Cápsula ca. 4cm compr., obovóide, flocoso-

ferrugínea, glabrescente; sementes 7 mm compr.

Material examinado: BRASIL. Minas Gerais: Diamantina, 18°10’S, 43°37’W,

25/IX/1990, G.L. Esteves et al. CFCR 15511 (NY). Grão-Mogol, Vale do Rio das Mortes,

24/VII/1986, D.C. Zappi et al. CFCR 9892 (R). Ibid., Bacia do Carrasco da Morte, 16°34’S,

42°54’30”W, 4/XI/1987, M.C. Assis et al. CFCR 11529 (SPF, R, NY). Ibid., Cerrado para o Rio

Ventania, 16°32’S, 42°49’W, 13/XII/1989, J.R.Pirani et al. CFCR 12682 (R). Ibid., Estrada para o

Rio Ventania, 16o 32’S, 42

o 49’W, 5/IX/1990, G.L. Esteves et al. CFCR 13348 (SP, SPF). Ibid.,

proximidades do Rio Itacambiruçu, 16°36’22,83”S, 42°50’57,25”W, VIII/2002, C. Aquino &

A.P.Teixeira s.n. (BHCB 75637). Ibid., Estrada para Josenópolis, 16º 33’40,9” S, 42º 52’34”W,

5/XI/2007, M.C Duarte et al. 109 (SP). Gouveia, 3-5km NO de Gouveia, 24/VII/1998, G.

Hatschbach et al. 68218 (IAN, MBM) Serro, Cabeceiras do Rio Jequitinhonha, 25/X/1999, G.

Hatschbach et al. 69728 (MBM). s. loc., próximo de Diamatina, 22/XII/1959, B. Maguire & C. K.

Maguire 44723 (NY).

Brasil, Minas Gerais (fig. 6), endêmica da Cadeia do Espinhaço, no Cerrado em

solo arenoso-pedrogoso. Coletada com flores em julho e agosto e frutos em outubro a

dezembro.

Eriotheca parvifolia é a única espécie do gênero que ocorre na Cadeia do

Espinhaço de Minas Gerais, onde apresenta porte relativamente baixo (até 5m), folíolos

sésseis e estreitos (0,8 a 4 cm), com a face adaxial geralmente brilhante. Quanto aos

caracteres florais, destaca-se pelas flores curtamente pediceladas e pelo cálice

campanulado.

Page 144: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

126

Figura 5. A-C: Eriotheca gracilipes. A: Ramo com botões florais; B: pétala, face ventral;

C: tubo estaminal. D-G: Eriotheca parvifolia. D: ramo com botões florais; E. cálice; F:

pétala, face ventral; G: tubo estaminal. H-K: Eriotheca pubescens. H: ramo com flores; I:

cálice; J: cálice; K: pétala, face ventral. (A: Irwin 16136; B-C: Duarte 44; D-G: Esteves

13348; H-I: Costa 368; J-K: Macedo 3707).

Page 145: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

127

Figura 6: Mapa de distribuição geográfica de E. gracilipes ( ), E. parvifolia (●) e E.

pubescens (□).

Page 146: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

128

7. Eriotheca globosa (Aubl.) A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 142. 1963.

Bombax globosum Aubl., Hist. pl. Guiane II, p. 701, tab. 281, 1775. Tipo: Tab. 281 de

Aublet, Hist. pl. Guiane IV, 1775 (holótipo!). Brasil, Amazonas, Rio Cauaburí, base da

cachoeira Caranguejo, 4/XI/1965, B. Maguire et al. 6097(epítipo MG; duplicatas NY!,

MO!, designado por Duarte & Esteves (2010a) em prep.).

Bombax globiferum J.F. Gmel. in L., Syst. nat. Tomus II, pars 2, p. 1040. 1792.

Fig. 7: A-E

Árvores (4-10-) 15-36 m alt., perenifólias; tronco 10-120 cm diâm., retilíneo.

Indumento de escamas peltadas arredondadas ou flocoso-ferrugíneo. Folhas 3-4(-5)

folioladas; pecíolos 1-6,0(-8,0-13) cm compr., base espessada; peciólulo 3-7(-10) mm

compr., negros; folíolos 3,5-17(-19) x 2,5-5(-8) cm, cartáceos, obovados, oblongos e

elípticos, às vezes avermelhados, ápice arredondado, levemente emarginado, base

decorrente, margem levemente revoluta, face adaxial glabra, face abaxial com escamas

peltadas, castanhas a esbranquiçadas. Flores 1-7 em cada cima, 1,5-2,5 cm compr.; botões

florais 1-1,3 cm compr., obovóides; pedúnculo 0,5-0,6 cm compr., pedicelos 0,5-1,5 cm

compr., flocoso-ferrugíneo; receptáculo 0,1-0,3 cm compr., com 5 nectários negros

próximos entre si formando anel, raro 1-2 nectários; cálice 0,4-0,7x0,4-0,8 cm,

campanulado, borda irregularmente crenada, apiculada ou 5-lobada, externamente flocoso-

ferrugíneo; pétalas 1,1-1,8x0,4-0,6 cm, côncavas, obovadas, unilateralmente encurvadas na

porção apical, ambas as faces com tricomas estrelados dourados, face ventral com tricomas

formando linhas verticais na porção não imbricada; estames 130-140, tubo estaminal 0,3-

0,5 cm compr., alvo a castanho, cilíndrico, constrito na porção mediana, partes livres dos

estames 0,5-1 cm compr., anteras reniformes; ovário subgloboso a cônico, flocoso-

ferrugíneo; estilete glabro. Cápsula 3-3,5 cm compr., obovóide a subglobosa, glabrescente;

sementes 5-6mm compr.

Page 147: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

129

Material examinado: VENEZUELA. Bolivar: along Rio Karuai bordering savanna, 1220

metros alt., 28/XI/1944, J. Steyermark 60679 (F). GUIANA. s. loc., Essequibo river, 01°39’N,

58°38’W, 28/IX/1989, M.J. Jansen-Jacobs et al. 1878 (US, NY). s. loc., Mapenna Ck, 2/XI/1946,

D.B. Fanshawe 2606 (NY, US). SURINAME. Via secta ab Wia wia-bank ad Grote

Zwiebelzwamp, 18/XI/1948, J. Lanjouw & J.C. Lindeman 1145 (NY). GUIANA FRANCESA.

Depto de la Guyane, Cayenne, 4/IX/1957, s.c., 7732 (NY). Ibid., 4°50’N, 52°20’O, 20/X/1995,

M.F. Prévost 3182 (CAY, US, NY). Ibid., 4°56’N, 52°20’O, 19/IX/1999, M.F. Prévost & D.

Barthelemy 3708 (US, CAY, NY, BR, P). Ibid., 4°56’N, 52°20’O, 29/IX/1999, M.F. Prévost 3751

(US, CAY, P, NY,BR). Sinnamary, 15/IX/1989, D. Sabatier & M.F. Prevost 2578 (CAY, P, U, K,

G, INPA, MO, US, NY). Cachoeira Camarua, 3°10’N, 52°19’W, 2/X/1960, L.Y.Th. Westra 48554

(MG, IAN, US, NY). PERU. Depto. Loreto: Distr. Fernando Lores, 18/XII/1963, A.G. Ruiz 137

(US). Distr. Pebas, Rio Yahuasyacu, 18/VI/1976, J. Revilla 716 (F). s. loc., Rio Nanay, between

Mishana and Puerto Almendras, 2/III/1979, A. Gentry & J. Aronson 25318 (NY). s. loc., Qda.

Valentin, Rio Tahuayo, 18/XII/1963, A. A. Vargas 26 (WIS). s. loc., 2/III/1979, A. Gentry & J.

Aronson 25318 (MO, F). s. loc., 03°48’S, 73°25’W, 20/VII/1982, R. Vasquez & N. Jaramillo 3161

(MO, NY, F). s. loc., Mishana, rio Nanay, 25/VII/1987, F. Ayala et al. 5729 (WIS, MO). Depto.

Ucayali: Distr. Calleria, 4/VII/1968, M.Castillo 20 (US, NY). Ibid., 09/X/1968, M. Castillo 38

(US, NY). Depto Madre de Dios: Manu, Parque Nacional Manu, 11°49’S, 71°32’W, 20/X/1986,

R.B. Foster & B. d’Achille 11940 (F, WIS). Tambopata, 14/VI/1989, P. Nunez et al. 10802 (MO,

WIS). BRASIL. Amapá: Macapá, 27/X/1980, B. Rabelo 931 (MG). Oiapoque, 3°39’N, 51°46’W,

3/xii/1984, D.C. Daly & J. Cardoso 3798 (MG, INPA, US, MO, NY). s. loc., Rio Oiapoque,

3°33’N, 51°37’W, 14/X/1960, J.M. Pires & L.Y. Th. Westra 48818 (MO, NY). s. loc., Rio

Araguari, Serra do Navio, 26/IX/1961, J.M. Pires et al. 51241 (IAN, MG, MO, NY). s. loc.,

10/XI/1979, D.F. Austin et al. 7364 (US, INPA, NY). s. loc., 10/XI/1979, B. Rabelo 123 (NY).

Amazonas: Humaitá, 7°45’S, 62°32’W, 19/VI/1982, L.A.O. Teixeira et al. 1233 (INPA, MG,

NY). Manaus, 19/VI/1941, A. Ducke 791 (R, IAN, MG, US, MO, NY, F). Ibid., Estrada Parque 10,

28/VII/1955, Francisco s.n. (MG 21751, INPA). Ibid., estrada da Forquilha, 22/VIII/1955, Chagas

s.n. (MG 21754, INPA 1699). Ibid., Reserva Florestal Ducke, 4/X/1968, W. Rodrigues & L. Coelho

Page 148: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

130

8582 (INPA). Ibid., Reserva Florestal Ducke, 02°53’S, 59°58’W, J.E.L.S. Ribeiro & E.C. Pereira

1740 (SP, MO). Ibid., Reserva Florestal Ducke, 31/X/1997, P.A.C.L. Assunção & C.F. Silva 707

(SP, INPA). Tabatinga, 26/IX/1931, A. Ducke s.n. (RB 24824). Ibid., 2°25’31”S, 59°43’50”O,

23/XI/1990, M.A. Freitas et al. 487 (US, INPA, NY). Trombetas, campos de Ariramba,

21/XII/1906, A. Ducke 8036 (RB, MG). s. loc., região do Rio Madeira, XII/1931, B.A. Krukoff

1290 (MO, NY). s. loc., base da cachoeira Caranguejo, Rio Cauaburí, 4/XI/1965, B. Maguire et al.

60097 (MG, MO, NY). s. loc., Rio Jarí, Monte Dourado, 19/IV/1968, E. Oliveira 4255 (NY). s.

loc., Monte Dourado, 20/VIII/1969, N.T. Silva 2719 (IAN). s. loc., Rio Jarí, Estrada entre Planalto

A e Tinguelin, km 13, 22/IX/1969, N.T. Silva 2781 (IAN). s. loc., Rio Curuquetê, Cachoeira

Republica, 24/VII/1971, G.T. Prance et al. 14569 (R, INPA, NY). s. loc., Rio Cuieras, 28/IX/1971,

G.T. Prance et al. 14997 (MG, US, NY). Pará: Almeirim, Monte Dourado, 01/X/1983, M.J.P.

Pires & M.A. Conceição 653 (INPA, NY). Ibid., Quaruba da Reserva Genética do Jarí, 1°3’S,

52°51’W, , 5/VIII/1988, M.J. Pires 2404 (NY). Altamira, região Garotire, 31/VII/1962, N.T. Silva

757 (IAN ). Belém, portão do IAN, 9/IX/1948, N.T. Silva 130 (IAN, NY). Ibid., Ilha de Marajó,

0°58'60.00"S, 49°34'60.00"W, 17/XI/1948, G.A. Black 48-3625 (IAN, NY); Ibid., IX-X/1961, J.M.

Pires 51889 (US, NY). Ibid., 23/IX/1967, J.M. Pires & N.T. Silva 11015 (IAN). Ibid., Ilha do

Mosqueiro, entre Cajueiro e Caranduba, 20/X/1971, E. Oliveira 5911 (IAN). Ibid., Ilha do

Mosqueiro, 20/X/1971, E. Oliveira 5925 (IAN). Ibid., Ilha do Mosqueiro, 26/IX/1982, N.A. Rosa &

R.P. Bahia 4469 (INPA, MG, NY). Bragança, 27/I/1976, E. Oliveira 6407 (MG). Belterra,

14/XI/1975, M. Barbosa & Faustino 39-8 (UB). Ibid., 29/XII/1975, M. Barbosa & Faustino 39-9

(UB). Carajás, Serra dos Carajás, 16/X/1977, C.C. Berg & A.J. Henderson 576 (US, INPA, MO,

NY). Curuçá, Mutucal, 4/XI/1985, L.C.B. Lobato et al. 136 (MG). Faro, 21/VIII/1907, A. Ducke

s.n. (RB 13540, MG 8440). Gurupá, 26/I/1916, A. Ducke 16002 (R, RB, US). Ibid., campina do

Igarapé Jucupi, 18/VIII/1954, J.M. Pires & N.T. Silva 4703 (IAN, US). Itaituba, km 63 da estrada

Itaituba-Jacareacanga, Parque Nacional do Tapajós, 12/XI/1978, M.G. Silva & C. Rosário 3673

(NY). Marabá, Carajás, Serra Norte, 7/VIII/1982, U.N. Maciel et al. 787 (IAN, MG, INPA, NY).

Maracanã, ilha de Fortalezinha, 5/XII/1999, L.C.B. Lobato et al. 2488 (MG). Ibid., Maiandeua,

APA de Algodoal, 5/X/2006, M.N.R. Furtado & A.E.S. Rocha 06 (MG). Novo Progresso, Serra do

Page 149: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

131

Cachimbo, 9°16’19,6”S, 54°56’22,2”W, 20/VIII/2003, A.S.L. Silva et al. 3974 (MG, SP).

Salvaterra, Chiquita, 25/XI/1988, A.S.L. Silva & C.S. Rosário 2161 (MG). Santarém, IX/1850,

Spruce 1079 (MG, F, NY). Tucuruí, ca. 18km leste do Rio Tocantins, 3°30’S, 49°32’W,

28/X/1981, D.C. Daly et al. 1004 (MG, INPA, IAN, NY, US, MO). Ibid., Represa da Hidrelétrica

de Tucuruí, IV/1981, N.C. Bastos & C. Motta 349 (MG). s. loc., 5/X/1974, B.S Pena 501 (IAN). s.

loc., Rio Arapiuns, Cachoeira do Aruã, 18/XI/1952, J.M. Pires & N.T. Silva 4378 (IAN). s. loc.,

Rio Tapajóz, 23/VII/1923, A. Ducke s.n. (RB 18083). s. loc., Rio Trombetas, Oriximiná,

24/VIII/1968, M. Silva 1723 (MG). s. loc., Estrada Santarém-Cuiabá, BR-165, KM 113, 29/II/1975,

Faustino s.n. (INPA 61071). Ibid., 13/XI/1975, Humberto s.n. (INPA 61072). Rondônia: s. loc.,

Base São Luiz, 25/VI/1976, N.A. Rosa 829 (IAN). Maranhão: Bom Jardim, área indígena Caru,

28/IX/2001, J.M. Silva & R.L. Correia s.n. (MG 164591). São Luiz, 10/IX/1903, A. Ducke s.n. 350

(RB, MG, US). Ibid., 23/IV/1933, R.Fróes 43 (US). Ibid., Granja Barreto, 4/I/1950, R.L. Fróes

25633 (IAN). Ibid., 29/IX/1984, B. Macário 76 (MG). s. loc., Região do Rio Maracassumé,

22/X/1932, R. Fróes 1968 (MO, NY). Ibid., 24/X/1932, R. Fróes 1979 (US, MO, NY, F).

Tocantins: Araguaina, 11/VIII/1963, B. Maguire et al. 56103 (MO, NY). Mato Grosso: Água

Fria, Chapada dos Guimarães, 13/8/1997, G. Hatschbach et al. 66835 (MBM). Aripuanã, 59°21’N,

10°12’S, 20/X/1973, C.C. Berg et al. 8697 (US, MO, NY). Ibid., Cachoeira das Andorinhas,

10°09’58”S, 59°26’58”W, 11/VII/1997, G.F. Árbocz et al. 4300 (UEC). Comodoro, Fazenda

Amburana, 13°08’19”S, 60°04’88”W, 2/VIII/1997, N.M. Ivanauskas et al. 2164 (UEC, ESA, MT).

Nobres, 12° 55’S, 55°53’W, 18/IX/1985, C.A.Cid Ferreira et al. 6119 (INPA, US, NY). São Félix

do Araguaia, 11°S, 51°W, 17/X/1985, C.A.Cid Ferreira et al. 6508 (US, MO, NY, F). s. loc., Rio

Juruena, 15/VI/1977, N.A. Rosa & M.R. Santos 2128 (MG, RB, NY). s. loc., rio Juruena, estrada

para Aripuanã, 9/VII/1977, M.G Silva & J. Maria 3304 (MG, NY). BOLÍVIA. Depto Beni:

Chacobos, 11°45’S, 66°02’W, 25/I/1984, B.M. Boom 4272 (US, NY). Depto La Paz: Santa Fe,

13o40’S, 68

o12’W, 14m, 1/VIII/1995, S. DeWalt et al. 548 (F). Depto Santa Cruz: 14

0 44’11,4”S,

61o00’10,2”W, 9/V/1995, R. Guillé n & R. Choré 3543 (F, USZ). Parque Nacional Noel Kempff

Mercado, 14°33’S, 60°56’W, 26/VII/1995, G. Vargas & C. Vargas 3886 (WIS, USZ). Reserva

Florestal Bajo Paraguá; 14o 25’35” S 61 32’34” W, 27/IX/1995, T.J. Killen et al. 7666 (F).

Page 150: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

132

Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Peru e Brasil na Região

Amazônica, em mata de terra firme e mata de igapó; nos Estados de Mato Grosso e

Tocantins no Cerrado. Na Bolívia nos bosques chiquitanos (fig. 8). Popularmente

conhecida como “mungubinha” e “mamorana de terra firme”. Coletada com flores em

janeiro e de junho a novembro; frutos de setembro até fevereiro.

Espécie facilmente distinta por apresentar poucos folíolos (em geral 4),

frequentemente avermelhados, peciólulos negros e flores pequenas (até 2,5cm compr.),

destacando-se entre as espécies que ocorrem na Região Amazônica por exibir as menores

dimensões nas estruturas florais. Nessa região, se assemelha a E. surinamensis, por ambas

ocorrerem em mata de terra firme e apresentarem os menores portes nessa formação (cerca

30m). As duas espécies podem ser facilmente distintas pelo cálice campanulado e flocoso-

ferrugíneo em E. globosa e cupuliforme e lepidoto em E. surinamensis.

