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Marketing aplicado às Universidades na captação
de estudantes estrangeiros
Cláudia Montenegro Moreira Marques
Trabalho de Projeto de Mestrado
em Ciências da Comunicação
área de especialização em Comunicação Estratégica
Dezembro de 2015
2
Trabalho de Projeto apresentado para cumprimento dos requisitos necessários à
obtenção do grau de Mestre em Ciências da Comunicação, área de especialização
em Comunicação Estratégica, realizado sob a orientação científica da Prof.ª Doutora
Ana Margarida da Silva Bebiano Barreto, docente do Departamento de Ciências da
Comunicação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA
de Lisboa (FCSH/NOVA)
3
Aos meus Pais, que me ensinaram a acreditar e a quem tudo devo
Ao Marco, companheiro inseparável e cúmplice nesta viagem
Ao Guilherme e à Clara, os Arco-íris da minha Vida
4
AGRADECIMENTOS
Este trabalho beneficiou de várias ajudas desinteressadas, que me permitiram
melhorá-lo e corrigir fragilidades.
A disponibilização de dados, comentários e sugestões de Catarina Bernardo,
Sara Recharte, Luís Reis, Miguel Correia, Telma Silva e Nuno Rosa, colaboradores da
Faculdade, e de Miguel Morelli, estagiário no Núcleo de Marketing e Comunicação,
permitiram-me perceber e colmatar lacunas, bem como amadurecer ideias. A toda a
equipa da Biblioteca Mário Sottomayor Cardia da FCSH/NOVA, em particular a Cátia
Carvalho, pelo apoio e simpatia.
À minha irmã, Elsa Montenegro, por ter sabido estar presente nos momentos
de desânimo e pelo seu amor incondicional.
À Ana Jorge, docente colaboradora do Departamento de Ciências da
Comunicação, pela partilha de bibliografia, orientação no grupo de foco, pela amizade
e palavras de ânimo.
Um especial agradecimento a Cristina Ponte, subdiretora adjunta para a
Comunicação e Fundraising e docente do Departamento de Ciências da Comunicação
da FCSH/NOVA, pela sua disponibilidade na discussão do tema, revisão crítica e
encorajamento neste meu percurso.
À minha orientadora, Ana Margarida Barreto, docente do Departamento de
Ciências da Comunicação, pela competência e visão, abertura na discussão de ideias,
compreensão pelos contratempos pessoais, e acima de tudo pelo valioso
conhecimento transmitido e pela inestimável confiança e entusiasmo que sempre me
demonstrou!
Ao ex-Diretor da FCSH/NOVA, João Costa, pela abertura e apoio na prossecução
deste projeto em prol da Faculdade.
5
TRABALHO DE PROJETO
MARKETING APLICADO ÀS UNIVERSIDADES NA CAPTAÇÃO DE ESTUDANTES
ESTRANGEIROS
PROJECT – MARKETING APPLIED TO THE UNIVERSITIES IN THE RECRUITMENT OF
FOREIGN STUDENTS
CLÁUDIA MONTENEGRO MOREIRA MARQUES
Palavras-chave: marketing no ensino superior, internacionalização, mobilidade no ensino superior, estudante estrangeiro, estudante internacional e plano de marketing
Keywords: higher education marketing, internationalization, cross-border higher
education, foreign student, international student and marketing plan.
[RESUMO]
O presente Trabalho de Projeto assume uma abordagem teórico-prática, apresentando primeiramente a temática da internacionalização do ensino superior, a caracterização do ensino como um serviço no âmbito do marketing de serviços, a aplicação do marketing relacional nesta atividade e a importância da planificação estratégica de marketing para uma maior captação de estudantes estrangeiros.
É desenvolvida uma proposta de plano de marketing estratégico para a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa (FCSH/NOVA), com o objetivo de aumentar o número de estudantes estrangeiros nos cursos de licenciatura, designadamente via Estatuto do Estudante Internacional (EEI), mecanismo legal aprovado em Portugal em 2014. O EEI visa reforçar a capacidade das universidades portuguesas, públicas e privadas, na captação de estudantes internacionais, possibilitando às universidades gerir o seu próprio concurso especial de acesso e ingresso nos cursos de licenciaturas e integrados de mestrado, com número de vagas a definir em cada ano letivo, bem como fixar propinas próprias e diferenciadas das que são praticadas para os estudantes que entram via regime geral de acesso, tendo em conta o custo real da formação.
O plano de marketing apresentado é composto por várias análises: a análise do ambiente externo ou análise PEST (Politic, Economic, Social e Technological), ferramenta útil na análise macro ambiental da organização e na deteção de forças e tendências; a análise do ambiente interno com apresentação do setor de actividade; a análise de mercado, de consumidor e da concorrência; e por fim a análise SWOT (Strengths/Weaknesses e Opportunities/Threats). Seguidamente é proposta a estratégia de marketing (posicionamento, segmentação e marketing mix). Por último, são apontados os objetivos estratégicos e é realizada uma análise crítica à estratégia
6
em curso com apresentação de um plano de ações, sua orçamentação e monitorização.
[ABSTRACT]
This Project assumes a theoretical and practical approach, presenting firstly the
theme of the internationalization of higher education, the characterization of
education as a service within the sub-field of services marketing, the application of
relationship marketing in this activity and the importance of strategic marketing
planning in the recruitment of foreign students.
A proposal of a strategic marketing plan is developed for the Faculty of Social
Sciences and Humanities of Universidade NOVA de Lisboa (FCSH/NOVA), with the aim
of increasing the number of foreign students attending undergraduate programmes,
namely through the Statute of the International Student (Estatuto do Estudante
Internacional – EEI), legal mechanism approved in Portugal in 2014.
The EEI intends to strengthen the capacity of Portuguese public and private
universities in recruiting international students by managing their special access and
enrolment regime in undergraduate programmes and integrated master programmes,
with a number of vacancies to be fixed each academic year, as well as to set their own
and differentiated tuition fees from those applied to the students who enrol via the
national access and enrolment regime, taking into account the effective cost of the
education.
The marketing plan presented is composed by several analysis: the analysis of
the external environment or PEST analysis (Politic, Economic, Social and Technological),
useful tool in the macro environmental analysis of the organization and in the finding
of strengths and trends; the analysis of the internal environment with the presentation
of the activity sector; the market, consumer and competition analysis; and finally the SWOT analysis (Strengths/Weaknesses and Opportunities/Threats). Furthermore, the
marketing strategy is proposed (the strategic positioning, the segmentation and the
marketing mix). Lastly, the strategic objectives are pointed out and it is performed a
critical analysis of the current institutional strategy with the submission of an action
plan, its budgeting and monitoring.
7
Índice
1. Introdução ............................................................................................................................. 9
2. Estado da Arte ..................................................................................................................... 11
2.1 A internacionalização do Ensino Superior ......................................................................... 11
2.2 O Marketing de Serviços e o Ensino Superior ............................................................. 14
2.3 Plano de marketing ..................................................................................................... 19
3. Apresentação e Diagnóstico – Plano de Marketing Estratégico – Estudo de caso
FCSH/NOVA ................................................................................................................................. 20
3.1 Implementação do EEI na FCSH/NOVA ................................................................................. 20
3.1.1 Serviço: Ensino na FCSH/NOVA .................................................................................. 21
3.1.2 Ensino conferente de grau – 1.º Ciclo (licenciaturas) ................................................ 22
3.1.3 Alunos ......................................................................................................................... 23
3.2 Análise do Ambiente Externo ............................................................................................ 24
3.3 Análise do Ambiente Interno ............................................................................................ 26
3.3.1 Sector de atividade ..................................................................................................... 26
3.3.2 Análise de mercado – “International Education” ....................................................... 29
3.3.3 Análise de mercado – Estudantes estrangeiros no Ensino Superior em Portugal ..... 33
3.3.4 Análise de consumidor ............................................................................................... 34
3.3.5 Análise da concorrência ............................................................................................. 36
3.3.5.1 – IES públicas ........................................................................................................... 36
3.3.5.2 IES privadas ............................................................................................................. 43
3.4 Posicionamento e segmentação ....................................................................................... 45
3.5 Marketing Mix ................................................................................................................... 47
3.5.1 Prestação de Serviço .................................................................................................. 47
3.5.2 Preço ........................................................................................................................... 49
3.5.3 Distribuição e processo .............................................................................................. 51
3.5.4 Comunicação .............................................................................................................. 53
3.5.5 Pessoas ................................................................................................................ 56
3.5.6 Physical Evidence ................................................................................................ 58
3.6 Análise SWOT .................................................................................................................... 60
4. Objetivos estratégicos ......................................................................................................... 62
5. Programa de ação ............................................................................................................... 62
5.1 Orçamento e monitorização ............................................................................................... 75
6. Conclusão ............................................................................................................................ 76
8
7. Bibliografia .......................................................................................................................... 78
8. Anexos ................................................................................................................................. 84
8.1 Figuras ............................................................................................................................... 84
8.2 Tabelas .............................................................................................................................. 87
8.3 Gráficos ........................................................................................................................... 116
8.4 Questionário .................................................................................................................... 120
9
1. Introdução
A captação de estudantes internacionais para as universidades, também
designada como “international education”, é uma das indústrias de serviços mais
significativas que emergiu nas décadas de 1980 e 1990 (Mazzarol, 1998). O
crescimento de estudantes internacionais passou de 800.000 em 1975, para 3,3
milhões em 2008 e, em quatro anos subiu mais de um milhão, atingindo os 4,5 milhões
em 2012 (OCDE, 2010 e 2014).
No caso específico de Portugal, as universidades recebem um número
crescente de estudantes estrangeiros. Os últimos dados da DGEEC – Direcção Geral de
Estatísticas da Educação e Ciência, de 2014, demonstram esse crescimento do número
de estudantes inscritos de nacionalidade estrangeira, no período de quatro anos
letivos 2009/2010 a 2012/13 (o ciclo de estudos não é discriminado). Assim, no ano
letivo de 2009/10 existiam 18 425 alunos estrangeiros inscritos no universo das
universidades privadas e públicas portuguesas e, no ano letivo de 2012/13, esse
número subiu para 31 183, o que significa um aumento de 41% em três anos letivos.
Em 2014, foi publicado o Estatuto do Estudante Internacional1 (EEI) que visa
reforçar a capacidade das universidades portuguesas, públicas e privadas, de captação
de estudantes internacionais. Para tal, o diploma possibilita às universidades públicas e
privadas gerir o seu próprio concurso especial de acesso e ingresso nos cursos de
licenciaturas e integrados de mestrado, com número de vagas a definir em cada ano
letivo, bem como fixar propinas próprias e diferenciadas das que são praticadas para
os estudantes que entram via regime geral de acesso, tendo em conta o custo real da
formação. Os estudantes abrangidos são todos aqueles que não possuam a
nacionalidade portuguesa, nem dos países da União Europeia, que não residam em
Portugal há mais de dois anos ou sejam bolseiros de países africanos de língua oficial
portuguesa.2
1 In Decreto-lei n.º 36/2014, de 10 de março.
2 In Excepções previstas no DL n.º 36/2014, de 10 de março, artigo 3.º n.º 2 e 3.
10
O reforço desta capacidade de atrair um maior número de estudantes
estrangeiros permitirá às universidades portuguesas obter receitas próprias, as quais
poderão ser investidas no reforço da qualidade do ensino ministrado.
No âmbito da frequência do curso de 2º ciclo em Ciências da Comunicação,
área de especialização em Comunicação Estratégica, e uma vez que exerço funções de
coordenação da área de Comunicação Institucional na Faculdade de Ciências Sociais e
Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH/NOVA), proponho-me a realizar um
Trabalho de Projeto que consiste num Plano de Marketing Estratégico que visa a
exploração desta oportunidade pela FCSH/NOVA e contribuir para a captação de
estudantes estrangeiros, através do concurso especial de acesso para o Estudante
Internacional.
Segundo Kotler, “o plano de marketing é um dos produtos mais importantes do
processo de marketing”3, uma vez que permite avaliar a situação atual do prestador de
serviços, no caso das entidades de ensino superior; analisar as
oportunidades/ameaças, forças/fraquezas; definir objetivos financeiros e de
marketing; identificar a estratégia de marketing a seguir para alcançar esses objetivos;
e especificar programas de ação de marketing para atingir os objetivos de negócio.
Este Trabalho de Projeto terá uma abordagem teórico-prática, baseada nos
conhecimentos adquiridos na área da comunicação estratégica e do marketing. A
primeira parte aborda o estado da arte com a apresentação da temática da
internacionalização do ensino superior, a caracterização do ensino no âmbito do
marketing de serviços, a abordagem do marketing relacional e a planificação
estratégica de marketing.
A segunda parte consiste na proposta de plano de marketing para a
FCSH/NOVA com a apresentação da entidade, a análise do ambiente externo ou
análise PEST (acrónimo para Politic, Economic, Social e Technological), ferramenta útil
na análise macro ambiental da organização e na deteção de forças e tendências.
Realiza-se igualmente a análise do ambiente interno com apresentação do setor de
atividade, análise de mercado, de consumidor e da concorrência, bem como a análise
3 In Kotler, Philip, “Administração de Marketing”, 10.ª edição, Prentice Hall, 2002, pág. 110.
11
de oportunidades/ameças e forças/fraquezas. É igualmente descrita a estratégia de
marketing (posicionamento, segmentação e marketing mix).
Por último, são apontados os objetivos estratégicos e é realizada uma análise
crítica à estratégia em curso com apresentação de um plano de ações.
2. Estado da Arte
2.1 A internacionalização do Ensino Superior
A atividade das universidades consiste na produção e disseminação universal
do conhecimento, sendo que as mesmas possuem uma dualidade: são instituições
nacionais e internacionais, uma vez que a propriedade, a estrutura e a organização
institucional é nacional, enquanto que o conhecimento gerado é universal e
internacional (Varghese, 2008).
A importância da dimensão internacional no ensino superior nas últimas três
décadas é incontornável, concretizando-se através de atividades internacionais como
mobilidade académica de estudantes e docentes, oferta académica internacional,
redes de cooperação, parcerias e projetos de investigação internacionais, bem como
prestando o serviço de ensino a outros países através de novos campi, franchising ou
educação à distância (Knight, 2012). A internacionalização das universidades
apresenta-se como um processo que visa a transformação da missão tripartida da
universidade como local de ensino, investigação e de serviço à sociedade (Maringe e
Gibbs, 2009). Não é um processo isolado da atividade central da universidade, muito
pelo contrário, a internacionalização procura “impregnar uma dimensão internacional
à aprendizagem e ao ensino, investigação e serviço na cultura e etos da universidade”
(Maringe e Gibbs, 2009).
Knight (2012) apresenta uma definição de internacionalização como sendo “o
processo de integração das dimensões internacional, intercultural e global nos
objetivos, funções primárias e prestação de serviços de ensino superior ao nível
institucional e nacional”(Knight 2004, in Knight 2012). Esta definição considera a
internacionalização como um meio para atingir um fim e a sua conceptualização possui
12
dois eixos interdependentes: a) o interno, ou seja, a internacionalização na instituição
que visa o currículo, os docentes, os estudantes nacionais, os estudantes estrangeiros,
as atividades extracurriculares, a investigação); b) o externo, ou seja, a crossborder
education que visa a mobilidade de estudantes, docentes, investigadores (Knight,
2012).4
A internacionalização é muitas vezes confundida com globalização (Altbach,
2004, in Albatch e Knight 2007), mas esta última é o catalisador da internacionalização
(Fig. 1, in Knight, 2012), e podemos definir globalização como “o processo e estado de
interdependência entre as nações resultando no aumento da circulação de bens,
serviços, pessoas e ideias por todo o mundo” (UNESCO, 1998, in Maringe e Gibbs,
2009) ou como “as forças económicas, políticas e sociais que impulsionam o ensino
superior no séc. XXI para um maior envolvimento internacional” (Altbach e Knight,
2007). A internacionalização é assim um processo de resposta às forças da globalização
mas também “uma estratégia deliberada para aumentar a qualidade da educação ao
nível do ensino superior para um mercado de estudantes universitários de
mobilidade”(Maringe e Gibbs, 2009). O investimento nas indústrias do conhecimento a
nível mundial, incluindo o ensino superior e a formação especializada, espelha a
emergência da “sociedade do conhecimento5”, o crescimento do setor dos serviços e a
dependência de um maior número de países de produtos do conhecimento e de mão
de obra especializada para o seu crescimento económico (Altbach e Knight, 2007). Os
resultados da globalização incluem a integração da investigação, a utilização da língua
inglesa como língua franca na comunicação de ciência, o crescente mercado global de
trabalho para investigadores e cientistas e o uso de tecnologias de informação (Altbach
e Knight, 2007). Reforçando o papel das universidades nesta tendência mundial, a
4 Figura 1 – Two pillars of internationalization at home and crossborder, in Knight, Jane, “Student
Mobility and Internationalization: trends and tribulations”, Research in Comparative & International Education, Vol. 7 Number 1, 2012, p.22. 5 Segundo Maringe e Gibs (2009), o rápido crescimento das TICs e a Internet “ajudam a tornar a
transferência de conhecimento e a sua aplicação mais rápida, confiável e eficiente” (In Maringe e Gibs, “Marketing Higher Education – Theory and Practice”, pág. 85). Por seu lado, Manuel Castells defende que, em vez de sociedade da informação, que salienta o papel da informação, do conhecimento na sociedade, o melhor termo é sociedade informacional porque transmite a característica de uma “forma específica de organização social na qual a produção da informação, o seu processamento e transmissão se tornam nas fontes principais da produtividade e do poder em virtude das novas condições tecnológicas emergentes no atual período da história.” (In Castells, M., “A Sociedade em Rede”, Vol. I, pág. 25, n.30).
13
OCDE6 considera as universidades como atores chave na estratégia para a criação do
sistema de inovação a nível nacional, que gera crescimento económico através da
criação e transferência de conhecimento (Maringe e Gibbs, 2009).
Ao nível da cooperação internacional na área do comércio, o ensino foi
identificado como um serviço pelo GATS7, assinado no âmbito da OMC8 e com entrada
em vigor em 1995. Este acordo, que estabelece pela primeira vez regras multilaterais
para o comércio internacional dos serviços, num total de 12 setores de serviços
abrangidos, enquadra o ensino como um serviço que deve ser liberalizado e regulado
pela regulamentação do comércio nos seus quatro modos: i) prestação transfronteiriça
do serviço - os consumidores permanecem no país (ex.: educação à distância); ii)
consumo fora das fronteiras - os consumidores saem do país de origem para estudar
num país terceiro (ex.: obtenção de graus de ensino superior, programas de curso
conjuntos, intercâmbios ); iii) presença comercial do prestador no país estrangeiro (ex.:
uma filial – a Universidade de Chicago tem campus em Barcelona e em Singapura; um
franchising – prestação de cursos ou de partes de cursos nas instalações de
universidades que não aquela que detém a acreditação do curso; ou uma joint venture
– MBA conjunto entre universidades estrangeiras); iv) a presença de representantes da
universidade noutro país para prestar o serviço – são exemplos a mobilidade de
professores de universidades estrangeiras a lecionar em universidades de países
terceiros, como parte de parceria académica ou para ensinar numa filial) (Varghese,
2008).
A inclusão da educação nos acordos de livre comércio, coloca assim o ensino
superior como um bem transacionável, o que desafia os valores tradicionais das
universidades, designadamente a ideia do ensino superior como um bem público e
uma responsabilidade de cada Estado (Maringe e Gibbs, 2009). O processo de
globalização contribui para este enquadramento, ou seja, o do ensino ou educação
6 Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), criada em 1961, conta com 34
países membros. 7 O General Agreement on Trade in Services (GATS) entrou em vigor a 1 de janeiro de 1995, após as
negociações do Uruguay Round. 8 Organização Mundial de Comércio (OMC), criada em 1995, conta com 160 países membros (foi
precedida pelo GATT – General Agreement on Tarifs and Trade)
14
como um serviço comercializável e sujeito às regras do mercado (Maringe e Gibbs,
2009).
2.2 O Marketing de Serviços e o Ensino Superior
A crescente importância do setor dos serviços nas economias nacionais, a partir
da década de 1980, autonomizou o marketing de serviços que até a essa data estava
subordinado ao marketing transacional (Mazzarol, 1998, in Hemsley-Brown e Oplatka,
2006) caracterizado pela abordagem do marketing-mix de McCarthy dos 4 P’s
(product/service, price, place, promotion) apresentado em 1960 (Gummesson, 2008).
O marketing de serviços alarga o marketing-mix para 7 P’s (people, process, physical
environment) como defendido por Booms e Bitner (1981) (Gummesson, 2008).
A definição de marketing da American Marketing Association (AMA) reflete as
mudanças na sociedade e na atividade de marketing: “Marketing é a atividade,
conjunto de instituições, e processos para criar, comunicar, entregar e trocar ofertas
que têm valor para os consumidores, clientes, sócios e sociedade em geral” (AMA,
2013).
Importa pois caracterizar o ensino no âmbito do marketing de serviços e para
tal o enquadramento de Lovelock (1983, in Mazzarol, 1998), com os seus cinco
critérios aplicados aos serviços, torna possível descrever serviços de ensino como
tendo as seguintes características:
1. A natureza do ato de serviço – é direcionado para pessoas, prestado por
pessoas e envolve ações intangíveis;
2. A relação com o consumidor – o ensino envolve uma relação longa e formal
com o cliente e a prestação contínua do serviço; permite ao prestador
desenvolver uma forte fidelidade do cliente e melhorar as valências do
serviço prestado.
3. O nível de customização e avaliação na prestação do serviço – varia
conforme a forma de prestação (as tutorias individuais são mais
personalizadas do que as aulas para classes); o corpo docente avalia, com
frequência, as necessidades individuais dos estudantes.
15
4. A natureza da procura em relação à oferta – no ensino, segundo Mazzarol
(1998), a procura está sujeita a flutuações mais pequenas ao longo do
tempo e, no que diz respeito à oferta, esta é por vezes difícil de gerir
devido, por exemplo, a escassez de docentes e restrições de número de
vagas nos cursos.
5. O método da prestação de serviço – os clientes podem deslocar-se ao
prestador de serviço ou este pode ir ao seu encontro; no que diz respeito
ao ensino, as novas tecnologias já permitem o ensino à distância.
Reforçando esta caracterização, para Zeithaml et al., os serviços possuem
quatro facetas primárias9, sendo que todas elas podem ser encontradas no ensino:
intangibilidade, inseparabilidade do ato de produção do ato de consumo,
heterogeneidade e perecibilidade (Zeithaml et al., 1985, in Mazzarol, 1998).
A intangibilidade é uma das principais características dos serviços mas aplica-se
particularmente à educação, uma vez que a natureza específica do serviço oferecido é
difícil de definir. De referir que um dos efeitos da intangibilidade é o facto de que os
serviços não podem ser armazenados, o que pode levantar problemas na área do
ensino, uma vez que as universidades podem ficar sobrelotadas ou em défice de
capacidade para o número de alunos que recebem (Sasser, 1976; Berry, 1980; Judd,
1968, in Mazzarol, 1998).
Quanto à inseparabilidade da produção do ato de consumo, a questão
principal prende-se com a necessidade de envolver o cliente na produção do serviço
(Booms and Nyquist, 1981, in Mazzarol, 1998), o que no ensino se aplica em toda a
linha, uma vez que a participação do estudante no processo de aprendizagem é um
factor crítico de sucesso (Shuell and Lee, 1976, in Mazzarol, 1998). Por seu lado, a
heterogeneidade dos serviços coloca questões na área do controlo de qualidade e
standardização, sendo que a gestão da qualidade de ensino recebe muita atenção em
países como a França, Reino Unido, Estados Unidos e Austrália (Edmond, 1995, in
Mazzarol, 1998). Por fim, a perecibilidade dos serviços significa que estes não podem
9 Estas facetas ou critérios usados para distinguir produtos de serviços são conhecidas como as IHIPs
(intangibility, heterogeneity, inseparability, perishability) (Gummesson, 2008).
16
ser colocados em inventário, criando questões de oferta deficitária ou em excesso
(Sasser, 1976, in Mazzarol, 1998).
Kotler e Fox avançaram com uma definição para o marketing na educação,
desde cedo em 1985, afirmando que o marketing em contexto de educação era: “a
análise, planeamento, implementação e controlo de cursos cuidadosamente
formulados e desenhados para promover trocas voluntárias de valor com um mercado
alvo para atingir os objetivos da organização” (Kotler e Fox, 1985, in Hemsley-Brown e
Oplatka, 2006).
A evolução do marketing nas universidades é caracterizada por Kotler como
um processo com quatro fases: inicialmente o marketing é visto como desnecessário,
depois como atividade de “promoção”, a seguir como “posicionamento” e finalmente
como “planeamento estratégico” (Sanders, 1999, in Rolfe, 2001). Esta evolução está
relacionada com a redução constante do financiamento público, o que conduz as
universidades a delinearem estratégias que visem, por um lado, a necessidade de
reduzir custos através de maior eficiência para gerar rendimento e, por outro lado, a
aposta na qualidade e na identidade como meios pelos quais as universidades
procuram manter ou melhorar a sua posição no mercado do ensino superior (Rolfe,
2001). A orientação para o mercado está presente como uma convergência de
marketing e de gestão estratégica (Binsardi e Ekwulugo, 2003).
A visão tradicional do conceito de marketing é a de que “as chaves para atingir
os objetivos da organização residem na identificação das necessidades e desejos dos
clientes” (Kotler e Anderson, 1987, in Binsardi e Ekwulugo, 2003). Existe debate
académico sobre quem são os clientes do ensino superior. Os estudantes podem ser
considerados clientes e os cursos os produtos do ensino superior (Conway et al, 1994,
in Hemsley-Brown e Oplatka, 2006), ou os estudantes podem ser vistos como produtos
e os empregadores como clientes (Kotler e Fox, 1985, in Binsardi e Ekwulugo, 2003).
Segundo Levitt10, o que as universidades têm para oferecer pode ser
classificado em três níveis distintos (Levitt, 1980, in Binsardi e Ekwulugo, 2003),: 1) o
10
Theodore Levitt apresentou os cinco níveis do produto (Diagrama de Levitt, 1986): nuclear (produto genérico/motivo que leva o cliente a comprar o produto), básico (atributos mínimos para se obter o benefício nuclear), esperado (possui atributos e condições esperados, para além do básico), ampliado
17
nuclear – os estudantes não compram os graus de ensino, estes adquirem os
benefícios que um grau pode facultar em termos de emprego, estatuto social, estilo de
vida, etc; 2) o tangível ou esperado – as instalações do campus, a biblioteca,
laboratórios, etc; 3) e o nível do produto ampliado – este é feito de atributos
intangíveis como os empréstimos a estudantes e condições de pagamento, o apoio na
entrada no mercado de trabalho (ex.: procura de estágio; taxa de empregabilidade);
ligação aos antigos alunos (ex.: vantagens na utilização da biblioteca, descontos em
cursos, eventos). Se estes patamares não forem alcançados, os estudantes não ficarão
satisfeitos. As necessidades e desejos dos estudantes internacionais encaixam
perfeitamente nesta classificação de Levitt (Binsardi e Ekwulugo, 2003).
Kotler e Fox trazem também uma visão diferente do marketing na educação ao
introduzir o conceito de stakeholder (parceiro). Este conceito dá relevância ao
governo, aos pais e aos futuros empregadores, entre outros, como se todos tivessem
um “interesse” (stake) no processo educativo. Para além disso, é um serviço centrado
nas pessoas, o que reforça a importância das relações com os clientes (Kotler e Fox,
1985, in Mazzarol, 1998). Sendo assim, para as universidades serem bem sucedidas
precisam de desenvolver relações com os seus parceiros e com os seus clientes sendo
aplicáveis às instituições de ensino superior os pilares do marketing relacional,
orientado para as relações a longo prazo (Gummesson, 1987, in Antunes e Rita, 2008):
1) a relação - o marketing orientado para a criação, manutenção e desenvolvimento de
relações com os clientes; 2) a interação entre as partes – relações entre prestadores e
clientes para a criação e prestação de valor requerem uma comunicação muito intensa
e próxima entre ambos; 3) o longo prazo – é necessário um longo período temporal
para criar, manter e desenvolver as relações. Ainda segundo Gummesson, o marketing
relacional é definido como “interação em redes de relacionamento entre a organização
e os seus clientes” (Gummesson, 2008), pelo que esta abordagem na área do ensino
superior concorre com a abordagem do marketing transacional, cujo foco da atenção é
o consumidor e a satisfação das suas necessidades e desejos e está centrada no
modelo dos 7Ps (no caso dos serviços), uma vez que as universidades “procuram
(possui atributos que correspondem aos desejos e superam as expectativas dos clientes) e potencial (apresenta todos os atributos inovadores que demonstram evolução e diferenciação da concorrência; factor surpresa) (Rodriguez, M. e Ferrante, R. A. J., 2000).