8. Eriotheca sclerophylla (Ducke) M.C. Duarte & G.L. Esteves.

Eriotheca macrophylla (K. Schum.) var. sclerophylla (Ducke) A. Robyns. Bull. Jard. Bot.

Etat 33 (1/2):154. 1963. Bombax sclerophyllum Ducke Arch. Inst. Biol. Veg., Rio de

Janeiro, 2: 58. 1935. Tipo: Brasil, Amazonas, município de Santa Izabel do Rio Negro,

7/I/1932, A. Ducke s.n. (holótipo RB 24825!).

Fig. 7: F-J

Árvores 18-40m alt., perenifólias. Indumento de escamas peltadas arredondadas

e/ou flocoso-ferrugíneo. Folhas 3-5-folioladas; pecíolos 5-19,5 cm compr., sulcados,

glabros, peciólulo 0,3-0,6 cm compr., negros; folíolos 5-19,5x3,2-10,5 cm, fortemente

coriáceos, rígidos, obovados, ápice arredondado, levemente emarginado, mucronado, face

adaxial glabra, face abaxial com escamas peltadas esparsas, nervação castanha. Flores 5-8

em cada cima, 2,5-3 cm compr.; botões florais 1,2 cm compr., oblongos; pedúnculo 0,3-

Page 151: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

133

0,5cm compr., pedicelos 1-2 cm compr., flocoso-ferrugíneos, glabrescentes; receptáculo

0,3-0,5 cm compr.; nectários 1-3 ou ausentes; cálice 0,5-0,6x0,8-1,1 cm, cupuliforme,

glabrescente, borda truncada, externamente flocoso-ferrugíneo; pétalas 2,2-2,5x0,6-1 cm,

côncavas, obovadas, unilateralmente encurvadas na porção apical, ambas as faces com

tricomas estrelados dourados, face ventral com tricomas formando linhas verticais na

porção não imbricada; estames 100-140, tubo estaminal 0,4-0,5 cm compr., alvo a

castanho, cilíndrico, constrito na porção mediana; partes livres dos estames 1-1,3 cm

compr., anteras reniformes; ovário cônico, flocoso-ferrugíneo, estilete glabro. Cápsula não

vista.

Material examinado: COLÔMBIA. Dept. Vaupés: Rio Kananarí, Cerro Isibukuri,

29/IX/1951, R.E. Schultes & I. Cabrera 14700 (US, F). Ibid., 29-30/XI/1951, H. Garcia-Barriga

13787 (US). PERU. Dept. Madre de Dios: Cashucocha, Manu National Park, 19/X/1979, A.

Gentry et al. 26950 (MO). BRASIL. Amazonas: Santa Izabel do Rio Negro, Rio Negro, 7/I/1932,

A. Ducke s.n. (holótipo RB 24825). BOLÍVIA. Dept. La Paz: Prov. Sud Yungas, basin of Rio

Bopi, San Bartolomeo, 1-22/VII/1939, B.A. Krukoff 10326 (US, MO, NY, F). Dept. Beni: Prov.

Iténez, Serrania San Simon, 14°25’S, 62°03’W, s.d., R. Quevedo et al. 913 (MO).

Colômbia, Peru, Bolívia e Brasil no Estado do Amazonas, às margens do Rio Negro

(fig. 8). Coletada com flores em setembro, novembro, janeiro e fevereiro.

Eriotheca sclerophylla é a única espécie que ocorre no Brasil a apresentar os

folíolos extremamante coriáceos e rígidos, sendo totalmente glabros na face adaxial.

Compartilha com as espécies que ocorrem na Região Amazônica o porte elevado e o

número de folíolos. Entretanto, difere de E. globosa e E. surinamensis principalmente

pelos caracteres do cálice (forma e tipo de borda), do indumento (tipo de escama) e pelo

comprimento dos pedicelos; e de E. longipedicellata e E. longitubulosa pela morfologia do

tubo estaminal e das pétalas.

Page 152: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

134

9. Eriotheca surinamensis (Uittien) A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 155. 1963.

Bombax surinamense Uittien, Recueil Trav. Bot. Neerl. 22: 365, 1925. Tipo: Suriname,

Brownsberg, 6/X/1915, Stahel & Gonggrijp 674 (holótipo U, imagem!; isótipo L,

imagem!)

Fig. 7: K-O.

Árvores 10-32 m alt, perenifólias; tronco 12-45 cm diâm, retilíneo, com sapopemas

ca. 1,30 m. alt. Indumento constituído de escamas peltadas arredondadas. Folhas (3-)4-5-

folioladas; pecíolos 3-11,5 cm compr., glabros, alargados nas extremidades, às vezes com

2 nectários longitudinais, ca. 1,5 cm compr.; peciólulo 0,3-2 cm compr.; folíolos (3,5)-5-

16,5x2,5-7,6 cm, cartáceos, obovados a oblongos, ápice arredondado, emarginado,

mucronado, face adaxial glabra, face abaxial com escamas peltadas, castanhas. Flores (1-

)3-7 em cada cima, 1,5-2 cm compr., pedúnculo 0,4-1,3 cm compr.; botões florais

obovóides a oblongos, 1-1,5 cm compr., pedicelos 1,3-4 cm compr., com escamas peltadas;

receptáculo 0,2-1 cm compr., nectários 1-3 ou ausentes; cálice 0,4-0,6x0,7-1 cm compr.,

cupuliforme, borda truncada a 5-apiculada, externamente com escamas peltadas; pétalas 2-

2,5x0,9-1 cm, côncavas, obovadas, unilateralmente encurvadas na porção apical, ambas as

faces com tricomas estrelados dourados, face ventral com tricomas formando linhas

verticais na porção não imbricada; estames 120-150; tubo estaminal ca. 0,4 cm compr.,

alvo a castanho, cilíndrico, constrito na porção mediana; partes livres dos estames 0,8-1 cm

compr., anteras reniformes; ovário cônico, com escamas peltadas ferrugíneas; estilete com

escamas peltadas esparsas. Cápsula 3-7,5 cm compr., 2,5-3,5 cm larg., obovóide a

globóide, glabrescente; sementes ca. 5 mm compr.

Material examinado: EQUADOR. Prov Napo: Estacion Cientifica Yasuni, Rio Tiputini,

000 38’S, 76

o30`W, 10/XII/1995, K. Romoleroux & R. Foster 1990 (F, QCA). GUIANA. Moraballi

Creek, Rio Essequibo, 24/X/1929, N.Y. Sandwith 511 (RB, US, NY). Ibid., Essequibo river,

10/X/1942, s.c., Field number F884 (NY 2689). SURINAME. Paramaribo: XI/1942, G. Stahel

Page 153: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

135

104 (WIS, NY). Ibid., Brownsberg Nature Park, 25/9/1976, S. Mori & A. Bolten 8400 (RB, NY).

GUIANA FRANCESA. Dept. de la Guyane: Arotaye, 4°3’N, 52°42’W X/1989, D. Larpin 523

(US). Ibid., 12/1989, D. Larpin 829 (US); s. loc., Rio Oiapoque, próxima a cachoeira três saltos,

2°12’N, 52°53’W, 11/IX/1960, H.S. Irwin et al. 48180 (R, IAN, MG, US, MO, NY). BRASIL.

Acre: Rio Branco, próximo a colônia penal, 10/VII/1965, J.M. Pires & R.T. Martin 10066 (UB,

IAN, US). Ibid., BR-317, km 68, 17/VII/1991, F.C.S. Waltier 31 (NY). Amazonas: Manaus,

Reserva Ducke, km 26, Estrada Manaus-Itacoatiara, 03°00’S, 59°58’W, 16/I/1990, A. Gentry & J.

Revilla 69185 (MO). Ibid., Reserva Florestal Ducke, Manaus-Itacoatira, Km 26, 02o 53’S, 59

o

58’W, 4/X/1995, C.A. Sothers et al. 599 (SP, INPA. MO, NY). Ibid., Estrada Manaus-Itacoatiara,

km 45, 21/VIII/1961, W. Rodrigues & L. Coelho 3136 (INPA, NY). Ibid., Estrada Torquato-

Tapajós, km 99, 17/IX/1965, W. Rodrigues & A. Loureiro 7156 (INPA, UEC). Ibid, Reserva

Florestal Ducke, Estrada Manaus-Itacoatira, Km 26, 02o 53’S, 59

o 58’W, 31/VII/1997, G.L. Esteves

et al. 2683 (INPA, SP). Ibid., Reserva Florestal Ducke, Estrada Manaus-Itacoatira, Km 26, 02o

53’S, 59o 58’W, 31/VII/1997, G.L. Esteves et al. 2684 (SP, INPA). Ibid., Reserva Florestal Ducke,

Estrada Manaus-Itacoatira, 31/X/1997, P.A.C.L. Asunção et al. 707 (SP, INPA, US). Ibid., Reserva

Florestal Ducke, Estrada Manaus-Itacoatira, 08/VIII/1997, P.A.C.L. Asunção et al. 602 (SP, INPA,

IAN, US). Pará: Almeirim, Monte Dourado, 0°55’S, 52°44’W, 18/IX/1979, N.T. Silva 5169

(INPA). Itaituba, Serra do Cachimbo, 9°22’S, 54°54’W, 12/VIII/1979, A.S.L. Silva 297 (INPA,

MG). Rondônia: Ouro Preto, BR 364, 10°11’S, 62°63’W, 30/VI/1984, C.A. Cid et al. 4929 (RB,

INPA, MO, NY, F). Santa Bárbara, 17/VIII/1968, G.T. Prance & J.F. Ramos 7188 (R, INPA, NY,

F). Mato Grosso: Aripuanã, Fazenda Ariel, 24/VI/1977, N.A. Rosa & M.R. Santos 2172 (INPA,

IAN, MG, RB, MO, NY).

Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador e Brasil (fig. 8), sendo aqui citada

pela primeira vez para os três últimos países. No Brasil ocorre na Região Amazônica,

preferencialmente em mata de terra firme (platô e vertente), havendo um único registro

para o Estado de Mato Grosso em floresta mista de babaçu (Complexo dos Cocais, Rizzini

Page 154: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

136

1997). Conhecida popularmente como “mungubinha”. Coletada com flores de junho a

outubro e frutos em outubro.

Eriotheca surinamensis é reconhecida principalmente pelo pedicelo longo (até 4cm

compr.) e cálice cupuliforme com borda levemente truncada a levemente 5-apiculada. Nos

herbários brasileiros, a maioria das coleções dessa espécie estava erroneamente

identificada como E. globosa. As duas espécies podem ser facilmente distintas, conforme

foi mencionado nos comentários desta última. As escamas nessa espécie se enquadram no

padrão mais encontrado no gênero: arredondadas de superfície lisa e de contorno regular

(fig. 2: A).

Page 155: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

137

Figura 7. A-E: Eriotheca globosa. A: ramo com flores; B:cálice; C: pétala, face ventral; D:

tubo estaminal; E: gineceu. F-J: Eriotheca sclerophylla. F: ramo com flores; G: cálice; H:

pétala, face ventral; I: tubo estaminal; J: gineceu. K-O: Eriotheca surinamensis. K: ramo

com flores; L: cálice; M: pétala, face ventral; N: tubo estaminal; O: gineceu. (A: Maguire

60097; B-E: Furtado 06; F-J: Ducke 24825; K-O: Esteves 2683).

Page 156: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

138

Figura 8: Mapa de distribuição geográfica de E. globosa (●), E. sclerophylla ( ) e E.

surinamensis ( ).

Page 157: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

139

10. Eriotheca macrophylla (K. Schum.) A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 152.

1963.

Bombax macrophyllum K. Schum. in Mart., Fl. bras. 12 (3): 220. 1886. Tipo: Brasil, Bahia,

município de Ilhéus, Luschnath s.n. (in Martius Hb. Fl. Bras. n. 1332) (lectótipo designado

por Robyns 1963, BR). Brasil., s.d., Blanchett 3218 A (síntipo P; MO [imagem de P!]).

Eriotheca crenulaticalyx A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 148. 1963. Tipo: Brasil,

Pernambuco, Prazeres, 4/I/1925, B. Pickel 851 (holótipo, SP!).

Fig. 9: E-H

Árvores (2-)10-25 m alt., perenifólias; tronco (3-)5-70 cm diâm., cilíndrico, às

vezes com sapopemas 1,8-2m alt. Indumento de escamas peltadas arredondadas e/ou

flocoso-ferrugíneo. Folhas 3-5-folioladas; pecíolos (1,5-)3-18 cm compr., glabros;

peciólulo 0,2-1,5 cm compr.; folíolos 7,5-28x(2-)3,3-11 cm, cartáceos a coriáceos,

oblongos a largo-obovados, ápice arredondado, emarginado ou agudo, base decorrente,

margem levemente revoluta, com escamas peltadas em ambas as faces, quase glabra na

face adaxial. Flores 2-7 em cada cima, 2,5-3 cm compr.; botões florais ca. 1,5cm,

oblongos; pedicelos 1-3,5cm compr., flocoso-ferrugíneos, glabrescentes; receptáculo 0,2-

0,6 cm compr.; nectários 1-3 a ausentes, bractéolas às vezes persistentes; cálice 0,5-

0,9x0,7-1 cm, cupuliforme, borda crenada a crenulada, externamente flocoso-ferrugíneo,

glabrescente; pétalas 2-3,3x1-1,5 cm, côncavas, obovadas, unilateralmente encurvadas na

porção apical, ambas as faces com tricomas estrelados dourados, face ventral com tricomas

formando linhas verticais na porção não imbricada, estames 90-120, tubo estaminal 0,4-0,5

(-0,7) cm compr., alvo a castanho, cilíndrico, constrito na porção mediana; partes livres dos

estames 0,8-1,8 cm compr., anteras reniformes; ovário globoso a subgloboso, flocoso-

ferrugíneo; estilete flocoso-ferrugíneo na porção basal. Cápsula 4-6,5 cm compr.,

obovóide, lepidota, glabrescente; sementes 5-10 mm compr.

Page 158: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

140

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Brejo da Madre de Deus, Parque Estadual

da Mata do Bituri, 8012’27”- 8

012’41,5”S, 36

023’7,30”- 36

023’3,20”W, 19/I/1999, L.M.

Nascimento et al. 195 (RB, HUEFS). Goiana, Usina Santa Teresa, 30/XI/1951, A. Ducke & D.

Andrade- Lima 57 (R). s. loc., Parque de Gurjaú, 5/XII/1951, A. Ducke & D. Andrade-Lima 65 (R,

IAN). Alagoas: Rio Largo, 13/II/92, R.P.Lyra-Lemos & L. Noblick 2639 (MAC). Bahia:

Guaratinga, 8/X/1966, R.P. Belém & R.S. Pinheiro 2745 (CEPEC, US). Itacaré, 8/XII/1979, S.

Mori et al. 13066 (CEPEC, RB). Ibid., 6/XI/1991, A .Amorim et al. 428 (US). Ibid., entre a Praia

do Farol e a Praia da Ribeira, 14/XII/1992, A.M. Amorim et al. 951 (CEPEC, HUEFS). Ibid.,

Estrada Itacaré-Ubaitaba, 14°21’5”S, 39°3’55W, 26/X/2004, P. Fiaschi et al. 2572 (MO, CEPEC,

SP). Ibid., 23/IX/2006, M.C. Duarte et al. 90 (CEPEC). Itapebi, 10/XI/1967, R.S. Pinheiro 419 &

T.S. Santos 82 (CEPEC). Santa Cruz Cabrália, Reserva Biológica Pau Brasil, 11/12/1971, A.

Eupunino 94 (CEPEC). Ibid., 16°23’S, 39°8’W, 24/VII/1986, F.S. Santos 643 (CEPEC). Una,

14/XI/1980, A. Rylands & J.L. Hage 142/1980 (CEPEC). Uruçuca, 4/XI/1978, S.A. Mori et al.

11039 (RB, CEPEC). s. loc., Rio Grongogy, 01/X-30/XI/1915, H.M. Curran 68 (US, RB). s. loc.,

entre os muncipios de Ajuda e Porto Seguro, 8/XI/1963, A.P. Duarte 7999 (SP, RB). Minas

Gerais: Coronel Pacheco, 26/IX/1946, Heringer 2412 (RB). Diamantina, Conselheiro da Mata,

VI/1934, Brade 13494 (RB). Montes Claros, 1959, G.M. Magalhães s.n. (RB 105918). Patos de

Minas, 1/IX/1953, A.P. Duarte 3062 (RB). Espírito Santo: Águia Branca, Santa Luzia,

18058’40”S, 40

039’56”W, 18/X/2006, V. Demuner et al. 2937 (SP, MBML). Ibiraçu, Estação

Ecológica do Morro da Margem, 28/V/1990, H.Q. Baudet Fernandes et al. 23435 (UEC). Linhares,

Reserva Florestal Vale do Rio Doce, 29/XI/1977, J. Spada 25/77 (CVRD, WIS, R). Ibid.,

1/II/1985, A. Peixoto et al. 3079 (MO). Ibid., Estrada para o Rio Bananal, 11/XII/1991, G.L. Farias

482 (CVRD, UEC). Ibid., 2/XII/1993, D.A. Folli 2109 (CVRD, SP, UEC). Ibid., 31/VIII/2007,

M.C. Duarte & G. Siqueira 98 (SP). Ibid., 31/VIII/2007, Estrada do Flamengo, M.C. Duarte & G.

Siqueira 101 (SP). Santa Leopoldina, Rio do Norte, Ribeirão Timbuí, 18/VIII/1998, L. Kollmann et

al. 378 (SP, MBML). Santa Maria de Jetibá, Rio Nove, 24/II/2000, V. Demuner et al. 780 (SP,

MBML). Santa Teresa, 17/XII/1984, W.A. Hoffmann 243 (MBML, SP). Ibid., Vale do Canaã,

15/VIII/1985, W. Boone 671 (MBML). Ibid., Reserva Biológica Santa Lúcia, 25/VII/1986, G.

Page 159: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

141

Martinelli et al. 11593 vgf(RB). Ibid., Dois Pinheiros, 31/VI/1998, L. Kollmann et al. 152 (MBML,

SP). Ibid., Reserva Biológica Augusto Ruschi, 6/III/2003, R.R. Vervloet et al. 1944 (MBML, SP).

Ibid., 19°58’S, 40°32’W, 4/IX/2005, J.R. Stehmann 4115 (CEPEC). Ibid., Estrada Lombardia,

17/V/2007, A.A. Luz 424 (CVRD, SP). Ibid., Estação Biológica Santa Lúcia, 04/IX/2007, M.C.

Duarte 106 (SP). Entre Guarapari e Iconha, 26/XII/1953, A.P. Duarte 3903 (RB). Rio de Janeiro:

Itatiaia, Parque Nacional do Itatiaia, 1/X/1940, W. Duarte-Barros 47 (RB). Macaé, Fazenda

Robalo, 26/XI/1985, D. Araújo & N. C. Maciel 7061 (RB, GUA). Ibid., loteamanto Lagomar,

30/XI/1994, C. Farney & D. Araújo 3436 (RB, SP). Rio das Ostras, Reserva Biológica da União,

19/XI/1997, P.P. Oliveira 194M (UEC, BHCB).

Brasil, desde Pernambuco até o Rio de Janeiro (fig. 10), na Mata atlântica, em

floresta pluvial montana, floresta pluvial baixo-montana e floresta dos tabuleiros; no

Espírito Santo, foi coletada em afloramento rochoso e em Minas Gerais em floresta

estacional semidecidual. Popularmente conhecida como “algodãozinho” e “imbiruçu”.

Flores de maio a outubro e frutos em dezembro.

Muitos materiais de E. macrophylla estavam indeterminados ou erroneamente

identificados como E. obcordata. Essas duas espécies, juntamente com E. bahiensis

compartilham o número de folíolos (1-5) e o cálice cupuliforme; porém E. macrophylla

distingue-se da primeira pelo porte, forma dos botões florais e comprimento dos pecíolos e

peciólulos; e da segunda pelo tipo de escama e coloração das escamas da face abaxial dos

folíolos. Estes últimos caracteres auxiliaram na separação das três espécies: arredondada de

superfície lisa e contorno regular em E. macrophylla e E. obcordata (fig.2:A) e

subarredondada, radiada de contorno irregular em E. bahiensis (fig.2: B-C).

Quanto à distribuição, embora as três espécies ocorram na Mata Atlântica, E.

macrophylla distribui-se pelas regiões Nordeste e Sudeste, ao passo que E. obcortada e E.

bahiensis são conhecidas apenas pelas coleções da região Nordeste, sendo que esta última

foi registrada somente na Bahia.

Page 160: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

142

Embora as populações de Santa Teresa, Espírito Santo apresentem diferenças nas

dimensões dos pecíolos, peciólulos, pétalas, tubo estaminal e ao porte dos indivíduos

(geralmente mais baixos), com relação aos demais caracteres, se enquadram totalmente na

delimitacão de E. macrophylla, conforme aqui considerado.

11. Eriotheca obcordata A. Robyns & S. Nilsson, Bull. Jard. Bot. Belg., 45:155, 1975.

Tipo: Bahia, município de lhéus, Ribeirão da Fortuna, 23/VI/1944, H.P. Velloso 995

(holótipo R!)

Fig. 9: I-L

Árvores a arvoretas 4-6 m alt., perenifólias. Indumento constituído de escamas

peltadas arredondadas e/ou flocoso-ferrugíneo. Folhas 1-3- (5-) folioladas; pecíolo 0,5-7,5

cm compr., glabro, espesso; peciólulo nulo a 0,3 cm compr.; folíolos 3-17,5x1,7-8 cm,

coriáceos, raro cartáceos, obovados a oblongos, ápice arredondado, leve a profundamente

emarginado, base decorrente, margem revoluta, ambas as faces quase glabras com escamas

peltadas esparsas, castanhas. Flores 3-9 em cada cima, axilares, 2-2,5 cm compr.;

pedúnculo ca. 0,5 cm compr.; botões florais 1,5-2 cm compr., estreito-oblongos; pedicelos

1-3 cm compr., delgados, flocoso-ferrugíneo; receptáculo 0,3-0,5 cm compr., nectários 3-5,

recobertos pelas bractéolas, raro ausentes; cálice 0,3-0,6x0,6-0,9 cm, cupuliforme, borda

levemente 5-lobada a 5-apiculada, flocoso-ferrugíneo; pétalas 2,1-2,5x0,6-0,8 cm,

côncavas, estreito-obovadas, unilateralmente encurvadas na porção apical, ambas as faces

com tricomas estrelados dourados, face ventral com tricomas formando linhas verticais na

porção não imbricada; estames ca. 120, tubo estaminal 0,5-0,6 cm compr., alvo a castanho,

cilíndrico, constrito na porção mediana; partes livres dos estames 0,8-2 cm compr.; anteras

reniformes; ovário subgloboso, flocoso-ferrugíneo; estilete glabro. Cápsula 4-5 cm compr.,

obovóide, flocoso-ferrugínea, glabrescente; sementes 3-4mm compr.

Page 161: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

143

Material examinado: BRASIL. Alagoas: Coruripe, Usina Coruripe, 30/VIII/2001,

M.A.B.L. Machado 66 (SP, MAC). Ibid., 09°59’40,3”S, 36°14’W, 4/XI/2002, W.W. Thomas et al.

13297 (NY, CEPEC). Ibid., 20/I/2004, M.A.B.L. Machado 348 (SP, MAC). Marechal Deodoro,

próximo ao sítio Campo Grande, 24/VIII/1999, R.P. Lyra-Lemos & I.A. Bayma 4207 (MAC, SP).

Ibid., APA de Santa Rita, sitio Campo Grande, 25/IX/1990, R.P. Lyra-Lemos 1750 (SP, MAC).

Ibid., encosta de tabuleiro, próximo as dunas do Cavalo Russo, 9/XII/1998, R.P. Lyra-Lemos 4086

(SP, MAC). Murici, 16/VIII/1997, R.P. Lyra-Lemos & M.N. Rodrigues 4482 (SP, MAC). s. loc.,

20/X/1980, Andrade-Lima et al. 80-9736 (UEC, IPA). Bahia: Alagoinhas, Campus II/UNEB

17/II1998, N.G. Jesus et al. 0084 (HUEFS). Ibid.,Campus da UNEB, 12°10’48”S, 38°24’39”W,

25/XI/2000, B.M. Silva et al. 107 (HUEFS). Ibid., Campus da UNEB, 12°10’S, 38°26’W,

26/II/2005, E. Melo & B.M. Silva 3752 (HUEFS).

Brasil, nos Estados de Alagoas e Bahia (fig. 10), na Mata Atlântica, em floresta

pluvial baixo-montana e floresta dos tabuleiros. Coletada com flores de junho a novembro,

frutos em fevereiro.

Dentre as espécies que ocorrem na Mata Atlântica e que possuem cálice

cupuliforme, E. obcordata caracteriza-se por apresentar botões florais estreitos e até 4

folíolos, quase glabros em ambas as faces com ápice leve a profundamente emarginado.

Apresenta escamas peltadas arredondadas de superfície lisa de contorno regular.

Assemelha-se com Eriotheca bahiensis, porém distingue-se pelo número e tipo de

indumento dos folíolos e pela forma dos botões florais.

12. Eriotheca dolichopoda A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Belg. 49:457, 1979. Tipo: Brasil,

Bahia, município de Ilhéus, 27/XII/1970, J.L. Hage 38 (holótipo BR; isótipos CEPEC!, R!,

NY!)

Fig. 9: A-D

Page 162: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

144

Árvores 12-30 m alt., perenifólias; tronco 35-50 cm diâm, retilíneo; sapopemas 1,5-

2 m alt. Indumento de escamas peltadas arredondadas ou flocoso-ferrugíneo. Folhas (5-) 6-

7-folioladas; pecíolos 4,5-14 cm compr., sulcados, glabros, base espessada, nigrescente;

peciólulos 0,2-0,5 cm compr., delgados, nigrescentes; folíolos 2,5-13,6x1,5-6,5 cm compr.,

discolores, cartáceos, largamente obovados, às vezes oblongo-lanceolados, ápice

arredondado, levemente emarginado, mucronado, raramente agudo, face adaxial castanho-

escura, glabra, face abaxial castanho-clara, com escamas peltadas castanhas esparsas,

nervação castanha em ambas as faces. Flores (1-) 5-10 em cada cima, 2,5-3 cm compr.,

botões florais 1,2-2,5 cm compr., oblongos a obovóides; pedúnculos 0,5-0,8 cm compr.;

pedicelos 2,5-5,2 cm compr, flocoso-ferrugíneos; receptáculo (0,8-)1,5-2,5 cm compr., sem

nectários; cálice 0,8-1x1-1,3 cm, campanulado, borda irregularmente 3-5-lobada,

externamente flocoso-ferrugíneo; pétalas 2-2,5x1-1,2 cm, côncavas, largo-obovadas,

unilateralmente encurvadas na porção apical, ambas as faces com tricomas estrelados

dourados, face ventral com tricomas formando linhas verticais na porção não imbricada;

estames 150-170, tubo estaminal 0,5-0,6 cm compr, alvo a castanho, cilíndrico, constrito

na porção mediana; partes livres dos estames 0,8-1,5 cm compr., anteras reniformes; ovário

globoso, flocoso-ferrugíneo; estilete glabro. Cápsula 5-6 cm compr., obovóide a

subglobosa, flocosa-ferrugínea, glabrescente; sementes 4-5 mm compr.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Ilhéus, Rodovia Ilhéus/Itabuna, km 22,

29/XII/1982, T.S. Santos 3839 (CEPEC, NY). São José da Vitória, 5km da Fazenda Itacomcau,

15°9’12”S, 39°24’19”W, 19/XII/2005, J.G. Jardim et al. 4924 (CEPEC); Ibid., 28/IX/2006, M..C

Duarte et al. 92 (CEPEC).

Brasil, no Estado da Bahia (fig. 10), em floresta dos tabuleiros (mata higrófila sul

bahiana). Coletada com flores em dezembro.

Eriotheca dolichopoda compartilha com E. longipes e E. pentaphylla as flores

longamente pediceladas (geralmente mais de 4 cm), entretanto, difere destas duas espécies

Page 163: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

145

por apresentar receptáculo alongado (até 2,5cm) e sem nectários. Vegetativamente pode ser

reconhecida pelos folíolos em geral largamente obovados e discolores, sendo mais escuros

na face adaxial.

13. Eriotheca pentaphylla (Vell. emend. K. Schum.) A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33

(1/2): 138. 1963.

Bombax pentaphyllum Vell., Fl. flumin. Icon. VII: 55, 1831 (1827); in Arch. Mus. Nac.

Rio de Janeiro 5: 272. 1881. Tipo: Tab. 55 de Velloso, Fl. flumin. Icon. VII . 1831 (1827)

(holótipo!). Brasil, Rio de Janeiro, “Habitat in campis apricis mediterraneis provinciae Rio

de Janeiro prope Mandiocca”, s.d., Riedel 48 (epítipo designado por Robyns 1963, LE,

imagem!). Brasil, Rio de Janeiro, Glaziou 2902 (síntipo R!). Brasil Rio de Janeiro, Glaziou

14512 (síntipo F, imagem!; G, imagem!).

Bombax pentaphyllum Vell. emend. K. Schum., in Mart., Fl. bras. 12 (3): 222, 1886.

Bombax wittrockianum K. Schum., in Mart., Fl. bras. 12 (3): 222, 1886. Eriotheca

pentaphylla (Vell. emend. K. Schum.) A. Robyns subsp. wittrockiana (K. Schum.) A.

Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 141. 1963. Tipo: Brasil, São Paulo: “Habitat in ripis

amnis Buturoca prope Santos“, s.d., Mosén 2783 (holótipo S imagem!).

Fig. 9: M-Q

Árvores 4-30 m alt., perenifólias; tronco 15-40cm diâm; retilíneo, às vezes com

sapopemas 1-2 m alt. Indumento de escamas peltadas arredondadas. Folhas 5-7-folioladas;

pecíolos (2-4)-8,5-17-(26,5) cm compr., sulcados, com escamas esparsas até glabros;

peciólulos (0,3-)1-2 cm compr.; folíolos 4-28x1,6-10 cm, cartáceos, oblongos a obovados,

ápice arredondado, leve a profundamente emarginado, mucronado, raramente agudo,

margem levemente revoluta, face adaxial ocasionalmente lustrosa, com escamas peltadas

castanhas esparsas, às vezes com tricomas simples escuros até glabra, face abaxial opaca,

Page 164: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

146

escamas peltadas castanhas. Flores 1-10 em cada cima, 2-4,5 cm compr., pedúnculo 0,5-

0,6 cm; compr., botões florais obovóides, 2-3 cm compr.; pedicelos 1,5-7,5 cm compr.,

com escamas castanhas; receptáculo 0,5-1,7 cm compr., sem nectários; cálice 0,8-2x1-2

cm, campanulado, castanho-esverdeado, borda irregularmente 5-lobada, externamente com

escamas peltadas castanhas; pétalas 2-5,5x1-1,5 cm, côncavas estreito-obovadas,

unilateralmente encurvadas na porção apical, ambas as faces com tricomas estrelados

dourados; estames 100-120, tubo estaminal 5-15 mm compr., alvo a castanho, cilíndrico,

constrito na porção mediana; partes livres dos estames 0,6-2,5cm compr.; ovário

subgloboso, flocoso-ferrugíneo; estilete creme, flocoso-ferrugíneo na base. Cápsula 8-10

cm compr., 4,5 cm larg., obovóide a subglobosa, lepidota, escamas peltadas ferrugíneas,

glabrescente; sementes 6-13 mm compr.

Material examinado: BRASIL. Rio de Janeiro: Itatiaia, X/1940, M.D. Barros 47(RB).

Magé, X/1984, L. Sonkin 274 (RB). Ibid., XI/1984, G. Martinelli et al. 10132 (RB). Ibid.,

XII/1984, G. Martinelli & S. Pessoa 10500 (RB, GUA). Nova Friburgo, XII/1992, T. Sampaio 9

(RB). Parati, FazendaTaquari, 23o03'S, 44

o41'W, 4/VII/1989, H.C. d.e Lima et al. 3639 (RB, SP).

Ibid., APA Cairuçu, 23º10’S 44º 30’W, 3/VIII/1989, B.C. Kurtz 74 (MBM, RB, UEC, CEPEC).

Ibid., APA Cairuçu, 9/V/1991, L. Sylvestre et al. 479 (RB, CEPEC). Ibid., APA Cairuçu, estrada

para Parati-mirim, 23º 10”S, 44º 30”W, 27/IV/1993, R. Marquette et al. 874 (RB, ESA, MT,

CEPEC, MBM). Ibid., APA Cairuçu, estrada para Parati-mirim, 20/10/1993, R. Marquette 1299

(RB, IBGE, HRB). Ibid., Trindade, Praia de Fora, 8/XI/1991, R. Marquete et al. 449 (RB, IBGE,

HRB). Ibid., Trindade, Praia Brava, 29/VI/1995, M.D. Campos 51 (F). Rio de Janeiro, 26/IX/1868,

Glaziou 2902 (R). Ibid., 18/IX/1961, L.C. Angeli 260 (US). Ibid., IX/1961, L.C. Angeli 266 (RB,

F). Ibid., X/1961, A.P. Duarte 5780 (RB, SP). Ibid., mata do Parque da Cidade, 15/VIII/1972, P.

Occhioni 5200 (UFMT 1927). Ibid., IX/1991, L.C.S. Giordano et al. 1171 (SP, RB, F).

Ibid.,12/XI/1991, A. Machado & M. Nadux 01 (RB). s. loc., s.d., D. Sucre 11046 (RB, US, NY).

Saquarema, restinga de Ipitangas, 8/VIII/1986, C. Farney & J.C. Caruso 1288 (RB). São Paulo:

Bertioga, X/2004, M.C. Duarte et al. 52 (SP). Caraguatatuba, VI/1995, M. Sazima & I. Sazima

Page 165: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

147

33719 (SPF, UEC). Ibid., VII/2000, F.O. Souza et al. 114 (SP, SPSF). Ibid., VII/2004, M.C. Duarte

& G.L. Esteves 38 (SP). Ibid., VII/2004, M.C. Duarte & G.L. Esteves 40 (SP). Cubatão, V/1923, A.

Gehrt s.n. (SP 8369). Guarujá, V/1932, F.C. Hoehne s.n. (SP 29609). Iguape, V/1989, E.A. Fischer

& F.A. Jimenez 21609 (UEC). Ibid., V/1990, L. Rossi et al. 612 (SP, SPSF, STA). Ibid., IV/1991,

M.M.R.F. Melo & M.C. Carvalhaes 966 (SPSF, SP). Ibid., V/1991, L. Rossi et al 884 (SP, SPF,

SPSF). Ibid., 24o33”S, 47

o15”W, VI/1993, E. Anunciação & M.Z. Gomes 264 (SP). Peruíbe,

X/1891, A. Loefgren in CGG 1597 (SP 9016). Ibid., VI/1994, M.M.R.F. Mello et al. 1061 (SPSF,

SP). Ibid., V/1996, L.P. Queiroz et al. 4514 (SP). Ibid., VI/2000, I. Cordeiro & R.J. Oliveira 2254

(SP). Salesópolis, I/1949, M. Kuhlmann & E. Kuhn 1760 (SP). Ibid., VI/1986, A. Custódio Filho et

al 2747 (SPSF). Santo André, Distrito de Paranapiacaba, IX/1917, E. Schwebel 12 (SP 402). Ibid.,

VI/1952, O. Handro 303 (SP, UEC). Santos, V/1994, M.M.R.F. Melo et al. 1010 (SP). São Paulo,

VII/1951, W. Hoehne s.n. (SPF 12968). Ibid., VI/1977, M. Goes et al. s.n. (SP 204054,

NY402473). Ibid., XI/1980, N.A. Rosa & J.M. Pires 3711 (SP, INPA, MG). Ibid., IX/1991, E.

Giannotti s.n. (HRCB 14414). São Sebastião, 23o43'54,2"S , 45

o46'01,2"W, IV/2000, A.A. Oliveira

et al. 3650 (ESA, UNIP,UEC, SPSF). Ibid., IV/2000, A.A. Oliveira 3666 (ESA, UEC, SPSF). Ibid.,

Ilhabela, V/2000, O.T. Aguiar & J.B. Baitello 649 (SPSF, PMSP, RB). Ibid., V/2000, O.T. Aguiar

& J.B. Baitello 654 (SPSF). São Vicente, 23o 58'37"-24

o 02'06"S, 46

o22'19"-46

o24'42"W, VI/2001,

A. Pastore & C. Moura 1026 (SP, SPSF). Ubatuba, VI/1956, M. Kuhlmann 3818 (SP). Ibid.,

X/1978, A.F Silva 10131 (UEC). Ibid., Praia de Picinguaba, XII/1988, F.C.P. Garcia et al 254

(HRCB). Ibid., V/1995, M.A. de Assis 543 (HRCB, UEC). Ibid., II/1996, H.F. Leitão Filho et al.