18
desenvolver relações educacionais em vez de negócios de transação entre
comerciantes”(Gibbs, 2001, in Hemsley-Brown e Oplatka, 2006). Contudo, a natureza
dos produtos educacionais torna difícil a retenção a longo prazo dos clientes, pelo que
os esforços de marketing nas universidades não devam ser essencialmente
direcionados aos estudantes, cuja taxa de retenção para prosseguir cursos de pós-
graduação é baixa, mas a todos os tipos de parceiros (Ivy, 2001, Nicholls et al. 1995, in
Binsardi e Ekwulugo, 2003).
Quando para além dos esforços de marketing no recrutamento de estudantes
no mercado nacional, as universidades passam a focar a sua atenção no recrutamento
de estudantes internacionais através de estratégias de marketing, esta atividade torna-
se um assunto complexo devido às características do ensino superior como serviço
intangível e centrado nas pessoas (Mazzarol, 1998). Após análise de literatura relativa
ao marketing de serviços e a vantagens competitivas, bem como entrevistas a um
painel de peritos de várias universidades australianas, Mazzarol (1998) identificou os
seguintes fatores críticos para o sucesso das universidades que operam no mercado
internacional: qualidade de reputação e o nível de reconhecimento do mercado; deter
alianças ou parcerias internacionais estratégicas; deter serviços de recrutamento e de
cursos prestados no estrangeiro; corpo docente de qualidade e especializado; cultura
organizacional (contribui para a melhoria do desempenho da organização); inovação
(embora a cultura deva basear-se na organização, esta deve ser flexível para encorajar
a inovação); uso eficaz das tecnologias de informação e superioridade técnica; recursos
financeiros; oferta de um alargado leque de cursos; economias de escala (uma forte
base de alumni, o tamanho da população estudantil, a dimensão do campus e a
detenção de uma quota considerável de mercado são vistas como vantagens
competitivas); utilização de publicidade e de atividades de promoção; utilização de
agentes de recrutamento privados (assunto controverso nas universidades
australianas, mas estes podem ser uma importante fonte de informação – um estudo
revelou que 29% dos estudantes consultaram agentes de recrutamento para pedir
informações); e utilização de agências de promoção governamentais (países como a
Austrália, Canadá, Estados Unidos e Reino Unido abrem centros de informação e
promoção do seu ensino superior em países considerados como mercados alvo).
19
Resumindo, a expansão e a diversidade têm estimulado a concorrência entre
universidades e o desenvolvimento de vantagens competitivas das mesmas,
resultando no alargar das escolhas para os estudantes e tornando as universidades
mais focadas nas necessidades dos estudantes do que, muitas vezes, nas próprias
competências (Maringe e Gibbs, 2009).
2.3 Plano de marketing
O gestor de marketing numa empresa segue um processo de marketing
elaborando planos de marketing para produtos individuais, linhas de produto e
serviços (Kotler, 2002). Segundo Kotler, o processo de marketing consiste em “analisar
oportunidades de marketing, pesquisando e selecionando mercados-alvo, delineando
estratégias, planeando programas, implementando e controlando o esforço de
marketing”.11
Kotler defende que o plano de marketing “é um dos produtos mais importantes
do processo de marketing”12, uma vez que permite (Kotler, 2002):
a) avaliar a situação atual do prestador de serviços – análise do ambiente externo
(análise PEST) e ambiente interno (análise do setor de actividade, do mercado,
do consumidor e da concorrência);
b) analisar as oportunidades/ameaças, forças/fraquezas (análise SWOT);
c) definir objetivos (resultados financeiros e de marketing em relação a volume de
vendas, quotas de mercado e lucros);
d) identificar a estratégia de marketing a seguir para alcançar esses objetivos
(posicionamento, segmentação e marketing mix);
e) especificar programas de ação de marketing para atingir os objetivos de
negócio;
f) projetar os resultados financeiros estimados;
g) indicar como o plano será monitorizado.
Em suma, o plano de marketing consiste numa ferramenta de gestão composta
pelas secções em cima apresentadas e que serve para determinar a forma de alcançar
determinados objetivos das empresas ou instituições.
11
In Kotler, Philip, “Administração de Marketing”, 10.ª edição, Prentice Hall, 2002, pág. 108. 12
In Kotler, Philip, “Administração de Marketing”, 10.ª edição, Prentice Hall, 2002, pág. 110.
20
3. Apresentação e Diagnóstico – Plano de Marketing Estratégico – Estudo de caso FCSH/NOVA
A primeira parte da proposta de plano de marketing estratégico para a
FCSH/NOVA com o objetivo de promover a captação de estudantes internacionais,
através do concurso especial de acesso para o Estudante Internacional (EI), consiste
numa apresentação geral da instituição de ensino superior (IES) pública que presta o
serviço de ensino na área das ciências sociais e humanas. Segue-se a análise do
ambiente externo e interno, posicionamento e segmentação, marketing mix e análise
SWOT.
Na parte final, apresentam-se os objetivos estratégicos e um plano de ação que
inclui considerações sobre a estratégia de marketing atualmente seguida pela
instituição e propostas de melhoria.
3.1 Implementação do EEI na FCSH/NOVA
A FCSH/NOVA publicou o seu regulamento de aplicação do EEI a 10 de julho de
2014 e lançou a primeira edição de candidaturas, para o ano letivo de 2014/15,
durante o mês de agosto de 2014.
Foi definido para esse ano letivo que o valor anual das propinas seria de 3.000€
e que os candidatos teriam de comprovar o conhecimento da língua portuguesa (nível
B2 do QECRL13, língua em que os 14 cursos de licenciatura são ministrados, pelo que a
captação de candidatos deve contemplar preferencialmente públicos cujo nível da
língua seja de intermédio a avançado. As vagas corresponderam a 10% do numerus
clausus, ou seja, a 146 vagas distribuídas pelos 14 cursos de licenciatura.
O período de divulgação foi efetivamente muito curto e não existiu um plano
de marketing com ações de comunicação e publicidade diversificadas. Houve cinco
manifestações de interesse de estudantes estrangeiros, no período de candidaturas
entre agosto e setembro de 2014, e registaram-se duas inscrições (1,36% das vagas
preenchidas; ambas de alunos de nacionalidade brasileira, uma na licenciatura em
História da Arte e outra na licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais).14
13
QECRL – Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas. 14
Dados prestados pela Área de Serviço aos Alunos (ASA) da FCSH/NOVA, fevereiro de 2015.
21
Para o ano letivo 2015/16, as condições de propinas e vagas mantiveram-se e a
divulgação teve início a partir de fevereiro de 2015. As três fases de candidaturas
previstas já ocorreram e registou-se um total de 28 candidatos colocados15 (19,17%
das vagas), maioritariamente nos cursos de Ciências da Comunicação e Ciência Política
e Relações Internacionais, detentores das seguintes nacionalidades: angolana,
brasileira, argelina, colombiana e turca.
Torna-se crucial adotar uma abordagem estratégica de marketing para
impulsionar esta área de captação de estudantes estrangeiros na FCSH/NOVA.
3.1.1 Serviço: Ensino na FCSH/NOVA
A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) é uma unidade orgânica da
Universidade Nova de Lisboa (NOVA) e uma pessoa coletiva de direito público, dotada
de autonomia científica, pedagógica, administrativa e financeira, cuja missão de
serviço público é a de qualificar ao mais alto nível os cidadãos e, em especial, os
cidadãos portugueses, nos domínios das ciências sociais e humanas.
A identidade própria da Faculdade resulta da coexistência das Ciências Sociais
com as Ciências Humanas, permitindo uma interdisciplinaridade pouco comum no
ensino universitário português.
Criada a 10 de novembro de 1977 pelo Decreto-lei nº 463-A/77, na sequência
do desenvolvimento da Área das Ciências Humanas e Sociais então já existente na
Universidade Nova de Lisboa e protagonizada por um grupo de docentes e
investigadores16, a FCSH/NOVA iniciou atividade a 2 de Janeiro de 1978. À data, eram
lecionados os cursos de Ciências Humanas e Sociais, Ciências Literárias, Antropologia,
História, Línguas e Literaturas Modernas e História da Arte, com um corpo docente
composto por 49 docentes.
Tendo completado 38 anos de existência em 2015, é de salientar que a
importância da internacionalização do ensino e da investigação está espelhada nos
15 1.ª fase: 18 de fevereiro a 16 de abril de 2015 – 13 candidatos; 2.ª fase: 1 a 30 de junho de 2015 – 11
candidatos; 3.ª fase: 1 a 15 de setembro de 2015 – 4 candidatos. 16
J. S. da Silva Dias, Leonor Buescu, João Morais Barbosa, Artur Nobre de Gusmão, Fernando Gil, Augusto Mesquitela Lima, A. H. de Oliveira Marques, José Augusto França, Vitorino Magalhães Godinho, José Mattoso, Raquel Soeiro de Brito, Teolinda Gersão, Leonor Machado de Sousa, Yvete Kace Centeno e Teresa Rita Lopes.
22
seus objetivos para a realização da sua missão17: a) a excelência no ensino e na
investigação nas áreas de especialização das ciências sociais e humanas, tanto no
plano nacional como internacional; b) um compromisso claro com a inovação e a
interdisciplinaridade; c) a criação, a difusão e o apoio da cultura humanista; d) a
prestação de serviços à comunidade nessas mesmas áreas.
3.1.2 Ensino conferente de grau – 1.º Ciclo (licenciaturas)
A FCSH/NOVA tem uma oferta curricular variada na área das Ciências Sociais e
Humanas, e todos os cursos de licenciatura, mestrado e doutoramento estão
adaptados à reforma de Bolonha e foram acreditados pela Agência de Avaliação e
Acreditação do Ensino Superior (A3ES).
Uma vez que a FCSH/NOVA encara como uma das suas missões fundamentais a
prestação de serviços à comunidade através de uma oferta letiva que possa garantir
uma aprendizagem ao longo da vida, tem tido a preocupação de disponibilizar os seus
cursos de formação pós-graduada - mestrados, doutoramentos e pós-graduação - em
regime pós-laboral e mais recentemente disponibiliza alguma oferta com recurso a e-
learning, de modo a que possam ser frequentados por pessoas já inseridas no mercado
de trabalho.
No que diz respeito ao 1.º ciclo, a Faculdade disponibiliza atualmente 14 cursos
de licenciatura e um destes cursos em regime diurno e pós-laboral (Sociologia).
A Tabela II apresenta a evolução das notas dos últimos colocados nos últimos
cincos anos letivos, sendo que o valor médio dos cursos de licenciatura é de 13,06
valores em 2014/15 e o valor médio mais baixo neste período de cinco anos foi em
2011/12 com 12,28 valores. De salientar que no ano de 2014/1518, de todas as
Faculdades da área das Ciências Sociais e Humanas do país, a FCSH/NOVA obteve a
melhor média nacional de colocação em quatro das suas 14 licenciaturas em regime
diurno. Como líderes nacionais na nota final do último colocado surgem os cursos de
Ciências da Comunicação (16,8 valores), Ciência Política e Relações Internacionais
(16,2), Tradução (15,4) e Arqueologia (12,9).
17
In Estatutos da FCSH, Art. 2.º, Despacho nº 3849/2009, 30 de janeiro de 2009. 18
In DGES - http://www.dges.mec.pt/coloc/2014/, 1 de agosto de 2015.
23
A taxa de ocupação global das vagas foi de 97,4% das vagas a concurso
ocupadas na primeira fase, a mais alta dos últimos quatro anos letivos19. Dos 726
alunos colocados na FCSH/NOVA, 70,1% escolheram-nos como primeira opção20.
O Gráfico I demonstra que o n.º total de alunos em frequência dos cursos de
licenciaturas se mantém relativamente estável. A média dos diplomados nos últimos
três anos letivos com dados disponíveis é de 566, o que revela uma boa taxa de
sucesso no término do 1.º ciclo, na ordem dos 80,7%, se se comparar com a média do
n.º de entradas no 1.º ano pela 1.ª vez na 1.ª fase do concurso geral de acesso ao
ensino superior (701 novos alunos)21.
3.1.3 Alunos
No que diz respeito ao ensino conferente de grau, a FCSH/NOVA é atualmente
a segunda maior unidade orgânica da NOVA em número de alunos, a seguir à
Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT/NOVA).
No ano letivo 2014/15, a FCSH/NOVA teve em funcionamento 25 cursos de
doutoramento, 44 mestrados, 14 licenciaturas (duas em horário pós-laboral) e 12 Pós-
graduações.22 A Faculdade concentra um total de 4 826 alunos, dos quais 2 689 de
licenciatura, que corresponde a 55,71% da totalidade dos alunos, 1 391 de mestrado,
109 pós-graduações e 637 de doutoramento, perfazendo estes dois ciclos e os alunos
de cursos de pós-graduação um total de 44,29% dos alunos.
Embora ligeira, a tendência do n.º total de alunos nos últimos cinco anos letivos
é de decréscimo (-9,4%)23.
Em 2014, os alunos de nacionalidade estrangeira inscritos em todos os ciclos de
estudo eram 819 (destes 54% são provenientes da CPLP)24, representando 16,9% do
número total de alunos. Registou-se um decréscimo de alunos em 2.º e 3.º ciclos, os
quais passaram de 45% do total de alunos em 2013 para 41% do total de alunos da
Faculdade em 2014. Nesse mesmo período, a percentagem de alunos estrangeiros a 19 Ver Tabela III - Taxa de ocupação de vagas e N.º de Colocados | Licenciaturas 1.
ª fase de candidaturas.
20 In Relatório de Atividades de 2014 da FCSH/NOVA, pág. 17.
21 Ver Tabela IV - Cursos de Licenciatura - Evolução nos últimos 5 anos | Total de alunos em frequência |
Total de Diplomados. 22
Ver Tabela I - Oferta letiva da FCSH/NOVA discriminada por ciclo de estudo – 2014. 23
Ver Tabela V - Evolução do número global de alunos; Gráfico II - Evolução do número global de alunos. 24
In Relatório de Atividades de 2014 da FCSH/NOVA, pág. 7.
24
frequentar esses dois ciclos subiu e passou de 15,40% em 2013 para 18,30% em
2014.25 Por último, o número de alunos estrangeiros que frequentam o ensino em
programas de mobilidade nesse período registou igualmente um crescimento de
19,4% (2013 – 291 alunos; 2014 – 361 alunos).26
3.2 Análise do Ambiente Externo
Na Europa, a nível demográfico registam-se duas tendências principais com
impacto no setor do ensino superior: o envelhecimento da população e a redução do
agregado familiar.
De acordo com os dados do Eurostat, a população europeia crescerá em média
0,2% por ano entre 2010 e 2030, enquanto a população com mais de 65 anos
aumentará em média 1,7% por ano no mesmo período.
Em Portugal, a tendência é semelhante. Em 2012, a população com mais de 65
anos é de 2.020.126, ou seja, 19,2% da população residente (10.514.844). O índice de
envelhecimento27 em 2012 é de 129,4%. Em cada cinco famílias, uma tem apenas uma
pessoa. Grande parte já passou os 65 anos. Estima-se que em 2030 a população idosa
represente 29% da população.
A diminuição das taxas de natalidade está ligada à segunda tendência –
redução do agregado familiar. As mulheres marcam mais presença no mercado de
trabalho (47%). Uma maior qualificação das mulheres, a estabilidade profissional e a
carreira na lista das suas prioridades, contribuem para o adiamento do primeiro filho e
para o declínio da taxa de natalidade (em 2012 o número médio de filhos por mulher é
de 1,28).
A diminuição do número de jovens terá impacto no número de alunos que
ingressam no ensino superior para realizarem os cursos de 1.º ciclo (licenciaturas), ou
seja, o universo de candidatos será menor para os mesmos players (ensino superior
público e privado). Por outro lado, o aumento da população em todas as faixas etárias
25 Ver Gráfico III - Evolução do total dos estudantes e dos estudantes estrangeiros em 2.º e 3.º ciclos,
da taxa de captação e da taxa de diplomação (2013 e 2014). 26 Ver Gráfico IV - Evolução do número de estudantes em programas de mobilidade e número de
mestrados e doutoramentos em colaboração com instituições internacionais (2013 e 2014). 27
Número de idosos por jovens. É habitualmente expresso em número de residentes com 65 ou mais anos por 100 residentes com menos de 15 anos.
25
a partir dos 45 anos pode reforçar a tendência da formação ao longo da vida e a
formação profissional, e constituir um desafio às universidades para captação de novos
alunos na vida ativa e na reforma.
Em Portugal, a atual conjuntura política e económica de crise financeira e
consequente desinvestimento em setores públicos como a educação e a saúde, tem
originado consecutivos e expressivos cortes orçamentais nestes setores28.
No que diz respeito ao ensino superior, as instituições estão perante desafios
para conseguirem diversificar as suas fontes de financiamento, para não dependerem
quase exclusivamente do financiamento público ou de fundos comunitários, e para tal
têm pugnado por internacionalizar o ensino de modo a captar estudantes estrangeiros
(2.º e 3.º ciclos)29 e defendido a aprovação do EEI30, que veio a concretizar-se em
março de 201431, o qual permite o ingresso de alunos estrangeiros no 1.º ciclo
(licenciaturas) mediante o cumprimento de determinados requisitos que procuram
não colocar em causa o acesso dos cidadãos nacionais.
Por último, ao nível das tendências socio-culturais, a massificação dos media, o
acesso generalizado ao computador pessoal e à Internet, bem como a emergência dos
social media (redes sociais como o Facebook, Twitter, Youtube) proporciona o acesso a
cada vez mais informação e a novas formas de comunicação. Cidadãos estrangeiros
conseguem aceder a informações sobre os rankings universitários internacionais a
partir de pesquisas na Internet, obter dados e esclarecimentos de forma rápida via
website e e-mail das universidades, realizar candidaturas online, bem como exames e
entrevistas para o processo de seleção, sem terem que viajar para os países das
universidades escolhidas.
Por outro lado, os indivíduos que pretendam estudar no estrangeiro vêm a
distância entre continentes diminuir através de uma viagem de avião, bem como o
28
In “Ensino Superior vai sofrer cortes de 15 milhões em 2015”, DE, 13/08/2014; “Em cinco anos SNS sofreu corte brutal de 5.584,8 milhões”, JornalMédico.pt, 16/07/2014. 29 No âmbito da necessidade de angariação de novos alunos como forma de gerar receitas, o ensino em
e-learning pode igualmente constituir uma forma alternativa de recrutamento na população adulta quer a nível nacional quer internacional, respondendo às necessidades de desenvolvimento profissional e de formação deste público-alvo. 30
In “Estatuto do Estudante Internacional é positivo mas gera dúvidas”, DN, 24/01/2014. 31
In Decreto-lei n.º 36/2014, de 10 de março.
26
preço da mesma devido à liberalização do sector32 e ao aparecimento de novos
concorrentes, as companhias de baixo custo. O crescimento do setor do transporte
aéreo que se estima em 5% ao ano até 2030, medido em Revenue Passenger
Kilometers (RPK), está ligado ao desenvolvimento do comércio internacional e do
turismo33 (Teles, S. e Sarmento, M. 2012).34
Por último, as estimativas de crescimento do Banco Mundial relativamente aos
países em desenvolvimento são de 4,8% em 2015, com reforço do crescimento para
5,3% e 5,4% em 2016 e 2017, previsões acima do crescimento projetado para a
economia global com 3% em 2015, 3,3% em 2016 e 3,2% em 201735. A melhoria das
condições de vida nos países em desenvolvimento, designadamente nos países de
língua oficial portuguesa, pode promover o fluxo de estudantes destes países para as
universidades portuguesas, uma vez que as famílias terão melhores condições para
realizar este investimento na educação superior dos seus filhos.
3.3 Análise do Ambiente Interno
3.3.1 Sector de atividade
A FCSH/NOVA insere-se no sector de atividade do ensino superior público.
Neste ponto, apresentamos dados sobre a avaliação do sistema de ensino superior
português a nível internacional (Universitas 21 ranking) e sobre diferentes tipos de
rankings de avaliação das instituições universitárias a nível internacional e nacional
(Webometrics, ranking internacional de Xangai, o QS World Universities Ranking e o
Times Higher Education Top 100 under 50). Como unidade orgânica da Universidade
NOVA de Lisboa, a informação obtida nos rankings é sempre a da Universidade no seu
global e não ao nível da instituição como Faculdade.
32
Nos EUA, a liberalização do setor do transporte aéreo ocorre na década de 1970 e na Europa na década de 1990. 33 O transporte aéreo é responsável por 40% das viagens internacionais na indústria de turismo (Teles, S.
e Sarmento, M. 2012). 34
O Sudoeste Asiático e África deverão crescer acima da média mundial nos próximos vinte anos, fruto da modernização das suas economias e da sua indústria aérea (Teles, S. e Sarmento, M. 2012). 35 In “«As perspectivas económicas globais mostram melhorias em 2015, mas tendências divergentes
colocam riscos de abrandamento», afirma o Banco Mundial”, Banco Mundial, 13/01/2015.
27
Assim, o sistema do ensino superior nacional foi o 25.º melhor do mundo em
2015, tendo descido uma posição em relação ao ranking de 2014. O estudo realizado
pela rede internacional Universitas 21 é o único que compara sistemas de ensino em
vez de instituições. O posicionamento em 25.º do ensino superior português deve-se
sobretudo a dois parâmetros: conectividade internacional (percentagem de estudantes
internacionais inscritos e artigos em co-autoria internacional, como número de artigos
de acesso livre) e na avaliação dos recursos investidos, aspeto em que são tidos em
conta a despesa pública total com o ensino superior em comparação com o PIB, a
despesa anual por estudante e a despesa em investigação e desenvolvimento em
percentagem do PIB e por habitante.
O ranking da Universitas 2136 inclui os sistemas de ensino superior de 50 países
e é liderado pelos Estados Unidos. Suécia, Suíça, Finlândia e Dinamarca aparecem nos
restantes cinco lugares cimeiros. Imediatamente à frente de Portugal estão a Irlanda
(18.º), Espanha (24.º) e Japão (20.º), mas a rede nacional consegue melhores
prestações do que países como a Itália (29.º) ou Brasil (40.º).
O Ranking Web ou Webometrics37 é o maior ranking académico de Instituições
de Ensino Superior. Desde 2004 e a cada seis meses (em janeiro e julho de cada ano) é
levado a cabo pelo Cybermetrics Lab (Conselho Nacional de Pesquisa Espanhol, CSIC)
um exercício científico para fornecer informação sobre a performance das
universidades de todo o mundo ao nível da sua presença e impacto online. Na segunda
década do século XXI, a web é a mais importante ferramenta de comunicação escolar,
é também o canal para a aprendizagem à distância e o fórum aberto ao envolvimento
da comunidade, surgindo como meio capaz de angariar talentos, fundos e recursos.
Este ranking internacional classifica a Universidade NOVA de Lisboa em 4.º
lugar ao nível nacional, 140.ª a nível europeu e na 354.ª posição ao nível mundial, na
avaliação de Julho de 2015. As três universidades portuguesas que aparecem em
36
In http://www.universitas21.com/article/projects/details/158/overall-2015-ranking-scores, 6 de setembro de 2015. 37
In http://www.webometrics.info/, 6 de setembro de 2015.
28
lugares cimeiros à NOVA por ordem decrescente são: Universidade do Porto,
Universidade do Minho e Universidade de Coimbra.38
No ranking internacional de Xangai39 ou Academic Ranking of World
Universities (ARWU), de 2015, a Universidade NOVA de Lisboa não aparece nas 500
posições. Portugal surge com três presenças, em primeiro lugar a Universidade de
Lisboa (entre as 201-300 posições), em segundo lugar a do Porto (entre as 301-400
posições), e a Universidade de Coimbra (que surgiu no índice de classificação este ano
entre as 401 e as 500 posições).
Este ranking compara a totalidade das universidades no seu desempenho
global, e não em dimensões setoriais, cursos ou especialização. Na metodologia
adoptada, são avaliados os seguintes indicadores: qualidade do ensino (10%),
qualidade do staff académico (40%), os resultados da investigação produzida (40%) e o
desempenho académico (10%).
O QS World Universities Ranking 2015/1640 posicionou a Universidade NOVA
de Lisboa em 351.º lugar a nível internacional num universo de 2 000 instituições
avaliadas, das quais somente 800 são classificadas, e destas só as que constam até ao
400.º lugar aparecem classificadas individualmente.
Das universidades portuguesas até ao 400.º lugar só constam três, a NOVA
como referido aparece em 2.º lugar a nível nacional, a Universidade do Porto em 308.º
lugar (1.º lugar) e a Universidade de Coimbra em 367.º lugar (3.º lugar). A Universidade
de Lisboa (já compreendendo a fusão com a Técnica de Lisboa), principal concorrente
da NOVA na cidade de Lisboa, foi classificada entre o 481.º - 490.º lugares. A
Universidade NOVA de Lisboa destaca-se, a nível nacional, no que diz respeito à
reputação junto das entidades empregadoras, ao rácio professor-aluno e corpo
docente internacional.
38 Ver Tabela VI - Resultados para Portugal do Ranking Web of Universities. 39
In http://www.shanghairanking.com/ , 6 de setembro de 2015; as universidades de Lisboa e Porto constam deste ranking desde 2011. 40
In http://www.topuniversities.com/university-rankings/world-university-rankings/2015#sorting=rank+region=+country=+faculty=+stars=false+search= , 6 de setembro de 2015.
29
Por último, a Universidade NOVA de Lisboa foi considerada uma das 100
melhores universidades com menos de 50 anos num ranking mundial compilado
pela Times Higher Education.41
3.3.2 Análise de mercado – “International Education”
Segundo Knight, a mobilidade de estudantes é vista como o rosto da
internacionalização nas universidades, uma vez que o enfoque contemporâneo no livre
comércio estimula esta mesma mobilidade internacional (2012). Na definição
apresentada pela OCDE, Eurostat e UNESCO42, o estudante internacional é designado
de “internacional” se sai do seu país de origem para outro país com o propósito de
estudar, não sendo residente do país onde estuda, e o estudante é designado de
estrangeiro se este não é cidadão do país onde estuda, ou seja, são definidos segundo
a sua cidadania (os estudantes internacionais são um subgrupo dos estudantes
estrangeiros).
Assim, a captação de estudantes internacionais para as universidades, também
designada como “international education”, é uma das indústrias de serviços mais
significativas que emergiu nas décadas de 1980 e 1990 (Mazzarol, 1998). O
crescimento de estudantes internacionais passou de 800.000 em 1975, para 3,3
milhões em 2008 e, em quatro anos subiu mais de um milhão, atingindo os 4,5 milhões
em 2012 (OCDE, 2010 e 2014).
Nas últimas estatísticas da OCDE relativas ao ano de 2012, os Estados Unidos
são o país líder no mercado da “international education”, seguido do Reino Unido,
Alemanha, França, Austrália e Canadá (OCDE, 2014)43. Estes seis países recebem 50%
dos estudantes internacionais a nível mundial. Os estudantes provenientes da Ásia
representam 53% dos estudantes internacionais inscritos em universidades por todo o
mundo e a maior parte destes é proveniente da China, Índia e Coreia (OCDE, 2014).
Novos concorrentes estão a emergir neste mercado como a Nova Zelândia, Espanha,
Rússia e Coreia (OCDE, 2013), e por seu lado, a quota de mercado dos Estados Unidos
41
In https://www.timeshighereducation.com/world-university-rankings/2015/one-hundred-under-fifty#!/page/0/length/25 , 15 de novembro de 2015. 42
In “Education Indicators in Focus”, 2013/05, julho, OCDE. 43
Ver Figura 2 – Trends in International Education Market Shares (2000 e 2012), in Education at a Glance 2014 – Highlights, OCDE, 2014, pág.35.
30
e da Alemanha que ocupam respetivamente o 1.º e 3.º lugares, em quota de mercado,
tem decrescido no período entre 2000 e 2012 (menos 7% para os EUA e menos 3%
para a Alemanha)44. Esta indústria de serviços gera importantes rendimentos para os
países, quer através das propinas pagas, quer em alojamento e nas despesas de custo
de vida (alimentação e outros) dos estudantes internacionais, e é criadora de emprego
(Mazzarol, 1998). No Canadá, os gastos dos estudantes internacionais em propinas,
alojamento e despesas de custo de vida contribuíram mais de 8 mil milhões de dólares
canadianos (CAD) para a economia em 2010. Este valor é superior ao valor das
exportações de alumínio (CAD 6 milhões) ou de helicópteros, aviões ou veículos
espaciais (CAD 6,9 milhões) (OCDE, 2013). Quando os estudantes permanecem após a
graduação, estes possuem uma influência de longo termo na economia sendo que,
segundo dados da OCDE de 2008 e 2009, a taxa de permanência nos países da OCDE
podia ir até aos 25% (OCDE, 2013).
Por último, é importante identificar os factores que influenciam os fluxos de
estudantes internacionais45. Uma das principais mudanças na mobilidade do ensino é a
de que a influência política e os legados coloniais deram lugar a princípios de mercado
na hora da tomada de decisão do país de destino para estudar (Varghese, 2008), uma
vez que a maioria dos estudantes paga a sua educação de fundos próprios. Para
Varghese (2008), os principais fatores que influenciam o fluxo dos estudantes são:
a) O custo da educação – estudar no estrangeiro é dispendioso e se no
passado havia financiamento dos países que detinham as colónias para os
estudantes provenientes das mesmas, à medida que esta realidade se
extingue e os estudantes passam a autofinanciar-se, o custo e o retorno
deste investimento tornam-se elementos cruciais na escolha dos
indivíduos. Somente a partir da década de 1980 é que os países começam a
diferenciar o valor das propinas46 entre os estudantes nacionais e os
estudantes internacionais, designadamente o Reino Unido, os Estados
44
Idem. 45
Ver Figura 3 – “Top countries of origin of foreign students, by regions of the world, in 2011”, Education Indicatos in Focus, 2013/05, julho, OCDE, 2013. 46
Ver Figura 4 – “Structure of tuition fees in OECD countries” – Education Indicatos in Focus, 2013/05, julho, OCDE, 2013.
31
Unidos, o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia. Há ainda países que não
aplicam uma distinção entre os estudantes internacionais e os nacionais
quando fixam o valor das propinas (França, Alemanha, Itália, Japão,
México) e países onde o ensino é gratuito e que ainda não cobram
propinas aos estudantes internacionais (Finlândia e Noruega) (OCDE 2013).
Uma das razões para o decréscimo do fluxo de estudantes para o Reino
Unido e para os Estados Unidos pode dever-se ao elevado valor das
propinas e do custo de vida nestes países em comparação, por exemplo,
com a Austrália, Irlanda e Nova Zelândia.
b) Afinidade ideológica – a influência ideológica como fator na escolha do país
anfitrião entrou atualmente em declínio, uma vez que o custo da educação
é cada vez mais financiado, na sua totalidade, pelo estudante. Contudo, a
afinidade ideológica foi um importante motivo na escolha do país de
estudo durante o período colonial e no período da Guerra Fria. A existência
de bolsas e de apoio financeiro influenciavam os fluxos de estudantes
nestes períodos.
c) Proficiência da língua – este é um importante fator na escolha de um país
anfitrião. Os fluxos inter-regionais ocorrem geralmente entre países com
familiaridade linguística (ex.: os estudantes argelinos e marroquinos
escolhem universidades em França). A introdução de cursos lecionados em
inglês, designadamente na área de economia e gestão, torna atrativo, para
os estudantes internacionais, os países não-anglófonos como a Bélgica,
França, Alemanha e Japão.
d) Reconhecimento de superioridade académica das instituições nos países
anfitriões – geralmente o fluxo dos estudantes internacionais ocorre de
países menos desenvolvidos para países desenvolvidos, uma vez que os
estudantes têm consciência de que o setor educativo nacional não possui
níveis de qualidade elevados. O prestígio académico das universidades
também é tido em consideração pelos candidatos, bem como a
especialização numa área específica do conhecimento. Os rankings
mundiais de universidades colocam as instituições dos Estados Unidos em
lugares cimeiros, pelo que podemos associar o facto de deterem o primeiro
32
lugar de quota de mercado de estudantes internacionais a esta
classificação de reconhecimento académico, que leva a que os estudantes
as procurem como primeira opção.
e) Aquisição de língua estrangeira e cultura – um dos objetivos dos
estudantes de países desenvolvidos em estudar em países em vias de
desenvolvimento é o de obter experiência em ambiente multi-cultural e
competência linguística (o programa Erasmus na União Europeia tem
proporcionado essa experiência) (Maiworm, 2001, in Varghese, 2008).
f) Oportunidades de emprego – obter um curso no estrangeiro traz prestígio
e emprego, uma vez que melhora o currículo do candidato e essas
vantagens são mais elevadas em países em vias de desenvolvimento do
que em países desenvolvidos. O investimento estrangeiro nos países em
vias de desenvolvimento provoca procura de profissionais para as novas
empresas e sucursais de multinacionais, pelo que as oportunidades de
emprego com salários elevados surgem no país de origem para indivíduos
com formação de qualidade. Por outro lado, o estudante internacional
poderá escolher estudar num país onde poderá ter facilidade em ficar a
residir após o término do estudo, ou seja, a formação no estrangeiro torna-
se “uma avenida para a migração profissional internacional”.
g) Aumento do nível de rendimento nos países de origem – os países que
enviam o maior número de estudantes para estudar no estrangeiro,
registaram um forte crescimento económico e melhoria das condições de
vida, o que possibilitou um maior rendimento para que os indivíduos
pudessem custear as suas próprias despesas de estudo e de custo de vida
no estrangeiro (ex.: China, Coreia, Índia e Malásia).
h) Facilidade nas formalidades de atribuição de vistos – Após o incidente do
11 de setembro, as restrições aos vistos aumentaram muito nos Estados
Unidos e Europa. Esta é apontada como uma das principais razões para o
decréscimo do n.º de estudantes internacionais nos Estados Unidos.
Outros fatores que podem ser avançados são, por exemplo, os apoios à
formação superior que os Estados procuram disponibilizar através da concessão de
33
bolsas de estudo, atribuição igualmente deste tipo de apoios por parte de mecenas,
instituições privadas como fundações e bancos; a difusão do acesso à Internet a nível
mundial que facilita o conhecimento sobre estes meios de financiamento e sobre os
cursos prestados nas universidades estrangeiras (Gomes e Murphy, 2003, in Hemsley-
Brown e Oplatka, 2006), bem como o acesso à frequência de cursos por e-learning; e
por último o acesso alargado a transportes aéreos, o que permite uma maior
mobilidade de pessoas.
3.3.3 Análise de mercado – Estudantes estrangeiros no Ensino Superior em
Portugal
No caso específico de Portugal, as universidades recebem um número
crescente de estudantes estrangeiros. Os últimos dados da DGEEC – Direcção Geral de
Estatísticas da Educação e Ciência, de 2014, demonstram esse crescimento do número
de estudantes inscritos de nacionalidade estrangeira, no período de quatro anos
letivos 2009/2010 a 2012/13 (o ciclo de estudos não é discriminado). Assim, no ano
letivo de 2009/10 existiam 18.425 estudantes estrangeiros inscritos no universo das
universidades privadas e públicas portuguesas e, no ano letivo de 2012/13, esse
número subiu para 31.183, o que significa um aumento de 41% em três anos letivos47.
Nesse mesmo período de três anos, se somarmos os estudantes inscritos por
país, os países que aparecem nos primeiros cinco lugares48 são todos da CPLP, com o
Brasil a liderar com 25.856 estudantes a frequentar o ensino superior português,
seguido de Cabo Verde (13.277 estudantes), Angola (13.244), São Tomé e Princípe
(3.188) e Moçambique (2.777). A Guiné Bissau e Timor Leste situam-se em 7.º lugar
(1.702 estudantes) e 14.º lugar (677) respetivamente.
Os estudantes chineses aparecem em 8.º lugar (1.113 estudantes), os
provenientes de Macau em 24.º (130) e os da Índia em 16.º lugar (372) . Dos países da
América do Norte, os EUA aparecem em 13.º lugar (764 estudantes), o Canadá em 15.º
(543) e o México em 19.º (228).
47
Os valores indicados na lista disponível no website da DGEEC incluem alunos em regime de mobilidade internacional. 48
Ver Tabela VII - Top 30 do número total de inscritos de nacionalidade estrangeira nas universidades portuguesas (públicas e privadas) - Período de 4 anos letivos (2009/2010 a 2012/2013).
34
Quanto à América Latina, regista-se a presença de estudantes provenientes em
maior número da Venezuela (11.º lugar – 775 estudantes), da Colômbia (20.º lugar –
217), da Argentina (21.º lugar – 157) e Peru (22.º lugar – 145). Da América Central, os
estudantes cubanos aparecem em 23.º lugar (141 estudantes).
Por último, do continente africano, para além dos países da CPLP mencionados
anteriormente ainda podemos assinalar a presença neste ranking da Guiné em 17.º
lugar (367 estudantes) e a África do Sul em 18.º lugar (339).
Em janeiro de 2014, à data de aprovação em Conselho de Ministros do Estatuto
do Estudante Internacional, o então Presidente do Conselho de Reitores das
Universidades Portuguesas (CRUP), António Rendas, referia à imprensa que “as
apostas passam pelos países asiáticos, mas sobretudo, até por uma questão de
proximidade linguística, pela América do Sul”.49
Da análise dos dados dos estudantes estrangeiros a frequentar o ensino
superior em Portugal e das declarações do Presidente do CRUP propõem-se os
seguintes mercados como os potencialmente mais favoráveis à captação de
estudantes estrangeiros via EEI:
• Público da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP)50;
• Público de países da América do Sul pela proximidade linguística;
• Público das comunidades portuguesas na diáspora (ex.: Estados Unidos,
Canadá, Venezuela, África do Sul);
• Público das comunidades com afinidade histórica com Portugal (ex.: Índia -
Goa, Damão e Diu - e Macau);
• Público das instituições ligadas ao ensino do português na China.
3.3.4 Análise de consumidor
Qualquer consumidor possui necessidades, motivações e preferências pessoais
relacionadas com a sua idade, personalidade, com a sua classe social, categoria
49
In “Estatuto do Estudante Internacional é positivo mas gera dúvidas”, DN, 24/01/2014. 50 Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Timor-Leste e Guiné
Equatorial.
35
profissional, família, entre outras. Assim sendo, as variáveis que influenciam o
comportamento do consumidor podem ser agrupadas em:
• variáveis individuais (necessidades, motivações e atitudes);
• características dos indivíduos (personalidade, estilo de vida e imagem de si
próprio);
• variáveis sociológicas e culturais como as de grupo (grupos de referência,
líderes de opinião seguidos) e as de classe social que determinam o modo de
consumo, os locais de consumo e atitudes de diferenciação social pelo modo de
consumo.
Os candidatos aos cursos de licenciatura da FCSH/NOVA, ao abrigo do EEI, são
indivíduos que, na generalidade, se podem caracterizar por:
� Indivíduos com interesse em iniciar a sua formação académica ou universitária,
detentores de diploma de término de ensino secundário ou equivalente, bem
como alunos finalistas deste nível de ensino;
� Indivíduos com interesse em complementar/diversificar a sua formação
académica, com um curso de licenciatura a realizar em Portugal, ou seja, já são
possuidores de formação universitária realizada no seu país de origem;
� Relativamente às classes socioeconómicas, sendo a propina anual dos cursos de
licenciatura da FCSH/NOVA para o EI de 3.000 euros e tendo em consideração
que este estudante tem que fazer face a despesas de deslocação do seu país e
de custo de vida em Portugal, podemos estimar que os candidatos aos cursos
serão na sua maioria provenientes das classes A (Muito Alta), B (Alta), C1
(Média Alta), com expressão muito reduzida ou mesmo nula das classes C
(Média), C2 (Média Baixa) e D (Baixa).
� Indivíduos que valorizam e procuram a progressão e desenvolvimento
profissional através do aumento das qualificações académicas, com vista à
aquisição de novas competências profissionais.
A necessidade de segurança e de realização pessoal podem estar por detrás
desta motivação do indivíduo em prosseguir os estudos. O cidadão estrangeiro
poderá procurar formação prestada por instituições universitárias cuja
36
qualidade de ensino seja reconhecida internacionalmente e provavelmente de
nível superior às do seu país de origem, se avaliarmos, por exemplo, o universo
dos sistemas de ensino dos países de língua oficial portuguesa, uma vez que
todos são países em desenvolvimento ou economias emergentes como o Brasil.
� Predominância de cidadãos de países da CPLP, bem como indivíduos das
comunidades portuguesas na diáspora e comunidades com afinidade histórica
com Portugal, ainda que em países cuja língua oficial não seja o português
(Índia, China), uma vez que a avaliação do nível de português é um elemento da
candidatura51 e o ensino dos cursos de licenciatura é realizado em português.
3.3.5 Análise da concorrência
Os potenciais concorrentes ao nível nacional são instituições de ensino superior
(IES)52 na área das ciências sociais e humanas, as quais se dividem em dois universos:
13 IES públicas53 e 8 IES privadas. Foi feito um levantamento sumário da situação em
cada uma destas instituições que consta nas Tabelas VIII e IX. Apresentam-se de
seguida as principais comparações e resultados por grupo de IES.
3.3.5.1 – IES públicas
Após a publicação do EEI pelo Decreto-lei n.º 36/2014, de 10 de março, todas as
IES públicas avançaram com a publicação do regulamento interno antes do início do
ano letivo 2014/15, de modo a conseguirem lançar ainda uma fase de candidaturas, à
exceção de três - a Universidade dos Açores54, do Minho55 e muito provavelmente a
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) pois não tem disponível online o
regulamento. Tal facto demonstra que estavam a aguardar com expetativa esta
possibilidade de recrutamento de alunos estrangeiros. A Universidade da Madeira é a
única que tem o regulamento disponível no website institucional em língua inglesa. Há
três universidades que só disponibilizam online o regulamento como despacho interno
(Universidade de Aveiro - UA, Universidade da Beira Interior – UBI e Universidade do
51
In Regulamento n.º 326/2014, Regulamento de Aplicação do Estatuto de Estudante Internacional da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, de 22 de julho de 2014, art.º 2.º, n.º 4, al. b. 52
Não se incluiu nesta análise as instituições do ensino politécnico. 53
A Universidade Aberta foi excluída desta análise pelo cariz do ensino – ensino em e-learning 54
In Regulamento 1137/2015, publicado em Diário da República a 3/02/2015. 55
In Despacho RT-55/2014, de 5 de dezembro.
37
Minho) e uma que não disponibiliza qualquer tipo de regulamento interno, a
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), publicitando em página web as
condições do concurso e disponibilizando uma publicação electrónica intitulada “Guia
para o Estudante Internacional” em inglês. A UTAD possui ainda um website autónomo
do website institucional em versão inglesa totalmente dedicado ao Estudante
Internacional.56 Relativamente à Universidade NOVA de Lisboa, a estratégia seguida foi
de descentralização e não há um regulamento da universidade, mas um regulamento
por Faculdade.
Quanto às candidaturas, estas são feitas online no website de 10 das 13 IES
públicas analisadas, à exceção da Universidade de Lisboa (ULisboa) e da NOVA que
remete para o website de cada Unidade Orgânica, e da U. Minho que só disponibiliza a
candidatura via presencial ou enviada via postal. A taxa de candidatura varia entre 20€
(Universidade da Madeira) e os 100€ (Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas -
ISCSP – UL e Faculdade de Letras da Universidade do Porto - FLUP), sendo que na
Universidade do Algarve a candidatura é gratuita. A FCSH/NOVA cobra 70€ de taxa,
sendo esta inferior à do ISCSP - UL mas superior à praticada pelos outros dois
concorrentes em Lisboa, ainda não citados, que cobram 65€ (ISCTE) e 60€ (FLUL –
ULisboa). Houve três instituições que eram omissas quanto à taxa de candidatura.57
Relativamente às fases de candidaturas, seis das 13 IES possuem duas fases
durante o 2.º semestre do ano letivo em curso (U. Açores, U. Évora58, ULisboa, U.
Minho, U.Madeira, ISCTE); há três IES que possuem três fases de candidaturas onde se
inclui a FCSH/NOVA, a U. Algarve, a U. Coimbra e a U. Madeira; uma com quatro fases
(a UBI); a FLUP da U.Porto só tem uma fase de candidaturas e a UTAD não apresenta
informação.
Quanto ao período temporal em que as fases se desenrolam, as universidades
que começam mais cedo nesse 2.º semestre, ou seja em fevereiro, são a UBI e a
FCSH/NOVA, e as que possuem a primeira fase mais tardia são a U. Açores que começa
56
In http://study.utad.pt/index.php/home-en, 14 de agosto de 2015. 57
U. Açores, U. Évora e UTAD - Ver Tabela VIII 58
A U. Évora tem uma fase a que chama de pré-candidaturas a partir de 14/04/2015 em diante e uma fase de candidaturas de 6 a 31/07/2015 – integrei-a no grupo de universidades com duas fases de candidaturas, mas não quero deixar de referir esta particularidade.
38
a 28 de julho até 1 de setembro e tem a 2.ª fase de 9 a 16 de Setembro (14 vagas para
7 cursos) e a FLUP que tem a sua única fase de candidaturas a decorrer de 1 a 15 de
julho (110 vagas para 13 cursos). De salientar ainda os casos particulares de duas
universidades, designadamente:
� A UBI que possui quatro fases de candidaturas tem a 4.ª fase a iniciar-se a 14
de dezembro de 2015 e a terminar a 22 de janeiro de 2016, ou seja, já a cobrir
o fim do primeiro semestre do ano letivo seguinte e a terminar no início do 2.º
semestre desse ano letivo seguinte – tem fases que cobrem dois anos letivos
(ex.: 2014/15 – três fases durante o 2.º semestre; 2015/16 – uma fase que
apanha os dois semestres). O objetivo que transparece será o de captar os
alunos brasileiros que terminam o ensino secundário em dezembro. Os
resultados desta fase são publicados a 22 de janeiro, de modo a permitir o
ingresso no 2.º semestre (os alunos pagam somente metade - 2.500€ - da
propina anual). A UBI tem ainda um programa intitulado “Ano Zero” com um
custo adicional (75€ mensais por 10 meses), cujos objetivos são o de permitir o
contacto com o ensino superior português (inscrevem-se em unidades
curriculares dos cursos de licenciatura), preparar os estudantes para os exames
nacionais de acesso (Matemática A e/ou Física e Química A) e dotar os
estudantes estrangeiros do conhecimento da língua portuguesa. Está aberto a
candidatos que possam não ter concluído o ensino secundário. No ano
seguinte, estes estudantes podem candidatar-se ao concurso para estudantes
internacionais, sendo-lhes creditadas as unidades curriculares às quais
obtiveram aprovação no Ano Zero. Excetuam-se as UCs de Matemática e
Física/Química por não terem correspondência e por se tratar de um curso
preparatório. Para além desse Ano Zero, a UBI tem ainda um curso de língua
portuguesa com um custo adicional (100€ - acresce ainda a taxa de candidatura
online – 15€ - e a de inscrição – 25€).
� A U. Coimbra que possui três fases de candidaturas tem a 1.ª fase a começar no
final do 1.º semestre, ou seja, de 1 de dezembro de 2014 a 19 de janeiro de
2015. Esta fase possibilita igualmente captar o interesse de candidatos
brasileiros, mas a U. Coimbra não tem disponível um curso específico de
39
preparação até ao início do ano letivo seguinte. Possui somente um curso anual
de língua portuguesa, de setembro a maio, com um custo adicional de 750
euros por semestre.
Há seis IES que definiram provas de ingresso a realizar na própria instituição:
a) Na U. Aveiro estão previstas provas de ingresso de Português, Inglês, Aptidão
Musical para o Curso de Música e uma prova de outra língua (alemão, francês
ou espanhol) para o curso de Tradução, mas a universidade prevê também
isenções (ex.: ENEM – alunos do Brasil; GAOKAO – alunos chineses, etc);
b) A UBI prevê provas de ingresso como Redação, Ciências Humanas e suas
Tecnologias, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, bem como uma prova de
português para quem não entregue o certificado que comprove o nível B2
(nível máximo de utilizador independente do QECRL) e não tenha feito o ensino
secundário em língua portuguesa;
c) Na ULisboa – cada unidade orgânica pode prever provas de ingresso: a FLUP
não prevê; o ISCSP prevê provas de História, Geografia ou Português (vale 60%
da pontuação final) e uma entrevista (40% da pontuação final);
d) A U. Minho realiza provas de ingresso consoante os cursos e o tipo de
candidato (aluno brasileiro com o ENEM59 e aluno que seja titular do ensino
secundário português) de 20 a 24 de julho, logo a seguir ao término da 2.ª fase
de candidaturas (15 de julho), depreende-se que só haja um edital de
resultados e que os candidatos à 1.ª fase (7/03 a 15/04/2015) fiquem a
aguardar pela realização das provas;
e) Na U. Madeira, o regulamento prevê “a possibilidade de exames realizados pela
Universidade para verificação da qualificação académica específica para acesso
e ingresso no ciclo de estudos pretendido”60;
f) No ISCTE-IUL está prevista avaliação documental e/ou provas (escritas e/ou
orais) a determinar pela Direção de cada Escola (ex.: História, Português).
59
ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio (Brasil) – prova de seleção no final do ensino secundário para acesso às universidades públicas federais. 60
In Regulamento n.º 236/2014, 12 de junho de 2014, art.º 4, n.º 1, alínea d), item v).
40
Quanto ao valor da propina anual, quase todas as IES (9), possuem propinas
superiores para os cursos na área das ciências sociais e humanas à propina anual
cobrada pela FCSH/NOVA (3.000€), à exceção de alguns cursos da Universidade do
Algarve (propina anual de 1.750€, mas aplica a outros o valor de 4.000€). A U. Açores
não apresenta informação sobre a propina anual no website e a UTAD só apresenta
valores para dois cursos de engenharia lecionados em inglês (6.500€). Das 9 IES com
preços superiores, a que se situa imediatamente a seguir à FCSH/NOVA é o ISCSP com
propina anual de 3.500€ e a que apresenta a propina mais elevada é a U. Coimbra com
propina anual de 7.000€. As IES da área de Lisboa, principais concorrentes da
FCSH/NOVA praticam os seguintes valores de propina anual para o EI: 3.500€ (ISCSP),
4.000€ (FLUL) e 5.500€ (ISCTE-IUL).
Há ainda cinco IES que publicitam incentivos ou descontos no valor da propina:
a) a U. Porto que pratica um desconto de 50% na propina anual para estudantes
provenientes dos PALOPS, o que aplicado à FLUL (4.000€ de propina anual para o EI)
provoca uma redução para os 2.000€, valor que fica abaixo do praticado pela
FCSH/NOVA; b) a U. Algarve não cobra taxa de candidatura e refere que os candidatos
seriados com as melhores classificações ficam habilitados a beneficiar de uma
anuidade reduzida, no valor de 1.000€ (não aplicável a todos os cursos) c) a U. Aveiro
poderá atribuir bolsas que permitem aos estudantes internacionais o pagamento de
uma propina de montante equivalente à propina nacional, de acordo com os
mecanismos de incentivo à inscrição de estudantes internacionais previstos pela
Direção Geral do Ensino Superior; d) a UBI anuncia a atribuição de bolsas para alunos
de licenciatura fixadas anualmente e que permitem que os EI paguem uma anuidade
igual à paga pelos estudantes portugueses (1.037,20€.; e) a FCSH/NOVA menciona
somente em edital que existe a possibilidade de se obter desconto de modo a que o EI
pague somente 1.000€ de propina – estudantes 1.º ano/1.ª vez; poderá manter-se o
incentivo se houver mérito escolar. A U. Coimbra e a U. Minho referem a possibilidade
do EI concorrer a bolsas de mérito mas abertas a toda a comunidade estudantil.
Relativamente ao nível de proficiência na língua portuguesa ou outra, seis IES
referem o nível B2 de português como requisito, onde se inclui a FCSH/NOVA (UBI, U.
Coimbra, ULisboa e ISCTE-IUL). De salientar que a U. Coimbra não impede a
41
candidatura de estudantes com nível B1, desde que se comprometam a frequentar um
curso anual de língua portuguesa, tal como a ULisboa que prevê que caso o estudante
não tenha o nível B2, o tenha que adquirir até à conclusão do grau que está a
frequentar. O ISCTE-IUL só anuncia o curso de gestão como sendo lecionado nas duas
línguas (português e inglês); toda a oferta letiva de 1.º e 2.º ciclos é lecionada em
português.
A U. Açores também refere o nível B2 mas quer para o português como para o
inglês, fazendo a ressalva que é em função do idioma de lecionação do curso a
frequentar, idioma esse definido anualmente. A U. Minho refere o B2 quer para a
língua portuguesa como inglesa, mas em simultâneo explícita no website que todos os
cursos são lecionados em português.
A U. Algarve refere quer o nível B1 quer o B2 para o português e o inglês,
também referindo que anualmente é definido o idioma de lecionação dos cursos.
São duas as IES que referem o nível B1 de português (U. Aveiro e U. Évora).
A U. Porto refere que não impõe requisitos de língua obrigatórios aos
estudantes internacionais, contudo clarifica que a maior parte das disciplinas são
lecionadas em português. A FLUP refere no seu website o nível B1 de uma das
seguintes línguas: português, espanhol, francês ou inglês.
As universidades que são omissas a níveis de competência linguística são: a U.
Madeira que no regulamento do EEI refere somente que o candidato deve ter
competência linguística na língua ou línguas em que o ciclo de estudos será
ministrado61; e a UTAD que refere a possibilidade em ingressar nos cursos quer o
candidato possua conhecimentos de língua portuguesa, quer de língua inglesa.
Quanto a formação complementar, para além da referida anteriormente sobre
o Ano Zero e o curso de português para estrangeiros da UBI e o curso anual de língua
portuguesa da U. Coimbra, importa ainda destacar que mais oito IES prevêem cursos
de português com custo adicional. A U. Açores e a U. Algarve para além do curso de
português, também providenciam cursos de inglês de modo a que os estudantes
possam atingir o nível B2 (U. Açores) ou o B1 e B2 (U. Algarve), caso seja nessa língua
61
In Regulamento n.º 236/2014 de 12 de junho de 2014, art.2, n.º 5, al. b).
42
que pretendam efetuar o curso. A U. Porto disponibiliza um curso anual e um curso
intensivo de português. A UTAD apelida de Ano Zero a formação em língua portuguesa
que disponibiliza para quatro níveis, do A1 até ao B2.
A U. Minho publicita um curso de Preparação para Acesso ao Ensino Superior
dos EI que visa proporcionar as ferramentas e os conhecimentos específicos
necessários para o ingresso num curso de licenciatura, o aprofundamento do nível
cultural, prestar informações relativas à organização e funcionamento dos cursos, bem
como as saídas profissionais existentes, com o objetivo de clarificar opções e de
reorientação vocacional. Não disponibiliza a duração do mesmo nem o preço na página
online. As candidaturas para o curso de preparação do ano letivo 2015/16 decorreram
de 27/07 a 28/08/2015.
Por fim, é pertinente referir a estratégia de divulgação através do website
institucional de cada IES: a) 12 IES62 têm uma estratégia de comunicação centralizada
no website da Universidade com a oferta letiva de todas as UOs e os valores de
propina diferenciados por curso, os procedimentos de candidatura e as informações
gerais sobre a instituição, sobre a cidade e país, sobre formação complementar, caso
exista, e do nível de língua(s) exigido, remetendo para cada UO sempre que se
justifique ou haja informações específicas definidas por essa UO (ex.: U. Lisboa); b) três
possuem link direto para o Estudante Internacional na homepage (U. Minho, U. Porto e
ISCTE-IUL); nas restantes o acesso realiza-se via separadores da homepage como, por
exemplo, “Condições de Acesso” (U. Algarve), “Ensino” (U. Aveiro), “Candidatos” (UBI,
NOVA), “Estudar” (ULisboa). A UTAD possui um site único em língua inglesa com toda a
informação.
Há universidades que disponibilizam perfis diferenciados por Candidato
Internacional:
� A U. Algarve tem um perfil para Estudantes Brasileiros, cujas páginas estão
escritas em português do Brasil;
� A U. Aveiro tem perfil para Estudantes Brasileiros, Chineses (mas a página está
em português), Colombianos e um perfil para “Outros países”; os conteúdos
62
Excetua-se a Universidade NOVA de Lisboa – ver secção 3.5.4 Comunicação, pág. 54.