34783 (SP, UEC). Ibid., I/2001, A.Lobão & P. Fiaschi 511 (SP, SPF, RB). Ibid. XII/2004, M.C.

Duarte et al. 74 (SP). Ibid. XII/2004, M.C. Duarte et al. 75 (SP). Ibid., XII/2004, M.C. Duarte et

al. 76 (SP).

Brasil, nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo (fig. 10), na Mata Atlântica,

ocorrendo em floresta pluvial montana e floresta pluvial baixo-montana. Coletada com

flores de abril a julho e com frutos de agosto a novembro.

Page 166: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

148

Eriotheca pentaphylla destaca-se entre as espécies com mais de cinco folíolos pelos

peciólulos e folíolos longos (até 2cm e 28cm). Assemelha-se com E. dolichopoda quanto

ao comprimento do receptáculo e a ausência de nectários, entretanto, a coloração do

indumento do cálice as diferenciam claramente.

Page 167: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

149

Figura 9. A-D: Eriotheca dolichopoda. A: ramo com flores; B: cálice; C: pétala, face ventral; D:

tubo estaminal. E-H: Eriotheca macrophylla. E: ramo com botões florais; F: cálice; G: pétala, face

ventral; H: tubo estaminal. I-L: Eriotheca obcordata. I: ramo com flores; J: cálice, bractéolas

removidas; K: pétala, face ventral; L: tubo estaminal. M-Q: Eriotheca pentaphylla. M: cálice; N:

pétala, face ventral; O: tubo estaminal; P: fruto, removida uma valva, mostrando a paina; Q:

semente, vistas dorsal e ventral. (A-D: Jardim 4924; E: Mori 11039; F-H-: Folli 2109; I-L: Silva

107; M-Q: Macedo 3707)

Page 168: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

150

Figura 10: Mapa de distribuição geográfica de E. dolichopoda (■), E. macrophylla ( ), E.

obcordata (▲) e E. pentaphylla (●).

Page 169: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

151

14. Eriotheca bahiensis M.C.Duarte & G.L. Esteves, sp. ined.

Tipo: Brasil, Bahia, município de Una, 4/XI/1997, J.G. Jardim et al. 1159 (holótipo

CEPEC).

Fig. 11: A-E

Árvores 1,5-15 m alt., perenifólias; tronco 20-25 cm diâm, retilíneo. Indumento de

escamas peltadas radiadas ou flocoso-ferrugíneo. Folhas 3-5-folioladas; pecíolos 2-12 cm

compr., às vezes espessos na base, glabros; peciólulos 0,3-0,5 cm compr., espessados,

escuros; folíolos 5-17x2-8 cm, coriáceos, obovados a oblongos, ápice arredondado-

emarginado, margem às vezes revoluta, face adaxial com escamas peltadas esparsas,

negras e/ou alvas, até glabra, face abaxial densamente recoberta de escamas peltadas

radiadas ferrugíneas. Flores 3-5 em cada cima, 2,3-2,5 cm compr.; pedúnculos 0,8-1 cm

compr., botões florais 1-1,5 cm compr., oblongos; pedicelos 1,5-2,5 cm compr., flocoso-

ferrugíneo; receptáculo 0,4-0,5 cm compr., sem nectários; cálice 0,4-0,6x0,8-1 cm,

cupuliforme, borda crenada, flocoso-ferrugíneo; pétalas 2-2,5x0,8 cm, côncavas, estreito-

obovadas, unilateralmente encurvadas na porção apical, ambas as faces densamente

recobertas de tricomas estrelados dourados; estames 100-120; tubo estaminal 0,4-0,5 cm

compr., alvo a castanho, cilíndrico, constrito na porção mediana; partes livres dos estames

0,8-1,5 cm compr.; ovário subgloboso, flocoso-ferrugíneo; estilete glabro. Cápsula não

vista.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Conde, Fazenda do Bú, 12°2’7”S, 37°43’43”W,

6/XII/1997, M.C. Ferreira et al. 1239 (CEPEC, RB). Itacaré, 15/X/1968, J. Almeida & T.S. Santos

145 (CEPEC). Ibid., 15/X/1968, J. Almeida 147 & T.S. Santos 147 (CEPEC). Ibid., 8/II/1979, S.A.

Mori et al. 11482 (CEPEC). Ibid., 3km S de Itacaré, 8/XII/1979, S.A. Mori et al. 13068 (CEPEC,

RB). Ibid., Praia da Ribeira, 20/XI/1991, A. Amorim et al. 373 (CEPEC, SP). Ibid., 14º 20’6,4”S

35º 01’5,8”W, 23/IX/2006, M.C. Duarte et al. 89 (CEPEC). Una, Reserva Biológica do Mico-

Leão, 15009’S, 39

005”W, 13/VII/1993, J.G. Jardim et al. 202 (CEPEC). Ibid., Rod.Una/São José,

Page 170: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

152

margem da estrada, 4/XII/1997, J.G. Jardim et al. 1159 (CEPEC). Uruçuca, 7,3km N da Serra

Grande na Estr. para Itacaré, 14°25’S, 39°01’W, 1/VII/1991, W.W. Thomas et al. 8112 (CEPEC).

Brasil, no Estado da Bahia (fig. 12) na floresta dos tabuleiros (mata higrófila sul

baiana). Conhecida popularmente como “imbiruçu-vermelho”. Coletada com flores de

outubro a dezembro e com frutos em dezembro.

Eriotheca bahiensis distingue-se de todas as espécies que ocorrem na Mata

Atlântica por apresentar a face abaxial dos folíolos recoberta de escamas peltadas

subarredondadas, de superfície radiada e contorno irregular (fig.2: B-C), formando um

indumento denso e ferrugíneo, daí o nome popular, “imbiruçu-vermelho”. Esse tipo de

escama e indumento só foi observado em E squamigera (Cuatrec.) Fern. Alonso, espécie

com distribuição na Colômbia e distinta de E. bahiensis pelo cálice 3-5-lobado, pétalas

elípticas e pelo tubo estaminal sem constrição mediana. Dentre as espécies que ocorrem no

Brasil, E. bahiensis assemelha-se a E. obcordata e E. macrophylla, porém difere em vários

caracteres conforme foi discutido nos comentários desta última.

Page 171: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

153

Figura 11. A-E: Eriotheca bahiensis. A: Ramo com flores; B: receptáculo; C: gineceu. D:

tubo estaminal; E: pétala, face ventral. (A-E: Jardim 1159)

Page 172: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

154

Figura 12: Mapa de distribuição geográfica de E. bahiensis

Page 173: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

155

15. Eriotheca longipedicellata (Ducke) A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33(1/2): 167.

1963.

Bombax longipedicellatum Ducke, Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 3: 210, 1922. Tipo:

Brasil, Pará, Belém, “Habitat in silvâ primariâ humidissima at non inundatâ prope Belém

do Pará”, IV/1914, A. Ducke s.n. (holótipo RB 13537!; isótipo US, imagem!).

Fig. 13: A-F

Árvores 13-51 m alt, perenifólias; tronco 27-110 cm diâm, retilíneo, com 3-4

sapopemas 2-2,5m alt. Indumento de escamas peltadas subarredondadas alvo-hialinas a

castanhas. Folhas 5-8-folioladas, concentradas na porção apical dos ramos; pecíolos 4,5-10

cm compr., glabrescentes, alargados nas extremidades; peciólulo (0,5-0,7-)1-1,6 cm

compr.; folíolos (3,5-)4,5-11,5x1,7-4,2 cm, cartáceos, estreitamente obovados a oblongos,

ápice arredondado, levemente emarginado, mucronado, base decorrente, margem

levemente revoluta, face adaxial brilhante, castanho-escura, com escamas peltadas

esparsas, glabrescente, face abaxial opaca, castanho-clara, densamente recoberta de

escamas peltadas. Flores 1-3 em cada cima, 3,2-3,5 cm compr.; pedúnculo 0,8-2 cm

compr.; botões florais 1,5-1,8 cm compr., oblongos; pedicelos 3-5 cm compr., densamente

com escamas peltadas alvo-hialinas; receptáculo 0,2-0,5 cm compr., sem nectários; cálice

0,6-1x0,6-0,8 cm, tubuloso a campanulado, borda irregularmente 3-5-lobada, crenada ou

apiculada, externamente densamente recoberto de escamas peltadas; pétalas 2,5-3,5x0,5-

0,7 cm, estreito-obovadas, unilateralmente encurvadas na porção apical ambas as faces

com tricomas estrelados dourados, face ventral com tricomas formando linhas verticais na

porção não imbricada, às vezes com tricomas glandulares; estames 20-45; tubo estaminal

2-2,5 cm compr., alvo a castanho, cilíndrico, alongado, sem constrição; partes livres dos

estames 0,2-0,8 cm compr., anteras lineares; ovário subgloboso, densamente recoberto de

Page 174: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

156

escamas peltadas; estilete com escamas peltadas. Cápsula 5,5 cm compr, obovóide;

sementes 7mm compr.

Material examinado: BRASIL. Amapá: Contagem, entre Porto Platon e Serra do Navio,

15/XII/1976, N.A. Rosa 1200 (MG). Macapá, Rio Falsino, 0°50’S, 51°45’W, 16/XII/1984, D.C.

Daly et al. 3903 (MG). Pará: Belém, 3/VI/1949, T. Guedes 200 (UB, IAN). Ibid., Bosque

Municipal Rodrigues Alves, 23/VI/1949, A. Ducke 2250 (R, IAN, NY). Ibid., Bosque Municipal

Rodrigues Alves, 19/VIII/1950, J.M. Pires 2623 (IAN, INPA, US). Ibid., Bosque Municipal

Rodrigues Alves, V/1985, E. Oliveira 7270 (IAN). Ibid., Bosque Municipal Rodrigues Alves,

29/IX/1999, M.R. Cordeiro 4391 (IAN). Ibid., Bosque Municipal Rodrigues Alves, 29/IX/1999,

M.R. Cordeiro 4456 (IAN). Ibid., Bosque Municipal Rodrigues Alves, 29/IX/1999, M.R. Cordeiro

4599 (IAN). Ibid., Bosque Municipal Rodrigues Alves, M.C. Duarte 93 (SP, IAN). Mojú,

25/VIII/1975, N.T. Silva 3968 (IAN). Ibid., Campo Experimental da EMBRAPA Amazônia

Oriental, km 30 da Rodovia PA-150, 13/X/2000, M.R. Mesquita 358 (IAN). Santarém, BR 165,

18/X/1974, R. Souza s.n. (IAN 148066). ibid, 21/X/1974, R. Souza s.n. (IAN 148090). s. loc.,

Estrada entre Bandeira e Pilão, km 43, 15/VI/1969, N.T. Silva 2194 (IAN, NY). s. loc., Rodovia

Belém-Brasília, Km 131,5, 13/II/1960, E. Oliveira 504 (IAN). s. loc., Itaituba-Santarém, XII/1972,

J.M. Pires 13862 (IAN).

Brasil, exclusivamente na Região Amazônica, nos estados do Pará e Amapá (fig.

14), em mata de terra firme, no platô, sendo a primeira referência para o último estado.

Coletada com flores de abril a junho e frutos de julho a outubro.

Eriotheca longipedicellata destaca-se pelo receptáculo alongado (até 1cm) sem

nectários e pela abundância de escamas peltadas na face abaxial dos folíolos. Dentre as

espécies com distribuição amazônica, destaca-se por possuir o número de estames

comparativamente mais baixo (até 45 x mais de 45) além de apresentar as pétalas

comparativamente maiores. Possui escamas subarredondadas de contorno metade regular e

metade irregular (fig. 2: D).

Page 175: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

157

16. Eriotheca longitubulosa A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 169. 1963. Tipo:

Brasil, Amazonas, Manaus, Campo Velho, Ladeira do Inferno km 10, 11/VII/1932, A.

Ducke s.n. (holótipo RB 24823!; isótipo US, imagem!).

Fig. 13: G-K

Árvores 15-38 m alt., perenifólias; tronco ca. 85 cm diâm, retilíneo, com

sapopemas. Indumento de escamas peltadas subarredondadas alvo-hialinas a castanhas.

Folhas 5-7-folioladas, concentradas na porção apical dos ramos; pecíolos 2,7-9 cm compr.,

glabrescentes, alargados nas extremidades; peciólulo 0,3-1cm compr.; folíolos 3,5-

13,5x1,5-4,5 cm, cartáceos, estreitamente obovados a oblongos, ápice arredonado,

levemente emarginado, mucronado, base decorrente, margem levemente revoluta, face

adaxial castanho-escura, brilhante, face abaxial castanho-clara, opaca, escamas peltadas

esparsas em ambas as faces, glabrescentes, Flores 1-5 em cada cima, 2,5-3 cm compr.;

pedúnculo 0,3-1,5 cm compr.; botões florais ca. 1,2 cm compr., estreito-oblongos;

pedicelos 3,5-5,5(-7,5) cm, com escamas peltadas esparsas; receptáculo 0,3-0,6 cm compr.,

com 3-5 nectários, às vezes próximos entre si formando um anel; cálice 0,4-0,7x0,4-0,8

cm, tubuloso a cupuliforme, borda apiculada, externamente recoberto de escamas peltadas;

pétalas 2-3,3x0,4-0,6 cm, estreito-oblongas, unilateralmente encurvadas na porção apical,

face dorsal recoberta de tricomas estrelados dourados, face ventral com tricomas

glandulares e estrelados esparsos; estames 45-60, tubo estaminal 1,5-2,2 cm compr., alvo a

castanho, cilíndrico, sem constrição; partes livres dos estames 0,1-0,8 cm compr., anteras

lineares; ovário subgloboso, densamente recoberto de escamas peltadas; estilete com

escamas peltadas na porção basal. Cápsula 5,5 cm, diâm, obovóides; sementes 4-5mm

compr.

Material examinado: GUIANA FRANCESA, Dept. de la Guyane: Piste de Saint-Elie,

Interfluve Sinnamary/Counamama, 5°20’N, 53°W, 17/I/1991, M.F. Prévost & D. Sabatier 2996

(NY, CAY). s. loc., Vic. Eaux Claires, 3°37’N, 53°12’W, 9/II/1993, S. Mori et al. 22882 (NY).

Page 176: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

158

PERU, Dept. Loreto: Dtto. Amazonas, 3°20’S, 72°55’W, 23/II/1991, J. Pipoly et al. 13528 (MO).

Ibid., 25/II/1991, J. Pipoly et al. 13840 (MO). Ibid., Rio Napo, 03°15’S, 72°55’W, 29/V/1991, A.

Gentry et al. 74268 (MO, US). BRASIL. Amazonas: Manaus, Reserva Florestal Ducke,

25/VII/1968, J. Aluísio 67 (INPA). Ibid., Reserva Florestal Ducke, Estrada Manaus-Itacoatiara, Km

26, 02o 53’S 59

o 58’W, 20/IX/1996, P.A.C.L. Assunção et al. 398 (SP, INPA). Ibid., Reserva

Florestal Ducke, Estrada Manaus-Itacoatira, Km 26, 02o 53’S 59

o 58’W, 29/VII/1994, J.R.

Nascimento et al. 556 (INPA, MO, NY). Ibid., Reserva Florestal Ducke, Estrada Manaus-

Itacoatira, Km 26, 02o 53’S 59

o 58’W, 31/VII/1997, G.L. Esteves 2681 (SP, INPA, K, MG, NY,

RB, MO, MBM, U, UFMT,G). Ibid., Reserva Florestal Ducke, Estrada Manaus-Itacoatira, Km 26,

02o 53’S 59

o 58’W, 31/VII/2007, M.C. Duarte & E.C. Pereira 96 (SP). Distrito Agropecuário,

2°24’26”S, 59°43’40”W, 21/VII/1990, S. Mori et al. 21439 (US, NY, MO). Pará. Belterra, BR

165, km 91 E, Zona São Jorge, 4/X/1974, R. S. Monteiro s.n. (IAN 148009). Ibid., BR 165, Km 82

E, 11/IX/1974, Didi s.n. (IAN 147970). Ibid., Zona São Benedito, Rodovia Santarém-Cuiabá,

21/XI/1975, M. Barbosa 0451 (R, INPA). Porto de Móz, Rio Jaracu, 23/IX/1955, R.L. Fróes 32104

(IAN, US). s. loc., Rio Curuauna, s.d., J. Pitt 62 (IAN 106015).

Guiana Francesa, Peru e Brasil (fig. 14). Ocorre predominantemente na Amazônia

brasileira, no Amazonas e Pará (mata de terra firme, no platô), sendo encontrada em duas

localidades na Guiana Francesa e Peru. Trata-se da primeira referência da espécie no Pará.

Conhecida popularmente como “sumaúma-brava”. Coletada com flores em julho e

setembro e com frutos em setembro.

Robyns descreveu (1963) Eriotheca longitubulosa com base em um material,

coletado no Amazonas, identificado como E. longipedicellata. As duas espécies se

assemelham, especialmente, quanto à morfologia do tubo estaminal: cilíndrico e alongado

e sem constrição mediana, caracteres exclusivos das duas espécies. Além disso,

compartilham a morfologia das escamas.

As duas espécies ocorrem em mata de terra firme, geralmente no platô, em solo

argiloso, entre as árvores emergentes.

Page 177: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

159

Apesar das semelhanças, E. longitubulosa pode ser distinta de E. longipedicellata

por apresentar os botões florais mais estreitos, flores delicadas e menores, número de

estames maior e nectários no receptáculo.

Page 178: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

160

Figura 13. A-F: Eriotheca longipedicellata. A: ramo com flores; B: botão floral; C: cálice; D:

pétala, face ventral; E: gineceu. G-K: Eriotheca longitubulosa. G: ramo com flores; H: botão

floral; I: cálice; J: pétala, face ventral; K: tubo estaminal. (A-F: Silva 2194; G-K: Nascimento 556).

Page 179: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

161

Figura 14: Mapa de distribuição geográfica de E. longipedicellata ( ) e E. longitubulosa

(●).

Page 180: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

162

Espécie duvidosa:

Eriotheca platyandra A. Robyns, Bull. Jard. Bot. Etat 33 (1/2): 158. 1963. Tipo: Minas

Gerais: Município de Belo Horizonte, Jardim Botânico de Belo Horizonte, Mello Barreto

8287, 17/IX/1937, Mello Barreto 8287 (holótipo F!, isótipos US!, R!)

Robyns (1963) descreveu essa espécie com base em material cultivado no Jardim

Botânico de Belo Horizonte e a diferenciou da espécie afim, E. candolleana, por apresentar

as dimensões das estruturas florais maiores e o tubo estaminal alargado, sem constrição na

porção mediana.