43
para além de estarem em português, estão em inglês e espanhol, uma vez que
o website institucional tem essas duas versões em línguas estrangeiras; possui
uma secção de perguntas frequentes com uma parte intitulada “Perguntas dos
Pais”;
� A UBI tem perfil para Estudantes Brasileiros (com um blogue e página de
Facebook – Brasileirosnacovilha), PALOP e Timor-Leste, Chineses (em chinês) e
Outros países (conteúdos em inglês)
� A U. Coimbra tem perfil para Estudantes Brasileiros (conteúdo em português do
Brasil), Chineses (conteúdo em chinês) e Candidatos Internacionais (conteúdos
em português e em inglês, uma vez que o website tem as duas versões), todos
estes com link direto na homepage; disponibilizam um atendimento telefónico
com horário específico (das 16h às 18h – hora de Portugal) e um n.º de telefone
direto;
Os vídeos promocionais de apresentação da instituição e da cidade onde a IES
está localizada são muito utilizados (9 IES) e na U. Aveiro e na UBI existem também
vídeos com testemunhos individuais (ex.: alunos provenientes de Angola, S. Tomé e
Príncipe, Índia, Ucrânia).
Vale ainda a pena mencionar a iniciativa de Buddy Mentoring anunciada pelo
ISCTE-IUL e que permite aos atuais alunos portugueses, mediante inscrição, poderem
acompanhar um estudante estrangeiro no início da sua estadia, apoiando-o na visita
ao campus, à cidade, na eventual procura de alojamento e na integração na turma do
curso e nas atividades académicas. Se um EI não pretender ter um Buddy, deve
informar a instituição no processo de candidatura.
3.3.5.2 IES privadas
Das oito IES privadas, somente três avançaram com a publicação do
regulamento interno do EEI antes do início do ano letivo 2014/15, de modo a
conseguirem lançar ainda uma fase de candidaturas (Universidade Autónoma de
Lisboa – UAL, Universidade Católica Portuguesa – UCP e Universidade Lusíada), duas
publicaram o regulamento em 2015 (o ISPA - Instituto Universitário de Ciências
Psicológicas, Sociais e da Vida – ISPA-IU e a Universidade Lusófona) e três não possuem
o regulamento disponível online (Universidade Atlântica, Universidade Europeia e
44
Universidade Fernando Pessoa). De assinalar que somente uma, a Universidade
Fernando Pessoa não tem qualquer referência ao concurso do EI nem informação
relacionada quando se efetua pesquisa no website da instituição, pelo que o universo
desta análise passa a contar com sete IES privadas nas informações que se seguem.
Quanto às candidaturas, estas são feitas online nas sete IES privadas, à exceção
da UCP que só prevê a candidatura online no pólo do Porto, sendo que nos pólos de
Braga, Viseu e Lisboa a candidatura é realizada por e-mail com os documentos
necessários em anexo. A taxa de candidatura varia entre 50€ (ISPA-IU) e 200€ (U.
Atlântica, UCP e U. Lusíada), sendo que a U. Lusófona não cobra taxa de candidatura e
a U. Europeia não apresenta valores no website.
Relativamente às fases de candidaturas, a U. Atlântica possui uma fase (1/07 a
18/09 com provas de ingresso de 20 a 24/07), quatro IES privadas possuem duas fases
(UAL, UCP, ISPA-IU e U. Europeia) e U. Lusófona possui cinco fases que decorrem de
12/03 a 28/09/2015. Todas as sete IES privadas possuem provas de ingresso ou
internas, sendo que a UCP prevê a aceitação de “prova equivalente” e o ISPA-IU para
além das provas prevê a realização de entrevista aos candidatos. De destacar o facto
da U. Lusíada possuir o maior número de provas (13), todas concentradas na 1.ª
semana de setembro de 2015, após o término da primeira e única fase de
candidaturas.
Quanto ao valor da propina anual, seis IES privadas possuem propinas
superiores para os cursos na área das ciências sociais e humanas à propina anual
cobrada pela FCSH/NOVA (3.000€). Os valores mais altos são praticados pela
Universidade Lusófona (ex.: 4.161€ - curso de sociologia) e a U. Atlântica com cursos
cuja propina varia entre os 3.000€ e os 4.500€. A U. Europeia não disponibiliza valores
e a U. Lusíada e o ISPA-IU não praticam valores diferenciados para os EI dos que
praticam para candidatos nacionais63. Relativamente a descontos, somente duas IES
praticam 3,5% de desconto com o pagamento total da propina no ato da matrícula (U.
Atlântica e UAL, sendo que esta última está com uma campanha transversal a qualquer
aluno em que oferece 50% de desconto na propina).
63
Os valores disponíveis online são por unidade curricular.
45
Quanto ao nível de proficiência na língua portuguesa, duas IES não especificam
o nível (ISPA-IU e a U. Lusófona), duas mencionam o B1 (U. Atlântica e a U. Europeia) e
três o B2 (UAL, UCP e U. Lusíada). Contudo, a UAL e a U. Lusíada permitem a
candidatura com o B1, desde que o estudante realize um curso de português para
atingir o nível B2. A U. Lusíada refere ser obrigatório atingir o nível B2 para o estudante
poder transitar para o 2.º ano de licenciatura.
Quanto a formação complementar, não há programas específicos a referir, a
não ser que a UAL e a U. Lusíada possuem cursos de português para estrangeiros.
Por fim, é pertinente referir a estratégia de divulgação através do website
institucional: a) seis IES privadas têm uma estratégia de comunicação centralizada no
website da Universidade com a oferta letiva de todas as áreas e os valores de propina
diferenciados por curso, os procedimentos de candidatura, sobre formação
complementar, caso exista, e do nível de língua(s) exigido; somente a Universidade
Lusíada possui uma estratégia de comunicação descentralizada pelos três pólos
(Lisboa, Porto e Vila Nova de Famalicão); b) duas possuem link direto para o Estudante
Internacional na homepage (UCP e U. Lusófona); nas restantes cinco o acesso realiza-
se via separadores da homepage como, por exemplo, “Estudante” (U. Atlântica), “Área
do Candidato” (UAL, ISPA-IU), “Internacional” (U. Europeia), “Ingresso” (U. Lusíada).
Somente a UCP possui perfis diferenciados por Candidato Internacional,
designadamente Candidato Brasileiro, Candidato de outras nacionalidades e Candidato
da U.E. (esclarecendo que neste perfil não se aplica o EEI).
Na área dos conteúdos online do EI não são utilizados vídeos promocionais de
apresentação da instituição e da cidade onde a IES privada está localizada, nem vídeos
com testemunhos (só no site da U. Europeia foi encontrado um vídeo com testemunho
de um estudante estrangeiro mexicano). Quando existem vídeos institucionais, estes
estão na homepage da instituição como apresentação a todo o visitante (U. Lusófona,
UAL).
3.4 Posicionamento e segmentação
No que diz respeito ao posicionamento da unidade orgânica, FCSH/NOVA, esta
assume-se como a instituição de ensino superior em Portugal que agrega o ensino e a
46
investigação de ciências sociais e de ciências humanas, coexistência essa que permite
uma interdisciplinaridade invulgar no ensino universitário português. Outros dois
traços distintivos são: a cultura de escola em que a proximidade entre os estudantes e
os docentes é uma característica quase única no ensino superior nacional; e a
existência de uma forte massa crítica ao nível da investigação desenvolvida por 16
centros, destes quatro foram classificados com Excelente e oito com Muito Bom na
avaliação realizada em 2015 pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). O
posicionamento pode espelhar-se em síntese como: “Uma Faculdade interdisciplinar
que promove a construção do conhecimento em conjunto”.
A segmentação dos clientes pode ser realizada por variáveis sociodemográficas
e económicas, combinadas com variáveis psicográficas (desejos, personalidade,
necessidades, estilo de vida).
No mercado internacional, o segmento de potenciais alunos que os cursos de
licenciatura da FCSH/NOVA podem captar segundo a análise de consumidor realizada
(secção 3.3.4), possui as seguintes características:
� Indivíduos com domínio da língua portuguesa; maior predomínio de potenciais
clientes vindos dos países de língua oficial portuguesa;
� Habilitações: indivíduos detentores de diploma de término de ensino
secundário ou equivalente; ou indivíduos com grau de licenciatura realizada no
seu país de origem, com interesse em complementar/diversificar a sua
formação académica;
� Idade: ≥ 18 anos de ambos os sexos (idade de término do ensino secundário);
� Classes socioeconómicas: classes A (Muito Alta), B (Alta) e C1 (Média Alta);
� Situação profissional: não inseridos na vida ativa com total disponibilidade para
o ensino presencial;
� Indivíduos que valorizam e procuram a progressão e desenvolvimento
profissional através do aumento das qualificações académicas obtidas em
instituições de ensino superior estrangeiras, com maior prestígio e reconhecida
qualidade de ensino a nível internacional.
47
3.5 Marketing Mix
A análise que se segue dos quatro Ps do marketing (product/service, price,
place, promotion), procura igualmente refletir a passagem do marketing puramente
transacional para o marketing relacional, integrando na reflexão e abordagem os
quatro Cs do marketing (product/service - customer needs/wants; price - cost to
costumer; place – convenience; promotion – communication). A estes quatro Ps, visto
estarmos a analisar a área dos serviços, acrescentam-se outros três: processo
(process), pessoas (people) e evidências físicas (physical evidences).
3.5.1 Prestação de Serviço
No ponto 3.1.2 intitulado “Ensino conferente de grau – 1.º Ciclo (licenciaturas)”
apresentou-se a oferta dos 14 cursos de licenciatura que atualmente são oferecidos
pela FCSH/NOVA. Para além do serviço básico, o ensino em português destes cursos
conferentes de grau de licenciatura, organizados de acordo com o Processo de
Bolonha (cursos de licenciatura de três anos – 180 créditos ECTS64), os planos de
estudo estão construídos numa perspetiva multidisciplinar que permite complementar
a formação de base com outras possibilidades: a) unidades curriculares isoladas ou
organizadas em minors de outros departamentos da Faculdade, de outras faculdades
da NOVA ou de outras IES nacionais ou estrangeiras com as quais haja protocolo
(Erasmus+, bolsas Santander, Almeida Garret ou protocolos de intercâmbio); b)
voluntariado curricular; c) estágio curricular.
Do ponto de vista da análise dos níveis da oferta, há todo um conjunto de
condições esperadas que podem ser prestadas para além do nível básico do serviço, ou
desenvolvidas para responder aos desejos e superar as expetativas dos estudantes
(nível ampliado do serviço). Quando são acrescentados atributos inovadores que
demonstram evolução e diferenciação face aos concorrentes, a instituição está a
posicionar-se no nível potencial do serviço.65 De seguida, enumeram-se várias
valências e atividades desenvolvidas atualmente pela instituição e que poderão ser
alargadas aos estudantes internacionais ou repensadas para, de certa forma, os incluir.
64
ECTS - European Credit Transfer System. 65
Diagrama de Levitt, 1986, in Rodriguez, M. e Ferrante, R. A. J., 2000.
48
As UC são oferecidas essencialmente em português, mas existe oferta curricular
lecionada em inglês, programada por ano letivo (cerca de 25 UC distribuídas pelos três
ciclos de estudos).66
Ministrado em língua inglesa, existe ainda o programa “Language+Culture” com
seminários sobre história, cultura e língua portuguesa, prestado anualmente a cerca de
40 alunos dos EUA que frequentam a Faculdade ao abrigo da parceria com o Council
for International Educational Exchange (CIEE).67 A FCSH é a única instituição de ensino
superior portuguesa com um acordo com o CIEE, uma organização, fundada em 1947,
cujo objetivo é a promoção do intercâmbio de jovens universitários norte-americanos,
assegurando-lhes uma experiência cultural e de ensino enriquecedora.
A Faculdade possui ainda um curso de verão de língua e cultura portuguesas
para estrangeiros, organizado pelo Departamento de Linguística, lecionado no mês de
julho e com atividades culturais. Este Departamento é igualmente responsável por
cursos intensivos, cursos semestrais e aulas individuais.68
A Área de Serviço aos Alunos promove várias atividades de acolhimento aos
estudantes Erasmus que passam por um Welcome Meeting no início de cada semestre,
que consiste numa sessão de apresentação dos serviços da Faculdade, da Associação
de Estudantes e dos núcleos e atividades académicas. É organizado um jantar convívio
no espaço da cantina e oferecido um brinde a cada estudante com o logótipo impresso
(ex.: saco para livros, carregador portátil de baterias de telemóvel, etiqueta para mala
de viagem). Estas atividades de acolhimento podem ser alargadas para os estudantes
estrangeiros que entrem via EEI.
Os estudantes estrangeiros usufruem de alimentação a preços subsidiados nas
cantinas dos Serviços de Ação Social da NOVA (SASNOVA), bem como de acesso ao
alojamento em residências dos SASNOVA, mediante o número de vagas, e
possibilidade de participar nas atividades desportivas organizadas ao nível dos SAS. Os
estudantes que entrem via EEI têm acesso a estas condições.
66
In http://fcsh.unl.pt/internacionalizacao/formacao-internacional/english-curricula, 6 de novembro de 2015. 67
In http://fcsh.unl.pt/internacionalizacao/mobilidade/ciee-council-for-international-educational-exchange, 6 de novembro de 2015. 68
In http://www2.fcsh.unl.pt/clcp/, 6 de novembro de 2015.
49
A sala do centro de informática está aberta nos dias úteis das 9h às 22h e ao
sábado até às 18h, o que permite a realização de trabalhos e estudo nas instalações da
Faculdade em horário alargado. A biblioteca também tem um horário alargado em
período letivo das 8h30 até às 20h durante a semana e aos sábados das 9h30 às 15h.
Existem ainda cinco salas de estudantes distribuídas pelo campus com horário
alargado até às 18h aos sábados e a funcionar durante os dias úteis até às 00h00. Os
alunos podem contar ainda com parte do refeitório (Torre B, Piso 0) acessível entre as
15h00 até às 8h00 da manhã durante a semana, e até às 18h00 ao sábado.
Para além da associação de estudantes com os seus núcleos promotores de
várias iniciativas, existem ainda vários outros grupos que promovem atividades
extracurriculares como um grupo de teatro, de ambiente, de programação
cinematográfica, um grupo de debate, uma tuna, entre outros.69
3.5.2 Preço
A taxa de candidatura é de 70€ e pode ser paga via transferência bancária,
multibanco ou presencialmente na tesouraria em cheque ou numerário.
A propina dos cursos de licenciatura da FCSH/NOVA para o EI é de 3.000,00€70
por ano, enquanto que o valor anual dessa mesma propina para o aluno que ingressa
via concurso nacional de acesso é de 1.063,47€71, o que significa um aumento do valor
de propina anual na ordem dos 282%.
A FCSH/NOVA instituiu várias modalidade de pagamento da propina anual: a)
na totalidade no ato da inscrição; b) em duas prestações de 1.500€, uma no ato da
inscrição em setembro/outubro, outra até 30 de março do ano civil seguinte ao da
inscrição; c) em seis prestações de 500€ até 30 de abril do ano civil seguinte ao da
inscrição. Os estudantes terão ainda que pagar na inscrição o seguro escolar (2€) e
uma taxa de inscrição (35€).
O pagamento da propina é realizado nas caixas multibanco ou presencialmente
no serviço de Tesouraria. A gestão dos pagamentos das propinas e taxas adicionais é
69
In http://fcsh.unl.pt/associativismo-na-fcsh/associativismo-na-fcsh, 6 de novembro de 2015. 70
In Regulamento de propinas do ciclo de estudos conducente ao grau de licenciado (1.º Ciclo), Despacho n.º 32/2015, 16 de julho de 2015. 71
Idem.
50
feita através de consulta da secretaria virtual pelos alunos, disponível online na
intranet da FCSH/NOVA.
A FCSH/NOVA instituiu ainda um incentivo à candidatura através da redução da
propina anual em 1.000€ com base no desempenho académico ou da classificação de
término do ensino secundário ou equivalente, em vigor a partir do ano letivo 2015/16;
medida instituída para captar os melhores alunos estrangeiros finalistas do ensino
secundário ou equivalente e para promover a permanência dos melhores alunos
estrangeiros que entraram via EEI que já frequentem os cursos de licenciatura.
Contudo, este incentivo não é publicitado com destaque na página online do EI,
está somente referido no Edital de Abertura do Concurso (documento para download)
e a sua atribuição está sujeita aos seguintes critérios:
- até 50% do número de vagas fixadas para cada curso para os estudantes
internacionais; desta percentagem, 30% dos incentivos serão atribuídos a estudantes
dos PALOP e 20% a estudantes provenientes de outros países que se enquadrem na
figura do estudante internacional;
- depende da seriação dos candidatos a realizar pelo júri nomeado pelo
Conselho Científico da FCSH/NOVA e só incide nos candidatos que tenham comunicado
por e-mail ao Núcleo de Cooperação e Relações Internacionais (NCRI) o interesse no
incentivo;
- a manutenção do incentivo de redução da propina depende do
aproveitamento académico, o qual deve permitir que o aluno possa concluir o ciclo de
estudos dentro do período da sua duração normal.
Se na primeira fase de candidaturas, o número de estudantes objeto de
incentivos atribuídos corresponda a 50% do número de vagas fixadas para estudantes
internacionais para um dado curso, não há lugar a atribuição de incentivos na 2.ª e 3.ª
fase de candidaturas.
Em relação à propina anual dos outros cursos de licenciatura na área das
ciências sociais e humanas, oferecidos pelas universidades públicas via concurso do EI,
os dados foram já apresentados na secção “3.3.5 – Análise da Concorrência”. Em
síntese, quase todas as IES públicas (9 das 13 analisadas), possuem propinas superiores
à propina anual cobrada pela FCSH/NOVA (3.000€), à exceção de alguns cursos da
Universidade do Algarve (propina anual de 1.750€, mas aplica a outros o valor de
51
4.000€). As IES públicas da área de Lisboa, principais concorrentes da FCSH/NOVA,
praticam os seguintes valores: 3.500€ (ISCSP), 4.000€ (FLUL) e 5.500€ (ISCTE-IUL).
3.5.3 Distribuição e processo
A cadeia de distribuição define-se como B2C (Business to Consumer) ou de
vendas diretas, o produtor do serviço presta-o diretamente ao consumidor. Os cursos
de licenciatura são fornecidos pela FCSH/NOVA diretamente ao consumidor sem
qualquer mediação.
A FCSH/NOVA é a responsável pela prestação do ensino presencial, produção e
disponibilização de conteúdos na plataforma de campus virtual para apoio ao ensino
presencial e em regime de e-learning, bem como pela avaliação dos alunos, mas é
igualmente responsável pelo seguimento pedagógico e interação/tutorias (funções
adicionais). Uma vez inscritos, os alunos podem aceder à plataforma de gestão de
conteúdos Moodle72 quer via website, quer via intranet da FCSH. A plataforma
Moodle, software open source e de acesso gratuito é, assim, o LMS (Learning
Management System) escolhido pela instituição.
O website oficial73 é o local de publicitação dos cursos (objetivos e estrutura
curricular), os quais estão igualmente publicitados no website da Universidade NOVA
de Lisboa, em Guia de Cursos.74
O processo de candidatura aos cursos de licenciatura ao abrigo do concurso do
Estudante Internacional está descrito no website da Faculdade, no separador
Admissões75, na área Estudante Internacional (entrada permanente na homepage
através de botão). O concurso possui três fases de fevereiro a setembro e a
candidatura pode ser feita à distância através de preenchimento de formulário online
no portal de candidaturas. Os documentos necessários são: a) fotocópia do Cartão de
Identificação/Passaporte; b) documento comprovativo da conclusão do ensino
72
“A Moodle - Modular Object-Oriented Dynamic Learning - constitui uma Plataforma de e-Learning de acesso livre. Refere-se a um sistema virtual de gestão de aprendizagem que disponibiliza um conjunto de recursos variados tendo em vista proporcionar a criação de contextos electrónicos de aprendizagem, nomeadamente de natureza colaborativa. Foi criada em 2001 pelo educador e cientista computacional Martin Dougiamas e é atualmente uma das plataformas de e-Learning mais difundida e utilizada”, in website oficial da Universidade Aberta. 73
In www.fcsh.unl.pt, 6 de novembro de 2015. 74
In www.unl.pt/guia/2015, 6 de novembro de 2015. 75
In http://fcsh.unl.pt/internacional/admissoes, 6 de novembro de 2015.
52
secundário português ou equivalente ou documento comprovativo da conclusão do
Ensino Médio ou de outra habilitação de acesso ao ensino superior no país de origem,
validado pelas entidades oficiais (Ex.: Consulado de Portugal, no estrangeiro, ou
Direção-Geral do Ensino Superior, em Portugal); c) carta de intenções (em Português);
d) declaração de honra.
Está estabelecida uma prova de aferição do nível de proficiência em português,
escrita e/ou oral (nível mínimo de acesso: B2 do QECRL). As provas serão adaptadas às
condições particulares do estudante no momento da candidatura, nomeadamente
através de videoconferência.
Há candidatos que se encontram dispensados de realização destas provas: a)
candidatos que tenham concluído o ensino secundário/ou equivalente em países de
língua oficial portuguesa; b) candidatos que tenham concluído o ensino secundário ou
o equivalente em Portugal ou em escola que ministre o ensino em português no
estrangeiro; c) qualificação específica para ingresso no ensino superior, nas matérias
correspondentes às das provas de ingresso fixadas para a licenciatura a que se
candidata.
Os critérios de seriação passam pela classificação do ensino secundário no país
de origem, quando convertida para nota na escala de classificação portuguesa e a
avaliação da carta de intenções. O júri é nomeado pelo Conselho Científico da
Faculdade. A classificação de candidatura é composta por: 80% da classificação final do
ensino secundário — convertida proporcionalmente à escala de 0 a 200 sempre que
expressa em outras escalas —, 20% da valoração atribuída à carta de intenções.
No concurso para o ano letivo 2015/16, o n.º total de vagas foi de 149,
distribuídas na medida de 10% do numerus clausus para cada curso de licenciatura.
O NCRI é o serviço que presta um atendimento personalizado e apoio aos
candidatos, via e-mail específico ([email protected]) ou telefone direto.
53
3.5.4 Comunicação
Os dados recolhidos no inquérito RAIDES76 aos novos alunos da FCSH/NOVA
revelam que os alunos que se inscreveram no 1.º ano/1.ª vez nas licenciaturas no ano
letivo 2014/1577 indicam os antigos alunos e amigos (50,60%) como o meio mais
mencionado quando questionados sobre como tomaram conhecimento da oferta
formativa, seguido da família (21,60%), da publicidade online (21,20%) e das redes
sociais (19,64%)78. Quando o meio é a publicidade online, os anúncios no Facebook são
referidos por 11,93%, seguidos da página Fórum Estudante – Salão Virtual com 4,70% e
do Expresso online com 3,98%.79 Nas redes sociais, o Facebook destaca-se com 50%,
seguido do Youtube com 9,76%.80
Quanto à Internet como meio de tomar contacto com a instituição81, os 830
novos alunos de licenciatura, que preencheram o inquérito, referiram a utilização das
pesquisas no motor de busca Google (41,20%), o website da Faculdade (40,36%) e a
página da FCSH na wikipedia (6,02%).
A FCSH/NOVA assumiu essencialmente uma estratégia de marketing digital
para a promoção dos cursos de licenciatura e das candidaturas através do EEI, em 2014
e 2015. As ações de divulgação passaram pelos seguintes canais:
� Website – botão de entrada permanente na homepage intitulado “Estudante
Internacional” que dá acesso a várias páginas com informação sobre os cursos,
as condições de admissão, sobre Lisboa (com vídeos do Turismo de Lisboa),
visto e autorização de residência, seguro de saúde e existe ainda um separador
específico com informação para o estudante brasileiro (escrito em português
do Brasil e informação sobre a conversão da nota do ENEM – exame de término
do ensino secundário); a landing page desta área possui uma breve
apresentação da instituição, dois testemunhos de alunos estrangeiros, ligação a
76 Registo de Alunos Inscritos e Diplomados do Ensino Superior – é um inquérito que tem como
finalidade a recolha de informação estatística, de todos os inscritos e diplomados no ensino superior, no âmbito das atribuições desenvolvidas pela Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC). 77
830 inquéritos respondidos por alunos de licenciatura 1.º ano/1.ªvez. 78
Gráfico V – “Obteve Informação sobre a Faculdade através de?”, Inquérito RAIDES 2014/15. 79
Gráfico VI – “Como obteve informação: Publicidade Online”, Inquérito RAIDES 2014/15. 80
Gráfico VII - “Como obteve informação: Redes Sociais”, Inquérito RAIDES 2014/15. 81
Gráfico VIII – “Como obteve informação: Internet”, Inquérito RAIDES 2014/15.
54
factos e números, e um vídeo promocional com testemunhos de alunos
estrangeiros; nas fases de candidatura, o carrossel do site apresenta um banner
sobre o EI e o rodapé dos vídeos também dá destaque ao vídeo promocional;
os conteúdos estão disponibilizados em versão portuguesa e inglesa;
� Redes sociais82: campanhas de posts durante as três fases de candidaturas na
página oficial da Faculdade e anúncio pago na 1.ª fase de 19 de março a 9 de
abril de 2015 (20 dias) – 2.489 pessoas alcançadas (destas 1.613 do Brasil, 410
da Venezuela e 294 de Moçambique) e 2.089 cliques;
� Google AdWords: anúncio pago durante a 1.ª fase de 20 de março a 16 de abril
de 2015 (28 dias) com 3.066 cliques (2.198 – Brasil; 438 – Moçambique; 317 –
Angola);
� Website Reitoria: presença permanente no Guia de Cursos da NOVA -
homepage do website da Universidade NOVA de Lisboa (ambas disponíveis em
português e inglês); referência ao Estudante Internacional na página do
Candidato com o regulamento da FCSH/NOVA e das outras Unidades Orgânicas
(só pdf – não existiu link para as páginas das UOs relativas ao EI onde consta
informação mais detalhada sobre os cursos e processo de candidatura);
� Outros portais: Presença no Salão Virtual do website da Revista Fórum
Estudante e no portal europeu EUStudyPortal;
� Mailing: foi concebido um e-mail marketing para entidades externas chave (ex.:
embaixadas, associações, imprensa internacional e escolas secundárias
privadas dos países de língua oficial portuguesa) bem como para os alunos da
Faculdade com nacionalidade estrangeira, mas este envio não foi realizado por
não se ter concluído o levantamento dos contactos de e-mail. Foi contudo
enviado esse e-mail marketing aos docentes da Faculdade para terem
conhecimento do concurso a decorrer e com pedido para divulgarem nas suas
redes de contactos e a potenciais interessados.
82
Criação em maio de 2011 de presenças institucionais no Facebook (15.080 amigos – página institucional; 2.085 amigos – página institucional para novos alunos destinada a alunos do secundário e candidatos), Twitter (1.028 seguidores), LinkedIn (2.216 seguidores), Google + (350 seguidores) e YouTube (443 subscritores) - Dados nas redes sociais da FCSH/NOVA à data de 21 de setembro de 2015.
55
Outras ações promocionais a registar, prendem-se com a publicação de três
anúncios em imprensa escrita:
� Reportagem no jornal 24 Horas de Newark83, jornal da comunidade emigrante
portuguesa em Newark, New Jersey (EUA) e na revista Africa Today – de Angola
para o Mundo84, revista mensal bilingue, edição em português e em inglês,
aborda os principais temas da atualidade angolana (ambas presenças gratuitas,
através de envio de comunicado de imprensa);
� Publicação de anúncio pago, com espaço para reportagem sobre um projeto de
investigação na área dos transportes marítimos, na revista Mobilidade85 (versão
impressa e online) - Edição de maio/junho 2015, distribuída às autoridades e às
empresas dos PALOP´s – principalmente Angola e Moçambique (300
exemplares), nos aviões da TAAG – Linhas Aéreas de Angola (1.500
exemplares), assim como, em vários postos de vendas nos países referidos
(1.200 exemplares). A tiragem total é de 3.000 exemplares.
Por último, uma síntese do que consiste a estratégia de divulgação da NOVA,
que das 13 IES públicas analisadas é a única que não possui uma estratégia
centralizada de comunicação desta informação86. O website da universidade não
possui uma entrada direta para “Estudante Internacional”, está é feita via separador
da homepage “Candidato”. O conteúdo é breve e simples (breve apresentação da
definição do EI e remissão para os regulamentos de aplicação do EEI de cada UO (pdf);
sem links para as páginas institucionais das quatro UOs que implementaram o
concurso via EEI, não criando sinergias). Não possui informação centralizada portanto
do universo NOVA, não tem informação promocional da cidade, informações úteis
para o EI, não tem vídeos de divulgação, nem disponibiliza conteúdos por perfil. O
separador Internacional da homepage não tem referência ao EI.