Os únicos materiais encontrados para estudo foram os tipos, entretanto, não foi

possível observar as características diagnósticas mencionadas por Robyns (1963), uma vez

que tais materiais apresentam somente botões florais muito jovens.

Dessa forma, optou-se por não incluir esse táxon no tratamento taxonômico, uma

vez que há dúvidas quanto a sua identidade.

Page 181: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

163

Lista de coletores

s.c.: 7732 (NY); Field number F884 (NY

2689); Agostini, M.A.B.: PMSP 6797

(4), PMSP 5964 (4); Aguiar, O.T.: 649

(13), 654 (13); Albuquerque , L.B.:

CGMS 261 (5); Almeida, E.F.: 152 (4);

Almeida, J.: Santos 145 (14), 147 (14);

Almeida, V.C.: 59 (2); Aluísio, J.: 67

(16); Alvarenga, D.: 115 (4); Alves, M.:

0006 (4), 6 (4); Alves, M.A.: 206 (4);

Amaral Jr., A.: 20 (5); Amaral, A.S.:

SP 31840 (3); Amorim, A.: 373 (14),

428 (10); Amorim, A.M.: 951 (10); Ana

Luiza: VIC 17940 (3); Andrade, A.G.:

353 (4); Andrade-Lima: 80-9736 (11);

Angeli, L.C.: 260 (13), 266 (13);

Anunciação, E.: 264 (13); Aquino, C.:

BHCB 75637 (6); Aragaki, S.: 105 (5);

Arasaki, F: 19 (5); Araújo, D.: 7061

(10); Araújo, F.D.: s.n. (4); Araújo,

G.M.: 532 (3), 654 (3); Árbocz , G.F.:

4300 (7), 4755 (4); Assis, L.C.: 447 (3);

Assis, M.A.: 543 (13); Assis, M.C.:

CFCR 11529 (6); Assunção, P.A.C.L.:

398 (16), 602 (9), 707 (7); Austin, D.F.:

7364 (7); Avalone, C.L.: 13 (5); Ayala,

F.: 5729 (7); Barbosa Coelho, M.F.:

UFMT 35780 (5), UFMT 35781 (5);

Barbosa, M.: 0451 (16), 2151 (3), 39-8

(7), 39-9 (7), 39-10 (7); Barbosa, O.N.:

0006 (4); Barreto, K.D.: 2342 (5), 3419

(3); Barreto, M.: 10047 (4); Barros, F:

874 (5); Barros, M.D.: 47 (13); Bastos,

N.C.: 349 (7); Batalha, M.A.: 1427 (5);

Baudet- Fernandes, H.Q.: 23435 (10);

Belém, R.P.: 2745 (10); Berg, C.C.: 576

(7), 8697 (7); Bernacci, L.C.: 131 (5),

2503 (5), 2463 (5), 2586 (3), 35011 (3);

Berto: CGMS 6140 (5); Bertoni, J.E.A.:

166 (5); Bicalho, H.D: 19 (5); Bicudo,

L.R.H.: 1325 (5); Black, G.A.: 48-3625

(7); Boaventura, M. 122 (4), 296 (4);

Boom, B.M.: 4272 (7); Boone, W.: 671

(10); Brade: 13494 (10); Bridgewater,

S.:. S1075 (4); Brina, A.E.: BHCB

32728 (4); Burkhardt, E.: 150 (5);

Calago, K: 189 (4); Campos, J.M.F.: 9

(5); Campos, M.D.: 51 (13);

Carvalhaes, M.A.: 49 (13); Carvalho,

A.M.: 4007 (5), 6561 (4); Carvalho,

M.G.: 335 (4), 598 (4), 685 (4);

Castellanos: 23408 (4); Castillo, M.: 20

(7), 38 (7); Castro, R.A.: 2101 (5);

Cavalcanti , T.B.: 553 (4), 994 (4), 1987

(4), 2059 (3), 2069 (3), 2084 (3), 2714-a

(5), 3897 (4); Cazaro,M.: CGMS 13034

(5); Cesar, O.: 187 (5), 444 (5), 547 (5),

579 (3), HRCB 3535 (5); Chagas: MG

21754 (7), INPA 1699 (7); Chamas,

C.C.: 315/94 (10); Christenson, G.M.:

1136 (5); Cid, C.A.: 4349 (5), 4929 (9);

Coelho, D.: INPA 16704 (5), UEC 33675

(5); Conceição, C.A.: 1757 (5), 2083 (5),

2944 (3); Cordeiro, I.: 1087 (5), 2254

(13); Cordeiro, M.R.: 4391 (15), 4456

Page 182: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

164

(15), 4599 (15); Correa Gomes Jr.,

J.C.: 1751 (5); Correa, F.C.: 01 (13);

Costa, F.N.:. 293 (4); Costa, L.V.:

BHCB 27640 (4); Costa, S.C.: 10 (5);

Costa,C.B.: 368 (4); Crestana, C.:

HRCB 9605 (3); Cruz, S.: (5); Curran,

H.M.: 68 (10); Custódio Filho, A.: 2747

(13); Daly, D.C.: 1004 (7), 3903 (15),

3798 (7); Damasceno Jr, G.A: 1905 (1),

4541 (5), 4563 (5); Dambrós, L.A.: 280

(5); Davis, P.:. 2361 (4); Demuner, V.:

2937 (10), 780 (10); DeWalt, S.: 548

(7); Dickfeldt, E.P.: 415 (3); Didi: IAN

147970 (16); Duarte, A.P.: 2908 (3),

3062 (10), 3650 (10), 3903 (10), 4237

(2), 5780 (13), 7999 (10); Duarte, L.:

197 (4); Duarte, M.C.: 13 (5), 14 (5), 18

(3), 32 (3), 35 (3), 38 (13), 40 (13), 43

(5), 44 (5), 45 (5), 47 (3), 52 (13), 64 (3),

74 (13), 75 (13), 76 (13), 89 (14), 90 (10),

92 (12), 93 (15), 96 (16), 98 (10), 99 (3),

101 (10), 106 (10), 109 (6), 115 (4), 120

(5); Duarte-Barros, W.: 47 (10); Dubbs,

B.: 1556 (5); Ducke, A.: RB 24824 (7),

RB 24825 (7), RB 18083 (7), 57 (10), 65

(10). 350 (7), 791 (7), 2250 (15), 8036

(7), 8440 (7), 14846 (7), 16002 (7);

Dutra, R.C.: 05 (4), 40 (4) , 41 (4), 42

(4), 43 (4); Ecologia Vegetal-Polo: 1635

(5); Edwall, G: CGG 3387 (5); Eiten, G:

2961 (5), 2971 (5), 3114 (5); Emmerich,

M.: 2909 (5); Emygdio, L.: 2261 (3);

Esteves, G.L.: CFCR 13248 (4), CFCR

13348 (6), CFCR 15511 (6), 2681 (16),

2683 (9), 2684 (9); Eupunino, A.: 94

(10); Fanshawe, D.B.: 2606 (7); Farah,

F.T.: 1638 (5); Farias, F: CGMS 4880

(5); Farias, G.L.: 482 (10); Farney, C:

3436 (10); Farney,C.: 1288 (13), 2303

(13); Faustino: INPA 61071 (7); Feep:

148 (5); Ferreira, C.A.C.: 6508 (7),

6119 (7); Ferreira, M.B.: HEPH 4284

(4), 829 (4); Ferreira, M.C.: 1239 (14);

Ferreira, W.M.: 926 (5); Fiaschi, P.:

2572 (10); Fischer, E.A.: 21609 (13),

21610 (13); Folli, D.A.: 82 (3), 2011 (3),

2109 (10), 2170 (10), 4999 (10);

Fonseca, J.: 21 (4); Fonseca, M.L.:

1039 (4), 2685 (4), 5520 (4), 2883 (5);

Fonseca, S.C.G.: BHCB 18018 (3);

Fonseca, S: 267 (5); Fontella, J: 725 (4);

Forero, E.: 8260 (5); Forzza, R.C.:.

4681 (4); Foster, R.B.: 11940 (7);

Francisco: MG 21751 (7); Freitas,

M.A.: 487 (7); Fróes, R.L.: 43 (7), 1968

(7), 1979 (7), 25633 (7), 32104 (16);

Fuentes, A.: 890 (1), 1167 (1); Furtado,

M.N.R.: 06 (7); Garcia, F.C.P.: 254

(13), 498 (3); Garcia, F.J.F.:1541 (5);

Garcia-Barriga, H.: 13787 (7); Gehrt,

A.: SP 8369 (13); Gentry, A.: 25318 (7),

69185 (9); Gentry, A.: 26950 (7), 74268

(16); Giannotti, E.: HRCB 14414 (13),

14913 (5); Gibbs, P.: 2002 (4), 2715 (5),

4770 (5); Giordano,L.C.S.: 1171 (13);

Glaziou: 20721 (5), 20722 (4); Godoi,

J.V.:. 92 (5); Godoy, S.A.P.: 913 (5);

Goes, M.: SP 204054 (13), NY 402473

Page 183: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

165

(13); Gomes, V.: 2805 (3); Goodland,

R.: 406 (5), 3092 (4); 4109 (4);

Gottsberger, I.S.: 31-170998 (4), 210

(5), 13672 (5); Guarim Neto, G: 1370

(5), 7946 (5); Guedes, T.: 200 (15);

Guillé, R.: 3543 (7); Guillén, R.: 1652

(1); Guimarães, J.G.: 1083 (4), 1157

(5); Guimarães, P.: 80 (5); Gutiérrez,

E.: 503 (4); Handro, O.: 303 (13);

Haridasan, M.: 3 (4), 202 (4), 380 (4);

Harley, R.M.: 24897 (4), CFCR 6468

(4); Hartman, T.: 238 (5); Hashimoto,

G: 635 (5), 8526 (5); Hatschbach, G.:

31992 (5), 34597 (5), 63263 (4), 66835

(7), 68218 (6), 69728 (6), 75986 (4);

Heringer, E.P.: 95 (4), 118 (4), 475 (4),

1306 (3), 1372 (4), 1530 (5), 1564 (3),

1623 (5), 1821 (5), 1855 (4), 1970 (3),

2384 (3), 2412 (10), 4559 (4), 4951 (4),

5682 (4), 5722 (4), 8443 (4), 8449 (4),

7118 (3), 10514 (5), 11901 (4), 12195

(5), 12799 (4), 14818 (4), 18575 (3);

Hitchcock, A.S.: 21292 (1); Hoehne,

F.C.: 3954 (5), SP 29609 (13); Hoehne,

W.: SPF 12968 (13), SPF 13992 (3);

Hoffmann, W.A.: 243 (10); Humberto:

INPA 61072 (7); Irwin, H.S.: 5687 (4),

6419 (5), 6490 (5), 8085 (4), 10065 (4),

10703 (4), 15800 (4), 16611 (5), 16136

(5), 16693 (5), 17625 (5), 18336 (3),

48180 (9); Ismael: 5 (1); Ivanauskas,

N.M.: 2164 (7); Jaccered: 60 (5);

Jansen-Jacobs, M.J.: 1878 (7); Jardim,

A.: 1426 (1), 1888A (1), 2155 (1).;

Jardim, J.G.: 202 (14), 1159 (14), 4924

(12); Jesus, N.G:. 0084 (11); Kiehl, J.:

5812. (5); Killen, T.J.: 5395 (5), 5957

(5), 6748 (4), 7666 (7); Kirizawa, M:

1718 (5), 1489 (5); Kirkbride Jr, J.H.:.

4395 (4); Klein, V.L.G.:. 970 (13);

Kollmann, L.: 152 (10), 378 (10); Kral,

R.: 75157 (5); Krieger, L.: CESJ 15275

(2); Krukoff, B.A.: 1290 (7), 10326 (7);

Kuhlmann, J.G.: 47 (3); Kuhlmann,

M.: 940 (3), 1760 (13), 3000 (5), 3037

(5), 3818 (13), SP 114273 (3);

Kuhlmann: VIC 2394 (3); Kunh, E.: 34

(3); Kuntz, O.: NY 996728 (5), F

297420 (5); Kurtz,B.C.: 74 (13);

Lanjouw, J.: 1145 (7); Larpin, D.: 523

(9), 829 (9); Leitão Filho, H.F.: 17 (5),

8260 (4), 10093 (3), 12535 (5), 19391

(3), 34783 (13); Lemos-Filho, J.P.:

UEC19662 (3); Lima, A.: 51 (4); Lima,

H.C.: 3639 (13); Lima, I.V.: 505 (3);

Lino, A.M.: 85 (3); Lobão, A.: 511

(13); Lobato, L.C.B.: 136 (7), 2488 (7);

Loefgren , A.: CGG 960 (5), CGG 1597

(13), CGG 5733 (5); Lolis, S.F.: 135 (4);

Lombardi, J.A.:4108 (4); Lopes, W.P.:

159 (2), 247 (2), VIC 17004 (3); Luz ,

A.A.: 295 (3), 424 (10); Lyra-Lemos,

R.P.: 1750 (11), 2639 (10), 4207 (11),

4482 (11), 4086 (11); Macário, B.: 76

(7); Macedo, A.: 41 (5), 2514 (4);

Macedo, M.: UFMT 6150 (5), UFMT

8263(5), 11 (5), 2369 (5), 3810 (5), 4245

(5), 4278 (5), 5831 (5), 5493 (5), 6406

Page 184: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

166

(5), 7048 (5); Macedo: 868 (5), 3707 (4);

Machado, A.: 01 (13); Machado,

J.W.B.: 17 (3); Machado, M.AB.L.: 348

(11), 66 (11); Maciel, U.N.: 787 (7);

Magalhães, G.M.: RB 105918 (10);

Magalhães, M.: 960 (3), 1736 (4), 3253

(4), 3274 (3); Maguire, B.: 44723 (6),

49202 (5), 56103 (7), 56134 (5), 56248

(4), 56443 (4), 60097 (7); Mamani, F.:

787( 1), 861 (1), 931 (1); Mantovani,

W.: 874 (5); Markgraf: 3136 (4);

Marquete, R.: 449 (13), 874 (13), 1299

(13); Marquette, R.: 2904 (4), 2961 (4);

Martin, M.V.: 91 (4); Martinelli, G.:

10132 (13), 10500 (13), 10315 (14),

11245 (4), 11593 (10); Martins, A.: 37

(3); Martins, H.F.: 82 (4); Mary, C.M.:

163 (4); Mattos Silva, A.: 1663 (3);

Mattos, A.: 299 (4); Mattos, J.:8291A

(5), 12274 (5); Meira Neto, J.A.A.: 407

(5), VIC 20506 (3); Mello Barreto: 207

(3), 894 (3), 895 (3), 896 (3), 897 (3), 899

(3), 4502 (4), 10201 (3); Mello, F.:. 39

(9); Mello, M.M.R.F.: 966 (13), 938

(13), 1010 (13), 1061 (13); Mello-Silva,

R.: CFCR 8267 (4); Melo, E.: 309 (4),

3752 (11); Menandro, M.S.: 159 (3);

Mendes, I.C.A.:150 (4); Mendonça,

R.C.: 224 (4). 5674 (4), 2554 (5);

Menezes, N.L.: CFSC 6186 (4);

Mesquita, M.R.: 358 (15); Miranda,

I.S.: 1534 (5); Monteiro, M.T.: 23510

(3); Monteiro, P.P.: 34 (3); Monteiro,

R.C.B.:. 61 (4), 103 (4); Monteiro, R.S.:

IAN 148009 (16); Moraes, H.C.:. 4771

(5); Morais, P.O.: 25 (4); Mori, S.A.:

8400 (9), 11039 (10), 11482 (14), 13068

(14), 16778 (5), 16908 (4), 21439 (13),

22882 (16); Mostacedo, B.: 1982 (5),

2459 (4); Mota, A.L.P.: VIC 13464 (3),

VIC 13534 (3), VIC 14017 (3), VIC

14110 (3), VIC 14551 (4), VIC 14714

(3),VIC 15174 (3), VIC 15390 (4); Mota,

R.C.: 435 (3); Nascimento, E.A.: 31

(4); Nascimento, J.R.: 556 (16);

Nascimento, L.M.: 195 (10); Nasser,

O.S.: 233 (5); Nave, A.G: 2056 (5); Nee,

M.: 41240 (5), 41462 (5), 41667 (1),

53048 (1); Nestor, J.: BHCB 58304 (3);

Neto, L.: R 37570 (4); Netos, D.A.M.:

289 (3); Nitikman, L.S.: 196 (4); 197

(4), 198 (4); Nóbrega, M.G.: 464 (4),

486 (4), 951 (3), 1909 (3); Nunez, P.:

10802 (7); Occhioni, P.: 5200 (13), 7288

(5); Okada, K.A.: 33 (4), 34 (4);

Oliveira Filho, A.T.: 100 (5), 109 (5);

Oliveira, A.A.: 3650 (13), 3666 (13);

Oliveira, E.: 504 (15), 4255 (7), 5911

(7), 5925 (7), 6407 (7), 7270 (15);

Oliveira, J.A.: 84 (3); Oliveira, P.P.:

194M (10); Pabst, G.F.J.: 9340 (4);

Pacheco, C.: IAC 18056 (3); Pagano,

S.N.: 568 (5), 609 (5), 637 (5); Pagotto,

R.C.S.: 44 (5); Paixão , I.L.S.C.:7 (4);

Pastore, A.: 1026 (13); Paula, J.E. de:

100 (5); Peixoto, A.: 3079 (10), 3089 (3),

3113 (3), 3175 (3), 3278 (3); Pena, B.S.:

501 (7); Pereira Neto, M.: 33 (4);

Page 185: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

167

Pereira- Silva, G.: 5392 (4); Pereira,

B.A.S.: 303 (4), 1050 (4), 2633 (5), 2658

(5), 2764 (3), 3060 (4); Pereira, E.: 5118

(4), Pinheiro, M.H.O.: HRCB 34423 (5);

Pinheiro, R.S.: 419 82 (10); Pinho,

R.A.: 61 (5); Pio, L.C.: 5 (5); Pipoly, J.:

13528 (16), 13840 (16); Pirani, J.R.:

11-77 (5), 890 (5), 3284 (5), 4356 (3),

5308 (4), CFCR 8152 (4), CFCR 12682

(6), CFCR 12923 (4); Pires , J.M.: 653

(7), 2404 (7), 2623 (15), 4378 (7), 4703

(7), 9045 (4), 9598 (4), 9810 (4), 10066

(9), 11015 (7), 13862 (15), 16628 (5),

16640 (5), 48818 (7), 51241 (7), 51889

(7), IAN 113711(7), MG 28383 (7), MG

164591 (7); Pitt, J.: 62 (16); Pott, A.:

2383 (5), 3227 (5), 6389 (5), 7223 (5),

9012 (4), 9090 (1), 12830 (4), 13208 (5),

13329 (1), CPAP 1358 (5); Pott, V.J.:

3689 (5); Prance, G.T.: 7188 (9), 14569

(7), 14997 (7), 58529 (5); Prévost, M.F.:

2996 (16), 3708 (7), 3182 (7), 3751 (7);

Proença, C.: 154 (4); Queiroz, L.P.:

4514 (13); Quevedo: 913 (7), 2329 (4),

2711 (1); Rabelo, B.: 123 (7), 931 (7);

Ramos, A.E.: 323 (3), 1111 (4); Ramos,

J.: 6716 (3); Ratter , J.A.: 118 (5), 129

(5), 153 (5), 252 (5), 301 (5), 375 (5),

2207 (3), 3155 (4), 3475 (4), 3903 (4),

4537 (4), R670 (5), R7849v (4), R7935v

(4), R7969v (4); Regnell , A.F.: 268 (4);

Revilla, J.: 716 (7); Rezende , J.M.: 885

(4); Rezende, U.M.: 135 (5); Ribeiro,

J.E.L.S.:1740 (7); Richards, P.W.: 6578

(5); Rizzo, A.: 4477 (4); Rocha, G.I.: 42

(4); Rodrigues, S.: 56 (5); Rodrigues,

W.: 3136 (9), 7156 (9), 8582 (7), UEC

10372 (4); Rodrigues-da-Silva, R.: 313

(4); Rodriguez, A.: 634 (4); Romaniuc

Neto, S.: 1076 (3); Rombouts, J.E.:

2625 (5); Romoleroux, K.: 1990 (9);

Rosa, N.A.: 829 (7), 1200 (15), 2128 (7),

2172 (9), 3711 (13), 4469 (7); Rose, J.N.:

23455 (1); Rossi, L.: 612 (13), 685 (13),

884 (13); Ruiz, A.G.: 137 (7); Rylands:

142/1980 (10); Sabatier, D.: 2578 (7);

Saddi, N.: 413 (5), 867 (5), 1421 (5);

Salatino, M.L.F.: 102 (5), 122 (5), 129

(5), 229 (5); Saldias, M.: 2789 (1), 2983

(1), 2995 (1), 4738 (1); Sampaio, A.B.:

188 (3); Sampaio, T.: 9 (13).; Sandwith,

N.Y.: 511 (9); Santos, A.A.: 1311 (4);

Santos, F.S.: 643 (10), 674 (10); Santos,

H.G.P.: 37 (5); Santos, J.R.: 226 (4);

Santos, R.S.: 24282 (4), 24379 (4);

Santos, T.S.: 2554 (2), 3839 (12);

Santos,K.: 270 (3); Saraiva, L.C.: 69

(5); Sartori, A.L.B: 211 (3); Sazima,

M.: 33719 (13); Schultes, R.E: 14700

(7); Schwebel, E.: 12 (13); Sciamarelli,

A.: 1065 (4); Semir, J.: 11 (4); Sevilha,

A.C.: 3029 (4), 3531 (4); Sillman, M.S.:

131 (5); Silva, N.T.: 5169 (9); Silva,

A.F.: 10131 (13); Silva, A.F.: 134 (3),

219 (3), VIC 13283 (3), VIC 13283 (3);

Silva, A.P.: 128 (4); Silva, A.S.L.: 2161

(7), 3974 (7), 297 (9); Silva, B.M: 107

(11); Silva, F.C.F.: 55 (4), 68 (4), 139

Page 186: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

168

(4); Silva, G.P.: 7758 (3); Silva, J.C.S.:

696 (4); Silva, J.M.: CGMS 2863 (5);

Silva, L.A.M.: 2095 (3); Silva, M.: 1723

(7); Silva, M.A.: 2298 (5); Silva, M.G.:

3304 (7), 3673 (7), 4593 (5), 4994 (5);

Silva, M.R.P.: 3318 (4); Silva, N.T.: 130

(7), 757 (7), 2194 (15), 2719 (7), 2781

(7), 3968 (15); Silva, Q.J.: 085 (4);

Siqueira, G.S.: 18 (3); Soares, L.H.:

824 (4); Sonkin, L.: 274 (13), 277 (13),

319 (13); Sothers, C.A.: 599 (9); Souza,

F.O.: 114 (13); Souza, J.P.: 2353 (3);

Souza, M.F.L.: 128 (4); Souza, R.: IAN

148066 (15), IAN 148090 (15); Souza,

V.C.: 513 (13), 11304 (5), 17194 (5),

9380 (5); Spada, J.: 25/77 (10), 281 (3);

Spruce: 1079 (7); Stahel, G: 104 (9);

Stehmann, J.R.: 4115 (10), UEC 124962

(2); Steyermark, J.: 60679 (7); Sucre,

D.: 603 (4), 5681 (3), 11046 (13);

Sugyiama, M.: 159 (5); Sylvestre, L.:

479 (13); Tabacow, J.: R 186847 (4);

Tamashiro, J.Y.: 103 (5), 630 (5), 1081

(5); Tameirão Neto , E.: 254 (3), 1197

(4), 1260 (4), 2068 (5), 4130 (4);

Tanaka, I: 16 (4); Tannus, J.L.S.: 07

(5), 144 (5), 454 (5); Taxonomy class of

UNB: 1047 (4), 929 (4), 959 (4), 964 (4);

Teixeira, L.A.O.: 1233 (7); Thomas,

W.W.: 8112 (14); Thomas, W.W.:

13297 (11); Toledo, B.: 44 (3); Toledo,

D.V.: 5530 (5); Tozzi, A.M.G.A.: 23072

(4); Uchoa, F.M.A.: CGMS 8819 (5);

Valente, G.E.: 86 (3); Vargas, A.A.: 26

(7); Vargas, G.: 3886 (7); Vargas, I.G :

3616 (1), 6640 (1); Vasquez, R.: 3161

(7); Vervloet, R.R.: 1944 (10); Vidal,

M.R.R.: 420 (4); Viégas, A.P.: 5557 (5),

IAC 7137 (3), SP 49333 (3); Vieira,

R.F.:. 511 (4), 1771 (4); Walter,

B.M.T.: 1424 (4), 1859 (5), 2501 (4),

2530 (5), 2580 (4), 3311 (4), 3377 (3);

Waltier, F.C.S.: 31 (9); Warming: US

290504 (4); Wasicky, R.: SPF 11785 (5),

SPF 15388 (5), SPF 15413 (5); Weiser,

V.L.: 90 (5), 220 (5), 254 (5), 262 (5),

284 (5), 639 (5); Westra, L.Y.Th.:

48554 (7); Yamamoto, L.F.: 45 (3);

Zappi, D.C.: CFCR 9892 (6).

Agradecimentos

Ao CNPq pela bolsa de doutorado concedida a primeira autora e a bolsa de Produtividade

em Pesquisa concedida a segunda autora; ao International Association for Plant

Taxonomists (IAPT) pelo auxílio financeiro; aos curadores dos herbários pelo empréstimo

de material e permissão para consulta; ao Klei R. Souza pela cobertura dos desenhos a

nanquim e ao Fausto Erritto Barbo pela confecção dos mapas.

Page 187: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

169

Referências bibliográficas

Alverson, W.S. & Steyermark, J.A. 1997. Bombacaceae In: Flora of the Venezuelan

Guayana, Missouri Botanical Garden, St. Louis. (P. E. Berry, B.K. Holst & K.

Yatskievych, eds.) 3: 496-527.

Alverson, W.S.; Whitlock, B.A.; Nyffeler, R.; Bayer, C. & Baum, D.A. 1999. Phylogeny

of the core Malvales: evidence from ndhF sequence data. American Journal of

Botany 86 (10): 1474-1486.

Baum, D.A.; Smith, S.D.; Yen, A.; Alverson, W.A.; Nyffeler, R.;Whitlock, B.A. &

Oldham, R.L. 2004. Phylogenetic relationships of Malvatheca (Bombacoideae and

Malvoideae, Malvaceae sensu lato) as inferred from plastid DNA sequences.

American Journal of Botany 91 (11): 1863-1871.

Bayer, C.; Fay, M.F.; De Bruijn, A.Y.; Savolainen, V.; Morton, C.M.; Kubitzki, K.;

Alverson, W.S. & Chase, M.W. 1999. Support for an expanded family concept of

Malvaceae within recircumscribed order Malvales: a combined analysis of plastid

atpB and rbcL DNA sequences. Botanical Journal of Linnean Society 129 (4): 267-

303.

Bridson, G.D.R. & Smith, E.R. 1991. Botanico-Periodicum-Huntianum/

Supplementarum. Hunt Institute for Botanical Documentation. Carneige Mellon

University. Pittsburgh.

Brummit, R.K. & Powel, C.E. 1992. Authors of plant names. The Royal Botanic

Gardens, Kew, England. 732p.

Coutinho, L. M. 1978. O conceito de cerrado. Revista Brasileira de Botânica 1:17-23.

Du Bocage, A.L. & Sales, M.F. 2002. A família Bombacaceae Kunth no estado de

Pernambuco, Brasil. Acta Botanica Brasilica 16(2): 123-139.

Duarte, M.C; Esteves, G.L. & Semir, J. 2007. Bombacaceae In: Flora Fanerogâmica do

Estado de São Paulo (Wanderley, M.G, Sheperd G.J.; Melhem, T.S. & Giulietti,

A.M., cords) vol.5, p. 21-37.

Esteves, G.L. 2003. Bombacaceae. In: Flora de Grão-Mogol, Minas Gerais: Bombacaceae.

Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo 21(1): 123-126.

Esteves, G.L. 2005. Bombacaceae. In: Flora da Reserva Ducke, Amazonas, Brasil.

Rodriguésia. 56(86): 115-124

Page 188: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

170

Gledhill, D. 2008. The names of plants, Quarta edição. Cambridge University Press,

Cambridge, Reino Unido. 424p.

Judd, W.S. & Manchester, S.R. 1997. Circumscription of Malvaceae (Malvales) as

determined by a preliminary cladistic analysis of morphological, anatomical,

palynological, and chemical characters. Brittonia 49 (3): 384- 405.

Ribeiro, J.E.L.S. & Esteves, G.L. 1999. Bombacaceae. In: Flora da Reserva Ducke

(Ribeiro, J.E.L.S. et al. eds.) Flora da Reserva Ducke. Guia de identificação das

plantas vasculares de uma floresta de terra-firme na Amazônia Central. Instituto

Nacional de Pesquisa da Amazônia. Manaus. p. 269-271.

Rizzini, C.T. 1997. Tratado de Fitogeografia do Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Âmbito

Cultural Ed. Ltda. 747p

Robyns, A. 1963. Essai de monographie du genre Bombax s.l. (Bombacaceae). Bulletin du

Jardin Botanique L’Etat 33(1/2):1-316.

Santos, E. 1966. Bombacaceae do Estado da Guanabara. Rodriguésia 25 (37): 41-49.

Santos, E. 1969. Bombacaceae. In: Flora ecológica das restingas do Sudeste.

Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional. 25p.

Stafleu, F.A. & Cowan, R.S. 1973-1988. Taxonomic Literature, v.1-7. Ed. Bohn,

Scheltema & Holkema, Utrech.

Thiers, B. [continuously updated]. Index Herbariorum: A global directory of public

herbaria and associated staff. New York Botanical Garden's Virtual Herbarium.

http://sweetgum.nybg.org/ih/

Page 189: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

171

DISCUSSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho mais abrangente sobre a taxonomia de Eriotheca, a revisão

de Bombax e gêneros afins (Robyns 1963), deixou lacunas quanto à separação

das espécies, baseada em um conjunto de caracteres que são compartilhados

pela maioria desses táxons. As descrições, embora bastante detalhadas,

mostraram poucas variações morfológicas das espécies, sendo em sua

maioria, baseadas em coleções antigas, depositadas em herbários

estrangeiros, contemplando poucos materiais dos herbários brasileiros.

Sendo assim, o tratamento taxonômico aqui apresentado foi baseado no

estudo de mais de 500 materiais de herbários nacionais e estrangeiros,

incluindo tipos e imagens. No que se refere às coleções dos herbários

brasileiros foi constatado um número significativo de espécimes depauperados,

provavelmente em função da presença de uma articulação entre o pecíolo e o

peciólulo que favorece a queda dos folíolos com o manuseio. Além disso,

muitos materiais compreendem um ramo com fragmentos de flores ou de frutos

coletados no chão.

Juntamente com o estudo das coleções de herbário, foi realizado um

intenso trabalho de campo por meio do qual foram percorridas várias

localidades na área global de ocorrência das espécies e coletados 25 materiais

completos de 11 espécies. Esse trabalho exigiu muita dedicação, devido às

dificuldades de coleta de material de Eriotheca, em função da altura dos

indivíduos.

Outra lacuna preenchida pelo presente estudo, diz respeito à ausência

de ilustrações nos trabalhos já publicados, inclusive no tratamento de Robyns

(1963) onde foi ilustrada apenas uma espécie. A obtenção de material nas

coletas, associada à análise de inúmeras coleções de herbários possibilitou a

elaboração de ilustrações dos principais atributos diagnósticos de todas as

espécies, sendo a maioria desses desenhos inéditos.

Quanto à separação das espécies, o principal desafio encontrado foi a

detecção de um ou mais caracteres que tornassem fácil o reconhecimento de

uma espécie. A observação das populações na natureza possibilitou a

Page 190: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

172

constatação de caracteres importantes, ainda não utilizados na taxonomia de

Eriotheca, como o porte dos indivíduos e a presença de sapopemas.

Foram utilizados tanto caracteres florais como vegetativos, sendo que

estes últimos se mostraram mais consistentes, especialmente as dimensões e

os números das estruturas, destacando-se os comprimentos dos folíolos,

pecíolos e peciólulos e o número de folíolos. Este último caráter foi útil para

separar as espécies que apresentam cinco folíolos daquelas com mais de cinco

folíolos (fig. 2: A-C), conforme foi utilizado na chave analítica. A utilização de

caracteres vegetativos quantitativos na taxonomia de Eriotheca parece

apropriada, uma vez que foi de grande valia na separação das espécies da

Guayana Venezuelana (Alverson & Steyermark 1997) e da Guiana Francesa,

(Alverson & Mori 2002).

Algumas espécies foram facilmente identificadas com base em

caracteres exclusivos como E. sclerophylla cujas lâminas extremamente rígidas

foram notáveis para o seu reconhecimento; E. roseorum pelo tubo estaminal

rosado e obcônico, E. bahiensis pelo tipo de indumento e de escamas que

recobre a face abaxial dos folíolos e E. pubescens pelo indumente constituído

de tricomas estrelados.

No indumento foram encontrados caracteres diagnósticos marcantes,

especialmente a coloração e o tipo de tricoma. Assim como na maioria das

Bombacoideae, nas espécies de Eriotheca predomina o indumento lepidoto,

constituído de escamas peltadas recobrindo as estruturas vegetativas e

reprodutivas. O estudo da morfologia dos tricomas, sob microscopia eletrônica

de varredura, até então inédito para o gênero, mostrou vários tipos de

escamas, desde o tipo predominante, escamas arredondadas de superfície lisa

e contorno regular, até tipos exclusivos como os encontrados em E. bahiensis,

escamas subarredondadas de superfície radiada e contorno irregular; em E.

roseorum, escamas ovadas, bilobadas de superfície lisa e contorno regular e

em E. longipedicellata e E. longitubulosa que possuem o tipo predominante de

escama, porém, na superfície externa do cálice, apresentam escamas

subarredondadas e de contorno metade regular e metade irregular.

Page 191: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

173

Figura 2: Estruturas vegetativas e florais de espécies de Eriotheca. A: E. pubescens,

folha com flores. B: E. globosa, folha com flores. C: E. dolichopoda, folha com flores.

D: E. longitubulosa, botão floral. E: E. longipedicellata, botão floral. F: E. dolichopoda,

cálice. G: E. longipedicellata, cálice. H: E. parvifolia, cálice. I: E. sclerophylla, cálice. J:

E. macrophylla, cálice. K: E. roseorum, pétala. L: E. surinamensis, pétala. M: E.

gracilipes, tubo estaminal. N: E. roseorum, tubo estaminal. O: E. longitubulosa tubo

estaminal. P: E. longipes, gineceu. Q: E. sclerophylla, gineceu. R-S: E. pentaphylla,

fruto e semente.

Page 192: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

174

Algumas espécies foram reconhecidas com facilidade por apresentarem

o indumento constituído de tricomas estrelados como E. pubescens ou de

tricomas simples como E. roseorum, E. gracilipes e E. parvifolia, sendo alvos e

persistentes na primeira espécie e negros e em geral decíduos nas duas

últimas espécies.

Ainda com relação ao indumento, destaca-se o tipo de indumento que

recobre o cálice e o pedicelo de E. candolleana, E. dolichopoda, E. globosa, E.

obcordata e E. bahiensis, flocoso-ferrugíneo, denominado por Robyns (1963)

de indumento escamoso. Entretanto, a luz da microscopia eletrônica de

varredura ficou claro que se trata de tricomas muito delicados que se

desprendem em flocos quando tocados.

Quanto às estruturas florais, o receptáculo das flores das

Bombacoideae, geralmente espesso e alongado, exibe caracteres diagnósticos

no nível de espécie. A presença ou ausência de nectários e a sua distribuição

no receptáculo mostraram-se bastante úteis na taxonomia de Pseudobombax e

Pachira (Robyns 1963, Carvalho-Sobrinho 2006, Duarte et al. 2007).

Entretanto, em Eriotheca foi útil apenas o comprimento do receptáculo, que

variou entre as espécies estudadas de 2,5 cm até quase nulo (fig. 2: F-J).

Dentre os caracteres florais destacam-se também a forma dos botões,

aqui utilizada pela primeira vez, para diferenciar as espécies que ocorrem na

Região Amazônica e na Mata Atlântica (fig. 2: D-E). A forma e as dimensões

das pétalas (fig. 2: K, L) e a forma do cálice, cupuliforme (fig. 2: I, J),

campanulada (fig. 2: F, H) ou tubulosa (fig. 2: G) foram utilizados para separar

as espécies muito próximas.

Quanto ao androceu, nas Malvaceae em geral essa estrutura apresenta

uma série de caracteres marcantes que caracterizam tribos, gêneros, seções e

espécies (Duarte et al. 2007, Esteves 1996, Fernández- Alonso 2003, Fryxell

1977, Gibbs & Semir 2003, Krapovickas & Cristóbal 1965, Robyns 1963). Nas

espécies de Eriotheca, o androceu foi a estrutura floral que ofereceu o maior

número de caracteres diagnósticos, destacando-se o número de estames,

comprimento do tubo estaminal e das partes livres de estames (porção não

concrescida), presença e posição de constrição, coloração e forma do tubo (fig.