83
In fcsh.unl.pt/media/clipping/fcsh-nova-no-24-horas-de-newark-eua/at_download/filePressClip , 21 de setembro de 2015. 84
In http://www.africatoday.co.ao/sociedade/licenciaturas-para-nao-residentes-em-portugal/, 21 de setembro de 2015. 85
In http://issuu.com/tlpe/docs/mobilidade_35/87?e=17549344/13868060, 21 de setembro de 2015. 86
Ver secção 3.3.5.1 – IES públicas, pág. 37.
56
3.5.5 Pessoas
Em 2013, a FCSH/NOVA contava com um universo de 433 trabalhadores87, 57%
do género feminino e 43% do género masculino.
Quanto às categorias profissionais “docente de carreira” e “docente
convidado”, estas representavam 63% do total dos trabalhadores, com um total de
181 e 92 docentes, respetivamente. A categoria “investigador” representava 6% do
total dos trabalhadores e as restantes categorias profissionais que constituem o grupo
de pessoal não docente da FCSH representavam 31% dos trabalhadores (133).
A esmagadora maioria de docentes é de nacionalidade portuguesa e leciona em
português. O departamento de Estudos Políticos possui dois docentes de carreira de
nacionalidade belga e italiana e o departamento de Línguas, Culturas e Literaturas
Modernas conta com 14 leitores. A estes juntam-se os docentes visitantes ao abrigo do
programa Erasmus, que nos últimos dois anos (2012/13 e 2013/14) se manteve em 31.
Os escalões etários mais representativos eram o dos 50-54 anos (18,1%),
seguindo-se o escalão dos 55-59 anos (17,67%) e o de 45-49 anos (14,22%). É de
salientar que, nestes três escalões etários, a contribuição da categoria profissional
docentes é sempre superior a 60%. Na categoria profissional “não docente”, o escalão
etário mais representativo era o de 55-59 anos com 21%, seguindo-se o escalão 30-34
com 17,7% e o escalão 45-49 com 14,6%.
Quanto aos níveis de escolaridade, num universo de 433 trabalhadores, mais
de metade (242 ou seja 54%) tinham o nível de escolaridade “doutoramento”. Para
esta estatística, a contribuição mais elevada é dada pela categoria profissional
“docentes” (88%) seguida pela categoria “investigadores” com um contributo de 11%.
O segundo nível de escolaridade mais representativo é o grau de licenciado (92
trabalhadores) que representavam 22% do total de trabalhadores. A categoria
profissional “não docentes” foi a que mais contribuiu para a estatística anterior (54%).
O nível de escolaridade “mestrado” foi o terceiro mais representativo (um total de 60
trabalhadores com este grau de habilitações) sendo a categoria “docentes” a que tinha
maior representatividade (73%). Os níveis de escolaridade mais baixos (4 e 6 anos) são
87
Os dados apresentados foram retirados da “Análise do Balanço Social de 2013”.
57
os menos representativos face à população em análise (sete trabalhadores das
categorias profissionais “avenças” e “não docentes”) e representavam 1% dos
trabalhadores.
Relativamente à antiguidade, a maior concentração de trabalhadores verifica-
se no escalão de antiguidade “até 5 anos” com 133 trabalhadores (31,3%). Para este
valor contribuem em 64% os docentes e em 19% os investigadores.
O escalão de antiguidade em que ocorre a segunda maior concentração de
trabalhadores é o de 20-24 anos de antiguidade com 57 trabalhadores (13,4%). Para
este valor contribuem em 79% os docentes. O escalão de antiguidade 25-29 anos
apresenta a terceira maior concentração de trabalhadores e representa 12,2% do total
dos trabalhadores. Também neste escalão de antiguidade a maior contribuição é dada
pela categoria profissional “docentes”.
A categoria profissional “não docentes” tem uma representatividade muito
homogénea em todos os escalões de antiguidade com exceção dos escalões de até 5
anos e 5-9 anos que concentram 44% do total desta categoria profissional.
A FCSH/NOVA tem um Sistema de Garantia da Qualidade de Ensino, promovido
pela Reitoria para todos os ciclos de estudo das Unidades Orgânicas88, desde
2011/2012 para os cursos de licenciatura e mestrado, cujo objetivo é o de monitorizar
o funcionamento pedagógico das disciplinas e promover a melhoria dos processos de
ensino-aprendizagem (objetivos, aulas, tutorias, conteúdos e bibliografia
disponibilizados). O sistema prevê o preenchimento de um questionário por parte dos
alunos em regime de anonimato no final de cada semestre letivo. O questionário,
disponível online, passou a ser obrigatório em 2014 (do seu preenchimento depende o
acesso à secretaria virtual por parte dos alunos).89
A instituição não possui um sistema de gestão de qualidade para os serviços, o
que poderia contribuir para uma maior eficiência e organização. Contudo, desde 2011,
existe a preocupação de ter canais abertos à apresentação de reclamações e
88
Inhttp://www.unl.pt/pt/universidade/Sistema_de_Garantia_da_Qualidade_do_Ensino_da_NOVA/pid=358/ppid=97/, 9 de novembro de 2015. 89
In Despacho 50/2014 da FCSH/NOVA
58
sugestões, quer por via de um formulário eletrónico90 com link direto na homepage do
website quer pela disponibilização de pontos de recolha de questionários à qualidade
do serviço prestado em 13 serviços com atendimento ao público.
3.5.6 Physical Evidence
A FCSH/NOVA possui uma comunidade de alunos na ordem dos 5.154, 305
docentes e 99 colaboradores não docentes. O campus está claramente
subdimensionado para esta população e a Universidade planeia a construção de novas
instalações próximo do campus de Campolide (Lisboa) onde se situam três outras
unidades orgânicas, bem como o edifício da Reitoria.
O atual campus não foi construído de raiz como um projeto de arquitetura
único com a finalidade de espaço de ensino. Dos cinco edifícios, só dois foram
construídos com essa finalidade (a Torre A em 1986 e a Torre B em 1995) e os três
restantes foram integrados na instituição a partir de instalações do exército português.
A imagem que transparece não é de coesão na traça de arquitetura e os edifícios mais
antigos apresentam sinais mais evidentes de degradação das fachadas e paredes; os
vários espaços como salas de aulas (60), anfiteatros (6) e casas de banho são
antiquados e com necessidade de remodelação.
Os equipamentos informáticos, de ar condicionado, condutas de ar, estores das
salas de aula, a maior parte do mobiliário como mesas e cadeiras, e os placards são
antiquados, por vezes danificados, não conferindo aos espaços uma imagem moderna,
apelativa e acolhedora, como ambiciona a Direção da FCSH/NOVA.
O espaço da biblioteca não é o adequado para disponibilizar o espólio existente
e com frequência os alunos têm que esperar que o livro requisitado seja levantado das
salas de arquivo nos pisos subterrâneos. Há poucas mesas de trabalho, cacifos e
computadores neste espaço. Existem seis salas de informática e seis salas de alunos
que foram melhoradas mas não possuem uma imagem moderna e acolhedora. A
Faculdade dispõe ainda de um estúdio de televisão, uma mediateca e uma mapoteca,
seis laboratórios e um centro de documentação com as bibliotecas dos vários centros
de investigação. Em 2013, foi disponibilizado um espaço para incubação de empresas e
90
In http://www.fcsh.unl.pt/sugestoes-reclamacoes/, 9 de novembro de 2015.
59
em 2014, foi criado o Centro de Inovação e afeto um espaço pertencente à cantina,
que foi remodelado e decorado de forma jovem e funcional, para reunião das equipas
com projetos de constituição de start-ups.
No campus, a sinalética é muito deficiente. Não existe um mapa do campus na
entrada principal a indicar os vários edifícios e na Torre B as poucas placas de
sinalética, do projeto original, estão desactualizadas e danificadas, não existindo em
todo o campus indicações em língua inglesa.
Existe um grande pátio exterior que liga os vários edifícios, com área para
esplanada, e um pequeno anfiteatro, mas os espaços ajardinados não estão bem
cuidados. Recentemente, em setembro de 2015, abriu um novo espaço de restauração
no exterior com uma decoração jovial e original. Existe ainda uma loja do Banco
Santander Totta.
O muro que serve de principal fachada da instituição para a via pública é
facilmente associado a uma instituição militar ou quartel, conferindo uma imagem fria
e esteticamente agressiva. Por vezes é vandalizado com grafitis e cartazes
publicitários, apesar dos esforços da instituição em mantê-lo pintado e cuidado. Em
2014, a parede da Torre B exposta para a via pública foi alvo de um trabalho de arte
urbana por parte dos Underdogs com a colaboração de Vhils, parceria promovida por
um centro de investigação, o Instituto de História Contemporânea. O mural alusivo à
Revolução do 25 de Abril, representa o capitão Salgueiro Maia, e tem conferido
visibilidade à instituição através de várias presenças na imprensa nacional e
internacional.91 Ainda em 2014 foi colocada uma tela na fachada exterior da Torre B,
com o logótipo da instituição e o slogan “Pensar em Liberdade” no âmbito das
comemorações dos 40 anos do 25 de Abril.
As evidências físicas afetam a perceção da qualidade do serviço prestado na
instituição. A Fórum Estudante realizou em 2012 um inquérito aos alunos do ensino
91
Referências às reportagens na Visão, Público, GloboNews - “Muro da FCSH/NOVA comemora revolução”, http://www.fcsh.unl.pt/media/noticias/muro-da-fcsh-nova-comemora-revolucao, 6 de novembro de 2015; “Europe’s Best Street Art Uncovered”, Huffington Post, 21/09/2015, http://www.huffingtonpost.com/trip4real/europes-best-street-art-uncovered_b_8159278.html , 6 de novembro de 2015.
60
secundário e as instalações das IES foram classificadas em 3.º lugar como elemento a
que conferiam importância na decisão da escolha e candidatura a uma universidade92.
A passagem para um novo edifício, moderno e acolhedor, bem equipado, e com
espaços exteriores agradáveis para o convívio dos alunos e docentes, seria promotor
de melhor imagem externa e de captação de novos alunos.
3.6 Análise SWOT
ANÁLISE DOS RECURSOS INTERNOS
Pontos fortes
� Corpo docente de carreira estável (181 docentes) versus corpo docente
convidado (92 docentes que representavam em 2013 só 32,5% do total dos docentes)
e elevada qualificação do corpo docente (213 são doutorados, ou seja 88% de um
universo de 242 trabalhadores com o grau de doutoramento, no qual se incluem
também os investigadores) – ver secção 3.5.5 Pessoas;
� Prestígio e notoriedade (universidade reconhecida nos principais
rankings internacionais – ver secção 3.3.1 Setor de atividade);
� Diversidade de oferta curricular e inovação pedagógica (cursos de
mestrado e de pós-graduação em e-learning, oferta de formação ao longo da vida –
cursos livres, de línguas, escola de verão – oferta de cursos de português para
estrangeiros, curso de preparação para Maiores de 23, formação em inglês para os
alunos dos EUA que frequentam a FCSH/NOVA ao abrigo do acordo com o CIEE);
� Construção contínua de atividades promotoras de um clima
organizacional positivo e aberto – organização da receção aos alunos estrangeiros
Erasmus / construção de clima positivo (receção – welcome meeting, oferta de brinde,
organização de jantar).
Pontos fracos
� Capacidade limitada das instalações e deterioração dos edifícios;
equipamentos antiquados; espaços pouco cuidados e apelativos; falta de sinalética
clara e moderna e só em português – necessidade de ser bilingue;
92
Dados apresentados no II Encontro de Gabinetes de Comunicação de Universidades e Politécnicos, organizado pela revista Fórum Estudante, novembro de 2013.
61
� Idioma dos cursos limitado ao português (oferta de unidades
curriculares em inglês é ainda reduzida);
� Concorrência de 12 universidades nacionais públicas com oferta de
cursos na área das ciências sociais e humanas; dessas duas são universidades
localizadas também em Lisboa, a saber o ISCTE-IUL e ULisboa (fusão da Universidade
de Lisboa com a Universidade Técnica de Lisboa em 2013/14 cria uma entidade de
referência internacional com duas instituições concorrentes – ISCSP e Faculdade de
Letras) – ver secção 3.3.5.1 – IES Públicas;
� Concorrência de oito universidades nacionais privadas com oferta de
cursos na área das ciências sociais e humanas (sete estão localizadas em Lisboa ou
possuem pólos na cidade) - ver secção 3.3.5.2 – IES Privadas;
� Propina praticada para o EI mais baixa do que as praticadas pelos
concorrentes na área da grande Lisboa, quer por parte das IES públicas quer privadas.
ANÁLISE DO MEIO ENVOLVENTE
Oportunidades
� Desenvolvimento de países emergentes de língua oficial portuguesa
(Brasil, Angola) e interesse crescente na língua portuguesa como língua estrangeira
(nomeadamente na China) – novos mercados com potencial de procura;
� Crescimento do terceiro setor enquanto empregador e setor
económico;
� Aumento do acesso generalizado à Internet e o uso de novas
tecnologias de informação e comunicação (TIC) proporcionam o acesso a novos
mercados-alvo para recrutamento de candidatos;
� Estabelecimento de parcerias com instituições de renome internacional.
Ameaças
� Envelhecimento da população;
� Desinvestimento público na Educação;
� Conjuntura de crise económica nacional e internacional (com aumento
do custo de vida, do desemprego e diminuição do poder de compra - as dificuldades
62
económicas das famílias e dos indivíduos dificultam o ingresso no ensino superior e o
investimento em formação pós-graduada);
� Mercado de trabalho saturado e tecido empresarial em contração.
4. Objetivos estratégicos
Após a análise SWOT, podem-se definir dois objetivos estratégicos
quantitativos e um qualitativo, apresentados de forma hierárquica e que irão nortear
o programa de ação:
1. Aumentar o número de estudantes estrangeiros que ingressam na Faculdade
via EEI (cursos de licenciatura) para contribuir para o aumento das receitas
próprias através das propinas;
2. Oferecer cursos de formação complementar (cursos de português e outros) que
diferenciem o serviço da Faculdade da forte concorrência existente, formação
essa que contribuirá igualmente para o aumento das receitas próprias através
das taxas de inscrição;
3. Aumentar a notoriedade e melhorar a reputação junto do público estrangeiro
dos países da CPLP, com especial enfoque no público definido na segmentação
(secção 3.4).
5. Programa de ação
A transformação dos objetivos estratégicos em metas mensuráveis facilita o
planeamento do programa de ação e a sua consequente monitorização:
Objetivo 1 – Aumento do número de Estudantes Internacionais: a meta
proposta para 2016/17 é um aumento de 50% de candidatos (total de 42
candidatos, ou seja, mais 14 candidatos em relação ao n.º de 2015/16 que registou
28 candidatos;
Objetivo 2 – Oferta de cursos de formação complementar para os
Estudantes Internacionais: a meta proposta para 2016/17 é a da inscrição de um
terço dos EI que estiverem a frequentar cursos de licenciatura na FCSH/NOVA;
63
Objetivo 3 – Aumentar a notoriedade junto do público estrangeiro:
medição do número de visitas por utilizadores estrangeiros, segmentados por país,
ao website e conteúdos relacionados com o EI, bem como aos anúncios realizados
online nos motores de busca e redes sociais (comparar o crescimento a registar no
ano letivo 2015/16 com o ano letivo 2014/15); medição do número de
contactos/solicitação de informações (e-mail, telefone e Skype) realizados ao NCRI
(comparar o crescimento a registar no ano letivo 2015/16 com o ano letivo
2014/15).
De seguida, apresenta-se uma proposta de programa de ação para decorrer no
primeiro semestre de 2016, quer ao nível da FCSH/NOVA quer ao nível da Reitoria da
NOVA, para atingir os objetivos estratégicos. As ações resultam da reflexão sobre as
análises efetuadas, principalmente a análise da concorrência, marketing mix e análise
SWOT, e tendo subjacente os mecanismos de incentivo à inscrição de EI93 e o n.º
máximo de vagas94 estipulados no Despacho da DGES para o ano 2015/1695.
Categoria Processo – Ação 1: Fases de Candidatura
A FCSH/NOVA deveria equacionar implementar uma fase de candidaturas de
outubro a dezembro, com resultados a publicar em janeiro, de modo a conseguir
captar os alunos estrangeiros, nomeadamente os brasileiros, que terminam o ensino
secundário no último trimestre do ano civil e que se pretenderem estudar em Portugal
terão que esperar, na maioria das universidades portuguesas, mais um semestre. A UBI
e a U. Coimbra já implementaram uma fase no mês de dezembro para possibilitar a
seleção de candidatos para o ano letivo seguinte (ex.: em dezembro de 2015, os
estudantes candidatam-se ao ano letivo 2016/17). A UBI disponibiliza um Ano Zero até
ao início do novo ano letivo e a U. Coimbra disponibiliza o curso de português anual.
93
Propina inferior ao valor fixado como propina do EI, igual ou superior ao valor máximo estabelecido pela lei para cursos de licenciatura; o n.º de EI abrangidos não pode ser superior a 50% das vagas fixadas para EI para esses cursos. 94
20% do n.º de vagas aberto no âmbito do regime geral de acesso. 95 Despacho 3152/2015 da Direção Geral do Ensino Superior, de 27 de março de 2015.
64
Calendarização: anunciar a 4.ª fase com a divulgação das fases de candidatura
em fevereiro de 2016.
Responsáveis: Diretor e Júri de Seleção dos candidatos.
Categoria Serviço – Ação 1: Língua de lecionação
A FCSH/NOVA deveria equacionar alterar no regulamento o nível B2 do QECRL
relativo ao português como requisito obrigatório para nível B1 a candidatos do 1.º ano,
que só transitariam para o 2.º ano dos cursos de licenciatura se obtivessem o grau B2.
Esta alteração teria impacto a partir do ano letivo 2016/17.
Apesar de existir alguma oferta de UC em língua inglesa, os docentes na sua
maioria não têm competência para lecionar em língua inglesa. Este ponto fraco,
identificado na SWOT, condicionou o segmento do recrutamento que está assim
restrito a estudantes com bom domínio do português, na sua maioria provenientes da
CPLP. Num cenário a médio prazo, a opção por este segmento converte uma fraqueza
num ponto forte.
Para se conseguir alargar o universo do recrutamento, o corpo docente deveria
estar qualificado para lecionar em inglês, cenário que já é uma realidade em UOs como
por exemplo a Faculdade de Economia e a Faculdade de Direito da NOVA. Num cenário
a longo prazo, o regulamento deveria possibilitar candidaturas de EI com o nível B2
de português ou de inglês, de modo a se conseguir abranger outros países e
comunidades que não as de língua portuguesa, abrindo a exceção de aceitar
candidaturas de estudantes com o B1 de uma destas línguas se se comprometessem a
adquirir o nível B2 durante o 1.º ano da licenciatura.
Calendarização: Alteração do regulamento deveria decorrer no 1.º semestre de
2016 para ser aplicado o regulamento do EI com a alteração no ano letivo 2016/17.
Responsáveis: Diretor e Júri de Seleção dos candidatos.
Categoria Serviço – Ação 2: Curso de português para estrangeiros
Uma vez que existe já oferta de cursos de português para estrangeiros na
FCSH/NOVA, uma das iniciativas a implementar seria a disponibilização de um curso
65
anual intensivo para os EI, mediante um pagamento adicional a estipular96 (ex.: a U.
Coimbra disponibiliza um curso anual de língua portuguesa, de setembro a maio,
cobrando por semestre uma propina de 750€ e uma taxa de inscrição de 20€).
Consistiria numa fonte de rendimento adicional, quer para os alunos estrangeiros
inscritos na FCSH/NOVA quer para os provenientes das outras UOs da NOVA. Seria
importante que esta informação sobre o curso e a sua promoção constasse do website
da Reitoria da NOVA e nos websites das outras UOs, nas página de divulgação do EEI.
No cenário a longo prazo apresentado na Ação 1, relativamente a se aceitar
estudantes com nível B1 de inglês, e uma vez que o ILNOVA – Instituto de Línguas da
NOVA, sediado no campus da FCSH/NOVA, leciona cursos de inglês seria de aplicar a
mesma estratégia que para o curso de português. Assim, poderia estipular-se uma
propina diferenciada e promover o curso no website da Reitoria e das várias UOs.
Calendarização: Curso a disponibilizar a partir de setembro de 2016 (início do
ano letivo 2016/17).
Responsáveis: Diretor, Júri de Seleção e Departamento de Linguística
responsável pela lecionação dos cursos de português para estrangeiros.
Categoria Serviço – Ação 3: Propina, taxa de candidatura e mecanismos de
incentivos
O valor da propina anual praticada pela FCSH/NOVA é em geral o mais baixo em
relação à concorrência. Um preço baixo pode criar no potencial candidato a perceção
de qualidade de ensino inferior e assim ter uma influência negativa na atração de EI.
Há que equacionar internamente a subida do valor da propina anual situada nos
3.000€.
Quase todas as IES públicas (9) possuem propinas superiores desde 3.500€ a
7.000€ e as IES privadas (6) desde 4.161€ e 4.500€. As IES públicas da área de Lisboa,
praticam os seguintes valores de propina anual para o EI: 3.500€ (ISCSP), 4.000€ (FLUL)
e 5.500€ (ISCTE-IUL). Seria de implementar um valor para a FCSH/NOVA que se
96
No ponto 3.3.5 Análise da Concorrência, oito IES públicas disponibilizam cursos de português com custo adicional e duas cursos de inglês (U. Açores e U. Algarve).
66
situasse na média dos concorrentes em Lisboa, ou seja, uma propina anual entre os
4.000€ e os 4.500€, subida essa aliada a uma divulgação de incentivos ou descontos
como os praticados pela U. Porto que reduz em 50% o valor da propina (4.000€) a
candidatos dos PALOPS97, a U. Atlântica pratica desconto de 3,5% se for efetuado o
pagamento total da propina no ato da matrícula e a UAL oferece 50% de desconto na
propina.
Atualmente, a FCSH/NOVA já possui um mecanismo de incentivo à candidatura
através da redução da propina anual em 1.000€ com base no desempenho académico
ou da classificação de término do ensino secundário ou equivalente, em vigor a partir
do ano letivo 2015/16. Sugere-se que este incentivo, aliado ao aumento do valor da
propina, passe a ser publicitado com destaque na página online do EI.
Relativamente à taxa de candidatura, a informação disponível online das IES
públicas demonstra um intervalo dos 20€ (Universidade da Madeira) aos 100€
(Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas - ISCSP – UL e Faculdade de Letras da
Universidade do Porto - FLUP). Os outros dois concorrentes em Lisboa, cobram 65€
(ISCTE) e 60€ (FLUL – ULisboa). Quanto às IES privadas a taxa de candidatura varia
entre 50€ (ISPA-IU) e 200€ (U. Atlântica, UCP e U. Lusíada). De referir ainda outro tipo
de estratégia, a da candidatura gratuita, seguida por duas universidades (U. Algarve e
U. Lusófona). No caso da FCSH/NOVA, o valor cobrado é de 70€, valor que se situa
entre os 60€ e os 100€ cobrados pelas IES públicas localizadas em Lisboa. Será um
valor a manter ou a instituição poderia optar por uma subida significativa da propina
anual com o incentivo da candidatura gratuita.
Por último, sugere-se que a NOVA equacionasse como universidade no seu
todo se teria condições para oferecer e divulgar um pacote com alojamento em
residências (quarto duplo) e alimentação (três refeições por dia), tal como a UBI
publicita (pratica uma propina anual de 5.000€, mas o EI poderá optar por este pacote
pagando 7.500€ anuais).
97
O n.º de EI abrangidos não pode ser superior a 50% das vagas fixadas para EI para esses cursos.
67
Calendarização: Alteração do regulamento da Faculdade deveria decorrer de
janeiro a junho 2016 para ser aplicado o regulamento do EI com a alteração no ano
letivo 2016/17; o pacote de propina com alojamento e alimentação deveria ser
implementado durante o 1.º trimestre de 2016, para poder ser publicitado no maior
número de fases de candidatura e ser aplicado no início do ano letivo 2016/17.
Responsáveis: Regulamento da Faculdade - Diretor; Pacote de propina com
alojamento e alimentação - Reitor da NOVA e Administração dos SASNOVA.
Categoria Serviço – Ação 4: Formação (Semestre Zero)
Como referido no ponto 3.3.5 Análise da Concorrência, a maior parte das IES
disponibiliza cursos de língua portuguesa ou inglesa aos EI que foram selecionados,
mas foram identificadas três que vão mais além e que organizam formação a que
intitulam de Ano Zero (UBI98 e UTAD99) ou “Curso de Preparação para o Acesso ao
Ensino Superior de Estudantes Internacionais” (U. Minho100).
Seria de considerar na FCSH/NOVA uma iniciativa semelhante com cursos
organizados por módulos, a decorrer durante todo um ano letivo ou de fevereiro a
julho/agosto, iniciativa esta orientada para poder reter os candidatos que se
inscrevessem na 4.ª fase de candidaturas de outubro a dezembro (com resultados a
publicar em janeiro) e para futuros candidatos. Estes módulos poderiam estar abertos
à inscrição de estudantes estrangeiros ou EI das outras Unidades Orgânicas e estar
divulgado no website da Reitoria, na área do Estudante Internacional.
98 Na UBI, o Ano Zero tem por objetivos um primeiro contacto com o ensino superior português e
preparar os estudantes para os exames nacionais de acesso ao Ensino Superior (Matemática A e/ou Física e Química A). Estes estudantes deverão candidatar-se ao concurso para Estudantes Internacionais, sendo-lhes creditadas as unidades curriculares (UCs) às quais obtiveram aprovação no Ano Zero (à exceção das UCs de Matemática e Física/Química por não terem correspondência e por se tratar de um curso preparatório). Decorre durante 10 meses e com um custo de 75€ por mês. 99 Na UTAD, o Ano Zero possibilita a frequência de UCs de cursos de 1.º e 2.º ciclo e disponibiliza
igualmente cursos de português para estrangeiros de quatro níveis (Level A.1; Level A.2; Level B.1; Level B.2). 100 Na U. Minho, a apresentação do curso é muito geral e refere que visa proporcionar aos estudantes
internacionais as ferramentas e os conhecimentos específicos necessários para o ingresso num curso de licenciatura ou de mestrado integrado da U. Minho e apoiar na reorientação vocacional. As candidaturas decorrem no verão (27 de julho a 28 de agosto).
68
O “Semestre Zero” poderia integrar vários cursos de curta duração que o EI
escolheria consoante o interesse, com um custo adicional estipulado por curso ou
packs de cursos: a) curso de língua e cultura portuguesas concebido a partir da oferta
já existente ou recorrendo aos que já são oferecidos na Faculdade; b) Curso Livre de
Leitura e Produção de Textos Académicos e Científicos101, curso de formação já
existente e direcionado para os candidatos Maiores de 23 e que poderia ser adaptado
aos EI; c) um pack de seminários de história, história da arte, ciência política e outras
temáticas à semelhança das que já são providenciadas na oferta aos alunos dos EUA
que frequentam o programa do CIEE na Faculdade; d) curso de formação já existente e
prestado pela Divisão de Bibliotecas e Documentação (DBD) da Faculdade sobre os
recursos disponibilizados, as bases de dados bibliográficas e técnicas de acesso à
informação; e) cursos da Escola de Verão que decorrem de julho a setembro; f)
possibilitar a frequência de Unidades Curriculares dos cursos de licenciatura a que os EI
se candidataram ou pretendem vir a candidatar-se.
Este tipo de iniciativa gera valor acrescentado, uma vez que valoriza o serviço e
diferencia a oferta face à forte concorrência identificada como ponto fraco na análise
SWOT.
Calendarização: Preparação durante o primeiro semestre de 2016 de modo a
ser anunciado no maior número de fases de candidatura do EI (entrada em
funcionamento no 2.º semestre do ano letivo 2016/17 - fevereiro a julho).
Responsáveis: Departamento de Linguística (curso de português e Maiores de
23), outros departamentos que sejam responsáveis pelos seminários a identificar, DBD
e Escola de Verão.