2: M-O).

Page 193: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

175

Um aspecto importante do androceu das espécies de Eriotheca é a

disposição dos estames em um único verticilo aparente. De acordo com Janka

et al. (2008), nesse gênero o androceu apresenta dois verticilos, entretanto, o

verticilo mais interno se funde ao externo durante o desenvolvimento, ficando

aparente somente o verticilo externo. A interpretação desse caráter confundiu

muitos autores, inclusive Robyns (1963) que utilizou o número de verticilos do

androceu para separar Eriotheca de Pachira, uma vez que Pachira apresenta

dois verticilos de estames, sendo que ambos são aparentes.

O número de estames (18-170) em Eriotheca é compatível com o

apresentado por outros gêneros de Bombacoideae como Pachira s.l.,

Pseudobombax, Bombax e Rhodognaphalon, nos quais se observa desde

poucos a numerosos estames. De acordo com van Hell (1966) o número

elevado de estames encontrado nas Malvaceae é produto de uma multiplicação

secundária, sendo as anteras monotecas de Bombacoideae, metade de

anteras bitecas seccionadas longitudialmente encontradas em outros

representantes da família.

Outro aspecto do androceu das Malvaceae, discutido por van Hell

(1966), diz respeito às relações de comprimento entre a porção concrescida

(tubo estaminal) e a porção não concrescida (partes livres de estames). Nesse

contexto, E. longipedicellata e E. longitubulosa exibem o maior grau de

concrescimento de estames, apresentando um tubo cilíndrico e alongado,

enquanto a porção não concrescida é comparativamente bem menor (fig. 2: O).

Esse padrão contrasta com o apresentado por E. roseorum, cuja porção

concrescida forma um tubo obcônico de comprimento semelhante ao da porção

não concrescida (fig. 2: N). Um terceiro padrão, encontrado na maioria das

espécies, compreende um tubo cilíndrico e curto, com partes livres de estames

comparativamente longas (fig. 2: M).

A morfologia do tubo estaminal nas espécies de Eriotheca parece bem

associada aos tipos de polinizadores relatados para o gênero. Assim, as

espécies polinizadas por mariposas possuem o tubo estaminal cilíndrico e

alongado, o que facilita a penetração da probóscide do inseto até o nectário no

fundo do cálice; ao passo que as espécies com o tubo estaminal curto e

porções não concrescidas maiores (forma de pincel) são polinizadas por

abelhas e morcegos.

Page 194: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

176

Algumas estruturas exibiram poucos caracteres diagnósticos,

destacando-se o gineceu cuja morfologia é bastante homogênea assim como

nas Bombacoideae em geral. Apenas a forma do ovário foi utilizada pela

primeira vez para diferenciar E. macrophylla (subgloboso a globoso) de E.

sclerophylla e E. surinamensis (ovário cônico) (fig. 2: P, Q).

Quanto aos frutos, as espécies de Eriotheca apresentam cápsulas muito

típicas, obovóides a subglobosas e pequenas (em geral até 8,5 cm compr.) (fig.

2: R), um padrão diferente daquele apresentado pelas espécies dos gêneros

afins (Pachira s.l., Pseudobombax e Bombax), cujas cápsulas são em geral

alongadas e maiores. As sementes são envolvidas por paina abundante, ao

contrário de algumas espécies de Pachira que apresentam paina escassa

envolvendo as sementes. As sementes de todas das espécies de Eriotheca

possuem três ou quatro estrias proeminentes (fig. 2: S), entretanto, esse

caráter é homoplástico, aparecendo também em Pachira (incluindo

Rhodognaphalopsis e Bombacopsis), sendo provavelmente a sinapomorfia de

Pachira s.l., conforme foi abordado no capítulo 1.

No que se refere aos aspectos taxonômicos e nomenclaturais, foram

apresentadas as propostas de oito sinônimos, designações de um lectótipo e

um epítipo, além de duas mudanças de status para o nível específico.

Adicionalmente, uma espécie nova para a ciência foi proposta, E. bahiensis,

conhecida até o momento pelas coleções de floresta pluvial dos tabuleiros do

sul da Bahia, apresentando-se descrição e ilustrações.

No tocante à distribuição geográfica, as 16 espécies de Eriotheca que

ocorrem no Brasil estão distribuídas desde os estados da região Norte até a

região Sudeste, no Estado de São Paulo onde está o limite sul de distribuição

do gênero. O número de espécies que ocorre no Brasil corresponde a mais de

50% do número total de espécies do gênero (24 espécies).

O conhecimento atual das espécies de Eriotheca no Brasil revelou que

à semelhança dos demais países da América do Sul, a maioria das espécies

apresenta um padrão de distribuição restrito, associado às preferências

ecológicas estreitas. Esse padrão, no qual poucas espécies de um gênero

apresentam distribuição ampla, contrastando com a maioria das espécies que

tem distribuição restrita, corroborou os relatos de padrões já observados e

descritos para outros gêneros de Malvaceae representados no Brasil: Pavonia

Page 195: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

177

(Esteves 1996), Pseudobombax (Carvalho-Sobrinho 2006), Peltaea

(Krapovickas & Cristóbal 1965), Hibiscus (Fryxell 1988) e Wissadula (Bovini

2008).

Das 16 espécies de Eriotheca ocorrentes no Brasil, sete espécies

possuem distribuição extra-brasileira. As demais espécies ocorrem

exclusivamente no Brasil, e dentre estas, somente E. candolleana e E.

macrophylla estão amplamente distribuídas no país, ocorrendo em vários

estados, ao passo que as outras espécies têm distribuição restrita (em dois

estados) ou muito restrita (poucas localidades de um estado) (tab. 6).

Foram constatadas três áreas de concentração de espécies no Brasil

(fig. 3). Na Região Amazônica ocorrem cinco espécies, predominantemente em

mata de terra firme. Nessa formação, E. longitubulosa e E. longipedicellata

destacam-se entre as árvores emergentes do platô (15-40m), esta última

espécie atingindo até 51m. Nos estratos inferiores ocorrem E. surinamensis

(registrada ocasionalmente no platô) e E. globosa, ambas atingindo em média

cerca de 30m, sendo que essa última espécie é encontrada também em mata

de igapó, onde seu porte não ultrapassa 10m. Dentre as espécies com

distribuição amazônica, destaca-se E. sclerophylla conhecida somente pelo

material tipo (Ducke s.n. RB 24825) da Bacia do Rio Negro, no Município de

Santa Izabel do Rio Negro, onde a flora é peculiar e exibe alto grau de

endemismo (Rizzini 1997); a espécie distribui-se em áreas adjacentes da

Colômbia, Peru até a Bolívia.

Na Costa Nordeste-Sudeste do Brasil distribuem-se cinco espécies,

desde o Estado de Pernambuco até o de São Paulo, na floresta pluvial

Atlântica, destacando-se E. pentaphylla e E. macrophylla que ocorrem

preferencialmente na floresta pluvial montana, sendo que E. macrophylla

ocorre também com E. obcordata na floresta pluvial baixo-montana. Na floresta

dos tabuleiros, além de E. macrophylla (BA, ES) e E. obcordata (BA, AL),

espécies pouco frequentes nessa formação, foram registradas E. dolichopoda

e E. bahiensis, endêmicas dos tabuleiros da Bahia.

No Domínio do Cerrado ocorrem E. gracilipes e E. pubescens,

abundantemente distribuídas nas Regiões Centro-Oeste, e na Região Sudeste,

nos Estados de São Paulo e Minas Gerais. Nessas regiões, os indivíduos de

ambas as espécies não ultrapassam 10m de altura. No Cerrado da Cadeia do

Page 196: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

178

Espinhaço de Minas Gerais, ocorre E. parvifolia, endêmica do local, distribuída

desde o Município de Serro até o de Grão-Mogol, representada por pequenas

populações cujos indivíduos atingem até 5m de altura.

As demais espécies (cerca de 20% do total), E. roseorum, E.

candolleana e E. longipes, são típicas de Florestas Estacionais, ocorrendo

tanto nas formações deciduais como semideciduais nas regiões Centro-Oeste

e Sudeste do país. Uma exceção é E. candolleana que estende-se até a

floresta pluvial dos tabuleiros do Espírito Santo e Bahia.

De uma forma geral alguns caracteres morfológicos são peculiares das

espécies de cada formação vegetal. Sendo assim, as espécies que ocorrem na

Região Amazônica e na Costa Nordeste-Sudeste exibiram as maiores

dimensões de folhas e porte, sendo que nas espécies presentes na Mata

Atlântica foram constatadas também as maiores medidas de flores,

especialmente devido ao comprimento do receptáculo (até 2,5cm), enquanto

nas espécies das demais formações o comprimento dessa estrutura foi quase

nulo ou não ultrapassou 1cm. As espécies que ocorrem no Cerrado

destacaram-se por apresentarem os menores portes e folhas geralmente

coriáceas.

Figura 3: Áreas de concentração de espécies no Brasil.

Page 197: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

179

Quanto à conservação das espécies no Brasil, segundo os critérios da

IUCN (2001), somente sete espécies: E. candolleana, E. macrophylla, E.

pentaphylla, E. gracilipes, E. globosa, E. surinamensis e E. pubescens podem

ser inseridas na categoria ―Pouco Preocupante‖, uma vez que além de serem

bem distribuídas em suas áreas de ocorrência, estão protegidas em unidades

de conservação.

As demais espécies possuem status de conservação preocupante. E.

parvifolia, E. bahiensis, E. longitubulosa, E. longipedicellata e E. longipes estão

protegidas em unidades de conservação e foram coletadas nas últimas

décadas em localidades não protegidas, entretanto, suas respectivas áreas de

ocorrências globais compreendem no máximo cinco localidades. Além disso, o

fato dessas espécies geralmente habitarem em formações vegetais sob

constantes ameaças as enquadra na categoria ―Em Perigo‖. Na mesma

situação se encontra E. obcordata, sendo que esta espécie foi coletada em 10

localidades e por isso pode ser categorizada como ―Vulnerável‖.

Três espécies se encontram em situação crítica e necessitam atenção

especial:

- E. dolichopoda - conhecida somente pelas coleções de duas

localidades na Bahia, sendo uma delas beira de estrada.

- E. roseorum – conhecida no Brasil pelas coleções de uma só

localidade, no Mato Grosso do Sul, onde ocorre em pequenos morros

adjacentes à cidade de Corumbá, em locais com sinais de urbanização,

conforme foi observado durante a coleta.

- E. sclerophylla - foi coletada no pela última vez há mais de 70 anos;

considerando-se que essa espécie não ocorre em unidades de conservação,

sua situação é extremamente grave, podendo ser supostamente categorizada

em perigo de extinção.

Quanto à análise filogenética, as sequências de dados do DNA nuclear

(ITS) e de cloroplasto (trnL-F, matK) corroboraram os resultados de Baum et al.

(2004), confirmando o monofiletismo do ―Core Bombacoideae‖, caracterizado

morfologicamente pelas folhas 1-9-folioladas, com uma reversão em folhas

simples em Cavanillesia. Adicionalmente, os resultados obtidos contribuíram

significativamente para a compreensão quanto ao posicionamento e à

circunscrição de alguns gêneros de Bombacoideae, uma vez que mostrou

Page 198: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

180

evidências que fortaleceram a sinonimização de Bombacopsis e

Rhodognaphalopsis em Pachira, conforme proposta por Alverson (1994), com

base nas similaridades morfológicas desses gêneros. Além disso, mostrou pela

primeira vez que Pseudobombax e Ceiba s.l. (incluindo Neobuchia) são

monofiléticos.

Com relação à Eriotheca, nas análises de matK o gênero emergiu como

monofilético, entretanto, as análises de ITS, TrnL-F e dados combinados dos

três marcadores mostraram o parafiletismo de Eriotheca. As espécies desse

gênero emergiram juntamente com as espécies de Pachira, formando um clado

monofilético, Pachira s.l., que tem como provável sinapomorfia as sementes

estriadas.

Apesar das evidências dos dados de ITS e trnL-F e dados combinados,

referentes ao parafiletismo de Eriotheca, no presente trabalho, esse táxon não

foi tratado em Pachira s.l. e sim como gênero distinto em função dos resultados

obtidos na análise de matK, que mostraram o monofiletismo de Eriotheca. Esse

posicionamento foi fortalecido ainda mais diante do resultado do teste de

Templeton (dados combinados), no qual o monofiletismo de Eriotheca não foi

rejeitado. Acredita-se que a amostragem insuficiente de táxons foi um dos

principais obstáculos para o entendimento das relações filogenéticas desse

gênero. Somente após uma filogenia melhor resolvida será possível fazer

inferências mais consistentes quanto à evolução do gênero.

Com relação à delimitação morfológica de Eriotheca, o estudo

taxonômico (capítulo 4) corroborou a posicionamento de Robyns (1963), uma

vez que todas as espécies estudadas apresentaram flores com até 6,5 cm de

comprimento e 18-170 estames. Entretanto, vale ressaltar que as diferenças

entre Eriotheca e Pachira quanto ao comprimento das flores não são

significativas e que o número de estames se sobrepõe, uma vez que Pachira

possui flores com 7-35cm de comprimento e 90 a 1000 estames.

Diante do exposto, torna-se necessário o prosseguimento de estudos

futuros incluindo uma amostragem maior de Eriotheca e Pachira s.l., bem como

o uso de novos marcadores a fim de buscar mais evidências para confirmar ou

rejeitar o monofiletismo de Eriotheca e esclarecer melhor as suas relações

filogenéticas, com vista à completa revisão taxonômica desse táxon.

Page 199: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

181

Tabela 6: Distribuição geográfica das espécies de Eriotheca ocorrentes no Brasil.

Brasil Extra-brasileira

E. globosa AP, AM, PA, RO, MA, MT Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Peru, Bolívia

E. gracilipes RO, BA, MG, SP, GO, DF, MT, MS Paraguai, BolÍvia

E. longitubulosa PA, AM Guiana Francesa, Peru

E. pubescens TO, BA, MG, SP, GO, DF, MT, MS Bolívia

E. roseorum MS Equador, Bolívia, Argentina

E. sclerophylla AM Colômbia, Peru, Bolivia

E.surinamensis AC, AM, PA, RO, MT Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador

E. candolleana BA, GO, MT, MS, DF, MG, SP, ES

E. macrophylla AL, PE, BA, MG, ES, RJ

E. longipedicellata AP, PA

E. longipes MG, BA

E. obcordata AL, BA

E. pentaphylla RJ, SP

E. bahiensis BA

E. dolichopoda BA

E. parvifolia MG

Ocorrência

Brasil

ampla

restrita

Muito restrita

EspéciesDistribuição

América do Sul

Page 200: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

182

BIBLIOGRAFIA GERAL

Alverson, W.S. & Mori, S.A. 2002. Bombacaceae In: Guide to the Vascular

plants of central French Guiana. Mem. New York Bot. Gard. (S.A. Mori et al.,

eds) 76 (2): 139-145.

Alverson, W.S. & Steyermark, J.A. 1997. Bombacaceae In: Flora of the

Venezuelan Guayana, Missouri Bot. Gard, St. Louis. (P. E. Berry, B.K. Holst

& K. Yatskievych, eds) 3: 496-527.

Alverson, W.S. 1994. New species and combinations of Catostemma and

Pachira (Bombacaceae) from the Venezuelan Guayana. Novon 4:3-8.

Alverson, W.S.; Whitlock, B.A.; Nyffeler, R.; Bayer, C. & Baum, D.A. 1999.

Phylogeny of the core Malvales: evidence from ndhF sequence data. Amer.

J. Bot. 86 (10): 1474-1486.

Aublet, J.B.C.F. 1775. Histoire des plantes de la Guiane Françoise 2: 725-726,

pl. 291-292. 1775.

Baum, D.A. 1995a. The comparative pollination and floral biology of baobabs

(Adansonia- Bombacaceae). Ann. Missouri Bot. Gard. 82 : 322-348.

Baum, D.A. 1995b. A systematic revision of Adansonia (Bombacaceae). Ann.

Missouri Bot. Gard. 82:440-470.

Baum, D.A. 1998. Biogeography and floral evolution of baobabs (Adansonia,

Bombacaceae) as inferred from multiple data sets. Syst. Biol. 47(2): 181-

207.

Baum, D.A.; Smith, S.D.; Yen, A.; Alverson, W.A.; Nyffeler, R.; Whitlock,

B.A. & Oldham, R.L. 2004. Phylogenetic relationships of Malvatheca

(Bombacoideae and Malvoideae, Malvaceae sensu lato) as inferred from

platid DNA sequences. Amer. J. Bot. 91 (11): 1863-1871.

Bayer, C & Kubitzki, K. 2003. Malvaceae. In The families and genera of

vascular plants, vol. 5, 225-311, Springer, Berlin, Germany.

Bayer, C.; Fay, M.F.; De Bruijn, A.Y.; Savolainen, V.; Morton, C.M.;

Kubitzki, K.; Alverson, W.S. & Chase, M.W. 1999. Support for an

expanded family concept of Malvaceae within recircumscribed order

Malvales: a combined analysis of plastid atpB and rbcL DNA sequences. Bot.

J. Linn. Soc. 129 (4): 267-303.

Page 201: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

183

Bentham, G. & Hooker, J.D. 1862. Bombacaceae. Genera plantarum ad

exemplaria imprimis in herbariis Kewensibus 1(1): 209-213.

Bovini, M.G. 2008. Revisão taxonômica do gênero Wissadula Medic.

(Malvoideae, Malvaceae) no Brasil. Tese de Doutorado.Universidade Federal

do Rio de Janeiro, Museu Nacional. 178p.

Bovini, M.G.; Esteves, G. & Duarte, M.C. 2010. Malvaceae In: Lista de

Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

(http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB000156).

Bridson, G.D.R. & Smith, E.R. 1991. Botanico-Periodicum-Huntianum/

Supplementarum. Hunt Institute for Botanical Documentation. Carneige

Mellon University. Pittsburgh.

Brummit, R.K. & Powel, C.E. 1992. Authors of plant names. The Royal Botanic

Gardens, Kew, England. 732p.

Capurro, R.H. 1961. Un nuevo género de Bombacaceae. Bol. Soc. Argent. Bot.

9:319-324.

Carreira, L.M.M.; Raposo, R.C.O. & Lobato, E.S.P. 1995. Morfologia polínica

de plantas cultivadas no Parque do Museu Goeldi. VII - Família

Bombacaceae. Bol. Mus. Paraense Emílio Goeldi, n.s., Bot. 11(2): 275-293.

Carvalho-Sobrinho, J.G. 2006. O gênero Pseudobombax Dugand na Bahia.

Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Feira de Santana,

Bahia. 158p.