Categoria Serviço – Ação 5: Sinalética no campus
Propõe-se a implementação de nova sinalética no campus, com um design
moderno e designações dos espaços e serviços em português e inglês. Uma vez que as
instalações foram identificadas como ponto fraco, esta ação é um passo na
101
Curso de 18h, 9 sessões, cujos objetivos são: desenvolver capacidades de expressão oral e escrita; agilizar tarefas de leitura em contexto académico; produzir textos escritos adequados ao contexto do ensino universitário e reconhecer diferentes formatos de texto académico e científico.
69
modernização das mesmas e um importante apoio na orientação e reconhecimento
dos espaços para um público estrangeiro.
Calendarização: 1º semestre de 2016.
Responsáveis: Núcleo de Marketing e Comunicação (NMC).
Categoria Comunicação | Universidade (Reitoria) – Ação 1: Website
Um estudante estrangeiro quando pesquisa na Internet uma universidade fá-lo
pelo nome da instituição e raramente pelo nome da escola ou faculdade. Nos rankings
internacionais das universidades também é o nome da universidade que consta e só
em casos muito específicos os das suas escolas. De modo a impulsionar a captação de
estudantes internacionais para todas as UOs da NOVA, o website da Universidade
NOVA de Lisboa é um instrumento crucial e atualmente não está a ser devidamente
aproveitado.
Sugere-se a implementação de uma estratégia de comunicação centralizada, tal
como existe em todas as IES públicas e privadas analisadas. Seguindo esta diretriz,
seria importante equacionar a implementação das seguintes medidas ao nível da
Reitoria da NOVA:
a) Website www.unl.pt
1. Entrada direta a partir da homepage para uma página própria do “Estudante
Internacional” de modo a criar visibilidade; colocar igualmente links para a página
do Estudante Internacional” nos atuais separadores “Internacional” e
“Candidatos” para criar sinergias e aumentar o número de visitas;
2. A página do Estudante Internacional deveria disponibilizar um menu com os
seguintes separadores: a) Apresentação da universidade (factos e números,
rankings, história, ligações para as UOs); b) Condições de candidatura (centralizar
informação sobre os cursos de todas as áreas científicas, vagas, propinas,
regulamentos e contactos de cada UO para esta temática, bem como redes sociais
(importante passar a colocar posts nas redes da Universidade sobre o EI durante o
período em que decorrem as candidaturas nas várias UOs); remeter para links nos
websites das UOs para outras informações relevantes do processo de candidatura
70
como fases de candidatura, documentos, provas, nível de língua, taxas de
candidatura e de inscrição, mecanismos de incentivo como descontos que podem
variar consoante a UO; c) Viver em Lisboa ; d) Perguntas Frequentes (custo de
vida, alojamento, vistos e autorização de residência, seguro de saúde, serviços de
assistência médica, informações sobre os SASNOVA, Desporto na NOVA e outras
atividades); e) Bolsas; f) Vídeos & Testemunhos (vídeo sobre Portugal e sobre
Lisboa do website do Turismo de Portugal; vídeo promocional da Universidade
(em português e legendado em inglês, com imagens dos campi) e pequenos vídeos
com testemunhos de estudantes estrangeiros de várias nacionalidades e de vários
cursos; g) Perfis para Estudante Brasileiro (em português do Brasil e com
informações sobre a aceitação do ENEM e a conversão da nota), para Estudante
Chinês, para Estudante PALOP, para Estudante de Outros Países (este perfil estaria
em inglês e em castelhano); h) Curso de Língua e Cultura Portuguesa (com link
para a página específica no website da FCSH/NOVA) e eventualmente para cursos
de inglês do ILNOVA, se esta língua for contemplada no processo de seleção das
outras UOs).
3. Algumas universidades criaram slogans para o Estudante Internacional com
imagem associada e traduzidos nas várias línguas (ex.: U. Aveiro – “Eu escolho o
mundo! UA Internacional”, “Yo elijo el mundo! UA Internacional”, “I choose the
world! International UA”; U. Coimbra – “Universidade de Coimbra: a escolha
inteligente para uma carreira académica internacional”).
Calendarização: 1.º semestre de 2016.
Responsáveis: Grupo de trabalho que envolveria os serviços de Comunicação e de
Relações Internacionais da Reitoria e os serviços de Comunicação, Recrutamento e
de Relações Internacionais das UOs.
Categoria Comunicação | Universidade (Reitoria) – Ação 2: Ações
promocionais
1. O slogan para o EI e a imagem associada poderiam ser utilizados em anúncios
pagos no Facebook e no Google Adwords com remissão para esta página do
Estudante Internacional no website da NOVA;
71
2. Envio de e-mail marketing para escolas portuguesas no mundo e para os
leitorados;
3. Considerar a participação numa ou mais feiras de ensino internacionais,
nomeadamente no Brasil;
4. Considerar a criação de um Facebook da comunidade de estudantes internacionais
da NOVA, dinamizado pelos próprios estudantes102.
Calendarização: 1.º semestre de 2016.
Responsáveis: Grupo de trabalho que envolveria os serviços de Comunicação e de
Relações Internacionais da Reitoria e os serviços de Comunicação, Recrutamento e
de Relações Internacionais das UOs.
Categoria Comunicação | FCSH/NOVA – Ação 1: Marca NOVA – estratégia de
rebranding
Após a implementação da estratégia de branding em 2013 da universidade, que
substituiu a sigla UNL pela marca NOVA nas ações de marketing e comunicação
institucional da universidade, três UOs alteraram os logótipos e/ou designações para
incorporar a marca NOVA (NOVASBE, NOVA Medical School, NOVA IMS)103. Se a
FCSH/NOVA implementasse uma estratégia de rebranding com alteração da
designação e do logótipo para incorporar a marca NOVA, usufruiria de uma
identificação clara com a universidade quer ao nível nacional quer internacional, o que
contribuiria igualmente para melhorar a taxa de sucesso e reconhecimento nas
pesquisas por futuros candidatos estrangeiros e nas ações promocionais externas.
Calendarização: 1.º semestre de 2016.
Responsáveis: Diretor e subdiretora-adjunta para a comunicação; Divisão de
Relações Externas, Comunicação e Sistemas de Informação (DRECSI) e o seu Núcleo de
Marketing e Comunicação (NMC).
102
À luz do exemplo da UBI com blogue próprio e página de Facebook para os estudantes brasileiros que escolhem esta universidade para estudar: http://brasileirosnacovilha.blogspot.pt/ & https://www.facebook.com/brasileirosnacovilha , 15 de novembro de 2015. 103
A NOVASBE – School of Business and Economics corresponde à Faculdade de Economia, a NOVA
Medical School à Faculdade de Ciências Médicas, a NOVA IMS Information Management School ao ISEGI – Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação, a NOVA Direito à Faculdade de Direito.
72
Categoria Comunicação | FCSH/NOVA – Ação 2: Website
1. Criação de uma página por curso de licenciatura com URL no website da
FCSH/NOVA (atualmente cada curso é remetido para o website Guia da UNL, o
que faz com que o visitante saia do website da Faculdade); é relevante a
participação dos docentes coordenadores do curso e do departamento nesta
reformulação de conteúdos;
2. Melhoria das páginas com os conteúdos do EI de forma a ficarem mais apelativas
com botões, nova imagens e fotografias, vídeos e menos texto;
3. Criação de um novo separador nos conteúdos do EI com informação sobre o
posicionamento da NOVA nos rankings internacionais;
4. Criação de um novo separador com “Perguntas frequentes”;
5. Tradução dos conteúdos do EI para espanhol e mandarim à luz do que acontece
com várias universidades portuguesas como a UBI e a U. Coimbra (se se
equacionar recrutar com nível B1 de português conforme apresentado na secção
4.1, este investimento justifica-se ainda mais);
6. Maior visibilidade da informação relativa ao incentivo/desconto na propina anual,
do contacto telefónico e do e-mail na área do website relativa ao EI;
7. Disponibilizar atendimento via videoconferência (ex.: Skype) com dia da semana e
horário específico como já acontece em várias universidades (ex.: todas as sextas-
feiras à tarde);
8. Produzir vídeos curtos de um minuto por estudante internacional de
nacionalidades diversas, cujo guião seria composto pelas seguintes questões:
dados biográficos (nome, idade, nacionalidade); o porquê da escolha de Portugal e
Lisboa para estudar; o porquê da escolha da FCSH/NOVA; qual a expetativa sobre
o curso escolhido; se aconselham a realização de um curso de ensino superior na
Faculdade.
Para o projeto de reformulação dos conteúdos online do EI no website da
Faculdade, propõe-se o recrutamento de um aluno de mestrado de ciências de
comunicação, área de especialização em comunicação estratégica que tivesse optado
73
pela realização de estágio para finalizar a componente não letiva. Este estagiário viria
reforçar os recursos humanos do Núcleo de Marketing e Comunicação (NMC).
Seria igualmente importante reforçar os recursos humanos do NCRI para que
um dos seus elementos pudesse ter funções específicas relacionadas com o
recrutamento do EI (quer ao nível da interação e apoio nas ações de marketing quer
ao nível da receção de candidaturas e apoio ao júri de seleção, esclarecimento de
dúvidas e prestação de informações adicionais nomeadamente no apoio aos vistos,
identificado como um dos assuntos mais recorrentes e que consome bastante tempo
ao núcleo, bem como outros apoios ao candidato e família).
Calendarização: 1.º semestre de 2016.
Responsáveis: Coordenadores dos cursos de licenciatura; Divisão de Relações
Externas, Comunicação e Sistemas de Informação (DRECSI) e o seu Núcleo de
Marketing e Comunicação (NMC), Área de Serviço aos Alunos (ASA) e o seu Núcleo de
Cooperação e Relações Internacionais (NCRI).
Categoria Comunicação | FCSH/NOVA – Ação 3: Grupo de Foco
Seria relevante realizar anualmente, entre outubro e dezembro, um grupo de
foco com os estudantes que entraram via concurso do EEI, até seis elementos de várias
nacionalidades e de cursos diferentes. Os resultados apoiariam a definição de futuras
ações do plano de marketing a implementar pelo NMC. Esta atividade seria efetuada
em estreita articulação com o NCRI. Uma proposta de questionário encontra-se em
anexo (Questionário I).
Calendarização: fevereiro de 2016 (início do 2.º semestre do ano letivo
2015/16 – os estudantes internacionais já teriam frequentado um semestre de aulas).
Responsáveis: Subdiretora-adjunta para a comunicação; DRECSI – NMC e ASA –
NCRI.
Categoria Comunicação | FCSH/NOVA – Ação 4: Ações promocionais
1. A aposta nas acções de marketing digital deveria continuar (anúncios no
Facebook, Google Adwords) e ser reforçada por ações de e-mail marketing para
74
escolas portuguesas no estrangeiro, embaixadas, leitorados, jornais de
comunidades emigrantes e alunos estrangeiros que já frequentem a FCSH/NOVA
devido à rede de contactos);
2. Publicação de anúncio online em revista/sites web brasileiros cujo público-alvo
sejam os alunos de secundário (à semelhança da Fórum Estudante ou da Mais
Educativa existentes em Portugal);
3. Caso a Reitoria não avance na participação em feiras internacionais, a FCSH/NOVA
deveria considerar a sua participação numa feira de ensino no Brasil e
eventualmente na China se se considerasse alterar o nível de proficiência do
português.
Calendarização: fevereiro a setembro de 2016 (período em que decorrem as
fases de candidaturas atualmente em vigor).
Responsáveis: Subdiretora-adjunta para a comunicação; DRECSI – NMC e ASA –
NCRI.
Categoria Comunicação | FCSH/NOVA – Ação 5: Apadrinhamento
Para além das iniciativas de acolhimento que a FCSH/NOVA já realiza para os
alunos Erasmus e que poderão ser replicadas para este grupo alvo do EI ou, pelo
menos, tentar integrá-los no welcome meeting e jantar de Boas Vindas que já se
realiza, seria pertinente avançar com o “apadrinhamento” (buddy mentoring), uma
vez que os EI passarão mais tempo na instituição e toda a ação de acolhimento e de
melhoria da sua integração só contribuirá para diminuir a taxa de desistência. À luz do
que acontece no ISCTE-IUL, os alunos nacionais inscrevem-se para acolher e ajudar o
estudante internacional desde o primeiro momento: chegada ao aeroporto, procura
de alojamento, visita ao campus, apoio no reconhecimento da rede de transportes da
cidade, visitas aos locais turísticos, convívio na instituição e fora da mesma. Se o EI
não pretender um “padrinho/madrinha”, terá que informar a instituição na altura da
candidatura.
Calendarização: 1.º semestre de 2016 (para ficar operacional no início do ano
letivo 2016/17).
75
Responsáveis: Subdiretor para os Estudantes; ASA – NCRI e DRECSI – NMC.
5.1 Orçamento e monitorização
O orçamento total previsto é de 58.900€, sendo que 48.700€ são custos afetos
à Faculdade e 10.200€ são afetos à Reitoria.
Consulte-se a Tabela X respeitante à esquematização do programa de ação
apresentado na secção 5, onde se poderá encontrar a despesa prevista por ação.
Relativamente às ações a desenvolver ao nível da Reitoria, e tal como já
acontece com a presença da NOVA na maior feira de ensino nacional, a Futurália, as
despesas com a participação da NOVA numa feira internacional, com os materiais
promocionais e as ações de marketing digital poderiam ser acordadas e divididas pelas
UOs interessadas. Sendo assim, os custos estimados divididos pelas quatro Faculdades
ficariam por 2.550€ para cada uma, sendo que este valor teria que ser contemplado no
orçamento da FCSH/NOVA para este projeto. Se a Reitoria participasse na Feira
Internacional, esse seria um custo a deduzir da estimativa inicial realizada para a
FCSH/NOVA, pois só teria que suportar a parcela de 2.550€ (o total poderia registar-se
em 41.250€).
Por último, o tipo de monitorização por ação proposta é apresentado na
Tabela XI em anexo.
76
6. Conclusão
No contexto de crise económica e financeira que se vive em Portugal e de crise
política das instituições da União Europeia, onde nos integramos, o consequente
desinvestimento no setor do ensino superior e a falta de poder de compra dos
cidadãos portugueses, entre outros fatores, comprometem a boa saúde financeira da
instituição e da Universidade a que pertence.
A definição da captação de estudantes estrangeiros como público estratégico
da instituição para contrariar a tendência da diminuição de receitas, aliada a uma
estratégia de marketing eficaz que internacionalize a marca (NOVA), através de uma
forte presença na CPLP, podem assumir-se de importância vital.
Porém, as diferentes análises desenvolvidas neste trabalho revelam a falta de
uma estratégia de marketing centralizada para este segmento, acompanhada pela
descentralização da informação online nos vários websites das UOs da NOVA, o que
face à análise da concorrência, se apresenta como uma fraqueza a ultrapassar.
Para colmatar estas fraquezas e tendo em vista a exploração da oportunidade
detetada (aposta na atração do segmento de estudantes internacionais), propõe-se
uma estratégia que passa essencialmente por dois pilares:
a) O website da NOVA - pode tornar-se um instrumento de marketing
poderoso na captação de EI se disponibilizar informação detalhada e
centralizada de forma apelativa através do uso do vídeo, da imagem e de
um slogan, se possibilitar as candidaturas online; se divulgar as
classificações da Universidade em rankings internacionais e testemunhos
de alunos;
b) O marketing digital com ações publicitárias pagas nas redes sociais, no
Google AdWords, em revistas/websites online destinadas ao público que
frequenta o ensino secundário nos países alvo.
No que diz respeito à FCSH/NOVA, o plano de ações previsto neste relatório se
for implementado, mesmo que de modo parcial, irá seguramente contribuir para
melhorar a taxa de captação de estudantes internacionais. Qualquer estrutura de
77
gestão de uma instituição de ensino superior beneficiaria se encarasse o marketing
como uma área estratégica dos serviços. Constata-se ainda um certo “amadorismo”
nas instituições na forma como promovem o serviço, gerem a marca e implementam
atividades de marketing relacional. O planeamento estratégico com definição de
objetivos, ações, responsáveis, calendarização e monitorização ou acompanhamento
ainda é relegado para um lugar secundário e as atividades implementadas são
realizadas de forma reativa e descoordenada entre serviços. Na FCSH/NOVA, a
terminologia de marketing ainda é pouco aplicada e olhada com desconfiança pelos
responsáveis dos órgãos de gestão. Termos como cliente, posicionamento,
segmentação, objetivos estratégicos são ainda percecionados como “entes estranhos”.
Se esta espécie de resistência for ultrapassada e os benefícios do marketing
compreendidos pela direção da Faculdade, mais rapidamente a instituição melhora a
qualidade do serviço prestado, se diferencia da concorrência e assume um maior valor
acrescentado para o cliente.
Por último, o ensino como bem de exportação pode não só ajudar a superar as
consequências na FCSH/NOVA da conjuntura económica adversa e do impacto da
baixa taxa de natalidade do país na redução do universo de candidatos ao ensino
superior, bem como contribuir para a recuperação económica do país. Mais ainda, ao
nível internacional, promove a formação de cidadãos estrangeiros de países em
desenvolvimento e países menos desenvolvidos, os quais poderão assim contribuir
para o incremento das condições de vida nas suas próprias nações.
Termino com uma frase de Nelson Mandela, como forma de homenagem a este
incontornável líder da história mundial contemporânea e também como mote de
inspiração aos que escolhem trilhar o caminho da internacionalização do ensino
superior:
“A educação e o ensino são as armas mais poderosas que se podem usar para mudar o
mundo!” - Nelson Mandela | 1918-2013
78
7. Bibliografia
CASTELLS, Manuel - A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura – A
Sociedade em Rede. 4.ª ed. Lisboa. Fundação Calouste Gulbenkian, 2011. ISBN 978-
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HEMSLEY-BROWN, J.; OPLATKA, I. - Universities in a competitive global marketplace –
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Douro. Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Vila Real, Portugal,
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Alunos estrangeiros no ensino superior – 2009/10 a 2012/13. DGEEC – Direção Geral
de Estatísticas da Educação e Ciência, 2014.
Legislação e Regulamentos
Decreto-lei n.º 36/2014, Estatuto do Estudante Internacional, de 10 de março de 2014.
Despacho 3152/2015 da Direção Geral do Ensino Superior, de 27 de março de 2015.
FCSH/NOVA
Regulamento n.º 326/2014, Regulamento de Aplicação do Estatuto de Estudante
Internacional da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, de 22 de julho de 2014.
Regulamento de propinas do ciclo de estudos conducente ao grau de licenciado (1.º
Ciclo), Despacho n.º 32/2015, 16 de julho de 2015.
Universidades Públicas Portuguesas
Regulamento n.º 135/2014, Regulamento do concurso especial de acesso e ingresso do
estudante internacional a ciclos de estudo de licenciatura e integrados de mestrado na
Universidade de Coimbra, 4 de abril de 2014.
Despacho n.º GR.01/04/2014, Regulamento de Aplicação do Estatuto de Estudante
Internacional da Universidade do Porto, de 24 de abril de 2014.
80
Regulamento n.º 204/2014, Regulamento do concurso especial de acesso e ingresso do
estudante internacional a ciclos de estudo de licenciatura e mestrado integrado na
Universidade do Algarve (UAlg), de 27 de maio de 2014.
Regulamento das Condições de Ingresso no ISCTE-IUL do estudante internacional, 28
de maio de 2014.
Regulamento n.º 236/2014, Regulamento do Concurso Especial e do Estatuto do
Estudante Internacional da Universidade da Madeira, de 12 de junho de 2014.
Despacho n.º 9101/2014, Regulamento do Concurso Especial de Acesso e Ingresso do
Estudante Internacional, da Universidade de Évora, de 15 de julho de 2014.
Despacho RT-55/2014, Regulamento do Concurso Especial de Acesso e Ingresso do
Estudante Internacional a Ciclos de Estudos de Licenciatura e Integrados de Mestrado
na Universidade do Minho, de 5 de dezembro de 2014.
Despacho n.º 1137/2015, Regulamento do Concurso Especial de Acesso e Ingresso do
Estudante Internacional na Universidade dos Açores, de 3 de fevereiro de 2015.
Universidades Privadas Portuguesas
Despacho n.º 10/2015, Concurso Especial de Acesso e Ingresso para estudantes
internacionais na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT), 20 de
fevereiro de 2015.
Regulamento de Aplicação do Estatuto do Estudante Internacional da Universidade
Católica Portuguesa, 13 de agosto de 2014.
Despacho n.º 7974/2014, Regulamento do Concurso Especial de Acesso e Ingresso do
Estudante Internacional na Universidade Lusíada de Lisboa, 18 de junho de 2014.
Regulamento n.º 230/2014, Regulamento do Concurso Especial de Acesso e Ingresso
do Estudante Internacional a ciclos de estudo de licenciatura e mestrado integrado da
Universidade Autónoma de Lisboa, 6 de junho de 2014.
RG110 – Regulamento do Estudante Internacional do ISPA-IU, Ciências Psicológicas,
Sociais e da Vida, 11 de agosto de 2014.
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“Em cinco anos SNS sofreu corte brutal de 5.584,8 milhões”, JornalMédico.pt, 16/07/2014, in http://www.jornalmedico.pt/2014/07/16/em-cinco-anos-sns-sofreu-corte-brutal-de-5-5848-milhoes/, última consulta a 15 de dezembro de 2015.
“«As perspectivas económicas globais mostram melhorias em 2015, mas tendências divergentes colocam riscos de abrandamento», afirma o Banco Mundial”, Banco Mundial, 13/01/2015, in http://www.worldbank.org/pt/news/press-release/2015/01/13/global-economic-prospects-improve-
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Universitas 21 ranking http://www.universitas21.com/article/projects/details/153/executive-
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QS World Universities Ranking - http://www.topuniversities.com/university-rankings/world-university-rankings/2015#sorting=rank+region=+country=+faculty=+stars=false+search= Times Higher Education Top 100 under 50 - https://www.timeshighereducation.com/world-university-rankings/2015/one-hundred-under-fifty#!/page/0/length/25
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Universidades Privadas Portuguesas – última consulta a 15 de dezembro de 2015.
Univ. Atlântica - www.uatlantica.pt Univ. Autónoma - www.universidade-autonoma.pt Univ. Católica Portuguesa - www.ucp.pt Univ. Europeia - www.europeia.pt Univ. Fernando Pessoa - www.ufp.pt ISPA-Instituto Universitário - www.ispa.pt Univ. Lusíada - www.ulusiada.pt Univ. Lusófona - www.ulusofona.pt
Universidades Públicas Portuguesas – última consulta a 15 de dezembro de 2015.
Universidade dos Açores – http://novoportal.uac.pt/ Universidade do Algarve – www.ualg.pt Universidade de Aveiro – www.ua.pt Universidade da Beira Interior – www.ubi.pt
Facebook da UBI - https://www.facebook.com/brasileirosnacovilha Blogue Brasileiros na Covilhã - http://brasileirosnacovilha.blogspot.pt/
Universidade de Coimbra – www.uc.pt Universidade de Évora – www.uevora.pt Universidade de Lisboa – www.ulisboa.pt
Faculdade de Letras da UL - www.fl.ul.pt Instituto de Ciências Sociais e Políticas da UL - www.ics.ul.pt
Universidade NOVA de Lisboa – www.unl.pt Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da NOVA – www.fcsh.unl.pt
Universidade do Minho - www.uminho.pt Instituto de Ciências Sociais (ICS) da UM – www.ics.uminho.pt Instituto de Educação (IE) da UM – www.ie.uminho.pt Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCS) da UM – www.ilch.uminho.pt
Universidade do Porto http://sigarra.up.pt Fac. Letras da UP – http://sigarra.up.pt/flup/pt Fac. Psicologia e Ciências da Educação da UP – http://sigarra.up.pt/fpceup/pt
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro - www.utad.pt Escola de Ciências Humanas e Sociais da UTAD – http://echs.utad.pt Website para o Estudante Internacional da UTAD -http://study.utad.pt/index.php/home-en
Universidade da Madeira - www.uma.pt Centro de Ciências Sociais da Univ. da Madeira – http://ccs.uma.pt/
ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa - www.iscte-iul.pt Escola de Sociologia e Políticas Públicas do ISCTE - http://iscte-iul.pt/espp.aspx Escola de Ciências Sociais e Humanas do ISCTE – http://iscte-iul.pt/ecsh.aspx
83
Páginas oficiais das Redes Sociais da FCSH/NOVA – última consulta a 15 de dezembro de 2015.
Facebook página oficial - www.facebook.com/FCSHUNL
Facebook Novos Alunos - https://www.facebook.com/novos.alunos.fcsh
Twitter página oficial - https://twitter.com/fcshunl
Twitter Novos Alunos - https://twitter.com/novosalunosfcsh
LinkedIn - www.linkedin.com/company/fcsh-unl
Google+ - https://plus.google.com/108057898656720551636/posts
YouTube - www.youtube.com/user/FCSHUNL
Blogue - http://blog.fcsh.unl.pt/
Página da FCSH/NOVA na Wikipedia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Faculdade_de_Ci%C3%AAncias_Sociais_e_Humanas_da_Universi
dade_Nova_de_Lisboa
Cursos de português para estrangeiros FCSH/NOVA - http://www2.fcsh.unl.pt/clcp/
Formulário para Sugestões ou Reclamações da FCSH/NOVA -
http://www.fcsh.unl.pt/sugestoes-reclamacoes/
Curso Livre de Atualização de Conhecimentos da FCSH/NOVA -
http://www.fcsh.unl.pt/media/noticias/maiores-de-23-2013-curso-livre-de-actualizacao-de-
conhecimentos
Sistema de Garantia da Qualidade de Ensino da NOVA –
http://www.unl.pt/pt/universidade/Sistema_de_Garantia_da_Qualidade_do_Ensino_da_NOV
A/pid=358/ppid=97/
84
8. Anexos
8.1 Figuras
Figura 1
Os dois pilares da internacionalização a nível nacional e internacional
Two pillars of internationalization at home and crossborder
Fonte: Knight, Jane, “Student Mobility and Internationalization: trends and tribulations”, Research in
Comparative & International Education, Vol. 7 Number 1, 2012, p.22.
85
Figura 2
Tendências nas quotas de Mercado da Educação Internacional (2000, 2011)
Fonte: Education Indicatos in Focus, 2013/05, julho, OCDE, 2013 (pág. 3).
86
Figura 3
Top dos países de origem dos estudantes estrangeiros, por região do mundo - 2011
Fonte: Education Indicatos in Focus, 2013/05, julho, OCDE, 2013 (pág. 2)
Figura 4
Estrutura das propinas nos países da OCDE
Fonte: Education Indicatos in Focus, 2013/05, julho, OCDE, 2013 (pág. 3).
87
8.2 Tabelas
Tabela I
Oferta letiva da FCSH/NOVA discriminada por ciclo de estudo - 2014
Fonte: Relatório de Atividades da FCSH/NOVA relativo a 2014, pág. 22.
88
Tabela II
Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior 1.ª fase
Evolução da nota do último colocado por curso de licenciatura
Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior
1.ª fase - evolução da nota do último colocado
2014/15 2013/14 2012/13 2011/12
2010/11
Antropologia 121,5 116,0 121,5 117,0 125,5
Arqueologia 129,0 110,5 126,5 117,0 129,0
Ciência Política e Relações Internacionais
162,0 159,5 158,5 156,5
159,5
Ciências da Comunicação 167,5 168,0 168,5 167,0 172,5
Ciências da Linguagem 99,0 102,0 106,5 122,0 109,5
Ciências Musicais 122,5 114,0 129,0 134,5 138,0
Estudos Portugueses 112,5 107,5 115,5 107,0 107,5
Estudos Portugueses e Lusófonos (pós-laboral) - - 142,5 118,0 105,0
Filosofia 122,0 111,0 108,0 105,0 122,5
Geografia e Planeamento Regional 126,5 122,0 126,5 123,5 133,0
História 141,5 132,5 133,5 136,0 148,0
História da Arte 113,5 109,0 120,5 113,0 130,5
Línguas, Literaturas e Culturas 128,5 137,0 133,5 124,0 138,5
Sociologia 131,5 127,0 130,5 134,5 139,5
Sociologia (pós-laboral) 96,5 97,0 104,5 103,5 107,0
Tradução 154,0 146,0 144,0 133,5 146,5
Valores Médios 130,6 123,9 129,3 122,8 131,8
Fonte: Direção Geral do Ensino Superior (DGES) - Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior 2010,2011,2012, 2013, 2014.
89
Tabela III
Taxa de ocupação de vagas e N.º de Colocados
Licenciaturas - 1.ª fase de candidaturas
2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
Taxa de ocupação global das vagas
93,0%
90,5%
93,2%
96,6%
97,4%
Número de colocados
693
674
694
720
726
Fonte: Gabinete de Planeamento da FCSH/NOVA.
Tabela IV
Cursos de Licenciatura - Evolução nos últimos 5 anos
Total de alunos em frequência | Total de Diplomados
Anos Lectivos N.º de Colocados 1.º ano/1.ª vez
(1.ª fase)
Total de Alunos em frequência do 1.º
Ciclo
Total de Diplomados
1.º Ciclo
2010/2011 693 2839 571
2011/2012 674 2909 551
2012/2013 694 2698 555
2013/2014 720 2775 593
2014/2015 726 2689 N/D Fonte: Inquérito estatístico RAIDES 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014.
Tabela V
Evolução do número global de alunos
2010/2011 2011/2012 2012/13 2013/2014
2014/15
Variação (2014/15
face a 2010/11)
Variação (%)
1º ciclo 2 839 2 909 2 698 2 775 2 689 -150 -5,3%
2º ciclo e Pós- Graduações
1 573 1 718 1 488 1 469 1 500 -73 -4,6%
3º ciclo 916 642 928 807 637 -279 -30,5%
TOTAL 5 328 5 269 5 114 5 051 4 826 -502 -9,4%
Fonte: Inquérito estatístico RAIDES 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014.
90
Tabela VI
Resultados para Portugal do Ranking Web of Universities
Fonte: Avaliação de Julho 2015, http://www.webometrics.info/en/Europe/Portugal
91
Tabela VII
Top 30 do número total de inscritos de nacionalidade estrangeira nas universidades portuguesas (públicas e privadas) Período de 4 anos letivos (2009/2010 a 2012/2013)
Países N.º total de estudantes
1.º Brasil 25856
2.º Cabo Verde 13277
3.º Angola 13244
4.º São Tomé e Príncipe 3188
5.º Moçambique 2777
6.º Ucrânia 1839
7.º Guiné-Bissau 1702
8.º China 1113
9.º Turquia 1021
10.º Rússia (Federação da) 819
11.º Venezuela, República Bolivariana da
775
12.º Irão (República Islâmica) 767
13.º Estados Unidos 764
14.º Timor Leste 677
15.º Canadá 543
16.º Índia 372
17.º Guiné 367
18.º África do Sul 339
19.º México 228
20.º Colômbia 217
92
21.º Argentina 157
22.º Peru 145
23.º Cuba 141
24.º Macau 130
25.º Chile 119
26.º Bangladesh 116
27.º Bielorrússia 115
28.º Paquistão 111
29.º Austrália 97
30.º Cazaquistão 82
Fonte: DGEEC – Direcção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, de 2014
93
Tabela VIII Universidades Públicas Portuguesas – Implementação do Estatuto do Estudante Internacional (EEI)
Universidades Públicas Ano de
implementação / Regulamento
Fases de Candidatura e n.º
de vagas
Valor da propina anual
Incentivos/ Descontos
Línguas de Lecionação
Cursos complementares
Divulgação no website
Universidade dos Açores – Departamentos de Ciências da Educação | História, Filosofia e Ciências Sociais | Línguas e Literaturas Modernas
2015/2016 Regulamento 1137/2015 publicado em DR a 3/2/2015
Candidatura online 2 fases (28/07/2015 a 1/09/2015 e vagas sobrantes de 9 a 16/09/2015) Ciências Sociais: 14 vagas (2 vagas por curso)
N/D no website. Não menciona incentivos ou bolsas
Português e/ou inglês (nível B2 do QECRL) em função do idioma em que o ciclo de estudos é leccionado;
Prevê-se a frequência de um curso preparatório de língua em função do idioma em que o ciclo de estudos é lecionado com um custo adicional à propina.
Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Não tem link direto da homepage (entrada via candidaturas 2015/16) Só tem formulário de candidatura e dados das vagas e datas das fases de candidatura. URL - http://novoportal.uac.pt/pt-pt/resultados-candidaturas
Universidade do Algarve – Faculdade de Ciências Humanas e Sociais
2014/2015 Regulamento 204/2014 publicado em DR a 27/05/2014
Candidatura online – Candidaturas gratuitas 3 fases (2 a 27/03; 8 a 29/05 e 2 a 17/07/2015) Artes, Comunicação, Património, Ciências Sociais e da educação – 78 vagas (média de 5,6 vagas por curso)
Valor entre 1.750€ e 4.000€ (os cursos de ciências sociais situam-se em média nos 2.000€) 20% do valor é pago na inscrição e o restante é pago no máximo em 8 mensalidades.
Candidaturas gratuitas Os candidatos seriados com as melhores classificações habilitam-se a beneficiar de anuidade reduzida, no valor de 1000€ (não aplicável a todos os cursos)
O idioma em que o ciclo de estudos é ministrado é previsto anualmente (nível B1 e B2 do QECRL).
Os candidatos cujo grau de conhecimentos linguísticos corresponda apenas ao nível B1 do QECRL estão obrigados à frequência com aproveitamento de um curso anual da língua de ensino, ministrado na UAlg e sujeito aos emolumentos fixados.
Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Não tem link direto na homepage (entrada via Condições de Acesso) URL - https://www.ualg.pt/pt/content/estudantes-internacionais Banner destinado aos estudantes brasileiros com referência à aceitação da nota do ENEM) Texto em português do Brasil
94
Vídeo promocional Testemunhos Guia online sobre estudar na UAlg em inglês http://issuu.com/ualg/docs/algarve-is-our-campus Slogan – Estudar onde é bom viver / Study where living is good
Universidade de Aveiro (Licenciaturas em Educ. Básica; Línguas, Literaturas e Culturas; Música; Tradução)
2014/2015 (documento interno - versão publicada em DR não disponível no website da UA)
Candidatura online – 50€ 3 fases 20/04 a 15/05/2015; 6/07 a 14/08/2015 1 a 31/12/2015 Provas de ingresso: Português, Inglês, Aptidão Musical no caso do curso de Música e de outra língua (alemão, francês ou espanhol) no curso de Tradução Isenção das provas de ingresso: Brasil ENEM – Exame Nacional de Ensino Médio China Gaokao Colômbia Examen de Estado, pelo Instituto
Valor entre 4.000€ e 5.500€ (os cursos de ciências sociais situam-se nos 4.000€, à excepção do curso de Música a custar 5.500€) Modalidades de pagamento: - Pagamento total no ato da inscrição - 6 prestações - A pedido do estudante, a propina pode ser dividida em mais prestações, cujo pagamento final não deve ultrapassar o mês de julho de cada ano. Disponível Pack alojamento e alimentação de 1500€/ano (referente a 10 meses em
A UA poderá atribuir bolsas que permitem aos estudantes internacionais o pagamento de uma propina de montante equivalente à propina nacional, de acordo com os mecanismos de incentivo à inscrição de estudantes internacionais previstos pela Direção Geral do Ensino Superior. Contudo, o site não apresenta mais informação.
Português – nível B1 do QECRL;
Caso não comprovem este nível com certificado, os alunos têm que realizar curso de português na Universidade com um custo adicional.
http://www.ua.pt/internationalstudent/Page
Text.aspx?id=19874
Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Não tem link direto na homepage (entrada via Separador Ensino -URL https://www.ua.pt/internationalstudent/entrada ) Perfis distintos para: Estudantes Brasileiros, Chineses (mas em português com informações específicas para este público), Colombianos e um para Outros países O site está traduzido para inglês e espanhol e os conteúdos do estudante internacional também estão nessas duas línguas. Slogan – “Eu escolho o mundo! UA Internacional”
95
Colombiano para la Evaluación de la Educación (ICFES) Indonésia Certificado de ensino secundário (Ijazah Sekolah Menengah Atas, SMA) + o exame estatal (Surat Keterangan Hasil Ujian Nasional). Índia High School Certificate (Standard XII) México Bachiller ou Bachiller Técnico + EXANI II - prova de ingresso pelo Centro Nacional de Evaluación para la Educación Superior- (Ceneval) Turquia Undergraduate Placement Examination (LYS)
residência universitária da UA). – custo adicional às propinas http://www.ua.pt/internationalstudent/PageText.aspx?id=19872 com formulário de candidatura online.
“Yo elijo el Mundo! UA Internacional” “I choose the World! International UA” Vídeo de apresentação da UA (2014) https://www.youtube.com/watch?v=BcjHNtaPXg4 Possui testemunhos vídeo de alunos internacionais provenientes de Angola, Índia, S. Tomé e Príncipe. Possui uma secção de perguntas frequentes, com uma parte relativa às Perguntas dos Pais Aveiro é uma cidade segura? Quais as nacionalidades dos alunos internacionais na UA?
Os graus portugueses são reconhecidos no resto do mundo?
Quais são os serviços de assistência médica disponíveis?
É necessária vacinação para entrar em Portugal?
Portugal está envolvido em qualquer conflito
96
militar?
Existem algumas restrições à prática religiosa em Portugal?
Qual é a qualidade do ar e da água?
Universidade da Beira Interior – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
2014/15
Regulamento Despacho 2015/R/9 (versão publicada
em DR não disponível no
website da UBI)
Candidatura online - 30€
4 fases: 1ª fase: 9 de fevereiro a 27 de março 2015 2ª fase: 4 de maio a 1 de julho de 2015 3ª fase: 6 de julho a 21 de agosto de 2015 4ª fase: 14 dezembro de 2015 a 20 de janeiro de 2016 Divulgação de resultados: 22 de janeiro de 2016 (Matrículas apenas para o 2º semestre – alunos pagam metade da propina anual)
Mestrados e Doutoramentos também com 4 fases de candidaturas (mas a 4.ª fase termina a 22 de outubro 2015 para o 2.º ciclo e a 16 de dez. 2015 para o 3.º
5.000€
Disponível um pacote com alojamento em residências (quarto
duplo) e alimentação = 7.500€
Bolsas para alunos de licenciatura fixadas anualmente e que
permitem que os EI paguem uma
anualidade igual à que é paga pelos estudantes
portugueses (1.037,20€). - See
more at: http://brasil.ubi.pt/pag/mensalidadesebolsas/#sthash.84alb4t4.dp
uf
Possuem bolsas também para o 2.º e
3.º ciclos.
Português (nível B2 do QECRL) Prova de português a realizar na Faculdade de Artes e Letras da UBI para quem não entregue o certificado que comprove o nível B2 e não tenha feito o ensino secundário em língua portuguesa.
Curso de língua portuguesa com custo adicional http://ple.ubi.pt/ Possuem um Ano Zero http://brasil.ubi.pt/pag/anozero/ Regulamento
Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Não tem link direto na homepage (entrada via Candidatos, subdividindo-se para Candidatos Internacionais: - Brasil (referem aceitar o ENEM; escrito em português do Brasil, realizam o câmbio para reais; colocam testemunhos, divulgam um blogue mantido pelos estudantes brasileiros (http://brasileirosnacovilha.blogspot.pt/) e Facebook https://www.facebook.com/brasileirosnacovilha), vídeos promocionais (turismo, de apresentação, testemunhos de investigadores); clipping da UBI nos media brasileiros; divulgam o ano zero e as bolsas disponíveis; vistos do SEF, etc) - PALOP e Timor Leste (conteúdos idênticos mas adaptados; testemunhos em vídeo de alunos das
97
ciclo) Possuem provas com percentagem diferente consoante o curso (Redação; Ciências Humanas e suas Tecnologias; Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ( http://brasil.ubi.pt/pag/cursosdegraduaoeprovas/#sthash.Z1bk6XEU.dpuf) Ciências Sociais: 50 vagas (média de 7,1 vagas por curso)
nacionalidades dos PALOP (http://palop.ubi.pt/pag/testemunhos/) - China (página em chinês - http://china.ubi.pt/) - outros países (conteúdos em inglês – testemunhos – vídeo de aluna ucraniana versão em russo - http://internacional.ubi.pt/pag/videosandtestimonials/ )
Universidade de Coimbra – Fac. Letras e Fac. Psicologia e Ciências da Educação
2014/15 Regulamento 135/2014 publicado em DR a 4/04/2014
Candidatura Online – 50€
4 fases de candidatura 1.ª fase – 1/12/2014 a 19/01/2015 2.ª fase – 1/02/2015 a 15/04/2015 3-ª fase – 13/06/2015 a 13/07/2015 4.ª fase – anunciada para dezembro de 2015 http://www.uc.pt/can
didatos-internacionais/oportunidades/1ciclo/candid
atura
7.000€ 700 euros por mês, vezes 10 mensalidades.
A matrícula e inscrição
só são confirmadas
após pagamento único
correspondente a 30%
da totalidade da
propina base (3
mensalidades),
acrescida da taxa de
inscrição.
As restantes 7
mensalidades podem
ser pagas de uma só
Possui divulgação de bolsas e apoios mas aberto a todos os estudantes (bolsas de mérito UC): http://www.uc.pt/academicos/premios_bolsas Divulgação de bolsas específicas para estudantes brasileiros (PLI, Banco Santander, CAPES…): http://www.uc.pt/brasil/financiamento
Português (nível B2, QECRL) Os candidatos internacionais que possuam apenas o nível intermédio de domínio da língua portuguesa (nível B1, de acordo com o QECRL) podem candidatar-se, desde que se comprometam a frequentar um curso anual de português com um custo adicional http://www.uc.pt/candidatos-internacionais/oportunidades/1ciclo/preparatorios/pplp
Curso anual de língua portuguesa (setembro a maio) com custo adicional
Propina 1º semestre:
750 Euros
Propina 2º semestre:
750 Euros
Taxa de inscrição: 20
Euros
Vídeo a promover os
cursos de português
http://www.uc.pt/fluc
Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Não tem link direto na homepage (entrada via Futuros Estudantes) Vários perfis: - Candidatos Internacionais Brasileiros (aceitam o ENEM; escrito em português do Brasil) http://www.uc.pt/brasil - Candidatos Internacionais da China http://www.uc.pt/en/china/ch – pág. em chinês - Candidatos Internacionais http://www.uc.pt/candidatos-internacionais/
98
vez ou até ao último
dia do mês a que
digam respeito,
ficando sujeitas ao
cálculo de juros nas
situações de
incumprimento, sendo
a 4ª mensalidade paga
em setembro, a 5ª em
outubro e assim
sucessivamente até à
10ª mensalidade, paga
em março, ou
semelhantemente por
referência ao início do
período de estudos, se
este não ocorrer em
setembro.
A confirmação da inscrição na UC está dependente da obtenção do nível B1 de língua portuguesa; Se não for concretizada a confirmação referida, é adiada a colocação do candidato por um ano, durante o qual deve inscrever -se e frequentar um curso anual de língua portuguesa, e o pagamento do curso é transferido para a conta corrente do estudante, não sendo feito o seu reembolso; a concretização da inscrição no ciclo de estudos está sempre dependente da aprovação no curso de língua.
/ensino/cpe/calcp/ins
cricoes_taxas
Atendimento telefónico com horário específico das 16h00 às 18h00 (hora de Portugal) através do número
00351.239.247.195 E-mail específico: [email protected] Slogan na página do candidato brasileiro:
“Universidade de Coimbra:
a escolha inteligente para
uma carreira acadêmica
internacional”
Universidade de Évora – Escola de Ciências Sociais
2014/15
Despacho interno 67/2014, 4/07/2014
e Despacho n.º 9101/2014,
publicado em DR a 8/07/2014
Candidatura online (não apresenta valor)
Fase de Pré-candidaturas a partir de 14/04/2015 Prazo de candidaturas de 6 a 31/07/2015
A Escola de Ciências Sociais (10 cursos) abriu 70 vagas Não possui provas de ingresso específicas.
4.000€
Pagamento único ou em 6 mensalidades
Não menciona incentivos ou bolsas
Português (nível B1, QECRL)
Não disponibiliza informação sobre curso de português para estrangeiros.
Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Não tem link direto na homepage (entrada via separador Informação Académica/Candidaturas) – URL http://www.estudar.uevora.pt/informacao_academica/candidaturas/Estudantes-Internacionais Informação não está organizada por perfis, não
99
está disponível em inglês, não tem vídeo promocional, divulga os regulamentos, calendário e as vagas preenchidas em 2015/16
Universidade de Lisboa – Faculdade de Letras (FLUL) e Instituto de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP)
2014/15
UL - Despacho n.º 8175-B/2014,
publicado em DR a 23/06/2014
(regulamento geral)
Regulamentos específicos por Escola: - FLUL - site é omisso; - ISCSP – julho de 2014 http://www.iscsp.ulisboa.pt/images/stories/secretaria_digital/regulamento_ingresso_acesso_para_estudantes_internacionais_iscsp.pdf
Candidatura online no site de cada Faculdade
e Instituto
FLUL – 60€ ISCSP – 100€
2 fases de candidaturas: 1.ª fase – 4 a 17/05/2015 2.ª fase – 8 a 21/06/2015 Caso as vagas não sejam preenchidas as candidaturas prolongam-se até 16/10/2015. FLUL – 2 vagas por curso ISCSP – entre 5 e 10 vagas por curso
Provas de Ingresso: ISCSP - História, Geografia ou Português (60%) + Entrevista (40%) A FLUL não tem provas de ingresso, a seriação é feita assim:
FLUL – 4.000€ (30% pagos no ato de
inscrição)
ISCSP – 3.500€ (pagamento em 4
prestações)
UL – não menciona incentivos ou bolsas
FLUL - não menciona incentivos ou bolsas
ISCSP – não menciona incentivos ou bolsas
Ter um nível de conhecimento da língua portuguesa requerido para a frequência desse curso (caso não tenha esse conhecimento, terá de obter o nível B2 / DIPLE até à conclusão do grau que está a frequentar)
A UL remete para cursos de língua
portuguesa na FLUL e no ISCSP
Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Não tem link direto na homepage (entrada via separador Estudar) - URL http://www.ulisboa.pt/home-page/estudar/estudantes-internacionais/ Não possui perfis diferenciados – só página geral EI em português e em inglês Possui brochura do EI para download com informação de todas as Faculdades / cursos- http://www.ulisboa.pt/wp-content/uploads/Brochura_estudante_completa_NET_.pdf Vídeo promocional da UL http://www.ulisboa.pt/home-page/estudar/estudantes-internacionais/a-ulisboa/ Possui separadores com informação prática, vistos,
100
FLUL –1.º Melhor
média no 12.º ano de
escolaridade (50%);
2.º Melhor média (às
décimas) das
classificações exigidas
nas provas específicas
para acesso ao curso
(50%);
A classificação
mínima de
candidatura para cada
ciclo de estudos é de
100, na escala de
aprovação de 100 a
200.
Universidade Nova de Lisboa – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
2014/15
Regulamento n.º 326/2014 (FCSH)
Candidatura online – 70€
Três fases de candidatura: 1.ª fase: 18 de fevereiro a 16 de abril de 2015 2.ª fase: 1 a 30 e junho de 2015 3.ª fase: 1 a 15 de setembro de 2015 Vagas FCSH: 149 vagas (14 cursos)
FCSH - 3.000€
Modalidades de pagamento: - Totalidade na inscrição - 2 prestações - 6 prestações
Possibilidade de se obter desconto de modo a pagarem somente 1.000€ de propina – estudantes 1.º ano/1.ª vez. Somente referido em edital; os descontos não são publicitados claramente nas páginas do site. Poderá manter-se o incentivo se houver mérito escolar.
Prova de aferição do nível de proficiência em português, escrita e/ou oral (nível mínimo de acesso: B2 do QECRL) – referido em edital e não no regulamento como as outras universidades.
Não se faz referência à possibilidade de frequência de um curso de português, se o nível não for o B2.
Estratégia descentralizada de promoção/divulgação. No site da universidade, o EI vem referido no separador Candidatos, num local secundário e somente com disponibilização dos Regulamentos de Implementação das Unidades Orgânicas publicados em DR (pdfs para download – não há uma ligação aos websites das Faculdades.
101
Universidade do Minho – Instituto de Ciências Sociais (ICS); Instituto de Educação (IE); Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCS) e Escola de Economia e Gestão (EEG) – possui licenciatura em ciência política e em relações internacionais
2014/15
Despacho RT-55/2014, de 5 de dezembro https://alunos.uminho.pt/Module.aspx?mdl=/Modules/Avisos/PortalModules/ViewAviso.ascx&tabid=1&pageid=72&mid=84&na=215
Candidatura presencial ou enviada
via postal 65€
Boletim de candidatura disponível em pdf: https://alunos.uminho.pt/UploadsEditorTexto/Files/Avisos/Boletim_Candidatura%20-%20CE_Estudante_Internacional_V1.pdf
Duas fases de candidaturas: 1ª Fase – 7 Março - 15 Abril 2ª Fase – 1 Junho - 15 Julho Possui provas de ingresso consoante os cursos a realizar na Uminho entre 20 a 24 de julho: https://alunos.uminho.pt/UploadsEditorTexto/Files/Avisos/CEInternacional/Despacho-RT-56_2014.pdf Vagas: 174 (21 cursos das escolas mencionadas)
4.500€
Depreende-se pela informação geral relativa a propinas que poderão pagar em 6 prestações como os alunos que entram via Concurso Nacional de Acesso. https://alunos.uminho.pt/UploadsEditorTexto/Files/Propinas1516/PROPINAS-InformacaoGeral_2015_2016.pdf
UM – não menciona incentivos ou bolsas na página do EI; somente o regulamento no art. 17.º contempla o seguinte:
“A UMinho pode atribuir bolsas de
mérito a estudantes internacionais com
elevado desempenho académico.”
Português ou inglês (nível B2, QECRL) mas a página do EI no site da Uminho refere explicitamente que: “Todos os cursos são lecionados em Português.”
Curso de Preparação para o Acesso ao Ensino Superior de Estudantes Internacionais - http://www.uminho.pt/noticias-press?codigo=10948&tipo=E Não menciona cursos de português
Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Tem botão com link direto na homepage e entrada via separador Estudar - URL http://www.uminho.pt/estudar/estudantes-internacionais Tem vídeo promocional em inglês na página do EI e outro na página geral Estudar Link com informações práticas sobre alimentação, alojamento, custo de vida, bancos, cultura e desporto, etc – http://www.uminho.pt/informacao-ects/informacoes-praticas
Universidade do Porto - Fac. Letras (FLUP)
2014/15
Despacho Reitoral GR.01/04/2014, de 24 de abril de 2014
Candidatura online FLUP – 100€
FLUP – 1 a 15 de julho Vagas: 110 para 13
Na UP varia entre os 1.998€ e os 4.500€
Na FLUP é de 4.000€ tempo integral e 2.628,63€ tempo
Desconto de 50% aos alunos do PALOPS devido aos “laços que unem estes Estados a Portugal…”
A Universidade do Porto não impõe requisitos de língua obrigatórios aos seus
Cursos de Português para estrangeiros – curso anual e um curso intensivo
https://sigarra.up.pt/fl
Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Tem botão com link direto na homepage - URL
102
Regulamento n.º 205/2014, publicado em DR a 27 de maio de 2014
cursos da FLUP
parcial; Alunos PALOP 2.000€ tempo integral e 1.314,31€ tempo parcial.
Pode ser paga em 10 prestações
estudantes internacionais. Contudo, a maior parte das disciplinas são lecionadas em Português. Na FLUP – é referido o seguinte: “conhecimentos linguísticos ( Nível B1.1) de uma das seguintes línguas: Português, Espanhol, Francês ou Inglês.”
up/pt/web_base.gera_pagina?P_pagina=24
19
https://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=gateway-estudantes-internacionais e https://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=acesso-lmi-estudantes-internacionais Informação sobre candidatura, informações práticas e links para as escolas e oferta formativa; não tem informação organizada por perfil, só em português e inglês. No site da FLUP encontra-se toda a informação em http://www.letras.up.pt/gapro/default.aspx?l=1&m=137&s=0&n=0 A UPorto tem um v+ideo de apresentação institucional legendado em inglês.
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro - Escola de Ciências Humanas e Sociais
Não disponibiliza. Candidatura online O link pede password
Não se consegue
aceder a informação sobre as fases de
candidatura; preços de propinas
N/D
Somente para os cursos lecionados totalmente em inglês se consegue ter acesso ao valor da propina: 2 cursos de licenciatura (ex.: Engenharia electrotécnica e de
Não menciona incentivos ou bolsas
Cursos só em Português
Cursos lecionados em
Português e Inglês aparecem listados no guia com a % de aulas
em inglês (ex.: Ciências da
Comunicação + de 25%)
Possui um Ano Zero que consiste na possibilidade de frequentar unidades curriculares od 1.º e 2.º ciclos e em 4 cursos de português para estrangeiros, níveis: Level A.1 Level A.2 Level B.1
Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade
Entrada através do separador Estudar / Internacional http://www.utad.pt/vPT/Area2/OutrasUnidades/GabineteRelacoesInternacionaisMobilidade/foreign_stud
ents/Paginas/foreign-
103
computadores – 6.500 euros / ano) 6 cursos de mestrado – 6.500 euros/ano 12 cursos de doutoramento – 8.000 euros/ano O valor das propinas anuais cobre alojamento em quarto duplo nas residências (10meses/ano), alimentação (3 refeições por dia) e transfer aeroporto/universidade/aeroporto, visitas de estudo e materiais académicos (segundo cada Coordenador de curso)
Possuem oferta
totalmente em inglês e listam os cursos
dando aqui o valor da propina.
Cursos de verão e de inverno intensivos de
3 semanas – 1.500 euros – ver pág. 10
Level B.2
Link: http://study.utad.pt/i
ndex.php/course-catalog/year-zero
students.aspx
Possuem um site único em inglês para os estudantes
internacionais http://study.utad.pt/index
.php/home-en
Informação promocional sobre o Porto, o Gerês,
Terra Fria Region.
O site tem 3 vídeos sobre: UTAD and the city Vila Real; UTAD Frame by frame; Living UTAD
O site em PT possui um Guia para o Estudante Internacional (pdf) em inglês com informação
sobre os cursos, propinas e a % em que são ensinados em inglês / referem o Vale
do Douro como Património Mundial -
UNESCO http://www.utad.pt/vPT/Area2/OutrasUnidades/GabineteRelacoesInternacionaisMobilidade/foreign_students/Documents/Guidebook%20of%20International
%20Students.pdf
Porssuem cursos intensivos para alunos
chineses
http://www.utad.pt/vPT/Area2/OutrasUnidades/GabineteRelacoesInternacionaisMobilidade/foreign_stud
104
ents/Documents/Prep%20Course.pdf
Têm uma international
Welcome Week http://www.utad.pt/vPT/Area2/OutrasUnidades/GabineteRelacoesInternacionaisMobilidade/International_Welcome_Week/Paginas/international_welcome_
week.aspx
Universidade da Madeira – Faculdade de Artes e Humanidades
2014/15
Regulamento 236/2014, publicado
em DR a 12 de junho de 2014
Possuem o
regulamento disponível em inglês
Candidatura online Inscrição – 20€
2 fases de inscrição 1.ª fase – 18/06 a 15/07/2015 2.ª fase – 1 a 27/08/2015 o regulamento prevê “a possibilidade de exames realizados pela Universidade para verificação da qualificação académica específica para acesso e ingresso no ciclo de estudos pretendido (Regulamento n.º 236/2014, 12 de junho de 2014, art.º 4, n.º 1, alínea d), item v).
4.000 euros/ano
Não menciona incentivos ou bolsas
Não referem o nível de Português, mas
têm uma referência a que o aluno deve
apresentar na candidatura um
documento comprovativo com o domínio da língua em que o ciclo de estudos
vai ser ministrado (pressupõe-se que será o português)
Prevêem uma prova de avaliação de língua portuguesa em ambas as fases de candidaturas mas não referem datas (componente escrita e componente oral)
Possuem um Curso de Português Língua Não Materna com inscrições em setembro e início a 1/10/2015
Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade
Não tem entrada direta nem por separador; só consegui chegar ao Regulamento em pdf, versão portuguesa e em inglês, através da pesquisa por “Estudante Internacional” e às condições através da pesquisa “Concurso Estudante Internacional” http://uaa.uma.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=1771 A homepage possui um vídeo de apresentação da Universidade.
105
ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa – Escola de Sociologia e Políticas Públicas; Escola de Ciências Sociais e Humanas
2014/15 Regulamento n.º 258/2014, publicado em D.L. Nº. 120, de 25.06.2014
Candidatura online Taxa de candidatura –
65 euros e de Inscrição 30 euros
/ano
2 fases de inscrição 1.ª fase – 18/03 a 30/04/2015 2.ª fase – 1/05 a 30/06/2015 Avaliação documental e/ou provas (escritas e/ou orais) a determinar pela Direcção de cada Escola (ex.: História, Matemática, Português, etc) http://iscte-iul.pt/internacional/studying_at_iscte/programmes_available.aspx
5.500 euros / ano para os cursos de ciências
sociais
7.000 euros / ano para os de gestão, engenharias, arquitectura,
psicologia
Não menciona incentivos ou bolsas
Português (nível B2, QECRL) quer para os
cursos de licenciatura quer de mestrado.