Carvalho-Sobrinho, J.G., Santos, F.A.R. & Paganucci, L.Q. 2009. Morfologia

dos tricomas das pétalas de espécies de Pseudobombax Dugand

(Malvaceae, Bombacoideae) e seu significado taxonômico. Acta Bot. Bras.

23 (4):929-934.

Coutinho, L. M. 1978. O conceito de cerrado. Revista Brasil. Bot.1:17-23.

Cronquist, A. 1981. An integrated system of classification of flowering plants.

Columbia University Press, New York. 1262p.

Cuatrecasas, J. 1954. Novelties in Bombacaceae. Phytologia 4(8): 465-480.

De Candolle, A.P. 1824. Bombacaceae. Prodomus Systematis Naturalis Regni

Vegetabilis. Vol. 1. Crapelet, Paris.

Du Bocage, A.L. & Sales, M.F. 2002. A família Bombacaceae Kunth no estado

de Pernambuco, Brasil. Acta Bot. Bras. 16(2): 123-139.

Page 202: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

184

Duarte, M.C. 2006. Diversidade de Bombacaceae Kunth no Estado de São

Paulo. Dissertação de Mestrado. Instituto de Botânica, São Paulo, 99 p.

Duarte, M.C; Esteves, G.L. & Semir, J. 2007. Bombacaceae In: Flora

Fanerogâmica do Estado de São Paulo (Wanderley, M.G, Sheperd G.J.;

Melhem, T.S. & Giulietti, A.M., cords.) vol 5: 21-37. Imprensa Oficial do

Estado de São Paulo.

Ducke, A. 1922. Plants nouvelles ou peu connues de la région amazonienne.

Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro, III: 210.

Ducke, A. 1935. Plants nouvelles ou peu connues de la région amazonienne

(VIII série). Arch. Inst. Biol. Veget. II: 58.

Dugand, A. 1943. Revalidacion de Bombax Ceiba L. como especie tipica del

genero Bombax L. y descripción de Pseudobombax gen. nov. Caldasia 6:

46-68.

Endlicher, S. 1836-1840. Genera plantarum secundum ordinis naturalis

disposita, p.989.

Esteves, G.L. 1986. A Ordem Malvales na Serra do Cipó, Minas Gerais, Brasil.

Dissertação de Mestrado. Instituto de Biociências. Universidade de São

Paulo, São Paulo. 190p.

Esteves, G.L. 1996. Sistemática de Pavonia Cav. (Malvaceae), com base nas

espécies das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil. Tese de Doutorado.

Instituto de Biociências. Universidade de São Paulo, São Paulo. 387p.

Esteves, G.L. 2003. Bombacaceae. In: Flora de Grão-Mogol, Minas Gerais:

Bombacaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo 21(1): 123-126.

Esteves, G.L. 2005. Bombacaceae. In: Flora da Reserva Ducke, Amazonas,

Brasil. Rodriguesia 56(86): 115-124.

Farris, J.S., Källersjö, M., Kluge, A.G. & Bult, C. 1994. Testing significance of

incongruence. Cladistics 10: 315-319.

Fernández-Alonso, J.F. 1998. Novedades taxonómicas e nomenclaturales y

corológicas en el género Pachira Aubl. (Bombacaceae). Anal. Jard. Bot.

Madrid 56(2):305-314.

Fernández-Alonso, J.F. 2003. Bombacaceae neotropicae novae vel minus

cognitae VI. Novedades en los géneros Cavanillesia, Eriotheca, Matisia y

Pachira. Revista Acad. Colomb. Ci. Exact. 27 (102):25-37.

Page 203: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

185

Fischer, E.A.; Jimenez, F.A. & Sazima, M. 1992. Polinização por morcegos

em duas espécies de Bombacaceae na Estação ecológica de Juréia, São

Paulo. Revista Brasil. Bot.15(1): 67-72.

Font Quer, P.F. 1985. Diccionario de Botánica. Ed. Labor, Barcelona. 1244p.

Fryxell, P.A. 1977. New species of Malvaceae from Mexico and Brazil.

Phytologia 37 (4): 285-316.

Fryxell, P.A. 1988. Malvaceae In: Flora of Mexico. Syst. Bot. Monogr. 25:1-522.

Gibbs, P. & Alverson, W.S. 2006.How many species of Spirotheca?

(Malvaceae s.l., Bombacoideae). Brittonia 58 (3): 245-258.

Gibbs, P. & Semir, J. 2003. A taxonomic revision of the genus Ceiba Mill.

(Bombacaceae). Anales Jard. Bot. Madrid 60(2): 2003.

Gledhill, D. 2008. The names of plants, Quarta edição. Cambridge University

Press, Cambridge, Reino Unido. 424p.

Gribel, R. 1988. Visits of Caluromys lanatus (Didelphidae) to flowers of

Pseudobombax tomentosum (Bombacaceae): a probable case of pollination

by marsupials in Central Brazil. Biotropica 20(4): 344-347.

Hoehne, F.C. 1927. As Bombacaceas brasileiras e o seu valor para indústrias.

Arch. Bot. São Paulo 1(4): 1-35.

Huelsenbeck, J.P., Ronquist, F., Nielsen, R., Bollback, J.P. 2001. Bayesian

inference of phylogeny and its impact on evolutionary biology. Science 294:

2310 -2314.

IUCN. 2001. IUCN Red List Categories and Criteria: Version 3.1. IUCN Species

Survival Commission. IUCN, Gland, Switzerland and Cambridge,UK. ii + 30

pp.

Janka, H.; Von Balthazar, M.; Alverson, W.S.; Baum, D.A.; Semir, J. &

Bayer, C. 2008. Structure, development and evolution of the androecium in

Adansonieae (core Bombacoideae, Malvaceae s.l.). Plant Syst. Evol.

275:69-91.

Jørgensen, P. M. & S. León-Yánez (eds.). 1999 .Catalogue of the vascular

plants of Ecuador. Monographs in Systematic Botany from the Missouri

Botanical Garden, 75: i--viii, 1—1182.

Judd, W.S. & Manchester, S.R. 1997. Circumscription of Malvaceae

(Malvales) as determined by a preliminary cladistic analysis of

Page 204: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

186

morphological, anatomical, palynological, and chemical characters. Brittonia

49 (3): 384- 405.

Krapovickas, A. & Cristóbal, C.L. 1965. Revisión del género Peltaea

(Malvaceae). Kurtziana 2:135-216.

Kuhlmann, M. & Kuhn, E. 1947. A flora do Distrito de Ibiti, Município de

Amparo. Secretaria da Agricultura de São Paulo, Brasil. Instituto de

Botânica (publicação da série B). 221p.

Kunth, C.S. 1821. Bombaceae. In: Humbold, Bonpland & Kunth, Nova genera

et species plantarum. 5: 294-308.

Linnaeus, C.von 1753. Species Plantarum 1:511. Imprensis Laurentii Salvii,

Holmiae.

Linnaeus, C.von f. 1782. Supplementum Plantarum 51:314.

Lorenzi, H. 2002a. Árvores brasileiras. Manual de identificação e cultivo de

plantas arbóreas nativas do Brasil. Ed. Plantarum, vol. 1, 352 p.

Lorenzi, H. 2002b. Árvores brasileiras. Manual de identificação e cultivo de

plantas arbóreas nativas do Brasil. Ed. Plantarum. Vol. 2, 352 p.

Macbride, J.F. 1956. Bombacaceae In: Flora of Peru. Field Mus. Nat. Hist.,

Bot. Ser.13(3A ): 593-622.

Macfarlane, A.T.; Mori, S.A. & Purzycki, K. 2003. Notes on Eriotheca

longitubulosa (Bombacaceae), a rare, putatively hawkmoth-pollinated

species new to the Guianas. Brittonia 55 (4): 305-316.

Maddison, D.R. & Maddison,W.P. 2005. MacClade 4, version 4.05. Sinauer,

Sunderland, Massachusetts, USA.

Martínez, R.V. 1997. Bombacaceae In: Flórula de las Reservas Biológicas de

Iquitos, Perú. Monogr. Syst. Bot. Missouri Bot. Gard. (Lleras, A.R. & Taylor,

C.M. eds.) 63:165-173.

Martins, V.L.C. 1993. Espécies brasileiras de Eriotheca Schott & Endlicher

(Bombacaceae). Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio de

Janeiro. Rio de Janeiro. viii+ 200p.

Martius, C.F.P. 1825. Flora 8 (1): 28.

Martius, C.F.P. 1826. Nov. Gen. Sp. pl., vol 1, p.91.

Marzinec, J. & Mourão, K.S.M. 2003. Morphology and anatomy of the fruit and

seed in development of Chorisia speciosa A. St- Hil.- Bombacaceae.

Revista Brasil. Bot. 26(1): 23-34.

Page 205: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

187

Mcneill, J.; Barrie, F.R.; Burdet, H.M.; Demoulin, V.; Hawksworth, D.L.;

Marhold, K.; Nicolson, D.H.; Prado, J; Silva, P.C.; Skog, J.E.;

Wiersema, J. H. & Turland, N. J. (edis.). 2006. International Code of

Botanical Nomenclature (Vienna Code) Regnum Veg. 146.

Metcalfe, C.R. & Chalk, L. 1950. Anatomy of the dicotyledons. Claredon Press,

Oxford.

Miller, MA; Holder, M.T.; Vos, R.; Midford, P.E.; Liebowitz, T.; Chan, L.;

Hoover, P.; Warnow, T. The CIPRES Portal. CIPRES. 2009-08-04. URL:

Accessed: 2009-08-04 (Archived by WebCite(r) at

http://www.webcitation.org/5imQlJeQa)

Moncada, M. & Sotolongo, L. 1994. Morfología de los granos de polen en

géneros de Bombacaceae en Cuba. Acta Bot. Cub. 97:1-7.

Nilsson, S. & Robyns, A. 1986. Bombacaceae Kunt. World Pollen and spore

flora, 14: 1-59.

Nyffeler, R.; Bayer, C.; Alverson, W.S.; Yen, A.; Whitlock, B.A.; Chase,

M.W. & Baum, D.A. 2005. Phylogenetic analysis of the Malvadendrina

clade (Malvaceae s.l.) based on plastid DNA sequences. Organisms,

Diversity & Evolution 5: 109-123.

Nylander, J.A.A. 2004. MrModeltest vol. 2. Program distributed by the author.

Evolutionary Biology Centre, Uppsala University.

Oliveira, P.E.; Gibbs, P.E.; Barbosa, A. A. and Tavalera, S. 1992,

Contrasting breeding systems in two Eriotheca (Bombacaceae) species of

the Brazilian Cerrados. Pl. Syst. Evol. 179: 207-219.

Paula, J.E. de. 1969. Estudo sobre Bombacaceae. I. Contribuição para o

conhecimento dos gêneros Catostemma Benth. e Scleronemma Benth, da

Amazônia Brasileira. Ci. & Cult. 21 (4): 697-719.

Paula, J.E. de. 1976a. Estudos sobre Bombacaceae. IV. Anatomia de

Catostemma albuquerquei Paula. Acta Amazônica 6 (4): 439-448.

Paula, J.E. de. 1976b. Estudos sobre Bombacaceae. V. Investigação

anatômica das madeiras de Catostemma commune Sadwith, Catostemma

sclerophyllum Ducke e Scleronema micranthum Ducke, com vistas à polpa,

papel e taxonomia. Acta Amazônica 6(2): 155-161.

Page 206: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

188

Paula, J.E. de. 1980. Estudo anatômico das madeiras de Viola sebifera Aubl. e

Pseudobombax tomentosum (Mart. & Zucc.) A. Robyns visando o seu

aproveitamento tecnológico. Brasil Florestal 10 (42): 35-52.

Paula, V.P.; Barbosa, L.C.; Demuner, A.J. & Piló-Veloso, D. 1997. A química

da família Bombacaceae. Quím. Nova 20 (6): 627-630.

Payne, W.W. 1978. A glossary of plant hair terminology. Brittonia 30 (2): 239-

255.

Pio Corrêa, M. 1926-1975. Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas

cultivadas. vol.1-6. Imprensa Nacional. Rio de Janeiro.

Pittier, H. 1916. Bombacopsis, a new Central American genus between

Bombax and Pachira. Contr. U.S. Nat. Herb. 28:159-162.

Radford, A..E, Dickison, W.C., Massey, J.R. & Bell, C.R. 1974. Vascular

plant Systematic. Harper & Row Publishers. 889p.

Ribeiro, J.E.L.S. & Esteves, G.L. 1999. Bombacaceae. In: Flora da Reserva

Ducke (Ribeiro, J.E.L.S. et al. eds.) Flora da Reserva Ducke. Guia de

identificação das plantas vasculares de uma floresta de terra-firme na

Amazônia Central. Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia. Manaus. p.

269-271.

Rizzini, C.T. 1997. Tratado de Fitogeografia do Brasil. Rio de Janeiro: Ed.

Âmbito Cultural Ed. Ltda. 747p.

Roberty, G. 1953. Notes sur la flore de l’Ouest africain. 1re partie:

Gymnospermes, Magnoliales, Laurales, Urticales, Malvales, Ericales,

Olelaes et Apocynacées. Bull. Inst. Franç. Afrique Noire 15: 1404.

Robyns, A. 1963. Essai de Monographie du genre Bombax L. s.l.

(Bombacaceae). Bull.Jard. Bot. Etat 33(1):1-311.

Robyns, A. 1964. Bombacaceae In: Flora of Panama. Ann. Missouri Bot. Gard.

51: 37-68.

Robyns, A. 1967. Bombacaceae In: Botany of the Guayana Highland. Mem.

New York Bot. Gard. 17: 190-201.

Robyns, A. 1968. Bombacaceae neotropicae Novae II. New species of

Eriotheca, Hampea and Quararibea. Ann. Missouri Bot. Gard. 55(1): 51.

Robyns, A. 1971. On pollen morphology of Bombacaceae. Bull. Jard. Bot. Nat.

Belg. 41:451-456.

Page 207: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

189

Robyns, A. 1979. Bombacaceae neotropicae novae VIII. A new species of

Eriotheca from Brazil. Bull. Jard. Bot. Belg. 49(3/4): 457-459.

Robyns, A. & Nilsson, S. 1975. Bombacaceae neotropicae novae V A new

species of Eriotheca from Brazil.Bull. Jard. Bot. Belg. 45(1/2): 155-157.

Robyns, A. & Nilsson, S. 1981. Bombacaceae neotropicae novae IX. A new

species of Eriotheca from Colombia., Bull. Jard. Bot. Belg. 51: 201-204.

Saba, M.D. 2007 Morfologia polínica de Malvaceae s.l.: implicações

taxonômicas e filogenéticas. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de

Feira de Santana, Feira de Santana, Bahia. 189p.

Saint-Hilaire, A.F.C.P.; Jussieu, A. & Cambessedes, J. 1827. Flora

Brasilieae Meridionalis vol.1, Paris.

Santos, E. 1966. Bombacaceae do Estado da Guanabara. Rodriguésia 25 (37):

41-49.

Santos, E. 1969. Bombacaceae. In: Flora ecológica das restingas do Sudeste.

Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional. 25p.

Sazima, M.; Buzato, S. & Sazima, I. 1999. Bat pollinated flower assemblages

and bat visitors at two Atlantic forest sites in Brazil. Annals of Botany 83:

705-712.

Schott, H.W. & Endlicher, S. 1832. Meletemata Botanica, p. 35.

Schumann, K. 1886. Bombacaceae. In: C.F.P. Martius; A.G. Eichler & I. Urban

(eds.) Flora Brasiliensis. Lipsiae, Monachii, vol.12., pars 3, p. 201-250, tab.

40-50.

SMA 2003. Resolução SMA 47- Altera e amplia a Resolução SMA 21, de 21-

11-2001; Fixa orientação para o reflorestamento heterogêneo de áreas

degradadas e dá providências correlatas. Disponível em:

http://www.ibot.sp.gov.br/legislacao/legislacao.htm. Acesso em 25/04/2006

Stafleu, F.A. & Cowan, R.S. 1973-1988. Taxonomic Literature, v.1-7. Ed.

Bohn, Scheltema & Holkema, Utrech.

Standley, P.C.1937. Studies of American Plants - VII. Field Museum of Natural

History, XVII (2):199.

Stearn, W. T. 1992. Botanical Latin. 4ªed. Portland: Oregon, Timber Press.

546p

Page 208: Marília Cristina Duarte - arquivos.ambiente.sp.gov.brarquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2013/09/Marilia_Cristina_Duarte... · Marília Cristina Duarte Análise filogenética de Eriotheca

190

Steyermark, J.A. & Stevens, W.D. 1988. Notes on Rhodognaphalopsis and

Bombacopsis (Bombacaceae) in the Guayanas. Ann. Missouri Bot. Gard.

75:396-398.

Swofford, D.L. 2002. PAUP* phylogenetic analysis using parsimony (*and

other methods), version 4.0b10 for Win Sinauer, Sunderland,

Massachussets, USA

Taberlet, P.; Gielly, L.; Pautou, G. & Bouvet, J. 1991. Universal primers for

amplification of three non-coding regions of chloroplast DNA. Plant

Molecular Biology 17: 1105-1109.

Tamura, K.; Dudley, J.; Nei, M. & Kumar, S. 2007. MEGA4: Molecular

Evolutionary Genetics Analysis (MEGA) software version 4.0. Molec. Biol.

Evol. 24: 1596-1599.

Thiers, B. [continuously updated]. Index Herbariorum: A global directory of

public herbaria and associated staff. New York Botanical Garden's Virtual

Herbarium. http://sweetgum.nybg.org/ih/

Thompson, J.D.; Higgins, D.G.; Gibson, T.J. 1994. CLUSTAL W: improving

the sensitivity of progressive multiple sequence alignment through

sequence weighting, position-specific gap penalties and weight matrix

choice. Nucleic Acids Res. 22: 4673-4680.

van den Brink, R.C.B. 1924. Revisio Bombacacearum. Bull. Jard. Bot.

Buinterzog Série 3, 6 (2): 161-240.

van Heel, W.A. 1966. Morphology of the androecium in Malvales. Blumea 13

(2): 254- 295.

von Balthazar, M., Schönenberger, J, Alverson, W.S., Janka, H., Bayer, C &

Baum, D.A. 2006. Structure and evolution of the androecium in the

Malvatheca clade (Malvaceae s.l.) and implications for Malvaceae and

Malvales. Pl. Syst. Evol. 260:171-197.

Wild, H. & Gonçalves, M.L. 1979. Bombacaceae In: Flora de Moçambique p.1-

11.

Zuker, M. 2003. Mfold web server for nucleic acid folding and hybridization

prediction. Nucleic Acids Res. 31 (13): 3406-15.