Só o curso de gestão
tem a possibilidade de ser leccionado nas
duas línguas: http://iscte-
iul.pt/internacional/studying_at_iscte/programmes_available.aspx
Possuem diferentes níveis de Cursos de
Português (preço 106,35€) – inscrições até 10 de julho.
Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade
Tem entrada direta na homepage – Menu Internacional – separador Candidato Internacional URL - http://iscte-iul.pt/internacional/studying_at_iscte/ISCTE_IUL_Estudantes_Internacionais.aspx Prestam informação sobre habilitações legalmente equivalentes com as portarias de 2006
Alemanha, Angola, Cabo Verde, Federação Russa, Grécia, México, Moçambique, República Popular da China e Ucrânia - Portaria n.º 224/2006
África do Sul, Argentina, Austrália, Bélgica, Bolívia, Brasil, Bulgária, Cuba, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, França, Guiné Bissau, Indonésia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Marrocos, Moldávia, Países Baixos, Paquistão, Roménia, São Tomé e Príncipe, Senegal, Suíça, Timor Leste, Tunísia, Turquia, Venezuela e Zimbabwe -Portaria n.º
106
699/2006 Têm informações sobre custo de vida, fotografias e vídeos sobre Lisboa, Portugal e o Campus http://iscte-iul.pt/internacional/Overview/overview_lisbon.aspx Página sobre alojamento: http://iscte-iul.pt/internacional/Study_at_ISCTE-IUL/Housing.aspx Têm um handbook (em inglês) para download – simples pdf com texto informativo – vistos, alojamento, custo de vida e informações mais completas do que as páginas anteriores. Têm um sistema de Buddy
Mentoring
http://iscte-iul.pt/internacional/Study_
at_ISCTE-IUL/Buddy_Mentoring_co
py1.aspx
Fonte: Websites das IES públicas de 26/08/2015 a 25/09/2015. | *Dados das vagas e propinas contemplam a área das ciências sociais e humanidades.
107
Tabela IX Universidades Privadas Portuguesas – Implementação do Estatuto do Estudante Internacional (EEI)
Universidades
Privadas* Ano de
implementação / Regulamento
Fases de Candidatura e n.º de vagas
Valor da propina
anual
Incentivos/ Descontos
Língua de lecionação
Oferta de cursos complementares
Divulgação no website
Univ. Atlântica
N/D no website nem o regulamento; só o
edital de candidatura do ano 2015/16
Candidatura online Taxa de candidatura varia entre 150 a 200 euros / taxa de inscrição na prova de ingresso – 75 € Candidaturas extra - +25€ 1 fase (1/07/2015 a 18/09/2015) Vagas – entre 4 a 8 vagas por curso Possui provas de ingresso realizadas na Univ. Atlântica de 20 a 24/07 (matemática, biologia e economia)
Desde 3.000€ até 4.500€ para engenharias e enfermagem
3,5% de desconto com o pagamento total da propina no ato da matrícula
Português/inglês Requisito de admissão correspondente ao nível B1 (domínio intermédio) ou B2 (domínio independente) de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas.
Não tem cursos de português para estrangeiros.
Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Não tem entrada direta na homepage. Entrada indireta via Estudante / Admissões / Concurso Especial de Acesso para Estudantes Internacionais URL: http://site.newatlantica.pt/index.php/component/content/article?id=1442 Página clara com toda a informação sobre o processo de candidatura – não tem vídeos, nem testemunhos, nem informações sobre as condições de vida ou sobre Lisboa, Portugal. A página tem versão em inglês e espanhol.
Univ. Autónoma de Lisboa
2014/15
Regulamento n.º 230/2014, publicado em DR a 6/06/2014
Candidatura online Taxa de candidatura – 185€ Taxa de matrícula – 185€ Prevê provas de ingresso por cada curso N.º de vagas não disponível no site.
Grupo 1 – 3.382,50€ (inclui licenciatura de História e de Rels. Internacionais) Grupo 2 – 3.360,00€ (inclui licenciatura em
3,5% de desconto com o pagamento total da
propina no ato da matrícula
Português
Requisito B2 (domínio independente)
segundo o QECRL; podem candidatar-se com o B1 ou inferior
desde que se comprometam a
frequentar curso de português na UAL durante o 1.º ano
Segundo o Regulamento parece ter um curso de
português mas uma pesquisa no site não devolve resultados
concretos.
Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Não tem entrada direta na homepage. Entrada indireta via Área do Candidato / Estudantes Internacionais URL: http://autonoma.pt/pt/?det=15443§ion=Area_do_Candidato&title=Concurso-Especial-de-Acesso-para-Estudantes-Internacionais&id=2920&mid=&mid=243
108
1ª fase de candidatura - até ao dia 2 de julho de 2015 e a prova escrita e entrevista - 4 de julho de 2015 A 2ª fase de candidatura - até ao dia 10 de setembro de 2015 e a prova escrita e entrevista decorrerá no dia 12 de setembro de 2015
Ciências da Comunicação e de Psicologia)
lectivo (com custo adicional)
Página clara com toda a informação sobre o processo de candidatura – não tem vídeos, nem testemunhos, nem informações sobre as condições de vida ou sobre Lisboa, Portugal.
O site tem versão em inglês mas os conteúdos do Estudante Internacional não estão traduzidos.
Univ. Católica Portuguesa
2014/15
Disponível o despacho 1155/2014, de 13 de
agosto de 2014.
Candidatura online só para o pólo no Porto; Nos pólos de Braga, Lisboa e Viseu, a candidatura é realizada com envio de e-mail e os documentos em anexo. Taxa de candidatura: 200€ (taxa especial de acesso para alunos que concluíram o ensino secundário no estrangeiro) 2 fases de candidatura mas as datas são diferentes em cada pólo Classificação para entrar:
A página do EI não refere o valor da propina; a tabela de emolumentos e propinas refere um valor por Unidade Curricular.
Não menciona incentivos ou bolsas
Português ou Inglês
(domínio PT – B2)
Não refere ter cursos de português e a pesquisa
não gera resultados.
Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade (com referência às várias cidades do país onde a Universidade tem pólos e respectivos cursos) Entrada direta na homepage com imagem – Candidatos Internacionais / International
Applicants
URL: http://www.ucp.pt/site/custom/template/ucptpl_infopara.asp?sspageID=5289&lang=1 Separadores: Boas-vindas Que estudar? Condições de acesso Calendário Informações úteis (Visto, Alojamento, Saúde, Viver em…) Perfis por: Candidato Brasileiro Candidato da U.E. (referem que não se aplica o EI) Candidato de outras nacionalidades
109
60% nota do ensino secundário e 40% prova de ingresso ou equivalente
Univ. Europeia
N/D no website nem o regulamento
Candidatura Online
1.ª fase – 20/05 a 27/07/2015
2.ª fase – 1/08 a 1/09/2015
Provas internas:
Economia, Matemática, Português e Economia
Não foi possível
encontrar informação no site
sobre os valores das taxas de
candidatura e inscrição nem o n.º
de vagas.
Não foi possível encontrar
informação no site, na página
do EI, informação da propina, nem
em Admissões – estudante nacional
A pesquisa por
propina também não
devolve resultados.
Têm disponível um número de
telefone gratuito para informações;
um formulário eletrónico
Não menciona incentivos ou bolsas para os estudantes
internacionais
Português (B1)
Inglês (B1) para as licenciaturas
leccionadas em inglês (só a de Management
and Business Administration)
https://www.europeia.pt/internacional/mobilidade-internacional/estudantes-internacionais/international-students/academic-offer/
Não refere ter cursos de português e a pesquisa
não gera resultados.
Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Entrada via separador Internacional URL https://www.europeia.pt/internacional/estatuto-estudante-internacional/
Têm disponível um número de telefone gratuito para informações; um formulário electrónico; e um e-mail Documentos para admissão aqui e em inglês https://www.europeia.pt/en/admissions/international-students-non-european/ Vídeo testemunho estudante mexicano https://www.europeia.pt/en/lisbon-experience/testimonials/
Univ. Fernando Pessoa
N/D – a pesquisa não devolve resultados
para “Estudante Internacional”
N/D N/D N/D N/D N/D N/D Site da FCHS http://fchs.ufp.pt/contactos/contactoselocalizacao/ Site da Universidade http://www.ufp.pt/
ISPA-Instituto Universitário
2014/15
Despacho interno – Regulamento 110 de 11 de agosto de 2015
Candidatura online
Taxa de candidatura – 50€
Taxa de inscrição – 355€
Propina anual é de 3.938,00€ (não há referência a propina diferenciada para os
Possui um separador com informação sobre
bolsas (por mérito, carência económica
mas não há referências a descontos ou
O Regulamento não especifica o nível de
português e depreende-se que possa haver cursos
ministrados também em inglês:
Não refere ter cursos de português e a pesquisa
não gera resultados.
O ISPA não tem entrada direta para o Estudante Internacional. Encontra-se informação sobre o regulamento, propinas e calendário das provas e das candidaturas ao entrar em Candidatos / Normas e Regulamento / Acesso e Ingresso –
110
2 Fases 1.ª fase de 4/05 a 25/07/2015 2.ª fase de 7/08 a 19/09/2015 Provas internas + Entrevista Não se encontrou o n.º de vagas.
estudantes internacionais)
vantagens para os EI. “A verificação do conhecimento da (s) língua (s) em que o ciclo de estudos é
ministrado, podendo a competência oral,
quando necessária, ser verificada com
recurso à videoconferência – art.2.º, n.º 6 b) do
regulamento
mas não está centralizado tudo numa página destinada ao estudante internacional URL - http://www.ispa.pt/regulamentos-academicos#7506
Univ. Lusíada 2014/15 Regulamento 7974/2014, publicado em DR a 18 de junho de 2014.
Candidatura online Taxa de candidatura – 200€ Inscrição – 310€ 1 fase – 1/06 a 21/08/2015 13 Provas internas realizadas na 1.ª semana de setembro 2015 Não foi possível encontrar informação no site o n.º de vagas.
Propina anual vai desde 3.256€ a 3.905€ conforme os cursos (não há referência a propina diferenciada para os estudantes internacionais)
Não menciona incentivos ou bolsas para os estudantes internacionais
Português (B2) Caso o candidato não tenha esse nível, deve comprometer-se a atingi-lo com a frequência de um curso anual de português Só poderá inscrever -se no 2.º ano curricular do ciclo de estudos mediante a comprovação da aquisição das competências (PT – nível B2).
A pesquisa no site leva-nos a identificar dois cursos que não são adequados a atingir o nível B2, sendo assim, somos levados a concluir que a Universidade em Lisboa não oferece essa formação. Os cursos que possui são: - curso de português língua não materna (mas é um curso livre para domínio do português básico em situações da vida quotidiana) - curso "Intensive course of portuguese language and culture" para alunos Erasmus com visitas de estudo incluídas.
Estratégia de comunicação descentralizada pelos 3 pólos: Lisboa, Porto e Vila Nova de Famalicão. Foi analisada a Universidade Lusíada em Lisboa. Entrada via separador Ingresso / 1.º ciclo Licenciaturas e mestrados integrados URL: http://www.lis.ulusiada.pt/pt-pt/ingresso/1516/1%C2%BAciclo%E2%80%93licenciaturasemestradosintegrados/estudantesinternacionais.aspx Página com alguma informação sobre o processo de candidatura; por exemplo, as propinas só se conhecem através de pesquisa no site.
Univ. Lusófona
2015/16
Despacho interno 10/2015 de 20/02/2015
Candidatura online gratuita
5 fases de
candidatura que vão de 12 de março a 28 de Setembro 2015
Provas internas
Valores vão desde 4.161€ (sociologia) a
7.508€ (Ciências Farmacêuticas)
Têm um separador sobre bolsas mas mencionam as da CAPES e as do Santander para estudante brasileiros http://www.ulusofona.pt/admissoes/estudante-internacional
É omisso em relação ao nível de português.
Não refere ter cursos de português e a pesquisa
não gera resultados.
Estratégia de comunicação centralizada no site da Universidade Link direto na Homepage – Internacional / Estudante Internacional URL: http://www.ulusofona.pt/admissoes/estudante-internacional
111
(Biologia, Matemática,
Português e Física e Química)
Os alunos com Exame Nacional do Ensino Médio ENEM (Brasil) válidos e exames nacionais de acesso ao ensino superior ficam dispensados da realização das provas internas.
Informação sobre o processo de candidatura e um separador sobre estudar em Lisboa com o Guia Lisbon Experience – Study in Lisbon da CML - http://www.ulusofona.pt/pt/media/lisbon_experience_pt.pdf
Fonte: Websites das IES privadas de 26/09/2015 a 27/09/2015 | *Dados contemplam a área das ciências sociais e humanidades.
112
TABELA X – PLANO DE AÇÕES
AÇÕES RESPONSÁVEL CUSTO ESTIMADO
PERÍODO jan. a jun. 2016 jul. a dez. 2016
PROCESSO - AÇÃO 1 – Fases de candidatura FCSH/NOVA - X SERVIÇO - AÇÃO 1 – Língua de lecionação FCSH/NOVA - X SERVIÇO - AÇÃO 2 –Curso de português FCSH/NOVA -104 X SERVIÇO - AÇÃO 3 - Propina FCSH/NOVA - X SERVIÇO - AÇÃO 4 - Formação FCSH/NOVA -105 X SERVIÇO - AÇÃO 5 - Sinalética FCSH/NOVA 15.000€ X COMUNICAÇÃO| REITORIA – AÇÃO 1 - Website REITORIA - X COMUNICAÇÃO| REITORIA – AÇÃO 2 – Ações promocionais REITORIA 200€ - anúncios
10.000€ - Feira
COMUNICAÇÃO| FCSH/NOVA – AÇÃO 1 – Marca NOVA FCSH/NOVA 20.000€ - agência X COMUNICAÇÃO| FCSH/NOVA – AÇÃO 2 - Website FCSH/NOVA 1.500€ -
Tradução mandarim
X
COMUNICAÇÃO| FCSH/NOVA – AÇÃO 3 – Grupo de foco FCSH/NOVA - Fev. COMUNICAÇÃO| FCSH/NOVA – AÇÃO 4 - Ações promocionais FCSH/NOVA 200€ - anúncios
2.000€ - anúncio online site brasileiro
10.000€ Feira
X
COMUNICAÇÃO| FCSH/NOVA – AÇÃO 5 - Apadrinhamento FCSH/NOVA - X TOTAL DE CUSTOS - REITORIA - 10.200€ - -
TOTAL DE CUSTOS - FCSH/NOVA - 48.700€ - -
TOTAL DE CUSTOS - 58.900€ - -
104
O curso já existe por isso a sua estrutura de custos já se insere nas despesas de funcionamento da FCSH/NOVA. 105
Os cursos já existem por isso a sua estrutura de custos já se insere nas despesas de funcionamento da FCSH/NOVA.
113
TABELA XI – ACOMPANHAMENTO DO PLANO DE AÇÃO
AÇÕES
PROCESSO - AÇÃO 1 – Fases de candidatura Acrescentar mais uma fase de outubro a dezembro é uma tarefa exequível. Exigirá uma monitorização mensal do n.º de candidaturas e um balanço final de quantos alunos se inscrevem para o próximo ano letivo, com um ano letivo ainda a decorrer. Requer abertura da instituição para inscrição em seminários do 2.º semestre (fevereiro a julho) que depois deverão ser creditados no ano letivo seguinte.
SERVIÇO - AÇÃO 1 – Língua de lecionação Alterar o regulamento é uma medida que requer uma decisão por parte dos Órgãos de Gestão (Diretor e Conselho Pedagógico). Requer publicação em Diário da República para entrar em vigor e poder ser anunciado no website institucional e nas ações de divulgação externa. Poderá alargar o universo de candidatos a estudantes internacionais e consequentemente a um aumento das receitas.
SERVIÇO - AÇÃO 2 – Curso de português A disponibilização do curso com programa específico e uma propina própria para o estudante internacional está dependente da aprovação por parte do Diretor. É uma tarefa exequível a desempenhar com a estrutura existente de formação de cursos de português para estrangeiros. Poderá originar um aumento das receitas e ser um fator diferenciador do serviço oferecido.
SERVIÇO - AÇÃO 3 - Propina O aumento do valor da propina requer aprovação por parte do Diretor e uma alteração ao Regulamento. Requer publicação em Diário da República para entrar em vigor e poder ser anunciado no website institucional e nas ações de divulgação externa. Poderá originar um aumento das receitas.
SERVIÇO - AÇÃO 4 - Formação Considera-se que esta proposta de Semestre Zero tem viabilidade, uma vez que os cursos de curta duração e seminários já existem. Seria necessário aprovar uma propina própria por curso ou pack de curso dependente da aprovação por parte do Diretor. Poderá originar um aumento das receitas e ser um fator diferenciador do serviço oferecido. Se não se verificar a implementação desta ação por falta de adesão, tal não compromete as outras ações descritas no plano.
Se for implementada esta oferta formativa, no final do ano letivo 2015/16 deve ser
114
verificado se se conseguiu atingir a meta do 2.º objetivo estratégico (inscrição de um terço dos EI a frequentar cursos de licenciatura na Faculdade).
SERVIÇO - AÇÃO 5 - Sinalética Considera-se exequível mas requer aprovação de despesa por parte do Diretor.
COMUNICAÇÃO| REITORIA – AÇÃO 1 - Website Considera-se exequível mas requer aprovação por parte do vice-reitor para a internacionalização e pró-reitor para a comunicação. O sucesso desta ação depende igualmente da criação de um grupo de trabalho e do grau de envolvimento dos vários membros das UOs.
COMUNICAÇÃO| REITORIA – AÇÃO 2 – Ações promocionais Considera-se exequível mas requer aprovação de despesa por parte dos Diretores de cada UO.
COMUNICAÇÃO| FCSH/NOVA – AÇÃO 1 – Marca NOVA Considera-se exequível mas requer aprovação de despesa por parte do Diretor.
COMUNICAÇÃO| FCSH/NOVA – AÇÃO 2 - Website Considera-se exequível visto que não implica custos, a não ser o da tradução para mandarim caso haja aprovação do Diretor para criação do perfil do Estudante Chinês no website (está indiretamente relacionado com a passagem para o B1 como nível de língua exigido). O grau de sucesso desta ação depende igualmente do envolvimento dos docentes coordenadores dos cursos de licenciatura, dos recursos humanos dos núcleos NMC e NCRI e da possibilidade de recrutar um estagiário para reforçar a equipa do NMC neste projeto.
As visitas a estas páginas de conteúdo do EI no website da FCSH/NOVA devem ser mensalmente monitorizadas através da sua contabilização via Google Analytics para se aferir quais as que são mais vistas e o tempo que um visitante gasta em cada uma em média. Pode-se igualmente obter dados das nacionalidades dos visitantes.
O aumento da notoriedade (3.º objetivo estratégico ) pode ser medido no final do ano letivo 2015/16 por comparação ao n.º de visitas ao website e aos conteúdos relacionados em 2014/15.
115
COMUNICAÇÃO| FCSH/NOVA – AÇÃO 3 – Grupo de foco Considera-se exequível visto que não implica custos. Requer uma colaboração entre o NMC e o NCRI.
COMUNICAÇÃO| FCSH/NOVA – AÇÃO 4 - Ações promocionais Considera-se exequível mas requer aprovação de despesa por parte do Diretor. Os anúncios pagos nas redes sociais e a campanha no Google AdWords deverão ser monitorizados semanalmente, de modo a ajustar o valor por clique e analisar a evolução do n.º de cliques nos anúncios/campanhar e dados por nacionalidades.
O aumento da notoriedade (3.º objetivo estratégico ) pode ser medido no final do ano letivo 2015/16 por comparação ao n.º de visitas aos anúncios nos motores de busca e nas redes sociais (por público estrangeiro, segmentado por país).
COMUNICAÇÃO| FCSH/NOVA – AÇÃO 5 - Apadrinhamento Considera-se exequível visto que não implica custos. Requer o envolvimento do NCRI na operacionalização e do NMC na divulgação junto da comunidade estudantil e divulgação externa.
116
8.3 Gráficos
Gráfico I
Cursos de Licenciatura - Evolução nos últimos 5 anos
Total de alunos em frequência | Total de Diplomados
Fonte: Inquérito estatístico RAIDES 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014.
Gráfico II
Evolução do número global de alunos
Fonte: Inquérito estatístico RAIDES 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014.
693 674 694 720 726
2839 29092698
27752689
571 551 555
593
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
N.º de Colocados 1.º ano /1.ª vez
Total de Alunos emfrequência do 1.º Ciclo
Total de Diplomados 1.ºCiclo
,0
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
1º ciclo
2º ciclo e Pós-Graduações
3º ciclo
TOTAL
117
Gráfico III
Evolução do total dos estudantes e dos estudantes estrangeiros em 2.ºs e 3.ºs ciclos,
da taxa de captação e da taxa de diplomação (2013 e 2014)
Fonte: Inquérito estatístico RAIDES 2014 e Divisão Académica da FCSH.
Gráfico IV
Evolução do número de estudantes em programas de mobilidade e número de mestrados e doutoramentos em colaboração com instituições internacionais
(2013 e 2014)
Fonte: Gabinete para o Estudante e Mobilidade Internacional e Núcleo de Gestão Curricular da FCSH.
45.00%
15.40%
43.00%
35.00%
41.00%
18.30%
32.00%
22.00%
0.00%
5.00%
10.00%
15.00%
20.00%
25.00%
30.00%
35.00%
40.00%
45.00%
50.00%
Estudantes em 2.ºe 3.º Ciclos (%)
Alunos estrangeirosem 2.º e 3.º Ciclos
(%)
Taxa de captaçãoentre ciclos de
estudos
Taxa de diplomaçãonos três ciclos de
estudos
2013
2014
291
102
2
361
114
20
50
100
150
200
250
300
350
400
N.º de estudantes emprogramas de mobilidade
(incoming)
N.º de estudantes emprogramas de mobilidade
(outgoing)
N.º de mestrados edoutoramentos com
instituições internacionais
2013
2014
118
Gráfico V
Fonte: Resultados Inquérito Raides 2014/15
Gráfico VI
Fonte: Resultados Inquérito Raides 2014/15
120
8.4 Questionário
Questionário I
Grupo de Foco – Estudante Internacional
Inicialmente deve realizar-se uma breve introdução aos objetivos do grupo de foco e solicitar aos alunos participantes que se apresentem dizendo o nome, curso e ano, e o seu país de origem e cidade.
Nota: A sessão será gravada. Grupo composto por um máximo de seis elementos, de várias nacionalidades e a frequentar cursos de licenciatura diferentes, e se possível desde o ano letivo da introdução do Estatuto do Estudante Internacional (EEI), ou seja, 2014/15.
1.º bloco – COMUNICAÇÃO | MOTIVAÇÃO
Vamos realizar agora um exercício de memória… e recuar ao momento em que começaram a
pensar em tirar um curso superior…
Caso se aplique (dependerá da idade)
Já tinham frequentado o ensino superior?
Se sim, onde (país de origem? Outro país?)
O que mais vos motivou quando pensaram em ingressar no ensino superior num país
estrangeiro? O que vos motivou a procurar estudar fora do vosso país?
Já tinham tido uma experiência internacional de estudos ou esta é a primeira?
Houve alguém que vos influenciasse na vossa escolha do país?
Houve alguém que vos influenciasse na vossa escolha do curso ou da universidade?
Quando e como é que conheceram a Universidade NOVA e em particular a FCSH?
- meios (site, redes sociais, escolas, consulados, embaixadas…)
- pessoas (alunos, amigos, antigos alunos, familiares, professores, outros…)
- Marketing (anúncios, feiras, …)
O que é que souberam sobre a NOVA e esta Faculdade antes de entrar cá?
- familiares, amigos, professores, psicólogos
- feiras, escola secundária
- rankings
Que expetativas tinham:
- acerca de Lisboa, Portugal…
- acerca da Faculdade
- acerca dos cursos
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- acerca dos professores
- acerca dos colegas
- acerca das instalações…
Como se deu a decisão de escolher a FCSH? (Foi a vossa primeira escolha?)
Que fatores levaram a que escolhessem a FCSH? (notoriedade / prestígio, professores,
família, rankings)
Os fatores económicos afetaram a vossa decisão de vir para Portugal, para a FCSH?
2.º bloco – PROCESSO DE CANDIDATURA
Quais as dificuldades sentidas no processo de candidatura?
- obtenção de vistos /documentos (certificados de consulados, embaixadas)
- informação disponibilizada no site da FCSH
- esclarecimento pelos serviços de dúvidas/questões colocadas
- prazos de candidatura (as fases correspondem ao calendário escolar do país de
origem)
- utilização da plataforma de candidatura online
3.º bloco – Expectativas | Integração (Depois da entrada no curso)
Satisfação geral com o Ensino
No primeiro momento, houve algum aspeto que se destacasse?
• Pela positiva
• Pela negativa
Essa percepção alterou-se ao longo do tempo que têm estado na FCSH?
Se o ensino / os cursos de licenciatura fossem lecionados em língua inglesa, ter-se-ia
candidatado?
Maiores dificuldades que sentiram?
Trabalhar durante o curso? Alguém? Dificuldades em conciliar?
Satisfação sobre espaços
Qual é o espaço de que mais gostam neste momento? (escrever num papel)
(todos apresentam a sua opção) Porquê?
E o que acham de:
• Biblioteca
• Cantina
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• Salas de aula
• Sala de informática
• Salas de Alunos
• Esplanada
• …
E sobre os serviços, o que têm a dizer? Há algum que destaque pela positiva ou pela
negativa? Porquê?
• Serviços académicos (Divisão Académica)
• Secretariados (dos departamentos)
• Outros Serviços de apoio: GEIM - Mobilidade, GIPAA (estágios profissionais,
voluntariado), Biblioteca, Informática…
Se pudessem alterar uma pequena coisa, o que sugeriam?
A exigência do ensino da FCSH veio ao encontro das vossas expetativas?
Comunicação - FCSH
A FCSH tem vários canais para comunicar com os alunos, quer com os candidatos quer com
os antigos alunos.
Que meios conhecem?
O que acham desses meios e da sua utilidade?
• Site
• Intranet
• Blogue…
Participou em eventos / conferências organizados pela FCSH ou pelos seus centros de
investigação?
• Sim / Não
• Caso a resposta seja negativa, porquê: falta de tempo, desconhecimento…
Integração
Associativismo - Participa em algum núcleo estudantil da FCSH ou da NOVA?
• Sim / Não
• Se sim qual?
- Associação de Estudantes
- Real Tuna Académica NeOlisipo - Tuna Mista da Faculdade de Ciências Sociais e
Humanas
- NECPRI – Núcleo de Estudos de Ciência Política e Relações Internacionais
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- Núcleo de Ambiente
- Núcleo de Programação Cinematográfica
- Grupo de Teatro da NOVA
- NOVA Debate Club
- Associação do Coro da Universidade Nova de Lisboa
- Outros…
Realiza algum tipo de voluntariado?
• Sim / Não
• Se sim, o quê, onde, se foi através da FCSH…
Conhece alunos de outras licenciaturas (do mesmo país de origem, portugueses, outras
nacionalidades) e do 2.º ciclo (mestrados) e 3.º ciclo (doutoramentos) a estudar na FCSH?
Sentem que os alunos nacionais contribuíram para a vossa integração? E os docentes?
4.º bloco: Depois de terminar o curso de licenciatura
Pensa prosseguir os seus estudos em Portugal depois de terminar o curso de licenciatura?
Pensa prosseguir os seus estudos na FCSH depois de terminar o curso de licenciatura?
• Sim – na mesma área?
• Não
Consideram que a FCSH vos prepara para entrada no mercado de trabalho e procura do
primeiro emprego?
Se não, o que poderia ser feito?
O que pensam fazer depois de terminado o vosso curso?
- Conhece a oferta de cursos da FCSH de mestrados e doutoramentos?
- Trabalhar? Onde? Em Portugal, no país de origem ou outro país?
Pensam que ter um curso da FCSH vai facilitar a vossa procura de trabalho?
Estágios - Conhecem os serviços que a FCSH tem para apoiar a integração profissional?
Como conheceram? Acham útil?
Que sugestões têm de melhorias?
Se não conheciam, como acham que poderia ser mais divulgado?